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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE CGD 2009 CADERNO INSTITUCIONAL COMPROMISSO CAIXA SUSTENTÁVEL

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE - Particulares CGD acompanha esta tendência, suportando o seu desenvolvimento sustentável em 4 pilares de posicionamento essenciais: economicamente

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RELATÓRIO

DE SUSTENTABILIDADE

CGD 2009

CADERNO INSTITUCIONAL

COMPROMISSO CAIXA SUSTENTÁVEL

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www.cgd.pt

Com a divulgação do segundo Relatório de Sustentabilidade da Caixa Geral de Depósitos,

S.A., dá-se continuidade ao compromisso assumido de publicar anualmente o seu relato

sobre os temas da sustentabilidade.

O Relatório de Sustentabilidade CGD 2009 é composto por dois Cadernos independentes

– O Caderno Institucional e o Caderno Técnico GRI. O Caderno Institucional tem

como finalidade responder às expectativas dos stakeholders da CGD, definidas

a partir de uma consulta directa aos mesmos, que identificou os assuntos relevantes

(materiais) a relatar. O Caderno Técnico GRI destina-se a responder aos requisitos

da Global Reporting Initiative.

A divisão da informação acima descrita permite uma consulta mais amigável para todos

os tipos de leitores, que desejem consultar as políticas e práticas em sustentabilidade

da Caixa Geral de Depósitos.

O âmbito da informação exposta neste Relatório refere-se, essencialmente, às

actividades em Portugal da Caixa Geral de Depósitos, S.A.. Ao longo deste Relatório

podem também ser encontradas algumas acções consideradas relevantes, em termos

de sustentabilidade, de outras empresas do Grupo CGD. Sempre que a informação

for referente a outra empresa do Grupo CGD, tal é devidamente identificado. A médio

e longo prazo proceder-se-á ao alargamento do âmbito do Relatório de Sustentabilidade

para que sejam incluídas o maior número possível de empresas do Grupo CGD.

Este Relatório foi elaborado de modo a observar as directrizes do nível A+ da Global

Reporting Initiative (GRI G3). Este nível de compliance é confirmado pela declaração de

verificação da Deloitte, verificadora externa independente, que pode ser encontrada no

final do Caderno Técnico GRI. Esta verificação analisou a conformidade da informação

disponibilizada com o solicitado pela GRI G3, para o nível em causa, através dos critérios

estabelecidos na directriz de base, considerando os suplementos do sector financeiro,

os critérios estabelecidos no protocolo dos níveis de aplicação e nos protocolos dos

indicadores. Para além disso, a verificação validou também a fiabilidade da informação

disponibilizada associada a esses itens (estratégias, perfil e indicadores de desempenho)

através da análise de evidências, de modo a garantir que a mesma reflectia, de modo

apropriado, a realidade efectiva da CGD.

Para mais informações sobre sustentabilidade na Caixa Geral de Depósitos, S.A.

consulte http://sustentabilidade.cgd.pt ou contacte: [email protected].

NOTA INTRODUTÓRIA

TABELA GRI C C+ B B+ A A+

OBRIGATÓRIO Auto-Declaração

OPCIONAL

Verificado por entidade externa

Verificado pelo GRI

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RELATÓRIO

DE SUSTENTABILIDADE

CGD 2009

NOTA INTRODUTÓRIA 02

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 04

1. VALOR ECONÓMICO GERADO 06

2. EXPECTATIVAS DOS STAKEHOLDERS 15

3. GOVERNANCE PARA A SUSTENTABILIDADE 20

4. RESPONSABILIDADE E ÉTICA 25

5. FINANCIAMENTO DAS PME 36

6. PRODUTOS E SERVIÇOS COM IMPACTES POSITIVOS NO AMBIENTE 44

7. PROGRAMA AMBIENTAL E ECO-EFICIÊNCIA 48

8. GESTÃO DO ACTIVO HUMANO 56

9. ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE 67

10. COMPROMISSO CAIXA SUSTENTÁVEL 78

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A Caixa Geral de Depósitos é cada vez mais uma instituição de referência. Enquanto insti-

tuição líder do sistema financeiro português tem respondido aos desafios que são colo-

cados através da tomada de decisões com base em critérios de racionalidade económica

e éticos, que pretendem contribuir para uma sociedade mais equilibrada e sustentável.

Apesar da actual conjuntura, acreditamos, com convicção, que as nossas acções podem

contribuir de forma significativa para o desenvolvimento e competitividade do nosso país.

A alteração de alguns paradigmas e referenciais das economias a nível mundial deter-

mina, naturalmente, a revisão de modelos de crescimento de muitos países e de negócio

das empresas. A CGD acompanha esta tendência, suportando o seu desenvolvimento

sustentável em 4 pilares de posicionamento essenciais: economicamente rentável,

financeiramente viável, socialmente justa e ambientalmente correcta.

A actividade desenvolvida pela CGD no ano de 2009 continuou a ter como principal

elemento orientador a visão estratégica definida pelo Conselho de Administração e

aprovada pelo Accionista, para o triénio 2008-2010, concebida a partir das principais

tendências perspectivadas para as envolventes externa e interna e do posicionamento

do Grupo CGD no mercado, obviamente com os ajustamentos que a conjuntura impôs.

Um dos eixos considerado fundamental é o desenvolvimento de uma política de Recur-

sos Humanos baseada nos Valores e Cultura da Empresa, do conhecimento, da comu-

nicação, do desempenho e da gestão do talento, sempre no quadro da harmonia laboral;

outro eixo essencial centra-se no desenvolvimento cultural e social e na promoção da

sustentabilidade, enquanto política interna, que o Grupo CGD aspira a reforçar, bem

como na vontade de se estabelecer como uma referência nacional em Bom Governo e

conduta ética.

O nosso compromisso com a Comunidade assenta na defesa inabalável de princípios

de ética, transparência e respeito pelas normas que regulam a nossa actividade, na

subscrição de códigos de conduta e de boas práticas, no respeito pelos colaboradores,

proporcionando as melhores condições profissionais e pessoais e, também, no apoio

contínuo e empenhado às actividades sociais e culturais, dando resposta às neces-

sidades reais da sociedade. Este papel activo na comunidade torna a CGD o Banco

Social, privilegiando a criação de valor.

Destaca-se o forte apoio a várias organizações de âmbito social. Com o Fundo Caixa Fã

apoiamos projectos estruturais empreendidos por instituições com credibilidade e capaci-

dade de execução, viabilizando projectos, que se enquadram nesta área de actuação.

Em 2009, continuámos a conceder crédito (microcrédito), a cidadãos promotores da

criação do seu próprio emprego ou pequeno negócio, sem capacidade de recorrer ao

crédito bancário tradicional e com dificuldades de acesso, constituindo verdadeiros casos

de sucesso.

Também na comunidade, a CGD é reconhecidamente Mecenas Cultural. Neste domínio

assumimos um papel inequívoco, de promoção da pintura, da música, da dança, do tea-

tro, da literatura - em suma, da arte e da língua portuguesa em Portugal e no mundo. A

actividade desenvolvida pela Fundação CGD – Culturgest constitui um pilar fundamental

no apoio e intervenção da CGD na vida cultural portuguesa, no domínio da acção cultural

ao serviço do público português e dos criadores e intérpretes nacionais e estrangeiros,

tendo mantido em 2009 uma actividade intensa, nas mais diversas áreas culturais.

Em 2009, tornámo-nos o Banco do Design. Assumimos o Design como um dos grandes

agentes de mudança e evolução, catalisador da criatividade e promotor, também, do

talento português.

A sustentabilidade é uma prioridade estratégica para a CGD, assumida ao mais alto

nível de gestão e aplicada transversalmente em toda a Instituição. Com a implementação

do Modelo de Governance para a sustentabilidade são reforçadas as condições para

que a CGD, por intermédio das suas equipas multidisciplinares, implemente e dinamize

o Programa de Sustentabilidade, alinhado com as melhores práticas internacionais,

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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com os desafios económicos, sociais e ambientais do país e com a inovação, a diferen-

ciação e a competitividade, contribuindo para que a CGD conquiste a liderança nacional

na actividade financeira sustentável.

No que respeita ao vector “ambiente”, em 2009 demos continuidade ao Programa

Caixa Carbono Zero 2010, constante da estratégia da CGD para as alterações climáti-

cas, e ao crescimento da nossa Floresta Caixa, contributo maior para a preservação

da floresta autóctone portuguesa. Reforçámos o compromisso com o Programa Ambi-

ental das Nações Unidas para o Sector Financeiro – UNEP FI, através da iniciativa

Banca&Ambiente – Financiar o Ambiente em Portugal 2009–2011, que visou promover

o conhecimento sobre riscos ambientais, junto dos bancos e do sector empresarial.

Demos igualmente continuidade à nossa relação com o Carbon Disclosure Project,

ini ciativa que desempenha um papel fulcral na divulgação de informação relativa

às emissões de gases com efeitos de estufa (GEE), e estratégias de combate às alte-

rações climáticas, de inúmeros investidores institucionais em todo o Mundo.

Prosseguimos com a disponibilização de produtos financeiros que contribuam positi-

vamente para o impacto ambiental das actividades económicas e promovemos com-

portamentos mais responsáveis. Alguns desses exemplos dizem respeito ao reforço da

oferta Energias Renováveis e de várias linhas de crédito, dirigidas a Pequenas e Médias

Empresas, que estimularam também o empreendedorismo.

Desenvolvemos a Calculadora de Carbono da CGD, com o objectivo de informar sobre

a pegada carbónica de cada um, revelando a quantidade de dióxido de carbono e outros

gases com efeito de estufa (GEE) associados às actividades do dia-a-dia.

Com o Programa Nova Geração de Cientistas Polares, resultado da parceria estabelecida

em 2009 entre a Caixa Geral de Depósitos e o Comité Português para o Ano Polar Inter-

nacional, demos um passo muito importante na promoção da ciência polar em Portugal.

Ainda, neste âmbito, e prosseguindo o seu programa de eficiência energética, a CGD

tornou-se o 1.º Banco a produzir “energia limpa” em Portugal, ao transformar cerca

de 10% da sua rede de agências, em unidades de microgeração de electricidade, a partir

de sistemas fotovoltaicos.

Este segundo Relatório, dirigido aos stakeholders, divulga o empenho, a responsabiliza-

ção e a participação activa da Caixa Geral de Depósitos nos diferentes pilares de inter-

venção da sustentabilidade, bem como os compromissos que assume a curto, médio

e longo prazo neste domínio.

Fernando Faria de OliveiraPresidente do Conselho de Administração

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http://sustentabilidade.cgd.pt7 | VALOR ECONÓMICO GERADO

01. VALOR ECONÓMICO GERADO

A Caixa tem vindo a acompanhar o desenvolvimento económico e social do País, constituindo, desde 1876, uma referência no sector bancário português, no apoio às famílias, às empresas e às instituições financeiras. Com 133 anos, a Caixa Geral de Depósitos é a referência no mercado financeiro português.

Através de uma cultura forte, assente nos mais elevados padrões éticos, no rigor e no profissionalismo, mas também numa atitude de permanente disponibilidade para a mudança, a CGD é hoje a matriz de um moderno Grupo financeiro, preparado para satisfazer as necessidades e expectativas de milhões de clientes e para responder aos desafios da globalização dos mercados. Apoiada na maior rede comercial da banca nacional, a

NO ExERCíCIO DA SUA ACTIVIDADE, A CGD PROCURA UMA EVOLUÇÃO EqUILIBRADA ENTRE SOLIDEZ, RENTABILIDADE E CRESCIMENTO, SEMPRE NO qUADRO DE UMA GESTÃO PRUDENTE DOS RISCOS, DE REFERêNCIA DE BOM GOVERNO E DE ELEVADO SENTIDO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, PROMOVENDO A SUSTENTABILIDADE.

O Peso da CGD no Sector Bancário Nacional: 14% do Produto Bancário 20% do Resultado Líquido 20% do Crédito Bruto 24% dos Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

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Caixa Geral de Depósitos disponibiliza um conjunto de produtos e serviços, a Clientes Particulares e Empresas, destacando-se:

Segmento Particulares Segmento EmpresasContas Depósitos e AplicaçõesCartões Apoio à TesourariaSoluções Habitação CartõesSolução Automóvel SegurosSoluções de Investimento Solução AutomóvelCrédito Pessoal Crédito MLPrazoSeguros Oferta SectorialServiço Caixadirecta Oferta Ibérica

Serviço Caixa e-banking

FIGURA 1 Rede Comercial CGD

REDE DE AGÊNCIAS

Portugal Continental

Aveiro . 43 Viana do Castelo . 17 Santarém . 33 Portalegre . 16

Bragança . 14 Beja . 17 Vila Real . 20 Setúbal . 53

Évora . 17 Castelo Branco . 20 Braga . 46 Viseu . 33

Leiria . 33 Faro . 34 Coimbra . 40

Porto . 111 Lisboa . 201 Guarda . 18

Regiões Autónomas

Ilha da Graciosa . 1 Ilha do Pico . 3 Ilha do Corvo . 1 Ilha de S. Jorge . 2

Ilha de Porto Santo . 1 Ilha da Madeira . 17 Ilha Terceira . 4 Ilha do Faial . 1

Ilha de S. Miguel . 10 Ilha de Santa Maria . 1 Ilha das Flores . 2

GABINETES CAIXA EMPRESAS

Portugal Continental

Aveiro . 4 Viseu . 1 Setúbal . 2 Viana do Castelo . 1

Coimbra . 1 Braga . 3 Castelo Branco . 1 Vila Real . 1

Leiria . 4 Faro . 2 Guarda . 1

Santarém . 2 Lisboa . 9 Porto . 5

Regiões Autónomas

Ilha da Madeira . 1 Ilha de S. Miguel . 1

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DESEMPENHO GLOBAL DA CGD

A relevância e actuação responsável da CGD no funcionamento do sistema financeiro nacional, vector essencial para a economia, reforçaram-se no decurso de 2009. O desempenho global da CGD pode considerar-se muito positivo, face à conjuntura económica desfavorável.Importa realçar, que a diminuição dos resultados da CGD por via da redução da margem financeira, deve-se em parte à não repercussão integral aos clientes, do aumento do custo do funding, em cumprimento da missão de contribuir para a recuperação da economia.

Num período particularmente delicado para o sistema financeiro mundial, a CGD reforçou a sua situação líquida, através de um aumento de capital de 1 000 milhões de euros.

GRÁFICO 1 quotas de Mercado CGD 2009

Depósitos de Clientes (*) Crédito a Clientes (*) Crédito à Habitação (*) Seguros

(*) Incluindo créditos titularizados

29,2% 20,50% 27,1% 30,3%

GRÁFICO 2 Crédito a Clientes (milhões de euros)

2008 2009

79 62777 432

GRÁFICO 3 Recursos totais de Clientes (milhões de euros)

Retalho Investidores Institucionais

Fora do Balanço

TOTAL

93 310

108 367

10 18311 22420 761

25 278

67 366

71 865

2008 2009

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CRIAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIqUEzA

Num contexto económico difícil, que naturalmente se reflectiu nos resultados finais do exercício de 2009, a Caixa Geral de Depósitos distribuiu €1 429,9 milhões de riqueza criada pelos seus stakeholders. Deste valor, foram investidos na Comunidade mais de €9 milhões, o que demonstra o compromisso da CGD para com as populações locais, onde desenvolve actividade.

A CGD cumpre, ainda, o objectivo de distribuir dividendos ao accionista, que em 2009 totalizaram 170,2 milhões de euros.

GRÁFICO 4 Rácios de Solvabilidade 2009

Rácio Total Tier I Core Tier I

12,6%

8,5%

8,3%

TABELA 1 Ratings CGD

Curto Prazo Longo Prazo Outlook

Standard & Poor’s A-1 A+ Negativo Dez. 2009

Moody’s Prime-1 Aa2 Negativo Jan. 2010

Fitchratings F1+ AA- Negativo Dez. 2009

GRÁFICO 6 Distribuição de Dividendos (milhões de euros)

2007 340 - 13% Produto Bancário

2008 300 - 11% Produto Bancário

2009 170 - 9% Produto Bancário

GRÁFICO 5 Distribuição de Riqueza pelas Partes Interessadas (milhões de euros)

Sociedade 9,1 - 0,64%

Impostos (*) 208,8 - 14,60%

Accionista (Estado) 170,2 - 11,90%

Gastos Gerais Administrativos 415,1 - 29,03%

Colaboradores 626,7 - 43,83%

(*) Inclui multas e penalidades

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A criação e a distribuição de riqueza são compromissos de longo prazo, o que faz com que a CGD adopte um posicionamento prudente e responsável face aos diversos riscos. Esta conduta originou a distinção da Global Finance, que incluiu a CGD no ranking dos 50 Bancos mais seguros do mundo. Ao posicionar-se em 34.º lugar da lista, a Caixa Geral de Depósitos foi o único Banco português a figurar neste top 50, elaborado a partir dos ratings da Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch Ratings.

GRUPO CGD

A Caixa Geral de Depósitos, S.A. para além de ser o maior Banco português, representa uma das maiores áreas de negócios do Grupo Caixa Geral de Depósitos. O Grupo CGD é o maior grupo financeiro nacional, constituído por várias empresas especializadas em áreas de negócio distintas, muitas das quais a operar no estrangeiro.

O Grupo CGD apresentou um resultado líquido consolidado de 278,9 milhões de euros, o que representou uma quebra de 39,2% face ao ano anterior, afectado, sobretudo, pela diminuição da margem financeira e pela necessidade do reconhecimento de imparidade de títulos.

O Peso da CGD S.A., no Grupo CGD:86,4% do Resultado Líquido do Grupo CGD;49,2 % dos Colaboradores do Grupo CGD;10 906 Colaboradores. 18,4 % do total de empregados bancários em Portugal.

FIGURA 2 Organigrama Grupo Caixa Geral de Depósitos

BANCA COMERCIAL Caixa Geral de Depósitos, S.A. Banco Caixa Geral (Brasil)

Banco Caixa Geral (Espanha)

BNU (Macau)

CGD Subsidiária Offshore Macau

Banco Comercial Atlântico (C.Verde)

Banco Interatlântico (C.Verde)

Mercantile Bank (África do Sul)

Banco Comercial e de Invest. (Moçambique)

Banco Internacional S. Tomé e Príncipe

Banco Caixa Geral Totta (Angola)

GRUPO CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS NACIONAL INTERNACIONAL

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GRUPO CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS NACIONAL INTERNACIONAL

GESTÃO DE ACTIVOS Caixa Gestão de Activos, SGPS

CAIxAGEST

CGD Pensões

FUNDIMO

CRÉDITO ESPECIALIzADO Caixa Leasing e Factoring — IFIC BCI — ALD (Moçambique)

Credip — IFIC

Locarent — C. P. A. V, S.A.

BANCA DE INVESTIMENTO E CAPITAL DE RISCO Gerbanca, SGPS A Promotora (Cabo Verde)

Caixa Banco de Investimento Garantia (Cabo Verde)

Caixa Capital

SEGUROS Caixa Seguros e Saúde, SGPS

Comp. Seguros Fidelidade Mundial

Império Bonança, Companhia de Seguros

Via Directa Companhia de Seguros

Cares Companhia de Seguros

Cares MultiAssistência, S.A.

Companhia Port. de Resseguros

GEP — Gestão de Peritagem Automóveis

EAPS — Empresa de Análise, Prev. e Seg.

Multicare — Seguros de Saúde, S.A.

SAÚDE Caixa Seguros e Saúde, SGPS S.A.

HPP Hospital Privado de Portugal, SGPS

HPP Boavista, S.A.

HPP Lusíadas, S.A.

HPP Algarve, S.A.

HPP Saúde — Parcerias Cascais, S.A.

EPS — Gestão de Sistema Saúde

LCS — Linhas de Cuidados de Saúde

IMOBILIÁRIO Wolfpart, SGPS, S.A. Imobiliária Caixa Geral, SL

Caixa — Imobiliária, S.A.

Imocaixa — Gestão Imobiliária, S.A.

Fidelidade-Mundial, SGII

OUTRAS EMPRESAS Parcaixa, SGPS, S.A.

Caixa-Participações, SGPS, S.A.

Caixatec, S.A.

Esegur — Empresa de Seguros, S.A.

Fundação CGD — Culturgest

Parbanca, SGPS, S.A.

Organigrama Grupo Caixa Geral de Depósitos (cont.)

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O Grupo CGD continuou, em 2009, a expansão da sua actividade internacional, que foi, fundamentalmente, marcada pelo início de funcionamento do Banco Caixa Geral Brasil e pela concretização da participação no Banco Caixa Geral Totta de Angola, perspectivando-se, a curto prazo, novos bancos de investimento e desenvolvimento em Angola e Moçambique.

Por sua vez, o Caixa — Banco de Investimento (CaixaBI) teve um desempenho muito positivo, que se traduziu na obtenção de um contributo para o resultado consolidado do Grupo da ordem dos 49 milhões de euros e que representou um elevado crescimento relativamente ao ano transacto (6 milhões de euros). No capital de risco, nos últimos 2 anos, o activo líquido aumentou 30%.

A área internacional do Grupo contribuiu, em 2009, com 74 milhões de euros para o resultado consolidado da CGD, o que representa um peso de 27%, tendo o conjunto de Activos Líquidos atingido já um montante que ronda os 20 mil milhões de euros.

FIGURA 3 Expansão da Actividade Internacional da CGD - 23 Países, 4 Continentes

FIGURA 4 Rede de Distribuição Internacional (numeração correspondente à dimensão da rede distribuidora da Unidade)

ESPANHA ALEMANHA BÉLGICA

Banco Caixa Geral (211) CGD — Escritório de Representação (1) CGD — Escritório de Representação (1)

Caixa-Banco de Investimento (1) REINO UNIDO SUÍÇA

CGD — Sucursal de Espanha (1) CGD — Sucursal de Londres (1) CGD — Escritório de Representação (1)

Fidelidade Mundial — Sucursal (1) LUXEMBURGO BCG — Escritório de Representação (1)

FRANÇA CGD — Sucursal de Luxemburgo (2) ILHA DA MADEIRA

CGD — Sucursal de França (46) Fidelidade Mundial — Sucursal (1) Sucursal Financeira Exterior (1)

Fidelidade Mundial — Sucursal (1)

EUROPA

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ESTADOS UNIDOS VENEzUELA ILHAS CAIMÃO

CGD — Sucursal de Nova Iorque (1) CGD — Escritório de Representação (1) CGD — Sucursal Ilhas Caimão (1)

MÉXICO BCG — Escritório de Representação (1) BRASIL

BCG — Escritório de Representação (1) Banco Caixa Geral Brasil (1)

CGD — Escritório de Representação (1)

CABO VERDE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE ÁFRICA DO SUL

Banco Comercial do Atlântico (29) Banco Internacional de S. Tomé e Príncipe (8) Mercantile Bank (15)

Banco Interatlântico (8) MOÇAMBIqUE ANGOLA

Garantia (6) Banco Comercial e de Investimentos (71) Banco Caixa Geral Totta de Angola (11)

A Promotora (1)

CHINA CHINA - MACAU TIMOR-LESTE

CGD — Surcusal de ZHUHAI (1) Banco Nacional Ultramarino, S.A. (14) CGD — Sucursal de Timor-Leste (8)

CGD — Escritório de Representação de xangai (1) Subsidiária Offshore de Macau (1) ÍNDIA

Fidelidade Mundial — Sucursal (2) CGD — Escritório de Representação (2)

AMÉRICA

ÁFRICA

ÁSIA

Rede de Distribuição Internacional (cont.)

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EXPECTATIVASDOS STAKEHOLDERS

02.

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Como forma de melhor poder identificar e hierarquizar os temas relevantes (materiais), a integrar na Estratégia e no Relatório de Sustentabilidade, a CGD realizou uma análise de materialidade (relevância), de acordo com as directrizes da Global Reporting Initiative (GRI).

Começou por efectuar-se uma análise de benchmark para identificação e sistematização das partes interessadas e dos assuntos que têm vindo a ser mencionados com maior frequência em Relatórios de Sustentabilidade de outros bancos, bem como os critérios de selecção dos principais índices bolsistas em sustentabilidade (FTSE4GOOD e DJSI).

Realizou-se um exercício com um grupo de 40 Colabo-radores da CGD, que procederam à identificação dos stakeholders prioritários para a CGD. Estes Colaboradores procederam igualmente à escolha e hierarquização dos assuntos relevantes para a sustentabilidade, tendo em consideração a importância de cada um destes temas para a CGD, assim como a percepção que têm da sua relevância para os stakeholders externos.

Todos os assuntos identificados nas etapas anteriores foram apresentados, para escolha e hierarquização, a 316 partes interessadas representantes dos seguintes grupos de stakeholders, identificados como prioritários:

� Colaboradores � Clientes Particulares � Clientes Empresa

16 | EXPECTATIVAS DOS STAKEHOLDERS

02. ExPECTATIVAS DOS STAKEHOLDERS

DIALOGAR COM OS STAKEHOLDERS E COMPREENDER AS SUAS ExPECTATIVAS É UM DESAFIO CADA VEZ MAIS IMPORTANTE, E SOBRE O qUAL A CGD TEM VINDO A DESENVOLVER UM TRABALHO ACTIVO.

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http://sustentabilidade.cgd.pt17 | EXPECTATIVAS DOS STAKEHOLDERS

� Instituições Particulares de Solidariedade Social e Organizações Não-Governamentais � Fornecedores � Accionista � Entidades Reguladoras

Foram enviados, nos meses de Março e Abril de 2010, questionários aos grupos de stakeholders atrás referidos, tendo sido obtidas 160 respostas válidas aos inquéritos, que serviram de base à definição dos assuntos a abordar no Relatório de Sustentabilidade de 2009.

A análise aos questionários respondidos pelos stakeholders permitiu igualmente concluir o seguinte: � A maioria dos stakeholders considera que:

A CGD considera a sustentabilidade um assunto Muito importante ou Importante;A publicação de um Relatório de Sustentabilidade é Muito importante ou Importante;A publicação do Relatório de Sustentabilidade deve ser disponibilizada em formato electrónico.

� A importância da sustentabilidade para a CGD resulta, essencialmente de 3 factores:É responsabilidade da CGD, enquanto grande empresa, contribuir para o desenvolvimento sustentável;A sustentabilidade tem influência na sua imagem e reputação;A sustentabilidade representa uma nova abordagem à gestão de riscos e identificação de oportunidades.

O presente Caderno Institucional foi estruturado a partir da identificação dos assuntos materiais (que podem ser consultados na tabela seguinte).

Desta forma, a Caixa Geral de Depósitos responde às principais expectativas e questões identificadas pelos stakeholders.

TABELA 2 Temas identificados como relevantes pelos Stakeholders da CGD, por nível de relevância

+

-

qualidade do serviço e satisfação dos clientes

Papel no financiamento do tecido empresarial nacional, em especial no financiamento, em condições vantajosas, das PME

Políticas e práticas para prevenir a corrupção

Investimentos directos em organizações de solidariedade social

Políticas e práticas sobre a clareza da informação a prestar aos clientes sobre os produtos e serviços

Disponibilização de produtos/serviços que incentivem as empresas, em especial as PME, a realizar investimentos que originem uma diminuição do seu impacte ambiental, ou a que sejam criados negócios ambientalmente responsáveis

Formação e sensibilização ambiental de colaboradores

Equilíbrio entre vida profissional e pessoal

Condições de acessibilidade (física e tecnológica) para pessoas com incapacidades físicas

Medidas de eco-eficiência nas infra-estruturas

Critérios sociais na análise de riscos de crédito na banca comercial

Práticas sistematizadas de diálogo com os stakeholders

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http://sustentabilidade.cgd.pt18 | EXPECTATIVAS DOS STAKEHOLDERS

A relação que a CGD estabelece com os seus stakeholders é de diálogo permanente, conforme ilustrado na tabela seguinte, onde se identificam as formas e periodicidade de relacionamento da CGD com os stakeholders, bem como as iniciativas que a CGD desenvolve, de forma a responder aos temas considerados relevantes.

18 | EXPECTATIVAS DOS STAKEHOLDERS

As expectativas dos stakeholders são de valor intrínseco para a Caixa Geral de Depósitos, dado que possuem capacidade de influenciar a criação de valor.

TABELA 3 Identificação de expectativas e diálogo com os Stakeholders

STAKEHOLDERS

FORMAS DE RELACIONAMENTO

PERIODICIDADE

ASSUNTOS RELEVANTES IDENTIFICADOS

RESPOSTAS DA CGD

CLIENTES PARTICULARES

Inquéritos de satisfação Semestral Desempenho comercial dos colaboradores

qualidade do serviço

Políticas e práticas para prevenir a corrupção

Investimento directos em IPSS

Papel no financiamento das PME

Formação dos Colaboradores da Rede Comercial

Programa de Avaliação da qualidade de Serviço

Novo Modelo de atendimento

Formação dos Colaboradores em Prevenção do Branqueamento de Capitais e Combate ao Financia mento do Terrorismo

Projecto Caixa Relação

Fundo Caixa Fã

Relatório e Contas

Relatório de Sustentabilidade

Revista Azul Trimestral

Revista Caixa no Mundo Trimestral

Revista Caixa Woman Trimestral

Site CGD Diária

Gestão de Reclamações Diária

Inquérito Sustentabilidade Sempre que oportuno

CLIENTES EMPRESA

Inquéritos de satisfação Semestral qualidade do atendimento

qualidade do serviço

Nível de desempenho técnico dos colaboradores CGD

Papel no financiamento das empresas, em especial das PME

Políticas e práticas para prevenir a corrupção

Informação sobre valor económico gerado e distribuído

Investimentos directos em IPSS

Linhas especiais de financiamento

Programa de Satisfação das PME

Serviço e marca específicos para o segmento Empresas

Atendimento Personalizado em Gabinetes Caixa Empresas

Conselhos Abertos

Relatório e Contas

Relatório de Sustentabilidade

Revista Caixa Empresas Bimestral

Site CGD Diária

Inquérito Sustentabilidade Sempre que oportuno

Conselhos Abertos Programada, mas sem periodicidade definida

COLABORADORES Comissão de Trabalhadores Mensal Divulgação de direitos e deveres

Aplicação e consequências do Código de Trabalho

Sistema de avaliação do desempenho

Condições e vínculos laborais

Formação Profissional

Equilíbrio entre vida profissional e familiar

qualidade do serviço e satisfação dos clientes

Investimento directos na comunidade

Financiamento das empresas, em especial das PME

Reuniões mensais da Comissão de Trabalhadores com o Conselho de Administração

Plano de Formação (e-learning e presencial)

Relatório de Sustentabilidade.

Sistema de Gestão do Desempenho e Planos de Formação

Projecto navegar

Conselhos Abertos

Serviços Sociais

Oportunidades de Mobilidade interna

Intranet Diária

Newsletter Caixa Notícias Mensal

Caixa Pessoal (portal) Diária

Concurso Caixa de Ideias Anual

Caixa em Revista (revista interna)

Trimestral

Inquérito Sustentabilidade Sempre que oportuno

Conselhos Abertos Programada, mas sem periodicidade definida

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http://sustentabilidade.cgd.pt19 | EXPECTATIVAS DOS STAKEHOLDERS

A CGD encara o permanente diálogo com os stakeholders numa óptica de satisfação dos mesmos, pelo que define a estratégia de comunicação por grupo de stakeholders, ao nível de meios e conteúdos, coerentes com as suas práticas de gestão empresarial e relevância.

A conjuntura actual alavanca a visibilidade das decisões de gestão, pelo que o sucesso empresarial exige diálogo permanente com todos os stakeholders.

ACCIONISTA ESTADO

Assembleia Geral Anual Crescimento económico sustentado

Princípios de Bom Governo

Contribuição para o desenvolvimento sustentável

Cumprimento dos Princípios de Bom Governo das Empresas do Sector Empresarial do Estado

Relatório e Contas

Relatório sobre o Governo da Sociedade

Relatório de Sustentabilidade

COMUNIDADE Fundação CGD Culturgest Diária Intervenção da CGD nos seguintes domínios:

Cultura Ambiente Desporto Educação

Programa Caixa Carbono Zero

Patrocínios/Donativos

Mecenato

Relatório de Sustentabilidade

Conselhos Abertos

Fundo Caixa Fã

Saldo Positivo

Ciclo da Poupança

Protocolos estabelecidos com Universidades e Politécnicos

Anual

Projecto Orquestras Anual

Inquérito de Sustentabilidade Sempre que oportuno

Conselhos Abertos Programada, mas sem periodicidade definida

Fundo Caixa Fã Semestral

ENTIDADES REGULADORAS

Instruções específicas dos reguladores (cartas, entendimentos, recomendações)

Contínua Deveres de informação pré-contratual, contratual e pós-contratual

Reforma do sistema de supervisão financeira

Recomendações de governo societário

Política remuneratória do sector financeiro

Prevenção do branqueamento de capitais

qualificação profissional dos Colaboradores

Cumprimento da regulamentação e boas práticas do sector

Resposta às instruções específicas

Resposta às consultas públicas

Relatório de controlo interno

Relatório e Contas

Relatório de Sustentabilidade

Pedidos de esclarecimento aos reguladores

Contínua

Participação em Grupos de Trabalho

Contínua

Acções supervisão presencial Contínua

Consultas Públicas Contínua

Produção de relatórios Contínua

FORNECEDORES Inquérito de Sustentabilidade Sempre que oportuno

Disponibilização de linhas de crédito para investimentos em diminuição do impacte ambiental das empresas e promovam negócios ambientais

Medidas de eco-eficiência nas infra-estruturas

Práticas sistematizadas de diálogo com os stakeholders

qualidade do serviço e satisfação dos clientes

Relatório e Contas

Relatório de Sustentabilidade

Identificação de expectativas e diálogo com os Stakeholders (cont.)

STAKEHOLDERS FORMAS DE RELACIONAMENTO PERIODICIDADE ASSUNTOS RELEVANTES IDENTIFICADOS RESPOSTAS DA CGD

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http://sustentabilidade.cgd.pt21 | GOVERNANCE PARA A SUSTENTABILIDADE

03. GOVERNANCE PARA A SUSTENTABILIDADE

A CGD CONSIDERA A GOVERNANCE PARA A SUSTENTABILIDADE NÃO COMO UM RESULTADO, MAS COMO UM PROCESSO CONTíNUO DE GESTÃO E EFICIêNCIA qUE ENVOLVE TODA A INSTITUIÇÃO.

A CGD enquanto instituição líder e de referência tem uma responsabilidade acrescida no domínio do desenvolvimento sustentável. Engloba as políticas, os processos e as pes-soas, orientando e controlando as actividades de gestão num processo contínuo, de acordo com a objectividade, a responsabilidade e a integridade.

A sustentabilidade na CGD abrange diferentes domínios de inter ven ção e suporta-se em 4 eixos essenciais de posicionamento:

� Economicamente rentável; � Financeiramente viável; � Socialmente justa; � Ambientalmente correcta.

A definição da Estratégia de Sustentabilidade tem como principal objectivo a integração dos aspectos ambientais, sociais e de governance no core business da CGD.

Principais Eixos de Acção Estratégica de Sustentabili-dade CGD

� Identificação de assuntos relevantes em sustentabilidade. � Relato da sustentabilidade através de documentos

públicos – Relatório de Sustentabilidade. � Incorporação da sustentabilidade em Conselho pró-

prio, assumido ao mais alto nível de gestão. � Definição de Política de Ambiente. � Definição de Política de Filantropia. � Estratégia de relacionamento com os stakeholders. � Incorporação de critérios ambientais e sociais na

avaliação de risco de crédito a empresas.

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http://sustentabilidade.cgd.pt22 | GOVERNANCE PARA A SUSTENTABILIDADE

� Criação de produtos e serviços com impactes ambientais e sociais positivos, bem como de incentivos comerciais à sua venda.

Na figura seguinte são apresentadas as principais acções desenvolvidas e previstas no âmbito da estratégia definida.

A estratégia de sustentabilidade da CGD é transversal e é materializada em compromissos concretos que podem ser consultados no capítulo 10 deste caderno.

Em 2009, a sustentabilidade foi gerida pela Direcção de Comunicação e Marca, formalmente indigitada, pelo Conselho de Administração (CA), como responsável pela implementação da Estratégia de Sustentabilidade.

No entanto, para a CGD alcançar a transversalidade da Estratégia e os compromissos assumidos foi definido o Conselho de Sustentabilidade. Aprovado em Março de 2010, pelo Conselho de Administração, este modelo incorpora vários grupos de trabalho, define os órgãos de estrutura envolvidos e as suas competências, assim como todos os fluxos de informação inerentes ao seu bom funcionamento.

O Conselho de Sustentabilidade permitirá à CGD identificar riscos e oportunidades decorrentes dos impactes da sua actividade e actuar sobre os mesmos de forma pró-activa, criando valor de uma forma sustentada para a sociedade.

O Conselho de Administração assume a responsabilidade máxima na gestão do Modelo de Governance para a sustentabilidade da CGD.

2011201020092008

FIGURA 5 Implementação da Estratégia de Sustentabilidade – Principais Acções Desenvolvidas e Previstas para o Futuro

Diagnóstico em sustentabilidade

Identificação dos Assuntos Relevantes

Sustentabilidade no Modelo de Governance

Criação de Produtos com impactes ambientais — Caixa Carbono Zero e Crédito Energias Renováveis — Particulares e Empresas

Publicação do 1.º Relatório de Sustentabilidade relativo a 2008

Definição da Política Ambiental

Definição da Política de Filantropia

Criação de produtos com impactes ambientais e sociais positivos

Estratégia de envolvimento e com Stakeholders

Missão, Valores e Business Principles

Definição de Modelo de Governance para a sustentabilidade

Adesão à UNEP FI

Formalização e Implementação da Política de Ambiente

Formalização e Implementação da Política de Filantropia

Programa Caixa Carbono Zero 2010

Análise e Identificação de critérios ambientais e sociais na análise de risco

Programa Caixa Carbono Zero 2010

Definição de critérios ambientais e sociais na avaliação de riscos de crédito

Desenvolver a Comunicação Interna sobre a sustentabilidade

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CONSELHO DE SUSTENTABILIDADE

FIGURA 6 Modelo de Governance para a sustentabilidade CGD

Presidente do CA

Administrador com pelouro da Sustentabilidade

Equipa de Coordenação

Embaixador Grupo Risco

Embaixador Grupo Produtos

Embaixador Grupo Políticas e Códigos Voluntários

Embaixador Grupo Política de Ambiente

Embaixador Recursos Humanos

Embaixador Grupo Política de Filantropia

Embaixador Grupo CGD - África e Brasil

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA: DIRECÇÃO DE COMUNICAÇÃO E MARCA

OuTpuTS DOS GRUPOS

Política de Sustentabilidade

Missão, Valores e Business Principles

Acompanhamento e participação nas restantes políticas

Adesão a Organizações e a Códigos Voluntários

Análise de riscos ambientais e sociais

Identificação dos requisitos de análise de concessão de crédito

Particulares

Empresas

Fundos Imobiliários

Fundos Mobiliários

Política Ambiental

Objectivos e metas

Formação

Mensuração de eco-eficiência

Contabilidade ambiental

Estratégia de Filantropia

Áreas e Objectivos

Critérios de apoio

Informação sistemática a recolher

Implementação de medidas de melhoria do reporte de sustentabilidade

Implementação de estratégia de envolvimento com os stakeholders

Integração de requisitos ambientais na concessão de crédito e na criação de novos produtos

Potenciais parcerias — IFC (International Finance Corporation) e outros

GRUPOS DE TRABALHO

POLíTICAS E CÓDIGOS VOLUNTÁRIOS

RISCO PRODUTOS POLíTICA DE AMBIENTE

POLíTICA DE FILANTROPIA

REPORTE E STAKEHOLDERS

GRUPO CGD - ÁFRICA E BRASIL

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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A estrutura e funções do Conselho de Sustentabilidade são as seguintes:

Conselho de Administração (CA) Órgão com responsabilidade máxima.

Principais Funções:Definir a Estratégia de Sustentabilidade;Aprovar propostas apresentadas pelo Conselho de Sustentabilidade;Aprovar orçamento proposto pelo Conselho de Sustentabilidade;Dar poder aos órgãos internos de estrutura, para implementar acções.

Conselho de Sustentabilidade (CS)Órgão de reflexão estratégica e de monitorização.

Principais Funções:Analisar acções dos Grupos de Trabalho;Indicar áreas de trabalho futuras;Analisar propostas dos Grupos de Trabalho;Submeter a CA as propostas de acção e o orçamento para a sua execução.

Equipa Coordenadora (EC)Composta por elementos da Direcção de Comunicação e Marca que desenvolvem trabalho contínuo em dedicação parcial. Esta equipa é liderada por um Coordenador que tem responsabilidade formal.

Principais funções:Designar e propor ao CS o responsável operacional de cada Grupo de Trabalho;Coordenar todos os projectos aprovados;Propor novos projectos junto dos Grupos de Trabalho e do Conselho de Sustentabilidade;Acompanhar e controlar o desenvolvimento dos projectos/acções aprovadas;Apoiar e dinamizar os Grupos de Trabalho;Efectuar uma análise prospectiva de oportunidades;Efectuar preparação e/ou validação de conteúdos de sustentabilidade para suportes de comunicação interna e externa;Propor ao CS a criação de grupos de trabalho adicionais sempre que necessário.

Grupos de Trabalho (GT)Estruturas dinâmicas compostas por membros propostos pela Equipa Coordenadora ao Conselho de Sustentabili-dade. Para cada objectivo ou projecto a desenvolver, será também designado o respectivo responsável operacional.

Principais funções:Desenvolver, em colaboração com a Equipa Coordenadora, todas as acções necessárias para atingir os objectivos propostos;Elaborar, com a Equipa Coordenadora, documentação a ser enviada ao CS e/ou CA;Sugerir compromissos e metas.

A sustentabilidade é um compromisso assumido pela CGD ao mais alto nível de gestão, no qual estão também fortemente empenhados os seus Colaboradores.

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04. RESPONSABILIDADE E ÉTICA

RIGOR, CONFIANÇA, TRANSPARêNCIA E ÉTICA SÃO VALORES SEMPRE PRESENTES NA ACTUAÇÃO DA CGD. PROMOVEMOS A ExCELêNCIA DO SERVIÇO PRESTADO, A CIDADANIA, A INCLUSÃO E A IGUALDADE DE OPORTUNIDADES.

A CGD promove continuadamente a proximidade e o rigor junto dos seus clientes, do mercado e da sociedade por-tuguesa, construindo oportunidades de crescimento eco-nómico, apoiando a internacionalização das empresas e do talento nacional.

As relações de longo prazo são promovidas pela CGD, con-solidando a sua presença no ciclo de vida das famílias por-tuguesas, fomentando o desenvolvimento social por via de princípios associados a uma vida saudável e cultural-mente enriquecida, a uma consciência comunitária e prá-ticas de responsabilidade social e ambiental, a par de uma gestão financeira segura e responsável.

qUALIDADE DO SERVIÇO E SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

A melhoria contínua na excelência do serviço prestado e na satisfação dos Clientes constitui uma das priorida-des estratégicas da Caixa Geral de Depósitos.

A este nível assume particular destaque o Programa de Avaliação da qualidade do Serviço, que tem como objectivo controlar e garantir a qualidade do serviço nas Agências, Serviço Caixazul e Caixa Empresas.

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Para alcançar os objectivos delineados, a Caixa Geral de Depósitos realiza a auscultação regular do mercado e dos clientes, através de análises regulares de benchmark de satisfação e qualidade de empresas independentes, utilizando também diferentes mecanismos internos de aferição e promoção da qualidade do serviço e satisfação de clientes.

Internamente, a Caixa Geral de Depósitos, através da Direcção de Marketing, tem em curso um dos maiores programas nacionais de qualidade e satisfação de clientes, combinando: � Mais de 190 mil contactos/ano, que procuram avaliar a satisfação com o serviço, produtos e acompanhamento relacional; � Visitas mistério regulares à Rede Comercial, com o objectivo de estimar não só a qualidade técnica do

atendimento como também as dimensões comportamentais de interacção com o cliente.

A tabela seguinte demonstra os objectivos, as metodologias adoptadas e as principais actividades desenvolvidas em 2009, para avaliar a qualidade de serviço e melhorar os níveis de satisfação dos Clientes.

TABELA 5 índices de Desempenho

GESTORES DE CLIENTE CAIxA EMPRESAS (GABINETES) 79 83 + 4

AGêNCIAS 71 72 + 1

GESTORES CAIxAZUL 81 84 + 3

GESTORES DE CLIENTE CAIxA EMPRESAS (AGêNCIAS) 85 83 - 2

Média 2008Tipo de Serviço Média 2009 Evolução (pontos)

OBJECTIVOS METODOLOGIA PRINCIPAIS ACTIVIDADES EM 2009

TABELA 4 Avaliação da qualidade de Serviço — Principais actividades (2009)

Conhecer comportamentos e tendências dos consumidores de serviços bancários, avaliando o posicionamento da CGD

Análises regulares e de benchmarking a estudos independentes

Realizadas várias análises ad-hoc ao longo do ano4 Relatórios Anuais

Avaliar a qualidade do serviço prestado, níveis de satisfação, conceitos e inovações

Inquéritos telefónicosVisitas mistérioInquéritos on-lineFocus groupsInquéritos postais

10 Programas de avaliação da qualidade do serviço e satisfação dos clientesAvaliação do piloto do serviço Caixa MaisAvaliação do Gestor on-lineAvaliação do Caixa e-banking

Monitorizar resultados, partilhar e reconhecer as melhores práticas em qualidade do serviço, propor oportunidades de melhoria

Publicação de resultados, rankings, melhores práticas e oportunidades de melhoriaElaboração de Tableau de Bord da qualidadeDesenvolvimento de Reporting on-line até ao nível das agênciasIntegração de resultados nos conteúdos formativos da Rede Comercial

Apresentação de resultados em Conselho Delegado de Marketing, Comunicação e RedesPartilha de resultados com a Rede ComercialEnvio de mais de 3 800 Relatórios Individuais a agências9 Relatórios publicados na IntranetProdução de 3 Newsletters especiaisApresentação de resultados em 3 Comités de AgênciasTableau de Bord da qualidadeFerramenta de reporting on-line

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Neste contexto, os índices de desempenho (tabela 5) registaram evoluções positivas nos 2 últimos anos, tanto na qualidade do serviço, como na satisfação dos clientes. Globalmente, os resultados obtidos nos diversos programas tendem a aproxi-mar-se do patamar da “Excelência”, demonstrando a razão pela qual a CGD é sistematicamente reconhecida como um Banco de Confiança e Inovador.

Face a 2008, é no segmento de Médias Empresas (Gestores de Cliente dos Gabinetes) que se regista o maior cresci-mento global (+4 pontos), reflectindo assim os esforços dedicados a um dos segmentos prioritários para a Caixa Geral de Depósitos, os Clientes PME.

Os índices de qualidade das Agências e dos Gestores de Clientes Caixazul também apresentam uma evolução positiva, sendo a diferença dos resultados absolutos justificada pela diferenciação e personalização do serviço.

Os Gestores de Clientes Caixa Empresas da Rede de Agências (orientados para os Empresários em Nome Individual, Micro e Pequenas Empresas) representam o único modelo de serviço onde se regista uma ligeira variação negativa, muito rela-cionado com efeitos exógenos associados à própria conjuntura económica nacional.

O Impacte do Novo Modelo de Atendimento – Posto de Acolhimento (PA) na qualidade do Serviço na Satisfação dos Clientes

A correcta implementação do PA tem fortes impactes positivos no índice de satisfação das agências.Na opinião dos Clientes Particulares, o novo modelo de atendimento contribuiu para melhorar:

� O Atendimento — os Colaboradores estão mais disponíveis e os Clientes sentem-se melhor acolhidos, esclarecidos e acompanhados durante as diversas fases do atendimento na agência.

� A qualidade do tempo de permanência na agência — os Clientes sentem que é mais rápido, fácil e que se despende menos tempo a tratar das questões mais simples.

No âmbito do Projecto Caixa Relação decorreram, em 2009, em todas as Agências, as acções de dinamização local previstas. Foi assim possível concretizar este Programa Formativo destinado aos Colaboradores da Rede Comercial de Particulares, que teve como principais objectivos reforçar e desenvolver Competências de Orienta-ção ao Cliente, traduzidas na qualidade e Excelência do Atendimento, e na Capacidade de Satisfazer Expectativas e Necessidades, antecipando e propondo soluções.

Tendo por base estas preocupações, este Programa procura alinhar atitudes e comportamentos de boas práticas no âmbito destas matérias.

76% dos Clientes refere que o PA melhorou a sua satisfação.Exemplos de feedback de Clientes acerca do PA:

“Proporciona um atendimento inicial e é mais-valia para o serviço.”

“Foi bom. Eles ajudam os Clientes.”

“Simplifica o atendimento e orienta as pessoas.”

“Maior simpatia dos funcionários e redução do tempo de espera.”

“O acompanhamento do Cliente é muito mais personalizado.”

“Aumentou a privacidade no atendimento.”

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Na CGD, a qualidade do serviço e satisfação dos Clientes são também garantidas pelo trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Apoio ao Cliente, que centraliza a análise, o tratamento e as respostas a todas as sugestões e reclama-ções de clientes, desenvolvendo a sua actividade na dependência directa do Conselho de Administração.

Este Gabinete contribui para a fidelização dos Clientes ao permitir prevenir, resolver ou esclarecer um eventual motivo de insatisfação. Assume também um papel de destaque enquanto repositório de informação relevante para a avaliação de produtos, serviços, processos e modelos funcionais.

Para além disso, relata de imediato as situações anómalas identificadas e elabora relatórios periódicos de opor-tunidades de melhoria, extraindo e tratando informação em resposta a pedidos de outros Órgãos de Estrutura. Destaca-se a representação deste Gabinete nos Comités de Agências para partilha de informação sobre as princi-pais causas de insatisfação dos Clientes, bem como para antecipar possíveis causas de reclamação no âmbito de iniciativas em curso.

Os principais resultados do Relatório de Actividades do Gabinete de Apoio ao Cliente, do 2.º Semestre de 2009 (o período em análise compreende o 2.º Semestre de 2009, em comparação com o 1.º Semestre do mesmo ano) demonstram uma redução das reclamações em 5% e melhoria de todos os indicadores de desempenho.

Tem vindo a assistir-se a uma redução das reclamações recebidas (reclamações recebidas deduzidas das anula-das). Foram também deduzidas as reclamações relativas a erros de operações em máquinas de gestão centralizada, em resultado de uma diminuição das queixas sobre:

� Crédito imobiliário (redução de 30%); � Fundos de investimento (redução de 38%); � Extractos/Avisos (redução de 55%).

TABELA 6 Número de Reclamações

Total do Semestre Média diária

1.º SEMESTRE 2008 17 036 129

2.º SEMESTRE 2008 14 459 110

1.º SEMESTRE 2009 11 953 91

2.º SEMESTRE 2009 11 381 86

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A tabela seguinte demonstra a distribuição dos temas reportados em reclamações, no 2.º semestre de 2009.

Durante o 2.º Semestre de 2009 verificou-se ainda uma redução do tempo médio de resposta às reclamações.Também em 2009, a CGD registou menos reclamações por contrato, do que a média do Sistema Bancário nacional em todas as linhas de negócio da banca a retalho. Estes valores são apresentados na tabela seguinte, que inclui os Principais Resultados do Relatório de Supervisão Comportamental 2009 do Banco de Portugal.

Durante o 2.º Semestre de 2009 foram realizadas várias acções pelo Gabinete de Apoio ao Cliente, com o objectivo de melhoria contínua na qualidade do serviço CGD, como por exemplo:

� Realização de sessões de dinamização com Direcções de Negócio e de Gestão de Canal;

� Comunicação às Direcções de Negócio e de Gestão de Canal das seguintes situações:Correcção de situações que configurem desconformidade do serviço prestado;Correcção de situações em que houve conformidade com o serviço, mas não com as expectativas do Cliente (avaliar pertinência de uma evolução no serviço).

� Disponibilização pontual de estatísticas de reclamações sobre algumas temáticas.

Para além disso, este Gabinete também elaborou um relatório de oportunidades de melhoria, que sistematizou as situações a melhorar identificadas em 2009, acompanhadas das respectivas propostas de recomendação de actuação.

MEIOS DE PAGAMENTO 48%

CRÉDITO 13%

REDE COMERCIAL 12%

DEPÓSITOS E APLICAÇõES FINANCEIRAS 10%

ÁREAS AUTOMÁTICAS 9%

OUTRAS 8%

TABELA 7 Distribuição dos Grandes Temas de Reclamações (2.º semestre 2009)

TABELA 8 Resultados do Relatório de Supervisão Comportamental 2009 do BdP

Reclamações por 100 mil contratos de crédito aos consumidores e outros créditos 27 34

Reclamações por 100 mil contas de depósito à ordem 12 18

Reclamações por 10 mil contratos de crédito à habitação 17 20

Nota: No quadro anterior foram consideradas as reclamações entradas no BdP sobre estas matérias, independentemente da sua análise ter sido ou não favorável ao reclamante.

Tipo de Reclamação Média de Reclamações da CGD Média de Reclamações do Sist. Bancário

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TRANSPARÊNCIA NA COMUNICAÇÃO COM CLIENTES

O respeito integral pelos requisitos legais e normativos de informação a disponibilizar aos clientes sobre os produtos e serviços que comercializa é um compromisso prioritário para a CGD. A subscrição e respeito de códigos voluntários (Código de Conduta do Instituto Civil da Autodisciplina na Publicidade — ICAP e Código de Conduta Voluntário Europeu do Crédito à Habitação), que visam garantir um elevado grau de transparência no relacionamento com os clientes, reforçam a importância que é dada a este tema.

As comunicações de marketing, a publicidade e a promoção de produtos e serviços financeiros da responsabilidade da CGD pautam-se pelo cumprimento de todos os deveres de informação legalmente definidos.

A emissão e a publicidade de produtos e serviços financeiros da responsabilidade da CGD respeitam também os princípios gerais da identificação, da veracidade, da transparência, do equilíbrio e da clareza (de acordo com o Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2008).

De forma a evitar a ocorrência de conflitos de interesses (entre Colaboradores, Clientes e Accionista) aquando da concepção ou da comercialização dos seus produtos e serviços, a CGD dispõe de mecanismos e demais normativos internos (Código de Conduta e Princípios de Bom Governo).

Para garantir um relacionamento transparente e ético, a Caixa Geral de Depósitos promove a protecção dos seus Clientes através de diversas iniciativas:

� Adequação dos Produtos e Serviços às necessidades de cada Grupo de Clientes, disponibilizando a informação necessária à tomada de decisões, nas melhores condições de acesso:Agência – Programa de Avaliação da qualidade do Serviço e Projecto Caixa Relação;Relação Multicanal com o Cliente: Telefone e InternetExtracto Global

� Promoção de responsabilidades perante a educação financeira de clientes mais jovens: ® Lançando produtos que incentivam à poupança de médio e longo prazo (Conta CaixaProjecto, CaixaHabitação

Jovem, Caixa POPNET, Caixa POPPRAZO); ® Adoptando uma linha de comunicação na lógica de “Recomendado Ler a Dois”, dirigida a jovens e seus

encarregados de educação; ® Disponibilizando iniciativas de literacia financeira – Saldo Positivo.

O Novo Contrato de Abertura de Conta e Prestação de Serviços foi disponibilizado a todos os Clientes, desde 1 de Novembro de 2009. A entrega aos Clientes de Fichas de Informação Nor-malizada e de Pros pectos Informativos, promove a melhoria dos conteúdos na actividade de recepção dos depósitos bancários, simples e indexados.

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Aplicação de Normas de Protecção do Consumidor – Site Saldo PositivoO Saldo Positivo é um site criado como parte integrante de um programa de informação e boas práticas da CGD, no sen-tido de promover de forma responsável a literacia financeira das famílias e dos cidadãos em geral. Em 2009, foi criada uma nova área neste site, especialmente dedicada a crianças e jovens, que ensina a poupar e a gerir o dinheiro de uma forma responsável.

POLÍTICAS E PRÁTICAS PARA PREVENIR A CORRUPÇÃO, O BRANqUEAMENTO DE CAPITAIS E O FINANCIAMENTO DO TERRORISMO

Existem vários exemplos de práticas da CGD nestas áreas: O Código de Conduta CGD, dirigido a todos os seus órgãos sociais e Colaboradores; o respeito pelos Princípios de Bom Governo do Sector Empresarial do Estado; o Programa de Risco Operacional e Controlo Interno (ROCI); os planos de actividades anuais da Direcção de Audi-toria Interna que, entre outros aspectos, verificam se a legislação, regulamentos e normativos internos são respei-tados pelos diferentes Órgãos de Estrutura.

A Formação é um dos aspectos basilares de todo o sistema de prevenção, pelo que a CGD proporciona a partici-pação em seminários e cursos nacionais e internacionais, ministrando também acções de formação presencial, através da plataforma e-learning aos seus Colaboradores.

Em 2009, os Colaboradores da CGD tiveram formação específica em Prevenção do Branqueamento de Capitais e Combate ao Financiamento do Terrorismo.

A análise de riscos de corrupção, assim como a sua monitorização e follow up são efectuados no âmbito do Programa de Risco Operacional e Controlo Interno (ROCI). Este Programa transversal, responsabilidade do Comité de Risco Opera-cional e Controlo Interno, tem como principais objectivos o desenvolvimento de capacidades de gestão e a mitigação de risco operacional, e a resposta a aspectos de regulação e compliance.

Neste âmbito, a CGD adopta uma metodologia de gestão do sistema de controlo interno suportada num conjunto de orientações metodológicas e regulamentares reconhecidas como boas práticas, com destaque para a metodologia de controlo interno proposta pelo COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission.

No controlo de risco operacional, destacam-se os Planos de Actividades Anuais da Direcção de Auditoria Interna, que integraram as seguintes iniciativas em 2009:

� Auditorias presenciais:39% das Agências;33% dos Gabinetes Empresa;

� 60 acções de Auditoria a Estruturas Centrais, Sucursais e Filiais; � Actividades de auditoria contínua, das quais se destacam:

® Análise e verificação sistemática com periodicidade semanal/mensal da regularidade e da conformidade normativa de movimentos processados nas diversas áreas de negócio, realçando-se as seguintes: � Contas Internas e de Regularização (por exemplo, contas a liquidar); � Movimentação de valores em contas de Depósitos à Ordem (DO) (por exemplo, contas paradas,

branqueamento e rotação de cheques); � Despesas Diversas; � Saldos Devedores em Contas de DO (eventuais e negociados); � Verificação do Cumprimento de Despachos de Crédito; � Operações de Crédito (validação de requisitos); � Envolvimento de Clientes; � qualidade da Informação Residente na Base de Dados de Clientes; � Intervenção de Colaboradores (acessos, atribuições e movimentação de contas).

Fonte: Relatório de Actividades 2009 da Direcção de Auditoria Interna.

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Assume especial importância, no quadro da Prevenção do Branqueamento de Capitais e do Combate ao Financia-mento do Terrorismo (PBC/CFT), o efectivo e completo Conhecimento do Cliente (princípio internacionalmente designado por Know Your Customer), implementado na CGD através de Ordens de Serviço e Circulares Informativas aplicáveis a todos os Colaboradores.

O sucesso do sistema de PBC/CFT adoptado depende da forma como forem identificados e geridos os riscos de branqueamento de capitais associados: a cada tipo de Cliente; à Relação de Negócio; ao Produto; à Transacção; e à Origem ou Destino dos Fundos. Com esta abordagem baseada no risco pretende-se concentrar recursos onde são mais necessários e onde terão maior impacto, assegurando que os riscos de nível elevado são alvo de atenção redobrada.

Desta forma, em muito contribuirá para o sucesso das estratégias de PBC/CFT que se procure conhecer o Cliente, no âmbito do normal relacionamento comercial, atendendo às seguintes vertentes:1. Compreender quem é o Cliente; 2. Averiguar qual a natureza e o propósito da relação comercial que o Cliente pretende estabelecer; 3. Recolher e manter actualizada informação sobre a actividade e a situação financeira do Cliente, que permita

avaliar a legitimidade da relação de negócio com ele estabelecida; 4. Monitorizar as transacções efectuadas pelo Cliente, detectando operações pouco habituais que requeiram uma

análise mais detalhada.

CONDIÇõES DE ACESSIBILIDADE PARA TODOS

Os serviços financeiros são essenciais à perfeita integração das pessoas na sociedade. Assim, a Caixa Geral de Depósitos, como uma entidade responsável e consciente, promove a cidadania, a inclusão e a igualdade de opor-tunidades para todos.

Através do www.cgd.pt, a CGD disponibiliza conteúdos e serviços mais acessíveis, independentemente do tipo de hardware, software, infra-estrutura de rede, idioma, localização geográfica ou necessidades especiais que possam existir. A acessibilidade a páginas da internet envolve um conjunto vasto de incapacidades, incluindo dificuldades visuais, auditivas, físico/motoras, cognitivas e de linguagem, que dificultam o acesso e compreensão da informação.

Todos os Colaboradores CGD conhecem as diversas Tipologias sobre Branqueamento de Capitais/Indicadores de Suspeita.

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Vantagens para o Utilizador das Boas Práticas de Acessibilidade Web � Conteúdos e funcionalidades disponíveis nos diversos browsers existentes, com uma experiência de utilização

e visualização similar, garantindo-se deste modo uma maior usabilidade; � Acesso através do teclado aos conteúdos e funcionalidades principais (access keys); � Melhoria nos tempos de acesso aos conteúdos; � Conteúdo alternativo à multimédia e imagens; � Conteúdo complementar não visível em algumas funcionalidades que permite um maior enquadramento

e contextualização aos utilizadores que utilizem aplicações de vocalização de conteúdos como o JAWS e leitores de Braille;

� Conteúdos com informação estruturada através de títulos (headings) e listas; � Identificação do idioma dos conteúdos; � Ampliação ou redução do tamanho dos elementos do conteúdo de acordo com as necessidades dos Utilizadores;

Reforçando a orientação da CGD para a inclusão financeira de pessoas com limitações físicas ou psicológicas, destaca-se o projecto de desenvolvimento do cartão e-Escola em braille, que promove a acessibilidade a este tipo de serviços por parte dos alunos invisuais.

Acessibilidade nas Infra-estruturasA Caixa Geral de Depósitos assume também um papel responsável e pró-activo na garantia do acesso de todos às suas Agências, Gabinetes e Edifícios Centrais, pelo que 75% das instalações da Rede Comercial CGD dispõem de condições de acessibilidade adequadas a pessoas de mobilidade reduzida.

No Edifício Sede foram implementadas as alterações necessárias e adequadas em 4 elevadores para a sua utiliza-ção por pessoas de mobilidade reduzida. No Edifício da Avenida dos Aliados, no Porto, foi construída uma rampa de acesso ao espaço Caixa Automática. Na Rede Comercial foram remodeladas 43 agências de forma a garantir o fácil acesso por pessoas de mobilidade reduzida.

ASPECTOS SOCIAIS NA CARTEIRA DE CRÉDITOS DA BANCA COMERCIAL

A responsabilidade e a consciência sociais reflectem-se no core business da Caixa Geral de Depósitos. Estes aspec-tos, para além de serem comprovados pela disponibilização de vários produtos e serviços com impactes sociais positivos, são reforçados pelo facto da inclusão de aspectos sociais na análise de risco de crédito representar um objectivo estratégico da CGD.

Em 2009, o www.cgd.pt obteve a avaliação máxima atribuída pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, I.P., através do seu índice de Benchmarking da Acessibilidade Web (Web@x), sendo o único portal no sector financeiro nacional que conseguiu obter esta avaliação.O site www.cgd.pt foi considerado Caso de Sucesso Microsoft, em termos de acessibilidade.

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A crise económica internacional que afecta os mercados originou o aumento do desemprego. Muitas famílias, que até então se encontravam em condições de suportar os seus créditos à habitação, passaram a enfrentar sérias dificuldades em cumprir as suas obrigações de crédito.

Sensível a estas dificuldades, a CGD flexibilizou as regras que determinam as idades máximas de terminus dos con-tratos de financiamento, períodos de carência e deferimento de capital, de forma a permitir que os clientes possam fazer face a situações de possível incumprimento, provocadas pela crise económica.

Para além disso, a Fundimo – Sociedade Gestora de Fundos Imobiliários do Grupo Caixa Geral de Depósitos, promoveu a criação do primeiro Fundo de Arrendamento Habitacional do país, denominado Fundo de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (FIIAH) – Caixa Arrendamento(1), aproveitando a oportunidade surgida através do Orçamento do Estado 2009.

Criado com uma vertente social, permite que os agregados familiares em dificuldades económicas possam perma-necer na sua habitação própria permanente, mediante a substituição do seu contrato de crédito à habitação por um contrato de arrendamento, ficando com o direito de exercício de uma opção de compra do imóvel em condições bem tipificadas e predefinidas.

Este instrumento permite que as famílias reduzam os seus encargos, ficando com uma renda inferior à prestação que teriam de suportar se mantivessem o empréstimo, eliminando, em simultâneo, outro tipo de encargos.

Este Fundo permite igualmente disponibilizar no mercado de arrendamento, imóveis actualmente devolutos e sem utilidade social.

(1) Este Fundo entrou em actividade a 19 de Janeiro de 2009.

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http://sustentabilidade.cgd.pt37 | FINANCIAMENTO DAS PME

05. FINANCIAMENTO DAS PME

A CGD DISPONIBILIZA A OFERTA àS PME, FAVORECENDO DINâMICAS EMPRESARIAIS CONSENTâNEAS COM OS ACTUAIS DESAFIOS PARA O RELANÇAMENTO E COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA PORTUGUESA.

A Caixa Geral de Depósitos é o parceiro natural das empresas portuguesas. De acordo com a Visão Estra-tégica definida pelo Conselho de Administração e apro-vada pelo Accionista, para o triénio 2008-2010, a CGD consolida-se como uma instituição estruturante do sistema financeiro português, diferenciando-se pela sua contribuição para o desenvolvimento económico, o reforço da competitividade, e a capacidade de inovação e internacionalização das empresas portuguesas.

€29 Mil Milhões, 25% do Crédito concedido a empresas não finan-ceiras por Instituições Fi nanceiras Monetárias, em Portu gal.Taxa de crescimento anual média, em termos nominais, de 15% dos créditos concedidos às empresas não financeiras durante o período 2005–2009.

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http://sustentabilidade.cgd.pt38 | FINANCIAMENTO DAS PME

€12,8 Mil Milhões, 44% do Crédito concedido a Empresas pela CGD teve como destinatárias Pequenas e Médias Empresas.

GRÁFICO 8 Créditos bancários concedidos por IFM a empresas não financeiras em Portugal

CGD, S.A. 25%

Outras Instituições Financeiras Monetárias 75%

2005 2006 2007 2008 2009

GRÁFICO 7 Total de créditos concedidos a empresas(milhares de euros)

29 059 139

25 284 933

30 119 368

20 802 187

16 958 361

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http://sustentabilidade.cgd.pt39 | FINANCIAMENTO DAS PME

O Serviço Caixa Empresas, especificamente dirigido a PME, Micro-Empresas e Empresários em Nome Individual, reflecte a importância estratégica que o tecido empresarial português (com destaque para as PME) tem para a Caixa Geral de Depósitos.

O Caixa Empresas é a marca que consolida as soluções financeiras, de atendimento e gestores dedicados, para os vários subsegmentos de Clientes empresariais. Suportada numa rede de Gabinetes Caixa Empresas e Agências com atendimento exclusivo Caixa Empresas, a CGD dá forma a um modelo de proposta de valor através da especialização e do aconselhamento.

O desenvolvimento de uma relação de proximidade, com uma actuação proactiva, orientada para os Clientes, é a chave de sucesso do Caixa Empresas.

GRÁFICO 9 Créditos concedidos a 31/12/2009 por tipo de empresa

Grandes Empresas 56%

Médias Empresas 29%

Pequenas Empresas 15%

GRÁFICO 10 Créditos concedidos a 31/12/2009 por sector de actividade

Actividades Financeiras 23%

Construção 19%

Administração pública, defesa e segurança social 10%

Actividades imobiliárias 10%

Indústrias Transformadoras 10%

Comércio por grosso e a retalho, reparação de automóveis, de motociclos e bens pessoais e domésticos

9%

Transportes, armazenagem e comunicações 4%

Produção e Distribuição de electricidade, de água e gás 4%

Outras Actividades 11%

23%

19%

10%10%

10%

9%

4%

4%

11%

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http://sustentabilidade.cgd.pt40 | FINANCIAMENTO DAS PME

A CGD disponibiliza uma oferta estruturada e abrangente pensada de acordo com as necessidades das empresas: gestão corrente, investimento, internacionalização, direccionada a alguns sectores de actividade, nomeadamente a Restauração, o Comércio e Serviços e as Farmácias.

Para além disso, a CGD disponibiliza um conjunto de soluções que permitem às empresas a gestão diária do negócio (recebimentos e pagamentos automáticos) e gestão à distância, através do Serviço Caixa e-banking.

A aposta da CGD nas melhores PME, passa pelas PME líder. São números reveladores do desempenho da CGD em promover o negócio dos seus Clientes empresa: em 2009, das 2 700 empresas classificadas como PME Líder pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), a maioria são clientes da CGD e 20% têm este estatuto atribuído pela CGD. As empresas assim classificadas pelo Estado têm acesso, em condições especiais, a instrumentos públicos de apoio às PME, designadamente as Linhas PME Investe. Para estas empresas, a CGD disponibiliza a Oferta Caixa PME Líder.

Para complementar os subsídios atribuídos aos projectos qREN – quadro de Referência Estratégico Nacional, a CGD disponibiliza linhas de financiamento a médio e longo prazo, isentas de comissões de estudo dos projectos a financiar, que possibilitam o adiantamento, para antecipação, dos subsídios aprovados.

A Linha de Crédito Caixa Jovem Empreendedor permite o financiamento para a aquisição de equipamentos necessários ao lançamento ou desenvolvimento de pequenos negócios.

A CGD contribui para a internacionalização das empresas nacionais. Esta orientação é materializada através da disponibilização de oportunidades de financiamento específicas para a internacionalização e o negócio internacional, de onde se destacam a Oferta Ibérica e as Linhas de Crédito à Exportação.

O Fundo de Capital de Risco Caixa Empreender+, da Caixa Capital Sociedade de Capital de Risco, S.A., pretende estimular o espírito empreendedor de jovens com elevado potencial e de quadros empresariais qualificados, perspectivando-lhes condições de financiamento adequadas ao desenvolvimento de novas realidades económicas, assentes na inovação e na sustentabilidade.

O Caixa Mezzanine, também da Caixa Capital, é o primeiro fundo no mercado nacional vocacionado expressamente para realizar investimentos com a tipologia mezzanine, proporcionando formas alternativas de capitalização para as empresas de dimensão intermédia, contemplando, em especial, as especificidades das PME.

A tabela seguinte revela os valores do financiamento da CGD ao tecido empresarial nacional em 2009.

FIGURA 7 Iniciativas dirigidas ao Segmento Empresas em 2009

INICIATIVAS

Apoio ao Investimento

Oferta Permanente Diversificada

Novos Produtos e Serviços

Protocolos com Associações Empresariais e outras Entidades

Seminários e outras Acções de Divulgação de Informação

Apoio à Exportação

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BANCA DE RETALHO Solução Caixa qREN – Empresas

Créditos disponibilizados a empresas no âmbito do qREN em condições especiais para o financiamento do desenvolvimento do tecido empresarial

Crédito concedido a 31 Dez 2009 2 530

Linhas PME Investe Criadas no âmbito de protocolos com entidades governamentais para financiar, em condições vantajosas, o investimento das PME

Crédito concedido a 31 Dez 2009 424 610

Caixa PME Líder Crédito para financiar em condições vantajosas as melhores PME nacionais

Crédito concedido a 31 Dez 2009 453 330

Linha de Crédito para PME com Sociedades de Garantia Mútua

Parceria da CGD com Sociedades de Garantia Mútua com objectivo de melhorar condições de financiamento a PME portuguesas

Crédito concedido a 31 Dez 2009 594 535

Microfinanciamento Linhas de crédito para pequenos financiamentos a pequenos empreendedores em condições vantajosas

Crédito concedido a 31 Dez 2009 315

Crédito a Empresas para exportação

Apoio à exportação de empresas portuguesas para iniciativas estruturantes em Países em Vias de Desenvolvimento

Valor Contratado 1 350 000

Oferta Ibérica Linha de crédito em condições vantajosas para financiar as exportações de empresas nacionais

Crédito concedido a 31 Dez 2009 4 405

Outros créditos a empresas Produção Cinematográfica – Pré-produção

Linha de Crédito Escolas Profissionais – Programa Operacional de Potencial Humano

Linha de Crédito em parceria com o Banco de Desenvolvimento para o Conselho da Europa, para investimento no sector da educação

Crédito concedido a 31 Dez 2009 13 040

BANCA DE INVESTIMENTO Participações do Caixa Capital no capital de empresas com actividades com potencial social

A CGD participa no capital social de empresas com um elevado impacte positivo na sociedade

Valor da participação CGD 37 500

TABELA 9 Valores do financiamento da CGD ao tecido empresarial nacional em 2009

LINHA DE NEGÓCIO PRODUTO/SERVIÇO BREVE DESCRIÇÃO E OBjECTIVO VALORES (Milhares de €)

A acção da Caixa Geral de Depósitos não se esgota na oferta comercial de produtos e serviços concretos, mas também prevê a disponibilização de informação e a realização (ou o apoio à reali- zação) de eventos, que visam contribuir para o aumento da compe-titividade do tecido empresarial português, estabelecendo parcerias com diversas entidades, que proporcionam às empresas informação e conhecimentos que lhes permitem reforçar competências, moder-nizarem-se e aproveitar oportunidades de negócio.

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http://sustentabilidade.cgd.pt42 | FINANCIAMENTO DAS PME

Ao longo do ano de 2009, a CGD promoveu vários seminários e acções de divulgação de informação:

� O lançamento, em colaboração com o Jornal de Negócios, Universidades Portuguesas e Associações Empresariais Nacionais, de um ciclo de conferências denominado “CGD – Parceiro no desenvolvimento empresarial”, com o objectivo de promover o diálogo com as PME e, simultaneamente, debater temas relevantes e actuais para as empresas, bem como posicionar a CGD como “O Banco que apoia as PME”.

� O patrocínio de seminários/conferências realizadas pela Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais, para divulgação dos apoios disponíveis para as empresas do sector do ambiente.

A Rede Comercial da CGD participou na mobilização das empresas clientes, tendo sido disponibilizada informação sobre as soluções CGD, para o financiamento dos projectos de investimento apresentados pelas empresas do sector.

� A disponibilização da revista Caixa Empresas de informação às empresas, encartada no jornal Diário Económico, abordando temas de interesse empresarial: Empreender e Inovar com Sucesso, Novos desafios para as empresas. Rotas de Internacionalização para as empresas e outros, onde divulga variados exemplos de sucesso e de boas práticas. A linha editorial da revista leva em consideração o tema da sustentabilidade, ao qual é reservado um capítulo em todas as edições;

� A CGD patrocinou também seminários e conferências realizadas pela Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais, para divulgação dos apoios disponíveis para as empresas do sector do ambiente.

� Microcrédito/Microfinanciamento/Empreendedorismo Destaca-se nestas áreas:

® No microcrédito/microfinanciamento, a consolidação dos produtos criados com os protocolos celebrados com a Associação Nacional para o Direito ao Crédito — ANDC e Serviço Jesuíta de Apoio aos Refugiados — JRS. A experiência adquirida pela CGD nesta nova área de financiamento justificou a criação, em 2008, de uma Agência que centraliza todas as operações desta natureza – a Agência Central para o Microcrédito (ACM) – e que teve, em 2009, o seu primeiro ano completo de actividade;

® Na vertente do microfinanciamento, a continuidade dada às iniciativas: Linha de Crédito Caixa Jovem Empreendedor, Linha de Crédito para a Associação Nacional de PME — ANPME, Linha de Microfinanciamento, Associação Nacional de Jovens Empresários — ANJE, Linha de Crédito para a Raia Histórica e Programa FINICIA – Eixo 3 (parceria CGD, IAPMEI, SGM e Municípios) e o inicio da parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional — IEFP e as Sociedades de Garantia Mútua — SGM através da Linha de Crédito de Apoio à Criação de Empresas por Desempregados;

® Ao longo de 2009, a actividade da ACM ficou marcada pela renovação, por 3 anos, do protocolo de cooperação com a Associação Nacional de Direito ao Crédito — ANDC, o qual introduziu algumas mais-valias, nomeadamente ao nível do montante dos empréstimos concedidos, o montante máximo do crédito concedido passou de 10 000 euros para 12 500 euros, tornando-se este aumento de 25% do plafond de cada operação de microcrédito particularmente significativo nesta época de crise, pelo facto de reforçar o contributo da CGD para a dinamização da economia nacional, na área das micro-empresas e no combate ao desemprego.

® Em 2009, a ACM salienta-se pela celebração de um protocolo de cooperação com o Instituto de Emprego e Formação Profissional — IEFP, as Sociedades de Garantia Mútua — SGM e a Sociedade de Investimento, S.A. — SPGM, que consistiu na criação de uma Linha de Crédito para Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego.

� Os 13 bancos internacionais pertencentes à Aliança Connector, da qual a CGD é membro fundador, assinaram um protocolo (Memorando of Understanding que regula as relações entre os Bancos-Membros), que torna mais

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http://sustentabilidade.cgd.pt43 | FINANCIAMENTO DAS PME

fácil o apoio bancário na internacionalização das PME. A Connector é uma aliança que tem como objectivo facilitar, aos clientes de cada instituição, serviços de gestão de tesouraria internacional, em locais onde as suas próprias redes de agências não cubram as necessidades das empresas suas clientes. Não obstante, permite ainda o acesso aos serviços de parceiros fortes nos seus respectivos mercados domésticos.

� A CGD assinou com o BEI um empréstimo de € 175 milhões para PME e outras entidades. Este empréstimo

tem por objectivo apoiar projectos de investimento das PME nacionais na União Europeia e em Portugal, no caso das outras entidades. Incluem-se os sectores da indústria, do turismo, serviços e infra-estruturas e ainda projectos que visem a protecção do ambiente, a economia de energia ou o desenvolvimento das tecnologias de informação. Esta linha encontra-se disponível até Abril de 2011, direccionando-se para investimentos de pequena e média dimensão.

Neste âmbito também o Grupo CGD ao longo do ano de 2009 promoveu vários seminários e acções de divul - gação de informação:

� O Grupo Caixa Geral de Depósitos reuniu gestores de topo e quadros das suas estruturas em Portugal e Espanha, com o objectivo de avaliar as suas estratégias no espaço ibérico e de promover o intercâmbio e a articulação entre as suas redes. O encontro reuniu cerca de 120 participantes e contou com a participação de empresários portugueses e espanhóis que falaram dos seus projectos e experiências empresariais nos 2 países.

O Grupo CGD irá prosseguir, em 2010, a execução do seu Programa Estratégico para o triénio 2008/2010, com os ajustes e incidências particulares que a conjuntura ditou.

Assim, mantêm-se válidas a missão que o Accionista cometeu à CGD, salientando-se de entre as Directrizes Estratégicas as seguintes:

� Apoio às empresas não-financeiras e, muito particularmente, às PME (através da concessão de crédito e financiamento do investimento, do capital de risco e de desenvolvimento, dos fundos de investimento e de reestruturação, de project finance, entre outros);

� Apoio ao sector exportador e à internacionalização das empresas, designadamente, através das linhas de crédito e da dinamização do trade-finance;

� Apoio ao empreendedorismo e à capitalização das empresas;

� Apoio ao reforço da competitividade (esforço de produtividade, inovação, conteúdo tecnológico e marca), às reestruturações e ao associativismo e integração em redes de produção e de distribuição das empresas.

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www.cgd.pt/sustentabilidade45 | PRODUTOS E SERVIÇOS COM IMPACTES POSITIVOS NO AMBIENTE

No âmbito do programa de sustentabilidade que a CGD tem vindo a desenvolver, alicerçado no Programa Caixa Carbono Zero 2010, deu-se continuidade à Solução Caixa Empresas - Energias Renováveis, materializada num pacote competitivo para empresas que fazem investimentos na área das energias renováveis — solares térmicas e fotovoltaicas, hídricas e eólicas que visem a poupança de energia e microgeração — bem como a instalação de parques para a produção de energia.

A Campanha Solar Térmico 2009, criada no âmbito de um protocolo celebrado com os Ministérios das Finanças e da Economia e Inovação, incluía uma linha de crédito pessoal para aquisição e instalação de painéis solares térmicos em habitações já existentes, bem como uma linha complementar à compra/construção de nova habitação, para aquisição e instalação do mesmo equipamento.

A Caixa Geral de Depósitos evi-denciou o melhor desempenho comercial entre as Instituições Financeiras aderentes.

06. PRODUTOS E SERVIÇOS COM IMPACTES POSITIVOS NO AMBIENTE

INTEGRAMOS OS ASPECTOS AMBIENTAIS NO NOSSO CORE BUSINESS, DISPONIBILIZANDO NAS LINHAS DE NEGÓCIO UM CONJUNTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS COM IMPACTES POSITIVOS NO AMBIENTE.

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http://sustentabilidade.cgd.pt46 | PRODUTOS E SERVIÇOS COM IMPACTES POSITIVOS NO AMBIENTE

Mais de 2 000 contratos de financiamento nos primeiros 45 dias de campanha, representando 45 novos finan-ciamentos por dia.

Em 2009 foi efectuado o lançamento de novos protocolos no âmbito das Energias Renováveis (Bosch, Efacec, BP e Sport Lisboa e Benfica), o alargamento às Instituições Particulares de Solidariedade Social — IPSS e clubes desportivos da campanha Solar Térmico 2009, assim como o lançamento das Linhas Especiais — Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

No entanto, as ofertas de produtos de banca de retalho com impactes ambientais positivos da CGD não se resumem às linhas de financiamento da banca comercial. Neste âmbito, foram criados:

� O Cartão de Crédito Caixa Carbono Zero. Este cartão, para além de ser fabricado num plástico reciclável e isento de cloro, permite a compensação de

emissões de CO2e e a protecção da biodiversidade, através do apoio directo à reflorestação da Tapada Nacional de Mafra. Para reduzir ainda mais o seu impacte, as emissões de Gases com Efeito de Estufa — GEE resultantes das actividades necessárias para produzir e levar o cartão até ao Cliente, são contabilizadas e compensadas;

� Em 2009, a CGD disponibilizou o depósito estruturado Caixa Carbono Zero 2010 dirigido a investidores vocacionados para o curto prazo e com algum conhecimento dos mercados de commodities e de emissões de GEE.

A oferta financeira inovadora da Caixa Geral de Depósitos evidencia a integração dos aspectos ambientais de uma forma transversal, a todas as suas linhas de negócio.Esta integração é reforçada pelas sinergias geradas pelos produtos de outras empresas do Grupo CGD, nomeadamente a Caixa Gestão de Activos — Caixagest e o Caixa Banco de Investimento — Caixa BI.

Para além destas linhas de financiamento, a CGD disponibiliza, a título permanente, o Crédito Pessoal Energias Renováveis, que oferece condições especiais aos clientes particulares, para aquisição de equipamentos de energias renováveis.

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http://sustentabilidade.cgd.pt47 | PRODUTOS E SERVIÇOS COM IMPACTES POSITIVOS NO AMBIENTE

BANCA DE RETALHO Cartões Cartão de Crédito Caixa Carbono Zero, que permite aos seus utilizadores financiar a compensação de emissões de GEE

Valores transaccionados 1 832

Crédito a Empresas Caixa Empresas - Energias renováveis, para promover o investimento das empresas em energias renováveis

Capital contratado a 31–12-2009

710

BEI xIV e MID CP I – Financiamento de projectos de investimento que visem a inovação, as energias renováveis e a eficiência energética

Capital contratado a 31–12–2009

250 000

Crédito a particulares Crédito pessoal energias renováveis, com condições especiais para clientes particulares que desejem adquirir equipamentos geradores de energias renováveis

Capital contratado a 31–12-2009

13 558

Produto Estruturado Caixa Carbono Zero 2010, cuja rendibilidade está indexada à cotação de um contrato de futuro sobre Certificados de Redução de Emissões de GEE

Situação do fundo a 31–12-2009

14 564

GESTÃO DE ACTIVOS FEI Aberto Caixagest Energias Renováveis

Fundo Especial de Investimento que só investe em energias renováveis e outras actividades relacionadas

Volume sob gestão 31-12–2009

42 037

BANCA DE INVESTIMENTO Participações do CAIxA BI no capital de empresas com actividades com potencial ambiental

A CGD detém participações no capital social de empresas que desenvolvem actividades e/ou produzem e vendem produtos com impactes positivos no ambiente

Participação CGD em 2009 29 085

Participações do Caixa Capital, no capital social de empresas com elevado potencial ambiental

A CGD participa no capital social de empresas com um elevado impacte positivo no ambiente

Valor da participação CGD 31 100

Financiamento de projectos com potencial ambiental

A CGD financia empresas que oferecem bens e serviços, com elevados impactes positivos no ambiente

Valor libertado e contratado em 2009

506 710

TABELA 10 Produtos CGD com Impactes Positivos no Ambiente

LINHA DE NEGÓCIO PRODUTO/SERVIÇO BREVE DESCRIÇÃO E OBjECTIVO DO PRODUTO VALORES (Milhares de €)

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http://sustentabilidade.cgd.pt49 | PROGRAMA AMBIENTAL E ECO-EFICIÊNCIA

Os principais pilares da Estratégia de Sustentabilidade da CGD a nível ambiental são:

� O Programa Caixa Carbono Zero 2010; � A formação e a sensibilização ambiental de Clientes,

Colaboradores e Comunidade; � A criação de produtos e serviços com impactes am -

bientais positivos, bem como de incentivos comer-ciais à sua venda (informação mais detalhada sobre este assunto pode ser encontrada no Capítulo 6).

As medidas consideradas mais relevantes neste âmbito são assumidas como compromissos da CGD perante os seus stakeholders, que podem ser consultadas no Capítulo 10 deste documento.

PROGRAMA CAIXA CARBONO zERO 2010

O Programa Caixa Carbono Zero 2010 é o programa estratégico da CGD para as alterações climáticas, tendo como objectivo essencial contribuir para a redução do impacte ambiental da CGD, numa lógica de desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo que procura induzir boas práticas junto dos seus stakeholders.

Este Programa tem também como objectivos:

� Concretizar a responsabilidade de redução de emis sões da actividade da CGD;

� Responder ao desafio de colocar no mercado novas soluções financeiras, que facilitem o acesso a bens e serviços de baixo carbono;

� Promover, junto de todas as partes interessadas, o conheci-mento, bem como a adopção de comportamentos que reduzam a intensidade carbónica e energética das suas actividades.

07. PROGRAMA AMBIENTAL E ECO-EFICIêNCIA

A CGD INVESTE NO COMBATE àS ALTERAÇõES CLIMÁTICAS, ATRAVÉS DA RESPOSTA àS NOVAS ExIGêNCIAS DE UMA ECONOMIA DE BAIxO CARBONO.

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Mais conhecimento: Conhecer as emissões de Gases com Efeito de Estufa — GEE das actividades e definir metas quantificadas para a sua redução;

Mais eficiência: Obter ganhos de eficiência económica através de ganhos de eficiência energética e da utilização de energias renováveis; Avaliar o desempenho e a eficácia ambiental das medidas de redução implementadas; Desenvolver novos negócios; Apreender as exigências, os impactes e as oportunidades de uma economia de baixo carbono sobre o negócio da CGD e dos seus Clientes; Reforçar a liderança no mercado nacional, com novas soluções de apoio e incentivo aos seus Clientes, para redução da sua factura energética, das emissões de carbono e dos potenciais riscos associados.

Fazer a diferença: Diferenciar o perfil corporativo de responsabilidade ambiental e social da CGD; Financiar projectos exemplares de compensação de emissões, alicerçados em critérios transparentes e aumentar o conhecimento da CGD sobre o funcionamento do mercado regulado e voluntário de carbono; Promover a literacia do carbono junto de todos os stakeholders; Dinamizar uma linha de comunicação diferenciada, coerente, consistente e sistemática em torno do tema das alterações climáticas.

Vectores de ActuaçãoO Programa Caixa Carbono Zero 2010 é composto por 5 vectores de actuação, que vão desde a disponibilização de informação sobre as emissões de carbono, até à comunicação ambiental dirigida a todos os stakeholders. A redução de consumos de energia e emissões, assim como a sua compensação, e oferta de negócios de baixo carbono, também não são esquecidos.

OS 5 VECTORES DE ACTUAÇÃO OBjECTIVOS

VECTOR 1 (V1) — INFORMAÇÃO CAIXA INFORMA SOBRE EMISSõES DE CARBONO

Conhecer, caracterizar e monitorizar o perfil de emissões de GEE resultantes das operações da CGD;

Definir, em 2010, metas de redução e formas de compensação, apoiando a definição de metas internas de compensação de emissões;

Avaliar o desempenho e a eficácia ambiental das medidas internas de redução.

VECTOR 2 (V2) — ACÇÃO INTERNACAIXA REDUz CONSUMOS DE ENERGIA E EMISSõES DE CARBONO

Optimizar o consumo de energia;

Reduzir a intensidade carbónica da energia consumida através do consumo de energias renováveis;

Optimizar a mobilidade dos Colaboradores;

Minimizar a produção de resíduos e promover a reutilização e a reciclagem.

VECTOR 3 (V3) — COMPENSAÇÃO CAIXA COMPENSA EMISSõES DE CARBONO INEVITÁVEIS

Compensar as emissões inevitáveis – Floresta Caixa Carbono Zero;

Investir em projectos com benefícios ambientais(1);

VECTOR 4 (V4) — MERCADO CAIXA NEGÓCIOS DE BAIxO CARBONO

Oferecer produtos e soluções financeiras de baixo carbono (pode ser encontrada mais informação sobre este tema no Capítulo 6).

VECTOR 5 (V5) — CAIXA COMUNICAÇÃOCAIXA COMUNICACAIxA CARBONO ZERO

Desenvolver iniciativas que promovam a sensibilização ambiental de clientes e da sociedade.

TABELA 11 Vectores de actuação do Programa Caixa Carbono Zero 2010

(1) A quantificação destes objectivos será realizada em 2010.

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ECO-EFICIÊNCIA NAS INFRA-ESTRUTURAS

Uma das principais preocupações da Caixa Geral de Depósitos passa pela diminuição dos impactes ambientais que resultam da sua actividade.

A CGD desenvolve vários exemplos de projectos e iniciativas destinados a contribuir para a melhoria da eco-eficiência das suas instalações.

Iniciativas de Redução dos Impactes Ambientais resultantes da actividade

1. Instalação de sistemas solares fotovoltaicos em 68 Agências, durante 2009, que são unidades de microgeração.

2. Instalação da Central Solar Térmica no Edifício Sede em Lisboa, em funcionamento desde 2008 que permitiu poupar electricidade, no equivalente a 930 Mwh.

3. Certificação energética dos seguintes Edifícios Centrais: Avenida dos Aliados, no Porto; Avenida 5 de Outubro, em Lisboa; Avenida de França, no Porto; Olaias, em Lisboa; Praça da Liberdade, no Porto.

4. Intervenções sistemáticas efectuadas no domínio da eficiência energética nos Edifícios Centrais, em especial nos sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado — AVAC (optimização de regimes de funcionamento, instalação de equipamentos mais eficientes) e de iluminação (instalação de balastros electrónicos e ajuste de horários). Intervenções pontuais nos sistemas de AVAC e iluminação de um conjunto de agências e foram instalados balastros electrónicos em todos os letreiros de identificação.

5. Ao nível das tecnologias de informação e comunicação, o programa de gestão de energia de computadores pessoais (encerramento automático à noite e ao fim de semana) e a substituição de periféricos de impressão por equipamentos multifuncionais, permitiu também reduzir consumos.

6. Eficiência energética nas tecnologias de informação e comunicação: através da consolidação e virtualização de servidores, da implementação de um sistema centralizado de encerramento de computadores pessoais no final dos dias úteis e da instalação de equipamentos multifuncionais de impressão mais eficientes, a CGD obteve poupanças significativas nos consumos de electricidade das suas instalações. Entre 2006 e 2009 este conjunto de medidas produziu uma poupança global verificada de cerca de 5,1 GWh/ano no consumo de electricidade dos Edifícios Centrais da CGD, S.A., o que representa, em média, uma redução de cerca de 2 400 t CO2e /ano.

7. Encaminhamento de cerca de 50% do total de resíduos produzidos para soluções de reciclagem e valorização, que evitará emissões superiores a 250 toneladas de CO2e /ano.

INICIATIVAS DE COMPENSAÇÃO

A CGD definiu um Programa de Compensação para as emissões inevitáveis. O investimento é canalizado pelo Projecto Floresta Caixa Carbono zero, que é constituído por um conjunto de áreas florestais que, para além de servirem para uma efectiva compensação de emissões, cumpre os seguintes requisitos necessários à preservação da biodiversidade:

� Possuem uma percentagem superior a 80% de espécies autóctones da floresta portuguesa; � Não apresentam espécies classificadas como invasoras; � São geridas de acordo com um Plano de Gestão Florestal, que garante um período mínimo de exploração de 30 anos

e que, para além dos requisitos legais, integra medidas adicionais de prevenção de incêndios e protecção ambiental;

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� Possuem um plano específico de monitorização de sequestro de carbono ao longo de todo o período de exploração; � Foram instaladas – através de plantação, sementeira ou regeneração natural – num período máximo de 8 anos

prévio à sua integração no projecto Floresta Caixa; � Estão em áreas que não possuíam ocupação florestal nos 6 anos anteriores à instalação, com excepção

de áreas ardidas e povoamentos florestais que tenham sido objecto de abate por razões fitossanitárias, de degradação ou de desadequação das espécies.

A Tapada Nacional de Mafra é a primeira área a participar na Floresta Caixa Carbono Zero, beneficiando dos fundos disponibilizados pelo cartão Caixa Carbono Zero, com um total de 50 hectares afectados, pelo incêndio de 2003 e conta com cerca de 10 000 árvores.

O projecto integra a elaboração e implementação de um plano de gestão de carbono e de um plano de acção de conservação da biodiversidade, bem como a monitorização destas 2 componentes da floresta, ao longo de 30 anos.

Durante 2009, foi elaborado o Plano de Gestão Florestal para a área intervencionada. Este plano garante a adequada integração das componentes carbono e biodiversidade e inclui as melhores práticas de gestão florestal sustentável e protecção contra incêndios.

No mesmo período, deu-se início à elaboração do Plano de Acção de Conservação da Biodiversidade. Trata-se de um plano de intervenção que permite avaliar e conservar a biodiversidade (fauna, flora e habitats) na Área Florestal, em particular na Chanquinha, e o estabelecimento de procedimentos efectivos de conservação e gestão dos “valores” naturais.

DESEMPENHO AMBIENTAL CGD EM 2009 — Grandes Números

� 2 868 toneladas de matérias-primas consumidas

� 458 Gj de gasóleo consumido nos edifícios centrais

� 1 447 Gj de gás natural consumido nos edifícios centrais

� 53 972 Gj de combustíveis (gasóleo e gasolina) consumidos pela frota própria

� 369 431 Gj de electricidade consumida nos Edifícios Centrais e Rede Comercial (apenas em Portugal continental)

� 40 191 toneladas de CO2e de emissões totais de GEE (apenas em Portugal continental)

� 815,44 toneladas de resíduos produzidos em 2009, todos enviados para reciclagem e valorização, com excepção dos resíduos urbanos e equiparados que foram envidados para incineração (resíduos produzidos no edifício sede, com excepção dos resíduos de papel e cartão de arquivo recolhidos também na rede comercial e encaminhados para reciclagem através do circuito nacional)

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De notar que este desempenho ficou a dever-se à performance da CGD, em termos de consumo de electricidade e, sobretudo ao facto, de ter sido usada uma base de quantificação das emissões diferente da utilizada em anos anteriores, na qual passou a estar disponível informação específica sobre o mix energético mensal das empresas às quais a CGD adquire energia eléctrica.

Em 2009 foi definida a Política de Ambiente da Caixa Geral de Depósitos e prevê-se a sua formalização e implementação em 2010.

Acções de Sensibilização Ambiental dirigidas a Clientes, Colaboradores e Comunidade A Caixa Geral de Depósitos desenvolveu em 2009 várias acções de sensibilização ambiental das quais se destacam:

Ciclo de Conferências «Um Alerta Global para o Desenvolvimento Sustentável»Decorreu em Abril de 2009, no Grande Auditório da Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, e foi organizado com a colaboração da Green Values.

Neste evento, que contou com a presença de diversas personalidades de renome, oriundas de vários continentes, o debate de ideias dedicado às diferentes vertentes do Desenvolvimento Sustentável alertou para a importância dos temas — Alterações Climáticas, Direitos Humanos, Sociedade da Informação e Arquitectura Sustentável.

A CGD reforçou ainda o acesso às Conferências disponibilizando-as em vídeo, na galeria de media em www.cgd.pt.

GRÁFICO 11 Consumo de electricidade nas instalações (GJ)

2008 2009 370 459 369 431

176 555 169 828193 904 199 603

Consumo de electricidade Efifícios Centrais Rede Comercial

O consumo total de electricidade nas instalações diminuiu 0,3% (diminuição de 3,8% nos edifícios centrais) apesar de se ter registado um aumento do número de agências da rede comercial.

GRÁFICO 12 Emissões de GEE resultantes do consumo de electricidade (edifícios centrais e rede comercial, toneladas de CO2e)

As emissões que resultam do consumo de electri-cidade, que representam 90% das emissões totais de CO2e da CGD, registaram uma diminuição de 25,5%.

48 366

36 010

2008 2009

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Workshop Banca & Ambiente–Financiar o Ambiente em Portugal 2009–2011Conjunto de 4 workshops que surgem do compromisso assumido pela CGD com a United Nations Environment Programme — UNEP FI — Finance Initiative, como um dos co-patrocinadores da criação do Grupo Português UNEP FI. Na adesão a este programa das Nações Unidas, a CGD assinou a Declaração Internacional da Banca sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Esta assinatura implica um compromisso público para com um conjunto de aspectos, que justificam a razão e a relevância do programa Banca & Ambiente.

Os objectivos deste programa passam por:

� Envolver o sector bancário português na antecipação dos potenciais riscos financeiros que poderão ocorrer devido a questões ambientais;

� Divulgar o tema dos riscos ambientais junto de todo o sector financeiro português e das PME; � Fornecer conhecimento e ferramentas que permitam a identificação dos principais riscos ambientais; � Promover a inclusão gradual dos riscos ambientais das empresas nas análises de crédito realizadas pelos

bancos.

Dia-a-Dia Carbono zeroÉ um guia que apresenta conselhos úteis sobre um conjunto de boas práticas que podem ser adoptadas por todos diariamente e que contribuem para a redução de emissões de CO2. Para além disso, promove a sensibilização para o tratamento de resíduos tendo como objectivo a sua reciclagem, para a racionalização nos consumos de papel e toners, bem como para formas de mobilidade com menores impactes ambientais.

Ciclo da PoupançaPrograma que disponibiliza um website e tem como objectivo sensibilizar para a necessidade de preservar o Planeta, através da poupança de recursos naturais, ligando os conceitos de poupança destes recursos e poupança financeira.

Floresta CaixaEste projecto constitui um conjunto de iniciativas da Caixa Geral de Depósitos que visam contribuir para a reflorestação e construção de uma nova floresta em Portugal, constituída por espécies autóctones, gerida de forma activa e sustentável.

Calculadora de Carbono CGDFoi lançada, em 2009, a calculadora de Carbono CGD, que permite calcular a pegada de carbono, ou seja, revela a quantidade de dióxido de carbono (CO2) e outros gases com efeito de estufa (GEE) associadas às actividades do dia-a-dia.

Concurso Design de Mobiliário com Materiais RecicladosConcurso desenvolvido pela CGD, destinado aos estudantes do Ensino Superior das áreas de Arquitectura e Design, baseado no conceito «Transformar o Velho em Novo», que pretende contribuir para a preservação dos recursos naturais, através da promoção e viabilização de alternativas de concepção e promoção de Eco Design. Desta forma, são incentivadas alternativas de produção de Design, com materiais provenientes das fileiras de reciclagem.

No âmbito deste Concurso e integrado na exposição Remade in Portugal, esteve patente no espaço Novos Talentos — Espaço Caixa, com a exposição das 5 peças finalistas das 2 edições do Concurso de Design de Mobiliário com Materiais Reciclados. Este evento decorreu de 29 de Julho a 13 de Setembro de 2009, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

Programa Nova Geração de Cientistas PolaresEste Programa resulta de uma parceria entre a Caixa Geral de Depósitos e o Comité Português para o Ano Polar Internacional. A CGD atribui Bolsas de Investigação a Jovens Cientistas, cujos estudos incidem sobre a Antárctida, versando temáticas distintas, todas elas relacionadas directamente com o problema das alterações climáticas.

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Blog O Planeta AgradeceLançado em 2007, este blog promove a sensibilização ambiental através de um amplo debate, disponibilizando ideias e boas práticas, mobilizando a sociedade em geral para uma atitude mais responsável.

A Caixa Geral de Depósitos reforça a sua acção de sensibilização ambiental através das suas publicações, onde em 2009 dedicou em todas as edições um capítulo sobre sustentabilidade:

Publicações dirigidas a Clientes e Comunidade � Revista Caixa Empresas, de periodicidade bimestral, com parte dos seus exemplares distribuídos com o jornal

Diário Económico; � Revistas Caixa Woman, Caixa Azul e Caixa no Mundo, todas de periodicidade trimestral.

A revista interna Caixa em Revista, de periodicidade trimestral, é distribuída a todos os Colaboradores do Grupo CGD (no activo e aposentados) e aos órgãos de comunicação social e tem no seu alinhamento editorial uma secção dedicada à sustentabilidade.

Iniciativas de Sensibilização Ambiental que contaram com a presença da CGDGreenfestA Caixa Geral de Depósitos marcou presença na última edição do Green Fest, com um stand próprio com materiais 100% recicláveis.

Neste evento, a CGD encetou a dinamização do stand, exibindo os filmes sobre a Central Solar Térmica do Edifício-Sede, a viagem a Svalbard com jornalistas e os vários episódios do Programa O Planeta Agradece. Para além disso, proporcionava-se ainda o acesso livre ao www.cgd.pt e à Calculadora Carbono, onde foi possível calcular a pegada carbónica.

Programa EcoCasaA CGD é Mecenas principal e exclusivo para o Sector Bancário do Programa EcoCasa da qUERCUS, que tem por principal objectivo fomentar a mudança de comportamentos com vista a uma correcta gestão da energia, promovendo assim a Eficiência Energética, com o propósito de uma melhor utilização dos recursos naturais.

Programa Chave VerdeA Caixa Geral de Depósitos reforça o seu posicionamento na promoção do turismo sustentável, apoiando, como Parceiro Institucional e Mecenas Ambiental, pelo segundo ano consecutivo, o Programa de educação ambiental Chave Verde da Associação Bandeira Azul da Europa.

SENSIBILIzAÇÃO AMBIENTAL DOS COLABORADORES

Foi aprovado o Plano de Mobilidade em 2009 que, para além do vector conhecimento, incide sobre a gestão da mobilidade em serviço, no território nacional.

Os grandes objectivos do Plano de Mobilidade passam por optimizar as viagens pendulares e em serviço dos Colaboradores, através de acções de sensibilização ambiental, nomeadamente: Induzir a utilização de serviços de comunicação à distância, promover comportamentos de eco-condução e promover o recurso ao serviço de transportes colectivos.

Neste contexto, destacam-se ainda algumas medidas em curso, como por exemplo: Realização de acções de formação interna descentralizadas através de plataformas de e-learning; Celebração de Acordos com operadores de serviços de transporte colectivo (ex: acordo CP); Operacionalização de carpooling; Colocação de infra-estruturas de parqueamento de bicicletas, na envolvente do edifício sede, em Lisboa.

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O reconhecimento do talento, o desenvolvimento das capacidades e competências dos Colaboradores e a criação de melhores condições de equilíbrio entre a sua vida profissional e a vida pessoal, continuam a ser os eixos estratégicos da CGD na gestão de Recursos Humanos, no ano de 2009.

A política de Recursos Humanos é baseada nos pila-res dos valores e cultura da empresa, do conhecimento, da comunicação e do desempenho. Nesta frente, surge a aspiração de desenvolver uma cultura empresarial mais orientada ao desempenho e de melhorar a produ-tividade dos recursos humanos, sempre no quadro da harmonia laboral. As políticas e medidas de responsa-bilidade social e familiar da CGD encontram fundamento numa cultura forte assente nos mais elevados padrões éticos — o rigor, a solidez e a confiança.

No final de 2009, a Caixa Geral de Depósitos empre-gava 10 931 Colaboradores, dos quais 93% (10 124) eram efectivos e 7% (807) contratados a termo.

Durante o mesmo período, apenas 1% dos Colaborado-res se encontrava em regime de part time e 25 encon-travam-se a desempenhar funções em representações da CGD no exterior (8 em Macau, 4 no Reino Unido e em Timor, 2 em França e no Luxemburgo, e 1 na África do Sul, na Alemanha, nos Estados Unidos da América, no Brasil e na Venezuela).

08. GESTÃO DO ACTIVO HUMANO

A CAIxA GERAL DE DEPÓSITOS CONTA COM O EMPENHO E DEDICAÇÃO DOS SEUS COLABORADORES, VERDADEIROS EMBAIxADORES DA MARCA.

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http://sustentabilidade.cgd.pt58 | GESTÃO DO ACTIVO HUMANO

Os gráficos seguintes demonstram a caracterização dos Recursos Humanos da CGD, em 2009.

GRÁFICO 15 N.º de Colaboradores por categoria e género (2009)

Administração quadros Superiores

quadros Médios

Profissionais Altamente qualificados e qualificados

Profissionais Semi-qualificados

Profissionais Não Semi-qualificados

Feminino Masculino

04

260

512

1 8872 009

3 484

2 566

31 630

115

Na distribuição por género, mantém-se a tendência para o reforço do número de mulheres, mais eviden-ciada no grupo etário dos 35 anos.

GRÁFICO 14 N.º de Colaboradores por faixa etária e género - 2009

Feminino Masculino

Mais de 65 anos

55 aos 64 anos

45 aos 54 anos

35 aos 44 anos

18 aos 34 anos

Total

5

601

1 323

2 156

1 692

5 777

18

884

1 8301 573

849

5 154

GRÁFICO 13 Colaboradores por género (%) - 2009

Feminino 53%

Masculino 47%

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A Caixa Geral de Depósitos garante a todos os seus Colabo - ra dores a igualdade de tratamento e de oportunidades, a não existên cia de qualquer tipo de discriminação e a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal.

A CGD tem ainda como objectivos estratégicos a este nível, a promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável, comunicação legalmente partilhada, aprendizagem ao longo da vida e desenvolvimento de competên-cias profis sionais e sociais e flexibilidade.

A estabilidade da equipa verifica-se através das baixas taxas de rotatividade(1), especialmente nas idades compre-endidas entre os 35 e os 54 anos. As maiores taxas de rotatividade verificam-se, para ambos os sexos, nas idades acima dos 54 anos, em virtude do final de carreira destes Colaboradores.

(1) A Taxa de Rotatividade foi calculada da seguinte forma: [(N.º de saídas durante o período)/(N.º médio de colaboradores durante o período)]x100.

GRÁFICO 16 Taxa de Rotatividade por Género e Faixa Etária (2009)

Feminino Masculino

Mais de 65 anos

55 aos 64 anos

45 aos 54 anos

35 aos 44 anos

18 aos 34 anos

26,29%

1,28% 0,60%

16,67%

50,00%

23,08%

1,15% 0,51%

17,90%

40,00%

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Equilíbrio entre Vida Familiar/Pessoal e Vida Profissional

As políticas e medidas de recursos humanos da Caixa Geral de Depósitos encontram o seu fundamento na harmonização entre Trabalho, Família, Saúde e Lazer como dimensões da vida das pessoas e da Organização.

Para que os Colaboradores continuem empenhados e dedicados no desempenho do seu papel de embaixadores da CGD, tem vindo a ser assumido o compromisso com o desenvolvimento e a felicidade daqueles que contribuem para o seu sucesso.

A este nível destaca-se o papel fundamental desempenhado pela Direcção de Pessoal, designadamente pelo Núcleo de Acção Social e pela Medicina do Trabalho, mas também pelos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos.

Desta forma, a CGD desenvolve um conjunto de acções concertadas de flexibilidade e conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar, que se encontram para além do rigoroso cumprimento da lei geral e da regulamentação para o sector.

Destacam-se alguns exemplos de iniciativas que ilustram o que atrás foi referido.

Mobilidade InternaSempre que possível, o Colaborador tem a oportunidade de transferir de local de trabalho, tendo em atenção os seguintes factores:

� Razões de saúde do Colaborador ou de qualquer membro do agregado familiar; � Sua residência e/ou do agregado familiar; � Exercício de uma actividade por parte do cônjuge; � Necessidade comprovada de assistência à família; � Necessidade comprovada da continuação de estudos.

Prorrogação de Assistência à Família em quadros de natureza excepcionalOs Colaboradores da CGD podem usufruir de uma prorrogação excepcional do período de faltas para Assistência à Família, sem perda da sua remuneração, em casos de recorte social excepcional, relacionados com doença grave, em especial nos casos que envolvem crianças.

Apoio Socioeconómico � Concessão de Crédito à Habitação. A CGD concede empréstimos para habitação permanente e secundária aos

Colaboradores, no activo e aposentados, em condições privilegiadas. Esta medida contribui para a redução de um dos maiores encargos do agregado familiar;

� Concessão de Crédito Pessoal. Este tipo de crédito permite aos Colaboradores o acesso ao financiamento bancário para diversas finalidades, nomeadamente:

® Situações excepcionais de manifesta precariedade do agregado familiar, prevenindo e intervindo em quadros socioeconómicos de sobreendividamento das famílias;

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® Assistência na doença do agregado familiar, na parte não coberta pelos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos, desde que se trate de despesas comparticipáveis por estes Serviços;

® Aquisição de material informático, em especial, com a criação da Linha Especial-Naveg@r, criada com o objectivo de proporcionar aos Colaboradores o acesso às novas Tecnologias de Informação em condições muito favoráveis;

® Despesas excepcionais com ensino e formação profissional.

� Subsídio Infantil Os Colaboradores da CGD, por cada filho, recebem um subsídio infantil, de valor que se destaca por comparação

ao praticado no Sector Bancário. A atribuição deste é iniciada no mês seguinte àquele em que a criança perfizer 3 meses de idade e estende-se até ao mês de Agosto do ano em que perfizer 6 anos.

� Subsídio de Estudo Por cada filho que frequente o ensino oficial ou oficializado, os Colaboradores recebem um subsídio de estudo. Este subsídio é atribuído anualmente, até à idade máxima de 16 anos do descendente, de acordo com a informação escolar prestada pelo Colaborador. A partir dos 16 anos a atribuição deste subsídio segue as regras dos escalões etários do abono de família.

� Subsídio de Trabalhador Estudante Os Colaboradores beneficiam do pagamento da importância correspondente ao valor das propinas ou mensa-lidades do ensino oficial.

Neste âmbito, destacam-se as políticas de não discriminação e igualdade de oportunidades nos processos de recrutamento e selecção, independentemente do género, etnia/nacionalidade, religião ou condição física. A este título foi estabelecido em 2009 um protocolo com o IEFP, para estágios de integração na vida activa de pessoas com deficiência.

� Diuturnidades e Anuidades Os Colaboradores beneficiam de um valor monetário calculado sobre o seu nível remuneratório e contado por cada 5 anos de permanência nesse nível. A partir do vencimento da 1.ª diuturnidade, os Colaboradores recebem uma antecipação do valor a abonar na próxima diuturnidade.

� Prémio de Antiguidade

Os Colaboradores que completem 10, 20 e 30 anos de bom e efectivo serviço beneficiam de um prémio de antiguidade de valor igual, respectivamente, a 1, 2 ou 3 meses da sua retribuição mensal efectiva.

� Protocolo CGD e CP A par com as preocupações ambientais, foi celebrado em 2009, com a CP Longo Curso, um Protocolo para a venda de bilhetes em regime de tarifário especial, proporcionando aos Colaboradores do Grupo CGD, a aquisição a preços mais vantajosos nos seus comboios Alfa pendular e Intercidades.

Apoio SocialOs Colaboradores têm ao seu dispor aconselhamento psicológico e social, quer presencialmente, quer por via tele-fónica, através das Técnicas de Serviço Social da Direcção de Pessoal (Núcleo de Acção Social) e da equipa de psicólogas da Medicina do Trabalho, que articulam o diagnóstico e acompanhamento de situações de âmbito diverso.

A este nível, destacam-se, as seguintes iniciativas:

� Programa de Apoio aos Colaboradores, desenvolvido pelo Núcleo de Acção Social, assenta nos princípios de confidencialidade, livre acesso e respeito pela autodeterminação e realização pessoal, intervindo em áreas como:

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® Conciliação entre o trabalho e a família, nomeadamente a assistência à família em situações de recorte excepcional; ® Processos de transferência ou de reorientação profissional com envolvente social; ® Situações de inadaptação e/ou conflito laboral; ® Situações de stress ou de crise psicossocial reactiva a eventos de vida dos Colaboradores (nomeadamente

associadas a perdas, divórcios ou lutos na família, e em contextos sócio familiares particulares); ® Apoio às chefias nas situações que exigem uma intervenção específica de carácter social; ® Atendimento social às famílias dos colaboradores, articulando com os Serviços Sociais; ® Alargamento do Programa de Prevenção Integrada das Doenças da Adicção, através de um protocolo

de colaboração com 3 instituições de tratamento — no Norte, Centro e Sul, Lisboa — assegurando resposta adequada para tratamento de Colaboradores e familiares. As problemáticas atendidas incluem prevenção de abuso do álcool, dependências químicas e jogo;

® Análise e proposta de intervenção, nomeadamente a nível de necessidades sociais de crédito pessoal resul tantes do sobreendividamento, focando-se na prevenção, aconselhamento e promoção de estilos de vida saudável;

® Apoio às famílias dos colaboradores falecidos através da orientação do processo administrativo e apoio no luto, avaliando a situação socioeconómica do agregado que justifique proposta de admissão preferencial de filhos ou cônjuge.

� Gabinete de Psicologia da Medicina do Trabalho. Criado em 2008, tem vindo a desenvolver um Programa de Análise e Intervenção nos fenómenos do Absentismo (Prolongado e Intermitente), assegurando o diagnóstico e acompanhamento das diversas situações, apoiando o processo de retoma, que inclui a adequação das condições de função/local de trabalho, intervenções no clima e relações de trabalho e estabelecimento de planos articulados de acompanhamento ou orientação para saída por reforma.

Para além disso, a Medicina do Trabalho desenvolve, numa perspectiva de prevenção, sensibilização e tratamento: consultas de nutrição, antitabagismo e rastreios diversos.

Ainda no que respeita à conciliação entre vida profissional e pessoal, realça-se o papel desempenhado pelos Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos (SSCGD), pessoa colectiva de direito público, sem fins lucrativos, com autonomia jurídica e financeira.

Os SSCGD financiam grande parte das suas actividades, dirigidas a mais de 50 000 beneficiários (Colaboradores e ex-Colaboradores, aposentados da CGD), a partir de dotações da CGD, S.A. (86% do total de financiamento em 2009) e de quotas dos seus associados (9% do total de financiamento em 2009).

Dirigidos por Colaboradores CGD eleitos de entre os seus pares, têm como Missão “apoiar os Sócios e seus fami-liares (Beneficiários) nas áreas da Saúde, da Assistência Social, da Cultura, do Desporto, do Recreio e do Lazer, mantendo sempre a sustentabilidade, presente e futura, da sua estrutura financeira”.

Os SSCGD baseiam toda a sua actividade nos seguintes Valores inerentes à sua acção: Equidade, Solidariedade, Liberdade de Esco-lha, Participação Colectiva e Diversidade, Sustentabilidade Finan-ceira e Social, Flexibilidade, Apoio Holístico e Rigor.

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Em 2009, foram estabelecidas parcerias com a Hospitais Privados de Portugal — HPP, o Carlton Life, o Lar Doce Lar, entre outras. Em cada órgão de estrutura da CGD existe um Delegado dos Serviços Sociais, eleito entre os Colaboradores, constituindo um exemplo de voluntariado e representatividade. Em 2009, realizou-se a 32.ª Assem-bleia de Delegados, afirmando os SSCGD como um elemento diferenciador da CGD no mercado, em reforço da saúde e motivação dos Colaboradores.

Os SSCGD desenvolvem actividades relacionadas com serviços de saúde, cultura, desporto, ocupação de tem-pos livres, e apoio social e financeiro aos Colaboradores da CGD seus associados, de entre as quais se destacam as seguintes Iniciativas, realizadas em 2009, de promoção da Conciliação entre Vida Familiar/Pessoal e Vida Profissional:

� Programa de Saúde Materno Infantil Disponibiliza consultas de enfermagem de saúde materna, em qualquer fase de gestação, e de saúde infantil, até ao primeiro mês de vida. Este programa de apoio abrange ainda classes de preparação para o nascimento e parentalidade.

� Acordo com a Rede Nacional de Cuidados Continuados A área dos cuidados continuados sofreu um forte impulso, com o estabelecimento de contratos preferenciais com prestadores de cuidados domiciliários e com lares e residências sociais.

� Postos Médicos dos SSCGD Existem diversos Postos Médicos e protocolos com prestadores por todo o país, sob os princípios de qualidade e liberdade de escolha dos sócios, no reforço de valências com orientação para a qualidade do serviço.

� Centro de Cultura, Desporto e Ocupação de Tempos Livres - CCDOTL O CCDOTL inclui a gestão dos complexos de apoio às actividades de cultura e desporto das diversas secções e delegações e inclui também o apoio às actividades de ocupação de tempos livres. Destacam-se a organização de colónias de férias, em condições vantajosas, para os filhos dos Colaboradores, tendo em 2009 disponibilizado cerca de 30 opções nacionais e internacionais, para uma ocupação lúdica e educativa dos tempos livres, bem como a atribuição de Bolsas de Estudo aos filhos dos Colaboradores com menores rendimentos.

� RecrutamentoAs admissões de jovens licenciados, aliadas às reformas dos Colaboradores mais idosos, permitiram uma redução da média de idades e o reforço gradual do número de Colaboradores com habilitações ao nível do Ensino Superior.

A CGD tem vindo a dinamizar junto dos candidatos, a Internet como meio privilegiado para o processo de selecção e recrutamento. Durante o ano de 2009, foram admitidos 893 novos Colaboradores com uma idade média de 27 anos, tendo-se privilegiado em 80% dos casos, a frequência de cursos superiores e em quase 90% a sua coloca-ção nas Áreas Comerciais. Ao nível do seu Programa de Estágios, a CGD promoveu oportunidades de contacto com a realidade bancária a 698 jovens estudantes e recém-licenciados.

A constituição de 19 novas equipas de Agência ao longo de 2009 e a admissão de mais de 300 novos Colabo-radores para a Rede Comercial estabelecem uma relação directa entre os objectivos estratégicos da Instituição e a actividade desenvolvida pela gestão dos recursos humanos. Também na Rede Comercial cerca de 120 Cola-boradores foram nomeados para os órgãos de Gerência e 213 para as funções de Gestor de Cliente, sem recurso a contratações do exterior, dentro de uma dinâmica que envolveu cerca de 3% do efectivo.

De acordo com a sua política de recrutamento, a CGD apoiou, igualmente, o desenvolvimento do Programa de Estágios Profissionalizantes, com acções especificamente concebidas para o conjunto de elementos seleccionados para estágio.

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FormaçãoNo conjunto dos programas de formação realizados em 2009, a CGD deu continuidade a uma estratégia de gestão do conhecimento, orientada para o desenvolvimento do talento dos Colaboradores, de acordo com as suas funções e potencial, com vista ao incremento da mobilidade interna.

O modelo de formação estabelecido para o triénio 2008/2010 foi delineado com base em objectivos estratégicos visando, a par do fomento de uma cultura de excelência assente em valores de mudança e na orientação ao cliente, qualidade e resultados, uma contribuição para a realização pessoal e profissional dos Colaboradores, em ordem à promoção do seu bem-estar e satisfação.

Foi efectuado um investimento significativo na formação vocacionada para a rede comercial, nomeadamente em cursos relativos a técnicas e práticas bancárias e nas ferramentas de reforço do novo modelo de atendimento (Consultar capítulo 4. Responsabilidade e Ética), promovendo uma atitude de excelência e de orientação para o cliente.

A formação na CGD compreende a oferta formativa interna (com cursos em plataforma e-learning e mista, tutoriais e vídeos formativos), também acedível, em casa, através do Portal – CaixaPessoal(2), e a possibilidade de frequência de cursos externos, em Portugal e no Estrangeiro, com destaque para:

� Protocolos com o Instituto de Formação Bancária — IFB e o Instituto Superior de Gestão Bancária — ISGB, para a frequência das Licenciaturas em Gestão Bancária e Gestão de Sistemas de Informação.

� Frequência de Pós-Graduações, Mestrados e Cursos de Alta Especialização.

Através de uma parceria com o IFB, foram criados módulos específicos para a CGD, adaptados ao negócio bancário.

Com o objectivo de apoiar os seus colaboradores no acesso a um nível de escolaridade mais elevado, assim como aumentar as suas qualificações, através da experiência profissional, a Caixa Geral de Depósitos suporta os custos de formação dos colaboradores que pretendam, ao abrigo do Programa Novas Oportunidades, concluir os seus estudos ao nível do 12.º ano de escolaridade. A abertura das candidaturas foi comunicada no portal Caixapessoal, tendo concorrido cerca de 56 colaboradores de todo o país.

Em 2009, a CGD proporcionou 284 313 horas de formação em gestão de competências aos seus colaboradores (crescimento de 84% em relação a 2008), centrada nas seguintes áreas: línguas estrangeiras; microinformática; formação universitária; desenvolvimento pessoal; inteligência emocional; comunicação e relacionamento inter-pessoal; liderança e coaching; formação pedagógica de formadores; eficácia pessoal.

Sistema de Gestão de DesempenhoCom o objectivo de melhor diferenciar e reconhecer o desempenho dos seus Colaboradores, a CGD tem vindo a reforçar a sua remuneração variável, já patente na Participação nos Lucros, que tem vindo a premiar o grau de contribuição de cada Colaborador para os resultados anuais da CGD, com a consolidação desde 2005, do seu Sistema de Objectivos e Incentivos Comerciais.

Este sistema tem como principais objectivos: � Promover a partilha dos objectivos da CGD, fomentando uma cultura de desempenho e de responsabilidade

individual e de equipa; � Alinhar o ciclo de avaliação com o ciclo de gestão, articulando a definição e monitorização dos objectivos

individuais e de equipa com os objectivos do Banco; � Fomentar a relação Hierarquia/Colaborador, promovendo o papel do gestor como orientador das estruturas,

estabelecendo uma verdadeira cadeia de compromisso para a realização dos objectivos da CGD;

(2) Portal com possibilidade de acesso a partir do local de trabalho ou de casa, onde o Colaborador pode consultar informação relativamente ao Banco, tornando assim disponível informação de gestão de recursos humanos a todos os Colaboradores, no momento e na forma que mais se ajustem às suas necessidades.

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� Avaliar de forma objectiva e transparente o desempenho dos Colaboradores; � Reconhecer e valorizar contributos individuais e de equipa; � Identificar as necessidades dos Colaboradores de forma a implementar as acções mais adequadas ao

desenvolvimento profissional e à melhoria contínua do seu desempenho.

Em 2009, todos os Colaboradores da CGD foram sujeitos a avaliações do desempenho, no âmbito do Sistema de Gestão do Desempenho.

A definição dos Objectivos do Sistema de Gestão do Desempenho é efectuada em “cascata”, como forma de garan-tir o perfeito alinhamento entre os objectivos estratégicos da Caixa Geral de Depósitos e os comportamentos individuais de cada Colaborador.

Comunicação A Comunicação interna é um elemento fundamental de apoio ao negócio, como instrumento motivacional e veículo privilegiado de divulgação e consolidação da cultura e valores da Caixa Geral de Depósitos.

De forma a identificar as necessidades e expectativas dos Colaboradores, a comunicação entre estes e as hierar-quias estabelece-se de forma biunívoca.

Os principais canais de comunicação que os Colaboradores podem usar para comunicar com as suas hierarquias são: � A Comissão de Trabalhadores, que reúne mensalmente com o Conselho de Administração; � A Intranet e o Portal CaixaPessoal, através dos quais podem dar feedback às diferentes iniciativas; � Inquérito realizado no âmbito da elaboração da Estratégia e do Relatório de Sustentabilidade, a partir do qual

foram identificados os assuntos, aos quais os Colaboradores atribuem maior relevância, neste âmbito.

Os principais canais utilizados pela CGD, para comunicar como os seus Colaboradores são:

� “Caixa em Revista” Publicação de comunicação interna distribuída, desde 2005, a todos os Colaboradores (no activo ou aposen-

tados), a Colaboradores de algumas empresas do Grupo CGD e aos órgãos de comunicação social. Instrumento de união, de difusão de informação sobre matérias relacionadas com o negócio, com a vida interna da empresa e com as linhas vectoriais da Estratégia de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Grupo CGD, contribuindo para que os Colaboradores sejam os primeiros a adoptar comportamentos e práticas socialmente responsáveis.

� Intranet Plataforma que permite o acesso imediato a informação fundamental para o exercício das actividades de gestão

e comerciais, bem como para a comunicação interna prévia de assuntos relacionados com a empresa. É também um veículo de realização de acções de comunicação emocional ou lúdica.

� Portal Caixa Pessoal Integrado na intranet CGD, este Portal proporciona aos Colaboradores o acesso a informação institucional, legal,

funcional e lúdica sobre a Caixa Geral de Depósitos e o seu Grupo.

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� Newsletter Caixa Notícias Esta newsletter é enviada mensalmente a todos os Colaboradores, com o objectivo de os informar sobre temas

relacionados com o negócio e com todo o tipo de actividades desenvolvidas pela CGD.

� Caixa Info e Caixa News Constituem 2 suportes de comunicação digital, com o objectivo de divulgar, de forma rápida, informações de

carácter operacional.

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O compromisso da CGD com a Comunidade é assumido pelo Conselho de Administração. Nos Conselhos Abertos, o CA visita a rede comercial e todas as estrutu-ras do Grupo CGD em diversas regiões de Portugal Continental e Ilhas, com o objectivo de conhecer, de perto, a reali dade socioeconómica do País.

Efectivamente, a CGD tem vindo a desenvolver e a apoiar iniciativas em vários eixos estratégicos. No apoio a Insti tui ções Particulares de Solidariedade Social contribui directamente para a melhoria das condições do nível de vida de muitas pessoas desfavorecidas.

Através do desempenho de um papel crucial de Mecenas Cultural em Portugal, proporciona a toda a sociedade o acesso a eventos culturais. Promove a Literacia Financeira com o objectivo de disponibilizar informação que permita que cidadãos, de todas as faixas etárias, assumam comportamentos financeiramente responsáveis.

Em 2009 a CGD investiu directa mente na Comunidade € 9 118 milhares de euros, 3,57% dos Resultados Antes de Impostos.

09. ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE

A CAIxA ASSUME UM PAPEL ACTIVO NA COMUNIDADE, PRIVILEGIANDO A CRIAÇÃO DE VALOR, qUE VISE O BENEFíCIO PúBLICO.

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Em 2009, a CGD desenvolveu iniciativas que visam o benefício público através do investimento em infra-estruturas e serviços por envolvimento comercial, em géneros e pro-bono.

GRÁFICO 17 Investimento directo na comunidade por área de intervenção

Cultura 53%

Desporto 10%

Educação Literacia financeira e formação 13%

Sensibilização ambiental 3%

Desenvolvimento económico e inovação 11%

Solidariedade 10%

GRÁFICO 18 Investimento directo na comunidade por tipo de intervenção

Mecenato 39%

Patrocínios 61%

Cerca de metade do valor investido na Comunidade (53%) foi investido na promoção de actividades culturais, salientando-se o papel da Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, que representa 44% do investi-mento global em Cultura.

TABELA 12 Iniciativas CGD de benefício público (Valores em euros)

MECENATO CGD, S.A. 1 865 715 3 403 485

MECENATO – FUNDAÇÃO CGD – CULTURGEST 1 259 392 2 087 796

SALDO POSITIVO (CGD, S.A.) 655 425 135 368

CICLO DA POUPANÇA (CGD, S.A.) 15 204 14 237

MICROCRÉDITO (VALOR DOS CRÉDITOS CONCEDIDOS) 602 000 591 832

POUPANÇA RUMOS (VALOR DOS DEPÓSITOS) 787 000 649 959

PROTOCOLOS COM INSTITUIÇõES DE ENSINO SUPERIOR nd 1 787 203

PROTOCOLOS GERAIS nd 228 481

TIPO DE CONTRIBUIÇÃO 2008 2009

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Em 2009, destacam-se as principais iniciativas, por área de intervenção, no envolvimento com a Comunidade:

1. CULTURANo domínio da actividade cultural, a Caixa Geral de Depósitos assume um papel inequívoco, com uma actuação ímpar, promovendo a Música, a Literatura, as Artes Plásticas e a Língua Portuguesa, em Portugal e no mundo.

Tendo em vista o objectivo principal de promover uma ampla difusão da cultura, a política de actuação da CGD neste domínio, integra:

� Uma acção directa como grande agente cultural, através da Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest. � Uma intervenção descentralizadora através da promoção de eventos com qualidade, mediante o desenvolvimento

de parcerias com entidades que, por todo o país, desempenham um papel fulcral na organização de iniciativas culturais de prestígio, de onde se destaca o Projecto Orquestras. Neste âmbito, a CGD conta com as Orquestras Metropolitana de Lisboa, do Norte, do Algarve e Clássica do Centro.

� Uma presença no mercado da arte contemporânea, com o enriquecimento da Colecção de Arte da Caixa Geral de Depósitos.

Fundação Caixa Geral de Depósitos – CulturgestA Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest é um dos principais veículos do apoio e de intervenção da CGD, na vida cultural portuguesa. A Fundação tem apresentado ao longo dos anos alguns milhares de exposições de artes visuais, espectáculos de dança, teatro, música (música erudita, ópera, músicas de raízes populares, jazz, espectáculos musicais), novo circo, espectáculos que cruzam diversas destas disciplinas, sessões de cinema e vídeo, conferências, leituras, ateliers, workshops, lançamento de livros, diversas actividades no domínio da leitura e do livro, da ciência e do pensamento.

O Projecto Orquestras conta com a colaboração estabelecida com a Associação Música Educação e Cultura e consiste na promoção de Concertos Caixa Geral de Depósitos, dedicados à música clássica tradicional e música de fusão, com outras vertentes artísticas.

A Colecção de Arte da Caixa Geral de DepósitosA Colecção da Caixa Geral de Depósitos definiu-se, ao longo das últimas décadas, como um importante repositório no contexto da preservação da memória da arte portuguesa recente. A Colecção reúne obras de um conjunto de artistas fundamentais da história da arte portuguesa, desde a década de 1960, assim como de artistas mais novos, com per-cursos iniciados ao longo da década de 1990. A Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest gere esta Colecção.

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Para além dos trabalhos de inventariação, documentação, conser-vação preventiva e curativa, iniciou-se, em 2009, um programa de apresentação pública do acervo, através de exposições itine-rantes, apresentadas em diversos locais do país.

A riqueza desta Colecção constitui um importante instrumento estratégico na afirmação da Caixa Geral de Depósitos, como instituição atenta à dinâmica criativa do mundo contemporâneo, empenhada em contribuir para o apoio à arte contemporânea e para a formação cultural.

Se na actividade da Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest e na divulgação da Colecção de Arte da CGD, a descentralização já surge como um objectivo importante, no âmbito das acções de apoio directo a actividades culturais, a CGD rege a sua actuação no sentido de concretizar esse objectivo.

Mas muitos mais projectos, das mais variadas áreas culturais, contam com o apoio “mecenático” da CGD assegurando-se assim uma política de intervenção cultural coerente e mais abrangente possível, no que se refere às áreas de actuação e aos públicos a que se destina.

2. LITERACIA FINANCEIRA E EDUCAÇÃONo que respeita à Literacia Financeira e Educação, destacam-se diversas iniciativas, que vão de encontro às expectativas da Comunidade:

Ciclo da PoupançaO Ciclo da Poupança é um micro site, que tem como objectivo sensibilizar para a necessidade de preservar o Planeta, através da poupança de recursos naturais, ligando os conceitos de poupança de recursos e poupança financeira – www.ciclodapoupanca.com.

Para assinalar, em 2009, o Dia Mundial da Poupança, foi concebida uma nova imagem para o site Ciclo da Poupança e foi desenvolvido um passatempo, destinado ao público mais jovem.

Saldo Positivo O Saldo Positivo é um programa de informação e boas práticas, destinado a promover a literacia financeira e incentivar a poupança, permitindo diagnosticar a situação financeira, de cada um, com rigor.

Em saldopositivo.cgd.pt, a CGD apresenta conteúdos com aplicação prática e útil na gestão diária do orçamento familiar, bem como sugestões de poupança de energia e consequente redução de consumos e despesas. Através deste site é possível aceder a ferramentas de diagnóstico financeiro, que permitem alertar para situações de endividamento excessivo, entre outras. Neste âmbito, em 2009, foi criada uma nova área, destinada ao público infantil.

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Calculadora de Carbono da CGDA Calculadora de Carbono da CGD é uma iniciativa do Programa Caixa Carbono Zero 2010, o programa estratégico da CGD para o combate às alterações climáticas. Trata-se de uma iniciativa de carácter pedagógico, que visa facilitar a quantificação das emissões associadas a actividades do dia-a-dia, apresentando soluções concretas para a sua redução. Disponível em www.calculadoracarbono-cgd.com.

Concurso de Design – Mobiliário com Materiais Reciclados – 2.ª Edição 2009Enquadrado no Programa Caixa Carbono Zero 2010, o grande objectivo do Concurso de Design de Mobiliário com Materiais Reciclados é contribuir para a preservação dos recursos naturais, através do incentivo e viabilização de alternativas de concepção e produção de Eco Design, com materiais provenientes das fileiras de reciclagem, na linha do desenvolvimento sustentável.

Destinado aos estudantes do Ensino Superior das áreas de Arquitectura e Design, este concurso, baseado no conceito “Transformar o Velho em Novo”, pretende contribuir para a preservação dos recursos naturais, através da promoção e viabilização de alternativas de concepção e promoção de Eco Design.

Remade in portugal O primeiro prémio do Concurso de Design foi também distinguido com o Prémio Remade, atribuído pelo Remade in Portugal, de que a CGD é Major Sponsor. O Prémio Remade consiste na integração da peça vencedora do Concurso da CGD no circuito de exposições do Remade in Portugal, em 2008 e 2009.

Milão foi a primeira cidade a receber a Exposição, integrando o Eco-Favo, peça vencedora do Concurso de Design da CGD.

Apoio à Investigação Científica – Programa Nova Geração de Cientistas PolaresO combate às alterações climáticas é uma prioridade do século xxI. Trata-se de um problema que não é exclusivamente ambiental. As alterações climáticas têm também implicações económicas e sociais. Os seus impactes fazem-se sentir a todos os níveis: na política, nos mercados, na qualidade de vida e no bem-estar das comunidades.

O Programa Caixa Carbono Zero 2010 concretiza a Estratégia da Caixa Geral de Depósitos para as alterações climáticas. Com este Programa, a CGD assume-se como parte activa da solução, solução essa que passa por um conhecimento cada vez maior deste fenómeno, no âmbito da ciência.

Foi apresentado o Programa Polar Português (ProPolar), no âmbito do qual está a ser levada a cabo a maior campanha científica portuguesa na Antárctida, com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).O Programa Nova Geração de Cientistas Polares, resultado da parceria entre a Caixa Geral de Depósitos e o Comité Português para o Ano Polar Internacional, constitui um passo importante na construção e divulgação da ciência polar em Portugal.

A CGD acredita que as pessoas, quando melhor informadas, gerem melhor a sua vida financeira e diminuem substancialmente os seus encargos, aumentando, em consequência, os índices de poupança.

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CGD – Banco do DesignEm 2009, a CGD assumiu ser o Banco do Design, apoiando a criação de inovação e de valor, na certeza de que o mundo e a nossa vida não seriam tão harmoniosos, sem o contributo da visão criativa do designer e do resultado do seu pensamento e criação. Através do patrocínio ao Centro Português de Design — CPD, a CGD reforça o seu posicionamento estratégico enquanto Banco direccionado para a modernidade, qualidade e excelência.

CaixamatEm 2009, a Caixa Geral de Depósitos e a Universidade de Aveiro (UA) desenvolveram a 4.ª edição do Caixamat. Este apoio da CGD resulta de uma parceria estabelecida com a Universidade de Aveiro, desde 2006, com o objectivo de fomentar o gosto pela Matemática e combater a infoexclusão, bem como o insucesso e o abandono escolar.

Trata-se de um dos projectos pedagógicos que a CGD levou a cabo, nos últimos 4 anos, em parceria com a UA e com o apoio do Ministério da Educação, que percorreu em 2009, o País de norte a sul, com o objectivo de desmistificar e estimular a aprendizagem da Matemática, através da utilização de novas tecnologias. Este roadshow recorre a uma infra-estrutura constituída por um camião especialmente preparado paraacolher experiências no campo da Física, Biologia e da Matemática, estando devidamente equipado com material informático.

Para fazer face à infoexclusão, o camião Caixamat visitou em 2009, durante 77 dias, 18 distritos do País e 35 escolas, chegando a mais de 38 500 jovens.

A Caixa Geral de Depósitos e o segmento universitárioOs jovens têm constituído, desde sempre, um segmento estratégico para a CGD que tem vindo a apostar, nos últimos anos, no desenvolvimento de produtos e serviços bancários destinados a este importante grupo, onde se englobam os estudantes universitários.

Desde 1994, que a CGD estabelece junto de mais de 120 Instituições de Ensino Superior, protocolos com diversas Universidades e Institutos Politécnicos, que se materializa, entre outras acções, na emissão do Caixa Universidade Politécnico, um cartão multi-funcional, com vertentes de identificação e bancária. Actualmente abrange mais de 300 000 utilizadores, entre alunos, docentes e não docentes das várias Universidades e Institutos.

Através da parceria entre a CGD e o Comité Português para o Ano Polar Internacional, 6 jovens cientistas têm a possibilidade de integrar e participar nos trabalhos, que as mais fortes equipas de investigação portuguesa estão a desenvolver, no âmbito dos grandes projectos de ciência polar internacional.

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Também dirigido aos estudantes, em 2009, a CGD associou-se ao Imagine Cup e desafiou os estudantes mais talentosos a “Imaginar um mundo onde a tecnologia ajuda a resolver os problemas mais graves que enfrentamos nos nossos dias”. Alguns poderão utilizar a tecnologia para ajudar alguém a ter acesso à instrução, para encontrar novas abordagens para a Medicina ou ainda para descobrir métodos de combate à desigualdade entre géneros existente em todo o mundo. Estes jovens poderão conseguir garantir a sustentabilidade do nosso planeta ou ajudar a proporcionar educação básica à escala mundial.

Prémio inovação ReformaO Grupo Caixa Geral de Depósitos, através das suas Seguradoras Fidelidade Mundial e Império Bonança, lançou em 2009, o Prémio Inovação Reforma, uma iniciativa destinada a promover e a premiar a investigação sobre a poupança para a reforma.

Trata-se de um prémio de investigação bianual que premeia trabalhos inovadores, desenvolvidos sob o tema de reforma nas áreas da economia, da psicologia e da sociologia, incentivando a criatividade e o optimismo económico e a procura de soluções com impacto efectivo na sociedade. Este Prémio constitui uma marca no envolvimento das universidades e dos investigadores.

3. SOLIDARIEDADE

O Fundo Caixa Fã é um projecto criado no âmbito da Responsabilidade Social da CGD, visando o apoio e a viabilização de projectos que se enquadram nesta área de actuação. Apoia anualmente 12 projectos estruturais, empreendidos por instituições com capacidade de execução, que garantem a concretização das iniciativas propostas.

As instituições e projectos seleccionados garantem a maior diversidade possível, quer ao nível das características e temática, quer da localização/dispersão no território nacional. São contempladas diversas áreas, como sejam a Educação, Investigação, Cidadania, Ambiente ou Solidariedade.

O Fundo Caixa Fã, associado ao cartão Caixa Fã, é uma iniciativa inovadora no mercado financeiro nacional, no que respeita à integração dos aspectos sociais e ambientais no negócio.

Para além de dotação orçamental específica, o Fundo Caixa Fã é financiado pelas receitas geradas a partir da utilização do Cartão Caixa Fã e por contribuições individuais efectuadas através das contas de solidariedade, das entidades promotoras dos projectos.

Cada conjunto de 6 projectos vigora por um período de 6 meses: de Janeiro a Junho e de Julho a Dezembro. Assim, no final de cada período, procede-se à substituição do grupo de projectos até aí em vigor.

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A Tabela seguinte apresenta as instituições apoiadas durante 2009.

Projecto Era uma vez uma árvore que dava históriasEm 2009, a CGD convidou colaboradores e clientes a participarem numa acção de Natal diferente “Era uma vez uma árvore que dava histórias” doando os seus livros numa Agência da CGD. O objectivo era carregar uma árvore de natal estante, dando uma nova vida aos livros antigos, que se mantinham em bom estado. Depois de bem carregadas, estas árvores foram oferecidas a diversas escolas e bibliotecas.

Apoio Social – Bens DoadosA CGD, todos os anos, entrega peças de mobiliário de escritório em bom estado, mas cuja utilização foi descontinuada, a instituições de solidariedade social, de utilidade pública ou de interesse comunitário.

4. MICROCRÉDITOO envolvimento da CGD na atribuição de microcrédito decorre da sua actuação e postura ao longo do tempo, caracterizada por uma forte tradição no apoio aos sectores mais desfavorecidos da população e à criação de microempresas e PME. Em 2009, a CGD continuou a conceder microcrédito a cidadãos promotores da criação do seu próprio emprego ou pequeno negócio.

TABELA 13 Fundo Caixa Fã – Instituições Apoiadas em 2009

ACADEMIA EqUESTRE JOÃO CARDIGA 30 000

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA OS DIREITOS DOS MENORES E DA FAMíLIA 25 000

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DOENTES COM LUPUS 25 000

qUERCUS 30 000

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PORTADORES DE TRISSOMIA 21 30 000

ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE FIGUEIRA 25 000

qUERCUS 30 000

CIMAGO – CENTRO DE INVESTIGAÇÃO EM MEIO AMBIENTE, GENÉTICA E ONCOBIOLOGIA 30 000

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SíNDROMA DE ASPERGER 30 000

ASSOCIAÇÃO MIMAR 30 000

JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO JOÃO DE DEUS 30 000

GRUPO DE AMIGOS DE SALIR 30 000

TOTAL ANUAL (2009) 345 000

1.º SEMESTRE DE 2009

2.º SEMESTRE DE 2009

INSTITUIÇÃO APOIADA

INSTITUIÇÃO APOIADA

VALORES EM EUROS

VALORES EM EUROS DO APOIO

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Foi criada a Agência Central para o Microcrédito (ACM), através da Linha de Apoio ao Cliente 808 200 980 ou [email protected], para esclarecimentos necessários sobre o processo de candidatura. A ACM encaminha o potencial micro empresário para a Associação Nacional de Direito ao Crédito, para que esta associação proceda ao estudo e avaliação do projecto de investimento por este apresentado.

5. VOLUNTARIADOA CGD tem uma longa tradição no apoio a instituições de solidariedade, seja através do patrocínio de eventos, da divulgação de iniciativas ou, principalmente, da criação de projectos próprios de cariz social.

Bolsa do VoluntariadoUm dos projectos mais emblemáticos surgiu quando a CGD decidiu apoiar a criação da Bolsa do Voluntariado, uma iniciativa promovida pela Associação Entrajuda. Trata-se de um projecto inovador, assente no site bolsadovoluntariado.pt, plataforma onde se encontram a procura e a oferta de trabalho voluntário.

A Entrajuda é uma Instituição Privada de Solidariedade Social que visa apoiar outras instituições de carácter social ao nível da organização e gestão, com o objectivo de melhorar o desempenho e eficiência destas instituições. A acção da Entrajuda assenta na conjugação e mobilização de esforços e boas vontades, estabelecendo uma ponte entre quem quer dar e quem precisa de receber, permitindo a criação de uma verdadeira cadeia de solidariedade, em que cada um é um elo decisivo.

Caixa de SonhosAlém dos projectos externos que a CGD apoia, muitos são também os projectos internos que a CGD tem desen-volvido. Depois do envolvimento estabelecido entre a CGD (Direcção de Comunicação e Marca) e a Associação da Terra dos Sonhos, no Natal de 2008, a CGD estabeleceu um protocolo com a instituição, visando participar na sustentabilidade da sua acção.

De recordar que a Terra dos Sonhos é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, que se dedica à realização de sonhos de crianças e jovens com doenças crónicas e/ou em fase terminal. Este protocolo estabelece formas de cooperação entre os colaboradores da CGD e a organização, sendo possível a constituição de equipas CGD, para a realização dos sonhos.

Somos CaixaSomos Caixa é outro dos projectos da CGD, desenvolvido pela Direcção de Pessoal, o qual congrega os objectivos das acções de team-building a uma participação cívica e de cidadania. A sua primeira iniciativa ocorreu em Outubro de 2009 e nela participaram os colaboradores da Direcção de Mercados Financeiros, que contribuíram para uma intervenção de obras estruturais e de decoração, em 2 camaratas da Casa do Gaiato, em Santo Antão do Tojal.

Serviços Sociais da CGD – Grupo de Dadores de SangueO espírito de voluntariado faz parte da matriz da CGD, reflectindo-se nos seus Serviços Sociais. Um bom exemplo é o Grupo de Dadores de Sangue.

Este Grupo, dinamizado pelos Serviços Sociais da CGD, é excelente exemplo de participação activa dos Colabora-dores da CGD na sociedade. Tem como único objectivo salvar vidas humanas pela dádiva desinteressada de sangue. É o maior grupo de dadores de sangue ligado a uma instituição financeira e um dos maiores a nível nacional, com cerca de 5 000 dadores inscritos, e implantação no país através de núcleos regionais.

SéniamorO Núcleo de Acção Social da CGD criou o Séniamor, que pretende sensibilizar os recém reformados da CGD para o voluntariado, orientando o aumento do tempo livre para acções vocacionadas para a comunidade.

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6. DESPORTOTambém no desporto a CGD tem um papel activo, na promoção das modalidades amadoras, contribuindo para criar condições aos jovens atletas, para que consigam representar um dia mais tarde o seu clube ou quem sabe o país. A CGD aposta no desporto, sendo condição essencial para uma vida saudável e responsável e de partilha de valores inerentes, como sejam a dedicação, lealdade, esforço e o espírito de equipa.

A CGD investe em infra-estruturas desportivas e aposta nas modalidades amadoras que alavancam a prática do desporto, contribuindo para o desenvolvimento social.

Das várias iniciativas desportivas que a CGD apoia, destacam-se as seguintes: A CGD apoia a Federação Portuguesa de Rugby A Caixa Geral de Depósitos patrocina a Federação Portuguesa de Rugby. Os “Lobos” contam com o apoio da CGD, que tem acompanhado com entusiasmo os jogos destes verdadeiros lutadores. Várias têm sido as acções da CGD para promover esta modalidade. Desde mobilizar apoiantes, oferecendo cachecóis, bandeiras e t-shirts, passando pela promoção de passatempos e oferta de viagens, sempre com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento desta modalidade, em Portugal.

CGD apoia a Associação Académica de Coimbra A Caixa Geral de Depósitos assinou um protocolo de cooperação com a Associação Académica de Coimbra (AAC). Trata-se da associação de 2 marcas fortes, com uma longa tradição de apoio ao Desporto e à Cultura. Com este Protocolo, a CGD reforça a parceria com a AAC, reafirmando-se como o Banco de apoio às diversas actividades da AAC, como a queima das Fitas, a Festa das Latas, bem como as várias modalidades desportivas e culturais da responsabilidade deste Associação.

Verão Caixa Fã 2009A CGD foi o patrocinador principal do Verão Caixa Fã 2009, um evento que apresenta 3 vertentes: desporto, ambiente e responsabilidade social.

O Verão Caixa Fã percorreu todo o país. O evento envolve as seguintes competições desportivas: Futebol de Praia, Futsal, Surf e Andebol, mas também, demonstrações de outras modalidades — Judo, Kickboxing, entre outras.

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Com a publicação do seu 1.º Relatório de Sustentabilidade em 2008, a CGD assumiu publicamente, um conjunto de compromissos que consubstanciam as suas linhas de orientação estratégicas em sustentabilidade. Na tabela que se segue, encontram-se os compromissos assumidos os seus objectivos, horizonte temporal de realização e grau de cumprimento.

10. COMPROMISSO CAIxA SUSTENTÁVEL

OS COMPROMISSOS qUE A CGD ASSUME PERMITE-NOS CONTINUAR A DESEMPENHAR UM PAPEL DE RELEVO NO CONTRIBUTO ACTIVO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

TABELA 14 Compromissos assumidos pela CGD

AMBIENTE Política de Ambiente

Define compromissos, objectivos e metas gerais de carácter ambiental aplicáveis a toda a organização. Estabelece os procedimentos de carácter geral e define a estrutura hierárquica com responsabilidade na matéria.

Definição e Implementação da Politica de Ambiente

Definição/Formalização Política de Ambiente 2009 2009 A concluir em 2010 (1)

Implementação – Sistema Gestão Ambiental 2010 Contínuo Em curso

Programa Caixa Carbono zero 2010

Programa estratégico da CGD para as alterações climáticas

quantificação de emissões CGD

Inventário anual de emissões GEE/CGD Contínuo Contínuo Cumprido Inventário de 2008

Alargamento do Programa Caixa Carbono zero ao Grupo CGD

Inventário emissões GEE Caixa Seguros 2008 - Fidelidade-Mundial, Império-Bonança e OK Teleseguros

2009 Contínuo Cumprido Inventário de 2008

(1) A Política de Ambiente ficou definida em 2009, mas a sua formalização só terá lugar em 2010

OBjECTIVOSCOMPROMISSO STATuSINICIAR FINALIzAR

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OBjECTIVOSCOMPROMISSO STATuSINICIAR FINALIzAR

AMBIENTE (Cont.) Prog. Caixa Carbono Zero (Cont.)

Redução de emissões

Definição de metas de redução – energia, mobilidade e resíduos

2009 2009 Concluído em 2010

Continuação da Instalação de Painéis fotovoltaicos na rede comercial (2)

2009 Contínuo Novo Compromisso

Plano de Mobilidade CGD – Planos de implementação e monitorização de acções

2009 2010 Em curso

Compensação de emissões directas de CO2 relativas ao ano de 2010 para a sua neutralização

Fundação Caixa Geral de Depósitos Culturgest – Carbono Zero

2009 2012 Em curso

Projectos de compensação – Definição de critérios

2009 2010 Em curso

Efectivação da Compensação A definir A definir —

E2Trade – eficiência energética nas agências

Análise de Viabilidade 2010 2010 Novo Compromisso

Implementação 2011 Contínuo Novo Compromisso

UNEP – FI

Programa Ambiental das Nações Unidas para o Sector Financeiro

Adesão à UNEP FI 2009 2009 Cumprido 2009

Promover o conhecimento sobre riscos ambientais junto dos Bancos e Empresas portuguesas

Realização de Acções “Banca e Ambiente” 2009 2011 Cumprido

Reciclagem de Resíduos

Promover a reutilização e a reciclagem.

Certificação 100R – Reciclagem 100% Garantida

Certificação do Edifício Sede 2009 2010 Em curso

COLABORADORES Gestão do Talento Gerir o desenvolvimento pessoal e a motivação de colaboradores de elevado potencial

2009 Contínuo Cumprido 2009

Criar programas de desenvolvimento dedicados à CGD em articulação com as principais Universidades

2009 Contínuo Cumprido 2009

Apoiar os colaboradores na realização/conclusão do 2.º ciclo de Bolonha (Mestrado)

2009 Contínuo Cumprido 2009

Mobilidade Interna Intensificar a divulgação de oportunidades de mobilidade interna (nacional e internacional)

2009 Contínuo Cumprido 2009

Gestão do Conhecimento Garantir pelo menos 35 horas de formação média por colaborador

2009 Contínuo Cumprido 2009

Formação Ambiental Formar e sensibilizar colaboradores na Política Ambiental. Contempla formação em produtos e serviços ambientalmente responsáveis

2010 Contínuo Em curso

Estudo de Clima Social Auscultação à satisfação dos colaboradores 2010 Contínuo Em curso

(2) O compromisso de instalar 80 centrais de micro–geração fotovoltaica, assumido no Relatório de Sustentabilidade de 2008, encontra-se integralmente cumprido.

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OBjECTIVOSCOMPROMISSO STATuSINICIAR FINALIzAR

CLIENTES qualidade – Gabinete de Apoio ao Cliente

Garantir a qualidade do serviço, através da centralização, análise, tratamento e resposta a todas as reclamações e sugestões dos clientes

Reforço das actividades proactivas e de desenvolvimento incluindo a agilização do processo de tratamento de reclamações

2009 2009 Cumprido

Garantir o cumprimento do nível de serviço definido de 10 dias e, excepcionalmente, para situações mais complexas e/ou que requeiram contactos externos, 30 dias

2009 2009 Cumprido

Carteira Microcrédito

Analisar créditos a pessoas excluídas dos circuitos de crédito convencionais, tendo como objectivo o apoio à criação de auto-emprego e de pequenos negócios

Criar condições para a sustentabilidade da carteira de microcrédito

2009 2010 Cumprido

Produtos e Serviços Ambiental e Socialmente Responsáveis

Inovar em produtos e serviços financeiros com benefícios ambientais e sociais directos, e/ou que contribuem para a minimização de impactes ambientais e sociais negativos

Criação de novos produtos e serviços 2009 Contínuo Cumprido 2009. Ver indicadores FS7, FS8 e EC9

Integração da componente ambiental e/ou social em produtos e serviços existentes

2010 Contínuo Em curso

Incentivos

Para a venda de produtos e serviços socialmente responsáveis

Estimular colaboradores para a venda de produtos e serviços ambiental e socialmente responsáveis

2010 Contínuo Em curso

Aspectos ambientais e sociais na avaliação de riscos de crédito a empresas

Promoção do conhecimento pelos colaboradores da CGD sobre riscos ambientais, associado ao projecto, em desenvolvimento com a UNEP FI, “Banca e Ambiente”

2009 2011 Cumprido

Análise e identificação de critérios ambientais que poderão vir a ser incluídos na avaliação de riscos de crédito e nas operações de project finance

2010 2012 Em curso

Financiamento PC Caixa Activa – Oferta destinada a Séniores

Combater a infloexclusão da população sénior. Inclusão de conteúdos de literacia digital. Parceria entre a CGD, Microsoft, Inforlândia e Rede de Univesidades de 3.ª Idade (RUTIS)

2010 2010(3) Novo Compromisso

Modelo de financiamento às autarquias (project finance)

Financiar projectos estratégicos das autarquias em domínios como o da eficiência energética, gestão das emissões de carbono e mobilidade urbana

2010 Contínuo Novo Compromisso

STAKEHOLDERS Estratégia de envolvimento com stakeholders

Definir uma estratégia formal de relacionamento com as partes interessadas estratégicas da CGD

Realizar o teste de relevância/materialidade (ou identifcação das expectativas face aos temas que a CGD deve desenvolver) com stakeholders externos e revisão do teste de relevância/materialidade com stakeholders internos

2010 2010 Cumprido

Iniciar estratégia formal de envolvimento com os stakeholders estratégicos da CGD

2010 Contínuo Recalendarizado para 2010

GOVERNANCE Missão, Valores e Business principles

Incluindo critérios de sustentabilidade

Definição da missão, dos valores e das linhas gerais de actuação tendo em conta questões de sustentabilidade

2009 2009 Cumprido

(3) Esta linha de financiamento poderá ser prolongada no tempo.

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OBjECTIVOSCOMPROMISSO STATuSINICIAR FINALIzAR

GOVERNANCE (cont.) Definição do Modelo de Governance para a sustentabilidade

Definir a forma como a sustentabilidade será gerida na CGD

Identificação dos vários orgãos envolvidos, definição das suas competências e dos fluxos de informação inerentes

2009 2009 Cumprido

Incorporação da sustentabilidade no Modelo de Governance CGD

Integrar os aspectos ambientais, sociais e de governance na cultura da CGD

2010 Contínuo Novo Compromisso

COMUNIDADE Política de Filantropia

Formalizar uma política formal de relacionamento com a comunidade

Formalizar política de filantropia estratégica e de envolvimento com a comunidade

2010 2010 Em curso

Contribuir para o desenvolvimento sustentável das cidades

Parceria SAER – Identificação de domínios em que a economia regional será capaz de criar riqueza em condições efectivas e sustentáveis

2010 2011 Novo Compromisso

FORNECEDORES Auscultação Conhecer assuntos prioritários em sustentabilidade dos principais fornecedores (expectativas)

2010 Contínuo Em curso

Critérios de sustentabilidade na selecção

Inserir gradualmente critérios de selecção ambientais e sociais dos fornecedores

2011 2012 A iniciar

COMUNICAÇÃO Promover a Literacia Financeira

Participar de forma activa na educação financeira dos clientes e da comunidade

Integrar o Saldo Positivo na comunicação de produto/serviço

2009 Contínuo Cumprido

Promover a Sensibilização Ambiental

Sensibilizar e educar os clientes, os colaboradores e a comunidade para a preservação do ambiente

Reforçar Comunicação Ambiente no site CGD

Reforço da comunicação do Programa Caixa Carbono Zero 2010

2009 Contínuo Cumprido 2009 (4)

Criação de Hotsite Floresta Caixa 2009 2009 Cumprido

Criação de Hotsite Nova Geração de Cientistas Polares

2009 2009 Cumprido

Integrar a componente sustentabilidade ambiental na Comunicação

2010 Contínuo Cumprido 2009

Promover o Desenvolvimento Sustentável

Usar todos os canais de comunicação da CGD para promover o desenvolvimento sustentável

Ciclo de Conferências – Um Alerta Global para o Desenvolvimento Sustentável

2009 2009 Cumprido

Reforçar a comunicação sobre sustentabilidade no www.cgd.pt, em português e inglês

2010 Contínuo Novo Compromisso

Desenvolver a comunicação interna sobre sustentabilidade

2011 Contínuo Novo Compromisso

(4) Ver abordagem de gestão ambiental, no caderno técnico GRI.

Nota: Para um correcto entendimento da tabela de compromissos, note-se que o status indicado para os compro-missos posteriores a 2009, indicam o grau de concretização existente à data de publicação deste relatório (pos-terior a 31 de Dezembro de 2009).

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CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.

Av. João xxI, n.º 63 - 1000 - 300 Lisboa

Capital Social: EUR 4 500 000 000

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.º 2900/930902

Pessoa Colectiva n.º 500 960 046

Este Relatório de Sustentabilidade 2009 é carbono zero. As emissões de gases com efeito de estufa geradas pela sua produção são compensadas.