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Davide Duarte Carapito Licenciado em Bioquímica
Relatório de atividade profissional: Um percurso profissional após a
licenciatura, do laboratório à pedagogia.
Relatório para obtenção do Grau de Mestre em Bioquímica
Orientador: Doutor José Ricardo Ramos Franco Tavares, Professor Assistente Agregado da Faculdade de Ciência
e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Júri: Presidente: Prof. Doutor Carlos Alberto Gomes Salgueiro Vogal: Prof. Doutor Pedro António de Brito Tavares
Vogal: Prof. Doutor José Ricardo Ramos Franco Tavares
Setembro, 2019
I
Relatório de atividade profissional
Copyright © Davide Duarte Carapito, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova
de Lisboa.
A Faculdade de Ciências e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa têm o direito, perpétuo e
sem limites geográficos, de arquivar e publicar esta dissertação através de exemplares impressos
reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser
inventado, e de a divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição
com objetivos educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que seja dado crédito ao autor
e editor.
II
Agradecimentos
À minha esposa Marta e ao meu filho Duarte pela força que me dão em qualquer altura da minha
vida.
Agradeço com especial carinho à minha família e à da minha esposa.
Ao Doutor José Ricardo Tavares pela amabilidade em ter aceitado orientar-me neste relatório.
Ao Director do Lycée Français Charles Lepierre onde atualmente leciono.
Ao meu colega de trabalho Paulo Rodrigues pela ajuda no início da minha atividade profissional
enquanto técnico de laboratório e a todo o corpo docente e não docente do liceu francês.
III
IV
Resumo
O presente relatório de atividade profissional foi elaborado no âmbito do programa para Ser Mestre
da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Encontra-se dividido em dois capítulos, iniciando-se com a parte laboratorial seguido da experiência
na via ensino.
No primeiro capítulo abordo principalmente todas as atividades que desenvolvi no Lycée Français
Charles Lepierre enquanto técnico de laboratório. De entre as atividades que desempenhei, irei
salientar as que concederam maior dinâmica e eficácia à estrutura principal, que é o laboratório,
nomeadamente, a preparação de todo o equipamento didático utilizado nas salas de aula, e a sua
restruturação.
Após alguns anos no laboratório surgiu a possibilidade de poder lecionar no mesmo local de trabalho.
No segundo capítulo descrevo a metodologia de ensino das ciências praticado na rede do sistema de
ensino privado francês. Esta metodologia assenta em atividades experimentais capazes de aguçar a
curiosidade e o espírito crítico dos alunos. Irei descrever as várias etapas que são construídas pelos
alunos nas atividades experimentais.
Palavras-chave: gestão de laboratório, ensino, experimentation assistée par ordinateur (ExAO), base
de dados, atividade experimental.
V
VI
Abstract
This report of professional activity was elaborated under the program to be master of the Faculty of
Sciences and Technology of the Nova University of Lisbon.
It is divided into two chapters, starting with the laboratory part followed by the experience in the
teaching pathway.
In the first chapter I approach mainly all the activities I developed in the Lycée Français Charles
Lepierre as a laboratory technician. Among the activities I have performed, I will emphasize those that
have given greater dynamics and effectiveness to the main structure, which is the laboratory, namely,
the preparation of all the didactic equipment used in the classrooms, and its restructuring.
After a few years in the laboratory emerged the possibility of being able to teach in the same
workplace. In the second chapter I describe the teaching methodology of the sciences practiced in the
network of the French private education system. This methodology is based on experimental activities
that can sharpen the students curiosity and critical spirit. I will describe the various stages that are built
by students in the experimental activities.
Keywords: laboratory management, teaching, experimentation assistée par ordinateur (ExAO),
database, experimental activity.
VII
VIII
Résumé
Ce rapport d'activité professionnelle a été élaboré dans le cadre du programme pour être maître de la
Faculté de Sciences et Technologie de l´Université Nouvelle de Lisbonne
Il est divisé en deux chapitres, en commençant par le laboratoire suivi de l'expérience dans le
parcours d'enseignement.
Dans le premier chapitre, j'aborde principalement toutes les activités que j'ai développé au Lycée
Français Charles Lepierre en tant que technicien de laboratoire. Parmi les activités que j'ai réalisé, je
soulignerai celles qui ont donné plus de dynamique et d'efficacité à la structure principale, qui est le
laboratoire, à savoir, la préparation de tout l'équipement didactique utilisé dans les salles de classe, et
sa restructuration.
Après quelques années au laboratoire est apparue la possibilité de pouvoir enseigner dans le même
lieu de travail. Dans le deuxième chapitre, je décrirai la méthodologie d'enseignement des sciences
pratiquées dans le réseau d´enseignement privé du système français. Cette méthodologie est basée
sur des activités expérimentales qui peuvent aiguiser la curiosité et l'esprit critique des élèves. Je vais
décrire les différentes étapes qui sont construites par les étudiants dans les activités expérimentales.
Mots-clés: gestion du laboratoire, enseignement, expérimentation assistée par ordinateur (ExAO),
base de données, activité expérimentale.
IX
X
Índice de matérias
Parte I - Experiência profissional como técnico de laboratório (de Dezembro 2006 a Setembro de
2013) ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 1
1 Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
2 Remodelação do laboratório ----------------------------------------------------------------------------------------- 3
3 Reorganização dos produtos químicos --------------------------------------------------------------------------- 5
3.1 Levantamento e agrupamento por categorias ---------------------------------------------------------- 5
3.2 Disposição e armazenamento ------------------------------------------------------------------------------ 5
4 Criação de uma ferramenta personalizada de gestão de laboratório ------------------------------------- 8
4.1 Base de dados sobre a ocupação dos laboratórios - emplois du temps ------------------------- 9
4.2 Base de dados dos inventários de biologia e físico-química - inventaires S.V.T/ S.P.C ----- 10
4.3 Base de dados dos produtos químicos ------------------------------------------------------------------- 11
Parte II - Experiência profissional como docente de biologia (de Setembro de 2013 até à presente
data) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13
1 Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14
2 O ensino das ciências no sistema privado francês ------------------------------------------------------------ 14
3 A construção da investigação experimental (da problemática à conclusão e validação das
hipóteses) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 15
4 A aprendizagem com recurso a experimentação assistida por computador (ExAO) ------------------ 17
4.1 Exemplo de uma actividade experimental em ExAO para alunos do 7ºano ------------------------ 17
5. Conclusão e reflexão futura ------------------------------------------------------------------------------------------ 20
Referências bibliográficas ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 21
Anexos ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 22
Anexo A: Planta de remodelação do laboratório de preparação e do armazém dos produtos
químicos--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 22
Anexo B: Levantamento dos produtos químicos e dados de segurança ------------------------------------------ 23
Anexo C: Organização dos produtos químicos em duas categorias: orgânicos e inorgânicos -------------- 38
Anexo D: Bases de dados das despesas de laboratório, da reciclagem e do inventário do material de
laboratório ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 41
XI
XII
Índice de Figuras
Parte I
Figura 1.1 Timeline das tarefas mais relevantes da atividade profissional como técnico de
laboratório ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 2
Figura 2.1 Zona de passagem (antes) ------------------------------------------------------------------------------------- 3
Figura 2.2 Zona de passagem (após) ------------------------------------------------------------------------------------- 3
Figura 2.3 Zona de lavagem (antes) --------------------------------------------------------------------------------------- 3
Figura 2.4 Zona de lavagem e campânulas de aspiração (após) --------------------------------------------------- 3
Figura 2.5 Hotte de aspiração (antes) ------------------------------------------------------------------------------------- 4
Figura 2.6 Hotte de aspiração (após) -------------------------------------------------------------------------------------- 4
Figura 2.7 Zona de reciclagem dos produtos químicos --------------------------------------------------------------- 4
Figura 3.1 Produtos químicos ordenados por ordem alfabética ----------------------------------------------------- 5
Figura 3.2, 3.3 e 3.4 Sala dos produtos químicos ---------------------------------------------------------------------- 6
Figura 4.1 Janela do menu inicial ------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Figura 4.2 Bases de dados com a ocupação dos 6 laboratórios ---------------------------------------------------- 9
Figura 4.3 e 4.4 Base de dados dos inventários do material de biologia e físico-química. ------------------- 10
Figura 4.5 Inventário do material de biologia e físico-química em formato word anteriormente
utilizado --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
Figura 4.6 Inventário dos produtos químicos ---------------------------------------------------------------------------- 11
Figura 4.7 Janela sobre as informações de cada produto, neste caso, o ácido maléico --------------------- 12
Figuras 4.8 e 4.9 Etiquetas personalizadas dos frascos aluno ------------------------------------------------------ 12
Parte II
Figura 3.1 Diagrama das etapas seguidas numa atividade experimental ---------------------------------------- 15
Figura 4.1 Central Nuclear de Almaraz à beira do rio Tejo ----------------------------------------------------------- 18
Figura 4.2 Circuito de arrefecimento da central nuclear de Almaraz (1) ------------------------------------------ 18
Figura 4.3 A temperatura do rio após arrefecimento do reator ------------------------------------------------------ 18
Figura 4.4 Gráfico da concentração de oxigénio presente na água (mg/l) a diferentes temperaturas
(°C) em função do tempo decorrido (s) ------------------------------------------------------------------------------------ 20
XIII
XIV
Índice de Tabelas
Parte I
Tabela 3.1 Compatibilidades para o armazenamento de produtos químicos ------------------------------------ 6
XV
Lista de abreviaturas
LFCL - Lycée Français Charles Lepierre
BOEN - Bulletin Officiel de l´Éducation Nationale
ExAO - Expérimentation assistée par ordinateur
SVT - Sciences de la Vie et de la Terre
SPC - Sciences Physiques et Chimiques
1
PARTE I
Experiência profissional como técnico de laboratório
(de Dezembro 2006 a Setembro de 2013)
2
1 Introdução
Iniciei a minha carreira profissional como técnico de laboratório no Lycée Français Charles Lepierre
no dia 14 de Dezembro de 2006.
A entrevista de emprego à qual fui submetido não passou apenas pela análise do Curriculum Vitae
mas também pelo conhecimento prático-científico em 3 grandes áreas, nomeadamente, a biologia
(SVT), a química e a física (SPC). Foram-nos dadas 3 atividades a resolver. Na biologia era pedido
que evidenciássemos o núcleo das células de epiderme de cebola, sendo necessária fazer uma
preparação microscópica e saber qual o corante apropriado para corar o núcleo. Na química,
tínhamos que descobrir a concentração de um ácido por titulação. E na física, era pretendido a
montagem de um circuito elétrico. Fui assim selecionado para ser técnico de laboratório do LFCL por
ter tido bons resultados nas duas primeiras áreas e bastante satisfatórios na física. Apenas deste
modo me apercebi o quanto saímos preparados da universidade para responder a situações diversas.
A minha função enquanto técnico de laboratório era de preparar todo o material que iria ser utilizado
nos 6 laboratórios de ciências. Estes laboratórios são utilizados para atividades experimentais de
biologia, de física e de química, sendo que o ano de ensino pode variar do 6º ao 12º ano, servindo um
universo de cerca de 1100 alunos.
Deste modo, o laboratório tinha que ser funcional e eficaz para garantir o material utilizado por este
número de efetivos. Existiam vários problemas de funcionamento e de organização que teriam que
ser melhorados ou solucionados e que passarei a descrever nos pontos que se seguem.
Na seguinte timeline da figura 1.1 segue o descritivo das tarefas executadas enquanto técnico de
laboratório:
2006 Início da atividade
2006 - 2009 Reorganização dos produtos químicos
2010 Projeto de remodelação da sala de preparação
2011-2013
Criação da
ferramenta
de gestão de
laboratório
Base de dados da ocupação dos laboratórios
Base de dados dos inventários de SVT / SPC
Base de dados dos produtos químicos
Base de dados de despesas de laboratório
Base de dados da reciclagem
Base de dados do inventário de material de vidro
Figura 1.1 Timeline das tarefas mais relevantes da atividade profissional como técnico de laboratório.
3
2 Remodelação do laboratório
O laboratório recebe por semana cerca de 120 trabalhos práticos. A preparação de todo este material
necessitava que os alicerces da logística e da estrutura do laboratório estivessem bem montados.
Deste modo, surgiu a necessidade de se remodelar a sala de preparação e criar um armazém para
os produtos químicos (anexo A). Os aspetos principais que tive em consideração foram os seguintes:
- as zonas de passagem que eram estreitas (figura 2.1) passaram a um mínimo de 80 cm (figura 2.2);
- instalação de uma hotte de lavagem acessível pela parte frontal. A hotte de lavagem é composta por
uma zona inferior que permite a aspiração perto do plano de trabalho e uma zona superior para os
vapores e gases mais voláteis (figura 2.4);
- instalação de uma hotte de aspiração certificada de acordo com as normas EN 14175-2:2003 e EN
14175-3:2003 (figura 2.6);
- reorganização dos reagentes químicos (abordado no ponto 3 deste capítulo) ;
- colocação de 2 campânulas para aspiração de gases e vapores mais voláteis que se encontravam
em cima dos carrinhos com o material de química (figura 2.4);
- reciclagem dos produtos utilizados resultantes das atividades experimentais. (figura 2.7);
Figura 2.1 Zona de passagem (antes). Figura 2.2 Zona de passagem (após).
Figura 2.3 Zona de lavagem (antes). Figura 2.4 Zona de lavagem e
campânulas de aspiração (após).
4
Figura 2.5 Hotte de aspiração (antes). Figura 2.6 Hotte de aspiração (após).
Figura 2.7 Zona de reciclagem dos produtos químicos.
5
3 Reorganização dos produtos químicos
Um dos maiores desafios foi a reorganização dos produtos químicos do laboratório.
Os produtos químicos encontravam-se organizados por ordem alfabética (figura 3.1), existindo assim
várias incompatibilidades que tinham ocasionado a deterioração de algumas embalagens.
Figura 3.1 Produtos químicos ordenados por ordem alfabética.
3.1 Levantamento e agrupamento por categorias
A primeira etapa foi fazer o levantamento de todos os produtos existentes (anexo B). Existiam
142 produtos químicos a serem classificados e organizados. Este trabalho de classificação e
organização levou cerca de 3 anos a concluir pois a minha tarefa principal ocuparia cerca de 3/4 do
meu tempo.
Na etapa seguinte classifiquei os produtos químicos em dois grandes grupos, os orgânicos e
os inorgânicos (Connely et al., 2005; Fernandes et al. 2002).
Dentro destes dois grupos, foram organizados em subgrupos de compatibilidade (Department
of Health and Human Services, 2006).
3.2 Disposição e armazenamento
Uma vez todos os reagentes classificados em subgrupos armazenei-os tendo em conta a
tabela 3.1, cujo resultado final se encontra no anexo C.
6
Tabela 3.1 Compatibilidades para o armazenamento de produtos químicos.
Fonte:https://www.innoprev.com/formation-prevention-sante-securite-travail/formation-risques
physique/formation-risques-chimique-niveau-1-2.html (acedido a 16/09/2019).
As figuras 3.2, 3.3 e 3.4 ilustram como ficou o laboratório após o trabalho de reorganização dos
reagentes. Restringi os produtos químicos a uma sala com acesso limitado a pessoal autorizado.
Figuras 3.2, 3.3 e 3.4 Sala dos produtos químicos.
7
Os produtos utilizados na biologia sem necessidade de armazenamento especial tais como, o agar-
agar, o amido, a glucose, a sacarose, a D(+) frutose entre outros, foram colocados no laboratório de
preparação de biologia devido ao espaço reduzido da sala de produtos químicos onde se encontram
os produtos com maior perigosidade.
Os indicadores também foram organizados no grupo dos orgânicos e devidamente separados.
De forma a facilitar a localização dos produtos químicos, foi inicialmente desenhado uma planta da
sala. A construção de uma base de dados seria então necessária para armazenar toda a informação
acerca de cada produto químico incluindo a sua localização (Filemaker Inc., 2004-2012).
8
4 Criação de uma ferramenta personalizada de gestão de laboratório
No meu trabalho do dia-a-dia deparei-me com a necessidade de ter um sistema que complementasse
e integrasse toda a informação do laboratório para melhor desempenhar as minhas tarefas,
nomeadamente, informação dos produtos químicos (pesos e volumes automaticamente calculados,
fichas de segurança), etiquetagem de frascos com normas de segurança, visualização dos trabalhos
a decorrer, inventários de produtos, controlo de contas, reciclagem, entre outros.
A implementação desta ferramenta de laboratório foi relevante pois integrou todas as tarefas acima
descritas permitindo-me economizar tempo para a realização de outras tarefas.
Iniciei a criação desta ferramenta personalizada em meados de 2010. Investi vários anos na
realização de uma plataforma que nos pudesse ajudar em várias situações, desde a colocação do
material nas salas de aula à pesquisa do material existente no laboratório.
Tive que configurar um servidor local para que as bases de dados pudessem ser utilizadas por vários
utilizadores. Todas as bases de dados permitem a cocriação em tempo real, sendo que, qualquer
alteração efetuada é imediatamente visualizada por outros utilizadores (Prosser and Gripman, 2012).
A ferramenta de gestão do laboratório teria que passar pela construção das seguintes bases de
dados:
- ocupação dos laboratórios - emplois du temps;
- inventários de biologia e química - inventaires S.V.T/S.P.C;
- produtos químicos - produits chimiques;
- despesas do laboratório - petites dépenses;
- reciclagem - recyclage;
- inventário do material de vidro - gestion labo.
Gostava ainda de salientar que toda esta inovação tecnológica foi integralmente desenvolvida por
mim, desde a programação ao layout final. Utilizei como software as versões 11 e 12 do Filemaker
Pro Advanced, que permitem personalizar as bases de dados segundo as necessidades do utilizador.
A plataforma apresenta assim uma janela inicial que dá a possibilidade de abrir as bases de dados
mencionadas.
Figura 4.1 Janela do menu inicial.
Uma breve descrição sobre as funcionalidades das bases de dados será a seguir descrita.
9
4.1 Base de dados sobre a ocupação dos laboratórios - emplois du temps
A base de dados emplois du temps dá-nos o planning semanal da ocupação dos 6
laboratórios de ciências (206, 207, 208, 210, 211 e 212). Este planning indica a hora de entrada e
saída do material das respectivas salas de aulas e o docente que a ocupa.
Figura 4.2 Bases de dados com a ocupação dos 6 laboratórios.
As duas versões anteriormente implementadas apresentavam algumas desvantagens tais como:
1) para a primeira versão, uma tabela em word, não nos indicava as horas de entrada e saída de
material nem quem estaria a ocupar os vários laboratórios;
2) a segunda versão, em folha excel, com as horas de entrada e saída, não nos indicava quem estaria
a ocupar a sala.
A versão atual colmata estes dois problemas.
10
4.2 Base de dados dos inventários de biologia e físico-química - inventaires S.V.T/
S.P.C
A base de dados dos inventários de biologia e físico-química dá-nos informação sobre todo o
material pedagógico existente. Existe ainda a possibilidade através desta ferramenta, de instalar
software e visualizar conteúdos de dvds em qualquer computador do LFCL. Estes inventários também
podem ser consultados a partir de qualquer dispositivo móvel, o que permite facilmente a
atualização e visualização dos dados de cada item.
Figura 4.3 Base de dados dos inventários do material de biologia e físico-química.
Clicando no item do inventário 1.1 (figura 4.3), conforme acima indicado a tracejado, surge uma nova
janela com várias informações (figura 4.4), desde o material que se encontra em reparação, a
indicação da compra de material que se encontra em falta e os fornecedores.
Figura 4.4 Base de dados dos inventários do material de biologia e físico-química.
11
Apresento abaixo um pequeno enxerto da versão anterior ao inventário. Esta versão (figura 4.5)
baseava-se num documento word que continha alguma informação sobre cada item. A pesquisa e
verificação de material era uma das grandes desvantagens na utilização deste método.
Figura 4.5 Inventário do material de biologia e físico-química em formato word anteriormente utilizado.
4.3 Base de dados dos produtos químicos
A base de dados de produtos químicos tinha como principal objetivo a pesquisa rápida dos reagentes
presentes no laboratório e a obtenção de outras informações tais como, a data de validade, as
quantidades existentes, o cálculo das quantidades a serem pesadas ou medidas para a realização de
soluções, a informação das fichas de segurança, os pictogramas, as frases de perigo e de precaução
e a etiquetagem personalizada.
Todos os frascos contendo soluções foram etiquetados através desta ferramenta, personalizando-os
com informações importantes.
Figura 4.6 Inventário dos produtos químicos.
12
A janela seguinte (figura 4.7) ilustra todas as informações disponíveis para cada reagente.
Figura 4.7 Janela sobre as informações de cada produto, neste caso, o ácido maléico.
Também é de salientar a personalização das etiquetas para os frascos dos alunos (figuras 4.8 e 4.9).
Figuras 4.8 e 4.9 Etiquetas personalizadas dos frascos aluno.
As bases de dados sobre as despesas do laboratório, a reciclagem e o inventário do material de vidro
encontram-se ilustradas no anexo D.
13
PARTE II
Experiência profissional como docente de biologia
(de Setembro de 2013 até à presente data)
14
1 Introdução
A transição do laboratório para a pedagogia foi feita no início do ano letivo de 2012/13 no mesmo
estabelecimento de ensino, o Lycée Français Charles Lepierre, tendo sido submetida a aprovação
pelo conselho pedagógico.
Após alguns anos de trabalho como técnico de laboratório, o dia-a-dia pode tornar-se uma rotina, tal
como qualquer emprego de trabalho. Sentia a necessidade de enfrentar e abraçar novos desafios. A
oportunidade de lecionar possibilitou-me adquirir novas competências no campo das ciências.
O material não me era de todo desconhecido, pois, após cerca de 7 anos a trabalhar como técnico de
laboratório tinha em memória quase todos os trabalhos práticos. O grande desafio seria fazer com
que os alunos conseguissem perceber o que lhes estava a transmitir como conhecimento.
2 O ensino das ciências no sistema privado francês
O ensino das ciências no sistema privado francês baseia-se principalmente na aquisição das
competências através de atividades experimentais. O objetivo é levar os alunos a descobrirem os
conceitos científicos por eles mesmos. As atividades experimentais permitem incentivar e captar a
atenção dos alunos para problemáticas que terão que ser resolvidas. Deste modo, a construção da
investigação experimental é uma das primeiras ferramentas que os alunos do 6º ano (6ème)
adquirem (Vecchi, 2006).
15
3 A construção da investigação experimental (da problemática à conclusão e validação
das hipóteses)
A construção de uma atividade experimental elaborada pelos alunos passa pelas etapas seguintes:
Figura 3.1 Diagrama das etapas seguidas numa atividade experimental.
A - Situação inicial / Problemática
B - Formulação de questões
C - Formulação de hipóteses
D - Atividade de pesquisa
E - Resultados e validação das hipóteses
F - Conclusão
D.2 - Experimentação D.1 - Observação D.2 - Modelização D.3 - Documentação
16
Heis uma breve descrição de cada uma das etapas da investigação experimental (Vecchi, 2002):
A - Situação inicial / Problemática:
A situação inicial apoia-se num fenómeno observável que permite envolver o aluno numa situação de
auto- aprendizagem. Associada à situação inicial surge uma problemática que terá de ser familiar ao
conhecimento do aluno de forma a este tomar facilmente posse da situação e empenhar-se na
construção de ensaios científicos para sua resolução.
B - Formulação de questões:
Se a questão for muito evidente, não estimula a curiosidade nem o desejo de investigar. Se a questão
for muito elaborada, afasta-se da possibilidade de ser resolvida pelo aluno, permanecendo no estado
de questão para posterior resolução pelo professor, cujo objetivo inicial não é esse.
Após terem sido formuladas as várias questões, e caso seja necessário, devem ser direcionadas para
a resolução da situação inicial.
C - Formulação de hipóteses:
Os alunos elaboram várias hipóteses que deverão ser passíveis de serem verificadas
experimentalmente e que estejam em concordância com a problemática inicial.
D - Atividade de pesquisa:
Irei apenas referir a experimentação e a documentação. A experimentação passa pela redação de um
procedimento experimental. Ao longo da elaboração do procedimento experimental é necessário
elaborar uma lista de material de laboratório. Por vezes, quando o tempo de experimentação é curto,
é necessário complementá-lo com recurso a documentos. Durante a experimentação, o aluno tem
que registar os resultados obtidos para posterior análise.
E - Resultados e validação das hipóteses:
Se o resultado obtido validar a hipótese pode-se complementar com pesquisa de informação em
documentos. Caso o resultado invalide a hipótese, o aluno é levado a analisar e a refletir sobre as
causas que levaram à falha no procedimento. O aluno pode reformular o procedimento experimental,
voltando a etapa C e D.
F - Conclusão:
Nesta etapa é redigida uma resposta ao problema ou questão que poderá ser aceite sob diversos
formatos, desde um texto, desenho ou esquema. A resposta tem que ir ao encontro do saber
científico. Ainda nesta etapa, a conclusão obtida pode ser empregue na vida corrente.
17
4 A aprendizagem com recurso a experimentação assistida por computador (ExAO)
A inserção do computador no ensino da biologia apareceu desde muito cedo, desde 1978. É a partir
de 1980, que as primeiras experiências utilizando adaptadores e softwares foram desenvolvidos no
seio de equipas educativas reagrupando vários atores. O interesse da utilização do computador em
ciências experimentais afirmou-se quando tomado em conta nos programas escolares de setembro
de 1993. Entre outras utilizações gerais como o tratamento de texto ou as folhas em excel,
ferramentas mais específicas foram então implementadas nos laboratórios de ciências da terra e da
vida nos liceus: a experimentação assistida por computador (ExAO), a simulação, a modelização, a
exploração das bases de dados e o tratamento de imagem (Salamé, 1991-1992).
A ExAO foi introduzida num contexto escolar de renovação do ensino experimental fazendo apelo às
tecnologias da informação e da comunicação.
O ensino experimental renovado baseando-se sobre estas tecnologias é preconizado nas instruções
oficiais do Bulletin Officiel de l´Éducation National (BOEN) de 24 de Setembro de 1992.
O programa do ano letivo descrito no BOEN, para cada nível de ensino, fornece os elementos de
conhecimento e competência a serem lecionados.
4.1 Exemplo de uma actividade experimental em ExAO para alunos do 7ºano
Vou dar um exemplo de uma atividade proposta no BOEN
(https://cache.media.education.gouv.fr/file/MEN_SPE_11/67/3/2015_programmes_cycles234_4_12_o
k_508673.pdf - página 344, acedido a 28/08/2019) que consiste em explicar como é que a atividade
humana pode modificar a organização e o funcionamento dos ecossistemas.
Um dos temas da atualidade e que despertou alguma curiosidade foi a central nuclear de Almaraz. O
objetivo desta atividade experimental é explicar o impacto da central nuclear sobre a biodiversidade
no rio Tejo.
As etapas que seguem foram descritas no ponto 2.3:
A - Situação inicial / Problemática:
Os três documentos (figuras 4.1, 4.2 e 4.3) são fornecidos aos alunos que permitem iniciar uma
discussão sobre qual o fator que poderá influenciar a ocupação do meio aquático. A noção de
respiração já foi abordada anteriormente.
18
Figura 4.1 Central Nuclear de Almaraz à beira do rio Tejo.
Fonte:https://www.esquerda.net/artigo/central-nuclear-de-almaraz-com-falhas-de-seguranca/41073
(acedido a 16/09/2019)
Figura 4.2 Circuito de arrefecimento da central nuclear de Almaraz (1).
Fonte: https://afcn.fgov.be/fr/dossiers-dinformation/centrales-nucleaires-en-belgique/fonctionnement-
dune-centrale-nucleaire (acedido a 16/09/2019)
Figura 4.3 A temperatura do rio após arrefecimento do reator.
19
B - Formulação de questões:
A questão que os alunos frequentemente colocam é: "Sabendo que o rio serve para arrefecer o motor
das centrais nucleares, a água do rio por sua vez vai aquecer. Em que medida a temperatura da água
vai influenciar a existência dos peixes?"
C - Formulação de hipóteses:
Uma vez que a noção de respiração foi abordada salientando-se que a presença de oxigénio é
indispensável à sobrevivência dos seres vivos, a hipótese mais vezes redigida é: "Existe uma relação
direta entre a temperatura da água e a concentração de oxigénio presente na água? Quanto maior a
temperatura da água, menor a quantidade de oxigénio presente?"
D - Atividade de pesquisa (D.2 - a experimentação):
Na redação do procedimento experimental, os alunos elaboram uma lista de material necessária para
a realização da experiência. Os elementos mais vezes pedidos são: um copo de litro, água da
torneira, um termómetro, uma placa de aquecimento e uma sonda de O2. A utilização da sonda de O2
pressupõe a utilização do equipamento d´ExAO que fornece em tempo real as medições das sondas,
neste caso, da temperatura e da concentração em oxigénio da água.
O procedimento experimental pode ser redigido através de um texto ou desenho devidamente
legendado das etapas.
Exemplo de um procedimento experimental:
1. ligar todo o equipamento d´ExAO;
2. colocar 500 ml de água num copo de litro;
3. aquecer a água a uma temperatura de 26°C;
4. colocar as sondas de temperatura e de oxigénio no copo;
5. abrir o programa Pasco Capstone e lançar o registo durante 1 minuto;
6. repetir as etapas de 1 a 5 mas desta vez com temperaturas de 28°C e 30°C
E - Resultados e validação das hipóteses:
Verifica-se uma diminuição do teor em oxigénio quando a temperatura da água aumenta. Pode-se
assim validar a hipótese inicialmente formulada.
20
Figura 4.4 Gráfico da concentração de oxigénio presente na água (mg/l) a diferentes temperaturas (°C) em
função do tempo decorrido (s).
F - Conclusão:
A presença da atividade humana, nomeadamente de centrais nucleares, pode influenciar a dinâmica
de um rio pois o aquecimento da água do rio provoca uma diminuição da quantidade de oxigénio
nesta. Sabendo que os seres vivos, tais como os peixes, necessitam de oxigénio e que este tende a
diminuir com o aumento da temperatura, o desaparecimento de algumas espécies de peixe no rio
Tejo pode assim ser explicado.
5 Conclusão e reflexão futura
Os desafios que surgiram ao longo deste meu percurso profissional fizeram com que pudesse pôr em
prática algumas capacidades adquiridas no percurso académico e desenvolver novas competências.
As ferramentas que desenvolvi como técnico de laboratório foram importantes para o bom
funcionamento do laboratório e por consequente das aulas práticas. Por outro lado, o grau de
inovação da ferramenta informática personalizada possibilitou o acesso simplificado e direto a toda a
informação existente no laboratório. Como qualquer tipo de tecnologia de informação, têm que se
continuar a atualizar as bases de dados existentes.
A reorganização dos produtos químicos pôs fim as incompatibilidades que poderiam pôr em causa a
saúde não só do pessoal de laboratório, mas também, dos alunos, do pessoal docente e não
docente.
O poder lecionar num estabelecimento de ensino que permite aos alunos adquirir os conhecimentos
científicos com base em atividades experimentais motiva-me a pesquisar sobre novos temas que
possam ser analisados pelos discentes.
Gostaria que as minhas atividades práticas fossem cada vez mais um motor de motivação e
aprendizagem dos alunos.
21
Referências bibliográficas
Ana Cristina Fernandes; Bernardo Herold; Hernâni Maia; Amélia Pilar Rauter; José Augusto Rosário
Rodrigues (2002). Guia IUPAC para a nomenclatura de compostos orgânicos, Edição Lidel
Department of Health and Human Services (2006). School Chemistry Laboratory Safety
Guide, CPSC Publication No. 390, DHHS (NIOSH) Publication No. 2007–107.
Filemaker 12 Guia de ODBC e JDBC (2004-2012). 1ª Edição
Gérard de Vecchi, André Giordan (2002). L´enseignement scientifique: comment faire pour que “ça
marche”?, Delagrave,Nouvelle Édition
Gérard de Vecchi (2006), Enseigner l´expérimental en classe, Hachette Livre
Neil G.Connely, Ture Damhus, Richard M.Hartshorn, Alan T. Hutton (2005), Nomenclature of
Inorganic Chemistry IUPAC recommendation 2005, International Union of Pure and Applied
Chemistry
Salamé, N., Duval, J.-C. (1991). L’informatique scientifique dans l’enseignement de la biologie et de la
géologie au lycée, Paris: INRP
Salamé, N. (1992). Activités scientifiques informatisées, Paris: INRP
Susan Prosser, Stuart Gripman (2012). Filemaker Pro 12: The Missing Manual "O'Reilly Media,
Inc.", First Edition
22
ANEXOS
Anexo A - Planta de remodelação do laboratório de preparação e do armazém dos produtos químicos
EQUIPAMENTOS:
1- Hotte de química (Sistema de detecção de gases + segurança, torneira + pia, extracção) + armário baixo para ácidos e bases; 2- Chuveiro; 3- Hotte de lavagem com sistema de extração da zona inferior e superior (vapores e gases voláteis); 4- Campânulas de extração de vapores e gases voláteis; 5- Climatização / ventilação / renovação de ar / Dispositivo de detecção de gases; 6- Dispositivo de reciclagem; 7- Armário do material de laboratório (material de vidro); 8- Armário de arrumação dos frascos aluno e bancada de trabalho; 9- Estante produtos químicos inorgânicos; 10- Armário produtos químicos (inflamáveis, ácidos, bases, tóxicos); 11- Armário produtos químicos (solventes orgânicos); 12- Estante produtos químicos orgânicos;
7
11 10
8
6
Sala de preparação do material de laboratório
Sala dos produtos químicos
9
9 12
12
23
1. Acide Ascorbique Acide POS:1
- Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
2. Acide Aspartique Acide POS:1
- Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
3. Acide Acétique Glacial Acide POS:2
3.Substances Liquides Inflammables
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X X
4. Acide Formique Acide POS:2
3 Substances liquides inflammables
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X X
5. Anhydride Acétique Anhydride POS:2
3 Substances liquides inflammables
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X X X
6. Acide Benzoique Acide POS:3
10 – 13. Autres liquides ou matières solides
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X X
7. Acide Malonique Acide POS:3
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X X
8. Acide Salicylique Acide POS:3
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X X
9. Acide Stéarique Acide POS:3
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X X
10. Acide Citrique Acide POS:3
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X
11. Acide Lactique Acide POS:3
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X
12. Acide DL-Malique Acide POS:3
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X
13. Acide Tartrique Acide POS:3
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X
14. Acide Oxalique Acide POS:3
8 A Substances combustibles, corrosives
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X
15. Acide n-butyrique Acide POS:4
8 A Substances combustibles, corrosives
Organique 1 (Acide/Anhydride/Peracide)
X
16. Glycérine Alcool POS:0
10 Liquides inflammables si n'appartenant pas à LGK 3A ou 3B
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
17. Alcool Éthylique Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X
Anexo B – Levantamento dos produtos químicos e dados de segurança
24
18. Alcool Éthylique 96% Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammableS
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X
19. Alcool Isoamylique Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X X
20. Butanol Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X X
21. Alcool Isopropylique Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X
22. Alcool tert-amylique Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X
23. Butan-2-ol Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X
24. Isobutanol Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X
25. Propanol Alcool POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X
26. Alcool Benzylique Alcool POS:1
10 Liquides inflammables si n'appartenant pas à LGK 3A ou 3B
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X
27. Linalol Alcool POS:1
10 Liquides inflammables si n'appartenant pas à LGK 3A ou 3B
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X
28. Tris(hydroxyméthyl)-aminométhane
Amine POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol) X
29. Ethylamine Amine POS:2
3 Substances liquides inflammables
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X X
30. Diamino-1,6-hexane Amine POS:3
8 A Substances combustibles, corrosives
Organique 2 (Alcohol/Amide/Amine/Glycol)
X X
31. Acétate de Sodium Hydrocarbure POS:0
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure)
32. Vanilline Aldéhyde POS:0
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure)
33. Aldéhyde Butyrique Aldéhyde POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure)
X
25
34. Acétate de Linalyle Ester POS:2
10 Liquides inflammables si n'appartenant pas à LGK 3A ou 3B
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure) X X
35. Aldéhyde Benzoique (Benzaldéhyde)
Aldéhyde POS:2
10 Liquides inflammables si n'appartenant pas à LGK 3A ou 3B
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure) X
36. Oxalate de di-Ammonium
Ester POS:2
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure) X
37. Salicilato de Metilo Ester POS:2
10 Liquides inflammables si n'appartenant pas à LGK 3A ou 3B
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure) X
38. Citral Aldéhyde POS:2
10 Liquides inflammables si n'appartenant pas à LGK 3A ou 3B
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure) X
39. Cyclohexane Hydrocarbure POS:3
3 Substances liquides inflammables
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure)
X X X X
40. Formol Aldéhyde POS:4
6.1A Substances combustibles, toxiques
Organique 3 (Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure)
X X
41. Acétone Cétone POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 4 (Éther/Hydrocarbure Halogéné/Cétone)
X X
42. Éter Petrole Éther POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 4 (Éther/Hydrocarbure Halogéné/Cétone)
X X X
43. Dichlorométhane Hydrocarbure Halogené POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 4 (Éther/Hydrocarbure Halogéné/Cétone)
X
44. Indophénol Phénol POS:1
3 Substances liquides inflammables
Organique 8 (Crésol/Phénol) X
45. p-Aminophénol Phénol POS:2
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Organique 8 (Crésol/Phénol)
X X
26
46. L(+)- Cisteína Aminoacide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Divers Organique X
47. L-Asparagine Aminoacide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Divers Organique
48. L-Phenylalanine Aminoacide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Divers Organique
49. L-Glutamine Aminoacide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Divers Organique
50. L-Isoleucine Aminoacide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Divers Organique
51. L-Proline Aminoacide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Divers Organique
52. L-Serine
Aminoacide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Divers Organique
53. L-Tyrosine Aminoacide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Divers Organique
27
1. Cuivre en Lames Métal POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
2. Aluminium en rubans Métal POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X
3. Fer en Bobines Métal POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
4. Fer en Limalle Métal POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
5. Zinc Métal POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X
6. Argent en Poudre Métal POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X
7. Plomb en Feuilles Métal POS:2
6.1B Substances non combustibles, toxiques
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X X X
8. Plomb en Lames Métal POS:2
6.1B Substances non combustibles, toxiques
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X X X
9. Plomb en Poudre Métal POS:2
6.1B Substances non combustibles, toxiques
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X X X
10. Cuivre en Poudre Métal POS:3
4.1B Substances solides inflammables
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X
11. Fer en Poudre Métal POS:3
4.1B Substances solides inflammables
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X
12. Laiton en Poudre Métal POS:3
4.1B Substances solides inflammables
Inorganique 1 (Hydrure/Métal)
X
13. Lithium Métal POS:4
4.3 Matières formant des gaz inflammables au contact avec l'eau
Inorganique 1 (Hydrure/Métal) X X
14. Sódio Métal POS:4
4.3 Matières formant des gaz inflammables au contact avec l'eau
Inorganique 1 (Hydrure/Métal) X X
15. Magnésium en Rubans Métal POS:5
11 Substances combustibles
Inorganique 1 (Hydrure/Métal) X
28
16. Chlorure de Sodium Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
17. Cloreto de Sódio Fundido Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
18. Chlorure de Potassium Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
19. Iodure de Potassium Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
20. Phosphate d´Ammonium Phosphate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X
21. Phosphate de Potassium Phosphate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
22. Phosphate de Sodium Phosphate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
23. Hydrogenophosphate de di-sodium
Phosphate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
24. Hydrogenophosphate de Sodium
Phosphate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
25. Sulfate d´Aluminium Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X
26. Sulfate de Calcium Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
29
27. Sulfate de Magnésium Hydraté
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
30
28. Sulfate de Magnésium Anhydre
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
29. Sulfate de Magnésium Heptahydraté
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
30. Sulfate de Sodium Dodecyl
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
31. Sulfate de Sodium Anhydre
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
32. Sulfate de Sodium Décahydraté
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
33. Sulfate de Fer-Ammonium (III)
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
34. Sulfite de Sodium Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
35. Thiosulfate de Sodium Tiosulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
36. Iode Halogène POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
37. Iodure de Sodium Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X
31
38. Bromure de Potassium
Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate) X
39. Chlorure de Calcium dihydraté
Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X
32
40. Chlorure de Calcium Fondu
Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X
41. Chlorure d´Ammonium Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
42. Chlorure d´Étain (II) Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
43. Cloreto de Ferro (II) Tetrahidratado
Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
44. Chlorure de Cuivre (II) Halogénure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X X
45. Sulfate de Cuivre (II) Pentahydraté
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X X
46. Sulfate de Cuivre (II) Anhydre
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X X
47. Sulfate de Zinc Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X X
48. Sulfate de Fer (II) Heptahydraté
Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
49. Sulfate de Fer (II) Sulfate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
50. Bromate de Potassium Halogénure POS:2
5.1A Agents comburants
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
33
51. Chlorure de Baryum Halogénure POS:3
6.1B Substances non combustibles, toxiques
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X
34
52. Chlorure de Cobalt (II) Halogénure POS:3
6.1B Substances non combustibles, toxiques
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
53. Bromure de Cuivre (II)
Halogénure POS:4
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X X
54. Dichlorure de Sébacyle
Halogénure POS:4
8 A Substances combustibles, corrosives
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
55. Chlorure de Zinc
Halogénure POS:4
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X X
56. Sulfate de Fer et Ammonium (II)
Sulfate POS:4
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X
57. Chlorure de Hydroxylammonium
Halogénure POS:5
4.1A Substances solides inflammables
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X X X X
58. Solution de Wijs Halogénure POS:5
3 Substances liquides inflammables
Inorganique 2 (Halogénure/Halogène/Phosphate/ Sulfate/Sulfite/Thiosulfate)
X X
59. Nitrate d´Ammonium Nitrate POS:1
5.1 C Matières comburantes
Inorganique 3 (Amide/Azoture/Nitrate/Nitrite) X
60. Nitrate de Cuivre (II) Nitrate POS:1
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 3 (Amide/Azoture/Nitrate/Nitrite) X X
61. Nitrate de Potassium Nitrate POS:1
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 3 (Amide/Azoture/Nitrate/Nitrite) X
35
62. Nitrate d´Argent Nitrate POS:1
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 3 (Amide/Azoture/Nitrate/Nitrite) X X X
63. Nitrate de Sodium Nitrate POS:1
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 3 (Amide/Azoture/Nitrate/Nitrite) X X
64. Nitrate de Plomb (II) Nitrate POS:2
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 3 (Amide/Azoture/Nitrate/Nitrite) X X X
65. Carbonate de Magnesium Basic
Carbonate POS:0
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
66. Carbonato de Alumínio Carbonate POS:0
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
67. Carbonate de Calcium Carbonate POS:0
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
68. Hidrogenocarbonato de Sódio
Carbonate POS:0
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
69. Oxyde d´Aluminium (Alumine)
Oxyde POS:0
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
70. Carbonate de Potassium Carbonate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
X
71. Carbonate de Sodium Carbonate POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
X
72. Oxyde de Calcium Oxyde POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
X
73. Hydroxyde de Calcium Hydroxide POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
X
74. Oxyde de Cuivre (II) Oxyde Cuivrique
Oxyde POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde) X X
75. Oxyde Cuivreux Oxyde POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
X X
36
76. Hydroxyde de Baryum Hydroxide POS:2
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde) X X
77. Hydroxyde de Potassium Hydroxide POS:2
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde) X X
78. Hydroxyde de Sodium Hydroxide POS:2
8 B Substances non combustibles, corros
Inorganique 4 (Carbone/Carbonate/Hydroxide/Oxyde)
X
79. Chlorate de Potassium Chlorate POS:1
5.1A Agents comburants
Inorganique 6 (Chlorate/Peroxyde d´Hydrogène/Peroxyde)
X X X
80. Peroxodisulfate de Sodium
Peroxyde POS:1
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 6 (Chlorate/Peroxyde d´Hydrogène/Peroxyde)
X X X
81. Peroxyde d´Hydrogène 30Vol/20Vol/10Vol
Peroxyde POS:2
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 6 (Chlorate/Peroxyde d´Hydrogène/Peroxyde)
X X
82. Hexacyanoferrate de Potassium (II)
Cyanure POS:1
10 - 13 Autres liquides ou matières solides
Inorganique 7 (Cyanure)
83. Bichromate de Potassium
Chromate POS:1
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 8 (Chromate/Permanganate) X X X
84. Permanganate de Potassium
Permanganate POS:1
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 8 (Chromate/Permanganate) X X X
85. Acide Chlorhydrique Acide POS:1
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 9 (Acide) X
86. Acide Iodhydrique Acide POS:1
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 9 (Acide) X
37
87. Acide Sulfurique Acide POS:1
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 9 (Acide) X
88. Acide Sulfamique Acide POS:2
8 B Substances non combustibles, corrosives
Inorganique 9 (Acide) X X
89. Acide Nitrique Acide POS:3
5.1 B Matières comburantes
Inorganique 9 (Acide) X X
38
PRODUITS ISOLÉS DE TOUT AUTRES PRODUITS
14. Sódio
13. Lithium
59. Nitrate d´Ammonium
84. Permanganate de Potassium
Anexo C – Organização dos produtos químicos em duas categorias: orgânicos e inorgânicos
15. Magnésium en Rubans
PRODUITS INORGANIQUES
12. Laiton en Poudre 9. Plomb en Poudre
11. Fer en Poudre 8. Plomb en Lames
10. Cuivre en Poudre 7. Plomb en Feuilles
Métal(Inorg.1) 33. Sulfate de Fer-Ammonium (III) Métal(Inorg.1)
32. Sulfate de Sodium Décahydraté
31. Sulfate de Sodium Anhydre
30. Sulfate de Sodium Dodecyl
29. Sulfate de Magnésium Heptahydraté 5. Zinc 6. Argent en Poudre
28. Sulfate de Magnésium Anhydre 62. Nitrate d´Argent 4. Fer en Limalle
18. Chlorure de Potassium 19. Iodure de Potassium
21.Phosphate de Potassium 27. Sulfate de Magnésium Hydraté 63. Nitrate de Sodium 3. Fer en Bobines
17. Cloreto de Sódio Fundido 20. Phosphate d´Ammonium 24. Hydrogenophosphate de Sodium 26. Sulfate de Calcium 35. Thiosulfate de Sodium 61. Nitrate de Potassium 2. Aluminium en rubans
16. Chlorure de Sodium 22. Phosphate de Sodium 23. Hydrogenophosphate de di -sodium 25. Sulfate d´Aluminium 34.Sulfite de Sodium 60. Nitrate de Cuivre (II) 1. Cuivre en Lames
44. Chlorure de Cuivre (II)
43. Chlorure de Fer(II) 49. Sulfate de Fer (II)
42. Chlorure d´Étain (II) 48. Sulfate de Fer (II) Heptahydraté 68. Hidrogenocarbonato de Sódio
41. Chlorure d´Ammonium 47. Sulfate de Zinc 67. Carbonate de Calcium
37. Iodure de Sodium 40. Chlorure de Calcium Fondu 46. Sulfate de Cuivre (II) Anhydre 66. Carbonato de Alumínio 71. Carbonate de Sodium 73. Hydroxyde de Calcium 75. Oxyde Cuivreux
36. Iode 38. Bromure de Potassium
39. Chlorure de Calcium dihydraté
Halogénure/Halogène/Phosphate/Sulfate/Sulfite/
45. Sulfate de Cuivre (II) Pentahydraté
Thiosulfate (Inorg.2)
65. Carbonate de Magnesium Basic 69. Oxyde d´Aluminium (Alumine)
Carbone/
70. Carbonate de Potassium 72. Oxyde de Calcium
Carbonate/Hydroxide/Oxyde(Inorg.4)
74. Oxyde de Cuivre (II)
82. Hexacyanoferrate de Potassium (II) 88. Acide Sulfamique
Cyanure(Inorg.7) Acide(Inorg.9)
83. Bichromate de Potassium 79.Chlorate de Potassium 80. Peroxodisulfate de Sodium 81. Peroxyde d´Hydrogène (30Vol-10Vol)
Sulfate de Fer et Ammonium (II)
57. Chlorure de Hydroxylammonium Chlorure de Zinc
52. Chlorure de Cobalt (II) Dichlorure de Sébacyle
64. Nitrate de Plomb (II) 50. Bromate de Potassium 51. Chlorure de Baryum Bromure de Cuivre (II) Solution de Wijs
Chromate/Permanganate(Inorg.8) (Inorg.2) (Inorg.2) (Inorg.2) Nitrate(Inorg.3)
Métal(Inorg.1) Chlorate/Peroxyde d´Hydrogène/Peroxyde(Inorg.6) (Inorg.2)
(Inorg.2)
Nitrate(Inorg.3)
Halogénure/Halogène/Phosphate/Sulfate/Sulfite/Thiosulfate (Inorg.2) Nitrate(Inorg.3) Métal(Inorg.1)
39
Alcool/Amine(Org.2)
Alcool/Amine(Org.2) Divers
Acide Organique(Org.1) Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure(Org.3)
Acide Organique(Org.1)
PRODUITS ORGANIQUES:
29. Ethylamine
30. Diamino-1,6-hexane
49. L-Glutamine 53. L-Tyrosine
28. Tris(hydroxyméthyl)-aminométhane 48. L-Phenylalanine 52. L-Serine
27. Linalol 47. L-Asparagine 51. L-Proline
16. Glycérine 26. Alcool Benzylique 46. L(+)- Cisteína 50. L-Isoleucine
14. Acide Oxalique
9. Acide Stéarique 13. Acide Tartrique
8. Acide Salicylique 12. Acide DL-Malique 37. Salicilato de Metilo
1. Acide Ascorbique 7. Acide Malonique 11. Acide Lactique 32. Vanilline 36 .Oxalate de di-Ammonium 35. Aldéhyde Benzoique (Benzaldéhyde)
44. Indophénol 2. Acide Aspartique 6. Acide Benzoique 10. Acide Citrique 43. Dichlorométhane 31. Acétate de Sodium 34. Acétate de Linalyle 38. Citral
Phénol(Org.8) Acide Organique(Org.1) Hydrocarbure Halogéné(Org.4) Aldéhyde/Ester/Hydrocarbure(Org.3 )
4. Acide Formique
45. p-Aminophénol 3. Acide Acétique Glacial 5. Anhydride Acétique 39. Cyclohexane 33. Aldéhyde Butyrique
15. Acide n-butyrique
Phénol(Org.8)
40
Alcool(Org.2) Aldéhyde(Org.3)
Acide(Inorg.9) Hydroxide(Inorg.4)
Acide(Inorg.9) Hydroxide(Inorg.4)
ARMOIRES ORGANIQUE / INORGANIQUE
INFLAMABLE TOXIQUE
20.Butanol 24. Isobutanol
19. Alcool Isoamylique 23. Butan-2-ol
18. Alcool Éthylique 96% 22. Alcool tert-amylique
17. Alcool Éthylique 21. Alcool Isopropylique 25. Propanol 41. Acétone 42. Éter Petrole 40. Formol
CORROSIFS BASES
87. Acide Sulfurique 78. Hydroxyde de Sodium
86. Acide Iodhydrique 77. Hydroxyde de Potassium
85. Acide Chlorhydrique 76. Hydroxyde de Baryum
CORROSIF (Arm. Hotte) BASE (Arm. Hotte)
89. Acide Nitrique Ammoniaque
!
!
Hydrocarbure Halogéné(Org.4)
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Anexo D - Bases de dados das despesas de laboratório, da reciclagem e do inventário de material de laboratório.
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