RELATÓRIO E CONTAS 20 20 · RELATÓRIO E CONTAS 20 20 No total, o Grupo gerou receitas e juros no valor de 1,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 8% face a 2019. Este

RELATÓRIO E CONTAS 2020

RELATÓRIO E CONTAS 2 PÁGINA


INDICE

PÁGINA

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 3

RELATÓRIO DE GESTÃO

ESTRUTURA LEGAL E ORGANIZATIVA 8

PRINCIPAIS INDICADORES E DESTAQUES DA ATIVIDADE 9

HISTÓRIA DA RAIZE 11

ORGÃOS SOCIAIS 12

AÇÃO RAIZE 14

ESTRUTURA SOCIETÁRIA 15

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 16

EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE EM 2020 21

GESTÃO DE RISCOS 27

OUTRAS INFORMAÇÕES E DECLARAÇÕES 29

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 30

ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 34

PARECER DA AUDITORIA 45

RAIZE – INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTOS, S.A. (base consolidada)

Sede: Rua Tierno Galvan – Amoreiras, Torre 3, 17º, 1070-274 Lisboa

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número único de matrícula e de identificação 510 896 197.

Instituição de Pagamentos autorizada e supervisionada pelo Banco de Portugal com o nº 8711.

Sociedade Aberta cotada na Euronext Lisbon com ticker MLRZE (mercado Euronext Access).

A Raizecrowd, Serviços de Informação e Tecnologia, Lda é uma subsidiária da Sociedade e entidade gestora de plataformas de financiamento colaborativo supervisionada pela CMVM.

A Insuraize, Sociedade Unipessoal, Lda é uma subsidiária da Sociedade e agente de seguros Vida e Não Vida autorizado pela ASF com o nº 420563248/2.

Quaisquer referências a normativos feitos no presente documento dizem respeito às respetivas versões atualmente em vigor.



MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

É com muito gosto que dirigimos este nosso relatório de impacto aos nossos investidores, parceiros, clientes, colaboradores e a todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, se interessam pela atividade da Raize.

O ano de 2020 foi um ano de esforço e superação para muitas empresas e pessoas. Foi um ano de menos crescimento para a generalidade das economias mundiais, um ano com mais restrições às liberdades individuais e um ano com novos riscos, que até aqui não eram vistos como relevantes para a sociedade. Para responder a esta crise, as empresas e as pessoas tiveram de responder coletivamente, mas também individualmente – inovando, investindo, e sobretudo, não desistindo.

Mas como todas as crises económicas até aqui, também a do COVID vai passar. E chegados ao início de 2021, acreditamos que são muitas as empresas e pessoas que antecipam este próximo ano com otimismo e vontade de conquistar novos objetivos, fazendo esquecer o ano transato.

Um ano de crescimento em várias áreas de negócio.

No ano de 2020, a Raize continuou a afirmar-se como a maior plataforma de financiamento direto em Portugal, disponibilizando financiamento para micro e pequenas empresas e lançando o seu novo serviço de crédito pessoal. Mesmo nos períodos de maior incerteza em março e abril de 2020, a Raize manteve sempre aberto o canal de financiamento para apoiar as boas empresas.

Durante este último ano, a Raize afirmou-se novamente como um dos parceiros de referência da economia e uma excelente alternativa de investimento para investidores, oferecendo retornos estáveis e diversificados – mesmo nos períodos de maior volatilidade.

No total, já foram investidos através da Raize +43 milhões de euros em micro e pequenas empresas portuguesas, o que representa um aumento de +25% face ao final do ano de 2019. Ao todo, foram realizadas +2.000 operações de financiamento, fazendo da Raize um parceiro de referência para as empresas em Portugal.

Construindo em cima da base de conhecimento e de clientes existentes, a Raize lançou em outubro 2020 a sua linha de financiamento para particulares e outros profissionais com o objetivo de apoiar empresários, sócios-gerentes e outros profissionais. O objetivo da Raize é oferecer ao mercado um “novo olhar sobre o crédito pessoal”, procurando atuar em segmentos de mercado que são tipicamente ignorados por financeiras e bancos. Nos primeiros meses de lançamento a Raize verificou uma elevada procura contando já com mais de 3 mil simulações realizadas à data, esperando-se elevadas taxas de crescimento para este novo produto em 2021.

No mercado de cessões da Raize, registou-se um aumento do volume total de transações em +37%. O mercado secundário passou a permitir aos investidores aumentar ou diminuir as suas exposições de forma prática, quer sejam exposições regulares ou non-performing.

O ano de 2020 fica ainda marcado pelo forte crescimento do serviço de depósitos que permite aos investidores realizarem depósitos bancários com taxas de juro muito atrativas e sem custos. No total, a Raize aumentou a sua base de depósitos captados em +84%.



No total, o Grupo gerou receitas e juros no valor de 1,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 8% face a 2019. Este resultado evidencia a robustez do negócio do Grupo, mesmo em períodos de maior volatilidade e incerteza. Em termos globais, a Raize teve um resultado operacional marginalmente negativo (-24 mil euros), fruto do efeito da pandemia no negócio de crédito a empresas que interrompeu de forma temporária o crescimento mais acelerado desta unidade de negócio durante os meses de março, abril e junho. A estratégia de longo-prazo da Raize mantem-se inalterada, consistindo na promoção de forma sustentável do crescimento das receitas, o alargamento da base de clientes da empresa e a manutenção de uma estrutura de custos racional e que possibilite o investimento contínuo e estratégico na atividade.

Um ano de lançamento de novos produtos e serviços.

Aproveitámos este último ano para desenvolver e lançar novos serviços que terão um contributo importante para a atividade da empresa já em 2021, nomeadamente:

• Crédito para particulares • Distribuição de Seguros para Empresas e Particulares (Vida e Não Vida) • Criação de um mercado secundário para empréstimos não regulares (NPLs)

Vamos continuar a trabalhar com o mesmo espírito empreendedor e inovador para continuar a disponibilizar novos produtos e serviços aos Clientes da Raize.

Um ano de retornos elevados, estáveis e diversificados - mesmo em períodos de maior volatilidade e incerteza. Mais um ano de retornos positivos para o track record da Raize.

São em momentos de “stress” que os modelos de investimento são colocados à prova. E o da Raize superou com distinção o ano de 2020.

Em termos de rentabilidade, os empréstimos em curso tiveram uma evolução positiva em 2020 (apesar do choque), e contribuíram para gerar um retorno médio anual após perdas de 6,09%. Este resultado, somando à rentabilidade dos anos passados, confere aos investidores da Raize um total

de 44% de rentabilidade acumulada após perdas1. Estas rentabilidades são uma consequência direta do desenvolvimento contínuo e implementação do modelo de análise de empresas Raize e do trabalho diligente que as equipas de originação e de recuperação desenvolvem numa base diária.

Mais de 98% dos investidores da Raize têm retornos positivos.

Atualmente, todos os empréstimos são financiados na totalidade com o Tracker. Investir com o Tracker é investir da forma mais diversificada possível nos empréstimos aprovados pela diligente equipa de análise da Raize e com um retorno esperado em linha com a média de todos os empréstimos realizados. Investir com o Tracker é, por esse motivo, a forma mais segura (e com melhor perspetiva de retorno) de investir na Raize. As estatísticas mostram que +98% dos investidores que investem através da Raize têm retornos positivos. Como já aqui tínhamos referido, investir na economia local e no futuro das empresas portuguesas vale a pena. Os retornos são atrativos, o risco é baixo e diversificado e o contributo social e real é extraordinário.

1 Valor que um investidor teria ganho em acumulado se tivesse investido através da Raize desde o início (2015).



Um ano em que o Setor do Financiamento Colaborativo se mostrou disponível para apoiar no esforço de financiamento da economia.

Em abril de 2020 escrevemos uma carta ao Governo a disponibilizar os nossos recursos e tecnologia para ajudar a canalizar as linhas de apoio COVID às micro e pequenas empresas. Até à data, as plataformas de financiamento colaborativo não foram incluídas no plano do Governo para a distribuição dos apoios financeiros à Economia nacional. A continuada exclusão do setor como parceiro do Estado e/ou das entidades públicas no financiamento da economia pode representar uma falha ao nível da concorrência de mercado com efeitos nefastos para o setor. Pela nossa parte, continuaremos a atuar junto do Estado, das entidades públicas e das autoridades de regulação, com o objetivo de informar sobre os benefícios que o setor pode trazer para a sociedade civil, assim como para informar sobre o seu posicionamento comercial e concorrencial.

Um ano durante o qual a Raize manteve a qualidade de serviço no apoio ao cliente. Cinco Estrelas e Boa Escolha no Crédito a Empresas.

A Raize foi distinguida pelo 2º ano com o "Prémio Cinco Estrelas 2020" para a categoria de "Crédito a Empresas". Este prémio reflete o elevado grau de satisfação das empresas com a Raize, e reforça a sua posição como um dos financiadores de referência das PME em Portugal. O Comité de avaliação do "Prémio Cinco Estrelas" conduziu um estudo de mercado completo e rigoroso sobre o nível de satisfação com o serviço de financiamento da Raize. Este estudo de mercado envolveu exercícios de focus group, testes de experimentação e inquéritos massificados a um universo alargado de empresas e consumidores.

Adicionalmente, a Raize foi igualmente reconhecida pelas empresas portuguesas como “Boa Escolha” na categoria de “Crédito a Empresas – Plataformas de Financiamento”.

No total, os nossos clientes atribuíram ao serviço da Raize uma notação muito positiva e com destaque para as seguintes características:

• Relação Preço-Qualidade; • Rapidez de resposta e disponibilização do crédito; • Simplicidade do processo; • Transparência da informação;

O "Prémio Cinco Estrelas" e o Prémio Boa Escolha são atribuídos anualmente a um conjunto

reduzido de marcas nacionais2.

Servir bem os clientes é um pilar estratégico do crescimento da Raize, e vamos continuar a trabalhar para cumprir com os mais elevados padrões de serviço.

2 Para mais informações sobre distinções passadas e a metodologia "Prémio Cinco Estrelas" e “Prémio Boa Escolha”, recomendamos a consulta da página https://cinco-estrelas.pt/ e https://consumertrends.pt/, respetivamente.



Um ano de aprovação do novo Regulamento Europeu do Crowdfunding que vai reforçar a capacidade de financiamento da Raize e a sua internacionalização na Europa.

Em 7 de outubro de 2020 foi aprovado o novo Regulamento Europeu do Crowdfunding a nível Europeu. Este novo Regulamento impõe novas regras e exigências à atividade da Raize (ligadas ao financiamento colaborativo), mas também abre novas oportunidades, nomeadamente de reforço do financiamento institucional e de internacionalização no espaço Europeu.

Um ano que terminou com uma Oferta Pública de Aquisição (OPA).

Foi concluída com sucesso a 30 de dezembro de 2020 a operação de aquisição pública e voluntária (OPA) lançada pela Flexdeal, SIMFE, S.A. sobre 19% do capital social da Raize Instituição de Pagamentos, S.A. O Conselho de Administração reconhece a importância de promover uma base acionista alargada e diversificada, que permita à Raize aceder a capital para apoiar o crescimento da Sociedade, e reforçar o financiamento junto das PME nacionais. O Conselho de Administração reconhece ainda que o novo acionista, no âmbito da sua atividade de investimento, enquadramento legal e estrutura acionista existente, poderá representar um canal de financiamento adicional para a Raize e para as PME servidas (de forma direta ou indireta).

Um ano durante o qual a Raize ficou mais forte e mais bem preparada para aproveitar as oportunidades de crescimento e expansão no mercado nacional e internacional.

Agradecemos a vossa confiança.

José Maria Rego Afonso Fuzeta Eça António Silva Marques

Conselho de Administração da Raize Instituição de Pagamentos S.A.



“A RAIZE TERMINOU 2020 MAIS

FORTE E MAIS BEM PREPARADA

PARA APROVEITAR AS

OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO

E EXPANSÃO NO MERCADO

NACIONAL E INTERNACIONAL.”

+64mil investidores na Raize

+43M investidos na

economia à data

+98% dos investidores com

retornos positivos

+44% retorno acumulado

após perdas



ESTRUTURA LEGAL E ORGANIZATIVA

A Raize – Instituição de Pagamentos, S.A., Sociedade Aberta, é uma instituição de pagamentos autorizada e supervisionada pelo Banco de Portugal, nos termos do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) e do Regime Jurídico dos Serviços de Pagamento e da Moeda Eletrónica (RJSPME). A Sociedade encontra-se registada com o nº 8711 e iniciou a sua atividade regulada junto do Banco de Portugal em julho 2016.

A Raize – Instituição de Pagamentos, S.A. é uma Sociedade Aberta cotada na Euronext Lisbon (mercado Euronext Access) com o identificador MLRZE.

A Raize é detentora de 100% da Raizecrowd – Serviços de Informação e Tecnologia, Sociedade Unipessoal, Lda que exerce a atividade de intermediário de financiamento colaborativo, encontrando-se registada para o devido efeito junto da CMVM desde maio 2018. A Raize detém ainda 100% do capital social da Sociedade Insuraize, Sociedade Unipessoal, Lda, sociedade de mediação de seguros Vida e Não Vida autorizado pela ASF.



PRINCIPAIS INDICADORES E DESTAQUES DE ATIVIDADE

INDICADORES FINANCEIROS (VALORES EM EUROS)

2018 2019 2020

BALANÇO

CAIXA E DISPONIBILIDADES 2 525 191 2 292 760 2 536 339

ATIVO LÍQUIDO TOTAL 2 727 949 2 674 548 2 902 258

RECURSOS DE CLIENTES 2 026 364 1 899 888 2 246 066

CAPITAL PRÓPRIO ATRIBUÍVEL AOS ACIONISTAS 479 463 472 391 375 307

RENDIBILIDADE

RECEITAS 474 479 573 765 565 274

CUSTOS OPERACIONAIS RECORRENTES - 455 598 - 507 328 - 589 134

RESULTADO OPERACIONAL RECORRENTE 18 881 66 437 - 23 860

CUSTOS EXTRAÓRDINÁRIOS (NÃO RECORRENTES) - 91 510 0 0

RESULTADO OPERACIONAL (EBITDA) - 72 629 66 437 - 23 860

RESULTADO LÍQUIDO - 65 941 - 7 872 - 78 055

CAPITAL

FUNDOS PRÓPRIOS (CÁLCULO REGULATÓRIO) 346 740 343 657 237 759

REQUISITO PARA FUNDOS PRÓPRIOS 125 000 125 000 125 000

INDICADORES OPERACIONAIS

2018 2019 2020

PAGAMENTOS

NÚMERO PAGAMENTOS PROCESSADOS 3 781 004 14 371 483 24 154 262

VOLUME DE PAGAMENTOS PROCESSADOS (EUR) 20 979 775 27 352 263 22 416 858

CRÉDITO A BENEFICIÁRIOS

VOLUME DE NOVOS FINANCIAMENTOS (EUR) 11 360 226 12 860 500 8 699 500

VOLUME ACUMULADO DE FINANCIAMENTOS (EUR) 21 738 226 34 598 726 43 298 226

VOLUME DE JUROS BRUTOS COBRADOS (EUR) 621 597 917 939 1 050 021

DEPÓSITOS BANCÁRIOS VOLUME DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS CONSTITUÍDOS (EUR) - 3 756 862 6 902 132

CLIENTES

NÚMERO TOTAL DE UTILIZADORES 55 984 72 713 83 952

PARTICULARES 44 424 56 901 64 293

EMPRESARIAIS / INSTITUCIONAIS 11 560 15 812 19 659

RECLAMAÇÕES REGISTADAS 2 3 24

RECLAMAÇÕES RESOLVIDAS 2 3 24

DESTAQUES DE ATIVIDADE

“Crédito a Empresas” Raize distinguido com “Prémio Cinco Estrelas” pelo 2º ano consecutivo

“Prémio Boa Escolha” na categoria “Crédito a Empresas – Plataforma de Financiamento”

Base de +64 mil investidores registados

43,3 milhões investidos na economia portuguesa à data

44,0% de retorno acumulado realizado após perdas

6,9 milhões em depósitos bancários constituídos



HISTÓRIA DA RAIZE

A Raize – Instituição de Pagamentos, S.A. é uma instituição de pagamentos autorizada e supervisionada pelo Banco de Portugal, nos termos do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) e do Regime Jurídico dos Serviços de Pagamento e da Moeda Eletrónica (RJSPME). A Raize é a primeira instituição de pagamentos em Portugal dedicada ao financiamento da economia, disponibilizando uma plataforma completa de serviços que assegura a segurança, fiabilidade e monitorização de transferências, pagamentos e recebimentos de fundos de clientes.

2013 - 2015

Fundação da Raize Instituição de Pagamentos, S.A. e início dos desenvolvimentos tecnológicos Aprovação de constituição pelo Banco de Portugal em maio 2015

Prémio “Startup do Ano” na Economia Digital (ACEPI) e Menção Honrosa Prémio Inovação NOS

Abertura do capital da Sociedade a investidores institucionais

2016 - 2017

Início de atividade regulada por parte do Banco de Portugal em julho 2016

Lançamento do mercado de cessões para investidores

Lançamento da aplicação para iOS e Android

Lançamento de novas modalidades de financiamento: Linha “Start” e Financiamento de Faturas

2018 - 2019

1ª Sociedade registada como entidade gestora de plataforma de financiamento colaborativo em maio 2018 (através de subsidiária)

Conclusão de oferta pública de venda de ações com a participação de 1 419 investidores e admissão à negociação na Euronext Lisbon (mercado Euronext Access)

Implementação da “Diretiva dos Serviços Pagamentos 2” (DSP2)

Lançamento do serviço de depósitos bancários para investidores

Base de mais de 72 mil empresas e pessoas na Plataforma

“Crédito a Empresas” Raize distinguido com “Prémio Cinco Estrelas”

Eleita “melhor e-Marketplace 2019” pela Associação da Economia Digital (ACEPI)



2020

“Crédito a Empresas” Raize distinguido com “Prémio Cinco Estrelas” pelo 2º ano consecutivo

“Prémio Boa Escolha” na categoria “Crédito a Empresas – Plataforma de Financiamento”

Base de mais de 84 mil empresas e pessoas na Plataforma

Conclusão da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Flexdeal, SIMFE, S.A

6-year track record de +44% após perdas

Retorno anual bruto sobre empréstimos realizados de 6,00% em 2020, refletindo solidez da carteira de empréstimos

Lançamento do Crédito Pessoal Raize para empresários, sócios-gerentes e outros profissionais



ORGÃOS SOCIAIS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

José Maria Antunes dos Santos Rego (Presidente)

Membro do Conselho de Administração da Raize Instituição de Pagamentos, S.A., instituição de pagamentos autorizada e supervisionada pelo Banco de Portugal.

Professor assistente da Católica Lisbon School of Business and Economics (CLSBE).

Mediador de Seguros Vida e Não Vida registado na ASF

Mestre em Gestão e Finanças pela ESCP Europe (Paris) e pela Católica Lisbon School of Business and Economics.

Licenciado em Economia pela Nova School of Business and Economics.

Ex-consultor (Expert) para a Comissão Europeia em temas relacionados com a inovação, financiamento e empreendedorismo, membro do Innovator’s Strategic Advisory Board para o G7 (presidência Italiana).

Ex-gestor de projeto na divisão de serviços financeiros da consultora internacional “Oliver Wyman” com especialização em risco de crédito e experiência como Advisor para o Banco de Portugal e Ministério das Finanças Português e na realização de projetos de restruturação bancária, resolução e stress-testing de sistemas bancários e instituições financeiras europeias.

Afonso Fuzeta da Ponte da Cunha de Eça (Vogal)


Professor convidado na Nova School of Business and Economics.

CFA Charterholder.

Mestre em Finanças pela Tilburg Universiteit.

Licenciado em Economia pela Nova School of Business and Economics.

Ex-gestor de ativos e portfolio manager no fundo de investimento MATH FUND.

António José Ribeiro Silva Marques (Vogal)


Mestre e Licenciado em Engenharia de Redes de Comunicação pelo Instituto Superior Técnico (IST).

Ex-consultor na Deloitte, baseado em Lisboa e especializado em tecnologia para Serviços Financeiros, mais especificamente no desenvolvimento de aplicações para análise de risco de crédito, reporte financeiro e comercialização de seguros.



ASSEMBLEIA GERAL

João Freitas e Costa (Presidente)

Advogado da Sociedade de advogados PARES | Advogados

Tiago Gama (Secretário)

Advogado da Sociedade de advogados PARES | Advogados

FISCAL ÚNICO DA SOCIEDADE

CASCAIS, PÊGA MAGRO & ROQUE, SROC LDA. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, pessoa coletiva número 503 253 316, inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas com o número 125, e inscrita na CMVM sob o nº 20161443, com sede no Edifício Atlanta II Rua Abranches Ferrão, no 10 -6º G 1600-001 Lisboa, representada pelo Dr. Pedro Nuno Ramos Roque, inscrito na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas com o número 828.

Não existem relações de negócios entre a Sociedade e os Administradores além do relacionamento laboral e de trabalho em curso.



AÇÃO RAIZE

A Raize - Instituição de Pagamentos, S.A. é uma Sociedade Aberta cotada na Euronext Lisbon (mercado Euronext Access) com o identificador MLRZE. A admissão à negociação da ação foi feita no dia 18 de julho de 2018, no seguimento de uma Oferta Pública de Venda (OPV).

Durante o ano de 2020, o preço da ação da Raize registou uma queda de 40%. O preço da ação sofreu uma forte correção durante os meses de fevereiro a maio, em linha com a correção do mercado bolsista. No 2º semestre do ano, o preço da ação manteve-se praticamente inalterado, não acompanhando a recuperação de mercado, dada a elevada incerteza que ainda envolve o setor financeiro e a performance da economia no mundo pós-pandemia.

A 30 de outubro de 2020, a Flexdeal, SIMFE, S.A. anunciou uma oferta pública de aquisição, parcial e voluntária, para a aquisição de até 19% do capital social da Raize. A contrapartida oferecida por cada ação foi de EUR 0,90.

A 20 de novembro de 2020, o Conselho de Administração da Raize pronunciou- se sobre o anúncio considerando o preço por ação reduzido e não representativo do valor da Raize, considerando também não ter informação suficiente para aferir o valor do potencial sinergético entre ambas as Sociedades, apesar de reconhecer a sua relevância.

A 30 de dezembro de 2020, a Flexdeal, SIMFE, S.A, anunciou a aquisição de 950 000 ações da Raize. As principais alterações à estrutura acionista da Raize estão documentadas na seção “Estrutura Societária”.

De acordo com os dados fornecidos pela Interbolsa, a Raize tinha à data de 31 de dezembro de 2020 um total de 877 acionistas, incluindo acionistas particulares e institucionais.

PRINCIPAIS INDICADORES DA AÇÃO (valores em euros)

2019 2020

# AÇÕES 5 000 000 5 000 000

COTAÇÃO FECHO (ÚLTIMO DIA ANO) 1,35 0,81

CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA 6 750 000 4 050 000

COTAÇÃO FECHO (MÍNIMO ANO) 1,02 0,69

COTAÇÃO FECHO (MÁXIMO ANO) 1,90 1,48

PREÇO MÉDIO PONDERADO PELO VOLUME

1,32 0,91

AÇÕES TRANSACIONADAS (NÚMERO) 845 419 1 237 151

ROTAÇÃO DO CAPITAL (POR NÚMERO DE AÇÕES)

17% 25%

TURNOVER (VOLUME TRANSACIONADO)

1 117 757 1 127 518



EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO (valores em euros)

ESTRUTURA SOCIETÁRIA

PARTICIPAÇÕES SOCIAIS

A Raize – Instituição de Pagamentos, S.A., Sociedade Aberta, é uma Sociedade anónima de duração indeterminada, constituída no dia 14 de novembro de 2013, com o número único de matrícula na Conservatória do Registo Comercial e identificação de pessoa coletiva 510 896 197. A Sociedade tem a sua sede social e escritório na Rua Tierno Galvan – Amoreiras, Torre 3, 17º, 1070-274 Lisboa.

O capital social da Sociedade encontra-se totalmente realizado, ascendendo aos 575 000,00€ euros, representado por 5 000 000 ações nominativas, com o valor nominal de 0,115 euros cada.

Acionistas com participações no capital social da Sociedade em 31/12/2020:

TITULAR 31/12/2019 31/12/2020

# DE AÇÕES % DO CAPITAL

SOCIAL # DE AÇÕES

% DO CAPITAL SOCIAL

FLEXDEAL, SIMFE, S.A. 0 0,00% 950 000 19,00%

JOSÉ MARIA ANTUNES DOS SANTOS REGO 1 215 333 24,31% 893 819 17,88%

AFONSO FUZETA DA PONTE DA CUNHA DE EÇA

1 215 331 24,31% 893 816 17,88%

ANTÓNIO JOSÉ SILVA MARQUES 121 186 2,42% 121 186 2,42%

FREE FLOAT 2 448 150 48,96% 2 141 179 42,82%

TOTAL 5 000 000 100,00% 5 000 000 100,00%

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20

26 fevereiro 2020: início do período de stress nos mercados devido ao risco de pandemia

30 outubro 2020: anúnciopreliminar lançamento da OPA pela Flexdeal, SIMFE, S.A.



ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

Enquadramento internacional: “O mundo impactado pelo COVID”

Em 2020, a atividade económica global registou uma quebra acentuada em relação ao ano de 2019 devido ao impacto da crise pandémica que afetou a economia mundial como um todo.

O crescimento global acabou por sofrer uma contração de 4,4%. A pandemia trouxe um setback no que toca à evolução do nível de vida em quase todos os países. Verificou-se uma quebra da procura generalizada e um aumento do desemprego, em particular nos setores mais afetados pela pandemia, o que forçou a intervenção de muitos Estados no apoio direto às empresas e famílias.

HISTÓRICO E ESTIMATIVAS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI) POR PAÍSES / ZONAS

ZONA ECONÓMICA

CRESCIMENTO ECONÓMICO ANUAL (PRODUTO INTERNO BRUTO)

2018 2019 2020* 2021*

Economia Mundial

3,5 2,8 -4,4 5,2

Países desenvolvidos

2,2 1,7 -5.8 3,9

EUA 3,0 2,2 -4,3 3,1

Zona Euro 1,8 1,3 -8,3 5,2

Alemanha 1,3 0,6 -6,0 4,2

Espanha 2,4 2,0 -12,8 7,2

Reino Unido 1,3 1,5 -9,8 5,9

França 1,8 1,5 -9,8 6,0

Itália 0,8 0,3 -10,6 5,2

Países em desenvolvimento

4,5 3,7 -3,3 6,0

China 6,7 6,1 1,9 8,2

India 6,1 4,2 -10,3 8,8

Brazil 1,3 1,1 -5,8 2,8

Russia 2,5 1,3 -4,1 2,8

África do Sul 0,8 0,2 -8,0 3,0

* Estimativas FMI (Outubro 2020)

Para 2021, e até à data, espera-se uma recuperação do crescimento global para valores de 5,2%, à medida que os países vão superando os desafios da vacinação em massa e reabertura económica.

Em geral, as perspetivas de crescimento apontam para uma evolução resiliente do consumo privado e para um aumento de investimento empresarial, em muito incentivado pelo atual



ambiente de baixas taxas de juro. Os principais riscos identificados e que poderão mexer com as estimativas estão relacionados com:

• Alastrar do “Coronavírus” (Covid-19), pela ineficácia das medidas de contenção com potenciais impactos nos fluxos turísticos, fluxos de investimento direto e nas cadeias de produção globais;

• Tensões políticas, militares e económicas, nomeadamente envolvendo os EUA (disputa comercial EUR vs. China, disputa militar EUA vs. Irão);

• Crise de dívida pública de algumas economias com o agravar das condições financeiras; • As alterações climáticas e o aumento de desastres naturais; • Perda de liquidez e insolvências das empresas devido à severidade da recessão; • Perda de confiança nas instituições e falta de representação nas estruturas

governamentais; • A permanência do teletrabalho, em países desenvolvidos que pode ter um impacto maior

que o expectável; tendo em conta que contribui para o aumento das poupanças das famílias em detrimento da redução do consumo.

Enquadramento nacional: “É preciso investir na retoma da economia e recuperar a confiança dos agentes económicos.”

Em termos macroeconómicos, 2020 foi um ano de recessão em Portugal que quebrou com o registo de 25 trimestres seguidos em crescimento (desde o 4º trimestre de 2013) desde a última recessão em 2011/2012. Neste último ano, a economia portuguesa decresceu 8,1% (estimativa do Banco de Portugal), e verificou um aumento do desemprego para 7,2% e do défice estimado para 6,3%.

O impacto da crise pandémica fez-se sentir particularmente nos setores mais dependentes da procura externa e do consumo presencial, nomeadamente o turismo, o imobiliário e a restauração. Há várias anos que a economia apresentava indicadores económicos positivos para os quais tinham contribuído a evolução positiva do investimento privado e das exportações, assim como da confiança dos consumidores e do clima económico (em Portugal e na Europa). Neste próximo ano, é preciso retomar o caminho do investimento e do crescimento para recuperar a confiança dos agentes económicos, colocar as empresas a trabalhar e as pessoas a consumir, por forma a colocar Portugal, as empresas e as famílias numa posição sólida para gerir os custos financeiros, económicos e societários da pandemia.



EVOLUÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO E PROCURA INTERNA VOLUME (Ano de Referência=2016, taxa de variação homóloga)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

Assim, perspetiva-se que a economia portuguesa retome o crescimento em 2021, atingindo o nível pré-pandemia no final de 2022. Estas projeções assumem que as restrições serão gradualmente retiradas a partir do primeiro trimestre de 2021.

O enquadramento macroeconómico previsto pelo Banco de Portugal aponta para um crescimento de 3,9% - superior a 2018 e 2019, o qual se deve sobretudo pelo controlo gradual da pandemia e da rapidez da vacinação em larga escala, pela diminuição da incerteza e pelo apoio das medidas de política económica. Assim, a curto prazo, as projeções económicas apontam para uma retoma económica já em 2021 e estabilização dos principais indicadores económico-sociais. O Orçamento do Estado será uma importante ferramenta para assegurar a estabilização económica e social do país. No entanto, a incerteza das projeções é elevada, visto que se baseiam em fatores económicos e de saúde pública, ambos difíceis de prever neste momento. Acresce a incerteza do impacto no potencial da oferta em vários setores, o que irá depender da persistência da crise pandémica e das políticas de resposta. É, no entanto, possível que este impacto seja significativamente mais pequeno graças à vacinação em massa que poderá proporcionar uma recuperação mais acelerada do que o previsto.



PROJEÇÕES ECONÓMICAS DO BANCO DE PORTUGAL PARA A ECONOMIA PORTUGUESA (taxa de variação anual %)

2018 2019 2020* 2021* 2022*

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) 2,8 2,2 -8,1 3,9 4,5

ÍNDICE HARMONIZADO DE PREÇOS NO CONSUMIDOR

1,0 0,3 -0,2 0,3 0,9

CONSUMO PRIVADO 2,6 2,4 -6,8 3,9 3,3

CONSUMO PÚBLICO 0,6 0,7 0,4 4,9 0,4

FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO (INVESTIMENTO)

6,2 5,4 -2,8 4,4 5,2

EXPORTAÇÕES 4,1 3,5 -20,1 9,2 12,9

IMPORTAÇÕES 5,0 4,7 -14,4 8,8 9,1

TAXA DE DESEMPREGO 7,0 6,5 7,2 8,8 8,1

* Estimativas Banco de Portugal atualizadas a dezembro 2020, Dados do INE

Em termos de financiamento, os dados do Banco de Portugal demonstram um aumento do crédito bancário para as empresas, após a contração verificada desde 2009 (máximo histórico), por força da procura de empréstimos com garantia pública. O total de empréstimos a empresas representa agora cerca de €74 mil milhões. Apesar do aumento verificado, os valores de crédito das empresas continuam em níveis pré-2001, oferecendo confiança sobre a capacidade das empresas em resistir a eventuais choques macroeconómicos com apoio do financiamento externo. No financiamento a particulares, regista-se um aumento do nível de financiamento bancário para os 120 mil milhões, potenciado pelo crédito ao consumo e pelo crédito à habitação.

EVOLUÇÃO DE EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A EMPRESAS E PARTICULARES (valores em milhões de euros)

Apesar deste contexto de financiamento, as PME (em particular as micro e pequenas empresas) continuam, de forma generalizada, com dificuldades em investir no futuro. Independemente dos



apoios públicos dispensados durante o período da pandemia, um estudo recente do INE continua a mostrar as micro e pequenas empresas com dificuldades em investir na sua atividade. É neste contexto que a atividade da Raize junto do setor empresarial – em particular no de menor dimensão - se torna ainda mais relevante.

PERSPETIVAS DE EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO EM 2021 POR TIPO DE EMPRESA

(Inquérito INE aos empresários)

Em termos de atividade económica, até 2020, as empresas portuguesas tinham vindo a aumentar as suas vendas anuais gradualmente ao longo dos últimos anos. Em termos de rentabilidade dos capitais investidos, os indicadores revelam uma contração mais elevada consistente com o impacto da pandemia junto do setor empresarial.

EVOLUÇÃO DAS VENDAS E RENTABILIDADE DAS EMPRESAS PORTUGUESAS

-20%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

Micro Pequenas Médias Grandes

Fonte: Inquérito INE, 01 de Outubro 2020 a 14 de Janeiro 2021. Perspetivas de evolução da Formação Bruta de Capital Fixo para 2021

(investimento) por número de empregados nas empresas: Micro empresas: ≤49; Pequenas empresas: 50-249; Médias empresas: 250-499; Grandes Empresas: ≥500.

Análise Raize.

Micro e Pequenas empresas

perspetivam dificuldades em

investir na atividade em 2021…



EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE EM 2020

A atividade do Grupo encontra-se dividida em 4 áreas, nomeadamente:

• Pagamentos: gestão de contas e operações de pagamento e de apoio à atividade de financiamento;

• Crédito a Empresas: angariação e análise de oportunidades de investimento em crédito a PME, e gestão de contratos de financiamentos colaborativo (por via da subsidiária Raizecrowd);

• Crédito a Particulares: angariação e análise de oportunidades de investimento em crédito a particulares e outros profissionais, e gestão de contratos de financiamentos colaborativo (por via da subsidiária Raizecrowd);

• Depósitos bancários: gestão do serviço de depósitos bancários disponibilizado aos investidores;

Pagamentos

Em 2020, a Raize processou um total de 22,4 milhões de euros em pagamentos de apoio às atividades do Grupo. Este valor representa uma diminuição de 18% face ao valor de pagamentos processados em 2019.

EVOLUÇÃO DOS PAGAMENTOS (valores em euros*)

2019 2020 Var 19/20

NÚMERO VOLUME (EM EUROS)



PAGAMENTOS PROCESSADOS

14 371 483 27 352 263 24 154 262 22 416 858 68% -18%

* Com base na definição aplicada para os pagamentos reportados para efeitos estatísticos.

Crédito a Empresas

Na área do Crédito a Empresa, a Raize já investiu 43,3 milhões de euros na economia portuguesa, o que representa um aumento de 25% face ao total registado no final do ano de 2019. Em 2020, a rentabilidade média realizada após perdas foi de 5,18% refletindo a solidez da carteira de empréstimos. No total, os investidores realizaram uma rentabilidade média acumulada de 43,97% (após perdas), equivalente a uma rentabilidade anual após perdas 6,09%.

Durante este último ano, muitas empresas aderiram ao regime de moratórias bancárias, dado o impacto da pandemia na redução da atividade económica. Os financiamentos concedidos através de plataformas de financiamento colaborativo não foram incluídos nas moratórias, mas a Raize, num esforço adicional de apoio à economia nacional, reestruturou uma pequena percentagem da sua carteira.



A quebra abrupta de atividade no segundo trimestre de 2020 veio acompanhada de uma forte redução da procura de crédito empresarial. Ao longo do segundo semestre de 2020, assistiu-se a uma normalização da procura de crédito acompanhando a normalização da economia. A redução do volume de novos financiamentos é explicada pelo elevado grau de conservadorismo aplicado no primeiro semestre do ano, e na concorrência acrescida de linhas com subsídio do Estado na segunda metade do ano. O total de crédito sob gestão a final de 2020 era de 17,8 milhões de euros o que representa um crescimento face a 2019.

PRINCIPAIS INDICADORES CRÉDITO A EMPRESAS

2019 2020 Var 19/20

NÚMERO VOLUME

(EM EUROS) NÚMERO

VOLUME (EM EUROS)

NÚMERO VOLUME

(EM EUROS)

FINANCIAMENTOS REALIZADOS ACUMULADO

1 546 34 598 726 2 027 43 298 226 31% 25%

NOVOS FINANCIAMENTOS 525 12 860 500 481 8 699 500 -8% -32%

CRÉDITO SOB GESTÃO 925 17 633 676 1 184 17 789 663 28% 1%

A Raize aumentou a sua base de investidores em 13% durante o ano de 2020. Para esse resultado contribuiu sobretudo o bom histórico de rentabilidade de investimentos realizados pela área de Crédito a Empresas, assim como o lançamento de várias campanhas de marketing e prémios atribuídos à Raize. Todas estas ações levaram a um aumento contínuo de notoriedade e reconhecimento do serviço e da marca por parte de um universo alargado de investidores e de empresas.

EVOLUÇÃO DO TOTAL DE CRÉDITO FINANCIADO E RENTABILIDADE BRUTA REALIZADA

(valores em euros)



PRINCIPAIS INDICADORES DE INVESTIMENTO E RENTABILIDADE

2019 2020

NÚMERO DE INVESTIDORES 56 901 64 293

JUROS BRUTOS COBRADOS (€) 917 939 1 050 021

YIELD MÉDIA DA CARTEIRA 6,07% 5,97%

RENTABILIDADE ACUMULADA APÓS INCOBRÁVEL

40,35% 43,97%

RENTABILIDADE MÉDIA ANUAL APÓS INCOBRÁVEL

6,27% 6,09%

Nº CESSÕES ENTRE INVESTIDORES

331 898 454 320

MONTANTE CESSÕES ENTRE INVESTIDORES

6 468 456 4 531 658

EVOLUÇÃO DA BASE DE INVESTIDORES E RETORNO MÉDIO ANUAL REALIZADO

Do lado das PME, a Raize é hoje um dos financiadores de referência em Portugal. A Raize financia empresas de norte a sul, no continente e nas ilhas, com prazos de aprovação e formalização muito curtos – tipicamente entre os 5 e os 10 dias. Por esse motivo, mais de 6% das empresas portuguesas já contactaram ou consultaram a Raize com o objetivo de obter financiamento. Este posicionamento no mercado tem-se revelado diferenciador junto das empresas, e tem permitido crescer sustentavelmente a carteira global de investimento.

Depósitos bancários

Em 2020, o volume de depósitos a prazo sob gestão, através da Raize cresceu 84%. A Raize continua a disponibilizar, em parceria com o Banco Português de Gestão, os depósitos a prazo mais competitivos do mercado. No último ano, houve um aumento da poupança das famílias portuguesas, mas que, dada a incerteza na economia, foi concentrada em depósitos à ordem. Com o aumento da poupança é expectável que esta área de negócio continue a crescer sustentadamente.

Evolução da base de investidores

56 901

64 293

0

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

60,000

70,000

2015 2016 2017 2018 2019 2020

44 424

16 185

7 493

3 114

5.67%

7.08%7.43%

6.52%

5.00% 5.18%

0.0%

1.0%

2.0%

3.0%

4.0%

5.0%

6.0%

7.0%

8.0%

Dez-15 Dez-16 Dez-17 Dez-18 Dez-19 Dez-20

Retorno médio anual realizado após perdas

Média: 6.09%



PRINCIPAIS INDICADORES DEPÓSITOS BANCÁRIOS

2019 2020 Var 19/20

NÚMERO VOLUME

(EM EUROS) NÚMERO

VOLUME (EM EUROS)

NÚMERO VOLUME

(EM EUROS)

DEPÓSITOS CONSTITUÍDOS

636 3 884 928 1006 4 443 495 58% 14%

DEPÓSITOS EM CURSO 615 3 756 862 1357 6 902 132 121% 84%

Crédito Particulares

Construindo em cima da base de conhecimento e de clientes existentes, a Raize lançou em outubro 2020 a linha de financiamento para particulares e outros profissionais com o objetivo de apoiar empresários, sócios-gerentes e outros profissionais. O objetivo da Raize é oferecer ao mercado um “novo olhar sobre o crédito pessoal”, procurando atuar em segmentos de mercado que são tipicamente ignorados por financeiras e bancos. Nos primeiros meses de lançamento a Raize verificou uma elevada procura contando com mais de 3 mil simulações realizadas à data, esperando-se elevadas taxas de crescimento para este novo produto em 2021.

Resultados financeiros (em base consolidada)

A Raize gerou, em base consolidada, proveitos globais no valor de 565 274€ durante o ano de 2020. Este valor representa uma queda de 1% face ao ano anterior e está diretamente ligado ao menor volume de pagamentos processado pela instituição de pagamentos., evidenciando um posicionamento abrangente, diversificado e sólido do negócio do Grupo capaz de resistir a choques de procura em períodos de maior volatilidade e incerteza.

O crédito originado através da Raize gerou um total de 1 050 021€ em juros brutos (devidos aos investidores). Assim, e no total, a Raize gerou em 2020 - em base consolidada - rendimentos no valor de 1,6 milhões de euros.

EVOLUÇÃO DAS RECEITAS E JUROS BRUTOS

(valores em euros)



Os principais custos da Raize são em pessoal, tecnologia e marketing. Em termos de custos totais, verificou-se um aumento de 11% face a 2019. Em base consolidada, os custos com pessoal verificaram um aumento de 24%. Em termos de marketing, verificou-se uma redução de custos na ordem dos 34%. Em relação aos custos tecnológicos, destaca-se o investimento continuado na infrastrutura tecnológica do Grupo.

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS OPERACIONAIS (valores em euros)

2019 2020 VAR %

CUSTOS COM PESSOAL 252 569 312 981 24%

CUSTOS COM MARKETING 112 741 74 545 -34%

TECNOLOGIA E SISTEMAS 29 243 34 281 17%

OUTROS 112 775 167 326 -16%

TOTAL 507 328 589 134 11%

Como resultado, a Raize obteve, em base consolidada, um resultado operacional (EBITDA) negativo de 23 860€, e um resultado líquido negativo de 78 055,46€, evidenciando robustez e agilidade financeira do negócio mesmo em períodos de maior volatilidade e incerteza.

EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS (valores em euros)



Impacto do COVID19 na atividade

O impacto da pandemia na atividade do Grupo em 2020 ficou refletido por uma quebra acentuada mas temporária da procura por financiamento empresarial, associado a um maior conservadorismo por parte das empresas (contração do investimento) e encerramento de estabelecimentos comerciais. Esta quebra foi sentida em particular durante os meses de março, abril e maio, altura em que Portugal adotou medidas de emergência e confinamento que forçaram o encerramento de milhares de empresas nacionais e adiamento de planos de investimento.

Durante o 2º semestre de 2020, verificou-se uma recuperação gradual da procura empresarial, tendo sido possível ao Grupo recuperar volume de atividade para níveis de 2019. Os indicadores mais recentes de atividade apontam para uma normalização da procura para níveis pré-covid, com exceção de determinados setores da economia, nomeadamente os setores do turismo e da restaraução, que continuam pressionados pelo risco de contágio e pelas medidas de confinamento em vigor.



GESTÃO DE RISCOS

A identificação dos riscos da atividade é fundamental para avaliar a exposição da Sociedade ao elemento incerteza. Para cada uma das áreas foram identificados e avaliados os riscos inerentes, assim como o desenho dos controlos adequadas à sua mitigação. A Sociedade identifica como principais riscos os seguintes: operacional, sistemas de informação, estratégico, compliance e reputação.

A Sociedade implementa todos os mecanismos de gestão de riscos adequados à dimensão e complexidade da atividade. Em relação à atividade da Sociedade, expõe-se infra os principais riscos aplicáveis aos sistemas de gestão de riscos da Sociedade e modelos de quantificação, controlo e mitigação.

A tabela seguinte apresenta um resumo das principais métricas / controlos que a Sociedade utiliza para mensurar os riscos:

Risco Modelos de quantificação e controlo Tendência

Operacional Mapeamento de processos; Análise por amostragem de operações; Entrevistas a colaboradores relevantes; Análise de reclamações de clientes;

Estável

Sistemas de informação Monitorização contínua; Testes reais à execução e fiabilidade dos sistemas; Entrevistas a colaboradores relevantes;

Estável

Estratégico Performance financeira mensal, trimestral e anual; Performance operacional mensal, trimestral e anual; Análise dinâmica de cenários de evolução do negócio;

Estável

Compliance Abordagem com base no risco do cliente e/ou da operação/transação (risk-based approach); Testes de efetividade à implementação da política de BCFT;

Estável

Reputação Performance financeira e operacional; Análise opinião pública e especializada;

Estável

Regulação Análise dinâmica do impacto de alterações no modelo de negócio; Entrevistas a colaboradores relevantes; Mapeamento dos principais riscos para atividade;

Estável

Na gestão diária da Sociedade são utilizadas diferentes técnicas de mitigação/redução de riscos consoante a sua tipologia:

Risco Técnicas de mitigação e controlo Descrição

Operacional Política interna para a padronização e automatização de processos; Sistemas redundantes para processamento de operações; Entrevistas com colaboradores relevantes;

Constante desenvolvimento de ferramentas internas que minimizem o erro humano nas diferentes áreas de atuação; Desenvolvimento de sistemas de redundância; Catalogação de potenciais riscos nos processos e análise dos eventos de risco como processo de desenvolvimento;

Sistemas e informação Testes reais à execução e fiabilidade dos sistemas; Entrevistas com colaboradores relevantes;

Planeamento de contingência para diversos riscos informáticos / cibersegurança; Constante monitorização do sistema para avaliar adequação às necessidades do negócio e riscos expostos; Revisão regular da arquitetura de segurança;



Risco Técnicas de mitigação e controlo Descrição

Revisão dos mecanismos de encriptação, codificação de algoritmos, certificados digitais;

Estratégico Acompanhamento da atividade operacional e financeira face objetivos definidos pelo Conselho de Administração; Análise comparativa de cenários e opções tomadas.

Performance financeira mensal, trimestral e anual; Performance operacional mensal, trimestral e anual; Análise dinâmica de cenários de evolução do negócio;

Compliance Monitorização constante da Sociedade; Conselho de Administração envolvido diretamente nas questões de compliance; Entrevistas com colaboradores relevantes;

Aplicação de sistema de alertas e monitorização de operações suspeitas de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo; Análise por amostragem de clientes, transações realizadas e respetiva documentação de suporte; Testes à execução de deveres e funcionamento dos sistemas automáticos de deteção de riscos; Controlo analítico das transações realizadas; Utilização de listagens de PEP e de pessoas sancionadas;

Reputação Performance financeira e operacional; Análise opinião pública e especializada; Cultura de transparência e cumprimento;

A Sociedade acompanha de perto a perceção do mercado sobre a sua imagem; Monitorização contínua da solidez financeira da instituição; Monitorização contínua da evolução da base de clientes e performance operacional; Monitorização da opinião pública e especializada sobre a Raize;

Regulação Monitorização e análise constante por parte da Sociedade. A Sociedade acompanha de perto a evolução da economia portuguesa e europeia;

Apresentação de cenários / estudos / indicadores ao Conselho de Administração para avaliação; Monitorização contínua dos desenvolvimentos regulatórios aplicáveis à atividade da Raize ou do grupo; Análise dinâmica do impacto de alterações no modelo de negócio; Entrevista com colaboradores; Mapeamento dos principais riscos para atividade;



OUTRAS INFORMAÇÕES E DECLARAÇÕES

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE SOBRE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Os membros do Conselho de Administração declaram que: tanto quanto é do seu conhecimento, as demonstrações financeiras referidas anteriormente, dão uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e passivo, da situação financeira e dos resultados da Sociedade, de acordo com as referidas Normas e foram objeto de aprovação na reunião do Conselho de Administração realizada no dia 19 de fevereiro de 2021. O Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da Sociedade no exercício de 2020.

INFORMAÇÃO NOS TERMOS DO ARTº 66 DO C.S.C

A Sociedade não tem quaisquer dívidas em mora ao Setor Público Estatal. A Sociedade não detém, não adquiriu, nem vendeu ações próprias. Em cumprimento da alínea b) do n.º 1 do art.º 66-A do capítulo VI do C.S.C., encontra-se expresso no anexo às contas, os honorários totais faturados durante o exercício financeiro pelo revisor oficial de contas, relativamente à revisão legal das contas anuais. A incorporação obrigatória das normas contabilísticas internacionais, encontram-se integralmente realizadas.

FACTOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO

Tendo presente o disposto na alínea b) do nº 5 do artº 66º do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração informa não ter conhecimento de quaisquer factos ou acontecimentos posteriores a 31 de dezembro de 2020 que justifiquem ajustamentos ou divulgações nas demonstrações financeiras relativas ao exercício findo naquela data, ou que afetem as situações e/ou informações nas mesmas relevadas.



DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – BASE CONSOLIDADA

BALANÇO ANALÍTICO A 31 DE DEZEMBRO DE 2020

NOTAS

VALOR ANTES DE PROVISÕES,

IMPARIDADE E AMORTIZAÇÕES

PROVISÕES, IMPARIDADE E

AMORTIZAÇÕES

VALOR LÍQUIDO

31/12/2019

ATIVO

CAIXA, SALDOS DE CAIXA EM BANCOS CENTRAIS E OUTROS DEPÓSITOS À ORDEM (5) 2 536 338,99 2 536 338,99 2 292 760,21 ATIVOS FINANCEIROS NÃO NEGOCIÁVEIS OBRIGATORIAMENTE CONTABILIZADOS PELO JUSTO VALOR ATRAVÉS DOS RESULTADOS

(6) 4 607,88 4 607,88 3 283,75

ACTIVOS TANGÍVEIS (7) 188 147,67 129 174,26 58 973,41 112 068,11

ACTIVOS INTANGÍVEIS (8) 75 650,00 15 200,00 60 450,00 63 117,20

ACTIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES (9) 42 253,34 42 253,34 2 914,45

ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS (9) 77 098,30 77 098,30 65 976,73

OUTROS ACTIVOS (10) 122 535,74 122 535,74 134 427,36

TOTAL DE ATIVO 3 046 631,92 144 374,26 2 902 257,66 2 674 547,81

PASSIVO

RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO (11) 86 240,42 116 381,90

RECURSO DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS (12) 2 246 066,01 1 899 887,75

OUTROS PASSIVOS (13) 194 643,79 185 886,82

TOTAL DE PASSIVO 2 526 950,22 2 202 156,47

CAPITAL PRÓPRIO

CAPITAL REALIZADO (14) 575 000,00 575 000,00

OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS (15) -121 637,10 -94 736,30

RESULTADO DO EXERCÍCIO -78 055,46 -7 872,36

TOTAL DE CAPITAL 375 307,44 472 391,34

TOTAL DE PASSIVO E CAPITAL 2 902 257,66 2 674 547,81



DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS A 31 DE DEZEMBRO DE 2020

NOTAS

31/12/2020 31/12/2019

JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES (16) 21,65 308,04

JUROS E ENCARGOS SIMILARES (16) -2 744,01 -3 808,58

MARGEM FINANCEIRA -2 722,36 -3 500,54

RENDIMENTO DE SERVIÇOS E COMISSÕES (16) 565 273,92 573 765,19

ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES (16) -1 056,88 -2 368,57

OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO (16) -16 327,69 247,60

PRODUTO BANCÁRIO 545 166,99 568 143,68

CUSTOS COM O PESSOAL (17) -312 981,25 -252 569,00

GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS (18) -256 045,49 -249 137,46

RESULTADOS ANTES DE DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E IMPOSTOS -23 859,75 66 437,22

DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES (7) e (8) -62 594,87 -67 752,94

IMPOSTOS (19) 8 399,16 -6 556,64

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -78 055,46 -7 872,36



DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA A 31 DE DEZEMBRO DE 2020

31/12/2020 31/12/2019

RECEBIMENTOS DE CLIENTES 659 186,61 681 415,15

PAGAMENTOS A FORNECEDORES 204 676,17 183 711,86

PAGAMENTOS AO PESSOAL 295 941,00 252 569,00

CAIXA GERADA PELAS OPERAÇÕES 158 569,44 245 134,29

RECEBIMENTO/PAGAMENTOS DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO -8 093,02 -2 029,85

OUTROS RECEBIMENTOS/PAGAMENTOS 192 552,82 -383 495,72

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1) 343 029,24 -140 391,28

PAGAMENTOS RESPEITANTES A:

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS 6 832,97 1 305,23

INVESTIMENTOS FINANCEIROS 1 324,13

ATIVOS INTANGÍVEIS

RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES 21,65 308,04

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) -8 135,45 -997,19

RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:

INVESTIMENTOS EM PARTICIPADAS

REALIZAÇÕES DE CAPITAL E DE OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO

FINANCIAMENTOS OBTIDOS

PAGAMENTOS RESPEITANTES A:

FINANCIAMENTOS OBTIDOS 88 693,20 87 042,92

JUROS E GASTOS SIMILARES 2 621,81 3 999,86

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) -91 315,01 -91 042,78

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1+2+3) 243 578,78 -232 431,25

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 2 292 760,21 2 525 191,46

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 2 536 338,99 2 292 760,21



DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

A 31 DE DEZEMBRO DE 2020

CAPITAL REALIZADO

OUTRAS RESERVAS RESULTADOS

TRANSITADOS RESULTADO LÍQUIDO

DO PERÍODO TOTAL

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 575 000,00 4 016,97 -98 753,27 -7 872,36 472 391,34

APLICAÇÃO DO RESULTADO DE 2019 2 454,97 -10 327,33 7 872,36 0,00

CORREÇÕES RELATIVAS A ANOS ANTERIORES 0,30 0,30

OUTRAS ALTERAÇÕES RECONHECIDAS NO CAPITAL PRÓPRIO -19 028,74 -19 028,74

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO -78 055,46 -78 055,46


A 31 DE DEZEMBRO DE 2019

CAPITAL REALIZADO

OUTRAS RESERVAS RESULTADOS

TRANSITADOS RESULTADO LÍQUIDO

DO PERÍODO TOTAL


APLICAÇÃO DO RESULTADO DE 2018 -65 940,70 65 940,70 0,00

CORREÇÕES RELATIVAS A ANOS ANTERIORES 800,84 800,84

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO -7 872,36 -7 872,36




ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE

A Raize Instituição de Pagamentos, S.A. é uma Sociedade anónima de duração indeterminada, constituída no dia 14 de novembro de 2013, com o número único de matrícula na Conservatória do Registo Comercial e identificação de pessoa coletiva 510 896 197. A Sociedade tem a sua sede social e escritório na Rua Tierno Galvan – Amoreiras, Torre 3, 17º piso, 1070-274 Lisboa.

O capital social da Sociedade encontra-se totalmente realizado, ascendendo aos 575 000,00€ euros, representado por 5 000 000 ações nominativas, com o valor nominal de 0,115 euros cada.

A Raize Instituição de Pagamentos, S.A. é uma Sociedade Aberta cotada na Euronext Lisbon (mercado Euronext Access) com o identificador MLRZE.

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas e elaboradas em base consolidada, no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Entidade e de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal.

Não foram derrogadas quaisquer disposições da IFRS que tenham tido efeitos nas demonstrações financeiras consolidadas e na imagem verdadeira e apropriada do ativo, passivo e dos resultados da Sociedade.

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas pela Sociedade na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas são as seguintes:

3.1 Bases de apresentação e mensuração

A Sociedade adotou as IFRS e interpretações de aplicação obrigatória para os períodos que se iniciaram em ou após 1 de janeiro de 2020. As demonstrações financeiras consolidadas de 2020 são comparáveis com as demonstrações financeiras consolidadas do ano de 2019.

Em 1 janeiro de 2019, a Sociedade aplicou a IFRS 16 – Locações, tendo para o efeito procedido ao levantamento dos contratos existentes a esta data e utilizado o expediente prático previsto na norma, isto é, reconheceu um passivo pelo valor presente dos pagamentos futuros, utilizando uma taxa de juro incremental à data inicial da aplicação do normativo e o direito de uso do ativo subjacente, pelo montante do passivo da locação. De acordo com o preconizado na IFRS 16, a Sociedade aplicou esta norma retrospetivamente com os impactos de transição reconhecidos a 1 de janeiro de 2019. O direito de uso do ativo encontra-se refletido no Balanço na rubrica de Ativos



Tangíveis, sendo este ativo depreciado em conformidade com o período de vigência do contrato de arrendamento (3 anos). O passivo da locação encontra-se refletido no Balanço na rubrica de Outros Passivos, sendo a sua variação face ao período anterior o correspondente às amortizações do capital do período. Os juros inerentes à aplicação da IFRS 16 encontram-se refletidos na Demonstração dos resultados na rubrica de Juros e encargos similares. Tendo em consideração o preconizado na IFRS 16, a Sociedade procedeu ao ajustamento dos montantes refletidos na Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidada, nomeadamente nas rubricas de Pagamentos respeitantes a Financiamentos obtidos e Pagamentos respeitantes a Juros e gastos similares, relativamente ao período de 2019, em virtude dos mesmos não contemplarem as amortizações de capital e os juros inerentes à aplicação da IFRS 16, permitindo deste modo a comparabilidade das demonstrações financeiras de 2020 e 2019.

3.2 Políticas de reconhecimento e mensuração 3.2.1 Ativos fixos tangíveis e intangíveis

Os ativos fixos tangíveis e intangíveis são inicialmente registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos na localização e condição necessária para operarem da forma pretendida, deduzido das amortizações e perdas por imparidades acumuladas.

As depreciações foram calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens, nomeadamente:

ATIVO FIXO TANGÍVEL VIDA ÚTIL ESTIMADA Programas de computador 1 a 3 ano

Equipamento básico 1 a 3 anos

Mobiliário 1 a 8 anos

As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospetivamente na demonstração dos resultados.

As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são suscetíveis de gerar benefícios económicos futuros adicionais são registados como gastos no período em que ocorrem.

3.2.2 Imposto sobre o rendimento

O Imposto sobre o rendimento do período compreende o Imposto corrente e o Imposto diferido. A Sociedade regista o Imposto a pagar ou a deduzir no momento em que ocorre o facto gerador do Imposto, independentemente do momento de liquidação e cobrança do Imposto. O Imposto corrente é o Imposto sobre o rendimento que a fiscalidade determina que seja apurado no período, independentemente de o facto gerador de Imposto ter ocorrido ou não nesse mesmo exercício. O Imposto diz-se diferido quando o facto gerador de Imposto ocorre num determinado período, mas o seu reconhecimento pela fiscalidade acontece num período subsequente.

3.2.3 Instrumentos financeiros



Os ativos e os passivos financeiros foram reconhecidos no balanço quando a Sociedade se tornou parte das correspondentes disposições contratuais.

Os ativos e passivos financeiros que apresentem as seguintes características, encontram-se mensurados ao custo:

i. Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; ii. Tenham associado um retorno fixo ou determinado; iii. Não sejam ou incorporem um instrumento financeiro derivado.

Estão incluídos nesta categoria os seguintes ativos financeiros: clientes e outras dívidas de terceiros (deduzidos de perdas por imparidades), outros ativos financeiros (deduzidos de eventuais imparidades) e caixa e depósitos bancários (vencíveis a menos de 3 meses). Estão incluídos nesta categoria os seguintes passivos financeiros: fornecedores e outras dívidas a terceiros.

Os ativos financeiros incluídos nas categorias do “custo” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do ativo e a melhor estimativa do justo valor ao ativo na data de relato.

As perdas por imparidade são registadas em resultados como perdas por imparidade no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é reconhecida em resultados como reversões de perdas por imparidade, não sendo permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurados ao custo).

A Sociedade não reconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram por cobrança, ou quando transfere para outra entidade o controlo desse ativo financeiro e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. A Sociedade não reconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.2.4 Benefícios dos colaboradores

Os benefícios dos colaboradores classificam-se em: i) benefícios de curto-prazo; ii) benefícios de médio e longo prazo; iii) outros benefícios pós-emprego e iv) benefícios de cessação. A Sociedade apenas registou benefícios de curto-prazo, que incluem salários, ordenados, contribuições para a Segurança Social e gratificações (pagos dentro dos 12 meses).

O gasto relativo a participações e gratificações é relevado dentro do período em que o trabalhador prestou o seu contributo (desde que exista uma obrigação presente, legal/construtiva e que a mesma possa ser mensurada com fiabilidade).

3.3 Outras políticas contabilísticas relevantes

Não existe a conta Caixa. Os equivalentes de Caixa compreendem depósitos à ordem.



As contas que são utilizadas exclusivamente para as transações relacionadas com a atividade de serviços de pagamento, tendo a menção expressa “aberta por conta dos utilizadores do serviço de pagamentos”.

As restantes contas são utilizadas exclusivamente para as transações relacionadas com a atividade corrente da empresa, nomeadamente pagamento de remunerações aos colaboradores e gastos gerais administrativos.

4. PARTES RELACIONADAS

As empresas filiais incluídas na consolidação e proporção do capital detido em 31 de dezembro de 2020, são os seguintes:

NOME

PERCENTAGEM DO CAPITAL

DETIDO

EMPRESA-MÃE RAIZE – INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTOS, S.A.

SUBSIDIÁRIA RAIZECROWD SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA 100,00%

SUBSIDIÁRIA INSURAIZE LDA 100,00%

As empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral. Não existem empresas excluídas da consolidação.

5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

A Caixa e os equivalentes de caixa não têm qualquer restrição quanto à sua liquidez:

31/12/2020 31/12/2019

CAIXA 0,00 0,00

DEPÓSITOS À ORDEM 2 251 288,20 1 917 716,40

OUTROS DEPÓSITOS BANCÁRIOS 285 050,79 375 043,81

TOTAL 2 536 338,99 2 292 760,21

6. ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

As contribuições para o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) foram reconhecidas como ativos financeiros disponíveis para venda ao justo valor. O FCT é um fundo autónomo, dotado de personalidade jurídica e gerido por um Conselho de Gestão. É um fundo de capitalização individual financiado pelas entidades empregadoras por meio de contribuições mensais. Estas contribuições constituem uma poupança a que se encontram vinculadas, com vista ao pagamento até 50% do valor da compensação a que os trabalhadores abrangidos pelo novo regime venham a ter direito na sequência da cessação do contrato de trabalho.

31/12/2020 31/12/2019

CONTRIBUIÇÕES PARA O FCT 4 607,88 3283,75

TOTAL 4 607,88 3 283,75



7. ATIVOS TANGÍVEIS

As movimentações para cada classe de ativos, ocorridas no exercício em relato foram as seguintes:

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO

IMÓVEIS (LOCAÇÃO)

TOTAL

VALOR BRUTO NO INÍCIO 7 360,36 3 924,48 170 029,86 181 314,70

SALDO NO INÍCIO DO PERÍODO 0,00 3 433,92 108 634,19 112 068,11

VARIAÇÕES DO PERÍODO 6 832,97 0,00 0,00 6 832,97

DEPRECIAÇÕES DO PERÍODO -2 766,15 -490,56 -56 670,96 -59 927,67

SALDO NO FIM DO PERÍODO 4 066,82 2 943,36 51 963,23 58 973,41

VALOR BRUTO NO FIM DO PERÍODO 14 193,33 3 924,48 170 029,86 188 147,67

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS NO FIM DO PERÍODO

-10 126,51 -981,12 -118 066,63 -129 174,26

Importa salientar que as depreciações respeitantes aos Imóveis são decorrentes da aplicação da IFRS 16 – Locações, pelo que a taxa de depreciação aplicada tem em consideração a duração do contrato de arrendamento (3 anos). Em termos fiscais, a sociedade considerou como gasto fiscal aceite as depreciações contabilísticas, contrariamente ao estabelecido na Circular n.º 7/2020 da Autoridade Tributária e Aduaneira, que estabelece que o período de vida útil dos ativos sob direito de uso seja determinado atendendo às taxas das tabelas I e II dos ativos subjacentes, do Decreto Regulamentar n.º 25/2009.

As movimentações para cada classe de ativos, ocorridas no exercício anterior:

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO

IMÓVEIS (LOCAÇÃO)

TOTAL

VALOR BRUTO NO INÍCIO 7 360,36 0,00 0,00 7 360,36

SALDO NO INÍCIO DO PERÍODO 799,83 0,00 0,00 799,83

VARIAÇÕES DO PERÍODO 0,00 3 924,48 170 029,86 173 954,34

DEPRECIAÇÕES DO PERÍODO -799,83 -490,56 -61 395,67 -62 686,06

SALDO NO FIM DO PERÍODO 0,00 3 433,92 108 634,19 112 068,11

VALOR BRUTO NO FIM DO PERÍODO 7 360,36 3 924,48 170 029,86 181 314,70

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS NO FIM DO PERÍODO

-7 360,36 -490,56 -61 395,67 -69 246,59

8. ATIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de ativos intangíveis durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2020 foi o seguinte:

VALOR BRUTO AMORTIZAÇÕES VALOR LÍQUIDO

31/12/2019 AQUISIÇÕES 31/12/2020 31/12/2019 AMORTIZ. 31/12/2020 31/12/2019 31/12/2020

SOFTWARE 60 450,00 0,00 60 450,00 0,00 0,00 0,00 60 450,00 60 450,00

LICENÇAS 15 200,00 0,00 15 200,00 12 532,80 2667,2 15 200,00 2 667,20 0,00

TOTAL 75 650,00 0,00 75 650,00 12 532,80 2 667,20 15 200,00 63 117,20 60 450,00



O movimento ocorrido nas rubricas de ativos intangíveis no exercício anterior foi o seguinte:

VALOR BRUTO AMORTIZAÇÕES VALOR LÍQUIDO

31/12/2018 AQUISIÇÕES 31/12/2019 31/12/2018 AMORTIZ. 31/12/2019 31/12/2018 31/12/2019

SOFTWARE 60 450,00 0,00 60 450,00 0,00 0,00 0,00 60 450,00 60 450,00

LICENÇAS 15 200,00 0,00 15 200,00 7 465,92 5066,88 12 532,80 7 734,08 2 667,20

TOTAL 75 650,00 0,00 75 650,00 7 465,92 5 066,88 12 532,80 68 184,08 63 117,20

O ativo intangível reconhecido como software corresponde a investimentos realizados no desenvolvimento da plataforma informática. Dado que o investimento continua em curso e que a Administração estima que o valor da plataforma é superior ao valor registado no balanço, não foram registadas quaisquer imparidades neste investimento.

9. ATIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS

Em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019, estas rubricas têm a seguinte composição:

31/12/2020 31/12/2019

ATIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES

IRC A RECUPERAR 5 330,72 1 508,00

OUTROS IMPOSTOS 36 922,62 1 406,45

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

POR PREJUÍZOS FISCAIS 77 098,30 65 976,73

TOTAL 119 351,64 68 891,18

10. OUTROS ATIVOS

Em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019 o saldo da rubrica Outros Devedores Diversos pode ser resumido como segue:

31/12/2020 31/12/2019

OUTROS DEVEDORES DIVERSOS

CONTAS A RECEBER POR SERVIÇOS PRESTADOS 2 515,29 55 528,31

OUTROS DEVEDORES DIVERSOS 120 020,45 78 899,05

TOTAL 122 535,74 134 427,36

11. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019, esta rubrica tem a seguinte composição:

31/12/2020 31/12/2019

EMPRÉSTIMOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS 86 240,42 116 381,90

TOTAL 86 240,42 116 381,90



12. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019, esta rubrica tem a seguinte composição:

31/12/2020 31/12/2019

RECURSOS DE CLIENTES 2 246 066,01 1 899 887,75

TOTAL 2 246 066,01 1 899 887,75

13. OUTROS PASSIVOS

Em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019, o saldo da rubrica de Outros Passivos pode ser resumido como segue:

31/12/2020 31/12/2019

SETOR PÚBLICO ADMINISTRATIVO

IVA A PAGAR 52 854,63 23 036,07

RETENÇÃO DE IMPOSTOS NA FONTE 5 960,34 2 277,28

CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL 8 548,32 4 800,28

OUTROS 6 526,34 9 384,64

ENCARGOS A PAGAR

REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES 23 636,25 15 322,72

ACRÉSCISMOS POR GASTO COM FSE 1 565,27 0,00

CREDORES DIVERSOS

OUTRAS CONTAS A PAGAR 33 091,93 10 993,97

ESCRITÓRIO (LOCAÇÃO) 62 460,71 120 071,86

TOTAL 194 643,79 185 886,82

Em janeiro de 2019, a Sociedade efetuou um levantamento dos contratos existentes a esta data e utilizou o expediente prático previsto na norma, isto é, reconheceu um passivo pelo valor presente dos pagamentos futuros, utilizando uma taxa de juro incremental à data inicial da aplicação do normativo e o direito de uso do ativo subjacente pelo montante do passivo da locação. De acordo com o preconizado na IFRS 16, a Sociedade aplicou esta norma retrospecivamente com os impactos de transição reconhecidos a 1 de janeiro de 2019.



14. CAPITAL PRÓPRIO E OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019 esta rubrica tem a seguinte composição:

TITULAR 31/12/2020 31/12/2019

# DE AÇÕES % DO CAPITAL

SOCIAL # DE AÇÕES

% DO CAPITAL SOCIAL

JOSÉ MARIA ANTUNES DOS SANTOS REGO 893 819,00 17,88% 1 215 333,00 24,31%

AFONSO FUZETA DA PONTE DA CUNHA DE EÇA

893 816,00 17,88% 1 215 331,00 24,31%

ANTÓNIO JOSÉ SILVA MARQUES 121 186,00 2,42% 121 186,00 2,42%

FLEXDEAL - SIMFE, S.A. 950 000,00 19,00% 0,00 0,00%

FREE FLOAT E MINORITÁRIOS (participações não comunicadas, inferiores a 10% do capital social)

2 141 179,00 42,82% 2 448 150,00 48,96%

TOTAL 5 000 000,00 100,00% 5 000 000,00 100,00%

.

15. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS


31/12/2020 31/12/2019

OUTRAS RESERVAS 6 471,94 4 016,97

RESULTADOS TRANSITADOS -128 109,04 -98 753,27

TOTAL -121 637,10 -94 736,30

16. RENDIMENTO E ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES


31/12/2020 31/12/2019

JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 21,65 308,04

JUROS E ENCARGOS SIMILARES

RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO -2 744,01 -3 808,58

COMISSÕES RECEBIDAS

POR SERVIÇOS DE PAGAMENTOS 16 673,33 17 340,84

POR OUTROS SERVIÇOS 548 600,59 556 424,35

COMISSÕES PAGAS

POR SERVIÇOS PRESTADOS A TERCEIROS -1 056,88 -2 368,57

OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO -16 327,69 247,60

TOTAL 545 166,99 568 143,68



17. CUSTOS COM O PESSOAL

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2020 e 2019, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31/12/2020 31/12/2019

ORGÃOS DE GESTÃO

REMUNERAÇÕES 43 605,73 14 400,00

ENCARGOS SOCIAIS OBRIGATÓRIOS 10 082,69 3 420,00

COLABORADORES

REMUNERAÇÕES 210 070,26 189 610,04

ENCARGOS SOCIAIS OBRIGATÓRIOS 47 059,98 42 600,18

OUTROS CUSTOS COM O PESSOAL 2 162,59 2 538,78

TOTAL 312 981,25 252 569,00

Em 31 de dezembro de 2020 e 2019, o número de colaboradores ao serviço da Sociedade, distribuído pelas respetivas categorias profissionais, era o seguinte:

31/12/2020 31/12/2019

ORGÃOS DE GESTÃO 3 3

COLABORADORES 8 8

TOTAL 11 11

18. FORNECIMENTO E SERVIÇOS EXTERNOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 2019, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31/12/2020 31/12/2019

COM FORNECIMENTOS 7 609,14 5 693,55

ÁGUA, ENERGIA E COMBUSTÍVEIS 869,30 753,01

MATERIAL DE CONSUMO CORRENTE 3 475,82 1 112,37

OUTROS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS 3 077,78 3 355,57

MATERIAL DE LIMPEZA E HIGIENE 186,24 472,60

COM SERVIÇOS 248 436,35 243 443,91

COMUNICAÇÕES 5 755,33 5 188,97

RENDAS E ALUGUERES 1 075,91 2 382,33

DESLOCAÇÕES, ESTADAS E REPRESENTAÇÕES 17 562,94 15 907,40

CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO 0,00 0,00

PUBLICIDADE 37 707,61 112 740,67

SEGUROS 820,07 485,99

SERVIÇOS JUDICIAIS, CONTENCIOSO E NOTARIADO 6 034,26 4 590,45

OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIROS 179 480,23 102 148,10

TOTAL 256 045,49 249 137,46



A fiscalização da empresa é realizada pelo Fiscal Único CASCAIS, PÊGA MAGRO & ROQUE, SROC LDA., que emite com referência a cada exercício a Certificação Legal das Contas, tendo um honorário anual de 6 000,00€ acrescidos de IVA à taxa legal.

19. IMPOSTOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 2019, as principais componentes do gasto de imposto sobre o rendimento:

31/12/2020 31/12/2019

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS DO PERÍODO -86 454,62 -1 315,72

IMPOSTO CORRENTE -2 722,41 -7 994,54

IMPOSTO DIFERIDO 11 121,57 1 437,90

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO 8 399,16 -6 556,64

IRC APURADO 0,00 -4 853,00

DERRAMA MUNICIPAL 0,00 -1 298,33

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS -2 722,41 -1 843,21

IRC A DEDUZIR 3 826,79 3 723,02

IRC A PAGAR / A RECUPERAR 1 104,38 -4 271,52

No final do exercício de 2020, a Sociedade tinha prejuízos fiscais acumulados de 380 196,47€. A Sociedade procede anualmente à reavaliação dos ativos por impostos diferidos.

31/12/2020 31/12/2019 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015 Total

PREJUÍZOS FISCAIS 67 504,28 67 496,96 74 665,95 36 631,59 100 730,51 33 167,18 380 196,47

ATIVO POR IMPOSTO DIFERIDO

13 521,58 14 186,82 14 799,84 6 874,87 21 278,58 6 436,62 77 098,30

20. IMPACTO PANDEMIA COVID-19

O impacto da pandemia na atividade do Grupo em 2020 ficou refletido por uma quebra acentuada mas temporária da procura por financiamento empresarial, associado a um maior conservadorismo por parte das empresas (contração do investimento) e encerramento de estabelecimentos comerciais. Esta quebra foi sentida em particular durante os meses de março, abril e maio, altura em que Portugal adotou medidas de emergência e confinamento que forçaram o encerramento de milhares de empresas nacionais e adiamento de planos de investimento. Durante o 2º semestre de 2020, verificou-se uma recuperação gradual da procura empresarial, tendo sido possível ao Grupo recuperar volume de atividade para níveis de 2019.

Para 2021, os indicadores mais recentes de atividade apontam para uma normalização da procura para níveis pré-covid, com exceção de determinados setores da economia, nomeadamente os setores do turismo e da restauração, que continuam pressionados pelo risco de contágio e pelas medidas de confinamento em vigor.



21. OUTRAS INFORMAÇÕES

21.1 Impostos e contribuições

A Sociedade tem as suas obrigações contributivas em situação regular com a Segurança Social e não se encontra em situação de mora por dívidas ao Estado.

21.2 Ações próprias

A Sociedade não detém ações próprias, nem efetuou quaisquer transações com ações próprias durante o período económico a que respeitam as demonstrações financeiras consolidadas.

21.3 Acontecimentos após a data do balanço

Não ocorreram acontecimentos relevantes após a data do balanço.

O Contabilista Certificado: O Conselho de Administração:



PARECER DA AUDITORIA

Relatório e parecer do Fiscal Único da Sociedade

Certificação legal de contas

RELATÓRIO E CONTAS


RELATÓRIO E CONTAS PARA O ANO DE 2020

RAIZE – INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTOS, S.A.

SEDE: RUA TIERNO GALVAN – AMOREIRAS, TORRE 3, 17º, 1070-274 LISBOA

CAPITAL SOCIAL: 575 000,00 EUROS MATRICULADA NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE LISBOA SOB O NÚMERO ÚNICO DE MATRÍCULA E DE IDENTIFICAÇÃO 510 896 197 LEI: 635400WE6FMO9DZEEN37 INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTOS AUTORIZADA E SUPERVISIONADA PELO BANCO DE PORTUGAL COM O Nº 8711 SOCIEDADE ABERTA COTADA NA EURONEXT LISBON (MERCADO EURONEXT ACCESS)

INVESTOR RELATIONS: RUA TIERNO GALVAN – AMOREIRAS, TORRE 3, 17º, 1070-274 LISBOA [email protected]

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RELATÓRIO E CONTAS 20 20 · RELATÓRIO E CONTAS 20 20 No total, o Grupo gerou receitas e juros no valor de 1,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 8% face a 2019. Este