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Experimento 3: Medição de indutância e capacitância utilizando o transitório repetitivo.Circuitos Elétricos 1.Fernando Henrique Gomes ZucatelliManuela PetagnaPedro Caetano de OliveiraRaian Bolonha Castilho SpinelliWashington Fernandes Souza
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Experimento 3: Medição de indutância e capacitância utilizando o
transitório repetitivo.
Disciplina: EN2703 – Circuitos Elétricos 1.
Discentes: Fernando Henrique Gomes Zucatelli Manuela Petagna Pedro Caetano de Oliveira Raian Bolonha Castilho Spinelli Washington Fernandes Souza
Turma: A/Diurno
Prof ª. Dra. Katia Franklin Albertin Torres.
Santo André, 01 de Julho 2011
Sumário
1. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 2
2. PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................................ 2
2.1. Materiais e equipamentos ............................................................................................ 2
2.2. Cuidados experimentais ............................................................................................... 2
2.3. Procedimentos .............................................................................................................. 3
2.3.1. Medição de Indutância.......................................................................................... 3
2.3.2. Medição de Capacitância ...................................................................................... 4
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 5
3.1. Medição de Indutância ................................................................................................. 5
3.2. Medição de Capacitância ............................................................................................. 8
4. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 9
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 10
2
1. OBJETIVOS
Medir constante de tempo. Medir a indutância e capacitância utilizando o
transitório repetitivo utilizando osciloscópio.
2. PARTE EXPERIMENTAL
2.1. Materiais e equipamentos
• Multímetro digital portátil Minipa ET-2510;
• Fonte geradora de sinal Tektronix modelo AFG 3021B;
• Osciloscópio digital Tektronix modelo TDS 2022B;
• Placa Protoboard (Matriz de contatos);
• 1 resistor de: 100Ω; 10kΩ;
• Indutor de 330 µH;
• Capacitor de 200 nF;
• Cabos e fios para conexão.
• Pen Drive (memória flash)
2.2. Cuidados experimentais
• Atentar para medidas de resistência com o ohmímetro deve-se desconectar
os componentes do circuito, evitando que os demais existentes no circuito
interfiram na medida;
• Os painéis e visores dos instrumentos (como por exemplo, do osciloscópio)
nunca devem ser tocados com as mãos ou com os dedos, pois ficam sujos,
engordurados e riscados, sendo muito difícil limpá-los;
• Manipular os botões de controle do gerador de sinais e do osciloscópio com
delicadeza, exercendo apenas a força necessária para o seu acionamento;
• Ao final das medições ou cálculos, fazer os arredondamentos necessários de
forma a manter os valores e incertezas com o mesmo número de casas
decimais;
• Identificar as unidades de todos os valores apresentados nas tabelas.
3
• Ajustar a saída do gerador de sinais para a opção “High Z”. Nesta opção ele é
menos sucessível as influências do circuito externo e permite fornecer até 20
mV de pico a pico.
• Certificar a correta escala no período/frequência do gerador de sinais.
• Escolher o fundo de escala que melhore a visualização do sinal no
osciloscópio.
• Anotar o código e descrição de cada imagem do osciloscópio salva no pen
drive.
2.3. Procedimentos
2.3.1. Medição de Indutância
A Figura 1 mostra o circuito montado para a medição da indutância,
considerando a fonte geradora de sinais es(t) fornecendo uma onda quadrada com
Vpp= E = 5 Volts, o resistor R de 100Ω e o indutor a ser medido L na faixa de 330µH.
Inicialmente o período da onda quadrada (T) foi ajustado para um valor muito maior
que a constate de tempo τ (equação (1)) do circuito RL (T>> τ).
(1)
Figura 1 – Circuito para medição de indutância L.
Mediu-se a resistência ôhmica do indutor e do resistor, o gerador de funções foi
ajustado para fornecer uma onda quadrado com Vpp= E = 5 Volts, com uma
freqüência muito baixa, de forma que o período da onda quadrada (T) tivesse um
valor alto em relação a constate de tempo τ do circuito RL (T>> τ).
4
Com esse circuito mediu-se a tensão v sobre o resistor, com esse valor
calculou-se a corrente desse circuito pela lei de ohm, a resistência interna do
gerador e a resistência total do circuito.
Posteriormente ajustou o gerador de funções de forma que ele fornecesse uma
onda quadrada com mesma amplitude Vpp= E = 5 Volts, porém com uma freqüência
de tal forma que o período da onda quadrada fosse aproximadamente 2τ , e a
12 2
p
p
VV
= , mediu-se essa frequência e assim calculou-se a indutância do indutor.
.
. , (2)
2.3.2. Medição de Capacitância
A Figura 2 apresenta o circuito montado para a medição da capacitância C,
considerando a fonte geradora de sinais es(t) fornecendo uma onda quadrada com
Vpp= E = 5 Volts, o resistor R de 10kΩ e o capacitor a ser medido C na faixa de
220nF. Inicialmente o período da onda quadrada (T) foi ajustado para um valor muito
maior que a constate de tempo τ (equação (3)) do circuito RC (T>> τ).
! (3)
Figura 2 – Circuito para medição de capacitância C.
Mediram-se as resistências ôhmicas do resistor e do capacitor e ajustou-se o
gerador de funções para uma freqüência baixa, para a que o período T fosse muito
maior que a constante de tempo τ do circuito RC (T>> τ).
Montado o circuito mediu-se a tensão 1pV sobre o resistor, depois disso
ajustou-se a freqüência do gerador de forma que o período ficasse próximo de
5
2T τ= , mediu-se a freqüência em que isso ocorria e com isso calculou-se a
capacitância do Capacitor usando a equação (4).
! ", #, (4)
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Medição de Indutância
Para o circuito montado na Figura 1 foram medidas as resistências do resistor
série (R) e a resistência presente no indutor (RL), já que o mesmo não é ideal, tendo,
assim, um valor de resistência associado.
Para o resistor série, cujo valor nominal era de 100 Ω, foi medido um valor de
99,2 Ω, o que é dentro da tolerância fornecida pelo fabricante (5% correspondente a
faixa ouro) e para o indutor mediu-se uma resistência de 4,1 Ω. Ainda para o indutor
o valor da indutância medido foi de 297 µH.
A tensão sobre o resistor série (Vp1) foi então medida (Figura 4), obtendo-se o
valor de 3,36 V, bem como o valor da tensão real fornecida pelo gerador de sinais,
ajustado para Vpp = 5 V, cujo valor de Vpp medido foi de 5,16 V (Figura 3).
A partir desse valor, foi então possível determinar a resistência interna do
gerador de sinais (Ri) e, com ela, a resistência total do circuito (RT), que é a soma de
todas as resistências do circuito (equação (5)).
T i LR R R R= + + (5)
Utilizando-se a equação (6) foi possível calcular a corrente nesse resistor e,
pelo fato dos demais resistores estarem em série, a corrente de todo o circuito, cujo
valor é 33,87 mA.
$ % (6)
Aplicando-se novamente a equação (6), agora para a resistência do indutor e
utilizando-se a corrente previamente obtida, pode-se calcular que a tensão nesse
componente era de 0,14 V.
Conhecendo-se essa tensão e a do resistor série, pode-se calcular a tensão
em Ri, que será a tensão fornecida pelo gerador (5,16 V) menos a soma dessas
duas tensões (3,50 V). Assim, essa tensão é de 1,66 V, e, aplicando a equação (6)
6
novamente, substituindo os valores de tensão e corrente, o valor de Ri é 49,01 Ω,
que é próximo do valor de 50 Ω informado pelo fabricante.
Assim, RT é 152.31 Ω e, com esse valor, a constante de tempo do circuito pode
ser calculada pela equação (1). Obtendo-se o valor de 1,95 µs.
Figura 3 – Tensão fornecida pelo Gerador de Sinais. Vpp = 5,16V.
Figura 4 –- Tensão no resistor (Onda quadrada) de Vpp=3,38V.
A Figura 5 mostra a forma de onda sobre o resistor quando o período é
aproximadamente o dobro da constante de tempo. Nesse caso foi ajustado, em
seguida, o período da onda que foi sendo acrescido até que a tensão de pico a pico
fosse metade do pico a pico da curva do resistor mostrada na Figura 4. No entanto,
na primeira correção, foi alterado o valor de tensão da fonte (Figura 6) o que resultou
em L errado e percebendo-se o erro, retornou-se para a situação inicial e procedeu-
7
se corrigindo apenas o período do sinal fornecido pelo gerador, obtendo-se a Figura
7 cujo período era de T = 4,6.10-6 s= 4,6µs.
Para calcular o valor da indutância utilizou-se a equação (2) e o valor obtido
foi de L = 317,14 µH, conhecendo a informação de que a frequência é o inverso do
período mostrado na Figura 7. A diferença entre o valor calculado e o valor medido
da indutância deve-se ao fato de haver uma resistência somada no circuito
correspondente ao gerador de sinais.
Verifica-se, assim, que o erro em relação ao valor medido pelo multímetro é
de 20,14 µH, o que mostra a eficiência no método do transitório repetitivo para a
medida de indutância.
Figura 5 – Forma de onda com Vpp = 2,2V, para T/2~τ.
Figura 6 – Correção incorreta do período T da Figura 5 para Vpp ser metade do Vpp sobre o resistor.
(Incorreta pois foi feita alterando o E da fonte).
8
Figura 7 – Correção correta do período T da Figura 5 para Vpp ser metade do Vpp sobre o resistor
quando T>> τ. Vpp = 1,68V . O período foi de T=4,6.10-6
s e com este T foi calculado L.
3.2. Medição de Capacitância
A Figura 8 mostra a forma de onda obtida na medição da tensão sobre o
capacitor conforme circuito da Figura 2. O canal 1 (amarelo) do osciloscópio recebe
a tensão sobre o capacitor enquanto que o canal 2 (azul) está com a tensão
fornecida pela fonte, isto foi feito para facilitar a visualização das curvas.
A tensão sobre o capacitor é de 5,20V após completar sua carga.
Figura 8 – Diferença entre a tensão na fonte (azul) é a tensão no capacitor (amarela):
∆V = 5,20-5,12 = 0,08V.
A Figura 9 apresenta a forma de onda para o capacitor após o período T ser
ajustado para ser aproximadamente maior que o dobro de τ e em seguida ser
9
aumentado até ser obter uma tensão de pico a pico correspondente a metade da
tensão da Figura 8, i.e., 2,56V.
Figura 9 – T/2=τ para o capacitor.
Sabendo que a resistência total no circuito da Figura 2 é a soma da resistência
interna do gerador de sinais e a resistência R de 10kΩ utilizada, foi calculado o valor
da capacitância com o valor de freqüência mostrado na Figura 9 e a equação (4),
obtendo-se o valor de 210,58 nF. A diferença em relação ao valor nominal deve-se
ao mesmo fato do caso do cálculo de indutância apresentado na seção anterior.
Verifica-se, assim, que o erro em relação ao valor (nominal) medido pelo
multímetro é de 9,42 nF, o que mostra a eficiência no método do transitório repetitivo
para a medida de capacitância.
4. CONCLUSÃO
Conclui-se que é possível calcular o valor de capacitâncias e indutâncias
utilizando-se uma onda quadrada e ajustando seu período para que a tensão sobre
o componente medido seja metade da tensão em regime permanente (T>>τ), dessa
forma com a leitura no osciloscópio do período ajustado calcula-se a grandeza de
interesse.
O procedimento mostrou eficiente sendo a indutância encontrada de 317,14
µH, a diferença para a medida com o multímetro é de 6,3% e a capacitância de
210,58 nF cerca de 4,4% diferente do valor do nominal.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] BOYLESTAD, R.L.; Introdução à análise de circuitos; 10.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.