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relatório de gestão usp | 2005–2009

relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

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relatório de gestão usp | 2005 – 2009

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relatório de gestão usp 2005 | 2009

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Reitora

Vice-reitor

Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária

Pró-reitora de Graduação

Pró-reitora de Pesquisa

Pró-reitor de Pós-Graduação

Suely Vilela

Franco Maria Lajolo

Ruy Alberto Corrêa Altafim

Selma Garrido Pimenta

Mayana Zatz

Armando Corbani Ferraz

u n i v e r s i da d e d e s ã o pau lo

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Direitos reservados à

Universidade de São Paulo

Reitoria – Gabinete da Reitora

Rua da Reitoria, 109, Cidade Universitária

05508–010 – São Paulo – sp – Brasil

Tel. (11) 3091–3500

www.reitoria.usp.br

e-mail: [email protected]

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agradecimentos10palavra da reitora12

fort

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as a

tivi

dad

es a

cad

êmic

as

fortalecimento da graduaçãoaprender com cultura e extensãocircuito esportivoensinar com pesquisa programa de bolsas de in ic iação científ ica

18

consolidação da pós-graduação34

pesquisa na fronteira do conhecimento40

fortalecimento das relações internacionais

avaliação dos cursosmobil idade internacional e dupla t itulaçãoagil idade administrativa e diploma de padrão internacionalpioneir ismo internacional número de teses banco de dissertações e teses

produção científ ica indexadacriação de redes temáticasedif íc io intel igenteprograma de pós-doutoradoparceria externaapoio aos pesquisadorespesquisa no guarujá

mobil idade de alunosmobil idade de professoresprograma de bolsa para professor vis itante parcerias internacionais e novas afil iações

353637373839

41434346464749

50545656

5959

63

19202123

262627

50

política de apoio à permanência e formação estudantil32criação de novas unidades de ensino e pesquisa e novos cursos28

apoio à inovação60hábitats de inovação

programa de pré- inic iação científ icaprograma eu na usp jr

usp na escola58

nos caminhos da diversidade24diversidade socioeconômicadiversidade étnicaembaixadores da usp

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valorização dos recursos humanos126colaborador sênior128prêmio excelência acadêmica institucional130ampliação da l icença-maternidade132criação da função de professor de educação básica133alteração nas carreiras docente e não-docente134criação do auxíl io educação especial136criação de empregos públicos137programa de apoio aos concursos públicos para provimento de cargo de professor doutor

138

cargos de professor t itular139

gestão administrativa68

infraestrutura78

polos do instituto de estudos avançados ( iea)122

comissão de planejamentodescentralização administrativagespública uspadministração geralampliação e aprimoramento dos serviços de saúde

revitalização e segurança nos campi

disseminação do conhecimento116edusp brasil iana usplivro eletrônicoiptv – uspcentro de produção digital

tecnologia sustentável112selo verdelixo eletrônico

pro

jeto

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6870727474

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Inicialmente, quero manifestar minha gratidão ao vice-reitor Franco Maria Lajolo e aos pró-reitores Armando Corbani Ferraz, Mayana Zatz, Ruy Alberto Corrêa Altafim e Selma Garrido Pimenta, que, de forma competente, conduziram suas respectivas áreas com vistas à excelência de nossa Universidade. Expresso meu apreço, também, aos dirigentes e ex-dirigentes das Unidades de Ensino e Pesquisa, dos Institutos Especializados, dos Hospitais e Serviços Anexos e dos Museus, que compartilharam comigo os desafios, as conquistas e os êxitos desses quatro anos de muito trabalho.

Agradeço aos coordenadores da Administração Geral (Codage), Dante Pinheiro Martinelli e Douglas Wagner Franco; ao diretor administrativo do Gabinete, Marcos Felipe Silva de Sá; à diretora do Departamento de Recursos Humanos (drh), Maria de Lourdes Pires Bianchi; às procuradoras-chefes da Consultoria Jurídica, Márcia Walquíria Batista dos Santos e Ana Maria da Cruz; à secretária-geral, Maria Fidela de Lima Navarro; ao coordenador da Agência usp de Inovação, Oswaldo Massambani; à diretora do Centro de Computação Eletrônica, Tereza Cristina Melo de Brito Carvalho; ao coordenador de Comunicação Social, Wanderley Messias da Costa; aos presidentes da Comissão de Cooperação Internacional, Marisa Aparecida Bismara Regitano d’Arce e Adnei Melges Andrade; ao coordenador da Cert, José Antonio Franchini Ramires; ao coorde nador de Tecnologia da Informação, Gil da Costa Marques; ao coordenador do Espaço Físico, João Cyro André; à coordenadora da Coseas, Rosa Maria Godoy Serpa da Fonseca; ao presidente da Edusp, Plinio Martins Filho; às diretoras do Sibi, Eliana de Azevedo Marques e Adriana Cybele Ferrari; à assessora jurídica, Dra. Lívia Maria Armentano K. Zago; ao assessor legislativo, Prof. Dr. José Jorge Boueri Filho, e a todas as respectivas equipes, que foram peças-chave para a consecução e realização das metas estabelecidas.

Os projetos, programas e os resultados apresentados neste relatório são mérito do esforço coletivo que envolveu não apenas a Reitoria, mas também dirigentes, docentes, graduandos, pós-graduandos e servidores não -docentes de todos os campi da Universidade. A todos, os meus agrade cimentos pelo empenho e pela dedicação durante a minha gestão.

Agradecimentos10

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Não poderia deixar de agradecer, igualmente, aos coordenadores dos campi, que foram e continuam sendo essenciais para o sucesso do projeto de descentralização administrativa: Antonio Marcos de Aguirra Massola (São Paulo), Ruy César Camargo Abdo (Bauru), Wilson Roberto Soares Mattos (Piracicaba), Marcelo Machado de Luca de O. Ribeiro (Pirassununga), José Moacir Marin (Ribeirão Preto), Dagoberto Dario Mori (São Carlos) e José Agenor Mei Silveira (Quadrilátero Saúde/Direito). Meus agradecimentos vão, também, aos ex-prefeitos dos campi: Adilson Carvalho, José Roberto de Magalhães Bastos, José Otávio Brito, José Jairo de Sáles e José Aparecido da Silva.

Expresso a minha gratidão, o meu carinho e o meu reconhecimento àqueles que comigo vivenciaram, por quatro anos, o cotidiano da Universidade, sempre transmitindo entusiasmo e energia para superar os desafios e projetar a Universidade: Franco Maria Lajolo, Alberto Carlos Amadio, Elizabeth Igne Ferreira, Maria de Lourdes Pires Bianchi, Maria Fidela de Lima Navarro, Márcia Regina Bispo Gameiro, Clélia Affonso Monteiro, David Olímpio de Lima Filho, Sissi Fuzishima, Carlos Gustavo Araújo do Carmo, Adriana Neves Cruz, Cândida Luiza Speranza Barbosa, Márcia Walquíria Batista dos Santos, Marisa Alves Vilarino, Ana Glauce Bispo dos Santos Silva, Doralice Pereira dos Santos, José Sebastião Rodeguer, Davi Amarino Ribeiro Martins e José Fernandes da Silva.

De forma muito especial, quero reconhecer a dedicação da equipe de servidores que fazem parte do Gabinete: Adalci da Silva Alves, Ailson Fabrício, Alberto Teixeira Protti, Ana Lucia Moraes da Silva, Anderson Campos, André Luis Correa Barbosa, Ângela Aparecida da Silva, Antonio Paulo Soares, Athaíde Cruz, Baltazar Batista da Silva, Bianca Mulero da Silva, Carlos Alberto Dias da Rocha, Cristina Fragata Rousseau, Daniel de Souza Coelho, Denise

Polli, Edna Maria Brazolim, Eliana Aparecida de A. Fonseca Santos, Eliete da Rocha Viana, Ernani Coimbra Rodrigues, Jairton Barreto Néri, Jorge Vasconcellos, José Roberto Sanches, Juarez Correa, Laura Antonietta Ferrantini Fusaro, Luciana Andrea Accorsi Berardi, Luciana Pires de Arruda, Luiza Yoshiko Issomura Yamamoto, Magali Diniz Montilha, Marcelo Fernandez Cuzziol, Maria de Fátima Bezerra, Maria del Carmen A. Toro de Coca, Mirian Imada, Neide Dacunti Favorito, Osvaldo Falconeri, Paulo Antonio da Silva Brito, Severina Maria da Conceição, Solange Letícia Grozinschi, Solange Maria Zambelli, Tânia Cacheiro, Vera Lucia de Barros Amaral, Vera Lucia Pires de Araújo, Vera Maria Colavitti e Wildner Vilaça Antonio.

Aos membros da Consultoria Jurídica, devo o agradecimento pelo empenho no esclarecimento e avaliação das questões de sua alçada, o que permitiu o aprendizado constante.

Ao Conselho Universitário, colegiado que congrega representantes de toda a Universidade e da sociedade, credito as discussões frutíferas, que levaram à apro vação e ao aprimoramento de muitos dos programas e projetos implementados. Agradeço a todos os membros desse órgão máximo o apoio e o comprometimento com a Universidade com que contei nesses quatro anos.

Estendo os agradecimentos aos presidentes das Comissões do Conselho Universitário e respectivos membros: Comissão de Atividades Acadêmicas, Glaucius Oliva; Comissão de Legislação e Recursos, João Grandino Rodas e Antonio Junqueira de Azevedo, e Comissão de Orçamento e Patrimônio, Joaquim José de Camargo Engler. Agradeço também ao presidente da Comissão de Planejamento, Glaucius Oliva; ao presidente da Comissão de Honra das Comemorações dos 75 anos da usp, Ruy Alberto Corrêa Altafim; à presidente da Comissão Executiva, Solange Oliveira Rezende; e ao presidente da Comissão da Reforma Estatutária, João Grandino Rodas.

“Leve é a tarefa quando muitos dividem o trabalho”

Homero

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Mas essa construção não se fez de forma isolada. Pelo contrário, adotando o princípio de que do comprometimento da comunidade depende o sucesso de toda e qualquer iniciativa, propostas de diferentes naturezas discutiram-se ao longo do período e nasceram, daí, soluções não raro inovadoras, cujos resultados promissores estimu-laram o avanço e desdobramento dos projetos.

Temas-chave foram, assim, discutidos e novos programas deles decorrentes se implementaram. Descentralização administrativa, gestão estratégica e inclusão social mereceram um olhar diferenciado por parte da Administração Central, sem se descurar de outros, também de importância capital, entre eles, a internacionalização; a qualificação empreendedora dos formados; a qualidade do sistema consolidado de pós-graduação; os novos modelos de estruturação da pesquisa na fronteira do conhecimento, como a criação das primeiras redes temáticas, Bioenergia, Mudanças Climáticas e Doenças Negligenciadas, e a valorização dos recursos humanos da Instituição.

O objetivo do presente relatório é destacar, especialmente, os novos programas, que introduzem modelos nas áreas em que se inserem, face à grande dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade.

O Programa de Inclusão Social da usp, o Inclusp, representa modelo de inclusão com mérito e res -ponde, de forma inovadora, à questão do acesso dos jovens ao Ensino Superior. Associa o aspecto socioeconômico, pelo aumento do ingresso de estudantes da rede pública na Universidade, à inclusão étnica com base na competência demonstrada. Com essa iniciativa, registrou-se, em 2009, índice histórico de 30% de alunos do ensino público na Instituição, o que representa 20% de aumento de alunos dessa rede em relação a 2006. Além disso, o número de negros na usp é, hoje, 14,26%, índice jamais alcançado.

Dirigir uma universidade da magnitude da Universidade de São Paulo e projetar seu futuro é um grande desafio. Assumi o compromisso de enfrentá-lo com o firme propósito de me dedicar intensamente em nome da ampliação da liderança acadêmica da Universidade no cenário nacional e internacional. Na elaboração do projeto de gestão identificaram-se os principais anseios da comunidade uspiana, as áreas que necessitavam de iniciativas mais sólidas e delinearam-se as estratégias para a consecução das metas traçadas. Esse projeto foi se consolidando ao longo dos quatro anos, dentro de uma política de resultados, e, como em todo processo de planejamento, rumos foram revistos, outros se ramificaram e alguns se firmaram como as melhores alternativas para se chegar ao destino previamente estabelecido.

Palavra da Reitora12

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Paradigma de excelência de gestão, o Gespública usp, Programa de Gestão Estratégica e Desburocratização na Administração da usp, permitiu mudança da cultura existente, privilegiando-se o aprimoramento administrativo, em que se obtém a melhor relação entre recurso, ação e resultado. Em nome da agilidade necessária ao pleno desenvolvimento das atividades -fim da Universidade, canalizaram-se, assim, as energias em um esforço concentrado das Unidades de Ensino e Pesquisa para a avaliação do seu sistema de Gestão. Das 53 Unidades/Órgãos, 80% encontram-se no nível 2 de gestão, o que, resumidamente, equivale a práticas nos primeiros estágios do desenvolvimento e implementação, com identificação de tendências favoráveis.

Por sua vez, o Programa de Descentralização Administrativa foi criado em atenção à desconcen-tração de atividades com vistas a propiciar maior autonomia e delegação de competência às Unidades e às Coordenadorias dos campi. Já se encontram em implementação os escritórios regionais da Consultoria Jurídica e da Coordenadoria do Espaço Físico dos campi. Dada a relevância do Programa em conferir, entre outras vantagens, a agilidade nas ações administrativas em benefício das atividades acadêmicas, considero que esse Programa merece ser expandido.

A internacionalização decorrente da necessidade de se inserir a Universidade em uma sociedade globalizada do conhecimento mereceu expressivo investimento, refletido no aumento de 44% no número de convênios acadêmicos firmados com instituições estrangeiras dos cinco continentes. Além disso, os programas de mobilidade implemen-tados permitiram evolução substantiva no número de estudantes estrangeiros na usp e da usp em universidades do Exterior, respectivamente, 60,8% e 97%, na graduação, e 103,8% e 35%, na pós-graduação, no período de 2005 a 2008. Aumento de 138,2% no número de pesquisadores visitantes estrangeiros na usp atesta o êxito dos programas de incentivo correspondentes.

No âmbito da disseminação do conhecimento, destaco a construção da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, com área de vinte mil metros qua -drados, destinada a abrigar quarenta mil volumes, num total de dezessete mil títulos de obras de autores brasileiros e portugueses, incluindo obras raras. A Biblioteca Brasiliana Digital, o Instituto de Estudos Brasileiros, o Centro Guita Mindlin e o Centro de Estudos do Livro compõem o complexo que recebeu investimentos da ordem de r$ 18 milhões desta gestão, por entender que a importância da usp para a Educação Brasileira não pode prescindir de um acervo de tamanha riqueza.

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O Prêmio Excelência Acadêmica Institucional constituiu-se em iniciativa criativa, entre outras que visaram ao reconhecimento do papel primordial que os recursos humanos, como seu principal patrimônio intelectual, representam para a Instituição.

Planejar a usp para os próximos 25 anos foi desafio que coube à Comissão de Planejamento, constituída com esse objetivo precípuo. Questões de grande relevância à Instituição e à sua relação com a sociedade permearam as discussões, com base na sua trajetória de 75 anos, e originaram metas em médio e longo prazo, nascidas do exercício amplo do espírito universitário. O livro usp 2034: Planejando o Futuro representa a sólida contribuição de dois anos de trabalho fértil em torno de reflexões acerca do que a comunidade aspira para a Instituição na celebração do seu centenário.

Cumpriu-se, assim, a meta que estabelecemos na gestão. Realizaram-se, não apenas projetos de curto prazo, mas definiram-se programas de médio e longo prazo. Os programas destacados representam o legado que se deixa para a Univer-sidade. Com base em princípios estabelecidos pela própria usp e respei tando-se a dinâmica de uma instituição dessa natureza, considero este como base sólida, ponto de partida para futuras gerações.

Por meio das ações e programas criados e graças à parceria e o comprometimento determinante de sua comunidade, a Universidade evoluiu em diferentes setores e se aproximou expressivamente da sociedade. Atualmente, é considerada uma univer sidade de classe mundial, figurando entre as duzentas melhores universidades do mundo.

O que nos moveu, a mim e à minha equipe, nesses quatro anos foi a convicção de que do esforço conjunto e de princípios fundamentados tão-somente no bem da coletividade depende o fortalecimento do ideal da Universidade de contribuir, cada vez mais, para o desenvolvimento da Nação brasileira.

Suely Vilela

“O possível fazemos imediatamente,o impossível procuramos fazer, para os

milagres, estamos nos preparando”pensamento italiano

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F O R TA L E C I M E N T O D A S AT I V I D A D E S A C A D Ê M I C A S

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A usp privilegia a formação empreendedora, requisito da sociedade contemporânea, com suas novas relações de trabalho. O empreendedor apresenta características importantes, que o distinguem no contexto da colaboração para o desenvolvimento do País. Possui iniciativa, é pró-ativo, criador de oportu nidades e dotado de espírito crítico. Além desses atributos pessoais, que a formação na graduação pode realçar, o empreendedor possui formação multidis-ciplinar, habilidades técnicas, administrativas e humanas, conhecimento de línguas, experiência em informática e, o que é importante, a cultura do aprender permanente. Assim, a Universidade fortalece a cidadania e a responsabilidade social, formando lideranças profissionais e intelectuais, não raro, com papel destacado na definição dos rumos da Nação.

Com esse espírito, a gestão da reitora Suely Vilela criou novos projetos e consolidou programas importantes já existentes com vistas ao fortaleci-mento das atividades da graduação, que congrega 243 cursos e cerca de 58 mil alunos, e à integração destas com ações de pesquisa e de cultura e extensão universitária. O surgimento de novos cursos e Unidades de Ensino e Pesquisa, políticas efetivas de inclusão social e de permanência estudantil e implantação dos programas Ensinar com Pesquisa, Aprender com Cultura e Extensão, Circuito Esportivo, além de reforços a projetos como usp de Iniciação Científica são exemplos de iniciativas indutoras para uma nova graduação interdisciplinar, integrada e arejada.

Ressalte-se também que a Pró-Reitoria de Graduação envidou esforços na valorização das atividades de docência, na formulação de políticas de avaliação dos cursos e, ao mesmo tempo, no investimento de recursos na infraestrutura necessária para atender à demanda dos cursos.

Quanto à valorização das atividades de docência, foi implantado, nesta gestão, pela Comissão de Apoio Pedagógico, ligada à Pró-Reitoria de Graduação, o Curso de Pedagogia Universitária, com o intuito de apoiar os docentes em sua tarefa de aperfeiçoar e valorizar sua atuação, o que repercute no aprimora mento da formação dos alunos. Foram implementadas turmas entre 2007 e 2009, com cerca de quinhentos participantes, que tiveram a oportunidade de participar de discussões centradas nas novas metodologias de ensino, reorganização curricular, gestão pedagógica, dentre outros temas pertinentes à área. O resultado desse trabalho também foi registrado no livro Pedagogia Universitária, lançado em outubro de 2009.

O Processo de Acompanhamento e Avaliação de Cursos de Graduação foi sistematizado no Portal Siga (Sistema Integrado de Indicadores da Graduação), com módulos voltados para alunos,

Fortalecimento da Graduação18

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fortalecimento das atividades acadêmicas 19

docentes e gestores. Os processos e procedimentos adotados no Siga estão organizados, tendo em vista promover a crítica institucional e a criação coletiva, mediante as quais os sujeitos da avaliação problematizam a realidade, assumindo a crítica da própria prática e delineando um quadro das alterações necessárias. O processo compreende também, por parte das Comissões de Graduação, a elaboração do Plano Trienal de Metas e Ações para a Graduação da Unidade (2009–2011) e das Diretrizes de Revisão dos Projetos Político-Pedagógicos.

Quanto aos investimentos na infraestrutura realizados nesta gestão, destaca-se o Programa de Manutenção e Reequipamento de Laboratórios Didáticos (Pró-Lab), que tem como objetivo propiciar recursos para projetos de melhoria dos laboratórios didáticos para a graduação, e que recebeu recursos da ordem de r$ 14 milhões, no período de 2006 a 2009. No Programa de Recuperação de Salas de Aula (Pró-Salas), que tem por finalidade o desenvolvimento de intervenção para melhoria dos espaços físicos da Universidade,

no período compreendido entre 2006 e 2009, foram investidos r$ 425 mil para aquisição de equipamentos, viagens técnicas e compra de material de consumo para realização dos projetos.

A criação de novos programas para a promoção de ações de interesse do corpo discente reflete a preocupação institucional em formar profissionais aptos a exercer liderança em suas áreas de atuação. Ressalte-se também que projetos como os de tutorias para estudantes e de bolsas para a inserção internacional também são iniciativas bem-sucedidas nesse sentido. Conheça, a seguir, os novos programas.

Aprender com Cultura e ExtensãoO programa Aprender com Cultura e Extensão, criado em 2008, integra a política de apoio à permanência e formação estudantil da usp (saiba mais sobre esse assunto na página 32). Sua principal finalidade é a de fomentar as ações de cultura e extensão por meio das atividades do corpo discente em projetos, de forma a contribuir para a sua formação.

c

Foram criados novos projetos e consolidados programas importantes já existentes com vistas ao fortalecimento das atividades de graduação

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Propõe-se, assim, a apoiar projetos desta natureza em temáticas voltadas para os desafios da realidade intra e extrauniversidade e que apontem sua relação com as finalidades acadêmicas do curso ao qual o aluno se encontra vinculado e com as metas da Unidade para o desenvolvimento da cultura e extensão universitária, na sua articulação com o ensino e a pesquisa.

Em 2008, foram contemplados 414 projetos e 793 bolsistas e, em 2009, esse número elevou-se para 664 projetos e 898 bolsistas. A seleção dos projetos foi feita de maneira rigorosa, efetuada por uma comissão, que garantiu uma distribuição equânime das bolsas. Além disso, foi organizado o 1º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão, realizado em 21 e 22 de setembro de 2009, no campus de Ribeirão Preto. O evento teve como objetivo debater as questões da cultura e extensão na usp; divulgar

e avaliar os projetos de cultura e extensão; proporcionar troca de experiências e atender ao edital do programa, que prevê a apresentação do projeto em, pelo menos, um evento acadêmico. Nesse simpósio, também foram distribuídos prêmios para os melhores trabalhos, que foram convidados a apresentar artigos para a Revista de Cultura e Extensão, lançada em outubro deste ano.

Circuito Esportivo O projeto Circuito Esportivo, lançado em maio de 2009, é um programa da Universidade, realizado nos Centros Esportivos dos campi de Ribeirão Preto, Piracicaba, Bauru, São Carlos e São Paulo, envolvendo dezesseis Associações Atléticas Estudantis desses campi, nas competições das modalidades esportivas de voleibol e futsal. O objetivo do Circuito é ampliar e valorizar essas práticas, tornando-as instrumento

c

O Circuito Esportivo visa

à integração dos alunos

dos campi e intercampi

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de extensão e disseminação de conhecimento, além de promover a integração entre as ações esportivas desenvolvidas na Universidade. Além disso, toda a sociedade é convidada a participar da corrida de rua, modalidade também integrante do Circuito, conhe cida como Volta da usp.

O projeto surgiu a partir da iniciativa da reitora Suely Vilela, a exemplo do que ocorre em univer-sidades americanas, e visa à integração dos alunos dos campi e intercampi, à melhoria da qualidade de vida e à socialização.

A proposta é de que as atividades aconteçam aos finais de semana, no período de maio a outubro de cada ano, uma vez ao mês. Para cada uma das modalidades esportivas coletivas são realizadas duas etapas classificatórias e uma final. Já a Volta da usp, acontece, nos cinco campi, simultaneamente às etapas classificatórias e finais das modalidades esportivas, sempre aos domingos pela manhã. A comunidade pode participar de provas de corrida e caminhada, com distância de cinco a dez quilômetros. As inscrições para as competições são gratuitas.

Em 2009, o Circuito teve início no campus de Ribeirão Preto, nos dias 23 e 24 de maio, com a primeira etapa do voleibol feminino. O campus seguinte foi o de Piracicaba, nos dias 6 e 7 de junho, com a segunda etapa do voleibol feminino. Em agosto, nos dias 29 e 30, foi a vez de Bauru, com a primeira etapa do futsal masculino. Em São Carlos, nos dias 19 e 20 de setembro, ocorreu a segunda etapa do futsal masculino. E, em São Paulo, nos dias 24 e 25 de outubro, foram realizadas as finais do voleibol feminino e do futsal masculino, com a entrega de troféus e medalhas para os três primeiros colocados e premiação para a melhor torcida.

O Circuito Esportivo usp conta com a parceria dos Centros de Educação Física, Esportes e Recreação (Cefer) dos campi do interior e do Centro de Práticas Esportivas da usp (Cepe), em São Paulo, além do patrocínio do Santander Universidades.

Ensinar com PesquisaO Programa Ensinar com Pesquisa foi criado em fevereiro de 2007 e é parte da política de valorização do ensino de graduação, além de também integrar o conjunto das ações destinadas ao apoio à perma-nência e à formação estudantil da Universidade. A finalidade do programa é contribuir para o desen-volvimento do conhecimento no campo do ensino de graduação e investir no desenvolvimento das competências docentes e discentes no campo do ensino e da pesquisa.

Propõe-se a apoiar, por meio de bolsas, projetos de iniciação científica que tenham como foco o ensino de graduação na usp e que abordem temáticas voltadas para os desafios do ensino e da aprendizagem nos cursos de graduação.

Esses projetos de pesquisa devem apontar sua relação com o projeto pedagógico do curso e com as metas da Unidade para o desenvolvimento do ensino. Devem enfocar o ensino em suas múltiplas possibi lidades e aspectos, envolvendo desde a sala de aula, o curso, as questões curriculares, as modalidades de ensinar e aprender, presenciais ou a distância, o estágio curricular ou profissional, as tecnologias, os resultados do ensino, a inserção profissional dos egressos, a evasão, entre outros. Podem ainda investigar o desenvolvimento profissional dos docentes inseridos nos cursos de graduação e o campo de conhecimentos da pedagogia universitária.

As oitocentas bolsas anuais do Programa, com valor de r$ 300, destinam-se prioritariamente a estudantes dos cursos de graduação que estão no segundo ano. A distribuição dessas bolsas às Unidades tem por base a estimativa de alunos ingressantes na usp com renda familiar mensal de até cinco salários mínimos, conforme dados do questionário socioeco nômico da Fuvest. Os estudantes bolsistas devem apresentar trabalhos vinculados ao projeto em pelo menos um evento científico nacional ou internacional, inclusive na usp.

“O investimento nessas ações reflete a preocupação institucional em formar profissionais aptos a exercer

liderança em suas áreas de atuação”

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relatório usp | gestão 2005–200922

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fortalecimento das atividades acadêmicas 23

Programa de Bolsas de Iniciação CientíficaConsiderando a importância de propiciar aos alu nos de graduação da usp a oportunidade de complementarem sua formação acadêmica, apri mo rando seus conhecimentos e seu preparo para a vida profissional, e o interesse desses alunos na participação em programas de iniciação cientí fica, foi instituído, em 2008, o Programa de Bolsas de Iniciação Científica.

O programa visa à promoção do desenvolvi mento da Pesquisa da Instituição mediante o encaminha-mento de alunos de graduação para a descoberta científica e a convivência com os procedimentos adotados em ciência e tecnologia.

Foram destinadas a esse programa 1 300 bolsas de iniciação científica, sendo quinhentas para a Pró -Reitoria de Pesquisa e oitocentas para a Pró-Reitoria de Graduação, para o Programa Ensinar com Pesquisa. O valor da bolsa é de r$ 300 mensais.

O investimento significativo em programas institucionais de Iniciação Científica, com recursos da própria Universidade, que se soma ao efetuado por agências de fomento estadual e federal, dá a dimensão do valor que se concede a essa atividade no contexto da formação empreendedora. Essa atividade envolveu, em 2008, em torno de 8% dos estudantes, o correspondente a 7 147, dos quais cerca de 4 500 são bolsistas.

As bolsas gerenciadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa são aquelas que fazem parte do progra ma institucional e também incluem as concedidas pelo cnpq, como parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), Programa Institucional (Rusp) e pelo Santander Universidades.

Em 2008 e até junho de 2009, o conjunto das bolsas totalizou 1 904, em torno de 59,5% maior que a oferta em 2006 e 2007.

O Simpósio Internacional de Iniciação Científica da usp, Siicusp, é evento anual, que se constitui em espaço essencial para a apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos de Iniciação Científica da Universidade. Prêmios e menções honrosas distinguem os melhores trabalhos e participações e estimulam fortemente os alunos no prosseguimento de sua integração à pesquisa durante a graduação.

O evento, que se tornou internacional em 2000, integra estudantes de instituições estrangeiras, como Rutgers (State University of New Jersey), Ohio State University, Notredame University Indiana usa e Universidade do Porto. O número de participantes cresceu de 3 973, em 2006, para 4 576, em 2008, e a participação de estudantes estrangeiros permite a troca de experiências e o intercâmbio de ideias. A oportunidade de estudantes brasileiros de visitarem as instituições parceiras deve, também, ser ressaltada como ponto de grande relevância no Simpósio.

evolução das bolsas p ibic, rusp e santander universidadesEm número de bolsas por período

700

1.400

0

santander universidades rusp cnpq

1.20450001.19400 1.19400 1.2545001501.224500150

BJJD / bjje BJJE / bjjf BJJF / bjjg BJJG / bjjh BJJH / bjji*

fontes: pró-reitoria de pesquisa/usp

* até junho/2009

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Em 2006, a usp aprovou o Programa de Inclusão Social (inclusp), com o objetivo de buscar alternativas ao quadro de exclusão social que dificulta o ingresso de estudantes dos segmentos sociais menos favorecidos na Universidade. Colocado em prática a partir de 2007, o Inclusp tem como propósito ampliar o ingresso de estudantes do ensino médio público na Universidade e apoiar a permanência desses estudantes, a partir de ações antes, durante e depois do vestibular.

Com ações previstas para serem desenvolvidas durante o vestibular, o Inclusp estabeleceu um sistema de pontuação acrescida, caracterizado por um acréscimo na pontuação obtida nas duas fases do vestibular pelo candidato que comprovasse ter cursado integralmente o ensino médio em escola pública no país. Em 2007 e 2008, um bônus de 3% foi concedido a esses candidatos, com a diferença que, em 2008, os candidatos poderiam optar por recebê-lo.

Em 2009, além do bônus de 3% concedido a todos os estudantes de escola pública, foram incluídos outros dois: um, de até 6%, decorrente do desem-penho desses estudantes no Enem, e outro, de até 3%, qualificado pelo desempenho do estudante

na prova do Programa de Avaliação Seriada da usp (Pasusp), aplicado em 2008 somente para estudantes do terceiro ano do ensino médio público regular de São Paulo.

Essas novas medidas permitiram aos estudantes oriundos de escolas públicas alcançar um acréscimo significativo de até 12% em sua pontuação no vesti- bular da usp, a depender de seu desempenho nas provas do Enem e do Pasusp.

Em 2009, em oposição à tendência de queda observada nas inscrições para o Vestibular, a proporção de alunos oriundos de escola pública no conjunto de alunos ingressantes aumentou significativamente. Assim, mais do que conter uma tendência de queda no percentual de estudantes oriundos de escolas públicas que ingressam na usp, as ações do Inclusp conseguiram reverter esse cenário. Prova disso é que, neste ano, a usp alcançou um nível histórico de alunos de escola pública ingressantes em seus cursos, ultrapassando o percentual de 30%.

Esse resultado se refletiu também no aumento de ingressantes com renda familiar entre dois e cinco salários mínimos e na porcentagem de alunos negros na Universidade.

Nos Caminhos da Diversidade24

a

O Inclusp é uma alternativa ao quadro de exclusão social que dificulta o ingresso de estudantes de segmentos sociais menos favorecidos na Universidade

ingressantes oriundos de escolas públ icas

2001

30

24,64 % 24,55 % 25,77 % 24,52 % 25,77 % 24,02 % 26,41 % 25,30 % 30,10 %

0

10

20

20032002 2004 2005 200920082006 2007

% de ingressantes com bônus de até 3% com bônus de até 12%fonte: pró-reitoria de graduação/usp

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fortalecimento das atividades acadêmicas 25

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relatório usp | gestão 2005–200926

Esse comportamento assemelha-se à diminuição do percentual de candidatos oriundos de escolas públicas no mesmo período.

A semelhança entre esses dois grupos deve-se ao fato de a maioria dos candidatos negros ser oriunda de escolas públicas. Em 2009, por exemplo, 60,9% dos candidatos negros inscritos no vestibular declararam ter cursado todo o ensino médio em escola pública.

Em oposição à tendência observada no conjunto dos inscritos, o percentual de candidatos negros ingressantes na usp aumentou no período de 2006 a 2009, alcançando o valor de 14,26%, a maior marca registrada até hoje na usp desde quando a Fuvest passou a utilizar o questionário de avaliação socioeconômica para identificar a cor dos candidatos.

Comparando-se os percentuais de alunos negros ingressantes na usp com os percentuais calculados a partir de uma situação simulada que desconsidera os bônus praticados no período de 2007 a 2009, observa-se um impacto direto do Inclusp no aumento observado, ampliando em até 1,8% o percentual de negros na usp em 2009. Um fator que contribuiu para a elevação do percentual de alunos negros no conjunto de ingressantes foi o aumento do número de candidatos negros no conjunto de alunos ingressantes

Diversidade SocioeconômicaComparando-se a renda familiar mensal dos candidatos inscritos no vestibular da Fuvest nos anos de 2008 e 2009, observam-se uma pequena diminuição no percentual de candidatos com renda acima de dez salários mínimos e um pequeno aumento em faixas de renda inferiores, principal-mente entre dois e três salários mínimos.

O mesmo comportamento é observado no grupo de alunos ingressantes na usp. Nesse caso, porém, as variações são mais expressivas e significativas, indicando uma diminuição na renda dos candidatos em 2009 em comparação ao ano anterior.

No caso dos alunos ingressantes na usp oriundos de escolas públicas, foram observadas variações mais concentradas em algumas faixas de renda específicas, com reduções expressivas nas faixas entre sete e quatorze salários mínimos e uma ampliação mais acentuada nas faixas entre dois e cinco salários mínimos, indicando uma mudança no perfil de renda familiar.

Diversidade ÉtnicaO percentual de candidatos negros inscritos no vestibular da usp tem diminuído desde 2006, observando-se uma redução de 5,9% nesse período.

alunos ingressantes na usp por faixa de renda famil iar AEm salários mínimos

até 1

30

1,50 %1,64 %

12,75 %

12,27 %

15,25 %

17,52 %

26,24 %

27,67 %

15,25 %

15,72 %

13,35 %

11,66 %

8,82 %

7,21%

3,85 %

4,06 %

2,99%

2,25 %

0

10

20

entre 1 e 2 entre 2 e 3 entre 3 e 5 entre 5 e 7 entre 7 e 10 entre 10 e 14 entre 14 e 20 acima de 20

2008 2009

h x h h h x x x x

A fonte:  pró-reitoria de graduação/usp

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fortalecimento das atividades acadêmicas 27

oriundos de escolas públicas, passando de 22,87%, em 2006, para 25,13%, em 2009.

Embaixadores da USP Como importante ação do Inclusp, em 2007, foi criado o Programa Embaixadores da usp, com a finalidade de divulgar a Universidade em escolas públicas, com ênfase em três aspectos: o caráter público e gratuito da usp, a possibilidade de obter isenção da taxa de inscrição no vestibular e a exis tên cia de um programa de apoio à permanência dos estudantes após o ingresso.

Em 2007, 549 estudantes do ensino médio público do Estado de São Paulo que haviam ingressado na usp foram convidados a retornar às suas escolas de origem para contar seu sucesso em ingressar na Universidade. Em 2008, foram 565 participantes.

c

Alunos do Programa Embaixadores da usp visitam escola pública estadual, em São Paulo

2006

12,47 % 13,37 %

12,19 %

13,69 %

12,24 %

14,26 %

12,46 %

15

0

10

5

2007 2008 2009

alunos negros ingressantes na usp

simulação de ingresso sem bônus

(1ª chamada)

alunos negros ingressantes na usp B

aAumento significativo no período Em percentagem de alunos negros

2008

2009

2007

14,26 %

13,69 %

13,37 %

12,46 %

12,24 %

12,19 %

B fonte: pró-reitoria de graduação/usp

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No campus de Pirassununga, priorizando e valorizando a realidade regional, foram criados dois novos cursos: Engenharia de Biossistemas, o primeiro do gênero da América Latina (com sessenta vagas, em período integral), e Medicina Veterinária, com sessenta vagas, em período integral.

No campus de São Paulo, foi criado o Bacharelado em Astronomia, oferecido pelo Instituto de Astro-nomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (iag), com quinze vagas, em período integral.

Como forma de atuar na democratização do acesso ao ensino superior, e, ao mesmo tempo, preservando e ampliando o nível de excelência conquistado pela Instituição, novos cursos de graduação e Unidades de Ensino e Pesquisa foram criados, nesta gestão, com o oferecimento de 680 novas vagas, representando aumento de 6,84% em relação a 2006, e o importante incremento às atividades de pesquisa, pós-graduação e de cultura e extensão universitária.

Criação de Novas Unidades de Ensino e Pesquisa e Novos Cursos28

c

No campus de São Paulo,

foi criado o Bacharelado em

Astronomia, com quinze vagas

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fortalecimento das atividades acadêmicas 29

Em São Carlos, implantou-se o Bacharelado em Estatística, com quarenta vagas, em período noturno, e, a partir de 2010, será oferecido o curso de Engenharia de Materiais e Manufatura, que será ministrado na Escola de Engenharia de São Carlos (eesc), em período integral, com cinquenta vagas e duração de cinco anos. Também foram ampliadas vagas nos cursos de Engenharia de Produção Mecânica, passando de trinta para cinquenta vagas, em período integral, e no Bacharelado em Estatística, em período diurno,

passando de trinta para quarenta vagas. Para o próximo Vestibular, foi aprovada a ampliação de quinze vagas no curso de Arquitetura e Urbanismo.

No mesmo campus, a criação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo foi aprovada em todas as instâncias da Universidade, aguardando apenas a manifestação do Conselho Universitário.

No campus de Ribeirão Preto também foram empenhados importantes investimentos com a criação de duas novas Unidades de Ensino e Pesquisa: a Faculdade de Direito (fdrp) e a Escola de Educação Física e Esporte (eeferp), com o oferecimento dos cursos de Direito (com cem vagas, em período integral) e Educação Física (com sessenta vagas, em período integral).

Também, neste período, a usp passou a ter mais uma Unidade de Ensino e Pesquisa na região do Vale do Paraíba, com a incorporação da extinta Faenquil: a Escola de Engenharia de Lorena (eel), com os cursos de Engenharia de Materiais, Engenharia Bioquímica, Engenharia Química e Engenharia Industrial Química (resolução nº 5 341, de 21 de junho de 2006), que ampliou em 240 o número de vagas oferecido no Vestibular.

No campus de Piracicaba, foi ampliado em dez o número de vagas do curso de Bacharelado em Ciências Econômicas (período diurno) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).

10.622

2010

ampliação de vagas no vestibular

2006

12.000

10.55710.30210.2029.952

0

8.000

4.000

20082007 2009

vagasfonte: pró-reitoria de graduação/usp

observação: k Em 2009, foram reduzidas dez vagas no curso de Meteorologia, no campus de São Paulo

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relatório usp | gestão 2005–200930

Em 2009, foi aprovado pelo Conselho Universitário o primeiro curso de Graduação a Distância da usp, de Licenciatura em Ciências. O curso tem como principal objetivo a formação de professores de Ciências para o Ensino Fundamental. Com projeto pedagógico inovador, o curso apresenta caráter multidisciplinar, que se caracteriza pela integração de diferentes áreas do saber. O número de vagas oferecidas é de 360, distribuídas equitativamente em quatro polos, localizados nos campi de São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos e Piracicaba, e a seleção, pela Fuvest, será específica para essa modalidade.

c

A usp passou a ter mais uma Unidade de Ensino e Pesquisa, na região do Vale do Paraíba: a Escola de Engenharia de Lorena, com os cursos de Engenharia de Materiais, Engenharia Bioquímica, Engenharia Química e Engenharia Industrial

c

Em Ribeirão Preto, foram criadas duas novas Unidades de Ensino e Pesquisa:

a Faculdade de Direito e a Escola

de Educação Física e Esporte

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“Foram criadas 680 novas vagas nos cursos de graduação e implantadas três

novas Unidades de Ensino e Pesquisa”

c

No campus de Pirassununga, foram criados dois novos cursos, o de Engenharia de Biossistemas, o primeiro da América Latina, e Medicina Veterinária, com sessenta vagas cada curso e em período integral

c

Em São Carlos, implantou-se o Bacharelado em Estatística, com quarenta vagas, e, a partir de 2010, será oferecido o curso de Engenharia de Materiais e Manufatura, com cinquenta vagas. Foram ampliadas as vagas no curso de Engenharia de Produção Mecânica, no Bacharelado em Estatística e em Arquitetura e Urbanismo

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Desde a criação do Programa de Inclusão Social (inclusp), em 2006, a usp vem registrando crescente aumento de candidatos e ingressantes com faixas de renda familiar mensal entre dois e três salários mínimos, conforme já mencionado no item “Nos Caminhos da Diversidade”, na página 24.

O Inclusp é um programa que articula, de acordo com os princípios da Universidade, o mérito acadêmico, a autonomia universitária e a inclusão social. Considerando que a maioria dos jovens pertencentes aos segmentos menos favorecidos da sociedade realiza a formação básica na escola pública, o programa tem sua atuação direcionada ao planejamento de ações de apoio voltadas para o aluno do ensino médio da escola pública, antes, durante e após o processo seletivo para ingresso na Universidade, dando suporte, com ações específicas, à permanência dos alunos no curso superior.

Nesse sentido, em abril de 2007, foi instituída a Comissão de Gestão da Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil, fundamentada nos objetivos do Inclusp e na necessidade de sistematizar e fortalecer os progra mas dessa natureza já existentes na Universidade (portaria nº 3 749, de 18 de abril de 2007).

A Comissão tem cunho de promoção social, com a principal premissa de fornecer condições para que o estudante da usp possa se manter condignamente durante sua jornada na Universidade, contribuindo, assim, para sua formação integral. Os programas de apoio à permanência e formação estudantil se configuram em duas modalidades.

A primeira dessas modalidades são as ações de apoio socioeconômico, que têm por objetivo subsidiar estudantes que não dispõem dos recursos mínimos necessários para permanecer na Universidade. Incluem-se nessa categoria o programa de moradia estudantil, bolsa alimentação, auxílio financeiro para alunos ingressantes, creche para filhos de estudantes em idade pré-escolar e auxílio

financeiro emergencial, para resolução de situações de exceção. A segunda combina suporte socioeco-nômico e mérito acadêmico e compreende as bolsas Aprender com Cultura e Extensão, Ensinar com Pesquisa e Iniciação Científica, além de monitorias e estágios.

A Universidade oferece, também, benefícios que são estendidos a todos os estudantes de graduação, compreendendo o subsídio alimentação, que consiste no uso dos restaurantes universitários com refeições a preços subsidiados; assistência à saúde, de acordo com as normas do Sistema de Saúde da Universidade, e educação física e esportes, com a utilização das praças de esportes localizadas nos campi da Universidade.

Uma das principais competências da Comissão de Gestão da Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil é apresentar, anualmente, à Comissão de Orçamento e Patrimônio da Universidade, as diretrizes orçamentárias para a execução dessas atividades, que têm merecido in cre-mento financeiro substancial nos últimos três anos.

Para se ter uma ideia desse fomento, comparando -se os anos de 2005 e 2007, houve um aumento de cerca de 30% nos recursos destinados a essa política, passando de r$ 48,5 milhões para r$ 61,8 milhões. Em 2009, a estimativa das despesas chega a r$ 85,6 milhões, o que corresponde ao percentual de equivalência de 20,68% em relação ao orçamento de custeio da Universidade.

Dentre os benefícios oferecidos e os que receberam o maior montante de investimentos em 2009 (dados até agosto), destacam-se as 3 175 bolsas alimentação – refeições servidas gratuitamente – e uma média mensal de 220 mil refeições subsi-diadas, no qual o aluno paga, atualmente, o valor de r$ 1,90 por refeição. No que concerne à moradia estudantil, a Universi dade oferece 885 bolsas auxílio moradia, além de 2 298 vagas em moradias nos campi que dispõem de conjuntos residenciais.

Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil32

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fortalecimento das atividades acadêmicas 33

Os investimentos nessa área incluem também a recuperação de edifícios e a cons trução de novos blocos, que já está em andamento em São Paulo, São Carlos e Ribeirão Preto.

Em São Paulo, está sendo construído um novo bloco, com mais de cinco mil metros quadrados, que oferecerá mais de duzentas novas vagas de moradia (veja projeto e estágio da obra na página 85). Em Ribeirão Preto, a Vila Estudantil abrigará quatro blocos, com cerca de novecentos metros quadrados cada um, que oferecerão, no total,

136 vagas. Desses, dois já estão em fase de construção e estarão prontos em 2009. Os outros dois têm previsão de conclusão em 2010 (veja a obra da primeira fase na página 88 e o projeto da segunda fase na página 92).

Em São Carlos, no campus 1, serão atendidos sessenta alunos no novo alojamento, que tem previsão de conclusão da obra em março de 2010. No campus 2, será construído um bloco, nos mesmos moldes da Vila Estudantil de Ribeirão Preto, com mais 34 vagas de moradia e a implantação de um Centro de Vivência (saiba mais sobre os novos prédios nas páginas 108–109).

histórico das despesas com a polít ica de permanência e formação estudantil da usp Em R$ entre 2005 e 2009

observações: k Os valores da tabela incluem as despesas com pessoal, custeio e manutenção; k Após 2006, foi alterada a forma de classificação das Bolsas de Estu-do com o intuito de diferenciar as bolsas concedidas com base em critérios sócioeco-nômicos daquelas que tomam por base critérios acadêmicos. k Estão incluídas apenas as despesas custeadas com o orçamento da usp. k Em 2008, o valor total realizado das despesas com a Política de Perma-nência e Formação Estudantil repre-sentavam 23,8% de equivalência em relação ao Orçamento Geral de Custeio.

2005 2006 2007 2008 2009

1Apoio ao estudante com base em critérios socioeconômicos

12.643.707 15.097.603 19.307.548 34.488.217 33.862.231

Moradia 6.507.032 6.991.696 7.812.884 20.157.288 15.987.567

Manutenção e Conservação 6.507.032 6.991.696 7.812.884 8.868.081 8.987.567

Investimentos e Reformas -- -- -- 11.289.207 7.000.000

Bolsa Alimentação 2.986.671 3.662.809 3.497.703 4.448.682 4.610.095

Creche 458.489 497.498 1.944.162 2.091.510 2.158.569

Bolsa Auxílio Moradia 607.140 1.425.600 1.876.800 1.876.800 3.186.000

Bolsas de Estudo 2.084.375 2.520.000 4.176.000 5.913.936 7.920.000

2Benefícios estendidos a todos os estudantes da usp

22.667.869 29.182.061 31.350.241 35.685.681 38.234.836

Saúde 8.369.055 10.018.341 10.825.628 11.669.421 11.686.227

Subsídio à Alimentação 8.555.874 11.314.922 12.473.542 15.898.713 16.680.742

Educação Física e Esportes 5.742.940 7.848.798 8.051.070 8.117.548 9.867.867

3Monitorias e estágios 13.223.931 14.357.641 11.154.269 13.441.013 13.598.600

a Total 48.535.507 58.637.304 61.812.058 83.614.911 85.695.667

20092008200720062005

90.000.000

45.000.000

0

fonte: comissão de gestão da política de apoio à permanência e formação estudantil

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Com a missão de produzir e disseminar o conhecimento por meio da formação de recursos humanos qualificados, a Universidade avança em seus objetivos ao fortalecer e dar visibilidade aos seus programas de Pós-Graduação. A usp conta com sistema robusto e consolidado de Pós-Graduação. Constitui-se em referência nacional e internacional na geração de conheci-mento em Ciência e Tecnologia – cerca de 90% da pesquisa desenvolvida na Instituição é originária da Pós-Graduação –, representado por seus atuais 229 programas, abrangendo em torno de 322 áreas de concentração.

Os Programas compreendem todas as áreas do conhecimento: Ciências Agrárias, Biológicas,

da Saúde, Exatas e da Terra, Humanas, Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes e Ensino Multidisciplinar. Estes podem ser ofere cidos por apenas uma Unidade, por várias Unidades, configurando Programa Interunidades, e por várias Instituições, denominando-se Interinstitucional.

São quase 22 mil alunos matriculados na Pós -Graduação, 51,6% dos estudantes no Mestrado e 48,4% no Doutorado.

Grande parte dos estudantes de Pós-Graduação da usp, 35,5%, é originária de outras instituições de ensino superior do Estado de São Paulo. Ingressantes oriundos da própria usp somam 36% dos matriculados, com importante presença de estudantes estrangeiros, 3,2%.

Consolidação da Pós-Graduação34

c

Os Programas de Pós-Graduação da usp compre endem

todas as áreas do conhecimento

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Avaliação dos CursosNos últimos quatro anos, a gestão da Reitora Suely Vilela trabalhou no sentido de consolidar os programas Pós-Graduação da Universidade que necessitavam de apoio e na manutenção e expansão daqueles já estabelecidos como de excelência internacional.

A Pós-Graduação possui sistema de avaliação interna e é avaliada externamente, e de forma contínua, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes, responsável pelo credenciamento dos Programas de Pós -Graduação em nível nacional. Os conceitos, que vão de um a sete, são utilizados pelo Conselho Nacional de Educação para validar os títulos obtidos nos programas de Pós-Graduação.

Segundo a última avaliação trienal da Capes, 2004 a 2006, 70% dos Programas oferecidos pela usp correspondem à excelência – conceitos cinco a sete, o que representa em torno de 21% do Brasil. Dos Programas da usp, em torno de 29% possuem significativa inserção internacional. Estes correspon dem a 27% dos programas nacionais classificados nessa categoria. Na avaliação do último triênio, os programas da usp avaliados com conceito sete aumentaram de vinte para 25 e, os com conceito seis, de 35 para 39.

Com o intuito de melhorar o desempenho da Pós -Graduação em geral, desenvolveram-se, a partir de 2002, dois programas: o de aperfeiçoamento do desempenho acadêmico, voltado para os programas curriculares, que obteve conceitos três e quatro nas avaliações da Capes, hoje correspon dentes a, aproximadamente, 30% do total de programas de Pós-Graduação da usp; e o projeto de interna cionalização da Pós -Graduação, voltado para os programas com avaliação cinco, seis e sete, segundo a Capes.

Algumas iniciativas de apoio à Pós-Graduação foram desenvolvidas pela gestão com vistas ao aprimoramento do sistema e à sua interna-cionalização. No que diz respeito aos docentes, um dos programas é o de Estágio Docente no Exterior, destinado a professores dos Programas de conceitos três, quatro e cinco, que visa ao estímulo à cooperação acadêmica com instituições estrangeiras, em que são financiados viagens e recursos mensais, para permanência de quatro seis meses no Exterior. O programa Novas Fronteiras, por outro lado, tem como objetivo a expansão da cooperação acadêmica desen-volvida por docentes de Programas de inserção internacional, conceitos seis e sete. Auxílio para a participação em eventos internacionais fazem,

“A USP constitui-se em referência nacional e internacional na geração de conhecimento em ciência e tecnologia”

evolução dos programas de pós-graduaçãoEm número de programas por nota das avaliações capes

60

90

0

30

conceito nota 7conceito nota 6conceito nota 5conceito nota 4conceito nota 3

período de avaliação capes

1996–1997 1998–2000 2001–2003 2004–2006

91797182 3935222216283126 51586964 25201710

fonte: pró-reitoria de pós-graduação/usp

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relatório usp | gestão 2005–200936

também, parte do apoio aos docentes com o objetivo de investir na formação do docente e de aumentar o intercâmbio internacional na Pós-Graduação.

Programas específicos para professores colabo-radores e pesquisadores visitantes do Exterior são subven cionados pela Instituição e, também, por agências de fomento e visam a fortalecer o caráter cosmopolita da Universidade.

Com relação à mobilidade discente com vistas à internacionalização, há programas de bolsas de doutorado com estágio no Exterior, concedidas pela Capes e pelo cnpq, além da possibilidade de serem custeadas pela Fapesp e pela iniciativa privada. As bolsas sanduíche da Capes, mais de cem a cada ano, são institucionais para os Programas de conceitos cinco, seis e sete. Além desses recursos, são concedidos auxílio para estágios curtos no Exterior e para participação em congressos inter-nacionais, no caso de doutores.

Somou-se a essas conquistas a ampliação da internacionalização da Pós-Graduação, sua expansão com qualificação para áreas inovadoras de formação, com apoio à transdisciplinaridade, assim como a busca de maior interlocução com agências de fomento e com os setores empresariais, facilitando projetos de cooperação científica e tecnológica com segmentos produtivos da sociedade.

Os resultados podem ser conferidos pelos atuais 31 convênios interinstitucionais que ampliaram a missão da usp como geradora e disseminadora de conhecimento e contribuiu efetivamente à formação de recursos humanos no País.

Mobilidade Internacional e Dupla TitulaçãoA maior inserção internacional ganhou destaque nesta gestão com os atuais 158 convênios de dupla titulação, 141 firmados no período entre 2000 e 2009; e o aumento de 35% dos alunos de doutorado que realizam estágio no exterior. Uma das formas de incrementar o intercâmbio entre alunos da usp e de instituições estrangeiras foi o fortalecimento de programas de Mobilidade Internacional e o incentivo aos projetos de cooperação internacional Capes, que tiveram um crescimento de 54,7% no biênio 2006–2008 (saiba mais sobre os programas de mobilidade docente e discente na página 50).

Acompanhando essa tendência, em novembro de 2008 foi ampliado, pela primeira vez, o Programa de Mobilidade de Pós-Graduação da Rede de Macro universidades da América Latina e Caribe. Essa rede reúne 32 instituições de ensino superior, quatro brasileiras, entre elas a usp. Desde março de 2008, a reitora Suely Vilela preside a entidade colocando em prática um programa consistente para toda a rede.

O termo macrouniversidades designa escolas com mais de quarenta mil alunos, que oferecem cursos em várias áreas, nos níveis de Graduação e Pós-Graduação e desenvolvem pesquisas na fronteira do conhecimento.

No programa desenvolvido por esta rede estão a cooperação regional e investigação científica e tecnológica, que desenvolve projetos oriundos de diferentes universidades e relacionados, por exemplo, com energia e meio ambiente; a educação superior a distância; e a mobilidade em Pós-Graduação, com permuta de alunos.

Os países integrantes da Rede de Macrouniver-sidades da América Latina e Caribe enfrentam dificuldades comuns, sobretudo nas áreas econômica, social, de saúde e educação, variando apenas na forma de se apresentar e na intensidade.

doutores t ituladosEm número de doutores

2005

2.295

2.294

2.204

2.266

2006

2008

2007

fonte: pró-reitoria de pós-graduação/usp

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Assim, cada universidade participante pode dar sua contri buição para a solução desses problemas, atuando com os conhecimentos nos quais se destaca.

Agilidade Administrativa e Diploma de Padrão Internacional Aliados às iniciativas de internacionalização foram necessários esforços no sentido de remover entraves e proporcionar maior agilidade da máquina burocrática. Com esse objetivo, implantou-se um novo regimento para Pós-Graduação na usp. Com redação mais clara, precisa e didática, ampliando sua atuação, as normativas da Pós -Graduação se tornaram mais modernas e atuais, tanto no contexto nacional quanto internacional.

Na busca de uma sintonia com os padrões interna cionais, a usp também reformulou seus diplomas, levando em consideração as grandes áreas do conhecimento, evitando-se assim, designações muito específicas.

Mas, o avanço da Pós-Graduação nesta gestão focou também os segmentos produtivos da sociedade brasileira e o fez também por meio de um novo regulamento para os cursos de mestrado profissional,

definindo de forma clara as características dessa modalidade de ensino na Universidade.

Para a operacionalização dos programas de Pós-Graduação dentro desse novo conceito – interna cionalização, interinstituição e trans- dis ci plinaridade – foi necessária, ainda, a remodelação de seu programa de gestão. Para isso, já está em uso um novo sistema operacional, denomi nado Janus, que foi desenvolvido com novas tecno logias, baseadas em software livre, o que permite novas adaptações e facilita a interação com outros sistemas.

Pioneirismo Internacional Com 8,3% dos programas de Pós-Graduação do País, a usp se tornou pioneira ao lançar o primeiro programa brasileiro internacional de Pós-Graduação. Proposto pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), tem a participação de outras seis Unidades da usp e como parceiros as instituições norte-americanas Rutgers (The State University of New Jersey) e Ohio State University.

O curso é oferecido em nível de doutorado na área de Biologia Celular e Molecular Vegetal, com linhas

c

Programas específicos para professores colaboradores e pesquisadores visitantes visam a fortalecer o caráter cosmopolita da Universidade

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de pesquisas que despertam, cada vez mais, o interesse no meio científico: Genética Molecular e Desenvolvimento, Filogenia Molecular e Evolução de Plantas, Metabolismo e Fisiologia do Estresse Vegetal e Genômica Vegetal e Bioinformática.

O processo de seleção avalia alunos no Brasil e nos Estados Unidos. Durante o curso, o aluno tem um orientador de cada país. O formado pelo curso obterá o título de doutor pelas três instituições. A usp oferece disciplinas de História e Realidade Brasileira e de Língua Portuguesa. Em contrapartida, as instituições dos eua oferecem disciplinas por videoconferência aos alunos brasileiros. Além disso, os alunos desenvolvem seus projetos de pesquisas nos dois países.

O programa, aprovado no final de 2007, teve início, em 2009, já com conceito cinco, segundo avaliação da Capes.

Número de TesesA titulação de doutores na Universidade nos últimos cinco anos mostra uma provável estabilização do sistema, que atingiu a média de 2 200 teses/ano, desde os primeiros anos da década de 2000. Em 2008, foram titulados 2 301 doutores e, em 2007, 2 294.

Essa estabilidade, certamente, é o reflexo da contribuição da usp como principal centro gerador e difusor de conhecimento, que contribuiu de forma decisiva nos últimos anos para a formação e a qualificação de recursos humanos para diversas instituições do País e da América Latina, que hoje mantêm seus próprios Programas de Pós-Graduação.

Mesmo com a criação de inúmeros Programas de Pós-Graduação em diversas regiões do País, a usp ainda é responsável por mais de 20% dos títulos de doutor expedidos por instituições nacionais. Este número torna-se ainda mais expressivo

c

O depósito de teses e

dissertações encontrou forte ressonância na

comunidade acadêmica, que,

até setembro de 2009,

quintuplicou o número

de trabalhos disponibilizados

em relação a 2005

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fortalecimento das atividades acadêmicas 39

quando se observa que é maior que o das maiores universidades norte-americanas.

Banco de Dissertações e TesesA visibilidade de uma Universidade está diretamente vinculada ao acesso aos seus bancos de dados, em especial à sua produção científica. Nesse sentido, a usp tornou obrigatória a divulgação no Portal usp da versão eletrônica de dissertações e teses aprovadas em seus programas (www.teses.usp.br). Em sintonia com as políticas do Governo Federal, esse procedimento resguarda patentes, direitos autorais e outros direitos solicitados pelo aluno.

O resultado desta política pode ser observado no expressivo aumento de trabalhos disponibilizados em 2009. O depósito de teses e dissertações encontrou forte ressonância na comunidade acadêmica, que, até setembro de 2009, quintuplicou o número

de trabalhos disponibilizados em relação a 2005.Esses números serão ampliados com o projeto de digitalização retrospectiva de teses e disser - tações iniciado no segundo semestre de 2007. O projeto piloto coube à Biblioteca do Conjunto das Químicas. Esse projeto dará um incremento real na visibilidade dos trabalhos de referência nacional e até inter nacional que tem consulta constante nas diversas bibliotecas das Unidades e campi da Universidade.

O reconhecimento desse trabalho foi comprovado no Ranking of World Repositories Top 300 Institutions, elaborado por um órgão de pesquisa de opinião pública espanhol, que classifica as Instituições por meio das bibliotecas digitais de dissertações e teses. Nesse ranking, na edição mais recente, de julho de 2009, a usp ocupa o 57º lugar, o que significa crescimento de 29 posições, em relação a janeiro do mesmo ano.

* até 30/09/2009

doutores t itulados em 2007 AEm número de doutores

BrasilEstados Unidos da América Total

2.294

896

795

783

778

778

773

719

695

693

690

685

usp

unicamp

unesp

California U, – Berkeley

Michigan U,

Minnesota U,

Texas U, – Austin

Wisconsin U, – Madison

California U, – Los Angeles

Illinois U,

Harvard U,

The Pennsylvania State U,

USP Brasil

23%0 100%

2007

aDoutores titulados no Brasil em 2007

disponibil ização de dissertações e teses BEm número de teses ou dissertações

2005

2008

2009*

2007

2006

19.284

14.948

10.333

5.819

3.510

0

11.746

9.115

6.447

3.777

2.286

7.538

5.833

3.886

2.042

1.224

total mestrados doutorados

fontes: A nsf/nih/used/neh/ usda/nasa, 2007 survey of earned doctorates

B pró-reitoria de pós-graduação/usp http://repositories. webometrics.info julho/2009

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A história recente, especialmente de países em desenvolvimento, vem comprovando que o progresso econômico e social de um país depende em grande parte de sua capacitação em educação, ciência e tecnologia e que às universidades compete, em parceria com os governos, empresas e outras instituições voltadas para o ensino e a pesquisa, liderar esse processo. Primeiro, identificando as áreas de maior necessidade de investimento estratégico, depois criando condições para a implantação de um parque de laboratórios capaz de responder às demandas da sociedade.

No âmbito da usp, procurou-se coordenar o processo e garantir recursos financeiros necessários para implantar novos projetos e garantir a continuidade dos já em execução. Para isso, buscou fontes de financiamento adicionais, tanto para projetos de caráter tecnológico partilhados, por exemplo, com a Petrobras e a Companhia Vale do Rio Doce, como para ampliar a atividade de formação de jovens.

Pesquisa na Fronteira do Conhecimento40

c

Micromanipulador para clonagem,

da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, no campus de Pirassununga

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fortalecimento das atividades acadêmicas 41

A atividade de pesquisa na Universidade possui excelência reconhecida internacionalmente. Graças à competência de sua comunidade acadêmica, a usp ocupa a 78ª posição no ranking de Higher Education Evaluation & Accreditation Council of Taiwan das melhores universidades do mundo. Nesse ranking, os critérios para classificação compreendem produti-vidade, impacto e excelência na pesquisa. Além de se colocar entre as melhores do mundo, a Universidade de São Paulo é a única da América Latina e brasileira que consta da classificação das top 100.

Produção Científica IndexadaA publicação científica reflete a pesquisa desenvolvida e, nesse particular, a usp contribui decisivamente na produção científica brasileira. Cerca de 26% dos artigos publicados no Brasil são de responsabilidade da Universidade, que, nos últimos anos, publicou com autores de institutos de pesquisa e universidades dos cinco continentes.

Segundo levantamento efetuado no período de 1996 a 2006, a usp aumentou em 200% sua produção e refletindo o empenho crescente de seus docentes e pesquisadores no desenvolvimento de pesquisa

2005

2007

2007

2008

2008

2008

totalartigos

produção científica indexadaTotal de publicações e artigos

aAumento significativo no período Em número de publicações

4.0910

0

0

5.140

5.140

6.470

6.470

5.030

2005

6.470

5.140

4.495

4.091

5.030

3.831

3.454

3.080

2006

2008

2007

+ 58,1%

+ 25,9%

+ 31,3%

fonte: web of science

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relatório usp | gestão 2005–200942

de qualidade, divulgada em periódicos indexados e reconhecidos internacionalmente.

A competência da Universidade na publicação de artigos científicos indexados, segundo dados da Web of Science, está refletida no número de publicações, no período de 1998 a 2008, agrupados a cada cinco anos. O aumento dos números no período mostra que não se atingiu a saturação do sistema, havendo, pelo contrário, perspectiva de crescimento da produção científica qualificada. Registraram-se, também, aumento das citações e do número de citações por publicação ao longo do mesmo período. De 2000 a 2008, por exemplo, o aumento nas publicações foi de 52,65% e o de citações, de 90,4%.

A produção científica qualificada decorre do estreito relacionamento entre pesquisa e Pós -Graduação. No Brasil, em torno de 85% da pesquisa são produzidos no âmbito dos programas de Pós -Graduação. Dessa forma, graças ao sistema de Pós-Graduação da Universidade, que abrange 229 programas, em torno de 70% de excelência e 29% de inserção internacional (saiba mais sobre esse tema na página 35), e da pesquisa desenvolvida pelos 1 814 grupos existentes, a usp apresenta produtividade científica que a distingue entre as melhores do mundo. Cada vez mais a produção da ciência depende do desenvolvimento de pesquisa transdisciplinar, favorecida pela formação de redes, que fomentam a geração do conhecimento.

Destaque-se também a criação, no dia 21 de setembro de 2009, em cerimônia na Universidade, da Rede Ibero-Americana de Universidades de Pesquisa (Ridup), que congrega 65 universidades de doze países, com o desafio transdisciplinar de desenvolver investigações de caráter internacional na fronteira do conhecimento, agregando, especialmente, estudantes de Pós-Graduação, e objetivando a criação de programas conjuntos dessa natureza, entre outras iniciativas.

citaçõespublicações

cTotal de citações por período

83.861

23.679

20.987

17.419

12.715

19.234

14.116

15.519

BJJH / bjjd

BJJG / bjjc

BJJF / bjjb

BJJE / bjja

BJJD / bjjj

BJJC / aiii

BJJB / aiih

AiiH / bjjb

Aiii / bjjc

BJJJ / bjjd

BJJA / bjje

BJJB / bjjf

BJJC / bjjg

BJJD / bjjh

produção c ientíf ica indexadaCitações e publicações por período

aTotal de citações e número de publicações da USP

aNúmero de citações por publicação

0

1

2

3

4

3,542,44

31.088 37.879 44.045 53.804 62.968 71.822 83.861

2,68 2,84 3,09 3,27 3,42

71.822

53.804

31.088

62.968

37.879

44.045

fonte: web of science

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fortalecimento das atividades acadêmicas 43

Criação de Redes TemáticasAs ações implementadas com vistas ao avanço das pesquisas desenvolvidas pela Instituição contemplam o investimento na estruturação e na consolidação de redes temáticas de pesquisa em áreas estratégicas, além da inserção dos pesqui-sadores em projetos de impacto nessas áreas.

A usp possui redes temáticas em áreas estratégicas, em conjunto com a Petrobras abrangendo diferentes e importantes setores da tecnologia e da nanotecnologia e novas redes estão sendo estruturadas. Ao completar 75 anos de fundação, a usp, ciente de que lhe compete atuar na fronteira do conhecimento, estimula a criação dessas redes, que consistem em atividade conjunta de pesquisadores de diferentes especialidades e de diversas Unidades acadêmicas na busca de objetivos comuns num determinado campo de interesse. Fazem parte da estratégia da Universidade de responder prontamente às grandes questões nacionais, de alcance mundial, como são, por exemplo, as relativas às mudanças climáticas, à bioenergia, à biodiversidade, ao agronegócio e ao desenvolvimento de novos fármacos para doenças negligenciadas, isto é, aquelas que, por razões de baixo lucro, não recebem atenção suficiente das empresas farmacêuticas multinacionais.

Alguns desses temas, especialmente novos fármacos, agronegócio e mudanças climáticas, foram debatidos no seminário “usp e as Redes Temáticas”, realizado de 23 a 25 de setembro deste ano.

As redes de Bioenergia e a de Mudanças Climáticas foram as primeiras a serem criadas. O Centro de Estudos de Clima e Ambientes Sustentáveis da usp, que congrega a Rede Temática de Mudanças Climá-ticas, além do Laboratório de Modelos para a Susten ta bilidade das Construções e o Centro de Ciências da Terra e do Ambiente, contribui expres-sivamente ao estudo de tema estratégico, de grande impacto nacional e internacional (veja os gráficos sobre redes temáticas nas próximas páginas).

Edifício Inteligente A Rede de Mudanças Climáticas deverá funcionar no edifício do Centro de Estudos de Clima e Ambientes Sustentáveis (Cecas), que resultou da fusão dos projetos Centro de Ciências da Terra e do Ambiente (Cecita), do iag, e do Laboratório de Modelos para a Sustentabilidade das Construções (Labsus), da fau. O edifício será o primeiro do gênero do Brasil e será construído na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, em São Paulo, na confluência da Rua do Matão com a Travessa V, em terreno atual-mente ocupado pelo estacionamento do iag. O prédio foi aprovado pela Finep e sua construção foi anunciada oficialmente no dia 12 de dezembro de 2008, com a liberação de uma parcela inicial de r$ 6 milhões para o início das obras. Orçado em r$ 20 milhões, incluídos os equipamentos, o projeto deverá estar concluído em três anos.

Trata-se de edifício modelo, planejado para gerar toda a energia elétrica que consumir na etapa de uso e operação por meio de tecnologias avançadas disponíveis no mercado internacional, que incluirão iniciativas de sustentabilidade e representarão reduzido impacto ambiental. Sob o ponto de vista da arquitetura foram considerados três pressupostos básicos: reduzir o futuro consumo energético, utilizar tecnologias com baixo consumo de energia e reduzir o impacto ambiental durante as etapas de construção, uso e operação do sistema.

O prédio ecologicamente correto, com seis mil metros quadrados de área construída, constará de três blocos funcionais, sendo que cada um deles terá três pavimentos de escritórios/laboratórios para as atividades de gabinete, sendo os três paralelos e separados entre si, de modo a criarem os vazios necessários à insolação e ventilação das faces laterais.

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relatório usp | gestão 2005–200944

Redes temátIcas em foRmação

violência

mudanças climáticas

bioenergia

já implantados

tecnologia da informação e comunicação

em discussão

doenças do século xxi

insumos para a saúde física de materiais

engenharia de materiais

recursos naturais

nanotecnologia e nanociências

educação

economia

inovação aeroespacial

biocomplexidade

doenças negligenciadas

agronegócio e saúde animal

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fortalecimento das atividades acadêmicas 45

Redes temátIcas em conjunto com a PetRobRas

nanocatálise nanomateriais

planejamento, gestão e regulação em petróleo,

prospecção tecnológica

instrumentação, automação

conservação e recuperação de ecossistemas

tecnologia para mitigação

tecnologia de construção naval

estudos de

tecnologia de materiais

metodologia de processos de

computação e visualização científica

tecnologia

centro de desenvolvimento

modelagem e observação oceanográfica

estruturas

monitoramento ambiental marinho

estudos

tecnologias convergentes

campos maduros

pesquisa em

gás natural, energia e desenvolvimento

gestão de inovação tecnológica

submarinas

bioprodutos

geotectônicos

e controle de corrosão

e remediação de áreas impactadas nanotecnologia aplicada à indústria de energia –

de mudanças climáticas

geofísicaaplicada

e p&d tecnológico

de tecnologia do gás natural

controle e otimização de processo

em asfalto

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relatório usp | gestão 2005–200946

Programa de Pós-DoutoradoOutra importante estratégia da Universidade para, no mínimo, manter sua contribuição à produção intelectual, é o Programa de Pós-Doutores. Graças à política de estímulo a esse programa, no período de 2005 a 2008, registrou-se aumento de sete vezes no número de pós-doutores, ou seja, crescimento em torno de 600%.

O Programa de Pós-Doutores acolhe candidatos com título de Doutor que se dedicam em tempo integral à atividade de pesquisar na Universidade. Os estagiários dividem-se em duas categorias: os bolsistas de agências de fomento, e, nesse caso, a avaliação é feita com base nos pareceres emitidos pela própria agência, enquadrando-se aí, além dos bolsistas regulares do pós-doutorado, os que provêm de programas de fixação, isto é, jovens pesquisadores de centros emergentes e de agências de fomento; e os estagiários sem bolsa, e, neste caso, a avaliação é feita com base em parecer emitido por assessor designado pela chefia departamental ou órgão equivalente da Unidade em que a pesquisa se realiza.

Em qualquer um dos dois casos, há sempre um docente supervisor.

Estes pesquisadores contribuem substancialmente para a pesquisa e para a publicação, o que fortalece a visibilidade não só nacional, mas, principalmente, internacional da Instituição. E ainda há espaço para crescimento. Se a cada um dos atuais 1 814 grupos se incorporar ao menos um pós-doutor, a produção científica, que já reflete o aumento desses pesquisa-dores na Instituição, tenderá a crescer de forma ainda mais significativa.

Parceria ExternaA visão de futuro exige da usp um esforço conjunto para participar ativamente da elaboração de políticas de ciência e tecnologia que expressem a capacidade de gerar e transmitir inovações nas diferentes áreas do conhecimento, mas, sobretudo, em novas tecnologias. É notório que atuar na fronteira do conhecimento custa caro (e não se entenda fronteira como limite, pois no universo da cultura não há limites, e o centro está em toda parte, como diz a frase do ex-reitor Miguel Reale, que rodeia o espelho d’água na Praça do Relógio, na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira). Para dar conta da missão de trabalhar na pesquisa avançada, a usp busca recursos externos, notadamente nas agências de fomento à pesquisa. A captação de valores vem ganhando ritmo progressivo.

Entre as agências mais demandadas sobressai a Fapesp que, em 2007, entregou à usp 46,05% do total de recursos por ela liberados, beneficiando sobretudo projetos temáticos, os Cepids (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) e o Biota. Grandes empresas nacionais ou estrangeiras celebram acordos com a Universidade, procurando a incorporação de novas tecnologias. Assim, se montaram as parcerias com a Companhia Vale do Rio Doce, a Petrobras e a Microsoft (esta ainda com minuta em avaliação). No programa de cooperação

2003 2004

2003

800

7455482101063824

0

400

20062005 2007 2008

2008

pós-doutores

programa de pós-doutorado *Em número de pós-doutores

aAumento significativo no período Em número de pós-doutores

+ ~ 600 %240 745

* Números referentes à

somatória das àreas de

Agropecuária, Biológicas,

Exatas e Humanas

fonte: pró-reitoria de pesquisa/usp

Page 46: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

e intercâmbio científico e tecnológico da usp com a Vale, o montante de recursos recebidos mostra que foi maior em 2008, representando incremento de quase 1 400 vezes em relação ao total recebido em 2006. No caso da Petrobras, a parceria permite à Universidade atuar no setor de óleo e gás de forma completa e integrada, realizando desde estudos de solo até análises ambientais. A Univer-sidade foi convidada a participar de vinte redes temáticas coordenadas pelo Cenpes/Petrobras, com repre sentantes em dezoito comitês (conheça essas redes no gráfico da página 45). A captação de recursos graças ao convênio com a empresa de petróleo também foi expressiva, com destaque para o ano de 2008.

Outras iniciativas em busca de novas tecnologias compreenderam a participação em chamadas públicas do Ministério de Ciência e Tecnologia, Finep e outros órgãos federais.

Os grupos de pesquisa da Universidade sobressaem-se em alguns dos programas de maior projeção lançados por agências de fomento, tanto estaduais quanto nacionais. Vinte e sete grupos de pesquisa da usp, o que corresponde a 32% do total de grupos, participam do projeto Biota, que consiste na caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade, mediante mapea-mento das espécies. Dos 1 196 projetos temáticos em andamento, 327, o que equivale a 27,3% do total, correspondem a projetos que envolvem pesquisa-dores da Univer sidade. De caráter nacional, o Instituto do Milênio, programa do cnpq, conta com onze projetos de pesqui sadores da Instituição, perfazendo 32% do total. Graças à competência de seus pesquisadores e ao mérito acadêmico de seus projetos, a usp tem promovido captação expressiva de recursos junto a agências de fomento e órgãos governamentais. No ano de 2008, esses recursos atingiram em torno de us$ 270 milhões, o equi-valente, à época, a cerca de r$ 628 milhões.

Merece destaque, também, que seis dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fapesp, ou seja, 54% do total desses centros, abrangendo áreas de Humanidades e Biológicas, foram implementados por pesquisadores da usp. Trata-se de mais um exemplo da competência dos grupos de pesquisa e da participação da Instituição em programas estratégicos estaduais e nacionais.

Exemplo mais recente é o dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, programa desenvolvido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo cnpq. A usp sedia dezenove desses Institutos, dos 44 aprovados no Estado de São Paulo, o que corresponde a 15% dos aprovados no Brasil. Os Institutos são centros de produção científica e tecnológica de vanguarda, que atuarão em rede com instituições em todo o País. A usp é a única instituição de ensino superior a sediar esse número significativo de institutos no Brasil. Em relação à região Sudeste, a Universidade tem 27,4% da participação no número total de institutos aprovados. Além disso, pesquisadores da Instituição também atuarão em incts de outros Estados. Os investimentos nos dezenove institutos da usp são da ordem de r$ 92 milhões e contam com a parceria da Fapesp.

Reconhecendo o esforço dos pesquisadores e o impacto desses projetos para o país, e com o objetivo de apoiar e fortalecer cada vez mais esses grupos, nesta gestão, foi autorizada a contratação de doze novos docentes e 49 servidores técnico -administrativos.

Apoio aos PesquisadoresConsiderando-se que a qualidade dos trabalhos realizados no âmbito da usp é determinante para a consolidação de sua inserção internacional e de sua visibilidade, foram apoiados no ano de 2008, dentro do Programa de Incentivo à Pesquisa, com o valor de r$ 5 mil, 250 professores, orientadores plenos,

“A produção científica qualificada decorre do estreito relacionamento

entre pesquisa e pós-graduação”

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relatório usp | gestão 2005–200948

inst itutos nacionais de c iência e tecnologia ( incts) sediados pela usp

projeto coordenador unidade

inct para Estudos da Metrópole Profa. Dra. Nadya Araújo Guimarães fflch

inct de Pesquisa e Inovação em Engenharia de Irrigação Prof. Dr. José Antônio Frizzone esalq

inct Violência, Democracia e Segurança Cidadã Prof. Dr. Sérgio França Adorno de Abreu fflch

inct em Semioquímicos na Agricultura Prof. Dr. José Roberto Postali Parra esalq

inct de Técnicas Analíticas para Exploração de Petróleo e Gás Prof. Dr. Colombo Celso Gaeta Tassinari ig

inct de Astrofísica Prof. Dr. João Evangelista Steiner iag

inct de Eletrônica Orgânica Prof. Dr. Roberto Mendonça Faria ifsc

inct de Biotecnologia Estrutural e Química Medicinal em Doenças Infecciosas Prof. Dr. Glaucius Oliva ifsc

inct em Sistemas Embarcados Críticos Prof. Dr. José Carlos Maldonado icmc

inct de Células-Tronco em Doenças Genéticas Humanas Profa. Dra. Mayana Zatz ib

inct de Investigação em Imunologia Prof. Dr. Jorge Elias Kalil Filho fm

inct do Bioetanol Prof. Dr. Marcos Silveira Buckeridge iq, ifsc, ffclrp

inct em Células-Tronco e Terapia Celular Prof. Dr. Roberto Passetto Falcão fmrp

inct de Processos Redox em Biomedicina – Redoxoma Prof. Dra. Ohara Augusto iq

inct de Psiquiatria do Desenvolvimento para Crianças e Adolescentes Prof. Dr. Eurípedes Constantino Miguel fm

inct de Análise Integrada do Risco Ambiental Prof. Dr. Paulo Hilário Nascimento Saldiva fm

inct em Óptica e Fotônica Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato ifsc

inct de Fluidos Complexos Prof. Dr. Antônio Martins Figueiredo Neto if

inct de Estudos do Meio Ambiente Prof. Dr. Cláudio Augusto Oller do Nascimento

ep

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fortalecimento das atividades acadêmicas 49

credenciados em programas de Pós-Graduação da instituição, avaliados pela Capes com conceitos seis e sete e produção acadêmica qualificada.

Outro programa, o Procontes, tem por objetivo atender a necessidade de fornecer pessoal técnico de nível superior a docentes que trabalham em projetos de pesquisa financiados por órgãos de fomento. Em 2008, foram distribuídos 117 técnicos de nível superior para diversas Unidades de Ensino e Pesquisa da Universidade.

Outro fator que certamente concorre para dar excelência às pesquisas e status à Universidade é a infraestrutura oferecida aos pesquisadores. Dela são parte importante os biotérios. Considerando a necessidade de expandir a disponibilidade de animais de experimentação e otimizar recursos para sua manutenção, a Pró-Reitoria de Pesquisa designou uma Comissão Assessora para super-visionar o sistema, atribuição que exigiu um levantamento prévio das instalações existentes. O cadastro dessas informações constitui a base para o planejamento de ações voltadas ao sistema e análise de futuras solicitações de apoio e enca-minhamento delas às agências de fomento. Cadastraram-se 85 laboratórios de 22 Unidades de Ensino e Pesquisa e Órgãos da Universidade.

Investimentos expressivos, da ordem de r$ 4 milhões, foram feitos para a instalação de sistemas centrais de ar condicionado nos biotérios do Instituto de Ciências Biomédicas e do campus de Ribeirão Preto.

Pesquisa no GuarujáEstá em projeto a construção de uma base de pesquisa do Instituto Oceanográfico, na cidade do Guarujá, na região da Baixada Santista, que deverá reforçar e complementar as atividades de pesquisa oceânica já praticadas pelas bases da usp em Cananeia, litoral sul do Estado, e Ubatuba, no litoral norte. Foram investidos r$ 5 milhões para a construção da nova infraestrutura. A Base de Pesquisas do Guarujá terá edifício de quatro pavimentos em alvenaria, com área construída de 4 486,56 mB, exibindo linhas modernas e detalhes originais com jardins e estacionamento. No térreo, haverá laboratórios didáticos (para aulas práticas), de Temperatura Controlada (para atender proce dimentos específicos de oceanografia bioló-gica), Multiuso (para atender usuários das diversas áreas quando da manipulação de material coletado) e de Triagem (para processamento das amostras de campo). O térreo disporá ainda de depósitos de equipamentos especiais e para guarda de equipa-mentos comuns; depósito de rancho de navio, oficina, almoxarifado, vestiários, banheiros e lavanderia. No primeiro pavimento ficarão o anfiteatro, salas de projeção de som, de aula e de estudo, biblioteca, cozinha e refeitório; no segundo pavimento, haverá dezessete apartamentos com capacidade para três pessoas cada um, sala de convívio e rouparia.

A base representará grande apoio a todas as ativi da des do Instituto Oceanográfico, com destaque para o uso do navio Professor W. Besnard, graças à melhoria da logística. Ressalte-se que foram feitos investime ntos da ordem de r$ 1,72 milhão para a revitalização da embarcação.

Além da pesquisa e do ensino, a Base do Guarujá também representará extenso campo para a Univer-sidade atuar na inclusão social. A previsão é de que o novo espaço esteja concluído em meados de 2011.

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Toda universidade de classe mundial pressupõe necessariamente a internacionalização, seja qual for o entendimento que se tenha dessa ampliação de horizontes: desenvolvimento de atividades internacionais que abranjam estudos e projetos de cooperação no exterior; fidelidade ao caráter internacional do ensino, pesquisa e extensão dentro e fora de seu país; ou ainda a instalação de campi internacionais, a exemplo do que fazem univer-sidades europeias e norte-americanas. A usp ajusta-se aos dois primeiros conceitos, pois desenvolve atividades internacionais e dá caráter multinacional ao seu ensino, pesquisa e extensão. As diversas formas de internacionalização envolvem mobilidade de alunos e professores, formalização de convênios interuniversidades, visando ao desenvolvimento de projetos de pesquisa em colaboração, e a criação de programas conjuntos de pós-graduação.

Ao buscar a internacionalização, a usp dá sequência ao que iniciaram os seus fundadores, em 1934, quando investiram na contratação de jovens profes-sores europeus, muitos dos quais se notabilizaram mundialmente e agora têm seus nomes assegurados nas melhores enciclopédias culturais do mundo. A Universidade mantém convênios com instituições de todos os continentes, especialmente a Europa. Atualmente, mais de 450 convênios estão em andamento, envolvendo graduandos, pós-graduandos, professores visitantes estrangeiros e projetos de pesquisa em parceria, entre outras modalidades. Há, ainda, número superior a três centenas em tramitação, expandindo a visibilidade da Instituição para outros países ainda não conveniados.

Mobilidade de AlunosA internacionalização da Universidade beneficia especialmente alunos e professores. No caso da pós-graduação, a mobilidade para o exterior permite ao estudante desenvolver parte da pesquisa

Fortalecimento das Relações Internacionais50

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em laboratórios de instituições estrangeiras de renome, além de criar vínculos com grupos que serão fortalecidos com convênios acadêmicos. A experiência de estudar fora do País favorece a formação empreendedora e implica efetiva contribuição ao desenvolvimento sustentável.

Na graduação, mobilidade interessante e que se concentra, na atualidade, principalmente em duas Unidades, a Escola Politécnica e a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, é o duplo diploma. Nesse particular, assim como também em estágios no Exterior, em geral, o grande gargalo é o idioma exigido, nem sempre o inglês. Diminuir essa barreira tem sido um desses desafios e ações foram imple mentadas nessa direção. No que diz respeito ao espanhol, o Projeto Vale!, hoje oferecido a 5 000 estudantes e 1 000 docentes, tem propiciado o aprendizado da língua à comunidade uspiana de forma efetiva. No caso do inglês, foi instalado, no campus de Piracicaba, o Laboratório de Auto-Aprendizagem de Língua Inglesa, em parceria com o Universia-Santander e a ibm, para atender graduandos, pós-graduandos e professores da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).

Destaca-se também o Programa de Mobilidade Internacional, iniciado em 2006 e desenvolvido pela usp em parceria com o Santander Universidades, que oferece bolsas em universidades luso-brasileiras, no valor de ¤ 3 300,00, e bolsas para universidades em países ibéricos, no valor de ¤ 3 450,00, a alunos de graduação e de pós-graduação. Entre 2006 e 2009, foram oferecidas 354 bolsas.

As ações de investimento na mobilidade discente têm mostrado resultados relevantes quanto à participação de estudantes do exterior na usp, houve aumento de 60,8% de alunos de graduação, no período de 2005 a 2008. Apesar disso, há uma defasagem destes em relação ao número de uspianos no exterior. Segundo dados de 2008, 979 alunos da usp se encontravam em

instituições estrangeiras, o que representa aumento de 97,5% em relação a 2005. Só a mobilidade bilateral conduz à verdadeira internacionalização e é necessário investir nela. Observe-se que, no caso de alunos da usp, a preferência se concentra em países da Europa e da América do Norte, não da América Latina. Quanto aos europeus, os alunos preferem vir para a usp, e aqui também há mais estudantes latinos do que norte-americanos. Destaque-se que os números aqui apresentados se referem à mobilidade na graduação que implica à permanência do aluno por, pelo menos, um semestre letivo em uma universidade estrangeira.

Importante mencionar também a implementação do Programa de Apoio à Internacionalização na Graduação (Pró-Int). Criado em 2006, visa a apoiar o projeto de interna cionalização nas Unidades de Ensino e Pesquisa, destinando recursos financeiros para subsidiar a participação de alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, eventos ou atividades acadêmicas no exterior. Entre 2006

“Ao buscar a internacionalização, a USP dá sequência ao que iniciaram

os seus fundadores, em 1934”

convênios internacionaisEm número de convênios

aAumento significativo no período Em número de convênios

2005 2009+ 44%

3150 453

2005

435

453

394

356

315

2006

2008

2009

2007

2005 2008

3150 435

+ 38,1%

fonte: ccint/usp

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52

canadá17

eua 40

guatemala 1

2

15

4

méxico16

repúblicadominicana

1

costa rica1

panamá1

cuba 1

argentina 17

uruguai 3

chile 14

usp

venezuela

colômbia

equadorperu 6

coréia do sul 4

china 4

angola 3

moçambique 3

costa do marfim 1

nigéria 1

taiwan 1

índia 2

austrália 7

japão 13

canadá país17 número de instituições conveniadas

espessura da linha relativa à quantidade de convênios no país

bolívia1

paraguai3

1

2

16

17

19

18

3

12

13

14158

9

10

4

20

5

11

7

6

país

françaespanhaportugalitáliaalemanhapaíses baixosreino unidofinlândiabélgicasuécianoruegarepública tchecaáustriarepública da irlandarússiabulgáriadinamarcahungriasuíçaucrânia

convêniosnúmero

65

39383532

1512

94433222

11111

8

613101

1214

73

1811162

1517

459

1920

detalhe da distribuição de convênios na europa

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53

canadá17

eua 40

guatemala 1

2

15

4

méxico16

repúblicadominicana

1

costa rica1

panamá1

cuba 1

argentina 17

uruguai 3

chile 14

usp

venezuela

colômbia

equadorperu 6

coréia do sul 4

china 4

angola 3

moçambique 3

costa do marfim 1

nigéria 1

taiwan 1

índia 2

austrália 7

japão 13

canadá país17 número de instituições conveniadas

espessura da linha relativa à quantidade de convênios no país

bolívia1

paraguai3

1

2

16

17

19

18

3

12

13

14158

9

10

4

20

5

11

7

6

8

convênios e protocolos acadêmicos internacionais *Em número de Instituições conveniadas por continente

europaamérica do norte

américa do sulásia

áfricaoceania

américa central e caribe

270 73 65 24 7 6

total de instituições conveniadas 453

* em 25/09 / 2009 | fonte: ccint/usp | projeção fuller dymaxion air-ocean world map por eric gaba

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relatório usp | gestão 2005–200954

de 39,7% na modalidade de alunos da usp no exterior e de 103,8% na de alunos do exterior na usp. Bolsas são concedidas especialmente por agências de fomento e, no caso de participação em congressos com apresentação de trabalho, a Universidade possui linha de financiamento através da Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Do mesmo modo, há programas de bolsas para alunos do exterior, que se titulam na usp ou fazem estágios na instituição.

Mobilidade de ProfessoresNo caso dos docentes, os estágios no exterior destinam-se a enriquecer a pesquisa e são uma forma de fortalecer a cooperação entre laboratórios. Contam com investimento por meio de programas específicos da usp, e ainda com apoio de agências de fomento e programas financiados pelo setor privado. Alguns programas institucionais lançados em parceria entre as Pró-Reitorias de Pós-Graduação e de Pesquisa objetivam estimular tanto a experiência internacional dos docentes como atrair competências de universidades do exterior para a usp. Programas

e 2009, foram disponibilizados recursos da ordem de cerca de r$ 1,7 milhão para o programa, com a participação de 503 alunos em eventos e intercâmbios.

Na mobilidade discente no nível de pós-graduação, há modalidades de estágios, como o sanduíche no exterior, além do duplo diploma. Quanto a esta última modalidade, na pós-graduação, a Universidade vem estimulando a criação de programas internacionais conjuntos, em que parte é desenvolvida na usp e parte na instituição ou instituições conveniadas. Os diplomas são concedidos conjuntamente pelas universidades envolvidas.

Note-se que a usp é responsável pelo primeiro programa dessa natureza no Brasil. Trata-se do programa tripartite de Biologia Celular e Molecular Vegetal, implantado entre a Universidade, por meio da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e duas instituições norte-americanas, Rutgers (The State University of New Jersey) e Ohio State University (saiba mais sobre esse programa na página 37).

O duplo diploma também existe no caso de alunos estrangeiros. Entre 2005 e 2008, houve crescimento

2005

2005

600

563480399350

0

300

2006 2007 2008

2008

alunos estrangeiros na usp

alunos do exterior na uspNa graduação

aAumento significativo no período Em número de alunos estrangeiros na usp

+ 60,8%

3500 563

2004

2005

1.000

979892745497349

0

500

20062005 2007 2008

2008

alunos usp no exterior

alunos da usp no exteriorNa graduação

aAumento significativo no período Em número de alunos usp no exterior

+ 97%

4970 979

fonte: ccint

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fortalecimento das atividades acadêmicas 55

como o estágio docente no exterior, para professores de cursos de pós-graduação com conceitos três, quatro e cinco da Capes, e o Programa Novas Fronteiras, para docentes dos programas com conceitos seis e sete, que já possuem inserção internacional, permitem aumentar o intercâmbio dessa categoria (saiba mais sobre esse tema na página 35).

Programas de professores colaboradores e de pesquisadores visitantes do exterior, em razão de contemplarem períodos de intercâmbio de até dois anos, o primeiro deles com contrato institucional, tornam possível uma cooperação mais efetiva com a participação de docentes estrangeiros em atividades de pesquisa e ensino. Tais programas contribuem para a formação internacional dos docentes e dão visibilidade a uma universidade de classe mundial, como a usp efetivamente é. Em 2008, a usp recebeu a visita de 402 pesquisadores estrangeiros, número consideravelmente maior que o dos anos anteriores. No período de 2005 a 2008, registrou-se aumento de 138,2% nesta modalidade.

c

Na mobilidade discente no nível de pós-graduação, há modalidades de estágios como o sanduíche no exterior, além do duplo diploma

2005 2008

pesquisadores estrangeirosEm número de pesquisadores

aAumento significativo no período Em número de pesquisadores

+ 138,2%

1880 402

2005

402

362

262

188

2006

2008

2007

fonte: ccint e pró-reitoria de pós-graduação

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Parcerias Internacionais e Novas Afiliações (2006 a 2009)Medidas pela filiação a redes e associações, que possuem programas de apoio à mobilidade discente, as relações internacionais da usp tiveram aumento de 87,5% nos últimos três anos. Atualmente, a Universidade faz parte de quinze organismos inter nacionais, dos quais seis parcerias foram firmadas nesta gestão. Ressalte-se também que a reitora Suely Vilela é vice-presidente da International Association of Universities (iau).

k Red de Macrouniversidades de América Latina y El Caribe A organização, da qual a reitora é presidente, é composta por 32 universidades e tem como objetivo constituir-se em um mecanismo de interlocução com os Estados Nacionais e com as organizações nacionais e internacionais, estabelecendo um mecanismo de diálogo e intercâmbio, assim como de cooperação e ação conjunta sobre temas e experiências de interesse comum para as universidades.

Programa de Bolsas para Professor VisitanteComo forma de também incentivar a mobilidade docente, foi criado, em julho de 2009, o Programa de Bolsas para Professor Visitante na usp, visando a promover o desenvolvimento institucional, por meio do intercâmbio acadêmico, científico e cultural, de abrangência nacional e internacional, fortalecendo os programas de pós-graduação e os grupos de pesquisa.

O professor visitante pode ser brasileiro ou estrangeiro, com titulação mínima de doutor ou equivalente e a bolsa, com duração de no máximo dois anos, tem o valor correspondente à categoria de professor ms-6, em Regime de Dedicação Integral à Docência e Pesquisa (rdidp).

O gerenciamento do Programa de Bolsas é realizado por um Comitê Gestor, para o qual devem ser encaminhadas as propostas de bolsas formuladas pela Unidade de Ensino e Pesquisa ou Órgão.

c

Houve aumento expressivo no

número de filiações a redes

e associações internacionais

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k International Forum of Public UniversitiesO Fórum, formado por vinte instituições públicas, promove e discute a criação de novos modelos de cooperação em educação, ensino e pesquisa dessas universidades na era da internacionalização.

k Red Universitaria Iberoamericana de Incubación de EmpresasA RedEmprendia, da qual a reitora ocupa a vice -presidência, enfatiza o caráter das universidades empreendedoras, como propulsoras do desenvolvi-mento das nações envolvidas. É composta por quinze universidades da Espanha, Portugal e América Latina.

k Asociación de Universidades Grupo Montevideo (augm)O grupo existe há dezoito anos, é formado por 22 universidades públicas de seis países da América do Sul – Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia – e visa a contribuir para a melhoria da educação superior, com uma maior colaboração entre as instituições, e promover a sua interação com a sociedade.

k Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras Congrega cinquenta instituições de ensino superior federais, estaduais, confessionais e comunitárias, foi constituído em novembro de 2008 na cidade de Coimbra, em Portugal. O grupo brasileiro adota o modelo português do Coimbra Group, uma das mais antigas associações de universidades europeias que, há mais de vinte anos, trabalha nas áreas da internacionalização, cooperação acadêmica e excelência no ensino e na pesquisa. A reitora ocupa a vice-presidência.

k Grupo Tordesillas Formado por dezenove universidades do Brasil, onze da Espanha e sete de Portugal com a finalidade de promover a colaboração no âmbito da ciência e tecnologia.

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O grande desafio do Brasil neste início de século é combater as desigualdades sociais e atenuar todas as suas consequências. A educação tem papel central nesse processo e, as universidades, em especial as públicas, devem contribuir para o fortalecimento do ensino em todos os seus níveis.

A usp, focada na produção e na difusão do conhe-cimento, por meio de seus cursos regulares e da multiplicação de suas atividades de extensão e de serviços à comunidade, é por si só fator decisivo de inclusão social na sociedade brasileira.

Está entre seus principais objetivos contribuir direta ou indiretamente neste processo, como, por exemplo, na formação de recursos humanos qualificados para atuar na área ou na criação de políticas públicas transformadoras.

Foram ampliados e criados programas nesse sentido. O Programa de Formação de Professores, oferecido pela Univer sidade, existe praticamente

desde a sua criação em 1934, passou por reformulações em 2004 para atender o novo panorama da educação nacional, em especial à ampliação maciça do acesso à escola pública ocorrida nas últimas décadas.

Nos últimos quatro anos, foram inúmeras as iniciativas relacionadas à formação contínua dos professores, com destaque para os vários convênios firmados com os sistemas públicos de ensino para a oferta de cursos com vistas ao aprimoramento profissional. Oficinas que congregam professores da educação básica como parceiros de trabalho, os laboratórios de ensino que abrem espaço para a participação de professores em exercício e os projetos de pesquisa desenvolvidos no interior de escolas, onde os docentes são partícipes, são mais algumas das iniciativas nesse campo. Somadas a elas, os eventos realizados, que compreendem todas as áreas do conhecimento presentes na escola básica, a produção de materiais didáticos destinados à escola pública e os projetos de extensão com a participação de professores e alunos das escolas, completam as ações na formação desses profissionais que formam a base do ensino.

A ampliação do projeto de educação continuada e formação de professores da rede pública é parte da vocação da usp, não só pela responsabilidade social que marca sua trajetória, mas também por elevar o padrão de qualidade dos ensinos fundamental e médio.

Já o de formação complementar para alunos da escola pública possibilita efetivamente a integração com a Universidade, por meio da convivência direta no seu universo de atuação. Com esses programas, a Universidade deu um passo além da formulação de teorias educacionais e de políticas de inclusão – as portas da usp foram abertas e receberam em seus diversos ambientes de ensino e pesquisa estudantes do ensino fundamental e médio, encurtando, de fato, a distância entre universidade e comunidade.

USP na Escola58

c

Aluno da primeira turma

do Programa Eu na usp jr

em atividade no campus

de São Paulo

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Assim, nasceram, nesta gestão, os Programas de Pré-Iniciação Científica, ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa, e o Eu na usp jr, desenvolvido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária. Merecem menção mais três iniciativas destinadas a estreitar o relacionamento da Universidade com as escolas públicas paulistas: A usp vai à sua Escola, que envolve professores do ensino médio e incentiva docentes da Universidade a se aproximar dessas escolas; Laboratórios Móveis, que consiste num laboratório de biologia e óptica itinerante, levado em van até as escolas públicas, que já atendeu cerca de 36 mil alunos; e o Projeto Celular, que consiste num passeio por uma célula gigante, que já foi levada a treze escolas, envolvendo mais de dez mil estudantes.

Programa de Pré-Iniciação CientíficaCriado em 2008, o Programa de Pré-Iniciação Científica tem como principal objetivo inserir os estudantes do ensino médio no meio acadêmico de pesquisa científica, além de identificar o potencial e a vocação científica entre esses estudantes.

O programa oferece oportunidades de crescimento pessoal, proporciona aprendizado por meio de métodos alternativos e antecipa o contato do estudante com o ambiente universitário, além de apresentar o uni - verso e as implicações das investigações científicas.

Durante um ano o estudante acompanha as atividades do pesquisador e convive com os procedimentos e metodologias adotadas em pesquisa científica nos diversos laboratórios da Universidade. Além das atividades específicas, os alunos participam de simpósios, ciclos de debates e seminários e são convidados a expor os resultados de suas próprias atividades.

No primeiro ano de funcionamento, o Programa beneficiou 348 estudantes que participaram de 160 projetos de pesquisa, orientados por 266 pesquisa-dores, de 35 diferentes Unidades de Ensino e Pesquisa da usp, e 63 professores de suas escolas de origem.

Em outubro de 2009, foi realizado, em São Paulo, um simpósio com os estudantes da primeira turma, que se encerrou naquele mês, para apresentar e divulgar as pesquisas realizadas e premiar os melhores trabalhos.

O cnpq anunciou, em agosto de 2009, a concessão de quatrocentas bolsas de iniciação científica júnior à usp. A proposta é que essas bolsas atendam ao segundo ciclo de realização do Programa, a partir de 2010.

Programa Eu na USP JrVivenciar a atmosfera científica e cultural da usp desde os primeiros ciclos da vida escolar é uma das metas do Programa especialmente criado para estudantes do ensino fundamental. Os pesquisadores, funcionários e graduandos da usp, por sua vez, adquirem uma nova vivência profissional, compar-tilhando suas atividades com aqueles que ainda estão construindo seus projetos de vida.

O objetivo é o de colocar a Universidade no imaginário dos alunos da rede oficial de ensino, despertando-lhes a curiosidade pelo conhecimento e a irradiando para seus colegas. Assim, a usp pretende propiciar elementos básicos para a escolha da futura profissão e levar o estudante a acreditar na possibili-dade real de ingresso na universidade pública.

O Programa Eu na usp jr é composto por módulos e projetos que inserem os estudantes em até cinco áreas do conhecimento durante uma semana.

Implantado em julho de 2009, foram oferecidas 390 vagas, distribuídas pelos campi da capital, Bauru, Piracicaba, Pirassununga e São Carlos. Cerca de 730 estudantes se inscreveram para participar desta primeira etapa das atividades.

O programa é desenvolvido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, com coordenação geral do Museu de Ciências e participação de Unidades e Órgãos da usp. A segunda fase do projeto prevê a participação também dos alunos do ensino médio a partir de 2010.

“A formação complementar para alunos da escola pública possibilita a integração da Universidade por

meio da conviência direta no seu universo de atuação”

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Apesar de a produtividade científica brasileira ter crescido significativamente nos últimos anos, a ponto de representar 1,7% dos artigos publicados mundialmente, ainda existe um descompasso entre a capacidade acadêmica e o desenvolvimento de produtos e processos inovadores nas indústrias. O governo federal, por intermédio da Lei de Inovação nº 10 973, de dezembro de 2004, e a usp, por meio da Agência usp de Inovação Tecnológica, de fevereiro de 2005, decidiram enfrentar esse desafio e, assim, tornar mais positivo o cenário nacional.

São da usp 26% dos artigos indexados publicados no Brasil e em torno de 68% da produção científica paulista, de acordo com dados relativos ao período de 2001 a 2005. Com a Agência de Inovação Tecnológica, pretende-se chegar à universidade empreendedora, que licencia patentes e cria empresas. A Agência pode ser definida como o Núcleo de Inovação Tecnológica da usp, respon-sável por gerir a política de inovação para promover a utilização do conhecimento científico, tecnológico e cultural na Universidade, em prol do desenvol-vimento sustentável do Estado de São Paulo e do país. Atua na proteção do patrimônio industrial e intelectual, efetuando todos os procedimentos necessários para o registro de patentes, marcas, direitos autorais de livros, software, músicas, etc. Oferece apoio a docentes, alunos e funcionários da usp na elaboração de projetos em parceria para melhor gerenciar as relações com os setores empresariais, e ainda comunicar à sociedade em geral o impacto e os benefícios das inovações guiadas pela ciência desenvolvida pelos pesquisa-dores da Universidade. Estabelece estratégias de relacionamento entre a usp, os poderes públicos e a sociedade, acompanhando sempre as novas ideias para transformá-las em produtos e serviços. O esforço da universidade inovadora e empreendedora em favor da transferência

de conhecimento para a sociedade ganhou o nome de “terceira missão”, que a Agência usp de Inovação veio a ampliar. A política acadêmica posta em prática pela Agência permitiu colocar a usp no pódio das universidades que mais patenteam no Brasil, com cerca de cem depósitos ao ano (veja a evolução dos pedidos de patente e a produção de patentes desenvolvidas nos laboratórios da usp em todos os seus campi no gráfico acima e nas próximas páginas).

A Agência exerce papel relevante no processo de incubação de empresas nascidas da inovação guiada pela ciência. Integra o Conselho Deliberativo do Cietec, a maior incubadora de empresas da América Latina. É responsável pelo Programa Disque Tecnologia e realiza anualmente a Semana usp de Propriedade Intelectual, levando a cultura da inovação a todos os campi da Universidade.

Destaque também para o Programa Capacitação de Gestores de Inovação na Indústria, desenvolvido pela Agência usp de Inovação em parceria com a Fiesp, Sebrae e Secretaria Estadual de Desenvol-vimento, com o objetivo de capacitar os profissionais da indústria para a identificação e aproveitamento de oportunidades para a realização de seus projetos de inovação, e para o Programa Inovações para Sustentabilidade, que está em construção e visa a consolidar uma política ambiental voltada à ação responsável da Universidade nessa área.

Apoio à Inovação60

98

2009

pedidos de patente depositados e em andamento A

2005

100

77

71

27

843640

0

50

20072006 2008

depósitos em andamentoA fonte: agência usp de inovação

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Com relação ao empreendedorismo como forma que reflete a cultura da transformação do conhe-cimento em valor agregado, deve-se mencionar que a usp participa de uma rede internacional, a Red Universitaria Iberoamericana de Incubación de Empresas, a RedEmprendia, que enfatiza o caráter das universidades empreendedoras, como propulsoras do desenvolvimento das nações envolvidas (saiba mais sobre os parceiros internacionais da Univer-sidade na página 56).

A Olimpíada usp de Inovação é uma competição inédita nas universidades brasileiras, promovida pela Agência. Na primeira edição, em setembro de 2008, recebeu 399 ideias de produtos oriundas de quase todas as Unidades de Ensino e Pesquisa. Em parceria com o Sebrae, os 75 melhores projetos receberam apoio para desenvolver estudos

de viabilidade técnica e econômica com vistas a criar itens para o mercado.

Os pesquisadores da usp também têm se destacado no quesito inovação em premiações externas da Universidade. Um desses reconheci-mentos é o Prêmio Santander de Empreendedorismo e de Ciência e Inovação, que tem como objetivo estimular a atitude empreendedora e a pesquisa científica no meio acadêmico. Desde a sua criação, em 2005, já premiou cinco pesquisadores da usp e tem registrado número significativo de inscritos oriundos da Universidade, dentre inúmeras instituições de ensino superior do país. Em 2009, foram, no total, 1 261 projetos inscritos na região Sudeste, dos quais 180 da usp e que resultaram em cinco finalistas, que concorrerão na final nacional prevista para o dia 17 de novembro.

c

Núcleo de Manufatura Avançada, no campus de São Carlos

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relatório usp | gestão 2005–200962

produção de patentes por campus e por unidadeDe 1982 a setembro/2009

ep83

iq53

ip2

ib5

cce1

each1

ee1

io2

igc 5

if 13

iee 1

gadi 1

fsp 4

fo 8

fmvz 7

fm 12

fcf 34

fau 6

eefe 2

icb31

Total São Paulo272 patentes

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fortalecimento das atividades acadêmicas 63

Hábitats de Inovação Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos compõem o ambiente propício à inovação e se distribuem em campi da usp como forma de geração de riqueza, a partir da ciência e da tecnologia produ- zidas na Instituição, que, assim, contribui para o desenvolvimento socioeconômico do Estado e do País.

Às incubadoras compete o estímulo ao desen-volvimento de tecnologia, por meio do apoio a empreendimentos de base tecnológica com vistas à sua sobrevivência e ao aumento da competiti vidade, contribuindo para a geração de empregos e para o crescimento econômico e social paulista e brasileiro.

Total Pirassunuga, Lorena, Bauru e Piracicaba

49 patentes

fcfrp22

ffclrp33

eerp1 forp

15

fmrp 40

Total Ribeirão Preto111 patentes

eesc41

icmc3

ifsc 27

iqsc 28

Total São Carlos

99 patentes

cena4

esalq16

Piracicaba20

Pirassunungafzea

9

Lorenaeel

6

Baurufob 14

fonte: agência usp de inovação

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relatório usp | gestão 2005–200964

Cietec, EsalqTec e Supera são incubadoras de empresas que foram criadas com o apoio da usp, do Governo do Estado de São Paulo e do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresas de São Paulo (Sebrae-sp), entre outros organismos.

Encontra-se em implementação outras incubadoras a serem criadas com o apoio da Universidade, como a eeltec Incubadora Tecnológica em Biotecnologia e Novos Materiais, em Lorena; a CieTec Leste

Companhia Incubadora em Tecnologias Sociais, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades, localizada na zona leste de São Paulo, e a UniTec, em Pirassununga, voltada para as áreas de pecuária e tecnologia de alimentos de origem animal. Ainda com projetos em desenvolvimento estão as incubadoras localizadas no campus de Bauru (saúde e tecnologias) e São Carlos (tecnologias e computação).

a usp e os hábitats de inovação

capital

bauru piracicaba

são carlos pirassununga

ribeirão preto

usp leste

lorena

superaparque tecnológico

de ribeirão preto

parque tecnológicode são paulo

parque tecnológicode são carlos

unitec

cietec

eeltec

leste

parqtec

esalqtec

cietec

habitats

existentes

em desenvolvimentoem implantação

fonte: agência usp de inovação

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fortalecimento das atividades acadêmicas 65

Desde 2003, a usp figura entre as duzentas melhores universidades do mundo. Inicialmente, foi incluída na classificação do Institute of Higher Education Shanghai Jiao Tong University e, posteriormente, no ranking do The Times. Posicionar-se entre as duzentas melhores universidades do mundo é contar com o reconhecimento internacional da qualidade do desempenho da Instituição em suas atividades-fim.

Os dados, a seguir, mostram a evolução da Univer sidade nos principais rankings. Na classificação da Shanghai University, a usp foi da 165ª posição, em 2003, para a 153ª em 2004, 139ª em 2005, 134ª em 2006, 128ª em 2007, e 121ª em 2008. Em cinco anos, portanto, galgaram-se 44 posições. No caso do The Times, a usp estreou sua participação em 2005, em 196º lugar, passando ao 284º em 2006, e conquistou 109 posições em 2007, quando foi classificada em 175º lugar. Em 2008, a usp voltou à 196ª classificação.

A Universidade também registrou evolução no ranking do Higher Education Evaluation & Accreditation Council of Taiwan. Na primeira edição do ranking, em 2007, a Universidade ocupava a 97ª posição, passando para 100ª no ano seguinte e, 78ª, em 2009, o que representa um aumento de dezenove posições. No Webometrics Ranking Web of World Universities, na primeira edição, em 2007, a usp estava na 94ª colocação, passando para a 113ª em 2008, 87ª em janeiro de 2009 e, finalmente a 38ª, na classificação de julho de 2009. Ressalte-se também que a usp estreou na 16ª posição na primeira edição do Scimago Institutions Rankings (sir): 2009 World Report.

A posição de destaque que a usp ocupa no mundo é fruto da visibilidade internacional crescente, em diferentes atividades, especialmente na pesquisa. Esta constatação se baseia na sua posição nos rankings mais aceitos, cujos critérios envolvem desempenho, impacto na pesquisa das instituições e a respectiva produção científica, além de qualidade do corpo docente, discente, relação docente/aluno, alunos e docentes estrangeiros na instituição, avaliação pelos pares, empregabilidade e recursos para a pesquisa, entre outros mais específicos.

USP é top 200rankingsEm posições no período

140º

70º

7/20092007

h 22

h 49

113 100 87 78 3894 97

1/20092008

webometricshigher education evaluation& accreditation council of taiwan

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p r o j e t o a c a d ê m i c o - a d m i n i s t r a t i v o

2

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Comprometida com a produção e difusão do conhecimento e assumindo seu perfil de excelência, a usp tem como grande desafio associar sua autonomia com a necessária e racional descentralização e desburocratização de seus procedimentos administrativos. Nesta gestão, foram tomadas providências práticas e significativas, visando à moderni-zação e à reestruturação da administração e, assim, eliminar barreiras burocráticas e promover a tramitação eficiente de projetos e ações vinculadas às atividades-fim, em setores estratégicos na Administração Central, como, por exemplo, recursos humanos, gestão financeira, consultoria jurídica, planejamento e execução de obras. As iniciativas também tiveram como meta contribuir para estreitar as relações entre as atividades de ensino, pesquisa, cultura e extensão e seu suporte administrativo e operacional. Tudo isso permitiu que a Universidade atuasse num cenário de planejamento de longo prazo, expandindo cada vez mais suas atividades.

Comissão de PlanejamentoPrevista no Estatuto da usp e regulamentada em seu Regimento Geral, a Comissão de Planejamento (cp) foi constituída por doze membros, escolhidos pela Reitoria entre as três grandes áreas do conhecimento (exatas, biológicas e humanidades) e inclui vários diretores de Unidades de Ensino e Pesquisa, especialistas em planejamento e gestão e membros da Administração Central (portaria nº 3752, de 24 de abril de 2007). Compõem a Comissão, sob a presidência do diretor do Instituto de Física de São Carlos, Glaucius Oliva, Antonio Roque Dechen (Esalq), Carlos Antonio Luque (fea), Celso da Costa Carrer (fzea), Dante Pinheiro Martinelli (fearp), Guilherme Ary Plonski (fea/ep), Ivan Gilberto Sandoval Falleiros (ep), Joel Souza Dutra (fea), José Antonio Visintin (fmvz), Luiz Roberto Giorgetti de Britto (icb), Maria de Lourdes Pires Bianchi (fcfrp) e Rudinei Toneto Junior (Fearp). A missão atribuída à Comissão de Planejamento foi a de constituir um fórum para a discussão, análise e planejamento do médio e longo prazo. O planejamento de curto e médio prazo da Universidade tem sido realizado no âmbito da Administração Central, através das Diretrizes de Gestão Reitoral, e, nas Unidades de Ensino e Pesquisa e Institutos Especializados, pelos seus respectivos Planos de Metas Quinquenais, instrumentos de acompanhamento pela Comissão Permanente de Avaliação (cpa). Como todo processo de planejamento institucional somente pode produzir resultados efetivos se for conduzido de forma participativa por todos os atores envolvidos, a cp iniciou seu trabalho com uma consulta às Unidades sobre os principais assuntos considerados importantes para o futuro da usp. As sugestões recebidas foram organizadas e sistematizadas, convergindo-se a um conjunto de temas centrais para o planejamento da usp na perspectiva dos próximos 25 anos, incluindo-se, entre eles, o modelo

Gestão Administrativa68

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Universidade, engajamento institucional, autonomia universitária, internacionalização, entre outros.

Após a consulta inicial, a cp organizou-se em subgrupos temáticos, com a missão de buscar a literatura já produzida, na usp, no Estado, no país e no exterior, para subsidiar as análises e estudos visando à compreensão de possíveis cenários e perspectivas futuras e à elaboração de propostas, com objetivos e metas de longo prazo para a usp. Nesse processo, para cada tema, procuraram-se identificar o cenário atual, os desafios externos e internos, bem como os pontos fortes e fracos. Os temas foram, então, discutidos em reuniões plenárias da Comissão de Planejamento, preparando-se assim a discussão mais ampla, a qual foi realizada de forma aberta a toda a comunidade universitária, através do Workshop da Comissão de Planejamento, realizados em dois módulos, em 2 e 3 de setembro de 2008 (módulo i) e 14 e 15 de outubro de 2008 (módulo ii).

Como resultado dessas discussões, foi lançado, no dia 15 de setembro de 2009, o livro usp 2034: Planejando o Futuro, cujos capítulos foram redigidos pelos coordenadores dos subgrupos temáticos, responsáveis pelo desenvolvimento do simpósio correspondente no Workshop da cp, ou, em alguns casos, por mais membros da equipe. O objetivo principal do livro é de diagnosticar os principais desafios que se apresentam para a Universidade moderna e para a usp em particular, bem como delinear os cenários projetados para o futuro e os possíveis posicionamentos da Instituição para a construção de sua visão de futuro, no contexto do Sistema de Ensino Superior e de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado e do país.

A obra, que foi distribuída às Unidades de Ensino e Pesquisa e Órgãos da Universidade, também está disponível para download no site da Reitoria (www.reitoria.usp.br), no link usp 2034.

c

Como resultado das discussões do workshop, foi lançado o livro usp 2034: Planejando o Futuro

“A Comissão de Planejamento se constitui em um fórum para a discussão, análise e planejamento

de médio e longo prazo da Universidade”

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relatório usp | gestão 2005–200970

Descentralização AdministrativaCom o objetivo de atender aos anseios da comunidade universitária quanto à descentralização de procedimentos administrativos na Universidade e promover maior eficiência e agilidade nos assuntos relacionados às áreas jurídica, de espaço físico, cooperação internacional, assistência social, de acidentes de veículos oficiais e de comunicação social, foi aprovado no Conselho Universitário, no dia 12 de dezembro de 2008, proposta que contempla a criação de Coordenadorias, em substituição às Prefeituras dos Campi.

Na nova estruturação, as Prefeituras dos campi da usp em São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos, Bauru, Piracicaba e Pirassununga foram substituídas pelas Coordenadorias, tendo sido criadas novas Coordenadorias no Campus de Lorena e no Quadri-látero Saúde/Direito (formado pela Faculdade de Medicina, Faculdade de Saúde Pública, Escola de Enfermagem, Instituto de Medicina Tropical e Faculdade de Direito), assim como a Diretoria Administrativa do Gabinete da Reitoria (dagr). Foram instituídos os Conselhos Gestores em todos os campi exceto Lorena onde o Conselho Técnico Administrativo da Escola de Engenharia faz este papel.

A dagr, as Coordenadorias e os Conselhos Gestores dos Campi compõem a estrutura descentralizada, que visa, em última análise, a conferir maior agilidade às atividades-meio e proporcionar maior autonomia, aumentando a responsabilidade dos dirigentes em seus respectivos campi.

As coordenadorias são dirigidas por um coorde-nador, que pode ser docente ou funcionário da carreira técnico-administrativa, escolhido pelo reitor, com capacidade administrativa comprovada e amplo conhecimento da administração universitária.

Os Conselhos Gestores são formados pelo coordenador do campus, dirigentes das Unidades de Ensino e Pesquisa, Institutos Especializados e Órgãos Complementares, representantes do corpo discente

e dos servidores técnico-administrativos e um representante de expressão da região, sem vínculo com a usp, indicado pelo reitor.

A dagr está implantando Setores Regionais da Consultoria Jurídica, da Coordenadoria do Espaço Físico (Coesf), assim como alterando substancial-mente os procedimentos operacionais até então vigentes da Comissão de Cooperação Internacional (ccint), da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), da Comissão Permanente para Apuração de Acidentes com Veículos Oficiais (Copavo) e da Coordenadoria de Comunicação Social (ccs) através da criação de comissões locais destes órgãos em todos os campi do interior. O objetivo é conferir maior autonomia decisória e de execução às Unidades de Ensino e Pesquisa e às Coordenadorias dos campi, observadas as diretrizes estabelecidas pela Administração Central nas respectivas áreas de competência. No caso do Quadrilátero Saúde /Direito, apenas setores regionais da Consultoria Jurídica e da Coesf estão sendo implantados.

A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (each) passou a ter uma Assistência Técnica para atuar juntamente com a Coordenadoria do campus de São Paulo nas atividades relacionadas à área/espaço físico/infraestrutura da each.

Os Setores Regionais da Consultoria Jurídica foram criados conforme portaria cj nº 1, publicada no Diário Oficial (do), em 8 de julho de 2009, e foram contratados vinte novos advogados, sendo dois para o campus de Ribeirão Preto, três para São Carlos, um para Piracicaba, um para Pirassununga, um para o Quadrilátero Saúde/Direito, um para a each e onze para o campus de São Paulo.

Os escritórios regionais da Coesf (Core) também já foram constituídos, conforme portaria gr nº 4 447, publicada no do, em 1º de outubro de 2009, que irão dispor de local próprio e infraestrutura adequada nos campi. Para isso, foi autorizada a criação de cinco Diretorias Técnicas de Divisão para viabilizar

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projeto acadêmico-administrativo 71

descentralização administrativa

reitoria

cria-se a assistência técnica na unidade

each

conselho gestor do quadrilátero saúde / direito

conselho gestor do campus

conselho gestor do campus

conselho gestor do campus

conselho gestor do campus

conselho gestor do campus

conselho gestor do campus

cta da eel

coordenadordo quadrilátero saúde / direito

coordenador da cuaso

coordenador da ccb

coordenador da cclq

coordenador da ccps

coordenador da ccrp

coordenador da ccsc

coordenador da cclorena

criam-se os setores regionais da:

p cjp coesf

1 mantém-se a atual estrutura2 criam-se os setores regionais da:

p cjp ccintp coesfp coseasp copavop ccs

1 mantém-se a atual estrutura2 criam-se os setores regionais da:

p cjp ccintp coesfp coseasp copavop ccs

1 mantém-se a atual estrutura2 criam-se os setores regionais da:

p cjp ccintp coesfp coseasp copavop ccs

1 mantém-se a atual estrutura2 criam-se os setores regionais da:

p cjp ccintp coesfp coseasp copavop ccs

1 mantém-se a atual estrutura2 criam-se os setores regionais da:

p cjp ccintp coesfp coseasp copavop ccs

1 mantém-se a atual estrutura2 criam-se os setores regionais da:

p cjp ccintp coesfp coseasp copavop ccs

mantém-se a atual estrutura

gr diretor administrativo

x

x x x x x x x x

x x x x x x x x

x

x

x x x x x x x x

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relatório usp | gestão 2005–200972

Gespública USPDentro de uma política concreta de gestão estratégica contemporânea na Administração da usp, foi lançado, em 2006, o Programa de Gestão Estratégica e Desburocratização na Administração – Gespública usp, que tem como referencial o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O programa da usp, assim como seu congênere de âmbito nacional, tem a proposta de conquistar a excelência da gestão administrativa. Em abril de 2007, o Programa foi instituído e uma Comissão Central foi criada para seu gerenciamento, sob presidência da diretora do Departamento de Recursos Humanos (drh), Maria de Lourdes Pires Bianchi.

O Gespública usp foi implantado em resposta ao anseio da comunidade da Instituição por uma gestão estratégica contemporânea, visando à simplificação de processos e normas, que conduzisse à informa-tização dos processos. Os fundamentos do programa são, segundo artigo 37 da Constituição Federal, excelência ligada ao cidadão, legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, gestão participativa, gestão baseada em processos e informações, valorização das pessoas, visão de futuro, aprendizado organi zacional, agilidade, foco em resultados, inovação e controle social.

Em 2007, foi realizado o primeiro ciclo de auto-avaliação do Programa em 53 Unidades/Órgãos

o funcionamento dos Cores. Em novembro de 2009, está prevista a publicação das portarias que normatizam o processo de descentralização da ccint e da Copavo.

Essas novas estruturas trarão, a curto prazo, resultados expressivos para a comunidade uspiana. Iniciou-se, assim, o processo de descentralização e desconcentração das atividades administrativas da Universidade.

9

classificação das unidades/órgãos * Em pontos por estágio de gestão

20

2 22 80 12

0

10

estágio 1 | 11 unidades (21%) estágio 2 | 42 unidades (79%)

0 a 50 51 a 100 101 a 150 151 a 183 184 a 216 217 a 250

fonte: gespública/usp

* Segundo critérios das faixas de pontuação global do Instrumentopara Avaliação da Gestão Pública do Gespública (2006)

gespública usp

autoavaliaçãoelaboração dos

planos de melhoria da gestão

implementação das melhorias e monitoramento

a   Fundamentos

a   Modelo de Excelência de Gestão Pública

estratégia e planos2

cidadãos e sociedade3

liderança1

pessoas5

processos6 resultados7

informação e conhecimentos4

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da Universidade, com a apresentação de 47 Planos de Melhorias de Gestão, que foram colocados em prática. Dessas 53 Unidades e Órgãos, 80% delas encontram-se no estágio 2 de nível de gestão, segundo critérios das faixas de pontuação global do Instrumento para Avaliação da Gestão Pública do Gespública. O estágio 2 equivale a práticas nos primeiros estágios de desenvolvimento e imple mentação, existindo lacunas significativas na aplicação da maioria delas, mas com resultados decorrentes da aplicação das práticas implemen-tadas, com algumas tendências favoráveis.

Na Reitoria, por exemplo, ressalte-se o avanço registrado no setor de Convênios, que concentra, em um único espaço, as atividades de cunho acadêmico, administrativo, jurídico e financeiro. A integração e otimização dessas atividades agilizam os procedi mentos e atendem melhor à comunidade uspiana.

Ainda dentro das transformações promovidas pelo programa, a gestão de diplomas também ganhou agilidade na sua emissão, revalidação e de reconhecimento, com a adoção de um diploma único, com novo lay out e introdução de chave de segurança contra falsificações. Moderno e unificado, o novo diploma traz, ainda, assinaturas eletrônicas das autoridades da usp e automação de dados. A unificação possibilitou a redução de tempo para a sua expedição.

Foi desenvolvido um novo software de gestão de estágio, totalmente estruturado em workflow eletrônico, via web, que integrou todas as áreas envolvidas, permitindo uma redução significativa em custos e no tempo de tramitação das conces - sões e prorrogações de estágios não obrigatórios e remunerados da Universidade, além de fornecer uma base de dados com indicadores gerenciais mais precisos e eficazes. Também com o objetivo de reduzir os trâmites, foram descentralizados os cadastros do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino – pae aperfeiçoando também esse processo.

E, finalmente, a gestão de frotas e compras passou por profundas mudanças. Com o desenvolvimento de um software específico para gestão de frota corporativa, houve sensível redução de custos operacionais, resultado da otimização do uso de veículos e criação de indicadores de renovação da frota. Distribuído a todas as Unidades de Ensino e Pesquisa e Órgãos, o software possibilitou o controle preciso do tráfego, do abastecimento dos veículos e do cadastro do condutor.

Na gestão de compras, em outubro de 2007, foram disponibilizados modelos de editais, o que levou à descentralização das análises. A preparação de minutas de editais e contratos na área de materiais, antes executadas de forma manual, passaram a contar com um workflow.

c

A gestão de diplomas também ganhou agilidade na sua emissão, revalidação e de reconhecimento, com a adoção de um diploma único com chave de segurança(modelo acima)

69 83

renovação da frota de veículosEm número de veículos

2006

90

5524

0

45

2007 2008 2009

veículos

fonte: coordenadoria de administração geral (codage)

9

classificação das unidades/órgãos * Em pontos por estágio de gestão

20

2 22 80 12

0

10

estágio 1 | 11 unidades (21%) estágio 2 | 42 unidades (79%)

0 a 50 51 a 100 101 a 150 151 a 183 184 a 216 217 a 250

fonte: gespública/usp

* Segundo critérios das faixas de pontuação global do Instrumentopara Avaliação da Gestão Pública do Gespública (2006)

“O Gespública USP tem a proposta de conquistar a excelência da gestão administrativas”

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relatório usp | gestão 2005–200974

Em 2008 e 2009, foram promovidos três encontros do Gespública usp, com o objetivo de difundir e trocar experiências sobre as inovações nas práticas de gestão da Universidade. Desses encontros, participaram cerca de oitocentos servidores docentes e não-docentes, oriundos de 53 Unidades de Ensino e Pesquisa e Órgãos da Universidade.

As ações implementadas pelo Gespública nos últimos quatros anos trouxeram mudanças na cultura organiza-cional da Universidade. Além dos avanços adminis - trativos, da valorização da gestão pública, os resultados geraram e sustentaram ganhos sociais, objetivos implícitos de uma universidade de classe mundial.

Administração GeralA usp mantém, em sua estrutura, a Coordenadoria de Administração Geral. Dividida em seis departa-mentos – administração, finanças, recursos humanos, informática, arquivo geral e comissão permanente para apuração de acidentes com veículos oficiais – tem como principal objetivo viabilizar as melhorias na gestão administrativa.

Atuando dentro dos conceitos estabelecidos pelo Gespública, esta gestão concentrou esforços na obtenção de melhores resultados nos serviços prestados, com a implantação da informatização no gerenciamento de frotas, além da aquisição, em 2009, de 83 novos veículos, com o investimento de r$ 6,5 milhões (veja evolução no gráfico da página 73), de contratos de serviços centralizados e no controle e reorganização de procedimentos e rotinas nas áreas de finanças e materiais. Tudo operacionalizado pela área de tecnologia da informação, com a implantação de novos sistemas de funcionalidades, como, por exemplo, a evolução tecnológica na produção do anuário estatístico, facilitando o acesso às informações gerenciais da Universidade. No que se refere à Informatização da Administração, estão sendo instalados os programas e-administração e efetuado o aprimoramento dos

sistemas de informatização existente, como Júpiter, Mercúrio, Marte entre outros. Um sistema de informatização eficaz é essencial para a agilidade na administração e para a descentralização administrativa que se busca. É com esse objetivo que se está investindo no aprimoramento do sistema, com base em tecnologias avançadas disponíveis.

A descentralização administrativa da Comissão Permanente para apuração de acidentes com veículos oficiais, com a criação do setor regional nos campi do interior, a organização de cursos para motoristas e agentes de vigilância e atualização dos manuais de normas contribuíram de forma decisiva para a otimização e segurança dos serviços.

O Sistema de Arquivos da usp instituiu nesse período a rede de comunicação com os gestores documentais de todos os órgãos e unidades de ensino. Essa ação aliada à criação de um programa conjunto de gestão para protocolo, expediente e arquivo de documentos das três universidades paulistas, para unificar o plano de classificação de documentos e tabelas e temporalidade, enfatizam a preocupação desta gestão com a guarda e preser-vação da documen tação histórica da Universidade, oriundas de seus processos administrativos.

As ações do Departamento de Recursos Humanos podem ser conferidas no item Valorização dos Recursos Humanos, na página 126.

O trabalho desenvolvido pelos diversos departa-mentos da Coordenadoria de Administração Geral tem reflexo direto nas atividades-fim da Universidade, contribuindo de forma objetiva para o padrão de qualidade alcançado pela usp.

Ampliação e Aprimoramento dos Serviços de Saúde As novas relações de trabalho da sociedade do século xxi, além de evocar cidadania exigem responsabilidade social. Na gestão da reitora Suely Vilela, houve preocupação permanente com

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projeto acadêmico-administrativo 75

o aprimoramento dos benefícios oferecidos aos seus servidores, em especial com os serviços de saúde.

Nesse sentido, implantou-se nova estrutura organizacional de assistência à saúde, transformando o Sistema de Saúde (Sisusp) em Departamento de Saúde, o que levou a maior agilidade administrativa e financeira do setor.

A partir de convênio entre a Faculdade de Odonto logia da usp e Departamento de Saúde foi ampliado o atendimento odontológico no campus da Capital, em São Paulo, com a implantação do atendimento de complexidades secundária e terciária. A expansão do atendimento odontológico contou, ainda, com a incorporação da Clínica Odontológica da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), na Capital, e do Serviço Odonto-lógico da Unidade de Saúde do campus de Ribeirão Preto ao Departamento de Saúde.

No atendimento médico a docentes e servidores, e seus dependentes, da Escola de Engenharia de Lorena, do Centro de Biologia Marinha (Cebimar) e das bases do Instituto Oceanográfico, localizadas nos litorais norte e sul e São Paulo, a assistência foi disponibilizada nos mesmos moldes dos campi do interior do Estado, por meio da contratação de prestadoras de serviço.

Na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (each), está em fase de adequação o espaço físico para consolidação da implantação da Unidade Básica Local de Saúde, que prevê ainda a contratação, já autorizada, de dois clínicos gerais. Também em Ribeirão Preto, o atendimento médico e odontoló - gico ganhou instalações totalmente reformadas com novos mobiliários e equipamentos. Várias Unidades Básicas de Saúde nos campi do interior receberam reformas pontuais em suas áreas físicas, com melhoria na infraestrutura e nas condições de atendimento.

A Clínica Odontológica da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), no campus de São

Paulo, foi totalmente reformada e novos equipamentos e mobiliário foram adquiridos. Quanto aos recursos humanos das Unidades Básicas de Saúde (Ubas) e dos dois Hospitais (Hospital Universitário e Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais), foram repostos todos os servidores técnico-administrativos e autorizadas novas contratações, fortalecendo significativamente a infraestrutura de pessoal da área de saúde.

É importante salientar que investimentos expres sivos foram feitos na área de recursos humanos. Foram efetuadas onze reposições de pessoal da área de saúde e autorizadas 26 novas contratações de cirurgiões dentistas, médicos, técnicos de enfermagem, de laboratório e para assuntos administrativos. Essas novas contra - tações, as melhorias das instalações físicas e de equipamentos promoverão, em curto prazo, atendimento médico-odontológico diferenciado à comunidade uspiana.

c

O hu recebeu aporte de R$ 10 milhões para investimento no Serviço de Radiologia

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k Investimentos no Hospital UniversitárioCom média anual de 1 500 internações e 1 100 cirurgias à comunidade universitária, o Hospital Universitário (hu), nesta gestão, teve seu orçamento ampliado de 8 a 15% anualmente. Assim, foi possível investir tanto na área de ensino, com novos programas de residência médica e cursos de especialização, como de pesquisa, com a criação do Centro de Pesquisa Clínica, em 2008. Esse Centro conta com 21 projetos em andamento, incluindo o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, especialmente dirigido a funcionários da Univer sidade. Junto ao Centro de Pesquisa funciona o primeiro e maior repositório de material biológico para estudo prospectivo no Brasil, o Centro de Criobiologia do Hospital Universitário. As amostras estocadas neste Centro poderão

responder a dúvidas da medicina nos próximos cinquenta anos.

Acordo firmado com o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo em maio de 2009 permitiu o encaminhamento de funcionários para tratamento num dos mais modernos e bem equipados Hospital Especializado em Câncer do País, parceria que já era realizada com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Instituto do Coração e Hospital do Servidor Público Estadual. Para as internações psiquiátricas foi realizada contratação de serviços privados.

Somados a esses esforços de assegurar resoluções práticas e rápidas no atendimento à saúde dos funcionários da Universidade, no complexo ambu-latório e Unidade Básica de Saúde do Hospital Universitário foram oferecidas mais de noventa mil

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projeto acadêmico-administrativo 77

consultas médicas, 65% delas para a comunidade uspiana, e dez mil tratamentos em fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia, 84% para os uspianos.

Além dos atendimentos individuais, neste período foram criados grupos educativos e de prevenção para tabagismo, obesidade e sobrepeso, lesão por esforço repetitivo, planejamento familiar e atendimento integrado para hipertensão e diabetes e mais de dez programas especiais.

A ampliação e garantia de qualidade desses serviços caminhou em conjunto com a criação e revitalização de espaços físicos e aquisição de novos equipamentos no complexo do hu. O Serviço de Diagnóstico por Imagem, por exemplo, foi modernizado e conta, agora, com equipamentos de última geração, incluindo dois tomógrafos, cinco máquinas de raio x móvel, outras duas fixas e uma telecomandada para exames contrastados e um ultrassom. Outros cinco aparelhos de ultrassom e um raio x digital, também de tecnologia de ponta, estão em fase de aquisição. Atualmente, são realizados no hu cerca de oito mil exames de raio x convencional, dois mil ultrassons e novecentas tomografias por mês. Com a aquisição do novo tomógrafo, por exemplo, a capa cidade de exames do setor foi ampliada em 50%.

Para a aquisição dos equipamentos e reformas, foram investidos recursos da ordem de r$ 10 milhões.

k Saúde OcupacionalAtenta à segurança e à saúde de seus funcionários, a Universidade investiu nos últimos quatro anos em novas sedes, na reposição de três técnicos, um engenheiro e quatro médicos e novas contratações de nove técnicos e um médico para o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Além disso, foram criados programas de controle médico e de saúde ocupacional, de exames de pré-admissão

para portadores de necessidades especiais e controle desse grupo de trabalhadores. Também foi implantado o Plano de Proteção Radiológica, com mapeamento de risco “radiação”, em todas as Unidades e órgãos da Universidade, consolidando o setor como uma referência no país.

k Extensão no Centrinho em BauruCriado no final da década de 1960, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, em Bauru, conhecido como Centrinho, é um Centro de referência internacional no tratamento de anomalias cranio faciais. Com diversos setores interdisciplinares integrados, oferece tratamento completo aos pacientes.

Nos últimos cinco anos, houve um aumento de 16% no número de pacientes registrados, passando de mais de 65 mil em 2005 para mais de 75 mil até meados de 2009. Nesse período, foram realizados mais de 2,5 milhões de atendimentos e procedi-mentos na área de anomalias craniofaciais, em demanda crescente desde 2005, com pico em 2008, quando foram realizados mais de 586 mil atendimentos e procedimentos. Na área de saúde auditiva, foram cerca de vinte mil procedimentos e 260 mil atendimentos nos últimos cinco anos.

Visando ao fortalecimento da infraestrutura do hrac e consequente melhoria do diagnóstico das diferentes patologias e, assim, da qualidade de vida dos pacientes, foram investidos r$ 5 milhões na aquisição de equipamentos, tais como monitor multi paramétrico, respirador, analisador de dna, ecocardiógrafo tridimensional, audiômetros, impedanciômetros, desfibriladores, entre outros. Na área de recursos humanos, servidores foram repostos e novas contratações foram efetuadas, que, associadas às benfeitorias de equipamento, trazem benefícios expressivos ao atendimento da população em geral.

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A gestão da Universidade se faz com o plane-jamento de suas ações nas áreas acadêmica, demográfica, administrativa, financeira e física.

Planejar, organizar e promover a excelência de seu desenvolvimento físico, com o objetivo de dar suporte às suas atividades fins, também fez parte das metas da gestão da reitora Suely Vilela.

Para o alcance desses objetivos, esta gestão consolidou um plano de obras de acordo com as diretrizes do orçamento da usp, adotando procedimentos administrativos racionais e ágeis que contemplassem a desburocratização e a descentralização de suas atividades.

A Coordenadoria de Espaço Físico da usp elaborou um planejamento estratégico, meta constante de suas ações e posicionamentos no tratamento do espaço físico da Universidade. Foi criado o programa plurianual de obras e implementada a descentralização administrativa e a utilização de recursos de tecnologia da informação no desenvol vimento de suas atividades, como o Sistema Georreferenciado Atlas, que consiste em plantas associadas a dados das entidades constantes desses desenhos.

Os planos diretores dos campi e de suas Unidades contribuíram no avanço da área, quando caracte-rizaram as possibilidades físicas de ocupação do terreno, para atendimento das atividades existentes

e de seus desenvolvimentos futuros, de acordo com as limitações do ambiente e das normas existentes.

O orçamento da Coordenadoria, para o período de 2007 a 2009, foi elaborado com base no programa plurianual de obras, considerando as prioridades definidas pelas Unidades, as diretrizes orçamentárias da usp, os dados dos anuários estatísticos da usp e as avaliações técnicas da própria Coordenadoria. Com base nessas informações, o Conselho Universitário aprovou a destinação anual do valor correspondente a 0,85% do orçamento da usp, com a meta de atender uma solicitação de cada Unidade no período 2007 – 2009 (veja a relação completa das obras desenvolvidas pela Coesf, entre 2006 e 2009, no site www.usp.br/suelyvilela).

Obras RealizadasNo período de 2006 a 2009, foram executadas 103 obras, em uma área de aproximadamente 131 mil metros quadrados, que abrangeram construção, reforma, ampliação, recuperação estrutural e complementações em Unidades e Órgãos dos campi de São Paulo, Ribeirão Preto, Pirassununga, São Carlos e Piracicaba. Nessas obras, foram investidos recursos da ordem de mais de r$ 106 milhões. Confira, a seguir, algumas dessas obras.

Infraestrutura78

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projeto acadêmico-administrativo 79

obras real izadas

a

CTICoordenadoria

de Tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—Campus de São Paulo

—2009

b

EACH Escola de Artes, Ciências e Humanidades—Ginásio de Esportes—Campus de São Paulo—2009

b

CIRP Centro de Informática de Ribeirão Preto—Campus de Ribeirão Preto—2008

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura do Prédio de História e Geografia—Campus deSão Paulo—2009

Page 79: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

obras real izadas

relatório usp | gestão 2005–200980

a

IOInstituto

Oceanográfico—

Bloco Didático—

Campus de São Paulo

—2009

b

FSPFaculdade de Saúde Pública—Restauração das Fachadas Bloco B—Campus de São Paulo—2009

a

CCRPCoordenadoria

do Campus de Ribeirão Preto

—Biotério

—Campus de

Ribeirão Preto—

2007

Page 80: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

projeto acadêmico-administrativo 81

obras real izadas

a

EACH Escola de Artes,

Ciências e Humanidades

—Conjunto

Laboratorial—

Campus de São Paulo

—2008

a

FMRPFaculdade de Medicina de

Ribeirão Preto—

Cirurgia Experimental

—Campus de

Ribeirão Preto—

2008

b

FMVZ Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia—Hospital de Equinos—Campus de São Paulo—2006

a

FMVZ Faculdade

de Medicina Veterinária

e Zootecnia—

Galpão de Aves e Ruminantes

—Campus de São Paulo

—2007

b

FZEA Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos—Edifício de Engenharia de Alimentos—Campus de Pirassununga—2006

Page 81: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

relatório usp | gestão 2005–200982

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

b

SISUSP Unidade Básica de Saúde—Campus de Ribeirão Preto—2009

b

ECA Escola de Comunicações e Artes—Bloco C Segundo Pavimento—Campus de São Paulo—2009

obras real izadas

b

FDRP Faculdade de Direito de Ribeirão Preto—Bloco 3—Campus de Ribeirão Preto—2009

a

FFCLRP Faculdade

de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto

—Informática

Médica—

Campus de Ribeirão Preto

—2007

a

Departamento de Saúde

Unidade Básica de Saúde

—Campus de

Ribeirão Preto—

2009

a

ECA Escola de

Comunicações e Artes

—Bloco C

Segundo Pavimento

—Campus de São Paulo

—2009

Page 82: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

projeto acadêmico-administrativo 83

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

obras real izadas

a

FCFRPFaculdade

de Ciências Farmacêuticas

de Ribeirão Preto—

Bloco R —

Campus de Ribeirão Preto

—2008

b

IB Instituto de Biociências—Restauração da Fachada ExternaEdifício Ernesto Marcus—Campus de São Paulo—2009

a

IMTInstituto de

Medicina Tropical

—Restauração

das Fachadas Prédio 2

—Campus de São Paulo

—2009

b

CCRP Coordenadoria do Campus de Ribeirão Preto—Restaurante—Campus de Ribeirão Preto—Previsão de Inauguração:04/11/09

a

IQSCInstituto de Química de São Carlos

—Campus de São Carlos

—2007

b

Centro de Vivência da Reitoria—Campus de São Paulo—2009

Page 83: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

relatório usp | gestão 2005–200984

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

obras real izadas

a

Monumento Nacional

Engenho São Jorge dos Erasmos

—Santos

—2006/2009

a

CebimarCentro de

Biologia Marinha—

Alojamento e Refeitório

—São Sebastião

—2009

a

CENACentro de

Energia Nuclear na Agricultura

—Central de Aulas

—Campus de Piracicaba

—2007

Page 84: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

projeto acadêmico-administrativo 85

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

a

CTICoordenadoria

de tecnologia da Informação

—Edifício anexo

—USP Leste

Campus São Paulo

—2009

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Reforma da Cobertura—Campus São Paulo—2009

Outras 37 intervenções estão em andamento, sendo 28 com previsão de término ainda em 2009, e nove delas, com conclusão para 2010. Essas intervenções dizem respeito à construção de nove novos prédios, reformas, restaurações e ampliação, com investimentos de cerca de r$ 85 milhões, numa área de 130 mil metros quadrados. Conheça algumas dessas obras, a seguir.

obras em execução

b

COSEASCoordenadoria de Assistência Social—Bloco de Moradia Estudantil—Campus deSão Paulo

b

FEFaculdade de Educação—Biblioteca—Campus deSão Paulo

b

FFCLRPFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto—Química ForenseBloco 10—Campus deRibeirão Preto

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obras em execução

d

IRI Instituto de

Relações Internacionais

—Edifício Principal

—Campus de São Paulo

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88 relatório usp | gestão 2005–2009

obras em execução

a

EEFERPEscola de

Educação Física e Esporte de

Ribeirão Preto—

Bloco 2 e Praça—

Campus de Ribeirão Preto

—Previsão de

inauguração:23/11/09

b

ICB Instituto de Ciências Biomédicas—Biotério de ratos—Campus de São Paulo—2009

a

FSP Faculdade de

Saúde Pública—

Restauro das Fachadas do

Bloco A—

Campus de São Paulo

a

CCRP Coordenadoria

do Campus de Ribeirão Preto

—Moradia

EstudantilBlocos 1 e 2

—Campus de

Ribeirão Preto—

Previsão de inauguração:

03/11/09

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projeto acadêmico-administrativo 89

obras em execução

b

Brasiliana USP—Campus de São Paulo

b

Brasiliana USP—Campus de São Paulo

a

HRACHospital de

Reabilitação de Anomalias Craniofaciais

—Edifício do

Hospital—

Campus de Bauru

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b

FDRP —Auditório e Passarela de interligaçãoBlocos 1 e 2—Campus de Ribeirão Preto

obras e projetos em l ic itação pela coesf

Page 91: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

92 relatório usp | gestão 2005–2009

obras e projetos em l ic itação pela coesf

Com valor estimado de r$ 29 milhões e área de quase 38 mil metros quadrados, estão em licitação mais de 27 empreendimentos, que incluem reforma e ampliação de prédios, restau-ração de fachadas e serviços para levanta mento planialtimétrico cadastral georreferenciado. Conheça algum desses projetos.

a

FDRP —

Auditório e Passarela de interligaçãoBlocos 1 e 2

—Campus de

Ribeirão Preto

a

CCRP —

Moradia Estudantil

Blocos 3 e 4—

Campus de Ribeirão Preto

a

IME Instituto de

Matemática e Estatística

—Centro de

Software Livre—

Campus de São Paulo

Page 92: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

projeto acadêmico-administrativo 93

obras e projetos em l ic itação pela coesf

Campus de São Paulo

Bloco Didático da FonoFisioTOFonoaudiologia

Fisioterapia Terapia

Ocupacional

Faculdade de Medicina

FM d

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94 relatório usp | gestão 2005–2009

obras e projetos em l ic itação pela coesf

d EEL Campus 1 de Lorena

Centro de Vivência de Lorena

Escola de Engenharia de Lorena

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projeto acadêmico-administrativo 95

obras em projeto

O planejamento, organização e execução de obras é um movimento constante na Universidade, assegurando assim o pleno desenvolvimento de suas atividades-fim. Nesse aspecto, dentro do plano de gestão desta administração, além das obras executadas e em andamento, ainda estão em desenvolvimento 35 projetos, sendo onze novos edifícios.

O valor estimado dessas obras, reformas, ampliações e restauro é de r$ 88 milhões e área de 82 mil metros quadrados. Veja alguns desses projetos.

b

CENACentro de Energia Nuclear na Agricultura—Edifício do Biocema—Campus de Piracicaba

a

IBInstituto de Biociências

—Edifício

Administrativo e Biblioteca

—Campus de São Paulo

b

FOB Faculdade de Odontologia de Bauru—Bloco 2 Didático da Fonoaudiologia—Campus de Bauru

b

EEFERPEscola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto—Bloco 2 e Praça—Campus de Ribeirão Preto

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96 relatório usp | gestão 2005–2009

obras em projeto

a

FZEAFaculdade de

Zootecnia e Engenharia de

Alimentos —

Biblioteca —

Campus de Pirassununga

a

FZEAFaculdade de

Zootecnia e Engenharia de

Alimentos —

Biblioteca —

Campus de Pirassununga

a

FZEAHospital

Veterinário—

Campus de Pirassununga

Page 96: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

projeto acadêmico-administrativo 97

obras para garantir a acess ib il idade na usp

de duas intervenções de adequação às normas de acessibilidade enviada para a licitação da Unidade), com o total de 46 elevadores e plataformas verticais instalados e a instalar. Veja duas dessas obras já executadas.

A inclusão de portadores de necessidades especiais esteve em pauta durante os últimos quatro anos. Desenvolver e consolidar projetos que garantam a acessibilidade desse público foi uma constante. Foram r$ 7 milhões de investi-mentos em 42 intervenções pontuais de adequação às normas de acessibilidade em 37 edifícios (dezessete executados, onze em execução e sete em projeto, além

b

FEFaculdade de Educação—Bloco C—Campus de São Paulo

b

FFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas—Prédio da História e Geografia—Campus de São Paulo

a

FEFaculdade de

Educação

a

FFLCH Faculdade de

Filosofia, Letras e Ciências Humanas

antes

antes

elevadorinstalado

elevadorinstalado

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98 relatório usp | gestão 2005–2009

planos diretores

Os planos diretores dos campi e de suas Unidades procuram caracterizar as possibilidades físicas de ocupação do terreno, para atendimento das atividades existentes e de seus desenvolvimentos futuros, de acordo com as limitações do ambiente e das normas legais existentes. Conheça alguns planos diretores, desenvolvidos pela Coesf, de 2006 a 2009.

a

Campus 2 de São Carlos

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projeto acadêmico-administrativo 99

planos diretores

FFLCH dCampus de São Paulo

Faculdade de Filosofia,

Letras e Ciências

Humanas

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100 relatório usp | gestão 2005–2009

planos diretores

d ESALQ Campus de Piracicaba

CentralidadeEscola de Agricultura Luiz de Queiroz

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projeto acadêmico-administrativo 101

planos diretores

dCampus de Ribeirão Preto

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102 relatório usp | gestão 2005–2009

planos diretores

d FZEA Campus de Pirassununga

Departamento de Ciências Básicas

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos

Page 102: relatório de gestão usp 2005–2009€¦ · dificuldade de se relatar todas as atividades desen-volvidas nas Unidades e órgãos, onde, realmente, pulsa o coração da Universidade

projeto acadêmico-administrativo 103

planos diretores

CCRP d Área de Serviços Coordenadoria do Campus de Ribeirão Preto

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planos diretores

104 relatório usp | gestão 2005–2009

d CENA Campus dePiracicaba

Centro de Energia Nuclear na Agricultura

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projeto acadêmico-administrativo 105

obras executadas e gerenciadas pelas unidades

A celebração dos Termos de Compromisso e o procedimento previsto na Norma para Realização Conjunta de Empreen-dimentos permitem que as Unidades que se consideram habilitadas para contratar seus próprios projetos e obras o façam cientes de todas as responsabilidades envolvidas nessa decisão. A realização conjunta se faz sem que a Coesf perca o controle sobre o planejamento e o bom uso dos

espaços físicos dos campi; e reserva para a Coorde-nadoria a competência para embargar obras em que normas de segurança e saúde do trabalho não sejam rigorosamente respeitadas. Dentro desse escopo, 224 projetos ou termos de compromisso foram executados ou estão em andamento nas Unidades. Confira algumas dessas obras.

b

IG Instituto de Geociências—Laboratório de Geocronologia —Campus de São Paulo

b

CCSC Coordenadoria do Campus de São Carlos—Restaurante—Campus 2 de São Carlos—Previsão de inauguração:06/11/09

b

Reforma dos Espaços da Faculdade de Odontologia—Campus de São Paulo

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106 relatório usp | gestão 2005–2009

obras executadas e gerenciadas pelas unidades

a

CCSCCoordenadoria

do Campus de São Carlos

—Biblioteca Central

—Campus 2

de São Carlos

a

EEFEEscola de

Educação Física e Esporte

—Bloco de

Laboratórios—

Campus de São Paulo

b

EP Escola Politécnica—Engenharia Naval—Campus de São Paulo

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projeto acadêmico-administrativo 107

revital ização e segurança nos campi

Além da construção, reforma, ampliação e restauro de prédios que compõem a infraestrutura dos sete campi da Universidade, também foi investido montante significativo de recursos na revitalização e modernização em diversos serviços de apoio e na segurança dos campi da Universidade, em Bauru, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e em São Paulo. Ressalte-se também o projeto de descentralização administrativa, implantado nesta gestão, que transformou as antigas Prefeituras em Coordenadorias dos Campi, para promover maior eficiência e agilidade nas atividades-meio da Universidade.

Inúmeras foram as obras de reformas, ampliações e de paisagismo que contribuíram com a modernização das áreas, para se somar à excelência dos serviços prestados.

Segurança e PreservaçãoAlém de investimentos em paisagismo e a reformulação da rede de esgoto, o campus de Bauru, ganhou novo calçamento em várias partes de sua área. Suas redes de telefonia e de eletricidade foram ampliadas e melhoradas, em especial no prédio da tv usp local. O Ginásio de Esportes foi totalmente reformado, ganhou nova iluminação, assim como a pista de atletismo e o campo de futebol.

O Restaurante Central em Bauru foi climatizado e junto com a ampliação e reforma de sua área de apoio e aquisição de novos equipamentos, como câmaras frias, possibilitou melhor qualidade no ambiente de trabalho. O prédio do Conjunto Residencial (Crusp) foi reformado para acomodar os serviços de assistência social e assessoria de imprensa e o Berçário e Maternal recebeu cobertura no seu tanque de areia.

Dos 102 projetos de reforma em Piracicaba, destacam -se as obras de melhoria nas vias na entrada do campus e a instalação de um posto de gasolina. Também foram reformados o Laboratório de Resíduos Químicos, a Casa de Hóspedes e o Alojamento de Motoristas.

Reforma do Ginásio

de Esportes —

Campus de Bauru

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108 relatório usp | gestão 2005–2009

revital ização e segurança nos campi

A renovação do Parque de Informática e novos equipamentos para a oficina de mecânica e manutenção e na seção de veículos, incluindo reno vação e reformas na frota, completaram esses investimentos.

Entre os mais de r$ 5 milhões investidos no campus de Pirassununga, cerca de r$ 2 milhões foram em novas obras, reformas e ampliações de espaços, além da aquisição de veículos. No que concerne à nova infraestrutura, nesse campus, em março de 2009, foi realizada a cerimônia de lançamento das pedras fundamentais das futuras instalações da nova Biblioteca da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (fzea), que terá mais de 1 400 metros quadrados; da Unidade Clínico-Hospitalar do curso de Medicina Veterinária, com mais de 2 300 metros quadrados; e da sede do curso de Engenharia de Biossistemas, com um anfiteatro, bloco didático com quatro salas de aulas e um outro com dois laboratórios didáticos. Foram liberados, para essas obras, recursos de r$ 9,1 milhões (veja os projetos na página 96).

Em Ribeirão Preto, a revitalização no campus, nos últimos quatro anos, passa pela construção de uma nova área de serviços, com agências bancárias e comerciais (veja o projeto na página 103). No novo espaço, já está concluída a primeira etapa do restaurante, que terá capacidade total para 416 lugares e atendimento de mais de cinco mil refeições, previsto para funcionar já no final de 2009. Foram investidos r$ 2,8 milhões na obra e r$ 2 milhões na aquisição de equipamentos. Está sendo construída a nova entrada do campus, pela Avenida Lucas Nogueira Garcez, que receberá, bem como no entorno do restaurante, projeto de paisa gismo, que modificará e valorizará o acesso ao local.

Nesta área, estão em fase final de construção dois novos blocos de moradia estudantil, com 68 vagas, nos quais foram investidos recursos de r$ 2,6 milhões. Neste mesmo local, outros dois blocos deverão completar, nos próximos anos, a Vila Estudantil

Reforma da Casa de Hóspedes

—Campus dePiracicaba

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projeto acadêmico-administrativo 109

revital ização e segurança nos campi

do campus, cujos recursos da ordem de r$ 3 milhões já estão reservados no orçamento da Universidade. A infraestrutura da área já foi implantada, com sistemas de abastecimento de água, energia elétrica, esgoto e pavi - mentação de vias e passeios. Para o acesso ao espaço, foi construída uma ciclovia e uma pista de caminhada.

Em Ribeirão Preto, neste período, também foram construídas novas calçadas e rampas para acessibil idade dos portadores de necessidades especiais, além de restauração de pisos, tipo pé de moleque e pavimento asfáltico. O campus ganhou novas placas e mapas de sinalização, reformas de moradias e na casa do administrador, onde funciona o atual Centro de Visitantes. Com a adequação da rede elétrica do Biotério Central e a instalação do sistema de ar condicionado, que permitiram padrão sanitário exigido para pesquisas de impacto internacional, o campus completa seu projeto de revitalização.

Em São Carlos o campus está dividido em quatro áreas físicas. O campus 1 e 2, o Centro de Divulgação Científica e Cultural, no centro da cidade, e o Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada. No campus 1, foram realizadas melhorias na infraestrutura elétrica, com instalação de novas redes e reforço na iluminação pública.

Dentro do projeto de revitalização, foram feitas obras de melhoria de vias de acesso ao terminal rodoviário interno, tratamento urbanístico e de paisagismo de diversos locais. Foram feitas reformas e melhorias na moradia estudantil, no prédio para implantação do Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho, no Centro de Educação Física e Esportes, salão de eventos, creche, Centro de Convivência Infantil e na Coordenadoria de Assistência Social (Coseas). As vias de acesso ao campus 1 receberam pavimentação asfáltica e operação tapa-buraco. Nesse campus, também está sendo construída um prédio para alojamento de estudantes, que terá sessenta vagas e com previsão de conclusão em março de 2010.

Já no campus 2, foram realizados investimentos para

sua consolidação, como colocação de grades no entorno do poço profundo, construídas escadas de dissipação e ainda o plantio de gramas nas encostas da ponte sobre o córrego. Foi implantado o emissário da rede de esgoto e plantio de cinco mil árvores na área de reserva legal do local.

Ainda, em 2009, será concluída a construção do prédio do Restaurante Central, com inaugu-ração prevista para o dia 6 de novembro, em que foram aplicados recursos da ordem de r$ 2,1 milhão para construção e r$ 1,9 milhão para a aquisição de equipamentos. As obras dos prédios da Química Ambiental, da Química de Materiais e da Biblioteca Central estão em andamento, além da execução de vários projetos de novos edifícios e instalação de hidrantes e execução de redes de esgoto, elétrica e de águas pluviais no local. Está em projeto, para esse campus, a construção de um bloco de moradia estudantil, com 34 vagas, e um Centro de Vivência. Recursos da ordem de r$ 3,5 milhões já estão reservados no orçamento da Universidade.

k Campus de São PauloNesta gestão, também foram investidos recursos na infraestrutura geral da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. Foram construídas novas lixeiras e implantados semáforos e sinali zação horizontal e vertical de ruas, adequados os calçamentos e os espaços para uso de pessoas com deficiência física e/ou mobilidade reduzida. Sanitários de vários setores foram reformados, tubulação para lançamento de cabo óptico foi implantada e feita manutenção de galerias de águas pluviais.

A construção de estacionamentos, os serviços de jardinagem e de paisagismo, em especial,

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revital ização e segurança nos campi

relatório usp | gestão 2005–2009

o plantio de árvores e forração na Praça do Relógio, readequação e reformas de portarias, além da revitalização do entorno do prédio da Reitoria. Esses serviços, somados à recuperação asfáltica, à reforma de portarias, à manutenção de áreas verdes, à instalação de hidrômetros, cavaletes e caixas d’água, à demar cação de vagas e pinturas de solo e à construção de novos passeios e pisos, melhoraram visivelmente a infraestrutura oferecida para a comunidade nestes últimos quatro anos.

Foram investidos, ainda, recursos na rede elétrica, na instalação de redes subterrâneas, melhoria de iluminação pública e em novos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas e na recuperação da escultura do Relógio Solar. O campus do Butantã também foi alvo de implan tação de projetos, como o de monitora-mento do Aedes aegypti para controle da dengue na Cidade Universitária. Outros dois projetos foram firmados com a Prefeitura do Município de São Paulo. O Curingão, que promoveu a qualificação de pessoas em situação de exclusão social para inserção no mercado de trabalho, e o Fábrica Verde, que além de promover medidas para soluções ambientalmente sustentáveis no gerencia-mento de resíduos orgânicos no campus, gerou trabalho e renda de forma sustentável para essas pessoas.

A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (each), na zona leste de São Paulo, também recebeu atenção especial na busca de sua definitiva consolidação. Em 2009, foi inaugurada a estação de tratamento de esgoto para produção de água de reuso no local, a primeira em uma unidade urbana de ensino da usp.

SegurançaNa área de segurança, nos últimos quatro anos, foram feitos investimentos como forma de garantir a prevenção e redução de danos para a comunidade universitária.

Em Bauru, impactaram de forma positiva as atividades e as ações preventivas da Guarda Universitária com

Novos projetos de calçamento

e paisagismo. No destaque, o entorno do

prédio da Reitoria e

a Praça Professor Reinaldo Porchat,

na entrada da Cidade

Universitária—

Campus de São Paulo

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projeto acadêmico-administrativo 111

revital ização e segurança nos campi

a contratação de quatro novos agentes de vigilância e a conclusão de estudos para instalação de câmeras de monitoramento e de uma base operacional.

O campus de Piracicaba viabilizou um novo contrato de serviços de vigilância terceirizada, passando de 84 para 155 vigilantes e mais 33 funcionários que permitiram maior segurança para a Fazenda Areão e Estação Experimental do Departamento de Ciências Florestais de Itatinga, que ganhou ronda motorizada ininterrupta. O aumento no número de pessoal na área possibilitou, ainda, o acompanhamento no deslocamento dos grupos de alunos entre os departamentos e na saída do campus após os cursos noturnos. Ainda dentro do projeto de melhoria da segurança em Piracicaba, foram instaladas câmeras na entrada do campus e adquiridos novos uniformes para os agentes. Em Pirassununga, foram investidos r$ 213 mil em segurança, incluindo a instalação de câmeras, alarmes e cancelas.

Não só investir em infraestrutura, mas também incentivar a elaboração de projetos que melhorem a segurança nas diversas Unidades de Ensino e Órgãos foram prerrogativas desta gestão. Em Ribeirão Preto, foram elaborados projetos de segurança para quatro Unidades de Ensino, com a avaliação de pontos vulneráveis nos espaços externos, internos e de acessos aos departa mentos. Houve ampliação no número de prédios com alarmes instalados e monitorados pela Guarda Universitária e a troca do link óptico, usado nas câmeras de monito-ramento dos espaços, garantindo melhor qualidade de imagens. Fechando os investimentos e ações de segurança neste campus, ampliou-se a quantidade de monitores de vídeo de vigilância da sala de monitoramento do setor. No início de 2009, Ribeirão Preto ganhou uma Comissão Assessora do Conselho Gestor para Assuntos de Segurança.

Em São Carlos, foram feitos investimentos para ampliação da sala de monitoramento eletrônico e da seção de fiscalização do campus e finalizado o projeto de segurança eletrônica para o campus 2.

Os investimentos no campo da segurança na Capital foram direcionados à troca e ampliação de frota de veículos e a continu idade do programa preventivo de segurança comunitária, com ampliação da frota da Guarda Universi-tária, do quadro de funcionários do setor e de empresas de segurança contratadas; imple-mentação do posto avançado de segurança comunitária e no Quadrilátero da Saúde. Também foi ampliado o sistema de vigilância eletrônica, com instalação de 85 novas câmeras no campus e uma nova central de controle para a implantação do programa de segurança institucional nos museus da Universidade.

Além disso, foram retomadas as campanhas de segurança no trânsito e criada a Diretoria de Segurança Institucional, voltada especial mente para o atendimento dos prédios da Reitoria, Gabinete da Reitora e das Unidades sob forma de consultoria.

Ampliação do sistema de vigilância eletrônica—Campus de São Paulo

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O desenvolvimento sustentável atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as futuras gerações atenderem às suas próprias necessidades. Esse conceito foi definido, em 1987, durante a elaboração do Relatório Brudtland pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (unced), da onu, e se apoia no tripé atividade econômica, meio ambiente e bem-estar da sociedade.

A sustentabilidade trata de um conjunto de ações voltadas à solução, ou à redução, do impacto ambiental, econômico e social, tais como esgotamento de recursos naturais, desigualdade social ascendente e crescimento econômico ilimitado. São problemas reais que ameaçam a sobrevivência humana e demandam ação conjunta de governos, empresas e sociedade para serem superados. Assim, integrar de forma equilibrada os aspectos ambientais, sociais e econômicos, respeitando sua interdependência, é um compromisso essencial da usp.

Um computador, por exemplo, tem em sua composição ferro, alumínio, cobre, zinco, estanho, níquel, chumbo, cobalto, mercúrio, cádmio, entre outros. Caso não haja descarte adequado, esses materiais podem contaminar o meio ambiente. Pensando nisso, a usp, através do seu Centro de Computação Eletrônica (cce), criou a Comissão de Sustentabilidade.

Entre as ações desenvolvidas pela usp, para essa finalidade, destacam-se a criação do Selo Verde, que atesta a maior sustentabilidade dos novos aparelhos eletrônicos adquiridos e utilizados pela Universidade, e a implantação do Centro de Descarte e Reuso de Lixo Eletrônico (Cedir), que consiste no gerenciamento e busca de soluções para o descarte sustentável do material de eletrônica, com ênfase aos estudos de separação, purificação e descontaminação de metais em resíduos eletrônicos, além de investimentos em pesquisas sobre a melhor forma de reaproveitamento desses materiais.

c

Integrar de forma equilibrada

os aspectos ambientais,

sociais e econômicos,

respeitando sua interdependência

é um compromisso essencial da usp

Tecnologia Sustentável112

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Selo VerdeO Centro de Computação Eletrônica (cce), com o apoio da Coordenadoria de Tecnologia de Informação (cti), lançou, em dezembro de 2008, o Selo Verde da usp. O novo selo é um reconhecimento concedido às empresas da área de tecnologia cujos produtos sejam ambientalmente sustentáveis.

Estabelece que o equipamento de ti – Tecnologia da Informação – não deve utilizar substâncias tóxicas como o mercúrio, chumbo e cádmio na sua produção, empregando assim somente componentes susten-táveis e com sistema de economia de energia elétrica e em conformidade com a diretriz européia rohs (Restriction of Hazardous Substances). O objetivo do selo é a garantia que o equipamento, no final de seu ciclo de vida útil, não seja mais um lixo eletrônico prejudicial à natureza e ao homem.

A primeira grande compra de “micros verdes” já foi possível em outubro de 2008. O processo teve início com o edital que recomendava que as empresas fabricantes de computadores atendessem os seguintes requisitos: economia de energia elétrica e inexistência de elementos nocivos à saúde e ao meio ambiente.

O Selo Verde tem, também, como objetivo incentivar as empresas para a pesquisa e fabricação de equipamentos de ti sustentáveis. Quem produz computadores sem metais pesados como chumbo ou cádmio e que, em linha com o conceito de ti verde, apresenta maior eficiência energética é sério candidato ao qualificador. Com base nesses quesitos, a primeira empresa a receber o selo foi a Itautec, vencedora em um processo licitatório que envolveu o fornecimento de desktops e notebooks.

O contrato com a empresa prevê, além do fornecimento dessas máquinas, a prestação de serviços de suporte técnico por um período de quatro anos. O investimento da Universidade na compra desses equipamentos foi da ordem de r$ 2,4 milhões.

A primeira série do selo foi concedida a um lote de mais de dois mil computadores, entre laptops e notebooks, fornecidos para a usp. Além dos computadores, o Selo Verde também poderá ser aplicado em outros equipamentos eletrônicos, como impressoras e switches (usados na conexão de computadores em rede).

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relatório usp | gestão 2005–2009114

Lixo EletrônicoO projeto do Centro de Descarte e Reuso de Lixo Eletrônico (Cedir) é uma iniciativa pioneira em termos de órgão público e de instituição de ensino superior e está alinhada com as diretrizes mundiais de Sustentabilidade definidas pela onu, no World Summit 2005. O Centro, implantado pelo cce, visa a executar práticas de reuso, descarte e reciclagem de lixo eletrônico, que incluem bens de informática e telecomunicações que ficam obsoletos no próprio cce e nas demais Unidades dos diversos campi da Universidade. O projeto foi desenvolvido em parceria com dois programas do Massachusetts Institute of Technology – mit (mit s-Lab – Sustentabilidade e mit l-Lab – Liderança).

O Cedir opera seguindo três etapas. A primeira etapa é a da coleta e triagem. Tudo se inicia com a recepção de equipamentos eletroeletrônicos obsoletos. Tais equipamentos devem passar por uma triagem para se verificar se tais equipamentos podem ser reaproveitados ou não. Em caso positivo, ele é encaminhado para Projetos Sociais na forma de empréstimo. A forma de empréstimo foi adotada para garantir que este bem de informática retorne ao Cedir e tenha um fim sustentável ao final da sua vida útil.

Na segunda etapa, os equipamentos que não podem ser reaproveitados por projetos sociais são encaminhados para a etapa de categorização. Nesta etapa, tais equipamentos são pesados, desmontados e separados por tipo de material (plásticos, metais, placas eletrônicas, cabos etc.). Os materiais do mesmo tipo são descaracterizados e compactados. A compactação é realizada devido à necessidade de reduzir o seu volume e, consequentemente, reduzir o seu custo de transporte.

A terceira etapa se refere à reciclagem propriamente dita. Os materiais categorizados são armazenados até o recolhimento por empresas de reciclagem devidamente credenciadas pela usp (veja as etapas no gráfico ao lado).

A partir do segundo semestre de 2009, o Centro começou a receber equipamentos como compu-tadores, impressoras, switches, telefones e outros eletroeletrônicos das Unidades da usp. Nesse local, é feita a separação de todos os componentes, bem como o encaminhamento do material descaracterizado e compactado para empresas que trabalham especificamente com cada um deles.

Esta iniciativa fará com que o lixo eletrônico gerado pela usp e usuários do Cedir tenha um fim sustentável. Todas as partes de equipamentos eletroeletrônicos entregues ao Cedir serão encaminhados à indústria de reciclagem adequada e não aos aterros sanitários.

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projeto acadêmico-administrativo 115

etapas de processamento de l ixo eletrônico pelo cedir

entrada do material

comunidade usp e sociedade

triagem

pesagem

desmontagem

separação de componentes

placasplásticometalvidro

compactação e acondicionamento

descaracterização

pesagem

envio para parceiros

recicladores

matéria-prima para a indústria

ainda pode ser usado?

envio para projetos sociais

ciclo de vida terminou?

categorização

2coleta e triagem

1reciclagem

3

kg

ton

não

não

sim

sim

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Assim como são muitas as formas de gerar conhecimento, são muitos os meios de disseminá-lo, e a usp, a principal produtora de ciência no Brasil, recorre a vários deles, desde os mais tradicionais, como a publicação de revistas especia lizadas, a colaboração em periódicos internacionais e a produção de livros, até os mais avançados como o livro digitalizado e outros recursos virtuais postos a serviço da sociedade graças à evolução da tecnologia. Algumas vezes, o tradicional e o moderno se juntam na busca dos mesmos fins como é o caso, por exemplo, da Coleção Brasiliana, parte integrante da Biblioteca Guita e José Mindlin, doada à Univer sidade, que, ao lado do livro em suporte papel, está sendo escaneada pela “Maria Bonita”, apelido do robô que reconhece 120 línguas, verdadeiro desafio à Torre de Babel e exemplo de superação de dificuldades linguísticas.

A Brasiliana, nas duas formas de apresentação, terá sede à altura de sua importância no cenário cultural nacional assim que estiver concluído o imponente edifício em construção no coração da Cidade Uni ver sitária Armando de Salles Oliveira,

em São Paulo. O projeto arquitetônico do novo prédio espelha-se em bibliotecas universitárias norte-americanas e francesas.

Na linha da inovação tecnológica, cabe destacar os esforços para a renovação do software de gerencia-mento do Banco de Dados Bibliográficos da usp – Dedalus, cuja versão atual datava de 1997. A nova versão do software licitado está alinhada às tendências interna cionais observadas para a área, devendo oferecer modernos recursos para localização e acesso à informação existente nos acervos da Universidade, bem como em outras fontes. Já o Portal E-Book chegou às três Univer-sidades Públicas do Estado de São Paulo, usp, Unesp e Unicamp, há dois anos, contando com financia mento da Fapesp.

Outro instrumento de divulgação e até de populari-zação do conhecimento produzido nos laboratórios da Universidade, e em outras instâncias de pensamento e de pesquisa do País, é a Edusp.

EduspFundada em 1962, época em que, no âmbito do governo federal, se começava a falar em reforma

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A nova livraria da Edusp

constitui-se em espaço de

leitura, encontro e vivência da comunidade

Disseminação do Conhecimento116

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universitária, viveu duas fases bem distintas: da criação até 1988, quando atuava em co-edição com editoras privadas, sem delimitar claramente os campos do público e do privado, e de 1988 até a presente data, fase em que ganhou estrutura produtiva e catálogo próprio. Ao completar vinte anos da reforma, comemora também o lançamento do milésimo título, Épicos, que deu início à Coleção Multiclássicos, organizada por Ivan Teixeira, professor de Literatura Brasileira na eca e na Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos. O lançamento teve a parceria da Imprensa Oficial do Estado.

Nos últimos quatro anos, especialmente em 2007, a Edusp passou por significativa reestruturação do processo de produção, pois o modelo anterior já não respondia à demanda sempre crescente. Foram revistas as formas de contratação, assim como os procedimentos administrativos associados, seguindo-se grande impacto na produção do ano. Foram igualmente lançadas as bases para a recupe-ração das edições, já em 2008, em patamar superior ao de anos anteriores.

Acompanhando a vocação da Universidade, a Edusp tem procurado participar cada vez mais

de feiras internacionais de livros e esteve presente, em 2009, em quatro delas e em um congresso nos Estados Unidos. Mas, são nos eventos nacionais que mais se destacam o cres cimento da participação da Edusp no mercado editorial e a excelência da sua produção que, de 2006 a 2008, obteve nove prêmios Jabuti, conferidos pela Câmara Brasileira do Livro.

Neste ano, destaquem-se também os investi-mentos em novas livrarias da Edusp. Foi inaugurada, no dia 8 de outubro de 2009, a nova livraria no térreo do histórico edifício da Antiga Reitoria, na Cidade Universitária, com o objetivo de ser um centro de leitura, encontro e vivência da comunidade. Nesse novo espaço, foram investidos recursos da ordem de r$ 1,4 milhão. Também o campus de Ribeirão Preto terá, em breve, nova livraria da Edusp.

A rede da Edusp tem livrarias, além da capital, nos campi de Piracicaba, Pirassununga, Bauru e Ribeirão Preto. Elas comercializam obras não apenas da Edusp, como de outras editoras, e oferecem descontos especiais a professores, funcionários técnico-administrativos e alunos. As feiras que promove ou de que participa são boas ocasiões para comprar livros a preços promocionais.

c

O campus de Ribeirão Preto também terá uma nova livraria da Edusp

publicações eduspEm títulos publicados

2009 150

2007 60

2006 103

2005 75

até junho projeção65

2008 145

fonte: edusp

“A USP, como principal produtora de ciência no Brasil, recorre de recursos virtuais avançados

para levar o conhecimento à sociedade”

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relatório usp | gestão 2005–2009118

Brasiliana USPA Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin está vinculada à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e foi criada em janeiro de 2005 para abrigar o acervo doado pelo casal Mindlin. Trata-se do que é considerado o mais importante conjunto de livros já formado por um particular. São aproxima-damente dezessete mil títulos, ou quarenta mil volumes, de literatura brasileira e portuguesa, relatos de viajantes, manuscritos históricos e literários (originais e provas tipográficas), periódicos, livros científicos e didáticos, iconografia (estampas e álbuns ilustrados), obras raras e gravuras. Parte do acervo pertencia ao bibliófilo Rubens Borba de Moraes, que o casal Mindlin guardou depois da morte do colecionador.

A Biblioteca está sendo instalada no coração da Cidade Universitária, entre a Reitoria e a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. O projeto da sede em construção, com área de vinte mil metros quadrados, foi desenvolvido pelos escritórios Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin Loeb, com assessoria da fau. Serviram de modelo conceituadas bibliotecas norte-americanas, assim como a Biblioteca Nacional da França.

O edifício abrigará também a Biblioteca Brasiliana Digital, o Instituto de Estudos Brasileiros, o Centro

Guita Mindlin (conservação e restauro do livro e do papel) e o Centro de Estudos do Livro. A Brasiliana Digital, funcionando por enquanto em local provi-sório ao lado do canteiro de obras, tem apoio da Fapesp e já disponibiliza obras raras online, para acesso gratuito pela internet, na página eletrônica www.brasiliana.usp.br

Em junho de 2009 foi realizado no Masp o Seminário Mindlin 2009, analisando o tema livros, leituras e novas tecnologias. Compareceram 350 pessoas, entre elas convidados do exterior e o ministro da Cultura, Juca Ferreira. O conjunto em construção no campus tem apoio financeiro da usp, do Ministério da Cultura, da Petrobras, csn (Companhia Siderúrgica Nacional), cbmm (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), Fundação Lampadia e Telefonica.

Até abril de 2009, foram captados recursos de r$ 18,7 milhões dessas empresas e a usp já concedeu r$ 18 milhões.

Livro EletrônicoDesde agosto de 2007, pesquisadores da usp, Unicamp e Unesp contam com o Portal E-Book (http://bibliotecas-cruesp.usp.br/unibibliweb), lançado oficialmente no dia 22 daquele mês e ano, em solenidade na Biblioteca Central da Unicamp,

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A sede da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin

terá área de vinte mil metros quadrados

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projeto acadêmico-administrativo 119

com a presença de representantes do Consórcio Cruesp-Bibliotecas, responsável pelo projeto. O Consórcio é um braço do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo e reúne os gerenciadores das bibliotecas das três instituições. E-book, ou livro eletrônico, é aquele que foi convertido ao formato digital ou originalmente produzido nesse formato, para ser lido em computador ou dispositivo especial destinado a esse fim.

Entre as realizações do Cruesp-Bibliotecas, registre-se a aquisição de aproximadamente 188 mil livros eletrônicos para a criação do Portal E-book, disponível para acesso pelas comunidades das três universidades, inclusive usuários das bibliotecas, a partir de equipamentos computacionais existentes naquelas instituições. Os contratos de licença firmados junto aos fornecedores estabelecem condições para uso em respeito à propriedade intelectual. A iniciativa da compra, no valor de us$ 2 718 847,60, contou com apoio financeiro da Fapesp, no âmbito do fap-Livros. O projeto marcou nova etapa nessa linha de financiamento, que até então havia subsidiado a aquisição de livros apenas em suporte papel, para apoio às atividades de pesquisa.

O acervo adquirido inclui obras nas áreas de administração, biologia, ciências ambientais

e sociais, computação, educação, engenharias, física, química, medicina, música, além da coleção Eighteenth Century Collections Online, que conta com títulos do século xviii da Biblioteca Britânica, em especial da área de humanidades.

IPTV USPO iptv usp (www.iptv.usp.br) nasceu em 21 de agosto de 2007. Fruto de uma Plataforma de Gerência de Vídeo desenvolvida pelo Grupo de Trabalho em Gerência de Vídeo (gtgv), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (rnp), em parceria com a Coordenadoria de Tecnologia da Informação (cti) e o Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Escola Politécnica (larc/pcs/ epusp). Esse novo meio de comunicação marcou um novo paradigma nas relações de comunicação da usp com a sociedade.

Com a finalidade de divulgação ampla da produção intelectual da usp e dos diversos aspectos das atividades acadêmicas, o novo serviço agilizou, modernizou e democratizou o acesso às informações. O conteúdo do iptv usp traduz a diversidade de produção da usp em diferentes formatos e linguagens, como aulas, experimentos, palestras, simpósios, debates, documentários, peças de teatro, shows e inúmeros outros eventos

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Conceituadas bibliotecas norte-americanase francesas serviram de modelo para o projeto arquitetônico

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relatório usp | gestão 2005–2009120

de interesse público e coletivo. Tudo podendo ser acessado sob demanda ou por transmissão ao vivo. Entre as ferramentas disponíveis ao usuário, uma delas é a possibilidade de criação de canais de programação pré-definida, o que caracteriza um sistema de iptv.

Para atingir seus objetivos essenciais, foi premissa do iptv basear-se na adoção de padrões e especifi-cações existentes, provendo uma solução extensível, bem como reutilizar, refinar e integrar trabalhos realizados anteriormente por outros grupos de trabalho da rnp. Entre eles, a rede de vídeo digital do gt Vídeo digital e o ambiente de monitoramento do gt Medições, potencializando o uso destes trabalhos, otimizando e gerando valor agregado à rede.

O resultado alcançado pelo iptv usp é um produto de escopo amplo, que atende não só as necessidades relacionadas ao processo de publicação e consumo de vídeos e eventos, mas, também, como um avançado instrumento de gerência efetiva dos serviços disponibilizados pela rede. O iptv usp possui acervo de mais de 3 200 vídeos e, até julho de 2009, foram realizadas 738 transmissões, contendo os mais diversos tipos de acontecimentos.

Para incrementar as ações do iptv, a usp desencadeou um projeto voltado para a criação dos Centros de Produção Digital, vinte deles já definidos e iniciada a instalação, além da adequação de 44 auditórios para transmissão de imagem e áudio. Em 2008, foram qualificados 96 servidores para atuação em videoconferência e adquiridos 23 novos equipamentos de alta definição.

Centro de Produção DigitalO primeiro Centro de Produção Digital (cpd) da usp, cujo projeto está sendo implantado pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação (cti) e pela Pró-Reitoria de Graduação, em parceria com as Unidades, foi inaugurado no dia 17 de setembro de 2009, na Faculdade de Saúde Pública (fsp). A proposta é instalar mais dezenove Centros semelhantes ao da fsp em várias Unidades, com o objetivo de descentralizar a produção audiovisual da usp, garantindo ferramentas necessárias para melhoria do aprendizado eletrônico. O Centro da fsp se constituirá em polo digital para as Unidades do Quadrilátero da Saúde (composta por Escola de Enfermagem, Faculdade de Medicina, Faculdade de Saúde Pública e Instituto de Medicina Tropical), servindo para treinamento e atualização do quadro de recursos humanos, alunos e docentes. Até o final de 2009, seis outros cpds serão inaugurados: no Centro de Informática de São Carlos (Cisc); no Instituto de Física (if), na Escola de Engenharia de São Carlos (eesc); na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (fmrp); na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) e no Centro de Informática de Ribeirão Preto (Cirp).

A ideia da criação dos cpds surgiu em 2006, quando a cti e a Pró-Reitoria de Graduação requisitaram um projeto para a Coordenadoria de Computação Eletrônica (cce) da usp, para ampliar o conceito do Estúdio Multimeios desenvolvido e criado, em 2000, pela cce.

Os cpds são compostos de sala de videoconfe-rência de alta definição, estúdio, sala de aprendizado eletrônico, e uma sala de controle para gerenciar todas as atividades feitas nestes três ambientes. Os equipamentos podem ser usados em todas as salas, sem precisar de deslocamento. Há a possi bilidade também da integração entre os cpds, semelhante a um link de televisão. A intenção é que um professor possa relatar uma experiência,

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com interação de outros docentes, pesquisadores ou alunos em outros campi, ou seja, uma aula cooperativa, interativa, com intervenção de alunos, em qualquer parte do mundo, aperfeiçoando as aulas e melhorando os processos de comunicação dentro da universidade. Os cpds são voltados para a produção de conteúdos digitais, com possibilidade de transmissão via sistema iptv da usp, mas também para produção de um acervo de materiais didáticos multimídia, lúdicos e bem produzidos. Como este projeto da cti e da Pró-Reitoria é feito em parceria com as Unidades – estas cuidam da reforma e adequação do espaço físico, enquanto que aquelas são responsáveis pela verba para aquisição dos equipamentos, elas puderam propor e escolher adaptações dos cpds de acordo com as suas necessidades de utilização.

Os projetos dos cpds que estão sendo desenvolvidos para a Faculdade de Educação (fe) e para a Escola de Comunicações e Artes (eca), por exemplo, têm a sala de videoconferência com formato adequado para defesa de teses. Quatro deles, o Cirp, a Escola de Enfermagem (ee), o Instituto de Biociências (ib) e o if, escolheram instalar laptops nas salas de aula inteligentes, por serem facilmente usados e não ocuparem muito espaço nas bancadas das carteiras.

No ib, há outras duas adaptações, a primeira, que também foi feita na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (fmrp), é ter o cpd integrado às salas de aula do bloco didático através de câmeras instaladas nas salas para receber as imagens do estúdio. A segunda, é ter o maior estúdio dos cpds de São Paulo, com 46 mB, para poder filmar experiências realizadas com animais de grande porte, perdendo em tamanho apenas para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (ffclrp), cujo estúdio será usado também pela tv usp na cidade. A previsão é de que estes centros sejam instalados em 2010.

b

Sala de Aprendizado Eletrônico

b

Sala de Vídeoconferência

b

Estúdio

“Os CPDs são compostos de sala de videoconferência de alta definição, estúdio, sala de aprendizado eletrônico

e uma sala de controles para gerenciar as atividades”

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Polos do Instituto de Estudos Avançados (IEA)122

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Na gestão da reitora Suely Vilela, a usp avançou no incremento a fóruns de discussão de questões estratégicas da Universidade e da sociedade. Um bom exemplo é a ampliação dos recursos de articulação institucional do Instituto de Estudos Avançados (iea), que ganhou novo fôlego a partir da entrada em vigor, em maio de 2009, de seu novo regimento. Entre as novidades, o documento traz a normatização para criação e funcionamento de novos polos.

A partir do novo documento, o campus que desejar criar um polo do iea terá mais facilidade em fazê-lo. Basta que a maioria dos diretores de Unidades de Ensino e Pesquisa do campus interessado envie proposta nesse sentido ao Conselho Deliberativo do Instituto. É o caso dos campi de Ribeirão Preto e Piracicaba. O polo de São Carlos, criado em 1996, foi pioneiro e serviu de inspiração para a atualização regimental. O novo polo do iea, no campus de Ribeirão Preto, será instalado e inaugurado no dia 4 de novembro, tendo como primeiro coordenador o professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (ffclrp), Oswaldo Baffa Filho.

O iea tem por objetivo pesquisar e discutir, de forma abrangente, questões fundamentais das ciências exatas, biológicas e humanas, da tecnologia, das artes e das demais áreas do conhecimento, estimu-lando a geração de novas ideias e contribuindo para a análise de questões sociais e a formulação de políticas públicas. O desenvolvimento de ações integradas em colaboração com as Unidades e demais órgãos da usp e outras instituições nacionais e internacionais e a disseminação junto aos públicos interno e externo dos resultados de seus estudos, também são da competência do Instituto.

Com esses novos polos, a usp busca, além da descentralização, o aumento da sinergia entre os diversos setores da Universidade e a sociedade da qual faz parte. Com o estabelecimento dessas estruturas, dotadas de importante grau de auto- nomia e respeitadas as peculiaridades e vocações de pesquisa de cada campus, a usp contribui com o desenvolvimento regional. A coordenação geral continua com o Conselho Deliberativo do iea, acrescido dos novos coordenadores de polos do iea nos campi do interior.

“O IEA tem por objetivo pesquisar e discutir questões fundamentais das ciências exatas, biológicas e humanas, da

tecnologia, das artes e das demais áreas do conhecimento”

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v a l o r i z a ç ã o d o s r e c u r s o s h u m a n o s

3

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O Departamento de Recursos Humanos passou por amplo processo de reestruturação nos últimos quatro anos. Além de manter os trabalhos que já vinham sendo realizados, iniciou um processo de reorganização com o objetivo de tornar-se um órgão mais ágil, aperfeiçoando-se para garantir a qualidade dos serviços prestados e para vir a se tornar um modelo de referência para a usp e ser reconhecido como referência nacional na gestão estratégica de pessoas em órgão público.

Foram estabelecidos, como diretrizes de gestão, o comprometimento com a sua missão, valores e visão de futuro. Aliado a isso foram criados mecanismos para estimular a capacidade de inovar, criar oportunidades de aprendizado e de desenvol-vimento de potencialidades, respeitando-se as individualidades. Esse processo dividiu-se em duas frentes: na primeira, os vários setores do drh identificaram e analisaram as diferentes práticas de

gestão existentes, detectando algumas oportunidades de melhoria. Na segunda, foi realizado um trabalho estimulando a geração de ideias inovadoras com todos os funcionários do Departamento para encontrar soluções para o aprimoramento do sistema de gestão existente, o que culminou na elaboração de 68 projetos de melhoria para garantir a eficiência administrativa na área de recursos humanos. Destes, 34 projetos estão concluídos, quatorze em fase de finalização e vinte em andamento.

Foram realizados projetos voltados à agilização dos processos, com a informatização de documentos e procedimentos; melhoria de controles e relatórios gerenciais; descentralização de atividades e ampliação dos mecanismos de comunicação com as áreas de pessoal e servidores.

Dentre os vários projetos concluídos, destacam -se: Informe de Rendimentos (ir) disponível na web, que permitiu aos servidores acessar e imprimir

Valorização dos Recursos Humanos126

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o documento diretamente da internet e reduziu custos de impressão de 21 mil informes/ano; Dados Funcionais disponíveis na internet, o que possibilitou aos servidores a consulta, sem precisar recorrer às áreas de pessoal, de seus dados de férias, frequência, dados pessoais e situação funcional; Inscrição online para candidatos em concursos públicos que permitiu ao próprio candidato fazer sua inscrição pela internet, emitir o Boleto Bancário e efetuar o pagamento da taxa, evitando filas e demora na inscrição. Dos projetos que se encontram em andamento, ressaltamos as Férias Via Web, que permitirá aos servidores solicitar as férias pela internet e aos supervisores analisar e autorizá -las também utilizando este mecanismo.

Atendendo às diretrizes de valorização dos recursos humanos, alinhadas com a proposta da gestão, foram promovidas oportunidades de aprendizado contínuo aos servi dores, através de palestras, cursos e eventos sobre temas relacionados ao modelo de excelência na gestão, gestão administrativa no setor público, aprendizagem organizacional, análise de melhoria de processos, programa de desenvolvimento gerencial, estresse e qualidade de vida no serviço público, inteligência estratégica, práticas de governança, ética no serviço público, e outras, das quais participaram aproxima-damente 11 000 pessoas presencialmente, além das que participaram a distância.

A usp possui cerca de 15 400 servidores técnico -administrativos e 5 740 docentes, segundo dados de setembro de 2009. Além disso, visando à manu-tenção de qualidade e garantindo a expansão das atividades da Univer sida de, foram autorizadas, e ainda não efetivadas, 516 novas contratações de docentes e 1 295 de servidores técnico-administrativos. Trata-se do resultado da política efetiva desta gestão de reposição automática dos desligamentos de docentes (falecimento, demissão, aposentadoria voluntária e exoneração), de reposição

antecipada das aposentadorias compulsórias previstas até julho/2010 e de fortalecimento dos quadros para a Pós-Graduação e para novas áreas de pesquisa na fronteira do conhecimento. É importante salientar que tal política tem como objetivos a manutenção da qualidade das atividades da Universidade, o atendimento à demanda proveniente da expansão de vagas na graduação, da pesquisa e da Pós-Graduação. (veja evolução de pessoal no gráfico acima)

evolução de pessoalEm número de profissionais

fonte: departa -mento de recursos humanos/usp

2005 2006

12.000

6.000

15.295

5.222

15.409

5.358

15.221

5.434

15.438

5.638

15.374

16.669

6.256

5.740

0

18.000

2007 2008 2009

docentes

contratações autorizadas e em processo de contratação

servidores técnico-administrativos

“Foram criados mecanismos para estimular a capacidade de inovar, criar oportunidades de aprendizado

e de desenvolvimento de potencialidades”

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Colaborador Sênior128

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Criado em 2008, o Programa Colaborador Sênior tem o objetivo de valorizar a experiência de quem dedicou sua vida à geração e transmissão do conhecimento. Destinado a professores aposen-tados da usp, o programa proporciona aos interessados autorização para dirigir e executar projetos de educação, de investigação, de inovação e transferência de tecnologia, de criação humanística e artística, entre outras áreas.

Para fazer parte, o docente deverá apresentar solicitação diretamente à respectiva Unidade ou Órgão e elaborar Plano de Trabalho discriminando as atividades a serem desenvolvidas no âmbito do Programa. Podem participar os portadores de título de Doutor, outorgado pela usp ou de validade nacional; possuir comprovada atuação como docente da usp e estar aposentado por tempo de serviço ou compulsoriamente.

O docente participante do Programa de Colaborador Sênior poderá exercer atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão junto às Unidades ou Órgãos, com exceção das atividades administrativas e de representação. O docente aposentado poderá, se for o caso, prosseguir com as atividades de orientação na Pós-Graduação, mas não fará parte dos colégios eleitorais promovidos pelos diferentes organismos da Universidade, não podendo votar nem ser votado. O ingresso no programa não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.

O Programa tem a vigência de dois anos, podendo ser renovado. Até três meses antes do vencimento do período de prestação de serviços voluntários, poderá ser acordado novo Termo de Adesão e de Permissão de Uso ou Termo de Colaboração e de Permissão de Uso, com manifestação explícita do docente, mediante proposta de novo Plano de Trabalho e relatório das atividades realizadas e aprovadas no biênio anterior.

Na produção acadêmica resultante do programa deverá constar a condição do autor como “Colabo-rador Sênior” de sua respectiva Unidade ou Órgão da Universidade.

“O Programa Colaborador Sênior tem o objetivo de valorizar a experiência de quem dedicou sua vida à geração e transmissão do conhecimento”

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Para reconhecer e valorizar as ações de docentes e servidores técnico-administrativos no desempenho das atividades que contribuem para a qualidade do resultado institucional, a usp instituiu, em novembro de 2008, o Prêmio Excelência Acadêmica Institucional.

A iniciativa, inédita na Universidade, premia, com valor em dinheiro, docentes e funcionários de todos os campi da usp, além de docentes aposentados que tenham termo de adesão e de permissão de uso ou termo de colaboração e de permissão de uso em vigência por, no mínimo, seis meses no ano da medição dos resultados.

Para efeito da premiação, são considerados como indicadores de desempenho a avaliação continuada e trienal da Pós-Graduação pela Capes; a posição ocupada pela usp nos quatro rankings internacionais selecionados e a avaliação e o cumprimento dos planos de metas das Unidades, que incluem metas para o ensino, pesquisa, cultura e extensão, acompanhados pela Comissão Permanente de Avaliação (cpa).

Os rankings internacionais selecionados para o Prêmio Excelência Acadêmica Institucional da usp são: Webometrics Ranking of World, Institute of Higher Education da Shanghai Jiao Tong University, Higher Education Evaluation & Accreditation Council of Taiwan, e The Times Higher Education.

A avaliação de desempenho da Universidade, sob o aspecto do mérito e com base nesses indicadores, e a referida outorga da distinção ocorrem a cada ano sob os cuidados da Comissão Gestora do Prêmio, composta pelo vice-reitor, pelos quatro pró-reitores da Universidade (Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Cultura e Extensão Universitária), pelo presidente da Comissão de Atividades Acadêmicas do Conselho Universitário e por representantes dos servidores técnico-administrativos e dos discentes.

O Prêmio Excelência Acadêmica Institucional da usp é concedido em duas parcelas iguais, sendo a primeira no segundo semestre do ano em que for divulgado o resultado dos rankings e, a segunda, no primeiro semestre do ano imediatamente subsequente. O valor da premiação é igual tanto para os docentes como para os servidores técnico -administrativos e é estipulado em função da disponibilidade orçamentária da Universidade. No ano de 2008, o valor do prêmio foi de r$ 1 000 e, em 2009, de r$ 1 500.

Prêmio Excelência Acadêmica Institucional130

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“O prêmio representa o reconhecimento e a valorização das ações de docentes e servidores técnico-administrativos

para a qualidade do resultado institucional”

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Visando fortalecer o atendimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente, que impõe ao Poder Público propiciar as condições adequadas ao aleitamento materno e ao pleno desenvolvimento físico, mental e emocional da criança, foi instituída, em agosto de 2008, portaria ampliando de 120 dias para 180 dias o período da licença-maternidade.

Trata-se de um reconhecimento às funcionárias celetistas, que passam a contar com o mesmo benefício já concedido às servidoras autárquicas do Estado de São Paulo. Ocorrido o parto, sem que se tenha requerido, a licença será concedida mediante apresentação da certidão de nascimento e vigorará a partir da data do evento.

Ampliação da Licença-Maternidade132

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Nesta gestão, atuou-se ativamente para atender à antiga reivindicação de profissionais que trabalham na Universidade, com a proposta de alte- ração dos anexos i e ii, referidos no parágrafo único do artigo 1º da Lei Complementar nº 1 074, que dispõe sobre a criação de 8 893 empregos públicos técnicos e administrativos no Subquadro de Empregos Públicos da usp (saiba mais sobre a criação de empregos públicos

na página 137). Tal proposta passa a prever, em acréscimo às já existentes, as categorias profis sionais: no anexo i, professor ii de educação básica, e no anexo ii, professor i de educação básica. Os servidores que se encontrem enquadrados nas funções de auxiliar de apoio educativo, técnico de apoio educativo e educador, desde que estejam efetivamente exercendo atribuições de magistério, passarão a ser denominados por essas categorias.

Criação da Função de Professor de Educação Básica 133

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A política de valorização dos recursos humanos compreende a capacitação de seus docentes e funcionários técnico-administrativos, visando à melhoria da formação de caráter inter-nacional; à reestruturação das carreiras, além do provi mento de salários compa tíveis, que estimulem a permanência e a captação de profissionais de competência comprovada.

Nesse quesito, foram concedidos, pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), no período de 2006 a 2009, reajustes anuais, que equivalem ao acumulado de 21,54%

nos salários. A título de comparação, no mesmo período, a inflação acumulada, medida pelo ipc–fipe, foi de 17,09% (veja gráfico ao lado).

No que se refere à carreira docente, aprovou-se, no Conselho Universitário de 4 de março de 2009, reestruturação, que implica a criação de três e dois níveis intermediários, respectivamente, nas categorias de professores associados e de doutores, conforme especificado na resolução nº 5 529, de 17 de março de 2009, que alterou o artigo 76 do Estatuto da usp, “o desempenho das atividades docentes, obedecido o princípio de integração de atividades de ensino, pesquisa e extensão univer sitária, far-se-á dentro das seguintes categorias docentes: i – Professor Doutor; ii – Professor Associado; iii – Professor Titular. A categoria inicial, de Professor Doutor, e a final, de Professor Titular, constituem cargos. A categoria de Professor Doutor terá os níveis Professor Doutor 1 e Professor Doutor 2 e a categoria de Professor Associado terá os níveis Professor Associado 1, Professor Associado 2 e Professor Associado 3”.

Foi aprovada, na mesma sessão do Conselho Universitário, a criação de Comissão destinada a apresentar proposta de critérios e procedimentos necessários à regulamentação da passagem para os níveis Professor Doutor 2 e Professor Associado 2 e Professor Associado 3.

As propostas iniciais da Comissão foram encami-nhadas, preliminarmente, às Unidades e Órgãos da usp, em 14 de julho de 2009, para conhecimento, análise e discussão no âmbito das instâncias competentes. Atualmente, aguardam-se as sugestões e comentários das Unidades e Órgãos para apreciação do Conselho Universitário.

Ressalte-se também alterações no Estatuto que proporcionaram a descentralização do poder, conforme constam nos artigos 46 e 55: “art. 46 – O Diretor e o Vice-Diretor serão escolhidos pelo

Alteração nas Carreiras Docente e Não-Docente134

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valorização dos recursos humanos 135

Reitor de lista tríplice de Professores Titulares ou Professores Associados 3, elaborada pelos membros da Congregação e dos Conselhos de Departamento, especialmente reunidos para essa finalidade, cabendo a cada eleitor apenas um voto. § 1º – A Unidade que não dispuser de Professores Titulares e de Professores Associados 3, em número suficiente para compor a lista, poderá completá-la com a inclusão de Professores Associados 2 e, se necessário, de Professores Associados 1; art. 55 – O Conselho do Departamento elegerá, dentre os seus membros, o Chefe do Departamento, devendo a escolha obedecer aos seguintes critérios: i – o Chefe deverá ser um Professor Titular ou Professor Associado 3 ou Professor Associado 2 desde que o número de membros dessas categorias no Conselho do Departamento seja igual ou superior a três; ii – na hipótese de não haver três Professores Titulares e Professores Associados 3 e 2 no Conselho, o Chefe será eleito do conjunto dos Professores Titulares e de todos os Associados membros do Conselho, desde que esse conjunto seja formado, no mínimo, por cinco docentes”.

Tal reestruturação foi resultado do trabalho da Comissão encarregada de coordenar os trabalhos da Reforma Estatutária, instituída em dezembro de 2005. Compõem essa Comissão, presidida pelo diretor da Faculdade de Direito, João Grandino Rodas, os professores: Luiz Roberto Giorgetti de Britto, Marcos Felipe Silva de Sá, Celso de Barros Gomes, Glaucius Oliva, Sergio Antonio Vanin, Zilda Márcia Gricoli Iokoi, José Roberto Postali Parra e os representantes discentes Leonardo Alexandre Ferreira Leite e Lucas Garcia Von Zuben.

Em se tratando dos funcionários técnico -administrativos, propôs-se novo modelo de carreira fundamentado na gestão por competência. Essa carreira foi amplamente discutida com os funcionários e encaminhada aos representantes da Comissão Central de Recursos Humanos (ccrh).

Aprimorando os recursos humanos dessa categoria, a usp contribui para o seu crescimento e permite o aumento da qualidade dos serviços envolvidos em suas atividades-fim (a pré-proposta da carreira dos funcionários técnico-administra tivos está disponível, na íntegra, no site www.usp.br/suelyvilela). A comissão da carreira, composta em novembro de 2007, foi presidida pelo professor Dante Pinheiro Martinelli e composta pelos seguintes mem - bros: Adilson Carvalho, Joel Souza Dutra, José Cipolla Neto, Maria de Lourdes Pires Bianchi, Marilene de Vuono Camargo Penteado, Maria Guiomar do Nasci - mento Malheiro e Maria de Lourdes Bianchi Ávila.

2006

8

6,056,514,922,55

0

4

2007 2008 2009

reajuste cruespEm percentagem

a Acumulado no período

2006 2009

0 21,54%

cruesp

out 2005 mai 2009

0 17,09%

ipc–fipe

fonte: departamento de finanças/codage

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No valor mensal de r$ 422,22, o Auxílio Educação Especial, criado em 2009, beneficia os dependentes considerados portadores de necessidades especiais, filhos de docentes e servidores técnico-administrativos e que estejam matriculados em estabelecimentos oficiais de educação, cultura ou lazer. O Auxílio Educação Especial está regulamentado por portaria da reitora Suely Vilela. Para fazer jus ao Auxílio Educação Especial, além de ter o filho matriculado em estabelecimento oficial de educação, cultura ou lazer, o docente e o servidor técnico-administrativo ativo da Universidade devem demonstrar que o filho é portador de necessidades especiais, por meio de laudo pericial médico, emitido por serviço médico oficial da União, do Estado de São Paulo ou de seus Municípios, de acordo com as deficiências indicadas no artigo 4º do Decreto Federal nº 3 298, de dezembro de 1999. O benefício deve ser requerido junto à Coordenadoria de Administração Geral (Codage).

Criação do Auxílio Educação Especial136

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A usp, desde o ano de 2004, vem sendo questionada pelo Tribunal de Contas sobre as vagas criadas por ato próprio, por entender o Tribunal de Contas que, a partir da Constituição Federal de 1988, também as funções e empregos, e não só os cargos, deveriam ser criados por lei.

Esse foi um dos grandes desafios desta gestão, que, juntamente com a Consultoria Jurídica e o Departamento de Recursos Humanos, trabalhou quatro anos para, fundamentada na autonomia universitária, defender os atos praticados pela usp no passado, bem como para elaborar um projeto específico para criação de empregos públicos para os servidores técnico-administrativos no âmbito da Universidade e submetê-lo à aprovação da Assembleia Legislativa. Esta medida se tornou necessária em decorrência da Emenda Constitucional Estadual nº 21/2006, dispositivo que modificou o panorama legislativo então existente que permitia a criação de funções diretamente pela usp (Lei Estadual nº 6 826, de 6 de julho de 1962 e Decreto 40 929, de 2 de outubro de 1962).

A Consultoria Jurídica está defendendo as contratações de servidores técnico-administrativos e de docentes temporários, impugnadas pelo Tribunal, assim como os atos praticados pelos respectivos dirigentes de Unidades/Órgãos e da Administração Central.

Após dois anos de muito trabalho técnico e político, a usp apresentou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei nº 47/2008 que, após a devida aprovação, redundou na Lei Complementar nº 1 074, de 11 de dezembro de 2008, a qual criou 8 893 empregos públicos técnicos e administrativos no Subquadro de Empregos Públicos da usp.

Com esse projeto, a usp atendeu aos questiona-mentos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e à Constituição Estadual que, a partir de dezembro de 2006, com a revogação da Lei 6 826/62, passou a exigir a criação de funções e empregos pela Assembleia Legislativa.

Ressalte-se que os processos que foram remetidos pelo Tribunal de Contas ao Ministério Público Estadual para exame da correção ou não dos atos praticados pela Universidade e seus agentes estão merecendo por parte desta Instituição igual defesa, mas em um dos casos já existe precedente favorável à usp. Apontou o Promotor de Justiça que na época das contratações não existia de fato dispositivo normativo exigindo previsão legal para criação de vagas e é certo que a Universidade tem tomado as medidas necessárias para ajustar-se às novas disposições normativas. Com base nesse enten-dimento, o Conselho Superior do Ministério Público determinou o arquivamento do processo.

A criação dos empregos públicos técnicos e administrativos e os concursos para provimento de cargos de professor doutor garantem o desen-volvimento da usp nas próximas décadas.

Criação de Empregos Públicos 137

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Dentro da política de renovação de seu quadro docente, fundamentada em projeto acadêmico qualificado e considerando suas possibilidades orçamentárias, nesta gestão foram criados 1 900 cargos de professor doutor (lei complementar nº 1 009, de 21 de maio de 2007). A criação desses cargos favoreceu a adequação do ingresso do corpo docente, com a eliminação gradual dos contratos realizados após processo seletivo, atendendo o próprio Regimento Geral e deliberação do Conselho Universitário.

A sexta etapa do Programa de Apoio aos Concursos Públicos para o Provimento de Cargos de Professor Doutor – que tem como objetivo a eliminação dos atuais contratos docentes efetuados por meio de processo seletivo na usp – teve início em junho de 2007, com a publicação de um comunicado da Reitoria contendo informações sobre as inscrições para o programa, que foi enviado às Unidades e Órgãos da Universidade.

De acordo com o documento, os dirigentes desses setores deveriam encaminhar, ao Departamento de Recursos Humanos, ofício solicitando os cargos necessários para atender ao número de docentes que tinham contrato por prazo determinado com a Universidade.

Em 10 de agosto do mesmo ano, quando expirou o prazo para a inscrição dos interessados, 95,7% dos professores nessa situação, 739 de um total de 772 docentes, haviam se inscrito para participar do pro cesso. A distribuição desses cargos foi publicada no Diário Oficial do Estado até o dia 16 do mesmo mês.

Em 2009, a sexta etapa do Programa foi finalizada. O total das 42 Unidades de Ensino e Pesquisa, museus e institutos especializados da usp que participaram do programa concluíram a etapa, com a divulgação do resultado e a convocação dos candidatos aprovados. O número de inscritos para os concursos chegou a 1 270 candidatos, com a aprovação de 721 deles, restando, ainda, dezoito cargos não preenchidos. Para esses cargos, há a possibilidade de serem abertos novos editais de concurso, a critério das Unidades e Órgãos envolvidos.

Os resultados alcançados com o Programa de Apoio aos Concursos Públicos para Provimento de Cargo de Professor Doutor se mostraram extremamente significativos, pois 97% dos docentes passaram a ser detentores de cargos efetivos na Universidade, além de proporcionarem maior segurança e qualidade de vida e no trabalho desses profissionais. Estes resultados trazem maior segurança e qualidade de vida e no trabalho aos docentes da usp.

Programa de Apoio aos Concursos Públicos para Provimento de Cargo de Professor Doutor138

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A Comissão de Atividades Acadêmicas (caa), ligada ao Conselho Universitário, tem a competência regimental de opiniar sobre a redistribuição de cargos de professor titular vagos e de aprovar a distribuição dos novos cargos criados pela Lei nº 11 164, de 26 de junho de 2002. Na análise do mérito das solicitações das Unidades, a caa utilizou planilhas informativas detalhadas providas pelos solicitantes, com informações acadêmicas sobre todos os departamentos, seus docentes, produção científica, dedicação ao ensino de graduação e Pós-Graduação, projetos de pesquisa e atividades de extensão e gestão acadêmica. As solicitações de permanência de cargos vagos são analisadas em fluxo contínuo e as distribuições de cargos novos são conduzidas em análises conjuntas em rodadas anuais comparativas. No período de 2006 a 2009, foram aprovadas 67 solicitações de permanência de cargos de professor titular e foram distribuídos 160 novos cargos.

Cargos de Professor Titular 139

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Adriana Cruz, Elizabeth Igne Ferreira, Luiz Victorelli, Miguel Glugoski e Rosemeire Talamone

Créditos Texto

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Créditos ImagemAffaro, Victor 13Araujo, Cinzia Damiani de 28, 30, 31, 60Arcurs, Yuri 127Assessoria de Imprensa da Coordenadoria do Campus de Bauru 107Barbosa, João Alexandre 112C. 72Casa da Photo 7Child, Jivan 124Close, Peter 35Coimbra, Ernani 110–111, 116Coordenadoria do Campus de Piracicaba 108Cordero, Luis Francisco 62Crystalfoto 14Cunninghan, Sandra 32Dani 54Dantas, Cibele Cruz 58Divulgação cti 121Divulgação fzea 40Equipe Técnica da Coesf 79–88, 90–95, 97–106Falconia 36Futcher, Christopher 23Interarq Arquitetos Associados 96Iofoto 53

Jakubski 135Karaneva, Raisa 122M., Cristian 17Projeto Brasiliana usp 118–119Meinikov, Dimitry 63Melinda, Nagy 129Nagabe, Shinji 75Naumov, Dimitry 128Nuzzaco, Christopher Edwin 18Paparazzit 108Peragine, James 20Rausher, Morgan 5Ribeiro, Cecília Bastos 27, 30–31Serviço de Comunicação do hrac 89Terriberry, Mary 132Varuka 48Volant 118Wladiwelt capa

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Título relatório de gestão usp | 2005–2009 Produção Nossa Bossa Design Projeto Gráfico Nossa Bossa Design Capa Nossa Bossa Design Editoração Eletrônica Nossa Bossa Design Coordenação Editorial Adriana Cruz Formato 20 x 25 cm Tipologia htf Whitney 9.5/11.5 pt Papel Cartão Supremo Duo Design 250 g/mB (capa) Reciclato Branco 90 g/mB (miolo) Número de Páginas 144 Tiragem 2 000 CTP, Impressão e Acabamento Lis Gráfica e Editora ltda.

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