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SÉRIE ENFERMAGEM A ENFERMAGEM NA GESTÃO E M ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ORGANIZADORES ÁLVARO DA SILVA SANTOS Enfermeiro sanitarista. Professor de Enfermagem em Saúde Coletiva e Administração Aplicada à Saúde Coletiva da Universidade Anhembi Morumbi e de Antropologia Aplicada à Saúde e Enfermagem em Saúde Coletiva da Uninove. SÔNIA MARIA REZENDE CAMARGO DE MIRANDA Enfermeira sanitarista. Professora de Educação em Saúde e Bioética da Universidade Anhembi Morumbi e do curso de especialização em Saúde Coletiva da Uninove.

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S É R I E E N F E R M A G E M

A ENFERMAGEM NA GESTÃO EM ATENÇÃO

PRIMÁRIA À SAÚDE

ORGANIZADORES

ÁLVARO DA SILVA SANTOS Enfermeiro sanitarista.

Professor de Enfermagem em Saúde Coletiva e Administração Aplicada à Saúde Coletiva da Universidade Anhembi M o r u m b i

e de Antropologia Aplicada à Saúde e Enfermagem em Saúde Coletiva da Uninove.

SÔNIA MARIA REZENDE CAMARGO DE MIRANDA Enfermeira sanitarista.

Professora de Educação em Saúde e Bioética da Universidade Anhembi M o r u m b i e

do curso de especialização em Saúde Coletiva da Uninove.

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Copyright© 2007 Editora Manole Ltda., por meio de contrato com os autores.

Projeto gráfico: Acqua Estúdio Gráfico Editoração eletrônica: JLG Editoração Gráfica Capa: Eduardo Bertolini Imagem do frontispício: Cuidadoras hospitaleiras no Hôtel-Dieu, Paris, 1 5 2 1 . Logotipo: Copyright © Associação Brasileira de Enfermagem - Seção São Paulo (ABEn-SP).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

A enfermagem na gestão em atenção primária à saúde / organizadores Alvaro da Silva Santos, Sônia Maria Rezende Camargo de Miranda. - Barueri, SP : Manole, 2007. - (Série enfermagem)

Vários colaboradores. Bibliografia. ISBN 85-204-2294-2

1. Cuidados primários de enfermagem 2. Cuidados primários de saúde 3. Enfermagem - Administração 4. Serviços de enfermagem - Administração 5. Serviços de saúde - Administração 6. Serviços de saúde - Administração - Enfermagem I. Santos, Álvaro da Silva. II. Miranda, Sônia Maria Rezende Camargo de. III. Série.

06-5597 CDD-610.73306 • NLM-WY 125

índices para catálogo sistemático: 1. Atenção primária à saúde e en fe rmagem :

Gestão : Ciências médicas 6 1 0 . 7 3 3 0 6 2. Enfermagem e atenção primária à saúde :

Gestão : Ciências médicas 6 1 0 . 7 3 3 0 6

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, por qualquer processo, sem a permissão expressa dos editores. É proibida a reprodução por xerox.

Edição brasileira - 2007

Direitos adquiridos pela: Editora Manole Ltda. Avenida Ceci, 672 -Tamboré 06460-120 - Barueri - SP - Brasil Fone: (11) 4196-6000 - Fax: (11) 4196-6021 www.mano le . com.br [email protected]

Impresso no Brasil Printed in Brazil

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7 O processo de enfermagem

em atenção primária à saúde

C R I S T I N A R O D R I G U E S DA C O S T A

L I SLA INE A P A R E C I D A FRACOLL I

P O N T O S ^ A A P R E N D E R

1. Compreender as diferentes teorias de en fe rmagem e suas aplicabilida-des em atenção primária à saúde.

Palavras-chave: Teorias de en fe rmagem. Consulta de en fe rmagem em atenção básica.

E S J R U J U R A D O S T Ó P I C O S

Introdução. Organização das práticas de saúde no Brasil. Desenvolvimento do saber: aplicabil idade da consulta de enfe rmagem na atenção primária à saúde. Operacionalização da consulta de enfermagem na atenção primária à saúde. Gerenciamento e supervisão da consulta de en fe rmagem na atenção básica.

INTRODUÇÃO

Neste capítulo analisa-se o processo de trabalho em saúde co­letiva, no contexto de reorganização da atenção básica em saúde. A o tomar a enfermagem como tema de estudo, faz-se necessário definir de que forma deve-se compreendê-la.

Existem distintas maneiras de compreender a enfermagem, o que inf lui diretamente na forma como ela é apreendida, podendo ser consi­derada uma atividade de cunho caritativo-religioso, arte, ciência, profis­são ou trabalho. Todas essas dimensões estão presentes na enfermagem, contudo é importante ressaltar qual delas será o enfoque deste capítulo.

E m sua origem, a enfermagem estava associada ao âmbito rel i ­gioso e passou a ser considerada ciência somente após ordenar e acu­mular certo conhecimento. Seguindo-se a essa compreensão e buscan­do firmar-se no mercado de trabalho, a enfermagem fo i compreendida

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como profissão, com estatuto socialmente reconhecido e formalmente legalizado. Nesse momento, suas funções foram definidas, o que pos­sibi l i tou a identificação e definição de seu núcleo específico de compe­tência. Assim, pode-se af irmar que as diferentes formas de compreen­são da enfermagem são construídas histórica e socialmente. 1

Neste capítulo, a enfermagem será abordada como trabalho, compreendendo que as ações de saúde são práticas sociais e, por tan­t o , devem ser tomadas para além de sua dimensão profissional e téc­nica, o u seja, para além de uma aplicação imediata e direta dos co­nhecimentos técnico-científicos. A prática de enfermagem deve ser estudada da perspectiva de sua inserção na dinâmica social e de suas potencialidades na produção do conhecimento, na reprodução so­cioeconómica e política e na inserção dos (seus) sujeitos na prática. 2

Tomar a prática de enfermagem na sociedade como trabalho é pressupor que seja determinada pela finalidade social do trabalho em saúde e, portanto , não é uma prática estática e sim dinâmica, pois ne­cessita rever periodicamente seus elementos constituintes conforme os modelos de saúde.

Desde a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), nos anos de 1980, muitos modelos de saúde f o r a m construídos, dentre eles pode-se citar o M o d e l o Médico Hegemónico, o modelo de SI­LOS, a proposta de Saudicidade, e o E m Defesa da Vida . Por ter o Brasil grande extensão terr i tor ia l e imensas diferenças sociais, econó­micas, de morbidade e de mortal idade, é preciso expandir os mode­los existentes para concretizar os princípios e as diretrizes do SUS.

Dessa forma, é importante pensar sobre as bases teórico-práti-cas que têm subsidiado o trabalho das enfermeiras que atuam na atenção básica, já que, muitas vezes, t o m a m para si a tarefa de ope­rar esses diferentes modelos, ao executar o gerenciamento da assistên­cia em programas e unidades de saúde.

ORGANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE NO BRASIL

As formas como as sociedades identif icam e explicam seus pro­blemas de saúde e o m o d o como se organizam para enfrentá-los va­r i a m historicamente e dependem de determinantes estruturais, econó­micos, políticos e ideológicos. As práticas de saúde no Brasil têm seu desenvolvimento marcado pela dicotomia entre saúde pública e me-

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dicina. Esse fato fica ainda mais evidente quando, ao fazer uma re­trospectiva das formas de prestação de serviços de saúde que se suce­deram no Brasil, verifica-se que sua organização técnico-institucional expressa a polarização entre opções por ações médico-sanitárias (pre­dominantemente de caráter preventivo) e de assistência médico-indi-vidual (de caráter predominantemente curat ivo) , com predomínio ex­pressivo das últimas, em detrimento nítido das primeiras, ao longo dos tempos. 3

Subjacente a estas conformações organizativas está presente uma discussão teórico-epistemológica entre o saber clínico e o saber epidemiológico, na instrumentalização dessas práticas de saúde. A superação dessas dualidades (clínica/epidemiologia; indivíduo/coleti-vo) tornou-se possibilidade concreta com a estruturação do SUS e o fortalecimento da atenção básica no Brasi l . 3

A enfermagem brasileira, especificamente, institucionalizou-se no bojo de u m processo de intensa divisão do trabalho médico na so­ciedade moderna, assumindo hegemonicamente as funções adminis­trativas. Pode-se ainda af irmar que a prática de enfermagem no Bra­sil se insti tucionalizou em u m contexto hospitalar, local privilegiado (como forma de organização do trabalho) para a materialização do modelo clínico, centrado na prestação de serviços a indivíduos, com ênfase no cuidado curat ivo . 4

N o Estado de São Paulo, apenas nos anos de 1970 a enfermei­ra f o i inserida na equipe de saúde que operava no âmbito da atenção básica. Esse fato aconteceu porque, nessa década, a Secretaria de Es­tado da Saúde de São Paulo adotou u m modelo de saúde baseado na programação, no qual a enfermeira era inserida para desenvolver, so­bretudo, ações de supervisão e controle das atividades programáticas, o u seja, para gerenciar a assistência. 5

Nos anos de 1980, com o advento da reforma sanitária, os mo­delos de saúde, assim como as políticas de saúde do Estado, sofre­r a m profundas revisões, o que acarretou em última instância, a ne­cessidade de revisão das práticas de enfermagem. E importante destacar que nesse período t o m o u forma nos meios académicos e nos serviços de saúde, u m novo paradigma para se interpretar e intervir em saúde, a saúde coletiva.

Esta compreende o processo saúde-doença numa dimensão histórico-social, relacionando-o às determinações sociais. Inc lu i t a m -

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bém como determinantes as ações dos sujeitos entre si e na socieda­de em que v ivem, as quais são compreendidas em u m espaço socio­político, económico e cul tura l específico, em tempos determinados e submetidos a condições de vida diferenciadas. Diferentemente do pa­radigma da saúde pública que compreende o processo saúde-doença numa perspectiva biológica e mult icausal . 1

A expressão "saúde colet iva" mostra u m esforço de transfor­mação, u m veículo de construção alternativa da realidade (que é ob-jeto da ação) , dos métodos para estudar esta realidade e das formas da praxis que se requer. Constitui-se na maneira de nomear as m u ­danças paradigmáticas decorrentes da introdução de novas maneiras de visualizar o m u n d o e, por tanto , de conceber a sociedade, o traba­lho , o ser humano, a saúde e a enfermagem. 6

Trata-se da unidade dialética teoria-prática, que remete à neces­sidade de identificação das práticas de saúde surgidas e articuladas no paradigma da saúde coletiva. Entende-se que para a criação de novas práticas em saúde é necessário repensar os processos de trabalho, na sua totalidade dinâmica. Essa análise deve-se pautar, particularmente, na identificação dos meios, dos instrumentos e dos saberes utilizados pelos profissionais de saúde de u m modo geral e pelas enfermeiras es­pecificamente, no exercício do trabalho em saúde. Essa análise fornece­ria informações pertinentes para a discussão da adequação destes ins­trumentos ao objeto e à finalidade do trabalho de enfermagem na atenção básica, na perspectiva da saúde coletiva.

Estudos realizados em diversos municípios do Brasil pelo p r o -jeto de Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (Cipesc-ICN/ABEn) apontaram que o trabalho em saúde coletiva vinha articulando-se com o m o d o de produção em saúde, assumindo u m caráter de complementaridade ao trabalho mé­dico, l i m i t a n d o sua potência de ação cuidadora.

Essa mesma pesquisa evidenciou que as ações realizadas pelos profissionais de enfermagem vinculavam-se a u m modelo assistencial centrado na prática médica, de caráter curativo e individual . N o que diz respeito ao trabalho das enfermeiras brasileiras, as atividades esta­vam vinculadas ao centro de saúde, caracterizando-se como assisten­ciais e administrativas, contemplando a organização e o planejamento dos serviços de enfermagem dentro desses centros de saúde, objetivan-do principalmente a viabilização da ocorrência das ações, especialmen-

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O P R O C E S S O DE E N F E R M A G E M EM A T E N Ç Ã O P R I M Á R I A À S A Ú D E

te aquelas relacionadas ao atendimento médico. As atividades desen­volvidas pelas enfermeiras segundo o Cipesc eram: pré e pós-consulta; verificação de pressão arterial; triagem de pacientes; consulta de enfer­magem; organização do f luxo da unidade; supervisão dos serviços de enfermagem; previsão, provisão e requisição de material de consumo; planejamento, coordenação, supervisão e controle dentro da unidade de saúde; supervisão e manutenção da rede física, dentre outras. 7 Se­gundo algumas autoras, existe, na prática de enfermagem, na atenção básica, predomínio de ações de caráter individual de apoio ao atendi­mento médico e de realização de consultas de enfermagem em progra­mas específicos, que, contudo, não conseguem atingir altas taxas de co­bertura, de eficácia e possuem u m impacto questionável. 4

Para qualificar o trabalho da enfermeira na atenção primária à saúde é importante que ela possa rever os saberes e os instrumentos com os quais opera. A consulta de enfermagem é fundamental na prática da enfermagem na atenção primária e tem potencialidade para impulsionar coberturas mais amplas e eficazes.

DESENVOLVIMENTO DO SABER: APLICABILIDADE DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

As teorias da enfermagem surgiram nos Estados Unidos entre os anos de 1950 e de 1960, 1 ' 8 com base na necessidade de descrever, explicar, predizer e controlar os fenómenos com referencial próprio da área. 8 Segundo K i m u r a :

Teoria é um conjunto de conceitos e proposições que tratam os fenóme­nos de maneira mais específica e menos abstrata do que o marco concei­tuai. É passível de ser testada e, para isso, é preciso definir operacional­mente os conceitos e formular hipóteses e Teoria de enfermagem é um conjunto de conceitos e proposições que visam descrever, explicar, pre­dizer e controlar os fenómenos no âmbito da profissão e elucidar o ma­nejo de tais fenómenos. A teoria tem um marco conceituai e um proces­so, sendo passível de teste e, portanto, sujeita a refutação e alteração.8

As teorias orientam a prática de enfermagem descrevendo, ex­plicando o u prevendo os fenómenos e podem ser categorizadas em:

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A E N F E R M A G E M NA G E S T Ã O EM A T E N Ç Ã O P R I M Á R I A À S A Ú D E

teorias orientadas para as necessidades, para a interação, para os sis­temas e para o campo de energia . 9 1 2 Egry propõe mais uma teoria de enfermagem, a qual orienta a prática de enfermagem em saúde coleti­va e pode ser categorizada como orientada para a intervenção práxi-ca na saúde dos coletivos. 1 3 Essas diferentes teorias formuladas para a enfermagem são sumarizadas a seguir, de acordo com sua orientação.

Teorias sobre necessidades e problemas dos clientes

• Dorothea E. O r e m : Desenvolveu a teoria do déficit de autocui-dado (sua teoria geral) que é composta de três teorias inter-re-lacionadas: teoria do autocuidado (explica o que significa "au-tocu idado" - desempenho ou prática de atividades que os indivíduos realizam em seu próprio benefício para manter a v i ­da, a saúde e o bem-estar - e lista vários fatores que afetam sua provisão); teoria do déficit de autocuidado (especifica quando a enfermagem é necessária para auxi l iar o indivíduo a p r o v i ­denciar o autocuidado) e teoria dos sistemas de enfermagem (determina como as necessidades de autocuidado são preenchi­das pela enfermeira, pelo paciente o u por ambos) . 1 2 O proces­so do autocuidado pretende possibilitar aos indivíduos, família e comunidades que t o m e m iniciativas e assumam responsabili­dades e também se empenhem no desenvolvimento do próprio caminho, em direção à melhoria da qualidade de vida, à saúde e ao bem-estar. 1 3 A teoria de autocuidado de O r e m tem sido aplicada em uma série de circunstâncias. 1 2

• Lydia E. H a l l : Segundo a teoria formulada por ela, o principal objetivo do cuidado é estabelecer u m relacionamento interpes­soal com o indivíduo, que facilite o desenvolvimento da identi­dade e da autodireção pelo cliente. Sua teoria envolve três cír­culos entrelaçados, cada u m representa determinado aspecto da enfermagem (cuidado, essência e a cura). Enfoca cuidados de enfermagem a pacientes que já estejam enfermos, negando o conceito de prevenção de doenças e promoção da saúde. 1 2

• Wanda de Aguiar H o r t a : A teoria dessa autora se apoia e englo­ba leis gerais que regem os fenómenos universais, como: a lei do equilíbrio, a lei da adaptação, a lei do holismo. A f i r m a ser a en­fermagem u m serviço prestado ao ser humano (indivíduo, famí-

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O P R O C E S S O DE E N F E R M A G E M EM A T E N Ç Ã O P R I M Á R I A À S A Ú D E

lia e comunidade), parte integrante da equipe de saúde, e que, sendo assim, implementa estados de equilíbrio, previne estados de desequilíbrio e reverte desequilíbrios pela assistência ao ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, condu­zindo a situações de equilíbrio dinâmico no tempo e espaço. A autora propõe que as funções do enfermeiro podem ser conside­radas em três áreas o u campos de ação distintos (área específi­ca, área de interdependência o u de colaboração e área social) . 1 0

Teorias sobre interação (comunicação com o cliente)

• Hi ldegard E. Peplau: De acordo c o m essa teórica, a enferma­gem pode ser encarada como u m processo interpessoal, pois desenvolve a interação entre dois o u mais indivíduos com uma meta c o m u m . 1 2 É centrado em quatro fases (orientação, iden­tificação, aproveitamento/exploração, r e s o l u ç ã o ) , 8 ' 1 2 e enfoca cuidados de saúde mental e psiquiátrica, além de assistência ao paciente hospital izado. 8

• Imogene M . K i n g : Apresentou uma estrutura de sistemas aber­tos e desenvolveu a teoria de obtenção de metas. Nos sistemas pessoais/individuais (cada indivíduo é u m sistema pessoal) os conceitos relevantes são: a percepção, o ser, o crescimento, o desenvolvimento, a imagem corpora l , o espaço, o aprendizado e o tempo. Os sistemas interpessoais são formados por seres humanos interagindo - os conceitos relevantes são: a intera­ção, a comunicação, a transação, o papel e o estresse. Os sis­temas sociais são família, escola, indústria, organizações so­ciais e sistemas de fornecimento de atendimento de saúde. A teoria de obtenção de metas de K i n g é baseada em uma fi loso­fia de seres humanos em uma estrutura de sistemas abertos. 1 2

Teorias sobre sistemas (o homem é composto de muitas partes ou sistemas que, quan­do juntos, são mais e diferentes de sua soma)

• D o r o t h y E. Johnson: Desenvolveu o M o d e l o de Sistema C o m ­portamental para a enfermagem, no qual o paciente é ident i f i -

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cado como sistema comportamental , composto de sete subsis­temas comportamentais (aflição, de dependência, ingestão, el i­minação, sexual, agressão e realização), e a perturbação em qualquer u m deles resulta em desequilíbrio. A enfermagem de­ve auxi l iar o cliente a retornar ao estado de equilíbrio. Trata-se de u m modelo de cuidados de enfermagem que defende o i n ­centivo do funcionamento comportamental eficiente e efetivo do paciente para a prevenção de doenças . 1 2

• M y r a Estrin Levine: Sua teoria discute a adaptação como u m processo pelo qual a conservação é adquir ida , e a f inalidade da conservação é a integridade. Para a autora, os seres humanos estão em constante interação com o ambiente, que cria a ne­cessidade de adaptação à medida que é modi f i cado . A adapta­ção bem-sucedida atinge melhor ajuste com o ambiente, de maneira que se conserve a energia, a integridade estrutural , a pessoal e a social, e a f inalidade da conservação é a saúde ou a integridade do indivíduo. 1 2

• Callista Roy: Sua teoria tem como fundamento o homem como recipiente do cuidado de enfermagem. D o nascimento à morte ele passa por u m continuum saúde-doença, interage com o am­biente em mudança contínua, o que exige adaptação permanen­te. A enfermagem dá apoio e promove a adaptação do homem nesse continuum saúde-doença. 1 0 O modelo de Roy consiste em quatro elementos: pessoa (são vistas como sistemas adaptativos vivos, cujos comportamentos podem ser classificados como res­postas adaptativas ou respostas ineficientes), ambiente (consiste dos estímulos externos e internos), saúde (processo de tornar-se integrado e capaz de preencher as metas de sobrevivência, cres­cimento, reprodução e domínio) e enfermagem (tem como meta promover as respostas adaptativas em relação aos quatro mo­dos de adaptação da pessoa e os estímulos). 1 2

• Madeleine M . Leininger: Denominou sua teoria de "diversidade e universalidade do cuidado cul tura l " e a desenvolveu no modelo Sunrise. Construiu-a sobre a premissa de que as pessoas de cada cultura não apenas podem saber e definir as formas de experimen­tar e perceber seu mundo de atendimento de enfermagem, mas também podem relacionar essas experiências e percepções com suas crenças e práticas gerais de saúde. Assim, o atendimento de

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enfermagem desenvolve-se no contexto cultural em que será pro­porcionado. Também indica que a enfermagem como ciência do cuidado deve enfocar, além da interação tradicional enfermeira-paciente, famílias, grupos, comunidades, culturas completas e ins­tituições. Os principais conceitos desta teoria são: a cultura, o cui­dado cultural, a enfermagem, a visão de mundo, as dimensões da estrutura cultural e social, o contexto ambiental, a etno-história, o sistema popular de cuidados, o sistema profissional de cuidados, a saúde, o cuidado, o cuidar, a preservação do cuidado cultural, a acomodação do cuidado cultural, a repadronização do cuidado cultural e o atendimento de enfermagem culturalmente congruen­te. Assim, essa teoria tem significação em uma sociedade que está tornando-se cada vez mais consciente da diversidade cultural den­tro de suas fronteiras. 1 2

Teorias sobre campo de energia (as pessoas são campos de energia em constante interação com o ambiente ou com o universo)

• M a r t h a E. Rogers: Desenvolveu os princípios da homeodinâmi-ca, aos quais estão inerentes os pressupostos básicos da teoria: o homem é u m todo unificado, possui integridade própria e ma­nifesta características que são mais do que diferentes da soma de suas partes; indivíduo e ambiente continuamente trocam maté­ria e energia u m com o outro ; o processo de vida dos seres h u ­manos evolui, irreversível e unidirecionalmente ao longo do continuum tempo-espaço; padrões e organização identif icam o homem e refletem sua unidade inovadora; o indivíduo é carac­terizado pela capacidade de abstração e visualização, linguagem e pensamento, sensação e e m o ç ã o . 1 0 ' 1 2

Teoria sobre intervenção práxica na saúde dos coletivos (Tipesc)

• Emiko Y. Egrv: Sua Teoria de Intervenção Práxica da Enferma-gem em baude Coletiva (lipesc) propõe a assistência de enfer-magem mediante captação, apreensão e interpretação das d i ­mensões estrutural, particular e singular nas relações dialética,

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histórica e social. A Tipesc trata da sistematização dinâmica de captar e interpretar fenómenos articulados aos processos de pro­dução e reprodução social, referentes à saúde e à doença da co-letividade. Isso no marco de sua conjuntura e estrutura, em con­texto social historicamente determinado. In terv i r nessa realidade e, nessa intervenção, prosseguir reinterpretando a rea­lidade para novamente nela interpor instrumentos de interven­ção. A autora apresenta na sua proposta sistematizadora cinco etapas: captação da realidade objetiva; interpretação da realida­de objetiva; construção do projeto de intervenção na realidade objetiva; intervenção na realidade objetiva; e reinterpretação da realidade objet iva. 1 3

Toda teoria tem contexto, forma e processo, sendo este último a operacionalização da teoria; cada modelo teórico tem seu próprio processo. 8 O processo de enfermagem é o instrumento desta área que ajuda na tomada de decisões, na previsão e na avaliação das conse­quências. O profissional necessita aplicar conceitos e teorias da en­fermagem e das ciências biológicas, físicas, comportamentais e h u ­manas, a f i m de proporc ionar uma justif icativa para a tomada de decisão, o julgamento, os relacionamentos interpessoais e as ações . 1 2

O processo de enfermagem tem possibilitado várias abordagens, de acordo com a especificidade de cada área de atuação.

O processo de enfermagem é composto de: investigação (coleta e análise sistemática e ordenada de dados, com a finalidade de fazer o diagnóstico de enfermagem); diagnóstico de enfermagem (julgamento clínico acerca das respostas do indivíduo, da família ou da comunida­de aos problemas reais ou potenciais de saúde ou processos de vida -Nanda) ; planejamento (determinação do que pode ser feito por meio do estabelecimento de metas e objetivos); implementação e avaliação. 1 2

Para aplicar as teorias o enfermeiro deve conhecê-las, para, en­tão, selecionar a que melhor se aplica às necessidades de sua p o p u ­lação e prestar assistência segura, sendo também necessário o conhe­cimento de ciências básicas, ciências sociais, habilidades técnicas e treinamento.

Levando-se em consideração a definição de saúde da Consti ­tuição brasileira, a qual é resultante das condições de: alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, t rabalho, transporte, la-

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zer, l iberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde; a teoria proposta por Egry é a que mais se aprox ima da realidade do trabalho do enfermeiro na atenção primária.

1 — " 5 — 1

possam influir na adoção de práticas favoráveis à promoção, manu­tenção e reabilitação da saúde. 1 5

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munidade e saber se a CE está sendo desenvolvida como instrumento para viabilizar o trabalho médico na atenção primária.

A supervisão da CE precisa apontar as potencialidades e os l i ­mites da ação para:

efetivar ações de promoção da saúde. identif icar as características da clientela que mais se beneficia­r ia c o m o atendimento pela CE.

^ i n c o r p o r a r protocolos de assistência, considerando-os instru­mentos de trabalho que a u x i l i a m a delinear u m certo conjun­to de aspectos a serem trabalhados uniformemente sem consti­tuírem u m f i m em si mesmos. efetivar uma SAE que tenha como base a Teoria da Interven­ção Práxica de Enfermagem em Saúde Coletiva (Tipesc). A possibilidade de se desenvolver a CE fiel à missão da aten­

ção básica ainda está em construção. O enfermeiro que atua nesse ní­vel de assistência é protagonista dessa construção de saberes e práti­cas para a atenção básica na saúde coletiva.

Alguns passos já f o r a m dados em direção à construção desses novos fazeres em saúde. A pesquisa Cipe/Cipesc que classifica os fe­nómenos, o objeto de trabalho da enfermagem e as intervenções rea­lizadas é exemplo disso. O inventário construído pela Cipesc pode constituir-se em uma base para supervisão e avaliação das CE.

C o n t u d o , não se pode perder de vista o desafio de estruturar a dimensão cuidativa da enfermagem; voltar a atuação para as ciências humanas, além das biológicas; desenvolver instrumentos que con­duzam a humanização da assistência; e desenvolver capacidade de mediação e articulação da equipe que atua na atenção básica.

R E F E R Ê N C I A S

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