114
PLANO OPERACIONAL DE RESPOSTAS INTEGRADAS (PORI) DIAGNÓSTICOS DE TERRITÓRIO RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO DO TERRITÓRIO CONCELHO DE SETÚBAL

RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO DO TERRITÓRIO CONCELHO DE …

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

PLANO OPERACIONAL DE RESPOSTAS INTEGRADAS (PORI)

– DIAGNÓSTICOS DE TERRITÓRIO –

RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO DO TERRITÓRIO CONCELHO DE SETÚBAL

Página 2 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Título: Relatório Final do Diagnóstico do Território “Concelho de Setúbal“

Autor: Centro de Respostas Integradas (CRI) da Península de Setúbal – Equipa Técnica Especializada de

Prevenção, Equipa Técnica Especializada de RRMD, Equipa Técnica Especializada de Reinserção e Equipa

Técnica Especializada de Tratamento de Setúbal.

Data: Outubro 2017

Página 3 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

ÍNDICE

Siglas e Acrónimos ........................................................................................................................................... 10

Resumo ............................................................................................................................................................ 12

Introdução ....................................................................................................................................................... 14

Metodologia .................................................................................................................................................... 14

1. Equipa Técnica ...................................................................................................................................... 15

2. Objetivos definidos, Métodos e fontes utilizados ................................................................................ 15

3. Aspetos positivos e constrangimentos identificados no processo ....................................................... 17

Análise Contextual ........................................................................................................................................... 18

1. Condições geográficas e ambientais .................................................................................................... 18

a. Dimensão do Território ..................................................................................................................... 18

a. Caracterização das Acessibilidades ................................................................................................... 19

b. Condições Habitacionais ................................................................................................................... 19

c. Espaços Públicos de Lazer ................................................................................................................. 21

d. Características Urbanísticas .............................................................................................................. 22

2. Caracterização demográfica da população .......................................................................................... 23

3. Educação ............................................................................................................................................... 30

4. Caracterização socioeconómica ........................................................................................................... 36

5. Recursos sociais existentes ................................................................................................................... 42

6. Saúde .................................................................................................................................................... 45

Caracterização da problemática do consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas, comportamentos

aditivos e dependências .................................................................................................................................. 61

Página 4 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

1. Experimentação/ Prevalência do consumo de substâncias psicoativas ............................................... 61

b. Em Meio Escolar ................................................................................................................................ 61

c. Na População Geral .......................................................................................................................... 72

2. Disponibilidade de substâncias psicoativas .......................................................................................... 75

3. Caracterização dos utentes em acompanhamento na(s) Equipa(s) de Tratamento da(s) UIL da DICAD/

ARSLVT, IP do território em análise ............................................................................................................. 77

a. Caracterização dos consumos ........................................................................................................... 78

b. Caracterização Sociodemográfica ..................................................................................................... 79

Intervenções existentes: principais respostas relativamente à problemática do consumo de substâncias

psicoativas lícitas e ilícitas, comportamentos aditivos e dependências ......................................................... 88

1. Serviços e intervenções dinamizados pela DICAD/ ARSLVT, IP ............................................................ 88

2. Intervenções financiadas pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas

Dependências – SICAD ................................................................................................................................. 89

3. Intervenções dinamizadas por Entidades Locais (públicas ou privadas) .............................................. 91

Problemas, Grupos e Contextos com maior incidência na problemática do consumo de substâncias

psicoativas lícitas e ilícitas, comportamentos aditivos e dependências ......................................................... 95

1. Problemas identificados no território .................................................................................................. 95

2. Grupos e contextos identificados ......................................................................................................... 97

Propostas de Intervenção no âmbito da problemática do consumo de substâncias psicoativas lícitas e

ilícitas, comportamentos aditivos e dependências ....................................................................................... 101

1. Propostas de Intervenção na área da Prevenção e RRMD ................................................................. 101

Conclusões e Recomendações ...................................................................................................................... 109

Entidades contactadas ................................................................................................................................... 111

Referências Bibliográficas .............................................................................................................................. 112

Página 5 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Área geográfica (km2) por freguesia, após Carta Administrativa Oficial Portuguesa (CAOP)

2013 18

Tabela 2. Tipo de Alojamentos (N.º), por Freguesia após CAOP 2013 ...................................................... 19

Tabela 3. Alojamentos familiares não clássicos (N.º), segundo a Freguesia, após CAOP 2013 ................ 20

Tabela 4. Espaços Públicos de Lazer/Jardins, por freguesia após CAOP 2013 .......................................... 21

Tabela 5. Espaços Noturnos de Lazer, por freguesia após CAOP 2013 ..................................................... 22

Tabela 6. Densidade Populacional (N.º/ Km²), após Carta Administrativa Oficial Portuguesa (CAOP) 2013

23

Tabela 7. Taxas demográficas relativas ao concelho ................................................................................ 24

Tabela 8. População residente por grupo etário no Concelho, por Freguesia após CAOP 2013 .............. 25

Tabela 9. Variação população residente por Grupos Etários (%), por Freguesia após CAOP 2013 .......... 26

Tabela 10. Famílias clássicas, famílias institucionais e núcleos familiares (2011), por Freguesia após CAOP

2013 27

Tabela 11. Núcleos familiares monoparentais (N.º) por Tipo de núcleo familiar com base na condição

perante o trabalho, por Freguesia após CAOP 2013 ....................................................................................... 27

Tabela 12. Proporção da população residente de nacionalidade estrangeira (%) por Ano e por Freguesia

após CAOP 2013 .............................................................................................................................................. 28

Tabela 13. População residente com Nacionalidade Estrangeira (por País) - Valor absoluto (N.º) e

Proporção (%), por Freguesia após CAOP 2013............................................................................................... 29

Tabela 14. Estabelecimentos de Ensino Público e Privado (N.º), por nível de ensino ................................ 30

Tabela 15. Estabelecimentos de Ensino (Públicos) ..................................................................................... 30

Tabela 16. Nº de Alunos por Agrupamentos e Escolas Secundárias (2016/17) .......................................... 31

Página 6 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 17. Alunos inscritos no Instituto Politécnico de Setúbal, por Curso, Escola e Ano Letivo ............... 32

Tabela 18. Indicadores sobre o nível de Escolaridade, por freguesia ......................................................... 33

Tabela 19. População residente segundo o nível de instrução mais elevado e completo, por Freguesia

após CAOP 2013 .............................................................................................................................................. 34

Tabela 20. Taxa de abandono escolar (%) por Freguesia ............................................................................ 35

Tabela 21. Evolução das taxas de sucesso, insucesso e abandono (%) do Sistema de Ensino Público

Concelho de Setúbal, por Ano de escolaridade ............................................................................................... 35

Tabela 22. Poder de compra per capita ...................................................................................................... 36

Tabela 23. População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo Condição perante o trabalho

e sexo, por Freguesia após CAOP 2013 ........................................................................................................... 36

Tabela 24. População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo o Principal meio de vida, por

Freguesia após CAOP 2013 .............................................................................................................................. 38

Tabela 25. Taxas de Atividade e de Desemprego, por Sexo, por Ano e por Freguesia após CAOP 2013 ... 39

Tabela 26. Proporção de População Beneficiária de Rendimento Social de Inserção (‰)......................... 40

Tabela 27. Indivíduos Beneficiários (N.º) de Rendimento Mínimo Garantido/ Rendimento Social de

Inserção segundo o grupo etário ..................................................................................................................... 40

Tabela 28. Beneficiários do RSI (2016) por freguesia após CAOP 2013 ...................................................... 40

Tabela 29. População residente sem abrigo (n.º e %) por Freguesia após CAOP 2013 .............................. 41

Tabela 30. Taxa de criminalidade (‰) por Ano, Localização geográfica e Categoria de crime .................. 42

Tabela 31. Médicos (N.º): não especialistas e especialistas por algumas especialidades .......................... 45

Tabela 32. Distribuição de ACES por NUTS III .............................................................................................. 46

Tabela 33. Unidades Funcionais do ACES da Arrábida do Concelho de Setúbal ......................................... 47

Tabela 34. Utentes inscritos nas Unidades de Saúde do Concelho de Setúbal, do ACES da Arrábida ....... 48

Tabela 35. Centro Hospitalar de Setúbal – Indicadores Gerais de Atividade .............................................. 49

Tabela 36. Unidade privadas de saúde licenciadas, por área geográfica, em 2014 .................................... 50

Página 7 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 37. Farmácias do Concelho de Setúbal, por freguesia..................................................................... 51

Tabela 38. Doenças de Declaração Obrigatória no ACES, declaradas no ano de 2015 ............................... 51

Tabela 39. Total de Casos VIH/SIDA notificados em 2012, por concelho e por tipo de notificação ........... 55

Tabela 40. Incidência e proporção de utentes registados em SIARS com “Infeção VIH/SIDA”, na ARS LVT e

no ACES da Arrábida, em 2013 e 2015 ............................................................................................................ 56

Tabela 41. 20 Principais causas de mortalidade prematura (Taxa de Anos de Vida Potencial Perdidos/100

000 hab) em Portugal Continental e na Área Metropolitana de Lisboa (A.M.Lisboa), em 2015 .................... 56

Tabela 42. Evolução da Taxa Bruta de Mortalidade (‰), por local de residência ...................................... 57

Tabela 43. Vítimas mortais de acidente de viação (condutor do veículo) autopsiadas pelo Instituto

Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses - rastreio e confirmação de substâncias psicotrópicas e

distribuição dos casos positivos, Portugal (2009-2014) .................................................................................. 59

Tabela 44. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de

Experimentação de Substâncias Psicoativas (2014) ........................................................................................ 69

Tabela 45. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de

Consumo de Tabaco (2014) ............................................................................................................................. 69

Tabela 46. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de

Consumo de Álcool – existência e frequência de consumo (2014) ................................................................. 70

Tabela 47. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de

Consumo de Álcool – Número de Bebidas com Álcool que Consome numa Ocasião em que se esteja a beber

(2014) 70

Tabela 48. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de

Consumo de Drogas – existência e frequência de consumo no último mês (2014) ....................................... 71

Tabela 49. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos

sexuais associados ao uso de Substâncias Psicoativas (2014) ........................................................................ 71

Tabela 50. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas lícitas ao longo da vida, último ano e

último mês, na população portuguesa com idades entre 15-74 anos, segundo o ano e sexo (%): País 2012-

2016/17 72

Página 8 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 51. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas ilícitas ao longo da vida, último ano e

último mês, na população portuguesa com idades entre 15-74 anos, segundo o ano e sexo (%): País 2012-

2016/17 73

Tabela 52. Apreensões por Distrito (N.º e quantidade de substância) – anos 2014, 2015 e 2016 ............. 75

Tabela 53. Processos de contraordenação e substâncias psicoativas apreendidas: por local de Residência

do Infrator 76

Tabela 54. Utentes admitidos e ativos nas Equipas de Tratamento das IUL da ARSLVT, entre 2014 e 2016

77

Tabela 55. Droga Principal ........................................................................................................................... 78

Tabela 56. Utentes ativos em 2016 (N.º e %) .............................................................................................. 79

Tabela 57. Utentes ativos por género e por freguesia ................................................................................ 80

Tabela 58. Utentes (N.º e %) segundo o grupo etário, por freguesia ......................................................... 80

Tabela 59. Utentes (N.º e %) segundo o Estado Civil, por freguesia ........................................................... 81

Tabela 60. Número de Filhos dos Utentes (N.º e %), por número de filhos e por freguesia ...................... 82

Tabela 61. Utentes (N.º e %) segundo a nacionalidade, por freguesia ....................................................... 82

Tabela 62. Tipo de coabitação dos Utentes (N.º e %) por freguesia ........................................................... 83

Tabela 63. Habilitações Literárias dos Utentes (N.º e %) por freguesia ...................................................... 84

Tabela 64. Utentes (N.º e %) segundo a situação profissional, por freguesia ............................................ 85

Tabela 65. Situação face à justiça (ao Longo da Vida) dos Utentes Ativos (N.º e %), por freguesia ........... 85

Tabela 66. Comportamentos de Risco dos Utentes (N.º e %), por freguesia .............................................. 86

Tabela 67. Equipas da DICAD com intervenção no Concelho de Setúbal de acordo com o âmbito

territorial da Unidade de Intervenção Local da ARSLVT, IP com Intervenção nos CAD .................................. 89

Tabela 68. Intervenções/ atividades dinamizadas pelas Equipas da DICAD no concelho do Setúbal ........ 89

Tabela 69. Intervenções/ projetos financiados pelo SICAD no Concelho de Setúbal ................................. 90

Página 9 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 70. Intervenções/ Projetos/ Programas/ Iniciativas a decorrer (Entidades Promotoras públicas ou

privadas) 91

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Notificação e Incidência de Tuberculose em Portugal, 2000-2016 ........................................... 53

Gráfico 2. Taxa de Incidência de Tuberculose por 100 mil Pessoas, por Distrito, 2014 ............................ 54

Gráfico 3. Número de Novos Casos de Infeção por VIH em Portugal (1983-2016) ................................... 55

Gráfico 4. Prevalência de vida das perturbações psiquiátricas (%) (exceto perturbações psicóticas

esquizofrénicas e delirantes), Portugal (2013) ................................................................................................ 58

Gráfico 5. Evolução das taxas de mortalidade bruta e padronizada por Doenças Atribuíveis ao Álcool, por

100.000 habitantes, Portugal Continental (2008-2014) .................................................................................. 59

Gráfico 6. Prevalências de Consumo de SPA ao Longo da Vida em Portugal (%), em Estudantes do ensino

público, por substância e idade (comparação entre 2011 e 2015) ................................................................. 62

Gráfico 7. Prevalências de Consumo de ÁLCOOL ao Longo da Vida (PLV), nos últimos 12 meses (P12M) e

nos últimos 30 dias (P30D) (%), em Estudantes do ensino público, por género e idade (2015) .................... 64

Gráfico 8. Prevalências de Consumo de ÁLCOOL últimos 30 dias (P30D) (%), Estudantes do ensino

público, por Tipo de Bebida Alcoólica, género e idade (2015) ........................................................................ 65

Gráfico 9. Prevalências Consumo de TABACO ao Longo da Vida (PLV), últimos 12 meses (P12M) e últimos

30 dias (P30D) (%), Estudantes do ensino público, por género e idade (2015) .............................................. 66

Gráfico 10. Prevalências de Consumo de DROGA ao Longo da Vida (PLV), últimos 12 meses (P12M) e

últimos 30 dias (P30D) (%), studantes do ensino público, por género e idade (2015) ................................... 68

Página 10 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

SIGLAS E ACRÓNIMOS

AML Área Metropolitana de Lisboa

ARSLVT, I.P. Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Instituto Público

ACES Agrupamentos dos Centros de Saúde

CAD Comportamentos Aditivos e Dependências

CAOP Carta Administrativa Oficial Portuguesa

CDT Comissão de Dissuasão da Toxicodependência

CHS Centro Hospitalar de Setúbal

CLAS Conselho Local da Ação Social

CRI Centro de Respostas Integradas

DDO Doenças de Declaração Obrigatória

DGS Direção-Geral da Saúde

DICAD Divisão de Intervenção em Comportamentos Aditivos e nas Dependências (ARSLVT, I.P.)

ENIPSA Estratégia Nacional para a Integração da População Sem Abrigo

ESPAD European School Survey Project on Alcohol and other Drugs

ET Equipa de Tratamento

GAT Grupo Português de Ativistas em Tratamento

GNR Guarda Nacional Republicana

INE, IP Instituto Nacional de Estatística, Instituto Público

LVT Lisboa e Vale do Tejo

NPISA Núcleo de Planeamento e Intervenção com a População Sem Abrigo

NUTS Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos

PALOP Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

PORDATA Base de dados

PORI Plano Operacional de Respostas Integradas

PRI Programa de Respostas Integradas

PSP Polícia de Segurança Pública

PUD População Utilizadora de Drogas

RAR Rapid Assessment and Response

RLVT Região de Lisboa e Vale do Tejo

Página 11 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

RNU Registo Nacional de Utentes

RRMD Redução de Riscos e Minimização de Danos

RSI Rendimento Social de Inserção

SICAD Serviço de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências – Direção-Geral

SIDA Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

SIM Sistema de Informação Multidisciplinar

SPA Substâncias Psicoativas

TB Tuberculose

UCSP Unidades de Cuidados de Saúde Partilhados

UE União Europeia

UIL Unidade de Intervenção Local

USF Unidades de Saúde Familiar

VIH Vírus da Imunodeficiência Humana

Página 12 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

RESUMO

Efetuou-se um Diagnóstico do Concelho do Setúbal no âmbito do Plano Operacional de Respostas

Integradas (PORI). Realizou-se um retrato do concelho, fazendo a sua caracterização geográfica, ambiental,

demográfica e habitacional. Descrevemos as condições de acessibilidades, o funcionamento e dinâmica dos

espaços de diversão noturna. Foi-nos ainda possível relatar na área da saúde, na área da segurança, na área

económica, social e educativa.

Da análise realizada, foram identificados cinco problemas: consumo/policonsumo de substâncias

psicoativas lícitas e ilícitas; uso/abuso de consumo de álcool; início precoce de consumos de SPA e aumento

da frequência dos de SPA; início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool; venda

irresponsável de álcool; falta de estruturas e retaguarda de saúde mental.

Foram ainda identificados quatro grupos: grupo de aproximadamente 300 indivíduos, com idades

compreendidas entre os 15 e os 24 anos, que frequentam os espaços noturnos; grupo de

aproximadamente 50 jovens, com idades compreendidas ente os 15 e os 24 anos com inicio precoce de SPA

e aumento da frequência dos consumos de SPA; grupo de aproximadamente 100 indivíduos, com idades

compreendidas entre os 18 e os 65 anos com uso/abuso de consumo de álcool; grupo de aproximadamente

250 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos com consumo/policonsumo de SPA

licitas e ilícitas.

Resultante destes problemas e grupos são adiantadas duas propostas de intervenção na área Prevenção e

da RRMD. Considerámos as necessidades levantadas neste território; fizemos uma caracterização da

problemática do consumo de substâncias psicoativas; refletimos sobre as demais intervenções planeadas

e/ ou em curso no concelho do Seixal e que são asseguradas por outras instituições; identificámos as

imediatas potencialidades de intervenção tal como as fomos percebendo para esta área.

A intervenção em Prevenção proposta permitiria:

1. Intervir junto de um grupo de aproximadamente 50 jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os

24 anos que frequentam jardins públicos;

1.1. Aumentar o nível de conhecimento dos consumidores, sobre as SPA e seus efeitos;

Página 13 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

1.2. Atrasar o inicio do consumo de SPA;

1.3. Diminuir a frequência dos consumos de SPA;

1.4. Reduzir os riscos dos policonsumos de SPA;

1.5. Potenciar a articulação com/encaminhamento para as estruturas de apoio social, de prevenção e

reinserção;

1.6. Sensibilizar para práticas de consumo de menor risco.

A intervenção em RRMD proposta permitiria intervir junto de dois grupos:

1. Um grupo de aproximadamente 300 jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, que

frequentam os espaços noturnos;

1.1. Atrasar o inicio do consumo de SPA;

1.2. Diminuir a frequência dos consumos de outras SPA;

1.3. Potenciar a articulação com/encaminhamento para as estruturas de apoio social e de reinserção;

1.4. Prevenir o risco de propagação de doenças infetocontagiosas;

1.5. Sensibilizar para práticas de consumo de menor risco;

1.6. Diminuir a partilha do material de consumo;

1.7. Reduzir os riscos associados aos comportamentos sexuais;

2. Um grupo de aproximadamente 350 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos;

2.1. Diminuir a frequência dos consumos de outras SPA;

2.2. Reduzir os riscos dos policonsumos de SPA;

2.3. Potenciar a articulação com/encaminhamento para as estruturas de apoio social e de reinserção;

2.4. Sensibilizar para práticas de consumo de menor risco;

2.5. Diminuir a partilha do material de consumo;

2.6. Reduzir os riscos associados aos comportamentos sexuais.

Página 14 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

INTRODUÇÃO

O presente relatório surge da necessidade de realização de um diagnóstico do território – Concelho de

Setúbal no âmbito do Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI), com o objetivo de retratar e

identificar problemas, grupos em situações de risco, intervenções a decorrer e potenciais intervenções a

desenvolver, tendo em conta a problemática dos comportamentos aditivos e dependências (CAD).

Esta dinâmica de apoio ao PORI visa reforçar uma intervenção integrada nesta área, por ser considerada a

mais eficaz para a redução da procura do consumo de substâncias psicoativas, procurando potenciar

sinergias disponíveis no território e nas várias estruturas de saúde das Administrações Regionais de Saúde,

IP..

No que se refere à possibilidade de financiamento de Programas de Respostas Integradas (PRI) que

decorram em territórios onde haja sido realizado um diagnóstico de território, é enquadrada legalmente,

pela Portaria n.º 27/2013, de 24 de janeiro, onde se aprova o Regulamento que estabelece as condições de

financiamento público dos projetos que constituem os Programas de Respostas Integradas (PRI).

Assim, foi realizado um diagnóstico do território do concelho de Setúbal, com o objetivo de retratar e

identificar problemas, grupos em situações de risco, intervenções a decorrer e potenciais intervenções a

desenvolver, tendo em conta a problemática dos comportamentos aditivos e dependências (CAD).

METODOLOGIA

Os trabalhos de realização do diagnóstico de território do Concelho de Setúbal decorreram ao longo de 7

meses, entre março e outubro 2017.

A metodologia de base utilizada para a realização deste diagnóstico, foi o Rapid Assessment and Response –

RAR, considerando que permite uma caracterização rápida das problemáticas associadas ao consumo de

substâncias psicoativas, e ainda porque facilita e promove a mudança nas linhas orientadoras da ação das

intervenções.

Página 15 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

A estratégia definida foi a análise dos dados e informações recolhidos pelas diversas equipas que trabalham

no território nas diferentes áreas (saúde, educação, social, segurança).

1. EQUIPA TÉCNICA

A Equipa Técnica envolvida na realização deste Diagnóstico PORI foi coordenada pela Unidade de

Intervenção Local (UIL) / Centro de Respostas Integradas da Península de Setúbal da DICAD/ ARSLVT, IP, e

foi constituída por 6 (seis) técnicos da UIL/ CRI, designadamente das Equipas Técnicas Especializadas de

Prevenção, Redução de Riscos e Minimização de Danos, Reinserção e Tratamento (Setúbal).

Os trabalhos foram possíveis considerando a colaboração de entidades que, no território em análise,

dinamizam atividades e intervenções, sendo conhecedoras das problemáticas ali existentes, e detentoras

de informação pertinente para a sua análise. O grupo de trabalho esteve alocado a este diagnóstico a

tempo parcial.

2. OBJETIVOS DEFINIDOS, MÉTODOS E FONTES UTILIZADOS

O conhecimento do território analisado, detido pelas entidades que possuem experiência de intervenção e

trabalho na realidade local, permitiram a realização deste diagnóstico. Os dados e informações obtidos e

sistematizados através do levantamento realizado permitiram orientar o planeamento do diagnóstico.

Procedeu-se à recolha de informação quantitativa e qualitativa junto de diferentes parceiros, tendo sido

realizadas:

• Reuniões de trabalho da equipa que elaborou o relatório;

• Reuniões com entidades identificadas como detendo informação pertinente para caracterização da

problemática no território em análise;

Foram também dirigidos pedidos via e-mail, e feitos contactos telefónicos, solicitando-se a colaboração das

entidades para recolha de toda a informação disponível, considerada potencialmente pertinente, com o

intuito de se conseguir realizar uma leitura quer dos problemas existentes no território a nível do consumo

de substâncias psicoativas, quer dos recursos existentes e da capacidade de serem dadas as respostas

adequadas aos problemas identificados.

Página 16 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Foram desde logo incluídos os contributos da equipa da Unidade de Intervenção Local com intervenção nos

CAD na área de abrangência do território em análise, bem como os dados solicitados e remetidos pela

respetiva Comissão de Dissuasão da Toxicodependência.

Não se procedeu a uma revisão bibliográfica exaustiva, mas recorreu-se às fontes disponíveis no momento

e solicitou-se também a colaboração de algumas outras entidades externas.

Os dados e informações obtidos e sistematizados através do levantamento realizado permitiram orientar o

planeamento do diagnóstico. Assim, foi adotada a seguinte metodologia, considerando desde logo as

diversas áreas de intervenção no âmbito do PORI, designadamente – Prevenção, Redução de Riscos e

Minimização de Danos, Tratamento e Reinserção:

1. Objetivos do diagnóstico no território em análise:

• Identificar e caracterizar os comportamentos aditivos e consumos de substâncias psicoativas lícitas e

ilícitas no território em análise:

• Caracterizar a dimensão e características dos mesmos;

• Identificar e caracterizar os contextos de consumo de substâncias ilícitas e de consumo de álcool, bem

como de comportamentos aditivos identificados;

• Identificar e caracterizando os grupos com problemas associados aos CAD;

• Identificar recursos e potencialidades para a mudança;

• Identificar recomendações sobre intervenções a desenvolver.

2. Orientação metodológica:

A equipa contou com um registo atualizado de informação (avaliação qualitativa e quantitativa),

realizada com base em dados de intervenção das diferentes instituições que intervêm no terreno.

3. Definição do problema:

Como problemas identificados no presente diagnóstico temos:

� Consumo/ policonsumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas

� Uso/Abuso de consumo de álcool

� Início precoce do consumo de SPA e aumento da frequência dos consumos de SPA

� Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool

Página 17 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

� Venda irresponsável de álcool

� Falta de Estruturas e Retaguarda de Saúde Mental

A recolha de informação quantitativa e qualitativa passou pelo contacto com diversas entidades que

recolhem, de forma periódica e consistente, informação considerada pertinente para este trabalho. A

escolha das fontes utilizadas foi orientada quer pela necessidade de ter uma leitura dos problemas

existentes no território a nível do consumo de substâncias psicoativas, quer dos recursos existentes; quer

pela necessidade de se ter um fácil e rápido acesso a informação pertinente e atual.

Assim, os dados quantitativos apresentados neste documento, representam os valores mais atualizados e

consolidados relativamente aos indicadores entendidos como pertinentes para o diagnóstico do território

em causa.

3. ASPETOS POSITIVOS E CONSTRANGIMENTOS IDENTIFICADOS NO PROCESSO

Este trabalho representou uma tarefa acrescida às restantes atividades profissionais do grupo. A dinâmica

destes diagnósticos exige tempo para se procurar a informação e identificar quem mais deve participar,

conseguir envolver os parceiros no processo, para explorar, refletir e aprofundar as diferentes etapas

previstas, e para finalmente, refletir sobre os resultados. Nota-se ainda que nem sempre se verificou

disponibilidade das Instituições contactadas para contribuir com dados e informações.

Em termos de condições de trabalho, refere-se, por um lado, a inexistência de um espaço físico disponível

para a equipa do PORI poder desenvolver o trabalho necessário à prossecução dos objetivos.

Página 18 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

ANÁLISE CONTEXTUAL

1. CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS E AMBIENTAIS

O concelho de Setúbal, a cerca de 40 quilómetros de Lisboa, pertence à Área Metropolitana de Lisboa

(AML), integrando o grupo de concelhos que fazem parte da sub-região NUTS III (Grande Lisboa e Península

de Setúbal). Setúbal foi elevada a cidade em 1860, por carta régia do Rei D. Pedro V, sendo capital de

distrito desde 1926. O município é limitado a oeste pelo município de Sesimbra, a noroeste pelo Barreiro, a

norte e leste por Palmela e, a sul, o estuário do Sado separa-o dos municípios de Alcácer do Sal e Grândola.

A península de Tróia, pertencente a Grândola, situa-se em frente da cidade, entre o estuário do Sado e o

litoral do Oceano Atlântico [1] [2].

a. Dimensão do Território

De acordo com os Censos 2011, o Concelho de Setúbal tem uma área de 230,33 km² e está dividido

administrativamente em 5 freguesias, com características urbanas e rurais: Setúbal (São Sebastião), União

das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) – urbanas,

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, Sado e União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) – zonas

limítrofes [2].

Tabela 1. Área geográfica (km2) por freguesia, após Carta Administrativa Oficial Portuguesa (CAOP) 2013

Localização geográfica Superfície (km²) do território nacional após CAOP 2013

DISTRITO DE SETÚBAL 5214,06

PENÍNSULA DE SETÚBAL 1625,26

SETÚBAL (CONCELHO) 230,33

Setúbal (São Sebastião) 25,78

União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)

36,77

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 32,97

Sado 65,49

União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) 69,32

FONTE: INE (2015) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 19 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Pela tabela acima pode-se verificar que a zona urbana representa apenas 27,3% da superfície total do

concelho. No entanto é nesta área que estão concentrados a maioria dos serviços (sociais e de saúde),

comércio e população do concelho.

a. Caracterização das Acessibilidades

O concelho de Setúbal é servido de excelentes acessibilidades e dispõe de soluções de transportes ao nível

rodoviário, ferroviário, marítimo-fluvial [4].

Alguns dos principais itinerários rodoviários nacionais, como o IP1, o IP7, a EN10, a A2 e a A12, garantem

ligações rápidas e cómodas ao resto do País, assim como a toda a Península Ibérica. A rede ferroviária

assegura serviços eficazes de transporte de passageiros e de mercadorias, estando o concelho abrangido

pelo projeto nacional Linha de Transporte de Mercadorias destinado a ligar os portos de Setúbal, Sines e

Lisboa ao resto da Europa [4].

O Porto de Setúbal localiza-se no Estuário do Sado e funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano [4].

No âmbito do setor do turismo, Setúbal dispõe igualmente de um serviço regular de transporte fluvial, que

inclui o recurso a ferryboats, de ligação à Península de Tróia, área que foi alvo recente de uma aposta

ambiciosa orientada para o turismo de luxo [4].

b. Condições Habitacionais

Tabela 2. Tipo de Alojamentos (N.º), por Freguesia após CAOP 2013

Localização geográfica

Tipo de Alojamentos (N.º)

2001 2011

Total

Alojamento familiar

Alojamento

colectivo Total

Alojamento familiar

Alojamento

colectivo Total Alojamentos

clássicos

Alojamentos

não clássicos Total

Alojamentos

clássicos

Alojamentos

não clássicos

PORTUGAL 5054922 5046744 5019425 27319 8178 5878756 5866152 5859540 6612 12604

PENÍNSULA DE SETÚBAL 361609 361286 358729 2557 323 420990 420560 419681 879 430

SETÚBAL (CONCELHO) 55218 55150 54866 284 68 62829 62749 62607 142 80

Setúbal (São Sebastião) 24407 24395 24234 161 12 25831 25811 25725 86 20

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

19743 19702 19646 56 41 21983 21943 21918 25 40

Página 20 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 1754 1749 1727 22 5 2514 2509 2502 7 5

Sado 2169 2167 2154 13 2 2461 2461 2458 3 0

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

7145 7137 7105 32 8 10040 10025 10004 21 15

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Em 2011 o Concelho de Setúbal possuía mais 823834 alojamentos do que em 2001. O número de

alojamentos familiares clássicos aumentou cerca de 12,4%, sendo que a freguesia onde se verificou maior

aumento de alojamentos foi na União de Freguesias de Azeitão. No entanto a freguesia com maior número

de fogos continua a ser a de São Sebastião.

Tabela 3. Alojamentos familiares não clássicos (N.º), segundo a Freguesia, após CAOP 2013

Localização geográfica

Alojamentos familiares não clássicos (N.º)

2001 2011

Total

Barracas e

casas

rudimentares

de madeira

Móveis Improvisados Outros Total

Barracas e

casas

rudimentares

de madeira

Móveis Improvisados Outros

PORTUGAL 27319 27319 882 9082 3126 6612 2052 445 3969 146

PENÍNSULA DE SETÚBAL 2557 2557 77 1023 297 879 294 23 554 8

SETÚBAL (CONCELHO) 284 284 11 113 19 142 63 5 73 1

Setúbal (São Sebastião) 161 161 3 75 4 86 54 0 32 0

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

32 32 3 13 4 21 6 2 12 1

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 22 22 1 6 4 7 2 2 3 0

Página 21 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Sado 13 13 3 1 4 3 1 0 2 0

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

56 56 1 18 3 25 0 1 24 0

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Analisando os dados da Tabela 3, salienta-se o decréscimo do número de alojamentos familiares não

clássicos (cerca de 50%), podendo este indicador estar relacionado com o esforço da autarquia na melhoria

das condições habitacionais da população residente. As freguesias onde se verificam maiores diminuições

de alojamentos não clássicos são as freguesias limítrofes da cidade de setúbal, respetivamente Sado

(76,9%), Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra (68,2%) e União de Freguesias de Azeitão (55,4%).

c. Espaços Públicos de Lazer

Os espaços públicos de lazer são muitas vezes conotados a locais de aglomeração de jovens/pessoas e

também ao consumo de substâncias psicoativas.

Tabela 4. Espaços Públicos de Lazer/Jardins, por freguesia após CAOP 2013

LOCAL N.º ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER/ JARDINS

Setúbal (São Sebastião)

� Parque Dr. Manuel Constantino Goes, Lanchoa � Jardim Camilo Castelo Branco, Escarpas de São Nicolau (Miradouro) � Parque Verde da Bela Vista � Jardim Afonso Costa � Parque Urbano de Sant´Iago � Bosque do Centenário / Vale de Cobro � Espaço Envolvente à Pedra Furada

União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)

� Jardim do Bonfim � Parque Verde da Algodeia � Parque Urbano de Albarquel � Parque de Vanicelos � Jardim da Música (Vanicelos) � Jardim Engenheiro Luís da Fonseca � Jardim General Luís Domingos, Quebedo e Palhais � Jardins da Luisa Todi

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra

� Jardim da Cooperativa das Pontes � Jardim do Bairro operário � Jardim e Parque Desportivo do Poço Mouro � Jardim do Alto da Guerra

Sado � Parque Verde da Mourisca

União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)

� Jardim Praça da República / Azeitão � Azeitão Bacalhoa Parque � Parque Ambiental do Alhambre � Parque Morango

Fonte: Site “Wikipedia” e Câmara Municipal de Setúbal [1] e [2]

Página 22 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Os espaços noturnos de lazer também são locais privilegiados para o consumo de substâncias

psicoativas, nomeadamente álcool. No concelho de Setúbal a maioria destes espaços estão

concentrados em 2 freguesias.

Tabela 5. Espaços Noturnos de Lazer, por freguesia após CAOP 2013

LOCAL N.º ESPAÇOS NOCTURNOS DE LAZER

Setúbal (São Sebastião) � Estabelecimentos Comerciais que disponibilizam bebidas alcoólicas e estão abertas em horário nocturno (ex: cafés, Sociedades Recreativas)

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e Santa

Maria da Graça)

� Zona poente da Avenida Luísa Todi, que pega com a zona envolvente da doca de pesca comercial � Parque Urbano de Albarquel � Zona da rotunda da EN10 (sentido Azeitão-Lisboa)

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra � Estabelecimentos Comerciais que disponibilizam bebidas alcoólicas e estão abertas em horário nocturno (ex: cafés, Sociedades Recreativas)

Sado � Estabelecimentos Comerciais que disponibilizam bebidas alcoólicas e estão abertas em horário nocturno (ex: cafés, Sociedades Recreativas)

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e São

Simão)

� Bares da zona de São Simão � Parque Morango (sazonal) � Azeitão Bacalhoa Parque (sazonal)

Fonte: Site “Visit Setúbal” [4]

d. Características Urbanísticas

A cidade de Setúbal possui numerosos bairros, destacando-se entre os mais tradicionais o bairro do Troino,

o Viso, as Fontainhas, o Bairro Santos Nicolau e a Fonte Nova, zonas onde vivia grande parte da

comunidade de pescadores. As Fontainhas começaram a ser povoadas por volta do século XVII, sobretudo

por pessoas oriundas da zona de Aveiro. Depois da construção da Avenida Luísa Todi foi necessária a

criação de uma nova doca. A zona é composta por inúmeras travessas, poços e, ao contrário da do Troino, é

bastante inclinada [1].

O bairro Salgado era a zona onde, por tradição, vivia a classe burguesa no século XIX, pois este bairro fica

bastante próximo do centro da cidade, onde se desenvolve grande parte do comércio. Neste bairro

encontram-se alguns estabelecimentos comerciais, assim como a principal estação rodoviária da cidade [1].

Página 23 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

A zona da Saboaria, assim como a zona das Fontainhas foram, durante o século XX, locais de grande

concentração industrial. As fábricas de conservas de peixe de Setúbal eram nacionalmente reconhecidas,

tendo-se verificado nos últimos anos alguns esforços de reativação desta atividade na cidade, a qual atraiu

diversos trabalhadores do Alentejo e Algarve durante o seu período de maior dinamismo [1].

Atualmente, na zona da Saboaria encontram-se instalados diversos restaurantes, com uma oferta

gastronómica algo variada. Também nesta zona, situam-se a maioria dos clubes noturnos e bares da cidade,

assim como tem sido feito um esforço de revitalização urbana por parte de empreiteiros e da própria

câmara municipal. Entre os projetos já realizados destacam-se o Programa Pólis, que veio reorganizar a

Avenida Luísa Todi, a construção da zona residencial da Quinta da Saboaria e o Parque Urbano de Albarquel

[1]. Para finalizar, existe ainda um sem-número de outros bairros que merecem atenção social, política e

cultural. Entre eles poderemos enunciar os bairros da Camarinha, Bela Vista, Casal das Figueiras, Fonte

Nova, Viso, Peixe Frito [1].

2. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO

Tabela 6. Densidade Populacional (N.º/ Km²), após Carta Administrativa Oficial Portuguesa (CAOP) 2013

Localização geográfica

Densidade populacional (N.º/ km²) após

CAOP 2013

2001 2011

PORTUGAL 112,38 114,54

PENÍNSULA DE SETÚBAL 451,98 479,56

SETÚBAL (CONCELHO) 588,52 526,20

Setúbal (São Sebastião) 2508,75 2038,09

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

1193,52 1036,40

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 124,82 178,50

Sado 142,05 88,30

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 189,06 272,36

Página 24 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Da leitura da tabela acima, percebe-se a discrepância existente na densidade populacional intra-concelhia,

com freguesias (São Sebastião e União de Freguesias de Setúbal) a registar uma densidade populacional

superior ao dobro da densidade populacional do concelho, enquanto a freguesia do Sado apresenta uma

reduzida densidade populacional (88,30 pessoas/Km2) em 2011.

Tabela 7. Taxas demográficas relativas ao concelho

Indicador Localização geográfica Ano

1992 2001 2011 2016

Taxa bruta de natalidade (‰)

PORTUGAL 11,5 10,9 9,2 8,4

PENÍNSULA DE SETÚBAL 10,9 11,8 10,7 --

SETÚBAL (CONCELHO) 10,6 12,1 10,4 9,4

Taxa bruta de mortalidade (‰)

PORTUGAL 10,1 10,1 9,7 10,7

PENÍNSULA DE SETÚBAL 8,8 9,2 9,3 --

SETÚBAL (CONCELHO) 9,4 9,7 8,9 11,0

Taxa de crescimento natural (%)

PORTUGAL 0,14 0,07 -0,06 -0,23

PENÍNSULA DE SETÚBAL 0,21 0,26 0,14 --

SETÚBAL (CONCELHO) 0,12 0,24 0,15 -0,16

Taxa de crescimento efetivo (%)

PORTUGAL 0,05 ,062 -0,29 -0,31

PENÍNSULA DE SETÚBAL 0,62 1,30 0,40 --

SETÚBAL (CONCELHO) 0,44 1,03 -0,32 -0,68

Taxa de crescimento migratório (%)

PORTUGAL -0,09 0,54 -0,23 -0,08

PENÍNSULA DE SETÚBAL 0,41 1,04 0,26 --

SETÚBAL (CONCELHO) 0,33 0,79 -0,47 -0,52 FONTE: INE (2016) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Os dados apresentados na tabela anterior demonstram o decréscimo claro da população do concelho, pela

diminuição da taxa de natalidade, pelo aumento da taxa de mortalidade e pela descida da taxa de

crescimento natural e efectivo.

a. População residente e intensidade do povoamento

Segundo os dados dos Censos Definitivos 2011 do INE, o concelho de Setúbal tem uma população residente

de 121185 habitantes, que representa 1,1% da população nacional.

Página 25 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 8. População residente por grupo etário no Concelho, por Freguesia após CAOP 2013

Localização geográfica

População residente

Em 2001 Em 2011

Total

Grupos etários

Total

Grupos etários

0-14 15-24 25-64 65-74 75 ou

mais 0-14 15-24 25-64 65-74

75 ou

mais

PORTUGAL 10356117 1656602 1479587 5526435 992127 701366 10562178 1572329 1147315 5832470 1048139 961925

PENÍNSULA DE SETÚBAL 714589 109645 100482 402034 63457 38971 779399 123790 80223 435201 78832 61353

SETÚBAL (CONCELHO) 113934 17686 16267 63156 10323 6502 121185 19557 12507 67215 12212 9694

Setúbal (São Sebastião) 52814 9212 8053 29216 3996 2337 52542 9134 5752 29600 4673 3383

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

38502 4971 5156 21024 4364 2987 38098 4939 3797 20505 4706 4151

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 4076 604 606 2239 385 242 5885 1116 542 3367 476 384

Sado 5457 763 873 3145 444 232 5783 855 620 3272 648 388

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

13085 2136 1579 7532 1134 704 18877 3513 1796 10471 1709 1388

Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A população residente do concelho de Setúbal aumentou entre 2001 e 2011. Foram os grupos etários dos

15-24 anos e dos 25-64 anos, que registaram o maior aumento de indivíduos, 3760 e 4059 pessoas

respetivamente.

Contrariamente ao crescimento do concelho (+7251 indivíduos), as freguesias urbanas do concelho (São

Sebastião e União de Freguesias de Setúbal) apresentam um decréscimo da população residente (- 272 e -

404 residentes, respetivamente).

Página 26 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 9. Variação população residente por Grupos Etários (%), por Freguesia após CAOP 2013

Localização geográfica Variação Total

População residente -Variação entre 2001 e 2011 (%)

Grupos etários

0-14 15-24 25-64 65-74 75 ou mais

PORTUGAL 1,99 -5,09 -22,46 5,54 5,65 37,15

PENÍNSULA DE SETÚBAL 9,07 12,90 -20,16 8,25 24,23 57,43

SETÚBAL (CONCELHO) 6,36 10,58 -23,11 6,43 18,30 49,09

Setúbal (São Sebastião) -0,52 -0,85 -28,57 1,31 16,94 44,76

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

-1,05 -0,64 -26,36 -2,47 7,84 38,97

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 44,38 84,77 -10,56 50,38 23,64 58,68

Sado 5,97 12,06 -28,98 4,04 45,95 67,24

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

44,26 64,47 13,74 39,02 50,71 97,16

Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A distribuição da população pelos grandes grupos etários é dispare nas freguesias, conforme a tabela

acima.

No grupo etário dos jovens (0-14 anos) houve um acréscimo nas freguesias limítrofes, salientando-se

Gâmbia-Pontes e Alto da Guerra com 84,77%.

No grupo etário dos idosos (75 ou mais anos), todas as freguesias analisadas verificaram aumentos, com

destaque para a União de freguesias de Azeitão (97,16%).

Deste modo, conclui-se que o concelho de Setúbal se encontra num processo de envelhecimento, com a

diminuição da população ativa e aumento exponencial dos idosos, com idades superiores aos 75 anos.

Página 27 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

b. Famílias

Tabela 10. Famílias clássicas, famílias institucionais e núcleos familiares (2011), por Freguesia após CAOP 2013

Local de residência Famílias Núcleos

familiares Clássicas Institucionais

PORTUGAL 4043726 4833 3069745

PENÍNSULA DE SETÚBAL 312122 287 218496

SETÚBAL (CONCELHO) 48328 42 34459

Setúbal (São Sebastião) 20713 11 15937

União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)

16355 17 11508

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 2132 3 1251

Sado 2191 0 1710

União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) 6937 11 4053

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Em 2011 existiam no Concelho de Setúbal 48328 famílias clássicas, que representam 15,5% das famílias

clássicas existentes em Portugal.

Embora as freguesias com maior aumento do número de população residente tenham sido a União de

freguesias de Azeitão e a freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, as que registam um maior número de

famílias clássicas são as freguesias urbanas (São Sebastião e União de freguesias de Setúbal).

Tabela 11. Núcleos familiares monoparentais (N.º) por Tipo de núcleo familiar com base na condição perante o trabalho, por Freguesia após CAOP 2013

Local de residência

Núcleos familiares monoparentais (N.º) por Tipo de núcleo familiar com base na condição perante o trabalho (2011)

Total

Pai com filhos Mãe com filhos

Total Empregado Desempregado

Sem

atividade

económica

Total Empregada Desempregada

Sem

atividade

económica

PORTUGAL 480443 64100 31261 5465 27374 416343 210219 41042 165082

PENÍNSULA DE SETÚBAL 40305 5686 3090 601 1995 34619 20023 3755 10841

SETÚBAL (CONCELHO) 6216 872 486 93 293 5344 3023 609 1712

Setúbal (São Sebastião) 2989 395 208 46 141 2594 1409 354 831

Página 28 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

2102 283 147 33 103 1819 1068 166 585

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 193 32 19 2 11 161 97 12 52

Sado 213 37 25 2 10 176 102 17 57

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e São

Simão)

719 125 87 10 28 594 347 60 187

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A realidade em 2011 continua a demonstrar que os núcleos familiares monoparentais são maioritariamente

femininos, de mães com filhos, representando 86,7% da totalidade dos núcleos familiares monoparentais

nacionais. As freguesias urbanas (São Sebastião e União de freguesias de Setúbal) concentram a grande

maioria dos núcleos familiares monoparentais com 48,1% e 33,8% respetivamente.

Considera-se preocupante a quantidade de núcleos familiares monoparentais que não apresentam uma

fonte regular de rendimento (11,3% desempregados e 32,3% sem actividade económica).

c. Estrangeiros na população residente

Tabela 12. Proporção da população residente de nacionalidade estrangeira (%) por Ano e por Freguesia após CAOP 2013

Local de residência

Proporção da população

residente de

nacionalidade estrangeira

(%) por Ano

2001 2011

PORTUGAL 2,2 3,4

PENÍNSULA DE SETÚBAL 3,7 5,2

SETÚBAL (CONCELHO) 3,4 5,2

Setúbal (São Sebastião) 4,0 6,1

União das freguesias de Setúbal (São

Julião, Nossa Senhora da Anunciada e

3,3 5,8

Página 29 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Santa Maria da Graça)

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 1,8 2,0

Sado 1,8 4,0

União das freguesias de Azeitão (São

Lourenço e São Simão) 2,4 2,7

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A tabela anterior demonstra um aumento de 1,8 pontos percentuais na população com nacionalidade

estrangeira entre 2001 e 2011, no concelho de Setúbal, sendo este superior ao registado na Península de

Setúbal (1,5 pontos percentuais) e no país (1,2 pontos percentuais).

As freguesias que registam um aumento mais significativo de população com nacionalidade estrangeira são

a União de freguesias de Setúbal e a freguesia do Sado (2,5 e 2,2 pontos percentuais, respetivamente).

Tabela 13. População residente com Nacionalidade Estrangeira (por País) - Valor absoluto (N.º) e Proporção (%), por Freguesia após CAOP 2013

Local de residência

População residente com Nacionalidade Estrangeira (por País) (2011) - Valor absoluto (N.º) e Proporção (%)

Total União

Europeia 27 (S/PT)

Países Europeus Não pertencentes

à União Europeia 27

Angola Cabo Verde Outros Países – Africa

Brasil Outros Países – América

China Outros

Países – Asia Outros Países

N.º N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

PORTUGAL 359969 82289 22,9 48730 13,5 24723 6,9 37081 10,3 34614 9,6 101991 28,3 8778 2,4 11017 3,1 10370 2,9 376 0,1

PENÍNSULA DE SETÚBAL 40578 5280 13,0 3656 9,0 4073 10,0 7138 17,6 4887 12,0 13773 33,9 374 0,9 877 2,2 509 1,3 11 0,0

SETÚBAL (CONCELHO) 6261 842 13,4 789 12,6 547 8,7 578 9,2 259 4,1 2963 47,3 46 0,7 171 2,7 64 1,0 2 0,0

Setúbal (São Sebastião) 3196 294 9,2 330 10,3 380 11,9 454 14,2 150 4,7 1492 46,7 18 0,6 50 1,6 26 0,8 2 0,1

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

2197 226 10,3 287 13,1 136 6,2 71 3,2 59 2,7 1274 58,0 15 0,7 109 5,0 20 0,9 0 0,0

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 120 18 15,0 9 7,5 10 8,3 9 7,5 24 20,0 44 36,7 0 0,0 5 4,2 1 0,8 0 0,0

Sado 234 162 69,2 14 6,0 1 0,4 0 0,0 3 1,3 50 21,4 0 0,0 4 1,7 0 0,0 0 0,0

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

514 142 27,6 149 29,0 20 3,9 44 8,6 23 4,5 103 20,0 13 2,5 3 0,6 17 3,3 0 0,0

Página 30 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

São Simão)

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Os números do Censos 2011 revelam que o Brasil é o país de onde é oriunda a maior percentagem de

população residente com nacionalidade estrangeira (47,3%) no Concelho de Setúbal. Seguidamente são os

indivíduos de origem europeia (países pertencentes à UE) (13,4%) os que optam por residir no concelho de

Setúbal.

3. EDUCAÇÃO

O parque escolar público do sistema educativo do concelho de Setúbal é constituído pelos

estabelecimentos distribuídos, quanto à sua tipologia, do seguinte modo:

a. Equipamentos de Ensino

Tabela 14. Estabelecimentos de Ensino Público e Privado (N.º), por nível de ensino

Local de

residência

Estabelecimentos de Ensino Público e Privado (N.º), por nível de ensino

Educação Pré-Escolar Ensino Básico - 1º Ciclo Ensino Básico - 2º Ciclo Ensino Básico - 3º Ciclo Ensino Secundário

E. Público E. Privado E. Público E. Privado E. Público E. Privado E. Público E. Privado E. Público E. Privado

2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015

Portugal 4 379 3 760 2 433 2 348 4 665 3 832 556 522 904 929 266 271 1 169 1 154 347 327 566 584 371 378

Península de

Setúbal 138 153 190 183 186 177 42 39 47 46 10 12 67 66 12 12 29 29 11 12

Concelho de

Setúbal 14 17 45 40 33 33 11 9 6 6 2 2 10 10 1 1 7 7 2 2

Fonte: PORDATA [5], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Tabela 15. Estabelecimentos de Ensino (Públicos)

CONCELHO

Nº Estabelecimentos de Ensino (Públicos)

Pre-Escolar Escolas Básicas do 1º ciclo

Escolas Básicas do 2º e 3º ciclos e Secundárias

Ensino Superior

Setúbal (São Sebastião) 6 13 6 1 *

União das freguesias de 6 8 3 Não existe

Página 31 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra

1 3 Não existe Não existe

Sado 1 4 Não existe Não existe União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)

3 6 1 Não existe

SETÚBAL (CONCELHO)

17 34 10 1

Fonte: Câmara Municipal [2]: Carta Educativa, adaptado por CRI da Península de Setúbal *Quatro escolas de Ensino Superior

Tabela 16. Nº de Alunos por Agrupamentos e Escolas Secundárias (2016/17)

CONCELHO Nº de Alunos por Agrupamentos e Escolas Secundárias

Pre-Escolar 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário Outras ofertas

AVE Azeitão 159 667 338 440 31 33

AVE Bocage 213 914 749 324 -- --

AVE Lima de Freitas 25 392 200 315 350 19

AVE Luísa Todi 145 1145 714 299 -- --

AVE Ordem de Sant’Íago 261 784 431 418 126 15

AVE Sebastião da Gama

107 778 414 788 873 44

Secundária D. João II -- -- -- 676 700 42

Secundária de Bocage

-- -- -- 629 723 --

Secundária Dom Manuel Martins

-- -- -- 155 423 16

CONCELHO SETÚBAL 910 4680 2846 4044 3226 169

Fonte: Direção Regional de Educação de LVT [6], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Nestes níveis de ensino, existem ainda como respostas educativas/formativas o Centro de Formação

Profissional, 3 Escolas Profissionais e ainda 2 Escolas de Ensino Artístico.

ENSINO UNIVERSITÁRIO

No Concelho de Setúbal a oferta relativa ao ensino superior compreende o Instituto Politécnico de Setúbal

com 4 escolas conforme a tabela seguinte:

Página 32 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 17. Alunos inscritos no Instituto Politécnico de Setúbal, por Curso, Escola e Ano Letivo

Fonte: Instituto Politécnico de Setúbal [7]

Página 33 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

A oferta formativa é variada, abrangendo áreas diferenciadas como a educação, saúde, tecnologia e

ciências sociais e empresariais.

b. Escolaridade

Tabela 18. Indicadores sobre o nível de Escolaridade, por freguesia

Local de residência

Proporção da população residente (%) por Local de residência (2011):

Taxa de

analfabetismo

entre 3 e 5 anos

a frequentar a

educação pré-

escolar

entre 6 e 15

anos que não

está a

frequentar o

sistema de

ensino

com 15 e mais

anos de idade

sem nenhum

nível de

escolaridade

completo

entre 18 e 24

anos de idade

com o 3º ciclo

completo que

não está a

frequentar o

sistema de

ensino

entre 20 e 24

anos de idade

com pelo menos

o ensino

secundário

completo

entre 30 e 34

anos de idade

com pelo menos

o ensino

superior

completo

com pelo menos

o 3º ciclo do

ensino básico

completo

com pelo menos

o ensino

secundário

completo

PORTUGAL 73,49 1,61 10,39 22,08 60,80 28,62 49,60 31,69 5,22

PENÍNSULA DE SETÚBAL 60,26 1,97 8,03 20,47 60,01 29,21 56,41 35,74 3,84

SETÚBAL (CONCELHO) 56,42 2,32 8,83 21,85 59,22 27,44 57,18 36,32 4,24

Setúbal (São Sebastião) 50,99 2,92 9,46 26,30 53,22 21,45 54,01 31,42 4,46

Setúbal (Nossa Senhora

da Anunciada) 59,37 2,42 11,75 22,33 62,15 24,88 50,94 31,03 5,71

Setúbal (Santa Maria da

Graça) 53,06 2,44 7,31 21,39 56,40 28,01 57,59 35,33 3,10

Setúbal (São Julião) 67,56 1,77 5,32 11,46 72,37 41,77 69,61 49,78 2,16

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 57,14 1,47 11,28 22,93 59,62 31,68 53,62 36,29 6,96

Sado 38,30 2,26 12,62 27,06 52,20 15,48 43,32 23,42 6,55

São Lourenço 64,79 1,84 6,39 16,37 66,34 40,09 65,23 46,60 3,20

São Simão 72,60 0,71 7,48 11,74 73,35 38,68 63,62 45,38 3,62

Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A grande maioria dos indicadores do concelho do Setúbal apresenta valores inferiores aos registados na

Península de Setúbal e no país. Contudo existem algumas freguesias que contrariam a tendência do

concelho. De salientar a freguesia de S. Sebastião, que apresenta uma proporção de 2,92% de população

Página 34 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

com idade entre 6 e 15 anos que não está a frequentar o sistema de ensino; a freguesia do Sado que

apresenta uma proporção de 12,62% de população com 15 e mais anos de idade sem nenhum nível de

escolaridade completo, e a freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra que apresenta uma taxa de

analfabetismo de 6,96%, superior à registada no concelho e no País.

Tabela 19. População residente segundo o nível de instrução mais elevado e completo, por Freguesia após CAOP 2013

Local de residência

População residente segundo o nível completo de escolaridade atingido (2011)

Analfabetos com

10 ou mais anos

Nenhum nível de

escolaridade

Ensino pré-

escolar

1º Ciclo Ensino

básico

2º Ciclo Ensino

básico

3º Ciclo Ensino

básico

Ensino

secundário Ensino superior

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

PORTUGAL 499936 4,7 891017 8,4 261805 2,5 2311713 21,9 731669 6,9 975730 9,2 1025090 9,7 1057280 10,0

PENÍNSULA DE SETÚBAL 26854 3,4 65344 8,4 18454 2,4 147479 18,9 41421 5,3 80991 10,4 94035 12,1 79615 10,2

SETÚBAL (CONCELHO) 4613 3,8 10852 9,0 2854 2,4 21300 17,6 6182 5,1 13152 10,9 14436 11,9 13131 10,8

Setúbal (São Sebastião) 2079 4,0 5122 9,7 1246 2,4 9308 17,7 3009 5,7 6140 11,7 6249 11,9 3977 7,6

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

1271 3,3 2890 7,6 764 2,0 6722 17,6 1765 4,6 4355 11,4 4600 12,1 5342 14,0

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 359 6,1 716 12,2 158 2,7 1089 18,5 282 4,8 497 8,4 656 11,1 648 11,0

Sado 345 6,0 623 10,8 91 1,6 1419 24,5 371 6,4 587 10,2 594 10,3 252 4,4

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 559 3,0 1501 8,0 595 3,2 2762 14,6 755 4,0 1573 8,3 2337 12,4 2912 15,4

Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A escolaridade da população residente no concelho do Setúbal é genericamente baixa, a maioria dos

indivíduos possuem habilitações ao nível do 1º Ciclo do Ensino Básico (17,6%) e 9% da população não tem

nenhum nível de escolaridade.

No entanto, salienta-se que 10,8% da população atingiu o ensino superior, superando a média da Península

de Setúbal e do País.

Página 35 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

c. Abandono, absentismo e insucesso escolar

Tabela 20. Taxa de abandono escolar (%) por Freguesia

Local de residência

Taxa de abandono escolar (%) por

freguesia

1991 2001 2011

PORTUGAL 12,60 2,79 1,70

PENÍNSULA DE SETÚBAL 5,33 2,03 2,03

SETÚBAL (CONCELHO) 6,46 2,46 2,07

Setúbal (São Sebastião) 8,03 3,01 2,41

Setúbal (Nossa Senhora da Anunciada) 5,27 1,67 2,37

Setúbal (Santa Maria da Graça) 3,66 2,13 2,62

Setúbal (São Julião) 2,45 0,51 1,79

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 10,85 2,97 1,37

Sado 6,82 5,59 1,98

São Lourenço 5,69 0,95 1,93

São Simão 6,23 3,46 0,50

Fonte: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

De acordo com os dados dos Censos 2011, Santa Maria da Graça (2,62%) e Nossa Senhora da Anunciada

(2,37%) são as zonas da atual União de freguesias de Setúbal que apresentam uma taxa de abandono

escolar mais elevada quando comparada com a taxa concelhia (2,07%).

Tabela 21. Evolução das taxas de sucesso, insucesso e abandono (%) do Sistema de Ensino Público Concelho de Setúbal, por Ano de escolaridade

Evolução das taxas de sucesso, insucesso e abandono (%) do Sistema de Ensino Público Concelho de Setúbal, por Ano de escolaridade

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Regular Secundário

Profissional

2010/11 2015/16 2010/11 2015/16 2010/11 2015/16 2010/11 2015/16 2010/11 2015/16

Taxa de sucesso 91,4% 92,4% 83,7% 84,2% 78,4% 67,8% 73,0% 57,3% 20,0% 13,6%

Taxa de Insucesso 4,8% 5,0% 11,6% 12,1% 15,7% 9,4% 19,9% 13,0% 10,4% 9,8%

Página 36 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Taxa de abandono 0,1% 0,0% 0,1% 0,3% 1,6% 0,6% 5,1% 0,8% 8,6% 0,5%

Fonte: Câmara Municipal de Setúbal [2], adaptado por CRI da Península de Setúbal

4. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA

O atual contexto de crise económica e social conduz quer ao agravamento da situação das pessoas mais

vulneráveis, quer ao aumento de novos casos. Alguns fatores de risco no âmbito da problemática dos CAD

são indicadores frequentemente associados à privação económica e social extrema. As zonas degradadas,

de bairros camarários, de construções clandestinas, espaços pouco valorizados contribuem para

dificuldades ao nível da apropriação sociocultural e psicossocial. Com base em evidência científica constata-

se que certas variáveis, ao nível familiar e comunitário, podem tornar o indivíduo especialmente vulnerável

ao consumo.

Tabela 22. Poder de compra per capita

LOCAL DE RESIDÊNCIA

Poder de compra per capita

1993 2002 2011 2013

Portugal Continental 100 100 100 100

Península Setúbal 106,03 117,35 101,09 ---

Concelho Setúbal 128,87 127,74 107,30 105,89

FONTE: INE (2013) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

a. Situação face à Atividade da população

Tabela 23. População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo Condição perante o trabalho e sexo, por Freguesia após CAOP 2013

Local de residência

População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo Condição perante o trabalho e sexo (2011)

Total

Ativos Inativos

Total Empregados Desempregados Total Domésticos Reformados Outros

H M H M H M H M H M H M H M H M

PORTUGAL 4242601 4747248 2603574 2419793 2275974 2085213 327600 334580 1639027 2327455 9632 410094 1040110 1298984 589285 618377

PENÍNSULA DE SETÚBAL 310275 345334 192187 188352 164211 161024 27976 27328 118088 156982 558 25865 77953 88423 39577 42694

Página 37 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

SETÚBAL (CONCELHO) 48060 53568 29822 28692 25366 24048 4456 4644 18238 24876 116 4030 11631 13699 6491 7147

Setúbal (São Sebastião) 20732 22676 13161 12703 10938 10388 2223 2315 7571 9973 55 1574 4537 5140 2979 3259

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

15135 18024 8717 8821 7394 7419 1323 1402 6418 9203 27 1333 4348 5612 2043 2258

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 2370 2399 1567 1402 1390 1239 177 163 803 997 9 182 499 524 295 291

Sado 2458 2470 1565 1304 1363 1088 202 216 893 1166 4 236 584 567 305 363

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

7365 7999 4812 4462 4281 3914 531 548 2553 3537 21 705 1663 1856 869 976

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Após a leitura dos dados apresentados, constata-se que o número de população residente ativa no

concelho do Setúbal é superior à população residente inativa. No entanto, a população ativa de Setúbal

representa 9% da população ativa da península, enquanto a população inativa representa 15,7% da

população inativa da península.

Página 38 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 24. População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo o Principal meio de vida, por Freguesia após CAOP 2013

Local de

residência

População residente com 15 e mais anos de idade (N.º) segundo o Principal meio de vida (2011)

Trabalho Reforma/ Pensão Subsidio de desemprego Rendimento social de

inserção Apoio social A cargo da família

Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos Total Ativos Inativos

PORTUGAL 4335856 4241261 94595 2459338 39588 2419750 299147 243462 55685 105911 51116 54795 39622 9425 30197 1382836 297372 1085464

PENÍNSULA DE

SETÚBAL 325918 317441 8477 173695 3209 170486 22152 18755 3397 7000 3675 3325 2467 737 1730 97946 25045 72901

SETÚBAL

(CONCELHO) 49569 48205 1364 26781 555 26226 3733 3160 573 1367 641 726 443 150 293 15532 3946 11586

Setúbal (São

Sebastião) 21566 20909 657 10272 211 10061 1903 1587 316 951 408 543 216 78 138 6746 1847 4899

União das

freguesias de

Setúbal (São

Julião, Nossa

Senhora da

Anunciada e

Santa Maria da

Graça)

14837 14385 452 10506 223 10283 1072 922 150 304 178 126 159 52 107 4949 1225 3724

Gâmbia-Pontes-

Alto da Guerra 2613 2558 55 1076 21 1055 163 134 29 25 12 13 21 6 15 652 153 499

Sado 2451 2393 58 1270 21 1249 184 150 34 28 7 21 23 7 16 780 199 581

União das

freguesias de

Azeitão (São

Lourenço e São

Simão)

8102 7960 142 3657 79 3578 411 367 44 59 36 23 24 7 17 2405 522 1883

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Quando o foco se desloca para o principal meio de vida, verifica-se que o trabalho é o meio de subsistência

mais referido (49569) seguido da reforma/pensão (26781). De salientar também o número de pessoas que

subsistem a cargo da família (15532), uma vez que conjugando com o aumento do desemprego, esta

situação pode condicionar a degradação do nível de vida das famílias.

Página 39 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 25. Taxas de Atividade e de Desemprego, por Sexo, por Ano e por Freguesia após CAOP 2013

Local de residência

Taxa de atividade (%) por Sexo e por Ano Taxa de desemprego (%) por Sexo e por Ano

2001 2011 2001 2011

HM H M HM H M HM H M HM H M

PORTUGAL 48,19 54,84 41,98 47,56 51,59 43,87 6,80 5,21 8,73 13,18 12,58 13,83

PENÍNSULA DE SETÚBAL 51,27 56,11 46,67 48,82 51,46 46,40 8,94 7,27 10,84 14,53 14,56 14,51

SETÚBAL (CONCELHO) 50,85 56,07 45,89 48,28 51,43 45,40 9,85 8,09 11,89 15,55 14,94 16,19

Setúbal (São Sebastião) 51,33 55,99 46,85 49,23 51,96 46,68 10,98 8,90 13,37 17,55 16,89 18,22

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

49,55 55,14 44,53 46,03 49,42 43,11 9,35 7,80 11,08 15,54 15,18 15,89

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 51,74 57,14 46,08 50,45 53,05 47,83 10,86 10,14 11,79 11,45 11,30 11,63

Sado 52,01 57,31 46,57 49,61 53,69 45,47 9,48 8,46 10,76 14,57 12,91 16,56

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

51,91 58,13 45,88 49,13 52,59 45,87 6,58 4,91 8,63 11,63 11,03 12,28

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

No que diz respeito à taxa de atividade, constata-se um decréscimo entre 2001 e 2011 (2,57%), enquanto

que no mesmo período a taxa de desemprego aumentou 5,70%, no concelho de Setúbal.

b. Beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI)

O Rendimento Social de Inserção expressa a evidência da existência de grupos familiares em situação de

grande pobreza e dificuldades sociais e económicas.

Página 40 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 26. Proporção de População Beneficiária de Rendimento Social de Inserção (‰)

Localização geográfica

Beneficiárias/os do rendimento social de inserção, da segurança social por 1000 habitantes em idade ativa (‰)

2007 2011 2013 2016

Portugal Continental 41,21 49,96 40,39 32,40

Península de Setúbal 32,59 46,37 42,92 ---

Concelho de Setúbal 43,56 54,37 46,16 35,10

FONTE: INE (2016) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Tabela 27. Indivíduos Beneficiários (N.º) de Rendimento Mínimo Garantido/ Rendimento Social de Inserção segundo o grupo etário

Localização geográfica

Indivíduos Beneficiários (N.º) do RMG e do RSI segundo o grupo etário

Total < 25 anos 25-39 anos 40-54 anos 55 anos ou mais

2003 2011 2016 2003 2011 2016 2003 2011 2016 2003 2011 2016 2003 2011 2016

Portugal Continental 367 690 448 107 287 473 172 507 212 961 120 404 68 659 89 630 51 106 60 893 98 459 71 809 65 631 47 057 44 154

Península de Setúbal 13 945 25 340 19 962 7 161 12 890 8 984 2 594 5 178 3 559 2 001 4 867 4 580 2 189 2 405 2 839

Concelho de Setúbal 3 623 5 476 3 470 1 903 2 729 1 570 647 1 126 624 551 1 054 776 522 567 500

Fonte: PORDATA [5], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Tabela 28. Beneficiários do RSI (2016) por freguesia após CAOP 2013

Local de residência Beneficiários do RSI (2016)

por freguesia

SETÚBAL (CONCELHO) 2459

Setúbal (São Sebastião) 1718

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

499

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 34

Sado 59

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 149

Fonte: Plataforma Supraconcelhia da Península de Setúbal [8], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 41 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tendo por base os valores estatísticos disponíveis, constata-se que em Setúbal ocorreu uma diminuição

progressiva, atingindo um máximo de beneficiários em 2011, que se situava em cerca de 5476. A população

beneficiária de RSI da freguesia de S. Sebastião representa 69,9% do total concelhio.

c. População Sem-Abrigo

Tabela 29. População residente sem abrigo (n.º e %) por Freguesia após CAOP 2013

Local de residência

População residente sem abrigo

(2011)

N.º %

PORTUGAL 696 0,007

PENÍNSULA DE SETÚBAL 41 0,006

SETÚBAL (CONCELHO) 14 0,012

Setúbal (São Sebastião) 2 0,004

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

11 0,029

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 0 0,000

Sado 1 0,018

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 0 0,000

FONTE: INE Censos 2011 [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Os referidos valores são os recolhidos pelo INE, nos Censos 2011. De acordo com a sensibilidade empírica

dos técnicos que intervêm localmente, estes valores poderão não caracterizar corretamente o concelho no

que diz respeito a esta problemática.

A Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas Sem-Abrigo (ENIPSA) surge para responder ao desafio

que é o crescente aumento destas situações, procurando igualmente articular as diferentes respostas

existentes, públicas e privadas.

Página 42 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

O CRI da Península de Setúbal tem assento no grupo de trabalho do NPISA (Núcleo de Planeamento e

Integração dos Sem-Abrigo) de Setúbal, participando nas reuniões do grupo de trabalho, contribuindo

sempre que possível no provimento de informação/dados e acompanhamento processual de utentes.

O NPISA tem como entidade coordenadora a Cáritas Diocesana de Setúbal.

d. Criminalidade

Tabela 30. Taxa de criminalidade (‰) por Ano, Localização geográfica e Categoria de crime

Localização

geográfica

Taxa de criminalidade (‰) por Localização geográfica e Categoria de crime

Total Crimes contra a

integridade física

Furto/roubo por

esticão e na via

pública

Furto de veículo e

em veículo

motorizado

Condução de

veículo com taxa

de álcool igual ou

superior a 1,2g/l

Condução sem

habilitação legal

Crimes contra o

património

2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016

Portugal 35,8 39,4 32,1 5,1 5,8 5,1 1,5 1,5 1,0 7,1 5,5 3,2 1,6 2,2 2,0 1,6 1,6 0,9 20,7 21,7 16,7

Península

de Setúbal 41,3 43,0 --- 7,0 5,9 --- 1,9 2,9 --- 10,3 7,2 --- 1,8 1,0 --- 1,8 1,6 --- 24,4 27,5 ---

Concelho

de Setúbal 62,0 49,9 34,8 13,6 6,7 5,7 2,5 3,8 1,8 13,2 9,1 3,8 5,4 1,9 2,9 3,5 2,4 1,1 31,0 31,9 17,7

FONTE: INE (2016) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A taxa de criminalidade no concelho de Setúbal tem vindo a diminuir, desde 2001, atingindo em 2016 um

valor de 34,8‰.

Seja em Portugal, na Península de Setúbal ou no concelho do Setúbal, a categoria de “crimes contra o

património” é a que apresenta maior expressão, segundo dados do INE – 2016. Salienta-se a categoria de

“condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2g/l” por ser a que está diretamente

relacionada com a área dos comportamentos aditivos e dependências.

5. RECURSOS SOCIAIS EXISTENTES

No concelho da Setúbal existem várias Instituições com intervenção social, as quais possuem as seguintes

valências que destacamos:

Página 43 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

� Santa Casa da Misericórdia de Setúbal – Centro de Dia, Clínica de Reabilitação Física, Lar Residencial

e Apoio Domiciliário, CATI – Centro de Apoio à 3ª Idade (Centro de Dia e Lar Residencial para

idosos), fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar (ao abrigo do

protocolo ativo com ISS, IP);

� Santa Casa da Misericórdia de Vila Nogueira de Azeitão – Centro de Dia e Apoio Domiciliário;

� Associação de Educação e Inserção de Jovens “Questão de Equilíbrio” – Lar de crianças e jovens,

CAFAP (Centro de apoio familiar e aconselhamento parental), distribuição de bens alimentares (ao

abrigo de protocolo com o Banco Alimentar);

� Caritas Diocesana de Setúbal – Centro de Dia, Lar Residencial, Apoio Domiciliário (pessoas situação

de dependência e utentes HIV), Centro de Acolhimento Temporário, Centro de atendimento e

acompanhamento psicossocial, Centro Comunitário, Centro de Apoio à Vida, Centro de Dia, Centros

de Atividades de Tempos Livres, Creches, Educação Pré-escolar, Centro Social Nossa Senhora da Paz

e Centro Social São Francisco Xavier- fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de

Emergência Alimentar (ao abrigo do protocolo ativo com ISS, IP), colaboração ativa/articulação no

acompanhamento de processos com a Equipa de Rua GIRU Setúbal;

� Casa Gaiato – Lar de Crianças e Jovens;

� Instituição de Filhas de Maria Auxiliadora “Casa de Santa Ana” – Lar de Crianças e Jovens;

� Instituição Missionária da Caridade “Irmãs de Calcutá” – Lar de Crianças e Jovens;

� Associação Humanitária de Bem-Fazer de S. Paulo – Centro de Dia, Lar Residencial para Idosos e

Serviço de Apoio Domiciliário;

� Associação de Socorros Mútuos Setubalense – Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar (ao abrigo do protocolo

ativo com ISS, IP);

� Centro Social e Paroquial da Nossa Senhora da Anunciada – Lar Residencial para Idosos, Educação

Pré-escolar, Creches;

� Liga dos Amigos da Terceira Idade (LATI) – Lar Residencial para Idosos, Centro de Dia, Serviço de

Apoio Domiciliário (pessoas em situação de Dependência), Creches, Educação Pré-escolar, Centros

Página 44 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

de Atividades de Tempos Livres, Loja Social, Rendimento Social de Inserção- acompanhamento

processual aos beneficiários e suas famílias;

� APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) – Atendimento,

acompanhamento, animação pessoas com deficiência, Centro de Atividades Ocupacionais, Creches,

Intervenção Precoce, Lar Residencial, Residência Autónoma, Serviço de Apoio Domiciliário- pessoas

com deficiência;

� Associação Baptista Shalom – Creches, Educação Pré-escolar; Refeitório/Cantina Social, Rendimento

Social de Inserção- acompanhamento processual aos beneficiários e suas famílias;

� ACM (Associação Cristã Mocidade de Setúbal) – Creches, Educação Pré-escolar, Centros de

Atividades de Tempos Livres, Centro Comunitário, Rendimento Social de Inserção-

acompanhamento processual aos beneficiários e suas famílias;

� APACCF (Associação de Professores e Amigos das Crianças do Casal das Figueiras) – Apartamento de

Reinserção Social, Creches, Educação Pré-escolar, Centros de Atividades de Tempos Livres,

fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de Emergência Alimentar (ao abrigo do protocolo

ativo com ISS, IP), Rendimento Social de Inserção- acompanhamento processual aos beneficiários e

suas famílias;

� Centro Social e Paroquial S. Sebastião de Setúbal – Centro Comunitário, apoio domiciliário,

Atividades de Tempos Livres, Clube de Jovens, Loja Social;

� IPSS “O Sonho” – Creches, Creche Familiar, Educação Pré-escolar, Loja Social, Rendimento Social de

Inserção- acompanhamento processual aos beneficiários e suas famílias;

� Associação para o Jardim de Infância “O Baloiço” – Educação Pré-escolar;

� Associação para Creche e Jardim de Infância “A Joaninha” – Creches;

� Associação Moradores Praça do Brasil “O Girassol” - Creches, Educação Pré-escolar;

� Associação Meninos D’Oiro – CAFAP (Centro de apoio familiar e aconselhamento parental);

� SEIES: Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social – Centro Cidadania Ativa, Gabinete

de apoio ao utente- atendimento social, apoio na procura ativa de emprego;

� ABRAÇO – Atendimento e Apoio Psicossocial;

Página 45 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

� APAV: Associação Portuguesa de Apoio à Vitima – Linha SOS, Gabinete do utente, Apoio Jurídico;

� Associação Unitária Reformados, Pensionistas e Idosos de Azeitão (AURPIA)- Lar Residencial, Centro

de Dia, Apoio Domiciliário, fornecimento de refeições ao abrigo do Programa de Emergência

Alimentar (ao abrigo do protocolo ativo com ISS, IP);

� Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação de Setúbal – Atendimento Social, Serviço De Apoio

Domiciliário;

� CASA (Centro de Apoio aos Sem-abrigo) – Atendimento e apoio psicossocial, provimento de

refeições e géneros alimentares

� Associação de Saúde Mental Doutor Fernando Ilharco – Fórum Sócio Ocupacional, Centro de

Convívio/Centro de Dia, Unida de Vida Protegida (UPRO).

6. SAÚDE

Neste capítulo foi nosso objetivo caracterizar sucintamente os serviços de saúde da ARSLVT, I.P., por força

sobretudo da recente reorganização dos serviços, e reunir informação sobre as características dos

problemas de saúde pública associadas ao consumo de substâncias psicoativas (por exemplo: infeções

sexualmente transmitidas, VIH, tuberculose).

Tabela 31. Médicos (N.º): não especialistas e especialistas por algumas especialidades

Localização

geográfica

Médicos (N.º): não especialistas e especialistas por algumas especialidades

Total Não especialistas Psiquiatria Medicina geral e familiar Outras Especialidades

2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016 2001 2011 2016

Portugal 33 233 42 796 50 239 11 584 16 507 19 570 876 982 1 099 4 600 5 410 6 530 6 340 7 279 8 184

Península de Setúbal 1 212 1 538 1 819 454 586 722 16 18 24 222 251 294 196 231 270

Concelho de Setúbal 380 476 547 114 165 186 8 9 12 52 67 83 86 98 105

Fonte: PORDATA [5], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 46 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

a. Agrupamentos de Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde (ACES)

A área de influência da ARSLVT, IP, é limitada a norte pela Região Centro, a leste e a sul pela Região

Alentejo, e a sul e oeste pelo Oceano Atlântico. Distribui-se por uma área de 12.136 km² (13,6% do

Continente), com uma população (2011) de 3.659.669 habitantes (35% do Continente). Compreende 5 sub-

regiões estatísticas (NUTS III).

Os ACES - Agrupamentos de Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde – são serviços de saúde com

autonomia administrativa, constituídos por várias unidades funcionais, que integram um ou mais centros

de saúde. Foram criados em 2008 através de legislação própria (Portaria nº 276/2009, de 18 de Março, que

criou os Agrupamentos integrados na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo) que

sofreu alterações em Novembro de 2012, e que consubstancia na implementação de uma nova organização

dos ACES.

Com feito, foi realizada uma diminuição do número total de ACES, através de fusão (passando de vinte e

dois para quinze), redução que não afetou em caso algum os locais de atendimento existentes, tendo

apenas aumentado a área de responsabilidade da gestão de cada ACES. Nesse sentido, houve necessidade

de alterar a legislação anteriormente em vigor, tendo sido publicada em 29 de Novembro de 2012 a

Portaria n.º 394-B/2012 que tem por objeto a reorganização dos Agrupamentos de Centros de Saúde

integrados na Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, I. P..

Tabela 32. Distribuição de ACES por NUTS III

NUTS III ACES Concelhos/Freguesias de Abrangência por ACES

Grande Lisboa

ACES Lisboa Norte Concelho de Lisboa - freguesias de Alvalade, Avenidas Novas, Benfica, Campolide, Carnide,

Lumiar, Santa Clara e São Domingos de Benfica

ACES Lisboa Central

Concelho de Lisboa - freguesias de Areeiro, Arroios, Beato, Campo de Ourique, Estrela,

Marvila, Misericórdia, Olivais, Parque das Nações, Penha de França, Santa Maria Maior, Santo

António e São Vicente

ACES Lisboa Ocidental e Oeiras Concelho de Lisboa – freguesias da Ajuda, Alcântara e Belém e Concelho de Oeiras

ACES Cascais Concelho de Cascais

ACES Amadora Concelho da Amadora

ACES Sintra Concelho de Sintra

ACES Loures -Odivelas Concelhos de Loures e Odivelas

Página 47 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

ACES Estuário do Tejo Concelho de Vila Franca de Xira

ACES Oeste Sul Concelho de Mafra

Lezíria do Tejo

ACES Lezíria Concelhos do Cartaxo, Golegã, Rio Maior, Santarém, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Coruche

e Salvaterra de Magos

ACES Estuário do Tejo Concelhos de Benavente e Azambuja

Médio Tejo ACES Médio Tejo Concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ourém, Ferreira do Zêzere,

Mação, Sardoal, Torres Novas, Tomar e Vila Nova da Barquinha

Oeste

ACES Oeste Norte Concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche

ACES Oeste Sul Concelhos de Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras

ACES Estuário do Tejo Concelhos de Arruda dos Vinhos e Alenquer

Península de

Setúbal

ACES Almada -Seixal Concelhos de Almada e Seixal

ACES Arco Ribeirinho Concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo

ACES Arrábida Concelhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra

FONTE: ARSLVT (2015), Perfil de Saúde e seus Determinantes da Região de Lisboa e Vale do Tejo [9], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A área geodemográfica do ACES da Arrábida abrange os municípios de Palmela, Sesimbra e Setúbal.

Estes concelhos, no total com uma área de 890,02 km2 e 232.786 habitantes – segundo as Estimativas

Anuais da População Residente em 2014, atualizadas a 16 de junho de 2015, pelo INE, integram a área

metropolitana de Lisboa e pertencem ao distrito de Setúbal [10].

Tabela 33. Unidades Funcionais do ACES da Arrábida do Concelho de Setúbal

Unidades Funcionais do ACES da Arrábida do Concelho de Setúbal, por freguesia

São Sebastião

UCSP Santos Nicolau

UCSP São Sebastião

CDP Setúbal

União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)

UCC Península Azul

UCSP Praça da República

UCSP Santa Maria

UCSP Viso

USF Luísa Todi

USF São Filipe

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra

Página 48 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Sado UCSP Sado

União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)

UCSP Azeitão

FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal

O número de utentes inscritos no ACES da Arrábida, a 31 de Janeiro de 2014, pelo Registo Nacional de

Utentes (RNU) é de 250.195 utentes [10].

Tabela 34. Utentes inscritos nas Unidades de Saúde do Concelho de Setúbal, do ACES da Arrábida

Unidades de Saúde por Freguesias do Concelho de Setúbal

Utentes inscritos nas Unidades de Saúde do Concelho de Setúbal, do ACES da

Arrábida, por freguesia

Utentes

Inscritos

Utentes com

Médico de

Família

Utentes sem

Médico de

Família

Utentes sem

Médico de

Família por

Opção

Utentes Não

Frequentadores

N.º N.º % N.º % N.º % N.º %

São Sebastião

UCSP Santos Nicolau 14614 8443 57,8 4297 29,4 5 0,0 1869 12,8

UCSP São Sebastião 38514 19850 51,5 14381 37,3 42 0,1 4241 11,0

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e Santa

Maria da Graça)

UCSP Praça da República 15147 9096 60,1 3537 23,4 158 1,0 2356 15,6

UCSP Santa Maria 15805 8676 54,9 4308 27,3 96 0,6 2725 17,2

UCSP Viso 1616 0 0,0 532 32,9 5 0,3 1079 66,8

USF Luísa Todi 12097 11700 96,7 2 0,0 0 0,0 395 3,3

USF São Filipe 17234 16123 93,6 6 0,0 3 0,0 1102 6,4

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra

Sado UCSP Sado 8104 5853 72,2 1547 19,1 4 0,0 700 8,6

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e São

Simão)

UCSP Azeitão 18475 10877 58,9 5603 30,3 55 0,3 1940 10,5

CONCELHO de Setúbal 141606 90618 64,0 34213 24,2 368 0,3 16407 11,6

ACES da Arrábida 250195 165461 66,1 58861 23,5 595 0,2 25278 10,1

FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 49 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Pelo exposto no quadro acima pode-se verificar que 56,6% dos utentes inscritos no ACES da Arrábida são

residentes no concelho de Setúbal.

b. Cuidados Hospitalares

O Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), fruto da união do Hospital S. Bernardo (HSB) e do Hospital

Ortopédico Sant’lago do Outão (HOSO), foi constituído em 31 de Dezembro de 2005 e desenvolve a sua

actividade em trinta e uma especialidades médicas e serviços [10] [11]. Destaca-se como referência no

tratamento das seguintes especialidades: Cardiologia, Centro de Tratamento da Obesidade,

Gastrenterologia, Infecciologia/HIV-SIDA, Neurologia/Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla,

Oncologia, Ortopedia, Unidade de Dor, Via Verde AVC e Via Verde Coronária [11].

A área de influência inclui os concelhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra, este último a partir de 1 de abril de

2013 [10].

Tabela 35. Centro Hospitalar de Setúbal – Indicadores Gerais de Atividade

Indicadores Gerais de Atividade 2012 2013

Internamento (inclui berçário)

Lotação Média Praticada (n.º de camas) 380 380

Taxa de Ocupação (%) 79,4 80,7

Consultas Externas (inclui consultas não médicas e

efetuadas no âmbito de programa da IVG)

N.º 222.170 220.786

Urgências

N.º 128.445 133.134

Intervenções Cirúrgicas (N.º Total)

Em n.º de doentes 8.681 8.937

Hospital de Dia (inclui Hemodiálise)

N.º de Sessões 29.807 30.275

FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal

De acordo com os indicadores gerais de atividade do CHS, a lotação média praticada manteve-se de 2012

para 2013, sendo que a taxa de ocupação subiu 1,3% (de 79,4% para 80,7%). Paralelamente verificou-se

uma diminuição do n.º de consultas externas (-1384 consultas em 2013) e um aumento do n.º de consultas

de urgência e do n.º de intervenções cirúrgicas (+4689 consultas e +256 intervenções em 2013) [10].

Página 50 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

c. Unidades Privadas de Saúde

Em 2014 estavam licenciados na área de abrangência do ACES da Arrábida, segundo informação

disponibilizada pelo Núcleo de Estudos e Planeamento da ARSLVT, as seguintes unidades privadas de saúde

[10]:

Tabela 36. Unidade privadas de saúde licenciadas, por área geográfica, em 2014

Palmela Sesimbra Setúbal ACES Arrábida

Centros de Enfermagem 4 4 3 11

Unidades de Medicina Física e Reabilitação 2 4 3 9

Clínicas e consultórios médicos 11 8 29 48

Clínicas e consultórios de medicina dentária 15 17 52 84

FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal

O concelho de Setúbal abrange 27,2% e 33,3% dos centros de enfermagem e unidades de medicina física e

reabilitação, assim como mais de 60% das clínicas e consultórios médicos do ACES.

Na área geográfica do ACES da Arrábida, mais especificamente no concelho de Setúbal, encontram-se em

funcionamento dois hospitais privados, o Hospital de Santiago (Hospital da Luz de Setúbal) e o Hospital

Nossa Senhora da Arrábida.

O Hospital de Santiago disponibiliza consultas de diversas especialidades médicas e cirúrgicas, meios

complementares de diagnóstico e tem as condições para internamento e realização de procedimentos

cirúrgicos [10].

O Hospital Nossa Senhora da Arrábida nasceu em 2013, resultante de um projeto conjunto entre a Santa

Casa da Misericórdia de Azeitão e um grupo privado (Grupo Visabeira). Dispõe de internamento em

convalescença, reabilitação, cuidados continuados e paliativos num total de 97 camas. Para além desta

valência tem em funcionamento uma vasta área de ambulatório com cerca de 25 especialidades médicas,

exames complementares de diagnóstico na área da cardiologia e da audiometria e ainda uma unidade de

reabilitação amplamente equipada [12].

De acordo com a informação disponível, na área geográfica do ACES da Arrábida existem 54 farmácias,

sendo que 30 (57,4%) se situam no concelho de Setúbal [10].

Página 51 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 37. Farmácias do Concelho de Setúbal, por freguesia

Farmácias do Concelho de Setúbal

São Sebastião 10

União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)

14

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 1

Sado 2

União das freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) 3

Concelho de Setúbal 30

FONTE: Site “Portal Nacional” [13]

d. Morbilidade

O aparecimento de novas doenças transmissíveis e a reemergência de outras que se supunham

controladas representam uma ameaça e um desafio para a saúde pública. Deste modo, as doenças

infeciosas têm vindo a reassumir relevância crescente a nível europeu e mundial [10].

Tabela 38. Doenças de Declaração Obrigatória no ACES, declaradas no ano de 2015

Doença N.º de Casos

Brucelose 6

Campilobacteriose 3

Dengue 1

Doença dos Legionários 3

Doença Invasiva Pneumocócica 2

Gonorreia 9

Hepatite A 2

Hepatite B 1

Hepatite C 27

Infeção Chlamydia Trachomatis 4

Listeriose 2

Malária 6

Parotidite Epidémica 9

Salmoneloses não Thyphi e não Parathyphi

2

Sífilis Congénita 2

Sífilis não congénita 23

Tosse Convulsa 3

Toxoplasmose Congénita 1

Página 52 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tuberculose 49

Yersiniose 1

Total 156

FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Em 2015, na área geográfica do ACES da Arrábida, foram notificados 156 casos de Doenças de

Declaração Obrigatória (DDO), sendo a tuberculose a doença transmissível mais declarada (31,4%),

seguida da hepatite C (17,3%) e das infeções sexualmente transmissíveis sífilis (14,7%) e gonorreia

(5,8%) [10].

Tuberculose

Em 2016 foram notificados 1.836 casos de tuberculose (TB), dos quais 1.699 são novos casos (até 15 de

abril de 2017). Estes dados representam uma taxa de notificação de 17,8 por 100.000 habitantes e uma

taxa de incidência de 16,5 por 100.000 habitantes. Mantendo-se, como usualmente, uma redução da taxa

de notificação e de incidência de cerca de 5% ao ano, prevê-se que os resultados definitivos sejam

superiores e estimados numa taxa de notificação de 19,8 por 100.000 habitantes e numa taxa de incidência

de 18,0 por 100.000 habitantes, o que, comparativamente com os dados referentes ao início do milénio,

evidencia uma evolução francamente positiva. Efetivamente, no ano 2000, as taxas de notificação e de

incidência situavam-se em valores próximos de 40%, conseguindo-se, neste intervalo de tempo, uma

diminuição para menos de metade [14].

Continua a verificar-se uma concentração dos casos nos distritos de Lisboa e do Porto [14].

Página 53 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Gráfico 1. Notificação e Incidência de Tuberculose em Portugal, 2000-2016

FONTE: DGS (2017), Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose [14], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Dos 1.302 casos com TB pulmonar diagnosticados em 2016 (70,9% do total de casos notificados), 755

(58,0%) tinham exame direto positivo, o que confere maior risco de transmissão de doença aos seus

contactos. Verificaram-se 19 casos (1%) de TB multirresistente (TBMR) [14].

No ano transato, 240 (18,4%) dos casos ocorreram em pessoas nascidas fora do país. Esta proporção tem

vindo a aumentar nos últimos anos. Estima-se que a taxa de incidência de TB na população estrangeira, em

2016, seja de 86,7 por 100.000 habitantes, ou seja, 4,8 vezes superior à incidência nacional estimada. Os

dados definitivos de 2015 mostram que o estado serológico relativo à infeção por VIH foi conhecido em

88,2% dos doentes com TB, dos quais 11,8% foram positivos [14].

Página 54 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Gráfico 2. Taxa de Incidência de Tuberculose por 100 mil Pessoas, por Distrito, 2014

FONTE: DGS (2015), Portugal – Infeção VIH, SIDA e Tuberculose em números – 2015 [15], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Dados de 2014 referem que Porto, Lisboa, Setúbal e Algarve apresentaram incidência intermédia de

tuberculose (>20 casos/100000 e <50 casos/100000 habitantes). Não foi identificado nenhum distrito com

alta incidência [15].

Infeção VIH e SIDA

Em 2016, foram diagnosticados e notificados 841 novos casos de infeção por VIH (até 15 de abril de 2017),

de acordo com a base de dados nacional de vigilância epidemiológica, correspondendo a uma taxa de 8,1

novos casos por 100.000 habitantes. Durante o ano de 2015, esse valor foi de 8,3 novos casos por 100.000

habitantes, valor superior à média da UE/AEE de 6,3 por 100.000 habitantes. A tendência decrescente no

número de novos casos, assistindo-se a uma redução de 73,5% do número de novos casos entre 2000 e

2016, verifica-se graças ao acesso a esquemas terapêuticos mais eficazes e à implementação de políticas e

estratégias na área das drogas, nomeadamente a descriminalização do uso de substância ilícitas e

programas de redução de riscos e minimização de danos (programa troca de seringas e programa de

substituição opiácea) [14].

Página 55 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Gráfico 3. Número de Novos Casos de Infeção por VIH em Portugal (1983-2016)

FONTE: DGS (2017), Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose [14], adaptado por CRI da Península de Setúbal

À data da notificação, 41,1% dos indivíduos residiam no distrito de Lisboa, 18,5% no distrito do Porto e

11,3% no distrito de Setúbal, o que está de acordo com os anos anteriores e confirma a importância das

grandes cidades na epidemiologia da infeção por VIH [14].

Nos concelhos do ACES da Arrábida, a 31 de dezembro de 2012, foram notificados 1468 casos de VIH/SIDA,

dos quais 789 correspondiam a portadores assintomáticos, 113 a casos sintomáticos “não SIDA” e 566 a

casos de SIDA [10].

Tabela 39. Total de Casos VIH/SIDA notificados em 2012, por concelho e por tipo de notificação

Casos Notificados Palmela Sesimbra Setúbal ACES Arrábida

Portador Assintomático 129 67 593 789

Sintomático “não SIDA” 9 10 94 113

SIDA 76 67 423 566

Total 214 144 1110 1468

FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Dos 3 concelhos do ACES, a grande maioria dos casos notificados encontravam-se no concelho de Setúbal

(1110 casos), tendo a notificação em Palmela (214 casos) e em Sesimbra (144 casos) sido muito inferior

[10].

Página 56 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 40. Incidência e proporção de utentes registados em SIARS com “Infeção VIH/SIDA”, na ARS LVT e no ACES da Arrábida, em 2013 e 2015

2013 2015

ACES da Arrábida ARS LVT ACES da Arrábida ARS LVT

Incidência de “infeção VIH/SIDA” 0,50 ‰ 0,50 ‰ 0,41 ‰ 0,38 ‰

Proporção de utentes com “infeção VIH/SIDA” 0,10 ‰ 0,20 ‰ 0,19 ‰ 0,24 ‰

FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Os dados mostram que existiu uma diminuição da incidência de “infeção VIH/SIDA” entre 2013 e 2015,

tanto no ACES da Arrábida como na ARSLVT, sendo que em 2015 a incidência no ACES ultrapassou a da

região LVT.

Contudo, o mesmo não se verifica em relação à proporção de utentes com “infeção VIH/SIDA”, tendo

existido um aumento no ACES em 2015. De qualquer das formas, os valores para este indicador

apresentam-se inferiores aos registados para a região, nos 2 anos.

e. Mortalidade

Tabela 41. 20 Principais causas de mortalidade prematura (Taxa de Anos de Vida Potencial Perdidos/100 000 hab) em Portugal Continental e na Área Metropolitana de Lisboa (A.M.Lisboa),

em 2015

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE

Portugal Continental

A.M.Lisboa

Ordem AVPP / 10

5

HAB Ordem

AVPP / 105

HAB

Todas as causas -- 3411,0 -- 3515,2

Tumores 1º 1265,4 1º 1328,8

Tumores malignos 2º 1253,0 2º 1311,0

Causas externas de lesão e envenenamento 3º 556,7 4º 495,0

Doenças do aparelho circulatório 4º 521,2 3º 562,5

Acidentes e sequelas 5º 280,5 7º 218,2

Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão 6º 212,1 6º 228,7

Doença isquémica do coração 7º 211,5 5º 234,7

Doenças do aparelho digestivo 8º 181,6 9º 168,7

Acidentes de transporte e sequelas 9º 169,4 19º 107,6

Lesões autoprovocadas intencionalmente e sequelas 10º 163,9 11º 156,6

Algumas doenças infeciosas e parasitárias 11º 144,9 8º 205,5

Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas

12º 140,0 16º 128,9

Doenças cerebrovasculares 13º 134,3 13º 141,6

Página 57 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Enfarte agudo do miocárdio 14º 128,7 10º 163,7 Tumor maligno do cólon, reto e ânus 15º 126,8 17º 127,0 Doenças do aparelho respiratório 16º 125,1 20º 101,2 Algumas afeções originadas no período perinatal 17º 115,4 12º 156,2 Tumor maligno do estômago 18º 113,7 22º 99,0 Tumor maligno da mama 19º 112,9 14º 140,9 Doenças do sistema nervoso e dos orgãos dos sentidos 20º 110,2 21º 99,8

VIH/SIDA - Infeção por vírus da imunodeficiência humana

22º 83,9 15º 138,9

Perturbações mentais e do comportamento 38º 19,1 42º 13,1

Tuberculose 40º 13,4 43º 12,5

Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica) 44º 7,6 47º 5,0

Dependência de drogas, toxicomania 52º 2,3 52º 1,1 Fonte: INE (2015) [3], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A análise de todas as causas de mortalidade prematura permite verificar que a Área Metropolitana de

Lisboa (AML) apresenta uma maior Taxa de Anos de Vida Potencialmente Perdidos que Portugal

Continental (3515,2 vs. 3411,0). Quando se analisam as causas de mortalidade individualmente,

comparando Portugal Continental e a AML, percebe-se que não estão na mesma ordem de ocorrência.

Se nos focarmos na causa de mortalidade “VIH/SIDA - Infeção por vírus da imunodeficiência humana”,

verifica-se uma diferença significativa entre Portugal e AML, sendo a 15ª causa de morte na AML e a 22ª

causa em Portugal.

As causas de morte relacionadas com o consumo de SPA – “Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica)” e

“Dependência de drogas, toxicomania” encontram-se no fim da tabela, não revelando muitos anos de vida

potencialmente perdidos.

Tabela 42. Evolução da Taxa Bruta de Mortalidade (‰), por local de residência

Local de Residência

Taxa Bruta de Mortalidade (‰)

2001 2011 2014

Portugal Continental 10,1 9,8 10,1

RLVT 9,7 9,0 9,3

Palmela 9,3 8,8 8,8

Sesimbra 8,9 9,0 8,9

Setúbal 9,7 8,9 10,2

FONTE: ARSLVT (2016), Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida [10], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 58 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

A Taxa Bruta de Mortalidade de Portugal Continental manteve-se praticamente estável com pequenas

oscilações entre 2001-2014 [8]. Relativamente ao Concelho de Setúbal verificou-se um aumento da taxa de

mortalidade, principalmente entre 2011-2014, apresentando-se superior à taxa nacional em 2014.

f. Doença Mental

Gráfico 4. Prevalência de vida das perturbações psiquiátricas (%) (exceto perturbações psicóticas esquizofrénicas e delirantes), Portugal (2013)

FONTE: DGS (2014), Portugal – Saúde Mental em números – 2014 [16], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Os valores estimados para a prevalência de vida das perturbações psiquiátricas, mostram que estas afetam

mais de um terço da população portuguesa (42,7%). No global destacam-se as perturbações da ansiedade

(25,8%) e as perturbações depressivas (19,3%) como mais elevadas [16].

Página 59 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Gráfico 5. Evolução das taxas de mortalidade bruta e padronizada por Doenças Atribuíveis ao Álcool, por 100.000 habitantes, Portugal Continental (2008-2014)

FONTE: DGS (2014) (2016), Portugal – Saúde Mental em números – 2014 e 2015 [16] e [17], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A evolução das taxas de mortalidade por doenças atribuíveis ao álcool não apresenta uma variação

substancial nos últimos sete anos, diminuindo ligeiramente na taxa padronizada entre 2008 e 2014. Estes

dados são concordantes com outros indicadores relacionados com os padrões do consumo do álcool,

nomeadamente com a diminuição do consumo per capita em Portugal entre 1990 e 2010 (WHO 2014) [17].

Tabela 43. Vítimas mortais de acidente de viação (condutor do veículo) autopsiadas pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses - rastreio e confirmação de substâncias

psicotrópicas e distribuição dos casos positivos, Portugal (2009-2014)

2009 2010 2011 2012 2013 2014

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Total 309 100,0 310 100,0 289 100,0 243 100,0 233 100,0 243 100,0

Negativos 288 93,2 292 94,2 265 91,7 222 91,4 207 88,8 219 90,1

Positivos 21 6,8 18 5,8 24 8,3 21 8,6 26 11,2 24 9,9

Cannabinóides 12 57,1 6 33,3 8 33,3 3 14,3 3 11,5 7 29,2

Opiáceos 5 23,8 1 5,6 2 8,3 6 28,6 7 26,9 8 33,3

Página 60 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Cocaína e metabolitos 4 19,0 1 5,6 2 8,3 0 0,0 1 3,8 0 0,0

Anfetaminas e derivados 0 0,0 0 0,0 1 4,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0

Álcool (TAS ≥ 0,1g/L) + Drogas ND -- 10 55,6 10 41,7 10 47,6 14 53,8 8 33,3

Droga + Droga ND -- 0 0,0 1 4,2 2 9,5 1 3,8 1 4,2

FONTE: DGS (2014) (2016), Portugal – Saúde Mental em números – 2014 e 2015 [16] e [17], adaptado por CRI da Península de Setúbal

O número de vítimas mortais em acidentes de viação com resultados positivos no rastreio para a presença

de substâncias psicotrópicas, tem estabilizado entre 2009 e 2014, representando 9,9% do total dos

rastreios feitos em 2014 pelo Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses. A distribuição dos casos

positivos mostra que as deteções positivas mais frequentes em 2014 foram a de opiáceos e da combinação

de álcool e drogas (33,3%) [17].

Página 61 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

CARACTERIZAÇÃO DA PROBLEMÁTICA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS E ILÍCITAS, COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS

1. EXPERIMENTAÇÃO/ PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

Em Portugal o “Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências” (SICAD) ou as instituições que o precederam, têm tido a

responsabilidade de efetuar o levantamento da situação sobre os consumos de substâncias psicoactivas [18].

Os estudos nacionais sobre a epidemiologia do consumo das substâncias psicoativas – álcool, tabaco, medicamentos psicoativos e drogas – em populações gerais

(consumidores e não consumidores dessas substâncias), realizados em Portugal, incluem estudos realizados nas escolas, nos domicílios e, também em meios sob

controlo judicial como sejam as prisões ou os centros educativos para os “menores sob tutela” [18].

b. Em Meio Escolar

Os estudos realizados nas escolas (em alunos do ensino público) inserem-se no “Programa de Estudos em Meio Escolar” do SICAD (ou as instituições que o

precederam) e decorreram no âmbito de três projetos: “Estudos em Meio Escolar” (EME), “Inquérito Nacional em Meio Escolar” (INME) e “Inquérito Europeu, em

Meio Escolar, sobre o Consumo de Álcool e outras Drogas” (ESPAD) – European School Survey Project on Alcohol and other Drugs [18].

Página 62 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Gráfico 6. Prevalências de Consumo de SPA ao Longo da Vida em Portugal (%), em Estudantes do ensino público, por substância e idade (comparação entre 2011 e 2015)

36,2

30,7

54,6

48,1

72,1

65,1

82,1

76,9

88,1

87,1 9

0,6

91,1

16,9

11,9

29,3

21,5

42,4

32,1

52,6

43,0

56,4

53,5 6

0,4

58,7

4,4

2,8

8,4

5,4

12,3

10,3

21,3

17,8

26,5

27,0 3

1,2 3

5,2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015 2011 2015

13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos

Álcool Tabaco Droga

FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Pelos dados apresentados no gráfico acima constata-se que as prevalências dos consumos (qualquer que seja a substância considerada) vão aumentando de

acordo com o aumento da idade dos jovens, como seria expectável. Comparando os anos, verifica-se, na sua maioria, uma diminuição do consumo de todas

substâncias consideradas.

Página 63 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Verifica-se que o álcool continua a ser a substância psicoativa lícita mais consumida entre os jovens em meio escolar. Os valores das prevalências de

experimentação do álcool (prevalência ao longo da vida – PLV) mantêm-se elevados, tendo-se verificado um decréscimo em 2015 por comparação com o ano de

2011, para todas as idades excepto os 18 anos.

Também em relação ao consumo do tabaco se mantêm as tendências registadas para os consumos de álcool, quer nos valores das prevalências de

experimentação (que aumentam de acordo com o aumento da idade dos jovens) quer na diminuição do consumo registada entre 2011-2015 para todas as idades.

No que diz respeito ao consumo de droga, SPA ílicitas, também se confirma um aumento da prevalência de experimentação coincidente com o aumento da idade

dos jovens. Contudo, e ao contrário das outras substâncias, constatou-se um acréscimo no consumo de droga entre 2011-2015, nos jovens de 17 e 18 anos.

Página 64 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Gráfico 7. Prevalências de Consumo de ÁLCOOL ao Longo da Vida (PLV), nos últimos 12 meses (P12M) e nos últimos 30 dias (P30D) (%), em Estudantes do ensino público, por género e idade (2015)

30,6

20,1

9,4

48,3

35,8

18,7

65,2

52,8

30,9

76,8

67,2

43,1

87,1

78,9

57,2

91,0

85,5

67,4

34,9

21,3

8,8

51,8

36,0

18,4

67,9

53,8

32,7

77,2

67,4

45,0

89,1

81,9

62,1

91,4

86,5

71,8

26,3

18,7

9,7

45,3

35,6

18,9

62,7

52,0

29,2

76,5

67,1

41,5

85,5

76,3

52,9

90,8

84,7

64,2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PLV P1 2M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P3 0D PLV P12M P 30D

13 A nos 14 A nos 15 A nos 16 A nos 17 A nos 18 A nos

Total M asc Fe m

FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal

As tendências verificadas nas PLV mantiveram-se no que respeita à Prevalência nos últimos 12 meses (P12M) e à Prevalência nos últimos 30 dias (P30D).

Página 65 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

A tabela anterior mostra ainda que o género masculino apresenta um consumo superior ao género feminino, nas idades dos 15-18, em todas as prevalências, mas

que nas idades mais novas – 13-14 anos, na P30D, as raparigas registam uma prevalência de consumo superior.

Gráfico 8. Prevalências de Consumo de ÁLCOOL últimos 30 dias (P30D) (%), Estudantes do ensino público, por Tipo de Bebida Alcoólica, género e idade (2015)

CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST CERV ALCP VIN DST MST

13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos

Total 8,5 6,3 7,0 6,1 7,6 14,0 12,0 12,4 12,1 12,5 24,0 21,0 16,3 22,3 20,6 30,1 28,2 19,6 31,5 28,3 40,5 37,0 28,1 44,3 37,0 45,9 43,0 35,3 51,7 47,3

Masc 9,1 5,5 6,8 4,5 6,1 14,6 11,3 13,2 10,5 11,7 28,0 22,8 17,3 21,7 19,5 36,4 29,1 20,6 30,1 27,0 50,5 40,0 30,3 45,9 38,0 59,2 44,7 38,9 53,9 47,3

Fem 7,6 6,5 7,0 7,4 8,7 13,6 12,6 11,0 13,5 13,3 20,3 19,5 15,5 22,9 21,7 24,9 27,5 18,8 32,9 29,7 31,9 34,2 20,1 42,7 36,1 36,1 41,9 32,7 50,1 47,2

0

10

20

30

40

50

60

70

FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 66 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Em relação às bebidas alcoólicas mais consumidas pelos jovens, os dados diferem muito com a idade. A cerveja destaca-se como a bebida mais consumida nas

idades mais jovens (13-15 anos), sendo as bebidas destiladas as mais consumidas nos jovens mais velhos (16-18). Nota-se, para todas as idades um consumo

elevado de “misturas” (exemplo: sangria).

Gráfico 9. Prevalências Consumo de TABACO ao Longo da Vida (PLV), últimos 12 meses (P12M) e últimos 30 dias (P30D) (%), Estudantes do ensino público, por género e idade (2015)

Página 67 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

11,7

7,8

4,2

21,9

15,0

8,6

31,9

23,2

14,6

42,9

31,7

20,1

53,5

40,5

27,0

58,7

45,7

32,0

11,1

6,5

2,6

23,0

14,4

8,4

32,0

22,3

14,5

42,5

30,3

18,7

52,9

39,3

26,5

59,3

47,9

34,6

12,3

8,9

5,5

20,8

15,4

8,7

32,0

24,2

14,8

43,2

32,9

21,3

53,8

41,4

27,1

58,3

44,1

30,1

0

10

20

30

40

50

60

70

PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D

13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos

Total Masc Fem

FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Contrariamente ao registado para o consumo do álcool, em relação ao tabaco verifica-se que o género feminino apresenta consumos superiores desta substância

para todas as idades, excepto os 18 anos, tanto na P12M como na P30D.

Página 68 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Gráfico 10. Prevalências de Consumo de DROGA ao Longo da Vida (PLV), últimos 12 meses (P12M) e últimos 30 dias (P30D) (%), studantes do ensino público, por género e idade (2015)

2,7

1,6

0,8

5,9

3,9

1,9

10,1

7,7

3,9

17,7

14,2

7,9

27,0

21,1

11,2

35,2

27,4

14,5

3,0

1,4

0,7

6,8

4,1

2,3

12,2

9,4

4,6

19,4

15,3

8,3

30,9

24,7

14,4

43,0

34,5

19,6

2,3

1,7

0,8

4,9

3,7

1,6

8,1

6,1

3,2

16,2

13,2

7,6

23,7

18,0

8,3

29,6

22,3

10,7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D PLV P12M P30D

13 Anos 14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos 18 Anos

Total Masc Fem

FONTE: ECATD_CAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015 [18], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Relativamente às substâncias psicoativas ilícitas também se verifica um aumento do consumo de acordo com a idade, registando-se, a partir dos 15 anos,

diferenças significativas entre o género masculino e o feminino, com os rapazes a consumirem mais. De acordo com o exposto no Estudo, a substância ilícita mais

consumida é a cannabis [18].

Segundo o estudo “Aventura Social” – Health Behaviour in School aged Children (HBSC) de 2014, a maioria

dos adolescentes refere que nunca experimentou tabaco (77,8%), 58,8% relatam nunca ter bebido bebidas

alcoólicas e 93,7% diz nunca ter consumido substâncias ilícitas/drogas.

Tabela 44. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Experimentação de Substâncias Psicoativas (2014)

% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE

EXPERIMENTAÇÃO

IDADE DA EXPERIMENTAÇÃO COMPARAÇÃO ENTRE

GÉNEROS

11 ANOS OU

MENOS 12 ANOS 13 ANOS

14 ANOS OU

MAIS RAPAZES RAPARIGAS

TABACO 22,2 14,2 20,6 29,5 35,7 19,5 24,6

ÁLCOOL 41,2 21,1 23,3 25,4 30,3 39,8 42,5

DROGAS 6,3 7,6 11,3 16,8 64,3 8,1 4,8

FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Dos jovens que assumem ter experimentado o consumo destas substâncias, maioritariamente fizeram-no a

partir dos 14 anos e, no que diz respeito ao tabaco e ao álcool, mais as raparigas que os rapazes.

Tabela 45. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Consumo de Tabaco (2014)

% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE

NÃO FUM

A

FUMA

TOTAL

TODOS OS DIAS (% DO TOTAL)

≥ 1X/ SEMANA (% DO TOTAL)

< 1X/ SEMANA (% DO TOTAL)

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

TABACO

92,5 7,5 35,4 37,5 33,7 31,3 35,9 27,6 33,3 26,6 38,6

FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Em relação ao consumo de tabaco, 92,5% dos jovens refere não fumar. Comparando com os estudos

anteriores referidos, a percentagem dos alunos que fumam tem vindo a diminuir desde 2002 [19].

De acordo com os dados da tabela anterior, os jovens que fumam apresentam frequências de consumo

diversificadas, com 35,4% a referir fumar todos os dias.

Página 70 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 46. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Consumo de Álcool – existência e frequência de consumo (2014)

% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE

NUNCA

BEBEU

CONSUMO PELO MENOS 1 VEZ/ FREQUÊNCIA DO CONSUMO

TOTAL

20 OU MAIS DIAS (% DO TOTAL)

ENTRE 6 A 19 DIAS (% DO TOTAL)

MENOS DE 6 DIAS (% DO TOTAL)

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

ÚLTIMOS 30 DIAS

85,8 14,2 7,9 10,4 5,1 14,3 14,4 14,1 77,8 75,2 80,7

TODA A VIDA

67,7 32,3 20,3 24,2 16,6 20,5 18,1 22,8 59,2 57,7 60,6

FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Relativamente ao consumo do álcool, 32,3% dos jovens assume ter bebido bebidas alcoólicas pelo menos

uma vez ao longo da vida, diminuindo para 14,2% os que referem ter bebido no último mês.

Segundo o Estudo HBSC [19] a bebida alcoólica mais consumida é a cerveja, sendo que os rapazes bebem

mais frequentemente que as raparigas.

Tabela 47. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Consumo de Álcool – Número de Bebidas com Álcool que Consome numa Ocasião em que se

esteja a beber (2014)

% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE

N.º DE BEBIDAS NUMA OCASIÃO

MÉDIA RAPAZES RAPARIGAS

1 BEBIDA OU MENOS

55,2 54,6 55,7

2 A 4 BEBIDAS 31,4 30,3 32,3

5 BEBIDAS OU MAIS

13,4 15,1 12,0

FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Pelos dados apresentados na tabela acima percebe-se que a maioria dos jovens, quando ingere bebidas

alcoólicas, bebe apenas 1 bebida ou menos (55,2%), sendo este comportamento mais frequente nas

raparigas.

Página 71 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 48. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos de Consumo de Drogas – existência e frequência de consumo no último mês (2014)

% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE

NUNCA CONSUMI

U

CONSUMO PELO MENOS 1 VEZ/ FREQUÊNCIA DO CONSUMO

TOTAL

CONSUMO REGULAR (% DO TOTAL)

MAIS DO QUE 1 VEZ (% DO TOTAL)

1 VEZ (% DO TOTAL)

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

MÉDIA

RAPAZES

RAPARIGAS

ÚLTIMO MÊS

96,7 3,3 19,7 21,5 16,3 43,4 41,8 46,5 36,9 36,7 37,2

FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A maioria dos jovens refere que não consumiu drogas no último mês (96,7%). No entanto, e relativamente

aos jovens que referem consumos de substâncias psicoativas ilícitas, 19,7% assume fazê-lo regularmente,

maioritariamente rapazes. De acordo com o Estudo HBSC [19] a substância ilícita mais consumida pelos

jovens é a cannabis.

Tabela 49. Percentagem da população escolarizada do 8º ao 10º ano (%) que refere comportamentos sexuais associados ao uso de Substâncias Psicoativas (2014)

% POPULAÇÃO ESCOLARIZADA DO 8º AO 10º ANO QUE REFERE

MÉDIA RAPAZES RAPARIGAS

Ter tido relações sexuais 12,8 18,1 7,9

Ter tido relações sexuais associadas ao consumo de álcool ou drogas

15,9 19,0 10,3

Utilizou preservativo na última relação sexual 70,4 69,1 72,9

Razão para não utilização de preservativo na relação sexual

Beber álcool em excesso

23,9 S.I. S.I.

Tomaram drogas 18,2 S.I. S.I.

FONTE: Relatório do Estudo HBSC (Health Behaviour in School aged Children), 2014 [19], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Um outro aspeto compreendido pelo Estudo HBSC [19] diz respeito aos comportamentos de risco

associados ao consumo de SPA. Entre os adolescentes que já tiveram relações sexuais (12,8%), 15,9%

refere que estas estiveram associadas ao consumo de álcool ou drogas, sendo os rapazes que mais

contribuem para esta percentagem.

Página 72 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

O estudo refere ainda que 29,6% dos jovens assume não ter utilizado preservativo na sua última relação

sexual, sendo a razão “beber álcool em excesso” referida por 23,9% dos jovens e a razão “tomaram drogas”

referida por 18,2% destes.

c. Na População Geral

Segundo os dados apresentados pelo IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na

População Geral, Portugal 2016/17, há de modo geral, entre 2012 e 2016/17 (independentemente da

temporalidade considerada – longo da vida, últimos 12 meses e últimos 30 dias), uma subida das

prevalências, dos consumos de álcool e tabaco, e de uma qualquer substância psicoativa ilícita (marcada,

essencialmente, pelo peso da cannabis) [20].

Tabela 50. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas lícitas ao longo da vida, último ano e último mês, na população portuguesa com idades entre 15-74 anos, segundo o ano e sexo (%):

País 2012-2016/17

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS (%) NO PAÍS

LONGO DA VIDA ÚLTIMO ANO ÚLTIMO MÊS

TAXA DE

CONTINUIDADE DE

CONSUMOS

2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17

Tabaco

Total 44,0 46,4 25,6 28,9 23,9 27,8 58,1 62,3

Masculino 59,6 57,1 34,2 35,7 32,6 34,3 57,4 62,5

Feminino 29,6 36,4 17,6 22,6 15,9 21,8 59,5 62,1

Álcool

Total 73,2 85,2 59,9 58,2 49,7 48,4 81,9 68,3

Masculino 85,3 91,6 73,6 68,4 66,5 60,6 86,3 74,6

Feminino 61,8 79,2 47,1 48,7 34,1 36,9 76,2 61,5

Medicamentos

Total 21,8 13,5 13,7 9,4 11,6 8,3 62,8 69,5

Masculino 13,8 8,7 8,1 5,9 6,6 5,2 58,9 68,0

Feminino 29,3 18,0 18,9 12,6 16,3 11,2 64,5 48,3

Fonte: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral [20], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 73 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

O consumo do tabaco apresenta uma ligeira subida da prevalência ao longo da vida, que se deve sobretudo

ao aumento do consumo entre as mulheres [20].

O consumo de álcool apresenta aumentos das prevalências ao longo da vida, quer entre a população total

(15-74 anos) quer entre homens e mulheres [20].

Já os medicamentos, terceira substância mais consumida na população total, as prevalências descem entre

as duas aplicações (ano 2012 e ano 2016/17), independentemente do género considerado [20].

Tabela 51. Prevalência do consumo de substâncias psicoativas ilícitas ao longo da vida, último ano e último mês, na população portuguesa com idades entre 15-74 anos, segundo o ano e sexo (%):

País 2012-2016/17

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS ILÍCITAS (%) NO PAÍS

LONGO DA VIDA ÚLTIMO ANO ÚLTIMO MÊS

TAXA DE

CONTINUIDADE DE

CONSUMOS

2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17

Qualquer

Substância

ilícita

Total 8,4 10,2 2,4 4,7 1,5 3,8 28,0 45,3

Masculino 13,0 14,6 3,7 6,8 2,3 5,4 27,7 45,9

Feminino 4,0 6,2 1,2 2,7 0,7 2,3 29,1 44,1

Cannabis

Total 8,2 9,6 2,3 4,4 1,5 3,7 28,2 46,2

Masculino 12,9 13,7 3,6 6,4 2,3 5,3 27,8 46,5

Feminino 3,8 5,7 1,1 2,6 0,7 2,2 29,6 45,8

Cocaina

Total 1,0 1,1 0,2 0,2 0,1 0,1 18,3 16,9

Masculino 1,6 1,7 0,3 0,3 0,1 0,2 18,7 16,3

Feminino 0,5 0,5 0,1 0,1 0,1 0,0 17,1 21,9

Anfetaminas

Total 0,4 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 7,8 0,0

Masculino 0,6 0,5 0,1 0,0 0,1 0,0 11,1 0,0

Feminino 0,2 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Ecstasy

Total 1,1 0,6 0,2 0,1 0,1 0,0 19,4 18,4

Masculino 1,7 0,9 0,3 0,2 0,3 0,0 18,1 20,4

Feminino 0,6 0,4 0,1 0,0 0,0 0,0 23,1 13,6

Página 74 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Heroina

Total 0,5 0,5 0,0 0,1 0,0 0,0 7,3 10,7

Masculino 0,9 0,7 0,0 0,1 0,0 0,0 2,7 7,9

Feminino 0,1 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 39,1 16,7

LSD

Total 0,5 0,4 0,1 0,0 0,1 0,0 29,5 7,0

Masculino 0,8 0,7 0,3 0,1 0,2 0,0 39,4 7,9

Feminino 0,2 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Cogumelos Aluc.

Total 0,5 0,2 0,1 0,0 0,0 0,0 13,5 0,0

Masculino 0,7 0,4 0,1 0,0 0,0 0,0 9,9 0,0

Feminino 0,3 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 21,3 0,0

NSP

Total 0,4 0,2 0,1 0,1 0,0 0,0 32,3 41,4

Masculino 0,5 0,4 0,2 0,3 0,0 0,0 42,6 65,2

Feminino 0,3 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 14,9 42,9

Fonte: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral [20], adaptado por CRI da Península de Setúbal

As prevalências do consumo de qualquer substância psicoativa ilícita sobem dos 8,4% registados em 2012

para os 10,2% em 2016/17. Registaram-se subidas em ambos os géneros, sendo também estas as

tendências que se verificam na cannabis, substância que tem o maior peso na prevalência de qualquer

substância psicoativa ilícita [20].

A prevalência do consumo de cocaína sobe ligeiramente na população total, devido ao aumento registado

para o género masculino [20].

As anfetaminas apresentam uma prevalência de consumo ao longo da vida igual à registada em 2012 na

população total, tendo descido entre os homens, mas aumentado entre as mulheres [20].

A heroína apresenta uma prevalência de consumo igual à verificada em 2012, havendo uma diminuição da

prevalência do consumo entre os homens e uma subida entre as mulheres [20].

Em todas as outras substâncias consideradas há uma descida das prevalências de consumo ao longo da

vida, na população total e independentemente do género [20].

A taxa de continuidade indica a proporção daqueles que, tendo consumido uma dada substância ao longo

da vida, declaram ter consumido essa mesma substância no último ano [20].

Página 75 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

As taxas de continuidade variam de acordo com a substância. São mais elevadas nas substâncias psicoativas

lícitas, principalmente no álcool (a rondar os 70%), e mais baixas nas substâncias psicoativas ilícitas,

principalmente nos casos das anfetaminas e dos cogumelos alucinógenos (entre 0 e 1%) [20].

As taxas de continuidade são mais elevadas entre os homens, exceto no que diz respeito ao consumo de

cocaína e heroína [20].

Comparativamente a 2012, subiram as taxas de continuidade do consumo de tabaco, medicamentos,

cannabis, heroína e das novas substâncias psicoactivas [20].

2. DISPONIBILIDADE DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

Tabela 52. Apreensões por Distrito (N.º e quantidade de substância) – anos 2014, 2015 e 2016

LOCALIZAÇÃO (DISTRITO)

Setúbal PORTUGAL

SUBSTÂNCIAS

APREENDIDAS POR ANO,

N.º DE APREENSÕES E

QUANTIDADES

APREENDIDAS (KG/

UNIDADES)

HEROÍNA

2014

N.º 41 681

Kg 0,72 36,35

2015

N.º 72 755

Kg 19,20 96,58

2016

N.º 65 766

Kg 4,33 56,85

COCAÍNA

2014

N.º 61 1042

Kg 448,10 3715,85

2015

N.º 87 1078

Kg 109,76 6029,62

2016

N.º 76 1127

Kg 1,1 1045,62

CANNABIS

2014

N.º 397 3418

Kg 212,21 32874,40

2015

N.º 490 4154

Kg 284,04 2421,63

Página 76 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

2016

N.º 474 4652

Kg 217,93 7061,72

ECSTASY

2014

N.º 7 141

UNIDADES 175 7044

2015

N.º 7 178

UNIDADES 55 50857

2016

N.º 10 279

UNIDADES 1322 151265

FONTE: Relatórios Anuais de 2014, 2015 e 2016 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Secção Central de Informação Criminal da Polícia Judiciária [21], [22] e [23], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Os dados da tabela anterior mostram que a substância com maior número de apreensões é a cannabis,

seguida da cocaína, quer em Portugal, quer no distrito de Setúbal.

Ao longo dos 3 anos de análise (2014-2016) verifica-se uma evolução positiva no número de apreensões em

Portugal, situação que não acontece com o distrito de Setúbal, que mostra uma diminuição das apreensões

de todas as substâncias analisadas, com excepção do ecstasy, onde se verificou um aumento no número de

apreensões entre 2015 e 2016.

Se olharmos para todas as substâncias apreendidas apresentadas na tabela, verifica-se que as apreensões

ocorridas no distrito de Setúbal representam uma média de 9,8% das apreensões nacionais nos 3 anos.

Tabela 53. Processos de contraordenação e substâncias psicoativas apreendidas: por local de Residência do Infrator

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

PROCESSOS DE CONTRAORDENAÇÃO POR LOCAL DE RESIDÊNCIA DO INFRACTOR

SUSBSTÂNCIAS PSICOATIVAS APREENDIDAS

CANNABIS HAXIXE

CANNABIS ERVA

HEROÍNA COCAINA OUTRAS

Setúbal (São Sebastião) 41 33 1 3 4 0

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da

Graça)

85 77 3 1 3 1

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 0 0 0 0 0 0

Página 77 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Sado 1 1 0 0 0 0

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 9 9 0 0 0 0

SETÚBAL (CONCELHO) 136 120 4 4 7 1

FONTE: CDT de Setúbal – dados de 2016 [24], adaptado por CRI da Península de Setúbal

A União de freguesias de Setúbal é que apresenta maior número de processos de contraordenação (85). É

também a freguesia onde se regista maior quantidade de substâncias apreendidas, representando 62,5%

do total de substâncias apreendidas no concelho. Destas substâncias, a cannabis destaca-se

marcadamente.

3. CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES EM ACOMPANHAMENTO NA(S) EQUIPA(S) DE TRATAMENTO

DA(S) UIL DA DICAD/ ARSLVT, IP DO TERRITÓRIO EM ANÁLISE

Para a realização da análise dos dados expostos neste capítulo foram utilizadas informações recolhidas das

Equipas de Tratamento (ET) das oito Unidades de Intervenção Local (UIL) da ARSLVT, através do Sistema de

Informação Multidisciplinar (SIM).

Neste contexto importa referir o significado de alguns termos que serão correntemente utilizados, como:

Utente Admitido (novo): utente com pelo menos um evento assistencial realizado no período em estudo

registado nesta Unidade, e que antes desse período nunca apresentou qualquer evento nesta Unidade.

Utente Ativo: todo o utente com pelo menos um evento assistencial realizado no período em estudo

registado nesta Unidade.

Tabela 54. Utentes admitidos e ativos nas Equipas de Tratamento das IUL da ARSLVT, entre 2014 e 2016

UTENTES 2014 UTENTES 2015 UTENTES 2016

ADMITIDOS ATIVOS ADMITIDOS ATIVOS ADMITIDOS ATIVOS

(N.º) (%) (N.º) (%) (N.º) (%) (N.º) (%) (N.º) (%) (N.º) (%)

Número total de utentes ativos da Região de Lisboa e Vale do Tejo, atendidos nas oito

3424 100,0 15343 100,0 3676 100,0 15443 100,0 3747 100,0 15074 100,0

Página 78 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

UIL da ARSLVT

Número total de utentes ativos nas Equipas de Tratamento do CRI da Península de Setúbal

689 20,1 (LVT)

3629 23,7 (LVT)

710 19,3 (LVT)

3602 23,3 (LVT)

720 19,2 (LVT)

3560 23,6 (LVT)

Número total de utentes ativos na Equipa de Tratamento de Setúbal

251

7,3 (LVT)

36,4 (CRI)

777

5,1 (LVT)

21,4 (CRI)

161

4,4 (LVT)

22,7 (CRI)

712

4,6 (LVT)

19,8 (CRI)

185

4,9 (LVT)

25,7 (CRI)

758

5,0 (LVT)

21,3 (CRI)

Número total de utentes ativos na Equipa de Tratamento de Setúbal residentes no Concelho de Setúbal

186 74,1 (ETS)

587 75,5 (ETS)

149 92,5 (ETS)

521 73,2 (ETS)

172 93,0 (ETS)

561 74,0 (ETS)

FONTE: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Analisando os dados da tabela acima, verifica-se que houve um aumento de utentes admitidos ao longo

dos anos, tanto nas 8 UIL como no CRI, contudo o número de ativos no CRI foi reduzindo. Na Equipa de

Tratamento de Setúbal houve um ligeiro decréscimo nos utentes admitidos e ativos em 2015, tendo

aumentado novamente em 2016. De salientar que 74,0% dos utentes em acompanhamento na ET de

Setúbal são residentes no concelho.

Para a caracterização dos consumos e dos utentes realizada nos pontos seguintes, foram considerados os

utentes ativos em 2016, com residência no concelho do Setúbal, acompanhados pela ET.

a. Caracterização dos consumos

Tabela 55. Droga Principal

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUESIA

PRINCIPAL SUBSTÂNCIA CONSUMIDA PELOS UTENTES

SEM

SUBSTÂNCIA

PRINCIPAL

HEROÍNA COCAÍNA CANNABIS ÁLCOOL

OUTRAS

SUBSTÂNCIAS

PSICOATIVAS*

SEM

INFORMAÇÃO

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT

Página 79 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Setúbal (São Sebastião) 281 82 29,2 104 37,0 19 6,8 20 7,1 34 12,1 1 0,4 20 7,1

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

192 60 31,3 68 35,4 6 3,1 18 9,4 31 16,1 0 0,0 9 4,7

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 2 11,1 6 33,3 0 0,0 2 11,1 2 11,1 0 0,0 6 33,3

Sado 24 3 12,5 6 25,0 1 4,2 0 0,0 10 41,7 0 0,0 4 16,7

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 29 4 13,8 13 44,8 2 6,9 0 0,0 8 27,6 0 0,0 2 6,9

SETÚBAL (CONCELHO) 544 151 27,8 197 36,2 28 5,1 40 7,4 85 15,6 1 0,2 41 7,5

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal (* Envolve Alucinogénios, Anfetaminas, Benzodiazepinas, Ecstasy/MDMA, Outros Estimulantes, Outros Hipnóticos, Tabaco e Outras Substâncias)

Entre os utentes ativos a heroína continua a ser a substância mais referida como droga principal (197

utentes/36,2%), seguida do álcool (85 utentes/15,6%).

De salientar o facto de existirem 151 utentes (27,8%) que referem não ter uma substância principal de

consumo.

b. Caracterização Sociodemográfica

Tabela 56. Utentes ativos em 2016 (N.º e %)

LOCAL RESIDÊNCIA N.º

UTENTES % UTENTES

Setúbal (São Sebastião) 281 50,1

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

192 34,2

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 3,2

Sado 24 4,3

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 29 5,2

Sem Informação 17 3,0

Página 80 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

SETÚBAL (CONCELHO) 561 100,0

FONTE: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Pela análise dos dados apresentados na tabela, a freguesia com maior representatividade de utentes é a

São Sebastião (50,1%) e a com menor é a Gambia-Pontes-Alto da Guerra (3,2%).

Tabela 57. Utentes ativos por género e por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUESIA

GÉNERO DOS UTENTES

MASCULINO FEMININO

N.º UT % UT. N.º UT % UT.

Setúbal (São Sebastião) 281 228 81,1 53 18,9

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

192 148 77,1 44 22,9

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 14 77,8 4 22,2

Sado 24 21 87,5 3 12,5

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão)

29 24 82,8 5 17,2

Sem Informação 17 12 70,6 5 29,4

SETÚBAL (CONCELHO) 561 447 79,7 114 20,3

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Caracterizando a população utente relativamente ao género, confirma-se que a maioria dos utentes

(79,7%) é do sexo masculino.

Tabela 58. Utentes (N.º e %) segundo o grupo etário, por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUESIA

GRUPOS ETÁRIOS DOS UTENTES MÉDIA

DE

IDADES

0 - 14 ANOS 15 - 24 ANOS 25 - 44 ANOS 45 - 64 ANOS 65 OU MAIS

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT.

Página 81 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Setúbal (São Sebastião) 281 0 0,0 22 7,8 147 52,3 112 39,9 0 0,0 41

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

192 1 0,5 14 7,3 91 47,4 85 44,3 1 0,5 43

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 0 0,0 5 27,8 8 44,4 5 27,8 0 0,0 35

Sado 24 0 0,0 2 8,3 11 45,8 11 45,8 0 0,0 41

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 29 0 0,0 2 6,9 11 37,9 15 51,7 1 3,4 44

Sem Informação 17 0 0,0 1 5,9 6 35,3 10 58,8 0 0,0 47

SETÚBAL (CONCELHO) 561 1 0,2 46 8,2 274 48,8 238 42,4 2 0,4 42

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Relativamente à análise da distribuição dos utentes por idades, verifica-se que no cômputo geral, as faixas

etárias abaixo dos 24 e acima dos 65 anos têm uma representatividade baixa, sendo a faixa etária dos 25 -

44 anos e a dos 45 – 64anos, as que se destacam, englobando 48,8% e 42,4% dos utentes, respetivamente.

Tabela 59. Utentes (N.º e %) segundo o Estado Civil, por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUESIA

ESTADO CIVIL DOS UTENTES

SOLTEIRO CASADO/

JUNTO

SEPARADO/

DIVORCIADO VIÚVO DESCONHECIDO

SEM

INFORMAÇÃO

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT

Setúbal (São Sebastião) 281 94 33,5 85 30,2 39 13,9 1 0,4 10 3,6 52 18,5

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

192 75 39,1 37 19,3 30 15,6 2 1,0 6 3,1 42 21,9

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 8 44,4 6 33,3 2 11,1 0 0,0 0 0,0 2 11,1

Sado 24 10 41,7 7 29,2 4 16,7 1 4,2 0 0,0 2 8,3

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 29 11 37,9 8 27,6 5 17,2 1 3,4 1 3,4 3 10,3

SETÚBAL (CONCELHO) 544 198 36,4 143 26,3 80 14,7 5 0,9 17 3,1 101 18,6

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 82 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Quanto ao estado civil dos utentes, 36,4% apresenta-se solteiro, enquanto 26,3% refere estar casado ou

em situação de união de fato. De salientar a existência de 18,6% de utentes sobre quem não se tem

informação sobre este item.

Tabela 60. Número de Filhos dos Utentes (N.º e %), por número de filhos e por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUESIA

NÚMERO DE FILHOS DOS UTENTES

0 FILHOS 1 FILHO 2 FILHOS 3 FILHOS 4 FILHOS 5 OU MAIS

FILHOS

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT

Setúbal (São Sebastião) 281 180 64,1 17 6,0 21 7,5 5 1,8 0 0,0 0 0,0

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

192 143 74,5 7 3,7 8 4,2 2 1,0 3 1,6 0 0,0

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 11 61,1 0 0,0 3 16,7 1 5,6 0 0,0 0 0,0

Sado 24 13 54,2 2 8,3 1 4,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 29 18 62,1 3 10,3 3 10,3 2 6,9 0 0,0 0 0,0

SETÚBAL (CONCELHO) 544 365 67,1 29 5,3 36 6,6 10 1,8 3 0,6 0 0,0

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Em relação à existência de filhos, 67,1% dos utentes relata não ter filhos e 6,6% assume ter 2 filhos. Estes

dados vão ao encontro da tendência da população geral, em que existe uma diminuição do número de

nascimentos.

Tabela 61. Utentes (N.º e %) segundo a nacionalidade, por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA N.º

UTENTES FREGUESIA

NACIONALIDADE DOS UTENTES

PORTUGUESA PALOP P. UNIÃO EUROPEIA

BRASIL OUTRO SEM

INFORMAÇÃO

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT

Setúbal (São Sebastião) 281 220 78,3 3 1,1 2 0,7 0 0,0 4 1,4 52 18,5

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

192 144 75,0 4 2,1 0 0,0 1 0,5 2 1,0 41 21,4

Página 83 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 16 88,9 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 11,1

Sado 24 22 91,7 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 8,3

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 29 26 89,7 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 10,3

SETÚBAL (CONCELHO) 544 428 78,7 7 1,3 2 0,4 1 0,2 6 1,1 100 18,4

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Quanto à análise da nacionalidade dos utentes, verifica-se que, do total dos 544 utentes ativos, 78,7% são

Portugueses e 3% são estrangeiros. Estes dados são influenciados pelo grande número de utentes sobre

quem não se tem informação em relação a este item.

As nacionalidades dos utentes estrangeiros, inscritos na ET, que apresentam maior expressão são as

oriundas dos PALOP. Estas coincidem com a maioria das nacionalidades com incidência elevada na

população estrangeira residente no concelho.

Tabela 62. Tipo de coabitação dos Utentes (N.º e %) por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUES.

PESSOAS COM QUEM OS UTENTES COABITAM

SÓ COM PAI SÓ COM MÃE COM AMBOS

PAIS IRMÃO(S)

OUTROS

FAMILIARES

COMPANHEI

RO FILHO(S) AMIGO(S) SOZINHO INSTITUIÇÃO

DESCONHE

CIDO

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT

Setúbal (São

Sebastião) 281 8 2,8 24 8,5 25 8,9 28 10,0 41 14,6 69 24,6 37 13,2 2 0,7 31 11,0 6 2,1 25 8,9

União das freguesias

de Setúbal (São Julião,

Nossa Senhora da

Anunciada e Santa

Maria da Graça)

192 3 1,6 26 13,5 20 10,4 16 8,3 13 6,8 38 19,8 20 10,4 2 1,0 29 15,1 4 2,1 16 8,3

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 18 0 0,0 1 5,6 2 11,1 0 0,0 2 11,1 6 33,3 1 5,6 1 5,6 0 0,0 2 11,1 3 16,7

Sado 24 1 4,2 4 16,7 1 4,2 1 4,2 5 20,8 5 20,8 3 12,5 1 4,2 4 16,7 0 0,0 1 4,2

União das freguesias

de Azeitão (São

Lourenço e São Simão)

29 1 3,4 4 13,8 3 10,3 3 10,3 2 6,9 8 27,6 3 10,3 1 3,4 6 20,7 0 0,0 1 3,4

SETÚBAL (CONCELHO) 544 13 2,4 59 10,8 51 9,4 48 8,8 63 11,6 126 23,2 64 11,8 7 1,3 70 12,9 12 2,2 46 8,5

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Página 84 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Evidencia-se que 23,2% dos utentes vivem com o(a) companheiro(a) e 12,9% moram sozinhos.

A família de origem também se apresenta com grande representatividade na coabitação dos utentes,

existindo em algumas situações agregados familiares com várias gerações (avós, filhos e netos).

Tabela 63. Habilitações Literárias dos Utentes (N.º e %) por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUESIA

HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DOS UTENTES

SEM

ESCOLARIDADE

SEM

ESCOLARIDADE

MAS SABE LER

E ESCREVER

1º CICLO

ENSINO BÁSICO

2º CICLO

ENSINO BÁSICO

3º CICLO

ENSINO BÁSICO

ENSINO

SECUNDÁRIO

FREQUÊNCIA/

GRAU

UNIVERSITÁRIO

DESCONHECIDO SEM

INFORMAÇÃO

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT

Setúbal (São Sebastião) 281 8 2,8 1 0,4 45 16,0 71 25,3 58 20,6 29 10,3 3 1,1 14 5,0 52 18,5

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

192 4 2,1 3 1,6 23 12,0 39 20,3 41 21,4 23 12,0 7 3,6 10 5,2 42 21,9

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 18 0 0,0 0 0,0 2 11,1 5 27,8 3 16,7 1 5,6 0 0,0 5 27,8 2 11,1

Sado 24 0 0,0 0 0,0 7 29,2 6 25,0 6 25,0 2 8,3 1 4,2 0 0,0 2 8,3

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

29 0 0,0 0 0,0 7 24,1 8 27,6 6 20,7 4 13,8 1 3,4 0 0,0 3 10,3

SETÚBAL (CONCELHO) 544 12 2,2 4 0,7 84 15,4 129 23,7 114 21,0 59 10,8 12 2,2 29 5,3 101 18,6

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Relativamente à escolaridade, 60,1% dos utentes apresentam habilitações ao nível do ensino básico (1.º,

2.º e 3.º ciclos). Da mesma forma que 2,2% dos utentes têm grau ou frequência universitária, outros 2,2%

não têm escolaridade.

Estes valores confirmam que a população com comportamentos aditivos e dependências, inscrita na ET,

possui um nível de escolaridade inferior à população geral. Este fato parece relacionar o início dos

comportamentos aditivos com a não progressão nos estudos.

Página 85 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 64. Utentes (N.º e %) segundo a situação profissional, por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUESIA

SITUAÇÃO PROFISSIONAL DOS UTENTES

ESTUDANTE/

FORMAÇÃO

PROFISSIONAL

TRABALHO

ESTÁVEL/

REGULAR

TRABALHO

OCASIONAL

DESOCUPADO

HÁ MENOS DE

1 ANO

DESOCUPADO

HÁ 1 ANO OU

MAIS

REFORMADO/

PENSÃO SOCIAL

OUTRA

SITUAÇÃO DESCONHECIDO

SEM

INFORMAÇÃO

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT N.º UT % UT N.º UT % UT

Setúbal (São Sebastião) 281 14 5,0 56 19,9 25 8,9 31 11,0 74 26,3 2 0,7 9 3,2 17 6,0 52 18,5

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

192 11 5,7 30 15,6 9 4,7 22 11,5 50 26,0 5 2,6 6 3,1 18 9,4 41 21,4

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 18 2 11,1 5 27,8 1 5,6 2 11,1 3 16,7 0 0,0 0 0,0 3 16,7 2 11,1

Sado 24 1 4,2 7 29,2 5 20,8 1 4,2 6 25,0 1 4,2 0 0,0 1 4,2 2 8,3

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

29 2 6,9 8 27,6 2 6,9 2 6,9 9 31,0 1 3,4 2 6,9 0 0,0 3 10,3

SETÚBAL (CONCELHO) 544 30 5,5 106 19,5 42 7,7 58 10,7 142 26,1 9 1,7 17 3,1 39 7,2 100 18,4

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Relativamente à situação profissional dos utentes verifica-se que os desempregados representam 36,8%

(dos quais 10,7% estão desocupados há 1 ano ou mais e 26,1% ficaram desocupados há menos de um ano).

Os utentes com situação profissional ativa representam 27,2% do total, sendo que com trabalho estável se

encontram apenas 19,5%.

Os dados apresentados acima demonstram claramente a fragilidade social da população inscrita na ET,

comparativamente com a população residente geral. Associando a este fator o nível de escolaridade

inferior, fica dificultada a capacidade de inserção profissional desta população, relativamente à população

residente.

Tabela 65. Situação face à justiça (ao Longo da Vida) dos Utentes Ativos (N.º e %), por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA

N.º

UTENTES

FREGUESIA

EXISTÊNCIA DE ANTECEDENTES JUDICIAIS DOS UTENTES

SEM

INFORMAÇÃO NÃO

SIM

TOTAL PRISÃO EFETIVA

Página 86 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

SIM NÃO DESCONHECIDO S/

INFORMAÇÃO

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT

Setúbal (São Sebastião) 281 22 7,8 196 69,6 63 22,4 22 7,8 3 1,1 0 0,0 38 13,5

União das freguesias de

Setúbal (São Julião, Nossa

Senhora da Anunciada e

Santa Maria da Graça)

192 37 19,3 119 62,0 36 18,8 10 5,2 26 13,5 0 0,0 0 0,0

Gâmbia-Pontes-Alto da

Guerra 18 4 22,2 14 77,8 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0

Sado 24 1 4,2 20 83,3 3 12,5 1 4,2 2 8,3 0 0,0 0 0,0

União das freguesias de

Azeitão (São Lourenço e

São Simão)

29 8 27,6 19 65,5 2 6,9 0 0,0 2 6,9 0 0,0 0 0,0

SETÚBAL (CONCELHO) 544 72 13,2 368 67,6 104 19,1 33 6,1 33 6,1 0 0,0 38 7,0

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Os dados apresentados revelam que 67,6% dos utentes ativos, em 2016, não apresentam antecedentes

judiciais. Dos utentes ativos que possuem antecedentes judiciais (19,1%), 6,1% já cumpriram pena de

prisão efetiva.

Tabela 66. Comportamentos de Risco dos Utentes (N.º e %), por freguesia

LOCAL RESIDÊNCIA N.º

UTENTES FREGUESIA

COMPORTAMENTOS DE RISCO DOS UTENTES

PARTILHA DE AGULHAS PARTILHA DE MATERIAL

DE CONSUMO

RELAÇÕES SEXUAIS OCASIONAIS SEM

PRESERVATIVO

N.º UT % UT. N.º UT % UT. N.º UT % UT

Setúbal (São Sebastião) 281 5 1,8 7 2,5 3 1,1

União das freguesias de Setúbal

(São Julião, Nossa Senhora da

Anunciada e Santa Maria da Graça)

192 2 1,0 2 1,0 2 1,0

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra 18 0 0,0 0 0,0 0 0,0

Sado 24 0 0,0 0 0,0 1 4,2

Página 87 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

União das freguesias de Azeitão

(São Lourenço e São Simão) 29 0 0,0 0 0,0 0 0,0

SETÚBAL (CONCELHO) 544 7 1,3 9 1,7 6 1,1

Fonte: SIM – Movimento Clínico, dados 2016 [25], adaptado por CRI da Península de Setúbal

Relativamente à prática de comportamentos de risco, existem pouco dados registados na ET. No entanto,

considerando as informações disponíveis, percebe-se que a maioria dos comportamentos de risco está

associada ao consumo de substâncias (3%), enquanto que comportamentos de risco associados a relações

sexuais desprotegidas representam apenas 1,1%.

Página 88 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

INTERVENÇÕES EXISTENTES: PRINCIPAIS RESPOSTAS RELATIVAMENTE À PROBLEMÁTICA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS E ILÍCITAS, COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS

1. SERVIÇOS E INTERVENÇÕES DINAMIZADOS PELA DICAD/ ARSLVT, IP

Em 2013, a ARSLVT, I. P., sucedeu, de acordo com o estabelecido no DL 22/2012, de 30 Janeiro, em algumas

das atribuições do Instituto da Droga e Toxicodependência, I.P., nomeadamente, na componente

operacional da intervenção no domínio dos problemas dos comportamentos aditivos e dependências, no

âmbito da sua área geográfica de intervenção.

Assim, cabe-lhe dar continuidade na prestação de cuidados de saúde, nos comportamentos aditivos e

dependências, e ainda garantir, também, o desenvolvimento e acompanhamento de projetos/programas

que promovam intervenções ao nível do Tratamento, da Prevenção, da Redução de Riscos e Minimização

de Danos (RRMD) e Reinserção Social, quer através das estruturas próprias da ARSLVT, designadamente as

Unidades de Intervenção Local (UIL), ou através de Entidades privadas financiadas.

Para a prossecução destes objetivos existe um conjunto de estruturas especializadas de intervenção no

terreno – Unidades de Intervenção Local – às quais compete executar as ações promovidas pela Divisão de

Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD), por superiores orientações do

Conselho Diretivo da ARSLVT, IP e de acordo com as linhas de orientação técnica e normativa para a

intervenção nas áreas dos Comportamentos Aditivos e das Dependências, emanadas do SICAD, no que

respeita à prevenção dos comportamentos aditivos e dependências, bem como, à prestação de cuidados

integrados e globais a doentes toxicodependentes e doentes com síndrome de abuso ou dependência de

álcool, seguindo as modalidades terapêuticas mais adequadas a cada situação, em regime de ambulatório,

com vista ao tratamento, redução de danos e reinserção desses doentes.

No território – Concelho de Setúbal, intervêm as seguintes equipas:

Página 89 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 67. Equipas da DICAD com intervenção no Concelho de Setúbal de acordo com o âmbito territorial da Unidade de Intervenção Local da ARSLVT, IP com Intervenção nos CAD

UIL ÂMBITO TERRITORIAL (FREGUESIAS ABRANGIDAS)

Centro de Respostas

Integradas da Península de

Setúbal

Equipa de Tratamento de

Setúbal

Encontra-se localizada na União das Freguesias Setúbal (antiga freguesia de Santa Maria da Graça). Abrange todas as Freguesias que constituem o Concelho de Setúbal. Abrange ainda todo o concelho de Palmela.

Tabela 68. Intervenções/ atividades dinamizadas pelas Equipas da DICAD no concelho do Setúbal

UIL/ CRI da Península de Setúbal

Intervenções/ atividades

Equipa Técnica Especializada PREVENÇÃO

� Consulta de Crianças e Jovens em espaço de atendimento descentralizado - IPDJ;

� Intervenção em contextos recreativos (Semana Académica de Setúbal – IPS e Festival da Liberdade);

� Programa “Guião de Procedimentos” (Escola Secundária D. João II e Centro Jovem Tabor);

� Participação no CLASS e no Conselho Municipal de Segurança de Setúbal.

Equipa Técnica Especializada RRMD

� Acompanhamento/Monitorização de um PRI (Projeto de Respostas Integradas) – Equipa de Rua GIRUSetúbal;

� Monitorização dos Rastreios ao VIH realizados pelos técnicos da ET de Setúbal; � Intervenção em contextos recreativos (Semana Académica de Setúbal – IPS e

Festival da Liberdade).

Equipa Técnica Especializada TRATAMENTO

� Disponibiliza acompanhamento médico, psicossocial, psicológico, social e cuidados de enfermagem, individual ou em grupo, em regime de ambulatório;

� Existe a possibilidade de integração em Programa de Tratamento de Substituição Opiácea, quer com Metadona quer com Buprenorfina;

� Consultas descentralizadas – Estabelecimento Prisional Regional de Setúbal e IPDJ.

Equipa Técnica Especializada REINSERÇÃO

� Articulação com as Instituições locais no decorrer do trabalho das Técnicas de Serviço Social na Equipa de Tratamento de Setúbal;

� Participação no Protocolo ISS/IDT/SCM; � Participação no Protocolo ENIPSA/NPISA Setúbal; � Participação e articulação decorrente do acompanhamento comum de casos

sociais com o SLAS/Setúbal e NLI/Setúbal e Palmela.

2. INTERVENÇÕES FINANCIADAS PELO SERVIÇO DE INTERVENÇÃO NOS COMPORTAMENTOS

ADITIVOS E NAS DEPENDÊNCIAS – SICAD

Página 90 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Tabela 69. Intervenções/ projetos financiados pelo SICAD no Concelho de Setúbal

Intervenções a Decorrer

Equipa de Rua “GIRUSetúbal”

Objetivos das Intervenções

Reduzir os riscos e minimizar os danos associados ao uso de SPA, quer junto dos próprios utilizadores, quer junto da comunidade local; Promover a educação para a saúde e a promoção de práticas de consumo menos arriscadas; Promover a educação de pares; Educar para a cidadania activa dos utentes do projecto; Potenciar a articulação com os serviços formais da rede, de forma a promover a adesão da população-alvo; Combater a exclusão social e a discriminação da população-alvo; Estudar o fenómeno do uso de drogas de rua, quanto aos seus atores e territórios intervencionados, com o intuito de encontrar respostas cada vez mais eficazes.

Grupos-Alvo abrangidos

Grupo de 100 indivíduos cujo intervalo de idades é de 18 a 65 anos residentes nas freguesias supracitadas que apresentam consumos abusivos de álcool, com início precoce, atitudes favoráveis ao consumo de álcool, dificuldades no percurso escolar e de inserção social e profissional, problemas de comportamento, baixas expectativas/aspirações educacionais, relações interpessoais e familiares e disfuncionais, por vezes comportamentos violentos, condução sob o efeito do álcool; Grupo de 250 indivíduos cujo intervalo de idades é de 18 a 60 residentes nas freguesias supracitadas que apresentam consumos abusivos de SPA ilícitas e também bebidas alcoólicas, com início precoce, atitudes favoráveis ao consumo de álcool, dificuldades no percurso escolar e de inserção social e profissional, problemas de comportamento, baixas expectativas/aspirações educacionais, relações interpessoais e familiares e disfuncionais, por vezes comportamentos delinquentes.

Contexto de Intervenção

Freguesias Urbanas do Conselho de Setúbal

Necessidades Colmatadas com as Intervenções

Desenvolve estratégias de RRMD, advocacia, apoio psicossocial, encaminhamento e acompanhamento junto das PUD (população que usa drogas – lícitas e ilícitas)

Área de Intervenção respetiva

Redução de Riscos e Minimização de Danos

3. INTERVENÇÕES DINAMIZADAS POR ENTIDADES LOCAIS (PÚBLICAS OU PRIVADAS)

Tabela 70. Intervenções/ Projetos/ Programas/ Iniciativas a decorrer (Entidades Promotoras públicas ou privadas)

INTERVENÇÕES A DECORRER

OBJETIVOS DAS INTERVENÇÕES GRUPOS-ALVO ABRANGIDOS

CONTEXTO DE INTERVENÇÃO

NECESSIDADES IDENTIFICADAS NOS GRUPOS

NECESSIDADES COLMATADAS COM AS INTERVENÇÕES

ÁREA DE INTERVENÇÃO RESPETIVA

GAT

Diminuição da partilha do material de consumo;

Redução dos riscos dos policonsumos de substâncias

psicoativas;

Sensibilização para práticas de consumo de menor risco;

Redução do risco de infeção de doenças infeciosas

Consumidores de substâncias

psicoativas por via

endovenosa e trabalhadores

do sexo

Trabalho

de Rua

(Fregues

ias

Urbanas

de

Setúbal)

Falta de locais

para realizar

troca de material

de consumo

endovenoso

Troca de

material de

consumo

endovenoso;

Distribuição

preservativos e

testes de

rastreio

R

R

M

D

Programa Escolhas 6Geraç@o Projeto Pro Infinito e Mais Além Entidade Promotora APPACDM de Setúbal

Diminuir os problemas comportamentais e de risco das crianças e jovens; Reforço das estruturas familiares positivas; Aumentar a participação comunitária e cívica das crianças, jovens e famílias, reduzindo a tendência de abandono e absentismo; Diminuir a info-exclusão promovendo a inclusão social; Aumentar as competências sociais e profissionais dos jovens e adultos; Promover o emprego e a empregabilidade através de

Jovens e suas famílias

Contexto familiar e comunitário

Desorganização familiar, fracas competências parentais.

Colaboração na organização das pessoas, famílias e comunidade

Prevenção/ Reinser

Página 92 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

envolvimento de entidades empregadoras; Promover a aquisição de competências tecnológicas; Desenvolvimento de competências pessoais e sociais.

ção

Projeto SIGA, CLDS3G

Promover a criação de circuitos de produção, divulgação e comercialização de produtos locais e ou regionais de modo a potenciar o território e a empregabilidade; Promover o desenvolvimento de instrumentos facilitadores tendo em vista a mobilidade de pessoas a serviços de utilidade pública, reduzindo o isolamento e a exclusão social; Promover o desenvolvimento de instrumentos capacitadores das instituições da economia social, fomentando a implementação de serviços partilhados que permitam uma maior racionalidade de recursos e a eficácia de gestão; Promover a inclusão social das/os cidadãs/ãos, de forma multissetorial e integrada através de ações, a executar em parceria, que permitam contribuir para o aumento da empregabilidade, para o combate a situações críticas de pobreza, particularmente da infantil, da exclusão social de territórios vulneráveis;

Alunos/as do ensino secundário; Alunos/as que abandonaram o sistema educativo; Alunos/as que concluíram o sistema educativo; Crianças e jovens; Pessoas desempregadas (inclui desempregados de longa duração, jovens à procura do 1º emprego, Beneficiários/as em situação de vulnerabilidade económica e social); Empresários/as Entidades empregadoras locais; Instituições; Outros (coletividades e associações); Pessoas com deficiência e incapicidade; População residente;

Contexto familiar e comunitário

Abandono e Insucesso Escolar; Desemprego ou emprego precário; Desorganização familiar, com situações críticas de pobreza;

Colaboração na organização das pessoas, famílias e comunidade

Prevenção/ Reinserção

Programa de Emergência Alimentar: Entidades com protocolo ativo:

Intervenção em situações de emergência alimentar; Intervenção preventiva da pobreza; Capacitação da comunidade e das instituições

Jovens e suas famílias; Desempregados

Contexto familiar e

Desemprego ou emprego precário; Desorganização

Alimentação e higiene

Prevenç

Página 93 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, Associação Baptista Shalom, APACCF, Associação Socorros Mútuos Setubalense, AURPIA, Cáritas Diocesana de Setúbal

comunitário

familiar, com situações críticas de pobreza

ão/ Reinserção

3 cantinas sociais: Entidades promotoras: Associação Bpatista Shalom, Cáritas Diocesana de Setúbal e Associação de Socorros Mútuos Setubalense

Intervenção em situações de emergência alimentar; Intervenção preventiva da pobreza

Jovens e suas famílias; Desempregados

Contexto familiar e comunitário

Desemprego ou emprego precário; Desorganização familiar, com situações críticas de pobreza

Alimentação e higiene

Prevenção/ Reinserção

Apoio a Pessoas sem Abrigo – NPISA, Entidades Envolvida: (CM Setúbal, Cáritas Diocesana de Setúbal, Projeto GIRU Setúbal, PSP, ACES Arrábida, Associação CASA, delegação de Setúbal, Cruz Vermelha

Intervenção preventiva da pobreza Pessoas sem abrigo Rua

Desemprego ou emprego precário; Desorganização familiar, com situações críticas de pobreza

Alimentação

Reinserção

Página 94 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Portuguesa, delegação de Setúbal, Centro Hospitalar de Setúbal, EPE, DGRS e Serviços Prisionais, Equipa Setúbal 1, IEFP, Centro de Emprego de Setúbal, ISS, IP, Centro Distrital de Setúbal, REAPN;

Fonte: SICAD (2014) - “Guião para o Diagnóstico do Território – Fase 4 PORI” [26], adaptado por CRI da Península de Setúbal

PROBLEMAS, GRUPOS E CONTEXTOS COM MAIOR INCIDÊNCIA NA PROBLEMÁTICA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS E ILÍCITAS, COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS

1. PROBLEMAS IDENTIFICADOS NO TERRITÓRIO

Foi efectuada uma reunião com as instituições locais para auscultação dos parceiros da comunidade na

identificação de problemas sociais/ de saúde, que possam estar relacionados com o consumo de

substâncias psicoativas lícitas e ilícitas.

Foram identificados os seguintes cinco (5) problemas:

PROBLEMA – A

Problema identificado Consumo/ policonsumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas

Contexto União de Freguesias de Setúbal – Bairro Quinta do Freixo, Rua do Mormugão, Praça Teófilo Braga Freguesia de São Sebastião – Rua do Moinho

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

PROBLEMA – B

Problema identificado Uso/Abuso de consumo de álcool

Contexto União de Freguesias de Setúbal – Praça Teófilo Braga, Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas) e Jardim do Quebedo

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

Página 96 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

PROBLEMA – C

Problema identificado Início precoce do consumo de SPA e aumento da frequência dos consumos de SPA

Contexto União de Freguesias de Setúbal - Jardim da Algodeia, Jardim de Vanicelos e Jardim do Bonfim

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

PROBLEMA – D

Problema identificado

Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool

Contexto União de Freguesias de Setúbal – Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas)

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

PROBLEMA – E

Problema identificado

Venda irresponsável de álcool

Contexto União de Freguesias de Setúbal – Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas)

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Página 97 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Consequências Sociais

Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

PROBLEMA – F

Problema identificado

Falta de Estruturas e Retaguarda de Saúde Mental

Contexto Concelho de Setúbal

Consequências para a saúde

Problemas de saúde pública; Risco de integridade física e psíquica; Perturbações emocionais; Dificuldade de acesso aos cuidados médicos.

Consequências Sociais

Dificuldade de integração no grupo de pares; Dificuldade de inserção social e profissional; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade; Estigmatização; Discriminação.

2. GRUPOS E CONTEXTOS IDENTIFICADOS

Foram identificados os seguintes quatro (4) grupos:

GRUPO 1

Grupo identificado

Grupo de aproximadamente 300 indivíduos, com idades compreendidas entre os 15 anos e os 24 anos, que frequentam os espaços noturnos

Problema (s) identificado (s)

Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool

Contexto União de Freguesias de Setúbal – Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas)

Fatores de Risco

Início precoce do consumo de álcool; Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool; Relação com pares que consomem álcool e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool; Disponibilidade da substância e/ou venda irresponsável de álcool Insucesso/Abandono escolar; Situação socio-laboral precária.

Fatores de Proteção

Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool; Acompanhamento e supervisão por parte dos adultos; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Aproximação a estruturas comunitárias e de saúde de intervenção de proximidade;

Página 98 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool.

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de álcool; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de álcool.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

GRUPO 2

Grupo identificado

Grupo de aproximadamente 50 jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos.

Problema identificado

Início precoce do consumo de Substâncias Psicoativas (SPA) e aumento da frequência dos consumos de SPA

Contexto União de Freguesias de Setúbal - Jardim da Algodeia, Jardim de Vanicelos e Jardim do Bonfim

Fatores de Risco

Início precoce do consumo de SPA; Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de substâncias psicoativas; Relação com pares que consomem substâncias psicoativas e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de substâncias psicoativas; Insucesso/ Abandono escolar; Situação socio-laboral precária.

Fatores de

Proteção

Atitudes negativas quanto ao consumo de substâncias psicoativas; Acompanhamento e supervisão por parte dos adultos; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Aproximação a estruturas comunitárias de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso às substâncias psicoativas.

Página 99 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

GRUPO 3

Grupo identificado

Grupo de aproximadamente 100 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 anos e os 65 anos

Problema identificado

Uso/Abuso de consumo de álcool

Contexto União de Freguesias de Setúbal –Praça Teófilo Braga, Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas) e Jardim do Quebedo

Fatores de Risco

Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool; Relação com pares que consomem álcool e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool; Desemprego e emprego não qualificado; Violência na família; Privação económica e social; Disponibilidade da substância.

Fatores de Proteção

Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Dinâmicas familiares positivas; Aproximação a estruturas comunitárias e de saúde de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool.

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Consequências Criminalidade;

Página 100 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Sociais Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

GRUPO 4

Grupo identificado

Grupo de aproximadamente 250 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos.

Problema identificado

Consumo/ policonsumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas

Contexto União de Freguesias de Setúbal – Bairro Quinta do Freixo, Rua do Mormugão, Praça Teófilo Braga Freguesia de São Sebastião – Rua do Moinho

Fatores de Risco

Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de substâncias; Relação com pares que consomem SPA e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de SPA; Desemprego e emprego não qualificado; Violência na família; Privação económica e social; Disponibilidade das substâncias.

Fatores de

Proteção

Atitudes negativas quanto ao consumo de SPA; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Dinâmicas familiares positivas; Aproximação a estruturas comunitárias e de saúde de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso de SPA.

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

Página 101 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO NO ÂMBITO DA PROBLEMÁTICA DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS LÍCITAS E ILÍCITAS, COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS

1. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO NA ÁREA DA PREVENÇÃO E RRMD

O Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI) tem como objetivos gerais: construir uma rede global

de respostas integradas e complementares, no âmbito da prevenção, da dissuasão, da redução de riscos e

minimização de danos, do tratamento e da reinserção; aumentar a abrangência, a acessibilidade, a eficácia

e a eficiência das intervenções, dirigindo-as a grupos específicos; desenvolver um processo de melhoria

contínua da qualidade da intervenção através do reforço da componente técnico-científica e metodológica;

aumentar o conhecimento sobre o fenómeno dos consumos de substâncias psicoativas e promover a

realização de intervenções coerentes e sustentáveis no tempo.

Entende-se por Programa de Respostas Integradas (PRI) uma intervenção que integra abordagens e

respostas interdisciplinares, de acordo com alguns ou todos os eixos, como a prevenção, dissuasão,

tratamento, redução de riscos e minimização de danos e reinserção, e que decorre dos resultados do

diagnóstico de um território identificado como prioritário.

A Parceria, a Participação, a Integração e a Territorialidade, são princípios estratégicos que foram

constituindo um património comum que orienta a grande maioria das atuações e projetos que pretendem

atuar em problemáticas de carácter multidimensional, como é o caso das substâncias psicoativas e dos seus

tipos e padrões de consumo.

Existe a necessidade da integração das atuações, numa perspetiva de conjugação de esforços dos

intervenientes, em parceria, tendo sempre em vista o interesse dos sujeitos a abranger e o conjunto da

população, estimulando a sua participação nas ações, concretizadas através de uma aproximação

territorial.

Considerámos as necessidades levantadas neste território; fizemos uma caracterização da problemática do

consumo de substâncias psicoativas; identificámos as imediatas potencialidades de intervenção tal como

as fomos percebendo para esta área; tivemos em consideração as demais intervenções planeadas e/ ou em

curso no concelho e que são asseguradas por outras instituições.

Página 102 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Seguem-se as propostas de intervenção para o território analisado.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PREVENÇÃO - 1

Grupo(s) identificado(s) Um grupo de aproximadamente 50 jovens, com idades compreendidas entre os 15 anos e os 24 anos que frequentam jardins públicos

Problemas identificados Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool Início precoce do consumo de Substâncias Psicoativas (SPA) e aumento da frequência dos consumos de SPA

Contexto União de Freguesias de Setúbal - Jardim da Algodeia, Jardim de Vanicelos e Jardim do Bonfim

Fatores de Risco

Início precoce do consumo de álcool/SPA; Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool/SPA; Relação com pares que consomem álcool/SPA e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool/SPA; Disponibilidade da substância e/ou venda irresponsável de álcool. Insucesso/Abandono escolar; Situação socio-laboral precária.

Fatores de Proteção

Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool/SPA; Acompanhamento e supervisão por parte dos adultos; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Aproximação a estruturas comunitárias de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool/SPA.

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de álcool/SPA; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de álcool/SPA.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

Página 103 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Respostas asseguradas pela ARSLVT

No CRI da Península de Setúbal: Equipa Técnica Especializada da Prevenção; Equipa Técnica Especializada de RRMD; Equipa Técnica Especializada de Reinserção e Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Setúbal; No Cuidados de Saúde Primários (CSP): consultas nas Unidades Funcionais dos CSP – principalmente através das consultas de saúde familiar; Acompanhamento, monitorização e avaliação das ações implementadas pelos projetos com intervenção nos CAD. Consulta de Adolescentes e Jovens no IPDJ de Setúbal (Instituto Português do Desporto e Juventude de Setúbal)

Outras intervenções existentes (projetos com financiamento do SICAD)

Não se aplica

Outras intervenções existentes (projetos desenvolvidos por outras instituições)

Projeto Escolhas Projeto SIGA-CLDS3G

Propostas de Intervenção na área da Prevenção

Trabalho Educativo de Rua, recorrendo a metodologias integradas de prevenção indicada, de redução de riscos e de reinserção Dinamização de atividades que vão ao encontro dos interesses dos jovens, feita por mediadores comunitários (jovens pares de referência); Implementação de estratégias que visem a aquisição de competências que permitam a integração no sistema educativo e profissional, recorrendo a metodologias de reinserção Informação sobre as substâncias e seus efeitos Acção de sensibilização/ motivação para a frequência das estruturas sociais existentes na comunidade Acompanhamento e encaminhamento para redes de retaguarda de saúde de situações individuais de consumo problemático Intervenção de nível ambiental, recorrendo a estratégias da componente reguladora, junto dos comerciantes e/ou vendedores de álcool na zona, em articulação com parceiros estratégicos (CM, Associação empresarial, e policia de proximidade – programa comércio seguro), recorrendo a acções de sensibilização e de formação junto deste grupo alvo.

Objetivos das intervenções propostas

Aumentar o nível de conhecimento dos consumidores, sobre as substâncias e seus efeitos; Atrasar o início d e outros consumos de SPA; Diminuição da frequência dos consumos de SPA; Redução dos riscos dos policonsumos de SPA; Potenciar a articulação com/ encaminhamento para as estruturas de apoio social e de prevenção e reinserção; Sensibilização para práticas de consumo de menor risco; Aumentar conhecimentos da lei do álcool e capacitar para a aplicação da mesma junto dos comerciantes e/ou vendedores de álcool e de tabaco, bem como avaliar a aplicação da lei neste contexto.

Mudanças esperadas/ resultados previstos

Alteração das perceções dos riscos e danos associados às SPA Alteração das atitudes favoráveis ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas Alteração dos padrões de consumo de SPA para padrões de menor risco associado Redução dos consumos precoces de SPA lícitas e ilícitas já existentes e impedindo que estes evoluam para situações de abuso/dependência Envolvimento dos jovens nos projetos dinamizados pelas Instituições Locais; Integração dos jovens no ensino regular e/ou formativo e mercado de emprego.

Página 104 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Aumentar/garantir que os estabelecimentos comerciais intervencionados têm dísticos actualizados da lei do álcool e de tabaco, bem como garantir a aplicação da lei, por parte deste grupo alvo.

Parceiros a envolver nas Intervenções

Município: Câmara Municipal do Setúbal Juntas de Freguesia Associações Locais/ IPSS Segurança Social IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional: Associação empresarial de Setúbal PSP – Policia de proximidade - Programa de Comércio Seguro Educação: Agrupamentos de Escolas do Concelho DRELVT – Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo IPS Saúde: ARSLVT – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo: ACES Arrábida Centro Hospitalar de Setúbal, EPE DICAD – Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (Lisboa)/ CRI – Centro de Respostas Integradas da Península de Setúbal

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO RRMD - 1

Grupo(s) identificado(s) Um grupo de aproximadamente 300 jovens, com idades compreendidas entre os 15 anos e os 24 anos, que frequentam os espaços noturnos

Problemas identificados Início precoce de consumos de álcool e consumo abusivo de álcool Início precoce do consumo de Substâncias Psicoativas (SPA) e aumento da frequência dos consumos de SPA

Contexto União de Freguesias de Setúbal – Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas)

Fatores de Risco

Início precoce do consumo de álcool/SPA; Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool/SPA; Relação com pares que consomem álcool/SPA e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares; Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool/SPA; Disponibilidade da substância. Insucesso/Abandono escolar; Situação socio-laboral precária.

Página 105 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Fatores de Proteção

Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool/SPA; Acompanhamento e supervisão por parte dos adultos; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Aproximação a estruturas comunitárias de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool/SPA.

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de álcool/SPA; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de álcool/SPA.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade no percurso escolar; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

Respostas asseguradas pela ARSLVT

No CRI da Península de Setúbal: Equipa Técnica Especializada da Prevenção; Equipa Técnica Especializada de RRMD; Equipa Técnica Especializada de Reinserção e Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Setúbal; No Cuidados de Saúde Primários (CSP): consultas nas Unidades Funcionais dos CSP – principalmente através das consultas de saúde familiar; Acompanhamento, monitorização e avaliação das ações implementadas pelos projetos com intervenção nos CAD. Consulta de Adolescentes e Jovens no IPDJ de Setúbal (Instituto Português do Desporto e Juventude de Setúbal)

Outras intervenções existentes (projetos com financiamento do SICAD)

Equipa de Rua “GIRUSetúbal”

Outras intervenções existentes (projetos desenvolvidos por outras instituições)

GAT –“Projecto MOVE-SE”

Propostas de Intervenção na área da RRMD

Intervenção em contextos recreativos Trabalho Educativo de Rua Informação sobre as substâncias e seus efeitos Aumentar os conhecimentos de como atuar em situação de crise com consumidores de SPA em contextos de diversão Medidas de redução do risco de infeção de transmissão sexual (ITS) associado ao consumo de SPA Acompanhamento e encaminhamento para redes de retaguarda de saúde de situações individuais de consumo problemático

Página 106 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Campanhas de sensibilização sobre os riscos associados ao uso e ao abuso de substâncias psicoativas nos espaços de lazer noturnos, junto dos jovens identificados.

Objetivos das intervenções propostas

Atrasar o início de consumos de outras substâncias psicoativas; Diminuição da frequência dos consumos de outras substâncias psicoativas; Potenciar a articulação com / encaminhamento para as estruturas de apoio social e de reinserção; Sensibilização para práticas de consumo de menor risco; Diminuição da partilha do material de consumo; Redução dos riscos associados aos comportamentos sexuais.

Mudanças esperadas/ resultados previstos

Alteração das perceções dos riscos e danos associados às SPA Alteração das atitudes favoráveis ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas Alteração dos padrões de consumo de SPA para padrões de menor risco associado Redução dos consumos precoces de SPA lícitas e ilícitas já existentes e impedindo que estes evoluam para situações de abuso/dependência Assegurar a todos os indivíduos identificados o rastreio, a referenciação e a continuidade dos cuidados no acompanhamento das patologias associadas ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas

Parceiros a envolver nas Intervenções

Município: Câmara Municipal do Setúbal Juntas de Freguesia Associações Locais/ IPSS GAT –“Projecto MOVE-SE” Proprietários de Espaços de Lazer Noturnos Segurança Social IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional: Saúde: ARSLVT – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo: ACES Arrábida Centro Hospitalar de Setúbal, EPE DICAD – Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (Lisboa) / CRI – Centro de Respostas Integradas da Península de Setúbal

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO RRMD – 2

Grupo(s) identificado(s) Grupo de aproximadamente 350 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos

Problemas identificados Uso/Abuso de consumo de álcool; Consumo/ policonsumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas;

Contexto

União de Freguesias de Setúbal –Praça Teófilo Braga, Avenida Luisa Todi (zona bares e discotecas) e Jardim do Quebedo (cerca de100 indivíduos); União de Freguesias de Setúbal – Bairro Quinta do Freixo, Rua do Mormugão, Praça Teófilo Braga, Freguesia de São Sebastião – Rua do Moinho (cerca de 250 indivíduos)

Fatores de Risco

Dificuldades em gerir situações de stress/de tensão; Atitudes favoráveis quanto ao consumo de álcool/SPA; Relação com pares que consomem álcool e que se envolvem em comportamentos problemáticos; Suscetibilidade à pressão (negativa) de pares;

Página 107 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Normas da sociedade tolerantes ao consumo de álcool/SPA; Desemprego e emprego não qualificado; Violência na família; Privação económica e social; Disponibilidade da substância.

Fatores de Proteção

Atitudes negativas quanto ao consumo de álcool/SPA; Relação com pares envolvidos na escola/actividade profissional, em actividades recreativas ou outras actividades organizadas; Resistência à pressão (negativa) de pares; Dinâmicas familiares positivas; Aproximação a estruturas comunitárias e de saúde de intervenção de proximidade; Oportunidades de participação enquanto elemento ativo na comunidade; Existência de redes de trabalho social e sistemas de suporte na comunidade; Diminuição do acesso ao álcool/SPA.

Consequências para a saúde

Consumo abusivo de substâncias psicoativas; Comportamentos de risco; Fragilidade física e psíquica; Perturbações emocionais; Condução sobre o efeito de substâncias psicoativas.

Consequências Sociais

Criminalidade; Delinquência; Práticas de economias informais e/ou ilegais; Dificuldade de inserção social e profissional; Maior utilização de serviços de saúde/sociais; Exclusão social e Estigmatização; Alteração das relações interpessoais na família e na comunidade.

Respostas asseguradas pela ARSLVT

No CRI da Península de Setúbal: Equipa Técnica Especializada da Prevenção; Equipa Técnica Especializada de RRMD; Equipa Técnica Especializada de Reinserção e Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Setubal; Nos Cuidados de Saúde Primários (CSP): consultas nas Unidades Funcionais dos CSP – principalmente através das consultas de saúde familiar; Acompanhamento, monitorização e avaliação das ações implementadas pelos projetos com intervenção nos CAD.

Outras intervenções existentes (projetos com financiamento do SICAD)

Equipa de Rua “GIRUSetúbal”

Outras intervenções existentes (projetos desenvolvidos por outras instituições)

GAT – “Projeto MOVE-SE”

Página 108 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

Propostas de Intervenção na área da RRMD

Trabalho Educativo de Rua Informação sobre as substâncias e seus efeitos Aumentar os conhecimentos de como atuar em situação de crise com consumidores de SPA Medidas de redução do risco de infeção de transmissão sexual (ITS) associado ao consumo de SPA Acompanhamento e encaminhamento para redes de retaguarda de saúde de situações individuais de consumo problemático Campanhas de sensibilização sobre os riscos associados ao uso e ao abuso de substâncias psicoativas junto dos indivíduos identificados.

Objetivos das intervenções propostas

Diminuição da frequência dos consumos de outras substâncias psicoativas; Redução dos riscos dos policonsumos de substâncias psicoativas; Potenciar a articulação com / encaminhamento para as estruturas de apoio social e de reinserção; Sensibilização para práticas de consumo de menor risco; Diminuição da partilha do material de consumo; Redução dos riscos associados aos comportamentos sexuais.

Mudanças esperadas/ resultados previstos

Alteração das perceções dos riscos e danos associados às SPA Alteração das atitudes favoráveis ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas Alteração dos padrões de consumo de SPA para padrões de menor risco associado Redução dos consumos precoces de SPA lícitas e ilícitas já existentes e impedindo que estes evoluam para situações de abuso/dependência Redução no envolvimento em atividades ilícitas Assegurar a todos os indivíduos identificados o rastreio, a referenciação e a continuidade dos cuidados no acompanhamento das patologias associadas ao consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas

Parceiros a envolver nas Intervenções

Município: Câmara Municipal do Setúbal Juntas de Freguesia Associações Locais/ IPSS GAT – “Projeto MOVE-SE” Segurança Social IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional: Saúde: ARSLVT – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo: ACES Arrábida Centro Hospitalar de Setúbal, EPE DICAD – Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (Lisboa)/ CRI – Centro de Respostas Integradas da Península de Setúbal

Página 109 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI) tem como objetivo o reforço da intervenção integrada

na área dos Comportamentos Aditivos e Dependências (CAD), por ser considerada a estratégia mais eficaz

para a redução da procura do consumo de substâncias psicoativas, procurando potenciar sinergias

disponíveis no território. Assim, foi realizado o presente diagnóstico de território – Concelho do Setúbal,

que decorreu ao longo de 7 meses, entre março e outubro 2017. Este relatório sistematiza os contornos da

problemática dos comportamentos aditivos e das dependências, identificando as necessidades socio-

sanitárias, recursos existentes, as potencialidades para a mudança, e os recursos efetivamente disponíveis

para se dar uma resposta integrada aos problemas originados pelos CAD.

Partindo de uma metodologia de diagnóstico rápido (RAR), caracterizou-se o território, foram identificados

grupos com problemas associados ao consumo de substâncias psicoativas, assim como os respetivos

contextos e settings. Foram ainda identificadas as áreas lacunares e foram debatidas as potencialidades

para intervenções no âmbito da prevenção, da redução de riscos e minimização de danos, do tratamento e

da reinserção, com a finalidade de planear e desenvolver uma intervenção integrada no âmbito dos CAD.

Assim, dos trabalhos resultaram recomendações para duas áreas lacunares, Prevenção (proposta 1) e

Redução de Riscos e Minimização de Danos (proposta 2). No âmbito de RRMD entendeu-se, claramente,

que era necessário dar continuidade a respostas socio-sanitárias de proximidade, que ocorram em

articulação com a Equipa de Tratamento de Setúbal/ CRI da Península de Setúbal/ DICAD/ ARSLVT, IP. No

âmbito da Prevenção, dever-se á preconizar uma intervenção de nível ambiental, quer junto dos

comerciantes e vendedores de álcool, e de nível indicado, que inclua estratégias de proximidade em

contexto de rua, integrando metodologias de redução de riscos e de reinserção.

A área territorial que deverá ser alvo da intervenção são as freguesias: União de Freguesias de Setúbal

(prevenção e RRMD) e Freguesia de São Sebastião (RRMD).

Os contextos dos seis problemas identificados no território concentram-se nas freguesias enunciadas

acima, contudo, a referência a estes contextos é apenas um indicativo dos locais onde os problemas se

sentem com maior acuidade. Apesar disso, concluímos que os contornos da problemática e as

características dos grupos identificados tornam clara a necessidade de não se limitar a área de intervenção

Página 110 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

a uma das atuais freguesias, parecendo-nos mais adequada, uma intervenção que possa abranger todo o

concelho.

Página 111 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

ENTIDADES CONTACTADAS

No âmbito da realização deste Diagnóstico, as entidades contactadas com o objetivo de reunir a

informação necessária foram as seguintes:

• Câmara Municipal de Setúbal

• CLASS – Conselho Local de Ação Social de

Setúbal

• CDT – Comissão para a Dissuasão da

Toxicodependência do Distrito de Setúbal

• PSP

• GNR

• SEF

• IEFP

• IPDJ

• CPCJ Setúbal

• Instituto da Segurança Social, Centro

Distrital de Segurança Social de Setúbal

• Ministério Educação – Direção Geral de

Educação de LVT

• DGRSSP, IP – Direção Geral de Reinserção

Social e dos Serviços Prisionais, IP

• Ministério da Saúde, ARS LVT- ACES

Arrábida

• Centro Hospitalar de Setúbal

• Agrupamentos de Escolas do Concelho

• Cáritas Diocesana de Setúbal – Centro

Social São Francisco Xavier

• Estabelecimento Regional Prisional de

Setúbal

• APDES – Projeto GIRUSetúbal

• GAT – Projeto Move-se

• ACM/YMCA

• APACCF

• O Sonho

• LATI

• Representante dos Bares e

Estabelecimentos Nocturnos

• FPCCSS

• SEIES

• Associação Batista Shalom

• Associação CASA

• Associação Meninos D’Oiro

• Centro Jovem Tabor

Página 112 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Site “Wikipedia”. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Setúbal

2. Câmara Municipal de Setúbal. Disponível em: http://www.mun-setubal.pt/

3. INE (2011). Dados Estatísticos 1991-2016. Disponível em: https://www.ine.pt

4. Site “Visit Setúbal”. Disponível em: http://visitsetubal.com.pt/

5. PORDATA. Disponível em: http://www.pordata.pt/

6. Ministério da Educação. Direção Regional de Educação de LVT (dados 2016/17)

7. Instituto Politécnico de Setúbal. Alunos inscritos no Instituto Politécnico de Setúbal, por Curso, Escola e

Ano Letivo (2015/16 a 2017/18).

8. ISS,IP/Centro Distrital de Setúbal/UAD-NAGPGI (2016). Plataforma Supraconcelhia da Península de

Setúbal – Indicadores de Ação Social e Proteção Social do Concelho de Setúbal.

9. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ARSLVT, I.P. - Perfil de Saúde e Seus Determinantes da Região de Lisboa e Vale

do Tejo. Lisboa: Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P., 2015. Disponível em:

http://www. www.arslvt.min-saude.pt/

10. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ARSLVT, I.P. - Perfil Local de Saúde do ACES da Arrábida. Setúbal: Unidade de

Saúde Pública da Arrábida, 2016.

11. ARSLVT. Disponível em: http://www.arslvt.min-saude.pt/

12. Hospital Nossa Senhora da Arrábida. Disponível em: https://senhoradaarrabida.pt/

13. Site “Portal Nacional”. Disponível em: http://portalnacional.com.pt/setubal/setubal/farmacias/

14. PROGRAMA NACIONAL PARA A INFEÇÃO VIH, SIDA E TUBERCULOSE. Programa Nacional para a Infeção

VIH, Sida e Tuberculose. Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2017. Disponível em:

http://www.pnvihsida.dgs.pt/

Página 113 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

15. PROGRAMA NACIONAL PARA A INFEÇÃO VIH, SIDA E TUBERCULOSE. Portugal – Infeção VIH, SIDA e

Tuberculose em números – 2015. Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2015. Disponível em:

http://www.pnvihsida.dgs.pt/

16. PROGRAMA NACIONAL PARA A SAÚDE MENTAL. Portugal – Saúde Mental em números – 2014. Lisboa:

Direção-Geral da Saúde, 2014. Disponível em: https://www.dgs.pt/pns-e-programas/programas-de-

saude-prioritarios/saude-mental.aspx

17. PROGRAMA NACIONAL PARA A SAÚDE MENTAL. Portugal – Saúde Mental em números – 2015. Lisboa:

Direção-Geral da Saúde, 2016. Disponível em: https://www.dgs.pt/pns-e-programas/programas-de-

saude-prioritarios/saude-mental.aspx

18. Feijão F. (2016). ECATD_CAD/2015 (ESPAD_Portugal/2015): Estudo sobre o Consumo de Álcool,

Tabaco, Droga e outros Comportamentos Aditivos e Dependências 2015/ European School Survey

Project on Alcohol and other Drugs: Portugal 2015 – Alunos do ensino público, de cada um dos grupos

etários dos 13 aos 18 anos: Resultados globais e por género. Lisboa: SICAD – Serviço de Intervenção

nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. Disponível em: http://www.sicad.pt/documentos/

19. Matos M., Simões C., Camacho I., Reis M., e Equipa Aventura Social (2015). Relatório do estudo HBSC

2014 - A SAÚDE DOS ADOLESCENTES PORTUGUESES EM TEMPOS DE RECESSÃO - Dados nacionais do

estudo HBSC de 2014. Lisboa: Centro de Malária e Outras Doenças Tropicais /IHMT/UNL e FMH/

Universidade de Lisboa. Disponível em: http://www.sicad.pt/documentos/

20. Balsa C., Vital C., e Urbano C. (2017). IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na

População Geral, Portugal 2016/17 – I Relatório Final. Lisboa: SICAD – Serviço de Intervenção nos

Comportamentos Aditivos e nas Dependências. Disponível em: http://www.sicad.pt/documentos/

21. POLÍCIA JUDICIÁRIA, Relatório Anual 2014 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de

Estupefacientes da Secção Central de Informação Criminal da Polícia Judiciária. Lisboa: Polícia

Judiciária, 2014. Disponível em: http://www.policiajudiciaria.pt/

22. POLÍCIA JUDICIÁRIA, Relatório Anual 2015 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de

Estupefacientes da Secção Central de Informação Criminal da Polícia Judiciária. Lisboa: Polícia

Judiciária, 2015. Disponível em: http://www.policiajudiciaria.pt/

Página 114 de 114 ARSLVT, IP | DICAD | CRI da Península de Setúbal

Avenida do Bocage, N.º 34 2830-002 Barreiro Tel: 21 0079900 Fax: 21 207 19 54

Relatório do Diagnóstico do Território – Concelho de Setúbal

23. POLÍCIA JUDICIÁRIA, Relatório Anual 2016 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de

Estupefacientes da Secção Central de Informação Criminal da Polícia Judiciária. Lisboa: Polícia

Judiciária, 2016. Disponível em: http://www.policiajudiciaria.pt/

24. SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências/ Equipa Multidisciplinar

para os Sistemas de Informação – Dados de 2016 da Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência

de Setúbal. Lisboa: SICAD, 2017

25. SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências/ Equipa Multidisciplinar

para os Sistemas de Informação – Dados do Movimento Clínico do Sistema de Informação

Multidisciplicar – SIM. Lisboa: SICAD, 2017

26. SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (2014). Guião para o

diagnóstico do Território – Fase 4 PORI. Pp.33. Lisboa: SICAD