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Relatório Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Centro 2014 2015

Relatório Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo ... · exceto na prova de Língua Portuguesa em 2010-2011, que se situou acima. No 3.º ciclo, os resultados da avaliação

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Relatório

Agrupamento de Escolas

de Figueira de Castelo

Rodrigo

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do Centro

2014 2015

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Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

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CONSTITUIÇÃO DO AGRUPAMENTO

Jardins de Infância e Escolas EPE 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB ES

Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo • •

Jardim de Infância de Reigada, Figueira de Castelo Rodrigo •

Jardim de Infância de Vermiosa, Figueira de Castelo Rodrigo •

Escola Básica n.º 1 de Figueira de Castelo Rodrigo • •

Escola Básica de Escalhão, Figueira de Castelo Rodrigo •

Escola Básica n.º 2 de Figueira de Castelo Rodrigo • •

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Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

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1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a

avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos

jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de

avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi

incumbida de dar continuidade ao programa de

avaliação externa das escolas, na sequência da

proposta de modelo para um novo ciclo de

avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído

e na experimentação realizada em doze escolas e

agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da

Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver

esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da

avaliação externa do Agrupamento de Escolas de

Figueira de Castelo Rodrigo, realizada pela

equipa de avaliação, na sequência da visita

efetuada entre 12 e 15 de janeiro de 2015. As

conclusões decorrem da análise dos documentos

fundamentais do Agrupamento, em especial da

sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso

académico dos alunos, das respostas aos

questionários de satisfação da comunidade e da

realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa

fomente e consolide a autoavaliação e resulte

numa oportunidade de melhoria para o

Agrupamento, constituindo este documento um

instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao

identificar pontos fortes e áreas de melhoria,

este relatório oferece elementos para a

construção ou o aperfeiçoamento de planos de

ação para a melhoria e de desenvolvimento de

cada escola, em articulação com a administração

educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

-sede do Agrupamento, o Jardim de Infância de

Reigada, a Escola Básica n.º 1 (com educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico) e a Escola Básica

n.º 2 de Figueira de Castelo Rodrigo (com 1.º e 2.º ciclos).

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração

demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

na totalidade dos campos em análise, em resultado de

práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em

campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas

da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos

pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A

escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento e o contraditório apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2014-2015 estão disponíveis na página da IGEC.

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Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

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2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo, constituído em 2010, tem a sua sede na vila

de Figueira de Castelo Rodrigo e o seu território educativo estende-se à totalidade do concelho. É

constituído por dois jardins de infância, uma escola básica com 1.º ciclo, uma escola básica com educação

pré-escolar e 1.º ciclo, uma escola básica com 1.º e 2.º ciclos e pela Escola Secundária de Figueira de

Castelo Rodrigo (escola-sede). O Agrupamento não foi avaliado no âmbito do primeiro ciclo da avaliação

externa das escolas.

Os estabelecimentos de educação e de ensino apresentam-se com as condições indispensáveis à missão a

que se destinam. A escola-sede não tem um espaço coberto para as atividades de educação física,

utilizando as instalações desportivas camarárias e o pavilhão gimnodesportivo sito na Escola Básica n.º

2, onde também funciona o refeitório que serve os alunos dos dois estabelecimentos.

No presente ano letivo, a população escolar totaliza 553 crianças e alunos: 40 da educação pré-escolar

(três grupos), 174 do 1.º ciclo (10 turmas), 98 do 2.º ciclo (cinco turmas), 132 do 3.º ciclo (oito turmas), 68

do ensino secundário regular (seis turmas dos cursos científicos-humanísticos de Ciências e Tecnologias

e de Línguas e Humanidades), quatro do curso de educação e formação de Panificação e Pastelaria (uma

turma), 21 do curso vocacional de Agricultura Biológica, 20 do ensino secundário profissional de

Cozinha e Pastelaria (uma turma). O número alunos tem vindo a diminuir no triénio de 20012-2013 a

2014-2015.

Da totalidade dos alunos, 95,7% tem nacionalidade portuguesa e 42,4% não beneficia de auxílios

económicos no âmbito da ação social escolar (ASE). No que respeita às tecnologias de informação e

comunicação, 37,1% dos alunos possui computador e Internet. Exercem a sua atividade no Agrupamento

78 docentes e três formadores especializados que prestam serviço nos cursos de dupla certificação. O

pessoal não docente é composto por 45 elementos (38 assistentes operacionais, seis assistentes técnicos,

uma psicóloga), dos quais 95,6% tem uma experiência profissional igual ou superior a 10 anos de

serviço. Os indicadores relativos à formação académica e à atividade profissional dos pais dos alunos,

permitem verificar que 24,0% possui uma habilitação académica de nível secundário ou superior e

12,4% exerce uma profissão de nível superior ou intermédio.

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência (DGEEC) relativamente ao ano letivo de 2012-2013, os valores das variáveis de contexto do

Agrupamento, quando comparados com os das outras escolas públicas, são bastante desfavoráveis,

embora não seja dos mais desfavorecidos. Destes, evidenciam-se as percentagens relativas aos alunos

que beneficiam de auxílios económicos no âmbito da ASE, à média do número de anos de escolarização

dos pais e das mães e à idade média dos alunos nos 6.º e 12.º anos.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e

tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação

formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

A avaliação das aprendizagens das crianças da educação pré-escolar, com referência às orientações

curriculares, é objeto de registo e análise trimestral, com recurso a ficha própria divulgada aos pais.

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Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

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Constata-se que, na generalidade, as crianças realizam as aprendizagens previstas para o seu grupo

etário.

Nos anos letivos de 2010-2011, 2011-2012 e 2012-2013, os resultados da avaliação externa (provas de

aferição e provas finais de ciclo) de Língua Portuguesa/Português e de Matemática no 4.º ano de

escolaridade posicionam-se muito aquém dos valores esperados, estando abaixo dos que, em média, se

registaram em escolas com valores análogos nas variáveis de contexto.

No que respeita ao 2.º ciclo, os resultados da avaliação externa a Língua Portuguesa/Português e a

Matemática no 6.º ano estão também aquém dos valores esperados nos três anos letivos em análise,

exceto na prova de Língua Portuguesa em 2010-2011, que se situou acima.

No 3.º ciclo, os resultados da avaliação externa a Português e a Matemática no 9.º ano estão aquém dos

valores esperados em 2012-2013, estando abaixo dos que, em média, se registaram em escolas com

valores análogos nas variáveis de contexto. Em 2010-2011 os resultados na Língua Portuguesa também

se situaram aquém do valor esperado, tendo na Matemática ficado acima deste valor. Já em 2011-2012

a situação foi inversa, com os resultados na Língua Portuguesa a situarem-se acima do valor esperado,

ficando aquém na Matemática.

Relativamente aos exames nacionais do 12.º ano a Português e a Matemática A, os resultados

observados em 2010-2011 estão acima do valor esperado a Português e em linha com o valor esperado a

Matemática A. Em 2011-2012 estão em linha com o valor esperado na disciplina de Português e aquém

do valor esperado na disciplina de Matemática A e em 2012-2013 ficam aquém do valor esperado nas

duas disciplinas, o mesmo acontecendo na disciplina de História A.

No conjunto destes resultados, é de salientar que têm vindo globalmente a piorar ao longo do triénio em

análise, situando-se aquém do valor esperado e mostrando uma tendência de agravamento. É também

de notar o fraco desempenho verificado na avaliação externa nas disciplinas de Língua

Portuguesa/Português e Matemática no 4.º e também no 6.º ano.

Já relativamente às taxas de conclusão para os três ciclos do ensino básico e para o ensino secundário,

os resultados observados, para os três anos letivos em análise, estão globalmente acima dos valores

esperados, sendo que em 2012-2013 apenas a taxa de conclusão do 4.º ano se situa aquém do valor

esperado, ficando a taxa de conclusão do 6.º ano em linha.

Os valores das variáveis do contexto socioeconómico do Agrupamento situam-se maioritariamente

aquém da mediana, pelo que são genericamente desfavoráveis. Neste contexto, os resultados observados

situam-se maioritariamente aquém ou muito aquém dos valores esperados, estando abaixo dos que, em

média, se registaram em escolas com valores análogos nas variáveis de contexto, pese o facto das taxas

de conclusão ficarem, maioritariamente, acima dos valores esperados.

O Agrupamento não apresenta razões fundamentadas para a existência destes resultados escolares,

invocando, no entanto, as condições socioculturais do meio envolvente. Nesta perspetiva, tem vindo a

diversificar a oferta de cursos profissionais em função das necessidades locais e das opções dos alunos,

situando-se as taxas de conclusão destes cursos, em 2011-2012 e 2012-2013, acima da média nacional.

O Agrupamento não tem dados tratados que permitam analisar o abandono e desistência.

RESULTADOS SOCIAIS

As crianças e os alunos são envolvidos nas ações do plano anual de atividades. São realizadas iniciativas

para a promoção do seu desenvolvimento cívico, como sejam concursos, projetos e clubes (p. ex.,

Parlamento dos Jovens; Concurso Fundação Ilídio Pinho; Desporto Escolar; Clube de Dança; Clube de

Teatro), comemoração de efemérides e de dias socialmente importantes.

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Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

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A definição de normas e regras de conduta e o seu conhecimento pelos alunos contribuem para o

desenvolvimento do sentido da responsabilidade. No entanto, a não existência de reuniões de delegados

com a direção que permitam a auscultação dos alunos sobre os seus problemas e o funcionamento geral

dos serviços escolares, a não participação dos delegados de turma nas reuniões dos conselhos de turma e

a inexistência, desde há vários anos, da associação de estudantes, são fatores limitadores da sua

intervenção, do desenvolvimento cívico e da corresponsabilização nas atividades. Os alunos não são,

igualmente, envolvidos na elaboração e discussão dos documentos organizativos, dos quais revelam

apenas o conhecimento da existência do regulamento interno.

A indisciplina é uma questão merecedora da atenção da comunidade educativa. De uma forma geral, os

alunos cumprem as regras estabelecidas, no entanto existem situações de condutas menos adequadas,

nomeadamente em sala de aula. Assim, alguns comportamentos foram objeto de censura disciplinar,

tendo havido nove intervenções disciplinares no ano letivo em curso e 14 no anterior, com aplicação de

medidas sancionatórias, envolvendo principalmente alunos dos cursos de educação e formação e

vocacional. Para a promoção da inclusão e do bom comportamento foram implementadas tutorias a par

da intervenção e acompanhamento do Serviço de Psicologia e Orientação e da cooperação com a

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).

A solidariedade efetiva-se através dos apoios prestados (p. ex., fornecimento de suplementos

alimentares) e da participação em iniciativas com vista à recolha de bens para pessoas necessitadas.

Ações de promoção da inclusão social desenvolvem-se através da formação em contexto de trabalho e do

apoio aos alunos com necessidades educativas especiais.

Apesar da diminuição da população escolar, o Agrupamento tem diversificado a sua oferta educativa

com a criação de cursos de educação e formação, cursos vocacionais e cursos profissionais, o que tem

permitido responder às necessidades locais e contribuído para aumentar as expetativas dos alunos face

à escola. Embora não possuam dados tratados acerca da empregabilidade dos alunos dos cursos

profissionais, reconhece-se a integração de vários alunos no mercado de trabalho, nomeadamente na

área da restauração.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

Das respostas aos questionários de satisfação aplicados no âmbito do presente processo de avaliação

externa, verifica-se que a comunidade educativa faz uma apreciação positiva do serviço prestado pelo

Agrupamento.

Os alunos do 1.º ciclo salientam como aspetos mais valorizados o gosto pelas atividades de expressão

plástica, o conhecimento das regras de comportamento e a utilização da biblioteca para trabalhos e

leituras. Como menos favorável apontam a frequência com que são usados os computadores na sala de

aula, o comportamento dos alunos e a frequência com que são realizadas experiências nas aulas. Os

alunos dos 2.º e 3.º ciclos e do secundário manifestam-se especialmente satisfeitos com as relações de

amizade entre pares, o conhecimento das regras de comportamento e as aprendizagens efetuadas com

as experiências realizadas nas aulas. O uso dos computadores na sala de aula, a participação em clubes

e projetos e o conforto das salas de aula são as questões apontadas como menos positivas.

Os pais das crianças da educação pré-escolar mostram-se globalmente muito satisfeitos com o

funcionamento dos jardins de infância. Por sua vez, os encarregados de educação dos alunos do ensino

básico e do ensino secundário valorizam a disponibilidade dos diretores de turma e a sua ligação à

família e o facto de os seus filhos terem bons amigos na escola. Como menos favorável apontam o modo

como a escola resolve os problemas de indisciplina, a segurança na escola e os resultados escolares.

Os docentes destacam como positivo a abertura da escola ao exterior e o funcionamento e qualidade do

refeitório e do bufete. As suas maiores insatisfações prendem-se com o comportamento dos alunos e o

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respeito dos alunos pelos professores e pessoal não docente. Os trabalhadores não docentes apontam

como mais positivo a limpeza, o gosto de trabalhar no Agrupamento e a disponibilidade da direção,

indicando como menos positivo o respeito dos alunos para com o pessoal docente e não docente e os

espaços de desporto e recreio.

Existem iniciativas para reconhecer e premiar o mérito, nomeadamente através da visibilidade dada à

participação em concursos e aos trabalhos realizados e também da atribuição de diplomas de mérito, em

festa pública, aos alunos que mais se distinguiram nos resultados escolares. São, também, atribuídas

pela Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo bolsas de estudo aos alunos que ingressam no

ensino superior.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de

aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. Tais

fundamentos justificam a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Resultados.

3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

O projeto educativo do Agrupamento (2012-2015) é um documento basilar do planeamento da ação

educativa, reconhecendo o meio envolvente como fonte de recursos potencialmente educativos, como

sejam a paisagem natural, o património construído, o turismo e a gastronomia. Efetivamente, estão

plasmadas atividades no plano anual que abrem a escola ao contexto local e contemplam os seus

recursos naturais e culturais: visitas de estudo a Castelo Rodrigo e aos Museus do Côa e de Artes e

Ofícios e Lagar de Azeite de Escalhão; atividades de sensibilização para a exploração de recursos

geológicos na região, principalmente na Serra da Marofa; criação de um arquivo de memórias do século

na localidade.

Nem o plano anual de atividades nem, genericamente, os planos de trabalho das turmas contemplam

qualquer evidência de articulação curricular interdisciplinar. É, assim, incipiente a planificação ao nível

da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, desde logo, com ausência de identificação de

conteúdos comuns nas diferentes disciplinas. O desenvolvimento curricular é principalmente visto na

perspetiva estrita da abordagem dos conteúdos programáticos não havendo qualquer formalização de

articulação horizontal ou vertical.

Destaca-se o planeamento das bibliotecas escolares que evidenciam dinamismo através da proposta de

atividades diversificadas e desenvolvidas de forma sistemática ao longo do ano letivo, algumas delas

transversais a toda a comunidade escolar e outras para públicos-alvo específicos, embora com maior

ênfase na educação pré-escolar e nos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico.

Cada departamento curricular tem o seu regimento próprio havendo, contudo, orientações comuns

emanadas do conselho pedagógico. Por sua proposta, instituiu-se a existência de grupos disciplinares e

respetivos coordenadores. Genericamente, ocorre planificação mensal conjunta nestas instâncias

funcionais, sendo a semanal da responsabilidade de cada docente. A articulação interdepartamental é

frágil não existindo formalmente qualquer iniciativa nesse sentido. Para além da avaliação diagnóstica

planificada em conjunto, não há evidências de planeamento com vista a promover a articulação vertical

no Agrupamento.

Há, também, um modelo comum adotado para construção dos planos de trabalho de turma, com um

índice orientador da construção desses documentos de planificação, elaborado pelas coordenadoras de

diretores de turma. Contudo, estes documentos não se constituem verdadeiramente como orientadores

do trabalho e funcionamento das turmas.

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Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

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Nos departamentos curriculares, as reuniões de coordenação estão essencialmente centradas na

preparação do conselho pedagógico e é prática habitual o uso da plataforma Moodle para a comunicação

entre coordenador e docentes, além do correio eletrónico. A comunicação do conselho pedagógico também

é agilizada através da Moodle, sendo que no dia seguinte a cada reunião a informação é veiculada a

todos os docentes.

PRÁTICAS DE ENSINO

A equipa das bibliotecas escolares colabora com todos os departamentos curriculares na concretização de

atividades que têm por base os seus recursos (dinamização de um mural de escrita; clube de leitura No

reino das leituras; Divulgação de livros e Escritor do mês); está, contudo, mais direcionada para a

educação pré-escolar e 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, incluindo, por exemplo, no projeto Ler para

Crescer alunos, docentes, encarregados de educação e assistentes operacionais (1.º ciclo do ensino básico)

e no projeto Viajar com a família pela leitura (educação pré-escolar), escasseando a sua intervenção ao

nível dos outros ciclos e níveis de escolaridade, com influência nas dificuldades acrescidas ao nível do

Português. Apesar de tentar envolver os encarregados de educação, faltam ainda outras ações que

envolvam de forma mais abrangente toda a comunidade e, de modo intencional, com enfoque para as

aprendizagens curriculares e com benefício para a socialização dos alunos.

Foram concretizadas algumas visitas de estudo, nas quais, rentabilizando recursos, participam alunos

de várias turmas, com destaque para empresas da região, plataformas renováveis implantadas no

território Beira Interior Norte (eólica; solar; hídricas). Há outras práticas no Agrupamento que usam o

meio local como recurso, destacando-se o pedypaper organizado em colaboração com o posto de turismo e

em articulação com a Reserva Faia Brava e com o gabinete florestal do município, envolvendo os alunos

do 1.º ciclo do ensino básico; as crianças da educação pré-escolar visitam os amendoais, recolhem

provérbios, trabalham a cultura oral; os alunos do ensino secundário têm aulas de campo em que

exploram aspetos geológicos, frequentemente na Serra da Marofa. O curso profissional de Cozinha e

Pastelaria, inserindo-se na identidade regional, conta com várias iniciativas promotoras do

conhecimento dos recursos do meio, nomeadamente algumas das visitas de estudo já enumeradas. São

também os alunos deste curso que confecionam e servem a ceia de Natal para toda a comunidade

educativa.

Foi possível evidenciar a existência de algumas ações desenvolvidas com vista à sensibilização para as

ciências, nomeadamente, Olimpíadas de Geologia; Tardes de Matemática; Dia das Ciências com

exposição, laboratórios abertos e feira de plantas. Contudo, são escassas as evidências de atividade

prática e laboratorial e, menos ainda, do desenvolvimento de trabalho experimental que configure

metodologias ativas de natureza investigativa e de resolução de problemas incluindo manipulação

instrumental e experimentação, curricularmente enquadradas, em praticamente todos os níveis de

ensino. No ensino secundário ocorrem alguns trabalhos práticos, embora, na sua maioria, através de

demonstração pelo docente. De destacar, no entanto, o projeto que envolve o aproveitamento dos

resíduos de corte do granito da região, apresentado no Congresso de Jovens Geocientistas, em Coimbra,

ou a participação no concurso Fundação Ilídio Pinho.

A área das expressões contribui para implicar os alunos em práticas de cariz artístico, estendendo-se à

comunidade local, como é exemplo a construção de uma árvore de Natal com materiais reciclados,

colocada em frente do edifício da Câmara Municipal e a existência em projeto de um ovo de Páscoa que

será aí colocado na ocasião própria. Também a festa de Natal é uma oportunidade para apresentação de

trabalhos desenvolvidos nas aulas de expressões artísticas. É de realçar que o conselho pedagógico

definiu Oficina de Artes como oferta complementar no 2.º ciclo do ensino básico e Educação Tecnológica

para o 3.º ciclo como oferta de escola.

No que respeita ao uso de tecnologias de informação e comunicação, evidencia-se uma baixa utilização

de computadores como recurso didático, na sala de aula, e no Agrupamento, em geral. Dado que o

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Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

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número de alunos sem computador e Internet em casa é elevado, não se verificando práticas para

colmatar essa falta com vista ao desenvolvimento da literacia digital das crianças e jovens.

Os planos de trabalho de turma incluem a identificação genérica de problemas dos alunos e a

identificação e caracterização dos alunos com dificuldades de aprendizagem ou de outra natureza.

Existe reforço das atividades letivas, nalguns casos ao longo do ano e, principalmente, no período que

antecede os exames nacionais. São também mobilizados recursos centrados na sala de aula a crianças e

alunos com necessidades educativas especiais. Estes discentes são sinalizados através de processos

estruturados pela equipa de apoios (existe um manual de procedimentos para referenciação das crianças

e alunos organizado pelo departamento de educação especial), denotando-se eficácia na organização e

implementação das respostas educativas. Está estabelecida a modalidade de tutoria que se traduz num

apoio próximo e individualizado e é orientada para a organização no estudo. Contudo, não existem

evidências que estes mecanismos de apoio tenham um impacto direto na melhoria das aprendizagens,

assim como na superação das dificuldades dos alunos.

Verifica-se que não está controlada a adequação do comportamento dos alunos a um ambiente propício à

aprendizagem, dificultando as práticas de rigor na sala de aula. Tais comportamentos desadequados são

diferenciados de umas disciplinas para outras o que evidencia ausência de articulação e de concertação

no conselho de turma e no conselho pedagógico com vista a adotar medidas conducentes à mudança de

atitudes dos alunos.

Ao nível da orientação vocacional no final da escolaridade básica, a psicóloga tem vindo a desenvolver

um trabalho assente na iniciativa individual dos alunos. Para o presente ano letivo estão delineadas

novas formas de organização de modo a envolver todos os alunos do 9.º ano.

Foram identificadas algumas formas de colaboração entre docentes, na prática pedagógica, com

destaque para a coadjuvação em diversas disciplinas. Já a supervisão associada à orientação

acompanhada da prática letiva é inexistente. Não se evidenciaram práticas intencionais de supervisão e

monitorização das práticas pedagógicas em sala de aula.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Os critérios gerais de avaliação, definidos pelo conselho pedagógico por proposta dos departamentos

curriculares, são deixados para especificação pelos docentes. Os coordenadores de diretores de turma

fazem a análise dos resultados da avaliação por turma e os coordenadores de departamento fazem essa

análise por disciplina e nível de escolaridade, de modo a serem apresentadas e analisadas em conselho

pedagógico.

A avaliação diagnóstica no início do ano é uma prática instituída no Agrupamento em todas as áreas e

disciplinas, sendo os seus resultados explicitados de forma qualitativa ou de forma quantitativa e

conduzindo, em geral, a uma caracterização genérica dos alunos da turma mas não ao delineamento de

estratégias mais individualizadas com vista à superação de dificuldades. Os testes diagnósticos são

elaborados em parceria nos departamentos ou nos grupos disciplinares.

Na educação pré-escolar há fichas de registo uniformes para a avaliação das aprendizagens, no final de

cada período. São feitos registos em fichas próprias uniformizadas e organizadas por áreas de conteúdo.

No 1.º ciclo do ensino básico a avaliação diagnóstica e a de final de período é organizada em conjunto,

usando-se um documento uniformizado para monitorização do cumprimento do programa e aferir os

resultados internos. A avaliação formativa, enquanto elemento regulador do processo de ensino e

aprendizagem, é feita por cada docente com intenção de individualizar o ensino mas falta, contudo, um

intencional aproveitamento pedagógico dos resultados desta avaliação.

Os critérios de avaliação apontam para a concretização de duas provas, o que é a modalidade

praticamente generalizada para avaliação nas diferentes disciplinas, embora outras formas e

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Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

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instrumentos sejam também usados. Os planos de apoio não são avaliados de modo a monitorizar o

desenvolvimento e a percecionar a validade e os efeitos da sua aplicação. Na educação especial, além da

avaliação feita com os docentes também ocorre avaliação direta com o aluno que é participada ao

conselho de turma e assinada pelo encarregado de educação.

Os alunos com currículo específico individual desenvolvem a componente de preparação para a vida pós-

escolar dentro do Agrupamento para serem mais acompanhados; os seus planos incluem igualmente

atividades em diversos clubes, musicoterapia, oficina de artes, sendo a sua avaliação descritiva e

discutida em conselho de turma no sentido de aferir se as medidas definidas estão a resultar.

Da reflexão sobre os resultados da avaliação externa dos alunos, alguns departamentos curriculares

(por exemplo, línguas) determinaram medidas que passam pela realização de fichas de resumos antes

dos testes e tornando-se estes mais frequentes; maior frequência de exercícios práticos; entreajuda dos

alunos; aumento de trabalhos para casa e ainda o maior controlo dos encarregados de educação, que

devem assinar os instrumentos de avaliação, embora não haja ainda avaliação do seu impacto.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de

aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola, o que

justifica a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

O projeto educativo identifica e aponta metas em seis áreas prioritárias do desenvolvimento

organizacional do Agrupamento. Porém, não estão traçados objetivos intermédios nem estão definidos

indicadores de medida para todas as metas que permitam avaliar o seu grau de consecução ao longo do

período de vigência do documento.

O conselho geral, enquanto órgão de direção estratégica, cumpre na generalidade as suas competências.

Contudo, tem sido pouco interventivo, designadamente no acompanhamento da ação dos restantes

órgãos e na decisão sobre a oferta ou opções curriculares do Agrupamento. A ação do diretor é

reconhecida e valorizada, em particular, pela confiança gerada entre os membros da comunidade

educativa e pelas interações que estabelece com o meio local.

As três coordenadoras dos diretores de turma demonstram um grande conhecimento da sua área de

ação que se consubstancia no apoio efetivo aos seus pares. Ao nível dos departamentos curriculares são

patentes insuficiências relativamente à supervisão pedagógica.

O desenvolvimento de parcerias, concursos e projetos de dimensão local e nacional é uma estratégia bem

conseguida com impacto visível nas vivências das crianças e dos alunos, bem como no alargamento do

âmbito das aprendizagens. São particularmente relevantes, no Agrupamento, projetos como o

“Parlamento dos Jovens”; também o “Projeto Twist”; “Escola para Todos – Encontro de Pais”; projetos na

área de desporto. O departamento curricular de educação especial comemora o seu Dia aberto à

população em geral e desenvolve uma grande diversidade de ações com vista a promover a inclusão e a

sensibilização para a problemática da deficiência. O Agrupamento oferece, ainda, clubes em áreas

diversificadas como: leitura; teatro, em que participa a comunidade escolar e a comunidade local; Clube

UNESCO; Clubes de Línguas.

Colaboram com o Agrupamento, em parceria, entre outros, a Câmara Municipal de Figueira de Castelo

Rodrigo, os Bombeiros Voluntários, Associação Erva-Prata, o Centro de Saúde, o Parque Natural Douro

Internacional, a Associação Transumância e Natureza. Merece destaque a parceria com a Câmara

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Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo pela utilização de equipamentos, pela participação nas

atividades organizadas pelas duas instituições e por todo o suporte de auxílio aos alunos (p. ex., apoio às

visitas de estudo; estágios).

Em geral, os alunos, docentes e pessoal não docente mostram-se satisfeitos relativamente à sua

situação, não se registando conflitos de funcionamento ou laborais suscetíveis de pôr em causa a coesão

organizacional do Agrupamento.

GESTÃO

O Agrupamento definiu critérios de afetação dos recursos humanos que o ajudam na sua boa gestão. O

conhecimento próximo, o perfil funcional e a formação são elementos importantes seguidos na

distribuição criteriosa do serviço docente e não docente.

A baixa população escolar orienta e até determina a constituição dos grupos e das turmas. Na

generalidade, o número de alunos por turma situa-se aquém da mediana das escolas a nível nacional.

Em regra, o critério prevalecente é o da continuidade das equipas pedagógicas. A direção, mercê da

existência de horários com insuficiência de horas e também da colocação de docentes em mobilidade por

doença, levou a efeito a implementação da coadjuvação em disciplinas onde foi identificada essa

necessidade.

A avaliação de desempenho dos trabalhadores tem permitido um maior conhecimento das competências

profissionais, bem como das suas necessidades. Porém, dessa situação não resultou a construção de um

plano de formação interno. De facto, a formação para os trabalhadores docentes e não docentes está

inteiramente dependente do Centro de Formação de Escolas Guarda-Raia. Também a não nomeação,

pelo diretor, de um coordenador técnico para os serviços administrativos, em falta desde há dois anos, é

fator limitador do crescimento e de maior responsabilização profissional destes trabalhadores.

Os circuitos de comunicação operacionalizados revelam-se adequados no que concerne à divulgação dos

documentos estruturantes, das regras fundamentais do funcionamento do Agrupamento, das múltiplas

atividades, e de informação aos encarregados de educação e a outros atores da comunidade educativa,

mostrando-se eficazes no seu contributo para a gestão e articulação dos serviços internos e das

colaborações/parcerias externas. Destacam-se o papel das plataformas digitais, entre outros suportes

mais tradicionais. Porém, os trabalhadores não docentes denotam algum desconhecimento do

funcionamento do Agrupamento, verificando-se o seu pouco envolvimento nas decisões estratégicas.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

O Agrupamento implementou um modelo de avaliação institucional (CAF – Common Assessment

Framework) que foi levado a cabo por uma equipa de professores no ano letivo de 2012-2013. No ano

letivo seguinte foram discutidos os resultados dessa avaliação e foi desenhado um plano de melhoria

para implementar no ano 2014-2015. Todo este processo afigurou-se demasiado moroso e com mudanças

anuais nas equipas responsáveis, o que levou a que ainda não tenha sido finalizado um ciclo completo

da avaliação.

O plano de melhoria contempla cinco grandes áreas de intervenção, não estando sinalizados os

responsáveis pela sua implementação e monitorização, assim como não estão devidamente definidos os

níveis de avaliação da consecução dos objetivos previamente definidos.

Foi a primeira experiência de avaliação institucional, sendo que os processos de autorregulação

existentes tiveram sempre uma incidência setorial, designadamente nas áreas dos resultados escolares

e do desempenho dos responsáveis pelas distintas estruturas de coordenação educativa e supervisão

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pedagógica. Os órgãos de direção, administração e gestão apreciam os relatórios periódicos e anuais

destas áreas, remetendo para as estruturas intermédias as sugestões de melhoria.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de

aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. Tais

fundamentos justificam a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Liderança e

Gestão.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

Estreita ligação com o meio envolvente local e regional, sendo utilizado como importante

recurso educativo;

Existência de apoios a alunos com necessidades educativas especiais, centrados na sala de aula,

que promovem a inclusão na turma e a aquisição de aprendizagens mais relevantes;

Diversidade de atividades oferecidas pelas bibliotecas escolares na educação pré-escolar e nos

1.º e 2.º ciclos do ensino básico, de forma sistemática ao longo do ano letivo e transversais a toda

a comunidade;

Oferta formativa contextualizada e adequada às expetativas e interesses dos alunos/famílias,

com impacto na inclusão social, nas saídas profissionais e no prosseguimento de estudos via

ensino superior.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus

esforços para a melhoria são as seguintes:

Definição de um plano com ações concertadas, dentro e fora da sala de aula, para ultrapassar as

situações de comportamentos e atitudes desadequadas dos alunos em muitas disciplinas que

conduzam à melhoria dos resultados académicos e cívicos;

Definição e implementação de estratégias de ensino e de apoio aos alunos que permitam

melhorar os resultados escolares;

Incentivo e valorização da participação mais efetiva dos alunos, dos pais e encarregados de

educação e do pessoal não docente na definição e discussão das prioridades, no estabelecimento

dos objetivos e das metas a atingir e na elaboração dos documentos estruturantes do

Agrupamento;

Concretização contextualizada do ensino experimental, particularmente no ensino básico, no

sentido de desenvolver nos alunos maiores capacidades nesta área;

Definição de mecanismos de acompanhamento e supervisão da prática letiva, tendo em vista a

reflexão sobre o trabalho, a difusão das melhores práticas pedagógicas e a melhoria da

qualidade do ensino;

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Elaboração e implementação do plano de formação com base no levantamento das necessidades,

(nomeadamente dos trabalhadores não docentes), de forma a assegurar o respetivo

desenvolvimento profissional;

Explicitação, mais aperfeiçoada, dos referenciais de avaliação dos planos de melhoria,

nomeadamente no que respeita à definição dos indicadores de medida, instrumentos de registo

e avaliação e identificação de responsáveis pela sua implementação e monitorização.

18-05-2015

A Equipa de Avaliação Externa: Carlos Heitor, Joaquim Brigas e Maria de Fátima Paixão

Concordo. À consideração do Senhor

Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar, para homologação.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar