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RELATÓRIO 2015 30 de março de 2016

RELATÓRIO 2015 - CIP

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RELATÓRIO 2015

30 de março de 2016

Relatório e Contas 2015

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO

II. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

III. INTERVENÇÃO DA CIP EM 2015: ÁREAS PRIORITÁRIAS E INICIATIVAS

DOMINANTES

IV. CONCLUSÕES ANEXOS:

ASSUNTOS JURÍDICOS E SÓCIO-LABORAIS ASSUNTOS ECONÓMICOS ASSUNTOS INTERNACIONAIS COMUNICAÇÃO ASSOCIATIVISMO

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS CONTAS DE 2015 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

Relatório e Contas 2015

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I. INTRODUÇÃO

O ano de 2015 corresponde ao segundo do mandato dos Corpos Sociais da CIP – Confederação Empresarial de Portugal para o triénio 2014-16, eleitos em 27 de março de 2014.

O exercício foi marcado, no plano interno, pela realização do 2º Congresso das Empresas e das Atividades Económicas, e, no plano político, pelas eleições legislativas, pela posse de dois Governos, num intervalo de dois meses, e pelo início da campanha eleitoral para as eleições para a Presidência da República, que se realizaram em janeiro de 2016.

No Congresso, que se realizou nos dias 9 e 10 de julho, em Lisboa, com muito expressiva participação de empresários e dirigentes associativos, foi aprovado o documento “O Que A CIP Quer De Um Novo Governo” e foram adotadas conclusões que constituem linhas de orientação para as iniciativas a desenvolver pela Confederação, nomeadamente no que diz respeito à nova política industrial para o século XXI, no contexto da reindustrialização de Portugal.

Foram também confirmadas as onze prioridades da CIP:

1. Conciliar a sustentabilidade das finanças públicas com o estímulo ao crescimento económico necessário à resolução do problema do desemprego, nomeadamente através da redução da carga fiscal, de medidas de fomento do investimento privado e da retoma do investimento público estratégico.

2. No relançamento do investimento público, a prioridade deverá ser colocada nas infraestruturas para a competitividade, tirando partido de uma nova centralidade estratégica de Portugal entre os principais blocos do comércio internacional, nomeadamente ao nível dos transportes e logística, com vista a uma melhoria da conectividade internacional e da atração de operadores e de investimento estrangeiro.

3. Reduzir a carga fiscal sobre as empresas e as famílias e tornar o sistema fiscal português mais competitivo, mais previsível e mais simples são objetivos fundamentais para ultrapassar uns dos maiores problemas com que nos deparamos, a quebra do investimento.

4. Resolver definitivamente o problema das dívidas das entidades públicas às empresas e reduzir os respetivos prazos de pagamento, no respeito integral pela diretiva europeia, incluindo a sua aplicação às entidades públicas que fazem parte do Serviço Nacional de Saúde.

5. Lançar um programa articulado dirigido a uma reorganização profunda do quadro em que as empresas se financiam.

6. Apostar na formação e qualificação dos ativos, para podermos criar um ambiente favorável à modernização e internacionalização das empresas.

7. Atuar sobre os vetores que contribuem para a elevada fatura energética das empresas, decorrente sobretudo dos custos fixos que lhe estão atribuídos, os quais têm vindo a crescer a um ritmo claramente superior ao da inflação. Para tal, é preciso prosseguir no esforço de contribuição dos vários setores envolvidos na geração e pagamento dos custos do sistema energético nacional no sentido de uma maior eficácia e equidade.

8. Reduzir os custos de contexto que continuam a bloquear a competitividade das empresas, devendo acelerar-se e aprofundar-se o Programa Simplificar, com vista a eliminar os entraves burocráticos que mais afetam as atividades económicas.

9. Estimular a inovação, nomeadamente através da afetação das verbas do Portugal 2020

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10. Implementar uma estratégia coerente de internacionalização da economia, promovendo, neste âmbito, a separação clara do papel de facilitador e de coordenação que compete às entidades públicas, em estreita articulação com toda a rede da diplomacia portuguesa, do que cabe às empresas e às associações que as representam setorial ou territorialmente e que desenvolvem as ações conducentes à sua internacionalização.

11. Promover as alterações essenciais no domínio da legislação laboral.

De assinalar a ênfase dada às questões relacionadas com o financiamento da economia e das empresas, que é essencial para o crescimento económico.

Ao longo do ano, a CIP continuou a chamar a atenção para o facto de o crescimento económico ser essencial para superar a situação em que a economia se encontra. Para que esse crescimento ocorra, é fundamental que a banca disponha de instrumentos que permitam o financiamento das empresas.

Para esse fim, a CIP desenvolveu várias iniciativas, incluindo a realização de Conferências (como a que decorreu em março, sobre o tema “Relançar o Investimento em Portugal”) e contactos com a Associação Portuguesa de Bancos.

É também fundamental que o mercado interno cresça e que as exportações representem uma parte cada vez mais expressiva da atividade económica em Portugal. Estas são as condições para que haja crescimento económico e emprego.

De igual modo, é da maior importância que exista confiança dos empresários e dos investidores, o que só acontecerá se se verificar estabilidade política e social. Estabilidade também no plano legislativo, nomeadamente em matéria laboral e fiscal.

Em 2015, continuou a viver-se numa economia global profundamente interdependente, marcada pela permanente incerteza, ameaçada por desequilíbrios de natureza geopolítica, ambiental e demográfica - uma economia onde os efeitos da crise financeira de 2008 ainda se fazem sentir, sem que as suas causas tenham sido completamente debeladas. Vivemos numa Europa que está hoje menos vulnerável ao risco de desagregação por que passou no auge da crise das dívidas soberanas, mas também numa Europa ainda marcada por profundos desequilíbrios macroeconómicos. Uma Europa que descobre agora que, enquanto se empenhou na gestão de crises, outras economias em todo o mundo não ficaram paradas. Uma Europa que está a perder terreno devido ao difícil acesso ao crédito, à excessiva carga fiscal e regulatória e aos elevados preços da energia, por comparação com outros blocos económicos.

O compromisso da CIP continuou a ser o de se colocar ao serviço do desenvolvimento económico e social do nosso País, de modo a contribuir para a ultrapassagem das dificuldades e dos bloqueamentos que têm vindo a condicionar a evolução da economia portuguesa.

Este compromisso assenta numa visão para a CIP, partilhada por todos os seus associados: “Ser a confederação empresarial mais representativa a nível nacional, uma estrutura associativa patronal forte, homogénea e abrangente que possa defender mais eficazmente os interesses das empresas portuguesas.”

No cumprimento deste compromisso, a CIP manteve-se fiel às suas causas matriciais:

O primado da iniciativa privada e da economia de mercado,

A aposta na produção de bens e serviços transacionáveis,

A defesa das empresas, independentemente da sua dimensão,

A promoção do empreendedorismo e a defesa dos empresários.

O Relatório que a seguir se apresenta evidencia este compromisso, a extensa atividade da CIP nos diferentes domínios da sua intervenção e revela que a Confederação Empresarial de Portugal é uma

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estrutura associativa empresarial de cúpula dinâmica, ativa e interveniente em todas as matérias do interesse das empresas, da economia e de Portugal.

Está dividido em dois capítulos: a intervenção transversal da CIP e, como Anexos, a ação dos Departamentos da CIP (Assuntos Jurídicos e Sócio Laborais, Assuntos Económicos, Assuntos Internacionais e Delegação de Bruxelas, Associativismo e Comunicação Institucional e Corporativa), desenvolvida sob a orientação do Conselho Geral e da Direção.

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II. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

O processo de recuperação gradual da atividade económica prosseguiu em 2015, com a aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) de 0.9% para 1.5%, embora com uma clara perda de dinamismo no segundo semestre do ano.

A aceleração do crescimento ficou a dever-se à evolução mais favorável do consumo privado, da formação bruta de capital fixo (embora apenas no primeiro semestre) e das exportações, bem como à desaceleração das importações, no segundo semestre, face à moderação do crescimento de componentes da procura com maior conteúdo importado.

O contributo positivo da procura interna (excluindo a variação de existências) para o crescimento do PIB ter-se-á intensificado. As exportações líquidas ainda contribuíram negativamente para o crescimento, mas menos do que em 2014.

Nos dois últimos trimestres, verificou-se mesmo, em cadeia, uma inversão do sentido do contributo da procura interna e das exportações líquidas para o crescimento do PIB, devido à evolução desfavorável do investimento, à desaceleração das importações e, no quarto trimestre, ao crescimento das exportações.

No mercado de trabalho, registou-se em 2015 um aumento médio de 1.1% da população empregada (face a 1.6% em 2014), aumento esse que se intensificou no setor secundário (mais 3.2%, contra 2.3% em 2014), ao contrário do verificado nos restantes setores.

A criação líquida de emprego concentrou-se no segundo trimestre do ano, com uma nítida perda de dinamismo do mercado de trabalho nos dois trimestres seguintes.

A população ativa diminuiu 0.6%, registando uma variação negativa mais acentuada nos segmentos de idade dos 15 aos 24 anos (-2.2%) e dos 25 aos 34 anos (-3.1%).

Em 2015 o desemprego atingiu em média 647 mil indivíduos, representando uma taxa de desemprego de 12.4%, inferior à registada em 2013 (13.9%). Ao longo do ano, a taxa de desemprego caiu expressivamente para 11.9% no segundo trimestre, mantendo-se nesse nível no terceiro trimestre e aumentando depois para 12.2% no último trimestre do ano.

A redução do desemprego em 2015 resultou, quer do aumento do emprego, quer da diminuição da população ativa, a que não é estranha a emigração, uma vez que a população inativa também diminuiu.

Em 2015, a inflação média anual, medida pela variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), regressou a valores positivos (0.5%).

Excluindo as variações de preços da energia e dos bens alimentares não transformados, a inflação (subjacente) passou de 0.1% em 2014 para 0.7% em 2015.

Em 2015 são de destacar duas tendências externas que contribuíram positivamente para a evolução da atividade económica: por um lado a continuação da depreciação do euro face ao dólar, que favoreceu as exportações, por outro lado a manutenção dos preços do petróleo em níveis muito baixos, com reflexos positivos na procura interna e no saldo da balança com o exterior.

Em dezembro, a depreciação do euro face ao dólar, em termos homólogos, foi de 11.8%.

No mesmo mês, o preço spot médio do Brent situava-se em 38 dólares/barril, menos 39% que em dezembro de 2014.

A política monetária expansionista do Banco Central Europeu também contribuiu positivamente para a atividade económica, refletindo-se no nível das taxas de juro.

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De acordo com a informação do Banco de Portugal, as taxas de juro nas novas operações de empréstimos a sociedades não financeiras desceram, em média anual, de 4.9% em 2014 para 3.8% em 2015, situando-se no final do ano já abaixo dos 3%.

Estes três fatores sustentaram também a recuperação económica da União Europeia, cujo PIB aumentou 1.9% em 2015 face a 1.4% em 2014.

Esta aceleração do crescimento económico europeu, embora moderada, facilitou o aumento de 6.3% das exportações portuguesas de mercadorias para aquele mercado, compensando a queda de 3.0% das exportações para fora da Europa, motivada pela forte queda do mercado angolano (-33.8%).

Entre os destinos europeus, merece destaque o aumento de 10.1% das exportações para Espanha e de 13.6% para o Reino Unido. Fora da Europa, o maior contributo positivo veio dos mercados norte-americanos, com aumentos das exportações para os EUA de 21.7% e para o Canadá de 39.5%.

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III. INTERVENÇÃO DA CIP EM 2015: ÁREAS PRIORITÁRIAS E INICIATIVAS DOMINANTES

Ao longo de 2015, a CIP determinou a sua intervenção em consonância com as orientações definidas no Programa de Ações 2014-16, nos seguintes domínios:

1. Financiamento

2. Fomento Industrial e internacionalização

3. Reforma do Estado, simplificação administrativa e legislativa

4. Justiça

5. Fiscalidade e para-fiscalidade

6. Qualificação e emprego

7. Concorrência e mercados

8. Empreendedorismo e inovação

9. Políticas de saúde

10. Energia e Ambiente

Dando cumprimento ao Programa de Ações 2014-2016, a CIP interveio nas seguintes áreas prioritárias:

Promoção da competitividade e do crescimento económico;

Reforço do papel e da influência do associativismo empresarial;

Diálogo social e relações laborais,

Reforço da intervenção no âmbito da UE e da lusofonia económica.

Este capítulo dá conta da atividade da CIP nestas áreas prioritárias.

1. PROMOÇÃO DA COMPETITIVIDADE E DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

Em 2011, a CIP assumiu o imperativo do crescimento como um desígnio estratégico para o futuro tendo vindo a defender, desde então, que a promoção da competitividade das empresas portuguesas é a via que permite realizar este desígnio.

Para além da definição e apresentação das suas propostas para o futuro, tanto a nível nacional, como europeu (já anteriormente referidas) destaca-se em 2015 a intervenção da CIP no acompanhamento crítico da implementação do Programa Portugal 2020, concretizado em diversas reuniões, memorandos e pareceres, conjuntamente com as Confederações Patronais representadas na CPCS ou por sua iniciativa. Nestas intervenções, a CIP deu conta das suas preocupações relacionadas com a regulamentação do Portugal 2020. A CIP contribuiu ainda para a resolução de questões institucionais relevantes, nomeadamente quanto à composição das

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Comissões de Acompanhamento dos Programas Operacionais e ao modelo de parceira no domínio da Formação-Ação.

A CIP continuou a defender insistentemente que a definição de metas ou resultados a atingir deverá ter em conta a multiplicidade de fatores exógenos que condicionam os projetos apoiados. Continuou também a advogar a simplificação das formas de acesso aos apoios previstos para as empresas, em todas as vertentes, bem como o papel das Associações empresariais no desenvolvimento económico e social das respetivas regiões.

A CIP esteve atenta aos desenvolvimentos ao nível europeu no domínio da promoção do investimento, nomeadamente no que respeita ao Plano de Investimentos para a Europa, salientando-se a os contactos com o Vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen aquando da sua visita a Portugal e a realização, nessa ocasião, da conferência Relançar o Investimento em Portugal.

Ainda ao nível europeu, a CIP transmitiu a sua visão sobre os desenvolvimentos relativos ao Semestre Europeu, à Estratégia Europa 2020 e ao futuro da governação económica da área do euro, quer através da sua atuação na BUSINESSEUROPE quer diretamente em diversas reuniões na Representação da Comissão Europeia em Portugal.

A atividade da CIP no que respeita aos assuntos industriais foi marcada por vários temas, nomeadamente atividades do Conselho da Indústria que elaborou o programa “Reindustrialização e Política Industrial para o Século XXI”, a consolidação da ação na ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), a participação na iniciativa “Crescimento Verde” promovida pelo Governo e a ação sistemática, nacional e externa, de defesa de melhor legislação e de simplificação de procedimentos e de formalidades que afetam a ação das empresas. Relativamente a este último aspeto, destaca-se o apoio dado pela CIP à APA (Agência Portuguesa do Ambiente) para a racionalização dos processos de licenciamento, do qual resultou o Licenciamento Único Ambiental, e a participação da CIP no quadro da iniciativa comunitária “Better Regulation”.

Realça-se, no âmbito do projeto Reforço da capacidade e preparação para os objetivos Europa 2020, que encerrou no final de março, a Reunião do Observatório Fiscal da CIP com o Dr. Tiago Caiado Guerreiro, bem como o desenvolvimento do OBSERVATÓRIO OPERAR NO MERCADO ÚNICO, com um inquérito às empresas visando a identificação e análise dos problemas e barreiras enfrentados no mercado único europeu.

O projeto Fazer Acontecer a Regeneração Urbana – Um Novo Impulso ficou concluído no final do primeiro semestre de 2015, com destaque para o desenvolvimento das ações piloto nos cinco municípios envolvidos, a organização de uma missão inversa - Urban Regeneration Road Show - em 7 cidades portuguesas e o seminário de encerramento, em 30 de junho, no Porto.

2. REFORÇO DO PAPEL E DA INFLUÊNCIA DO ASSOCIATIVISMO EMPRESARIAL

Dando continuidade ao processo de consolidação da estrutura associativa empresarial de cúpula, a CIP – Confederação Empresarial de Portugal encetou em 2015 todos os esforços para continuar a dar corpo a esse projeto, procurando estimular o processo de convergência do associativismo empresarial, contrariando a tendência de aumento do número de organizações associativas empresariais, designadamente as de nível superior, e procurando uma melhor organização dos diferentes, mas confluentes, interesses, seja a nível regional, sectorial ou nacional.

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No final de 2015, a CIP tinha 105 Associados:

3 Federações

36 Associações Setoriais

6 Associações Multissetoriais

20 Associações Regionais

7 Câmaras de Comércio e Indústria

33 Empresas

Através das 72 Associações que a compõem, a CIP representa os principais setores da atividade económica, designadamente:

Silvicultura e Exploração. Florestal

Indústrias Extrativas – Rochas Ornamentais

Indústrias Alimentares

Fabricação de Têxteis

Indústria de Vestuário

Indústria do Calçado

Fabricação de Pasta e de Papel

Impressão e Reprodução

Fabricação de Produtos Químicos

Fabricação de Produtos Farmacêuticos

Fabricação de Artigos de Borracha

Fabricação de Produtos Minerais não Metálicos

Fundição de Metais

Fabricação de Produtos Metálicos

Fabricação de Equipamento Elétrico

Fabricação de Componentes e Acessórios para Automóveis

Fabricação de Outro Equipamento de Transporte

Fabricação de Mobiliário

Fabricação de Material Ortopédico

Reparação, Manutenção e Instalação de Máquinas e Equipamentos

Construção

Comércio por Grosso de Bens de Consumo

Alojamento, Restauração e Similares

Atividades de Informação e Comunicação

Atividades Financeiras e de Seguros - Leasing e Factoring

Outras Atividades de Serviços Pessoais

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Segundo dados fornecidos pelos Associados da CIP na última consulta, estas Associações representam 114.566 empresas, que empregam 1.541.539 trabalhadores e têm um volume de negócios de € 105.208 milhões por ano.

No âmbito da consolidação do projeto associativo e do reforço da coesão da rede de associados, em 2015 a CIP deu continuidade aos trabalhos dos seguintes Conselhos Consultivos:

Conselho Associativo Regional

Conselho da Indústria Portuguesa

Conselho Estratégico Nacional da Energia

Conselho Estratégico Nacional do Ambiente

Conselho Estratégico Nacional da Saúde

Consciente das dificuldades sentidas pelo movimento associativo particularmente agudizados pela crise económica dos últimos anos, a Direção da CIP encomendou dois estudos no âmbito do Projeto Associativismo 2025 com o objetivo de lançar o debate e reflexão estratégica sobre o movimento associativo empresarial em Portugal e a CIP em particular.

Estudo “As Associações Empresariais do futuro: Evoluir para crescer” - levantamento e sistematização da situação atual do movimento associativo, identificação de melhores práticas internacionais e mapeamento de tendências através de questionários de benchmarking a congéneres europeias e aos associados da CIP

Estudo “As Associações Empresariais do futuro: Construir a CIP2020” - análise das Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças enfrentadas pela CIP e identificação de propostas concretas tendo em vista o seu reposicionamento estratégico.

Em termos de comunicação, destaca-se a aposta na consolidação da presença da CIP nos meios de comunicação digital, através da dinamização do website e da newsletter da CIP e do reforço da presença nas redes sociais, ao nível das melhores práticas neste domínio. Manteve-se ainda a edição regular dos seguintes suportes de comunicação:

Revista Indústria

Portal CIP

Redes Sociais (Facebook, Twitter, LinkedIn,YouTube)

Newsletter Institucional

Newsletter Sócio Laboral em Destaque

Newsletter Europa Laboral em Destaque

Síntese diária da legislação nacional e comunitária

Foi também continuado o trabalho conjunto CIP, AEP e AIP, com vista à produção e divulgação de informação económica para as empresas. Sob a marca comum “Envolvente Empresarial”, continuam a ser divulgados regularmente dois veículos periódicos de informação:

Uma newsletter eletrónica mensal de informação económica, com os dados atualizados de conjuntura mais relevantes para as empresas, cujo primeiro exemplar foi lançado em novembro.

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Uma publicação trimestral de análise de conjuntura com informação mais detalhada da evolução da atividade económica e de outros indicadores relevantes, cujo primeiro número foi editado já em janeiro de 2015, em formato digital, prevendo-se igualmente a sua publicação em formato de papel.

Estas iniciativas inserem-se na estratégia de integração e partilha que estas três instituições oportunamente decidiram desenvolver, constituindo um passo importante na sua concretização.

Como organização associativa de cúpula, a eficácia das suas tomadas de posição é tanto maior quanto melhor for a estratégia de comunicação que adota no relacionamento com os seus diferentes interlocutores e quanto mais adequado for o modo como transmite as suas mensagens para os diferentes públicos.

A perceção sobre a atividade da CIP, no que ela contém de conceptual, resulta em grande parte da forma como são transmitidas as suas ideias e as suas propostas, razão pela qual a preocupação com a transmissão da mensagem da CIP é determinante para o reconhecimento do valor da Confederação Empresarial de Portugal.

3. DIÁLOGO SOCIAL E RELAÇÕES LABORAIS

A participação e intervenção na Concertação Social constituíram uma das atividades centrais da CIP, aprofundando a sua intervenção ao nível da definição das grandes linhas da contratação coletiva, no âmbito das alterações introduzidas no Código do Trabalho, em articulação com as associações setoriais, sendo de destacar a discussão, em sede de Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS), de um vasto conjunto de matérias, das quais, relevam, entre outras, a Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG), a análise da Contratação Coletiva em 2014, o Cheque-Formação e o Fundo de Compensação do Trabalho/Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho e Mecanismo Equivalente.

Neste âmbito, merece especial destaque a temática da RMMG, sendo de relevar, mormente, as medidas destinadas a atenuar o impacto do seu aumento: manutenção em vigor, com a duração de um ano, até 31 de janeiro de 2017, da diminuição de 0,75 p.p. na taxa social única das entidades empregadoras para os trabalhadores com contratos a tempo completo que, em 31 de dezembro de 2015, auferissem uma retribuição base mensal não superior a €530, ou ao valor correspondente, em termos proporcionais, nos contratos a tempo parcial; medidas, a identificar, que visem compensar os efeitos do aumento da RMMG nos contratos públicos de execução duradoura a que estejam afetos trabalhadores que, em 31 de dezembro de 2015, auferissem o valor da RMMG em vigor à data.

4. REFORÇO DA INTERVENÇÃO NO ÂMBITO DA UE E DA LUSOFONIA ECONÓMICA: UMA NOVA VISÃO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Enquanto representante nacional nos organismos patronais de cúpula ao nível europeu e internacional - a BUSINESSEUROPE e a OIE - a CIP manteve o seu papel determinante na defesa dos interesses das empresas nacionais perante as instâncias internacionais e na antecipação das consequências das decisões destas para a economia e empresas nacionais.

Tendo em conta o novo enquadramento Institucional da União Europeia, com um novo colégio de comissários e novos eurodeputados, a CIP preparou a posição “Invest in a Business Driven Europe – Prioridades das empresas portuguesas para o crescimento e competitividade da Europa – 2014-

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2019” que serviu de base de trabalho para a visita da Comissão Executiva da CIP a Bruxelas, entre 3 e 5 de março de 2016. Nesta visita a CIP apresentou aquelas que considera serem as prioridades para o crescimento económico da Europa, tendo reunido com o Presidente do CESE, o Comissário Europeu, Carlos Moedas, os Eurodeputados Portugueses, o Embaixador de Portugal na REPER e alguns altos quadros da Comissão Europeia.

A CIP manteve a sua participação junto da BUSINESSEUROPE, através da presença nas reuniões de Presidentes, Comité Executivo e nos comités especializados, tendo contribuído para os vários pareces desta Confederação Europeia. Esta participação foi realizada através dos serviços da CIP sediados em Portugal, com o apoio de um estagiário INOV CONTACTO, colocado na delegação de Bruxelas durante 5 meses.

Neste âmbito há ainda que destacar a presença do Presidente do Conselho Sectorial para a Indústria, Luís Mira Amaral, no evento anual BUSINESSEUROPE Day, a 26 de março, e o papel do representante da CIP no Comité Económico e Social Europeu, Gonçalo Lobo Xavier, eleito, em outubro, como Vice-Presidente para a comunicação do CESE.

5. CONCLUSÕES

A CIP considera que o exercício de 2015 foi bem sucedido, tendo sido desenvolvidas as iniciativas necessárias para fortalecer a representatividade da Confederação Empresarial de Portugal.

Por fim, agradece-se a todos os membros dos Órgãos Sociais da CIP, aos Presidentes e membros dos Conselhos da Confederação e ao pessoal a colaboração que prestaram e o empenhamento que evidenciaram, contribuindo para o desempenho conseguido pela Confederação Empresarial de Portugal.

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ANEXOS

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ASSUNTOS JURÍDICOS E SÓCIO-LABORAIS (DAJSL)

I – Ao nível Nacional

1. Apoio à Direção

Em 2015, o apoio técnico-jurídico direto e permanente à Direção da CIP constituiu um dos principais pilares da atuação do Departamento dos Assuntos Jurídicos e Sócio-Laborais (DAJSL), o qual se traduziu, em larga medida, na elaboração de intervenções e na preparação e acompanhamento em várias reuniões com diversas entidades e instituições.

No contexto da citada preparação e acompanhamento, merece especial relevo o acompanhamento do Presidente da CIP em reuniões tripartidas e bilaterais com o Governo, as Confederações Patronais, as Centrais Sindicais, que tiveram por objeto diversas matérias, de entre as quais se destaca a evolução da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG).

O citado apoio do DAJSL à Direção da CIP traduziu-se, também, na preparação de intervenções, pareceres e artigos, entre os quais se destacam os seguintes:

Elaboração de artigo para a Revista “Aspectos” sobre o domínio da "Educação, Emprego e Formação”;

Elaboração das respostas às questões formuladas pelo Jornal Diário de Notícias sobre “Ofertas de emprego medida estímulo emprego”;

Elaboração das respostas às questões formuladas pela revista “Família Cristã” sobre a natalidade;

Elaboração da intervenção inicial no “XI AEA Internacional Congress”, organizada pela Rede Internacional de Advogados;

Elaboração de um documento sobre “Melhorias nos últimos 4 anos em matéria de legislação laboral” e “O que é ainda necessário fazer” com vista à participação do Presidente no Programa Negócios da Semana, para avaliar o Estado da Nação;

Elaboração da intervenção na Sessão de Abertura do II Congresso Regional de Direito do Trabalho (Madeira);

Elaboração de intervenção no Seminário Internacional “O diálogo social pela educação e formação – Estratégias de intervenção e concertação para o desenvolvimento e o emprego”, no âmbito do Painel “Promover as qualificações das pessoas - mundo em mudança, emprego em mudança, pessoas com futuro “;

Elaboração da intervenção no Workshop “Políticas de Educação dirigidas ao Mercado de Trabalho”;

Elaboração da intervenção na Sessão de Lançamento da Companha de prevenção de riscos profissionais em máquinas e equipamentos de trabalho;

Elaboração da intervenção na 12ª Conferência Europeia de Emprego Apoiado sobre “As Empresas, os Recursos Humanos e Fatores de Empregabilidade”.

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O DAJSL também participou, interveio e deu apoio direto à Direção, em sede de Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) e do Conselho Económico e Social (CES), atividades que serão abordadas mais adiante.

Por outro lado, o Departamento, ao longo de todo o ano de 2015, igualmente no domínio do apoio à Direção, analisou e contribuiu ativamente, em articulação com outros Departamentos da CIP, para a negociação de vários contratos de prestação de serviços.

É também de destacar a análise efetuada a vários protocolos e memorandos de entendimento celebrados entre a CIP e outras entidades nacionais e internacionais.

De realçar, é, ainda, o acompanhamento e apoio do DAJSL à Delegação da Comissão Executiva, no contexto da sua visita a Bruxelas.

Na citada visita, o Departamento, para além do acompanhamento em várias reuniões, elaborou a intervenção do Presidente da CIP no Workshop “Strengthening industrial relations and capacity building at national level”, no âmbito da Conferência de Alto Nível organizada pela Comissão Europeia “A new start for Social Dialogue”.

A referida intervenção centrou-se no reconhecimento e impactos concretos do diálogo social, nos desafios do diálogo social e na necessidade e urgência de promover uma parceria para as reformas que promovam o desenvolvimento social e económico.

2. Relação com os Associados

A relação próxima e reforçada com os associados da Confederação continuou a constituir uma prioridade.

Assim, assumiu grande relevo a divulgação das iniciativas legislativas sócio-laborais com maior impacto nas empresas, junto da estrutura associativa da Confederação, articulando com a mesma contributos em matérias sobre as quais teve que se pronunciar.

Por outro lado, o Departamento continuou a dar resposta às consultas jurídicas que lhe foram endereçadas pelas Associações e Empresas, nomeadamente, através do “Polo de Atendimento”. Entre as várias matérias objeto de consulta, destacam-se as relativas ao Código do Trabalho, com especial incidência na organização do tempo de trabalho e na redução das compensações, à contratação, ao Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), ao Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT) e ao Mecanismo Equivalente (ME), à negociação coletiva, à segurança e saúde no trabalho e à formação profissional.

O Departamento continuou a dinamizar os trabalhos do Observatório do Desenvolvimento das Relações de Trabalho, que, como se sabe, congrega a estrutura associativa integrada na CIP, e no qual a contratação coletiva foi alvo de particular acompanhamento.

O Departamento continuou a elaboração e divulgação da publicação denominada “CIP – Europa Laboral em Síntese”, de periodicidade mensal, no domínio sócio-laboral, que pretende dar a conhecer, de forma rápida e simplificada, no âmbito do objetivo de criação de emprego da Estratégia Europa 2020, as mais relevantes posições assumidas pelas principais instâncias comunitárias e outros desenvolvimentos na prossecução de tal objetivo. Através desta publicação, intenta-se, assim, reforçar a defesa dos interesses dos associados da CIP.

É de realçar, também, que o DAJSL participou, em representação da CIP, em várias sessões de esclarecimento organizadas pela sua estrutura associativa, entre as quais se destacam as relativas à Formação Profissional e à Contratação Coletiva.

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3. Concertação Social

Como é habitual, uma das principais atividades do Departamento radicou-se na sua intervenção na Concertação Social.

Assim sendo, o DAJSL assegurou o apoio técnico aos representantes da CIP na Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS).

Entre as várias matérias objeto de discussão e análise, destacam-se as seguintes:

Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG);

Análise da Contratação Coletiva em 2014;

A igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho (análise e discussão das recomendações a apreciar em sede da CPCS sobre diferenciações salariais por ramos de atividade);

Cheque-Formação;

Fundo de Compensação do Trabalho/Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho/Mecanismo Equivalente.

Neste âmbito, merece especial destaque a temática da RMMG.

Como se sabe, o Programa do Governo atual, na sequência de compromissos políticos assumidos pelo Partido Socialista com outros partidos com assento parlamentar, com vista a viabilizar a atual solução governativa do País, expressa que o Executivo “proporá em sede de concertação social (…) aumento do SMN (…)530€ em 2016 (…)”.

Neste contexto, o Governo, em sede de CPCS, apresentou uma proposta de acordo no sentido de fixar a RMMG, em 2016, em 530€. Tal acordo não foi possível de alcançar.

Assim sendo, verificou-se a imposição unilateral de um novo valor para a RMMG.

Quer no decurso das negociações então havidas quer após a decisão unilateral do Governo, a questão conheceria contornos mais abrangentes, também em sede de CPCS, em torno da criação de medidas compensatórias para as empresas decorrentes do aumento da RMMG.

Como resultado, foi alcançado, em sede de CPCS, o “Acordo Relativo à Aplicação da Retribuição Mínima Mensal Garantida para o ano de 2016”, no dia 22 de janeiro de 2016.

No âmbito do referido acordo, é de salientar que se preveem uma série de medidas destinadas a atenuar o impacto do aumento da RMMG que o Governo, como já se referiu, isoladamente, decidiu fixar.

Entre tais medidas contam-se: a manutenção em vigor, com a duração de um ano, até 31 de janeiro de 2017, da diminuição de 0,75 p.p. na taxa social única das entidades empregadoras para os trabalhadores com contratos a tempo completo que, em 31 de dezembro de 2015, auferissem uma retribuição base mensal não superior a €530, ou ao valor correspondente, em termos proporcionais, nos contratos a tempo parcial; medidas, a identificar, que visem compensar os efeitos do aumento da RMMG nos contratos públicos de execução duradoura a que estejam afetos trabalhadores que, em 31 de dezembro de 2015, auferissem o valor da RMMG em vigor à data.

Por outro lado, salienta-se, igualmente, o compromisso em iniciar a discussão de um programa de atualização de médio prazo da RMMG, observando, entre outros, critérios como a evolução da produtividade, a competitividade, e a inflação, com vista à celebração de uma acordo de concertação, no qual relevará, também, o reforço das competências e qualificações dos

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trabalhadores, dando particular importância ao apoio a conceder aos Centros de Formação Protocolares e às organizações formativas empresariais.

4. Conselho Económico e Social e Comissão Especializada de Política Económica e Social

O Departamento assegurou, igualmente, o apoio técnico aos representantes da CIP no Conselho Económico e Social (CES) e na Comissão Especializada de Política Económica e Social (CEPES), tendo, para o efeito, elaborado, entre outros, contributo para o Parecer do CES sobre Programa Nacional de Reformas no quadro do Semestre Europeu, em colaboração com o Departamento dos Assuntos Económicos (DAE).

5. Legislação

5.1 Código do Trabalho e respetiva Regulamentação

O Departamento conferiu especial atenção ao impacto, no terreno, das várias alterações efetuadas Código do Trabalho nos últimos anos.

É igualmente de destacar a análise, participação e intervenção, incluindo as respetivas audições parlamentares, em torno dos seguintes projetos:

Projeto de Lei 867/XII - Altera o Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, nas matérias relativas à licença parental, ao trabalho a tempo parcial, ao teletrabalho, à flexibilidade dos horários, à adaptabilidade e ao banco de horas grupal;

Projeto de Lei 3/XIII - Restabelece os feriados nacionais da Implantação da República, a 5 de outubro, e da Restauração da Independência, a 1 de dezembro;

Projeto de Lei 33/XIII - Restabelecimento dos feriados nacionais suprimidos;

Projeto de Lei 8/XIII - Reposição dos feriados nacionais retirados;

Projeto de Lei 20/XIII - Restitui os feriados nacionais obrigatórios eliminados;

Projeto de Lei 21/XIII - Consagra a Terça-feira de Carnaval como feriado nacional obrigatório.

O DAJSL, por outro lado, continuou a trabalhar no sentido de potenciar o conhecimento, junto da estrutura associada da CIP, de algumas vantagens, quer ao nível da flexibilidade interna (por exemplo, na adoção dos bancos de horas individuais sem previsão em IRCT) quer ao nível da flexibilidade externa (por exemplo, a redução das compensações ou a simplificação dos requisitos do despedimento por extinção do posto de trabalho) contidas nas alterações ao Código do Trabalho.

O Departamento, em representação da CIP, continuou também a pugnar pela alteração ou consagração de algumas soluções legais que, ainda hoje, se revelam como falhas de adequação, a saber:

Existência de justas causas disciplinares, juris et de jure;

Restringir a reintegração obrigatória aos casos de despedimento ilícito fundados em violação de direitos fundamentais (motivos políticos, ideológicos, étnicos ou religiosos);

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Consagrar que, concluindo o Tribunal pela existência de justa causa de despedimento, qualquer vício formal, ao nível do procedimento, apenas determina irregularidade e não ilicitude;

Definir, como regra, que todas as faltas, ainda que justificadas, determinam perda de retribuição, e redução do elenco de faltas que, nos termos da lei, são consideradas justificadas;

Aferição de que o princípio “trabalho igual, salário igual”, tem como âmbito de aplicação, e pressuposto, a subsunção ao mesmo IRCT.

6. Legislação avulsa

O Departamento elaborou pareceres e notas críticas sobre numerosos projetos de diplomas legislativos de entre os quais se destacam os seguintes:

Projetos de Regulamento Específico do Domínio do Capital Humano;

Projeto de “Regulamento Específico Transversal - Operações apoiadas pelo Fundo Social Europeu”;

Projeto de Regulamento Específico do domínio temático “Inclusão Social e Emprego”;

Projeto de diploma que altera o Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro, que estabelece o regime das depreciações e amortizações para efeitos do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas;

Projeto de Portaria de “Disposições Regulamentares – Área Grupos específicos”;

Projeto de Portaria de “Disposições regulamentares – Área Emprego”;

Projeto de Portaria de “Disposições regulamentares – Área Formação”;

Projeto de diploma que estabelece o regime jurídico específico do Fundo Social Europeu (FSE) aplicável às operações apoiadas por este fundo em matéria de elegibilidade de despesas e custos máximos, bem como as regras de funcionamento das respetivas candidaturas, não reguladas pelo Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro;

Projeto de diploma que procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 290/2009, de 12 de outubro, alterado pela Lei n.º 24/2011, de 16 de junho e pelo Decreto-Lei n.º 131/2013, de 11 de setembro, que o republica, criando uma nova medida, denominada Marca Entidade Empregadora Inclusiva, que promove o reconhecimento e a distinção pública de práticas de gestão abertas e inclusivas, desenvolvidas por entidades empregadoras, relativamente às pessoas com deficiência e incapacidade;

Projeto de Portaria que define os procedimentos e os elementos necessários à operacionalização das relações entre os intervenientes no sistema de compensação do trabalho nos casos em que os empregadores optem por aderir a um Mecanismo Equivalente (ME), ao abrigo do n.º 1 do artigo 59.º da Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto, que estabelece os regimes jurídicos do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), do ME e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT);

Projeto de Portaria que aprova a medida de Apoio Técnico à Criação e Consolidação de Projetos (ATCP), no âmbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo, previsto no artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 13/2015, de 26 de janeiro;

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Projeto de Lei n.º 870/XII, que cria a Comissão Especializada Permanente Interdisciplinar para a Natalidade;

Proposta de Lei que procede à primeira alteração à Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto, que estabelece os regimes jurídicos do fundo de compensação do trabalho, do mecanismo equivalente e do fundo de garantia de compensação do trabalho;

Projeto de diploma que procede à alteração ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, que criou a certificação eletrónica do estatuto de micro, pequena e média empresas;

Projeto de Decreto-Lei que procede à primeira alteração ao Decreto-lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, que estabelece as regras gerais de aplicação dos programas operacionais e dos programas de desenvolvimento rural financiados pelos fundos europeus estruturais e de investimento, para o período de programação 2014-2020.

Por outro lado, o DAJSL, em representação da CIP, participou numa audição na Assembleia da República, no âmbito do Grupo de Trabalho para a Consolidação Legislativa, o qual tem por objetivo simplificar as leis e melhorar a acessibilidade para os cidadãos e operadores jurídicos.

7. Emprego

O DAJSL acompanhou, em geral, a política de Emprego, tendo integrado, em representação da CIP, a Comissão de Coordenação e Acompanhamento do Plano Nacional para a implementação da Garantia para a Juventude.

Por outro lado, procedeu, ainda, à elaboração de notas críticas sobre, entre outras, as seguintes matérias:

Projeto de Portaria que cria a medida REATIVAR;

Projeto de Portaria que cria a medida de Apoio à Mobilidade Geográfica no Mercado de Trabalho;

Projeto de Portaria relativo ao Programa COOPJOVEM;

Projeto de Portaria que cria a Medida Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego.

Verificaram-se, também, intervenções em diversos eventos, dos quais se destaca a representação da CIP em reuniões com representantes da Comissão Europeia, na qual se abordaram, em síntese, os desafios das políticas de emprego e do mercado de trabalho, bem como a intervenção na Conferência organizada pelo Centro de Estudos Judiciários sobre “Trabalho Digno, Trabalho no Domicílio e Mobilidade Geográfica”.

No âmbito da temática do emprego, destaca-se, ainda, a representação da CIP, na audição ocorrida no Parlamento no âmbito da apreciação do Projeto de Lei 648/XII, sobre o “Combate o trabalho forçado e outras formas de exploração laboral”.

8. Formação Profissional e Educação

No que diz respeito à Formação Profissional e Educação, o DAJSL continuou a acompanhar o Sistema Nacional de Qualificações, designadamente através da sua intervenção na Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP) e procurou identificar os principais constrangimentos existentes no tereno.

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Por outro lado, o DAJSL acompanhou e apreciou, entre outros, o projeto de Portaria que cria a medida Cheque-Formação e o projeto de Diploma que procede à 2ª alteração ao Programa Formação-Algarve.

Acresce, ainda, a participação na reunião com a Comissária Europeia para o Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade Laboral, bem como a sua participação no Estudo Europeu sobre os sistemas de educação e formação na Europa.

Para finalizar, o DAJSL elaborou, também, uma carta dirigida ao Senhor Primeiro-Ministro, a qual foi subscrita pelas 4 Confederações de empregadores, sobre a qualificação de ativos no Portugal 2020.

9. Segurança e Saúde no Trabalho

O DAJSL representou a CIP no Conselho Consultivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho da Autoridade para Condições de Trabalho (ACT), tendo, neste âmbito, o ano de 2015 sido marcado pelas discussões em torno da elaboração da nova Estratégia Nacional de Segurança e Saúde 2015-2020.

Na sequência do acordo alcançado no âmbito do referido Conselho Consultivo, a nova Estratégia Nacional foi aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 77/2015, de 18 de setembro.

O Departamento participou, ainda, nos eventos organizados pela ACT e outras entidades, entre os quais se destacam os seguintes:

Intervenção no Workshop "Riscos Psicossociais - do risco à prevenção nas PME´s”;

Intervenção na Sessão de Encerramento da Campanha Nacional Contra o Trabalho Não Declarado;

Intervenção na Sessão Solene Comemorativa do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho organizada pela Autoridade para as Condições de Trabalho;

Participação nas “Conferências Temáticas: «Contributos para a melhoria das Condições de Trabalho”;

Intervenção no 8º Encontro Nacional dos Técnicos de Segurança no âmbito do Painel “Técnicos de Higiene e Segurança no Trabalho: que associativismo e que futuro?”;

Intervenção na Sessão de Lançamento da Campanha Regresso às aulas 2015, no âmbito do painel “Educação de SST – Perspetivas dos Parceiros Sociais”.

Por outro lado, o DAJSL prestou particular atenção aos resultados do estudo de avaliação encomendado pela Comissão Europeia sobre a avaliação prática das Diretivas sobre Segurança e Saúde no Trabalho.

No âmbito da análise legislativa, destaca-se a elaboração da posição da CIP sobre o projeto de Decreto-Lei que estabelece as prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho aplicáveis aos locais e postos de trabalho dos estaleiros temporários ou móveis da construção de edifícios e de engenharia civil, transpondo parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 92/ 57/ CEE, do Conselho, de 24 de junho.

10. Segurança Social

O Departamento acompanhou, também, todos os desenvolvimentos relevantes no domínio da Segurança Social.

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No que diz respeito ao referido acompanhamento, o DAJSL prestou atenção a várias matérias, com especial destaque para o Projeto de Diploma que tem por objeto a atualização anual de pensões e a atualização do complemento solidário para idosos e a Proposta de Decreto-lei que procede à suspensão da atualização das pensões de acidentes de trabalho.

Por outro lado, destaca-se, igualmente, a elaboração da carta ao Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, sobre os resultados concretos da aplicação do Decreto-Lei n.º 12/2013, de 25 de janeiro, que estabelece o regime jurídico de proteção social na eventualidade de desemprego dos trabalhadores independentes com atividade empresarial e dos membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas.

10.1 Revogação de Contrato de Trabalho por Mútuo Acordo e Acesso ao Subsídio de Desemprego

Há muito que a CIP, de forma reiterada e bem vincada, tem destacado que a imposição de limites ao número de revogações de contratos de trabalho por mútuo acordo com acesso ao subsídio de desemprego, decorrente da publicação do Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de Novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 72/2010, de 18 de Junho, conduz, inevitavelmente, ao despedimento coletivo (ou à extinção do posto de trabalho, para números pequenos), o qual tem associado um estigma fortemente negativo e com os maiores reflexos, quer ao nível da reputação junto do sistema bancário, quer ao nível do mercado – estigma que as empresas tudo farão para evitar.

Neste contexto, o DAJSL continuou a promover uma reformulação mais ampla do regime legal nesta matéria.

11. Contratação Coletiva

A CIP sempre defendeu e vincou a importância da contratação coletiva enquanto real estabilizador das relações laborais e, assim, potenciador da atividade empresarial.

Assim, o Departamento continuou a desenvolver esforços no acompanhamento da contratação coletiva e no incremento da articulação ao nível dos processos negociais desenvolvidos pela estrutura integrada.

Neste contexto, o DAJSL continuou a promover reuniões do Observatório do Desenvolvimento das Relações Laborais, através do qual foram identificadas as principais tendências e cláusulas inovatórias, de forma a criar sinergias nas negociações coletivas desenvolvidas pelas Associadas da Confederação.

O Departamento procedeu, também, à análise global da negociação coletiva, mediante, nomeadamente, a apreciação de relatórios da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho sobre a contratação, conferindo especial atenção aos processos conflituais.

Por outro lado, é de destacar a participação e intervenção do DAJSL no encontro promovido pela Confederação de Empregadores de Espanha (CEOE), o qual contou com representantes de empregadores de outros países, sobre o estado e futuro da negociação coletiva.

É, ainda, de destacar, que o Departamento representou a CIP no Centro de Relações Laborais (CRL), o qual tem por missão apoiar a negociação coletiva, bem como acompanhar a evolução do emprego e da formação profissional.

Neste âmbito, realça-se, entre outros assuntos, que o DAJSL pronunciou-se sobre o Projeto de Regulamento Interno bem como sobre o Plano de Atividades do Centro.

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12. Igualdade de género

A área da igualdade de género teve grande dinamismo em 2015.

No referido âmbito, o DAJSL interveio através da representação da Confederação na Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE). É no âmbito desta Comissão que são emitidos os pareceres prévios ao despedimento de trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes, de trabalhador no gozo de licença parental ou, ainda, no caso de intenção de recusa, pela entidade empregadora, de autorização para trabalho a tempo parcial ou com flexibilidade de horário a trabalhadores com filhos menores de 12 anos.

Nesta matéria, o DAJSL interveio, também, nas reuniões para a apreciação tripartida da legalidade de disposições em matéria de igualdade e não discriminação constantes de instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho.

Por outro lado, Departamento interveio ativamente e de forma bem vincada no âmbito do projeto da “Campanha para a promoção da Igualdade de Género no Trabalho”, da autoria da CITE e da ACT.

Acresce, ainda, a elaboração das críticas da CIP aos seguintes documentos:

Projeto de Lei n.º 868/XII - Cria um mecanismo para proteção das trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes;

Projeto de Lei n.º 814/XII – Igualdade na parentalidade para proteção das mulheres na maternidade e no emprego;

Projeto de Lei n.º 816/XII – Reforço dos direitos de maternidade e paternidade.

Ao nível da CPCS, também foi analisado e discutido, conforme já se referiu, o documento contendo recomendações sobre diferenciações salariais entre homens e mulheres por ramos de atividade.

13. Imigração

O Departamento continuou a assegurar a representação da CIP no Núcleo Fundador da Plataforma sobre Políticas de Acolhimento e Integração de Imigrantes, na Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) e no Conselho para as Migrações.

Por outro lado, o DAJSL também acompanhou a crise dos refugiados, designadamente as respostas que o Governo português planeou para a inclusão dos mesmos.

14. Justiça

A CIP tem vincado e vinca novamente, que as empresas se têm deparado com graves problemas decorrentes do funcionamento do sistema judicial.

Entre os principais problemas identificados, realçam-se os relativos à morosidade, aos custos, à tramitação e aos resultados das execuções, ao funcionamento dos tribunais de comércio, ao acesso à Justiça ou aos critérios de distribuição processual.

Neste contexto, o DAJSL acompanhou o desenvolvimento da matéria, sendo de destacar a elaboração da intervenção no evento de lançamento do “Manual de Gestão Judicial” organizado pela União Internacional de Juízes Portugueses.

Por outro lado, o DAJSL assegurou a representação da CIP na Comissão de Acompanhamento dos Auxiliares de Justiça.

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15. Outras Ações

15.1. Com enfoque nacional

15.1.1 Programa Operacional Potencial Humano (POPH) - Reforço da Capacitação Institucional dos Parceiros Sociais

Tendo em conta que o Projeto da CIP terminou no final de março p.p., o DAJSL procurou implementar e finalizar as atividades do seu domínio de intervenção e responsabilidade, bem como assegurar a mais elevada taxa de execução possível do seu eixo de atuação.

15.1.2 Programa Operacional Inclusão Social e Emprego - Reforço da Capacitação

Institucional dos Parceiros Sociais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social

O DAJSL contribuiu para a elaboração do novo projeto da CIP, dentro e fora do seu domínio de atuação, e procurou implementar as atividades da sua esfera de intervenção e responsabilidade, bem como assegurar a mais elevada taxa de execução possível no que concerne o seu eixo de atuação.

15.1.3. Crise Económico-Financeira

O ano de 2015, não obstante os indícios de recuperação observados, ainda foi assinalado pela crise económico-financeira, com acentuados reflexos quer na vida das empresas quer no desemprego.

Entre as atividades desenvolvidas neste âmbito, destaca-se a elaboração das respostas, em articulação com o DAE, ao questionário da Comissão Europeia sobre o Programa de Ajustamento.

15.1.4. Comunicação

Como é recorrente, o Departamento elaborou artigos e respostas a solicitações de revistas, jornais e outros meios de comunicação social, em matérias da sua competência ou com estas conexas, alguns dos quais já foram enunciados no ponto 1.

O DAJSL transmitiu ao Departamento de Comunicação da CIP, iniciativas, informações ou tomadas de posição relevantes, com vista a serem colocados no Portal da CIP ou a serem divulgados pelos meios de comunicação identificados para o efeito, de entre as quais se destaca o envio de informação sobre a reforma do mercado de trabalho em Portugal.

O Departamento elaborou, também, contributos para a Revista “Indústria” e para a newsletter institucional.

15.1.5. Outras intervenções

O Departamento manteve a sua participação ativa em diversas atividades e eventos, representando institucionalmente a CIP em conselhos gerais, grupos de trabalho, seminários, conferências, reuniões com ministérios, departamentos da Administração Pública, delegações de peritos e outras entidades.

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Por outro lado, o DAJSL deu apoio à elaboração das posições da CIP no âmbito das várias consultas efetuadas pelo Conselho Nacional do Consumo, como, a título de exemplo, a consulta sobre o projeto de decreto-lei que procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 50/2013, de 16 de abril, que estabelece o regime de disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e abertos ao público.

15.2. Com enfoque internacional

O DAJSL continuou a dar resposta às solicitações que se enquadrem na sua esfera de intervenção e provenientes de diversas entidades, e continuou a desenvolver consultas prévias à estrutura associativa no sentido de apurar dificuldades e sensibilidades e obter contributos e respostas a serem transmitidas às Autoridades Públicas Nacionais, às Instâncias Comunitárias e à BUSINESSEUROPE.

Acresce, ainda, que o DAJSL, em representação da CIP, também deu resposta e formulou posições em matérias fora da sua esfera de intervenção direta, entre os quais se destaca o Projeto de diploma que transpõe para o ordenamento jurídico interno a Diretiva n.º 2013/34/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativa às demonstrações financeiras anuais, às demonstrações financeiras consolidadas e aos relatórios conexos de certas formas de empresas.

Por outro lado, é, ainda, de relevar, a representação da CIP, juntamente com o DAE, na reunião com Vice-Presidente da Comissão Europeia para o Euro e Diálogo Social, bem como em várias reuniões com a representante portuguesa responsável pelo Semestre Europeu.

Destaca-se, igualmente, a análise, em conjunto com o DAE, do projeto de posição do MEDEF sobre a estabilização da zona euro.

II – Ao nível Internacional 1. União Europeia

1.1. Diálogo Social

No domínio do Dialogo Social, foram finalizadas as negociações em torno do Programa de Trabalho dos Parceiros Sociais Europeus (BUSINESSEUROPE, CES, CEEP e UEAPME) 2015-2017.

Foram, também, finalizadas as negociações, nas quais o DAJSL representou a CIP, entre os Parceiros Sociais Europeus sobre a análise aprofundada do emprego na Europa.

Do referido acordo, destacam-se os seguintes aspetos:

É acordado que os Estados-Membros devem concentrar-se e focalizar-se na recuperação do emprego e nas reformas do mercado de trabalho que promovam a confiança e a segurança jurídica, por forma a permitir a adaptação das empresas à evolução das circunstâncias e a promover relações de trabalho estáveis e práticas do mercado de trabalho sustentáveis.

É reconhecido que a existência de diversas formas contratuais pode ser útil para atender às necessidades quer dos empregadores quer dos trabalhadores.

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É reconhecido que os custos não salariais do trabalho na Europa são elevados em comparação com outras regiões do Mundo e, com vista a apoiar a criação de emprego, pode ser necessário conter tais custos.

É acordado que os sistemas de educação e formação devem corresponder melhor às necessidades da economia e dos mercados de trabalho.

Acresce, ainda, que, na sequência da adoção pelos Parceiros Sociais Europeus, em junho de 2013, do Quadro de Ações sobre o Emprego Jovem, o DAJSL negociou e elaborou, em conjunto com os Parceiros Sociais Nacionais, o segundo Relatório de Acompanhamento do citado Quadro de Ações.

O documento em referência, em geral, visa apelar aos parceiros sociais nacionais, às autoridades públicas e a outras partes interessadas no sentido de agirem em conjunto com vista a alcançarem progressos concretos em favor do emprego jovem.

Por outro lado, é de relevar que uma delegação da CIP, a qual incluiu representantes de algumas Associações da Confederação, participou e interveio no Seminário conjunto, promovido pelos Parceiros Sociais Europeus, destinado a "Promover e reforçar o Diálogo Social Europeu", que teve lugar em Helsínquia, Finlândia.

1.2. Atividade Legislativa

Ao nível europeu, o Departamento acompanhou o desenvolvimento e assegurou uma participação nas discussões sobre algumas questões de grande relevo, entre as quais se destacam a Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho respeitante à execução da Diretiva 96/71/CE relativa ao destacamento de trabalhadores no âmbito de uma prestação de serviços.

1.3. Outras atividades

O Departamento tem vindo a acompanhar, entre outras matérias, o desenvolvimento ao nível da UE: i) Pacote sobre a “mobilidade laboral”, o qual visa apresentar uma Comunicação sobre a mobilidade laboral dos trabalhadores, proceder a uma revisão seletiva da Diretiva relativa ao destacamento de trabalhadores, e rever os Regulamentos relativos à coordenação dos sistemas de Segurança Social; ii) Reestruturações; iii) Combate ao desemprego Jovem; iv) Responsabilidade Social das Empresas; v) Avaliação das 24 Diretivas sobre Segurança e Saúde no Trabalho e eventuais propostas legislativas nesse domínio.

1.4. Participação em instâncias da União Europeia

O DAJSL representou e assegurou a representação institucional da CIP num conjunto alargado de instâncias comunitárias, entre as quais se destacam as seguintes:

Comité do Diálogo Social;

Comité Consultivo para a Segurança e Saúde no Local de Trabalho;

Comité do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida;

Comité Consultivo para a Formação Profissional.

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2. Ao nível da BUSINESSEUROPE

Ao nível da BUSINESSEUROPE, o DAJSL participou na elaboração das tomadas de posição da BUSINESSEUROPE, mantendo a representação institucional na Comissão dos Assuntos Sociais (SAC) e nos respetivos Grupos de Trabalho.

O DAJSL participou, igualmente, na tomada de posições da BUSINESSEUROPE, de entre as quais se destacam as seguintes:

Consulta da Comissão Europeia sobre a revisão da Diretiva sobre a organização do tempo de Trabalho;

Evolução demográfica;

Proposta de Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à melhoria do equilíbrio entre homens e mulheres no cargo de administrador das empresas cotadas em bolsa e a outras medidas conexas;

Desemprego de longa duração;

Pacote da Comissão Europeia sobre a Mobilidade Laboral;

Análise da implementação dos instrumentos do Diálogo Social Europeu;

Envolvimento dos Parceiros Sociais no Semestre Europeu.

Ao nível da BUSINESSEUROPE, é, ainda, de destacar, que o Departamento apoiou a representação da CIP no Comité Executivo da referida Organização, tendo, neste âmbito, analisado diversos documentos.

3. Ao nível das Organizações Internacionais

3.1. Organização Internacional do Trabalho (OIT)

No contexto da 104ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho (CIT) organizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que se realizou em Genebra, Suíça, entre os dias 1 a 13 de junho, o DAJSL participou na Comissão “Discussão recorrente sobre o objetivo estratégico da proteção social (proteção dos trabalhadores)”.

No âmbito da referida Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, o Departamento também contribuiu para a tomada de posição conjunta dos empregadores portugueses sobre o Trabalho Não declarado.

Por outro lado, o Departamento elaborou pareceres e respostas aos diversos questionários e relatórios da OIT, bem como sobre os documentos de submissão às autoridades nacionais competentes de diversas recomendações e protocolos.

O DAJSL participou, ainda, em representação institucional da CIP, nas atividades desenvolvidas pelo Escritório de Lisboa da OIT.

3.2. Organização Internacional de Empregadores (OIE)

O Departamento colaborou, em representação da CIP, nos trabalhos, ao nível da OIE, sobre matérias sócio-laborais da Organização, bem como em diversas tomadas de posição, nomeadamente sobre aquelas que foram apresentadas no âmbito da referida 104ª Sessão da CIT.

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ASSUNTOS ECONÓMICOS (DAE)

Ao longo de 2015, o Departamento de Assuntos Económicos (DAE) prosseguiu a sua missão de proporcionar à CIP capacidade técnica para uma intervenção fundamentada no âmbito dos assuntos Económico-Financeiros e Industriais, de acordo com o Plano de Atividades apresentado.

A atividade do DAE baseou-se num permanente acompanhamento da evolução da economia, aos níveis nacional e internacional, e da conceção e execução da política económica.

Este acompanhamento suportou tanto o apoio à intervenção institucional da CIP na área económica como a produção de veículos de informação dirigidos a todos os associados.

1. Informação Económica

No âmbito da divulgação conjunta de informação económica para as empresas iniciada em 2014 pela CIP, AEP e AIP, sob a marca comum “Envolvente Empresarial”:

prosseguiu a edição regular de uma newsletter eletrónica mensal de informação económica, com os dados atualizados de conjuntura mais relevantes para as empresas;

iniciou-se, em janeiro, a edição de uma publicação trimestral de análise de conjuntura com informação mais detalhada da evolução da atividade económica e de outros indicadores relevantes, em formato digital e em papel, este com o apoio da APIGRAF.

Produção de documentos de informação e análise económica, com a elaboração e divulgação, em formato digital, de notas de síntese sobre as projeções e principais indicadores macroeconómicos e de emprego.

Produção e divulgação de uma síntese diária de legislação nacional e comunitária.

Elaboração de conteúdos para a Revista da CIP e para a Newsletter Institucional da CIP. No âmbito desta última, participação na elaboração da Europ@CIP, nomeadamente, assegurando a publicação das secções “Notícias da União Europeia” e “Consultas Públicas da União Europeia”.

Informação pontual aos associados relativa a diversos temas, quer proactivamente, quer em resposta às suas solicitações.

2. Apoio à Intervenção Institucional

Em 2015, a atividade da CIP no âmbito dos assuntos económicos centrou-se na elaboração de propostas para o futuro, tanto a nível nacional, como europeu.

No quarto trimestre, o apoio à intervenção institucional esteve particularmente focado na resposta da CIP à situação decorrente das eleições de 4 de outubro e aos programas do XX e XXI Governos

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na sua vertente económica, proporcionando uma visão crítica dos mesmos à luz das propostas apresentadas pela CIP.

No final do ano, o DAE colaborou na preparação da proposta da CIP para a agenda para um acordo global para o crescimento sustentado e o emprego, bem como nas negociações que resultaram no acordo sobre o salário mínimo nacional.

Salienta-se:

A conclusão, em janeiro, do DOCUMENTO DE ESTRATÉGIA PARA O CRESCIMENTO PÓS-TROIKA: 100 Medidas para o relançamento da economia.

Participação na elaboração do documento INVEST IN A BUSINESS DRIVEN EUROPE: Prioridades das empresas portuguesas para o crescimento e competitividade da Europa 2014-2019, apresentado e debatido nos encontros da Comissão Executiva da CIP com várias instituições europeias em Bruxelas, em março.

A elaboração do documento O QUE A CIP QUER DE UM NOVO GOVERNO.

Os trabalhos levados a cabo a diversos níveis no apoio ao II Congresso das Empresas e das Atividades Económicas.

Análise e comentários ao relatório “Uma década para Portugal” promovido pelo PS.

Análise e comentários aos Programas do XX e XXI Governos.

Apoio à participação nas reuniões da CPCS de dezembro, sobre o Programa do Governo, o acordo sobre uma “agenda de desenvolvimento económico e social de médio prazo” para Portugal e a atualização do salário mínimo nacional.

No âmbito do apoio à intervenção institucional da CIP, destaca-se também o trabalho desenvolvido, em articulação com a restante estrutura da CIP, nas seguintes áreas:

Programa Portugal 2020 e promoção do Investimento

Destaque para:

O parecer conjunto das Confederações Patronais representadas na CPCS sobre as regras gerais de aplicação dos programas financiados pelos fundos europeus estruturais e de investimento;

o memorando de 13 de janeiro das Confederações Patronais representadas na CPCS expondo diversas preocupações relacionadas com a implementação do Portugal 2020, e apresentado em reunião com o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional;

a reunião da CPCS de 14 de janeiro sobre o Portugal 2020;

os pareceres da CIP sobre os projetos de regulamentação específica que define as regras aplicáveis ao sistema de incentivos às empresas e de regulamentação específica no domínio da Competitividade e Internacionalização;

as intervenções relativas à composição das Comissões de Acompanhamento dos Programas Operacionais;

a participação em grupos de acompanhamento da avaliação ex-ante dos Instrumentos Financeiros de Programas do Portugal 2020 (apoio direto às

Relatório e Contas 2015

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empresas e regeneração e revitalização física, económica e social em zonas urbanas);

os trabalhos desenvolvidos com os membros da CIP que no QREN constituíam organismos intermédios, com vista à definição do plano estratégico Formação-Ação da CIP e do modelo de parceria a ser implementado para a sua participação no Portugal 2020 neste domínio e, também, no âmbito da tipologia Formação-Ação, comentários a projetos de critérios de seleção, formulário de candidatura, orientação técnica;

Participação nas reuniões das Comissões de Acompanhamento do POCI e do POISE.

Para além da intervenção no que respeita ao Portugal 2020, a CIP esteve atenta aos desenvolvimentos neste domínio ao nível europeu, nomeadamente no que respeita ao Plano de Investimentos para a Europa. Destaca-se:

A Reunião da Comissão Executiva com o Vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, sobre este tema;

A Conferência Relançar o investimento em Portugal, com a presença do Vice-presidente Katainen e do Comissário Carlos Moedas, no dia 16 de março.

A CIP também participou nas reuniões das Comissões de Acompanhamento dos seguintes Programas Operacionais do QREN: POR Lisboa, COMPETE, POPH e POVT.

Semestre Europeu, Estratégia Europa 2020 e futuro da governação económica da área do euro

Destaque para:

Reunião em Lisboa com Delegação da Comissão Europeia sobre o Semestre Europeu (fact finding mission);

Participação no seminário para federações de empregadores e representantes das empresas sobre a agenda económica de Comissão Europeia, em 28 e 29 de janeiro;

Reunião de 10 de fevereiro com a Dra. Maria de Aires Soares, Chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal;

Preparação dos contributos da CIP para o Parecer do CES sobre o Programa Nacional de Reformas no Quadro do Semestre Europeu e participação nas reuniões do respetivo Grupo de Trabalho;

Reunião dos parceiros sociais com o Vice-Presidente da Comissão Europeia para o Euro e Diálogo Social, Valdis Dombrovskis no dia 12 de junho;

Apoio à reunião preparatória do Conselho Europeu de 25 e 26 de junho, com o Primeiro-Ministro;

Reunião de 24 de setembro dos parceiros sociais com a Representação da Comissão Europeia em Portugal sobre a revisão da Estratégia Europa 2020;

Reunião de 9 de dezembro dos parceiros sociais com a Representação da Comissão Europeia em Portugal sobre o início do Semestre Europeu de 2016.

Relatório e Contas 2015

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Outros domínios

No âmbito do projeto Reforço da capacidade e preparação para os objetivos Europa 2020, com o apoio do POPH, concluído em 31 de março, destaca-se, no âmbito dos assuntos económicos:

• Reunião do Observatório Fiscal da CIP com o Dr. Tiago Caiado Guerreiro, em 11 de março;

• Desenvolvimento do OBSERVATÓRIO OPERAR NO MERCADO ÚNICO, com o lançamento de um inquérito às empresas visando a identificação e análise dos problemas e barreiras enfrentados no mercado único europeu;

• Colaboração com os outros Departamentos da CIP em trabalhos como o “Benchmarking com outras organizações do Diálogo Social Europeu” e “Estudo sobre o Associativismo Empresarial em Portugal” que integram a publicação elaborada pela Deloitte, para a CIP “As Associações Empresariais do Futuro: Evoluir para crescer”.

Apoio ao projeto Fazer Acontecer a Regeneração Urbana – Um Novo Impulso, apoiado pelo SIAC, nomeadamente pela publicação de newsletters mensais, participação em reuniões do Think Tank e nos júris dos concursos públicos promovidos pelas autarquias aderentes.

Realização da conferência CESE/CIP sobre Innovation across Europe - best practices, a 5 de junho, com a presença do Presidente do grupo dos Empregadores do Comité Económico e Social Europeu.

Preparação da reunião com o primeiro Vice-Presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, sobre a comunicação da Comissão relativa a “Better Regulation“ e participação num seminário internacional sobre o mesmo assunto, organizado pelo Grupo de trabalho para a Consolidação Legislativa, da Assembleia da República.

Preparação dos contributos da CIP para os Pareceres do CES sobre as Contas Gerais do Estado de 2013 e de 2014 e participação nas reuniões dos respetivos Grupos de Trabalho.

Representação da CIP na Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA) e na Plataforma de Acompanhamento das Relações nas Fileiras Florestais (PARF).

Apoio à intervenção, junto do Governo, relativa à obrigação de comunicação eletrónica dos inventários, em junho e posteriormente em dezembro, após processo de auscultação junto dos associados.

Participação na reunião Plenária do CNC (Conselho Nacional do Consumo) (18 de março). No âmbito das audições ao CNC, e após consulta aos Associados, o DAE enviou respostas sobre 9 projetos de legislação.

Elaboração de outros pareceres sobre projetos legislativos, após consulta aos associados.

Elaboração de documento técnico sobre os critérios de definição de PME.

Resposta a inquérito do Conselho Económico e Social Europeu sobre “Gold-plating”.

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Análise do projeto do Guia de fiscalização do mercado de produtos vendidos online na EU, tendo sido enviada circular a associados.

Elaboração de nota informativa sobre o Plano de Ação para a União dos Mercados de Capitais.

Resposta a DGAE sobre “revised draft of the G20/OECD High Level Principles on SME Financing e sobre barreiras à livre circulação de capitais.

Participação nos trabalhos do Grupo Técnico de apoio ao Comité de Acompanhamento da implementação do Small Business Act em Portugal, designadamente através da participação nas primeiras duas reuniões deste grupo.

Participação na Assembleia Geral das PME no Luxemburgo, organizada pela Comissão Europeia.

Participação na promoção da iniciativa da Comissão Europeia – Semana Europeia das PME – enquanto coordenadora nacional pelo setor privado e participação nas respetivas reuniões regulares em Bruxelas.

No âmbito do INE, representação da CIP na reunião plenária do Conselho Superior de Estatística (CSE) e nas reuniões das Secções Permanentes e dos Grupos de Trabalho do CSE.

Colaboração na preparação de intervenção no Workshop do INE de apresentação dos resultados do inquérito às empresas sobre Custos de Contexto.

Elaboração da resposta ao questionário da Comissão Europeia sobre a avaliação ex-post do Programa de Ajustamento.

Apoio à intervenção da CIP na área das Relações Internacionais, que inclui o apoio pontual em várias ações, tendo-se destacado:

• Apoio ao encontro do Primeiro-ministro francês com a comunidade empresarial em Portugal;

• Apoio à realização do Fórum Económico Portugal-Marrocos (20 de abril);

• Apoio à preparação e realização da Cimeira Empresarial Portugal-Espanha (22 de junho);

• Reunião com Diretora da DG Trade sobre a nova Política Comercial da UE;

• Participação nos comentários/sugestões da CIP à posição da BUSINESSEUROPE sobre a Política Comercial da UE;

• Reunião com Diretor do Ministérios Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia;

• Reunião com delegação do Banco de Desenvolvimento da Croácia.

Refira-se finalmente o trabalho do DAE na preparação de intervenções da CIP em diversos eventos e nos órgãos de comunicação social.

3. Assuntos industriais

A atividade da CIP no que respeita aos Assuntos Industriais foi marcada por vários temas:

A consolidação da ação na ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), materializada pela presença ativa nas comissões de redação dos pareceres dos Conselhos Consultivo e Tarifário, marcando bastante a sua forma final, e pela

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disponibilidade para subscrever o Protocolo entre a ERSE e as organizações de consumidores para apoio às ações de liberalização dos mercados da eletricidade e do gás natural;

Participação na iniciativa “Crescimento Verde” promovida pelo Governo;

A ação sistemática, nacional e externa, de defesa de melhor legislação e de simplificação de procedimentos e de formalidades que afetam a ação das empresas.

Indústria

O Conselho da Indústria desenvolveu o Programa “Reindustrialização e Política Industrial para o Século XXI”.

Neste contexto, como instrumento desta nova política industrial tendente a implementar este

conceito de reindustrialização para o nosso país, propomos um Novo Programa de

Desenvolvimento da Industria e dos Bens Transacionáveis – uma espécie de PEDIP para o século

XXI - usando as adequadas políticas públicas (designadamente ao nível da clusterização, da

Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Financiamento, da Fiscalidade, da

Energia e em geral da redução dos custos de contexto) tendo como principal fonte de

financiamento os Fundos Comunitários do Programa Portugal 2020 e ainda os Programas Europeus

Horizonte 2020, Cosme e o Connecting Europe Facility (CEF).

O crescimento da economia portuguesa só será possível através do investimento em unidades

produtivas de bens transacionáveis, o que pressupõe, o acompanhamento, pelo nosso país, do

processo europeu de reindustrialização – um novo paradigma de produção industrial com

incorporação de serviços de valor acrescentado, inovação e tecnologia.

Este processo de reindustrialização, deverá ser suportado financeiramente pelo Programa

Portugal 2020, deve ter em consideração alguns aspetos conceptuais e operacionais, de modo a

maximizar a sua eficiência no enquadramento europeu em que se irá integrar, nomeadamente:

- É essencial identificar, apoiar e consolidar as Empresas-Âncora de cada cluster, tradicional

ou tecnológico, onde se vão concentrar os processos de experimentação, protótipos e

soluções disruptivas que possam vir a ser colocadas no mercado.

É aqui que se jogam pois a competitividade externa, o crescimento e o emprego. É, então, essencial

e impõe-se nesta legislatura um novo programa de apoio focado nos bens e serviços

transacionáveis.

Energia

O CENE - Conselho Estratégico Nacional da Energia da CIP teve nove reuniões plenárias a que acrescem três reuniões do Grupo de Trabalho “Gás Natural” e uma reunião do Grupo de Trabalho “Eletricidade”;

O representante dos consumidores empresariais designado pela CIP para o Conselho Consultivo da ERSE participou em dezasseis reuniões plenárias ou de grupos de relatores de pareceres sobre tarifas e preços e sobre os planos de investimento nas redes de gás natural e de eletricidade;

Celebração, em abril de 2015, do Protocolo entre a CIP e a VIVAPOWER para a promoção da eficiência energética nas empresas;

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Realização de reuniões regulares com o Conselho Diretivo da ERSE para permuta de sensibilidades sobre a situação do setor energético. Ocorreram duas reuniões em 2015;

Participação e intervenção em sessões promovidas pela ERSE quando da abertura de períodos de consulta pública sobre regulamentos e planos. Ocorreram três participações nesses eventos com destaque para a intervenção do Presidente do CENE no evento dedicado à qualidade do serviço elétrico;

Celebração do protocolo, em novembro de 2015, entre a ERSE e as organizações representativas dos consumidores para a colaboração destas no apoio e informação aos consumidores de eletricidade e de gás natural.

Ambiente

O CENA - Conselho Estratégico Nacional do Ambiente da CIP teve, em 2015, sete reuniões plenárias, tratou das matérias ambientais com maior impacto para as empresas e teve duas reuniões de trabalho com a Direção da APA (Agência Portuguesa do Ambiente);

A CIP subscreveu em abril/2015 o Compromisso para o Crescimento Verde, tendo, nesta matéria, participado em três reuniões oficiais;

Em 2015, a CIP produziu vários documentos de posição sobre matérias ambientais, detalhadas no capítulo dedicado ao funcionamento dos Conselhos.

Ação externa

Participação em seis reuniões do CNADS (Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável);

Participação em duas reuniões do CNA (Conselho Nacional da Água);

Participação em duas reuniões do Conselho Consultivo da ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos);

Participação e intervenção nas Jornadas Técnicas da APICER realizadas em novembro/2015;

Participação e intervenção na 10.ª Expo Conferência da Água em novembro/2015;

Participação, em 26/05/2015, no encontro entre a CIP e o Comissário Frans Timmermans sobre “Better Regulation”.

Licenciamentos e formalidades

A CIP, com o apoio ativo de Associados, participou em várias iniciativas e produziu, no âmbito do CENA, um conjunto de documentos de posição sobre os vários regimes jurídicos que requerem licenciamento ou qualquer outro tipo de autorização;

No que respeita a eventos ou sessões de trabalho, destacam-se:

o Em fevereiro, sessão sobre o funcionamento da Plataforma SILiAmb, na APA (Agência Portuguesa do Ambiente);

o Em março, reunião na Secretaria de Estado do Ambiente sobre o funcionamento de sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos;

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o

o Em setembro, sessão de apresentação do Projeto Legislativo Relativo à Prevenção da Contaminação e Remediação dos Solos;

o Em outubro, sessão de apresentação do LUA (plataforma de Licenciamento Único Ambiental).

4. Na BUSINESSEUROPE

A atuação do DAE na BUSINESSEUROPE foi marcada pela sua participação em reuniões das Comissões de Economia e Finanças, dos Assuntos Industriais e do Mercado Interno, tendo ainda acompanhado os trabalhos da Comissão das PME e Empreendedorismo, pelos seus contributos para os relatórios Reform Barometer e Economic Outlook, bem como pelo apoio aos contributos da CIP para a definição das posições tomadas pela BUSINESSEUROPE em diversos temas. De entre estes destaca-se a Estratégia do Mercado Único, a revisão do Regime de Comércio de Licenças de Emissão (ETS – Emission Trading System) após 2020, a Conferência da ONU para as alterações climáticas (COP 21), a União Energética, a inovação e a economia digital, bem como o Relatório dos cinco Presidentes. Na posição da BUSINESSEUROPE sobre este relatório foram introduzidas por iniciativa da CIP (e após um debate prolongado) alterações importantes no que respeita aos desequilíbrios macroeconómicos (dando igual importância aos défices e excedentes externos) e à criação de uma capacidade orçamental ou fundo de estabilização na zona do euro.

O DAE esteve envolvido na análise e na posição da BUSINESSEUROPE sobre as medidas aplicadas ao transporte rodoviário em França, Bélgica e na Alemanha (proibição dos condutores de transporte rodoviário realizarem o descanso semanal regular a bordo das viaturas e a aplicação do salário mínimo hora na Alemanha aos condutores de veículos rodoviários de empresas domiciliadas fora deste país).

Foram transmitidos a Comissão Europeia, através da BE, comentários sobre relatório relativo à implementação em Portugal da Diretiva relativa aos Atrasos de Pagamento.

Salienta-se ainda o apoio à intervenção da CIP nas reuniões do Comité Executivo e do Conselho de Presidentes da BUSINESSEUROPE.

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ASSUNTOS INTERNACIONAIS (DRI) e Delegação em Bruxelas

O Departamento de Relações Internacionais da CIP tem como principal missão o apoio à Direção na área da internacional assegurando a promoção do posicionamento internacional da CIP enquanto confederação empresarial de Portugal. Para tal, e na perspetiva de instrumento de promoção da competitividade das empresas, visa a preparação de intervenções e tomadas de posição, acompanhando a evolução:

da Política Externa e Comercial, nacional e comunitária, com incidência nas relações económicas internacionais, ao nível do comércio e do investimento, da economia portuguesa, comunitária e mundial;

das políticas de apoio à internacionalização das empresas, em especial das PME.

Nas tomadas de posição e nas intervenções institucionais da CIP sobre políticas económicas, incluindo sobre reindustrialização, o DRI assegura a elaboração dos conteúdos relativos à Política de Internacionalização.

Em 2015, o DRI desenvolveu as seguintes atividades:

Preparação de atividades da Direção:

o Participação do Presidente da CIP na visita oficial do Vice-Primeiro Ministro a Marrocos, de 19 a 21 de março, no âmbito da qual foi assinado um Protocolo de colaboração com a CGEM – Confederação Empresarial Marroquina.

o Participação do Presidente da CIP na reunião da Comissão Mista Portugal-Arábia Saudita, a 8 de abril, no âmbito do qual foi assinado um protocolo de colaboração com o Conselho de CCI Sauditas.

o Reunião com Embaixada dos EUA e Delegação do Departamento de Estado Americano liderada pelo Alto Representante para o TTIP, Skip Jones, sobre a Parceria Transatlântica para o Investimento e Comércio (TTIP).

o Participação do Vice-Presidente da CIP, José António Barros, nas seguintes conferências sobre o TTIP:

“Estratégias de internacionalização da economia portuguesa – o que podemos esperar do Tratado Transatlântico”, organizada pela CCIP e Fórum Competitividade a 20 de maio.

“TTIP – Diálogo entre Parceiros”, organizada pela Representação da Comissão Europeia em Portugal a 26 de março.

o Participação do Vice-Presidente da CIP, Rafael Campos Pereira, na reunião da Comissão Mista entre Portugal e os Emiratos Árabes Unidos, no âmbito da qual foi assinado um acordo de cooperação entre a CIP e a Federação das Câmaras de Comércio e Indústria dos EAU (FCCIUAE).

o Receção do Embaixador de Itália em Portugal para visita de cortesia

o Reunião com Embaixador do Japão

o Reunião com Embaixador da Coreia do Sul

o Audiência com Ministro dos Negócios Estrangeiros e Secretário de Estado da Internacionalização

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o Vice-Presidente da CIP, Rafael Campos Pereira, acompanhou presidente do Conselho Económico e Social Europeu (CESE) numa visita a Marrocos, em novembro de 2015

Participação nos trabalhos do Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia (CEIE) – 17 reuniões.

Comité das Relações Internacionais da BUSINESSEUROPE:

o Acompanhamento dos trabalhos do Comité e respetivos Grupos de Trabalho, com intervenção particular nos seguintes temas:

Política Comercial;

TTIP;

Atribuição do Estatuto de Economia de Mercado à República Popular da China;

Política de Cooperação e Desenvolvimento.

Organização de Eventos Públicos:

o Encontro do Primeiro-Ministro Francês, Manuel Valls, com a comunidade empresarial portuguesa, no dia 10 de abril, em conjunto com a Embaixada de França em Portugal

o “Fórum Económico Portugal-Marrocos: para um crescimento económico partilhado”, 20 de abril de 2015, por ocasião da Cimeira Bilateral Portugal-Marrocos, em conjunto com CGEM e AICEP.

Consulta aos associados sobre TTIP

Consulta aos associados sobre a atribuição do estatuto de Economia de Mercado à República Popular da China

Consulta aos associados sobre Comunicação sobre a estratégia da U.E. para a Política Comercial Externa

Envio da posição da CIP sobre o TTIP aos eurodeputados portugueses

Representação da CIP em reuniões com:

o Diretor Geral da DG de Comércio Externo da Comissão Europeia sobre a nova Política Comercial da U.E.;

o Diretor do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia;

Preparação da Reunião Especial do Conselho Geral da CIP sobre Assuntos Europeus, em janeiro, com a presença do Embaixador Permanente de Portugal junto da U.E., Domingos Fezas Vital

Visita da Comissão Executiva da CIP a Bruxelas em março, com a realização de reuniões de trabalho com:

o Presidente do Comité Económico e Social Europeu e do Grupo de Empregadores;

o Comissário Europeu para a Investigação e Inovação, Eng. Carlos Moedas

o 21 Eurodeputados Portugueses

o Embaixador REPER e equipa técnica

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o Gabinetes do Vice-Presidente da Comissão para o Euro e Diálogo Social e do Comissário para a Energia e Ação Climática

o Diretor Geral para a Política de Desenvolvimento da Comissão Europeia

o Diretor Geral da BUSINESSEUROPE e equipa técnica

Participação numa reunião do Conselho Nacional de Consumo sobre o TTIP

Receção de uma delegação empresarial belga

Receção de uma delegação Croata da HBOR (Entidade Nacional Croata sobre Garantia Mútua)

Reunião com técnicos do BIAC para análise da participação portuguesa neste organismo

Reunião preparatória do Conselho Europeu, com o Primeiro-Ministro português e os parceiros sociais

Organização de reunião, no dia 16 de novembro, com os associados para debater a atribuição do estatuto de Economia de Mercado à China pela União Europeia, com 18 participantes

Contacto com o Comissário Europeu, Eng.º Carlos Moedas, sobre a atribuição do estatuto de Economia de Mercado à China pela União Europeia

Contacto com os membros portugueses do Parlamento Europeu, sobre a atribuição do estatuto de Economia de Mercado à China pela União Europeia

Consulta aos associados, em colaboração com a DGAE, sobre indicação de objeções relativa à lista de pedidos de contingentes e suspensões pautais da União Europeia

Participação em reunião sobre as relações Portugal-Taiwan, solicitada pelo Centro Económico e Cultural de Taipei em Lisboa (com apresentação realizada pelo Dr. Francisco Maia)

Divulgação de informação

O Departamento de Relações Internacionais divulga, regularmente, informação sobre temas de internacionalização e sobre ações de promoção externa, utilizando vários canais de comunicação da CIP, designadamente através de envio de circulares aos associados da CIP, de publicação na Revista Indústria e no portal da CIP.

Elaboração mensal da Newsletter Europ@CIP e contribuição com os conteúdos do Comité das Relações Internacionais da BUSINESSEUROPE

Elaboração de conteúdo para a revista Indústria

Elaboração de conteúdo para o Portal CIP

Informação aos associados sobre apresentação da ACIML – Associação Comercial Internacional para os Mercados Lusófonos

Informação aos associados sobre Instalação do Grupo PSA Peugeot-Citroen, em Marrocos, com data prevista para 2019

Informação aos associados sobre a publicação da DG Comércio Externo da Comissão Europeia sobre o Acordo Parceria Transatlântica para Comércio e Investimento (TTIP)

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Informação aos associados sobre “Semana Europeia das PME 2015”

Informação aos associados sobre “Portugal Space Day 2015”

Na BUSINESSEUROPE

Reuniões no âmbito da participação nos trabalhos da BUSINESSEUROPE:

Participação da CIP no BUSINESSEUROPE Day em março com a presença do Vice-Presidente Almeida Lopes e do Eng. Mira Amaral, enquanto orador do painel de encerramento

Acompanhamento dos trabalhos da BUSINESSEUROPE (de referir que a CIP – Bruxelas contou com o apoio de um estagiário INOV CONTACTO de 1 de março a 31 de julho)

Participação nas seguintes reuniões:

o Conselho de Presidentes de RIGA, em abril

o Conselho de Presidentes do LUXEMBURGO, em novembro

o Comité executivo em março, junho, outubro e dezembro

o Delegados Permanentes – 15 reuniões quinzenais

o Comité e Grupos de trabalho – 22 reuniões

o BE Day em março

o Cimeira Empresarial U.E.-China

Seguimento da visita da Comissão Executiva em março através de contactos com:

o REPER

o AICEP

o Empresas portuguesas em Bruxelas: Magellan e EUpportunity

Participação na elaboração do documento de posição da BUSINESSEUROPE sobre a atribuição do estatuto de economia de mercado à China

Envio de comentários à posição da BUSINESSEUROPE sobre a Comunicação da Comissão Europeia “Trade For All”

Análise de proposta de carta da BUSINESSEUROPE sobre ofertas nas negociações EU-Mercosul

Reunião com REPER em Bruxelas e AICEP Bruxelas

Reunião com os Diretores de Comunicação da BUSINESSEUROPE

Participação nas atividades da BUSINESSEUROPE

No âmbito da função de representação permanente da CIP junto da BUSINESSEUROPE, a Delegação continuou a participar nas atividades desta organização, sendo de destacar a participação nas reuniões das Comissões bem como dos respetivos Grupos de Trabalho mais relevantes para as empresas portuguesas, para além da participação nas reuniões de Delegados Permanentes, do Comité Executivo e do Conselho de Presidentes.

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COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E CORPORATIVA

O Plano de Atividades para o triénio 2014-2016 impõe à CIP, na área da comunicação institucional e associativa, a definição de uma estratégia que valorize a imagem pública da organização e dos seus dirigentes, que promova o associativismo empresarial, que contribua para o desenvolvimento associativo e que, em geral, defenda os interesses da economia e das empresas.

A política de comunicação deverá permitir à Confederação Empresarial de Portugal valorizar- se junto da opinião pública, dos diferentes poderes políticos e institucionais e, em especial, das Associações e empresas.

Neste contexto, 2015 representa a consolidação da presença da CIP nos meios de comunicação digital, como complemento de todos os meios institucionais já existentes e amplamente reconhecidos pelos nossos públicos.

Os grandes objetivos da CIP, na área da Comunicação Institucional e Corporativa, em 2015, foram:

apoiar a produção de informação e o reforço de comunicação da CIP, interna e externamente, utilizando os meios e os suportes adequados;

harmonizar e integrar a imagem;

valorizar a marca e o logo CIP

1. Comunicação Institucional

Revista INDÚSTRIA – Orientação de todo o processo de produção da revista, do planeamento à produção de conteúdos, da edição à produção. Foram publicadas 4 edições:

o Nº 103 – Conferência “Relançar o investimento em Portugal”

o Nº 104 – 2º Congresso das Empresas e das Atividades Económicas

o Nº 105 – Eleições Legislativas – O que a CIP quer de um novo governo

o Nº 106 – Economia do Mar

Colaboração em 5 eventos CIP, através da comunicação e produção de programas e conteúdos:

o Seminário “Acordo Económico e Comercial Global Canadá-União Europeia – CETA” (11 de fevereiro – Porto);

o Conferência “Reestruturação de Empresas em Situação Financeira Difícil “(25 de fevereiro – Lisboa);

o Conferência “Relançar o Investimento em Portugal” (16 de março – Lisboa)

o Encontro do Primeiro-Ministro francês com empresários (10 de abril – Lisboa)

o 2º Congresso das Empresas e das Atividades Económicas – “O que a CIP quer de um Novo Governo” (9 e 10 de julho)

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Produção e revisão final de conteúdos, em diversos formatos, das intervenções da CIP na Comunicação Social e em diversos espaços de debate

Gestão do programa de clipping eletrónico, com ligação direta ao portal e às redes sociais

Produção de um clipping diário - disponível para todos os Associados

Envio de 270 comunicações por e-mail aos Associados – com o apoio de todos os Departamentos da CIP

Atualização permanente da Apresentação institucional da CIP

Mediação das relações da CIP com os Meios de Comunicação Social e envio de 11 Notas Informativas à Imprensa:

o Comunicação de Inventários - CIP pede alteração do regime e prorrogação de prazo (9 de janeiro)

o Patente Europeia com Efeito Unitário (16 de março)

o Encontro do Primeiro-Ministro francês com empresários (31 de março)

o Comunicado da CIP sobre a greve na TAP (23 de abril)

o CIP e CSP reafirmam oposição à Proposta de Lei da Cópia Privada (06 de maio)

o Conferência de Imprensa - Observatório da Cooperação na Economia do Mar (26 de maio)

o ELO e CIP entregam a Primeiro-Ministro Relatório sobre Lusofonia Económica (15 de junho)

o CEOE e CIP apresentam as conclusões da Reunião Empresarial Portugal-Espanha no Plenário da Cimeira (22 de junho)

o Conferência de Imprensa de 22 de outubro (20 de outubro)

o Almoço-debate com Maria de Belém (26 de novembro)

o Ministro da Economia reúne com Presidente da CIP (30 de novembro)

Representação da CIP nos órgãos consultivos oficiais na área do Ensino e da Educação (Conselho Nacional de Educação e Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior)

Representação da CIP no Conselho de Opinião da RTP (como membro da Comissão Permanente)

2. Comunicação Institucional Digital

Atualização permanente do Portal da CIP nas diversas áreas que o compõem:

o Conteúdos estáticos/permanentes;

o Conteúdos dinâmicos e destaques;

o Associativismo;

o Agenda;

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o Revista e Newsletter;

o Sala de Imprensa;

o Galerias Multimédia;

o Arquivo

Atualização permanente de conteúdos nos canais da CIP nas Redes Sociais: Facebook, Twitter, LinkedIn e YouTube.

Produção de 11 edições da Newsletter Institucional - conteúdos, edição e envio

Digitalização do arquivo histórico da CIP

1. Regeneração Urbana

Dinamização de 3 reuniões do grupo de reflexão – Think Tank - para a Regeneração Urbana

Organização de uma Missão que trouxe a Portugal 2 potenciais investidores, um francês e um britânico, para participarem em reuniões de trabalho e visitas às autarquias parceiras do projeto

Realização de um diagnóstico à capacidade das empresas da fileira da construção de lançarem novas linhas de negócio relacionadas com a Regeneração Urbana e trabalharem em rede

Organização de um fim-de-semana temático dedicado ao empreendedorismo jovem, com workshops dedicados a empreendedores, sobretudo jovens, que desejem vir a aproveitar as oportunidades geradas por projetos de regeneração urbana

Produção de um Modelo de Negócio Sustentável da Regeneração Urbana, capaz de vir a ser adotado pelas autarquias, descrevendo a lógica de como poderão criar, produzir e captar valor, com projetos de regeneração urbana

Acompanhamento da atividade do Observatório da Regeneração Urbana e do Arrendamento da CIP

Produção de uma estratégia coletiva integrada e sustentada da regeneração urbana

Organização do Seminário de Encerramento do Projeto (30 de junho, Porto)

Atualização permanente do portal www.regeneracaourbana.cip.org.pt nas diversas áreas que o compõem

Dando continuidade ao processo de consolidação da estrutura associativa empresarial de cúpula, a CIP – Confederação Empresarial de Portugal desenvolveu todos os esforços para continuar a dar corpo a esse projeto, procurando estimular o processo de convergência do associativismo empresarial, contrariando a tendência de aumento do número de organizações associativas empresariais, designadamente as de nível superior, e procurando uma melhor organização dos diferentes, mas confluentes, interesses, seja a nível regional, sectorial ou nacional.

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DEPARTAMENTO DE ASSOCIATIVISMO (DA)

O Departamento de Associativismo tem por missão apoiar a Direção da CIP - Confederação Empresarial de Portugal no relacionamento com os seus associados e no reforço do seu posicionamento enquanto confederação empresarial mais representativa a nível nacional.

Para além da sua atividade natural, o DA representa um reforço de todas as outras áreas da CIP, principalmente no que à comunicação com os Associados diz respeito.

1. Apoio aos Associados e Gestão de Informação

Continuam em curso os esforços para garantir uma correta utilização e constante atualização das bases de dados geridas pelo DA (Associados e Associados Potenciais), de forma a que o conhecimento acerca do universo de associados seja o mais profundo possível e partilhado por toda a organização.

2. Angariação de Novos Associados

A dificuldade que a generalidade das empresas portuguesas atravessa reflete-se, por arrasto, na situação das associações que as representam. O desafio da CIP neste contexto foi a manutenção dos atuais associados e procurar crescer ao nível da sua representatividade.

Ponto de Situação Associados:

Saídas: 2 associações (APBA e ANEP) e 1 empresa contribuinte (Vista Alegre)

Adesões: 1 associação (ANREEE) e 5 empresas contribuintes (Vivapower, Grupo Visabeira, Informa D&B, MSFT e OGMA)

Intenções de adesão em acompanhamento: 14

3. Comunicação com os Associados

O correio eletrónico foi o canal preferencial de comunicação com os Associados. Através deste suporte, o Departamento procedeu ao envio de informações, convites e respondeu a solicitações dos nossos Associados, traduzindo-se este fluxo em 270 envios, dos quais:

84 - Informação Periódica

34 - Consultas aos Associados

92 - Informação de Carácter Geral

60 - Nota de Agenda

Relatório e Contas 2015

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4. Conselhos

I. Conselho Estratégico Nacional do Ambiente

O CENA reuniu sete vezes em 2015; do conjunto das matérias debatidas são de destacar as seguintes:

Compromisso para o Crescimento Verde;

Política de resíduos;

Regulamento ERSAR sobre os materiais em contacto com a água para consumo humano;

Política de Clima;

Economia Circular;

Regime Jurídico da Prevenção da Contaminação e Remediação dos Solos;

Regime de Contraordenações Ambientais.

Em 2015, o Conselho:

Reuniu duas vezes com a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) para discussão de assuntos com especial importância para as empresas:

o Regime de AIA (Avaliação de Impacte Ambiental);

o Regime jurídico das emissões industriais;

o Política da água;

o Política de resíduos;

o Licenças de emissão de CO2;

o Programa da Comissão Europeia para 2015;

Participou em duas consultas públicas:

o Economia Circular, levada a cabo pela Comissão Europeia;

o Projeto legislativo relativo Prevenção da Contaminação e Remediação dos Solos (PRoSolos), promovida pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente).

O CENA, tal como o CENE, esteve envolvido na elaboração dos comentários da CIP à consulta pública sobre as propostas de:

QEPiC (Quadro Estratégico para a Política Climática);

PNAC 2020/2030 (Programa Nacional para as Alterações Climáticas);

ENAAC 2020 (Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas).

II. Conselho Estratégico Nacional da Energia

Em 2015, tiveram lugar nove reuniões do CENE. Este Conselho debruçou-se, essencialmente, sobre os seguintes assuntos:

Tarifário elétrico para 2015;

Relatório e Contas 2015

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Proposta de tarifas de eletricidade para 2016;

Proposta de tarifas de GN para 2015-2016;

A União Energética Europeia e os desenvolvimentos das decisões sobre interligações;

Protocolos sobre eficiência energética;

Aumento do ISP do GN;

Custos da tecnologia do CCS / Política das Taxas de Carbono na Europa;

Compromisso para o Crescimento Verde;

Protocolo CIP/ERSE para a promoção da qualidade do serviço elétrico;

Nova capacidade de interligação elétrica Espanha/França na dinamização do Mercado Único da energia;

Representação dos consumidores industriais nos Conselhos da ERSE;

Política de Clima (Paris, COP21).

Em termos de consultas públicas, o Conselho produziu comentários no âmbito das seguintes:

PDIRD GN 2015-2019 (Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Distribuição de Gás Natural);

PDIRGN 2015 (Plano Decenal Indicativo de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte, Infraestruturas de Armazenamento e Terminais de Gás Natural Liquefeito para o período 2016-2025);

PDIRT-E 2015 (Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Eletricidade para o período 2016-2025);

Revisão Regulamentar do Setor do Gás Natural.

O CENE, tal como o CENA, esteve envolvido na elaboração dos comentários da CIP à consulta pública sobre as propostas de:

QEPiC (Quadro Estratégico para a Política Climática);

PNAC 2020/2030 (Programa Nacional para as Alterações Climáticas);

ENAAC 2020 (Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas).

III. Conselho Estratégico Nacional da Saúde

O Conselho Estratégico Nacional da Saúde, criado em 2014, reuniu treze vezes em 2015 para, designadamente, delinear ações no sentido de alcançar os seus principais objetivos:

Assumir o papel de parceiro na discussão e construção do futuro da saúde em Portugal;

Afirmar o setor da Saúde como um importante setor económico, i.e., um setor económico sólido e relevante.

Para tal:

Organizou, em 18/03/2015, uma conferência de imprensa (que teve lugar na sede da CIP);

Ponderou/solicitou a realização de estudos/pareceres jurídicos a especialistas;

Relatório e Contas 2015

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Reuniu, por exemplo, com o Ministro da Saúde (junho/2015), com o Presidente da República (setembro/2015) e com a Fundação Calouste Gulbenkian (dezembro/2015).

IV. Conselho Associativo Regional

Reuniu em 01/07/2015 para, no essencial, debater o ponto de situação dos fundos europeus disponíveis para Portugal no período 2014/2020.

V. Conselho do Comércio Português

Este Conselho não reuniu em 2015.

VI. Conselho da Indústria Portuguesa

O Conselho da Indústria Portuguesa, que teve a sua primeira reunião em 03/09/2014, reuniu sete vezes ao longo de 2015 para, nomeadamente, efetuar pontos de situação dos documentos em elaboração pelos seus oito Grupos de Trabalho:

Reindustrialização e Política Industrial;

Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação: ligações Universidade/Empresas;

Internacionalização das PME’s;

A Mobilidade Elétrica e a Indústria Portuguesa;

O IDE e os Fatores de Atratividade do País – “Doing Business In Portugal”;

A Competitividade e a Promoção Externa de Portugal;

Infraestruturas Portuárias (Gestão de Contentores) e Ferroviárias;

Financiamento às Empresas.

Para além das Conclusões, estes documentos foram a base de algumas intervenções no 2.º Congresso das Empresas e das Atividades Económicas organizado pela CIP em 9 e 10/07/2015 sobre o tema “O que a CIP quer de um novo Governo”.

VII. Conselho do Turismo Português

Este Conselho não reuniu em 2015.

5. Eventos CIP

O departamento de Associativismo colaborou em todos os eventos da CIP ou com o apoio da CIP, através da organização logística, produção de suportes e divulgação. Os eventos CIP 2015 foram:

Reunião do OBSERVATÓRIO FISCAL para “Debate sobre a necessidade de um quadro fiscal mais favorável ao investimento e, em particular, ao reforço de capitais próprios das empresas”, pelo Dr. Tiago Caiado Guerreiro – 11 de março;

Conferência “Relançar o Investimento em Portugal” – Fundação Calouste Gulbenkian – 16 de março;

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Assembleia Geral para “Discussão e votação do Relatório e Contas relativos ao exercício de 2014” e “Discussão e votação do parecer do Conselho Fiscal relativo às Contas do exercício de 2014” - 26 de março;

Fórum Económico Portugal-Marrocos: para um crescimento económico partilhado”, por ocasião da Cimeira Bilateral Portugal-Marrocos - Centro de Congressos de Lisboa - 20 de abril de 2015,

2º Congresso das Empresas e das Atividades Económicas – “O que a CIP quer de um Novo Governo” – 9 e 10 de julho;

Assembleia Geral para ”Discussão e votação do Plano de Atividades e do Orçamento para 2016” - 10 de dezembro.