59
Contagem de palavras: 8708 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE SETÚBAL Aluno: Manuel Cândido Calado 100271005 Orientador (Empresa/Instituição): Eng.º Pedro Almeida Professor Supervisor Prof. Sérgio Sousa Data de início: 01/02/2012 Data de Conclusão: 31/05/2012 Pronto/Entregue em : 04-06-2012 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS, MANUTENÇÃO E AUTOMAÇÃO Ano 2010-2012 Relatório de Estágio Curricular

RelatórioEstágioFinal

Embed Size (px)

Citation preview

Contagem de palavras: 8708

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE SETÚBAL

Aluno: Manuel Cândido Calado

100271005

Orientador (Empresa/Instituição): Eng.º Pedro Almeida

Professor Supervisor Prof. Sérgio Sousa

Data de início: 01/02/2012 Data de Conclusão: 31/05/2012

Pronto/Entregue em: 04-06-2012

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS, MANUTENÇÃO E AUTOMAÇÃO

Ano 2010-2012

Relatório de Estágio Curricular

I

Agradecimentos

A frequência de um estágio possibilita sempre o contacto com novas realidades,

permeadas de uma componente pedagógica.

Não posso deixar de aqui expressar a minha gratidão a todas as entidades que me

permitiram essa experiência de aprendizagem.

Especialmente ao Engenheiro Joaquim Belfo, cuja boa vontade e diligência me

abriu as portas para estagiar na fábrica onde havia exercido a minha actividade

profissional nos últimos anos.

Ao Engenheiro Pedro Almeida, pela gentileza de prontamente ter aceitado a

orientação deste estágio, pela simpatia, disponibilidade e apoio sempre que necessário.

Igualmente a boa vontade do Doutor Gonçalo Antunes, do Departamento de

Recursos Humanos da EFACEC, que me proporcionou o estágio através desta empresa

e neste local específico: a fábrica de pasta do grupo Portucel Soporcel em Setúbal.

Ao Encarregado de Zona, o Sr. Santos Alvo, pelo apoio, compreensão e amizade

durante o estágio.

Aos técnicos Humberto Chagas, Rogério Segura, Virgolino Parreira e Rui

Barbeiro, pelo acompanhamento em vários casos de manutenção e pela disponibilidade

e paciência no apoio prestado durante o estágio.

A todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a conclusão desta etapa

de aprendizagem.

Um bem-haja a todos!

II

Índice

Agradecimentos ............................................................................................................ I

Abreviaturas ............................................................................................................... III

1 Introdução .............................................................................................................. 1

1.1 Apresentação da entidade de acolhimento ..................................................... 1

1.2 Motivos para a escolha da entidade de acolhimento ...................................... 2

2 Objectivos do trabalho ........................................................................................... 3

2.1 Motivações, atitudes ....................................................................................... 3

3 Trabalho a realizar ................................................................................................. 4

3.1 Novo quadro para a central telefónica ............................................................... 5

3.2 Condição da protecção de temperatura a motores de média tensão ................ 14

3.3 Pressurização das salas eléctricas .................................................................... 23

3.4 Trabalho de manutenção diária ........................................................................ 25

4 Conclusão ............................................................................................................ 29

Bibliografia ................................................................................................................ 30

Anexo 1: Consulta para orçamentação referente à central telefónica ....................... I

Anexo 2: Resposta ao trabalho na central telefónica ............................................. IV

Anexo 3: Esquema final do quadro da central telefónica .................................... VIII

Anexo 4: E-mail enviado sobre intervenção em motores de média ...................... IX

Anexo 5: Resultado global referente aos motores de média tensão ..................... XII

Anexo 6: Exemplo de esquema de cela para motor de média tensão ................... XV

Anexo 7: Exemplos de esquemas a corrigir ....................................................... XVII

Anexo 8: Esquemas corrigidos ........................................................................... XIX

Anexo 9: Levantamento da pressurização das salas eléctricas ........................... XXI

Anexo 10: Cronograma semanal de actividades ............................................... XXIII

III

Abreviaturas

��� Ampére (unidade de corrente eléctrica)

BT Baixa tensão

CERTIEL Associação Certificadora de Instalações Eléctricas, é uma pessoa colectiva de direito privado, sem fins lucrativos e com autonomia técnica, administrativa, económica e finaceira.

DECT Digital Enhanced Cordless Telecommunications

FSC®

(Certificação voluntária) Meio de certificação baseada no mercado que promove uma gestão florestal responsável a nível mundial, assegurando que os produtos são provenientes de culturas e colheitas fidedignas.

Ib Corrente de serviço expressa em Ampére

In Corrente estipulada expressa em Ampére

Iz Corrente máxima admissível expressa em Ampére

I2 Corrente convencional de funcionamento expressa em Ampére

IPS Instituto Politécnico de Setúbal

kV (kilovolt – milhar de volts) Volt - Unidade de tensão eléctrica

MT Média tensão

P Potência activa

PEFCTM

Programa para Emissão de Certificação Florestal. É uma organização internacional sem fins lucrativos, não-governamental dedicada à promoção de uma gestão florestal sustentável através de uma certificação independente.

RTIEBT Regras Técnicas de Instalações Electricas de Baixa Tensão, portaria n.º 949-A/2006 de 11 de Setembro.

S Potência aparente

SBA Sala de alimentações de média tensão (6kV), ou “Sala de Barramentos de Alta”.

SML1ELIN

Designação do departamento de manutenção para a zona de produção de pasta de papel, incluindo digestores, crivagem, tiragem e bombagem de pasta. Na fábrica de pasta do grupo Portucel Soporcel em Setúbal.

IV

SMLPMELE

Designação do departamento de manutenção para a zona de produção de aparas de eucalipto – a matéria-prima para a produção de pasta.

Esta zona também é conhecida como o “Parque de Madeiras” na fábrica de pasta do grupo Portucel Soporcel em Setúbal.

UPS Uninterruptible Power Supply

���� Volt Ampére (unidade de potência aparente)

��� Watt (unidade de potência activa)

V

Índice de Ilustrações

Ilustração 1: Local para novo quadro .......................................................................... 5

Ilustração 2: UPS ......................................................................................................... 5

Ilustração 3: Banco de baterias .................................................................................... 5

Ilustração 4: Circuito de comutação automática de referência .................................... 7

Ilustração 5: Levantamento efectuado ao circuito de referência ................................. 8

Ilustração 6: Esquema desenhado e proposto para verificação/aprovação ................ 10

Ilustração 7: Interior do quadro, durante o ensaio. .................................................... 11

Ilustração 8: Novo quadro já montado no local ......................................................... 12

Ilustração 9: Identificação de representação irregular de shunt no desenho .............. 17

Ilustração 10: Circuito antes da correcção ................................................................. 18

Ilustração 11: Circuito corrigido a vermelho ............................................................. 18

Ilustração 12: Circuito antes da correcção ................................................................. 19

Ilustração 13: Circuito após a correcção (a vermelho) .............................................. 19

Ilustração 14: Compartimento de BT de uma cela de MT no Parque de Madeiras ... 19

Ilustração 15: Caixa de ligações das sondas de temperatura no 321P051 ................. 20

Ilustração 16: Esquema de ligações de referência, na tampa da caixa. ..................... 21

Ilustração 17: Medidor de coluna líquida instalado junto a carregador de baterias .. 23

Ilustração 18: Diferentes tipos de medidores de pressão utilizados .......................... 24

Ilustração 19: Evidencia de atmosferas quimicamente reactivas e perigosas ............ 24

Ilustração 20: Vista parcial da saída de uma cela de 6kV ......................................... 28

Ilustração 21: Painel traseiro de cela de média tensão ............................................... 28

Ilustração 22: Contactor de média tensão extraído .................................................... 28

1

1 Introdução

O presente trabalho constitui o relatório de estágio no âmbito do Curso de

Especialização Tecnológica de Instalações Eléctricas, Manutenção e Automação

ministrado pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal – Instituto Politécnico de

Setúbal.

O referido estágio teve a duração de 600 horas e decorreu na Fábrica de Pasta e Papel

do Grupo Portucel Soporcel, em Setúbal, entre o dia 2 de Fevereiro de 2012 e o dia 31

de Maio de 2012, sob a orientação do Sr. Eng. Pedro Almeida.

1.1 Apresentação da entidade de acolhimento

A PORTUCEL – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA é uma sociedade aberta,

com sede na Península da Mitrena, Freguesia do Sado, em Setúbal, e matriculada na

Conservatória do Registo Comercial de Setúbal sob o nr. 05888

Pessoa colectiva n.º 503025798

Capital social: 767.500.000 Euros

O Complexo Industrial de Setúbal, localizado na Mitrena, junto ao estuário do Sado

inclui duas unidades industriais que funcionam de forma integrada: a fábrica de pasta

branqueada de eucalipto e a fábrica de papel.

A fábrica de pasta de Setúbal é uma das mais importantes do Sul da Europa, tanto em

dimensão como em tecnologia. Destaca-se pelo seu desempenho energético, sendo auto-

suficiente na produção de energia através do recurso à biomassa e gerando um

excedente que é vendido à rede eléctrica nacional.

A matéria-prima, o Eucaliptos Globulus, é na sua maioria proveniente da floresta

portuguesa. Os seus produtos têm origem em florestas geridas no mais estrito respeito

pelo ambiente e são fabricados com recurso a energias naturais e renováveis. O grupo

Portucel Soporcel é responsável por um património florestal de 120 mil hectares, cujo

modelo de gestão se encontra certificado por sistemas internacionais FSC® e PEFCTM.

Toda a actividade do grupo Portucel Soporcel assenta num ciclo de desenvolvimento

sustentável. O bom desempenho ambiental das suas unidades fabris reflecte o

investimento significativo e permanente nas melhores técnicas disponíveis na área

ambiental.

Nomeadamente:

•Redução dos consumos de água por tonelada de produto produzidos;

•Aumento da utilização de energia renovável;

2

•Diminuição do consumo de combustíveis fósseis;

•Redução das emissões de CO2 por tonelada de produto;

•Melhoria na gestão de resíduos.

Sendo assim a missão da empresa: produzir e comercializar papel de alta qualidade a

partir da fibra de eucalipto, obtida de uma floresta cuidada e sustentável, e transformada

num parque industrial tecnologicamente avançado, maximizando o valor para os

clientes e para os accionistas.

O local onde fui inserido para cumprir o meu estágio, o departamento de manutenção

na fábrica de pasta do complexo fabril de Setúbal, cujo responsável é o Eng. Joaquim

Belfo incorpora várias zonas. A zona onde fui estagiar, a zona de fibra (SML1ELIN)

está a cargo do Eng. Pedro Almeida no que se refere a manutenção da parte eléctrica. O

encarregado na oficina local é o Sr. Santos Alvo. Existem também os técnicos que

cumprem os trabalhos necessários de manutenção local, nas especialidades de mecânica,

electricidade e instrumentação. Nesta fábrica as especialidades de instrumentação,

electrónica e electricidade foram extintas, estando agora agrupadas numa única

designação. Os técnicos das diferentes áreas receberam formação profissional e

pretende-se que desempenhem agora as diversas tarefas como um todo. Esses técnicos

anteriormente designados como instrumentistas, técnicos de electrónica ou electricistas

são agora designados genericamente como técnicos de controlo e potência, estando

habilitados a desempenhar as funções das diferentes áreas, sendo bastante polivalentes.

É neste contexto que se enquadra o meu estágio.

1.2 Motivos para a escolha da entidade de acolhimento

Os motivos que conduziram à escolha desta entidade para a realização do estágio

foram as seguintes:

Antes de mais, a fábrica de pasta e papel do grupo Portucel Soporcel em Setúbal tem

uma localização próxima ao campus do IPS, o que me permite continuar a estudar com

facilidade em regime nocturno.

Depois, esta é uma empresa onde se tem continuamente investido em inovação

tecnológica em todos os aspectos do processo de fabrico, proporcionando só pelo facto

de poder circular livremente dentro do espaço fabril um contacto com os mais variados

equipamentos, de diferentes fabricantes, cumprindo diversas funções. Este factor é

sempre aliciante pela sua componente prática e formativa.

3

E finalmente, o facto de já ter colaborado por bastante tempo em serviços de

manutenção em algumas zonas desta fábrica, conduziu-me inevitavelmente a uma

consciência de que existe muito mais para experimentar e apreender aqui do que me

fora acessível até então, sabendo de antemão que um estágio aqui seria uma experiência

enriquecedora.

2 Objectivos do trabalho

A área de automação e manutenção em instalações eléctricas é certamente muito

vasta. Existe a possibilidade de tomar contacto com grande parte desse domínio numa

fábrica como a Portucel de Setúbal, onde qualquer que seja a zona de trabalho em que

nos encontremos, o nível de complexidade e importância das instalações eléctricas nas

suas diversas vertentes é sempre preponderante. Isso a par de continuas melhorias do

processo fabril através do gabinete de projectos e o seu acompanhamento, tornam o

estágio nesta fábrica uma experiência privilegiada a nível prático e pedagógico.

Usufruir dessa heterogeneidade como experiência e simultaneamente desenvolver

um trabalho que pudesse ser uma mais-valia para o centro fabril foi a minha meta

inicial. Realmente isso não seria difícil de conseguir mesmo que só desenvolvesse

trabalhos de manutenção diária regular, seja na forma de manutenção preventiva ou

correctiva programada ou não programada.

Pretendo então aqui descrever as minhas actividades ao longo dos últimos quatro

meses na fábrica de pasta da Portucel.

2.1 Motivações, atitudes

Saber reconhecer a necessidade de colaborar e saber como o fazer, ao executar um

trabalho de manutenção com os técnicos da zona, como por exemplo a substituição de

um motor de 6kV, é sempre uma qualidade apreciada pelos colegas.

Se estar motivado para agir em caso de uma intervenção urgente é apreciado e

permite um relacionamento interpessoal de confiança, manter uma atitude de vigilância

e crítica quanto aos riscos inerentes ao manuseamento de equipamentos com tensões

relativamente elevadas é sempre necessário.

Um ambiente industrial apresenta sempre riscos. Riscos que devem ser controlados

através de normas e equipamentos de segurança colectivos e individuais bem como pelo

emprego de bom senso e discernimento por parte dos técnicos, mantendo sempre uma

4

atitude crítica e de vigilância relativamente à possibilidade de riscos inerentes a cada

tarefa.

Devem ser escrupulosamente obedecidas as normas de segurança internas e

consignações ao intervir em equipamento eléctrico e, ou acionamentos

electromecânicos. Na verdade esta é a forma de trabalho que está implementada no

complexo fabril da Portucel em Setúbal.

A matéria de segurança e higiene no trabalho tomou importância crescente nas

últimas décadas, talvez impulsionada por imposições devidas à necessidade de

certificação e conformidade com normas internacionais… porém no meu caso este é um

assunto que se reveste de características pessoais: passei muitos anos exercendo

profissionalmente em diversas industrias; vi desaparecerem do mundo do trabalho

demasiados colegas vítimas de acidentes e eu mesmo passei por situações sérias de

baixa ao seguro, onde vi nos hospitais como os acidentes de trabalho deixam marcas

permanentes nas pessoas e famílias. Existem também os custos materiais e económicos

envolvidos.

Sinto que é preciso realmente ter uma experiência própria e pessoal no tema para lhe

dar a devida importância, o que talvez só se adquira ao ter de socorrer um colega

desfalecido numa poça de sangue, ou ver desaparecerem colegas numa atmosfera que

subitamente se tornou explosiva… essa é, infelizmente, a minha experiência pessoal no

assunto.

Existem demasiados riscos sérios na indústria o que faz com que a matéria de

segurança e higiene no trabalho seja um dos assuntos mais importantes a ter em conta.

3 Trabalho a realizar

A zona onde se iria realizar o trabalho deste estágio ficou definida na reunião de

apresentação no primeiro dia de estágio na empresa. Seria a zona de fabrico da pasta de

papel: digestores, crivagem, branqueamento de pasta, bombagem de pasta para fábricas

de papel e tiragem de pasta desidratada. Globalmente esta zona é designada por

SML1ELIN, também conhecida como “Zona 1”. Será suposto que acompanhe algumas

intervenções de manutenção – pois seria impraticável acompanhar as intervenções de

todos os técnicos da zona.

Além das acções diárias de manutenção provenientes de ordens de trabalho, onde

deveria acompanhar e colaborar com os técnicos da zona, foram-me atribuídos nesta

5

reunião alguns trabalhos mais específicos aos quais deveria dedicar-me paralelamente.

Um destes trabalhos foi a alteração da alimentação eléctrica à central telefónica da

fábrica de pasta.

A central telefónica promove a comunicação entre as zonas do complexo industrial

da Portucel Soporcel em Setúbal, as comunicações com os centros fabris de Cacia, da

Figueira da Foz e também como com o exterior.

É uma secção que pela sua natureza de funcionamento, não apresenta as mesmas

necessidades de manutenção de outro equipamento instalado na zona. É no entanto de

relevância extrema para o funcionamento do complexo fabril. Na verdade as

comunicações diárias a nível interno e externo são de suma importância para o

funcionamento do complexo fabril como um todo, estando implementada uma rede

interna DECT da Alcatel para as comunicações neste centro, rede essa conectada

directamente aos outros centros fabris através de protocolos com os prestadores de

serviço externos para as comunicações.

Ficou também implícito nesta primeira reunião de apresentação que caso estes

trabalhos decorressem favoravelmente poderia dedicar-me a um outro, relacionado com

a protecção de temperatura dos motores de média tensão (6 kV). Este trabalho seria

abordado pormenorizadamente em outra ocasião.

3.1 Novo quadro para a central telefónica

Assim, fui no primeiro dia de estágio conduzido pelo encarregado da zona, o Sr.

Santos Alvo, à central telefónica. Aí rapidamente me foram mostrados os bastidores da

instalação de telefones, os diversos equipamentos de comunicação de prestadores de

serviços, como a ONI, a Portugal Telecom etc. Foi-me explicado como os sistemas

estavam geridos por um programa de gestão de comunicações, e mostrada uma UPS

fora de serviço a um canto da sala, junto a um grupo de baterias.

Ilustração 1: Local para novo quadro Ilustração 2: UPS Ilustração 3: Banco de baterias

6

Existia um quadro eléctrico junto à entrada que alimentava todos os equipamentos de

comunicações (ilustrações 1 a 3).

Era suposto que eu concebesse um novo quadro para esse local a fim de substituir o

existente. Este novo quadro vai alimentar a UPS que actualmente está fora de serviço.

O quadro a implementar deverá ter a seguinte filosofia de funcionamento:

- Possuir duas alimentações comutáveis automaticamente.

- Uma alimentação será proveniente da UPS actualmente fora de serviço.

- A outra alimentação será proveniente da tensão normal proveniente do quadro do

piso.

- Na eventualidade da tensão à saída da UPS falhar, comuta automaticamente para a

tensão normal (comutação temporizada).

- Quando a UPS estiver novamente em serviço (saída da UPS com tensão), comuta

novamente (com temporização) para a alimentação proveniente da UPS, alimentação

essa estabilizada e com mais fiabilidade.

- A alimentação do quadro e respectivos consumidores da central telefónica, deverá

ser feita preferencialmente pela UPS.

Dados da UPS retirados da etiqueta de características do equipamento:

Potência: 20000����; 16000���. Cálculo do factor de potência para o equipamento:

� = ���� → ���� = 16

20 = 0,8

Cálculo da corrente por cada fase:

�� = 20000√3 ∙ 400 = 28,868���

Considerou-se um coeficiente de utilização e um factor de utilização de 1 para os

cálculos, porém sabe-se que a corrente debitada da UPS será bastante inferior.

Por consulta de tabela de protecções para disjuntores trifásicos, para um Ib de

28,86���, teremos uma In correspondente de 32��� e uma I2 de 46���. Segundo o quadro 52 C9 do RTIEBT, teremos um Iz de 60���, para 3 condutores

carregados a que corresponde um cabo de secção de 10 mm2.

�� ≤ �� ≤ �� → 28,868 ≤ 32 ≤ 60 �

�� ≤ 1,45�� → 46 ≤ 87 �

Comprovação da queda de tensão para um comprimento de cerca de 27 metros de

cabo, conforme ficha 29 da CERTIEL (deverá ser sempre inferior a 1,5% no total):

7

Δ"�%� = 100$%

& '( )� ∙ ���� + + ∙ ) ∙ �,-�. ∙ ��

Δ"�%� = /%%01 1 20,0225

�3/% ∙ 0,8 + 0,00008 ∙ 27 ∙ 0,64 ∙ 28,868 ≃ 0,6% �

De referir que nestes cálculos não se tomou em linha de conta a eventual presença de

harmónicas.

Por recomendação do fabricante no manual da UPS, resolveu projectar-se para

utilização um cabo de 16mm2 de secção. Posteriormente verificou-se que na fábrica, o

cabo disponível para este trabalho era na realidade de 25 mm2 de secção, o qual ficou

instalado excedendo em muito a secção necessária – o que só beneficia as condições de

serviço do equipamento (encarecendo a obra, o que não é um problema nesta situação).

O cabo disponibilizado para alimentação ao quadro, a partir da UPS foi realmente de

10mm2, o que se insere perfeitamente nos cáculos efectuados.

Foi-me sugerido que o circuito para a comutação automática se baseasse num

circuito já existente e actualmente desactivado, o qual já se comprovara funcionar

satisfatoriamente (ver ilustração 4).

Ilustração 4: Circuito de comutação automática de referência

8

Ilustração 5: Levantamento efectuado ao circuito de referência

Também se pretendeu que o equipamento deste quadro fosse de fácil intervenção por

parte do técnico de manutenção em caso de anomalia. Optou-se assim por aplicar

componentes usuais e que geralmente estão disponíveis em armazém na Portucel,

podendo estes componentes ser até facilmente substituídos por outros que cumpram as

mesmas funções sem qualquer inconveniente. Evitou-se a utilização de pequenos

autómatos ou relés específicos para detectar presença de fases, o que poderia tornar

mais demorada uma possível necessidade de pronta reparação. Providenciou-se assim

que uma eventual falha de comunicações fosse reduzida ao menor tempo possível.

De notar porém que caso aconteça uma falha de comunicações, se mantém neste

quadro uma temporização que obriga sempre a um compasso de espera quando se

comuta de uma fonte de alimentação para outra. Pretende-se com isso garantir que as

fontes individuais de cada equipamento se descarreguem abaixo de um determinado

nível, permitindo um completo “reset”. Evitam-se assim possíveis conflitos de

funcionamento que poderiam ocorrer quando se dão cortes bruscos na tensão de

alimentação, seguidos imediatamente da ligação de uma outra fonte, causando

transitórios possíveis de interferir com o equipamento electrónico.

Assim o circuito projectado e mostrado na ilustração 6 funciona da seguinte forma:

os relés R1, R2 e R3 detectam a presença de tensão em cada uma das fases provenientes

da UPS. Caso essa tensão esteja presente é desligado o contactor K2, que caso contrário

providencia alimentação ao quadro a partir da rede normal.

9

Estando a alimentação da UPS presente e K2 já desligado, existirá um tempo de

espera total de cerca de 7,5 segundos até atracar o contactor K1, alimentando o quadro a

partir da tensão da UPS presente. Este tempo de espera permite o reset dos

equipamentos de comunicação e é providenciado quer pela temporização proveniente do

desatracar do contactor K2, caso este tenha sido forçado a tal, quer também pelo relé de

temporização em linha RT1 que atrasa o fecho do contacto interno quando sob a

presença de uma tensão. No caso deste relé o compasso de espera é de 2,5 segundos.

Após estas operações a central telefónica funcionará normalmente alimentada pela

UPS.

Caso falte alguma das fases provenientes da UPS, o respectivo relé irá desatracar, o

que provoca sempre o desatracar do relé R3 e imediatamente o desatracar do contactor

K1, que alimenta o quadro a partir da UPS. Isto dá condição para que seja ligado K2

alimentando o quadro a partir da tensão de rede, se existente, e após a temporização

providenciada pelos contactos temporizados de K1 e RT2.

Após a presença de tensão proveniente da UPS nas 3 fases o processo é como o

descrito inicialmente.

10

Ilustração 6: Esquema desenhado e proposto para verificação/aprovação

11

Nesta fábrica, em muitos locais o neutro e a terra de protecção estão interligados (são

equipotenciais). Neste caso já existe no quadro que alimentará este novo que agora se

projecta, uma separação entre a terra de protecção e o neutro. Foi por tal necessário que

existisse também separação entre a terra e o neutro no nosso quadro, submetido a

análise e aprovação pelo Sr. Eng. Pedro Almeida, após convenientemente desenhado em

autocad.

O processo de consulta para orçamentação foi enviado a três empresas que

geralmente já colaboram em diversos trabalhos deste género para o centro fabril de

Setúbal.

Após a atribuição da empreitada, foi verificado e ensaiado o funcionamento do

automatismo do quadro nas instalações da empresa adjudicatária. Esta inspeção prévia

pode ser uma boa prática quando se deseja um maior cuidado na execução do

equipamento, antes da sua montagem no local definitivo.

Ilustração 7: Interior do quadro, durante o ensaio.

Durante a montagem, verificou-se a indisponibilidade no mercado de um dos relés

referidos na lista de materiais: o relé temporizado RE1 LA002 da Telemecanique, que

foi substituído pelo relé RE11 LAMW da Schneider Electric, após alguma estranheza

por parte do quadrista ao constatar que o referido relé não mostrava no circuito de

12

comando uma bobina para actuação do mesmo. Na verdade este é um relé “em linha” e

não necessita de uma bobina de comando para actuar como temporizador na linha do

circuito onde se encontra inserido, como se pode verificar por consulta do esquema-tipo

através do site da Schneider Electric apresentado na bibliografia.

O meu trabalho consistiu também em acompanhar pessoalmente os trabalhos de

montagem do quadro no respectivo local por parte da empresa adjudicatária, neste caso

a ReléMarket. Também fez parte das minhas funções colaborar com esta empresa e

providenciar o material necessário que não fazia parte do fornecimento contratual,

devendo ser fornecido pela Portucel, como foi o caso dos cabos eléctricos necessários

para a alimentação ao quadro e UPS. Também me competiu estar disponível para

esclarecer qualquer dúvida que surgisse durante a instalação e providenciar resolução

para qualquer dúvida surgida durante a montagem dos equipamentos.

Após acompanhamento dos trabalhos de montagem do quadro, construção do

caminho de cabos necessário, em esteira, bem como a passagem dos cabos de

alimentação, prestando a assistência necessária a nível de instruções ou providenciando

materiais de armazém, foi também necessário que procedesse a actualização do

esquema anteriormente mostrado na ilustração 6, onde deverá agora constar a afixação

“As Built”, bem como qualquer alteração efectuada durante a construção para que seja

arquivado conforme está efectivamente implementado em campo.

Ilustração 8: Novo quadro já montado no local

13

Este esquema final foi entregue ao meu orientador de estágio na Portucel e deverá ser

encaminhado para o departamento de projectos/sala de desenho a fim de lhe ser

atribuído número e arquivado. Uma cópia deste desenho foi colocada no quadro

instalado e pode ser visto no anexo 3.

A ligação dos consumidores ao quadro instalado, ou seja as alimentações aos

diversos equipamentos de comunicações, deverá ser feita em fim-de-semana a agendar

pelo departamento de manutenção, após beneficiação do banco de baterias e da UPS

pela assistência técnica pós venda da marca deste equipamento.

A execução desta transição de alimentações deverá fazer-se numa altura conveniente

em que o corte de comunicações apesar de breve não venha a ter um impacto

significativo onde se possa fazer notória a sua falta. Existe a possibilidade deste trabalho

vir a ser efectuado por etapas, sendo porém preferencialmente feito de uma só vez.

Acompanhei o Sr. Santos Alvo e um colega técnico da zona, o Sr. Virgolino Parreira

à central telefónica, onde o sr. Virgolino ficou inteirado desta ultima fase do trabalho,

pois será ele a passar os cabos de alimentação dos diversos consumidores até ao quadro

agora instalado e a proceder à troca de alimentações quando for oportuno.

Infelizmente a assistência técnica do representante da UPS não se deslocou ao local

para beneficiação deste equipamento antes do final do meu estágio e consequentemente

não me foi possível ver em funcionamento esta instalação.

Em resumo devo dizer que este trabalho se tratou sobretudo de dimensionar e

projectar um quadro de alimentação conforme as especificações desejadas para o local,

as respectivas canalizações eléctricas e a verificar a melhor maneira de proceder à

montagem do equipamento. Desenhar o esquema eléctrico utilizando o Autocad

seguindo o procedimento normalmente utilizado na Portucel e disponibilizar o trabalho

para aprovação superior.

Tratou-se seguidamente de compor um pedido de orçamentação conforme o usual

nestes casos e aguardar a resposta de três empresas.

O processo de negociação decorreu em departamento próprio e após adjudicação do

trabalho coube-me novamente acompanhar a execução da empreitada, colaborando com

a empresa exterior e tendo-me inclusive deslocado à oficina desta empresa com o Sr.

Santos Alvo para inspecionar o quadro encomendado.

Após isso o meu trabalho terminou com uma inspecção pelo meu supervisor de

estágio na Portucel e acompanhamento do colega que irá efectuar as ultimas ligações

necessárias para colocar o equipamento em operação.

14

3.2 Condição da protecção de temperatura a motores de média tensão

Neste trabalho pretende-se dar continuidade a um trabalho já iniciado anteriormente

por outro colega e do qual existe um registo inicial em Excel.

Pretende-se normalizar o sistema de protecção de temperatura dos motores de média

tensão (6KV) de toda a fábrica, envolvendo a normalização do tipo de sondas instaladas

nos motores e, se possível, a uniformização do tipo de relés de protecção usado nas

celas.

A diferença entre as diversas celas dependerá só da aplicação específica de cada

motor, podendo existir só alarme de temperatura, ou também o desligar automático de

alimentação de média tensão ao motor ao ser atingido determinado nível de temperatura

definido nos relés de protecção. Cada caso deverá ser tratado conforme as suas

especificidades, porém através de equipamentos uniformizados, situação essa que não se

verifica integralmente no momento.

O trabalho consiste em determinar alguns tipos de sondas ainda não completamente

identificados no trabalho anterior. E sobretudo em verificar como está a ser tratada em

cada caso específico a informação de temperatura alta nos enrolamentos e chumaceiras

de cada motor. Pretende-se saber se acontece só um alarme na cela, se esse alarme é

enviado para o sistema de controlo de processos, se a cela desliga a alimentação ao

motor, ou se ambas as condições acontecem conforme a parametrização dos relés de

protecção de temperatura.

Recebi os dados disponíveis sobre o trabalho já efectuado anteriormente pelo colega

Rui Raposo, numa folha de cálculo Excel enviada por e-mail pelo meu supervisor de

estágio.

A primeira parte do meu trabalho envolveu a identificação do tipo de sondas

instaladas em dois motores de média tensão na zona dos digestores de aparas de

eucalipto, a verificação de ligações entre motores e celas no que se refere ao circuito da

protecção de temperatura alta e avaliar a possibilidade de colocar o sistema em serviço,

pois sabia-se estar inoperacional.

Os dois motores em causa são o motor 321P045 e o motor 321P051.

Esta primeira parte do trabalho foi cumprida no dia nove de Fevereiro aproveitando

uma paragem programada da zona para se ter acesso aos motores quando parados.

Verifiquei com a colaboração do colega Rui Raposo que os cabos das sondas de

temperatura se encontravam já ligadas na parte dos motores, estando porém os cabos

desligados em ambas as celas.

15

Na intervenção pretendia-se verificar concretamente qual o tipo de sondas instalado

dentro de ambos os motores, o que é conseguido abrindo a caixa de ligações das sondas

de temperatura, desligando os cabos de ligação à cela e procedendo a medições

utilizando o multímetro para medir a resistência das sondas.

No primeiro motor a verificar (321P045) foram identificadas nos enrolamentos

sondas com resistência semelhante à esperada para PT 100 à temperatura ambiente – o

motor encontrava-se frio no momento da medida.

Porém nas chumaceiras o valor lido com o multímetro revelou uma resistência muito

elevada, na ordem dos Megaohms, tratando-se aqui possivelmente de um tipo de sondas

do género hipsotérmico, ou seja, um tipo de sonda que acciona um contacto ao atingir a

temperatura de funcionamento. Neste caso tratar-se-ia de um contacto normalmente

aberto, sendo que não é este o tipo de sonda pretendido na uniformização do sistema. O

motor deverá ser oportunamente intervencionado e as sondas das chumaceiras deverão

ser substituídas por sondas do tipo PT100.

Além disso detectou-se durante este procedimento de medida, ao movimentar os

condutores das sondas vindos do interior do motor, que uma PT100 dos enrolamentos

apresenta ocasionalmente mau contacto, levando esporadicamente a situações de

circuito aberto. É possível, mesmo provável, que tal venha a ocorrer quando o motor

estiver em funcionamento normal.

Esta situação torna inviável a colocação em serviço da protecção de temperatura a

este motor sem a necessária intervenção em oficina para reparação do mesmo logo que

possível. Provavelmente esta reparação só virá a ocorrer quando se tornar necessária a

substituição deste motor por deterioração da condição dos rolamentos. Esta condição é

monitorizada regularmente por rotinas de manutenção preventiva sistemática.

Sendo um motor de 6kV um equipamento dispendioso, tal como são dispendiosas as

intervenções necessárias aos mesmos, não se justificará intervir neste motor só para

substituir duas sondas necessárias ao processo de uniformização da protecção de

temperatura. Ficará em funcionamento até ser necessário uma intervenção por outros

motivos, esperando então que não seja esquecido o relatório feito sobre esta situação.

Após reparado poderá então ficar pronto para voltar ao local e estar adequado a fazer

parte de um sistema uniformizado em toda a fábrica no que se refere à protecção de

temperatura de enrolamentos e chumaceiras dos motores de média tensão.

No segundo motor a verificar (321P051), foi aberta a caixa de ligações das sondas de

temperatura e pela resistência medida aos terminais de ligação das sondas, verificou-se

16

que possui resistências do tipo PT100 instaladas e poderá ser oportunamente ligado, o

que não foi feito no mesmo dia devido a término da paragem programada, não sendo

recomendável proceder a uma intervenção que pode causar paragem a esta máquina sem

previamente ter procedido a ensaios adequados. Portanto este motor ficou a aguardar

ligação das sondas e ensaio antes de colocar o sistema de protecção de temperatura em

funcionamento.

A pedido do Sr. Santos Alvo, esta primeira intervenção deu origem a relatório de

trabalho que lhe foi enviado, por e-mail servindo isso como evidencia a recordar quando

da possibilidade de efectuar intervenções nestes motores.

Concluída esta primeira intervenção considerada importante, o prosseguimento deste

trabalho passou pela consulta de diversos esquemas a fim de verificar se os sinais

provenientes de eventual actuação dos relés de protecção de temperatura dos motores de

média tensão causariam só informação na respectiva cela, alarme ao sistema de controlo

de processos, paragem da máquina, ou um conjunto destas hipóteses.

Não era suposto que eu obtivesse esta informação para todos os motores da fábrica,

mas somente para duas das zonas da fábrica, a zona 1 (SLM1ELIN) e o parque de

madeiras (SMLPMELE).

O resultado global deste trabalho, é um conjunto de informações que permitirão

uniformizar todo o sistema, apontando para defeitos e anomalias a corrigir quando

possível.

No que se refere à protecção de temperatura dos motores, foi obviamente necessário

consultar os esquemas de comando de cada motor e também verificar como estavam

implementados na prática os circuitos referentes à protecção de temperatura em cada

uma das celas de alimentação aos respectivos motores – a prática já mostrou que por

vezes, ao longo dos anos se procede a alterações que nem sempre são prontamente

colocadas em esquema.

A análise dos esquemas e comparação com o circuito implementado nas celas

evidenciou desde cedo, algumas incongruências que foram sendo colocadas ao meu

supervisor na fábrica, o Sr. Eng. Pedro Almeida a fim de ser avaliada a sua correcção.

Um exemplo do tipo de discrepâncias encontrado mostra-se na ilustração 9. Encontra-se

neste desenho representado um shunt que é normalmente feito em caso de anomalia.

Pelas normas usuais na Portucel, tais shunts deverão constar numa listagem afixada

nas salas eléctricas, geralmente o “cross-connection” – sala de interface entre o sistema

de controlo de processos e os circuitos de campo, local preferencial para efectuar shunts

17

quando se prevê serem de longa duração. Deverá constar também a data em que o shunt

foi feito e a identificação do técnico que o efectuou. Nestes casos o shunt deve ser

efectuado com um condutor de cor vermelha 2,5 mm2 de secção e cerca de 30 cm de

comprimento, designado aqui como um “shunt normalizado”.

Ilustração 9: Identificação de representação irregular de shunt no desenho

Esta situação não se verificava neste caso. O shunt estava feito na cela do “SBA”,

com um condutor preto, e tinha sido desenhado no esquema de ligações da cela, devido

a estar fora de serviço o relé F903.

Apesar de ser real a situação de inoperação do relé F903 que providencia a proteção

de temperatura ao motor de média tensão, o shunt nunca deveria ter sido representado

no esquema inicial, pois poderá levar a situações dúbias em caso de anomalia ou

colocação em serviço do relé de protecção de temperatura: nesta situação uma análise

menos cuidada do esquema pode levar a que este shunt seja mantido no local após

colocação em serviço do relé F903, pois encontra-se representado no esquema como

fazendo parte da cablagem.

Após apresentação da situação ao Eng. Pedro Almeida, este esquema foi enviado

para correcção na sala de desenho.

Durante o decurso deste trabalho foram detectadas outras situações de inexatidão

entre os esquemas desenhados e a implementação dos circuitos nas respectivas celas de

alimentação aos motores de média tensão, também foram detectadas algumas

inexatidões entre diferentes formas de representar o mesmo circuito: entre o esquema de

cablagem e o esquema linear.

Na sua maioria estas inexatidões não tinham grande influência na análise dos

circuitos em caso de avaria e talvez por isso mesmo nunca tenham sido corrigidas,

porém qualquer inexatidão num esquema eléctrico pode conduzir a situações de dúvida

em caso de possíveis intervenções. Talvez se tornasse necessária a presença de uma

pessoa com tempo disponível para analisar os esquemas e propor as necessárias

correcções.

18

Foi o que fiz no que se refere a esta parte específica do circuito das celas de

alimentação aos motores de 6KV, sobretudo na zona do Parque de Madeiras, onde os

esquemas das diversas celas não estavam na sua totalidade na pasta de esquemas locais,

existindo somente um esquema servindo como comparação para todas as alimentações a

motores de 6KV. Isto é perfeitamente possível, pois nesta zona da fábrica todas as

alimentações aos motores de média tensão são semelhantes, porém não será talvez a

situação mais correcta.

No que se refere a esta zona da fábrica, o Parque de Madeiras, as correcções

propostas em autocad foram enviadas pelo meu orientador de estágio para o

departamento de projectos/sala de desenho. As correcções foram efectuadas e os

equemas corrigidos encontram-se já em campo, na pasta de esquemas local.

Talvez não seja vulgar encontrar referência a um estagiário em esquemas na direcção

de projectos, porém é o que acontece como se pode ver em anexo.

Algumas das inexatidões encontradas nos esquemas foram as seguintes:

Ilustração 10: Circuito antes da correcção

Ilustração 11: Circuito corrigido a vermelho

19

Ilustração 12: Circuito antes da correcção Ilustração 13: Circuito após a correcção (a vermelho)

As ilustrações 10 a 13 anteriores mostram basicamente o género de erros

identificados entre a implementação nos circuitos de campo e os esquemas.

De referir também que a implementação dos circuitos nas respectivas celas toma por

vezes um aspecto curioso, talvez causado por sucessivas intervenções, como se pode ver

na ilustração seguinte. Apesar do aspecto pouco cuidado, esta cela está operacional no

Parque de Madeiras. Felizmente não há muitas mais celas nestas condições. Geralmente

as celas de média tensão são bem cuidadas.

Ilustração 14: Compartimento de BT de uma cela de MT no Parque de Madeiras

20

Referente ao motor 321P051, um dos primeiros a ser inspecionado, verificou-se a

necessidade de substituição deste motor por outros motivos, o que veio a acontecer

durante os dias 28 e 29 de Maio, aproveitando uma paragem geral na fábrica.

O pessoal de manutenção desta zona da fábrica procedeu a substituição do motor. O

colega que procedeu à ligação das sondas de temperatura, o Sr. Virgolino Parreira,

reportou-me valores anormalmente baixos aos bornes de ligação das sondas, cerca de 50

Ohm, pelo que não colocou o sistema em serviço, continuando o cabo proveniente das

sondas do motor desligado na cela de média tensão.

Assim estando eu e o colega Rui Raposo a seguir o processo de normalização destes

circuitos, fomos de seguida verificar a situação deste novo motor agora montado a fim

de fazer reporte do trabalho necessário para uniformizar a situação.

Após uma cuidada análise das ligações encontradas na caixa de ligações das sondas

de temperatura, a nossa conclusão foi a de que estas sondas se encontravam mal ligadas

relativamente ao esquema mostrado na parte interior da tampa desta caixa. Assim, o que

era suposto ser uma ligação composta de várias PT100 com um ponto comum,

apresentava-se ligada de forma quase aleatória, com algumas PT100 curto-circuitadas

num paralelo e outras ligadas independentemente (ver ilustrações 15 e 16 abaixo).

Ilustração 15: Caixa de ligações das sondas de temperatura no 321P051

Na ilustração 15 pode ver-se da direita para esquerda: um conjunto de quatro bornes

de ligação para as duas sondas de temperatura das chumaceiras – estas sondas são

PT100, pelo que podemos depreender pelo valor de resistência indicado, quando

21

comparado com uma tabela e a temperatura no local. Os 12 bornes seguintes são um

grupo de 3 sondas PT100 cujos terminais de ligação se encontram ligados a 6

supressores de arco – um para cada terminal de ligação. Como para o nosso relé de

protecção de temperatura – o relé F903 dos esquemas necessitamos de uma sonda

PT100 independente para cada enrolamento e chumaceira, foi a este conjunto de bornes

de ligação que ligámos correctamente os condutores que se podem ver na parte inferior

da caixa.

Seguidamente podemos ver um conjunto de 6 bornes de ligação – da esquerda para a

direira, onde as ligações das sondas PT100 se encontram incorrectamente feitas,

evidenciando alguma falta de cuidado ao efectuar estas ligações por parte da empresa

que presta serviços de manutenção a estes motores – uma empresa exterior ao grupo

Portucel-Soporcel.

E finalmente no lado direito, os bornes de ligação 1 e 2 são os bornes para ligar a

resistência e aquecimento deste motor – este elemento deverá ficar automaticamente

ligado quando é retirada a alimentação de 6kV ao motor, evitando a ocorrência de

humidade em caso de paragens prolongadas onde se daria uma eventual condensação no

interior do motor por arrefecimento da máquina.

Ilustração 16: Esquema de ligações de referência, na tampa da caixa.

Na ilustração 16 podemos ver o esquema constante no interior da tampa da caixa de

ligações das sondas do motor, este é o esquema que seria de esperar encontrar

22

implementado nesta caixa, o que não aconteceu. No nosso caso limitámo-nos então a

confiar na identificação proveniente do interior do motor (condutores U1, V1 e W1) e

providenciámos a necessária ligação para o funcionamento do relé de protecção de

temperatura.

O ensaio de funcionamento foi atempadamente providenciado com arranque do

motor, sem a indicação de alarmes de temperatura – situação essa que não acontecia

anteriormente – tinha-se sempre presente uma situação de alarme de temperatura nesta

cela.

Como nota final a este motor, aponta-se para que o valor reportado pelo colega da

manutenção local, o Sr. Virgolino, que encontrara cerca de 50 Ohms ao medir o suposto

valor das sondas, se deveria provavelmente ao facto de ter efectuado essa medida nos

bornes onde estariam equivocadamente ligadas em paralelo algumas das sondas PT100

– existem duas sondas por cada enrolamento indutor – só usámos três para a função

pretendida.

Também nos dias 28 e 29 de Maio aproveitámos a ocasião para colocar em serviço

os circuitos de protecção de temperatura a outro motor substituído nestes dois dias: o

motor 321P026.

Foi feito um trabalho semelhante ao anteriormente decrito, por mim e pelo colega da

manutenção local, o Sr. Humberto Chagas. Após identificar as ligações das sondas na

caixa de ligações do motor e providenciar a sua correcta ligação para o fim pretendido,

foi efectuado ensaio ao motor, onde se comprovou o desaparecimento dos alarmes de

temperatura na cela de alimentação de 6kV.

De salientar que estas intervenções e colocação em serviço de funcionalidades que

estavam inoperacionais, irá alterar a listagem de dados recolhida em ficheiro Excel com

novas actualizações de informação (anexo 5). Essas actualizações foram por mim

verbalmente comunicadas ao meu supervisor de estágio, mas deverão ser colocadas no

ficheiro referido, o que será feito pelo colega que tem acompanhado este trabalho desde

há bastante tempo, o Sr. Rui Raposo.

Eventualmente irá providenciar-se a completa uniformização e operacionalidade

destes circuitos se forem tomados os cuidados de ligar correctamente as sondas de

temperatura aos respectivos relés e comprovar o bom funcionamento de todo o sistema,

conforme o tipo de protecção pretendido para cada local com as suas especificidades

inerentes.

23

3.3 Pressurização das salas eléctricas

O trabalho desenvolvido no caso da pressurização das salas eléctricas acontece por

necessidade de manter uma pressão no interior das salas ligeiramente superior á pressão

atmosférica externa.

Em salas eléctricas onde isto não se verifica constata-se acumulação excessiva de

poeiras, o que aliado à qualidade do ar geralmente verificada em torno desta instalação

fabril tende a provocar mau funcionamento do equipamento eléctrico, por vezes com

consequência dispendiosas.

Neste caso o meu trabalho consistiu simplesmente em fazer o levantamento das

condições de pressão encontradas nas diversas salas eléctricas da zona bem como

apontar para possíveis melhorias.

Novamente, este trabalho é uma continuação de um trabalho já existente e estará

integrado na manutenção preventiva.

Ilustração 17: Medidor de coluna líquida instalado junto a carregador de baterias

24

Ilustração 18: Diferentes tipos de medidores de pressão utilizados

Basicamente, verifiquei que as condições do levantamento anterior feito pelo colega

Rui Raposo pouco se alteraram, e quando se alteraram não foi para melhor: encontrei

alguns pontos com pressão inferior à anteriormente apontada.

Este trabalho não envolve directamente nenhum tipo de trabalho eléctrico, porém

evidencia como as condições ambientais se relacionam directamente com a condição de

funcionamento do equipamento, salientando-se que em alguns locais o ar de

pressurização das salas passa por uma purificação química e é refrigerado a fim de

manter condições de trabalho optimizadas.

A título meramente informativo, tem sido notado neste centro fabril um efeito

nefasto, conhecido como o ”efeito de barba”: aparentemente as elevadas temperaturas

atingidas pelo equipamento eléctrico em condições normais de funcionamento (bases

porta-fusível, ligações entre barramentos, etc) em conjunto com uma atmosfera de

características únicas inerentes a este processo de fabrico – onde existe libertação de

diversos gases mais ou menos reactivos quimicamente, conforme evidenciado pelos

alertas de perigo encontrados em algumas zonas da fábrica:

Ilustração 19: Evidência de atmosferas quimicamente reactivas e perigosas

25

Estes factores provocam em algumas situações o aparecimento de filamentos

condutores entre partes metálicas sujeitas a diferentes potenciais eléctricos que crescem

tendendo a, se negligenciados, provocar o deflagrar de arcos eléctricos entre diferentes

fases de uma base porta-fusível, por exemplo, com os nefastos efeitos daí decorrentes.

Daí o cuidado tomado no tratamento de ar de pressurização a algumas salas em zonas

mais críticas.

Já presenciei este fenómeno, e nunca o encontrei em outro local senão nesta fábrica.

3.4 Trabalho de manutenção diária

O trabalho de manutenção diária é geralmente proveniente de notas de avaria

emanadas do programa de gestão de manutenção. Essas notas de avaria têm geralmente

origem na produção, passando depois para a manutenção e dando origem a ordens de

trabalho.

No meu caso o trabalho não se tratou de responder directamente a essas ordens de

trabalho, mas sim acompanhar e colaborar com os colegas em intervenções diversas.

Foi aqui que utilizei a ferramenta providenciada para mim na ferramentaria da

Portucel, constando de chaves de luneta diversas, chaves de boca diversas, jogos de

chaves de fendas e Philips, chaves allen, etc. Foi também onde a possibilidade de fazer

o diagnóstico de algumas avarias utilizando o multímetro se fez notar. Aqui todo o tipo

de intervenções pode acontecer, dependendo das anomalias encontradas e reportadas

diariamente ao departamento de manutenção local.

É comum proceder a reparação de circuitos de iluminação, substituição de motores

que avariam, detectar e reparar avarias em circuitos de comando eléctrico, bem como

em sistemas e malhas de controlo de processos, pois a instrumentação tem um papel

importante na condução do processo de fabrico.

Saliento que foi neste tipo de trabalho que mais interagi com os colegas técnicos de

manutenção da zona, sendo esta interacção sempre uma excelente experiência

pedagógica pela qual estou grato.

Também neste trabalho diário me dei mais uma vez conta de como trabalhar numa

indústria como esta apresenta sempre riscos apesar de todas as medidas implementadas

pela crescente importância dada às condições de higiene e segurança no trabalho.

Fui ao longo do tempo elaborando um diário de estágio. O que se segue na página

seguinte foi extraído desse diário.

26

27

28

Ilustração 20: Vista parcial da saída de uma cela de 6kV

Esta foto foi tirada de uma cela em funcionamento, através de uma das janelas de

inspecção.

Ilustração 21: Painel traseiro de cela de média tensão Ilustração 22: Contactor de média tensão extraído

Local de encaixe da faca de terra

Barramento de 6 kV Ligação para o motor

Faca de terra

29

4 Conclusão

Como exprimir cabalmente uma experiência de estágio após a conclusão do mesmo?

Este tipo de trabalho não é uma novidade para mim e os colegas já são conhecidos de

longa data pois já exerci profissionalmente na Portucel, embora a minha zona de

trabalho tenha sido em outro local da fábrica.

Deu para perceber pelas intervenções que fiz com os colegas que é sempre apreciada

a colaboração de uma pessoa que já sabe o que está a fazer quando há uma tarefa a

desempenhar.

Embora o tipo de trabalho seja o mesmo que conheci anteriormente, os equipamentos

utilizados nesta zona da fábrica cumprem outras finalidades e o processo é diferente

daquele a que estava familiarizado. Há assim sempre uma componente didáctica num

estágio, mesmo se ele acontece numa fábrica onde já se trabalhou bastante tempo.

Para mim, sob o ponto de vista prático o estágio permitiu-me a par do contacto com

uma realidade já conhecida de proximidade com equipamentos e técnicas de

manutenção, tomar consciência de um ambiente mais alagrado. Esta componente de

proximidade com um meio mais macroestrutural, creio que foi propositadamente uma

experiência pedagógica tida em consideração pelo meu supervisor de estágio na fábrica,

experiencia essa pela qual estou grato.

Independentemente de saber se o trabalho que vim desenvolvendo ao longo deste

estágio teve alguma relevância ou não para a zona onde estive inserido – que era

inicialmente uma das minhas expectativas – sinto que o que mais me marcou passado

este tempo foi precisamente a tomada de consciência de realidades mais abrangentes, de

uma forma bastante difícil de descrever, mas que deixa atrás de si um inegável

sentimento de gratidão.

Manuel Calado

(04/06/2012)

30

Bibliografia

• http://www.portucelsoporcel.com/pt/#explore

• http://www.fsc.org/certification.html

• http://www.pefc.org/

• Diário da República n.º 175 (11 Set. 2006)

• http://static.schneider-

electric.us/docs/Machine%20Control/Relays%20and%20Timers/Timers/RE7%20RE8%

20RE9/9050CT0001.pdf

•http://www.certiel.pt/c/document_library/get_file?uuid=132c2f11-b8c7-4ca1-92a9-c24cf2f2168d&groupId=10100

I

Anexos

Anexo 1: Consulta para orçamentação referente à central telefónica

PORTUCEL – Fábrica de Pasta e de Papel Setúbal

PROCESSO DE CONSULTA

Substituir o quadro na Central Telefónica. Alimentar o novo quadro e a UPS a partir do Q.ADM./Q. R/C. O.T. – 3542995 Memória Descritiva do Trabalho a Realizar Pretende-se substituir o quadro da central telefónica por outro conforme o esquema em anexo, constando de uma comutação que permite alimentar o novo quadro a partir da UPS local ou a partir da alimentação principal. O novo quadro deverá conter saídas suficientes para alimentar os consumidores existentes e proporcionar as reservas consideradas necessárias, conforme o esquema.

• Trabalho a realizar

o Providenciar o novo quadro conforme o esquema, com uma parte contendo os disjuntores de saída para os consumidores, e outra parte contendo a comutação das alimentações, conforme mais adequado à situação.

o Passar um cabo de alimentação do Q. ADM. / Q. R/C através do caminho de cabos existente até à central telefónica de forma a alimentar o novo quadro, montando se necessário, um troço de caminho de cabos adequado entre o caminho existente e o quadro a montar.

o Construir caminho de cabos apropriado entre o novo quadro e a UPS local de forma a comportar as interligações necessárias.

o Passar dois cabos no caminho referido anteriormente, a fim de alimentar a UPS e providenciar retorno da mesma ao novo quadro a montar (cabo Q.C.T.–UPS mais cabo UPS–Q.C.T.)

o Levantar da suportagem o quadro agora existente, providenciando continuação do funcionamento do mesmo.

o Montar o novo quadro no local, de forma que os cabos das alimentações existentes possam alcançar os novos pontos de ligação.

II

o Executar as ligações necessárias para alimentar o novo quadro e UPS. Colocar em funcionamento.

• Fornecimentos

o O Empreiteiro deverá fornecer o quadro já equipado e cablado.

o O Empreiteiro deverá fornecer bornes, calha técnica, ou esteira, e todos os acessórios necessários para fixar e ligar o novo quadro, bem como os caminhos de cabos e cabos passados.

o O Empreiteiro deverá identificar todos os bornes e disjuntores, assim como numerar todos os cabos e condutores instalados.

o O empreiteiro terá apoio de um Técnico da Portucel se tal for necessário.

• Condições Técnicas.

o Conjuntamente com os técnicos da Portucel, deverá o concorrente inteirar-se, no próprio local das instalações, do empreendimento em causa.

o Não será aceite qualquer reclamação do adjudicatário, invocando falta de conhecimento local.

o Caso o concorrente não possa satisfazer algumas condições técnicas impostas, indicará taxativamente na proposta, as condições que não pode satisfazer.

o O adjudicatário executará os trabalhos pelo preço da proposta por ele apresentada, salvaguardando apenas as restrições que tenha expressamente indicado.

o Deverão ser etiquetados os cabos de ligação, com as numerações normalizadas da Portucel.

• Condições Comerciais.

o O Empreiteiro deverá fornecer em separado o preço da mão-de-obra e o preço dos materiais a usar.

o As propostas deverão ser enviadas via e-mail para os seguintes endereços:

[email protected] antó[email protected] [email protected] c.c. a: [email protected]

Setúbal, Fevereiro de 2012.

III

Processo de consulta enviado para 3 empresas e aguardando resposta.

IV

Anexo 2: Resposta ao trabalho na central telefónica

V

VI

VII

Resposta enviada pela empresa AutielVolt ao processo de consulta para orçamentação.

VIII

Anexo 3: Esquema final do quadro da central telefónica

IX

Anexo 4: E-mail enviado sobre intervenção em motores de média

X

XI

XII

Anexo 5: Resultado global referente aos motores de média tensão

XIII

XIV

XV

Anexo 6: Exemplo de esquema de cela para motor de média tensão

XVI

XVII

Anexo 7: Exemplos de esquemas a corrigir

XVIII

Exemplos de esquemas com algumas imprecisões encontradas no circuito de

protecção de temperaura.

XIX

Anexo 8: Esquemas corrigidos

XX

Exemplos de correcções feitas nos esquemas dos motores de média tensão

XXI

Anexo 9: Levantamento da pressurização das salas eléctricas

Condição final após o meu levantamento, só para as zonas específicas.

XXII

Aspecto e condição do ficheiro inicial, com um englobamento mais abrangente.

XXIII

Anexo 10: Cronograma semanal de actividades

Actividades Mês Semana Seg Ter Qua Qui Sex

Novo Quadro para

Central Telefónica

Fev

erei

ro

1 1 2 3

Temperatura Motores

Média Tensão

2

6 7 8 9 10

Pressurização das

Salas Eléctricas

3

13 14 15 16 17

Manutenção diária 4

20 21 22 23 24

Não contemplado 5

27 28 29 1 2

Mar

ço

6 5 6 7 8 9

7 12 13 14 15 16

8 19 20 21 22 23

9 26 27 28 29 30

Abr

il

10 2 3 4 5 6

11 9 10 11 12 13

12 16 17 18 19 20

13 23 24 25 26 27

14 30 1 2 3 4

Mai

o

15 7 8 9 10 11

16 14 15 16 17 18

17 21 22 23 24 25

18 28 29 30 31