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0 ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM SEGURANÇA DO PACIENTE SEGURANÇA DO PACIENTE SEGURANÇA DO PACIENTE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Page 1: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM

ENFERMAGEM

SEGURANÇA DO PACIENTE SEGURANÇA DO PACIENTE SEGURANÇA DO PACIENTE

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Page 2: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM

Page 3: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Sumário

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO ........................................................ 3 Paciente critico ...................................................................................................................................................................... 3

Unidade de Terapia Intensiva.............................................................................................. 5 Materiais e equipamentos necessários para o funcionamento da UTI .......................................................... 6

Lei do Exercício Profissional de Enfermagem X Paciente crítico ............................................ 8

Cuidados de Enfermagem ao Paciente Critico .................................................................... 10 Exame Físico do Cliente Crítico ................................................................................................................................... 10

Técnicas e tecnologias para o cuidado com o paciente crítico ............................................ 11 Monitoração direta (invasiva) da Pressão Arterial ............................................................................................. 12 Monitoração da Pressão Intracraniana (PIC) ........................................................................................................ 13 Cateter de Swan-Ganz...................................................................................................................................................... 13 Tonometria Gástrica ou Sigmoide .............................................................................................................................. 15 Equipamentos para Leitura das Pressões On-line ............................................................................................... 16

Administração de Fármacos em pacientes críticos ............................................................. 16 Medicamentos mais utilizados .................................................................................................................................... 16

Síndrome compartimental abdominal (SCA) ...................................................................... 18 Etiologia ................................................................................................................................................................................ 20 Fisiopatologia ...................................................................................................................................................................... 20

Manifestações Clínicas ...................................................................................................... 21 Neurológica .......................................................................................................................................................................... 21 Cardiovascular .................................................................................................................................................................... 21 Pulmonar .............................................................................................................................................................................. 21 Renal ....................................................................................................................................................................................... 22 Hepática................................................................................................................................................................................. 22 Gastrintestinal .................................................................................................................................................................... 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 27

Page 4: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRÍTICO

Paciente critico

De acordo com a PORTARIA Nº 2.338, DE 3 DE OUTUBRO DE 2011, em seu

Art.2º, parágrafo 1º - Paciente crítico/grave é aquele que se encontra em risco

iminente de perder a vida ou função de órgão/sistema do corpo humano, bem como

aquele em frágil condição clínica decorrente de trauma ou outras condições

relacionadas a processos que requeiram cuidado imediato clínico, cirúrgico, gineco-

obstétrico ou em saúde mental.

Por Cuidados Críticos/Intensivos entende-se à assistência prestada à

pacientes críticos e potencialmente críticos, assumidos, respectivamente, como:

1. pacientes graves, com comprometimento de um ou mais dos principais

sistemas fisiológicos, com perda de seu auto regulação, necessitando

substituição artificial de funções e assistência contínua;

Page 5: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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O paciente com demanda de Cuidados Críticos/Intensivos também é

reconhecido como grave e recuperável, com risco iminente de morte, sujeitos à

instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica

permanente e especializada. Em contraposição, julga-se oportuno salientar que a

demanda por Enfermagem em Cuidados Críticos/Intensivos não se limita a

referenciais fisiopatológicos ou de prognóstico, compreendendo a natureza humana

em suas dimensões, expressões e fases evolutivas, incluindo a assistência a

pacientes crônicos ou terminais, que necessitam de intervenções assistenciais em

nível qualiquantitativo elevado, devido à dependência total para o atendimento das

necessidades de saúde.

Segundo o Conselho Federal de Medicina, todos os estabelecimentos de

saúde estruturados ao atendimento de urgência e emergência, devem garantir todas

as manobras de sustentação à vida e ter condições de oferecer continuidade à

assistência no local ou em outro nível de atendimento referenciado. Na prática

hospitalar, isso significa o encaminhamento de grande parte dos atendimentos da

sala de emergência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após o atendimento

inicial. Ressalta-se que na maioria das vezes, estes leitos não estão disponíveis.

A Sala de Estabilização (SE): é a estrutura que funciona como local de

assistência temporária e qualificada para estabilização de pacientes críticos/graves,

para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde,

observadas as seguintes diretrizes:

I - Funcionamento nas 24 (vinte e quatro) horas do dia e nos 7 (sete) dias da

semana;

II - Equipe interdisciplinar compatível com suas atividades; e

2. pacientes graves, que apresentam estabilidade clínica, com potencial risco

de agravamento do quadro e que necessita de cuidados contínuos.

Page 6: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Unidade de Terapia Intensiva

As unidades de Terapia Intensiva tiveram sua origem na década de 1960, mais

precisamente durante a guerra do Vietnã. A necessidade de oferecer um atendimento

especial faz com que as unidades de terapia intensiva reúnam em seu núcleo uma

equipe altamente qualificada. Além desse potencial, uma equipe de UTI deve

responder a uma série de exigências:

▪ competência;

▪ habilidade e destreza;

▪ disponibilidade para ficar confinada no ambiente hospitalar;

▪ disposição para cuidar do cliente crítico;

▪ preparação para adaptar-se aos ruídos dos aparelhos;

▪ preparação para luta diária com a vida e com a morte;

▪ conhecimento técnico e cientifico;

▪ permanente atualização.

A agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dispõe sobre o

regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de

projetos físicos de estabelecimentos de saúde e com relação às áreas prestadoras de

terapia intensiva:

III - Funcionamento conforme protocolos clínicos e procedimentos

administrativos estabelecidos e/ou adotados pelo gestor responsável.

Page 7: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma unidade assistencial

que abriga pacientes que requeiram assistência médica, de

enfermagem, laboratorial e radiológica ininterrupta, é uma

unidade especifica dentro do Centro de Terapia Intensiva. Por

exemplo: Unidade coronariana, unidade pediátrica.

Materiais e equipamentos necessários para o funcionamento da UTI

Com relação aos materiais e equipamentos necessários para o funcionamento

da unidade, além da cama Fowler e demais móveis para cada leito destacam-se:

❖ Carro de emergência com monitor/ desfibrilador sincronizado e material para

entubação endotraqueal (carro de parada)

❖ Negatoscopio

❖ Aspirador portátil

❖ Glicosímetro ou hemoglucoteste

❖ Ventilômetro

❖ Glicosímetro ou hemoglucoteste

❖ Marca – passo provisório (eletrodo e gerador)

❖ Geladeira para conservação de medicamentos

❖ Materiais para oxigenoterapia, com diferentes concentrações

❖ Maca de transporte com grades laterais e suporte para soluções parenterais

Page 8: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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❖ Bandejas equipadas para – curativos; pequena cirurgias; dialise; drenagem

toraxica; flebotomia e biopsia.

❖ Urodensímetro

❖ Cilindro de oxigênio

❖ Hemogasômetro

❖ Ar comprimido

❖ Eletrocardiógrafo portátil

❖ Aparelho de radiografia móvel

❖ Oftalmoscópio

❖ Respirador com blender

❖ Monitor de beira de leito com visoscópio

❖ Adaptador para monitor

❖ Máscara de oxigênio de diferentes tamanhos

❖ Termômetro

❖ Bomba de infusão

❖ Tensiômetro

❖ Estetoscópio

❖ Ressuscitador manual (ambu)

❖ Suporte para frascos de drenagem

❖ Kit de CPAP nasal com umidificador aquecido

❖ Balança

É fundamental lembrar que em vários hospitais a atribuição do enfermeiro-

chefe da UTI é a responsabilidade com a manutenção dos materiais e equipamentos.

A UTI tem um responsável técnico para cada área, isto é, cada profissional controla

sua área de conhecimento. Um médico coordena a área médica e um enfermeiro

controla a enfermagem. No entanto a enfermagem é quem tem gerenciado todas as

atividades que envolvem a coordenação, o controle, o acompanhamento, a avaliação

e a intervenção para que tudo funcione no momento certo. Esse profissional

providencia material e equipe para que tudo aconteça de forma sincronizada.

Page 9: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Caso materiais como sonda, medicamentos, pilhas, laringoscópios, seringas

faltam, todo o procedimento é prejudicado, correndo o risco de falhas.

Lei do Exercício Profissional de Enfermagem X Paciente

crítico

A enfermagem, como várias outras profissões, desenvolve suas atividades

respaldadas em uma lei específica que trata do exercício profissional de cada área.

ATENÇÃO!

Os aspectos mais importantes para a prática de cuidado em UTI

devem ser observados pelos profissionais de enfermagem em

especial em seus artigos 2° e 11°

Art. 2º - “A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas

por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem

com jurisdição na área onde ocorre o exercício”.

Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe

privativamente – “cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de

vida e cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam

conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas”.

Page 10: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Esse artigo atenta para o fato de que os cuidados diretos

prestados aos clientes críticos deverão ser prestados

privativamente pelo enfermeiro.

Embora o enfermeiro possa delegar funções aos auxiliares e técnicos, nesse

caso especialmente, o enfermeiro não deve encarrega-los de prestar serviços

diretamente ao cliente, uma vez que, trata –se de uma função exclusiva do

enfermeiro. Caso esse artigo não seja obedecido, não somente o auxiliar ou técnico

que desempenham atividades privativas do enfermeiro estarão sendo

responsabilizados, mas particularmente o profissional enfermeiro, por ter delegado

essa função.

Para clientes críticos a administração imediata de determinados fármacos,

muitas vezes, faz-se necessário na UTI, e em certos momentos o médico plantonista

está ausente. Nesse caso, mesmo que não existam protocolos ou rotinas que tratem

especificamente da situação eventual assinada pela direção do hospital, se o

enfermeiro medicar o cliente ainda estará à margem da lei. Observa-se desse modo,

que em várias situações a sobrevivência do cliente critico depende fundamentalmente

da tomada de decisão imediata do enfermeiro.

Deve-se tomar bastante cuidado com essas situações, apesar da Lei do

Exercício Profissional afirmar que caberá privativamente ao enfermeiro executar

técnicas que exijam o conhecimento cientifico e a tomada de decisão imediata, o que,

a princípios respaldaria a administração de fármacos em situação de urgência pelo

enfermeiro na ausência do profissional médico.

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Cuidados de Enfermagem ao Paciente Critico

Não se pode julgar o pessoal de enfermagem que atua na UTI como

desumano pelo fato de serem dedicados ao manejo de máquinas especializadas no

tratamento do cliente. A atenção à máquina e a todo aparato tecnológico ocorre, uma

vez que, esses equipamentos são fundamentais para a manutenção da vida de

clientes criticamente enfermos. Vale ressaltar que a enfermagem é uma profissão

comprometida com o ser humano, desde o nascimento até a morte.

Mesmo o cliente em risco de morrer, em coma ou com morte cerebral ele não deixa

de ser uma pessoa que exige cuidados complexos. Falando ou não, seus corpos se

expressam e obrigam toda equipe de cuidadores a ampliar treinar nossos

conhecimentos sobre os sinais que eles emitem.

É preciso saber que:

O cliente é um todo formado por suas próprias partes;

Ao fragmentar o corpo, ele é destituído de sua identidade singular, tirando dele

toda a sua complexidade.

É importantíssimo que os profissionais que cuidam desses clientes tenham em

mente:

Entendimento sobre complexidade;

Entendimento sobre humano e humanidade;

Entendimento sobre interdisciplinaridade em vez de multidisciplinaredade.

Exame Físico do Cliente Crítico

O exame físico do cliente crítico em UTI deve constituir uma das partes

integrantes da avaliação da enfermagem, e deve sempre ser realizado tão logo

tenha-se encerrado o processo de coleta de dados (isso quando o cliente está em

condições de faze-los).

Page 12: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Na realização do exame físico do cliente crítico, embora deva ser direcionado

para a condição clínica ou para o sistema que apresenta relação com a queixa

principal ou o problema de base. O enfermeiro jamais pode deixar de considerar o

cliente como um todo.

Pensar no conforto físico e psicológico do cliente crítico é função fundamental

do enfermeiro. Geralmente algumas manobras podem proporcionar desconforto, por

esse motivo o enfermeiro deve informar antecipadamente sobre as possíveis

sensações desagradáveis que possam surgi durante a manobra.

Técnicas e tecnologias para o cuidado com o paciente crítico

A tecnologia marca registrada na terapia intensiva, ao mesmo tempo que

garante segurança e confiança, significa para algumas pessoas uma verdadeira

ameaça a condição humana. A tecnologia pode ser entendida para alguns teóricos

como o processo de exercer a técnica que envolve aparelhos ou métodos com

conhecimento cientifico.

A utilização da bomba de infusão foi uma inovação tecnológica na enfermagem

que aprimorou a técnica de administração intravenosa tornando-se um dos recursos

tecnológicos mais empregados na administração de medicamentos para pacientes

críticos. Assim pode-se perceber que a humanização do cuidado em terapia intensiva

parece não ser tão simples.

A tecnologia além de garantir segurança e precisão na infusão evitando

maiores complicações e a iatrogenia para o cliente, tem permitido que o enfermeiro

ganhe um pouco mais de tempo para prestar cuidados que exigem sua presença

junto ao leito. Diferentemente do que se pensa, a tecnologia facilita as ações do

enfermeiro que exigem sua presença junto ao cliente crítico.

Page 13: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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A utilização de qualquer aparelho poderá pôr em risco a vida

do cliente caso seja utilizado inadequadamente.

Quando se fala em tecnologia referindo-se a máquinas e equipamentos

utilizados no cuidado ao paciente crítico, deve-se considerar que existem outros tipos

de técnicas envolvidas no cuidado de enfermagem, que não necessariamente são

executados por máquinas.

Consoante Figueiredo et al (2009), “cuidar” de uma máquina ou assisti-lo

parece ser uma ação mecanicista. “cuidar” de um cliente em uma máquina é uma

ação humana, ainda que tenha que pensar também nessa máquina ao cuidar do

paciente.

Algumas técnicas e tecnologias para o cuidado com o paciente crítico:

Monitoração direta (invasiva) da Pressão Arterial

A pressão arterial corresponde a força exercida pelo sangue por unidade de

área da parede arterial. É diretamente dependente do débito cardíaco (DC) e da

resistência arterial periférica (RAP). Sua unidade padrão é representada em

milímetros de mercúrio (mmHg).

A monitorização da Pressão arterial média (PAM) consiste no emprego de um

cateter específico em artéria periférica ou profunda para aferição direta e continua da

pressão arterial. A monitorização contínua da pressão arterial é indicada na vigência

de instabilidade hemodinâmica, quando houver necessidade do acompanhamento

contínuo das variações da pressão arterial, principalmente quando o cliente está em

uso de medicamentos vasoativos ou precisando de reposição de volemia. Tem por

finalidade também a frequente coleta de sangue arterial para realização de

Page 14: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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gasometrias, para avaliação respiratória e otimização do conteúdo arterial e de

oxigênio.

Monitoração da Pressão Intracraniana (PIC)

A pressão intracraniana é a pressão gerada pelo volume dos componentes da

caixa craniana, isto é, o cérebro, o sangue e o líquido cérebro-espinhal (LCE).

Para a monitoração da PIC os métodos empregados requerem a realização de

uma trepanação no crânio que possibilite a passagem de um cateter ou uma fibra que

transmita a pressão para o equipamento externo.

A monitorização da PIC deve ser realizada “lado a lado” à monitoração da

PAM, uma vez que, as duas pressões estão ligadas a pressão de perfusão cerebral.

Cateter de Swan-Ganz

É um cateter de fluxo dirigido por um balão situado em sua porção terminal, na

qual possibilita a medida simultânea das pressões intracardíacas (átrio e ventrículo

deireito e artéria pulmonar). Esse cateter, provido de um balão situado em sua

extremidade, que o torna autodirigível, pode também ser provido de um termissor,

que mede a variação da temperatura do sangue.

Normalmente pode ser apresentado em quadro vias:

O cateter é inserido na artéria pela técnica de Seldinger e, em seguida é

conectado a um sistema transdutor que transformará os sinais mecânicos

decorrentes do pulso arterial em sinais eletrônicos que, serão vistos em forma

de curvas no monitor multiparamétrico.

Page 15: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Via distal – fica posicionado ao nível do capilar pulmonar. É usado para medir as

pressões arterial pulmonar e capilar pulmonar;

Via proximal – via para registro da pressão, situada a 30 cm acima da ponta do

cateter; é usada para injetar liquido para a termoliluição, para medição da pressão

venosa central e para amostragem do sangue;

Via do sensor de temperatura - é usado para medir e demonstrar a temperatura do

sangue na artéria pulmonar;

Via para inflar e esvaziar o balonete em intervalos de 10cm.

SILVA et al (2016), afirmam que a PVC pode ser verificada com a cabeceira

do leito a 0º e 30º, com o paciente em decúbito dorsal, sem coxins ou

travesseiros, com o nivelamento e zeragem no quarto espaço intercostal, na

linha axilar média, pois os valores apresentam correlação linear positiva, ou

seja, embora os valores não sejam idênticos, quando um se altera,

aumentando ou diminuído, o outro acompanha a alteração. Portanto, é

imprescindível que a mesma técnica seja utilizada em todas as verificações

para que não haja interferência nos resultados ‒ o que pode comprometer a

análise.

(2016/FUNIVERSA/IF-AP/Enfermeiro) Os pacientes críticos, que devido a fatores

diversos vieram a obter um grau de comprometimento da saúde que pode levá-los à

morte, necessitam de cuidados especiais que englobam vários procedimentos de

responsabilidade da enfermagem. A respeito de pacientes críticos, assinale a

alternativa correta.

a) Ao ser mensurada a pressão venosa central (PVC), o paciente deverá ser colocado na

posição de decúbito dorsal horizontal.

b) Um paciente com lesão medular pode ficar na mesma posição por até três horas sem

comprometimento cutâneo.

c) A meningite bacteriana é menos agressiva que a viral e tem baixíssima taxa de

mortalidade.

d) Um paciente em coma vegetativo jamais recuperará o estado de consciência, mesmo

tendo uma lesão cerebral pequena.

e) Ao monitorizar um paciente para eletrocardiograma, a derivação precordial V1 ficará

localizada no 3.º espaço intercostal na borda esquerda do esterno.

Resposta Correta:

a) Ao ser mensurada a pressão venosa central (PVC), o paciente deverá ser colocado na

posição de decúbito dorsal horizontal.

Page 16: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Comentário:

SILVA et al (2016), afirmam que a PVC pode ser verificada com a cabeceira do leito a

0º e 30º, com o paciente em decúbito dorsal, sem coxins ou travesseiros, com o

nivelamento e zeragem no quarto espaço intercostal, na linha axilar média, pois os

valores apresentam correlação linear positiva, ou seja, embora os valores não sejam

idênticos, quando um se altera, aumentando ou diminuído, o outro acompanha a

alteração.

Indicada para insuficiência cardíaca aguda, principalmente a que se segue ao

infarto do miocárdio; hipovolemia; doenças cardíacas vasculares descompensadas;

trans e pós-operatorio de clientes de alto risco; septicemia; traumatismo externo;

perca severa de sangue.

Principais Complicações:

✓ Lesão de valva tricúspide;

✓ Embolia pulmonar;

✓ Infarto pulmonar;

✓ Perfuração do ventrículo direito

✓ Infecções

✓ Ruptura da artéria pulmonar

✓ Lesões de estruturas do endocárdio

Tonometria Gástrica ou Sigmoide

É um método que possibilita a mensuração do pH intramucoso (pHi) do

estômago ou sigmoide, por um tomômetro gastrintestinal. Esse método possibilita a

detecção de isquemia da mucosa gastrintestinal por intermédio da verificação do pHi,

antes que se instale um quadro isquêmico mais amplo. A tonometria gástrica pode

ainda ser utilizada para orientar a dosagem adequada de bloqueadores H2, que são

drogas utilizadas com a finalidade de promover proteção contra úlceras de estresse

em clientes críticos, modificando o pH do trato gastrintestinal.

Page 17: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Equipamentos para Leitura das Pressões On-line

São computadores munidos de programas capazes de calcular valores

pressóricos. Para que esses valores sejam submetidos, é necessário que a força

mecânica exercida nas cavidades sejam convertidas em impulsos elétricos e, assim,

transformados em valores on-line. Para isso são utilizados equipamentos chamados

de transdutores de pressão.

A técnica de monitoração da artéria pulmonar com o cateter de Swan-Ganz é

de grande utilidade na prática da terapia intensiva sobretudo para o

acompanhamento das variedades hemodinâmicas do doente criticamente enfermo.

Administração de Fármacos em pacientes críticos

A administração de medicamentos é um procedimento bastante complexo,

independentemente da via utilizada em pacientes críticos, geralmente assistido em

UTI. A administração de determinados fármacos é acompanhada por vários efeitos,

que podem ser de fundamental importância para o cliente crítico ou ainda, podem ter

efeito prejudicial. Sendo assim, a participação do enfermeiro no preparo,

aprazamento e na administração dos fármacos é fundamental – objetivando diminuir

os problemas.

Cabe ao enfermeiro conhecer bem o corpo que está sendo submetido à

administração de fármacos não de forma isolada, e sim procurando estabelecer

conexões possíveis entre os diferentes aparelhos ou sistemas orgânicos e as drogas

que são administradas a este. É muito importante que o enfermeiro saiba qual a via

de administração, qual a via de eliminação de determinada droga. A administração de

drogas em unidades de terapia intensiva dá-se de forma diferenciada das demais da

unidade.

Medicamentos mais utilizados

Page 18: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Opioides - analgésicos opioides modulam as atividades sensitivas, motora e psíquica

e podem ser classificados como OPIÁCEOS (codeína, morfina), opioides semi-

sintéticos (buprenorfina) e sintético (metadona). São indicados para o tratamento de

dor moderada ou intensa.

Benzodiazepínico – são drogas relativamente seguras. Dotadas de propriedades

ansiolíticas, sedativas, anticonvulsivantes e miorrelaxantes.

Agentes simpatomiméticos - As catecolaminas (adrenalina, norodrenalina,

dopexamina, dopamina, isoproterenol e dobutamina) e drogas não catecolaminas

(metaraminol, fenilefrina e metoxamina) são os agentes simpatométicos mais

utilizados em terapia intensiva.

Digitálicos – É o termo utilizado genericamente para designar qualquer composto

esteroide, cardioativo ou glicosídeo com características de inotropismo positivo em

outros efeitos eletrofisiológicos no coração. Os digitálicos são drogas utilizadas para

melhorar o desempenho dos ventrículos.

Antiarrítmicos - A arritmia é definida como uma irregularidade na frequência, na

regularidade ou na origem do impulso cardíaco, ou uma alteração em sua condução

causado uma sequência anormal da ativação miocárdica. Os antiarrítmicos podem

ser classificados como:

Classe I – quinidina, procainamida, amiodarona e bloqueadores beta-adrenérgicos

imcluindo o propranolol;

Classe II – lidocaína, fenitoína;

Classe III - nifedipina ou demais tipos (digitálicos e atropina).

Anti-hipertensivos – são medicamentos utilizados para manter a pressão arterial em

níveis satisfatórios.

Drogas anticoagulantes – são medicamentos que interferem na cascata de

coagulação, fazendo com que o sangue fique hipocoagulado. O mais utilizado é a

Page 19: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

18

heparina – a heparina é essencialmente uma antitrombina. Tem sua indicação

voltada para o tratamento das doenças hipercoagulabilidade sanguínea e na

prevenção de doenças isquêmicas.

Drogas betabloqueadoras - são compostos que inibem a ação das aminas

simpatomiméticas nos receptores adrenérgicos beta sem interferir nos receptores

alfa. Podem ser classificados em inespecíficos (bloqueio de beta 1 e 2), e específicos

para beta 1 e específicos para beta 2.O s agentes bloqueadores são indicados nos

casos de infarto agudo do miocárdio (IAM), quando se permite diminuir o

metabolismo, consequentemente diminuem-se as necessidades de consumo de

oxigênio pela célula cardíaca fazendo com que o miocárdio seja poupado, no caso de

taquicardias supraventriculares e ventriculares, em que a FC deve ser diminuída.

Antibióticos – são quimioterápicos produzidos por organismos (micro-organismos,

vegetais superiores ou animais) ou cuja porção fundamental da molécula tenha sido

obtida origem em produtos de organismos vivos; são considerados antibióticos as

drogas semissintéticas e aquelas que foram inicialmente obtidas de organismos, não

importando o fato de virem a ser totalmente sintetizadas posteriormente.

Todos os medicamentos devem ser conservados em condições adequadas de

segurança, organização, fácil acesso e controle de prazo de validade. É de

responsabilidade do enfermeiro o devido acondicionamento e controle dos

medicamentos controlados por lei, tais como os psicotrópicos.

Síndrome compartimental abdominal (SCA)

A perfusão de órgãos em qualquer cavidade corporal ou compartimento pode

ser comprometido quando a pressão intracompartimental exceder a pressão nos

capilares. As consequências deletérias do aumento da pressão intra-abdominal

(PIA), da tensão do pneumotórax, tamponamento pericárdico e síndromes

Page 20: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

19

compartimentais de extremidades são conhecidas há mais de 100 anos, diferente

do que ocorre com a hipertensão intra-abdominal (HIA) e a síndrome

compartimental abdominal (SCA) que foram mais bem caracterizadas nos últimos

15 anos.

A síndrome compartimental ocorre quando há um aumento de pressão

num espaço anatômico fechado, dificultando a viabilidade dos tecidos ao redor.

Quando esse espaço envolvido é a cavidade abdominal, múltiplos sistemas orgânicos

são afetados e o desfecho pode ser ruim. A SCA é definida como uma disfunção

orgânica sintomática que resulta do aumento da pressão intraabdominal.

Embora se acreditasse que apenas pacientes vítimas de trauma pudessem

desenvolver SCA, hoje se sabe que há inúmeras condições envolvidas. A gravidade

clínica e a frequência da SCA e da HIA justificam a atenção a este tópico. A alta

prevalência em pacientes criticamente doentes é um dos fatores agravantes da sua

morbimortalidade.

A PIA normal varia entre 0 e 12 mmHg e pode estar relacionada

ao índice de massa corporal (IMC) de acordo com alguns

autores. Pressões acima de 15 a 20 mmHg são capazes de

causar redução do débito urinário, aumento da pressão

respiratória e redução do débito cardíaco. Quando maiores que

25 mmHg, mudanças fisiológicas são frequentes e clinicamente

significativas: muitos médicos consideram este nível de PIA

suficiente para indicar descompressão cirúrgica.

A incidência e a prevalência de hipertensão intra-abdominal (HIA) são elevadas

e dependem da natureza da população estudada, mas poucos centros têm uma

rotina de medida de PIA estabelecida. Em grande parte dos casos ela é medida na

suspeita clínica de hipertensão intra-abdominal. Recentemente, a PIA tem sido

utilizada conjuntamente com medidas respiratórias para ajuste da ventilação

mecânica.

Page 21: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

20

Embora o número de publicações sobre a síndrome compartimental abdominal

tenha crescido de modo exponencial nos últimos 15 anos, incertezas permanecem

sobre seu diagnóstico e tratamento. Estudo recente mostra uma frequência

relativamente baixa de medidas de PIA em hospitais ingleses. Cerca de um quarto

dos centros de tratamento intensivo não medem PIA por falta de conhecimento da

sua importância ou dificuldade de interpretação dos resultados.

Após o Congresso Mundial sobre o tema em 2004, a HIA foi definida como a

presença repetida ou sustentada de PIA > 12 mmHg. A SCA ocorre nos casos de PIA

> 20 mmHg, na presença de pelo menos uma nova disfunção orgânica.

Etiologia

Inúmeras condições estão associadas com HIA e SCA, classificadas em quatro

categorias: diminuição da complacência da parede abdominal, aumento do

conteúdo intraluminal, coleção abdominal com fluido, ar ou sangue, extravasamento

capilar e ressuscitação volêmica. A ressuscitação volêmica agressiva é a principal

causa de SCA. A SCA geralmente desenvolve-se em pacientes vítimas de trauma

que necessitam grande quantidade de volume e em seguida são submetidos à

cirurgia abdominal de emergência.

Em queimados, a ocorrência de SCA é significativamente correlacionada com a

extensão da queimadura (porcentagem da área corporal total).

Fisiopatologia

A anormalidade fundamental é o aumento da PIA em compartimento não

distensível, resultando em alteração no fluxo sanguíneo dos tecidos

intracompartimentais, iniciando na microvasculatura e eventualmente progredindo e

afetando o retorno venoso e arterial. Quando a PIA está acima de 20 mmHg há

redução significativa da perfusão capilar, resultando em isquemia e ativação dos

mediadores inflamatórios, culminando assim no aumento da perda de fluido

extravascular, maior influxo de fluido para os tecidos, aumento do volume intra-

abdominal e aumento da PIA, perpetuando o ciclo. O edema intestinal e o fluxo

Page 22: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

21

linfático são fatores contribuintes para esse ciclo. O ciclo de retorno venoso diminui a

perfusão capilar e aumenta a pressão, diminuindo o fluxo hepatoesplâncnico,

diminuindo o fluxo sanguíneo renal, compressão da veia cava inferior e diminuição do

retorno venoso para o coração.

Manifestações Clínicas

Neurológica

A tosse, defecação, emêse e outras causas comuns de aumento de pressão

intra-abdominal e intratorácica transitoriamente aumentam a pressão intracraniana. A

elevação da pressão venosa central causada pela HIA pode aumentar a pressão

intracraniana e esses aumentos são sustentados enquanto durar a HIA. A

combinação do aumento da pressão venosa central e da pressão intracraniana em

pacientes com hipotensão pode levar a diminuição da perfusão cerebral; e assim

progressiva isquemia cerebral. A monitorização adequada da PIA em pacientes

vítimas de traumatismo craniano com lesão abdominal associada é importante, já que

há interação entre PIA, pressão intratorácica e intracraniana.

Cardiovascular

Aumento da PIA causa elevação do diafragma levando a compressão cardíaca

direta, diminuindo a complacência e a contratilidade ventricular. A HIA diminui o

retorno venoso obstruindo o fluxo sanguíneo da veia cava inferior no abdômen.

Há aumento da pressão da veia femoral e o retorno venoso diminui dramaticamente.

O aumento da pressão venosa hidrostática nas extremidades inferiores promove

formação de edema periférico e aumenta o risco de trombose venosa profunda. A

disfunção e falência cardiovascular são comuns na HIA e SCA.

Pulmonar

Page 23: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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A PIA é transmitida para o tórax através da elevação do diafragma, resultando

em compressão extrínseca do parênquima pulmonar e evolução para disfunção

pulmonar. A compressão parenquimatosa é acentuada na presença de choque

hemorrágico e hipotensão. Essa compressão resulta em atelectasia, edema,

diminuição do transporte de oxigênio, aumento da fração shunt intrapulmonar e

aumento do espaço morto alveolar. Há também aumento do número de infecções

pulmonares. Em pacientes em ventilação mecânica com SCA, a pressão de pico

inspiratória e pressão de vias aéreas estão aumentadas e pode resultar num

barotrauma alveolar. A complacência da parede torácica e volume-corrente estão

diminuídos causando alteração na ventilação/ perfusão e aumento do metabolismo

respiratório. Esses efeitos associados causam hipoxemia e hipercapnia.

Renal

Estudos clínicos identificaram que HIA é independentemente associada à piora

renal e aumento de mortalidade. O aumento significativo da PIA diminui o fluxo

sanguíneo renal venoso e arterial levando à disfunção e falência renal. A oligúria

aparece com PIA de 15 mmHg e a anúria com PIA de 30 mmHg na presença de

normovolemia e níveis abaixo desses valores em pacientes com hipovolemia ou

sepse. A oligúria é um dos primeiros sinais visíveis da HIA. A pressão de perfusão

renal e o gradiente de filtração glomerular são fatores importantes no

desenvolvimento da falência renal induzida pela PIA.

Hepática

O fígado particularmente parece ser susceptível à lesão na presença de

aumento da PIA. Insuficiência hepática aguda, doença hepática crônica

descompensada e transplante hepático são frequentemente complicados por HIA ou

SCA. O aumento da PIA leva à diminuição do fluxo arterial hepático, diminuição do

fluxo venoso portal e aumento da circulação porto-colateral. Os efeitos fisiológicos

incluem: diminuição da depuração de lactato, alteração do metabolismo da glicose e

alteração da função mitocondrial.

Page 24: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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Gastrintestinal

O intestino parece ser um dos órgãos mais sensíveis ao aumento da PIA com

alterações vistas no fluxo sanguíneo mesentérico com níveis de 10 mmHg. A HIA leva

a um ciclo vicioso de edema intestinal, isquemia, translocação bacteriana e

finalmente falência de múltiplos órgãos.

Tratamento

O manejo dos pacientes com HIA é baseado em quatro princípios:

➢ Procedimentos específicos para reduzir a HIA e consequentemente a SCA;

➢ Medidas de suporte intensivo para pacientes críticos;

➢ Cirurgia descompressiva;

➢ Tratamento das complicações no pós-operatório.

Existem etapas a serem realizadas antes da cirurgia descompressiva, a fim de

prevenir e tratar disfunção e falência orgânica induzidas pela PIA; e após isso

aqueles pacientes que não responderem a essas intervenções clínicas e com

aumento progressivo da PIA para maior que 25 mmHg com disfunção ou falência

orgânica, deverão ser submetidos imediatamente à descompressão abdominal

cirúrgica.

As intervenções clínicas no manejo da HIA e SCA devem ser:

1. Diminuir o conteúdo intraluminal;

2. Diminuir lesões/coleções intra-abdominais;

3. Melhorar a complacência da parede abdominal;

4. Otimizar a administração de fluidos;

5. Otimizar a perfusão tecidual sistêmica e regional.

A maioria dos pacientes internados em estado grave (cirurgia abdominal

recente, com peritonite, diabetes, politrauma, ressuscitação volêmica agressiva, uso

de sedação) apresenta íleo. Quantidade excessiva de ar ou fluidos nas vísceras ocas

como estômago, intestinos delgado e grosso, pode aumentar muito a PIA e cursar

Page 25: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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com disfunção ou falência orgânica. Assim, a passagem de sonda gástrica com

sucção e/ou retal, enemas ou descompressão endoscópica, são métodos simples e

relativamente não invasivos que diminuem a PIA e trata a HIA leve a moderada em

pacientes com distensão visceral18,28-30. A administração de agentes procinéticos,

como eritromicina (200 mg, por via venosa a cada 6h), metoclopramida (10 mg, por

via venosa a cada 8h) ou neostigmina ou prostigmina (1-2 mg diluídos em 50 mL de

solução fisiológica com infusão lenta), também são usados na tentativa de resolver o

íleo, eliminando o conteúdo intraluminal, diminuindo o volume visceral e

consequentemente a PIA. A correção de distúrbios eletrolíticos como hipocalemia,

hipomagnesemia, hipofosfatemia e hipercalcemia representam intervenções simples

e que podem aumentar a motilidade gastrintestinal e diminuir o volume visceral. A

importância da nutrição enteral nos pacientes críticos é muito bem documentada,

pode e deve ser administrada nos pacientes com HIA e SCA; diminui o risco de

translocação bacteriana, melhora a cicatrização de feridas e a função imunológica.

Porém, a dieta enteral deve ser totalmente interrompida naqueles pacientes com

aumento acentuado da PIA28,29. Se houver falha no manejoclínico desses pacientes

com distensão visceral, deve ser indicado descompressão abdominal cirúrgica, a fim

de evitar necrose transmural e perfuração intestinal.

A retirada de líquido peritoneal é medida importante para diminuição de hipertensão

intra-abdominal em todos pacientes com PIA maior que 20 mmHg, principalmente em

pacientes com SCA secundária à sepse, ressuscitação volêmica maciça, queimadura,

pancreatite aguda ou ascite. Em pacientes com cirrose hepática e varizes esofágicas,

esse procedimento ajuda a diminuir o risco de ruptura e sangramento.

Fontes: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-

507X2007000200008&script=sci_arttext

http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/793.pdf

Page 26: ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM ESPECIFICAS EM ENFERMAGEM

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(IADES-UFOL-UFRN-2014) É importante mensurar a pressão intra-abdominal (PIA) em

pacientes criticamente enfermos, considerando que o seu aumento pode levar a

complicações dos sistemas orgânicos, à falência de múltiplos órgãos e ao óbito.

Acerca desse assunto, é correto afirmar que o valor normal da PIA está em torno de:

A) 15 a 20 mmHg.

B) 0 a 12 mmHg.

C) 1 a 4 mmHg.

D) 10 a 25 mmHg.

E) Abaixo de 30 mmHg.

Resposta Correta:

B) 0 a 12 mmHg.

Comentário:

De acordo com JAPIASSÚ, et al. (2007), O VALOR NORMAL DA PIA ESTÁ ENTRE 0 E

12.

(IADES-2014-UFOL-UFRN) Um paciente submetido à cirurgia para correção de fratura

de pelve, apresentou bastante sangramento e foi necessário infundir papa de

hemácias e ringer lactato. No dia seguinte, foi levado novamente ao centro cirúrgico

para controle do sangramento. De acordo com esse caso hipotético, o tipo de choque

que está sendo vigente é:

A) anafilático.

B) hipovolêmico.

C) séptico.

D) neurogênico.

E) distributivo.

Resposta Correta:

B) hipovolêmico.

Comentário:

Observem que o detalhe está no enunciado, o paciente apresentou bastante

sangramento.

Um quadro hemorrágico que levou ao choque hipovolêmico, neste caso, reposição de

volemia com o ringer lactato e papa de hemácias.

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(IADES-BAHIA-2014) Qual é o tipo de teste realizado antes de proceder a punção de

gasometria arterial para evitar lesão arterial em paciente crítico?

(A) Teste Apgar.

(B) Teste de Godet.

(C) Teste de Allen.

(D) Teste de de Romberg.

(E) Teste de amortecimento.

Resposta Correta:

(C) Teste de Allen.

Comentário:

TESTE DE APGAR consiste na avaliação de 5 sinais objetivos do recém-nascido no

primeiro, no quinto e no décimo minuto após o nascimento, atribuindo-se a cada um

dos sinais uma pontuação de 0 a 2, sendo utilizado para avaliar as condições dos

recém-nascidos. Os sinais avaliados são: frequência cardíaca, respiração, tónus

muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. O somatório da pontuação (no mínimo

zero e no máximo dez) resultará no Índice de Apgar e o recém-nascido será

classificado como sem asfixia (Apgar 8 a 10), com asfixia leve (Apgar 5 a 7), com

asfixia moderada (Apgar 3 a 4) e com asfixia grave: Apgar 0 a 2.

TESTE DE GODET/SINAL DE GODET é uma avaliação clínica através da pressão

digital sobre a pele, por pelo menos 5 segundos, a fim de se evidenciar edema. É

considerado positivo se a depressão ("cacifo") formada não se desfizer

imediatamente após a descompressão.

TESTE DE ALLEN O teste é usado para avaliar a circulação da mão antes de serem

realizados procedimentos nas suas artérias.

TESTE DE ROMBERG é um exame neurológico que é usado para avaliar as colunas

dorsais da medula espinhal, que são essenciais para a propriocepção (localizar a

posição das articulações) e sentido vibratório.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FIGUEIREDO, N. M. A. de. et al. CTI: atuação, intervenção e cuidados de

enfermagem. São Paulo: Yendis Editora, 2009.

Graziano KU.Controle da contaminação ambiental da unidade de centro cirúrgico.

Enfoque 1994 janeiro; 1(21):19-22.

Highlights of the 2010 American Heart Association Guidelines for CPR and ECC.

Disponível em: http://www.heart.org/idc/groups/heart-

public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317350.pdf. Acesso em: 26/02/18

JAPIASSÚ, André M. et al. Mensuração da pressão intra-abdominal nas unidades de

tratamento intensivo. A opinião dos médicos intensivistas. Rev. bras. ter.

intensiva vol.19 no.2 São Paulo Apr./June 2007. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-507X2007000200008&script=sci_arttext.

Acesso em: 20/03/18

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