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PLANO OPERACIONAL DE RESPOSTAS INTEGRADAS (PORI)
– DIAGNÓSTICOS DE TERRITÓRIO –
RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO DO TERRITÓRIO CONCELHO DE SETÚBAL
Página 2 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal
Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54
Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Título: Relatório Final do Diagnóstico do Território “Concelho de Setúbal“
Autor: Centro de Respostas Integradas (CRI) da Península de Setúbal – Equipa Técnica Especializada de
Prevenção, Equipa Técnica Especializada de RRMD, Equipa Técnica Especializada de Reinserção e Equipa
Técnica Especializada de Tratamento de Setúbal.
Data: Outubro 2017
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
ÍNDICE
Siglas e Acrónimos ........................................................................................................................................... 10
Resumo ............................................................................................................................................................ 12
Introdução ....................................................................................................................................................... 14
Metodologia .................................................................................................................................................... 14
1. Equipa Técnica ...................................................................................................................................... 15
2. Objetivos definidos, Métodos e fontes utilizados ................................................................................ 15
3. Aspetos positivos e constrangimentos identificados no processo ....................................................... 17
Análise Contextual ........................................................................................................................................... 18
1. Condições geográficas e ambientais .................................................................................................... 18
a. Dimensão do Território ..................................................................................................................... 18
a. Caracterização das Acessibilidades ................................................................................................... 19
b. Condições Habitacionais ................................................................................................................... 19
c. Espaços Públicos de Lazer ................................................................................................................. 21
d. Características Urbanísticas .............................................................................................................. 22
2. Caracterização demográfica da população .......................................................................................... 23
3. Educação ............................................................................................................................................... 30
4. Caracterização socioeconómica ........................................................................................................... 36
5. Recursos sociais existentes ................................................................................................................... 42
6. Saúde .................................................................................................................................................... 45
Caracterização da problemática do consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas, comportamentos
aditivos e dependências .................................................................................................................................. 61
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1. Experimentação/ Prevalência do consumo de substâncias psicoativas ............................................... 61
b. Em Meio Escolar ................................................................................................................................ 61
c. Na População Geral .......................................................................................................................... 72
2. Disponibilidade de substâncias psicoativas .......................................................................................... 75
3. Caracterização dos utentes em acompanhamento na(s) Equipa(s) de Tratamento da(s) UIL da DICAD/
ARSLVT, IP do território em análise ............................................................................................................. 77
a. Caracterização dos consumos ........................................................................................................... 78
b. Caracterização Sociodemográfica ..................................................................................................... 79
Intervenções existentes: principais respostas relativamente à problemática do consumo de substâncias
psicoativas lícitas e ilícitas, comportamentos aditivos e dependências ......................................................... 88
1. Serviços e intervenções dinamizados pela DICAD/ ARSLVT, IP ............................................................ 88
2. Intervenções financiadas pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas
Dependências – SICAD ................................................................................................................................. 89
3. Intervenções dinamizadas por Entidades Locais (públicas ou privadas) .............................................. 91
Problemas, Grupos e Contextos com maior incidência na problemática do consumo de substâncias
psicoativas lícitas e ilícitas, comportamentos aditivos e dependências ......................................................... 95
1. Problemas identificados no território .................................................................................................. 95
2. Grupos e contextos identificados ......................................................................................................... 97
Propostas de Intervenção no âmbito da problemática do consumo de substâncias psicoativas lícitas e
ilícitas, comportamentos aditivos e dependências ....................................................................................... 101
1. Propostas de Intervenção na área da Prevenção e RRMD ................................................................. 101
Conclusões e Recomendações ...................................................................................................................... 109
Entidades contactadas ................................................................................................................................... 111
Referências Bibliográficas .............................................................................................................................. 112
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Área geográfica (km2) por freguesia, após Carta Administrativa Oficial Portuguesa (CAOP)
2013 18
Tabela 2. Tipo de Alojamentos (N.º), por Freguesia após CAOP 2013 ...................................................... 19
Tabela 3. Alojamentos familiares não clássicos (N.º), segundo a Freguesia, após CAOP 2013 ................ 20
Tabela 4. Espaços Públicos de Lazer/Jardins, por freguesia após CAOP 2013 .......................................... 21
Tabela 5. Espaços Noturnos de Lazer, por freguesia após CAOP 2013 ..................................................... 22
Tabela 6. Densidade Populacional (N.º/ Km²), após Carta Administrativa Oficial Portuguesa (CAOP) 2013
23
Tabela 7. Taxas demográficas relativas ao concelho ................................................................................ 24
Tabela 8. População residente por grupo etário no Concelho, por Freguesia após CAOP 2013 .............. 25
Tabela 9. Variação população residente por Grupos Etários (%), por Freguesia após CAOP 2013 .......... 26
Tabela 10. Famílias clássicas, famílias institucionais e núcleos familiares (2011), por Freguesia após CAOP
2013 27
Tabela 11. Núcleos familiares monoparentais (N.º) por Tipo de núcleo familiar com base na condição
perante o trabalho, por Freguesia após CAOP 2013 ....................................................................................... 27
Tabela 12. Proporção da população residente de nacionalidade estrangeira (%) por Ano e por Freguesia
após CAOP 2013 .............................................................................................................................................. 28
Tabela 13. População residente com Nacionalidade Estrangeira (por País) - Valor absoluto (N.º) e
Proporção (%), por Freguesia após CAOP 2013............................................................................................... 29
Tabela 14. Estabelecimentos de Ensino Público e Privado (N.º), por nível de ensino ................................ 30
Tabela 15. Estabelecimentos de Ensino (Públicos) ..................................................................................... 30
Tabela 16. Nº de Alunos por Agrupamentos e Escolas Secundárias (2016/17) .......................................... 31
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Tabela 17. Alunos inscritos no Instituto Politécnico de Setúbal, por Curso, Escola e Ano Letivo ............... 32
Tabela 18. Indicadores sobre o nível de Escolaridade, por freguesia ......................................................... 33
Tabela 19. População residente segundo o nível de instrução mais elevado e completo, por Freguesia
após CAOP 2013 .............................................................................................................................................. 34
Tabela 20. Taxa de abandono escolar (%) por Freguesia ............................................................................ 35
Tabela 21. Evolução das taxas de sucesso, insucesso e abandono (%) do Sistema de Ensino Público
Concelho de Setúbal, por Ano de escolaridade ............................................................................................... 35
Tabela 22. Poder de compra per capita ...................................................................................................... 36
Tabela 23. População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo Condição perante o trabalho
e sexo, por Freguesia após CAOP 2013 ........................................................................................................... 36
Tabela 24. População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo o Principal meio de vida, por
Freguesia após CAOP 2013 .............................................................................................................................. 38
Tabela 25. Taxas de Atividade e de Desemprego, por Sexo, por Ano e por Freguesia após CAOP 2013 ... 39
Tabela 26. Proporção de População Beneficiária de Rendimento Social de Inserção (‰)......................... 40
Tabela 27. Indivíduos Beneficiários (N.º) de Rendimento Mínimo Garantido/ Rendimento Social de
Inserção segundo o grupo etário ..................................................................................................................... 40
Tabela 28. Beneficiários do RSI (2016) por freguesia após CAOP 2013 ...................................................... 40
Tabela 29. População residente sem abrigo (n.º e %) por Freguesia após CAOP 2013 .............................. 41
Tabela 30. Taxa de criminalidade (‰) por Ano, Localização geográfica e Categoria de crime .................. 42
Tabela 31. Médicos (N.º): não especialistas e especialistas por algumas especialidades .......................... 45
Tabela 32. Distribuição de ACES por NUTS III .............................................................................................. 46
Tabela 33. Unidades Funcionais do ACES da Arrábida do Concelho de Setúbal ......................................... 47
Tabela 34. Utentes inscritos nas Unidades de Saúde do Concelho de Setúbal, do ACES da Arrábida ....... 48
Tabela 35. Centro Hospitalar de Setúbal – Indicadores Gerais de Atividade .............................................. 49
Tabela 36. Unidade privadas de saúde licenciadas, por área geográfica, em 2014 .................................... 50
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Tabela 37. Farmácias do Concelho de Setúbal, por freguesia..................................................................... 51
Tabela 38. Doenças de Declaração Obrigatória no ACES, declaradas no ano de 2015 ............................... 51
Tabela 39. Total de Casos VIH/SIDA notificados em 2012, por concelho e por tipo de notificação ........... 55
Tabela 40. Incidência e proporção de utentes registados em SIARS com “Infeção VIH/SIDA”, na ARS LVT e
no ACES da Arrábida, em 2013 e 2015 ............................................................................................................ 56
Tabela 41. 20 Principais causas de mortalidade prematura (Taxa de Anos de Vida Potencial Perdidos/100
000 hab) em Portugal Continental e na Área Metropolitana de Lisboa (A.M.Lisboa), em 2015 .................... 56
Tabela 42. Evolução da Taxa Bruta de Mortalidade (‰), por local de residência ...................................... 57
Tabela 43. Vítimas mortais de acidente de viação (condutor do veículo) autopsiadas pelo Instituto
Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses - rastreio e confirmação de substâncias psicotrópicas e
distribuição dos casos positivos, Portugal (2009-2014) .................................................................................. 59
Tabela 44. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de
Experimentação de Substâncias Psicoativas (2014) ........................................................................................ 69
Tabela 45. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de
Consumo de Tabaco (2014) ............................................................................................................................. 69
Tabela 46. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de
Consumo de Álcool – existência e frequência de consumo (2014) ................................................................. 70
Tabela 47. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de
Consumo de Álcool – Número de Bebidas com Álcool que Consome numa Ocasião em que se esteja a beber
(2014) 70
Tabela 48. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de
Consumo de Drogas – existência e frequência de consumo no último mês (2014) ....................................... 71
Tabela 49. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos
sexuais associados ao uso de Substâncias Psicoativas (2014) ........................................................................ 71
Tabela 50. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas lícitas ao longo da vida, último ano e
último mês, na população portuguesa com idades entre 15-74 anos, segundo o ano e sexo (%): País 2012-
2016/17 72
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Tabela 51. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas ilícitas ao longo da vida, último ano e
último mês, na população portuguesa com idades entre 15-74 anos, segundo o ano e sexo (%): País 2012-
2016/17 73
Tabela 52. Apreensões por Distrito (N.º e quantidade de substância) – anos 2014, 2015 e 2016 ............. 75
Tabela 53. Processos de contraordenação e substâncias psicoativas apreendidas: por local de Residência
do Infrator 76
Tabela 54. Utentes admitidos e ativos nas Equipas de Tratamento das IUL da ARSLVT, entre 2014 e 2016
77
Tabela 55. Droga Principal ........................................................................................................................... 78
Tabela 56. Utentes ativos em 2016 (N.º e %) .............................................................................................. 79
Tabela 57. Utentes ativos por género e por freguesia ................................................................................ 80
Tabela 58. Utentes (N.º e %) segundo o grupo etário, por freguesia ......................................................... 80
Tabela 59. Utentes (N.º e %) segundo o Estado Civil, por freguesia ........................................................... 81
Tabela 60. Número de Filhos dos Utentes (N.º e %), por número de filhos e por freguesia ...................... 82
Tabela 61. Utentes (N.º e %) segundo a nacionalidade, por freguesia ....................................................... 82
Tabela 62. Tipo de coabitação dos Utentes (N.º e %) por freguesia ........................................................... 83
Tabela 63. Habilitações Literárias dos Utentes (N.º e %) por freguesia ...................................................... 84
Tabela 64. Utentes (N.º e %) segundo a situação profissional, por freguesia ............................................ 85
Tabela 65. Situação face à justiça (ao Longo da Vida) dos Utentes Ativos (N.º e %), por freguesia ........... 85
Tabela 66. Comportamentos de Risco dos Utentes (N.º e %), por freguesia .............................................. 86
Tabela 67. Equipas da DICAD com intervenção no Concelho de Setúbal de acordo com o âmbito
territorial da Unidade de Intervenção Local da ARSLVT, IP com Intervenção nos CAD .................................. 89
Tabela 68. Intervenções/ atividades dinamizadas pelas Equipas da DICAD no concelho do Setúbal ........ 89
Tabela 69. Intervenções/ projetos financiados pelo SICAD no Concelho de Setúbal ................................. 90
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Tabela 70. Intervenções/ Projetos/ Programas/ Iniciativas a decorrer (Entidades Promotoras públicas ou
privadas) 91
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Notificação e Incidência de Tuberculose em Portugal, 2000-2016 ........................................... 53
Gráfico 2. Taxa de Incidência de Tuberculose por 100 mil Pessoas, por Distrito, 2014 ............................ 54
Gráfico 3. Número de Novos Casos de Infeção por VIH em Portugal (1983-2016) ................................... 55
Gráfico 4. Prevalência de vida das perturbações psiquiátricas (%) (exceto perturbações psicóticas
esquizofrénicas e delirantes), Portugal (2013) ................................................................................................ 58
Gráfico 5. Evolução das taxas de mortalidade bruta e padronizada por Doenças Atribuíveis ao Álcool, por
100.000 habitantes, Portugal Continental (2008-2014) .................................................................................. 59
Gráfico 6. Prevalências de Consumo de SPA ao Longo da Vida em Portugal (%), em Estudantes do ensino
público, por substância e idade (comparação entre 2011 e 2015) ................................................................. 62
Gráfico 7. Prevalências de Consumo de ÁLCOOL ao Longo da Vida (PLV), nos últimos 12 meses (P12M) e
nos últimos 30 dias (P30D) (%), em Estudantes do ensino público, por género e idade (2015) .................... 64
Gráfico 8. Prevalências de Consumo de ÁLCOOL últimos 30 dias (P30D) (%), Estudantes do ensino
público, por Tipo de Bebida Alcoólica, género e idade (2015) ........................................................................ 65
Gráfico 9. Prevalências Consumo de TABACO ao Longo da Vida (PLV), últimos 12 meses (P12M) e últimos
30 dias (P30D) (%), Estudantes do ensino público, por género e idade (2015) .............................................. 66
Gráfico 10. Prevalências de Consumo de DROGA ao Longo da Vida (PLV), últimos 12 meses (P12M) e
últimos 30 dias (P30D) (%), studantes do ensino público, por género e idade (2015) ................................... 68
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SIGLAS E ACRÓNIMOS
AML Área Metropolitana de Lisboa
ARSLVT, I.P. Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Instituto Público
ACES Agrupamentos dos Centros de Saúde
CAD Comportamentos Aditivos e Dependências
CAOP Carta Administrativa Oficial Portuguesa
CDT Comissão de Dissuasão da Toxicodependência
CHS Centro Hospitalar de Setúbal
CLAS Conselho Local da Ação Social
CRI Centro de Respostas Integradas
DDO Doenças de Declaração Obrigatória
DGS Direção-Geral da Saúde
DICAD Divisão de Intervenção em Comportamentos Aditivos e nas Dependências (ARSLVT, I.P.)
ENIPSA Estratégia Nacional para a Integração da População Sem Abrigo
ESPAD European School Survey Project on Alcohol and other Drugs
ET Equipa de Tratamento
GAT Grupo Português de Ativistas em Tratamento
GNR Guarda Nacional Republicana
INE, IP Instituto Nacional de Estatística, Instituto Público
LVT Lisboa e Vale do Tejo
NPISA Núcleo de Planeamento e Intervenção com a População Sem Abrigo
NUTS Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos
PALOP Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
PORDATA Base de dados
PORI Plano Operacional de Respostas Integradas
PRI Programa de Respostas Integradas
PSP Polícia de Segurança Pública
PUD População Utilizadora de Drogas
RAR Rapid Assessment and Response
RLVT Região de Lisboa e Vale do Tejo
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RNU Registo Nacional de Utentes
RRMD Redução de Riscos e Minimização de Danos
RSI Rendimento Social de Inserção
SICAD Serviço de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências – Direção-Geral
SIDA Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
SIM Sistema de Informação Multidisciplinar
SPA Substâncias Psicoativas
TB Tuberculose
UCSP Unidades de Cuidados de Saúde Partilhados
UE União Europeia
UIL Unidade de Intervenção Local
USF Unidades de Saúde Familiar
VIH Vírus da Imunodeficiência Humana
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RESUMO
Efetuou-se um Diagnóstico do Concelho do Setúbal no âmbito do Plano Operacional de Respostas
Integradas (PORI). Realizou-se um retrato do concelho, fazendo a sua caracterização geográfica, ambiental,
demográfica e habitacional. Descrevemos as condições de acessibilidades, o funcionamento e dinâmica dos
espaços de diversão noturna. Foi-nos ainda possível relatar na área da saúde, na área da segurança, na área
económica, social e educativa.
Da análise realizada, foram identificados cinco problemas: consumo/policonsumo de substâncias
psicoativas lícitas e ilícitas; uso/abuso de consumo de álcool; início precoce de consumos de SPA e aumento
da frequência dos de SPA; início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool; venda
irresponsável de álcool; falta de estruturas e retaguarda de saúde mental.
Foram ainda identificados quatro grupos: grupo de aproximadamente 300 indivíduos, com idades
compreendidas entre os 15 e os 24 anos, que frequentam os espaços noturnos; grupo de
aproximadamente 50 jovens, com idades compreendidas ente os 15 e os 24 anos com inicio precoce de SPA
e aumento da frequência dos consumos de SPA; grupo de aproximadamente 100 indivíduos, com idades
compreendidas entre os 18 e os 65 anos com uso/abuso de consumo de álcool; grupo de aproximadamente
250 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos com consumo/policonsumo de SPA
licitas e ilícitas.
Resultante destes problemas e grupos são adiantadas duas propostas de intervenção na área Prevenção e
da RRMD. Considerámos as necessidades levantadas neste território; fizemos uma caracterização da
problemática do consumo de substâncias psicoativas; refletimos sobre as demais intervenções planeadas
e/ ou em curso no concelho do Seixal e que são asseguradas por outras instituições; identificámos as
imediatas potencialidades de intervenção tal como as fomos percebendo para esta área.
A intervenção em Prevenção proposta permitiria:
1. Intervir junto de um grupo de aproximadamente 50 jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os
24 anos que frequentam jardins públicos;
1.1. Aumentar o nível de conhecimento dos consumidores, sobre as SPA e seus efeitos;
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1.2. Atrasar o inicio do consumo de SPA;
1.3. Diminuir a frequência dos consumos de SPA;
1.4. Reduzir os riscos dos policonsumos de SPA;
1.5. Potenciar a articulação com/encaminhamento para as estruturas de apoio social, de prevenção e
reinserção;
1.6. Sensibilizar para práticas de consumo de menor risco.
A intervenção em RRMD proposta permitiria intervir junto de dois grupos:
1. Um grupo de aproximadamente 300 jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, que
frequentam os espaços noturnos;
1.1. Atrasar o inicio do consumo de SPA;
1.2. Diminuir a frequência dos consumos de outras SPA;
1.3. Potenciar a articulação com/encaminhamento para as estruturas de apoio social e de reinserção;
1.4. Prevenir o risco de propagação de doenças infetocontagiosas;
1.5. Sensibilizar para práticas de consumo de menor risco;
1.6. Diminuir a partilha do material de consumo;
1.7. Reduzir os riscos associados aos comportamentos sexuais;
2. Um grupo de aproximadamente 350 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos;
2.1. Diminuir a frequência dos consumos de outras SPA;
2.2. Reduzir os riscos dos policonsumos de SPA;
2.3. Potenciar a articulação com/encaminhamento para as estruturas de apoio social e de reinserção;
2.4. Sensibilizar para práticas de consumo de menor risco;
2.5. Diminuir a partilha do material de consumo;
2.6. Reduzir os riscos associados aos comportamentos sexuais.
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INTRODUÇÃO
O presente relatório surge da necessidade de realização de um diagnóstico do território – Concelho de
Setúbal no âmbito do Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI), com o objetivo de retratar e
identificar problemas, grupos em situações de risco, intervenções a decorrer e potenciais intervenções a
desenvolver, tendo em conta a problemática dos comportamentos aditivos e dependências (CAD).
Esta dinâmica de apoio ao PORI visa reforçar uma intervenção integrada nesta área, por ser considerada a
mais eficaz para a redução da procura do consumo de substâncias psicoativas, procurando potenciar
sinergias disponíveis no território e nas várias estruturas de saúde das Administrações Regionais de Saúde,
IP..
No que se refere à possibilidade de financiamento de Programas de Respostas Integradas (PRI) que
decorram em territórios onde haja sido realizado um diagnóstico de território, é enquadrada legalmente,
pela Portaria n.º 27/2013, de 24 de janeiro, onde se aprova o Regulamento que estabelece as condições de
financiamento público dos projetos que constituem os Programas de Respostas Integradas (PRI).
Assim, foi realizado um diagnóstico do território do concelho de Setúbal, com o objetivo de retratar e
identificar problemas, grupos em situações de risco, intervenções a decorrer e potenciais intervenções a
desenvolver, tendo em conta a problemática dos comportamentos aditivos e dependências (CAD).
METODOLOGIA
Os trabalhos de realização do diagnóstico de território do Concelho de Setúbal decorreram ao longo de 7
meses, entre março e outubro 2017.
A metodologia de base utilizada para a realização deste diagnóstico, foi o Rapid Assessment and Response –
RAR, considerando que permite uma caracterização rápida das problemáticas associadas ao consumo de
substâncias psicoativas, e ainda porque facilita e promove a mudança nas linhas orientadoras da ação das
intervenções.
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A estratégia definida foi a análise dos dados e informações recolhidos pelas diversas equipas que trabalham
no território nas diferentes áreas (saúde, educação, social, segurança).
1. EQUIPA TÉCNICA
A Equipa Técnica envolvida na realização deste Diagnóstico PORI foi coordenada pela Unidade de
Intervenção Local (UIL) / Centro de Respostas Integradas da Península de Setúbal da DICAD/ ARSLVT, IP, e
foi constituída por 6 (seis) técnicos da UIL/ CRI, designadamente das Equipas Técnicas Especializadas de
Prevenção, Redução de Riscos e Minimização de Danos, Reinserção e Tratamento (Setúbal).
Os trabalhos foram possíveis considerando a colaboração de entidades que, no território em análise,
dinamizam atividades e intervenções, sendo conhecedoras das problemáticas ali existentes, e detentoras
de informação pertinente para a sua análise. O grupo de trabalho esteve alocado a este diagnóstico a
tempo parcial.
2. OBJETIVOS DEFINIDOS, MÉTODOS E FONTES UTILIZADOS
O conhecimento do território analisado, detido pelas entidades que possuem experiência de intervenção e
trabalho na realidade local, permitiram a realização deste diagnóstico. Os dados e informações obtidos e
sistematizados através do levantamento realizado permitiram orientar o planeamento do diagnóstico.
Procedeu-se à recolha de informação quantitativa e qualitativa junto de diferentes parceiros, tendo sido
realizadas:
• Reuniões de trabalho da equipa que elaborou o relatório;
• Reuniões com entidades identificadas como detendo informação pertinente para caracterização da
problemática no território em análise;
Foram também dirigidos pedidos via e-mail, e feitos contactos telefónicos, solicitando-se a colaboração das
entidades para recolha de toda a informação disponível, considerada potencialmente pertinente, com o
intuito de se conseguir realizar uma leitura quer dos problemas existentes no território a nível do consumo
de substâncias psicoativas, quer dos recursos existentes e da capacidade de serem dadas as respostas
adequadas aos problemas identificados.
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Foram desde logo incluídos os contributos da equipa da Unidade de Intervenção Local com intervenção nos
CAD na área de abrangência do território em análise, bem como os dados solicitados e remetidos pela
respetiva Comissão de Dissuasão da Toxicodependência.
Não se procedeu a uma revisão bibliográfica exaustiva, mas recorreu-se às fontes disponíveis no momento
e solicitou-se também a colaboração de algumas outras entidades externas.
Os dados e informações obtidos e sistematizados através do levantamento realizado permitiram orientar o
planeamento do diagnóstico. Assim, foi adotada a seguinte metodologia, considerando desde logo as
diversas áreas de intervenção no âmbito do PORI, designadamente – Prevenção, Redução de Riscos e
Minimização de Danos, Tratamento e Reinserção:
1. Objetivos do diagnóstico no território em análise:
• Identificar e caracterizar os comportamentos aditivos e consumos de substâncias psicoativas lícitas e
ilícitas no território em análise:
• Caracterizar a dimensão e características dos mesmos;
• Identificar e caracterizar os contextos de consumo de substâncias ilícitas e de consumo de álcool, bem
como de comportamentos aditivos identificados;
• Identificar e caracterizando os grupos com problemas associados aos CAD;
• Identificar recursos e potencialidades para a mudança;
• Identificar recomendações sobre intervenções a desenvolver.
2. Orientação metodológica:
A equipa contou com um registo atualizado de informação (avaliação qualitativa e quantitativa),
realizada com base em dados de intervenção das diferentes instituições que intervêm no terreno.
3. Definição do problema:
Como problemas identificados no presente diagnóstico temos:
� Consumo/ policonsumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas
� Uso/Abuso de consumo de álcool
� Início precoce do consumo de SPA e aumento da frequência dos consumos de SPA
� Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool
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� Venda irresponsável de álcool
� Falta de Estruturas e Retaguarda de Saúde Mental
A recolha de informação quantitativa e qualitativa passou pelo contacto com diversas entidades que
recolhem, de forma periódica e consistente, informação considerada pertinente para este trabalho. A
escolha das fontes utilizadas foi orientada quer pela necessidade de ter uma leitura dos problemas
existentes no território a nível do consumo de substâncias psicoativas, quer dos recursos existentes; quer
pela necessidade de se ter um fácil e rápido acesso a informação pertinente e atual.
Assim, os dados quantitativos apresentados neste documento, representam os valores mais atualizados e
consolidados relativamente aos indicadores entendidos como pertinentes para o diagnóstico do território
em causa.
3. ASPETOS POSITIVOS E CONSTRANGIMENTOS IDENTIFICADOS NO PROCESSO
Este trabalho representou uma tarefa acrescida às restantes atividades profissionais do grupo. A dinâmica
destes diagnósticos exige tempo para se procurar a informação e identificar quem mais deve participar,
conseguir envolver os parceiros no processo, para explorar, refletir e aprofundar as diferentes etapas
previstas, e para finalmente, refletir sobre os resultados. Nota-se ainda que nem sempre se verificou
disponibilidade das Instituições contactadas para contribuir com dados e informações.
Em termos de condições de trabalho, refere-se, por um lado, a inexistência de um espaço físico disponível
para a equipa do PORI poder desenvolver o trabalho necessário à prossecução dos objetivos.
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ANÁLISE CONTEXTUAL
1. CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS E AMBIENTAIS
O concelho de Setúbal, a cerca de 40 quilómetros de Lisboa, pertence à Área Metropolitana de Lisboa
(AML), integrando o grupo de concelhos que fazem parte da sub-região NUTS III (Grande Lisboa e Península
de Setúbal). Setúbal foi elevada a cidade em 1860, por carta régia do Rei D. Pedro V, sendo capital de
distrito desde 1926. O município é limitado a oeste pelo município de Sesimbra, a noroeste pelo Barreiro, a
norte e leste por Palmela e, a sul, o estuário do Sado separa-o dos municípios de Alcácer do Sal e Grândola.
A península de Tróia, pertencente a Grândola, situa-se em frente da cidade, entre o estuário do Sado e o
litoral do Oceano Atlântico [1] [2].
a. Dimensão do Território
De acordo com os Censos 2011, o Concelho de Setúbal tem uma área de 230,33 km² e está dividido
administrativamente em 5 freguesias, com características urbanas e rurais: Setúbal (São Sebastião), União
das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) – urbanas,
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, Sado e União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) – zonas
limítrofes [2].
Tabela 1. Área geográfica (km2) por freguesia, após Carta Administrativa Oficial Portuguesa (CAOP) 2013
Localização geográfica Superfície (km²) do território nacional após CAOP 2013
DISTRITO DE SETÚBAL 5214,06
PENÍNSULA DE SETÚBAL 1625,26
SETÚBAL (CONCELHO) 230,33
Setúbal (São Sebastião) 25,78
União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
36,77
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 32,97
Sado 65,49
União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) 69,32
FONTE: INE (2015) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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Pela tabela acima pode-se verificar que a zona urbana representa apenas 27,3% da superfície total do
concelho. No entanto é nesta área que estão concentrados a maioria dos serviços (sociais e de saúde),
comércio e população do concelho.
a. Caracterização das Acessibilidades
O concelho de Setúbal é servido de excelentes acessibilidades e dispõe de soluções de transportes ao nível
rodoviário, ferroviário, marítimo-fluvial [4].
Alguns dos principais itinerários rodoviários nacionais, como o IP1, o IP7, a EN10, a A2 e a A12, garantem
ligações rápidas e cómodas ao resto do País, assim como a toda a Península Ibérica. A rede ferroviária
assegura serviços eficazes de transporte de passageiros e de mercadorias, estando o concelho abrangido
pelo projeto nacional Linha de Transporte de Mercadorias destinado a ligar os portos de Setúbal, Sines e
Lisboa ao resto da Europa [4].
O Porto de Setúbal localiza-se no Estuário do Sado e funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano [4].
No âmbito do setor do turismo, Setúbal dispõe igualmente de um serviço regular de transporte fluvial, que
inclui o recurso a ferryboats, de ligação à Península de Tróia, área que foi alvo recente de uma aposta
ambiciosa orientada para o turismo de luxo [4].
b. Condições Habitacionais
Tabela 2. Tipo de Alojamentos (N.º), por Freguesia após CAOP 2013
Localização geográfica
Tipo de Alojamentos (N.º)
2001 2011
Total
Alojamento familiar
Alojamento
colectivo Total
Alojamento familiar
Alojamento
colectivo Total Alojamentos
clássicos
Alojamentos
não clássicos Total
Alojamentos
clássicos
Alojamentos
não clássicos
PORTUGAL 5054922 5046744 5019425 27319 8178 5878756 5866152 5859540 6612 12604
PENÍNSULA DE SETÚBAL 361609 361286 358729 2557 323 420990 420560 419681 879 430
SETÚBAL (CONCELHO) 55218 55150 54866 284 68 62829 62749 62607 142 80
Setúbal (São Sebastião) 24407 24395 24234 161 12 25831 25811 25725 86 20
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
19743 19702 19646 56 41 21983 21943 21918 25 40
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Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 1754 1749 1727 22 5 2514 2509 2502 7 5
Sado 2169 2167 2154 13 2 2461 2461 2458 3 0
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
7145 7137 7105 32 8 10040 10025 10004 21 15
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Em 2011 o Concelho de Setúbal possuía mais 823834 alojamentos do que em 2001. O número de
alojamentos familiares clássicos aumentou cerca de 12,4%, sendo que a freguesia onde se verificou maior
aumento de alojamentos foi na União de Freguesias de Azeitão. No entanto a freguesia com maior número
de fogos continua a ser a de São Sebastião.
Tabela 3. Alojamentos familiares não clássicos (N.º), segundo a Freguesia, após CAOP 2013
Localização geográfica
Alojamentos familiares não clássicos (N.º)
2001 2011
Total
Barracas e
casas
rudimentares
de madeira
Móveis Improvisados Outros Total
Barracas e
casas
rudimentares
de madeira
Móveis Improvisados Outros
PORTUGAL 27319 27319 882 9082 3126 6612 2052 445 3969 146
PENÍNSULA DE SETÚBAL 2557 2557 77 1023 297 879 294 23 554 8
SETÚBAL (CONCELHO) 284 284 11 113 19 142 63 5 73 1
Setúbal (São Sebastião) 161 161 3 75 4 86 54 0 32 0
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
32 32 3 13 4 21 6 2 12 1
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 22 22 1 6 4 7 2 2 3 0
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Sado 13 13 3 1 4 3 1 0 2 0
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
56 56 1 18 3 25 0 1 24 0
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Analisando os dados da Tabela 3, salienta-se o decréscimo do número de alojamentos familiares não
clássicos (cerca de 50%), podendo este indicador estar relacionado com o esforço da autarquia na melhoria
das condições habitacionais da população residente. As freguesias onde se verificam maiores diminuições
de alojamentos não clássicos são as freguesias limítrofes da cidade de setúbal, respetivamente Sado
(76,9%), Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra (68,2%) e União de Freguesias de Azeitão (55,4%).
c. Espaços Públicos de Lazer
Os espaços públicos de lazer são muitas vezes conotados a locais de aglomeração de jovens/pessoas e
também ao consumo de substâncias psicoativas.
Tabela 4. Espaços Públicos de Lazer/Jardins, por freguesia após CAOP 2013
LOCAL N.º ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER/ JARDINS
Setúbal (São Sebastião)
� Parque Dr. Manuel Constantino Goes, Lanchoa � Jardim Camilo Castelo Branco, Escarpas de São Nicolau (Miradouro) � Parque Verde da Bela Vista � Jardim Afonso Costa � Parque Urbano de Sant´Iago � Bosque do Centenário / Vale de Cobro � Espaço Envolvente à Pedra Furada
União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
� Jardim do Bonfim � Parque Verde da Algodeia � Parque Urbano de Albarquel � Parque de Vanicelos � Jardim da Música (Vanicelos) � Jardim Engenheiro Luís da Fonseca � Jardim General Luís Domingos, Quebedo e Palhais � Jardins da Luisa Todi
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra
� Jardim da Cooperativa das Pontes � Jardim do Bairro operário � Jardim e Parque Desportivo do Poço Mouro � Jardim do Alto da Guerra
Sado � Parque Verde da Mourisca
União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)
� Jardim Praça da República / Azeitão � Azeitão Bacalhoa Parque � Parque Ambiental do Alhambre � Parque Morango
Fonte: Site “Wikipedia” e Câmara Municipal de Setúbal [1] e [2]
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Os espaços noturnos de lazer também são locais privilegiados para o consumo de substâncias
psicoativas, nomeadamente álcool. No concelho de Setúbal a maioria destes espaços estão
concentrados em 2 freguesias.
Tabela 5. Espaços Noturnos de Lazer, por freguesia após CAOP 2013
LOCAL N.º ESPAÇOS NOCTURNOS DE LAZER
Setúbal (São Sebastião) � Estabelecimentos Comerciais que disponibilizam bebidas alcoólicas e estão abertas em horário nocturno (ex: cafés, Sociedades Recreativas)
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e Santa
Maria da Graça)
� Zona poente da Avenida Luísa Todi, que pega com a zona envolvente da doca de pesca comercial � Parque Urbano de Albarquel � Zona da rotunda da EN10 (sentido Azeitão-Lisboa)
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra � Estabelecimentos Comerciais que disponibilizam bebidas alcoólicas e estão abertas em horário nocturno (ex: cafés, Sociedades Recreativas)
Sado � Estabelecimentos Comerciais que disponibilizam bebidas alcoólicas e estão abertas em horário nocturno (ex: cafés, Sociedades Recreativas)
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e São
Simão)
� Bares da zona de São Simão � Parque Morango (sazonal) � Azeitão Bacalhoa Parque (sazonal)
Fonte: Site “Visit Setúbal” [4]
d. Características Urbanísticas
A cidade de Setúbal possui numerosos bairros, destacando-se entre os mais tradicionais o bairro do Troino,
o Viso, as Fontainhas, o Bairro Santos Nicolau e a Fonte Nova, zonas onde vivia grande parte da
comunidade de pescadores. As Fontainhas começaram a ser povoadas por volta do século XVII, sobretudo
por pessoas oriundas da zona de Aveiro. Depois da construção da Avenida Luísa Todi foi necessária a
criação de uma nova doca. A zona é composta por inúmeras travessas, poços e, ao contrário da do Troino, é
bastante inclinada [1].
O bairro Salgado era a zona onde, por tradição, vivia a classe burguesa no século XIX, pois este bairro fica
bastante próximo do centro da cidade, onde se desenvolve grande parte do comércio. Neste bairro
encontram-se alguns estabelecimentos comerciais, assim como a principal estação rodoviária da cidade [1].
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A zona da Saboaria, assim como a zona das Fontainhas foram, durante o século XX, locais de grande
concentração industrial. As fábricas de conservas de peixe de Setúbal eram nacionalmente reconhecidas,
tendo-se verificado nos últimos anos alguns esforços de reativação desta atividade na cidade, a qual atraiu
diversos trabalhadores do Alentejo e Algarve durante o seu período de maior dinamismo [1].
Atualmente, na zona da Saboaria encontram-se instalados diversos restaurantes, com uma oferta
gastronómica algo variada. Também nesta zona, situam-se a maioria dos clubes noturnos e bares da cidade,
assim como tem sido feito um esforço de revitalização urbana por parte de empreiteiros e da própria
câmara municipal. Entre os projetos já realizados destacam-se o Programa Pólis, que veio reorganizar a
Avenida Luísa Todi, a construção da zona residencial da Quinta da Saboaria e o Parque Urbano de Albarquel
[1]. Para finalizar, existe ainda um sem-número de outros bairros que merecem atenção social, política e
cultural. Entre eles poderemos enunciar os bairros da Camarinha, Bela Vista, Casal das Figueiras, Fonte
Nova, Viso, Peixe Frito [1].
2. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO
Tabela 6. Densidade Populacional (N.º/ Km²), após Carta Administrativa Oficial Portuguesa (CAOP) 2013
Localização geográfica
Densidade populacional (N.º/ km²) após
CAOP 2013
2001 2011
PORTUGAL 112,38 114,54
PENÍNSULA DE SETÚBAL 451,98 479,56
SETÚBAL (CONCELHO) 588,52 526,20
Setúbal (São Sebastião) 2508,75 2038,09
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
1193,52 1036,40
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 124,82 178,50
Sado 142,05 88,30
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 189,06 272,36
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FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Da leitura da tabela acima, percebe-se a discrepância existente na densidade populacional intra-concelhia,
com freguesias (São Sebastião e União de Freguesias de Setúbal) a registar uma densidade populacional
superior ao dobro da densidade populacional do concelho, enquanto a freguesia do Sado apresenta uma
reduzida densidade populacional (88,30 pessoas/Km2) em 2011.
Tabela 7. Taxas demográficas relativas ao concelho
Indicador Localização geográfica Ano
1992 2001 2011 2016
Taxa bruta de natalidade (‰)
PORTUGAL 11,5 10,9 9,2 8,4
PENÍNSULA DE SETÚBAL 10,9 11,8 10,7 --
SETÚBAL (CONCELHO) 10,6 12,1 10,4 9,4
Taxa bruta de mortalidade (‰)
PORTUGAL 10,1 10,1 9,7 10,7
PENÍNSULA DE SETÚBAL 8,8 9,2 9,3 --
SETÚBAL (CONCELHO) 9,4 9,7 8,9 11,0
Taxa de crescimento natural (%)
PORTUGAL 0,14 0,07 -0,06 -0,23
PENÍNSULA DE SETÚBAL 0,21 0,26 0,14 --
SETÚBAL (CONCELHO) 0,12 0,24 0,15 -0,16
Taxa de crescimento efetivo (%)
PORTUGAL 0,05 ,062 -0,29 -0,31
PENÍNSULA DE SETÚBAL 0,62 1,30 0,40 --
SETÚBAL (CONCELHO) 0,44 1,03 -0,32 -0,68
Taxa de crescimento migratório (%)
PORTUGAL -0,09 0,54 -0,23 -0,08
PENÍNSULA DE SETÚBAL 0,41 1,04 0,26 --
SETÚBAL (CONCELHO) 0,33 0,79 -0,47 -0,52 FONTE: INE (2016) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Os dados apresentados na tabela anterior demonstram o decréscimo claro da população do concelho, pela
diminuição da taxa de natalidade, pelo aumento da taxa de mortalidade e pela descida da taxa de
crescimento natural e efectivo.
a. População residente e intensidade do povoamento
Segundo os dados dos Censos Definitivos 2011 do INE, o concelho de Setúbal tem uma população residente
de 121185 habitantes, que representa 1,1% da população nacional.
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Tabela 8. População residente por grupo etário no Concelho, por Freguesia após CAOP 2013
Localização geográfica
População residente
Em 2001 Em 2011
Total
Grupos etários
Total
Grupos etários
0-14 15-24 25-64 65-74 75 ou
mais 0-14 15-24 25-64 65-74
75 ou
mais
PORTUGAL 10356117 1656602 1479587 5526435 992127 701366 10562178 1572329 1147315 5832470 1048139 961925
PENÍNSULA DE SETÚBAL 714589 109645 100482 402034 63457 38971 779399 123790 80223 435201 78832 61353
SETÚBAL (CONCELHO) 113934 17686 16267 63156 10323 6502 121185 19557 12507 67215 12212 9694
Setúbal (São Sebastião) 52814 9212 8053 29216 3996 2337 52542 9134 5752 29600 4673 3383
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
38502 4971 5156 21024 4364 2987 38098 4939 3797 20505 4706 4151
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 4076 604 606 2239 385 242 5885 1116 542 3367 476 384
Sado 5457 763 873 3145 444 232 5783 855 620 3272 648 388
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
13085 2136 1579 7532 1134 704 18877 3513 1796 10471 1709 1388
Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A população residente do concelho de Setúbal aumentou entre 2001 e 2011. Foram os grupos etários dos
15-24 anos e dos 25-64 anos, que registaram o maior aumento de indivíduos, 3760 e 4059 pessoas
respetivamente.
Contrariamente ao crescimento do concelho (+7251 indivíduos), as freguesias urbanas do concelho (São
Sebastião e União de Freguesias de Setúbal) apresentam um decréscimo da população residente (- 272 e -
404 residentes, respetivamente).
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Tabela 9. Variação população residente por Grupos Etários (%), por Freguesia após CAOP 2013
Localização geográfica Variação Total
População residente -Variação entre 2001 e 2011 (%)
Grupos etários
0-14 15-24 25-64 65-74 75 ou mais
PORTUGAL 1,99 -5,09 -22,46 5,54 5,65 37,15
PENÍNSULA DE SETÚBAL 9,07 12,90 -20,16 8,25 24,23 57,43
SETÚBAL (CONCELHO) 6,36 10,58 -23,11 6,43 18,30 49,09
Setúbal (São Sebastião) -0,52 -0,85 -28,57 1,31 16,94 44,76
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
-1,05 -0,64 -26,36 -2,47 7,84 38,97
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 44,38 84,77 -10,56 50,38 23,64 58,68
Sado 5,97 12,06 -28,98 4,04 45,95 67,24
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
44,26 64,47 13,74 39,02 50,71 97,16
Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A distribuição da população pelos grandes grupos etários é dispare nas freguesias, conforme a tabela
acima.
No grupo etário dos jovens (0-14 anos) houve um acréscimo nas freguesias limítrofes, salientando-se
Gâmbia-Pontes e Alto da Guerra com 84,77%.
No grupo etário dos idosos (75 ou mais anos), todas as freguesias analisadas verificaram aumentos, com
destaque para a União de freguesias de Azeitão (97,16%).
Deste modo, conclui-se que o concelho de Setúbal se encontra num processo de envelhecimento, com a
diminuição da população ativa e aumento exponencial dos idosos, com idades superiores aos 75 anos.
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b. Famílias
Tabela 10. Famílias clássicas, famílias institucionais e núcleos familiares (2011), por Freguesia após CAOP 2013
Local de residência Famílias Núcleos
familiares Clássicas Institucionais
PORTUGAL 4043726 4833 3069745
PENÍNSULA DE SETÚBAL 312122 287 218496
SETÚBAL (CONCELHO) 48328 42 34459
Setúbal (São Sebastião) 20713 11 15937
União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
16355 17 11508
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 2132 3 1251
Sado 2191 0 1710
União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) 6937 11 4053
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Em 2011 existiam no Concelho de Setúbal 48328 famílias clássicas, que representam 15,5% das famílias
clássicas existentes em Portugal.
Embora as freguesias com maior aumento do número de população residente tenham sido a União de
freguesias de Azeitão e a freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, as que registam um maior número de
famílias clássicas são as freguesias urbanas (São Sebastião e União de freguesias de Setúbal).
Tabela 11. Núcleos familiares monoparentais (N.º) por Tipo de núcleo familiar com base na condição perante o trabalho, por Freguesia após CAOP 2013
Local de residência
Núcleos familiares monoparentais (N.º) por Tipo de núcleo familiar com base na condição perante o trabalho (2011)
Total
Pai com filhos Mãe com filhos
Total Empregado Desempregado
Sem
atividade
económica
Total Empregada Desempregada
Sem
atividade
económica
PORTUGAL 480443 64100 31261 5465 27374 416343 210219 41042 165082
PENÍNSULA DE SETÚBAL 40305 5686 3090 601 1995 34619 20023 3755 10841
SETÚBAL (CONCELHO) 6216 872 486 93 293 5344 3023 609 1712
Setúbal (São Sebastião) 2989 395 208 46 141 2594 1409 354 831
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União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
2102 283 147 33 103 1819 1068 166 585
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 193 32 19 2 11 161 97 12 52
Sado 213 37 25 2 10 176 102 17 57
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e São
Simão)
719 125 87 10 28 594 347 60 187
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A realidade em 2011 continua a demonstrar que os núcleos familiares monoparentais são maioritariamente
femininos, de mães com filhos, representando 86,7% da totalidade dos núcleos familiares monoparentais
nacionais. As freguesias urbanas (São Sebastião e União de freguesias de Setúbal) concentram a grande
maioria dos núcleos familiares monoparentais com 48,1% e 33,8% respetivamente.
Considera-se preocupante a quantidade de núcleos familiares monoparentais que não apresentam uma
fonte regular de rendimento (11,3% desempregados e 32,3% sem actividade económica).
c. Estrangeiros na população residente
Tabela 12. Proporção da população residente de nacionalidade estrangeira (%) por Ano e por Freguesia após CAOP 2013
Local de residência
Proporção da população
residente de
nacionalidade estrangeira
(%) por Ano
2001 2011
PORTUGAL 2,2 3,4
PENÍNSULA DE SETÚBAL 3,7 5,2
SETÚBAL (CONCELHO) 3,4 5,2
Setúbal (São Sebastião) 4,0 6,1
União das freguesias de Setúbal (São
Julião, Nossa Senhora da Anunciada e
3,3 5,8
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Santa Maria da Graça)
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 1,8 2,0
Sado 1,8 4,0
União das freguesias de Azeitão (São
Lourenço e São Simão) 2,4 2,7
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A tabela anterior demonstra um aumento de 1,8 pontos percentuais na população com nacionalidade
estrangeira entre 2001 e 2011, no concelho de Setúbal, sendo este superior ao registado na Península de
Setúbal (1,5 pontos percentuais) e no país (1,2 pontos percentuais).
As freguesias que registam um aumento mais significativo de população com nacionalidade estrangeira são
a União de freguesias de Setúbal e a freguesia do Sado (2,5 e 2,2 pontos percentuais, respetivamente).
Tabela 13. População residente com Nacionalidade Estrangeira (por País) - Valor absoluto (N.º) e Proporção (%), por Freguesia após CAOP 2013
Local de residência
População residente com Nacionalidade Estrangeira (por País) (2011) - Valor absoluto (N.º) e Proporção (%)
Total União
Europeia 27 (S/PT)
Países Europeus Não pertencentes
à União Europeia 27
Angola Cabo Verde Outros Países – Africa
Brasil Outros Países – América
China Outros
Países – Asia Outros Países
N.º N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %
PORTUGAL 359969 82289 22,9 48730 13,5 24723 6,9 37081 10,3 34614 9,6 101991 28,3 8778 2,4 11017 3,1 10370 2,9 376 0,1
PENÍNSULA DE SETÚBAL 40578 5280 13,0 3656 9,0 4073 10,0 7138 17,6 4887 12,0 13773 33,9 374 0,9 877 2,2 509 1,3 11 0,0
SETÚBAL (CONCELHO) 6261 842 13,4 789 12,6 547 8,7 578 9,2 259 4,1 2963 47,3 46 0,7 171 2,7 64 1,0 2 0,0
Setúbal (São Sebastião) 3196 294 9,2 330 10,3 380 11,9 454 14,2 150 4,7 1492 46,7 18 0,6 50 1,6 26 0,8 2 0,1
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
2197 226 10,3 287 13,1 136 6,2 71 3,2 59 2,7 1274 58,0 15 0,7 109 5,0 20 0,9 0 0,0
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 120 18 15,0 9 7,5 10 8,3 9 7,5 24 20,0 44 36,7 0 0,0 5 4,2 1 0,8 0 0,0
Sado 234 162 69,2 14 6,0 1 0,4 0 0,0 3 1,3 50 21,4 0 0,0 4 1,7 0 0,0 0 0,0
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
514 142 27,6 149 29,0 20 3,9 44 8,6 23 4,5 103 20,0 13 2,5 3 0,6 17 3,3 0 0,0
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São Simão)
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Os números do Censos 2011 revelam que o Brasil é o país de onde é oriunda a maior percentagem de
população residente com nacionalidade estrangeira (47,3%) no Concelho de Setúbal. Seguidamente são os
indivíduos de origem europeia (países pertencentes à UE) (13,4%) os que optam por residir no concelho de
Setúbal.
3. EDUCAÇÃO
O parque escolar público do sistema educativo do concelho de Setúbal é constituído pelos
estabelecimentos distribuídos, quanto à sua tipologia, do seguinte modo:
a. Equipamentos de Ensino
Tabela 14. Estabelecimentos de Ensino Público e Privado (N.º), por nível de ensino
Local de
residência
Estabelecimentos de Ensino Público e Privado (N.º), por nível de ensino
Educação Pré-Escolar Ensino Básico - 1º Ciclo Ensino Básico - 2º Ciclo Ensino Básico - 3º Ciclo Ensino Secundário
E. Público E. Privado E. Público E. Privado E. Público E. Privado E. Público E. Privado E. Público E. Privado
2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015
Portugal 4 379 3 760 2 433 2 348 4 665 3 832 556 522 904 929 266 271 1 169 1 154 347 327 566 584 371 378
Península de
Setúbal 138 153 190 183 186 177 42 39 47 46 10 12 67 66 12 12 29 29 11 12
Concelho de
Setúbal 14 17 45 40 33 33 11 9 6 6 2 2 10 10 1 1 7 7 2 2
Fonte: PORDATA [5], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Tabela 15. Estabelecimentos de Ensino (Públicos)
CONCELHO
Nº Estabelecimentos de Ensino (Públicos)
Pre-Escolar Escolas Básicas do 1º ciclo
Escolas Básicas do 2º e 3º ciclos e Secundárias
Ensino Superior
Setúbal (São Sebastião) 6 13 6 1 *
União das freguesias de 6 8 3 Não existe
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Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra
1 3 Não existe Não existe
Sado 1 4 Não existe Não existe União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)
3 6 1 Não existe
SETÚBAL (CONCELHO)
17 34 10 1
Fonte: Câmara Municipal [2]: Carta Educativa, adaptado por CRI da Península de Setúbal *Quatro escolas de Ensino Superior
Tabela 16. Nº de Alunos por Agrupamentos e Escolas Secundárias (2016/17)
CONCELHO Nº de Alunos por Agrupamentos e Escolas Secundárias
Pre-Escolar 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário Outras ofertas
AVE Azeitão 159 667 338 440 31 33
AVE Bocage 213 914 749 324 -- --
AVE Lima de Freitas 25 392 200 315 350 19
AVE Luísa Todi 145 1145 714 299 -- --
AVE Ordem de Sant’Íago 261 784 431 418 126 15
AVE Sebastião da Gama
107 778 414 788 873 44
Secundária D. João II -- -- -- 676 700 42
Secundária de Bocage
-- -- -- 629 723 --
Secundária Dom Manuel Martins
-- -- -- 155 423 16
CONCELHO SETÚBAL 910 4680 2846 4044 3226 169
Fonte: Direção Regional de Educação de LVT [6], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Nestes níveis de ensino, existem ainda como respostas educativas/formativas o Centro de Formação
Profissional, 3 Escolas Profissionais e ainda 2 Escolas de Ensino Artístico.
ENSINO UNIVERSITÁRIO
No Concelho de Setúbal a oferta relativa ao ensino superior compreende o Instituto Politécnico de Setúbal
com 4 escolas conforme a tabela seguinte:
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Tabela 17. Alunos inscritos no Instituto Politécnico de Setúbal, por Curso, Escola e Ano Letivo
Fonte: Instituto Politécnico de Setúbal [7]
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A oferta formativa é variada, abrangendo áreas diferenciadas como a educação, saúde, tecnologia e
ciências sociais e empresariais.
b. Escolaridade
Tabela 18. Indicadores sobre o nível de Escolaridade, por freguesia
Local de residência
Proporção da população residente (%) por Local de residência (2011):
Taxa de
analfabetismo
entre 3 e 5 anos
a frequentar a
educação pré-
escolar
entre 6 e 15
anos que não
está a
frequentar o
sistema de
ensino
com 15 e mais
anos de idade
sem nenhum
nível de
escolaridade
completo
entre 18 e 24
anos de idade
com o 3º ciclo
completo que
não está a
frequentar o
sistema de
ensino
entre 20 e 24
anos de idade
com pelo menos
o ensino
secundário
completo
entre 30 e 34
anos de idade
com pelo menos
o ensino
superior
completo
com pelo menos
o 3º ciclo do
ensino básico
completo
com pelo menos
o ensino
secundário
completo
PORTUGAL 73,49 1,61 10,39 22,08 60,80 28,62 49,60 31,69 5,22
PENÍNSULA DE SETÚBAL 60,26 1,97 8,03 20,47 60,01 29,21 56,41 35,74 3,84
SETÚBAL (CONCELHO) 56,42 2,32 8,83 21,85 59,22 27,44 57,18 36,32 4,24
Setúbal (São Sebastião) 50,99 2,92 9,46 26,30 53,22 21,45 54,01 31,42 4,46
Setúbal (Nossa Senhora
da Anunciada) 59,37 2,42 11,75 22,33 62,15 24,88 50,94 31,03 5,71
Setúbal (Santa Maria da
Graça) 53,06 2,44 7,31 21,39 56,40 28,01 57,59 35,33 3,10
Setúbal (São Julião) 67,56 1,77 5,32 11,46 72,37 41,77 69,61 49,78 2,16
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 57,14 1,47 11,28 22,93 59,62 31,68 53,62 36,29 6,96
Sado 38,30 2,26 12,62 27,06 52,20 15,48 43,32 23,42 6,55
São Lourenço 64,79 1,84 6,39 16,37 66,34 40,09 65,23 46,60 3,20
São Simão 72,60 0,71 7,48 11,74 73,35 38,68 63,62 45,38 3,62
Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A grande maioria dos indicadores do concelho do Setúbal apresenta valores inferiores aos registados na
Península de Setúbal e no país. Contudo existem algumas freguesias que contrariam a tendência do
concelho. De salientar a freguesia de S. Sebastião, que apresenta uma proporção de 2,92% de população
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com idade entre 6 e 15 anos que não está a frequentar o sistema de ensino; a freguesia do Sado que
apresenta uma proporção de 12,62% de população com 15 e mais anos de idade sem nenhum nível de
escolaridade completo, e a freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra que apresenta uma taxa de
analfabetismo de 6,96%, superior à registada no concelho e no País.
Tabela 19. População residente segundo o nível de instrução mais elevado e completo, por Freguesia após CAOP 2013
Local de residência
População residente segundo o nível completo de escolaridade atingido (2011)
Analfabetos com
10 ou mais anos
Nenhum nível de
escolaridade
Ensino pré-
escolar
1º Ciclo Ensino
básico
2º Ciclo Ensino
básico
3º Ciclo Ensino
básico
Ensino
secundário Ensino superior
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %
PORTUGAL 499936 4,7 891017 8,4 261805 2,5 2311713 21,9 731669 6,9 975730 9,2 1025090 9,7 1057280 10,0
PENÍNSULA DE SETÚBAL 26854 3,4 65344 8,4 18454 2,4 147479 18,9 41421 5,3 80991 10,4 94035 12,1 79615 10,2
SETÚBAL (CONCELHO) 4613 3,8 10852 9,0 2854 2,4 21300 17,6 6182 5,1 13152 10,9 14436 11,9 13131 10,8
Setúbal (São Sebastião) 2079 4,0 5122 9,7 1246 2,4 9308 17,7 3009 5,7 6140 11,7 6249 11,9 3977 7,6
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
1271 3,3 2890 7,6 764 2,0 6722 17,6 1765 4,6 4355 11,4 4600 12,1 5342 14,0
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 359 6,1 716 12,2 158 2,7 1089 18,5 282 4,8 497 8,4 656 11,1 648 11,0
Sado 345 6,0 623 10,8 91 1,6 1419 24,5 371 6,4 587 10,2 594 10,3 252 4,4
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 559 3,0 1501 8,0 595 3,2 2762 14,6 755 4,0 1573 8,3 2337 12,4 2912 15,4
Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A escolaridade da população residente no concelho do Setúbal é genericamente baixa, a maioria dos
indivíduos possuem habilitações ao nível do 1º Ciclo do Ensino Básico (17,6%) e 9% da população não tem
nenhum nível de escolaridade.
No entanto, salienta-se que 10,8% da população atingiu o ensino superior, superando a média da Península
de Setúbal e do País.
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c. Abandono, absentismo e insucesso escolar
Tabela 20. Taxa de abandono escolar (%) por Freguesia
Local de residência
Taxa de abandono escolar (%) por
freguesia
1991 2001 2011
PORTUGAL 12,60 2,79 1,70
PENÍNSULA DE SETÚBAL 5,33 2,03 2,03
SETÚBAL (CONCELHO) 6,46 2,46 2,07
Setúbal (São Sebastião) 8,03 3,01 2,41
Setúbal (Nossa Senhora da Anunciada) 5,27 1,67 2,37
Setúbal (Santa Maria da Graça) 3,66 2,13 2,62
Setúbal (São Julião) 2,45 0,51 1,79
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 10,85 2,97 1,37
Sado 6,82 5,59 1,98
São Lourenço 5,69 0,95 1,93
São Simão 6,23 3,46 0,50
Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
De acordo com os dados dos Censos 2011, Santa Maria da Graça (2,62%) e Nossa Senhora da Anunciada
(2,37%) são as zonas da atual União de freguesias de Setúbal que apresentam uma taxa de abandono
escolar mais elevada quando comparada com a taxa concelhia (2,07%).
Tabela 21. Evolução das taxas de sucesso, insucesso e abandono (%) do Sistema de Ensino Público Concelho de Setúbal, por Ano de escolaridade
Evolução das taxas de sucesso, insucesso e abandono (%) do Sistema de Ensino Público Concelho de Setúbal, por Ano de escolaridade
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Regular Secundário
Profissional
2010/11 2015/16 2010/11 2015/16 2010/11 2015/16 2010/11 2015/16 2010/11 2015/16
Taxa de sucesso 91,4% 92,4% 83,7% 84,2% 78,4% 67,8% 73,0% 57,3% 20,0% 13,6%
Taxa de Insucesso 4,8% 5,0% 11,6% 12,1% 15,7% 9,4% 19,9% 13,0% 10,4% 9,8%
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Taxa de abandono 0,1% 0,0% 0,1% 0,3% 1,6% 0,6% 5,1% 0,8% 8,6% 0,5%
Fonte: Câmara Municipal de Setúbal [2], adaptado por CRI da Península de Setúbal
4. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA
O atual contexto de crise económica e social conduz quer ao agravamento da situação das pessoas mais
vulneráveis, quer ao aumento de novos casos. Alguns fatores de risco no âmbito da problemática dos CAD
são indicadores frequentemente associados à privação económica e social extrema. As zonas degradadas,
de bairros camarários, de construções clandestinas, espaços pouco valorizados contribuem para
dificuldades ao nível da apropriação sociocultural e psicossocial. Com base em evidência científica constata-
se que certas variáveis, ao nível familiar e comunitário, podem tornar o indivíduo especialmente vulnerável
ao consumo.
Tabela 22. Poder de compra per capita
LOCAL DE RESIDÊNCIA
Poder de compra per capita
1993 2002 2011 2013
Portugal Continental 100 100 100 100
Península Setúbal 106,03 117,35 101,09 ---
Concelho Setúbal 128,87 127,74 107,30 105,89
FONTE: INE (2013) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
a. Situação face à Atividade da população
Tabela 23. População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo Condição perante o trabalho e sexo, por Freguesia após CAOP 2013
Local de residência
População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo Condição perante o trabalho e sexo (2011)
Total
Ativos Inativos
Total Empregados Desempregados Total Domésticos Reformados Outros
H M H M H M H M H M H M H M H M
PORTUGAL 4242601 4747248 2603574 2419793 2275974 2085213 327600 334580 1639027 2327455 9632 410094 1040110 1298984 589285 618377
PENÍNSULA DE SETÚBAL 310275 345334 192187 188352 164211 161024 27976 27328 118088 156982 558 25865 77953 88423 39577 42694
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SETÚBAL (CONCELHO) 48060 53568 29822 28692 25366 24048 4456 4644 18238 24876 116 4030 11631 13699 6491 7147
Setúbal (São Sebastião) 20732 22676 13161 12703 10938 10388 2223 2315 7571 9973 55 1574 4537 5140 2979 3259
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
15135 18024 8717 8821 7394 7419 1323 1402 6418 9203 27 1333 4348 5612 2043 2258
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 2370 2399 1567 1402 1390 1239 177 163 803 997 9 182 499 524 295 291
Sado 2458 2470 1565 1304 1363 1088 202 216 893 1166 4 236 584 567 305 363
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
7365 7999 4812 4462 4281 3914 531 548 2553 3537 21 705 1663 1856 869 976
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Após a leitura dos dados apresentados, constata-se que o número de população residente ativa no
concelho do Setúbal é superior à população residente inativa. No entanto, a população ativa de Setúbal
representa 9% da população ativa da península, enquanto a população inativa representa 15,7% da
população inativa da península.
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Tabela 24. População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo o Principal meio de vida, por Freguesia após CAOP 2013
Local de
residência
População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo o Principal meio de vida (2011)
Trabalho Reforma/ Pensão Subsidio de desemprego Rendimento social de
inserção Apoio social A cargo da família
Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos
PORTUGAL 4335856 4241261 94595 2459338 39588 2419750 299147 243462 55685 105911 51116 54795 39622 9425 30197 1382836 297372 1085464
PENÍNSULA DE
SETÚBAL 325918 317441 8477 173695 3209 170486 22152 18755 3397 7000 3675 3325 2467 737 1730 97946 25045 72901
SETÚBAL
(CONCELHO) 49569 48205 1364 26781 555 26226 3733 3160 573 1367 641 726 443 150 293 15532 3946 11586
Setúbal (São
Sebastião) 21566 20909 657 10272 211 10061 1903 1587 316 951 408 543 216 78 138 6746 1847 4899
União das
freguesias de
Setúbal (São
Julião, Nossa
Senhora da
Anunciada e
Santa Maria da
Graça)
14837 14385 452 10506 223 10283 1072 922 150 304 178 126 159 52 107 4949 1225 3724
Gâmbia-Pontes-
Alto da Guerra 2613 2558 55 1076 21 1055 163 134 29 25 12 13 21 6 15 652 153 499
Sado 2451 2393 58 1270 21 1249 184 150 34 28 7 21 23 7 16 780 199 581
União das
freguesias de
Azeitão (São
Lourenço e São
Simão)
8102 7960 142 3657 79 3578 411 367 44 59 36 23 24 7 17 2405 522 1883
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Quando o foco se desloca para o principal meio de vida, verifica-se que o trabalho é o meio de subsistência
mais referido (49569) seguido da reforma/pensão (26781). De salientar também o número de pessoas que
subsistem a cargo da família (15532), uma vez que conjugando com o aumento do desemprego, esta
situação pode condicionar a degradação do nível de vida das famílias.
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Tabela 25. Taxas de Atividade e de Desemprego, por Sexo, por Ano e por Freguesia após CAOP 2013
Local de residência
Taxa de atividade (%) por Sexo e por Ano Taxa de desemprego (%) por Sexo e por Ano
2001 2011 2001 2011
HM H M HM H M HM H M HM H M
PORTUGAL 48,19 54,84 41,98 47,56 51,59 43,87 6,80 5,21 8,73 13,18 12,58 13,83
PENÍNSULA DE SETÚBAL 51,27 56,11 46,67 48,82 51,46 46,40 8,94 7,27 10,84 14,53 14,56 14,51
SETÚBAL (CONCELHO) 50,85 56,07 45,89 48,28 51,43 45,40 9,85 8,09 11,89 15,55 14,94 16,19
Setúbal (São Sebastião) 51,33 55,99 46,85 49,23 51,96 46,68 10,98 8,90 13,37 17,55 16,89 18,22
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
49,55 55,14 44,53 46,03 49,42 43,11 9,35 7,80 11,08 15,54 15,18 15,89
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 51,74 57,14 46,08 50,45 53,05 47,83 10,86 10,14 11,79 11,45 11,30 11,63
Sado 52,01 57,31 46,57 49,61 53,69 45,47 9,48 8,46 10,76 14,57 12,91 16,56
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
51,91 58,13 45,88 49,13 52,59 45,87 6,58 4,91 8,63 11,63 11,03 12,28
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
No que diz respeito à taxa de atividade, constata-se um decréscimo entre 2001 e 2011 (2,57%), enquanto
que no mesmo período a taxa de desemprego aumentou 5,70%, no concelho de Setúbal.
b. Beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI)
O Rendimento Social de Inserção expressa a evidência da existência de grupos familiares em situação de
grande pobreza e dificuldades sociais e económicas.
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Tabela 26. Proporção de População Beneficiária de Rendimento Social de Inserção (‰)
Localização geográfica
Beneficiárias/os do rendimento social de inserção, da segurança social por 1000 habitantes em idade ativa (‰)
2007 2011 2013 2016
Portugal Continental 41,21 49,96 40,39 32,40
Península de Setúbal 32,59 46,37 42,92 ---
Concelho de Setúbal 43,56 54,37 46,16 35,10
FONTE: INE (2016) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Tabela 27. Indivíduos Beneficiários (N.º) de Rendimento Mínimo Garantido/ Rendimento Social de Inserção segundo o grupo etário
Localização geográfica
Indivíduos Beneficiários (N.º) do RMG e do RSI segundo o grupo etário
Total < 25 anos 25-39 anos 40-54 anos 55 anos ou mais
2003 2011 2016 2003 2011 2016 2003 2011 2016 2003 2011 2016 2003 2011 2016
Portugal Continental 367 690 448 107 287 473 172 507 212 961 120 404 68 659 89 630 51 106 60 893 98 459 71 809 65 631 47 057 44 154
Península de Setúbal 13 945 25 340 19 962 7 161 12 890 8 984 2 594 5 178 3 559 2 001 4 867 4 580 2 189 2 405 2 839
Concelho de Setúbal 3 623 5 476 3 470 1 903 2 729 1 570 647 1 126 624 551 1 054 776 522 567 500
Fonte: PORDATA [5], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Tabela 28. Beneficiários do RSI (2016) por freguesia após CAOP 2013
Local de residência Beneficiários do RSI (2016)
por freguesia
SETÚBAL (CONCELHO) 2459
Setúbal (São Sebastião) 1718
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
499
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 34
Sado 59
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 149
Fonte: Plataforma Supraconcelhia da Península de Setúbal [8], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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Tendo por base os valores estatísticos disponíveis, constata-se que em Setúbal ocorreu uma diminuição
progressiva, atingindo um máximo de beneficiários em 2011, que se situava em cerca de 5476. A população
beneficiária de RSI da freguesia de S. Sebastião representa 69,9% do total concelhio.
c. População Sem-Abrigo
Tabela 29. População residente sem abrigo (n.º e %) por Freguesia após CAOP 2013
Local de residência
População residente sem abrigo
(2011)
N.º %
PORTUGAL 696 0,007
PENÍNSULA DE SETÚBAL 41 0,006
SETÚBAL (CONCELHO) 14 0,012
Setúbal (São Sebastião) 2 0,004
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
11 0,029
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 0 0,000
Sado 1 0,018
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 0 0,000
FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Os referidos valores são os recolhidos pelo INE, nos Censos 2011. De acordo com a sensibilidade empírica
dos técnicos que intervêm localmente, estes valores poderão não caracterizar corretamente o concelho no
que diz respeito a esta problemática.
A Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas Sem-Abrigo (ENIPSA) surge para responder ao desafio
que é o crescente aumento destas situações, procurando igualmente articular as diferentes respostas
existentes, públicas e privadas.
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O CRI da Península de Setúbal tem assento no grupo de trabalho do NPISA (Núcleo de Planeamento e
Integração dos Sem-Abrigo) de Setúbal, participando nas reuniões do grupo de trabalho, contribuindo
sempre que possível no provimento de informação/dados e acompanhamento processual de utentes.
O NPISA tem como entidade coordenadora a Cáritas Diocesana de Setúbal.
d. Criminalidade
Tabela 30. Taxa de criminalidade (‰) por Ano, Localização geográfica e Categoria de crime
Localização
geográfica
Taxa de criminalidade (‰) por Localização geográfica e Categoria de crime
Total Crimes contra a
integridade física
Furto/roubo por
esticão e na via
pública
Furto de veículo e
em veículo
motorizado
Condução de
veículo com taxa
de álcool igual ou
superior a 1,2g/l
Condução sem
habilitação legal
Crimes contra o
património
2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016
Portugal 35,8 39,4 32,1 5,1 5,8 5,1 1,5 1,5 1,0 7,1 5,5 3,2 1,6 2,2 2,0 1,6 1,6 0,9 20,7 21,7 16,7
Península
de Setúbal 41,3 43,0 --- 7,0 5,9 --- 1,9 2,9 --- 10,3 7,2 --- 1,8 1,0 --- 1,8 1,6 --- 24,4 27,5 ---
Concelho
de Setúbal 62,0 49,9 34,8 13,6 6,7 5,7 2,5 3,8 1,8 13,2 9,1 3,8 5,4 1,9 2,9 3,5 2,4 1,1 31,0 31,9 17,7
FONTE: INE (2016) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A taxa de criminalidade no concelho de Setúbal tem vindo a diminuir, desde 2001, atingindo em 2016 um
valor de 34,8‰.
Seja em Portugal, na Península de Setúbal ou no concelho do Setúbal, a categoria de “crimes contra o
património” é a que apresenta maior expressão, segundo dados do INE – 2016. Salienta-se a categoria de
“condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2g/l” por ser a que está diretamente
relacionada com a área dos comportamentos aditivos e dependências.
5. RECURSOS SOCIAIS EXISTENTES
No concelho da Setúbal existem várias Instituições com intervenção social, as quais possuem as seguintes
valências que destacamos:
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� Santa Casa da Misericórdia de Setúbal – Centro de Dia, Clínica de Reabilitação Física, Lar Residencial
e Apoio Domiciliário, CATI – Centro de Apoio à 3ª Idade (Centro de Dia e Lar Residencial para
idosos), fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar (ao abrigo do
protocolo ativo com ISS, IP);
� Santa Casa da Misericórdia de Vila Nogueira de Azeitão – Centro de Dia e Apoio Domiciliário;
� Associação de Educação e Inserção de Jovens “Questão de Equilíbrio” – Lar de crianças e jovens,
CAFAP (Centro de apoio familiar e aconselhamento parental), distribuição de bens alimentares (ao
abrigo de protocolo com o Banco Alimentar);
� Caritas Diocesana de Setúbal – Centro de Dia, Lar Residencial, Apoio Domiciliário (pessoas situação
de dependência e utentes HIV), Centro de Acolhimento Temporário, Centro de atendimento e
acompanhamento psicossocial, Centro Comunitário, Centro de Apoio à Vida, Centro de Dia, Centros
de Atividades de Tempos Livres, Creches, Educação Pré-escolar, Centro Social Nossa Senhora da Paz
e Centro Social São Francisco Xavier- fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de
Emergência Alimentar (ao abrigo do protocolo ativo com ISS, IP), colaboração ativa/articulação no
acompanhamento de processos com a Equipa de Rua GIRU Setúbal;
� Casa Gaiato – Lar de Crianças e Jovens;
� Instituição de Filhas de Maria Auxiliadora “Casa de Santa Ana” – Lar de Crianças e Jovens;
� Instituição Missionária da Caridade “Irmãs de Calcutá” – Lar de Crianças e Jovens;
� Associação Humanitária de Bem-Fazer de S. Paulo – Centro de Dia, Lar Residencial para Idosos e
Serviço de Apoio Domiciliário;
� Associação de Socorros Mútuos Setubalense – Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário
fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar (ao abrigo do protocolo
ativo com ISS, IP);
� Centro Social e Paroquial da Nossa Senhora da Anunciada – Lar Residencial para Idosos, Educação
Pré-escolar, Creches;
� Liga dos Amigos da Terceira Idade (LATI) – Lar Residencial para Idosos, Centro de Dia, Serviço de
Apoio Domiciliário (pessoas em situação de Dependência), Creches, Educação Pré-escolar, Centros
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de Atividades de Tempos Livres, Loja Social, Rendimento Social de Inserção- acompanhamento
processual aos beneficiários e suas famílias;
� APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) – Atendimento,
acompanhamento, animação pessoas com deficiência, Centro de Atividades Ocupacionais, Creches,
Intervenção Precoce, Lar Residencial, Residência Autónoma, Serviço de Apoio Domiciliário- pessoas
com deficiência;
� Associação Baptista Shalom – Creches, Educação Pré-escolar; Refeitório/Cantina Social, Rendimento
Social de Inserção- acompanhamento processual aos beneficiários e suas famílias;
� ACM (Associação Cristã Mocidade de Setúbal) – Creches, Educação Pré-escolar, Centros de
Atividades de Tempos Livres, Centro Comunitário, Rendimento Social de Inserção-
acompanhamento processual aos beneficiários e suas famílias;
� APACCF (Associação de Professores e Amigos das Crianças do Casal das Figueiras) – Apartamento de
Reinserção Social, Creches, Educação Pré-escolar, Centros de Atividades de Tempos Livres,
fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar (ao abrigo do protocolo
ativo com ISS, IP), Rendimento Social de Inserção- acompanhamento processual aos beneficiários e
suas famílias;
� Centro Social e Paroquial S. Sebastião de Setúbal – Centro Comunitário, apoio domiciliário,
Atividades de Tempos Livres, Clube de Jovens, Loja Social;
� IPSS “O Sonho” – Creches, Creche Familiar, Educação Pré-escolar, Loja Social, Rendimento Social de
Inserção- acompanhamento processual aos beneficiários e suas famílias;
� Associação para o Jardim de Infância “O Baloiço” – Educação Pré-escolar;
� Associação para Creche e Jardim de Infância “A Joaninha” – Creches;
� Associação Moradores Praça do Brasil “O Girassol” - Creches, Educação Pré-escolar;
� Associação Meninos D’Oiro – CAFAP (Centro de apoio familiar e aconselhamento parental);
� SEIES: Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social – Centro Cidadania Ativa, Gabinete
de apoio ao utente- atendimento social, apoio na procura ativa de emprego;
� ABRAÇO – Atendimento e Apoio Psicossocial;
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� APAV: Associação Portuguesa de Apoio à Vitima – Linha SOS, Gabinete do utente, Apoio Jurídico;
� Associação Unitária Reformados, Pensionistas e Idosos de Azeitão (AURPIA)- Lar Residencial, Centro
de Dia, Apoio Domiciliário, fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de Emergência
Alimentar (ao abrigo do protocolo ativo com ISS, IP);
� Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação de Setúbal – Atendimento Social, Serviço De Apoio
Domiciliário;
� CASA (Centro de Apoio aos Sem-abrigo) – Atendimento e apoio psicossocial, provimento de
refeições e géneros alimentares
� Associação de Saúde Mental Doutor Fernando Ilharco – Fórum Sócio Ocupacional, Centro de
Convívio/Centro de Dia, Unida de Vida Protegida (UPRO).
6. SAÚDE
Neste capítulo foi nosso objetivo caracterizar sucintamente os serviços de saúde da ARSLVT, I.P., por força
sobretudo da recente reorganização dos serviços, e reunir informação sobre as características dos
problemas de saúde pública associadas ao consumo de substâncias psicoativas (por exemplo: infeções
sexualmente transmitidas, VIH, tuberculose).
Tabela 31. Médicos (N.º): não especialistas e especialistas por algumas especialidades
Localização
geográfica
Médicos (N.º): não especialistas e especialistas por algumas especialidades
Total Não especialistas Psiquiatria Medicina geral e familiar Outras Especialidades
2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016
Portugal 33 233 42 796 50 239 11 584 16 507 19 570 876 982 1 099 4 600 5 410 6 530 6 340 7 279 8 184
Península de Setúbal 1 212 1 538 1 819 454 586 722 16 18 24 222 251 294 196 231 270
Concelho de Setúbal 380 476 547 114 165 186 8 9 12 52 67 83 86 98 105
Fonte: PORDATA [5], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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a. Agrupamentos de Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde (ACES)
A área de influência da ARSLVT, IP, é limitada a norte pela Região Centro, a leste e a sul pela Região
Alentejo, e a sul e oeste pelo Oceano Atlântico. Distribui-se por uma área de 12.136 km² (13,6% do
Continente), com uma população (2011) de 3.659.669 habitantes (35% do Continente). Compreende 5 sub-
regiões estatísticas (NUTS III).
Os ACES - Agrupamentos de Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde – são serviços de saúde com
autonomia administrativa, constituídos por várias unidades funcionais, que integram um ou mais centros
de saúde. Foram criados em 2008 através de legislação própria (Portaria nº 276/2009, de 18 de Março, que
criou os Agrupamentos integrados na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo) que
sofreu alterações em Novembro de 2012, e que consubstancia na implementação de uma nova organização
dos ACES.
Com feito, foi realizada uma diminuição do número total de ACES, através de fusão (passando de vinte e
dois para quinze), redução que não afetou em caso algum os locais de atendimento existentes, tendo
apenas aumentado a área de responsabilidade da gestão de cada ACES. Nesse sentido, houve necessidade
de alterar a legislação anteriormente em vigor, tendo sido publicada em 29 de Novembro de 2012 a
Portaria n.º 394-B/2012 que tem por objeto a reorganização dos Agrupamentos de Centros de Saúde
integrados na Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, I. P..
Tabela 32. Distribuição de ACES por NUTS III
NUTS III ACES Concelhos/Freguesias de Abrangência por ACES
Grande Lisboa
ACES Lisboa Norte Concelho de Lisboa - freguesias de Alvalade, Avenidas Novas, Benfica, Campolide, Carnide,
Lumiar, Santa Clara e São Domingos de Benfica
ACES Lisboa Central
Concelho de Lisboa - freguesias de Areeiro, Arroios, Beato, Campo de Ourique, Estrela,
Marvila, Misericórdia, Olivais, Parque das Nações, Penha de França, Santa Maria Maior, Santo
António e São Vicente
ACES Lisboa Ocidental e Oeiras Concelho de Lisboa – freguesias da Ajuda, Alcântara e Belém e Concelho de Oeiras
ACES Cascais Concelho de Cascais
ACES Amadora Concelho da Amadora
ACES Sintra Concelho de Sintra
ACES Loures -Odivelas Concelhos de Loures e Odivelas
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ACES Estuário do Tejo Concelho de Vila Franca de Xira
ACES Oeste Sul Concelho de Mafra
Lezíria do Tejo
ACES Lezíria Concelhos do Cartaxo, Golegã, Rio Maior, Santarém, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Coruche
e Salvaterra de Magos
ACES Estuário do Tejo Concelhos de Benavente e Azambuja
Médio Tejo ACES Médio Tejo Concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ourém, Ferreira do Zêzere,
Mação, Sardoal, Torres Novas, Tomar e Vila Nova da Barquinha
Oeste
ACES Oeste Norte Concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche
ACES Oeste Sul Concelhos de Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras
ACES Estuário do Tejo Concelhos de Arruda dos Vinhos e Alenquer
Península de
Setúbal
ACES Almada -Seixal Concelhos de Almada e Seixal
ACES Arco Ribeirinho Concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo
ACES Arrábida Concelhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra
FONTE: ARSLVT (2015), Perfil de Saúde e seus Determinantes da Região de Lisboa e Vale do Tejo [9], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A área geodemográfica do ACES da Arrábida abrange os municípios de Palmela, Sesimbra e Setúbal.
Estes concelhos, no total com uma área de 890,02 km2 e 232.786 habitantes – segundo as Estimativas
Anuais da População Residente em 2014, atualizadas a 16 de junho de 2015, pelo INE, integram a área
metropolitana de Lisboa e pertencem ao distrito de Setúbal [10].
Tabela 33. Unidades Funcionais do ACES da Arrábida do Concelho de Setúbal
Unidades Funcionais do ACES da Arrábida do Concelho de Setúbal, por freguesia
São Sebastião
UCSP Santos Nicolau
UCSP São Sebastião
CDP Setúbal
União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
UCC Península Azul
UCSP Praça da República
UCSP Santa Maria
UCSP Viso
USF Luísa Todi
USF São Filipe
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra
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Sado UCSP Sado
União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)
UCSP Azeitão
FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal
O número de utentes inscritos no ACES da Arrábida, a 31 de Janeiro de 2014, pelo Registo Nacional de
Utentes (RNU) é de 250.195 utentes [10].
Tabela 34. Utentes inscritos nas Unidades de Saúde do Concelho de Setúbal, do ACES da Arrábida
Unidades de Saúde por Freguesias do Concelho de Setúbal
Utentes inscritos nas Unidades de Saúde do Concelho de Setúbal, do ACES da
Arrábida, por freguesia
Utentes
Inscritos
Utentes com
Médico de
Família
Utentes sem
Médico de
Família
Utentes sem
Médico de
Família por
Opção
Utentes Não
Frequentadores
N.º N.º % N.º % N.º % N.º %
São Sebastião
UCSP Santos Nicolau 14614 8443 57,8 4297 29,4 5 0,0 1869 12,8
UCSP São Sebastião 38514 19850 51,5 14381 37,3 42 0,1 4241 11,0
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e Santa
Maria da Graça)
UCSP Praça da República 15147 9096 60,1 3537 23,4 158 1,0 2356 15,6
UCSP Santa Maria 15805 8676 54,9 4308 27,3 96 0,6 2725 17,2
UCSP Viso 1616 0 0,0 532 32,9 5 0,3 1079 66,8
USF Luísa Todi 12097 11700 96,7 2 0,0 0 0,0 395 3,3
USF São Filipe 17234 16123 93,6 6 0,0 3 0,0 1102 6,4
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra
Sado UCSP Sado 8104 5853 72,2 1547 19,1 4 0,0 700 8,6
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e São
Simão)
UCSP Azeitão 18475 10877 58,9 5603 30,3 55 0,3 1940 10,5
CONCELHO de Setúbal 141606 90618 64,0 34213 24,2 368 0,3 16407 11,6
ACES da Arrábida 250195 165461 66,1 58861 23,5 595 0,2 25278 10,1
FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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Pelo exposto no quadro acima pode-se verificar que 56,6% dos utentes inscritos no ACES da Arrábida são
residentes no concelho de Setúbal.
b. Cuidados Hospitalares
O Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), fruto da união do Hospital S. Bernardo (HSB) e do Hospital
Ortopédico Sant’lago do Outão (HOSO), foi constituído em 31 de Dezembro de 2005 e desenvolve a sua
actividade em trinta e uma especialidades médicas e serviços [10] [11]. Destaca-se como referência no
tratamento das seguintes especialidades: Cardiologia, Centro de Tratamento da Obesidade,
Gastrenterologia, Infecciologia/HIV-SIDA, Neurologia/Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla,
Oncologia, Ortopedia, Unidade de Dor, Via Verde AVC e Via Verde Coronária [11].
A área de influência inclui os concelhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra, este último a partir de 1 de abril de
2013 [10].
Tabela 35. Centro Hospitalar de Setúbal – Indicadores Gerais de Atividade
Indicadores Gerais de Atividade 2012 2013
Internamento (inclui berçário)
Lotação Média Praticada (n.º de camas) 380 380
Taxa de Ocupação (%) 79,4 80,7
Consultas Externas (inclui consultas não médicas e
efetuadas no âmbito de programa da IVG)
N.º 222.170 220.786
Urgências
N.º 128.445 133.134
Intervenções Cirúrgicas (N.º Total)
Em n.º de doentes 8.681 8.937
Hospital de Dia (inclui Hemodiálise)
N.º de Sessões 29.807 30.275
FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal
De acordo com os indicadores gerais de atividade do CHS, a lotação média praticada manteve-se de 2012
para 2013, sendo que a taxa de ocupação subiu 1,3% (de 79,4% para 80,7%). Paralelamente verificou-se
uma diminuição do n.º de consultas externas (-1384 consultas em 2013) e um aumento do n.º de consultas
de urgência e do n.º de intervenções cirúrgicas (+4689 consultas e +256 intervenções em 2013) [10].
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c. Unidades Privadas de Saúde
Em 2014 estavam licenciados na área de abrangência do ACES da Arrábida, segundo informação
disponibilizada pelo Núcleo de Estudos e Planeamento da ARSLVT, as seguintes unidades privadas de saúde
[10]:
Tabela 36. Unidade privadas de saúde licenciadas, por área geográfica, em 2014
Palmela Sesimbra Setúbal ACES Arrábida
Centros de Enfermagem 4 4 3 11
Unidades de Medicina Física e Reabilitação 2 4 3 9
Clínicas e consultórios médicos 11 8 29 48
Clínicas e consultórios de medicina dentária 15 17 52 84
FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal
O concelho de Setúbal abrange 27,2% e 33,3% dos centros de enfermagem e unidades de medicina física e
reabilitação, assim como mais de 60% das clínicas e consultórios médicos do ACES.
Na área geográfica do ACES da Arrábida, mais especificamente no concelho de Setúbal, encontram-se em
funcionamento dois hospitais privados, o Hospital de Santiago (Hospital da Luz de Setúbal) e o Hospital
Nossa Senhora da Arrábida.
O Hospital de Santiago disponibiliza consultas de diversas especialidades médicas e cirúrgicas, meios
complementares de diagnóstico e tem as condições para internamento e realização de procedimentos
cirúrgicos [10].
O Hospital Nossa Senhora da Arrábida nasceu em 2013, resultante de um projeto conjunto entre a Santa
Casa da Misericórdia de Azeitão e um grupo privado (Grupo Visabeira). Dispõe de internamento em
convalescença, reabilitação, cuidados continuados e paliativos num total de 97 camas. Para além desta
valência tem em funcionamento uma vasta área de ambulatório com cerca de 25 especialidades médicas,
exames complementares de diagnóstico na área da cardiologia e da audiometria e ainda uma unidade de
reabilitação amplamente equipada [12].
De acordo com a informação disponível, na área geográfica do ACES da Arrábida existem 54 farmácias,
sendo que 30 (57,4%) se situam no concelho de Setúbal [10].
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Tabela 37. Farmácias do Concelho de Setúbal, por freguesia
Farmácias do Concelho de Setúbal
São Sebastião 10
União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
14
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 1
Sado 2
União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) 3
Concelho de Setúbal 30
FONTE: Site “Portal Nacional” [13]
d. Morbilidade
O aparecimento de novas doenças transmissíveis e a reemergência de outras que se supunham
controladas representam uma ameaça e um desafio para a saúde pública. Deste modo, as doenças
infeciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e mundial [10].
Tabela 38. Doenças de Declaração Obrigatória no ACES, declaradas no ano de 2015
Doença N.º de Casos
Brucelose 6
Campilobacteriose 3
Dengue 1
Doença dos Legionários 3
Doença Invasiva Pneumocócica 2
Gonorreia 9
Hepatite A 2
Hepatite B 1
Hepatite C 27
Infeção Chlamydia Trachomatis 4
Listeriose 2
Malária 6
Parotidite Epidémica 9
Salmoneloses não Thyphi e não Parathyphi
2
Sífilis Congénita 2
Sífilis não congénita 23
Tosse Convulsa 3
Toxoplasmose Congénita 1
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Tuberculose 49
Yersiniose 1
Total 156
FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Em 2015, na área geográfica do ACES da Arrábida, foram notificados 156 casos de Doenças de
Declaração Obrigatória (DDO), sendo a tuberculose a doença transmissível mais declarada (31,4%),
seguida da hepatite C (17,3%) e das infeções sexualmente transmissíveis sífilis (14,7%) e gonorreia
(5,8%) [10].
Tuberculose
Em 2016 foram notificados 1.836 casos de tuberculose (TB), dos quais 1.699 são novos casos (até 15 de
abril de 2017). Estes dados representam uma taxa de notificação de 17,8 por 100.000 habitantes e uma
taxa de incidência de 16,5 por 100.000 habitantes. Mantendo-se, como usualmente, uma redução da taxa
de notificação e de incidência de cerca de 5% ao ano, prevê-se que os resultados definitivos sejam
superiores e estimados numa taxa de notificação de 19,8 por 100.000 habitantes e numa taxa de incidência
de 18,0 por 100.000 habitantes, o que, comparativamente com os dados referentes ao início do milénio,
evidencia uma evolução francamente positiva. Efetivamente, no ano 2000, as taxas de notificação e de
incidência situavam-se em valores próximos de 40%, conseguindo-se, neste intervalo de tempo, uma
diminuição para menos de metade [14].
Continua a verificar-se uma concentração dos casos nos distritos de Lisboa e do Porto [14].
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Gráfico 1. Notificação e Incidência de Tuberculose em Portugal, 2000-2016
FONTE: DGS (2017), Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose [14], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Dos 1.302 casos com TB pulmonar diagnosticados em 2016 (70,9% do total de casos notificados), 755
(58,0%) tinham exame direto positivo, o que confere maior risco de transmissão de doença aos seus
contactos. Verificaram-se 19 casos (1%) de TB multirresistente (TBMR) [14].
No ano transato, 240 (18,4%) dos casos ocorreram em pessoas nascidas fora do país. Esta proporção tem
vindo a aumentar nos últimos anos. Estima-se que a taxa de incidência de TB na população estrangeira, em
2016, seja de 86,7 por 100.000 habitantes, ou seja, 4,8 vezes superior à incidência nacional estimada. Os
dados definitivos de 2015 mostram que o estado serológico relativo à infeção por VIH foi conhecido em
88,2% dos doentes com TB, dos quais 11,8% foram positivos [14].
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Gráfico 2. Taxa de Incidência de Tuberculose por 100 mil Pessoas, por Distrito, 2014
FONTE: DGS (2015), Portugal – Infeção VIH, SIDA e Tuberculose em números – 2015 [15], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Dados de 2014 referem que Porto, Lisboa, Setúbal e Algarve apresentaram incidência intermédia de
tuberculose (>20 casos/100000 e <50 casos/100000 habitantes). Não foi identificado nenhum distrito com
alta incidência [15].
Infeção VIH e SIDA
Em 2016, foram diagnosticados e notificados 841 novos casos de infeção por VIH (até 15 de abril de 2017),
de acordo com a base de dados nacional de vigilância epidemiológica, correspondendo a uma taxa de 8,1
novos casos por 100.000 habitantes. Durante o ano de 2015, esse valor foi de 8,3 novos casos por 100.000
habitantes, valor superior à média da UE/AEE de 6,3 por 100.000 habitantes. A tendência decrescente no
número de novos casos, assistindo-se a uma redução de 73,5% do número de novos casos entre 2000 e
2016, verifica-se graças ao acesso a esquemas terapêuticos mais eficazes e à implementação de políticas e
estratégias na área das drogas, nomeadamente a descriminalização do uso de substância ilícitas e
programas de redução de riscos e minimização de danos (programa troca de seringas e programa de
substituição opiácea) [14].
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Gráfico 3. Número de Novos Casos de Infeção por VIH em Portugal (1983-2016)
FONTE: DGS (2017), Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose [14], adaptado por CRI da Península de Setúbal
À data da notificação, 41,1% dos indivíduos residiam no distrito de Lisboa, 18,5% no distrito do Porto e
11,3% no distrito de Setúbal, o que está de acordo com os anos anteriores e confirma a importância das
grandes cidades na epidemiologia da infeção por VIH [14].
Nos concelhos do ACES da Arrábida, a 31 de dezembro de 2012, foram notificados 1468 casos de VIH/SIDA,
dos quais 789 correspondiam a portadores assintomáticos, 113 a casos sintomáticos “não SIDA” e 566 a
casos de SIDA [10].
Tabela 39. Total de Casos VIH/SIDA notificados em 2012, por concelho e por tipo de notificação
Casos Notificados Palmela Sesimbra Setúbal ACES Arrábida
Portador Assintomático 129 67 593 789
Sintomático “não SIDA” 9 10 94 113
SIDA 76 67 423 566
Total 214 144 1110 1468
FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Dos 3 concelhos do ACES, a grande maioria dos casos notificados encontravam-se no concelho de Setúbal
(1110 casos), tendo a notificação em Palmela (214 casos) e em Sesimbra (144 casos) sido muito inferior
[10].
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Tabela 40. Incidência e proporção de utentes registados em SIARS com “Infeção VIH/SIDA”, na ARS LVT e no ACES da Arrábida, em 2013 e 2015
2013 2015
ACES da Arrábida ARS LVT ACES da Arrábida ARS LVT
Incidência de “infeção VIH/SIDA” 0,50 ‰ 0,50 ‰ 0,41 ‰ 0,38 ‰
Proporção de utentes com “infeção VIH/SIDA” 0,10 ‰ 0,20 ‰ 0,19 ‰ 0,24 ‰
FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Os dados mostram que existiu uma diminuição da incidência de “infeção VIH/SIDA” entre 2013 e 2015,
tanto no ACES da Arrábida como na ARSLVT, sendo que em 2015 a incidência no ACES ultrapassou a da
região LVT.
Contudo, o mesmo não se verifica em relação à proporção de utentes com “infeção VIH/SIDA”, tendo
existido um aumento no ACES em 2015. De qualquer das formas, os valores para este indicador
apresentam-se inferiores aos registados para a região, nos 2 anos.
e. Mortalidade
Tabela 41. 20 Principais causas de mortalidade prematura (Taxa de Anos de Vida Potencial Perdidos/100 000 hab) em Portugal Continental e na Área Metropolitana de Lisboa (A.M.Lisboa),
em 2015
PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE
Portugal Continental
A.M.Lisboa
Ordem AVPP / 10
5
HAB Ordem
AVPP / 105
HAB
Todas as causas -- 3411,0 -- 3515,2
Tumores 1º 1265,4 1º 1328,8
Tumores malignos 2º 1253,0 2º 1311,0
Causas externas de lesão e envenenamento 3º 556,7 4º 495,0
Doenças do aparelho circulatório 4º 521,2 3º 562,5
Acidentes e sequelas 5º 280,5 7º 218,2
Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão 6º 212,1 6º 228,7
Doença isquémica do coração 7º 211,5 5º 234,7
Doenças do aparelho digestivo 8º 181,6 9º 168,7
Acidentes de transporte e sequelas 9º 169,4 19º 107,6
Lesões autoprovocadas intencionalmente e sequelas 10º 163,9 11º 156,6
Algumas doenças infeciosas e parasitárias 11º 144,9 8º 205,5
Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas
12º 140,0 16º 128,9
Doenças cerebrovasculares 13º 134,3 13º 141,6
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Enfarte agudo do miocárdio 14º 128,7 10º 163,7 Tumor maligno do cólon, reto e ânus 15º 126,8 17º 127,0 Doenças do aparelho respiratório 16º 125,1 20º 101,2 Algumas afeções originadas no período perinatal 17º 115,4 12º 156,2 Tumor maligno do estômago 18º 113,7 22º 99,0 Tumor maligno da mama 19º 112,9 14º 140,9 Doenças do sistema nervoso e dos orgãos dos sentidos 20º 110,2 21º 99,8
VIH/SIDA - Infeção por vírus da imunodeficiência humana
22º 83,9 15º 138,9
Perturbações mentais e do comportamento 38º 19,1 42º 13,1
Tuberculose 40º 13,4 43º 12,5
Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica) 44º 7,6 47º 5,0
Dependência de drogas, toxicomania 52º 2,3 52º 1,1 Fonte: INE (2015) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A análise de todas as causas de mortalidade prematura permite verificar que a Área Metropolitana de
Lisboa (AML) apresenta uma maior Taxa de Anos de Vida Potencialmente Perdidos que Portugal
Continental (3515,2 vs. 3411,0). Quando se analisam as causas de mortalidade individualmente,
comparando Portugal Continental e a AML, percebe-se que não estão na mesma ordem de ocorrência.
Se nos focarmos na causa de mortalidade “VIH/SIDA - Infeção por vírus da imunodeficiência humana”,
verifica-se uma diferença significativa entre Portugal e AML, sendo a 15ª causa de morte na AML e a 22ª
causa em Portugal.
As causas de morte relacionadas com o consumo de SPA – “Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica)” e
“Dependência de drogas, toxicomania” encontram-se no fim da tabela, não revelando muitos anos de vida
potencialmente perdidos.
Tabela 42. Evolução da Taxa Bruta de Mortalidade (‰), por local de residência
Local de Residência
Taxa Bruta de Mortalidade (‰)
2001 2011 2014
Portugal Continental 10,1 9,8 10,1
RLVT 9,7 9,0 9,3
Palmela 9,3 8,8 8,8
Sesimbra 8,9 9,0 8,9
Setúbal 9,7 8,9 10,2
FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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A Taxa Bruta de Mortalidade de Portugal Continental manteve-se praticamente estável com pequenas
oscilações entre 2001-2014 [8]. Relativamente ao Concelho de Setúbal verificou-se um aumento da taxa de
mortalidade, principalmente entre 2011-2014, apresentando-se superior à taxa nacional em 2014.
f. Doença Mental
Gráfico 4. Prevalência de vida das perturbações psiquiátricas (%) (exceto perturbações psicóticas esquizofrénicas e delirantes), Portugal (2013)
FONTE: DGS (2014), Portugal – Saúde Mental em números – 2014 [16], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Os valores estimados para a prevalência de vida das perturbações psiquiátricas, mostram que estas afetam
mais de um terço da população portuguesa (42,7%). No global destacam-se as perturbações da ansiedade
(25,8%) e as perturbações depressivas (19,3%) como mais elevadas [16].
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Gráfico 5. Evolução das taxas de mortalidade bruta e padronizada por Doenças Atribuíveis ao Álcool, por 100.000 habitantes, Portugal Continental (2008-2014)
FONTE: DGS (2014) (2016), Portugal – Saúde Mental em números – 2014 e 2015 [16] e [17], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A evolução das taxas de mortalidade por doenças atribuíveis ao álcool não apresenta uma variação
substancial nos últimos sete anos, diminuindo ligeiramente na taxa padronizada entre 2008 e 2014. Estes
dados são concordantes com outros indicadores relacionados com os padrões do consumo do álcool,
nomeadamente com a diminuição do consumo per capita em Portugal entre 1990 e 2010 (WHO 2014) [17].
Tabela 43. Vítimas mortais de acidente de viação (condutor do veículo) autopsiadas pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses - rastreio e confirmação de substâncias
psicotrópicas e distribuição dos casos positivos, Portugal (2009-2014)
2009 2010 2011 2012 2013 2014
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %
Total 309 100,0 310 100,0 289 100,0 243 100,0 233 100,0 243 100,0
Negativos 288 93,2 292 94,2 265 91,7 222 91,4 207 88,8 219 90,1
Positivos 21 6,8 18 5,8 24 8,3 21 8,6 26 11,2 24 9,9
Cannabinóides 12 57,1 6 33,3 8 33,3 3 14,3 3 11,5 7 29,2
Opiáceos 5 23,8 1 5,6 2 8,3 6 28,6 7 26,9 8 33,3
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Cocaína e metabolitos 4 19,0 1 5,6 2 8,3 0 0,0 1 3,8 0 0,0
Anfetaminas e derivados 0 0,0 0 0,0 1 4,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0
Álcool (TAS ≥ 0,1g/L) + Drogas ND -- 10 55,6 10 41,7 10 47,6 14 53,8 8 33,3
Droga + Droga ND -- 0 0,0 1 4,2 2 9,5 1 3,8 1 4,2
FONTE: DGS (2014) (2016), Portugal – Saúde Mental em números – 2014 e 2015 [16] e [17], adaptado por CRI da Península de Setúbal
O número de vítimas mortais em acidentes de viação com resultados positivos no rastreio para a presença
de substâncias psicotrópicas, tem estabilizado entre 2009 e 2014, representando 9,9% do total dos
rastreios feitos em 2014 pelo Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses. A distribuição dos casos
positivos mostra que as deteções positivas mais frequentes em 2014 foram a de opiáceos e da combinação
de álcool e drogas (33,3%) [17].
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CARACTERIZAÇÃO DA PROBLEMÁTICA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS E ILÍCITAS, COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS
1. EXPERIMENTAÇÃO/ PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Em Portugal o “Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências” (SICAD) ou as instituições que o precederam, têm tido a
responsabilidade de efetuar o levantamento da situação sobre os consumos de substâncias psicoactivas [18].
Os estudos nacionais sobre a epidemiologia do consumo das substâncias psicoativas – álcool, tabaco, medicamentos psicoativos e drogas – em populações gerais
(consumidores e não consumidores dessas substâncias), realizados em Portugal, incluem estudos realizados nas escolas, nos domicílios e, também em meios sob
controlo judicial como sejam as prisões ou os centros educativos para os “menores sob tutela” [18].
b. Em Meio Escolar
Os estudos realizados nas escolas (em alunos do ensino público) inserem-se no “Programa de Estudos em Meio Escolar” do SICAD (ou as instituições que o
precederam) e decorreram no âmbito de três projetos: “Estudos em Meio Escolar” (EME), “Inquérito Nacional em Meio Escolar” (INME) e “Inquérito Europeu, em
Meio Escolar, sobre o Consumo de Álcool e outras Drogas” (ESPAD) – European School Survey Project on Alcohol and other Drugs [18].
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Gráfico 6. Prevalências de Consumo de SPA ao Longo da Vida em Portugal (%), em Estudantes do ensino público, por substância e idade (comparação entre 2011 e 2015)
36,2
30,7
54,6
48,1
72,1
65,1
82,1
76,9
88,1
87,1 9
0,6
91,1
16,9
11,9
29,3
21,5
42,4
32,1
52,6
43,0
56,4
53,5 6
0,4
58,7
4,4
2,8
8,4
5,4
12,3
10,3
21,3
17,8
26,5
27,0 3
1,2 3
5,2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015
13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos
Álcool Tabaco Droga
FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Pelos dados apresentados no gráfico acima constata-se que as prevalências dos consumos (qualquer que seja a substância considerada) vão aumentando de
acordo com o aumento da idade dos jovens, como seria expectável. Comparando os anos, verifica-se, na sua maioria, uma diminuição do consumo de todas
substâncias consideradas.
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Verifica-se que o álcool continua a ser a substância psicoativa lícita mais consumida entre os jovens em meio escolar. Os valores das prevalências de
experimentação do álcool (prevalência ao longo da vida – PLV) mantêm-se elevados, tendo-se verificado um decréscimo em 2015 por comparação com o ano de
2011, para todas as idades excepto os 18 anos.
Também em relação ao consumo do tabaco se mantêm as tendências registadas para os consumos de álcool, quer nos valores das prevalências de
experimentação (que aumentam de acordo com o aumento da idade dos jovens) quer na diminuição do consumo registada entre 2011-2015 para todas as idades.
No que diz respeito ao consumo de droga, SPA ílicitas, também se confirma um aumento da prevalência de experimentação coincidente com o aumento da idade
dos jovens. Contudo, e ao contrário das outras substâncias, constatou-se um acréscimo no consumo de droga entre 2011-2015, nos jovens de 17 e 18 anos.
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Gráfico 7. Prevalências de Consumo de ÁLCOOL ao Longo da Vida (PLV), nos últimos 12 meses (P12M) e nos últimos 30 dias (P30D) (%), em Estudantes do ensino público, por género e idade (2015)
30,6
20,1
9,4
48,3
35,8
18,7
65,2
52,8
30,9
76,8
67,2
43,1
87,1
78,9
57,2
91,0
85,5
67,4
34,9
21,3
8,8
51,8
36,0
18,4
67,9
53,8
32,7
77,2
67,4
45,0
89,1
81,9
62,1
91,4
86,5
71,8
26,3
18,7
9,7
45,3
35,6
18,9
62,7
52,0
29,2
76,5
67,1
41,5
85,5
76,3
52,9
90,8
84,7
64,2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
PLV P1 2M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P3 0D PLV P12M P 30D
13 A nos 14 A nos 15 A nos 16 A nos 17 A nos 18 A nos
Total M asc Fe m
FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal
As tendências verificadas nas PLV mantiveram-se no que respeita à Prevalência nos últimos 12 meses (P12M) e à Prevalência nos últimos 30 dias (P30D).
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A tabela anterior mostra ainda que o género masculino apresenta um consumo superior ao género feminino, nas idades dos 15-18, em todas as prevalências, mas
que nas idades mais novas – 13-14 anos, na P30D, as raparigas registam uma prevalência de consumo superior.
Gráfico 8. Prevalências de Consumo de ÁLCOOL últimos 30 dias (P30D) (%), Estudantes do ensino público, por Tipo de Bebida Alcoólica, género e idade (2015)
CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST
13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos
Total 8,5 6,3 7,0 6,1 7,6 14,0 12,0 12,4 12,1 12,5 24,0 21,0 16,3 22,3 20,6 30,1 28,2 19,6 31,5 28,3 40,5 37,0 28,1 44,3 37,0 45,9 43,0 35,3 51,7 47,3
Masc 9,1 5,5 6,8 4,5 6,1 14,6 11,3 13,2 10,5 11,7 28,0 22,8 17,3 21,7 19,5 36,4 29,1 20,6 30,1 27,0 50,5 40,0 30,3 45,9 38,0 59,2 44,7 38,9 53,9 47,3
Fem 7,6 6,5 7,0 7,4 8,7 13,6 12,6 11,0 13,5 13,3 20,3 19,5 15,5 22,9 21,7 24,9 27,5 18,8 32,9 29,7 31,9 34,2 20,1 42,7 36,1 36,1 41,9 32,7 50,1 47,2
0
10
20
30
40
50
60
70
FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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Em relação às bebidas alcoólicas mais consumidas pelos jovens, os dados diferem muito com a idade. A cerveja destaca-se como a bebida mais consumida nas
idades mais jovens (13-15 anos), sendo as bebidas destiladas as mais consumidas nos jovens mais velhos (16-18). Nota-se, para todas as idades um consumo
elevado de “misturas” (exemplo: sangria).
Gráfico 9. Prevalências Consumo de TABACO ao Longo da Vida (PLV), últimos 12 meses (P12M) e últimos 30 dias (P30D) (%), Estudantes do ensino público, por género e idade (2015)
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
11,7
7,8
4,2
21,9
15,0
8,6
31,9
23,2
14,6
42,9
31,7
20,1
53,5
40,5
27,0
58,7
45,7
32,0
11,1
6,5
2,6
23,0
14,4
8,4
32,0
22,3
14,5
42,5
30,3
18,7
52,9
39,3
26,5
59,3
47,9
34,6
12,3
8,9
5,5
20,8
15,4
8,7
32,0
24,2
14,8
43,2
32,9
21,3
53,8
41,4
27,1
58,3
44,1
30,1
0
10
20
30
40
50
60
70
PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D
13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos
Total Masc Fem
FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Contrariamente ao registado para o consumo do álcool, em relação ao tabaco verifica-se que o género feminino apresenta consumos superiores desta substância
para todas as idades, excepto os 18 anos, tanto na P12M como na P30D.
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Gráfico 10. Prevalências de Consumo de DROGA ao Longo da Vida (PLV), últimos 12 meses (P12M) e últimos 30 dias (P30D) (%), studantes do ensino público, por género e idade (2015)
2,7
1,6
0,8
5,9
3,9
1,9
10,1
7,7
3,9
17,7
14,2
7,9
27,0
21,1
11,2
35,2
27,4
14,5
3,0
1,4
0,7
6,8
4,1
2,3
12,2
9,4
4,6
19,4
15,3
8,3
30,9
24,7
14,4
43,0
34,5
19,6
2,3
1,7
0,8
4,9
3,7
1,6
8,1
6,1
3,2
16,2
13,2
7,6
23,7
18,0
8,3
29,6
22,3
10,7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D
13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos
Total Masc Fem
FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Relativamente às substâncias psicoativas ilícitas também se verifica um aumento do consumo de acordo com a idade, registando-se, a partir dos 15 anos,
diferenças significativas entre o género masculino e o feminino, com os rapazes a consumirem mais. De acordo com o exposto no Estudo, a substância ilícita mais
consumida é a cannabis [18].
Segundo o estudo “Aventura Social” – Health Behaviour in School aged Children (HBSC) de 2014, a maioria
dos adolescentes refere que nunca experimentou tabaco (77,8%), 58,8% relatam nunca ter bebido bebidas
alcoólicas e 93,7% diz nunca ter consumido substâncias ilícitas/drogas.
Tabela 44. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Experimentação de Substâncias Psicoativas (2014)
% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE
EXPERIMENTAÇÃO
IDADE DA EXPERIMENTAÇÃO COMPARAÇÃO ENTRE
GÉNEROS
11 ANOS OU
MENOS 12 ANOS 13 ANOS
14 ANOS OU
MAIS RAPAZES RAPARIGAS
TABACO 22,2 14,2 20,6 29,5 35,7 19,5 24,6
ÁLCOOL 41,2 21,1 23,3 25,4 30,3 39,8 42,5
DROGAS 6,3 7,6 11,3 16,8 64,3 8,1 4,8
FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Dos jovens que assumem ter experimentado o consumo destas substâncias, maioritariamente fizeram-no a
partir dos 14 anos e, no que diz respeito ao tabaco e ao álcool, mais as raparigas que os rapazes.
Tabela 45. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Consumo de Tabaco (2014)
% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE
NÃO FUM
A
FUMA
TOTAL
TODOS OS DIAS (% DO TOTAL)
≥ 1X/ SEMANA (% DO TOTAL)
< 1X/ SEMANA (% DO TOTAL)
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
TABACO
92,5 7,5 35,4 37,5 33,7 31,3 35,9 27,6 33,3 26,6 38,6
FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Em relação ao consumo de tabaco, 92,5% dos jovens refere não fumar. Comparando com os estudos
anteriores referidos, a percentagem dos alunos que fumam tem vindo a diminuir desde 2002 [19].
De acordo com os dados da tabela anterior, os jovens que fumam apresentam frequências de consumo
diversificadas, com 35,4% a referir fumar todos os dias.
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Tabela 46. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Consumo de Álcool – existência e frequência de consumo (2014)
% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE
NUNCA
BEBEU
CONSUMO PELO MENOS 1 VEZ/ FREQUÊNCIA DO CONSUMO
TOTAL
20 OU MAIS DIAS (% DO TOTAL)
ENTRE 6 A 19 DIAS (% DO TOTAL)
MENOS DE 6 DIAS (% DO TOTAL)
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
ÚLTIMOS 30 DIAS
85,8 14,2 7,9 10,4 5,1 14,3 14,4 14,1 77,8 75,2 80,7
TODA A VIDA
67,7 32,3 20,3 24,2 16,6 20,5 18,1 22,8 59,2 57,7 60,6
FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Relativamente ao consumo do álcool, 32,3% dos jovens assume ter bebido bebidas alcoólicas pelo menos
uma vez ao longo da vida, diminuindo para 14,2% os que referem ter bebido no último mês.
Segundo o Estudo HBSC [19] a bebida alcoólica mais consumida é a cerveja, sendo que os rapazes bebem
mais frequentemente que as raparigas.
Tabela 47. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Consumo de Álcool – Número de Bebidas com Álcool que Consome numa Ocasião em que se
esteja a beber (2014)
% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE
N.º DE BEBIDAS NUMA OCASIÃO
MÉDIA RAPAZES RAPARIGAS
1 BEBIDA OU MENOS
55,2 54,6 55,7
2 A 4 BEBIDAS 31,4 30,3 32,3
5 BEBIDAS OU MAIS
13,4 15,1 12,0
FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Pelos dados apresentados na tabela acima percebe-se que a maioria dos jovens, quando ingere bebidas
alcoólicas, bebe apenas 1 bebida ou menos (55,2%), sendo este comportamento mais frequente nas
raparigas.
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Tabela 48. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Consumo de Drogas – existência e frequência de consumo no último mês (2014)
% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE
NUNCA CONSUMI
U
CONSUMO PELO MENOS 1 VEZ/ FREQUÊNCIA DO CONSUMO
TOTAL
CONSUMO REGULAR (% DO TOTAL)
MAIS DO QUE 1 VEZ (% DO TOTAL)
1 VEZ (% DO TOTAL)
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
MÉDIA
RAPAZES
RAPARIGAS
ÚLTIMO MÊS
96,7 3,3 19,7 21,5 16,3 43,4 41,8 46,5 36,9 36,7 37,2
FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A maioria dos jovens refere que não consumiu drogas no último mês (96,7%). No entanto, e relativamente
aos jovens que referem consumos de substâncias psicoativas ilícitas, 19,7% assume fazê-lo regularmente,
maioritariamente rapazes. De acordo com o Estudo HBSC [19] a substância ilícita mais consumida pelos
jovens é a cannabis.
Tabela 49. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos sexuais associados ao uso de Substâncias Psicoativas (2014)
% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE
MÉDIA RAPAZES RAPARIGAS
Ter tido relações sexuais 12,8 18,1 7,9
Ter tido relações sexuais associadas ao consumo de álcool ou drogas
15,9 19,0 10,3
Utilizou preservativo na última relação sexual 70,4 69,1 72,9
Razão para não utilização de preservativo na relação sexual
Beber álcool em excesso
23,9 S.I. S.I.
Tomaram drogas 18,2 S.I. S.I.
FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Um outro aspeto compreendido pelo Estudo HBSC [19] diz respeito aos comportamentos de risco
associados ao consumo de SPA. Entre os adolescentes que já tiveram relações sexuais (12,8%), 15,9%
refere que estas estiveram associadas ao consumo de álcool ou drogas, sendo os rapazes que mais
contribuem para esta percentagem.
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
O estudo refere ainda que 29,6% dos jovens assume não ter utilizado preservativo na sua última relação
sexual, sendo a razão “beber álcool em excesso” referida por 23,9% dos jovens e a razão “tomaram drogas”
referida por 18,2% destes.
c. Na População Geral
Segundo os dados apresentados pelo IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na
População Geral, Portugal 2016/17, há de modo geral, entre 2012 e 2016/17 (independentemente da
temporalidade considerada – longo da vida, últimos 12 meses e últimos 30 dias), uma subida das
prevalências, dos consumos de álcool e tabaco, e de uma qualquer substância psicoativa ilícita (marcada,
essencialmente, pelo peso da cannabis) [20].
Tabela 50. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas lícitas ao longo da vida, último ano e último mês, na população portuguesa com idades entre 15-74 anos, segundo o ano e sexo (%):
País 2012-2016/17
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS (%) NO PAÍS
LONGO DA VIDA ÚLTIMO ANO ÚLTIMO MÊS
TAXA DE
CONTINUIDADE DE
CONSUMOS
2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17
Tabaco
Total 44,0 46,4 25,6 28,9 23,9 27,8 58,1 62,3
Masculino 59,6 57,1 34,2 35,7 32,6 34,3 57,4 62,5
Feminino 29,6 36,4 17,6 22,6 15,9 21,8 59,5 62,1
Álcool
Total 73,2 85,2 59,9 58,2 49,7 48,4 81,9 68,3
Masculino 85,3 91,6 73,6 68,4 66,5 60,6 86,3 74,6
Feminino 61,8 79,2 47,1 48,7 34,1 36,9 76,2 61,5
Medicamentos
Total 21,8 13,5 13,7 9,4 11,6 8,3 62,8 69,5
Masculino 13,8 8,7 8,1 5,9 6,6 5,2 58,9 68,0
Feminino 29,3 18,0 18,9 12,6 16,3 11,2 64,5 48,3
Fonte: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral [20], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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O consumo do tabaco apresenta uma ligeira subida da prevalência ao longo da vida, que se deve sobretudo
ao aumento do consumo entre as mulheres [20].
O consumo de álcool apresenta aumentos das prevalências ao longo da vida, quer entre a população total
(15-74 anos) quer entre homens e mulheres [20].
Já os medicamentos, terceira substância mais consumida na população total, as prevalências descem entre
as duas aplicações (ano 2012 e ano 2016/17), independentemente do género considerado [20].
Tabela 51. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas ilícitas ao longo da vida, último ano e último mês, na população portuguesa com idades entre 15-74 anos, segundo o ano e sexo (%):
País 2012-2016/17
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS ILÍCITAS (%) NO PAÍS
LONGO DA VIDA ÚLTIMO ANO ÚLTIMO MÊS
TAXA DE
CONTINUIDADE DE
CONSUMOS
2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17
Qualquer
Substância
ilícita
Total 8,4 10,2 2,4 4,7 1,5 3,8 28,0 45,3
Masculino 13,0 14,6 3,7 6,8 2,3 5,4 27,7 45,9
Feminino 4,0 6,2 1,2 2,7 0,7 2,3 29,1 44,1
Cannabis
Total 8,2 9,6 2,3 4,4 1,5 3,7 28,2 46,2
Masculino 12,9 13,7 3,6 6,4 2,3 5,3 27,8 46,5
Feminino 3,8 5,7 1,1 2,6 0,7 2,2 29,6 45,8
Cocaina
Total 1,0 1,1 0,2 0,2 0,1 0,1 18,3 16,9
Masculino 1,6 1,7 0,3 0,3 0,1 0,2 18,7 16,3
Feminino 0,5 0,5 0,1 0,1 0,1 0,0 17,1 21,9
Anfetaminas
Total 0,4 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 7,8 0,0
Masculino 0,6 0,5 0,1 0,0 0,1 0,0 11,1 0,0
Feminino 0,2 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Ecstasy
Total 1,1 0,6 0,2 0,1 0,1 0,0 19,4 18,4
Masculino 1,7 0,9 0,3 0,2 0,3 0,0 18,1 20,4
Feminino 0,6 0,4 0,1 0,0 0,0 0,0 23,1 13,6
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Heroina
Total 0,5 0,5 0,0 0,1 0,0 0,0 7,3 10,7
Masculino 0,9 0,7 0,0 0,1 0,0 0,0 2,7 7,9
Feminino 0,1 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 39,1 16,7
LSD
Total 0,5 0,4 0,1 0,0 0,1 0,0 29,5 7,0
Masculino 0,8 0,7 0,3 0,1 0,2 0,0 39,4 7,9
Feminino 0,2 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Cogumelos Aluc.
Total 0,5 0,2 0,1 0,0 0,0 0,0 13,5 0,0
Masculino 0,7 0,4 0,1 0,0 0,0 0,0 9,9 0,0
Feminino 0,3 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 21,3 0,0
NSP
Total 0,4 0,2 0,1 0,1 0,0 0,0 32,3 41,4
Masculino 0,5 0,4 0,2 0,3 0,0 0,0 42,6 65,2
Feminino 0,3 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 14,9 42,9
Fonte: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral [20], adaptado por CRI da Península de Setúbal
As prevalências do consumo de qualquer substância psicoativa ilícita sobem dos 8,4% registados em 2012
para os 10,2% em 2016/17. Registaram-se subidas em ambos os géneros, sendo também estas as
tendências que se verificam na cannabis, substância que tem o maior peso na prevalência de qualquer
substância psicoativa ilícita [20].
A prevalência do consumo de cocaína sobe ligeiramente na população total, devido ao aumento registado
para o género masculino [20].
As anfetaminas apresentam uma prevalência de consumo ao longo da vida igual à registada em 2012 na
população total, tendo descido entre os homens, mas aumentado entre as mulheres [20].
A heroína apresenta uma prevalência de consumo igual à verificada em 2012, havendo uma diminuição da
prevalência do consumo entre os homens e uma subida entre as mulheres [20].
Em todas as outras substâncias consideradas há uma descida das prevalências de consumo ao longo da
vida, na população total e independentemente do género [20].
A taxa de continuidade indica a proporção daqueles que, tendo consumido uma dada substância ao longo
da vida, declaram ter consumido essa mesma substância no último ano [20].
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As taxas de continuidade variam de acordo com a substância. São mais elevadas nas substâncias psicoativas
lícitas, principalmente no álcool (a rondar os 70%), e mais baixas nas substâncias psicoativas ilícitas,
principalmente nos casos das anfetaminas e dos cogumelos alucinógenos (entre 0 e 1%) [20].
As taxas de continuidade são mais elevadas entre os homens, exceto no que diz respeito ao consumo de
cocaína e heroína [20].
Comparativamente a 2012, subiram as taxas de continuidade do consumo de tabaco, medicamentos,
cannabis, heroína e das novas substâncias psicoactivas [20].
2. DISPONIBILIDADE DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Tabela 52. Apreensões por Distrito (N.º e quantidade de substância) – anos 2014, 2015 e 2016
LOCALIZAÇÃO (DISTRITO)
Setúbal PORTUGAL
SUBSTÂNCIAS
APREENDIDAS POR ANO,
N.º DE APREENSÕES E
QUANTIDADES
APREENDIDAS (KG/
UNIDADES)
HEROÍNA
2014
N.º 41 681
Kg 0,72 36,35
2015
N.º 72 755
Kg 19,20 96,58
2016
N.º 65 766
Kg 4,33 56,85
COCAÍNA
2014
N.º 61 1042
Kg 448,10 3715,85
2015
N.º 87 1078
Kg 109,76 6029,62
2016
N.º 76 1127
Kg 1,1 1045,62
CANNABIS
2014
N.º 397 3418
Kg 212,21 32874,40
2015
N.º 490 4154
Kg 284,04 2421,63
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2016
N.º 474 4652
Kg 217,93 7061,72
ECSTASY
2014
N.º 7 141
UNIDADES 175 7044
2015
N.º 7 178
UNIDADES 55 50857
2016
N.º 10 279
UNIDADES 1322 151265
FONTE: Relatórios Anuais de 2014, 2015 e 2016 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Secção Central de Informação Criminal da Polícia Judiciária [21], [22] e [23], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Os dados da tabela anterior mostram que a substância com maior número de apreensões é a cannabis,
seguida da cocaína, quer em Portugal, quer no distrito de Setúbal.
Ao longo dos 3 anos de análise (2014-2016) verifica-se uma evolução positiva no número de apreensões em
Portugal, situação que não acontece com o distrito de Setúbal, que mostra uma diminuição das apreensões
de todas as substâncias analisadas, com excepção do ecstasy, onde se verificou um aumento no número de
apreensões entre 2015 e 2016.
Se olharmos para todas as substâncias apreendidas apresentadas na tabela, verifica-se que as apreensões
ocorridas no distrito de Setúbal representam uma média de 9,8% das apreensões nacionais nos 3 anos.
Tabela 53. Processos de contraordenação e substâncias psicoativas apreendidas: por local de Residência do Infrator
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
PROCESSOS DE CONTRAORDENAÇÃO POR LOCAL DE RESIDÊNCIA DO INFRACTOR
SUSBSTÂNCIAS PSICOATIVAS APREENDIDAS
CANNABIS HAXIXE
CANNABIS ERVA
HEROÍNA COCAINA OUTRAS
Setúbal (São Sebastião) 41 33 1 3 4 0
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da
Graça)
85 77 3 1 3 1
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 0 0 0 0 0 0
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Sado 1 1 0 0 0 0
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 9 9 0 0 0 0
SETÚBAL (CONCELHO) 136 120 4 4 7 1
FONTE: CDT de Setúbal – dados de 2016 [24], adaptado por CRI da Península de Setúbal
A União de freguesias de Setúbal é que apresenta maior número de processos de contraordenação (85). É
também a freguesia onde se regista maior quantidade de substâncias apreendidas, representando 62,5%
do total de substâncias apreendidas no concelho. Destas substâncias, a cannabis destaca-se
marcadamente.
3. CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES EM ACOMPANHAMENTO NA(S) EQUIPA(S) DE TRATAMENTO
DA(S) UIL DA DICAD/ ARSLVT, IP DO TERRITÓRIO EM ANÁLISE
Para a realização da análise dos dados expostos neste capítulo foram utilizadas informações recolhidas das
Equipas de Tratamento (ET) das oito Unidades de Intervenção Local (UIL) da ARSLVT, através do Sistema de
Informação Multidisciplinar (SIM).
Neste contexto importa referir o significado de alguns termos que serão correntemente utilizados, como:
Utente Admitido (novo): utente com pelo menos um evento assistencial realizado no período em estudo
registado nesta Unidade, e que antes desse período nunca apresentou qualquer evento nesta Unidade.
Utente Ativo: todo o utente com pelo menos um evento assistencial realizado no período em estudo
registado nesta Unidade.
Tabela 54. Utentes admitidos e ativos nas Equipas de Tratamento das IUL da ARSLVT, entre 2014 e 2016
UTENTES 2014 UTENTES 2015 UTENTES 2016
ADMITIDOS ATIVOS ADMITIDOS ATIVOS ADMITIDOS ATIVOS
(N.º) (%) (N.º) (%) (N.º) (%) (N.º) (%) (N.º) (%) (N.º) (%)
Número total de utentes ativos da Região de Lisboa e Vale do Tejo, atendidos nas oito
3424 100,0 15343 100,0 3676 100,0 15443 100,0 3747 100,0 15074 100,0
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
UIL da ARSLVT
Número total de utentes ativos nas Equipas de Tratamento do CRI da Península de Setúbal
689 20,1 (LVT)
3629 23,7 (LVT)
710 19,3 (LVT)
3602 23,3 (LVT)
720 19,2 (LVT)
3560 23,6 (LVT)
Número total de utentes ativos na Equipa de Tratamento de Setúbal
251
7,3 (LVT)
36,4 (CRI)
777
5,1 (LVT)
21,4 (CRI)
161
4,4 (LVT)
22,7 (CRI)
712
4,6 (LVT)
19,8 (CRI)
185
4,9 (LVT)
25,7 (CRI)
758
5,0 (LVT)
21,3 (CRI)
Número total de utentes ativos na Equipa de Tratamento de Setúbal residentes no Concelho de Setúbal
186 74,1 (ETS)
587 75,5 (ETS)
149 92,5 (ETS)
521 73,2 (ETS)
172 93,0 (ETS)
561 74,0 (ETS)
FONTE: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Analisando os dados da tabela acima, verifica-se que houve um aumento de utentes admitidos ao longo
dos anos, tanto nas 8 UIL como no CRI, contudo o número de ativos no CRI foi reduzindo. Na Equipa de
Tratamento de Setúbal houve um ligeiro decréscimo nos utentes admitidos e ativos em 2015, tendo
aumentado novamente em 2016. De salientar que 74,0% dos utentes em acompanhamento na ET de
Setúbal são residentes no concelho.
Para a caracterização dos consumos e dos utentes realizada nos pontos seguintes, foram considerados os
utentes ativos em 2016, com residência no concelho do Setúbal, acompanhados pela ET.
a. Caracterização dos consumos
Tabela 55. Droga Principal
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUESIA
PRINCIPAL SUBSTÂNCIA CONSUMIDA PELOS UTENTES
SEM
SUBSTÂNCIA
PRINCIPAL
HEROÍNA COCAÍNA CANNABIS ÁLCOOL
OUTRAS
SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS*
SEM
INFORMAÇÃO
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Setúbal (São Sebastião) 281 82 29,2 104 37,0 19 6,8 20 7,1 34 12,1 1 0,4 20 7,1
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
192 60 31,3 68 35,4 6 3,1 18 9,4 31 16,1 0 0,0 9 4,7
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 2 11,1 6 33,3 0 0,0 2 11,1 2 11,1 0 0,0 6 33,3
Sado 24 3 12,5 6 25,0 1 4,2 0 0,0 10 41,7 0 0,0 4 16,7
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 29 4 13,8 13 44,8 2 6,9 0 0,0 8 27,6 0 0,0 2 6,9
SETÚBAL (CONCELHO) 544 151 27,8 197 36,2 28 5,1 40 7,4 85 15,6 1 0,2 41 7,5
Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal (* Envolve Alucinogénios, Anfetaminas, Benzodiazepinas, Ecstasy/MDMA, Outros Estimulantes, Outros Hipnóticos, Tabaco e Outras Substâncias)
Entre os utentes ativos a heroína continua a ser a substância mais referida como droga principal (197
utentes/36,2%), seguida do álcool (85 utentes/15,6%).
De salientar o facto de existirem 151 utentes (27,8%) que referem não ter uma substância principal de
consumo.
b. Caracterização Sociodemográfica
Tabela 56. Utentes ativos em 2016 (N.º e %)
LOCAL RESIDÊNCIA N.º
UTENTES % UTENTES
Setúbal (São Sebastião) 281 50,1
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
192 34,2
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 3,2
Sado 24 4,3
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 29 5,2
Sem Informação 17 3,0
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Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54
Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
SETÚBAL (CONCELHO) 561 100,0
FONTE: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Pela análise dos dados apresentados na tabela, a freguesia com maior representatividade de utentes é a
São Sebastião (50,1%) e a com menor é a Gambia-Pontes-Alto da Guerra (3,2%).
Tabela 57. Utentes ativos por género e por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUESIA
GÉNERO DOS UTENTES
MASCULINO FEMININO
N.º UT % UT. N.º UT % UT.
Setúbal (São Sebastião) 281 228 81,1 53 18,9
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
192 148 77,1 44 22,9
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 14 77,8 4 22,2
Sado 24 21 87,5 3 12,5
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão)
29 24 82,8 5 17,2
Sem Informação 17 12 70,6 5 29,4
SETÚBAL (CONCELHO) 561 447 79,7 114 20,3
Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Caracterizando a população utente relativamente ao género, confirma-se que a maioria dos utentes
(79,7%) é do sexo masculino.
Tabela 58. Utentes (N.º e %) segundo o grupo etário, por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUESIA
GRUPOS ETÁRIOS DOS UTENTES MÉDIA
DE
IDADES
0 - 14 ANOS 15 - 24 ANOS 25 - 44 ANOS 45 - 64 ANOS 65 OU MAIS
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT.
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Setúbal (São Sebastião) 281 0 0,0 22 7,8 147 52,3 112 39,9 0 0,0 41
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
192 1 0,5 14 7,3 91 47,4 85 44,3 1 0,5 43
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 0 0,0 5 27,8 8 44,4 5 27,8 0 0,0 35
Sado 24 0 0,0 2 8,3 11 45,8 11 45,8 0 0,0 41
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 29 0 0,0 2 6,9 11 37,9 15 51,7 1 3,4 44
Sem Informação 17 0 0,0 1 5,9 6 35,3 10 58,8 0 0,0 47
SETÚBAL (CONCELHO) 561 1 0,2 46 8,2 274 48,8 238 42,4 2 0,4 42
Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Relativamente à análise da distribuição dos utentes por idades, verifica-se que no cômputo geral, as faixas
etárias abaixo dos 24 e acima dos 65 anos têm uma representatividade baixa, sendo a faixa etária dos 25 -
44 anos e a dos 45 – 64anos, as que se destacam, englobando 48,8% e 42,4% dos utentes, respetivamente.
Tabela 59. Utentes (N.º e %) segundo o Estado Civil, por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUESIA
ESTADO CIVIL DOS UTENTES
SOLTEIRO CASADO/
JUNTO
SEPARADO/
DIVORCIADO VIÚVO DESCONHECIDO
SEM
INFORMAÇÃO
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT
Setúbal (São Sebastião) 281 94 33,5 85 30,2 39 13,9 1 0,4 10 3,6 52 18,5
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
192 75 39,1 37 19,3 30 15,6 2 1,0 6 3,1 42 21,9
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 8 44,4 6 33,3 2 11,1 0 0,0 0 0,0 2 11,1
Sado 24 10 41,7 7 29,2 4 16,7 1 4,2 0 0,0 2 8,3
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 29 11 37,9 8 27,6 5 17,2 1 3,4 1 3,4 3 10,3
SETÚBAL (CONCELHO) 544 198 36,4 143 26,3 80 14,7 5 0,9 17 3,1 101 18,6
Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Quanto ao estado civil dos utentes, 36,4% apresenta-se solteiro, enquanto 26,3% refere estar casado ou
em situação de união de fato. De salientar a existência de 18,6% de utentes sobre quem não se tem
informação sobre este item.
Tabela 60. Número de Filhos dos Utentes (N.º e %), por número de filhos e por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUESIA
NÚMERO DE FILHOS DOS UTENTES
0 FILHOS 1 FILHO 2 FILHOS 3 FILHOS 4 FILHOS 5 OU MAIS
FILHOS
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT
Setúbal (São Sebastião) 281 180 64,1 17 6,0 21 7,5 5 1,8 0 0,0 0 0,0
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
192 143 74,5 7 3,7 8 4,2 2 1,0 3 1,6 0 0,0
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 11 61,1 0 0,0 3 16,7 1 5,6 0 0,0 0 0,0
Sado 24 13 54,2 2 8,3 1 4,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 29 18 62,1 3 10,3 3 10,3 2 6,9 0 0,0 0 0,0
SETÚBAL (CONCELHO) 544 365 67,1 29 5,3 36 6,6 10 1,8 3 0,6 0 0,0
Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Em relação à existência de filhos, 67,1% dos utentes relata não ter filhos e 6,6% assume ter 2 filhos. Estes
dados vão ao encontro da tendência da população geral, em que existe uma diminuição do número de
nascimentos.
Tabela 61. Utentes (N.º e %) segundo a nacionalidade, por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA N.º
UTENTES FREGUESIA
NACIONALIDADE DOS UTENTES
PORTUGUESA PALOP P. UNIÃO EUROPEIA
BRASIL OUTRO SEM
INFORMAÇÃO
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT
Setúbal (São Sebastião) 281 220 78,3 3 1,1 2 0,7 0 0,0 4 1,4 52 18,5
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
192 144 75,0 4 2,1 0 0,0 1 0,5 2 1,0 41 21,4
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Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 16 88,9 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 11,1
Sado 24 22 91,7 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 8,3
União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 29 26 89,7 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 10,3
SETÚBAL (CONCELHO) 544 428 78,7 7 1,3 2 0,4 1 0,2 6 1,1 100 18,4
Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Quanto à análise da nacionalidade dos utentes, verifica-se que, do total dos 544 utentes ativos, 78,7% são
Portugueses e 3% são estrangeiros. Estes dados são influenciados pelo grande número de utentes sobre
quem não se tem informação em relação a este item.
As nacionalidades dos utentes estrangeiros, inscritos na ET, que apresentam maior expressão são as
oriundas dos PALOP. Estas coincidem com a maioria das nacionalidades com incidência elevada na
população estrangeira residente no concelho.
Tabela 62. Tipo de coabitação dos Utentes (N.º e %) por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUES.
PESSOAS COM QUEM OS UTENTES COABITAM
SÓ COM PAI SÓ COM MÃE COM AMBOS
PAIS IRMÃO(S)
OUTROS
FAMILIARES
COMPANHEI
RO FILHO(S) AMIGO(S) SOZINHO INSTITUIÇÃO
DESCONHE
CIDO
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT
Setúbal (São
Sebastião) 281 8 2,8 24 8,5 25 8,9 28 10,0 41 14,6 69 24,6 37 13,2 2 0,7 31 11,0 6 2,1 25 8,9
União das freguesias
de Setúbal (São Julião,
Nossa Senhora da
Anunciada e Santa
Maria da Graça)
192 3 1,6 26 13,5 20 10,4 16 8,3 13 6,8 38 19,8 20 10,4 2 1,0 29 15,1 4 2,1 16 8,3
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 18 0 0,0 1 5,6 2 11,1 0 0,0 2 11,1 6 33,3 1 5,6 1 5,6 0 0,0 2 11,1 3 16,7
Sado 24 1 4,2 4 16,7 1 4,2 1 4,2 5 20,8 5 20,8 3 12,5 1 4,2 4 16,7 0 0,0 1 4,2
União das freguesias
de Azeitão (São
Lourenço e São Simão)
29 1 3,4 4 13,8 3 10,3 3 10,3 2 6,9 8 27,6 3 10,3 1 3,4 6 20,7 0 0,0 1 3,4
SETÚBAL (CONCELHO) 544 13 2,4 59 10,8 51 9,4 48 8,8 63 11,6 126 23,2 64 11,8 7 1,3 70 12,9 12 2,2 46 8,5
Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
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Evidencia-se que 23,2% dos utentes vivem com o(a) companheiro(a) e 12,9% moram sozinhos.
A família de origem também se apresenta com grande representatividade na coabitação dos utentes,
existindo em algumas situações agregados familiares com várias gerações (avós, filhos e netos).
Tabela 63. Habilitações Literárias dos Utentes (N.º e %) por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUESIA
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DOS UTENTES
SEM
ESCOLARIDADE
SEM
ESCOLARIDADE
MAS SABE LER
E ESCREVER
1º CICLO
ENSINO BÁSICO
2º CICLO
ENSINO BÁSICO
3º CICLO
ENSINO BÁSICO
ENSINO
SECUNDÁRIO
FREQUÊNCIA/
GRAU
UNIVERSITÁRIO
DESCONHECIDO SEM
INFORMAÇÃO
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT
Setúbal (São Sebastião) 281 8 2,8 1 0,4 45 16,0 71 25,3 58 20,6 29 10,3 3 1,1 14 5,0 52 18,5
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
192 4 2,1 3 1,6 23 12,0 39 20,3 41 21,4 23 12,0 7 3,6 10 5,2 42 21,9
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 18 0 0,0 0 0,0 2 11,1 5 27,8 3 16,7 1 5,6 0 0,0 5 27,8 2 11,1
Sado 24 0 0,0 0 0,0 7 29,2 6 25,0 6 25,0 2 8,3 1 4,2 0 0,0 2 8,3
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
29 0 0,0 0 0,0 7 24,1 8 27,6 6 20,7 4 13,8 1 3,4 0 0,0 3 10,3
SETÚBAL (CONCELHO) 544 12 2,2 4 0,7 84 15,4 129 23,7 114 21,0 59 10,8 12 2,2 29 5,3 101 18,6
Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal
Relativamente à escolaridade, 60,1% dos utentes apresentam habilitações ao nível do ensino básico (1.º,
2.º e 3.º ciclos). Da mesma forma que 2,2% dos utentes têm grau ou frequência universitária, outros 2,2%
não têm escolaridade.
Estes valores confirmam que a população com comportamentos aditivos e dependências, inscrita na ET,
possui um nível de escolaridade inferior à população geral. Este fato parece relacionar o início dos
comportamentos aditivos com a não progressão nos estudos.
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Tabela 64. Utentes (N.º e %) segundo a situação profissional, por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUESIA
SITUAÇÃO PROFISSIONAL DOS UTENTES
ESTUDANTE/
FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
TRABALHO
ESTÁVEL/
REGULAR
TRABALHO
OCASIONAL
DESOCUPADO
HÁ MENOS DE
1 ANO
DESOCUPADO
HÁ 1 ANO OU
MAIS
REFORMADO/
PENSÃO SOCIAL
OUTRA
SITUAÇÃO DESCONHECIDO
SEM
INFORMAÇÃO
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT
Setúbal (São Sebastião) 281 14 5,0 56 19,9 25 8,9 31 11,0 74 26,3 2 0,7 9 3,2 17 6,0 52 18,5
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
192 11 5,7 30 15,6 9 4,7 22 11,5 50 26,0 5 2,6 6 3,1 18 9,4 41 21,4
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 18 2 11,1 5 27,8 1 5,6 2 11,1 3 16,7 0 0,0 0 0,0 3 16,7 2 11,1
Sado 24 1 4,2 7 29,2 5 20,8 1 4,2 6 25,0 1 4,2 0 0,0 1 4,2 2 8,3
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
29 2 6,9 8 27,6 2 6,9 2 6,9 9 31,0 1 3,4 2 6,9 0 0,0 3 10,3
SETÚBAL (CONCELHO) 544 30 5,5 106 19,5 42 7,7 58 10,7 142 26,1 9 1,7 17 3,1 39 7,2 100 18,4
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Relativamente à situação profissional dos utentes verifica-se que os desempregados representam 36,8%
(dos quais 10,7% estão desocupados há 1 ano ou mais e 26,1% ficaram desocupados há menos de um ano).
Os utentes com situação profissional ativa representam 27,2% do total, sendo que com trabalho estável se
encontram apenas 19,5%.
Os dados apresentados acima demonstram claramente a fragilidade social da população inscrita na ET,
comparativamente com a população residente geral. Associando a este fator o nível de escolaridade
inferior, fica dificultada a capacidade de inserção profissional desta população, relativamente à população
residente.
Tabela 65. Situação face à justiça (ao Longo da Vida) dos Utentes Ativos (N.º e %), por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA
N.º
UTENTES
FREGUESIA
EXISTÊNCIA DE ANTECEDENTES JUDICIAIS DOS UTENTES
SEM
INFORMAÇÃO NÃO
SIM
TOTAL PRISÃO EFETIVA
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SIM NÃO DESCONHECIDO S/
INFORMAÇÃO
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT
Setúbal (São Sebastião) 281 22 7,8 196 69,6 63 22,4 22 7,8 3 1,1 0 0,0 38 13,5
União das freguesias de
Setúbal (São Julião, Nossa
Senhora da Anunciada e
Santa Maria da Graça)
192 37 19,3 119 62,0 36 18,8 10 5,2 26 13,5 0 0,0 0 0,0
Gâmbia-Pontes-Alto da
Guerra 18 4 22,2 14 77,8 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0
Sado 24 1 4,2 20 83,3 3 12,5 1 4,2 2 8,3 0 0,0 0 0,0
União das freguesias de
Azeitão (São Lourenço e
São Simão)
29 8 27,6 19 65,5 2 6,9 0 0,0 2 6,9 0 0,0 0 0,0
SETÚBAL (CONCELHO) 544 72 13,2 368 67,6 104 19,1 33 6,1 33 6,1 0 0,0 38 7,0
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Os dados apresentados revelam que 67,6% dos utentes ativos, em 2016, não apresentam antecedentes
judiciais. Dos utentes ativos que possuem antecedentes judiciais (19,1%), 6,1% já cumpriram pena de
prisão efetiva.
Tabela 66. Comportamentos de Risco dos Utentes (N.º e %), por freguesia
LOCAL RESIDÊNCIA N.º
UTENTES FREGUESIA
COMPORTAMENTOS DE RISCO DOS UTENTES
PARTILHA DE AGULHAS PARTILHA DE MATERIAL
DE CONSUMO
RELAÇÕES SEXUAIS OCASIONAIS SEM
PRESERVATIVO
N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT
Setúbal (São Sebastião) 281 5 1,8 7 2,5 3 1,1
União das freguesias de Setúbal
(São Julião, Nossa Senhora da
Anunciada e Santa Maria da Graça)
192 2 1,0 2 1,0 2 1,0
Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 0 0,0 0 0,0 0 0,0
Sado 24 0 0,0 0 0,0 1 4,2
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União das freguesias de Azeitão
(São Lourenço e São Simão) 29 0 0,0 0 0,0 0 0,0
SETÚBAL (CONCELHO) 544 7 1,3 9 1,7 6 1,1
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Relativamente à prática de comportamentos de risco, existem pouco dados registados na ET. No entanto,
considerando as informações disponíveis, percebe-se que a maioria dos comportamentos de risco está
associada ao consumo de substâncias (3%), enquanto que comportamentos de risco associados a relações
sexuais desprotegidas representam apenas 1,1%.
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INTERVENÇÕES EXISTENTES: PRINCIPAIS RESPOSTAS RELATIVAMENTE À PROBLEMÁTICA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS E ILÍCITAS, COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS
1. SERVIÇOS E INTERVENÇÕES DINAMIZADOS PELA DICAD/ ARSLVT, IP
Em 2013, a ARSLVT, I. P., sucedeu, de acordo com o estabelecido no DL 22/2012, de 30 Janeiro, em algumas
das atribuições do Instituto da Droga e Toxicodependência, I.P., nomeadamente, na componente
operacional da intervenção no domínio dos problemas dos comportamentos aditivos e dependências, no
âmbito da sua área geográfica de intervenção.
Assim, cabe-lhe dar continuidade na prestação de cuidados de saúde, nos comportamentos aditivos e
dependências, e ainda garantir, também, o desenvolvimento e acompanhamento de projetos/programas
que promovam intervenções ao nível do Tratamento, da Prevenção, da Redução de Riscos e Minimização
de Danos (RRMD) e Reinserção Social, quer através das estruturas próprias da ARSLVT, designadamente as
Unidades de Intervenção Local (UIL), ou através de Entidades privadas financiadas.
Para a prossecução destes objetivos existe um conjunto de estruturas especializadas de intervenção no
terreno – Unidades de Intervenção Local – às quais compete executar as ações promovidas pela Divisão de
Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD), por superiores orientações do
Conselho Diretivo da ARSLVT, IP e de acordo com as linhas de orientação técnica e normativa para a
intervenção nas áreas dos Comportamentos Aditivos e das Dependências, emanadas do SICAD, no que
respeita à prevenção dos comportamentos aditivos e dependências, bem como, à prestação de cuidados
integrados e globais a doentes toxicodependentes e doentes com síndrome de abuso ou dependência de
álcool, seguindo as modalidades terapêuticas mais adequadas a cada situação, em regime de ambulatório,
com vista ao tratamento, redução de danos e reinserção desses doentes.
No território – Concelho de Setúbal, intervêm as seguintes equipas:
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Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54
Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Tabela 67. Equipas da DICAD com intervenção no Concelho de Setúbal de acordo com o âmbito territorial da Unidade de Intervenção Local da ARSLVT, IP com Intervenção nos CAD
UIL ÂMBITO TERRITORIAL (FREGUESIAS ABRANGIDAS)
Centro de Respostas
Integradas da Península de
Setúbal
Equipa de Tratamento de
Setúbal
Encontra-se localizada na União das Freguesias Setúbal (antiga freguesia de Santa Maria da Graça). Abrange todas as Freguesias que constituem o Concelho de Setúbal. Abrange ainda todo o concelho de Palmela.
Tabela 68. Intervenções/ atividades dinamizadas pelas Equipas da DICAD no concelho do Setúbal
UIL/ CRI da Península de Setúbal
Intervenções/ atividades
Equipa Técnica Especializada PREVENÇÃO
� Consulta de Crianças e Jovens em espaço de atendimento descentralizado - IPDJ;
� Intervenção em contextos recreativos (Semana Académica de Setúbal – IPS e Festival da Liberdade);
� Programa “Guião de Procedimentos” (Escola Secundária D. João II e Centro Jovem Tabor);
� Participação no CLASS e no Conselho Municipal de Segurança de Setúbal.
Equipa Técnica Especializada RRMD
� Acompanhamento/Monitorização de um PRI (Projeto de Respostas Integradas) – Equipa de Rua GIRUSetúbal;
� Monitorização dos Rastreios ao VIH realizados pelos técnicos da ET de Setúbal; � Intervenção em contextos recreativos (Semana Académica de Setúbal – IPS e
Festival da Liberdade).
Equipa Técnica Especializada TRATAMENTO
� Disponibiliza acompanhamento médico, psicossocial, psicológico, social e cuidados de enfermagem, individual ou em grupo, em regime de ambulatório;
� Existe a possibilidade de integração em Programa de Tratamento de Substituição Opiácea, quer com Metadona quer com Buprenorfina;
� Consultas descentralizadas – Estabelecimento Prisional Regional de Setúbal e IPDJ.
Equipa Técnica Especializada REINSERÇÃO
� Articulação com as Instituições locais no decorrer do trabalho das Técnicas de Serviço Social na Equipa de Tratamento de Setúbal;
� Participação no Protocolo ISS/IDT/SCM; � Participação no Protocolo ENIPSA/NPISA Setúbal; � Participação e articulação decorrente do acompanhamento comum de casos
sociais com o SLAS/Setúbal e NLI/Setúbal e Palmela.
2. INTERVENÇÕES FINANCIADAS PELO SERVIÇO DE INTERVENÇÃO NOS COMPORTAMENTOS
ADITIVOS E NAS DEPENDÊNCIAS – SICAD
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Tabela 69. Intervenções/ projetos financiados pelo SICAD no Concelho de Setúbal
Intervenções a Decorrer
Equipa de Rua “GIRUSetúbal”
Objetivos das Intervenções
Reduzir os riscos e minimizar os danos associados ao uso de SPA, quer junto dos próprios utilizadores, quer junto da comunidade local; Promover a educação para a saúde e a promoção de práticas de consumo menos arriscadas; Promover a educação de pares; Educar para a cidadania activa dos utentes do projecto; Potenciar a articulação com os serviços formais da rede, de forma a promover a adesão da população-alvo; Combater a exclusão social e a discriminação da população-alvo; Estudar o fenómeno do uso de drogas de rua, quanto aos seus atores e territórios intervencionados, com o intuito de encontrar respostas cada vez mais eficazes.
Grupos-Alvo abrangidos
Grupo de 100 indivíduos cujo intervalo de idades é de 18 a 65 anos residentes nas freguesias supracitadas que apresentam consumos abusivos de álcool, com início precoce, atitudes favoráveis ao consumo de álcool, dificuldades no percurso escolar e de inserção social e profissional, problemas de comportamento, baixas expectativas/aspirações educacionais, relações interpessoais e familiares e disfuncionais, por vezes comportamentos violentos, condução sob o efeito do álcool; Grupo de 250 indivíduos cujo intervalo de idades é de 18 a 60 residentes nas freguesias supracitadas que apresentam consumos abusivos de SPA ilícitas e também bebidas alcoólicas, com início precoce, atitudes favoráveis ao consumo de álcool, dificuldades no percurso escolar e de inserção social e profissional, problemas de comportamento, baixas expectativas/aspirações educacionais, relações interpessoais e familiares e disfuncionais, por vezes comportamentos delinquentes.
Contexto de Intervenção
Freguesias Urbanas do Conselho de Setúbal
Necessidades Colmatadas com as Intervenções
Desenvolve estratégias de RRMD, advocacia, apoio psicossocial, encaminhamento e acompanhamento junto das PUD (população que usa drogas – lícitas e ilícitas)
Área de Intervenção respetiva
Redução de Riscos e Minimização de Danos
3. INTERVENÇÕES DINAMIZADAS POR ENTIDADES LOCAIS (PÚBLICAS OU PRIVADAS)
Tabela 70. Intervenções/ Projetos/ Programas/ Iniciativas a decorrer (Entidades Promotoras públicas ou privadas)
INTERVENÇÕES A DECORRER
OBJETIVOS DAS INTERVENÇÕES GRUPOS-ALVO ABRANGIDOS
CONTEXTO DE INTERVENÇÃO
NECESSIDADES IDENTIFICADAS NOS GRUPOS
NECESSIDADES COLMATADAS COM AS INTERVENÇÕES
ÁREA DE INTERVENÇÃO RESPETIVA
GAT
Diminuição da partilha do material de consumo;
Redução dos riscos dos policonsumos de substâncias
psicoativas;
Sensibilização para práticas de consumo de menor risco;
Redução do risco de infeção de doenças infeciosas
Consumidores de substâncias
psicoativas por via
endovenosa e trabalhadores
do sexo
Trabalho
de Rua
(Fregues
ias
Urbanas
de
Setúbal)
Falta de locais
para realizar
troca de material
de consumo
endovenoso
Troca de
material de
consumo
endovenoso;
Distribuição
preservativos e
testes de
rastreio
R
R
M
D
Programa Escolhas 6Geraç@o Projeto Pro Infinito e Mais Além Entidade Promotora APPACDM de Setúbal
Diminuir os problemas comportamentais e de risco das crianças e jovens; Reforço das estruturas familiares positivas; Aumentar a participação comunitária e cívica das crianças, jovens e famílias, reduzindo a tendência de abandono e absentismo; Diminuir a info-exclusão promovendo a inclusão social; Aumentar as competências sociais e profissionais dos jovens e adultos; Promover o emprego e a empregabilidade através de
Jovens e suas famílias
Contexto familiar e comunitário
Desorganização familiar, fracas competências parentais.
Colaboração na organização das pessoas, famílias e comunidade
Prevenção/ Reinser
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envolvimento de entidades empregadoras; Promover a aquisição de competências tecnológicas; Desenvolvimento de competências pessoais e sociais.
ção
Projeto SIGA, CLDS3G
Promover a criação de circuitos de produção, divulgação e comercialização de produtos locais e ou regionais de modo a potenciar o território e a empregabilidade; Promover o desenvolvimento de instrumentos facilitadores tendo em vista a mobilidade de pessoas a serviços de utilidade pública, reduzindo o isolamento e a exclusão social; Promover o desenvolvimento de instrumentos capacitadores das instituições da economia social, fomentando a implementação de serviços partilhados que permitam uma maior racionalidade de recursos e a eficácia de gestão; Promover a inclusão social das/os cidadãs/ãos, de forma multissetorial e integrada através de ações, a executar em parceria, que permitam contribuir para o aumento da empregabilidade, para o combate a situações críticas de pobreza, particularmente da infantil, da exclusão social de territórios vulneráveis;
Alunos/as do ensino secundário; Alunos/as que abandonaram o sistema educativo; Alunos/as que concluíram o sistema educativo; Crianças e jovens; Pessoas desempregadas (inclui desempregados de longa duração, jovens à procura do 1º emprego, Beneficiários/as em situação de vulnerabilidade económica e social); Empresários/as Entidades empregadoras locais; Instituições; Outros (coletividades e associações); Pessoas com deficiência e incapicidade; População residente;
Contexto familiar e comunitário
Abandono e Insucesso Escolar; Desemprego ou emprego precário; Desorganização familiar, com situações críticas de pobreza;
Colaboração na organização das pessoas, famílias e comunidade
Prevenção/ Reinserção
Programa de Emergência Alimentar: Entidades com protocolo ativo:
Intervenção em situações de emergência alimentar; Intervenção preventiva da pobreza; Capacitação da comunidade e das instituições
Jovens e suas famílias; Desempregados
Contexto familiar e
Desemprego ou emprego precário; Desorganização
Alimentação e higiene
Prevenç
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Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, Associação Baptista Shalom, APACCF, Associação Socorros Mútuos Setubalense, AURPIA, Cáritas Diocesana de Setúbal
comunitário
familiar, com situações críticas de pobreza
ão/ Reinserção
3 cantinas sociais: Entidades promotoras: Associação Bpatista Shalom, Cáritas Diocesana de Setúbal e Associação de Socorros Mútuos Setubalense
Intervenção em situações de emergência alimentar; Intervenção preventiva da pobreza
Jovens e suas famílias; Desempregados
Contexto familiar e comunitário
Desemprego ou emprego precário; Desorganização familiar, com situações críticas de pobreza
Alimentação e higiene
Prevenção/ Reinserção
Apoio a Pessoas sem Abrigo – NPISA, Entidades Envolvida: (CM Setúbal, Cáritas Diocesana de Setúbal, Projeto GIRU Setúbal, PSP, ACES Arrábida, Associação CASA, delegação de Setúbal, Cruz Vermelha
Intervenção preventiva da pobreza Pessoas sem abrigo Rua
Desemprego ou emprego precário; Desorganização familiar, com situações críticas de pobreza
Alimentação
Reinserção
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Portuguesa, delegação de Setúbal, Centro Hospitalar de Setúbal, EPE, DGRS e Serviços Prisionais, Equipa Setúbal 1, IEFP, Centro de Emprego de Setúbal, ISS, IP, Centro Distrital de Setúbal, REAPN;
Fonte: SICAD (2014) - “Guião para o Diagnóstico do Território – Fase 4 PORI” [26], adaptado por CRI da Península de Setúbal
PROBLEMAS, GRUPOS E CONTEXTOS COM MAIOR INCIDÊNCIA NA PROBLEMÁTICA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS E ILÍCITAS, COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS
1. PROBLEMAS IDENTIFICADOS NO TERRITÓRIO
Foi efectuada uma reunião com as instituições locais para auscultação dos parceiros da comunidade na
identificação de problemas sociais/ de saúde, que possam estar relacionados com o consumo de
substâncias psicoativas lícitas e ilícitas.
Foram identificados os seguintes cinco (5) problemas:
PROBLEMA – A
Problema identificado Consumo/ policonsumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas
Contexto União de Freguesias de Setúbal – Bairro Quinta do Freixo, Rua do Mormugão, Praça Teófilo Braga Freguesia de São Sebastião – Rua do Moinho
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
PROBLEMA – B
Problema identificado Uso/Abuso de consumo de álcool
Contexto União de Freguesias de Setúbal – Praça Teófilo Braga, Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas) e Jardim do Quebedo
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
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PROBLEMA – C
Problema identificado Início precoce do consumo de SPA e aumento da frequência dos consumos de SPA
Contexto União de Freguesias de Setúbal - Jardim da Algodeia, Jardim de Vanicelos e Jardim do Bonfim
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
PROBLEMA – D
Problema identificado
Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool
Contexto União de Freguesias de Setúbal – Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas)
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
PROBLEMA – E
Problema identificado
Venda irresponsável de álcool
Contexto União de Freguesias de Setúbal – Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas)
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
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Consequências Sociais
Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
PROBLEMA – F
Problema identificado
Falta de Estruturas e Retaguarda de Saúde Mental
Contexto Concelho de Setúbal
Consequências para a saúde
Problemas de saúde pública; Risco de integridade física e psíquica; Perturbações emocionais; Dificuldade de acesso aos cuidados médicos.
Consequências Sociais
Dificuldade de integração no grupo de pares; Dificuldade de inserção social e profissional; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade; Estigmatização; Discriminação.
2. GRUPOS E CONTEXTOS IDENTIFICADOS
Foram identificados os seguintes quatro (4) grupos:
GRUPO 1
Grupo identificado
Grupo de aproximadamente 300 indivíduos, com idades compreendidas entre os 15 anos e os 24 anos, que frequentam os espaços noturnos
Problema (s) identificado (s)
Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool
Contexto União de Freguesias de Setúbal – Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas)
Fatores de Risco
Início precoce do consumo de álcool; Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool; Relação com pares que consomem álcool e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool; Disponibilidade da substância e/ou venda irresponsável de álcool Insucesso/Abandono escolar; Situação socio-laboral precária.
Fatores de Proteção
Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool; Acompanhamento e supervisão por parte dos adultos; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Aproximação a estruturas comunitárias e de saúde de intervenção de proximidade;
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Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool.
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de álcool; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de álcool.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
GRUPO 2
Grupo identificado
Grupo de aproximadamente 50 jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos.
Problema identificado
Início precoce do consumo de Substâncias Psicoativas (SPA) e aumento da frequência dos consumos de SPA
Contexto União de Freguesias de Setúbal - Jardim da Algodeia, Jardim de Vanicelos e Jardim do Bonfim
Fatores de Risco
Início precoce do consumo de SPA; Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de substâncias psicoativas; Relação com pares que consomem substâncias psicoativas e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de substâncias psicoativas; Insucesso/ Abandono escolar; Situação socio-laboral precária.
Fatores de
Proteção
Atitudes negativas quanto ao consumo de substâncias psicoativas; Acompanhamento e supervisão por parte dos adultos; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Aproximação a estruturas comunitárias de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso às substâncias psicoativas.
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Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
GRUPO 3
Grupo identificado
Grupo de aproximadamente 100 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 anos e os 65 anos
Problema identificado
Uso/Abuso de consumo de álcool
Contexto União de Freguesias de Setúbal –Praça Teófilo Braga, Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas) e Jardim do Quebedo
Fatores de Risco
Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool; Relação com pares que consomem álcool e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool; Desemprego e emprego não qualificado; Violência na família; Privação económica e social; Disponibilidade da substância.
Fatores de Proteção
Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Dinâmicas familiares positivas; Aproximação a estruturas comunitárias e de saúde de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool.
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Consequências Criminalidade;
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Sociais Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
GRUPO 4
Grupo identificado
Grupo de aproximadamente 250 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos.
Problema identificado
Consumo/ policonsumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas
Contexto União de Freguesias de Setúbal – Bairro Quinta do Freixo, Rua do Mormugão, Praça Teófilo Braga Freguesia de São Sebastião – Rua do Moinho
Fatores de Risco
Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de substâncias; Relação com pares que consomem SPA e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de SPA; Desemprego e emprego não qualificado; Violência na família; Privação económica e social; Disponibilidade das substâncias.
Fatores de
Proteção
Atitudes negativas quanto ao consumo de SPA; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Dinâmicas familiares positivas; Aproximação a estruturas comunitárias e de saúde de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso de SPA.
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
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Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54
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PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO NO ÂMBITO DA PROBLEMÁTICA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS E ILÍCITAS, COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS
1. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO NA ÁREA DA PREVENÇÃO E RRMD
O Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI) tem como objetivos gerais: construir uma rede global
de respostas integradas e complementares, no âmbito da prevenção, da dissuasão, da redução de riscos e
minimização de danos, do tratamento e da reinserção; aumentar a abrangência, a acessibilidade, a eficácia
e a eficiência das intervenções, dirigindo-as a grupos específicos; desenvolver um processo de melhoria
contínua da qualidade da intervenção através do reforço da componente técnico-científica e metodológica;
aumentar o conhecimento sobre o fenómeno dos consumos de substâncias psicoativas e promover a
realização de intervenções coerentes e sustentáveis no tempo.
Entende-se por Programa de Respostas Integradas (PRI) uma intervenção que integra abordagens e
respostas interdisciplinares, de acordo com alguns ou todos os eixos, como a prevenção, dissuasão,
tratamento, redução de riscos e minimização de danos e reinserção, e que decorre dos resultados do
diagnóstico de um território identificado como prioritário.
A Parceria, a Participação, a Integração e a Territorialidade, são princípios estratégicos que foram
constituindo um património comum que orienta a grande maioria das atuações e projetos que pretendem
atuar em problemáticas de carácter multidimensional, como é o caso das substâncias psicoativas e dos seus
tipos e padrões de consumo.
Existe a necessidade da integração das atuações, numa perspetiva de conjugação de esforços dos
intervenientes, em parceria, tendo sempre em vista o interesse dos sujeitos a abranger e o conjunto da
população, estimulando a sua participação nas ações, concretizadas através de uma aproximação
territorial.
Considerámos as necessidades levantadas neste território; fizemos uma caracterização da problemática do
consumo de substâncias psicoativas; identificámos as imediatas potencialidades de intervenção tal como
as fomos percebendo para esta área; tivemos em consideração as demais intervenções planeadas e/ ou em
curso no concelho e que são asseguradas por outras instituições.
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Seguem-se as propostas de intervenção para o território analisado.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PREVENÇÃO - 1
Grupo(s) identificado(s) Um grupo de aproximadamente 50 jovens, com idades compreendidas entre os 15 anos e os 24 anos que frequentam jardins públicos
Problemas identificados Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool Início precoce do consumo de Substâncias Psicoativas (SPA) e aumento da frequência dos consumos de SPA
Contexto União de Freguesias de Setúbal - Jardim da Algodeia, Jardim de Vanicelos e Jardim do Bonfim
Fatores de Risco
Início precoce do consumo de álcool/SPA; Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool/SPA; Relação com pares que consomem álcool/SPA e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool/SPA; Disponibilidade da substância e/ou venda irresponsável de álcool. Insucesso/Abandono escolar; Situação socio-laboral precária.
Fatores de Proteção
Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool/SPA; Acompanhamento e supervisão por parte dos adultos; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Aproximação a estruturas comunitárias de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool/SPA.
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de álcool/SPA; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de álcool/SPA.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
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Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54
Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal
Respostas asseguradas pela ARSLVT
No CRI da Península de Setúbal: Equipa Técnica Especializada da Prevenção; Equipa Técnica Especializada de RRMD; Equipa Técnica Especializada de Reinserção e Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Setúbal; No Cuidados de Saúde Primários (CSP): consultas nas Unidades Funcionais dos CSP – principalmente através das consultas de saúde familiar; Acompanhamento, monitorização e avaliação das ações implementadas pelos projetos com intervenção nos CAD. Consulta de Adolescentes e Jovens no IPDJ de Setúbal (Instituto Português do Desporto e Juventude de Setúbal)
Outras intervenções existentes (projetos com financiamento do SICAD)
Não se aplica
Outras intervenções existentes (projetos desenvolvidos por outras instituições)
Projeto Escolhas Projeto SIGA-CLDS3G
Propostas de Intervenção na área da Prevenção
Trabalho Educativo de Rua, recorrendo a metodologias integradas de prevenção indicada, de redução de riscos e de reinserção Dinamização de atividades que vão ao encontro dos interesses dos jovens, feita por mediadores comunitários (jovens pares de referência); Implementação de estratégias que visem a aquisição de competências que permitam a integração no sistema educativo e profissional, recorrendo a metodologias de reinserção Informação sobre as substâncias e seus efeitos Acção de sensibilização/ motivação para a frequência das estruturas sociais existentes na comunidade Acompanhamento e encaminhamento para redes de retaguarda de saúde de situações individuais de consumo problemático Intervenção de nível ambiental, recorrendo a estratégias da componente reguladora, junto dos comerciantes e/ou vendedores de álcool na zona, em articulação com parceiros estratégicos (CM, Associação empresarial, e policia de proximidade – programa comércio seguro), recorrendo a acções de sensibilização e de formação junto deste grupo alvo.
Objetivos das intervenções propostas
Aumentar o nível de conhecimento dos consumidores, sobre as substâncias e seus efeitos; Atrasar o início d e outros consumos de SPA; Diminuição da frequência dos consumos de SPA; Redução dos riscos dos policonsumos de SPA; Potenciar a articulação com/ encaminhamento para as estruturas de apoio social e de prevenção e reinserção; Sensibilização para práticas de consumo de menor risco; Aumentar conhecimentos da lei do álcool e capacitar para a aplicação da mesma junto dos comerciantes e/ou vendedores de álcool e de tabaco, bem como avaliar a aplicação da lei neste contexto.
Mudanças esperadas/ resultados previstos
Alteração das perceções dos riscos e danos associados às SPA Alteração das atitudes favoráveis ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas Alteração dos padrões de consumo de SPA para padrões de menor risco associado Redução dos consumos precoces de SPA lícitas e ilícitas já existentes e impedindo que estes evoluam para situações de abuso/dependência Envolvimento dos jovens nos projetos dinamizados pelas Instituições Locais; Integração dos jovens no ensino regular e/ou formativo e mercado de emprego.
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Aumentar/garantir que os estabelecimentos comerciais intervencionados têm dísticos actualizados da lei do álcool e de tabaco, bem como garantir a aplicação da lei, por parte deste grupo alvo.
Parceiros a envolver nas Intervenções
Município: Câmara Municipal do Setúbal Juntas de Freguesia Associações Locais/ IPSS Segurança Social IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional: Associação empresarial de Setúbal PSP – Policia de proximidade - Programa de Comércio Seguro Educação: Agrupamentos de Escolas do Concelho DRELVT – Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo IPS Saúde: ARSLVT – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo: ACES Arrábida Centro Hospitalar de Setúbal, EPE DICAD – Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (Lisboa)/ CRI – Centro de Respostas Integradas da Península de Setúbal
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO RRMD - 1
Grupo(s) identificado(s) Um grupo de aproximadamente 300 jovens, com idades compreendidas entre os 15 anos e os 24 anos, que frequentam os espaços noturnos
Problemas identificados Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool Início precoce do consumo de Substâncias Psicoativas (SPA) e aumento da frequência dos consumos de SPA
Contexto União de Freguesias de Setúbal – Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas)
Fatores de Risco
Início precoce do consumo de álcool/SPA; Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool/SPA; Relação com pares que consomem álcool/SPA e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool/SPA; Disponibilidade da substância. Insucesso/Abandono escolar; Situação socio-laboral precária.
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Fatores de Proteção
Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool/SPA; Acompanhamento e supervisão por parte dos adultos; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Aproximação a estruturas comunitárias de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool/SPA.
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de álcool/SPA; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de álcool/SPA.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
Respostas asseguradas pela ARSLVT
No CRI da Península de Setúbal: Equipa Técnica Especializada da Prevenção; Equipa Técnica Especializada de RRMD; Equipa Técnica Especializada de Reinserção e Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Setúbal; No Cuidados de Saúde Primários (CSP): consultas nas Unidades Funcionais dos CSP – principalmente através das consultas de saúde familiar; Acompanhamento, monitorização e avaliação das ações implementadas pelos projetos com intervenção nos CAD. Consulta de Adolescentes e Jovens no IPDJ de Setúbal (Instituto Português do Desporto e Juventude de Setúbal)
Outras intervenções existentes (projetos com financiamento do SICAD)
Equipa de Rua “GIRUSetúbal”
Outras intervenções existentes (projetos desenvolvidos por outras instituições)
GAT –“Projecto MOVE-SE”
Propostas de Intervenção na área da RRMD
Intervenção em contextos recreativos Trabalho Educativo de Rua Informação sobre as substâncias e seus efeitos Aumentar os conhecimentos de como atuar em situação de crise com consumidores de SPA em contextos de diversão Medidas de redução do risco de infeção de transmissão sexual (ITS) associado ao consumo de SPA Acompanhamento e encaminhamento para redes de retaguarda de saúde de situações individuais de consumo problemático
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Campanhas de sensibilização sobre os riscos associados ao uso e ao abuso de substâncias psicoativas nos espaços de lazer noturnos, junto dos jovens identificados.
Objetivos das intervenções propostas
Atrasar o início de consumos de outras substâncias psicoativas; Diminuição da frequência dos consumos de outras substâncias psicoativas; Potenciar a articulação com / encaminhamento para as estruturas de apoio social e de reinserção; Sensibilização para práticas de consumo de menor risco; Diminuição da partilha do material de consumo; Redução dos riscos associados aos comportamentos sexuais.
Mudanças esperadas/ resultados previstos
Alteração das perceções dos riscos e danos associados às SPA Alteração das atitudes favoráveis ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas Alteração dos padrões de consumo de SPA para padrões de menor risco associado Redução dos consumos precoces de SPA lícitas e ilícitas já existentes e impedindo que estes evoluam para situações de abuso/dependência Assegurar a todos os indivíduos identificados o rastreio, a referenciação e a continuidade dos cuidados no acompanhamento das patologias associadas ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas
Parceiros a envolver nas Intervenções
Município: Câmara Municipal do Setúbal Juntas de Freguesia Associações Locais/ IPSS GAT –“Projecto MOVE-SE” Proprietários de Espaços de Lazer Noturnos Segurança Social IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional: Saúde: ARSLVT – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo: ACES Arrábida Centro Hospitalar de Setúbal, EPE DICAD – Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (Lisboa) / CRI – Centro de Respostas Integradas da Península de Setúbal
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO RRMD – 2
Grupo(s) identificado(s) Grupo de aproximadamente 350 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos
Problemas identificados Uso/Abuso de consumo de álcool; Consumo/ policonsumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas;
Contexto
União de Freguesias de Setúbal –Praça Teófilo Braga, Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas) e Jardim do Quebedo (cerca de100 indivíduos); União de Freguesias de Setúbal – Bairro Quinta do Freixo, Rua do Mormugão, Praça Teófilo Braga, Freguesia de São Sebastião – Rua do Moinho (cerca de 250 indivíduos)
Fatores de Risco
Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool/SPA; Relação com pares que consomem álcool e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares;
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Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool/SPA; Desemprego e emprego não qualificado; Violência na família; Privação económica e social; Disponibilidade da substância.
Fatores de Proteção
Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool/SPA; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Dinâmicas familiares positivas; Aproximação a estruturas comunitárias e de saúde de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool/SPA.
Consequências para a saúde
Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Consequências Sociais
Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.
Respostas asseguradas pela ARSLVT
No CRI da Península de Setúbal: Equipa Técnica Especializada da Prevenção; Equipa Técnica Especializada de RRMD; Equipa Técnica Especializada de Reinserção e Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Setubal; Nos Cuidados de Saúde Primários (CSP): consultas nas Unidades Funcionais dos CSP – principalmente através das consultas de saúde familiar; Acompanhamento, monitorização e avaliação das ações implementadas pelos projetos com intervenção nos CAD.
Outras intervenções existentes (projetos com financiamento do SICAD)
Equipa de Rua “GIRUSetúbal”
Outras intervenções existentes (projetos desenvolvidos por outras instituições)
GAT – “Projeto MOVE-SE”
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Propostas de Intervenção na área da RRMD
Trabalho Educativo de Rua Informação sobre as substâncias e seus efeitos Aumentar os conhecimentos de como atuar em situação de crise com consumidores de SPA Medidas de redução do risco de infeção de transmissão sexual (ITS) associado ao consumo de SPA Acompanhamento e encaminhamento para redes de retaguarda de saúde de situações individuais de consumo problemático Campanhas de sensibilização sobre os riscos associados ao uso e ao abuso de substâncias psicoativas junto dos indivíduos identificados.
Objetivos das intervenções propostas
Diminuição da frequência dos consumos de outras substâncias psicoativas; Redução dos riscos dos policonsumos de substâncias psicoativas; Potenciar a articulação com / encaminhamento para as estruturas de apoio social e de reinserção; Sensibilização para práticas de consumo de menor risco; Diminuição da partilha do material de consumo; Redução dos riscos associados aos comportamentos sexuais.
Mudanças esperadas/ resultados previstos
Alteração das perceções dos riscos e danos associados às SPA Alteração das atitudes favoráveis ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas Alteração dos padrões de consumo de SPA para padrões de menor risco associado Redução dos consumos precoces de SPA lícitas e ilícitas já existentes e impedindo que estes evoluam para situações de abuso/dependência Redução no envolvimento em atividades ilícitas Assegurar a todos os indivíduos identificados o rastreio, a referenciação e a continuidade dos cuidados no acompanhamento das patologias associadas ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas
Parceiros a envolver nas Intervenções
Município: Câmara Municipal do Setúbal Juntas de Freguesia Associações Locais/ IPSS GAT – “Projeto MOVE-SE” Segurança Social IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional: Saúde: ARSLVT – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo: ACES Arrábida Centro Hospitalar de Setúbal, EPE DICAD – Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (Lisboa)/ CRI – Centro de Respostas Integradas da Península de Setúbal
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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI) tem como objetivo o reforço da intervenção integrada
na área dos Comportamentos Aditivos e Dependências (CAD), por ser considerada a estratégia mais eficaz
para a redução da procura do consumo de substâncias psicoativas, procurando potenciar sinergias
disponíveis no território. Assim, foi realizado o presente diagnóstico de território – Concelho do Setúbal,
que decorreu ao longo de 7 meses, entre março e outubro 2017. Este relatório sistematiza os contornos da
problemática dos comportamentos aditivos e das dependências, identificando as necessidades socio-
sanitárias, recursos existentes, as potencialidades para a mudança, e os recursos efetivamente disponíveis
para se dar uma resposta integrada aos problemas originados pelos CAD.
Partindo de uma metodologia de diagnóstico rápido (RAR), caracterizou-se o território, foram identificados
grupos com problemas associados ao consumo de substâncias psicoativas, assim como os respetivos
contextos e settings. Foram ainda identificadas as áreas lacunares e foram debatidas as potencialidades
para intervenções no âmbito da prevenção, da redução de riscos e minimização de danos, do tratamento e
da reinserção, com a finalidade de planear e desenvolver uma intervenção integrada no âmbito dos CAD.
Assim, dos trabalhos resultaram recomendações para duas áreas lacunares, Prevenção (proposta 1) e
Redução de Riscos e Minimização de Danos (proposta 2). No âmbito de RRMD entendeu-se, claramente,
que era necessário dar continuidade a respostas socio-sanitárias de proximidade, que ocorram em
articulação com a Equipa de Tratamento de Setúbal/ CRI da Península de Setúbal/ DICAD/ ARSLVT, IP. No
âmbito da Prevenção, dever-se á preconizar uma intervenção de nível ambiental, quer junto dos
comerciantes e vendedores de álcool, e de nível indicado, que inclua estratégias de proximidade em
contexto de rua, integrando metodologias de redução de riscos e de reinserção.
A área territorial que deverá ser alvo da intervenção são as freguesias: União de Freguesias de Setúbal
(prevenção e RRMD) e Freguesia de São Sebastião (RRMD).
Os contextos dos seis problemas identificados no território concentram-se nas freguesias enunciadas
acima, contudo, a referência a estes contextos é apenas um indicativo dos locais onde os problemas se
sentem com maior acuidade. Apesar disso, concluímos que os contornos da problemática e as
características dos grupos identificados tornam clara a necessidade de não se limitar a área de intervenção
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a uma das atuais freguesias, parecendo-nos mais adequada, uma intervenção que possa abranger todo o
concelho.
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ENTIDADES CONTACTADAS
No âmbito da realização deste Diagnóstico, as entidades contactadas com o objetivo de reunir a
informação necessária foram as seguintes:
• Câmara Municipal de Setúbal
• CLASS – Conselho Local de Ação Social de
Setúbal
• CDT – Comissão para a Dissuasão da
Toxicodependência do Distrito de Setúbal
• PSP
• GNR
• SEF
• IEFP
• IPDJ
• CPCJ Setúbal
• Instituto da Segurança Social, Centro
Distrital de Segurança Social de Setúbal
• Ministério Educação – Direção Geral de
Educação de LVT
• DGRSSP, IP – Direção Geral de Reinserção
Social e dos Serviços Prisionais, IP
• Ministério da Saúde, ARS LVT- ACES
Arrábida
• Centro Hospitalar de Setúbal
• Agrupamentos de Escolas do Concelho
• Cáritas Diocesana de Setúbal – Centro
Social São Francisco Xavier
• Estabelecimento Regional Prisional de
Setúbal
• APDES – Projeto GIRUSetúbal
• GAT – Projeto Move-se
• ACM/YMCA
• APACCF
• O Sonho
• LATI
• Representante dos Bares e
Estabelecimentos Nocturnos
• FPCCSS
• SEIES
• Associação Batista Shalom
• Associação CASA
• Associação Meninos D’Oiro
• Centro Jovem Tabor
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2. Câmara Municipal de Setúbal. Disponível em: http://www.mun-setubal.pt/
3. INE (2011). Dados Estatísticos 1991-2016. Disponível em: https://www.ine.pt
4. Site “Visit Setúbal”. Disponível em: http://visitsetubal.com.pt/
5. PORDATA. Disponível em: http://www.pordata.pt/
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7. Instituto Politécnico de Setúbal. Alunos inscritos no Instituto Politécnico de Setúbal, por Curso, Escola e
Ano Letivo (2015/16 a 2017/18).
8. ISS,IP/Centro Distrital de Setúbal/UAD-NAGPGI (2016). Plataforma Supraconcelhia da Península de
Setúbal – Indicadores de Ação Social e Proteção Social do Concelho de Setúbal.
9. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ARSLVT, I.P. - Perfil de Saúde e Seus Determinantes da Região de Lisboa e Vale
do Tejo. Lisboa: Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P., 2015. Disponível em:
http://www. www.arslvt.min-saude.pt/
10. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ARSLVT, I.P. - Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida. Setúbal: Unidade de
Saúde Pública da Arrábida, 2016.
11. ARSLVT. Disponível em: http://www.arslvt.min-saude.pt/
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http://www.pnvihsida.dgs.pt/
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15. PROGRAMA NACIONAL PARA A INFEÇÃO VIH, SIDA E TUBERCULOSE. Portugal – Infeção VIH, SIDA e
Tuberculose em números – 2015. Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2015. Disponível em:
http://www.pnvihsida.dgs.pt/
16. PROGRAMA NACIONAL PARA A SAÚDE MENTAL. Portugal – Saúde Mental em números – 2014. Lisboa:
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saude-prioritarios/saude-mental.aspx
18. Feijão F. (2016). ECATD_CAD/2015 (ESPAD_Portugal/2015): Estudo sobre o Consumo de Álcool,
Tabaco, Droga e outros Comportamentos Aditivos e Dependências 2015/ European School Survey
Project on Alcohol and other Drugs: Portugal 2015 – Alunos do ensino público, de cada um dos grupos
etários dos 13 aos 18 anos: Resultados globais e por género. Lisboa: SICAD – Serviço de Intervenção
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Comportamentos Aditivos e nas Dependências. Disponível em: http://www.sicad.pt/documentos/
21. POLÍCIA JUDICIÁRIA, Relatório Anual 2014 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de
Estupefacientes da Secção Central de Informação Criminal da Polícia Judiciária. Lisboa: Polícia
Judiciária, 2014. Disponível em: http://www.policiajudiciaria.pt/
22. POLÍCIA JUDICIÁRIA, Relatório Anual 2015 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de
Estupefacientes da Secção Central de Informação Criminal da Polícia Judiciária. Lisboa: Polícia
Judiciária, 2015. Disponível em: http://www.policiajudiciaria.pt/
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23. POLÍCIA JUDICIÁRIA, Relatório Anual 2016 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de
Estupefacientes da Secção Central de Informação Criminal da Polícia Judiciária. Lisboa: Polícia
Judiciária, 2016. Disponível em: http://www.policiajudiciaria.pt/
24. SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências/ Equipa Multidisciplinar
para os Sistemas de Informação – Dados de 2016 da Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência
de Setúbal. Lisboa: SICAD, 2017
25. SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências/ Equipa Multidisciplinar
para os Sistemas de Informação – Dados do Movimento Clínico do Sistema de Informação
Multidisciplicar – SIM. Lisboa: SICAD, 2017
26. SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (2014). Guião para o
diagnóstico do Território – Fase 4 PORI. Pp.33. Lisboa: SICAD