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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

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RELATÓRIO DO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO

2018

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MENSAGEM DO PRESIDENTE RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

MENSAGEM DO PRESIDENTE

O exercício de 2018 da Secil fica indelevelmente marcado pelo prematuro desaparecimento do seu Presidente de Conselho de Administração e Acionista de referência, Pedro Queiroz Pereira.Pedro Queiroz Pereira foi um empresário arrojado, inovador e visonário, baseado em profundos valores humanistas e com grande apego a Portugal, tendo disso dado largas provas ao longo dos mais de 25 anos que liderou a Secil.O melhor tributo que toda a comunidade laboral Secil pode prestar à sua memória é a manutenção do seu espírito, dos seus valores, da sua coragem e da sua dedicação. Por esta razão, este exercício de 2018 é já um testemunho desta homenagem por via da determinação, persistência e vigor com que temos vindo a implementar a estratégia traçada para fazer regressar a Secil a bons níveis de rentabilidade, sem deixar de lado os seus pergaminhos de qualidade, tradição e inovação.A Secil melhorou genericamente seu desempenho, apesar de uma ligeira descida do Volume de Negócios a qual compensou com uma melhoria no EBITDA e uma visível redução de dívida.Em vários dos mercados em que opera, a Secil enfrenta turbulência económica e até politica, com consequências adversas ao nível operacional e financeiro, com destaque para o aspeto cambial.Todavia, as boas noticias trazidas pelo mercado português e uma significativa melhoria no mercado brasileiro deixam antever com otimismo realista a consolidação dos resultados, que este ano regressaram a valores positivos.Estamos cientes da complexidade das múltiplas condicionantes económicas, comerciais, ambientais e regulatórias que nos envolvem, mas também estamos certos da nossa determinação em prosseguir o caminho traçado, com as nossas pessoas, vivendo os nossos valores e com foco na nossa missão.Agradecemos a toda a comunidade Secil – clientes, colaboradores, fornecedores, autoridades e outros parceiros – a dedicação e confiança na nossa instituição cujo futuro antevemos sempre mais sólido, empenhado e sustentável.

João Castello BrancoPresidente do Conselho de Administração

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Gonçalo de CastroSalazar Leite

João Nuno de SottomayorPinto de Castelo Branco

Otmar Hübscher

PresidenteVice-presidenteVice-presidenteVogalVogalVogalVogalVogalVogalVogalVogal

JOÃO NUNO DE SOTTOMAYOR PINTO DE CASTELO BRANCOOTMAR HÜBSCHERGONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITECARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREUJOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOSMANUEL ANTÓNIO DE SOUSA MARTINSSÉRGIO ANTÓNIO ALVES MARTINSFRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDESJOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDESPAULO MIGUEL GARCÊS VENTURARICARDO MIGUEL DOS SANTOS PACHECO PIRES

CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO

José Miguel PereiraGens Paredes

Carlos AlbertoMedeiros Abreu

Francisco José Meloe Castro Guedes

João Luís BarbosaPereira de Vasconcelos

Sérgio AntónioAlves Martins

Manuel António de Sousa Martins

Paulo MiguelGarcês Ventura

Ricardo Miguel dosSantos Pacheco Pires

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO

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ANGOLA

BRASIL

TUNÍSIA

LÍBANO

13131720

50

53

23

30

35

40

45

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO GLOBAL

O GRUPO SECIL EM 2018

PERSPETIVAS FUTURAS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

PORTUGAL

01. Enquadramento Económico Global

02. O grupo Secil em 201802.1. Vendas e Volume de Negócios02.2. Resultados02.3. Balanço

08. Perspetivas Futuras

09. Proposta de Aplicação de Resultados

0607

12

01/

02/

08/

09/

03/

04/

05/

06/

07/

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01 /

ENQUADRAMENTOECONÓMICO GLOBAL

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

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A economia mundial desacelerou em 2018, depois de um arranque do ano com perspetivas mais otimistas.

O crescimento global estimado para 2018 é de 3,7%, abaixo do 3,8% verificados no ano anterior (World Economic Outlook Update, FMI, Janeiro 2019). Apesar da menor taxa de crescimento global, o desempenho é, ainda assim, positivo, num ano em que se assistiu a um desempenho mais fraco em algumas economias, especialmente na Europa e na Ásia.

Ao longo do ano verificou-se uma contínua degradação das perspetivas para a economia global. A incerteza lançada por algumas tensões políticas - a “guerra” comercial entre os Estados Unidos e a China e o processo do Brexit são disso exemplos -, a restrição de algumas condições de financiamento e as dificuldades por que alguns países passaram no sector financeiro levaram a uma desaceleração do crescimento e alguma moderação da produção. Neste contexto, a recuperação dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento perdeu força.

A imposição de tarifas aduaneiras por parte dos Estados Unidos e a retaliação de outros países, como a China, levou a um aumento da incerteza no comércio mundial e nas decisões de investimento das empresas que pode prolongar-se no tempo.

Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias mais desenvolvidas desaceleraram ligeiramente o seu ritmo de crescimento - que passou de 2,4% em 2017 para 2,3% em 2018 - e encontram-se, nesta fase, próximas do seu potencial de crescimento.

O crescimento económico mundial desacelerou ligeiramente em 2018. A confiança e as perspetivas foram-se degradando ao longo do ano, fruto do aumento do protecionismo. O crescimento continuou a ser liderado pelas economias emergentes e em desenvolvimento. Os países onde o Grupo Secil tem operações diretas tiveram uma evolução assimétrica e a evolução cambial foi desfavorável às contas.

01/ENQUADRAMENTO ECONÓMICOGLOBAL

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Ainda assim, a economia norte-americana acelerou o ritmo de crescimento em 2018 de 2,2% para 2,9%, impulsionada por descidas de impostos e por aumentos da despesa.

Já as economias emergentes e em desenvolvimento, prosseguem o seu caminho de convergência para as restantes, uma vez que continuam a apresentar taxas de crescimento acentuadamente superiores. Em 2018 registaram um incremento do PIB de 4,2%, ligeiramente inferior aos 4,3% no ano anterior.

As economias mais relevantes para o Grupo Secil tiveram, em 2018, evoluções assimétricas, determinadas sobretudo pela instabilidade política verificada em alguns países.

Em Portugal, o crescimento económico em 2018 terá sido de 2,1%, abaixo das estimativas feitas no início do ano. O crescimento das exportações foi o principal motor, apesar da desaceleração das vendas ao exterior. A recomposição da procura interna e no aumento do investimento contribuíram também para o avanço do produto, de acordo com o Banco de Portugal. O setor da Construção manteve uma trajetória positiva ao longo de 2018, estimando-se que a sua produção anual tenha registado um acréscimo de 3,5% face a 2017.

Na região do Médio Oriente e Norte de África, as operações continuaram a ser condicionadas por fatores de instabilidade, sobretudo políticos e sociais, e que têm impacto nas nossas atividades.

Em 2018, registou-se uma taxa de crescimento de 2,4% na região, com a Tunísia a apresentar um crescimento do PIB de 1,9% e o Líbano de 1% (World Economic Outlook, FMI Outubro, 2018).

No Brasil, a frágil situação do anterior governo, que não conseguiu implementar as reformas estruturais necessárias para o equilíbrio das contas públicas, aliada à greve dos camionistas de Maio - que teve um impacto significativo na economia do país - e a um processo eleitoral muito polarizado, influenciaram negativamente o ano. Numa economia debilitada e com um governo sem margem de manobra para lançar um programa de investimentos públicos, foram feitos alguns leilões para lançamento de infraestruturas, mas ainda sem efeitos práticos. Assim, o sector de construção civil continuou penalizado, embora no final do ano tenha começado a haver sinais positivos, nomeadamente na construção habitacional. O FMI aponta para um crescimento de 1,3% da economia brasileira em 2018 (World Economic Outlook Update, FMI, Janeiro 2018).

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Em Angola, os desequilíbrios macroeconómicos mantêm-se e a situação financeira e económica continuou frágil. Apesar do aumento dos preços do petróleo e do lançamento de algumas reformas, a economia continuou em queda, com uma contração do PIB de 1,5%.

O setor bancário manteve-se fragilizado e permaneceu uma elevada escassez de divisas, provocando dificuldades a muitas empresas. O ano de 2018 ficou marcado pela forte desvalorização do Kuanza e pelo programa de financiamento concedido pelo FMI.

No mercado cambial, as cotações das diferentes moedas das geografias onde a Secil opera, foram marcadas por desvalorizações face ao Euro. No que respeita ao Dólar ao longo de 2018, a cotação situou-se, em média, nos 1,181 dólares por euro, contra uma cotação média de 1,13 em 2017. Relativamente ao Real (BRL), e à semelhança de 2017, voltou a ser marcado por uma desvalorização significativa, passando de 3,968 para 4,438 (desvalorização de 11,8%), cotando-se em termos médios do ano nos 4,308. No caso do Dinar da Tunísia (TND), 2018 foi marcado por uma desvalorização significativa de 15%, situando-se a cotação no final do ano em 3,429 comparativamente a 2,945 em 2017. A desvalorização mais significativa ocorreu no Kuanza de Angola, passando de 202,981 para 361,823. Estas cotações tiveram impacto negativo na conversão para Euros das demonstrações financeiras das empresas da área internacional do Grupo.

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O GRUPO SECILEM 2018

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O contexto económico desafiante e sobretudo a assimetria da evolução dos mercados mais relevantes para o Grupo Secil voltaram a fazer de 2018 um ano com performances diferenciadas. Todas as geografias foram afetadas pelo aumento dos preços da energia, em especial do preço do petcoque, que teve um impacto significativo nos custos com energia térmica de todo o grupo, aumentando o seu peso nos encargos das unidades cimenteiras.

Também a desvalorização cambial face ao Euro das moedas das diferentes geografias onde a Secil opera tiveram impacto negativo nos resultados do Grupo.

Para lá da conjuntura, o grupo continuou a investir no alargamento e consolidação das suas operações, bem como na otimização das operações.

Foi lançado em 2017 um programa de transformação transversal ao Grupo, que recebeu a designação de Return. Este programa visa aumentar a rentabilidade do Grupo Secil, com foco prioritário no crescimento dos resultados das operações atuais. No âmbito desse programa, foi definido um conjunto de objetivos até 2020. Foram identificadas iniciativas que visam a melhoria de desempenho global e um crescimento significativo e sustentável dos resultados operacionais, tanto em cada uma das geografias onde a Secil opera, como transversalmente ao nível do Grupo. Em 2018 verificaram-se avanços importantes na implementação destas iniciativas, tendo sido registados já ganhos nas diferentes unidades.

O ano ficou marcado pela melhoria da rentabilidade das operações no Brasil, Tunísia e Portugal.

Em Portugal, esta evolução foi conseguida apesar da continuação da redução do mercado externo e também do grande aumento do preço do CO

2. A retoma do mercado interno e o crescimento do mercado

da construção suportaram uma melhoria significativa do contributo da operação portuguesa para o resultado global do Grupo.

O Grupo Secil prosseguiu em 2018 o programa de transformação transversal, tendo conseguido atingir já resultados positivos que mitigaram o impacto de conjunturas económicas e sociais adversas. O mercado interno português recuperou.

02/O GRUPO SECIL EM 2018

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Algumas das geografias continuaram a ser marcadas por alguma instabilidade económica e política, como é o caso da Tunísia, Líbano e Brasil. As condições de mercado são desafiantes, com contextos complexos e ambientes concorrenciais intensos. No Brasil, o ano de 2018 continuou a ser um ano de consolidação da posição da Supremo no mercado. Mesmo com um contexto económico e de mercado adversos, as vendas em volume continuaram a crescer e as instalações fabris continuaram a ter uma excelente performance.

A atuação no sentido de otimizar e tornar as operações mais eficientes, permitiu que estas adversidades fossem mitigadas. Exemplo disso é a Tunísia, que melhorou os seus resultados operacionais, apesar do aumento dos custos operacionais (devido ao aumento dos preços da energia térmica, elétrica, materiais de embalagem e matérias-primas). A melhoria da performance comercial e da utilização de combustíveis alternativos naturais foram decisivas para o aumento dos resultados operacionais. Também em Angola, a estratégia de redução de custos e a gestão atenta do preço de venda permitiu mitigar os efeitos decorrentes da conjuntura, da inflação significativa e da forte desvalorização do kuanza.

No Líbano, apesar das eleições manteve-se alguma incerteza quanto à situação política, decorrente da dificuldade na formação do governo, o que impactou negativamente a situação económica e financeira do país. Para além disso, a entrada em vigor (no 4º trimestre de 2017) de um imposto especial sobre a produção de cimento (com um impacto significativo na estrutura de custos), condicionaram os resultados de 2018.

Em Março de 2018 o Grupo Secil adquiriu os 43% do capital da Cimentos Madeira que pertenciam ao Governo Regional da Madeira, assumindo assim o controlo integral da empresa.

É convicção do Conselho de Administração que as diferentes medidas que têm vindo a ser implementadas, conjuntamente com a continuação da prioridade dada à otimização e melhoria da eficiência dos processos e operações, irão conduzir o Grupo a resultados mais favoráveis e níveis de rentabilidade superiores.

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O volume de negócios do Grupo Secil teve uma quebra ligeira de 3% em 2018. As flutuações cambiais que provocaram a queda da generalidade das moedas face ao Euro estão na origem desta evolução.

As vendas de cimento e clínquer do Grupo Secil totalizaram 5,6 milhões de toneladas. Este volume está cerca de 3,9% abaixo das vendas realizadas em 2017, devido à diminuição das vendas de exportação a partir de Portugal e ao decréscimo das vendas no Líbano. Analisando as várias geografias, o aumento mais significativo deu-se nas vendas no mercado interno na Tunísia e no Brasil, que aumentaram 5% e 4,6%, respetivamente.

Em Portugal, as vendas no mercado interno registaram um crescimento de cerca de 1%, evolução devida ao aumento do mercado, que registou variações homólogas mensais positivas ao longo de todo o ano.

As vendas de exportação de cimento e clinquer a partir de Portugal decresceram cerca de 18%, devido ao efeito do aumento da concorrência, motivado pelo excesso de oferta nos mercados internacionais, bem como ao grande aumento do preço do CO

2.

No Brasil foram vendidas 1,33 milhões de toneladas, um aumento de 4,6% face a 2017, evolução conseguida no contexto de um mercado relevante estável.

Na Tunísia, as vendas em quantidade no mercado interno aumentaram 5% face a 2017, apesar do ligeiro decréscimo de mercado, fruto de uma boa performance comercial.

No Líbano, as vendas de cimento decresceram 6% comparativamente a 2017, influenciadas pela quebra do mercado de cimento.

Em Angola, as vendas diminuíram 16%, apesar do consumo de cimento se ter situado em níveis semelhantes aos de 2017. Esta quebra é explicada pelo facto de no 3º trimestre de 2017 terem sido efetuadas vendas muito elevadas, devido a dificuldades sentidas então por outros produtores.

As vendas de betão pronto do Grupo, por sua vez, registaram um crescimento de 5,5% face a 2017. Este aumento ocorreu sobretudo

02/O GRUPO SECIL EM 201802.1. VENDAS E VOLUME DE NEGÓCIOS

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em Portugal, onde o dinamismo no mercado interno na área da construção, principalmente da reabilitação urbana, teve um impacto muito positivo no consumo de betão.

As vendas de betão no Líbano, Tunísia e Brasil decresceram em virtude da contração dos respetivos mercados e da forte situação concorrencial.

Nas restantes áreas de materiais de construção, e à semelhança do que sucedeu com o betão pronto em Portugal, as vendas registaram crescimentos face a 2017 essencialmente pela reabilitação urbana, requalificação da rede rodoviária nacional e algumas obras novas.

2.470

6,40

154,00

2.556

7,60

288,00

-86

-15,8%

-46,5%

Pessoal

Colaboradores

Rácio de frequência de acidentes

Rácio de gravidade de acidentes

Vendas

Cimento cinzento

Cimento branco

Clínquer

Betão-Pronto

Inertes

Préfabricados

Argamassas

Cal Hidráulica

Cimento-Cola

1000 t

1000 t

1000 t

1000 m3

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

5.625

5.096

91

438

1.565

3.110

122

154

25

19

5.850

5.105

86

659

1.484

3.194

128

128

26

18

-3,9%

-0,2%

5,1%

-33,5%

5,5%

-2,6%

-4,6%

20,5%

-3,4%

4,6%

Capacidade Produtiva de Cimento 9.750 9.750 0,0%

2018 2017 VariaçãoPrincipais Indicadores Físicos Consolidados

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

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O rácio de frequência de acidentes registou uma melhoria face a 2017. O Grupo continuou em 2018 muito empenhado e com grande ênfase na construção de uma cultura de segurança baseada em comportamentos que permitam minimizar a exposição das pessoas a riscos.

O volume de negócios do Grupo Secil cifrou-se em 484,4 milhões de euros em 2018, 15 milhões de euros abaixo do verificado em 2017, o que representa um decréscimo de 3%.

Esta diminuição deveu-se ao impacto negativo da desvalorização cambial face ao Euro das moedas dos diferentes países onde a Secil atua. Estas flutuações cambiais tiveram um impacto negativo de 34,9 milhões de euros. Caso não se tivesse verificado esta desvalorização, o volume de negócios teria sido superior ao de 2017 em cerca de 19,8 milhões de euros.

2018 2017

Portugal*

Líbano

Tunísia

Brasil

Angola

Intra-Grupo

321.086

82.003

50.464

78.396

14.330

-61.866

298.073

92.106

48.212

86.727

20.639

-46.229

7,7%

-11,0%

4,7%

-9,6%

-30,6%

33,8%

Volume de Negócios (milhares de euros) Variação

484.412 499.527 -3,0%Total Consolidado

*O segmento de Portugal inclui as atividades em Cabo Verde, Holanda e Espanha.

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Em Portugal, o aumento do volume de negócios é explicado pelo crescimento das atividades no mercado interno, consubstanciado pelo aumento das vendas de materiais de construção e aumento dos preços de venda de cimento.

No Líbano, o decréscimo do volume de negócios deve-se essencialmente à diminuição das vendas de cimento, uma vez que o nível de preços se manteve igual ao de 2017.

No caso da Tunísia, destaca-se positivamente o impacto do aumento dos preços de venda de cimento e o aumento das vendas. Não fosse a desvalorização cambial face ao Euro, o volume de negócios da Tunísia teria sido superior em cerca de 9,8 milhões de euros.

No Brasil, os preços de venda e as quantidades vendidas cresceram em 2018. O efeito da desvalorização cambial face ao Euro contribuiu para a diminuição do volume de negócios em cerca de 15,5 milhões de euros.

Em Angola, verificou-se um aumento significativo dos preços de venda, os quais permitiram mais que compensar o decréscimo das quantidades vendidas (devido à diminuição do mercado). No entanto, o impacto negativo da desvalorização do Kuanza face ao Euro, em cerca de 8,4 milhões de euros, contribuiu para que o volume de negócios diminuísse.

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

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A Secil melhorou a sua rentabilidade em 2018. O EBITDA cresceu e os resultados líquidos passaram a positivos. O trabalho efetuado nos custos foi determinante para esta performance que só não foi mais positiva pelo impacto cambial.

O ano de 2018 revelou-se desafiante, mas positivo, para o Grupo Secil no que respeita aos resultados operacionais. O EBITDA aumentou 1,1%, devido aos resultados favoráveis obtidos em Portugal, Tunísia e Brasil, cifrando-se em 90 milhões de euros – um aumento de um milhão de euros face ao exercício anterior.

O Grupo continuou a colocar forte ênfase em iniciativas e projetos que visam a otimização das operações e o aumento da rentabilidade. Para além da continuação dos projetos já iniciados em anos anteriores, foram identificados novos projetos e iniciativas, no âmbito do programa de transformação Return.

Volume de Negócios

Custos Operacionais

EBITDA*

Depreciações, amortizações e provisões

EBIT

Resultados Financeiros

Resultados antes de Impostos

Impostos sobre os lucros

Resultado Consolidado Líquido do Período

Interesses Minoritários

Resultado Líquido Atribuível a Acionistas

484.412

394.411

90.002

52.998

37.004

-31.172

5.832

2.764

8.596

-4.725

3.871

499.527

410.525

89.002

75.978

13.024

-40.291

-27.267

16.703

-10.563

-10.066

-20.629

-3,0%

-3,9%

1,1%

-30,2%

184,1%

-22,6%

-121,4%

n.a.

-181,4%

-53,1%

-118,8%

2018 2017Demonstração de Resultados Cosolidados (milhares de euros)

Variação

*EBITDA=Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) ± Ganhos e (Perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos + custos de depreciações, amortizações e imparidades - Subsídios ao Investimento ± Diferenças de câmbio ((desfavoráveis)/favoráveis) ± Provisões ((aumentos)/reduções)

02/O GRUPO SECIL EM 201802.2. RESULTADOS

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

18

2018 2017

Portugal*

Líbano

Tunísia

Brasil

Angola

Intra-Grupo

43.051

26.235

10.332

8.299

2.589

-495

36.626

35.900

9.041

4.383

3.244

-192

17,5%

-26,9%

14,2%

89,4%

-20,2%

-158,3%

EBITDA (milhares de euros) Variação

90.002 89.002 1,1%Total Consolidado

*O segmento de Portugal inclui as atividades em Cabo Verde, Holanda e Espanha.

O valor deste indicador, à semelhança do ocorrido com o volume de negócios, foi influenciado negativamente pelo impacto da desvalorização cambial face ao Euro das moedas dos diferentes países onde a Secil atua. Caso não se tivesse verificado a desvalorização, o EBITDA teria sido superior ao de 2017 em cerca de 5,3 milhões de euros.

O aumento dos preços dos combustíveis teve um impacto negativo no Grupo, aumentando os custos com os consumos de energia térmica em cerca de 7,7 milhões de euros.

Para o aumento do EBITDA em Portugal contribuiu a evolução favorável dos preços de venda no mercado interno, os quais permitiram mitigar o aumento do preço dos combustíveis fósseis.

No Líbano, o indicador foi impactado negativamente pelo decréscimo de mercado, pelo aumento dos preços dos combustíveis fósseis e pelo novo imposto sobre a produção de cimento.

O EBITDA das atividades na Tunísia registou uma melhoria. Para esta variação contribuíram o aumento das vendas e do preço no mercado interno, a utilização de combustíveis alternativos naturais, que permitiram compensar o efeito do aumento dos preços dos combustíveis sólidos, aumento do preço da eletricidade e dos custos com embalagem.

Já no Brasil, o indicador registou um acréscimo de cerca de 3,9 milhões de euros. O aumento das vendas e dos preços de venda, a melhoria da performance operacional, a redução dos custos de produção e a reorganização das estruturas efetuada em 2017, contribuíram para esta evolução.

Em Angola, a valor do EBITDA inferior ao do ano anterior deveu-se à desvalorização cambial do kuanza face ao Euro, com impacto negativo de 900 mil euros. Em moeda local, o aumento do EBITDA deveu-se ao aumento do preço médio de venda e ao controlo efetivo dos custos, apesar da elevada inflação e decréscimo das quantidades vendidas.

A já referida implementação das diferentes iniciativas do programa de transformação Return, permitiu a captura de ganhos globais de cerca de 9,2 milhões de euros, nas diferentes geografias.

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

19

O EBIT do Grupo Secil foi positivo em 37 milhões de euros, um acréscimo de 184,1% face a 2017. Esta variação deveu-se essencialmente ao registo em 2017 de uma imparidade de 26 milhões de euros no goodwill das operações no Brasil.

Os resultados financeiros registaram um valor negativo de 31,2 milhões de euros, uma melhoria significativa quando comparado com os 40,3 milhões de euros de 2017.

2018 2017

Proveitos Financeiros

Custos Financeiros

Diferenças de câmbio

Resultados Empresas Associadas

Total Consolidado

7.318

-30.350

-9.081

941

-31.172

3.726

-35.601

-9.463

1.048

-40.291

96%

-15%

-4%

-10%

-23%

Resultados Financeiros (milhares de euros) Variação

Esta melhoria é explicada pelo decréscimo dos custos financeiros, que se reduziram significativamente devido, essencialmente, à menor dívida utilizada no Brasil e à redução do custo da divida no Brasil e Portugal.

O resultado líquido atribuível a acionistas, no ano de 2018, foi positivo em 3,9 milhões de euros. Para esta melhoria contribuíram o aumento do EBIT e a melhoria dos resultados financeiros.

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

20

O Balanço consolidado do Grupo Secil reduziu-se 8,2% em 2018, sobretudo pelo impacto cambial. Os passivos foram reduzidos em 8,8%, num ano em que se verificaram melhorias na oferta de crédito ao Grupo.

O total do ativo líquido do Grupo Secil situou-se em 1,060 mil milhões de euros em 31 de Dezembro de 2018. Verificou-se uma diminuição do valor dos capitais próprios, que se deveu às diferenças de conversão para Euros das demonstrações financeiras em moeda estrangeira, que afetaram negativamente a reserva de conversão cambial em cerca de 24,7 milhões de euros.

02/O GRUPO SECIL EM 201802.3. BALANÇO

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

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Ativos não Correntes

Ativos Fixos Tangíveis

Participações Financeiras

Goodwill

Outros ativos não correntes

Ativos Correntes

Inventários

Clientes e Outras Contas a Receber

Caixa e equivalentes

Outros ativos correntes

Total do Ativo

Capitais Próprios

Interesses minoritários

Total do Capital Próprio

Passivos Não Correntes

Financiamentos obtidos

Provisões

Outros passivos não correntes

Passivos Correntes

Financiamentos obtidos

Fornecedores

Outros passivos correntes

Total do Passivo

Total do Capital Próprio e Passivo

518.694

2.055

153.635

84.034

90.354

80.153

101.513

29.469

1.059.907

291 783

56 576

348 359

421 346

22 211

54 056

64 462

69 440

80 033

711 548

1 059 907

571 154

1 981

169 026

82 407

91 924

79 597

117 406

41 246

1 154 743

311 514

63 132

374 646

450 750

22 874

56 128

80 698

59 227

110 419

780 097

1 154 742

-9,2%

3,7%

-9,1%

2,0%

-1,7%

0,7%

-13,5%

-28,6%

-8,2%

-6,3%

-10,4%

-7,0%

-6,5%

-2,9%

-3,7%

-20,1%

17,2%

-27,5%

-8,8%

-8,2%

2018 2017Síntese do Balanço Consolidado (milhares de euros)

Variação

Os ativos fixos tangíveis diminuíram cerca de 52,5 milhões de euros. O investimento em ativos fixos tangíveis totalizou 24,7 milhões de euros. No entanto, o impacto das amortizações foi superior e cifrou-se em 41,6 milhões de euros. A diminuição do valor desta rubrica deveu-se também à desvalorização em relação ao euro das moedas dos países onde o Grupo tem os seus ativos, que totalizou cerca de 38,9 milhões de euros.

Os investimentos em ativos fixos tangíveis dizem respeito maioritariamente a investimentos realizados na área do cimento no Brasil, Portugal, Líbano e Tunísia.

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

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Em 2018, a Secil adquiriu o remanescente do capital da sua participada Cimentos Madeira (4,5 milhões de euros).

A 31 de Dezembro de 2018 a dívida financeira líquida totalizou 384 milhões de euros, uma redução de 30 milhões de euros face ao ano anterior, refletindo uma importante geração de cash flow nas atividades do Grupo Secil.

Em termos consolidados, 63% da dívida líquida encontra-se em regime de taxa fixa, conferindo uma adequada proteção contra a eventual subida das taxas de juro.

Ao longo de 2018, a Secil contratou novos financiamentos de médio e longo prazo, mantendo a sua política de assegurar linhas de financiamento com maturidades elevadas. As linhas de financiamento contratadas pelo Grupo ascendiam a 695 milhões de euros no final do ano, dos quais 209 milhões de euros não se encontravam utilizadas.

Durante o ano, foi evidente a disponibilidade por parte das instituições financeiras para a concessão de crédito em condições mais atrativas.

O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertura natural da exposição cambial, através da compensação dos fluxos cambiais intragrupo. Relativamente ao USD, a taxa de cobertura através de hedging natural no ano de 2018 rondou os 90%.

À data de 31 de Dezembro de 2018 o Fundo de Pensões do Grupo Secil apresentava, globalmente, uma situação financeira excedentária de 1,2 milhões de euros relativamente às responsabilidades atuariais calculadas por entidades independentes e reportadas à mesma data.

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PORTUGAL

A atividade em Portugal foi globalmente positiva, aproveitando a recuperação de alguns segmentos do mercado interno. O volume de negócios aumentou 8% e o EBITDA cresceu 18%. No mercado externo, a oferta excedentária na Europa e o aumento de preço do CO

2 teve

um impacto negativo nas quantidades vendidas.

03 /

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

O Banco de Portugal (Projeções para a economia Portuguesa – Dezembro de 2018) apresentou uma estimativa de crescimento económico de 2,1% em 2018. Esta evolução, ligeiramente mais baixa do que a prevista no início do ano, foi sustentada no crescimento das exportações, na recomposição da procura interna e no aumento do investimento.

A atividade do setor da Construção manteve-se positiva ao longo de 2018, estimando-se que a sua produção anual tenha registado um acréscimo de 3,5%, em termos reais, face ao ano anterior. O dinamismo do segmento de engenharia civil deverá ter sido o mais moderado entre as diferentes atividades do setor (+2%). O segmento da construção de edifícios deverá ter registado uma evolução mais expressiva (+4,9%), com um acréscimo de 7,0% na produção de edifícios residenciais e um crescimento de 2,8% na construção de edifícios não residenciais.

O consumo de cimento em Portugal foi marcado por variações homólogas mensais negativas em Março e Abril de 2018 devido às chuvas, mas por variações positivas em todos os restantes meses do ano, já que não ocorreram outros fatores a impactar negativamente o mercado. Houve obras e dinâmica nos operadores do setor. De acordo com as estimativas, o mercado em 2018 terá crescido cerca de 5% comparativamente ao período homólogo.

03/PORTUGAL03.1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Mercado de Cimento

Produção de Clínquer

Produção de Cimento

Vendas de Cimento e Clinquer*

Mercado Interno

Mercado Externo**

Total

Vendas de Betão*

Vendas de Inertes*

Vendas de Argamassas*

Vendas de Pré-fabricados*

Volume de negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 m3

1000 t

1000 t

1000 t

1 000 €

1 000 €

%

1 000 €

%

1 000 €

3 168

1 821

1 700

1 163

1 016

2 180

1 107

3 775

200

115

321 086

43 051

13,4%

23 481

7,3%

7 141

930

3 005

1 962

1 605

1 154

1 235

2 413

984

3 949

173

119

298 073

36 626

12,3%

26 224

8,8%

12 538

980

5,4%

-7%

6%

1%

-18%

-10%

12%

-4%

15%

-3%

8%

18%

-10%

-43%

-50

2018 2017Portugal VariaçãoUnidade

*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.**Inclui as vendas do Terminal da Holanda, Cabo Verde e Vigo.

03/PORTUGAL03.2. O GRUPO SECIL

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

As atividades do Grupo em Portugal registaram um desempenho global mais forte em 2018 e foram marcadas por uma melhoria no mercado interno, verificado tanto no cimento quanto em alguns negócios dos materiais.

As vendas de cimento da Secil atingiram 1,163 milhões de toneladas, mais 1% face a 2017. Esta evolução deveu-se às condições climatéricas benéficas e ao incremento de obras privadas (turismo e residenciais). Os preços tiveram também uma evolução positiva.

Destaca-se o crescimento das vendas para o betão e argamassas. Esta evolução foi motivada pelo reforço na apresentação de produtos com características adequadas aos segmentos, o que resultou na venda de produtos de maior complexidade técnica.

É de salientar a incorporação do Cimento Secil nas seguintes obras: Parque viaturas elétricas Águas do Porto; Hotel Holiday inn da Rua Santa Catarina no Porto; Requalificação do Canal Ferroviário do Concelho de Espinho e Estacionamento Subterrâneo – Interface; Hospital de Campanhã no Porto; Construção Edifício 4A localizado no Parque de Negócios das empresas Sonae na Maia; EN14 - Beneficiação Santana/Vitória e duplicação Vitória/Rotunda da Variante de Famalicão; Empreitada de Construção para Ampliação do The Yeatman Hotel em Vila Nova de Gaia; Residência Universitária do Porto; Hotel OPorto Story; Pavilhão Fabril da Lismania; Ponte Variante Santo Tirso/Vilas das Aves; Beneficiação da Superestrutura de via da Linha Ferroviária de Cascais; Casa de Ourém, Arquiteto Filipe Saraiva – Vencedora do Prémio International Architecture Awards 2018; Kinda Home no Porto (betão branco); Centro de Congressos do Algarve; Leroy Merlin de Leiria; Ampliação Colégio Luso Francês do Porto; Pavilhão da Praça Guilherme Pinto em Matosinhos (betão branco) e no Edifício Moagem Heritage em Leiria. Encontram-se ainda em fase de construção: o Edifício Comendador em Leiria; Jardim da Almuinha Grande em Leiria; Novo Edifício da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto (betão branco); e a Estabilização de Taludes na Linha da Beira Baixa.

No mercado externo, a existência de oferta excedentária na Europa e o aumento de preço do CO

2 teve um impacto negativo nas quantidades

vendidas. As vendas totais de exportação reduziram-se em cerca de 9%, mantendo a tendência negativa dos últimos dois anos, com vendas totais de cimento de 246 mil toneladas e com exportações de clínquer inferiores em 263 mil toneladas face ao ano transato.

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

As vendas dos Terminais, por sua vez, foram positivas, com crescimento de 225 mil toneladas para um total de 269 mil toneladas. De destacar, neste capítulo, as contribuições positivas de todos os terminais.

A área de materiais de construção registou uma recuperação em 2018, influenciada essencialmente pela reabilitação urbana, requalificação da rede rodoviária nacional e obras novas.

O betão pronto registou um acréscimo nos volumes de 12%. No mercado interno, o dinamismo da área da construção, principalmente da reabilitação urbana, teve um impacto muito positivo no consumo de betão. Quanto ao preço, a redução de obras com consumo de betão especial na região de Lisboa e a abertura de duas novas centrais em Lisboa e no Algarve resultou numa maior pressão sobre o preço.

As vendas de inertes do grupo registaram valores aproximados aos registados em 2017. Verificou-se uma quebra no mercado da região de Lisboa, um crescimento de vendas na Região Norte e um incremento do mercado externo.

A atividade comercial de argamassas foi marcada pelo aumento dos volumes de vendas, tanto no mercado interno (+16%) como no mercado externo (+8%). No ano de 2018 o crescimento neste mercado foi similar ao do ano anterior, tendo sido notória uma aceleração das obras novas face à reabilitação. A nível internacional, o ano apresentou alguns desafios ao nível dos transportes marítimos que condicionaram a regular resposta aos nossos clientes, continuando este mercado a apresentar um potencial significativo, nomeadamente na renovação e reabilitação de edifícios.

No caso da Secil Prebetão, as vendas diminuíram cerca de 2%. Esta quebra na atividade foi motivada por paragem das unidades e por redução do ritmo de produção, em resultado da tempestade Leslie e de avarias de equipamentos.

No mercado interno, as vendas da Argibetão em volume diminuíram 19%, ao contrário do preço que apresentou uma evolução positiva em cerca de 2% face a 2017. Neste contexto, o volume de negócios global em Portugal cresceu 8%, tendo atingido 321 milhões de euros.

Em relação ao volume de negócios, a área do cimento registou uma descida de cerca de 3%, o equivalente a uma diminuição de 4,4 milhões de euros face a 2017. O mercado interno contribuiu positivamente em

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

quantidade e preço, enquanto que no mercado externo o cenário foi o oposto. Esta diminuição foi justificada pela quebra das quantidades vendidas de cimento e clínquer, contrariando a tendência do ano transato relativamente às vendas de clínquer.

O volume de negócios na área dos betões cresceu 7%, influenciado pelo aumento das quantidades vendidas.

Nos inertes, o montante de vendas registou uma diminuição de 3%, influenciado negativamente pela quebra de volumes, uma vez que os preços apresentaram um aumento de 10% face ao registado em 2017.

Também nas argamassas o volume de negócios teve uma evolução positiva e cresceu 14%, em resultado do aumento das quantidades vendidas no mercado interno e externo.

O volume de negócios de pré-fabricados diminuiu 5% face ao ano de 2017. Na unidade da Secil Prebetão, o volume de negócios apresentou uma redução ligeira (-2%), devido à quebra das quantidades vendidas e manutenção do nível dos preços de venda praticados. No caso da Argibetão, em virtude da diminuição das vendas de telhas (principal produto), o volume de negócios decresceu 8%. O aumento das vendas no mercado externo (+18%) não permitiu compensar a quebra verificada no mercado interno.

No que respeita a resultados, o EBITDA das unidades em Portugal cifrou-se em 43 milhões de euros o que, comparado com o montante registado em 2017, representa um acréscimo de 18%.

No caso do cimento, o aumento do EBITDA deveu-se, para além do aumento das quantidades vendidas no mercado interno (e aumento do preço), às vendas de licenças excedentárias de C0

2 e a uma melhoria

ligeira na energia elétrica. Como já se tinha verificado em 2017, registou-se um aumento dos preços da energia térmica, que ainda assim foi compensada por uma otimização do mix de combustíveis (fuel coque e combustíveis alternativos).

O ajustamento da estrutura produtiva, o controlo de custos e o impacto de ações implementadas em anos anteriores permitiram que a unidade de Cimento em Portugal tenha registado uma boa recuperação e obtido uma margem EBITDA superior à de 2017, aproveitando a recuperação do mercado.

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

As unidades de negócio de materiais de construção apresentaram um decréscimo de EBITDA de cerca de 0,2 milhões de euros. Ao contrário dos restantes negócios, verificou-se um aumento significativo no negócio das argamassas, fruto do já referido aumento das quantidades vendidas tanto no mercado interno como externo. No negócio do Betão foram abertas duas novas centrais e na área dos inertes arrancou a operação de Gesso, com um impacto negativo no EBITDA por necessidade de trabalhos adicionais de limpeza de pedreira nos primeiros meses. Fatores como a falta de cinzas e o aumento do custo do gasóleo resultaram em impactos no custo variável e aumento do custo de transporte na área do betão.

O EBITDA de 2018 está influenciado pelas mais-valias obtidas com a venda de ativos fixos em cerca de 1,1 milhões de euros, o que compara com 1,5 milhões de euros em 2017.

Perseguindo o objetivo da eficiência, em 2018 conclui-se a reorganização das estruturas de suporte e de produção. Verificou-se uma diminuição do número de colaboradores (menos 50 colaboradores face a 2017).

O investimento em ativos fixos tangíveis em Portugal totalizou 7,1 milhões de euros. A maior parte destes investimentos foram realizados na área do Cimento.

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LÍBANO

O consumo de cimento no Líbano registou uma queda apreciável. O país manteve uma situação política e social instável e geradora de incerteza. As condições climatéricas adversas também não foram favoráveis à atividade de construção. As operações do Grupo no país foram influenciadas por este contexto e também pela evolução cambial.

04 /

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

A economia libanesa terá crescido 1% em 2018, de acordo com os últimos dados publicados pelo FMI (World Economic Outlook, FMI Outubro 2018). Esta estimativa representa uma redução para metade em reação às projeções anteriores do FMI.

A evolução da situação económica e política no Líbano continua instável. Foram realizadas em Maio de 2018 eleições parlamentares. Contudo, não foi formado governo em 2018, o que impactou negativamente a conjuntura. Os desenvolvimentos potenciais nas condições do conflito da Síria e da situação dos refugiados sírios no Líbano terão um impacto macroeconómico e de mercado que ainda não pode ser totalmente antecipado.

O consumo de cimento em 2018 atingiu as 4,7 milhões de toneladas, inferior ao período homólogo em 8,4%, influenciado por um longo período de chuvas (primeiro e quarto trimestres) e por uma tendência de decréscimo do mercado.

04/LÍBANO04.1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Mercado de Cimento

Produção de Clínquer

Produção de Cimento

Vendas de Cimento e Clinquer*

Mercado Interno

Vendas de Betão*

Vendas de Pré-fabricados*

Volume de negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 m3

1000 t

1 000 €

1 000 €

%

1 000 €

%

1 000 €

4 744

929

1 121

1 110

97

46

82 003

26 235

32,0%

16 131

19,7%

3 468

486

5 181

950

1 199

1 181

99

59

92 106

35 900

39,0%

28 884

31,4%

3 202

497

-8,4%

-2,2%

-6,5%

-6,0%

-1,8%

-22%

-11,0%

-26,9%

-44,2%

8,3%

-11

2018 2017Líbano VariaçãoUnidade

*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

04/LÍBANO04.2. O GRUPO SECIL

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

As vendas de cimento da Ciment de Sibline totalizaram 1,11 milhões de toneladas, tendo decrescido 6% comparativamente a 2017, influenciadas pela quebra do mercado de cimento. Os preços de venda mantiveram-se nos mesmos níveis de 2017.

No que se refere à atividade do betão, esta apresentou uma performance abaixo da verificada em 2017, com as quantidades vendidas a diminuírem 1,8%. O ambiente altamente competitivo no mercado de betão pronto manteve-se nas áreas em que o Grupo opera e os preços registaram uma quebra de 1%.

O volume de negócios do conjunto das operações no Líbano registou um valor inferior ao período homólogo, tendo atingido os 82 milhões de euros. Este montante está influenciado negativamente pela desvalorização cambial do dólar face ao euro em cerca de 3,7 milhões de euros. O EBITDA gerado pelas operações no Líbano atingiu 26,2 milhões de euros, valor inferior ao registado em 2017 em 26,9%. Este decréscimo deveu-se à diminuição das quantidades vendidas e principalmente ao aumento dos custos de produção. Na globalidade, estes custos foram superiores em 2018 devido ao impacto do aumento do preço dos combustíveis sólidos (cerca de 2,8 milhões de euros), à entrada em vigor (no 4º trimestre de 2017) de um imposto especial sobre a produção de cimento (com um impacto de cerca de 2,9 milhões de euros) e aumento generalizado do custo das matérias-primas, com especial incidência nos materiais de embalagem. O ambiente competitivo não permitiu o aumento dos preços para mitigar o aumento os custos de produção.

O EBITDA de 2017 encontrava-se influenciado positivamente pelo recebimento de cerca de 2 milhões de euros de indemnização de seguro (devido à avaria de um moinho de cimento em 2016), impacto não recorrente que não se verificou em 2018.

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

No betão pronto, em resultado da diminuição do volume de negócios e o aumento dos custos de produção (devido ao aumento do preço das matérias-primas e combustíveis), o EBITDA também registou um decréscimo.

Este indicador encontra-se influenciado negativamente pela desvalorização cambial do dólar face ao euro, evolução que teve um impacto de cerca de 1,1 milhões de euros.

Os investimentos no Líbano totalizaram 3,5 milhões de euros, maioritariamente de substituição e de higiene e segurança.

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TUNÍSIA

Apesar de alguns desequil íbrios, a economia da Tunísia acelerou em 2018. O consumo de cimento quase estagnou mas isso não impediu a Secil de melhorar a sua performance no país. O volume de negócios subiu 4,7% e os indicadores de rentabilidade apresentaram todos uma evolução muito positiva.

05 /

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

A economia tunisina deverá ter crescido 2,4% em 2018, de acordo com os últimos dados publicados pelo FMI (World Economic Outlook, FMI, Outubro 2018). Esta evolução representa uma aceleração do crescimento face aos 1,9% verificados em 2017.

A Tunísia continua a enfrentar desafios significativos, registando elevados défices externos e orçamentais, um aumento dos níveis da dívida e um crescimento insuficiente para reduzir o desemprego. Subsiste ainda alguma instabilidade social e uma pressão nas reivindicações sindicais. O défice do Estado reflete-se nas obras públicas e o setor imobiliário enfrenta desafios devido a dificuldades de financiamento decorrentes da fragilidade do sector bancário. Tudo isto tem impacto no volume da construção. Neste contexto, estima-se que o mercado interno de cimento tenha decrescido 0,3% face ao período homólogo. O mercado de cimento continuou a ser caracterizado por uma concorrência muito intensa, devido ao excesso de capacidade instalada. No entanto, em 2018 assistiu-se a um aumento dos preços de venda. Determinante para este aumento será o facto de vários players terem feito contratos de exportação de clínquer (o que permitiu reduzir substancialmente a pressão sobre o mercado tunisino) e ao aumento generalizado dos preços de aquisição de materiais relevantes na estrutura de custos das produtoras de cimento.

05/TUNÍSIA05.1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

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37

RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Mercado de Ligantes

Cimento + Cal

Produção de Clínquer

Produção de Cimento + Cal

Vendas de Cimento e Clinquer*

Mercado Interno

Mercado Externo

Total

Vendas de Betão*

Volume de negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 m3

1 000 €

1 000 €

%

1 000 €

%

1 000 €

7 166

908

975

846

259

1 105

118

50 464

10 322

20,5%

6 502

12,9%

2 556

319

7 190

955

889

806

292

1 099

132

48 212

9 041

18,8%

4 569

9,5%

2 111

338

-0,3%

-4,9%

9,7%

5,0%

-11,6%

0,6%

-10,7%

4,7%

14,2%

42,3%

21%

-19

2018 2017Tunísia VariaçãoUnidade

*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

05/TUNÍSIA05.2. O GRUPO SECIL

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

O desempenho da Societé des Ciments de Gabès no mercado interno cresceu face a 2017, com as vendas em quantidade a aumentarem 5%, apesar do ligeiro decréscimo de mercado. Os preços de venda aumentaram 23%, tendo este acréscimo sido efetuado pela generalidade dos operadores. O aumento dos custos dos combustíveis e da energia elétrica, assim como a subida generalizada de preços na Tunísia, justificaram o aumento de preços pelos produtores de cimento.

As limitações referidas nas exportações tiveram impacto nos preços das vendas ao exterior, que ficaram abaixo de 2017 devido à concorrência e ao facto de não se terem efetuado exportações para a Argélia, onde o preço é mais elevado. Apesar das dificuldades, a proximidade da nossa unidade ao mercado líbio, bem como os esforços comerciais efetuados, permitiu aumentar as exportações de cimento em 42%, num mercado que decresceu face a 2017. Foram exportadas cerca de 136 mil toneladas de clínquer, permitindo aproveitar a capacidade excedentária de produção.

A atividade de betão pronto apresentou uma performance inferior à de 2017. As vendas em volume decresceram 10,7%, tendo sido vendidos menos 14 mil m3. Esta diminuição deveu-se à ausência de obras novas, públicas e privadas, nos diversos mercados, como consequência da crise económica que o país e o sector atravessam e que tem contribuído para uma concorrência mais agressiva.

O volume de negócios do conjunto das operações desenvolvidas na Tunísia, atingiu 50,5 milhões de euros, que se traduziu numa variação homóloga positiva de 4,7%. Este aumento teria sido de 20,3% caso não tivesse havido um impacto negativo da desvalorização do dinar tunisino face ao euro (impacto de cerca de 7,5 milhões de euros). Este aumento deveu-se à performance do cimento (aumento das vendas no mercado interno e preços), uma vez que no caso do betão o volume de negócios decresceu, como resultado da diminuição do volume de vendas em cerca de 10,7%, devido à retração do mercado.

Em 2018, o EBITDA das atividades na Tunísia atingiu 10,3 milhões de euros, um crescimento de 14,2% face a 2017. O EBITDA de 2018 encontra-se influenciado negativamente pela desvalorização cambial do dinar face ao euro de cerca de 1,5 milhões de euros.

Este aumento é justificado pelo aumento do volume de vendas em quantidade e aumento dos preços no mercado interno. Estes impactos positivos permitiram mais do que compensar os efeitos negativos do

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

aumento dos custos com energia térmica (devido ao aumento dos preços dos combustíveis e com impacto negativo de cerca de 2 milhões de euros), com materiais de embalagem e matérias primas (aumento generalizado de preços na Tunísia).

No que respeita aos consumos energéticos, destaca-se o sucesso da integração do pó de bagaço de azeitona como combustível alternativo. Foram consumidas cerca de 17 mil toneladas de bagaço através do equipamento atual sem qualquer investimento adicional, o que representou uma taxa de 6,2% de combustíveis alternativos.

Já nos betões, o decréscimo das quantidades vendidas, o aumento dos custos variáveis de produção e dos custos fixos (em resultado do aumento dos custos com manutenção), resultou numa diminuição do EBITDA.

O investimento na unidade da Tunísia ascendeu a 2,6 milhões de euros, valor superior ao de 2017, e foi destinado ao lançamento de investimentos vitais para o desenvolvimento da empresa, principalmente na área da eficiência energética (combustíveis alternativos), controlo das operações dos fornos e gestão eficaz da manutenção.

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BRASIL

A incerteza política e conjuntural no Brasil provocou a estagnação das vendas de cimento na economia. Ainda assim, a Secil aumentou as vendas em quantidade em 4,6%. O volume de negócios foi influenciado negativamente pela evolução cambial, já que o Real sofreu uma forte desvalorização face ao Euro.

06 /

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41

RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

A economia brasileira cresceu 1,3% em 2018, acelerando em relação aos 1% verificados em 2017, de acordo com os dados do FMI (World Economic Outlook Update, FMI, Janeiro 2018).

A frágil situação do anterior governo que não conseguiu implementar as reformas estruturais necessárias para o equilíbrio das contas públicas, aliada a uma nefasta greve dos camionistas e a um processo eleitoral muito polarizado. Tudo isso influenciou negativamente o ano económico no Brasil.

A falta de ação do governo para melhorar a situação das contas públicas levou também a que os investidores se afastassem do Brasil, provocando uma desvalorização cambial de cerca de 17%. Numa economia debilitada e de crescimento reduzido, e com um governo sem capacidade financeira para lançar um programa de investimentos públicos, foram feitos alguns leilões para lançamento de infraestruturas, mas ainda sem efeitos práticos. Com isso, o sector de construção civil continuou penalizado.

Neste contexto, o sector da construção foi naturalmente afetado, com impacto no consumo de cimento. O mercado decresceu cerca de 1,2%, influenciado pela greve dos camionistas de Maio (mês no qual o mercado teve uma quebra de cerca de 20%). O mercado do Sul do Brasil apresentou um comportamento ligeiramente melhor, tendo o consumo sido em linha com o ano anterior.

06/BRASIL06.1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Mercado de Cimento**

Produção de Clínquer

Produção de Cimento

Vendas de Cimento e Clinquer*

Mercado Interno

Mercado Externo

Total

Vendas de Betão*

Volume de negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 t

1000 m3

1 000 €

1 000 €

%

1 000 €

%

1 000 €

21 563

1 018

1 342

1 330

10

1 340

244

78 396

8 299

10,6%

-5 702

-7,3%

11 208

564

21 477

1 067

1 292

1 272

16

1 288

269

86 727

4 383

5,1%

-32 832

-37,9%

8 060

571

0,4%

-4,6%

3,9%

4,6%

-34,2%

4,1%

-9%

-10%

89%

-83%

39%

-7

2018 2017Brasil VariaçãoUnidade

*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.**Estes valores respeitam ao mercado de actuação do Grupo Supremo e não ao total do mercado brasileiro.

06/BRASIL06.2. O GRUPO SECIL

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

As vendas de cimento da operação no Brasil foram de 1,33 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 4,6% face a 2017, quando tinham sido vendidas 1,28 milhões de toneladas. Esta evolução foi conseguida apesar do contexto de mercado resultando de uma estratégia comercial de crescimento com a abertura de dois novos centros de distribuição.

Os preços apresentaram uma evolução positiva quando comparados com 2017, mas foram impactados negativamente por reduções no último trimestre do ano. Ainda assim, o preço médio líquido cresceu.

Nas vendas de betão o mercado também foi afetado negativamente pela conjuntura e pela falta de obras de infraestrutura, tendo decrescido cerca de 9%, para 244 mil m3. O setor de construção de imóveis começou a dar alguns sinais de melhoria mais ainda muito incipientes. O preço de venda apresentou uma evolução positiva.

O volume de negócios do conjunto das operações atingiu os 78,4 milhões de euros, o que representou um decréscimo de 10%. Esta diminuição está influenciada pela desvalorização cambial do real face ao euro (em cerca de 15,2 milhões de euros). Caso não se tivesse verificado a desvalorização cambial, o volume de negócios teria sido superior em 6,9 milhões de euros.

Os custos variáveis de produção registaram um aumento de 2% em resultado do aumento dos fretes de matérias decorrente da greve dos camionistas e do custo de aquisição do petcoque, que sofreu o impacto dos preços dos mercados internacionais e da desvalorização cambial. Esta pressão de custos foi fortemente sentida sobretudo no último trimestre do exercício. Estes aumentos foram parcialmente mitigados por um controlo rigoroso de custos e melhorias técnico-operacionais que permitiram a redução do consumo específico de energia térmica e elétrica e a redução do consumo de clínquer.

A reestruturação organizacional realizada durante 2017 e 2018 permitiu uma redução de custos fixos industriais e de estrutura, mesmo mantendo uma estratégia comercial de crescimento com a abertura de dois novos centros de distribuição. Os custos de logística outbound tiveram um impacto negativo no resultado devido ao aumento dos fretes por causa da nova tabela.

O EBITDA atingiu 8,3 milhões de euros, o que compara com o valor de 4,4 milhões de euros em 2017.

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Apesar da conjuntura desfavorável na parte final do ano, este aumento deve-se ao crescimento das vendas e à diminuição dos custos fixos. O EBITDA de 2018 incorpora um efeito negativo da desvalorização do real face ao euro de cerca de 1,6 milhões de euros.

Os investimentos no Brasil totalizaram 11,2 milhões de euros no ano em análise, destacando-se a continuação de alguns projetos estratégicos como a instalação do novo britador e cinta transportadora em Adrianópolis, o projeto de combustíveis alternativos e a segunda linha de ensacamento.

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ANGOLA

Em Angola, o consumo de cimento manteve-se a nível aproximados do ano anterior. Os desequilíbrios económicos mantêm-se, apesar de algumas reformas já efetuadas. A forte queda da moeda local face ao Euro teve um impacto significativo na contas, num ano de grande esforço no controlo de custos.

07 /

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

A economia angola sofreu uma queda de 1,5% em 2018, de acordo com as estimativas do FMI (World Economic Outlook, FMI, Outubro 2018).

A situação financeira e económica do país continua difícil. Apesar do aumento dos preços do petróleo e do lançamento de algumas reformas, a economia continua estagnada, o sector bancário fragilizado e existe uma elevada escassez de divisas, provocando dificuldades a muitas empresas. Para fazer face a esta situação, o governo angolano implementou fortes medidas de redução de custos e lançou vários programas de diversificação da economia que, no entanto, não produzem resultados imediatos, pois não existem muitos investidores estrangeiros a investir na economia e o Estado debate-se com restrições financeiras. O ano de 2018 ficou marcado pela forte desvalorização do kuanza e pelo programa de financiamento concedido pelo FMI.

O mercado angolano de cimento, de acordo com os dados disponíveis, apresentou valores muito semelhantes aos de 2017, tendo sido consumidas cerca de 2,58 milhões de toneladas.

As dificuldades económicas e financeiras do país, em especial a escassez de moeda estrangeira, tiveram um forte impacto na manutenção da sustentabilidade da atividade dos produtores nacionais de cimento. No decorrer de 2018, três dos cinco produtores viram-se obrigados a interromper a sua atividade por razões diversas, por dificuldades na aquisição de fuel e sacos de papel ou por dificuldades financeiras e na aquisição de combustíveis e clínquer.

07/ANGOLA07.1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Mercado Cimento

Produção de Cimento

Vendas de cimento

Volume de negócios

EBITDA

Margem EBITDA

EBIT

Margem EBIT

Capex

Pessoal

1000 t

1000 t

1000 t

1 000 €

1 000 €

%

1 000 €

%

1 000 €

2 588

122

127

14 330

2 589

18%

5 080

35,4%

289

162

2 573

158

151

20 639

3 244

16%

1 425

6,9%

469

170

0,6%

-22,8%

-15,6%

-30,6%

-20,2%

256,6%

-38%

-8

2018 2017Angola VariaçãoUnidade

07/ANGOLA07.2. O GRUPO SECIL

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

As quantidades de cimento vendidas em 2018 pela Secil Lobito caíram 15,6%, para 127 mil toneladas.

O primeiro semestre foi marcado por uma evolução positiva dos volumes, conseguida devido ao facto de alguns dos produtores de cimento estarem em dificuldades financeiras e/ou operacionais no início de 2018. Já no segundo semestre, registaram-se vendas inferiores às realizadas no mesmo período de 2017, pelo facto de as vendas do terceiro trimestre de 2017 da Secil Lobito terem sido mais elevadas devido a dificuldades sentidas por outros produtores.

Num contexto de forte inflação e de significativa desvalorização do kwanza face ao euro, a Secil Lobito tem vindo a implementar uma rigorosa política de preços que lhe permite fazer face ao agravamento dos custos expressos tanto em moeda nacional como os decorrentes das importações necessárias. Nestes termos, o preço do cimento aumentou cerca de 31% face a 2017.

Em termos de mix de vendas, o cimento da classe 42,5 R, produto de maior valor acrescentado, aumentou em 9,3 pontos percentuais o seu peso no mix, passando a representar 53,1% das vendas totais, reforçando assim a posição da Secil Lobito na produção de cimentos diferenciados de elevada resistência.

Em moeda local, o volume de negócios cresceu 10,5%. No entanto, quando convertido para euros, a faturação atingiu um total de 14,3 milhões de euros, valor inferior em 30,6% ao de 2017. O efeito cambial teve um impacto negativo de 8,4 milhões de euros. A gestão do preço de venda, que aumentou cerca de 31% face ao período homólogo, levou a um aumento do volume de negócios, apesar do decréscimo das quantidades vendidas.

O EBITDA atingiu os 2,6 milhões de euros, abaixo do verificado no período homólogo. Também aqui se verificou o impacto negativo da desvalorização cambial em cerca de 900 mil euros. Sem este impacto o EBITDA teria sido superior ao de 2017 em cerca de 8%.

Os custos foram substancialmente afetados pela desvalorização do Kwanza face ao euro. Os custos variáveis subiram 32,7%, fundamentalmente devido ao aumento do custo de aquisição do clínquer no mercado internacional. Os custos fixos, por sua vez, mantiveram-se em níveis muito semelhantes aos de 2017, o que tendo em consideração a inflação em Angola e a aquisição de alguns materiais de conservação, cuja indexação à taxa de câmbio é significativa, é

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

bem representativo do esforço por parte da unidade para controlar os custos. O aumento do preço de venda e o controlo dos custos fixos justificam a obtenção de resultados operacionais superiores aos de 2017, em moeda local.

De salientar que a 31 de Dezembro de 2018 a nossa unidade não tinha qualquer exposição cambial a moeda forte, uma vez que tinha saldado a totalidade dos pagamentos ao exterior.

Os investimentos totalizaram 289 mil euros em 2018.

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08 /

PERSPETIVASFUTURAS

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Em Portugal, as expectativas para 2019 são positivas, embora as previsões macroeconómicas apontem para um crescimento económico (1,7%, de acordo com o Banco de Portugal) mais modesto do que o verificado em 2018.

À semelhança de anos anteriores, 2019 deverá continuar a ser marcado pelo controlo do nível de investimento público, condicionado pela gestão do défice orçamental. A evolução do contexto externo poderá também ter um papel decisivo no crescimento. A generalidade das economias relevantes para o comércio externo português deverá também desacelerar e o peso das exportações no PIB está a decrescer.Prevê-se também um desempenho positivo do mercado de trabalho, com crescimento do emprego e redução da taxa de desemprego.

Por outro lado, o facto de se encontrar em plena execução o Programa Portugal 2020 pode indiciar alguma recuperação do investimento público, beneficiando desse modo o desempenho do setor da Construção.

Após um crescimento estimado de 3,5% na produção do setor da construção em 2018, as previsões apontam para uma ligeira aceleração do seu ritmo de produção, antecipando-se um acréscimo real de 4,0% na atividade do setor em 2019.

No Líbano, é expectável que a formação do novo governo permita uma melhoria na situação económica do país. No entanto, a procura de cimento deverá diminuir em relação a 2018 tendo em consideração a tendência do último ano, sendo que os novos impostos implementados no último trimestre de 2017 continuarão a ter um impacto negativo nos resultados das empresas de cimento no país. Os desenvolvimentos potenciais nas condições do conflito sírio e da situação dos refugiados no Líbano terão um impacto macroeconómico e de mercado que não pode ser totalmente antecipado. Espera-se que o atual ambiente concorrencial desafiante continue no resto do ano.

Na Tunísia, o nível concorrencial deverá manter-se intenso, dado o excesso de oferta no país. No entanto, o aumento dos preços de venda que se verificou em 2018 permite alimentar expectativas positivas quanto à sua evolução ao longo de 2019. A Tunísia atravessa uma difícil situação financeira e a instabilidade social poderá aumentar em resultado das reformas que o governo está obrigado a implementar. São esperados aumentos dos impostos e taxas e a continuidade da atual situação política e económica.

08/PERSPETIVAS FUTURAS

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

No Brasil, para o ano de 2019 é esperado um crescimento de 2,5% (World Economic Outlook Update, FMI, Janeiro 2019), acima do crescimento estimado de 1,3% em 2018, o que faz prever uma melhoria das condições de mercado. A formação do novo governo traz uma expectativa de uma retoma mais forte da economia. Existe também uma forte expectativa em torno do programa de infraestruturas do governo e das privatizações, o que poderá dar um forte impulso ao setor da construção. Assim ao longo do segundo semestre espera-se que o sector da Construção possa vir a beneficiar desse programa, que será muito suportado em Parcerias Publico-Privadas.

O SNIC, associação do setor, espera um crescimento de mercado de cimento em torno de 3%, o que representará a primeira evolução positiva em mais de quatro anos. Do ponto de vista interno, a nossa unidade continuará o seu processo de otimização organizacional, implantação de projetos de melhoria de eficiência operacional e redução de custos. Simultaneamente, continuará com o crescimento sustentado de vendas por forma a permitir a melhoria das margens operacionais.

As perspetivas para Angola são positivas. O Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM), conjuntamente com o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), e, mais recentemente, o Programa de Financiamento Ampliado (EEF) assinado entre o governo Angolano e o FMI, a que se junta a tendência de subida do preço de venda do petróleo nos mercados internacionais, permitem antever uma retoma económica em 2019, que terá como consequência um crescimento favorável do consumo de cimento, estimado em 8%.

Durante o ano de 2019 o Grupo continuará empenhado na prossecução das diferentes iniciativas do programa Return e a capturar ganhos, com impactos bastante positivos nos resultados.

Por tudo isto, perspetiva-se para o ano de 2019 um desempenho global muito positivo do Grupo Secil.

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09 /

PROPOSTADE APLICAÇÃODE RESULTADOS

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

Os resultados líquidos positivos do período da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 3.871.045,23 euros. O Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação:

Reservas Legais: 193.552,26 euros

Outras Reservas:2.542.528,05 euros

Resultados Transitados:1.134.964,92 euros

O Conselho de Administração, Outão, 13 de Março de 2019

09/PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoPresidente

Otmar HübscherVice-Presidente

Gonçalo de Castro Salazar LeiteVice-Presidente

Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal

João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal

Manuel António de Sousa MartinsVogal

Sérgio António Alves MartinsVogal

Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal

Francisco José Melo e Castro GuedesVogal

José Miguel Pereira Gens ParedesVogal

Paulo Miguel Garcês VenturaVogal

Page 55: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

II

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

56

31/12/18Valores em Euros 31/12/17Nota

Ativo não corrente

Capital próprio

Passivo não corrente

Passivo corrente

Total do passivoTotal do capital próprio e do passivo

Ativo corrente

Total do passivo

Ativos fixos tangíveis

Capital subscrito

Provisões

Fornecedores

Inventários

Propriedades de investimento

Ações próprias

Financiamentos obtidos

Adiantamentos de clientes

Clientes

Goodwill

Outros instrumentos de capital próprio

Responsabilidades por benefícios pós-emprego

Estado e outros entes públicos

Estado e outros entes públicos

Ativos intangíveis

Reservas legais

Passivos por impostos diferidos

Financiamentos obtidos

Outros créditos a receber

Outros investimentos financeiros

Resultados transitados

Outros ativos financeiros

Créditos a receber

Excedentes de revalorização

Ativos não correntes detidos para venda

Ativos por impostos diferidos

Ajustamentos / outras variações no capital próprio

Interesses que não controlamTotal do capital próprio

Resultado consolidado líquido do período

Caixa e depósitos bancários

Outros ativos financeiros

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial

Outras reservas

Outros passivos financeiros

Outras dívidas a pagarDiferimentosOutros passivos financeirosPassivos diretamente associados a ativos não concorrentes detidos para venda

Diferimentos

ATIVO

CAPITAL PRÓPRIO

PASSIVO

10

20

21

23

17

518 694 134

224 183 482

22 210 731

69 440 262

90 353 512

571 153 944

264 600 000

22 874 173

59 227 432

91 924 133

285 434

-

421 346 226

3 042 967

61 867 327

286 201

(22 609 745)

450 749 569

2 754 587

61 223 825

153 635 227

136 500 000

2 337 633

39 886 863

17 900 675

169 026 493

140 000 000

1 793 448

60 225 960

37 076 345

26 469 347

40 680 725

51 402 413

64 461 521

18 286 080

23 806 526

40 680 725

54 069 165

80 697 986

18 372 923

2 054 898

17 350 048

316 310

36 648 337437 677

17 093-

1 777 286

1 981 451

19 037 493

262 140

46 688 688429 486258 87664 482

1 276 980

193 833

3 457 725

497 613 313

213 934 720711 548 033

1 059 906 741

1 256 428

3 526 520

4 547 815

529 748 495

250 347 497780 095 992

1 154 741 799

927 194

2 160 008

13 993 815

8 534 209

2 631 175

14 011 358

1 964 956

52 592 685

(148 254 317)

56 576 183348 358 708

3 871 045287 911 480

291 782 525

101 512 960

52 083 908

(128 151 778)

63 132 120374 645 807

(20 629 181)332 142 868

311 513 687

117 406 144

2 332 698 73 081758 418 264

301 488 4771 059 906 741

824 569 299

330 172 5001 154 741 799

12

20

23

24

20

22

25

20

15

23

20

38

23263819

202020

20

18

13

18

14

26

16

16

18

19

15

18

16

9

25

BALANÇO CONSOLIDADODA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

57

31/12/18Valores em Euros 31/12/17Nota

27

28

29

30

17

18

21

31

32

33 (58 178 198) (58 597 225)

(25 901 810)(1 968 182)33

484 412 212

940 886

(120 708)

102 799

(151 752 163)

(180 007 291)

(79 493 751)

1 735 779

8 748

(5 520 302)

43 968 222

(25 263 867)

499 527 306

1 047 841

(494 840)

993 665

(149 546 440)

(185 012 808)

(87 611 477)

830 953

(881 890)

174 732

31 523 688

(19 780 869)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 89 010 564 89 107 955

(Gastos)/ reversões de depreciação e de amortiazação

Imparidade de ativos depreciáveis/ amortiazação (perdas)/reversões

288 641 84 4 608 920Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)

33

33

2 534 925

(25 567 238)

2 400 261

(34 275 906)

Juros e rendimentos similares obtidos

Juros e gastos similares suportados

5 831 871 (27 266 725)Resultado antes de impostos

15Imposto sobre o rendimento

Resultado consolidado líquido do período atribuível a:

35

5

3 871 045

4 725 059

(20 629 181)

10 065 824

Detentores do capital da empresa-mãe

Interesses que não controlam

8 596 104 (10 563 357)

Resultado básico por ação 0,08 (0,42)

Resultado consolidado líquido do período

Vendas e serviços prestados

Variação nos inventários da produção

Trabalhos para a própria entidade

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Fornecimentos e serviços externos

Gastos com o pessoal

Imparidade de inventários (perdas)/ reversões)

Imparidade de dívidas a receber (perdas)/ reversões)

Provisões (aumentos)/ reduções)

Outros rendimentos

Outros gastos

Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos

2 764 233

(8 596 104)

16 703 368

(10 563 357)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSDA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

Page 58: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

58

Valores em Euros Nota

Alterações no período:

Excendente de revalorização de ativos fixos tangíveis

Capital subscrito(Nota 20.01)

Ações próprias(Nota 20.01)

20.4

Posição no início do período de 2018 264 600 000 (22 609 745) 140 000 000

Imposto diferido 15.2

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

-

-

-

-

- -

- -

- - -

- - -

- - -

-

20.5.1

20.5.4

20.5.2

20.5.3

20.5.3

15.2

15.2

15.2

20.6

21

(20 922 300) 22 609 745

(19 494 216) -

(40 416 516) 22 609 745

(3 500 000)

(3 500 000)

136 500 000224 183 484

Realização do excedente de revalorização

Imposto diferido

Imposto diferido

Subsídios ao investimento

Imposto deferido

Extinção de ações próprias

Cobertura de perdas

Transferência do resultado líquido doperíodo de 2017 para resultados transitados

Reduções de capital e de outros instrumentos decapital próprio

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

Reserva de justo valor de derivados de cobertura

Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período

Desvios e alterações de pessupostos em estudos atuariais

Subsídios do Governo

Outras alterações reconhecidas no capital próprio:

Distribuição do resultado do período de 2017

Operações com detentores de capital no período

Outras operações-transações de capital próprio

Variação de Perímetro

Resultado líquido do período

Resultado integral

Posição no fim do período 2018

Movimento nos desvios e pressupostos atuariais no período

Subsídios por licença de emissão de gases com efeitos de estufa

Outros instrumentos de capital próprio(Nota 20.1)

40 680 725

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(3 500 000)

40 680 725

Reservas leg.(Nota 20.2)

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA O EXERCÍCIO DE 1 DE JANEIRO DE 2018 A 31 DE DEZEMBRO DE 2018

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

59

Outras reservas(Nota 20.03)

Resultadostransitados

Excendentes derevalorização(Nota 20.4)

Interesses quenão controlam(Nota 5.2)

Total do capital próprio

Ajustamentos/outras variações

no capital próprio(Nota 20.5)

Resultado líquido do período

Total

19 037 493 4 574 815 14 011 358 (128 151 778) (20 629 181) 311 513 687 63 132 120 374 645 807

- 20 211

(2 336) (2 668)

(24 749 751)

(113 946) (113 946) (113 946)

20 211 - - - - -

- - - 332 332

(167) (1 079 410)

(136) (125 449)

42 281 622

34

(24 749 751) 4 040 515 (20 709 236)

-

- - - -

- - - - -

- - - 31 335 31 335 31 335- -

- - - (1 079 243) (1 079 243)-

- - - 281 580 281 580-

- - - (125 313) (125 313)-

- - - 6 718 750 6 718 750 6 718 750- -

- -

-

- (1 687 143) (1 687 143) (1 687 109)-

- - - - - -

- - - - - -

-- - -

- -

- -

- -

- -

- -

-

-

- -

- - -

-

-

- - -

(1 687 445)

19 494 216

(1 687 445) (1 117 090) (17 543) (20 723 731)

(3 500 000)

(10 180 618) (10 180 618)

(12 054) 609 138

(5 128 612) (5 128 612)

(15 321 284) (18 200 092)(2 878 808)

291 782 525 56 576 183 348 358 708(148 254 317)

621 192 621 192

621 192

3 457 72517 350 048

(20 629 181) (20 629 181)

(20 723 399)(20 629 181)

3 871 045 3 871 045

4 040 288 16 683 111)

4 725 059 8 596 104

8 765 347 (8 087 007)

(3 500 000)

(16 852 354)

(20 629 181)

Page 60: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

60

Valores em Euros Nota

Alterações no período:

Excendente de revalorização de ativos fixos tangíveis

Capital subscrito(Nota 20.01)

Ações próprias(Nota 20.01)

20.4

Posição no início do período 2017 264 600 000 (22 609 745)

(22 609 745)

140 000 000

140 000 000

Imposto diferido 15.2

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

- - -

-

- -

-

- - -

- - -

20.5.1

20.5.4

20.5.2

20.5.3

20.5.3

15.2

15.2

15.2

14

20.6

20.6

21

21

- -

- -

264 600 000

Realização do excedente de revalorização

Imposto diferido

Imposto diferido

Subsídios ao investimento

Imposto deferido

Justo valor em associadas

Outras alterações reconhecidas no capital próprio:

Transferência do resultado líquido do período de 2016 para resultados transitados

Transferência de outras reservas para resultados transitados

Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio

Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

Reserva de justo valor de derivados de cobertura

Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período

Desvios e alterações de pessupostos em estudos atuariais

Subsídios do Governo

Efeito de aquisição / alienação de participadas

Distribuições

Operações com detentores de capital no período

Outras operações-transações de capital próprio

Variação de Perímetro

Resultado líquido do período

Resultado integral

Posição no fim do período 2017

Movimento nos desvios e pressupostos atuariais no período

Subsídios por licença de emissão de gases com efeitos de estufa

Outros instrumentos de capital próprio(Nota 20.1)

40 680 725

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

40 680 725

Reservas leg.(Nota 20.2)

Page 61: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

61

Outras reservas(Nota 20.03)

Resultadostransitados

Excendentes derevalorização(Nota 20.4)

Interesses quenão controlam(Nota 5.2)

Total do capital próprio

Ajustamentos/outras variações

no capital próprio(Nota 20.5)

Resultado líquido do período

Total

41 312 243 4 556 650 14 027 936 (67 745 683) (20 629 181) 392 547 376 72 812 005 465 359 381

- 20 927

(2 762) 4 349

(60 639 272)

1 109 005 1 109 005 1 109 005

(20 927) - - - - -

- - - 1 587 1 191 2 778

80 (77 786)

(1 965) (120 402)

(14) 25 301

440

(60 639 272) (7 761 141) (68 400 413)- - - -

- - - - -

- - - (304 977) (304 977) (304 977)- -

- - - (77 866) (77 866)-

- - - 25 315 25 315 -

- - - (118 437) (118 437)-

- - - (186 376) (186 376) (186 376)- -

- -

-

- 108 723

4 615 4 615

108 723 109 163 -

- - - 4 615

- - - - -

-

-

-- - -

- -

- -

- -

- -

- -

-

- -

- - -

-

-

-

-

-

-

22 274 750 (22 274 750)

(22 274 750) 18 165 (16 578) (60 079 270)

-

-

--

-

-

-

- -

(11 670 021) (11 670 021)

(313 104) (639 929)

(1 175)

(11 984 300) (12 311 125)

(1 175)

(326 825)

311 513 687 63 132 120 374 645 807(128 151 778)

(326 825) (326 825)

(326 825)

4 574 81519 037 493

(22 274 750) 22 274 750

(60 077 683)22 274 750

(20 629 181) (20 629 181)

(7 761 409) (67 839 092)

10 065 824 (10 563 357)

2 304 415 (78 402 449)

-

(80 706 864)

(20 629 181)

Page 62: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

62

31/12/18Valores em Euros 31/12/17Nota

572 089 297 582 669 324

(55 490 325) (60 823 979)

122 076 477 134 557 814

(8 398 599) 1 559 707

(34 190 566) (36 049 784)

(394 522 495) (387 287 531)

Fluxo de caixa das atividades operacionais (1)

Fluxo de caixa das atividades de investimento (2)

79 487 312

79 487 312

100 067 737

100 067 737

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros

Ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis

Recebimentos de clientes

Passivos diretamente associados a ativos não concorrentes detidos para venda

Pagamentos a fornecedores

Pagamentos ao pessoal

Caixa gerada pelas operações

Outros (pagamentos)/recebimentos

Outros ativos

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos provenientes de:

(20 163 776)

2 619 385

(39 683 286)

3 214 271

(4 950 000)

727 005

(25 806 534)

-

(24 625)

876 450

(3 291 011)

833 509

(25 138 401)

(20 915 561)

(68 780 831)

(64 733 051)

Subsídios de investimento

Dividendos

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3)

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3)

(77 028 897)

(18 457 146)

(21 306 589)

14 028 097

Recebimentos provenientes de:

1 220 730 8061 220 730 806

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

1 216 538 0391 216 538 039

Pagamentos respeitantes a:

4

Financiamentos obtidos

Financiamentos obtidos

Amortização de contratos de locação financeira

Juros e gastos similares

Dividendos

Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO

EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO

EFEITO DOS ATIVOS DETIDOS PARA VENDA

(1 260 265 732) (1 199 473 829)

(667 005) (655 801)

(20 338 795) (30 962 257)

(12 988 171)

(422 254) (9 782 431)

115 278 680 111 033 014

97 407 280 115 278 680

1 008 000 -

(6 752 741)

(3 500 000) -

(1 297 759 703) (1 237 844 628)

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

63

III

NOTAS ÀSDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

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ÍNDICE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

3.1. Bases de apresentação3.2. Concentração de atividades empresariais e principios de consolidação 3.2.1. Princípios de consolidação 3.2.2. Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente 3.2.3. Investimentos financeiros em empresas associadas 3.2.4. Investimentos financeiros em outras participações financeiras 3.2.5. Concentração de atividades empresariais 3.2.6. Goodwill 3.2.7. Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras3.3. Ativos fixos tangíveis3.4. Locações3.5. Propriedade de investimento3.6. Antivos intangíveis3.7. Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill3.8 Imposto sobre o rendimento3.9. Inventários3.10 Ativos e passivos financeiros 3.10.1. Imparidade de ativos financeiros 3.10.2. Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros3.11. Ativos não concorrentes detidos para a venda e unidades operacionais descontinuadas3.12. Subsídios do governo3.13. Saldos e transações em moeda estrangeira3.14. Provisões3.15. Benefícios pós-emprego 3.15.1. Planos de contribuição definida 3.15.2. Planos de benefícios definidos3.16. Outros benefícios a longo prazo de empregados3.17. Benefícios a curto prazo de empregados3.18. Rédito3.19. Encargos financeiros com empréstimos obtidos3.20. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura3.21. Gestão de risco 3.21.1. Fatores de risco financeiro 3.21.2. Fatores de risco operacional3.22. Capital Social e ações próprias3.23. Distribuição de dividendos3.24. Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

5.1. Subsidiárias5.2. Interesses que não controlam

11.1. Locações financeiras11.2. Locações operacionais

15.1. Imposto corrente15.2. Imposto deferido

18.1. Categorias de ativos financeiros18.2. Ativos financeiros - clientes18.3. Ativos financeiros - outros créditos a receber18.4. Imparidade de dívidas a receber

114116

01/

02/

04/

05/

11/

06/

07/

08/

09/

03/

NOTA INTRODUTÓRIA

REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E COMPARABILIDADE

FLUXOS DE CAIXA

FLUXOS DE CAIXA

LOCAÇÕES

INTERESSES EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

ALTERAÇÕES NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

GOODWILL

RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

65

66

103

114

107

107

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6767

6767

6971

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7476777878

808182838586

8687878889898990909091

9294949699

100

100

10/

12/

13/

14/

16/

17/

15/

18/

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

ATIVOS INTANGÍVEIS

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

OUTROS INVESTIMENTOS E ATIVOS FINANCEIROS

INVENTÁRIOS

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

ATIVOS FINANCEIROS

112

117

119

122

131

132

124

134

124127

134134135136

103105

20.1. Capital subscrito, ações próprias e outros instrumentos de capital próprio20.2. Reservas legais20.3. Outras reservas20.4. Excedente de revalorização20.5. Outras variações no capital próprio 20.5.1. Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 20.5.2. Desvios e alterações de pressupostos atuariais 20.5.3. Subsídios do governo 20.5.4. Reserva de justo valor de derivados de cobertura20.6. Aplicação do resultado do período anterior 20.7. Proposta de aplicação de resultados

19/

20/

ATIVOS NÃO CONCORRENTES DETIDOS PARA VENDA

CAPITAL PRÓPRIO

137

138

138140141141142142145145146147147

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BENEFÍCIOS A EMPREGADOS23.1. Categorias de passivos financeiros23.2. Passivos financeiros - fornecedores23.3. Passivos financeiros - financiamentos obtidos23.4. Passivos financeiros – outras dívidas a pagar

23/164164164165167

24/

25/

26/

27/

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30/

31/

32/

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35/

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38/

39/

40/

41/

42/

ADIANTAMENTO DE CLIENTES

ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

DIFERIMENTOS ATIVOS E PASSIVOS

VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS

RESULTADO APROPRIADO DE EMPRESAS ASSCIADAS

FORNECIMENTO E SERVIÇOS EXTERNOS

GASTOS COM O PESSOAL

OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

OUTROS GANHOS E PERDAS

GASTOS/ REVERSÕES DE DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E IMPARIDADES

RESULTADOS FINANCEIROS LÍQUIDOS

RESULTADO POR AÇÃO

PARTES RELACIONADAS

RISCOS FINANCEIROS

JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOSFINANCEIROS DERIVADOS

DISPÊNDIOS EM MATÉRIAS AMBIENTAIS

CUSTOS COM AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS

COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELO GRUPO

ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

169

169

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185185187191195

198

203

204

205

206

37.1. Risco cambial37.2. Risco de taxa de juro37.3. Risco de crédito37.4. Risco de liquidez

22.1. Benefícios pós-emprego - Planos de contribuição definida22.2. Benefícios pós-emprego - Planos de benefícios definidos 22.2.1. Caracterização dos planos de benefícios definidos 22.2.2. Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior22.3. Benefícios a longo prazo

21/

22/

PROVISÕES

BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

148

149151152155

155162

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O Grupo SECIL (Grupo) é constituído pela Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e subsidiárias. A Secil foi constituída em 27 de junho de 1918 e tem como atividade principal a fabricação e comercialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, em Setúbal e distribuído pelos diversos entrepostos comerciais presentes por todo o país.

Sede Social:Outão, Setúbal

Capital Social:224.183.484 euros

N.I.P.C.:500 243 590

A Secil lidera um Grupo empresarial com atividades operacionais em Portugal, Espanha, Holanda, Cabo Verde, Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, destacando-se: (i) a produção de cimento diretamente e através das suas subsidiárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Angola), Beirute (Líbano), Pomerode (Brasil) e Adrianópolis (Brasil), (ii) a produção e comercialização de betão em Portugal, Espanha, Tunísia, Líbano e Brasil e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Secil na reunião de 13 de março de 2019.

Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras consolidadas refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade e das suas subsidiárias, bem como a sua posição consolidada, desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados.

01/NOTA INTRODUTÓRIADO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 (Nas presentes notas, todos os montantes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.)

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As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, republicado pelo Decreto-Lei nº 98/2016, de 2 de junho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018.

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas abaixo.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada subsidiária, ajustados no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).

3.1. Bases de apresentação

02/

03/

REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E COMPARABILIDADE

RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

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As demonstrações f inanceiras consolidadas incorporam as demonstrações financeiras da Sociedade e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias. Entende-se existir controlo quando a Sociedade tem o poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios derivados das suas atividades, normalmente associado ao controlo, direto ou indireto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados na avaliação do controlo que a Sociedade detém sobre uma entidade.

As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas através do método de consolidação integral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas atividades financeiras e operacionais e até ao momento em que esse controlo cessa.

As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de interesses que não controlam, respetivamente, no balanço consolidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 5.

Os interesses que não controlam são inicialmente mensurados pela correspondente quota-parte no justo valor dos ativos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quota-parte nas variações posteriores no capital próprio das subsidiárias.

3.2. Concentração de atividades empresariais e princípios de consolidação 3.2.1. Princípios de consolidação

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Quando os prejuízos aplicáveis aos interesses que não controlam excedem os correspondentes interesses no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, exceto quando os interesses que não controlam tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária subsequentemente relatar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na demonstração dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

A aquisição ou alienação dos interesses do Grupo em subsidiárias que não resultem em perda de controlo, é contabilizada como uma transação de capital próprio. O valor dos interesses do Grupo e dos interesses que não controlam são ajustados para refletir as alterações de percentagem. Qualquer diferença entre o montante pelo qual os interesses que não controlam são ajustados e o justo valor da transação é reconhecido diretamente no capital próprio e atribuído aos acionistas da Secil.

A perda de controlo pelo Grupo em uma subsidiária é reconhecida nas demonstrações financeiras consolidadas da seguinte forma: (a) desreconhecimento dos ativos e passivos da subsidiária (incluindo o goodwill); (b) desreconhecimento dos interesses que não controlam; (c) reconhecimento do justo valor da retribuição recebida; (d) reconhecimento de interesses eventualmente retidos pelo justo valor na data da transação; (e) reconhecimento de um ganho ou de uma perda na demonstração dos resultados no montante diferença apurada entre os itens anteriormente referidos; e (f) reclassificação de eventuais montantes previamente reconhecidos em capital próprio, nomeadamente os efeitos cambiais resultantes da conversão de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira, conforme definido na Nota 3.2.7, para resultados do exercício.

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Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto que envolve o estabelecimento de uma sociedade, de uma parceria ou de outra entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos vários empreendedores.

As entidades conjuntamente controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os ativos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjuntamente controladas reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolidadas, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjuntamente controladas e outras empresas do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa entende-se o poder de participar nas decisões relativas às políticas financeiras e operacionais da associada, sem que tal resulte em controlo ou controlo conjunto por parte do Grupo.

Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de rendimentos ou gastos do período, e pelos dividendos recebidos.

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (Nota 3.2.6), sendo este apresentado numa linha separada do balanço. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do período.

3.2.2. Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente

3.2.3. Investimentos financeiros em empresas associadas

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Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos investimentos em associadas com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade e se devem ser sujeitos a testes de imparidade. Nos testes de imparidade, a quantia recuperável do investimento corresponde ao seu justo valor deduzido de custos de vender o mesmo. As perdas por imparidade que se demonstrem existir são registadas como gastos na demonstração dos resultados e as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores que deixaram de verificar são objeto de reversão, à exceção do goodwill.

O goodwill dos investimentos em associadas, com uma vida útil indefinida, é amortizado durante um período de 10 anos e encontra-se sujeito a testes por imparidade sempre que os acontecimentos ou alterações nas circunstâncias indiciarem que pode estar em imparidade.

Quando a proporção do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, o investimento é relatado por valor nulo, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou efetuado pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.

Os ganhos não realizados em transações com as associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo nas mesmas, por contrapartida da correspondente rubrica do investimento, exceto no montante de perdas que resultem de uma situação em que o eventual ativo transferido esteja em imparidade.

Os ganhos e perdas resultantes de transações de venda ou prestação de serviços do Grupo a associadas (“downstream transactions” ) são eliminados através do ajustamento da quantia escriturada do investimento. Os ganhos e perdas resultantes de transações de venda ou prestação de serviços das associadas ao Grupo (“upstream transactions” ) são eliminados através do ajustamento da quantia escriturada do correspondente ativo ou passivo.

Nas situações de perda de influência significativa, eventuais interesses retidos na entidade são mensurados a justo valor na data da transação. A diferença entre o justo valor dos interesses retidos acrescido do justo valor da retribuição recebida e a quantia escriturada do investimento é registada em resultados.

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As políticas contabilísticas de associadas foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

Os investimentos em associadas encontram-se detalhados na Nota 7.

Outras participações financeiras são as participações financeiras onde não existe influência significativa, por norma as que sejam inferiores a 20% dos direitos de voto.

Os investimentos em outras participações financeiras podem ser mensurados:

• Ao custo ou custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor não possa ser obtido com fiabilidade;

• Ao justo valor através de resultados quando o investimento é cotado e as cotações são divulgadas publicamente.

3.2.4. Investimentos financeiros em outras participações financeiras

As aquisições de subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo da concentração é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ativos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; e (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre aquelas entidades. Os custos diretamente atribuíveis às concentrações de atividades empresariais são reconhecidos como gastos do exercício, exceto se se tratarem de custos incorridos com a emissão de valores mobiliários de dívida ou de capital próprio, situação em que deverá ser seguido o previsto na NCRF 27. Quando aplicável, o custo de aquisição inclui o justo valor dos pagamentos contingentes mensurados à data de aquisição. Alterações subsequentes no valor de pagamentos contingentes, são registados na demonstração dos resultados consolidados exceto se ocorrerem no período de mensuração provisória (12 meses desde a data de aquisição).

Os ativos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou negócio adquirido que satisfazem as condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao seu justo valor na data

3.2.5. Concentração de atividades empresariais

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da aquisição. O excesso do custo da concentração relativamente ao justo valor da participação da Sociedade nos ativos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração dos resultados consolidados.

Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa associada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas pelo método integral, a participação financeira anteriormente detida é, no momento do registo da concentração, mensurada a justo valor, sendo a correspondente diferença registada na demonstração dos resultados.

Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo), a diferença é reconhecida diretamente na demonstração de resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”, após reconfirmação do justo valor atribuído.

Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar concluída no final do período de relato em que a mesma ocorreu, o Grupo relata montantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes provisórios são passíveis de ajustamento durante um prazo de 12 meses a contar da data da aquisição.

O goodwill representa o excesso do custo da concentração de atividades empresariais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis reconhecidos na sequência da concentração.

O goodwill é reconhecido como um ativo na data em que é adquirido o controlo. Subsequentemente, o goodwill é mensurado pelo custo menos amortizações acumuladas, menos qualquer perda por imparidade acumulada. O goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais é amortizado no período da sua vida útil (ou em 10 anos, caso a sua vida útil não possa ser estimada com fiabilidade) e encontra-se sujeito a testes por imparidade sempre que os acontecimentos ou alterações nas circunstâncias indiciarem que pode estar em imparidade.

3.2.6. Goodwill

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Anos

41

10

28

34

Unidade geradora de caixa

Brasil

Líbano

Portugal

Tunísia

Se a quantia recuperável da unidade geradora de caixa for inferior à correspondente quantia escriturada, a perda por imparidade daí resultante é inicialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo a parte remanescente imputada aos restantes ativos da unidade geradora de caixa proporcionalmente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparidade imputadas ao goodwill não podem ser revertidas subsequentemente.

A vida útil do goodwill gerado numa concentração de atividades empresariais é diferente conforme a unidade geradora de caixa à qual o mesmo foi imputado. No Grupo Secil, a vida útil do goodwill atribuída às suas unidades geradoras varia entre os 10 e os 41 e foi determinada tendo em consideração as vidas úteis remanescentes dos principais ativos líquidos. As vidas úteis atribuídas detalham-se conforme se segue:

Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor do goodwill que lhe corresponde (Nota 3.2.1).

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São tratadas como entidades estrangeiras as que operando no estrangeiro, têm autonomia organizacional, económica e financeira e que elaborem as suas demonstrações financeiras utilizando para o efeito uma moeda distinta do Euro.

Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades estrangeiras do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.

Os ativos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data do balanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial resultante da conversão é registada no capital próprio na rubrica “Outras variações no capital próprio – diferenças de conversão de demonstrações financeiras”.

O goodwill e os ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como ativos e passivos dessa entidade adquirida e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câmbio à data do balanço.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, em que se verifica uma perda de controlo da mesma pelo Grupo, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação.

As cotações utilizadas para conversão para Euros das demonstrações financeiras das empresas estrangeiras do Grupo são as seguintes:

3.2.7. Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

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31/12/1731/12/18Valorização/

(desvalorização)

TND (dinar tunisino)Câmbio médio do períodoCâmbio de fim do período

LBP (libra libanesa)Câmbio médio do períodoCâmbio de fim do período

USD (dólar americano)Câmbio médio do períodoCâmbio de fim do período

BRL (real brasileiro)Câmbio médio do períodoCâmbio de fim do período

CVE (escudo cabo-verdiano)Câmbio médio do períodoCâmbio de fim do período

AOA (kwanza angolano)Câmbio médio do períodoCâmbio de fim do período

MZM (metical moçambicano)Câmbio médio do períodoCâmbio de fim do período

3,1249

3,4928

1.780,3000

1.726,1000

1,1810

1,1450

4,3087

4,4383

110,2650

110,2650

303,4909

361,8230

71,2475

70,6149

2,7184

2,9454

1.703,0000

1.807,9000

1,1297

1,1993

3,6081

3,9683

110,2650

110,2650

190,6947

202,9815

71,4978

70,2250

(14,95%)

(18,58%)

(4,54%)

4,52%

(4,54%)

4,53%

(19,42%)

(11,84%)

0,00%

0,00%

(59,15%)

(78,25%)

0,35%

(0,56%)

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Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração dos respetivos locais que o Grupo espera incorrer, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.

Na data de transição para as NCRF, o Grupo passou a considerar pela primeira vez como componente dos ativos fixos tangíveis a componente do custo do ativo relativa a custos de recuperação paisagística e ambiental a incorrer na recuperação das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida útil estimada das respetivas pedreiras.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se registados ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, pelo seu valor considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais (determinados ativos fixos tangíveis adquiridos até 31 de dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, respetivamente, de acordo com a legislação aplicável através da utilização de coeficientes de desvalorização monetária).

No que respeita às subsidiárias do Grupo: CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., Société des Ciments de Gabés, Supremo Cimentos, S.A., Margem Companhia de Mineração, Unibetão – Indústrias de Betão Preparado, S.A. e Secil-Britas, S.A. o custo dos ativos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determinado com base em avaliações efetuadas por entidades independentes.

Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do ativo fixo ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respetivo custo possa ser mensurado com

3.3. Ativos fixos tangíveis

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fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.

As depreciações são calculadas, após os bens se encontrarem disponíveis para uso, pelo método da linha reta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospetivamente.

As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são suscetíveis de gerar benefícios económicos futuros são registadas como gastos no período em que são incorridas.

Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.7).

Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas ”Outros rendimentos” e “Outros gastos”.

3.4. Locações

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.

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Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução ao gasto com a locação, igualmente numa base linear.

As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas.

As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações do capital (ou ambos), não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios.

As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transação). Subsequentemente, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com o modelo do custo.

Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utilização nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”.

i) Intangíveis adquiridos separadamente

Os ativos intangíveis adquiridos separadamente são registados ao custo (ou, em situações raras, de acordo com o modelo de revalorização) deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

ii) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvolvimento

Os dispêndios com atividades de pesquisa são registados como gastos no período em que são incorridos sendo apenas reconhecido um ativo intangível gerado internamente resultante de dispêndios com atividades de desenvolvimento de um projeto se forem cumpridas e demonstradas todas as seguintes condições:

3.5. Propriedades de investimento

3.6. Ativos intangíveis

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• Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para venda;

• Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender;

• Existe capacidade para usar ou vender o intangível;

• O intangível é suscetível de gerar benefícios económicos futuros;

• Existe disponibilidade de recursos técnicos e financeiros adequados para concluir o desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender;

• É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua fase de desenvolvimento.

O montante inicialmente reconhecido do ativo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios incorridos após a data em que são cumpridas as condições atrás descritas. Quando não são cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase de desenvolvimento são registados como gastos do período.

Os ativos intangíveis gerados internamente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

iii) Intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de atividades empresariais

Os intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de atividades empresariais e reconhecidos separadamente do goodwill são inicialmente registados ao seu justo valor na data da aquisição, sendo subsequentemente deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

iv) Amortização de IntangíveisAs amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários ativos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospetivamente.

Os ativos intangíveis (independentemente da forma como são adquiridos ou gerados) com vida útil indefinida, nomeadamente a Marca, são amortizados num período máximo de 10 anos e sujeitos a testes de imparidade sempre que haja uma indicação de que os mesmos possam estar em imparidade.

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v) Direitos de emissão de gases com efeito de estufa

As Licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo, no âmbito do

CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa) 2013-2020, a título gratuito são registadas, aquando do seu reconhecimento inicial, pelo justo valor na rubrica “Ativos intangíveis” por contrapartida do reconhecimento de um subsídio diretamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações de capital próprio”.

Pelas emissões de gases com efeito de estufa efetuada pelo Grupo é reconhecido um gasto com a respetiva amortização do ativo intangível e um rendimento em resultado do reconhecimento da quota-parte de subsídio correspondente.

A emissão de gases com efeito de estufa é mensurada ao custo das licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO.

Na alienação de direitos de emissão é apurado o ganho ou a perda entre o valor de realização e o respetivo custo de aquisição, deduzido do correspondente subsídio do Estado, o qual é registado em “Outros rendimentos” ou “Outros gastos” respetivamente no período em que ocorre a alienação.

Sempre que as emissões de gases com efeito de estufa excedem a quantidade de licenças detidas são reconhecidas as respetivas responsabilidades nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.

Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos ativos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respetivos ativos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.

A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos

3.7. Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill

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de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis (perdas)/reversões)” salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo de revalorização.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados nessas mesmas rubricas e é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.

Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.

Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.

3.8. Imposto sobre o rendimento

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São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.

Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato.

A compensação entre ativos e passivos por impostos diferidos apenas é permitida quando: (i) a empresa tem um direito legal de proceder à compensação entre tais ativos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais ativos e passivos relacionam-se com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de proceder à compensação para efeitos de liquidação.

Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:

i) Mercadorias e matérias-primas

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas de compra acessórias, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio.

ii) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido, excluindo quaisquer custos de armazenamento, logística e de venda.

3.9. Inventários

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Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando as empresas do Grupo se tornam parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros.

Os ativos e os passivos financeiros são inicialmente mensurados pelo seu justo valor e subsequentemente são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados.

i) Ao custo ou custo amortizado

São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os ativos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características:

• Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida;

• Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e

• Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado é determinado através do método do juro efetivo. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro.

Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes ativos e passivos financeiros:

a) Clientes e outros créditos a receber

Os saldos de clientes e de outros créditos a receber são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade em cada data de relato. Usualmente, o custo amortizado destes ativos financeiros não difere do seu valor nominal.

3.10. Ativos e passivos financeiros

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas em Imparidade de inventários.

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Estes ativos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes ativos financeiros não difere do seu valor nominal.

c) Outros ativos financeiros

Os outros ativos financeiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade.

d) Fornecedores e outras dívidas a pagar

Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a pagar são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal.

e) Financiamentos obtidos

Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado.

Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, designadamente comissões bancárias ou imposto do selo, assim como os encargos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método do juro efetivo em resultados do período ao longo do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas são apresentadas a deduzir à rubrica de “Financiamentos obtidos”.

f) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros são geralmente registados ao custo amortizado.

g) Contratos para conceder ou contrair empréstimos

Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liquidados numa base líquida e que, quando executados, reúnam as condições atrás descritas para serem classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são registados ao custo deduzido de eventuais perdas por imparidade.

b) Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

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Estes montantes são registados, consoante a sua natureza, na rubrica “Outros ativos financeiros” ou na rubrica “Outros passivos financeiros”.

ii) Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados

Todos os ativos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são classificados na categoria “Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados”.

Tais ativos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as variações no mesmo registadas em resultados nas rubricas “Perdas por reduções de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”.

Os ativos financeiros classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber (perdas)/reversões)” no período em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada.

3.10.1. Imparidade de ativos financeiros

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O Grupo desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais o Grupo reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.10.2. Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros

Os ativos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escriturada for essencialmente recuperada através de uma venda e não através do seu uso continuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o ativo não corrente ou grupo para alienação está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do ativo não corrente ou do grupo para alienação como disponível para venda.

Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os ativos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no parágrafo anterior, ainda que o Grupo retenha algum interesse minoritário na subsidiária após a venda.

A partir do momento em que determinados ativos tangíveis passam a ser considerados como detidos para venda cessa a depreciação inerente a esses bens passando estes a ser classificados como ativos não correntes detidos para venda. Os ganhos ou perdas nas alienações de ativos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respetivo valor líquido contabilístico, são contabilizados em resultados na rubrica “Ganhos e perdas com a alienação de ativos”.

3.11. Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurado ao custo).

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Os ativos não correntes e os grupos para alienação classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor menos os custos para vender.

Os subsídios do governo apenas são reconhecidos quando há uma certeza razoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.

Os subsídios do governo associados à aquisição ou produção de ativos não correntes são inicialmente reconhecidos no capital próprio, na rubrica “Outras variações no capital próprio”, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amortizações dos ativos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam. No caso de se relacionarem com ativos não depreciáveis, são mantidos no capital próprio, exceto na parte necessária para compensar eventuais perdas por imparidade nos referidos ativos.

Outros subsídios do governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.

3.12 Subsídios do governo

As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respetivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são atualizadas.

As diferenças de câmbio resultantes das atualizações atrás referidas são registadas em resultados do período em que são geradas atendendo à natureza das transações associadas.

3.13. Saldos e transações em moeda estrangeira

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São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.

É reconhecida uma provisão para reestruturação quando o Grupo desenvolveu um plano formal detalhado de reestruturação e iniciou a implementação do mesmo ou anunciou as suas principais componentes aos afetados pelo mesmo. Na mensuração da provisão para reestruturação são apenas considerados os dispêndios que resultam diretamente da implementação do correspondente plano, não estando, consequentemente, relacionados com as atividades correntes da empresa.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

3.14. Provisões

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3.15. Benefícios pós-emprego 3.15.1. Planos de contribuição definida

As contribuições para planos de contribuição definida são reconhecidas como gasto na rubrica de “Gastos com o pessoal” no período a que respeitam (quando os empregados abrangidos pelo plano prestaram os serviços que lhes conferem o direito aos benefícios).

No que diz respeito aos planos de benefícios definidos, o correspondente custo é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é determinado através do método da unidade de crédito projetada, sendo as respetivas avaliações atuariais efetuadas em cada data de relato intercalar e anual.

Os desvios atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efetivamente ocorreu (bem como de alterações efetuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos ativos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos, quando incorridos, diretamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações no capital próprio” (Nota 20).

O custo dos serviços passados é reconhecido em resultados numa base de linha reta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediatamente na medida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos.

Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer.

Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material.

A responsabilidade associada aos benefícios garantidos reconhecida no balanço representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas atuariais e pelo custo dos serviços passados não reconhecidos e deduzido do justo valor dos ativos do plano.

3.15.2. Planos de benefícios definidos

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Relativamente ao reconhecimento e mensuração dos outros benefícios a longo prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como rendimento ou gasto: (i) ganhos e perdas atuariais e (ii) todo o custo dos serviços passados.

Os respetivos custos são registados na rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a responsabilidade reconhecida no balanço corresponde ao valor presente da obrigação de benefícios definidos, determinada de acordo com as avaliações atuariais em cada data de relato intercalar e anual.

Os benefícios a curto prazo de empregados são registados como gasto na rubrica “Gastos com o pessoal” aquando da prestação de serviço pelo empregado.

No caso da participação nos lucros e gratificações os gastos são reconhecidos quando e, só quando: (i) exista a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos, em consequência de acontecimentos passados e (ii) possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação.

Existe uma obrigação presente quando e, só quando, o Grupo não tem alternativa realista senão a de fazer os pagamentos.

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.

O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

• Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;

• A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;

• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

3.16. Outros benefícios a longo prazo dos empregados

3.17. Benefícios a curto prazo de empregados

3.18. Rédito

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• É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a empresa;

• Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.

O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transação à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:

• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

• É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a empresa;

• Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade;

• A fase de acabamento da transação à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito do Grupo receber o correspondente montante.

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos.

Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos fixos são capitalizados quando o seu período de construção é superior a um ano, fazendo parte integrante do custo do ativo.

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projeto em causa se encontre suspenso.

Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos, diretamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

3.19. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

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O Grupo utiliza derivados com o objetivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeito.

Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data da transação, sendo valorizados subsequentemente ao justo valor. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da designação que é feita dos instrumentos financeiros derivados. Quando se trata de instrumentos financeiros derivados de negociação os ganhos e perdas de justo valor são reconhecidos no resultado do exercício nas rubricas de “Outros rendimentos” ou “Outros gastos” e nas rubricas de “Juros e rendimentos similares obtidos” ou “Juros e gastos similares suportados”.

Quando são designados como instrumentos financeiros derivados de cobertura, o reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da natureza do item que está a ser coberto, podendo tratar-se de uma cobertura de justo valor ou de uma cobertura de fluxos de caixa.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao valor de mercado. Na ausência de valor de mercado, o justo valor é determinado por entidades externas e independentes através de técnicas de valorização aceites no mercado.

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos nas rubricas de “Outros ativos financeiros” e “Outros passivos financeiros” quando apresentem justo valor positivo ou negativo, respetivamente.

Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for superior a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses.

Contabilidade de cobertura

No âmbito da sua política de gestão dos riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio, o Grupo contrata uma variedade de instrumentos financeiros derivados, nomeadamente swaps, non-deliverable forwards e collars cambiais.

Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura são os seguintes:

3.20. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

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• Adequada documentação da operação de cobertura;

• O risco a cobrir é um dos riscos descritos na NCRF 27 – Instrumentos financeiros;

• É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura.

No início da operação da cobertura, o Grupo documenta a relação entre o instrumento de cobertura e o item coberto, os seus objetivos e estratégia de gestão do risco. Adicionalmente é avaliado, tanto na data de início da operação de cobertura como na data de relato financeiro, se os instrumentos derivados designados de cobertura são altamente eficazes na compensação das alterações do justo valor ou fluxos de caixa dos respetivos itens cobertos.

As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados contratados e os movimentos de cobertura registados no capital próprio na rubrica “Outras variações de capital próprio – reserva de cobertura” encontram-se divulgados na Nota 38.

Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor na demonstração da posição financeira desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado de forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas de cobertura, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respetivo item coberto afeta resultados. A parte ineficaz da cobertura é registada em resultados no momento em que ocorre.

Qualquer montante registado na rubrica “Outras variações de capital próprio – reservas de cobertura” apenas é reclassificado em resultados quando a posição coberta afeta resultados. Quando a posição coberta consistir numa transação futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montante registado na rubrica “Outras reservas –

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reservas de cobertura” é de imediato reclassificado em resultados.A contabilidade de cobertura é descontinuada quando se revoga a relação de cobertura, quando o instrumento de cobertura expira, é vendido, ou é exercido, ou quando um instrumento de cobertura deixa de se qualificar para a contabilidade de cobertura. Nas circunstâncias em que um instrumento financeiro derivado deixe de se qualificar como instrumento de cobertura, o Grupo avalia: (i) em instrumentos de cobertura de justo valor, a existência de ajustamentos de justo valor no item coberto, os quais serão amortizados, através do método da linha reta, pelo período remanescente do item coberto; e (ii) em instrumentos de cobertura de fluxos de caixa, a existência de diferenças de justo valor, reconhecidas na rubrica de “Outras variações de capital próprio – reservas de cobertura”, diretamente no capital próprio, montante que será reclassificado para resultados do exercício.

O Grupo Secil tem um programa de gestão que, conjuntamente com a monitorização permanente dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos no seu desempenho financeiro.

A gestão do risco é conduzida pela Direção de Gestão Financeira com base em políticas aprovadas pela Administração. A Direção de Gestão Financeira identifica, avalia e realiza operações com vista à minimização dos riscos financeiros em estrita cooperação com as unidades operacionais do Grupo. A Administração define os princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos financeiros não derivados, bem como o investimento do excesso de liquidez.

a) Risco cambial

A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afetar as demonstrações financeiras do Grupo de diversas formas.

O risco cambial resulta essencialmente: (i) da transposição para Euros das demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas localizadas na Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, cuja moeda funcional é distinta da moeda de relato financeiro e (ii) dos fluxos operacionais e financeiros em dólares, nomeadamente os relativos às vendas de cimento e clínquer, às compras de combustíveis e fretes de navios e aos financiamentos obtidos.

3.21. Gestão de risco 3.21.1. Fatores de risco financeiro

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O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intragrupo.

Para os fluxos não compensados naturalmente, o risco tem vindo a ser analisado e parcialmente coberto através da transação de divisas spot e forward ou da contratação de estruturas de opções, que estabelecem o contravalor máximo a pagar ou a receber e permitem beneficiar parcialmente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio. Em relação aos financiamentos obtidos em moeda diferente da moeda funcional de cada subsidiária, é avaliada a cobertura do risco de taxa de câmbio.

b) Risco de taxa de juro

A política de gestão de risco de taxa de juro visa reduzir a volatilidade do custo da dívida, quando sujeita à variação de um indexante variável. A redução da volatilidade da taxa de juro é assegurada através da monitorização das perspetivas de evolução dos indexantes de mercado e da avaliação da contratação de coberturas que assegurem uma efetiva limitação do risco. Adicionalmente, é periodicamente avaliada a contratação de financiamentos em regime de taxa de juro fixa.

c) Risco de licenças de emissão de efeitos de estufa

O Grupo Secil promove uma gestão ativa da sua carteira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas no âmbito da fase 3 do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa), relativa ao período 2013-2020. Fruto da crescente utilização de combustíveis alternativos, o Grupo Secil tem registado alguns excessos de licenças de emissão, tendo estes excedentes vindo a ser transacionadas no mercado, reduzindo/ minorando o risco de preço.

d) Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com os montantes a receber de clientes.

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem apenas as economias a uma escala local pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédito e a obtenção de garantias bancárias a favor do Grupo têm sido instrumentos adotados pelo

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Grupo Secil para, em complemento com a sua constante e essencial monitorização, minorar os impactos negativos deste tipo de risco, sempre que possível.No que respeita aos depósitos bancários, investimentos financeiros e instrumentos financeiros derivados, o risco de contraparte é mitigado pela seleção de instituições financeiras internacionais com uma sólida notação de risco de crédito e de instituições nacionais de primeira linha.

e) Risco de liquidez

O Grupo gere o risco de liquidez por três vias: (i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente de médio e longo prazo com maturidades adequadas aos ativos financiados, (ii) dispondo de facilidades de crédito que permitam não só assegurar as necessidades de tesouraria não correntes do Grupo mas também a agilidade e flexibilidade para satisfazer necessidades de curto prazo e (iii) acumulando montantes em aplicações de tesouraria.

3.21.2. Fatores de risco operacional

a) Setor da Construção

O volume de negócios da Secil depende do nível de atividade no setor da construção em cada um dos mercados geográficos em que opera. O setor da construção tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de construção residencial e comercial, bem como do nível de investimentos em infraestruturas.

O setor da construção é sensível a fatores como as taxas de juro e uma quebra da atividade económica numa dada economia pode conduzir a uma recessão no setor da construção.

Apesar do Grupo considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabilização dos seus resultados, a sua atividade, situação financeira e resultados operacionais podem ser negativamente afetados por uma quebra do setor da construção em qualquer mercado significativo em que opere.

b) Procura de produtos - Secil

Nos mercados maduros a procura de cimento e outros materiais de construção tende a ser bastante regular ao longo do ano. Apenas se nota uma redução da procura durante o mês de janeiro e dezembro.

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A procura dos produtos da Secil está, em geral, alinhada com esse padrão de comportamento.

c) Legislação ambiental

Nos últimos anos, a legislação da União Europeia em matéria ambiental tem vindo a tornar-se mais restritiva no que respeita ao controlo das emissões ambientais. É parte integrante da Política Integrada do Grupo o estrito cumprimento das exigências legais em matéria de Ambiente que lhe são aplicáveis bem como a melhoria contínua do seu desempenho.

Em 2013, foi aprovado o BREF (Best Available Technologies Reference Documents) - Conclusões sobre as Melhores Técnicas Disponíveis do Documento de Referência - para os sectores do cimento, cal e óxido de magnésio que contém os novos limites e requisitos para estes sectores, dispondo as empresas de quatro anos para promover as necessárias adaptações às suas práticas e equipamentos. Tais exigências foram vertidas nas Licenças Ambientais que regulam a atividade de exploração de pedreiras e produção de cimento.

Como tal, o Grupo tem vindo a acompanhar o desenvolvimento técnico desta matéria, procurando antecipar e planear as melhorias necessárias nos seus equipamentos para os fazer cumprir com os limites a publicar, existindo assim a possibilidade do Grupo necessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir com eventuais alterações nos limites e regras ambientais que venham a ser aprovados.

À data, as alterações legislativas que se conhecem prendem-se também com a evolução do regime de atribuição de comércio europeu de emissão de gases com efeito de estufa (CELE), criado pela Diretiva nº 2003/87/CE, alterada pela Diretiva nº 2009/29/CE (nova diretiva CELE), a qual apresenta o quadro legal do CELE para o período 2013-2020 e que foi transposta para o ordenamento jurídico nacional pelo Decreto-Lei 38/2013 de 15 de Março, que veio a resultar na redução do âmbito de atribuição gratuita de licenças de emissão de CO

2. Tem

estado em discussão a nível da Comunidade Europeia a revisão desta última diretiva para enquadrar o período post-2020, ou seja, o período 2021 a 2030. Um acordo entre a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu foi conseguido nos finais de 2017 e é esperada aprovação da revisão pelo Conselho Europeu no início de 2019.Praticamente confirmada a continuação desta tendência para o novo

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período, esta evolução trará novos desafios para a indústria cimenteira. No sentido de mitigar os efeitos resultantes das sucessivas revisões desta legislação, há muito que o Grupo empreendeu uma série de investimentos de natureza ambiental que, entre outras vantagens, tem permitido a redução continuada da emissão de CO

2, destacando o

investimento em equipamentos que permitem a valorização energética de combustíveis alternativos, a aposta em cimentos com menor incorporação de clínquer, o investimento em equipamentos de menor consumo energético.

Existe o risco de que a revisão, em curso de negociação, da diretiva das emissões de CO2 para o período 2021 a 2030 venha a apontar para uma redução significativa das licenças gratuitas de CO2 a serem atribuídas. Não é expectável que as tecnologias existentes permitam a redução das emissões de forma a garantir as atuais capacidades de produção com recurso a emissões gratuitas, pondo em causa a competitividade das exportações de clinker e cimento. Estão em curso vários projetos de investigação no sentido de capturar, armazenar e reutilizar o CO2, não tendo nenhum deles até à data confirmado viabilidade económica, havendo no entanto soluções que passarão pelo lançamento de novos tipos de cimento. Acreditamos que as soluções só vão ser implementadas após o conhecimento, em 2020, das licenças de CO2 que vão ser atribuídas às instalações para o período 2021 a 2030. Em Portugal foi aprovado em 2018 um laboratório colaborativo entre empresas, universidades e centros de investigação, cujo objetivo é desenvolver linhas de investigação para redução das emissões de CO2 e que está previsto entre em funcionamento em 2019.

Consciente de que a exploração de pedreiras tem impactes na paisagem, na alteração do relevo, na remoção do solo e do coberto vegetal e na diminuição de refúgios/alimentos para a fauna. O Grupo assume a minimização destes impactos e aceleração do processo de colonização natural, não só através de programas de recuperação da composição e estrutura das comunidades vegetais e animais, mas também da recuperação das funções e dos processos naturais do ecossistema.

Por outro lado, cumprindo com o Decreto-Lei nº 147/2008 de 29 de Junho, que transpôs para o normativo Nacional a Diretiva 2004/35/CE, o Grupo assegurou os seguros ambientais exigidos por aquele normativo, garantindo o cumprimento dos regulamentos em vigor e mitigando os riscos de natureza ambiental a que se encontra exposto.d) Custos energéticos

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Uma parte significativa dos custos do Grupo está dependente dos custos energéticos. A energia é um fator de custo com peso significativo na atividade da Secil e nas suas participadas.

O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia elétrica de longo prazo para algumas das necessidades energéticas.

Apesar destas medidas, flutuações significativas nos custos da eletricidade e dos combustíveis podem afetar negativamente a sua atividade, situação financeira e resultados operacionais do Grupo.

e) Necessidade de investimentos significativos em novas aquisições no futuro

O Grupo Secil tem interesses em setores onde se tem vindo a assistir a processos de consolidação e onde podem surgir oportunidades de crescimento quer orgânico quer pela via de aquisições.

3.22. Capital Social e ações próprias

As ações ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 20).

Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão.

Os custos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor da compra.

As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Ações próprias” sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados em “Outras reservas”. Em conformidade com a legislação comercial aplicável, enquanto as ações próprias se mantiverem na posse da sociedade, é tornada indisponível uma reserva de montante igual ao seu custo de aquisição.

Quando alguma empresa do Grupo adquire ações da empresa-mãe (ações próprias) o pagamento, que inclui os custos incrementais

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3.23. Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no período em que os dividendos são aprovados pelos acionistas e até ao momento da sua liquidação.

diretamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as ações sejam canceladas, re-emitidas ou alienadas.

Quando tais ações são subsequentemente vendidas ou re-emitidas, qualquer recebimento, líquido de custos de transação diretamente atribuíveis e de impostos, é refletido no capital próprio dos detentores do capital da empresa, em outras reservas.

3.24. Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas foram os seguintes:

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a) Imparidade

A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser identificada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência do Grupo Secil.

A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte da Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de desconto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais.

b) Imposto sobre o Rendimento

O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais.

Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nos impostos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas.

c) Reconhecimento de ativos por impostos diferidos

São reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas quando existe forte segurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os ativos por impostos diferidos sejam revertidos. A avaliação dos ativos por impostos diferidos é efetuada pela gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expectativa de desempenho no futuro.

d) Pressupostos atuariais

A avaliação das responsabilidades com benefícios definidos é efetuada semestralmente com o recurso a estudos atuariais elaborados por peritos independentes, baseados em pressupostos atuariais associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades.

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e) Provisões

O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que ressaltem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

f) Vida útil do goodwill

A vida útil do goodwill é determinada com base na vida útil remanescente estimada dos principais ativos líquidos operacionais das subsidiárias, conforme indicado na Nota 3.2.6. As estimativas, pressupostos e vidas úteis subjacentes são avaliadas pela Administração do Grupo no final de cada exercício.

04/FLUXOS DE CAIXA

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de dezembro de 2018 e 2017 detalha-se conforme se segue:

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Adicionalmente estão reconhecidos na rubrica “Outros créditos a receber – corrente” Euros 5.571.124 (Nota 18) e em “Outros ativos financeiros – não corrente” Euros 2.273.001 (Nota 16), referentes a depósitos bancários sobre os quais existem penhores. Os penhores detidos estão relacionados, essencialmente, com financiamentos obtidos.

5.1. Subsidiárias

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:

05/INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

119.662

100.898.260

495.038

119.662

100.898.260

495.038

101.512.960

97.407.280 115.278.680

(4.105.680)

(Nota 18)

(Nota 23.3)

117.406.144

(2.127.464)

Numerário

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

Aplicações de tesouraria

Descobertos bancários

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Denominação Social

Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda.

ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda.

Direta DiretaSede Sede Total

% do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil

31/12/2018 31/12/2017

Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal Funchal100,00 100,00100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 57,14

100,00 57,14

100,00 57,14

100,00 100,00

100,00

100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

51,05 51,05

51,05 51,05

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

98,72 98,72

98,52 98,52

51,00 51,00

51,05 51,05

51,00 29,14

57,14 57,14

51,00 29,14

42,86

57,14

75,00 75,00 75,00

75,00

48,81

48,81

75,00 75,00

70,00 100,00

99,53 70,0070,00 70,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00

100,00 57,14

100,00 57,14

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00 51,19

100,00 51,19

100,00 100,00

99,53 -

100,00 100,00

99,80 99,800,20 0,20

25,00 25,0062,50 62,50

98,72 98,72

98,72 98,72

98,52 98,52

51,00 51,00

98,72 98,72

37,50 37,50

Funchal Funchal

Nacala Nacala

Lisboa Lisboa

Tunis Tunis

Tunis Tunis

Tunis Tunis

Luanda Luanda

Lobito Lobito

Lisboa Lisboa

Lisboa Lisboa

Lisboa Lisboa

Lisboa Lisboa

Leiria Leiria

Leiria Leiria

Leiria Leiria

Leiria Leiria

Rio de Janeiro Rio de Janeiro

Rio de Janeiro Rio de Janeiro

Santa Catarina Santa Catarina

Paraná Paraná

Braga Braga

Terneuzen Terneuzen

Dunkerque Dunkerque

Santarém Santarém

Praia Praia

Praia Praia

Sociedade de Inertes, Lda.

- -

- -

- -

- -

- -

- -

- -

- -

- -- -

-

- 100,00

-

-

-

- -

-

- -

- -

-

- -

- -

- -

- -

- -

- -

- -

-

- -- -

- -

- -

- -

Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.

Secil Cement, B.V. (ex Seciment Investments, B.V.)

Silonor, S.A.

Société des Ciments de Gabés

Secil Angola, SARL

Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.

Secil Britas, S.A.

Zarzis Béton

Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.

Lusoinertes, S.A. (c)

Allmicroalgae - Natural products, S.A.

IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.

ALLMA - Microalgas, Lda.

Secil Brasil Participações, S.A.

Supremo Cimentos, S.A.

Margem Companhia de Mineração

Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A.

Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A.

Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda.

I3 Participações e Serviços, Ltda. (g)

Soime, S.A.L.

CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A.

Ciments de Sibline, S.A.L.

Cimentos Madeira, Lda. (a)

Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. (b)

Secil Cement BV (ex Finlandimmo Holding BV) (f)

SPB, SGPS, Lda.

Secil Prébetão, S.A.

Cementos Secil, S.L.U.

Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.

Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud

Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A.

Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.

Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

(a) Aquisição da quota, representativa do capital social da Cimentos Madeira, Lda., em 27 de março de 2018.

(b) Empresa liquidada em 10 de outubro de 2018.

(c) Empresa fundida por incorporação na empresa Secil Britas, S.A., em 28 de novembro de 2018.

(d) Empresa fundida por incorporação na empresa Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A., em 18 de dezembro de 2018.

(e) Empresa fundida por incorporação na empresa Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A., em 20 de dezembro de 2018.

(f) Empresa fundida por incorporação na empresa Secil Cement, B.V. (e) Seciment Investments, B.V.), em 31 de dezembro de 2018.

(g) Empresa liquidada em dezembro de 2018.

Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de Marcas, Lda.

Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda. (d)

Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (e)

Lisboa Lisboa

Lisboa Lisboa

Beirute Beirute

Beirute Beirute

Funchal Funchal

Funchal Funchal

Funchal Funchal

Funchal Funchal

Funchal Funchal

Funchal Funchal

Terneuzen Terneuzen

Setúbal Setúbal

Montijo Montijo

Madrid Madrid

100,00 100,00

100,00 100,00

100,00

100,00

100,00

100,00

100,00 100,00

100,00 100,00

28,64 28,6422,41 22,41

57,14 57,14

- -

- -

- -

- -

-

-

- -

-

- -

- --

- --

- -

- -

-

Indireta IndiretaTotal

57,1457,14

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

106

5.2. Interesses que não controlam

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o detalhe dos interesses que não controlam incluídos no capital próprio detalha-se conforme se segue:

Capitais próprios

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

497 972

367 794

(2 022 518)

56 875 032

64 152

793 751

567 250

414 548

(2 030 796)

58 280 188

5 193 698

707 232

56 576 183 63 132 120

Société des Ciments de Gabès e subsidiárias

IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.

Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.

Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária

Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária

Outros

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o detalhe dos interesses que não controlam evidenciados na demonstração dos resultados apresenta o seguinte detalhe:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

45 270

178 246

(1 053 011)

5 468 967

(933)

86 520

(10 863)

144 958

(914 802)

10 773 081

202

73 248

4 725 059 10 065 824

Société des Ciments de Gabès e subsidiárias

IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.

Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.

Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária

Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária

Outros

Resultados

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

107

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 apresentam-se conforme se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Variação do perímetro: Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Reforço de 0,16% da participação do Grupo no capital

Cimentos Madeira, Lda.

Reforço de 42,86% da participação do Grupo no capital (Nota 8)

Transposição das demonstrações financeiras de sub-sidiárias estrangeiras

Dividendos

Desvios e alterações de pressupostos nos estudos atuariais

Subsídios ao investimento

Outras operações

Resultado líquido do período

Saldo final 56 576 183 63 132 120

Saldo Inicial 63 132 120

-

(5 128 612)

4 040 515

(10 180 618)

(125)

(102)

(12 054)

4 725 059

72 812 005

(1 175)

-

(7 761 141)

(11 670 021)

66

(1 525)

(311 913)

10 065 824

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

108

Em 31 de Dezembro de 2018 e 2017, o Grupo apresenta os seguintes interesses em empreendimentos conjuntos:

UTIS - Ultimate Technology to Industrial Savings, Lda.

DENOMINAÇÃO SOCIAL Indireta IndiretaTotalDireta DiretaSede Total

% do capital detido pela Secil% do capital detido pela Secil

31/12/201731/12/2018

Oeiras 50,00 50,00- - - -

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o Grupo tem os seguintes investimentos em associadas (Nota 14):

Sede

31/12/2018 31/12/2017

% indireta docapital detido

% indireta docapital detido

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial:

Setefrete, SGPS, S.A.

MC - Matériaux de Construction

J.M.J. Henriques, Lda.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Setúbal

Gabés

Câmara de Lobos

Lisboa

49,36 49,36

50,00 28,57

35,00 35,00

25,00 25,00

06/INTERESSES EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

07/INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

109

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as demonstrações financeiras disponíveis das associadas apresentam nas suas demonstrações financeiras os valores seguintes:

Ativos totais

Passivos totais

Capital próprio

31/12/2018

Vendas e serviços prestados

Resultadolíquido

MC - Matériaux de Construction 769 644 796 503

335 521 1 081 992

27 199 6 056 720

4 072 738 4 566 607

746 471 (3 563)-

a)

a)

b)

b)

6 029 521 2 741 254 94 328

493 869 432 898 9 023 866

26 859 166 619 2 188 447

Valores em Euros

a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31.12.2018

b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30.11.2018

a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31.12.2017

b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30.11.2017

Ativos totais

Passivos totais

Capital próprio

31/12/2017

Vendas e serviços prestados

Resultadolíquido

MC - Matériaux de Construction 820 232835 026

331 2151 081 249

29 1655 868 752

2 545 2872 959 114

750 034 (3 472)-

a)

a)

b)

b)

5 839 587 2 829 4844 336 624

413 827 352 8679 305 007

14 794 (78 587)2 626 184

Valores em Euros

Setefrete, SGPS, S.A.

Setefrete, SGPS, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

J.M.J. Henriques, Lda.

J.M.J. Henriques, Lda.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

110

No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2018, o impacto nas demonstrações financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação detalha-se conforme se segue:

Valores em EurosSubsidiárias adquiridas

Ativos e passivos identificáveis à data da aquisição

Custos da concentração

Património líquido adquirido

Diferença de aquisição em capitais próprios

Ativos fixos tangíveis (Nota 10)

Caixa e depósitos bancários

Interesses que não controlam (Nota 5.2)

Diferença de aquisição em capitais próprios

5 428 612

5 128 612

150 000

150 000

(628 612)

(150 000)

4 800 000

4 650 000

ATIVOS NÃO CORRENTES

Entradas no perímetro

- Cimentos Madeira, Lda. – com sede no Funchal, reforço da participação financeira detida em 42,86% do capital social da subsidiária em 27 de março de 2018 (Nota 5).

- UTIS - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda. – com sede em Oeiras, constituição da sociedade com participação em 50% do seu capital em 19 de abril de 2018 (Nota 6).

08/ALTERAÇÕES NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

111

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os movimentos ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Valor líquido no início do período

Saldo final

169 026 495

153 635 227

210 912 716

169 026 493

318 804 613

(149 778 118)

334 101 509

(123 188 793)

-

(7 913 802)

(25 933 779)

(1 527 497)

(3 819 597)

(5 831 281)

(258 089)

7 739 608

(4 341 786)

-

(Nota 33)

(Nota 33)

(Nota 8)

(Nota 20.5.1)

(Nota 20.5.1)

(Nota 20.5.1)

(Nota 20.5.1)

(Nota 20.5.1)

(6 996 108)

-

450 501

(2 581 302)

(3 050 694)

(180 311)

-

(3 033 354)

Valor bruto no início do período

Variação de perímetro

Amortização

Perdas por imparidade

Ciments de Sibline, S.A.L.

Secil Brasil Participações S/A

Supremo Cimentos, S.A.

Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas

Aquisições:

Variação cambial:

Cementos Secil

Société des Ciments de Gabés

09/GOODWILL

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

112

O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC) do Grupo, identificadas de acordo com o país da operação, conforme se segue:

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das UGC é determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a atual estrutura produtiva, sendo utilizado o plano estimado de médio prazo a 5 anos do Grupo.

No período findo em 31 de dezembro de 2017 registaram-se perdas por imparidade no goodwill afeto à UGC Brasil no montante de Euros 25.933.779.

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

153 635 227 169 026 493

80 291 970

9 616 493

17 089 747

46 637 017

84 075 300

10 498 379

20 919 596

53 533 218

Portugal

Líbano

Tunísia

Brasil

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

113

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os movimentos ocorridos na rubrica “Ativos fixos tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, são conforme se segue:

Valores em Euros Total

ATIVOS

ATIVOS LÍQUIDOS

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS E PERDAS POR IMPARIDADE

Terrenose recursos naturais

Edifícios e outrasconstruções

Ativos fixostangíveis emcurso

Recuperaçãopaisagística Equipamentos Adiantamentos

Variação de perímetro

Valor líquido em 31 de dezembro de 2018

Depreciações (Nota 33)

Aquisições

Perdas por imparidade (Nota 33)

Saldo em 1 de janeiro de 2017

Valor líquido em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 1 de janeiro de 2017

238 070 499

173 890 040

(51 094 638)

1 553 312 690

238 545 691

(1 268 245 637)

35 238 789

21 836 108

(10 426 494)

5 469 872

3 078 821

(2 412 660)

2 338 427 770

571 153 944

(1 682 714 757)

2 884 819

518 694 134

(41 576 884)

(8 967 746)

6 106 818

(3 248 035)

6 153 263

4 743 145

2 483 357

(120 412 025)

51 044 805

(60 049 897)

23 640 547

(18 072 538)

13 074 994

150 000

(38 608 361)

24 331 559

(1 968 182)

(6 885 818)

4 701 384

2 234 994 712

(1 663 840 768)

2 179 211 163

(1 660 517 029)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(114 164)

-

-

-

-

5 605 183

(2 526 362)

5 605 183

(2 640 526)

773 001

2 073 696

886 168

564 851

(1 780 522)

-

(1 547 651)

-

-

2 964 657

(113 702)

855 684

118 024 375

(8 174 899)

-

2 100 924

-

284 268

88 366

1 856 604

-

26 309 929

(2 854 013)

-

-

(1 362 074)

5 685

(3 887 692)

3 633 497

(761 500)

-

5 263 215

35 678

618 178

971 042

10 696 001

2 214 603

11 758 102

717 839

(18 335 041)

1 829 286

(6 971 652)

229 625

(20 241 660)

3 471 034

(11 645 264)

2 263 724

964 016

-

-

(1 953 147)

819 863

-

(479 150)

-

223 988 910

(50 098 870)

(18 072 538)

(48 817 251)

(73 621 818)

39 669 530

(33 818 103)

17 339 348

338 159

(269 719)

150 000

(29 009 478)

1 254 897

(73 706)

(5 285 255)

3 998 759

(1 516 494)

356 850

(2 777 899)

1 157 999

(19 374 713)

13 344 713

-

-

19 014 161

(1 950 000)

-

-

1 491 794 956

1 465 854 597

(1 260 546 222)

33 269 241

(11 433 133)

23 159 138

1 349 204

101 635

165 449 302

(2 516 629)

1 927 500

205 308 375

(30 771 654)

-

24 508 342

-

2 157 295

-

3 368 275

250 396

18 643 487

(3 192 775)

Regularizações, transferências e abates

Regularizações, transferências e abates

Regularizações, transferências e abates

Regularizações, transferências e abates

505 392 120

133 137 968

(350 267 828)

943 800

665 316

(267 500)

(2 956 480)

2 467 636

-

-

(24 944 987)

7 547 391

(11 763 099)

2 879 476

-

-

-

(7 531 572)

213 847

55 524

(1 121 413)

702 625

479 403 606

(346 265 638) (1 253 249 265)

467 619 109

(349 594 734)

(87 066)

-

(45 532)

-

-

-

-

-

3 028 791

-

-

-

932 816

(267 500)

2 368 424

(267 500)

135 311

-

-

-

Alienações

Alienações

Ajustamento cambial

Ajustamento cambial

Ajustamento cambial

Ajustamento cambial

Ativos não correntes detidos paravenda (Nota 19)

Ativos não correntes detidos paravenda (Nota 19)

Variação do perímetro (Nota 8)

Depreciações (Nota 33)

Aquisições

Aquisições

Alienações

Alienações

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 31 de dezembro de 2018

Saldo em 31 de dezembro de 2018

10/ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

114

No período findo em 31 de dezembro de 2018, foram reconhecidos como ativos não correntes detidos para venda, equipamentos industriais adquiridos à Massa Insolvente de CNE – Cimentos Nacionais ou Estrangeiros, S.A. no período de 2016, no montante, líquido de perdas por imparidade, de Euros 6.030.000 (Nota 19). Adicionalmente, foram desreconhecidas como ativos não correntes detidos para venda as centrais de betão, no montante de Euros 1.032.456 (Nota 19).

As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue:

Valores em Euros

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamentos

Ativos fixos tangíveis em curso

(8 125 167) - (8 125 167) - - (8 125 167)

(5 616 813) 88 366 (5 528 447) 55 524 - (5 472 923)

(3 920 174) 250 396 (3 669 778) (73 706) - (3 743 484)

(10 517 144)

(28 179 298) (2 854 013) (31 033 311) (1 968 182) 13 344 713 (19 656 780)

(3 192 775) (13 709 919) (1 950 000) 13 344 713 (2 315 206)

Perdas acumuladas01/01/17

Perdas do exercício(Nota 33)

Perdas acumuladas31/12/18

Perdas do exercício(Nota 33)

Ativos nãocorrentes detidos paravenda (Nota 19)

Perdas do acumuladas31/12/17

As empresas do Grupo, sedeadas em Portugal, procederam em anos anteriores à reavaliação dos seus ativos fixos tangíveis ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente Portaria nº 258 de 28 de dezembro de 1963, Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319-G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98.

O detalhe dos custos históricos de aquisição de ativos fixos tangíveis e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de dezembro de 2018 e 2017 é o seguinte:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

115

Valores em Euros

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamentos

156 306 786 9 142 516 165 449 302 164 327 411 9 562 629 173 890 040

117 340 076 684 299 118 024 375 131 210 676 1 927 292 133 137 968

205 294 930 13 445 205 308 375 238 475 106 70 585 238 545 691

478 941 792 9 840 260 488 782 052 534 013 193 11 560 506 545 573 699

Custohistórico

Custohistórico

Excedente de revalorização

Excedente de revalorização

Valorrevalorizado

Valorrevalorizado

31/12/18 31/12/17

RUBRICAS

11/LOCAÇÕES

11.1. Locações financeiras

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em locação financeira:

Valores em Euros

Terrenos

Equipamento básico

1 367 108 - 1 367 108 - - -

4 049 109 (3 061 793) 987 316 4 049 109 (2 952 245) 1 096 864

5 416 217 (3 061 793) 2 354 424 4 049 109 (2 952 245) 1 096 864

Valoraquisição

Depreciaçãoacumulada

Valor líquidocontabilístico

Valor líquidocontabilístico

Valoraquisição

Depreciaçãoacumulada

31/12/18 31/12/17

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

116

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a dívida do Grupo referente a locações financeiras bem como o seu plano de reembolso, detalha-se como se segue:

Locação financeira - rendas a pagar

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

1 105 745

125 209

1 230 954

-

667 005

667 005

Não correntes (Nota 23.3)

Correntes (Nota 23.3)

Locação financeira - plano de reembolso

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

136 666

146 466

145 859

145 859

145 859

1 109 291

1 830 000

(599 046)

1 230 954

677 953

-

-

-

-

-

677 953

(10 948)

667 005

A menos de 1 ano

1 a 2 anos

2 a 3 anos

3 a 4 anos

4 a 5 anos

Mais de 5 anos

Juros futuros - a deduzir

Juros futuros - a deduzir

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

117

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foram reconhecidos nas rubricas “(Gastos)/ reversões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

109 548

35 143

144 691

109 548

35 143

144 691

Amortizações do período

Gasto financeiro

11.2. Locações operacionais

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o Grupo é locatário em contratos de locação operacional relacionados com o aluguer de viaturas, os quais se encontram denominados em Euro.

Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue:

Os gastos relacionados com locações operacionais reconhecidos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 ascenderam a Euros 1.140.518 e 587.111, respetivamente.

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

796 634

895 422

1 692 056

1 692 056

962 229

1 624 112

A menos de 1 ano

1 a 5 anos

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118

31/12/17

12/PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, na rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue:

Valores em Euros

Saldo inicial - quantia bruta

Alienações

Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades

Alienações

Transferências

Amortizações e perdas por imparidade (Nota 33)

Saldo final quantia bruta

Saldo final quantia bruta

Valor líquido

-

-

-

-

-

996 672

710 471

-

767

996 672

710 471

-

767

957 222

753 283

(753 283)

-

1 103 319

776 536

(66 831)

766

2 060 541

1 529 819

(820 114)

766

- - - (957 222) (106 647) (1 063 869)

-

-

-

996 672

711 238

285 434

996 672

711 238

285 434

-

-

-

996 672

710 471

710 471

996 672

710 471

710 471

Arrendadas ArrendadasPara venda Para vendaTotal Total

31/12/18

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

119

31/12/18 31/12/17

As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha reta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foram reconhecidos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados com propriedades de investimento:

Valores em Euros

Rendimentos de rendas

Amortizações e perdas por imparidade

- - - 49 754 - 49 754

-

-

(767)

(767)

(767)

(767)

-

49 754

(766) (766)

(766) 48 988

Arrendadas ArrendadasPara venda Para vendaTotal Total

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120

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os movimentos ocorridos na rubrica “Ativos intangíveis”, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade, são conforme se segue:

Valores em Euros Total

Saldo em 1 de janeiro de 2017

Variação de perímetro

Aquisições

Licenças atribuídas ( Nota 20.5.3)

Licenças alienadas no período ( Nota 20.5.3)

Transferências e abates

Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Ajustamento cambial

Aquisições

Licenças atribuídas ( Nota 20.5.3)

Licenças alienadas no período ( Nota 20.5.3)

Transferências e abates

Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 31 de dezembro de 2017

27 051 830

-

14 058 738

-

79 076

-

4 560

3 512

41 194 203

3 512

-

-

-

22 570 591

1 803 911

-

-

-

1 803 911

22 570 591

-

-

-

(4 035 273)

-

-

28 666

-

28 666

(4 035 273)

-

25 688

10 533 837

-

-

-

-

(11 500)

10 533 837

14 188

-

-

(2 497 665)

(8 175 692)

-

-

-

-

(2 497 665)

(8 175 692)

21 723

(2 458 422)

-

-

(1 803 911)

-

(21 723)

-

(1 803 911)

(2 458 422)

- (8 678 276) - - (8 678 276)

(3 581 669) - - - (3 581 669)

23 491 884

21 059 150

13 416 634

23 776 260

79 076

79 076

11 503

11 503

36 999 096

44 918 000

ATIVOS

Propriedadeindustrial

Outros ativosintangíveis

Ativos intangíveisem curso

LicençasEmissão CO

2

13/ATIVOS INTANGÍVEIS

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121

Valores em Euros Total

Saldo em 1 de janeiro de 2017

Amortizações do período (Nota 33)

Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33)

Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33)

Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Ajustamento cambial

Amortizações do período (Nota 33)

Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33)

Transferências e abates

Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Ajustamento cambial

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 31 de dezembro de 2018

ATIVOS LÍQUIDOS

Valor líquido em 31 de dezembro de 2017

Valor líquido em 31 de dezembro de 2018

(5 941 600) (8 678 628) (78 183) - (14 698 411)

(2 568 674)

(2 155 137)

-

-

-

-

-

-

-

(2 568 674)

(2 155 137)

-

-

(8 222 549)

(11 816 568)

(8 222 549)

(11 816 568)

-

-

-

-

-

2 885 982

(14 190)

-

8 175 694

5 193 735

11 912 487

-

-

-

-

2 885 982

(14 190)

-

-

8 678 278

(11 863 773)

-

-

893

893

-

-

-

11 503

3 515

8 678 278

8 175 694

554 118

23 806 526

26 469 347

732 804

554 118

18 600 396

14 552 453

- - - 732 804

(4 891 488)

(6 506 697)

(8 222 899)

(8 222 899)

(78 183)

(78 183)

-

-

(13 192 570)

(18 448 653)

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS E PERDAS POR IMPARIDADE

Propriedadeindustrial

Outros ativosintangíveis

Ativos intangíveisem curso

LicençasEmissão CO

2

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

122

Euros

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 os montantes de Euros 11.912.487 e Euros 5.193.735 registados na rubrica “Licenças de emissão de CO

2” referem-se ao valor das licenças de emissão de gases com

efeitos de estufa atribuídas a título gratuito e depositadas a favor das empresas do Grupo no Registo Português de Licenças de Emissão relativos ao ano de 2018 e 2017 respetivamente, acrescido das licenças adquiridas e deduzido das licenças alienadas, das perdas por imparidade identificadas e das licenças entregues/entregar à Entidade Coordenadora do Licenciamento.

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue:

Saldo inicial

Saldo inicial

Saldo final

Valor líquido

Licenças atribuídas (Nota 20.5.3)

Amortizações do período relativas a: Emissões de gases com efeito de estufa no período(Nota 20.5.3)

Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento

Licenças alienadas (Nota 20.5.3)

2 638 187

(1 612 886)

(1 484 685)

1 024 912

13 416 636

(8 222 901)

(11 863 775)

11 912 487

2 574 329

(1 530 129)

(1 612 886)

1 025 301

14 058 738

(8 678 628)

(8 222 901)

5 193 735

2 509 597 23 776 262 2 638 187 13 416 636

2 041 191

(1 475 455)

1 603 656

22 570 591

(11 816 568)

8 175 694

2 081 786

(1 612 835)

1 530 078

10 533 837

(8 222 549)

8 678 276

(566 125) (4 035 273) (487 850) (2 497 665)

ATIVOS

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS E PERDAS POR IMPARIDADE

31/12/18 31/12/17

ToneladasEurosToneladas

Saldo final

(1 603 656) (8 175 692) (1 530 078) (8 678 274)Licenlas devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

123

O Grupo alienou, no período findo em 31 de dezembro de 2018, 566.125 toneladas (487.850 toneladas em 2017) de licenças de emissão de CO

2, tendo registado ganhos no montante de Euros 9.824.690

(Euros 2.809.348 em 2017) (Nota 31).

14/PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Participações financeiras”, apresenta a seguinte composição:

ValorValores em Euros

Setefrete, SGPS, S.A.

MC - Materiaux de Construction

J.M.J. - Henriques, Lda.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

2 054 898 1 981 451

25,00% 1 507 381 25,00% 1 459 897

49,36% 1 432 49,36% 1 698

50,00% 373 235 28,57% 375 017

35,00% 172 850 35,00% 144 839

ASSOCIADAS

31/12/18 31/12/17

% detidaValor% detida

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

124

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

1 981 451

940 886

(731 250)

(135 924)

(265)

-

1 762 873

1 047 841

(707 688)

(125 821)

(369)

4 615

Saldo inicial

Ajustamento cambial

Outros movimentos

Resultado líquido apropriado (Nota 28)

Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A.

Dividendos atribuídos pela Ave, S.A.

1 981 4512 054 898Saldo final

Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, detalham-se como se segue:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

125

Os montantes de Euros 7.640.894 e Euros 1.569.002 registados em imposto corrente em 31 de dezembro de 2018 e 2017, respetivamente, incluem:

31/12/18

31/12/18

Valores em Euros

Valores em Euros

31/12/17

31/12/17

Imposto corrente

Estimativa de imposto do período das empresas não perten-centes ao Grupo fiscal Semapa (Nota 25)

Estimativa de Imposto das empresas que integram o Grupo fiscal Semapa (Nota 36)

7 640 894

5 848 300

1 582 597

1 569 002

6 175 879

2 360 608

(5 326 546)

763 122

2 898 091

(6 963 210)

(5 078 581)

(553 125)

(21 170 461)

(4 275)

Liquidações adicionais de IRC

IRC de exercícios anteriores

Imposto diferido (Notas 15.2)

Excesso / (insuficiência) de estimativa de exercícios anteriores

(2 764 233)

7 640 894

(16 703 368)

1 569 002

15.1. Imposto corrente

A Secil e algumas das suas subsidiárias integram, desde 1 de janeiro de 2014, o Grupo Fiscal do qual a Semapa, S.G.P.S., S.A. é a sociedade dominante, sendo tributadas pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 75% e que cumprem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do Código do IRC.

As empresas que integram o perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresenta o seguinte detalhe:

15/IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

126

As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades fiscais por um período superior.

Noutros países em que o Grupo desenvolve a sua atividade os prazos são diferentes, em regra superiores.

O Conselho de Administração entende que eventuais correções àquelas declarações em resultado de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais não terão efeitos materiais nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2018.

A reconciliação da taxa efetiva de imposto nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 é evidenciada conforme se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Resultado antes de impostos

Taxa efetiva de imposto

5 831 871

-47,4%

(27 266 725)

61,3%

1 603 765 (7 498 349)

3 030 864

(775 645)

4 709 274

(3 165 546)

(4 450 665)

(5 326 546)

448 929

(238 932)

1 400 269

2 254 890

(6 246 250)

8 612 065

(3 612 949)

(6 680 083)

2 898 091

503 205

(7 470 690)

536 702

Imposto esperado

Diferenças permanentes (a)

Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores

Prejuízos fiscais não recuperáveis

Diferenças de taxas de imposto

Benefícios fiscais

Liquidações adicionais de IRC

Retenção na fonte a título definitivo

Imposto relativo a períodos anteriores

Ajustamentos à coleta (b)

(2 764 233) (16 703 368)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

127

(a) Este valor respeita essencialmente a:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Amortização e perdas por imparidade do goodwill

Mais / (menos) valias fiscais

(Mais) / menos valias contabilísticas

Benefícios fiscais (*)

Dividendos de empresas sediadas fora da U.E.

Resultados intragrupo sujeitos a tributação

Outros

Impacto fiscal (27,50%)

(*) - A rubrica “Benefícios fiscais” refere-se, essencialmente, a benefícios fiscais à exportação e investimento concedidos na Tunísia.

6 408 290

241 132

(681 546)

(1 433 046)

-

5 129 221

(255 721)

11 021 322

3 030 864

33 406 717

(1 980 699)

(1 584 456)

(1 282 988)

1 970 000

(3 096 441)

(976 881)

8 199 600

2 254 890

(940 886)

(35 950)

2 589 828

(1 047 841)

334 828

(17 542 639)

Efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial (Nota 28)

Aumento / (redução) de imparidades e provisões tributadas

Reporte dos gastos de financiamento líquidos de períodos de tributação anteriores

(b) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à coleta” respeita essencialmente à tributação autónoma no montante de Euros 1.452.055.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

128

15.2. Imposto diferido

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os movimentos ocorridos nos ativos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes:

Saldo final

Diferenças temporárias que originamativos por impostos diferidos

Diferenças temporárias que originamativos por impostos diferidos

Provisões e imparidades tributadas

Reavaliação de ativos fixos tangiveís

Provisões para recuperação ambiental e paisagística

Justo valor apurado em combinações empresariais

Prejuízos fiscais reportáveis

Diferimento da tributação de mais-valias

Imparidades em ativos fixos

Amortizações de ativos intangíveis

Outras diferenças temporárias

Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22)

Acréscimos de depreciações

Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22)

Instrumentos financeiros

Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22)

Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)

Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22)

Excesso do fundo de pensões (Nota 22)

Benefícios de reforma sem fundo autónomo(Nota 22)

Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13)

Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transações intra-grupo

Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22)

Outras diferenças temporárias

Valores refletidos no balanço

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Justo valor apurado em combinações empresariais

16 115 247

(52 430 380)

(642 369)

5 260 582

(1 209 255)

1 077 431

-

-

-

5 035

(5 035)

-

-

14 263 623

(46 087 332)

3 251 890

(94 622 829)

(800)

5 919 679

146 393

8 916 058

-

1 477

- -

259 364

3 397 483

(79 531 286)

67 932 564

(541 805)

(7 602 039)

-

13 980 125

33 728

-

-

-

-

-

-

74 310 650

(508 077)

30 546

(33 962 502)

(4 600)

4 045 599

4 949

(10 472 234)

(6 725)

-

-

-

-

-

24 170

(40 389 137)

60 558

1 274 642

-

(131 972)

3 969

(103 000)

-

-

-

-

-

-

64 527

1 039 670

303 366

(2 137 476)

-

1 659

82 490

(128 005)

-

942 443

-

-

-

-

385 856

(1 286 421)

45 260

(842 124)

-

-

206

-

4 847

125 448

(34 958)

(34 958)

-

-

15 355

(716 676)

4 090 064

(5 193 735)

-

-

(532 552)

-

140 410

(6 718 752)

-

-

-

-

3 697 922

(11 912 487)

45 450

(1 247 002)

-

48 695

(1 816)

229 150

(470)

-

-

-

-

-

43 164

(969 157)

2 037 001 (8 327) (422 157) - - - 1 606 517

1 524 164 72 230 - - - - 1 596 394

11 408 227 (241 758) 6 351 096 113 945 - (8 806 215) 8 825 295

66 315 235 - 1 183 272 - - - 67 498 507

4 248 724 49 058 (1 851 414) - - - 2 446 368

177 408 296

(189 703 211)

52 083 908

(54 069 165)

(8 378 605)

15 144 242

(2 856 971)

4 813 930

17 735 306

(446 872)

5 727 042

(648 461)

252 007

(5 649 384)

64 845

(1 443 149)

(34 958)

(34 958)

(8 739)

8 739

(8 806 215)

259 364

(2 421 709)

(64 482)

178 175 831

(180 360 903)

52 592 685

(51 402 413)

Resultados do período(Nota 15.1)

Ativosdetidospara venda

AjustamentoCambial

Capital próprioSaldo inicial TransferênciasValores em Euros

31/12/18

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

129

Saldo final

Diferenças temporárias que originamativos por impostos diferidos

Diferenças temporárias que originamativos por impostos diferidos

Provisões e imparidades tributadas

Reavaliação de ativos fixos tangiveís

Provisões para recuperação ambiental e paisagística

Justo valor apurado em combinações empresariais

Prejuízos fiscais reportáveis

Diferimento da tributação de mais-valias

Imparidades em ativos fixos

Amortizações de ativos intangíveis

Outras diferenças temporárias

Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22)

Acréscimos de depreciações

Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22)

Instrumentos financeiros

Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22)

Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)

Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22)

Excesso do fundo de pensões (Nota 22)

Benefícios de reforma sem fundo autónomo(Nota 22)

Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13)

Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transações intra-grupo

Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22)

Outras diferenças temporárias

Valores refletidos no balanço

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Justo valor apurado em combinações empresariais

25 784 522

(60 797 976)

(1 596 444)

7 706 236

(8 072 831)

656 325

-

-

-

5 035

(5 035)

-

-

16 115 247

(52 430 380)

3 006 290

(115 126 026)

(1 146)

13 438 378

246 746

7 100 166

-

-

- -

(30 312)

3 251 890

(94 622 829)

57 504 185

(541 805)

(9 494 338)

-

19 922 717

68 152

-

-

-

-

-

-

67 932 564

(541 805)

43 711

(33 962 502)

(7 069)

5 026 735

3 493

(8 935 928)

(9 589)

-

-

-

-

-

30 546

(33 962 502)

56 452

1 274 642

-

(217 562)

4 106

(422 360)

-

-

-

-

-

-

60 558

1 274 642

323 572

(2 137 476)

-

-

(20 206)

(40 841)

-

8 072

-

-

-

-

303 366

(2 137 476)

58 038

(842 124)

(8 122)

2 198

(22 703)

-

18 047

118 204

-

-

-

-

45 260

(842 124)

4 603 190

(5 193 735)

-

-

(575 457)

-

62 331

186 374

-

-

-

-

4 090 064

(5 193 735)

71 885

(1 247 002)

-

90 225

(25 712)

90 738

(723)

-

-

-

-

-

45 450

(1 247 002)

2 312 212 (11 514) (263 697) - - - 2 037 001

1 734 023 (209 859) - - - - 1 524 164

5 160 988 - 3 047 239 - 3 500 000 (300 000) 11 408 227

- - 66 315 235 - - - 66 315 235

9 866 308 (524 813) (496 634) (1 096 137) (3 500 000) - 4 248 724

110 525 376

(214 548 011)

32 906 720

(59 547 383)

(11 853 305)

26 046 210

(3 806 347)

7 548 274

80 062 296

(1 483 748)

23 349 177

(2 178 716)

(1 026 071)

312 650

(283 142)

115 407

-

-

-

-

(300 000)

(30 312)

(82 500)

(6 747)

177 408 296

(189 703 211)

52 083 908

(54 069 165)

Resultados do período(Nota 15.1)

Ativosdetidospara venda

AjustamentoCambial

Capital próprioSaldo inicial TransferênciasValores em Euros

31/12/17

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

130

Prejuízos fiscais reportáveis com imposto diferido ativo

São reconhecidos impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais na medida em que seja provável a realização do respetivo benefício fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. Os impostos diferidos ativos reconhecidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais que se espera virem a ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros, conforme se segue:

31/12/1731/12/18Valores em Euros Data limite

Margem - Companhia de Mineração 67 932 56474 310 650 não expira

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

131

Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo

Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, nesta data, não existir a capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se por ano de prescrição conforme se segue:

2023e posteriores

ALLMA - Microalgas, Lda.

Allmicroalgae - Natural products, S.A.

Secil Prébetão, S.A.

Secil Angola, SARL

SPB - S.G.P.S., Lda.

Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.

Silonor, S.A.

Soime, S.A.L.

Zarzis Béton

Sociedade de Inertes, Lda.

Secil Brasil Participações, S.A.

Supremo Cimentos, S.A.

231 529

152 523

59 579

-

-

-

-

-

-

300

-

20 401 131 822

171 950

10 013

390 279

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

10 013

390 279

1 143 631 586 068 557 563 - - - -

8 121 614

28 687

1 872 976

14 259 257

511 887

58 311

369 543

7 917 965

44 741 825

79 810 040 5 351 198 861 833 1 078 485 218 380 264 362 72 035 782

3 545 712

-

706 623

-

-

376 630

76 586

-

-

-

-

144 576

-

106 056

-

53 638

-

-

-

-

1 021 777

-

29 201

-

27 507

-

-

-

6 268

-

-

-

-

211 812

-

-

239 218

4 743

-

-

-

-

-

-

-

4 336 684

17 676

-

14 259 257

-

58 311

-

7 917 965

44 741 825

2018 2019 2020 2021 2022TotalEmpresa

Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.

Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.

Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda.

Secil Cement, B.V. (ex Seciment Investments, B.V.)

NÃO TRIBUTADAS PELO RETGS

TRIBUTADAS PELO RETGS

Hewbol, S.G.P.S., Lda.

Secil - Companhia Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.

Secil Britas, S.A.

734 197

200 880

-

-

-

-

-

-

-

-

256 334

106 626 94 254

477 863

22 399 470

1 160 665

5 697 885

133 290 504

5 697 885

61 559

-

-

-

5 351 198

-

-

-

-

861 833

-

-

-

-

1 078 485

-

-

-

-

218 380

-

7 214 482

693 055

-

9 416 794

10 617

15 184 988

467 610

5 697 885

116 363 814

50 942

888 565 - - - - 871 318 17 247

21 963 990

373 253

-

- - - - 9 152 432 44 328 032

-

-

-

-

-

-

-

-

-

21 963 990

373 253

Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.

Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de Marcas, Lda.

Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.

Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido

Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

132

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as rubricas “Outros investimentos financeiros” e “Outros ativos financeiros”, líquidas de perdas acumuladas por imparidade, decompõem-se conforme se segue:

Valores em Euros

Outros investimentos financeiros - não corrente:

-

2 449 909

1 256 428

1 256 428

-

(117 211)

-

-

-

2 332 698

1 256 428

1 256 428

3 300 000

175 669

927 194

927 194

-

(117 211)

-

-

3 300 000

58 458

927 194

927 194

233 850

-

233 850

2 449 9092 683 759

(40 017)

-

(40 017)

(117 211)(157 228)

193 833

-

193 833

2 332 6982 526 531

271 326

14 623

3 571 326

190 2923 761 618

(44 806)

-

(44 806)

(117 211)(162 017)

226 520

14 623

3 526 520

73 0813 599 601

Quantia bruta Quantia brutaImparidade acumulada

Quantia escrituradalíquida

Quantia escrituradalíquida

Imparidade acumulada

31/12/18 31/12/17

Outros investimentos financeiros - não corrente:

Outros investimentos financeiros - não corrente:

Adiantamentos para investimentos financeiros

Instrumentos financeiros derivados (Notas 37 e 38)

Outros investimentos financeiros

Outros ativos financeiros

Instrumentos financeiros derivados (Nota 38)

16/OUTROS INVESTIMENTOS E ATIVOS FINANCEIROS

A rubrica “Outros ativos financeiros – não corrente” no montante de Euros 2.332.698, inclui Euros 2.273.001 referente a penhores detidos sobre depósitos bancários (Nota 4).

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, nas perdas acumuladas por imparidade são conforme se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Saldo inicial

Mais / (menos) valias fiscais

Saldo final

162 017

-

157 228

154 360

14 250

162 017

(4 789) (6 593)Ajustamento cambial

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

133

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Saldo inicial

Mais / (menos) valias fiscais

Saldo final

162 017

-

157 228

154 360

14 250

162 017

(4 789) (6 593)Ajustamento cambial

17/INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os inventários, líquidos de perdas acumuladas por imparidade, apresentam a seguinte composição:

Valores em Euros

Produtos e trabalhos em curso

Produtos acabados e intermédios

Mercadorias

Adiantamento por conta de compras

Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo 65 858 767

2 301 458

24 352 357

8 951 439

558 003

102 022 024 (11 668 512) 90 353 512 105 877 946 (13 953 813) 91 924 133

(7 489 207)

-

(4 112 593)

(66 712)

-

58 369 560

2 301 458

20 239 764

8 884 727

558 003

71 075 879 (9 102 271)

3 006 296 - 3 006 296

24 766 682 (4 731 799) 20 034 883

7 025 973 (119 743) 6 906 230

3 116 - 3 116

61 973 608

Quantia bruta Quantia brutaImparidade acumulada

Quantia líquida

Quantia líquida

Imparidade acumulada

31/12/18 31/12/17

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

134

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue:

Os aumentos e reposições, no montante líquido de Euros (1.735.779) e Euros 830.953, em 31 de dezembro de 2018 e 2017 respetivamente, foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de inventários (perdas)/ reversões)”.

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Saldo inicial

Reposições

Utilizações

Ajustamento cambial

Saldo final

13 953 813

(3 689 510)

(5 258)

(544 264)

11 668 512

14 498 591

(756 932)

(7 892)

(1 367 839)

13 953 813

1 953 731 1 587 885Aumentos

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

135

31/12/17

31/12/17

31/12/18

31/12/18

18.1. Categorias de ativos financeiros

18.2. Ativos financeiros - clientes

As categorias de ativos financeiros, líquidas de perdas acumuladas por imparidade, em 31 de dezembro de 2018 e 2017 são detalhadas conforme se segue:

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, apresenta a seguinte composição:

Valores em Euros

Disponibilidades (Nota 4):

Numerário

Clientes (Nota 18.2)

Ativos financeiros ao custo:

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

Créditos a receber - corrente (Nota 18.3)

Outras aplicações de tesouraria

Outras aplicações de tesouraria

119 662

86 452 425

-

(24 585 098)

119 662

61 867 327

536 329

88 556 457

-

(27 332 632)

536 329

61 223 825

100 898 260

24 507 339

495 038

4 015 983

101 512 960

114 975 747

216 488 707

-

(32 662 332)

(32 662 332)

-

(6 221 259)

-

(1 855 975)

100 898 260

18 286 080

495 038

2 160 008

101 512 960

82 313 415

183 826 375

115 092 410

24 862 435

1 777 405

4 487 150

117 406 144

117 906 042

235 312 186

-

(6 489 512)

-

(1 855 975)

-

(35 678 119)

(35 678 119)

115 092 410

18 372 923

1 777 405

2 631 175

117 406 144

82 227 923

199 634 067

Quantia bruta Quantia brutaImparidade acumulada

Quantia escrituradalíquida

Quantia escrituradalíquida

Imparidade acumulada

Valores em Euros

Clientes - Partes relacionadas (Nota 36)

Clientes 86 299 748

152 677

86 452 425 (24 585 098) 61 867 327 88 556 457 (27 332 632) 61 223 825

(24 585 098)

-

61 714 650

152 677

88 475 158 (27 332 632)

81 299 - 81 299

61 142 526

Quantia bruta Quantia brutaImparidade acumulada(Nota 18.4)

Imparidade acumulada(Nota 18.4)

Quantia líquida

Quantia líquida

18/ATIVOS FINANCEIROS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

136

31/12/17

31/12/17

31/12/18

31/12/18

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, é detalhada conforme se segue:

Valores em Euros

Vencido:

90-180 dias

0-90 dias

180-360 dias

> 360 dias

Não vencido

17 512 128

2 448 184

2 191 584

24 450 399

86 452 425 (24 585 098) 61 867 327 88 556 457 (27 332 632) 61 223 825

39 850 130

(69 379)

(253 129)

(689 927)

(23 514 929)

(57 734)

17 442 749

2 195 055

1 501 657

935 470

39 792 396

11 959 158 (541)

4 106 688 (208 130)

2 048 323 (764 275)

26 838 277 (26 295 684)

43 604 011 (64 002)

11 958 617

3 898 558

1 284 048

542 593

43 540 009

Quantia bruta Quantia brutaImparidade acumulada

Quantia escriturada líquida

Quantia escriturada líquida

Imparidade acumulada

18.3. Ativos financeiros – outros créditos a receber

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Outros créditos a receber - corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

Valores em Euros

Outros devedores

Adiantamentos a fornecedores

Devedores por acréscimos de rendimentos

Juntos a receber

Partes relacionadas - outras operações (Nota 36)

Outros

Outros

1 615 308

256 023

-

-

1 615 308

256 023

1 733 128

247 757

-

-

1 733 128

247 757

4 655 179

17 476 042

504 787

23 746 529

760 810

24 507 339

(6 221 259)

-

(6 221 259)

-

(6 221 259)

-

4 655 179

11 254 783

504 787

17 525 270

760 810

18 286 080

4 556 253

18 067 774

257 523

24 357 155

505 280

24 862 435

-

(6 489 512)

(6 489 512)

-

-

(6 489 512)

4 556 253

11 578 262

257 523

17 867 643

505 280

18 372 923

Quantia bruta Quantia brutaImparidade acumulada(Nota 18.4)

Quantia escriturada líquida

Quantia escriturada líquida

Imparidade acumulada(Nota 18.4)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

137

A rubrica “Outros devedores – Outros” no montante de Euros 11.254.783, inclui Euros 5.571.124 referente a penhores detidos sobre depósitos bancários (Nota 4).

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Outros créditos a receber - não corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

Valores em Euros

Outros devedores

Outros

Cauções prestadas a favor de terceiros 1 466 552 - 1 466 552 1 466 552 - 1 466 552

2 549 431

4 015 983 (1 855 975)

(1 855 975) 693 456

2 160 008

3 020 598

4 487 150

(1 855 975)

(1 855 975)

1 164 623

2 631 175

Quantia bruta Quantia brutaImparidade acumulada(Nota 18.4)

Quantia escriturada líquida

Quantia escriturada líquida

Imparidade acumulada(Nota 18.4)

18.4. Imparidade de dívidas a receber

Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a receber, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, são conforme se segue:

Valores em Euros

Aumentos

Reposições

Utilizações

Ajustamento cambial

Saldo final

Saldo inicial

1 855 975 1 855 97524 585 098 6 221 259 32 662 332

- -

- -

- -

- -

1 855 975 1 855 975

1 065 500 1 729 60039 541

(1 066 927) (46 862)

(2 040 691) (216 156)

(705 416) (44 776)

27 332 632 27 439 5336 489 512

1 105 041

(1 113 789)

(2 256 847)

(750 192)

35 678 119

Clientes(Nota 18.2)

Clientes(Nota 18.2)

Outros Devedores não correntes(Nota 18.3)

Outros Devedores não correntes(Nota 18.3)

Outros Devedores correntes(Nota 18.3)

Outros Devedores correntes(Nota 18.3)

Total Total

31/12/18 31/12/17

31/12/1731/12/18

27 332 632

(1 105 573)

(48 785)

(682 143)

6 489 512 35 678 119

283 779

(25 917)

-

(30 608)

6 262 258

2 013 380

(1 131 490)

(48 785)

(712 751)

35 557 766

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

138

Os aumentos e reposições, no montante de Euros 1.105.041 (Euros 2.013.380 em 2017) e Euros 1.113.789 (Euros 1.131.490 em 2017), respetivamente, foram reconhecidos pelo líquido na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões)”.

19/ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

No período findo em 31 de dezembro de 2018 e 2017 os ativos e passivos diretamente associados a ativos não correntes detidos para venda detalham-se como se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Ativos fixos tangíveis

Passivos por impostos diferidos

Ativos por impostos diferidos

56 576 183

8 534 209

1 964 956

1 900 474

ATIVO

PASSIVO

6 030 000

2 504 209

-

-

1 882 456

82 500

64 482

64 482

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

139

Em 31 de dezembro de 2018, os ativos apresentados como não correntes detidos para venda correspondem a equipamentos industriais adquiridos à Massa Insolvente de CNE – Cimentos Nacionais ou Estrangeiros, S.A., Euros 6.030.000.

Em 31 de dezembro de 2017, os ativos apresentados como não correntes detidos para venda, respeitam a: (i) equipamentos industriais (ensacadora e paletizadora) adquiridos à Massa Insolvente de CNE – Cimentos Nacionais ou Estrangeiros, S.A. em 2016, no valor de Euros 850.000, alienados em 2018; e (ii) às centrais de betão adquiridas em 2011, no valor de Euros 1.032.456, tendo sido reavaliada em 2018 a decisão de proceder à venda, e consequente transferência para ativos fixos tangíveis.

20.1. Capital subscrito, ações próprias e outros instrumentos de capital próprio

Em 31 de dezembro de 2017, o capital social da Empresa, encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 52.920.000 ações com o valor nominal de Euros 5.

Por deliberação da Assembleia Geral realizada em 31 de maio de 2018, o capital social foi reduzido no montante de Euros 40.416.516, da seguinte forma:

• Extinção de 4.184.460 ações próprias no valor total de Euros 20.922.300; e

• Redução do valor nominal das restantes ações em Euros 0,40, utilizado para cobertura de perdas no montante de Euros 19.494.216.

20/CAPITAL PRÓPRIO

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

140

31/12/1831/12/18

% do capital detidaNº ações

Valores em Euros

NOME

31/12/1731/12/17

Semapa, S.G.P.S., S.A.

CIMO - Gestão de participações, SGPS, S.A.

Ações próprias

48 734 540 100,00%

1 000 0,00%

- 0,00%

48 735 540 100,00%

48 734 540 92,09%

- 0,00%

4 184 460 7,91%

52 920 000 100,00%

- 0,00%1 000 0,00%Longapar, S.G.P.S., S.A.

Em resultado desta operação, em 31 de dezembro de 2018, o capital social da Empresa passou a ser representado por 48.735.540 ações com o valor nominal de Euros 4,60, encontrando-se totalmente subscrito e realizado.

As pessoas coletivas que detém posições relevantes no capital social da sociedade em 31 de dezembro de 2018 e 2017 detalham-se conforme se segue:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

141

No exercício de 2018, a CIMO – Gestão de Participações, SGPS S.A. incorporou por fusão a Longapar, SGPS S.A., acionista da Secil.

As ações próprias evidenciadas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo em 31 de dezembro de 2017 eram detidas pela Secil.

O movimento de outros instrumentos de capital próprio nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foi conforme se segue:

Os montantes de Euros 136.500.000 e Euros 140.000.000, registados nesta rubrica, respetivamente em 31 de dezembro de 2018 e 2017, referem-se a prestações acessórias concedidas pelo acionista Semapa-Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A..

Nos termos estatutários, estas prestações apenas podem ser restituídas aos acionistas desde que o capital próprio não fique inferior à soma do capital social e da reserva legal.

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Saldo inicial

Saldo final

140 000 000

136 500 000

140 000 000

140 000 000

(3 500 000) -Restituição de prestações acessórias

20.2. Reservas legais

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Reserva legais” ascende a Euros 40.680.725.

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital.

Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade poderá contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

142

20.3. Outras reservas

20.4. Excedente de revalorização

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como se segue:

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como se segue:

O montante de Euros 13.993.815 não se encontra disponível para distribuir aos acionistas do Grupo.

31/12/18

31/12/18

Valores em Euros

Valores em Euros

31/12/17

31/12/17

Saldo inicial

Saldo inicial

Saldo final

Saldo final

19 037 493

14 011 358

17 350 048

13 993 815

41 312 243

14 027 936

19 037 493

14 011 358

(1 687 445)

(20 211)

2 668

(22 274 750)

(20 927)

4 349

Extinção de ações próprias

Excedente realizado no período

Imposto diferido no período

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

143

20.5. Outras variações no capital próprio

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Outras variações no capital próprio” apresenta a seguinte composição:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais

Impostos diferidos - desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa

Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa

Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura

(156 457 644)

(49 926)

(144 694)

11 906 243

(3 043 865)

(608 723)

(131 707 893)

1 029 317

(426 274)

5 187 493

(1 324 117)

(640 058)

699 030

(181 473)

2 775 729

109 780

(3 258 774)

(148 254 317)

824 343

(214 078)

2 889 675

109 780

(3 879 966)

(128 151 778)

Subsídios ao investimento

Impostos diferidos - subsídios ao investimento

Reserva de justo valor de derivados de cobertura

Justo valor em associadas

Transações de capital próprio

20.5.1. Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

O montante de Euros 156.457.644, respeita ao valor apropriado pelos detentores do capital da empresa-mãe das diferenças cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das sociedades, goodwill e empréstimos que qualificam como extensões do investimento líquido, essencialmente na Tunísia, Brasil, Líbano e Angola, sendo o movimento nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 detalhado como se segue:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

144

DiminuiçõesAumentosSaldo inicial

31/12/18

Valores em Euros Saldo final

Société des Ciments de Gabès e subsidiárias:

Secil Angola, S.A.R.L.:

Conversão do goodwill (Nota 9)

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão das demonstrações financeiras

(73 318 331)

(33 410 151)

2 024 650

3 936 811

(21 517)

(1 417 482)

834 677

1 126 720

(76 595)

(28 563 220)

(5 410 599)

6 234 159

(3 623 291)

(23 724)

(131 707 893)

-

-

25 800

1 879 273

-

675 574

2 803 181

450 501

-

-

-

141 449

-

926

5 976 704

(7 072 327)

(3 213 665)

-

-

-

-

-

-

(1 399)

(14 807 069)

(3 050 694)

-

(2 581 302)

(30 726 456)

(80 390 658)

(36 623 816)

2 050 450

5 816 084

(21 517)

(741 908)

3 637 858

1 577 221

(77 994)

(43 370 289)

(8 461 293)

6 375 608

(6 204 593)

(22 798)

(22 798)

Extensão do investimento líquido

Conversão do goodwill (Nota 9)

Conversão do goodwill (Nota 9)

Secil Brasil Participações S/A

Sociedade de Inertes, Lda.

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill

Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:

Ciment de Sibline, SAL:

I3 Participações e Serviços, Ltda.

Supremo Cimentos, S.A.

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão das demonstrações financeiras

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

145

Société des Ciments de Gabès e subsidiárias:

Secil Angola, S.A.R.L.:

Conversão do goodwill (Nota 9)

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão das demonstrações financeiras

Extensão do investimento líquido

Conversão do goodwill (Nota 9)

Conversão do goodwill (Nota 9)

Secil Brasil Participações S/A

Sociedade de Inertes, Lda.

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill (Nota 9)

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão do goodwill

Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:

Ciment de Sibline, SAL:

I3 Participações e Serviços, Ltda.

Supremo Cimentos, S.A.

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão das demonstrações financeiras

Conversão das demonstrações financeiras

DiminuiçõesAumentosSaldo inicial

31/12/17

Valores em Euros Saldo final

(63 312 144)

(28 810 276)

2 130 771

9 395 399

(21 517)

(2 889 412)

9 611 307

2 654 217

(71 312)

(5 240 875)

420 682

4 864 697

196 306

3 536

(71 068 621)

-

-

-

-

-

1 471 930

-

-

-

-

-

1 369 462

-

-

2 841 392

(10 006 187)

(4 599 875)

(106 121)

(5 458 588)

-

-

(8 776 630)

(1 527 497)

(5 283)

(23 322 345)

(5 831 281)

-

(3 819 597)

(27 260)

(63 480 664)

(73 318 331)

(33 410 151)

2 024 650

3 936 811

(21 517)

(1 417 482)

834 677

1 126 720

(76 595)

(28 563 220)

(5 410 599)

6 234 159

(3 623 291)

(23 724)

(131 707 893)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

146

20.5.2. Desvios e alterações de pressupostos atuariais

20.5.3. Subsídios do governo

O movimento dos desvios e alterações de pressupostos atuariais nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, repartido entre Grupo e Interesses que não controlam, decompõe-se como segue:

Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investimento nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 são conforme se segue:

Valores em Euros

Interesses que não controlam

Movimento no período (Nota 22.2)

Saldo final

1 029 317

(1 079 243)

(49 926)

301 588

(167)

301 421

1 330 905

(1 079 410)

251 495

1 107 183

(77 866)

1 029 317

301 508

80

301 588

1 408 691

(77 786)

1 330 905

Detentores do capital daempresa-mãe

Detentores do capital daempresa-mãe

Interessesque não controlam

Interessesque não controlam

Total Total

31/12/18 31/12/17

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Saldo inicial

Saldo final

Subsídios ao investimento repartidos em:

842 124

716 675

716 675

962 526

842 124

842 124

-

727 005

(852 454)

699 030

17 645

716 675

(2 198)

5 665

(123 869)

824 343

17 781

842 124

Ajustamento cambial

Subsídios recebidos no período

Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 31)

Detentores do capital da empresa-mãe

Interesses que não controlam

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

147

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa

Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 são conforme se segue:

31/12/18

31/12/18

Valores em Euros

Valores em Euros

31/12/17

31/12/17

Saldo inicial

Saldo inicial

Saldo final

Saldo final

5 187 492

2 889 675

11 906 242

2 775 729

5 373 869

1 780 670

5 187 492

2 889 675

22 570 591

(113 946)

(11 816 568)

(4 035 273)

10 533 837

1 109 005

(8 222 549)

(2 497 665)

Licenças atribuídas no período (Nota 13)

Aumentos de justo valor (Nota 38)

Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 31)

Licenças alienadas no período (Nota 13)

20.5.4. Reserva de justo valor de derivados de cobertura

Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 38) nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 são conforme se segue:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

148

20.6. Aplicação do resultado do período anterior

20.7. Proposta de aplicação de resultados

Por deliberação da Assembleia Geral da Secil, realizada em 26 de abril de 2018, procedeu-se à transferência do resultado líquido negativo no montante de Euros 20.629.181, do período findo em 31 de dezembro de 2017, para a rubrica “Resultados transitados”.

Para o resultado líquido do período de 2018, no montante de Euros 3.871.045, o Conselho de Administração da Sociedade propõe a seguinte aplicação:

Valores em Euros 31/12/18

Reservas legais

Resultado líquido do período

193 552

3 871 045

2 542 528

1 134 965

Outras reservas

Resultados transitados

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

149

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

O aumento, no montante de Euros 5.520.302 (redução de Euros 174.732 em 2017), registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui:

(i) o aumento de Euros 9.730.749 (Euros 5.646.896 em 2017);

(ii) o total das reposições de Euros 4.210.447 (Euros 5.821.628 em 2017).

OutrasRecuperação ambientalValores em Euros Total

Saldo em 1 de janeiro de 2017

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 31 de dezembro de 2018

Desconto financeiro (Nota 34)

Desconto financeiro (Nota 34)

Utilizações

Utilizações

Reposições

Reposições

Ajustamento cambial

Ajustamento cambial

Transferências

Transferências

23 331 074

15 347 976

14 627 548

7 258 990

7 526 197

7 583 183

-

-

283 585

309 709

(6 743 671)

(6 627 543)

(5 310)

(95 140)

(5 664 038)

(4 053 149)

(157 590)

(157 298)

-

303 954

135 311

-

(1 209 928)

(73 924)

(1 146)

(800)

30 590 064

22 874 173

22 210 731

283 585

309 709

(6 748 981)

(6 722 683)

(5 821 628)

(4 210 447)

135 311

303 954

(1 211 074)

(74 724)

5 634 539

9 730 234

12 357

515

5 646 896

9 730 749

Aumentos

Aumentos

21/PROVISÕES

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

150

Benefícios pós-emprego - contribuição definida

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Benefícios a longo prazo

Conta “Reserva”

Contribuições efetuadas

Insuficiência/ (excesso) dos fundos

Responsabilidades por subsídios por morte

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por prémios de antiguidade

Conforme referido nas Notas 3.15 e 3.16 o Grupo atribui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos benefícios pós emprego e outros benefícios a longo prazo.

A evolução das responsabilidades assumidas, refletidas no balanço consolidado em 31 de dezembro de 2018 e 2017, são conforme se segue:

(Rendimentos)/ Gastosfinanceiros

Outras variações no capital próprio

Gastos com o pessoal (Nota 30)

Acréscimo/ (redução) de responsabilidades

31/12/18

Resultado do período

Saldo inicial

Variaçãocambial

Prémiospagos/resgates

Dotaçõesparafundos

Saldo final

Pagamentos efetuadosValores em Euros

-

4 090 066

303 366

(646 288)

(2 092 215)

60 558

363 924

1 793 448

32 511

45 450

2 075 812

(646 288)

1 226 866

75 381

149 111

1 226 866

-

(32 409)

3 969

153 080

1 428 966

5 167

881

49 020

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

140 410

-

-

947 289

-

-

1 079 410

(7 819)

(470)

1 079 410

-

-

4 090 066

-

(646 288)

1 658

-

-

(2 876)

(4 534)

-

(2 876)

(646 288)

(1 226 866) -

(607 935) -

(66 621) -

(1 188 673) -

38 193 -

- -

- -

(66 621) -

(1 865 926) -

- -

(2 697) -

(610 632) -

-

-

-

-

(95 389)

-

-

(95 389)

-

-

(95 389)

-

-

3 697 922

385 856

(608 095)

(1 271 066)

64 527

450 383

2 337 633

25 325

43 164

2 495 345

(608 095)

22/BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

151

Benefícios pós-emprego - contribuição definida

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Benefícios a longo prazo

Conta “Reserva”

Contribuições efetuadas

Insuficiência/ (excesso) dos fundos

Responsabilidades por subsídios por morte

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por prémios de antiguidade

(Rendimentos)/ Gastosfinanceiros

Outras variações no capital próprio

Gastos com o pessoal (Nota 30)

Acréscimo/ (redução) de responsabilidades

31/12/17

Resultado do período

Saldo inicial

Variaçãocambial

Prémiospagos/resgates

Dotaçõesparafundos

Saldo final

Pagamentos efetuadosValores em Euros

-

4 603 190

323 572

(656 487)

(2 046 669)

56 452

380 024

2 395 654

43 711

71 885

2 672 117

(656 487)

1 198 850

85 104

102 770

1 198 850

-

(31 453)

4 106

106 876

1 342 400

6 076

(23 053)

36 674

-

-

(7 954)

-

-

-

(7 954)

-

-

-

-

-

-

62 331

-

-

26 119

-

-

77 786

(9 941)

(723)

77 786

-

-

-

-

-

(8 122)

-

-

(15 457)

(7 335)

-

(15 457)

-

(1 198 850) - -

(660 559) -

(122 976) -

(1 180 697) -

18 153 -

- (400)

- -

(122 976) -

(1 966 891) (400)

- -

(2 659) -

(663 218) (400)

-

-

-

-

(31 690)

-

-

(31 690)

-

-

(31 690)

-

4 090 066

303 366

(646 288)

(2 092 215)

60 558

363 924

1 793 448

32 511

45 450

2 075 812

(646 288)

Em 2010, foi alterado o contrato constitutivo do Fundo de Pensões Secil, que passou a designar-se por Fundo de Pensões do Grupo Secil, substituindo integralmente o anterior contrato e produzindo efeitos a 1 de janeiro desse mesmo ano.

São associadas do Fundo, a Secil e as suas subsidiárias:

(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. e Unibetão – Industrias de Betão Preparado, S.A., que integraram (e extinguiram simultaneamente) os seus Fundos de Pensões no Fundo de Pensões do Grupo Secil;

(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a sua apólice de seguro no Fundo de Pensões do Grupo Secil;

(iii) Secil Britas, S.A, Beto Madeira, S.A. e Brimade, S.A.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

152

22.1. Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida

Os Planos de Pensões de Contribuição Definida geridos pelo Fundo de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas associadas e pelos participantes contribuintes e são os seguintes:

(i) Planos Secil e CMP, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor nas empresas) e que tenham optado pela transição para estes Planos e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(ii) Plano Unibetão, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo, celebrado ao abrigo do CCT celebrado entre a APEB e a FETESE e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, com exceção dos trabalhadores da Unibetão que estejam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, os quais continuam a beneficiar do Plano de benefício definido, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(iii) Plano Beto Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto e a FETESE – Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros;

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

153

(iv) Plano Secil Britas, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(v) Plano Cimentos Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 1 de janeiro de 2012 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor na empresa) e todos os empregados admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir dessa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(vi) Plano Brimade inclui todos os trabalhadores que tinham à data de 1 de julho de 2012 um contrato de trabalho sem termo e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos ao serviço após essa data.

22.2. Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos

Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, são os seguintes:

Retornoesperado dosativos do plano

Total de gastoscom o pessoal(Nota 30)

Serviços correntes

Custo dos juros

31/12/18

Valores em Euros

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por pensões com fundo autónomo

-

2 843

881

11 553

7 829

75 381

2 324

-

446 043

368 338

-

-

-

(408 576)

(408 576)

75 381

5 167

881

49 020

(32 409)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

154

Retornoesperado dosativos do plano

Total de gastoscom o pessoal(Nota 30)

Serviços correntes

Custo dos juros

31/12/17

31/12/18

31/12/17

12/31/18

Valores em Euros

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

Responsabilidades por pensões com fundo autónomo

Responsabilidades por pensões com fundo autónomo

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por subsídios de reforma

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por pensões com fundo autónomo

-

(140 410)

(62 331)

(40 023)

(280 159)

7 819

9 941

470

723

(172 144)

(331 826)

(907 266)

254 040

(1 079 410)

(77 786)

281 622

25 301

(797 788)

(52 485)

3 063

1 092

11 608

7 453

85 104

-

-

(907 266)

254 040

-

-

-

-

3 013

-

3 013

397 585

-

(140 410)

(62 331)

38 580

17 108

(947 289)

(26 119)

244 822

10 746

7 819

9 941

(1 681)

(2 397)

470

723

(99)

(156)

-

-

(436 491)

(436 491)

85 104

(101 830)

(45 223)

(702 467)

(15 373)

6 138

7 544

371

567

6 076

(23 053)

36 674

(31 453)

Outrosdesvios

Outrosdesvios

Ativos planoest. vs real

Ativos planoest. vs real

Imposto diferido

Imposto diferido

Valorlíquido

Valorlíquido

Total(Nota 20.5.2)

Total(Nota 20.5.2)

Valores em Euros

Valores em Euros

Os ganhos e perdas reconhecidos diretamente nos capitais próprios nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, são como se segue:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

155

Os gastos apresentados correspondem aos planos de benefícios definidos existentes no universo de empresas que constituem o Grupo os quais seguidamente se descrevem.

22.2.1. Caracterização dos planos de benefícios definidos

Planos de benefícios definidos com fundos geridos por terceiras entidades.

Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência e subsídio de reforma

A Secil e as suas subsidiárias:

(i) CMP- Cimentos Maceira e Pataias, S.A.;

(ii) Unibetão- Industrias de Betão Preparado, S.A.;

(iii) Cimentos Madeira, Lda.;

(iv) Betomadeira – Betões e Britas da Madeira, S.A.;

(v) Societé des Ciments de Gabès;

Assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada, pensões de sobrevivência ou subsídios de reforma.

As responsabilidades derivadas destes planos são asseguradas por fundos autónomos, administrados por terceiros ou cobertas por apólices de seguro.

Estes planos são avaliados semestralmente, às datas dos fechos intercalar e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e independentes, utilizando o método de crédito da unidade projetada.

Planos de benefícios definidos a cargo do Grupo

Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência

As responsabilidades decorrentes dos reformados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de dezembro de

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

156

1987, são asseguradas diretamente pela Secil. De igual forma, as responsabilidades assumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas diretamente pela empresa.

Em 26 de junho de 2012, as responsabilidades a cargo da Cimentos Madeira, Lda. e Beto Madeira- Betões e Britas da Madeira, S.A. relativas a todos os reformados e pensionistas que se encontravam a receber uma pensão, foram transferidas para o Plano de Pensões de Benefícios Definidos da Cimentos Madeira o qual integrou o Fundo de Pensões do Grupo Secil.

Estes planos são igualmente avaliados semestralmente, por entidades independentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura correspondentes aos prémios únicos das rendas vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com atuais pensionistas e o método de crédito da unidade projetada, na avaliação das responsabilidades com ativos.

Responsabilidades por assistência na doença

A subsidiária Cimentos Madeira, Lda. mantêm com os seus reformados regimes de assistência na doença, de natureza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, através de um seguro contratado.

Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma

A subsidiária do Grupo, Societé des Ciments de Gabès (Tunísia) assumiu com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de um subsídio de reforma por velhice e por invalidez com base no Acordo Coletivo de Trabalho, artigo 52, que representa: (i) 2 meses do último salário, se o trabalhador tem menos de 30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do último salário, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao serviço da empresa.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

157

22.2.2. Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior

Pressupostos utilizados na avaliação das responsabilidades

Os estudos atuariais efetuados por entidades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2018 e 2017, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades por serviços passados, tiveram por base os seguintes pressupostos:

31/12/18 31/12/17

Fórmula de Benefícios da Segurança Social

Decreto-Lei nº 187/2007de 10 de Maio

Decreto-Lei nº 187/2007de 10 de Maio

EKV 80

TV 88/90 TV 88/90

1,00% 1,00%

2,00% 2,00%

0,45% 0,45%

n/a n/a

EKV 80 Tabelas de invalidez

Tabelas de mortalidade

Taxa de crescimento salarial

Taxa de juro técnica

Taxa de crescimento das pensões

Taxa de crescimento das despesas de saúde

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

158

Responsabilidades por serviços passados com planos de benefícios de reforma e sobrevivência

De acordo com os estudos atuarias reportados a 31 de dezembro de 2018 e 2017, o valor presente da obrigação correspondente a planos de reforma, bem como os valores de mercado dos fundos/ apólices de seguro a eles afetos são como se segue:

Fundoautónomo

Fundoautónomo

Apólice de Seguro

Apólice de Seguro

Assumidopelo Grupo

Assumidopelo Grupo

Total

Total

31/12/18

31/12/17

Valores em Euros

Valores em Euros

Responsabilidades por serviços passados

Responsabilidades por serviços passados

Aposentados

Aposentados

Valor de mercado dos fundos

Valor de mercado dos fundos

Insuficiência / (excesso)

Insuficiência / (excesso)

Ativos

Ativos

17 111 754

18 777 692

(18 476 439)

(20 990 315)

(1 239 929)

(2 127 172)

124 756

85 451

-

-

(173 804)

(149 093)

(31 137)

34 957

142 667

184 050

3 697 922

4 090 066

-

-

3 697 922

4 090 066

-

-

20 809 676

22 867 758

(18 650 243)

(21 139 408)

2 426 856

1 997 851

267 423

269 501

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

159

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a evolução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução:

Fundoautónomo

Apólice de Seguro

Assumidopelo Grupo

Total

31/12/18

Valores em Euros

Responsabilidades no início do período

Variação cambial

Custo dos juros

Serviços correntes

Retorno esperado dos ativos do plano

Ganhos e perdas atuariais

Retorno estimado dos fundos de pensões

Reformas processadas

Pensões pagas no período

Responsabilidades no fim do período

-

356 406

(398 950)

398 950

(2 009 096)

-

17 236 510,00

18 863 143

(27 368)

11 932

(9 626)

9 626

-

(47 742)

142 667

184 050

-

75 381

-

-

(607 935)

-

3 697 922

4 090 066

(27 368)

443 719

(408 576)

408 576

(2 617 031)

(47 742)

21 077 099

23 137 259

Valores registados nos resultados do período:

Valores registados nos capitais próprios:

2 300

23 757

5 529

16 266

-

140 410

7 829

180 433

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

160

Responsabilidades no início do período

Variação cambial

Custo dos juros

Serviços correntes

Retorno esperado dos ativos do plano

Ganhos e perdas atuariais

Retorno estimado dos fundos de pensões

Reformas processadas

Pensões pagas no período

Responsabilidades no fim do período

Valores registados nos resultados do período:

Valores registados nos capitais próprios:

Fundoautónomo

Apólice de Seguro

Assumidopelo Grupo Total

31/12/17

-

384 233

(426 123)

426 123

(2 122 726)

-

18 863 143

20 336 027

(39 398)

13 352

(10 368)

10 368

-

(32 812)

184 050

220 905

-

85 104

-

-

(660 559)

-

4 090 066

4 603 190

(39 398)

482 689

(436 491)

436 491

(2 783 285)

(32 812)

23 137 259

25 160 122

1 254

264 355

6 199

15 804

-

62 331

7 453

342 490

Valores em Euros

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a evolução do património dos fundos/ apólices de seguro é conforme se segue:

Fundoautónomo

Capitalseguro

Capitalseguro

Fundo autónomo

31/12/1731/12/18

Valores em Euros

Saldo inicial

Variação cambial

Pensões pagas

Rendimento dos fundos no período

Reformas processadas

Saldo final

-

(2 009 096)

-

18 476 439

20 990 315

(29 026)

95 389

-

(47 742)

173 804

149 093

-

400 31 690

(2 122 726)

-

20 990 315

22 430 526

(31 276)

-

(32 812)

149 093

173 075

Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago

(504 780)

-

6 090 682 115 8 416

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

161

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a composição do fundo é conforme se segue:

Responsabilidades por serviços passados com outros benefícios pós emprego

De acordo com os estudos atuariais efetuados por entidades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2018 e 2017, o valor atual das responsabilidades com outros benefícios de reforma é o seguinte:

OutrasValores em Euros Total

Ações

Obrigações dívida pública

Imobiliário

Liquidez

Outras aplicações - curto prazo

3 352 795

10 308 827

9 050

158 919

2 794 536

18 476 439

4 109 904

3 022 605

104 952

675 888

-

20 990 315

1 852 312 13 076 966Obrigações dívida privada

Valores em Euros Assistênciana doença

Assistênciana doença

Subsídiode reforma

Subsídiode reformaTotal Total

31/12/18 31/12/17

Responsabilidades por serviços passados

Aposentados

Ativos

43 164 -

25 325 68 489 45 450 32 511 77 961 43 164

25 325 25 325

43 164

-

-

-

-

32 511

45 450

32 511

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

162

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a evolução das responsabilidades do Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução:

Valores em Euros Assistênciana doença

Assistênciana doença

Subsídiode reforma

Subsídiode reformaTotal Total

31/12/18 31/12/17

Responsabilidades no início do período

Variação cambial

Valores registados nos capitais próprios

Benefícios pagos no período

Responsabilidades no fim do período

(4 534)

3 724 1 092

2 324 -

77 961

(8 289)

(2 697)

68 489

- (4 534)

881 2 843

45 450 32 511

(470) (7 819)

- - - (24 145)

- 2 324

(2 697) -

43 164 25 325

-

71 885

(723)

(2 659)

45 450

(7 335)

3 063

3 013

-

43 711

(9 941)

-

32 511

(7 335)

4 155

3 013

(24 145)

115 596

(10 664)

(2 659)

77 961

Valores registados nos capitais próprios:

Serviços correntes

Custo dos juros

Alterações no plano

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

163

22.3. Benefícios a longo prazo

Responsabilidades por prémios de antiguidade

A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de um prémio, correspondente a 1,5 salários pensionáveis, àqueles que atingem 25 anos de antiguidade nas referidas empresas, os quais são pagos no ano em que o trabalhador perfaz aquele número de anos ao serviço da Empresa.

Responsabilidades por subsídio por morte

A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de um subsídio por morte do trabalhador ativo, de valor igual a 3 meses e 1 mês do último salário pensionável auferido, respetivamente.

De acordo com os estudos atuariais efetuados por entidades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2018 e 2017, o valor das responsabilidades com serviços passados com estes benefícios detalha-se como se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Prémios de antiguidade 385 856 303 366

64 527

450 383

60 558

363 924

Subsídios por morte

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

164

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a evolução das responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a seguinte evolução:

Valores em Euros Prémios de antiguidade

Prémios de antiguidade

Subsídiospor morte

Subsídiospor morteTotal Total

31/12/18 31/12/17

Responsabilidades no início do período

Serviços correntes

Benefícios pagos no período

Responsabilidades no fim do período

26 511

7 143 5 723

363 924

(66 621)

450 383

23 334 3 177

303 366 60 558

(66 621) -

119 909 (483) 119 426 72 969

5 868 1 275

385 856 64 527

24 078

323 572

(122 976)

303 366

3 042

1 190

(126)

56 452

-

60 558

27 120

6 913

72 843

380 024

(122 976)

363 924

Custo dos juros

Ganhos e perdas atuariais

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

165

As categorias de passivos financeiros em 31 de dezembro de 2018 e 2017 são detalhadas conforme se segue:

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição:

23.1. Categorias de passivos financeiros

23.2. Passivos financeiros - fornecedores

Valores em Euros Corrente CorrenteNão corrente Não correnteTotal Total

31/12/18 31/12/17

Passivos financeiros ao custo:

Financiamentos obtidos

Fornecedores

485 807 747

36 648 335

591 896 344

46 688 688

186 614 106

69 440 262

64 461 521 421 346 226

69 440 262 -

36 648 335

170 550 118

-

421 346 226

80 697 986

59 227 432

450 749 569

-

450 749 569

-

531 447 555

46 688 688

637 363 675

59 227 432

Outras dívidas a pagar

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Fornecedores c/c 60 077 996 49 117 503

8 023 599

1 338 667

450 383

7 526 594

2 583 335

59 227 432

Faturas em receção e conferência

Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 36)

23/PASSIVOS FINANCEIROS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

166

Os financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 são detalhados conforme se segue:

Em 2015, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 60.000.000, cujo reembolso será feito ao par em 2020. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Em 2015, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 80.000.000, com reembolso integral ao par em junho de 2020. Poderá ser solicitado o reembolso antecipado (Call Option) total, na 4ª, 6ª e 8ª datas de pagamento de juro. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Em 2016, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 26.000.000, com reembolso integral ao par em janeiro de 2021. Os juros são pagos anual e postecipadamente.

23.3. Passivos financeiros – financiamentos obtidos

Valores em Euros Corrente CorrenteNão corrente Não correnteTotal Total

31/12/18 31/12/17

Empréstimos obrigacionistas:

Secil 2015-2020

Locação financeira - rendas a pagar (Nota 11)

Secil 2015-2020

-

-

-

-

54 318 699

25 000 000

2 127 464

(1 415 182)

80 697 986

- 60 000 000 60 000 000

-

125 209

80 000 000 80 000 000

1 105 745 1 230 954

-

-

-

-

61 585 560

-

4 105 680

(1 354 928)

64 461 521

26 000 000 26 000 000

30 000 000 30 000 000

20 000 000 20 000 000

20 000 000 20 000 000

61 024 112 122 609 672

125 000 000 125 000 000

4 105 680

(1 783 631) (3 138 559)

421 346 226 485 807 747

-

-

667 005

60 000 000

26 000 000

30 000 000

20 000 000

-

95 452 418

142 000 000

-

(2 702 849)

450 749 569

80 000 000

-

60 000 000

26 000 000

30 000 000

20 000 000

-

149 771 117

167 000 000

2 127 464

(4 118 031)

531 447 555

80 000 000

667 005

Secil 2016-2021

Secil 2016-2021

Secil 2017-2022

Secil 2018-2023

Empréstimos bancários

Papel Comercial

Descobertos bancários (Nota 4)

Comissões bancárias de empréstimos

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

167

Em fevereiro 2016, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 30.000.000, com reembolso em sete prestações semestrais iguais e sucessivas a partir da 8ª data de pagamento de juros, inclusive, e sempre em data coincidente com a data e pagamento de juros, por redução do respetivo valor nominal. Poderá ser solicitado o reembolso antecipado (Call Option) total, na 10ª ou 12ª datas de pagamento de juros, sendo que o preço de exercício corresponderá a 101% ou 100,5% do valor nominal de cada obrigação, consoante a Call Option seja exercida na 10ª ou 12ª datas de pagamento dos juros, respetivamente. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Em 2017, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 20.000.000, com reembolso integral ao par em outubro de 2022. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Em 2018, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de Euros 20.000.000, com reembolso integral ao par em junho de 2023. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Todos os empréstimos obrigacionistas acima referidos estão em regime de taxa fixa, os dois primeiros através da contratação de derivados de cobertura e os quatro últimos contratados diretamente a taxa fixa.

A parcela classificada como não corrente em 31 de dezembro de 2018 e em 2017 tem o seguinte plano de reembolso definido:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

1 a 2 anos 168 329 640 34 500 565

36 002 915

54 530 211

7 638 826

154 844 634

421 346 226

145 602 314

53 904 985

22 164 807

194 576 898

450 749 569

3 a 4 anos

4 a 5 anos

Mais de 5 anos

2 a 3 anos

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

168

Créditos concedidos e não sacados

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os créditos bancários concedidos e não sacados ascendiam a Euros 205.519.998 e Euros 167.356.892, respetivamente.

Financial Covenants

Existem contratos de financiamento que obrigam ao cumprimento de alguns rácios financeiros.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as outras dívidas a pagar detalham-se como se segue:

23.4. Passivos financeiros – outras dívidas a pagar

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Acionistas / Sócios (Nota 36) 2 076 839 6 974 366

2 632 880

3 490 218

25 282 592

3 165 806

36 648 335

3 003 250

3 191 699

29 037 959

4 481 414

46 688 688

Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos

Outros credores

Credores por acréscimos de gastos

Fornecedores de ativos fixos c/c

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

169

A rubrica “Obrigação por aquisição de investimentos” refere-se ao pagamento diferido da aquisição de controlo do Grupo Supremo Cimentos, S.A. pela subsidiária Secil Brasil Participações S.A. em julho de 2015, repartido em Euros 130.547 de capital (Nota 37.2) e Euros 2.502.333 de juros.

A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de dezembro de 2018 e 2017 detalha-se conforme se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Seguros 279 982 265 619

3 029 148

1 476 951

141 535

326 956

195 508

114 531

2 293 205

5 799 126

25 282 592 29 037 959

11 625 650

3 841 028

2 268 034

243 176

364 960

205 293

22 392

1 327 535

7 866 839

12 633 083

Juros a pagar

Periodificação de gastos com energia

Serviços de transporte

Partes relacionadas (Nota 36)

Serviços bancários

Descontos comerciais

Consultoria

Outros

Custos com o pessoal

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

170

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Adiantamentos de clientes” ascende a Euros 3.042.967 e Euros 2.754.587, respetivamente.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Estado e outros entes públicos” detalha-se conforme se segue:

PassivoAtivo

31/12/18 31/12/1831/12/17 31/12/17Valores em Euros

Imposto sobre o rendimento

Retenções de imposto sobre o rendimento

Imposto sobre o valor acrescentado e similares

PIS e COFINS sobre ativos fixos

Programa Paraná Competitivo

Contribuição para a Segurança Social

Restantes Impostos

ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços

30 798

2 039 544

13 083 718

1 117 640

-

80 855

17 900 675 37 076 345 39 886 863 60 225 960

459 754

1 088 366

724 018

17 903 999

14 633 336

2 601 167

-

94 768

333 679

785 378

1 378 845

3 775 442

-

13 109 455

1 681 989

913 192

488 428

17 239 833

1 147 519

18 112 185

-

10 664 028

1 779 633

2 124 659

525 815

23 459 739

ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços:

Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC) - - 1 299 679 2 412 382

24/ADIANTAMENTOS DE CLIENTES

25/ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

171

O Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS), apresentado em 31 de dezembro de 2018 e 2017 na rubrica “Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)”, no montante de Euros 1.299.679 e Euros 2.412.382, respetivamente refere-se a um benefício fiscal atribuído à subsidiária Supremo Cimentos S.A., que consiste no diferimento, por um período de 48 meses, do prazo de pagamento do ICMS devido sobre a receita de vendas, cujo pagamento se iniciou em 10 de abril de 2014. Os montantes apresentados encontram-se descontados para o seu valor presente à data de balanço.

O Programa Paraná Competitivo, concedido pelo Governo do Estado do Paraná à subsidiária Margem – Companhia de Mineração, refere-se a um incentivo fiscal que tem os seguintes benefícios:

a) parcelamento do ICMS incremental;b) diferimento do pagamento do ICMS da energia elétrica e do gás natural por um período de 96 meses, com inicio em agosto de 2015;c) parcelamento, até o vencimento, do ICMS declarado, no caso de recuperação judicial; e d) concessão de crédito presumido em razão da realização de obra de infraestrutura em território paranaense.

No período findo em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “PIS e COFINS sobre ativos fixos”, no montante de Euros 13.083.718 e Euros 14.633.336, respetivamente refere-se à estimativa de crédito de PIS e COFINS das subsidiárias Supremo Cimentos, S.A. e Margem Companhia de Mineração, sobre itens específicos dos ativos fixos, conforme previsto na Lei 10.673/2002 (PIS) e Lei 10.833/2003 (COFINS) o qual está a ser recuperado na mesma cadência da depreciação dos respetivos ativos.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a seguinte decomposição:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

172

SaldoDevedor

SaldoCredor

SaldoLíquido

Líquido

31/12/18 31/12/17

Valores em Euros

Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15)

Ajustamento cambial

Pagamentos por conta

Retenções na fonte a recuperar

IRC de períodos anteriores

Liquidações adicionais

907 883

330 849

142 342

-

1 088 366 17 239 833 16 151 467 22 674 361

(292 708)

-

(237 935)

(11 579)

(667 823)

12 661 578

5 555 592

(60 000)

(1 145 818)

(342 428)

(810 165)

12 661 578

5 848 300

(60 000)

(932 772)

(129 178)

(779 377)

18 682 216

6 175 879

(342 407)

O saldo da rubrica “Diferimentos ativos e passivos”, em 31 de dezembro de 2018 e 2017, detalha-se conforme se segue:

26/DIFERIMENTOS ATIVOS E PASSIVOS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

173

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresenta a seguinte composição:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Vendas 453 836 855 463 765 606

(1 374 999)

484 412 212 499 527 306

31 950 356

(1 304 946)

37 066 646

Descontos de pronto pagamento concedidos

Serviços prestados

27/VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS

Seguros

Rendas e alugueres

Tratamento de resíduos

Outros

-

293 766

1 777 286

1 352 539

130 981

-

275 896

1 276 980

936 344

64 740

350 400

87 277

437 677

-

-

301 179

128 307

429 486

PassivoAtivo

31/12/18 31/12/1831/12/17 31/12/17Valores em Euros

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

174

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o Grupo apropriou-se de resultados em empresas associadas conforme se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/19

Resultados apropriados em associadas

778 733 955 652

163 934

940 886(Notas 14 e 15) 1 047 841

(1 781)

93 925

(1 736)

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

J.M.J. Henriques, Lda.

Setefrete, SGPS, S.A.

28/RESULTADOS APROPRIADOS DE EMPRESAS ASSOCIADAS

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175

A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 é detalhada conforme se segue:

29/FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Subcontratos 614 244 782 144

789 875

43 240 605

56 155 404

23 513 176

180 007 291

55 693 987

756 886

45 726 926

55 668 748

23 440 894

185 012 808

58 637 210

Materiais

Energia e fluidos

Deslocações, estadas e transportes

Serviços diversos

Serviços especializados

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176

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Gastos com o pessoal” decompõe-se como se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Remunerações dos Orgãos Sociais 5 643 058 6 704 260

1 226 866

51 634 668

49 020

153 080

488 825

20 298 234

79 493 751

1 198 850

56 767 555

36 674

106 876

554 882

22 242 380

87 611 477

Benefícios pós-emprego:

Contribuição definida (Nota 22)

Remunerações do pessoal

Benefícios definidos (Nota 22)

Outros benefícios a longo prazo (Nota 22)

Indemnizações

Outros gastos com pessoal

30/GASTOS COM O PESSOAL

A rubrica “Remunerações dos membros dos órgãos sociais”, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 decompõe-se como se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Conselho de Administração da Secil 3 900 000 4 922 254

1 743 058

5 643 058

1 782 006

6 704 260

Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias

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177

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o número de colaboradores ao serviço das diversas empresas do Grupo, repartidos por segmento de geográfico, detalha-se conforme se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Portugal 911 948

486

319

159

565

30

2 470

497

338

170

571

32

2 556

Líbano

Tunísia

Angola

Brasil

Espanha

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

178

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica “Outros rendimentos” decompõe-se como se segue:

As diferenças de câmbio favoráveis registadas no período findo em 31 de dezembro de 2018 e 2017 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respetiva liquidação financeira do passivo relacionado, assim como à atualização cambial de ativos e passivos intragrupo em moeda estrangeira.

Adicionalmente, a rubrica de diferenças de câmbio favoráveis registadas no período findo em 31 de dezembro de 2017 inclui ainda o montante de Euros 1.175.038 relativo ao justo valor dos derivados de negociação (Nota 38).

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

11 816 568

852 454

1 332 637

157 780

785 477

9 824 690

9 356 525

479 792

9 281 266

43 968 222

81 033

8 222 549

123 869

2 348 802

55 872

3 869 580

2 809 348

2 240 299

758 520

11 060 706

31 523 688

34 143

Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito (Nota 20.5.3)

Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3)

Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros

Rendimentos suplementares - partes relacionadas (Nota 36)

Rendimentos suplementares - outros

Alienação de licenças de emissão (Nota 13)

Diferenças de câmbio favoráveis

Proveitos com tratamento de resíduos

Outros

Outros rendimentos e ganhos - partes relacionadas (Nota 36)

31/OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

179

A decomposição da rubrica “Outros gastos” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 é conforme se segue:

As diferenças de câmbio desfavoráveis registadas no período findo 31 de dezembro de 2018 e 2017 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respetiva liquidação financeira do passivo relacionado, assim como à atualização cambial de ativos e passivos intragrupo em moeda estrangeira.

Adicionalmente, a rubrica de diferenças de câmbio desfavoráveis registadas no período findo 31 de dezembro de 2018, inclui o montante de Euros 622.214 relativo ao justo valor dos derivados de negociação (Nota 38).

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Gastos e perdas em ativos não financeiros 143 194 385 678

577 477

2 164 127

18 437 268

550 788

5 145

3 385 868

25 263 867

781 389

3 299 363

11 703 628

966 016

347 957

2 296 838

19 780 869

Donativos

Impostos indiretos

Diferenças câmbiais desfavoráveis

Despesas bancárias

Gastos e perdas em investimentos financeiros

Outros gastos operacionais

32/OUTROS GASTOS

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180

A decomposição da rubrica “Gastos/ reversões de depreciações, amortizações e imparidades” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 é conforme se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

Ativos fixos tangíveis (Nota 10) 38 608 361 41 576 884

767

13 971 705

6 996 108

-

(1 398 743)

1 968 182

-

-

1 968 182

58 178 198

766

10 791 223

7 913 802

4 318

(1 689 768)

2 854 013

25 933 779

(2 885 982)

25 901 810

58 597 225

Propriedades de investimento (Nota 12)

Ativos intangíveis (Nota 13)

Goodwill (Nota 9)

Ativos não correntes detidos para venda

PIS e COFINS sobre depreciações

Ativos fixos tangíveis (Nota 10)

(Reversão)/ Imparidades goodwill (Nota 9)

(Reversão)/ Reforço de imparidades em ativos fixos intangíveis (Nota 13)

Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações

Imparidade de ativos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ (reversões)

33/GASTOS/ REVERSÕES DE DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E IMPARIDADES

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181

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os resultados financeiros líquidos decompõem-se como se segue:

A rubrica “Diferenças de câmbio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos resulta essencialmente da atualização cambial dos financiamentos contratados em dólar pelas subsidiárias Supremo Cimentos, S.A. e Margem - Companhia de Mineração.

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

2 534 925

(22 092 066)

(3 780 921)

(309 709)

-

2 534 925

(40 073)

(93 874)

1 217 930

-

(468 525)

(25 567 238)

2 400 261

(31 343 572)

448 861

(283 585)

(3 733)

2 400 261

(334)

(3 112 844)

426 639

109 680

(517 018)

(34 275 906)

Juros e rendimentos similares obtidos:

Juros e gastos similares suportados:

Outros juros obtidos

Juros suportados com outros empréstimos obtidos

Diferenças de câmbio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos

Atualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 21)

Outros custos e gastos financeiros - partes relacionadas (Nota 36)

Juros suportados - partes relacionadas (Nota 36)

Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros

Juros incorridos

Variação justo valor (Nota 38)

Componente ineficaz do instrumento financeiro (Nota 38)

Outros custos e gastos financeiros

34/RESULTADOS FINANCEIROS LÍQUIDOS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

182

O resultado por ação, dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, é determinado conforme se segue:

Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as ações da Secil, pelo que não existe diluição dos resultados.

No período findo em 31 de dezembro de 2017, o número médio ponderado de ações encontra-se deduzido do número de ações próprias de 4.184.460 detidas pela Secil (Nota 20.1).

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

3 871 045

48 735 540

0,08

0,08

(20 629 181)

48 735 540

(0,42)

(0,42)

Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe

Número médio ponderado de ações

Resultado básico por ação

Resultado diluído por ação

35/RESULTADO POR AÇÃO

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

183

Acionistas

Outras partes relacionadas

Empresas associadas

Semapa, S.G.P.S., S.A.

Grupo Navigator

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Eng.Silva Dias

J.M.J. Henriques, Lda.

Inertogrande

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

Acionistas

Outras partes relacionadas

Empresas associadas

Semapa, S.G.P.S., S.A.

Grupo Navigator

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Eng.Silva Dias

J.M.J. Henriques, Lda.

Inertogrande

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

(4 277 871)

(3 949 161)

(441 125)

-

-

-

(2 030 784)

(2 770 573)

(9 528 506)

(9 899 824)

(40 073)

(334)

1 555 977

(3 733) 731 631

238 813

90 015

-

-

-

(3 147)

(2 778 726)

(3 176 943)

(39 739)

-

-

-

-

-

-

-

(334)

(334)

-

-

-

-

1 617

(3 733) -

1 496 767

- 676 983

-

- -

57 593

- 54 648

-

- -

-

- -

-

- -

159

-

23 165

-

1 800

1 800

145 022

66 064

-

-

1 800

1 800

66 867

20 351

Aquisição debens e serviços

Aquisição de bens e serviços

Juros suportados (Nota 34)

Juros suportados (Nota 34)

Outros rendimentose ganhos (Nota 31)

Vendas e serviços prestados

Vendas e serviços prestados

Outros rendimentos e ganhos (Nota 31)

Outros custos e gastos financeiros (Nota 34)

31/12/18

31/12/17

Valores em Euros

Valores em Euros

36/PARTES RELACIONADAS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

184

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 as empresas do Grupo apresentam os seguintes saldos com partes relacionadas:

Acionistas

Outras partes relacionadas

Cotif Sicar

Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas

Empresas associadas

J.M.J. Henriques, Lda.

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Grupo Navigator

Eng.Silva Dias

Semapa, SGPS, S.A. - RETGS

Semapa, S.G.P.S., S.A.

Inertogrande

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

562

-

-

-

3 690

152 677 4 655 179 2 076 839 1 338 667 326 956

148 425

-

-

-

-

438

-

-

127 533

105 574

146 836

-

4 024 085

214 674

36 039

- 934 286

78 294

1 980 168

-

-

- -

- 202 631

-

12 893

5 484

13 837

-

-

- -

- 187 913

-

-

-

-

-

320 000

6 956

-

-

-

Clientes(Nota 18.2)

Ativo

Outrasoperações(Nota 18.3)

Acréscimos de gastos(Nota 23.4)

Fornecedores(Nota 23.2)

Acionistas /sócios(Nota 23.4)

31/12/18

Passivo

Valores em Euros

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

185

Em 31 de dezembro de 2018, os montantes a receber e a pagar no âmbito do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) decompõem-se como se segue:

Outras opções “Acionistas / sócios correntes” Total

1/01/18 a 31/12/18

Valores em Euros

Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15.1)

Pagamentos por conta

Retenções na fonte a recuperar

IRC de exercícios anteriores

3 367 114

(2 015)

4 024 085 5 484 4 018 601

(1 569 367)

2 228 353

(1)

-

13 230

(7 745)

3 367 115

(2 015)

(1 582 597)

2 236 098

Acionistas

Outras partes relacionadas

Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas

Empresas associadas

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

Grupo Navigator

Cotif Sicar

Eng.Silva Dias

Semapa, SGPS, S.A.

Longapar - S.G.P.S., S.A.

Semapa, SGPS, S.A. - RETGS

Inertogrande

J.M.J. Henriques, Lda.

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.

-

-

-

-

3 690

81 299 4 556 253 6 974 366 2 583 335 364 960

77 609

-

-

-

-

-

-

-

-

126 852

124 572

-

-

243

4 090 593

213 993

-

1 160 -

92 844

5 873 910

-

-

- -

- 481 578

-

12 893

-

993 559

13 837

-

1 918 286

-

- -

- 183 471

-

-

-

-

-

-

6 622

358 338

-

-

-

Clientes(Nota 18.2)

Outrasoperações(Nota 18.3)

Acréscimos de gastos(Nota 23.4)

Fornecedores(Nota 23.2)

Acionistas /sócios(Nota 23.4)

31/12/17

Passivo

Valores em Euros

Ativo

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

186

A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de dezembro de 2018 e 2017, com base nos valores de balanço dos ativos e passivos financeiros, convertidos para Euros tendo por base as taxas de câmbio a essa data, apresenta-se como se segue:

37.1. Risco cambial

Valores em Euros Dólar americanoKwanza angolano

Real brasileiro

000’ Libra libanesa

Metical moçambicanoDinar tunisino Total

31/12/18

Ativos financeiros

Passivos financeiros

Financiamentos obtidos - não correntes e correntes

Outros passivos financeiros - não correntes e correntes

Outros ativos financeiros - não correntes e correntes

Clientes

Caixa e depósitos bancários

Fornecedores

Total de ativos financeiros

Total de passivos financeiros

Posição financeira líquida de balanço

2 836 493

65 477 669

(6 882 745)

70 662 579

(22 961 247)

47 701 332

16 231 342

9 759 883

(16 521 389)

26 140 554

(23 625 083)

2 515 472

4 984 861

1 430 003

(5 606 559)

9 216 903

(22 999 256)

(13 782 353)

2 348 417

(16 047 870)

(30 632)

149 329

(3 544 522)

(3 559 171)

2 802 039

(14 965 726)

(2 426 972)

267 203 -

565 508 985

(145 979) -

897 485 985

(4 488 205) 985

(3 590 720) 985

64 773 -

(3 852 392) -

(489 834) -

5 031 957

10 261 884

(5 572 552)

18 835 582

(103 462 478)

(84 626 895)

3 541 741

(75 312 532)

(22 577 393)

29 351 856

87 495 932

(34 729 224)

125 754 089

(177 536 269)

(51 782 180)

8 906 301

(113 723 042)

(29 084 003)

37/RISCOS FINANCEIROS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

187

Ativos financeiros

Passivos financeiros

Financiamentos obtidos - não correntes e correntes

Outros passivos financeiros - não correntes e correntes

Outros ativos financeiros - não correntes e correntes

Clientes

Caixa e depósitos bancários

Fornecedores

Total de ativos financeiros

Total de passivos financeiros

Posição financeira líquida de balanço

Valores em Euros Dólar americanoKwanza angolano

Real brasileiro

000’ Libra libanesa

Metical moçambicanoDinar tunisino Total

31/12/17

76 634

85 737 927

(1 953 748)

86 042 772

(21 788 733)

64 254 039

15 364 474

2 841 780

(11 258 011)

18 306 921

(28 489 708)

(10 182 787)

6 830 190

3 158 176

(6 079 020)

12 870 074

(27 313 982)

(14 443 909)

228 211

(19 783 536)

(51 448)

100 667

(4 676 185)

(12 555 511)

2 881 708

(17 938 958)

(3 296 004)

377 937 210 548

2 719 680 11 914

(5 262 167) -

3 141 678 229 649

(9 605 145) (185 561)

(6 463 467) 44 088

44 061 7 187

(3 585 164) -

(757 814) (185 561)

5 403 430

4 794 502

(6 356 301)

13 663 726

(119 648 923)

(105 985 197)

3 465 793

(90 208 981)

(23 083 641)

28 263 213

99 263 979

(30 909 249)

134 254 820

(207 032 054)

(72 777 234)

6 727 628

(136 192 824)

(39 929 980)

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os impactos decorrentes de uma eventual variação positiva ou negativa de 5% de todas as taxas de câmbio spot com referência ao Euro, é conforme se segue:

Capitais próprios

Resultado do período

2 711 975

(246 157)

2 465 818

(2 997 446)

272 068

(2 725 378)

4 612 601

(1 147 019)

3 465 582

(5 098 138)

1 267 758

(3 830 380)

Aumento 5% Aumento 5%Redução 5% Redução 5%

31/12/1731/12/18

Valores em Euros

Page 188: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

188

O Grupo, na sua gestão da exposição à variação das taxas de juro, contratou novos financiamentos a taxa fixa e realizou cobertura de fluxos de caixa em empréstimos obrigacionistas originalmente contratados a taxa variável. Após estas operações, 40% do total da dívida financeira está em regime de taxa fixa, equivalente a 53% do total da dívida financeira líquida.

Estas operações são registadas no balanço pelo seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassificadas para resultados financeiros para a rubrica de “Ganhos/perdas com instrumentos financeiros” (Nota 38) na data da sua liquidação.

Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada diretamente em resultados. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos financiamentos cobertos são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar resultados.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o desenvolvimento dos ativos e passivos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de refixação e da tipologia de taxa é apresentado como se segue:

37.2. Risco de taxa de juro

Page 189: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

189

Valores em Euros Nota Até 1 mês 1-3 semanas 3-12 meses 1-5 anos Mais de 5 anos Total

31/12/18

Ativos

Correntes

Passivos

Correntes

Financiamentos obtidos

Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

Empréstimo obrigacionista

Papel Comercial

Descobertos bancários

Caixa e depósitos bancários

Financiamentos obtidos

Não correntes

Empréstimos bancários

Aplicações de tesouraria

Empréstimos bancários

Locações financeiras

Papel Comercial

Outras dívidas a pagar

Total de ativos financeiros

Total de passivos financeiros

Exposição líquida ao risco taxa de juro

4

23.3

11

23.3

23.3

-

-

-

95 000 000

69 178 942

154 166 064

(84 987 121)

-

-

125 209

-

30 032 472

4 169 159

25 863 313

4

23.3

23.3

23.3

23.4 130 547

69 178 942

-

-

54 929 836

4 105 680

30 032 472

-

4 043 950

-

-

-

-

-

-

-

-

1 686 845

2 611 774

(924 929)

495 038

54 133 350

-

30 000 000

-

495 038

321 239 095

(320 744 057)

1 686 845

-

-

2 611 774

-

-

236 000 000

-

-

-

-

6 890 762

-

-

-

-

6 890 762

6 890 762

-

-

-

-

-

495 038

61 024 112

125 209

125 000 000

130 547

101 393 298

489 076 854

(387 683 555)

100 898 260

236 000 000

-

61 585 560

4 105 680

Page 190: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

190

Valores em Euros Nota Até 1 mês 1-3 semanas 3-12 meses 1-5 anos Mais de 5 anos Total

31/12/17

Correntes

Financiamentos obtidos

Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

Empréstimo obrigacionista

Papel Comercial

Descobertos bancários

Caixa e depósitos bancários

Financiamentos obtidos

Empréstimos bancários

Aplicações de tesouraria

Empréstimos bancários

Locações financeiras

Papel Comercial

Outras dívidas a pagar

Total de ativos financeiros

Total de passivos financeiros

Exposição líquida ao risco taxa de juro

4

23.3

23.3

23.3

23.3

-

80 573 366

667 005

142 000 000

43 250 180

284 405 343

(241 155 162)

-

7 092 653

-

-

-

31 181 859

9 737 658

21 444 201

4

23.3

23.3

23.4 146 009

43 250 180

-

25 000 000

33 891 498

2 127 464

31 181 859

-

2 645 005

-

-

-

803 327

7 038 398

-

- - -

-

41 463 697

10 046 735

31 416 963

974 078

-

-

-

-

974 078

222 202 428

(221 228 351)

40 660 370

-

-

3 008 337

-

-

207 428 570

-

14 773 858

-

-

748 001

-

-

-

-

9 319 431

(9 319 431)

-

8 571 430

-

-

-

1 777 405

95 452 418

667 005

142 000 000

146 009

116 869 814

535 711 595

(418 841 780)

115 092 410

216 000 000

25 000 000

54 318 699

2 127 464

Ativos

Correntes

Passivos

Não correntes

Page 191: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO · Como é habitual, o ritmo de crescimento apresentado por economias em estados diferentes de desenvolvimento foi assimétrico. As economias

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

191

Capitais próprios

Resultado do período

192 144

(1 938 418)

(1 746 274)

(664 255)

1 938 418

1 274 163

1 522 972

(2 094 209)

(571 237)

(905 114)

2 094 209

1 189 095

Aumento 0,5% Aumento 0,5%Redução 0,5% Redução 0,5%

31/12/17

Valores em Euros

31/12/18

O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as diversas taxas de mercado aqui consideradas muito raramente se alteram em conjunto e no mesmo sentido. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

(i) Alterações nas taxas de juro do mercado afetam rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis;

(ii) Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afetam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;

(iii) Alterações nas taxas de juro de mercado afetam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros;

(iv) Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros, utilizando taxas de mercado do final do ano.

Sob estes pressupostos, um aumento ou uma diminuição de 0,50% nas taxas de juro, ao longo de um ano inteiro, para todos os empréstimos ou instrumentos financeiros derivados contratados pelo Grupo Secil a 31 de dezembro de 2018 e 2017 resultaria conforme se segue:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

192

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os saldos a receber de clientes apresentam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:

37.3. Risco de crédito

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

39 850 130

17 512 128

2 448 184

2 185 702

1 281 346

754 136

10 334 840

12 085 959

95 374 025

46 602 29586 452 425

43 604 011

11 959 158

4 105 282

2 028 128

898 126

571 712

12 516 281

12 873 760

86 601 650

44 952 44688 556 457

Valores não vencidos

Valores vencidos:

De 1 a 90 dias

De 91 a 180 dias

De 181 a 360 dias

De 361 a 540 dias

De 541 a 720 dias

A mais de 721 dias

Em contencioso de cobrança

Limite de seguro de crédito contratado

(24 585 098)

61 867 327

(27 332 632)

61 223 825

Total de saldos de clientesImparidades

Saldo líquido de clientes (Nota 18.2)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

193

Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas.

Estas são apuradas atendendo à informação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em conjugação com os sinistros de crédito que se verifiquem, na parte não atribuível à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto de existirem garantias para uma parte significativa dos saldos em aberto e com antiguidade justifica o facto de não se ter registado qualquer perda por imparidade nesses saldos.

A qualidade de risco de crédito do Grupo, em 31 de dezembro de 2018 e 2017, face a ativos financeiros (depósitos bancários, aplicações de tesouraria e Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

693 436

-

2 786

3 801 104

-

4 222 692

10 261 884

5 471

151 603

32 025 283

14 766 243

35 462 796

1 256 428

102 649 726

101 393 298

1 025 451

355 204

30 428

1 705 058

355 203

-

-

10 475 401

937

40 876 030

62 046 103

941 817

117 811 632

116 869 815

Rating:

A-

BBB+

BBB

BBB-

BB+

BB

BB-

B+

B

B-

CCC+

Sem rating

Derivados (Nota 16)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

194

A rubrica “Sem rating” diz, essencialmente, respeito a aplicações de tesouraria e depósitos bancários em instituições financeiras em Angola e Tunísia relativamente aos quais não existe notação de rating com referência às datas apresentadas.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a análise de antiguidade dos saldos devedores que já se encontram vencidos, e respetivas perdas acumuladas por imparidade, é a seguinte:

Vencidos há mais de 3 meses

Vencidos há menos de 3 meses

Vencidos há mais de 3 meses

Vencidos há menos de 3 meses

17 442 749

69 379

4 632 184

24 457 983

22 074 933

24 527 36246 602 295

1 794 287

-

173 339

-

1 967 626

-1 967 626

11 958 617

541

5 754 200

27 239 088

17 712 817

27 239 62944 952 446

2 462 806

-

484 627

-

2 947 434

-2 947 434

Valor bruto Valor brutoJV Garantias JV Garantias

31/12/17

Valores em Euros

31/12/18

Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade:

Saldos devedores vencidos considerados em imparidade:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

195

A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de dezembro de 2018 e 2017, detalha-se como se segue:

31/12/18NotaValores em Euros 31/12/17

2 526 531

2 160 00818

16

18

18

16

4

41

61 867 327

114 244 385

18 286 080

1 256 428

101 393 298

3 599 601

2 631 175

61 223 825

104 589 624

18 372 923

927 194

116 869 815

Ativos não correntes

Ativos correntes

Exposição ao risco de crédito fora de balanço

Outros créditos a receber

Clientes

Outros investimentos e ativos financeiros

Outros créditos a receber

Outros ativos financeiros

Depósitos bancários e aplicações de tesouraria

Garantias e compromissos

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

196

O Grupo gere o risco de liquidez por três vias:

(i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características das indústrias onde exerce a sua atividade;

(ii) através da contratação com instituições financeiras de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada;

(iii) acumulando montantes em caixa. A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas entidades operacionais do Grupo e agregada pela Direção Financeira do Grupo Secil na preparação do orçamento anual. É da responsabilidade dessa Direção a monitorização das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garantir a manutenção de um nível adequado de disponibilidades para responder às necessidades operacionais. Estas previsões têm em consideração os planos de financiamento do Grupo, o cumprimento de objetivos internos ao nível de rácios e, caso seja aplicável, o cumprimento de requisitos externos relacionados com as atividades operacionais e com as obrigações legais, fiscais e operacionais do Grupo.

A liquidez dos passivos financeiros contratados, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, originará os seguintes fluxos monetários não descontados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do balanço:

37.4. Risco de liquidez

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

197

Valores em Euros Nota Até 1 ano 1-5 anos Mais de 5 anos Total

31/12/18

Empréstimo obrigacionistaCapitalJuros vincendos

Financiamentos obtidos

23.3 - 236 000 000 - 236 000 000

23.3

6 318 596 7 808 956 - 14 127 552

23.3

61 585 560 53 941 207 7 082 905 122 609 6727 992 189 15 654 361 3 403 276 27 049 826

125 000 000 - 125 000 000

23.3 4 105 680 - - 4 105 680

17 093 316 310 - 333 4032 076 839 - - 2 076 8393 165 806 - - 3 165 806

27 108 - - 27 108

23.4

23.4 6 123 098 - - 6 123 098- - - -

23.4 25 282 592 - - 25 282 592

23.2 69 440 262 - - 69 440 262

187 977 358 443 283 960 10 486 181 641 747 499

11.1

-

125 20911.1

1 705 868 2 869 792 - 4 575 660

11 457 587 588 - 599 0461 105 745 - 1 230 954

Empréstimos bancáriosCapitalJuros vincendos

Papel comercialCapitalJuros vincendos

Locações financeirasCapitalJuros vincendos

Descobertos bancários CapitalJuros vincendos

Outros passivos financeiros Instrumentos financeiros derivados (*)Acionistas/ sócios

Outros credoresCapital e jurosJuros vincendos

Credores por acréscimos de gastos

Fornecedores

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

198

Valores em Euros Nota Até 1 ano 1-5 anos Mais de 5 anos Total

31/12/17

23.3 - 207 428 570 8 571 430 216 000 000

23.3

6 128 507 12 354 744 56 786 18 540 037

23.3

54 318 699 81 610 261 13 842 157 149 771 1179 991 878 18 269 846 3 403 276 31 665 001

142 000 000 - 167 000 000

23.3 2 127 464 - - 2 127 464

668 318 (247 517) - 420 8016 974 366 - - 6 974 3664 481 414 - - 4 481 414

1 744 - - 1 744

23.4

23.4 6 194 949 - - 6 194 949- - - -

23.4 29 037 959 - - 29 037 959

23.2 59 227 432 - - 59 227 432

207 578 330 468 483 502 25 917 579 701 979 412

11.1

25 000 000

667 00511.1

2 747 647 7 067 598 43 930 9 859 175

10 948 - - 10 948- - 667 005

Empréstimos bancáriosCapitalJuros vincendos

Papel comercialCapitalJuros vincendos

Locações financeirasCapitalJuros vincendos

Descobertos bancáriosCapitalJuros vincendos

Outros passivos financeirosInstrumentos financeiros derivados (*)Acionistas/ sócios

Outros credoresCapital e jurosJuros vincendos

Credores por acréscimos de gastos

Fornecedores

Empréstimo obrigacionistaCapitalJuros vincendos

Financiamentos obtidos

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

199

Com o objetivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de câmbio e de taxas de juro dos empréstimos, o Grupo contratou um conjunto de instrumentos financeiros derivados.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é registado: (i) quando positivo, no ativo na rubrica “Outros ativos financeiros” (Nota 16) e (ii) quando negativo, no passivo, na rubrica “Outros passivos financeiros”.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o justo valor dos instrumentos derivados de negociação, de cobertura de fluxos de caixa e cobertura de justo valor do Grupo, detalham-se conforme se segue:

Valores em Euros Moeda Positivos PositivosMontante Negativos NegativosLíquidoMaturidade

Notional

Líquido

31/12/18 31/12/17

Negociação

Cobertura de fluxos de caixa

Cobertura de justo valor

Swap de taxa de juro fixa com mínimo 0%

Non-deliverable Forwards

Non-deliverable Forwards

Non-deliverable Forwards

Swap de taxa de câmbio e de juro

Non-deliverable Forwards

Swap de taxa de câmbio e de juro

Non-deliverable Forwards

Swap de taxa de câmbio e de juro

Non-deliverable Forwards

Collar cambial

Swap de taxa de juro fixa

BRL

USD

BRL

USD

BRL

USD

BRL

BRL

24 320 986

15 900 000

34 566 403

9 239 298

21 033 000

8 500 000

10 564 866

23 894 658

2018

2019

2018

2019

2018

2018

2019

2018

BRL

EUR

EUR

EUR

12 083 068

6 133 306

60 000 000

80 000 000

2018

2019

2020

2020

-

623 793

-

-

-

623 793

-

483 666

1 256 428

1 256 428 (333 403)

1 256 428

923 025

-

-

-

-

-

-

-

483 666

-

-

-

-

(17 093) (17 093)

(17 093)

- -

-

148 969

-

-

-

-

(109 705)

(206 605)

(316 310) (316 310) 14 623

-

148 969

(109 705)

(206 605)

-

-

(57 080)

-

376 963

63 197

63 197

941 817

(521 016)

(521 016)

18 044

420 801

-

-

487 034

-

-

(45 153)

- -

- (25 370)

863 997 (25 370) 605 121

-

-

14 623

-

(176 426)

-

-

(216 987)

(216 987) (202 364)

(57 080)

-

376 963

63 197

487 034

(45 153)

-

(25 370)

(176 426)

-

14 623

(216 987)

38/JUSTO VALOS DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

200

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros derivados, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, apresenta-se conforme se segue:

Valores em Euros Negociação NegociaçãoCoberturafluxos caixa

Coberturafluxos caixa

Coberturajusto valor

Coberturajusto valorTotal Total

31/12/18 31/12/18

Saldo inicial

Ajustamento Cambial

Novos contratos

Maturidade

Resultado líquido do período

Aumentos de justo valor em:

Diminuições de justo valor em:

Saldo final

-

(17 093)

-

(17 093)

-

-

-

(316 310)

20 454

-

-

2018

605 121 (202 364) 18 044

- -

-

-

1 256 428

863 997

-

605 121

- (569 918)

- 18 338

- -

1 159 123

(202 364)

-

18 044

(1 421 049) (426 933)

18 338

863 997

1 159 123

420 801

(2 417 900)

Ineficácia intrumento financeiro (Nota 34)

Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 20.5.4)

(605 121)

-

-

-

-

(113 946)

1 217 930

-

-

148 969

148 969

148 969

311 042

-

-

-

109 680

(50 118)

426 639

-

-

737 681

109 680

(50 118)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

201

Em resultado da sua estratégia de cobertura à exposição do risco de taxa de câmbio e taxa de juro, o Grupo reconheceu no período findo em 31 de dezembro de 2018 os seguintes impactos:

(i) Euros 622.214 na rubrica de “Outros gastos” em diferenças cambiais operacionais (Nota 32);

(ii) Euros 1.217.930 na rubrica de “Juros e gastos similares suportados” em variação de justo valor de instrumentos financeiros (Nota 34);

(iii) Euros 113.946 na rubrica de “Outras variações no capital próprio” em reservas de justo valor de cobertura divulgada na Nota 20.5.4.

Derivados de negociação

A Secil concedeu no decurso do período de 2017 e 2018 mútuos à sua subsidiária Supremo Cimentos, S.A. no montante de BRL 49.000.000 e BRL 10.000.000, os quais vencem juros à taxa fixa. Para cobrir o risco associado aos juros decorrentes dos mútuos concedidos, contratou dois non-deliverable forwards com maturidades em 2018 e um com maturidade em 2019, não designados como de cobertura de acordo com a NCRF 27.

Derivado de cobertura de fluxos de caixa

Em outubro de 2017 venceu o contrato interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000. O Grupo havia celebrado este contrato no período findo em 31 de dezembro de 2009, registando-o como um derivado de negociação. Após a realização de testes de eficácia prospetivos e retrospetivos, o mesmo foi considerado como de cobertura de fluxos de caixa com efeitos a partir de 1 de julho de 2010. Até esta data, a variação do justo valor do derivado foi registada em resultados.

No período findo em 31 de dezembro de 2016, o Grupo contratou dois swaps de taxa de juro para cobrir os pagamentos futuros de juros dos empréstimos obrigacionistas Secil 2017/2021 e Secil 2017/2023 (Nota 23.3) em que paga uma taxa fixa e recebe uma taxa variável.

Na realização dos testes de eficácia é utilizado o método de regressão linear que analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e a variação do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa de juro Euribor.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

202

O justo valor negativo dos swaps de taxa de juro no montante de Euros 316.310, encontra-se repartido pelas seguintes rubricas do capital próprio do Grupo:

Para efeitos de registo de ineficácia é usado o dollar offset method recorrendo à abordagem do “derivado hipotético”. O modelo consiste na definição de um derivado hipotético que replica as condições do instrumento coberto, e posteriormente, a comparação entre as variações ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo derivado hipotético e as variações incorridas nos fluxos gerados pelo instrumento de cobertura. Para o efeito, utilizou-se o rácio da alteração do justo valor do instrumento de cobertura, dividido pela alteração no justo valor do respetivo empréstimo obrigacionista a alterações na taxa de juro Euribor a 6 meses comparando com a taxa fixa de referência do instrumento de cobertura.

Derivado de cobertura de fluxos de justo valor

No período findo em 31 de dezembro de 2016, a subsidiária Supremo Cimentos, S.A., contratou dois novos empréstimos externos ao abrigo da Lei nº 4.131 com dois dos principais bancos brasileiros no montante de USD 8.500.000 e USD 9.239.298 e maturidades em 26 de novembro de 2018 e 22 de julho de 2019, respetivamente.

No mesmo momento, e em conformidade com essa mesma Lei e obrigações do Banco Central do Brasil, que determina a cobertura dos financiamentos mediante a celebração de instrumentos de cobertura perfeitos, os financiamentos foram integralmente cobertos através da contratação de dois swaps de câmbio e de taxa de juro que permitiram a fixação do valor nominal dos referidos financiamentos em BRL

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

2 526 531

2 160 008

2 160 008

3 599 601

2 631 175

2 631 175

Reserva de justo valor de derivados decobertura (Nota 20.5.4)

Resultado líquido do período:Resultados financeiros líquidos - ineficácia (Nota 34)

Resultados transitados (a)

a) Efeito acumulado no período em que o derivado foi classificado como de negociação e componente ineficaz reconhecida em resultados em períodos anteriores.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

203

27.542.550 e BRL 30.000.000, respectivamente e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread.

No período findo em 31 de dezembro de 2018, a subsidiária Margem Companhia de Mineração, contratou junto de uma instituição financeira brasileira um financiamento externo ao abrigo da Lei nº 4.131 no montante de USD 15,900,000 com maturidade em outubro de 2019, com uma única amortização no vencimento.

No mesmo momento, e em conformidade com essa mesma Lei e obrigações do Banco Central do Brasil, que determina a cobertura dos financiamentos mediante a celebração de instrumentos de cobertura perfeitos, o financiamento foi integralmente coberto através da contratação de um swap de câmbio e de taxa de juro que permitiu a fixação do valor nominal do referido financiamento em BRL 58.427.730 e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread.

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204

O Grupo no âmbito do desenvolvimento da sua atividade incorre em diversos encargos de caráter ambiental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados ou reconhecidos como um gasto nos resultados operacionais do período.

Os dispêndios de caráter ambiental incorridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros ativos detidos pelo Grupo, são capitalizados.

Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, têm a seguinte discriminação:

Licenças de emissão de gases com efeito de estufa

No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Diretiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas Licenças de emissão de gases com efeito de estufa, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, desde de 1 de janeiro de 2005, entre outras, à indústria de cimento (Nota 13).

Valores em Euros Imputados a gastos

Imputados a gastos

Capitalizados CapitalizadosTotal Total

31/12/18 31/12/18

Emissões para a atmosfera

Gestão das águas residuais

Gestão dos resíduos

Proteção da natureza

Ruído e vibração

24 895

1 383 709

634 665

-

21 777

13 439

-

-

470 098 290 927

46 672

1 397 148

634 665

-

761 025

36 006 34 415

1 508 816

628 474

-

-

193 149

-

1 072 823 112 004

70 421

1 508 816

821 623

-

1 184 827

Proteção dos solos e das águas subterrâneas

Outras actividades de proteção do ambiente

-

254 775

2 768 142

23 864

700 323

1 050 330 3 818 472 3 598 661 339 568 3 938 229

23 864

955 098

10 036

342 506

-

-

10 036

342 506

DOMÍNIOS

39/DISPÊNDIOS EM MATÉRIAS AMBIENTAIS

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Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os dispêndios com serviços de revisão legal de contas ascenderam a Euros 302.050 e Euros 315.101, respetivamente.

40/CUSTOS COM AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS

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Garantias e outros compromissos financeiros

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as garantias prestadas pelo Grupo e outros compromissos financeiros decompõem-se como se segue:

31/12/18Valores em Euros 31/12/17

209 305

720 657

-

791 667

474 444

500 000

954 118

-

616 951

-

114 244 385

42 443 213

833 625

10 033 490

217 324

252 157

60 934 057

2 605 009

745 825

1 175 010

534 620

236 403

209 305

711 219

800 000

-

406 540

500 000

954 118

274 595

387 051

-

104 589 624

35 078 283

1 179 244

9 620 899

217 324

55 964

58 711 198

2 605 009

727 825

1 000 926

534 620

236 403

Garantias prestadas IAPMEI (âmbito do QREN)

Hipotecas Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline

APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra

Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro

Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve

Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte

IAPMEI (âmbito do PEDIP)

APDL - Administração do Porto de Leixões

Direção Geral de Alfândegas

Banco Caixa Geral Brasil

ICNF-Inst.da Conserv.Natur. e das Florestas, I.P.

Mercedes - Benz - Aluguer de Veículos, Unipessoal, Lda.

Conselho de Emprego, Indústria e Turismo (Espanha)

Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais

Outras

Cartas de crédito de importação

Total das garantias e outros compromissos (Nota 37.3)

Compromissos de compra com fornecedores

Livranças, avais e fianças

Tribunal do Trabalho

41/COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELO GRUPO

Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Lisboa e Vale do Tejo

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Após a data de 31 de dezembro de 2018, não ocorreram eventos subsequentes que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço ou proporcionem informação sobre condições que tenham ocorrido após a data do balanço.

O Conselho de Administração, Outão, 13 de Março de 2019

João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoPresidente

Otmar HübscherVice-Presidente

Gonçalo de Castro Salazar LeiteVice-Presidente

Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal

João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal

Manuel António de Sousa MartinsVogal

Sérgio António Alves MartinsVogal

Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal

Francisco José Melo e Castro GuedesVogal

José Miguel Pereira Gens ParedesVogal

Paulo Miguel Garcês VenturaVogal

42/ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2018

208

III

CERTIFICAÇÃO LEGAL DO REVISOR E RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL RELATIVO ÀS CONTAS CONSOLIDADAS

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SECIL

Companhia Geral de Cal e Cimentos, SA.Sede, Outão. Apartado 71. 2901-864 Setúbal

T. 212 198 100. 265 534 766F . 265 234 629

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