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AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA P. O. Box 3243, Addis Ababa, ETHIOPIA Tel.: (251-11) 5182402 Fax: (251-11) Website: www.au.int CP19942 CONSELHO EXECUTIVO Trigésima Primeira Sessão Ordinária 27 de junho - 01 de julho de 2017 Adis Abeba, Etiópia EX.CL/1016 (XXXI) ii Original: Inglês RELATÓRIO DO SUBCOMITÉ DE COOPERAÇÃO MULTILATERAL Janeiro a Junho de 2017

RELATÓRIO DO SUBCOMITÉ DE COOPERAÇÃO ......O Subcomité do CRP de Cooperação Multilateral propõem que se recomende ao Conselho Executivo que: i) APROVE a data de 23-25 de Junho

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AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

P. O. Box 3243, Addis Ababa, ETHIOPIA Tel.: (251-11) 5182402 Fax: (251-11)

Website: www.au.int

CP19942

CONSELHO EXECUTIVO Trigésima Primeira Sessão Ordinária 27 de junho - 01 de julho de 2017 Adis Abeba, Etiópia

EX.CL/1016 (XXXI) ii

Original: Inglês

RELATÓRIO DO SUBCOMITÉ DE COOPERAÇÃO MULTILATERAL

Janeiro a Junho de 2017

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RELATÓRIO DO SUBCOMITÉ DE COOPERAÇÃO MULTILATERAL Janeiro a Junho de 2017

Introdução 1. Durante o período em análise, o Subcomité de Cooperação Multilateral, sob a Presidência da República Árabe do Egipto, até Abril de 2017, quando a República do Djibuti assumiu a presidência do Subcomité do CRP de Cooperação Multilateral para os próximos dois anos, centrou-se na apreciação da implementação das decisões do Conselho Executivo que variou da preparação para a próxima Cimeira de Parceria Estratégica União Africana- União Europeia, a finalização dos Planos de Acção das Parcerias Estratégicas África-Árabe e África-Coreia, ao envolvimento em diversas outras actividades de parceria.

2. Com base na apresentação do Relatório sobre a Avaliação das Parcerias Estratégicas de África à Sessão do Conselho Executivo de Janeiro de 2017, o Conselho solicitou que o CRP dedicasse sessões especiais para apreciar o relatório apresentado e a voltar a apresentá-lo durante a Sessão Ordinária do Conselho Executivo de Junho de 2017.

3. O Subcomitê apreciou igualmente a questão referente ao futuro da relação entre o Grupo ACP e a Europa além de 2020, altura em que o ACP chegará ao fim. A Comissão foi solicitada a apresentar uma Nota de Conceptual, a ser iniciada pelo Escritório da UA em Bruxelas, para apreciação pelo Subcomité. No entanto, embora o Escritório de Bruxelas tenha concluída e enviado a Nota de Conceptual para a Comissão, a Comissão não pôde apresentá-la ao Subcomitê para apreciação.

4. O presente Relatório resume as questões discutidas e as conclusões alcançadas nessas reuniões. O Relatório está dividido em duas partes: a primeira parte aborda questões gerais relacionadas com as Parcerias Estratégicas, enquanto a segunda parte resume as deliberações sobre cada Parceria Estratégica.

PARTE I. Avaliação das Parcerias Estratégicas 5. Importa recordar que o Subcomité finalizou o seu relatório sobre a Avaliação das Parcerias Estratégicas tendo este analisado as 9 (nove) Parcerias Estratégicas1 estabelecidas por África através da União Africana, para determinar a sua pertinência, bem como seus benefícios e o acréscimo de valor para a União Africana, e mais especificamente, para aos seus Estados-membros, bem como para a região como um todo.

1, Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África, Fórum de Cooperação China – África

(FOCAC),Fórum África- Coreia, Fórum de Cooperação África- América do Sul (ASA), Parceria África – EU, Parceria

África- Turquia, Parceria África- EUA, Parceria África- Árabe, Parceria África- India,

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6. Embora o Relatório tenha sido apresentado ao CRP antes da Cimeira de Kigali, este não foi no entanto revisto de forma pormenorizada pelo CRP. Com base nisto, a 26ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo de Janeiro de 2017, através da Decisão EX.CL/Dec.942 (XXX), Parágrafo A1-6, instruiu o CRP em colaboração com a Comissão e as CER, para realizar sessões especiais no prazo de seis meses (Fevereiro-Julho) para permitir uma discussão e análise aprofundadas de todos os aspectos das Parcerias Estratégicas, a fim de formular propostas adequadas e recomendações para serem apresentadas à Cimeira de Julho de 2017.

7. A Decisão EX.CL/Dec.942 (XXX), parágrafo A2, solicitou igualmente o reforço da capacidade institucional da Comissão (Divisão de Gestão e Coordenação de parcerias).

8. Além disso a Decisão EX.CL/Dec.942 (XXX), parágrafo A 5 (vi) instruiu a Comissão para comunicar ao Grupo de Embaixadores Africanos nas capitais onde a África tem Parcerias Estratégicas, incluindo Nova Iorque e Genebra, para cumprirem todos as decisões e posições comuns relevantes dos Órgãos Deliberativos da UA relativas às Parcerias Estratégicas de África e SOLCITA que os Estados-membros instruam os seus Embaixadores nesses países a cumprirem as decisões da UA. As notificações da directiva acima referida foram efectuadas Recomendação sobre a Avaliação das Parcerias Estratégicas. 9. O Subcomité do CRP de Cooperação Multilateral propõe que o CRP recomende ao Conselho Executivo que:

i) REITERA a Decisão EX.CL/Dec.||942 (XXX) da 30ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo, 25-27 de Janeiro de 2017, Adis Abeba, que instrui o CRP, em colaboração com a Comissão e as CER, a realizar sessões especiais no prazo de seis meses para permitir uma discussão e análise aprofundadas de todos os aspectos das Parcerias Estratégicas, a fim de formular recomendações e propostas adequadas.

Recomendação sobre a capacidade institucional da Comissão

i) REAFIRMA a sua decisão, ex. CL/Dec.942 (XXX), Parágrafo A2, que solicitou o reforço da capacidade institucional da Comissão (Divisão de Gestão e Coordenação de Parcerias) e solicita que o CRP em colaboração com a Comissão seja célere na realização de acções nesse sentido;

PARTE II Questões específicas de parcerias

2.1 Parceria África-Arabe 10. Em conformidade com o disposto no Dec. EX.CL/Dec. 4(XXX) que solicita que a parte Africana e a Liga dos Estados Árabes desenvolvam um Plano de Acção 2017- 2019 com base na resolução 7 da 4ª Cimeira Árabe-África realizada em Malabo, Guiné

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Equatorial, em Novembro de 2016, a Comissão, em colaboração com a Subcomité de Cooperação Multilateral está a trabalhar para a finalização do projecto de Plano de Acção com base nas prioridades da Agenda 2063, devendo este merecer a apreciação do CRP para subsequente aprovação .

2.2 Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD)

Comité de Monitorização Conjunto TICAD (JMC) Apresentação dos Princípios Comuns das Parcerias Estratégicas da UA 11. A Reunião do Secretariado Conjunto da TICAD (JS) – co-organizadores e a Primeira Reunião do Comité de Monitorização Conjunto (JMC) desde a Cimeira da TICAD VI realizada em Nairobi, Quénia, em Agosto de 2016, foram realizadas em Tóquio, Japão, em 5 de Junho de 2017. A União Africana participou na reunião sob a liderança do Presidente do CRP.

12. O objectivo da reunião foi rever os progressos alcançados desde a TICAD VI e discutir os preparativos para a próxima reunião Ministerial de Acompanhamento a ser realizada em Maputo, Moçambique, em 23-25 de Agosto de 2017.

13. Antes da Reunião do Comité de Monitorização Conjunto, a delegação da UA reuniu-se com o Corpo Diplomático Africano (CDA), em Tóquio e chegou a acordo sobre os princípios comuns da parceria estratégica.

14. Sem deixar de salientar a importância de ter em conta os novos desenvolvimentos, oportunidades e desafios que existem dentro do processo TICAD, a delegação da UA apresentou ao Japão os Princípios Comuns da União Africana, em consonância com a posição do CRP durante a visita de uma Alta Delegação Japonesa ao CRP em 22 de Abril de 2016, que incluem mas não se limitam ao seguinte: (vide anexo – os Princípios Comuns da UA)

i) A União Africana quer que o Japão seja um Parceiro Estratégico forte e que a Parceria entre a União Africana e o Japão seja baseada nos princípios da igualdade, respeito mútuo, responsabilização e propriedade, e sobretudo que se centre em alguns projectos concretos que produzam resultados;

ii) As decisões sobre questões relacionadas com o processo da TICAD, e que

afectem a parte Africana, devem ser tomadas pela União Africana, e no futuro, um mecanismo de Avaliação e Monitorização Conjunto deve ser criado para implementar os resultados dos planos de Acção da TICAD;

iii) Co-presidir as Cimeiras e reuniões dentro TICAD deve ser da responsabilidade

conjunta da União Africana e do Japão e não dos países de acolhimento.

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Relativamente aos preparativos da próxima Reunião Ministerial de Acompanhamento da TICAD

i) Reunião Ministerial de acompanhamento da TICAD terá lugar em Maputo,

Moçambique, de 23 a 25 de Agosto de 2017. A Reunião dos Altos Funcionários (SOM) realizar-se-á no dia 23 de Agosto, enquanto a Reunião Ministerial realizar-se-á nos dias 24 e 25 de Agosto de 2017, paralelamente ao evento sobre o “ Diálogo com o Sector Privado”;

ii) Além da data da reunião Ministerial, as reuniões apreciaram a versão zero

da implementação de ambos o Plano de Acção da TICAD V (2013-2017) e o Plano de implementação da TICAD VI (2916-2019), bem como o projecto de programa da próxima Reunião Ministerial;

iii) Relativamente aos convites, a delegação da UA reiterou a importância de

garantir a participação de todos os Estados-membros da UA nas reuniões TICAD, e que o país de acolhimento, Moçambique, bem como o Presidente da Comissão da União Africana devem enviar convites para todos os Estados-membros.

Relativamente ao Fórum Económico do Sector Publico – Sector Privado Japão-África em Africa, em 2018

i) O Primeiro-ministro do Japão anunciou que o Primeiro Fórum Económico do

Sector Público- Sector Privado será realizado em África, em 2018, durante a Cimeira da TICAD VI, a ser realizada em Nairobi. No entanto, a parte Japonesa informou que a organização e a realização do Fórum seriam da inteira responsabilidade do Japão e não da União Africana. Embora a União Africana tenha saudado esta grande iniciativa do Primeiro-ministro, afirmou claramente que ambas as partes devem trabalhar em conjunto para assegurar o sucesso da iniciativa, e que África deve determinar o país que irá acolher o Fórum. Ambas as partes convidarão as suas comunidades empresariais para que haja uma participação mais ampla.

ii) Embora salientando que o Burkina Faso manifestou o seu interesse em acolher

o Fórum, a CUA irá primeiro informar a todos os Estados-membros sobre a oportunidade de acolher o Fórum.

Recomendações: 15. O Subcomité do CRP de Cooperação Multilateral propõem que se recomende ao Conselho Executivo que:

i) APROVE a data de 23-25 de Junho para a realização da Reunião

Ministerial de Acompanhamento da TICAD VI em Maputo, Moçambique

2.3 Parceria UA- UE

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16. O Subcomité em preparação para a 5ª Cimeira da UA – UE a ser realizada em Abidjan, Cote d’Ivoire, nos dias 29 e 30 de Novembro de 2017, reviu o Projecto de Nota Conceptual elaborado pela Comissão e fez alterações e propostas substanciais.

17. O Subcomitê apreciou, entre outras questões, o projecto de tema proposto pela Comissão, a nova nomenclatura da parceria com a UE, bem como a proposta de realizar as Reuniões dos Altos Funcionários e as Reuniões Ministeriais antes da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo. Recomendações: 18. O Subcomitê do CRP de Cooperação Multilateral propõe que se recomende ao Conselho Executivo que:

i) APROVA:

a) O Tema da 5ª Cimeira UA-UE, a saber, "Investimento na Juventude para um Crescimento Inclusivo Acelerado e Desenvolvimento Sustentável";

b) A nomenclatura da parceria com a União Europeia deve ser: "

Parceria União Africana (UA) – União Europeia (UE) " em vez de " Parceria África – UE";

c) A realização de uma reunião de Altos Ffuncionários e uma reunião

Ministerial que precederá a 5ª Cimeira da UA-UE e SOLICITA que o CRP em estreita colaboração com a Comissão chegue a um acordo com a parte Europeia sobre as datas finais da reunião acima mencionada, a ser comunicada oportunamente;

ii) SOLICITA que o CRP em estreita colaboração com a Comissão prepare

e negocie com a parte Europeia, os documentos finais da 5ª Cimeira da UA- UE.

2.4 Fórum África-Coreia

19. .Após a realização do 4º Fórum África - Coreia, em Adis Abeba, Etiópia, de 6 a 7 de Dezembro de 2016, o Conselho Executivo através da Decisão n º EX. CL/Dec 4(XXX), tomada na sua trigésima Sessão Ordinária, realizada em 25-27 de Janeiro de 2017, em Adis Abeba, Etiópia, solicitou a Comissão, em estreita colaboração com o CRP e o Parceiro para implementar a Declaração de Adis Abeba e para determinar o conteúdo do Quadro de Cooperação África-Coreia 2017-2021, que ambas as partes concordam implementar no prazo de seis meses, a partir da data da adopção da Declaração de Adis Abeba.

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20. Em conformidade com a referida decisão, a Comissão desenvolveu um conjunto de projectos concretos regionais e continentais, em consonância com os objectivos e metas prioritárias da Agenda 2063.

21. O Subcomité do CRP de Cooperação Multilateral reviu as propostas apresentadas pela Comissão e manifestou a sua disponibilidade à parte Coreana de realizar reuniões consultivas para se chegar a um acordo sobre os projectos e programas a serem implementados.

22. No entanto, após a eleição presidencial realizada na Coreia em 9 de maio de 2017, a parte Coreana informou a Comissão que, devido à mudança na liderança do país, seria melhor interromper a realização de todas as reuniões e negociações da parceria até que a nova liderança responsável pela política externa assumisse o cargo e fosse totalmente informada sobre o processo de Parceria África-Coreia. A Coreia propôs à Comissão que todas as actividades relacionadas com a finalização 4° Quadro de Cooperação África-Coreia fossem adiadas para uma data posterior, após a Cimeira de Julho da UA.

2.5 Parceria África - África-Turquia 23. Em consonância com o acompanhamento do plano de implementação para 2015-2019, a primeira Reunião dos Ministros da Agricultura foi realizada em Antalya, Turquia, nos dia 27 e 28 de Abril de 2017. A reunião discutiu os mecanismos e instrumentos que podem ser úteis na promoção de investimentos na agricultura e agroindústrias, com vista a alcançar maior produtividade, crescimento inclusivo, redução da pobreza e melhoria da segurança alimentar e nutricional.

24. Da mesma forma, a 7ª Reunião de Altos Funcionários (SOM) África – Turquia teve lugar em 19 de Junho de 2017 na Sede da Comissão da União Africana. A reunião fez um balanço das actividades levadas a cabo na implementação do plano implementação 2015-2019. A União Africana informou a Turquia sobre a reforma e a avaliação em curso de todas as Parcerias Estratégicas da União Africana e reiterou a sua posição de que África quer que a Turquia seja um Parceiro Estratégico Forte e promova a cooperação no plano multilateral, em projectos concretos, sem diminuir a importância da relação bilateral com os Estados-membros da UA. 25. Ambas as partes têm vindo a realizar consultas sobre a data da realização da Conferência de Revisão Ministerial que terá lugar na Turquia.

2.6 América do Sul de África 26. Na sequência da Directiva do Subcomité de Cooperação Multilateral visando mobilizar a parte Sul-americana relativamente à possibilidade de se realizar a 4ª Cimeira da Parceria África- América do Sul, uma reunião entre o Coordenador da parte Africana (Nigéria), o Embaixador do Equador e a Comissão foi realizada em 10 de Fevereiro de 2017 na Comissão.

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27. Foi acordado ser necessário convocar uma reunião que envolvesse o Embaixador do Brasil, sendo este o Coordenador da parte Sul-americana, para que este se pronuncie sobre a disponibilidade dos Sul-americanos de realizar a Cimeira.

2.7 Parceria África-Índia

28. A principal actividade realizada durante o período em análise foi chegar a acordo sobre o formato da matriz de implementação de projectos incorporados no Quadro de Cooperação e desenvolver estes projectos nesse sentido. Para este fim, Departamentos técnicos relevantes da Comissão forneceram perfis de projecto para os projectos que figuram no quadro de cooperação. 29. A parte indiana realizou a mesma actividade e ambas as partes consolidaram todos os perfis de projecto em um documento final, fornecendo informações completas sobre cada projecto em termos de localização do projecto, beneficiários, cronograma, metas e objetivos, orçamento estimado, etc. 30. Após a aprovação pelos órgãos deliberativos, terá início o processo de implementação. No entanto, importa recordar que o governo da Índia tem vindo a realizar alguns dos projectos acordados através do procedimento bilateral.

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CP19934 – 88/88/34/10

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Documento de Síntese

Sob o Tema: " Investimento na Juventude em prol do Crescimento Inclusivo e do

Desenvolvimento Sustentável"

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I. CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE ÁFRICA

1. África dispõe de um grande potencial económico. De 2005 a 2015, o continente africano registou uma taxa média de crescimento anual de cerca de 5%. Todavia, desde 2016, esta dinâmica de crescimento reduziu para cerca de 3%, sendo parcialmente resultante da queda dos preços de produtos, em particular o petróleo. De forma geral, este número ainda é superior à taxa média de crescimento mundial e, particularmente a taxa de crescimento médio da zona euro. Por conseguinte, a economia Africana é relativamente mais resiliente, visto que manteve tal nível de crescimento apesar dos impactos económicos do surto do vírus Ébola e da queda do preço do petróleo que se verificaram no período de 2015/2016.

2. Importa ainda reconhecer que além da imensidão e da diversidade dos seus recursos naturais, África é o único continente onde o crescimento da população não estagnou e que, brevemente, virá a ser a maior força de trabalho de mundo. Presentemente, África é o continente com a população geral mais jovem do mundo. 40% dos africanos compreendem as idades dos 14 anos ou menos e, 34 por cento dos africanos são da faixa etária dos 25 e 29 anos. África atingirá 40% da força de trabalho mundial em 2100, comparativamente aos actuais 12% (18-45 anos de idade). Em função do actual discurso sobre o dividendo demográfico, estima-se que até 2050, a maioria da população mundial compreenderá jovens cujo maior segmento será africano.

3. África também poderá ser o lugar privilegiado para o fluxo de capitais destinados a investimentos a médio prazo e especialmente a longo prazo no domínio da agricultura e agro-indústria, industrialização básica, infra-estruturas e energia, saúde, turismo, habitação, etc. As enormes potencialidades outrora mencionadas constituem mais-valias consideráveis para garantir um crescimento forte e inclusivo, bem como o desenvolvimento sustentável e a transformação estrutural das economias de África.

4. Por um lado menos brilhante, África enfrenta uma série de vulnerabilidades que incluem a insegurança económica, social, alimentar, energética, financeira e climática. África ainda não alcançou o seu pleno potencial no que reza à beneficiação dos recursos naturais abundantes. A consecução de tal potencial iria estimular a vantagem competitiva de África, que por sua vez atrairia investimentos estrangeiros. África também necessita de reorientar a sua política económica quanto ao consumo nacional, com vista a desenvolver as suas actividades de manufacturação a custos baixos e promover a industrialização.

5. Alguns dos programas da União Africana no âmbito da Agenda 2063 estão vocacionados a apoiar África e os africanos a materializarem o seu potencial de crescimento, através da integração regional. À guise de exemplo:

a. A Estratégia Continental de Produtos orienta os planos africanos a beneficiarem dos recursos naturais do continente, através da adição de valor,

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integração na cadeias de Valor Mundiais e da promoção da diversificação vertical e horizontal, ancorada no desenvolvimento do conteúdo local.

b. O estabelecimento da Zona de Comércio Livre Continental (ZCLC) em 2017, procura duplicar o crescimento do comércio intra-africano como um mecanismo de crescimento até 2022. Visa fortalecer a voz comum de África e o espaço político nas negociações mundiais sobre o comércio e facilitar a criação de instituições financeiras no âmbito dos horizontes temporais acordados. É imperioso que a integração de África seja acelerada através da ZCLC, para permitir a livre circulação de pessoas e bens em todo o continente. O futuro de África recai sobre um Mercado Comum Africano.

c. A transformação das leis de África para serem mais favoráveis à circulação de pessoas e bens.

d. A operacionalização da Arquitectura de Paz e Segurança e o Silenciamento das Armas.

e. Estratégia para a Harmonização da Estatística em África (SHASA) f. Sistema para as Contas Nacionais (SNA 2008) g. A Decisão de Yamoussoukro sobre a Liberalização dos Mercados dos

Transportes Aéreos em África. h. O Estabelecimento da União Monetária Africana.

6. A experiência europeia posiciona-a bem como um parceiro para a União Africana que depara-se com as mesmas questões associadas aos seus esforços para suster a integração regional. Recorde-se que o advento do Tratado de Lisboa que visou o aprofundamento da integração europeia com grandes mudanças estruturais, não pôde cumprir as suas promessas após as crises económicas e financeiras concomitantes com a crise económica da Grécia, o que tornou necessário a introdução de arranjos estruturais para proteger a Europa dos potenciais choques das bolsas de valores e outras crises de natureza sistémica.”

7. Em 2016, a União Europeia foi marcada de um momento decisivo na edificação do projecto de integração Europeia, na sequência da decisão da Grã-Bretanha de retirar-se (Brexit) da União Europeia que, sem dúvida, tem um impacto significativo sobre a União Europeia. Entretanto, a União Europeia também depara-se com grandes desafios com os fluxos migratórios de todas as regiões do mundo, em particular da Ásia, Médio e Próximo Oriente e África; a ameaça do populismo e do terrorismo, em parte, devido ao extremismo religioso. Em suma, a eleição de um governo nacionalista nos Estados Unidos da América, coloca uma ameaça ao futuro da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP), o acordo de comércio do Canadá e a UE (CETA), e levanta preocupações na Europa no que concerne ao seu futuro comercial com os EUA, bem como as reflexões sobre a defesa europeia.

8. Entretanto, ser jovem, qualificado, bem-educado, contudo desempregado, constitui características da “geração perdida” da Europa. Os desafios que a juventude

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da Europa enfrenta hoje são muitos e variam de país para país, de região a região e de pessoa a pessoa. II. CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE A COOPERAÇÃO UA-UE

9. O diálogo África-UE tomou corpo através da primeira Cimeira África-UE realizada no Cairo em 2000. A implementação da Declaração do Cairo levou à elaboração da Estratégia Conjunta África-UE (JAES), adoptada na Cimeira de Lisboa em 2007. Esta Estratégia Conjunta, tinha como objectivo levar a parceria África-UE para um novo nível estratégico, com parceria política e cooperação reforçadas a todos os níveis. A parceria baseia-se num consenso euro-africano sobre valores, interesses e objectivos estratégicos comuns. A parceria deve procurar colmatar o fosso do desenvolvimento entre África e Europa através da promoção do desenvolvimento sustentável nos dois continentes, vivendo lado a lado em paz, segurança, prosperidade, solidariedade e dignidade.

10. A Estratégia coloca as relações entre África e a União Europeia numa nova base, que consiste na busca de valores partilhados, interesses comuns e objectivos estratégicos. Os dois lados estão determinados a ultrapassar a tradicional relação doador-receptor, e visam fortalecer a sua cooperação estratégica como parceiros iguais. Os dois continentes têm uma visão comum a longo prazo das relações UE-África num mundo globalizado, onde desempenham um papel preponderante em temas como a migração, alterações climáticas e segurança global.

11. A Estratégia Conjunta, que proporcionou um quadro geral a longo prazo para as relações entre África e a UE, é implementada através de Planos de Acção de curto prazo sucessivos e deve reforçar o diálogo político a todos os níveis, traduzindo-se em resultados concretos e mensuráveis em todas as áreas da parceria, nomeadamente a paz e segurança, governação e direitos humanos, comércio e integração regional e outras questões-chave de desenvolvimento.

12. O primeiro Plano de Acção foi adoptado na Cimeira de Lisboa e foi implementado durante um período de três anos (2008-2010). Em Novembro de 2010, os Chefes de Estado e de Governo dos dois lados reuniram-se em Trípoli, Líbia, onde foi adoptado o segundo Plano de Acção 2011-2013. Durante a última Cimeira África-UE realizada em Abril de 2014, em Bruxelas, foi adoptado o Roteiro para 2014-2017. Este constitui o quadro das relações África-UE.

13. O Roteiro para 2014-2017 estabelece as seguintes prioridades comuns:

i. Paz e Segurança; ii. Democracia, Boa Governação e Direitos Humanos; iii. Desenvolvimento Humano;

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iv. Desenvolvimento e Crescimento Sustentável e Inclusivo, e Integração Continental;

v. Questões Globais e Emergentes

III. Via a Seguir para a Cooperação UA-EU

14. Os dois parceiros partilham prioridades similares na medida que adoptam a integração regional como o seu veículo para a paz e prosperidade. Partilham a proximidade geográfica e uma longa história de parceria. Partilham percepções das oportunidades de África no ponto de vista económico e social. Partilham, igualmente, as percepções dos desafios do Continente. As perspectivas económicas e sociais do continente são, muitas vezes, limitadas pelos actos e riscos do terrorismo. Os dois parceiros também reconhecem conjuntamente que o combate efectivo ao terrorismo não pode ser alcançado apenas pela segurança e intervenções militares, mas, em grande medida, depende dos esforços bem-sucedidos destinados a abordar as causas principais. Portanto, a colaboração UA-UE irá abordar questões atinentes ao desemprego da juventude e das lacunas associadas às competências; os riscos ambientais e os recursos naturais, sobretudo a seca, que conduz à fome e que muitas vezes é a causa de conflitos. A parceria vai igualmente abordar a gestão migratória associada à livre circulação de pessoas e bens em todas as fronteiras africanas. Isto ocorre sob a convicção de que a melhoria das condições de vida e das oportunidades para a juventude no continente é a melhor estratégia de combate ao terrorismo. A estabilidade social no continente é o catalisador mais eficaz para o desenvolvimento e a melhor protecção contra a instabilidade e os conflitos armados. 15. A 5a Cimeira África-UE dá-se no contexto da reforma da União Africana, que apela à necessidade de garantir o financiamento sustentável e um protagonismo africano dos seus programas e intervenções sobre o continente, a realização de operações eficazes e efectivas para conectar a UA aos cidadãos africanos, bem como executar as prioridades de integração regional e continental. Além disso, a União Africana está a rever as suas parcerias estratégicas, das quais incluem a União Europeia. A revisão recomendou que tais parcerias devem basear-se mais em resultados e ser orientadas nas necessidades, prioridades e circunstâncias dos africanos. A revisão recomenda igualmente que as parcerias devem capitalizar sobre as vantagens comparativas de cada parceiro, nas quais África deve tomar protagonismo da sua própria agenda. A revisão enfatiza que as parcerias devem centrar-se nas pessoas e demonstrar resultados tangíveis e mensuráveis no terreno. A este respeito, a União Africana está a abordar os seus parceiros junto da UE na perspectiva de: (1) o fortalecimento da partilha de conhecimento bidirecional entre as duas organizações que tenham mandatos e desafios similares; (2) a cooperação política para apoiar África a desempenhar o seu legítimo papel nos assuntos mundiais e (3) a cooperação sobre paz, governação e desenvolvimento, com vista a melhorar significativamente o impacto colectivo sobre o continente. Esta secção propõe áreas temáticas de enfoque, bem

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como mecanismos e estratégias, mediante os quais as referidas prioridades podem ser concretizadas. 16. Em conformidade com o progresso logrado até ao momento no âmbito da JAES e as prioridades da UA para a próxima fase, a seguir apresentam-se sugestões de actividades concretas para um possível seguimento do Roteiro da JAES:

1. Investimentos originados Interna e Externamente em prol da transformação estrutural de África:

17. A Agenda 2063 aspira por uma África próspera baseada no crescimento inclusivo e no desenvolvimento sustentável. Até 2023, a África almeja que cada africano consiga ver melhorias no seu padrão de vida, evidenciadas pelo aumento de rendimentos reais até cerca de 30%. Isto será fomentado pelo crescimento económico inclusivo e pela transformação que amplie as oportunidades de emprego para pelo menos em cada quatro pessoas que procuram emprego, aliado à assistência de renda do estado aos grupos vulnerais e marginalizados e deficientes da sociedade. A proporção da força de trabalho que não recebe salários condignos terá de diminuir até pelo menos 25%. As incidências de fome e malnutrição terão sido reduzidas até pelo menos 80% e a fome até 30%, com enfoque sobre a mulher.

18. Esta aspiração pode ser parcialmente concretizada através do encorajamento em torno de investimentos, quer africanos, como estrangeiros (europeus). A Europa tem sido a maior fonte de investimento estrangeiro directo em África e o maior parceiro comercial. A UE, através da União Africana, irá apoiar o processo da Zona de Comércio Livre Continental mediante advocacia, reforço de capacidades dos negociadores nos Estados-membros (para as negociações dos bens e serviços), bem como a facilitação do comércio, incluindo a facilitação aduaneira.

19. No âmbito desta cooperação, os investimentos no continente serão aumentados por bilhões de $EU, levando à criação de milhões de novos postos de trabalho para a juventude. Os Investimentos renderão a geração de 5GW de energias renováveis adicionais e irão facilitar a geração de energia fora da grelha de distribuição em áreas periurbanas e rurais, atingindo milhões de africanos. Milhões de dólares de investimentos serão direccionados à pesca, agricultura sustentável e agro-negócios, criando, assim, empregos e oportunidades de empreendedorismo para centenas de milhares de jovens. Este resultado será cumprido através de uma adjunção de assistência técnica e inovadora das finanças da União Europeia e das instituições financeiras africanas.

2. Resiliência, Paz, Segurança, Governação e Questões Emergentes: 20. A Agenda 2063 aspira por uma África em paz e segura, de forma que até 2023, todos os conflitos inter e intra-nacionais terão cessado e que a meta do silenciamento

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de todas as armas no continente terá sido alcançada. Os mecanismos nacionais e locais para a prevenção e resolução de conflitos serão entrincheirados e operacionalizados em prol da paz. A Força Africana em Estado de Alerta, a Política de Defesa e Segurança e a Arquitectura Africana de Paz e Segurança, em geral terão sido implementadas no seu todo de modo a contribuírem para a preservação e manutenção da paz no continente e em todo o mundo. 21. Propõe-se que a colaboração com a União Europeia permita: 1) esforços conjuntos para mobilizar outros parceiros a fim de assegurar um apoio financeiro adequado e sustentável à paz e à segurança em África; 2) operacionalização da Arquitectura Africana de Paz e Segurança; e 3) capacitação a nível local e regional para permitir a gestão da segurança marítima. A Capacidade inclui a formação, o desenvolvimento de sistemas e tecnologia / ferramentas.

22. Na sua colaboração com a UA, a UE deve apoiar África a encontrar "Soluções africanas aos problemas africanos." Por conseguinte, propõe-se ainda que através da colaboração com a União Europeia, a União Africana irá melhorar a governação política e económica do continente. Na frente política, o apoio contínuo da UE para o reforço da capacidade de monitorização de eleições é necessária e, a transferência da sua própria experiência neste campo. Na frente da governação económica, a UE iria apoiar os Estados-Membros da UA – por demanda - na simplificação e melhoria do seu sistema de administração de impostos a nível nacional e no trabalho com a UA, tendo em vista definir padrões continentais e as boas práticas nesta área. A UE também poderia apoiar os esforços da UA e da ONU no sentido de auxiliar os Estados-Membros com as suas iniciativas de mobilização de recursos domésticos, como um meio para financiar as suas obrigações no quadro da Agenda 2063 e da Agenda 2030. 23. A UE poderia apoiar a UA nos seus esforços para fortalecer os sistemas de alerta prévia sobre catástrofes no continente, e melhorar a resiliência, através do desenvolvimento de sistemas, formação, projectos nacionais e transnacionais no campo, bem como a transferência de tecnologias. 24. A migração da África para a Europa, deveras, mais acentuada do que antes, a migração intra-africana ainda representa cerca de 70% de toda a migração africana. A UE fortalecerá a capacidade da UA para gerir a migração intra-africana, através do apoio a programas que permitam a livre circulação de pessoas, incluindo programas de segurança fronteiriça. Isto poderia ser tratado, através da abordagem das causas e da promoção do desenvolvimento. 25. Dado que os meios de subsistência, a educação e as oportunidades económicas são estratégias eficazes de combate ao terrorismo, nos termos desta componente, a UA, em conjunto com a UE irão dirigir as intervenções de desenvolvimento integrado no continente em zonas propensas a conflitos. Isto implicará melhoria dos investimentos nessas áreas, juntamente com programas de desenvolvimento para os jovens que são

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receptivos às demandas do mercado nas suas regiões. Isto também envolverá a formação dos jovens quanto à sua herança africana e as oportunidades que o continente tem para oferecê-los. Esta abordagem vai aprimorar a capacidade da UA para planear programas integrados eficazes de combate ao terrorismo no continente.

3. Investir nas pessoas – educação e criação de competências:

26. A Agenda 2063 aspira pela possibilidade de cada criança ter acesso à educação, com pelo menos sete entre dez alunos do ensino secundário que não prosseguem para instituições de ensino superior a terem a oportunidade para a formação técnico-profissional (TVET). A União Africana estabeleceu normas continentais para a TVET e em parceria com dezenas de centros de TVET que servem como centros de modelo para os outros. Esses centros são especializados em diferentes áreas tais como agro-processamento, TIC, artesanato e outros. A UE irá fundamentar-se nos esforços da União Africana nesta área, através do apoio técnico para os centros TVET, para modernizar os seus programas educacionais, ligando-os ao programa continental, de forma a habilitá-los a cumprir as normas, bem como facultar aos estudantes qualificados e capazes o acesso a bolsas de estudo. 27. A UE irá trabalhar com a UA para expandir os programas africanos de ciência,

tecnologia e inovação. 28. A UE apoiará a aspiração da União Africana de desencadear os potenciais da sua juventude através do desenvolvimento e iniciativas de capacitação, conforme enunciadas na Agenda 2063. De modo especial, a UE irá trabalhar com a União Africana para alcançar o objectivo de assegurar que até 2023, 15% de todas os novos empreendimentos empresariais emanem da engenhosidade e talento adquiridos pela juventude, como parte dos frutos da revolução de competências impulsionadas pela ciência, tecnologia e inovação que terão lugar por todo o continente. A cooperação deve garantir que pelo menos, a percentagem de desemprego da juventude de 2013 seja reduzida por um quarto em 2023.

29. Além disso, a União Europeia vai apoiar algumas iniciativas da União Africana incluindo a integração do Corpo de Voluntários Jovens da União Africana (AU-YVC) e abrir oportunidades para centenas de jovens ganharem experiência prática em vários campos de cooperação. A UA e a UE irão colaborar na elaboração de formas inovadoras para expandir o AU-YVC, de forma a adicionar valor aos programas continentais e conecte a UA aos seus cidadãos, especialmente às mulheres jovens. Através desta colaboração, serão envidados esforços para melhorar e apoiar o intercâmbio de jovens, programas de orientação e de aprendizagem, com vista a promover a empregabilidade e as perspectivas empresariais. Ademais, serão reforçados os programas de saúde e bem-estar da juventude para reduzir a vulnerabilidade juvenil.

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4. Diálogo político e cooperação Institucional 30. A UE e a UA partilham o objectivo global de propagação da integração regional no continente. Os dois parceiros realizarão o diálogo político sobre questões-chave. Os parceiros irão cooperar no sentido de dar voz ao imperativo da integração regional nos fóruns mundiais. Os dois parceiros vão envolver a ONU, a fim de melhorar e reforçar a obtenção de resultados. 31. Os dois parceiros irão colaborar institucionalmente de forma a compartilhar lições aprendidas, através do intercâmbio entre as Comissões, Parlamentos e outros organismos.

IV. 5ª CIMEIRA ÁFRICA –UE

Tema: “Investimento na Juventude em prol do Crescimento Inclusivo e do

Desenvolvimento Sustentável

32. A crescente desigualdade e o desemprego dos jovens em África e na Europa, criam um sentimento de indignação e um profundo sentimento de injustiça, que fazem os jovens sentirem que sempre foram deixados para trás.

33. Em África, apesar dos jovens constituírem um enorme recurso para o desenvolvimento do continente, o desemprego juvenil continua a ser um dos principais desafios. À luz desse pressuposto e com o objectivo final de alcançar a África que queremos, e no contexto da Agenda 2063 da União Africana e do Primeiro plano de implementação Decenal, os Chefes de Estado e de Governo da União Africana declararam como sendo o tema para 2017 o seguinte “Aproveitamento do Dividendo Demográfico através do Investimentos na Juventude”.

34. De acordo com fontes relevantes, a África representará 80% do aumento projectado de 4 bilhões na população global até 2100. O aumento de sua população activa jovem cria uma janela de oportunidade que, se for adequadamente aproveitada, pode-se traduzir num maior crescimento económico culminando com a produção de um dividendo demográfico. A magnitude destes desenvolvimentos demográficos será transformadora para África e terá também importantes implicações para a economia da Europa.

35. Outrossim, o desemprego juvenil constitui um dos maiores desafios da Europa. E enquanto não se levar a cabo uma acção urgente de investimento inteligente que torne o candidato a emprego numa mão-de-obra qualificada e experiente, a viabilidade da Europa enquanto mercado inovador e competitivo está em risco.

36. Além disso, a não-inclusão da juventude na arena política e nos processos de tomada de decisões continua a ser um tópico de debate em ambos os continentes.

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Apesar de ambos os continentes permitirem o direito ao voto e o direito a candidatura a indivíduos com idades de 18 anos e acima, nos termos da implementação, ainda há espaço para melhoria. É incontestável o facto de que, com vista a que o princípio da governação democrática prevaleça, é indispensável a inclusão, a representação e a participação da juventude. 37. Assim, à luz das considerações feitas acima, que reflectem as convulsões que se verificam no mundo, a 5ª Cimeira África-Europa vai criar uma oportunidade de lançar as bases para uma abordagem de cooperação inovadora em torno da concepção e implementação de grandes projectos, bem como de investimentos inteligentes na educação e na criação de emprego para jovens, visando um crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável que cumpram com as normas do meio ambiente, os requisitos económicos e sociais para um crescimento enriquecedor de emprego em ambos os continentes, reduzindo as desigualdades que absorvem o desemprego e a paz e segurança sustentáveis em África e na Europa, e a criação de uma plataforma que permita a representação e participação política da juventude, a fim de possibilitá-los a pronunciarem-se nos processos de tomada de decisão.

A. Fundamentação Geral

38. Volvidos dez anos após a sua adopção, a implementação da JAES registou um impacto significativo nos dois continentes. No entanto, com o advento dos desafios emergentes, que África e a UE ainda enfrentam, a JAES encontra-se num momento decisivo para levar a relação entre os dois continentes a um novo nível estratégico, através do reforço da cooperação em todas as esferas, num espírito de responsabilidade partilhada, uma parceria na qual todos se beneficiam, e uma solidariedade activa que permita às duas áreas a reforçar a sua resiliência aos choques multifacetados de origens diversas e variadas, decorrentes de profundas mudanças que caracterizam o mundo contemporâneo.

39. Com o advento da saída da Grã-Bretanha (Brexit) da União Europeia, o ressurgimento da insegurança e do extremismo, convulsões do sistema económico globalizado, que por vezes conduz a crises sistémicas, riscos ligados à instabilidade dos preços dos produtos básicos, alterações climáticas e os seus diversos efeitos induzidos e as questões relacionadas com a governação política, económica e financeira global, é tempo de estes dois vizinhos, com a sua rica e complexa história, forjarem uma parceria nova e mais forte que se baseie nas suas identidades específicas e Instituições renovadas, capitalizarem as lições dos últimos dez anos de parceria e criarem um quadro sólido para uma cooperação a longo prazo, sistemática e bem integrada.

40. Assim sendo, dez anos após a adopção da JAES em 2007 e na preparação da próxima Quinta Cimeira África-UE prevista para 29-30 de Novembro de 2017 em Abidjan, República da Côte d'Ivoire, chegou igualmente o momento para as partes, em

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conjunto, reflectirem honestamente sobre o ponto de situação da parceria, o conteúdo, a sua relevância para as realidades e prioridades dos parceiros, as realizações, as deficiências relativas à coordenação e arquitectura e os nós de estrangulamento na implementação, incluindo os relacionados com o envolvimento das partes interessadas, bem como as questões financeiras, o papel da crescente população de jovens nos dois continentes e o futuro da parceria como um todo.

41. Entretanto, a União Europeia celebra este ano o seu sexagésimo aniversário, e a próxima 5ª Cimeira África-Europa fará parte da celebração.

B. Objectivo principal:

42. Considerando os novos desafios globais, a 5ª Cimeira África-UE terá como objectivo o desenvolvimento de um roteiro comum para 2018-2021/23, a fim de aumentar substancialmente o investimento europeu, de modo a criar uma sociedade mais coesa que possa conduzir à prosperidade e destino partilhados entre África e Europa.

C. Objectivos específicos: 43. Constituem objectivos específicos da Cimeira os seguintes:

Investir no capital humano para permitir que África se beneficie do dividendo demográfico;

Reforçar a cooperação académica e a investigação científica entre a Europa e África;

Apoiar o financiamento das infra-estruturas socioeconómicas em África, bem como a integração regional e continental;

Promover a diversificação e valorização em vários sectores das duas regiões e reforçar as relações comerciais;

Incentivar, facilitar e viabilizar o investimento das PME/PMI europeias e das empresas de capital médio em África através da intensificação da interacção sectorial periódica no diálogo económico, social e político entre as duas áreas;

Promover a governação democrática e os direitos humanos com um enfoque sobre os instrumentos de valores comuns da UA, incluindo a Carta Africana da Juventude;

Promover a paz e a segurança em África e na Europa;

Conceber e implementar projectos conjuntos de grande envergadura nas várias e diversas áreas, no espírito de responsabilidade partilhada e prosperidade;

Avaliar conjuntamente as oportunidades de investimento identificadas em ambas as regiões e promover estratégias de investimento significativo.

I. FORMATO DE PARTICIPAÇÃO

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44. Para além da sessão de abertura, a 5ª Cimeira África-UE será composta por quatro sessões plenárias e muitas sessões paralelas ou eventos a Cimeira.

a) Sessão de Abertura 45. Esta sessão vai marcar o tom da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo dos dois continentes. Consiste numa série de discursos de abertura, nomeadamente do Presidente da Comissão da União Africana, do Presidente da Comissão Europeia, do Presidente da Côte d'Ivoire, do actual Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana e do Actual Presidente do Conselho Europeu.

b) Sessões Plenárias 46. As quatro (4) sessões plenárias irão abordar questões de interesse comum, nomeadamente as relacionadas com o tema da Cimeira, governação democrática, paz e segurança, bem como questões globais e emergentes.

i) 1ª Sessão Plenária: Educação e Formação para a Revolução das

Competências

47. Nos últimos anos, a confluência das rápidas mudanças técnicas, globalização e da crise financeira levou os governos de África e da Europa a priorizarem o desenvolvimento de competências, como uma estratégia-chave para o aumento da produtividade, da competitividade económica e do crescimento. Na maioria dos países africanos, e em alguns países europeus, um número significativo de pessoas com altos níveis de qualificação formal acabam desempregadas, e trabalham em empregos que subutilizam as suas habilidades ou migram para outros países.

48. As competências afectam a vida das pessoas e o desenvolvimento económico e social de várias formas. As competências melhoram os resultados do mercado de trabalho tanto em termos de taxas de emprego como de rendimentos. Investir no capital humano é a forma mais eficaz de promover o crescimento, mas também de distribuir os seus benefícios de forma mais justa. Existe uma relação muito forte entre o capital humano e o crescimento económico. O capital humano afecta o crescimento económico e pode ajudar a desenvolver uma economia através do conhecimento e das habilidades das pessoas. O desenvolvimento do capital humano está directamente relacionado com o crescimento económico.

49. Durante esta sessão plenária, os Chefes de Estado das duas Uniões irão discutir a necessidade urgente de novas estratégias e abordagens que se concentrem mais especificamente nos vínculos e na coerência entre os investimentos em desenvolvimento de competências e emprego, produtividade e crescimento económico.

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ii) 2ª Sessão Plenária: Investimento originado interna e externamente para Interno e Externo em prol da Transformação Estrutural Africana

50. Esta sessão é uma continuação da primeira, no entanto pretende-se que seja mais pragmática. A mesma deverá permitir aos participantes da Cimeira identificar oportunidades de mobilização de recursos internos e externos para facilitar a transformação de África. Assim, a Cimeira irá abordar questões de mobilização de recursos internos (tributação e receitas fiscais, formalização e tributação do sistema informal), fluxos financeiros ilegais, estabelecimento de ambientes transparentes para mobilizar o investimento directo estrangeiro (IDE), investimento de carteira, créditos à exportação e todas as outras formas inovadoras de financiamento. Irá discutir de forma mais abrangente a questão do desenvolvimento do sector privado e todos os obstáculos a serem ultrapassados para atrair investimentos nacionais e estrangeiros. A questão-chave do investimento externo será a implementação de políticas que aproveitem ao máximo o IDE e a ajuda pública ao desenvolvimento (APD). Será dada ênfase especial ao investimento de carteira e a novas formas inovadoras de financiamento, tais como investimentos de impacto social.

51. É sem dúvida que o comércio pode proporcionar um ímpeto significativo e impulsionar a Agenda de transformação estrutural de África. A UE continua a ser o maior parceiro comercial de África, porquanto os Estados-membros da UA presentemente comercializam com a UE no âmbito dos Acordos Bilaterais, Tudo Menos Armas (EBA), Sistemas de Preferências Generalizados (GSP) e/ou Acordos de Parceria Económica (APE), embora as negociações estejam em curso nalgumas configurações das negociações dos APE com a União Europeia (UE). A decisão do Reino Unido de retirar-se da União Europeia (UE) (Brexit), é de interesse para as economias africanas, sobretudo, tendo em conta que o Reino Unido permanece como uma fonte principal de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) para África, na ordem dos 42,5 mil milhões de Libras Esterlinas em 2014. Embora as relações comerciais formais de África sejam garantidas entre outros pelos respectivos acordos comerciais bilaterais e os APE assinados, o futuro das negociações formais e das preferências comerciais tais como os EBA e GSP que sucederão à Brexit, continuam a ser uma preocupação para os países africanos, visto que os termos da Brexit têm a probabilidade de determinar se o Reino Unido pode continuar a conceder estas preferências aos países africanos, podendo, assim, impactar o futuro das relações África-Reino Unido. Além disso, há necessidade de garantir que os acordos entre África e a UE aludidos anteriormente, sejam complementares e favoráveis à própria agenda de África, especialmente, neste momento em que África direcciona-se ao estabelecimento da Zona de Comércio Livre Continental (ZCLC). A este respeito, além da questão dos investimentos, esta sessão irá ajudar a examinar como a revisão dos Acordos de Parceria Económica podem complementar a Integração Continental de África.

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iii) 3ª Sessão Plenária: Reforço da Resiliência, Paz e Segurança, Governação e Questões Emergentes

52. Esta sessão plenária irá permitir debates construtivos sobre questões comuns relacionadas com a paz, a segurança e outras questões emergentes como as alterações climáticas, migração ilegal, questões ambientais, terrorismo, criminalidade transnacional, cibercriminalidade, bem como os fluxos financeiros ilícitos. Esta sessão irá apontar formas de combinar os esforços entre África e Europa para conter todos estes flagelos.

iv) 4ª Sessão Plenária: Adopção de Mecanismos para o Planeamento

Conjunto, Financiamento, Implementação e Monitorização e Avaliação

53. Esta sessão terá como enfoque a adopção do mecanismo de planeamento e implementação, a fim de garantir que os objectivos concretos sejam designados a contribuir para as prioridades continentais e as metas da Agenda 2063. As modalidades de financiamento serão conjuntamente acordadas, bem como as funções e as responsabilidades para a implementação. Os compromissos dos Estados-membros destinados a facilitar a implementação serão acordados durante esta sessão. 54. Por último, esta última sessão irá adoptar o novo roteiro, que incidirá principalmente nos grandes projectos África-Europa para as próximas duas décadas. Este roteiro será acompanhado de um mecanismo de monitorização / avaliação e de um plano de financiamento do projecto.

v) Eventos Pré-Cimeira 55. Os eventos pré-cimeira são os seguintes:

i) O sexto Fórum Empresarial do Sector Privado África-Europa; ii) Quarta Cimeira entre o Parlamento Pan-Africano e o Parlamento Europeu; iii) Quarta Cimeira da Juventude África-Europa; iv) Reunião dos Actores Económicos e Sociais Africa-Europa. v) AU – EU – OECD: “Emprego da Juventude em África” vi) AU - EU – ECDPM: Sextas-feiras da Comissão, “Cooperação UA – EU:

Concretizações, Perspectivas e Desafios”

56. A Cimeira irá incluir igualmente eventos culturais e promocionais organizados por actores de ambas regiões.

vi) Resultados Esperados

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57. A Quinta Cimeira África-UE vai adoptar uma declaração política que abranja os domínios prioritários de cooperação conjunta e reflicta a vontade e o empenho dos líderes políticos dos dois continentes no reforço da cooperação e da parceria. Assim, irá destacar os principais projectos emblemáticos identificados pela 5ª Cimeira, bem como os mecanismos de monitoria, avaliação e financiamento desses projectos.

58. Poderão igualmente ser adoptadas declarações temáticas separadas sobre temas específicos.

59. Será realizada uma avaliação da execução do Roteiro Conjunto 2014-2017 e as suas conclusões serão apresentadas num documento que irá destacar os progressos realizados, os desafios e as oportunidades disponíveis para a parceria. A avaliação irá contribuir para o desenvolvimento do novo Roteiro Conjunto para os próximos três / cinco anos (2018-2021/23), concentrando-se principalmente em grandes projectos que simbolizam a prosperidade, responsabilidade e destino compartilhado de ambos os continentes num mundo em constante mudança.

60. A este respeito, a Cimeira irá adoptar um roteiro conjunto para 2018-2021.

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PROJECTO DE DECISÃO O Conselho Executivo,

I. Avaliação das Parcerias Estratégicas 1. REITERA a Decisão EX.CL/Dec.942(XXX), da 30 ª Sessão Ordinária do

Conselho Executivo, realizada nos dias 25-27 de Janeiro de 2017, em Adis Abeba que INSTRUIU o CRP em colaboração com a Comissão e as CER, para realizar sessões especiais no prazo de seis meses para permitir uma discussão e análise aprofundadas de todos os aspectos das Parcerias Estratégicas, a fim de formular propostas adequadas e recomendações

II. Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de

África (TICAD) 2. ENDOSSA a data de 23-25 de Agosto de 2017 para a realização da reunião

Ministerial de Acompanhamento da TICAD VI em Maputo, Moçambique;

III. Parceria UA – UE 3. APROVA:

i) O Tema da 5ª Cimeira UA-UE, a saber, "Investimento na Juventude para

um Crescimento Inclusivo Acelerado e Desenvolvimento Sustentável;

ii) A nomenclatura da parceria com a União Europeia que deve ser: " Parceria União Africana (UA) – União Europeia (UE) " em vez de " Parceria África – UE";

iii) A realização de uma reunião de Altos Funcionários e uma reunião

Ministerial que precederá a 5ª Cimeira da UA-UE e SOLICITA que o CRP em estreita colaboração com a Comissão chegue a um acordo com a parte Europeia sobre as datas finais da reunião acima mencionada, a ser comunicada oportunamente;

4. SOLICITA que o CRP em estreita colaboração com a Comissão prepare e

negocie com a parte Europeia, os documentos finais da 5ª Cimeira da UA- EU; IV. Fortalecimento da capacidade institucional da Comissão (Divisão de

Gestão e Coordenação das Parcerias) 5. REAFIRMA a sua decisão, EX.CL/Dec.942 (XXX), Parágrafo A2, que solicitou o

reforço da capacidade institucional da Comissão (Divisão de Gestão e

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Coordenação de Parcerias) e SOLICITA que o CRP em colaboração com a Comissão seja célere na realização de acções nesse sentido.