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Abril de 2014 Relatório de Gestão 2013

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Abril de 2014

Relatório de Gestão 2013

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 1

Ficha Técnica

Título

Relatório de Gestão de 2013 do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

Abril de 2014

Edição

IGOT Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

Edifício IGOT

Av. Professor Gama Pinto, S/N

1649-003 Lisboa

Tel. +351 21 0443000

WWW: http://www.igot.ulisboa.pt/

Correio eletrónico: [email protected]

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Relatório de Gestão 2013

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Índice Nota Introdutória ........................................................................................................................................................ 3 Identidade e autonomia ............................................................................................................................................. 4

Organigrama em 31/12/2013 ...................................................................................................................... 5

Breve caracterização ................................................................................................................................. 6

Visão, Missão e Objetivos .......................................................................................................................................... 8

Visão .......................................................................................................................................................... 8

Missão........................................................................................................................................................ 8

Orientações estratégicas ........................................................................................................................... 9

A ação do IGOT em 2013 .......................................................................................................................................... 10

Orientação Estratégica 1 - Afirmar o IGOT como escola de investigação .......................................... 10

Orientação Estratégica 2 - Consolidar e diversificar a oferta formativa do IGOT, recrutar melhores

alunos e promover o sucesso escolar .................................................................................................... 10

Cursos do 1º ciclo de estudos............................................................................................................. 10

Oferta formativa ao nível do 2º ciclo ................................................................................................. 12

Oferta formativa ao nível do 3º ciclo ................................................................................................. 13

Orientação Estratégica 3 - Estimular a cooperação com outras instituições, nacionais e

internacionais .......................................................................................................................................... 14

Orientação Estratégica 4 - Dinamizar a abertura ao exterior, reforçar a visibilidade e o prestígio

académico e científico do IGOT............................................................................................................. 14

Organização e funcionamento geral ..................................................................................................... 16

Revisão Estatutária de 2013 .............................................................................................................. 16

Instalações ........................................................................................................................................... 16

Gestão corrente ................................................................................................................................... 17

Recursos Financeiros .............................................................................................................................. 22

Análise orçamental ............................................................................................................................. 24

Análise patrimonial ............................................................................................................................ 25

RECURSOS HUMANOS .................................................................................................................... 28

Avaliação global dos resultados alcançados .......................................................................................................... 29

Mapa de Recursos Humanos ............................................................................................................. 30

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 3

Relatório de Gestão 2013

Nota Introdutória

O Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT) é uma

unidade orgânica de ensino e investigação da Universidade de Lisboa nos domínios da Geografia e

do Ordenamento do Território, criada em 2009, e que iniciou a sua atividade com plena autonomia

em 1 de Janeiro de 2010.

A criação do IGOT ocorreu no quadro da alteração estatutária da Universidade de Lisboa, tendo

sido aprovados os novos Estatutos da Universidade pelo Despacho Normativo n.º 36/2008,

publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 148, de 1 de Agosto. A proposta de criação do

IGOT foi produto da intensa reflexão desencadeada pela publicação do novo Regime Jurídico das

Instituições de Ensino Superior (Lei 62/2007 de 10 de Setembro) que abriu caminho a novas

configurações organizacionais das instituições de ensino superior. A nova escola reunia o Centro de

Estudos Geográficos e o Departamento de Geografia da Faculdade de Letras que aglutinavam um

conjunto vasto de professores e investigadores e uma produção científica de elevado mérito e de

reconhecimento internacional, bem como recursos patrimoniais especializados.

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Relatório de Gestão 2013

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Identidade e autonomia O Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade

de Lisboa (IGOT) é a Escola de ensino e investigação da Universidade de

Lisboa nos domínios da Geografia e do Ordenamento do Território,

criada em 2009, e que iniciou a sua atividade com plena autonomia em 1

de Janeiro de 2010.

A criação do IGOT ocorreu no quadro da alteração estatutária da

Universidade de Lisboa, tendo sido aprovados os novos Estatutos da

Universidade pelo Despacho Normativo n.º 36/2008, de 1 de Agosto. A

proposta de criação do IGOT foi produto da intensa reflexão

desencadeada pela publicação do novo Regime Jurídico das Instituições

de Ensino Superior (Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro) que abriu

caminho a novas configurações organizacionais das instituições de

ensino superior. A nova escola reunia o Centro de Estudos Geográficos e

o Departamento de Geografia da Faculdade de Letras que aglutinavam

um conjunto vasto de professores e investigadores e uma produção

científica de elevado mérito e de reconhecimento internacional, bem

como recursos patrimoniais especializados.

A instalação do IGOT foi determinada através do Despacho n.º

7767/2009, de 17 de Março de 2009. Contudo, o IGOT apenas assume a

sua autonomia e o pleno funcionamento dos órgãos em 2010, após a

aprovação e publicação dos Estatutos do IGOT (Despacho n.º

23162/2009, de 21 de Outubro de 2009) e a eleição dos órgãos.

O ano de 2013 foi rico em mudanças, desde a eleição (ainda em 2013) de

uma nova diretora, que tomou posse em janeiro de 2013, passando pela

criação da maior Universidade de Portugal com a fusão entre a

Universidade de Lisboa e a Universidade Técnica de Lisboa, que levou à

eleição de novos órgãos de governo da Universidade e à revisão

estatutária do IGOT, cujos Estatutos revistos foram publicados a 10 de

dezembro de 2013 através do Despacho n.º 16034/2013.

O organigrama em 2013 é apresentado no presente relatório.

Identidade e

autonomia

Escola de ensino e investigação

de Geografia e do

Ordenamento do Território

Criação da maior

Universidade de Portugal

Nova direção e revisão

estatutária

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Relatório de Gestão 2013

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Organigrama em 31/12/2013

Assembleia do Instituto Órgão de governo com funções deliberativas e de supervisão, representando os docentes e investigadores, estudantes e pessoal não

docente e não investigador

José Manuel Simões (Pres.)

Conselho de Gestão Órgão de gestão administrativa e

financeira Maria Lucinda Fonseca (Pres.) Diogo de Abreu (Vogal)

José Luís Zêzere (Vogal)

Paulo Ferreira (Vogal)

Conselho Pedagógico Órgão de gestão pedagógica Nuno Marques da Costa (Pres.)

Conselho Científico Órgão de gestão científica e cultural Maria Lucinda Fonseca (Pres.)

Assembleia da Área de

Investigação e Desenvolvimento Composta por todos os investigadores que prestam serviço nas Unidades de

Investigação do IGOT

Assembleia da Área de Ensino e

Formação Composta por todos os docentes a tempo integral

Coordenadores de Curso 1º ciclo Geografia – Herculano Cachinho PGT – Eduarda Marques da Costa 2º ciclo GFOT – Ana Ramos Pereira GTU – Mário Vale PST – Jorge Malheiros PE – Teresa Alves/Luís Moreno SIGMTO - Eusébio Reis 3º ciclo Geografia – Diogo Abreu Turismo – José Manuel Simões Migrações – Maria Lucinda Fonseca Territórios, Riscos e PP – J. L. Zêzere

Coordenadores de Ciclo 1º ciclo – Catarina Ramos 2º ciclo – Mário Vale 3º ciclo – Isabel André

Co

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Centro de Estudos Geográficos

Diretor: Diogo de Abreu

Secretário: Luís Moreno

Coordenadores de Núcleo:

AntECC – Gonçalo Vieira

CLiMA – Maria João Alcoforado

HEGEC – Herculano Cachinho

MIGRARE – Mª Lucinda Fonseca

MOPT – Eduarda Marques Costa

NEST – Isabel André

NETURB – Jorge Malheiros

RISKam – José Luís Zêzere

SLIF – Jorge Trindade

TERRITUR – José Manuel Simões

Presidente Órgão superior de governo e de representação externa

Maria Lucinda Fonseca

Diretor Executivo Paulo Ferreira

Vice-Presidentes

José Luís Zêzere Mário Vale

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Relatório de Gestão 2013

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Breve caracterização O IGOT, desde a sua criação, manteve em funcionamento uma área do

Ensino e uma área de Investigação Cientifica.

A área de Ensino correspondeu, no início, ao antigo Departamento de

Geografia da Faculdade de Letras que lecionava cursos de licenciatura,

mestrado e doutoramento em Geografia, tendo sido aumentada a oferta

com a criação de novos cursos. Em 2013/2014, o IGOT conta com uma

população escolar de 701 alunos inscritos “diretamente” no IGOT e cerca

de quatro dezenas de docentes.

A área da Investigação Científica que coincide com o Centro de Estudos

Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG), fundado em 1943, tem

cerca de 200 investigadores e bolseiros, dos quais cerca de 79 são

doutorados.

O mapa de pessoal do IGOT contempla 20 trabalhadores não docentes,

mas, durante a maior parte do ano 2013, apenas se encontravam

providos 13 lugares, tendo sido concluído uma procedimento concursal

que permitiu contratar para a unidade de apoio à investigação 3 novos

trabalhadores no final do ano.

Desde 2011 que o IGOT tem em funcionamento os seus cursos de

graduação e pós-graduação num edifício provisório do IGOT na Av.ª

Prof. Gama Pinto, no designado “Planalto Central”, entre as Faculdades

de Farmácia e de Direito. Estas instalações, com 8 salas de aula,

permitem, uma maior autonomia na gestão da componente letiva e a

existência de um espaço próprio para a Associação de Estudantes, para

os estudantes e para os docentes do IGOT. Este edifício permitiu

também prestar um melhor serviço aos alunos ao concentrar num só

espaço físico a Unidade de Gestão Académica do IGOT.

Contudo, estas instalações, de caráter provisório, são fonte de grande

desperdício de recursos e geram grandes dificuldades na prestação de

um serviço de melhor qualidade. É um facto que o IGOT continua a ter a

sua estrutura “partida”, com a impossibilidade de albergar num mesmo

espaço ou de forma funcional as componentes de ensino e de

investigação. O Centro de Estudos Geográficos da Universidade de

Lisboa continua deficientemente instalado no edifício da Faculdade de

Letras, bem como alguns serviços (apoio a projetos de investigação,

expediente, património e gestão financeira). Portanto, a totalidade dos

docentes continua a utilizar as salas de trabalho que já tinham na

Faculdade de Letras (FLUL). De igual modo, algumas aulas

fundamentais continuam a ser lecionadas na FLUL por falta de

Caracterização

Em 2013/2014, o IGOT conta

com 701 alunos inscritos

O Centro de Estudos

Geográficos da Universidade de

Lisboa (CEG), tem mais de

200 investigadores e

bolseiros

Instalações, de carater

provisório, são fonte de

grande desperdício de

recursos

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 7

capacidade das salas de aula do edifício do IGOT para turmas com mais

de 80 alunos e por razões de segurança, no que se refere a salas

equipadas com meios informáticos.

A biblioteca de Geografia e a Mapoteca também permanecem nas

instalações da Faculdade de Letras, o que obriga os docentes e os alunos

do IGOT a deslocações frequentes entre os edifícios do IGOT e da FLUL.

Com a profunda alteração introduzida na Universidade de Lisboa, na

sequência do processo de fusão com a Universidade Técnica de Lisboa, a

instalação definitiva do IGOT revela-se crucial. O edifício provisório do

IGOT é efetivamente um edifício pré-fabricado com fraco isolamento

térmico e acústico que carece de climatização artificial, o que leva a que

seja extremamente frio no inverno e excessivamente quente no verão.

Para além destas situações, o fraco isolamento acústico leva a que seja

impossível dar aulas quando ocorre precipitação mais intensa. Tem

havido também diversos problemas devido a infiltrações pluviais e a

entupimentos de esgotos. É premente para o IGOT que lhe sejam

atribuídas instalações que permitam reunir num único espaço as

atividades de ensino e de investigação e melhorar o funcionamento da

instituição, dando condições condignas de trabalho aos seus estudantes,

docentes, investigadores e trabalhadores não docentes.

No mês de maio foi atribuído ao IGOT pelo Conselho Geral da

Universidade de Lisboa o Edifício da ex-Cantina II para a instalação

definitiva do Instituto. Foram canalizados todos os recursos para

acompanhar a preparação do projeto de adaptação do edifício, tendo o

mesmo sido concluído e, inclusivamente, foi realizado o concurso da

empreitada da 1.ª fase da obra (demolições), contudo, todo este esforço

acabou por se revelar inconsequente.

Em finais de 2013 a recém-eleita equipa reitoral da Universidade de

Lisboa, analisou, novamente, vários cenários de adaptação de edifícios,

propriedade da Universidade de Lisboa, tendo, no final do ano,

decidido que o IGOT será instalado no ex-edifício da Formação

Profissional da Faculdade de Medicina Dentária, no Campus da Cidade

Universitária, estando previsto o início de atividade nestas novas

instalações no ano letivo 2014/2015.

O IGOT contou com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa

(SPUL) para a realização de tarefas em algumas áreas de apoio, das

quais se destacam a área financeira, a de processamento de vencimentos

e os serviços tecnológicos.

Caracterização

A instalação definitiva do

IGOT revela-se crucial

IGOT será instalado no ex-

edifício da Formação

Profissional da Faculdade de

Medicina Dentária

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Relatório de Gestão 2013

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Visão, Missão e Objetivos

Visão No respeito pela liberdade intelectual e pela ética académica, o IGOT

pretende desenvolver na Universidade de Lisboa um polo de

competência de ensino e investigação de nível europeu ligado à

geografia e ao ordenamento do território, comprometido com a

modernização da sociedade, privilegiando uma visão integrada do

conhecimento assente numa ligação estreita entre ensino, investigação e

vida profissional; cultivando a transversalidade da formação e o

reconhecimento do mérito; estimulando a inovação e estabelecendo

parcerias de colaboração.

Missão Conforme determinado nos respetivos Estatutos e Projeto de

Desenvolvimento Científico e Pedagógico, o IGOT é uma instituição de

criação, transmissão e difusão da cultura e do conhecimento científico e

tecnológico nos domínios da geografia, das ciências sociais e da terra, do

planeamento, ordenamento e gestão do território, baseado no respeito

pela liberdade intelectual e pela ética académica, no reconhecimento do

mérito e no estímulo à inovação. O IGOT tem como missões

fundamentais:

i) Contribuir para o estudo e investigação avançada dos temas de

Geografia e do Ordenamento do Território, na Universidade de

Lisboa;

ii) Ministrar ensino graduado e pós-graduado em Geografia e

Ordenamento do Território, orientado para a investigação, a

intervenção profissional qualificada e a formação de professores,

em articulação com outras unidades orgânicas da Universidade;

iii) Estudar a realidade geográfica em todos os aspetos que

interessam à sociedade portuguesa, contribuindo para o

desenvolvimento territorial e a melhoria da qualidade de vida,

desde as escalas locais às mais globais, com especial ênfase nos

espaços nacionais, europeus e da lusofonia.

A missão do IGOT articula assim as três funções das Universidades,

ensino, investigação e ligação à sociedade, de modo a estimular a

inovação, difundir conhecimento e contribuir para o desenvolvimento.

Visão, Missão e

Objetivos

Pólo de competência de

ensino e investigação de

nível europeu ligado à

geografia e ao ordenamento

do território

Criação, transmissão e

difusão da cultura e do

conhecimento científico e

tecnológico

Investigação avançada dos

temas de Geografia e do

Ordenamento do Território

Ensino orientado para a

investigação

Contribuir para o

desenvolvimento territorial

e a melhoria da qualidade de

vida

A missão do IGOT articula

o ensino, a investigação e a

ligação à sociedade

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 9

Orientações estratégicas O plano de atividades de 2013 teve por base o estabelecido Programa de

Ação para o biénio 2013-2014 apresentado à Escola aquando da eleição

da Diretora em dezembro de 2013 e estrutura-se em torno das seguintes

orientações estratégicas.

I. Afirmar o IGOT como escola de investigação;

II. Consolidar e diversificar a oferta formativa do IGOT, recrutar

melhores alunos e promover o sucesso escolar;

III. Estimular a cooperação com outras instituições, nacionais e

internacionais

IV. Dinamizar a abertura ao exterior, reforçar a visibilidade e o

prestígio académico e científico do IGOT

Visão, Missão

e Objetivos

O plano de atividades teve por

base o Programa de Ação

para o biénio 2013-2014

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 10

A ação do IGOT em 2013

Os resultados obtidos no exercício de 2013 descrevem-se em seguida, abordando em primeiro lugar

os aspetos gerais de funcionamento do Instituto e detalhando em seguida os resultados alcançados

em termos de orientações estratégicas.

Orientação Estratégica 1 - Afirmar o IGOT como escola de investigação

Destaca-se o seguinte trabalho desenvolvido neste domínio em 2013:

- Foi promovida a disseminação dos resultados obtidos, através da organização e participação dos

docentes do IGOT e dos investigadores do CEG, em eventos científicos e da publicação dos seus

trabalhos em livros e revistas de reconhecido mérito, em Portugal e no estrangeiro.

- Foram apoiadas as candidaturas à obtenção de bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento,

aos concursos de bolsas atribuídas pela FCT, por programas europeus e no âmbito de projetos de

investigação do CEG. Foram aprovados 3 candidatos no concurso de bolsas da FCT de 2013,

encontrando-se o IGOT/CEG envolvido num programa Marie Curie.

- Foram asseguradas as licenças sabáticas e foi facultada a possibilidade dos professores

responsáveis pela coordenação de grandes projetos de investigação dedicarem mais tempo ao

trabalho de investigação.

Orientação Estratégica 2 - Consolidar e diversificar a oferta formativa

do IGOT, recrutar melhores alunos e promover o sucesso escolar

Cursos do 1º ciclo de estudos

O IGOT intensificou o esforço de divulgação e as medidas para aumenta a eficácia de recrutamento

de alunos, apesar do contexto socioeconómico desfavorável e da diminuição do número de

candidatos ao Ensino Superior. Em 2013 destacam-se a implementação das seguintes medidas

- Foi dada continuidade ao Dia Aberto da Geografia e aumentou-se a presença do IGOT junto das

Escolas Secundárias (privadas e públicas) de melhor reputação da Área Metropolitana de Lisboa;

- Realizou-se a 1.ª Escola de Geografia de Verão que é um programa de aproximação aos melhores

alunos do ensino secundário e que permite um contacto direto com o trabalho em Geografia.

- Estimulou-se a participação do Instituto nos programas de mobilidade internacional de estudantes

do 1º ciclo.

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 11

- Envolveram-se os alunos do 3º ano em diversas atividades do IGOT, para além do seu

envolvimento em projetos de investigação científica do CEG;

Apesar do esforço desenvolvido, a redução do número de alunos na licenciatura superior a 20%.

Curso 2012/2013 2013/2014 ∆

Licenciatura em Geografia 370 290 -80

Licenciatura em Planeamento e Gestão do Território 113 141 28

Mestrado em Geografia Física e Ordenamento Território 31 28 -3

Mestrado em Gestão do Território e Urbanismo 30 34 4

Mestrado em Políticas Europeias 15 6 -9

Mestrado em População Sociedade e Território 6 6 0

Mestrado em SIG e Modelação Territorial Aplicados ao Ordenamento 42 48 6

Mestrado em Turismo e Comunicação 0 3 3

Doutoramento em Geografia 48 53 5

Doutramento em Migrações 4 7 3

Doutoramento em Território, Risco e Políticas Públicas 7 7 0

Doutoramento em Turismo 37 40 3

703 663 -40

Figura 1 – Alunos inscritos no IGOT a 31 de dezembro

O problema com que o IGOT se debate é fruto da

situação atual do país e da componente

demográfica.

Com efeito, o reduzido número de jovens a

concluir o ensino secundário contribui para a

quebra de 10% do número de candidatos, mas o

contexto socioeconómico afasta os alunos do

ensino superior e leva a uma redução drástica do

número de alunos matriculados na 1.ª fase de

43944, em 2012, para 23239, em 2013 (-47%).

O número de candidatos ao ensino superior em

2013 foi novamente inferior ao número de vagas

(40785 candidatos – 1.ª fase - para 51461 vagas) o

que levou a uma redução no número de alunos

matriculados a nível nacional para o ano letivo 2013/2014. Apesar do mau resultado obtido, no

conjunto das duas licenciaturas (Geografia e Planeamento e Gestão do Território) do IGOT-UL, a

ocupação efetiva de vagas (Matriculados/Vagas) foi de 56%, face a um valor médio nacional de 45%.

Figura 2 – Alunos colocados

0

50

100

150

0

10000

20000

30000

40000

50000

Vagas e candidatos colocados no

Ensino Superior - 2011-2013

Portugal IGOT

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 12

Embora o número de alunos inscritos tenha

descido, o esforço de recrutamente permitiu

captar alunos com classificações mais elevada,

possibilitando uma subida da nota do último

classificado nas duas licenciaturas.

A nota de candidatura do último colocado na

Licenciatura em Geografia subiu 11%, apesar

do menor número de candidatos, tendo

seguido uma tendência semelhante, a nota da

licenciatura em Planeamento e Gestão do

Território.

Deve salientar-se, no caso da Licenciatura em

Geografia que o curso do IGOT foi o único, a nível nacional, a melhorar a nota de candidatura do

último colocado (Figura 4).

Universidade Nome do curso Nota último

colocado 2012

Nota último

colocado 2013 Variação

Universidade de Coimbra Geografia 107,0 106,5 -0,5

Universidade de Évora Geografia 106,0 100,0 -6,0

Universidade de Lisboa Geografia 100,0 111,0 11,0

Universidade Nova de Lisboa Geografia e Planeamento Regional 126,5 122,0 -4,5

Universidade do Minho Geografia e Planeamento 126,4 118,2 -8,2

Universidade do Porto Geografia 126,8 126,2 -0,6

Figura 4 – Nota de candidatura (último colocado) - licenciaturas em Geografia, nas universidades públicas portuguesas

Estes resultados espelham, essencialmente, a descida dos resultados dos exames nacionais, o que

valoriza ainda mais a evolução positiva registada no caso do IGOT, que passa a ser uma Instituição

de Ensino Superior já reconhecida pelos jovens candidatos, levando ao recrutamento de alunos com

notas de candidatura mais elevadas.

Oferta formativa ao nível do 2º ciclo

O IGOT iniciou o ano de 2013 com a firme intenção de adaptar a oferta formativa de mestrados às

necessidades do mercado de trabalho e às expetativas dos alunos. No ano de 2013 o IGOT esteve

envolvido em processos de avaliação de 2 cursos do 2.º ciclo, com resultados muito positivos, que

permitirão proceder à adaptação destes dois cursos e estabelecer as bases para a reestruturação da

restante oferta com o objetivo de aumentar a procura de estudantes de melhor qualidade e

diversificar a oferta formativa, procurando atrair novos públicos.

Em 2013, o número de alunos inscritos nos cursos do 2º ciclo, apesar do contexto desfavorável,

aumentou ligeiramente de 122 para 125 alunos.

Figura 3 - Médias dos candidatos colocados

96,0 100,0 100,0 111,0

122,0 121,5 105,5

114,2

2010 2011 2012 2013

Classificação do último colocado - Nota de

candidatura

CNAES 2010-2013 (1.ª Fase)

Geografia Planeamento e Gestão do Território

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 13

Oferta formativa ao nível do 3º ciclo

Os efeitos da crise económica, na diminuição dos rendimentos das famílias, e a redução do número

de bolsas de doutoramento atribuídas pela FCT e a falta de perspetivas de emprego qualificado em

Portugal, têm particular impacte na procura por parte de candidatos aos programas de

doutoramento que o IGOT oferece. As decisões tomadas permitiram contrariar esta tendência,

destacando-se as seguintes medidas:

- Foram definidas, em articulação com o Conselho Científico do IGOT e o Centro de Estudos

Geográficos, linhas orientadoras para as áreas estratégicas de formação avançada.

- Foi reforçada a participação e o apoio dos Núcleos de Investigação do CEG aos programas de

doutoramento existentes.

- Estimulou-se a internacionalização dos programas de Doutoramento do IGOT, com um aumento

do número de alunos estrangeiros e através da participação em redes Marie Curie ;

- Aumentou-se o número de professores estrangeiros envolvidos nos programas doutorais do IGOT

e aumentou-se o recrutamento de estudantes estrangeiros, nomeadamente do Brasil.

- Organizaram-se workshops doutorais, para apresentação e discussão dos projetos e/ou de

relatórios de progresso dos trabalhos dos estudantes.

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 14

Orientação Estratégica 3 - Estimular a cooperação com outras

instituições, nacionais e internacionais

No contexto de globalização, a compreensão das dinâmicas de transformação dos territórios implica

uma análise multi-escalar da interação entre processos globais (sociais, ambientais, económicos e

políticos) e os contextos territoriais. Neste sentido a introdução da dimensão comparativa entre

distintas realidades situacionais, é fundamental para identificar os agentes mais relevantes e

compreender a forma como se produzem as novas configurações sócio espaciais.

Esta é uma orientação estratégica para a qual é necessário tempo para a obtenção de resultados. Em

2013 desenvolveram-se as seguintes atividades, tendentes à concretização de alguns resultados no

próximo ano:

- Aumentou-se o esforço de integração do CEG em projetos científicos transnacionais (com uma forte

aposta no programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia) e a sua participação ativa em redes

internacionais de pesquisa, e de mobilidade de docentes e investigadores.

- Estímulo ao estabelecimento de parcerias científicas e de formação pós-graduada com outras

instituições nacionais e estrangeiras.

- Deu-se continuidade ao projeto de criação de um doutoramento em Ordenamento do Território,

em parceria com outras Escolas da Universidade de Lisboa;

- Aumentou a cooperação académica, com o espaço da lusofonia, nomeadamente com o Brasil.

Orientação Estratégica 4 - Dinamizar a abertura ao exterior, reforçar a

visibilidade e o prestígio académico e científico do IGOT

Neste domínio, pretende-se construir uma reputação de excelência através das atividades

quotidianas e à imagem que estas projetam para o exterior. Apesar dos recursos serem muito

escassos, realizaram-se as seguintes ações em 2013:

- Foi reconhecida a competência do IGOT enquanto entidade certificadora de manuais escolares,

tendo sido pedida a validação de alguns manuais escolares de Geografia do Ensino Secundário das

principais editoras nacionais;

- Foram solicitados pareceres e estudos por entidades públicas, reconhecendo assim a idoneidade e

competência do IGOT;

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 15

- Os órgãos de comunicação social solicitaram inúmeras vezes a colaboração de especialistas do

IGOT em matérias jornalísticas e para a participação em noticiários e em programas de rádio e

televisão;

- Foram dinamizadas a organização de conferências, seminários e debates, destacando-se as

inúmeras realizações do Centro de Estudos Geográficos e, na componente mais ligada à atividade

Ensino, as conferências do IGOT, o Dia Aberto da Geografia, as Jornadas IGOT do Professor de

Geografia e o Seminário nacional do Projeto Nós Propomos!, que juntaram largas centenas de

participantes.

- Promoveu-se a comunicação e a o lançamento da página oficial do IGOT no Facebook que, em

menos de 1 ano, atingiu mais de um milhar de seguidores.

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 16

Organização e funcionamento geral

Em 2013, foi opção da direção do IGOT garantir o funcionamento e cumprimento da missão do

IGOT-UL aumentando a capacidade dos serviços de apoio, reduzindo a dependência de apoio

externo, tendo-se mantido a relação com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa (SPUL)

nas áreas financeira e de tecnologias de informação (comunicações e informática), para além da

habitual colaboração nas demais áreas de atuação comum no seio da Universidade de Lisboa

(concursos públicos, partilha de informação académica, desenvolvimento de soluções informáticas

partilhadas, etc.).

Para além das tarefas associadas às rotinas da gestão corrente e funcionamento do Instituto nas suas

componentes administrativa, financeira e de manutenção das instalações, traduzidas em grande

volume de procedimentos de que se dá conta no capítulo seguinte, merecem destaque as seguintes

resultados:

Revisão Estatutária de 2013

O IGOT-UL realizou a revisão dos Estatutos, adequando-os à nova realidade decorrente da fusão

entre a Universidade de Lisboa e a Universidade Técnica de Lisboa. Os Estatutos foram

homologados pelo Reitor e publicados em Diário da República no mês de dezembro tendo sido dado

início aos trabalhos preparatórios à eleição dos órgãos colegiais do Instituto: Conselho de Escola,

Conselho Científico e Conselho Pedagógico.

Instalações

Foi garantida a manutenção e o normal funcionamento do edifício provisório da Av.ª Professor

Gama Pinto e dos respetivos espaços exteriores, em colaboração com os serviços de manutenção da

UL (SPUL). O IGOT-UL assegurou os serviços de limpeza e segurança do pavilhão. Contudo, apesar

do esforço de manutenção e conservação verificaram-se diversos episódios de precipitação intensa

que perturbaram o normal funcionamento do IGOT, devido às infiltrações recorrentes e ao ruído

que obriga à interrupção das aulas.

Deve sublinhar-se que as condições atuais de funcionamento do IGOT-UL só são aceitáveis por se

tratar de uma situação transitória, pois as condições de isolamento térmico e acústico são muito

deficientes e prejudicam o normal funcionamento das aulas e dos serviços. Também a situação da

dispersão dos serviços, professores e estudantes por três edifícios (pavilhão do IGOT, edifício da

Faculdade de Letras e edifício do Instituto de Investigação Interdisciplinar, reflete-se na qualidade

do ensino, da investigação, tem repercussões no aumento da despesa e levam a um desgaste

acrescido dos docentes, investigadores e dos estudantes.

Conforme já se referiu, espera-se que o ex-edifício da Formação Profissional da Faculdade de

Medicina Dentária venha a concretizar-se como a solução para a instalação definitiva do IGOT. As

obras de adaptação do edifício devem realizar-se no ano de 2014.

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 17

Gestão corrente

A Direção do IGOT-UL garantiu o funcionamento regular dos serviços do IGOT-UL, sendo de

destacar os seguintes resultados:

Unidade de Gestão Financeira e Patrimonial

o IGOT-UL garantiu continuamente o pagamento dos vencimentos nas datas

previstas por Lei e os pagamentos aos seus fornecedores;

excluindo despesas pagas por fundo de maneio, foram efetuados mais de 4300

pagamentos num montante total de 3.827.820 euros;

o volume total de documentos de despesa 1 processados em 2013 foi de 17200

documentos de despesa;

os serviços do IGOT-UL prestaram o apoio administrativo e financeiro à apresentação

de propostas de prestação de serviços e desenvolveram as diligências necessárias

para a sua submissão e acompanhamento;

no que diz respeito ao pessoal docente, foram cancelados os concursos que tinham em

vista a contratação de 3 professores auxiliares, em virtude da quebra do número de

alunos registada;

ao nível do pessoal não docente, o IGOT-UL procedeu à contratação de 3 técnicos

superiores para a Unidade de Apoio à Investigação Científica, na sequência da

conclusão do respetivo procedimento concursal;

Foi melhorado o apoio informático através da contratação de um bolseiro de gestão

de ciência e tecnologia licenciado em engenharia informática.

Unidade de Apoio à Investigação Científica

A consolidação do quadro de pessoal de apoio à investigação científica afeto ao

Centro de Estudos Geográficos

melhorando as suas condições de

trabalho;

foram garantidos os pedidos de

pagamento à Fundação para a

Ciência e a Tecnologia (FCT),

através do Portal da Ciência e

Tecnologia (PCT);

foi garantido o apoio aos projetos

1 inclui autorizações de pagamento, documentos de suporte e justificação da despesa, talões de embarque,

declarações de não dívida, etc.

Figura 5 - Evolução dos investigadores do CEG (2002-2013)

33 38 38 38 34 36 79 78 85 98 110 113 29 31 34 37 42 41

42 48 59 59 71 79

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Evolução equipa de investigadores do CEG

(2002-2013)

Investigadores não doutorados Investigadores doutorados

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 18

de investigação com financiamento europeu e a cerca de uma dezena de candidaturas

a financiamento europeu;

foi realizado o acompanhamento dos processos de encerramento projetos da extinta

Fundação da Universidade de Lisboa, que se estima venham a representar uma

receita para o CEG de cerca de 80000 euros;

foi assegurado o apoio à Direção do CEG, designadamente no relacionamento

institucional com a FCT e restantes entidades financiadoras;

foram submetidos todos os reportes de informação científica, financeira e

administrativa nos prazos estabelecidos pela FCT, a atualização de equipas, o

relatório científico e demais pedidos e respostas às auditorias e pedidos de

esclarecimento enviados para o CEG;

verifica-se uma acumulação de

projetos ativos , com 13 projetos

internacionais (incluindo 1 bolsa

internacional, 1 prestação de serviços

e 1 projeto Erasmus) e 23 projetos

FCT, havendo um incremento muito

significativo ao nível das prestações

de serviços, num total de 32 pareceres,

estudos e projetos para entidades

nacionais e internacionais, às quais se juntam mais 10 protocolos de pequena

dimensão;

foi prestado apoio aos processos de contratação de bolseiros de investigação científica

e submetida toda a informação no portal Eracareers, bem como o acompanhamento

aos contratos de bolsa sujeitos a renovação;

Unidade de Gestão Académica

assegurou-se a matrícula e inscrição eletrónica de todos os alunos do 1.º ciclo,

incluindo a fotografia em formato digital para os alunos do 1.º ano, 1.ª vez;

o sistema de inscrição dos alunos repetentes nas UCs em atraso numa turma virtual,

utilizado a título experimental no ano letivo anterior em que se tinham verificado as

suas vantagens, pôde este ano ser plenamente explorado. Este sistema garante o

acesso a todos os horários aos alunos que chegam pela primeira vez à universidade, o

que foi muito bem aceite pelos estudantes e fornece à gestão a informação

indispensável à programação das necessidades em termos de docentes e de salas de

aula;

procedeu-se às inscrições on-line de todos os estudantes de pós graduação;

Figura 6 - Projetos e prestações de serviços (2010-2013)

25 29 31 36

14 20 33

42

2010 2011 2012 2013

Projetos

(2010-2013)

Projetos de investigação Prest. Serviços / Protocolos

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 19

concluiu-se o processo de informatização de todos os processos académicos dos

estudantes do IGOT;

as inscrições dos alunos, exceto o 1.º ano, 1.ª vez, realizaram-se em final de julho e

início de agosto. Assim, foi possível concentrar os recursos no início de Setembro no

acompanhamento às matrículas (1.º ano, 1.ª vez) de forma mais adequada às

necessidades, permitindo apoiar a direção na definição do número de turmas, opções

e horários. Foi assim possível alocar todos os recursos nas inscrições do 1.º ano

curricular das licenciaturas, dos mestrados e doutoramentos, e na abertura do ano

letivo nas plataformas eletrónicas (Moodle e NetP@);

a gestão das avaliações dos alunos foi integralmente garantida no sistema de gestão

académica;

Unidade de Gestão de Recursos Humanos

Face à disponibilidade das entidades formadoras, designadamente o Instituto

Nacional de Administração (INA), foi assegurada a formação inicial obrigatória aos

funcionários não docentes, bem como formação complementar nas áreas específicas

de trabalho;

foi amplamente divulgada no âmbito do programa de formação da Universidade de

Lisboa;

foi realizado o acompanhamento aos procedimentos concursais para docentes do

IGOT;

foram atualizados os processos individuais tendo sido celebrados os novos contratos

com os docentes que tiveram alterações na sua situação nos termos do Estatuto da

Carreira Docente Universitária;

foi prestada toda a informação obrigatória à tutela nos prazos previstos,

nomeadamente os mapas trimestrais, o SIOE e o REBIDES;

implementou-se o sistema de gestão da assiduidade;

assegurou-se o apoio à preparação do Orçamento de Estado;

assegurou-se o processamento de vencimentos e a informação necessárias aos

pedidos de libertação de crédito, em colaboração com os SPUL;

manteve-se o apoio ao pessoal docente e não docente relativamente ao envio de

despesas de saúde para reembolso pela ADSE;

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 20

manteve-se a gestão de recursos humanos e o processamento de vencimentos aos

bolseiros de investigação e de gestão de ciência do CEG, garantindo o controlo e a

regularidade do pagamento das bolsas de investigação;

a unidade manteve o apoio, em articulação com os SPUL, ao cálculo, registo e

emissão de documentos relativos à liquidação de encargos sociais do IGOT e às

retenções na fonte, bem como, ao pagamento de outros abonos ou à realização de

outras retenções obrigatórias ou facultativas aos trabalhadores do IGOT-UL;

deu-se apoio à Direção no fornecimento de dados de apoio à gestão relativos aos

Recursos Humanos;

assegurou-se o registo integral de todos os movimentos no sistema de gestão de

recursos humanos (GIAF);

prestou-se toda a informação e emitiram-se todas as declarações solicitadas pelos

trabalhadores do IGOT-UL na Unidade de Gestão de Recursos Humanos.

Articulação com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa

O IGOT-UL é defensor de uma articulação permanente entre as diversas estruturas e Unidades

Orgânicas da Universidade de Lisboa. Consideramos que uma Universidade forte, coesa e que

desenvolva trabalho colaborativo poderá manter os elevados níveis e padrões de qualidade e

reforçar a sua, cada vez maior, afirmação nas áreas académica e científica na sociedade portuguesa e

no mundo.

O trabalho desenvolvido pelo IGOT-UL, com uma estrutura reduzida de pessoal de apoio às

atividades de ensino e investigação, tem beneficiado da estreita colaboração e do trabalho

desenvolvido com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa. O IGOT-UL foi pioneiro nesta

relação, designadamente nas áreas de processamento de vencimentos, financeira e das tecnologias e

sistemas de informação.

Em 2013 o IGOT-UL e os SPUL mantiveram o trabalho conjunto na área financeira, sendo

responsabilidade do IGOT-UL o registo da receita e da despesa, a arrecadação da receita e o

pagamento das despesas e ainda todo o trabalho de reporte e acompanhamento financeiro dos

projetos de investigação científica. Os SPUL realizam todos os reportes financeiros para a tutela, o

controlo da receita e despesa e da conformidade dos procedimentos, bem como a sua contabilização.

Na área do processamento dos vencimentos, os SPUL realizam todas as tarefas inerentes ao

processamento, cabendo ao IGOT o envio de informação (contratações, aposentações, assiduidade,

férias, abonos ou descontos, etc.) bem como a verificação dos processamentos e o pagamento dos

vencimentos. Na área dos sistemas de informação os SPUL são responsáveis pelo suporte técnico a

todas as aplicações utilizadas (tal como já sucede também com a maior parte das unidades orgânicas

da Universidade de Lisboa) e a partir da mudança para o edifício do IGOT os Serviços Tecnológicos

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 21

passaram gradualmente a assegurar o suporte técnico ao IGOT-UL, tendo sido responsáveis pela

instalação de toda a infraestrutura de voz e dados do edifício provisório do IGOT-UL.

O IGOT-UL, já está envolvido em diversos os projetos de sistemas de informação e gestão, dos quais

destacamos o sistema de gestão académica (SIGES 11), o sistema de gestão documental (WebDoc), o

sistema de gestão financeira e orçamental Oracle Financials, o sistema de gestão da assiduidade

(implementado em 2013) e sistema de gestão de recursos humanos (Giaf).

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 22

Recursos Financeiros

Em 2013 os organismos públicos tiveram que condicionar a sua gestão a regras complexas

contempladas na Lei do Orçamento de Estado e legislação conexa, às quais se juntam medidas

discricionárias e imprevisíveis que passaram pela definição, mais uma vez, de um orçamento

deficitário ao nível do financiamento das atividades de ensino e de investigação. Diversas condições

externas contribuíram para uma redução global do financiamento por Receitas Gerais do IGOT-UL,

nomeadamente a redução do plafond orçamental depois de ter sido atribuído. A redução das

transferências de Orçamento de Estado decorrentes da continuação das reduções remuneratórias e a

reposição dos subsídios de Natal e de férias que não corresponderam à respetiva reposição dos

montantes em Receitas Gerais, que tinham sido reduzidas em

virtude dos cortes nos anos anteriores.

As dificuldades colocadas a uma gestão coerente e racional

dos recursos, foi agravada pela incerteza relativa à

possibilidade da transição dos saldos da gerência de 2012, a

qual deveria ser automática. A incerteza e a criação de

obstáculos à execução dos projetos, para além de

comprometer o bom nome das Instituições nacionais e dos

seus profissionais, no caso dos projetos Europeus, tem uma

implicação direta que é a perda de fundos europeus que

poderiam ser injetados na economia portuguesa e que, não

tendo execução, são devolvidos às Instituições Europeias

financiadoras.

Face às limitações impostas pelo Orçamento de Estado, o Instituto de Geografia e Ordenamento do

Território disponibilizou, em 2013, novamente todos os recursos financeiros possíveis para apoiar,

em termos de tesouraria, a execução da investigação científica. Foram novamente utilizados os

overheads do IGOT, que deveriam suportar despesas gerais de gestão e apoio aos projetos, em

adiantamentos para a execução dos projetos de investigação, para que pudessem ser submetidos

pedidos de pagamento e para que fossem pagas novas tranches ao IGOT/CEG.

O efeito da aposta no financiamento da investigação científica adotada pelo IGOT produziu

resultados em 2013, ano em que, em contraciclo, se inverte a tendência de redução da receita (Figura

7), atingindo-se o valor máximo de receita arrecadada pelo IGOT. Cabe, contudo, realçar que uma

parte deste incremento se refere a pagamentos de faturas de anos anteriores (cerca de 200 mil euros)

e, na sequência da extinção da Fundação da Universidade de Lisboa, à transferência pela Reitoria

das verbas correspondentes a receitas de investigação do CEG de anos anteriores, num total de 142

mil euros.

Figura 7 - Receita do IGOT-UL (2010-2013)

4035

3834

3730

4238

Receita do

ano 2010

Receita do

ano 2011

Receita do

ano 2012

Receita do

ano 2013

Receita

(em milhares de euros)

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 23

Na componente Ensino, para além da redução do número de alunos, a atribuição de uma dotação de

Receitas Gerais reduzida (1.616.718 euros) contribuíram para a redução global da receita, com

reflexo direto no resultado final da Fonte de Financiamento 510 no programa 019/018.

O IGOT assume uma política de rigor relativamente ao cumprimento do pagamento de propinas por

arte dos estudantes, mas flexibiliza os prazos, dentro do ano letivo, de acordo com as limitações

invocadas pelos estudantes. Na sequência das medidas implementadas do Plano Extraordinário de

Regularização de Propinas, foi possível regularizar alguns valores de propinas em dívida dos anos

letivos 2010/2011 e 2011/2012. Ainda assim, mantêm-se diversas situações por regularizar que

configuraram dívidas de cobrança duvidosa que são assumidas no corrente exercício num montante

de cerca 107.424,76 euros, relativamente a valores em dívida de 2010, 2011 e 2012.

Em 2013, face à maior arrecadação de receita,

já referida, permitiu o aumento da atividade

científica. No que respeita ao Centro de

Estudos Geográficos, a transferência de parte

da sua estrutura de investigação para o

edifício do Instituto de Investigação

Interdisciplinar aumentou os custos levando

a um aumento da despesa, para cerca de 3,8

milhões de euros (Figura 8).

Infelizmente, conforme se referiu

anteriormente neste relatório, parte do valor

acrescido de despesa resulta do desperdício

causado pela dispersão das instalações do

IGOT por diversos edifícios.

A Direção do IGOT manteve o princípio da disponibilização do montante de Overheads para a

execução da despesa direta, até que se proceda ao encerramento dos projetos. Desta forma o IGOT

aumenta as disponibilidades imediatas do projeto e permite aumentar a sua execução.

Conforme se pode verificar pelas tabelas seguintes, a gestão e o acompanhamento da execução da

receita e da despesa aliados à adoção de medidas já descritas permitiram ao IGOT elevados níveis de

execução da receita e da despesa.

Figura 8 - Despesa do IGOT-UL (2010-2013)

3147 3624 3579 3828

Despesa (milhares de euro)

Despesa

2010 2011 2012 2013

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 24

Análise orçamental

Nas tabelas 1 e 2 apresenta-se o resumo da execução do Orçamento da receita em 2013, na sua

versão corrigida. Cabe referir,novamente, que o plafond atribuído pelo Ministério da Educação

Ciência Tecnologia e Ensino Superior à Universidade de Lisboa e concretamente ao IGOT-UL era de

1.751.437 euros, tendo sido posteriormente sujeito a cortes impostos pela Direção-Geral do

Orçamento, na sequência de diversas medidas governamentais, tendo o IGOT sofrido um corte

global de 312 423 euros correspondente a uma redução de 17,84% do seu orçamento inicial.

Saliente-se que as alterações foram realizadas no orçamento à revelia das Instituições do Ensino

Superior, tendo inclusivamente valores de receita e despesa desequilibrados. Mais ainda se deve

evidenciar que desde 2010 o IGOT-UL aumentou o número de alunos e cumpriu globalmente as

metas a que se comprometera no Contrato de Confiança celebrado entre a Universidade e o

Governo, tendo sofrido cortes nas transferências do Estado que reduziram o seu orçamento anual

em 782 265 euros, o que corresponde a um corte de 35,22% da sua receita proveniente do Orçamento

de Estado.

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 25

Análise patrimonial

Balanço

Da análise do Balanço de 2013, verifica‐se que o Ativo Líquido do IGOT-UL se situou nos de

3.977.105,39 euros, encontrando‐se financiado em 62% por Fundos Próprios.

2013

Ativo Imobilizado 1.006.435,71 €

Ativo circulante 2.970.669,68 €

Total do Ativo 3.977.105,39 €

Fundos Próprios e

Passivo

Fundos Próprios 2.472.397,11 €

Proveitos Diferidos e Acréscimos de Custos 1.432.768,85 €

Exigível 71.939,43 €

Total dos Fundos Próprios e Passivo 3.977.105,39 €

Saliente-se que as disponibilidades representam cerca de 47% do Ativo Líquido (1.875.331,30 euros),

cobrindo largamente a totalidade do exigível de curto prazo (71.939,43 euros), demonstrando

claramente a elevada liquidez demonstrada pelo IGOT-UL ao longo de todo o ano.

No que se refere do Ativo, metade do valor respeita a disponibilidades (47%) distribuindo-se a outra

metade quase proporcionalmente entre Imobilizado corpóreo (25%), dívidas de terceiros de curto

prazo (28%). Esta composição peculiar do ativo deve-se à “juventude” do IGOT-UL e ao facto de não

dispor de instalações próprias com caráter definitivo, bem como ao peso da investigação científica e

de uma lógica plurianual de financiamento que origina elevados montantes disponíveis nas contas

bancárias do IGOT-UL.

O Passivo representa cerca de 38% do total de balanço com um valor de 1.504.708,28 euros, dos

quais mais de 73% correspondem a proveitos diferidos.

Demonstração de Resultados

Custos

No exercício de 2013, os Custos e Perdas do IGOT-UL, totalizaram 4.163.414,92 euros. Os Custos

Operacionais ascenderam a 3.971.750,99 euros, representando 95% do total de custos.

Os Custos com Pessoal detêm um peso muito significativo na estrutura de custos (58%), embora se

tenha verificado uma ligeira redução da importância relativa destes custos face ao ano 2012 (60%),

em resultado dos continuados cortes salariais impostos aos trabalhadores da Administração Pública.

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 26

Custos Euros

Fornecimentos e Serviços externos 902.106,02

Custos com Pessoal 2.432.720,43

Transferências concedidas 483.641,68

Amortizações e provisões do

exercício 251.028,53

Outros Custos 93.918,26

TOTAL 4.163.414,92

Figura 9 - Custos e perdas 2013

A estrutura de custos

apresentada é típica da área de

atividade em que o IGOT-UL

se insere (ensino, investigação

e desenvolvimento, formação e

prestação de serviços à

comunidade), com um peso

significativo dos custos com

pessoal na estrutura de 2013,

seguido dos Fornecimentos e

Serviços Externos e pelas

Transferências Concedidas.

Proveitos

Em 2013, os Proveitos Operacionais atingiram o valor de 4.109.475,86 euros, sendo responsáveis por

cerca de 98% do total dos proveitos.

Proveitos e Ganhos Euros

Vendas e Prestações de serviços 108.847,01

Impostos e Taxas (Propinas) 914.668,97

Proveitos Suplementares 20.436,27

Transferências e Subsídios Correntes 3.065.523,61

TOTAL 4.109.475,86

Figura 11 - Proveitos e Ganhos Operacionais 2013

A atividade operacional tem um peso muito significativo das Transferências e Subsídios Correntes

(c. 75%), correspondentes aos valores transferidos do Orçamento de Estado (Receitas Gerais) para a

componente ensino e do financiamento dos projetos de investigação científica. De salientar também

Figura 10 - Estrutura de Custos em 2012

Fornecimentos e

Serviços externos

22%

Custos com

Pessoal

58%

Transferências

concedidas

12%

Amortizações e

provisões do

exercício

6%

Outros Custos

2%

Estrutura de Custos - 2013

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 27

o montante diretamente imputado à atividade do ano em termos de propinas que fazem com que o

contributo dos Impostos e Taxas para a atividade operacional do ano seja de 22%.

Com estes indicadores e apesar das fortes condicionantes às atividades de Ensino Superior

Universitário e de Investigação

Científica o IGOT-UL obteve um

Resultado Líquido do Exercício

que atingiu os 52.801,29 euros,

que, contudo, representa uma

quebra de 81% face ao ano 2012

(278.951,40 euros), a qual é

provocada pela situação descrita

no ênfase (abaixo), pelos cortes

sofridos nas transferências

provenientes de Orçamento de

Estado e pelo contexto

socioeconómico português.

Ênfase

No dia 5 de abril de 2013, foi conhecido o Acórdão n.º 187/2013 do Tribunal Constitucional que

considera inconstitucional o artigo 29.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (Lei que aprovou o

Orçamento do Estado para o ano de 2013), pondo em causa a suspensão do subsídio de férias em

2013. Este facto alterou a previsão inicial de custos com pessoal, obrigando à execução de montantes

não previstos de Receitas Próprias.

Figura 12 - Estrutura dos proveitos operacionais 2012

Vendas e

Prestações de

serviços

3%

Impostos e

Taxas

(Propinas)

22%

Transferências

e Subsídios

Correntes

75%

Estrutura de Proveitos - 2013

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Relatório de Gestão 2013

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RECURSOS HUMANOS

À data de 31 de Dezembro de 2013, o IGOT-UL dispunha de 57 trabalhadores afetos ao seu mapa de

pessoal, sendo 37 homens e 20 mulheres. Verificou-se um aumento da representação do género

masculino que mantém-se em cerca de 65% do total.

Durante o ano a “população” de Bolseiros de Investigação integrados em projetos de investigação do

Centro de Estudos Geográficos, foi flutuante (com entradas e saídas de bolseiros de acordo com a

planificação dos projetos), mas manteve sempre um número aproximado de dezena e meia de

colaboradores.

No que respeita à estrutura etária, a média de idades é de 47 anos, sendo que a média de idades dos

docentes é de 51 anos e do pessoal não docente é de 39 anos. O valor registado ao nível do corpo

docente é muito preocupante pois mostra claramente uma situação de envelhecimento sem que haja

a capacidade de uma substituição devidamente preparada. Não se regista grande diferença entre

sexos no que respeita à idade.

É de salientar que a faixa etária que agrega mais de metade dos efetivos (58%) situa-se entre os 45 e

os 59 anos de idade, sendo que 90% dos colaboradores tem mais de 35 anos de idade.

Relativamente à variável nível de escolaridade, há uma predominância de trabalhadores detentores

de habilitações de grau superior (90%) devido ao facto de se tratar de um estabelecimento de ensino

superior. De facto apenas 22% dos trabalhadores não pertencem à carreira Docente do Ensino

Universitário.

No entanto, a carreira universitária não é por si só explicativa desta situação, pois também se verifica

uma elevada qualificação do pessoal não docente, visto que 83% destes trabalhadores têm o 12.º ano

de escolaridade ou habilitação superior, sendo que 58% são detentores de uma licenciatura ou

mestrado.

Analisando a repartição dos trabalhadores em relação à carreira profissional, constata-se que a classe

predominante é a dos Docentes do Ensino Universitário, com 78% do total dos trabalhadores,

seguida da carreira Técnica Superior com uma representatividade de 13%.

A modalidade de vinculação predominante no IGOT-UL é o Contrato de Trabalho em Funções

Públicas por Tempo Indeterminado. O IGOT-UL, devido à componente de investigação, integra

ainda um elevado número de bolseiros de investigação com contrato de bolsa. Para além destas

modalidades, existem ainda alguns Contrato de Trabalho em Funções Públicas a termo Resolutivo

Certo, designadamente no que diz respeito aos docentes de ensino superior que prestam serviço a

tempo parcial nos termos do Estatuto da Carreira Docente Universitária.

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014 29

Avaliação global dos resultados alcançados Em 2013 o IGOT-UL concretizou as propostas definidas no Plano de Atividades, enfrentando com

grande rigor os desafios colocados.

Em termos de resultados, o balanço que se pode fazer é muito positivo, apesar da escassez de meios

humanos e de condições de trabalho pouco adequadas, designadamente no que diz respeito à

dispersão e inadequação das atuais instalações à intensa atividade letiva e científica que o IGOT e o

CEG desenvolvem. O aspeto mais grave que permanece por resolver diz respeito às instalações. A

componente letiva desdobra-se entre a construção provisória sita na Av.ª Prof. Gama Pinto e o

edifício da Faculdade de Letras, mas os docentes continuam sem espaço adequado para trabalhar e o

CEG não dispõe de condições para instalar todos os seus investigadores.

Apesar das limitações financeiras, o IGOT-UL concretizou todas as tarefas regulares tendentes à

prossecução da sua missão e melhorando as classificações dos novos alunos e do reconhecimento

nos planos nacional e internacional como instituição de referência no ensino e investigação científica

em Geografia.

Apesar de todos os constrangimentos, o resultado global é positivo dada a gestão cautelosa da

despesa e o empenho na execução da receita que permitiu que se tenha arrecadado as receitas

previstas de propinas. Efetivamente, o IGOT-UL termina o ano 2013 com saldo transitado ainda

acima do registado em 2012, cumprindo a regra de equilíbrio orçamental, garantindo as condições

para o funcionamento dos seus cursos, a execução dos projetos de investigação e, ainda, com

indicadores financeiros muito positivos sem dívidas de médio ou longo prazo.

Numa visão prospetiva, o IGOT-UL tudo fará para que se possam continuar a desenvolver as

atividades de ensino e investigação de elevado nível, esperando que sejam atribuídas instalações

condignas a este Instituto para que possa diversificar e melhorar ainda mais a oferta formativa, a

qualidade do acolhimento de todos os que nos procuram e aqui trabalham e para que se possam

promover as atividades de investigação e as parcerias nacionais e internacionais que se impõem

numa instituição que se pretende dinâmica, inovadora e produtiva. Contudo, vemos com grande

apreensão a possibilidade de continuar a cumprir a missão do IGOT-UL e as exigências legais no

quadro altamente restritivo da execução orçamental. Devemos salientar os enormes prejuízos que as

dificuldades colocadas à gestão dos saldos transitados colocam à investigação baseada em projetos

plurianuais.

Considera-se fundamental que a plurianualidade dos orçamentos, a adequação das regras

orçamentais às especificidades do ensino superior e da investigação científica e o respeito pela

autonomia universitária sejam uma realidade para que as unidades de ensino e de investigação,

como o IGOT-UL, possam desenvolver os seus projetos pedagógicos e científicos. O novo

enquadramento da Universidade de Lisboa facilitará a internacionalização do IGOT.

Universidade de Lisboa, 29 de abril de 2014

Prof.ª Doutora Maria Lucinda Fonseca

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Relatório de Gestão 2013

Abril de 2014

Mapa de Recursos Humanos

Categoria/Cargo Quant.

Pessoal Docente

Prof. Catedrático 6

Prof. Associado C/Agregação 4

Prof. Associado 5

Prof. Associado Convidado (20%) 1

Prof. Auxiliar 15

Prof. Auxiliar Convidado (50%) 1

Assistente 1

Assistente convidado (0%, 20%, 25%, 30%, 40%, 50%)

8

Sub-Total: 41

Pessoal de Investigação:

Investigador Auxiliar 1

Assistente de Investigação 1

Sub-Total: 2

Pessoal Não Docente

Diretor Executivo 1

Chefe de Divisão 1

Dirigente Intermédio de 3.º Grau 1

Técnico Superior 7

Assistente Técnico 4

Sub-total: 14

TOTAL: 57