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RELATÓRIO TÉCNICO FINAL - cprm.gov.br · definiÇÃo da planÍcie de inundaÇÃo da cidade de governador valadares relatÓrio tÉcnico final belo horizonte junho / 2004 ana - agÊncia

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  • DEFINIO DA PLANCIE

    DE INUNDAO DA CIDADE

    DE GOVERNADOR VALADARES

    RELATRIO

    TCNICO

    FINAL

    Belo HorizonteJunho / 2004

    ANA - AGNCIA NACIONAL DE GUAS

    CPRM - SERVIO GEOLGICO DO BRASIL

    IGAM - INSTITUTO MINEIRO DE GESTO DAS GUAS

    MINISTRIO DO

    MEIO AMBIENTE

    MINISTRIO DE

    MINAS E ENERGIA

    GOVERNO DO ESTADOMEIO AMBIENTE E

    DESENVOLVIMENTOSUSTENTVEL

  • AGNCIA NACIONAL DE GUAS

    Crticos

    Diretor Presidente

    Superintendente de Eventos

    Jerson Kelman

    Joaquim Guedes C. Gondim Filho

    MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA

    Ministro de EstadoDilma Vana Roussef

    CPRM - SERVIO GEOLGICO DO BRASIL

    MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE

    Ministro de EstadoMaria Osmarina da Silva Vaz de Lima

    Agamenon Srgio Lucas Dantas

    Jos Ribeiro Mendes

    Frederico Cludio Peixinho

    Hlbio Pereira

    Alice Silva de Castilho

    Acio Neves

    Jos Carlos Carvalho

    Paulo Teodoro de Carvalho

    Diretor - Presidente

    Diretor de Hidrologia e Gesto Territorial

    Chefe do Departamento de Hidrologia

    SUPERINTENDNCIA REGIONAL DE BELO HORIZONTE

    Superintendente Regional

    Gerente de Hidrologia e Gesto Territorial

    GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

    Governador

    SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOSUSTENTVEL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

    Secretrio de Estado

    INSTITUTO MINEIRO DE GESTO DAS GUAS - IGAM

    Diretor Geral

  • MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE

    AGNCIA NACIONAL DE GUAS

    MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA

    SERVIO GEOLGICO DO BRASIL - CPRM

    SUPERINTENDNCIA REGIONAL DE BELO HORIZONTE

    SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

    SUSTENTVEL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

    INSTITUTO MINEIRO DE GESTO DAS GUAS - IGAM

    CONVNIO ANA/IGAM/CPRM

    DEFINIO DA PLANCIE DE

    INUNDAO DA CIDADE DE

    GOVERNADOR VALADARES

    RELATRIO TCNICO FINALJunho / 2004

  • CRDITOS

    EQUIPE TCNICAGraziela da Silva Rocha Oliveira - Gegrafa - CPRM

    Nelson Baptista O Resende Costa - Gelogo - CPRMSrgio Cordeiro da Luz - Digitador - CPRM

    Gilberto Flausino - Hidrotcnico - IGAMOlvio Bahia do Sacramento Neto - Meteorologista - MsC e Topgrafo - IGAM

    Helosa Moreira Torres Nunes - Meteorologista - M.Sc. - IGAMResponsvel pelo Convnio ANA/IGAM

    Alice Silva de Castilho - Engenheira Civil - - CPRMM.Sc.

    ber Jos Andrade Pinto - Engenheiro Civil - M.Sc. - CPRM

    Chefe do Projeto

    Consultor Tcnico

    EQUIPE TCNICA DE APOIOChristian Rezende de Freitas - Gegrafo - IGAM

    Elizabeth de Almeida Cadete Costa - Tcnica Cartogrfica - CPRMOsmar de Vasconcelos Costa - Engenheiro Civil - MsC - IGAM

    Roblia Gabriela Firmiano de Paulo - Engenheira Hdrica - IGAMSarah Costa Cordeiro - Arte Finalista - CPRM

    EQUIPE DE APOIO OPERACIONAL6 Batalho de Polcia Militar do Estado de Minas Gerais

    Comisso Municipal de Defesa Civil de Governador ValadaresPrefeitura Municipal de Governador Valadares

    Rodrigo Andrade

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    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares i

    AGRADECIMENTOS

    A realizao da definio da plancie de inundao da cidade de GovernadorValadares foi possvel devido ao empenho das seguintes entidades

    (por ordem alfabtica):

    Agncia Nacional das guas

    Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de Minas Gerais

    Comisso Municipal de Defesa Civil de Governador Valadares

    Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais

    Polcia Militar de Minas Gerais - 6 Batalho de Polcia de Minas Gerais

    Prefeitura Municipal de Governador Valadares

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    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares ii

    APRESENTAO

    Este o relatrio final sobre a Definio da Plancie de Inundao da Cidade deGovernador Valadares, que foi precedido pelo relatrio tcnico parcial denominadoLevantamento Topobatimtrico de doze Sees Transversais e Monitoramento doNvel do Rio Doce na Cidade de Governador Valadares.

    Os trabalhos relativos a esse estudo foram iniciados em 1998 pela CPRM em conjuntocom a UFMG. Aps o levantamento de dados preliminares, uma visita in loco e adefinio da metodologia a ser empregada, foram instaladas quatro sees de rguasna rea urbana de Governador Valadares, as quais, juntamente com mais duas que jestavam em operao, foram monitoradas at o ano de 2000. Por falta de recursosfinanceiros o projeto esteve praticamente paralisado durante o perodo de 1998 a2001. Os trabalhos foram retomados em setembro de 2002, quando foram realizadosos levantamentos topobatimtricos em sees transversais do rio Doce pelo IGAM eCPRM com recursos da ANA e apoio da Prefeitura Municipal de GovernadorValadares, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de Minas Gerais,Comisso Municipal de Defesa Civil de Governador Valadares, Polcia Militar de MinasGerais atravs do 6 Batalho de Polcia Militar de Minas Gerais.

    Ao longo do ano de 2003 a CPRM desenvolveu os trabalhos referentes elaboraodo modelo digital da rea urbana de Governador Valadares, calibrao do modelohidrodinmico e mapeamento de reas inundveis, sendo que os resultadosencontram-se apresentados neste relatrio.

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    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares iii

    SUMRIO

    AGRADECIMENTOS..................................................................................................... iAPRESENTAO ........................................................................................................ iiSUMRIO.....................................................................................................................iiiLISTA DE TABELAS..................................................................................................... vLISTA DE FIGURAS.................................................................................................... viLISTA DE SIGLAS.......................................................................................................viiLISTA DE FOTOS - CD ..............................................................................................viiiLISTA DE ANEXOS..................................................................................................... ix1 - INTRODUO ........................................................................................................ 12 - CARACTERIZAO DA REGIO ........................................................................... 33 METODOLOGIA ..................................................................................................... 5

    3.1 Levantamento das informaes existentes e consistncia dos dados .............. 53.2 Locao e levantamento topobatimtrico das sees transversais emonitoramento dos nveis do rio Doce ...................................................................... 53.3 Anlise de freqncia de vazes mximas....................................................... 63.4 Calibrao e validao do modelo hidrulico.................................................... 63.5 Definio dos perfis de linha dgua associados a diferentes perodos deretorno....................................................................................................................... 83.6 Mapeamento das reas inundveis utilizando um SIG ..................................... 8

    4 RESULTADOS ....................................................................................................... 94.1 Informaes levantadas ................................................................................... 94.2 Monitoramento do nvel do rio Doce e levantamento topobatimtrico de seestransversais............................................................................................................. 10

    A - Seo 1.......................................................................................................... 12B - Seo 2.......................................................................................................... 12C - Seo 3.......................................................................................................... 13D - Seo 4.......................................................................................................... 13E - Seo 5.......................................................................................................... 13F - Seo 6 .......................................................................................................... 13G - Seo 7 ......................................................................................................... 14H - Seo 8.......................................................................................................... 14I - Seo 9 ........................................................................................................... 14J - Seo 10 ........................................................................................................ 14K - Seo 11........................................................................................................ 14L - Seo 12 ........................................................................................................ 15

    4.3 Definio da curva-chave ............................................................................... 154.4 - Anlise de freqncia...................................................................................... 16

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    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares iv

    4.5 Calibrao e validao do modelo Hidrulico ................................................. 174-6 Mapeamento das reas inundveis................................................................ 234.7 Mapeamento de reas inundveis associadas a diversos perodos de retorno................................................................................................................................ 23

    5 - CONSIDERAES FINAIS................................................................................... 286 - BIBLIOGRAFIA...................................................................................................... 30 ANEXOS

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    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares v

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 4.1.1 Pontos Crticos em Governador Valadares (Fonte COMDEC-GV) ........ 9Tabela 4.2.1 Coordenadas UTM das 12 sees transversais do rio Doce emGovernador Valadares (Datum: Crrego Alegre, Zona 24) ......................................... 10Tabela 4.3.1 Equao da curva-chave da estao Governador Valadares 56850000.................................................................................................................... 15Tabela 4.4.1 Srie anual de Vazes mximas do Rio Doce em GovernadorValadares ................................................................................................................... 16Tabela 4.4.2 Quantis das vazes do Rio Doce em Governador Valadares .............. 16Tabela 4.5.1 Caractersticas das sees transversais utilizadas no modelo hidrulico................................................................................................................................... 19Tabela 4.5.2 Resultados encontrados durante a calibrao do modelo hidrulico como monitoramento de 1998 a 2000 e a cheia de janeiro de 1997.................................. 19Tabela 4.5.3 Resultados encontrados durante a validao do modelo na estao56850000 Seo 3J................................................................................................. 21Tabela 4.5.4 Perfil da linha dgua de Governador Valadares para vazes comdiversos perodos de retorno associados (TR)............................................................ 21Tabela 4.5.5 Perfil da Linha dgua Do Rio Doce em Governador Valadares paradiversas cotas/vazes na estao 56850000.............................................................. 22Tabela 4.7.1 rea inundada por regio.................................................................... 25

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1.1 Representao de uma seo transversal de um rio ................................ 1Figura 2.1 Localizao da cidade de Governador Valadares ..................................... 3Figura 3.4.1 Representao da equao de energia.................................................. 7Figura 3.6.1 Relao entre as superfcies do terreno e da linha dgua..................... 8Figura 4.2 - Localizao das 12 sees transversais do rio Doce em GovernadorValadares ................................................................................................................... 11Figura 4.3 Curva-Chave da estao Governador Valadares 56850000 ................ 15pertencente ANA ..................................................................................................... 15Figura 4.4 - Curva de Probabilidade de Vazes Mximas Anuais ............................... 17para o Rio Doce em Governador Valadares ............................................................... 17Figura 4.5.1 - Sees transversais do rio Doce utilizadas na calibrao do modelohidrulico .................................................................................................................... 20Figura 4.5.2 Perfil da linha dgua para vazes associadas a diversos perodos deretorno do Rio Doce em Governador Valadares ......................................................... 22Figura 4.5.3 - Perfil da linha dgua para diversos valores de cotas da estaoGovernador Valadares 56850000 pertencente ANA .......................................... 23Figura 4.6.1 - Modelo digital do terreno de Governador Valadares ............................. 24Figura 4.7.1 - Diviso de rea urbanizada de Governador Valadares em regies....... 26Figura 4.7.2 - reas inundadas nas cheias de 1979, 1992, 1997, 2002 e 2003 .......... 27

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    LISTA DE SIGLAS

    ADOCE Agncia Tcnica da Bacia do Rio Doce

    ANA Agncia Nacional de guas

    ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica

    CEMIG Companhia Energtica de Minas Gerais

    CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Servio Geolgico do Brasil

    DNAEE Departamento Nacional de guas e Energia Eltrica extinto em 1995

    EEUFMG - Escola de Engenharia da UFMG

    IGAM Instituto Mineiro de Gesto das guas

    SAAE Servio Autnomo de gua e Esgoto

    SIMGE Sistema de Meteorologia e Recursos Hdricos do Estado de Minas Gerais

    UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

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    LISTA DE FOTOS - CD

    Foto 4.1.1 Bairro Santa Rita

    Foto 4.1.2 Bairro J.K

    Foto 4.1.3 Estao da ANA

    Foto 4.1.4 Ponte do So Raimundo

    Foto 4.1.5 Bairro Santa Terezinha

    Foto 4.1.6 Bairro So Paulo

    Foto 4.1.7 - SAAE

    Foto 4.1.8 Nova seo de rguas do SAAE

    Foto 4.1.9 Ponte da Ilha dos Arajos

    Foto 4.1.10 Vista da Ponte da Ilha dos Arajos

    Foto 4.1.11 Final da Ilha dos Arajos

    Foto 4.1.12 Bairro So Tarcsio

    Foto 4.1.13 Bairro So Pedro

    Foto 4.1.14 - Aucareira

    Foto 4.1.15 - Univale

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    LISTA DE ANEXOS

    Anexo 01 Modelos para clculo do perfil de linha dgua

    Anexo 02 Fichas descritivas das 6 sees transversais do rio Doce em GovernadorValadares com sees de rguas

    Anexo 03 Sees transversais do rio Doce em Governador Valadares utilizadas no modelohidrulico

    Anexo 04 Monitoramento dirio s 7 e 17 horas das 6 sees de rguas do rio Doce emGovernador Valadares

    Anexo 05 reas inundadas para diferentes perodos de retorno e cotas na estaoGovernador Valadares - 56850000

    Anexo 06 - Relatrio Fotogrfico - CD

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    1 - INTRODUO

    As enchentes so fenmenos que ocorrem quando o volume da gua que atingesimultaneamente o leito de um rio superior capacidade de drenagem de sua calhanormal, tambm chamada de leito menor ou calha principal. Quando essa capacidade deescoamento superada acontece a inundao das reas ribeirinhas tambm denominadascomo plancies de inundao ou leito maior do rio como pode ser visto na Figura 1.1.

    Os problemas gerados por uma inundao dependem fundamentalmente da forma e dograu de ocupao das reas ribeirinhas e da freqncia de ocorrncias das cheias

    Figura 1.1 Representao de uma seo transversal de um rio

    As cheias podem ser naturais ou provocadas pela interveno humana. As enchentesnaturais em uma bacia hidrogrfica ocorrem independentemente da interveno humana.Quando os efeitos das cheias naturais so atenuados ou ampliados em conseqncia daatuao antrpica as enchentes so denominadas naturais modificadas. E as cheiascausadas por rupturas de estruturas de conteno, tais como: barragens e diques sochamadas cheias causadas por interveno humana. (Yevjevich, 1992)

    Ao longo da histria as populaes procuraram se fixar s margens dos cursos dgua parafacilitar o uso deste recurso que fundamental existncia humana. Entretanto com odesenvolvimento acelerado das cidades, observado principalmente no sculo XX, asvrzeas inundveis foram ocupadas desordenadamente.

    Leito maior Leito maior

    Leito menor

    Nvel com riscoentre 1,5 e 2 anos

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    Quando ocorre uma inundao, a ocupao inadequada das plancies pode ter comoconseqncia grandes prejuzos materiais e perdas humanas considerveis.

    A convivncia com as enchentes possvel a partir da implementao de medidas paracontrole da inundao que podem ser do tipo estrutural ou no estrutural. Essas medidastem por objetivo minimizar as conseqncias das cheias e no controlar totalmente asinundaes que fisicamente e economicamente invivel em grande parte das situaes.

    As medidas estruturais so intervenes de engenharia que procuram reduzir o risco deocorrncia de enchentes. Podem ser medidas que atuam diretamente sobre o rio, tais como:diques, reservatrios, bacias de amortecimento, canais de desvio, etc. Ou podem serimplementadas na bacia hidrogrfica procurando alterar as relaes entre as precipitaes eas vazes, como por exemplo, a modificao da cobertura do solo que pode controlar aeroso, alm de retardar e diminuir os picos de hidrogramas de cheia.

    As medidas no estruturais tem por objetivo reduzir prejuzos atravs da melhor convivnciada populao com as cheias. De uma maneira geral essas medidas podem ser separadasnos seguintes grupos: edificaes prova de enchentes, seguro de enchente, previso ealerta de inundao e zoneamento de reas inundveis. A combinao das medidaspossibilita a reduo dos efeitos das cheias e melhora o planejamento da ocupao daplancie de inundao.

    O zoneamento de reas inundveis realizado a partir da definio de risco de inundaode diferentes cotas e o respectivo mapeamento. A regulamentao ou zoneamento dasreas ribeirinhas definir tipos de ocupao que sero permitidas nas regies de maior oumenor risco inundao e deve fazer parte do plano diretor da cidade.

    Assim, o mapeamento das plancies de inundao de uma cidade um instrumentoessencial para a ordenao do uso e ocupao do solo e o direcionamento das expansesurbanas. Alm de facilitar a elaborao do Plano de Defesa Civil que estabelece as aesindividuais e corretivas para minimizar perdas durante as enchentes.

    Este relatrio apresenta a metodologia utilizada para a definio das reas inundveis dacidade de Governador Valadares associadas a diferentes riscos de ocorrncia de cheiasatravs da combinao de um modelo hidrulico e um sistema de informaes geogrficas.

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    2 - CARACTERIZAO DA REGIO

    A cidade de Governador Valadares est localizada na regio Leste de Minas Gerais e banhada pelo rio Doce, vide Figura 2.1. uma das maiores cidades da regio com,aproximadamente, 247 mil habitantes. Possui altitude mdia de 168,55 metros, clima quentecom chuvas de vero, Aw segundo a classificao de Kppen, temperatura mdia anual de24,5C, precipitao mdia anual de 1113,8mm, sendo que, o trimestre mais chuvoso vai denovembro a janeiro, quando registrado cerca de 54% da precipitao anual. As enchentesna cidade ocorrem no perodo chuvoso, que comea em outubro e termina em maro, e soregistradas mais freqentemente de dezembro a fevereiro.

    Figura 2.1 Localizao da cidade de Governador Valadares

    A rea de drenagem do rio Doce em Governador Valadares da ordem de 40.000km,destes, cerca de 25% pertencem bacia do Rio Santo Antnio e 15% bacia do RioPiracicaba, ambos afluentes do rio Doce pela margem esquerda. Esses rios: Doce,Piracicaba e Santo Antnio, so os principais responsveis pelas enchentes ocorridas nacidade de Governador Valadares. Dentre as maiores registradas na regio pode-se citar: ade fevereiro de 1979 e a de janeiro de 1997, com perodos de retorno associados da ordemde 170 e 100 anos respectivamente.

    GovernadorValadares

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    O rio Doce na altura de Governador Valadares possui o leito rochoso com corredeiras evrias ilhas, algumas de grande porte, a maior delas, a Ilha dos Arajos, um bairrodensamente povoado. Na altura da cidade o rio possui duas pontes: a ponte da BR-116,conhecida como ponte do So Raimundo, e a ponte da Ilha dos Arajos, que liga a margemesquerda do rio ilha. Alguns crregos, com vazo insignificante se comparadas com o rioprincipal, desguam no rio Doce, no permetro urbano, em ambas as margens. Um destesafluentes, o Crrego do Ona, durante as cheias represado pelo rio Doce e provocainundaes nos bairros JK I e II.

    Os bairros mais atingidos pelas enchentes do rio Doce so: Santa Rita, JK I e II, JardimAlice, Ilha dos Arajos, So Paulo, Santa Terezinha, So Tarcsio, So Pedro eUniversitrio, todos localizados na margem esquerda do rio Doce, que tambm a margemmais urbanizada e povoada.

    O rio Doce transporta uma grande quantidade de sedimentos, formando bancos de areia nacidade, onde grande a extrao desse material com utilizao de dragas, o que poderesultar numa mudana das sees transversais do rio ao longo do tempo.

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    3 METODOLOGIA

    De uma maneira geral, so necessrios dois grupos de atividades para concretizao domapeamento das plancies de inundao de uma rea urbana. O primeiro grupo se refere satividades necessrias para a modelagem hidrulica do trecho de interesse com o objetivode determinar os perfis da linha dgua associados s vazes com diferentes probabilidadesde excedncia. As vazes so calculadas a partir de uma anlise de freqncia ouestimadas em modelos hidrolgicos. O outro grupo de atividades est relacionado delimitao das reas que sero inundadas por cada um dos perfis de linha dguaestimados. No caso de Governador Valadares, a definio das reas inundveis foirealizada atravs da associao entre um modelo hidrulico para o clculo da linha dgua eum Sistema de Informaes Geogrficas. As principais etapas necessrias a ummapeamento desse tipo esto descritas a seguir.

    3.1 Levantamento das informaes existentes e consistncia dos dados

    A primeira etapa do trabalho consiste no levantamento das informaes disponveis da reaem estudo sobre: as sries histricas de nvel e vazo das estaes fluviomtricas; osregistros fluviogrficos; os levantamentos batimtricos; as bases planialtimtricas em escalaadequada, preferencialmente em meio magntico; fotos reas; imagens de satlites; oslevantamentos topogrficos das marcas das cheias que podem ser obtidas atravs deregistros de fotos, jornais, entrevistas ou documentos; fotos etc.

    3.2 Locao e levantamento topobatimtrico das sees transversais emonitoramento dos nveis do rio Doce

    Para se calcular o perfil da linha dgua de um canal natural necessrio fazer olevantamento topobatimtrico das sees transversais do trecho em estudo. A locaodessas sees realizada aps uma visita de reconhecimento do trecho do rio em anliseonde se procura identificar os locais em que h variao no escoamento. Essas alteraespodem ocorrer devido s mudanas de declividade do fundo do canal; presena de pontes,ilhas e obstrues; alargamentos ou estreitamentos do canal, entre outros motivos. Aps odetalhamento das sees transversais selecionam-se algumas para instalao de rguaslinimtricas que permitiro o monitoramento do nvel do rio durante um certo perodo detempo. Os nveis medidos nesse perodo sero utilizados na calibrao do modelohidrulico. importante ressaltar que todas as sees transversais levantadas devem serreferenciadas ao mesmo datum altimtrico da base planialtimtrica que ser utilizada nomapeamento das reas inundveis.

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    3.3 Anlise de freqncia de vazes mximas

    A anlise de freqncia de eventos extremos de vazes tem como objetivo permitir aestimativa de valores associados a uma probabilidade de excedncia, ou seja, aprobabilidade de ocorrer um evento de cheia com magnitude igual ou maior a um certovalor. Um conceito importante que est relacionado a probabilidade de excedncia o detempo de retorno. O tempo de retorno definido como a mdia de tempo entre ocorrnciasde um evento com uma certa magnitude ou maior. Por exemplo, uma vazo com 25 anos detempo de retorno a vazo que igualada ou excedida em mdia uma vez a cada 25 anosconsiderando um longo perodo de tempo. Isto no significa que a excedncia ocorre de 25em 25 anos, e sim que o tempo mdio entre as excedncias de 25 anos. Assim,considerando o perodo de 1901 a 2000, essa vazo poderia ter ocorrido em 1910, 1949,1979 e 1983, ou seja, 4 vezes em 100 anos. O tempo de retorno, Tr (anos), e aprobabilidade de excedncia, ( )qQP , esto relacionados pela seguinte equao:

    ( ) ( )anosTrqQP1=

    Assim, se a excedncia ocorre em mdia uma vez a cada 25 anos, ento a probabilidadeque o evento ocorra em um ano qualquer 1/25=0,04, ou seja, 4%.

    A anlise estatstica dos dados de vazo pode ser efetuada com a utilizao de dois tipos desries de dados. As sries de mximos anuais, que consiste na seleo da maior vazo decada ano hidrolgico observado. E as sries de durao parcial, para as quais soselecionados todos os valores observados superiores a um valor limite definido.

    As sries assim constitudas devem ser representativas do processo analisado, noapresentando erros acidentais ou sistemticos e possuir um nmero mnimo de elementospara garantir uma boa confiabilidade nas extrapolaes.

    Basicamente, as etapas para anlise de freqncia local so as seguintes:

    ! Optar pela utilizao de sries de valores mximos anuais ou sries de durao parcial.

    ! Avaliar a consistncia e homogeneidade das sries.

    ! Analisar qual a distribuio de probabilidade terica ser utilizada, com a estimativa deseus parmetros e a verificao do ajuste a distribuio emprica.

    ! Estimar os quantis.

    A definio da distribuio terica de probabilidade de suma importncia, pois valorescalculados para um mesmo perodo de retorno podem apresentar grandes variaes quandoestimados por diferentes distribuies. O ajuste ou aderncia da distribuio terica curvada distribuio emprica pode ser verificado pelos testes do Qui-Quadrado, de Kolmogorov-Smirnov, de Filliben e do teste visual. Descries dos testes do Qui-Quadrado e deKolmogorov-Smirnov so apresentadas em Costa Neto (1977) e Haan (1979). O teste deFilliben foi desenvolvido por Filliben (1975). Pires (1994) descreve com maiores detalhes oscritrios que podem ser utilizados na escolha da distribuio terica.

    Nesse trabalho foram utilizadas sries de mximos anuais e verificado o ajuste as seguintesdistribuies de freqncia: Gumbel, Generalizada de Eventos Extremos, Log-Normal e Log-Pearson Tipo III.

    3.4 Calibrao e validao do modelo hidrulico

    A estimativa do perfil da linha dgua pode ser feita aplicando um mtodo numricointerativo chamado de Standard Step Method. As mudanas no nvel da linha dgua de

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    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares 7

    uma seo transversal para outra so calculadas atravs da equao de energia que estdescrita a seguir e cuja representao grfica mostrada na Figura 3.4.1.

    ehg

    VZY

    g

    VZY +++=++

    22

    211

    11

    222

    22

    Onde:

    Y1 e Y2 so profundidades das sees transversais

    Z1 e Z2 so cotas do fundo do canal

    V1 e V2 so velocidades mdias

    1 e 2 so coeficientes de velocidade

    g acelerao da gravidade

    he perda de energia

    2 1

    2v2

    2 Linha de energia he2g

    Nvel d'guay2 1v

    21

    2g

    Fundo do canal y1

    z2z1

    DATUM

    Figura 3.4.1 Representao da equao de energia

    Essa metodologia produz resultados satisfatrios mesmo sendo baseada em algumaspremissas simplificadoras. As premissas adotadas no modelo so as seguintes:

    ! regime de escoamento permanente;

    ! escoamento gradualmente variado. Exceto em estruturas como pontes, bueiros evertedouros, onde o regime pode ser bruscamente variado e so utilizadas as equaesdo momento e outras equaes para o clculo da linha dgua.

    ! fluxo unidimensional;

    ! A declividade da linha de energia constante entre duas sees transversais;

    ! As declividades do canal so inferiores a 1:10.

    O software com o Standard Step Method usado nesse trabalho foi o HEC-RAS do U.SArmy Corps of Engineers, verso 3.0 de janeiro de 2001. Maiores detalhes sobre aformulao matemtica do modelo e o fluxograma de clculo esto apresentados no Anexo01.

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    Para utilizar o modelo necessrio calibr-lo e valid-lo, ou seja, usar um grupo de dadospara definir os parmetros do modelo e outro para reproduzir o fenmeno numa situaodistinta. No calculo do perfil da linha dgua atravs do Standard Step Method osparmetros a serem calibrados so: os coeficientes de contrao ou expanso, e o derugosidade, n, do canal principal e das margens de cada uma das sees transversais. Osdados usados na calibrao so as caractersticas das sees transversais, as vazes, asmarcas de cheia e as informaes do monitoramento de nveis.

    3.5 Definio dos perfis de linha dgua associados a diferentes perodos deretorno

    A escolha dos perfis de linha dgua a serem determinados depende do objetivo do estudo aser desenvolvido. Quando este est relacionado ao mapeamento de reas inundveisvisando ao direcionamento da ocupao territorial, normalmente utiliza-se vazesassociadas a diferentes perodos de retorno, os mais usuais so: 2, 5, 10, 50 e 100 anos. Jquando o objetivo est ligado ao mapeamento de reas inundveis visando o fornecimentode informaes para a Defesa Civil em caso de cheias, pode-se definir os perfis de linhadgua para quaisquer cotas, ou escolher variaes a cada 50 cm a 1 metro. No casoespecfico de Governador Valadares foram definidos perfis da linha dgua para vazesassociadas a diferentes perodos de retorno e para variaes de cota a cada 50 cm.

    3.6 Mapeamento das reas inundveis utilizando um SIG

    O mapeamento das plancies de inundao atravs de um SIG consiste basicamente norelacionamento entre o modelo digital de terreno (MDT) da rea em estudo, tambmchamado de modelo numrico de terreno (MNT), e os perfis da linha dgua dos eventos decheia com diferentes probabilidades de excedncia. A Figura 3.6.1 representa essa relao.

    Figura 3.6.1 Relao entre as superfcies do terreno e da linha dgua

    Atravs de um SIG possvel gerar a superfcie do terreno, a superfcie da linha dguaassociada uma probabilidade de excedncia e efetuar expresses algbricas entre as duas.Essas superfcies so arquivos (imagens) raster cujas clulas armazenam as elevaes. Asdimenses das clulas devem ser compatveis com a escala da base planialtimtricautilizada.

    A gerao de superfcies em um SIG pode ser feita com diversos algoritmos. Entretanto, aqualidade do resultado final funo dos dados de entrada. No caso do modelo digital doterreno esses dados so as curvas de nvel, os pontos cotados e a rede de drenagem. Emreas urbanas recomendvel que a eqidistncia das curvas de nvel seja de pelo menosum metro.

    Aps a gerao das superfcies, a definio das reas inundveis feita atravs dareclassificao da imagem que representa a diviso da superfcie do terreno pela superfcieda linha dgua.

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    4 RESULTADOS

    4.1 Informaes levantadas

    Para o desenvolvimento do trabalho foram levantadas diversas informaes, as quais seencontram listadas a seguir:

    ! Delimitao das marcas das cheias de 1992 e 1997, na escala 1:10.000, em mdiapapel, as quais foram digitalizadas pela CPRM em Mapinfo;

    ! Delimitao das marcas das cheias de 2002 e 2003, em meio digital;

    ! Cotas altimtricas atingidas pelas cheias de 1997 e 1979 demarcadas na rea do SAAE;

    ! Pontos crticos quanto inundao da cidade de Governador Valadares definidos pelaCOMDEC. Tabela 4.1.1;

    ! Base planilatimtrica em meio digital;

    ! Relao das referncias de nvel usadas na elaborao da base planilatimtrica.

    Tabela 4.1.1 Pontos Crticos em Governador Valadares (Fonte COMDEC-GV)

    Bairro Rua Cota da rgua doSAAE (cm)

    So Tarcsio Cludio Manoel 195

    Nova Santa Rita Vrias ruas principalmente entre as ruas Rodolfo de Abreu e aAmlia Habib

    220

    Santa Rita Ruas Washington Luiz, Divisa e Rodrigues Alves 225

    So Pedro Av. Rio Doce e rua lvaro Reis 240

    So Paulo Entroncamento das ruas Mestre Joo Lucas com Av. Rio Doce,Lincol Byrro, Amrico Martins, Virglio Gobby e Prata

    250

    Santa Terezinha Casas que margeiam o rio Doce, pelos fundos das ruasSalvador, Belm e So Luiz

    250

    Ilha dos Arajos Principalmente as ruas 14, 12 e 24 285

    importante salientar a iniciativa da Prefeitura Municipal de Governador Valadares emdelimitar as marcas das cheias registradas na cidade em 1992, 1997, 2002 e 2003. Estasinformaes foram imprescindveis para o desenvolvimento deste trabalho.

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    4.2 Monitoramento do nvel do rio Doce e levantamento topobatimtrico desees transversais

    Em uma visita de campo realizada em 1998 foram definidas 12 sees transversais do rioDoce na cidade de Governador Valadares que seriam teis modelagem hidrulica dotrecho de interesse. A identificao e as informaes sobre essas sees se encontramapresentadas na Figura 4.2 e Tabela 4.2.1. As sees esto localizadas em pontos em quepodem haver mudanas significativas no escoamento, por exemplo: variaes bruscas nalargura do rio devido presena de obstculos, mudana de declividade do fundo etc.Foram escolhidas seis sees transversais onde seria necessria a instalao de sees derguas para o monitoramento do nvel do rio que facilitaria a calibrao do modelohidrulico. Na realidade, as rguas linimtricas foram instaladas pela CPRM em 1998 em 4sees transversais, pois na estao da ANA e no SAAE as rguas j existiam. Omonitoramento do nvel do rio Doce nas seis sees foi realizado de 1998 a 2000.

    Tabela 4.2.1 Coordenadas UTM das 12 sees transversais do rio Doce em GovernadorValadares (Datum: Crrego Alegre, Zona 24)

    Margem direita Margem esquerdaSeo Trecho

    Norte Este Norte EsteObservaes

    1* nico 7906800 186400 7907300 185850 Seo de rguas - Bairro Santa Rita

    2 nico 7907810 188200 7908188 187971 Cermica

    3* nico 7909500 189030 7909560 188740 Ponte do So Raimundo estao da ANA

    A 7910120 189460 7910260 189180 Incio da Ilha dos Arajos Brao Direito

    B 7910260 189180 7910310 189100 Entre a Ilha dos Arajos e a Ilha do Amigo4

    C 7910380 188950 7910410 188890 Brao Esquerdo

    A 7910430 190020 7910668 189880 Brao Direito5

    B 7911029 189207 7911089 189072 Brao Esquerdo

    A 7910820 190370 7910980 190170 Brao Direito

    B 7911050 190100 7911100 190040 Entre a Ilha do Ing e a Ilha dos Arajos6*

    C 7911490 189550 7911560 189470 SAAE - Brao Esquerdo

    A 7911500 190660 7911580 190380 Seo de rguas Brao Direito7*

    B 7911990 189880 7912070 189830 Ponte da Ilha Brao Esquerdo

    A 7911670 190630 7911759 190361 Final da Ilha dos Arajos - Brao Direito8

    B 7912124 190240 7912210 190180 Brao Esquerdo

    9* 9 7912310 190890 7912530 190570 Seo de rguas - Bairro So Tarcsio

    A 7913310 191410 7913440 191300 Bairro So Pedro

    B 7913220 191470 7913240 191450 Ilha 1

    C 7913140 191550 7913180 191500 Ilha 2

    D 7913060 191610 7913100 191570 Ilha 3

    10

    E 7912990 191670 7913010 191650 Ilha 4

    11 nico 7913600 192780 7914070 192620 Aucareira

    12* nico 7913700 193400 7914200 193390 Seo de rguas - Univale

    * Sees de rguas

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    Figura 4.2 - Localizao das 12 sees transversais do rio Doce em Governador Valadares

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    Os servios de levantamento topobatimtrico das sees transversais do rio Doce foramrealizados pelo IGAM em 2002. O espaamento adotado entre as verticais para definiodas profundidades nas batimetrias dessas sees foi de 3 metros. O levantamentotopogrfico foi feito at a cota que estava cerca de 7 metros acima do nvel dgua do rio nodia do levantamento. No caso da seo de rguas da estao da ANA essa condiorepresenta o nvel de 850 centmetros, ou seja, 2 metros acima da cota mxima observadaem fevereiro de 1979, que foi o maior evento de cheia monitorado em GovernadorValadares.

    Na amarrao altimtrica das sees transversais foram consideradas as referncias denvel utilizadas pelo Consrcio Esteio Embrafoto no trabalho de aerolevantamento realizadoem 2001 para fins de mapeamento da regio do municpio de Governador Valadares,abrangendo uma rea de aproximadamente 100km, na escala 1:2.000 (Consrcio EsteioEmbrafoto, 2001). Algumas dessas referncias de nvel pertencem a CEMIG.

    As fichas descritivas das seis sees onde foi realizado o monitoramento fazem parte doAnexo 2 e os perfis transversais de todas as sees constam do Anexo 3. Nos prximospargrafos sero detalhadas as caractersticas de cada uma das sees transversais.

    A - Seo 1

    A seo 1 est localizada no bairro Santa Rita na altura da rua Conselheiro Pena. Nesteponto foi instalada pela CPRM em 1998, uma seo de rguas na margem esquerdaconforme ficha descritiva no Anexo 02. As referncias de nvel hidrolgicas, ou seja,construdas pela CPRM, foram destrudas, entretanto, a estaca do 2 lance, 200/400,continuava firmemente instalada na poca do levantamento topobatimtrico. Portanto parase fazer a amarrao altimtrica da seo de rguas foi utilizada a estaca do 2 lance e noas RNs hidrolgicas, o que seria mais adequado.

    Verificou-se que na altura desta seo h uma grande extrao de areia, na margemesquerda, com a utilizao de dragas. Portanto, a seo batimtrica pode ter sofridoalteraes de 1998 a 2002 principalmente na margem esquerda.

    O levantamento batimtrico, por questes de segurana, foi feito a montante da seo derguas, na altura da residncia do senhor Nilo Trindade. O levantamento topogrfico damargem esquerda foi feito em dois pontos: na rua Conselheiro Pena e na altura daresidncia do senhor Nilo Trindade. Entretanto, o caminhamento na rua Conselheiro Pena mais representativo da topografia local. Na margem direita o levantamento topogrficoseguiu o mesmo alinhamento do levantamento batimtrico. Esta margem praticamente no habitada. H uma ilha nesta seo a qual foi detalhada a partir da base planialtimtrica.

    O levantamento topobatimtrico desta seo foi amarrado a RN 38, com cota 170,624metros (Anexo 03).

    B - Seo 2

    A seo 2 est localizada a jusante do crrego da Ona. A seo est localizada, namargem esquerda, no bairro JK, prximo ao Areal Rio Doce; e na margem direita, naCermica.

    Nesta seo tambm h extrao de areia com a utilizao de dragas. Outra caractersticadeste ponto o fato do rio Doce, quando cheio, represar o crrego da Ona causandoinundao na regio.

    O levantamento topobatimtrico desta seo foi amarrado a RN 24, com cota 166,064metros (Anexo 03).

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    C - Seo 3

    A seo 3 est localizada na ponte do So Raimundo, onde passa a BR-116. Neste localexiste uma estao fluviomtrica pertencente ANA, operada pela CPRM, desde 1969,cdigo 56850000-Governador Valadares, tipo FrDTQS. Esta estao possui seo derguas, lingrafo, pluvimetro, pluvigrafo e transmisso de dados via telefone e satlite. Aleitura na seo de rguas feita duas vezes ao dia s 7 e 17 horas, alm disso a variaodo nvel do rio registrado continuamente nos grficos do lingrafo. Nesta seo feito olevantamento topobatimtrico todos os anos, j as medies de descarga lquida, slida edeterminao de parmetros de qualidade da gua (OD, pH, Condutividade Eltrica eTemperatura) so realizadas quatro vezes ao ano.

    Foi feito o levantamento topobatimtrico da seo transversal do rio Doce a montante daponte do So Raimundo. Alm disso, foi recuperado, junto Prefeitura, o projeto da ponte,permitindo, assim, avaliar as alteraes do escoamento devido a presena da obra nestaseo.

    Esta seo est amarrada RN 24 com cota 166,064 metros. A montante da ponte, namargem esquerda, est o bairro JK III e, na margem direita, o bairro Vila Isa. A jusante esto Parque de Exposies, na margem esquerda e, na margem direita, a fbrica derefrigerantes IATE e instalaes do SAAE (Anexo 03).

    D - Seo 4

    A seo 4 tangente ao incio da Ilha dos Arajos. Na margem esquerda desta seo olevantamento topogrfico feito na rua Jos Passis. A esquerda da Ilha dos Arajos existeuma ilha de mdio porte. Esta ilha foi detalhada no levantamento topogrfico. Esta seoest amarrada a RN 24 com cota 166,064 metros (Anexo 03).

    E - Seo 5

    A seo 5 corta a Ilha dos Arajos. Na margem esquerda o levantamento topogrfico foifeito na rua Macei. A batimetria do brao esquerdo do rio Doce foi feita com a utilizaodas balsas que fazem a travessia entre a margem esquerda e a Ilha dos Arajos. Olevantamento dentro da Ilha dos Arajos foi feito na rua que corta a avenida Rio Doce naaltura dos nmeros 1085 e 2493. Esta seo est amarrada a RN 24 com cota 166,064metros (Anexo 03).

    F - Seo 6

    Na captao do SAAE existe uma rgua de madeira, a qual esto amarradas boa parte dasinformaes sobre as cheias na cidade, Tabela 4.2.2.

    A princpio, esta rgua no tem fim hidrolgico e sim sanitrio, portanto, a sua colocaono segue requisitos hidrolgicos bsicos, como por exemplo: fixao das rguas, grandeamplitude de cotas, escolha da seo etc. Assim, a CPRM em outubro de 2002 instalou umanova seo de rguas dentro do SAAE, para que seja utilizada para o monitoramento dascheias pela Defesa Civil.

    Na rgua do SAAE feito o monitoramento do nvel do rio Doce horrio em caso deenchentes, nas demais pocas do ano o monitoramento no regular, e s vezes, inexiste.

    O levantamento topogrfico na margem esquerda foi feito dentro da rea do SAAE. A seocorta a Ilha dos Arajos, onde o levantamento foi feito na altura dos nmeros 517 e 2935 daavenida Rio Doce. Alm disso, a seo corta a Ilha do Ing a qual tambm foi levantada.

    Esta seo est amarrada s RNs 24 e 37 com cotas 166,064 e 156,116 metrosrespectivamente (Anexo 03).

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    G - Seo 7

    Esta seo est localizada na ponte da Ilha dos Arajos. Foram realizados levantamentostopobatimtricos a montante e jusante da ponte. Alm disso, foi recuperado, junto Prefeitura, o projeto da ponte, permitindo, assim, avaliar as alteraes do escoamentodevido a presena da obra nesta seo. Dentro da Ilha dos Arajos o levantamento foi feitona altura da avenida rio Doce n3435.

    Nesta seo foram instaladas duas sees de rguas, uma embaixo da ponte, na margemesquerda e, outra, no brao direito do rio Doce, na margem direita na Ilha dos Arajos. Emambas as sees ainda existem as referncias de nvel hidrolgicas, as quais devem serrecuperadas pela Prefeitura. Nesta seo, foi feito o monitoramento do nvel do rio duasvezes ao dia no perodo de 1998 a 2000.

    Esta seo est amarrada s RNs 15 e 37 com cotas 165,418 e 156,116 metros,respectivamente (Anexo 03).

    H - Seo 8

    A seo 8 deveria estar localizada no final da Ilha dos Arajos, tangenciando, a mesma, naaltura do Garfo Clube. Entretanto, por questes de segurana, no foi possvel fazer olevantamento batimtrico neste ponto, pois existe uma corredeira muito perigosa, portanto, olevantamento foi feito a montante do ponto desejado.

    Na margem esquerda o levantamento topogrfico foi feito na Feira da Paz. Na ilha, namargem esquerda, ao lado de uma quadra desativada. Na ilha, na margem direita, prximoao marco 3800 da pista de cooper. O caminhamento dentro da ilha foi feito a partir da baseplanialtimtrica, em frente ao Garfo Clube.

    Esta seo est amarrada s RNs 15 e 37 com cotas 165,418 e 156,116 metrosrespectivamente (Anexo 03).

    I - Seo 9

    A seo 9 est localizada no bairro So Tarcsio, na altura da rua Cludio Manoel, primeiroponto a ser inundado em Governador Valadares. Nesta seo foi instalada uma seo derguas pela CPRM, nas quais foi monitorado o nvel do rio no perodo de 1998 a 2000. Asrguas se encontram destrudas, mas a RN hidrolgica 2 foi localizada e deve serrecuperada pela Prefeitura.

    O levantamento na margem esquerda foi feito na rua Cludio Manoel. Esta seo estamarrada a RN 1089M com cota 170,344 metros. Nessa seo est sendo construdo umdique para a proteo das casas (Anexo 03).

    J - Seo 10

    A seo 10 est localizada no bairro So Pedro na altura da rua Amrico Menezes, na qualfoi feito o levantamento da margem esquerda. A seo possui quatro ilhas, as quais foramdetalhadas. Esta seo est amarrada a RN 26 com cota 158,487 metros (Anexo 03).

    K - Seo 11

    A seo 11 a seo da Aucareira, onde foi feito o levantamento da margem esquerda. Aseo possui duas ilhas as quais foram detalhadas. Esta seo est amarrada a RN 26com cota 158,487 metros (Anexo 03).

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    L - Seo 12

    A seo 12 est localizada prxima a Univale. Nesta seo foram instaladas rguas pelaCPRM e foi monitorado o nvel do rio entre 1998 e 2000. A referncia de nvel hidrolgicano foi localizada, mas a estaca do 2 lance, 200/400, continuava firmemente instalada napoca do levantamento topobatimtrico. Portanto, a amarrao altimtrica desta seo foifeita atravs da estaca do 2 lance e no atravs da RN hidrolgica, o que seria maisadequado.

    Por questes de segurana a batimetria da seo foi feita a jusante da seo de rguas naaltura de um trapiche pertencente a Univale. Neste ponto foi tambm feito o levantamentotopogrfico. Esta seo est amarrada a RN 26 com cota 158,487 metros (Anexo 03).

    4.3 Definio da curva-chave

    A equao da curva-chave da estao Governador Valadares pertencente ANA, cdigo56850000, havia sido definida anteriormente atravs do Mtodo de Manning e dolevantamento da seo transversal at um metro acima da cota mxima observada, ou seja,um metro acima da cota da cheia de fevereiro de 1979 (CPRM,1999). Entretanto durante autilizao do modelo hidrulico identificou-se a necessidade de alterao da curva-chave emseu ramo superior. A nova curva-chave se encontra apresentada na Tabela 4.3.1 e naFigura 4.3.

    Tabela 4.3.1 Equao da curva-chave da estao Governador Valadares 56850000

    Equao Validade Amplitude (cm)

    Q=226,72 (h-0,25)1,87 06/69 a 03/03 400 a 680

    Q=226,72 (h-0,25)1,87 06/69 a 02/00 120 a 400

    Q=224,74 (h-0,28)1,89 02/00 a 03/03 120 a 400

    Figura 4.3 Curva-Chave da estao Governador Valadares 56850000pertencente ANA

    10

    100

    1000

    10000

    10 100 1000Cota (cm)

    Vaz

    o (

    m/

    s)

    Medies de 69 a 99

    Medies de 2000 a 2002

    Medies ADCP - 2000, 2002 e 2003

    Mximas histricas

    Curva vlida de 06/69 a 01/00

    Curva vlida de 02/00 at 03/03

    Curva vlida de 06/69 at 03/03

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    4.4 - Anlise de freqncia

    A anlise de freqncia das estaes pertencentes ao Sistema de Alerta contra Enchentesda Bacia do Rio Doce, ou seja: Ponte Nova, Cachoeira dos culos, Nova Era, Mrio deCarvalho, Naque Velho, Cenibra, Governador Valadares, Vila Matias, Tumiritinga, SoSebastio da Encruzilhada e Colatina j tinha sido realizada anteriormente(CPRM,1999).Entretanto com a mudana da curva-chave de Governador Valadares 56850000 no ramosuperior e a ocorrncia de novos eventos crticos nos ltimos anos, tornou-se necessria areviso desta anlise.

    Na anlise de freqncia de vazes mximas da estao Governador Valadares-56850000foi utilizada uma srie anual com 32 dados, a qual se encontra apresentada na Tabela 4.4.1.No ajuste da distribuio de freqncia foram testadas as seguintes distribuies: Gumbel,Generalizada de Eventos Extremos, Log-Normal e Log-Pearson Tipo III. A distribuio queapresentou o melhor ajuste foi a Generalizada de Eventos Extremos com parmetro deforma igual a -0,1697; de posio igual a 2111,53 e de escala igual a 621,21, considerandoo evento do ano hidrolgico de 78/79 como um outlier, conforme apresentado na Figura 4.4.

    Tabela 4.4.1 Srie anual de Vazes mximas do Rio Doce em Governador Valadares

    AnoHidrolgico

    Vazo(m/s)

    AnoHidrolgico

    Vazo(m/s)

    AnoHidrolgico

    Vazo(m/s)

    69/70 2300 80/81 1667 92/93 2588

    70/71 1436 81/82 3544 93/94 1864

    71/72 2584 82/83 2453 94/95 2085

    72/73 2793 83/84 2351 95/96 2793

    73/74 1777 84/85 4842 96/97 6366

    74/75 1710 85/86 2694 97/98 2193

    75/76 1518 86/87 1569 98/99 1600

    76/77 2987 87/88 2157 99/00 2109

    77/78 2558 89/90 2694 00/01 1775

    78/79 7168 90/91 2766 01/02 3001

    79/80 2959 91/92 3498 02/03 3982

    Com o ajuste da distribuio Generalizada de Eventos Extremos foram estimados os quantispara 2, 3, 5, 10, 50 e 100 anos de recorrncia conforme apresentado na Tabela 4.4.2.

    Tabela 4.4.2 Quantis das vazes do Rio Doce em Governador Valadares

    Quantil(anos)

    Vazo(m/s)

    Cota da rgua(cm)

    Cota Altimtrica(m)

    2 2350 374 155,823 2700 400 156,085 3200 435 156,43

    10 3800 477 156,8550 5500 578 157,86

    100 6450 624 158,32

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    Figura 4.4 - Curva de Probabilidade de Vazes Mximas Anuaispara o Rio Doce em Governador Valadares

    4.5 Calibrao e validao do modelo Hidrulico

    Umas das premissas da aplicao do Standard Step Method que o regime deescoamento tem que ser permanente, ou seja, a profundidade, a velocidade e a vazopermanecem constantes ao longo do tempo na seo de interesse. Entretanto, durante apassagem de uma onda de cheia o escoamento no-permanente, pois as caractersticashidrulicas mencionadas anteriormente se alteram com o tempo. A priori parece ser umcontra-senso a utilizao desse mtodo para a definio de perfis de linha dguaassociados a enchentes. Porm, quando a mudana no escoamento gradual, com o nveldgua na passagem de uma onda de cheia subindo e descendo lentamente, os mtodosanalticos de escoamento permanente geram respostas adequadas. Essa a situao emgrande parte do trecho do rio Doce em Governador Valadares onde a rea de drenagem de aproximadamente 40.000 km e o tempo de concentrao da ordem de dias.

    Na calibrao do modelo hidrulico foram utilizados os dados do monitoramento em seissees transversais no perodo de 1998 a 2000 e as marcas da cheia de janeiro de 1997levantadas nas mesmas sees. Durante o monitoramento a leitura mxima registrada naestao de Governador Valadares, cdigo 56850000, foi de 354 cm, ou seja, cota de 155,62m. O Anexo 04 apresenta informaes sobre o monitoramento ao longo de 1998 a 2000 e asmarcas de cheia de 1997.

    Para a calibrao do modelo foi necessrio detalhar as sees nas duas pontes sobre o rioDoce. Assim, alm do detalhamento da ponte (seo sinalizada com a letra P) foi feito olevantamento da seo de montante (seo sinalizada com a letra M) e de jusante (seosinalizada com a letra J) de cada ponte.

    Durante a calibragem do modelo hidrulico identificou-se a necessidade de se criar seesem duas situaes distintas. No primeiro caso verificou-se a necessidade de novas seesintermedirias em alguns trechos onde os valores dos coeficientes de rugosidade deManning encontrados eram muito altos para a calha principal do rio, da ordem de 0,100.

    0

    1000

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    7000

    8000

    9000

    1 10 100

    TR (anos)

    Vaz

    es

    (m

    3 /s)

    Distribuio Generalizada de Eventos ExtremosLocao = 2111,53Escala = 621.,21Forma = -0,1697

    Outlier

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    Alm disso, esses valores decresciam quando era atingida a plancie de inundao, quandoera esperado justamente o contrrio. Logo, para contornar esse problema utilizou-se acapacidade do software de reproduzir as sees existentes em outros pontos de interesse.Os locais escolhidos para a criao de novas sees foram os seguintes:

    ! Na altura da confluncia do crrego da Ona. Neste ponto h uma variao brusca daseo transversal, principalmente quanto profundidade. Esta mudana no gradual.Percebe-se atravs da base planialtimtrica que a seo transversal do rio Doce amontante da confluncia do crrego da Ona se assemelha seo transversal naaltura do bairro Santa Rita (seo 01). Por isso optou-se por repetir esta seotransversal e rebaix-la cerca de 1,30 metros. A nova seo foi denominada seo 1F;

    ! Na altura da corredeira do Garfo Clube. Nesse local, por questes de segurana, no foipossvel fazer o levantamento da seo transversal. Para resolver esse problema foramcriadas duas sees, uma a montante e outra a jusante da corredeira do Garfo Clube.Ambas com a forma da seo transversal do bairro So Tarcsio (seo 09) e cotasacrescidas de 3,30 e 1,10 metros respectivamente. Estas novas sees foramdenominadas sees 8F e 9F;

    ! Entre as sees do bairro So Tarcsio e o bairro So Pedro. Neste ponto h umavariao brusca da seo transversal com a presena de ilhas. Assim, para completar acaracterizao desse trecho, foi criada uma seo com a forma da seo do bairro SoPedro (seo 10) com as cotas acrescidas de 1,90 metros, a qual foi denominada seo10F.

    Considerando a primeira situao, na calibragem do perfil da linha dgua foram utilizadasvinte sees transversais, sendo quatorze levantadas em campo, duas resultantes dodetalhamento das pontes e quatro fictcias.

    A segunda situao, em que foi necessria a criao de sees transversais, se refere areas sem informaes, no incio e final do trecho em estudo. Nestes locais foram criadasnovas sees baseadas nas marcas da cheia de 1997 e na largura do rio representada nabase planialtimtrica, portanto estas informaes devem ser usadas com cautela. O idealseria fazer o levantamento topobatimtrico e definir a declividade da linha dgua destassees.

    ! A montante do bairro Santa Rita. A nova seo transversal (seo 0) est localizada1000 metros a montante da seo do bairro Santa Rita (seo 1). A nova seo umareproduo da seo 1 com as cotas acrescidas de 1,50 metros.

    ! A jusante da UNIVALE. A nova seo transversal (seo 12F) est localizada 2000metros a jusante da seo da UNIVALE (seo 12). A seo 12F idntica a seo daUNIVALE com as cotas subtradas de 1,80 metros.

    A localizao das sees est apresentada na Figura 4.5.1 e as caractersticas de cada umase encontram na Tabela 4.5.1 e no Anexo 03.

    Os coeficientes de Manning, n, definidos para as sees de um modo geral variaram entre0,04 a 0,08. No canal principal o coeficiente n adotado foi de 0,04, exceto na seo 12, quefoi de 0,03. O coeficiente n adotado nas margens e ilhas no ocupadas foi de 0,05, nasreas menos urbanizadas foi de 0,06 e nas reas densamente ocupadas de 0,07 a 0,08.

    Os coeficientes de contrao e expanso adotados nas sees com pouca obstruo foramde 0,1 a 0,3, respectivamente. Nas sees com pontes os coeficientes foram de 0,3 e 0,5 enas sees 10 e 11, com grande quantidade de ilhas, 0,2 e 0,4 respectivamente.

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    Tabela 4.5.1 Caractersticas das sees transversais utilizadas no modelo hidrulico

    Comprimento da plancie (m) Cotas do canalprincipal (m) CoeficientesEstaoME Canal MD ME ME Rugosidade Contrao Expanso

    1 1600 1500 1250 160,00 158,00 0,04 a 0,08 0,1 0,3

    1F 750 750 750 158,70 156,70 0,04 a 0,08 0,1 0,3

    2 1150 1700 2100 157,30 156,00 0,04 a 0,08 0,1 0,3

    3M 100 100 100 165,20 154,30 0,04 a 0,06 0,3 0,5

    3P Ponte 0,04 a 0,06 0,3 0,5

    3J 1000 800 700 156,80 156,00 0,04 a 0,06 0,3 0,5

    4 700 750 700 155,60 155,70 0,04 a 0,07 0,1 0,3

    5 630 600 530 155,20 156,00 0,04 a 0,07 0,1 0,3

    6 640 700 800 158,80 152,20 0,04 a 0,07 0,1 0,3

    7M 60 60 60 154,20 154,90 0,04 a 0,07 0,3 0,5

    7P Ponte 0,04 a 0,07 0,3 0,5

    7J 390 160 160 155,00 154,90 0,04 a 0,07 0,3 0,5

    8 100 430 250 155,00 153,40 0,04 a 0,07 0,1 0,3

    8F 100 100 100 155,60 154,50 0,04 a 0,07 0,1 0,3

    9F 270 270 270 153,40 152,30 0,04 a 0,07 0,1 0,3

    9 1000 790 660 152,30 151,20 0,04 a 0,07 0,1 0,3

    10F 300 300 300 154,20 152,80 0,04 a 0,08 0,2 0,4

    10 1500 1370 1200 152,30 150,90 0,04 a 0,08 0,2 0,4

    11 920 700 620 150,50 151,50 0,04 a 0,06 0,2 0,4

    12 2070 2000 1830 149,00 147,90 0,03 a 0,06 0,1 0,2

    Para ilustrar os resultados encontrados durante a calibrao, a Tabela 4.5.2 apresenta osnveis calculados e observados para duas vazes distintas nas seis sees transversaisonde foi realizado o monitoramento.

    Tabela 4.5.2 Resultados encontrados durante a calibrao do modelo hidrulico com omonitoramento de 1998 a 2000 e a cheia de janeiro de 1997

    Vazo = 2100 m/s 1998 a 2000 Vazo = 6366 m/s cheia de 1997Seo Nome NA (m)

    observadoNA (m)

    SimuladoErro(m)

    NA (m)observado

    NA (m)simulado

    Erro(m)

    1 Bairro Santa Rita 157,830 157,830 0,00 160,484 160,410 0,07

    3J Estao 56850000 155,618 155,520 0,10 158,278 158,350 -0,07

    6 SAAE 154,649 154,680 -0,03 157,506 157,370 0,13

    7J Ponte da Ilha 153,975

    154,297

    154,210 -0,24

    0,09

    156,799

    156,747

    156,880 -0,08

    -0,13

    9 So Tarcsio 152,350 152,310 0,04 154,919 154,950 -0,03

    12 Univale 149,470 149,470 0,00 152,143 152,143 0,00

    A validao do modelo foi realizada utilizando as marcas das cheia de 1992, de janeiro de2002 e de janeiro de 2003, bem como informaes sobre a cheia de fevereiro de 1979. A

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    Figura 4.5.1 - Sees transversais do rio Doce utilizadas na calibrao do modelo hidrulico

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    Tabela 4.5.3 apresenta o valor das cotas observadas e simuladas na estao GovernadorValadares-56850000 encontradas durante a validao do modelo hidrulico.

    Tabela 4.5.3 Resultados encontrados durante a validao do modelo na estao 56850000 Seo 3J

    Vazo NA (m)Observado NA (m) Simulado Erro (m)

    7168 m/s cheia de 1979 158,668 158,730 -0,06

    3900 m/s cheia de 2003 156,958 156,980 -0,02

    3405 m/s cheia de 1992 156,658 156,630 0,03

    2960m/s cheia de 2002 156,318 156,290 0,03

    Analisando os resultados obtidos na calibrao e na validao dos parmetros do modeloobserva-se que os erros so pequenos, com as diferenas entre os nveis observados esimulados de um modo geral inferiores a 15 cm. Vide Tabela 4.5.2.

    Aps a validao dos parmetros do modelo hidrulico obtidos na calibrao foram definidosos perfis de linha dgua para as seguintes situaes:

    ! Vazes de 2, 3, 5, 10, 50 e 100 anos de perodo de retorno com o objetivo de auxiliar nozoneamento da plancie de inundao (Tabela 4.5.4 e Figura 4.5.2);

    ! Cotas na estao Governador Valadares-56850000 de 350, 400, 450, 500, 550, 600,650, 700 e 750 cm com o objetivo de auxiliar a Defesa Civil durante a operao doSistema de Alerta (Tabela 4.5.5 e Figura 4.5.3).

    Tabela 4.5.4 Perfil da linha dgua de Governador Valadares para vazes com diversosperodos de retorno associados (TR)

    Vazo (m/s) 2350 2700 3200 3800 5500 6450

    TR (anos) 2 3 5 10 50 100

    1 157.99 158.22 158.54 158.93 159.97 160.45

    1F 156,42 156,79 157,26 157,75 158,97 159,50

    2 156,28 156,65 157,11 157,61 158,81 159,34

    3M 155,95 156,28 156,70 157,15 158,24 158,70

    3P 155,77 156,08 156,48 156,91 157,94 158,39

    3J 155,47 155,78 156,17 156,60 157,61 158,06

    4 155,17 155,46 155,84 156,26 157,26 157,70

    5 154,90 155,18 155,55 155,96 156,98 157,41

    6 154,45 154,72 155,09 155,48 156,52 156,96

    7M 154,41 154,68 155,05 155,44 156,47 156,92

    7P 154,30 154,56 154,91 155,28 156,25 156,67

    7J 152,78 152,96 153,18 153,43 154,08 154,57

    8 152,64 152,94 153,33 153,75 154,76 155,18

    8F 152,53 152,83 153,21 153,61 154,58 154,98

    9F 151,56 151,86 152,24 152,65 153,60 154,02

    9 151,40 151,70 152,10 152,51 153,49 153,91

    10F 150,25 150,51 150,87 151,27 152,27 152,73

    10 149,67 149,93 150,28 150,70 151,71 152,17

    11 159,49 159,72 160,04 160,43 161,47 161,95

    Se

    es

    12 147,87 148,13 148,48 148,90 149,91 150,37

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    Figura 4.5.2 Perfil da linha dgua para vazes associadas a diversos perodos de retorno do RioDoce em Governador Valadares

    Tabela 4.5.5 Perfil da Linha dgua Do Rio Doce em Governador Valadares para diversascotas/vazes na estao 56850000

    Cota (cm) 350 400 450 500 550 600 650 700 750Vazo(m/s) 2050 2700 3400 4200 5000 6000 7000 8000 9200

    0 159,30 159,72 160,17 160,69 161,16 161,72 162,23 162,72 163,281 157,80 158,22 158,67 159,19 159,66 160,22 160,73 161,22 161,78

    1F 156,07 156,79 157,43 158,06 158,61 159,23 159,80 160,33 160,932 155,95 156,65 157,28 157,92 158,46 159,08 159,64 160,16 160,76

    3M 155,63 156,28 156,86 157,44 157,93 158,47 158,97 159,42 159,953J 155,47 156,08 156,63 157,18 157,64 158,17 158,65 159,09 159,604 155,19 155,78 156,32 156,86 157,32 157,84 158,32 158,76 159,275 154,91 155,46 155,99 156,52 156,97 157,48 157,96 158,40 158,926 154,64 155,18 155,69 156,22 156,69 157,19 157,67 158,13 158,65

    7M 154,21 154,72 155,22 155,74 156,22 156,73 157,23 157,70 158,247J 154,17 154,68 155,18 155,69 156,17 156,69 157,19 157,65 158,188 154,06 154,56 155,04 155,52 155,96 156,46 156,92 157,37 157,88

    8F 152,59 152,96 153,27 153,57 153,87 154,32 154,80 155,20 155,639F 152,36 152,94 153,48 154,00 154,47 154,97 155,42 155,83 156,289 152,26 152,83 153,35 153,85 154,30 154,78 155,21 155,59 156,02

    10F 151,29 151,86 152,38 152,88 153,33 153,82 154,25 154,67 155,1210 151,13 151,70 152,24 152,75 153,21 153,70 154,15 154,57 155,0211 150,01 150,51 151,01 151,50 151,98 152,49 152,98 153,47 153,9612 149,43 149,93 150,43 150,93 151,43 151,93 152,43 152,93 153,43

    Se

    es

    12F 147,63 148,13 148,63 149,13 149,63 150,13 150,63 151,13 151,63

    146

    148

    150

    152

    154

    156

    158

    160

    162

    164

    0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

    2350m/s- 2anos

    3200m/s-5 anos

    3800 m/s-10 anos

    5500m/s-50 anos

    6450m/s-100anos

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    Figura 4.5.3 - Perfil da linha dgua para diversos valores de cotas da estao Governador Valadares 56850000 pertencente ANA

    4-6 Mapeamento das reas inundveis

    A primeira etapa do mapeamento das reas inundveis de Governador Valadares foi aelaborao da representao topogrfica da regio em estudo atravs de um modelo digitaldo terreno (MDT). Esse modelo foi gerado utilizando os vetores como a drenagem, ospontos cotados e as curvas de nvel de Governador Valadares com eqidistncia de 1 metrofornecidas pela prefeitura e a Secretaria do Patrimnio do Unio do Ministrio doPlanejamento. O MDT foi gerado no software PCI Geomatica verso 8.2.1. O algoritmoutilizado realiza basicamente 4 passos:

    ! Rasterizao dos vetores contendo as informaes de altitude (curvas de nvel e pontoscotados)

    ! Rasterizao dos vetores de drenagem. Esses vetores indicam um mnimo local nainterpolao.

    ! Interpolao inicial das elevaes de origem considerando os mnimos locais.

    ! Suavizao interativa dos valores interpolados.

    A imagem raster com o modelo digital do terreno foi gerada com pixels de dimenses de 1 x1 metro. A Figura 4.6.1 apresenta o resultado final

    4.7 Mapeamento de reas inundveis associadas a diversos perodos deretorno

    A prxima etapa da metodologia constituiu na criao de superfcies de inundaoassociadas s vazes com diferentes perodos de retorno (2, 5, 10, 50 e 100 anos) e paravrios valores de cotas da estao Governador Valadares 56850000 pertencente ANA(350, 400, 450, 500, 550, 600, 650, 700 e 750 cm) de interesse da Defesa Civil paraoperao do sistema de alerta contra enchentes da bacia do rio Doce. Essas superfciesforam geradas a partir das sees topobatimtricas (Figura 4.2) utilizadas no modelo

    146

    148

    150

    152

    154

    156

    158

    160

    162

    164

    166

    0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

    Distncia em metros

    Co

    tas

    em m

    etro

    s

    350cm

    400cm

    450cm

    500cm

    550cm

    600cm

    650cm

    700cm

    750cm

  • Figura 4.6.1 - Modelo digital do terreno de Governador Valadares

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    hidrulico e as cotas de inundao apresentadas nas Tabelas 4.5.4 e 4.5.5. As superfciesforam geradas utilizando a rotina INTERCON do IDRISI for windows, verso 2.007,desenvolvido pela Faculdade de Geografia da Universidade de Clark nos Estados Unidos.Esse um sistema modular com mais de 100 programas que esto ligados a um menuprincipal, permitindo a manipulao e a anlise dos dados distribudos espacialmente(Eastman, 1997). Cabe ressaltar que obrigatoriamente as imagens das superfcies deinundao devem ter as mesmas dimenses da imagem do MDT.

    Aps a gerao das superfcies de inundao, o MDT foi exportado para o IDRISI forwindows, verso 2.007, onde foram calculadas as relaes entre as superfcies estimadas eo MDT. A definio das reas inundveis foi feita atravs da reclassificao da imagem querepresenta a diviso da superfcie do terreno pela superfcie da linha dgua. Os resultadosesto apresentados no anexo 5.

    Com objetivo de apresentar a variao da rea inundada com o aumento do nvel do rio, area urbanizada de Governador Valadares foi dividida em cinco regies (Figura 4.7.1):

    ! Regio I Bairros So Pedro e Universitrio

    ! Regio II Bairros So Paulo, Santa Terezinha e So Tarcsio

    ! Regio III Ilha dos Arajos

    ! Regio IV Bairros JK I, II, e III e Jardim Alice at a ponte do So Raimundo

    ! Regio V Bairro Santa Rita at o Crrego da Ona

    Para cada regio foi quantificada a rea inundada para diferentes valores de cotas naestao Governador Valadares pertencente ANA, cdigo 56850000, conformeapresentado na Tabela 4.7.1.

    Tabela 4.7.1 rea inundada por regio

    rea inundada por regio (m)Cota-ANA(cm)

    Regio I Regio II Regio III Regio IV Regio V

    300 a 350 149.123 71.878 63.592 22.959 32.192

    350 a 400 245.740 115.923 88.656 43.876 64.489

    400 a 450 423.458 344.370 133.122 570.524 158.050

    450 a 500 657.521 606.430 646.224 969.842 579.092

    500 a 550 995.650 782.820 849.575 1.162.327 779.292

    550 a 600 1.434.887 933.599 997.120 1.312.831 896.042

    600 a 650 2.150.375 1.044.676 1.061.142 1.470.760 1.000.598

    650 a 700 2.534.821 1.112.277 1.091.798 1.567.271 1.050.369

    700 a 750 2.834.374 1.167.522 1.111.982 1.655.401 1.090.807

    A figura 4.7.2 apresenta uma comparao entre as marcas das cheias de 1992 e 1997demarcadas pela Prefeitura e as obtidas atravs do modelo utilizado. Bem como a definioda marca da cheia de 1979 tambm obtida atravs deste estudo.

  • 188.000 m7.906.000 m

    190.000 m7.908.000 m

    192.000 m7.912.000 m

    195.000 m7.913.000 m

    Eixo de Logradouro

    Regies de Governador Valadares

    Regio 1

    Regio 2

    Regio 3

    Regio 4

    Regio 5

    Drenagem

    ESCALA 1: 50.0001 1 2km0

    Figura 4.7.1 - Diviso de reas urbanizadas de Governador Valadares por regies

  • 195.000 m

    7.913.000 m

    194.000 m

    7.913.000 m

    193.000 m

    7.913.000 m

    192.000 m

    7.912.000 m

    191.000 m

    7.910.000 m

    7.913.000 m

    191.000 m

    7.909.000 m7.909.000 m

    190.000 m

    7.908.000 m

    188.000 m

    7.906.000 m

    187.000 m

    7.906.000 m

    Eixo de Logradouros

    Drenagem

    rea inundada demarcada pela PMGV

    1992

    1997

    1992

    1997

    LEGENDA

    rea inundada obtida atravs do Modelo Hidrulico

    Figura 4.7.2 - reas inundadas nas cheias de 1979, 1992 e 1997

    1979

    ESCALA 1: 35.000500 500 1000 m0

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    5 - CONSIDERAES FINAIS

    O mapeamento das reas inundveis da cidade de Governador Valadares no apresentoudiferenas significativas entre as reas delimitadas e as marcas de cheia levantadas pelaPrefeitura, bem como as informaes da rgua do SAAE (Tabela 4.1.1 e Figura 4.7.2). Istose deu, em parte, devido existncia de um grande nmero de dados levantados pelaPrefeitura, que j tinha delimitaes das marcas das grandes cheias na rea urbana desde1992, facilitando a calibrao e validao do modelo hidrulico.

    As pequenas diferenas entre a rea efetivamente inundada e os resultados deste trabalho,consideradas no significativas, podem ter vrias causas. A primeira delas relaciona-se aofato de que a metodologia empregada no permite definir reas inundadas por refluxo deesgotos ou da rede de drenagem pluvial, estas reas provavelmente foram delimitadas pelaPrefeitura nas cheias ocorridas em 1992, 1997, 2002 e 2003. Outro fator decorre da prpriaocupao urbana, que muito dinmica, assim importante lembrar que a baseplanialtimtrica utilizada neste trabalho foi levantada em 2001, representando a topografiada cidade naquela poca, quaisquer alteraes neste sentido, aps esta data, poderomodificar as reas inundadas. Tais alteraes j foram verificadas in loco em visita realizadaem novembro de 2003 e so do tipo: construo de dique de proteo no bairro SoTarcsio e construo sobre aterros na UNIVALE. Entretanto, ressalta-se, que as alteraesocorridas at novembro de 2003 no modificaram significativamente as reas inundveismapeadas. Outra possvel causa das diferenas a alterao do leito do rio, aps apassagem de grandes cheias e com a extrao contnua de areia, modificando a seo deescoamento, conseqentemente a linha dgua e as reas inundadas. Sendo assim,recomenda-se Prefeitura e a Defesa Civil que continuem com o trabalho de avaliao emapeamento das reas inundadas aps grandes cheias, permitindo que se faa averificao constante dos resultados apresentados por esse estudo.

    Como as possveis alteraes da ocupao urbana mencionadas anteriormente podemmodificar as reas inundadas, importante que de tempos em tempos se verifique acalibrao do modelo hidrulico. Para que isso seja possvel, sugere-se Prefeitura querecupere as sees de rguas, instaladas pela CPRM em 1998, nos bairros Santa Rita,Ponte da Ilha, So Tarcsio e Univale, e realize as leituras durante o perodo chuvoso.

    Esse mapeamento uma ferramenta importante na administrao de situaes deenchentes na cidade de Governador Valadares. Agora, alm da previso de qual nvel o rioDoce atingir com antecedncia de 12 e 24 horas, informaes fornecidas pelos operadoresdo Sistema de Alerta, a Defesa Civil e Prefeitura conhecero a rea que ser inundada. Issofacilitar a definio das medidas que devero ser aplicadas para minimizar os prejuzos.

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    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares 29

    A inundao da rea urbanizada de Governador Valadares, que se encontra principalmentena margem esquerda do rio Doce, se processa da seguinte maneira:

    ! At a cota de 400 cm na estao 56850000-Governador Valadares pertencente ANA,aproximadamente 250 cm na rgua do SAAE, a inundao se d em pontos isoladosconforme levantado pela prpria Prefeitura, tabela 4.1.1. A cota de 400 cm correspondea um perodo de retorno de 3 anos;

    ! Em torno da cota 450 cm na estao da ANA, aproximadamente 300 cm na rgua doSAAE, h um aumento significativo das reas inundadas, principalmente nos bairros SoPaulo, JK I, JK II e Jardim Alice. A cota de 450 cm corresponde a um perodo de retornode 6 anos.

    ! Por volta da cota 500 cm na estao pertencente ANA, aproximadamente 350 cm nargua do SAAE, boa parte da Ilha dos Arajos, bairro Santa Rita e parte do bairro SoPedro comeam a ser inundados. A cota 500 cm corresponde a um perodo de retornode 15 anos.

    ! Grande parte do bairro So Pedro inundada em torno da cota 550 cm na estaopertencente ANA, aproximadamente 400 cm na rgua do SAAE. A cota 550 cmcorresponde a um perodo de retorno de 50 anos.

    ! bairro Universitrio comea a ser inundado quando o nvel do rio se aproxima da cota600 cm na estao pertencente ANA, aproximadamente 450 cm na rgua do SAAE. Acota 600 cm corresponde a um perodo de retorno de 70 anos.

    A definio ou modificao do zoneamento territorial das reas no ocupadas sujeitas ainundao, principalmente na margem direita, pode ser realizada utilizando os resultadosdesse estudo. Assim, considerando os riscos de ocorrncia das inundaes recomenda-seque:

    ! Nas reas mais freqentemente inundadas (perodo de retorno menor do que 10 anos) aocupao seja por reas pblicas de lazer, do tipo parques, praas, etc.;

    ! Nas reas menos freqentemente inundadas (perodo de retorno entre 10 e 100 anos)sejam ocupadas por edificaes que os prejuzos quanto inundao no sejamsignificativos;

    ! As reas raramente inundadas (perodo de retorno maior do que 100 anos) sejamocupadas por residncias e estabelecimentos comerciais de um modo geral. Porexemplo: caso a plancie de inundao do rio Doce na cidade de Governador Valadaresainda no tivesse sido ocupada, recomendar-se-ia que a ocupao com residncias sedesse somente na rea no inundada para um perodo de retorno de 100 anos, ou seja,entre as cotas 600 e 650 cm da estao pertencente ANA.

    Nas reas j ocupadas podem ser adotadas normas de modo que permitam construesque minimizem as perdas na ocorrncia das cheias, como por exemplo, edificaes sobrepilotis com utilizao menos nobre ao primeiro piso. Alm disso, recomenda-se que sejadada uma ampla divulgao deste estudo para a populao ribeirinha, mostrando os riscosassumidos na ocupao de reas to prximas ao rio.

  • CPRM - Servio Geolgico do Brasil

    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares 30

    6 - BIBLIOGRAFIA

    Consrcio Esteio Embrafoto. Relatrio de Apoio Terrestre - Contrato n045/200-Somma. Curitiba, abril 2001.

    COSTA NETO, P. L. O. Estatstica. Ed. Edgard Blcher LTDA, 1977.CPRM. Sistema de Alerta contra Enchentes da Bacia do Rio Doce Relatrio Tcnico

    da Operao do Sistema de Alerta Dezembro de 1998 a Maro de 1999. BeloHorizonte, 1999.

    CPRM. Sistema de Alerta contra Enchentes da Bacia do Rio Doce Relatrio Tcnicoda Operao do Sistema de Alerta Dezembro de 2001 a Maro de 2002. BeloHorizonte, 2002.

    DNAEE. Boletim Pluviomtrico P5.02 Bacia do Rio Doce. Braslia, 1984.EASTMAN, J. R. Idrisi for Windows Users Guide version 2.0. Worcester-MA. Clark

    University. 192 p, 1997.FILLIBEN, J. J. The probality plot correlation test for normality. In: Technometrics, v. 17,

    no 1, p.111-117, 1975GOLDER ASSOCIATES. Bases Tcnicas para a Montagem da Rede Telemtrica,

    Previso do Tempo Real e Zoneamento da Plancie de Inundao da Cidadede Itajub - Relatrio Final. Belo Horizonte, 1999.

    HAAN, C. T. Statistical methods in hydrology. 2a ed. Ames, Iowa: The Iowa StateUniversity Press/Ames, 1979, 378p.

    INMET. Normais Climatolgicas 1960 a 1990.PIRES, C. L. F. Anlise de Freqncia - Reviso Metodolgica. In: A gua em Revista,

    n. 3. CPRM, Belo Horizonte, Out. , 1994, p. 13-22.U.S.Army Corps of Engineers. HEC-RAS River Analysis System Hydraulic Reference

    Manual Version 3.0. Davis, January 2001YEVJEVICH, V. Flood and Society, in: Rossi, G.; Harmancioglu, N.; Yevjevich, V. (ed.)

    Coping With Floods, pp. 3 - 9, 1992.VIANNA, A P.P. Utilizao de Modelagens Hidrolgica e Hidrulica Associadas a um

    Sistema de Informaes Geogrficas para Mapeamento de reas Inundveis -Estudo de Caso: municpio de Itajub- MG. Belo Horizonte, 2000.

  • ANEXO 01

    DEFINIO DA PLANCIE DE

    INUNDAO DA CIDADE DE

    GOVERNADOR VALADARES

    Relatrio Tcnico Final

    Modelos para clculo doperfil de linha d'gua

  • CPRM - Servio Geolgico do Brasil

    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares 1Anexo 1

    MODELOS PARA CLCULO DO PERFIL DE LINHA DGUA

    Os modelos de perfil de linha dgua so usados para clculo de nveis dgua emcanais. O modelo HEC-RAS do U.S Army Corps of Engineers, verso 3.0 de janeiro de2001, permite o clculo do perfil da linha dgua para escoamento unidimensionalpermanente gradualmente variado e no permanente em canais naturais ou artificiais.

    Na formulao do modelo HEC-RAS foram adotadas as seguintes premissas:! o regime de escoamento permanente;! o regime do escoamento gradualmente variado. Exceto em estruturas como

    pontes, bueiros e vertedouros, onde o regime bruscamente variado e soutilizadas a equao do momento e equaes empricas para o clculo da linhadgua.

    ! O fluxo unidimensional;! As declividades do canal so inferiores a 1:10.

    O perfil da linha dgua calculado de uma seo para outra atravs da equao daenergia, descrita a seguir, usando um processo interativo chamado de MtodoStandard.Onde:

    Y1 e Y2 so profundidades das sees transversaisZ1 e Z2 so cotas do fundo do canalV1 e V2 so velocidades mdias1 e 2 so coeficientes de velocidadeg acelerao da gravidadehe perda de energia

    A perda de carga entre as sees decorrente do atrito e perdas por contrao eexpanso.

    Onde:L comprimento do trechoSf declividade mdia representativa do atrito entre duas seesC coeficiente de perda por contrao ou expanso

    A distncia entre dois trechos calculada por:

    Onde:Llob, Lch, Lrob comprimentos dos trechos na seo transversal onde se d oescoamento esquerda na plancie, no canal e direita na plancie.Qlob, Qch, Qrob vazes que escoam em cada trecho esquerda na plancie, no canal e direita na plancie.

    ehg

    VZY

    g

    VZY +++=++

    22

    211

    11

    222

    22

    g

    V

    g

    VCSLh fe 22

    211

    222 +=

    robchlob

    robrobchchloblob

    QQQ

    QLQLQLL

    ++++=

  • CPRM - Servio Geolgico do Brasil

    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares 2Anexo 1

    Cada seo transversal dividida em subsees de acordo com a resistnciaoferecida ao escoamento, que pode ser representada pelo coeficiente de rugosidadede Manning. A vazo para cada subseo pode ser calculada atravs das equaesabaixo:

    Onde:

    K conduo por subseon coeficiente de rugosidade de ManningA velocidade de escoamento em cada subseoR raio hidrulico em cada subseo

    No canal principal o coeficiente de rugosidade pode variar, neste caso ele calculadopor:

    Onde:nc coeficiente de rugosidade equivalenteP permetro molhado do canal totalPi - permetro molhado de canal subseoni coeficiente de Manning de cada subseo

    A carga cintica mdia da seo transversal calculada atravs da equao:

    E o coeficiente de velocidade alfa pode ser obtido pela equao:

    Onde:At rea total do escoamento na seo transversalAlob, Ach, Arob rea de escoamento na plancie esquerda, no canal e na plancie direita Kt conduo total na seo transversalKlob, Kch, Krob conduo na plancie esquerda, no canal e na plancie direita

    2/1fKSQ =

    3/2

    3/5

    nP

    AK =

    ( )3/2

    1

    5,1

    =

    =

    P

    nPn

    N

    iii

    c

    21

    22

    2

    21

    12 22

    2 QQ

    g

    VQ

    g

    VQ

    g

    V

    +

    +=

    ( )3

    2

    3

    2

    3

    2

    32

    t

    rob

    rob

    ch

    ch

    lob

    lobt

    K

    A

    K

    A

    K

    A

    KA

    ++

    =

  • CPRM - Servio Geolgico do Brasil

    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares 3Anexo 1

    A perda por atrito mdia calculada atravs da equao:

    As perdas por contrao e expanso so obtidas por:

    O programa assume que a contrao ocorre se a velocidade a montante maior doque a jusante, caso contrrio ocorre a expanso.O fluxograma de clculo do programa HEC-RAS pode ser descrito pelas seguintesetapas:! Arbitra-se um valor para o nvel dgua da penltima seo, no caso do regime

    subcrtico e da segunda seo no caso de regime supercrtico;! Determina-se a velocidade;! Calcula-se a perda de carga;! Calcula-se o nvel dgua na penltima ou segunda seo dependendo do regime

    de escoamento;! Compara-se o valor calculado com o valor observado. Caso a diferena entre eles

    seja maior do que o tolervel, repete-se toda a operao.

    Se durante os clculos a profundidade crtica for atingida, ento a equao da energiano mais vlida, sendo necessria a utilizao da equao descrita abaixo:

    Onde:H energia especficaWS elevao do nvel dgua

    A profundidade crtica pode ser calculada pelo programa nos casos apresentadosabaixo:! O regime supercrtico foi especificado pelo usurio;! O clculo da profundidade crtica foi solicitado pelo usurio;! Checagem do regime de escoamento escolhido com as condies de contorno;! O programa no atinge durante a iterao o nvel de tolerncia aceitvel.

    Quando o regime bruscamente variado utiliza-se a equao do momento ouequaes empricas para o clculo do nvel dgua. A equao do momento baseadana segunda lei de Newton:

    Aplicando esta equao a um volume limitado por duas sees 1 e 2 tem-se:

    Onde:P presso hidrosttica nos pontos 1 e 2Wx peso da guaFf atritoQ vazo

    2

    21

    21

    ++

    =KK

    QQS f

    g

    V

    g

    VChce 22

    222

    211 =

    g

    VWSH

    2

    2+=

    = maFx

    xfx VQFWPP =+ 12

  • CPRM - Servio Geolgico do Brasil

    Definio da Plancie de Inundao da Cidade de Governador Valadares 4Anexo 1

    - densidade da guaVx - variao da velocidade de 2 para 1Sendo que a fora na direo X devido a presso hidrosttica :

    Para declividades pequenas cos aproximadamente igual a 0 ento:

    Onde: - peso especfico da guaAi rea molhada das sees 1 e 2Yi profundidades do nvel dgua at o centrode da seo transversal das reas 1 e 2O peso pode ser escrito por

    Onde:L distncia entre as sees 1 e 2 ao longo do eixo do x

    E a fora de atrito externo

    Onde:Sf declividade da linha de energia mdia

    O produto massa vezes acelerao pode ser escrito como:

    Onde: - Coeficiente do momento que explica a variao da velocidade em canaisirregulares

    Finalmente a equao do momento representada por

    cosYAP =

    111 YAP =222 YAP =

    LAA

    W

    +=

    221

    LSAA

    F ff

    +=

    221

    ( )2211 VVgQ

    ma =

    111

    11210

    2122

    2

    22

    22YA

    gA

    QSL

    AALS

    AAYA

    gA

    Qf +=

    +

    +++

  • ANEXO 02

    DEFINIO DA PLANCIE DE

    INUNDAO DA CIDADE DE

    GOVERNADOR VALADARES

    Relatrio Tcnico Final

    Fichas descritivas das 6 sees transversaisdo rio Doce em Governador Valadares

    com sees de rguas

  • FICHA DESCRITIVA DE ESTAO HIDROMTRICA - ON STREAM56850000GOVERNADOR VALADARES FrDSQT

    Doce Atlntico Sul (Leste)

    Sede Governador Valadares MG

    39.828 Km Oceano Atlntico

    21.12.37 DIV.GUAS/DNPM01.01.76 CPRM

    11.02.76 CPRM

    13.08.72 CPRM

    Folha SE-24-Y-A-IV, Governador Valadares, esc.: 1:100.000, 1980.

    1852'56" S 4157'03" WG 150 m

    1,7 km jusante da barra do cr. da Ona, 1,5 km montante da barra do cr. Figueira, 125 m a jusante da ponte da BR 116 que liga Valadares a Caratinga sobre o rio Doce, dentro da fbrica de refrigerantes IATE.

    Pela rodovia Belo Horizonte - Monlevade - Governador Valadares (BR-381).

    direita

    5 lances com 7 rguas de alumnio, fixadas em estacas suporte:

    1 LANCE 000/300 cm

    2 LANCE 300/400 cm

    3 LANCE 400/500 cm

    4 LANCE 500/600 cm

    5 LANCE 600/700 cm

    RNP-3 6.867 mm calota de alumnio fixada em bloco de concreto

    RN-2= 3.733 mm parafuso de ferro fixado em bloco de concreto

    SEO MEDIDORA: nica, 22,20 m jusante das escalas

    Medio detalhada com molinete, de barco, em qualquer poca do ano. Cabo de ao permanente 1/4", com marcao de 10 em 10 m. Largura aproximada de 310 m.

    Reinstalada em 13.08.72, pela CPRM, 66 m jusante do antigo posto, com o mesmo zero.

    ESTAO: TIPO: CDIGO:

    RIO: BACIA:

    DISTRITO: MUNICPIO: ESTADO:

    REA DE DRENAGEM: DRENAGEM GERAL:

    REDE HIDROMTRICA DA ANA

    ENTIDADE OPERADORA: CPRM/BH

    ESTAO DATA DAINSTALAO

    ENTIDADE DATA DAREINSTALAO

    ENTIDADE

    FLUVIOMTRICAFLUVIOGRFICASEDIMENTOMTRICAQUALIDADE DAS GUAS

    REF.CARTOGRFICA:

    LATITUDE: LONGITUDE: ALTITUDE:

    LOCALIZAO:

    ACESSIBILIDADE:

    DESCRIO, INCLUINDO EQUIPAMENTOS E PROCESSOS DE MEDIES:

    EQUIPAMENTOS E PROCESSOS DE MEDIO DE DESCARGA:

    telemtrica 20.03.84 HIDROLOGIA S/A

    Coordenadas geogrficas obtidas na referncia cartogrfica em dez/99. Datum horizontal: SAD - 69 .

    ROT: 17

    Observaes:

    MARGEM:

    RGUAS:

    RRNN:

  • 09/07/00

    Rio Doce - Nasce na Serra Trapizonga, municpio de Ressaquinha-MG, com o nome de rio Piranga. Afluentes m.e.: rio Carmo, rio Piracicaba, Santo Antonio, Suaui Grande, m.d.: rio chopot, Casca, Matip, Cuit, Manhuau, Guandu. Desgua no Oceano Atlntico-ES. rea da bacia hidrogrfica: 84.700 Km.

    trecho retilneo

    M.D - terra com vegetao rasteira; inclinao suaveM.E - terra sem vegetao; inclinao suave

    Corredeira (em frente s escalas, sem afloramento)

    4,63 m (m.d.)

    Jos Ferreira da Silva (Ajudante:Estcio-3221-4369)

    Rua Monte Castelo, n 445 Bairro Vila dos Montes- Gov. Valadares.

    Primrio

    Guarda

    Rochoso e arenoso

    POTOMOGRAFIA:

    CONFORMAO EM PLANTA:

    NATUREZA E INCLINAO DAS MARGENS:

    NATUREZA DO LEITO:

    CONTROLE ( TIPO) :

    COTA DE TRANSBORDAMENTO:

    OBSERVADOR:

    NOME: PROFISSO:

    INSTRUO:

    ENDEREO:

    DISTNCIA DA RESIDNCIA AT A ESTAO:

    CROQUI:

    RESPONSVEL: EM:

    01/01/98OBSERV. A PARTIR DE:

    (33) 3225-4170TELEFONE:

    56850000

    CPF:

  • FICHA DESCRITIVA DE ESTAO HIDROMTRICA - ON STREAM56850001GOVERNADOR VALADARES-SAAE F

    Doce Atlntico Sul (Leste)

    Sede Governador Valadares MG

    39.828 Km Oceano Atlntico

    24/10/02 CPRM

    Folha SE-24-Y-A-IV, Governador Valadares, esc.: 1:100.000, 1980.

    1852'56" S 4157'03" WG 150 m

    Na rea do SAAE de Governador Valadares.

    Pela rodovia Belo Horizonte - Monlevade - Governador Valadares (BR-381).

    Esquerda

    6 lances com 7 rguas de alumnio, fixadas em estacas suporte:

    1 LANCE 000/2