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Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2018
Universidade de Coimbra
Universidade de Coimbra
Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2018
FICHA TÉCNICA
ORGANIZAÇÃODivisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento – Administração da Universidade de Coimbra (DPGD-UC)
CONTEÚDOSDivisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento – Administração da Universidade de Coimbra (DPGD-UC)Serviço de Gestão Financeira – Administração da Universidade de Coimbra (SGF-UC)
CRÉDITOS DE IMAGEM
diagramas
Divisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento – Administração da Universidade de Coimbra (DPGD-UC)Serviço de Gestão Financeira – Administração da Universidade de Coimbra (SGF-UC)
design de comunicação
Divisão de Comunicação da Universidade de Coimbra (DCom-UC)
fotografia da capa
Sérgio Brito
© Universidade de Coimbra, junho 2019
Documento otimizado para impressão frente/verso
Aprovado pelo Conselho Geral em 24 de junho de 2019[Deliberação n.º 10/2019]
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
3
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................................................ 9
1. A UNIVERSIDADE DE COIMBRA ........................................................................................................................................................... 13
1.1. MISSÃO E VALORES .................................................................................................................................................................... 13
1.2. PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019 .......................................................................................................................................... 14
1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ÂMBITO DA CONSOLIDAÇÃO ....................................................................................... 16
1.4. CAMPUS EUROPEU DE CIDADES UNIVERSITÁRIAS (EC2U) ..................................................................................................... 19
1.5. ÓRGÃOS DE GOVERNO E DE GESTÃO .................................................................................................................................... 20
1.6. SISTEMA DE GESTÃO.................................................................................................................................................................. 23
1.7. MEDIDAS DE MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO ADMINISTRATIVA ........................................................................................... 24
2. PLANO ESTRATÉGICO E DE AÇÃO – MONITORIZAÇÃO 2018 ....................................................................................................... 31
3. MISSÕES................................................................................................................................................................................................. 39
3.1. INVESTIGAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 41
3.2. ENSINO ...................................................................................................................................................................................... 43
3.3. COMUNIDADE ........................................................................................................................................................................... 50
4. SUSTENTABILIDADE ............................................................................................................................................................................. 61
4.1. INTERNACIONALIZAÇÃO ......................................................................................................................................................... 61
4.2. CIDADANIA E INCLUSÃO ......................................................................................................................................................... 68
4.3. MARCA UC ................................................................................................................................................................................. 70
4.4. COMUNICAÇÃO........................................................................................................................................................................ 71
4.5. AMBIENTE ................................................................................................................................................................................... 73
5. AÇÃO SOCIAL ...................................................................................................................................................................................... 79
5.1. APOIOS DIRETOS ....................................................................................................................................................................... 79
5.2. APOIOS INDIRETOS ................................................................................................................................................................... 80
5.3. OUTROS APOIOS ....................................................................................................................................................................... 86
6. PESSOAS ................................................................................................................................................................................................ 89
7. CONTAS ............................................................................................................................................................................................... 99
7.1. ANÁLISE ORÇAMENTAL ............................................................................................................................................................ 99
7.2. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA ................................................................................................................................... 104
7.3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ............................................................................................................. 114
7.4. ANEXOS ÀS CONTAS .............................................................................................................................................................. 118
ANEXOS
4
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
5
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA I: QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICA 2015-2019 ........................................................................................................ 15
FIGURA 2: ORGANOGRAMA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA ........................................................................................................ 17
FIGURA 3: PARTICIPANTES NA UNIVERSIDADE DE VERÃO ................................................................................................................. 44
FIGURA 4: TOTAL DE INSCRITOS NO ANO LETIVO 2017/2018, POR CICLOS DE ESTUDOS E GÉNERO ........................................ 48
FIGURA 5: PATENTES ATIVAS (VALOR ACUMULADO) .......................................................................................................................... 50
FIGURA 6: ESTUDANTES INTERNACIONAIS, POR PAÍS DE ORIGEM, NO ANO LETIVO 2017/2018 .................................................. 64
FIGURA 7: TOTAL DE TRABALHADORES, POR GRUPO DE PESSOAL E GÉNERO ................................................................................. 90
FIGURA 8: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL TÉCNICO, POR CARREIRA / CARGO .................................................................................... 91
ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1: PLANO ESTRATÉGICO UC 2015-2019 EM NÚMEROS ..................................................................................................... 15
QUADRO 2: REUNIÕES FORMAIS REALIZADAS PELO CONSELHO GERAL ........................................................................................... 20
QUADRO 3: MEMBROS DA EQUIPA REITORAL ...................................................................................................................................... 21
QUADRO 4: MEMBROS DO CONSELHO DE GESTÃO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA ..................................................................... 22
QUADRO 5: ASSUNTOS ABORDADOS NAS COMUNICAÇÕES AO PROVEDOR DO ESTUDANTE ..................................................... 23
QUADRO 6: MAPA SÍNTESE DE METAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA ............................................................................................ 37
QUADRO 7: AVALIAÇÃO DOS CENTROS E UNIDADES DE I&D (2013) .............................................................................................. 42
QUADRO 8: CICLOS DE ESTUDOS COM ESTUDANTES INSCRITOS ..................................................................................................... 45
QUADRO 9: ESTUDANTES DE LIC. E MESTRADO INTEGRADO ADMITIDOS ATRAVÉS DE OUTRAS FORMAS DE ACESSO ............... 47
QUADRO 10: ESTUDANTES INSCRITOS, POR TIPOLOGIA DE CICLOS DE ESTUDOS E DE CURSO .................................................... 48
QUADRO 11: ESTUDANTES DIPLOMADOS, POR TIPOLOGIA DE CICLOS DE ESTUDOS E DE CURSO ............................................... 48
QUADRO 12: CURSO DE EMPREENDEDORISMO DE BASE TECNOLÓGICA ......................................................................................... 52
QUADRO 13: EVENTOS CULTURAIS E AUDIÊNCIA ............................................................................................................................... 55
QUADRO 14: UTILIZADORES DE INFRAESTRUTURAS DE ATIVIDADES CULTURAIS E DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA ..................... 55
QUADRO 15: UTILIZADORES DO ESTÁDIO UNIVERSITÁRIO ................................................................................................................ 56
QUADRO 16: ADESÕES À REDE UC (VALOR ACUMULADO) ................................................................................................................ 57
QUADRO 17: ESTUDANTES DE NACIONALIDADE ESTRANGEIRA ....................................................................................................... 62
QUADRO 18: ESTUDANTES INTERNACIONAIS, POR REGIME DE CANDIDATURA ............................................................................. 62
QUADRO 19: POSIÇÃO DA UC NOS PRINCIPAIS RANKINGS UNIVERSITÁRIOS INTERNACIONAIS ..................................................... 70
QUADRO 20: POSIÇÃO DA UC NOS RANKINGS RWU E UNIRANK ....................................................................................................... 72
QUADRO 21: PASEP ................................................................................................................................................................................. 81
QUADRO 22: ALIMENTAÇÃO ................................................................................................................................................................. 82
QUADRO 23: ALOJAMENTO ................................................................................................................................................................... 83
QUADRO 24: SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................................................................................................................................ 83
QUADRO 25: APOIO À INFÂNCIA .......................................................................................................................................................... 84
QUADRO 26: INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO ............................................................................................................................. 85
QUADRO 27: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL DO GRUPO UC ................................................................................................................. 89
QUADRO 28: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL DOCENTE E INVESTIGADOR DE CARREIRA, POR CATEGORIA ..................................... 90
QUADRO 29: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL DOCENTE E INVESTIGADOR ESPECIALMENTE CONTRATADO, POR CATEGORIA ...... 91
QUADRO 30: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL TÉCNICO, POR CARREIRA / CARGO ............................................................................... 92
QUADRO 31: MOVIMENTOS DE PESSOAL – ADMISSÕES/SAÍDAS ......................................................................................................... 93
QUADRO 32: MOVIMENTOS DE PESSOAL – MOTIVO DAS SAÍDAS ...................................................................................................... 94
QUADRO 33: FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PESSOAL TÉCNICO ..................................................................................................... 96
QUADRO 34: PRINCIPAIS INDICADORES ORÇAMENTAIS ..................................................................................................................... 99
QUADRO 35: EXECUÇÃO DA RECEITA POR TIPO DE RECEITA ......................................................................................................... 100
QUADRO 36: EXECUÇÃO DA RECEITA DO ANO POR ORIGEM ........................................................................................................ 101
QUADRO 37: EXECUÇÃO DA DESPESA POR TIPO DE DESPESA ......................................................................................................... 102
QUADRO 38: EXECUÇÃO DA DESPESA POR ORIGEM DE FUNDOS ................................................................................................... 102
QUADRO 39: EXECUÇÃO E SALDO ORÇAMENTAL POR ORIGEM DE FUNDOS ............................................................................... 103
QUADRO 40: PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS E FINANCEIROS ........................................................................................ 104
QUADRO 41: ESTRUTURA DO ATIVO .................................................................................................................................................. 105
QUADRO 42: ESTRUTURA DOS FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO ........................................................................................................ 106
QUADRO 43: ESTRUTURA E EVOLUÇÃO DOS PROVEITOS E GANHOS ............................................................................................. 108
QUADRO 44: ESTRUTURA E EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS ..................................................................................................... 110
QUADRO 45: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS SINTÉTICA........................................................................................................... 112
QUADRO 46: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS AJUSTADA ........................................................................................................... 112
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
6
ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1: PUBLICAÇÕES NA WEB OF SCIENCE ............................................................................................................................... 41
GRÁFICO 2: CAPTAÇÃO DOS 25% MELHORES CANDIDATOS AO ENSINO SUPERIOR PELA UC 2014-2018 ............................... 44
GRÁFICO 3: VAGAS E CANDIDATOS COLOCADOS NA 1.ª FASE DO CNA ....................................................................................... 46
GRÁFICO 4: TAXA DE EMPREGABILIDADE – ANO LETIVO 2014/2015, POR CICLOS DE ESTUDOS................................................. 49
GRÁFICO 5: VISITANTES AO CIRCUITO TURÍSTICO ............................................................................................................................ 54
GRÁFICO 6: EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ESTUDANTES INTERNACIONAIS ...................................................................................... 63
GRÁFICO 7: ESTUDANTES INTERNACIONAIS, POR TIPO DE CICLO, NO ANO LETIVO 2017/2018 ................................................ 63
GRÁFICO 8: ESTUDANTES DE NACIONALIDADE ESTRANGEIRA CANDIDATOS E EFETIVOS EM PROGRAMAS DE
MOBILIDADE:INCOMING ......................................................................................................................................................................... 65
GRÁFICO 9: ESTUDANTES CANDIDATOS E EFETIVOS EM PROGRAMAS DE MOBILIDADE OUTGOING ............................................ 66
GRÁFICO 10: DOCENTES CANDIDATOS E EFETIVOS A PROGRAMAS DE MOBILIDADE OUTGOING ............................................... 66
GRÁFICO 11: VISITANTES REGISTADOS NO WELCOME CENTRE FOR VISITING RESEARCHERS ..................................................... 67
GRÁFICO 12: MÉDIA BIENAL DE AAV ................................................................................................................................................... 71
GRÁFICO 13: CANDIDATOS E BOLSEIROS ............................................................................................................................................ 79
GRÁFICO 14: FAS PROPINAS .................................................................................................................................................................. 80
GRÁFICO 15: ESTRUTURA ETÁRIA DOS EFETIVOS ................................................................................................................................ 93
GRÁFICO 16: HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DO PESSOAL DOCENTE E INVESTIGADOR ....................................................................... 95
GRÁFICO 17: HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DO PESSOAL TÉCNICO ...................................................................................................... 95
GRÁFICO 18: RECEITA COBRADA POR TIPO E ORIGEM DE FUNDOS ............................................................................................... 101
GRÁFICO 19: DESPESA PAGA POR TIPO DE DESPESA E ORIGEM DE FUNDOS .................................................................................. 103
GRÁFICO 20: ESTRUTURA PATRIMONIAL ............................................................................................................................................ 104
GRÁFICO 21: ESTRUTURA DO ATIVO POR ENTIDADE ....................................................................................................................... 106
GRÁFICO 22: ESTRUTURA DOS FUNDOS PRÓPRIOS POR ENTIDADE .............................................................................................. 107
GRÁFICO 23: ESTRUTURA DO PASSIVO POR ENTIDADE .................................................................................................................... 108
GRÁFICO 24: ESTRUTURA DOS PROVEITOS E GANHOS .................................................................................................................... 109
GRÁFICO 25: CONTRIBUIÇÃO E ESTRUTURA DE PROVEITOS E GANHOS POR ENTIDADE ............................................................ 110
GRÁFICO 26: ESTRUTURA DOS CUSTOS E PERDAS ............................................................................................................................ 111
GRÁFICO 27: CONTRIBUIÇÃO E ESTRUTURA DE CUSTOS E PERDAS POR ENTIDADE .................................................................... 112
GRÁFICO 28: RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR ENTIDADE .............................................................................................. 113
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
7
ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS
A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior
AAC – Associação Académica de Coimbra
ADSE – Direção Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas
ACIV – Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil
ADAI – Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial
ADSE – Direção Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas
APCER – Associação Portuguesa de Certificação
ARWU – Academic Ranking of World Universities
BCS – Biblioteca das Ciências da Saúde
BGUC – Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
CA – Colégio das Artes
CEDOUA – Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente
CES – Centro de Estudos Sociais
CGA – Caixa Geral de Aposentações
CHUC – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
CNA – Concurso Nacional de Acesso
CNC – Centro de Neurociências e Biologia Celular
CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa
D – Doutoramento
DI – Disciplinas isoladas
ECDU – Estatuto da Carreira Docente Universitária
EC2U – European Campus of City-Universities
EEI – Estatuto do Estudante Internacional
EfS – Energy for Sustainability
ETI – Equivalente a tempo inteiro
EU – Estádio Universitário
EUG – European Universities Games
EUSA – European University Sports Association
FADU – Federação Académica do Desporto Universitário
F – Feminino
FAS – Fundo de apoio social
FCDEFUC – Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra
FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia
FCTUC – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
FDUC – Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
FEUC – Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
FFUC – Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
FISU – International University Sports Federation
FLUC – Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
FMUC – Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
FPCEUC – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
GDUC – Gabinete do Desporto da Universidade de Coimbra
GPUC – Grupo Público Universidade de Coimbra
IATV - Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida
I&D – Investigação e Desenvolvimento
ICNAS – Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde
IES – Instituições de ensino superior
III – Instituto de Investigação Interdisciplinar
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
8
INESC Coimbra – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra
IPN – Instituto Pedro Nunes
ISO – International Organization for Standardization
ITeCons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e
Sustentabilidade
KPI – Key performance indicator
M – Masculino
MCUC – Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
ME – Mestrado
MEC – Ministério da Educação e Ciência
MI – Mestrado Integrado
NEE – Necessidades educativas especiais
N.º – Número
OCNCG – Outros cursos não conferentes de grau
OE – Orçamento do Estado
PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
PASEP – Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de tempo Parcial
PEA.UC – Plano Estratégico e de Ação da Universidade de Coimbra
PG/E – Pós-graduação/Especialização
PO – Programa Operacional
POC-Educação – Plano Oficial de Contabilidade para o Setor de Educação
RG – Receitas gerais
RJIES – Regime jurídico das instituições de ensino superior
RP – Receitas próprias
SASUC – Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra
SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta
SG.UC – Sistema de Gestão da Universidade de Coimbra
SIR – Scimago Institutions Rankings
SWOT – Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças)
TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente
THE – Times Higher Education World University Ranking
TSU – Taxa social única
TUJE – Tribunal Universitário Judicial Europeu
UC – Universidade de Coimbra
UE – União Europeia
UO – Unidade Orgânica
UECAF – Unidade de extensão cultural e de apoio à formação
UMAC – International Committee for University Museums and Collections
UNESCO – United Nations, Education, Scientific and Cultural Organization
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
9
INTRODUÇÃO
O Relatório de Gestão e Contas Consolidado visa dar a conhecer as principais atividades desenvolvidas pelo Grupo
Público Universidade de Coimbra no ano de 2018, bem como a forma como os recursos disponíveis foram aplicados,
em alinhamento com o Plano Estratégico e de Ação da instituição para o quadriénio 2015-2019.
Em termos de estrutura, explicitam-se os resultados alcançados nas diferentes missões da universidade –
investigação, ensino e comunidade – bem como nas áreas de sustentabilidade, com particular destaque para uma
área específica da cidadania e inclusão, a ação social. Ao nível dos recursos, é incorporada a informação e as
demonstrações que retratam a atividade económica e financeira do ano, bem como os principais dados de recursos
humanos, visando, para além de dar a conhecer o desempenho da universidade nestes domínios, cumprir as
disposições legais relativas à prestação anual de contas.
O perímetro de consolidação regista duas alterações face aos anos anteriores, com a entrada de uma entidade e a
saída de outra, mantendo-se assim composto por 17 entidades autónomas. A sua integração no presente relatório
não substitui, naturalmente, os relatórios individuais de cada entidade, devendo a sua leitura ser completada com a
consulta dos mesmos para mais informações sobre a atividade desenvolvida por cada uma.
O ano de 2018 fica marcado pela realização dos Jogos Europeus Universitários – EUG Coimbra 2018. A Universidade
de Coimbra foi a primeira universidade portuguesa a organizar a maior prova de desporto universitário a nível
europeu, e que constituiu a maior competição multidesportiva jamais realizada em Portugal: estiveram presentes
mais de 4.000 representantes de 291 instituições oriundas de 38 países e participaram na organização mais de 400
pessoas, com o apoio de 672 voluntários durante a realização do evento. Os EUG Coimbra 2018 contaram com a
maior participação portuguesa de sempre numa competição internacional oficial, com 473 estudantes-atletas, e
Portugal conquistou um total de 15 medalhas. Destas, 11 foram conquistadas por atletas da UC – cinco de ouro,
duas de prata e quatro de bronze – o que traduz a forte aposta da instituição no desporto universitário, o mérito
dos estudantes-atletas da UC e reafirma a posição da Universidade de Coimbra como a melhor universidade para a
prática de desporto! Se dúvidas houvesse, na cerimónia de encerramento, Adam Roczek, presidente da Associação
Europeia do Desporto Universitário, considerou a edição de Coimbra "the best games ever"!
Foi também em 2018 que teve lugar em Coimbra a World Health Summit Regional Meeting Coimbra 2018, resultante
de uma colaboração estratégica entre a Universidade e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e organizada
no âmbito da M8 Alliance, com mais de 600 participantes e 120 oradores de mais de 40 países.
A UC registou um recorde absoluto no número de colocados na primeira fase do concurso nacional de acesso de
2018, não obstante a redução do número de candidatos ao ensino superior e a diminuição de 33%, entre 2001 e
2017, na população na faixa etária dos 15 aos 24 anos residente na região de Coimbra. Mas a procura mundial pelo
ensino superior cresce rapidamente em cada ano, pelo que a aposta tem sido a da atração de jovens do mundo
inteiro, continuando a sólida trajetória de crescimento do número de estudantes internacionais. A Universidade de
Coimbra conseguiu uma posição de enorme destaque nacional na capacidade de atração de estudantes internacionais:
é a única com presença sistemática na China e no Brasil e recebe cerca de metade da receita nacional com propinas
de estudantes internacionais. E o desafio é a UC continuar a ser a mais destacada cultora da língua portuguesa, em
expansão no mundo, contribuindo também para a consolidação desta vertente do património imaterial da
humanidade.
Quanto às pessoas, destaca-se a implementação do processo de progressão nas carreiras, resultante do seu
descongelamento por força do Orçamento do Estado 2018, tendo sido efetivadas 467 alterações de posicionamento
remuneratório, apenas considerando o pessoal técnico. O programa de contratação de docentes teve aplicação
plena, afigurando-se como um relevante instrumento de concretização da estratégia neste âmbito: foram abertos
todos os concursos propostos pelas Faculdades ao abrigo do plafond definido para a contratação de docentes em
2018 – 107 concursos para 148 vagas. Entre 2011 a 2018, foi aberto um total de 405 vagas para docentes e
investigadores de carreira, o que coloca a UC folgadamente em posição cimeira a nível nacional. A este esforço sem
precedentes acrescem os concursos lançados em 2018 para investigadores doutorados contratados a termo ao
abrigo do Decreto-Lei 57/2016, com um total de 198 vagas.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
10
Na vertente da investigação, o presente relatório evidencia também a continuidade da evolução muito positiva do
financiamento competitivo, aspeto decisivo para a estratégia que a UC tem seguido. Constata-se o aumento do
financiamento de investigação quer diretamente obtido a partir de fontes internacionais, quer captado de fundos
nacionais, qualquer que seja o indicador observado – número de projetos de I&D com execução financeira,
financiamento contratualizado ou receita cobrada. E esta conclusão resulta apenas da análise da evolução dos
projetos da UC, não incluindo os financiamentos obtidos diretamente pelas associações privadas sem fins lucrativos
associadas à UC. Acima de tudo, o crescimento verificado nestes indicadores espelha uma fantástica vitalidade da
investigação e inovação desenvolvidas na Universidade.
Por fim, as contas do GPUC de 2018 espelham um reforço da sua solidez financeira, com uma estrutura de custos
e proveitos equilibrada e com um novo acréscimo do resultado líquido do exercício, de 5M€ em 2017 para 7,9M€.
E de cinco entidades com resultado líquido negativo, o Grupo UC passa a registar, em 2018, apenas três entidades
com resultados negativos.
Observar estes resultados do passado dá boas perspetivas à UC do que poderá vir a ser o futuro. E o futuro está a
ser preparado: a criação do consórcio Campus Europeu de Cidades Universitárias – EC2U é um projeto estratégico
e transversal a toda a Universidade e a todas as suas áreas de atuação, contribuindo para uma profunda transformação
institucional. Independentemente do resultado que venha a ser alcançado pela candidatura ao financiamento da
Comissão Europeia, os passos já dados entre seis importantes universidades europeias – Coimbra, Poitiers, Iasi,
Pavia, Salamanca e Turku – marcarão o caminho da UC rumo ao futuro do ensino superior na Europa.
A afirmação global da Universidade de Coimbra prossegue, assim, sólida!
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
13
1. A UNIVERSIDADE DE COIMBRA
1.1. MISSÃO E VALORES
“A Universidade de Coimbra é uma instituição de criação, análise crítica, transmissão e difusão de cultura, de ciência e de
tecnologia que, através da investigação, do ensino e da prestação de serviços à comunidade, contribui para o desenvolvimento
económico e social, para a defesa do ambiente, para a promoção da justiça social e da cidadania esclarecida e responsável e
para a consolidação da soberania assente no conhecimento”.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art.º 2.º)
Fundada em 1290, a Universidade de Coimbra é uma pessoa coletiva de direito público com autonomia estatutária,
científica, pedagógica, cultural, patrimonial, administrativa, financeira e disciplinar (artigo 3.º dos Estatutos,
homologados pelo Despacho Normativo n.º 43/2008, de 1 de setembro).
A difusão e transferência do conhecimento nos mais diversos domínios, em interligação com a sociedade, a nível
nacional e a nível internacional – e com particular destaque no espaço europeu de ensino superior e no espaço da
Comunidade dos Países da Língua Portuguesa –, constituem em si o cumprimento da missão da UC, prosseguindo
os seguintes fins:
“a) A formação humanística, filosófica, científica, cultural, tecnológica, artística e cívica;
b) A promoção e valorização da língua e da cultura portuguesas;
c) A realização de investigação fundamental e aplicada e do ensino dela decorrente;
d) A contribuição para a concretização de uma política de desenvolvimento económico e social sustentável, assente na difusão
do conhecimento e da cultura e na prática de atividades de extensão universitária, nomeadamente a prestação de serviços
especializados à comunidade, em benefício da cidade, da região e do país;
e) O intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres nacionais e estrangeiras;
f) A resposta adequada à necessidade de aprendizagem ao longo da vida;
g) A preservação, afirmação e valorização do seu património científico, cultural, artístico, arquitetónico, natural e ambiental;
h) A contribuição, no seu âmbito de atividade, para a cooperação internacional e para a aproximação entre os povos, com
especial relevo para os países de expressão oficial portuguesa e os países europeus, no quadro dos valores democráticos e da
defesa da paz”.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art.º 5.º)
Na Universidade de Coimbra, depositária de um legado histórico multissecular e matriz cultural do espaço da
lusofonia, os valores da tradição, da contemporaneidade e da inovação conjugam-se de forma única com a abertura
ao mundo, a cooperação entre os povos e a interação de culturas, no respeito pelos valores da independência, da
tolerância e do diálogo.
A Universidade valoriza o trabalho dos seus professores, investigadores, estudantes e pessoal técnico, empenhando-
se em oferecer a todos um ambiente que combine o rigor intelectual e a ética universitária com a liberdade de
opinião, o espírito de tolerância e de humildade científica, o estímulo à criatividade e à inovação, bem como o
reconhecimento e a promoção do mérito a todos os níveis.
Os antigos estudantes constituem um suporte fundamental na afirmação da Universidade, no presente e no futuro
e na sua ligação à sociedade, assumindo a Rede de Antigos Estudantes (Rede UC) um papel essencial no reforço dos
laços entre os antigos estudantes e a Universidade.
A Associação Académica de Coimbra é reconhecida e valorizada como elemento da identidade da UC,
proporcionando formação cultural, artística, desportiva e cívica complementar da formação escolar, no respeito
pelos valores da liberdade e da democracia. O apoio da UC estende-se ainda às “repúblicas” e aos “solares” bem
como às cooperativas de habitação de estudantes, reconhecidos como polos autónomos dinamizadores de cultura
e de vivência comunitária e académica.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
14
1.2. PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019
As instituições de grande dimensão como a Universidade de Coimbra têm o exigente desafio de conseguir alinhar
os esforços individuais de todos os membros da comunidade académica. Potenciador desse alinhamento, o processo
de planeamento estratégico consubstancia um instrumento determinante para que a UC possa enfrentar os desafios
futuros, ao definir um conjunto de objetivos comuns a toda a comunidade e ao contribuir para a utilização eficiente
e coordenada dos recursos disponíveis.
Com base na experiência bem-sucedida e no conhecimento adquirido ao longo do anterior ciclo de planeamento
estratégico, a UC avançou para a construção do Plano Estratégico para o horizonte temporal 2015-2019, assente,
desde logo, na estabilidade do processo e no respeito pelos mesmos princípios – melhoria contínua, envolvimento
de todas as partes interessadas, alinhamento. A focagem que o primeiro Plano Estratégico tornou possível, a criação
de uma cultura de acompanhamento permanente e monitorização regular da atividade da Universidade e a existência
de melhores indicadores e de mecanismos mais sólidos para a sua recolha foram pontos fortes que constituíram
ponto de partida para o atual Plano.
O Plano Estratégico e de Ação da Universidade de Coimbra para 2015-2019, aprovado pelo Conselho Geral na
generalidade em novembro de 2015 e aprovado na sua versão final, por unanimidade, em março de 2016, consagra
como visão para este quadriénio:
a afirmação da Universidade de Coimbra
como a melhor universidade de língua portuguesa
protagonista de grandes avanços do conhecimento
capaz de atrair os melhores estudantes e professores
e contribuindo decisivamente
para o progresso e bem-estar da sociedade.
Para alcançar o topo com distinção, a Universidade de Coimbra terá de manter a qualidade no centro da sua
estratégia, com os patamares de exigência que se esperam de uma grande Universidade Global.
O atual Plano foi reforçado com a componente de análise prospetiva e exploração de cenários de enquadramento
do ambiente estratégico onde a UC irá competir e cooperar, introduzindo-se a componente de “incerteza” e de
gestão do risco. O meio envolvente em que se insere, e com que interage permanentemente, gera oportunidades e
ameaças, influenciando e determinando as suas decisões estratégicas, sendo fundamental a integração de elementos
estruturantes da envolvente global no referencial estratégico.
A Universidade está assim atenta às forças de mudança, às tendências e às incertezas do contexto, avaliando, a cada
momento, o potencial e os riscos que a rodeiam. Com base num conjunto de indicadores precursores definidos –
de que são exemplo o PIB, a taxa de desemprego ou o índice de envelhecimento da população – e partindo de alguns
elementos definidos no processo de construção de cenários – incertezas (evolução da UE, situação do Brasil,
segurança internacional e relação de forças entre ensino e investigação) e tendências (economia, demografia e ensino)
–, a UC, no âmbito do processo de monitorização do PEA 2015-2019, tem vindo a acompanhar a evolução da
envolvente externa de forma mais próxima, permitindo a tomada de decisões mais adequadas a cada momento.
Sendo a qualidade o fator de diferenciação estratégica que permitirá alcançar a visão definida, o quadro de referência
e as linhas de orientação para o quadriénio 2015-2019 refletem a adoção desta estratégia, mantendo-se a estrutura
em função de dois grupos de pilares estratégicos.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
15
Quadro de referência estratégica 2015-2019 [figura 1]
Os pilares de missão estão diretamente relacionados com os fins essenciais da Universidade – a investigação, o
ensino e a comunidade –, compreendendo este último as áreas de interação da Universidade com a sociedade e com
a envolvente para além da investigação e do ensino. Os pilares de recursos consubstanciam os meios necessários
para atingir aqueles fins, estando organizados em três vertentes – as pessoas, os recursos económico-
-financeiros e as infraestruturas.
Sendo inevitável pensar a afirmação da Universidade de Coimbra num horizonte mais alargado, tal pressupõe o
reforço de dimensões com impacto transversal a todos os pilares. Perspetivar a gestão sustentável das suas atividades
e dos seus recursos a médio e longo prazo, permitindo-lhe responder com eficiência e eficácia às necessidades e
exigências atuais sem colocar em risco o futuro das gerações vindouras, implica planear dimensões que informem a
estratégia como um todo – a internacionalização, a cidadania e inclusão, a marca “Universidade de Coimbra”,
a comunicação e o ambiente.
Para cada pilar e área de sustentabilidade foram definidas as linhas de orientação estratégica a seguir até 2019,
explicitando a respetiva visão, definindo as iniciativas a desenvolver para a alcançar e determinando a(s) meta(s) de
referência. O elenco de indicadores de desempenho e de apoio à decisão que deverão ser acompanhados e
monitorizados completam a formulação estratégica.
Plano Estratégico UC 2015-2019 em números
[quadro 1]
47
iniciativas
estratégicas
20
metas
56
KPI
25 Planos de Ação – 1.009 ações
O quadro de referência encerra em si o ciclo de acompanhamento e avaliação permanente da estratégia, respeitando
os princípios de garantia da qualidade e de melhoria contínua. Este processo dinâmico, integrado no ciclo de gestão
da Universidade de Coimbra, tem-se revelado de extrema importância – e mantém-se, com reforço da análise de
desvios e a implementação de ações corretivas que garantam uma maior eficácia, permitindo uma resposta mais
adequada, atempada e eficaz aos desafios que se colocam. Desta forma, assegura-se o desenvolvimento contínuo dos
processos de planeamento, monitorização, avaliação e retroação, com vista à excelência em toda a atuação da UC.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
16
A integração do Plano da Qualidade no âmbito do novo ciclo surge assim de forma natural e tem como objetivo
apresentar as principais linhas de orientação com vista à melhoria contínua dos processos e serviços prestados no
contexto de cada um dos pilares de missão e de recursos e das áreas de sustentabilidade.
E para que a ponte entre estratégia e ação seja totalmente concretizada, o Plano Estratégico é complementado com
o Plano de Ação institucional, de iniciativa reitoral, que procura concretizar as iniciativas estratégicas elencadas.
Destaca-se, contudo, que alcançar as metas propostas não dependerá apenas destas ações, mas também – e
principalmente – do sucesso do alinhamento das metas e das ações propostas pelas unidades orgânicas e outras
unidades, nos seus Planos de Ação. Este alinhamento estratégico e harmonização entre os diversos níveis foi
aprofundado, permitindo ultrapassar algumas das dificuldades sentidas a este nível no anterior ciclo de planeamento.
É com este quadro estratégico que a Universidade de Coimbra, através do envolvimento de todos os membros da
comunidade académica, conseguirá afirmar a sua visão como uma Universidade Global e como a melhor universidade
de língua portuguesa.
1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ÂMBITO DA CONSOLIDAÇÃO
A estrutura organizativa da UC mantém-se inalterada, com 10 unidades orgânicas de ensino e investigação (Faculdade
de Letras, Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Faculdade de Farmácia,
Faculdade de Economia, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Faculdade de Ciências do Desporto e
Educação Física, Instituto de Investigação Interdisciplinar e Colégio das Artes), uma unidade orgânica de investigação
(Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde) e 9 unidades de extensão cultural e de apoio à formação
(Biblioteca Geral, Arquivo, Imprensa, Museu da Ciência, Centro de Documentação 25 de Abril, Teatro Académico
de Gil Vicente, Estádio Universitário, Biblioteca das Ciências da Saúde e Jardim Botânico). O Tribunal Universitário
Judicial Europeu, embora mencionado nos estatutos, está sem atividade.
Destaca-se ainda o Serviço Integrado de Bibliotecas, que tem como missão principal a gestão de tarefas comuns a
todas as bibliotecas da UC.
A Administração é o serviço de apoio central à governação da UC, sendo constituída por um Centro de Serviços
Comuns e um Centro de Serviços Especializados. Os Serviços de Ação Social constituem também um serviço de
apoio à governação, mas com atuação na esfera do apoio aos estudantes e da ação social universitária e gozando de
autonomia administrativa e financeira.
O Conselho Geral, o Reitor e o Conselho de Gestão constituem os órgãos de governo da UC. Os serviços de apoio
direto aos órgãos de governo dependem do Reitor, coexistindo com estruturas de caráter temporário, para ocorrer
a necessidades não permanentes – observatórios e projetos especiais. De entre as mais recentes alterações, para
além do Gabinete do Desporto da Universidade de Coimbra, destaca-se a criação de algumas estruturas que visam
reforçar os laços seculares entre a Universidade de Coimbra e a República Popular da China:
Instituto Confúcio da Universidade de Coimbra, em 2016, reunindo todas as condições para contribuir para a
difusão da língua e cultura chinesas, para a melhoria significativa do conhecimento da medicina tradicional
chinesa em Portugal e para a qualificação dos profissionais portugueses que a exercem entre nós, bem como
para a formação de todos os interessados em aprofundar as relações entre Portugal e a China;
Academia Sino-Lusófona da Universidade de Coimbra, em 2018, com o objetivo de desenvolver na UC o
conhecimento relevante para as relações entre a China, Portugal e os Países de Língua Portuguesa,
especialmente na área jurídica mas também numa perspetiva interdisciplinar, e transferir esse conhecimento
para as várias entidades interessadas no desenvolvimento e consolidação dessas relações;
Centro de Estudos Chineses CASS da UC, também em 2018 – o primeiro a estabelecer-se em Portugal, e
apenas o terceiro na Europa e 11.º em todo o mundo –, sendo um centro de investigação criado em parceria
entre a Academia Chinesa das Ciências Sociais (CASS na sigla em inglês) e instituições académicas, que se focam
na promoção de atividades relevantes para o desenvolvimento de conhecimento sobre a China, como a
organização de exposições, conferências, seminários e cursos temáticos, a cooperação e promoção de projetos
de investigação conjunta e a publicação de conteúdos académicos. Destaca-se que a criação do organismo foi
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
17
oficializada pelos dirigentes máximos das duas instituições, na presença do presidente da República Popular da
China, Xi Jinping, e do primeiro-ministro de Portugal, António Costa.
O Senado, órgão de natureza consultiva, e o Provedor do Estudante, com funções de defesa e promoção dos direitos
dos estudantes, integram também a estrutura organizativa da UC.
Organograma da Universidade de Coimbra [figura 2]
Há ainda que realçar a existência de mais de trinta centros e unidades de investigação e desenvolvimento integradas
na Universidade, a que acresce um conjunto de outras estruturas autónomas na área do ensino, da investigação e da
ligação à comunidade que integram o perímetro de consolidação.
O carácter multifacetado do Grupo Universidade de Coimbra reflete-se assim numa estrutura de grandes dimensões,
servindo propósitos muito abrangentes e que transcendem largamente as suas missões centrais, com unidades e
serviços fisicamente distribuídos pela cidade, essencialmente concentrados em três áreas:
polo I, na Alta de Coimbra (zona histórica);
polo II, no Pinhal de Marrocos;
polo III, das Ciências da Saúde, em Celas.
Para além destes polos, há ainda unidades integradas noutras zonas da cidade (como a Faculdade de Economia, a
Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física ou o Estádio Universitário) e mesmo fora de Coimbra, como
acontece com o Centro de Estudos Superiores da UC em Alcobaça. Não obstante ser também nos referidos polos
que se localizam a maior parte das entidades que integram o perímetro de consolidação, estas encontram-se um
pouco mais dispersas pelo território da região, destacando-se Cantanhede (instalações do CNC no Biocant) ou a
Sertã (SERQ).
Mas a dimensão da UC não se esgota na sua estrutura organizacional ou na sua implantação física, indo muito além,
se tivermos desde logo em consideração as estruturas que se encontram intrinsecamente a ela ligadas, como é o
caso da Associação Académica de Coimbra – elemento integrante da identidade da UC, estatutariamente
consagrado.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
18
Outro exemplo é o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, entidade com a qual a UC criou o consórcio
Centro Académico Clínico de Coimbra, através de portaria assinada pelos ministros da Saúde e da Educação e
Ciência, em 2015, na Biblioteca Joanina. A 23 de março de 2016, tomaram posse os primeiros órgãos do consórcio,
numa cerimónia que contou com a presença dos novos ministros da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior.
No âmbito da estratégia como Universidade Global, e atendendo ao seu papel na difusão da cultura e da língua
portuguesas, há ainda a destacar um outro consórcio, com a Universidade Aberta, que tem a missão de promover
uma ampla e qualificada oferta de ensino a distância, predominantemente em língua portuguesa, para pessoas situadas
em qualquer lugar do mundo, contribuindo para a valorização da comunidade de língua portuguesa no mundo.
A Universidade de Coimbra participa ainda em centenas de organismos, públicos e privados, com intervenção em
todos os seus domínios de atuação.
O perímetro de consolidação do Grupo Público UC tem também vindo a ser alargado a algumas entidades privadas
relativamente às quais existe uma posição de controlo ou de potencial controlo por parte da UC. São elas os
laboratórios associados CES e CNC e as associações IPN e Exploratório Infante D. Henrique (integradas no
perímetro desde 2011); o IPN – Incubadora e a ADAI (desde 2012); o INESC Coimbra, o ITeCons, o CEDOUA e
a ACIV (desde 2013); a UC Tecnimed e o SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta (desde 2015) e,
finalmente, o IATV - Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida, em 2018. Em 2018, o perímetro de consolidação do
Grupo Público UC abrange 17 entidades, apresentando a seguinte composição a 31 de dezembro:
Universidade de Coimbra
Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra
ICNAS Produção Unipessoal, Lda.
Dendropharma, Lda.
Associação Exploratório Infante D. Henrique
Centro de Neurociências e Biologia Celular
Centro de Estudos Sociais
IPN – Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia
Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial
IPN – Incubadora
Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil
Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente
Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra
Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção
Associação UC Tecnimed – Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização
SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta
IATV - Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida
Não integram o processo de consolidação cerca de 60 entidades, essencialmente associações privadas sem fins
lucrativos em que a UC participa com vista à prossecução dos seus objetivos, mas que não reúnem as condições
para integrar o perímetro de consolidação (designadamente por serem entidades nas quais não existe participação
financeira nem condição de poder) ou que, reunindo as condições para integrar o perímetro, são entidades não
materialmente relevantes ou entidades que, contabilisticamente, se encontram refletidas nas contas da UC como
investimento financeiro.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
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1.4. CAMPUS EUROPEU DE CIDADES UNIVERSITÁRIAS (EC2U)
A criação do consórcio Campus Europeu de Cidades Universitárias – EC2U (European Campus of City-Universities)
merece um especial destaque por se tratar de um projeto estratégico e transversal a toda a Universidade e a todas
as suas áreas de atuação, contribuindo para uma profunda transformação institucional.
Este consórcio tem a sua génese na proposta do presidente francês Emannuel Macron, que, em discurso na Sorbonne,
lançou o desafio de criação de alianças de universidades europeias, como forma de reforçar a identidade comum da
Europa. Este desafio mereceu a maior atenção da Comissão Europeia, tendo-se materializado na criação de uma
linha de financiamento inserida na “Ação-Chave 2” (KA2) do Programa Erasmus +, com o concurso para
apresentação de candidaturas aberto em outubro de 2018.
No entanto, os primeiros contactos, a discussão do conceito e os trabalhos preparatórios para a constituição do
que viria a ser a EC2U, tiveram início bastante antes da abertura das candidaturas, ainda em 2017. A convite da
Universidade de Poitiers (França), universidade coordenadora da aliança, a UC, numa ação de cariz verdadeiramente
transversal a toda a Universidade, e também à cidade e sociedade, decidiu integrar a aliança de cidades universitárias
que viriam a constituir o EC2U. A Coimbra e Poitiers juntam-se nesta aliança a Universidade Alexandru Ioan Cuza,
de Lasi (Roménia), a Universidade de Pavia (Itália), a Universidade de Salamanca (Espanha) e a Universidade de Turku
(Finlândia).
Fruto um ano e meio de intenso trabalho conjunto que culminou na criação formal da aliança, através do memorando
de entendimento assinado pelos respetivos reitores, a EC2U apresenta-se como uma aliança multicultural e
multilingue formada por seis universidades históricas, orientadas para o ensino e a investigação, de implantação local
e global, situadas em quatro regiões distintas da UE. A aliança assenta assim na particularidade destas universidades
serem motoras do desenvolvimento e da internacionalização das comunidades locais, com raízes na tradição
europeia de ligação cidade/universidade, localizadas em cidades não capitais reconhecidas como cidades
universitárias, com dimensões e estruturas semelhantes, com uma forte componente de internacionalização e muito
ativas em termos de cooperação europeia, membros do Grupo de Coimbra e de reconhecida reputação, com foco
na ligação à cidade e ao meio em que se inserem.
Representando uma comunidade total de 160.000 estudantes, docentes e pessoal técnico, com acesso direto a mais
de 1.500.000 cidadãos, a aliança conta ainda com parceiros associados, definidos com base numa estrutura-tipo
acordada entre as seis universidades, que inclui as seis cidades (no caso da UC, através da CMC), as associações de
estudantes (na UC, a AAC), entidades relevantes em matéria de empreendedorismo, criação de empresas, inovação
(uma por cada aliada, tendo a UC selecionado o IPN) e entidades supra municipais relevantes em matéria de
especialização inteligente, política educativa, prioridades regionais (no caso de Coimbra, a CCDRC).
É propósito do EC2U promover o desenvolvimento de um espaço de inovação que permita fluxos de mobilidade
livre entre as seis universidades e as cidades que lhes estão associadas, contribuindo este modelo de abertura para
ultrapassar visões estereotipadas quanto às identidades regionais e nacionais, no sentido de uma Europa unida e mais
forte. A aliança propõe-se atingir este desiderato através da criação de um campus pan-europeu ligado pela identidade
europeia comum, capaz de contribuir para a formação de um ecossistema de ensino superior inteligente, baseado
num novo modelo de ensino de qualidade para uma sociedade civil inclusiva. Este modelo ímpar assenta numa dupla
estratégia de integração vertical e horizontal que visa gerar sinergias de ensino, investigação e inovação a partir do
ensino formal, não formal e informal bem como do envolvimento das comunidades académicas, municípios, entidades
reguladoras do ensino superior, entidades socioeconómicas relevantes, e cidadãos em geral.
Em 2022, o projeto deverá ter produzido as estratégias, diretrizes e recursos necessários para dotar os membros
participantes de um modelo de governação conjunta, uma vivência académica comum, incluindo diretrizes e passos
efetivos no sentido da oferta conjunta de graus europeus multilaterais, um aumento significativo dos níveis de
mobilidade (física e virtual) dos corpos discente, docente e de funcionários, a partilha alargada de recursos ao nível
do ensino, investigação e serviços, e ainda eventos culturais e desportivos. Serão criadas equipas conjuntas de
docentes, investigadores e estudantes para missões seletivas inspiradas em três dos Objetivos das Nações Unidas
para o Desenvolvimento Sustentável: Saúde de Qualidade, Educação de Qualidade, Cidades e Comunidades
Sustentáveis.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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Em 2025, o Campus Europeu de Cidades Universitárias – EC2U deverá atingir a implementação plena, numa
singularidade parceria que envolverá a academia, as cidades e as partes interessadas ao nível socioeconómico
regional, pronta a servir sucessivas gerações de cidadãos europeus.
De referir que em dezembro de 2018, a UC acolheu a realização de umas das reuniões preparatórias da candidatura,
que contou com a presença de 24 representantes de todas as universidades envolvidas e ainda da CMC.
1.5. ÓRGÃOS DE GOVERNO E DE GESTÃO
O governo da Universidade de Coimbra é exercido pelo Conselho Geral, pela Equipa Reitoral e pelo Conselho de
Gestão, de acordo com os Estatutos da Universidade de Coimbra. O Senado é um órgão de natureza consultiva e
o Provedor do Estudante assume funções na defesa e promoção dos direitos dos estudantes.
As unidades orgânicas dispõem dos seus órgãos de governo e de direção, cabendo a gestão corrente da
Administração e dos Serviços de Ação Social aos respetivos administradores.
a) Conselho Geral
O Conselho Geral a 31 de dezembro de 2018, presidido por João Manuel Gaspar Caraça, era constituído por 35
membros: 18 representantes dos professores e investigadores; 5 representantes dos estudantes; 2 representantes
dos trabalhadores não docentes e não investigadores; e 10 personalidades externas à Universidade de Coimbra,
Das competências deste órgão destacam-se a eleição do Reitor, a apreciação dos atos do Reitor e do Conselho de
Gestão, a proposta das iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da Universidade e a aprovação
das alterações dos Estatutos, ouvido o Senado.
Compete ao Conselho Geral, sob proposta do Reitor, aprovar os planos estratégicos de médio prazo e o plano de
ação para o quadriénio do mandato do Reitor; aprovar as linhas gerais de orientação da Universidade nas diversas
áreas; aprovar o plano e o relatório anual de atividades, a proposta de orçamento e as contas anuais consolidadas,
acompanhadas do parecer do fiscal único, bem como fixar as propinas a pagar pelos estudantes relativamente aos
cursos conferentes de grau. O Conselho Geral pronuncia-se, ainda, sobre outros assuntos que o Reitor submeta à
sua apreciação.
Durante o ano de 2018, o Conselho Geral cumpriu as quatro reuniões ordinárias previstas no art.º 43.º dos Estatutos
e emitiu 37 deliberações. As seis Comissões Permanentes do Conselho Geral realizaram, no total, vinte e oito
reuniões e mantiveram o Plenário informado sobre o desenvolvimento da respetiva atuação. Realizaram-se ainda
reuniões dos membros externos e da comissão ad hoc para o Desenvolvimento de Rede de Escolas de
Doutoramento.
Reuniões formais realizadas pelo Conselho Geral
[quadro 2]
Plenário/Comissões N.º
Comissão de Cultura Cidadania e Desporto 4
Comissão de Estratégia e Comunicação 4
Comissão de Gestão e Auditoria, Recursos e Sustentabilidade 4
Comissão de Ensino 3
Comissão de Investigação 10
Comissão de Atratividade e Empregabilidade 3
Comissão ad hoc para o Desenvolvimento de Rede de Escolas de Doutoramento 10
Membros Externos 2
Plenário 4
Total 44
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
21
Dos assuntos analisados e deliberações tomadas em plenário destacam-se:
aprovação do Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2017;
ratificação da proposta de Orçamento da Universidade de Coimbra para 2018 e aprovação dos respetivos Mapas
de Pessoal;
acompanhamento da monitorização do Plano Estratégico e de Ação da UC 2015-2019 (dois documentos: um
relativo ao ano de 2017 e outro ao primeiro semestre de 2018);
aprovação do Relatório de Atividades do Provedor do Estudante 2017;
aprovação das propinas anuais para cursos de 2.º e 3.º ciclos;
alteração dos Estatutos da Universidade de Coimbra, aprovados pelo Despacho n.º 22510/2008, de 1 de
setembro, nos termos da proposta apresentada pelo Reitor;
alteração do Regulamento Eleitoral para a eleição dos membros do Conselho Geral;
aprovação do calendário eleitoral relativo ao processo para a eleição do Reitor em 2019 e processo eleitoral
para a eleição dos representantes dos estudantes para o Conselho Geral;
designação de Cristina Maria Pinto Albuquerque para o cargo de Provedor do Estudante;
aprovação da atribuição de um voto de louvor a José Luís Ferreira Afonso pela dedicação extrema e incansável
trabalho no desempenho das suas funções enquanto Provedor do Estudante, que se traduziu num elevado
impacto na vida de centenas de estudantes.
O Conselho Geral analisou ainda a questão da passagem ao regime fundacional, tendo-se pronunciado no sentido
da não transição do atual regime.
b) Reitor
O Reitor é o órgão superior de governo e de representação externa da Universidade.
Entre as competências do Reitor estão, para além da elaboração e apresentação ao Conselho Geral das propostas
referidas anteriormente, tomar as medidas necessárias à garantia da qualidade do ensino, da investigação, do
desenvolvimento e da inovação, superintender na gestão dos assuntos académicos e pedagógicos e dos recursos
humanos, bem como na gestão administrativa e financeira da Universidade e dos SASUC, entre outras.
Membros da equipa reitoral
[quadro 3]
Reitor João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva
Vic
e-R
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Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira
Luís Filipe Martins Menezes
Madalena Moutinho Alarcão Silva
Vítor Manuel Bairrada Murtinho
Joaquim Manuel Costa Ramos de Carvalho
Maria Clara Moreira Taborda de Almeida Santos [até 30 de julho de 2018]
c) Conselho de Gestão
O Conselho de Gestão tem a responsabilidade de conduzir a gestão administrativa, patrimonial, financeira e dos
recursos humanos da Universidade, assim como de fixar taxas e emolumentos. Nos termos dos Estatutos, este
órgão pode ainda delegar nos órgãos próprios das unidades orgânicas e nos dirigentes dos serviços as competências
consideradas necessárias a uma gestão descentralizada e eficiente.
É constituído pelo Reitor, que o preside, por um Vice-Reitor por ele designado e pelo Administrador da
Universidade. O Reitor pode ainda designar até mais dois elementos, podendo ser convocados para participar nas
reuniões do Conselho de Gestão, sem direito de voto, os Diretores das Faculdades e de outras unidades orgânicas,
os responsáveis pelos serviços da Universidade e representantes dos estudantes e do pessoal não docente e não
investigador. Durante o ano de 2018, este órgão foi composto pelos membros elencados no quadro seguinte.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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Membros do Conselho de Gestão da Universidade de Coimbra
[quadro 4]
Reitor
João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva
Vice-Reitor
Luís Filipe Martins Meneses
Administradora
Teresa Manuela Martins Antunes
O Conselho de Gestão realizou 12 reuniões no ano de 2018, procedendo à aprovação do modelo de distribuição
orçamental interna, ao acompanhamento da situação orçamental e consequente aprovação de medidas de execução
orçamental, à aprovação de relatórios de gestão e contas e de contas de gerência, à atribuição de fundos de maneio,
, à aprovação da tabela de taxas de utilização dos espaços e instalações do Estádio Universitário e a assuntos relativos
a propinas (cobrança coerciva e recuperação de créditos), , entre outras.
O Conselho de Gestão dos SAS realizou dez reuniões ao longo do ano, destacando-se, de entre os assuntos tratados,
a aprovação do relatório de gestão e contas de 2017 dos SASUC; a análise e acompanhamento da situação
orçamental; a aprovação da tabela de preços das residências universitárias para o ano letivo 2018/19; a aprovação
da alteração do Regulamento do Fundo de Apoio Social a Estudantes da Universidade de Coimbra; a aprovação da
criação do Regulamento de Cedência e Utilização dos Espaços dos SASUC; a aprovação da alteração do Regulamento
Geral das Residências Universitárias dos SASUC.
No entanto, a responsabilidade pela preparação dos documentos consolidados do Grupo UC cabe ao Conselho de
Gestão da Universidade de Coimbra.
d) Senado
O Senado é um órgão de natureza consultiva que coadjuva o Reitor na gestão da Universidade de Coimbra, em
especial no que se refere à coordenação das atividades de investigação científica, de oferta educativa, de
desenvolvimento e inovação, à gestão da qualidade, à mobilidade de professores e estudantes no seio da
Universidade, às relações internacionais e à gestão dos recursos financeiros e dos espaços pertencentes à
Universidade.
Integram o Senado, o Reitor, que preside, os Diretores de todas as unidades orgânicas, um estudante por cada
unidade orgânica de ensino e investigação e dois trabalhadores não docentes e não investigadores. A 31 de dezembro,
o Senado era composto por 24 elementos.
No ano de 2018, o Senado realizou 12 reuniões, apreciando documentos e dando pareceres, nomeadamente sobre
as seguintes matérias:
Plano Estratégico e de Ação;
Regulamentos e documentos orientadores;
Orçamento e outros assuntos de índole financeira;
Criação e extinção de cursos conferentes de grau;
Doutoramentos honoris causa;
Fixação de propinas;
Ação social e bolsas;
Atribuição de prémios.
e) Provedor do Estudante
O Provedor do Estudante tem como função a defesa e promoção dos direitos e interesses legítimos dos estudantes
da Universidade de Coimbra. O Provedor é designado pelo Conselho Geral, sob proposta do Reitor, depois de
ouvido o Senado, para um mandato de três anos, de entre pessoas de comprovada reputação, credibilidade e
integridade pessoal junto da comunidade universitária e, designadamente, junto dos estudantes.
José Luís Ferreira Afonso desempenhou as funções de Provedor do Estudante até 26 de fevereiro de 2018, tendo
sido sucedido no cargo por Cristina Maria Pinto Albuquerque.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
23
No ano de 2018, registaram-se 317 comunicações ao Provedor do Estudante, o que representou um decréscimo de
16,1% face às 378 comunicações do ano anterior, tendo-se realizado ainda 130 audiências (menos 46 do que em
2017). Do total de comunicações, 305 foram individuais e 12 provieram de grupos de estudantes ou de instituições
representativas de estudantes, e 95,9% foram feitas por estudantes atualmente inscritos, cabendo as restantes a
candidatos à UC e a antigos estudantes.
As comunicações registadas versaram sobre 521 assuntos, dizendo essencialmente respeito a pedidos de consultas
ao Provedor (73%), pedidos de apoio (3%), a reclamações (24%) e sugestões (0,2%). Agrupando as comunicações
por assunto, constata-se que a maioria (51%) corresponde a assuntos académicos.
Assuntos abordados nas comunicações ao Provedor do Estudante
[quadro 5]
Assunto N.º %
Académico 265 50,9%
Ação Social 23 4,4%
Financeiro 72 13,8%
Pedagógico 161 30,9%
Total 521 100%
Os utentes do Provedor do Estudante são maioritariamente estudantes inscritos em Mestrado Integrado (29,02%)
e de cursos de 1.º ciclo (28,02%), na sua grande maioria, são estudantes nacionais (77%).
1.6. SISTEMA DE GESTÃO
Na afirmação como a melhor universidade de língua portuguesa, a Universidade de Coimbra tem vindo a desenvolver
um sistema que suporta a gestão global da instituição, promovendo o alinhamento dos processos de planeamento,
monitorização, avaliação e melhoria e contribuindo para a promoção de uma cultura de qualidade.
A relevância da gestão da qualidade para a instituição encontra-se refletida desde logo nos seus Estatutos, sendo
consagrada como um dos seus princípios de governação. Ao definir a Política da Qualidade, a UC toma como
referencial a legislação aplicável, a missão e a estratégia da instituição, tendo em conta as necessidades e expectativas
das partes interessadas, os riscos e oportunidades, bem como os meios materiais e humanos de que dispõe.
Com vista à concretização da Política da Qualidade, o Sistema de Gestão da Universidade de Coimbra engloba um
conjunto articulado de processos, documentos, sistemas de informação e outros instrumentos de apoio ao
planeamento, execução, monitorização, avaliação, análise e melhoria das atividades desenvolvidas, tendo como
principal objetivo a excelência da instituição em todas as áreas de atuação. Este sistema assegura, numa vertente
interna, a promoção da melhoria dos processos e, numa vertente externa, procura dar cumprimento aos requisitos
de reporte do seu desempenho à sociedade, aspeto essencial no âmbito do funcionamento das IES.
Com um percurso de mais de uma década, inicialmente circunscrito à Administração, o SG.UC evoluiu, desde 2011,
para se afirmar gradualmente como o sistema de suporte à gestão estratégica e operacional da UC, sendo por isso
transversal a todas as estruturas da Universidade. Para além de estar alinhado com os requisitos da norma ISO
9001:2015, em especial nos processos de apoio à governação central da UC, e com os referenciais para sistemas
internos de garantia da qualidade em IES, promovendo a abordagem por processos (suportada no ciclo PDCA - Plan,
Do, Check, Act), o SG.UC está certificado, para os processos geridos pela Administração, pela The International
Certification Network (IQNet) e, globalmente, pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.
Especificamente no âmbito da gestão do risco, destaca-se que o SG.UC tem subjacente o pensamento baseado em
risco, com o objetivo de identificar potenciais ameaças e pontos fracos, eliminando ou minimizando o seu impacto,
bem como identificar e potenciar as oportunidades que vão surgindo, nomeadamente através da:
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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integração da componente de análise e gestão do risco no PEA.UC, que permite antecipar riscos e
oportunidades (ou potencial) e assim orientar – ou reorientar – as ações definidas;
existência, na monitorização dos Planos de Ação de cada unidade, de uma área de análise qualitativa
referente à evolução verificada, com justificação de desvios e com identificação de ações de melhoria a
desencadear nos períodos seguintes;
elaboração de um relatório anual de autoavaliação das unidades e serviços, com o objetivo de promover a
reflexão crítica sobre as atividades desenvolvidas, em particular as que se relacionam com a melhoria
contínua, através de uma análise SWOT simplificada. Como output, definem-se ações a privilegiar no ciclo
de melhoria seguinte, com vista à otimização e eficiência dos processos, promovendo a adequada articulação
entre a autoavaliação e o planeamento;
definição do Plano de Prevenção de Riscos de Gestão, Corrupção e Infrações Conexas da UC, tendo como
objetivo a identificação das principais áreas que potenciam a ocorrência de atos de corrupção, os riscos daí
decorrentes e os controlos que devem ser instituídos no sentido de mitigar a probabilidade dessas
ocorrências.
O SG.UC é único e engloba todas as áreas de atuação da instituição, incluindo os processos geridos pelos SASUC.
1.7. MEDIDAS DE MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO ADMINISTRATIVA
Em alinhamento com a cultura de planeamento, monitorização, análise e avaliação, a Universidade de Coimbra define
e implementa medidas de modernização e inovação administrativa, de modo a alcançar ganhos de eficácia, eficiência
e qualidade nos processos, destacando-se em 2018:
a. Ao nível da promoção da salvaguarda dos direitos dos utilizadores
A UC promove a salvaguarda dos direitos dos utilizadores, nomeadamente através do fornecimento de informação
sobre o andamento dos procedimentos administrativos que lhes digam respeito, apostando na desmaterialização
com o objetivo de facilitar o acesso à informação. Neste âmbito, destacam-se as seguintes iniciativas:
implementação de “requerimentos Online” no sistema de gestão académica Nónio; neste contexto, foi
promovida a disponibilização de requerimentos no InforEstudante para todos os estudantes e candidatos
da UC, permitindo-lhes realizar pedidos online, evitando deslocações aos serviços e facultando de imediato
o acesso ao seu pedido, com possibilidade de identificar o trabalhador responsável pelo mesmo;
nos termos de responsabilidade das atividades desportivas, o GDUC passou a incluir informação sobre a
proteção de dados, bem como o pedido de autorização para registo fotográfico.
b. Ao nível do acolhimento e atendimento
A UC tem vindo a melhorar globalmente a divulgação online da informação sobre os locais, modalidades e horários
de atendimento, privilegiando ainda a implementação e otimização de sistemas de gestão de atendimento adequados
às necessidades das várias estruturas.
A este nível destaca-se a UC tem vindo a ser otimizar as modalidades de atendimento telefónico, presencial e online,
de modo a responder adequadamente às necessidades de candidatos a estudantes, estudantes e antigos estudantes,
partes interessadas responsáveis pelo maior número de atendimentos. Assim, o atendimento presencial está
atualmente distribuído por cinco centros, localizados em várias zonas da cidade e com horários alargados, sendo
suportado por um sistema de gestão de filas que permite a monitorização, via internet, da sua evolução, possibilitando
uma melhor gestão do tempo dos potenciais utilizadores. Relativamente ao atendimento eletrónico, este é suportado
pelo preenchimento de um formulário online que permite, entre outros, solicitar certidões e diplomas, informações
sobre assuntos académicos, registar sugestões, reclamações e agradecimentos, permitindo processar de modo mais
eficiente e eficaz o elevado volume de mensagens recebidas diariamente e assim proporcionando um serviço de
maior qualidade.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
25
A preocupação com o acolhimento e atendimento dos cidadãos não se verifica apenas nas condições operacionais,
mas também ao nível das condições físicas em que o atendimento decorre. Assim, a melhoria global de instalações,
equipamentos e infraestruturas que tem vindo a ser promovida, incluindo a melhoria da acessibilidade física
(nomeadamente através da execução dos planos de reabilitação e conservação dos espaços) tem contribuído para a
conservação qualificada numa perspetiva de longo prazo.
A este nível destacam-se as seguintes iniciativas:
alargamento ao circuito de matrículas dos estudantes colocados na UC, nas três fases do CNA, da
possibilidade de monitorização, via internet (através do link www.uc.pt/go/senhas), da evolução da gestão de
filas (serviço disponível inicialmente apenas para os cinco centros de atendimento académico);
implementação de uma nova metodologia para a receção dos estudantes de mobilidade;
reforço da equipa da Unidade de Atendimento de Recursos Humanos, para atendimento especializado ao
público;
elaboração de uma área de perguntas frequentes sobre diversas matérias de interesse no âmbito de
recursos humanos, disponibilizada na página da UC;
criação de uma sala de espera no âmbito do Circuito Turístico e elaboração de novas folhas de sala e nova
sinalética exterior;
reinstalação dos Departamentos de Ciências da Terra e de Ciências da Vida, requalificação dos laboratórios
pedagógicos do edifício da Química e conclusão do processo de integração das bibliotecas do Polo I da
FCTUC;
realização de obras de requalificação nos três edifícios da FPCEUC;
requalificação do Estádio Universitário, do Jardim Botânico e do TAGV;
reabilitação do Colégio da Trindade;
reabilitação de várias residências universitárias, como foi o caso do Penedo e da João Jacinto.
c. Ao nível da comunicação administrativa
A UC tem vindo a otimizar os processos de comunicação, a nível interno e externo, em contínua adaptação à rápida
evolução do contexto, apostando na criação e otimização de formulários, nomeadamente eletrónicos, que
disponibiliza a utilizadores internos e externos. Deste modo, tem contribuído para evitar deslocações desnecessárias,
através da disponibilização de alternativas de atendimento online, com impacto positivo na recolha de informação de
modo estruturado e padronizado, o que tem permitido diminuir tempos de resposta e aumentar a qualidade global
do serviço. A este nível merece destaque:
criação e implementação de um formulário web de atendimento da área de recursos humanos;
implementação de nova versão do formulário academicos@UC, que passou a integrar, através de um
mesmo endereço e interface, todos os públicos relacionados com atividades neste âmbito - candidatos,
estudantes, antigos estudantes e situações específicas (p.e. registos e reconhecimentos de grau), permitindo
efetuar pedidos de informação e de entrega de documentos, de acordo com tipos de pedidos e situações
pré-definidas, possibilitando a triagem e distribuição automática das mensagens pelos serviços;
emissão e autenticação eletrónica de carta de aceitação para candidatos estrangeiros no InforEstudante,
com o objetivo de facilitar e agilizar o processo de obtenção de visto e outras formalidades essenciais para
que um estudante estrangeiro possa frequentar a UC;
disponibilização de avisos de abertura relativos a candidaturas integralmente online em português e inglês;
implementação de formulários eletrónicos em várias unidades/serviços;
criação de 61 formulários/impressos, sete guias de orientação, três instruções de trabalho e dois
procedimentos;
implementação de programa de digitalização de documentos, no Arquivo da UC, para assegurar a sua
disponibilização online;
partilha de documentos em plataformas digitais, por parte da Imprensa, em especial através da plataforma
UC Digitalis.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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d. Ao nível da simplificação de procedimentos
A UC tem vindo a promover a simplificação e otimização de vários procedimentos, destacando-se em 2018:
disponibilização de candidaturas multicurso no concurso de estudante internacional, através da redefinição
do módulo em Nónio de candidaturas associado a este concurso, com consequente redefinição de
procedimentos, possibilitando que cada candidato selecione 6 cursos, por ordem de preferência;
implementação de módulo de cobrança coerciva em Nónio, que engloba as diversas etapas do processo, da
lista de potenciais devedores à emissão das cartas para a Autoridade Tributária, agilizando o procedimento
e permitindo a disponibilização de informação no InforEstudante aos estudantes visados;
automatização das inscrições "integral" e "parcial" no InforEstudante, que passa assim a atribuir o regime de
inscrição de forma automática de acordo com as opções do estudante durante o processo, bem como
eventuais alterações realizadas posteriormente, evitando situações de erro e desfasamento entre a opção
do estudante e a inscrição realizada, e consequente necessidade de correções manuais;
simplificação do procedimento para requisição e atribuição do estatuto estudante-atleta;
eliminação da obrigatoriedade de entrega de documentos originais para reconhecimento de estatutos dos
estudantes, definindo-se a entrega de originais apenas por amostragem (amostra gerada aleatoriamente, em
dois períodos do ano e mediante procedimento pré-estabelecido);
desmaterialização total do pedido de admissão a prova de doutoramento, realizado por requerimento no
InforEstudante e com eliminação da entrega de tese em papel nesse momento (sendo apenas
posteriormente exigidos exemplares da tese definitiva em papel para depósito legal);
implementação da possibilidade de não estudantes realizarem pedidos no InforEstudante (p.e. pedidos de
reconhecimento de grau), através da criação de acesso dirigido a requerentes sem ligação à UC, evitando
o pedido presencial ou via e-mail e possibilitando o acompanhamento do pedido online;
desmaterialização da ficha de candidatura no âmbito dos processos de mobilidade internacional de docentes;
implementação de mecanismos simplificados e mais intuitivos para as inscrições e confirmações das
atividades do GDUC;
implementação do projeto Timesheets, tendo como objetivos: simplificar o processo de apuramento das
horas disponíveis dos investigadores, para posterior imputação salarial a diferentes projetos; reduzir o
trabalho administrativo que resulta na agregação num único sistema de informação de dados relativos à
assiduidade, docência e projetos imputados; permitir um melhor controlo no total de horas reportadas;
garantir fiabilidade da informação; permitir a exportação de dados agregados por ano letivo, de suporte aos
lançamentos de contabilidade analítica;
implementação da assinatura eletrónica de documentos, no âmbito das candidaturas a projetos, em todos
os processos em que o procedimento era viável (aceite pela entidade financiadora, compatível com os
sistemas informáticos envolvidos e com a legislação aplicável dos diversos estados membros envolvidos);
otimização das atividades relativas à publicação de atos em Diário da República.
e. Ao nível dos mecanismos de audição e participação
A UC garante que a sua atividade se orienta para a satisfação das necessidades das partes interessadas, internas e
externas, assegurando a sua auscultação e adequada participação na melhoria contínua dos serviços prestados. Assim,
para além de ser proporcionada a participação das partes interessadas no processo de planeamento estratégico, é
promovida a disponibilização de mecanismos online que facilitam a recolha da opinião e a otimização da gestão do
processo de melhoria contínua. Nesse contexto, destaca-se o SIM@UC – Sistema Integrado de Melhorias da
Universidade de Coimbra, um sistema de gestão de elogios, sugestões e reclamações que assenta numa plataforma
web destinada à receção, tramitação e monitorização destes processos, estando acessível e a funcionar desde 2011
em todas as páginas do universo uc.pt. A UC disponibiliza ainda mecanismos de avaliação da satisfação, através da
aplicação de inquéritos, em especial a estudantes; e na sequência da reflexão interna sobre os resultados destes
inquéritos tem sido possível identificar ações de melhoria, muitas delas já implementadas. A otimização gradual dos
processos, suportada particularmente pela informação recolhida junto das partes interessadas, tem vindo a traduzir-
-se, por exemplo, na diminuição do número de reclamações. Destacam-se ainda as seguintes medidas em 2018:
gestão de 121 elogios, 87 sugestões e 571 reclamações;
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
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auscultação das partes interessadas através da realização de 31 inquéritos de avaliação da satisfação / recolha
de informação para apoio à tomada de decisão com vista à melhoria dos processos;
realização de auditorias internas da qualidade, com envolvimento de vários trabalhadores.
f. Ao nível dos instrumentos de apoio à gestão
A UC promove a implementação de medidas com vista à melhoria dos instrumentos de apoio à gestão,
desenvolvendo regulamente exercícios de monitorização e avaliação/autoavaliação dos seus processos, com o intuito
de os otimizar. Nesse contexto, destacam-se as seguintes iniciativas, realizadas em 2018:
realização de auditoria externa com vista à certificação ISO 9001:2015, visando os processos geridos pela
Administração;
definição e implementação de procedimentos, instruções de trabalho, guias de orientação e formulários de
apoio às atividades, em especial na Administração e nos SASUC;
realização de reuniões de equipas/interdepartamentais, para discussão e otimização dos procedimentos
internos;
auscultação das partes interessadas, através da aplicação de inquéritos à satisfação que permitem recolher
informação para apoio à tomada de decisão e para a melhoria dos processos administrativos;
início da implementação de um sistema de atribuição de senhas na Unidade de Atendimento de recursos
humanos;
otimização do modelo de Relatório de Gestão e Contas da UC, no sentido de detalhar mais as medidas de
modernização administrativa, organizando o capítulo a elas dedicado por pontos de acordo com as
categorias previstas no decreto-lei n.º 73/2014.
Ainda neste contexto, e como medida de modernização e inovação transversal, destaca-se a elaboração do "Livro
Verde sobre Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior". O livro foi desenvolvido pelo ORSIES -
Observatório de Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior, a pedido da Secretaria de Estado da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, contendo 41 recomendações gerais e 137 recomendações específicas quer
para as IES, quer para a tutela. O livro, apresentado em 2018, resultou de um intenso trabalho, que assentou num
modelo de cocriação com base numa metodologia participativa, envolvendo as partes interessadas relevantes na
construção de uma visão partilhada. O Livro Verde foi apresentado na UC por elementos da equipa redatora,
dinamizando assim a UC a consulta pública e o envio de sugestões, através de um questionário desenvolvido em
plataforma eletrónica. Do programa constou ainda uma breve apresentação de algumas boas práticas da UC,
destacadas no âmbito dos trabalhos de elaboração do Livro Verde, que espelham o compromisso da Universidade
no domínio da responsabilidade social. Assim, o Livro Verde – ele próprio uma medida em si (já implementada, no
sentido em que já foi produzido) – contém um vasto número de medidas a implementar pelas IES em geral e pela
UC em particular com impacto em diversas áreas, por exemplo, governação democrática e transparente (incluindo
participação democrática ou promoção de cultura de transparência), criação/manutenção de campus sustentável,
seguro e saudável ou comunicação socialmente responsável.
g. Ao nível da divulgação de informação administrativa
A UC disponibiliza através da sua página na internet, de forma periódica e atualizada, informação pública relevante,
relacionada com o seu funcionamento, de cumprimento dos requisitos legais e outra de interesse global, face à sua
missão e áreas de atuação – por exemplo, informação dedicada a candidatos e a estudantes. Para promover a
simplificação e melhoria dos conteúdos das páginas web das várias estruturas, foi desenvolvido e implementado um
novo layout, devidamente adaptado à organização interna e às necessidades das partes interessadas externas, com o
objetivo de permitir uma consulta mais simples, fácil e intuitiva. A este nível merece destaque o investimento na
simplificação de conteúdos e na tradução gradual, para inglês e, sempre que adequado, para mandarim, dos conteúdos
mais relevantes.
Assim, a divulgação de informação através da internet e das redes sociais tem sido essencial para a melhoria dos
serviços prestados pelas várias estruturas da UC, destacando-se as seguintes iniciativas:
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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reformulação gráfica e de conteúdos das páginas na internet dedicadas a estudantes (reformulação ao nível
dos menus, organização da informação e disponibilização de notícias para candidatos, estudantes e antigos
estudantes; criação da “Área do Doutorando”; desenvolvimento da “Área Reservada” para assuntos
académicos, ...);
publicação do Portal UC Internacional, dedicado à divulgação das atividades e projetos decorrentes das
linhas estratégicas da internacionalização;
reformulação da página web dos SASUC e melhoria da informação disponibilizada;
publicação de conteúdos sobre a atuação do Encarregado de Proteção de Dados da UC;
análise da Diretriz n.º 1/2018, emitida pela Comissão Nacional de Proteção Dados, relativa à disponibilização
de dados pessoais dos estudantes, dos docentes e demais trabalhadores no sítio da internet das IES, com
determinação de medidas a aplicar;
disponibilização da informação sobre o equipamento científico pesado da UC;
elaboração de conteúdos de apoio à utilização das plataformas digitais, por parte do Serviço Integrado das
Bibliotecas da UC (tutoriais, guias de utilização, vídeos, FAQ e dossiers temáticos);
publicação de documentos científicos em acesso aberto através das bibliotecas digitais da UC;
disponibilização de informação do Museu da Ciência na base de dados do Museu Digital;
consolidação da Agenda UC como plataforma de centralização e de divulgação de iniciativas e eventos;
atualização da informação diária sobre as atividades do GDUC, nomeadamente resultados dos Jogos
Universidade de Coimbra e informações sobre as competições.
É ainda de sublinhar a edição da revista Rua Larga, a publicação de 66 newsletters, a elaboração de 730 notícias em
texto para o sítio noticias.uc.pt, a produção de 396 vídeos, a produção de 48 portefólios de fotografias e de 2.778
peças de design de comunicação e as 1.121 publicações no Facebook.
Estão assim criadas as condições para que o SG.UC seja, cada vez mais, o catalisador da melhoria contínua da
instituição, em todas as áreas de atuação, sublinhando-se o compromisso assumido com vista à prossecução da
promoção de uma cultura global de qualidade, transversal a toda a Universidade de Coimbra, e com impacto na
implementação de medidas promotoras da eficiência, eficácia e qualidade.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
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2. PLANO EST RAT ÉGICO E DE AÇÃO – MONITORIZAÇÃO 2017
No âmbito do processo de acompanhamento e monitorização do Plano Estratégico e de Ação da Universidade de
Coimbra 2015-2019 (PEA.UC), apresentam-se os resultados alcançados em 2018 para os indicadores que foram
objeto de definição de metas, com o objetivo de aferir a evolução ocorrida, bem como o impacto das iniciativas e
ações desenvolvidas.
Tendo-se consolidado, no período de vigência do anterior Plano Estratégico, um substancial aumento quantitativo
da produção científica da UC, a meta do pilar estratégico de investigação para o horizonte temporal 2015-2019
centra-se na sua qualidade, consolidando-se agora uma produção científica de excelência e de reconhecido prestígio,
nacional e internacional. Efetivamente, sendo a investigação o motor das grandes universidades, a Universidade de
Coimbra para ser global não pode descurar a aposta forte e o investimento neste pilar de missão.
Antes de mais, importa realçar que na presente monitorização se registou uma alteração de metodologia usada pelo
Núcleo de Bibliometria da UC no apuramento dos indicadores relacionados com a produção científica,
impossibilitando uma comparação direta entre o valor obtido em 2018 e os valores dos anos anteriores. Não
obstante, o valor agora obtido não se encontra muito afastado dos valores alcançados no ano anterior - 5.792 artigos
da UC publicados nas 25% revistas de maior impacto no quinquénio 2014-2018, menos do que os 5.951 registados
no quinquénio anterior, mas com a anterior metodologia. Podemos analisar o comportamento deste indicador de
meta no último ano, por área científica, concluindo-se que as áreas onde se registaram mais artigos da UC publicados
em revistas no top 25% de impacto se mantiveram em 2014-2018: a “Medicina Clínica” (1.316 publicações), a “Física”
(704), a “Engenharia” (532) e a “Química” (450). No conjunto, estas quatro áreas foram responsáveis por 50,5% do
total de artigos publicados em revistas do top 25%, de entre um total de 22 áreas.
O desafio de ser uma Universidade Global obriga a uma ainda maior exigência no ensino, o que deve começar desde
logo na captação, procurando a UC atrair os melhores estudantes e ambicionando aumentar o seu número de
estudantes de doutoramento.
No que respeita à captação dos melhores estudantes no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNA),
com base nos dados a 1.ª fase do concurso de 2018 e aplicando a metodologia definida, conclui-se que a Universidade
de Coimbra registou uma taxa de captação de 7,3%, com 906 dos 25% melhores candidatos a escolherem a UC em
primeira opção no CNA. Estes dados contrariam a evolução do ano anterior, registando-se em 2018 um decréscimo
no número absoluto – de 999 no Concurso Nacional de Acesso de 2017 para os referidos 906 em 2018 - e na
respetiva taxa de captação, de 7,6% para 7,3%.
Em termos de posicionamento relativo, esta evolução representa a descida de uma posição, encontrando-se a UC
na quinta posição no universo das instituições de ensino superior nacionais (ensino universitário e ensino
politécnico), tendo sido ultrapassada pela Universidade do Minho, que ocupa em 2018 a quarta posição na
atratividade dos melhores estudantes. A Universidade do Porto continua a destacar-se no topo da tabela, com uma
taxa de captação de 31,9% (colhendo as preferências de 3.942 dos 25% melhores candidatos a nível nacional) –
ligeiramente superior à registada no ano anterior – 31,4%. As duas posições seguintes mantêm-se também sem
alterações, com a Universidade de Lisboa e da Universidade Nova de Lisboa a apresentarem taxas de 22,1% (22,6%
em 2017) e 11,8% (13,4% no ano anterior), respetivamente. A quarta posição, o ano passado ocupada pela
Universidade de Coimbra, pertence agora à Universidade do Minho, com 8,6%, que regista um acréscimo significativo
face a 2017 (taxa de 7,5%).
Não obstante a descida da procura pelos melhores estudantes e da taxa de captação, e o valor alcançado ficar abaixo
da meta definida no pilar Ensino do Plano Estratégico e de Ação, regista-se um acréscimo de 4,98% no número
absoluto dos 25% melhores candidatos ao CNA que escolhem a Universidade de Coimbra comparativamente ao
ponto de partida – de 863 em 2014 para 906 em 2018.
No que respeita à meta do número de estudantes de doutoramento, registou-se no ano letivo 2017/2018 um
acréscimo de 211 estudantes em relação a 2016/2017, correspondendo a um aumento de 8,3% e atingindo-se o
número de 2.744 estudantes no 3.º ciclo (não inclui estudantes em mobilidade incoming – quatro em 2017/2018).
Constata-se ainda que este é o maior aumento desde o início de vigência do atual Plano Estratégico e verifica-se,
comparando com a situação inicial, um acréscimo de 8,1%. A UC está assim mais próxima da meta definida para o
ano de 2019, 3.047 estudantes de doutoramento.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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Dada a especificidade do 3.º ciclo no que concerne à existência de estudantes bolseiros da Fundação para a Ciência
e Tecnologia e de estudantes que sejam docentes e investigadores da própria UC, importa complementar esta
evolução geral com uma evolução por subuniverso. Na análise aos últimos 5 anos, constata-se que, em 2013/2014,
669 estudantes – 26,2% do total dos estudantes a frequentar o 3.º ciclo na UC nesse ano –, eram bolseiros FCT
(20,6%) e docentes / investigadores da UC (5,6%). Ao longo dos anos, este subuniverso tem vindo a registar uma
redução significativa, totalizando, em 2017/2018, 453 estudantes – apenas 16,5% do total dos estudantes a frequentar
o 3.º ciclo na UC –, dos quais 401 eram bolseiros FCT (14,6%) e 52 docentes / investigadores da UC (1,9%). O peso
relativo destes estudantes face ao total registou assim um decréscimo de 9,7 p.p. no período de 2013/2014 a
2017/2018; no entanto, é de realçar o grande acréscimo verificado no número de bolseiros FCT em relação a
2016/2017, com mais 123 estudantes (+44,2%).
Conclui-se assim que tem vindo a aumentar de forma continuada o número de estudantes de doutoramento que
não se encontram em nenhuma das duas referidas situações especiais, com um acréscimo de 22,1% entre 2013/2014
e 2017/2018, evolução que continua a indiciar um aumento da atratividade dos cursos de doutoramento da
Universidade de Coimbra.
A diversidade de metas no pilar estratégico comunidade procura espelhar a grande abrangência de áreas que
representam contributos ativos da UC para o desenvolvimento, progresso e bem-estar da sociedade, e que vão da
inovação e empreendedorismo à cultura e ao desporto, passando pelo património e pelo turismo, pelas redes e
parcerias e pela comunidade local – incluindo todas as forças vivas da cidade, onde se inscreve, naturalmente, a
Associação Académica de Coimbra –, sem esquecer os antigos estudantes. Todos estes aspetos se conjugam para
justificar a singularidade da Universidade de Coimbra!
O número de comunicações de invenção (invention disclosures) anuais – comunicações solicitadas por investigadores
da UC que têm um resultado de investigação passível de valorização comercial – registou em 2018 o mesmo valor
de 2017 (30 comunicações de invenção). Comparativamente à situação de partida, o número de comunicações anuais
de 2018 continua bastante superior ao registado na situação de partida – 20 comunicações de invenção em 2014 –,
com um acréscimo de 50,0%, tendo já sido ultrapassada a meta definida para o ano de 2019 (registar pelo menos 24
comunicações de invenção anuais).
Como informação complementar, destaca-se que 70% das comunicações efetuadas em 2018 foram provenientes da
Faculdade de Ciências e Tecnologia, 20% da Faculdade de Farmácia e 6,7% da Faculdade de Medicina. A 30.ª
comunicação de 2018 proveio da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação.
No que respeita à atividade das spin-off, apresentam-se na presente monitorização os dados do ano de 2017, como
definido, dado o elevado volume de informação a analisar pelo IPN, responsável por esta monitorização. Assim, no
que respeita à atividade das 121 spin-off da UC registadas a 31 de dezembro de 2017, verifica-se um acréscimo do
volume de negócios de 30,9% face a 2016, resultante de um aumento absoluto de 27,4M€ neste indicador. Desta
forma, a UC ultrapassou em 2018 a meta definida para o final do período de vigência do atual Plano. Como
informação complementar, realça-se ainda que, analisando outro KPI neste âmbito, o número total de empregos
criados por spin-off da UC registou um acréscimo de 4,1% entre 2016 e 2017.
Os indicadores associados à atividade cultural e à atividade desportiva procuram espelhar a ligação dos estudantes a
estas cada vez mais importantes áreas de atuação da Universidade de Coimbra, visando o seu reforço ao longo do
período de vigência do atual PEA.
O número de estudantes atletas e atletas de alto rendimento registou no último ano um muito significativo acréscimo
de 65 estudantes, equivalente a um aumento de 59,6%. Com este valor, e como era expectável na última
monitorização, ultrapassou-se o valor de meta definido (161). Efetivamente, este acréscimo mostra que o intenso
trabalho desenvolvido no âmbito do desporto – uma das áreas de atuação da Universidade que tem registado uma
significativa transformação na sua organização – tem sido frutuoso, caminhando-se para os resultados pretendidos.
A organização, com sucesso, dos European Universities Games 2018 (EUG2018) – o maior evento multidesportivo de
sempre em Portugal, digno de uma Universidade Global –, e a reabilitação das infraestruturas desportivas da UC,
resultante de um forte investimento na recuperação do Estádio Universitário, terão contribuído para esta evolução
e para a afirmação da excelência da UC ao nível da prática desportiva no ensino superior, demonstrando que é
possível a conjugação, de forma plena, entre a atividade desportiva de alta competição e o percurso académico.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
33
Quanto à atividade cultural, a evolução foi também positiva no último ano letivo: em 2017/2018, o número de
estudantes integrados em atividades culturais registou um novo aumento face ao registado no ano letivo anterior,
com mais 21 estudantes, aumentando de 78 para 99 (+26,9%); no entanto, e apesar de este indicador vir a aumentar
desde 2015, este acréscimo revela-se ainda insuficiente para recuperar o valor alcançado em 2013/2014 e para
alcançar a meta definida. Destaca-se a publicação, em maio, do novo Regulamento do Estatuto de Estudante Integrado
em Atividades Culturais da UC, resultante da experiência acumulada na aplicação do anterior Estatuto, aprovado em
2011, mantendo, contudo, os objetivos iniciais: promover e reconhecer a atividade cultural dos estudantes da UC,
incentivando a que mais estudantes se envolvam nessas atividades. Assim, foram introduzidos alguns ajustes nas
regras de funcionamento da UC para facilitar tais atividades, razão pela qual também se procedeu à alteração do
capítulo relevante do Regulamento de Direitos Especiais da UC. Entre outros aspetos, a focagem do Observatório
da Cultura na análise do perfil de grupos culturais tornará todo o processo mais leve e, assim se espera, aumentará
o número de estudantes abrangidos pelo estatuto.
O último indicador constituído como meta no âmbito do pilar Comunidade resulta da importância crescente da
atividade turística para a UC, baseada no seu importante património histórico, cultural e arquitetónico – distinguido
como Património Mundial pela UNESCO, sendo uma das cinco universidades no mundo classificadas como
Património Mundial –, e na maior valorização social e económica deste património. Apesar da diminuição do número
de visitantes aos espaços turísticos, a receita com origem nas visitas aos espaços turísticos da UC (circuito turístico)
ultrapassou os 4,2M€, correspondente a um acréscimo de 8,44% face ao ano anterior. O valor alcançado em 2018
representa já cerca de 2,3 vezes o valor de partida (2014), estando a meta definida para o final do período de vigência
do PEA.UC 2015-2019 (2,7M€) plenamente ultrapassada.
Uma das iniciativas estratégicas em que assenta o pilar pessoas corresponde à renovação do corpo docente, com
patamares de exigência de nível global, assumido como um dos desígnios centrais até 2019, dado o envelhecimento
que se tem vindo a verificar neste grupo de pessoal nos últimos anos. No final de 2017, a UC contava com 55
docentes de carreira com idade inferior a 40 anos; em 2018, esse número reduziu para 50 docentes, verificando-se
assim uma redução de 5 docentes nesta faixa etária. No entanto, uma análise mais detalhada dos dados permite
constatar que, caso não tivessem sido implementadas medidas com o intuito de renovar o corpo docente, teríamos
no período em análise não 50 mas 36 docentes de carreira com idade inferior a 40 anos.
Após a publicação do regulamento de recrutamento e contratação de pessoal docente da UC e do regulamento de
prestação de serviço dos docentes da UC, o programa de contratação de docentes (tendo por base um modelo que
recorre à análise das reformas e jubilações estimadas para os dois anos seguintes) teve aplicação plena, afigurando-
se como um relevante instrumento de concretização da estratégia de recrutamento e contratação, sendo
determinante para a atração e manutenção dos melhores docentes, contribuindo para uma evolução positiva destes
valores nos próximos anos.
Assim, foi possível enviar para publicação em Diário da República, em 2018, todos os concursos propostos pelas
Faculdades ao abrigo do plafond definido para contratação de docentes - 107 concursos para 148 vagas: 59 para
professor auxiliar, 68 para professor associado e 18 para professor catedrático, havendo ainda 2 vagas para
investigador principal e 1 vaga para investigador coordenador. Ao abrigo do plafond anterior, para 2017, foram
abertos 95 concursos, quase todos já terminados, para 121 vagas (43 para professor auxiliar, 53 para professor
associado e 25 para professor catedrático). Entre 2011 a 2018 abriram-se na UC um total de 405 vagas para docentes
e investigadores de carreira, o que nos coloca folgadamente em posição cimeira a nível nacional, a par das
universidades de Lisboa e bem à frente da Universidade do Porto e de todas as outras. A este esforço sem
precedentes acrescem os concursos lançados em 2018 para investigadores doutorados contratados a termo ao
abrigo do Decreto-Lei 57/2016, com um total de 198 vagas.
No que concerne ao pessoal técnico, a criação do plano pessoal de desenvolvimento para o pessoal técnico -
instrumento que terá um papel importante na definição de perspetivas de evolução profissional e pessoal, no quadro
de uma cultura organizacional que potencie a igualdade de oportunidades e um tratamento harmonioso entre todos
-, encontra-se ainda em fase preparatória, não tendo sido possível aplicá-lo dentro do atual quadro estratégico.
Assim, à parte de algumas ações de formação levadas a cabo, não foi ainda possível iniciar a aplicação de um
procedimento para a criação de planos pessoais de desenvolvimento de carreira.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
34
O reforço do financiamento competitivo, através da diversificação e captação ativa de fontes de receita alternativas
que assegurem o equilíbrio económico-financeiro, com particular destaque para os programas de financiamento
2020, é o principal foco do pilar de recursos económico-financeiros.
O volume de receita arrecadada angariada competitivamente pela UC para o desenvolvimento de atividades,
iniciativas ou projetos através de subsídios, mecenato ou prestação de serviços, ascendeu a 31,63M€ em 2018, o
que corresponde a um significativo acréscimo de 29,76% face ao valor arrecadado no ano de 2017 (24,37M€).
Analisando os dados mais detalhadamente, destaca-se a investigação, responsável por 73,6% da receita total (entre
projetos de investigação internacional, investigação nacional e financiamento às unidades de investigação). Os
acréscimos de maior valor verificaram-se nas receitas de projetos de Investigação Nacional (+6,8M€) e Investigação
Internacional (+1,4M€); os acréscimos em maior percentagem (+ de 100%) verificaram-se nas receitas de projetos
de Difusão de Saber, em Colaborações Docentes, na Investigação Nacional e em Projetos Institucionais.
Relativamente à meta de volume de financiamento contratualizado nos programas 2020, foi atingido o valor
acumulado de 82,40M€, o que representa um extraordinário crescimento de 76,21% face a 2017, resultante da
contratualização de 8,08M€ no âmbito do Horizonte 2020, de 20,33M€ no Portugal 2020, e 7,2M€ no Centro 2020.
A destacar, com os maiores valores de financiamento contratualizado ao longo do ano de 2018, projetos como a
“Valorização e Recuperação da Sala dos Capelos, Palácio Real e Colégio das Artes”, o “ContentMap - Contentotopic
mapping: the topographical organization of object knowledge in the brain”, o “InPaCTus - Produtos e Tecnologias
Inovadores a partir do Eucalipto”, o “Erasmus+ - KA1 - Learning Mobility of Individuals” e o “PMA2 - Projeto para a
Modernização Administrativa”, cada um com um valor de financiamento contratualizado superior a 1M€. Com esta
importante evolução, o valor acumulado ultrapassou já a meta definida para 2019 (80M€).
O cumprimento das missões da UC exige instalações físicas adequadas, o que implica o necessário e continuado
desenvolvimento de esforços – nem sempre possíveis ou muitas vezes difíceis – para dotar todas as Unidades de
condições mínimas ajustadas às suas atividades e às suas necessidades, objetivo assumido no pilar estratégico
Infraestruturas.
Em 2015 foi realizado o levantamento das necessidades de cobertura total dos espaços úteis por fibra ótica e rede
sem fios, tendo sido identificados, respetivamente, 27 edifícios e 45 espaços com necessidades a suprir até 2019.
Uma vez apuradas as necessidades, encontram-se em desenvolvimento os planos que permitirão a referida cobertura
total.
No caso da fibra ótica, mantém-se a taxa global de 3,7% - considerando o total de 27 edifícios identificados, apenas
foi possível a implementação no Colégio da Trindade, devido a constrangimentos relacionados com a necessidade
de passagem de fibra na via pública que impossibilitaram a realização de mais intervenções.
No que respeita à rede sem fios, foi possível implementar a maior parte das ações previstas. Após o levantamento
de necessidades efetuado no âmbito do plano estratégico, foram criadas as condições de infraestruturas nos locais
e foram configurados e instalados os equipamentos, estando concluídas as ações referentes a 23,5 espaços (23
espaços integralmente e a Biblioteca Geral a 50%). Considerando a totalidade de espaços com necessidades
identificadas, atingiu-se assim uma taxa global de 52,22%; se forem tidos em conta apenas os espaços com
necessidades identificadas em auditórios e anfiteatros, a taxa é de 45,5%.
Quanto a instalações, continuam a decorrer intervenções consideradas prioritárias para dotar todas as unidades e
serviços dos espaços físicos necessários para o cumprimento das suas missões. O grau de implementação do plano,
a 31 de dezembro de 2018, era de 39% – aumentando 4 p.p. face ao ano anterior.
Destacam-se do conjunto de intervenções aí previstas as seguintes, com as maiores taxas de execução:
Jardim Botânico – grau de execução de 100%, tendo sido concluído o plano de recuperação;
Estádio Universitário – foi atingido um grau de execução de 99% nesta intervenção, tendo-o tornado apto para
a prática desportiva e a receber os EUG2018, incluindo a conclusão da área desportiva do Pavilhão 2, a
conclusão dos arranjos exteriores e a conclusão do campo sul;
Teatro Académico de Gil Vicente – grau de execução de 95% para o plano original (reabilitação da plateia e
dos balcões);
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
35
Faculdade de Direito – o plano para suprir as necessidades base de instalações está executado a 60%: a
reabilitação do Colégio da Trindade permitiu um aumento qualificado do espaço, possibilitando uma melhoria
substancial das suas condições de funcionamento; paralelamente estão em curso projetos de qualificação
pontual de espaços (como reabilitações no Palácio dos Melos), permitindo suprir necessidades complementares
de espaços letivos.
Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física – não obstante as intervenções já efetuadas - obras de
reabilitação do Pavilhão 2 concluídas com espaços desportivos em total funcionamento; reabilitação do campo
sul concluída; arranjos exteriores concluídos; projeto de reabilitação do Edifício Administrativo em
licenciamento na CMC; obras de conservação da Tribuna em curso – o grau global de execução é ainda de
30%;
Paço das Escolas – com as intervenções já efetuadas, o plano encontra-se executado a 40%, decorrendo
atualmente a fase de adjudicação da obra de reabilitação das fachadas e coberturas do Palácio de S. Pedro e da
Sala dos Capelos, sendo necessário desenvolver novo processo para concurso, com revisão de todo o
processo; concursos de obras de Estatuária Monumental, de painéis azulejares e de iluminação monumental em
curso.
A meta definida neste pilar é bastante ambiciosa, como aliás deve ser uma meta: assegurar 100% do plano de
instalações das unidades e serviços para o quadriénio. Não obstante a taxa do plano para dotar todas as unidades e
serviços dos espaços físicos necessários para o cumprimento das suas missões estar ainda aquém dos 100%, as ações
desenvolvidas correspondem, no geral, ao que seria possível desenvolver neste espaço de tempo, atendendo à
natureza e à dimensão de todas as obras elencadas e às capacidades económicas e humanas para as concretizar.
Acresce que à medida que o tempo avança, as necessidades têm também vindo a aumentar, estando o plano em
constante adaptação e nunca em plena concretização.
Perspetivar a sustentabilidade da UC a médio e longo prazo implica acompanhar as diferentes dimensões com
impacto transversal a todos os pilares que informem a estratégia como um todo, nomeadamente a
internacionalização, a cidadania e inclusão, a marca “Universidade de Coimbra”, a comunicação e o ambiente.
Na prossecução da sua ambição de se afirmar como uma Universidade Global, a UC adotou uma perspetiva de
gestão sustentável das suas atividades e dos seus recursos, permitindo-lhe responder com eficiência e eficácia às
necessidades do presente para, desta forma, assegurar o seu futuro.
A meta definida no âmbito da internacionalização continua a registar uma evolução muito positiva, com um
acréscimo significativo no número absoluto e na proporção de estudantes de nacionalidade estrangeira
(independentemente do regime ou forma de ingresso) face ao total de estudantes – em 2017/2018, registaram-se
4.338 estudantes de nacionalidade estrangeira (mais 380 face ao ano letivo anterior), correspondente a 18,49% do
total (mais 1,34 p.p.). Para além de a UC ser há muito um destino preferencial de estudantes de mobilidade a nível
europeu e de atração de estudantes de países de língua portuguesa, para estes resultados tem contribuído a forte
ação desenvolvida na captação de estudantes internacionais, com campanhas específicas dirigidas a este público-alvo
(em particular no Brasil e na China) e com o desenvolvimento de canais de comunicação próprios, com impacto
muito positivo na visibilidade e na imagem da UC. A evolução positiva registada dá continuidade à trajetória de
aproximação da meta estabelecida (20%), que se terá já atingido no ano letivo 2018/2019.
Na área da cidadania e inclusão, registou-se um decréscimo de 18,53% no número de estudantes dirigentes
associativos jovens, estudantes membros de órgãos da UC e estudantes com participação em atividades de
reconhecido mérito universitário, passando de 1.009 estudantes no ano letivo de 2016/2017 para 822 estudantes
em 2017/2018. Com esta evolução negativa no último ano letivo, a meta definida (1.275) ficou mais longe de ser
alcançada.
É importante realçar que estes números não refletem os dados de estudantes em ações de voluntariado
credenciadas, que também integram o indicador associado à meta, mas que não têm ainda um sistema de registo e
de monitorização fidedigno, sendo apenas registadas ao nível do suplemento ao diploma, o que não permite o seu
correto acompanhamento. A título de exemplo, os EUG2018 contaram com a colaboração de cerca de 800
voluntários, muitos dos quais estudantes da UC; o mesmo aconteceu com outros eventos, como a Cimeira Mundial
da Saúde, ou com iniciativas diretamente apoiadas/mediadas pela Reitoria (Há Baixa e Missão País) – no entanto,
estas participações em ações de voluntariado não se encontram refletidos em Nonio.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
36
Os resultados alcançados no âmbito da Marca “UC”, nomeadamente no que respeita à posição nos principais
rankings universitários internacionais selecionados para este efeito, mostram que a Universidade de Coimbra
continua a deter uma posição confortável na elite das melhores universidades, de entre as mais de 17.000 que
existem em todo o mundo.
Na 15.ª edição do prestigiado QS World University Rankings, a UC mantém-se no top 500, mais concretamente na
posição 407, melhorando o seu desempenho face à edição anterior em 4 dos 6 indicadores avaliados. Destaca-se o
resultado obtido no indicador International Students, no qual a UC é a melhor instituição portuguesa e está mesmo
entre as 275 melhores do mundo. Numa análise por áreas, no QS World Universities Rankings by Subject, a UC
encontra-se no top 150 mundial nas áreas Modern Languages e Engineering - Civil & Structural e top 200 nas áreas de
Archaeology, Pharmacy & Pharmacology, Geography e Law.
No Academic Ranking of World Universities - ARWU, mais conhecido por ranking de Xangai, apesar de a UC não se
encontrar atualmente no top 500 global, apresenta muito bons resultados em algumas áreas – nomeadamente, no
top 75 mundial nas áreas de Telecommunication Engineering, Instruments Science & Technology, Civil Engineering,
Transportation Science & Technology e Remote Sensing; no top 150 mundial nas áreas Electrical & Electronic Engineering,
Automation & Control e Computer Science & Engineering; e, por fim, no top 200 mundial, Pharmacy & Pharmaceutical
Sciences. Nesta última edição do ARWU por áreas, a UC passou inclusivamente a estar presente nos rankings de um
maior número de áreas - 31 áreas, de um total de 54, quando em 2017 só estava presente em 19. Não obstante
estes bons resultados por áreas, no ranking global, a UC ficou a 12 centésimas de ficar no intervalo 401.º- 500.º,
dado o atual ambiente de forte competição nacional e internacional.
Os resultados obtidos vêm reforçar o bom desempenho da UC nos vários rankings internacionais – depois de obter
5 estrelas no QS Stars e de voltar a posicionar-se no top 500 do CWUR, em maio de 2018, a UC obteve também a
classificação máxima – “very good” – em vários indicadores da mais recente edição do Umultirank, nomeadamente nas
áreas da investigação, da transferência de saberes, da internacionalização e do envolvimento com a região. De referir
ainda a classificação de “good” – a 2.ª classificação mais alta – em 8 indicadores.
A notoriedade da UC nos meios de comunicação social, medida através da média bienal do AAV – Automatic
Advertising Value, indicador geralmente utilizado para este efeito e que corresponde ao valor publicitário equivalente
ao espaço ou tempo ocupado pela notícia, manteve a tendência ascendente, tendo-se verificado em 2018 um
acréscimo de 4% face ao ano transato; comparativamente ao ano de partida, regista-se já um aumento de 98,97%,
estando a meta superada. Analisando as notícias do período em análise, os destaques, em termos de valor de AAV,
vão para as intervenções de especialistas da UC sobre assuntos da atualidade (com destaque para as áreas de fogos,
relações laborais e igualdade de géneros), para as investigações em curso na UC e para a área do património e
turismo, com a transmissão do Jornal da RTP2 em direto da Biblioteca Joanina (no âmbito da realização de cinco
emissões especiais sobre património, percorrendo cinco monumentos marcantes de Portugal) ou as reportagens
sobre o turismo na UC. Destaque ainda para as visitas do Presidente da República à Universidade de Coimbra e para
os Jogos Europeus Universitários 2018.
Por último, e na área do ambiente, a UC continua a aposta no investimento em painéis solares de produção de
energia elétrica e em painéis solares de produção de energia térmica, o que se espera que venha a ter um impacto
ambiental positivo. No final de 2018, a área de painéis solares de produção de energia elétrica aumentou para
2.958 m2, registando um aumento de 476 m2 (+19,2%), resultante da instalação de painéis no Departamento de
Engenharia Química e no Observatório Geofísico e Astronómico, com previsão de início de produção no início de
2019. Foram ainda adquiridos painéis para instalação no Departamento de Engenharia Civil (DEC), que
corresponderão a mais 748 m2. Estas três instalações correspondem assim a um total de 720 painéis,
correspondendo a 1224 m2 e a uma potência de 208,8 kW, e permitindo ultrapassar a meta definida.
No que respeita à área de painéis solares de produção de energia térmica, foram instalados 40,23 m2 de painéis
solares térmicos no Pavilhão 2 do Estádio Universitário, aumentando este indicador para 140,73 m2 e ficando a
aproximadamente 41 m2 da meta estabelecida. Encontra-se também já adquirido projeto para a instalação de painéis
solares térmicos nas Residências dos Combatentes, António José de Almeida, Pedro Nunes e Residência 2 do
Polo II.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
37
Mapa síntese de metas da Universidade de Coimbra [quadro 6]
metas
Investigação aumentar em 25% o número de artigos nas 25% revistas de maior impacto
aumentar em 10% o número dos 25% melhores candidatos ao concurso nacional de acesso que escolhem a UC
aumentar em 20% o número de estudantes de doutoramento
aumentar em 20% o número de comunicações de invenção
aumentar em 50% o volume de negócios das spin-offs e start-ups
aumentar em 50% o número de estudantes integrados em atividades culturais da UC
aumentar em 50% o número de estudantes atletas de alto rendimento e atletas da UC
aumentar em 50% a receita com visitas aos espaços turísticos
assegurar um crescimento de, pelo menos, 15% no número de docentes de carreira com idade inferior a 40 anos
estabelecer um plano pessoal de desenvolvimento para, no mínimo, 40% do pessoal técnico
crescer 25% no financiamento competitivo
obter financiamento no valor de € 80M nos programas 2020
assegurar 100% do plano de instalações das unidades e serviços para o quadriénio
Internacionalização alcançar 20% de estudantes de nacionalidade estrangeira face ao total de estudantes
Cidadania e Inclusão
aumentar em 30% o número de estudantes dirigentes associativos jovens, estudantes membros de órgãos da UC,
estudantes com participação em atividades de reconhecido mérito universitário e estudantes em ações de voluntariado
credenciadas
Comunicação aumentar em 30% a média bienal do índice de notoriedade, medido através do AAV
triplicar a área de painéis solares de produção de energia elétrica
triplicar a área de painéis solares de produção de energia térmica
garantir a cobertura total dos espaços úteis por fibra ótica e rede wireless, abrangendo 100% dos edifícios com
necessidades identificadas
SU
ST
EN
TA
BIL
IDA
DE
Marca UCmelhorar a posição nos principais rankings universitários internacionais, considerando o universo das instituições de
ensino superior de língua portuguesa (QS, AWRU, THE, SIR Iber)
Ambiente
pilar / área
MIS
SÕ
ES
Ensino
Comunidade
RE
CU
RS
OS
Pessoas
Económico-Financeiros
Infraestruturas
Legenda:
evolução positiva
evolução neutra (sem evolução)
evolução negativa
não é possível avaliar a evolução
38
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
41
Neste capítulo, pretende-se transmitir uma visão ampla da atividade desenvolvida pela Universidade de Coimbra ao
longo do ano de 2018 no âmbito das suas principais missões – investigação, ensino e comunidade –, ilustrada através
de alguns dados e indicadores de atividade, apresentados numa perspetiva global (sem diferenciação por área do
saber).
3.1. INVESTIGAÇÃO
Posicionar a Universidade de Coimbra em patamares de excelência a nível global, através do desenvolvimento e
expansão da investigação científica e colocando-a como protagonista de grandes avanços do conhecimento, assume-
-se como o desígnio central na área da investigação (PEA 2015-2019).
Tratando-se de um pilar central da produção do conhecimento nas IES, a capacidade científica da Universidade de
Coimbra continua a ser reforçada, sendo cada vez mais reconhecida, estando atualmente presente em todas as
grandes áreas do saber. O resultado visível deste esforço traduz-se no aumento da produção científica de
reconhecido prestígio, nacional e internacional, que tem vindo a ser verificado ao longo dos últimos anos e que
coloca a investigação da UC em patamares de excelência a nível global.
Importa realçar que no que respeita aos dados de 2018 se registou uma alteração de metodologia usada pelo Núcleo
de Bibliometria da UC no apuramento dos indicadores relacionados com a produção científica – essencialmente
resultantes de um melhor e mais rigoroso aproveitamento das ferramentas WoS/InCites/JCR e Clarivate Analytics –,
impossibilitando uma comparação direta entre o valor obtido em 2018 e os valores dos anos anteriores, calculados
de acordo com a anterior metodologia.
Com base nos dados do acompanhamento do Plano Estratégico 2011-2015, que definiu uma estratégica clara nesta
matéria, a UC registou um crescimento superior a 80% no número de publicações na Web of Science, entre
2006-2010 e 2010-2014. Observando a evolução mais recente, entre os quinquénios 2010-2014 e 2013-2017
constata-se um acréscimo de 66,2%, tendo-se verificado um aumento de 10.704 para 18.737 publicações,
considerando os dados reportados a 31 de dezembro de 2014 e de 2017, respetivamente.
Tendo como referência o último quinquénio, destacam-se, por ordem decrescente do número de publicações, as
áreas de Clinical Medicine, Engineering, Social Science General, Computer Science e Physics, que representam 60,5% do
total de publicações da UC na Web of Science; comparativamente ao ano anterior há a realçar a saída da área de
Chemistry, que ocupava a terceira posição, e a entrada da área de Computer Science para este top 5.
A 31 de dezembro, considerando apenas dados de 2018 e não do quinquénio, registavam-se 2.127 publicações
indexadas à UC, com particular destaque para as áreas de Clinical Medicine (27,5% do total), Chemistry (8,7%),
Engineering (7,5%) e Physics (6,7%). De entre um total de 22 áreas, estas quatro, no conjunto, representaram mais de
50% das publicações indexadas à UC.
Publicações na Web of Science
[gráfico 1]
Quanto aos artigos publicados nas 25% revistas de maior impacto, salienta-se um acréscimo de 4,2%, de 5.713 artigos
no quinquénio 2012-2016 para 5.951 artigos no período 2013-2017. O valor agora obtido – 5.792 de artigos da UC
12.143
14.463
18.737
17.381
2011-2015 2012-2016 2013-2017 2014-2018*
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
42
publicados nas 25% revistas de maior impacto no quinquénio 2014-2018 – não se encontra muito afastado dos
valores alcançados registados no quinquénio precedente, mas resulta da aplicação da nova metodologia.
Analisando os dados referentes ao quinquénio 2014-2018, por área científica, conclui-se que as áreas onde se
registaram mais artigos da UC publicados em revistas no top 25% de impacto se mantiveram: a “Medicina Clínica”
(1.316 publicações), a “Física” (704), a “Engenharia” (532) e a “Química” (450). No conjunto, estas quatro áreas
foram responsáveis por 50,5% do total de artigos publicados em revistas do top 25%, de entre um total de 22 áreas.
O ano de 2017 marca o início de um novo processo de avaliação das unidades de investigação e desenvolvimento
pela FCT. Este processo, ainda em curso, “visa o desenvolvimento e a valorização do Sistema Científico e
Tecnológico Nacional em todas as áreas de conhecimento, e o seu fortalecimento e densificação territorial”, e
culminará com a atribuição do financiamento plurianual para o período 2019-2022.
Assim, permanece válido o resultado final da avaliação dos 33 centros e unidades integradas do anterior processo
de avaliação, espelhados no quadro 7. Configurando uma reestruturação do panorama da investigação até então
existente na UC, 61% das unidades tiveram uma classificação final igual ou superior a “Muito Bom”, acedendo a
financiamento estratégico, para além de financiamento base. Acresce que 18% acederam a financiamento base e os
restantes 21%, por terem tido classificação final inferior a “Bom”, tiveram acesso apenas ao fundo de reestruturação.
Em termos de financiamento e adicionalmente ao valor plurianual já antes contratualizado com a FCT, foi atribuído
em maio e junho de 2018 um valor de 2,43M€, respeitante a prorrogação de financiamento para recuperação de
unidades de I&D, abrangendo 12 unidades.
Avaliação dos centros e unidades de I&D integrados (2013)
[quadro 7]
N.º % % acum.
Excecional 1 2,5% 2,5%
Excelente 10 25% 27,5%
Muito Bom 14 35% 62,5%
Bom 8 20% 82,5%
Razoável 5 12,5% 95%
Insuficiente 2 5% 100%
Total 40 100%
Em relação às unidades consideradas no quadro 7, há ainda a destacar que desde o momento da avaliação de 2013,
decorreram já alterações, com a criação de dois novos centros de investigação integrados: o CeBER – Center for
Business and Economics Research, com o objetivo de realizar atividades de investigação científica e aplicada nas áreas
da economia e da gestão; e o CIBIT - Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research, que pretende
focar a sua massa crítica na investigação de translação incluindo imagiologia animal e humana in vivo, tanto nas
vertentes de imagem molecular e metabólica, como nas vertentes estrutural e funcional. Ambas as unidades integram
já o processo de avaliação em curso.
No âmbito do Roteiro Nacional das Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico 2014-2020 da FCT, a
UC participa em 18 das 40 infraestruturas, na sequência do concurso que permitiu mapear e avaliar as infraestruturas
de investigação nacionais e identificar áreas prioritárias.
Ao nível das infraestruturas, é ainda relevante destacar que o número de Plataformas Tecnológicas da UC ascende
a oito, agrupando um conjunto de equipamentos científicos de ponta, nomeadamente analíticos (espectroscopia,
microscopia, análise química, física e biológica, etc.), que se encontram não apenas ao serviço dos investigadores da
UC, mas também disponíveis para apoiar a rede alargada de I&D e a indústria. Na sequência da publicação do
regulamento em abril de 2016, quatro já se encontravam em pleno funcionamento a 31 de dezembro de 2017,
estando outras duas em vias de ficar em idênticas condições.
No que concerne a financiamento, em 2018, continuaram a ser desenvolvidas ações de divulgação de ofertas de
financiamento, tendo sido apresentado um total de 467 candidaturas a projetos, o que reflete um decréscimo de
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
43
34% face a 2017. A taxa de aprovação de candidaturas foi de 16,1%, ligeiramente superior ao ano anterior (+1,6 p.p).
Realça-se que, com base nestas aprovações, foi contratualizado um volume de financiamento em 2018 que ascendeu
a 41,6M€, quase o dobro do ano anterior (23,9M€).
Do total contratualizado em 2018, os programas 2020 representam, no seu conjunto, 85,6% - 8,1M€ no Horizonte
2020, 20,3M€ no programa Portugal 2020 e 7,2M€ no âmbito da estratégia Centro 2020, num total de 35,6M€ (mais
56,3% do que em 2017). Destacam-se três projetos, por representarem, cada um, um valor de financiamento
superior a 1,5M€: Valorização e Recuperação da Sala dos Capelos, Palácio Real e Colégio das Artes (3M€),
ContentMap - Contentotopic mapping: the topographical organization of object knowledge in the brain (1,8M€), InPaCTus
- Produtos e Tecnologias Inovadores a partir do Eucalipto (1,6M€).
Quanto ao número de projetos ativos ao longo do ano de 2018, registou-se na entidade UC um substancial
acréscimo de 52,4% face ao ano anterior, essencialmente dado o aumento do número de projetos nacionais (+77%).
Observando os principais dados e indicadores de atividade de 2018 das unidades de I&D não integradas na UC, mas
que com ela consolidam, destacam-se alguns dados:
o CNC registou o inicio de 85 novos projetos em 2018, dos quais 63 projetos FCT (0,10M€), 10 projetos
financiados por outras entidades nacionais (0,83M€), 2 projetos europeus (0,86M) e, finalmente, um valor de
0,382M€ de projetos internacionais.
o CES, como entidade proponente, tem em gestão quatro bolsas ERC e um projeto H2020, que o CES lidera,
com um total de orçamento contratualizado de 8,17M€ com a União Europeia; em termos de projetos de
investigação financiados pela FCT, continuaram os projetos IDCT, com um montante de financiamento
contratualizado de 3,2M€;
no INESCC salienta-se a realização de 13 projetos de I&D no âmbito do sistema científico nacional, 6 como
instituição proponente e 7 como instituição participante, incluindo um projeto no âmbito dos Programas de Ação
Conjunta, 16 ações de cooperação internacional, incluindo 12 ações COST – European Cooperation in Science and
Technology. Acresce ainda a realização de 13 projetos internos com financiamento competitivo, 13 projetos
internos com autofinanciamento (com as margens de contratos terminados) e 5 projetos de consultoria
especializada com empresas e outras entidades:
o IteCons foi reconhecido como centro de Interface Tecnológico (CIT); neste âmbito, obteve a aprovação de
um financiamento plurianual num montante total de 1,6M€, enquadrado no fundo FITEC-Fundo de Inovação,
Transferência de Tecnologia e Economia Circular, após obtenção da classificação de excelente. Em 2018, foram
finalizados 8 projetos com um investimento global superior a 4,5M€ (envolvendo os parceiros) e foi obtida a
aprovação de 16 novos projetos, a maioria em copromoção com a indústria. Nesta tipologia de projeto, o
investimento global ultrapassa os 7M€, enquanto nas restantes tipologias (projetos FCT, SIAC e Life), o valor
global, envolvendo todos os parceiros, ascende a 3M€;
entre os projetos que se encontravam em curso no IPN é de destacar os projetos europeus GELCLAD e ReMAP,
bem como a execução de sete projetos no âmbito da rede europeia EIT-Health; realça-se ainda a aprovação de
oito novos projetos para 2019.
3.2. ENSINO
A Universidade de Coimbra assume um forte compromisso na promoção da qualidade do ensino, que possibilite
uma formação integral dos estudantes e adeque a oferta formativa às necessidades da envolvente, atraindo os
melhores estudantes e professores (Plano Estratégico 2015-2019).
Mantém-se o desenvolvimento de ações específicas focadas na promoção e divulgação da oferta formativa para o
público pré-universitário, com vista ao aumento da captação em geral e dos melhores candidatos, em particular.
Em 2018 destaca-se a participação em feiras e eventos, com a UC a marcar novamente presença nas mais importantes
feiras de educação e formação de âmbito nacional, a Futurália e a Qualifica, dando a conhecer os cursos, as faculdades
e os serviços que a Universidade tem para oferecer aos potenciais candidatos.
No que respeita às ações com escolas, o programa “Um Dia na UC”, que proporciona aos potenciais candidatos a
oportunidade de vivenciarem a realidade do mundo académico de Coimbra e de conhecerem melhor o(s) curso(s)
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
44
e a(s) Faculdade(s) de eleição, acolheu 801 alunos, provenientes de 13 escolas, representando 8 distritos de norte a
sul do país.
A Universidade de Verão, iniciativa da UC, continua a registar uma boa adesão por parte do público pré-universitário
permitindo uma experiência mais imersiva. A edição de 2018 decorreu entre 2 e 7 de julho, direcionada a alunos do
ensino secundário (do 10.º ao 12.º ano) e do 9.º ano, permitindo experienciar uma série de atividades pedagógicas,
de diferentes áreas do saber e culturais, com a colaboração de docentes, investigadores e estudantes da UC, no
sentido de, numa só semana, dar a conhecer os diferentes trabalhos de análise, pesquisa, debate, experiência e ensino
desenvolvido nas faculdades, em programas desenhados especificamente para esta iniciativa.
Participantes na Universidade de Verão [figura 3]
Dos 344 participantes na UV 2018 – que resultaram de um processo de seriação de 596 candidaturas validadas (+80
do que no ano anterior) –, 337 eram de nacionalidade portuguesa, dos quais 329 frequentavam o ensino secundário
em Portugal e 8 residiam e estudavam no estrangeiro. O número total de estudantes de nacionalidade estrangeira
sofreu uma ligeira redução, quando comparado com o número registado no ano anterior – de 8 para 7.
Por sua vez, dos 53 participantes que frequentavam o 12.º ano aquando da participação na UV 2018, 50 reuniam as
condições para ser opositores ao CNA 2018 e 38 candidataram-se à UC, tendo sido colocados 24 (dos quais 18 em
1.ª opção). Efetivaram a matrícula 25 estudantes, mais 8 do que no ano anterior, embora a taxa de eficácia da UV
seja inferior à do ano anterior: de 54,8% (17 matriculados em 31) para 50% (25 matriculados em 50).
Considerando os participantes das quatro últimas edições da UV (de 2015 a 2018), que reuniam, à partida, condições
para se candidatar ao ensino superior, via CNA no ano 2018 – ou seja, os que frequentavam, respetivamente, o 9.º,
o 10.º, o 11.º e o 12.º ano de escolaridade no momento de inscrição de cada uma das referidas edições, a taxa de
eficácia foi de 31,4%, correspondente a 99 matriculados na UC no ano letivo 2018/2019, de entre um total de 315
participantes.
A maior exigência no ensino preconizada no PEA começa desde logo na captação, procurando a Universidade de
Coimbra atrair os melhores estudantes. Neste contexto, analisando a 1.ª opção de cada um dos 25% melhores
candidatos ao ensino superior a nível nacional no CNA 2018 (dados da 1.ª fase), é possível constatar que a UC
registou um decréscimo de 0,29 p.p. da sua taxa de captação face ao ano anterior no conjunto do ensino público
universitário. A Universidade de Coimbra, com uma taxa de 8%, ocupa a 5.ª posição relativa no conjunto das
universidades no que respeita à captação dos 25% melhores candidatos ao ensino superior, a nível nacional, sendo
ultrapassada pela Universidade do Minho, que passou a ocupar a 4.ª posição, comparativamente ao ano anterior
(estando a 1,4 p.p. da UC neste indicador).
Captação dos 25% melhores candidatos ao ensino superior pela UC 2014-2018
[gráfico 2]
8,82%9,05%
8,54%8,29%
8,00%
2014 2015 2016 2017 2018
389 323 344
2016 2017 2018
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
45
No âmbito da acreditação de ciclos de estudos pela A3ES, foram acreditados 32 ciclos de estudos (incluindo 21
cursos com decisão anterior de acreditação condicional e que obtiveram nova decisão em 2018), dos quais 29
resultaram na acreditação plena, dois na acreditação condicional e um viu prorrogada a acreditação condicional da
decisão anterior. Neste mesmo ano, foram submetidos 8 pedidos de acreditação de novos ciclos de estudo, 6
pedidos especiais de renovação da acreditação de ciclos de estudos não-alinhados e 49 pedidos de autoavaliação de
ciclos de estudos em funcionamento.
No ano letivo 2018/2019 registam-se 226 ciclos de estudos em funcionamento, o que se traduze num acréscimo de
2 cursos quando comparado com o ano letivo anterior (aumento de 0,9%). Ao nível dos doutoramentos, destaca-se
a estabilização decorrente da conclusão dos cursos Pré-Bolonha (que ainda subsistiam em 2016/2017 com um
número residual de estudantes que aguardavam a marcação de provas).
Ciclos de estudos com estudantes inscritos
[quadro 8]
2016/2017 2017/2018* 2018/2019** Δ
L 35 35 35 0
MI 12 12 12 0
ME 117 108 110 2
D** 79 69 69 0
Total 243 224 226 2
* valor de 2017/2018 atualizado com dados finais de ano letivo
** dados a 31 de dezembro de 2018
No que concerne aos cursos não conferentes de grau, registou-se uma redução de dois cursos de pós-graduação e
de especialização (de 18 para 16) e um acréscimo nos restantes cursos não conferentes de grau1 (de 75 para 86)
entre os anos letivos 2016/2017 e 2017/2018. Sendo os cursos não conferentes de grau cursos de curta duração,
alguns dos quais decorrendo apenas no segundo semestre, não é ainda possível analisar a evolução para o ano letivo
2018/2019.
Destaca-se que, no âmbito do ensino a distância, no ano letivo 2017/2018 foram ministrados 13 cursos, com o
envolvimento de sete faculdades e a participação de 109 formandos, com uma taxa de sucesso de 83,5%. Destacam-
-se ainda os cursos ministrados no âmbito do consórcio estabelecido em 2015 entre a Universidade de Coimbra e
a Universidade Aberta, com o objetivo de dar resposta aos desafios colocados ao ensino superior pelas novas
tecnologias de comunicação e criar uma oferta de referência de ensino a distância em língua portuguesa no mundo,
sem exclusão de outras línguas, em todas as áreas do conhecimento.
As entidades autónomas do Grupo Público UC são parceiras ativas em ciclos de estudos da UC (bem como com
outras IES), acolhendo um conjunto diversificado de programas de doutoramento. Neste âmbito:
o CES colabora em 12 programas de doutoramento, com um total de 470 doutorandos em 2018,
proporcionando ainda cursos de formação não conferentes de grau (cursos de formação avançada, oficinas, aulas
abertas, conferências, colóquios e encontros nacionais, seminários internacionais ou summer schools);
o CNC oferece um programa doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina (PDBEB), cujo grau é conferido
pelo III, é parceiro no programa internacional de formação avançada MIT- Portugal e colabora com outros cursos
de doutoramento e mestrado da UC; empenhado em preparar jovens investigadores para o mercado de trabalho,
tem também integrado redes Europeias de formação avançada (MCA-ITN) que envolvem parceiros empresariais
como as ações FP7 TreatPolyQ (com a AC IMMUNE e a Siena Biotech) e NanoDrug (com a Sanofi);
o CEDOUA continuou a organizar o Curso de Especialização em Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do
Ambiente, já na sua XXII edição;
1 cursos de formação, como os cursos de línguas; cursos de português para estrangeiros; cursos de ensino a distância; Ano Zero; cursos de pós-doutoramento; ou cursos realizados por delegação em entidades subsidiárias de direito privado.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
46
o ITeCons desenvolveu cursos não conferentes de grau no âmbito da segurança na construção, na utilização de
diversos softwares de apoio às engenharias e arquitetura, entre outras que se traduziram num total de 29 ações
ao longo do ano, com um total de 260 participantes;
a generalidade das entidades colabora na lecionação de algumas unidades curriculares e no apoio a aulas práticas,
bem como no acolhimento e/ou (co)orientação de dissertações de mestrado e teses de doutoramento de
estudantes da UC – como o IPN, a ADAI e o INESC Coimbra.
Observando os dados relativos ao acesso ao ensino superior, registou-se um ligeiro aumento de 4,3% no número
de candidatos que selecionaram a UC em 1.ª opção na 1.ª fase do CNA 2018 (licenciatura e mestrado integrado).
Relacionando o número de candidatos em 1.ª opção e o número de vagas, constata-se que o índice de satisfação da
procura se manteve superior a 1 (ou seja, com um número de candidatos em 1.ª opção superior ao número de vagas
disponibilizadas), aumentando comparativamente ao CNA 2017, com um valor de 1,07 (1,04 em 2017).
Realça-se ainda que a UC foi a 4.ª universidade escolhida como 1.ª opção, recebendo a preferência de 3.469
candidatos, ou seja, 9,9% do total dos candidatos às universidades públicas.
O número total de colocados na 1.ª fase continua a aumentar desde 2014, com a UC a registar um total de 3.184
colocados em 2018, correspondente a um acréscimo de 0,3% face ao ano anterior e de 13,2% relativamente a 2014,
ano em que se registou o valor mais baixo do período em análise. A taxa de ocupação de vagas foi assim de 97,8%
na 1.ª fase, bastante próxima da plena ocupação, mas assistindo-se a uma diminuição de 1,8 p.p. face ao ano de 2017.
Considerando apenas os colocados em 1.ª opção na UC, registou-se um significativo acréscimo de 10,6% em relação
ao ano anterior e de 15,7% comparativamente a 2014, o ano com valor mais baixo dos últimos cinco anos.
Vagas e candidatos colocados na 1.ª fase do CNA
[gráfico 3]
Dados: Direção Geral do Ensino Superior
Por fim, e considerando os dados das três fases do CNA, verificou-se mais uma vez um acréscimo no número de
novos estudantes matriculados na UC, com 3.197 novas entradas, ou seja, mais 1,9% do que no ano anterior (3.136).
Analisando a evolução de outras formas de acesso ao ensino superior – regimes especiais, concursos especiais,
mudança de par instituição/curso, reingresso e outros regimes específicos –, conclui-se que, considerando os valores
finais de 2017/2018, se registou um acréscimo de 1,5% face ao ano letivo anterior. No ano letivo 2018/2019,
considerando os dados a 31 de dezembro (ainda sujeitos a alteração), verificou-se um decréscimo de 5,1%.
3.1893.189 3.189 3.189 3.257
2.896
3.4523.324 3.327
3.469
2.813
3.021 3.104 3.1753.184
1.475 1.526 1.546 1.5421.706
2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019
Vagas Candidatos em 1.ª opção Colocados na 1.ª fase Colocados em 1.ª opção
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
47
Estudantes de licenciatura e mestrado integrado admitidos através de outras formas de acesso
[quadro 9]
2016/2017 2017/2018* 2018/2019**
Regimes especiais
Missão Diplomática Portuguesa no Estrangeiro; Portugueses Bolseiros no Estrangeiro ou Funcionários
Públicos em Missão Oficial no Estrangeiro; Oficiais da Forças Armadas Portuguesas; Bolseiros dos PALOP; Missão Diplomática Estrangeira Acreditada em Portugal; Praticantes Desportivos de Alto Rendimento; Naturais
de Timor-Leste.
48 63 99
Concursos especiais
Acesso a Medicina por titulares de grau de licenciado 26 20 21
Maiores de 23 anos 60 56 54
Titulares de cursos superiores 107 89 115
Reingresso e mudança de par instituição/curso
Reingresso 519 507 384
Mudança de par instituição/curso 272 297 321
Outros regimes
Licenciados Bolonha (acesso ao 4.º ano de MI) 9 9 15
Licenciados Pré-Bolonha (acesso ao grau de mestre) 10 21 0
Protocolo dos Açores (ingresso no 4.º ano no MI Med.) 31 36 33
Total 1.082 1.098 1.042
* valores finais, revistos em relação ao Relatório de Gestão e Contas 2017
** dados a 31 de dezembro de 2018
O número de estudantes inscritos em regime normal (ou seja, excluindo os estudantes em mobilidade incoming2)
registou um acréscimo de 1,7% entre os anos letivos 2016/2017 e 2017/2018, considerando os dados finais destes
anos e excluindo cursos de formação não conferentes de grau e disciplinas isoladas, o que configura uma alteração
do sentido da evolução registado entre 2015/2016 e 2016/2017. O referido aumento verifica-se em todas as
tipologias de cursos conferentes de grau, registando-se uma redução apenas nas pós-graduações e especializações,
que registam um decréscimo de 9,6% conforme se constata da leitura do quadro 6.
Em termos globais, observa-se já um aumento em 2018/2019, mas há que ter em atenção que os dados deste ano
letivo reportam a 31 de dezembro, não sendo, portanto, dados finais, pelo que não são ainda diretamente
comparáveis com os dados finais de 2017/2018. Efetuando a comparação face a período homólogo – isto é, entre os
dados de 2018/2019 do quadro 6 e os dados de 2017/2018 a 31 de dezembro de 2017, constantes do Relatório de
Gestão e Contas de 2017 –, verifica-se um acréscimo de 491 estudantes (excluindo cursos de formação não
conferentes de grau e disciplinas isoladas), ou seja, mais 2,3%, o que permite antever que o comportamento de
acréscimo se manterá no corrente ano letivo.
Realça-se que os dados do quadro 6 incluem os estudantes inscritos ao abrigo do estatuto do estudante internacional,
cuja análise detalhada será efetuada no capítulo “Sustentabilidade”, na área de internacionalização.
Nos outros cursos não conferentes de grau (conforme definidos na nota de rodapé n.º 2) registou-se um acréscimo
de 5,4% entre 2016/2017 e 2017/2018. Uma vez que os dados relativos a 2018/2019 deste tipo de cursos, espelhados
no quadro 6, representam apenas informação relativa ao 1.º semestre, não se procede à sua análise comparativa com
os dados finais do ano letivo 2017/2018.
2 A analisar no capítulo 4. Sustentabilidade – área de internacionalização.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
48
Estudantes inscritos, por tipologia de ciclos de estudos e de curso
[quadro 10]
2016/2017 2017/2018 Δ 2018/2019* Δ
L 8.462 8.505 43 8.863 358
MI 6.680 6.705 25 6.571 -134
ME 3.432 3.548 116 3.498 -50
D 2.533 2.744 211 2.660 -84
PG/E 249 225 -24 161 -64
Subtotal 21.356 21.727 371 21.753 26
OCNCG 2.443 2.574 131 1.337
DI 972 909 -63 603
Total 24.771 25.210 439 23.693
* dados a 31 de dezembro de 2018
Analisando os dados por género, verifica-se que 56,7% dos estudantes de 2017/2018 eram do sexo feminino,
excluindo desta análise os outros cursos não conferentes de grau e as disciplinas isoladas. Esta distribuição mantém-
-se quando analisamos por ciclos de estudos, sendo o 3.º ciclo o mais equilibrado no que ao género diz respeito.
Total de inscritos no ano letivo 2017/2018, por ciclos de estudos e género [figura 4]
O número de diplomados registou um decréscimo global de 2,8% no ano letivo 2017/2018, essencialmente reflexo
da diminuição de diplomados nas licenciaturas.
Estudantes diplomados, por tipologia de ciclos de estudos e de curso
[quadro 11]
2015/2016 2016/2017 2017/2018 Δ
L 1.690 1.802 1.641 -161
MI 1.085 1.023 1.040 17
ME 1.148 1.080 1.106 26
D 223 208 203 -5
PG/E 147 137 141 4
Total 4.293 4.250 4.131 -119
A Universidade de Coimbra monitoriza a trajetória académica e profissional dos seus diplomados através da
promoção de um inquérito online, transversal a todas as UO, que procura avaliar não só a situação de
emprego/desemprego, mas também outras variáveis relevantes para a melhoria da qualidade do ensino ministrado.
L 4.884
MI 3.779
ME 2.108
D 1.421
PG/E 123
L 3.621
MI 2.926
ME 1.440
D 1.323
PG/E 102
21.727
12.315 9.412
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
49
Nesse contexto, anualmente são convidados a responder a este inquérito todos os diplomados no ano n-2. No que
concerne aos resultados do último relatório de empregabilidade, com base no inquérito a diplomados no ano letivo
2014/2015 (que registou uma taxa média de resposta de 32,9%), e considerando os diversos ciclos de estudos,
apurou-se que 44,6% dos diplomados estavam empregados, 11% dos diplomados prosseguiram os seus estudos e
44,3% estavam desempregados.
Taxa de empregabilidade – ano letivo 2014/2015, por ciclos de estudos
[gráfico 4]
No entanto, as percentagens de recém-diplomados, por curso, registadas no IEFP como desempregados são bastante
inferiores (cf. “Dados e Estatísticas de Cursos Superiores”, da DGEEC), o que resultará das baixas taxas de resposta
ao inquérito, nomeadamente por parte dos antigos estudantes que já se encontram plenamente integrados no
mercado de trabalho e em particular em áreas de formação habitualmente associadas a elevados níveis de
empregabilidade (ex,: medicina ou engenharias). Por tudo isto, a UC tem vindo a explorar diversas soluções que
possam contribuir para a otimização da metodologia utilizada, o que contribuiu, parcialmente, para o atraso da data
de aplicação do último inquérito, bem como para o atraso do processo de análise de resultados e produção de
relatórios de apoio à tomada de decisão.
Neste âmbito, destaca-se que a Universidade de Coimbra voltou a ficar posicionada entre as melhores IES no QS
Graduate Employability Rankings. Na edição de 2018 deste ranking, que tem como objetivo avaliar o desempenho das
IES ao nível da promoção da empregabilidade e do desenvolvimento de parcerias com os empregadores, a UC voltou
a ficar posicionada entre as melhores IES, marcando posição no top 190 mundial e melhorando a sua posição
relativamente ao ano anterior (top 200 em 2017), destacando-se os resultados alcançados nos indicadores que
avaliam as parcerias com os empregadores e a taxa de empregabilidade dos graduados.
Em 2018, a UC atribuiu três doutoramentos honoris causa:
Krzysztof Matyjaszewski (Ciências e Tecnologia) - integra a Universidade de Carnegie Mellon desde 1985, tendo
desempenhado cargos como diretor do Departamento de Química, diretor do Consórcio de Polimerização
Radical Controlada e diretor do Centro de Engenharia Macromolecular da instituição; coautor de mais de mil
artigos científicos, que originaram mais de 127 mil citações, é um dos químicos mais citados de todo o mundo;
Sultan bin Muhammad Al-Qasimi (Letras) - chefe do governo do Emirado de Sharjah (um dos sete que compõem
a confederação dos Emirados Árabes Unidos), tem uma vasta obra publicada nos domínios de história, geografia
política, cartografia, literatura e teatro, destacando-se igualmente a “riquíssima coleção” (de livros, manuscritos
e cartografia) relativos à presença portuguesa no Médio Oriente nos séculos XVI e XVII, que o xeque reuniu no
Centro de Estudos do Golfo;
Enrique Cadenas (Farmácia) - personalidade relevante no âmbito das ciências farmacêuticas que integra o grupo
de pioneiros cujas descobertas, na década de 70 do século XX, conduziram à formulação da teoria dos radicais
livres, oxidantes e antioxidantes em biologia e biomedicina, trazendo assim à luz uma nova área científica com
profundo impacto na saúde e na doença.
44,6%
20,9%
78,7%
62,5%
11,0%
16,5%
4,6%
5,6%
44,3%
62,9%
16,7%
31,9%
Global UC
L
MI
ME
Empregados Prosseguiram os estudos Desempregados
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
50
3.3. COMUNIDADE
Através da sua intervenção nas áreas da inovação, do empreendedorismo, da cooperação através de redes e
parcerias, do património, da cultura, do turismo, do desporto, da interação com a comunidade local e da ligação
com os seus antigos estudantes, a Universidade de Coimbra procura dar o seu contributo ativo e decisivo para o
desenvolvimento, progresso e bem-estar da sociedade.
Considerando o contexto atual, a transferência de conhecimento resultante da investigação desenvolvida na UC,
criando valor, continua a assumir particular importância para a diferenciação como Universidade Global, de
referência internacional, destacando-se no âmbito da inovação e da gestão da propriedade intelectual. Sendo esta
uma das prioridades potenciadoras da inovação, a revisão da Política de Propriedade Intelectual da UC, com vista à
sua simplificação, encontra-se redigida e preparada para discussão pública.
E como a valorização dos resultados da investigação desenvolvida na UC assume particular importância, o esforço
desenvolvido para a proteção da propriedade intelectual resultou num acréscimo de 23 patentes ativas face ao ano
anterior (+12,5%). O portefólio acumulado de patentes ativas ascendia assim a um total de 207 no final de 2018, das
quais 42 nacionais e 165 internacionais.
Patentes ativas (valor acumulado) [figura 5]
Complementarmente, foram submetidas 30 comunicações de invenção em 2018, o mesmo número do ano anterior.
Estabelecendo como prioridade a promoção da criação de novas empresas (spin-offs e start-ups), destaca-se o papel
assumido por algumas das entidades do grupo, como o IPN, o Biocant ou o SerQ.
O ano de 2018 foi um ano de consolidação para o IPN, caraterizado por grande número de projetos em curso e
pela ocupação plena da sua aceleradora de empresas. O TecBIS, infraestrutura de “aceleração” de empresas do IPN,
que entrou em funcionamento em 2015 – visando o apoio ao crescimento e a consolidação de empresas de elevado
potencial, a sua internacionalização e aumento de intensidade tecnológica, impulsionando a atração e fixação de
recursos humanos altamente qualificados e aumentando significativamente as sinergias entre os meios académico e
empresarial –, manteve em 2018 uma ocupação plena, com 25 empresas instaladas, que agregam cerca de 650
colaboradores.
Destaca-se o envolvimento do IPN em três vertentes de colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA): a
Iniciativa Nacional de Transferência de Tecnologia do Espaço - sendo o IPN o Broker Nacional de Tecnologia para a
ESA -, a coordenação do Centro de Incubação da Agência Espacial Europeia em Portugal (ESA-BIC Portugal) e ainda
a função de Embaixador do programa de Telecomunicações, o ESA ARTES. O Centro de Incubação da Agência
Espacial Europeia em Portugal cumpriu também integralmente os objetivos fixados, acolhendo vinte e três empresas
em Portugal, onze das quais na IPN-Incubadora.
O contributo do IPN-Incubadora é fundamental no apoio à transferência de tecnologia e fomento do
empreendedorismo da UC. O ano de 2018 ficou marcado pela distinção dada ao IPN Incubadora com o 5.º lugar no
ranking World Top Business Incubator – Affiliated with University da UBI Global. Outros eventos particularmente
relevantes foram a organização pela IPN-Incubadora do EIT Health InnoStars Bootcamp 2018 e ainda a escolha da IPN-
Incubadora como a entidade de acolhimento do projeto empresarial ABTrace, vencedor europeu de um dos prémios
WildCards, no valor de 2 M€, atribuído pela rede EIT-Health.
As atividades desenvolvidas ao longo do ano concentraram-se na prospeção de novos jovens empreendedores, na
participação em redes de cooperação tanto a nível nacional como internacional, no apoio às empresas dos programas
de Incubação Física e Virtual, incluindo aquelas enquadradas no âmbito do ESA-BIC Portugal e do iHUBs – Internet
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
51
Innovation Hubs, bem como na continuação da execução dos projetos enquadrados no Sistema de Apoio às Ações
Coletivas do Centro2020 e dos projetos europeus.
Quanto à atividade de incubação, manteve-se muito dinâmica em 2018:
registaram-se 7 entradas de empresas do programa de incubação física, contando assim com 35 empresas no final
do ano (menos 2 do que em 2017), 13 das quais com origem e fortes ligações com o sector académico (spin-off);
a incubadora alcançou, ao longo do ano, uma taxa de ocupação média de 94% – correspondente a uma ocupação
de 1.643,83 m2 em 1.747,33 m2 disponíveis –, e uma taxa de ocupação de 94% no final do ano, excluindo os
espaços de cowork;
o programa cowork, manteve uma dinâmica positiva, dispondo de um total de cerca de 196 m2 disponíveis em
três salas de cowork, nas quais estavam instaladas 14 empresas/projetos;
o Programa de Incubação Virtual experimentou uma forte dinâmica de crescimento, tendo ingressado 20 projetos
na modalidade start e 1 na modalidade follow-up. O total de empresas neste programa, no final do ano, ascendia
a 79 (84 em 2017), das quais 58 na modalidade start e 21 na modalidade follow-up;
transitaram 3 empresas do programa de Incubação Virtual Start para o programa de Incubação Física: Quasar,
Mythical Technologies e CloverStrategy.
De realçar ainda que o Laboratório de Automática e Sistemas do IPN recebeu o primeiro prémio de “Boas Práticas
em Envelhecimento Ativo e Saudável”, na categoria "Conhecimento+”, promovido pela CCDRC, com o projeto
Praça Vida+.
O Biocant Park, resultante de um investimento da Câmara Municipal de Cantanhede e do CNC, permite a
consolidação de um conjunto de empresas e instituições de I&D de excelência na região Centro. É o primeiro parque
especializado em biotecnologia em Portugal, cujo objetivo é patrocinar, desenvolver e aplicar o conhecimento
avançado na área das ciências da vida, apoiando iniciativas empresariais de elevado potencial a concretizar e a
valorizar as suas iniciativas empreendedoras promovendo desta forma a fixação de profissionais altamente
qualificados na região. Para além da prestação de serviços especializados avançados em biotecnologia em geral e
nestas áreas em particular, desenvolve as condições favoráveis à afirmação das empresas no mercado global e nas
redes nacionais e internacionais de biotecnologia, procede à validação científica e económica de projetos em fase
inicial e contribui para a difusão da ciência como mecanismo de desenvolvimento económico e social. Em 2018 o
parque contava com cerca de 27 empresas aí sediadas, alojando 40% empresas do sector de biotecnologia em
Portugal.
No que respeita à sua atividade de incubação, o SerQ mantinha, no final do ano de 2018, quatro empresas incubadas
fisicamente no seu espaço.
A UC integra ainda outros parques ou plataformas de ciência e tecnologia, nomeadamente:
Obitec – Parque Tecnológico de Óbidos;
Coimbra iParque;
OPEN – Associação Oportunidades Específicas de Negócio;
BLC 3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro;
RIERC – Rede de Incubadoras de Empresas da Região Centro.
Do conjunto de estratégias de eficiência coletiva (clusters e polos) nacionais, destaca-se a participação da UC nas
seguintes, de forma direta ou indireta:
Polo Português do Campus do Mar, desde 2016;
Cluster Agroindustrial do Centro – InovCluster;
Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar – Oceano XXI;
Cluster Habitat Sustentável – Centro Habitat;
Polo de Competitividade da Saúde – Health Cluster Portugal;
Polo de Competitividade das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica – TICE.PT;
Polo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias de Refinação, Petroquímica e Química Industrial – AIPQR
[Associação das Indústrias da Petroquímica, Química e Refinação];
Polo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling – Associação Pool-net [Portuguese Tooling Network];
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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Polo de Competitividade das Tecnologias de Produção – PRODUTECH, através do laboratório associado
Instituto de Sistemas e Robótica (ISR);
Polo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias de Base Florestal – AIFF [Associação para a Competitividade
das Indústrias da Fileira Florestal], através do Biocant e do Raíz – Instituto de Investigação da Floresta e Papel.
Ainda neste âmbito, e com o objetivo de estimular as capacidades necessárias à criação de empresas de base
tecnológica, foi promovida mais uma edição do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica. A referida edição
registou um decréscimo no número de participantes (-21,4%), tendo-se verificado também uma ligeira diminuição
no número de empresas/empresários envolvidos nesta edição em relação ao ano anterior (de 11 para 10), mas um
acréscimo no número de planos de negócio elaborados, que quase quadruplicou.
Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica [quadro 12]
2014 2015 2016 2017 2018
N.º de participantes 101 88 55 28 22
N.º de unidades de I&D envolvidas 5 5 10 5 5
N.º de empresas/empresários envolvidos, enquanto mentores
12 10 7 11 10
N.º de planos de negócio elaborados 5 5 10 6 22
No que respeita aos cursos de empreendedorismo de base não tecnológica, registou-se um acréscimo, de 40,3%,
passando de 62 formandos em 2017 para 87 no ano de 2018.
Há ainda a destacar os dados referentes a outros programas de empreendedorismo, como:
EIT Health StarShip Innovation Fellowships, com 36 participantes - iniciativa educacional do programa EIT Health em
colaboração com parceiros europeus de destaque na área da saúde e liderada pela UC, pelo IESE Business School,
pelo Royal Institute of Technology e pelo IPN, em parceria com 6 empresas europeias parceiras do EIT Health.
O programa EIT Health dá a oportunidade de transformar ideias inovadoras em soluções de mercado,
proporciona suporte para o lançamento do próprio negócio e orienta através do processo de desenvolvimento
de negócio e entrada em mercados estrangeiros;
Ineo Start, com 43 participantes - programa de formação técnico e humano que adota metodologias
internacionalmente comprovadas, num programa intensivo de um mês, realizado em parceria pelo IPN, pela UC
e pela jeKnowledge, a júnior empresa da FCTUC;
Explorer, com 21 participantes - os participantes poderão beneficiar do acesso a centros aceleradores de talento
nos quais receberão apoio e suporte para o desenvolvimento das suas ideias de negócio, em colaboração com o
colaboradoras Banco Santander e Centro Internacional Santander Empreendedorismo;
Extreme Entrepreneurship Program, com 12 participantes - programa onde a European Innovation Academy, em
parceria com a UC e outras universidades, oferece aos estudantes, criadores e equipas corporativas uma
oportunidade de aprendizagem através da experiência que oferece uma visão aprofundada da construção de
negócios tecnológicos escaláveis globalmente. Equipas multidisciplinares terão como objetivo o lançamento de
100 novos projetos para o mercado num tempo recorde de 15 dias, sendo supervisionadas e acompanhadas por
mentores (a maioria de Silicon Valley);
Competências Empreendedoras de Base Tecnológica - CEBT Ibérico 2018, com 6 participantes: décima edição
do programa, premiado pela UE, que alia tecnologia, empreendedorismo, mentoria e investimento no qual
estudantes, investigadores e docentes da UC têm a possibilidade de obter conhecimentos necessários para
alavancar a transferência das suas tecnologias e projetos de I&D para o mercado, através de uma metodologia
ágil (Lean Startup) e acompanhamento de mentores com experiência empresarial;
Social4aLife Workshop, com 30 participantes: resultado da parceria entre a AAC e a UC, desenvolvido no âmbito
do Inov C 2020 que visa a realização de um conjunto de atividades que promovam a inovação e o
empreendedorismo social, envolvendo os estudantes da UC;
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
53
Cursos i4.0 – 25 participantes: curso não conferente de grau no âmbito da plataforma i4.0@UC, resultante de
um protocolo de cooperação entre a UC e o Governo, para a promoção da Estratégia Nacional para a
Digitalização da Economia – Programa Indústria 4.0;
Outros programas e iniciativas – 45 participantes.
A UC mantém a aposta no seu notável património edificado e imaterial, que esteve na base da inscrição da
Universidade de Coimbra, Alta e Sofia na lista da UNESCO enquanto Património Mundial da Humanidade e que lhe
permite integrar o restrito grupo das cinco universidades a nível mundial distinguidas pela UNESCO (universidades
da Virgínia, de Alcalá, a Central da Venezuela e a Nacional Autónoma do México). É de destacar que em 2018 a
Universidade de Coimbra obteve a Cátedra UNESCO “Diálogo Intercultural em Patrimónios de Influência
Portuguesa”. A nova Cátedra UNESCO resulta de uma exigente e rigorosa avaliação por peritos internacionais, após
candidatura apresentada pela UC, e terá como principais eixos de ação a investigação, formação avançada e
cooperação para o desenvolvimento no âmbito dos designados patrimónios vivos – a paisagem e a língua –, com o
objetivo de contribuir para a construção de alternativas integradas às agendas hegemónicas da globalização.
O quinto aniversário da inscrição da UC na Lista do Património Mundial da UNESCO foi celebrado ao ritmo da
quinta edição de “Os Sons da Cidade”, voltando Coimbra a receber inúmeras iniciativas de música, teatro, visitas
guiadas, oficinas, roteiros gastronómicos, uma caminhada inclusiva e uma festa joanina. Coorganizado pelo Jazz ao
Centro Clube, pela CMC e pela UC, o programa convidou à deambulação e propôs a (re)descoberta e novas leituras
da cidade através do cruzamento de vários patrimónios: do edificado à língua e à música, da imagem à palavra e desta
ao corpo e ao seu movimento no espaço-tempo.
Destacam-se as iniciativas desenvolvidas durante o ano de 2018 no âmbito das redes Working Group Heritage do
Grupo de Coimbra, Rede do Património Mundial de Portugal, Lugares Património Mundial do Centro, Associação
Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo (AiCEi), Ópera no Património e Associação RUAS. Foram ainda
desenvolvidas outras iniciativas como o Seminário “Proteção e Gestão de Sítios do Património Mundial. Partilha de
experiências e boas práticas”; a 3.ª edição do “Ciclo de Conferências da Rede da Cátedra UNESCO. Turismo
Cultural e Desenvolvimento”; o lançamento do mapa USE-it; a elaboração de textos para nova sinalética em conjunto
com a CMC; a produção de brochura com edifícios inseridos na zona classificada; a produção de filme destinado ao
serviço educativo da UC; as ações de formação de guias e monitores sobre os espaços da Universidade.
No âmbito do património imaterial, os Biscoitos Académicos são um exemplo de revitalização de um património
literário gastronómico esquecido e de inovação, através de um processo de criatividade suportada em investigação
histórica, desenvolvido na BGUC por uma docente da UC. O produto constitui uma releitura contemporânea da
receita original do livro de culinária “Cosinha Portugueza”, editado em 1902 e considerado o primeiro livro de
culinária portuguesa, a que se juntou uma outra memória gustativa da cidade, as conservas de Pêssegos de Coimbra.
Os Biscoitos Académicos constituem também um exemplo de produção de conhecimento académico associado às
dinâmicas de inovação e do aproveitamento do potencial de ligação e colaboração entre a investigação científica da
UC e a sociedade civil, instituições públicas e o setor empresarial.
A aposta no património passa naturalmente pelo desenvolvimento de projetos de reabilitação do património
edificado, tendo a UC continuado a desenvolver intervenções consideradas prioritárias em 2018, nomeadamente:
conclusão do plano de reabilitação do Jardim Botânico; conclusão da recuperação do Estádio Universitário, tornando-o apto para a prática desportiva e para receber
os EUG Coimbra 2018, incluindo a conclusão da área desportiva do Pavilhão 2, a conclusão dos arranjos
exteriores e a conclusão do campo sul;
requalificação do Paço das Escolas em curso; com as intervenções já efetuadas, o plano encontra-se
executado a 40%, estando a decorrer no final de 2018 a fase de adjudicação da obra de reabilitação das
fachadas e coberturas do Palácio de S. Pedro e da Sala dos Capelos, bem como os concursos de obras de
Estatuária Monumental, de painéis azulejares e de iluminação monumental; projetos em curso de qualificação pontual de espaços, como reabilitações no Palácio dos Melos.
O vasto património, o reconhecimento pela UNESCO, a aposta crescente na divulgação do seu património e da sua
história no sentido de se mostrar ao mundo e a profissionalização do setor turístico da UC têm sido fatores para o
crescimento da afluência turística. Contudo, em 2018 registou-se pela primeira vez nos últimos anos um decréscimo
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
54
de visitantes (com menos 3,7% em relação ao ano anterior, não acompanhado por um decréscimo da receita obtida
por esta via, que registou um novo acréscimo face a 2017. Importa destacar que esta receita é afeta à reabilitação
dos edifícios e à manutenção destes espaços que não são tradicionais numa universidade. E devido ao aumento
significativo do número de visitantes nos últimos anos, a preocupação com a sustentabilidade tem sido crescente,
tendo vindo a ser controlado o afluxo de pessoas e monitorizados os espaços em termos de temperatura, humidade
e partículas.
Visitantes ao Circuito Turístico [gráfico 5]
Com a mesma preocupação de sustentabilidade, tem sido essencial diversificar a oferta e criar programas
alternativos, procurando assim canalizar para outros espaços o excedente de turistas que não tenha lugar disponível
para visitar a Biblioteca Joanina. Ao longo do ano, para além das habituais visitas guiadas noturnas no verão “UC By
Night”, dos programas do Dia Internacional dos Museus e da Noite dos Museus e da UC Júnior (já no seu quarto
ano de existência e que contou em 2018 com uma edição especial de Natal, lançando o desafio aos mais de 50
participantes de descobrir os segredos e tesouros da UC e a sua relação com a cidade e património), foram
desenvolvidos novos programas e iniciativas:
preparação e lançamento do livro: Universidade de Coimbra by Urban sketchers;
disponibilização dos “Biscoitos Académicos” nas lojas da UC, relacionando a revitalização de uma receita
ancestral com a imagem e a proteção do património imaterial da UC;
novas exposições temáticas na Prisão Académica;
oferta de novos programas escolares direcionados para diferentes públicos, desde o pré-escolar ao universitário;
visitas a novos espaços – para além dos que já incorporam o circuito, como a mata do Jardim Botânico - como
as galerias de Mineralogia e Paleontologia, as lições de Physica Experimental, etc;
desenvolvimento de ações de promoção com hotéis da cidade.
Destaca-se que o projeto FOTOSSÍNTESE – o Jardim por quem nos visita, de 2017, foi um dos três finalistas dos UMAC
Awards 2018, um prémio internacional que celebra a dedicação, criatividade e o impacto dos museus universitários
e das suas coleções nas instituições que os albergam e na comunidade e na sociedade em geral. O projeto recolheu
imagens captadas no JBUC pelos seus visitantes, casualmente ou em ocasiões especiais, cruzando essas memórias
pessoais com as mutações das plantas e dos espaços, ao longo das décadas.
No âmbito das comemorações dos 728 anos da UC, destaca-se a 20.ª edição da Semana Cultural, dedicada ao tema
“Oh As Casas”, contando com cerca de 80 eventos, incluindo espetáculos, exposições, oficinas, conferências e
debates. O tema escolhido para 2018 teve como objetivo explorar e “conciliar a comemoração do ano europeu do
património cultural e a realização dos Jogos Europeus Universitários em Coimbra”, e para além de conjugar os dois
assuntos, a temática “casa” pretendeu alertar para as questões ambientais que “nos preocupam muito e dizem
respeito à casa comum”. O conceito de casa passou assim por três dimensões: casa património, casa corpo e casa
mundo.
Foi desenvolvido ao longo do ano um vasto conjunto de iniciativas culturais, espelhadas no quadro infra, com um
total aproximado de 25.400 espetadores e participantes, destacando-se, para além dos espetáculos de videomapping
293.132
351.918
442.510
501.583482.923
2014 2015 2016 2017 2018
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
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do Paço das Escolas, a “Visitação à Opera Sansão e Dalila”, a edição de 2018 dos Sons da Cidade e um conjunto de
concertos diversos, onde se incluem os dois da Orquestra Académica da Universidade de Coimbra, o da Orquestra
Clássica do Centro no Paço das Escolas, os quatro Concertos Música no Museu, dois concertos Mundos e Fundos,
o concerto (Re) Tocar Jazz Festa dos Parceiros e o concerto do Coro da Universidade de Cambridge. Por fim,
realizaram-se ainda 88 iniciativas culturais em articulação entre a Reitoria e as UECAF, relativamente às quais não
há quantificação de público (e como tal, não constam do quadro 9).
Considerando ainda as audiências do TAGV (52.670), foi ultrapassado o número de 78.000 espetadores.
Eventos culturais e audiência [quadro 13]
iniciativas público
Atividades de extensão do Centenário de Manuel Faria 2 500
Centro de Artes Plásticas 16 639
Concertos diversos 11 650
Espetáculos de videomapping no Paço das Escolas 14 17.000
Eventos Colégio das Artes 28 1.400
Sons da Cidade 2018 17 1.879
Visitação à Ópera Sansão e Dalila 1 2.200
No conjunto das infraestruturas de atividades culturais da Universidade, o TAGV regista o maior número de
utilizadores, com um acréscimo de 0,6% face ao ano anterior. Destaca-se o grande acréscimo de visitantes do Museu
da Ciência da Universidade de Coimbra (+112,2%), que se justifica essencialmente pela sua integração no Circuito
Turístico e pelas atividades desenvolvidas no MCUC.
Utilizadores de infraestruturas de atividades culturais e de divulgação de ciência
[quadro 14]
2015 2016 2017 2018
Auditório da Reitoria 15.184 23.710 24.533 37.675
Exploratório 26.306 35.113 41.276 40.579
MCUC 22.060 31.500 52.000 110.324
Palácio de São Marcos 3.728 3.655 4.743 6.294
TAGV 60.571 56.577 52.348 52.670
Há que destacar ainda o papel do Exploratório Infante D. Henrique – Centro Ciência Viva de Coimbra, espaço
interativo de divulgação científica e tecnológica, que funciona como plataformas de desenvolvimento regional através
da dinamização dos atores regionais mais ativos nestas áreas. O ano de 2018 caracterizou-se pela consolidação da
oferta permanente e pela criação de novos programas de atividades especificamente pensados para públicos distintos
e distinguiu-se pela estabilização a nível da oferta de exposições e de programas realizados no Centro, mas também
pelo exponencial aumento de atividades realizadas fora de portas.
No que toca a visitantes ao espaço do Exploratório, registou-se uma diminuição do número de visitantes escolares,
dentro de portas, em consequência do enorme aumento da oferta fora de portas. Em contrapartida, o aumento do
número de visitantes em contexto livre, público familiar, aumentou 24%. Mas a grande novidade no que toca a
públicos reside efetivamente no conjunto de atividades promovidas fora de portas, em locais exteriores ao
Exploratório e que totalizou em 2018 o extraordinário número de 144.751 visitantes (não constantes do quadro
anterior).
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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Foram diversas as atividades externas realizadas, salientando-se o Espaço Ciência na ExpoFacic em Cantanhede, cuja
exposição desenvolvida pelo Exploratório, o “TITANIC – a reconstrução”, contou com cerca de 85.000 visitantes
em 11 dias de feira. Também as atividades desenvolvidas em parceria com a Câmara Municipal de Montemor-o-
-Velho, em dezembro, subordinadas ao tema “Castelo Mágico”, registaram um número significativo de visitantes,
(36.000). Outras atividades promovidas externamente incluem a participação do Exploratório em feiras eFMostras
de Ciência organizadas por diferentes instituições em diferentes municípios do país.
Para finalizar o périplo pelas infraestruturas de atividades culturais, no Centro Cultural D. Dinis, espaço ao dispor
da comunidade universitária gerido pelos SASUC, deu-se continuidade à promoção de atividades de cariz cultural e
académico, tendo-se realizado um total de 176 eventos (menos 28,5% face a 2017), de onde se destacam seminários,
reuniões, ações de formação e workshops, jantares de tertúlia ligados a temas de interesses para a comunidade
académica, sessões de cinema, lançamento de livros e outros eventos associados a serviços de catering, entre outros.
O prémio Universidade de Coimbra, atribuído desde 2004 a uma personalidade de nacionalidade portuguesa que se
tenha destacado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência,
distinguiu em 2018 o musicólogo e historiador cultural Rui Vieira Nery. O premiado tem prestado, ao longo do seu
percurso profissional e académico, um contributo central na salvaguarda, promoção e fruição da cultura portuguesa
e no desenvolvimento das atividades artísticas em Portugal. Enquanto musicólogo, autor de diversos estudos sobre
história da música portuguesa, dos quais dois receberam o Prémio de Ensaísmo Musical do Conselho Português da
Música, em 1984 e 1992.
No âmbito do desporto, a realização dos EUG Coimbra 2018 assume um particular destaque considerando a
envergadura da prova. A Universidade de Coimbra, em parceria com a FADU, a CMC e a AAC, foi a primeira IES
portuguesa a organizar a maior prova de desporto universitário a nível europeu, acolhendo, entre 15 e 28 de julho
a sua 4.ª edição. Os EUG, considerada a maior competição multidesportiva jamais realizada em Portugal, reuniram
em Coimbra:
3.291 estudantes-atletas de toda a Europa, oriundos de 38 países e representando 291 IES europeias;
443 treinadores e chefes de delegação;
355 árbitros, 224 da organização e 131 das comitivas;
162 membros da organização e representantes da EUSA;
249 pessoas no staff;
672 voluntários;
159 representantes de meios de comunicação social.
Na cerimónia de abertura dos EUG Coimbra 2018, foram exibidos os espetáculos de videomapping “A Luz do Jogo”
e “UC: Uma História de Luz” – uma reposição da exibição de 2015, no âmbito dos 725 anos da UC – e estiveram
presentes mais de 2.700 pessoas, na sua maioria atletas. Com o propósito de envolver toda a cidade, estes
espetáculos foram repetidos em duas sessões por dia.
Ainda na cerimónia de abertura, Cuca Roseta cantou a capella o hino nacional, na Via Latina, e o Presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou os jogos abertos.
Um total de 43 equipas nacionais, mais 28 delegações em modalidades individuais, entraram em prova ao longo de
todo o evento, nas modalidades em competição: andebol, badminton, basquetebol, basquetebol 3x3, canoagem,
futebol, futsal, judo, remo, rugby 7s, ténis de mesa, ténis de mesa adaptado, ténis e voleibol.
Os EUG Coimbra 2018 contaram com a maior participação portuguesa de sempre numa competição internacional
oficial, tendo registado 473 estudantes-atletas, apoiados por 136 oficiais, que representaram 23 clubes FADU
oriundos de 13 IES nacionais. Portugal conquistou um total de 15 medalhas – sete de ouro, quatro de prata e quatro
de bronze –, com a canoagem e o remo em destaque, onde as academias nacionais conquistaram o maior número
de medalhas. Deste total, 11 foram conquistadas por atletas da UC – cinco de ouro, duas de prata e quatro de
bronze – o que traduz a forte aposta no desporto universitário, o mérito dos estudantes-atletas da UC e reafirma a
posição da Universidade de Coimbra como a melhor para a prática de desporto.
Realça-se ainda que a UC foi selecionada para representar a Europa no recém-formado Conselho Consultivo da
Federação Internacional do Desporto Universitário. Este Conselho, com 7 elementos, tem por objetivo o
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2018
57
aconselhamento da FISU com as Universidades, para que seja alargado o número de estudantes envolvidos nas
atividades desportivas, tendo a primeira reunião ocorrido em setembro, na Suíça, com a presença da UC.
O Estádio Universitário – cuja missão visa proporcionar o exercício de atividades físicas à comunidade universitária
e à comunidade em geral, quer pela disponibilização de instalações quer pela organização de atividades desportivas,
de recreio e lazer –, tem sido objeto de obras de conservação e reabilitação, com vista à melhoria das condições
para a prática desportiva, tendo nomeadamente em conta a realização dos EUG Coimbra 2018.
O total de utilizadores contabilizados das instalações do Estádio Universitário regista uma redução de 3,8% face a
2017, realçando-se que, do total registado em 2018, 84,4% são praticantes das secções desportivas da AAC. É aliás
a diminuição de praticantes das secções desportivas da AAC (-7,9%) que determina a redução do total, já que o
número de utilizações de espaços desportivos fora do âmbito de utilizações por parte das secções desportivas da
AAC e por parte da FCDEF registou um aumento de 26,6% (de 19.488 para 24.681). Para este aumento terá
contribuído o facto de, desde o início de setembro, as salas desportivas do Pavilhão 2 e o Campo Sul (sintético)
estarem em funcionamento, o que permitiu aumentar a oferta de espaços e horários para utilizações por parte de
outros utilizadores.
Utilizadores do Estádio Universitário [quadro 15]
2014 2015 2016 2017 2018
202.624 189.846 176.868 164.760 158.488
No âmbito da promoção da atividade desportiva na UC, destacam-se as iniciativas promovidas pelo GDUC:
desenvolvimento do programa de atividade física “Experimenta”, dirigido a toda a comunidade universitária,
permitindo a experimentação de um leque de atividades desportivas, como condição física, defesa pessoal,
canoagem, judo, ténis, natação, Yoga e atividades sem limites, esta última tratando-se de desporto para pessoas
com necessidades especiais;
Jogos Universidade de Coimbra, que pretendem aumentar o índice de prática desportiva da comunidade
académica, aproveitando o legado dos EUG Coimbra 2018. Compostos por quatro ligas - Liga Académica, para
estudantes; Liga Minerva, para docentes, não docentes e investigadores doutorados; Liga Alumni, para antigos
estudantes e Liga 2I’s, para empresas parceiras da UC na área da investigação e inovação – contam com dez
modalidades: andebol, badminton, canoagem, basquetebol 3×3, futebol 7, futsal, remo, ténis de mesa, ténis e
voleibol.
A Rede UC – nascida no seio da Universidade, com o objetivo de aproximação aos antigos estudantes,
reconhecendo-os como verdadeiros embaixadores da UC em Portugal e no mundo, tornando-a num local perpétuo
de partilha multicultural e multigeracional, com ênfase na formação contínua e na criação de oportunidades
excecionais e assim, contribuindo decisivamente para a atração de novos estudantes, nacionais e internacionais –
apresentava um total acumulado de 33.997 adesões, correspondente a um acréscimo de 3,1% face a 2017.
Adesões à Rede UC (valor acumulado)
[quadro 16]
2014 2015 2016 2017 2018
29.301 30.819 31.970 32.989 33.997
Neste âmbito, destacam-se algumas ações como a disponibilização do novo cartão alumni para os antigos estudantes
da Universidade de Coimbra (cartão gratuito que, para além de identificar os antigos estudantes, permite aceder a
todos os descontos exclusivos à comunidade UC, no âmbito do “Somos UC”) e a criação da UC Global Alumni,
uma newsletter quinzenal dedicada aos antigos estudantes, cuja 1.ª edição foi lançada a 1 de março de 2018, com o
objetivo marcar o início de uma nova forma de comunicar e de aproximar os antigos estudantes da Universidade e
dos amigos de longa data.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
58
Têm vindo a ser desenvolvidos contactos de proximidade e estimuladas as iniciativas das 16 associações de antigos
estudantes da UC ativas em 2018, com a realização de reuniões, com a organização de eventos (como o programa
especial de comemoração dos 5 anos da classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património
Mundial para antigos estudantes) e com a preparação do primeiro encontro de antigos estudantes fora de Portugal,
agregando todas as associações de antigos estudantes de Coimbra.
A concluir, no que respeita ao relacionamento com a comunidade local, é de assinalar que se mantém o dinamismo
nas parcerias entre a UC e os agentes da cidade e da região, com destaque para a CMC. O ponto alto da colaboração
foi a realização dos EUG Coimbra 2018, o maior evento multidesportivo alguma vez realizado em Portugal. Mas
destaca-se também o World Health Summit Regional Meeting Coimbra 2018 organizada no âmbito da M8 Alliance
(também em colaboração com o CHUC), com mais de 600 participantes e 120 oradores de mais de 40 países, e a
colaboração ativa enquanto parceiro da aliança EC2U. Na área da cultura e turismo manteve-
-se o habitual nível de colaboração – de que são exemplo a coordenação da programação do TAGV, a colaboração
na programação do Convento São Francisco ou a realização de iniciativas como o Sons da Cidade. Houve ainda
alguma coordenação de ações na recuperação da tempestade Leslie, mas mantém-se por concretizar a regularização
urbanística dos polos II e III, apesar dos esforços da UC.
Importa salientar a intensa atividade, no âmbito do Centro Académico e Clínico, em parceria com o CHUC, na
realização da World Health Summit Regional Meeting Coimbra 2018, na continuação da promoção da iniciativa
Ageing@Coimbra, e um grande esforço para avançar na promoção de mecanismos de promoção da translação dos
resultados da investigação para a atividade clínica.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
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4. SUSTENT ABILIDADE
A Universidade de Coimbra pretende afirmar-se como uma universidade global. Para tal, deve adotar uma perspetiva
de gestão sustentável das suas atividades e dos seus recursos, na qual deve basear toda a sua atuação, permitindo-
-lhe responder com eficiência e eficácia às necessidades do presente para, desta forma, assegurar o seu futuro.
Sendo a sustentabilidade e a responsabilidade social uma preocupação transversal às IES, a UC integra desde o
momento da sua criação, em 2017, o ORSIES – Observatório da Responsabilidade Social e Instituições de Ensino
Superior, por iniciativa da Fórum Estudante e da Secretaria de Estado do Ensino Superior. Constituída por mais de
30 IES nacionais, esta rede colaborativa pretende fomentar a dimensão social das IES e promover a troca de
experiências sobre as políticas e práticas de responsabilidade social. Entre outros, tem como objetivos reforçar a
consciência e a ação cívica da comunidade das IES nacionais; desenvolver ações comuns, partilhadas e com impacto
social de responsabilidade social nas/das IES nacionais; implementar diagnósticos e benchmarking nacional e
internacional; desenvolver indicadores de monitorização e impacto; e partilhar metodologias, instrumentos,
experiências e boas práticas.
Em 2018, foi apresentado o "Livro Verde sobre Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior", resultado
dos trabalhos desenvolvidos no ano anterior. O livro – que resultou de um intenso trabalho e assentou num modelo
de cocriação e de construção de uma visão partilhada entre as instituições que integram o observatório – contém
41 recomendações gerais e 137 recomendações específicas quer para as IES, quer para a tutela.
O Livro Verde foi apresentado na UC por elementos da equipa redatora, numa sessão sobre a responsabilidade
social em IES promovida em maio de 2018, no anfiteatro do Museu da Ciência, dinamizando assim a UC, no seio da
sua academia, a consulta pública do documento e o envio de sugestões e contributos, através de um questionário
específico em plataforma eletrónica. Do programa constou ainda uma breve apresentação de algumas boas práticas
da UC, destacadas no âmbito dos trabalhos de elaboração do Livro Verde, que espelham o compromisso da
Universidade no domínio da responsabilidade social.
No segundo semestre do ano, foi dada continuidade às atividades desenvolvidas pelo Observatório, com a criação
de dois grupos de trabalho – um dedicado a indicadores de responsabilidade social e outro à temática de
aprendizagem e serviço –, que decorrem em simultâneo e que, usando a mesma metodologia participativa entre as
IES, se propõem apresentar resultados em 2019.
"Never doubt that a small group of thoughtful, committed, citizens can change the world.
Indeed, it is the only thing that ever has.”
Margaret Mead
4.1. INTERNACIONALIZAÇÃO
A internacionalização é o processo de definição e integração de uma dimensão internacional e intercultural
no ensino, na investigação e relação com a comunidade, como meio de desenvolver
a qualidade e relevância na realização da missão e visão institucionais.
O número de estudantes de nacionalidade estrangeira inscritos em cursos conferentes de grau e em pós-
-graduação/especialização – excluindo estudantes em mobilidade incoming –, continua a registar um acréscimo
sustentado. Com base nos dados finais do ano letivo 2017/2018, constata-se um aumento de 16,4% face ao ano
anterior, representando estes estudantes 12,2% do total (mais 1,5 p.p. comparativamente a 2016/2017). Do total de
2.649 estudantes inscritos em regime normal ou pelo estatuto do estudante internacional, 80,3% eram provenientes
de países da CPLP, 8,6% da UE e 11,1% de outros países; por país, destaca-se o Brasil, com 66,6% do total.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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Estudantes de nacionalidade estrangeira
[quadro 17]
2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018** 2018/2019***
Regime normal e EEI 2.082 2.086 2.275* 2.649 2.788
Mobilidade incoming 1.404 1.471 1.683 1.689
Total 3.486 3.557 3.958 4.338
* valor corrigido, em relação ao Relatório de Gestão e Contas 2017 ** valores finais, revistos em relação ao Relatório de Gestão e Contas 2017 *** dados a 31 de dezembro de 2018
No ano letivo 2018/2019, e com dados ainda provisórios (a 31 de dezembro), o número atinge os 2.788 estudantes,
a que corresponde uma percentagem de 12,8% face ao total de inscritos e um novo crescimento face ao ano anterior
(+5,2%).
Considerando o total de estudantes de nacionalidade estrangeira, i.e., englobando também a mobilidade incoming,
o número ascendeu a 4.338 no ano letivo 2017/2018, o que representa 18,5% do total de estudantes em cursos
conferentes de grau e em pós-graduação/especialização (com mobilidade incoming) e um aumento de 9,6% face ao
ano letivo anterior. Não é apresentado o número de estudantes em mobilidade incoming no ano letivo 2018/2019
por a 31 de dezembro estarem apenas disponíveis dados do primeiro semestre, não comparáveis com os dados dos
anos letivos anteriores.
Tendo em conta a aprovação e a publicação do “Regulamento do concurso especial de acesso e ingresso do
estudante internacional a ciclos de estudo de licenciatura e integrados de mestrado na Universidade de Coimbra”,
o enquadramento académico dos estudantes de nacionalidade estrangeira sofreu significativas alterações desde o
ano letivo 2014/2015, pelo que importa fazer a sua análise isolada.
Assim, observando apenas os dados referentes a estudantes ao abrigo do estatuto do estudante internacional –
designados, de forma simplificada, apenas como estudantes internacionais -, constata-se que o número de inscritos
em cursos de licenciatura e mestrado integrado3 tem vindo a aumentar significativamente desde a entrada em vigor
do EEI: de 354 em 2016/2017 para 531 no ano seguinte, correspondendo a um acréscimo de 177 estudantes (+50%);
considerando os dados provisórios do ano letivo 2018/2019 (a 31 de dezembro), podemos constatar que se volta a
verificar um substancial acréscimo, com mais 144 estudantes face ao ano anterior, o que corresponde a um aumento
de 27,1%.
Estudantes internacionais, por regime de candidatura
[quadro 18]
2016/2017 2017/2018** 2018/2019***
L MI ME Total L MI ME Total L MI ME Total
Regime de acesso e ingr. do EI 214 118 - 332 328 169 - 497 443 198 - 641
Reingresso 2 0 5 7 2 1 5 8 - 1 6 7
Mudança de par instituição/curso * 16 4 - 20 27 4 - 31 27 6 - 33
Cursos de 2.º ciclo - - 397 397 - - 484 484 - - 388 388
Total 232 122 402 756 357 174 489 1020 470 205 394 1069
* designação decorrente do Regulamento dos Regimes Reingresso e de Mudança de Par Instituição/Curso no Ensino Superior (Portaria n.º 181-D/2015, de 19 de junho); inclui os
estudantes que ingressaram, até 2015/2016, pelos anteriores regimes de mudança de curso e de transferência
** valores finais, revistos em relação ao Relatório de Gestão e Contas 2017
*** dados a 31 de dezembro de 2018
Considerando que, nos termos do EEI, as instituições “podem fixar valores diferenciados para as propinas dos
estudantes internacionais” também para os restantes ciclos de estudos, a UC determinou um novo valor de propina
para os estudantes internacionais de mestrado de continuidade logo no primeiro ano de aplicação do novo
estatuto, ou seja, no ano letivo 2014/2015. No que respeita aos mestrados de formação avançada e de formação
3 Através do regime de acesso e ingresso EI e de outras formas de acesso, uma vez que aos estudantes internacionais que sejam admitidos através dos regimes de
reingresso ou mudança de par instituição/curso se aplica o mesmo regime do Estudante Internacional.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
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ao longo da vida, importa contextualizar que apenas em 2015/2016 se passou a aplicar o regime de EEI. Realça-se
que os estudantes internacionais acedem aos mestrados não integrados por via do acesso geral a cursos de 2.º
ciclo ou através de regimes como o reingresso e não através de um concurso especial e específico.
Assim, no conjunto dos mestrados (não integrados), encontravam-se inscritos 489 estudantes internacionais em
2017/2018, um aumento de 21,6% em relação ao ano anterior (mais 87 estudantes); no entanto, e após o contínuo
crescimento verificado, estavam registados 394 estudantes internacionais em 2018/2019, à data de 31 de
dezembro, o que representa menos 95 face ao ano letivo anterior (-19,4%).
O total de estudantes ao abrigo do EEI representa 7,9 vezes mais o número registado no primeiro ano letivo de
aplicação do Estatuto, 2014/2015, registando-se um aumento de 4,8% no último ano letivo (dados a 31 de
dezembro) face ao ano anterior.
Evolução do número de estudantes internacionais
[gráfico 6]
* dados a 31 de dezembro de 2018
No ano letivo 2016/2017, os estudantes internacionais concentravam-se maioritariamente nos outros cursos de
mestrado (que não mestrado integrado), representando um peso de 53,2%; em 2017/2018 a situação inverte-se,
concentrando-se os estudantes internacionais maioritariamente nos ciclos de licenciatura e de mestrado integrado
(52,1%), dado um maior aumento de estudantes internacionais a frequentar estes ciclos de estudos
comparativamente ao aumento verificado nos restantes mestrados. De acordo com os dados provisórios de
2018/2019, a tendência mantém-se, com os ciclos de estudos de licenciatura e de mestrado integrado a captar mais
estudantes internacionais.
Estudantes internacionais, por tipo de ciclo, no ano letivo 2017/2018
[gráfico 7]
Tendo em conta o país de origem, os estudantes inscritos na UC ao abrigo do EEI, no ano letivo 2017/2018, eram
na sua maioria provenientes de países da CPLP (940, correspondente a 92,2% do total), com maior destaque para o
Brasil (842), representando 82,5% do universo total de EEI, seguido de Angola (78 estudantes, 7,6% do total de EEI).
135
507
756
1.0201.069
2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019*
35,0%
17,1%
47,9%
L MI ME
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Dos restantes países da CPLP, apenas frequentavam a UC ao abrigo deste regime estudantes provenientes de
Moçambique (10), de Timor-Leste (6), da Guiné-Bissau (3) e de Cabo Verde (1).
Quanto aos outros países, a China4 é o país mais representado, com 30 estudantes (2,9%), seguido do Paquistão,
com sete estudantes e do México, com três estudantes. Seguem-se 33 países com um ou dois estudantes cada,
representados na figura seguinte a cor verde e a cor azul, respetivamente.
Estudantes internacionais, por país de origem, no ano letivo 2017/2018
[figura 6]
Os números anteriores não refletem os inscritos nos cursos Ano Zero, não conferentes de grau, preparatórios,
dirigidos a futuros estudantes, que lhes permitem iniciar o seu curso com níveis de conhecimentos e de fluência da
língua apropriados. Estabelece-se assim a ponte entre os conhecimentos base dos estudantes, tão diversos como os
sistemas de ensino de onde provêm, e os requisitos de entrada dos cursos da UC. No ano letivo 2017/2018, registou-
-se a duplicação do número de inscritos face ao ano anterior, com 20 estudantes em três cursos do Ano Zero:
Ano Zero – Ciências Sociais e Humanidades: Brasil (5), Angola (2) e Ucrânia (1);
Ano Zero – Ciência e Tecnologia: Brasil (4) e Angola, Guiné Equatorial, Síria e Ucrânia, com um cada;
Ano Zero – Língua Portuguesa: quatro provenientes da China.
Para além de a UC ser há muito um destino preferencial de estudantes de mobilidade a nível europeu e de atração
de estudantes de países de língua portuguesa, para os bons resultados na área da internacionalização tem contribuído
a forte ação desenvolvida na captação de estudantes internacionais, com campanhas específicas dirigidas a este
público-alvo (em particular no Brasil e na China) e com o desenvolvimento de canais de comunicação próprios, com
impacto muito positivo na visibilidade e na imagem da UC. Em 2018, a UC deu continuidade à sua presença em feiras
de recrutamento de estudantes no Brasil e na China e participou ainda na Mostra de Universidades Portuguesas na
Escola Europeia de Bruxelas.
Em particular no que respeita à China, destaca-se a atividade do ICUC, projeto especial já enquadrado no capítulo
da estrutura organizacional. No ano letivo 2017/2018, o ICUC lançou a sua oferta formativa não conferente de grau,
4 Inclui os estudantes das Regiões Administrativas Especiais de Macau e de Hong-Kong.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
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com seis cursos de Língua e Cultura Chinesas (de nível I a nível VI) e o curso Health and Wellness (Saúde e Bem-
-Estar), tendo contado com um total de 20 inscritos; no 1.º semestre de 2018/2019, tiveram início novos cursos,
que contaram com um total de 10 inscritos (dados a 31 de dezembro). Foi ainda criada uma cadeira opcional de
Medicina Tradicional Chinesa para o Mestrado Integrado em Medicina, que contou com 80 inscritos em 2017/2018.
Durante o ano de 2018 o ICUC promoveu ainda vários eventos, destacando-se, para além da realização de
exposições e workshops com o objetivo de refletir sobre os principais desafios da relação entre os dois países, o
Festival Dongzhi 2018, espetáculo chinês de celebração do Solstício de Inverno, e a celebração do dia Confúcio na
UC, com a presença de representantes da embaixada da China. O ICUC esteve também presente no encontro de
Institutos Confúcio de Língua Portuguesa, realizado em Macau.
A criação da Academia Sino-Lusófona da UC e do Centro de Estudos Chineses da UC, em 2018, representa mais
um passo para estimular o potencial existente de cooperação académica de alto nível, tendo em conta o crescente
interesse existente da China e o potencial científico e relacional da UC. No caso do CASS-UC, a sua criação foi
oficializada pelos dirigentes máximos das duas instituições, na presença do presidente da República Popular da China,
Xi Jinping, e do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, sendo o primeiro CASS a estabelecer-se em Portugal,
e apenas o terceiro na Europa e 11.º em todo o mundo.
A aposta da UC na ligação à China tem sido visível no reforço das parcerias e eventos realizados com instituições
académicas chinesas e no desenvolvimento de canais de divulgação da UC em língua chinesa, com impacto na
crescente presença de estudantes chineses em Coimbra e no aumento da mobilidade de estudantes da UC para
instituições chinesas. Destacam-se, em 2018:
assinatura do protocolo para a oferta do programa de Doutoramento em Informática da UC no Instituto
Politécnico de Macau;
criação de um programa de escolas de verão, com intercâmbio de estudantes de medicina da UC e da
Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Zhejiang;
participação da UC na criação da rede de universidades de cidades irmãs de Cantão (Cantão);
assinatura de protocolo com a Universidade de Medicina Chinesa de Zehjinag para a publicação da coleção
fundamental de textos de Medicina Chinesa em língua portuguesa;
assinatura de protocolo de cooperação com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa;
visita à República Popular da China, incluindo visita à Beijing Foreign Study University, China University of Law and
Political Science, Chinese Academy of Social Sciences, Beijing International Studies University, Fudan University e Fosun
Foundation;
presença no aniversário da Universidade de Pequim.
Observando agora em particular os dados de mobilidade, constata-se um decréscimo de 11,5% na procura em
2017/2018, face ao ano letivo anterior, mas um acréscimo de 0,4% na frequência da UC em regime de mobilidade
incoming.
Estudantes de nacionalidade estrangeira candidatos e efetivos em programas de mobilidade incoming
[gráfico 8]
A grande maioria provém do programa ERASMUS (64,5%), e considerando a origem geográfica, são essencialmente
oriundos da Europa (63,6%) e da América (34,3%), destacando-se o Brasil, de onde são naturais 33,3% dos
1.666
1.942 2.0202.180
1.930
1.376 1.404 1.471
1.683 1.689
2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018
Estudantes candidatos a programas de mobilidade
Estudantes em programas de mobilidade
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66
estudantes. Destacam-se também a Itália (16,5%) e a Espanha (15,4%), mantendo-se como o segundo e terceiro país
de origem, respetivamente.
Mantendo a tendência de decréscimo do ano anterior, no ano letivo 2017/2018 houve uma diminuição no número
de estudantes portugueses que vão fazer uma parte do seu plano de estudos fora do país – estudantes a frequentar
os programas de mobilidade outgoing – registando um ligeiro decréscimo de 0,6%.
De entre os diversos programas, destaca-se o ERASMUS, com 88,7% do total de estudantes outgoing. Dentro deste
programa, mantêm-se os principais destinos comparativamente ao ano anterior, escolhendo a maior número de
estudantes a Itália (18,1%) e a Espanha (17,8%). Nas posições seguintes também não se verificam alterações – Polónia
(10,7%), República Checa (8,8%), Alemanha (6,6%) e França (5,9%).
Estudantes candidatos e efetivos em programas de mobilidade outgoing
[gráfico 9]
No âmbito da aposta da UC na internacionalização, há a destacar os 1.791 acordos de cooperação em 2017/2018
no âmbito do Programa ERASMUS Aprendizagem ao Longo da Vida, representando um acréscimo de 4,4%
relativamente ao ano letivo anterior. Do total, 62,4% foram estabelecidos com instituições de Espanha, Itália, França
e Alemanha.
No que diz respeito ao pessoal docente e investigador, registaram-se 156 situações de docentes em missões de
ensino ERASMUS (outgoing), mantendo-se a tendência de crescimento (mais 30% em relação a 2016/2017). Como
principais destinos das missões destacam-se Espanha (28,8%), França (10,9%) e Itália (20,5%). As principais áreas de
estudo foram as ciências sociais e do comportamento (25,6%), os serviços (17,9%), as ciências físicas (10,3%) e as
engenharias (7,7%).
Docentes candidatos e efetivos a programas de mobilidade outgoing
[gráfico 10]
No ano de 2018, foram registadas 315 pessoas no Welcome Centre for Visiting Researchers, um serviço da Universidade
de Coimbra especialmente vocacionado para receber e acompanhar investigadores visitantes, distribuídos por
tipologia de acordo com o gráfico seguinte e representando 31 nacionalidades.
1.419
1.572
1.840 1.753
1.567
549
712831 809
804
2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018
Estudantes candidatos a programas de mobilidade
Estudantes em programas de mobilidade
146 153169
187 186
91112 115 120
156
2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018
Docentes candidatos a programas de mobilidadeDocentes em missões de ensino ERASMUS
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
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Visitantes registados no Welcome Centre for Visiting Researchers
[gráfico 11]
Em termos de cooperação internacional, a UC mantém a sua participação em pelo menos 13 redes mundiais de
universidades, com destaque para o Grupo de Coimbra, o Grupo de Coimbra de Universidades Brasileiras,
a AULP – Associação de Universidades de Língua Portuguesa, a EUA – European University Association e a FORGES –
Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa.
Esta posição é ainda reforçada pela presença da maioria das entidades que integram o Grupo Público UC em redes
internacionais de investigação e de ligação à comunidade. Por exemplo, o CES participa em 32 redes internacionais,
com particular enfoque na promoção de diálogos Norte-Sul e Sul-Norte, no qual os países de língua oficial portuguesa
constituem um instrumento de importância fulcral.
Ainda no que respeita a redes internacionais, o IPN é outra entidade que merece destaque na participação ativa nas
redes internacionais EARTO (European Association of Research and Technological Organisations), na qual integra o
Conselho Diretor, TII (European Association for the Transfer of Technologies, Innovation and Industrial Information), bem
como na associação EIT Health Innostars, que engloba um conjunto de consórcios de vários países que desenvolvem
atividade no âmbito da Knowledge and Innovation Community EIT Health, propondo-se promover a investigação,
educação, empreendedorismo e inovação na área do envelhecimento ativo e saudável. O IPN possui, desde 2011, o
selo de qualidade BIC como centro de apoio à criação de empresas, atribuído pelo European Business & Innovation
Centres Network (EBN), integrando essa rede.
Sendo a UC uma referência para a difusão da língua e da cultura portuguesas, é fundamental destacar a procura da
aprendizagem de português como língua não nativa. Os cursos de português para estrangeiros, nas suas diversas
modalidades – curso anual, cursos intensivos, curso de férias ou o curso Ano Zero – Língua Portuguesa – registaram
um aumento de 52 de inscritos em 2017/2018 (totalizando 714 inscritos neste ano), o que corresponde a um
crescimento de 7,9%. Quanto às unidades curriculares dedicadas à língua portuguesa para estrangeiros – Língua
Portuguesa Erasmus e Português Expressão Oral e Escrita (para o curso Ano Zero – Ciência e Tecnologia) –
registaram um acréscimo de procura em 217,7%, contando, no ano letivo 2017/2018, com 682 inscritos.
Em paralelo, a UC tem também mantido a aposta na lecionação de cursos em parceria com instituições estrangeiras
de ensino superior de reconhecido prestígio, aproveitando sinergias internacionais, incluindo seis mestrados Erasmus
Mundus, nas áreas de filosofia (EUROPHILOSOPHIE), psicologia (WOP-P), neurociências (NEURASMUS, com a
participação do CNC), ecologia (IMAE), construção civil (SUSCOS) e engenharia de materiais (TRIBOS). Acresce
ainda o programa doutoral internacional em Biologia Experimental e Biomedicina, no âmbito da ENC Network –
European Neuroscience Campus Network (que o CNC integra) e um mestrado em parceria com outras instituições
internacionais, Património Europeu, Multimédia e Sociedade de Informação (com quatro universidades parceiras).
Por fim, a UC oferece, através da Iniciativa Energia para a Sustentabilidade, e em articulação com a área de Sistemas
Sustentáveis de Energia do programa Massachusetts Institute of Technology (MIT)-Portugal, três programas
interdisciplinares de formação avançada – curso de especialização, mestrado e doutoramento
235
38
42
Investigação Pós-Doutoramento Professor Visitante
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
68
4.2. CIDADANIA E INCLUSÃO
A cidadania e inclusão assentam num conjunto de instrumentos de política que visam criar condições de maior equidade
social no acesso a direitos de participação cívica, à qualificação e educação e ao mercado de trabalho, bem como promover
a integração neste com base no acesso a bens e serviços socialmente relevantes.
A segurança internacional foi definida, no Plano Estratégico 2015-2019, como uma incerteza-chave a acompanhar no
horizonte temporal 2025, sendo considerada uma questão essencial no contexto estratégico onde a Universidade
de Coimbra se insere e onde irá competir e cooperar. Neste sentido, a UC acompanha regularmente a evolução de
alguns indicadores chave, que ajudam a identificar opções estratégicas e a definir o que pode ou deve implementar.
Neste contexto, e no espírito da matriz identitária da UC e do lema de Universidade Global, mantém-se o programa
de acolhimento de estudantes refugiados, oferecendo a frequência, na qualidade de estudante internacional, a jovens
de famílias de refugiados a quem o Governo português haja reconhecido este estatuto. Para além de mobilizar os
mecanismos necessários ao suporte financeiro dos custos académicos, a UC compromete-se a promover o
acolhimento e integração destes jovens, mobilizando as diversas vertentes – académica, social, cultural – das suas
estruturas de apoio.
A revisão do Estatuto do Estudante Internacional efetuada em 2018 passou a consagrar o estatuto especial para
estudantes em situação de emergência por razões humanitárias e o seu enquadramento, com a definição de um
regime de propinas, taxas e emolumentos igual ao fixado por cada instituição para os estudantes nacionais, a vigorar
a partir de 2018/2019, inclusive. E neste primeiro ano, encontram-se inscritos 6 estudantes – 2 na FLUC, 2 na FFUC
e 2 na FCTUC – ao abrigo deste estatuto especial.
Anteriormente a este estatuto especial, no âmbito da Global Platform for Syrian Students, uma iniciativa do antigo
presidente Jorge Sampaio, a UC vinha já a acolher estudantes refugiados sírios desde o ano letivo 2013/2014, tendo
registado quatro inscritos no ano letivo 2017/2018 (um em mestrado e três em doutoramento). Destes, destaca-se
a conclusão de doutoramento de Hazem Hadla, o primeiro estudante refugiado sírio deste programa a doutorar-se
em Portugal; os outros três permanecem inscritos em 2018/2019.
Para além de estar ativamente envolvida com as universidades do Grupo de Coimbra na criação de sinergias a nível
europeu na resposta à crise de refugiados, a UC articula os seus esforços com entidades estrategicamente
vocacionadas para o apoio em causa – também com o objetivo de contribuir para a criação de um ambiente
multicultural e inclusivo na cidade –, como o Conselho Português para os Refugiados, a Plataforma de Apoio aos
Refugiados, o Alto Comissariado para as Migrações, a CMC, a AAC, a Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha
Portuguesa ou a Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo. Em 2018,
destaca-se uma nova parceria, com a Associação Peaceful Parallel.
A nível internacional, a Universidade de Coimbra concretizou em 2018 uma colaboração com a fundação espanhola
Mujeres por Africa, para atribuição de bolsas de estudo integrais a jovens africanas que desejem seguir um programa
de mestrado na UC. A UC participou ainda na Conferência Internacional "Higher Education in Emergencies – Doing
More, Better and Faster", em Lisboa, e no "Complementary Pathways of Admission to Europe for Refugees", em Bruxelas.
A nível de ações desenvolvidas internamente para acolhimento e integração de estudantes internacionais, destacam-
-se as oito sessões de acolhimento específicas para novos estudantes, o dia aberto para os estudantes internacionais
em parceira com a AAC, as sessões de informação sobre o contexto cultural e histórico da UC e da cidade, as visitas
acompanhadas à cidade ou a caminhada ecológica, como forma de mostrar aos novos estudantes os espaços verdes
de Coimbra.
Numa perspetiva mais abrangente de direitos dos estudantes, em 2018 foi aprovado o novo “Regulamento de
Direitos Especiais dos Estudantes da Universidade de Coimbra” (alterado por despacho n.º 4722/2018, de 14 de
maio, publicado em Diário da República n.º 92/2018, 2.ª série) cuja revisão teve início em 2017. Este Regulamento
reúne num único documento os direitos especiais de todos os estudantes, uniformizando e generalizando a sua
aplicação, eliminando tratamentos diferenciados. Visa ainda promover um equilíbrio e proporcionalidade entre os
diferentes direitos especiais e uma aplicação rigorosa das regras, reconhecendo a importante atividade
extracurricular desenvolvida pelos estudantes em certas áreas, e que, por poder interferir com o número de horas
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
69
de trabalho prevista para cada semestre, permite a atribuição de determinadas regalias. No essencial, estes estatutos,
para além de serem referidos no Suplemento ao Diploma, permitem ao estudante ter acesso à época especial de
exames, ao adiamento no prazo de entrega de trabalhos ou outros elementos de avaliação ou à justificação de faltas
quando haja coincidência de atividades e aulas/avaliações.
Entre outras, consideram-se abrangidos por direitos especiais na UC os trabalhadores-estudantes, os estudantes
com necessidades educativas especiais, os estudantes bombeiros, militares, atletas de alto rendimento, atletas da
UC, dirigentes associativos jovens da UC, membros de órgãos da UC, integrados em atividades culturais da UC ou
com participação em atividades de reconhecido mérito universitário. Consideram-se também abrangidos estudantes
com outros direitos especiais decorrentes de outras situações, de que são exemplo a mobilidade estudantil, os
regimes especiais de ingresso, as situações de mãe/pai estudante ou de estudantes que professem confissão religiosa
cujo dia de repouso ou culto não seja ao domingo.
Noutra vertente, no âmbito de programas alternativos à praxe, as boas-vindas aos novos estudantes da UC em
2018/2019, passaram de novo pelo JBUC, através da iniciativa UC.Plantas, dado o sucesso da 1.ª edição. Os novos
estudantes foram convidados a adotar e a cuidar de uma planta durante o ano letivo. Essa árvore irá depois ser
plantada num espaço verde da região, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas,
com o empenho de toda a comunidade académica. Com esta ação de promoção da biodiversidade e de recuperação
das florestas nacionais, a UC quis acolher e dar as boas-vindas aos estudantes do 1.º ano, de forma sustentável,
promovendo "fortes laços de inclusão dos novos estudantes com os seus colegas, através de uma maior consciência
e responsabilidade ambiental”.
Destaca-se ainda o desenvolvimento de outros programas alternativos à praxe, como a realização da 5.ª edição do
Cri’actividade, que contou com a realização de debates, música, concursos de poesia, convívios e eventos
desportivos, com a participação de algumas das 25 Repúblicas de Coimbra, secções e organismos autónomos da
AAC e outras organizações.
Tendo como referencial a declaração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e procurando
sensibilizar e mobilizar toda a comunidade estudantil da Universidade de Coimbra para as questões da inovação e
empreendedorismo social aliadas às questões de sustentabilidade, o projeto Social4aLife, resultado de uma parceria
entre a AAC e a UC e com enquadramento nos objetivos definidos para o projeto INOV C 2020, contou com mais
de 50 candidaturas em 2018. Destas, foram selecionadas 20, que resultaram em oito projetos diferentes de inovação
social e o vencedor de 2018 foi o projeto “Fora da Casca – Cooperativa Social de descasque de caju”, que contribuiu
para a sustentabilidade da produção de caju, na ilha de Soga, na Guiné-Bissau, promovendo o trabalho, o comércio
e a valorização da produção local.
No que concerne a iniciativas solidárias, a sétima edição do Concerto Solidário da Universidade de Coimbra realizou-
-se em março, no TAGV, inserido na programação da 20.ª Semana Cultural, tendo a receita revertido a favor da
Casa da Acreditar em Coimbra.
Os EUG 2018 foram um passo decisivo na consolidação das ações de voluntariado, bem como o Encontro Regional
da Cimeira Mundial da Saúde, a que acrescem outras iniciativas e atividades diretamente apoiadas/mediadas pela
Reitoria (como o Há Baixa e a Missão País), atingindo-se, no total, mais de 1.000 voluntários.
Por fim, ainda numa outra dimensão da área de cidadania e inclusão, em 2018 foi apresentado o projeto SUPERA –
Supporting the Promotion of Equality in Research and Academia, com o objetivo de implementar planos de ação para a
integração da perspetiva de género nas instituições académicas. O SUPERA nasceu de uma necessidade diagnosticada
de reconhecer a existência de desigualdades no mundo académico tendo como objetivo apoiar as instituições do
sistema científico a integrar ações de melhoria em várias áreas, nomeadamente na gestão de recursos humanos, nas
tomadas de decisão e nos programas e conteúdos educativos. O consórcio SUPERA tem um financiamento europeu
de 2M€, do Horizonte 2020 e junta oito parceiros europeus, entre os quais a UC (através do Centro de Estudos
Sociais). Assim, durante quatro anos, os investigadores do projeto vão desenvolver, implementar e avaliar planos e
ações de melhoria no âmbito de igualdade de género nas instituições envolvidas, nomeadamente na UC.
O CES assume um lugar de destaque de entre as demais unidades do Grupo UC no domínio da cidadania e inclusão,
com núcleos de investigação e programas de doutoramento dedicados a estas temáticas, tendo como principais
objetivos:
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
70
estimular uma ecologia de saberes, reconhecendo a diversidade cultural e articulando o conhecimento científico
com o conhecimento produzido pelos cidadãos e pelos movimentos sociais em todas as partes do mundo, em
todos os níveis de análise – local, nacional, regional, internacional e global;
estimular a ciência na sociedade e para a sociedade, alargando o envolvimento dos cidadãos e da sociedade civil
na cultura científica e revitalizando os direitos humanos tendo em vista os grupos sociais vítimas de opressão,
discriminação e exclusão;
promover a investigação sobre a cultura e a arte e uma avaliação crítica do passado como forma de impulsionar
novos modos de reflexão e autorreflexão sobre a ciência, o conhecimento e a sociedade;
apoiar na formulação de políticas públicas através da realização de investigação aplicada num amplo número de
áreas com reflexos no bem-estar das sociedades.
No âmbito da gestão da saúde e segurança no trabalho, componente desta área de sustentabilidade, destaca-
-se a melhoria dos resultados ao nível da vigilância da saúde dos trabalhadores da UC, com um aumento, em 2018,
de 25% no número de exames de medicina do trabalho (de 927 em 2017 para 1159 em 2018). Os SSGST asseguram
ainda, no âmbito de protocolos estabelecidos, exames de Medicina do Trabalho a outras entidades do grupo Público
UC, tendo realizado 396 exames em 2018.
Procedeu-se ainda à análise, investigação, classificação, registo, notificação e remessa de 45 processos de acidentes
de trabalho, bem como de 7 incidentes ocorridos durante o ano, sendo sugeridas/adotadas 7 medidas preventivas
na sequência da instrução destes processos, com o objetivo de contribuir para um campus seguro.
As vertentes de cidadania e inclusão relacionadas com a ação social serão objeto de uma análise mais pormenorizada
no capítulo 5.
4.3. MARCA UC
Atributos diferenciadores da Universidade que, com base nos seus valores institucionais,
potenciam o seu reconhecimento como referência de prestígio.
A Universidade de Coimbra é assumidamente um nome – ou uma marca – de prestígio no contexto do ensino, do
conhecimento e da cultura, reconhecida em Portugal e no mundo.
A sua posição nos principais rankings universitários internacionais é o reflexo de todo o trabalho que tem vindo a
ser desenvolvido.
Posição da UC nos principais rankings universitários internacionais
[quadro 19]
2017 2018
QS World University Rankings 401-410.º 407.º
Academic Ranking of World Universities (ARWU) 401-500.º 501-600.º
Times Higher Education World University Rankings (THE) 501-600.º 501-600.º
Scimago Institutions Rankings (Iber) - 21.º
Scimago Institutions Rankings (SIR) 383.º 434.º
Em 2018, a UC manteve-se no top 500 do QS World University Rankings e no Scimago Institutions Rankings, mantendo
assim uma posição confortável na elite das 500 melhores universidades, de entre as mais de 17.000 que existem em
todo o mundo. Relativamente ao Times Higher Education World University Rankings manteve a mesma posição do ano
anterior (501.º- 600.º), enquanto no Academic Ranking of World Universities a UC desceu para o intervalo 501.º-600.º.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
71
Em termos de posição relativa no panorama lusófono, manteve-se na mesma posição no QS (7.º) e no mesmo
intervalo no THE (4.º- 9.º); já no ARWU desceu do intervalo 6.º-11.º para o intervalo 11.º-15.º. No SIR deixou de ser
possível aferir este posicionamento relativo em termos de IES lusófonas, mas a análise do SIR-Iber permite concluir
que a UC mantém a posição do ano anterior (9.º).
Por áreas, a UC mantém-se como a melhor universidade portuguesa nas áreas de Law e de Archaeology no QS World
University Rankings by subject; melhorou a posição nas áreas de Biological Sciences e Medicine, entrando no top 350
nestas áreas, e, em sentido contrário, deixou de estar posicionada no top 350 na área de Materials Science. Assim,
no total, em 2018, encontrava-se posicionada no top 350 em 17 áreas do saber:
Top 150 – Engineering - Civil & Structural; Modern Languages;
Top 200 – Archaeology; Law; Geography; Pharmacy & Pharmacology;
Top 250 – Chemical Engineering; Computer Science & Info Systems; Electrical & Electronic Engineering;
Engineering - Mechanical, Aeronautical & Manufacturing;
Top 300 – English Language and Literature; Psychology; Chemistry;
Top 350 – Mathematics; Physics & Astronomy; Biological Sciences; Medicine.
No âmbito do U-Multirank – ranking multidimensional que dispõe de uma ferramenta única que permite a comparação
do desempenho das IES considerando um conjunto vasto de indicadores qua avaliam cinco dimensões: investigação,
transferência de conhecimento, orientação internacional, envolvimento regional e ensino e aprendizagem – a UC
obteve novamente nota máxima (Very Good) em vários indicadores das quatro primeiras dimensões referidas,
confirmando deste modo a tendência positiva que tem registado nos vários rankings internacionais. Dos 35
indicadores considerados na edição de 2018, a UC obteve a classificação máxima em 12, sendo a universidade
portuguesa com mais áreas com classificação máxima: na investigação – Research publications (size normalised); External
research income; Art related output; Post-doc positions; na transferência de conhecimento – Income from private sources;
Spin-offs; Industry co-patents (% of total patentes; Income from continuous professional development; na orientação
internacional – Student mobility; International joint publications; e no envolvimento regional – Bachelor graduates working
in region; Regional joint publications (% of total publications). Merece ainda destaque o desempenho muito positivo da
UC em indicadores relacionados com: Graduating on time (masters); Citation rate; Research publications (absolute
numbers); Interdisciplinary publications; Professional publications; Publications cited in patentes; International doctorate
degrees, todos eles com a segunda nota mais alta (Good).
4.4. COMUNICAÇÃO
Forma como as pessoas se relacionam entre si, dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos, informações,
modificando mutuamente a sociedade onde estão inseridas.
O indicador AAV - Automatic Advertising Value, habitualmente utilizado para avaliar a notoriedade nos meios de
comunicação social e que corresponde ao valor publicitário equivalente ao espaço ou tempo ocupado pela notícia,
continua a registar um consistente acréscimo no que diz respeito à atividade da Universidade de Coimbra.
Média bienal de AAV
[gráfico 12]
11,24M13,09M
15,77M
21,51M 22,36M
2014 2015 2016 2017 2018
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
72
A média bienal deste indicador mantém uma evolução positiva, tendo registado um acréscimo de 4% face ao ano
transato. Analisando as notícias do período em análise, os destaques, em termos de valor de AAV, vão para as
intervenções de especialistas da UC sobre assuntos da atualidade, com destaque para as áreas de fogos e para as
investigações em curso na UC, responsáveis por 33,7% do AAV da UC alcançado em 2018. Contribuíram também
decisivamente para o aumento do AAV notícias na área do património e turismo, com a transmissão do Jornal da
RTP2 em direto da Biblioteca Joanina (no âmbito da realização de cinco emissões especiais sobre património,
percorrendo cinco monumentos marcantes de Portugal) ou as reportagens sobre o turismo na UC. Destaque ainda
para as visitas do Presidente da República à Universidade de Coimbra e para os EUG Coimbra 2018.
A UC está presente no Ranking Web of Universities e no UniRank, ambos com divulgação semestral. No caso do
primeiro, verifica-se uma descida na posição no primeiro semestre de 2018, mas o comportamento contrário no 2.º
semestre, observando-se uma subida de algumas posições. No UniRank, a UC continua a melhorar significativamente
a sua posição, subindo 91 posições comparativamente com o valor registado no final de 2017.
Posição da UC nos rankings RWU e UniRank
[quadro 20]
2017 2018
1.º sem. 2.º sem. 1.º sem. 2.º sem.
Ranking Web of Universities 306.º 343.º 353.º 321.º
UniRank 415.º 371.º 367.º 280.º
Atendendo à importância das redes sociais como meio de divulgação da atividade desenvolvida junto de alguns
públicos-alvo das instituições de ensino superior, tem sido efetuada a monitorização da página da UC no Facebook.
Assim, a 31 de dezembro, registavam-se mais de 139 mil seguidores, correspondendo a um crescimento de cerca
de 9% face ao ano anterior. No conjunto das universidades públicas, a UC mantém-se como a segunda com mais
seguidores, a seguir à Universidade do Porto. Apenas estas duas universidades ultrapassaram a barreira dos 100 mil
seguidores, tendo a Universidade do Minho (a terceira nesta lista) com cerca de 88 mil. Ainda no que respeita a
redes sociais, as restantes entidades consideradas no âmbito do presente relatório totalizam cerca de 69 mil
seguidores, o que representa um crescimento de 14,6% comparativamente a 2017.
Sendo um meio preferencial de comunicação interna, a newsletter UC Global, que tem como público-alvo a
comunidade académica e é difundida através de mailing list, contabilizou um total de 44 edições durante o ano 2018.
Em março de 2018 foi publicada a primeira edição da UC Global Alumni, uma newsletter quinzenal dedicada aos
antigos estudantes da Universidade, com 18 edições em 2018.
Para além do lançamento do novo site da UC, destacam-se alguns indicadores complementares na área de
comunicação:
1 edição da Rua Larga;
730 notícias em texto e 396 vídeos para noticias.uc.pt;
1.121 publicações no Facebook da UC;
48 portefólios de fotografias e 1.923 fotografias publicadas;
2.778 peças de design de comunicação.
Salienta-se ainda a criação da Rede Lusófona pela Qualidade de Informação, à margem do V Congresso Internacional
de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público, com o tema Ética e Deontologia no Espaço Lusófono – Pactos globais
pela qualidade de informação, que teve lugar na UC em novembro, no âmbito do 20.º aniversário do Centro de
Estudos Interdisciplinares do Séc. XX.
Na prossecução do seu objetivo de difusão de conhecimento, a Universidade de Coimbra continua a desenvolver
plataformas de agregação e de difusão de conteúdos digitais, permitindo o acesso a milhares de documentos que
resultam da produção científica e académica da sua comunidade ou fazem parte do seu vasto espólio, acumulado ao
longo de séculos:
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
73
o Estudo Geral – nome dado ao Repositório Digital da Produção Científica da UC, que pretende dar acesso aos
conteúdos digitais de natureza científica e académica de autores da UC – contava, no final do ano, com 34.199
documentos em acesso livre disponíveis no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, representando
um aumento muito significativo face ao ano anterior (6,4%), essencialmente resultante da avaliação das unidades
de I&D pela FCT;
a UC Digitalis – projeto global da UC para a agregação e difusão de conteúdos digitais, constituindo uma das
maiores bases de dados de informação académica em língua portuguesa disponível na internet e integrando a
B-On – Biblioteca do Conhecimento Online – engloba várias plataformas especializadas, desenvolvidas pela UC,
e contava, à data de 31 de dezembro de 2018, com um acervo de 24.988 documentos disponibilizados em formato
digital (mais 6,4% face a 2017).
4.5. AMBIENTE
O desenvolvimento sustentável é aquele que é capaz de satisfazer as necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.
A Universidade de Coimbra, ao assumir-se como uma universidade ambientalmente sustentável, adotou uma
perspetiva de gestão sustentável das suas atividades e dos seus recursos, permitindo-lhe responder com eficiência e
eficácia às necessidades do presente para, desta forma, assegurar o seu futuro.
Focada no desempenho de um importante papel como agente catalisador ao nível das boas práticas da
sustentabilidade ambiental, no âmbito do PEA, a UC propõe-se adotar políticas e sistemas formais que promovam o
alinhamento de toda a Universidade no sentido do desenvolvimento ambientalmente sustentável.
Em 2018, há a destacar a evolução dos seguintes indicadores:
área de painéis solares térmicos – aumento de 40,03%;
área de painéis solares fotovoltaicos – aumento de 19,18%;
quantidades de resíduos separados – aumento de 18,50%;
produção de energia renovável – diminuição de 22,73%;
consumo de água por m2 utilizado – aumento de 3,13%;
consumo de eletricidade por m2 utilizado – aumento de 13,20%;
consumo de gás por m2 utilizado – aumento de 21,37%.
A UC continua a aposta no investimento em painéis solares de produção de energia elétrica e em painéis solares de
produção de energia térmica, o que se espera venha a ter um impacto ambiental positivo. No final do ano de 2018, a área de painéis de solares de produção de energia elétrica era de 2.958 m2, representando um aumento de 19,18%
face à área existente em 2017 (2.482 m2) resultante da instalação de 476m2 de painéis no Departamento de
Engenharia Química e no Observatório Geofísico e Astronómico. Quanto à produção de energia térmica, a área de
painéis solares aumentou 40,03% (140,73m2), resultante da instalação de painéis solares térmicos no pavilhão 2 do
EUC. Foi ainda adquirido o projeto para a instalação de painéis solares térmicos nas Residências dos Combatentes,
António José de Almeida, Residência 2 do Polo 2 e na Residência Pedro Nunes.
No decurso do ano de 2018, a UC obteve a renovação da Cátedra UNESCO em Biodiversidade e Conservação
para o Desenvolvimento Sustentável que se irá prolongar por mais quatro anos, até 2021. Constituída como uma
plataforma integrada de investigação, formação, informação e comunicação de ciência nos domínios da
biodiversidade, ecologia, conservação e desenvolvimento sustentável, entre Portugal e outros países lusófonos, a
primeira Cátedra UNESCO da Universidade de Coimbra vê agora renovado o selo da ligação à Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Ainda no âmbito da Cátedra UNESCO em Biodiversidade e
Conservação para o Desenvolvimento Sustentável a UC lançou, neste início do ano letivo, o programa “Livros que
nos fazem crescer”. O objetivo do projeto, em conjunto com o Centro de Ecologia Funcional da UC, é promover
junto dos alunos do 1.º ciclo do ensino básico os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável fixados pela ONU.
A unidade curricular Ecoliteracia, criada no ano letivo anterior, contou com 26 inscritos em 2017/2018, mantendo-
-se aberta a todos os estudantes da Universidade de Coimbra e dedicada em particular a todos os que se interessam
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
74
pelos mais urgentes problemas ambientais do Planeta, e – sobretudo – querem contribuir para um futuro mais
sustentável e uma cidadania ambiental mais ativa. Pretendendo-se estimular a discussão sobre diversos problemas
ambientais e ecológicos – agricultura e alimentação, cidades mais verdes, alterações climáticas, solos e produção
sustentável, biodiversidade, proteção do Oceano –, os temas escolhidos têm por base os 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, com especial enfoque para as prioridades dentro das ciências
naturais.
A iniciativa EfS é uma plataforma de colaboração multidisciplinar que congrega docentes das diversas faculdades, com
longa experiência em temas ligados à energia e ao desenvolvimento sustentável, tendo por objetivo dar resposta a
desafios na área da sustentabilidade energética. Neste contexto, intervém em quatro frentes: formação avançada
interdisciplinar, investigação científica em domínios interdisciplinares, transferência de conhecimento e de tecnologia
para a sociedade e gestão e desenvolvimento sustentáveis dos polos universitários da UC.
No âmbito da formação avançada, a UC oferece em articulação com o Programa MIT Portugal, três programas
interdisciplinares de formação avançada – Doutoramento em Sistemas Sustentáveis de Energia, Mestrado em Energia
para a Sustentabilidade e Curso de Especialização em Energia para a Sustentabilidade –, que contaram, no ano letivo
2017/2018, com 64 estudantes inscritos (40 dos quais em doutoramento). Embora não ligados à iniciativa EfS, se
considerarmos também os cursos na área de sustentabilidade ambiental Mestrado em Eficiência Acústica e Energética
para uma Construção Sustentável e Mestrado em Gestão Sustentável do Ciclo Urbano da Água, acrescem 16
estudantes inscritos.
Na vertente de investigação, o projeto PAVNEXT (Pavement Energy Efficient Extractor) – uma alternativa às lombas
redutoras de velocidade associadas às passadeiras para peões, permitindo a redução do número de acidentes e da
respetiva gravidade, convertendo simultaneamente a energia cinética dos veículos em energia elétrica – de um
estudante do Programa Doutoral em Sistemas de Transportes da UC, também inserido no Programa MIT-Portugal,
continuou a receber prémios, sendo vencedor do concurso Inov. Ação Valorpneu 2018, na categoria de Negócio &
Inovação, em ex-aequo com outro projeto.
Na perspetiva de transferência de conhecimento, a UC promoveu, em colaboração com outras IES, o 1.º Encontro
Virtual Campus Sustentável, enquadrada na EUSEW – European Union Sustainable Energy Week. Este encontro
funcionou como uma oficina virtual, aberta ao público, tendo como objetivo transmitir a mensagem “faça como
ensina”, partilhar experiências das IES e divulgar as atividades, projetos e resultados no que respeita ao uso e gestão
sustentável de energia, e desta forma criar uma base para um movimento campus sustentável nacional.
Por fim, a valorização do conhecimento pela EfS é também direcionada para o interior da própria Universidade,
promovendo-se iniciativas e projetos de dinamização e estímulo à gestão sustentável dos edifícios e do ambiente
urbano universitários, procurando colocar as capacidades técnicas e de investigação existentes ao serviço das
necessidades e estratégias da Universidade de Coimbra.
O Jardim Botânico, uma importante mancha verde no centro da cidade, assume um papel central nesta área de
sustentabilidade ambiental, sem perder de vista a sua missão principal no suporte ao desenvolvimento do
conhecimento. Destaca-se, no ano de 2017, projetos que desenvolveu ou colaborou:
a unidade curricular – Ecoliteracia –, criada no ano anterior, está aberta a todos os estudantes da Universidade
de Coimbra e dedicada em particular a todos os que se interessam pelos mais urgentes problemas ambientais do
Planeta, e – sobretudo – querem contribuir para um futuro mais sustentável e uma cidadania ambiental mais ativa. Pretendendo-se estimular a discussão sobre diversos problemas ambientais e ecológicos – agricultura e
alimentação, cidades mais verdes, alterações climáticas, solos e produção sustentável, biodiversidade, proteção
do Oceano –, os temas escolhidos têm por base os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda
2030 da UNESCO, com especial enfoque para as prioridades dentro das ciências naturais.
iniciativa UC.Plantas, já referida em 4.2, mas que tratando-se de uma ação de promoção da biodiversidade e de
recuperação das florestas nacionais, através da qual a UC quis acolher e dar as boas-vindas aos estudantes do 1.º
ano, de forma sustentável, promovendo "fortes laços de inclusão dos novos estudantes com os seus colegas,
através de uma maior consciência e responsabilidade ambiental”, merece especial referência no âmbito desta
área de sustentabilidade;
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
75
projeto “Fotossíntese: o Jardim por quem nos visita”, através do qual se estabeleceu uma relação com a
comunidade em geral, valorizando as suas memórias e conhecimentos sobre o Jardim e inscrevendo as suas
histórias na história secular do JBUC.
E para além do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com a Cátedra UNESCO em Biodiversidade e
Conservação para o Desenvolvimento Sustentável – estabelecida oficialmente na Universidade de Coimbra em 2014
e que tem por missão implementar e apoiar uma rede de investigação, formação e comunicação de ciência nos
domínios da biodiversidade, ecologia, conservação e desenvolvimento sustentável -, prossegue-se a presença nas
redes internacionais de Jardins Botânicos, como a Botanic Garden Conservation International ou a colaboração com a
African Botanic Garden Network, uma importante plataforma para a continuidade da colaboração com as IES e Jardins
Botânicos PALOP.
A Quinta de São Marcos, integrada no espaço do Palácio de São Marcos, encontra-se num meio rural, a uma curta
distância de Coimbra. Com uma área total de 17 hectares, 13 deles ocupados por mata e os restantes pelas suas
infraestruturas (logradouros, arrumos de alfaias agrícolas, entre outros) e ainda terreno de cultivo, permite a
produção de produtos agrícolas a consumir nas unidades alimentares da UC, dando um importante contributo para
a sustentabilidade. Em 2018, apresentou resultados inferiores aos do ano precedente, tendo sido produzidos
2.388,05 Kg de produtos hortícolas, representando um decréscimo de cerca de 2,4 toneladas (-51%). O decréscimo
da produção esteve relacionado com a necessidade de alocação de recursos para o acompanhamento da limpeza da
mata e com o impacto de fatores meteorológicos que afetaram o desenvolvimento dos produtos hortícolas (onda
de calor de agosto e tempestade “Leslie”). Assegurou ainda o fornecimento de 5.000 Kg de lenha a espaços
universitários.
Do lado oposto à produção, é cada vez mais importante a preocupação com o desperdício alimentar e a atitude
ecologicamente responsável de todos os membros da comunidade UC. Assim, na ótica da promoção da
sustentabilidade ambiental na área alimentar, foi dada continuidade à campanha “Menos = Mais”, enquanto estratégia
de mobilização de ideias para resolução de uma questão social, económica e ambiental de abrangência global,
alicerçada na reengenharia de processos (mentais e produtivos), em ideias inovadoras e na participação da
comunidade. Desde 2015, ano de lançamento da campanha “Menos = Mais”, que se verifica uma melhoria ao nível
da redução do desperdício alimentar, tendo-se aferido em 2017, ao final de 3 anos de campanha, uma redução de
cerca de 68% de desperdício alimentar nas unidades alimentares da UC. Em 2018, a metodologia de análise do
desperdício foi revista, tendo passado a ser considerado o indicador índice de restos (IR= relação entre o que o
utente consome durante a refeição face ao que realmente lhe foi servido), sendo que os valores obtidos das medições
do último ano indicam que o desperdício nas cantinas da UC se situa em níveis ótimos.
No âmbito da estratégia de implementação do princípio do utilizador-pagador, de 2014 a 2018, os SASUC
disponibilizaram lavandarias self-service em 8 residências universitárias (Teodoro; Pedro Nunes; Polo II-I; Polo II-I;
Polo III; Padre António Vieira; João Jacinto e Penedo) e na LEEC - Lavandaria, Engomadoria e Espaço Costura.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
79
5. AÇÃO SOCIAL
Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, organismo destinado a levar à prática a ação social no
ensino superior e desenvolvendo-o especificamente no seio das respetivas instituições universitárias, tem a sua
missão estatutariamente definida:
“Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) prosseguem os objetivos que a lei lhes atribui, apoiando
os estudantes: com medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e auxílios de emergência; e com medidas de apoio
social indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a serviços de saúde, apoio a atividades culturais e desportivas,
e acesso a apoio psicopedagógico e a outros apoios de caráter educativo.
Os SASUC gozam de autonomia administrativa e financeira nos termos da lei e estatutos da Universidade de Coimbra.”
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art.º 28.º)
5.1. APOIOS DIRETOS
Ao nível dos apoios diretos, a estratégia da promoção da sustentabilidade tem-se traduzido na intensificação da
reflexão sobre estes processos à luz da alteração do paradigma da intervenção social, de um modelo assistencialista
para um modelo de intervenção com maior enfoque na mudança social pela inovação social.
Para tal, têm-se intensificado atividades de diagnóstico junto dos beneficiários de apoios sociais e de definição de
ferramentas e metodologias para a avaliação do impacto das intervenções, na ótica do respetivo ajustamento e
otimização de processos para a criação de maior valor social.
5.1.1. BOLSAS E FUNDO DE APOIO SOCIAL
A atribuição de apoios sociais diretos compreende a gestão de processos de atribuição de bolsas de estudo e a
atribuição do Fundo de Apoio Social aos Estudantes, programa de atribuição de benefícios sociais com recurso a
receitas próprias da Universidade de Coimbra.
O número de candidatos a bolsas de estudo no ano letivo 2017/2018 registou um aumento de 4,6% em relação ao
ano letivo anterior. Em relação ao número de bolseiros a tendência foi semelhante, tendo-se registado um aumento
de 230 estudantes (+5,6%). Constata-se que se registou também um ligeiro aumento na relação ente as bolsas
atribuídas e as candidaturas efetuadas, passando de um rácio de 78,8% para 79,5%, entre 2016/2017 e 2017/2018.
Considerando os dados provisórios do ano letivo 2018/2019, a 31 de dezembro, constata-se, por referência a data
homóloga de 2017 para o ano letivo 2017/2018, um número inferior de concorrentes (-31), correspondendo a um
de decréscimo de 0,6%.
Candidatos e bolseiros
[gráfico 13]
Os principais motivos de indeferimento da atribuição de bolsa em 2017/2018 foram rendimentos per capita do
agregado superior aos limites de capitação definidas no regulamento (48%), mais 9,9 p.p. face ao ano anterior, e o
não cumprimento dos requisitos de aproveitamento escolar (23%), menos 13,5 p.p. em relação a 2016/2017.
4.177 4.1414.371
5.257 5.2565.500
2015/2016 2016/2017 2017/2018
Bolseiros Candidatos
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
80
O inquérito aos estudantes a quem foi rejeitada a bolsa de estudo tem como objetivos conhecer as imagens e
projeções desta população relativas ao indeferimento de bolsa; as implicações do indeferimento na vida pessoal e
académica dos inquiridos; as perspetivas sobre a continuidade dos estudos em resultado do indeferimento e verificar
se tinham interesse em novo contacto com vista à análise da situação e de avaliação de respostas sociais alternativas
à bolsa de estudo. No que respeita aos resultados referentes ao ano letivo 2017/2018, foram obtidas 373 respostas
válidas, e destes respondentes, 150 assinalaram interesse em receber contacto, constatando-se 136 estudantes
efetivos, uma vez que 14 respostas eram repetidas. Dos 136 estudantes foram assegurados contactos com 99 que,
em conformidade com a análise casuística da respetiva situação socioeconómica e académica, foram encaminhados
para o FAS, PASEP e Apoio Psicológico, tendo sido abrangidos por apoios sociais, 49 estudantes: 3 com bolsa
atribuída após oposição/reclamação e 46 com apoio do FAS como resposta alternativa à bolsa de estudos.
O Fundo de Apoio Social foi criado pela UC em 2004, com o duplo objetivo de comparticipar despesas com propinas
dos estudantes não bolseiros, com manifestas dificuldades económicas, e fazer face a situações de emergência
comprovada, sendo decomposto em dois apoios, o FAS Propinas e o FAS Subsídio de Emergência. No ano letivo
2017/2018, registou-se um decréscimo no número de concorrentes (-7%) e no número de atribuições (-8%) face ao
FAS propinas de 2016/2017.
FAS propinas
[gráfico 14]
Quanto ao subsídio de emergência, deram entrada 10 requerimentos (menos 9 que no ano letivo anterior) e foram
atribuídos 4 apoios, registando-se um decréscimo de 7 no número de subsídios atribuídos.
Os apoios totais concedidos através do FAS (propinas e subsídios de emergência) ascenderam a 0,18M€,
representando um decréscimo de 20% face aos montantes atribuídos ano letivo anterior.
5.1.2. OUTROS APOIOS DIRETOS
Como ação complementar aos apoios diretos, destaca-se a parceria com o Fundo Solidário. Este projeto, iniciado
em maio de 2010, pelo Instituto Universitário Justiça e Paz, organismo da Diocese de Coimbra, tem por objetivo
apoiar jovens do ensino superior com manifestas dificuldades/carências económicas, visando a prevenção do
abandono dos estudos por razões socioeconómicas e alertando a comunidade académica e a população em geral
para a defesa da igualdade de oportunidades no acesso e sucesso académico, no ensino superior. Para concretizar a
eficácia destes apoios junto da comunidade da Universidade, este projeto dá forma a uma rede que envolve os
diversos serviços de apoio ao estudante na cidade de Coimbra. À data de elaboração do presente relatório, o
Instituto Universitário Justiça e Paz não disponibilizou ainda os dados relativos aos apoios concedidos em 2018.
5.2. APOIOS INDIRETOS
5.2.1. PROGRAMA DE APOIO SOCIAL A ESTUDANTES
O Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de tempo Parcial da UC foi criado no ano letivo
2013/2014 com o objetivo de apoiar os estudantes mais carenciados, numa perspetiva de complemento a outros
apoios sociais já existentes. Em simultâneo, possibilita-lhes a aquisição e desenvolvimento de competências
298
358329
390429
398
2015/2016 2016/2017 2017/2018
Atribuições Concorrentes
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
81
transversais e permite reforçar a ligação e a participação dos estudantes em estruturas da Universidade, com o
objetivo de contribuir para a diminuição do abandono escolar e facilitar a integração dos estudantes no mercado de
trabalho.
Este apoio consubstancia-se na disponibilização de ofertas de atividades de tempo parcial, a realizar em unidades
orgânicas/serviços da UC, cuja retribuição ao estudante se traduz na atribuição de benefícios sociais, designadamente:
senhas de refeição válidas para as unidades de alimentação; contribuição total ou parcial nos custos de alojamento
nas residências; e/ou contribuição total ou parcial na propina a pagar pelos estudantes no curso em que estão
matriculados. Além do apoio social atribuído, as atividades realizadas são incluídas no Suplemento ao Diploma.
No ano letivo 2017/2018 os diversos setores da UC disponibilizaram, no âmbito deste projeto, mais 58% de ofertas
de atividade em relação ao ano letivo anterior, permitindo também um acréscimo no número de estudantes
apoiados, de 154 para 201. A tipologia de oferta com mais colocações é a referente a atividades de vigilância,
representando 59% do total de colocações em 2017/2018.
PASEP [quadro 21]
2015/2016 2016/2017 2017/2018
ofertas de atividades 54 74 117
candidaturas apresentadas 1.234 1.406 1.456
colocações 161 214 268
estudantes apoiados 105 154 201
Os apoios concedidos em 2017/2018 ascenderam a um total de 112.584€, repartidos por propinas, alimentação e
alojamento, e representando um significativo aumento de 17% face ao ano letivo anterior.
A monitorização e acompanhamento de indicadores de atividade do PASEP, à semelhança dos anos letivos anteriores,
tem sido uma preocupação constante dos SASUC enquanto entidade gestora do programa da UC, seja ao nível da
análise de dados relativos à oferta e procura deste apoio social e análise de perfis de participação no programa (de
estudantes beneficiários e entidades promotoras de ofertas de atividade), seja ao nível do financiamento interno da
intervenção. A análise destes indicadores, complementada com informação recolhida no âmbito de outros processos,
tem-se revelado fundamental para o desenvolvimento de uma estratégia de consolidação e desenvolvimento desta
intervenção socia.
Nesse mesmo sentido e tendo por base as perceções e expectativas das partes interessadas, foram identificados
aspetos, de nível estratégico e operacional, no âmbito do processo de melhoria contínua e do diagnóstico de
necessidades de capacitação do PASEP como iniciativa de intervenção e inovação social, nomeadamente a
necessidade de revisão do Regulamento e o desenvolvimento dos sistemas de informação do PASEP, assegurando
uma gestão mais eficaz e potenciando o impacto social da intervenção.
5.2.2. ALIMENTAÇÃO
O apoio alimentar à comunidade académica tem sido, desde sempre, uma das grandes preocupações da Universidade
de Coimbra. Enquanto a grande maioria dos serviços congéneres do país têm optado pela concessão desta
componente da ação social, a UC tem mantido com êxito a exploração direta destes serviços, tão importantes no
âmbito dos apoios indiretos da ação social. É, também, a face mais visível da ação social indireta, dado o acesso às
18 unidades alimentares por todos os segmentos da comunidade universitária, assinalando-se, em 2018, a desativação
da Sala B do Complexo Central como unidade alimentar (aprovada em Conselho de Gestão dos SASUC de 27 de
março de 2018) e o apoio alimentar disponibilizado aos Jogos Europeus Universitários, em julho de 2018.
As unidades alimentares encontram-se distribuídas pelos diferentes polos, tendo-se verificado um a diminuição de
6% no número de lugares sentados.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
82
Alimentação [quadro 22]
2016 2017 2018
unidades de alimentação 18 19 18
lugares sentados 3.053 3.060 2.872
refeições servidas 872.155 867.548 926.819
média de refeições/dia 3.819 3.731 3.704
O número total de refeições servidas em 2018 registou um acréscimo de 6,8% face ao ano anterior, com mais 59.271
refeições, decorrente das refeições no âmbito dos Jogos Europeus Universitários (82.090 refeições servidas).
Considerando apenas a oferta alimentar regular, constatou-se um decréscimo de 2,6% no número total de refeições
servidas, justificado pela redução da oferta durante o mês de julho, resultado da necessidade de alocar recursos no
apoio aos JEU.
O decréscimo observado na oferta regular teve uma maior expressão na oferta vegetariana, refletindo as dificuldades
sentidas na transição de uma oferta ovolactovegetariana para uma oferta vegetariana, sem produtos de origem
animal, decorrente da aplicação da Lei n.º 11/2017. Visando colmatar esta fragilidade, encontra-se prevista a
disponibilização, em 2019, de formação em cozinha vegetariana dirigida aos trabalhadores dos serviços de
alimentação.
À semelhança de anos anteriores, em 2018 os SASUC deram continuidade à disponibilização de ofertas sazonais tais
como artigos de pastelaria associados a épocas festivas ou workshops gastronómicos, abertos a toda a comunidade
UC. Destaca-se também a prestação de serviços associados a determinadas épocas da vivência académica, tais como
o apoio à realização da Universidade de Verão, das festas académicas da Latada e da Queima das Fitas.
No que diz respeito à taxa de satisfação com a oferta alimentar, situou-se nos 60%, verificando-se uma diminuição
em 3 p.p. na avaliação média dos itens refeições, atendimento e relação qualidade/preço e instalações.
Já a atividade dos serviços de catering, que prestam apoio à comunidade universitária na organização de eventos e
em serviços especiais que vão para além do tradicional serviço das unidades alimentares (não estando espelhados
nos indicadores do quadro anterior), à semelhança do ano anterior, registou-se um decréscimo no número de
eventos e de serviços a que que foi possível dar resposta: 219 eventos (menos 25 face a 2017) e 341 serviços (menos
10 do que no ano anterior). Contudo, em 2018 os eventos foram de maior dimensão, englobando 33.829 pessoas
servidas (+28% face a 2017).
Associado a esta área de apoio social, e com o objetivo de reduzir o desperdício alimentar nas cantinas, bares e
restaurantes da UC, em 2018 deu-se continuidade ao desenvolvimento da Campanha Contra o Desperdício
Alimentar Menos = Mais, já realçada no âmbito do capítulo dedicado à sustentabilidade.
5.2.3. ALOJAMENTO
Em 2017/2018, o número de residências universitárias manteve-se estável face ao ano anterior e o número de camas
registou um ligeiro aumento (+2 camas), comparativamente ao ano letivo anterior. Constata-se uma redução do
número total de alojados, desde 2015/2016, resultado da redução do número de alojados ao abrigo do regime de
mobilidade (alojamento de curta duração) e aumento do número de alojamento do regime geral e estudantes ao
abrigo do estatuto de Estudante Internacional na UC.
Relativamente ao número de candidatos registou-se um ligeiro decréscimo (- 0,4%), a que corresponderam 1.148
alojados de regime geral (acréscimo de 2%). Desses alojados, cerca de 77% eram bolseiros da DGES, que tiveram,
neste ano letivos, uma representatividade superior em 1,7 p.p. em relação a 2016/17.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
83
Alojamento [quadro 23]
2015/2016 2016/2017 2017/2018
Residências 14 14 14
Capacidade 1.325 1.325 1.327
Candidatos (regime geral) 1.366 1.366 1.361
Alojados (regime geral) 1.184 1.125 1.148
Bolseiros DGES 893 850 887
Outros bolseiros 34 26 10
Não bolseiros 257 249 251
Bolseiros DGES alojados 75,42% 75,56% 77,26%
Em 2018, a taxa de ocupação das residências universitárias aumentou 1,3 p.p. (de 90% do ano anterior para 91,3%),
observando-se o mesmo comportamento no número médio diário de lugares disponíveis de alojamento em
residência, decorrente do término das obras de reabilitação das residências Penedo e João Jacinto, bem como na
ocupação média diária, com um aumento de 2%, face ao ano anterior.
O total de alojados no último ano letivo, 2017/2018, ascende a 1.710, considerando ainda, além dos alojados do
regime geral constantes do quadro anterior, os 562 alojados no regime de mobilidade e estudante internacional, dos
quais 229 (41%) correspondiam a estudantes ao abrigo do estatuto de estudante internacional, 137 (24%) a residentes
ao abrigo de programas de mobilidade e 196 (35%) a outros residentes. O aumento da ocupação das residências por
estudantes ao abrigo do Estatuto de Estudante Internacional evidencia o contributo da ação social para a estratégia
de internacionalização da UC.
Realça-se ainda que, à semelhança do apoio alimentar, também na área dos alojamentos houve apoio aos JEU 2018,
disponibilizando-se 774 camas, em quatro residências, para um total de 70 noites de alojamento de atletas
universitários, em julho de 2018.
Em 2018, foram ainda alojados 5 estudantes refugiados sírios, 3 dos quais beneficiaram de apoio através da cedência
de alojamento em residência universitária, correspondendo a um montante global de apoios de 7.433,57€, um valor
inferior ao verificado em 2017 (8.080,97€). Foi ainda assegurado apoio no acesso aos serviços de saúde da UC a 1
estudante refugiado. Desta forma, os SASUC colaboraram no apoio humanitário a estudantes com estatuto de
refugiado a frequentar a UC.
5.2.4. SERVIÇOS DE SAÚDE
A prestação de serviços de saúde à comunidade UC, enquanto apoio social indireto da ação social é gerida, desde
2014, no âmbito dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho, agregando as valências de serviços
de saúde disponibilizados aos estudantes e restante comunidade e a gestão das atividades de saúde ocupacional dos
trabalhadores.
A reestruturação dos serviços desta área redefiniu as áreas estratégicas de apoio assistencial à comunidade
universitária. Fruto da reflexão realizada, atendendo às características específicas de uma população essencialmente
estudantil, em grande parte deslocada das suas áreas de residência habitual e cada vez mais internacional, optou-se
pelo reforço dos cuidados de saúde primários e de algumas áreas clínicas julgadas prioritárias.
Serviços de saúde
[quadro 24]
2016 2017 2018
Especialidades 9 10 10
Consultas realizadas 8.063 8.549 8.824
Atos de enfermagem pagos 401 466 648
Outros atos clínicos e de enfermagem* 864 2.775 3.218
*inclui renovação de medicação
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
84
Realizou-se um total de 12.847 atos clínicos em 2018, mais 8% do que no ano anterior. Registou-se um acréscimo
no número total de consultas realizadas (2,2%), com especial destaque para as consultas de Clínica Geral (3,4%),
para as áreas da saúde mental – Psicologia Clínica (9,03%) e Consulta de Psiquiatria do Jovem Universitário (26,4%)
- e para a Medicina da Viagem (39,47%). Nesta última, das 194 consultas realizadas, 122 foram motivadas por
deslocações em serviço (de trabalhadores e de estudantes) e 45 por deslocações em lazer. Destaca-se ainda a
evolução muito positiva da procura da consulta para emissão de atestado para a carta de condução, com uma variação
positiva de 64% (mais 76 consultas realizadas relativamente ao total de consultas realizadas em 2017).
Em 2018 foi disponibilizada uma nova valência de intervenção clínica na área de saúde mental, o Psicodrama, com
sessões semanais praticadas em grupo. Realizaram-se 24 sessões, com uma média de 7 utentes por sessão, que
corresponde à realização de 157 atos clínicos.
No total, recorreram a estes serviços 3.605 utentes, mais 4,64% do que em 2017 (3.455), sendo a maioria dos
utilizadores estudantes (80%), seguindo-se trabalhadores (17%) e familiares (3%). Realça-se ainda que 1.180 utentes
(33% do total) tinham nacionalidade estrangeira.
Importa destacar que os Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho têm vindo a desenvolver
Programas de Promoção da Saúde, designadamente o Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero; o
Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva e o Programa de Planeamento Familiar, contanto este último com 631
consultas realizadas em 2018.
5.2.5. APOIO À INFÂNCIA
Os serviços de apoio à infância desenvolvem a sua atividade nas vertentes de creche, para crianças entre os dois
meses e os três anos, e de jardim-de-infância, para crianças dos três anos até ao ingresso no primeiro ciclo de
escolaridade.
A atividade dos serviços de apoio à infância assenta num modelo pedagógico inovador, assente no Manual de
Processos Chave para Creche, do Instituto de Segurança Social e na Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar e nas
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar do Ministério da Educação, como suporte de referência para
os educadores na sua prática educativa, perspetivada como dinamizadora das diversas áreas de conteúdo. A prática
educativa vivenciada no apoio à infância diferencia-se pelo suporte nas seguintes premissas: currículo emergente;
pedagogia participativa; trabalho em equipa; educadores como investigadores; metodologia de projeto; espaço
exterior; atelier; desenvolvimento representativo; documentação (portefólio) e contexto multicultural.
Nesta linha de diferenciação do modelo pedagógico, os projetos educativos de ambas as valências do apoio à infância
têm sido inspirados nos temas da Semana Cultural da UC – “Quem Somos?” em 2016/2017 e “Oh As Casas” em
2017/2018.
Apoio à infância
[quadro 25]
2016 2017 2018
Creche
Capacidade 60 60 60
Ocupação média mensal 56,36 53,73 52
Taxa de ocupação 93,9% 89,6% 86,7%
Jardim-de-infância
Capacidade 85 85 85
Ocupação média mensal 65,45 77,18 81,45
Taxa de ocupação 77% 90,8% 95,8%
A creche teve uma ocupação média mensal de cerca de 52 crianças, correspondendo a uma taxa de ocupação de
86,7%, registando uma diminuição de 2,9 p.p. em relação ao período homólogo. Já o Jardim-de-infância registou uma
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
85
ocupação média mensal de cerca de 81 crianças, com uma taxa de ocupação de cerca de 96%, valores muito
superiores aos registados em período homólogo.
Visando a otimização da capacidade instalada, o ajustamento das respostas sociais disponibilizadas às necessidades
da comunidade UC e procurando garantir a sustentabilidade desta valência da ação social na UC, deu-se continuidade
à realização do ATL de Verão, iniciado em 2014. O ATL de Verão, realizado em agosto de 2018, foi dirigido a
crianças dos 2 aos 10 anos de idade e registou a participação de 34 crianças, distribuídas por 3 semanas de duração.
Verificou-se uma diminuição de 43% no número de crianças inscritas em 2018, face ao ATL de Verão realizado em
2017 (com 60 participantes).
5.2.6. INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO
A procura da igualdade de oportunidades no acesso à Universidade e o sucesso académico determinam o
acompanhamento a estudantes com necessidades educativas especiais, o aconselhamento psicopedagógico e a
promoção de ações de sensibilização e formação ativadoras do desenvolvimento pessoal e de competências pessoais
e académicas de todos os estudantes.
Destaca-se, desde logo, o acompanhamento a estudantes com necessidades educativas especiais, que se baseia numa
intervenção técnica especializada, que procura contribuir para um ensino de qualidade, identificando as barreiras
físicas e de comunicação e cooperando para a integração social e escolar destes estudantes.
Neste âmbito, em 2018, através do centro de produção do Núcleo de Integração e Aconselhamento, foi elaborado
o boletim de voto em braille e relevo para cegos, no âmbito da eleição dos diversos Órgãos de Governo da
Universidade. Estreitaram-se relações com escolas secundárias da região, - entre as quais as Escolas Secundárias José
Falcão e Vila Nova de Poiares –, com vista a divulgar os apoios existentes aos estudantes com necessidades educativas
especiais na UC e antecipar futuras entradas na UC. Deu-se continuidade ao apoio para estudantes com surdez
profunda, disponibilizando uma bolsa de horas de Intérprete de Língua Gestual Portuguesa, para utilização em
contexto escolar, tendo beneficiado deste um estudante.
Foram realizadas 188 entrevistas (acréscimo de 24%) e acompanhados 150 estudantes com necessidades educativas
especiais que procuraram apoio, por iniciativa própria, ou foram encaminhados por docentes e/ou órgãos de gestão,
correspondendo a um aumento de 21%, face ao ano anterior. As patologias do foro psiquiátrico, orgânico-
-funcionais, motora e dislexia predominam, representando 81% do total de 150 estudantes em acompanhamento.
A atividade do Centro de Produção registou 155 pedidos em 2018, maioritariamente para tratamento de
documentação em suporte digital (40,6%) e de materiais em braille (56,8%).
Integração e aconselhamento
[quadro 26]
2016 2017 2018
ações de formação 28 23 30
participantes em ações de formação 426 313 322
entrevistas a estudantes com NEE 157 248 188
estudantes com NEE acompanhados 104 124 150
consultas de psicologia realizadas 1.314 1.507 1.676
pedidos de materiais técnico-pedagógicos 181 165 155
Relativamente ao aconselhamento psicopedagógico, destacam-se as consultas de psicologia, cujo foco principal se
prende com a avaliação e o acompanhamento psicológico individual. As consultas de psicologia clínica registaram um
novo aumento face às realizadas em 2017 (de cerca de 11%), com particular destaque no acompanhamento de
perturbações de ansiedade e perturbações de humor, que representaram, respetivamente, 34% e 22% das situações
acompanhadas. Adicionalmente, realça-se também o trabalho desenvolvido na identificação de estudantes com
insucesso escolar no seio das residências universitárias, por se entender que estes estudantes reúnem fatores de
risco adicionais para um fraco desempenho académico e consequente abandono escolar. Deste trabalho resultou a
realização de 244 sessões individuais de coaching académico, envolvendo 73 estudantes.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
86
A oferta formativa na área de integração e aconselhamento – incluindo o programa de Educação pelos Pares e as
ações de sensibilização motivadoras do desenvolvimento pessoal e competências pessoais e académicas –,
contabilizou 30 sessões, envolvendo globalmente 322 participantes.
5.3. OUTROS APOIOS
A UC oferece à sua comunidade um conjunto de outros serviços. Destacam-se os serviços de Lavandaria,
Engomadoria e Espaço Costura (LEEC), que, na valência Espaço Costura assegura à comunidade UC serviços de
confeção e arranjos de vestuário (incluindo, por exemplo vestidos para o baile de gala ou bibes para a creche e
jardim-de-infância) e o aluguer de hábitos talares, tendo-se verificado um acréscimo no número de alugueres destes
últimos. Realça-se também a dinamização do Banco de Trajes Académicos, lançado em 2016, onde é solicitada a
doação de trajes académicos a antigos estudantes para possibilitar o empréstimo a estudantes carenciados,
procurando assim assegurar a igualdade de oportunidades no acesso a festividades académicas.
A oferta de serviços de tratamento de roupas consolidou-se também ao longo do ano de 2018, com o serviço de
lavandaria self-service, a engomadoria e a lavandaria industrial a terem maior procura face ao período homólogo.
Salienta-se ainda a atividade desenvolvida no Centro Cultural D. Dinis (CCDD), ligado aos múltiplos aspetos da
vivência académica, nas vertentes do convívio e da cultura, ao dispor da comunidade universitária. Durante o ano de
2018, além das atividades de cariz cultural e académico, em articulação com as unidades orgânicas/serviços da UC e
núcleos de estudantes, destaca-se o acolhimento de serviços de catering.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
89
6. PESSO
Os recursos humanos do Grupo Público UC encontram-se sobretudo concentrados na UC e nos SASUC,
representando 88,1% do total de pessoal afeto às entidades consideradas no âmbito da consolidação.
As pessoas ao serviço das duas entidades privadas 100% propriedade da UC (ICNAS Produção Unipessoal, Lda. e
Dendropharma, Lda.) representam 0,5%, enquanto as das demais entidades privadas autónomas da UC representam
11,4% do total.
Distribuição do pessoal do Grupo UC [quadro 27]
Associação Exploratório Infante D. Henrique 24
Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial 11
Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil 5
Associação UC Tecnimed – Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização -
Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente 3
Centro de Estudos Sociais 83
Centro de Neurociências e Biologia Celular 115
Dendropharma, Lda. -
Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida -
ICNAS Produção Unipessoal, Lda. 18
Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra 4
Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção 63
IPN – Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia 79
IPN – Incubadora 15
SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta 3
Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra 404
Universidade de Coimbra 2.724
Total 3.551
Comparativamente ao ano anterior, regista-se um acréscimo total de 5,0% (mais 169 trabalhadores), essencialmente
devido ao aumento de pessoas ao serviço da Universidade de Coimbra (mais 85 pessoas, o que corresponde a um
acréscimo de 3,2% na UC). Embora com impactos menos expressivos no total, registaram-se acréscimos em outras
oito entidades, sendo de destacar o CNC (+28; +32,2%), o CES (+26; +45,6%) e o IteCons (+21; +50,0%). Estes
acréscimos resultam, sobretudo, da contração de investigadores ao abrigo do regime de contratação de doutorados
para estímulo do emprego científico e tecnológico (aprovado pelo Decreto-Lei 57/2016, de 29 de agosto). No
sentido contrário, registam-se apenas duas reduções: nos SASUC (-7; -1,7%) e no Exploratório (-2; -7,7%).
A análise efetuada nos quadros e gráficos seguintes reporta-se apenas à UC e aos SASUC, entidades que apresentam
dados comparáveis (por exemplo, quanto ao tipo de vínculo ou aos grupos profissionais), e que, em conjunto, como
acima referido, representam 88,1% do universo total de recursos humanos das entidades incluídas no âmbito da
consolidação.
O número de trabalhadores destas duas entidades registou um acréscimo de 2,6% em relação ao ano anterior,
apresentando um total de 3.128 efetivos a 31 de dezembro de 2018. Deste total, o pessoal docente e investigador
representava 58,3% (1.825 efetivos, +2,6% face a 2017) e o pessoal técnico 41,7% (1.303 efetivos, +2,4%
comparativamente ao ano anterior). Por entidade, e como referido anteriormente, a UC registou um acréscimo de
85 trabalhadores (+3,2%) e os SASUC uma redução de 7 (-1,7%).
Para além dos trabalhadores em funções, a UC, na sua vertente de responsabilidade social, acolhe 477 bolseiros de
investigação, 42 bolseiros curriculares com vista à promoção da formação em contexto de trabalho e 3 beneficiários
dos programas ocupacionais com vista à integração de desempregados. Com vista a coadjuvar as suas atividades,
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
90
conta ainda com 29 avençados, para áreas de intervenção altamente especializadas e que exercem a sua atividade
com caráter autónomo.
No que respeita ao género, conclui-se que a distribuição global é maioritariamente feminina, com 53,8% dos
trabalhadores do sexo feminino e 46,2% do sexo masculino. No entanto, a análise por grupo de pessoal permite
constatar que o pessoal docente e investigador é maioritariamente do sexo masculino (56,6%), enquanto no grupo
de pessoal técnico se verifica o oposto, com 68,4% dos trabalhadores do sexo feminino.
Total de trabalhadores, por grupo de pessoal e género
[figura 7]
Pessoal docente e investigador 792
Pessoal técnico 891 Pessoal docente e investigador 1.033
Pessoal técnico 412
No final de 2018, encontravam-se em funções 1.825 docentes e investigadores, representando um aumento de 2,6%
face ao ano de 2017 (+47 trabalhadores). A este total de efetivos correspondiam 1.325,5 ETI, dado 673 exercerem
funções a tempo parcial ou a título gracioso (correspondendo a 173,46 ETI). Não obstante o aumento de 2,6% no
número absoluto de docentes e investigadores, quando medido em ETI constata-se a existência de um acréscimo
superior, de 6,04% (1.250,0 ETI em 2017).
Do total, 1.011 encontram-se integrados na carreira docente universitária e na carreira de investigação, o que
corresponde a 55,4% do total de efetivos. Os restantes 44,6% correspondem a pessoal especialmente contratado
(convidados, visitantes, leitores, monitores e estagiários). Realça-se ainda que dos 1.825 efetivos indicados, 7
exercem funções nos órgãos de governo da Universidade (Equipa Reitoral e Provedor do Estudante) e 51 nos órgãos
de gestão das unidades.
Distribuição do pessoal docente e investigador de carreira, por categoria
[quadro 28]
2017 2018 ∆
N.º ETI N.º ETI N.º ETI
Professor Catedrático 138 138,0 140 140,0 2 2,0
Professor Associado c/ Agregação 87 87,0 87 87,0 0 0,0
Professor Associado 90 90,0 98 98,0 8 8,0
Professor Auxiliar c/ Agregação 53 53,0 49 49,0 -4 -4,0
Professor Auxiliar 596 596,0 604 604,0 8 8,0
Assistente 9* 9,0 3* 3,0 -6 -6,0
Investigador Coordenador 3 3,0 3 3,0 0 0,0
Investigador Principal c/ Agregação 1 1,0 1 1,0 0 0,0
Investigador Principal 2 2,0 2 2,0 0 0,0
Investigador Auxiliar c/ Agregação 3 3,0 3 3,0 0 0,0
Investigador Auxiliar 14 14,0 14 14,0 0 0,0
Equipa Reitoral / Provedor 8 8,0 7 7,0 -1 -1,0
Total 1.004 1004,0 1.011 1011,0 7 7,0
* assistentes ao abrigo do regime transitório previsto no ECDU, com contrato a termo
3.128
1.683 1.445
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
91
Distribuição do pessoal docente e investigador especialmente contratado, por categoria
[quadro 29]
2017 2018 ∆
N.º ETI N.º ETI N.º ETI
Professor Catedrático 16 1,2 18 1,4 2 0,2
Professor Associado c/ Agregação 4 1,4 4 1,4 0 0,0
Professor Associado 12 1,6 8 1,4 -4 -0,2
Professor Auxiliar c/ Agregação 2 0,6 2 0,6 0 0,0
Professor Auxiliar 180 73,8 178 69,3 -2 -4,6
Assistente 476 100,2 465 116,6 -11 16,4
Leitor 34 26,1 32 25,2 -2 -0,9
Monitor 9 2,7 8 2,4 -1 -0,3
Investigador Coordenador 2 1,5 2 1,5 0 0,0
Investigador Principal 5 5,0 4 4,0 -1 -1,0
Investigador DL57/2016 - - 65 65,0 65 65,0
Investigador Auxiliar 30 27,9 27 24,7 -3 -3,2
Estagiário de Investigação 4 4,0 1 1,0 -3 -3,0
Total 774 246,0 814 314,5 40 68,5
No grupo de pessoal investigador, que representa 6,7% do total de pessoal docente e investigador, predomina o
pessoal especialmente contratado e é atualmente composto na sua maioria por investigadores contratados ao abrigo
do regime de contratação de doutorados para estímulo do emprego científico e tecnológico (aprovado pelo
Decreto-Lei 57/2016, de 29 de agosto).
O pessoal docente é maioritariamente de carreira (57,8%) e, no total de pessoal docente, a categoria mais
representada é a de professor auxiliar (46,1% de 1.696 docentes, não considerando os docentes em exercício de
funções reitorais).
Em relação ao pessoal técnico, as carreiras de técnico superior, de assistente operacional e de assistente técnico
representam 92,9% do total. Pela primeira vez, a carreira com maior representatividade no grupo público UC é a de
técnico superior (33,8%), passando a ter mais expressividade do que a carreira de assistente operacional, dado o
movimento em sentido contrário que se verifica nas admissões e nas saídas de pessoal destas duas carreiras. A
segunda carreira mais representada passou assim a ser a de assistente operacional (32,2%), com um elevado número
de trabalhadores deste grupo afeto aos SASUC (cerca de 73% do total do seu pessoal e 70,6% dos assistentes
operacionais do grupo público UC).
Realça-se que o número de trabalhadores dos SASUC tem um peso de 31,0% no total do pessoal técnico da
Universidade de Coimbra.
Distribuição do pessoal técnico, por carreira / cargo
[figura 8]
Dir
igen
te 3
9
Assistente operacional
419
Outros – 9 Diagnóstico e terapêutica – 6
Dirigente – 44 Informática – 33
Técnico superior 441
Assistente técnico
351
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
92
Num total de 1.303 trabalhadores efetivos, 93,9% possuem contrato de trabalho em funções públicas por tempo
indeterminado com o grupo público UC e 3,4% encontram-se em comissão de serviço (dirigentes e coordenadores
de projetos especiais). O restante pessoal técnico em funções encontra-se com contrato a termo (2,7%). Realça-se
que as situações de mobilidade entre a UC e os SASUC ou vice-versa não se encontram explicitadas no quadro
seguinte dado espelhar informação consolidada, tendo esses trabalhadores vínculo por tempo indeterminado com o
Grupo (e, portanto, estando incluídos na coluna “tempo indeterminado”).
Distribuição do pessoal técnico, por carreira / cargo
[quadro 30]
2017 2018
tempo
indeterm. a termo
comissão
de serviço total tempo
indeterm. a termo
comissão
de serviço total
Assistente Operacional
430 430 419 419
Assistente Técnico
361 361 351 351
Diagnóstico e Terapêutica
6 6 6 6
Dirigente
40 40 44 44
Informática
27
27 30 3 33
Técnico Superior
376 20 3 399 409 32 441
Outros
9 9 9 9
Total
1.209 20 43 1.272 1.224 35 44 1.303
* coordenadores de projetos especiais
Destaca-se a implementação, no 1.º semestre de 2018, do processo de progressão nas carreiras, resultante do seu
descongelamento, alinhado com a conclusão dos processos de avaliação de anos anteriores, nos termos das
deliberações dos Conselhos Coordenadores de Avaliação. Mais concretamente, e tendo em conta exclusivamente
o processo decorrente do descongelamento da progressão de carreiras, realizaram-se:
808 alterações de posicionamento remuneratório de pessoal técnico;
412 alterações de posicionamento remuneratório de pessoal docente;
15 alterações de posicionamento remuneratório de pessoal investigador.
Atualmente, o processo de avaliação de desempenho do pessoal técnico encontra-se a decorrer com normalidade,
tendo terminado o biénio 2017-2018, que será objeto de avaliação durante o início de 2019, tendo como objetivos,
entre outros, a identificação do potencial de evolução dos trabalhadores, o diagnóstico de necessidades de formação
e de melhoria dos postos e processos de trabalho e o apoio à dinâmica de evolução profissional numa perspetiva de
distinção do mérito e excelência dos desempenhos.
Analisando a distribuição etária dos efetivos da Universidade de Coimbra, verifica-se que a maior concentração se
encontra na faixa etária entre os 50 e os 59 anos (35,3% do total), seguindo-se a faixa entre os 40 e os 49 anos
(27%). Considerando o pessoal docente/investigador e o pessoal técnico isoladamente, constata-se que a maior
predominância se mantém nas mesmas faixas etárias, apresentando-se o mesmo padrão de distribuição por escalões.
*
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
93
Estrutura etária dos efetivos [gráfico 15]
< 30 30-39 40-49 50-59 ≥ 60
Total 117 559 845 1104 503
A média de idade dos docentes e investigadores de carreira é de 53,5 anos (representando um acréscimo de 0,5
anos - cerca de 6 meses - face a 2017) e a do pessoal técnico é de 49,7 anos (um acréscimo de 0,2 anos face a 2017).
Complementarmente, analisando o indicador de número de docentes e de investigadores de carreira com idade
inferior a 40 anos constata-se uma significativa redução entre 2017 e 2018 – de 55 para 50, correspondente a uma
diminuição de 9,1%. Comparando os dados dos dois últimos anos, constata-se que 12 docentes e investigadores de
carreira tinham 39 anos em 2017, tendo transitado para o escalão etário 40-49 anos em 2018.
Em relação aos movimentos de pessoal, o número de admissões foi superior ao de saídas, tendência que se mantém
do ano anterior, tendo como consequência o referido aumento do número de trabalhadores. Da análise por grupo
profissional, conclui-se que esta variação resulta do acréscimo verificado no pessoal docente e investigador, com
uma variação líquida de 47 trabalhadores, maioritariamente no pessoal especialmente contratado. No que diz
respeito ao pessoal técnico, registou-se um número de admissões superior ao número de saídas, com maior
contributo nos contratos a tempo indeterminado.
Movimentos de pessoal – admissões/saídas
[quadro 31]
Admissões Saídas
Pessoal docente e investigador 320 273
Carreira 31 24
Especialmente contratado 289 249
Pessoal técnico 85 54
Tempo indeterminado 57 40
Termo / Comissão de Serviço / Mobilidade 28 14
Total 405 327
Após a publicação do regulamento de recrutamento e contratação de pessoal docente da UC e do regulamento de
prestação de serviço dos docentes da UC, o plano de contratação de docentes (tendo por base um modelo que
recorre à análise das reformas e jubilações estimadas para os anos seguintes) teve aplicação plena, afigurando-
-se como um relevante instrumento de concretização da estratégia de recrutamento e contratação, sendo
determinante para a atração e manutenção dos melhores docentes. Assim, foram enviados para publicação em Diário
da República todos os concursos propostos pelas Faculdades ao abrigo do plafond definido para contratação de
docentes em 2018 - 107 concursos para 148 vagas: 59 para professor auxiliar, 68 para professor associado e 18 para
professor catedrático; e ainda 2 vagas para investigador principal e 1 vaga para investigador coordenador. Ao abrigo
do plafond anterior, para 2017, foram abertos 95 concursos para 121 vagas (43 para professor auxiliar, 53 para
90
367
471
603
294
27192
374
501
209
< 30 30 - 39 40 - 49 50 - 59 ≥ 60
Pessoal Docente/Investigador Pessoal Técnico
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
94
professor associado e 25 para professor catedrático). Há ainda a salientar os concursos lançados em 2018 para
investigadores doutorados contratados a termo ao abrigo do Decreto-Lei 57/2016, com um total de 198 vagas.
Analisando o motivo das saídas, conclui-se que a extinção da relação jurídica representa 92% das situações, enquanto
a suspensão é responsável pelos restantes 8%, correspondendo, na prática, a saídas provisórias. Por motivo, a
caducidade de contratos de trabalho a termo apresenta o valor mais elevado (71,8%), o que é natural, dado o número
de docentes especialmente contratados, cujos contratos vão cessando, e que vão sendo ou não renovados consoante
as necessidades. As situações de aposentação (9,2%, incluindo as situações ocorridas por limite de idade) e de
denúncia por parte do trabalhador (8,6%) completam o conjunto dos três principais motivos de saída no último ano.
Movimentos de pessoal – motivo das saídas
[quadro 32]
Pessoal
docente e investigador
Pessoal técnico
Total %
Extinção da relação jurídica 265 35 300 92,0%
Aposentação 4 12 16 4,9%
Aposentação por limite de idade 11 3 14 4,3%
Caducidade 225 9 234 71,8%
Cessação da mobilidade 2 2 0,6%
Denúncia 21 7 28 8,6%
Falecimento 2 1 3 0,9%
Período experimental concluído sem sucesso 1 1 0,3%
Rescisão 1 1 0,3%
Outros motivos 1 1 0,3%
Suspensão vínculo 8 19 26 8,0%
Cedência de interesse público 1 1 0,3%
Comissão de serviço (Dirigente) 1 1 2 0,6%
Lic. p/exercício de funções org. internacional 1 1 0,3%
Lic. s/remuneração 1 1 0,3%
Mobilidade
8 7 2,4%
Nomeação para Governo 2
2 0,6%
Período experimental noutro organismo
10 5 3,1%
Supremo Tribunal de Justiça 1 1 0,3%
Outros motivos 1 6 0,3%
Total 273 54 327 100%
No que concerne às habilitações literárias dos trabalhadores, verifica-se que 76,4% possui formação de nível superior,
sendo o doutoramento o grau detido pelo maior número de pessoas (42,5%).
Observando a escolaridade do pessoal docente e investigador, verifica-se que 72,4% são titulares do grau de doutor,
sendo os restantes 27,6% distribuídos pelo grau de licenciado e de mestre. Analisando em particular os docentes e
investigadores de carreira constata-se que 99,6% dos 1.011 identificados no quadro 28 são doutorados,
correspondendo os remanescentes 0,4% aos assistentes ao abrigo do regime transitório previsto no ECDU e estando
assim a UC muito próxima de atingir o valor de 100%.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
95
Habilitações literárias do pessoal docente e investigador
[gráfico 16]
Quanto ao pessoal técnico, a percentagem que detém nível de escolaridade superior corresponde a 43,3%. A
percentagem de trabalhadores que detém habilitações literárias entre o 4.º e o 9.º ano continua a diminuir, quer pela
aposentação de trabalhadores com níveis de escolaridade mais baixos, quer pela exigência de habilitações mínimas,
ao nível da escolaridade obrigatória, no exercício de funções públicas.
Habilitações literárias do pessoal técnico
[gráfico 17]
No segundo semestre de 2018, foi desenvolvido, aprovado e implementado o guia de orientação da “Gestão da
formação de RH na UC” que engloba, como primeira fase do processo, o diagnóstico das necessidades de formação,
e que deve ter, preferencialmente, como fontes de referência os gaps de competências, a avaliação de desempenho,
as políticas de desenvolvimento de recursos humanos, de inovação e modernização administrativas e as áreas
estratégicas definidas pela UC.
Durante o ano de 2018, foram promovidas 41 ações de formação internas, envolvendo 260 trabalhadores,
correspondentes a 351 formandos, dada a existência de trabalhadores que frequentaram mais do que uma ação.
23112,7%
27315,0%
1.32172,4%
Licenciatura Mestrado Doutoramento
24219%
20015%
29723%
9; 1%
41131%
13510%
9; 1%
4-6 anos de escolaridade 9 anos de escolaridade
11-12 anos de escolaridade Bacharelato ou Curso Médio
Licenciatura Mestrado
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
96
Formação profissional do pessoal técnico
[quadro 33]
N.º
Formação interna
Ações internas formais 41
Formandos 351
Trabalhadores que frequentaram ações de formação internas 260
Formação externa
Ações externas frequentadas 105
Formandos 161
Trabalhadores que frequentaram ações de formação externas 105
Total de trabalhadores que frequentaram ações de formação 359
Para além das formações já referidas, o pessoal técnico frequentou 105 ações de formação externas, nomeadamente
workshops, colóquios e seminários, num total de 161 formandos, correspondendo a 105 trabalhadores.
O total de trabalhadores que frequentou pelo menos uma ação de formação, interna ou externa, no ano de 2018,
ascendeu assim a 359.
Ainda em 2018, e atendendo aos diagnósticos efetuados pelos dirigentes, foi realizada, para além da habitual formação
interna e externa, a formação em contexto de trabalho, contemplada no referido guião. Este último tipo de formação
refere-se às aprendizagens/atualizações que ocorrem no posto de trabalho, pressupondo uma transferência de
conhecimentos e saberes de um indivíduo para o outro, podendo ser ministrada pelo superior hierárquico, pelo
coordenador de unidade ou por um/a trabalhador/a, permitindo assim o desenvolvimento das competências de cada
trabalhador ajustadas à sua realidade, ao seu posto de trabalho e às suas necessidades.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
99
As demonstrações financeiras consolidadas do GPUC foram preparadas em conformidade com a Orientação
n.º 1/2010 e a Portaria n.º 474/2010, de 1 de julho1, que definem as normas relativas à consolidação de contas do
setor público da Educação, na sequência da autorização dada pelo Tribunal de Contas ao pedido formulado pela UC
para prestar contas relativas ao exercício de 2018 nesse normativo contabilístico (cf. Ofício do TC ref.ª 10236/2018,
de 18 de março, DIII.I – Ad.Central).
As entidades que integram o perímetro de consolidação do GPUC encontram-se elencadas no ponto 1.3 Estrutura
organizacional e âmbito da consolidação, registando-se duas alterações relativamente ao ano de 2017, a saída da
UC Inproplant - Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização, pelo critério material, e a entrada
do IATV - Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida, o que representa um universo de 17 entidades que compõem
o GPUC.
Quanto à consolidação orçamental, o perímetro é composto pelas entidades do Grupo que, no período
contabilístico, integraram o Orçamento do Estado e, por conseguinte, o perímetro de consolidação das
administrações públicas, pelo que apenas engloba, através do método de consolidação simples, as entidades UC e
SASUC.
7. CONTAS
7.1. ANÁLISE ORÇAMENTAL
Quanto ao desempenho orçamental do ano de 2018, destaca-se a inversão da contração da execução de receita
verificada em 2017, explicada naquele ano pela diminuição das transferências no âmbito de projetos e atividades.
Em 2018, as transferências, designadamente as transferências correntes, registam uma variação positiva de 50,3%
(+8,36M€). Destaca-se uma vez mais a tendência para o crescimento da receita com origem nas propinas de
estudantes, nacionais e internacionais, embora estes últimos registem um crescimento inferior, comparativamente
com o período homólogo. De sublinhar ainda, que a atividade relacionada com o turismo mantém uma tendência de
crescimento, embora mais ligeira, e que os European Universities Games Coimbra 2018 (EUG Coimbra 2018)
influenciaram em alta esta componente do orçamento.
No que se refere à execução da despesa, verifica-se a tendência de crescimento já registada em anos anteriores,
explicada neste ano, em grande medida, pelo investimento na conservação e recuperação do edificado, na aquisição
de equipamento básico e no aumento das transferências correntes (bolseiros e transferências para parceiros). Destaca-
se, no entanto, uma ligeira diminuição da despesa com pessoal, invertendo a tendência registada de 2016 para 2017.
Principais indicadores orçamentais
[quadro 34]
Em 2018, o GPUC dispôs de um orçamento aprovado de 183,13M€, representando um acréscimo das suas dotações
em 17,0%, face ao ano precedente.
Orçamento
Inicial
Orçamento
Corrigido
Receita Cobrada
no Ano
Despesa
Paga
Resultado da
Gerência
183.126.015,00 € 241.577.704,94 € 167.384.343,92 € 158.154.486,37 € 9.229.857,55 €
17,0% 15,7% 9,0% 6,6% 78,4%
Grau Execução
[Orç. Corrigido]
Peso Financiamento
Ativ. e Investimento
Peso Financiamento
do Estado
Financiamento OE /
Despesa de PessoalSaldo de Gerência
93,0% 22,5% 50,8% 83,3% 66.483.683,63 €
-5,6% 42,5% -6,7% 1,9% 16,1%
2016 2018
Dese
mp
en
ho
Orç
am
en
tal
2018
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
100
O orçamento corrigido ascendeu a 241,58M€, o que correspondeu a uma variação de +31,9% face ao orçamento
inicial aprovado, em consequência da integração do saldo de gerência acumulado (+57,25M€), do reforço efetivo do
Orçamento do Estado (+1,19M€), do ligeiro ajustamento das previsões relativas a fundos comunitários (+0,01M€),
e do IEFP no âmbito do programa CEI+ (+0,38M€).
7.1.1. ORIGEM DE FUNDOS
A receita cobrada do ano ascendeu a 167,38M€, representando um grau de execução do orçamento do ano de
90,8%. O saldo de gerência integrado no ano foi de 57,25M€, perfazendo uma receita total de 224,64M€ e um grau
de execução global do orçamento da receita de 93,0%.
Comparativamente com o ano precedente, verifica-se um crescimento da receita cobrada, em 13,83M€ (+9,0%),
que resulta essencialmente do aumento da receita proveniente de projetos e atividades, continuando a destacar-se
também o aumento da receita proveniente do Orçamento do Estado, das propinas de estudantes (nacionais e
internacionais), da atividade do turismo e, conforme já referido, da realização dos EUG Coimbra 2018.
Execução da receita por tipo de receita
[quadro 35]
Analisando a execução da receita, considerando a sua tipologia, verifica-se que em termos globais a receita cobrada
de propinas aumentou face a 2017, num total de 1,37M€, registando-se um aumento conjunto nas propinas de
estudantes nacionais e internacionais. As propinas destes últimos continuam a crescer, mas menos se comparado
com o biénio anterior (2016-2017), e a evolução das propinas de estudantes nacionais inverte-se em relação ao
mesmo período, crescendo ligeiramente em 0,16M€ (+0,7%). As taxas de ensino mantiveram-se relativamente
estáveis variando apenas -0,8% (-0,01M€),
Ao nível dos rendimentos de juros e dividendos, verificou-se uma diminuição, enquanto os rendimentos de propriedade
demonstram um ligeiro aumento de apenas 0,005M€ face a 2017, mas em termos percentuais com algum significado,
+17,9%.
As transferências correntes e transferências de capital apresentam um aumento de 8,37M€, sendo a quase totalidade
relativa às transferências correntes explicado pelo aumento da receita no âmbito dos projetos e atividades.
Nas transferências correntes e de capital OE-MEC registou-se um aumento do financiamento do Estado na ordem dos
1,45M€.
Tipo de ReceitaOrçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível
[OD]
Receita
Cobrada no
Ano
Grau de
Execução
Orçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível
[OD]
Receita
Cobrada no
Ano
Grau de
Execução
Δ Rec. Cob. no
Ano [€]
Δ Rec.
Cob. no
Ano [%]
Taxas de ensino 1.691.910 € 1.691.910 € 1.691.375 € 100,0% 1.610.373 € 1.610.373 € 1.705.161 € 105,9% 13.786 €- -0,8%
Propinas (est. nacional) 21.670.866 € 21.670.866 € 22.841.522 € 105,4% 22.819.089 € 22.819.089 € 22.679.062 € 99,4% 162.460 € 0,7%
Propinas (est. internacional) 5.222.821 € 5.222.821 € 6.460.852 € 123,7% 4.644.190 € 4.644.190 € 5.252.868 € 113,1% 1.207.984 € 23,0%
Juros e dividendos 14.600 € 14.600 € 5.514 € 37,8% 3.734 € 3.734 € 15.164 € 406,1% 9.651 €- -63,6%
Rendimentos de propriedade 43.971 € 43.971 € 35.294 € 80,3% 32.000 € 32.000 € 29.934 € 93,5% 5.360 € 17,9%
Transferências correntes 40.432.477 € 40.432.477 € 24.981.764 € 61,8% 20.921.041 € 20.921.041 € 16.619.213 € 79,4% 8.362.551 € 50,3%
Transferências correntes | OE-MEC 85.042.760 € 85.042.760 € 85.042.760 € 100,0% 83.594.000 € 83.594.000 € 83.594.000 € 100,0% 1.448.760 € 1,7%
Vendas 895.514 € 895.514 € 766.650 € 85,6% 847.548 € 847.548 € 878.692 € 103,7% 112.042 €- -12,8%
Prestações de serviços 22.363.835 € 22.363.835 € 18.747.733 € 83,8% 15.764.637 € 15.764.637 € 16.434.495 € 104,2% 2.313.238 € 14,1%
Outros rendimentos 999.820 € 999.820 € 805.196 € 80,5% 356.723 € 356.723 € 351.024 € 98,4% 454.172 € 129,4%
Transferências de capital 5.856.888 € 5.856.888 € 5.955.422 € 101,7% 6.109.687 € 6.109.687 € 5.943.203 € 97,3% 12.219 € 0,2%
Transferências de capital | OE-MEC - € - € - € - - € - € - € - - € -
Outros rendimentos de capital - € - € - € - 1 € 1 € - € 0,0% - € -
Reposições 88.417 € 88.417 € 50.262 € 56,8% 51.549 € 51.549 € 49.325 € 95,7% 938 € 1,9%
Saldo de gerência - € 57.253.826 € - € - - € 52.081.085 € - € - - € -
Total 184.323.879 € 241.577.705 € 167.384.344 € 90,8% 156.754.572 € 208.835.656 € 153.552.142 € 98,0% 13.832.202 € 9,0%
20172018
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
101
As vendas e prestações de serviços registaram também um aumento conjunto de 2,20M€, destacando-se o aumento
da receita de prestação de serviços especializados, de cursos não conferentes de grau, da atividade do turismo e da
receita proveniente dos EUG Coimbra 2018.
Os outros rendimentos evidenciaram igualmente um aumento de 0,45M€, resultante sobretudo das transferências
com origem no Fundo Social Europeu.
Execução da receita do ano por origem
[quadro 36]
Analisando a receita com base na sua origem, verifica-se que esta provém maioritariamente do Orçamento do
Estado, tendo o financiamento direto do Estado ascendido a 50,8% e o indireto, correspondente ao financiamento
competitivo, com origem nomeadamente na FCT, a 3,9% da receita cobrada. No que se refere à receita própria, esta
representa 32,6% da receita total arrecadada em 2018, registando um crescimento de 7,6% em relação a 2017.
A receita da União Europeia assume um peso de 12,7% no financiamento global, evidenciando um crescimento de
88,0% face a 2017, decorrente do aumento das transferências no âmbito de projetos cofinanciados.
Receita cobrada por tipo e origem de fundos
[gráfico 18]
7.1.2. APLICAÇÃO DE FUNDOS
A despesa paga ascendeu a 158,15M€, correspondendo a um grau de execução de 85,8%, quando comparada com
o orçamento do ano (exclui saldo de gerência integrado), e de 65,5%, quando comparada com o orçamento
disponível (orçamento do ano + saldo de gerência - cativos).
Comparativamente com o ano de 2017, verifica-se um aumento da despesa paga de 6,6% (+9,78M€), essencialmente
por via do aumento da despesa com a conservação e reparação do edificado, aquisição de equipamento básico,
aquisição de bens e serviços e transferências correntes (designadamente bolseiros e transferências para parceiros).
Origens de Fundos
Orçamento
Disponível
[OD]
Receita
Cobrada no
Ano
Grau de
Execução
Orçamento
Disponível
[OD]
Receita
Cobrada no
Ano
Grau de
Execução
Δ Rec. Cob. no
Ano [€]
Δ Rec.
Cob. no
Ano [%]
Financiamento OE 85.035.315 € 85.035.315 € 100,0% 83.975.758 € 83.583.790 € 100,0% 1.451.525 € 1,7%
Receitas Gerais OE 11.092.776 € 6.594.964 € 100,6% 11.901.976 € 7.992.355 € 100,7% 1.397.391 €- -17,5%
Receita Própria 94.440.247 € 54.510.795 € 96,0% 79.768.890 € 50.678.106 € 103,5% 3.832.689 € 7,6%
Financiamento da UE 51.009.368 € 21.243.270 € 59,1% 33.189.032 € 11.297.891 € 69,5% 9.945.379 € 88,0%
Total 241.577.705 € 167.384.344 € 90,8% 208.835.656 € 153.552.142 € 98,0% 13.832.202 € 9,0%
20172018
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
102
Execução da despesa por tipo de despesa
[quadro 37]
A despesa com pessoal ascendeu a 102,07M€ e representa 64,5% da despesa paga. Face ao ano de 2017, representa
uma diminuição de aproximadamente 0,20M€. As remunerações certas e permanentes representam 51,4% da despesa
paga, tendo atingido o montante de 81,36M€, o que traduz uma diminuição de 0,2% face ao ano transato. As
remunerações contingentes, onde se incluem, por exemplo, abonos variáveis, colaborações técnicas especializadas,
ajudas de custo e horas extra, correspondem a 1,2% da despesa paga e evidenciam também uma diminuição de
0,02M€. Os encargos com a ADSE diminuíram igualmente em 0,02M€, em certa medida por força das regularizações
ocorridas em 2017, relativamente a anos anteriores, e que influenciaram em alta esta componente naquele ano. Os
encargos com a CGA têm um peso relativo de 8,7% sobre o total da despesa paga, tendo diminuído 2,4% (-0,34M€),
face a 2017. Relativamente aos encargos com a TSU, que representam 3,2% da despesa paga, a variação registada é de
7,2% (+0,34M€).
As despesas de funcionamento e de capital ascenderam a 56,09M€ e representam 35,5% da despesa paga, verificando-
se um crescimento de 21,6% (+9,98M€), face ao ano de 2017. Este aumento é evidenciado sobretudo nas rubricas
de aquisição de bens e de serviços, de transferências correntes, nomeadamente pelo aumento da atividade relacionada
com projetos, e principalmente de investimento em bens de capital, designadamente na conservação e reparação do
edificado e aquisição de equipamento básico.
Execução da despesa por origem de fundos
[quadro 38]
No que respeita ao detalhe da despesa paga por fonte de financiamento, verifica-se que 56,8% da despesa foi
executada através de verbas do Orçamento do Estado, sendo de referir que o financiamento direto do Estado, na
componente de funcionamento, foi utilizado na íntegra em despesas com pessoal. No que se refere às restantes
origens, 29,3% da despesa foi suportada com recurso a receita própria e 13,9% com financiamento da União Europeia,
assegurando despesas de pessoal, aquisição de bens e serviços, transferências e despesas de capital. Face ao ano de
2017, as fontes de receitas gerais OE e de receita própria apresentaram, no global, um aumento de 3,8%, verificando-
-se também um aumento, expressivo, na despesa paga através de financiamento da União Europeia de 43,1%.
Tipo de DespesaOrçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível [OD]Despesa Paga
Grau de
Execução
[OD]
Orçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível [OD]Despesa Paga
Grau de
Execução
[OD]
Δ Despesa Paga
[€]
Δ Despesa
Paga [%]
Remunerações certas e permanentes 88.883.556 € 90.940.911 € 81.355.160 € 89,5% 81.081.271 € 82.854.134 € 81.518.786 € 98,4% 163.626 €- -0,2%
Remunerações contingentes 2.146.548 € 2.933.544 € 1.860.303 € 63,4% 1.795.891 € 2.435.825 € 1.881.811 € 77,3% 21.508 €- -1,1%
Encargos da UC com ADSE 229 € 229 € 229 € 100,0% 14.226 € 24.012 € 23.969 € 99,8% 23.740 €- -99,0%
Encargos da UC com CGA 13.754.469 € 14.266.034 € 13.723.893 € 96,2% 14.002.548 € 14.181.501 € 14.060.094 € 99,1% 336.201 €- -2,4%
Encargos da UC com TSU 5.472.168 € 6.139.852 € 5.128.264 € 83,5% 5.109.587 € 5.379.903 € 4.784.353 € 88,9% 343.910 € 7,2%
Funcionamento | Bens 8.073.114 € 9.948.812 € 7.118.465 € 71,6% 6.572.620 € 7.288.854 € 6.300.047 € 86,4% 818.418 € 13,0%
Funcionamento | Serviços 24.672.331 € 69.437.706 € 18.917.456 € 27,2% 19.665.028 € 58.729.410 € 16.862.679 € 28,7% 2.054.777 € 12,2%
Funcionamento | Outras 2.639.963 € 3.026.521 € 2.065.019 € 68,2% 1.754.973 € 6.684.120 € 1.442.804 € 21,6% 622.215 € 43,1%
Transferências correntes 20.255.748 € 23.076.439 € 16.167.525 € 70,1% 15.041.144 € 17.692.728 € 12.775.353 € 72,2% 3.392.172 € 26,6%
Investimento | Bens de capital 18.116.722 € 21.494.262 € 11.510.308 € 53,6% 10.020.835 € 11.847.400 € 7.039.086 € 59,4% 4.471.222 € 63,5%
Transferências de capital 309.031 € 312.895 € 307.366 € 98,2% 1.396.448 € 1.417.769 € 1.390.420 € 98,1% 1.083.053 €- -77,9%
Investimentos financeiros - € 500 € 500 € 100,0% 300.000 € 300.000 € 300.000 € 100,0% 299.500 €- -99,8%
Total 184.323.879 € 241.577.705 € 158.154.486 € 65,5% 156.754.572 € 208.835.656 € 148.379.400 € 71,1% 9.775.086 € 6,6%
2018 2017
Origens de FundosOrçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível [OD]Despesa Paga
Grau de
Execução
[OD]
Orçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível [OD]Despesa Paga
Grau de
Execução
[OD]
Δ Despesa Paga
[€]
Δ Despesa
Paga [%]
Financiamento OE 85.035.315 € 85.035.315 € 84.753.948 € 99,7% 83.583.790 € 83.975.758 € 83.466.636 € 99,4% 1.287.312 € 1,5%
Receitas Gerais OE 6.557.735 € 11.092.776 € 5.014.004 € 45,2% 7.936.229 € 11.901.976 € 6.523.848 € 54,8% 1.509.845 €- -23,1%
Receita Própria 56.790.830 € 94.440.247 € 46.427.463 € 49,2% 48.987.814 € 79.768.890 € 43.046.420 € 54,0% 3.381.043 € 7,9%
Financiamento da UE 35.939.999 € 51.009.368 € 21.959.072 € 43,0% 16.246.739 € 33.189.032 € 15.342.496 € 46,2% 6.616.576 € 43,1%
Total 184.323.879 € 241.577.705 € 158.154.486 € 65,5% 156.754.572 € 208.835.656 € 148.379.400 € 71,1% 9.775.086 € 6,6%
2018 2017
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
103
Despesa paga por tipo de despesa e origem de fundos
[gráfico 19]
7.1.3. RESULTADOS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
De acordo com a execução orçamental de 2018, o saldo de gerência acumulado ascendeu a 66,48M€. Com efeito,
os fluxos financeiros de receita cobrada e de despesa paga em 2018 foram geradores de um excedente orçamental
de 9,23M€.
Execução e saldo orçamental por origem de fundos
[quadro 39]
Analisando o saldo de gerência por origem de fundos, verifica-se que as fontes financiamento OE, receitas gerais de OE
e receita própria foram geradoras de excedentes, apresentando o financiamento da UE um défice, em resultado da
despesa executada em projetos cofinanciados ter sido superior ao valor dos respetivos reembolsos recebidos.
Funcionando numa ótica de reembolso, parte dos pagamentos dos projetos cofinanciados são assegurados por
adiantamentos de tesouraria com origem noutras fontes de financiamento (nomeadamente através de
autofinanciamento).
Comparativamente com o ano de 2017, importa referir a variação positiva do saldo de gerência gerado no ano em
4,06M€, aumentando de 5,17M€ para 9,23M€.
Origens de Fundos Saldo InicialReceita Cobrada
no Ano Despesa Paga Saldo do Ano
Saldo para a
Gerência
Seguinte
Δ Saldo Gerência
[€]
Δ Saldo Gerência
[%]
[1] [2] [3] [4]=[2-3] [5]=[1+4] [6]=[5-1] [7]=[6/1]
Financiamento OE - € 85.035.315 € 84.753.948 € 281.367 € 281.367 € 281.367 € -
Receitas Gerais OE 4.535.041 € 6.594.964 € 5.014.004 € 1.580.960 € 6.116.001 € 1.580.960 € 34,9%
Receita Própria 37.649.417 € 54.510.795 € 46.427.463 € 8.083.332 € 45.732.748 € 8.083.332 € 21,5%
Financiamento da UE 15.069.369 € 21.243.270 € 21.959.072 € 715.802 €- 14.353.567 € 715.802 €- -4,8%
Total 57.253.826 € 167.384.344 € 158.154.486 € 9.229.858 € 66.483.684 € 9.229.858 € 16,1%
2018
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
104
7.2. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
Principais indicadores económicos e financeiros
[quadro 40]
7.2.1. DESEMPENHO FINANCEIRO
De acordo com a ótica patrimonial, a estrutura financeira do GPUC à data de 31 de dezembro de 2018 encontra-
-se ilustrada no gráfico seguinte:
Estrutura patrimonial
[gráfico 20]
Volume de
AtividadeEBITDA EBIT
Resultado Líquido
do Exercício
181.982.199,11 € 17.570.584,96 € -740.146,09 € 7.922.447,72 €
6,5% 18,4% 79,9% 58,1%
Ativo LíquidoFundos Próprios
e Int. MinoritáriosPassivo Disponibilidades
641.493.124,77 € 343.494.442,18 € 297.998.682,59 € 82.535.593,76 €
6,0% 2,4% 10,4% 20,9%
2016 2018
Sit
uação
Eco
nó
mic
a
Sit
uação
Fin
an
ceir
a
Aplicações de Fundos Origens de Fundos
1.624.365 €
282.372.811 €248.603.989 €
18.858.835 €
391.264.771 €340.261.479 €
Ativo Fixo - Capitais Permanentes
Ativo Circulante - Capitais Alheios
Acréscimos e Diferimentos [Ativo] - Acréscimos e Diferimentos [Passivo]
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
105
Em síntese, a estrutura de financiamento revela a existência de um fundo de maneio positivo, onde o ativo líquido se
encontrava suportado por capitais permanentes em 53,0%, o que traduz a capacidade do Grupo para fazer face aos
seus compromissos financeiros através dos seus capitais próprios, bem como um adequado nível de solvabilidade.
O ativo circulante é largamente superior aos capitais alheios, verificando-se assim um working capital positivo ao nível
da atividade operacional, o que se traduz num elevado nível de liquidez de tesouraria. Desta forma, a longo prazo, é
expectável a manutenção de uma estrutura financeira equilibrada.
Estrutura do ativo
[quadro 41]
* detalhe dos investimentos financeiros na página 133
O ativo líquido do GPUC situou-se nos 641,49M€, tendo aumentado 36,39M€ (+6,0%) face ao ano transato. No
entanto, a rendibilidade do ativo continua negativa (-0,1%), embora tenha tido uma evolução favorável nos últimos
anos, evidenciando assim um potencial de melhoria ao nível da produtividade na utilização dos ativos do Grupo.
O ativo fixo (imobilizações e investimentos financeiros) ascendeu a 391,26M€ e representa a maior componente do ativo
total, com 61,0%. As imobilizações (corpóreas e incorpóreas) registam uma diminuição de 4,81M€ (-1,2%), dado que o
valor das depreciações desses ativos, nomeadamente ao nível dos edifícios e do equipamento e material básico, foi
superior ao investimento líquido em novos ativos. Os investimentos financeiros ascendem a 3,63M€, verificando-se
uma diminuição de 0,18M€ relativamente ao ano anterior.
O ativo circulante (existências, dívidas de terceiros e disponibilidades) ascendeu a 248,60M€ e representa 38,8% do total
do ativo líquido. As existências aumentaram ligeiramente 8,8% – para 1,85M€ –, invertendo a diminuição verificada
entre os anos 2016 e 2017, que tinha sido naquele ano de 1,89M€ comparativamente com 1,70M€ em 2017,
nomeadamente nas entidades UC e SASUC. As dívidas de terceiros ascenderam a 164,22M€ e aumentaram 26,68M€
face ao período homólogo, influenciadas pela rubrica de outros devedores, nomeadamente na entidade UC
(+10,72M€), CNC (+8,20M€), CES (+3,05M€), ITeCons (+2,61M€), IPN (+0,92M€) e INESC-C (+0,61M€),
decorrente do reconhecimento do volume de financiamento contratualizado em novos projetos e atividades ao
abrigo do quadro comunitário de apoio em vigor.
A dívida de alunos registada em balanço, na UC e SASUC, ascende a 19,98M€ e diminuiu 0,42M€ relativamente a
2017. No entanto, 19,11M€ deste valor são relativos a propinas do ano letivo 2018/19, cujo pagamento é faseado
em prestações, a maioria das quais ainda não vencidas à data de 31 de dezembro. Assim, encontram-se apenas em
mora 0,87M€, dos quais 0,17M€ são relativos a alojamento e o restante, no valor de 0,70M€, corresponde a dívidas
de propinas de anos letivos anteriores.
A dívida de clientes do Grupo ascende a 9,00M€, tendo registado uma diminuição de 0,05M€. As dívidas de cobrança
duvidosa, ou seja, com uma antiguidade superior a um ano no caso de clientes e dois anos letivos no caso de alunos,
diminuíram também e ascendem a 11,56M€, estando provisionadas quase na sua totalidade.
As disponibilidades a 31 de dezembro de 2018 assumem um peso de 12,9% na estrutura do ativo e totalizam 82,54M€,
embora parte significativa deste montante corresponda a verbas consignadas, nomeadamente ao nível de projetos e
atividades em curso. Face ao ano precedente verifica-se assim um aumento de 14,26M€, em consequência dos
Ativo 2018 Estrutura Absoluta % 2017 Estrutura
Imobilizações 387.639.015 € 60,4% 4.806.175 €- -1,2% 392.445.190 € 64,9%
Investimentos Financeiros* 3.625.756 € 0,6% 181.367 €- -4,8% 3.807.123 € 0,6%
Existências 1.845.542 € 0,3% 149.638 € 8,8% 1.695.904 € 0,3%
Dívidas de Terceiros 164.222.853 € 25,6% 26.681.710 € 19,4% 137.541.143 € 22,7%
Disponibilidades 82.535.594 € 12,9% 14.263.567 € 20,9% 68.272.026 € 11,3%
Acréscimos e Diferimentos 1.624.365 € 0,3% 287.214 € 21,5% 1.337.151 € 0,2%
Total 641.493.125 € 36.394.587 € 6,0% 605.098.538 €
Variação 2018-2017
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
106
resultados de tesouraria apurados, nomeadamente nas entidades UC (+10,50M€), SASUC (+0,35M€), CNC
(+1,99M€), integração do IATV (+0,57M€), e, em sentido inverso, Exploratório (-0,26M€).
Quanto à estrutura do ativo líquido das diversas entidades que constituem o GPUC, verifica-se que a mesma apresenta
uma elevada diversificação, quanto à sua composição:
Estrutura do ativo por entidade
[gráfico 21]
Estrutura dos fundos próprios e passivo
[quadro 42]
Os fundos próprios do Grupo ascendem a 340,26M€, registando um aumento de 8,20M€ (+2,5%), em consequência
do resultado líquido do exercício de 2017, aplicado maioritariamente em resultados transitados, e do reconhecimento
do resultado líquido do exercício de 2018 (c.f. nota 45, c) do Anexo às Contas). No entanto, é de considerar que no
passivo estão incorporados 138,83M€ em proveitos diferidos, correspondentes a subsídios ao investimento associados
a bens de imobilizado cofinanciados que, de acordo com o normativo contabilístico vigente, apenas incorporam os
fundos próprios à medida que ocorrem as respetivas amortizações. Assim, considerando que no futuro
corresponderão a fundos próprios, contribuem para o reforço da solidez do Grupo.
Os interesses minoritários, que representam a parte dos resultados e dos ativos líquidos das subsidiárias do Grupo,
cujos fundos próprios não sejam detidos, direta ou indiretamente, pela entidade-mãe do Grupo, ascendem a 3,23M€
e representam 0,5% do total de balanço.
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
TecnimedIATV
% Total do
Ativo do Grupo
5,2% 0,3% 0,0% 5,8% 0,7% 2,0% 2,2% 0,2% 0,4% 1,7% 0,3% 0,3% 0,2%80,5%
63,3%
91,0%
28,9% 27,6%
86,4%
45,1%
4,8%
55,9%
20,2%
44,8%
2,8% 2,2% 0,1%
92,7%
8,0%
1,2%
0,1%
1,8%
0,5%
0,1%
0,1%
2,0%
0,3%
0,6%
6,1%
0,6%
0,3%
0,7% 3,4%
21,8%
0,9%
45,4%
34,3%
63,2%
0,9%
49,4%
78,3%
42,1%
38,9%
53,4%
57,8%
24,5%
4,1%
10,9%
13,2%7,5%
19,0%
62,9%
7,9% 11,8%2,5% 15,8%
1,6%
40,5%
1,4%
39,2%
72,4%
90,2%
7,3%
81,1%
0,2% 0,6% 2,8% 1,3% 0,8% 1,2% 0,3% 0,4% 0,2% 0,2% 0,2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Acréscimos e Diferimentos
Disponibilidades
Dívidas de Terceiros
Existências
Investimentos Financeiros
Imobilizado
0,1% 0,1%
Fundos Próprios e Passivo 2018 Estrutura Absoluta % 2017 Estrutura
Fundos Próprios 340.261.479 € 53,0% 8.203.284 € 2,5% 332.058.195 € 54,9%
Património 341.283.960 € 53,2% - € 0,0% 341.283.960 € 56,4%
Reservas 4.394.653 € 0,7% 13.369 € 0,3% 4.381.283 € 0,7%
Resultados Transitados 13.339.582 €- -2,1% 5.277.732 € -28,3% 18.617.314 €- -3,1%
Resultado Líquido do Exercício 7.922.448 € 1,2% 2.912.182 € 58,1% 5.010.265 € 0,8%
Interesses Minoritários 3.232.964 € 0,5% 10.819 € 0,3% 3.222.144 € 0,5%
Passivo 297.998.683 € 46,5% 28.180.484 € 10,4% 269.818.199 € 44,6%
Provisões 333.860 € 0,1% - € 0,0% 333.860 € 0,1%
Dividas a Terceiros de MLP 324.862 € 0,1% 209.936 €- -39,3% 534.798 € 0,1%
Dividas a Terceiros de CP 14.967.150 € 2,3% 5.289.737 € 54,7% 9.677.413 € 1,6%
Acréscimos e Diferimentos 282.372.811 € 44,0% 23.100.682 € 8,9% 259.272.128 € 42,8%
Total 641.493.125 € 36.394.587 € 6,0% 605.098.538 €
Variação 2018-2017
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
107
Quanto à estrutura dos fundos próprios, verifica-se que a mesma apresenta um elevado nível de diversificação entre
as diversas entidades que constituem o GPUC:
Estrutura dos fundos próprios por entidade
[gráfico 22]
O passivo fixou-se nos 298,00M€, evidenciando assim um aumento das obrigações presentes do Grupo em 28,18M€.
O nível de endividamento5 refletido em balanço cresceu aproximadamente em 0,7 p.p. para os 2,4%, bem como o
debt to equity6 em +1,4 p.p. para os 4,5%, o que significa que o nível de risco dos capitais alheios aumentou ligeiramente,
embora não represente um fator de risco a médio e longo prazo.
As provisões mantiveram-se estáveis, cifrando-se em 0,33M€. As dívidas de médio e longo prazo ascendem a 0,32M€ e
diminuíram 0,21M€, para a qual contribuíram designadamente as entidades IPN (-0,17M€) e IPN - Incubadora
(-0,06M€), ao nível de empréstimos bancários e, em sentido inverso, e entidade ITeCons (+0,01) ao nível de
fornecedores de imobilizado. As dívidas a terceiros de curto prazo, que correspondem a dívida não vencida, ou com
vencimento inferior a um ano, a fornecedores, Estado e outros credores, aumentaram 5,29M€ (+54,7%) para os
14,97M€, destacando-se as variações ocorridas ao nível da rubrica de Fornecedores c/c (+0,68M€), Estado e outros
entes públicos (+0,77M€) e Outros credores (+5,28M€), aumentos estes compensados parcialmente pela redução, com
maior expressão, na rubrica de Empréstimos por dívida titulada (-1,27M€).
Os acréscimos e diferimentos, que ascendem a 282,37M€, registaram uma variação positiva de 23,10M€ (+8,9%).
Os proveitos diferidos, que representam o reconhecimento do direito a receber em exercícios futuros, ascendem a
265,64M€ e aumentaram 21,84M€, por via da variação registada nos montantes contratualizados relativos a novos
financiamentos no exercício de 2018, ao nível dos projetos e atividades (+21,86M€), mas também ao nível dos
proveitos de propinas a receber em 2018 (+1,26M€), e influenciado pela diminuição de outros proveitos diferidos e
direitos de superfície no valor de -1,27M€. No que respeita aos acréscimos de custos, que se referem maioritariamente
ao reconhecimento no corrente exercício dos gastos com férias e subsídio de férias a pagar em 2019, estes
apresentam uma variação de +1,26M€.
Quanto à estrutura do passivo das diversas entidades que compõem o Grupo, verifica-se igualmente alguma
diversificação quanto à sua composição:
5 Endividamento = Fundos Alheios / Fundos Totais
6 Debt to equity = Fundos Alheios / Fundos Próprios
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
TecnimedIATV
% Total Fundos
Próprios do Grupo
6,7% 0,3% 0,0% 0,5% -0,1% 0,4% 0,4% 0,1% 0,4% 0,5% 0,2% 0,4% 0,2%89,8%
101,7%117,0%
5,0%
50,5%
84,5%
-44,8%
64,5%
7,5%
100,0%
5,6%
50,4%
83,8%
-159,4%
31,6%1,4%
75,2%
-55,0%
75,4%
0,2%
6,7%
84,0%
54,2%
-4,0% -18,9%
75,6%
15,4%
142,9%
-40,0%
90,3%
-7,1%
8,0%
-4,8%
15,4%
89,5% 100,0%
198,9%
38,3%
2,3%
1,9%
18,0%
-25,7%
0,1%
56,9% 0,1%
2,0%0,4%
2,4%0,2%
0,8%10,5%
60,5%
30,1%
-200%
-150%
-100%
-50%
0%
50%
100%
150%
200%
Resultado LíquidoExercício
Resultados Transitados
Reservas
Património
0,0% 0,2%
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
108
Estrutura do passivo por entidade
[gráfico 23]
7.2.2. DESEMPENHO ECONÓMICO
7.2.2.1. ANÁLISE DOS PROVEITOS
No ano de 2018, os proveitos e ganhos do GPUC ascenderam a 192,30M€, registando-se um aumento de 10,71M€
em termos absolutos e de 5,9% em termos relativos.
Estrutura e evolução dos proveitos e ganhos
[quadro 43]
Os proveitos operacionais situaram-se nos 181,98M€, representando 94,6% do total de proveitos.
Para a atividade operacional do Grupo, contribuem maioritariamente as transferências e subsídios correntes, com 64,1%
dos proveitos totais. Do valor registado nesta rubrica, 85,04M€ dizem respeito a transferências do OE atribuídas às
entidades UC e SASUC, que aumentou 1,45M€ face ao ano transato, enquanto os proveitos reconhecidos por via
das transferências de outras entidades públicas e privadas, nomeadamente no âmbito da atividade de I&D
cofinanciada, registaram no seu conjunto um aumento de 4,69M€.
Os impostos e taxas, que incluem propinas e emolumentos, ascenderam a 31,14M€ e representaram 16,2% dos
proveitos do GPUC, registando um crescimento de 1,76M€ (+6,0%), essencialmente por via das propinas, sendo
que as taxas mantiveram um valor próximo, embora em baixa, com o registado no ano anterior. Em 2018 verificou-
se um ligeiro aumento do número global de estudantes, com reflexo no mesmo sentido nos proveitos relativos a
propinas, e explicado pelo acréscimo do número de estudantes internacionais, cujo valor de propina é mais elevado.
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
TecnimedIATV
% Total do
Passivo do Grupo
3,3% 0,4% 0,0% 11,6% 1,3% 3,9% 4,2% 0,4% 0,5% 3,0% 0,5% 0,1% 0,1%70,6%
0,2%
0,3%1,1%
11,7%
0,5% 0,4%
30,5%
1,8%3,0%
37,4%
90,9%
19,9%
2,1%
12,6%
6,3%
29,0%
6,7%9,3% 6,6%
90,2%
11,9%
1,3%66,8%
98,0% 97,0%
62,3%
9,1%
80,1%
97,9%
86,3%93,7%
59,3%
93,3% 90,2% 93,0%
9,8%
88,1%
68,2%
33,2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Acréscimos e Diferimentos
Dívidas a Terceiros
Dívidas Médio-Longo Prazo
Provisões
0,1% 0,0%
2018 Peso (%) Absoluta % 2017 Peso (%)
Operacionais 181.982.199 € 94,6% 11.044.652 € 6,5% 170.937.547 € 94,1%
Vendas 4.250.681 € 2,2% 102.352 €- -2,4% 4.353.033 € 2,4%
Prestações de serviços 22.467.988 € 11,7% 3.413.681 € 17,9% 19.054.308 € 10,5%
Impostos e taxas 31.139.859 € 16,2% 1.755.300 € 6,0% 29.384.560 € 16,2%
Variação da produção e trab p/ próp. ent. 83.525 € 0,0% 91.488 € -1148,9% 7.963 €- 0,0%
Proveitos suplementares 701.480 € 0,4% 260.592 €- -27,1% 962.072 € 0,5%
Transferências e subsídios correntes 123.289.755 € 64,1% 6.134.552 € 5,2% 117.155.203 € 64,5%
Outros proveitos e ganhos operacionais 48.910 € 0,0% 12.575 € 34,6% 36.334 € 0,0%
Financeiros 102.095 € 0,1% 4.448 € 4,6% 97.647 € 0,1%
Extraordinários 10.217.527 € 5,3% 338.482 €- -3,2% 10.556.009 € 5,8%
Total de Proveitos e Ganhos 192.301.821 € 10.710.618 € 5,9% 181.591.203 €
Proveitos e GanhosVariação 2018-2017
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
109
As vendas, representativas de 2,2% da estrutura de proveitos, registaram uma ligeira diminuição de 0,10M€ (-2,4%),
por influência da redução de visitantes ao Circuito Turístico (-18.660), refletindo-se na componente de vendas da
Loja UC, diretamente ao nível da exploração da “marca UC” e pela retração na atividade de alimentação nos SASUC.
Em sentido contrário é de referir a tendência de aumento na venda de radiofármacos no ICNAS Produção.
As prestações de serviços, que representam 11,7% da estrutura de proveitos, registam um acréscimo de 3,41M€
(+17,9%). Destacam-se o aumento da prestação de serviços especializados, designadamente de consultoria
(+1,61M€), de inscrições em seminários e congressos (+0,55M€), e a continuidade do crescimento da receita da
atividade turística (+0,44M€). Destaca-se no sentido inverso, a redução ao nível dos estudos e pareceres, e serviços
de formação, que no conjunto totalizam cerca de 0,70M€.
Os proveitos suplementares, evidenciam uma variação, face ao ano anterior, de -27,1%, induzida pela diminuição
generalizada de todas as suas rubricas, onde mais se destacam a atividade de aluguer de instalações/espaços e
equipamentos (-0,17M€), e também as concessões e exploração de bares e reprografias (-0,06M€).
Os proveitos financeiros, que representam 0,1% do total de proveitos, fixaram-se em 0,10M€, o que representa um
aumento no valor de 4.448€ face a 2017, decorrente designadamente do maior volume de rendimentos de imóveis.
Os proveitos extraordinários ascendem a 10,22M€, e representam 5,3% da estrutura de proveitos. Face ao ano
transato, verificou-se um decréscimo de 0,34M€ (-3,2%), em grande medida fruto da diminuição do subsídio ao
investimento.
A estrutura de proveitos e ganhos do GPUC assume a seguinte forma gráfica:
Estrutura dos proveitos e ganhos
[gráfico 24]
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
110
Relativamente à contribuição de cada entidade para o total de proveitos do Grupo, verifica-se a seguinte estrutura:
Contribuição e estrutura de proveitos e ganhos por entidade
[gráfico 25]
7.2.2.2. ANÁLISE DOS CUSTOS
Os custos e perdas totalizaram 184,37M€ no ano de 2018, verificando-se um aumento de 7,80M€ em termos
absolutos e de +4,4% em termos relativos, quando comparado com o ano precedente.
Estrutura e evolução dos custos e perdas
[quadro 44]
No ano de 2018 os custos operacionais cresceram 8,10M€ (+4,6%) para os 182,72M€, representando 99,1% do
total da estrutura de custos e perdas.
Os custos com pessoal que, pela natureza da missão do GPUC, detêm tradicionalmente um peso decisivo na
estrutura de custos (61,6%), registaram um aumento de 2,34M€ (+2,1%), ascendendo ao montante de 113,57M€.
Destacam-se como entidades cujos valores têm mais representatividade neste crescimento, todos com valores acima
dos 0,10M€, o CES (+0,58M€), CNC (+0,45M€), ITeCons (+0,34M€), UC (+0,32M€), IPN (+0,25M€), por via do
aumento do número de efetivos ao serviço, nomeadamente em funções técnicas e de investigação, e da entidade
SASUC (+0,17M€), por via do descongelamento das carreiras do pessoal técnico, do aumento da remuneração
mensal mínima garantida, e também pela entrada de novos efetivos em carreiras superiores. Sublinha-se que não há
lugar à referência de nenhuma entidade do grupo onde se registe um decréscimo nesta rubrica.
Relativamente a custos com fornecimentos e serviços externos, verificou-se um crescimento de 3,63M€ (+13,2%) para
os 31,19M€, contribuindo principalmente as entidades UC (+2,72M€), ACIV (+0,14M€), ADAI (+0,14M€), IPN
(+0,10M€) e SASUC (+0,10M€), e pela incorporação do IATV (+0,15M€).
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
TecnimedIATV
% Total de Proveitos
do Grupo5,6% 0,9% 0,0% 4,5% 0,4% 2,2% 3,0% 0,4% 0,5% 1,9% 0,2% 0,5% 0,1%79,6%
0,4%
27,1%
57,2%
0,1%
0,2%1,1% 0,5% 0,2%
7,9%
17,7%
20,1%
100,0%
8,7%
56,9%
46,1%
9,8%
53,5%46,0%
52,1%
32,3%
98,9%
71,2%
98,9%
19,9%0,6%
6,3%
0,5%
1,2%
1,7%
0,1%
0,1%
1,2%16,3%
6,1%
20,7%
70,9%
2,6% 43,4%
87,6%
38,0% 47,5%
26,8% 64,7%
28,3%
0,8%
50,8%47,4%
0,1% 0,1%
0,0%
0,5%
0,3%0,2%
4,1%1,7% 0,8%
20,4%
32,4%
10,5%
1,7%
8,5% 5,3%
21,0%
1,8%
100,0%
-10%
10%
30%
50%
70%
90%
Prov. Ganhos Extraordinários
Prov. Ganhos Financeiros
Outros Prov. e GanhosOperacionais
Transf. e Subsídios Correntes[Tesouro]
Transf. e Subsídios Correntes[Sub. à Exploração]
Prov. Suplementares
Trabalhos p/ a própriaentidade
Variação da Produção
Impostos e Taxas
Prestações de Serviços
Vendas
0,0% 0,2%
2018 Peso (%) Absoluta % 2017 Peso (%)
Operacionais 182.722.345 € 99,1% 8.095.991 € 4,6% 174.626.354 € 98,9%
Custo das mercadorias vendidas e mat. cons. 2.475.525 € 1,3% 94.415 €- -3,7% 2.569.941 € 1,5%
Fornecimentos e serviços externos 31.192.707 € 16,9% 3.627.274 € 13,2% 27.565.433 € 15,6%
Custos com pessoal 113.569.953 € 61,6% 2.343.793 € 2,1% 111.226.160 € 63,0%
Transferências correntes concedidas e prest. soc. 16.276.611 € 8,8% 2.083.872 € 14,7% 14.192.739 € 8,0%
Amortizações do exercício 18.106.915 € 9,8% 190.172 €- -1,0% 18.297.087 € 10,4%
Provisões do exercício 203.816 € 0,1% 26.195 €- -11,4% 230.011 € 0,1%
Outros custos e perdas operacionais 896.818 € 0,5% 351.834 € 64,6% 544.984 € 0,3%
Financeiros 487.005 € 0,3% 105.574 € 27,7% 381.431 € 0,2%
Extraordinários 1.159.201 € 0,6% 400.723 €- -25,7% 1.559.924 € 0,9%
Total de Custos e Perdas 184.368.551 € 7.800.842 € 4,4% 176.567.709 €
Custos e PerdasVariação 2018-2017
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
111
Os custos fixos ou de estrutura, onde se incluem os custos com eletricidade, água, comunicações, seguros, vigilância
e segurança e limpeza, higiene e conforto, ascenderam a 6,49M€, e representam 20,8% dos fornecimentos e serviços
externos, ou 3,5% dos custos globais do GPUC, registando face ao ano transato um aumento de 0,57M€ (+9,6%)
nomeadamente ao nível da eletricidade, limpeza e vigilância e segurança. Por seu lado, os custos de desenvolvimento
e de atividade, que correspondem aos restantes custos de fornecimentos e serviços externos, ascenderam a 24,71M€,
representando assim 79,2% dos fornecimentos e serviços externos e 13,4% do total de custos do Grupo. Face ao ano
transato aumentaram 3,06M€ (+14,1%) nomeadamente por via das variações registadas ao nível das rubricas de
conservação e reparação, publicidade e artigos para oferta, material de laboratório/clínico, trabalhos especializados
e deslocações e estadas.
As transferências correntes e prestações sociais concedidas representam 8,8% do total de custos e ascenderam a
16,28M€, traduzindo um crescimento de 2,08M€, essencialmente por via do crescimento de transferências para
famílias no âmbito de bolsas de investigação e de abonos de bolsa diversa concedidos, e de transferências para países
terceiros, no âmbito de projetos de investigação.
As amortizações do exercício registaram uma diminuição de 0,19M€ (-1,0%) para os 18,11M€, em resultado da retração
do investimento em ativos fixos. As provisões do exercício registam igualmente uma diminuição de 0,03M€, para o
valor de 0,20M€, essencialmente ao nível das situações de cobrança duvidosa de alunos e clientes.
Os custos financeiros representam 0,3% da estrutura de custos do Grupo e cresceram 0,11M€ para o montante de
0,49M€, em resultado do aumento dos custos incorridos com serviços bancários.
Os outros custos e perdas extraordinárias, representativos de 0,6% da estrutura de custos do Grupo, ascendem ao
montante de 1,16M€, registando uma diminuição de 0,40M€, por via das perdas em imobilizações (-0,37M€), bem
como por via de correções relativas a anos anteriores (-0,21M€) e outros custos e perdas extraordinários
(-0,12M€). Em sentido contrário, regista-se um aumento das amortizações e provisões (+0,27M€), por via do ajuste
da provisão de alunos.
A estrutura de custos e perdas do GPUC assume a seguinte forma gráfica:
Estrutura dos custos e perdas
[gráfico 26]
Relativamente à contribuição de cada entidade para o total de custos do Grupo, verifica-se a seguinte estrutura:
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
112
Contribuição e estrutura de custos e perdas por entidade
[gráfico 27]
7.2.3. RESULTADOS
O GPUC apresentou um resultado líquido do exercício de 7,93M€, influenciado pela melhoria do desempenho da sua
atividade operacional e extraordinária. Deste resultado, 0,01M€ correspondem à parte dos resultados das entidades
subsidiárias que não são detidos direta ou indiretamente pela entidade-mãe do Grupo (interesses minoritários), pelo
que o resultado líquido do GPUC, excluindo o efeito dos interesses minoritários, ascende a 7,92M€.
Demonstração de resultados sintética
[quadro 45]
Da análise do desempenho económico, destaca-se uma melhoria da performance operacional, onde o EBITDA registou
uma variação de +2,73M€ para o montante de 17,57M€. Estes meios libertos, gerados pela atividade operacional,
corresponderam a 9,7% do turnover, continuando a não ser, contudo, suficientes para permitir absorver os custos
relativos às amortizações e provisões, traduzindo-se assim um resultado operacional (EBIT) de
-0,74M€.
Os resultados financeiros evidenciam um agravamento em resultado do crescimento dos custos com serviços
bancários, e continuam a apresentarem-se negativos no montante de 0,38M€.
Os resultados extraordinários totalizaram 9,06M€, contudo tal como já referido anteriormente, parte deste valor
resulta do reconhecimento dos proveitos relacionados com subsídios ao investimento (9,56M€), na proporção das
amortizações dos respetivos bens subsidiados. Apesar de o normativo contabilístico, atualmente vigente, os
enquadrar como proveitos extraordinários estes constituem uma das principais atividades operacionais do Grupo e,
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
TecnimedIATV
% Total de
Custos do Grupo
5,6% 0,8% 0,0% 4,7% 0,5% 2,3% 3,1% 0,4% 0,5% 1,9% 0,2% 0,4% 0,1%79,2%
0,3%
14,6%
30,3%
9,7%
1,1% 0,6% 0,3%
14,4%
13,7%
29,3%
55,9%
35,3%28,7% 31,3%
24,9%
38,6% 38,6%
26,2%
45,4%
67,7%75,2%
1,3%
52,6%
63,9%
61,6%
22,4%
37,5%
41,0%42,8% 52,8%
42,6%
25,9%
40,4% 5,1%
19,4%
23,3%11,2%
3,3%
8,1%
7,4%9,0%
18,6% 1,7%
20,2%
3,0% 33,1%
9,3%8,9%
6,5%9,4%
18,5%29,8% 15,0%
1,9%
12,3% 13,4%
26,2%5,8%
2,5%
0,6%
98,7%
8,6%
0,1%0,6%
0,4% 0,2% 0,2%
0,3%
1,0%
1,3%0,3%
0,1%0,8%
10,0%
0,1%
0,5%7,2%
0,2% 0,3% 0,1% 1,0%
0,4% 0,1%
0,8%
0,5%
1,0%0,5%
0,5%
0,1%
0,2%
0,1%0,1%0,7% 0,2% 0,8% 0,1% 0,1% 0,3%
-0,1%
0,2%
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%Custos e Perdas Extraord.
Custos e Perdas Financeiros
Outros Custos PerdasOperac.
Provisões
Amortizações
Transf. Correntes Conc. ePrest. Sociais
Custos c/ Pessoal
Fornec. Serv. Externos
Custo Merc.Vend.eMat.Cons.
0,0% 0,2%
Rubricas 2018 2017
1 Proveitos Operacionais (turnover ) 181.982.199 € 170.937.547 €
2 Custos Operacionais 164.411.614 € 156.099.256 €
3 EBITDA [Meios Libertos Operacionais] (1-2) 17.570.585 € 14.838.291 €
4 EBITDA [% do turnover ] (3/1) 9,7% 8,7%
5 Amortizações e Provisões 18.310.731 € 18.527.098 €
6 EBIT [Resultado Operacional] (3-5) 740.146 €- 3.688.807 €-
7 EBIT [% do turnover ] (6/1) -0,4% -2,2%
8 Resultados Financeiros 384.910 €- 283.784 €-
9 Resultados Extraordinários 9.058.326 € 8.996.085 €
10 Resultado Líquido do Exercício (6+8+9) 7.933.270 € 5.023.494 €
11 Interesses Minoritários 10.822 € 13.228 €
10 Resultado Líquido do Exercício s/ IM (10-11) 7.922.448 € 5.010.265 €
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
113
consequentemente, uma das suas fontes permanentes de financiamento, pelo que deveriam ser considerados como
proveitos operacionais por forma a balancearem devidamente os custos e proveitos ao nível do resultado
operacional. Considerando este ajustamento, o desempenho económico do Grupo UC poderia apresentar-se
conforme se demonstra no seguinte quadro:
Demonstração de resultados ajustada
[quadro 46]
Resultado líquido do exercício por entidade [gráfico 28]
Rubricas 2018 2017
1 Proveitos Operacionais (turnover ) 181.982.199 € 170.937.547 €
2 Custos Operacionais 164.411.614 € 156.099.256 €
3 EBITDA [Meios Libertos Operacionais] (1-2) 17.570.585 € 14.838.291 €
4 EBITDA [% do turnover ] (3/1) 9,7% 8,7%
5 Amortizações e Provisões 18.310.731 € 18.527.098 €
6 Subsídios ao Investimento (Prov. Extraordinários) 9.557.386 € 9.964.543 €
7 EBIT [Resultado Operacional] (3-5+6) 8.817.240 € 6.275.736 €
8 EBIT [% do turnover ] (7/1) 4,8% 3,7%
9 Resultados Financeiros 384.910 €- 283.784 €-
10 Resultados Extraordinários 499.060 €- 968.458 €-
11 Resultado Líquido do Exercício (7+9+10) 7.933.270 € 5.023.494 €
12 Interesses Minoritários 10.822 € 13.228 €
13 Resultado Líquido do Exercício s/ IM (11-12) 7.922.448 € 5.010.265 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
114
7.3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
7.3.1. BALANÇO
2017
AB AP AL AL
Ativo
Imobilizado
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de investigação e desenvolvimento 795.755 € 793.195 € 2.559 € 96.531 €
Propriedade industrial e outros direitos 5.413.615 € 4.466.877 € 946.738 € 792.911 €
Imobilizações em curso de imobilizações incorpóreas 44.035 € - € 44.035 € - €
6.253.405 € 5.260.073 € 993.332 € 889.441 €
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 93.822.980 € - € 93.822.980 € 93.822.980 €
Edifícios e outras construções 350.789.321 € 92.731.501 € 258.057.820 € 263.475.033 €
Equipamento e material básico 150.157.332 € 128.225.744 € 21.931.587 € 24.262.794 €
Equipamento de transporte 1.398.147 € 1.209.484 € 188.663 € 123.579 €
Ferramentas e utensílios 464.183 € 395.345 € 68.838 € 35.344 €
Equipamento administrativo 21.965.044 € 19.659.176 € 2.305.868 € 2.306.243 €
Taras e vasilhame 4.207 € 3.199 € 1.008 € 1.179 €
Outras imobilizações corpóreas 22.665.422 € 20.438.922 € 2.226.500 € 2.345.625 €
Imobilizações em curso de imobilizações corpóreas 8.018.157 € - € 8.018.157 € 5.182.972 €
Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 24.261 € 24.261 € - €
649.309.053 € 262.663.370 € 386.645.683 € 391.555.749 €
Investimentos financeiros:
Partes de capital 622.858 € 9.980 € 612.878 € 804.725 €
Obrigações e títulos de participação 769.234 € - € 769.234 € 758.754 €
Investimentos em imóveis 2.203.858 € - € 2.203.858 € 2.203.858 €
Outras aplicações financeiras 39.786 € - € 39.786 € 39.786 €
3.635.736 € 9.980 € 3.625.756 € 3.807.123 €
Circulante
Existências:
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 747.217 € - € 747.217 € 738.157 €
Produtos acabados e intermédios 121.781 € 56.322 € 65.459 € 72.755 €
Mercadorias 1.032.867 € - € 1.032.867 € 884.993 €
1.901.865 € 56.322 € 1.845.542 € 1.695.904 €
Dívidas de terceiros - curto prazo:
Clientes 9.001.757 € - € 9.001.757 € 9.054.369 €
Alunos 19.977.275 € - € 19.977.275 € 20.399.955 €
Clientes, alunos e utentes de cobrança duvidosa 11.556.202 € 11.555.879 € 323 € 3.134 €
Adiantamentos a fornecedores 128.040 € - € 128.040 € 252.926 €
Adiantamentos a fornecedores Imobilizado 778 € - € 778 € 778 €
Estado e outros entes públicos 116.340 € - € 116.340 € 122.173 €
Outros devedores 135.057.207 € 58.868 € 134.998.339 € 107.707.807 €
175.837.600 € 11.614.747 € 164.222.853 € 137.541.143 €
Títulos negociáveis: 244.960 € - € 244.960 € 224.960 €
Conta no Tesouro, depósitos em instit. financeiras e caixa:
Conta no Tesouro 13.727.111 € - € 13.727.111 € 13.729.648 €
Depósitos em instituições financeiras 68.480.602 € - € 68.480.602 € 54.206.100 €
Caixa 82.921 € - € 82.921 € 111.318 €
82.290.634 € - € 82.290.634 € 68.047.066 €
Acréscimos e diferimentos:
Acréscimos de proveitos 660.217 € - € 660.217 € 480.561 €
Custos diferidos 964.148 € - € 964.148 € 856.590 €
1.624.365 € - € 1.624.365 € 1.337.151 €
Total de amortizações 267.923.442 € 251.188.370 €
Total de provisões 11.681.049 € 14.342.769 €
Total do ativo 921.097.616 € 279.604.491 € 641.493.125 € 605.098.538 €
2018
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
115
2018 2017
Fundos próprios, interesses minoritários e passivo
Fundos próprios:
Património 341.283.960 € 341.283.960 €
341.283.960 € 341.283.960 €
Reservas:
Reservas legais 52.659 € 52.616 €
Reservas estatutárias 3.891 € 3.891 €
Reservas livres 2.029.395 € 2.026.492 €
Subsídios 588.126 € 588.126 €
Doações 1.716.462 € 1.706.039 €
Reservas decorrentes da transferência de ativos 4.120 € 4.120 €
4.394.653 € 4.381.283 €
Resultados transitados 13.339.582 €- 18.617.314 €-
Resultado líquido do exercício 7.922.448 € 5.010.265 €
5.417.134 €- 13.607.049 €-
Total dos fundos próprios 340.261.479 € 332.058.195 €
Interesses Minoritários
Interesses Minoritários 3.232.964 € 3.222.144 €
Total de interesses minoritários 3.232.964 € 3.222.144 €
343.494.442 € 335.280.339 €
Passivo:
Provisões para Riscos e Encargos 333.860 € 333.860 €
Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo 324.862 € 534.798 €
Dívidas a terceiros - Curto prazo:
Empréstimos por dívida titulada 492.169 € 1.764.529 €
Adiantamentos por conta de vendas 3.785 € 1.420 €
Fornecedores c/c 2.603.848 € 1.935.999 €
Adiantamentos de clientes, alunos e utentes 451.028 € 546.952 €
Fornecedores de Imobilizado c/c 375.758 € 441.025 €
Estado e Outros Entes Públicos 2.991.532 € 2.219.351 €
Outros Credores 8.049.030 € 2.768.137 €
14.967.150 € 9.677.413 €
Acréscimos e diferimentos:
Acréscimos de Custos 16.730.062 € 15.472.002 €
Proveitos Diferidos 265.642.749 € 243.800.126 €
282.372.811 € 259.272.128 €
Total do passivo 297.998.683 € 269.818.199 €
Total dos fundos próprios, de interesses minoritários e do passivo 641.493.125 € 605.098.538 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
116
7.3.2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS
CUSTOS E PERDAS
Custos das merc. vendidas e mat. consumidas:
Mercadorias 287.143 € 427.931 €
Matérias 2.188.383 € 2.475.525 € 2.142.010 € 2.569.941 €
Fornecimentos e serviços externos 31.192.707 € 27.565.433 €
Custos com pessoal 113.569.953 € 111.226.160 €
Transf. correntes concedidas e prestações sociais 16.276.611 € 14.192.739 €
Amortizações do exercício 18.106.915 € 18.297.087 €
Provisões do exercício 203.816 € 18.310.731 € 230.011 € 18.527.098 €
Outros custos e perdas operacionais 896.818 € 544.984 €
(A) 182.722.345 € 174.626.354 €
Custos e perdas financeiras 487.005 € 381.431 €
(C) 183.209.351 € 175.007.785 €
Custos e perdas extraordinários 1.159.201 € 1.559.924 €
(E) 184.368.551 € 176.567.709 €
Interesses minoritários 10.822 € 13.228 €
Imposto sobre o rendimento - € - €
Resultado líquido do exercício 7.922.448 € 5.010.265 €
Total 192.301.821 € 181.591.203 €
PROVEITOS E GANHOS
Vendas e prestação de serviços:
Vendas 4.250.681 € 4.353.033 €
Prestação de serviços 22.467.988 € 26.718.669 € 19.054.308 € 23.407.340 €
Impostos, taxas e outros 31.139.859 € 29.384.560 €
Variação da produção 32.484 € 7.963 €-
Proveitos suplementares 701.480 € 962.072 €
Trabalhos para a própria entidade 51.041 € - €
Transferências e subsídios correntes obtidos:
Transferências - Tesouro 85.042.760 € 83.594.000 €
Outras 38.246.995 € 123.289.755 € 33.561.203 € 117.155.203 €
Outros proveitos e ganhos operacionais 48.910 € 36.334 €
(B) 181.982.199 € 170.937.547 €
Proveitos e ganhos financeiros 102.095 € 97.647 €
(D) 182.084.294 € 171.035.194 €
Proveitos e ganhos extraordinários 10.217.527 € 10.556.009 €
(F) 192.301.821 € 181.591.203 €
Resultados operacionais (B-A) 740.146 €- 3.688.807 €-
Resultados financeiros (D-B)-(C-A) 384.910 €- 283.784 €-
Resultados correntes (D-C) 1.125.056 €- 3.972.591 €-
Resultado líquido do exercício (F-E) 7.933.270 € 5.023.494 €
Res. líq. consolidado do exercício c/ interesses minoritários 7.922.448 € 5.010.265 €
Exercício
2018 2017
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
117
7.3.3. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
Saldo da Gerência Anterior Despesas de Fundos Próprios
Execução Orçamental - Fundos Próprios Execução Orçamental - Fundos Próprios
311 - Estado - RG não afetas a projetos cofinanciados - € 311 - Estado - RG não afetas a projetos cofinanciados 84.761.392,37 €
313 - Saldos de RG não afetas a projetos cofinanciados 3.564.359,55 € 313 - Saldos de RG não afetas a projetos cofinanciados 1.114.038,71 €
319 - Transferências de RG entre organismos - € 319 - Transferências de RG entre organismos 3.425.727,76 €
358 - Saldos de RG afetas a projetos cofinanciados 970.681,35 € 358 - Saldos de RG afetas a projetos cofinanciados 22.759,49 €
359 - Transf. de RG entre organismos afetas a projetos cofinanciados - € 359 - Transf. de RG entre organismos afetas a projetos cofinanciados 444.033,25 €
361 - RP afetas a projetos cofinanciados - Feder - € 361 - RP afetas a projetos cofinanciados - Feder 216.779,83 €
368 - Saldos de RP afetas a projetos cofinanciados 5.080,35 € 4.540.121,25 € 368 - Saldos de RP afetas a projetos cofinanciados 2,61 € 89.984.734,02 €
411 - FEDER - QCA III - € 411 - FEDER - QCA III 9.008.645,28 €
413 - FEDER - PO Valorização do Território - € 413 - FEDER - PO Valorização do Território 5.305.961,69 €
414 - FEDER - Lisboa 2020 - € 414 - FEDER - Lisboa 2020 10.656,23 €
421 - FEDER - PO Transfonteiriço Espanha-Portugal - € 421 - FEDER - PO Transfonteiriço Espanha-Portugal 75.144,03 €
422 - FEDER - PO Transnacional - € 422 - FEDER - PO Transnacional 152.669,97 €
432 - Fundo de Coesão - SEUR - € 432 - Fundo de Coesão - SEUR 125.082,38 €
441 - Fundo Social Europeu - QCA III - € 441 - Fundo Social Europeu - QCA III 247.213,93 €
442 - Financiamento Comunitário em Projetos - € 442 - Financiamento Comunitário em Projetos 13.259,62 €
449 - Fundo Social Europeu - QREN - € 449 - Fundo Social Europeu - QREN 1.409,55 €
452 - FEADER - Programa de Desenvolvimento Rural Continente - € 452 - FEADER - Programa de Desenvolvimento Rural Continente 30.747,07 €
471 - Fundo Europeu das Pescas / FEAMP - € 471 - Fundo Europeu das Pescas / FEAMP 430,76 €
482 - Outros - € 482 - Outros 4.342.147,52 €
488 - Saldos de Fundos Europeus 15.069.368,67 € 488 - Saldos de Fundos Europeus 2.645.703,81 €
513 - Receita própria do ano 7.907.058,59 € 513 - Receita própria do ano 64.721.562,36 €
522 - Saldos de RP transitados 37.644.336,16 € 522 - Saldos de RP transitados 3.554.019,76 €
540 - Transferência de RP entre organismos - € 60.620.763,42 € 540 - Transferência de RP entre organismos 150.943,54 € 90.385.597,50 €
Total saldo de gerência na posse do serviço - fundos próprios 65.160.884,67 € Total da despesa - fundos próprios 180.370.331,52 €
Importâncias Entregues ao Estado ou Outras Entidades - Fundos Alheios
De Receita do Estado - Fundos Alheios 1.472.429,15 € Receitas do Estado 19.666.575,15 €
De Operações de Tesouraria - Fundos Alheios 1.638.712,57 € Operações de Tesouraria 14.470.644,23 €
Total saldo de gerência na posse do serviço - fundos alheios 3.111.141,72 € Total da despesa - fundos alheios 34.137.219,38 €
Total saldo de gerência na posse do serviço 68.272.026,39 € Total da despesa do exercício 214.507.550,90 €
Alteração ao perímetro 429.112,98 €
Receitas de Fundos Próprios Saldo para a Gerência Seguinte:
Execução Orçamental - Fundos Próprios Execução Orçamental - Fundos Próprios
311 - Estado - RG não afetas a projetos cofinanciados 85.042.760,00 € 311 - Estado - RG não afetas a projetos cofinanciados 281.367,63 €
313 - Saldos de RG não afetas a projetos cofinanciados - € 313 - Saldos de RG não afetas a projetos cofinanciados 2.450.320,84 €
319 - Transferências de RG entre organismos 4.460.502,27 € 319 - Transferências de RG entre organismos 1.034.774,51 €
358 - Saldos de RG afetas a projetos cofinanciados - € 358 - Saldos de RG afetas a projetos cofinanciados 947.921,86 €
359 - Transf. de RG entre organismos afetas a projetos cofinanciados 2.127.016,58 € 359 - Transf. de RG entre organismos afetas a projetos cofinanciados 1.682.983,33 €
361 - RP afetas a projetos cofinanciados - Feder 216.779,83 € 361 - RP afetas a projetos cofinanciados - Feder - €
368 - Saldos de RP afetas a projetos cofinanciados - € 91.847.058,68 € 368 - Saldos de RP afetas a projetos cofinanciados 5.077,74 € 6.402.445,91 €
411 - FEDER - QCA III 8.631.055,23 € 411 - FEDER - QCA III 377.590,05 €-
413 - FEDER - PO Valorização do Território 3.529.730,41 € 413 - FEDER - PO Valorização do Território 1.776.231,28 €-
414 - FEDER - Lisboa 2020 12.665,18 € 414 - FEDER - Lisboa 2020 2.008,95 €
418 - FEDER - Cresc Algarve 2020 585,45 € 418 - FEDER - Cresc Algarve 2020 585,45 €
421 - FEDER - PO Transfonteiriço Espanha-Portugal 43.488,70 € 421 - FEDER - PO Transfonteiriço Espanha-Portugal 31.655,33 €-
422 - FEDER - PO Transnacional 43.883,77 € 422 - FEDER - PO Transnacional 108.786,20 €-
432 - Fundo de Coesão - SEUR 94.363,13 € 432 - Fundo de Coesão - SEUR 30.719,25 €-
441 - Fundo Social Europeu - QCA III 541.397,86 € 441 - Fundo Social Europeu - QCA III 294.183,93 €
442 - Financiamento Comunitário em Projetos 13.360,86 € 442 - Financiamento Comunitário em Projetos 101,24 €
449 - Fundo Social Europeu - QREN - € 449 - Fundo Social Europeu - QREN 1.409,55 €-
452 - FEADER - Programa de Desenvolvimento Rural Continente - € 452 - FEADER - Programa de Desenvolvimento Rural Continente 30.747,07 €-
471 - Fundo Europeu das Pescas / FEAMP - € 471 - Fundo Europeu das Pescas / FEAMP 430,76 €-
482 - Outros 8.332.739,64 € 482 - Outros 3.990.592,12 €
488 - Saldos de Fundos Europeus - € 488 - Saldos de Fundos Europeus 12.423.664,86 €
513 - Receita própria do ano 79.262.238,70 € 513 - Receita própria do ano 22.876.847,91 €
522 - Saldos de RP transitados - € 522 - Saldos de RP transitados 34.090.316,40 €
540 - Transferência de RP entre organismos 232.527,92 € 100.738.036,85 € 540 - Transferência de RP entre organismos 81.584,38 € 71.402.315,75 €
Total de receitas - fundos próprios 192.585.095,53 € Total de saldo gerência na posse do serviço - fundos próprios 77.804.761,66 €
Importâncias Retidas p/ Entregar ao Estado ou Outras Entidades - Fundos Alheios
Receitas do Estado 19.654.060,18 € De Receita do Estado - Fundos Alheios 1.459.914,18 €
Operações de Tesouraria 16.102.849,58 € De Operações de Tesouraria - Fundos Alheios 3.270.917,92 €
Total de receitas - fundos alheios 35.756.909,76 € Total saldo de gerência na posse do serviço - fundos alheios 4.730.832,10 €
Total das Receitas do Exercício 228.342.005,29 € Total de Saldo Gerência na Posse do Serviço 82.535.593,76 €
Total Geral de Fluxos de Caixa 297.043.144,66 € Total Geral de Fluxos de Caixa 297.043.144,66 €
7 - DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
Recebimentos Pagamentos
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
118
7.4. ANEXOS ÀS CONTAS
As notas que se seguem respeitam o número de ordem definido no POC-Educação, Orientação
n.º 1/2010 aprovada pela Portaria n.º 474/2010, de 1 de julho, não se apresentando aquelas em que se considera não
existir informação que justifique a sua divulgação.
I – INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS ENTIDADES INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
A responsabilidade pela preparação das demonstrações financeiras consolidadas cabe ao Conselho de Gestão em
exercício, que tem a seguinte composição:
Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira, Reitor
Luís José Proença de Figueiredo Neves, Vice-Reitor
Sérgio Paulo da Conceição Vicente, Administrador
Maria Matilde Costa Lavouras Francisco, Vogal
Compete ao Reitor, de acordo com os estatutos, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas ao
Conselho Geral, órgão responsável pela respetiva aprovação.
Fiscal Único:
Jorge Manuel Felizes Morgado, Revisor Oficial de Contas
Auditor Externo:
Carla Manuela Serra Geraldes, Crowe Horwath SROC
NOTA 1 ENTIDADES INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
O Grupo Público Universidade de Coimbra, representado pela entidade-mãe, identifica-se como se segue:
a) Denominação: Grupo Público UC – Universidade de Coimbra
b) Número de contribuinte: 501 617 582
c) Código Repartição Finanças: 3050 – Coimbra 2
d) Sede: Paço das Escolas • 3004-531 Coimbra
e) Instalações: a UC encontra-se dispersa pela cidade, concentrando-se as suas infraestruturas em 3 polos
universitários fundamentais, designados por polo I (correspondente à zona histórica), polo II (Pinhal de Marrocos,
junto ao Rio Mondego) e polo III (em Celas, junto ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra). Dispõe ainda
de outras estruturas dispersas na cidade, designadamente as instalações da Faculdade de Economia, na Avenida Dias
da Silva, e as da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, na Avenida Conímbriga.
f) Classificação Orgânica:
Ministério 0 9 Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Secretaria 0 1 MCTES – Atividades – Serviço e Fundo Autónomo (SFA)
Capítulo 0 3 Estabelecimento de Ensino Superior e Serviços de Apoio – Funcionamento
Divisão 0 8 Universidade de Coimbra
Subdivisão 0 0 Universidade de Coimbra
g) CAE (Principal): 85420 – Ensino Superior
h) Tutela: Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
i) Regime Financeiro: serviço e fundo autónomo com autonomia administrativa, financeira e patrimonial
j) Constituição e Orgânica: ver 1.3 Estrutura organizacional e âmbito da consolidação
k) Funcionamento: a Universidade rege-se pelo disposto na Constituição da República Portuguesa, na Lei n.º
62/2007, de 10 de setembro (RJIES), nos seus estatutos (Despacho Normativo n.º 43/2008 de 01 de setembro de
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
119
2008), bem como nos regulamentos internos das suas unidades e nos regimentos de funcionamento dos órgãos de
governo e demais legislação aplicável.
Integram o perímetro de consolidação as entidades de direito público e privado representadas na figura seguinte:
UC
ICNAS Produção,
LdaDendropharma, Lda
Associações
Privadas Sem Fins
Lucrativos em que a
UC tem
participação e poder
SASUC
Associações
Privadas Sem Fins
Lucrativos em que a
UC tem condição
de poder
Identificam-se a seguir as entidades que integram a prestação de contas consolidadas do exercício findo de 2018,
para além da UC.
Entidade Contribuinte Objeto Sede Responsáveis pela Gestão Financeira e
Patrimonial
% Detida do Capital |
Método Consolidação
SA
S
Serviços de Ação Social 600 038 106
Garantir condições de estudo aos estudantes da
Universidade de Coimbra através da prestação de serviços e concessão de apoios.
Rua Guilherme Moreira n.º 12 3000-214 Coimbra
Reitor: João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva
(01.01.2018 a 31.12.2018) Vice-Reitora: Madalena Moutinho Alarcão Silva (01.01.2018 a 31.12.2018)
Administradora: Maria da Conceição da Costa Marques (01.01.2018 a 31.12.2018) Administradora: Maria da Conceição da Costa
Marques (30.10.2017 a 31.12.2017) SROC/ROC: Horwath & Associados, SROC, Lda
Simples agregação
CE
S
Centro de Estudos Sociais 500 825 840 Investigação e formação avançada na área das ciências sociais e humanas.
Colégio de S. Jerónimo Praça D.
Dinis Apartado 3087 3001-401 Coimbra
Diretor: Boaventura de Sousa Santos
Diretor Executivo: João Paulo dos Santos Dias SROC/ROC: Pinto Castanheira, SROC, Unipessoal, Lda.
Simples agregação
Exp
lora
tó
rio
Associação Exploratório
Infante D. Henrique 503 626 406
Contribuir para a valorização cultural e intelectual das crianças e jovens; Fomentar o
gosto pela C&T.
Rua Pedro Monteiro
3000-329 Coimbra
Presidente: Paulo Renato Trincão Vice-Presidente: Catarina Schreck Reis
Vogal: Aurora Coelho Moreira SROC/ROC: Horwath & Associados, SROC, Lda
85,77% |
Integral
CN
C
Centro de Neurociências
de Coimbra 502 510 439
Promover a investigação científica fundamental e aplicada e o desenvolvimento experimental
sobre vários aspetos das neurociências e da biologia celular.
Rua Larga Faculdade de Medicina, Pólo I, 1º
andar 3004-504 Coimbra
Presidente: João Ramalho de Sousa Santos
Vice-Presidente: Luis Fernando Morgado Pereira de Almeida Vice-Presidente: Carlos Jorge Alves Miranda
Bandeira Duarte Vice-Presidente: Carlos José Fialho da Costa Faro SROC/ROC: Leal Carreira & Associados, SROC
99,68% |
Integral
IPN
IPN -Associação para a Inovação e
Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia
502 790 610
Promove a investigação científica e tecnológica orientada para a colaboração com organismos,
empresas e instituições universitárias ou não universitárias.
Rua Pedro Nunes
3030 - 199 Coimbra
Presidente: Maria Teresa Ferreira Soares Mendes Vice-Presidente: Fernando Amílcar Bandeira Cardoso
SROC/ROC: P. Matos Silva, Garcia JR, P. Caiado & Associados
46,45% |
Integral
ICN
AS
PR
OD
UÇ
ÃO
,
LD
A
ICNAS - Produção
Unipessoal, Lda 508 944 767
Desenvolver a investigação científica, implementar novas técnicas de investigação básica e clínica no âmbito das tecnologias
nucleares aplicadas à saúde e divulgar os avanços científicos alcançados na sua área de intervenção.
Azinhaga de Santa Comba, Edifício do ICNAS, Polo Ciências da Saúde da
Univ. de Coimbra
Gerente: Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira Gerente: Miguel de Sá e Sousa de Castelo Branco
Gerente: Antero José Pena Afonso de Abrunhosa SROC/ROC: J. Rito & Associada, SROC
100% | Integral
DE
ND
RO
P
HA
RM
A,
LD
A Dendropharma, Lda -
Investigação e Serviços de Intervenção Farmacêutica,
Sociedade Unipessoal Lda
509 575 838 Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares.
Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Polo das Ciências da Saúde, Azinhaga de Santa
Comba 3000-548 Coimbra
Gerente: Amílcar Celta Falcão Ramos Gerente: João José Martins Simões Sousa Gerente: Francisco José de Batista Veiga
SROC/ROC: Horwath & Associados, SROC, Lda
100% | Integral
IPN
-I IPN-Incubadora Associação
para o Desenvolvimento de
Atividades de Incubação de Ideias e Empresas
506 375 986
Tem por objetivo estimular o empreendedorismo e fomentar a criação de
empresas inovadoras de base tecnológica e serviços avançados.
Rua Pedro Nunes
3030-199 Coimbra
Presidente da Direção: Maria Teresa Ferreira Sares Mendes Vice-Presidente: Fernando Amílcar Bandeira
Cardoso SROC/ROC: P.Matos Silva, Garcia JR, P.Caiado & Associados
68,34% |
Integral
AD
AI Associação para o
Desenvolvimento da
Aerodinâmica Industrial
502 550 554
Contribuir para o progresso da aerodinâmica industrial, através da investigação, do ensino
superior e pós-graduado e da prestação de serviços à comunidade.
Santo António dos Olivais Rua Pedro Hispano 12
3030-289 Coimbra
Presidente do Conselho de Administração: Domingos Xavier Viegas
Vice-Presidente: Manuel Carlos Gameiro da Silva
85,32% |
Integral
AC
IV Associação para o
Desenvolvimento da Engenharia Civil
505 448 173
Promover a investigação científica e atividades de caráter técnico e cultural, através da realização de contratos-programa, de
protocolos, de conferências e outras ações de sensibilização sobre diferentes temáticas, com especial ênfase naquelas com afinidades
relativamente à Engenharia Civil.
Departamento de Engenharia Civil da FCTUC, Polo II da Universidade de
Coimbra Rua Luís Reis Santos 3030-788 Coimbra
Presidente: José Alfeu de Almeida Sá Marques Vice-Presidente: José Paulo Pereira de Gouveia
Lopes de Almeida Vice-Presidente: António Alberto Santos Correia
Simples
agregação
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
120
Entidade Contribuinte Objeto Sede Responsáveis pela Gestão Financeira e
Patrimonial
% Detida do Capital | Método
Consolidação
CE
DO
UA
Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente
503 535 630
A promoção e o exercício da investigação (fundamental e aplicada) nos domínios do Ordenamento do Território, do Urbanismo e do Ambiente, numa perspetiva interdisciplinar.
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra 3004-545 Coimbra
Presidente do Conselho Diretivo: Fernando Alves
Correia Vice-Presidente do Conselho Diretivo: Francisco Ferreira de Almeida Vice-Presidente do Conselho Diretivo: Anabela
Miranda Rodrigues
Simples agregação
ITE
CO
NS
Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da
Construção
507 487 648
Promover o desenvolvimento e a divulgação de investigação científica e tecnológica interdisciplinar em áreas diretamente ligadas às
Ciências da Construção e afins.
Polo II da Universidade de Coimbra Rua Pedro Hispano, s/n
3030-289 Coimbra
Presidente da Direção: António José Barreto Tadeu
Vogal da Direção: Julieta Maria Pires António Vogal da Direção: Nuno Albino Vieira Simões Vogal da Direção em representação dos
Associados: Carlos Manuel Oliveira e • Luís Alberto Goucha Jorge dos Santos SROC/ROC: Horwath & Associados, SROC, Lda
10,14% | Integral
INE
SC
-C
Instituto de Engenharia de
Sistemas e Computadores de Coimbra
505 232 200
O exercício e a gestão da atividade de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, orientada para a prestação de
serviços no campo da inovação tecnológica, e a colaboração, neste âmbito com organismos, empresas e instituições universitárias ou não
universitárias.
Rua Antero de Quental, Nº199 3000 - 033 Coimbra
Presidente: Carlos Alberto Henggeler de Carvalho Antunes Vogal: Cidália Maria Costa Fonte
Vogal: Luís Miguel Alçada Tomás de Almeida Vogal: João Manuel Coutinho Rodrigues Vogal: Luís Miguel Pires Neves
Vogal: João Coutinho Rodrigues SROC/ROC: J. Rito, SROC, Lda.
54,00% | Integral
UC
TE
CN
IME
D
UC Tecnimed - Investigação, Desenvolvimento
Tecnológico e Internacionalização
510 396 836
Investigação e desenvolvimento competitivos nos setores farmacêutico, clínico e biotecnológico, através do exercício de
atividades de investigação, conceção, desenvolvimento, ensaio, formação, transferência de tecnologia e conhecimento.
Paço das Escolas Praça da Porta Férrea
3000-447 Coimbra
Presidente: João Pedro Silva Serra
Vice-Presidente: António José Ribeiro Secretário: Carlos Alberto Fontes Ribeiro 1.º Vogal: António Augusto de Miranda Lemos
Romão Donato 2.º Vogal: Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira SROC/ROC: Horwath & Associados, SROC, Lda
50,00% |
Integral
SE
RQ
SERQ - Centro de Inovação
e Competência da Floresta - Associação
513 114 750
Investigação e desenvolvimento experimental, formação, transferência de tecnologia, consultoria, certificação e validação de produtos
e soluções, promoção de eventos técnico-científicos e do empreendedorismo, prototipagem e dinamização das várias vertentes
do setor agroflorestal.
Zona Industrial da Sertã, Lote 3 6100-711 Sertã
Presidente: Paulo Jorge Farinha Luís Vice-Presidente: Alfredo Manuel Pereira Geraldes
Dias Vice-Presidente: José Maria Santos Rodrigues Saporiti Machado
40,00% |
Método Equivalência Patrimonial
IAT
V
Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida
503 323 365
A promoção da investigação científica
fundamental e aplicada, sua divulgação, a formação e atualização de quadros técnicos e científicos e a prestação de serviços especializados nas suas áreas de atuação.
Faculdade de Ciências e Tecnologia Rua Sílvio Lima, 3030-790 Coimbra
Presidente: Luís José Proença de Figueiredo Neves Vogal: Isabel Maria de Oliveira Abrantes Vogal: Nelson Edgar Viegas Rodrigues
100% | Integral
NOTA 2 ENTIDADES EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO
No exercício de 2018, foram excluídas do processo de consolidação, ao abrigo do ponto 12.4.4 – Exclusões de
consolidação do POC-Educação, por não constituírem entidades materialmente relevantes:
Entidade NIF Total do
ativo Total de proveitos
Valor participação
Método de consolidação
Exercício de
referência
ADDF Associação para o Desenvolvimento do Departamento de
Física 505 040 557 325.809 € 730.384 € s/participação Simples agregação 2012
AEEC Associação de Estudos Europeus de Coimbra 503 751 065 45.276 € 14.776 € s/participação Simples agregação 2013
APEU Associação para a Extensão Universitária 503 213 985 73.925 € 112.785 € s/participação Simples agregação 2017
BBS Instituto do Direito Bancário, da Bolsa e dos Seguros 504 505 521 303.244 € 85.017 € s/participação Simples agregação 2015
CDB Centro de Direito Biomédico 504 190 490 119.302 € 76.189 € s/participação Simples agregação 2015
CDC Centro de Direito do Consumo 504 244 515 50.261 € 18.680 € s/participação Simples agregação 2015
CDF Centro de Direito da Família 504 140 566 26.646 € 41.133 € s/participação Simples agregação 2015
CEDIPRE Centro de Estudos de Direito Público e Regulação 504 736 361 315.614 € 131.700 € s/participação Simples agregação 2013
CEI Centro de Estudos Ibéricos 505 538 474 177.041 € 95.608 € s/participação Simples agregação 2015
CEISUC Centro de Estudos e Investigação em Saúde da UC 504 807 285 210.388 € 10.624 € s/participação Simples agregação 2017
CRIA Centro em Rede de Investigação em Antropologia 508 237 858 749.736 € 21.102 € s/participação Simples agregação 2017
IDET Instituto do Direito das Empresas e do Trabalho 505 257 424 558.100 € 80.901 € s/participação Simples agregação 2014
IDPEE Instituto de Direito Penal Económico e Europeu 504 089 315 48.742 € 28.642 € s/participação Simples agregação 2014
IERU Instituto de Estudos Regionais e Urbanos de Coimbra 502 849 711 75.093 € 54.266 € s/participação Simples agregação 2015
IGC IUS GENTIUM CONIMBRIGAE 504 699 237 170.362 € 214.439 € s/participação Simples agregação 2015
IJC Instituto Jurídico da Comunicação 503 863 351 209.151 € 11.139 € s/participação Simples agregação 2013
LEDAP Laboratório de Energética e Detónica - Ass. De Apoio 502 523 832 47.132 € 42.627 € 99.760 € Consolidação
Integral 2017
PRODEQ Associação para o Desenvolvimento de Engenharia Química 505 413 485 677.398 € 219.388 € s/participação Simples agregação 2017
RUAS Associação RUAS - Recriar Universidade Alta e Sofia 510 119 948 5.741 € 32.413 € 75.000 € Consolidação
Integral 2015
UC INPROPLANT Associação UC InProPlant - Investigação, Desenvolvimento
Tecnológico e Internacionalização 510 542 646 359.213 € 0 € 5.000 €
Consolidação
Integral 2017
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
121
Importa referir que, no âmbito do estudo da determinação do perímetro de consolidação de contas, existe evidência
de controlo por parte da Universidade de Coimbra relativamente ao Instituto de Telecomunicações, ao Instituto de
Sistemas e Robótica, ao Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e ao Instituto do Mar.
Contudo, atendendo a que estas entidades estão organizadas por polos ou delegações e por não ser possível o
detalhe das demonstrações financeiras por polo, foram, de igual forma, excluídas do processo de consolidação.
NOTA 3 PESSOAL AO SERVIÇO
O número de trabalhadores efetivos do universo UC e SASUC, a 31 de dezembro de 2018, era de 3.128, de acordo
com os respetivos mapas de pessoal, aqui apresentados de forma consolidada.
Quanto às restantes entidades incluídas nas demonstrações consolidadas (entidades de direito privado),
apresentavam, no final do ano, 423 trabalhadores, cuja distribuição, por analogia com o mapa de pessoal das entidades
de direito público, se apresenta no quadro seguinte.
III – INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO
NOTA 6 DISCRIMINAÇÃO DA RUBRICA DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO
A 31 de dezembro de 2018, não existiam diferenças de consolidação em categorias de ativos ou de passivos
identificáveis das entidades incluídas nas contas consolidadas.
Equip
a R
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Pro
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Órg
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Ass
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nte
Oper
acio
nal
Postos de trabalho ocupados a 31-12-2018 7 52 44 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 103
Postos de trabalho previstos para 2018 8 63 60 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 131
Postos de trabalho ocupados a 31-12-2018 0 0 0 1.648 119 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 1.771
Postos de trabalho previstos para 2018 0 0 0 1.933 349 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 2.286
Postos de trabalho ocupados a 31-12-2018 0 0 0 0 0 436 33 4 2 1 0 8 14 337 22 397 1.254
Postos de trabalho previstos para 2018 0 0 0 0 0 670 54 4 2 1 1 9 21 379 34 490 1.665
7 52 44 1.648 119 436 33 4 6 1 0 8 14 337 22 397 3.128
8 63 60 1.933 349 670 54 4 6 1 1 9 21 379 34 490 4.082
* Os membros dos órgãos de gestão são apenas considerados nessa qualidade e não na respetiva carreira de origem (do total, 48 docentes, 3 investigadores e 1 técnico superior)
Atividade B
Atividade C
Totais Cargos / Carreiras / Categorias (Postos de trabalho ocupados a 31-12-2018)
Totais Cargos / Carreiras / Categorias (Postos de trabalho previstos para 2018)
Atividades
A - Gestão
B - Ensino, Investigação e Prestação de Serviços
C - Serviços de Suporte
Cargos / Carreiras / Categorias
Total
Atividade A
Atividade A Postos trabalho ocupados a 31-12-2018 2 6 0 21 0 6 0 0 0 0 35
Atividade B Postos trabalho ocupados a 31-12-2018 0 0 163 100 0 16 1 0 1 0 281
Atividade C Postos trabalho ocupados a 31-12-2018 0 0 0 37 6 34 5 14 7 4 107
2 6 163 158 6 56 6 14 8 4 423Totais Cargos / Carreiras / Categorias
(Postos de trabalho ocupados a 31-12-2018)
Atividades
A - Gestão
B - Ensino, Investigação e Prestação de Serviços
C - Serviços de Suporte
Cargos / Carreiras / Categorias
TOTAL
Órg
ãos
de
Ges
tão
Dirig
ente
Inve
stig
ador
Ass
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Oper
acio
nal
Outr
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Coord
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Ass
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Téc
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Téc
nic
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Téc
nic
o S
uper
ior
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
122
NOTA 9 ACONTECIMENTOS QUE TENHAM OCORRIDO ENTRE A DATA DO BALANÇO E A DATA DO BALANÇO CONSOLIDADO
Não se registaram acontecimentos relevantes entre a data das demonstrações financeiras e a data da sua emissão.
NOTA 11 HOMOGENEIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Considerando que apenas a UC utiliza o POC-Educação, e para efeito das demonstrações financeiras consolidadas,
procedeu-se à reclassificação das contas do SNC para o POC-Educação.
Não sendo materialmente relevante e, considerando que não coloca em causa a imagem verdadeira e apropriada
das demonstrações financeiras consolidadas, não se procedeu à homogeneização da informação das entidades
consolidadas, de acordo as políticas contabilísticas da entidade mãe, no que se refere ao cálculo das amortizações,
das provisões para cobrança duvidosa e da contabilização de subsídios.
NOTA 13 CONTABILIZAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES EM ASSOCIADAS
A 31 de dezembro de 2018, as participações financeiras do GPUC encontravam-se valorizadas ao custo histórico,
sendo a sua composição a que se segue:
a) Relação das participações em entidades de natureza não societária, cujo património social se encontra titulado
Denominação social Sede
Valor
nominal/
Participação
Últimas contas disponíveis
Capital
próprio
Volume de
negócios
Resultado
líquido
Exercício
de
referência
LEDAP - Lab. De Energética e Detónica Av. da Universidade de Coimbra,
3150 - 277 Condeixa-a-Nova 99.760 € 21.859 € 34.597 € 2.577 € 2016
IDARC - Inst. Desenv. Agrário Reg. Centro Almegue - Vale Gemil,
3040 - 322 Coimbra 2.494 € -130.442 € - -52.444 € 2006
Associação das Universidades Portuguesas Rua Pinheiro Chagas nº 27,
3000 - 333 Coimbra 49.880 € - - - -
INESC - Instituto de Eng. Sistemas Computadores Rua Alves Redol, nº 9,
1000 - 029 Lisboa 520.000 € 24.363.485 € 1.733.626 € 735.845 € 2016
IGAP - Instituto de Gestão e Administração Pública Rua Belos Ares, 160,
4100 - 108 Porto 499 € 1.027.718 € 303.325 € 67.277 € 2015
Poolnet Portuguesa Tooling Network Av. D. Dinis, 17,
2430 - 263 Marinha Grande 1.000 € 49.500 € 69.073 € 300 € 2017
Instituto de Formação p/ Executivos 352 € - - - -
OPEN - Assoc. Oportunidades Específicas de Negócio Zona Industrial - Rua de Espanha, lt 8,
2431 - 901 Marinha Grande 5.000 € 995.607 € 122.301 € 4.371 € 2017
IT - Instituto de Telecomunicações Av. Rovisco Pais, 1,
1049 - 001 Lisboa 299.279 € 2.969.940 € 996.448 € 408.485 € 2016
RAIZ - Instituto de Investigação da Floresta e do Papel Quinta de São Francisco – Apt 15
3801 - 501 Eixo 70.000 € 3.524.220 € 4.224.600 € -26.873 € 2016
CENTROHABITAT - Plataforma para a Construção
Sustentável Curia Tecnoparque 1.000 € 121.168 € 78.159 € 1.490 € 2015
Relacre - Associação de Laboratórios Acreditados de
Portugal
Rua Filipe Folque, nº 2 - 6º Dto,
1050 - 113 Lisboa 1.000 € 880.712 € 559.422 € 11.959 € 2017
Associação BLC3 - Plataforma para o Desenvolvimento
da Região Interior Centro
Paços do Município,
Largo Conselheiro Cabral Metello,
3400 - 062 Oliveira do Hospital
3.000 € 2.887.658 € 162.944 € 14.651 € 2016
Obitec - Associação Óbidos Ciência e Tecnologia Convento S. Miguel das Gaeiras,
2510 - 718 Óbidos 1.000 € 4.991.177 € 204.208 € 59.012 € 2015
Associação RUAS - Recriar Universidade Alta e Sofia Colégio S. Bento, Rua do Arco da Traição
3004 - 531 Coimbra 75.000 € 5.679 € 0 € -18.818 € 2015
UC InProPlant - Investigação, Desenvolvimento
Tecnológico e Internacionalização
Paço das Escolas,
Praça da Porta Férrea
3000-447 Coimbra
5.000 € 234.937 € 0 € -18.103 € 2017
ACPMR - Associação Cluster Portugal Mineral
Resources
Praça Luís de Camões, nº 38
7100-512 Estremoz 500 € - - - -
ABAP - Associação Beira Atlântico Parque Pç. Marquês Marialva C Com Rossio, 3060-
133 Cantanhede 1.000 € 2.449.361 € 1.123.467 € 669.280 € 2018
Biocant - Associação de Transferência de Tecnologia
Parque Tecnológico de Cantanhede,
Núcleo 04, Lote 3,
3060 - 197 Cantanhede
2.000 € 4.110.000 € 354.861 € 334.168 € 2018
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
123
Denominação social Sede
Valor
nominal/
Participação
Últimas contas disponíveis
Capital
próprio
Volume de
negócios
Resultado
líquido
Exercício
de
referência
Cesab - Centro de Serviços do Ambiente Zona Industrial Ponte Viadores,
3050 Mealhada 1.496 € 745.000 € 1.150.120 € 11.366 € 2017
Aferymed - Aferição e Medidas, Lda Rua dos Costas, Lote 19, Nº74 R/C,
2415 - 567 Leiria 2.850 € 15.000 € 213.635 € 32.026 € 2017
Tecparques - Associação Portuguesa de Parques e
Ciência e Tecnologia Oeiras 2.500 € 37.500 € 0 € 5.792 € 2017
Terabiz, Lda. Rua Pedro Nunes (Quinta da Nora)
3030 - 199 Coimbra 1.500 € 30.000 € 0 € 0 € 2017
CERTIF - Associação para a Certificação Rua José Afonso, 9-E
2810 - 237 Almada 1.500 € - - - -
b) Relação das ações, quotas e outras partes de capital detidas
Tipo Denominação social Sede Quant. Valor
unitário
Valor
global
Últimas contas disponíveis
Capital
próprio
Volume de
negócios Res. líquido
Exercício
de
referência
Ações Odabarca
Urbanização MADEFIL- Lote 13-
19, Sargento-Mor, 3021-901
Coimbra
20 249 € 4.988 € 194.287 € 62.667 € 6.611 € 2016
Ações Coimbravita ADR Rua Capitão Luís Gonzaga, nº 74,
3000-095 Coimbra 3000 5 € 14.968 € 416.586 € 21.355 € 86.255 € 2005
Ações
iParque - Parque para a
Inovação em Ciência,
Tecnologia e Saúde,
E.M., S.A.
Business Center Leonardo Da
Vinci, Parque Tecnológico de
Coimbra,
3040-540 Antanhol, Coimbra
13785 5 € 68.926 € 4.605.935 € 248.759 € -351.531 € 2017
Fundo
Patrimonial
Associação para a
Internacionalização
Empresarial
Praça das Indústrias 1300-307
Lisboa n.a. - 24.940 € - - - -
c) Quanto à discriminação da conta Outras aplicações financeiras (conta 415)
IDENTIFICAÇÃO
DOS ATIVOS VALOR NOMINAL DOS ATIVOS EM
31.12.2018
Natureza Transmissão
Capital Tipo Entidade devedora/emitente Base legal Data
Valor à data da
transmissão
Depósito a
prazo
Prof. Doutor Geraldes Freire -
Prémio Latim Medieval Protocolo 1999 24 939,89 € 31 332,54 €
Títulos Certificados de renda perpétua DL 23865, 17 maio 1934;
DL 34549, 28 abril 1945 - 8 453,20 € 8 453,20 €
IV – INFORMAÇÕES RELATIVAS A COMPROMISSOS
NOTA 16 MONTANTE GLOBAL DOS COMPROMISSOS FINANCEIROS QUE NÃO FIGUREM NO BALANÇO CONSOLIDADO
Existem encargos assumidos com reflexo orçamental em anos económicos futuros. As contas 04 “Orçamento –
exercícios futuros” e 05 “Compromissos – exercícios futuros” refletem as responsabilidades futuras da entidade UC,
e encontram-se assim desagregadas:
Natureza da responsabilidade Compromissos para
o ano de 2019 Compromissos para
anos seguintes
Pessoal 11.530.168 € 16.122.771 €
Aquisições de Bens 1.383.571 € 2.014.118 €
Aquisições de Serviços 12.497.469 € 9.003.546 €
Transferências Correntes 6.590.232 € 324.005 €
Outras despesas Correntes 4.805 € 0 €
Aquisição de Bens de Capital 4.018.404 € 0 €
Total 36.024.649 € 27.464.441 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
124
V – INFORMAÇÕES RELATIVAS A POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
NOTA 18 CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA APLICADOS E MÉTODOS UTILIZADOS NO CÁLCULO DOS AJUSTAMENTOS DE VALOR
As demonstrações financeiras foram preparadas em harmonia com os princípios contabilísticos definidos no Plano
Oficial de Contabilidade Pública para o Setor da Educação (POC-Educação) – Portaria n.º 794/2000, de 20 de
setembro, da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro e na Portaria n.º 474/2010, de 1 de julho, que aprova a Orientação
n.º 1/2010.
As demonstrações financeiras cumprem ainda as Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público, tendo
sido preparadas numa base de continuidade das operações. Durante o exercício económico, as políticas
contabilísticas foram aplicadas de forma consistente e preparadas a partir dos registos contabilísticos das entidades
incluídas na consolidação, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos:
a) Procedimentos de consolidação
As contas dos SASUC, do CES, da ACIV e do CEDOUA foram consolidadas pelo método da simples agregação.
Embora a entidade-mãe não disponha de participação nos capitais próprios destas entidades, detém controlo sobre
elas, nos termos definidos na lei e nos respetivos estatutos.
As entidades ICNAS Produção, Dendropharma, CNC, Associação Exploratório Infante D. Henrique, IPN, ADAI,
IPN - Incubadora, ITeCons, INESC Coimbra, UC Tecnimed e IATV foram consolidadas pelo método de consolidação
integral. A UC detém a participação nos capitais próprios destas entidades e o controlo.
As contas da SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta foram consolidadas pelo método da
equivalência patrimonial.
As principais transações ocorridas e os saldos existentes entre as entidades incluídas na consolidação foram
eliminadas/os no processo de consolidação, nomeadamente:
as dívidas entre as entidades;
os custos e perdas e os proveitos e ganhos, relativos às operações efetuadas entre entidades;
as operações de transferências de subvenções entre entidades;
as operações de concessão de direitos de superfície entre as entidades.
Nos casos em que se aplicou o método da consolidação integral, foram reconhecidos os respetivos interesses
minoritários, em função das participações detidas.
b) Imobilizado corpóreo e incorpóreo
O imobilizado corpóreo e incorpóreo está mensurado inicialmente ao custo de aquisição ou de avaliação técnica
para as situações em que se procedeu à inventariação física de bens não valorizados anteriormente.
Os bens mais antigos, em relação aos quais o valor não era conhecido, encontram-se registados nas demonstrações
financeiras pelo valor resultante da avaliação efetuada por perito independente, aquando da sua incorporação nas
contas da UC.
O património da entidade UC integra bens imóveis, cuja avaliação técnica efetuada determinou a sua valorização por
serem bens de valor imaterial e de difícil mensuração, pelo valor de 1,00€, como observado no quadro seguinte:
Conta POC Denominação do imobilizado Valor
aquisição
Depreciação
acumulada
Valor
contabilístico
4222000006 Faculdade de Direito 1,00 € - 1,00 €
4222000007 Paço das Escolas 1,00 € - 1,00 €
4222000008 Colégio de São Pedro 1,00 € - 1,00 €
4222000012 Palácio de Sub-Ripas 1,00 € - 1,00 €
4222000017 Colégio de São Jerónimo 1,00 € - 1,00 €
4224000002 Biblioteca Joanina 1,00 € - 1,00 €
4229000001 Capela de São Miguel e Museu de Arte Sacra 1,00 € - 1,00 €
4229000009 Palácio de São Marcos 1,00 € - 1,00 €
4229000034 Jardim Botânico da Universidade de Coimbra 1,00 € - 1,00 €
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
125
A valorização assim efetuada encontra fundamento legal no n.º 2 do art.º 31.º do CIBE – Cadastro e Inventário dos
Bens do Estado, que refere: “Nos casos de total impossibilidade de atribuição fundamentada do valor, designadamente de
bens de relevância histórico-cultural, os mesmos devem constar com valor zero…”, o que aconteceu com os bens imóveis
supra identificados, qualificados como “edifícios históricos” pela entidade legalmente competente para o efeito.
Assim os “edifícios históricos" não foram sujeitos ao regime de amortizações previsto no referido diploma, ao abrigo
do disposto no artigo 36.º, n.º 1 alíneas e) e f) conjugado com o n.º 2, que refere que “pela sua complexidade ou
particularidade apresentem dificuldades técnicas inultrapassáveis de inventariação ou de avaliação ou que se valorizem pela
sua raridade”.
As imobilizações incorpóreas referentes a patentes estão mensuradas ao custo de aquisição e incorporam todas as
despesas associadas à sua valorização.
c) Depreciações e amortizações
As depreciações e amortizações foram calculadas segundo o método das quotas constantes, pelo regime duodecimal
atendendo à data de início de disponibilidade do bem para utilização, com uma vida útil atribuída em função da sua
classificação conforme previsto no classificador geral (Portaria n.º 671/2000, de 17 de abril). De acordo com o
mesmo normativo, os bens de imobilizado, cuja vida útil é inferior a um ano e o valor de aquisição é inferior a 80%
do índice 100 da tabela de remunerações da Administração Pública, são totalmente depreciados no próprio ano.
Apesar do critério prevalecente ser o da UC, como entidade-mãe, relativamente às entidades ICNAS Produção,
CES, Dendropharma, CNC, Associação Exploratório Infante D. Henrique, IPN, IPN - Incubadora, ADAI, ACIV,
CEDOUA, ITeCons, INESC Coimbra, UC Tecnimed, IATV e SERQ – Centro de Inovação e Competências da
Floresta, as depreciações e amortizações do exercício foram determinadas de acordo com o Decreto Regulamentar
n.º 25/2009, de 14 de setembro, tendo sido adotado o método de linha reta, previsto nesse diploma legal, pelo facto
de se ter procedido ao recálculo e se ter concluído que não revelavam diferenças materialmente relevantes. No que
se refere aos SASUC, as depreciações foram calculadas de acordo com o previsto no Classificador complementar 2
do SNC-AP, com exceção de edifícios e outras construções, em que foram mantidas as vidas úteis definidas no
normativo anterior, porque de acordo com os cálculos as diferenças, caso se utilizasse o CIBE, seriam imateriais.
A amortização de imobilizações incorpóreas, referentes a patentes, encontra-se registada à taxa de 5%, por adoção
do critério previsto no Decreto-Lei n.º 16/95, de 24 de janeiro, correspondente ao número de anos permitido para
o registo de patentes.
d) Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros apresentados no balanço estão mensurados ao respetivo custo de aquisição.
e) Provisão para cobranças duvidosas
A constituição de provisões para cobrança duvidosa foi efetuada de acordo com a política descrita no ponto 2.7 do
POC-Educação. As provisões foram constituídas para os créditos que não do Estado, em sentido lato e em mora há
mais de 12 meses, desde a data do respetivo vencimento, tendo sido efetuadas diligências para o seu recebimento.
f) Existências ou inventários
As existências foram mensuradas ao custo de aquisição, sendo o custo médio ponderado a fórmula de custeio
utilizada para os diversos itens de existências. Relativamente às entidades ICNAS Produção, ACIV e CEDOUA, o
método de custeio utilizado foi o FIFO (First in, First out), considerando que na fase de homogeneização se concluiu
que, atendendo ao valor das existências ou inventários, as diferenças eram materialmente pouco relevantes.
g) Especialização de proveitos e custos
As receitas com origem no OE foram reconhecidas como proveito do exercício (Subsídio à Exploração) no momento
do seu recebimento, por débito da conta do ativo Depósitos em instituições financeiras – Conta no Tesouro.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
126
Os custos diferidos, acréscimos de proveitos, acréscimos de custos e proveitos diferidos, foram reconhecidos de
acordo com o princípio de especialização dos exercícios, no momento em que são obtidos ou incorridos,
independentemente do momento em que o recebimento ou pagamento ocorre, bem como transferidos para os
exercícios em que devem ser reconhecidos.
No que se refere a receitas relacionadas com as propinas de cursos de licenciatura, mestrado integrado, mestrado,
doutoramento e cursos não conferentes de grau, foram reconhecidas como proveito de acordo com o princípio da
especialização dos exercícios.
As dívidas a receber de clientes correspondem ao valor das faturas emitidas, relativas a vendas e prestações de
serviços tendo o proveito sido reconhecido no momento da sua emissão.
h) Subsídios
O GPUC recebeu, no exercício económico de 2018, subsídios para imobilizações com origem em programas de
cofinanciamento, referentes a Fundos Estruturais para o Ensino e Formação, no âmbito do Quadro Comunitário de
Apoio, tendo a contabilização sido efetuada no momento do recebimento e relevada a proveito, à medida que
ocorreram as depreciações.
No âmbito de projetos de investigação, financiados nomeadamente pela União Europeia e pela Fundação para a
Ciência e a Tecnologia e outros organismos públicos e privados, os subsídios foram reconhecidos como proveito,
mediante o apuramento da taxa de execução desses projetos. Os subsídios recebidos, destinados a financiar despesas
correntes, foram registados como proveito do exercício (subsídio à exploração), na parte correspondente aos custos
incorridos durante o exercício, independentemente do momento do recebimento dos mesmos, registando-se no
passivo (proveitos diferidos) os subsídios contratualizados e não executados. Os subsídios recebidos, para financiar
despesas de capital, foram diferidos no balanço, na rubrica de proveitos diferidos, sendo transferidos para proveitos,
através da rubrica de ganhos extraordinários, em proporção idêntica aos encargos anuais com a depreciação dos bens
subsidiados.
i) Operações extraorçamentais
Sempre que o GPUC atua como entidade líder em projetos de investigação e desenvolvimento, em parceria com
outras instituições, é da sua responsabilidade o pagamento, a essas mesmas instituições, dos subsídios atribuídos
pelas entidades financiadoras na quota-parte que estas têm no projeto. Nas circunstâncias em que o GPUC atua
como entidade responsável pelo pagamento a terceiros de subsídios recebidos de outras entidades, e tratando-se
de verbas comunitárias, essas operações, de pura intermediação, apenas têm reflexo em contas de balanço; e, em
termos orçamentais, em operações extraorçamentais, reconhecidas no classificador económico da receita 17.02.00
– Outras operações de tesouraria e de despesa 12.02.00 – Outras operações de tesouraria, que inclui os montantes
provenientes de fundos alheios, que deverão constituir posteriormente fluxos de entrega às entidades a quem
respeitam.
j) Enquadramento fiscal
As entidades objeto de consolidação UC e SASUC gozam de isenção parcial do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Coletivas, uma vez que se encontram sujeitas a este imposto apenas por via da retenção na fonte,
relativamente aos seus rendimentos de aplicação de capitais. Não estão, portanto, obrigadas a entregar a declaração
anual de rendimentos.
As entidades ICNAS Produção, Dendropharma, Associação Exploratório Infante D. Henrique, ACIV, ADAI,
CEDOUA, ITeCons, IPN - Incubadora, CNC, CES, IPN, INESC Coimbra, UC Tecnimed, IATV e SERQ – Centro de
Inovação e Competências da Floresta são sujeitos passivos de IRC, de acordo com o disposto no Código do Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
127
NOTA 19 COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO DOS ELEMENTOS EXPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA
Os ativos e passivos, expressos em moeda estrangeira, são convertidos para euros, utilizando as taxas de câmbio
vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais e as apuradas
nos saldos existentes na data do balanço, por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados
correntes do exercício.
VI – INFORMAÇÕES RELATIVAS A DETERMINADAS RUBRICAS
NOTA 20 RUBRICAS DESPESAS DE INSTALAÇÃO E DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO
Os valores constantes na rubrica Despesas de investigação e desenvolvimento, no Balanço Consolidado, justificam-se
da seguinte forma:
Entidade Valor Referência
UC 236.347 € Despesas de investigação
ICNAS Produção, Lda 318.838 €
Desenvolvimento de vários projetos de I&D, nomeadamente em radiofármacos marcados com
Flúor-18, Carbono 11, Gálio-68 e Cobre-64. Este item inclui essencialmente a utilização de matéria-prima e de produto acabado para testes e os custos suportados com o pessoal afeto à produção.
IPN 234.020 € Projeto XHMS.
ITeCons 6.550 € Sistema de suporte à gestão científica de conferências (webchairing) e desenvolvimento de aplicação RCCTE
795.755 €
NOTA 22 MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS ATIVO IMOBILIZADO CONSTANTES DO BALANÇO CONSOLIDADO E NAS
RESPETIVAS AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES
Os movimentos ocorridos na rubrica amortizações e provisões apresentam-se no mapa seguinte:
Rubricas Saldo Inicial Alteração do
Perímetro Reforço Regularizações Saldo Final
Imobilizações incorpóreas
Despesas de investigação e de
desenvolvimento 699.224 € - € 1.279 € 92.692 € 793.195 €
Propriedade industrial e outros direitos 4.708.576 € - 1.788 € 310.199 € - 550.110 € 4.466.877 €
5.407.799 € - 1.788 € 311.478 € - 457.418 € 5.260.073 €
Imobilizações corpóreas
Edifícios e outras construções 85.748.534 € - € 6.984.958 € - 1.992 € 92.731.501 €
Equipamento e material básico 119.464.096 € - 90.794 € 8.955.863 € - 103.420 € 128.225.744 €
Equipamento de transporte 1.097.619 € 36.991 € 59.276 € 15.598 € 1.209.484 €
Ferramentas e utensílios 458.346 € - € 15.817 € - 78.819 € 395.345 €
Equipamento administrativo 19.276.302 € 57.560 € 1.012.345 € - 687.031 € 19.659.176€
Taras e vasilhame 3.029 € - € 170 € - € 3.199 €
Outras imobilizações corpóreas 19.732.646 € 2.478 € 767.006 € - 63.207 € 20.438.922 €
245.780.571 € 6.234 € 17.795.436 € - 918.871 € 262.663.370 €
Investimentos financeiros
Partes de capital 9.980 € - € - € - € 9.980 €
9.980 € - € - € - € 9.980 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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Os movimentos verificados na rubrica ativo imobilizado demonstram-se no mapa seguinte:
Rubricas Saldo Inicial Alteração do
Perímetro Ajustamento Aumentos Alienações
Transferências
e Abates Saldo Final
Imobilizações incorpóreas
Despesas de investigação e de
desenvolvimento 795.755 € - € - € - € - € - € 795.755 €
Propriedade industrial e outros
direitos 5.501.486 € -1.788 € - € 359.469 € - € -445.553 € 5.413.615 €
Imobilizações em curso - € - € - € 44.035 € - € - € 44.035 €
6.297.241 € - 1.788 € - € 403.504 € - € - 445.553 € 6.253.405 €
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 93.822.980 € - € - € - € - € - € 93.822.980 €
Edifícios e outras construções 349.223.567 € - € - € 1.134.959 € - € 430.794 € 350.789.321 €
Equipamento e material básico 143.726.890 € - 194.621 € 51.244 € 7.258.918 € - 85.678 € -599.421 € 150.157.332 €
Equipamento de transporte 1.221.198 € 50.157 € - € 132.906 € - € -6.115 € 1.398.147 €
Ferramentas e utensílios 493.690 € - € - € 16.676 € - € - 46.183 € 464.183 €
Equipamento administrativo 21.582.545 € 73.244 € - € 1.008.492 € 181 € - 699.418 € 21.965.044 €
Taras e vasilhame 4.207 € - € - € - € - € - € 4.207 €
Outras imobilizações corpóreas 22.078.271 € 43.680 € 47 € 536.402 € - 38.425 € 45.446 € 22.665.422 €
Imobilizações em curso 5.182.972 € - € - € 4.150.356 € - 29 € -1.315.142 € 8.018.157 €
Adiantam. p/ conta de imob.
corpóreas - € - € - € 24.261 € - € - € 24.261 €
37.336.320 € - 27.540 € 51.291 € 14.262.969 € -123.950 € - 2.190.038 € 649.309.053 €
Investimentos financeiros
Partes de capital 804.725 € - € - 181.867 € - € - € - € 622.858 €
Obrigações e títulos de
participação 768.734 € - € - € 500 € - € - € 769.234 €
Investimentos em imóveis 2.203.858 € - € - € - € - € - € 2.203.858 €
Outras aplicações financeiras 39.786 € - € - € - € - € - € 39.786 €
3.817.103 € - € - 181.867 € 500 € - € - € 3.635.736 €
NOTA 25 DIFERENÇAS MATERIALMENTE RELEVANTES ENTRE OS CUSTOS DE ELEMENTOS DO ATIVO CIRCULANTE E OS
RESPETIVOS PREÇOS DE MERCADO
Não se considera existirem diferenças materialmente relevantes entre o valor contabilístico e o valor de mercado
dos elementos que integram o ativo circulante.
NOTA 31 REPARTIÇÃO DO VALOR LÍQUIDO CONSOLIDADO DAS VENDAS E DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
As vendas e prestações de serviços do GPUC totalizaram, em 2018, 26.718.669€, distribuídos da seguinte forma:
2018 2017 ∆ 18-17 [%]
1- VENDAS
Mercadorias 23.975 € 16.328 € 47%
Fotocópias, Impressos e Publicações 24.733 € 26.271 € -6%
Outros Bens 612.311 € 720.213 € -15%
Produtos Acabados 1.036.853 € 876.638 € 18%
Refeições 2.551.874 € 2.713.517 € -6%
Outros 935 € 66 € 1316%
Sub -Total Vendas 4.250.681 € 4.353.033 € -2%
2 - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Alojamentos 1.528.258 € 1.336.757 € 14%
Apoio à Infância 321.681 € 298.818 € 8%
Serviços de Saúde 542.782 € 395.824 € 37%
Realização de Estudos 110.030 € 705.076 € -84%
Colaboração Docentes 234.725 € 202.578 € 16%
Ações de Formação 1.415.759 € 1.417.226 € 0%
Inscrições em Seminários e Cursos 798.660 € 656.861 € 22%
Serviços âmbito cultural 323.068 € 331.302 € -2%
Análises Clínicas 2.920.316 € 2.997.303 € -3%
Serviços Prestados ao exterior 184.462 € 75.332 € 145%
Visitas Turísticas 4.250.296 € 3.812.629 € 11%
Prestação Serviços Especializados 7.600.741 € 5.526.579 € 38%
Reprodução e Microfilmagem - € - -
Protocolos e Acordos 120.000 € 120.000 € 0%
Outros Serviços 2.069.779 € 1.178.023 € 76%
Sub -Total Prestação de Serviços 22.467.988 € 19.054.308 € 18%
Total 26.718.669 € 23.407.340 € 14%
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
129
NOTA 39 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS
Os Resultados financeiros apurados no exercício de 2018 têm a seguinte composição:
No decurso do ano de 2018, registou-se um aumento nos proveitos e ganhos financeiros em 4.448€, por influência
dos rendimentos de imóveis e diferenças de câmbio, assim como um aumento nos custos e perdas financeiras, no montante
de 105.574€, estes por influência do aumento dos encargos por parte das instituições bancárias. Os Resultados
financeiros registam -384.910€ e expressam uma diminuição de 101.126€, em relação ao ano de 2017.
NOTA 40 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
Os Resultados extraordinários apurados no exercício de 2018 têm a seguinte composição:
Assistiu-se a uma diminuição nos proveitos e ganhos extraordinários no montante de 338.482€ e também uma
diminuição nos custos e perdas extraordinários no valor de 400.723€. Os resultados extraordinários somam 9.058.326€,
refletindo um aumento de 0,69% em relação ao ano de 2017, e encontram-se influenciados pelo reconhecimento do
proveito à medida que ocorre a amortização dos bens de imobilizado subvencionados.
NOTA 41 MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO NA RUBRICA PROVISÕES
Os movimentos ocorridos no exercício de 2018 nas contas de Provisões analisam-se como se segue:
Designação Saldo Inicial Alteração do Perímetro Aumento Redução Saldo Final
Provisões 14.603.134,60 € 11.096,78 € 1.246.612,40 € 3.912.236,91 € 11.948.606,87 €
Provisão para cobranças duvidosas 14.269.274,77 € 11.096,78 € 245.032,91 € 2.910.657,42 € 11.614.747,04 €
Clientes cobrança duvidosa 2.991.123,11 € 11.096,78 € 186.164,74 € 41.216,76 € 3.147.167,87 €
Alunos cobrança duvidosa 11.278.151,66 € - € - € 2.869.440,66 € 8.408.711,00 €
Outros devedores cobrança duvidosa - € - € 58.868,17 € - € 58.868,17 €
Provisões para riscos e encargos 333.859,83 € - € 1.001.579,49 € 1.001.579,49 € 333.859,83 €
Provisões para depreciação de existências 63.514,22 € - € 0,01 € 7.191,96 € 56.322,27 €
Provisões para investimentos financeiros 9.980,00 € - € - € - € 9.980,00 €
2018 2017 2018 2017
681 Juros suportados 53.203 € 47.053 € 781 Juros obtidos 19.049 € 27.100 €
682 Perdas em entidades ou subentidades - € - € 782 Ganhos em entidades ou subentidades - € - €
683 Amortizações de investimentos em imóveis - € - € 783 Rendimentos de imóveis 80.956 € 63.085 €
684 Provisões para aplicações financeiras 21 € 9.980 € 784 Rendimentos de participação de capital - € - €
685 Diferenças de câmbio desfavoráveis 26.178 € 14.577 € 785 Diferenças de câmbio favoráveis 10.391 € 6.521 €
686 Descontos de pronto pagamento concedidos 692 € - € 786 Descontos de pronto pagamento obtidos 436 € 200 €
687 Perdas na alienação de aplicações de tesouraria - € 70 € 787 Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 85 € - €
688 Outros custos e perdas financeiros 406.911 € 309.751 € 788 Outros proveitos e ganhos financeiros 8.822 €- 742 €
Resultados financeiros 384.910 €- 283.784 €-
Total 102.095 € 97.647 € Total 102.095 € 97.647 €
Exercícios
Conta Custos e Perdas Financeiros
Exercícios
Conta Proveitos e Ganhos Financeiros
2018 2017 2018 2017
691 Transferências de capital concedidas - € - € 791 Restituição de impostos - € 38 €
692 Dívidas incobráveis - € - € 792 Recuperação de dívidas - € 28.371 €
693 Perdas em existências 151.781 € 124.629 € 793 Ganhos em existências 34.450 € 33.347 €
694 Perdas em imobilizações 27.407 € 402.027 € 794 Ganhos em imobilizações 33.734 € 3.327 €
695 Multas e penalidades 8.871 € 1.951 € 795 Benefícios de penalidades contratuais 5.010 € - €
696 Aumentos de amortizações e provisões 274.485 € - € 796 Reduções de amortizações e provisões - € - €
697 Correcções relativas a exercícios anteriores 601.066 € 811.513 € 797 Correcções relativas a exercícios anteriores 34.904 € 26.726 €
698 Outros custos e perdas extraordinários 95.591 € 219.804 € 798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 10.109.428 € 10.464.200 €
Resultados extraordinários 9.058.326 € 8.996.085 €
Total 10.217.527 € 10.556.009 € Total 10.217.527 € 10.556.009 €
Contas Custos e Perdas Extraordinários
Exercícios
Contas Proveitos e Ganhos Extraordinários
Exercícios
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
130
VII – INFORMAÇÕES DIVERSAS
NOTA 45 OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES PARA MELHOR COMPREENSÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E
DOS RESULTADOS DO CONJUNTO DAS ENTIDADES INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
Nesta nota inclui-se a informação adicional que se entende necessária para a compreensão das demonstrações
financeiras, para que as mesmas possam refletir adequadamente a posição orçamental, económica e financeira do
GPUC, o resultado das suas operações e a execução do respetivo orçamento.
a) Alunos c/c e clientes
Relativamente às dívidas de alunos, foi reconhecida tanto a dívida vencida como a não vencida, relativa a cursos de
licenciatura, mestrado integrado, mestrado, doutoramento e cursos não conferentes de grau.
As provisões para cobrança duvidosa de alunos e terceiros pagadores foram mensuradas pelo valor atual da dívida
vencida dos anos letivos até 2016/2017, por o tempo de mora ser superior a um ano e terem sido desenvolvidas
diligências para a cobrança, mediante a revisão da estimativa dos anteriores períodos de relato que implicou um
aumento do valor da provisão.
No que se refere a clientes, foram reconhecidas como de cobrança duvidosa as dívidas com mora superior a um
ano. Não foram provisionadas as dívidas relativas ao Estado, em sentido lato.
O valor das cobranças duvidosas, refletidas no Balanço, inclui dívidas de clientes e de alunos que ascendem a
15.556.202€, sendo que 15.555.879€ encontram-se provisionadas.
De referir que foram anuladas dívidas que estavam refletidas numa conta de alunos sem identificação, respeitante a
anos letivos anteriores a 2012/2013 e que não correspondiam a valores reais nas contas correntes dos antigos
sistemas de gestão de propinas (SIGES e XPAGA), num total de 2.198.344,69€.
Para além das dívidas em cobrança duvidosa, foram ainda provisionadas dívidas de outros devedores, em mora há
mais de 12 meses, no valor de 58.868,17€.
No âmbito das medidas implementadas de reclamação de créditos, junto dos clientes e dos alunos, bem como de
cobrança coerciva das dívidas, foi possível a arrecadação, em 2018, de 112.258,37€, referentes a dívidas de cobrança
duvidosa de clientes c/c e de 821.774,45€ de alunos.
b) Caixa e equivalentes
A 31 de dezembro de 2018, o caixa e equivalentes do Grupo Público UC tinha a seguinte composição:
Designação 2018 2017
Caixa 82.921 € 111.318 €
Depósitos à Ordem 72.471.011 € 59.524.678 €
IGCP 8.727.111 € 8.729.648 €
CGD 20.815.883 € 27.482.073 €
Santander Totta 35.071.598 € 14.372.182 €
BPI 3.449.363 € 4.703.869 €
Novo Banco 2.617.432 € 2.612.711 €
Millennium BCP 1.464.946 € 1.225.372 €
EuroBIC 143.950 € 238.323 €
Montepio Geral 80.569 € 60.380 €
Bankinter 100.159 € 100.119 €
Depósitos Caução 126.471 € 26.438 €
CGD 126.471 € 26.438 €
Depósitos a Prazo 9.610.230 € 8.384.632 €
IGCP 5.000.000 € 5.000.000 €
CGD 575.000 € 955.000 €
Santander Totta 2.352.194 € 1.104.666 €
Novo Banco 1.367.470 € 1.199.460 €
Millennium BCP 190.000 € - €
BPI 10.000 € 10.000 €
Montepio Geral 14.964 € 15.000 €
Caixa de Crédito Agrícola 100.602 € 100.507 €
Títulos Negociáveis 244.960 € 224.960 €
CGD 41.000 € 21.000 €
Santander Totta 203.960 € 203.960 €
Total 82.535.594 € 68.272.026 €
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
131
c) Movimento ocorrido no fundo patrimonial
Rubricas 2018
Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final
Património 341.283.960 € 341.283.960 €
Reservas:
Reservas legais 52.616 € 43 € 52.659 €
Reservas estatuárias 3.891 € 3.891 €
Reservas livres 2.026.492 € 22.903 € - 20.000 € 2.029.395 €
Subsídios 588.126 € 588.126 €
Doações 1.706.039 € 10.423 € 1.716.462 €
Reservas decorrentes da transf. ativos 4.120 € 4.120 €
Resultados Transitados - 18.617.314 € 5.277.732 € - 13.339.582 €
327.047.929 € 5.311.102 € - 20.000 € 332.339.031 €
Resultado líquido consolidado do exercício
Exercício de 2017 5.010.265 € - 5.010.265 € - €
Exercício de 2018 7.922.448 € 7.922.448 €
5.010.265 € 7.922.448 € - 5.010.265 € 7.922.448 €
Totais 332.058.195 € 13.233.549 € - 5.030.265 € 340.261.479 €
d) Acréscimos de proveitos
Os acréscimos de proveitos detalham-se da seguinte forma:
Acréscimo de Proveitos 2018 2017 ∆ 18-17
[%]
Juros a receber 770 € 4.573 € -83,2%
Projetos e atividades 158.584 € 85.572 € 85,3%
Outros acréscimos de proveitos 500.863 € 390.415 € 28,3%
Total 660.217 € 480.561 € 37,4%
A rubrica outros acréscimos de proveitos engloba, essencialmente, o reconhecimento de subsídios a receber em 2018,
das entidades CNC (467.303€), Exploratório (28.318€), ICNAS (3.826€) e CEDOUA (1.417€).
e) Custos diferidos
Os custos diferidos decompõem-se como se segue:
Custos Diferidos 2018 2017 ∆ 18-17
[%]
Seguros 55.794 € 68.431 € -18,5%
Outros custos diferidos 908.355 € 788.159 € 15,3%
Total 964.148 € 856.590 € 12,6%
A rubrica outros custos diferidos inclui, maioritariamente, rendas e outros serviços pagos em 2018 e cujo
reconhecimento do custo só será feito em 2019. Estes valores são mais relevantes nas entidades UC (880.254€),
ICNAS (7.824€) e Exploratório (7.816€).
f) Acréscimos de custos
Os acréscimos de custos desagregam-se como se segue:
Acréscimo de Custos 2018 2017 ∆ 18-17
[%]
Seguros a liquidar 1.143 € 1.621 € -29,5%
Remunerações e encargos a liquidar 15.935.295 € 14.993.622 € 6,3%
Juros a liquidar 123 € 204 € -39,6%
Outros acréscimos de custos 793.501 € 476.555 € 66,5%
Total 16.730.062 € 15.472.002 € 8,1%
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
132
A rubrica outros acréscimos de custos inclui custos relativos a consumos de água, energia e comunicações, respeitantes
ao último mês do exercício, em que o pagamento ocorre no ano seguinte. Estes valores são mais relevantes nas
entidades UC (181.601€), SASUC (54.460€), CNC (21.251€), Exploratório (6.886€), IPN (148.979€), INESC
Coimbra (147.827€) e CEDOUA (180.440€).
g) Proveitos diferidos
Os Proveitos diferidos apresentam-se como se segue:
Proveitos Diferidos 2018 2017 ∆ 18-17
[%]
Propinas 20.725.434 € 19.464.624 € 6,5%
Propinas licenciatura 7.693.406 € 7.222.984 € 6,5%
Propinas cursos não conferentes de grau 659.155 € 228.734 € 188,2%
Propinas mestrado 4.007.259 € 3.931.698 € 1,9%
Propinas mestrado integrado 5.346.807 € 5.237.468 € 2,1%
Propinas doutoramento 3.018.807 € 2.843.740 € 6,2%
Direitos de superfície 1.119.246 € 1.171.996 € -4,5%
Direitos de superfície 1.119.246 € 1.171.996 € -4,5%
Projetos e atividades 103.268.142 € 92.262.793 € 11,9%
Infraestruturas 12.263.997 € 13.294.615 € -7,8%
Institucionais 9.811.677 € 8.080.970 € 21,4%
Investigação Nacional 54.994.906 € 44.029.865 € 24,9%
Investigação Internacional 23.634.652 € 24.626.825 € -4,0%
Projetos de I&D 2.562.909 € 2.230.518 € 14,9%
Subsídios para investimento 138.834.396 € 127.981.906 € 8,5%
OE 4.686.670 € 5.194.444 € -9,8%
PIDDAC 23.726.719 € 24.372.492 € -2,6%
Fundos comunitários 64.648.399 € 65.769.214 € -1,7%
Financiamento FCT 22.688.825 € 11.610.671 € 95,4%
Imobilizado 2.304.342 € 2.240.244 € 2,9%
Outros / Não especificado 20.779.440 € 18.794.842 € 10,6%
Outros proveitos diferidos 1.695.531 € 2.918.806 € -41,9%
Outros proveitos diferidos 1.695.531 € 2.918.806 € -41,9%
Total 265.642.749 € 243.800.126 € 9,0%
h) Investimento
No que se refere a encargos resultantes de obrigações contratuais, no âmbito de projetos de investimento aprovados
em OE, estão assumidas as seguintes responsabilidades:
Programação Plurianual
Contratualizado CofinanciamentoCompart.
Nacional
HPC Ring 2.175.748,28 € 1.319.407,66 € 856.340,62 € 2.027.677,45 € 2.027.677,45 € 93,2% 148.070,83 €
Faculdade de Medicina/Subunidade 2+4 600.581,90 € 263.970,90 € 263.970,90 € 44,0% 336.611,00 €
Museu da Ciência 830.474,73 € 51.252,14 € 779.222,59 € 177.322,59 € 177.322,59 € 21,4% 653.152,14 €
Req. Infraestr. do Estádio Universitário 2.921.028,36 € 2.169.616,94 € 2.169.616,94 € 74,3% 751.411,42 €
Reabilitação das Cantinas Amarelas 1.211.948,39 € 705.783,53 € 705.783,53 € 58,2% 506.164,86 €
Reabilitação Palácio S. Marcos 909.234,00 € 368.364,00 € 540.870,00 € 366.060,25 € 366.060,25 € 40,3% 543.173,75 €
Reabilitação Paço das Escolas 4.260.615,65 € 2.344.009,00 € 1.916.606,65 € 96.997,60 € 96.997,60 € 2,3% 4.163.618,05 €
Reabilitação da Escola Silva Gaio 20.000,00 € 0,0% 20.000,00 €
Subunidade 3 116.362,00 € 11.185,42 € 11.185,42 € 9,6% 105.176,58 €
Casa da Jurisprudência 73.000,00 € 0,0% 73.000,00 €
Biomed 410.784,00 € 0,0% 410.784,00 €
Centro de Polimeros do DEQ 220.000,00 € 31.688,11 € 31.688,11 € 14,4% 188.311,89 €
Jardim Botânico 300.000,00 € 10.644,40 € 10.644,40 € 3,5% 289.355,60 €
Pólo III - Terrenos / Infra. 66.900,00 € 5.050,39 € 5.050,39 € 7,5% 61.849,61 €
Requalificação do TAGV 229.374,00 € 130.585,47 € 130.585,47 € 56,9% 98.788,53 €
Residencial da Alegria 150.000,00 € 0,0% 150.000,00 €
Total 14.496.051,31 € 4.083.032,80 € 4.093.039,86 € 5.996.583,05 € - € 5.996.583,05 € 8.499.468,26 €
Despesa
programada anos
seguintes
Taxa exec.Programa ou projeto de ação
Financiamento
acumulado a
31-12-2018
Saldo de gerência
a 31-12-2018
Despesa paga
acumulada a
31-12-2018
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2018
133
Detalhe dos investimentos financeiros enunciados no quadro 41, página 105
LEDAP - Lab. De Energética e Detónica 99.760 €
IDARC - Inst. Desenv. Agrário Reg. Centro 2.494 €
AUP - Associação das Universidades Portuguesas 49.880 €
INESC - Instituto de Eng. Sistemas Computadores 520.000 €
IGAP - Instituto de Gestão e Administração Pública 499 €
Poolnet Portuguesa Tooling Network 1.000 €
Instituto de Formação p/ Executivos 352 €
OPEN - Assoc. Oportunidades Específicas de Negócio 5.000 €
IT - Instituto de Telecomunicações 299.279 €
RAIZ - Instituto de Investigação da Floresta e do Papel 70.000 €
CENTROHABITAT - Plataforma para a Construção Sustentável 1.000 €
Relacre - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal 1.000 €
UC InProPlant - Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização 5.000 €
Associação BLC3 - Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro 3.000 €
Obitec - Associação Óbidos Ciência e Tecnologia 1.000 €
Associação RUAS - Recriar Universidade Alta e Sofia 75.000 €
ACPMR - Associação Cluster Portugal Mineral Resources 500 €
ABAP - Associação Beira Atlântico Parque 1.000 €
Biocant - Associação de Transferência de Tecnologia 2.000 €
Cesab - Centro de Serviços do Ambiente 1.496 €
Aferymed - Aferição e Medidas, Lda 2.850 €
Tecparques - Associação Portuguesa de Parques e Ciência e Tecnologia 2.500 €
Terabiz, Lda. 1.500 €
CERTIF – Associação para a Certificação 1.500 €
ADENE - Agência para a Energia 2.494 €
Odabarca 4.988 €
Coimbravita ADR 14.968 €
iParque - Parque para a Inovação em Ciência, Tecnologia e Saúde, E.M., S.A. 68.926 €
AIP - Associação para a Internacionalização Empresarial 24.940 €
Prof. Doutor Geraldes Freire - Prémio Latim Medieval 31.333 €
Certificados de renda perpétua 8.453 €
Obrigações da CGD 90.000 €
SERQ - Centro de Inovação e Competência da Floresta - Associação 12.000 €
SERQ - ajustamento consolidação (considerado pelo método equivalência patrimonial) 26.167 €
Investimentos em Imóveis 2.203.858 €
Terrenos IFE-UC 2.049.090 €
Terrenos INML 121.788 €
Terrenos IPC 32.981 €
Provisões Coimbravita ADR -9.980 €
Total 3.625.756 €
© U
C •
DC
om 2
019