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1 RELATÓRIO & CONTAS 2018 RELATÓRIO & CONTAS 2018

RELATÓRIO & CONTAS...de tudo lutaremos para que nunca seja posta em causa a qualidade do serviço público prestado, prioridade máxima e permanente de todos e cada um de nós que

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

ÍNDICE

01 MENSAGEM DO PRESIDENTE 3

02 A EMPRESA 5

03 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 10

04 ENVOLVENTE 14

05 GOVERNO SOCIETÁRIO 29

06 ATIVIDADE 55

07 DESEMPENHO FINANCEIRO 72

08 PERSPETIVAS PARA 2019 78

09 FACTOS RELEVANTES APÓS TERMO DO EXERCÍCIO 80

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 82

11 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 84

12 ANEXO AO RELATÓRIO 86

13 CONTAS INDIVIDUAIS 88

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

MENSAGEM DO PRESIDENTE

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota | Presidente do Conselho de Administração

2018 foi o último ano do período regulatório 2016-2018, durante o qual a Valorsul demonstrou, de forma inequívoca, a sua resiliência face às dificuldades com que se foi defrontando, bem como a suacapacidade de acrescentar valor à empresa com todos os benefícios que daí decorrem para os trabalhadores, accionistas e populaçõesda sua área de intervenção.

Foi neste período regulatório que concluímos, com vantagem para todas as partes envolvidas e sobretudo para a Valorsul, a celebração de um Acordo Parassocial há muito adiado, que permite a participação de todos os accionistas na definição das linhas estratégicas da Valorsul.

Também neste período regulatório e apesar das dificuldades, cumprimos na íntegra o Acordo de Empresa e, mais do que isso, desenvolvemos politicas activas de valorização profissional dos trabalhadores e assegurámos um aumento efetivo do rendimento disponível para as suas famílias.

Tivemos também sucesso nas mensagens de sensibilização que fomos transmitindo às populações dos 19 municípios servidos pela Valorsul. De facto, e apesar de em 2018 as metas ambientais impostas no que respeita à reciclagem e desvio de resíduos para aterros serem muito exigentes, a Valorsul cumpriu-as em toda a linha e, não menos importante, com menores custos. Não podemos, nem devemos deixar de valorizar que esta performance foi também conseguida fruto das medidas implementadas, que possibilitaram maiores níveis de eficiência, aumentando a racionalização dos recursos à disposição da Valorsul.

Em termos operacionais o ano de 2018 foi particularmente afetado pela paragem programada da CTRSU, que foi uma das maiores na história da unidade, com intervenções amplas e em diversas frentes, e a abertura do digestor B da ETVO. Ambas implicaram custos muitíssimo relevantes, redução das receitas de energia e transferência de resíduos para outras unidades.

Conseguimos assim, todos, acionistas e trabalhadores, encerrar este período regulatório com uma Valorsul mais forte, mais coesa e melhor preparada para sofrer o embate dos grandes desafios e dificuldades que se avizinham.

Como todos sabemos, é num contexto incompreensivelmente adverso que teremos que enfrentar os próximos 3 anos e as enormes exigências que recaem sobre todos os players europeus do sector ambiental nos próximos tempos.

Mas também sabemos que a única resposta possível reside na competência, profissionalismo e excelência que fazem parte do ADN da Valorsul e que são por (quase) todos reconhecidos. Acima de tudo lutaremos para que nunca seja posta em causa a qualidade do serviço público prestado, prioridade máxima e permanente de todos e cada um de nós que todos os dias construímos a Valorsul.

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A EMPRESA

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Missão

Implementar e gerir um sistema integrado, tecnicamente avançado, ambientalmente correto e economicamente sustentável, para tratamento e valorização dos resíduos urbanos de 19 municípios das regiões de Lisboa e Oeste de Portugal.

VISÃO

Tratar e valorizar resíduos, na Valorsul, só é possível através de um moderno Sistema de Gestão Integrada de resíduos urbanos, adequado à sua evolução quantitativa e qualitativa. A Valorsul é responsável pela conceção e concretização deste Sistema de Gestão Integrada que representa uma otimização das opções ambientais, sociais, económicas, técnicas e institucionais, ao mesmo tempo que prevê uma aposta na prevenção e aplicação de diferentes opções de tratamento e valorização de acordo com os diferentes tipos de resíduos recolhidos.

VALORES

Ambição – Ser uma empresa de excelência, sustentável e socialmente responsável. Eficiência – Potenciar valor aos nossos acionistas, clientes, colaboradores e população. Transparência – Evidenciar a transparência na nossa relação com as comunidades envolventes. Ética – Cumprir os mais elevados padrões de ética em todas as nossas atividades.Competência – Garantir elevados padrões de desempenho profissional em todos os setores da empresa, motivados pela excelência de serviço.Inovação – Garantir e inovar em todos os setores na procura das melhores soluções.

PERFIL DA EMPRESA

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% N.º Ações Capital

Empresa Geral do Fomento, S.A. 52,93% 2.667.885 13.339.425 €

Município de Lisboa 20,00% 1.008.000 5.040.000 €

Município de Loures 11,51% 580.263 2.901.315 €

Associação de Fins Específicos - AMO MAIS 5,25% 264.600 1.323.000 €

Município da Amadora 5,16% 259.958 1.299.790 €

Município de Vila Franca de Xira 4,61% 232.105 1.160.525 €

Município de Odivelas 0,54% 27.189 135.945 €

Total 100% 5.040.000 25.200.000 €

ACIONISTAS

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SUMÁRIOEXECUTIVOÁREA DE INTERVENÇÃO E INSTALAÇÕES

Óbidos

Lisboa

Loures

Vila Francade Xira

Azambuja

CadavalLourinhã

Caldas daRainha

Nazaré

Alcobaça

Rio MaiorPeniche

Bombarral

Torres VedrasAlenquer

Sobral de Monte Agraço

Arruda dos Vinhos

Odivelas

Amadora

A Estação de Transferência e Ecocentro de Peniche pertencem à Câmara Municipal de Peniche e são geridos por este município.

Adicionalmente existe a central de Valorização Orgânica de Leiria em exploração com a Valorlis - utilizada em 50% pela Valorsul.

Centro de Triagem

Ecocentro

Estação de transferência

Aterro sanitário

Valorização de Escórias

Incineração com recuperação Energética

Valorização Orgânica

1.6 MilhõesHabitantes

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OS NÚMEROS

QUADRO 1 – INDICADORES ECONÓMICOS E FINANCEIROS

Elementos económicos e financeiros 2018 2017

Investimento DUI 9.223.389 2.907.059

BAR 59.801.960 60.933.079

Ativo Líquido 118.638.239 130.743.662

Volume de Negócios 60.153.391 63.975.537

EBITDA 17.774.209 23.485.346

EBIT 6.892.585 11.355.260

Resultados Financeiros -59.998 -78.229

Resultado Líquido 10.523.552 10.017.180

Endividamento Líquido/EBITDA -0,38 -0,47

Endividamento Líquido/BAR -0,12 -0,18

QUADRO 2 – INDICADORES TÉCNICOS E DE ATIVIDADE

Elementos técnicos e de atividade 2018 Unidade

Municípios Servidos 19

População Servida 1,6 Milhões de

habitantes

RU Municipais Indiferenciados 663.580 t

RU Indiferenciados grandes produtores 32.546 t

RU Recolhidos seletivamente Multi-material 85.532 t

Venda de recicláveis fração embalagem 61.541 t

Venda de recicláveis fração não embalagem 16.136 t

Venda de Energia 309 GW/h

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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ORGANOGRAMANa figura abaixo apresenta-se o atual organograma da VALORSUL:

Conselho de Administração

(CA)

Presidente(António Manuel da Mota)

Gabriela Ventura

Jorge Moia

Tomás Serra

Madalena Presumido

Sérgio Pratas

Carlos Santos

Eduardo Pimentel

Luís Adrada

Marta Neves

André Couto

Nuno Rocha

José Oliveira

André Rijo

Ana Paula Teixeira

Comissão Executiva(CE)

Presidente(Gabriela Ventura)

Jorge Moia

Tomás Serra

Madalena Presumido

Sérgio Pratas

Secretariado

Relações Institucio-

nais(Gabriela Ventura)

Represen- tação da Empresa(Gabriela Ventura)

Desenvol- vimento do

Negócio(Gabriela Ventura)

Comunica- ção e Sensi-

bilização(Gabriela Ventura)

Adminis- trativo e

Financeiro(Jorge Moia)

Recursos Humanos (Jorge Moia)

Sistemas de

Informação(Jorge Moia)

Produção (Tomás Serra)

Inovação. Projectos, Análise e Reporting(Madalena Presumido)

Qualidade, Ambiente e Segurança

(Sérgio Pratas)

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PRODUÇÃO

RECOLHA SELETIVA

Missão – Coordenar as recolhas selectivas de embalagens recicláveis na região Oeste, sendo responsável pela colocação, manutenção e recolha dos ecopontos.

CENTRO DE TRIAGEM E ECOCENTRO DO LUMIAR

Missão – Receber, triar e preparar para expedição os RU (resíduos urbanos) recolhidos seletivamente de acordo com as fileiras estabelecidas e receber, armazenar e expedir os resíduos entregues no Ecocentro.

CENTRO DE TRIAGEM DO OESTE

Missão – Receber, triar e preparar para expedição os RU recolhidos seletivamente, provenientes das Estações de Transferência ou depositados no CTO diretamente, de acordo com as fileiras estabelecidas e receber, armazenar e expedir os resíduos.

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO ORGÂNICA

Missão – Contribuir para diminuir a deposição de resíduos orgânicos em aterro sanitário ou incineração através do seu tratamento de forma ambientalmente correta e sustentável e proceder à sua valorização através da produção de energia elétrica e de composto.

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (CTRSU)

Missão – Valorizar os RU através da recuperação otimizada do seu conteúdo energético.

INSTALAÇÃO DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DE ESCÓRIAS

Missão – Valorizar as escórias brutas provenientes da central de incineração, recuperando os metais ferrosos e não ferrosos e obtendo escórias para cobertura de RU nos aterros.

ATERRO SANITÁRIO DE MATO DA CRUZ

Missão – Assegurar a adequada eliminação de resíduos, através da sua deposição acima ou abaixo da superfície natural, de modo a evitar ou reduzir os efeitos negativos sobre o Ambiente.

ATERRO SANITÁRIO DO OESTE

Missão – Assegurar a adequada eliminação de resíduos, através da sua deposição acima ou abaixo da superfície natural, de modo a evitar ou reduzir os efeitos negativos sobre o Ambiente.

MANUTENÇÃO

Missão – contribuir para o cumprimento dos objetivos de disponibilidade e de eficácia de todos os equipamentos.

ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO

Missão – Assegurar que as operações da empresa que afetem ou sejam suscetíveis de afetar a situação económica e patrimonial, numa perspetiva orçamental, contabilística, administrativa e fiscal sejam devidamente evidenciadas, registadas e otimizadas.

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RECURSOS HUMANOS

Missão – Assegurar um sistema de gestão de recursos humanos que valorize o potencial humano e que, de acordo com os princípios e valores da VALORSUL, garanta o desenvolvimento dos recursos necessários ao seu funcionamento.

INOVAÇÃO, PROJETOS, ANÁLISE E REPORTING

Missão – Apoiar os diversos centros de responsabilidade da empresa ao nível de Estudos, Monitorização e Inovação, na medida das competências da Direção e das solicitações internas (Administração e unidades operacionais) e externas.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Missão – Conceber, implementar e manter os sistemas de informação e de comunicações da VALORSUL por forma a assegurar o seu normal funcionamento e evolução.

QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA

Missão – Conceber, implementar e manter o Sistema de Gestão Integrada para assegurar a melhoria do seu desempenho e a obtenção/manutenção das respetivas certificações e assegurar a gestão das instalações, equipamentos e sistemas de gestão de suporte à atividade principal da empresa, de forma a assegurar o seu normal funcionamento.

COMUNICAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

Missão – Assegurar a comunicação e imagem externa e interna da empresa, no cumprimento de orientações da Administração e de acordo com os objetivos definidos, assim como assegurar a gestão documental da empresa, garantindo a manutenção do acervo documental em arquivo físico e digital.

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ENVOLVENTE

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

O ritmo de crescimento da economia MUNDIAL manteve-se em 2018. A economia mundial cresceu 3,7%, o que resultou de um crescimento de cerca de 2,4% das economias avançadas e de 4,7% das economias de mercado emergentes e em desenvolvimento (Tabela 1). Este crescimento, em termos mundiais, resultou de uma aceleração do PIB nas economias avançadas e de uma manutenção nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento. Nas economias avançadas, destacou-se, contudo, uma significativa divergência na evolução económica dos países. Enquanto nos EUA se observou uma aceleração do PIB, na área do euro, Japão e Reino Unido as economias desaceleraram. Nas economias de mercados emergentes e em desenvolvimento, destacou-se a continuação da recuperação das economias brasileira e russa enquanto na China se observou um ligeiro abrandamento. A economia angolana, ao contrário do previsto no ano passado, continuou em recessão em 2017 e em 2018.

TABELA 1 – CRESCIMENTO ECONÓMICO MUNDIAL (Taxa de variação real do PIB, em percentagem)

2014 2015 2016 2017 2018

Economia mundial 3,6 3,5 3,3 3,7 3,7

Economias avançadas 2,1 2,3 1,7 2,3 2,4

EUA 2,5 2,9 1,6 2,2 2,9

Japão 0,4 1,4 1,0 1,7 1,1

Área do euro 1,4 2,1 1,9 2,4 2,0

Portugal 0,9 1,8 1,6 2,7 2,3

Reino Unido 2,9 2,3 1,8 1,7 1,4

Economias de mercado emergentes e em desenvolvimento 4,7 4,3 4,4 4,7 4,7

Fonte: FMI (World Economic Outlook, Outubro de 2018). | Nota: Detalhes sobre os grupos de países

e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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Na área do EURO, o crescimento económico reduziu-se de 2,4% para 2,0%. Para esta evolução contribuiu o abrandamento das exportações, ainda que se tenha mantido um contributo positivo da procura externa líquida. O crescimento económico continuou a ser suportado pela procura interna, sobretudo pelo consumo privado sendo que também o investimento acelerou significativamente.

TABELA 2 – TAXA DE INFLAÇÃO (Taxa de variação do índice de preços no consumidor, valores médios)

2014 2015 2016 2017 2018

Economia mundial 3,2 2,8 2,8 3,2 3,8

Economias avançadas 1,4 0,3 0,8 1,7 2,0

EUA 1,6 0,1 1,3 2,1 2,4

Japão 2,8 0,8 -0,1 0,5 1,2

Área do euro 0,4 0,0 0,2 1,5 1,7

Portugal -0,2 0,5 0,6 1,6 1,7

Reino Unido 1,5 0,0 0,7 2,7 2,5

Economias de mercado emergentes e em desenvolvimento 4,7 4,7 4,2 4,3 5,0

Fonte: FMI (World Economic Outlook, Outubro de 2018). Nota: Detalhes sobre os grupos de países

e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

Apesar da manutenção do crescimento económico mundial, verificou-se um ligeiro aumento da taxa de INFLAÇÃO na economia MUNDIAL, em resultado do aumento do preço dos bens energéticos. Nas economias avançadas a taxa de inflação passou de 1,7% para 2%, uma evolução semelhante à da área do EURO, cuja taxa de inflação se situou em 1,7% em 2018. O preço do petróleo dated brent registou um aumento médio de 32% para uma média de 72 USD/bbl face aos 54 USD/bbl do ano anterior.

TABELA 3 – TAXA DE DESEMPREGO(Em percentagem da população ativa)

2014 2015 2016 2017 2018

Economia mundial

Economias avançadas 7,3 6,7 6,2 5,6 5,2

Área do euro 11,6 10,9 10,0 9,1 8,3

Portugal 13,9 12,4 11,1 8,9 7,0

Reino Unido 6,2 5,4 4,9 4,4 4,1

Fonte: FMI (World Economic Outlook, Outubro de 2018). Nota: Detalhes sobre os grupos de países

e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

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A taxa de DESEMPREGO continuou a diminuir na generalidade das economias mundiais, incluindo a área do EURO onde se reduziu de 9,1% para 8,3%, em resultado da forte redução da taxa de desemprego na Alemanha, onde atingiu sucessivos mínimos históricos. Com dois dígitos continuam as taxas de desemprego em Espanha (15,6%), Itália (10,8%) e Grécia (19,9%).

Neste enquadramento, a ECONOMIA PORTUGUESA deverá ter crescido cerca de 2,3% em 2018, desacelerando face ao crescimento observado em 2017 de 2,7%. O crescimento em 2018 deverá resultar do contributo positivo da procura interna, compensando o contributo negativo das exportações líquidas. O consumo privado deverá continuar a crescer ao ritmo de 2,3%, observado no ano anterior. A desaceleração da economia resulta do abrandamento do investimento e das exportações, ainda que ambas as componentes continuem a crescer a significativamente.

Em relação à evolução dos preços na atividade económica, o deflator do PIB para 2018 deverá situar-se em 1,4%, diminuindo ligeiramente face ao ano anterior, quanto ao Índice de preços no consumidor, segundo o FMI terá ficado em 1,7%, embora com tendência decrescente nos últimos meses do ano.

Ao nível do mercado de trabalho, registou-se uma diminuição da taxa de desemprego, para 7%, ao longo de 2018, paralelamente ao aumento da população ativa. Salienta-se uma desaceleração do crescimento da população empregada em 2018 face ao ano anterior, de 3,3% para 2,5%, de acordo com a estimativa do OE/2019.

No que se refere às contas externas em termos nominais, em 2018 a capacidade de financiamento da economia portuguesa deverá ter ascendido a 1% do PIB, em resultado do saldo positivo da balança de capital e da balança de bens e serviços.

TABELA 4 – BALANÇA DE PAGAMENTOS(Em percentagem do PIB)

2015 2016 2017 2018

Financiamento da economia (em % do PIB)

Balança corrente e de capital 0,3 1,0 1,1 1,0

Balança corrente -0,9 0,1 0,2 0,0

Bens e serviços 0,6 1,1 0,8 0,7

Balança de capital 1,2 0,9 0,9 1,0

Fontes: INE e Ministério das Finanças. | Nota: Os dados referem-se à conta do setor institucional

Resto do Mundo, publicada pelo INE. Para 2018 os dados correspondem à previsão do OE/2019 do

Ministério das Finanças.

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Em 2018 assistiu-se à concretização de algumas das medidas no setor dos resíduos, das quais se destaca:

Regulamento Tarifário de Resíduos Urbanos

Durante 2018 e conforme melhor descrito no capitulo de regulação, dá-se nota da publicação pela ERSAR de uma revisão do Regulamento Tarifário do serviço de gestão de resíduos (Regulamento 52/2018 de 23 de janeiro), com o qual se procurou estabelecer uma estrutura de regulação única aplicável a todo o setor independentemente da titularidade do sistema em causa, bem como de dois novos Documentos Complementares ao RTR, a saber: (DC1) 1º Documento Complementar com o objetivo de clarificar e adaptar ao novo RTR conceitos relacionados com a apresentação das Contas Reguladas Previsionais (Regulamento n.º 222/2018, publicado em Diário da Republica de 13 de abril); (DC3) 3º Documento Complementar onde se consagraram alguns mecanismos que premeiam bons desempenhos, em termos de incentivos e majorações (Regulamento n.º 395/2018 publicado em Diário da Republica de 29 de junho).

Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU 2020) e (PERSU 2020 +)

O (PERSU 2020), foi aprovado pela Portaria n.º 187-A/2014, publicada em DR (I Série) n.º 179, de 17 de setembro de 2014 e encerra a visão estratégica para o setor no horizonte 2014-2020.

Este Plano estabeleceu um modelo que definiu individualmente e para cada sistema de gestão de RU, as seguintes metas: a) Metas de retomas de recolha seletiva; b) Metas de desvio de RUB de aterro; c) Metas de preparação para reutilização e reciclagem, consolidadas no Despacho 3350/2015, de 1 de Abril.

Na sequência da publicação do PERSU 2020, a VALORSUL elaborou e apresentou à APA, em abril de 2015 o seu plano de ação (PAPERSU), o qual contemplou os investimentos e medidas que pretende implementar com vista à garantia do cumprimento das metas que lhe ficaram adstritas. A aprovação do PAPERSU por parte da APA foi obtida em junho de 2015.

Havendo a perceção da necessidade de revisão da estratégia nacional para os resíduos urbanos, face às alterações substanciais verificadas no enquadramento nacional e comunitário, a Secretaria de Estado do Ambiente promoveu a criação de um Grupo de Trabalho que apresentou a 19 de novembro uma versão do “PERSU 2020 +” com propostas de revisão ao PERSU 2020, e cuja consulta pública decorreu até 25 de janeiro de 2019.

ENQUADRAMENTO DO SETOR

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

A “Proposta do PERSU2020+” contém as linhas gerais do alinhamento do novo Plano para o período pós 2020, estimando o Ministério do Ambiente e da Transição Energética que nos próximos 10 anos seja necessário um montante de investimento estimado entre 450 a 580 milhões de euros para o setor dos resíduos urbanos por forma a fazer face às exigências impostas pela EU, evidenciando ainda as grandes carências de investimento do sector e as prioridades da tutela para o mesmo.

Tendo por base as infraestruturas existentes, o PERSU 2020+ (versão em consulta pública) concretiza uma análise a nível regional (com âmbitos coincidentes com os território das CCDR), identificando as seguintes necessidades fundamentais: o reforço da valorização energética nas regiões Norte e Alentejo, com possibilidade de adaptação da central de Sines nesta última; a aposta no escoamento dos CDR para cimenteiras e unidades similares nas regiões Centro e de Lisboa e Vale do Tejo; o reforço do tratamento biológico no Algarve. Reforça também em termos transversais a importância da partilha de infraestruturas, a otimização de capacidades instaladas e reforço das unidades de triagem e tratamento mecânico. Considera ainda este documento que a recolha seletiva porta a porta de bioresíduos e os sistemas PAYT deverão ser reforçados, não se justificando contudo, a sua universalidade num país como Portugal.

Nesta antecipação ao Persu 2020+ foi também referido pelos órgãos competentes que Portugal conseguiu já uma prorrogação de 5 anos para a meta de deposição de resíduos em Aterro, ou seja, que em 2035 Portugal poderá colocar apenas 10% dos seus resíduos em aterro, o que justifica a estratégia de reforço da incineração prevista.

Quanto às metas de reciclagem estabelecidas para 2020, é assumido nesta versão para consulta pública do PERSU 2020+ o seu adiamento em dois anos, motivado pelo bloqueio da utilização dos fundos comunitários para o setor em consequência da queixa apresentada em Bruxelas por um conjunto de empresas privadas nacionais, que alegavam falta de concorrência no mercado.

Portugal 2020 (POSEUR)

O POSEUR é o instrumento nacional, inserido nas Estratégias “Europa 2020” e “Portugal 2020” para o campo da sustentabilidade e uso eficiente de recursos. A sua intervenção abrange a totalidade do território nacional.

O POSEUR integra 3 eixos de atuação, sendo o Eixo III – “Proteger o Ambiente e Promover a Eficiência na utilização dos recursos”, aquele em que se integram as estratégias para o setor dos resíduos e nomeadamente as candidaturas de projetos que visem a concretização das metas nacionais e comunitárias inseridas no PERSU 2020. Para a globalidade do setor, e durante o período 2014-20, estão previstos apoios comunitários na ordem dos 306 M€.

A Valorsul apresentou, neste quadro comunitário (2016-2018), três candidaturas ao abrigo dos Avisos POSEUR-11-2015-18 e POSEUR-11-2017-21, nomeadamente:

• Projeto de recolha seletiva na região do Oeste:

• Objetivo: criação de condições que incrementem a recolha seletiva e reciclagem de resíduos urbanos e respondam à prioridade nacional de cumprimento de metas comunitárias de retomas de recolha seletiva e preparação para reutilização e reciclagem;

• Custo total elegível: 2.782.232€;

• Apoio Financeiro: 2.364.897€.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

• Projeto de Comunicação Ambiental Estratégica com vista à valorização de resíduos urbanos (em conjunto com os sistemas EGF):

• Objetivo: sensibilizar e educar diferentes públicos-alvo para importância nacional de cumprimento de metas, tais como a meta de retoma de recolha seletiva ou a meta de preparação, reutilização e reciclagem;

• Custo total elegível: 2.639.775€;

• Apoio Financeiro: 2.243.809€.

• Projeto de Sensibilização para a Prevenção e Reciclagem de Resíduos Urbanos:

• Objetivo: O projeto é constituído por duas ações de educação e sensibilização ambiental que visam a melhoria de comportamentos nas seguintes matérias:

1. Ação focada na prevenção de resíduos através do incentivo à pratica de compostagem;

2. Ação focada na preparação para reciclagem através da sensibilização, ativação dos equipamentos e incentivo à prática da separação de material reciclável.

• Custo total elegível: 108.000€;

• Apoio Financeiro: 91.800€.

Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE)

Até final de 2016 o Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) integrava apenas uma única entidade gestora do fluxo das embalagens. Em 2017 houve uma alteração por via da atribuição de licenças a duas entidades gestoras – Sociedade Ponto Verde e Sociedade Novo Verde - as quais entraram em vigor a 1 de janeiro de 2017, estando contudo efetivamente operacionais em meados desse ano e por essa via condicionando a atividade das empresas do ponto de vista operacional e financeiro. Em 2017 foi ainda concedida uma terceira licença à entidade gestora Amb3E e foram revistas as especificações técnicas dos resíduos de embalagem provenientes da recolha indiferenciada, tendo sido retirado das mesmas o fluxo “Plásticos Mistos”, o qual deixou de ser retomado e por essa via fazendo regredir muito significativamente o volume de materiais recicláveis vendidos.

Os princípios e normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens em Portugal encontram-se estabelecidos no Decreto-Lei n.º 152-D/2017, de 11 de dezembro, que transpõe para ordem jurídica nacional as Diretivas n.º 94/62/CE e 2004/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, e tem por base o princípio da responsabilidade alargada do produtor. Os objetivos nacionais de valorização e reciclagem para os resíduos de embalagens, são os seguintes:

Valorização Global

Reciclagem Global

Reciclagem Vidro

Reciclagem Papel/Cartão

Reciclagem Plástico

Reciclagem Metais

Reciclagem Madeira

≥ 60% ≥ 55% ≥ 60% ≥ 60% ≥ 22,5% ≥ 50% ≥ 15%

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Legislação do setor publicada em 2018

Durante 2018 foram emitidos e publicados diversos diplomas legais tanto a nível nacional como comunitário que regulam ou impendem sobre áreas específicas do setor dos resíduos, sendo seguidamente apresentados os mais importantes:

Legislação nacional

Despacho n.º 294/2018 (2ª série), de 5 de janeiro Cria um grupo de trabalho cuja missão é assegurar o processo de revisão extraordinária do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020).

Portaria n.º 20/2018, de 17 de janeiro Estabelece os critérios para a atribuição do Fim do Estatuto de Resíduo (FER) ao material de borracha derivado de pneus usados.

Regulamento n.º 52/2018 (2ª série), de 23 de janeiro Revisão do Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos.

Despacho n.º 2178-A/2018 (2ª série), de 1 de março Concede à VALORCAR - Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda., licença para a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Veículos em Fim de Vida, válida de 05.03.2018 até 31.12.2021.

Despacho n.º 1316/2018, de 7 de fevereiro de 2018 Cria um grupo de trabalho com a missão de avaliar a aplicação dos incentivos fiscais associados à redução do consumo de sacos plásticos e a sua aplicabilidade a outros produtos de base plástica descartável de origem fóssil.

Resolução da Assembleia da República n.º 62/2018, de 1 de março de 2018 Recomenda ao Governo que pondere o fim da utilização de louça descartável de plástico na restauração.

Despacho n.º 2835/2018, de 20 de março Cria um Grupo de Trabalho com a missão de promover uma análise da fiscalidade que incide sobre a energia.

Resolução da Assembleia da República n.º 102/2018, de 10 de abril de 2018 Recomenda ao Governo a avaliação do impacto e da origem dos microplásticos no ambiente e na comida.

Regulamento n.º 222/2018 (2 ª série), de 13 de abril Documento complementar n.º 1 ao regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, que estabelece o conteúdo das contas previsionais para efeitos regulatórios.

Resolução do Conselho de Ministros n.º 46/2018, de 27 de abril de 2018 Aprova a Estratégia Nacional e o respetivo Plano de Ação de Combate ao Desperdício Alimentar.

Despacho n.º 4707/2018 (2ª série), de 14 de maio Estabelece as capitações de retoma por material, por Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos e a nível global, para os anos de 2018 e 2019.

Despacho n.º 5151/2018, de 23 de maio de 2018 Estabelece a composição e o funcionamento do Grupo de Coordenação do Plano de Ação para a Economia Circular em Portugal: Liderar a Transição (PAEC).

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Despacho n.º 5256/2018 (2ª série), de 25 de maio Concede à WEEECYCLE - Associação de Produtores de EEE licença para exercer a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE).

Despacho n.º 5257/2018 (2ª série), de 25 de maio Concede à Amb3E - Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos licença para exercer a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE).

Despacho n.º 5258/2018 (2ª série), de 25 de maio Concede à ERP Portugal - Associação Gestora de Resíduos licença para exercer a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE).

Despacho n.º 5848/2018, de 14 de junho de 2018 Concede à VALORPNEU - Sociedade de Gestão de Pneus, Lda., a licença para a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados (SGPU).

Regulamento n.º 395/2018 (2ª série), de 29 de junho Documento complementar n.º 3 ao Regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, que estabelece a metodologia de aplicação do sistema de incentivos para efeitos regulatórios.

Resolução da Assembleia da República n.º 189/2018, de 13 de julhoRecomenda ao Governo o desenvolvimento de campanhas de sensibilização para reduzir a produção de resíduos e promover a sua coleta seletiva.

Regulamento n.º 446/2018 (2ª série), de 23 de julho Regulamento dos Procedimentos Regulatórios (ERSAR).

Regulamento n.º 594/2018 (2ª série), de 4 de Setembro Regulamento de Relações Comerciais dos Serviços de Águas e Resíduos.

Resolução do Conselho de Ministros n.º 141/2018, de 26 de outubro de 2018 Redução do consumo de papel e de produtos de plástico na Administração Pública.

Lei n.º 69/2018, de 26 de dezembro Altera incentivo à devolução e depósito de embalagens de bebidas em plástico, vidro, metais ferrosos e alumínio.

Decreto-Lei n.º 117/2018, de 27 de dezembro Retribuição mínima mensal garantida para 2019.

Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro Orçamento do Estado para 2019.

Legislação comunitária

Diretiva (UE) 2018/849 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 Altera as diretivas 2000/53/CE relativa aos veículos em fim de vida, 2006/66/CE relativa às pilhas e acumuladores e respetivos resíduos, e 2012/19/EU relativa aos resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos.

Diretiva (UE) 2018/850 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 Altera a Diretiva 1999/31/CE relativa à deposição de resíduos em aterros.

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Diretiva (UE) 2018/851 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 Altera a Diretiva 2008/98/CE relativa aos resíduos.

Diretiva (UE) 2018/852 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 Altera a Diretiva 94/62/CE relativa a embalagens e resíduos de embalagens.

Decisão de Execução (UE) 2018/896 da Comissão, de 19 de junho de 2018 Estabelece a metodologia de cálculo do consumo anual de sacos de plástico leves e que altera a Decisão 2005/270/CE.

Parecer do Comité Económico e Social Europeu 10 de agosto de 2018 “Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões sobre a aplicação do pacote de medidas relativas à economia circular: opções para examinar a relação entre as legislações relativas aos produtos químicos, aos produtos e aos resíduos”.

Parecer do Comité Económico e Social Europeu de 10 e agosto de 2018“Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões — Uma Estratégia Europeia para os Plásticos numa Economia Circular” [COM(2018) 28 final] e sobre a “Proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos meios portuários de receção de resíduos provenientes dos navios e que revoga a Diretiva 2000/59/CE e altera a Diretiva 2009/16/CE e a Diretiva 2010/65/EU” [COM(2018) 33 final.

Decisão de Execução (UE) 2018/1147 da Comissão, de 10 de agosto de 2018 Estabelece conclusões relativas às melhores técnicas disponíveis (MTD) para tratamento de resíduos, nos termos da Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho.

Parecer do Comité Económico e Social Europeu (2018/C 367/19), de 10 de outubro de 2018Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões sobre um quadro de controlo da economia circular.

Parecer do Comité das Regiões Europeu (COR 2018/00925), de 21 de dezembro de 2018Comunicação “Uma Estratégia Europeia para os Plásticos na Economia Circular”.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

A atividade de gestão de resíduos de urbanos exercida pela Valorsul é sujeita tanto a regulação ambiental, como regulação económica. É prestado um serviço público com os padrões de qualidade exigidos e com o objetivo de atingir as metas ambientais às quais a entidade gestora está vinculada.

O modelo de regulação em vigor consiste em estimar os custos considerados razoáveis – de capital e de exploração – bem como em estimar as receitas de venda de recicláveis e energia, para se poder apurar o diferencial que tem de ser coberto pelas tarifas, diferencial esse designado de proveitos permitidos.

A tarifa regulada resulta da divisão dos proveitos permitidos sobre as quantidades estimadas de resíduos urbanos indiferenciados.

De acordo com o regime em vigor, os proveitos permitidos e as tarifas reguladas, a cobrar pela Valorsul aos municípios, são definidos pela ERSAR por um período temporal designado “período regulatório”.

O período de regulação que agora se conclui, iniciou-se em 2016 pela aplicação do Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos (RTR) que foi aprovado pela Deliberação n.º 928/2014 do Conselho Diretivo da ERSAR, de 17 de fevereiro de 2014, homologado pelo Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia em 28 de fevereiro de 2014, e publicado no Diário da Republica nº 74 de 15 de abril.

Entre 2016 e 2017 foram aprovados três Documentos Complementares a este Regulamento, nomeadamente:

1. Regulamento n.º 817/2016, de 18 de agosto (1º Documento Complementar ao RTR) com os objetivos de clarificar e detalhar as regras aplicáveis a situações específicas, que não estavam suficientemente explicitadas no texto do RTR, e operacionalizar o modelo de contas reguladas previsionais a que se refere o RTR, definindo um conjunto de quadros com o formato e detalhe necessário à intervenção do regulador, de forma a obter as informações previsionais das entidades gestoras.

2. O 2º Documento Complementar ao RTR viria a ser publicado em 19 de abril, com o Regulamento n.º 202/2017. Através do mesmo veio a ERSAR estabelecer o modelo para: (i) o reporte das contas reais e movimentos de reconciliação, individuais e cumulativos, entre a demonstração de resultados regulada e a demonstração de resultados estatutária; (ii) o reporte das contas reais e movimentos de reconciliação,

ENQUADRAMENTO REGULATÓRIO

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individuais e cumulativos, entre a demonstração da posição financeira regulada e a demonstração da posição financeira estatutária e (iii) modelo de relatório de conclusões factuais sobre as contas reguladas e os movimentos de reconciliação face às contas estatutárias.

3. O 3º Documento Complementar ao RTR foi publicado na mesma data (Regulamento n.º 201/2017) e definiu regras relativas à incorporação nos proveitos permitidos de eventuais mais-valias decorrentes da alienação de ativos referentes a atividades não reguladas.

Já durante 2018, foi publicado pela ERSAR uma Revisão do RTR, Regulamento 52/2018 de 23 de janeiro, no qual, nas palavras do regulador, face à experiência do primeiro período regulatório se procurou introduzir alguns ajustamentos ao RTR, tendo em vista a simplificação, flexibilização e clarificação de algumas das suas disposições, estabelecendo-se uma estrutura de regulação única aplicável a todo o setor independentemente da titularidade do sistema. Salienta-se, contudo, que a revisão em questão introduziu uma maior discricionariedade do regulador e, como tal, uma maior incerteza regulatória, mantendo-se ainda diferenças importantes ao nível da regulação conforme a titularidade dos sistemas, o que causa desequilíbrios no mercado.

A nova versão do RTR veio exigir a revisão e adaptação também dos modelos de reporte, pelo que em 2018 foram ainda aprovados e revistos dois dos Documentos Complementares, a saber:

1. Regulamento n.º 222/2018, publicado em Diário da Republica de 13 de abril (1º Documento Complementar) com o objetivo de clarificar e adaptar ao novo RTR conceitos relacionados com a apresentação das Contas Reguladas Previsionais, este novo documento complementar vem estabelecer as contas previsionais para efeitos regulatórios e é dirigido a todas as entidades gestoras de sistemas de titularidade estatal e municipal definindo um conjunto de quadros com o formato e detalhe necessário à intervenção do regulador, de forma a obter as informações previsionais das entidades gestoras. É revogado o anterior Documento complementar 1, Regulamento n.º 817/2016, de 18 de agosto.

2. Regulamento n.º 395/2018 publicado em Diário da Republica de 29 de junho (3º Documento Complementar) onde se consagraram mecanismos que premeiam bons desempenhos com o objetivo de majorar mais valias ambientais e económicas, sendo estes mecanismos de duas naturezas: (I) Incentivos, (i) pela superação de metas ambientais (ii) pela eficiência de investimentos, e (II) Majorações (i) pela eficiência de operações (ii) pela partilha de infraestruturas.

A gestão do risco regulatório, pelo impacto que a atuação do Regulador tem na esfera patrimonial das empresas reguladas, torna-se uma matéria fulcral para as empresas concessionárias e para os seus acionistas.

• De forma a gerir este risco, durante o ano de 2018 a Valorsul:reviu e harmonizou o sistema de informação de reporte – de forma a garantir a fiabilidade da informação;

• Reviu e harmonizou os procedimentos de aquisição de bens e empreitadas, para cumprimento do plano de investimentos;

• Reforçou a fundamentação das ações previstas nas CRP;

• Em termos externos, contratou um prestador de serviços para o desenvolvimento de estudos de avaliação de risco, reforçou a interação (proactiva) com o concedente, APA e ERSAR, e reforçou o envolvimento crescente com os municípios para melhorias na qualidade de serviço e cumprimento das obrigações legais e contratuais.

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A Valorsul é remunerada por taxa de remuneração (“TRA”) aplicada à base de ativos regulados (“BAR”), que inclui os ativos afetos às atividades principais.

Em 2015 foram publicados pela ERSAR, em 16 de novembro, os parâmetros regulatórios genéricos para determinação dos proveitos permitidos para o período regulatório 2016-2018, sendo a TRA fixada em 6,14%, taxa aplicável até ao ano 2018.

Em 2018, com o novo RTR, alterou-se o calendário regulatório e alguns procedimentos, assim, estes parâmetros genéricos para o período 2019/21, foram comunicados pela ERSAR às concessionárias, com natureza indicativa, em 2 de abril, tendo os mesmos ficado fixados aquando da decisão definitiva dos proveitos permitidos, em 31 de outubro. A TRA aplicável à Valorsul em 2019 é de 5,17%.

A Base de Ativos Regulados no primeiro período regulatório 2016-2018 foi a seguinte:

BAR 2016 - 2018

Apesar dos atrasos nos investimentos ocorrido durante o exercício de 2016 e 2017, devido aos atrasos na fixação das tarifas pela ERSAR e dos atrasos na aprovação pelo POSEUR das candidaturas apresentadas por em esta empresa, em 2018, a Valorsul fez todos os esforços para aumentar a taxa de execução do plano de investimento aprovado nas CRP para o período de 2016 a 2018, o que conduz a que seja um período regulatório particularmente atípico.

As tarifas fixadas pela ERSAR refletem ainda desvios tarifários que, dois anos depois, reconciliam (na medida que sejam justificáveis e aceites pela ERSAR) valores previstos e ocorridos de custos e proveitos e desvios de preço.

Os ajustamentos decorrentes dos desvios são recuperados ou devolvidos, dois anos depois de ocorrem, sendo o valor remunerado a uma taxa de capitalização indicada pela ERSAR.

No final de 2018, o saldo estimado de desvios é de 1.973.469 euros a recuperar pela Valorsul.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Reporte regulatório 2018

Durante o ano findo em 31 de dezembro de 2018, foi reportada a seguinte informação ao regulador:

• (CRR) Contas Reguladas Reais 2017 - Em abril de 2018, a Valorsul entregou ao regulador as CRR do exercício de 2017, tendo a ERSAR emitido, após período de audiência prévia, a sua decisão final sobre os ajustamentos aos proveitos permitidos de 2017 e sua repercussão nas tarifas de 2019, em conjunto com a decisão final sobre os proveitos permitidos e respetiva tarifa, em 31-10-2018.

• (PI) Plano de Investimentos 2019/21 - Em fevereiro de 2018, a Valorsul entregou ao regulador o plano de investimentos para o período 2019/21, tendo a ERSAR emitido um parecer preliminar sobre o mesmo em março de 2018, a Valorsul reenviou o plano de investimentos revisto bem como as respostas às questões colocadas pela ERSAR em maio de 2018.

• (CRP) Contas Reguladas Previsionais 2019/21 - Em maio de 2018, a Valorsul entregou ao regulador as contas previsionais para o Ciclo regulatório 2019/21.

A decisão definitiva do regulador sobre o PI 2019/21 foi tomada em conjunto com a decisão final sobre a CRP 2019/21, após período de audiência prévia, tendo sido definidos os proveitos permitidos e respetivas tarifas, e nomeadamente a tarifa a praticar em 2019 incluindo os ajustamentos de 2017. Salienta-se que a Valorsul não se revê nas decisões tomadas pelo regulador para o próximo período regulatório, pelo que irá impugnar as mesmas.

Regulação da qualidade do serviço

Nos termos dos seus estatutos compete à Entidade Reguladora assegurar a regulação da qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras, avaliando o desempenho dessas entidades. Deste modo, a qualidade de serviço de gestão de resíduos urbanos prestado pelas entidades gestoras é avaliada anualmente, e atualmente, através da aplicação da 3.ª geração do sistema de avaliação com recurso a de indicadores desempenho de qualidade do serviço. O “Guia de Avaliação da Qualidade dos serviços de águas e resíduos prestados aos utilizadores - 3.ª geração do sistema de avaliação” foi publicado pela ERSAR em 31 de Março de 2017.

Os resultados deste sistema de avaliação são parte integrante do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP). Em dezembro de 2018 foi publicado, e divulgado no sítio da ERSAR, o RASARP 2018, o qual sintetiza a informação mais relevante referente à caraterização do setor no ano de 2017.

Regulação ambiental

As entidades gestoras dos serviços resíduos urbanos do grupo EGF estão também sujeitas à intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o regulador ambiental.

A APA desenvolve ainda atribuições no âmbito dos resíduos enquanto Autoridade Nacional de Resíduos. Destacando-se:

• Assegurar e acompanhar a execução da estratégia nacional para os resíduos;

• Competências próprias de licenciamento,

• Emissão de normas técnicas aplicáveis às operações de gestão de resíduos,

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• Desempenho de tarefas de acompanhamento das atividades de gestão de resíduos,

• Uniformização dos procedimentos de licenciamento;

• Validação da informação necessária à aplicação do regime económico e financeiro da gestão de resíduos e diligenciar no sentido da implementação do regulamento relativo à aplicação da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR),

No âmbito do modelo de regulação económica previsto no regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos (RTR), a APA será chamada a dar parecer sobre o alinhamento dos investimentos propostos pelas entidades gestoras que integrarão a base de ativos a remunerar com as políticas nacionais em matéria de resíduos urbanos.

Em 2018 foi publicado, e divulgado no sitio da APA, o Relatório do Estado do Ambiente (REA 2018) que organiza informação relevante em 8 domínios ambientais, um dos quais o setor dos resíduos, com dados referentes ao ano anterior e algumas perspetivas futuras.

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GOVERNOSOCIETÁRIO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Nos termos do artigo 11º do contrato da sociedade, os Órgãos Sociais da sociedade, são a Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas.

Os Órgãos Sociais para o mandato 2018/2020 foram eleitos na Assembleia‐geral de Acionistas, no dia 23 de março de 2018, para o mesmo período do mandato. A atual composição é a seguinte:

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente – Paulo Miguel Olavo de Pitta e CunhaVice-Presidente – Teresa Mariana Figueira Ferraz Viveiros - apresentou renúncia ao cargo a 29/06/2018Secretário – João Duarte Anastácio de Carvalho

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente – António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Presidente da Comissão Executiva – Maria Gabriela Certã VenturaVogal Executivo – Jorge Luís do Vale Móia AfonsoVogal Executivo – Tomás Joaquim de Oliveira SerraVogal Executiva – Maria Madalena Monteiro Garcia PresumidoVogal Executivo – Sérgio Manuel PratasVogal – Carlos António Vasconcelos Mota dos SantosVogal – Eduardo João Frade Sobral PimentelVogal – Luis Fernando Adrada GuajardoVogal – Marta Maria Dias Quintas NevesVogal – André Nunes de Almeida CoutoVogal – Nuno Miguel Guarda da RochaVogal – José António da Silva de OliveiraVogal – André Filipe dos Santos Matos RijoVogal – Ana Paula Teixeira

GOVERNOSOCIETÁRIO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

CONSELHO FISCAL

Presidente – Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos SantosVogal – Luís Manuel Abreu de SousaVogal – António Manuel Pombinho Costa GuilhermeSuplente – Armando Nuno Teixeira da Silva

ROC

Efetivo – Pricewaterhousecoopers & associados – Sociedade de revisores de contasSuplente – Carlos José Figueiredo Rodrigues

COMISSÃO DE VENCIMENTOS

Presidente – Pablo Barreiro BlancoVogal – José António Sequeira FélixVogal – José Manuel Mota Neves da Costa

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

CURRICULUM VITAE DOS ADMINISTRADORES

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota

Data de nascimento: 11 de maio de 1954 (Amarante)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciado em Engenharia Civil (Vias de Comunicações), pela Faculdade do Porto.

CARREIRA PROFISSIONAL:

1977 – 1979 - Estagiário (Obra de Regularização do Baixo Mondego “Leito Central”) - Mota & Companhia, Lda.

1979 – 1981 - Atividade em diversas Direções (Setores Técnico, de Orçamentação, de Produção, Administrativo e Comercial) - Mota & Companhia, Lda.

1981 – 1987 - Diretor Geral de Produção - Mota & Companhia, Lda.

1987 – 1995 - Vice-Presidente do Conselho de Administração - Mota & Companhia, Lda.

1995 – 2003 - Presidente do Conselho de Administração - Mota & Companhia, Lda.

2000 – 2003 - Presidente do Conselho de Administração - Engil - Sociedade de Construção Civil, S.A.

2000 – 2003 - Presidente do Conselho de Administração - Mota - Engil Internacional, S.A.

2003 – 2006 - Presidente do Conselho de Administração - Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.

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FUNÇÕES ATUAIS:

Desde 2000: Presidente do Conselho de Administração Mota-Engil, SGPS, S.A.

Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:

. FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA

. Mota Gestão e Participações, Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

. Valorsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A.

. Gerente da Sociedade Agrícola Moura Basto, Lda.

. Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades:

. Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.

. Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA

. Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA

. Mota-Engil Angola, S.A.

Membro da Comissão de Vencimentos das seguintes sociedades:

. António de Lago Cerqueira, S.A.

. ÁreaGolfe – Gestão, Construção e Manutenção de Campos de Golfe, S.A.

. Aurimove, Sociedade Imobiliária, S.A.

. Manvia – Manutenção e Exploração de Instalações e Construções, S.A.

. Martifer, SGPS, S.A.

. ME Real Estate - Mota-Engil Real Estate Portugal, S.A.

. MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, S.A.

. Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A.

. Mota-Engil, Europa, S.A.

. Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.

. Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A.

. Mota-Engil, Indústria e Inovação, SGPS, S.A.

. Mota-Engil, SGPS, S.A.

. Nortedomus – Sociedade Imobiliária, S.A.

. Suma Tratamento, S.A.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

. Sedengil – Sociedade Imobiliária, S.A.

. Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A.

. Takargo – Transporte de Mercadorias, S.A.

. Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, S.A.

. Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, S.A.

. Mota-Engil, Angola, S.A.

. Mota-Engil, Engenharia e Construção África, S.A.

. Empresa Geral do Fomento, S.A.

. Mota-Engil Central Europe Management, SGPS, S.A.

. Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, S.A.

. Membro do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota.

. Membro do Conselho Geral da AEP, em representação da Mota-Engil, SGPS, S.A.

. Membro do Conselho de Curadores da Fundação AEP, em representação da Mota-Engil, SGPS, S.A.

. Membro da Comissão Administrativa do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

. Membro do Conselho Municipal de Economia do Porto – “Casa dos 24”

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Maria Gabriela Certã Ventura

Data de Nascimento: 22 de maio de 1964

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciada em Direito, com especialização em Direito Público, Ciências Jurídico-Políticas, pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, Pós-Graduação em Relações Internacionais. Advogada.

CARREIRA PROFISSIONAL:

Em 1989 desempenhou funções de Assessora do Tribunal Arbitral de Conflitos de Consumo, Lisboa.

De 1990 a 1995 desempenhou as funções de Assistente da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo; Assessora do Supremo Tribunal Administrativo, Maputo; Assessora do Ministro da Administração Estatal, (Maputo), com responsabilidade na conceção, elaboração e negociação do pacote legislativo relativo à reforma do Estado e descentralização administrativa; Assessora do Ministro da Defesa Nacional, (Maputo), com responsabilidade na conceção, elaboração e negociação do pacote legislativo relativo à reforma do sistema de defesa nacional; Coordenadora do projeto do Banco Mundial “Capacity Buliding”/Reforma do Estado, no Maputo; Consultora da Agência Sueca para o Desenvolvimento (SIDA), (Maputo) e Formadora contratada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em ações de formação dirigidas a magistrados judiciais e do Ministério Público e quadros da polícia de instrução criminal, sobre princípios fundamentais do Estado de Direito.

De 1995 a 1998 esteve como Assessora na Presidência do Conselho de Ministros, Lisboa, com responsabilidade pela organização do processo legislativo e negociação dos diplomas aprovados pelo Governo e Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, (Lisboa), com responsabilidade pela organização do Conselho de Ministros e articulação, em matéria legislativa, com a Assembleia da República e a Presidência da República.

No período de 1999 a 2004 desempenhou funções de Conselheira Técnica Principal na Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER), em Bruxelas.

De 2004 a 2006 desempenhou funções como Assessora da Comissão Executiva, Grupo Mota-Engil/Sub-Holding Concessões de Transportes, (Lisboa).

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Durante os anos de 2006 a 2008 desempenhou funções como Gestora do Fundo Europeu para o Controlo de Fronteiras, Ministério da Administração Interna, (Lisboa); Gestora do Fundo Europeu para o Combate à Imigração Ilegal, Ministério da Administração Interna, (Lisboa); Gestora do Fundo Europeu para a Integração, Ministério da Administração Interna, (Lisboa); Gestora do Fundo Europeu para os Refugiados, Ministério da Administração Interna, (Lisboa); Gestora do Eixo “Prevenção e Gestão de Risco” do Programa Operacional para a Valorização do Território, Ministério da Administração Interna, (Lisboa).

De 2008 a 2009 foi nomeada Diretora Internacional no Grupo Mota-Engil/SGPS.

De 2009 a 2014 desempenhou funções de Diretora do Gabinete de Planeamento e Políticas, Ministério da Agricultura, (Lisboa); Gestora do Programa para o Desenvolvimento Rural (PRODER), Ministério da Agricultura, (Lisboa); Gestora do Programa Rede Rural Nacional, Ministério da Agricultura, (Lisboa).

Desempenhou ainda funções de Presidente do Conselho de Administração da Valorminho S.A., da Resulima, S.A. e da Valnor, S.A., e de Vogal do Conselho de Administração da Resinorte, S.A e da Resiestrela, S.A.

De julho de 2015 a Julho de 2017 exerceu funções de Administradora Executiva da Empresa Geral do Fomento, S.A.

De setembro de 2015 a abril de 2016 exerceu funções de Administradora não Executiva da VALORSUL, S.A.

Ainda de setembro de 2015 até janeiro de 2017 foi Administradora Executiva da AMARSUL, S.A.

De fevereiro a dezembro de 2017 exerceu funções de Presidente do Conselho de Administração da Valorlis.

FUNÇÕES ATUAIS:

. Desde abril de 2016 exerce funções de Presidente da Comissão Executiva da Valorsul, S.A.

. Desde janeiro de 2017 exerce as funções de Presidente do Conselho de Administração da Amarsul, S.A.

. Desde agosto de 2017 exerce as funções de Presidente do Conselho de Administração do Grupo EGF, maior grupo português da área do tratamento e gestão de resíduos.

. Desde janeiro de 2019 é CEO da Mota Engil Ambiente e Serviços, SGPS, S.A.

. Desde janeiro de 2019 é Presidente do Conselho Superior do Ambiente do Grupo Mota-Engil.

. É membro do Comité para a Igualdade do Grupo Mota-Engil.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Jorge Luís do Vale Móia Afonso

Data de Nascimento: 18 de Maio de 1960 (Porto)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Bacharel em Contabilidade e Administração pelo ISCAP – Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto.

CARREIRA PROFISSIONAL:

De 1982 a 1986 como Senior Audit na Cooper & Lybrand (atualmente integrada na PricewaterhouseCoopers). Entre 1986 e 2015 desempenhou funções de Diretor Administrativo e Financeiro na Tertir – Terminais de Portugal, SA, empresa do Grupo Mota-Engil.

FUNÇÕES ACTUAIS:

- Vogal do Conselho de Administração da EGF, SA

- Vogal do Conselho de Administração da Logz – Atlantic Hub, SA

- Vogal do Conselho de Administração da Manvia, SA

- Gerente na CH&P – Combined Heat & Power Anadia, Unip., Lda

- Gerente na CH&P – Combined Heat & Power Coja, Unipessoal, Lda

- Nomeado Administrador Executivo da Valorsul, SA em Março de 2018.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Data de Nascimento: 13 de dezembro de 1965 (Lisboa)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciado em Engenharia Mecânica, Ramo Termodinâmica Aplicada, pelo Instituto Superior Técnico (1983/1988), complementou mais tarde a sua formação em gestão através de programas promovidos pelo IDCFC da Universidade Católica e pelo INDEG/ISCTE.

CARREIRA PROFISSIONAL:

Iniciou a sua carreira profissional no grupo EDP em dezembro de 1988, onde desempenhou funções técnicas e de gestão em diversos projetos na área da energia e dos resíduos.

A partir de abril de 2001 passou a integrar o grupo Somague (AGS e Hidrurbe) para implementação da Prestação de Serviços de Operação da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra, Madeira. Neste âmbito foi Administrador de várias empresas, destacando-se a OTRS - Operação da ETRS da Meia Serra, onde foi também Diretor Geral durante mais de 6 anos.

Entre maio de 2008 e fevereiro de 2012 exerceu funções de Administrador Executivo na Valorsul, período durante o qual fez ainda parte da direção da Avaler – Associação de Entidades de Valorização Energética de RSU, tendo mantido funções de Administrador não executivo até março de 2017.

De fevereiro de 2012 a julho de 2015 foi Administrador da Empresa Geral do Fomento.

Foi Presidente do Conselho de Administração da Resinorte (entre abril de 2012 e setembro de 2016), da Algar (entre setembro de 2015 e março de 2017), da Resiestrela (entre setembro de 2015 e março de 2017) e da Valnor (entre setembro de 2016 e março de 2017).

Foi Administrador não executivo da Valnor (entre setembro de 2015 e agosto de 2016), da Resinorte (entre outubro de 2016 e março de 2017), da Resulima (entre setembro de 2015 e março de 2017) e da Suldouro (entre setembro de 2015 e março de 2017).

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

FUNÇÕES ACTUAIS:

- Administrador não executivo da Valorlis, desde setembro de 2015;

- Administrador executivo da Valorsul, desde abril de 2017.

- É membro da direção da Avaler, desde abril de 2017.

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Maria Madalena Monteiro Garcia Presumido

HABILITAÇÕES LITERÁRIAS

Licenciatura em Engenharia do Ambiente.

CARREIRA PROFISSIONAL

Gabinete da Área de Sines (Divisão de Controle de Ambiente), Direção de Resíduos e Produtos Químicos da Direção Geral da Qualidade do Ambiente, TECNINVEST-consultadoria ambiental, GATTEL-Gabinete da Travessia do Tejo em Lisboa, PLE implementação do Gasoduto em Portugal, Diretora Regional de Ambiente e Recursos Naturais de Lisboa e Vale do Tejo, Engil-Investimentos, SA, CME, SGPS, WEBER Portugal, SA.

Foi membro da equipa que realizou o PERSU I.

Desenvolveu trabalhos diversos no setor de resíduos industriais, avaliação de impactes ambientais, estudos de localização de infraestruturas ambientais nomeadamente aterros urbanos e industriais. Inventários diversos de produção de resíduos, estudos de prevenção de produção de resíduos, reflexão sobre as condições de desclassificação de resíduos a subproduto, avaliação de contaminação de solos e estudo de soluções de tratamento.

De Julho de 2010 a 3 Setembro de 2015 foi Administradora Executiva da Valorsul, S.A., em representação da Câmara Municipal de Lisboa.

De 3 de Setembro 2015 a 7 de abril de 2016 foi Administradora não Executiva da Valorsul, S.A.

FUNÇÕES ATUAIS

Desde 7 de abril de 2016 é Administradora Executiva da Valorsul, SA.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Sérgio Manuel Pratas

Data de Nascimento: 26 de maio de 1970 (Paris)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

- Licenciado em Direito - Mestre em Administração e Políticas Públicas - Pós-graduado em Administração Pública e em Economia Social

CARREIRA PROFISSIONAL:

Entre 26 de abril de 1995 e 15 de setembro de 2002: assessor jurídico e dirigente da Câmara Municipal de Loures.

Entre e 1 de maio e 31 de outubro de 2000: investigador (Programa Sabáticas) - Instituto Nacional de Administração.

Entre 16 de setembro de 2002 e 31 de março de 2011: assessor jurídico da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos.

Entre 1 de abril de 2011 e 31 de outubro de 2013: assessor jurídico da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público.

Entre 1 de novembro de 2013 e 20 de outubro de 2017: adjunto do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Loures.

Entre 21 de outubro de 2017 e 15 de agosto de 2018: coordenador do Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo (Câmara Municipal de Loures)

Entre 8 de novembro de 2017 e 18 de janeiro de 2019: Vogal do Conselho de Administração da Loures Parque – Empresa Municipal de Estacionamento, EM

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

FUNÇÕES ATUAIS:

Desde 16 de agosto de 2018 é Administrador Executivo da Valorsul, S.A.

Desde 21 de janeiro de 2019 é membro do Conselho de Administração da GESLOURES, EM.

Desde 24 de janeiro de 2019 é membro do Conselho de Administração da Agência Municipal de Energia e Ambiente de Loures

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Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos

Data de Nascimento: 13 de maio de 1978 (Porto)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Master in Business Administration pela Universidade do Porto.

CARREIRA PROFISSIONAL:

Iniciou a sua carreira profissional na Mota Engil, Engenharia e Construção, S.A. em 2006 onde desempenhou funções de Adjunto da Administração.

A partir de março de 2008 passou a integrar o Conselho de Administração da Mota Engil, Engenharia e Construção, S.A. Entre março de 2011 e maio de 2012 exerce igualmente as funções de vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, S.A.

De agosto de 2012 a julho de 2013 foi Vice-Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA.

FUNÇÕES ATUAIS:

Desde agosto de 2009: Vogal do Conselho de Administração – Mota-Gestão e Participações, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Desde fevereiro de 2012: Vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva – Mota-Engil, SGPS, S.A.

Desde março de 2012: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A.

Desde dezembro de 2012: Presidente do Conselho de Administração – ECB - Empresa Construtora Brasil S.A.

Desde fevereiro de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil Latin America BV

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Desde junho de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil Central Europe, SGPS, S.A.

De agosto de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil, Real Estate Portugal, S.A.

Desde novembro de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil América Latina, SAPI de CV (México).

Desde setembro de 2015: Vogal do Conselho de Administração – Valorsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A.

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Eduardo João Frade Sobral Pimentel

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

- Licenciatura em Engenharia Civil, Instituto Superior Técnico (I.S.T.). - Advanced Management Program – Kellog. - Programa de Gestão AESE.

CARREIRA PROFISSIONAL:

- Março/1986 - EDIMAR, Direcção de obras de recuperação e restauro na ilha Terceira e São Jorge, Açores.

- Abril/1988 – Projetos Técnicos / MTE (Materiais e Técnicas Especiais) Eng. Projectista, Direcção de obras de execução de pré-esforço em monocordão pós-tensionado.

- Abril/1990 – Construções Técnicas, Direcção de Obra.

- Março/1992 – Engil, Responsável pelo serviço de planeamento e controlo.

- Agosto/1997 - Engil, Responsável pela Direcção de Apoio às Obras, Vogal dos Conselhos de Administração: Gerco, SA, e Sol-S, Tecnologias de informação SA.

- Setembro/2001 – Mota-Engil, Director Geral da Área Técnica da Mota-Engil. Membro do conselho geral da Vortal - Comércio electrónico SA.

- Agosto/2007 – Mota-Engil, Vogal da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A.

- Setembro/2012 – Mota-Engil, CEO da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A.

- Maio/2016 – Mota-Engil, Vogal do Conselho de Administração da Mota- Engil, SGPS, S.A.

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Luis Fernando Adrada Guajardo

Data de Nascimento: 4 de Maio de 1973 (Zaragoza)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciado em Ciências Económicas, especialidade em Economia Internacional e Desenvolvimento, pela Universidade Complutense de Madrid.

CARREIRA PROFISSIONAL:

De 2000 a 2006 desempenhou funções na área de Administração e Finanças na Urbaser, em Espanha.

De 2006 a Julho 2015 desempenhou funções na Urbaser em Marrocos como Diretor Administrativo e Financeiro do grupo Urbaser espanhol.

FUNÇÕES ATUAIS:

Em Julho de 2015 foi nomeado vogal do conselho de administração da Empresa Geral do Fomento, S.A. e desde Setembro de 2015 vogal do Conselho de Administração da Algar, S.A., da Resinorte, S.A., da Suldouro, S.A. e da Valorsul, S.A..

Em 2017 cessou as funções de vogal do Conselho de Administração da Algar, S.A.

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Marta Maria Dias Quintas Neves

Data de Nascimento: 3 de março de 1972

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciada em Direito, com especialização em Direito Economico, pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, Pós-Graduação em Direito de Concorrência e Regulação.

CARREIRA PROFISSIONAL:

Iniciou a sua carreira como advogada, num Gabinete de Advocacia, entre 1995 e 1999.

Em 2002 desempenhou funções de Diretora do Departamento Jurídico da PT Multimédia, S.A., tendo sido responsável pela fusão dos vários departamentos jurídicos existentes.

De 2003 a 2005 desempenhou as funções de adjunta do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Economia e, posteriormente, do Ministro das Atividades Económicas e do Trabalho, tendo, nomeadamente, transposto o pacote legislativo de liberalização do mercado energético português.

Entre 2006 e 2011, de regresso agora à PT Comunicações, S.A., ocupa o cargo de Diretora do Departamento de Regulação da PT Portugal, SGPS. Nesta função, liderou o processo de negociação junto do regulador setorial, Anacom, que viria a permitir a segmentação nacional do mercado de retalho, com desregulação da PT em mais de 40% do território nacional e, ainda, a compensação, pela primeira vez, da PT como prestadora do serviço universal.

De 2011 a 2013, regressa ao Governo de Portugal, como Chefe de Gabinete do Ministro da Economia, Trabalho, Transportes, Obras Públicas e Comunicações, um dos maiores ministérios da história de Portugal, em que acompanhou vários dossiers, entre eles a nova lei da concorrência e o acordo de concertação social relativo à alteração da lei laboral.

Em 2013 mantém o cargo de Diretora de Concorrência e Assuntos Regulatório, passando em 2015 a fazer parte da Comissão Executiva da PT Portugal, SGPS, S.A., tendo acompanhado vários processos de concentração junto da Autoridade de Concorrência e ainda a negociação com o regulador e a Comissão Europeia da não regulação da fibra.

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Em 2016 é incorporada na sociedade EGF como Diretora do Gabinete de Regulação e Jurídico, e na qual liderou a implementação do primeiro período regulatório das empresas do Grupo.

OUTRAS FUNÇÕES:

Em 2017 foi nomeada Administradora Executiva da Empresa Geral do Fomento, S.A.

É também em 2017 nomeada pela EGF, vogal dos Conselhos de Administração das empresas Valorsul, S.A., Valnor, S.A, Resulima, S.A.

Em 2018 foi nomeada vogal do Conselho de Administração da Resiestrela, S.A..

FUNÇÕES ATUAIS:

Em 2017 foi nomeada Administradora Executiva da Empresa Geral do Fomento, S.A.

É também em 2017 nomeada pela EGF, vogal dos Conselhos de Administração das empresas Valorsul, S.A., Valnor, S.A, Resulima, S.A.

Em 2018 foi nomeada vogal do Conselho de Administração da Resiestrela, S.A..

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André Nunes de Almeida Couto

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

- Licenciatura em Direito, na Faculdade de Direito da UL - Executive MBA, pelo INDEG-ISCTE

CARREIRA PROFISSIONAL:

Desenvolveu trabalhos diversos no sector da sustentabilidade ambiental. Alguns deles levaram a Junta de Freguesia de Campolide a ser distinguida com vários prémios, como o European Public Sector Award (EPSA), em duas ocasiões, em 2015 e 2017, e o Eco-Freguesias XXI, em 2017. O “Celeiro Solidário” e o “Pago em Lixo”, que conseguiram os EPSA, são alguns dos projectos de sucesso.

Foi consultor em projectos de desenvolvimento local, social e ambiental no AUDAX-ISCTE, entre 2017 e 2018.

FUNÇÕES ACTUAIS:

Presidente da Junta de Freguesia de Campolide e Deputado Municipal em Lisboa, desde 2009;

Administrador Não Executivo da Valorsul, desde 2018.

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Nuno Miguel Guarda da Rocha

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

- Licenciatura em Gestão de Empresas - Pós-Graduação em Contabilidade e Gestão Pública - Contabilista Certificado pela Ordem dos Contabilistas Certificado

CARREIRA PROFISSIONAL:

Desde 2000 até 2013, Coordenador Técnico numa Software House, responsável pela gestão do produto e clientes.

FUNÇÕES ACTUAIS:

Desde dezembro de 2013, Contabilista Certificado e Consultor de Gestão, no âmbito do Setor Público Local.

Desempenho de funções públicas desde 2009, como Tesoureiro da Junta de Freguesia Mina, atualmente Mina de Água, no Município da Amadora.

Desde março de 2016, ocupa o cargo de vogal do Conselho de Administração da Valorsul, SA, nomeado pelo Município da Amadora.

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José António da Silva Oliveira

Data de Nascimento: 05 de abril de 1956 (Torres Novas)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciado em Ciências Sociais e Políticas - Política Social - pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade Técnica de Lisboa, tendo obtido no mesmo Instituto a secção especializada em “Acção Social de Empresas”.

CARREIRA PROFISSIONAL:

A carreira profissional foi iniciada em 1974 na Fábrica Nacional de Munições de Armas Ligeiras - FNMAL - tendo desempenhado diversas funções na área da Metalomecânica do fabrico militar.

A partir de 1990, com a criação da INDEP - Industrias Nacionais de Defesa, vem a desempenhar nas antigas instalações da Fábrica Militar de Braço de Prata, diversos cargos como Técnico Superior, da Direção de Pessoal e Formação de Jovens no âmbito do Instituto de Formação Profissional, como Coordenador de Pólo nas áreas da Metalomecânica e Eletricistas Industriais.

Entre 1998 e 2000 é consultor de Empresas a nível de Recursos Humanos/Formação Profissional.

FUNÇÕES ATUAIS:

Em 2009 é nomeado Administrador dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) do Município de Vila Franca de Xira, com competências nas áreas de Planeamento, Projectos, Água e Saneamento assim como Equipamentos e Transportes.

Em 2012 é nomeado Adjunto, do Vereador no Departamento de Obras e Serviços Municipais da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Em finais de 2013, como Vereador na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, é nomeado para os pelouros da Proteção Civil e do Departamento de Obras Viaturas e Infraestruturas.

Desde Outubro de 2013 que está nomeado como Presidente do Conselho de Administração dos SMAS de Vila Franca de Xira.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

É o representante da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira na AMAGÁS – Associação de Municípios para o Gás, desde Novembro de 2013, sendo atualmente o seu Presidente do Conselho Diretivo.

Desde 16 de Janeiro de 2014 é Administrador não Executivo da Valorsul, SA, nomeado pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

É Membro do Grupo de Vereadores da Mobilidade e dos Transportes e do Grupo de Trabalho da Energia, da AML - Área Metropolitana de Lisboa, em representação da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Em Outubro de 2017 é nomeado Vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sendo-lhe atribuído os pelouros respeitantes ao Departamento de Gestão Urbanística, Planeamento e Requalificação Urbana e ao Departamento de Obras, Viaturas e Infraestruturas.

Desde Outubro de 2017 que está designado como representante do Município de Vila Franca de Xira na Comissão de Acompanhamento Ambiental do Centro de Produção de Alhandra da CIMPOR.

Em Janeiro de 2018 é eleito para a Mesa da Assembleia Geral da AMEGA – Associação de Municípios para Estudos e Gestão da Água.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

André Filipe dos Santos Matos Rijo

Data de Nascimento: 9 de março de 1984 (Arruda dos Vinhos)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (clássica) em 2007.

CARREIRA PROFISSIONAL:

Advogado Associado na Abreu e Associados, sociedade de Advogados RL, até outubro de 2013.

Membro da Assembleia Municipal de Arruda dos Vinhos de 2005 a 2009.

Vereador na Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos de 2009 a 2013.

FUNÇÕES ATUAIS:

Presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos desde outubro de 2013.

Administrador não executivo da Valorsul desde agosto de 2014 em representação da AMO MAIS.

Presidente do Conselho Executivo da Associação de Fins Específicos AMO MAIS desde 2014.

Membro do Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios de Portugueses desde 2013

Vogal do Conselho de Administração da OesteSustentável

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Ana Paula Marques Teixeira

Data de Nascimento: 15 de abril de 1994 (Lisboa)

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

Licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais, pela Universidade Nova de Lisboa (FCSH). Mestre em Políticas Públicas, pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), desde 2017.

CARREIRA PROFISSIONAL:

No fim de 2016, realizou um estágio na Câmara Municipal de Odivelas, acompanhando a gestão autárquica, nomeadamente na área das atividades económicas, licenciamentos, juventude, turismo e projetos comparticipados (Portugal 2020).

FUNÇÕES ATUAIS:

Desde março de 2018, ocupa o cargo de vogal no Conselho de Administração da Valorsul, SA, nomeada pelo Município de Odivelas.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

ATIVIDADE

06

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

São descritas abaixo as atividades da empresa, dando destaque aos principais indicadores operacionais.

ENERGIA

COMPOSTO

RECOLHA SELETIVA

TRIAGEM DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

VALORIZAÇÃO ORGÂNICA

VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA

VALORIZAÇÃO DE ESCÓRIAS

DEPOSIÇÃO EM ATERRO

RECOLHADE ORGÂNICOS

RECOLHASELETIVA

RECOLHAINDIFERENCIADA

RECICLÁVEIS

AGREGADO

FIGURA 1 - ATIVIDADE DA VALORSUL

ATIVIDADEOPERACIONAL

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

RECOLHA SELETIVA

NA REGIÃO DE LISBOA

Nos cinco municípios integrantes da região Lisboa (Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira), a recolha seletiva multimaterial, dos fluxos vidro, papel/cartão, e embalagens de plástico e de metal, é executada pelos municípios, conforme acordos de entrega e receção de resíduos estabelecidos. Os municípios realizam essa recolha e gerem a rede de contentorização instalada no seu território. Esta é diversa, e integra, consoante o município, recolha de proximidade e/ou recolha porta-a-porta.

Em 2018, a recolha seletiva executada por aqueles municípios registou um aumento significativo de valores face ao ano anterior, que traz uma tendência positiva à evolução do desvio destes materiais para valorização, em linha com a exigência das metas comunitárias do ano 2025 em diante. Registou-se um aumento de 4,3% na entrega de vidro, de 15,2% na entrega de papel/cartão e de 11,3% na entrega de embalagens de plástico e de metal.

A recolha seletiva de resíduos orgânicos é praticada na região de Lisboa pelos municípios da Amadora, Lisboa, Loures e Odivelas, desde 2005, ano em que entrou em operação a Estação de Valorização Orgânica (ETVO).

É feita junto de estabelecimentos do setor HORECA, cantinas e mercados, numa colaboração entre município e Valorsul, em que os municípios fazem a recolha dos orgânicos utilizando meios de recolha, de deposição e suportes de comunicação adquiridos pela Valorsul. A imagem do programa, o Programa +Valor, é comum à atuação nos quatro municípios que efetuam a recolha, e está implementada desde 2005.

No ano 2018, foram recolhidos seletivamente 35 000 t de resíduos orgânicos, -4% que no ano anterior. A quantidade total recolhida é processada na ETVO, quase na totalidade.

NA REGIÃO DO OESTE

A Valorsul efetua a recolha multimaterial dos materiais recicláveis nos 14 municípios do Oeste. São recolhidos os materiais dos ecopontos da zona oeste e das ilhas ecológicas no município de Óbidos. São também geridos os materiais entregues nos ecocentros existentes nas estações de transferência.

No ano de 2018, destaca-se o significativo alargamento da rede de deposição seletiva tri-fluxo - papel/cartão, embalagens de plástico e metal e vidro - em cerca de 50%. No final do ano de 2018 existiam cerca de 12 mil e quinhentos contentores para recolha seletiva.

Em 2018, nos materiais recolhidos seletivamente, pela Valorsul e pelos municípios do Oeste, constatou-se um aumento de +11% de entrega de vidro, +24% de entrega de papel/cartão e +26% de entrega de embalagens de plástico e metal, relativamente ao ano anterior.

Nos fluxos de papel/cartão e plástico/metal a recolha da Valorsul é complementada pelos municípios que utilizam para tal viaturas cedidas por esta empresa.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

CENTROS DE TRIAGEM

O centro de triagem do Lumiar (CTE) e o centro de triagem do Oeste (CTO), da Valorsul, são unidades industriais que, através de processos automáticos e manuais, separam materiais para envio para reciclagem. Ambos os centros dispõem de ecocentros com vista à deposição seletiva de resíduos valorizáveis, pelas populações.

Em 2018 foram implementadas algumas melhorias de caráter operacional nestas unidades e manteve-se a transferência de refugo da linha das embalagens do CTE para o CTO com o objetivo de proceder ao seu reprocessamento. O crescimento global na retoma de origem seletiva foi de 7% em relação ao ano anterior.

As quantidades de materiais rececionadas nos Centros de Triagem, e respetivos ecocentros, bem como a variação relativamente ao ano anterior são apresentadas no quadro seguinte.

QUADRO 3 – ENTRADAS NOS CENTROS DE TRIAGEM

Fluxo materialVariação

2017/2018Quantidade (t)

2018 2017

Verde (vidro) 6% 26.392 25.024

Azul (papel/cartão) 17% 35.861 30.732

Amarelo (embalagens) 14% 22.756 20.039

Verificou-se um crescimento dos quantitativos de materiais recebidos, acentuando-se a tendência de crescimento verificada no ano anterior. É de salientar o crescimento registado nos três principais fluxos de material.

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO ORGÂNICA

Na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO), os resíduos biodegradáveis recolhidos seletivamente são transformados em composto (corretivo agrícola orgânico) e biogás, através de um processo de digestão anaeróbia, seguido de uma estabilização aeróbica do material, na compostagem. O gás, produto da fermentação, é utilizado na produção de energia elétrica, exportada para a rede elétrica nacional.

Em 2018, decorreu a manutenção de um dos dois digestores da instalação. O digestor foi totalmente esvaziado para limpeza e remoção de sedimentos, que se acumularam, desde a fase de arranque da instalação.

Foram recebidas na instalação 35.053 t, que incluem resíduos urbanos biodegradáveis (RUB) e resíduos verdes, recolhidos seletivamente.

O planeamento antecipado das intervenções de maior dimensão, com ajuste prévio do modo de operação da instalação, permitiu maximizar a quantidade de resíduos

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

processados em períodos de condicionamento das linhas. Desta forma, evitou-se maior quebra da receção durante esses períodos, mantendo a atividade biológica dos diversos processos. Adicionalmente, a maior quantidade de RUB recolhidos permitiu maximizar a receção de resíduos nos restantes períodos.

A produção, exportação e consumo de energia elétrica na unidade está espelhada no quadro seguinte.

QUADRO 4 – ENERGIA ELÉTRICA NA ETVO (Valores obtidos por leitura de contadores)

EnergiaVariação

2017/2018Quantidade (MWh)

2018 2017 2016

Produção -7% 9.200 9.915 10.899

Exportação -7% 9.199 9.915 10.894

Consumo -3% 3.594 3.713 3.898

A produção de composto (corretivo agrícola orgânico Ricaterra), foi de 669 t, corresponde a um decréscimo de 19% em relação a 2017. A introdução de resíduos verdes no processo de compostagem permitiu passar a higienizar todo o material compostado.

O corretivo agrícola orgânico disponibilizado pela ETVO - Ricaterra - teve procura tanto por utilizadores municipais pertencentes à área de intervenção da Valorsul, como por utilizadores particulares, sendo também cedido aos colaboradores da Valorsul.

CENTRAL DE VALORIZAÇÃO ORGÂNICA (LEIRIA) - CVO

A CVO de Leiria recebe, no âmbito do modelo técnico da Valorsul, os resíduos de recolha indiferenciada provenientes das Estações de Transferência da Nazaré, Óbidos e Rio Maior. A gestão desta unidade está a cargo da Valorlis. Trata-se de uma instalação de tratamento mecânico-biológico (TMB), produzindo biogás, composto e materiais de embalagem para reciclagem. A Valorsul tem o compromisso de entregar metade da capacidade da instalação suportando 50% dos custos deduzidos dos respetivos proveitos.

Durante o ano de 2018, a CVO manteve uma boa disponibilidade de operação na receção de RU tendo sido processadas 91.762 t, das quais 46.774 t provenientes da Valorsul. A quantidade de recicláveis triados e enviados para reciclagem representou 3% dos RU processados.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (CTRSU)

A CTRSU recebe os resíduos indiferenciados recolhidos pelos municípios e procede à sua valorização energética. Neste processo, o calor resultante da queima controlada dos resíduos é convertido em energia elétrica através de um sistema turbogerador. Essa energia é exportada para a rede nacional.

Durante o ano de 2018, a CTRSU tratou cerca de 574 mil toneladas de resíduos.

Em termos de energia o ano terminou com decréscimos de 13% e 14% na energia produzida e exportada, respetivamente. Houve, também uma diminuição da energia consumida (10%). Estes decréscimos estão relacionados com uma paragem programada para manutenção da instalação.

QUADRO 5 – ENERGIA NA CTRSU (Valores obtidos por faturação e leitura de contadores)

EnergiaVariação

2017/2016Quantidade (MWh)

2018 2017 2016

Produção -13% 316,5 365,2 379,5

Exportação -14% 275,8 320,5 332,3

Consumo -10% 40,7 45,0 47,2

Trata-se da unidade da Valorsul com maior produção de energia. A receita económica proveniente da venda da energia da CTRSU, representou neste ano, perto de 50% do volume de negócios da empresa. Nos meses de maio, outubro e novembro de 2018 foram realizadas paragens para manutenção de sistemas críticos das caldeiras, com especial incidência para a troca de tubulares dos sobreaquecedores, grelhas, tratamento de gases, turbina e quadros elétricos.

INSTALAÇÃO DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DE ESCÓRIAS

As escórias com origem na atividade da CTRSU são encaminhadas para a Instalação de Tratamento e Valorização de Escórias (ITVE), sendo colocadas no parque de maturação e depois enviadas para tratamento onde ocorre a remoção de elementos grosseiros, contaminantes e metais ferrosos e não-ferrosos. Os metais são encaminhados para reciclagem e as escórias valorizadas são utilizadas na cobertura de RU nos aterros sanitários de Mato da Cruz e do Cadaval. Desta forma evita-se a proliferação de odores e presença de vetores, e utiliza-se um resíduo valorizado em substituição de terras de cobertura.

No total, em 2018, foram rececionadas nesta instalação 110.552 t de escórias.

A utilização de agregado na cobertura de aterros permite evitar a utilização de terras de cobertura, ou outros recursos, em quantidade equivalente, todos os anos.

O impacte da extração de terras é muitas vezes subvalorizado. Porém, entidades como a UNEP (United Nations Environment Programme) têm dado bastante relevância à extração de recursos naturais tendo, recentemente, revelando que, a nível mundial,

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

a mesma triplicou nas últimas quatro décadas. A UNEP alertou também para a perigosidade deste ritmo num futuro, infelizmente, não muito longínquo.

A extração de materiais não é só danosa pela delapidação de recursos per si. Causa também prejuízos ambientais resultantes da própria atividade de extração (na vegetação, qualidade das águas, animais e outros organismos que habitem na zona, paisagem, ente outros) e seu transporte.

Neste contexto, é relevante a reutilização/reciclagem dos recursos. No caso da Valorsul, orgulhamo-nos de utilizar as escórias - após processamento na instalação de tratamento e valorização das escórias - contribuindo assim para uma eficiente utilização de materiais (outrora resíduos), ao invés de outros recursos naturais.

A Valorsul produz, a partir das escórias de incineração valorizadas, um agregado artificial aplicável na construção.

A atribuição de Marcação CE neste produto implicou a realização de um conjunto de ensaios e a implementação de um Sistema de Controlo de Produção em Fábrica do Agregado 0/31,5, de acordo com os requisitos estabelecidos na norma harmonizada dos agregados, a NP EN 13242:2002+A1 2010.

Este Sistema é auditado anualmente por um organismo certificado, sendo obtido o respetivo Certificado de Conformidade de Controlo de Produção em Fábrica, que permite à Valorsul emitir a Declaração de Desempenho do Agregado 0/31,5 e colocar a Marcação CE no produto.

A Valorsul dispõe também de um Documento de Aplicação, elaborado pelo LNEC, que define as características do Agregado e estabelece as condições de produção e de utilização em camadas não ligadas de pavimentos rodoviários. Tendo em conta a manutenção do procedimento de certificação das escórias valorizadas como agregado artificial, bem como as ações de divulgação deste produto junto de potenciais utilizadores, prevê‐se um aumento da utilização e da produção de Agregado.

Como resultado do esforço para escoamento deste produto, pela primeira vez em quase 20 anos, em 2018, foram escoadas 22.385 toneladas de escórias e 73.753 toneladas agregado artificial.

DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS EM ATERRO

A Valorsul dispõe de dois aterros, um no Município de Vila Franca de Xira e outro no Município do Cadaval. Cerca de dois terços dos resíduos que se destinam ao aterro do Cadaval (e também CVO de Leiria e CTRSU) são recebidos e compactados nas seis estações de transferência que integram o sistema, de forma a racionalizar o transporte e reduzir custos associados à gestão dos resíduos indiferenciados.

ATERRO SANITÁRIO DO OESTE (ASO)

Em 2018 foram entregues diretamente no Aterro Sanitário do Oeste 60 377 t de resíduos indiferenciados que têm origem, na sua quase totalidade, nas recolhas efetuadas pelos municípios.

A decomposição da matéria orgânica presente nos RU depositados no aterro produz biogás que é encaminhado para a Central de Valorização Energética do Biogás (CVEB).

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Esta é constituída por três geradores síncronos, sendo dois com a potência unitária de 1063 kW, e um com a potência de 835 kW. De acordo com a licença de exploração, emitida pela DGEG, a injeção de energia na rede está limitada a uma potência total 2900 kVA.

Em 2018 foram produzidos 15.556 MWh de energia elétrica, que foi injetada na rede elétrica nacional.

ESTAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA (ET)

Em 2018 foram entregues diretamente nas seis estações de transferência 118 235 t de resíduos indiferenciados que têm origem, na sua quase totalidade, nas recolhas efetuadas pelos municípios. De salientar que das seis estações referidas a estação de transferência de Peniche pertence e é gerida diretamente pela Câmara Municipal.

Da receção total nas ET’s foram transferidas 27 258 t para a CTRSU e 46 774 t para a CVO – Valorlis.

ATERRO SANITÁRIO DE MATO DA CRUZ (ASMC)

A quantidade de resíduos urbanos recebida diretamente, no ASMC, em 2018, foi de 87.419 toneladas, das quais 50.000 toneladas correspondem a resíduos urbanos provenientes da CTRSU, que tiveram de ser desviados por motivos de paragem da central para manutenção programada .

A operação do sistema de aproveitamento energético do biogás no aterro de Mato da Cruz, integrando dois grupos motogeradores de 834 kW, proporcionou a geração de 8.361 MWh de energia elétrica, que foi injetada na rede pública.

ABASTECIMENTO DE GÁS NATURAL CARBURANTE

A Valorsul dispõe de um posto de abastecimento de viaturas a gás natural carburante (PAGNC), localizado junto à sede da empresa em S. João da Talha. Em 2018, procedeu-se ao abastecimento de 1.301.891 Nm3 de GNC.

O PAGNC, construído em 2007 no cumprimento das orientações recebidas da tutela no âmbito da política então seguida de incentivo aos combustíveis alternativos, é atualmente reconhecido pelos municípios que utilizam a CTRSU, como uma infraestrutura relevante não só em termos logísticos, mas também como imprescindível para a redução de custos associados à recolha de resíduos.

Paralelamente, a utilização de frota de veículos movidos a gás natural pelos municípios, permite reduzir de forma significativa o ruído e vibrações na recolha de resíduos e, por outro lado, reduzir a emissão de substâncias nocivas para o ambiente, aumentando deste modo o bem-estar das populações.

Estamos perante uma instalação potenciadora de ganhos a vários níveis envolvendo várias entidades, cuja exploração urge manter sobre a responsabilidade direta da Valorsul.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

CUMPRIMENTO DE METAS PERSU 2020 E OBJETIVOS DE SERVIÇO PÚBLICO

No que se refere aos Objetivos de Serviço Público, a Valorsul cumpriu todas as metas intercalares de 2018, nomeadamente as metas de capitação de retoma de recolha seletiva (50 kg/hab/ano), deposição de RUB em aterro (23%) e preparação para reutilização e reciclagem (40%). Relativamente às metas do SIGRE, a Valorsul cumpriu todas as metas em 2018, à exceção do vidro, cuja meta para 2018 foi fixada num valor muito elevado (incremento de cerca de 39%), face a 2017.

RECURSOS HUMANOS

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

Em 2018, a Gestão de Recursos Humanos na Valorsul deu continuidade a aposta da criação de valor do seu Capital Humano, refletindo um acréscimo sensivelmente de 1% face ao ano anterior, perfazendo um total de 353 colaboradores, salientando-se o esforço da harmonização dos processos de Recursos Humanos, tendo em consideração as diretrizes do grupo.

EVOLUÇÃO DA FORMAÇÃO

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

201620172018

Nº Col.Nº Horas

0

50

100

150

200

250

300

350

400316 349

270

7851 6450 3178

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

EVOLUÇÃO DO Nº TOTAL DE COLABORADORES

349

350

351

352

353

354

355

356

353

351

355

2018 2017 2016

IDADE

< 19 Anos0

> 65 Anos1%

19-25 Anos1%

26-35 Anos10%

36-45 Anos34%

46-55 Anos31%

56-65 Anos23%

GÉNERO

Homens81%

Mulheres19%

TIPO CONTRATO ANTIGUIDADE HABILITAÇÕES

Sem Termo

90%

Termo Certo Cedência

3º ciclo

Ensino Secundário

Bacharelato

Licenciatura

8%

2%

36%

21%13%

12%

11%2º ciclo

1º cicloSem grau de instrução

6 - 15 Anos

52%

até 5 Anos

16 - 25 Anos

39%

9%

Sem Termo

90%

Termo Certo Cedência

3º ciclo

Ensino Secundário

Bacharelato

Licenciatura

8%

2%

36%

21%13%

12%

11%2º ciclo

1º cicloSem grau de instrução

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

POLÍTICAS DE RH

Ao longo do ano de 2018, a Gestão de Recursos Humanos na Valorsul, continuou a apostar na valorização e desenvolvimento do seu Capital Humano, investindo de forma sustentável na formação e aprendizagem contínua.

No que concerne às práticas de Gestão de Recursos Humanos, salienta-se:

1. Modelo de Gestão de Desempenho Aposta contínua do novo Modelo de Gestão de Desempenho – PerforME;

2. Recrutamento e Integração de Colaboradores - Implementação do novo Modelo de Recrutamento, MEuPortal, com o suporte da área de RH da ME e da EGF, tendo por base as diretrizes da EGF. - Contratação de vários trabalhadores temporários com contrato Valorsul - Integração dos Trainees ao abrigo do programa Start@ME;

• Modelo de Assiduidade Implementação do Modelo de Assiduidade de forma tranversal, agilizando e simplificando o processo de registo e validação de ausências

• Alteração de Mediador e Seguradoras dos seguros acidentes de trabalho, de vida, de saúde e frota, em linha com as diretrizes da EGF.

• Formação Tendo como foco o desenvolvimento e valorização do Capital Humano, a Valorsul proporcionou aos colaboradores mais ações, apostando continuamente no crescimento profissional e na aquisição de novas competências, melhorando a eficácia e eficiência no desempenho profissional.

QUALIDADE, SEGURANÇA E AMBIENTE

Em 2018, salientam-se as seguintes atividades:

• Manutenção das certificações do SGI nas vertentes da Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, segundo as normas NP EN ISO 9001:2015, NP EN ISO 14001:2015 e OHSAS 18001:2007, para todos os produtos, serviços, atividades e locais da empresa;

• Recertificação do Sistema de Controlo de Produção em Fábrica do Agregado para a construção rodoviária (agregado artificial proveniente de escórias de incineração de resíduos urbanos), segundo a norma EN 13242:2002+A1:2010;

• Publicação dos Requisitos Legais e Outros aplicáveis na Biblioteca Partilhada EGF;

• Apoio na área da Qualidade, Ambiente e Segurança às empresas do Grupo EGF;

• Apoio às Empreitadas realizadas nas diferentes instalações da Valorsul;

• Apoio a Paragens Programadas para Manutenção das instalações da Valorsul;

• Acompanhamento da implementação dos Planos de Racionalização dos Consumos de Energia (PREn) / Acordos de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) nas diferentes instalações da Valorsul e de outras medidas de eficiência energética;

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

• Implementação das recomendações para a melhoria do SGI da empresa indicadas na Revisão pela Gestão;

• Acompanhamento do Processo de Renovação da Licença de Exploração do PAGNC;

• Apoio técnico para a instalação de pórtico destinado à deteção de materiais radioativos na CTRSU.

GESTÃO DA QUALIDADE

Satisfação do cliente

Nos gráficos seguintes, apresenta-se a tendência de evolução dos indicadores de satisfação dos clientes desde 2014 que inclui a resposta aos inquéritos de satisfação de clientes serviço e produtos de 2018, cujos indicadores apresentam uma qualidade “boa”.

INQUÉRITOS DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

GRAU SATISFAÇÃO GLOBAL Clientes Serviço

% RESPOSTA Inquéritos Clientes Serviço

% PARÂMETROS C/ AVALIAÇÕES ≥4 Clientes Produto

% RESPOSTA Inquéritos Clientes Produto

LEGENDA:

- Indicador de Qualidade Mediana InsatisfatóriaBoa

- Valor de referência para a qualidade de serviço boa

- Valor de referência para qualidade de serviço mediana

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

4,04,2

4,0

3,93,7

201820172016201520140%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

15%

43%

20%27%

21%

20182017201620152014

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%93,2%

98,9% 100,0% 100,0% 96,9%

201820172016201520140%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

57%

25%29%

14% 11%

20182017201620152014

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

GESTÃO AMBIENTAL

Aspetos e impactes ambientais

Em 2018, efetuou-se a revisão do procedimento de Identificação de Aspetos e Avaliação de Impactes Ambientais, definindo-se critérios para avaliação de impactes tendo em consideração uma perspetiva de ciclo de vida. Os Aspetos mais representativos são os seguintes:

ASPETOS AMBIENTAIS MAIS REPRESENTATIVOS

A VALORSUL e o AMBIENTETipo de impacte RS CTE ETVO CTRSU ITVE ASMC CTRO ET’s

Entradas

Consumo de recursos materiais -

Consumo de recursos energéticos -

Consumo de água -

Utilização de materiais obtidos a partir de resíduos

+ . . . . -

Processo

Ocupação do solo - . . . . . -

Efeitos sobre os habitats e a biodiversidade

- . . . . . . -

Efeitos psicossociais - .

Emissões

Emissão de ruído -

Emissão de odores - .

Emissões atmosféricas e libertação de poeiras

-

Resíduos produzidos -

Lixiviados pré-tratados e águas residuais

-

Derrames e escorrências -

Saídas

Produção de energia elétrica + . . . -

Materiais/produtos obtidos a partir de resíduos

+ . . -

RS- Recolha seletiva; CTE – Centro de Triagem e Ecocentro; ETVO – Estação de Tratamento e

Valorização Orgânica; CTRSU – Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos; ITVE –

Instalação de Tratamento e Valorização de Escórias; ASMC – Aterro Sanitário de Mato da Cruz; CTRO

- Instalação onde se insere o Aterro Sanitário do Oeste (ASO), o Centro de Triagem do Oeste (CTO),

um Ecoparque e respetivas infraestruturas de apoio; ETs- Estações de Transferência.

GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Sinistralidade

Em 2018, registaram-se na Valorsul 28 acidentes com baixa, que se traduziram na perda de 896 dias de trabalho. Comparando a sinistralidade da Valorsul com as estatísticas nacionais mais recentes sobre Acidentes de Trabalho, verifica-se que a taxa de incidência (definida como 100 x índice de incidência) encontra-se 21 % abaixo do valor do setor de atividade onde a Valorsul se insere.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

INDICADORES DE SINISTRALIDADE

Sinistralidade 2018

Índice de frequência 36,6 acidentes com baixa / 1.000.000 h trabalhadas

Índice de incidência 65,5 acidentes com baixa por 1.000 trabalhadores

Índice de gravidade 0,71 dias úteis perdidos por 1.000 h trabalhadas

No âmbito da promoção da redução da sinistralidade, a evolução das horas de formação é a seguinte:

FORMAÇÃO QAS

PROMOVER A REDUÇÃO DA SINISTRALIDADE

Horas | Formação Interna | QAS

PROMOVER A REDUÇÃO DA SINISTRALIDADE

Horas | Formação a prestadores de serciço | QAS

LEGENDA:

- Indicador de Qualidade Mediana InsatisfatóriaBoa

- Valor de referência para a qualidade de serviço boa

- Valor de referência para qualidade de serviço mediana

No âmbito da prevenção de lesões e afeções da saúde, de 2017 para 2018 verificou-se a melhoria dos seguintes indicadores:

• Aumento do n.º de imunizações contra a gripe sazonal/trabalhador (de 0,34 para 0,36);

• Aumento do n.º de ecografias por trabalhador (de 2,8% para 4,9 %);

• Aumento do n.º de tentativas de recolocação de trabalhadores com aptidão condicionada por indicação médica (de 2 para 3);

• Diminuição do n.º dias úteis baixa p/ doença na realização de exames médicos após baixa (de 92 para 84);

• Aumento do n.º de parâmetros de análises clínicas (de 14 para 15).

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

COMUNICAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

Em 2018, a Valorsul, integrando um consórcio de 11 empresas, executou a operação “Comunicação Ambiental Estratégica”, um projeto de sensibilização

e educação ambiental com vista ao aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos resíduos urbanos recolhidos seletivamente para reciclagem. A operação foi financiada em 85% pelo PO SEUR e desenvolveu-se em 3 eixos: Ecovalor, Comércio a Reciclar e Ecoeventos.

PROGRAMA ECOVALOR

O Programa Ecovalor é um programa de sensibilização ambiental para a comunidade escolar que atualmente envolve 19 municípios, mais de 250

escolas e várias instituições. No âmbito deste programa, a Valorsul ofereceu visitas escolares às suas instalações; ações de sensibilização ambiental no espaço

da escola; e dois grandes concursos interescolas de separação de embalagens. O concurso dedicado ao ecoponto amarelo envolveu perto de 50.000 alunos e foram

recolhidas 309 toneladas de embalagens de plástico, metal e pacotes de bebida. O sucesso deste concurso deveu-se à efetiva capacidade de recolha e dinamização dos municípios aderentes, sendo de destacar o desempenho dos municípios de Alenquer, Cadaval e Vila Franca de Xira. O concurso dedicado ao ecoponto azul envolveu 27.800 alunos e foram recolhidas 190 toneladas de papel e cartão. Foi possível concretizar esta iniciativa em 11 municípios, com destaque para os excelentes resultados em Odivelas, Alenquer, Alcobaça e Lourinhã. O concurso prevê a oferta de prémios pelo desempenho de todas as escolas.

Neste ano letivo 2017/18, os prémios ascenderam a mais de 40.000 euros. Relativamente às ações de sensibilização no espaço da escola, de destacar a realização de 2017 ações, abrangendo mais de 50.000 alunos e professores.

CAMPANHA “É SÓ UM QUILO!”

Em 2018, a Valorsul alcançou um aumento expressivo, de mais 50% na contentorização para recolha seletiva na Região Oeste - mais 1500

ecopontos, em 14 municípios. Nesse âmbito, foi concebida uma ação de educação e sensibilização a realizar por cada novo equipamento

instalado em zonas residenciais para a promoção da sua utilização.

Os equipamentos de maior visibilidade foram decorados para que a sua presença não passasse despercebida nas primeiras semanas após a instalação. Foi distribuída uma monofolha na caixa do correio das residências ao redor do novo contentor, na qual se explicava que há um novo ecoponto para deposição seletiva de recicláveis e qual a meta percapita que o país precisa atingir e o contributo que cada pessoa pode dar por semana. O folheto “É só um quilo!”, oferecia a hipótese de solicitar

por correio um brinde informativo e facilitador da separação de recicláveis. Mais de 400 pessoas solicitaram (via linha azul ou e-mail) o seu kit de

reciclagem e receberam-no, por correio, em sua casa.

A campanha foi co-financiada pelo PO SEUR no âmbito da candidatura da Valorsul a este programa operacional aprovada em janeiro de 2018 e intitulada “Sensibilização para a Prevenção da Produção e Preparação para Reutilização e Reciclagem de Resíduos Urbanos”.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

CAMPANHA “ECOPONTOS TRISTES”

O que fazer quando um ecoponto está sempre vazio? Como incrementar a sua utilização ou decidir relocalizá-lo? Estes são os desafios a que a campanha “Ecopontos tristes”

veio responder. Consistiu, em termos de comunicação, em decorar os ecopontos menos produtivos de toda a região com um autocolante (com QRCode) que

explicava à população que o ecoponto seria relocalizado se não fosse mais utilizado. Resultou, em alguns casos, num incremento substancial da utilização dos ecopontos, e noutros casos, na sua justificada relocalização.

PROGRAMAS DE COMPOSTAGEM DOMÉSTICA E COMUNITÁRIA

A compostagem doméstica é um processo 100% natural. Os restos de vegetais e plantas transforma-se em composto para fertilizar a terra. Na

verdade, é uma das formas mais antigas de reciclar e há cada vez mais famílias interessadas em contribuir para uma gestão responsável dos seus

resíduos orgânicos, fazendo compostagem doméstica.

A Valorsul desenvolveu em 2018 as campanhas “Compostar, outra forma de reciclar” e “Todos podem compostar”, indo ao encontro da sua política de prevenção de RU e beneficiando de cofinanciamento do PO SEUR no âmbito da candidatura a este programa operacional aprovada em janeiro de 2018 e intitulada “Sensibilização para a Prevenção da Produção e Preparação para Reutilização e Reciclagem de Resíduos Urbanos”.

COMPOSTAR OUTRA FORMA DE RECICLAR

Foram realizadas 100 de ações de formação, com a duração de 01h30, dadas por um especialista no tema da Compostagem. No final da sessão foi oferecido um compostor doméstico aos participantes e um guia prático de como fazer compostagem. Esta ação foi desenvolvida em parceria com as Juntas de Freguesia e Municípios, que disponibilizaram os locais da formação e garantiram o transporte dos compostores. No final de 2018, mais 2.000 famílias estavam já a realizar compostagem doméstica em suas casas.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

“TODOS PODEM COMPOSTAR”

Com vista à instalação em jardins municipais da grande Lisboa de 5 compostores de média dimensão – e para permitir também a prática da compostagem em

zonas de prédios onde não é possível ter um compostor em casa - foram preparadas a campanha e a aquisição dos compostores em 2018. No início de 2019 vai iniciar-se a prática da compostagem comunitária, um projeto pioneiro em Portugal.

CAMPANHA “AJUDA DE PESO”

A campanha “Ajuda de Peso” é um programa de retribuição financeira a instituições e associações sem fins lucrativos pelos recicláveis entregues

nos centros de triagem e ecocentros da Valorsul. São aceites todos os materiais que os 3 contentores do ecoponto recebem. Em 2018 foi possível

enviar para reciclagem 59 toneladas de material proveniente de 24 instituições.

COMÉRCIO A RECICLAR

“Programa Comércio a reciclar”: Consiste na intervenção de equipas permanentes de contacto junto do alvo HORECA (Hotéis, Restaurantes e Cafés) e do pequeno comércio, e inclui a distribuição de materiais informativos e de sensibilização. Em 2018, na área da Valorsul, foram visitados perto de 8.500 estabelecimentos, geralmente em parceria com os municípios.

O comércio local ficou mais equipado e sensibilizado para a separação das suas embalagens.

ECOEVENTOS

O Ecoevento é uma iniciativa da Valorsul que desafia as entidades a reduzir o impacte ambiental resultante do evento e a promover a gestão adequada dos resíduos produzidos.

Em 2018, foram realizados 25 Ecoeventos, nos quais a Valorsul deu apoio logístico (sacos, suportes de sacos, luvas, colocação de ecopontos, recolha, monitores, materiais informativos, ações de sensibilização) e, por vezes, foram atribuídas contrapartidas em função das quantidades recolhidas.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

De destacar o desempenho, em termos de quantidades de recicláveis separadas, no Rock in Rio Lisboa, no Campeonato Mundial de Surf em Peniche e no Carnaval de Torres Vedras. No global, foi possível recolher para reciclagem 105 toneladas de resíduos em Ecoeventos.

RECYCLE BINGO

O Recycle BinGo é já o projeto de comunicação mais premiado de sempre da história da Valorsul: venceu ouro nos prémios de criatividade da Revista Meios e Publicidade e venceu os Prémios de Criatividade Sapo 2018, na categoria serviços. No XX Festival Anual de Publicidade, organizado pelo Clube de Criativos de Portugal, recebeu o prémio prata em duas categorias - APPs Mobile e Jogos Mobile - e ainda bronze em User Design Experience (UX).

No final de 2017, a Valorsul, a Amarsul e a Valorlis, com o apoio do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, conceberam o Recycle BinGo, uma aplicação que funciona como um jogo tornando a experiência da reciclagem muito mais divertida e compensadora.

A missão principal do jogo é fazer visitas ao “nosso” Ecoponto Habitual. Através da geolocalização o nosso Smartphone sabe que nos encontramos perto dele. Ao fazermos check-in desbloqueamos um conjunto de simpáticos bichinhos, os EcoGifts, com os quais vamos preenchendo os nossos cartões BinGo. Cada vez que completamos um cartão ganhamos EcoMoedas – que podemos trocar por ótimos prémios, como bilhetes de cinema, vales de desconto e muito mais. A aplicação tem ainda um site www.recyclebingo.pt e uma página de facebook dedicada.

Entre fevereiro (data em que foi disponibilizada ao público através das plataformas AppStore e no GooglePlay) e dezembro de 2018, este projeto de sensibilização alcançou excelentes resultados: Mais de 17 mil downloads da aplicação e 7.000 utilizadores ativos. A página de facebook atingiu 6.300 fãs e os filmes de animação (feitos para promover a aplicação) têm mais de 43 mil visualizações no youtube. A página web do projeto foi visitada 54.000 vezes.

Gestão de contactos - Pedidos de informação e reclamações

Em 2018 foram registados 1042 contactos categorizados como pedidos de informação (757), reclamação municipal (30) e reclamação Valorsul (255), a grande maioria via telefone ou e-mail. Para uma melhor clarificação, existe uma separação prévia entre reclamações municipais (assuntos da esfera municipal) e reclamações Valorsul (sobre assuntos da área de atuação da empresa).

A maioria das reclamações dizem respeito à colocação e recolha de ecopontos. O tempo médio de resposta a pedidos de informação é 1 dia, e a reclamações (Valorsul) é 4 dias.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

DESEMPENHOFINANCEIRO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Em 2018 a Valorsul refletiu nas suas prestações de serviços, o desvio tarifário positivo, decorrente da diferença entre tarifas de 2017 aprovadas pela ERSAR e as tarifas determinadas de acordo com as Contas Reguladas Reais aprovadas pela ERSAR, no montante de 300 m€. Adicionalmente, a Valorsul refletiu o desvio tarifário positivo estimado de 2018, com os mesmos pressupostos, no montante de 1,7 M€.

VOLUME DE NEGÓCIOS

O volume de negócios da Valorsul compreende os rendimentos obtidos com a venda de energia e de recicláveis, as receitas das prestações de serviços de tratamento de resíduos e do abastecimento de gás natural carburante. O volume de negócios totalizou os 60 M€, representando uma diminuição de 3,8 M€ face ao ano anterior.

Os rendimentos provenientes do tratamento de RU, incluindo clientes municipais e particulares, totalizaram 17,3 M€. Esta rubrica apresentou um aumento de cerca de 470 mil € em relação ao ano anterior. A razão deste aumento, para além dos ajustamentos das tarifas anteriormente referidas, deve-se ao acréscimo das quantidades de RU tratadas.

O total dos rendimentos da venda de energia cifrou-se em 28 M€, inferior em 4,4 M€ quando comparado com o ano de 2017. A razão deste desvio deve-se à paragem programada da CTRSU de grande complexidade, realizada entre meados do mês de outubro e o princípio do mês de dezembro de 2018.

De salientar que 24,5 M€ foram provenientes da CTRSU, representando a energia produzida nesta unidade cerca de 41% do volume de negócios total da empresa. As receitas da venda de energia proveniente do aproveitamento do biogás do aterro sanitário de Mato da Cruz (ASMC) e do aterro sanitário Oeste do Cadaval (ASO) atingiram, cerca de 892 m€ e 1,5 M€, respetivamente. A venda de energia da estação de tratamento e valorização orgânica ascendeu a 1,2 M€.

Por último, a venda de materiais recicláveis ascendeu a 13 M€, aumentando 355 m€ face ao ano de 2017, refletindo a melhoria da performance registada nos Centros de Triagem.

DESEMPENHOFINANCEIRO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

A estrutura do volume de negócios apresenta-se no gráfico seguinte:

FIGURA 2 - ESTRUTURA DO VOLUME DE NEGÓCIOS (VALORES EM EUROS)

GASTOS E RESULTADOS OPERACIONAIS

A Valorsul registou no ano de 2018 um cashflow operacional (EBITDA) de 18M€ de euros, conforme se apresenta no quadro seguinte:

QUADRO 6 - RESULTADOS OPERACIONAIS E RUBRICAS ASSOCIADAS (Valores em euros)

Rubrica 2018 2017 2016

Volume de negócios 60.153.391 63.975.537 58.947.009

FSE -20.602.064 -18.772.116 -19.783.614

Custo das vendas -7.401.385 -7.543.740 -7.404.287

Gastos com pessoal -14.188.205 -14.670.980 -13.198.756

Provisões e Reversões 136.101 868.346 -75.894

Outros gastos e perdas -10.416.627 -4.079.090 -1.184.628

Outros rendimentos 10.092.998 3.707.389 1.960.680

CASH FLOW OPERACIONAL (EBITDA) 17.774.209 23.485.346 20.261.126

Amortizações/depreciações -15.442.446 -17.215.099 -17.171.630

Subsídios ao investimento 4.560.823 5.085.014 5.080.423

RESULTADOS OPERACIONAIS (EBIT) 6.892.585 11.355.260 7.169.304

A rubrica de FSE regista um acréscimo de 1,8 M€ relativamente a 2017, ou seja, mais 10%, tendo contribuído para este aumento o custo, não previsto e não comparável com o ano transato, incorrido com o escoamento do agregado acumulado ao longo dos anos no ASMC, bem como as despesas relacionadas com a contratação de serviços externos associados à caracterização do papel/cartão recolhido seletivamente, permitindo o cumprimento das especificações técnicas deste tipo de material e que são exigidas pelas entidades gestoras do SIGRE.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Os Gastos com Pessoal diminuíram 3% correspondendo a 483 m€. Contudo, alertamos para o facto de que em 2017 foram contabilizados acordos de rescisão e prémios de mérito que não foram integralmente pagos em 2018, constatando-se por este facto que em termos reais, verificou-se um aumento de 600 m€, ou seja, um acréscimo de 4% quando comparado com o ano transato.

Como reflexo do anteriormente referido, o EBITDA sofreu uma redução de 5,7 M€, ou seja, uma diminuição de 24%.

A diminuição dos custos com as Amortizações, no montante de 1,7 M€, é justificado essencialmente pelo facto dos equipamentos mais significativos da ETVO, terem ficado totalmente amortizados em 2017.

O EBIT totalizou 7 M€, inferiores em cerca de 4,5 M€, quando comparados com 2017.

QUADRO 7 - ESTRUTURA DE GASTOS

EVOLUÇÃO GASTOS OPERACIONAIS 2018 2017 2016

Gastos operacionais 68.050.727 62.281.025 59.947.120

Gastos financeiros 258.098 305.549 736.079

TOTAL GASTOS 68.308.8825 62.586.574 60.683.200

NATUREZA DO GASTO 2018 2017 2016

Custo das vendas 7.401.385 7.543.740 7.404.287

FSE 20.602.064 18.772.116 19.783.614

Gastos com pessoal 14.188.205 14.670.980 13.198.756

Amortizações/depreciações 15.442.446 17.215.099 17.171.630

Provisões/Perdas Imparidade 0 0 1.204.206

Outros gastos e perdas 10.416.627 4.079.090 1.184.628

TOTAL GASTOS OPERACIONAIS 68.050.727 62.281.025 59.947.120

% em função volume negócios 113% 97% 102%

RESULTADOS FINANCEIROS

A Valorsul apresentou no ano de 2018 um resultado financeiro negativo de 60 m€. Registou-se uma redução face ao ano de 2017 por via da redução do endividamento.

RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS (RAI)

Refletindo o anteriormente exposto, a Valorsul apresentou no ano de 2018 um RAI de 7 M€, inferior ao ano de 2017 em 4,4 M€.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

IMPOSTOS

Ilustra-se no quadro seguinte o cálculo do imposto do exercício.

QUADRO 8 – IMPOSTOS

IMPOSTOS 2018 2017 2016

Resultado antes de impostos 6.832.587 11.277.030 6.450.331

Variações patrimoniais positivas 1.817.168 1.817.168 1.817.168

Ajustamentos fiscais 180.915 87.519 -20.630

Diferenças temporárias -3.116.050 -7.563.803 -46.095.393

LUCRO TRIBUTÁVEL/PREJUÍZO FISCAL 5.714.620 5.617.915 -37.848.524

Imposto à taxa normal+derrama estadual 486.460 1.227.349 -

Derrama 66.610 66.736 -

Tributação autónoma 14.600 53.802 34.692

TOTAL DO IMPOSTO CORRENTE 567.670 1.347.887 34.692

Total imposto diferido -3.624.134 -88.037 2.899.975

Excesso de estimativa para imposto -634.502 - -341

Total imposto sobre o rendimento -3.690.965 1.259.851 2.934.325

TAXA EFETIVA DE IMPOSTO -54% 11% 45%

Na sequência da resposta ao pedido de informação vinculativo submetido à Administração Tributária, relativo à dedução fiscal do desreconhecimento dos ativos não afetos à BAR em 2018, foi registado a recuperação como gasto fiscal dedutível, traduzindo-se num proveito no valor de 3,7 M€, permitindo que a evolução negativa no RAI fosse significativamente compensada, beneficiando por esta via o Resultado Líquido apurado no corrente exercício.

RESULTADO LÍQUIDO

O resultado líquido da Valorsul cifrou-se nos 10,5 M€. A sua decomposição ilustra-se no quadro seguinte:

QUADRO 9 – RESULTADOS (Valores em euros)

RESULTADOS 2018 2017 2016

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 6.832.587 11.277.030 6.450.331

Imposto do exercício -567.670 -1.347.887 -34.692

Insuficiência / Excesso de estimativa 634.502 - 341

Imposto diferido 3.624.134 88.037 -2.899.975

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 10.523.552 10.017.180 3.516.006

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TARIFÁRIO

Como referido anteriormente, a tarifa municipal, aprovada pela ERSAR, que vigorou no ano de 2018 foi de 19,89 euros/t para os clientes municipais, tendo sido fixada pela Valorsul para os clientes particulares a tarifa de 45€/t para entrega de RU na CTRSU.

INVESTIMENTOS EFETUADOS

Em 2018, o investimento realizado ascendeu a 9,2 milhões de euros, sendo de destacar a aquisição de viaturas de recolha seletiva, aquisição de ecopontos, empreitada de reformulação das estações de transferências e Etal do Oeste e a otimização da linha de embalagens do CTE (estes três últimos projetos encontram-se em curso).

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PERSPETIVASPARA 2019

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

O ano 2019 será o primeiro de um novo período regulatório (2019 a 2021) para o qual o regulador fixou tarifas manifestamente insuficientes ao cabal cumprimento do Contrato de Concessão, nomeadamente dos objetivos de serviço público e metas ambientais fixadas para a Valorsul. Não obstante, para o futuro, a Valorsul dará continuidade à sua missão, cumprindo as orientações estratégicas dos acionistas e fomentando as melhores práticas no setor para o tratamento e valorização dos resíduos.

Com a entrada num novo período regulatório, CRP 19-21, a Valorsul terá pela frente três anos de grandes desafios, de exigência orçamental e de eficiência.

Será objetivo fundamental, a realização do ambicioso Plano de Investimentos aprovado, que permitirá adequar a capacidade da empresa tornando-a preparada para atingir as metas do PERSU 2020, já com a perspetiva das novas metas ambientais que se perspetivam no âmbito do Pacote da Economia Circular e que terão eco na Estratégia Nacional para o Sector dos Resíduos.

Prevendo-se o aumento significativo das quantidades recolhidas seletivamente, decorrente dos investimentos realizados em 2018 em matéria de sensibilização e comunicação, em Ecopontos e em Viaturas de Recolha, será necessário adequar as nossas instalações de tratamento de resíduos a esta evolução, prevendo-se a concretização do aumento da capacidade e de otimização da linha de tratamento de embalagens do Centro de Triagem do Lumiar e da melhoria da linha de embalagens do Centro de Triagem do Oeste.

Prevê-se ainda a construção da Instalação de Compostagem de Resíduos Verdes na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica da Amadora que terá uma capacidade de tratamento de 8 mil toneladas. Esta unidade de tratamento permitirá a produção de um composto orgânico de qualidade superior que conjuntamente com o já comercializado RICATERRA destina-se a ser utilizado como corretivo orgânico, promovendo uma melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo recetor e, consequentemente, o aumento da produção vegetal.

Decorrerá também a construção da nova Estação de Transferência de Torres Vedras, para transporte de resíduos para a CTRSU e CTRO.

A Valorsul procurará sempre manter a qualidade e níveis de serviço, e cumprir os objetivos de serviço publico, indo ao encontro dos clientes municipais e das populações servidas, o qual, com tarifas anormalmente baixas face ao histórico, será um desafio constante e continuo a que se procurará dar uma resposta adequada.

PERSPETIVAS2019

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

FACTOS RELEVANTES APÓS TERMO DO EXERCÍCIO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Não existem factos relevantes após termo do exercício.

FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

CONSIDERAÇÕESFINAIS

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Ao concluir este relatório, o Conselho de Administração não pode deixar de exprimir uma mensagem de agradecimento às entidades e pessoas que mais o apoiaram na prossecução dos objetivos estabelecidos.

De forma muito especial, queremos:

• Agradecer aos acionistas a confiança e o apoio, designadamente aos municípios que simultaneamente são, como clientes, a principal força motivadora do nosso trabalho;

• Expressar uma palavra de reconhecimento aos nossos colaboradores, que, com disponibilidade, interesse, competência e lealdade exerceram com entusiasmo as suas funções neste projeto, que é, ao mesmo tempo, um grande desafio profissional para todos eles.

CONSIDERAÇÕESFINAIS

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

O Conselho de Administração propõe que o Resultado Liquido do Exercício de 2018, no valor de 10.523.552,48 €, tenha a seguinte aplicação:

Dividendos: 6.300.000,00€

Reservas Livres: 4.223.552,48€

Dividendo por ação: 1,25€

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

ANEXO AORELATÓRIO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

ACIONISTAS

ACIONISTA % Nº Ações Capital

Empresa Geral do Fomento, S.A. 52,93% 2.667.885 13.339.425 €

Município de Lisboa 20,00% 1.008.000 5.040.000 €

Município de Loures 11,51% 580.263 2.901.315 €

Associação de Fins Específicos - AMO MAIS 5,25% 264.600 1.323.000 €

Município da Amadora 5,16% 259.958 1.299.790 €

Município de Vila Franca de Xira 4,61% 232.105 1.160.525 €

Município de Odivelas 0,54% 27.189 135.945 €

TOTAL 100% 5.040.000 25.200.000 €

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

CONTASINDIVIDUAIS

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

VALORSUL-VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DAS REGIÕES DE LISBOA E DO OESTE, SA

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

(Montantes expressos em Euros)

ATIVO Notas de 2018 de 2017

ATIVO NÃO CORRENTE:

Ativos intangíveis 6 83.399.434 86.908.597

Outros ativos financeiros 4.978 2.544

Diferimentos 9 27.840 1.715.301

Ativos por impostos diferidos 10 7.666.906 11.082.186

Total do ativo não corrente 91.099.158 99.708.628

ATIVO CORRENTE:

Clientes 7 7.556.671 9.218.667

Estado e outros entes públicos 11 856.902 -

Outros créditos a receber 8 374.879 117.565

Diferimentos 9 2.911.495 1.668.871

Caixa e depósitos bancários 4 15.839.135 20.029.931

Total do ativo corrente 27.539.081 31.035.034

Total do ativo 118.638.239 130.743.662

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital subscrito 12 25.200.000 25.200.000

Reserva legal 12 5.040.000 4.725.662

Outras reservas 12 5.408.857 703.201

Resultados transitados 12 5.028.726 5.028.726

Outras variações no capital próprio 12 16.622.785 18.490.105

Resultado líquido do período 12 10.523.552 10.017.180

Total do capital próprio 67.823.920 64.164.874

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Provisões 13 86.622 222.723

Financiamentos obtidos 14 4.041.875 6.474.088

Passivos por impostos diferidos 10 15.286.076 22.931.441

Outras dívidas a pagar 17 - 1.560.600

Total do passivo não corrente 19.414.573 31.188.852

PASSIVO CORRENTE:

Fornecedores 16 11.843.993 7.953.273

Estado e outros entes publicos 11 3.074.065 4.834.847

Acionistas 18 3.163.888 10.606.970

Financiamentos obtidos 14 4.964.941 2.432.226

Outras dívidas a pagar 17 5.781.948 5.460.532

Diferimentos 9 2.570.910 4.102.088

Total do passivo corrente 31.399.746 35.389.935

Total do passivo 50.814.319 66.578.788

Total do capital próprio e do passivo 118.638.239 130.743.662

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de dezembro de 2018.

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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VALORSUL-VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DAS REGIÕES DE LISBOA E DO OESTE, SA

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZASDOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

(Montantes expressos em Euros)

RENDIMENTOS E GASTOS Notas31 de Dezembro

de 201831 de Dezembro

de 2017

Vendas e serviços prestados 19 60.153.391 63.975.537

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 20 (7.401.385) (7.543.740)

Fornecimentos e serviços externos 21 (20.602.064) (18.772.116)

Gastos com o pessoal 22 (14.188.205) (14.670.980)

Imparidade de dívidas a receber 7 - 35.015

Provisões 13 136.101 833.331

Outros rendimentos 23 10.092.998 3.707.389

Outros gastos 24 (10.416.627) (4.079.090)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos

17.774.209 23.485.346

Gastos de depreciação e de amortização 25 (15.442.446) (17.215.099)

Subsídio ao investimento 12 4.560.823 5.085.014

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)

6.892.585 11.355.260

Juros e rendimentos similares obtidos 26 198.100 227.319

Juros e gastos similares suportados 26 (258.098) (305.549)

Resultado antes de impostos 6.832.587 11.277.030

Impostos sobre o rendimento do período 10 3.690.965 (1.259.851)

Resultado líquido do período 10.523.552 10.017.180

Resultado por ação 2,09 1,99

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas do exercício findo em 31 de dezembro de 2018.

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

VALORSUL-VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DAS REGIÕES DE LISBOA E DO OESTE, SA

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DOS EXERCÍCIOS FINDOSEM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

(Montantes expressos em Euros)

Descrição Notas Capital subscrito

Reserva legal

Outras reservas

Resultados transitados

Outras variações no capital próprio

(Nota 12)

Resultado líquido do período

Total do capital próprio

Saldo em 1 de janeiro de 2017 12 25.200.000 4.549.862 - 5.028.726 22.300.409 3.516.006 60.595.003

Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 12 - 175.800 703.201 2.637.004 - (3.516.006) -

Distribuição de dividendos 12 - - - (2.637.004) - - (2.637.004)

Resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 12 - - - - - 10.017.180 10.017.180

Subsídios ao investimento reconhecidos no exercício 12 - - - - (5.046.760) - (5.046.760)

Impostos diferidos relativos a subsídios ao investimento 10 - - - - 1.236.456 - 1.236.456

Saldo em 31 de dezembro de 2017 25.200.000 4.725.662 703.201 5.028.726 18.490.105 10.017.180 64.164.874

Saldo em 1 de janeiro de 2018 12 25.200.000 4.725.662 703.201 5.028.726 18.490.105 10.017.180 64.164.874

Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 12 - 314.338 4.713.242 4.989.600 - (10.017.180) -

Distribuição de dividendos 12 - - (7.586) (4.989.600) - - (4.997.186)

Resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2018 12 - - - - - 10.523.552 10.523.552

Subsídios ao investimento obtidos/reconhecidos no exercício 12 - - - - (2.473.272) - (2.473.272)

Impostos diferidos referentes a subsídios reconhecidos no período 10 - - - - 605.952 - 605.952

Saldo em 31 de dezembro de 2018 25.200.000 5.040.000 5.408.857 5.028.726 16.622.785 10.523.552 67.823.920

O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio do exercício findo em 31 de dezembro de 2018.

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

VALORSUL-VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DAS REGIÕES DE LISBOA E DO OESTE, SA

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31 de Dezembro de 2018

31 de Dezembro de 2017

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 71.198.732 72.169.384

Pagamentos a fornecedores (29.593.210) (28.659.175)

Pagamentos ao pessoal (12.095.388) (11.762.171)

Fluxos gerados pelas operações 29.510.134 31.748.038

Pagamento/ Recebimento do imposto sobre o rendimento (1.311.440) 2.135.488

Outros recebimentos / (pagamentos) (13.134.958) (11.910.047)

Fluxos das atividades operacionais (1) 15.063.736 21.973.479

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Pagamentos respeitantes a:

Ativos intangíveis (10.793.802) (2 154 455)

(10.793.802) (2 154 455)

Recebimentos provenientes de:

Ativos intangíveis 173.273 96.555

Subsídios ao investimento 2.087.551 -

Juros e rendimentos similares 18.588 9 177

2.279.411 105.732

Fluxos das atividades de investimento (2) (8.514.391) (2.048.723)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 2.532.707 -

2.532.707 -

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (2.428.571) (2.432.135)

Juros e gastos similares (322.152) (396.625)

Dividendos (10.522.127) (10.598.435)

(13.272.850) (13.427.195)

Fluxos das atividades de financiamento (3) (10.740.142) (13.427.195)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (4.190.797) 6.497.561

Caixa e seus equivalentes no início do período 4 20.029.931 13.532.371

Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 13.306.428 20.029.931

Depósitos bancários cativos 4 2.532.707 -

Caixa e depósitos bancários no fim do exercício 4 15.839.135 20.029.931

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de 2018.

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Valorsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A. (“Concessionária” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto –Lei n.º 68/2010, em 15 de Junho, com sede social em São João da Talha - Loures, e tem como objetivo social exclusivo, em regime de concessão de serviço público, a exploração e a gestão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva de resíduos urbanos, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos das regiões de Lisboa e do Oeste integrando como utilizadores originários os municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

Nos termos do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, o Governo privatizou a Empresa Geral do Fomento, S.A. (“EGF”), que anteriormente permanecia como uma sub-holding da Empresa Águas de Portugal para o setor dos resíduos. A alienação do capital social da EGF à Suma Tratamento, S.A. (“Suma Tratamento”, empresa detida maioritariamente pelo Grupo Mota-Engil), teve como consequência a alteração do enquadramento jurídico das entidades gestoras dos sistemas multimunicipais de tratamento de resíduos, nas quais se inclui a Valorsul, na qual a EGF é acionista maioritária. Neste quadro, o Governo reviu o regime jurídico aplicável à atuação das entidades gestoras de sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos.

Desta forma, através do Decreto-Lei 96/2014, de 25 de junho, foram aprovadas as bases da concessão da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, atribuída a entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente privados. Foi também aprovado um novo Regime Remuneratório, tendo sido publicado pelo regulador o RTR- Regulamento tarifário de resíduos, com um novo modelo regulatório a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016. O contrato de concessão foi objeto de reconfiguração, com vista à adaptação do seu conteúdo às novas bases da concessão, vigorando o período de concessão até 2034.

É entendimento do Conselho de Administração, que a estimativa do ajustamento tarifário relativo a 2018 pelo regulador não deverá acarretar diferenças significativas face aos montantes determinados pela Valorsul.

As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a moeda utilizada preferencialmente no ambiente económico em que a Valorsul opera.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 7 de março de 2019, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.

É entendimento do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Valorsul, bem como a sua posição e desempenhos financeiros e fluxos de caixa.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2. 1 Referencial contabilístico

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 98/2015 de 2 de junho, que alterou o Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho, e de acordo com a estrutura concetual, as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) e as Normas Interpretativas (“NI”) consignadas, respetivamente, nos avisos 8254/2015, 8256/2015 e 8258/2015, de 29 de julho de 2015, as quais no seu conjunto constituem o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”).

Acresce referir que o modelo das demonstrações financeiras e o quadro de contas também foram alterados, respetivamente, pela Portaria nº 220/2015 de 24 de julho de 2015 e Declaração de Retificação nº 41-B/2015 de 21 de setembro de 2015 e pela da Portaria nº 218/2015 de 23 de julho de 2015 e Declaração de Retificação nº 41-A/2015 de 21 de setembro de 2015.

De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “NCRF” ou “SNC”.

O SNC estabelece que, sempre que as NCRF não deem resposta às necessidades dos utilizadores em termos de tratamento contabilístico de determinadas situações, estes deverão supletivamente recorrer, em primeiro lugar, às Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia (“IFRS”), de seguida, às outras IFRS ainda não adotadas pela União Europeia.

Neste contexto, é entendido como aplicável ao caso das concessões de serviço público em geral, e ao caso da Valorsul em particular, a interpretação efetuada pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) relativamente a esta temática e vertida na IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços (“IFRIC 12”).

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:

3.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Valorsul, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras.

O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade da Valorsul operar em continuidade, tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outra, incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras, disponível sobre o futuro. Em resultado da avaliação efetuada, o Conselho de Administração concluiu que a Valorsul dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

3.2. Ativos intangíveis

Ativos da concessão – IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços

Os ativos adquiridos/construídos pela Valorsul, ao abrigo do contrato de concessão, são ativos afetos à concessão, correspondendo à respetiva infraestrutura concessionada.

A IFRIC 12 aplica-se a contratos de concessão de serviço público nos quais o concedente controla (regula):

• os serviços a serem prestados pela Concessionária (mediante a utilização da infraestrutura), a quem e a que preço; e

• quaisquer interesses residuais sobre a infraestrutura no final do contrato.

A IFRIC 12 aplica-se a infraestruturas:

• construídas ou adquiridas pelo operador a terceiros;

• já existentes e às quais é dado acesso ao operador.

Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a concessão da Valorsul encontra-se abrangida no âmbito desta IFRIC pelas seguintes razões:

• a Valorsul possui um contrato de concessão de serviço público celebrado com o Estado Português (“Concedente”) e por um período pré-definido;

• a Valorsul efetua a prestação de serviços públicos mediante a utilização de infraestruturas, conforme definido em detalhe nas Notas 6 e 30;

• o concedente controla os serviços prestados e as condições em que são prestados, através do regulador ERSAR;

• os diversos ativos utilizados para a prestação dos serviços revertem para o concedente no final do contrato de concessão.

Esta interpretação estabelece os princípios genéricos de reconhecimento e mensuração de direitos e obrigações ao abrigo de contratos de concessão com as características mencionadas anteriormente e define os seguintes modelos:

i. Modelo do ativo financeiro – quando o operador tem um direito contratual incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do concedente, correspondente a montantes específicos ou determináveis, o operador deverá registar um ativo financeiro (conta a receber). Neste modelo, a entidade concedente dispões de poucos ou nenhuns poderes discricionários para evitar o pagamento, em virtude de o acordo ser, em geral, legalmente vinculativo.

ii. Modelo do ativo intangível – quando o operador recebe do concedente o direito de cobrar uma tarifa em função da utilização da infraestrutura, deverá reconhecer um ativo intangível.

iii. Modelo misto – este modelo aplica-se quando a concessão inclui simultaneamente compromissos de remuneração garantidos pelo concedente e compromissos de remuneração dependentes do nível de utilização das infraestruturas da concessão.

Deste modo e atendendo aos termos dos contratos de concessão, nomeadamente no que se refere ao modelo remuneratório, foi entendido que as operações da Valorsul são enquadráveis no modelo do ativo intangível, em virtude, essencialmente, das concessionárias terem o direito incondicional de cobrar os utilizadores e assumirem os riscos operacionais, de investimento e de financiamento da concessão.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Nesse enquadramento e em relação ao valor residual dos ativos afetos à concessão (de acordo com o contrato de concessão, a Valorsul tem o direito de ser ressarcida no final da concessão com base no valor líquido contabilístico dos ativos concessionados), este foi integrado, igualmente, como uma parte do ativo intangível, sendo remunerado anualmente de acordo com o regulamento tarifário em vigor.

Atendendo ao enquadramento acima descrito, os ativos afetos à concessão (ativos intangíveis) encontram-se valorizados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base sistemática/linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados.

Para fins de amortização dos ativos afetos à concessão, foi tido em consideração o método que reflete o modelo pelo qual se espera que os benefícios económicos futuros dos ativos sejam consumidos pela Empresa. Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a Valorsul considera que o método de amortização que melhor reflete o padrão de consumo esperado dos benefícios económicos futuros do ativo intangível é a amortização em função das taxas de amortização definidas e aprovadas pelo regulador (ERSAR), por ser esta a base do seu rendimento anual, ou seja, os ativos concessionados são amortizados em conformidade com o modelo de remuneração subjacente ao Regulamento Tarifário.

Importa ainda referir que, o direito atribuído no âmbito do contrato de concessão consiste na possibilidade da Valorsul cobrar tarifas em função dos custos incorridos com as infraestruturas. Assim, tendo em consideração a metodologia de apuramento de tarifas, a base de remuneração é apurada atendendo a cada item de ativo concessionado em específico, o que pressupõe a necessidade de componentização do direito. Consequentemente, considera-se que o direito é componentizável por partes distintas à medida que se vão concretizando as diversas bases de remuneração.

Desta forma, o ativo intangível vai sendo aumentado à medida que se vão concretizando as diversas infraestruturas afetas à concessão, sendo registado com base no seu custo de aquisição/construção e diminuído à medida que se vão consumindo os benefícios económicos futuros.

Relativamente aos subsídios ao investimento afetos aos ativos, estes são reconhecidos na demonstração de resultados na mesma cadência da amortização dos ativos.

No âmbito do contrato de concessão em vigor enquadrável, a atividade de construção é subcontratada externamente a entidades especializadas. Por conseguinte, a Valorsul não tem qualquer margem na construção dos ativos afetos a concessões, pelo que o rédito e os encargos com a aquisição destes ativos apresentam igual montante (Notas 23 e 24).

3.3. Locações

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. As locações financeiras são repartidas entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

As locações operacionais são reconhecidas como gasto numa base linear durante o período da locação.

3.4. Subsídios ao investimento

Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos, quando existe uma certeza razoável de que a Valorsul irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição.

Os subsídios de Governo não reembolsáveis, relacionados com a aquisição de ativos intangíveis, são reconhecidos inicialmente no capital próprio, juntamente com os respetivos passivos por impostos diferidos, e subsequentemente reconhecidos numa base sistemática como rendimento do exercício, de forma consistente e proporcional com as amortizações dos ativos a cuja aquisição se destinam.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração dos resultados de acordo com os gastos incorridos.

3.5. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes

Provisões

São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletirem a melhor estimativa a essa data.

Passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota, nem provável.

Ativos contingentes

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

3.6. Ativos e passivos financeiros

Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais.

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Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros), quando:

• Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida;

• Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e

• Não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método da taxa de juro efetiva, de qualquer diferença entre esse montante na maturidade. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados no valor líquido contabilístico do ativo ou passivo financeiro.

Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:

• Clientes;

• Créditos a receber;

• Fornecedores;

• Outras dívidas a pagar;

• Financiamentos obtidos.

Caixa e equivalentes de caixa

A rubrica de caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários com vencimento inferior a três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis ou com risco insignificante de alteração de valor.

Imparidade de ativos financeiros

Os ativos financeiros são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados negativamente.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo. As perdas por imparidade são registadas em resultados no período em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é refletida em resultados.

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Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros

A Valorsul desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade o controlo dos ativos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

A Valorsul desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.7. Rédito

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito reconhecido está deduzido do montante de descontos e outros abatimentos. O rédito é reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.

O rédito proveniente da venda de energia e produtos valorizáveis é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

• Todos os riscos e vantagens associados à propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;

• A Valorsul não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;

• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

• É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Valorsul;

• Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.

A tarifa encontra-se suportada num contrato estabelecido com o cliente, em que o preço da venda se encontra definido.

O rédito proveniente da prestação de serviços de tratamento e valorização de resíduos urbanos é reconhecido com base nas quantidades de resíduos tratados, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:

• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

• É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa;

• Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade;

• A fase de acabamento do serviço pode ser mensurada com fiabilidade.

O reconhecimento do rédito para as atividades concessionadas é efetuado com base na tarifa aprovada do regulador (ERSAR) determinada pelos proveitos permitidos em função das quantidades de resíduos da recolha indiferenciada.

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A tarifa tem a finalidade de recuperar:

i. A amortização dos ativos da concessão associados à atividade regulada;

ii. Retorno no valor médio contabilístico dos ativos associados à atividade regulada, de acordo com as taxas definidas pelo regulador;

iii. Os custos operacionais associados à atividade regulada.

Desvios Tarifários

O regulamento tarifário, emitido pela ERSAR, define a fórmula de cálculo dos proveitos permitidos das atividades reguladas e contemplam nessa fórmula de cálculo o apuramento dos desvios tarifários que são recuperados até ao segundo ano após a data em que os mesmos são gerados, encontrando-se assim definido o período no qual estes desvios são recuperados.

Desta forma, a Valorsul apura, em cada data de relato e de acordo com os critérios definidos pelo regulamento tarifário publicado pela ERSAR, os desvios apurados entre os proveitos permitidos recalculados com base em valores reais e os proveitos faturados.

Atendendo à legislação e enquadramento regulatório em vigor acima descrito, os desvios tarifários apurados pela Valorsul em cada exercício cumprem um conjunto de características (fiabilidade de mensuração, direito à sua recuperação, transmissibilidade dos mesmos e incidência de juros) que suportam o seu reconhecimento como rédito, e como ativo, no ano em que são apurados. Tal racional é igualmente válido quando são apurados desvios tarifários a entregar (a pagar), os quais são configuráveis como passivos e menos rédito.

3.8. Imparidade de ativos intangíveis

Sempre que exista algum indicador que os ativos intangíveis possam estar em imparidade, é efetuada uma estimativa do seu valor recuperável a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso).

Quando não é possível determinar o valor recuperável de um ativo individual, é estimado o valor recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. Para os ativos afetos ao contrato de concessão, considera-se que os ativos pertencem à mesma única unidade geradora de caixa.

O valor recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre: (i) o justo valor deduzido de custos para vender; e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que o valor líquido contabilístico do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior ao seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados. A reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (líquido de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

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3.9. Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre o rendimento correspondem à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando os impostos diferidos se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos, os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.

Os impostos correntes sobre o rendimento são calculados com base no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como os resultados de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e contabilístico.

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis.

São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.

Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente emitidas na data de relato.

3.10. Especialização dos exercícios

Os gastos e rendimentos são reconhecidos no período a que dizem respeito, de acordo com o princípio da especialização de exercícios, independentemente da data/momento da sua faturação. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Os gastos e rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas de diferimentos.

3.11. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gastos à medida que são incorridos.

3.12. Ativo regulatório/Passivo regulatório

Em 1 de janeiro de 2016 e tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2015, as concessionárias aferiram quanto à existência de uma responsabilidade para com o concedente (“Saldo regulatório”), sendo esta determinada tendo por referência os montantes dos acréscimos de gastos referente a amortizações acumuladas de investimento contratual por realizar, deduzido do montante de imposto

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

diferido que lhe estava associado e do valor contabilístico líquido de amortização e subsídios do conjunto de bens e ativos que não integraram a base de ativos regulados relevante para efeito de apuramento dos proveitos permitidos. Nos casos em que aquele montante foi negativo, aquela responsabilidade, “Passivo Regulatório”, foi registada no passivo, quando positivo, foi registado um “Ativo Regulatório, ou Direito Contratual”.

Assim, de acordo com o suprarreferido e com referência a 1 de janeiro de 2016, a Valorsul apurou o Ativo Regulatório conforme segue:

Adiantamento por conta de receitas futuras (55.096.234)

Impostos diferidos 13.498.577

Ativos não afectos à BAR (líquido de amortizações acumuladas) 56.359.479

Subsídios dos ativos não afectos à BAR (14.491.622)

Ativo Regulatório 270.201

Decorrente da transposição do Ativo Regulatório para as demonstrações financeiras foi apurado um diferencial, no montante de, 270.201 Euros, o qual foi tratado como sendo uma compensação contratual por conta dos efeitos das alterações do novo modelo regulatório e remuneratório da concessão, as quais acarretaram novas responsabilidades e obrigações para a concessionária, materializadas na assunção de novos riscos, quer ao nível operacional, como ao nível do financiamento das suas atividades, para além do respetivo impacto na sua remuneração.

Deste modo, aquele diferencial foi registado na rubrica Compensação Contratual (Nota 6), a ser reconhecido em resultados até ao final do período da concessão.

3.13. Juízos de valor, pressupostos críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam o valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como os rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras anuais foram as seguintes:

• Perdas por imparidade de contas a receber;

• Registo de impostos diferidos;

• Registo de provisões;

• Registo dos efeitos do diferencial de tarifário na especialização da receita reconhecida.

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3.14. Acontecimentos após a data do balanço

Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

3.15. Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. A Empresa classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende, também, os descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de financiamentos obtidos.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, os recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis, se aplicável.

As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos.

4. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os componentes da rubrica de caixa e depósitos bancários tinham a seguinte composição:

2018 2017Caixa 3.600 3.600

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 1.602.827 816.331

Outros depósitos bancários 11.700.000 19.210.000

Caixa e equivalentes 13.306.428 20.029.931

Depósito bancário cativo 2.532.707 -

Caixa e depósitos bancários 15.839.135 20.029.931

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o saldo da rubrica outros depósitos bancários no montante de 14.232.707 Euros e 19.210.000 Euros, respetivamente, corresponde a depósitos a prazo de curto prazo.

Em 31 de dezembro de 2018, a rubrica depósitos bancários cativos, inclui o montante de 2.532.707 Euros, relativo a penhor a favor da Caixa Geral de Depósitos, decorrente do contrato de Factoring (Nota 14).

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5. POLÍTICAS CONTABÍLISTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS E ERROS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas relativamente às utilizadas na preparação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2017, nem foram reconhecidos erros materiais ou alterações significativas das estimativas contabilísticas relativas a exercícios anteriores.

6. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica de Ativos intangíveis apresenta o seguinte movimento:

2018

Direito de Utilização de Infra

Estruturas

Ativo Regulatório

Investimentos em curso

Outros ativos intangíveis Total

ATIVO BRUTO:

Saldo inicial 353.446.648 270.201 327.919 1.780.623 355.825.391

Adições 6.531.409 - 2.691.980 2.942.119 12.165.507

Abates (2.006.282) - - - (2.006.282)

Alienações (1.476.187) - - - (1.476.187)

Transferências 993.811 - (1.019.928) - (26.118)

Saldo final 357.489.399 270.201 1.999.970 4.722.742 364.482.312

AMORTIZAÇÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS:

Saldo inicial 268.511.090 28.427 - 377.277 268.916.794

Amortizações do exercício (Nota 25) 14.699.694 14.213 - 728.540 15.442.446

Abates (1.821.414) - - (1.821.414)

Alienações (1.454.948) - - (1.454.948)

Saldo final 279.934.422 42.639 - 1.105.817 281.082.878

VALOR LÍQUIDO 77.554.976 227.562 1.999.970 3.616.925 83.399.434

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

2017

Direito de Utilização de Infra

Estruturas

Ativo Regulatório

Investimentos em curso

Outros ativos intangíveis Total

ATIVO BRUTO:

Saldo inicial 257.732.850 270.201 156.289 350.488 258.509.828

Adições 2.671.527 - 235.532 1.430.135 4.337.194

Abates (4.914.731) - - - (4.914.731)

Alienações (597.873) - - - (597.873)

Transferências 5.440 - (63.902) - (58.462)

Outras transferências (a) 98.549.434 - - - 98.549.434

Saldo final 353.446.648 270.201 327.919 1.780.623 355.825.391

AMORTIZAÇÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS:

Saldo inicial 158.586.992 14.214 - 60.127 158.661.334

Amortizações do exercício (Nota 25) 16.883.737 14.213 - 317.150 17.215.099

Abates (4.913.633) - - - (4.913.633)

Alienações (595.441) - - - (595.441)

Outras transferências (a) 98.459.434 - - - 98.549.434

Saldo final 268.511.090 28.427 - 377.277 268.916.794

VALOR LÍQUIDO 84.935.557 241.775 327.919 1.403.346 86.908.597

(a) Esta rubrica inclui ativos não afetos à atividade regulada.

Dos principais investimentos realizados no decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2018, salientam-se a aquisição de viaturas de recolha seletiva no montante de 1.125.820 Euros; reforço de contentorização para a recolha seletiva no montante de 1.944.579 Euros; substituição de equipamentos de exploração para os aterros no montante de 1.220.156 Euros e otimização da linha de embalagens do Centro de triagem do Lumiar (CTE) no montante de 924.600 Euros.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o Direito contratual subjacente ao investimento realizado nos ativos que integram as infraestruturas utilizadas na prestação do serviço era conforme segue:

CLASSES VALOR LÍQUIDO CONTABILÍSTICO

2018 2017

Incineração 42.456.704 50.133.651

Aterros Sanitários 9.201.359 12.085.341

Valorização Orgânica e Biológica 9.740.635 9.806.445

Triagem e ecocentros 5.490.517 5.349.424

Biogás de aterros 1.895.778 2.111.186

Recolha Seletiva 4.859.248 1.996.922

Transferências e Transportes 2.289.882 1.767.880

ETAR-ETAL 955.647 1.030.481

Estrutura 652.588 641.010

Selagens de Lixeiras 12.618 13.218

77.554.976 84.935.557

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

7. CLIENTES

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os clientes têm a seguinte composição:

2018 2017Montante

brutoImparidade acumulada

Montante líquido

Montante bruto

Imparidade acumulada

Montante líquido

Clientes municipais 2.621.993 (69.791) 2.552.202 2.413.472 (69.791) 2.343.681

Outras entidades 5.103.254 (98.785) 5.004.469 6.973.770 (98.785) 6.874.986

7.725.247 (168.576) 7.556.671 9.387.242 (168.576) 9.218.667

7.725.247 (168.576) 7.556.671 9.387.242 (168.576) 9.218.667

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as contas a receber de clientes incluem saldos com partes relacionadas nos montantes de 2.738.852 Euros e 2.456.617 Euros, respetivamente (Nota 18).

O movimento nas perdas por imparidade de clientes, durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foi conforme segue

2018 2017Saldo inicial 168.576 203.590

Reforços - -

Reversões - (35.015)

Saldo final 168.576 168.576

As perdas por imparidade em dívidas a receber reconhecidas na demonstração dos resultados dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, apresentavam os seguintes reforços líquidos:

2018 2017Perdas por imparidade de clientes - (35.015)

- (35.015)

8. CRÉDITOS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as contas a receber têm a seguinte composição:

2018 2017

Corrente:

Devedores por acréscimo de rendimentos 209.933 8.728

Outros créditos a receber 164.946 108.837

374.879 117.565

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

9. DIFERIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica de diferimentos apresenta o seguinte detalhe:

2018 2017

ATIVO NÃO CORRENTE:

Desvio tarifário de 2017 (Nota 19) - 1.715.301

Desvio tarifário de 2018 (Nota 19) (a) 27.840 -

27.840 1.715.301

ATIVO CORRENTE:

Desvio tarifário de 2017 (Nota 19 2.039.064 -

Desvio tarifário de 2016 (Nota 19) - 1.367.339

Seguros 634.946 195.972

Fornecimentos e serviços externos 237.484 105.561

2.911.495 1.668.871

PASSIVO CORRENTE:

Desvio tarifário de 2016 (Nota 19) (b) 93.435 -

Diferimento de tarifas – novo regulamento

tarifário (c)2.477.475 4.102.088

2.570.910 4.102.088

(a) Este montante resulta da diferença entre o desvio tarifário estimado de 2018 (1.843.185

Euros) e a estimativa de desvio da base de ativos regulados (1.815.345 Euros) entre o previsto e o

realizado no período regulatório de 2016-2018;

(b) Este montante respeita à diferença entre as quantidades reais e estimadas de resíduos

provenientes da recolha indiferenciada que determinaram a tarifa a faturar em 2018;

(c) Este montante respeita à diferença entre o valor da tarifa deliberada pela ERSAR e o valor da

tarifa faturada em 2016, com o acordo dos municípios.

10. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Valorsul encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa de 21% para a matéria coletável, acrescida de derrama municipal a uma taxa que varia entre 0,0% a 1,5 % sobre o lucro tributável, resultando num intervalo da taxa de imposto agregada de, no máximo entre 21,0% e 22,50%.

Adicionalmente, os lucros tributáveis do exercício de 2018 e 2017 que excedam os 1.500.000 Euros são sujeitos a derrama estadual, nos termos do artigo 87ºA do código do IRC, às seguintes taxas:

• 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros;

• 5% para lucros tributáveis entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros; e

• 9% para lucros tributáveis superiores a 35.000.000 Euros.

A dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação do lucro tributável está condicionada ao maior dos seguintes limites:

• 1.000.000 Euros;

• 30% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos.

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109

RELATÓRIO & CONTAS 2018

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2015 a 2018 ainda poderão estar sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de revisões ou inspeções fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018 e 2017.

O prazo de dedução dos prejuízos fiscais reportáveis é de cinco períodos de tributação para os gerados em 2017 e 2018 e doze períodos de tributação para os gerados em exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A dedução de prejuízos fiscais encontra-se limitada a 70% do lucro tributável.

Em 31 de dezembro de 2018, a Empresa tinha prejuízos fiscais reportáveis, no montante de 17.247.179,96 Euros.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foram gerados prejuízos fiscais no montante de 25.950.049,07 Euros. No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foram deduzidos 4.702.635,23 Euros e 4.000.233,88 Euros no decurso do presente exercício. Em 31 de dezembro de 2018, encontram-se constituídos ativos por impostos diferidos no montante de 3.621.907,79 Euros referente a prejuízos fiscais no montante de 17.247.179,96 Euros.

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Valorsul encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica de imposto sobre o rendimento tem a seguinte composição:

2018 2017

Imposto corrente 567.670 1.347.887

Imposto diferido reconhecido no exercício (3.624.134) (88.037)

Excesso / insuficiência de estimativa de imposto

do exercício anterior(634.502) -

(3.690.965) 1.259.851

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

a. Movimentos nos ativos e passivos por impostos diferidos

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, foi o seguinte:

2018

Saldo inicialDemonstração dos resultados

Capital próprio Saldo final

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Provisões para riscos e encargos 54.567 (33.345) - 21.222

Perdas por imparidade de clientes 17.099 - - 17.099

Ativos intangíveis 2.033.768 (272.971) - 1.760.798

Compensação contratual 406.244 (406.244) - -

Prejuízo fiscal reportável - 3.621.908 - 3.621.908

Bens em fim de vida 8.548.353 (6.318.979) - 2.229.375

Ajustamento de transição - subsídios 22.155 (5.650) - 16.505

11.082.186 (3.415.280) - 7.666.906

PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Ajustamento de transição 7.568.506 (445.206) - 7.123.300

Desvio tarifário 755.247 (271.747) - 483.500

Subsídio ao investimento (Nota 12) 6.000.100 - (605.952) 5.394.149

Ativo regulatório 59.235 (3.482) - 55.753

Outros 8.548.353 (6.318.979) - 2.229.375

22.931.441 (7.039.414) (605.952) 15.286.076

2017

Saldo inicialDemonstração dos resultados

Capital próprio Saldo final

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Provisões para riscos e encargos 258.733 (204.166) - 54.567

Perdas por imparidade de clientes 7.248 9.850 - 17.099

Ativos intangíveis 2.243.402 (209.634) - 2.033.768

Compensação contratual 430.140 (23.897) 406.244

Prejuízo fiscal reportável 7.948.190 (7.948.190) -

Bens em fim de vida - 8.548.353 - 8.548.353

Ajustamento de transição - subsídios 43.773 (21.619) - 22.155

10.931.488 150.698 - 11.082.186

PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Ajustamento de transição 8.013.712 (445.206) - 7.568.506

Desvio tarifário - 755.247 - 755.247

Subsídio ao investimento (Nota 12) 7.236.556 - (1.236.456) 6.000.100

Ativo regulatório 62.717 (3.482) - 59.235

Outros 8.792.250 (243.897) - 8.548.353

24.105.236 62.662 (1.236.456) 22.931.441

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Em dezembro de 2017, foi obtida a resposta do pedido de informação vinculativo submetido à Administração Tributária pela EGF como representante das concessionárias, relativo à dedução fiscal do desreconhecimento dos ativos não afetos à BAR, o que originou a correção do prejuízo fiscal reportável referente ao exercício de 2016, passando parte substancial dos ativos desreconhecidos na sequência da alteração do modelo regulatório, a ser recuperados no futuro através da sua amortização fiscal.

Em 31 de dezembro de 2018 e em 31 de dezembro de 2017, as diferenças temporárias denominadas “Ajustamentos de transição” resultam dos ajustamentos de transição apurados, em 2009, por força da alteração do POC para os IFRS (sendo que posteriormente o grupo passou a adotar o SNC). Tais diferenças resultam, essencialmente, de acréscimos de gastos para investimento contratual realizado e de amortizações referentes a investimentos realizados, bem como do reconhecimento dos respetivos subsídios, as quais, face às disposições normativas aplicáveis, serão relevadas, para efeitos fiscais, durante o período remanescente dos contratos de concessão.

As restantes diferenças temporárias decorrem, essencialmente, do registo da especialização de amortizações para investimento contratual futuro (conforme modelo regulatório em vigor até 31 de dezembro de 2015) e do registo de subsídios ao investimento em capital próprio.

b. Reconciliação da taxa de imposto:

2018 2017

Resultado antes de impostos 6 832 587 11 277 030

Taxa nominal de imposto 24,5% 24,5%

1 673 984 2 762 872

Diferenças permanentes 31 177 51 936

Tributação autónoma 14 600 53 802

Excesso/Insuficiência de estimativa de imposto do exercício anterior (634 502)

Impactos resultantes do PIV (4 776 225) (1 608 760)

Imposto sobre o rendimento (3 690 965) 1 259 851

11. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as rubricas de “Estado e outros entes públicos” têm a seguinte composição:

2018 2017

Ativo Passivo Ativo Passivo

IRC:

Pagamentos por conta 600.349 - - -

Retenções na fonte 4.647 - - (2.294)

Estimativa de imposto (Nota 10) (567.670) - - 1.347.887

RETENÇÕES DE IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO - 233.848 - 396.923

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO 819.577 - - 316.536

TAXA DE GESTÃO DE RESÍDUOS (I) - 2.529.036 - 2.503.289

CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL - 311.182 272.505

856.902 3.074.065 - 4.834.847

A taxa de gestão de resíduos corresponde a valores faturados a clientes e que serão devolvidos à

Agência Portuguesa do Ambiente (“APA”).

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

12. CAPITAL, RESERVAS E OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Capital subscrito

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o capital da Valorsul encontrava-se totalmente subscrito e realizado e estava representado por 5.040.000 ações com o valor nominal de 5 Euros.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o capital da Valorsul era detido pelas seguintes entidades:

Acionistas Número de ações MontantePercentagem de

participação

EGF - Empresa Geral de Fomento, SA 2.667.885 13.339.425 52,93%

Município de Lisboa 1.008.000 5.040.000 20,00%

Município de Loures 580.263 2.901.315 11,51%

Associação de Fins Específicos

- Amo Mais264.600 1.323.000 5,25%

Município da Amadora 259.958 1.299.790 5,16%

Município de Vila Franca de Xira 232.105 1.160.525 4,61%

Município de Odivelas 27.189 135.945 0,54%

5.040.000 25.200.000 100,00%

Reserva legal

De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Valorsul, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Outras reservas

Estas reservas constituem-se como reservas livres, disponíveis para distribuição.

Outras variações no capital próprio

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica outras variações no capital próprio corresponde a subsídios ao investimento, os quais são inicialmente reconhecidos no capital próprio, sendo depois reconhecidos em resultados como rendimentos em base sistemática de forma a balanceá-los com os gastos a que dizem respeito.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o movimento ocorrido na rubrica de subsídios ao investimento foi a seguinte:

SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2017 29.536.965

Aumentos 38.254

Rendimentos reconhecidos (5.085.014)

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 24.490.205

Aumentos 2.087.551

Rendimentos reconhecidos (4.560.823)

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 22.016.933

Imposto diferido (Nota 11) (5.394.149)

16.622.785

Aplicação do resultado líquido do exercício

De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 23 de março de 2018, o resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 no montante de 10.017.180 Euros, foi aplicado 314.338 Euros para Reservas Legais, 4.989.600 Euros para Distribuição de Dividendos e 4.713.242 Euros para Reservas Livres.

De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 31 de março de 2017, o resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 no montante de 3.516.006 Euros, foi aplicado 175.800 Euros para Reservas Legais, 2.637.004 Euros para Distribuição de Dividendos e 703.201 Euros para Reservas Livres.

13. PROVISÕES

O movimento ocorrido nas provisões dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, foi o seguinte:

2018

Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final

Processos judiciais em curso 55.438 - (55.438) -

Outros riscos e encargos 167.285 - (80.663) 86.622

222.723 - (136.101) 86.622

2017

Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final

Processos judiciais em curso 55.438 - - 55.438

Outros riscos e encargos 1.000.616 - (833.331) 167.285

1.056.054 - (833.331) 222.723

Na opinião do Conselho de Administração e dos advogados da Valorsul, com base na avaliação do risco que fazem dos processos judiciais e fiscais em curso, não se prevê que dessas ações venham a resultar responsabilidades de valores significativos que não se encontrem cobertas por provisões registadas nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018, as quais correspondem à melhor estimativa de desembolsos resultantes daqueles processos naquela data.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

14. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Os financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 têm a seguinte composição:

2018 2017

Não correntes Correntes Não correntes Correntes

Empréstimos bancários - banca comercial 4.041.875 4.964.941 6.474.088 2.432.226

4.041.875 4.964.941 6.474.088 2.432.226

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os empréstimos bancários tinham a seguinte composição:

2018 2017

Valor nominal

Valor de Balanço

Valor nominal

Valor de Balanço

VencimentoTaxa

de juro

Banco BPI 003 1.785.714 1.790.133 2.500.000 2.506.158 29-05-2021 2,784%

Banco BPI 004 2.678.571 2.682.031 3.392.857 3.397.240 16-09-2022 3,100%

Banco BPI 005 2.000.000 2.001.944 3.000.000 3.002.917 17-12-2020 2,500%

Caixa Leasing e Factoring 2.532.707 2.532.707 - - 28-01-2019 3,000%

8.996.993 9.006.816 8.892.857 8.906.314

No âmbito dos contratos de financiamento com o BPI, os covenants a cumprir correspondem a “Rácio da dívida remunerada líquida/ EBITDA” ao nível das demonstrações financeiras consolidadas da EGF. Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os covenants estão a ser cumpridos.

O plano de pagamentos dos empréstimos bancários obtidos é o seguinte:

2018 2017

Até 1 ano 4.964.941 2.432.226

Até 2 anos 2.432.234 2.432.226

Até 3 anos 1.073.235 2.432.226

Até 4 anos 536.406 1.073.231

Até 5 anos - 536.406

9.006.816 8.906.314

15. LOCAÇÕES

Locações operacionais

Os contratos de locação em vigor não possuem rendas contingentes. Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as rendas de contratos de locação operacional vencem-se como segue:

2018 2017

Até 1 ano 141.773 152.889

Entre 1 a 5 anos 113.669 220.942

255.443 373.830

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

16. FORNECEDORES

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica Fornecedores tem a seguinte composição:

2018 2017

Fornecedores de investimento 4.589.204 2.800.111

Fornecedores gerais 3.587.651 1.662.564

Partes relacionadas (Nota 18) 2.000.860 1.948.468

Fornecedores, faturas em receção e

conferência1.666.278 1.542.129

11.843.993 7.953.273

17. OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica outras dívidas a pagar, tem a seguinte composição:

2018 2017

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

CREDORES POR ACRÉSCIMOS DE GASTOS:

Remunerações a liquidar 1.693.361 - 1.907.409 -

Outros 1.591.363 - 1.676.344 -

PARTES RELACIONADAS (NOTA 18) 2.363.354 - 1.651.086 -

COMPENSAÇÃO CONTRATUAL - - 97.538 1.560.600

OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR 133.871 - 128.152 -

5.781.948 - 5.460.532 1.560.600

Em 2018 e 2017 na rúbrica outros – Partes relacionadas, 2.026.606 Euros e 1.439.423 Euros, respetivamente, são referentes à recolha de resíduos orgânicos do Município de Lisboa.

18. PARTES RELACIONADAS

Em 31 de dezembro de 2018, a Valorsul é controlada pela Empresa Geral do Fomento S.A. (“EGF”) que detém 52,93% do capital da empresa. As remunerações do pessoal chave de gestão serão divulgadas no anexo consolidado da EGF.

Transações com partes relacionadas

No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

2018

Vendas e prestação de serviços

Custo das Merc. Vend. e das Matérias Cons.

Fornecimentos e serviços externos

Outros gastos

Outros rendimentos

Juros e gastos similares suportados

Juros e rendimentos similares obtidos

ACIONISTAS:

Empresa Geral do Fomento, SA 1.161.174 437.801 85.206 10.713

Município de Lisboa 5.057.321 4.883.765 929.717 7.139

Município de Loures 161.199 814

Município de Odivelas 57.008

Município da Amadora 1.062.881 517.303 219

Município de vila Franca de Xira 875.767 465.095 21 146

Município de Alcobaça 402.978 413 228

Município de Alenquer 298.379

Município de Arruda dos Vinhos 93.035 120

Município de Azambuja 198.442

Município do Bombarral 94.069

Município do Cadaval 102.188

Município de Caldas da Rainha 388.920

Município da Lourinhã 186.464

Município da Nazaré 4.207 12.961

Município de Óbidos 99.859 2.205 1.018

Município de Peniche 313.491 130.019 95

Município de Rio Maior 144.416 3.509 12

Município de Sobral de Monte Agraço 68.710

Município de Torres Vedras 601.596 80.663

OUTRAS PARTES RELACIONADAS:

Valorlis -Valorização e Trat. Residuos Sólidos, SA 1.920 1.889.904 25.884

Suldouro-Valoriz.Trat.Resíduos Sólidos Urbanos, SA 1.471 760

Amarsul - Valoriz. e Trat. de Resíduos Sólidos, SA 7.090 50.036

Serviços Municip. C. M. Nazaré 169.817 2.313

SIMAR Loures e Odivelas 2.555.182 993.660 182.515 12.319 1.484

Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. 685.691 7.216

Mota-Engil,Serv.Partilhados Adm.e de Gestão,SA 23.312

Mota-Engil Sgps, SA 378 6.735

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA 57.139

Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA 15.322

Construção, SA 10.653

Correia & Correia, Lda 454

Vibeiras - Sociedade Comercial de Plantas,SA 396

Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 244.664 146

13.187.265 6.859.824 5.176.142 468.632 170.114 10.713 15.059

2017

Vendas e prestação de serviços

Custo das Merc. Vend. e das Matérias Cons.

Fornecimentos e serviços externos

Outros gastos

Outros rendimentos

Juros e gastos similares suportados

Juros e rendimentos similares obtidos

ACIONISTAS:

Empresa Geral do Fomento, SA 1.232.224 510.080 5.120 10.691

Município de Lisboa 4.478.054 4.874.772 1.302.406 33.043 4.809

Município de Loures 59.624 85.241 223

Município de Odivelas 98.265 274

Município da Amadora 1.022.703 523.212 93

Município de vila Franca de Xira 729.391 476.800 70

Município de Alcobaça 344.718 700

Município de Alenquer 253.577 173

Município de Arruda dos Vinhos 77.357

Município de Azambuja 162.051

Município do Bombarral 81.022

Município do Cadaval 85.696 375.617

Município de Caldas da Rainha 326.851

Município da Lourinhã 153.446

Município da Nazaré 4.207 12.961

Município de Óbidos 84.670 2.185 1.567

Município de Peniche 277.257 127.121 95

Município de Rio Maior 123.879 2.815 12

Município de Sobral de Monte Agraço 57.071

Município de Torres Vedras 517.958 3.585

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

OUTRAS PARTES RELACIONADAS:

Valorlis -Valorização e Trat. Residuos Sólidos, SA 1.552.023 14.992

Suldouro-Valoriz.Trat.Resíduos Sólidos Urbanos, SA 760

SIMAR Loures e Odivelas 2.216.570 987.629 228.399 3.674 1.328 323

Serviços Municip. C. M. Nazaré 146.702 4.695

Mota-Engil Engenharia e Construção, SA 39.100 50

Mota-Engil,Serv.Partilhados Adm.e de Gestão,SA 480

Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA 58.245

Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA 13.032

Vibeiras - Sociedade Comercial de Plantas,SA 7.597

Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 194.530

11.491.392 6.862.413 5.032.641 546.797 26.460 10.691 19.106

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

Saldos com partes relacionadas

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas:

2018

Clientes (Nota 7)

Outros créditos a receber

(Nota 8)

Fornecedores (Nota 16)

Outras dívidas a pagar

(Nota 17)Acionistas

ACIONISTAS:

Empresa Geral do Fomento, SA 84.613 414.893 117.950

Município de Lisboa 560.652 57.950 406.800 2.102.593 1.938.319

Município de Loures 16.709 17.350 7.447 98.559

Município de Odivelas 48.383

Município da Amadora 240.989 88.763 8.030 1.084.484

Município de vila Franca de Xira 236.325 119.571 7.211

Município de Alcobaça 63.117

Município de Alenquer 65.988

Município de Arruda dos Vinhos 20.546

Município de Azambuja 91.511

Município do Bombarral 29.893

Município do Cadaval 8.826

Município de Caldas da Rainha 80.599

Município da Lourinhã 34.971

Município da Nazaré 227.667 42.527

Município de Óbidos 31.453 185 200

Município de Peniche 58.094 15.413

Município de Rio Maior 15.662 278 150

Município de Sobral de Monte Agraço 22.621

Município de Torres Vedras 63.463

OUTRAS PARTES RELACIONADAS:

Valorlis -Valorização e Trat. Residuos Sólidos, SA 6.309 346.742 90.000

Valnor- Valoriz Tratamento de Resíduos Sólidos, SA 180

Suldouro-Valoriz.Trat.Resíduos Sólidos Urbanos, SA 1.809 3.392

Amarsul - Valoriz. e Trat. de Resíduos Sólidos, SA 7.830

SIMAR Loures e Odivelas 651.485 184.674 16.015

Serviços Municip. C. M. Nazaré 48.810 216

Mota-Engil Engenharia e Construção, SA 271.671 2.400

Mota-Engil,Serv.Partilhados Adm.e de Gestão,SA 301

Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA 5.200

Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA 6.346

Manvia-Man.e Explor.Instalaç.e Construção, SA 47.748

Correia & Correia, Lda 481

Vibeiras - Sociedade Comercial de Plantas,SA 419 99.545

Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 19.928

2.738.852 75.300 2.000.860 2.363.354 3.163.888

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

2017

Clientes (Nota 7)

Outros créditos a receber

(Nota 8)

Fornecedores (Nota 16)

Outras dívidas a pagar

(Nota 17)Acionistas

Empresa Geral do Fomento, SA 291 489.385 115.153 3.891.096

Município de Lisboa 931.151 17.000 658.392 1.439.423 3.048.237

Município de Loures 11.803 952.317

Município de Odivelas 4.145 39.655

Município da Amadora 108.602 80.245 1.908.697

Município de vila Franca de Xira 86.393 103.547 338.524

Associação de Fins Específicos Amo Mais - 385.918

Município de Alcobaça 18.122 228

Município de Alenquer 52.292

Município de Arruda dos Vinhos 16.368

Município de Azambuja 103.256

Município do Bombarral 8.043

Município do Cadaval 9.370

Município de Caldas da Rainha 65.251

Município da Lourinhã 29.594

Município da Nazaré 218.840 4.207 42.527

Município de Óbidos 29.223 198 200

Município de Peniche 52.598 95 5.550

Município de Rio Maior 13.049 215 150

Município de Sobral de Monte Agraço 18.012

Município de Torres Vedras 108.067

OUTRAS PARTES RELACIONADAS:

Valorlis -Valorização e Trat. Residuos Sólidos, SA 9.778 326.112 90.000

Valnor- Valoriz Tratamento de Resíduos Sólidos, SA

Suldouro-Valoriz.Trat.Resíduos Sólidos Urbanos, SA

Amarsul - Valoriz. e Trat. de Resíduos Sólidos, SA 14.354

SIMAR Loures e Odivelas 487.772 17.350 245.187 575

Serviços Municip. C. M. Nazaré 41.004 124

Mota-Engil Engenharia e Construção, SA 1.415

Mota-Engil,Serv.Partilhados Adm.e de Gestão,SA 20

Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA 38.351

Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA 5.277 37

Manvia-Man.e Explor.Instalaç.e Construção, SA

Correia & Correia, Lda

Vibeiras - Sociedade Comercial de Plantas,SA

Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 19.240

2.456.617 38.879 1.948.468 1.651.089 10.606.970

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

19. VENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica vendas e serviços prestados foram:

2018 2017

Vendas 42.884.177 47.176.006

Serviços prestados 17.269.215 16.799.531

60.153.391 63.975.537

Vendas

As vendas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 referem-se, essencialmente, a materiais recicláveis resultantes da recolha seletiva e do tratamento dos resíduos provenientes da recolha indiferenciada, energia e composto de verdes resultantes do processo produtivo.

Em 31 de dezembro 2018 e 2017, a rubrica Vendas detalha-se do seguinte modo:

2018 2017

Energia 28.144.173 32.597.316

Material reciclável 13.012.650 12.657.468

Gás natural 852.943 1.005.442

Aço e alumínio de escórias 573.164 695.090

Outros 301.247 220.690

42.884.177 47.176.006

Prestação de serviços

Os serviços prestados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 referem-se, essencialmente, ao tratamento e valorização de resíduos provenientes da recolha indiferenciada a clientes municipais.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica Prestação de serviços detalha-se conforme mapa:

2018 2017

Tratamento de resíduos a municípios 12.101.191 10.298.781

Tratamento de resíduos a particulares 3.181.806 3.627.448

Ajustamento tarifário 1.986.217 2.873.184

Outros - 117

17.269.215 16.799.531

No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a Valorsul refletiu nas suas prestações de serviços, o desvio tarifário positivo, decorrente da diferença entre o refletido nas contas estatutárias de 2017 (1.598.752 Euros) numa base de estimativa e o determinado pela ERSAR na aprovação de Contas Reguladas Reais 2017 (1. 900.854 Euros), no montante de 302.102 Euros por contrapartida de diferimentos ativos (Nota 9). Adicionalmente, a Valorsul refletiu o desvio tarifário positivo estimado de 2018, com os mesmos pressupostos, no montante de 1.684.115 Euros por contrapartida de diferimentos ativos (Nota 9).

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

20. CUSTO DAS VENDAS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a recolha seletiva na área de Lisboa é efetuada pelos respetivos municípios, os quais faturam à Valorsul pelos montantes correspondente a 75% das receitas recicláveis obtidas junto da Sociedade Ponto Verde, Novo Verde e AMB3E.

O custo das vendas em 31 de dezembro de 2018 e 2017 tinha o seguinte detalhe:

2018 2017

Embalagens 4.302.304 4.009.826

Papel cartão 2.062.060 2.379.607

Casco de vidro 494.682 472.114

Gás natural 541.561 681.327

Outros 777 866

7.401.385 7.543.740

21. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Os fornecimentos e serviços externos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 tinham a seguinte composição:

2018 2017

Trabalhos especializados 5.409.129 4.460.810

Conservação e reparação 3.423.863 3.476.798

Energia e fluidos 2.728.231 2.404.420

Subcontratos 1.889.904 1.552.023

Materiais 1.795.291 1.881.612

Deslocações, estadas e transportes 1.508.693 703.252

Seguros 1.459.351 1.340.466

Fees de gestão 1.016.027 960.016

Rendas e alugueres 392.724 410.727

Vigilância e segurança 356.322 365.240

Custos inerentes à concessão 80.663 847.731

Comunicação 33.389 36.095

Outros fornecimentos e serviços externos 508.477 332.926

20.602.064 18.772.116

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

22. GASTOS COM O PESSOAL

A rubrica de gastos com o pessoal nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, tem a seguinte composição:

2018 2017

Remunerações dos órgãos sociais 553.136 554.492

Remunerações do pessoal 9.942.410 10.193.542

Encargos sobre as remunerações 2.355.539 2.315.687

Seguros 786.637 800.878

Outros gastos com o pessoal 550.484 806.381

14.188.205 14.670.980

No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Valorsul teve,

em média, 353 e 351 trabalhadores ao seu serviço, respetivamente.

23. OUTROS RENDIMENTOS

A rubrica Outros rendimentos, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, tem a seguinte composição:

2018 2017

Rendimentos de construção em Direito de Utilização de

Infraestruturas9.223.389 2.907.059

Rendimentos suplementares 219.357 96.755

Reconhecimento do rendimento associado à alteração

do modelo remuneratório- 97.538

Juros de mora 24.103 38.860

Alienação de equipamentos 122.231 76.068

Outros rendimentos e ganhos 503.919 491.109

10.092.998 3.707.389

24. OUTROS GASTOS

A rubrica de “Outros gastos” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 tem a seguinte composição:

2018 2017

Gastos de construção em Direito de Utilização de

Infraestruturas9.223.389 2.907.059

Impostos 851.875 889.541

Gastos investimentos não financeiros (a) 201.497 3.198

Outros gastos e perdas 139.866 279.292

10.416.627 4.079.090

(a) Esta rubrica engloba os gastos com sinistros e abates de ativos intangíveis

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

25. GASTOS DE DEPRECIAÇÕES E DE AMORTIZAÇÕES

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, esta rubrica, tem a seguinte composição:

2018 2017

Ativos intangíveis (Nota6) 15.442.446 17.215.099

26. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS SIMILARES

Os juros e gastos similares suportados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 tinham a seguinte composição:

2018 2017

Juros suportados 247.385 294.857

Outros gastos e perdas financeiros 10.713 10.691

258.098 305.549

Os juros e rendimentos similares obtidos nos exercícios findos 31 de dezembro de 2018 e 2017 tinham a seguinte composição:

2018 2017

Juros obtidos de aplicações financeiras 10.738 17.864

Outros 187.362 209.455

198.100 227.319

27. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Valorsul tinha solicitado a prestação de garantias a favor de terceiros, conforme quadro abaixo:

2018 2017

Garantias bancárias de execução 2.941.077 2.941.077

Garantias bancárias financeiras - 40.000

Depósitos caução 75.300 34.350

3.016.377 3.015.427

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

O detalhe destas garantias apresenta-se de seguida:

Beneficiário Montante Banco Natureza

GARANTIAS BANCÁRIAS DE EXECUÇÃO:

Agência Portuguesa do Ambiente 100.000Millennium

BCP

Garantir o cumprimento das obrigações da Valorsul,

resultantes da emissão de licenças de descarga de águas

residuais

EDP Distribuição - Energia SA 918 Banco BPICaução para a linha de interligação das instalações elétricas

do ASMC

EDP Distribuição - Energia SA 13.485 CGDGarantir as obrigações decorrentes do estabelecido no artigo

17º do decreto-lei nº 312/2002 e do nº 3 da portaria 62/2002

Estado Português 2.641.674Millennium

BCP

Garantir o cumprimento das obrigações da Valorsul,

resultantes do contrato de concessão

Municipio de Lisboa 185.000Millennium

BCPGarantir o fornecimento de GNC

2.941.077

DEPÓSITOS CAUÇÃO:

Municipio de Lisboa 30.500 CGD Garantir o fornecimento de GNC

Municipio de Lisboa 27.450 CGD Garantir o fornecimento de GNC

SIMAR 17.350 CGD Garantir o fornecimento de GNC

75.300

3.016.377

28. RESULTADO POR AÇÃO

O resultado por ação básico e diluído dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:

31 de Dezembro de

2018

31 de Dezembro de

2017Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por

ação básico e diluído10.523.552 10.017.180

Número médio ponderado de ações para efeito de

cálculo do resultado líquido por ação básico e diluído5.040.000 5.040.000

Resultado líquido por ação básico e diluído 2,09 1,99

29. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

A Empresa encontra-se exposto, essencialmente, aos seguintes risco de financeiros:

29.1 Risco de taxa de juro

Os riscos da taxa de juro estão essencialmente relacionados com os juros suportados com a contratação de diversos financiamentos com taxas de juro variáveis.

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126

RELATÓRIO & CONTAS 2018

29.2 Risco de liquidez

O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos acionistas e o reembolso de dívida.

Para reduzir este risco, a Valorsul procura manter uma posição líquida e uma maturidade média da dívida que lhe permita a amortização da sua dívida em prazos adequados. No entendimento do Conselho de Administração, tendo em consideração as principais projeções de cash-flow para 2019 e a estrutura e tipologia dos seus ativos, a Valorsul não antevê dificuldades em liquidar a suas responsabilidades financeiras correntes.

29.3 Risco Regulatório

Os ganhos registados em cada exercício pela Empresa resultam essencialmente dos pressupostos considerado pelo regulador ERSAR, na definição das tarifas reguladas para o setor do tratamento e gestão de resíduos e de eventuais ajustamentos/desvios tarifários a apurar.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da ERSAR. Esta publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º). Em face das alterações em concretização, no sector dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desafio significativo quer para a entidade reguladora quer para as entidades reguladas.

Durante o ano de 2014, em concretização do novo poder regulamentar da ERSAR, o RTR - regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, foi publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril. Este regulamento produziu efeitos em 1 de janeiro de 2016, e acarretou uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando-se de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos permitidos (revenue cap), o qual remunera uma base de ativos ao custo de capital e permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de eficiência produtiva.

Entre 2016 e 2017 foram aprovados três Documentos Complementares a este Regulamento, nomeadamente: (a) Regulamento n.º 817/2016, de 18 de Agosto -modelo de contas reguladas previsionais (b) O 2º Documento Complementar ao RTR viria a ser publicado em 19 de abril, com o Regulamento n.º 202/2017 – com o reporte das contas reguladas reais e movimentos de reconciliação, individuais e cumulativos, entre a demonstração de resultados regulada e a demonstração de resultados estatutária; (c) O 3º Documento Complementar ao RTR foi publicado na mesma data (Regulamento n.º 201/2017) e definiu regras relativas à incorporação nos proveitos permitidos de eventuais mais-valias decorrentes da alienação de ativos referentes a atividades não reguladas.

Já durante 2018, foi publicado pela ERSAR uma Revisão do RTR, Regulamento 52/2018 de 23 de janeiro, no qual, face à experiência do primeiro período regulatório se procurou introduzir alguns ajustamentos ao RTR tendo em vista a simplificação, flexibilização e clarificação de algumas das suas disposições. A revisão ao RTR veio exigir a revisão e adaptação também dos modelos de reporte, assim, ainda em 2018 foram aprovados e revistos dois dos Documentos Complementares, a saber:

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

a. Regulamento n.º 222/2018, publicado em Diário da Republica de 13 de abril (1º Documento Complementar) com o objetivo de clarificar e adaptar ao novo RTR conceitos relacionados com a apresentação das Contas Reguladas Previsionais sendo revogado o anterior Documento complementar 1, Regulamento n.º 817/2016, de 18 de agosto.

b. Regulamento n.º 395/2018 publicado em Diário da Republica de 29 de junho (3º Documento Complementar) onde se consagraram mecanismos que premeiam bons desempenhos com o objetivo de majorar mais valias ambientais e económicas.

30. INFORMAÇÃO SOBRE OS CONTRATOS DE CONCESSÃO

A concessão em regime exclusivo por um período de 19 anos, com termo em 2034, da exploração e da gestão do sistema multimunicipal de tratamento e de recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos da área de Lisboa e Oeste, em regime de serviço público, foi atribuída à Valorsul através da celebração de um contrato de concessão entre o Estado Português e a Empresa a 8 de abril de 2011, reconfigurado em 30 de setembro de 2015.

A atividade objeto da concessão compreende o tratamento dos resíduos urbanos gerados nas áreas dos municípios utilizadores, incluindo a sua valorização e a disponibilização de subprodutos, assim como a recolha seletiva de resíduos urbanos, encontrando-se os municípios obrigados a entregar à Valorsul todos os resíduos urbanos cuja gestão se encontre sob sua responsabilidade.

A fiscalização da concessão é da competência da ERSAR, tendo esta a competência na definição dos proveitos permitidos e consequentemente das tarifas a aplicar, assim como na aprovação das Contas Reguladas e nos planos de investimento da Valorsul.

A exploração e a gestão, anteriormente referida, compreende também a conceção, a construção, a aquisição, a extensão, a reparação, a renovação, a manutenção e a otimização de obras e equipamentos necessários ao exercício da atividade da Valorsul.

As bases da concessão definem que a Valorsul terá como atividade principal, a atividade relativa à exploração e à gestão do sistema multimunicipal de resíduos urbanos, compreendendo o tratamento de resíduos urbanos resultantes da recolha indiferenciada e a recolha seletiva de resíduos urbanos, incluindo a triagem, e como atividades complementares, as atividades que, não se se integrando na atividade principal, utilizam ativos afetos a esta, permitindo otimizar a respetiva rentabilidade. O exercício das atividades complementares dependem de autorização do concedente, precedida de pareceres da Autoridade da Concorrência e da ERSAR.

Consideram-se como bens afetos à concessão:

• As infraestruturas relativas ao tratamento e valorização de resíduos urbanos indiferenciados e seletivos, bem como os bens utilizados na recolha seletiva de resíduos urbanos: as estações de transferência, os ecocentros, as centrais de processamento, triagem e valorização e os respetivos acessos, as infraestruturas associadas, os aterros, os ecopontos e os meios de transporte de resíduos;

• Os equipamentos necessários à operação das infraestruturas e ao acompanhamento e controlo da sua exploração;

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• Todas as obras, máquinas e aparelhagem e respetivos acessórios utilizados para a receção e tratamento dos resíduos e para a manutenção dos equipamentos e gestão do sistema multimunicipal não referidos acima;

• Os equipamentos, máquinas, veículos, aparelhagem e respetivos acessórios utilizados para a recolha seletiva de resíduos urbanos.

Adicionalmente, são também considerados como ativos afetos à concessão:

• Os imóveis adquiridos por via do direito privado ou mediante expropriação para implantação das infraestruturas;

• Os direitos privativos de propriedade intelectual e industrial de que a Empresa seja titular;

• Outros bens e direitos que se encontrem relacionados com a continuidade da exploração da concessão, nomeadamente laborais, de empreitada, de locação e de prestação de serviços.

A Valorsul deve elaborar e manter o inventário dos bens e direitos afetos à concessão, devendo, anualmente, enviar à ERSAR informação detalhada sobre os mesmos, assim como dos abates efetuados.

A Valorsul tem a obrigação de, durante o prazo de vigência da concessão, manter o bom estado de funcionamento, conservação e segurança dos ativos e meios a ela afetos, efetuando todas as reparações, renovações e adaptações necessárias para a manutenção dos ativos nas condições técnicas requeridas.

A Valorsul mantém o direito de explorar os ativos afetos à concessão até à extinção desta. Os ativos afetos à concessão apenas podem ser utilizados para o fim previsto na concessão. Na data da extinção da concessão, os bens a ela afetos revertem para uma Entidade Intermunicipal, Associação de municípios, o conjunto dos Municípios utilizadores, ou o Estado, mediante o exercício do respetivo direito de opção e o pagamento à concessionária, nos termos previstos nas Bases e no contrato de concessão, de uma indemnização correspondente ao valor líquido contabilístico daqueles bens.

O regime remuneratório da concessão baseia-se no reconhecimento à Empresa dos proveitos permitidos, a serem refletidos nas tarifas a aplicar aos utilizadores do sistema. A Empresa é responsável pelos riscos inerentes à concessão nos termos da legislação aplicável, assumindo os respetivos riscos operacionais. A Empresa é responsável pela obtenção do financiamento necessário ao desenvolvimento do objeto da concessão, por forma a cumprir cabal e atempadamente as obrigações assumidas no contrato de concessão, assumindo os respetivos riscos de investimento e de financiamento.

Os proveitos permitidos anualmente à Valorsul, no âmbito da atividade concessionada, são definidos pela ERSAR para um horizonte temporal de três a cinco anos (“Período regulatório”). O modelo regulatório é fixado pela ERSAR e assenta, entre outros, nos seguintes pressupostos:

• Elegibilidade dos custos de exploração, para efeitos de determinação dos proveitos permitidos, por referência a um cenário de eficiência produtiva da exploração e gestão do sistema multimunicipal;

• Remuneração do capital com base no custo médio ponderado, com parâmetros definidos em referência a valores de mercado e ao desempenho de entidades representativas comparáveis;

• Definição de uma base de ativos, constituída pelos bens afetos à concessão, como incidência da remuneração do capital;

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• Adoção de mecanismos de incentivo à eficiência;

• Repercussão adequada nos proveitos permitidos das diferenças registadas entre as quantidades estimadas e as quantidades de resíduos urbanos entregues à Empresa.

Adicionalmente, a definição da base de custos de exploração deve atender ao seu controlo efetivo pela Valorsul, às tecnologias e capacidades instaladas, bem como às oscilações da procura.

Assim, as tarifas a aplicar aos utilizadores devem proporcionar à Valorsul os proveitos permitidos nos termos das bases anteriores e correspondem ao resultado da divisão dos proveitos permitidos anualmente à Empresa pelas quantidades estimadas de consumo para esse ano.

O contrato de concessão em vigor, permite um equilíbrio contratual nas condições de uma gestão eficiente, promovendo um investimento mais racional e uma maior eficiência operacional, através do reconhecimento dos custos de investimento, de operação e manutenção e na adequada remuneração dos ativos afetos à concessão, a serem refletidos nas tarifas aplicáveis à Empresa, as quais permitirão recuperar os custos de exploração e obter uma determinada remuneração sobre os ativos.

A concessão pode ser extinta por acordo entre as partes, por rescisão, por resgate e pelo decurso do prazo. A extinção da concessão opera a transmissão para os Municípios ou para o Estado dos bens e meios a ela afetos.

O contrato de concessão poderá ser rescindido pelo concedente se ocorrer qualquer uma das situações a seguir descritas, com impacto significativo nas operações da concessão: desvio do objeto da concessão; interrupção prolongada da exploração por facto imputável à Empresa; oposição reiterada ao exercício da fiscalização ou repetida desobediência às determinações do concedente ou, ainda, sistemática inobservância das leis e regulamentos aplicáveis à exploração; recusa em proceder à adequada conservação e reparação das infraestruturas; cobrança reiterada de valores superiores aos fixados nos contratos de concessão e nos contratos celebrados com os utilizadores; dissolução ou insolvência da Empresa; trespasse da concessão ou subconcessão não autorizadas; alienação não autorizada de participações no capital da Empresa; oneração de participações no capital da Empresa em inobservância do disposto no contrato de concessão; aumento ou redução não autorizados, quando aplicável, do capital social da Empresa; falta de prestação da caução ou de renovação do respetivo valor nos termos e prazos previstos; e recusa ou impossibilidade da Empresa em retomar a concessão.

O concedente pode resgatar a concessão, assumindo a gestão direta do serviço público concedido, sempre que motivos de interesse público o justifiquem e decorrido que seja pelo menos dois terços do prazo contratual, mediante aviso prévio feito à Valorsul, por carta registada com aviso de receção, com, pelo menos, um ano de antecedência relativamente à data de produção de efeitos do resgate.

Pelo resgate, a Valorsul tem direito a uma indemnização que deve atender ao valor contabilístico à data do resgate dos bens revertidos, do valor dos créditos existentes, bem como ao valor de eventuais lucros cessantes, tendo em consideração o número de anos que restem para o termo da concessão.

31. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

Subsequentemente a 31 de dezembro de 2018, não ocorreram acontecimentos a relatar.

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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