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OUVIDORIA DO TRIBUNAL DE CONTAS
DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RELATÓRIO DESCRITIVO E ANALÍTICO
2016
BELO HORIZONTE
FEVEREIRO 2016
RELATÓRIO ANUAL – 2016 2
Presidente
Conselheiro Sebastião Helvecio Ramos de Castro
Vice-Presidente
Conselheiro Cláudio Couto Terrão
Corregedor
Conselheiro Mauri José Torres Duarte
Ouvidor
Conselheiro José Alves Viana
Conselheiros
Wanderley Geraldo de Ávila
Adriene Barbosa de Faria Andrade
Gilberto Pinto Monteiro Diniz
Conselheiros Substitutos
Licurgo Joseph Mourão de Oliveira
Hamilton Antônio Coelho
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas
Procurador-geral
Daniel de Carvalho Guimarães
Procuradores
Elke Andrade Soares de Moura Silva
Maria Cecília Mendes Borges
Sara Meinberg Schmidt Andrade Duarte
Marcílio Barenco Corrêa de Mello
Cristina Andrade Melo
Glaydson Santo Soprani Massaria
Elaboração
Secretaria da Ouvidoria
Cláudia de Carvalho Picinin - Coordenadora
Gastão José Pinheiro Brandão
José Francisco Quadros Moreira
Júnia Lacerda
Leonor Fadini
Silmária Alves Barbosa
Walkson Carvalho
RELATÓRIO ANUAL – 2016 3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................... 3
O OUVIDOR ......................................................................................... 5
A PALAVRA DO OUVIDOR ......................................................................... 6
A OUVIDORIA DO TCE .......................................................................... 8
A IMPORTÂNCIA DA OUVIDORIA NO CONTROLE SOCIAL ..................................... 9
O TRABALHO DA OUVIDORIA DO TCEMG NO BIÊNIO 2015/2017 ................... 11
EQUIPE DA OUVIDORIA .......................................................................... 12
RELATÓRIOS ESTATÍSTICOS ................................................................. 13
OUVIDORIA NA INTERNET ....................................................................... 29
EFETIVIDADES DA OUVIDORIA BIÊNIO 2015/2017 ............................... 31
EVENTOS E VISITAS TÉCNICAS BIÊNIO 2015/2017 ............................... 45
PLANO DE TRABALHO - BIÊNIO 2017/2019 ......................................... 59
PROPOSIÇÕES AO TCEMG ................................................................... 60
PALAVRA DA COORDENADORA .......................................................... 62
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 63
RELATÓRIO ANUAL – 2016 3
APRESENTAÇÃO
A Ouvidoria do TCEMG é um canal direto de comunicação com o cidadão
e tem por finalidade receber sugestões, críticas, reclamações, elogios ou
pedidos de esclarecimento a respeito dos serviços prestados pelo
Tribunal de Contas e referentes a atos administrativos e de gestão
praticados no âmbito da Administração Direta e Indireta do Estado e dos
municípios sujeitos à jurisdição do Tribunal.
Acrescenta-se, por oportuno, que, dependendo do teor dos fatos relatados nas
demandas encaminhadas pelos cidadãos, isso pode ensejar a emissão da chamada
“Nota de Alerta” (NA) para as unidades técnicas do TCEMG. A NA se constitui em uma
reclamação com caráter de denúncia, criada pela Ouvidoria do TCEMG, com o objetivo
de agilizar o processamento das informações recebidas no âmbito do Tribunal. Assim,
diante do relato de possível prática irregular, é emitido um alerta para que possa ser
objeto de verificação pela unidade técnica responsável e que servirá para subsidiar
auditorias, inspeções e demais instrumentos de fiscalização realizados pelo Tribunal e
para compor o plano anual de fiscalização desta Casa.
Ressalte-se que no decorrer desses mais de seis anos de existência, a Ouvidoria
desenvolveu várias ações que possibilitaram uma maior divulgação do papel desta
unidade, o que resultou em um aumento significativo do número de demandas,
colaborando de forma direta para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo
Tribunal.
Além disso, é oportuno frisar o relevante papel desempenhado pela Ouvidoria no
decorrer do ano de 2016, como mediadora dos conflitos surgidos entre a atual
Administração do Tribunal de Contas e os servidores, fruto das mudanças de critérios e
paradigmas implementados sobre os mais diversos assuntos internos, buscando sempre
uma solução conciliada que atendesse os interesses de todos os envolvidos.
Não é demais acrescentar que a Ouvidoria é também um importante instrumento de
interação entre a instituição e a sociedade, com vistas a refletir melhorias na busca da
identidade entre eficiência e eficácia na prestação dos serviços e na fiscalização da
gestão dos recursos públicos.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 4
A comunicação e a participação da sociedade constituem a matéria-prima da Ouvidoria,
sua própria razão de existir. Consciente disso, esta unidade do TCEMG procurou agir
sempre de acordo com as seguintes diretiva:
Diante do exposto, apresentamos o Relatório Descritivo e Analítico Anual relativo às
atividades realizadas nesta Ouvidoria ao longo do ano de 2016.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 5
O OUVIDOR
Na Sessão do Tribunal Pleno de 10 de dezembro de 2014, o
Conselheiro José Alves Viana foi designado o novo ouvidor do TCEMG
para o biênio 2015/2016.
Durante sua gestão, Dr. Viana exerceu papel fundamental no crescimento da Ouvidoria
do TCEMG, atuando, entre outros, com sensibilidade, autonomia e ética. Além disso,
compartilhou experiências com outros órgãos, consolidou parcerias, mediou conflitos e
possibilitou o estreitamento do grau de acessibilidade do cidadão aos serviços da
Ouvidoria.
PAPEL PREPONDERANTE
O Ouvidor tanto protege o cidadão quanto põe a administração pública a salvo de
críticas injustas e acusações infundadas. A partir das demandas recebidas na Ouvidoria
é que se torna possível pensar nas melhorias dos serviços públicos prestados à
sociedade. A boa administração interessa a todos.
COMPETÊNCIAS
Nos termos do art. 4º da Resolução nº 05/2010, compete ao Ouvidor:
I. dirigir a Ouvidoria, coordenando e orientando a execução das ações relativas ao
exercício de sua competência, de forma a assegurar uniformidade, eficiência e
qualidade dos serviços prestados;
II. elaborar os planos de gestão e operativo das ações da Ouvidoria;
III. realizar intercâmbio de informações e procedimentos com as demais Ouvidorias
e órgãos de controle;
IV. requisitar e acompanhar junto à unidade competente do Tribunal as
informações e providências acerca das demandas registradas na Ouvidoria, no
limite de sua competência;
V. acompanhar os processos de desenvolvimento e implantação de sistemas
informatizados pertinentes às atividades da Ouvidoria;
VI. propor ao Presidente medidas que objetivem corrigir ou evitar a ocorrência de
falhas no exercício das atribuições do Tribunal, visando ao aprimoramento dos
serviços prestados;
VII. solicitar à unidade competente a capacitação dos servidores da Ouvidoria;
VIII. propor ao Presidente o arquivamento das demandas que não estejam devidamente formalizadas e fundamentadas ou que versem sobre matéria não afeta à competência do Tribunal, observado o prazo a que se refere o art. 13 desta Resolução;
RELATÓRIO ANUAL – 2016 6
IX. encaminhar ao Presidente, anualmente, relatório gerencial das atividades da
Ouvidoria, procedendo da mesma forma quando deixar a função;
X. decidir acerca da solicitação de sigilo da autoria da demanda, observado o
disposto no art. 11 desta Resolução;
XI. delegar competência, mediante portaria, fixando o alcance e a responsabilidade
da delegação, excetuadas as competências previstas nos incisos I, II e VI ao X
deste artigo.
A PALAVRA DO OUVIDOR
Como espaço da cidadania, a Ouvidoria é o centro de
relacionamento onde se recebem as demandas (queixas,
reclamações, sugestões, informações e elogios) dos
funcionários do TCE, dos jurisdicionados e de toda sociedade.
Foi uma missão de grande relevância que recebemos, eu e toda a minha equipe: a função
de conduzir a Ouvidoria do TCEMG nos últimos dois anos. O nosso objetivo maior
foi servir a todos com o respeito que todos merecem e, ainda, com efetividade na
solução das demandas. Mantivemos o canal do diálogo permanentemente aberto e
acessível a todos, no firme propósito de cumprir com o dever maior de nossa Ouvidoria.
Recebíamos as demandas e as encaminhávamos com o devido monitoramento, até
levar à pessoa que nos solicitou a informação, o desfecho final.
O que fizemos, confesso, foi cumprir com nossa obrigação de atender a todos da melhor
maneira possível e, para alcançarmos esse objetivo, não faltaram a disposição para o
trabalho; a responsabilidade e a seriedade para resolver as demandas; a competência
da equipe, muito bem coordenada pela Cláudia Picinin, além da reconhecida dedicação
de todos.
Queremos desejar a todos, um 2017 com mais realizações e efetivas conquistas. Quero,
na condição de Ouvidor que se despede, manifestar o meu mais profundo sentimento
de gratidão aos funcionários da Ouvidoria, membros e componentes de nossa equipe,
e dizer-lhes que foi um prazer imenso trabalhar com pessoas tão dedicadas. Sempre o
meu abraço fraterno para todos.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 7
À sociedade, aos jurisdicionados e aos servidores da Casa, trabalhadores tão
competentes, nosso agradecimento penhorado pela participação e compreensão, que
muito nos ajudaram na missão de servir àqueles que trouxeram suas demandas.
Agradeço a Deus por nos conceder prudência e discernimento, inspirando-nos sempre
a tratativa respeitosa e digna com aquele que nos procura para lhe solucionar alguma
questão.
Quero também desejar ao novo Ouvidor, Ilustre Conselheiro Gilberto Diniz, muito
êxito nos trabalhos deste setor tão importante para o relacionamento do nosso
Tribunal de Contas com a sociedade, com os jurisdicionados e com os servidores da
nossa Instituição.
A Vossa Excelência, Conselheiro Gilberto Diniz e a sua equipe, muito sucesso e
muita luz na condução da Ouvidoria do TCEMG para os próximos dois anos.
A todos que mesmo com todo o empenho
e esforço, não fomos capazes de produzir
os resultados esperados ou desejados,
pedimos desculpas.
E por fim, que Deus nos proteja e
abençoe sempre.
Conselheiro José Alves Viana
2017
RELATÓRIO ANUAL – 2016 8
A OUVIDORIA DO TCE
A Ouvidoria do TCEMG foi criada pela Lei Complementar nº 102/2008 e
pela Resolução nº 12/2008, mas somente em 28/05/2010, com a
publicação da Resolução nº 05/2010, foi regulamentado o seu
funcionamento.
Sua competência está prevista no art. 2º da referida Resolução:
I. promover a coparticipação da sociedade na missão de controlar a Administração
Pública, garantindo maior transparência das ações do Tribunal;
II. receber, registrar e analisar as sugestões, reclamações, críticas, elogios, informações e
esclarecimentos a respeito dos serviços prestados pelo Tribunal, propondo à
Presidência as medidas cabíveis;
III. receber, registrar, analisar e encaminhar aos setores competentes informações
relevantes fornecidas sobre atos administrativos e de gestão praticados por órgãos e
entidades da administração pública sujeitos à jurisdição do Tribunal, de forma a
subsidiar os procedimentos de auditorias, inspeções e demais instrumentos de
fiscalização, excetuada a formulação de denúncia e representação regulamentada no
Capítulo VIII do Título VII da Resolução nº 12/2008;
IV. orientar o demandante acerca da possibilidade de formulação de denúncia e
representação perante o Tribunal, nos termos previstos no Regimento Interno;
V. responder ao cidadão e aos demais interessados, ágil e objetivamente, os resultados
das demandas encaminhadas à Ouvidoria, incluídas as providências adotadas;
VI. requisitar as instalações físicas e os meios de comunicação eletrônico, postal e
telefônico necessários ao funcionamento da Ouvidoria;
VII. manter controle, acompanhar e requisitar das unidades competentes informações
sobre as providências adotadas quanto às demandas registradas na Ouvidoria;
VIII. manter sistema informatizado específico, com banco de dados atualizado, que deverá
conter os registros das demandas, as repostas fornecidas à Ouvidoria pelas Unidades do
Tribunal e pela própria Ouvidoria aos demandantes;
IX. propor a realização de seminários;
X. divulgar os serviços prestados pela Ouvidoria, os resultados alcançados, as formas de
acesso, além de sua importância como instrumento de controle social.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 9
A IMPORTÂNCIA DA OUVIDORIA NO CONTROLE SOCIAL
No 3º Planejamento estratégico do TCEMG 2015-2019, aprovado
pela Resolução nº 27, de 10/12/2014, a Ouvidoria foi inserida no
objetivo estratégico de fomentar o controle social e a
participação da sociedade nas ações de controle externo.
A sociedade brasileira está cada vez mais atenta aos seus direitos
e atuante, não só no plano do debate político, mas também na cobrança de resultados
efetivos por parte do poder público.
A participação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado pela
Constituição Federal de 1988 (CF), permitindo que os cidadãos não só participem da
formulação das políticas públicas, mas, também, fiscalizem, de forma permanente e
efetiva, a execução das ações e aplicação dos recursos financeiros destinados à
implementação de uma política pública.
Na reforma democrática do Estado Brasileiro de 1988, o termo “Controle Social”
assumiu uma nova conotação, ligada ao controle do Estado pelo próprio cidadão que
passou a acompanhar a atuação da administração pública para que seja feita em favor
da sociedade. Verificar mais de perto a atuação de seus representantes quanto ao uso
dos recursos públicos se constitui em um valioso instrumento de controle da corrupção.
Nesse contexto, a Ouvidoria é o canal de comunicação direto, ágil e democrático que
possibilita ao cidadão, usuário direto dos serviços, além do direito de reclamar, a
oportunidade de apresentar sugestões, elogiar boas práticas, participar na formulação
de políticas nos órgãos públicos, exercitar sua cidadania e contribuir para a melhoria da
qualidade dos serviços prestados pela instituição e, consequentemente, para o
aprimoramento de sua atuação.
Para que o controle social possa ser efetivamente exercido é essencial que as ações dos
governantes sejam divulgadas de forma clara e de fácil entendimento. Segundo
CENEVIVA e FARAH (2006)1, os mecanismos de controle e fiscalização são condicionados
pela transparência e pela visibilidade das ações do poder público. Sem transparência,
fidedignidade e clareza das informações não há como os cidadãos se apropriarem dos
dados das avaliações para cobrarem dos agentes públicos. Por sua vez, SACRAMENTO
1CENEVIVA, R. e FARAH, M. F. S. Democracia, Avaliação e Accountability: a avaliação de
políticas públicas como instrumento de controle democrático. In: II Encontro de Administração
Pública e Governança. II Congresso de Administração Pública e Governança, São Paulo, 2006.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 10
(2007)² observa na transparência um instrumento capaz de contribuir para a redução da
corrupção no espaço público e aumentar a democracia entre o Estado e a sociedade.
Para reforçar a ideia de controle social, vale mencionar o discurso do então Conselheiro
Vice-Presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Antonio Joaquim Moraes
Rodrigues Neto:
[...]
A premissa básica é a de que um país não pode ser construído apenas pelo governo, mas também pelo cidadão, cuja participação é fundamental nesse sistema.
No entanto, para que essa participação seja efetivamente posta em prática e render o esperado, é fundamental que o cidadão esteja consciente de seu papel e suficientemente informado, a ponto de ser possível a contribuição e apreciação de cada um, de modo que suas opiniões influenciem verdadeiramente na tomada de decisões.
É esta, em suma, a ideia do controle social: que a responsabilidade e as decisões tomadas sejam divididas entre administradores públicos e a sociedade. [...]
Oportuno aduzir que a Ouvidoria, além de instrumento de controle social, é também instrumento de inclusão, como bem afirma Antonio Semeraro Rito Cardoso (2010)³:
Inclusão social é um termo muito amplo, que abrange diversas áreas da vida em sociedade: educação, saúde, segurança, distribuição de renda, entre outros. Dessa forma a inclusão social tem como fim último reforçar a construção e consolidação dos valores democráticos e ampliar a cidadania.
Nessa perspectiva, as ouvidorias públicas surgem como lócus privilegiado de promoção da inclusão social por propiciarem um incremento positivo da condição de vida por intermédio de sua influência sobre a melhoria da prestação dos serviços públicos e a geração de igualdade de oportunidades, permitindo que o cidadão tenha voz e vez dentro da administração pública.
2 SACRAMENTO, Ana Rita Silva; PINHO e GOMES, José Antônio. Transparência na administração
pública: o que mudou depois da Lei de Responsabilidade Fiscal? Um estudo exploratório em seis municípios
da região metropolitana de Salvador. Revista de Contabilidade da UFBA,,v. 1, n. 1, p. 48-61, 2007.
3 CARDOSO, Antonio Semeraro Rito. Ouvidoria Pública como instrumento de mudança. Revista Texto
para discussão n. 1.480. Brasília: Ipea, mar/2010.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 11
O TRABALHO DA OUVIDORIA DO TCEMG NO BIÊNIO 2015/2017
As sugestões, críticas, reclamações, elogios ou pedidos de
esclarecimentos encaminhados à Ouvidoria do TCEMG
constituíram valioso insumo para avaliações gerenciais e as
manifestações recebidas foram uma poderosa ferramenta de
gestão para melhoria não só dos serviços prestados pela nossa unidade como dos
serviços oferecidos pelo Tribunal de Contas.
O nosso trabalho não foi apenas informativo, mas apresentou também caráter
pedagógico e propositivo.
Os nossos usuários acreditaram nos serviços por nós prestados, reconheceram como
seu o espaço da Ouvidoria e utilizaram os canais de comunicação disponíveis à
população, com destaque para o e-mail e o sistema informatizado. Como consequência,
em relação ao ano de 2015, as demandas da Ouvidoria tiveram um aumento de 258%.
Isto significa que, em 2016, a Ouvidoria quase triplicou o número de atendimentos do
ano em que havia atingido o recorde absoluto.
A atuação ética, a agilidade e a efetividade do trabalho da Ouvidoria foram elementos
essenciais para atingir esse resultado eficaz.
Outro fator de vital importância foi a interação da Ouvidoria com as demais unidades do
Tribunal, que entenderam o papel por nós desenvolvido e se empenharam em bem
atender as demandas que foram a elas submetidas. Essa parceria possibilitou a
identificação de oportunidades de melhoria com a consequente adoção de medidas
preventivas ou corretivas visando o aprimoramento dos serviços prestados pelas
diversas unidades desta Casa.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 12
EQUIPE DA OUVIDORIA
A Ouvidoria é composta por sete membros, sendo 5 servidores
efetivos e 2 terceirizados, com formação acadêmica eclética:
Direito, Ciências Contábeis, Letras, Psicologia.
A equipe é composta dos seguintes membros:
Cláudia de Carvalho Picinin - Coordenadora
Gastão José Pinheiro Brandão
José Francisco Quadros Moreira
Júnia Caldeira de Sousa Lacerda
Leonor Duarte Fadini
Silmária Alves Barbosa
Walkson Batista de Carvalho
RELATÓRIO ANUAL – 2016 13
RELATÓRIOS ESTATÍSTICOS
Em 2016 foram registradas 1.865 demandas classificadas e organizadas conforme as categorias a seguir:
1. MANIFESTAÇÕES RECEBIDAS
Dessas 1.865 manifestações, a maior parte referiu-se a solicitações, seguidas de reclamações, sugestões e elogios. Importante destacar que, em 2016, houve um aumento expressivo, da ordem de
159,03%, no total de atendimentos realizados pela Ouvidoria em relação ao ano
anterior, representando uma elevação no nível de confiança quanto ao trabalho
desenvolvido pela unidade.
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
ELOGIO
SUGESTÃO
SOLICITAÇÃO
RECLAMAÇÃO
TOTAL
38
53
1159
615
1865
N° DEMANDAS
RELATÓRIO ANUAL – 2016 14
2. NATUREZA DAS MANIFESTAÇÕES
Solicitações:
São pedidos de esclarecimento ou orientação sobre atos administrativos e de gestão
praticados pelo TCEMG e órgãos da Administração Pública sujeitos à jurisdição do
Tribunal.
Reclamações:
São manifestações de insatisfação diante de um atendimento ou serviço prestado pelo
TCEMG no âmbito de sua competência de atuação ou de insatisfação em relação à
gestão dos recursos públicos de órgãos ou entidades da Administração Pública estadual
ou municipal sujeitos à jurisdição do Tribunal.
12%
88%
SOBRE PROCEDIMENTO DE JURISDICIONADO
SOBRE PROCEDIMENTO DO TCEMG
12%
88%
SOBRE PROCEDIMENTO DE JURISDICIONADO
SOBRE PROCEDIMENTO DO TCEMG
RELATÓRIO ANUAL – 2016 15
Sugestões:
São manifestações que visam contribuir para a melhoria e aprimoramento da prestação
de serviços pelo Tribunal de Contas.
Elogio:
São demonstrações de reconhecimento, apreço ou satisfação em face do serviço
prestado pelo Tribunal.
31%
69%
SOBRE PROCEDIMENTO DE JURISDICIONADO
SOBRE PROCEDIMENTO DO TCEMG
100%
SOBRE PROCEDIMENTO / JURISDICIONADO
SOBRE TCEMG PROCEDIMENTO / TCEMG
RELATÓRIO ANUAL – 2016 16
3. ORIGEM DAS DEMANDAS
O gráfico abaixo discrimina o público que acionou a Ouvidoria ao longo do ano de 2016.
Importante enfatizar que a despeito de o público externo continuar sendo o que mais
aciona a Ouvidoria, houve uma elevação considerável da participação dos servidores
deste Tribunal na apresentação de manifestações junto a esta Ouvidoria.
4. CANAL DE ACESSO UTILIZADO
A preferência dos usuários foi se manifestar por meio da internet, conforme se verifica
no gráfico abaixo:
Importante frisar que 36% dos usuários acessou a Ouvidoria por meio do Portal,
utilizando o Sistema Informatizado da Ouvidoria (Sistema SigaOuv) e 47% fizeram
contato por e-mail. Destaca-se que desde a criação do SigaOuv, em outubro de 2012,
pela primeira vez o e-mail foi o canal de acesso mais utilizado pelos demandantes.
45,36%54,64%
INTERNAS EXTERNAS
PORTAL SISTEMA
36%
EMAIL47%
TELEFONE5%
POSTAL1%
PRESENCIAL11%
RELATÓRIO ANUAL – 2016 17
5. REMETENTES DAS DEMANDAS
Os remetentes de demandas classificam-se em seis categorias, a saber:
Conforme se verifica pelo gráfico acima, nessa classificação por categoria de
remetentes, destaca-se a predominância dos servidores do TCEMG na remessa de
manifestações a esta Corte de Contas (45%), seguidos, respectivamente, pelos
cidadãos (28%) e pelos jurisdicionados (19%). Em menor escala, manifestaram-se
empresas (6%) e outros órgãos públicos (2%).
Nesse tópico, é pertinente destacar o aumento substancial no percentual relativo ao
“servidor do TCEMG”, ou seja, o público interno da Casa. Comparando-se com o ano
de 2015, o percentual subiu de 27% para 45%, o que nos permite chegar às seguintes
conclusões:
1) Surtiu grande resultado o trabalho de divulgação realizado pela equipe da
Ouvidoria, não só por intermédio de divulgação de notícias na intranet e em nosso
Portal, como também nas conversas havidas com os gestores, servidores e
prestadores de serviço no Tribunal sobre o trabalho realizado pelo setor;
2) O público interno da Casa pôde constatar que a Ouvidoria é um canal legítimo para se manifestar e que a interação com o setor possibilita a correção de erros e o aprimoramento das ações e serviços do Tribunal, inclusive no que tange à melhoria do bem-estar de todos os que aqui trabalham;
3) Restou evidenciado o aumento do nível de confiança do servidor em relação ao trabalho realizado pela Ouvidoria, que garante não só o sigilo da identidade de todos os demandantes, como atua com isenção e afinco na busca de uma solução conciliadora que seja capaz de satisfazer o interesse das partes.
28%
19%
45%
2%6%
CIDADÃO JURISDICIONADO SERVIDOR TCEMG OUTRO ÓRGÃO PÚBLICO EMPRESA
RELATÓRIO ANUAL – 2016 18
6. ASSUNTOS DAS DEMANDAS
(MANIFESTAÇÕES EXTERNAS)
O gráfico apresenta o panorama das demandas por assunto que tramitaram na
Ouvidoria, em 2016, relativas ao público externo (cidadãos, empresas, associações,
jurisdicionados e outros órgãos públicos). Dessas manifestações, destacam-se os
procedimentos do TCEMG e os atos de gestão.
ATOS DE GESTÃO
Os Atos de Gestão referem-se às questões da aplicação do dinheiro público e da
arrecadação das receitas públicas passíveis de fiscalização e acompanhamento das
ações dos responsáveis pelo Tribunal. Esses atos representaram 28% das manifestações.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 19
Principais temas abordados:
O tema Procedimento Licitatório representa 41% do atendimento realizado e se refere
às supostas ilegalidades e ausência de publicidade dos editais; contratações diretas em
desacordo com a legislação vigente; regras dos editais conflitantes com os normativos
aplicáveis ao tema; e, suspeita de participação de agentes políticos e seus parentes em
certames.
Quanto ao tópico Concurso Público (15%), os fatos relatados referem-se a possíveis
irregularidades nas contratações; nomeações em desacordo com o edital; previsão de
realização de concurso público no âmbito do TCEMG; falhas na divulgação de editais; e,
informações sobre a suspensão dos certames pelo TCEMG.
No que tange às Comunicações de Irregularidades, que representou 21% do total,
constatamos reclamações a respeito da folha de pagamento de Câmaras e Prefeituras
municipais, incluindo cargos comissionados; desvios de função; problemas com diárias
de viagem de servidores municipais; contratações irregulares de serviços; obras
inacabadas ou não realizadas; falta de atualização e/ou de informações em portais de
transparência.
Relativamente ao item Outros, correspondendo ao percentual de 23%, como
demonstrado no gráfico, surgiram questões relativas a atos de gestão, como, por
exemplo, informações a respeito de documentos das contas municipais enviados ao
Tribunal.
PROCEDIMENTOS DO TCEMG
São aquelas manifestações do cidadão ou do jurisdicionado que dizem respeito ao
controle externo da gestão dos recursos públicos, compreendendo a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e abrangendo os aspectos
de legalidade, legitimidade, economicidade e razoabilidade de atos que gerem receita
ou despesa pública.
Principais temas abordados:
As demandas recebidas na Ouvidoria disseram respeito aos Sistemas Informatizados
(52%) disponibilizados pelo TCEMG aos jurisdicionados. Foram relatados problemas
técnicos de envio de arquivos, desempenho, instabilidade; dúvidas quanto aos
procedimentos de operacionalização; dificuldades de acesso dos usuários ao Fiscap,
Sicom, SGI, Fiscad, Siace/LRF, e-certidão, Geo-Obras etc.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 20
Em 2016 verificou-se uma elevação considerável do volume de reclamações e
solicitações em relação aos vários sistemas informatizados, principalmente, decorrentes
de alterações introduzidas, em especial, no sistema Sicom, com acréscimo de
informações exigidas e a implantação dos módulos mensais de encaminhamento.
Já Processos/Documentos (15%) se referem aos pedidos de esclarecimento acerca de
processos e documentos protocolizados no âmbito deste Tribunal.
Relativamente ao tema Jurisprudência/Legislação (7%), a Ouvidoria conseguiu atender
a maioria das solicitações dos cidadãos e jurisdicionados por meio de respostas diretas,
no limite de sua competência.
No exercício de 2016 verificou-se que os Pedidos de Fiscalização e Realização de
Auditorias manteve o mesmo percentual apurado no ano anterior da ordem de 7%.
Quanto ao item “Outros” (19%), destacamos: solicitações diversas de materiais
orientadores e didáticos produzidos por este Tribunal; promoção de cursos e eventos
com a participação do público externo; e, sugestões de melhorias referentes à atuação
do Tribunal.
ASSUNTO NÃO PERTINENTE
De início, torna-se imperioso salientar que quando são apresentadas demandas não
pertinentes e/ou fora da competência deste Tribunal, a Ouvidoria orienta os
interessados acerca do órgão que deverá ser procurado, inclusive fornecendo site, links,
telefone e outros dados que possam auxiliar o demandante.
Demais disto, quando a Ouvidoria identifica que a demanda é de competência de
apreciação de órgão parceiro, como, por exemplo, aqueles integrantes da Rede Ouvir 4,
faz o encaminhamento da demanda para o órgão que detém a competência para
processá-la e tomar as medidas cabíveis.
4 A Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais (OGE), a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) criaram a Rede Mineira de Ouvidorias Públicas (Rede Ouvir-MG), um projeto inovador que tem como objetivos consolidar a parceria, a cooperação mútua e a articulação de esforços entre as instituições partícipes, visando fomentar a criação de ouvidorias públicas, para fortalecer as ferramentas de transparência e controle social.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 21
(MANIFESTAÇÕES INTERNAS)
O gráfico apresenta o panorama das demandas encaminhadas pelo público interno, ou
seja, servidores, terceirizados e prestadores de serviço. Foram abordados os seguintes
temas: Normatização da Jornada de Trabalho (66%), Solicitação do Pagamento de
Data-Base (17%), Outros (11%), Garagem e Estacionamento (3%), Serviço Médico e
Odontológico (2%) e Obras e Manutenção (1%).
Principais temas internos abordados: No que diz respeito às demandas internas, a grande questão que impactou
profundamente o ano de 2016 foi a Normatização da Jornada de Trabalho. As
constantes alterações da jornada de trabalho em razão de decisões judiciais e de
critérios de aferição motivaram os servidores a apresentar sugestões e reclamações
junto à Ouvidoria com o intuito de buscar uma interlocução com a Direção do TCEMG
de modo a propiciar uma harmonização das regras que pudesse atender a ambas as
partes. Também neste tópico foram incluídas sugestões dos servidores para o
Conselheiro Ouvidor, na condição de Relator da minuta da proposta do Projeto de
Resolução tratando desse tema, que foram compiladas e consolidadas para apreciação.
No item relativo à Solicitação do Pagamento da Data-Base, que correspondeu a 17% do
total, os servidores buscaram, por meio da Ouvidoria, um posicionamento da Direção
da Casa para o não pagamento desse direito.
17%
3%
66%
1%2% 11%
DATA-BASE GARAGEM / ESTACIONAMENTO
NORMATIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO OBRAS / MANUTENÇÃO
SERVIÇO MÉDICO ODONTOLÓGICO OUTROS
RELATÓRIO ANUAL – 2016 22
As questões atinentes à Garagem/Estacionamento se referiram, basicamente, aos
problemas advindos da alteração da sistemática de aferição da jornada de trabalho dos
servidores, principalmente quando da troca de turnos. Também foi questionada a
existência de vagas reservadas para determinados servidores e prestadores de serviços
e de vagas ociosas.
Com relação ao tema Serviço médico e odontológico, destacamos as reclamações
acerca do fechamento do serviço odontológico; extinção da campanha de vacinação de
gripe e outras; além de relatos sobre mau atendimento no setor médico.
Quanto ao tema Obras e Manutenção, destaque para as reclamações sobre os ruídos e
desordens decorrentes da construção do novo prédio.
Já no item “Outros” foram classificados todas as demais demandas apresentadas que
não puderam ser inseridas nos itens anteriores, tais como: elogios aos setores do
TCEMG; solicitações de implantação de caixas eletrônicos nas dependências internas da
Casa; solicitações de cursos a serem ministrados pela Escola de Contas etc.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 23
7. RESULTADO DAS DEMANDAS
O gráfico acima demonstra o resultado da análise do conteúdo das manifestações
recebidas nesta unidade durante o exercício de 2015.
72% das demandas resultaram em Informações Institucionais ao cidadão e
jurisdicionados sobre dificuldades na remessa de dados; problemas na utilização de
sistemas informatizados disponibilizados pelo TCE; tramitação de processos e
documentos em geral.
19% das demandas disseram respeito à Orientação para Denúncia, ou seja, a Ouvidoria
esclareceu a forma regimental de encaminhar denúncia ao Tribunal de Contas.
8% do total de demandas referiu-se a Assuntos Técnicos, como, por exemplo, dúvidas
relativas à correta aplicação de percentuais previstos na legislação em vigor; normas do
TCEMG, registros contábeis e esclarecimentos sobre editais de concursos públicos.
1% das demandas se referiu à Orientação para Consulta.
19%1% 8%
72%
ORIENTAÇÃO P/ DENÚNCIA ORIENTAÇÃO P/ CONSULTA ASSUNTOS TÉCNICOS INFORMAÇÃO INSTITUCIONAL
RELATÓRIO ANUAL – 2016 24
8. DEMANDAS ENCAMINHADAS COMO NOTA DE ALERTA
De acordo com o inciso III do art. 2º da Resolução nº 05/2010, compete à Ouvidoria:
[...]
III- Receber, registrar, analisar e encaminhar aos setores competentes
informações relevantes fornecidas sobre atos administrativos e de gestão
praticados por órgãos e entidades da administração pública sujeitos à
jurisdição do Tribunal, de forma a subsidiar os procedimentos de
auditorias, inspeções e demais instrumentos de fiscalização [...]
Nesse sentido, no âmbito de competência desta Ouvidoria, as manifestações que
contêm informações relevantes sobre atos administrativos ou de gestão são
encaminhadas, como Nota de Alerta5, aos setores competentes deste Tribunal.
Em comparação com o exercício de 2015, verificamos um aumento expressivo de notas de
alerta enviadas, pela Ouvidoria, às unidades competentes para a adoção das medidas
cabíveis, conforme discriminado abaixo, passando de 101 para 180 (elevação de
aproximadamente 80%).
No total de 180 demandas apresentadas em 2016, verifica-se que a grande maioria (56,6%)
foi enviada à Diretoria de Controle Externo de Municípios (DCEM).
Todas as 180 NOTAS DE ALERTA foram também enviadas para o Centro de Integração da Fiscalização e
da Gestão de Informações Estratégicas (Suricato).
COORDENADORIA DE FISCALIZAÇÃO DE EDITAIS DELICITAÇÃO
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO DOS MUNICÍPIOS
DIRETORIA DE CONTROLE EXTERNO DO ESTADO
DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO DE ATOS DE PESSOAL
DIR. ENGENHARIA PERÍCIA E MATÉRIAS ESPECIAIS
SUP. CONTROLE EXTERNO
TOTAL
18
102
12
38
8
2
180
N° DEMANDAS ANO
5NOTA DE ALERTA é uma reclamação com caráter de denúncia e serve para subsidiar auditorias, inspeções e demais instrumentos de fiscalização realizados pelo Tribunal. Serve igualmente para compor o plano anual de fiscalização.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 25
Abaixo, segue o rol dos municípios citados pela prática de possíveis
irregularidades quanto ao uso de recursos públicos ou relativas a atos de gestão.
NOTAS DE ALERTA ANO 2016
MUNICÍPIOS CITADOS MUNICÍPIOS CITADOS MUNICÍPIOS CITADOS
AGUANIL (2) EXTREMA (2) RUBIM (2)
ALFENAS (2) FRANCISCO BADARÓ SACRAMENTO
ANDRADAS FREI GASPAR SANTA BÁRBARA
ARANTINA GOVERNADOR VALADARES SANTA EFIGENIA DE MINAS
ARAXÁ IAPU SANTA MARIA DO SALTO (2)
ARCOS IGARAPÉ SANTA RITA DE JACUTINGA
ARGIRITA (2) ILICÍNEA SANTA RITA DE MINAS
BARBACENA INDAIABIRA (3) SANTA RITA DO ITUÊTO
BELA VISTA DE MINAS (2) IPANEMA SANTO ANTÔNIO DO GRAMA
BELO VALE IPATINGA (2) SANTO ANTÔNIO DO JACINTO
BETIM ITACARAMBI SANTOS DUMONT
BH (9) ITAMBACURI SÃO BRÁS DO SUAÇUÍ
BOM DESPACHO ITAÚNA (2) SÃO GERALDO
BOM JESUS DO GALHO ITURAMA SÃO GONÇALO DO RIO PRETO
BOM REPOUSO JACINTO SÃO JOÃO SO PARAÍSO
BRASILÂNDIA DE MINAS JANUÁRIA SÃO JOSÉ DA LAPA
BRASÍLIA DE MINAS (3) JECEABA SÃO LOURENÇO (3)
BRUMADINHO (2) JEQUERI SÃO SEBASTIÃO DO MARANHÃO (2)
CABO VERDE JORDÂNIA SARDOÁ (2)
CAETÉ (2) JUIZ DE FORA (2) SERRANIA
CAMPO DO MEIO LADAINHA SETE LAGOAS
CANTAGALO (2) LAMBARI TAIOBERAS
CAPITÃO MORAES LASSANCE TAQUARAÇU DE MINAS
CARATINGA MATO VERDE (1) TEIXEIRAS
CASCALHO RICO MENDES PIMENTEL TIMÓTEO
CATAGUASES MONTE BELO TUPACIGUARA
CATUTI (2) MONTE CARMELO UBÁ
CENTRALINA (2) MONTES CLAROS UBERABA (7)
CHAPADA DO NORTE (3) NACIP RAYDAN (2) UBERLÂNDIA (4)
COLUNA (2) NINHEIRA URUCUIA
CONGONHAS NOVA PONTE VARGINHA (3)
CONTAGEM NOVA UNIÃO VIEIRAS
COQUEIRAL OURO BRANCO
COROMANDEL OURO FINO
CORONEL FABRICIANO PASSOS
CRISTAIS PIRAJUBA
CRUZEIRO DA FORTALEZA PITANGUI
DELFIM MOREIRA (4) PONTE NOVA
DELTA (2) PONTO CHIQUE
DESCOBERTO POUSO ALTO
DIVINO PRUDENTE DE MORAIS
DIVINOLÂNDIA RIBEIRÃO DAS NEVES
DURANDÉ RIO PARANAÍBA (2)
ESTRELA DO INDAIÁ RIO PARDO DE MINAS
RELATÓRIO ANUAL – 2016 26
9. TEMPO DE RESPOSTA POR UNIDADE
Nos termos do art. 8º da Resolução nº 05/2010, as unidades do TCEMG que são
acionadas pela Ouvidoria têm o prazo de 5 dias para responder as manifestações
recebidas, permitida a prorrogação, conforme o caso.
Do total de 928 demandas encaminhadas às unidades do TCEMG, verifica-se que 651
(70,12%) foram respondidas dentro do prazo de até 5 dias; 263 (28,43%) no prazo entre
6 e 15 dias; e, 13 (1,45%) no prazo de 16 a 30 dias.
Comparando com o exercício de 2015, observamos que houve uma significativa melhora
no tempo de resposta das unidades para a Ouvidoria, fruto do trabalho de sensibilização
desenvolvido por este setor, destacando sempre a necessidade e importância do
trabalho conjunto com os atores institucionais envolvidos no fornecimento de resposta
ágil para os demandantes.
Abaixo, informamos as unidades acionadas e respectivo número de demandas enviadas:
UNIDADE RECEBIDAS CONCLUÍDAS
APDO 1 1
DCEE 3 3
DCEM 19 19
DFAP 6 6
DGP 57 57
DIR. ADMINISTRAÇÃO 29 29
DIR. ADMINISTRAÇÃO / DIR. SEGURANÇA 3 3
DIR. COMUNICAÇÃO 7 7
DIR. ESCOLA DE CONTAS 15 15
DIR. GERAL 17 17
DIR. GERAL / DIR. ADMINISTRAÇÃO 16 16
DIR. SEGURANÇA 29 29
DTI 65 63
DTI / DIR. ENGENHARIA 5 5
DTI / DFAP 8 8
DTI / SICOM 182 182 GAB. CONSELHEIROS 307 307
REDE OUVIR 6 6
SEC. CORREGEDORIA 2 2
SEC. PLENO 6 6
SEC. PRESIDENCIA 3 3
SEC. PRESIDENCIA / DIR. GERAL 112 112 SUP. CONTROLE EXTERNO 30 30
TOTAL 928 926
RELATÓRIO ANUAL – 2016 27
10. TEMPO DE RESPOSTA DA OUVIDORIA
O quadro a seguir demonstra o total de demandas respondidas diretamente pela
Ouvidoria, ou seja, atendidas sem que houvesse necessidade de interação com as
unidades do Tribunal.
Do total de 757 demandas, 744 foram respondidas no prazo de até 5 dias,
representando 98,3%; 11 demandas (1,4%) necessitaram do prazo entre 6 a 15 dias para
serem concluídas; e, 2 demandas (0,3%) foram finalizadas no prazo de 16 a 30 dias.
O atendimento das demandas em tão exíguo prazo impactou diretamente na satisfação
positiva de nossos usuários.
TEMPO DE RESPOSTA
RESPOSTAS DAS DEMANDAS EM DIAS ÚTEIS
0 a 5 6 a 15 16 a 30 Mais de 30 TOTAL
OUVIDORIA 744 11 2 0 757
11. TEMPO TOTAL DE RESPOSTA DA OUVIDORIA AOS DEMANDANTES
Embora a Resolução nº 05/2010 não estabeleça prazo de encaminhamento de resposta
da Ouvidoria para os demandantes, este setor estabeleceu internamente que o tempo
médio seria em torno de 5 dias, prazo esse que foi observado em 86,87% das demandas
recebidas, conforme gráfico abaixo.
86,87%
12,36%
0,76%
0,00% Mais de 30
16 a 30
6 a 15
0 a 5
RELATÓRIO ANUAL – 2016 28
12. SITUAÇÃO DAS DEMANDAS
No gráfico acima, verifica-se que do total das demandas recebidas na Ouvidoria em
2016, 1.863 atendimentos foram finalizados dentro do exercício, representando
99,89%. Restaram, para 2017, apenas 02 demandas (0,11%).
99,89%
0,11%
CONCLUÍDAS PENDENTES
RELATÓRIO ANUAL – 2016 29
OUVIDORIA NA INTERNET
Os demandantes utilizam o Portal da Ouvidoria não só para enviarem sua manifestação
por meio do Sistema de Gestão e Atendimento da Ouvidoria (SigaOuv), como também
para acompanhar o andamento de sua demanda ou para saber mais a respeito do
funcionamento da Ouvidoria.
No ano de 2015, houve uma elevação considerável no número de usuários que
acessaram o Portal da Ouvidoria: de 15.431 para 19.508 usuários, representando um
incremento de 26,4%.
A Ouvidoria dispõe do twitter, um microblog que permite a esta unidade enviar e
receber atualizações referentes a controle social, acesso a informação, transparência,
entre outros.
Vale ressaltar que, durante o ano de 2016, a Ouvidoria postou ou retuitou 631 tuítes,
ferramenta essa que conta atualmente com 959 seguidores, pessoas ou instituições
engajadas no mesmo interesse referente à ética e à visibilidade no trato das contas
públicas. Nesse sentido, é de se notar que mesmo tendo havido uma redução no número
de tuítes postados, ocorreu uma elevação de aproximadamente 5% no número de
seguidores do nosso perfil.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 30
WHATSAPP - NOVO CANAL DE COMUNICAÇÃO DA OUVIDORIA
Entrar em contato com a Ouvidoria do TCEMG ficou ainda mais fácil. Além dos meios de
contatos já existentes (telefone fixo, e-mail, sistema informatizado e atendimento
presencial), agora os cidadãos têm uma nova opção para realizar suas solicitações,
reclamações, elogios, sugestões e pedidos de esclarecimento.
É que a Ouvidoria do TCEMG disponibilizou mais um canal de comunicação com os
cidadãos: O APLICATIVO DE MENSAGENS WHATSAPP PELO NÚMERO (31) 97337-2960.
O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h. O objetivo é
proporcionar maior comodidade e facilidade de acesso aos nossos usuários.
A Coordenadora da Ouvidoria, Cláudia Picinin, explicou que “Agora o cidadão terá um
novo canal de comunicação com a Ouvidoria. Essa ferramenta será fundamental para
qualificar ainda mais nosso trabalho. O objetivo é melhorar e facilitar o atendimento
para o cidadão, uma vez que o Whatsapp é um aplicativo que foi incorporado, pela
praticidade, rapidez e custo, à rotina das pessoas que possuem um smartphone”.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 31
EFETIVIDADES DA OUVIDORIA BIÊNIO 2015/2017
A IMPORTÂNCIA DA EFETIVIDADE DA OUVIDORIA
O advento do processo democrático em nosso país possibilitou um
clima favorável ao desenvolvimento de novas formas de participação
dos cidadãos na sociedade. Assim, despertou-se para a necessidade de
se estabelecer canais ágeis de comunicação com a população, buscando ouvir suas
sugestões, reclamações, elogios e outros.
Nesse contexto, as ouvidorias ocupam cada vez mais espaço no cenário das instituições
públicas e privadas e exercem o papel de estreitar e fortalecer a relação entre o cidadão
e referidas instituições. Daí o motivo pelo qual é essencial que o trabalho da ouvidoria
seja efetivo.
A efetividade se mede tanto pelos resultados que a Ouvidoria produz em atendimento
às necessidades e aos direitos das pessoas, quanto pela qualidade de seu funcionamento
e modo por meio do qual produz resultados. A garantia de resposta ao cidadão no menor
prazo possível, com clareza, objetividade, relacionando as medidas adotadas e os
resultados obtidos, contribui para a credibilidade e fortalecimento da imagem não só da
Ouvidoria junto a seus usuários, mas, consequentemente, da instituição na qual ela está
inserida. A efetividade da Ouvidoria se mede também pelo número de manifestações
recebidas.
NÚMERO RECORDE DE DEMANDAS
Em relação ao ano de 2015, as demandas da Ouvidoria tiveram um aumento de 258%.
Isto significa que, em 2016, a Ouvidoria quase triplicou o número de atendimentos do
ano em que havia atingido o recorde absoluto.
Conforme se pode verificar pelo gráfico a seguir, desde que iniciou suas atividades, em
3/06/2011, a Ouvidoria nunca havia recebido tantas manifestações.
2011 2012 2013 2014 2015 2016
67342
666322
720
1865
N° DEMANDAS
RELATÓRIO ANUAL – 2016 32
De forma a exemplificar as efetividades obtidas com nosso trabalho, dividimos as
demandas em duas categorias de remetentes (interna e externa) e destacamos, no
biênio 2015/2017, as seguintes:
QUANTO ÀS DEMANDAS INTERNAS:
UTILIZAÇÃO DA CANTINA PELO PÚBLICO EXTERNO:
O demandante solicitou esclarecimentos acerca da utilização da cantina por pessoas que
não trabalhavam no Tribunal e que, portanto, não estavam submetidas ao controle de
acesso válido para todos os servidores e prestadores de serviço no Tribunal.
A Diretoria de Segurança Institucional (DSI) verificou a deficiência no que tange à
segurança e tomou providências para corrigir o problema, alterando toda a sistemática
com relação ao acesso dessas pessoas ao Tribunal, por meio da adoção das seguintes
providências:
O acesso do público externo à cantina passou a ser realizado somente
pela recepção do Prédio Anexo;
Os visitantes passaram a ser previamente cadastrados e fotografados,
além de utilizarem crachá de acesso;
Foi instalado um leitor de crachás especialmente para controlar o registro
da permanência desses usuários da cantina nas dependências do
Tribunal.
O resultado prático decorrente da demanda formulada à Ouvidoria foi que as medidas
adotadas pela DSI propiciaram um ambiente muito mais seguro para todos que
trabalham ou frequentam as dependências do Tribunal.
OBRIGATORIEDADE DE EMISSÃO DO CUPOM FISCAL
Foi apresentada demanda questionando a ausência de emissão de cupom fiscal na
cantina que presta serviços a este Tribunal. A manifestação foi encaminhada para a
Diretoria de Administração (DA) que assinalou prazo para que a empresa que gerencia
tanto o restaurante quanto a cantina do Tribunal instalasse equipamento emissor de
cupom fiscal.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 33
O resultado prático decorrente da demanda formulada à Ouvidoria foi que agora
todos os adquirentes de algum bem têm a sua compra corretamente formalizada.
FORMULÁRIOS DISPONIBILIZADOS NO PORTAL
Foi apresentada demanda sugerindo que os formulários da Diretoria de Gestão de
Pessoas (DGP) fossem disponibilizados para os servidores inativos. Os referidos
formulários somente podiam ser utilizados por servidores em atividade no TCEMG.
O resultado prático decorrente da demanda formulada à Ouvidoria foi que a DGP,
juntamente com a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), disponibilizou, na
internet, referidos formulários para os servidores inativos, via Central de
Relacionamento do Servidor (CRS).
JORNADA DE TRABALHO DOS SERVIDORES
Inúmeras demandas foram enviadas à Ouvidoria solicitando que fossem adotadas
providências com relação aos artigos da Portaria nº 83/PRES/15, que passou a vigorar
em 1º/02/16, em especial, aquele que não possibilitava qualquer flexibilidade para o
horário de entrada e de saída dos servidores, o que estava ocasionando transtornos no
trânsito da Av. Raja Gabaglia e problemas de estacionamento dos carros na garagem do
Tribunal.
Naquela oportunidade, os servidores alegavam que a inflexibilidade somente estava
ocasionando desgastes, contribuindo para um mal-estar generalizado, especialmente
para os servidores do turno da tarde, que se sentiram imensamente prejudicados por
não mais poderem se utilizar das vagas de garagem, já que, quando chegavam ao
Tribunal, elas ainda estavam ocupadas pelos servidores do turno da manhã.
Sensível aos inúmeros apelos recebidos na Ouvidoria, entre eles, o do Sindicato dos
Trabalhadores do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (SINTC/MG), o
Conselheiro Ouvidor José Alves Viana designou audiência para o dia 3/02/16, a fim de
que a diretoria do referido Sindicato apresentasse suas considerações acerca das
questões relativas à jornada de trabalho dos servidores do Tribunal.
Como resultado concreto da reunião, o Conselheiro Vice-Presidente Cláudio Terrão, que
também esteve presente, propôs ao Sindicato, como ponto de partida, que desistisse
do Mandado de Segurança impetrado de forma a distensionar a questão da jornada de
trabalho. Nesse ínterim, entraria em vigor o conteúdo material da Portaria nº 83/2015,
mediante aprovação do Plenário, com o compromisso de que fosse confeccionado um
RELATÓRIO ANUAL – 2016 34
novo instrumento normativo (Resolução) para regulamentar a jornada laboral dos
servidores do Tribunal.
Como resultado efetivo da manifestação dos servidores do Tribunal, em Sessão Plenária
realizada na mesma data, o Presidente em exercício Cláudio Terrão levou, para
deliberação do Colegiado, a promoção, que foi aprovada à unanimidade, para que, na
apuração do cumprimento da jornada de trabalho, fosse concedida flexibilização de até
30 (minutos) no horário de entrada do servidor, condicionada à devida compensação no
horário de saída.
Ainda como resultado efetivo das manifestações, em Sessão Plenária realizada em
24/02/16, o Presidente Sebastião Helvecio comunicou o encaminhamento, para a
Coordenadoria de Protocolo e Triagem, da proposta de Resolução que tratava da
jornada de trabalho dos servidores do Tribunal.
O processo foi autuado sob o nº 969.610 e distribuído à relatoria do Conselheiro Ouvidor
José Alves Viana que possibilitou que a normatização da jornada de trabalho dos
servidores fosse analisada com transparência e participação, disponibilizando, de forma
inédita, o Projeto de Resolução a fim de que também os servidores pudessem
encaminhar suas sugestões para seu gabinete.
COORDENADORIA DE SERVIÇOS INTEGRADOS DE SAÚDE
A Ouvidoria recebeu demandas contendo reclamações sobre o atendimento prestado
pela Coordenadoria de Serviços Integrados de Saúde. As manifestações foram
encaminhadas à Diretora de Gestão de Pessoas (DGP) que, prontamente, nos respondeu
que realizaria “[...] um trabalho em conjunto com a Coordenadoria da Corregedoria no
sentido de maior orientação dos diretos e deveres dos médicos que atuam no serviço
público e são servidores públicos, bem como sobre comportamento ético “.
Importante ressaltar que esse trabalho incluiu a realização de duas reuniões e de uma
palestra para orientação dos médicos.
O resultado prático decorrente das demandas encaminhadas à Ouvidoria foi contribuir
para o aprimoramento do atendimento prestado pelos médicos do Tribunal,
propiciando um ambiente de mais confiança e bem-estar para os servidores e
terceirizados que utilizam aquela Coordenadoria.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 35
BANHEIROS INTERDITADOS A Ouvidoria do TCE recebeu demanda informando que os banheiros do corredor no
terceiro andar do Ministério Público de Contas estavam interditados havia mais de 20
dias. A demanda foi encaminhada para a Diretoria de Administração que adotou as
seguintes providências:
Após várias intervenções corretivas, sem sucesso, realizadas pela oficina de manutenção do Tribunal, no banheiro do 3º andar, inclusive com remoção das bacias sanitárias, foram executados, com êxito, no dia 20/08/2016, sábado, os trabalhos de desentupimento daquele banheiro, com acesso pelo entreforro do 2º andar.
O resultado prático decorrente da demanda enviada à Ouvidoria foi que, em apenas dois
dias, o problema que vinha causando transtornos aos usuários dos banheiros do
corredor do 3º andar durante quase um mês foi resolvido.
HORÁRIO DE ATENDIMENTO DOS CAIXAS ELETRÔNICOS
A Ouvidoria recebeu demandas questionando o motivo pelo qual o horário de
funcionamento dos caixas eletrônicos existentes no posto de atendimento do Banco do
Brasil havia sido alterado, estando disponível para utilização pelos usuários somente
após às 7hs. Na oportunidade, alegaram que, até mesmo em razão da hora líquida, era
importante que o funcionamento dos caixas eletrônicos acontecesse antes do horário
de início da jornada dos servidores.
A Ouvidoria estabeleceu contato com a gerência do Banco do Brasil que, prontamente,
restabeleceu o horário anterior de funcionamento do posto. Os caixas eletrônicos do
posto de serviço passaram a estar disponíveis para os usuários no horário de 6 às 22hs.
UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO INIMÁ DE PAULA A Ouvidoria recebeu demanda relatando que usuários externos da cantina estavam
utilizando o espaço do Salão Inimá de Paula para fazerem suas refeições, o que vinha
ocasionando sérios transtornos para os funcionários terceirizados, trabalhadores
adolescentes e servidores efetivos que, naquela oportunidade, não encontravam mais
mesas e cadeiras disponíveis para se alimentarem, especialmente na hora do almoço.
A Ouvidoria solicitou providências junto à Diretoria de Administração (DA) e, em um
trabalho conjunto que envolveu as Diretorias de Comunicação (que confeccionou
material impresso contendo advertência de que as mesas do salão eram de USO
EXCLUSIVO dos funcionários do TCEMG), a Diretoria de Segurança Institucional
(que designou um vigilante para orientar os usuários externos que não poderiam utilizar
RELATÓRIO ANUAL – 2016 36
o espaço) e a Diretoria de Administração (que se reuniu com a gerente da cantina para
determinar que os clientes externos fossem informados sobre a proibição de utilização
do espaço do salão Inimá de Paula), o problema foi definitivamente resolvido.
QUANTO ÀS DEMANDAS EXTERNAS:
A Ouvidoria recebeu várias manifestações anônimas contendo relatos de
irregularidades ou ilegalidades de atos praticados na gestão de recursos públicos e as
encaminhou, como Nota de Alerta, aos setores competentes do Tribunal de forma a
subsidiar eventuais auditorias, inspeções e demais instrumentos de fiscalização, bem
como para ser avaliada a viabilidade de composição de matriz de risco nas futuras ações
de fiscalização.
AQUISIÇÃO DE MOBILIÁRIO ESCOLAR
Em razão de reclamação recebida na Ouvidoria do TCEMG contendo indícios no sentido
de que os valores para aquisição de mobiliário escolar apresentados pelo Pregão
Eletrônico nº 01/2015, da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, eram
flagrantemente superiores àqueles registrados no Pregão Eletrônico nº 08/2015, do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, a Ouvidoria emitiu Nota de Alerta
para o Centro de Integração da Fiscalização e de Gestão de Informações Estratégicas
(Suricato) deste Tribunal.
A Nota de Alerta foi devidamente analisada pelo Suricato e resultou nos seguintes
procedimentos:
1) Autuação e distribuição da Representação nº 965.750 de Relatoria do
Conselheiro José Viana; e,
2) Suspensão liminar do procedimento de registro de preços, em sede de medida
preliminar de instrução do processo, com fulcro no disposto nos artigos 140, §2º
e 306, II, da Resolução nº 12/2008.
Em sessão realizada no dia 17/03/2016, a decisão monocrática do Conselheiro José
Alves Viana foi referendada pelos demais membros do Colegiado da Segunda Câmara
do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG).
A decisão é inédita no Tribunal porque foi a primeira Representação feita pelo Suricato.
A notícia foi publicada no Portal do TCE, no dia 22/03/2016, sob o título “TCE suspende
RELATÓRIO ANUAL – 2016 37
pregão com indícios de superfaturamento de R$ 6,4 milhões em compra de
móveis escolares”.
EFETIVIDADE: Suspensão do Pregão Eletrônico nº 01/2015 da Secretaria de Estado de
Educação de Minas Gerais para compra de móveis escolares (processo nº 965.750).
CONCLUSÃO DE OBRA DE ESCOLA MUNICIPAL
O demandante solicitou informações sobre o andamento da obra de construção de
escola municipal, haja vista que a prefeitura havia adquirido o terreno e iniciado as obras
em 2010 e até janeiro de 2015 a escola ainda não havia sido concluída.
A Ouvidoria emitiu Nota de Alerta para a Diretoria de Controle Externo dos Municípios
(DCEM) deste Tribunal.
EFETIVIDADE: Após a análise da Nota de Alerta, e em virtude da gravidade dos fatos
relatados pelo demandante, a DCEM incluiu o município no Plano de Auditorias do 2º
semestre de 2015.
GASTOS COM TERMINAL RODOVIÁRIO MUNICIPAL
O demandante solicitou informações acerca dos gastos com o Terminal Rodoviário que
teria sido concluído em novembro de 2013, mas que, até outubro de 2015, não estava
em funcionamento por falta de ônibus.
A Ouvidoria interagiu com a Coordenadoria de Fiscalização de Engenharia e Perícia e
Matérias Especiais que nos informou que, por meio de consulta ao sítio eletrônico da
Prefeitura Municipal e à rede mundial de computadores, obteve informações sobre o
valor da obra de construção do Terminal Rodoviário. Esclareceu, no entanto, que nos
sistemas informatizados do TCEMG (Geoobras e Sicom), não havia sido encontrada
qualquer informação sobre a licitação, contratação e execução da obra de construção
do referido Terminal Rodoviário objeto da demanda.
EFETIVIDADE: Em razão da ausência de dados sobre a referida obra nos sistemas
informatizados desta Casa, e levando-se em conta o teor da demanda, o Tribunal de
Contas notificou a municipalidade para prestar esclarecimentos a respeito do assunto.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 38
CONCURSO PÚBLICO
O demandante apontou irregularidades no quesito de vagas reservadas para pessoas
com deficiência em edital de concurso público. A Ouvidoria encaminhou a demanda
para a Coordenadoria de Fiscalização de Editais de Concursos Públicos como Nota de
Alerta para servir de subsídio em possíveis procedimentos de fiscalização a cargo deste
Tribunal.
Em resposta, a Coordenadora da unidade nos retornou informando que:
A manifestação é procedente, e o momento oportuno para ação desta Corte,
razão pela qual encaminhamos à DFAP sugestão de autuação das informações
com o Edital de Concurso Público, vez que não foram cumpridos os requisitos
regimentais, para autuação como Denúncia ou Representação.
EFETIVIDADE: Em razão das irregularidades apontadas pelo demandante, o Tribunal de
Contas fará o exame do referido edital de concurso público.
TRANSPORTE PÚBLICO MOVE
O demandante consultou a Ouvidoria sobre a possibilidade de o TCEMG fazer uma
auditoria operacional no sistema de transporte Move. A demanda foi encaminhada para
a Diretoria de Engenharia Perícia e Materiais Especiais (DEPME), que acusou o
recebimento da manifestação, aduzindo que:
Venho informar que o tema em questão é de extrema relevância e certamente
se enquadra como objeto de uma possível auditoria operacional. Contudo, para
que uma auditoria operacional seja realizada por esta Corte de Contas, há um
processo de seleção que leva em consideração algumas fases, quais sejam:
recebimento das demandas de auditoria; avaliação dos temas, por meio de
matriz de risco, abordando critérios como viabilidade, impacto orçamentário,
relevância, etc; avaliação das possibilidades operativas de execução da auditoria
pelo órgão técnico; inclusão da proposta de auditoria no plano anual de
auditorias, aprovado pela Presidência deste Tribunal.
EFETIVIDADE: Em razão do questionamento apresentado, o tema em questão foi
acrescentado às demandas de auditoria operacional e será avaliado dentro dos critérios
supracitados para verificação da possibilidade de sua inclusão no plano anual de
auditorias de 2016.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 39
PUBLICAÇÃO DE CPF:
Servidora aposentada do Tribunal encaminhou demanda à Ouvidoria alegando ter
sofrido prejuízos com a divulgação de seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) pelo Tribunal.
A Ouvidoria levou a questão ao conhecimento da alta Administração do Tribunal e
solicitou que fosse estudada a possibilidade de o CPF não ser divulgado, não só nas
publicações relativas às aposentadorias, pensões e reformas de seus servidores, como
também nas decisões monocráticas, acórdãos e pauta das sessões plenárias.
EFETIVIDADE: Em razão da demanda formulada pela Ouvidoria, o Presidente do Tribunal
de Contas, Sebastião Helvecio, determinou, em 11/09/2015, que as publicações no
Diário Oficial de Contas (DOC) fossem realizadas SEM A DISPONIBILIZAÇÃO do número
de CPF dos interessados e jurisdicionados.
SIGAOUV
Apesar de não se tratar de demanda direta de cidadão, o Sistema Informatizado da
Ouvidoria (SigaOuv) vem sendo objeto de interesse para utilização por órgãos das mais
diferentes esferas de Poder. O referido sistema foi desenvolvido pela DTI em parceria
com a Ouvidoria para ser uma ferramenta de fácil navegação e operacionalização.
Conta com rotinas que possibilitam receber, responder, redirecionar, reclassificar,
pesquisar, efetuar o diagnóstico e análise das manifestações, além de permitir um
gerenciamento integrado entre Ouvidoria e as demais unidades do TCEMG, com
emissão de gráficos e relatórios gerenciais dinâmicos.
EFETIVIDADE: A Controladoria Geral do Município de Uberaba e o Tribunal de Contas do
Distrito Federal já celebraram termo de cooperação com o Tribunal de Contas para
utilização do sistema operacional da Ouvidoria do TCEMG.
ADVERTÊNCIA À CÂMARA MUNICIPAL A Ouvidoria recebeu manifestação relatando irregularidades no edital de concurso
público para determinada Câmara Municipal. Na oportunidade, o manifestante
informou que apesar de a vaga ser para o cargo de Advogado, cuja competência
contemplaria a atribuição de representar a Câmara em juízo, no item HABILITAÇÃO, a
exigência era somente no sentido de que o candidato tivesse o Ensino Superior em
Direito, quando, na realidade, deveria ser expressamente exigida a regular inscrição do
candidato nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
RELATÓRIO ANUAL – 2016 40
A demanda foi encaminhada à Coordenadoria de Fiscalização de Editais de Licitação para
ciência e adoção de providências que entendesse pertinentes. Em resposta, a unidade
prestou, em síntese, os seguintes esclarecimentos:
O edital, ao dispor sobre os cargos ofertados em seu ANEXO I – QUADRO COM INFORMAÇÕES SOBRE OS CARGOS E DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS, exigiu apenas o Ensino Superior em Direito.
No texto do edital, em seu item 14. DO PROVIMENTO DO CARGO – NOMEAÇÃO, POSSE E EXERCÍCIO, não foi requerida a comprovação da inscrição na OAB.
Quanto à alegação apresentada, consta das atribuições do cargo de Advogado, entre outras:
02) Representar a Câmara Municipal [...] nas causas em que seja autora, ré, interveniente ou assistente em processos administrativos ou contenciosos;
Considerando que o Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/94) prevê a aprovação no Exame de Ordem para o exercício da advocacia perante os Juizados Especiais, a inscrição na OAB, apesar de não constar expressa no edital, é obrigatória para o candidato nomeado para o cargo de Advogado da Câmara Municipal
[...]
Assim, sugere-se alerta ao responsável pelo concurso público para que, em um próximo certame, atente para o fato de que o ato convocatório deve atender expressamente aos requisitos da lei regulamentadora dos cargos ofertados.
EFETIVIDADE: O resultado prático decorrente da demanda enviada à Ouvidoria foi que
tanto a instituição organizadora do concurso quanto a Câmara Municipal foram
advertidas no sentido de que, quando da elaboração dos próximos certames, para
definição do conteúdo programático das provas deveria ser observado o disposto na
legislação regulamentadora da matéria objeto do concurso.
FISCALIZANDO COM O TCE
A Ouvidoria recebeu demanda contendo reclamação “[...] em relação ao site FISCALIZANDO COM O TCE que, até o presente momento, não nos possibilita consultar dados do ano de 2016”. O demandante esclareceu que já havia feito a reclamação junto à Central de Relacionamento com os Jurisdicionados (CRJ), mas o problema não havia sido resolvido.
A demanda foi encaminhada para a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) que
alterou o procedimento padrão que vinha sendo adotado, ou seja, passou a realizar a
carga das remessas D - 1 (remessas enviadas até o dia anterior).
RELATÓRIO ANUAL – 2016 41
EFETIVIDADE: O resultado prático decorrente da demanda enviada à Ouvidoria foi que
a DTI agilizou o procedimento de carregamento dos arquivos recebidos, tornando mais
célere, para a sociedade, o processo de divulgação das informações relativas aos
municípios.
PEDIDOS FORMULADOS NO E-PETIÇÃO
A Ouvidoria recebeu diversas manifestações solicitando informação acerca de qual era
o prazo que efetivamente o Tribunal dispunha para responder as demandas formuladas
por meio do Sistema de Peticionamento Eletrônico (e-petição). Na oportunidade, os
demandantes esclareciam que, mesmo ultrapassado o prazo fixado pelo Tribunal, eles
acessavam o sistema de peticionamento eletrônico, mas o status da manifestação
cadastrada permanecia inalterado (Aguardando análise).
Após diligências realizadas pela Ouvidoria junto aos setores competentes da Casa foi
constatado que, a despeito de o requerimento ser feito no e-petição, a resposta NÃO
era disponibilizada no referido sistema, mas sim, em outro sistema operacional, qual
seja, no CRJ, e o jurisdicionado NÃO era informado sobre tal procedimento.
O desconhecimento de que a resposta seria fornecida em outro sistema acarretou
inúmeros transtornos para os jurisdicionados. A Ouvidoria pôde constatar vários casos
em que o pedido de “reenvio de substituta para o Sicom” havia sido autorizado pelo
Tribunal, mas o prazo para reenvio já havia se esgotado e o status da manifestação no
sistema do e-petição permanecia com a mesma informação “Aguardando análise”.
Nesse sentido, o jurisdicionado tinha que reiniciar todo o processo, correndo o risco de
ter seu novo pedido indeferido.
EFETIVIDADE: Por ocasião das diligências realizadas pela Ouvidoria, motivadas pelas
inúmeras demandas recebidas, foi possível identificar a incoerência procedimental
relatada e solicitar a correção do problema pelos setores responsáveis da Casa. Desde o
último trimestre de 2016, as respostas formuladas por meio do sistema e-petição são
anexadas no próprio sistema.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 42
ADVERTÊNCIA AO MUNICÍPIO
A Ouvidoria recebeu manifestação relatando irregularidades quanto aos critérios de
habilitação contidos no edital de concurso público para provimento de cargos em
município.
A manifestação foi encaminhada, como Nota de Alerta (NA), para a Diretoria de Controle
Externo dos Municípios (DCEM), o Centro de Integração da Fiscalização e da Gestão de
Informações Estratégicas - Suricato e a Coordenadoria de Fiscalização de Editais de
Licitação para ciência e adoção de providências, bem como subsidiar possíveis
procedimentos de inspeção e fiscalização a cargo desta Corte de Contas.
Em resposta à NA, a Coordenadora de Fiscalização de Editais de Licitação prestou, em
síntese, os seguintes esclarecimentos:
O referido edital não é objeto de exame em processos que tramitam neste Tribunal.
O edital regulamentador do concurso público ofertou três vagas para o cargo de Auxiliar de Secretaria, com requisito de escolaridade Ensino Médio Completo.
Ao prever a pontuação da prova, o Edital estabeleceu as disciplinas Português, Informática, Conhecimentos Gerais, Legislação Municipal e Conhecimentos específicos. Portanto, não constou do edital a previsão de conteúdo de Matemática. Da mesma forma o Anexo III – Conteúdo Programático, não mencionou Matemática. Ao relacionar o conteúdo de Conhecimentos Específicos para o cargo, foi citada a Lei Complementar Municipal que dispõe sobre plano de cargos e salários.
Em consulta à legislação pertinente sobre a matéria, referida Coordenadoria verificou que a alegação trazida quanto à inadequação do conteúdo da prova era procedente.
No entanto, considerando a fase em que se encontrava o certame (publicação do resultado da Etapa 2 e designação de prova aberta) e considerando a necessidade de resguardar a segurança jurídica dos demais candidatos participantes, a Coordenadora sugeriu alerta ao responsável pelo concurso público para que, em um próximo certame, atentasse para o fato de que o conteúdo programático das provas deve estar em conformidade com a legislação regulamentadora.
EFETIVIDADE: O resultado prático decorrente da demanda foi que tanto a instituição
organizadora do concurso quanto o município foram devidamente advertidos no
sentido de que os certames licitatórios devem estar em consonância com a legislação
regulamentadora da matéria.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 43
CALENDÁRIO DO SICOM
A Ouvidoria recebeu demanda contendo sugestão no sentido de que, no calendário
disponível no site do Tribunal, sob a ótica do Gestor (Agenda Gestor), fossem
contemplados os prazos de entrega do Sicom referentes à Folha de Pagamento.
A sugestão foi encaminhada à Assessoria para Desenvolvimento do Sicom que
esclareceu que o calendário havia sido elaborado antes da obrigatoriedade do envio do
Sicom (Folha de pagamento). No entanto, achou pertinente a sugestão apresentada e
decidiu encaminhá-la, para implementação, à Superintendência de Controle Externo.
EPAMIG
De acordo com manifestação encaminhada à Ouvidoria, a Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) estaria sonegando dados e informações às
Receitas Federal e Estadual. Segundo foi noticiado, a referida empresa estaria
produzindo e comercializando vários milhões de reais em produtos agropecuários, sem
emissão de nota fiscal nem registro de entrada e saída de mercadorias.
O demandante informava que caminhões de banana e de café estariam saindo das
fazendas pertencentes à Epamig sem a respectiva nota fiscal, sendo certo que não havia
registro do que era produzido, estocado e comercializado e, mais, que o “caixa dois”
estaria sendo praticado nas fazendas da citada empresa, cujos pagamentos eram
recebidos em espécie.
A Ouvidoria emitiu Nota de Alerta para o Centro de Integração da Fiscalização e de
Gestão de Informações Estratégicas (Suricato) que, após consulta efetuada no Armazém
da Prodemge – SIAFI – e no Banco de Notas Fiscais eletrônicas deste TCEMG, verificou
que os valores dos documentos fiscais emitidos pela Epamig, relativos à venda de
mercadorias e produtos de origem animal ou vegetal, eram expressivamente menores
que os valores contabilizados das receitas provenientes de atividades agropecuárias, de
produção animal e derivados, da indústria de produtos alimentares e de produção
vegetal.
Face ao exposto e diante das divergências de valores detectadas na pesquisa efetuada
pelo Suricato, ficou robustecida a probabilidade da ocorrência dos fatos relatados por
meio da Nota de Alerta da Ouvidoria.
Nesse sentido, todos os dados apurados foram devidamente encaminhados à Diretoria
de Controle Externo do Estado (DCEE) para subsídio e análise daquela unidade.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 44
EFETIVIDADE: O fornecimento de informações contendo os fatos relatados na demanda
se constituiu em importante subsídio para avaliação de riscos e definição de
procedimentos de fiscalização por parte daquela unidade técnica.
PLANO DE FISCALIZAÇÃO – OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO
Segundo manifestação encaminhada à Ouvidoria, entre outros relatos, o município de Divino havia realizado o asfaltamento de diversas ruas com recursos oriundos do governo de Minas, no valor aproximado de 700 mil reais. No entanto, decorridos menos de 30 dias, as ruas já estavam repletas de buracos e o asfalto vinha se esfarelando. A Ouvidoria emitiu Nota de Alerta para a Diretoria de Engenharia e Perícia e Matérias Especiais (DEPME) deste Tribunal que, após analisá-la, decidiu inserir o município de Divino no plano de Fiscalização de 2017. EFETIVIDADE: A participação do cidadão foi um importante subsídio e fator relevante para a tomada de decisão daquela unidade técnica. GEO-OBRAS A Ouvidoria recebeu manifestação reclamando que, no preenchimento de campos no Portal do Geo-Obras, havia obrigatoriedade de se utilizar os códigos mencionados em tabelas do sistema. No entanto, referidas tabelas não estavam sendo disponibilizadas para download aos usuários, o que impossibilitava que as obras realizadas nos municípios fossem devidamente cadastradas no Geo-Obras. A Ouvidoria interagiu com a Diretoria de Engenharia e Perícia e Matérias Especiais (DEPME) que, após fazer uma análise técnica da reclamação, verificou a ocorrência do problema relatado. EFETIVIDADE: O resultado prático decorrente da demanda foi que, em parceria com a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), o sistema Geo-Obras foi devidamente atualizado e adequado para possibilitar que os jurisdicionados pudessem acessar os arquivos solicitados e finalizar o cadastramento das obras executadas.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 45
EVENTOS E VISITAS TÉCNICAS BIÊNIO 2015/2017
Ao longo do biênio 2015/2017, considerando que a nossa intenção era
tornar a Ouvidoria cada vez mais conhecida de nosso público interno e
da sociedade de forma a estimular a participação de todos no controle
social e na boa gestão pública, a Ouvidoria desenvolveu várias ações que
possibilitaram uma maior divulgação de seu papel no contexto de
gestão. Dos muitos eventos e visitas técnicas dos quais participamos, merecem
destaque:
Ouvidoria participa da III Conferência do Controle Externo
Com o tema “Montando sua
Ouvidoria: passo a passo”, a Ouvidoria
do Tribunal participou de oficinas na
III Conferência do Controle Externo,
realizada no Expominas, no período
de 6 a 8 de maio de 2015.
A Coordenadora da Ouvidoria, Cláudia
Picinin, fez uma explanação sobre a
Rede Mineira de Ouvidorias Públicas
(Rede Ouvir) e, na ocasião, convidou
todos os presentes para o I Seminário
Regional de Ouvidorias de Minas
Gerais, que aconteceu em agosto de
2015, na sede do TCEMG.
Durante a realização da III Conferência, mais de 30 demandas sobre diversos temas
foram registradas no espaço da Ouvidoria.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 46
Ouvidoria do TCE/MG marcou presença em evento da REDE OUVIR, na Praça Sete
A Rede Mineira de Ouvidorias Públicas
(REDE OUVIR) da qual a Ouvidoria do
Tribunal de Contas é partícipe, atendeu
a população, no dia 20/05/2015, na
Praça Sete, registrando reclamações,
denúncias, sugestões, críticas e elogios
sobre os serviços prestados por
diversos órgãos públicos de Minas
Gerais.
O Conselheiro Ouvidor, José Alves
Viana, esteve presente e também
conversou com os cidadãos.
Durante a realização do evento, a Ouvidoria do TCEMG fez mais de 50 atendimentos que
geraram, dentre eles, 19 demandas.
Ouvidoria do TCEMG participa de todas as etapas dos Encontros Técnicos realizados
em Minas Gerais
A Ouvidoria do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais esteve presente em todas
as seis etapas do Encontro Técnico “O Tribunal de Contas e a Sociedade”. Os eventos
contaram com a participação de mais de 1.800 jurisdicionados. As etapas aconteceram
nas seguintes cidades: Juiz de Fora (09 e 10 de junho), Itajubá (16 e 17 de junho); Montes
Claros (23 e 24 de junho); Governador Valadares (30 de junho e 1º de julho); Uberlândia
(07 e 08 de julho) e Nova Serrana
(14 e 15 de julho). O Conselheiro
Ouvidor José Alves Viana esteve
presente nos encontros de Itajubá,
Montes Claros e Nova Serrana. As
palestras da Ouvidoria foram
ministradas pelo servidor da
unidade, Gastão Pinheiro Brandão,
e tiveram como tema “A Ouvidoria
e o Controle Social”.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 47
Palestra e debates marcam o 1º Seminário Regional de Ouvidorias Públicas
Nos dias 17 e 18 de agosto de 2015, o
TCEMG sediou o 1º Seminário
Regional de Ouvidorias Públicas da
Região Sudeste que contou com mais
de 300 inscritos. O evento foi
resultado de uma parceria entre
Tribunal de Contas, Ouvidoria-Geral
do Estado e Controladoria-Geral da União e teve como principal objetivo promover o
estreitamento da relação entre a Administração Pública e os cidadãos como forma de
aperfeiçoar a prestação de serviços e fortalecer o exercício da cidadania.
O Conselheiro Ouvidor do TCEMG, José Alves Viana, representando o Presidente do
Tribunal, deu boas-vindas aos participantes e fez o discurso de abertura destacando que
o papel das ouvidorias é estimular o controle social, propor medidas de correções e
prevenções, além de apresentar sugestões de ações conjuntas com os parceiros.
A palestra de abertura do evento foi proferida pelo Ministro do Tribunal de Contas da
União, Augusto Nardes. Entre as autoridades que compuseram a mesa de abertura
estavam o Ouvidor-Geral da União adjunto, Gilberto Walter Júnior; a Ouvidora do
Ministério Público de Minas Gerais, Ruth Lies; o Subdefensor-Geral do Estado, Wagner
RELATÓRIO ANUAL – 2016 48
Ramalho Lima; o Controlador-Geral de Belo Horizonte, José Freitas Maia e o Ouvidor do
Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, Maurício Pinto Ferreira.
O 2º dia de programação do Seminário Regional de Ouvidorias Públicas 2015 – Região
Sudeste contou com a palestra do professor Roberto Romano que falou sobre os
elementos filosóficos da transparência pública e abordou a crise democrática vivida no
mundo contemporâneo.
O Ouvidor-Geral da União adjunto, Gilberto Waller Júnior; o Corregedor Regional da
Polícia Federal (Coger) no Estado, Marcílio Manfré Afonso; e o Chefe da Controladoria-
Geral da União (CGU) em Minas Gerais, Breno Barbosa Cerqueira Alves, que debateram
sobre o tratamento das manifestações que chegam às ouvidorias públicas.
Já no período vespertino, a
Rede Mineira de Ouvidorias
Públicas (Rede Ouvir) foi o
primeiro assunto a ser
debatido e contou com a
participação do Ouvidor da
Assembleia Legislativa,
Deputado Inácio Franco; da
Ouvidora do Ministério Público
do Estado (MPE), Ruth Lies; do
Ouvidor do Tribunal Regional
Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), Juiz Mauricio Pinto Ferreira; e do Ouvidor do
TCEMG, José Alves Viana. O debate foi mediado pelo Ouvidor-Geral do Estado, Fábio
Caldeira.
Encerrando o 1º Seminário Regional, o tema debatido foi a “Experiências de sucesso:
transparência e participação”. O Presidente da Associação Brasileira de Ouvidores
(ABO), Edson Luiz Vismona, mediou os debates havidos entre o Ouvidor-Geral do Estado
de São Paulo, Gustavo Ungaro; o Subsecretário de Estado de Integridade Governamental
e Empresarial do Espírito Santo, Marcelo Martins Altoé; o Ouvidor do Tribunal de Justiça
de Minas Gerais (TJMG), Moacyr Lobato de Campos Filho e o Ouvidor-Geral do
Município de Belo Horizonte, Saulo Luiz Amaral.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 49
Ouvidoria do TCEMG presente no I Encontro de Ouvidorias do Ceará
Cerca de 200 representantes de órgãos da Administração Pública do Brasil se reuniram,
no dia 24/09/2015, no plenário do Edifício 5 de Outubro, para o I Encontro de
Ouvidorias, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado do Ceará. A mesa de honra foi
composta pelo diretor-presidente da Escola de Contas do TCE-Ceará, Conselheiro
decano Alexandre Figueiredo; pelo Ouvidor da Corte cearense, Conselheiro Substituto
Itacir Todero; pelo Ouvidor do TCE de
Minas Gerais, representando o
Instituto Rui Barbosa (IRB),
Conselheiro José Alves Viana; e pelo
Secretário da Controladoria e
Ouvidoria do Ceará, José Flávio
Barbosa Jucá de Araújo. A
Coordenadora da Ouvidoria, Cláudia
Picinin, também esteve presente.
Ouvidoria do TCEMG profere palestra no Encontro Regional de Ouvidorias de Uberaba
O Encontro Regional sobre Ouvidoria e Controle Social foi realizado no dia 28/09/2015,
no Centro Administrativo da Prefeitura de Uberaba, onde estiveram mais de 250
pessoas. O intuito foi de estreitar a relação entre os cidadãos e os entes públicos, como
forma de aperfeiçoar a prestação de serviços e fortalecer o exercício da cidadania,
através da participação do cidadão na gestão púbica, por meio da Ouvidoria. Durante o
evento foi realizada a assinatura do termo de cessão de uso do Sistema Informatizado
da Ouvidoria (SigaOuv) desenvolvido pelo TCEMG.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 50
O conselheiro Ouvidor do TCEMG, José Alves Viana, reforçou a importância do Tribunal
de Contas que, além de cumprir sua função fiscalizadora, leva o conhecimento, debate
temas e, principalmente, ouve os municípios.
A coordenadora da Ouvidoria, Cláudia Picinin, ministrou palestra sobre o Controle Social
e a instalação passo a passo de uma Ouvidoria. Na oportunidade, destacou que:
[...] Para nós do Tribunal de Contas, que avaliamos as contas dos municípios
mineiros e elaboramos parecer técnico, quanto maior a transparência e a
interlocução com a sociedade, maior e melhor será a capacidade de avaliarmos
as contas públicas e de mostrarmos para a sociedade onde estão sendo
aplicados os recursos. Nesse sentido, a Ouvidoria é um excelente instrumento de
gestão pública e tem papel fundamental na questão de desvios e corrupção,
além de propiciar que o Estado trabalhe com mais eficiência, mais efetividade e
mais afetividade.
Em seguida, Walkson Carvalho, que integra a equipe da Ouvidoria do TCEMG e foi um
dos colaboradores no desenvolvimento do Portal e do sistema de gestão e atendimento
das demandas da Ouvidoria do TCE, apresentou o Portal da Ouvidoria e as principais
funcionalidades do sistema SigaOuv.
Ouvidoria do TCEMG participa do Programa Ouvidoria Itinerante
A Ouvidoria do TCEMG esteve presente na Ouvidoria Itinerante Conjunta realizada no
dia 11/11/2015, na Praça Sete. O evento foi promovido pela Ouvidoria-Geral do
Município de Belo Horizonte (Ouvim) e o Ministério Público Federal (MPF), com o
objetivo de fomentar a interação entre as Ouvidorias e os cidadãos, incentivar a
participação da comunidade na administração pública e ampliar o exercício da cidadania
a partir da escuta e registro de suas manifestações, prestando-lhes os devidos
esclarecimentos.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 51
Na oportunidade, o Ouvidor do TCEMG, José Alves Viana, e a Coordenadora da
Ouvidoria, Cláudia Picinin, assinaram a Carta de Apoio às “10 Medidas contra a
Corrupção”, que visa o combate à corrupção e a valorização da transparência, ética e
cidadania na Administração Pública.
Durante todo o dia, os integrantes da equipe da Ouvidoria do TCEMG atenderam o
cidadão que passou pela Praça Sete, além de coletarem assinaturas para a proposta da
mencionada lei.
Ouvidoria do TCEMG recebe certificado de combate à corrupção
O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) realizou, no dia 09/12/2015,
na sede do MPF em Belo Horizonte, um evento de lançamento do ranking dos Portais
de Transparência dos 5.568 municípios brasileiros e dos 26 estados e do Distrito Federal
e de divulgação dos resultados da Campanha das 10 Medidas contra a Corrupção.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 52
A Ouvidoria do TCEMG, na
pessoa da Coordenadora
Cláudia Picinin, recebeu o
certificado por firmar
parceria com o MPF na
Campanha das 10 Medidas
de Combate à Corrupção e
participar, com dedicação,
na divulgação e coleta de
assinaturas aos projetos de
leis de iniciativa popular.
2º Seminário da Ouvidoria da PBH - “10 anos de Ouvidoria: transparência,
ética e cidadania”
A Ouvidoria do TCE, nas pessoas de sua Coordenadora, Cláudia Picinin, e de Walkson
Carvalho, membro de sua equipe, esteve presente no II Seminário da Ouvidoria
Municipal de Belo Horizonte, realizado pela Prefeitura da capital nos dias 1º e 2 de
fevereiro, no Teatro Francisco Nunes.
O evento, que integrou as comemorações de 10 anos da implantação da Ouvidoria-Geral
do Município (Ouvim), contou com painéis de discussão, nos quais participaram
ouvidores de diversos setores da sociedade debatendo temas sobre controle social e
ouvidorias públicas.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 53
O Conselheiro Ouvidor do
TCEMG, José Alves Viana, foi
mediador do painel “Relatos de
Casos de Sucesso”. Dr. Viana
enumerou os diversos casos de
efetividade da Ouvidoria do
TCEMG e destacou que 2015 foi
o ano em que o setor mais
havia recebido manifestações
desde o início de seu
funcionamento em 2011 e que
2016 dava mostras de que
alcançariaum novo recorde uma vez que, apenas no mês de janeiro, o número de
demandas recebidas na Ouvidoria do TCEMG já havia ultrapassado a dos meses de
janeiro e fevereiro de 2015.
XIX Congresso da ABO em Belo Horizonte
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais sediou, nos dias 9 e 10 de agosto, o XIX
Congresso Brasileiro de Ouvidores /Ombudsman. O congresso, aberto oficialmente dia
8 de agosto, no buffet Catharina, discutiu a ação dos ouvidores em defesa dos direitos
dos cidadãos. O auditório Vivaldi Moreira do TCEMG foi o palco das palestras técnicas
da programação.
No dia 9 de agosto, o primeiro painel, intitulado ”A ação da ouvidoria no processo de
integridades das instituições/Ações de compilance e o combate à corrupção” foi
mediado pela Procuradora de Justiça, Ruth Lies Scholte Carvalho. Participaram também
desse debate o Ouvidor da Petrobrás, Mário Spinelli, e o Vice-Presidente do Tribunal de
Contas de Minas Gerais, Cláudio Terrão.
O Conselheiro Ouvidor do
TCEMG, José Alves Viana,
mediou o 2º Painel: ”As
soluções alternativas de
conflitos nas empresas e
na administração
pública”. Iniciou sua fala
dizendo que, apesar de
lenta e morosa, a justiça é
fundamental para a
solução de conflitos.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 54
Participaram do painel, como debatedores, o Ouvidor do Banco Itaú Unibanco, Rogério
Taltassori, e a Coordenadora do Centro de Mediação da Prefeitura de São Paulo, Maria
Lumena Sampaio.
Ainda no dia 9, foram realizadas quatro oficinas com os temas: Ouvidorias Gerais e
Públicas; Ouvidoria de concessionárias de serviços regulados; Ouvidorias Judiciais; e,
Ouvidorias de empresas privadas e organizacionais.
O primeiro painel de debates, no dia 10, mediado pelo professor Gustavo Nassif discutiu
o custo do mau atendimento para as empresas e governos. O Secretário Nacional de
Defesa do Consumidor, Armando Rovai, e o advogado consumerista e Conselheiro da
ABO, Fábio Soares, participaram como debatedores.
No segundo painel do dia, o Ouvidor da Prefeitura do Município de Belo Horizonte, Saulo
Amaral, conduziu o debate sobre o consumidor/usuário e o processo de governança das
instituições. O painel contou, ainda, com o Ouvidor do Sebrae, Cláudio Puglisi, e o
Ouvidor-Geral do Estado de Minas Gerais, Fábio Caldeira.
33º Congresso Mineiro de Municípios e VI Congresso Mineiro de
Vereadores
O Conselheiro Ouvidor do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), José
Alves Viana, representou o presidente do TCE mineiro, Conselheiro Sebastião Helvecio,
na manhã do dia 30/05/2016, nas aberturas do 33º Congresso Mineiro de Municípios e
do VI Congresso Mineiro de Vereadores, ambos realizados pela Associação Mineira de
Municípios (AMM), no Expominas.
O Procurador-Geral do Ministério Público de Contas (MPC), Daniel de Carvalho
Guimarães, também esteve presente e compôs a mesa de autoridades no evento dos
RELATÓRIO ANUAL – 2016 55
municípios. O congresso teve, como tema central, as consequências da crise econômica
na aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e reflexos nas eleições de 2016.
Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, técnicos e assessores dos municípios participaram
do evento que reuniu cerca de sete mil pessoas, o maior evento municipalista do Estado,
segundo a organização.
O congresso teve como objetivo cumprir a missão institucional da Associação
desenvolvendo trabalhos técnicos e ações com a intenção de defender os interesses dos
municípios junto aos outros entes federativos.
O Conselheiro José Alves Viana participou, também, da abertura do VI Congresso
Mineiro de Vereadores, juntamente com o Presidente da AMM, Antônio Júlio de Faria;
o Subsecretário de Assuntos Municipais da Secretaria de Estado de Governo de Minas
Gerais, Marco Antônio Viana Leite; o Presidente da Associação Brasileira de Municípios
(ABM), Eduardo Tadeu Pereira e o Presidente da Federação Goiana de Municípios,
Divino Alexandre.
Em seu discurso, Dr. Viana
contou que, durante sua
trajetória política, foi
vereador por seis anos,
prefeito por quatro anos e
que teve uma experiência
de 16 anos na Assembleia
Legislativa de Minas
Gerais (ALMG). Além
disso, lembrou que o seu
começo foi como
presidente de associação
de bairro.
Dr. Viana ressaltou que o momento é delicado, mas que o TCEMG não consegue
modificar a lei para auxiliar os prefeitos. “Quem pode fazer isso são os deputados e
senadores. O papel do TCEMG é de auxiliar os prefeitos em sua gestão”, concluiu.
A situação financeira dos municípios e dos gestores públicos municipais, face ao
desequilíbrio federativo, foi o tema principal abordado no evento. Segundo o Presidente
da AMM, “[...] Este é um momento de interagir com os gestores. Vamos ouvir as pessoas
em um bate-papo informal. [...]” Naquela oportunidade, o público presente respondeu
às questões levantadas pelos gestores e houve troca de experiências e ideias.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 56
Controladoria e Ouvidoria de Uberaba visitam a Ouvidoria do TCEMG
A Coordenadora da Ouvidoria do TCEMG, Cláudia Picinin, e o funcionário Walkson
Carvalho receberam em 06/02/2017, para uma visita técnica, o Controlador Geral do
Munícipio de Uberaba, Carlos Magno Bracarense, e a Diretora da Ouvidoria Municipal,
Sandra Varotto.
No final de 2015, a Presidência da Casa autorizou a cessão, para referido Município, do
Sistema Informatizado (SigaOuv) desenvolvido pela Diretoria de Tecnologia da
Informação (DTI) do Tribunal para gestão e atendimento das demandas da Ouvidoria.
No entanto, por decisão de cunho administrativo por parte da municipalidade, a efetiva
implantação do SigaOuv foi adiada para o início deste ano.
Assim, durante a visita, os representantes do município receberam orientações de como
viabilizar o funcionamento do sistema à realidade da Ouvidoria Municipal e como o
referido sistema auxiliará o setor a gerenciar estrategicamente informações que podem
se converter em valioso insumo para avaliações gerenciais e direcionamento de políticas
públicas que visam a melhoria da gestão municipal.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 57
Ouvidoria do TCE recebe secretário executivo da Ouvidoria do TCE-Mato Grosso
O Conselheiro Ouvidor José Alves Viana e a Coordenadora da Ouvidoria Cláudia Picinin,
receberam ontem, dia 06/02/2017, para uma visita técnica, o secretário executivo da
Ouvidoria Geral do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Yênes Jesus de Magalhães.
O secretário veio conhecer mais detalhadamente o funcionamento da Ouvidoria do
Tribunal, como são processadas as demandas, como são realizadas as ouvidorias móveis
da Rede Ouvir, entre outros assuntos atinentes ao trabalho da Ouvidoria.
Na oportunidade, foi possível conhecer também sobre a atuação da Ouvidoria Geral do
TCE de Mato Grosso, suas competências regimentais e o fluxograma das demandas.
A troca de experiências entre as ouvidorias, além de interessante, possibilita que
experiências exitosas possam ser incorporadas à rotina do setor de forma a aprimorar o
atendimento prestado pela unidade.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 58
Entrevista para a Revista do TCE - Contas de Minas
O Conselheiro Ouvidor Viana concedeu entrevista
para a Revista Contas de Minas, oportunidade em
que tratou dos mais variados temas atinentes à
Ouvidoria do TCEMG, desde as caraterísticas
pessoais que podem ajudar no papel de Ouvidor até
os motivos que levaram a Ouvidoria do TCEMG a
receber um número recorde de demandas no ano de
2016.
Para ler a íntegra da entrevista, basta clicar no link a
seguir: Contas de Minas.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 59
PLANO DE TRABALHO - BIÊNIO 2017/2019
Sugestão de ações a serem implementadas pela Ouvidoria do TCEMG
no biênio 2017/2019:
Revisão da Resolução nº 05/2010 para adequação das competências da
Ouvidoria, inclusive no que tange ao recebimento de denúncias
anônimas;
Apresentação da Ouvidoria aos novos gestores e aos servidores da Casa
com vistas a enfatizar nossas ações, forma de atuação e os resultados
concretos de nosso trabalho, além de reforçar as parcerias com as
demais unidades desta Casa, sem as quais o trabalho da Ouvidoria não
teria o mesmo resultado efetivo;
Participação da Ouvidoria, com os órgãos parceiros, inclusive Rede
Ouvir, de ouvidorias itinerantes na Capital e no interior do Estado, de
forma a divulgar nosso papel, interagir com a sociedade e tornar ainda
mais conhecido o Tribunal de Contas;
Inserção da Ouvidoria na programação dos eventos de controle externo
que o Tribunal vier a realizar durante o biênio;
Realização de eventos, em parceria com outros órgãos e com a Rede
Ouvir, cuja temática envolva fomento ao controle social, transparência,
combate à corrupção e afins, além de participação da Ouvidoria no
maior número de eventos relacionados a esses temas;
Finalização do Manual da Ouvidoria e da Carta de Serviços.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 60
PROPOSIÇÕES AO TCEMG
Com base na análise das manifestações encaminhadas à Ouvidoria,
compete ao Ouvidor propor ao Presidente medidas que objetivem
corrigir ou evitar a ocorrência de falhas no exercício das atribuições do
Tribunal, visando ao aprimoramento dos serviços prestados.
Diante disso, esta Ouvidoria elenca algumas proposições favoráveis à consolidação
desta unidade e fortalecimento da imagem do Tribunal de Contas do Estado de Minas
Gerais perante a sociedade:
É preciso que a Ouvidoria do TCEMG seja incluída na programação de todos os eventos
realizados pelo Tribunal, em especial, os encontros técnicos nos municípios mineiros.
A Ouvidoria constitui-se num valioso instrumento para a melhoria dos serviços
prestados, pois favorece a avaliação e o aprimoramento das atividades da instituição.
Nesse sentido, a participação da Ouvidoria ocorreria por meio de palestras ou oficinas,
abordando temas como a Lei de Acesso à Informação (LAI) e a Ouvidoria passo a passo,
buscando incentivar os gestores a criarem ouvidorias e praticarem uma gestão
transparente e participativa.
Além do mais, a Ouvidoria teria a oportunidade de divulgar seu trabalho, tornar-se mais
conhecida e poderia oferecer aos participantes modelos de atos normativos relativos à
criação e funcionamento da Ouvidoria; modelos de procedimentos referentes ao
tratamento de demandas; modelos de portal; material de divulgação, apostila, manual
de Ouvidoria e outros.
INSERÇÃO DA OUVIDORIA EM TODOS OS EVENTOS REALIZADOS PELO TRIBUNAL
DE CONTAS
RELATÓRIO ANUAL – 2016 61
Dispõe o inciso II do art. 9º da Lei de Acesso à Informação (Lei Federal nº 12.527/2011)
que o acesso a informações públicas será assegurado mediante:
[...]
II- realização de audiências ou consultas públicas [...]
A audiência pública é uma das formas de participação e de controle popular da
Administração Pública no Estado Democrático de Direito. Ela propicia ao cidadão a troca
de informações com o administrador, bem como o exercício da cidadania.
O objetivo de realizar as audiências públicas nesta Casa seria o de fomentar o debate
público, melhor informando o cidadão de seus direitos e estimulando sua participação
nas questões que dissessem respeito à competência do Tribunal. Demais disto, seria
uma excelente oportunidade de divulgar os serviços prestados pela Ouvidoria do TCEMG
e de conscientizar a população sobre a importância das funções básicas desempenhadas
pelo Tribunal, entre elas, a função fiscalizadora, consultiva, informativa, corretiva,
normativa e educadora.
Para colocar em prática esse objetivo e com vistas a atingir o público-alvo, sugerimos
que este Tribunal estabeleça contato com a Ouvidoria da Câmara Municipal de Belo
Horizonte de forma a viabilizar a realização de audiências públicas nas dependências
deste Tribunal.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS REALIZADAS NO TCEMG
RELATÓRIO ANUAL – 2016 62
PALAVRA DA COORDENADORA
O maior conhecimento da população a
respeito das ouvidorias públicas é um
claro sinal de que os cidadãos vêm
assumindo um papel ativo na sociedade,
apresentando-se como sujeitos de
direitos e deveres e não como meros
espectadores das ações públicas. A Ouvidoria, mais do
que um canal de comunicação, é um poderoso instrumento
de controle e de inclusão social. Nesse sentido, ela deve
atuar de forma confiável, imparcial, transparente e ética,
agindo com independência e autonomia na busca de
solução para as demandas que lhe são apresentadas.
A realidade das ouvidorias é um caminho sem volta e a tendência é que os órgãos
públicos se tornem cada vez mais transparentes em suas ações. É fundamental que os
mecanismos de participação do cidadão junto aos órgãos públicos sejam sempre
reforçados e que a população se mantenha cada vez mais vigilante, cobrando serviços
de qualidade em contrapartida aos impostos pagos.
Ao longo desses dois anos coordenando a Ouvidoria do TCEMG, tive a oportunidade
de constatar o potencial estratégico das informações colhidas pela unidade, o que
possibilita que ela atue como promotora de mudanças em prol de uma gestão pública
democrática, transparente, ética e eficiente.
Gostaria de expressar meu sincero sentimento de gratidão ao Conselheiro José Alves
Viana que confiou e apoiou incondicionalmente o meu trabalho à frente da Ouvidoria
ao longo do biênio de 2015/2016.
Não poderia deixar de agradecer a cada membro de minha equipe que, com dedicação,
seriedade e compromisso, apoiaram meu trabalho, se empenharam na solução das
demandas que nos foram encaminhadas e vibraram com nossos êxitos e efetividades.
Por fim, não poderia deixar de registrar o meu agradecimento às unidades do Tribunal,
cuja parceria possibilitou a identificação de oportunidades de melhoria com a
consequente adoção de medidas preventivas ou corretivas visando o aprimoramento
dos serviços prestados por esta Corte de Contas.
Sinto que nosso trabalho foi bem realizado e finalizo minha gestão à frente da
Ouvidoria do TCEMG com o sentimento de dever cumprido. Muito obrigada a todos.
RELATÓRIO ANUAL – 2016 63
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente relatório contém um detalhamento de todas as
ações efetivadas pela Ouvidoria do TCEMG no ano de 2016, além
da síntese dos fatos mais relevantes ocorridos ao longo do
biênio 2015/2017.
Pela sua leitura é possível constatar o nosso empenho no sentido de cumprir o papel
destinado à Ouvidoria, qual seja, atuar como mediadora na comunicação com o Tribunal
de Contas de forma a contribuir para a identificação de oportunidades de melhoria da
gestão e adoção de medidas preventivas e corretivas, visando o aprimoramento dos
serviços prestados e o aperfeiçoamento da relação entre a instituição e seus usuários,
aí incluindo o público interno e os jurisdicionados.
Ademais, ao longo do biênio, envidamos todos os esforços para tornar a Ouvidoria um
efetivo canal de comunicação e interação com o cidadão, fortalecendo a transparência,
fomentando o controle social e estimulando a participação da sociedade nas ações de
controle externo.
A dedicação da equipe aliada à maturidade no reconhecimento da importância com que
deve ser tratada toda e qualquer manifestação, possibilitou que nosso trabalho não se
restringisse a mediar conflitos, mas sim, funcionasse como uma poderosa ferramenta
de gestão.
Finalizamos à gestão relativa ao biênio 2015/2017 com o sentimento de dever cumprido
e tendo a certeza de que as ações que desenvolvemos para divulgar o papel da Ouvidoria
surtiram resultados, não somente pelo aumento expressivo do número de demandas,
mas também pela qualidade e pelo tempo de resposta das unidades desta Casa.
Nesse sentido, agradecemos a todos que acreditaram e confiaram no nosso trabalho.