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Volume I Relatório e Contas 2005

Relatório e Contas 2005 Volume Iweb3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC8987.pdf · sões, reflectindo o comportamento favorável do crédito hipotecário, depósitos e operações

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Volume IRelatório e Contas 2005

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2 Índice

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3Banco Comercial Português, S.A.

4 Mensagem do Presidente

8 Síntese do Relatório do Conselho de Administração

12 Síntese de indicadores

14 Principais Acontecimentos em 2005

20 Millennium bcp

21 Visão, Missão,Valores e Estratégia

22 Iniciativas-chave de Geração de Valor em 2005

24 Novos Desafios, Novas Oportunidades

36 Áreas de Negócio e Unidades de Produto

38 Áreas de Negócio em Portugal

44 Áreas de Negócio no Estrangeiro

48 Unidades de Produto

52 Enquadramento Económico e Financeiro

62 O Título BCP na Bolsa de Valores

72 Prioridades Estratégicas do Grupo

82 Áreas de Negócio em Portugal

85 Banca de Retalho

94 Private Banking e Asset Management

99 Empresas e Corporate

107 Banca de Investimento

110 Áreas de Negócio no Estrangeiro

112 European Banking

124 Overseas Banking

128 Serviços Bancários

136 Análise Financeira

138 Síntese Financeira

139 Análise Financeira

158 Principais impactos da transição para as IFRS na Situação Líquida e nos Resultados Líquidos do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2004

162 Gestão de Riscos

174 Demonstrações Financeiras Consolidadas (Síntese)

178 Proposta de Aplicação de Resultados

179 Órgãos e Corpos Sociais

180 Participações Qualificadas

182 Agenda de Eventos em 2006

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Mensagem do PresidentePaulo Teixeira PintoPresidente do Millennium bcp

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I. O exercício de 2005 foi marcante para o Banco Comercial Português, sob múltiplas vertentes, mas desdelogo pela circunstância do Sr. Eng. Jorge Jardim Gonçalves – Fundador e, até então, único Presidente doConselho de Administração – ter decidido cessar funções executivas, determinando assim a eleição de novosórgãos sociais, tendo os Accionistas reunidos na Assembleia Geral, realizada em 14 de Março, deliberado con-fiar-me a honra e a responsabilidade inerentes à presidência do órgão social responsável pelas funções exe-cutivas.A sucessão do Presidente do Conselho de Administração não é a primeira etapa, nem o culminar doprograma de refundação do Millennium bcp; é apenas mais um passo num percurso que continuaremos a per-correr, fiéis aos valores fundacionais do projecto, preservando e engrandecendo o legado de uma instituiçãosólida, inovadora, dinâmica, competitiva e com significativos investimentos concretizados que, por isto, nosabrem novas oportunidades de expansão em mercados com elevado potencial de crescimento e de criaçãode valor adicional para os Accionistas.

II.Como segundo Presidente do Conselho de Administração na vida da Instituição, é com muita satisfação queapresento o Relatório e Contas do Banco Comercial Português, obedecendo e aprofundando os habituaispadrões de rigor, profundidade, transparência e objectividade que sempre distinguiram o Banco na comunica-ção com os Accionistas e restantes “stakeholders”. Observando novas exigências regulamentares e as melho-res práticas internacionais, a prestação de contas desenvolve-se este ano, pela primeira vez, ao longo de trêsvolumes estruturados segundo temas distintos: o Relatório de Actividade e Análise Financeira; o Relatório deGoverno de Sociedade e Contas e Notas às Demonstrações Financeiras; e o Relatório de Sustentabilidade.

III.O aprofundamento do programa de refundação foi erigido como a prioridade de actuação do Grupo,sendoreafirmados quer os compromissos de rendibilidade a curto prazo, quer o objectivo de concretizar, a médioprazo, um Banco verdadeiramente multi-doméstico, por via do crescimento rentável e captura de sinergiasnos três mercados domésticos, Portugal, Polónia e Grécia. O exercício de 2005 encerrou-se com a obtençãodo valor máximo de Resultados Líquidos desde a criação do Banco, permitindo a consecução, em termos glo-bais, com um ano de antecedência dos objectivos de rendibilidade assumidos no Programa Millennium parao final de 2006. Este desempenho reflectiu o elevado grau de realização das medidas enquadradas pelos trêspilares estratégicos que norteiam a actividade do Banco desde 2003: (i) no que respeita à gestão criteriosa dabase de capital, destaca-se a concretização da alienação de activos não estratégicos e participações financeiras,

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a avaliação criteriosa das necessidades de capital decorrentes dos planos de expansão e a manutenção derácios de capital robustos após o impacto da introdução das novas Normas Internacionais de ReporteFinanceiro (“IFRS”), da revisão dos pressupostos do Fundo de Pensões e dos custos de reestruturação;(ii) quanto ao objectivo de melhoria da rendibilidade das operações em Portugal, importa sublinhar o aumen-to significativo dos proveitos da rede de Retalho, a redução das provisões para riscos de crédito, bem comoa redução de custos, nomeadamente com pessoal e tecnologias de informação, enquanto (iii) no que concer-ne ao aproveitamento das oportunidades de negócio na Polónia e Grécia merecem relevo o facto de o BankMillennium ter atingido os resultados mais elevados de sempre e a circunstância de o NovaBank ter apresen-tado o primeiro exercício com resultados positivos.A cotação da acção BCP valorizou 23% em 2005, alcan-çando os valores mais elevados dos últimos 3 anos e permitindo que a capitalização bolsista ascendesse acerca de 9 mil milhões de euros.

IV. Atendendo aos objectivos traçados, e tendo em conta as linhas estratégicas enunciadas, implementámosum novo modelo organizacional e de coordenação estratégica, com vista a reforçar a responsabilização detodas as áreas, incrementar o trabalho em equipa e motivar os quadros de topo através de uma maior dele-gação de competências pela Administração. O novo modelo compreendeu a estruturação do Grupo em oitoáreas (seis áreas de negócio e duas unidades de serviço),dirigidas por comités de coordenação executiva cons-tituídos pelos membros do Conselho de Administração e da Alta Direcção responsáveis pelas principais uni-dades integradas. Este modelo de maior responsabilização e participação alargada nos processos de decisãoserá reforçado com a celebração de contratos de desempenho, assumindo como referência os “benchmarks”e melhores práticas do sector na Europa, e que gradualmente se estenderão a todos os níveis hierárquicos.

V. Os resultados líquidos consolidados do Banco Comercial Português elevaram-se a 753,5 milhões deeuros, o que, expurgados de componentes não recorrentes, representa um crescimento de 16% face aomontante apurado em 2004. Para esta evolução contribuiu o aumento da margem financeira e das comis-sões, reflectindo o comportamento favorável do crédito hipotecário, depósitos e operações com títulos,bem como a diminuição dos custos de transformação, resultante das iniciativas de redimensionamento doquadro de Colaboradores, de flexibilização da estrutura organizacional, da racionalização de procedimen-tos e de “outsourcing” de actividades de suporte operativo, e das provisões para riscos de crédito, bene-ficiando da manutenção dos bons indicadores de qualidade dos riscos.A par da melhoria da rendibilidadedas operações em Portugal, registou-se uma evolução muito positiva das operações internacionais, emparticular na Grécia e na Polónia, cujo contributo agregado para os resultados consolidados cresceu de3% em 2004 para 10% em 2005. Beneficiando da capacidade de geração de resultados do Grupo e daredução da exposição a activos não estratégicos, o Millennium bcp viu reforçados em 2005 os níveis desolvabilidade, elevando-se o rácio de solvabilidade a 12,9%.

VI. Merece especial destaque a contribuição da Banca de Retalho em Portugal, uma das mais relevantes eestratégicas áreas de negócio do Millennium bcp, que aumentou 86,8% face ao ano anterior, superando já oobjectivo de acréscimo de rendibilidade projectado para 2006, reflectindo a melhoria da “performance”comercial, dinamizada pelo programa “M3” (Menos carga, Melhor serviço, Maior eficácia) e pelas campanhas

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“Cliente Frequente” e “Prestige”, a extracção de sinergias do modelo comercial e da marca única, a intensifi-cação do “cross-selling” e o ajustamento de preçários bem como a optimização da rede de sucursais e o redi-mensionamento do quadro de Colaboradores. Dada a crescente dinâmica de desenvolvimento e aumento derendibilidade, entendemos oportuno e justificado reavaliar os objectivos anteriormente divulgados da activi-dade de Banca de Retalho em Portugal, implicando um incremento estimado acumulado de 80 a 100 milhõesde euros face ao objectivo anteriormente assumido para 2006.

VII.A aspiração de evoluir para uma instituição verdadeiramente multi-doméstica assenta também na capa-cidade de aproveitamento das oportunidades de negócio identificadas na Polónia e Grécia, com opera-ções já reconhecidas pelo excelente desempenho comercial nos respectivos negócios prioritários, pelainovação, qualidade e competitividade. Em 2005, estivemos profundamente empenhados no processo deprivatização do Banca Comerciala Romana, tendo sido seleccionados pela Comissão de Privatização e a"Authority for Assets Recovery" (AVAS) romenas como uma das duas instituições que passaram à fase deapresentação de propostas finais no processo de negociação (“short list”). Esta aquisição não se veio aconcretizar, dado que o Banco não apresentou a proposta financeira mais elevada. Embora reconhecendoque a aquisição do maior banco romeno oferecia uma apelativa oportunidade de expansão, que muitocontribuiria para acelerar a concretização dos objectivos aspiracionais, estamos convictos que materiali-zaremos outras vias e soluções de crescimento, na Roménia ou noutros mercados com forte potencial deconvergência, que concorrerão para o crescimento sustentado, a rendibilidade superior e a preservaçãoda autonomia estratégica.

VIII.A melhoria dos indicadores de rendibilidade do Banco, reflectindo as iniciativas implementadas no âmbi-to do processo de refundação e de re-enfoque estratégico, com vista a aumentar a competitividade doGrupo e incrementar o valor criado para os Accionistas, é uma condição necessária para antecipar umenquadramento pautado pela redefinição do ambiente competitivo do sector bancário europeu e mundial.A crescente integração económica e financeira europeia, a redução dos obstáculos à concentração trans--fronteiriça, as oportunidades reduzidas de captura de sinergias em muitos mercados domésticos devido aelevados níveis de concentração nacional e a existência de instituições financeiras com elevados montantesde capital disponível, perspectivam uma crescente tendência de operações de concentração trans-fronteiri-ça na Europa, à semelhança do que se observa já hoje em diversos sectores. Em face destes novos desafiose novas oportunidades, apostaremos quer no crescimento do volume de negócios e dos níveis de produti-vidade das operações em Portugal, quer na expansão orgânica nos outros dois mercados “core”, alavancan-do posicionamentos competitivos, experiências, sinergias e recursos disponíveis. O desempenho e a aspira-ção estratégica do Banco, além de permitirem avançar na selecção de oportunidades de crescimento futuroadicionais que complementem o perfil de negócios actual, garantem-nos, também, o estabelecimento denovos e mais ambiciosos objectivos financeiros para os próximos exercícios, com repercussões favoráveisna criação de valor para os Accionistas.

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Síntese do Relatório do Conselho de Administração

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(Em Pé) Francisco de Lacerda, Alípio Dias, António Rodrigues,António Castro Henriques, Alexandre Bastos Gomes, Boguslaw Kott.(Sentados) Filipe Pinhal (Vice-Presidente), Paulo Teixeira Pinto (Presidente),Christopher de Beck (Vice-Presidente).

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Com a apresentação do Relatório e Contas de 2005 às Autoridades, aos Accionistas, aos Clientes, aos Investidores e ao Público em geral, oConselho de Administração do Banco Comercial Português, S.A. (Millennium bcp) completa os deveres de prestação de informação rigoro-sa, completa e oportuna, decorrentes de exigências legais, estatutárias e de mercado. O cumprimento destes requisitos de informação, noâmbito da prestação de contas anuais, constitui uma oportunidade para expor de forma aprofundada: o comentário sobre o enquadramen-to económico e competitivo; a explicação das prioridades estratégicas no exercício findo; a caracterização da actividade das áreas de negó-cio e de serviços corporizadas pelo novo modelo organizacional; a análise da rendibilidade e da evolução da estrutura patrimonial, bem comodos mecanismos de gestão dos riscos; e a apresentação das demonstrações financeiras, em base individual e consolidada, acompanhadas pelosrelatórios e pareceres dos órgãos de fiscalização e dos auditores externos.

Este texto pretende apresentar, de modo introdutório e sintético, as principais linhas de orientação e algumas das iniciativas estratégicas desen-volvidas pelo Millennium bcp em 2005, consideradas de especial relevância para a criação de valor e a preparação do Grupo para enfrentar osnovos desafios e explorar novas oportunidades de crescimento sustentado.

A actividade económica mundial expandiu-se a um ritmo robusto em 2005, ainda que em ligeira moderação face ao ano anterior, sendo influen-ciada, por um lado, pela natureza estimuladora das políticas económicas, pelo comportamento favorável dos mercados financeiros e pela melho-ria do volume de negócios e das perspectivas das empresas e, por outro, pela subida expressiva dos preços do petróleo e matérias primas e pelapersistência de desequilíbrios estruturais das economias mais avançadas. Não obstante o aumento das taxas de juro de referência nos EUA e naárea do euro, o desempenho dos mercados financeiros internacionais foi muito positivo, reagindo à inexistência de pressões inflacionistas e àmelhoria dos resultados e perspectivas de actividade das empresas.

A economia portuguesa cresceu apenas 0,5% em 2005 (1,3% em 2004), reflectindo a desaceleração da procura interna, induzida pela queda doinvestimento e o abrandamento do consumo privado; apesar da desaceleração das exportações, a moderação das importações repercutiu-se namelhoria do contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB. O perfil intra-anual da actividade económica foi diferenciado,tendo-se verificado na segunda metade do ano uma recuperação gradual das exportações e uma moderação mais intensa da procura interna.Diversos factores continuam a inibir uma recuperação sustentada da economia portuguesa: o aumento dos preços do petróleo; a debilidade darecuperação europeia; o impacto das medidas de consolidação orçamental e a fraca competitividade externa, agravada pelo alargamento euro-peu e a globalização, que se traduz numa maior concorrência pela atracção de investimento, bem como na intensificação da concorrência nosmercados de produtos.

A crescente intensidade competitiva, a globalização e especialização das principais instituições financeiras e a maior frequência de operações deconsolidação trans-fronteiriça, evidenciam o início de um novo ciclo de alterações estruturais do sector bancário dos mercados mais desenvolvi-dos. Em termos estratégicos, foram predominantes os esforços de concentração em “core businesses”; o estudo de oportunidades de consolida-ção, com vista a potenciar a geração de resultados,em face dos bons níveis de capitalização apresentados pelos principais bancos europeus; a maioreficiência na organização das actividades e a atenção concedida a práticas de “corporate governance” e de sustentabilidade social.A actividade dasinstituições financeiras também tem sido condicionada por alterações regulamentares como a introdução das novas normas internacionais de con-tabilidade (“International Financial Reporting Standards”), a partir de 1 de Janeiro de 2005, a preparação para a implementação do novo acordode adequação de capital (Basileia II) a partir de 2007 e os progressos no estabelecimento do ordenamento regulamentar associado à criação deum mercado europeu de serviços financeiros integrado.

Não obstante a deterioração do enquadramento económico, o volume de negócios do sector bancário em Portugal registou uma evolução glo-balmente favorável, beneficiando de condições globalmente positivas nos mercados de capitais, da diversidade de necessidades financeiras dasfamílias e empresas, do lançamento de serviços e produtos financeiros inovadores, bem como da baixa penetração de alguns tipos de produtose serviços financeiros ainda existente.A rendibilidade do sector bancário nacional foi positivamente influenciada pela evolução da margem finan-ceira, que beneficiou do aumento do volume de crédito concedido e dos esforços de preservação da taxa da margem financeira, das comissõesassociadas a produtos e serviços bancários tradicionais e às actividades de corretagem e gestão de activos, pela continuidade dos esforços comvista à melhoria da eficiência operativa e racionalização dos custos e pelas menores necessidades de provisionamento de crédito.

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Em 2005, o Millennium bcp assumiu a visão estratégica de evoluir para uma instituição verdadeiramente multi-doméstica com uma identidadesupra-nacional, enfocado na criação de valor em negócios “core” em Portugal, Polónia e Grécia,por via do crescimento rentável e captura de siner-gias nos três mercados domésticos – reafirmando quer o compromisso com os objectivos de curto prazo anteriormente assumidos e a estritaobediência aos princípios de disciplina de capital e criação de valor para os accionistas, quer a aspiração de independência estratégica e autono-mia empresarial a longo prazo, assente na criação de valor para os accionistas acima das expectativas e no respeito das relações com todos os“stakeholders”.

A envolvente competitiva do sector bancário europeu está em permanente mudança, traduzindo-se na intensificação da concorrência e na ten-dência de consolidação. Perseguir a excelência em termos de eficiência, serviço ao Cliente e inovação e identificar, analisar e abordar oportunida-des de crescimento disponíveis perfilam-se como requisitos para o crescimento rentável, perante os novos desafios. Uma estratégia competitivaassente na inovação das propostas de valor, na excelência operativa, no crescimento em todos os negócios “core”, na agilidade da organização ena gestão eficiente do capital é o plano de acção do Millennium bcp para, satisfazendo a sua aspiração de crescimento e de valorização, consoli-dar e ampliar as suas vantagens competitivas.

O propósito de evoluir para uma instituição verdadeiramente multi-doméstica assenta também na capacidade de aproveitamento de novas opor-tunidades de negócio que acrescentem valor ao seu “portfolio” de negócios e tenham um alcance estratégico relevante. Em consonância comesta aspiração, o Millennium bcp esteve profundamente empenhado no processo de privatização do Banca Comerciala Romana, tendo sido selec-cionado pela Comissão de Privatização e a "Authority for Assets Recovery" (AVAS) romenas como uma das duas instituições que passaram à fasede apresentação de propostas finais no processo de negociação (“short list”). Esta aquisição não veio, contudo a concretizar-se, somente porqueo Millennium bcp não apresentou a proposta de preço mais elevado, o que patenteia a firme submissão a rigorosos e exigentes critérios de dis-ciplina de capital e criação de valor,que estiveram sempre presentes neste processo.Embora reconhecendo que a aquisição do maior banco rome-no oferecia uma apelativa oportunidade de expansão, que muito contribuiria para acelerar a concretização dos seus objectivos aspiracionais, oMillennium bcp está convicto que materializará outras vias e soluções de crescimento, na Roménia ou noutros mercados com forte potencial deconvergência, que concorram para o crescimento sustentado, a rendibilidade superior e a preservação da autonomia estratégica.

O Millennium bcp encara o aperfeiçoamento das práticas de Governo da Sociedade como uma necessidade estratégica face aos novos desafios,uma tendência definitiva, gradualmente universal, pelo que tem insistido em adoptar os mecanismos que mais contribuam para aumentar a eficá-cia da gestão, em termos de organização, rigor, informação e avaliação. Deste modo, o modelo de gestão de liderança do Millennium bcp, expres-so na ética e códigos deontológicos, na estrutura organizacional, em mecanismos de remuneração por objectivos e participação nos resultados,na divulgação de informação, na responsabilização, fiscalização e controlo, no cumprimento de normas, nos direitos dos accionistas e estatutos dasempresas, nos direitos dos Clientes e na responsabilidade social e sustentabilidade, continuará a reflectir uma preocupação de mais participação,mais transparência, mais responsabilização.

Respondendo aos novos desafios e exigências de âmbito operacional e visando a consecução dos objectivos estratégicos de curto,médio e longoprazo, o Millennium bcp implementou um novo modelo organizacional. Com o novo modelo, a coordenação executiva do Grupo passou a estarestruturada em oito unidades: seis áreas de negócio – Banca de Retalho; Empresas e Corporate; Private Banking e Asset Management; Banca deInvestimento; European Banking e Overseas Banking; e duas unidades de serviço – Serviços Bancários e Áreas Corporativas. Os objectivos degestão do novo modelo organizacional são transversais a todas as áreas de negócio e unidades de serviço e alinham-se pelas melhores práticasinternacionais do sector.A gestão executiva de cada uma das seis unidades de negócio, bem como da Unidade de Serviços Bancários foi confia-da à responsabilidade de comités executivos, constituídos por dois ou mais Administradores e membros da Alta Direcção responsáveis directospelas áreas incluídas na Unidade, reflectindo o forte empenho de todas as linhas de gestão na prossecução da aspiração estratégica.

Em 2005 foram realizadas operações importantes de alienação ou redução de exposição em activos não “core”, destacando-se: a concretizaçãoda venda da Crédilar; o acordo com a Société Générale para a alienação da participação no capital social do Interbanco, S.A.. Subsequentemente,a SAG notificou o Millennium bcp do exercício do seu direito de preferência indicando que o Santander Consumer Finance seria o adquirente dasua posição correspondente a 50,001% do capital social do Interbanco tendo o processo de alienação sido concluído já em Janeiro de 2006; oacordo com o Dah Sing Bank Limited, sediado em Hong Kong, para a alienação das actividades no sector bancário e segurador sediadas em Macau,assegurando a manutenção da sucursal local do Millennium bcp; o início do processo de informação e consulta dos parceiros sociais em França,o que constituiu uma condição prévia, nos termos da legislação local, à conclusão do acordo para a aquisição de 80,1% do capital social do Banque

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BCP pela Caisse Nationale des Caisses d'Epargne; a venda de participações accionistas na Friends Provident e a diminuição da posição na EDP.Tratam-se de operações de alcance estratégico, que se traduzem em importantes mais-valias e na contribuição para o reforço dos fundos pró-prios do Millennium bcp. Visando alcançar total flexibilidade estratégica com vista à maximização do seu valor futuro e a discricionaridade naopção por alternativas futuras, foi celebrado um acordo com a Banca Intesa para a cessação da parceria no Banco de Investimento Imobiliário,S.A., (BII) e alienação das participações cruzadas existentes.

A par destas medidas foi realizada uma operação de titularização de créditos hipotecários, através de um veículo especial de financiamento sedia-do na República da Irlanda, denominado “Magellan Mortgages No3, Plc.”, no montante de 1.500 milhões de euros, cuja colocação internacionaldecorreu com muito sucesso. Foi ainda colocada uma emissão de acções preferenciais perpétuas e sem direito de voto, no montante de 500milhões de euros, emitidas pela BCP Finance Company, entidade subsidiária do Banco Comercial Português, S.A.. Esta emissão enquadra-se na ges-tão de instrumentos de “hybrid capital” emitidos pelo Banco, com vista à redução dos respectivos custos.

Corporizando uma política de criação de valor através de uma visão permanentemente orientada para o Cliente e por via de um comportamen-to socialmente responsável e consistente para com todos os “stakeholders”, o Relatório e Contas é acompanhado pela publicação do Relatóriode Sustentabilidade.A divulgação do Relatório de Sustentabilidade como parte integrante da divulgação anual de contas reafirma o compromissoe relevância que lhe é atribuído, procurando informar sobre as práticas de sustentabilidade que o Banco tem vindo a implementar. Este ano, pelaprimeira vez, o Relatório de Sustentabilidade é elaborado com as directrizes estabelecidas pela “Global Reporting Initiative”, que o Banco consi-dera ser o mais adequado para permitir a comparabilidade e consistência da informação apresentada, sendo igualmente incluída a adequação aosprincípios do “Global Compact” das Nações Unidas (“Communication on Progress”), que o Banco subscreveu em 2005.

Os resultados líquidos consolidados do Millennium bcp atingiram 753,5 milhões de euros em 2005 aumentando 24,2% face aos 606,5 milhões deeuros apurados no ano anterior.A rendibilidade dos capitais próprios (ROE) situou-se em 24,1% e a rendibilidade do activo médio (ROA) em 1,0%.

O crédito total aumentou 8,3% para 54.254 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2005, influenciado pelo crescimento do crédito à habi-tação (+23,8%) reflectindo a inovação e diversificação da oferta de produtos de crédito à habitação, designadamente o lançamento de novosprodutos adequados às necessidade dos Clientes num contexto de expectativa de subida das taxas de juro.A carteira de crédito continua a evi-denciar bons indicadores de qualidade dos riscos. O crédito vencido há mais de 90 dias totalizou 445,5 milhões de euros em 31 de Dezembrode 2005 representando 0,8% do crédito total, mantendo um valor estável face a 0,8% na mesma data de 2004.A cobertura do crédito vencidohá mais de 90 dias por imparidades para riscos de crédito fixou-se em 301,8% em 31 de Dezembro de 2005.

Os recursos totais de clientes aumentaram 9,3% para 56.363 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2005, impulsionados pelo aumentode 8,7% dos depósitos de clientes e pelo crescimento de 18,6% dos recursos fora de balanço. O forte desempenho dos seguros de capita-lização (+22,5%) incorpora o esforço de captação de novos recursos, nomeadamente a comercialização de planos poupança reforma e pro-dutos “unit-link”, pela Banca de Retalho em Portugal, enquanto que o aumento registado nos activos sob gestão traduz o desempenho dosfundos de investimento, influenciado pelo reforço da liderança do Millennium bcp na colocação de fundos de investimento mobiliários emPortugal em 2005 e pelo forte crescimento evidenciado pelo Bank Millennium na Polónia.

Os indicadores de solvabilidade reflectem o fortalecimento dos indicadores de rendibilidade das operações “core”, nomeadamente a capacidadede geração de resultados do Grupo, e a redução da exposição do Grupo a activos considerados não estratégicos. O rácio de solvabilidade calcu-lado de acordo com as normas do Banco de Portugal situou-se em 12,9% em 31 de Dezembro de 2005 (“Tier I” de 7,4%).

Já em Janeiro de 2006, o capital social do Banco Comercial Português, S.A. foi ampliado de 3.257.400.827 euros para 3.588.331.338 euros, median-te a emissão de 330.930.511 novas acções ordinárias, correspondentes à conversão dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis"Capital BCP 2005", cujo vencimento ocorreu em 30 de Dezembro de 2005.As novas acções foram admitidas à cotação no mercado de cotaçõesoficiais da Euronext Lisbon no dia 6 de Janeiro de 2006. Por fim, a cotação da acção BCP registou uma valorização de 23% durante 2005, alcan-çando os valores mais elevados dos últimos três anos e demonstrando o reconhecimento do excelente grau de cumprimento das metas de ren-dibilidade e de crescimento com que o Millennium bcp se tinha comprometido.

O Conselho de Administração

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12 Síntese de Indicadores

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2005 2004 Variação

(1) Em 2004 foram excluídos os valores associados às empresas alienadas e/ou em alienação. (2) Excluídos os montantes relacionados com alienações, reformas antecipadas, provisões para crédito e outros (incluin-do ajustamento IAS). (3) Débitos para com clientes titulados e não titulados, Patrimónios sob gestão e Seguros de capitalização. (4) Calculado de acordo com a Instrução n.º16/2004 do Banco de Portugal. IncluiMargem financeira, Rendimentos de instrumentos de capital, Comissões líquidas, Resultados em operações financeiras, Resultados por equivalência patrimonial e Outros resultados de exploração, excluindo operaçõesnão recorrentes. (5) Custos com o pessoal (excluindo custos com reformas antecipadas), Outros gastos administrativos e Amortizações do exercício. (6) Calculado de acordo com a Instrução n.º16/2004 do Bancode Portugal. (7) Considerando as acções emitidas na sequência da conversão dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis.

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Balanço (1)

Activo total 76.849,6 71.320,4 7,8%Créditos sobre clientes (líq.) 52.909,1 48.843,4 8,3%Recursos totais de clientes (3) 56.363,2 51.561,6 9,3%Situação líquida e Passivos Subordinados 7.207,6 6.990,4 3,1%

Margem financeira 1.407,7 1.271,6 10,7%Produto bancário (4) 2.527,3 2.362,9 7,0%Custos de transformação (5) 1.654,7 1.720,8 -3,8%Imparidade

Do crédito (líq. de recuperações) 27,7 121,6 -77,2%De outros riscos 57,2 86,4 -33,8%

Impostos sobre lucros 130,1 53,0 145,5%Interesses minoritários 47,4 5,6 741,9%Resultado recorrente (2) 610,2 528,2 15,5%Resultado de operações não recorrentes 143,3 78,3 83,1%Lucro líquido atribuível ao Banco 753,5 606,5 24,2%

Rendibilidade dos capitais próprios médios (ROE) 24,1% 24,0%Resultados antes imposto e interesses minoritários / Capitais próprios médios (6) 23,6% 23,7%Produto bancário / Activo líquido médio (6) 3,4% 3,1%Rendibilidade do activo médio (ROA) 1,0% 0,8%Resultados antes imposto e interesses minoritários / Activo líquido médio (6) 1,2% 0,9%

Crédito vencido a mais de 90 dias / Crédito total 0,8% 0,8%Crédito com incumprimento / Crédito total (6) 1,1% 1,1%Crédito com incumprimento, líq. / Crédito total, líq. (6) -1,4% -1,4%Imparidade para crédito / Crédito vencido a mais de 90 dias 301,8% 325,4%

Rácio de solvabilidade – Banco de PortugalTier one 7,4% 8,1%Total 12,9% 11,9%

Capitalização bolsista (acções ordinárias) (7) 8.361 6.156Resultados por acção (euros)

Básico 0,22 0,18Diluído 0,20 0,16

Valores de mercado por acção (euros)Máximo 2,36 2,19Mínimo 1,90 1,68Fecho 2,39 2,17

SucursaisPortugal 909 1.008 -9,8%Estrangeiro 642 632 1,6%

ColaboradoresPortugal 11.510 12.487 -7,8%Estrangeiro 8.138 8.079 0,7%

Milhões de euros, excepto percentagens

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Principais Acontecimentos em 2005

Janeiro

Conclusão das formalidades relativas à alienação de 51% do capital social e cedência do controlode gestão ao Grupo Fortis da “joint-venture” "Millennium bcp Fortis – Grupo Segurador, SGPS,S. A.", entidade que detém a totalidade do capital das seguintes companhias de segurosespecializadas na actividade de “bancassurance”: Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros de Vida, S. A., Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros, S. A., Pensõesgere – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S. A. e Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, S. A. – Médis.

Conclusão das formalidades relativas à alienação ao Grupo Caixa Geral de Depósitos de 100% do capital social das companhias Império Bonança – Companhia de Seguros, S.A., Seguro DirectoGere – Companhia de Seguros, S.A., Impergesto – Assistência e Serviços, S.A. e Servicomercial – Consultoria e Informática, Lda., nos termos do acordo estabelecido entre o BCP e a CGD em Abril de 2004.

Início dos “Encontros dos Serviços Centrais”, reunindo Colaboradores de unidades de serviçoscentrais com membros do Conselho de Administração em sessões de trabalho e debate,nas quais intervêm ainda especialistas em diversas áreas.

Fevereiro

Lançamento da “Plataforma Internacional de Negócios”, um serviço bancário dirigido às empresasque já desenvolvem ou pretendem iniciar um processo de internacionalização, apoiando-se nasestruturas de operações bancárias do Grupo em numerosos países estrangeiros.

Atribuição do prémio "European Real Toll Road Deal of the Year 2004" pela revista Euromoney aoMillennium bcp investimento, como reconhecimento pela assessoria financeira e pela estruturaçãoe montagem do financiamento do projecto da auto-estrada do Litoral Centro.

Março

Realização da Assembleia Geral Anual do Banco Comercial Português, contando com a presença de accionistas que representavam 69,15 % do capital social. Entre as deliberaçõesaprovadas salienta-se a eleição dos órgãos sociais para o triénio de 2005/2007, com a cessãodas funções como Presidente do Conselho de Administração do Fundador e até então únicoPresidente, Jorge Jardim Gonçalves, e a eleição de Paulo Teixeira Pinto como novo Presidentedo Conselho de Administração, bem como a eleição do Conselho Superior para o período2005/2008.

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Definição e implementação de um “Novo Modelo Organizacional” do Grupo passando a suacoordenação executiva a estar estruturada em oito unidades: seis Áreas de Negócio – Banca de Retalho; Private Banking e Asset Management; Empresas e Corporate; Banca de Investimento;European Banking e Overseas Banking; e duas Unidades de Serviço – Serviços Bancários e Serviços Corporativos.

Alteração do "Outlook" do Banco Comercial Português S.A. de "Estável" para "Positivo" pelaStandard & Poor’s, que confirmou ainda as notações de "A-" e "A-2" atribuídas às suasresponsabilidades de Longo Prazo e de Curto Prazo.

Conferência "Poland meets Portugal – Novas perspectivas de negócio". O principal objectivo destaConferência foi a criação de um espaço que potencie as relações económicas entre a Polónia e Portugal, que atraia a atenção de investidores e promova as pequenas e médias empresas no mercado internacional.

Realização do “Encontro Millennium bcp” em Setúbal.

Abril

“Upgrade” da notação de “rating” de longo prazo atribuída ao Bank Millennium S.A. pela Moody’s de “A3” para “A2”, sendo-lhe atribuído simultaneamente um “Outlook” “Estável”. Foi ainda objectode “Upgrade” o “Outlook relativo à solidez financeira” de “Estável” para “Positivo” reflectindo osprogressos do Bank Millennium com o seu processo de reestruturação e redinamização, enquantoa notação de curto prazo se manteve inalterada em “P-1”.

Concretização da aquisição ao Grupo Dimitrios Contominas dos restantes 50% do capital socialdo NovaBank, nos termos e condições previamente anunciados, passando assim este Banco a serintegralmente controlado pelo Banco Comercial Português, S.A.

Lançamento pelo Millennium bcp do “factoring” internacional de exportação no âmbito da estratégia de apoio à internacionalização das empresas nacionais. Este serviço permite aosClientes beneficiar de um instrumento de apoio ao comércio externo para os principais mercadosde destino das empresas portuguesas.

Atribuição ao Bank Millennium, do estatuto “Top Rated” tanto a nível nacional como internacional,no “ranking” dos melhores Bancos com serviços de custódia, relativo a 2004, pela “GlobalCustodian Magazine”.

Assinatura de um Protocolo com a Sociedade Portuguesa de Autores, conferindo ao Banco o estatuto de “Banco dos Autores portugueses” em regime de exclusividade. O Millennium bcpconstitui-se, assim, como Mecenas Institucional da Sociedade Portuguesa de Autores no períodocompreendido entre 2005 e 2007.

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Maio

Realização em Lisboa no dia 20 de Maio de 2005, da 3.ª edição do “Investor Day”, reunindo maisde 50 participantes (Analistas Financeiros e Investidores Institucionais das principais instituiçõesfinanceiras nacionais e internacionais). À semelhança de edições anteriores este evento procurouproporcionar uma visão detalhada da evolução de actividade e dos progressos concretizados nasdiversas áreas de negócio e apresentar as principais linhas de orientação estratégica.

Adesão do Millennium bcp aos Princípios do “Global Compact” das Nações Unidas, assumindoassim o compromisso de integrar na sua estratégia, cultura e operações quotidianas, os 10 Princípios do “Global Compact” e de os comunicar aos Colaboradores, Parceiros, Clientes e ao Público em geral.

Disponibilização da "Linha Millennium para Angola", um financiamento a médio prazo em condiçõespreferenciais das exportações para Angola, que se enquadrem nos mecanismos da Convenção paraCobertura de Riscos e Créditos firmada entre os Governos Português e Angolano.

Realização do “Encontro Millennium bcp “ em Castelo Branco.

Junho

Lançamento de quatro soluções de crédito à habitação pelo Millennium bcp com o objectivo de disponibilizar prestações à medida dos Clientes. Este conjunto de alternativas oferece apossibilidade de beneficiar de prestações mais baixas (“Prestação Mínima” e “Ajustada”),de maior segurança (“Prestação Fixa”) ou optar pela solução "clássica" (“Prestação Indexada”).

Eleição pelo 4.º ano consecutivo do site “millenniumbcp.pt”, como o “Melhor Site Financeiro”pelos leitores da revista “PC Guia”, publicação líder de mercado no segmento de Tecnologias de Informação.

Assinatura de um protocolo com o Ministério da Cultura estabelecendo um "Acordo de ParceriaInstitucional", que abrangerá o Instituto Português de Museus (IPM) e o Teatro Nacional de S. Carlos. Através deste acordo, foi atribuído ao Banco o estatuto público de Mecenas Exclusivo do Teatro Nacional de S. Carlos, do Museu Nacional de Arte Antiga e do Museu Nacional deSoares dos Reis, até Dezembro de 2008.

Conclusão das formalidades relativas à alienação à Sofinco da Crédilar, empresa que incorporava a actividade de crédito ao consumo não automóvel no ponto de venda (“POS”).

Emissão de “Residential Mortgage Backed Securities” (RMBS), no montante de 1.500 milhões de euros, através de um veículo especial de financiamento sediado na República da Irlanda,denominado “Magellan Mortgages No3, Plc.”. A carteira titularizada é constituída por créditoshipotecários originados pelo Millennium bcp, sendo esta a maior operação de titularização destetipo de activos até agora realizada em Portugal.

Realização do "Encontro Millennium bcp" em Bragança.

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Julho

Assinatura de protocolos de financiamento ao ensino e à investigação científica entre o Millennium bcp e o ISCTE – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa,a Universidade Profissional do Norte, a Faculdade de Farmácia, a Universidade da Madeira e a Universidade Moderna.

Eleição do Millennium bcp como o "Bank of the Year" pela revista “The Banker”, tendo porreferência as demonstrações financeiras no final de 2004.

Nomeação pela revista “Global Finance” do Millennium bcp como "Best Bank in Portugal", tendoo Millennium bcp investimento sido distinguido como "Best Investment Bank" em Portugal.

Atribuição de seis prémios (dois em Portugal e quatro na Europa) pela revista “Global Finance”,no âmbito dos “World’s Best Internet Bank Awards 2005” reconhecendo mais uma vez a qualidadeda oferta de Internet Banking do Millennium bcp. Os prémios em Portugal foram os seguintes:“Best Consumer Internet Bank”, “Best Corporate/Institutional Internet Bank”. Na Europa foram:“Best Bill Payment and Presentment”, “Best Online Consumer Credit”, “Best Information SecurityInitiatives” – Particulares e “Best Information Security Initiatives” – Empresas.

Realização do "Encontro Millennium bcp" na Madeira.

Agosto

Acordo com o Dah Sing Bank Limited, sediado em Hong Kong, para a alienação das actividades do Grupo no sector bancário e segurador desenvolvidas em Macau, assegurando a manutenção da sucursal local do Millennium bcp. Esta transacção envolve a venda da totalidade do capital social do Banco Comercial de Macau, S.A., sendo a sua execução sujeita às necessárias autorizações regulamentares.

Acordo com a Société Générale para a alienação da participação do BCP no capital social do Interbanco, S.A.. Subsequentemente, a SAG notificou o BCP do exercício do seu direito de preferência indicando que o Santander Consumer Finance seria o adquirente da posição do BCP no Interbanco (50,001% do capital social do Interbanco), nos termos e condiçõesestabelecidos entre o BCP e a Société Générale Consumer Finance.

Início do processo de informação e consulta dos parceiros sociais em França, o que constituiu umacondição prévia, nos termos da legislação local, à conclusão do acordo para a aquisição de 80,1%do capital social do Banque BCP pela Caisse Nationale des Caisses d'Epargne.

Assinatura de protocolos de financiamento ao Ensino e à Investigação Científica entre o Millennium bcp e a Universidade Autónoma de Lisboa, a Faculdade de Medicina Dentária daUniversidade de Lisboa e a Escola Superior de Educadoras de Infância Maria Ulrich.

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Setembro

Lançamento de uma nova campanha de crédito à habitação pelo Millennium bcp, baseada no conceito de disponibilidade total do Banco para com os clientes, apresentando propostasespecíficas para cada caso.

Assinatura de um protocolo de financiamento ao ensino e à investigação científica entre oMillennium bcp e o Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) – Lisboa.

Acordo com a Banca Intesa para a cessação da parceria no Banco de Investimento Imobiliário, S.A.(BII) e alienação das participações recíprocas detidas pelos dois bancos. No âmbito deste acordo o Banco Comercial Português procedeu à aquisição de 30,1% do capital social do BII detido atéentão pela Banca Intesa. A Banca Intesa alienou acções representativas de 7,43% do capital socialdo BCP, através do processo de “accelerated global tender”, dirigido a investidores internacionais.Por seu lado, o BCP transferiu a participação que detinha, correspondente a 2,08% do capital socialda Banca Intesa, para o seu Fundo de Pensões, como contribuição em espécie.

Eleição do Millennium bcp, pelo segundo ano consecutivo, como uma das “Marcas de Excelênciaem Portugal” pela “Superbrands”, premiando os seus valores de Competência, Dedicação,Estabilidade, Inovação e Responsabilidade.

Outubro

Selecção pela Comissão de Privatização do Banca Comerciala Romana e "Authority for AssetsRecovery" (AVAS) do Banco Comercial Português, S.A. como uma das duas instituições quepassaram à fase de apresentação de propostas finais no processo de negociação da referidaprivatização (“short list”).

Assinatura de um protocolo de cooperação entre o Millennium bcp e a Confederação do ComércioPortuguês (CCP), com vista à oferta de produtos e serviços financeiros em condições preferenciais.

Celebração de um protocolo de financiamento ao ensino e à investigação científica com a Universidade Nova de Lisboa.

Emissão de acções preferenciais perpétuas e sem direito de voto, no montante de 500 milhões de euros, pela BCP Finance Company, entidade subsidiária do Banco Comercial Português, S.A.Esta operação insere-se na estratégia de disciplina de gestão da base de capital, procurando-seminimizar os custos de instrumentos de “hybrid capital”.

Eleição do Millennium bcp como "Best Foreign Exchange Bank and Provider" em Portugal pelarevista “Global Finance”.

Classificação do Bank Millennium na 18.ª posição do “ranking” dos 100 maiores Bancos da EuropaCentral e de Leste pela revista “The Banker”.

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Novembro

Renovação do acordo de emissão de Cartões “American Express” pelo Millennium bcp.

Celebração de um protocolo de financiamento ao ensino e à investigação científica entre o Millennium bcp e Instituto Politécnico de Tomar, o IPL – Instituto Politécnico de Lisboa e o Instituto de Psicologia Aplicada e Formação.

Disponibilização “online” do novo serviço noticioso da “Dow Jones Newswires” pelo ActivoBank7.

Lançamento, no último dia do Ano Internacional do Microcrédito, de uma operação autónomaespecializada na actividade de Microcrédito, destinada a suportar o empreendedorismo e ocombate à exclusão social, enquadrando-se na estratégia de Responsabilidade Social e de criaçãode valor do Millennium bcp, tendo sido lançadas três secursais em Lisboa, Porto e Braga.

Dezembro

Atribuição de três prémios ao Millennium bcp pela Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa nas categorias "Relatório de Administração", "Vídeo de Comunicação Interna" e "Campanha de Comunicação Externa".

Lançamento de três novas soluções de Crédito à Habitação: "Taxa Fixa a 30 anos", "PrestaçãoGarantida a 5 anos" e "Prestação Garantida a 10 anos".

Celebração de um protocolo de financiamento ao ensino e à investigação científica entre o Millennium bcp e a Universidade do Algarve.

Lançamento de um novo produto de Crédito Pessoal – o Crédito “Online” – destinado a todos osClientes que utilizem o portal “millenniumbcp.pt”.

Eleição do Millennium bcp pela revista “Global Finance” como "Best Trade Finance Bank" em Portugal.

Celebração de um acordo complementar ao acordo de venda da participação de 10% no capitalsocial da companhia de seguros polaca PZU, S.A., realizado em 22 de Dezembro de 2004, entre o Bank Millennium e a Eureko B.V., tendo em vista a fixação do preço final, tendo a avaliaçãoindependente sido realizada por dois bancos de investimento internacionais.

Conclusão do processo de alienação das actividades no sector bancário e segurador do Millennium bcp em Macau ao Grupo Dah Sing Bank, após obtenção das autorizações necessárias.

Decisão final da Comissão de Privatização da Banca Comerciala Romana e "Authority for AssetsRecovery" (AVAS). O BCP não foi adquirente do BCR por não ter apresentado a proposta financeira mais elevada.

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Millennium bcp

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Visão, Missão,Valores e Estratégia

Visão

Afirmar-se como um Banco verdadeiramente multi-doméstico com uma identidade supra-nacional,enfocado na criação de valor em negócios “core” em mercados com perfis distintos e reconhecidointernacionalmente pela excelência e inovação na distribuição de produtos e serviços financeiros.

Missão

Criar valor para os Clientes através da oferta de produtos e serviços financeiros de qualidadesuperior, observando rigorosos e elevados padrões de conduta e responsabilidade corporativa,crescendo com rendibilidade e sustentabilidade, de modo a proporcionar um retorno atractivo aos Accionistas, que fundamente e reforce a autonomia estratégica e a identidade corporativa.

Valores

Primado do Cliente ("Queremos ver tudo a partir dos olhos do Cliente.")

Vocação de Excelência ("Só o melhor é suficiente.Vale a pena procurar o novo, sempre que seja melhor.")

Confiança ("Queremos desenvolver relações com futuro.")

Ética e Responsabilidade ("Actuamos com consciência e com consequência. Queremos fazer a diferença para além dos resultados.")

Respeito pelas pessoas e as instituições ("Queremos realizar, realizando-nos.Trabalhamos para o bem comum.")

Estratégia

Gestão criteriosa de fundos próprios, consubstanciada no reforço do enfoque nos mercados“core”, na alienação de activos não estratégicos e na gestão criteriosa dos riscos.

Consolidação da posição de liderança em Portugal, visando a obtenção de níveis adequados de rendibilidade e a geração interna de fundos.

Desenvolvimento acelerado das operações nos mercados domésticos da Polónia e Grécia,abordando segmentos e negócios com elevado potencial de criação de valor, com propostas de valor especializadas, diferenciadas, competitivas e adaptadas às especificidades de cada mercado.

Aproveitamento agressivo de oportunidades de melhorias de eficiência, através doredimensionamento, racionalização e realocação dos recursos, capturando sinergias mediante a centralização e “outsourcing” de actividades e alavancando conhecimentos e experiênciasacumulados nos diferentes mercados.

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Iniciativas-chave de Geração de Valor em 2005

Crescimento sustentado da base de negócios

Maior enfoque comercial e recentragem no esforço de vendas, proporcionados pela identificaçãomais rigorosa das necessidades de segmentos de Clientes específicos, associada ao refinamento do modelo de segmentação do Banco. Reafirmação do compromisso de presença do Banco nosmomentos decisivos da vida dos seus Clientes, apoiando-os na concretização das suas decisõescruciais.

Aproveitamento das potencialidades do novo modelo organizacional, reforçando o envolvimentoe responsabilização em diferentes níveis de decisão, contribuindo para flexibilizar a capacidade deresposta e revigorar a presença do Banco no mercado.

Excelente grau de execução do Programa Millennium, com o cumprimento dos objectivosassumidos, em termos globais, com um avanço de cerca de um ano relativamente aos prazosfixados.

Mobilização em torno do objectivo de consolidação da posição de liderança no mercadobancário português, tendo os volumes de negócio registado uma evolução favorável,destacando-se o crescimento no crédito à habitação e nos recursos de clientes.

Eficiência e rendibilidade

Continuação do Plano Integrado para a Melhoria da Rendibilidade 2004-2006 a bom ritmo,alcançando-se taxas de execução bastante superiores às projecções nas principais áreas de acção.

Crescimento dos resultados líquidos, quer da actividade desenvolvida em Portugal, quer nasprincipais operações no estrangeiro. O ROE consolidado atingiu 24,1%, situando-se acima dointervalo de 22% a 23% referenciado como objectivo de médio/longo prazo.

Consolidação de uma cultura de gestão orientada para a eliminação de ineficiências,estimuladora do crescimento, do ganho de quota de mercado, dos resultados e de criação de valor.Esta cultura baseia-se em dois pilares: aumento dos proveitos, traduzindo-se na implantação de um“pricing” adequado e no aumento do poder de atracção e de fidelização dos Clientes;e “low-cost”, traduzindo-se na redução sustentada dos custos operacionais e na melhoria dos indicadores de eficiência operativa da actividade em Portugal. O rácio de eficiência da actividade em Portugal situou-se em 62,8%, apresentando uma trajectória de convergência para o objectivo de médio/longo prazo de 60%.

Activo TotalMil milhões de euros

��

Resultado LíquidoMilhões de euros

��

2004

71,3

2005

76,8

606,5

753,5

20052004

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Qualidade dos Activos

Preservação dos excelentes indicadores de qualidade da carteira de crédito, decorrente da redução da sinistralidade, do reforço da cobertura do crédito vencido por provisões e darecuperação sistematizada do crédito por regularizar, beneficiando do impacto da implementaçãode uma estrutura integrada de gestão transversal dos riscos de crédito;

Continuação do esforço de reestruturação "top-down" da carteira de crédito, tendo em vista a melhoria do seu perfil de risco, nomeadamente por via do reforço do peso do crédito àhabitação e da limitação da exposição a sectores com níveis de envolvimento com o Banco maisexpressivos e/ou mais vulneráveis a alterações desfavoráveis do ciclo económico;

Reforço dos indicadores de solvabilidade, que beneficiaram do crescimento da capacidade degeração de resultados, da melhoria do perfil de risco dos activos e da libertação de capital afecto a operações não “core”.

Enfoque nas operações "core"

Conclusão das formalidades relativas à alienação de 51% do capital social e cedência do controlode gestão ao Grupo Fortis da "joint-venture" "Millennium bcp Fortis – Grupo Segurador, SGPS,S.A.", entidade que detém a totalidade do capital das companhias seguradoras dedicadas à actividade de "bancassurance", e conclusão das formalidades relativas à alienação ao Grupo CaixaGeral de Depósitos de 100% do capital social das companhias Império Bonança – Companhia de Seguros, S.A., Seguro Directo Gere – Companhia de Seguros, S.A., Impergesto – Assistência e Serviços, S.A. e Servicomercial – Consultoria e Informática, Lda. Celebração de um acordocomplementar ao acordo de venda da participação de 10% no capital social da companhia de seguros polaca PZU, S.A. realizado em 22 de Dezembro de 2004, entre o Bank Millennium e a Eureko B.V., tendo em vista a fixação do preço final de venda;

Redução de exposição a activos não estratégicos: acordo para a alienação das participaçõesdetidas no Interbanco (50,001%) e nas actividades bancária e seguradora em Macau, envolvendo a venda da totalidade do capital social do Banco Comercial de Macau S.A.; acordo para a alienaçãode 80,1% do capital social do Banque BCP (França e Luxemburgo), dependendo a sua conclusãodo cumprimento de determinados requisitos processuais;

Concretização da aquisição ao Grupo Contominas dos restantes 50% do capital social doNovaBank, nos termos e condições previamente anunciados, que passou a ser integralmentecontrolado pelo Banco Comercial Português S.A.;

Acordo com a Banca Intesa para a cessação da parceria no Banco de Investimento Imobiliário,S.A. (BII) e alienação das participações recíprocas existentes. Nos termos deste acordo, o BancoComercial Português adquiriu 30,1% do capital social do BII até então detido pela Banca Intesa,assegurando uma maior flexibilidade e discricionaridade na definição de cenários de extracção de valor deste activo não "core".

Qualidade do Crédito��

Rácio de Solvabilidade��

2004

11,9%

2005

12,9%

8,1%7,4%

Fundos Próprios Complementares

Fundos Próprios de Base

2004 2005

Crédito vencido a mais de 90 dias

Crédito vencido a mais de 90 dias // Crédito total

Rácio de Cobertura a mais de 90 dias

325,4%

301,8%

385,3

445,5

0,8% 0,8%

Milhões de euros, excepto percentagens

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Novos Desafios,Novas Oportunidades

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Novos Desafios,Novas Oportunidades

Visão para o futuro

Afirmar-se como um banco verdadeiramente multi-doméstico com uma identidade supra-nacional,enfocado na criação de valor em negócios “core” em mercados seleccionados de acordo com um perfil de risco controlado e elevado potencial de crescimento, tornando-se reconhecidointernacionalmente pela excelência e inovação na distribuição de produtos e serviços financeirosconstitui a visão para o futuro do Millennium bcp.

Fortalecido pela capacidade de execução antecipada do objectivo anunciado para o curto prazo – materializar na plenitude os compromissos de rendibilidade e crescimento assumidos noPrograma Millennium –, que se traduziu na revisão em alta dos objectivos para 2006 e 2007,o Millennium bcp tem progredido, em simultâneo, no sentido da concretização do objectivotransformacional estabelecido para o médio prazo – criar um Banco verdadeiramente multi-doméstico, por via de crescimento rentável e captura de sinergias nos três mercadosdomésticos – sustentando as suas estratégias de expansão no respeito dos princípios de disciplinade gestão de capital e criação de valor para os accionistas.

Tendo consolidado a liderança do mercado português e criado as bases para expansão na Polóniae na Grécia ao longo dos últimos cinco anos, o Millennium bcp prepara-se para o futuro,explorando o valor de um posicionamento multi-doméstico, assente na especialização no negóciode banca de retalho, na complementaridade dos vários mercados em que se encontra e na partilhade recursos e competências, reconhecendo que apenas excedendo as expectativas de criação devalor para os accionistas e respeitando as relações com todos os “stakeholders”, poderá garantir a sua autonomia corporativa e independência estratégica.

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Visão para o futuro

Curto PrazoMaterializar na plenitude os compromissos de rendibilidade e crescimento assumidos no Programa Millennium

Médio PrazoConcretizar um Banco verdadeiramente multi-doméstico, por via de crescimento rentável e captura de sinergiasnos três mercados domésticos

Longo PrazoSustentar a independência estratégica, criando valor para além das expectativas dos accionistas e respeitando asrelações com todos os “stakeholders”

Millennium bcp“Banco verdadeiramente multi-doméstico com uma identidade supra-nacional,enfocado na criação de valor em negócios ‘core’ em mercados seleccionados”

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No sector bancário na Europa assiste-se a mudanças estruturais profundas, induzidas pelaconjugação de múltiplos factores, traduzindo-se na forte intensificação da concorrência e numavaga de operações de consolidação trans-fronteiriça. Impera converter os desafios que daí advémem oportunidades e estas em benefícios. Perseguir a excelência em termos de eficiência, serviço ao cliente e inovação e procurar oportunidades de crescimento disponíveis são os novos desafiosque se deparam ao Millennium bcp. Uma estratégia competitiva assente na inovação das propostasde valor, na excelência operativa, no crescimento em todos os negócios “core”, na agilidade da organização e na gestão eficiente do capital é o plano de acção do Millennium bcp paraconsolidar e alavancar as suas vantagens competitivas.

Aspiração estratégica

Crescer é parte integrante do legado histórico e da raíz genética do Millennium bcp. Desde a suacriação, há duas décadas, o Banco escalou sucessivos patamares de crescimento: de 1985 a 1995,apostou no crescimento orgânico, aspirando atingir uma posição de relevo no mercado português;de 1995 a 2000, com a aquisição, reestruturação e integração de diversas instituições financeiras emPortugal, reforçou o seu posicionamento e atingiu a dimensão crítica desejada; e nos últimos cincoanos, a unificação e refundação das operações no mercado português e a concepção de plataformasde negócio na Polónia e Grécia criaram as condições indispensáveis para a sua transformação numBanco com uma vocação multi-doméstica e identidade supra-nacional. Hoje, o Millennium bcpdesenvolve as opções do seu crescimento futuro, antecipando novos horizontes de crescimento, comum enfoque primordial no potencial e rendibilidade das múltiplas oportunidades que se afiguram.

Gerir a criação de valor para o accionista é a razão, a fórmula de sucesso, a inspiração do Millennium bcp. É para o reforço da criação de valor, que as suas aspirações e objectivoscontinuarão a convergir, evoluindo e antecipando-se ao contexto da indústria em que se insere.Impulsionar o pensamento estratégico no seio da organização, incentivar a “performance” individuale das unidades de negócio, desenvolver os “drivers” de cada negócio, moldar a estruturaorganizacional e gerir os “portfolios” de negócio irão confluir para a aspiração, ímpar e única,de crescer com mais valor, à qual será dedicado todo o esforço e “commitment” da gestão.

Os novos desafios estratégicos que se impõem elevam a importância dos princípios fundacionaisdo Banco. A ética e a responsabilidade, no sentido de fazer a diferença para além dos resultados,a vocação de excelência, no sentido de só o melhor é suficiente, e o enfoque no cliente,no sentido de ver tudo a partir dos olhos do cliente, continuarão a sublinhar a actuação do Millennium bcp perante uma nova envolvente competitiva. A maior rapidez da mudança,a intensificação da concorrência, as tendências de consolidação, a maior exigência por parte do Cliente ou as novas exigências regulamentares reflectem-se igualmente em novos desafios e exigências de âmbito organizacional.

O Millennium bcp vê a melhoria das práticas de governo das sociedades como uma necessidadeestratégica face aos novos desafios, como uma tendência definitiva gradualmente universal, peloque a entende como o aperfeiçoamento de mecanismos para aumentar a eficácia da gestão,em termos de organização, rigor, informação e avaliação. Desta forma, o modelo de gestão do Millennium bcp, patenteado na ética e códigos deontológicos, na estrutura organizacional,em mecanismos de remuneração por objectivos e participação nos resultados, na divulgação de informação, na responsabilização, fiscalização e controlo, no cumprimento de normas, nos

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direitos dos accionistas e estatutos das empresas, nos direitos dos clientes e na responsabilidadesocial e sustentabilidade, continuará a reflectir uma preocupação de mais participação, maistransparência, mais responsabilização.

Tendências estruturais do sistema financeiro

As tendências de crescente liberalização, integração dos mercados e sofisticação tecnológica têmvindo a reflectir-se na reconfiguração das estruturas competitivas dos principais sectores deactividade à escala mundial e têm exercido profundas repercussões nos sistemas financeiros dos países membros da União Europeia.

A integração económica e financeira, a harmonização da regulamentação, as alterações estruturaisda procura e as novas oportunidades de crescimento, que constituem as principais tendênciascondicionantes do sector bancário, impõem novos desafios às instituições financeiras, exigindo ao Millennium bcp a avaliação, definição e implementação de um plano estratégico de expansãosustentada de âmbito multi-doméstico.

Em 2005, acentuou-se a tendência de integração dos sectores financeiros, nomeadamente atravésdo anúncio e concretização de diversas operações de aquisição e fusão trans-fronteiriças. Após oaproveitamento quase integral do potencial de consolidação nos mercados domésticos na Europanos últimos anos, consubstanciado em inúmeras operações de M&A e de integração eracionalização operativa de âmbito doméstico, afiguram-se escassas as oportunidades deconsolidação adicional nos mercados europeus mais desenvolvidos. No entanto, o sector financeiroé precisamente uma das indústrias em que o processo de integração à escala europeia ainda estarálonge da conclusão. Com efeito, o processo de integração financeira europeu, até agorapredominantemente de âmbito doméstico, tem progredido de forma desigual, nomeadamenteentre os seus diferentes segmentos de negócio. Os negócios de banca de investimento, “assetmanagement” e os mercados financeiros (monetários, accionistas e obrigacionistas) apresentam já um elevado grau de integração, contrastando com o negócio de banca de retalho, cujaorientação e organização assume um carácter ainda predominantemente nacional. Como resultadoda crescente integração económica e financeira, é precisamente a definição de mercado domésticoque se tem vindo a alterar gradualmente. O sector financeiro é mais do que nunca global e o conjunto de oportunidades estratégicas para as instituições financeiras é ampliado pelacorrespondente dimensão e escala de um mercado de dimensão global. O negócio de banca de retalho, revestindo-se ainda de forte potencial de “globalização”, revelar-se-á inequivocamentecomo o segmento-motor das aspirações de expansão das instituições financeiras.

A harmonização da regulamentação continuará a contribuir para o esbatimento das barreiras à integração. As novas regras contabilísticas IAS/IFRS, que entraram em vigor em 2005, vieramintroduzir maior comparabilidade do reporte contabilístico entre instituições e maior transparênciada exposição ao risco e a responsabilidades futuras. O novo acordo de capital (Basileia II), comimplementação agendada para 2007, implicará a exigência da melhoria de processos de controlo e gestão de risco, do aumento da sensibilidade ao risco de crédito e da cobertura de riscosoperacionais. Adicionalmente, prosseguirão os esforços da União Europeia no sentido da criação de um mercado financeiro europeu único, reflectidos no Plano Europeu para os serviçosfinanceiros (FSAP – “Financial Services Action Plan”). No âmbito deste plano, foi notória, em 2005,a evolução que sofreram as condições para um mercado único para as operações por grosso

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(“wholesale”), designadamente com a introdução da directiva dos prospectos de emissão de títulos; para a abertura e segurança dos mercados de retalho, com os avanços no processo de criação de um mercado único de pagamentos (SEPA – “Single Euro Payments Area”) e a introdução da directiva sobre venda à distância de serviços financeiros; para modernizar as regras prudenciais e a supervisão, através da introdução da directiva sobre branqueamento de capitais; e de outras condições, como a introdução da directiva relativa à tributação dosrendimentos da poupança sob a forma de pagamento de juros. A harmonização da regulaçãocontinuará a promover a integração dos mercados financeiros na Europa implicando maiorconcorrência e sublinhando a importância da eficiência, da transparência, dos investimentos emadaptação de processos e “compliance”, do maior rigor analítico e selectividade de decisão dosinvestidores e da opção entre investimentos em infra-estruturas ou “outsourcing” – “off-shoring”.

Do lado do consumidor, continuará a assistir-se a alterações estruturais da procuraconsubstanciadas na sua maior sofisticação e exigência, nomeadamente em termos de qualidade,diligência e transparência, de maior importância concedida ao nível de serviço, de maior protecçãoao consumidor e de novas necessidades financeiras. O padrão comportamental dos consumidoresna Europa continuará a convergir, contribuindo para o esbatimento de uma das mais fortesbarreiras à integração dos mercados financeiros. A continuidade da estandardização dos perfis de consumo e da progressiva uniformização dos estilos de vida, que se traduzem numa crescentepredisposição para adquirir produtos e serviços financeiros além-fronteiras, permitirá às instituiçõesfinanceiras aproveitar as oportunidades decorrentes da gradual eliminação das restantes barreiras à integração. Desta forma, estandardizar as suas ofertas pelos seus mercados de actuação eexplorar oportunidades de expansão adicionais afiguram-se como as principais oportunidades,constituindo novos desafios a abordar quer a fidelização dos Clientes, quer as respostas aoaparecimento de novas formas de concorrência.

A intensificação do ambiente competitivo releva a importância da eficiência, da eficácia e de ummaior enfoque no Cliente, contribuindo para uma tendência de desagregação da cadeia de valorque por sua vez estimulará a especialização. Neste enquadramento, a tendência de integração do sector financeiro europeu a que se assiste, pelo acesso que dá a novas oportunidades de crescimento, garante indubitavelmente um aumento da concorrência trans-fronteiriça. Por isso,para além dos desafios relacionados com a conjuntura macroeconómica, como a deterioração

Tendência de integração do sistema financeiro

• Integração económica e financeira

• Harmonização da regulamentação

• Alterações estruturais da procura

• Novas oportunidades de crescimento

• Crescente complexidade (produtos, mercados capitais, informática,procedimentos) com implicações na gestão e controlo

• Maior rapidez da mudança (tecnologia, enquadramentocompetitivo, regulamentação)

• Intensificação da concorrência

• Consolidação empresarial

• Maior exigência dos consumidores

• Pressões dos investidores (bom governo das sociedades,informação, desempenho: curto prazo vs. longo prazo)

• Novas exigências regulamentares (Reguladores / Autoridadeda Concorrência, IAS, Basileia II, Governo da sociedade, FSAP da UE)

Tendências condicionantes: Desafios:

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da qualidade de crédito e a estagnação do investimento empresarial, os riscos de subida das taxasde juro e a harmonização da regulação, impõem-se novos e importantes desafios relacionados coma concorrência na indústria financeira e o leque de opções estratégicas possíveis. É, portanto,imperativo considerar os desafios de melhoria da “performance” e eficiência, de crescer em dimensão e de reenfoque nos negócios “core” num enquadramento de intensificação da concorrência, da emergência de novos “players” especialistas ou de dimensão cada vez maior.

Desafios para instituições originárias de pequenos mercados

Os desafios estratégicos que se colocam às instituições financeiras originárias de mercados de reduzida dimensão são ainda mais exigentes. O Millennium bcp, com raízes num mercadorelativamente pequeno e periférico, tem consciência dos factores condicionantes e limitaçõesendógenas de tais mercados e dos desafios acrescidos que se impõem. A dimensão é,precisamente, um dos focos principais das dificuldades confrontadas. A reduzida dimensão de ummercado reflecte-se em maiores limitações ao crescimento e à obtenção de economias de escalapor parte das instituições financeiras domésticas, reduzindo o potencial de captura de sinergiasoperativas, limitando o acesso aos mercados de capital, elevando o custo de capital, afectando os níveis potenciais de eficiência e produtividade bem como a estabilidade das estruturasaccionistas, influenciando as notações de “rating” no sentido de maior sensibilidade de critérios,e, especialmente, revestindo as instituições financeiras menos ágeis do potencial de reestruturaçãoe da vulnerabilidade de aquisição. Adicionalmente, eventuais insuficiências estruturais a nível daeconomia são exacerbadas pela menor dimensão relativa.

As tendências de evolução do sector bancário europeu trazem uma implicação fundamental paraas instituições financeiras sediadas nestes mercados – a eficiência é determinante para atingir a competitividade empresarial e manter a autonomia estratégica.

O Millennium bcp tem a plena convicção de que as limitações de um mercado pequeno podemprecisamente constituir factores encorajadores para uma expansão sustentada de valor.A localização original num pequeno mercado não impede a autonomia estratégica, pode atéconceder flexibilidade acrescida e motivar um amplo escrutínio de opções de expansão.A abordagem a novos mercados, as parcerias estratégicas, o “outsourcing” de processos não “core”e novas formas de cooperação constituem oportunidades de desenvolvimento que se manterãopara instituições localizadas em pequenos mercados.

Alternativas estratégicas

As instituições cuja actividade se aproxima de um estágio de maturidade são confrontadas com um enorme desafio estratégico. Complementar e rejuvenescer o mapa de oportunidades decrescimento do negócio é um imperativo e constitui a principal alternativa estratégica. No entanto, estareveste-se de múltiplas opções, que passam pelo reforço da eficiência e eficácia e pela abordagem anovos mercados com potencial de crescimento ou a novos segmentos e oportunidades de negócioque permitam reforçar o crescimento futuro. Registar elevados níveis de “performance”, através daeficiência, eficácia, serviço ao cliente e inovação é um dos requisitos para sobreviver na novaenvolvente competitiva. No âmbito da eficiência e serviço ao Cliente, um “mix” de corte de custos e de melhorias de qualidade e processos é crucial, especialmente para bancos de menor escala.Uma gestão sustentada do decréscimo dos custos pode compensar uma redução de margens

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e viabilizar a concorrência quer com instituições de larga escala, quer com especialistas de produtos.Adicionalmente, uma instituição diferenciar-se-á por paralelas melhorias de eficiência dos processos e dos padrões de qualidade, bem como por tornar as vendas e serviço mais eficazes. No âmbito da inovação e gestão de produtos, é seguro que Clientes mais exigentes esperam mais variedade e produtos inovadores, pelo que é necessário um esforço de inovação constantemente renovadorpara manter a lealdade da marca.Também é igualmente importante o desenvolvimento de benefíciosintangíveis que gerem novas percepções e uma renovada atitude para com os problemas dos clientes.

Uma abordagem a novos mercados com potencial de crescimento permite preencher a faseintrodutória do mapa de oportunidades de crescimento de uma instituição, quer através deaquisição quer através da criação de um banco de raíz. Na abordagem de novos mercados, imperauma criteriosa avaliação da verdadeira atractividade dos novos mercados potenciais. O potencial de convergência de um mercado emergente para os níveis médios da Europa deve serconsiderado em paralelo com os eventuais riscos associados, pois descurá-los pode converter a oportunidade numa forte ameaça. Por sua vez, o que realmente diferencia as instituiçõesestreantes em novos mercados é a capacidade de efectivamente capturar as rendibilidadesesperadas, que depende de características da região em causa, como o risco económico, social ou político, e das relações naturais com o país de origem que podem suavizar a entrada nomercado. Na abordagem a novos mercados, o grau de concentração de mercado, a atractividadedas oportunidades de crescimento, o risco-país e o grau de semelhança natural são critérios que o Millennium bcp não descurará num processo rigoroso de análise. Os países da Europa Central e de Leste constituem uma oportunidade natural, mas não a única. O Millennium bcp reconhece a dificuldade e as limitações de um banco regional de média dimensão, mas considera que existeum amplo conjunto de oportunidades derivadas dos critérios de selecção enunciados.

Em termos de novos segmentos ou oportunidades de negócio, o Millennium bcp prevê manter um enfoque primordial na distribuição, como uma instituição regional de retalho. Neste sentido,a segmentação da oferta do Millennium bcp continuará a privilegiar os Segmentos de “Negócios”,“Retalho”,“Prestige” e “private banking”, bem como as empresas de média e grande dimensão e a banca de investimento. Neste sentido, o Millennium bcp está atento a novas oportunidades de negócio relevantes no âmbito da banca de retalho e que poderão emergir de alterações estruturaisque se esperam nos segmentos de crédito a particulares ou de produtos e serviços especializados ourelacionados com novos nichos de mercado.Adicionalmente, afigura-se de particular relevância para oMillennium bcp as alterações estruturais que surgirão pela criação de unidades de especialização ao longoda cadeia de valor, pela opção por soluções de “outsourcing” e por alianças estratégicas entre a produçãoe a distribuição bem como pela crescente partilha de infra-estruturas e “back-offices”.

Resposta do Millennium bcp

Satisfazer a aspiração de Crescimento e de Valorização – crescer a rendibilidade em Portugal,rendibilizar e expandir a Polónia e a Grécia e procurar oportunidades complementares decrescimento – permitirá preservar e ampliar a vantagem competitiva do Millennium bcp.

A estratégia do Millennium bcp continuará a apoiar-se em três pilares: (i) gestão criteriosa de fundos próprios, consubstanciada no reforço do enfoque nos mercados “core”, na alienação de activos não estratégicos e no rigor na gestão dos riscos; (ii) consolidação da posição deliderança em Portugal, visando a obtenção de níveis adequados de rendibilidade e a geração

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interna de fundos; e (iii) desenvolvimento das operações nos mercados domésticos da Polónia e Grécia, abordando segmentos de elevado potencial de criação de valor, com identidades e propostas de valor comuns, que se afirmem como uma referência local.

O Millennium bcp continuará a prosseguir uma rigorosa disciplina na gestão da base de capital, tendoem vista a optimização da sua alocação e garantindo a sua adequação face às exigências prudenciais ede mercado e face aos esforços exigidos pela sua aspiração estratégica. Para a concretização destaprioridade estratégica, continuarão a ser definidas como principais linhas de orientação: a optimizaçãodo consumo de capital nos negócios “core” em Portugal, nomeadamente através de um enfoque namelhoria da sua rendibilidade; a minimização da exposição a negócios considerados não estratégicos;e a alocação eficiente de capital nas operações desenvolvidas nos restantes mercados domésticos.O crescimento do peso relativo dos negócios de menor risco ao longo dos últimos anos temcontribuído para uma gestão mais eficiente do capital, propiciando a sua libertação para negócios“core”, de rendibilidade superior. Em 2005, foram realizadas operações importantes em matéria dealienação ou redução de exposição em activos e negócios não “core”, constituindo iniciativas dealcance estratégico que contribuíram sensivelmente para o reforço dos capitais próprios do Banco.

Com vista à implementação das propostas de Basileia II, o Millennium bcp tem vindo a desenvolverum conjunto de iniciativas internas para melhor acomodar os novos requisitos em todo o perímetro de actividade do Grupo. Entre as actividades desenvolvidas destacou-se o progressivoalargamento de metodologias de classificação de clientes a todos os segmentos de negócio e o respectivo alinhamento com os requisitos do Acordo, a introdução de melhorias significativasna gestão de garantias e colaterais de forma a potenciar uma maior eficácia na mitigação do risco e o lançamento de um “Self risk assessment” no âmbito do risco operacional.

Em Portugal, o Millennium bcp prosseguirá a consolidação da sua posição de liderança no sentidoda melhoria sustentada da rendibilidade consolidada. Esta prioridade estratégica continuará a traduzir-se na implementação de um conjunto de iniciativas orientadas para a dinamização do negócio, para a melhoria dos indicadores de retenção de Clientes, para uma definição maisrigorosa do “pricing” e para a optimização do modelo de distribuição multicanal.

Implicações na estrutura organizacional

Respondendo aos novos desafios e exigências competitivas e visando a consecução dos objectivosestratégicos descritos para o curto, médio e longo prazo, o Millennium bcp implementou um novomodelo organizacional. Com o novo modelo, a coordenação executiva do Grupo passou a estarestruturada em oito unidades: seis áreas de negócio – Banca de Retalho; Empresas e Corporate;Private Banking e Asset Management; Banca de Investimento; European Banking e OverseasBanking; e duas Unidades de Serviço – Serviços Bancários e Área Corporativa.

Os objectivos de gestão do novo modelo organizacional são transversais a todas as áreas de negócio e unidades de serviço e vão no sentido das melhores práticas internacionais do sector.Nas áreas de negócio, os objectivos propostos compreendem o crescimento dos recursos e receitas na Banca de Retalho, a eficiência de capital e o crescimento das comissões nas Empresas e Corporate, o crescimento do número de clientes e dos activos sob gestão no Private Banking e Asset Management, a produtividade e crescimento do negócio na Banca de Investimento, aaceleração do crescimento orgânico na European Banking e a eficiência de capital e produtividade

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no Overseas Banking. Nas unidades de serviço, os objectivos compreendem o nível de serviço e a produtividade nos Serviços Bancários, o valor acrescentado e a agilidade na Área Corporativa.

A gestão executiva de cada uma das seis unidades de negócio, bem como da unidade de serviçosBancários tornou-se responsabilidade do respectivo Comité Executivo, constituído por dois ou maisAdministradores e membros da Alta Direcção responsáveis directos pelas áreas incluídas na unidade.Em complemento da estrutura executiva, foram ainda criadas diversas Comissões Societárias, presididaspelo Presidente do Conselho de Administração, cujas atribuições incluem o acompanhamento e monitorização das actividades do Banco nas respectivas áreas de intervenção. Este é um modelo de maior responsabilização e participação alargada nos processos de decisão, reforçado com a celebração de contratos de desempenho, assumindo como referência os “benchmarks” e melhorespráticas do sector na Europa, e que gradualmente se estenderão a todos os níveis hierárquicos.

A concretização com um ano de antecedência dos objectivos definidos no âmbito do ProgramaMillennium, materializando em resultados a estratégia de enfoque no negócio “core” de retalho em Portugal e comprovando o potencial de rendibilidade das operações na Polónia e Grécia,permitiu rever em alta os objectivos assumidos para os anos de 2006 e 2007, em mais 40 e 140milhões de euros respectivamente. O maior dinamismo comercial já incutido pelo novo modelo de gestão bem como os grandes progressos na contenção de custos e melhoria da eficiênciaoperativa exerceram uma influência determinante.

Novo modelo organizacional

Unidades de serviço

Banca deRetalho

Private Banking e Asset

Management

Empresas e Corporate

BancaInvestimento

EuropeanBanking

OverseasBanking

ServiçosBancários

ÁreaCorporativa

Crescimento dos recursos

Crescimento das receitas

Objectivos de gestão emlinha com os“benchmarks”internacionais

Crescimento em clientes

Crescimento dos Activos sob Gestão

Eficiência de capital

Crescimento das

comissões

Produtividade

Crescimento do negócio

Acelaração de crescimento

orgânico

Eficiência de capital

Produtividade

Nível de serviços

Produtividade

Valor acrescentado

Agilidade

Áreas de Negócio

Novos Objectivos para 2006 e 2007

2006 2007

Revisão de objectivos para a Banca de Retalho (Portugal) +20 +100

Redução de custos com pessoal resultante de reformas antecipadas em 2005 +40 +40

Redução de custos com pessoal resultante de reformas antecipadas em 2006 +10 +30

Redução de resultados p/ equivalência patrimonial devido à alienação de activos “non-core” -30 -30

Total (antes de impostos) +40 +140

Milhões de euros

Impacto estimado antes de impostos vs. objectivo inicial 2006

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As exigências que se impõem à instituição, reflectem-se igualmente na vertente da gestão daspessoas. No exercício de 2005, o Millennium bcp prosseguiu a política de redimensionamento,rejuvenescimento, reestruturação e requalificação dos seus Colaboradores. Este esforço, que temsido desenvolvido ininterruptamente desde o aumento expressivo do quadro de pessoal ocorridona sequência da aquisição de diversas instituições financeiras em 2000, visa o ajustamento doquadro de Colaboradores às novas exigências de negócio, tendo em consideração os objectivos de retenção e desenvolvimento dos Colaboradores com maior potencialidade, rejuvenescimento e simplificação das estruturas organizacionais, recrutamento e formação de quadros jovens comhabilitações superiores e racionalização dos custos com pessoal através do redimensionamento do quadro de Colaboradores. O redimensionamento do quadro de Colaboradores, que se afigurano caso do Millennium bcp ainda relativamente elevado face aos “benchmarks” de referência,constituiu uma necessidade imperativa para a instituição se reposicionar e fortalecer face às alterações competitivas e assegurar a sua sustentabilidade a longo prazo.

A maximização do valor do “franchising” do Millennium bcp em Portugal continuará a ser baseadona obtenção de níveis adequados de rendibilidade e na geração interna de fundos, a procuracontínua de melhorias de eficiência, extraindo sinergias da centralização de actividades e capitalizando o conhecimento e experiência acumulados nos diferentes mercados.

Nas restantes operações “core”, destacou-se em 2005 o forte crescimento do volume de negóciosdas operações na Polónia e Grécia. Neste âmbito, merece saliência a melhoria da rendibilidade do Bank Millennium na Polónia e a preservação de resultados líquidos positivos na Grécia após a obtenção do “break-even” operacional no último trimestre de 2004, beneficiando da grandeexpansão do volume de negócios potenciada pela oferta inovadora de produtos financeiros queforam introduzidos nestes mercados.

O Millennium bcp reforça a materialização das expectativas que moldaram a decisão de entradanos mercados polaco e grego, apostando na expansão em ambos os mercados como veículo de captura do potencial de crescimento. A Polónia constituiu um caso único de um mercado de grande dimensão e com forte potencial de crescimento a curto prazo, tendo-se concretizado as expectativas em termos de evolução económica, o que confere perspectivas muito atraentes de crescimento a médio e longo prazo. A transformação do Bank Millennium foi concluída comsucesso e o banco encontra-se preparado para capitalizar no crescimento do mercado. Na Grécia,a operação “greenfield” lançada pelo Millennium bcp já se encontra a capturar as oportunidades de crescimento do mercado grego, pelo que o plano de expansão delineado prevê precisamente o suporte do crescimento do negócio.

Os mercados domésticos do Millennium bcp situam-se, portanto, em diferentes estágios decrescimento, tornando-se complementares. Portugal afigura-se como um mercado maduro commoderadas oportunidades de crescimento, enquanto a Grécia – um mercado ainda em expansão– denota menores perspectivas de crescimento que a Polónia – um mercado de forte crescimentoa curto e médio prazo. Desta forma, apesar de presentemente capturar valor de umposicionamento diversificado em termos de exposição internacional, o Millennium bcp consideraque benefícios adicionais de diversificação ainda são possíveis e desejados, pelo preenchimento daslacunas existentes em termos de estágios de crescimento do ciclo de vida da indústria em que se inserem os mercados internacionais do Millennium bcp, nomeadamente entre os perfis de crescimento da Grécia e da Polónia. Este desejo de diversificação surge quer pela tendência

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natural de evolução do Banco, quer como solução estratégica para superar a nova envolventecompetitiva. A participação na privatização do Banca Comerciala Romana na Roménia foi umexemplo da procura de uma fonte de crescimento sustentável adicional para o Millennium bcp,num mercado seleccionado pela adequabilidade às suas aspirações. O desfecho deste processo foi igualmente um exemplo dos padrões de actuação que o Millennium bcp nunca deixará dedescurar : a racionalidade custo-benefício e a gestão criteriosa da base de capital.

População (milhões de habitantes) 38 11 11

PIB (mil milhões de euros) 195 167 141

PIB per capita (milhares de euros) 5 15 13

Receitas do sistema financeiro(mil milhões de euros) 5,1 6,6 7,0

Crédito e depósitos/PIB (%) 80 172 241

Crédito/PIB (%) 35 76 138

Depósitos/PIB (%) 46 96 103

Longo Prazo

Curto Prazo

Oportunidadesde Crescimento

Curto Prazo

Longo Prazo

Elevado

Médio

Médio

Moderado

Moderado

Moderado

Estado actual decrescimento do mercado

Início Crescimentoinicial

Crescimento // Maturidade

Maturidade

Perfil dos mercados domésticos do Millennium bcp

O Millennium bcp reconhece que a crescente intensidade competitiva nos mercados maisdesenvolvidos, a globalização e especialização das principais instituições financeiras e a maiorfrequência de operações de consolidação trans-fronteiriças estão a modificar profundamente a estrutura e intensidade concorrencial do sector bancário mundial, modelando novos factorescríticos de sucesso e acentuando as exigências de eficácia comercial e eficiência operativa.

A ausência de uma resposta estratégica adequada e oportuna traduzir-se-ia na gradual eliminaçãoda vantagem competitiva, comprometendo o crescimento futuro. A nova envolvente, ao mesmotempo que revela as ameaças e os pontos fracos das instituições financeiras, revela igualmente asoportunidades e os seus pontos fortes. Perante os desafios que se impõem, o Millennium bcp estáa preparar iniciativas para um leque mais amplo de respostas estratégicas, passando pelo enfoqueno “core business” e pela busca de fontes de crescimento sustentáveis em geografias quepermitam alavancar nas suas competências, sempre tendo em conta que o sucesso dos seusinvestimentos estratégicos será o sucesso do Banco.Vencer na nova envolvente competitivaenvolve rigor, empenhamento e, sobretudo, acção. É este o compromisso do Millennium bcp.

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Áreas de Negócio em PortugalÁreas de Negócio no EstrangeiroUnidades de Produto

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Áreas de Negócio e Unidades de Produto

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Áreas de Negócio em Portugal

Retalho

Segmentos-AlvoClientes particulares detentores de património financeiro inferior a 250 mil euros e empresas e empresários em nome individual com volume de vendas inferior a 7,5 milhões de euros/ano.

Vantagem CompetitivaModelo de abordagem universal complementado com ofertas de valor especializadas porsegmento de Clientes (“Retalho”, “Prestige” e “Negócios”), que privilegia o aconselhamentoespecializado e personalizado, conjuntamente com a conveniência, eficiência e rapidez dos modelosde venda e de "servicing".

Private Banking e Asset Management

A actividade de gestão de patrimónios do Millennium bcp é assegurada pela rede “privatebanking”, pelo Banque Privée BCP, pelo ActivoBank7 e pelas subsidiárias especializadas no negóciode gestão de fundos de investimento.

Millennium bcp private bankers

Segmentos-AlvoClientes particulares com elevado património financeiro.

Vantagem CompetitivaCompromisso com a excelência, independência no aconselhamento e transparência, num quadrode relacionamento individualizado, tendo por interlocutor privilegiado o "private banker".

Banque Privée BCP

Segmentos-AlvoClientes particulares com elevado património financeiro.

Vantagem CompetitivaPlataforma internacional de "private banking" que disponibiliza um aconselhamento estruturado,serviços de gestão de activos discricionários e soluções à medida em produtos e serviçoscompetitivos.

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Millennium bcp fundos de investimento

Segmentos-AlvoClientes particulares e institucionais com necessidades de valorização de poupanças e investimentos através de fundos de investimento mobiliários e imobiliários.

Vantagem CompetitivaLiderança do mercado português de fundos de investimento pela vasta oferta de fundos de investimento, mobiliários e imobiliários, geridos por profissionais altamente especializados e abrangendo os diferentes tipos de activos e mercados financeiros, permitindo disponibilizar um produto à medida de cada Cliente, consoante o seu perfil de risco.

ActivoBank7

Segmentos-AlvoClientes particulares com apetência para investimento directo e regular em bolsas de valores e conhecimentos de mercados financeiros, e Clientes particulares com capacidade de investimento eforte sentido de autonomia e apetência para utilização de canais não tradicionais de base tecnológica.

Vantagem CompetitivaBanco de serviço global, embora mantendo um enfoque especializado nos negócios de bolsa e naselecção e aconselhamento de produtos de investimento de terceiros, alicerçado em importantesvantagens distintivas: um nível de atendimento de qualidade superior, através da “Internet”e telefone; uma oferta adequada à base de Clientes, com produtos e serviços diversificados e exclusivos; e um modelo de comunicação que alia a simplicidade de linguagem à clareza e extensão das informações sobre produtos, serviços, mercados e conselhos de investimento.

Banque Privée BCP

2005 2004 Variação

Activo total 689 500 37,8%

Crédito sobre clientes 475 428 10,9%

Recursos de clientes 1.925 1.343 43,3%

Resultados líquidos 7 1 389,1%

Colaboradores 45 33 36,4%

Sucursais 1 1

Milhões de euros, excepto percentagens

ActivoBank7

2005 2004 Variação

Activo total 191 179 6,4%

Créditos sobre clientes 26 21 22,0%

Recursos de clientes 416 318 30,8%

Proveitos totais 8 7 12,7%

Custos de transformação 7 7 1,2%

Quota de mercado (transacções “online”) 24,7% 27,3%

Colaboradores 64 65 -1,5%

Milhões de euros, excepto percentagens

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Empresas e Corporate

Rede Empresas

Segmentos-AlvoEmpresas de média dimensão com volume de vendas entre 7,5 e 100 milhões de euros/ano.

Vantagem CompetitivaProposta de valor assente em elevados níveis de especialização, inovação, qualidade de serviçoe oferta de soluções "tailor made".

Rede "Corporate"

Segmentos-AlvoGrandes empresas com volume de facturação superior a 100 milhões de euros/ano e Clientesinstitucionais.

Vantagem CompetitivaSoluções financeiras flexíveis e integradas, vocacionadas para a satisfação individual de Clientes comelevado grau de exigência e sofisticação.

Banca de Investimento

ActividadeNegócios de banca de investimento.

Áreas de IntervençãoInstituição especializada no mercado de capitais, prestação de serviços de assessoria estratégica e financeira, serviços financeiros especializados – "project finance", "corporate finance" e corretagemde valores mobiliários – e na estruturação de produtos derivados de cobertura de risco.

Inovação em 2005Liderança conjunta da terceira operação de titularização de créditos hipotecários do Millennium bcp(Magellan Mortgages No.3, Plc), a maior operação de titularização no mercado internacional de RMBS (“Residential Mortgage Backed Securities”) realizada por um originador português.Lançamento dos produtos estruturados “Triplo Rendimento”, obrigação de caixa que permite uma exposição não direccional aos mercados accionistas com rendibilidade garantida de 1% aoano, e “Millennium Índices Mundiais”, obrigação de caixa que permite uma exposição a mercadosde elevado potencial com risco controlado. No âmbito do negócio de “corporate finance”,o Millennium bcp prestou assessoria financeira, entre outras empresas, à EDP – Energias de Portugal, S.A. na alienação da Edinfor e da participação detida na Galp Energia e na aquisição da NQF Gás, bem como à Nutrinveste SGPS, S.A. na aquisição de 80% da East Coast Olive Oil,empresa sediada nos Estados Unidos, na alienação da Compal e da Nutricafés e na aquisição da PM&S – Pinheiro de Melo e Salgado, S.A. Organização e montagem do aumento de capital da Fisipe – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A., do “spin-off ” da Sonae Indústria SGPS, S.A. e da

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oferta pública de aquisição da Efacec Capital, SGPS S.A. pela Tecnoholding SGPS, S.A., entre outrasoperações no âmbito do negócio de mercado de capitais de acções. Na área de “project finance”,entre outras operações, o Millennium bcp esteve presente no sector das energias renováveis,prestando assessoria à Amper Central Solar, S.A., promotora do projecto de construção emPortugal da maior central fotovoltaica do mundo, e da organização e montagem dosfinanciamentos à Empreendimentos Eólicos Cerveirenses, S.A., Empreendimentos Eólicos da Espiga,S.A. e ao agrupamento de parques eólicos da SIFF Énergies Portugal (do grupo EDF).

Posicionamento CompetitivoLíder nas áreas de mercado de capitais e de "project finance" de banca de investimento,em Portugal.

Millennium bcp investimento

2005 2004 Variação

Activo total 2.143 2.386 -10,2%

Créditos sobre clientes 425 294 44,5%

Comissões e prestação de serviços 79 73 8,8%

Custos de transformação 40 39 1,5%

ROE 23,9% 22,5%

ROA 2,1% 1,6%

Colaboradores 272 277 -1,8%

Milhões de euros, excepto percentagens

Outros

Banco de Investimento Imobiliário

Actividade"Banco de produto" especializado no crédito imobiliário.

Áreas de IntervençãoEspecialização no negócio do crédito à habitação, captado através da rede de agências de marcaprópria, e no crédito à promoção imobiliária captado em todas as redes do Grupo.

Inovação em 2005Lançamento de um novo serviço que permite manter o Cliente informado sobre a evolução da contratação do seu crédito habitação através do envio automático de mensagens SMS,nomeadamente nas fases de “aprovação condicionada”, “carta de aprovação emitida”, “escrituramarcada” e “minuta de escritura enviada à sucursal”. Criação de uma nova oferta básica de créditoà habitação passando a ser disponibilizada a gama mais alargada de modalidades de prestaçõescom as melhores condições de mercado, o que permite ao Cliente escolher o tipo de prestaçãoque melhor se ajusta ao seu perfil e necessidades. Em antecipação de alterações das taxas de jurode mercado, foi lançado um produto com taxa de juro fixa e prazos longos, podendo ir até 30

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Banco de Investimento Imobiliário

2005 2004 Variação

Activo total 5.330 4.814 10,7%

Créditos sobre clientes 4.502 3.824 17,7%

(do qual crédito à habitação) 2.836 2.444 16,1%

(do qual crédito à promoção imobiliária) 1.666 1.380 20,7%

Situação líquida 176 153 14,7%

Margem financeira 55 50 9,7%

Resultados líquidos 22 9 158,3%

Colaboradores 115 113 1,8%

Pontos de venda 17 17 0,0%

Milhões de euros, excepto percentagens

anos, sendo válido para aquisição de habitação e transferências de empréstimos de outrasinstituições de crédito. Com o objectivo de incrementar a capacidade de acção comercial sobre a carteira de mediadores associada às agências BII, foi criada uma rede de Promotores Comerciaisque actuam no terreno com o propósito de reanimar o negócio junto dos mediadores inactivos.

Posicionamento CompetitivoPosição de relevo entre as instituições especializadas na concessão de crédito à habitação, que privilegiaas relações comerciais com mediadores imobiliários e de seguros, permitindo potenciar a base deClientes do Millennium bcp. No crédito à promoção imobiliária, o BII, enquanto Instituição do GrupoBCP que dinamiza e centraliza o crédito à construção captado pelas redes comerciais, possui uma forteespecialização na análise e acompanhamento do crédito a empresas e empresários em nome individual.

Millennium bcp Fortis

ActividadeNegócios de seguros e gestão de fundos de pensões.

Áreas de IntervençãoInstituição especializada na comercialização de seguros dos ramos Vida (risco e capitalização) e Não Vida (pessoais e patrimoniais) utilizando as sucursais do Millennium bcp como canalprivilegiado de vendas, estendendo ainda a sua actividade ao negócio de fundos de pensões.

Inovação em 2005Durante 2005 o Millennium bcp Fortis, Grupo Segurador, iniciou o processo de reformulação da oferta com importantes evoluções em Vida e Não Vida, destacando-se os produtos “ProtecçãoCasa” e “Reforma” respectivamente. São dois produtos inovadores que oferecem boas garantias de protecção e segurança e que, através de uma gestão rigorosa, permitem bons resultadostécnicos e elevado “embedded value” para a Companhia.

O produto Não Vida “Protecção Casa” afigura-se como o seguro multi-riscos mais completo domercado, compreendendo uma ampla protecção base que inclui um vasto número de coberturasinovadoras, sem quaisquer franquias, e um conjunto de coberturas opcionais que tornam a ofertaadequada para o Cliente mais exigente. Destaque para a “Assistência ao Lar”, incluída nacobertura base, que disponibiliza um conjunto de serviços de apoio em caso de sinistro.

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O produto Vida “Reforma” afigura-se como a melhor forma de constituir um complemento de reforma individual. A preocupação em manter o nível de vida após a idade da reforma e a necessidade de complementar os benefícios da Segurança Social, constituem a racionalidadeque gerou a criação deste produto. Para complementar a reforma paga pela Segurança Social,o Cliente faz uma poupança mensal (de pequenos montantes) e, após os 65 anos de idade, recebeuma renda vitalícia. Com a utilização de pressupostos de crescimento salarial e evolução da inflação, o Cliente tem acesso a uma simulação que prevê a situação futura e recomenda um plano pessoal.

Posicionamento CompetitivoLíder no mercado doméstico dos seguros de vida e gestão de fundos de pensões, com umaestratégia de crescimento focada em linhas de negócio com maior rendibilidade / potencial decrescimento – Vida, Saúde e Multi-riscos e beneficiando de economias de escala e sinergias internaspara optimizar custos de estrutura. Líder do mercado de “bancassurance” de Não Vida com maiorenfoque nos ramos pessoais.

Millennium bcp Fortis

2005 2004 Variação

Prémios de seguro directo (1)

Vida 2.016 1.219 65,5%

Não Vida 170 154 10,0%

Total 2.186 1.373 59,2%

Quota de Mercado

Vida 21,9% 19,5%

Não Vida 3,4% 3,3%

Total 16,0% 13,0%

Margem técnica (2) 189,8 171,5 10,7%

Margem técnica líquida de custos administrativos 105,3 95,5 10,3%

Resultados líquidos (3) 85,7 n.d.

Rácio de sinistralidade Não Vida 52,0% n.d.

Rácio de despesas Não Vida 26,4% n.d.

Rácio combinado Não Vida 78,4% n.d.

Custos de exploração líquidos Vida / Investimentos Vida 0,76% 1,01%

Milhões de euros, excepto percentagens

(1) Excluindo anulações extraordinárias de prémios referentes a exercícios anteriores.(2) Antes de imputação de custos administrativos.(3) Após ajustes de consolidação, IFRS e antes de VOBA ("value of business acquired").

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Áreas de Negócio no Estrangeiro

European Banking

Bank Millennium

ActividadeBanco universal vocacionado para Clientes particulares de médios e elevados patrimóniosfinanceiros e para os segmentos de médias empresas e pequenos negócios.

Vantagem CompetitivaConceito de banca de retalho disponibilizando um serviço de elevada conveniência, assentenuma plataforma multi-canal – redes de sucursais de retalho, espaços de venda para pequenasempresas, sucursais "prestige" para Clientes de elevados rendimentos e pontos de serviço e venda para empresas, complementado por canais de banca directa (ATMs, "call center" e"Internet banking") –, possibilitando o acesso em "circularidade" a todos os Clientes do Banco.

NovaBank

ActividadeBanco universal com enfoque no retalho bancário e penetração nos negócios de "private banking"e de negócios e empresas ("business banking"). Em 2003, o NovaBank alargou a sua actividade ao mercado turco, com o início da operação do BankEuropa.

Vantagem CompetitivaNovo conceito de banca de retalho e uma proposta de valor inovadora no mercado grego,disponibilizando um elevado nível de conveniência, com uma plataforma de distribuição alargada ao "call center" e "Internet banking", e um excelente nível de serviço.

Bank Millennium

2005 2004 Variação

Activo total 5.781 5.073 14,0%

Crédito sobre clientes 2.485 1.840 35,0%

Recursos de clientes 4.043 3.605 12,1%

Margem financeira 119 83 43,6%

Outros prov. financeiros (líq.) 133 150 -11,7%

Custos de transformação 193 250 -22,8%

Resultados líquidos 141 67 109,0%

Colaboradores 4.484 4.306 4,1%

Sucursais 338 328 3,0%

Milhões de euros, excepto percentagens

Fonte: Bank Millennium.Taxas de câmbio: Balanço 1 euro = 3,8600 zlotys.

Demonstração de Resultados 1 euro = 4,0312 zlotys.

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BankEuropa

ActividadeBanco totalmente detido pelo NovaBank, dirigido ao segmento de particulares com rendimentoselevados, privilegiando a excelência e conveniência do serviço, o aconselhamento financeiro e, combase na identificação do perfil financeiro de cada Cliente, servido por gestores de relaçãodedicados, o ajustamento personalizado de uma oferta abrangente, incluindo produtos financeirosde prestigiados "providers" internacionais.

Vantagem CompetitivaBanco pioneiro na abordagem "affluent banking" ao mercado turco, que até muito recentementeera servido por instituições que prestam um serviço não diferenciado por segmentos,disponibilizando um serviço personalizado de elevada qualidade através de sucursais especialmentedesenhadas para o efeito, Colaboradores experientes com formação adequada e produtos e serviços específicos para satisfazer as necessidades do mercado-alvo.

NovaBank

2005 2004 Variação

Activo total 2.858 1.804 58,5%

Crédito sobre clientes 2.082 1.327 56,8%

Recursos de clientes 2.377 1.819 30,7%

Margem financeira 75 56 33,7%

Outros prov. financeiros (líq.) 20 2 980,4%

Custos de transformação 83 83 -0,2%

Resultados líquidos 17 (24)

Colaboradores 1.065 989 7,7%

Sucursais 122 109 11,9%

Milhões de euros, excepto percentagens

BankEuropa

2005 2004 Variação

Activo total 388 152 155,2%

Crédito sobre clientes 209 49 321,9%

Recursos de clientes 566 221 156,0%

Margem financeira 9 3 157,9%

Outros prov. financeiros (líq.) 7 8 -6,8%

Custos de transformação 22 20 10,8%

Resultados líquidos (5) (9)

Colaboradores 260 215 20,9%

Sucursais 12 12

Milhões de euros, excepto percentagens

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05 Overseas Banking

bcpbank (EUA e Canadá)

ActividadeBanco global vocacionado para servir a população local e, em especial, a comunidade portuguesa e luso-descendente residente em alguns dos estados norte-americanos (Costa Leste) e no Canadá(área metropolitana de Toronto), onde a comunidade de origem portuguesa marca uma fortepresença. Em 2005, além de reforçar a sua presença nas suas comunidades alvo, o bcpbank alargoua sua base de Clientes a cidadãos dos EUA e Canadá.

Vantagem CompetitivaConceito de "community banking", privilegiando uma abordagem enfocada em segmentos demercado étnicos e disponibilizando plataformas de serviço inovadoras e de elevada conveniência

Banque BCP

ActividadeBanco vocacionado prioritariamente para a actividade de retalho, focalizando-se no segmento de Clientes de origem portuguesa residentes em França e no Luxemburgo, procurando afirmar-secomo um Banco de relação por excelência.

Vantagem CompetitivaEstratégia de segmentação da base de Clientes e de "cross-selling" baseada na experiência e no modelo de abordagem comercial do Millennium bcp no negócio de banca de retalho,disponibilizando uma gama completa de produtos e serviços financeiros cobrindo a generalidadedas necessidades financeiras dos Clientes particulares e empresas, bem como canais alternativos – "homebanking", "call-centre" e o "BCP SMS".

Banque BCP (França e Luxemburgo)

2005 2004 Variação

França

Activo total 1.149 1.120 2,6%

Crédito sobre clientes 582 565 3,0%

Recursos de clientes 1.293 1.198 7,9%

Resultados líquidos 8 3 150,8%

Colaboradores 555 578 -4,0%

Sucursais 63 63

Luxemburgo

Activo total 354 337 5,0%

Crédito sobre clientes 239 221 8,1%

Recursos de clientes 83 85 -1,6%

Resultados líquidos 2 1 101,3%

Colaboradores 58 58

Sucursais 4 4

Milhões de euros, excepto percentagens

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bcpbank (EUA e Canadá)

2005 2004 Variação

Activo total 870 538 61,8%

Crédito sobre clientes 596 380 57,0%

Recursos de clientes 739 489 51,2%

Resultados líquidos 3 (2)

Colaboradores 302 274 10,2%

Sucursais 26 24 8,3%

Milhões de euros, excepto percentagens

Banco Internacional de Moçambique

2005 2004 Variação

Activo total 717 646 11,1%

Crédito sobre clientes 284 225 26,4%

Depósitos de clientes 631 563 12,1%

Margem financeira 38 36 7,7%

Outros prov. financeiros (líq.) 29 25 12,7%

Custos de transformação 47 45 4,7%

Resultados líquidos 15 11 38,5%

Colaboradores 1.376 1.360 1,2%

Sucursais 75 75

Milhões de euros, excepto percentagens

– "Internet banking", "call-centre" e "self banking" (ATMs e CATs) –, a par de uma oferta global de produtos e serviços e aconselhamento personalizado, tendo como produto âncora a remessade fundos para o país de origem.

BIM

ActividadeBanco universal.

Vantagem CompetitivaConceito inovador de banca de retalho no mercado moçambicano, com oferta de produtos e serviços financeiros especializados, ajustados ao perfil e às necessidades da base de Clientesparticulares e empresas, e disponibilização de canais alternativos inovadores, destacando-se os serviços “BIMnet”, “LinhaBIM” e “BIMsms”.

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Unidades de ProdutoInvestimento e Corretagem

Estratégia competitivaEnfoque na especialização, flexibilidade, competitividade e inovação da oferta em depósitos,soluções de poupança/investimento e em serviços relacionados com títulos, por forma a satisfazeros diversos perfis de tolerância ao risco e atingir elevados níveis de satisfação de Aforradores eInvestidores superando as expectativas.

"Portfolio" de Produtos e ServiçosDepósitos, contas poupança, fundos de investimento, produtos estruturados, seguros "unit-linked",seguros de capitalização, "warrants", certificados, serviços de corretagem e custódia de títulos.

Inovação em 2005Disponibilização regular de produtos compósitos, que aliam uma vertente conservadora (dedepósito a prazo com elevada remuneração) com uma vertente de maior risco e rendibilidadepotencial (Fundos de Investimento ou Obrigações de Caixa), cujo principal exemplo foi oproduto “Valor Duplo”. Na categoria de Fundos de Investimento, destaca-se ainda o lançamentodos produtos “Millennium Obrigações Premium”, um fundo especialmente lançado para Clientesnão residentes e do segmento “Emigração”, “Millennium Europa Dupla Oportunidade”, um fundoespecial de investimento, fechado, com capital garantido e “Millennium Disponível”, um fundo detesouraria com um potencial de rendibilidade superior a produtos bancários tradicionais. Emoutras categorias de produtos, destaque para o lançamento do produto “Poupança Garantida”,um seguro de capitalização de longo prazo vocacionado para clientes residentes e nãoresidentes que privilegiem aplicações sem risco com taxas garantidas e total liberdade demobilização, e de um novo produto especialmente destinado ao segmento de Empresas e ENIscom remuneração indexada à taxa Euribor. No que se refere a actividade de corretagemdestacou-se o lançamento de dois novos Certificados de Acções – o IBEX 35 e o FTSE 100 – que permitem o investimento indirecto a baixo custo e com grande diversificação nos títulosmais representativos das bolsas de Madrid e Londres, e do Certificado EPRA Eurozone, ligado ao principal índice do sector imobiliário na Europa (European Real Estate Association).

"Bancassurance"

Estratégia CompetitivaOferta diferenciadora, suportada pela inovação e qualidade do serviço, que contempla a protecçãopara o Cliente e a Instituição, segundo padrões elevados de conveniência e a preço competitivo,traduzindo a resposta por antecipação a necessidades financeiras numa óptica de protecção global.

"Portfolio" de Produtos e ServiçosCentro de competência especializado em produtos de protecção vocacionados para Clientesparticulares e empresas, incluindo os seguros de risco e os produtos de reforma, designadamenteos PPR, visando, a médio prazo, a oferta de uma solução de protecção única através do canalbancário e "Internet", cobrindo todas as necessidades de protecção – do segurado, do patrimónioe das responsabilidades.

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Inovação em 2005Consolidação e afinação da oferta de produtos, reforçando as suas condições de competitividade,numa óptica de oferta integrada e com base nas necessidades específicas dos Clientes. Destaquepara a disponibilização de mais e melhores ferramentas de apoio à venda, entre as quais as relativasà informação sobre a carteira de seguros do Cliente e a atenção especial dada ao canal “Internet”,dando eco à exigência de conveniência e disponibilidade dos Clientes. Nos produtos de reforma,destaque para a eficácia do aplicativo de subscrição disponibilizado, com novas funcionalidades,permitindo por exemplo, o agendamento de investimentos para datas futuras, ou seja, o negóciopode ser concretizado hoje e será debitado na data que o Cliente escolher. No segmento departiculares, destaque para a acção de “upgrade” de Seguros Multi-riscos Habitação e, no segmentode empresas, para o especial enfoque nos seguros patrimoniais e de saúde.

Crédito

Estratégia CompetitivaInovação e optimização do valor criado pelos produtos e serviços de crédito proprietários e de terceiros, colocados pelos diversos canais de distribuição do Millennium bcp, escutando e conhecendo cada Cliente, no sentido de perseguir a excelência do Produto de Crédito, visando a satisfação e fidelização dos Clientes.

"Portfolio" de Produtos e ServiçosOferta completa e abrangente no domínio do crédito ao consumo, crédito a pequenos negócios e financiamento automóvel.

Inovação em 2005Lançamento dos serviços “Factoring Internacional de Exportação”, que permite aos Clientes beneficiar de um instrumento de apoio ao comércio externo para os seus principais mercados de exportação,e “Cobranças Electrónicas em Espanha”, um serviço inovador de cobranças para empresas permitindo a quem exporta para aquele país, efectuar a cobrança de fundos de forma rápida, simples e totalmentedesmaterializada, a partir do site millenniumbcp.pt. Na área do Crédito ao Consumo, destaque para o lançamento do “Crédito Pessoal a 7 anos”, do “Crédito on-line”, que permite a concretização docrédito directamente na Internet, a reformulação da oferta do Crédito Universitário, agora adaptada aociclo de vida do estudante e da reestruturação da grelha de bonificações, tendo sido também alargadosos montantes e prazos asssociados, o que se traduziu na oferta de prestações mais reduzidas de acordocom o envolvimento do Cliente com o Banco. No âmbito do financiamento automóvel, destaque para a realização de iniciativas em parceria com marcas automóvel, resultando na oferta de viaturas específicascom preço único para Clientes Millennium bcp.

Crédito Imobiliário

Estratégia CompetitivaDesenvolvimento e gestão dos produtos e soluções de crédito imobiliário para o segmento de Clientes particulares, com base na atenção permanente às suas necessidades.

"Portfolio" de Produtos e ServiçosOferta de produtos e de soluções de financiamento para a construção e aquisição de habitaçãoprópria e de imóveis, incluindo crédito habitação e "leasing" imobiliário.

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Inovação em 2005Reforço do posicionamento como o Banco que apresenta as melhores soluções de crédito habitaçãopara os jovens, através de condições especiais, e para os restantes Clientes que esperam as melhorescondições de mercado e mais ajustadas às respectivas necessidades. Lançamento do produto“Prestações à sua Medida”, com o objectivo de responder aos Clientes que privilegiem prestaçõesiniciais competitivas e comparáveis com produtos de valor residual, através da oferta de duas soluçõesadicionais “Prestação Mínima” e “Prestação Suave”. Lançamento de duas novas soluções de produtos“Taxa Fixa”, com o objectivo de reduzir o efeito de oscilações das taxas de juro de mercado nasprestações dos Clientes. Forte aposta na comunicação das novas soluções disponibilizadas junto dosClientes, através de duas campanhas de “media” – “Aqui vou ser feliz” e “Eu estou aqui”.Aperfeiçoamento das ferramentas disponibilizadas à Estrutura Comercial e aos diversos parceiros donegócio, introduzindo novas aplicações e funcionalidades, contribuindo para a simplificação e eficiênciado processo com reflexos na qualidade do serviço.

Cartões

Estratégia CompetitivaDesenvolvimento, emissão e gestão de cartões de crédito, numa óptica de racionalização e optimização da oferta e de busca da excelência no serviço ao Cliente.

"Portfolio" de Produtos e ServiçosGestão do “portfolio” de negócios, produtos e serviços que integram a oferta de cartões de crédito das redes "Visa", "MasterCard" e "American Express" no Millennium bcp.

Inovação em 2005No segmento dos cartões “American Express”, destaque para o lançamento do cartão “ContaViagens American Express”, ao abrigo de protocolo celebrado com a APAVT, cartão emitido emnome de uma Empresa ou Entidade Institucional e que se destina ao pagamento das viagens dosseus colaboradores, respectivos agregados familiares e eventuais convidados da Empresa, através de um novo mecanismo de pagamento cómodo, seguro e sem necessidade de utilização de cartãofísico. Destaque igualmente para o lançamento de um cartão “American Express” destinado aosautores portugueses, ao abrigo de protocolo celebrado com a Sociedade Portuguesa de Autores.No segmento das redes “Visa” e “MasterCard”, destaque para o desenvolvimento de versõesespecíficas do cartão “Millennium bcp” para cada segmento de Clientes. No “Segmento Retalho”,desenvolvimento de cartão com ofertas desenhadas em parceria com um dos maiores operadoresde telecomunicações para inclusão na Solução Cliente Frequente Sub-26 e do cartão “Millenniumbcp Fix” com um taxa de juro muito atractiva, para inclusão na Solução Cliente Frequente. Nosegmento de Negócios, lançamento de um cartão “Visa Business”, dirigido a associadas da APME – Associação Portuguesa das Mulheres Empresárias, ao abrigo de protocolo celebrado. Ainda nosegmento de cartões “co-branded”, destaque para o lançamento do cartão “poWer” em parceriacom a EDP.

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Meios de Pagamento

Estratégia CompetitivaDesenvolvimento de competências na área dos meios de pagamento, actuando de forma pró-activa e optimizando o valor criado pelos produtos e serviços financeiros na satisfação dosClientes do Millennium bcp, através de uma oferta de qualidade, disponibilidade e diversidade.

"Portfolio" de Produtos e ServiçosOferta completa, diversificada e inovadora, consubstanciada pela gestão, dinamização e desenvolvimento de produtos de meios de pagamento e cobranças – domésticose trans-fronteiriços – (cheques, transferências e débitos directos).

Inovação em 2005Viabilização e suporte do novo produto “Cobranças Electrónicas em Espanha” de gestão e cobrança de facturas emitidas em Espanha, exclusivamente disponibilizado no portal de Internet doMillennium bcp. Melhorias significativas no Sistema de Débitos Directos, nomeadamente na diversidadede canais ao dispor dos Clientes credores e de formatos de ficheiros possíveis de utilizar. Novosserviços desenvolvidos em canais inovadores, com benefícios na redução de custos operativos e nafidelização dos Clientes, como a possibilidade dos devedores poderem activar as suas autorizações de débito em conta através do envio de um simples SMS. Destaque também para a renovação do produto “Servilock – Serviço de Recolha e Tratamento de Valores”, permitindo melhorar a oferta e ajustar as suas características às necessidades dos Clientes.

No âmbito da CISP – Comissão Coordenadora Interbancária para os Sistemas de Pagamentos, oMillennium bcp participa nos seus diversos grupos de trabalho. Em conjunto com o Banco de Portugal,principais bancos nacionais e a SIBS, define e desenvolve estratégias para o Sistema de PagamentosNacional, em particular no que se refere à criação da SEPA – “Single European Payments Area” noEspaço Europeu, para o que tem assento no EPC – European Payments Council, com sede emBruxelas, em representação da comunidade bancária nacional. Como parte da participação na CISP,controla mensalmente a evolução das quotas de mercado do Millennium bcp no SICOI – Sistema deCompensação Interbancária nos produtos de Transferências, Débitos Directos, Cheques e Efeitos, nosquais serão incluídos num futuro próximo os Cartões e Pagamento de Serviços. Mais recentemente,acompanha também a evolução mensal das quotas nas transferências de / e para o Espaço Europeuno Sistema EBA-Step2 (European Banking Association), ao qual o Millennium bcp aderiu comoparticipante directo, já numa lógica de funcionamento Pan-Europeu. No Espaço Europeu, o Millenniumbcp é membro fundador da EBA – European Banking Association e participante no EPC – EuropeanPayments Council, neste último em representação própria e do sistema bancário português. Estesfóruns estão a proceder à construção dos sistemas de pagamento europeus, os quais visam tornarpossível aos clientes dos bancos europeus, poderem proceder a pagamentos em qualquer país europeu,como se estivessem no seu próprio país, com o mesmo nível de serviço e sem despesas adicionais.

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52 Enquadramento Económico e Financeiro

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Enquadramento Económico e FinanceiroEconomia Internacional

A actividade económica mundial expandiu-se a um ritmo robusto em 2005 (+4,3%), ainda que em ligeira moderação face ao ano anterior (+5,1%), sendo influenciada, por um lado, pela naturezaestimuladora das políticas económicas, pelo comportamento favorável dos mercados financeiros e pela melhoria do volume de negócios e das perspectivas das empresas e, por outro, pela subidaexpressiva dos preços do petróleo e matérias-primas e pela persistência de desequilíbrios estruturaisdas economias mais avançadas. Em termos regionais, destaca-se quer o crescimento expressivo dealgumas economias emergentes, nomeadamente a China e a Índia que, a par dos EUA e dos novosmembros da União Europeia, continuaram a ser os pólos de maior dinamismo à escala mundial, quera retoma económica no Japão, interrompendo uma fase de estagnação muito prolongada.

O preço do petróleo voltou a aumentar acentuadamente (cerca de 45% em termos médios,em 2005, após o aumento de cerca de 25% em 2004), situando-se em 59 dólares por barril no final do ano; o dinamismo da procura, preocupações quanto à capacidade de aumento da produção a curto prazo, a persistência de níveis de “stocks” muito baixos e catástrofes naturais ou acontecimentos geo-políticos justificaram que o barril do petróleo fixasse um novo máximo de sempre de 67 dólares, no terceiro trimestre de 2005. O aumento do preço do petróleo teveum impacto limitado quer em termos de abrandamento da economia mundial, quer na aceleraçãodos preços e no recrudescimento de expectativas inflacionistas, o que terá beneficiado da menordependência petrolífera, da moderação salarial e da credibilidade das políticas monetárias.

Em 2005 agravaram-se os desequilíbrios globais susceptíveis de condicionar a robustez esustentabilidade da expansão económica mundial, designadamente défices da Balança de TransacçõesCorrentes elevados (nos EUA, Reino Unido e em algumas economias da Área do Euro) e déficesorçamentais excessivos (no Japão e em diversos países europeus). Alguns tipos de activos estarãotambém sobrevalorizados (preços das habitações em alguns mercados, reduzidos “spreads” paraobrigações de empresas e dívida dos mercado emergentes) suscitando incerteza quanto a eventuaisajustamentos. A introdução de uma maior flexibilidade da taxa de câmbio pela China poderá ter umcontributo positivo para a correcção do desequilíbrio comercial dos EUA face às economias asiáticas.

O PIB nos EUA apresentou um crescimento vigoroso (3,5% em 2005), sendo pouco influenciadopelo impacto dos furacões nos Estados do Sul e pela subida do preço do petróleo. A expansão da actividade continuou a assentar no dinamismo do consumo e do investimento, num contextode crescimento da produtividade, melhoria das condições no mercado de trabalho, aumento dos preços no mercado imobiliário e estímulos orçamentais. A taxa de capacidade utilizadaaproximou-se da sua tendência de longo prazo, o que, a par da pressão inflacionista exercida pelasubida preços energéticos, justificou a redução do estímulo monetário através da subida das taxasde juro de referência em 2 pontos percentuais.

A retoma económica no Japão consolidou-se em 2005, tendo o crescimento do PIB atingido cercade 2,4%, reflectindo a robustez da procura interna (2,4%), uma vez que se verificou umabrandamento das exportações, reflectindo-se num contributo nulo da procura externa líquida.A expansão da economia reflectiu o dinamismo do investimento empresarial, suportado pelacontinuação de lucros empresariais elevados e pela melhoria da confiança dos empresários que se

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elevou para máximos de mais de uma década, e o crescimento do consumo privado, que beneficioudo crescimento do emprego e da interrupção da queda dos salários. O Banco do Japão manteve apolítica de taxas de juro próximas de zero, uma vez que ainda persistiu o cenário de deflação.

As economias europeias registaram um desempenho modesto em 2005. Com efeito, ocrescimento estimado do PIB no conjunto dos países da área do euro foi de 1,3% em 2005,reflectindo um abrandamento da actividade na primeira metade do ano e uma recuperaçãogradual no segundo semestre de 2005. A desaceleração das trocas comerciais, a incerteza quantoà evolução do mercado de trabalho e ao impacto de reformas estruturais, o crescimentoinexpressivo do rendimento disponível, o aumento da carga fiscal e dos preços dos combustíveis eo adiamento e deslocalização de projectos de investimento condicionaram o comportamento daseconomias europeias no primeiro semestre de 2005. Na segunda metade do ano, verificou-se umamelhoria da procura externa e da confiança dos empresários estimulada também pela depreciaçãodo euro, bem como a distensão das condições no mercado de trabalho que, a par das condiçõesmonetárias acomodatícias, contribuíram para a recuperação da actividade económica.

A situação financeira do sector empresarial europeu voltou a melhorar em 2005, beneficiando damoderação salarial, condições de financiamento favoráveis, reestruturação do balanço e aumentodas margens de lucro das empresas; por seu lado, as decisões financeiras das famílias continuaram a ser influenciadas pela incerteza quanto aos efeitos das reformas estruturais implementadas emdiversos países nos domínios do mercado de trabalho e da segurança social, pelos efeitos daglobalização na precaridade do emprego e na evolução salarial e pela subida do preço dopetróleo, se bem que a persistência das taxas de juro em níveis historicamente reduzidos, aausência de tensões inflacionistas duradouras e a ligeira recuperação das condições no mercadode trabalho contribuíssem para a melhoria do clima de confiança dos consumidores.A inflação média anual na área do euro situou-se em 2,3% em 2005, reflectindo essencialmente a subida dos preços dos produtos energéticos, já que a inflação subjacente limitou-se a 1,5%,beneficiando da moderação salarial e do impacto da acrescida concorrência internacional no preçode bens transaccionáveis. O défice público terá aumentado de 2,8% do PIB em 2004 para 2,9% doPIB da área euro em 2005, reflectindo esforços insuficientes no sentido da consolidaçãoorçamental e o abrandamento do crescimento económico, verificando-se um aumento para 5 donúmero de países com um défice orçamental superior a 3% do PIB.

Crescimento do Produto Interno Bruto(%)

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Situação Monetária Internacional

O desempenho dos mercados financeiros internacionais em 2005 foi globalmente muito positivo,não obstante a subida do preço do petróleo, o aumento das taxas de juro directoras nos EUA (em 2 pontos percentuais) e na área do euro (em 0,25 p.p.) e a revisão em baixa das expectativasde crescimento para o conjunto de 2005. A inexistência de pressões inflacionistas significativas, oaumento dos resultados das empresas de vários sectores de actividade e o menor grau de aversãoao risco terão originado valorizações expressivas dos mercados accionistas e a contracção dos“spreads” de dívida dos países emergentes.

Taxas de Juro directoras (EUA e área do euro)(%)

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As taxas de juro do mercado monetário de curto prazo evoluíram em linha com as taxas de jurodirectoras, aumentando cerca de 200 pontos base nos EUA e cerca de 30 p.b. na área do euro, oque é consistente com a incorporação pelo mercado de expectativas de ligeiras subidas adicionaisda taxa de referência europeia, enquanto que no Japão estas permaneceram inalteradas. O BancoCentral Europeu aumentou em Dezembro as taxas de juro oficiais em 25 pontos base para2,25%, após estas terem permanecido inalteradas desde meados de 2003. Esta subida visou ajustaro grau acomodatício da orientação da política monetária da área do euro, tendo em conta osriscos para a estabilidade de preços derivados do forte aumento dos preços dos produtosenergéticos, a situação de ampla liquidez prevalecente na área do euro e os sinais defortalecimento da economia europeia.

As taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública de longo prazo nos EUA situaram-seem 4,4%, no final de 2005, ou seja, somente 17 pontos base acima do valor registado no final de 2004, enquanto que as taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública na Europaevidenciaram uma descida de 37 p.b. situando-se em 3,3% no final de 2005. Não obstante ocomportamentos distinto, as taxas de juro de longo prazo situam-se em valores reduzidos quandocomparados com a média histórica, o que estará relacionado com a forte procura de obrigaçõesde dívida pública, quer por parte de vários bancos centrais na Ásia e pelos países exportadores depetróleo, quer pelo acréscimo das aplicações em títulos de longo prazo por parte de seguradorase fundos de pensões na Europa e nos EUA, associados a alterações regulamentares.

Os diferenciais de rendibilidade da dívida privada face à dívida pública mantiveram-se em níveisreduzidos, se bem que se tenha verificado um aumento no final do ano nas classes de risco mais

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altas, e os diferenciais da dívida soberana das economias de mercado emergentes face aos títulos dedívida norte-americana registaram novas reduções. Este comportamento reflecte, por um lado, aprocura de rendibilidade por parte dos investidores, num contexto de baixas taxas de juro nasprincipais economias avançadas e de ampla liquidez a nível global e, por outro, a melhoria da situaçãofinanceira das empresas e das condições estruturais das economias emergentes nos últimos anos.

Após três anos consecutivos de valorização, o euro depreciou-se 12,6% face ao dólar norte--americano em 2005 situando-se em 1,18 no final do ano, reflectindo o alargamento dosdiferenciais de taxa de juro de longo prazo ao longo do ano em favor do dólar, o influxo de investimento de carteira com destino aos EUA, a robustez do crescimento dos EUA emcontraste com uma retoma incipiente na área do euro, a diminuição da importância conferidapelos investidores ao elevado défice da Balança de Transacções Correntes dos EUA e a incertezapolítica relacionada com a rejeição do Tratado Constitucional Europeu nos referendos realizadosem França e nos Países Baixos e com os resultados das eleições na Alemanha.

Nos mercados accionistas, os principais índices de cotações europeus apresentaram valorizaçõesexpressivas em 2005. O índice EuroStoxx 50 apresentou uma valorização de 21%, beneficiando docrescimento robusto dos lucros das empresas observados e esperados e pela melhoria dasperspectivas de consolidação da retoma económica na área do euro. Nos EUA, as apreciações forambastante mais modestas, tendo o índice Standard and Poors’s 500 aumentado 3% no conjunto do ano, influenciado pela subida das taxas de juro de longo prazo, pela apreciação do dólar, peloaumento dos preços do petróleo e beneficiando das expectativas favoráveis quanto aos resultadosfuturos. No Japão, o índice Nikkei 225 valorizou-se cerca de 40%, suportado pela melhoria dasperspectivas de crescimento da economia japonesa e pelo impacto de reformas estruturais.

Economia Portuguesa

A economia portuguesa cresceu apenas 0,5% em 2005 (1,3% em 2004), reflectindo adesaceleração da procura interna, dada a queda do investimento e o abrandamento do consumoprivado; apesar da desaceleração das exportações, a moderação das importações repercutiu-se namelhoria do contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB. O perfil intra-anualda actividade económica foi diferenciado, tendo-se verificado na segunda metade do ano umarecuperação gradual das exportações e uma moderação mais intensa da procura interna. Diversosfactores têm inibido uma recuperação sustentada da economia portuguesa: o aumento dos preçosdo petróleo; a debilidade da recuperação europeia; o impacto das medidas de consolidaçãoorçamental e a fraca competitividade externa, agravada pelo alargamento europeu e a globalização,que se traduz numa maior concorrência pela atracção de investimento, bem como na intensificaçãoda concorrência nos mercados de produtos.

O consumo privado foi influenciado, por um lado, pela continuação de condições monetáriasestimuladoras, pelo alongamento dos prazos de amortização dos empréstimos bancários e peloligeiro aumento do rendimento disponível e, por outro, pela deterioração da confiança dosconsumidores em face da debilidade das condições no mercado de trabalho, pelas medidasintroduzidas pelo Governo com vista à consolidação orçamental e subida do preço doscombustíveis. O perfil intra-anual da variação do consumo privado pautou-se por um crescimentomais elevado na primeira metade do ano, em parte induzido pela antecipação das despesas deconsumo duradouro associada ao aumento da taxa normal do IVA em Julho.

A formação bruta de capital fixo voltou a contrair-se em 2005, após a estagnação observada em2004 e as fortes reduções nos anos anteriores. Esta evolução estará associada a um adiamento de

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projectos de investimento, num contexto de deterioração da confiança dos consumidores, debilidadeda recuperação europeia no primeiro semestre, incerteza quanto à evolução do preço do petróleo e perda de competitividade externa. As decisões de investimento foram ainda influenciadas pelaincerteza associada ao processo de consolidação orçamental e à adopção de reformas estruturaisdevido à tomada de posse de um novo Governo no primeiro semestre de 2005.

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Produto Interno Bruto em Portugal(t.v.r. em % e contribuição da Procura Interna e Sector Externo para o crescimento do PIB em p.p.)

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Verificou-se um abrandamento considerável das exportações em 2005, não obstante a recuperação no final do ano. A debilidade da economia europeia no primeiro semestre de 2005, os efeitos da deslocalização da produção, a concorrência acrescida nos mercadosinternacionais derivada do recente forte impulso à globalização têm influenciado as exportações portuguesas, que têm vindo a registar perdas de quota de mercado.As importações também abrandaram ao longo do ano, em linha com a moderação da procurainterna. Contrastando com a redução das necessidades de financiamento externo da economiaportuguesa nos anos anteriores, o défice da balança corrente e de capital aumentou de 3,7% do PIB em 2003 para cerca de 8,5% do PIB em 2005. Esta deterioração deveu-se em parte à expressiva subida dos preços das importações dos bens energéticos e à reduçãodo excedente da balança de capital, devido aos menores recebimentos de fundos estruturaisno âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio.

A evolução do mercado de trabalho em Portugal foi dominada pelo aumento da taxa de desemprego de 6,7% em 2004 para cerca de 7,6% em 2005, em linha com a debilidade da conjuntura económica e, em termos estruturais, as dificuldades competitivas de algunssegmentos industriais portugueses. O aumento da participação no mercado de trabalho,associado a factores socio-demográficos, tem igualmente contribuído para o aumento do desemprego, uma vez que não se tem registado uma contracção líquida do empregoexpressiva. A taxa de inflação média anual, medida pelo índice harmonizado de preços noconsumidor, situou-se em 2,1% em 2005, diminuindo de 2,5% em 2004, sendo esta ligeiradesaceleração dos preços induzida pela reversão da subida dos preços dos serviços associada à realização do Campeonato Europeu de Futebol em 2004, e também pela forte quebra dos preços das importações de bens de consumo, que contrariaram o aumento dos preços dos bens energéticos e a subida da taxa normal do IVA em Julho de 2005.

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Taxa de Inflação(t.v.h. do IPCH em % e diferencial em p.p.)

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O défice público ter-se-á deteriorado para cerca de 6,0% em 2005, de 5,2% em 2004 (3,0%incluindo receitas extraordinárias). Este agravamento deveu-se ao impacto do abrandamento daeconomia, dos cortes de impostos aprovados em anos anteriores e da incorporação de custosanteriormente não contabilizados, bem como ao aumento significativo das despesas em pensões,ao crescimento da massa salarial dos funcionários públicos e à redução dos dividendos recebidospelo Estado; na sequência da avaliação da situação das contas públicas, o novo Governo anunciouum conjunto de medidas imediatas e de reformas estruturais com vista à consolidação das finançaspúblicas, que se repercutiram num aumento das receitas correntes, que beneficiaram também damelhoria da eficácia da administração fiscal.

Sistema Financeiro Português

O sector bancário está a iniciar um novo ciclo de alterações profundas expressas na crescenteintensidade competitiva nos mercados mais desenvolvidos, na globalização e especialização das principais instituições financeiras e na maior frequência de operações de consolidação trans-fronteiriça. Em termos de linhas estratégicas adoptadas pelas instituições financeiras a nívelmundial, continua a ser predominante a maior concentração em “core businesses”; o estudo de oportunidades de consolidação, com vista a potenciar a geração de resultados, em face dos bonsníveis de capitalização apresentados pelos principais bancos Europeus; a maior eficiência na organização das actividades e a atenção concedida a práticas de “corporate governance”, ao papeldos auditores externos, bem como às práticas de sustentabilidade social. A actividade das instituiçõesfinanceiras também tem sido condicionada por alterações regulamentares como a introdução das novas normas internacionais de contabilidade (“International Financial Reporting Standards”), apartir de 1 de Janeiro de 2005, a preparação para a implementação do novo acordo de adequaçãode capital (Basileia II) a partir de 2007 e os progressos no estabelecimento do ordenamentoregulamentar associado à criação de um mercado europeu de serviços financeiros integrado.

Não obstante a deterioração do enquadramento económico, o volume de negócios do sectorbancário em Portugal tem apresentado uma evolução globalmente favorável, beneficiando de condições globalmente positivas nos mercados de capitais, da diversidade de necessidadesfinanceiras das famílias e empresas, do lançamento de serviços e produtos financeiros inovadores,bem como da baixa penetração de alguns tipos de produtos e serviços financeiros ainda existente.

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O crédito concedido ao sector não monetário, excluindo a Administração Pública, cresceu cerca de 7,4% em 2005, o que representa uma ligeira aceleração face ao verificado em 2004 (6,5%).Esta evolução reflectiu, quer o aumento do crédito concedido a empresas (5%), quer a ligeiraaceleração do crédito concedido a particulares, reflectindo um crescimento de 11,1% do crédito à habitação e de 4,6% do crédito ao consumo. As taxas de juro historicamente reduzidas,o alargamento do prazo máximo dos empréstimos à habitação, o lançamento de soluções definanciamento inovadoras e o aumento do consumo de bens duradouros antecipando o aumentoda taxa normal do IVA suportaram o crescimento do crédito concedido a particulares. A ligeiraaceleração do crédito concedido a empresas terá sido influenciada pela redinamização docomércio externo e pela melhoria das perspectivas de investimento no final do ano.

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As taxas de juro historicamente reduzidas, que têm permitido a estabilidade dos encargos comjuros apesar do aumento da dívida, a política de “write-offs” do crédito totalmente provisionado e a melhoria nos sistemas de gestão de risco de crédito das instituições bancárias continuaram a contribuir para a manutenção de baixos rácios de incumprimento de crédito. O rácio de créditocom incumprimento não se deteriorou significativamente em 2005, permanecendo em níveishistoricamente reduzidos.

As taxas de juro do sector bancário evidenciaram uma reduzida volatilidade em 2005, apresentandouma tendência de estabilidade até Setembro e uma trajectória ligeiramente ascendente no final doano, reflectindo o início do ciclo de subidas taxas de referência por parte do Banco Central Europeu.As taxas de juro dos empréstimos para aquisição de habitação foram ainda influenciadas pelaintensidade competitiva verificada neste segmento, verificando-se uma ligeira compressão dos “spreads”. As taxas de juro de curto prazo da área do euro permaneceram estáveis durante os primeiros três trimestres de 2005, subindo no final do ano, em linha com as expectativas de subida da taxa de juro de referência do Banco Central Europeu. A curva de rendimentos da áreado euro tornou-se mais horizontal no final de 2005, devido sobretudo à subida das taxas de juro de curto prazo, mas também à ligeira diminuição das taxas de juro de longo prazo.

A taxa de rendibilidade das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos diminuiu 23 pontos baseentre o final de 2004 e de 2005, evoluindo em linha com as obrigações do tesouro alemãs

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e situando-se em 3,5% no final de 2005. Num contexto de taxas de juro das obrigações do tesourode longo prazo em níveis reduzidos, a estratégia de financiamento do Estado português privilegiou em2005 o segmento de longo prazo. Não obstante ter permanecido em níveis reduzidos, o diferencialdas taxas de rendibilidade da dívida pública portuguesa face à dívida pública alemã aumentouligeiramente no segundo trimestre de 2005, influenciado pela instabilidade motivada pelo resultadonegativo dos referendos sobre o Tratado Constitucional Europeu em França e nos Países Baixos,tendo-se reduzido no segundo semestre para cerca de 10 pontos base.A revisão em baixa danotação de risco da República Portuguesa efectuada por uma agência internacional de “rating” no finalde Junho de 2005 não afectou de forma significativa os custos de financiamento do Tesouro português.

A rendibilidade do sector bancário nacional em 2005 foi positivamente influenciada pela evoluçãoda margem financeira, que beneficiou do aumento do volume de crédito concedido e dos esforçosde preservação da taxa da margem financeira, das comissões associadas a produtos e serviçosbancários tradicionais e às actividades de corretagem e gestão de activos, pela continuidade dosesforços com vista à melhoria da eficiência operativa e racionalização dos custos e pelas menoresnecessidades de provisionamento de crédito.

O rácio de eficiência do sector bancário português apresentou uma nova melhoria em 2005.Esta tendência de melhoria tem sido reflexo das medidas de contenção de custos, consolidação desucursais, reformas antecipadas, melhorias organizacionais e operacionais, bem como do aumentodo produto bancário. O sistema bancário português continuou a apresentar níveis confortáveis de solvabilidade, beneficiando dos esforços de reforço da base de capital, de um enfoque maisincisivo no negócio “core”, desinvestimentos de negócios não estratégicos e da optimização da alocação do capital tendo em consideração o binómio risco-retorno.

Não obstante o fraco enquadramento económico, o principal índice accionista português, o PSI-20,valorizou-se 13,4% em 2005, registando um maior dinamismo na segunda metade do ano. No finalde Setembro de 2005, o PSI-20 ultrapassou os 8000 pontos, pela primeira vez desde 2001.As cotações bolsistas beneficiaram dos reflexos positivos dos programas de reenfoque erestruturação na rendibilidade das empresas, das reduzidas taxas de juro, da menor aversão ao risco e da evolução positiva dos índices accionistas europeus.

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O Título BCP na Bolsa de ValoresO desempenho dos mercados financeiros internacionais em 2005 foi globalmente muitopositivo, não obstante a subida do preço do petróleo, o aumento das taxas de juro directorasnos EUA (em 2 pontos percentuais) e na área do euro (em 0,25 p.p.) e a revisão em baixa dasexpectativas de crescimento para o conjunto de 2005. A melhoria dos resultados das empresasde vários sectores, o aumento da actividade de M&A, a inexistência de pressões inflacionistassignificativas e a percepção da excessiva valorização de outros activos (obrigações de longoprazo e sector imobiliário) terão contribuído para o afluxo de liquidez aos mercadosaccionistas. Os principais índices de acções europeus registaram valorizações expressivas em2005 (EuroStoxx50: +21%; Dax: +27%; Cac 40: +23%; Ibex: +18%; FTSE: +17%).

Apesar do pior desempenho económico de Portugal, a Euronext Lisbon não foi indiferente aocomportamento muito positivo das principais praças europeias, tendo encerrando o ano comuma valorização de 13,8% (12,6% em 2004). No entanto, o mercado accionista registou umpadrão intra-anual diferenciado; no primeiro semestre, as cotações estagnaram, contagiadas pela deterioração da conjuntura económica interna e pelo fraco desempenho dos mercadosaccionistas europeus. No segundo semestre de 2005, verificou-se uma clara mudança desentimento em função da divulgação de bons resultados por parte das empresas, do fortecrescimento das expectativas dos EPS (“Earnings Per Share”), bem como dos sinais deconsolidação da recuperação da actividade no seio da União Europeia, que se traduziu emfortes valorizações das cotações e aumentos expressivos dos volumes médios de transacções.

Comportamento da acção BCP na Bolsa

A cotação das acções do Banco Comercial Português registou uma valorização de 23,3%, quecompara favoravelmente com os ganhos de 13,4% do índice PSI-20 da Euronext Lisbon, 22,7% doíndice de bancos europeus (BEBANKS – Bloomberg Europe Banks and Financial Services Index) e 23,2% do Euronext 100.

Comportamento da acção BCP em 2005

Cotação

Cotação a 31 Dez. 04 1,89 euros

Cotação a 30 Dez. 05 2,33 euros

Cotação média anual 2,13 euros

Cotação mínima 1,90 euros 03 Jan. 05

Cotação máxima 2,39 euros 05 Out. 05

Valorização da cotação de 31 Dez. 04 a 30 Dez. 05 +23,3%Capitalização Bolsista em 30 Dez. 05 8,4 mil

milhões de euros

(considerando as novas acções resultantes da conversão final, a 30 Dez. 05,dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis – Capital BCP 2005)

Fonte: Euronext

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O quadro anterior ilustra o comportamento da acção BCP e de alguns dos principais índicesbolsistas anteriormente descrito. Após um primeiro semestre em que a generalidade dos índicesregista “performances” positivas, sucedeu-se um segundo semestre com valorizações ainda maisfortes, que conduziram alguns dos principais índices a atingir, ou mesmo superar, os níveisverificados antes dos acontecimentos de Setembro de 2001; com efeito, o índice PSI-20 atingiu,pela primeira vez, os níveis registados em Junho de 2001, tendo a acção BCP retomado os valoresobservados em Dezembro de 2002. Neste mesmo cenário bolsista o título BCP regista uma forteapreciação do preço que se inicia logo no primeiro dia de sessão de bolsa do ano de 2005,alcançando 15% de valorização nas primeiras semanas de Março de 2005, movimento a que sesegue um período de consolidação. Com a apresentação dos resultados do 1.º semestre de 2005,marcados pela evolução positiva da margem financeira e diminuição sustentada dos custosoperacionais, e subsequentes notícias relativas ao avanço dos processos em curso para alienação de activos não estratégicos, o título iniciou um novo percurso ascendente, alcançando a cotaçãomáxima do ano de 2,39 euros por acção. Na sequência das notícias sobre a inclusão do BCP na “short-list” relativa ao processo de negociação da privatização do Banca Comerciala Romana,a cotação do título foi penalizada, descontando em antecipado o efeito de diluição resultante deuma eventual operação de aumento de capital para financiamento da aquisição, sendo que ao se anunciar a não selecção do BCP para compra do BCR, o mercado ajustou de imediato acotação do título dando continuidade ao percurso de valorização iniciado desde o começo do ano de 2005, tendo alcançado no final do ano a cotação de 2,33 euros.

Liquidez

O título BCP foi novamente uma das acções mais transaccionadas na Euronext Lisbon, com umvolume médio diário de 10 milhões de acções, o que representa um aumento de 3 milhões deacções face a 2004, denotando o crescente interesse por parte de investidores institucionais.

O “turnover” anual da acção BCP cifrou-se em 5.558 milhões de euros, equivalente a 80% da capitalização bolsista anual média do Banco, que compara com 55,7% no ano de 2004,representando uma quota de liquidez de 25,2% face ao volume total negociado no mercado de cotações oficiais (19,6% em 2004).

No final de 2005, a capitalização bolsista do BCP ascendeu a 8,4 mil milhões de euros (incluindo as novas acções resultantes da conversão final a 30 de Dezembro dos valores mobiliários “Capital BCP 2005”), evidenciando uma variação positiva face à capitalização de 6,8 mil milhões de euros que o Banco apresentava no final de 2004, correspondendo à 3.ª posição no “ranking”das maiores capitalizações do mercado.

Evolução da acção BCP face aos principais índices de referência:

Variação Variação Total RendibilidadeÍndice 1.º Semestre 2.º Semestre ano Total com

2005 2005 2005 Dividendo

Acção BCP +12,2% +9,9% +23,3% +27,3%

PSI-20 -1,2% +14,8% +13,4% +17,3%

Bloomberg European Banks Index (BEBANKS) +6,6% +15,2% + 22,7% +27,3%

Euronext 100 +10,2% +11,8% +23,2% +26,9%

Evolução da LiquidezMilhões de Acções

��

2003

1.421

2004 2005

1.808

2.592

Fonte: Bloomberg

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05

Índices em que participa a acção BCP

O BCP integra mais de 40 índices bolsistas nacionais e internacionais, tendo o seu peso especialimportância nos seguintes índices:

Índice Cotação

Euronext PSI Financial Services 51,65%

PSI-20 20,65%

DJ EuroStoxx Banks 1,03%

Bebanks 0,50%

Euronext 100 0,47%

DJ EuroStoxx 0,23%

Principais eventos e impacto na cotação da acção BCP

Variação Variação Evento Data da cotação da cotação

no dia nos 5 diassubsequente subsequentes

Anúncio de Resultados de 2004 e da compra pelo BCP dos restantes 50% do capital social do NovaBank 25 Jan. 05 +0,50% +4,43%

Pagamento do dividendo referente ao exercício de 2004 06 Abr. 05 +1,91% +1,91%

Anúncio de Resultados do 1.º trimestre de 2005 19 Abr. 05 +1,90% +2,38%

BCP recebe aprovação no processo de pré-qualificação para a privatização do Banca Comerciala Romana (BCR) 18 Jul. 05 +0,48% +0,48%

Anúncio de Resultados do 2.º trimestre 19 Jul. 05 -0,96% -0,96%

Anúncio de pagamento de dividendo intercalar 12 Set. 05 -1,68% +0,46%

Anúncio sobre acordo com a Banca Intesa com vista à cessação da parceria no BII e alienação das participações cruzadas, coincidente com anúncio de colocação em "accelerated book building" de 7,43% do capital do Banco 21 Set. 05 -0,91% +1,77%

Anúncio de Resultados do 3.º trimestre de 2004 14 Out. 05 -0,87% -3,91%

Pagamento de dividendo antecipado intercalar 19 Out. 05 -0,89% -1,78%

Anúncio relativo à inclusão do BCP na “short list” relativa ao processo de negociação da privatização do BCR 26 Out. 05 -4,98% -2,71%

Anúncio informando da não selecção da proposta do BCP para a privatização do BCR 20 Dez. 05 +8,70% +11,59%

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O quadro e o gráfico apresentam os principais eventos ocorridos em 2005 com implicações no comportamento da acção do BCP.

03 17Jan

01 15Fev

01 15Mar

01 15Abr

02 16Mai

01 15Jun

01 15Jul

01 15Ago

01 15Set

03 17Out

01 15Nov

01 15Dez

1.80

1.90

2.00

2.10

2.20

2.30

2.40

Anúncio resultados 2004

Anúncio resultados 1.º T 05 Anúncio resultados 2.º T 05

Inclusão do BCPna “short-list” para

compra do BCR

Não selecçãodo BCP para

compra do BCR

Anúncioresultados 3.º T 05

Anúncio do fim da parceria estratégicacom Banca Intesa e sobre a colocação

em “accelerated book building”de 7,43% do capital do BCP

Evolução do Título BCP��

Emissão de Valores Mobiliários "Capital BCP 2005"

Comportamento em BolsaA cotação dos valores “Capital BCP 2005” acompanhou, com elevado grau de correlação,o comportamento da acção BCP, tendo registado uma cotação mínima de 4,68 euros e atingindoo valor máximo de 5,60 euros no último dia em que negociaram em bolsa (23 de Dezembro de 2005).

LiquidezDurante 2005 transaccionaram-se no mercado de cotações oficiais da Euronext Lisbon 30,9 milhões de valores mobiliários “Capital BCP 2005” ao preço médio de 5,14 euros,o que representa um crescimento de 86% face aos 16,6 milhões transaccionados em 2004,correspondendo a um volume de negócios de 158,9 milhões de euros.

Rendimento pagoOs valores “Capital BCP 2005” concederam aos seus titulares um rendimento bruto anual de 9%,pagos trimestralmente, ocorrendo os pagamentos de rendimentos aos titulares em 30 de Março,30 de Junho, 30 de Setembro e 30 de Dezembro.

Vencimento da emissãoOs valores “Capital BCP 2005” venceram-se no dia 30 de Dezembro de 2005 e de acordo comas condições da emissão foram objecto de conversão em acções ordinárias do Banco Comercial

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Português mediante a atribuição de novas acções ordinárias do BCP integralmente realizadas,fungíveis com as acções já admitidas ao mercado de cotações oficiais, isto é, com direitos iguais,em todos os aspectos, às demais acções ordinárias do BCP, conferindo, designadamente, a partir da data da respectiva emissão, o mesmo direito a dividendo.

O número de acções BCP atribuídas a cada titular dos valores resultou do quociente entre o valornominal total dos valores detidos e o preço de conversão de 2,115 euros.

No âmbito da referida conversão, o BCP procedeu à emissão já no início de 2006 de 330.930.511novas acções elevando o seu capital social de 3.257.400.827 euros para 3.588.331.338 euros.

Política de Dividendos

Em linha com a prática introduzida no ano anterior o Banco Comercial Português procedeu àdistribuição de um dividendo intercalar em Outubro de 2005 no valor de 0,033 euros por acção(bruto), procurando assegurar uma remuneração adequada aos seus accionistas, em linha com os objectivos fundacionais do Banco. No quadro seguinte encontram-se expressos os principaisindicadores que caracterizam a política de dividendos seguida pelo BCP nos últimos exercícios.

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1999

2000 (3)

2001

2002

2003

2004

Dividendo Antecipado

Dividendo Final

Dividendo Total

2005

Dividendo Antecipado

Dividendo Final (5)

Dividendo Total

ExercícioAno de

Pagamento

Dividendo Brutopor Acção

(euros)

Dividendo Líquido por Acção (euros)

Residentes Não. Resid.

"PayoutRatio" (1)

"DividendYield" (2)

2000

2001

2002

2003

2004

2004

2005

2005

2006

0,15

0,15

0,15

0,10

0,06

0,030

0,035

0,065

0,033

0,037

0,070

0,1238

n.a.

0,12

0,08

0,051

0,0255

0,0298

0,0553

0,02805

0,02960

0,05765

n.a.

0,105

0,07

0,045

0,0225

0,0263

0,0488

0,02475

0,02960

0,05435

34,9%

62,4%

61,1%

49,2% (4)

44,7%

41,3%

39,4% (6)

2,72%

2,65%

3,30%

4,39%

3,39%

3,44%

3,00%

(1) “Payout ratio”: representa a percentagem dos resultados líquidos distribuídos aos accionistas sob a forma de dividendo;(2) “Dividend yield”: representa o rendimento percentual anual expresso pela divisão do valor do dividendo bruto pela cotação da acção

no final do ano a que se refere o dividendo;(3) Pago sob a forma de “scrip dividend” através da emissão de novas acções e sua distribuição proporcional pelos accionistas

detentores de acções representativas do capital social do Banco;(4) Com base no resultado líquido antes da constituição de provisão para riscos bancários gerais no valor de 200 milhões de euros;(5) Proposta a submeter à Assembleia Geral de Accionistas;(6) Com base nos resultados, excluindo resultados não-recorrentes, de 610 milhões de euros, em base IFRS.

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“Roadshows”, conferências e reuniões com investidores institucionais

Reflectindo o compromisso de uma comunicação completa, transparente e permanente com a comunidade financeira, e no quadro do desenvolvimento de uma política de crescenteaproximação aos investidores, o Banco Comercial Português realizou um programa de iniciativasregulares cobrindo as diversas praças financeiras europeias (Lisboa, Londres, Paris, Frankfurt,Amesterdão e Milão) e nos EUA (Nova Iorque e Boston), participando em conferências,realizando “roadshows” e promovendo o 3.º “Investor Day”.

Criação de Valor Accionista

O acréscimo do valor de mercado do BCP e os rendimentos distribuídos sob a forma dedividendos permitiram uma significativa criação de valor para os accionistas no exercício de 2005,conforme se ilustra no quadro seguinte:

Capitalização Bolsista em 31 Dez. 04

Acções BCP 6.156,5

Capital BCP 2005 ( Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) 674,8

Total 6.831,3

Capitalização Bolsista em 30 Dez. 05

Acções BCP 7.589,7

Considerando as novas acções resultantes da conversão dos valores Capital BCP 2005 771,1

Total 8.360,8

Acréscimo no valor da capitalização bolsista 1.529,5

Dividendos distribuídos

Dividendo anual de 2004 211,7

Dividendo antecipado intercalar de 2005 107,5

Total 319,2

Criação de valor para o Accionista em 2005 +1.848,7

(valorização da capitalização + dividendos)

Milhões de Euros

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Em 2005, o Banco realizou mais de 180 reuniões com investidores institucionais, incluindo quer reuniões“one-on-one” em Lisboa ou no estrangeiro, quer reuniões via teleconferência e videoconferência.

Recomendações dos Analistas Financeiros

Acompanhando o comportamento positivo da acção BCP durante 2005, verificou-se umaevolução positiva das recomendações e preços-alvos (“price targets”) publicados pelos analistasfinanceiros. Esta tendência traduziu-se num aumento de 14% do “price target” médio, passando de 2,02 euros por acção em 2004 para 2,30 euros por acção em 2005.

Entre as 8 principais casas de investimento, com actividade mais intensa no acompanhamento do título, 5 têm recomendações de “buy”, “strong buy”, “outperform” ou “accumulate”, sendo quenenhuma mantinha recomendações negativas.

Acções Próprias

De acordo com a deliberação aprovada em Assembleia Geral de Accionistas do BCP, o Bancopode adquirir ou alienar acções próprias até ao limite de 10% do seu capital social.

Em 31 de Dezembro de 2004, o Banco Comercial Português não detinha acções próprias emcarteira. Durante o ano de 2005 o Banco Comercial Português não realizou operações decompra ou venda com acções BCP. Em 31 de Dezembro de 2005, o Banco Comercial Portuguêsnão detinha em carteira quaisquer acções próprias.

Principais Conferências

Abril 2005 Morgan Stanley – "Morgan Stanley European Banks Conference 2005"

Maio 2005 UBS Warburg – "2005 Global Financial Services Conference"

3.º "Investor Day" do BCP, que à semelhança de edições anteriores contou com a presença

das principais instituições financeiras que regularmente produzem "research" sobre o título BCP

Junho 2005 Goldman Sachs – "European Financial Conference"

Setembro 2005 Santander Central Hispano – "Santander Annual Iberian Conference"

Outubro 2005 Merrill Lynch – "Banking & Insurance Conference"

Novembro 2005 Espírito Santo Research – "Espírito Santo Iberian Event"

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Número de % CapitalEstrutura Accionista Accionistas Social

Colaboradores do Grupo 4.824 0,76%

Outros Acc. Individuais 178.811 16,85%

Empresas 5.506 9,05%

Institucionais 512 73,00%

Total 189.653 100,00%

N.º de Acções Número de % Capitalpor Accionista Accionistas Social

> 5.000.000 75 75,40%

500.000 a 4.999.999 200 9,00%

50.000 a 499.999 1.162 4,18%

5.000 a 49.999 16.484 5,99%

< 5.000 171.732 5,42%

Total 189.653 100,00%

Estrutura accionista do Banco Comercial Português em 31 de Dezembro de 2005

N.º de Acçõespor Accionista

> 5.000.000 41 38,66% 34 36,74% 0 0,00% 5 6,70%

500.000 a 4.999.999 121 4,73% 79 4,27% 12 0,45% 3 0,15%

50.000 a 499.999 1.056 3,67% 106 0,52% 10 0,08% 17 0,10%

5.000 a 49.999 16.267 5,89% 217 0,10% 8 0,01% 42 0,03%

< 5.000 170.337 5,38% 1.395 0,05% 1 0,00% 14 0,00%

Total 187.822 58,33% 1.831 41,67% 31 0,537% 81 6,969%

Nacionais% Capital

Social Estrangeiros% Capital

SocialFundos de

Investimento% Capital

Social% Capital

SocialFundos dePensões

Accionistas

Estrutura Accionista

No final de 2005 o número de accionistas do Banco Comercial Português totalizava 189.653,sendo inferior em cerca de 33.857 relativamente ao final de 2004. Para este decréscimo terácontribuído a valorização do título e consequente oportunidade de realização de mais-valias,principalmente por parte de investidores particulares.Verificou-se igualmente um reforço do pesodos accionistas institucionais, que são actualmente detentores de acções representativas de 71%do capital social do Banco.

No que respeita à estrutura accionista, os accionistas nacionais representam 99,0% do total deaccionistas sendo detentores de 58,3% do capital social do Banco. Por seu turno, os accionistasestrangeiros representam apenas 0,97% do número total de accionistas e são detentores deacções representativas de 41,7% do capital social do BCP

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Prioridades Estratégicas do Grupo72

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Prioridades Estratégicas do Grupo

Disciplina na Gestão do Capital

O Millennium bcp tem prosseguido uma rigorosa disciplina na gestão da base de capital, tendoem vista a optimização da sua alocação e garantindo a sua adequação face às exigênciasprudenciais e de mercado. Para a concretização desta prioridade estratégica, foram definidas,no início de 2003, como principais linhas de orientação: (i) a optimização do consumo decapital nos negócios “core” em Portugal, nomeadamente através de um enfoque na melhoria da sua rendibilidade; (ii) a minimização da exposição a negócios considerados não estratégicos;(iii) a alocação eficiente de capital nas operações desenvolvidas nos restantes mercadosdomésticos (Polónia e Grécia); e (iv) a avaliação criteriosa e transparente das exigências decapital associadas a projectos de expansão. O crescimento do peso relativo de negócios commenores exigências relativas de capital económico ao longo dos últimos anos e oreajustamento do perfil da actividade de diversas áreas de negócio reflectem uma gestão maiseficiente do capital, orientada para a maximização da rendibilidade do capital empregue e paraa afectação crescente do capital a negócios “core” com rendibilidade e crescimento superiores.

Em 2005 foram realizadas operações importantes em matéria de alienação ou redução deexposição em activos não “core”, destacando-se: a concretização da venda da Crédilar ; a alienação

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2005: Um ano de progresso

Resultado Líquido Consolidado em 2005:753,5 milhões de euros

Concretização daalienação de activos“non -core”e de participaçõesfinanceiras.

Gestão criteriosae transparenteda base de capitalna avaliação dos planosde expansão.

Manutenção de ráciosrobustos apósintrodução das IFRS,revisão de pressupostosdo Fundo de Pensõese custos dereestruturação.

Cumprimentodos objectivosde aumento deproveitos e fixaçãode objectivos maisambiciosos para2006/2007.

Execução do programade redução de custoscom pessoal e TI.

Bank Millenniumatinge resultadosrecorde.

NovaBank comresultados positivos.

Ambicioso programade expansão de sucursaisem 2006-2008,em ambos os mercados.

Base accionistamais diversificadae maior “free float”.

“CorporateGovernance”em linha com asmelhores práticas.

Resultadosregistam máximohistórico.

Cotação atingemáximo dosúltimos 3 anos.

Aumento dodividendo em 8%.

Objectivo decrescimentodo EPS acimade 20% / ano(2005-2008).

Gestão criteriosada base de capital

Rendibilidadeda operaçãoem Portugal

“Performance”Operaçõesinternacionais

Estruturaaccionista

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ao Santander Consumer Finance da participação do BCP no capital social do Interbanco (50,001% do capital social do Interbanco); o acordo com o Dah Sing Bank Limited, sediado emHong Kong, para a alienação das actividades no sector bancário e segurador desenvolvidas emMacau, assegurando a manutenção da sucursal local do Millennium bcp; o início do processo deinformação e consulta dos parceiros sociais em França, o que constitui uma condição prévia, nostermos da legislação local, à conclusão do acordo para a aquisição de 80,1% do capital social doBanque BCP pela Caisse Nationale des Caisses d'Epargne; a venda de participações accionistas naFriends Provident; e a diminuição da posição na EDP.Tratam-se de medidas de alcance estratégicoque se traduziram em significativas mais-valias e numa contribuição determinante para o reforçodos fundos próprios do Millennium bcp.

Foram ainda concluídas, no início do ano, as formalidades relativas à alienação de 51% do capitalsocial e cedência do controlo de gestão ao Grupo Fortis da “joint-venture” "Millennium bcp Fortis– Grupo Segurador, SGPS, S. A.", entidade que detém a totalidade do capital das companhias deseguros especializadas na actividade de “bancassurance”: Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros de Vida, S. A., Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros, S. A., Pensõesgere – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S. A. e Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde,S. A. – Médis; e relativas à alienação ao Grupo Caixa Geral de Depósitos de 100% do capital socialdas companhias Império Bonança – Companhia de Seguros, S.A., Seguro Directo Gere – Companhia de Seguros, S.A., Impergesto – Assistência e Serviços, S.A. e Servicomercial – Consultoria e Informática, Lda., nos termos do acordo estabelecido entre o BCP e a CGD em Abril de 2004.

No final de Dezembro, e após obtenção das autorizações necessárias, foi concluído o processo dealienação das actividades no sector bancário e segurador do Millennium bcp em Macau ao GrupoDah Sing Bank: participação correspondente a 100% do Banco Comercial de Macau, S.A., 96% daCompanhia de Seguros de Macau, S.A.R.L. e 100% Companhia de Seguros de Macau Vida S.A.R.L.,pelo valor total de 1.719 milhões de Patacas, o que corresponde a cerca de 179 milhões de euros(originando uma mais-valia em base consolidada de 123 milhões de euros).

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No início de Janeiro de 2006, e na sequência da obtenção das autorizações regulamentaresnecessárias, foi concluído o processo de alienação da participação de 50,001% no capital social doInterbanco, S.A., transacção anunciada em 4 de Agosto de 2005, tendo o adquirente sido o SantanderConsumer Finance, S.A., entidade nomeada pela SAG GEST – Soluções Automóvel Globais, SGPS,S.A., no âmbito do exercício do direito de preferência que lhe estava atribuído. O preço de venda da participação foi de 110 milhões de euros, valor que será objecto de ajuste final em função da variação da situação líquida do Interbanco, S.A. durante o exercício de 2005. A consideração destatransacção representa para o Millennium bcp uma mais-valia estimada de 84 milhões de euros.

Tendo em vista alcançar a total flexibilidade estratégica com vista à maximização do seu valor futuroe a discricionariedade na opção por alternativas futuras de libertação de capital em activos não“core”, o Banco Comercial Português S.A. chegou a um acordo com a Banca Intesa para a cessaçãoda parceria no Banco de Investimento Imobilário, S.A. (BII) e alienação das participações cruzadasexistentes entre os dois bancos. No âmbito deste acordo o Banco Comercial Português procedeu à aquisição de 30,1% do capital social do BII detido até então pela Banca Intesa. A Banca Intesa procedeu à alienação de acções representativas de 7,43% do capital social do BCP, através do processo de “accelerated global tender”, dirigido a investidores internacionais. O BCP alienou a participação de 2,08% na Banca Intesa por transferência para o seu Fundo de Pensões, a título decontribuição em espécie, registando uma mais-valia em base consolidada de 116 milhões de euros.

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Desinvestimentos

Montante Impacto no2005 Mais-valiada transacção “core capital” em p.b.

Friends Provident 137 32 —

EDP 163 3 ––

Intesa 487 116 ––

Credilar 65 51 10

PZU 181 127 23

BCM 175 123 29

1,208 452 62

Milhões de euros

Montante Impacto no2006 Mais-valiada transacção “core capital” em p.b.

Interbanco 110 84 20

Banque BCP (França e Luxemburgo) 109 45 13

219 129 33

Destaca-se também a concretização da aquisição ao Grupo Dimitrios Contominas dos restantes50% do capital social do NovaBank, passando assim este Banco a ser integralmente controlado peloBanco Comercial Português, S.A.. O custo global desta operação ascendeu a 360 milhões de euros,gerando um “good-will” de 294 milhões de euros com base no “fair value” dos activos e passivosatribuídos à parte do capital adquirido.

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A par destas medidas foi realizada uma operação de titularização de créditos hipotecários, através de um veículo especial de financiamento sediado na República da Irlanda, denominado “MagellanMortgages No3, Plc.”, no montante de 1.500 milhões de euros, cuja colocação internacional decorreucom notável sucesso. A carteira titularizada é constituída por créditos hipotecários originados peloMillennium bcp, sendo esta a maior operação de titularização deste tipo de activos até então realizada em Portugal. No 2.º semestre de 2005 foi colocada uma emissão de acções preferenciaisperpétuas e sem direito de voto, no montante de 500 milhões de euros, emitidas pela BCP FinanceCompany, entidade subsidiária do Banco Comercial Português, S.A.. Esta emissão enquadra-se nagestão de instrumentos de “hybrid capital” emitidos pelo Banco, permitindo o reembolso antecipadode anteriores emissões de instrumentos com as mesmas características e proporcionando assim umaredução significativa dos respectivos custos.

De salientar a manutenção de rácios de capital robustos após a introdução das IFRS, a revisão dos pressupostos relativos ao Fundo de Pensões e os custos de reestruturação. Estes ajustamentos patrimoniais têm um impacto em fundos próprios que é objecto de um período de amortização variável, conforme definido pelo Banco de Portugal. Em suma, os ajustamentos de transição a 31 deDezembro de 2004 corresponderam a uma dedução de cerca 20 pontos base do “Core Tier I”.Em 1 de Janeiro de 2005, o rácio de solvabilidade situou-se em 13,2% – elevando-se a componente“Core Tier I” a 5,5%.

Evolução do capital

(IFRS)

Evolução do capital

31.12.05(e)

2.8942.7812.944

30.06.0501.01.05(IFRS)(IFRS)

53.697 53.450 54.171Riscosponderados

13,2% 12,8% 12,9%Capitaltotal

5,5% 5,2% 5,3%“Core Tier 1”

5,9%

“CoreCapital”

A incluir em 2006 (estimado)

+60-70p.b./ano

Sólida base de Capital após impactosimportantes em 2005

Venda Interbanco

Venda Banque BCP

Alienação de outrosactivos “non-core”

Geração orgânica de capitallíquida das deduções IFRSde transição (+40p.b.)

Transição para IFRS

Alienação de activos “non-core”

Aquisição dos minoritários do Bancode Investimento Imobiliário

Actualização dos pressupostos actuariaisdo Fundo de Pensões

Redução do número de colaboradores

Desenvolvimentos em 2005 e perspectivas para 2006

Os indicadores de solvabilidade reflectiram o fortalecimento dos indicadores de rendibilidade dasoperações “core”, nomeadamente a capacidade de geração de resultados do Grupo, e a redução daexposição do Grupo a activos considerados não estratégicos. O rácio de solvabilidade calculado deacordo com as normas do Banco de Portugal situou-se em 12,9% em 31 de Dezembro de 2005(“Tier I” de 7,4%).

�� Milhões de euros, excepto percentagens

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Maximização do Valor do "Franchising" em Portugal

A consolidação da posição de liderança em Portugal integra-se num plano mais vastoconducente à melhoria sustentada da rendibilidade consolidada – Programa de RefundaçãoMillennium, através da implementação de um conjunto de iniciativas orientadas para adinamização do negócio, para a melhoria dos indicadores de retenção de Clientes, para umadefinição mais rigorosa do “pricing” e para a optimização do modelo de distribuição multicanal.As iniciativas incluídas no Programa Millennium traduzem-se no reforço da rendibilidade e nocrescimento do volume de negócios, materializando em resultados a estratégia de enfoque nonegócio “core” de retalho em Portugal.

A maximização do valor do “franchising” em Portugal visa a obtenção de níveis adequados derendibilidade e a geração interna de fundos, a procura contínua de melhorias de eficiência,extraindo sinergias da centralização de actividades e capitalizando o conhecimento e experiênciaacumulados nos diferentes mercados, e a melhoria da qualidade do crédito.

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Execução do Programa Millennium

Redução das provisões de crédito brutas +117

Rendibilidade adicionalacumulada capturada

em 2004 e 2005Taxa de execução

do Programa Millennium

Empresas e Corporate + 47

Banca de Retalho +133

Internacional(Proveitos recorrentes) + 65

Total já alcançado Bruto + 362

PlanoReal

PlanoReal

PlanoReal

PlanoReal

PlanoReal

117%

70%

62%

70%

106%

45%

93%

55%

98(*)

67%

(*) Objectivo acumulado para 2006: 370 milhões de euros

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Ao longo de 2005, concretizou-se o maior dinamismo comercial incutido pelo “Novo Modelode Gestão” bem como os grandes progressos na contenção de custos e melhoria da eficiênciaoperativa, com o rácio “cost to income” a convergir para o objectivo de médio prazo anunciado.

Milhões de euros, excepto percentagens

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Grau de execução – Banca de Retalho (Portugal)

Objectivo para 2006: +100 milhões de euros(líquido)

45%

38M.e.

133M.e.

Aumento de proveitos acumulado ultrapassouo objectivo estabelecido para o final de 2006

“Prestige”

“Negócios”

“Retalho”

125M. e. antesde impostos

Δ 2004 e 2005

+ 26 M. e.

Forte desempenho do crédito à habitação (+17,7%)

Crescimento dos recursos de clientes (+6,2%)

Crescimento da margem financeira em +6,6% e decomissões em +10,2% em resultado do crescimentode volumes, “spreads” estáveis e “repricing” de serviços

Aumento de proveitos líquidosna banca de Retalho

2004 2005

100%

15%

Aumento de proveitos

+ 35 M. e.

+ 72 M. e.

+ 133 M. e.

2006

O Millennium bcp está em condições de prosseguir o seu plano de optimização de custos,tendo por objectivo a redução estrutural e sustentada do rácio “cost-to-income”e a obtenção de retornos superiores nas várias áreas de negócio. A implementação das orientações estratégicas permitiu a confirmação do aumento das contribuições para os resultados consolidados de todas as áreas de negócio definidas na nova estruturaorganizacional, salientando-se: a sustentabilidade do forte aumento da rendibilidade da bancade retalho em Portugal, assegurando rendibilidades do capital afecto em linha com os melhoresparâmetros internacionais, o aumento da rendibilidade da banca de investimento e a gestãopró-activa dos riscos de crédito nas áreas de Private Banking e Empresas e Corporate em Portugal, aumentando a eficiência da alocação de capital.

Em 2005, foram cumpridos os objectivos de aumento de proveitos, tendo sido atingidos na sua quase totalidade os objectivos estabelecidos para 2003-2006, resultando na fixação de objectivos mais ambiciosos para 2006/2007. Foram implementados com sucesso planos de melhoria da performance comercial através das campanhas “M3”, “Prestige” e “ClienteFrequente”, actualização de preçários e introdução de comissões sobre transacções.A execução do programa de redução de custos com pessoal e TI prosseguiu com um bomritmo. O forte dinamismo comercial deverá manter-se em 2006 e 2007, suportado peloaumento consistente do “cross-selling” e pelo crescimento robusto do crédito à habitação e recursos de clientes.

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Enfoque na Grécia e Polónia como Opções de Crescimento Internacional

Nas restantes operações “core”, destaca-se o forte crescimento do volume de negócios dasoperações na Polónia e Grécia, sendo de salientar a melhoria da rendibilidade e eficiência do Bank Millennium na Polónia, conduzindo a obtenção dos resultados mais elevados em 16 anosde actividade e a preservação de resultados líquidos positivos na Grécia após a obtenção do “break-even” operacional no último trimestre de 2004, beneficiando da expansão do volume de negócios potenciada pela oferta inovadora de produtos financeiros.

A actividade do Bank Millennium desenvolveu-se em conformidade com os 3 pilares que suportama sua estratégia de médio prazo: ganhar escala e aumentar a rendibilidade do negócio de retalhovia crescimento orgânico; melhorar as vendas e a oferta na área de empresas por forma a aumentar os resultados; e explorar sinergias com o Millennium bcp em várias áreas com o objectivo de capitalizar as vantagens de integrar um Grupo multi-doméstico. A estratégia do BankMillennium assenta no aproveitamento dos benefícios obtidos com o programa de reestruturaçãodesenvolvido entre 2002 e 2004, para reforçar ainda mais a sua produtividade comercial e eficiência operativa.Tendo em consideração a persistência de oportunidades de crescimento em várias áreas de negócio, dada a reduzida penetração dos produtos bancários na Polóniacomparado com outros países europeus, o Bank Millennium continuará a prosseguir a sua estratégia de crescimento selectivo, orientado pelos objectivos estabelecidos.

Materializar a visão de Banco multi-doméstico

Dimensão/relevânciade cada operação

Um dos 5 maiores Bancoscom um mínimo de 10%de quota em cada Mercado

Ambição

Contribuiçãopara os resultadosdo Grupo

Contribuição de 30%,para os resultadosconsolidados, das operaçõesinternacionais (grande pesorelativo da Polónia e Grécia)

Contribuiçãodas operaçõesinternacionais

Bank Millennium

NovaBank

9 ~4%

13 ~1%

3 10%

Ambição

“Ranking” Quota de mercado(em activos)

2004 2005

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O sector bancário grego apresenta-se como um mercado em rápida expansão sem a presençarelevante de “players” estrangeiros. O Estado Grego controla ainda e detém participaçõessignificativas num número relevante de instituições. O estádio actual de desenvolvimento comercial e tecnológico do sector bancário traduz-se em oportunidades de crescimento orgânico para Bancos modernos, inovadores e eficientes, tal como o NovaBank, que se encontra ainda numa fase inicial de desenvolvimento, mas apto para beneficiar das fortesoportunidades de crescimento que se abrem.

O Millennium bcp reitera a sua estratégia de criação de uma instituição verdadeiramente multi-doméstica, no respeito pelos princípios de disciplina de capital e criação de valor para os Accionistas, tendo definido como prioridade acelerar o crescimento nas operações “core”na Polónia e Grécia, através da expansão ambiciosa da rede de sucursais, procurando atingir uma dimensão relevante de cada operação no respectivo mercado e aumentar a contribuição para os resultados consolidados.

O Millennium bcp está ainda atento às oportunidades de crescimento em mercados específicosque se poderão concretizar através de aquisições ou de operações “greenfield”, desde que estasacrescentem valor ao seu “portfolio” de negócios e tenham um alcance estratégico relevante.Em 2005, o Banco esteve profundamente envolvido no processo de privatização do BancaComerciala Romana, cuja aquisição não se veio a concretizar. Ao longo do processo o Banco deu mostras inequívocas de aplicação rigorosa e transparente de critérios de disciplina de capital e criação de valor, reconhecendo tratar-se de uma oportunidade única, que muito contribuiria para o seu desenvolvimento transformacional. Doravante, o Millennium bcp procurá descobrir e abordar outras alternativas de desenvolvimento e rendibilidade que, no respeito pelas linhas de actuação anunciadas, assegurem crescimento sustentado, rendibilidade superior e preservaçãoda autonomia estratégica.

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Banca de RetalhoPrivate Banking e Asset ManagementEmpresas e CorporateBanca de Investimento

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Áreas de Negócio em Portugal

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Áreas de Negócio

Aspirando assumir-se como uma verdadeira instituição multi-doméstica, com uma identidade supra-nacional, o Millennium bcp desenvolve um vasto conjunto de actividades bancárias e serviços financeiros relacionados, operando no mercado português e em diversos países estrangeiros.A análise das actividades das principais áreas de negócio é apresentada de acordo com o modeloorganizacional introduzido em 2005, que consagra a estruturação de quatro áreas de negócio em Portugal – Banca de Retalho; Private Banking e Asset Management; Empresas e Corporate;Banca de Investimento – e duas áreas de negócio abrangendo as operações em países estrangeiros:European Banking e Overseas Banking.

Os valores reportados para cada área de negócio resultam da agregação das subsidiárias e unidades de negócio que o compõem, reflectindo também o impacto, ao nível do balanço e da conta de exploração, do processo de afectação de capital e de balanceamento de cadaentidade, efectuado com base em valores médios.

As rubricas do balanço de cada subsidiária e unidade de negócio são recalculadas tendo em conta a substituição dos capitais próprios contabilísticos pelos montantes afectos através do processo dealocação, respeitando critérios regulamentares de solvabilidade. O balanceamento das várias operações é assegurado por transferências internas de fundos, não se registando alterações ao nível consolidado.As contribuições líquidas de cada segmento incorporam todos os impactos dos movimentos de fundos descritos anteriormente e reflectem os resultados individuais das unidades de negócio,independentemente da percentagem de participação detida pelo Grupo, incluindo os impactosrelacionados com a realocação de capitais.

A informação seguidamente apresentada foi preparada com base nas demonstrações financeiraselaboradas de acordo com as IFRS. Os valores comparativos de 2004 encontram-se em base pró-forma,tendo em conta as alterações referidas e as modificações ocorridas no perímetro dos segmentos de negócio. Para efeitos desta análise, as operações de natureza não recorrente foram expurgadas de cada uma das rubricas e em cada um dos segmentos.

“Performance” por Área de Negócio

Contribuição Líquida

Bancade Retalho

Banca deInvestimento

EuropeanBanking

OverseasBanking

Private Bankinge Gestão de Activos

Capital Alocado

Empresase Corporate

48,8

82,2

191,9

46,0

148,4

23,3

51,1

14,9

-17,2

131,0

203,5

563,6

1.004,6

808,9

71,3

115,9

252,7

70,9

71,0%

18,4%

21,0%

9,6%

19,1%

20,9%

18,2%

Retorno do Capital Alocado

-3,1%

Exclui as subsidiárias alienadas ou em processo de alienação. (Banque BCP França e Luxemburgo no European Banking e Banco Comercial de Macau no Overseas Banking)

277,4 860,4

207,6 989,9

32,2%

83,0

530,4

63,4%

24,0%

32,7%

Dez-04

Dez-05

Dez-04

Dez-05

Dez-04

Dez-05

Dez-04

Dez-05

Dez-04

Dez-05

Dez-04

Dez-05

Milhões de euros, excepto percentagens��

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Banca de Retalho

A Banca de Retalho em Portugal é a área de negócios mais expressiva na actividade do Millennium bcp, quer em termos de volume de negócios, quer ao nível da contribuição líquida.A actividade da banca de retalho pretende satisfazer as necessidades e expectativas financeiras de Clientes que valorizam uma proposta de valor alicerçada na inovação e rapidez, designadosClientes “Retalho”, e de Clientes cuja especificidade de interesses, dimensão do patrimóniofinanceiro ou nível de rendimento, justifica uma proposta de valor baseada na inovação e napersonalização de atendimento através de um Gestor de Cliente dedicado, designados Clientes“Prestige” e “Negócios”. A rede de sucursais e os canais de banca à distância funcionam tambémcomo pontos de distribuição dos produtos e serviços do Millennium bcp, em conformidade com a estratégia de “cross-selling”.

Em 2005, foi consolidada a estrutura comercial com a diferenciação entre os Clientes de “Retalho”e os Clientes com atendimento personalizado, com especial destaque para o reforço dos contactospró-activos e o desenvolvimento de ofertas criadoras de valor para cada um dos segmentos, taiscomo: no “Segmento de Retalho” a proposta de valor para os Clientes do segmento jovem comidades entre os 18 e os 26 anos denominada “Selecção Sub-26” e a resposta às necessidades dostrabalhadores por conta de outrém sustentada na oferta “Vantagem Ordenado”; no “SegmentoPrestige” o “Programa Mais Prestige”, com a exigência de um contacto frequente do gestor com a sua carteira de Clientes; e no “Segmento Negócios” a distinção dos Clientes com a atribuição do estatuto de “Cliente Aplauso” e a consolidação da oferta no “Plano de Negócios”.

Banca de Retalho

Recursos +6%

Crédito à habitação +18%

Revisão do preçário

Recursos +8%

Crédito à habitação +15%

“Cross-selling” +1,5 milhões de produtos

Encarteiramento de Clientes

Destaques 2005 Objectivos 2006

Com o intuito de libertar carga administrativa das sucursais e alocar mais tempo à acção comercial,foi implementado o “programa M3”, permitindo o aumento dos contactos com os Clientes e a evolução de uma abordagem baseada na venda do produto para uma abordagem centrada no relacionamento com o Cliente. Procedeu-se ainda à reestruturação da dimensão da rede e ao rejuvenescimento e formação das equipas, com o objectivo de reforçar o dinamismo e a competência das equipas comerciais.

O rigor na gestão e na inovação de produtos de crédito permitiu ultrapassar os objectivosdefinidos para 2005, tendo os novos produtos obtido uma boa receptividade por parte dosClientes, nomeadamente o “Crédito Pessoal a 7 anos” e a garantia da prestação mais baixa do mercado no crédito à habitação.

Valores apresentados de acordo com as IFRS��

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2002 Dez. 2005

“Segmento Prestige”

5,375,83

2002 Dez. 2005 2002 Dez. 2005

Banca de Retalho

3,53

2001

3,85

Dez. 2005

3,61

2002

3,71

2003

3,79

2004

“Segmento de Retalho” “Segmento Negócios”

Indicadores de “cross-selling”(n.º de produtos por Cliente)

3,45

3,614,94

5,32

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A concretização destas iniciativas resultou num impacto positivo no índice de “cross-selling”, nocrescimento da rendibilidade e na melhoria dos indicadores de satisfação dos Clientes,traduzindo-se na superação dos objectivos propostos para 2005.

Evolução dos níveis de “cross-selling”

No âmbito da satisfação e fidelização dos Clientes, o Millennium bcp assegurou pela primeira vez a cobertura total das áreas de negócio e dos canais de distribuição através de estudos de mercadoou inquéritos de rastreio. Em complemento destes estudos, foram ainda realizados vários inquéritosespeciais sobre diferentes produtos e serviços ou sobre as percepções e preferências de gruposespecíficos de Clientes. Merece também destaque o Projecto “A Caminho da Excelência”, que visoufocar todos os agentes comerciais na melhoria dos factores-chave da satisfação dos Clientes e no aperfeiçoamento da relação de serviço. Esta iniciativa compreendeu um programa de “ClienteMistério” incidente sobre aqueles factores, que teve um forte impacto na Rede.

No âmbito de projectos de realinhamento, dinamização da abordagem comercial e de melhoriado serviço ao Cliente, foram desenvolvidos dois programas de formação específicos paradiferentes segmentos de negócio. O primeiro, designado “Academia M3”, enfocado em trêsaspectos nucleares – “Melhor serviço”, “Mais eficácia” e “Menos carga operativa” – contemploutrês dias de formação presencial, envolvendo 4.983 Colaboradores e mais de 90 formadoresinternos. O segundo, designado “Academia Mais Prestige”, foi desenvolvido com o objectivo dereforçar competências genéricas e específicas dos gestores de Cliente do “Segmento Prestige”.Participaram cerca de 600 gestores, totalizando 12.600 horas de formação, estando prevista a sua continuidade a partir de Janeiro de 2006 de forma a abranger todos os Colaboradores que acompanham aquele segmento de Clientes.

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Este esforço de formação na rede comercial exigiu um acompanhamento pelas unidades de “back-office”, por meio de iniciativas de formação orientadas para as suas necessidades específicase, especialmente, para a sua capacidade de recordar o facto de que todas as suas intervenções têmimpacto no serviço prestado ao Cliente final. Neste domínio, foi efectuado um enorme esforço deformação que visa a actualização e preparação dos Colaboradores que desempenham funções emáreas de “back-office”, nomeadamente das áreas de Tecnologias de Informação.

2005 2004 Variação

Margem financeira 758,9 712,2 6,6%

Outros proveitos líquidos 401,9 367,8 9,2%

1.160,8 1.080,0 7,5%

Custos de transformação 746,8 763,4 -2,2%

Provisões 31,4 111,9 -72,0%

Contribuição antes de impostos 382,6 204,7 86,8%

Impostos e interesses minoritários 105,2 56,3 86,8%

Contribuição líquida 277,4 148,4 86,8%

Demonstração de resultados Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variação

Capital afecto 860,4 808,9 6,4%

Rendibilidade do capital afecto 32,2% 18,4% ––

Riscos ponderados 17.836 16.364 9,0%

Rácio de eficiência 64,3% 70,7% ––

Créditos sobre Clientes 23.667 21.068 12,3%

Recursos totais de Clientes 31.577 29.739 6,2%

Síntese de indicadores Milhões de euros, excepto percentagens

A Banca de Retalho em Portugal atingiu uma contribuição líquida de 277,4 milhões de euros em 2005, um aumento de 86,8% em relação aos 148,4 milhões de euros no ano anterior. Estaevolução foi determinada pela subida da margem financeira e dos outros proveitos e por menorescustos de transformação e necessidades de provisionamento, resultando na melhoria da rendibilidade do capital afecto de 18,4% em 2004 para 32,2% em 2005 e do rácio de eficiência de 70,7% em 2004 para 64,3% em 2005.

A carteira de crédito cresceu 12,3% para 23.667 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2005(21.068 milhões de euros em 2004), impulsionada pelo aumento do crédito à habitação. Os recursostotais totalizaram 31.577 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2005, mais 6,2% face ao anoanterior, beneficiando do aumento dos seguros de capitalização e dos depósitos de clientes.

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"Segmento de Retalho"

O Millennium bcp estabeleceu como objectivo para 2005 a consolidação no “Segmento deRetalho” dos principais vectores estratégicos definidos no ano anterior, com especial destaque parao reforço dos contactos pró-activos com a base de Clientes e o desenvolvimento de linhas deoferta sustentadas em pacotes de produtos, como forma de reforçar a relação com os Clientes do segmento e alavancar os indicadores de “cross-selling”.

O aumento dos contactos com os Clientes e a evolução de uma abordagem de produto para umaabordagem de Cliente foram princípios que nortearam o desenvolvimento do “programa M3” que,por via da retirada de cargas operativas das sucursais e alocação do tempo liberto à acçãocomercial, contribui para a expansão significativa do volume de negócios.

A dinâmica de contacto das sucursais com a sua base de Clientes assentou numa ferramentainformática de suporte – o iPAC – que através do Plano de Contactos Obrigatórios organiza esistematiza a abordagem dos Clientes da sucursal, ao longo dos sucessivos ciclos comerciais de seissemanas, criando condições para que a cada Cliente passasse a ser apresentada a oferta maisajustada ao seu perfil individual. Para cada Cliente, o PCO – Plano de Contactos Obrigatório – agrega todos os assuntos para os quais se encontra seleccionado, em cada ciclo comercial,facilitando e orientando a acção comercial. Em cada ciclo comercial foram seleccionados cerca de385 mil Clientes do “Segmento de Retalho” para contacto, o que permite garantir um contactomínimo por ano com todos os Clientes.

O elevado ritmo de adesão dos Clientes à solução “Cliente Frequente” veio confirmar a apetênciado mercado para soluções financeiras sustentadas em pacotes de produtos, sendo que osindicadores disponíveis demonstram inequivocamente que os Clientes aderentes à soluçãoapresentam indicadores de satisfação, índices de “cross-selling” e níveis de rendibilidade bastantesuperiores à média dos restantes Clientes do segmento.

A proposta de valor para o segmento foi complementada com o lançamento da “Selecção Sub-26”,dirigida ao segmento de mercado dos jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 26 anos,solução constituída por um conjunto de produtos e serviços idênticos ao “Cliente Frequente”,mas com uma comissão mensal mais reduzida, integrando ainda benefícios específicos em Crédito à Habitação bem como uma oferta exclusiva para Universitários. O lançamento da “Selecção Sub-26” no 2.º semestre alicerçou-se numa forte campanha promocional de créditopara aquisição de viaturas Smart/Vespa com condições altamente competitivas, conseguindo-secaptar 26 mil Clientes como aderentes até ao final de 2005.

O Millennium bcp continuou a dedicar uma especial atenção aos Clientes Universitários,introduzindo em 2005 novas vantagens específicas, com especial destaque para uma maiorflexibilização das linhas de financiamento de estudos – propinas, pós-graduações, mestrados e doutoramentos – como forma de facilitar o acesso ao ensino e apoiar os Clientes em momentos-chave da sua vida.

No segmento de Imigração, o Millennium bcp prosseguiu a estratégia definida anteriormente deabordagem da população estrangeira que trabalha e reside em Portugal sustentada na “ContaPassaporte”, solução que se confirmou como uma proposta inovadora e sem paralelo no mercado.

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Deste modo, o Millennium bcp consolidou a sua posição como Banco de referência num segmentocada vez mais relevante no tecido sócio-económico português.

No “Segmento de Retalho”, a resposta às necessidades dos trabalhadores por conta de outrémassumiu uma importância primordial, sendo que ao longo de 2005 o Banco manteve a suapresença junto de empresas, concretizando no 3.º trimestre uma forte campanha de captação deordenados, sustentada na oferta “Vantagem Ordenado”, que constituiu assinalável sucesso.

Como forma de captação de novos Clientes iniciou-se um programa regular de campanhas“member get member” em que Clientes seleccionados do Banco são convidados a recomendar o Millennium bcp aos seus amigos e familiares.

Em 2006, o Millennium bcp irá prosseguir uma estratégia de abordagem do segmento sustentadano contacto sistemático com a base de Clientes, continuando a desenvolver as suas linhas deoferta com base em propostas integradas de produtos e serviços que promovam e premeiam o incremento e intensidade de relacionamento dos Clientes com o Banco.

O acompanhamento dos novos Clientes ao longo do primeiro ano de relação com o Banco seráuma prioridade em 2006 pretendendo-se garantir que os Clientes estabeleçam relações próximascom o Millennium bcp desde o momento da abertura de conta.

Será igualmente dada especial atenção à captação dos agregados familiares dos Clientes do Bancopretendendo o Millennium bcp captar o negócio das famílias na sua globalidade, por via daconsolidação e dinamização da relação familiar com o Banco ao longo do ciclo de vida dos Clientes.

A retenção dos Clientes e a redução de taxas de abandono será igualmente uma prioridade em 2006,estando prevista a implementação de acções regulares de retenção sustentadas em modelospreditivos, que permitirão realizar acções comerciais específicas junto dos Clientes que indiciemsintomas de abandono ainda numa fase precoce, procurando inverter atempadamente essa tendência.

"Segmento Prestige"

Em 2005 prosseguiram os trabalhos da equipa de projecto “Iniciativa de Dinamização Prestige”,constituída no âmbito do Projecto refundacional do Banco Comercial Português, com o objectivo de repensar e implementar acções criadoras de valor no segmento.Tendo-se o Banco comprometido perante os investidores a aumentar os resultados em 160 milhões de euros na Área de Retalho no horizonte 2004-2006, o “Segmento Prestige” ficou responsávelpor adicionar uma quota de 35-40 milhões de euros.

Conscientes da importância do papel do Gestor de Cliente como factor determinante da captação e manutenção do negócio, reafirmado por estudos de mercado que evidenciam que aquele é responsável por 80% dos atributos valorizados pelos Clientes, e tendo-se aindapercebido que cerca de dois terços dos Clientes gostariam de ser contactados pelo menos uma vez por trimestre pelo seu Gestor de Cliente, foi lançado, em Julho de 2005, o “ProgramaMais Prestige”, sustentado num melhor conhecimento do Cliente, melhor formação, melhorequipamento, melhor informação, melhor planeamento. Este programa, que abrangeu já mais de 100 sucursais de gestão personalizada, enquadra uma abordagem ao Segmento de Clientes

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“Prestige” assente no contacto mais frequente com toda a carteira de Clientes e no melhorconhecimento das necessidades e do perfil de cada um, por forma a conseguir estabelecer umarelação de maior confiança que sustente o relacionamento a longo prazo com o Banco.

Para além desta iniciativa, o ano de 2005 foi ainda marcado pela realização de estudos demercado que concluíram a necessidade de reformular a actual oferta assente no “ProgramaPrestige”, com o objectivo de a robustecer e tornar mais atractiva.

Em 2006, a Unidade “Segmento Prestige” prosseguirá com a sua estratégia enfocada no aumentodo número de Clientes acompanhados por Gestor de Cliente, valorizando nos critérios deencarteiramento a lógica de património financeiro e/ou volume de negócios; numa abordagempró-activa do Gestor de Cliente com base na identificação de indicadores potenciadores de maisnegócio e no conhecimento pessoal do Cliente; numa comunicação diferenciada da proposta devalor adequada ao segmento e na discriminação positiva dos melhores Clientes ao nível deatendimento e do preço.

"Segmento Negócios"

Ao longo de 2005 o “Segmento Negócios” assumiu como pilar estratégico fundamental a consolidação do Millennium bcp como principal parceiro financeiro das PMEs de bom risco.O aumento da frequência no contacto pró-activo com os Clientes e uma abordagempersonalizada daqueles cuja complexidade do negócio e potencial de rendibilidade o justificam,foram um dos vectores-chave de actuação. A atribuição de Gestores de Negócios a um maiornúmero de Clientes e a sua implantação, nos locais em que a dimensão do mercado o justifica,permitiu intensificar a abordagem personalizada aos Clientes, compreender melhor as suasnecessidades e, desse modo, assegurar as soluções mais adequadas a cada Cliente.A disponibilização de ferramentas de apoio à acção comercial com sugestão de oportunidades de negócio e gestão da agenda dos comerciais contribuiu para o aumento e sucesso doscontactos, reflectindo-se em aumentos do grau de satisfação dos Clientes do segmento, do índicede “cross-selling” e da rendibilidade média por Cliente.

A conjuntura económica manteve-se pouco propícia a uma expansão agressiva do crédito, peloque a actuação comercial foi muito selectiva, procurando incrementar o envolvimento com osClientes de melhor risco de forma a preservar a qualidade do crédito.

A atribuição do estatuto de “Cliente Aplauso” aos Clientes que apresentaram bom envolvimentocom o Banco, bom desempenho económico, solidez financeira, capacidade de inovação e quecontribuíram para o desenvolvimento do tecido empresarial, assumiu-se como a iniciativa commaior visibilidade, culminando com a entrega do “Prémio Aplauso” aos Clientes distinguidos.O referido Prémio consistiu na atribuição de um diploma personalizado e na possibilidade deacesso a uma linha de crédito, em condições de preço mais favoráveis, para fazer face a projectosde investimento que privilegiassem áreas como o aumento de produtividade e competitividade,criação de postos de trabalho, impacto ambiental, sistemas de informação ou energias alternativas.

Foi também dado enfoque aos diferentes sectores de actividade, com a criação de uma “OfertaSectorial” constituída por produtos adequados à satisfação das necessidades do Cliente, consoanteo sector em que este desenvolve a sua actividade.

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Em simultâneo, lançou-se o “Programa Franchising”; solução integrada destinada a apoiar osempresários e os particulares que pretendam investir num novo negócio. Foram estabelecidosProtocolos com “Franchisadores” para os apoiar a alargar a sua rede de “Franchisados”.

O Banco promoveu quer o programa de acompanhamento dos Clientes no 1.º ano,complementado com acções de aumento do envolvimento dos Clientes que apresentavam uma fraca relação com o Banco, quer programas de captação de novos Clientes.

Em 2006, o Millennium bcp prosseguirá a abordagem personalizada dos Clientes, continuando a atribuir Gestores de Negócios sempre que a complexidade do negócio e o potencial derendibilidade o justifique. Uma “Solução para ENIs” e uma “Solução global para empresas de menordimensão” são duas novas soluções integradas, previstas para o ano de 2006. Serão ainda realizadasacções de formação dirigidas a Gestores de Negócio e Dinamizadores Comerciais, visando o aumentodo nível de satisfação dos Clientes através da qualidade do atendimento e da prestação do serviço.

Banca Directa

Os canais de banca directa – “Internet”, “Mobile Banking” e “Banca Telefónica” – reforçaram a suavocação de complementaridade à proposta de valor das sucursais, reafirmando a sua estratégia deconquista de novos utilizadores e de captação de negócio.

"Internet" e "Mobile Banking"O serviço de “Internet Banking” para particulares privilegiou a dinamização do negócio de corretagem,através de uma estratégia de diferenciação da oferta, permitindo ao Millennium bcp atingir pelaprimeira vez, no mês de Setembro de 2005, o segundo lugar em termos de quota de mercado nonegócio de corretagem “on line”. Ainda na área dos produtos de investimento para particulares,o portal “millenniumbcp.pt” passou a disponibilizar informação diária sobre os principais produtosfinanceiros (acções,“warrants”, certificados, obrigações e fundos de investimento), assim como novosserviços como o “streamer”, que permite acompanhar a variação de títulos no mercado e o fluxocontínuo do negócio, e o serviço “Dow Jones Newswires” que fornece informação dos principaisindicadores económicos e as opiniões de analistas financeiros. Simultaneamente e para responder às necessidades de aconselhamento sobre soluções de investimento, foi criado o serviço de “Aconselhamento Personalizado”, acessível através do telefone ou “e-mail”.

Merece ainda destaque, pelo impacto que tem na satisfação dos Clientes ou pelo cariz inovador, adisponibilização dos seguintes serviços no portal “millenniumbcp.pt” para particulares: imagens decheques depositados em conta; carregamentos frequentes, que permite guardar os dados doscarregamentos para utilizações futuras; e alertas por “e-mail” ou SMS relacionados com operações debolsa e com cartões de crédito.

O número de utilizadores do serviço de “Internet Banking” para particulares aumentou 10% em 2005,tendo o número de visitas superado a fasquia de 25 milhões, o que representa um acréscimo de 18%face a 2004. No serviço de “Mobile Banking”, foram efectuadas, em média, mais de 100 mil consultasmensais, pelos mais de 56 mil Clientes que utilizaram o serviço.

O serviço de “Internet Banking” para particulares mantém excelentes indicadores de satisfação dosClientes, conforme constatado no inquérito “on line” realizado em Setembro de 2005, onde se

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concluiu que 95% dos utilizadores estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o serviço e 97% têmintenção de continuar a utilizá-lo. Considerando a importância para a fidelização dos Clientes, é desalientar o incremento de mais 8 pontos percentuais de Clientes muito satisfeitos, face ao anoanterior. Dos Clientes que utilizam outros serviços de “Internet Banking”, 72% preferem o oferecidopelo Millennium bcp.Também no que respeita à disponibilidade e desempenho do “site” os resultadosobtidos através de uma empresa de consultoria externa foram muito positivos, tendo-se atingido uma média semanal de 99,5% de disponibilidade que compara com 96,9% no sector financeiro.

O número de utilizadores do serviço de “Internet Banking” para Empresas aumentou 31% em 2005,tendo o número de visitas atingido os 9 milhões, o que representa um acréscimo de 35% face a2004. No serviço de “Internet” para empresas, adoptou-se uma comunicação ainda mais dinâmica,com a promoção activa das suas principais funcionalidades: documentos em formato digital;pagamento de ordenados e da Taxa Social Única; autorizações por SMS; transferências internacionais;serviço de pagamento a fornecedores; cobranças ibéricas e carta cheque.

A qualidade da oferta de “Internet Banking” do Millennium bcp – Particulares e Empresas – foi umavez mais reconhecida, com a atribuição de seis prémios pela revista “Global Finance” no âmbito dos"World's Best Internet Bank Awards 2005". Um júri internacional elegeu o portal do Millennium bcp,pelo terceiro ano consecutivo, como melhor “site” tanto para particulares como para empresas emPortugal – "Best Consumer Internet Bank" e “Best Corporate/Institutional Internet Bank", com quatroprémios também a nível europeu, nomeadamente o de "Best Information Security Initiatives" que veioreconhecer as iniciativas para informar e alertar os seus Clientes sobre a segurança na “Internet”.O portal do Banco foi ainda eleito, em 2005, pelo quarto ano consecutivo – “O Melhor siteFinanceiro em Portugal” pelos leitores da revista “PC Guia”.

Banca TelefónicaO serviço de Banca Telefónica do Millennium bcp tem como objectivo reforçar a conveniência e a disponibilidade do Banco no serviço ao Cliente, fornecer uma resposta, sempre que possívelimediata, às suas solicitações, questões ou problemas e cumprir sempre com o nível de serviçocomunicado ao Cliente.

Os resultados dos inquéritos à satisfação dos Clientes utilizadores do serviço de Banca Telefónica revelamque 93% dos Clientes estão satisfeitos ou muito satisfeitos. Constata-se igualmente melhorias significativasna capacidade dos assistentes para resolverem as questões colocadas pelos Clientes, com reflexosevidentes no nível de serviço prestado.

Dando continuidade a um processo de melhoria contínua e pela relevância que tem para a satisfação dosClientes, foram introduzidas melhorias na aplicação de gestão de contactos, onde são registados todos oscontactos relacionados com dúvidas, problemas e reclamações dos Clientes. Estas melhorias incidiram emnovas funcionalidades na ligação com as sucursais, permitindo o acesso a mais informação e um aindamelhor acompanhamento de cada contacto registado, reforçando assim a qualidade do serviço prestadoaos Clientes pelas sucursais e a optimização da produção de informação de gestão neste âmbito.

Por se considerar um importante segmento de Clientes, foi criada, em 2005, uma linha de atendimentodestinada a apoiar e satisfazer as necessidades dos Clientes que utilizam produtos do Banco sem deteremuma conta à ordem. Com a criação da Rede de Microcrédito, houve ainda a necessidade de se criar umalinha de atendimento especializada para prestar esclarecimentos a estes Clientes ou potenciais Clientes.

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No serviço de atendimento telefónico destaca-se, ainda no âmbito da oferta Ibérica, o lançamentode um serviço que permite o levantamento de numerário pelos Clientes do Millennium bcp, nassucursais do Banco Sabadell em Espanha e dos Clientes do Banco Sabadell em Portugal nassucursais do Millennium bcp.

Em 2005, fruto da consolidação da integração de canais de contacto, constituiu-se uma área deespecialistas e consultores vocacionada para contactar os Clientes que tenham demonstrado interesseem conhecer soluções de crédito à habitação e de poupança e investimento e apoiar Clientesparticulares e empresa no funcionamento do serviço de “Internet Banking” com vista ao incremento da sua utilização. Esta estratégia permitiu dinamizar e contribuir para o aumento do volume de negócios a partir do canal telefónico e “Internet” e incrementar a satisfação dos Clientes, quer face a estes canais,quer relativamente à oferta do Banco.

A componente de “Telemarketing” continuou a concentrar-se em produtos que melhor se adaptam ao canal telefónico, com base numa cada vez mais cuidada selecção de Clientes, contribuindo igualmentepara o aumento do negócio e da satisfação dos Clientes. O número de Clientes contactados atravésdeste serviço aumentou 12% face ao ano anterior e o crédito ao consumo concedido atingiu cerca de 2,5 milhões de euros.

"Self Banking"

A plataforma de “Self Banking” completa a rede de canais directos do Millennium bcp, constituindoum canal transaccional privilegiado. Esta operação integra um vasto parque de caixas automáticos(ATMs) e dispensadores de cheques (CATs), inserido nos espaços das sucursais ou cobrindo locaisnão bancários de grande tráfego e de conveniência para os Clientes, incluindo centros comerciais,supermercados e áreas de serviço, sendo também responsável pela gestão de um parque determinais de pagamento automático (POS), instalados em estabelecimentos comerciais.

As principais actividades desenvolvidas pela Direcção de “Self Banking”, tiveram como objectivo a contínua migração de transacções para as áreas de “self service”, a rentabilização deste canal,e a melhoria do nível de serviço prestado, traduzindo-se no aumento do índice de satisfação comos equipamentos “self-service”. Para o efeito, procedeu-se à instalação de novos equipamentos e ao aumento da cobertura em locais de grande tráfego e de conveniência. Foi aindadisponibilizada, nos equipamentos da rede interna, exclusiva para Clientes do Millennium bcp,a venda activa de produtos para Clientes previamente seleccionados.

O Millennium bcp apoia cerca de 2.380 ATMs da rede SIBS, das quais 1.160 estão instaladas emlocais não bancários, de conveniência para os Clientes. Durante 2005, realizaram-se 187 milhões de transacções nas ATMs da rede SIBS. Nos equipamentos de rede interna, foram efectuadas cercade 18 milhões de transacções, com especial destaque para a emissão de 14 milhões de cheques,representando 70% dos cheques emitidos pelo Banco para Clientes particulares.

Com o objectivo de reforçar a posição de liderança do Banco no mercado dos POS, foramefectuadas campanhas de dinamização comercial para a instalação de equipamentos.O Banco disponibilizou aos seus Clientes novos modelos de equipamentos – POS Móveis com GPRS e POS Portáteis. No final de 2005, o parque de POS do Banco era composto por 29 mil equipamentos.

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Private Banking e Asset Management

A área de negócios de “Private Banking e Asset Management” é constituída pela rede“Millennium bcp private bankers”, com estruturas autónomas vocacionadas para clientesportugueses e não-residentes, pelo Banque Privée BCP, uma operação de “private banking”com sede na Suíça, pelo ActivoBank7, um banco predominantemente “on line” especializado na intermediação de operações de bolsa e na selecção e aconselhamento de produtos de investimento de longo prazo, pela “Millennium bcp Fundos de Investimento”, conjunto de subsidiárias especializadas no negócio de gestão de fundos de investimento e ainda pela“Millennium Gestão de Patrimónios” órgão próprio especializado na gestão discricionária de carteiras de clientes particulares.

2005 2004 Variação

Margem financeira 60,9 73,8 -17,4%

Outros proveitos líquidos 56,7 50,1 13,2%

117,6 123,9 -5,0%

Custos de transformação 68,5 67,9 1,0%

Provisões (3,0) 6,9 ––

Contribuição antes de impostos 52,1 49,1 6,1%

Impostos e interesses minoritários 3,3 3,1 8,4%

Contribuição líquida 48,8 46,0 6,0%

Demonstração de resultados Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variação

Capital afecto 203,5 252,7 -19,5%

Rendibilidade do capital afecto 24,0% 18,2% ––

Riscos ponderados 3.651 4.480 -18,5%

Rácio de eficiência 58,2% 54,8% ––

Créditos sobre clientes 3.723 4.552 -18,2%

Activos sob gestão 15.215 13.002 17,0%

Síntese de indicadores Milhões de euros, excepto percentagens

A contribuição líquida do “Private Banking e Asset Management” aumentou 6,0% para 48,8 milhões de euros em 2005, beneficiando do acréscimo em outros proveitos líquidos.Os activos sob gestão evidenciaram um crescimento de 17,0% atingindo 15.215 milhões de eurosem 31 de Dezembro de 2005, beneficiando da boa colocação de fundos de investimento e dacaptação de depósitos. A redução das exposições de risco ao nível do negócio internacional deempresas determinou a diminuição do crédito sobre clientes (-18,2% em relação ao ano anterior).

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A constituição de uma área de negócio integrada, envolvendo as actividades de “Private Banking”,gestão de fundos de investimento e do banco “on line” de serviço completo para Clientesparticulares (ActivoBank7), fundamentou-se no potencial de incremento da proposta de valor para os Clientes em três dimensões distintas: qualidade do aconselhamento, reforço da oferta de produtos de investimento e melhoria da execução operacional. O perímetro de coordenaçãoexecutiva assim definido permite capitalizar na concentração de competências já existentes masque se encontravam dispersas em unidades distintas e, simultaneamente, atingir uma dimensãocrítica que potencie a captura de sinergias operativas adicionais.

O maior enfoque no Cliente desta forma assegurado, alicerçado numa plataforma de oferta deprodutos de investimento diversificada, suportado em canais de distribuição distintos e servindo os vários segmentos de mercado, constitui um passo decisivo no reforço da competitividade doMillennium bcp nos negócios de gestão de patrimónios de Clientes particulares, já que os níveis de rigor, transparência e independência na actuação agora possíveis, alcançam um patamar alinhadocom o nível de ambição fixado e com as melhores práticas internacionais.

Millennium bcp private bankers

No ano de 2005 prosseguiram os esforços de reorganização da área de negócio “Millennium bcpprivate bankers” e reforço substancial da proposta de valor, num contexto de maior concorrência e de novas exigências regulamentares.

O aumento da diversidade da oferta de produtos proporcionado pela nova plataforma dearquitectura aberta foi enquadrado por um apoio mais estruturante da área especializada deinvestimentos, e por um desenvolvimento das competências das equipas comerciais, contribuindopara um incremento do património financeiro dos Clientes, nomeadamente na vertente da gestãodiscricionária, conduzindo a uma afectação mais eficiente das suas carteiras e para a melhoria darendibilidade global do negócio.

O “International Banking” geriu de forma eficaz a reafectação de carteiras pelas diversasplataformas internacionais do Grupo BCP, determinada pelo enquadramento regulamentar e legaldo negócio, bem como os desafios colocados pela entrada em vigor da Directiva Europeia daPoupança, enfocando-se no mercado de particulares e na dinamização da actividade junto deClientes não comunitários. Em linha com esta perspectiva, o negócio de empresas não residentesfoi transferido para a rede “Corporate”, com superiores capacidades para responder àsnecessidades específicas deste segmento.

“Private Banking e Asset Management” Valores apresentados de acordo com as IFRS��

Recursos +17%

Confirmação da liderançaem Fundos de Investimento

Gestão criteriosa do risco de crédito

Comissões

Recursos +8%

Fundos Investimento:Aumento quota mercado

Desenvolvimento de novos mercados

Comissões (aconselhamento activo)

Destaques 2005 Objectivos 2006

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Para 2006 perspectiva-se a consolidação do modelo de negócio implementado, procurandoincrementar a actividade quer através do aproveitamento de novas oportunidades de mercadocomo também através do desenvolvimento da base já existente.

Banque Privée BCP

O Banque Privée BCP, uma plataforma de “Private Banking” constituída na Suíça desde 2003,desempenha um papel importante na área de negócio de “Private Banking e Asset Management”.O Banque Privée BCP tem como objectivo disponibilizar aconselhamento cuidadosamenteestruturado, serviços de gestão de activos discricionários, desenhados para preencher as necessidadesdos particulares afluentes, e soluções à medida consistindo em produtos e serviços competitivos.

A actividade do Banque Privée BCP em 2005 foi marcada pelo esforços de reestruturação e de adaptação a alterações na envolvente. Foi dada particular atenção ao desenvolvimento de estratégias de aquisição de Clientes nos mercados regionais cobertos pelo Grupo BCP,nomeadamente Portugal, Grécia e Turquia, tendo o Banco continuado a crescer em termos de activos sob gestão e rendibilidade. A melhoria da plataforma informática, o desenvolvimento de fortes competências de negócio e o desenvolvimento de um portal “state-of-the-art”permitiram o acesso mais rápido, agilizado e seguro a uma base de Clientes alargada e,simultaneamente, contribuíram para melhorar o processamento da informação. As equipas de assessoria e de “trading” foram reforçadas em 2005 por forma a melhor servir os Clientes e reforçar a ênfase na selecção de produtos e na inovação.

O sucesso destes desenvolvimentos, combinado com a eficiência organizacional, controlo rígido dos custos, e a ênfase na melhoria continuada das soluções de gestão para Clientes, permitiu que o Banco atingisse resultados muito positivos em 2005.

Em 2006, o Banque Privée BCP irá estender a sua actuação aos mercados da Polónia e Brasil, bemcomo reforçar as relações com comunidades emigrantes com raízes em Portugal, Grécia e Polónia.O Banco está comprometido com três valores principais: uma relação de confiança com os Clientes,um diálogo continuado e aberto, e aconselhamento e execução cuidadosos e competentes.

Gestão de fundos de investimento

A actividade da Millennium bcp Fundos de Investimento em 2005 foi marcada pelo crescimentoexpressivo do volume de negócios e pela consolidação da sua posição de liderança no mercado de fundos de investimento em Portugal, alicerçado na adequação da proposta de valor às necessidades financeiras e perfil de risco dos investidores, no lançamento de novos fundos de baixo risco e no enfoque na oferta de fundos.

No final de 2005, o volume total de activos sob gestão ascendeu a 7.198 milhões de euros,o que representa um crescimento de 20% em relação ao final do ano anterior, e para o qual foram determinantes o forte empenhamento e dinamização da actividade comercial e a qualidade das soluções financeiras apresentadas. No domínio específico dos Fundos de Investimento Mobiliário, a sociedade reforçou o 1.º lugar do “ranking” aumentando a quota de mercado de 19,87% para 20,9%.

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Em termos de “performance” competitiva, a Millennium bcp Fundos de Investimento foi a gestoracom maior número de primeiros lugares (seis) nas diferentes classes do “ranking” da APFIPP,a 31 de Dezembro de 2005, merecendo destaque os primeiros lugares alcançados pelos Fundosde Acções Nacionais, Millennium Acções Portugal e Millennium PPA.

A variedade da oferta e a qualidade da gestão dos produtos da Millennium bcp Fundos deInvestimento, foi aliás, reconhecida pela Standard & Poors que premiou, em 2005, 3 dos seusprincipais fundos. Num mercado de gestão de activos cada vez mais competitivo, a Millennium bcpFundos de Investimento continuou a distinguir-se pela apresentação de soluções inovadoras,merecendo particular destaque: o lançamento do primeiro fundo especialmente adaptado àDirectiva Europeia da Poupança; a criação do primeiro fundo especial de investimento comrendimento mínimo indexado à taxa de inflação; o lançamento de um novo Fundo de Tesouraria,o Millennium Disponível e a constituição de dois novos fundos PPR proporcionando aos clientesnovos perfis de investimento, um mais conservador e outro mais agressivo.

A Millennium bcp Fundos de Investimento distinguiu-se ainda por ter sido a primeira sociedadegestora a adequar a maioria dos seus fundos aos requisitos da Directiva Comunitária – UCITS III.No domínio dos fundos imobiliários, a Millennium bcp Fundos de Investimento foi pioneira aoiniciar a actividade de gestão de fundos de investimento imobiliário de subscrição particular,assegurando todo o serviço de consultoria, montagem e gestão operacional, tendo terminado o ano com seis fundos em actividade e com um número significativo de propostas em carteira.

Em 2006, antevê-se um crescimento moderado dos fundos de investimento nacionais, com algunssegmentos a apresentarem um maior dinamismo. A Millennium bcp Fundos de Investimentoapostará no contínuo aperfeiçoamento da sua proposta de valor, em classes de fundos com umaexpressão ainda inferior em Portugal à dos mercados congéneres europeus: fundos de retornoabsoluto, fundos de capital garantido e rendimento indexado, na diferenciação da oferta de fundosem função da estratégia de segmentação do Millennium bcp, por forma a reforçar a liderança daindústria nacional de fundos de investimento.

ActivoBank7

A actividade do ActivoBank7 manteve o enfoque na optimização da oferta de produtos de investimento, através da procura das melhores alternativas em fundos de investimento,no negócio de corretagem “on line” e no lançamento de produtos inovadores. Esta ênfase nosdiversos produtos e serviços de investimento permitiu reforçar o envolvimento dos Clientes como Banco, traduzido no crescimento dos valores médios de património sob gestão. Neste sentido,registou-se um reforço da notoriedade e do posicionamento especializado do ActivoBank7, dadasas competências que desenvolveu e cimentou por via do conceito de arquitectura aberta, domodelo comunicacional dirigido e selectivo do qual é exemplo a “newsletter” semanal, do nível de atendimento de qualidade superior, quer através da “Internet”, quer por telefone, e da oferta de produtos e serviços exclusivos e personalizados.

O ActivoBank7 manteve, em 2005, a liderança do mercado da banca “on line” em Portugal, quer navertente de operações de bolsa, quer na comercialização de fundos de investimento internacionais.Na recepção e execução de ordens de bolsa através da “Internet”, o ActivoBank7 atingiu umaquota de mercado em volumes negociados de cerca de 25%, no final de 2005, correspondendo a

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um montante global de transacções de cerca de 1.600 milhões de euros. No segmento dedistribuição de fundos de investimento estrangeiros, e dando continuidade à sua missão dedisponibilizar as melhores alternativas a nível mundial, o ActivoBank7 passou a oferecer a gama de fundos de investimento de mais duas prestigiadas sociedades gestoras, a Fidelity InternationalLimited e a Mellon Financial Corporation, o que permitiu elevar para 18 o número de sociedadesgestoras com produtos comercializados. Neste segmento o ActivoBank7 é, igualmente, líder demercado apresentando uma quota de mercado de 29,2% do volume total de fundos deinvestimento estrangeiros distribuídos. É de realçar o crescimento de aproximadamente 90% do património aplicado em fundos de investimento estrangeiros.

Em 2005, o ActivoBank7 realizou várias acções de natureza especial e inovadora, sendo de destacaras realizadas nas comemorações do 4.º Aniversário do Banco: publicação da segunda edição doCaderno do Investidor, dando continuidade à edição do ano anterior, onde se reuniu uma selecçãode textos com sugestões e recomendações de investimento, divulgados semanalmente na“newsletter”, analisando o seu comportamento posterior ; apresentação do relatório “O Dia daLibertação dos Impostos”, solicitado à Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa,onde se indicava o dia a partir do qual um indivíduo representativo já havia obtido o rendimentosuficiente para considerar cumpridas as suas obrigações fiscais; e lançamento de um novo produtoestruturado a 4 anos – “Activo4%JÁ!” – que possibilitava aos clientes, receber 4% logo no início doinvestimento e com um potencial máximo de 16%, com capital garantido no vencimento.

Dando continuidade à vocação inovadora dos produtos e serviços lançados e à qualidade dainformação prestada, o ActivoBank7 disponibilizou ainda aos seus clientes: um novo fundo decapital garantido, o “Parworld Galatea 2010”; o acesso via “Internet” ao mercado PEX; o serviço“on line” de informações financeiras “Dow Jones Newswires”; o serviço de alertas, por SMS e “e-mail”, de operações; e a ficha de acompanhamento da carteira de fundos, em base trimestral.

Ao longo do ano foram realizadas diversas campanhas, essencialmente dirigidas para produtos deinvestimento, e estabelecidas parcerias e acordos, com o objectivo de angariar novos Clientes, quepermitiram registar um aumento de 17% no património médio por Cliente e o acréscimo de 6%do número de Clientes do Banco.

Em 2006, o ActivoBank7 manterá o seu posicionamento como banco de investimento de serviçocompleto para Clientes particulares, com a oferta permanente de produtos e serviços enfocadanos vectores básicos da sua estratégia: transparência e selectividade na oferta do produto comtotal independência em relação ao produtor; manutenção da liderança no segmento “on line”;aposta na inovação de serviço e produto; e eficiência e qualidade do serviço prestado.

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Empresas e Corporate

A área de negócios de Empresas e Corporate é constituída pelas redes de Empresas e Corporatebem como pelas plataformas de crédito especializado predominantemente vocacionadas paraClientes empresas (“factoring”, “leasing” e “renting”), de apoio às actividades internacionais dosClientes e de recuperação de crédito. A actividade do Millennium bcp no segmento de Empresas e Corporate em Portugal é conduzida através da Rede Empresas, especializada na resposta às necessidades financeiras de empresas com volume anual de negócios compreendido entre 7,5 milhões de euros e 100 milhões de euros, apostando na inovação e numa oferta global de produtos bancários tradicionais complementada com financiamentos especializados, e da RedeCorporate, dirigida a empresas e entidades institucionais com um volume anual de negóciossuperior a 100 milhões de euros, oferecendo uma gama completa de produtos e serviços de valor acrescentado.

2005 2004 Variação

Margem financeira 280,0 283,0 -1,1%

Outros proveitos líquidos 131,9 124,3 6,2%

411,9 407,3 1,1%

Custos de transformação 98,7 91,1 8,4%

Provisões 26,9 51,5 -47,9%

Contribuição antes de impostos 286,3 264,7 8,1%

Impostos e interesses minoritários 78,7 72,8 8,1%

Contribuição líquida 207,6 191,9 8,1%

Demonstração de resultados Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variação

Capital afecto 989,9 1.004,6 -1,5%

Rendibilidade do capital afecto 21,0% 19,1% ––

Riscos ponderados 20.282 20.203 0,4%

Rácio de eficiência 24,0% 22,4% ––

Créditos sobre clientes 14.570 14.567 ––

Recursos totais de clientes 5.473 4.504 21,5%

Síntese de indicadores Milhões de euros, excepto percentagens

A contribuição líquida da área de negócios de Empresas e Corporate cifrou-se em 207,6 milhões deeuros em 2005, comparando com 191,9 milhões de euros em 2004 (+8,1%), reflectindo o aumentodos outros proveitos e os menores custos de provisionamento resultantes da melhoria do perfil derisco da carteira de crédito. O capital alocado a esta área de negócio diminuiu ligeiramente, o que setraduziu no aumento da rendibilidade do capital afecto para 21,0% (19,1% em 2004). Merece aindasaliência o desempenho dos recursos totais de clientes, que evidenciaram um crescimento de 21,5%,elevando-se para 5.473 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2005.

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Rede de Empresas

O enfoque na qualidade e rendibilidade da carteira de crédito, a melhoria da margem financeira do crédito, o ajustamento de comissões, a expansão dos volumes de negócio com melhores riscos,em conjunto com a prestação de um serviço de qualidade superior com rigorosos padrões de responsabilidade corporativa, constituíram as principais linhas orientadoras da actividade da Rede de Empresas, em 2005. O bom grau de consecução destes objectivos foi comprovadopor um estudo à Qualidade dos Serviços, que revelou que 92% dos Clientes da Rede se afirmamsatisfeitos ou muito satisfeitos com o Millennium bcp.

Para a concretização destas linhas orientadoras, promoveu-se um conjunto alargado de acções:o lançamento de soluções específicas para sub-segmentos de Clientes com características específicas,como a Administração do Estado e o “franchising”; o incentivo e divulgação interna e externa dosistema de “Garantia Mútua”; a implementação de um novo programa de apoio à captação de novosClientes, através da utilização de bases de dados externas e dos contactos obtidos através das Câmaras de Comércio; e acções sistemáticas com vista à recuperação de crédito vencido e de cobrança duvidosa, à redução do número de Clientes com rendibilidade negativa, identificando as respectivas causas e actuando imediata e sistematicamente na sua resolução.

A rede de Empresas continuou a posicionar-se como líder de mercado no segmento que serve,promovendo uma imagem de Banco inovador, dotada com uma oferta completa de produtosbancários tradicionais, completada com financiamentos especializados e serviços de valoracrescentado, tendo por objectivo a disponibilização aos seus Clientes das soluções maisadequadas, fomentando relações de parceria.

A solução de “Internet banking” para Empresas, continua a merecer um reconhecimento especial,constituindo outra clara vantagem competitiva. O portal para empresas “millenniumbcp.pt” obteveos prémios da revista “Global Finance” no “Wolrd's Best Internet Banks in Europe 2005” de “BestCorporate/Institutional Internet Bank in Portugal” e “Best Information Security Initiatives in Europe(Corporate/Institutional)”.

Considerando a expansão das relações comerciais das empresas com o exterior, prosseguiu-se com a dinamização da oferta de produtos e serviços, com especial destaque para o mercado espanhol noâmbito da parceria existente com o Banco Sabadell – criação do serviço de cobranças electrónicas emEspanha, ferramenta de grande relevo para as empresas portuguesas com exportações para Espanha.Em paralelo, desenvolveu-se uma oferta de serviços bancários com os países onde o Millennium bcpmantém interesses directos, designadamente, Polónia, Grécia e Moçambique.

Empresas e Corporate

Acompanhamento do Crédito

Desempenho favorável das comissões

Crédito +6%

Venda de produtos / serviçosde valor acrescentado

Destaques 2005 Objectivos 2006

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Em 2005, foi afectado uma linha de refinanciamento de 25 milhões de euros a diversos projectosde investimento de interesse social, no âmbito de um programa concedido pelo CEB (Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa) e foi também disponibilizada uma nova Linha de Financiamento do BEI até 250 milhões de euros, destinada sobretudo a empreendimentospúblicos de natureza estruturante, bem como os que tenham por objectivo a economia deenergia, a protecção do ambiente, ou que se integrem nos sectores da educação e saúde,independentemente da dimensão dos promotores. O Millennium bcp liderou ainda o apoio ao investimento no âmbito dos protocolos institucionais entre Organismos do Estado e da Banca,nomeadamente, no que respeita ao quadro comunitário de apoio, ao abrigo do sistema de incentivos à modernização empresarial – SIME.

Em 2006 pretende-se continuar a incentivar o crescimento da rede, baseado no reforço da ofertaglobal de produtos e serviços, em instrumentos de apoio à acção comercial, e na manutenção deum nível de serviço de excelência, permitindo optimizar e diferenciar a oferta de valor ao Cliente.

Rede Corporate

O incremento do envolvimento comercial com os Clientes, a procura permanente da adaptaçãoda oferta de valor às suas necessidades financeiras, para além do reforço da qualidade erendibilidade da carteira de crédito, em colaboração com as empresas associadas, com destaquepara o Millennium bcp investimento, constituíram as prioridades de actuação da Rede Corporatedurante 2005. O elevado grau de cumprimento destes objectivos também foi corroborado pelosresultados de um estudo da Qualidade dos Serviços, que revelou que 93% dos Clientesconsideram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com o Millennium bcp.

Em 2005, continuaram a merecer relevância os programas de emissões de empréstimosobrigacionista e de papel comercial, bem como a colocação de produtos derivados de gestão dorisco de taxa de juro, que contribuíram de forma muito significativa para a optimização do capitalalocado e para os bons níveis de rendibilidade da rede.

Aproveitando sinergias comerciais e operativas, as redes de Empresas e de Corporatepromoveram um conjunto de iniciativas em comum, com incidência nas soluções de apoio apagamentos e recebimentos de empresas, à expansão do comécio externo e ao investimento no âmbito de protocolos.

No domínio dos produtos e serviços de apoio a pagamentos, realizaram-se acções comerciais no sentido da migração de pagamentos para canais automáticos, designadamente para o “InternetBanking”, dando continuidade à actividade empreendida nos anos anteriores tendo em vistaoptimizar e tornar mais eficiente a gestão dos fluxos financeiros dos Clientes empresa. Ao nível dosCartões para Empresas, realizou-se uma acção comercial, que permitiu reforçar o posicionamentodo Millennium bcp neste segmento de negócio, à semelhança do verificado na rede de Empresas.

Ao nível dos serviços de apoio a recebimentos para empresas, destacou-se a realização de uma campanha relativa à captação de recursos à ordem e a prazo, complementada com adisponibilização renovada do serviço de recolha e tratamento de valores.Também se concretizaramacções periódicas de identificação e contacto a Clientes com necessidades específicas de cobrança,designadamente, serviço de débitos directos e pagamentos de serviços no Multibanco.

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Considerando a expansão das relações comerciais das empresas com o exterior, prosseguiu-secom a dinamização da oferta de produtos e serviços, com especial destaque para o mercadoespanhol no âmbito da parceria existente com o Banco Sabadell – criação do serviço decobranças electrónicas em Espanha, ferramenta de grande relevo para as empresas portuguesascom exportações para aquele país. Em paralelo, desenvolveu-se uma oferta de serviços bancáriacom os países onde o Millennium bcp mantém interesses directos, designadamente, Polónia, Gréciae Moçambique.

Em 2005, foi afectado uma linha de refinanciamento de 25 milhões de euros a diversos projectosde investimento de interesse social, no âmbito de um programa concedido pelo CEB (Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa) e foi também disponibilizada uma nova Linha de Financiamento do BEI até 250 milhões de euros destinada sobretudo a empreendimentospúblicos de natureza estruturante, bem como os que tenham por objectivo a economia deenergia, a protecção do ambiente, ou que se integrem nos sectores da educação e saúde,independentemente da dimensão dos promotores. O Millennium bcp liderou ainda o apoio ao investimento no âmbito dos protocolos institucionais entre Organismos do Estado e da Banca,nomeadamente, no que respeita ao quadro comunitário de apoio, ao abrigo do sistema deincentivos à modernização empresarial – SIME.

A continuação do esforço de melhoria da gestão de fundos próprios associados à carteira de créditoe riscos operacionais será um vector de orientação para 2006, apoiado pelo reforço de uma ofertaglobal de produtos e serviços e pela manutenção de um nível de serviço de excelência.

"Factoring"

O crescimento sustentado da carteira de Clientes (+24% em 2005) e do negócio de “factoring”proporcionou ao Millennium bcp a manutenção da liderança no mercado de “factoring”, com umafacturação tomada acumulada de 4.798 milhões de euros, o que representa um crescimento de 21% em termos homólogos, e uma carteira de crédito em balanço de 1.135 milhões de eurosem final de 2005, o que representa um crescimento de 44% em termos homólogos, traduzindo-seem quotas de mercado superiores a 28%, fruto do enfoque comercial, do alargamento e daadequação da oferta de produtos, da continuada aposta na qualidade dos serviços e da informaçãodisponibilizada aos Clientes do Banco.Tendo por objectivo a satisfação das necessidades cada vezmais específicas dos Clientes, o Millennium bcp – Factoring alargou o “portfolio” de produtos,concebendo mais duas soluções inovadoras – “Factoring internacional de exportação” e “Cessõespontuais de créditos”, uma solução especialmente vocacionada para entidades do Sector Público – e disponibilizando através do portal de empresas “millenniumbcp.pt” o “serviço pagamento a fornecedores”, que permite o acesso a um vasto conjunto de informação, aos compradores e seus fornecedores, desde que sejam Clientes do Banco.

Em 2005, decorreram três iniciativas relevantes sobre os produtos de “factoring” para as empresasgeridas nas redes de “Retalho”, “Prestige” e “Negócios”: a “Solução venda a crédito e receba apronto”, uma acção específica de dinamização do produto “Serviço pagamento a fornecedores”,e a acção de “factoring” incluída no “7.º ciclo comercial” do Millennium bcp, focalizada nos produtos“Factoring”, “Serviço pagamento a fornecedores” e “Cessões pontuais de créditos”, que resultou nacaptação de cerca de duas centenas de novos Clientes. Decorreram duas acções para as empresas

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clientes das redes Corporate e Empresas: a primeira enfocou-se nos produtos “factoring”e “Serviço pagamento a fornecedores” e a segunda incluiu também a dinamização das “Cessõespontuais de créditos” para determinados nichos de mercado.

Em 2006, prevê-se a manutenção de crescimentos anuais do mercado de “factoring” e do negóciode “factoring” do Millennium bcp superiores a 15%. Ao nível da oferta de produtos as principaisprioridades concentram-se no desenvolvimento e comercialização de “Operações completas semrecurso a risco de mora” incluindo a vertente do “Factoring internacional de importação”.

"Leasing"

A produção de “leasing” (incluindo ALD) do Millennium bcp em 2005 excedeu 1,4 mil milhões de euros, superando os objectivos estabelecidos para 2005 e permitindo reforçar a liderança no sector, com uma quota global correspondente a cerca de 30%. A aposta no “leasing” imobiliáriomotivou um acréscimo da produção de mais de 30% face ao ano anterior, pelo que a suaproporção no total da carteira aumentou para 60%, compensando o menor crescimento do“leasing” mobiliário e em especial do financiamento automóvel. O saldo de crédito vivo de “leasing”ultrapassou 3 mil milhões de euros no final de 2005, com mais de 80 mil contratos em curso.

No quadro do modelo de distribuição do Millennium bcp, procurou-se aumentar ainterpenetração com as redes, explorando a capacidade de diferenciação da oferta e a correctainterpretação das necessidades dos diversos segmentos de Clientes, prosseguindo-se com a estratégia de substituição das operações de financiamento convencional pelo financiamento em “leasing” e privilegiando-se o financiamento de imóveis e de equipamentos com mercadossecundários activos, bem como a concentração de negócios em Clientes de melhor risco.A nível da rede de Retalho, importa destacar as diversas campanhas de ‘leasing’ de equipamentoe automóvel, com condições muito favoráveis e o estabelecimento de parcerias com marcas, quese traduziram em ofertas competitivas e vantajosas para os Clientes.

O domínio dos factores críticos na formalização de operações mais complexas, a utilização de tecnologias mais avançadas na análise e decisão das operações e o suporte da ampla rede de sucursais constituíram aspectos distintivos da actividade de “leasing”. A racionalização de meios e uma maior eficiência na actuação comercial tiveram impacto positivo na redução dos custos de funcionamento, o que, aliado à redução das provisões para riscos de crédito e ao crescimentomoderado da margem financeira e comissões, permitiram melhorar a contribuição líquida do negócio.

Perspectiva-se para 2006 um crescimento do negócio de “leasing” superior a 10% e a manutenção dos vectores estratégicos fundamentais, tendo como objectivo a sustentação das actuais quotas de mercado.

"Renting"

A actuação da Classis centra-se na disponibilização, através das Redes bancárias do Grupo BCP,de produtos no âmbito do “renting” (aluguer operacional de viaturas), quer para Clientesindividuais, quer para as empresas (numa óptica de “outsourcing” da gestão das suas frotasautomóveis), segmento que, em 2005, registou um crescimento bastante acentuado.

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Apesar da conjuntura muito desfavorável no sector automóvel e da maior agressividade evisibilidade da concorrência no negócio de “renting”, a Classis atingiu os objectivos estabelecidospara 2005 em termos de volume de facturação e número de viaturas sob gestão, sem sacrifíciodos padrões de qualidade de serviço.

Como reflexo desta preocupação foi criado em 2005 o “comité de Cliente”, com o objectivo demelhorar de forma sustentada a qualidade dos serviços prestados, através da análise e intervençãoem situações que têm maior impacto na satisfação dos Clientes, tais como o tratamento desituações concretas e excepcionais e a análise e decisão sobre alterações de procedimentos.

A Classis registou em 2005, 4,6 mil encomendas de viaturas novas, tendo a facturação ascendido a 72 milhões de euros, o que representa um crescimento de 19% face ao ano anterior, enquantoos resultados operacionais cresceram 6%, atingindo 9 milhões de euros.

Internacional

A actividade da Direcção Internacional em 2005 pautou-se pelo seu crescente envolvimento nadefinição de soluções, processos e procedimentos que viabilizem uma intervenção integrada dasdiversas operações do Banco nas actividades de cariz não-doméstico.A consolidação dos sistemasfinanceiros europeus, nomeadamente no mercado ibérico, tem vindo a enquadrar a redefinição deacordos comerciais e das condições aplicáveis, num processo dinâmico que beneficia as instituiçõesdotadas de melhor qualidade de oferta e maior eficiência. Em paralelo, prossegue um esforço deracionalização de estruturas e relações, procurando desenvolver parcerias privilegiadas nos principaismercados que, animadas por um espirito de cooperação, atendam às actuais necessidades do Banco e que favoreçam o desenvolvimento da actividade internacional de Clientes.

O relacionamento com Instituições Financeiras tem vindo a ser objecto de transformações profundasdecorrentes da constante inovação tecnológica, da proliferação de produtos e serviços e de alteraçõesestruturais, que incluem a nova regulamentação comunitária, a introdução da SEPA (“Single EuroPayments Area”) e a consequente redução de margens. Estas mudanças estão a alterar drasticamente o panorama da banca internacional e as tradicionais relações com correspondentes.

A orientação das actividades com as Instituições Financeiras visou o aumento do contributo para arendibilidade do Banco, apostando-se no desenvolvimento de volumes de negócio e do controlo decustos, sem perder de vista a consolidação dos vectores estratégicos definidos, tais como a continuaçãoda selecção criteriosa dos melhores parceiros em cada mercado e a melhoria da qualidade dosprodutos e serviços oferecidos.

Ao nível do desenvolvimento do negócio, foi implementado um agressivo programa de contactosinternacionais, contemplando a visita aos principais mercados e contrapartes, que se traduziu naconcretização de cerca de 200 reuniões com instituições financeiras com o objectivo de aumentar a quota de mercado do Banco na vertente transaccional, consolidando a posição de liderança que já ocupa, em Portugal, no domínio da prestação de serviços interbancários. Procurou-se, com esteprograma, tirar partido da oferta global do Millennium bcp que inclui uma extensa gama de produtose serviços inovadores nas áreas de pagamentos,“cash management” e gestão de liquidez, cobrança decheques, cobrança electrónica de letras e recibos, débitos directos, créditos e remessas documentárias,garantias e serviços de “Internet”.

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Ao nível do controlo de custos foi dada ênfase à melhoria da gestão da cadeia de valor, identificandoos serviços que não trazem valor acrescentado às actividade principais e procurando eliminá-los,aumentando a produtividade da área, promovendo-se também a melhoria da informação de gestão e a aferição rigorosa de custos e proveitos.

Com o objectivo de melhor servir os seus Clientes, a área de Instituições Financeiras iniciou umprocesso de segmentação de mercados e Clientes: a nível de mercados, procedeu-se à classificação de mercados de acordo com o volume de negócio com Portugal e a sua importância estratégica parao Banco, definindo linhas de acção específicas para cada mercado ou conjunto de mercados; ao níveldos Clientes, foi ainda decidido segmentar a base de contrapartes em diferentes subgrupos, em função dos níveis de interesse estratégico, níveis de “cross-selling” e interactividade existente ou potencial.Prosseguindo os esforços iniciados em 2004, foi dada continuidade ao projecto do Millennium bcp seconstituir como banco de compensação e liquidação das suas sucursais e subsidiárias fora de Portugal.

Prosseguindo a estratégia de racionalização e optimização de recursos e plataformas de actividade, foidecidido proceder ao encerramento da sucursal de Nova Iorque, passando a actividade do Banco acentrar-se na sua Filial, o bcpbank (EUA), perfeitamente dotada das capacidades necessárias ao apoio aos Clientes do Banco que operam aquele mercado. Foi igualmente decidido encerrar a sucursal dasIlhas Cayman, continuando a actividade do Banco a ser desenvolvida nesse centro financeiro pela suafilial BCP Bank & Trust Company Limited. Na sequência da alienação ao Dah Sing Bank Limited datotalidade do capital social do Banco Comercial de Macau e das participações na Companhia deSeguros de Macau, SARL e na Companhia de Seguros de Macau Vida, SARL, foi decidida a manutençãoda sucursal em Macau do Millennium bcp.

A actividade de apoio à internacionalização centrada na detecção e acompanhamento deoportunidades de negócio, bem como na criação e identificação das soluções financeiras maisadequadas culminou em 2005 com a criação da Plataforma Internacional de Negócios. Esta estruturaagrega as organizações do Banco nos países em que está mais expressivamente presente,desenvolvendo a sua actividade junto de empresários e de empresas decididos a internacionalizar ou incrementar no exterior os seus negócios. Os objectivos estabelecidos consistem em aprofundar o relacionamento com os segmentos mais dinâmicos do tecido empresarial nacional, alavancar aexperiência e conhecimento adquiridos nos mercados internacionais ao serviço dos Clientes e agilizaros processos de desenvolvimento e planos de expansão dos Clientes em novos mercados.

O Millennium bcp assegurou em 2005, mais uma vez, a liderança na actividade de custódia em Portugal,com uma quota de mercado de 46,3%, medida pelo volume de activos sob custódia detidos porinvestidores estrangeiros, registando fortes crescimentos em todos os domínios da sua ofertaespecializada. O volume de activos sob custódia aumentou 22,6% entre o final de 2004 e de 2005,cifrando-se em 65,4 mil milhões de euros. Registou-se, igualmente, um acréscimo de 15,3% no númerode operações processadas e foi apurado um crescimento de 155% do número total de operações de fundos de investimento geridos por terceiros, tendo sido disponibilizadas às instituições Clientes deCustódia Institucional 46 novas emissões, perfazendo, assim, uma oferta total de 195 fundos de terceiros.

Não obstante a forte pressão concorrencial neste negócio, o crescimento de proveitos acompanhou aexpansão dos activos, tendo sido igualmente possível conquistar novos Clientes institucionais residentes,cujo valor de activos sob custódia ascendeu a 20,9 mil milhões de euros no final de 2005. Mereceigualmente destaque o desenvolvimento de processos no sentido de facilitar a captação de financiamento

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junto dos investidores não residentes com base na legislação referente ao regime especial de tributaçãodos rendimentos de valores mobiliários representativos de dívida, que complementa a oferta de serviçosno domínio fiscal que atende às necessidades especializadas deste segmento de Clientes.

Recuperação de Crédito

Ao longo de 2005, a intervenção da unidade de Recuperação de Crédito resultou numa reduçãosignificativa do “stock” de provisões para crédito vencido e de cobrança duvidosa, tanto em termos donúmero de Clientes (-37,3%) como em termos do montante de crédito vencido (-33,3 %), tendo sidolargamente superados os objectivos fixados, quer em termos de recuperação de crédito vencido, querem termos de recuperação de provisões.

A composição de “portfolios” diversificados de crédito para colocação em mercado secundário de crédito vencido e de cobrança duvidosa, permitiu realizar 7 operações de cedência de carteiras de crédito, resultando na cessão de um total de 64.902 operações de crédito, correspondentes acréditos no valor de 235 milhões de euros.A realização destas operações permitiu a aquisição decompetências que se procurará utilizar judiciosamente no futuro, sempre que tais operações seconfigurem como a alternativa mais favorável em termos de custo-benefício para o ressarcimento dos direitos do Millennium bcp.

A partir do 2.º trimestre de 2005, o Banco passou a recorrer de forma sistemática à utilização doinstituto da injunção, o que de per si melhorou a eficácia na recuperação de pequenos montantes.A alteração legal decorrente do Decreto-Lei 107/2005, que alargou o âmbito da injunção de 3.740para 14.964 euros, veio reforçar a efectividade deste instituto no quadro da recuperação de crédito.Em consequência, o Banco criou uma operativa destinada a assegurar o recurso sistemático à injunção,sempre que tal procedimento permitisse majorar a eficiência e a eficácia da estratégia de recuperaçãode crédito.A importância crescente do recurso à injunção é reflectida no aumento expressivo dosprocessos enviados para injunção.

Para o aumento da eficácia da actividade de recuperação de crédito, contribuiu o aprofundamento da articulação entre a unidade de Recuperação de Crédito e as redes de distribuição.Assim, no casoda rede de Empresas e Corporate, foram reforçados os contactos visando a troca de informaçãorelevante, o esclarecimento de dúvidas e a colaboração com as sucursais e respectivas hierarquiasvisando contribuir para a melhoria dos resultados da regularização e de recuperação das operaçõesem incumprimento. Em articulação com a rede de Retalho, foram concebidas e executadas duascampanhas de recuperação de provisões, tendo os resultados ultrapassado largamente os objectivos.

No final de 2005 foi iniciado um processo de reestruturação da unidade de Recuperação de Créditocujos objectivos esperados são, entre outros: a adequação e simplificação da estrutura orgânica face àsnecessidades da actividade de recuperação de crédito, conferindo-lhe níveis acrescidos de eficiência eeficácia e a redução expressiva do número de Colaboradores, com a correspondente redução dosníveis hierárquicos e custos com pessoal. Em paralelo, serão ainda objecto de atenção o reajustamentodo processo informático de suporte à actividade, com a concentração num único aplicativo de toda a informação relativa a cada processo de recuperação e a racionalização do recurso aos prestadoresde serviços externos ligados à recuperação, visando um controlo mais eficaz dos custos operativos.

Mesmo tendo em consideração a redução da carteira de crédito vencido e a sua maior antiguidademédia, o conjunto de acções previstas para 2006 permitirá a consecução de objectivos ambiciosos.

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Banca de Investimento

As actividades de Banca de Investimento são desenvolvidas, essencialmente, pelo Millennium bcpinvestimento, instituição especializada em operações nos mercados de capitais, prestação de serviços de consultoria e assessoria estratégica e financeira, serviços especializados – “projectfinance”, “corporate finance”, corretagem de valores mobiliários e “equity research”– e na estruturação de produtos derivados de cobertura de risco.

2005 2004 Variação

Margem financeira 0,2 0,3 -25,8%

Outros proveitos líquidos 169,3 173,7 -2,5%

169,5 174,0 -2,6%

Custos de transformação 53,8 52,6 2,2%

Provisões 5,3 9,2 -41,8%

Contribuição antes de impostos 110,4 112,2 -1,6%

Impostos e interesses minoritários 27,4 30,0 -8,6%

Contribuição líquida 83,0 82,2 1,0%

Demonstração de resultados Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variações

Capital afecto 131,0 115,9 13,1%

Rendibilidade do capital afecto 63,4% 71,0% ––

Riscos ponderados 2.820 2.193 28,6%

Rácio de eficiência 31,7% 30,2% ––

Créditos sobre clientes 425 294 44,5%

Síntese de indicadores Milhões de euros, excepto percentagens

A contribuição líquida da Banca de Investimento aumentou de 82,2 milhões de euros em 2004para 83,0 milhões de euros em 2005, suportada pela actividade desenvolvida nas áreas de fusõese aquisições, de mercado de capitais e de “project finance”. O desempenho desta área de negóciomanteve-se em bons níveis com a rendibilidade do capital afecto a situar-se em 63,4% em 2005 e o rácio de eficiência em 31,7%.

Banca de Investimento

Confirmação da excelente “performance”evidenciada em anos anteriores

Maior pró-actividade comercialnas diversas áreas de actividade

Destaques 2005 Objectivos 2006

Valores apresentados de acordo com as IFRS��

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A actividade de Banca de Investimento foi influenciada pelo abrandamento da economia portuguesa,consubstanciado na quebra do investimento público e empresarial e no fraco dinamismo do comércioexterno. O tecido empresarial português tem procurado preservar a sua competitividade num quadrode concorrência global, tendo-se registado ao longo do ano diversas operações de concentração e dealienação empresariais, muitas das quais assessoradas pelo Millennium bcp investimento.

Nesta envolvente, o profundo conhecimento do sector produtivo, que permitiu detectaratempadamente oportunidades de negócio, e as capacidades de inovação e de montagem e execuçãode operações nos domínios de “project finance”,“corporate finance” e mercado de capitais foramfactores competitivos determinantes.

Na vertente de “project finance”, o Millennium bcp investimento marcou presença na área das energiasrenováveis, através da assessoria à Amper Central Solar, S.A., promotora do projecto de construção emPortugal da maior central fotovoltaica do mundo, e da organização e montagem dos financiamentos à Empreendimentos Eólicos Cerveirenses S.A., à Empreendimentos Eólicos da Espiga S.A. e aoagrupamento de parques eólicos da SIFF Énergies Portugal (do grupo EdF). O Millennium bcpinvestimento foi ainda responsável pela assessoria ao Agrupamento Nova Saúde no concurso para a concessão em regime de parceria público-privada do novo Hospital de Braga, pela assessoria à Sociedade de Desenvolvimento de Porto Santo, à Sociedade de Desenvolvimento da Ponta do Oestee à Baía de Luanda. Este último representou um importante projecto de requalificação urbana emAngola. No sector rodoviário, o Millennium bcp investimento consolidou a sua posição de liderança,com a organização e montagem do financiamento da auto-estrada Mafratlântico, uma auto-estradamunicipal com portagem real, e com a assessoria financeira prestada ao Grupo Aenor, à Viaexpresso(Madeira), à Brisal e a agrupamentos concorrentes às concessões da Grande Lisboa e do Douro Litoral.Na Polónia, o Millennium bcp investimento está a assessorar um consórcio integrado pela Brisa e pelaMSF que concorre a três concessões rodoviárias. Destaque ainda para a participação na organização e montagem de um financiamento à Tratolixo (uma empresa multi-municipal de tratamento de resíduossólidos), no refinanciamento ao Sport Lisboa e Benfica, e a assessoria financeira e organização e montagem do financiamento do novo estádio do Sporting Clube de Portugal.

Na área de “corporate finance”, o Millennium bcp investimento esteve envolvido nos maiores negócios de2005, tendo sido responsável pela assessoria financeira ao Millennium bcp nas alienações do BancoComercial de Macau, do Banque BCP, da Império Bonança, da Seguro Directo, de 51% da Millennium bcpFortis, do Interbanco e da carteira de crédito ao consumo no ponto de venda (Credilar). Em Outubrode 2005, em cumprimento de um mandato conferido pelo grupo Caixa Geral de Depósitos, o Millennium bcp investimento assessorou a alienação da Seguro Directo pela Império Bonança. Foi prestadaassessoria financeira à EDP-Energias de Portugal S.A., na alienação da Edinfor – Sistemas Informáticos S.A.,e da participação detida na Galp Energia e, ainda, na aquisição da NQF Gás, uma empresa detentora de25,4% da Portgás – Sociedade de Produção e Distribuição de Gás S.A. e de 19,8% da Setgás – Sociedadede Produção e Distribuição de Gás S.A.. O Millennium bcp investimento assessorou a Nutrinveste SGPS,S.A., na aquisição da East Coast Olive Oil, na alienação da Compal e da Nutricafés e na aquisição daPM&S – Pinheiro de Melo e Salgado S.A., empresa que detém em Portugal a marca de água “Fonte Viva”.Destaque para a assessoria financeira prestada à Controlinveste SGPS, S.A., na aquisição da LusomundoServiços, SGPS, S.A., à SAG GEST – Soluções Automóvel Globais SGPS, S.A., na alienação da Multirent, eao Grupo Sóteis na alienação de uma participação de 97,6% no capital social da Lignum – InvestimentosTurísticos da Madeira S.A., sociedade proprietária do Hotel Madeira Palácio. Merece ainda saliência a assessoria financeira prestada ao Grupo Maconde, e a organização e montagem de financiamentos paraos Laboratórios Bial (Portela e Companhia, S.A.), JAC – Negócios e Gestão, e Marope Hotelaria, S.A..

No mercado de capitais de acções, salientam-se a organização e montagem do aumento de capital da Fisipe – Fibras Sintéticas de Portugal S.A., o “spin-off” da Sonae Indústria SGPS, S.A., da oferta públicade aquisição sobre a Efacec Capital, SGPS, S.A., lançada pela Tecnoholding SGPS, S.A., sociedadeconjuntamente detida pela Têxtil Manuel Gonçalves SGPS, S.A. e pela José de Mello – SGPS, S.A.

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e a assessoria prestada à Sporting SAD para admissão à cotação de acções representativas do últimoaumento de capital.Tal como em anos anteriores, o Millennium bcp investimento foi escolhido pela BP-British Petroleum Plc para a distribuição de acções dirigida aos colaboradores em Portugal.

Em 2005, a capacidade de inovação do Millennium bcp investimento ficou novamente no negócio de Securitização, através da liderança conjunta da terceira operação de titularização de créditoshipotecários do Millennium bcp, a “Magellan Mortgages No.3, Plc”.A carteira titularizada é composta porcréditos hipotecários originados pelo Millennium bcp, no montante de mil e quinhentos milhões de euros, representando a maior operação de titularização no mercado internacional de RMBS(“Residential Mortgage Backed Securities”) realizada por um originador português.

Do conjunto de operações na vertente de mercado de capitais de rendimento fixo, o Millennium bcpinvestimento esteve envolvido na organização e montagem de emissões de obrigações, num montantetotal superior a 650 milhões de euros, entre os quais se destacam a Sonae.com SGPS, S.A., a SonaeSGPS, S.A., a Sonae Indústria SGPS, S.A., o Grupo Pestana, a Portucel – Empresa Produtora de Pasta ePapel S.A., a Auto-Industrial S.A., o Grupo Mota-Engil, a Efanor Investimentos SGPS, S.A., a Cofina SGPS,S.A. e a Sporting SAD.

Relativamente a emissões de papel comercial, destaque para a organização e montagem de emissões para,entre outras, a Sonae.Com SGPS, S.A., a Tecnicredito SGPS, a Amorim Imobiliária SGPS, S.A., a Refer EP, oGrupo CIN, a Teixeira Duarte – Engenharia e Construções S.A., a Violas SGPS, a Corticeira Amorim SGPS,S.A., o Metropolitano de Lisboa e a Lusotur – Sociedade Financeira de Turismo S.A.. Na área internacional,onde o Millennium bcp possui já um excelente “track-record”, registou-se a participação em váriossindicatos internacionais para emitentes como, entre outros, Deutsche Apotheke Aerztebank,ABN AmroBank NV, JP Morgan Chase & Co, Bank of America Corp, BNP Paribas SA e Credit Agricole SA.

Na área de Tesouraria, durante o ano de 2005 foi feita a gestão do risco de taxa de juro e risco cambialpara o Millennium bcp, e foi intensificada a venda, através da rede de Empresas e Corporate,de produtos de tesouraria, nomeadamente produtos “cash”, produtos derivados de taxa de juro, taxa de câmbio e “commodities”, e de produtos estruturados destinados à captação de poupança através da rede de Retalho.

No que diz respeito a emissão de estruturados, o ano de 2005 ficou marcado pela colocação do “Triplo Rendimento”, obrigação de caixa que permite uma exposição não direccional aos mercadosaccionistas com rendibilidade garantida em 1% ao ano, e do “Millennium Índices Mundiais”, obrigação de caixa que permite uma exposição a mercados de elevado potencial (China e a Europa de Leste)com risco controlado, e pela continuação da emissão de produtos como o “Rendimento Crescente”e “Rendimento 8” para colocação na rede de Retalho, e produtos com estruturas “callable” (“step-up”e “range accrual”),“Target”,“TARN” e “Podium” para colocação nas redes “Private Banking” e Emigração.No que respeita a emissão de dívida subordinada e acções preferenciais para o Grupo BCP,o Millennium bcp investimento foi responsável conjunto pelo lançamento e “pricing” de uma emissão de acções preferenciais do Millennium bcp, no montante de 500 milhões de euros, e foi “joint leadmanager” numa emissão de obrigações de taxa variável para o BCP Finance Bank Ltd no montante de 650 milhões de euros e numa emissão de dívida subordinada “lower tier II” para o BCP Finance Bank Ltd no montante de 300 milhões de euros.

Para 2006 o Millennium bcp investimento continuará a ter uma posição de liderança na área de bancade investimento em Portugal, apoiada tanto pela carteira existente bem como pela angariação de novosmandatos. Paralelamente, o Millennium bcp investimento irá ainda explorar a base multi-doméstica deClientes e respectivas necessidades relativamente a serviços de assessoria financeira,“project finance”,mercado de capitais, produtos de tesouraria, corretagem e produtos de investimento, o que deverácontribuir para o desenvolvimento do negócio de banca de investimento nos restantes mercados emque o Millennium bcp está presente.

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European BankingOverseas Banking

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Áreas de Negócio no Estrangeiro

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European Banking

A área de negócio European Banking é, essencialmente, constituída pelas operações nos mercadosprioritários da Polónia e Grécia, onde o Grupo está presente através do Bank Millennium e doNovaBank, respectivamente. O Grupo também está implantado na Turquia, que não assumindo o estatuto de “mercado doméstico”, oferece uma opção de crescimento atractiva dadas asexpectativas de integração europeia e convergência económica a longo prazo. O Banque BCP,que se dirige aos clientes de origem portuguesa em França e no Luxemburgo, foi objecto de um acordo de parceria com a Caisse Nationale des Caisses d’Épargne, que contempla a alienação de uma participação maioritária no seu capital social.

A área de negócio European Banking atingiu uma contribuição líquida de 51,1 milhões de eurosem 2005, o que compara favoravelmente com a contribuição líquida negativa de 17,2 milhões de euros em 2004. O crescimento dos proveitos, em particular da margem financeira e comissões,acompanhado pela evolução controlada dos custos de transformação, traduziu-se no aumentoexpressivo da rendibilidade dos capitais alocados para 9,6% e na melhoria do rácio de eficiênciapara 80,1% em 2005.

O volume de negócios registou crescimentos significativos em relação ao ano anterior,beneficiando essencialmente da constante inovação na oferta de produtos e serviços na Polónia

2005 2004 Variação

Margem financeira 149,1 86,6 72,2%

Outros proveitos líquidos 209,2 176,2 18,7%

358,3 262,8 36,3%

Custos de transformação 286,9 270,0 6,2%

Provisões 6,5 1,4 ––

Contribuição antes de impostos 64,9 (8,6) ––

Impostos e interesses minoritários 13,8 8,6 60,5%

Contribuição líquida 51,1 (17,2) ––

Demonstração de resultados (1) Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variação

Capital afecto 530,4 563,6 -5,9%

Rendibilidade do capital afecto 9,6% -3,1% ––

Riscos ponderados 4.985 4.003 24,5%

Rácio de eficiência 80,1% 102,7% ––

Créditos sobre clientes 4.771 3.021 57,9%

Recursos totais de clientes 7.248 5.493 32,0%

Síntese de indicadores (1) Milhões de euros, excepto percentagens

(1) Exclui Banque BCP (França e Luxemburgo).

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e na Grécia. O crédito sobre clientes aumentou 57,9% para 4.771 milhões de euros em 31 deDezembro de 2005 tendo os recursos totais de clientes registado um acréscimo de 32,0% para7.248 milhões de euros na mesma data de 2005.

European Banking

Recursos +32%

Crédito +58%

Forte redução do “cost-to-income”(de 102,7% para 80,1%)

Recursos +24%

Crédito +49%

ROE– Bank Millennium 14-16% (2007)– NovaBank 15% (2007)

Destaques 2005 Objectivos 2006

Evolução do Bank Millennium e NovaBank

Polónia

O Bank Millennium é um banco universal que se dirige a particulares com patrimónios financeirosmédios e superiores, desenvolvendo também uma abordagem especializada aos segmentos demédias empresas e de pequenos negócios.

A economia polaca apresentou um crescimento de cerca de 3,5% em 2005, ligeiramente aquémdo ritmo do ano anterior. A taxa de desemprego manteve-se em níveis elevados, assistindo-se auma ligeira diminuição no 2.º semestre, enquanto que a taxa de inflação situou-se abaixo de 2%,possibilitando a redução acentuada das taxas de juro de curto prazo (cerca de 200 pontos base).O crescimento económico robusto, por um lado, e a redução das taxas de juro, por outro,contribuíram para o expressivo dinamismo do mercado de capitais.

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1998

Avaliação domercado e análiseda concorrênciaao longo de umano

Parceria coma Interamerican

2001 2002 2003 2004 2005

BCP lança oMillenniumna Polónia –22 balcões abertosem simultâneo

1999

Millennium commais de 100 balcõesem 35 cidades

BCP adquireuma participaçãode 15% no BBG –226 balcões,4.600colaboradores

Criação de redesespecializadas –Millennium Biznese Prestige

Início da operaçãocom abertura de45 balcões em 21de Setembro(recorde mundial)

Aumentoda notoriedadeda marca superiora 95%

92 balcões

175 mil clientes

BCP aumentaparticipaçãopara 50%

Novas UNssegmentadas

Centralizaçãodas decisõesde risco

Lançamento de“Private Banking”e comercial comconceitosinovadores

Nova marca

Centralizaçãodo “back-office”

Nova plataformade TI

Integração dasredes de balcõesdo BBG e doMillennium

Venda de activosnão “core”

“Break-even”alcançado no 4.ºtrimestre de 2004

109 balcões

280 mil clientes

122 balcões

325 mil clientes

Anúncio de planode expansãoda rede

Primeiro anocompleto rentável,92 M.e. deresultadosoperacionais,17 Milhõesde euros deresultados líquidos

338 balcões

650 mil clientes

Anúncio do planode expansão dosbalcões

365 M.e. deresultadosoperacionais, 141M.e. de resultadoslíquidos

20052000 2002 2003 20041999

Bank Millennium

NovaBank

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Com a descida das taxas de juro, a concorrência no sector bancário manteve-se intensa, afectandosignificativamente a margem de intermediação. O crédito total registou um crescimento apreciável,estimulado pela expansão do crédito hipotecário. A taxa de crescimento dos depósitos quaseduplicou o ritmo do ano anterior, com um forte contributo dos depósitos de empresas. Em 2005assistiu-se também ao início do processo de consolidação do sector bancário, com a fusãoanunciada entre o segundo e terceiro bancos do “ranking”.

A actividade do Bank Millennium desenvolveu-se em obediência aos três pilares que suportam a suaestratégia de médio prazo: conquistar escala e aumentar a rendibilidade do negócio de retalho, atravésdo crescimento orgânico; melhorar as vendas e a oferta na área de empresas, por forma a aumentaros resultados; e explorar economias de âmbito e sinergias operativas com o Millennium bcp, com oobjectivo de capitalizar os benefícios da participação num grupo financeiro multi-doméstico.Após umperíodo prévio devotado à reorganização comercial e operacional, bem como ao reforço da estruturapatrimonial, o Bank Millennium preparou-se para crescer e melhorar a “performance” em 2005confirmando a sua capacidade para atingir os objectivos prioritários estabelecidos.

A rendibilidade e eficiência do Bank Millennium melhoraram de forma significativa, evoluindo em linhacom os objectivos financeiros estabelecidos até ao final de 2007.A manutenção de um rigorosocontrole de custos e a melhoria da qualidade dos activos também contribuíram para a “performance”bastante positiva no conjunto do ano. Os principais indicadores de actividade registaram acréscimossignificativos em 2005, especialmente nas áreas “core”, permitindo o reforço da posicionamentocompetitivo do Bank Millennium. O reconhecimento da marca Millennium também aumentouexpressivamente como resultado de acções de comunicação frequentes e sistematizadas.

No negócio de retalho, a actividade do Bank Millennium foi enfocada no aumento da eficiênciacomercial através da “industrialização” das vendas, na continuação da aquisição de “market power”no crédito hipotecário, no lançamento de um modelo de negócio similar para os cartões decrédito e no desenvolvimento de uma abordagem especializada para Clientes com patrimóniossuperiores. O crescimento em fundos mobiliários foi ainda definido como uma prioridade, visandopromover a convergência da quota de mercado do Bank Millennium neste domínio para o seuvalor natural. Na área de empresas, o Bank Millennium procurou aumentar as receitas através daexploração da base de Clientes actual por via da venda de produtos de valor acrescentado, bemcomo acelerar a aquisição de novos Clientes. Foram desenvolvidos esforços consideráveis paramanter uma forte quota no negócio de leasing mobiliário.

2005 caracterizou-se pela implementação bem sucedida do conceito de “industrialização”de vendas no retalho, cujo principal objectivo é o incrementar significativamente os rácios de “cross-selling”. Foram conduzidas várias campanhas com o objectivo de colocar produtosespecíficos nos Clientes-alvo, utilizando o poder de venda das sucursais, complementado poracções de televendas. Como resultado destes esforços, o rácio de “cross-selling” aumentou de 2,4 para cerca de 2,7 produtos por Cliente em 2005. Em consequência, o Bank Millenniumreforçou a fidelização dos seus Clientes e simultaneamente aumentou as comissões num contextode compressão da margem financeira. Estes resultados, obtidos num período em que o número de Clientes aumentou substancialmente, beneficiaram do “fine-tuning” da oferta, com o lançamentode produtos inovadores e atractivos, tal como da maior notoriedade da marca Millennium.

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20052004 20052004 20052004 20052004

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1.840

2.480

Forte crescimento do crédito impulsionadopor crédito imobiliário

Produção de créditoimobiliário

Milhões de euros

Total líquido decarteira de crédito

Milhões de euros

Crédito ao consumo impulsionadopor cartões de crédito

Número de cartõesde crédito

Milhões

Crédito ao consumo(bruto)

Milhões de euros

+290%

10,8% quotade mercado

na “produção”

+35%

+82%+86%

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O Bank Millennium continuou a consagrar um enfoque especial ao crédito imobiliário. O aumento da produtividade das sucursais, a expansão de canais de distribuição complementares, incluindocentros especializados em crédito à habitação e uma rede de agentes, a competitividade das soluçõesoferecida e numerosas acções dedicadas de marketing contribuíram para o assinalável aumento danova produção, que catapultou o Bank Millennium à 3.ª posição no “ranking” de bancos polacos, comuma quota acima de 10%, ou seja, claramente superior à sua quota natural. Simultaneamente, foramintroduzidas melhorias significativas com o objectivo de automatizar os processos de “back-office”,permitindo o aumento da eficiência operacional e da qualidade de serviço.

No negócio de cartões assistiu-se a uma revisão da oferta, à introdução de característicasestimuladoras da sua utilização e ao aumento da penetração junto da actual base de Clientes.Capitalizando o programa de “industrialização” de vendas, o Bank Millennium duplicou o número de cartões de crédito em 2005. Foi ainda desenvolvido um modelo de negócio específico paravender cartões de crédito a não Clientes do Bank Millennium, baseado em canais de distribuiçãocomplementares, incluindo cartões “co-branded”. Como corolário desta actuação, o cartão “VisaEconomic” foi considerado o melhor cartão de crédito na Polónia segundo o jornal“Rzeczpospolita”.

O modelo de negócio para o segmento afluente foi também alvo de atenção pelo BankMillennium, tendo sido introduzidos produtos inovadores de elevada margem, um sistema de incentivos renovado e promovida a transferência das poupanças de depósitos para fundosmobiliários. Os expressivos esforços comerciais, incluindo formação intensiva da força de vendas,a introdução de novos fundos, nomeadamente fundos de fundos estrangeiros, bem como amelhoria da performance dos fundos, contribuíram para o aumento do saldo dos fundos

2005: Excelente desempenho comercial em “segmentos estratégicos”

Polónia: Excelência ao nível do Crédito

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mobiliários que representavam 16,4% das responsabilidades individuais. O Bank Millennium cresceusignificativamente neste segmento, mais do que duplicando a sua quota de mercado.

O desenvolvimento dos canais electrónicos continuou a ser uma prioridade em 2005.No que respeita à “Internet”, foram levados a cabo esforços significativos para proceder ao “upgrade” da estabilidade da plataforma e dos serviços disponibilizados. Na vertente dos conteúdos, foram lançados leilões de depósitos de curto prazo e foi introduzido o serviçode notificação por SMS. No final do ano, o número de utilizadores registados excedeu 295milhares e o número de transferências efectuado através da “Internet” representou mais de 65% do total. Em 2005, o Bank Millennium foi premiado com o prémio “Best ConsumerInternet Bank in Poland” pela “Global Finance”.

No segmento Empresas, a actividade do Bank Millennium foi norteada por dois objectivosprincipais: aumentar as receitas provenientes da base de clientes existente através da venda de produtos de elevado valor acrescentado (instrumentos de cobertura, soluções de gestão da tesouraria e produtos de “trade finance”); e o alargamento da base de clientes, suportada pela criação de uma equipa especializada na aquisição de novos clientes. A área de negócio“Millennium Biznes”, dirigida a pequenas e médias empresas, foi classificada nas três primeirasposições pela Forbes como o “Best Bank for Companies” em termos de oferta. O “leasing”manteve-se como uma prioridade estratégica do segmento de Empresas. Como resultado damelhor cooperação entre a BEL Leasing e as redes do Bank Millennium, a proporção da novaprodução originada através do Banco aumentou para cerca de 40%, permitindo preservar umaforte posição no sector.

O Resultado Líquido em base consolidada do Bank Millennium atingiu um nível máximo de 567,1 milhões de zlotis em 2005, mais do dobro do valor registado em 2004, beneficiando da contribuição significativa das áreas de negócio “core” e da conclusão do acordo relativo à vendada participação na PZU. O aumento das comissões e o controle dos custos operacionais,que se reduziram relativamente a 2004, contribuíram para a melhoria significativa dos níveis de rendibilidade e eficiência. A diminuição do provisionamento deveu-se à melhoria da qualidadedos activos, reflectindo o impacto de uma política de concessão de crédito conservadora e dos esforços de recuperação de crédito vencido. Apesar do crescimento expressivo do crédito,resultante do aumento do crédito à habitação, o Grupo apresentava ainda uma situaçãoconfortável em termos de liquidez e solvabilidade. Em Abril de 2005, a agência de “rating” Moody’sprocedeu ao “upgrade” do “rating” de depósitos de longo prazo do Bank Millennium de “A3”para “A2” e alterou o “outlook para a solidez financeira” para “positivo”. Esta decisão foi baseada na progressiva integração operacional com o Millennium bcp bem como no crescimento orgânico,suportado numa forte base de capital, produtos inovadores, estratégia de mercado agressiva,aumento do potencial de vendas, melhoria da gestão do risco e clima económico favorável.Como resultado da excelente performance em 2005, as acções do Bank Millennium registaramuma excelente “performance” em 2005, superando a do índice Geral da Bolsa de Valores de Varsóvia e a dos bancos cotados na Bolsa de Valores de Varsóvia.

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Dadas as oportunidades de crescimento em várias áreas de negócio decorrentes da aindareduzida penetração de produtos bancários na Polónia relativamente a outros países europeus,o Bank Millennium irá prosseguir a sua estratégia de expansão orgânica, de modo a atingir os objectivos definidos.

Bank Millennium: líder em inovação e produtividade

“Melhor Banco de Retalho da Polónia na Internet” pelo “International Global Finance Magazine”

“Melhor Banco na Oferta de Serviços de Custódia” pelo “Global Custodian Magazine”

“Melhor Cartão de Crédito” para o Millennium Visa Economic Card pelo diário “Rzeczpospolita”e revista “Forbes”

Expoente máximo como “Banco de Aptidão Negocial” pela Câmara de Comércio Polaca e revista “Forbes”,Instituto Bancário de Varsóvia e Fundação Polaco-Americana de aconselhamento a pequenos negócios

Posições de liderança em inúmeros “rankings” de produtos hipotecários por consultores financeirosindependentes (“Expander”, "Open Finance”)

Oferta de Crédito ao Consumo (“MilleKredyt Winter”) classificada como n.º 1 pela “Businessweek”e n.º 2 pela “Wprost”

Expansão da Rede do Bank Millennium

Encerramentode sucursais

327

14

44

43

40

16

456

CentrosFinanceiros

Retalho +“Prestige/Negócios”

Retalho

Lojas decrédito

Objectivoda Rede

Plano de expansão da rede de retalhoNúmero de pontos de venda

Plano de Investimentos (acumulado)Milhões de euros

Impacto na quota de mercadoPontos base

Actual

30

2006

110

2007

190

2008

2008

41

2007

34

2006

16

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Grécia

O Millennium bcp está presente no mercado bancário grego através do Novabank, um bancouniversal lançado em 2000, com enfoque inicial exclusivamente no negócio de retalhofinanceiro, mas que alargou a sua actividade a partir de 2003 aos negócios “private banking”e de negócios e empresas (“business banking”). O Novabank celebrou cinco anos de actividadeem 2005, tendo registado elevadas taxas de crescimento do volume de negócios – o crédito a clientes excedeu 2 mil milhões de euros, tendo o crédito hipotecário superado mil milhões de euros – confirmando também o “break-even” atingido no quarto trimestre de 2004. Estes resultados reflectem o sucesso de uma estratégia pioneira que combinaprodutos inovadores, serviços de elevada qualidade, tecnologia “state-of-the-art”e recursos humanos qualificados.

O enquadramento económico da Grécia em 2005 foi marcado pelo elevado dinamismo daactividade, tendo o crescimento real do PIB atingido cerca de 3,6%, superando a média da área do euro, apesar do pendor restritivo da política orçamental e do fim dos investimentos relacionadoscom os Jogos Olímpicos. A vigorosa expansão do consumo privado, apoiado no crescimento docrédito e dos salários reais, deverá continuar a suportar um crescimento robusto do PIB em 2006.

A concorrência no sector bancário grego permaneceu muito intensa em 2005, com os maiores“players” a basearem a sua estratégia em fortes campanhas publicitárias e no “pricing” agressivo.O crédito a clientes expandiu-se cerca de 20% em 2005, mais do que duplicando o crescimentodos recursos de clientes, traduzindo o impacto do dinamismo do crédito hipotecário, que beneficioudas baixas taxas de juro e da antecipação da aquisições de habitação própria, dado o aumento do imposto sobre transacções de imóveis a partir de 2006. A expansão dos volumes de negócio e a continuação das medidas de racionalização dos custos contribuíram para a melhoria darendibilidade do sector bancário grego.

O Novabank enfocou-se no crescimento orgânico em 2005, alargando a sua base de clientes e expandindo o volume de negócios a um ritmo elevado em todas as áreas chave de negócio – banca de retalho, negócios e empresas, “private banking” e “bancassurance” –, suportado numaestratégia inovadora de satisfação das necessidades dos Clientes, com sucursais dedicadas e distintas para cada segmento de mercado. No final de 2005, o Novabank tinha um total de 122 sucursais (102 sucursais de retalho, 17 unidades de negócios e empresas e 3 centros de “private banking”).

2005 foi muito positivo para a banca de retalho, área “core” das operações do Novabank, sendoatingidos os objectivos estabelecidos no início do ano. A expansão do crédito hipotecárioconstituiu o principal enfoque estratégico, tendo o Novabank aumentado a sua quota da novaprodução para cerca de 4%. O Banco reforçou também a sua posição em termos de liderança em inovação financeira, com o lançamento de soluções como “Enoiko Telos-aluguer nunca mais”,uma campanha oferecendo soluções de crédito hipotecário com prestações mensais reduzidas e o “NovaPronomio”, um produto inspirado na solução “Cliente Frequente”, incorporando diversasvantagens para os Clientes que mantém uma relação frequente com o Novabank comocontrapartida de uma pequena comissão mensal.

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A rede de retalho foi expandida com a abertura de 7 sucursais em áreas metropolitanascriteriosamente seleccionadas (Volos, Larissa, Livadia, Kozani, Corfu), bem como em Atenas e Salónica, atingindo um total de 102 sucursais. A introdução de novas aplicações informáticas – sistemas operacionais, de informação de gestão e orientados para as vendas – demonstraram a aposta permanente na utilização das tecnologias mais avançadas.

Tendo sido lançada em 2003, a área de negócios e empresas (“business banking”) tornou-se, emapenas dois anos e meio, uma referência no mercado grego, pela sua credibilidade, profissionalismo,flexibilidade e excelência do serviço ao Cliente. Esta rede opera com 17 unidades de negócio em toda a Grécia, contando com colaboradores com um elevado nível de formação, especializadosem servir as necessidades dos Clientes “business”.

A rede de “private bankers” do Novabank, no seu segundo ano de actividade, foi a primeirainstituição de “private banking” a adoptar uma estratégia de “open architecture” na Grécia.A rede tem como objectivo prestar um serviço exclusivo, personalizado e profissional para os particulares com patrimónios financeiros mais elevados, através de soluções de gestão de activos globais, com “private bankers” dedicados, em localizações de prestígio em Atenas e Salonica. A rede de “private bankers” do Novabank obteve um crescimento expressivo em2005, duplicando o número de Clientes, os activos sob gestão e os proveitos. Baseado no conhecimento do mercado local, “know-how” internacional e “pricing” competitivo,a proposta de produtos da rede de “private banking” reforça que “o Cliente tem direito a maiores retornos no seu investimento”.

A área de “bancassurance”, desenvolvida pelo Novabank em parceria com a Interamerican,membro do Grupo Eureko, foi aprofundada, tendo sido intensificados os esforços de venda e desenvolvida uma oferta de produtos inovadora, com enfoque no segmento “Vida”, “Saúde”,“Automóvel” e “Vida associado a Crédito Imobiliário”, criando sinergias entre as duas empresas.

2005:“Performance” comercial de excelência em “segmentos estratégicos”

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2003

207

2004

310

2005

511

Crédito hipotecárioMilhões de euros

Crédito a empresasMilhões de euros

Crédito totalMilhões de euros

2004

328

2003

126

2005

637

2003

790

2004

1.400

2005

2.190

4,7% quotade mercado

na “produção”

+125%

+66%

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O Novabank obteve pelo quinto ano consecutivo o Prémio de Ouro na competição anual “Teleperfomance CRM Gran Prix 2005”, na categoria de “Maior Call Centre”, tendo sido o primeiro nesta categoria com uma classificação de 94,1% pelos seus serviços de “Call Centre” (a média do sector bancário grego foi de 64,0%). A sucessiva distinção do Novabank constitui uma prova exemplar dos serviços de elevada qualidade disponibilizadospelos canais remotos do Banco e do compromisso do Banco com a satisfação dos Clientes.O Novabank desenvolveu em 2005 o seu “site” bilingue, disponibilizando um portal “user-friendly” bem estruturado.

NovaBank: líder em inovação e produtividade

Produtos e Serviços Inovadores Infra-estrutura optimizadaEmpregados/balcão, 2005

20,3

8,7

Maior “agilidade”

Menos vulnerávela alterações nas condiçõesde mercado

Médiados top 5

NovaBank

2,3x

“Assinatura única”Primeiro banco a disponibilizar acesso total aos canais bancários(balcão, “call center”, “Internet”, videoconferência e ATMs),com apenas uma assinatura

“Projecto 5”Um pacote de produtos e serviços com condições preferenciais,para celebrar o sucesso dos cinco anos do NovaBank

“Cliente frequente”Um pacote de produtos e serviços disponibilizados ao melhorpreço, cobrindo todos as necessidades financeiras

“O fim das rendas”Soluções hipotecárias inovadoras; “Ainda está a pagar a renda da casa?”

“Dinheiro extra”Crédito ao consumo com reembolso inicial

Considerando os recursos humanos como o seu activo mais valioso, o Novabank continuou a investir no seu capital humano em 2005. A condução com sucesso de todas as contratações,promoções e rotações, o recrutamento específico e os processos de planeamento dos recursoshumanos obedeceram a critérios rigorosos. A formação e as actividades de desenvolvimentocobriram um largo espectro, por forma a assegurar a satisfação dos Colaboradores,o compromisso e a lealdade para com a organização, e simultaneamente criando valor para o Banco.

Em Setembro de 2005, o Novabank celebrou o seu 5.º aniversário, realizando diversas campanhasde produto e de comunicação, realçadas pela decoração festiva das sucursais e serviços centrais,com um forte enfoque no envolvimento dos Colaboradores. Os Clientes actuais e potenciaisforam convidados a celebrar o aniversário em conjunto com o Banco, beneficiando de produtos

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inovadores e condições preferenciais de acesso. Este esforço foi alinhado com a estratégia globaldo Novabank de disponibilização de produtos e serviços “um passo à frente do mercado”, e decrescentemente se posicionar como o “Banco que os Clientes preferem sempre”.

O Novabank encerrou o exercício de 2005 com resultados em base recorrente (antes deimpostos) de 5,4 milhões de euros (3,5 milhões de euros após impostos), o que representa umamelhoria expressiva face aos prejuízos contabilizados em 2004. Os Resultados Líquidos, incluindoresultados não recorrentes, ascenderam a 16,9 milhões de euros.

As perspectivas para 2006 são prometedoras, fundamentando-se na estratégia de expansão darede de sucursais (abertura de 35 sucursais nas maiores cidades Gregas), na continuação docrescimento orgânico e na aposta no “cross-selling”. O ROE em base recorrente deverá situar-seentre 7 e 9% em 2006, o que compara com 2,3% em 2005, convergindo gradualmente para asmelhoras práticas do Grupo na banca de retalho.

Turquia

Constituído em 2003, o BankEuropa foi o primeiro banco turco a ser concebido exclusivamente para abordar um segmento de Clientes específico: os particulares comrendimentos superiores. Desde a sua fundação, o BankEuropa dispõe de uma rede de 12 sucursais, localizadas nas três principais cidades da Turquia (10 em Istambul, Ancara e Izmirna), disponibilizando ainda diversos canais de acesso remotos (ATMs, “call centre”e “Internet banking”). O BankEuropa baseia a sua proposta de valor na disponibilização de um serviço personalizado de elevada qualidade, através de sucursais especialmente desenhadas para o efeito, colaboradores experientes com formação adequada e produtos e serviços específicos para satisfazer as necessidades do mercado-alvo.

O anúncio do início das negociações para integração da Turquia na União Europeia teverepercussões imediatas muito positivas na economia turca, registando-se um aumento expressivodos afluxos de capital e uma maior estabilidade macroeconómica. O crescimento do PIB situou-seem 5,5% em 2005, impulsionado pelo dinamismo do consumo privado e das exportações, tendo a taxa de inflação diminuído significativamente. O clima de optimismo dos agentes económicoscontribuiu para o aumento do crédito à habitação, tendo o peso do crédito hipotecário no PIBaumentado para 2,4% (0,6% em 2004) e indiciando um enorme potencial de crescimento nofuturo próximo.

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Expansão da Rede do NovaBank

Plano de expansão agressivo, para duplicara capilaridade da Rede em 3 anos

Número de balcões Colaboradores / balcão

2005 2008 (E)2005 2008 (E)

250

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8,7

7,4Abertura de novos balcões em áreas ainda poucoservidas, fora dos principais centros urbanos

Investimento de 14,0 Milhões de euros em 2006,18,3 M. e. em 2007 e 19,8 M. e. em 2008

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Os principais resultados obtidos pelo BankEuropa em 2005 expressam-se no aumento do número de Clientes (crescimento de cerca de 73% relativamente a 2004) e na expansão do crédito imobiliário e dos fundos sob gestão. O BankEuropa obteve um notável crescimentodo crédito (quase quadriplicou o montante concedido) e reforçou o seu papel pioneiro em termos de inovação financeira. Um ano após a introdução da plataforma de “arquitecturaaberta” (acesso aos fundos mobiliários de várias instituições financeiras), o BankEuropaconquistou a segunda posição na colocação de fundos mobiliários por sucursal. A oferta foi alargada com a comercialização adicional de 43 fundos mobiliários disponíveis através da “Internet banking”, sendo disponibilizada informação completa sobre as características de cada fundo.

A promoção do BankEuropa tem sido baseada em campanhas publicitárias enfocadas na suaproposta de valor. O Banco beneficiou da sua boa reputação no mercado e do extensivo interesseda imprensa. O BankEuropa goza de uma boa cobertura pelos “media” mais importantes e tornou-se uma referência para os jornalistas, especialmente nas áreas de crédito imobiliário e de fundos mobiliários.

O negócio de “trade finance” recentemente lançado pelo BankEuropa continua a servir Clientesdomésticos e internacionais de Portugal, Grécia e Polónia. O Banco tem vindo a apoiar os negóciose investimentos dos Clientes em países em que o Grupo opera, alavancando sinergias entre asplataformas existentes.

O novo sistema de crédito hipotecário e os produtos bancários alternativos constituem as áreasprioritárias de actuação em 2006. A concentração na gestão dos custos e na geração decomissões, em conjunto como os esforços para aumentar a quota de mercado são os principaisdesafios para o Banco. O plano de expansão para 2006 inclui a abertura de 6 novas sucursais e aexpansão do negócio de “trade finance”. O BankEuropa pretende continuar a atrair novos Clientese aprofundar o relacionamento com os Clientes existentes.

França e Luxemburgo

A actividade do Millennium bcp em França e no Luxemburgo tem sido desenvolvida pelo Banque BCP, um banco vocacionado prioritariamente para a actividade de retalho, focalizando-seno segmento de Clientes de origem portuguesa. Em Agosto de 2005, o Millennium bcp anunciou a celebração de um acordo de parceria com a Caisse Nationale des Caisses d'Epargne, envolvendoa aquisição por esta instituição financeira francesa de uma participação correspondente a 80,1% do capital social do Bancque BCP (França e Luxemburgo). Esta transacção concluiu-se em Janeiro de 2006.

A estratégia de actuação do Banque BCP em França continuou assente no objectivo de aumentaro número médio de produtos detidos por Cliente e de reforçar o grau de penetração no segmento constituído por portugueses e luso-descendentes residentes em França (particulares,profissionais e PME) e noutros mercados “étnicos” com características sócio-económicas similares à emigração portuguesa, para os quais o modelo de relação personalizada do Banque BCP e a cobertura geográfica proporcionada pelas 63 sucursais conferem perspectivas de criação de valor e de desenvolvimento de novos negócios.

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Um factor determinante na estratégia do Banque BCP consiste na captação de novos Clientes nas zonas de influência de cada uma das sucursais. Para agilizar esse momento, foi desenvolvidoum novo programa de abertura simplificada de contas (particulares e empresas) através do qual a criação de um novo Cliente e a abertura da conta são efectuados em apenas três ecrãs atravésdo preenchimento de um número reduzido de campos. Foram ainda criados atalhos quepermitem que, uma vez aberta a conta no sistema, se possa aceder directamente à abertura decontas poupança, pedidos de livros de cheques ou de cartão, subscrição de seguros, entre outros.

A venda de seguros é o pilar fundamental na estratégia de “cross-selling” do Banque BCP, sendouma alavanca para aumentar o nível de envolvimento dos Clientes. Nesse âmbito foi lançado,em 2005, o seguro “Preciso”, com características semelhantes às do produto "estrela" com amesma designação do Millennium bcp: um seguro de acidentes pessoais, gerido pela ImpérioFrance, que garante aos beneficiários um capital imediato e uma renda mensal durante 5 anos em caso de morte acidental da pessoa segura.

Com o objectivo de melhorar a proposta de valor do Banque BCP no segmento de empresas, foiestabelecida uma parceria com um organismo estatal, cuja vocação é estimular o financiamento às empresas, neste caso sob a forma de “leasing”.Também foram disponibilizados novos segurosgeridos pela AXA: "Assurance Crédit", seguro destinado a cobrir o risco Cliente da empresa; "SantéPrevoyance Collective", seguro de saúde de grupo; "Épargne Retraite Salariale", seguro de capitalizaçãono qual as empresas podem depositar a participação obrigatória dos seus Colaboradores nosresultados do exercício; "Épargne Retraite Collective", poupança para complemento de reforma;"Garantie Responsabilité Décennale" seguro que cobre a responsabilidade dos construtores e promotores imobiliários durante os 10 primeiros anos de vida dos imóveis novos.

Para melhorar a proposta de valor do Banco ao segmento dos comerciantes foi assinado umprotocolo com um fabricante de TPE – Terminais de Pagamento Electrónico e com uma empresade distribuição e manutenção destes equipamentos, com o intuito de aumentar a fidelização dos Clientes, captar os "cash-flows" da sua actividade e vender outros produtos associados comoas facilidades de tesouraria, o "leasing" ou os seguros.

O posicionamento estratégico do Banque BCP no Luxemburgo tem assentado na oferta deprodutos dirigidos à comunidade portuguesa, quer ao nível local (crédito habitação, créditopessoal, cartões, serviços vários), quer em Portugal (contas, cartões, transferências, aplicaçõesfinanceiras). O Banque BCP continua a ser o banco de referência da comunidade portuguesa no Luxemburgo, estimando-se a sua quota de mercado nas transferências para Portugal em cercade 60%. Para cimentar esta posição tem ainda contribuído a imagem melhorada das sucursais e o maior dinamismo das equipas comerciais, fruto da aposta efectuada ao nível tecnológico e do esforço na formação técnica e comportamental dos colaboradores.

Inserida no plano anual de “marketing” de 2005, procedeu-se ao lançamento de uma novacampanha de crédito habitação – “BCP Eurologement” – com um produto redesenhado, melhoradaptado aos Clientes do Banco e com uma comunicação para o exterior renovada e apelativa.A oferta de produtos de “bancassurance” resultante da parceria com a companhia de segurosAXA tem assumido uma importância crescente, tendo as comissões aumentado cerca de 92%,com a carteira de seguros de poupança a atingir 10 milhões de euros.

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Overseas Banking

A área de negócio Overseas Banking inclui as actividades desenvolvidas pelo Grupo em mercadosnão europeus, abrangendo quer países onde residem importantes comunidades de origemportuguesa, apostando numa abordagem do mercado segundo um modelo de “community bank”(Estados Unidos e Canadá), quer países com laços históricos, culturais e económicos com Portugal(Moçambique e Angola), dispondo de operações com vocação universal, que procuram servir asnecessidades financeiras da população local com propostas de valor inovadoras e distintitivas.

2005 2004 Variação

Margem financeira 58,0 51,1 13,5%

Outros proveitos líquidos 47,4 37,5 26,3%

105,4 88,6 18,9%

Custos de transformação 72,1 67,0 7,5%

Provisões 5,9 6,0 -1,2%

Contribuição antes de impostos 27,4 15,6 75,7%

Impostos e interesses minoritários 4,1 0,7 ––

Contribuição líquida 23,3 14,9 56,8%

Demonstração de resultados (1) Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variação

Capital afecto 71,3 70,9 0,6%

Rendibilidade do capital afecto 32,7% 20,9% ––

Riscos ponderados 970 717 35,2%

Rácio de eficiência 68,4% 75,7% ––

Créditos sobre clientes 897 616 45,6%

Recursos totais de clientes 1.421 1.087 30,7%

Síntese de indicadores (1) Milhões de euros, excepto percentagens

A contribuição líquida do Overseas Banking aumentou 56,8% para 23,3 milhões de euros em 2005 (14,9 milhões de euros em 2004), beneficiando essencialmente do crescimento da contribuição da Sucursal em Angola. Os aumentos da margem financeira e dos outrosproveitos, que mais que compensaram a subida dos custos de transformação e do esforço deprovisionamento, determinaram a melhoria do rácio de eficiência para 68,4% (75,7% em 2004).

Os volumes de negócios continuaram a evidenciar desempenhos favoráveis, impulsionadospelas subidas do bcpbank (Estados Unidos), registando-se um acréscimo de 45,6% do créditosobre clientes e de 30,7% dos recursos de clientes.

(1) Exclui Banco Comercial de Macau.

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América

Estados Unidos e CanadáA presença do Millennium bcp na América do Norte (Estados Unidos e Canadá) é assegurada pelobcpbank, um banco global vocacionado para servir a comunidade portuguesa e luso-descendenteresidente em alguns Estados norte-americanos (Costa Leste) e no Canadá (área metropolitana de Toronto). Em paralelo, o bcpbank tem vindo a alargar a sua base de Clientes a cidadãos Norte-Americanos e à comunidade brasileira, em rápido crescimento.

Em 2005, o bcpbank prosseguiu a sua expansão geográfica nos Estados Unidos, com a abertura de sucursais em New Jersey, Massachussets e Nova Iorque. O bcpbank reforçou em paralelo a suaequipa com novos agentes comerciais e manteve uma oferta alargada de produtos e serviços,bem como de canais de distribuição automáticos inovadores e de elevada conveniência. Para além de alargar o âmbito geográfico, a estratégia do bcpbank incidiu no esforço de aquisição de Clientes,na intensificação do “cross-selling” e no aumento do reconhecimento da marca, suportado por várias

campanhas bem sucedidas.

Com o “package” de relacionamento, o bcpbank disponibilizou aos Clientes um conjunto de serviçoscom o objectivo de reforçar o grau de relacionamento. Foi também desenvolvida uma campanhainterna com o objectivo de atrair novos Clientes através de um esquema de incentivos concedidos aosColaboradores, sucursais e Clientes. Merece também referência o enfoque nos pequenos negócios coma promoção da linha “bcpaccess”, oferecendo produtos dedicados, para além da disponibilização decanais de distribuição automáticos, e de uma nova equipa de gestão de tesouraria.

Em 2005, foi lançado o serviço “Caixa Aqui”, que consiste na oferta de serviços de remessa aosemigrantes brasileiros, materializando a parceria estabelecida com a Caixa Económica Federal do Brasil.Esta iniciativa também contribuiu para o aumento da base de Clientes e das comissões.

Alcançado o “break-even” em 2005, o bacpbank está apostado em abrir novas sucursais em Nova Iorque, New Jersey e Massachussets. O Banco irá continuar a promover o crescimento dos depósitos e do crédito, diversificar o seu “mix” e controlar os custos, alavacando a estruturaorganizacional e os recursos operativos.

No Canadá, a presença junto das comunidades portuguesas foi reforçada através de uma nova dinâmicacomercial. Para além de ser o único Banco no mercado capaz de prestar serviços financeiros no Canadáe em Portugal, o bcpbank conseguiu ainda atrair Clientes de outras comunidades. O Banco reforçou asua presença junto da comunidade de “memória portuguesa”, atingindo uma quota de mercado de 80%no que respeita a remessas para Portugal, com um valor total transferido de 130 milhões de dólares.

Overseas Banking

Recursos +31%

Crédito +46%

Recursos +26%

Crédito +34%

Destaques 2005 Objectivos 2006

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Em 2005, foi lançada uma nova oferta de produtos para Clientes particulares e empresas, quecontribuiu para o crescimento da base de Clientes.Assistiu-se igualmente a um aumento do “cross-selling”, com o Banco a apostar num aprofundamento do relacionamento comercial com os seus Clientes.A nível funcional, o Banco fomentou várias iniciativas que conduziram à racionalizaçãode processos e que permitiram uma maior agilidade comercial e operacional.

O bcpbank Canadá registou um crescimento de cerca de 20% em termos de depósitos e empréstimos.O crescimento do crédito foi, em grande parte, conseguido através do lançamento de uma fortecampanha na área do crédito hipotecário. À semelhança do que já tinha acontecido em 2004, assistiu-se aum esmagamento das margens de intermediação, com as taxas de juro a atingirem valores historicamentebaixos. Esta tendência teve reflexos directos na conta de exploração, se bem que tenham sido mais quecompensados pelo crescimento das comissões bancárias e a redução dos custos operativos.

O crescimento sustentado dos volumes de negócios, bem como a racionalização dos custos, deverãocontribuir para a melhoria da rendibilidade em 2006, sobressaindo como principais objectivos a atracçãode novos Clientes e o aumento do relacionamento com os Clientes existentes.

África

MoçambiqueEm Moçambique, o Millennium bcp está presente desde 1995 através do Banco Internacional deMoçambique, um banco universal com uma oferta de produtos e serviços especializados, que detém aliderança destacada do mercado.

A actividade do BIM caracterizou-se por um renovado enfoque na expansão do negócio, através da exploração de novos segmentos e do considerável aumento da base de Clientes, procurando a salvaguarda da margem financeira, o crescimento dos outros proveitos e a contenção dos custosoperativos. O activo total líquido do BIM cresceu 19%, o crédito líquido aumentou 39% e os recursos de clientes subiram 23%. O resultado líquido aumentou 47%, tendo o ROA atingido 2,0%e o ROE superado 23%. O rácio de eficiência evoluiu favoravelmente para 69,6%.Em 2005 assistiu-se a uma melhoria da qualidade dos activos, tendo o rácio de crédito vencidodiminuído para 3,7%, sendo o respectivo grau de cobertura por provisões de cerca de 350%.O rácio de solvabilidade situou-se em 10,6%.

2005 ficou ainda marcado pela reorganização societária do Grupo financeiro, com a fusão porincorporação do BIM Investimento, BIM Leasing e Crédicar no BIM motivada por ganhos de eficiência,bem como a alienação da participação no NovoBanco, após a implantação e maturação desta instituiçãode micro-crédito. Foi ainda firmado um acordo visando a aquisição de uma participação maioritária naSeguradora Internacional de Moçambique, num aprofundamento natural da estratégia de negócio de“bancassurance”.

O BIM apresenta vantagens competitivas significativas, como a maior capilaridade da sua rede dedistribuição e a sua capacidade de inovação e liderança, que lhe permitem ser pioneiro em linhas denegócio de elevado potencial, como o crédito ao consumo e o crédito hipotecário. Constituemexemplos de produtos e serviços inovadores lançados em 2005, o Crédito Condução Fácil, uma linhade financiamento protocolado com as escolas de condução automóvel, o cartão de crédito FlamingoVISA, em parceria com as Linhas Aéreas de Moçambique, a maior transportadora aérea moçambicana,o “Internet banking” para particulares, e o serviço de recargas de telemóvel via SMS.

A Banca de Investimento desenvolveu a sua actividade num ambiente de alguma retracção nas áreas deserviços financeiros e de mercado de capitais, continuando a disputar o mercado de originação esindicação de crédito com instituições de maior dimensão da vizinha África do Sul.A Banca deInvestimento continuou a apoiar o BIM na relação com os seus maiores Clientes “corporate”.

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O negócio de “leasing”, que integrou em 2005 o crédito automóvel anteriormente concedido em ALD, continua a demonstrar um potencial elevado, representando para o Grupo vantagenssignificativas em termos de cobertura de risco.A sua evolução continuou neste ano a ser muito positiva,embora a alteração da legislação financeira aplicável que restringiu fortemente o financiamento emmoeda estrangeira, tenha condicionado a sua expansão.

A área seguradora do Grupo BIM registou também um crescimento dos volumes de negócio o que, a par da reorganização operativa dos serviços de “back office”, se traduziu na forte expansão dos prémios cobrados e na anulação das respectivas provisões, permitindo um resultado líquido anualmuito superior ao do ano anterior.

O protagonismo que o BIM continua a assumir reflecte-se na manutenção da liderança inequívoca do mercado bancário moçambicano: no final de 2005, a quota de mercado do BIM situava-se em cercade 40% em termos de crédito e recursos. O BIM continuará a desempenhar um papel de elevadarelevância no mercado bancário moçambicano como resultado da sua dimensão, projecção e capacidade de inovação.A expansão do nível de “bancarização” da economia, o reforço da cobertura geográfica e o desenvolvimento do crédito a particulares, assumem-se simultaneamentecomo os maiores desafios e oportunidades.

AngolaA operação do Millennium bcp em Angola registou uma importante transformação em 2005. Por umlado, foi submetido às Autoridades Angolanas o pedido de conversão da Sucursal em Banco de direitolocal, que adoptará a designação de Banco Millennium Angola; por outro, pela primeira vez desde 1993,foi alargada a rede comercial com a abertura de duas novas sucursais em Luanda, iniciando tambémobras de expansão e modernização da sucursal principal.

Em termos da evolução de actividade e dos seus resultados, a Sucursal evoluiu de forma muito positiva,alcançando todas as metas definidas para 2005, para o que contribuiu a forte expansão da economia e o crescimento da actividade dos Clientes, em particular dos sectores de comércio, construção e deimportação.

Após consideração de efeitos de consolidação, a Sucursal apresentou uma contribuição líquida de 7,3 milhões de euros, representando um aumento de 10,8% relativamente ao exercício de 2004,sustentada pelo crescimento de 59% do resultado operacional, cujo impacto foi mitigado pelo aumentoda carga fiscal. Merece ainda destaque o crescimento de recursos (47%) e do crédito concedido (71%),registando-se uma evolução igualmente positiva dos indicadores de qualidade da carteira.

Ásia

MacauO Millennium bcp dispunha de uma presença na Região Administrativa Especial de Macau desde 1995,através do Banco Comercial de Macau, uma operação de banca universal cujas origens remontam àabertura da sucursal do Banco Português do Atlântico e que está vocacionado predominantemente para aactividade de retalho, com um relacionamento importante com empresas e Clientes institucionais eenfoque numa abordagem global do mercado centrada na comunicação directa e “cross-selling” de seguros.

Após obtenção das autorizações necessárias, concluiu-se, em 19 de Dezembro de 2005, o processo dealienação ao Grupo Dah Sing Bank da participação correspondente a 100% do Banco Comercial deMacau, S.A., 96% da Companhia de Seguros de Macau, S.A.R.L. e 100% Companhia de Seguros deMacau Vida S.A.R.L., pelo valor total de MOP 1.719 milhões (cerca de 179 milhões de euros). Este valorserá ainda objecto de ajuste final em função da variação da situação líquida do BCM e da CSM entre 31de Dezembro de 2004 e 30 de Setembro de 2005.Após estas operações, a presença do Millenniumbcp continuará a ser assegurada pela sua Sucursal de Macau.

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128 Serviços Bancários

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Serviços Bancários

No âmbito da implementação de um novo modelo organizacional e de coordenação estratégica,o Grupo foi estruturado seis áreas de negócio e duas áreas de serviços (Serviços Bancários e ÁreaCorporativa), dirigidas por comités de coordenação executiva constituídos pelos membros doConselho de Administração e da Alta Direcção responsáveis pelas principais unidades integradas.

A área de Serviços Bancários é constituída pelas unidades orgânicas cujas funções compreendem:a análise de crédito, o processamento de operações (contratação de crédito, gestão operacional de tesouraria, operações com títulos), o desenvolvimento e exploração de sistemas informáticos e de telecomunicações, a segurança física e lógica, a gestão administrativa e patrimonial, as compras e outras unidades de suporte à actividade das áreas de negócio. Apoiando e suportando a actividadedas áreas de negócio, quer em Portugal que noutras geografias, a área de Serviços Bancários contribuide forma sustentada para a redução de custos e a melhoria da qualidade de serviço, assegurando um grau de inovação compatível com as aspirações de competitividade do Grupo.

A estratégia da área de Serviços Bancários assenta em quatro linhas de orientação:

1. Reforço do alinhamento com os Clientes InternosO correcto alinhamento das áreas de Serviços Bancários com os objectivos estratégicos do Millennium bcp é um requisito essencial de eficiência e de eficácia global. Com efeito, assegurar o funcionamento do Banco com menores custos e melhores níveis de serviço, servidos por umconstante esforço de inovação, potencia a melhoria dos níveis de competitividade. Constituemexemplos as iniciativas de melhoria dos processos de análise e de contratação de crédito habitação,assim contribuindo para o reforço da liderança do Banco nesta área de negócio, e de revisão dosprocessos de aprovação e prioritização de actividades de desenvolvimento informático, traduzindo ummaior peso da lógica de necessidade de negócio e de “compliance” nas correspondentes decisões.

Esta preocupação de alinhamento das áreas de Serviços Bancários com os grandes objectivosestratégicos do Banco estende-se selectivamente às operações em outros mercados, procurandoexplorar sinergias e garantir uma gestão mais articulada. Foram assim aprovadas linhas de evoluçãode arquitectura, de sistemas e de processos de Tecnologias de Informação (TI), ao mesmo tempoque as operações no exterior passaram a beneficiar, de forma mais sistemática, das competências edos métodos desenvolvidos no mercado português e outros. São também exemplos a segurançafísica e lógica e ainda o processo de negociação e compra, onde as Direcções correspondentes têmuma intervenção ajustada às necessidades e especificidade de cada operação em outros mercados.

2.Aumento da capacidade interna de reengenharia de processos visando melhorias de produtividade

A reengenharia de processos é um multiplicador dos efeitos dos investimentos em TI, quandoutilizados de forma conjugada, sendo que a adaptação das soluções produtivas não é um processopontual, antes permanente e contínuo. Neste sentido, foi criada a Direcção de TransformaçãoOperativa, que iniciou a sua actividade em 2005 e trabalha já em processos de relevância estratégica.

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3. Captação de sinergias pela externalização de serviçosNo seguimento de iniciativas de exercícios anteriores – “outsourcing” de infra-estruturasinformáticas dos “main frames” em Portugal, em 2003 – a estratégia de captação de sinergiasprosseguiu através da centralização das estruturas informáticas de vários países num único “datacentre”, em simultâneo com o “outsourcing” desse serviço.Tratou-se de um projecto desenvolvido,negociado e contratado em 2005 com vista à sua implementação em 2006.

4. Melhoria dos mecanismos de avaliação do desempenhoSob esta linha de orientação, foi melhorado o Sistema de Indicadores de “Performance”e Incentivos. Num enquadramento estratégico de produção ao mais baixo custo e com melhores níveis de serviço, são objectivos deste Sistema: contribuir para o alinhamento entre ascaracterísticas da operativa interna e as necessidades do negócio; permitir a fixação de objectivosde cada unidade em linha com as prioridades do Millennium bcp e; estabelecer uma base quepermita uma avaliação objectiva da contribuição dessas mesmas unidades para os seus resultadosglobais. Com este sistema, ganham relevo indicadores orientados para a redução de custos,a melhoria ou estabilização de níveis de serviço, o reforço da produtividade e da qualidade,quer numa óptica de melhoria interna quer de aproximação às melhores práticas conhecidas.

Em resultado da estratégia adoptada e do compromisso assumido, foi possível melhorar a eficiênciae a eficácia dos Serviços Bancários em Portugal, traduzindo-se em níveis de actividade global emlinha com o exercício anterior, concretizados com um menor número de efectivos (-10%), menorconsumo de Fornecimentos e Serviços de Terceiros (-5%) e um esforço de investimentosemelhante ao do ano anterior. Os rácios de Custos de TI/Proveitos Totais e de Custos de ServiçosBancários/Activo Total referentes à actividade em Portugal evoluíram favoravelmente, esperando-seque esta tendência de melhoria prossiga em 2006, em resultado das iniciativas concretizadas em2005 e de outras já programadas.

Serviços Bancários

Colaboradores: -10 %

FSTs: -5 %

Investimentos: -30 %

Resultado: 20 M. e.(Proveitos-Custos)

Os esforços de redução de custos

desenvolvidos em 2005, com melhoria

simultânea dos níveis de serviço,

vão continuar em 2006

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Crédito

A actividade da Direcção de Crédito em 2005 enfocou-se na gestão pró-activa do risco de crédito,tendo a sua produtividade e eficácia sido melhorada, contribuindo, desta forma, para oaprofundamento de uma cultura interna de controlo eficiente do risco em articulação com asunidades de negócio.

A Direcção de Crédito centraliza desde 2005 as decisões de pagamento de valores a descobertono segmento de “Retalho” da rede de Retalho, anteriormente da responsabilidade das sucursais.Esta transferência de responsabilidade, permitiu a obtenção de ganhos em termos de qualidade ecusto das operações, que passaram a basear-se em aplicativos de decisão automática, possibilitandouma maior alocação de tempo à actividade comercial por parte das sucursais. A gestão dosdescobertos foi igualmente transferida para a responsabilidade da Direcção de Crédito.Também o processo de análise de crédito a colaboradores bem como as actividades de micro-crédito,iniciadas em 2005, foram alocados à esfera de actuação desta Direcção, traduzindo-se em ganhosadicionais de eficiência interna.

Em 2005, como resultado do alargamento do âmbito de actuação, foi incrementada a elaboraçãode planos de actuação preventiva, na sequência da atribuição de níveis de alerta a Clientes comresponsabilidades em curso, tendo sido analisadas cerca de 500 mil operações de crédito. Foiigualmente melhorado o sistema de informação de gestão para o acompanhamento das carteirasdos diferentes segmentos e do controlo da evolução da qualidade do crédito, facilitando o enfoqueespecial na gestão do risco e das provisões associadas. A utilização de modelos de decisãoautomáticos para o Retalho, para atribuição e renovação central de linhas e limites, créditohipotecário, crédito habitação e limites associados a cartões para não Clientes permitiu, numcontexto de procura crescente, uma estabilização do número de operações de crédito preparadaspor analistas. Desta forma, foi possível acomodar o crescimento expressivo de operações decrédito à habitação e “factoring”, reflectindo-se em importantes ganhos de produtividade.

Com o objectivo de melhorar a produtividade foram lançadas iniciativas no âmbito do Projecto de Reengenharia do Processo de Crédito, aperfeiçoando-se a plataforma de gestão do risco decrédito do Millennium bcp, procurando-se alinhar as estruturas operacionais de análise e decisãopara assegurar uma visão global da exposição creditícia dos clientes. Adicionalmente, foi concluídoo desenvolvimento da nova plataforma tecnológica de circulação de propostas de crédito e iniciadaa sua implementação, que estará concluída no primeiro semestre de 2006. Procedeu-se ainda auma optimização do modelo comportamental de avaliação de clientes particulares (TRIAD),com reflexos positivos em termos de qualidade de decisão.

As iniciativas desenvolvidas originaram melhorias imediatas em termos de qualidade da análise de crédito e de produtividade. Perante uma actuação pró-activa em matéria de risco, o objectivoassumido de redução de provisões brutas anuais foi superado, atingindo níveis superiores aos“benchmarks” internacionais.

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Operações

Constituída a partir da fusão de oito Direcções do Banco e de empresas associadas com perfiloperativo, a Direcção de Operações tem como missão suportar todas as redes comerciais esucursais em Portugal, assumindo como objectivos capitalizar a especialização operativa, promovera melhoria dos processos de controlo e segregação de funções e o aumento da produtividade e dos níveis de serviço. A Direcção de Operações integra actividades muito diversas, desdeprocessos de contratação e gestão de carteira do crédito imobiliário, gestão e controlo decauções, emissão de garantias bancárias e contratos de conta corrente ao controlo da abertura e encerramento de contas e recolha e transporte de valores.

A constituição da Direcção de Operações traduz-se em condições para uma mais eficazreengenharia de processos, destacando-se os relativos a uma maior automatização e controlo dos processos de abertura de conta e da gestão dos cofres de aluguer, ao tratamento dereclamações e fraudes com cartões, à implementação de novos tipos de restrições na aplicação de títulos, além de novas melhorias nos aplicativos de contratação de crédito à habitação.

Títulos

A Direcção de Títulos garantiu elevados níveis de serviço e de controlo de riscos operacionais em 2005. Merecem destaque os serviços de “clearing” de valores cotados nos mercados Euronexte de custódia e liquidação nestes e noutros mercados internacionais, bem como o acentuadocrescimento do pagamento de rendimentos e reembolsos, traduzindo-se num elevado montantede comissões cobradas e o papel do Grupo como “General Clearing Member” na prestação de serviços de “clearing” e liquidação a “Trading Member Firms”.

A esfera de actuação da Direcção de Títulos foi enriquecida com a implementação de novasfuncionalidades para operações de negociação nos mercados Euronext Paris e EuronextAmesterdão, com impacto quer no “clearing”, quer na liquidação. Em termos de mercadosinternacionais regulamentados, foi possibilitada, a Clientes das Redes de Retalho e de canaisautomáticos, a transacção de valores mobiliários em 15 mercados diferentes, contrastando com a possibilidade de transacção de valores mobiliários em 50 mercados distintos, no caso de setratarem de Clientes Institucionais. 2005 ficou também marcado pelo início da operacionalizaçãodo mercado PEX, em cuja actividade o Millennium bcp investimento tem um papel relevante.Destaque ainda para o crescimento das operações com fundos mobiliários estrangeiros, que oMillennium bcp já disponibiliza numa base multi-doméstica para os Clientes dos diferentes Bancosdo Grupo e o elevado valor de activos sob custódia (mais de 105 mil milhões de euros).

Tecnologias de Informação

A actividade da área de Tecnologias de Informação (TI) pautou-se pela continuação de uma políticaconsistente de externalização, articulada com a dimensão multi-doméstica da estratégia doMillennium bcp e a melhoria dos modelos de gestão na vertente de desenvolvimento de“software”. O seu objectivo é proporcionar melhores níveis de serviço a custos cada vez menores.De acordo com a estratégia delineada, e na sequência dos bons resultados obtidos até à dataatravés do contrato de externalização da gestão da infra-estrutura informática celebrado com a IBM em 2003, foi decidido alargar o âmbito deste modelo aos ambientes designados

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Programa de “outsourcing”a 10 anos no valor de150 milhões de euros,permite reduçãodestes custos em 25%.

Estrutura “mainframe”consolidada em Portugal(com “outsourcing” da IBM).

Infra-estrutura de TIconvergindo paraa centralização.

Esforços de centralizaçãosustentados pela existênciade aplicações comuns(e.g. Kondor, OPICS).

Evitar duplicações a nívelda estrutura de TI emtodas as localizações;solução mais flexívele mais eficiente.

Portugal194 colaboradoresna área deprodução de TI

2 “data centres”

Contrato de“outsourcing” dosistema centralcelebrado com a IBM

Maioria dos sistemasainda geridos “in-house”

Polónia73 colaboradoresafectos à estrutura de TI

2 “data centres”

Toda a estrutura TIgerida “in-house”

Grécia e Turquia35 colaboradores naárea de produção de TI

1 “data centre”

Toda a estrutura TIgerida “in-house”

Sinergias da integração da infra-estrutura de TI do Grupo

genericamente por “middleware”, em que a tecnologia predominante é o UNIX. Os “workflows”de crédito e o suporte às actividades de “treasury and brokerage” são exemplos de soluções desuporte ao negócio suportadas por esta tecnologia.

Iniciou-se também um projecto de “outsourcing” e concentração, de cariz multi-doméstico (GITI – “Global IT Infrastructure”), que contou com o concurso de colaboradores da área de TIdas operações grega e polaca, concluindo-se existirem vantagens na centralização em Portugal da maior parte dos sistemas instalados localmente. Após uma vasta consulta ao mercado para a externalização dos sistemas referidos e dos servidores “Wintel” em Portugal, seleccionou-se a IBM como fornecedora desses serviços, concentrando a sua acção num único “data centre”.Este acordo entrou em vigor em Janeiro de 2006 por um prazo de 10 anos, e abrange os sistemasUNIX e “iSeries” (“sistemas core” das operações do Bank Millennium e NovaBank), bem como o sistema “Wintel” das operações em Portugal, Polónia e Grécia.

Subjacente a estas iniciativas estão a redução dos custos de TI nas três operações domésticas e apromoção de uma organização das TI mais eficiente e eficaz, que permitirá ao Millennium bcp uma maiorreutilização dos processos de desenvolvimento tecnológico e um “time-to-market” mais adequado.

Prosseguindo a aposta estratégica de desenvolvimento dos canais de acesso directo de clientes,foi concluída a primeira fase de um programa de médio prazo de evolução, nomeadamente dasplataformas de “Internet” e “call centers”, que visou a flexibilização dos processos de autenticação e o reforço dos aspectos de segurança, monitorização e controlo.

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Foi concretizado um processo de redefinição da estrutura organizacional do desenvolvimentoaplicacional assente num modelo de separação de funções, processos e perfis por forma aoptimizar e flexibilizar a utilização dos recursos, permitir uma maior articulação com asnecessidades das diferentes áreas de negócio e melhorar a produtividade.

Durante o ano de 2005, foi implementado um “Projecto de Separação”, no seguimento da operaçãode alienação de activos da área seguradora. Este projecto, que resultou da decisão de alienação daSeguros e Pensões, envolveu a separação de equipas, aplicações e infra-estruturas, tendo sidoexecutado com sucesso de acordo com os objectivos propostos e prazos e custos previstos.

Transformação Operativa

Em 2005, foi criada a Direcção de Transformação Operativa com o objectivo de reforçar oenfoque numa cultura de excelência operativa. Esta Direcção tem por missão sustentar uma visãocrítica e abrangente sobre a base de custos do Millennium bcp, tendo como objectivo reinventar o paradigma da actividade bancária na essência dos processos de negócio que a constituem.Partindo de um entendimento profundo sobre a composição e natureza dos custos operativos em cada actividade de negócio e funcionando com base em metodologias inovadoras, a Direcçãode Transformação Operativa está capacitada a intervir nos processos de negócio em totalcoordenação com as áreas de negócio e as restantes unidades organizacionais de ServiçosBancários.

As competências da Direcção de Transformação Operativa englobam a identificação das áreascríticas de melhoria e o desenho e apoio à implementação de iniciativas de transformaçãoexecutáveis. Esta nova abordagem tem permitido aumentar significativamente a eficácia dosprocessos de negócio, respondendo e superando as expectativas dos Clientes e reduzindo os respectivos custos operativos de forma sustentada.

Segurança Física

A estratégia e política de segurança física do Millennium bcp assentou em três pilares fundamentais:o reforço da cultura de segurança, pelo lançamento de um programa de formação econsciencialização através dos canais de comunicação (portal e televisão) e execução de simulacros eexercícios em edifícios do Grupo; o estudo de novas tecnologias aplicadas à segurança; e a realizaçãode visitas e auditorias a instalações, entendidas também como acções de sensibilização no local.

Segurança de Sistemas Informáticos

No domínio da segurança dos sistemas de informação, o Millennium bcp continuou a prosseguiruma estratégia alinhada com as melhores praticas internacionais, de que é exemplo a principalnorma de segurança de informação ISO 17799/27001. Salientam-se ainda as iniciativas desensibilização para as questões de segurança, envolvendo clientes e colaboradores, a utilização da “autenticação forte” no acesso ao sistema de informação e a criação de mecanismos seguros de acesso aos sítios Millenniumbcp.

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Síntese FinanceiraAnálise FinanceiraPrincipais impactos da transição para as IFRS na Situação Líquida e nos Resultados Líquidos do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 Gestão de Riscos

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Análise Financeira

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BalançoActivo totalCréditos sobre clientes (líq.) (1)

Recursos totais de clientes (1)

Situação líquida e Passivos Subordinados

Demonstração de ResultadosMargem financeiraOutros proveitos líquidos (3)

Custos de transformação (4)

ImparidadeDo crédito (líq. de recuperações)De outros riscos

Impostos sobre lucrosInteresses minoritáriosResultado recorrente (2)

Resultado de operações não recorrentesLucro líquido atribuível ao Banco

Produto Bancário (5)

Cash-flow

Número médio de acções (milhares)Resultado líquido por acção básico (euros)Resultado líquido por acção diluído (euros)

RendibilidadeRendibilidade dos capitais próprios médios (ROE)Resultados antes imposto e interesses minoritários / Capitais próprios médios (6)

Produto bancário / Activo líquido médio (6)

Rendibilidade do activo médio (ROA)Resultados antes imposto e interesses minoritários / Activo líquido médio (6)

Taxa de margem financeiraOutros proveitos / Produto bancário (6)

EficiênciaCustos de transformação / Produto bancário (6)

Custos de transformação / Produto bancário (6) – Actividade em PortugalCustos com pessoal / Produto bancário (6)

SolvabilidadeRácio de solvabilidade – Banco de Portugal

Tier oneTotal

Riscos de Crédito (1)

Crédito sobre clientes (bruto)Crédito vencido totalImparidade para créditoCrédito vencido a mais de 90 dias / Crédito totalCrédito com incumprimento / Crédito total Crédito com incumprimento, líq. / Crédito total, líq. (6)

Imparidade para crédito / Crédito vencido a mais de 90 diasImparidade para crédito / Crédito vencido total

Outros indicadoresSucursais

PortugalEstrangeiro

ColaboradoresPortugalEstrangeiro

76.849,652.909,156.363,27.207,6

1.407,71.119,71.654,7

27,757,2

130,147,4

610,2143,3753,5

2.527,31.248,5

3.258,1530,220,20

24,1%23,6%3,4%1,0%1,2%2,2%

44,3%

65,5%62,8%37,7%

7,4%12,9%

54.253,5503,6

1.344,40,8%1,1%

-1,4%302%267%

909642

11.5108.138

71.320,448.843,451.561,66.990,4

1.271,61.244,21.720,8

121,686,453,05,6

528,278,3

606,5

2.362,91.131,4

3.256.1090,180,16

24,0%23,7%3,1%0,8%0,9%2,2%

46,2%

72,8%68,5%41,1%

8,1%11,9%

50.097,2430,0

1.253,80,8%1,1%

-1,4%325%292%

1.008632

12.4878.079

7,8%8,3%9,3%3,1%

10,7%-10,0%-3,8%

-77,2%-33, 8%145,5%741,9%15,5%83,1%24,2%

7,0%10,3%

8,3%17,1%7,2%

-9,8%1,6%

-7,8%0,7%

Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variação

(1) Em 2004 foram excluídos os valores associados às empresas alienadas e/ou em processo de alienação.

(2) Excluídos os montantes relacionados com aliena-ções, reformas antecipadas, provisões para crédito eoutros (incluindo ajustamento IAS).

(3) Rendimentos de instrumentos de capital,Comissões líquidas, Resultados em operações financeiras, Outros resultados de exploração (líquidos)e Resultados pela equivalência patrimonial.

(4) Custos com o pessoal (excluindo custos comreformas antecipadas), Outros gastos administrativos e Amortizações do exercício.

(5) Calculado de acordo com a Instrução n.º 16/2004,do Banco de Portugal. Inclui Margem financeira,Rendimentos de instrumentos de capital, Comissõeslíquidas, Resultados em operações financeiras,Resultados por equivalência patrimonial e Outrosresultados de exploração, excluido operações não recorrentes.

Síntese Financeira

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Análise Financeira

Após a entrada em vigor das IFRS em 1 de Janeiro de 2005, aplicáveis às sociedades com valoresmobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado, o Banco Comercial Portuguêspreparou as contas consolidadas referentes aos exercícios de 2005 e 2004, em conformidade comos novos critérios. As Demonstrações Financeiras consolidadas foram elaboradas nos termos do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, de 19 de Julho, e de acordo com o modelo de reportedeterminado pelo Banco de Portugal (Aviso n.º1/2005), na sequência da transposição para a ordem jurídica portuguesa da Directiva n.º2003/51/CE, de 18 de Junho, do Parlamento Europeue do Conselho.

No seguimento dos anúncios, em Agosto de 2005, das negociações com vista à alienação total ouparcial das participações detidas nas subsidiárias Interbanco e Banque BCP (França e Luxemburgo),e de acordo com o disposto na IFRS 5, em 31 de Dezembro de 2005, estas subsidiárias foramregistadas da seguinte forma: o total de activos e passivos atribuíveis ao Grupo passaram a serapresentados, respectivamente pelo valor global nas rubricas “Activos não correntes detidos paravenda” e “Passivos não correntes detidos para venda” do Balanço, enquanto que as rubricas decustos e proveitos do período mantêm-se relevadas de acordo com a respectiva natureza nasdiversas rubricas da Demonstração de resultados consolidados. Até ao momento da venda, oGrupo continuará a consolidar em reservas e resultados, as variações ocorridas na situaçãopatrimonial das respectivas subsidiárias e atribuíveis ao Grupo.

De forma a reportar a informação referente ao período homólogo em base comparável,as demonstrações financeiras consolidadas relativas ao ano de 2004 foram preparadas emconsistência com as IFRS, tendo-se procedido igualmente para este mesmo período à adopção dos princípios atrás enunciados para efeito da análise que se segue.

A evolução da actividade do Millennium bcp em 2005 ficou marcada pela superação dos principaisobjectivos estratégicos definidos no âmbito do Programa Millennium para 2005. A disciplinarigorosa seguida na gestão do capital e a política de aprofundamento de enfoque nos negócios“core” materializaram-se em acções de desinvestimento em activos considerados não estratégicose na alocação selectiva de capital às diversas áreas de negócio. As metas definidas para Portugal,Grécia e Polónia, mercados domésticos prioritários, também foram atingidas, com o reforço darendibilidade das operações no mercado português e com o aumento da actividade nos mercadosgrego e polaco.

O novo modelo de negócio introduzido em 2005 veio complementar as iniciativas definidas noâmbito do Programa Millennium, impulsionando o desempenho da actividade comercial ao longodo ano em análise, através do desenvolvimento de um conjunto de acções destinadas à melhoriados indicadores de satisfação e de fidelização de clientes, orientadas para a inovação contínua daspropostas de valor dos produtos e serviços oferecidos aos clientes do Grupo.

A situação patrimonial evoluiu favoravelmente, prosseguindo o Millennium bcp em posiçãodestacada no sistema bancário nacional. O activo consolidado situou-se em 76.850 milhões deeuros no final de Dezembro de 2005, comparando com 71.320 milhões de euros em igual data de

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2004. O Millennium bcp manteve a liderança na concessão de crédito no sistema financeiroportuguês, tendo o crédito sobre clientes atingido 52.909 milhões de euros em 31 de Dezembrode 2005 (48.843 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2004), estimando-se uma quota demercado de 25% para o final do ano de 2005. Os recursos totais de clientes (depósitos declientes, débitos titulados, património sob gestão e seguros de capitalização) aumentaram de51.562 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2004 para 56.363 milhões de euros em 2005,impulsionados pelo forte crescimento dos depósitos para os quais se estima que o Millennium bcptenha alcançado uma quota de mercado em 2005 de 23%.

Os resultados líquidos consolidados aumentaram para 753,5 milhões de euros em 2005, mais24,2% face a 2004, o que se reflectiu no acréscimo da rendibilidade dos capitais próprios médiospara 24,1% (24,0% em 2004). A rendibilidade do activo médio situou-se em 1,0% em 2005comparando com 0,8% em 2004.

Os indicadores de rendibilidade em Portugal revelaram uma evolução favorável, com as várias áreasde negócio a ultrapassarem os objectivos definidos para 2005, apesar da evolução pouco favorávelevidenciada pela actividade económica e da permanência das taxas de juro em níveis historicamentebaixos. A evolução positiva das receitas bancárias tradicionais, designadamente da margem e dascomissões, a par do controlo de custos em 2005, resultante da implementação de medidas demelhoria de eficiência operativa e de racionalização de processos, contribuíram para a evoluçãofavorável dos resultados líquidos. O crescimento das operações na actividade internacional prosseguiua bom ritmo, nomeadamente nos mercados prioritários da Polónia e da Grécia, impulsionando oaumento da sua contribuição para os resultados consolidados. O NovaBank apresentou resultadoslíquidos positivos pela primeira vez, excedendo as expectativas definidas no plano de negócios inicialregistando resultados líquidos recorrentes de 3,5 milhões de euros em 2005. O Bank Millenniumtambém revelou um desempenho bastante favorável em 2005, evidenciando crescimentosexpressivos da actividade que determinaram o aumento dos resultados líquidos recorrentes de 25,5 milhões de euros em 2004 para 51,7 milhões de euros em 2005 (+102%).

A gestão rigorosa do capital possibilitou o reforço dos indicadores de solvabilidade em 2005,beneficiando simultaneamente da capacidade do Banco em gerar resultados e da assunçãocontrolada dos riscos. No prosseguimento da política de enfoque nos negócios “core”, oMillennium bcp alienou, ao longo de 2005, algumas participações financeiras consideradas nãoestratégicas, nomeadamente, na Crédilar, na Friends Provident, na Banca Intesa e no BancoComercial de Macau e reduziu a participação detida na EDP.

Adicionalmente, e em linha com a mesma política, foram reforçadas para 100% as participações no NovaBank e no Banco de Investimento Imobiliário, o que permitirá uma maior agilidade eflexibilidade na respectiva gestão.

No seguimento da política de optimização do risco dos activos, o Millennium bcp realizou emJunho de 2005 uma operação de titularização sobre créditos hipotecários originados pelo Banco,no montante de 1.500 milhões de euros que permitiu a obtenção de fundos de longo prazo emcondições de preço favoráveis.

No seguimento do vencimento dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis “Capital BCP2005” em 30 de Dezembro de 2005, o Banco Comercial Português procedeu a um aumento do

Resultados LíquidosMilhões de euros, excepto percentagens

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606,5

753,5

24,0% 24,1%

20052004

ROE

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capital social para 3.588.331.338 euros ao qual correspondeu, de acordo com as respectivas condiçõesde emissão e regras de conversão, à emissão de 330.930.511 novas acções, que beneficiam dedireitos iguais às restantes acções ordinárias do BCP. Esta conversão, finalizada por escritura pública de 3 de Janeiro de 2006, não tem impacto nos fundos próprios do Banco dado que os ValoresMobiliários Obrigatoriamente Convertíveis eram já considerados instrumentos de capital.

O rácio de solvabilidade consolidado, em resultado das medidas descritas, e beneficiando da subidados resultados líquidos, aumentou de 11,9% em 31 de Dezembro de 2004 para 12,9% na mesmadata de 2005, com o rácio “Core Tier I” a apresentar níveis bastante confortáveis atingindo 5,3%em 2005.

Análise da rendibilidade

Resultados LíquidosOs resultados líquidos consolidados do Millennium bcp atingiram 753,5 milhões de euros em 2005face a 606,5 milhões de euros no ano anterior. Em base comparável, os resultados líquidosapurados totalizaram 610,2 em 2005 apresentando um crescimento de 15,5% em relação aos528,2 milhões de euros relevados em 2004. A estratégia de aprofundamento do enfoque nosnegócios “core” beneficiou a evolução dos resultados líquidos, impulsionando os proveitosassociados às actividades bancárias tradicionais, designadamente a margem financeira e comissões,e possibilitando simultaneamente o acréscimo de eficiência e consequente redução dos custos detransformação. A maior contribuição das operações no estrangeiro para os resultados líquidos em2005, que representam cerca de 10% dos resultados líquidos consolidados (excluindo operaçõesde natureza não recorrente), permite ao Grupo uma maior diversificação geográfica na geração de resultados e reflecte a estratégia prosseguida de desenvolvimento de uma instituição multi--doméstica. As operações na Grécia e na Polónia registaram crescimentos significativos nosresultados recorrentes, determinados pela forte expansão da actividade nos respectivos mercadosna sequência da implementação, bem sucedida, da estratégia do Grupo nestes mercadosprioritários.

Os resultados líquidos apurados em 2004 e 2005 reflectem o registo de operações nãorecorrentes que por terem um impacto relevante nos resultados líquidos do Grupo foram tratadasem separado nesta análise. Em 2004, os resultados desta natureza, que no conjunto forampositivos, totalizaram 78,3 milhões de euros e incluem as mais-valias obtidas nas alienações de uma carteira de crédito ao consumo pelo Bank Millennium, da participação no Banco Sabadell,da participação na companhia de seguros PZU e a venda de empresas seguradoras. Paralelamente,em custos não recorrentes, foram contabilizados, em 2004, provisões e amortizaçõesextraordinárias efectuadas pelo Bank Millennium, custos com reformas antecipadas bem comoajustamentos efectuados no âmbito da conversão para as IAS/IFRS. Em 2005, o montante apuradoem resultados de operações não recorrentes foi positivo e totalizou 143,3 milhões de euros e estárelacionado com o registo de mais-valias obtidas nas alienações das participações na FriendsProvident, EDP, Banca Intesa, da totalidade do capital social do Banco Comercial Macau, da mais-valia decorrente da fixação do preço final de venda da participação na companhia de segurosPZU, e do ganho obtido na alienação da Seguro Directo, a par do reforço pontual da imparidadepara riscos de crédito, da contabilização de uma menos-valia decorrente da alienação daparticipação na ONI e de custos relacionados com reformas antecipadas e com o projecto paraaquisição da maioria do capital da Banca Comerciala Romana.

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A análise trimestral dos resultados em percentagem do activo médio evidencia os principais factoresque influenciaram o acréscimo da rendibilidade do activo médio para 1,0% em 2005 (0,8% em 2004),nomeadamente, o aumento do peso da margem financeira e das comissões, a redução do peso dosresultados em operações financeiras, dos outros proveitos de exploração líquidos e das imparidadespara risco de crédito. A maior importância da margem financeira em percentagem do activo médio,de 1,65% em 2004 para 1,87% em 2005, foi determinada essencialmente pelo aumento do volumede negócios potenciado pela dinamização comercial em 2005, dado que, apesar da gestão eficaz dosmecanismos de “pricing”, a manutenção da taxa de juro em níveis historicamente baixos em 2005limitou os proveitos obtidos através do efeito preço. O aproveitamento de oportunidades de “cross-selling” e a adequação dos serviços e produtos financeiros ao perfil da base de clientes do Grupo determinaram o aumento das comissões líquidas em percentagem do activo líquido médiode 0,80% em 2004 para 0,87% em 2005. A selecção criteriosa dos créditos concedidos e a políticade rigor na monitorização dos riscos da carteira de crédito resultou na melhoria do perfil de risco da carteira de crédito, permitindo a redução das necessidades de provisionamento para crédito,conforme evidenciado na redução do peso da imparidade para crédito em função do activo líquidomédio para 0,04% em 2005 (0,16% em 2004).

Valores anualizados expressos em percentagem do activo total médio

Margem financeira 1,65% 1,91% 1,90% 1,82% 1,85% 1,87%

Outros proveitos líquidosRendimentos de instrumentos de capital 0,04% 0,06% 0,23% 0,00% 0,02% 0,08%Comissões líquidas 0,80% 0,84% 0,87% 0,83% 0,95% 0,87%Resultados em operações financeiras 0,46% 0,40% 0,30% 0,32% 0,29% 0,33%Outros proveitos de exploração líquidos 0,24% 0,13% 0,14% 0,20% 0,21% 0,17%Resultados por equivalência patrimonial 0,08% 0,05% 0,05% 0,04% 0,00% 0,04%

1,62% 1,48% 1,59% 1,39% 1,47% 1,49%

Custos de transformaçãoCustos com o pessoal 1,26% 1,24% 1,30% 1,26% 1,25% 1,26%Outros gastos administrativos 0,76% 0,76% 0,76% 0,73% 0,76% 0,75%Amortizações do exercício 0,21% 0,20% 0,18% 0,17% 0,16% 0,18%

2,23% 2,20% 2,24% 2,16% 2,17% 2,19%

ImparidadePara crédito (líquido de recuperações) 0,16% 0,09% 0,08% 0,12% -0,14% 0,04%Para outros activos e outras provisões 0,11% 0,08% 0,04% 0,07% 0,11% 0,08%

Lucro antes de impostos 0,77% 1,02% 1,13% 0,86% 1,18% 1,05%Provisão para impostos sobre lucros 0,07% 0,20% 0,17% 0,13% 0,19% 0,17%Lucro depois de impostos 0,70% 0,82% 0,96% 0,73% 0,99% 0,88%Interesses minoritários 0,01% 0,04% 0,08% 0,07% 0,07% 0,06%Lucro líquido da actividade corrente 0,69% 0,78% 0,88% 0,66% 0,92% 0,82%Resultados de natureza não recorrente 0,10% 0,00% 0,00% 0,60% 0,14% 0,18%Lucro líquido atribuível ao Banco (ROA) 0,79% 0,78% 0,88% 1,26% 1,06% 1,00%

2004 1.º Trim. 2.º Trim. 3.º Trim. 4.º Trim. Total

2005

Análise Trimestral da Rendibilidade

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Margem FinanceiraA margem financeira consolidada do Millennium bcp cresceu 10,7%, atingindo 1.407,7 milhões de euros em 2005 face a 1.271,6 milhões de euros registados em 2004, impulsionada peloaumento do volume de negócios decorrente de uma dinâmica acrescida na actividade comercial,não obstante o enquadramento macro-económico adverso em Portugal. A permanência das taxasde juro em níveis baixos ao longo de 2005 e o estreitamento de “spreads” causado pela forteconcorrência nos segmentos com melhor perfil de risco determinaram um impacto desfavorável da taxa de margem financeira, que se situou em 2,19% em 2005 (2,21% em 2004). O aumento da margem financeira na actividade no estrangeiro, cujo peso na margem financeira consolidadaascendeu a 19,5%, decorreu essencialmente dos crescimentos observados na Polónia e na Grécia.O impacto favorável do volume de negócios na margem financeira foi influenciado pelo aumentosimultâneo dos activos geradores de juros, em particular no crédito a clientes pelo acréscimo nocrédito à habitação, e pela subida dos passivos geradores de juros, designadamente nos depósitose nos débitos representados por títulos.

A análise do balanço médio consolidado evidenciou a expansão do volume de negócios efectuadoscom clientes reflectindo o incremento de 3,9% no saldo médio do crédito sobre clientes de48.628,4 milhões de euros em 2004 para 50.506,3 milhões de euros em 2005, pelo aumento em12,0% do saldo médio de débitos para com clientes de 29.645,8 milhões de euros em 2004 para33.210,1 milhões de euros em 2005, e pelo crescimento dos débitos representados por títulos de16.646,5 milhões de euros em 2004 para 17.845,3 milhões de euros em 2005. A contribuição daactividade no estrangeiro influenciou este desempenho devido à expansão observada na Grécia

Margem FinanceiraMilhões de euros, excepto percentagens

��

2,21% 2,19%

20052004

Taxa de Margem Financeira

1.271,6

1.407,7

Milhões de euros, excepto percentagens

Activos Geradores de JurosDisponibilidades sobre instituições de crédito 7.276,2 4,66% 3.991,9 6,78%Títulos 3.340,8 5,98% 2.336,9 7,37%Crédito líquido sobre clientes 50.506,3 4,82% 48.628,4 4,65%

61.123,3 4,86% 54.957,2 4,92%Activos não correntes detidos p/ venda 3.076,9 3,65% 2.665,0 3,37%

Total de Activos Geradores de Juros 64.200,2 4,80% 57.622,2 4,85%Activos não correntes detidos p/ venda não geradores de juros 175,0 189,1,Outros activos não geradores de juros (2) 10.957,4 19.219,0

Activo Total 75.332,6 77.030,3

Passivos Geradores de JurosDébitos para com instituições de crédito 10.186,5 4,74% 9.679,7 4,42%Débitos para com clientes 33.210,1 1,72% 29.645,8 1,50%Débitos representados por títulos 17.845,3 2,35% 16.646,5 2,63%Passivos subordinados 3.703,0 4,30% 3.919,8 4,53%

64.944,9 2,52% 59.891,8 2,48%Passivos não correntes detidos p/ Venda 2.883,5 1,44% 2.536,0 1,45%

Total de Passivos Geradores de Juros 67.828,4 2,47% 62.427,8 2,44%Passivos não correntes detidos p/ venda não geradores de juros 368,4 318,0Outros passivos não geradores de juros (2) 3.164,8 11.332,3Situação líquida e Interesses minoritários 3.971,0 2.952,2

Total do Passivo, Situação Líquida e Interesses Minoritários 75.332,6 77.030,3

Taxa de Margem Financeira (1) 2,19% 2,21%

Balanço médio Taxa Balanço médio Taxa

2005 2004

Balanço Médio Consolidado

(1) Relação entre os valores da Margem Financeira e o saldo médio do total de activos geradores de juros.(2) Diminuição relacionada com a alienação das empresas seguradoras em Janeiro de 2005.

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e na Polónia nos depósitos captados de clientes e no crédito concedido, em especial no crédito à habitação, o qual registou crescimentos expressivos em ambos os mercados, impulsionado pelaoferta de serviços financeiros inovadores e diversificados.

A decomposição dos factores determinantes da variação da margem financeira demonstra o impacto positivo do efeito volume que se cifrou em 187,3 milhões de euros, parcialmentecompensado pelo efeito taxa desfavorável na evolução da margem financeira, que ascendeu a -46,4 milhões de euros em 2005.

Milhões de euros

Activos Geradores de JurosDisponibilidades sobre instituições de crédito 222,6 (84,5) (69,5) 68,6Títulos 74,0 (32,5) (13,9) 27,6Crédito líquido sobre clientes 87,4 79,4 3,0 169,8

303,5 (33,7) (3,8) 266,0Activos não correntes detidos p/ venda 13,9 7,4 1,2 22,5Total de Activos Geradores de Juros 319,1 (27,5) (3,1) 288,5

Passivos Geradores de JurosDébitos para com instituições de crédito 22,4 31,8 1,7 55,9Débitos para com clientes 53,4 66,6 8,0 128,0Débitos representados por títulos 31,5 (46,1) (3,3) (17,9)Passivos subordinados (9,8) (9,1) 0,5 (18,4)

125,5 20,5 1,7 147,7Passivos não correntes detidos p/ venda 5,0 (0,3) 0,0 4,7Total de Passivos Geradores de Juros 131,8 18,9 1,7 152,4

Margem financeira 187,3 (46,4) (4,8) 136,1

Efeito volume Efeito taxa Efeito residual Variação

2005 vs 2004

Factores Determinantes da Variação da Margem Financeira

Outros Proveitos LíquidosOs outros proveitos líquidos consolidados do Millennium bcp incluem os rendimentos deinstrumentos de capital, as comissões líquidas, os resultados em operações financeiras, os outrosproveitos de exploração líquidos, os resultados apurados pelo método de equivalência patrimonial,e ainda os resultados não recorrentes relacionados, essencialmente, com ganhos na alienação departicipações financeiras e com ajustamentos efectuados no âmbito da conversão para as IFRS.Os outros proveitos líquidos evoluíram de 1.657,2 milhões de euros em 2004 para 1.609,2 milhões de euros em 2005. Os outros proveitos líquidos, em base comparável,atingiram 1.119,7 milhões de euros em 2005 (1.244,2 milhões de euros em 2004) influenciadospor menores resultados em operações financeiras e pela descida dos outros proveitos de exploração líquidos, não obstante a subida das comissões líquidas. A evolução dos outrosproveitos líquidos reflecte a concretização da prioridade estratégica do Millennium bcp de enfoquenos seus negócios “core”, traduzida na maior importância relativa dos proveitos associados à actividade bancária comercial, designadamente no acréscimo do peso de comissões líquidas.

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Os rendimentos de instrumentos de capital, que incluem os dividendos recebidos dosinvestimentos em títulos disponíveis para venda, aumentaram 92,6% de 30,5 milhões de euros em2004 para 58,8 milhões de euros em 2005, influenciados pelo maior nível de dividendos recebidosem 2005 relacionados com a EDP, Eureko, Banco Sabadell e Banca Intesa (50,3 milhões de eurosface ao valor de 28,4 milhões de euros em 2004).

A excelência no serviço ao cliente que caracteriza o Millennium bcp, consubstanciada noaperfeiçoamento contínuo da oferta de produtos e serviços financeiros e na apresentação aos clientes de propostas de valor inovadoras, orientadas para o segmento de negócios a que se dirigem, contribuíram para a melhoria dos índices de satisfação de clientes e para o reforço dos indicadores de “cross-selling”.

As comissões líquidas atingiram 658,7 milhões de euros em 2005, registando um crescimento de 6,9% em relação aos 616,4 milhões de euros apurados no ano anterior, determinado peloscontributos positivos das comissões com cartões, que evidenciaram um aumento de 144,0 milhõesde euros em 2004 para 152,7 milhões de euros em 2005 (+6,0%) e das operações sobre títulos,que apresentaram um crescimento ao evoluírem de 76,8 milhões de euros em 2004 para 103,2 milhões de euros em 2005 (+34,3%), influenciadas pelo forte desempenho nas comissões de corretagem, actividade na qual o Millennium bcp mantém, no negócio “on-line”, uma posição de liderança destacada. As comissões apuradas na actividade no estrangeiro aumentaram 17,4%,representando 20,0% das comissões consolidadas, fundamentalmente impulsionadas por umacrescente diversidade de produtos e serviços na Grécia e na Polónia.

2005 2004 Variação

Rendimentos de instrumentos de capital 58,8 30,5 92,6%

Comissões líquidas 658,7 616,4 6,9%

Resultados em operações financeiras 246,6 357,7 -31,1%

Outros proveitos de exploração líquidos 128,6 180,3 -28,7%

Resultados pela equivalência patrimonial 27,0 59,3 -54,5%

1.119,7 1.244,2 -10,0%

Resultados não recorrentes 489,5 413,0 18,5%

Total 1.609,2 1.657,2 -2,9%

Outros Proveitos Líquidos Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variação

Cartões 152,7 144,0 6,0%

Operações sobre títulos 103,2 76,8 34,3%

Gestão de activos 81,5 84,5 -3,5%

Operações relacionadas com crédito 178,3 174,0 2,5%

Outras comissões 143,0 137,1 4,4%

658,7 616,4 6,9%

das quais:

Em Portugal 527,2 504,4 4,5%

No estrangeiro 131,5 112,0 17,4%

Comissões Líquidas Milhões de euros, excepto percentagens

Comissões LíquidasMilhões de euros, excepto percentagens

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26,1% 26,1%

20052004

Comissões líquidas // Produto bancário

616,4658,7

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Os resultados em operações financeiras (que incluem os resultados em operações financeiras e osresultados em activos financeiros disponíveis para venda) evoluíram para 601,1 milhões de euros em 2005, face a 320,1 milhões de euros apurados em 2004. Excluindo resultados não recorrentes,os resultados em operações financeiras registaram uma diminuição para 246,6 milhões de euros(357,7 milhões de euros em 2004). Os resultados em operações financeiras incorporam o efeito da suspensão da contabilidade de cobertura em 2004 e a sua implementação no exercício de2005, traduzindo-se na redução da volatilidade dos resultados gerados e na limitação do nível deresultados quando comparado com os contabilizados em 2004. Os resultados não recorrentes em2004 incluem as mais-valias brutas apuradas nas alienações de uma carteira de crédito aoconsumo pelo Bank Millennium (30,0 milhões de euros) e da participação no Banco Sabadell (85,3 milhões de euros), bem como os ajustamentos efectuados no âmbito das IFRS. Em 2005,e também de natureza não recorrente, foram contabilizadas as mais-valias nas alienações da participação na Friends Provident e de uma parte da participação na EDP, na alienação da participação na Banca Intesa, e os ganhos na alienação da Seguro Directo, no montante total de 185,4 milhões de euros, e ainda um custo de 7,1 milhões de euros em que o Banco incorreuno âmbito do projecto para a aquisição de uma participação maioritária na Banca ComercialaRomana. Em 2005, também foi registada a mais-valia de 176,1 milhões de euros, decorrente dafixação do preço final de venda da alienação da participação de 10% no capital da companhia deseguros polaca PZU realizada em 2004.

2005 2004 Variação

Operações cambiais 91,2 37,5 143,5%

Operações sobre títulos e outros 155,4 320,2 -51,5%

246,6 357,7 -31,1%

Resultados de natureza não recorrente 354,5 (37,5)

Total 601,1 320,2 87,8%

Resultados recorrentes:

Em Portugal 98,4 221,7 -55,6%

No estrangeiro 148,2 136,0 9,0%

Resultados em Operações Financeiras e em Activos Financeiros Disponíveis para Venda Milhões de euros, excepto percentagens

Os outros proveitos de exploração líquidos (incluem Outros proveitos de exploração, Outrosresultados de actividades não bancárias e Resultados na alienação de outros activos) situaram-seem 263,6 milhões de euros em 2005 face a 264,4 milhões de euros em 2004. Esta rubrica incluios proveitos associados à prestação de serviços e “fees” obtidos pelas redes comerciais com a colocação de produtos de seguros da Millennium bcp Fortis, empresa em que o Grupo BCPdetém uma participação de 49% quando no ano anterior detinha 100% das empresasseguradoras. Nos resultados não recorrentes de 2004 está contabilizada a mais-valia obtida navenda da participação da companhia de seguros polaca PZU no montante de 84,1 milhões deeuros. Em 2005, os resultados não recorrentes incluem a mais-valia de 50,8 milhões de eurosapurada na alienação da Crédilar à Credibom, a mais-valia de 122,6 milhões de euros obtida na venda da totalidade do capital social do Banco Comercial de Macau, bem como a menos-valiagerada na alienação da participação na ONI (38,3 milhões de euros).

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Resultados em Operações Financeiras(excluíndo não recorrentes)

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Milhões de euros, excepto percentagens

15,1%

9,8%

20052004

Resultados em operaçõesfinanceiras / Produto bancário

357,7

246,6

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A evolução dos resultados pela equivalência patrimonial (Resultados por equivalência patrimonial e Resultado de activos não correntes detidos para venda) de 425,8 milhões de euros para 27,0 milhões de euros entre o final de 2004 e 2005 reflecte a contabilização dos resultados daactividade seguradora que no corrente exercício são provenientes da participação de 49% detida na Millennium bcp Fortis, enquanto que em 2004 incluem a apropriação da totalidade dos resultadosdas empresas seguradoras entretanto alienadas. Os resultados não recorrentes em 2004 incluem o registo da mais-valia obtida na alienação das empresas seguradoras (366,5 milhões de euros).

2005 2004 Variação

Outros proveitos de exploração líquidos

Prestação de serviços e "fees" 122,1 138,2 -11,7%

Reembolso de despesas 22,6 22,8 -0,7%

Outros (16,1) 19,3

128,6 180,3 -28,7%

Resultados de natureza não recorrente 135,0 84,1 60,6%

Total 263,6 264,4 -0,3%

Resultados recorrentes:

Em Portugal 104,6 180,9 -42,2%

No estrangeiro 24,0 (0,6)

Outros Proveitos de Exploração Líquidos (*) Milhões de euros, excepto percentagens

2005 2004 Variação

Millennium bcp Fortis 21,8 — —

Seguros e Pensões — 42,2 —

Outros 5,2 17,1 -69,2%

27,0 59,3 -54,5%

Venda de empresas seguradoras — 366,5 —

27,0 425,8 -93,7%

Resultados pela Equivalência Patrimonial e de Activos não Correntes detidos para venda Milhões de euros, excepto percentagens

(*) Inclui "Outros Proveitos de Exploração", "Outros resultados de actividades não bancárias" e "Resultados na alienação de outros activos"

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ImparidadeAs dotações para perdas por imparidade para riscos de crédito (líquidas de reversões erecuperações) situaram-se em 113,5 milhões de euros em 2005, comparando com dotações de134,3 milhões de euros em 2004, apesar de ter sido realizado um reforço, pontual e casuístico, em2005, no valor de 85,8 milhões de euros. Em base recorrente comparável, as dotações para perdaspor imparidade de crédito (líquidas de reversões e recuperações) registaram um decréscimo ao evoluírem de 121,6 milhões de euros em 2004 para 27,7 milhões de euros em 2005.

A melhoria do perfil de risco da carteira foi proporcionada por uma gestão eficaz na avaliação e acompanhamento da carteira de crédito, e traduziu-se na melhoria dos indicadores desinistralidade e consequente redução das necessidades de provisionamento. Adicionalmente,as iniciativas desenvolvidas para o reforço da rendibilidade do Grupo no âmbito do ProgramaMillennium, que incluíam a implementação de um conjunto de medidas com vista à redução do esforço de provisionamento para 75pb (dotações para perdas por imparidades de crédito em percentagem do crédito total), continuaram a ser concretizadas, situando-se este indicador em 48pb em 2005 (comparando com 84pb em 2004).

As recuperações de crédito prosseguiram em níveis elevados, atingindo 233,8 milhões de euros em 2005 face a 255,6 milhões de euros em 2004, evidenciando os resultados obtidos com oesforço dedicado a esta actividade.

A cobertura do crédito vencido por imparidade evoluiu de 291,6% em 2004 para 266,9% em2005, em base comparável, reflectindo o prosseguimento de uma política de provisionamentoprudente e de adequação dos níveis de imparidade à avaliação económica dos riscos incorridos.

Milhões de euros

Saldo em 1 de Janeiro 1.277,2 16,5 1.293,7 1.271,5 110,9 1.382,4

Transferências 5,6 2,4 8,0 238,3 (85,6) 152,7

Dotações (líq. de reversões) 351,9 (4,7) 347,2 394,4 (2,5) 389,9

Utilizações (300,7) (0,1) (300,8) (649,4) (8,7) (658,1)

Diferenças cambiais 10,4 — 10,4 24,4 2,4 26,8

Saldo em 31 de Dezembro 1.344,4 14,1 1.358,5 1.277,2 16,5 1.293,7

Clientes IC’s Total Clientes IC’s Total

2005 2004

Imparidades para Riscos de Crédito

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As dotações para perdas por imparidade para outros activos e outras provisões situaram-se em57,2 milhões de euros em 2005, comparando com 86,4 milhões de euros em 2004. Esta evoluçãoresultou do processo de reavaliação dos activos do Grupo e representa a componente dos activosrecebidos em dação não totalmente cobertos por garantias.

A anulação de crédito a clientes por utilização de imparidade (“write-off ”) cifrou-se em 300,7 milhões de euros em 2005, o que compara favoravelmente com um montante maiselevado contabilizado em 2004 (649,4 milhões de euros), reflectindo o efeito da melhoria da qualidade da carteira de crédito. Entre os sectores que contribuíram com maior relevo para os “write-offs” em 2005 encontram-se os sectores de construção, têxtil e comércio,bem como o crédito ao consumo.

Custos de TransformaçãoOs custos de transformação consolidados do Millennium bcp (custos com pessoal, outros gastosadministrativos e amortizações) registaram uma evolução favorável, evidenciando um decréscimopara 1.908,2 milhões de euros em 2005 (2.009,5 milhões de euros em 2004).

Os custos não recorrentes incluem em custos com pessoal os montantes afectos a reformasantecipadas realizadas em 2004 e 2005, que ascenderam a 240,1 milhões de euros e 235,5 milhõesde euros, respectivamente, em custos administrativos, os custos incorridos no âmbito do projectopara aquisição de uma participação maioritária na Banca Comerciala Romana (12,6 milhões de euros), e em amortizações do exercício as amortizações extraordinárias efectuadas pelo Bank Millennium em 2004 (48,6 milhões de euros em 2004 e 5,4 milhões de euros em 2005).

Em base comparável, os custos de transformação diminuíram para 1.654,7 milhões de euros em2005 (1.720,8 milhões de euros em 2004), como resultado do esforço contínuo dedicado àredução de custos e à obtenção de níveis superiores de eficiência operativa. O lançamento de umasérie de iniciativas com o objectivo de obter maior flexibilidade e agilidade da estrutura organizativa,acompanhado por uma rigorosa monitorização orçamental e do desempenho das unidadesorganizacionais, resultou no controlo efectivo dos custos de transformação no ano em análise.

O desempenho favorável dos custos de transformação na actividade em Portugal beneficiou domaior esforço dedicado à adequação da estrutura e de meios, o que determinou uma diminuição,em base comparável, para 1.222,9 milhões de euros em 2005 (menos 7,0% face ao ano anterior),reflectida na melhoria do rácio de eficiência para 62,8% (68,5% em 2004). A nível consolidado,o rácio de eficiência evoluiu favoravelmente de 72,8% em 2004 para 65,5% em 2005,beneficiando adicionalmente de sinergias obtidas a nível das operações desenvolvidas nos três mercados prioritários (Portugal, Grécia e Polónia).

Custos de TransformaçãoMilhões de euros, excepto percentagens

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68,5%

62,8%

20052004

Custos de transformação // Produto bancário(Actividade Portugal)

2.009,51.908,2

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A redução dos custos com pessoal, em base comparável, de 971,9 milhões em 2004 para 952,0 milhões em 2005 foi determinada essencialmente pelas medidas de redimensionamento do quadro de pessoal que têm vindo a ser implementadas desde 2003. O impacto destas medidasreflecte a redução do quadro de colaboradores efectuada em Portugal de 12.487 colaboradores em 2004 para 11.510 colaboradores em 2005.A evolução dos custos com pessoal na actividade noestrangeiro de 185,0 milhões de euros em 2004 para 208,2 milhões de euros em 2005 foi influenciadapelo impacto de valorização cambial do zloty e pelo reforço do quadro de pessoal realizado paraexpansão da actividade na Grécia e na Polónia. Refira-se ainda que os custos com reformasantecipadas ascenderam a 235,5 milhões de euros em 2005 e a 240,1 milhões de euros em 2004.

Os outros gastos administrativos registaram um decréscimo, em base comparável, de 585,4 milhõesde euros em 2004 para 568,4 milhões de euros em 2005, reflectindo uma sucessão de iniciativasdesenvolvidas ao longo dos últimos anos com o objectivo de atingir simultaneamente níveissuperiores de eficiência operativa, eficácia comercial e qualidade no serviço ao cliente. Entre asprincipais iniciativas encontra-se a centralização e concentração de funções associadas a tecnologiasde informação e a marketing e comunicação, o recurso ao “outsourcing”, a optimização dosespaços comerciais, que incluiu a diminuição do número de sucursais em Portugal para 909 em2005 (1.008 em 2004), e o redesenho de processos com implementação de soluções inovadoras

2005 2004 Variação

Custos com o pessoal

Em Portugal 743,8 786,9 -5,5%

No estrangeiro 208,2 185,0 12,6%

952,0 971,9 -2,0%

Reformas antecipadas 235,5 240,1 -1,9%

1.187,5 1.212,0 -2,0%

Outros gastos administrativos

Em Portugal 395,1 426,9 -7,5%

No estrangeiro 173,3 158,5 9,3%

568,4 585,4 -2,9%

Não recorrentes 12,6 ––

581,0 585,4 -0,8%

Amortizações do exercício

Em Portugal 84,0 101,8 -17,5%

No estrangeiro 50,3 61,7 -18,6%

134,3 163,5 -17,9%

Não recorrentes 5,4 48,6 -88,7%

139,7 212,1 -34,1%

Total

Em Portugal 1.222,9 1.315,6 -7,0%

No estrangeiro 431,8 405,2 6,6%

1.654,7 1.720,8 -3,8%

Não recorrentes 253,5 288,7 -12,2%

1.908,2 2.009,5 -5,0%

Custos de Transformação Milhões de euros, excepto percentagens

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para racionalização de custos. Os custos que evidenciaram maiores reduções incluem os custoscom estudos e consultas, rendas e alugueres, seguros, conservação e manutenção.

As amortizações do exercício diminuíram para 134,3 milhões de euros em 2005 (em basecomparável 163,5 milhões de euros no ano anterior), o que reflecte a política criteriosa de selecçãodos investimentos realizados pelo Grupo. O total de investimentos do Grupo situou-se em 64,5 milhões de euros em 2005, tendo sido afecto prioritariamente a investimentos em IT querepresentaram cerca de 36% do total deste valor, comparando com 83,6 milhões de euros em 2004.

Impostos sobre LucrosOs impostos sobre lucros consolidados ascenderam a 97,4 milhões de euros em 2005,comparando com 66,9 milhões de euros em 2004. O valor contabilizado em impostos em 2005inclui o montante de 72,9 milhões de euros relativo a impostos correntes e o montante relativo a impostos diferidos que ascendeu a 24,5 milhões de euros. A taxa efectiva de imposto é inferior à taxa marginal devido à contabilização dos dividendos recebidos das empresas onde o Grupo detém participações minoritárias, à apropriação pela equivalência patrimonial dosresultados já líquidos de impostos originados na Millennium bcp Fortis, às mais-valias obtidas naalienação das participações no Banco Comercial de Macau e na Banca Intesa, e à menor taxa deimposto sobre lucros contabilizada em algumas empresas do Grupo sediadas no estrangeiro.

Interesses MinoritáriosOs interesses minoritários incluem a parte atribuível a terceiros dos resultados não totalmentedetidos pelo Grupo, e estão associados às participações detidas no Bank Millennium, no BancoInternacional de Moçambique, no Banco de Investimento Imobiliário detido a 100% a partir doúltimo trimestre de 2005, no NovaBank (em 2005 relevado apenas no primeiro trimestre já que a partir desta data o NovaBank passou a ser detido a 100% pelo BCP), e no Interbanco.Os interesses minoritários cifraram-se em 87,0 milhões de euros em 2005 comparando com 25,1 milhões de euros em 2004, influenciados fundamentalmente pelos maiores contributos doBank Millennium, cujos resultados aumentaram significativamente, e do NovaBank, que em 2004tinha registado ainda resultados líquidos negativos. O valor apurado em interesses minoritáriosreflecte ainda o impacto de resultados não recorrentes referidos previamente nesta análise.

Análise da Estrutura PatrimonialO novo modelo de gestão organizacional e de coordenação executiva implementado em 2005incluiu a definição de missões, objectivos comerciais e programas de actuação para as novas áreasde negócio, tendo como referência “benchmarks” internos e as melhores práticas do sector naEuropa, o que contribuiu para a dinamização da actividade comercial e para o crescimento dasprincipais variáveis de negócio. A constante monitorização dos indicadores de satisfação de clientespermitiu concluir uma melhoria sustentada ao longo de 2005, impulsionando a concretização deoportunidades comerciais e o incremento dos indicadores de “cross-selling”. O bom desempenhocomercial foi atingido através da conjugação de ritmos de crescimento diferenciados nos trêsmercados domésticos, destacando-se o reforço do posicionamento competitivo na Polónia e na Grécia que compensou o crescimento mais moderado no mercado português.

O activo consolidado cifrou-se em 76.849,6 milhões em 2005, comparando com 71.320,4 milhõesde euros em 2004, estimando-se que o Millennium bcp tenha uma quota de mercado de 21% no final de 2005.

Activo TotalMilhões de euros

��

Dez. 04

71.320,4

Dez. 05

76.849,6

Disponibilidades e créditos sobre ICs

Créditos sobre clientes

Activos financeiros detidospara venda e negociação

Activos tangíveis e intangíveis

Outros

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Crédito sobre ClientesMilhões de euros

��

2005 2004 Variação

Disponibilidades monetárias

e sobre instituições de crédito 8.165,7 7.193,9 13,5%

Crédito sobre clientes 52.909,1 48.843,4 8,3%

Activos financeiros detidos para venda

e para negociação 6.977,2 6.150,3 13,4%

Activos tangíveis e intangíveis 1.219,1 1.629,0 -25,2%

Outros 7.578,5 7.503,8 1,0%

Total 76.849,6 71.320,4 7,8%

Activo Total Milhões de euros, excepto percentagens

A prioridade estratégica de disciplina estrita na gestão da base de capital ficou patente no reforçodos fundos próprios do Millennium bcp em 2005, proporcionada pela alocação eficiente de capitalàs diversas áreas de negócio, pela redução da exposição a activos não estratégicos e peloaumento da rendibilidade no ano em análise. No mesmo contexto, no segundo trimestre de 2005,realizou-se uma operação de titularização de créditos hipotecários “Magellan Mortgages No.3” nomontante de 1.500 milhões de euros, inserida na estratégia de optimização dos riscos em curso,e que permitiu a obtenção de fundos adicionais em condições de preço favoráveis. A melhoria dosindicadores de adequação dos níveis de capital do Grupo traduziu-se no aumento do rácio desolvabilidade consolidado de 11,9% em 2004 para 12,9% em 2005, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, e situando-se o “core tier I” em 5,3%.

Créditos sobre ClientesO crédito sobre clientes (bruto) ascendeu a 54.253,5 milhões de euros em 31 de Dezembro de2005, representando, em base comparável, mais 8,3% do que os 50.097,2 milhões de euros no finalde 2004 impulsionado pelo aumento do crédito hipotecário, que se prevê ter registado uma taxa de crescimento superior à do sector. O aumento relevante do peso do crédito à habitação no totalda carteira para 36,3% contribuiu para a melhoria contínua do perfil de risco da carteira de créditodo Grupo. O forte desempenho do crédito à habitação foi alcançado nos três mercados prioritários:em termos de quotas de mercado registou-se a consolidação da actividade em Portugal, com umaquota de mercado estimada em 24,4% em termos de nova produção, o reforço significativo da posição do Bank Millennium na Polónia que permitiu alcançar o terceiro lugar neste mercado,e a nova produção do NovaBank (Grécia) que o posicionou entre os principais protagonistas do mercado grego. O lançamento de produtos inovadores e flexíveis, adequados às necessidades e perfil dos clientes de cada um destes mercados, num enquadramento de expectativa de subida das taxas de juro, potenciou uma abordagem comercial dinâmica e de sucesso na colocação destesprodutos. A evolução do crédito a empresas reflecte a política de selecção criteriosa das operaçõesem função do risco e rendibilidade e o prosseguimento dos objectivos de redução de exposição às concentrações mais elevadas, nomeadamente ao nível do negócio internacional de empresas,bem como de melhoria da rendibilidade do capital afecto a este negócio.

Dez. 04

50.097,2

Dez. 05

Hipotecário

Consumo

54.253,5

Serviços

Comércio

Construção

Outros activos internacionais

Outros

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Os créditos relacionados com activos alienados ou em alienação incluem os montantes associadosao Banco Comercial de Macau, ao Banque BCP (França e Luxemburgo) e ao Interbanco.

Em Junho de 2005 o Banco efectuou uma operação de securitização de créditos à habitação,no montante de 1.500 milhões de euros, em que, de acordo com a SIC12, não houve lugar aodesreconhecimento dos activos, permanecendo o saldo no balanço.

A política de prudência na concessão do crédito prosseguida pelo Millennium bcp,consubstanciada na selecção rigorosa dos créditos concedidos, na melhoria contínua dosprocessos de avaliação e gestão do risco, permitiu o crescimento da actividade creditícia e simultaneamente a redução do esforço de provisionamento no ano em análise.

A qualidade da carteira de crédito continua a proporcionar bons indicadores, com o rácio do créditovencido em percentagem do total da carteira de crédito a situar-se em 0,9% em 2005 (0,9% em2004). O crédito vencido evoluiu, em base comparável, de 430,0 milhões de euros em 2004 para503,6 milhões de euros em 2005. O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias em percentagemdo crédito total situou-se em 0,8% em 2005, comparando com 0,8% em 2004. O crédito comincumprimento, calculado de acordo com a Carta Circular 99/03 de 5 de Novembro do Banco de Portugal, cifrou-se em 1,1% do total da carteira de crédito no final de Dezembro de 2005 (1,1%em 2004), com a respectiva cobertura por imparidades para crédito a situar-se em 216,3% em 2005.

2005 2004 Variação

Particulares

Crédito hipotecário 19.694,0 15.913,9 23,8%

Crédito ao consumo 3.747,2 3.647,2 2,7%

23 .441,2 19.561,1 19,8%

Empresas

Serviços 9.572,8 9.310,6 2,8%

Comércio 4.524,7 4.256,0 6,3%

Construção 5.587,5 5.424,2 3,0%

Outras actividades internacionais 3.008,9 3.515,5 -14,4%

Outros 8.118,4 8.029,8 1,1%

30.812,3 30.536,1 0,9%

Crédito Bruto 54.253,5 50.097,2 8,3%

Provisão (1.344,4) (1.253,8) 7,2

Créditos relacionados com activos

alienados e/ou em alienação –– 2.026,5

Total 52.909,1 50.869,9 4,0%

Créditos sobre Clientes Milhões de euros, excepto percentagens

Qualidade do CréditoMilhões de euros, excepto percentagens

��

2004 2005

Crédito vencido a mais de 90 dias

Crédito vencido a mais de 90 dias // Crédito total

Rácio de Cobertura a mais de 90 dias

325,4%

301,8%

385,3

445,5

0,8% 0,8%

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Recursos de ClientesOs recursos totais de clientes do Millennium bcp aumentaram, em base comparável,de 51.561,6 milhões de euros em Dezembro de 2004 para 56.363,2 milhões de euros no final de 2005 impulsionados pelo forte crescimento verificado nos recursos de balanço e nos recursosfora de balanço. A evolução dos recursos de clientes foi determinada, simultaneamente, peloscrescimentos da actividade em Portugal e no estrangeiro. A consolidação das quotas de mercadoestimadas na Polónia e na Grécia demonstram uma vez mais o sucesso da estratégia do Millennium bcp e a importância destas operações no Grupo.

O crescimento dos recursos registados no balanço foi determinado essencialmente pelo desempenhopositivo dos depósitos de clientes que subiram de 31.650,5 milhões de euros em 2004 para 34.395,5 milhões de euros em 2005, beneficiando do contributo da actividade no estrangeiro (+27,5% em relação a 2004), designadamente do incremento da actividade na Polónia e na Grécia.

A subida acentuada dos recursos de clientes fora de balanço reflecte a boa performance nos segurosde capitalização (+22,5% face a 2004), impulsionados por uma oferta atractiva e inovadora deprodutos de poupança, em particular dos planos de poupança reforma e de produtos unit-link.O acréscimo nos activos sob gestão foi influenciado pelo desempenho dos fundos de investimento,reflectindo o reforço da liderança no mercado português da Millennium bcp fundos de investimento,com uma quota de mercado de 20,9% em 2005, e o crescimento significativo na Polónia.

Os recursos relacionados com activos alienados ou em processo de alienação incluem osmontantes associados ao Banco Comercial de Macau, ao Banque BCP (França e Luxemburgo) e ao Interbanco.

Milhões de euros, excepto percentagens

ParticularesCrédito hipotecário 58,2 189,9 0,3% 326,5%Crédito ao consumo 69,3 127,4 1,9% 183,7%

127,5 317,3 0,5% 248,8%Empresas

Serviços 68,6 258,9 0,7% 377,5%Comércio 63,6 207,4 1,4% 326,0%Construção 130,8 172,5 2,3% 131,8%Outras actividades internacionais 8,4 40,9 0,3% 489,2%Outros 104,7 347,4 1,3% 331,7%

376,1 1.027,1 1,2% 273,1%Total 503,6 1.344,4 0,9% 266,9%

Crédito Imparidade Crédito Grau deVencido para riscos Vencido cobertura

de crédito /CréditoTotal

Crédito vencido e Imparidade em 31 de Dezembro de 2005

Recursos de Clientes de BalançoMilhões de euros

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Dez. 04

37.231,3

Dez. 05

39.346,9

Débitos para com Clientes titulados

Depósitos + CD’s

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A cobertura do crédito vencido por imparidade para crédito ascendeu a 266,9% em 2005,comparando com 291,6% em 2004, em linha com a política de manutenção de uma adequadacobertura dos riscos de crédito. O crédito vencido a particulares evidenciou uma cobertura de 248,8% com o respectivo peso de crédito vencido no crédito total a situar-se em 0,5%.

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155

Aplicações e recursos de instituições de créditoAs necessidades líquidas de financiamento do Millennium bcp (débitos para com instituições de crédito deduzidos de créditos sobre instituições de crédito) cifraram-se em 4.355,1 milhões de euros em 2005, situando-se ao nível do valor registado em 2004 (4.062,9 milhões de euros).Em 2005 o financiamento da actividade foi efectuado fundamentalmente através do incrementoregistado nos recursos de clientes.

Carteira de títulosA carteira de títulos consolidada do Millennium bcp ascendeu a 6.977,2 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2005, representando 9,1% do total do activo em 2005, comparando com 6.175,2 milhões de euros e 8,7% apurados no ano anterior, respectivamente.

No final de 2005 a carteira de títulos era constituída essencialmente por títulos de rendimentofixo que representavam 67,8% do total da carteira (67,9% em 2004). Em consonância com oobjectivo de redução da exposição ao risco e acompanhando os movimentos do mercado decapitais, o Grupo reforçou o montante de obrigações de emissores públicos estrangeiros porcontrapartida da diminuição das obrigações de outros emissores estrangeiros. A evolução dostítulos de rendimento variável, cujo peso no total da carteira diminuiu para 17,4%, é explicada pela diminuição dos activos disponíveis para venda, designadamente pela redução da participaçãodetida na EDP e pela alienação da totalidade das participações na Banca Intesa e FriendsProvident. O montante dos derivados de negociação foi determinado pela reavaliação destesinstrumentos, e está patente da mesma forma do lado do passivo nos passivos financeiros detidospara negociação.

2005 2004 Variação

Recursos de clientes de balanço

Depósitos de clientes 34.395,5 31.650,5 8,7%

Débitos para com clientes titulados 4.951,5 5.562,8 -11,0%

39.347,0 37.213,3 5,7%

Recursos de clientes fora do balanço

Patrimónios sob gestão 8.968,7 7.779,2 15,3%

Seguros de capitalização 8.047,5 6.569,1 22,5%

17.016,2 14.348,3 18,6%

Subtotal 56.363,2 51.561,6 9,3%

Dos quais: actividade em Portugal 47.694,2 44.981,7 6,0%

Dos quais: actividade no estrangeiro 8.669,0 6.579,9 31,7%

Recursos relacionados com activos

alienados e/ou em alienação — 1.742,3

Total 56.363,2 53.303,9 5,7%

Recursos Totais de Clientes Milhões de euros, excepto percentagens

Dez. 04

14.348,3

Dez. 05

17.016,2

Seguros de capitalização

Activos sob gestão

Recursos de Clientes fora do BalançoMilhões de euros

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2005 2004Montante % no Montante % no Variação

total total

Títulos de rendimento fixo

Obrigações de emissores públicos

Nacionais 519,5 7,4% 393,2 6,4% 32,1%

Estrangeiros 1.688,6 24,2% 1.409,4 22,8% 19,8%

Obrigações de outros emissores

Nacionais 487,8 7,0% 293,4 4,8% 66,3%

Estrangeiros 542,4 7,8% 1.048,1 17,0% -48,2%

Bilhetes do Tesouro e outros títulos de Dívida Pública 884,4 12,7% 646,7 10,4% 36,7%

Papel comercial 607,7 8,7% 365,4 5,9% 66,3%

Outros títulos de rendimento fixo –– 41,3 0,6%

4.730,4 67,8% 4.197,5 67,9% 12,7%

Títulos de rendimento variável

Acções de empresas

Nacionais 643,6 9,2% 659,7 10,7% -2,4%

Estrangeiras 223,2 3,2% 829,3 13,4% -73,1%

Unidades de participação 351,7 5,0% 175,5 2,8%

Outros títulos de rendimento variável –– 5,2 0,1%

1.218,5 17,4% 1.669,7 27,0% -27,0%

Imparidades para títulos vencidos (5,7) (8,1) -29,0%

Derivados de negociação 1.034,0 14,8% 316,1 5,1%

Total 6.977,2 100,0% 6.175,2 100,0% 13,0%

Carteira de títulos em 31 de Dezembro de 2005 Milhões de euros, excepto percentagens

SolvabilidadeO rácio de solvabilidade consolidado do Millennium bcp, calculado de acordo com o normativodo Banco de Portugal, ascendeu a 12,9% em 2005 comparando favoravelmente com 11,9% em 2004. A melhoria dos indicadores de solvabilidade evidencia o progresso na concretizaçãode prioridades estratégicas definidas pelo Millennium bcp com vista à gestão eficiente do capital,nomeadamente o fortalecimento dos indicadores de rendibilidade nas operações “core”,traduzindo a capacidade de geração de resultados do Grupo, e a maior eficiência alcançada na alocação de capital às diversas áreas de negócio. Para a evolução favorável dos indicadoresde solvabilidade também contribuiu a redução da exposição a operações consideradas não estratégicas, designadamente a alienação do Banco Comercial de Macau e a menoralocação de capital à carteira de investimentos não financeiros, obtida com a alienação de participações na Friends Provident, Banca Intesa e EDP, não obstante o impacto negativoassociado à aquisição dos remanescentes 50% do capital do NovaBank e dos 30,1% do Banco de Investimento Imobiliário.

Os indicadores de solvabilidade beneficiaram ainda de uma eficiente gestão do risco,consubstanciada no forte crescimento do crédito à habitação que determinou o aumento do pesodos activos com perfil de risco mais reduzido. O Banco realizou uma operação de securitização decréditos hipotecários “Magellan No.3” que possibilitou um reforço nos indicadores de solvabilidadea condições de preço bastante favoráveis.

Rácio de Solvabilidade

2004

11,9%

2005

12,9%

8,1%7,4%

Fundos Próprios Complementares

Fundos Próprios de Base

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157(*) Rácio de solvabilidade = Fundos próprios / ( Requisitos de fundos próprios x 12,5).

2005 2004

Activos ponderados

Caixa e Instituições de Crédito 1.206,0 1.018,8

Créditos sobre clientes 37.575,2 35.881,1

Títulos (acções e obrigações) 3.062,1 1.150,6

Participações financeiras 850,6 2.107,5

Outros activos 2.467,6 3.996,1

Total (1) 45.161,5 44.154,1

Elementos extrapatrimoniais ponderados

Garantias e avales 4.296,2 3.918,3

Outros 2.598,9 2.313,8

Total (2) 6.895,1 6.232,1

(Provisões para riscos gerais de crédito) (3) 4,6 756,5

Activos e Elementos extrapatrimoniais ponderados

(4) = (1+2-3) 52.052,0 49.629,7

Requisitos de fundos próprios

Activos e extrapatrimoniais ponderados x 8% 4.188,0 3.970,5

Carteira de negociação 27,4 24,4

Operações de titularização 118,3 222,0

Total (5) 4.333,7 4.216,9

Fundos próprios

Base 4.010,9 4.244,9

dos quais: Acções preferenciais 1.116,7 1.191,8

Complementares 3.289,1 2.735,3

(Interesses em instituições financeiras

e excedentes dedutíveis) (323,3) (730,6)

Total (6) 6.976,7 6.249,6

Rácio de Solvabilidade(*) 12,9% 11,9%

Tier One 7,4% 8,1%

Core Tier I 5,3% 5,8%

Tier Two 5,5% 3,8%

Rácio de solvabilidade Milhões de euros, excepto percentagens

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Total de NãoAjustamentos Recorrentes Recorrentes

Resultado Líquido 2004 (Normas locais) 513

Ajustamentos IFRS

Imparidade do crédito 24 24

Valorização de investimentos (42) (42)

Taxa efectiva (9) (9)

Contabilidade de cobertura (77) (77)

Imobilizado incorpóreo (9) (9)

Gratificações e remunerações variáveis (64) (24) (40)

Acções Preferenciais 16 16

Impostos diferidos activos 21 21

Outros ajustamentos (4) (4)

Alienação da actividade seguradora 366 366

Alienação de 4,08% da participação no Sabadell 85 85

Pensões de reforma e outros benefícios a empregados (214) 19 (233)

Total de Ajustamentos IFRS 93 34 59

Resultado Líquido 2004 (IFRS) 606

Impacto das IFRS no Resultado Líquido Milhões de euros

158

A entrada em vigor das IFRS, em 1 de Janeiro de 2005, tornou necessária a introdução de ajustamentos decorrentes da aplicação dos novos princípios contabilísticos, que determinaramalterações, oportunamente divulgadas, aos valores de Balanço, da Situação Líquida e dos ResultadosLíquidos do exercício de 2004 preparados de acordo com as anteriores normas de contabilidadelocais (Normas locais).

Principais impactos da transição para as IFRS na Situação Líquida e nos Resultados Líquidos do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2004

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Os princípios subjacentes aos principais impactos no Millennium bcp decorrentes dos ajustamentosefectuados são explicitados em seguida:

Pensões de reforma e outros benefícios para os empregadosNo âmbito da adopção da IAS 19, o Grupo passou a reconhecer responsabilidades com os benefíciosde saúde dos colaboradores no activo e pensionistas, benefícios atribuíveis ao cônjuge e descendentespor morte antes da reforma, prémios de antiguidade e subsídio de morte. O ajustamento de transiçãoinclui ainda o reconhecimento dos custos de reestruturação resultantes das reformas antecipadas, quede acordo com as Normas locais eram diferidos por um período de 10 anos.

De acordo com o disposto na IFRS 1, o Grupo optou pelo recálculo das suas responsabilidades e respectivas diferenças actuariais desde a data de constituição do Fundo de Pensões, registandoum aumento das perdas actuariais diferidas, por contrapartida de capitais próprios. À luz da IAS 19 todos os ganhos e perdas actuariais que excedam 10% do valor das responsabilidades(“corredor”), passaram a ser amortizados pelo período médio de 20 anos (Normas locais:10 anos), correspondente à vida útil média estimada para os colaboradores no activo até à data da reforma. O aumento do período de amortização das perdas actuariais conduzirá a umadiminuição do custo anual com Pensões na Demonstração de Resultados.

Gratificações e Remunerações variáveisDe acordo com as Normas locais, as gratificações e remunerações variáveis eram registadas no anoseguinte ao exercício a que respeitam. De acordo com a IAS 19 são registadas como custo do exercício a que respeitam. Em consequência desta política os bónus a colaboradores, distribuídos em 2004, foramajustados por contrapartida de resultados transitados em 1 de Janeiro de 2004. Em conformidade coma IFRS 2, os custos associados aos planos de remuneração com acções (“stock options”) são registadosem Resultados entre a data de atribuição do direito e a data de exercício da opção.

31 Dez. 04 1 Jan. 04

Situação Líquida (Normas locais) 4.000 3.185

Ajustamentos IFRS

Pensões de reforma e outros benefícios a empregados (626) (412)

Imparidade do crédito (DCF) (141) (165)

Valorização de investimentos (277) (259)

Taxa efectiva (16) (6)

Contabilidade de cobertura (41) 37

Imobilizado incorpóreo (53) (45)

Financiamento de Acções Próprias (54) (57)

Dividendos antecipados (98)

Gratificações e remunerações variáveis (115) (66)

Outros ajustamentos (30) (14)

Impostos diferidos activos 561 552

Acções Preferenciais 500

(390) (435)

Situação Líquida IFRS (*) 3.610 2.750

Impacto das IFRS em Capitais Próprios Milhões de Euros

(*) Inclui Interesses minoritários

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Fair value de InvestimentosDe acordo com as IFRS, os títulos de investimento passaram a ser valorizados ao justo valor,sendo a diferença para o custo de aquisição registada por contrapartida de reservas. A carteira de investimento passou a incluir as participações em empresas em que o Grupo não exercecontrolo ou influência significativa.

As diferenças resultantes da valorização da carteira de investimento ao justo valor foram registadas por contrapartida de reservas de justo valor e resultados transitados (imparidade). Entre os impactosnegativos salientam-se a EDP, ONI, Intesa e Friends Provident, e positivos a Eureko e o Banco Sabadell.

Imparidade da Carteira de crédito sobre clientesEm conformidade com os critérios de mensuração definidos pela IAS 39, a carteira de créditopassou a ser valorizada ao seu custo amortizado e sujeita a testes de imparidade. Face à políticaseguida pelo Grupo nas Normas locais, a adopção da IAS 39 não introduziu alterações substanciaisà forma de avaliação do risco económico associado à carteira de crédito ou aos critérios deimparidade utilizados, pelo que o aumento das provisões para riscos de crédito registado porcontrapartida de reservas de transição, resultou essencialmente do efeito da introdução do método de discounted cash flows no cálculo da imparidade.

Taxa de Juro Efectiva / Periodificação de ComissõesNo âmbito da conversão das demonstrações financeiras para as IFRS, a partir de 1 de Janeiro de 2004, o Grupo passou a considerar o juro sobre os seus activos e passivos financeiros combase na aplicação da taxa efectiva, em conformidade com os critérios de elegibilidade definidospela IAS 18. Os impactos apurados são pouco significativos e referem-se essencialmente a operações de crédito de médio-longo prazo, crédito à habitação e em conta corrente.

Desreconhecimento de activos / Consolidação de SPEÀ luz da SIC 12, as entidades classificáveis como “Special Purpose Entities” (SPE), nomeadamenteos veículos constituídos no âmbito das operações de securitização, em que o Grupo exerça“controlo” ou lhe sejam “substancialmente atribuíveis” os respectivos riscos e benefícios passaram a ser consolidados. O impacto mais significativo nas demonstrações financeiras consolidadas,resultante da adopção deste critério, traduziu-se no aumento de activos e passivos no balanço,relacionados com operações de securitização.

Financiamento de Acções PrópriasPara os clientes do Grupo classificados como SPE’s com imparidade, que detêm acções e outrostítulos emitidos pelo Grupo e que sejam por este financiados, foi apurado à luz do IAS 32/39 umajustamento às respectivas emissões e cujo registo foi efectuado por contrapartida de Capitaispróprios – Títulos próprios na data de transição.

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Ganhos ou perdas na alienação de activos – Participações financeirasDe acordo com as Normas locais, as mais-valias geradas pelo Grupo durante o exercício de 2004 na alienação de 100% das empresas de actividade seguradora com distribuição através do canal nãobancário, de 51% das empresas de actividade de bancassurance e 4,08% do capital do Banco Sabadell,foram registadas por contrapartida de reservas, já que no momento de aquisição das empresas o “goodwill” respectivo foi também debitado por contrapartida de reservas. De acordo com as IFRS,as referidas mais-valias foram registadas por contrapartida de resultados no exercício de 2004.

Impostos diferidosEm conformidade com a IAS 12, o Grupo passou a reconhecer impostos diferidos activos,considerando a expectativa razoável dos lucros tributáveis futuros. Para os exercícios com início a 1 de Janeiro de 2005, o encargo com imposto sobre rendimentos, incluirá o efeito doreconhecimento dos impostos diferidos contabilizados à medida que as diferenças temporárias que estiveram na sua origem se forem materializando.

Contabilidade de coberturaDe acordo com a IAS 39, a contabilidade de cobertura só pode ser aplicada se for expectável que ocorra uma relação de cobertura efectiva (“highly effective”) entre a variação do valor do instrumento financeiro e a compensação resultante da respectiva operação de cobertura.O teste de efectividade é efectuado no momento inicial da relação de cobertura e durante a vidada operação. A parte inefectiva da cobertura é registada em Resultados do exercício. O impactoem Resultados registado no exercício de 2004 deve-se, essencialmente, à flutuação de valor dos instrumentos financeiros (derivativos) que não foram classificados como contabilidade de cobertura. A partir de 1 de Janeiro de 2005, o Banco adoptou os requisitos da contabilidade de cobertura prospectivamente, pelo que não é expectável que se verifique uma volatilidadematerial nos resultados futuros.

Dividendo intercalarEm conformidade com as IFRS, o dividendo intercalar distribuído pelo Grupo no exercício de 2004foi registado, com referência a 31 de Dezembro de 2004, por contrapartida de capitais próprios.Esta diferença para as Normas locais não gerou qualquer impacto na Demonstração de resultados.

Acções PreferenciaisAs acções preferenciais sem obrigatoriedade de reembolso (em dinheiro ou outro activofinanceiro) e em que os dividendos são declarados de forma discricionária e não cumulativa,são classificadas como capital. O novo critério tem um impacto positivo no Capital próprio e Resultados do exercício.

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Gestão de Riscos

A política de gestão de risco do Grupo visa a manutenção, em permanência, de uma adequadarelação entre os seus capitais próprios e a actividade desenvolvida, assim como a correspondenteavaliação do perfil de risco/retorno por linha de negócio.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acompanhamento e controlo dos principais tiposde riscos financeiros – crédito, mercados, liquidez e operacional – a que se encontra sujeita aactividade do Grupo.

Principais Tipos de Risco

Crédito – O risco de crédito encontra-se associado ao grau de incerteza dos retornosesperados, por incapacidade quer do tomador do empréstimo (e do seu garante, se existir), querdo emissor de um título ou da contraparte de um contrato em cumprir com as suas obrigações.

Mercados – O conceito de risco de mercado reflecte a perda potencial que pode ser registadapor uma determinada carteira em resultado de alterações de taxas (de juro e de câmbio) e/oudos preços dos diferentes instrumentos financeiros que a compõem, considerando quer ascorrelações existentes entre eles, quer as respectivas volatilidades.

Liquidez – O risco de liquidez reflecte a incapacidade do Grupo cumprir com as suas obrigaçõesno momento do respectivo vencimento, sem incorrer em perdas significativas decorrentes deuma degradação das condições de financiamento (risco de financiamento) e/ou de venda dosseus activos por valores inferiores aos valores de mercado (risco de liquidez de mercado).

Operacional – Como risco operacional entende-se a perda potencial resultante de falhas ouinadequações nos processos internos, nas pessoas ou nos sistemas, ou ainda as perdas potenciaisresultantes de eventos externos.

Organização InternaCompete ao Conselho de Administração do Banco Comercial Português definir os princípiosgerais de gestão e controlo de riscos, aprovar a respectiva política de gestão e criar ao nível daorganização uma estrutura dotada com os recursos apropriados à sua implementação,compreendendo a identificação, a avaliação e a elaboração de propostas de actuação sobre osriscos em todas as suas vertentes – crédito, mercados, liquidez e operacional.

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A responsabilidade pela implementação das políticas de risco foi concentrada numa estruturatransversal a todas as entidades do Grupo e totalmente independente das áreas originadoras dosriscos – o Risk Office.

No âmbito das suas atribuições, compete ao Risk-Office definir os conceitos e desenvolver, propor,implementar e controlar a aplicação de um conjunto de metodologias e métricas que garantam acorrecta avaliação dos riscos incorridos, assegurando a infra-estrutura tecnológica de suporte maisadequada à análise, tanto ao nível consolidado como ao nível das linhas de negócio.

O Risk Office é ainda responsável por apoiar o funcionamento das Sub-Comissões de Risco:Crédito, Mercados e Liquidez, Operacional e de Acompanhamento do Fundo de Pensões.

Todas as Sub-Comissões são presididas por um membro do Conselho de Administração e secretariadas por um responsável do Risk Office, encontrando-se representados os responsáveisdas principais áreas envolvidas nos processos de decisão e gestão de riscos nas diferentesempresas do Grupo.

Todas as entidades incluídas no perímetro de consolidação do Banco Comercial Português regem asua actuação pelos princípios e decisões tomadas centralmente ao nível das Sub-Comissões de Risco.

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Comissão de risco Áreas de gestãode risco

Risk Office

Conselhode AdministraçãoPolítica de Risco Política de Risco

Política de Risco

Gestãoe controlo

de riscosao nível

global

Gestãocorrentepor tipode riscosubordinadaaos limitesestabelecidos

Princípios de gestão e controlode riscos, organização interna e fixaçãode limites de Risco

Desenvolvimento e implementaçãoda política, metodologias de avaliação,sistemas de limites e de reportedos vários tipos de risco

MetodologiasProcessosSistemasLimitesReporte

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As áreas Comercial, de Mercados e Estrutural integram as operações realizadas com entidadesexternas ao Grupo incluindo os contratos efectuados com clientes (Comercial), as operaçõesresultantes da actuação nos mercados financeiros (Mercados) e as operações de âmbitocorporativo (Estrutural), como, por exemplo, as emissões de capital e de dívida subordinada e as operações relativas a participações financeiras.

As áreas de “Credit Portfolio Management” e de “Asset and Liability Management” assumem o papel de áreas de gestão macro dos riscos de crédito e de mercados, respectivamente,decorrentes da actividade das restantes três áreas (Comercial, de Mercados e Estrutural).

Por princípio, as áreas Comercial e Estrutural não gerem riscos, pelo que os riscos originados no âmbito da sua actividade são transferidos, através de operações internas concretizadas a preçosde mercado, para as áreas de gestão de risco (CPM e ALM), passando a integrar as suas carteiraspróprias e sendo, consequentemente, elegíveis para efeitos de avaliação e controlo dos respectivoslimites de risco.

As áreas de Mercados actuam, simultaneamente, como áreas de “trading” (carteira própria) e de execução das decisões tomadas ao nível das Sub-Comissões de Risco tendo, neste últimocaso, a responsabilidade de contratar operações com o mercado com o objectivo de ajustar os níveis globais de risco às orientações aí aprovadas.

Nestas condições, os riscos de crédito e de mercado concentram-se em três áreas:

Mercados – Inclui as posições de risco de mercado (taxa de juro, cambial e de liquidez) resultantesda actividade de “trading” e de gestão de liquidez;

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Modelo de Avaliação e Gestão de RiscosO modelo de avaliação e acompanhamento dos riscos pressupõe a existência de cinco áreas queassumem funções distintas no processo de gestão de riscos – Comercial, Estrutural, Mercados,“Asset and Liability Management” (ALM) e “Credit Portfolio Management” (CPM).

Processotransferência

de risco

ComercialActividade Comercial

CPM“Credit Portfolio

Management”

EstruturalActividade Estrutural

ALM“Assets and Liabilities

Management”

MercadosActividade de “Trading” e de execução

de ordens de cobertura de risco

Clientes

AccionistasFornecedores

Outros

MercadosFinanceiros

Tran

sfer

ênci

a de

Ris

co

Transferência de Risco

CoberturasInternas

Áreas de Gestãode Risco

Áreasde Risco

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ALM – Engloba as posições de risco de mercado resultantes das transferências internas de riscosoriginados nas áreas Comercial e Estrutural, líquidas das decisões de cobertura e das posições de risco assumidas ao nível do Comité de Gestão de Activos e Passivos (ALCO);

CPM – Abrange as posições de risco de crédito originadas nas restantes áreas – Comercial,Estrutural e de Mercados, líquidas das respectivas decisões de cobertura.

Avaliação de Riscos

Risco de Crédito A avaliação do risco de crédito baseia-se em modelos que, no caso de clientes do segmentoRetalho, são essencialmente de índole comportamental e, no caso de clientes empresas e gruposeconómicos, combinam informação de carácter económico-financeiro com dados de naturezaqualitativa, como a qualidade da gestão e organização da empresa, o posicionamento no mercadoem que se insere e as perspectivas de evolução.

O grau de risco da generalidade dos clientes particulares e dos empresários em nome individual é avaliado pelo modelo TRIAD, um sistema de apoio às decisões de crédito que efectua de formaautomática uma pré-atribuição de limites de crédito e de graus de risco a cada cliente com baseno respectivo historial financeiro. Este sistema possibilita, simultaneamente, um elevado nível deserviço, traduzido em aprovações de créditos simples e rápidas, e um acompanhamento rigorosoda qualidade da carteira de crédito.

Os clientes são, deste modo, submetidos a processos internos de “rating”, estando a decisãocreditícia a cargo de comissões cuja constituição e competências estão definidas em regulamentosespecíficos. De acordo com o sistema de “rating” interno, a cada cliente é atribuído umdeterminado grau de risco, segundo a seguinte escala:

Significado AplicaçãoGrau de Risco

Clientes com excelente solidez financeira,que dificilmente entrarão em incumprimento.

Clientes com solidez financeira muito acima da médiae com muito boa capacidade de cumprimento.

Clientes com solidez financeira acima da média e com boa capacidade de cumprimento.

A solidez financeira situa-se na média e a capacidade de cumprimento é satisfatória.

Capacidade de cumprimento ainda aceitável.Alguma vulnerabilidade a situações de mercadoadversas ou a uma conjuntura económica menosfavorável.

Clientes com considerável probabilidade de incumprimento.

Clientes com uma situação económico-financeirafrágil e que apresentam alta probabilidade de incumprimento.

A

B

C1

C2

C3

D

E

Risco de Crédito Desprezível

Risco de Crédito Baixo

Risco de Crédito Médio Baixo

Risco de Crédito Médio

Risco de Crédito Aceitável, ainda

que superior ao risco médio

Risco de Crédito Elevado

Risco de Crédito Excessivo

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O bom poder discriminante destes sistemas de “rating” internos está comprovado por testesefectuados às respectivas probabilidades de incumprimento, de acordo com os critérios de Basileia II, contemplando a avaliação das respectivas volatilidades e do risco de migração entre os diferentes graus de risco.

Complementarmente aos modelos de “rating”, existe um sistema de controle preventivo, com o objectivo de assegurar a detecção precoce de situações de incumprimento. Esse sistema assentanum conjunto de Sinais de Alerta, conduzindo, em função da respectiva frequência, gravidade e correlação, à atribuição de Classificações de Risco e à definição de Planos de Acção mandatórios,com vista a minimizar as situações de incumprimento.

Todos os instrumentos são revistos periodicamente, de modo a que a sua capacidade preditiva sejaassegurada.

A 31 de Dezembro de 2005, a carteira de crédito da actividade em Portugal apresentava a distribuição ilustrada no gráfico, de acordo com as classes de crédito de Basileia II.

Em 31 de Dezembro de 2005, a repartição do saldo de crédito concedido relacionado com aactividade em Portugal por grau de risco, de acordo com os sistemas de “rating” anteriormentedescritos, evidencia uma carteira de baixo risco, tanto para os clientes do segmento Retalho comopara as empresas:

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A

B

C1

C2

C3

D

E

NãoClassificado

0%5%15%20%25%30% 40%30%20%10%0%15%

Repartição do Crédito por Grau de Risco (Portugal)��

Particulares e Empresários em nome individual Empresas

Composição da Carteira de Crédito(Activos Ponderados pelo Risco)

��

8%Retalho

(Outros)

1%Soberanos

Retalho9%

21%Hipotecário

24%“Corporate“

8%Bancos

29%Empresas

Em relação à repartição do crédito relativo à actividade desenvolvida pelo Millenniumbcp emPortugal, é notória uma maior concentração (35%) no escalão dos créditos superiores a 5 milhõesde euros, determinado pelo elevado peso que os créditos deste tipo representam no total decrédito concedido a empresas (60%), e nos escalões dos créditos de 50 milhares de euros até

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Mais de 5.000

De 2.500 até 5.000

De 1.000 até 2.500

De 500 até 1.000

De 250 até 500

De 100 até 250

De 50 até 100

De 25 até 50

De 10 até 25

Até 10

40% 0%10%20%30% 10%0% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Repartição do Crédito por Montante (Portugal)��

Particulares e Empresários em nome individual Empresas

250 milhares de euros, reflectindo a elevada concentração dos créditos concedidos a particularese a empresários em nome individual nestes escalões, onde se inclui a maior parte dos créditoshipotecários. No final de 2005, do total de créditos concedidos a particulares e a empresários em nome individual em Portugal 65% diziam respeito a operações de montantes situados entre50 milhares de euros e 250 milhares de euros.

Milhões de euros

Por outro lado, a gestão do risco de crédito apoia-se também em técnicas de mitigação do riscocomo colaterais, garantias ou derivados de crédito, que ofereçam o nível pretendido de protecçãopara operações ou carteiras seleccionadas em função de um conjunto de princípios e critérios,na adequação do “pricing” das operações e no reforço da eficiência dos processos de recuperaçãode crédito, visando a minimização das perdas em caso de incumprimento.

Riscos de Mercado

O Grupo utiliza o conceito de Capital em Risco (VaR – “Value at Risk”) como principal medida de avaliação da exposição a riscos de mercado.

O cálculo do VaR é efectuado considerando a repartição das posições existentes por área geográfica de mercado, moeda e natureza dos riscos (taxa de juro, cambial e de acções), sendo calculado tantoindividualmente para cada um dos centros de responsabilidade com intervenção no processo detomada de riscos como numa base consolidada, medindo o efeito de diversificação existente entre as diferentes carteiras.

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Encontram-se estabelecidos limites de riscos para todas as áreas de intervenção nos mercados.

A avaliação da adequação do modelo de VaR à natureza dos riscos envolvidos nas carteirasavaliadas é feita através de um processo diário de “backtesting”, que compara indicadores de VaRcom os resultados efectivamente verificados. Os resultados deste processo ao longo do ano de2005 demonstram a adequação do modelo na avaliação dos riscos incorridos.

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VaR – Áreas de Mercados (actividade de “trading”)

Estatísticas 2005

VaR(1) Final 2005 Média Máximo Mínimo Final 2004

Valores Agregados(2) 6.319 6.610 10.728 4.059 6.509

Risco de Taxa de Juro 6.304 6.623 10.749 3.936 6.589

Risco Cambial 88 327 2.286 79 199

Risco de Acções 522 678 1.684 49 105

Efeito de Diversificação 596 1.018 3.991 5 383

Milhares de euros

(1) Período de detenção de 10 dias e 99% de nível de confiança.(2) Valores consolidados das posições assumidas pelas Tesourarias de Lisboa (inclui posições de Nova Iorque e Macau), Pólonia (Bank Millennium), Grécia (NovaBank) e Turquia (BankEuropa).

Evolução dos indicadores de VaR

O VaR é utilizado como medida de avaliação, quer dos riscos incorridos pelas áreas de mercados(carteira de “trading”), quer dos riscos abrangidos pela carteira de ALM, que engloba posiçõesdecididas no âmbito do Comité de Gestão de Activos e Passivos – ALCO, quer das posições decobertura interna dos riscos associados a operações originadas no âmbito da actividade estrutural,conforme anteriormente definido.

8.000

4.000

Jul. 2

005

Jan.

200

5

12.000

0

-4.000

-8.000

-12.000

Fev.

2005

Mar

. 200

5

Abr

. 200

5

Mai

. 200

5

Jun.

200

5

Ago

. 200

5

Set.

2005

Out

. 200

5

Nov

. 200

5

Dez

. 200

5

Resultados VaR

Var – “BackTest” / Áreas de mercados�� Milhões de euros

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(1) Período de detenção de 10 dias e 99% de nível de confiança.(2) Valores consolidados das posições assumidas pelas Tesourarias de Lisboa (inclui posições de Nova Iorque e Macau), Pólonia (Bank Millennium), Grécia (NovaBank) e Turquia (BankEuropa).

VaR – Áreas de ALM

Estatísticas 2005VaR(1) Final 2005 Média Máximo Mínimo Final 2004

Valores Agregados(2) 22.535 15.656 42.553 9.183 43.910

Risco de Taxa de Juro 22.535 15.653 42.553 9.183 43.910

Risco Cambial 4 100 623 0 0

Risco de Acções 4 4 554 0 0

Efeito de Diversificação 8 100 1.177 0 0

Milhares de euros

Os indicadores de VaR acima referidos reflectem globalmente o baixo nível de exposição a riscos de mercado, 6,6 milhões de euros em termos médios, em resultado do perfilconservador das áreas de “trading”, bem como do efeito de diversificação existente entre as diferentes carteiras.

A análise por tipo de risco demonstra, por sua vez, que as posições são maioritariamente assumidas em instrumentos de taxa de juro, assumindo os riscos cambial e de acções valores inexpressivos.

O VaR da carteira de ALM apresentou um valor médio de 15,7 milhões de euros, influenciado por operações internas que reflectem posições de risco assumidas pelo ALCO, tendo em conta anatureza das operações e as condições e perspectivas de evolução dos mercados de investimento.

Em complemento da metodologia de VaR, são utilizados outros indicadores de risco para acompanhar e limitar a tomada de posições em instrumentos em que os riscos de mercado não possam ser correctamente avaliados pela metodologia de VaR adoptada(aproximação paramétrica), tais como a exposição a risco de opcionalidade. A carteira de posições em aberto neste tipo de instrumentos é residual no conjunto de posições de risco do Banco.

A avaliação do risco de taxa de juro decorrente das operações contratadas fora do âmbito daactuação nos mercados financeiros é apurada por via de um processo de análise de sensibilidadeao risco de taxa de juro realizado mensalmente para o universo de operações que integram o balanço consolidado do Grupo.

O processo de análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro tem por base a informação com as características financeiras dos contratos à data de análise, disponível nos sistemas de informação.Estes dados são modelizados tendo em vista a geração dos “cash flows” futuros esperados paracada um dos contratos, de acordo com a respectiva data de “repricing”.

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A agregação, para cada uma das moedas analisadas, da totalidade dos “cash flows” esperados emcada um dos intervalos de tempo, permite determinar os respectivos “gaps” de taxa de juro porprazo de “repricing”.

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“Mismatch” de taxas de juros por prazo de “repricing” (Áreas Comercial e Estrutural)

Áreas <3 3-6 6-12 1-2 2-3 3-5 5-7 >7de Risco Total meses meses meses anos anos anos anos anos

Comercial 34.451 -18.877 -9.268 39.796 15.208 8.203 7.299 -3.792 -4.117

Estrutural 236.527 4.077 -3.129 21.834 7.795 21.348 16.497 92.218 75.887

Oper. Cobertura -279.684 8.136 -1.993 -45.481 -23.371 -30.471 -25.679 -89.145 -71.681

Mismatch -8.706 -6.664 -14.391 16.148 -367 -920 -1,883 -719 89

Milhares de euros

A comparação entre o valor actual do “mismatch” de taxa de juro descontado às taxas de juro demercado e o valor descontado dos mesmos “cash flows” simulando um deslocamento paralelo dacurva de taxa de juro de mercado de + 100 p.b., traduz a alteração de valor patrimonial estimadaem resultado de uma variação paralela das taxas de juro de mercado de 1%.

A análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro assim calculada e reportada a 31 de Dezembrode 2005, evidencia valores de +131 milhões de euros e +3 milhões de euros, para as moedas emque o Grupo detém posições mais significativas, respectivamente, euros e dólares.

Com base nos resultados da análise de sensibilidade referida são, mensalmente, realizadasoperações com o mercado tendo em vista a anulação, em cada um dos prazos de “repricing”,das posições de risco associadas à carteira de operações pertencentes às áreas Comercial e Estrutural.

As posições de risco que não sejam objecto de cobertura específica com o mercado sãotransferidas através de operações internas para as áreas de Mercados (posições de risco em prazos inferiores a 1 ano) e para a área de ALM (posições de risco superiores a um ano),passando a partir desse momento a fazer parte integrante das respectivas carteiras e,consequentemente, a ser objecto de uma avaliação diária com base na metodologia de VaR.

Risco de LiquidezO crescimento da carteira de crédito atingiu nos últimos anos, particularmente no que respeita àcomponente de crédito à habitação, níveis consideravelmente superiores aos verificados na captaçãode recursos de clientes, com os consequentes impactos na posição de liquidez do Grupo.

Nestas condições, parte significativa da carteira de activos é hoje financiada por recurso a outrasfontes de financiamento, destacando-se as operações de securitização, as emissões ao abrigo doprograma de “Euro Medium Term Notes” (EMTN) e as operações de financiamento de médio e longo prazo contratadas junto de instituições financeiras.

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O recurso a novas fontes de financiamento, com prazos de maturidade mais longos, a par daalteração da estrutura de recursos de clientes, com o aumento do peso relativo dos produtosestruturados, também eles emitidos a prazos mais longos, permite manter o equilíbrio da posiçãode liquidez do Grupo.

A gestão de liquidez do Grupo encontra-se centralizada em Lisboa, o que implica que quer asnecessidades de financiamento, quer os eventuais excessos de fundos das participadas sejamgeridos através da realização de operações com o Banco, contribuindo para uma gestão maiseficiente das necessidades de financiamento do Grupo em base consolidada.

A avaliação do risco de liquidez do Grupo é feita através de indicadores regulamentares definidospelas Autoridades de Supervisão, assim como por indicadores internos para os quais se encontramigualmente definidos limites de exposição.

A evolução da situação de liquidez do Grupo, para horizontes temporais de curto prazo (até 3 meses) é efectuada diariamente com base em dois indicadores internos, liquidez imediata e liquidez trimestral, que medem as necessidades máximas de tomada de fundos que podemocorrer num só dia, considerando as projecções de “cash flows” para períodos de 3 dias e 3 meses, respectivamente.

Paralelamente a esta análise, é efectuado, numa base mensal, o apuramento regular da evolução daposição de liquidez do Grupo, identificando todos os factores que justificam as variações ocorridas,sendo esta análise submetida à apreciação da Sub-Comissão de Riscos de Mercados e Liquidez.

O cálculo do indicador de liquidez instituído pelo Banco de Portugal registava, em base consolidadae reportado a 31 de Dezembro de 2005, um valor de 96% que compara com o valor de 103%reportado a 31 de Dezembro de 2004.

Risco OperacionalA gestão do risco operacional é, pelas suas próprias características, descentralizada em toda a estrutura da instituição competindo aos diferentes intervenientes cumprir com as principaisactividades do processo de gestão: identificação, avaliação, controlo e mitigação.

O Millennium bcp tem adoptado um conjunto de princípios e melhores práticas que garantem uma eficiente gestão do risco operacional, nomeadamente através da definição e documentação desses princípios e da implementação de mecanismos de controlo,incluindo: segregação de funções, linhas de responsabilidade e respectivas autorizações,atribuição de limites de exposição, códigos deontológicos e de conduta, indicadores-chave,controlos ao nível informático, planos de contingência, acessos físicos e lógicos,actividades de reconciliação, relatórios de excepção e formação interna sobre processos,produtos e sistemas.

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Cabe destacar, no âmbito da definição de planos de contingência, a criação de uma equipadedicada à construção de um Plano de Continuidade de Negócio (PCN), permitindo fazer face a situações de crise de forma planificada e garantindo a retoma das actividades dentro de prazosdefinidos e considerados aceitáveis.

As normas de funcionamento e características do sistema de controlo interno estão devidamentedocumentadas e divulgadas por forma a permitir o acesso a todos os colaboradores.

Sem prejuízo da referida responsabilização de toda a estrutura na gestão do risco operacional,o Risk Office possui um departamento dedicado em exclusividade ao acompanhamento do riscooperacional com a missão de reforçar as capacidades do Grupo, tendo em vista a adopção a prazodas metodologias mais avançadas propostas por Basileia II ao nível do Risco Operacional.

Neste âmbito, foram lançadas diversas iniciativas direccionadas para o reforço da cultura e dacapacidade de gestão destes riscos, tendo sido finalizado o “Self Risk Assessment”, enquadrado num projecto mais vasto de melhoria do sistema de controlo interno, em conformidade com as recomendações do Banco de Portugal e com as práticas consagradas na Secção 404 do “Sarbanes-Oxley Act framework”.

Basileia II

O Millenniumbcp tem vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas internas tendentes à implementação das propostas de Basileia II.

No final do primeiro trimestre de 2005 concluiu-se um projecto de avaliação do nível de prontidãopara melhor acomodar os requisitos de Basileia II, em todo o perímetro de actividade do Grupo.

Este exercício permitiu obter uma visão integrada da situação actual sobre diversas vertentes:organização, políticas e procedimentos, modelos e tecnologias de informação, com o objectivo de determinar os respectivos “gaps” face às exigências de Basileia e o nível de aproximação às “best practices” de gestão do risco.

Com base nas conclusões foi definido um “Road Map” para a implementação de Basileia II,encontrando-se em curso um conjunto de actividades que envolvem diferentes áreas daorganização, tendo o Conselho de Administração comunicado ao Banco de Portugal a intenção de adoptar as abordagens de Basileia II nos seguintes moldes:

Risco de crédito – nas empresas do Grupo em Portugal, bem como no Bank Millennium naPolónia e NovaBank na Grécia, aplicação do método avançado das notações internas (“IRBAdvanced”) e nas restantes entidades, tendo em conta os custos associados à implementaçãodesta solução e a materialidade dos seus riscos, aplicação do método padrão;172

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SP01 Definições e Princípios SP10

Tecnologias

Informação

SP11

Processo

Cálculo

SP12

Processo

Aprovação

Risco de Crédito Risco de Mercado Risco Operacional Pilar I

SP02 LGD/EAD

SP03 Modelos de “Scoring”

SP04 Securitizações

SP08 Avaliação da ferramenta de adequação de capital Pilar II

SP09 Políticas de “disclosure” Pilar III

SP05 Risco de Mercado

SP06 Participações

SP07 Risco Operacional

Risco operacional – aplicação do método padrão em todas as empresas do Grupo. Nestecontexto, por forma a acomodar a implementação dos sistemas de gestão às operações não“core”, tenciona-se que estas adoptem o método básico transitoriamente.

Esta intenção, no que respeita ao risco operacional, não exclui a evolução a médio prazo para a abordagem AMA – “Advanced Measurement Approach”, exigindo ainda, contudo, um significativoinvestimento adicional em termos de modelização dos processos operativos e de negócio do Grupo, de introdução de metodologias consistentes de auto-avaliação de processos e de implementação de sistemas e procedimentos de captura de perdas realizadas.

A aborgadem seguida para a implementação de Basileia II assenta na criação de vários sub-projectos constituídos de acordo com os objectivos específicos em cada área de intervenção,à luz das conclusões do referido exercício de avaliação. Os sub-projectos do Projecto Basileia IIestão representados no quadro seguinte:

Em consequência do calendário regulamentar definido, a conclusão do Projecto está prevista paraDezembro de 2007, garantindo a total concordância com as abordagens seleccionadas.

Participação no 5.º Estudo de Impacto Quantitativo (QIS 5)

Durante o último trimestre do ano, o Grupo esteve envolvido na resposta ao 5.º Estudo deImpacto Quantitativo. Esta participação foi vista como uma oportunidade única para a avaliaçãopreliminar do nível de prontidão dos desenvolvimentos efectuados, particularmente da plataformainformática de suporte ao cálculo das exigências de capital. Dos resultados obtidos destacam-se onível de acolhimento dos requisitos de Basileia II observado pelo Grupo, bem como a confirmaçãodos benefícios esperados em função das abordagens seleccionadas.

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Demonstrações FinanceirasConsolidadas

Proposta aplicação resultadosOrgãos SociaisParticipações Qualificadas

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2005 2004

Banco Comercial PortuguêsBalanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

ActivoCaixa e disponibilidade em bancos centraisDisponibilidades em outras instituições de créditoAplicações em instituições de créditoCréditos a clientesActivos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para vendaActivos com acordo de recompraDerivados de coberturaInvestimentos detidos à maturidadeInvestimentos em associadasActivos não correntes detidos para vendaOutros activos tangíveisGoodwill e activos intangíveisActivos por impostos correntesActivos por impostos diferidosOutros activos

PassivoDepósitos de bancos centraisDébitos para com instituições de créditoDepósitos de clientesTítulos de dívida emitidosPassivos financeiros detidos para negociaçãoDerivados de coberturaPassivos não correntes detidos para vendaProvisõesPassivos subordinadosPassivos por impostos correntesPassivos por impostos diferidosOutros passivos

Total do Passivo

Situação LíquidaCapitalTítulos própriosPrémio de emissãoAcções preferênciaisOutros instrumentos de capitalReservas de justo valorReservas e resultados acumuladosLucro líquido do exercício atribuível aos accionistas do Banco

Total da Situação Líquida atribuível ao Grupo

Interesses Minoritários

Total da Situação Líquida

1.255.893 875.604

6.034.211 52.909.115 2.346.212 4.631.036

80.603 80.835 20.372

277.021 2.396.211

838.601 380.489 21.927

676.088 4.025.384

76.849.602

58.861 11.206.019 34.395.431 18.230.381

818.045 34.957

2.263.554 277.425

2.960.069 13.721 42.698

1.946.421

72.247.582

3.588.331 (31.099)870.303

1.000.000 —

316.711 (2.250.242)

753.490 4.247.494

354.526

4.602.020 76.849.602

1.725.800 1.032.589 5.213.754

50.869.879 1.323.176 4.852.039

— 4.104

— 261.067

—929.460 58.750 15.792

694.754 4.339.199

71.320.363

305.164 9.801.940

33.392.78117.028.037

610.944 9.602

— 227.274

3.774.855 5.953

38.973 2.514.073

67.709.596

3.257.401 (53.741)674.435 500.000 528.207 327.127

(2.624.364)606.465

3.215.530

395.237

3.610.767 71.320.363

Milhares de euros

DemonstraçõesFinanceirasConsolidadas

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2005 2004

Banco Comercial PortuguêsDemonstração dos Resultados Consolidados para os anos findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

Juros e proveitos equiparadosJuros e custos equiparados

Margem financeiraRendimentos de instrumentos de capitalResultado de serviços e comissõesResultados em operações financeirasResultados em activos financeiros disponíveis para vendaOutros proveitos de exploração

Outros resultados da actividades não bancáriasTotal de proveitos operacionais

Custos com o pessoalOutros gastos administrativosAmortizações do exercício

Total de custos operacionais

Imparidade do créditoImparidade de outros activosOutras provisões

Resultado operacional

Resultados por equivalência patrimonialResultados de alienação de outros activos

Lucro antes de impostosImpostos

CorrentesDiferidos

Resultado após impostos excluindo o efeito dos resultados de activos não correntes detidos para venda

Resultado de activos não correntes detidos para vendaResultado após impostos

Resultado consolidado do exercício atribuível a:Accionistas do BancoInteresses minoritários

Lucro do exercício

Resultado por acção (em euros)BásicoDiluído

3.083.733 (1.676.074)1.407.659

58.771 658.725 285.171 315.939 119.915

2.846.180

14.151 2.860.331

1.187.486 580.961 139.789

1.908.236 952.095

(113.494)(19.717)(37.521)

781.363

27.011 129.562

937.936

(72.934)(24.515)

840.487

— 840.487

753.490 86.997

840.487

0,22 0,20

2.795.236 (1.523.675)1.271.561

30.514 616.363 255.655 64.480

187.965 2.426.538

— 2.426.538

1.211.968 585.383 212.185

2.009.536 417.002

(134.300)(38.601)(47.803)

196.298

17.076 76.414

289.788

(57.776)(9.174)

222.838

408.696 631.534

606.465 25.069

631.534

0,18 0,16

Milhares de euros

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1. Considerando as disposições legais e estatutárias relativas a reserva legal e reservas especiais;

Considerando o adiantamento sobre lucros do exercício no montante global de EUR107.473.742,34 que correspondeu a um dividendo antecipado ilíquido de EUR 0,033 por acçãocolocado a pagamento em 19 de Outubro de 2005 e efectivamente pago;

Nos termos da alínea f) do n.º 5 do artigo 66.º, do n.º 1 do artigo 294.º e da alínea b) do n.º 1 do artigo 376.º do Código das Sociedades Comerciais, bem como do artigo 35.º dos Estatutos,propõe-se a seguinte aplicação dos resultados do exercício no montante de EUR 360.123.031,94,depois de deduzidos os EUR 107.473.742,34 correspondentes ao adiantamento sobre lucros doexercício antes referido:

a) EUR 36.033.106,81 para reforço da reserva legal;

b) EUR 15.073.921,83 para reforço da reserva para estabilização de dividendos, fixando-se com esta dotação o respectivo limite em EUR 65.000.000,00;

c) EUR 68.774.001,45 para reforço de reservas livres;

d) EUR 132.768.259,51 para atribuição de dividendos.

2. Considerando que a verba para dividendos agora a atribuir de EUR 132.768.259,51, foi calculada,como é tradicional, na base de um dividendo unitário por acção emitida de EUR 0,037 e que nãoé possível determinar com exactidão o número de acções próprias que poderão estar em carteiraà data do pagamento de dividendos;

Propõe-se que se delibere, relativamente à aplicação de resultados constante dos númerosanteriores, que:

a) A cada acção emitida seja agora pago o dividendo unitário de EUR 0,037;

b)Não seja pago, registando-se em conta de resultados transitados, o quantitativo unitário correspondente às acções que, no primeiro dia do período de pagamento de dividendos,pertencerem à própria sociedade.

Proposta de aplicação de resultados

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Mesa da Assembleia GeralLuís Manuel de Faria Neiva dos Santos, PresidenteMiguel António Galvão Teles, Vice-PresidenteAna Isabel dos Santos de Pina Cabral, Secretária da Sociedade

Conselho de AdministraçãoPaulo Jorge de Assunção Rodrigues Teixeira Pinto, PresidenteFilipe de Jesus Pinhal, Vice-PresidenteChristopher de Beck, Vice-PresidenteAntónio Manuel de Seabra e Melo RodriguesAntónio Manuel Pereira Caldas de Castro HenriquesAlípio Barrosa Pereira DiasAlexandre Alberto Bastos GomesFrancisco José Queiroz de Barros de LacerdaBoguslaw Jerzy Kott

Ana Isabel dos Santos de Pina Cabral, Secretária da SociedadeArlindo Álvaro Ferreira Vieira de Sá, Secretário da Sociedade Suplente

Conselho FiscalRicardo Manuel Simões Bayão Horta, PresidenteMário Augusto de Paiva Neto, Vogal EfectivoMário Branco Trindade, Revisor Oficial de ContasJosé Eduardo de Faria Neiva dos Santos, Revisor Oficial de Contas Suplente

Conselho SuperiorJorge Manuel Jardim Gonçalves, PresidenteAntónio Manuel Ferreira da Costa Gonçalves, Vice-PresidenteGijsbert J. Swalef, Vice-PresidenteJoão Alberto Pinto Basto, Vice-PresidentePedro Maria Calaínho Teixeira Duarte, Vice-PresidenteVasco Maria Guimarães José de Mello, Vice-PresidenteÂngelo Ludgero da Silva MarquesAntónio Augusto Serra Campos Dias da CunhaDimitrios ContominasE. Alexandre Soares dos SantosFrancisco de la Fuente SánchezHenrique Jaime WelshHipólito Mendes PiresJaime de Sousa LimaJassim Mohamed Al-BaharJoão Manuel de Quevedo Pereira CoutinhoJosé Manuel Pita Goes FerreiraJosep Oliu CreusJosé de Sousa Cunhal Melero SendimKeith SatchellManuel Alfredo José de MelloManuel Roseta FinoMário da Graça MachungoRicardo Herculano Freitas FernandesVasco Luís S. Quevedo PessanhaLuís Manuel de Faria Neiva dos Santos, Presidente da Mesa da Assembleia GeralRicardo Manuel Simões Bayão Horta, Presidente do Conselho FiscalPaulo Jorge de Assunção Rodrigues Teixeira Pinto, Presidente do Conselho de Administração

Conselho de AuditoriaJorge Manuel Jardim Gonçalves, PresidenteRicardo Manuel Simões Bayão Horta, Vice-PresidenteVasco Maria Guimarães José de Mello, Vogal

Órgãos e Corpos Sociais

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Nos termos e para os efeitos do art.º 20 do Código de Valores Mobiliários, era a seguinte a lista de participações qualificadas no capital social do Banco Comercial Português em 31 de Dezembro de 2005.

Número % Capital % DireitosAccionista de Acções Social de Voto

Grupo Eureko

Eureko BV

Achmea Holding NV

Eureko Portugal SGPS

Eureko Participations II APS

Império Assurances (France)

Total

Grupo BPI

BPI Pensões - Fundo Pensões geridos pelo Banco BPI

Banco BPI

BPI Vida - Companhia de Seguros de Vida

Fundos de Investimento geridos pela BPI Fundos - Soc. Gest de F.I.M.

Banco Português de Investimento, S.A.

Banco Português de Investimento, S.A. (Clientes)

Total (1)

Grupo Fortis

Fortis Bank s.a. / n.v

Fortis Bank Assurances

Fortis AG s.a. / n.v

Millennium bcp-Fortis

Total

Grupo José de Mello

José Mello Soc. Gest. Part. Sociais S.A.

Outros (Membros dos orgãos sociais)

Total (2)

Bansabadell Holding SL

Grupo Teixeira Duarte (3)

Teixeira Duarte Soc. Gest. Part. Sociais, S.A.

Teixeira Duarte Engenharia e Construções, S.A.

TEDAL Soc. Gestora Part. Sociais

Teixeira Duarte Gestão de Part. Inv. Imob. S.A.

Outros (Membros dos orgãos de Administração)

Total

121.346.567

82.142.072

36.312.037

5.953.166

100.000

245.853.842

81.431.024

64.127.631

68.868.533

3.439.209

1.742.186

609.709

220.218.292

160.101.187

1.266.722

1.085.244

91.047

162.544.200

107.374.876

269.521

107.644.397

101.521.394

85.000.000

85.000.000

70.000.000

15.000.000

14.970.373

99.970.373

3,73%

2,52%

1,11%

0,18%

0,00%

7,55%

2,50%

1,97%

2,11%

0,11%

0,05%

0,02%

6,76%

4,91%

0,04%

0,03%

0,00%

4,99%

3,30%

0,01%

3,30%

3,12%

2,61%

2,61%

2,15%

0,46%

0,46%

3,07%

3,73%

2,52%

1,11%

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7,55%

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1,97%

2,11%

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6,76%

4,91%

0,04%

0,03%

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4,99%

3,30%

0,01%

3,30%

3,12%

2,61%

2,61%

2,15%

0,46%

0,46%

3,07%

Fonte: Ficheiro de accionistas com referência à data de 31 de Dezembro de 2005 fornecido pela Interbolsa.

ParticipaçõesQualificadas

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Fonte: Ficheiro de accionistas com referência à data de 31 de Dezembro de 2005 fornecido pela Interbolsa.

Notas:

(1) Posição accionista em 31 de Dezembro de 2005 reportada pelo Banco BPI em 10 de Fevereiro de 2006.

(2) Posição accionista em 31 de Dezembro de 2005 reportada pelo Grupo José de Mello em 23 de Janeiro de 2006.

(3) Posição accionista em 31 de Dezembro de 2005 reportada pelo Grupo Teixeira Duarte em 27 de Janeiro de 2006.A participação da sociedade Teixeira Duarte Soc. Gest. Part. Sociais, SA resulta do total das participações detidas pela Teixeira Duarte Engenharia e Construções sendo que esta detem as sociedades.TEDAL Soc. Gestora Part. Sociais e TeixeiraDuarte Gestão de Part Inv. Imob. S.A.

(4) Posição accionista em 31 de Dezembro de 2005 reportada pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos em 9 de Janeiro de 2006.

(5) Posição accionista em 31 de Dezembro de 2005 reportada pela Fundação José Berardo em 8 de Fevereiro de 2006.

Número % Capital % DireitosAccionista de Acções Social de Voto

Grupo Caixa Geral de Depósitos

Caixa Geral de Depósitos

Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, S.A.

Companhia de Seguros Império-Bonança, S.A.

Outros (Sucursal Londres e Cares)

Total (4)

EDP Participações SGPS

UBS AG

UBS AG (Head Office and Branches)

UBS Global AM Life

UBS Wealth Mgmt.

UBS Fund Mgmt. (Switzerland) AG

UBS Fund Services (Luxembourg) AS

UBS Bank (Canada)

Total

Fundação José Berardo

Fundação José Berardo

Metalgest - Sociedade de Gestão SGPS, S.A.

Total (5)

Fundo de Pensões EDP/REN

Grupo Friends Provident

Friends Provident Life and Pensions Limited

Friends Provident Investment Holdings Limited

Total

68.685.125

512.918

8.796.586

64.343

78.058.972

76.622.467

72.801.324

447.342

100.000

74.920

53.800

12.280

73.489.666

72.934.369

295.824

73.230.193

65.930.604

19.347.731

46.022.450

65.370.181

2,11%

0,02%

0,27%

0,00%

2,40%

2,35%

2,23%

0,01%

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

2,26%

2,24%

0,01%

2,25%

2,02%

0,59%

1,41%

2,01%

2,11%

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0,27%

0,00%

2,40%

2,35%

2,23%

0,01%

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0,59%

1,41%

2,01%

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Agenda de Eventos em 2006

Janeiro 2006

Reunião do Conselho Superior Dia 23

Conferência de Imprensa: Resultados de 2005 Dia 23

"Conference Call" para Analistas e Investidores Institucionais Dia 24

Março 2006

Assembleia Geral de Accionistas Dia 13

Abril 2006

Pagamento de dividendo final do exercício de 2005 Dia 6

Reunião do Conselho Superior Dia 25

Conferência de Imprensa: Resultados do 1.º Trimestre de 2006 Dia 25

"Conference Call" para Analistas e Investidores Institucionais Dia 26

Julho 2006

Reunião do Conselho Superior Dia 25

Conferência de Imprensa: Resultados do 2.º Trimestre de 2006 Dia 25

"Conference Call" para Analistas e Investidores Institucionais Dia 26

Outubro 2006

Reunião do Conselho Superior Dia 24

Conferência de Imprensa: Resultados do 3.º Trimestre de 2006 Dia 24

"Conference Call" para Analistas e Investidores Institucionais Dia 25

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Propriedade: Millennium bcp

Produção gráfica: Choice – Comunicação Global, Lda. – www.choice.pt

Impressão e acabamentos: SocTip – Sociedade Tipográfica, SA

Depósito legal: 148713/00

Impresso em Março de 2006

www.millenniumbcp.pt

Banco Comercial Português, S.A., Sociedade AbertaSede: Praça D. João I, 28 – 4000-295 Porto Capital Social: 3.588.331.338 EurosMatriculado na Conservatória do Registo Comercial do Porto com o N.º único de matrícula e de Contribuinte 501 525 882

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Volume IIRelatório e Contas 2005

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2 Índice

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4 Contas de 20056 Demonstrações Financeiras Consolidadas

106 Relatório dos Auditores

108 Certificação Legal das Contas

109 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

112 Relatório sobre o Governo da Sociedade114 Capítulo 0 – Declaração de Cumprimento

117 Capítulo I – Divulgação de Informação

128 Capítulo II – Exercício de Direito de Voto

e Representação de Accionistas

130 Capítulo III – Regras Societárias

135 Capítulo IV – Órgão de Administração

147 Apêndice ao Relatório sobre o Governo da Sociedade

Volume IIContas de 2005 e Relatório sobre o Governo da Sociedade

Banco Comercial Português, S.A.

3

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4 Contas de 2005

6 Demonstrações Financeiras Consolidadas106 Relatório dos Auditores108 Certificação Legal das Contas109 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Con

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de 2

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Juros e proveitos equiparados 3 3.083.733 2.795.236 Juros e custos equiparados 3 (1.676.074) (1.523.675)

Margem financeira 1.407.659 1.271.561

Rendimentos de instrumentos de capital 4 58.771 30.514 Resultados de serviços e comissões 5 658.725 616.363 Resultados em operações de negociação e de cobertura 6 285.171 255.655 Resultados em activos financeiros disponíveis para venda 7 315.939 64.480 Outros proveitos de exploração 8 119.915 187.965

2.846.180 2.426.538

Outros resultados de actividades não bancárias 14.151 -

Total de proveitos operacionais 2.860.331 2.426.538

Custos com o pessoal 9 1.187.486 1.211.968 Outros gastos administrativos 10 580.961 585.383 Amortizações do exercício 11 139.789 212.185

Total de custos operacionais 1.908.236 2.009.536

952.095 417.002

Imparidade do crédito 12 (113.494) (134.300)Imparidade de outros activos (19.717) (38.601)Outras provisões 13 (37.521) (47.803)

Resultado operacional 781.363 196.298

Resultados por equivalência patrimonial 14 27.011 17.076 Resultados de alienação de outros activos 15 129.562 76.414

Resultado antes de impostos 937.936 289.788 Impostos

Correntes 16 (72.934) (57.776)Diferidos 16 (24.515) (9.174)

Resultado após impostos excluindo o efeito dos resultados de activos não correntes detidos para venda 840.487 222.838

Resultado de activos não correntes detidos para venda 17 - 408.696

Resultado após impostos 840.487 631.534 Resultado consolidado do exercício atribuível a:

Accionistas do Banco 753.490 606.465 Interesses minoritários 42 86.997 25.069

Lucro do exercício 840.487 631.534

Resultado por acção (em euros) 18Básico 0,22 0,18 Diluído 0,20 0,16

Demonstração dos Resultados Consolidados para os anos findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras

20042005Notas(Milhares de euros)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 19 1.255.893 1.725.800Disponibilidades em outras instituições de crédito 20 875.604 1.032.589Aplicações em instituições de crédito 21 6.034.211 5.213.754Créditos a clientes 22 52.909.115 50.869.879Activos financeiros detidos para negociação 23 2.346.212 1.323.176Activos financeiros disponíveis para venda 23 4.631.036 4.852.039Activos com acordo de recompra 80.603 -Derivados de cobertura 24 80.835 4.104Investimentos detidos à maturidade 20.372 - Investimentos em associadas 25 277.021 261.067Activos não correntes detidos para venda 26 2.396.211 - Outros activos tangíveis 27 838.601 929.460Goodwill e activos intangíveis 28 380.489 58.750Activos por impostos correntes 21.927 15.792Activos por impostos diferidos 29 676.088 694.754Outros activos 30 4.025.384 4.339.199

76.849.602 71.320.363

PassivoDepósitos de bancos centrais 58.861 305.164Depósitos de outras instituições de crédito 31 11.206.019 9.801.940Depósitos de clientes 32 34.395.431 33.392.781Títulos de dívida emitidos 33 18.230.381 17.028.037Passivos financeiros detidos para negociação 34 818.045 610.944Derivados de cobertura 24 34.957 9.602Passivos não correntes detidos para venda 26 2.263.554 - Provisões 35 277.425 227.274Passivos subordinados 36 2.960.069 3.774.855Passivos por impostos correntes 13.721 5.953Passivos por impostos diferidos 29 42.698 38.973Outros passivos 37 1.946.421 2.514.073

Total do Passivo 72.247.582 67.709.596

Situação LíquidaCapital 38 3.588.331 3.257.401Títulos próprios 41 (31.099) (53.741)Prémio de emissão 870.303 674.435 Acções preferenciais 38 1.000.000 500.000 Outros instrumentos de capital 38 - 528.207 Reservas de justo valor 40 316.711 327.127 Reservas e resultados acumulados 40 (2.250.242) (2.624.364)Lucro líquido do exercício atribuível aos accionistas do Banco 753.490 606.465

Total da Situação Líquida atribuível ao Grupo 4.247.494 3.215.530

Interesses minoritários 42 354.526 395.237

Total da Situação Líquida 4.602.020 3.610.767

76.849.602 71.320.363

Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras

20042005Notas(Milhares de euros)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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Fluxos de caixa de actividades operacionaisJuros recebidos 2.683.018 2.774.051Comissões recebidas 783.114 724.425 Recebimentos por prestação de serviços 109.803 130.500 Pagamento de juros (1.938.451) (1.571.513)Pagamento de comissões (150.082) (108.278)Recuperação de empréstimos previamente abatidos 233.756 255.612 Prémios de seguros recebidos 54.013 - Pagamento de indemnizações da actividade seguradora (13.247) - Pagamentos (de caixa) a empregados e a fornecedores (1.994.675) (1.891.330)

(232.751) 313.467 Diminuição / (aumento) de activos operacionais:

Fundos adiantados a instituições de crédito (807.898) (2.588.359)Depósitos detidos de acordo com fins de controlo monetário 435.952 (17.968)Fundos adiantados a clientes (2.343.040) (1.867.064)Títulos negociáveis a curto prazo (193.850) (251.075)

Aumento / (diminuição) nos passivos operacionais:Débitos para com instituições de crédito – à vista (23.014) 7.306 Débitos para com instituições de crédito – a prazo 1.155.496 (1.328.874)Débitos para com clientes – à vista 1.044.317 827.769 Débitos para com clientes – a prazo (132.107) 2.106.014

(1.096.895) (2.798.784)Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (26.135) 2.489

(1.123.030) (2.796.295)Fluxos de caixa de actividades de investimento

Cedência de investimentos em subsidiárias e associadas 1.095.805 676.899 Aquisição de investimentos em subsidiárias e associadas (463.085) (172.131)Dividendos recebidos 61.576 51.336 Juros recebidos de activos financeiros disponíveis para venda 201.860 167.237 Venda de activos financeiros disponíveis para venda 20.819.135 48.370.930 Compra de activos financeiros disponíveis para venda (36.826.118) (53.490.038)Vencimentos de activos financeiros disponíveis para venda 16.235.542 5.367.683 Compra de imobilizações (64.513) (114.240)Venda de imobilizações 47.391 80.971 Aumento / (diminuição) em outras contas do activo (510.904) (201.312)

596.689 737.335Fluxos de caixa de actividades de financiamento

Emissão de dívida subordinada 345.869 41.588 Reembolso de dívida subordinada (1.151.501) (89.958)Emissão de empréstimos obrigacionistas 3.077.394 4.250.051 Reembolso de empréstimos obrigacionistas (2.339.484) (2.893.934)Emissão de papel comercial 9.657.332 9.226.597 Reembolso de papel comercial (8.933.942) (8.629.228)Emissão acções preferenciais 500.000 500.000 Certificados de depósito - (216)Dividendos pagos (221.502) (293.096)Dividendos pagos a interesses minoritários (31.494) (3.641)Aumento / (diminuição) noutras contas de passivo e interesses minoritários (580.611) (344.217)

322.061 1.763.946

Efeitos de alterações da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes 13.340 12.306

Variação líquida em caixa e seus equivalentes (190.940) (282.708)Caixa e seus equivalentes no início do período 1.536.662 1.819.370

Caixa (nota 19) 470.118 504.073 Outros investimentos de curto prazo (nota 20) 875.604 1.032.589

Caixa e seus equivalentes no fim do período 1.345.722 1.536.662

Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidadospara os anos findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras

20042005(Milhares de euros)

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Banco Comercial Português

Saldos em 31 de Dezembro de 2003 2.750.228 3.257.401 - 528.207 674.435 319.308 317.151 257.374 (2.883.580) (56.600) 336.532

Constituição de reservas:

Reserva legal - - - - - 38.885 - (38.885) - - -

Reserva estatutária - - - - - 10.000 - (10.000) - - -

Dividendos distribuídos (293.096) - - - - - - (293.096) - - -

Lucro do exercício atribuível aos

accionistas do Banco 606.465 - - - - - - 606.465 - - -

Lucro do exercício atribuível aos

interesses minoritários 25.069 - - - - - - - - - 25.069

Emissão de 5.000.000 acções preferenciais

emitidas pelo BCP Finance Company 500.000 - 500.000 - - - - - - - -

Dividendos acções preferenciais (15.853) - - - - - - (15.853) - - -

Títulos próprios 2.859 - - - - - - - - 2.859 -

Diferença cambial resultante da consolidação

das empresas do Grupo 11.551 - - - - - - 11.551 - - -

Reservas de justo valor 9.976 - - - - - 9.976 - - - -

Impostos diferidos e outros ajustamentos

de transição (9.456) - - - - - - (9.456) - - -

Interesses minoritários 33.636 - - - - - - - - - 33.636

Outras reservas de consolidação (10.612) - - - - - - (10.612) - - -

Saldos em 31 de Dezembro de 2004 3.610.767 3.257.401 500.000 528.207 674.435 368.193 327.127 497.488 (2.883.580) (53.741) 395.237

Constituição de reservas:

Reserva legal - - - - - 50.000 - (50.000) - - -

Reserva estatutária - - - - - 12.000 - (12.000) - - -

Dividendos distribuídos (221.502) - - - - - - (221.502) - - -

Lucro do exercício atribuível aos

accionistas do Banco 753.490 - - - - - - 753.490 - - -

Lucro do exercício atribuível aos

interesses minoritários 86.997 - - - - - - - - - 86.997

Emissão de 10.000 acções

preferenciais emitidas pelo

BCP Finance Company 500.000 - 500.000 - - - - - - - -

Dividendos acções preferenciais (12.073) - - - - - - (12.073) - - -

Conversão dos valores mobiliários convertíveis - 330.930 - (528.207) 197.277 - - - - - -

Despesas relativas à conversão dos valores

mobiliários convertíveis (1.409) - - - (1.409) - - - - - -

Títulos próprios 22.642 - - - - - - - - 22.642 -

Diferença cambial resultante da consolidação

das empresas do Grupo 14.094 - - - - - - 14.094 - - -

Reservas de justo valor (nota 40) (10.416) - - - - - (10.416) - - - -

Interesses minoritários (127.708) - - - - - - - - - (127.708)

Outras reservas de consolidação (nota 40) (12.862) - - - - - - (12.862) - - -

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 4.602.020 3.588.331 1.000.000 - 870.303 430.193 316.711 956.635 (2.883.580) (31.099) 354.526

Mapa de Alterações na Situação Líquida Consolidadapara os anos findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras

Total dasituaçãolíquida

CapitalAcções

preferen-ciais

Valoresmobiliáriosconvertíveis

Prémiode

emissão

Reservaslegais e

estatutárias

Reservasjustovalor

Reservaslivres e

resultadosacumulados

“Goodwill” Títulospróprios

Interessesminoritá-

rios

(Milhares de euros)

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 31 de Dezembro de 2005

1. Políticas contabilísticas

a) Bases de apresentação

O Banco Comercial Português, S.A. (o 'Banco') é um banco de capitais privados, constituído em Portugal em 1985. Iniciou a sua actividade em 5 de Maio de 1986 e asdemonstrações financeiras consolidadas agora apresentadas reflectem os resultados das operações do Banco e de todas as suas subsidiárias (em conjunto “Grupo”) e aparticipação do Grupo nas associadas, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004.

As demonstrações financeiras consolidadas agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração do Banco em 20 de Janeiro de 2006. As demonstraçõesfinanceiras são apresentadas em euros, arredondadas ao milhar mais próximo.

Para os exercícios até e incluindo o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, o Grupo preparou as suas demonstrações financeiras consolidadas em conformidadecom os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário ('Normas Locais'). No âmbito do disposto no Regulamento (CE) nº 1606/2002do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação Portuguesa através do Decreto Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiroe do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo devem ser preparadas de acordo com as Normas Internacionais deRelato Financeiro ('IFRS') conforme endossadas pela União Europeia (UE) até 31 de Dezembro de 2005.As IFRS incluem os standards emitidos pelo InternationalAccounting Standards Board ('IASB') bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee ('IFRIC') e pelos respectivosorgãos antecessores.

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, foram preparadas em conformidade com as IFRS aprovadas pelaUE e em vigor nessa data, considerando as normas disponíveis para adopção antecipada nas demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005.

Considerando que até 31 de Dezembro de 2004 o Grupo preparou as suas demonstrações financeiras de acordo com as Normas Locais, as demonstrações financeiraspara o exercício findo naquela data, apresentadas neste relatório, foram preparadas de acordo com as IFRS para efeitos meramente comparativos.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, modificado pela aplicação do justo valor para os instrumentos financeirosderivados, activos e passivos financeiros detidos para negociação e activos financeiros disponíveis para venda excepto aqueles para os quais o justo valor não estádisponível. Os activos e passivos que se encontram cobertos no âmbito da contabilidade de cobertura são apresentados ao justo valor relativamente ao risco coberto.Os outros activos e passivos financeiros e activos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou custo histórico. Activos não correntes detidospara venda e grupos detidos para venda ('disposal groups') são registados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido dos respectivos custos de venda.

As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente a todas as entidades do Grupo, em todos os períodos apresentados nasdemonstrações financeiras consolidadas e no balanço de abertura das IFRS, com referência a 1 de Janeiro de 2004 preparado para efeitos da transição para as IFRS.

A preparação das demonstrações financeiras anuais de acordo com as IFRS requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos queafectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiênciahistórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cujavalorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior índice de julgamento oucomplexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentados na nota 1 ab).

Transição para as IFRS

Estas são as primeiras demonstrações financeiras anuais consolidadas do Grupo preparadas de acordo com as IFRS tendo sido cumprido o disposto na IFRS 1 para adeterminação dos ajustamentos de transição, com referência a 1 de Janeiro de 2004. As reconciliações entre os capitais próprios e os resultados líquidos de acordo com asNormas locais e com as IFRS, de acordo com o definido pela IFRS 1, são apresentadas na nota 48.

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas na data de transição, o Grupo decidiu optar por algumas das excepções permitidas pela IFRS 1 apresentadasconforme segue:

(i) Concentrações de actividades empresariais

O Grupo decidiu não aplicar retroactivamente a IFRS 3 às concentrações de actividades empresariais do Grupo que tenham ocorrido até 1 de Janeiro de 2004, pelo que forammantidos os critérios contabilísticos anteriormente aplicados, incluindo o registo do 'goodwill' resultante de aquisições até 1 de Janeiro de 2004 em reservas consolidadas.

(ii) Flutuações cambiais acumuladas decorrentes da conversão de demonstrações financeiras em moeda estrangeira

O Grupo decidiu proceder à anulação, com referência a 1 de Janeiro de 2004, da reserva resultante das flutuações cambiais acumuladas originadas pela conversão dasdemonstrações financeiras de subsidiárias em moeda estrangeira.

(iii) Desreconhecimento de activos financeiros

De acordo com a opção da IFRS 1, o Grupo decidiu aplicar os requisitos de desreconhecimento da IAS 39 apenas para as operações realizadas a partir de 1 de Janeiro de2004. Assim, os activos desreconhecidos até essa data, de acordo com as normas contabilísticas anteriormente aplicadas, não foram reexpressos no balanço.

(iv) Valorização dos activos fixos tangíveis

O Grupo decidiu considerar como custo dos activos fixos tangíveis, com referência a 1 de Janeiro de 2004, o valor de balanço determinado em conformidade com aspolíticas contabilísticas anteriormente aplicadas pelo Grupo.

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Com excepção das situações referidas, o Grupo adoptou retrospectivamente as restantes IFRS.

O Grupo decidiu não optar pela regra de transição permitida pela IFRS 1, que estabelece a não obrigatoriedade de aplicação das IAS 32, IAS 39 e IFRS 4 na data detransição com referência a 1 de Janeiro de 2004, pelo que as demonstrações financeiras agora apresentadas, com referência a 31 de Dezembro de 2005 e respectivoscomparativos incluem o efeito da aplicação das referidas normas.

b) Bases de consolidação

Participações financeiras em subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias em que o Grupo exerce o controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que oGrupo assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém mais demetade dos direitos de voto. Existe também controlo quando o Grupo detém o poder, directa ou indirectamente, de gerir a política financeira e operacional dedeterminada empresa de forma a obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%.

Quando as perdas acumuladas de uma subsidiária atribuíveis aos interesses minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio dessa subsidiária, o excesso éatribuível ao Grupo sendo os prejuízos registados em resultados na medida em que forem incorridos. Os lucros obtidos subsequentemente são reconhecidos comoproveitos do Grupo até que as perdas atribuidas a interesses minoritários anteriormente absorvidas pelo Grupo sejam recuperadas.

Participações financeiras em empresas associadas

As participações financeiras em empresas associadas são consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, desde a data em que o Grupo adquire a influênciasignificativa até ao momento em que a mesma termina. As empresas associadas são entidades nas quais o Grupo tem influência significativa mas não exerce controlo sobrea sua política financeira e operacional. Presume-se que o Grupo exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20% dos direitos de voto daassociada. Caso o Grupo detenha, directa ou indirectamente, menos de 20% dos direitos de voto presume-se que o Grupo não possui influência significativa, exceptoquando essa influência pode ser claramente demonstrada. A existência de influência significativa por parte do Grupo é normalmente demonstrada por uma ou mais dasseguintes formas:

– representação no Conselho de Administração ou orgão de direcção equivalente;– participação em processos de definição de políticas, incluindo a participação em decisões sobre dividendos ou outras distribuições;– transacções materiais entre o Grupo e a participada;– intercâmbio de pessoal de gestão;– fornecimento de informação técnica essencial.

As demonstrações financeiras consolidadas incluem a parte atribuível ao Grupo do total das reservas e dos lucros e prejuízos reconhecidos da associada contabilizada deacordo com o método da equivalência patrimonial. Quando a parcela dos prejuízos atribuíveis excede o valor contabilístico da associada, o valor contabilístico deve serreduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado excepto na parcela em que o Grupo incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essasperdas em nome da associada.

Diferenças de consolidação e de reavaliação – ‘Goodwill’

O 'goodwill' resultante das concentrações de actividades empresariais ocorridas até 1 de Janeiro de 2004 foi registado por contrapartida de reservas.

As concentrações de actividades empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de 2004 são registadas pelo método da compra. O custo de aquisição equivale ao justo valordeterminado à data da compra, dos activos cedidos e passivos incorridos ou assumidos, adicionado dos custos directamente atribuíveis à aquisição. O ‘goodwill’ resultante daaquisição de participações em empresas subsidiárias e associadas, é definido como a diferença entre o valor de custo e o justo valor proporcional da situação patrimonial adquirida.

A partir da data de transição para as IFRS, 1 de Janeiro de 2004, o ‘goodwill’ positivo resultante de aquisições passou a ser reconhecido como um activo e registado aocusto de aquisição, não sendo sujeito a amortização. O valor recuperável do 'goodwill' registado no activo é avaliado anualmente, independentemente da existência desinais de imparidade. As eventuais perdas de imparidade determinadas são reconhecidas na demonstração dos resultados.

Caso o ‘goodwill’ seja negativo este é registado directamente em resultados no exercício em que a concentração de actividades ocorre.

Entidades de finalidade especial (“SPE”)

O Grupo consolida pelo método integral determinadas SPEs, quando a substância da relação com tais entidades indicia que o Grupo exerce controlo sobre as suasactividades, independentemente da percentagem que detém sobre os seus capitais próprios.

A avaliação da existência de controlo é efectuada com base nos critérios definidos pela SIC 12, analisados como segue:

– As actividades do SPE estão, em substância, a ser conduzidas a favor do Grupo, de acordo com as suas necessidades específicas de negócio, de forma a que o Grupoobtenha benefícios do funcionamento do SPE;– O Grupo tem os poderes de tomada de decisão, para obter a maioria dos benefícios das actividades do SPE, ou, ao estabelecer mecanismos de "auto-pilot", a entidadedelegou estes poderes de tomada de decisão;– O Grupo tem direitos para obter a maioria dos benefícios do SPE estando consequentemente exposto aos riscos inerentes às actividades do SPE;– O Grupo retém a maioria dos riscos residuais ou de propriedade relativos ao SPE ou aos seus activos, com vista à obtenção de benefícios da sua actividade.

Participações financeiras em subsidiárias e associadas residentes no estrangeiro

As demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas do Grupo residentes no estrangeiro, são preparadas na sua moeda funcional, definida como a moeda daeconomia onde estas operam. Na consolidação, o valor dos activos e passivos de subsidiárias residentes no estrangeiro são registados pelo seu contravalor em Euros à taxade câmbio oficial em vigor na data de balanço.

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Relativamente às participações expressas em moeda estrangeira em que se aplica o método de consolidação integral, proporcional e equivalência patrimonial, as diferençascambiais apuradas entre o valor de conversão em Euros da situação patrimonial no início do ano e o seu valor convertido à taxa de câmbio em vigor na data de balanço,a que se reportam as contas consolidadas, devem ser relevadas por contrapartida de reservas consolidadas. As diferenças cambiais resultantes das operações de coberturarelativamente às participações expressas em moeda estrangeira são anuladas no processo de consolidação, por contrapartida das diferenças cambiais registadas em relaçãoaquelas participações financeiras nas reservas. Sempre que a cobertura não seja totalmente efectiva, a diferença apurada é registada por contrapartida de resultados.

Os resultados destas subsidiárias são transpostos pelo seu contravalor em Euros, ao câmbio aproximado com as taxas em vigor na data em que se efectuaram astransacções. As diferenças cambiais resultantes da conversão em Euros dos resultados do exercício, entre as taxas de câmbio utilizadas na demonstração de resultados e astaxas de câmbio em vigor na data de balanço, são registadas em reservas.

Na alienação de participações financeiras em subsidiárias residentes no estrangeiro, as diferenças cambiais associadas e previamente registadas em reservas sãoreconhecidas em resultados.

Participações financeiras em empresas controladas conjuntamente

As entidades controladas conjuntamente, consolidadas pelo método proporcional, são entidades em que o Grupo tem controlo conjunto definido por acordo contratual.As demonstrações financeiras consolidadas incluem nas linhas respectivas, a parcela proporcional do Grupo nos activos, passivos, receitas e despesas, com itens de naturezasimilar linha a linha, desde a data em que o controlo conjunto se iniciou até à data em que cesse.

Transacções eliminadas em consolidação

Os saldos e transacções entre empresas do Grupo, bem como alguns ganhos e perdas não realizados resultantes dessas transacções são anulados na preparação dasdemonstrações financeiras consolidadas. Os ganhos e perdas não realizados de transacções com associadas e entidades controladas conjuntamente são eliminados naextensão da participação do Grupo nessas entidades.

c) Crédito sobre clientes

A rubrica crédito sobre clientes inclui os empréstimos originados pelo Grupo, para os quais não existe uma intenção de venda no curto prazo, sendo o seu registoefectuado na data em que os fundos são disponibilizados aos clientes.

O desreconhecimento destes activos no balanço ocorre nas seguintes situações: (i) os direitos contratuais do Grupo expiram; ou (ii) o Grupo transferiu substancialmentetodos os riscos e benefícios associados.

O crédito sobre clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, combase no método da taxa efectiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas de imparidade.

Imparidade

A política do Grupo consiste na avaliação regular da existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito.As perdas por imparidade identificadas são registadaspor contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior.

Após o reconhecimento inicial, um crédito ou uma carteira de créditos sobre clientes, definida como um conjunto de créditos de características de risco semelhantes,poderá ser classificada como com imparidade quando existe evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos, e quando estes tenham impacto no valorestimado dos fluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, cuja mensuração possa ser estimada com razoabilidade.

De acordo com a IAS 39 existem dois métodos para o cálculo das perdas por imparidade: (i) análise individual; e (ii) análise colectiva.

(i) Análise individual

A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é determinada através de uma análise da exposição de crédito caso a caso. Para cada créditoconsiderado individualmente significativo, o Grupo avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade. Na determinação das perdas porimparidade em termos individuais são considerados os seguintes factores:

– A exposição de cada cliente junto do Grupo e a existência de crédito vencido;– A viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios suficientes para fazer face aos serviços da dívida no futuro;– A existência, natureza e o valor estimado dos colaterais associados a cada crédito;– A deterioração significativa no 'rating' do cliente;– O património do cliente em situações de liquidação ou falência;– A existência de credores privilegiados;– O montante e os prazos de recuperação estimados.

As perdas por imparidade são calculadas através da comparação do valor actual dos ‘cash flows’ futuros esperados descontados à taxa efectiva original de cada contrato eo valor contabilístico de cada crédito, sendo as perdas registadas por contrapartida de resultados. O valor contabilístico dos créditos com imparidade é apresentado nobalanço líquido das provisões por perdas de imparidade. Para os créditos com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de juro efectivaanual, aplicável no período em que foi determinada a imparidade.

O cálculo do valor actual dos ‘cash flows’ futuros esperados de um crédito com garantias reais, corresponde aos ‘cash flows’ que possam resultar da recuperação e vendado colateral, deduzido dos custos inerentes à sua recuperação e venda.

Os créditos em que não seja identificada uma evidência objectiva de imparidade, são agrupados em carteiras com características de risco de crédito semelhantes, as quaissão avaliadas colectivamente.

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(ii) Análise colectiva

As perdas por imparidade baseadas na análise colectiva podem ser calculadas através de duas perspectivas:

– para grupos homogéneos de créditos não considerados individualmente significativos; ou– em relação a perdas incorridas mas não identificadas ('IBNR') em créditos sujeitos à análise individual de imparidade (ver parágrafo (i) anterior);

As perdas por imparidade em termos colectivos são determinadas considerando os seguintes aspectos:

– experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante;– conhecimento da envolvente económica e da sua influência sobre o nível das perdas históricas; e– período estimado entre a ocorrência da perda e a sua identificação.

A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Grupo de forma a monitorizar as diferenças entre asestimativas de perdas e as perdas reais.

Os créditos analisados individualmente para os quais não foi identificada evidência objectiva de imparidade, são agrupados tendo por base características de riscosemelhantes com o objectivo de determinar as perdas por imparidade em termos colectivos. Esta análise permite ao Grupo o reconhecimento de perdas cuja identificação,em termos individuais, só ocorrerá em períodos futuros.

A anulação contabilística de créditos é feita pela utilização de provisões por imparidade quando estas correspondem a 100% do valor dos créditos. As recuperaçõesposteriores destes créditos são contabilizadas como proveitos no exercício em que ocorram.

d) Instrumentos Financeiros

(i) Classificação

Os instrumentos financeiros de negociação são os instrumentos detidos pelo Grupo com o objectivo principal de gerar lucro a curto prazo e incluem derivados nãodesignados como instrumentos de cobertura. As flutuações no justo valor dos referidos instrumentos são reconhecidas em resultados do exercício. Os derivados denegociação com um justo valor positivo são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação, sendo os derivados de negociação com justo valor negativoincluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros que não se enquadram na definição de derivados e que não são classificados como investimentosdetidos até à maturidade ou instrumentos financeiros de negociação. Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida.

Os outros passivos financeiros são todos os passivos financeiros que não se encontram registados na categoria de passivos financeiros de negociação. Esta categoria incluitomadas em mercado monetário, depósitos de clientes e de outras instituições financeiras, dívida emitida, entre outros.

(ii) Data de reconhecimento

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na data da realização das operações.

(iii) Activos e passivos financeiros de negociação

Os activos e passivos financeiros adquiridos ou emitidos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, nomeadamente obrigações, títulos do tesouro ou acções,ou que façam parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para os quais existe evidência de um modelo real recente detomada de lucros no curto prazo ou que se enquadrem na definição de derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura e eficaz) sãoclassificados como de negociação. Os activos e passivos financeiros de negociação são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor, com os custos ou proveitos associadosàs transacções reconhecidos em resultados, e posteriormente valorizados ao justo valor. Os custos e proveitos subsequentes resultantes das alterações do justo valor,periodificação de juros e recebimento de dividendos são reconhecidos na rubrica "Resultados em operações financeiras" da demonstração de resultados.

(iv) Activos financeiros disponíveis para venda

Activos financeiros disponíveis para venda detidos com o objectivo de serem mantidos pelo Grupo, nomeadamente obrigações, títulos do tesouro ou acções, sãoclassificados como disponíveis para venda, excepto se forem classificados como de negociação ou detidos até à maturidade. Os activos financeiros disponíveis para vendasão reconhecidos inicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transacções. Para as obrigações, o custo é amortizado por contrapartida deresultados com base na taxa de juro efectiva. Os activos financeiros disponíveis para venda são posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações no justo valorsão registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que são vendidos ou se encontram sujeitos a perdas de imparidade. Na alienação dosactivos financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas acumuladas reconhecidas como reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica " Resultados de activosfinanceiros disponíveis para venda" da demonstração de resultados. Os juros são reconhecidos com base na taxa de juro efectiva, considerando a vida útil esperada doactivo. Nas situações em que existe prémio ou desconto associado aos activos, o prémio ou desconto é incluído no cálculo da taxa de juro efectiva. Os dividendos sãoreconhecidos em resultados quando for atribuído o direito ao recebimento.

Em cada data de balanço é efectuada uma avaliação da existência de uma evidência objectiva de imparidade nomeadamente de um impacto adverso nos 'cash flows'futuros estimados de um activo financeiro ou grupo de activos financeiros que possa ser medido de forma fiável.

Se for identificada imparidade num activo financeiro disponível para venda, a perda acumulada (mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor,excluindo perdas de imparidade anteriormente reconhecidas por contrapartida de resultados) é transferida da situação líquida e reconhecida na demonstração deresultados. Caso, num período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda aumentar e esse aumento puder serobjectivamente associado um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade na demonstração de resultados, a perda por imparidade é revertidapor contrapartida de resultados. As perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda não são revertidas porcontrapartida de resultados.

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e) Contabilidade de cobertura

i) Contabilidade de cobertura

O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados para cobertura do risco de taxa de juro e cambial resultantes de actividades de financiamento e de investimento.Os derivados que não se qualificam para contabilidade de cobertura são registados como de negociação.

Os derivados de cobertura são registados ao seu justo valor e os ganhos ou perdas são reconhecidos de acordo com o modelo de contabilidade de cobertura adoptadopelo Grupo. Uma relação de cobertura existe quando:

– à data de início da relação, existe documentação formal da cobertura;– se espera que a cobertura seja altamente eficaz;– a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;– a cobertura é avaliada numa base contínua e efectivamente determinada como sendo altamente efectiva ao longo do período de relato financeiro; e– em relação à cobertura de uma transacção prevista, esta tem de ser altamente provável e tem de apresentar uma exposição a variações nos fluxos de caixa que poderiaem última análise afectar os resultados.

Quando um instrumento financeiro derivado é utilizado para cobrir variações cambiais de elementos monetários activos ou passivos, não é aplicado qualquer modelo decontabilidade de cobertura e qualquer ganho ou perda associada ao derivado é reconhecida em resultados do exercício, assim como as variações cambiais dos elementosmonetários.

(ii) Cobertura de justo valor

As variações do justo valor dos derivados que sejam designados e que se qualifiquem como de cobertura de justo valor são registadas por contrapartida de resultados,em conjunto com as variações de justo valor do activo, passivo ou grupo de activos e passivos a cobrir no que diz respeito ao risco coberto. Se a relação de coberturadeixa de cumprir os requisitos da contabilidade de cobertura, os ganhos ou perdas aumulados reconhecidos na valorização do risco coberto são amortizados pelo períodoremanescente.

(iii) Cobertura de fluxos de caixa

A parte efectiva das variações de justo valor dos derivados designados e que se qualificam como coberturas de fluxos de caixa é reconhecida em capitais próprios.Os ganhos ou perdas da parcela inefectiva da relação de cobertura é reconhecida por contrapartida de resultados, no momento em que ocorre.

Os valores acumulados em capitais próprios são reclassificados para a demonstrações de resultados nos períodos em que o item coberto afecta resultados. Contudo,quando a transacção prevista que se encontra coberta resulta no reconhecimento de um activo ou passivo não financeiro, os ganhos ou perdas registados porcontrapartida de capitais próprios são reconhecidos no custo inicial do activo ou passivo.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é alienado, ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os critérios para contabilidade de cobertura, qualquer ganhoou perda acumulado registado em capitais próprios na data mantém-se em capitais próprios até que a transacção prevista seja reconhecida em resultados. Quando já não éexpectável que a transacção ocorra, os ganhos ou perdas acumulados registados por contrapartida de capitais próprios são reconhecidos imediatamente em resultados.

(iv) Efectividade

Para que uma relação de cobertura seja classificada como tal, de acordo com a IAS 39, deve ser demonstrada a sua efectividade. Assim, o Grupo executa testesprospectivos na data de incepção e testes retrospectivos de modo a demonstrar em cada data de balanço a efectividade, mostrando que as alterações no justo valor doinstrumento de cobertura são cobertas por alterações no item coberto no que diz respeito ao risco coberto.

Qualquer inefectividade apurada é reconhecida em resultados no momento em que ocorre. Quando a efectividade da relação de cobertura está fora do intervalo de 80por cento a 125 por cento a contabilidade de cobertura é descontinuada.

(v) Cobertura de um investimento líquido numa entidade estrangeira

A cobertura de um investimento líquido numa entidade estrangeira é contabilizada de forma similar à cobertura de fluxos de caixa. Os ganhos e perdas cambiais resultantesdo instrumento de cobertura são reconhecidos em capitais próprios na parte efectiva da relação de cobertura. A parte inefectiva é reconhecida em resultados do exercício.Os ganhos e perdas cambiais acumulados registados em capitais próprios são transferidos para resultados do exercício no momento da venda da entidade estrangeira.

(vi) Derivados embutidos

Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são tratados separadamente sempre que os riscos e benefícios económicos do derivado não estão relacionadoscom os do instrumento principal, desde que este não esteja contabilizado ao justo valor com impacto em resultados do exercício. Os derivados embutidos são registadosao justo valor com as suas variações registadas em resultados do exercício e apresentados na carteira de negociação.

f) Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros

Transferências de e para activos e passivos financeiros de negociação são proíbidas.

g) Desreconhecimento

O Grupo desreconhece os activos financeiros quando expiram todos os direitos a 'cash-flows' futuros ou os activos foram transferidos. Quando ocorre uma transferênciade activos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos activos foram transferidos ou o Grupo não mantémcontrolo dos activos.

O Grupo procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os mesmos são cancelados ou extintos.

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h) Instrumentos de capital

Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outroactivo financeiro a terceiros, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.

Os custos de transacção directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao valor daemissão. Os valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transacção.

As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos quando declaradas.

As acções preferenciais são classificadas como capital quando: i) o reembolso ocorre apenas por opção do Grupo; e ii) caso os termos da conversão obrigatória emacções ordinárias (nº de acções) tenham sido acordados na data de emissão com base no valor de mercado à data de conversão (e não na data de emissão) e osdividendos sejam pagos pelo Grupo numa base discricionária.

i) Instrumentos financeiros compostos

Instrumentos financeiros que contenham um passivo e uma componente de capital (obrigações convertíveis) são classificados como instrumentos financeiros compostos.Para os instrumentos financeiros classificados como instrumentos compostos, os termos da sua conversão para acções ordinárias (número de acções) não podem variarem função de alterações do seu justo valor. A componente de passivo corresponde ao valor actual dos reembolsos de capital e juros futuros descontados à taxa de jurode mercado aplicável a passivos similares que não possuam opção de conversão. A componente de capital corresponde à diferença entre o valor recebido da emissão e ovalor atribuído ao passivo. Os juros reconhecidos são calculados utilizando a taxa de juro efectiva.

j) Empréstimo de títulos e transacções com acordo de recompra

(i) Empréstimo de títulos

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo de títulos continuam a ser reconhecidos no balanço e são reavaliados de acordo com a política contabilística paraactivos financeiros detidos para negociação ou disponíveis para venda, conforme seja apropriado. O montante recebido pelo empréstimo de títulos é reconhecido comoum passivo financeiro. Os títulos obtidos através de acordos de empréstimo de títulos não são reconhecidos patrimonialmente. O montante cedido pelo empréstimo detítulos é reconhecido como um débito para com clientes ou instituições financeiras. Proveitos ou custos resultantes de empréstimo de títulos são periodificados durante operíodo das operações e são incluídos em juros e proveitos ou custos equiparados.

(ii) Acordos de recompra

O Grupo realiza compras (vendas) de investimentos com acordo de revenda (recompra) de investimentos substancialmente idênticos numa data futura a um preçopreviamente definido. Os investimentos adquiridos que estiverem sujeitos a acordos de revenda numa data futura não são reconhecidos. Os montantes pagos são reconhecidosem créditos sobre clientes ou instituições financeiras. Os valores a receber são apresentados como sendo colaterizados pelos títulos associados. Investimentos vendidos atravésde acordos de recompra continuam a ser reconhecidos no balanço e são reavaliados de acordo com a política contabilística para outros activos detidos para negociação oudisponíveis para venda, conforme seja apropriado. Os recebimentos da venda de investimentos são considerados como dívidas para com clientes ou instituições financeiras.

A diferença entre as condições de venda e as de recompra é periodificada durante o período das operações e é registada em juros.

k) Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes ou grupos de activos não correntes detidos para venda (grupos de activos em conjunto com os respectivos passivos, que incluem pelo menosum activo não corrente), são classificados como detidos para venda quando o seu custo for recuperado principalmente através de venda, os activos ou grupos de activosestão disponíveis para venda imediata e a sua venda é muito provável.

O Grupo também classifica como activos não correntes detidos para venda os activos não correntes ou grupos de activos adquiridos apenas com o objectivo de vendaposterior, que estão disponíveis para venda imediata e cuja venda é muito provável.

Imediatamente antes da sua classificação como disponíveis para venda, a mensuração de todos os activos não correntes e todos os activos e passivos incluídos num grupode activos para venda, é efectuada de acordo com as IFRS aplicáveis. Após a sua classificação, estes activos ou grupos de activos são mensurados ao menor entre o seucusto e o seu justo valor deduzido dos custos de venda.

l) Locação financeira

Na óptica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como activo e passivo pelo justo valor da propriedade locada, que éequivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo delocação, a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período.

Na óptica do locador os activos detidos sob locação financeira são registados no balanço como capital em locação pelo valor equivalente ao investimento líquido delocação financeira.

As rendas são constituídas pelo proveito financeiro e pela amortização financeira do capital.

O reconhecimento do resultado financeiro reflecte uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.

m) Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros ecustos similares, utilizando o método da taxa efectiva.

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A taxa de juro efectiva corresponde à taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou,quando apropriado, por um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro.

Para a determinação da taxa de juro efectiva o Grupo procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumentofinanceiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando eventuais perdas de imparidade. O cálculo inclui as comissões consideradas como parteintegrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios ou descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultadossão determinados com base na taxa de juro utilizada para desconto de 'cash flows' futuros na mensuração da perda por imparidade.

Para os instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles que forem classificados como de instrumentos de cobertura do risco de taxa de juro, a componentede juro das alterações no seu justo valor não é autonomizada, sendo classificada como resultados de operações de negociação e cobertura. Para derivados de coberturado risco de taxa de juro, a componente de juros das variações no seu justo valor é reconhecida em Juros e proveitos equiparados ou em Juros e custos equiparados.

n) Reconhecimento de proveitos resultantes de serviços e comissões

Os proveitos resultantes de serviços e comissões são reconhecidos de acordo com os seguintes critérios:

– quando são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva;– quando são obtidos à medida que os serviços são prestados, o seu reconhecimento em resultados é efectuado no período a que respeitam;– quando resultam de uma prestação de serviços o seu reconhecimento é efectuado quando o referido serviço está concluído.

o) Actividades fiduciárias

Os activos detidos no âmbito de actividades fiduciárias não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo. Os resultados obtidos com serviços ecomissões provenientes destas actividades são reconhecidos na demonstração de resultados no período em que ocorrem.

p) Outros activos tangíveis

Os outros activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. De acordo com a políticacontabilística descrita na nota 1.a), na transição para as IFRS, o custo dos activos tangíveis de acordo com as Normas Locais foi considerado como o custo de aquisição de acordocom as IFRS. Os custos subsequentes são reconhecidos como um activo separado apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo.As despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

O Grupo procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, casoexista, reconhecida em resultados.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada:

Número de anos

Imóveis 50Obras em edifícios alheios 10Equipamento 4 a 12Outras imobilizações 3

q) Activos intangíveis

Encargos com projectos de investigação e desenvolvimento

O Grupo não incorreu em quaisquer despesas de investigação e desenvolvimento.

Os encargos com o desenvolvimento de projectos são capitalizados e amortizados em 3 anos sempre que forem satisfeitos os seguintes requisitos:

– o produto / processo esteja claramente definido e os custos que lhe são atribuíveis possam ser identificados separadamente;– tenha sido demonstrada a exequibilidade técnica do produto ou processo;– o Conselho de Administração tenha indicado a intenção de desenvolver, comercializar ou utilizar o produto ou processo;– exista uma clara indicação de um mercado futuro para o produto ou processo, ou que possa ser demonstrada a sua utilidade;– existam recursos adequados para completar o projecto e comercializar o produto ou processo.

Despesas de estabelecimento ("trespasses")

As despesas de estabelecimento são consideradas como custos nos exercícios em que são incorridas.

r) Aplicações por recuperação de crédito

As aplicações por recuperação de crédito incluem imóveis e títulos resultantes da resolução de contratos de crédito sobre clientes. Estes activos são registados na rubricaOutros Activos sendo a sua mensuração inicial efectuada pelo menor entre o seu justo valor e o valor contabilístico do crédito que lhe deu origem.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo este determinado com base no preço expectável de venda obtido através de avaliações regulares efectuadas pelo Grupo.

A mensuração subsequente destes activos é efectuada ao menor entre o seu valor contabilístico e o correspondente justo valor actual, não sendo sujeitos a amortização.Caso existam perdas não realizadas, estas são registadas como perdas de imparidade por contrapartida de resultados do exercício.

s) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar dadata de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

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t) Offsetting

Os activos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido registado no balanço quando o Grupo tem um direito legal de compensar os valores reconhecidos eas transacções podem ser liquidadas pelo seu valor líquido.

u) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da transacção. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, queestão contabilizados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data de balanço. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas emresultados. Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira, registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data datransacção. Activos e passivos não monetários registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foi determinado.

v) Benefícios a empregados

Plano de benefícios definidos

O Grupo assumiu a responsabilidade de pagar aos seus colaboradores, pensões de reforma por velhice e pensões de reforma por invalidez nos termos do estabelecido noAcordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário (ACT).

Os benefícios previstos nos planos de pensões são os abrangidos pelo ’ACT – Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário (ACT)’, pelo ‘Plano ACTQ – AcordoColectivo dos Quadros (ACTQ)’ e pelo ‘Plano CCT – Contrato Colectivo de Trabalho da Actividade Seguradora (CCT)’.

O Grupo agregou os diversos fundos de pensões num único fundo denominado de “Fundo de Pensões do Grupo Banco Comercial Português”, nos termos do qual, desdeque verificadas determinadas condições em cada exercício, poderão ser atribuídos complementos de reforma aos colaboradores de todo o Grupo de forma idêntica,salvaguardadas as especificidades dos instrumentos da regulamentação colectiva (Plano Complementar).

A responsabilidade líquida do Grupo com planos de reforma (planos de benefício definido) é estimada anualmente, à data de fecho de contas.

Conforme descrito na nota 1.a), e de acordo com a IFRS 1, o Grupo optou na data da transição, 1 de Janeiro de 2004, pela aplicação retrospectiva da IAS 19, tendoefectuado o recálculo das responsabilidades com o fundo de pensões e dos respectivos ganhos e perdas actuariais, cujo diferimento é efectuado de acordo com o métododo corredor definido nesta Norma. O cálculo actuarial é efectuado com base no método de crédito da unidade projectada e utilizando pressupostos actuariais efinanceiros de acordo com os parâmetros exigidos pela IAS 19.

Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com o retorno esperado dos activos do plano deduzidos do 'unwiding' dos passivos doplano são registados por contrapartida de custos operacionais.

A responsabilidade líquida do Grupo relativa ao plano de pensões de benefício definido é calculada separadamente para cada plano através da estimativa do valor debenefícios futuros que cada empregado deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado de forma adeterminar o seu valor actual e o justo valor de quaisquer activos do plano deve ser deduzido. A taxa de desconto aplicada corresponde à taxa de obrigações de ratingAAA com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano.

Outros benefícios que não de pensões, nomeadamente, os encargos de saúde dos colaboradores na situação de reforma e benefícios atribuíveis ao cônjuge edescendentes por morte antes da reforma são igualmente considerados no cálculo das responsabilidades.

Os custos resultantes de reformas antecipadas e os respectivos ganhos e perdas actuariais são registados por contrapartida de resultados no exercício em que as reformasantecipadas são aprovadas e comunicadas.

De acordo com o método do corredor, os ganhos e perdas actuarias não reconhecidas, que excedam 10 % do maior entre o valor actual das obrigações definidas e o justovalor dos activos do plano, são registadas por contrapartida de resultados pelo período de 20 anos correspondente à vida útil remanescente estimada dos trabalhadores no activo.

Os pagamentos aos fundos são efectuados anualmente por cada empresa do Grupo de acordo com um plano de contribuições determinado de forma a assegurar asolvência do fundo, incluindo a cobertura do Plano Complementar. O financiamento mínimo das responsabilidades é de 100% para as pensões em pagamento e 95% paraos serviços passados do pessoal no activo.

Planos de remuneração com acções

O programa de remuneração com opções sobre acções (“stock options”) permite aos colaboradores do Grupo adquirir acções do Banco. O preço de exercício dasopções é igual ao preço de mercado das acções na data de concessão pelo que na referida data não é reconhecido qualquer custo ou obrigação.

O justo-valor das opções atribuídas, determinado na “grant date”, é reconhecido em resultados, por contrapartida de capitais próprios, durante o período do direito desubscrição (“vesting period”), tendo por base o seu valor de mercado calculado na data de atribuição.

Distribuição de resultados pelos empregados

Compete ao Conselho de Administração fixar os respectivos critérios de alocação a cada colaborador.

Os resultados atribuídos aos colaboradores são registados por contrapartida de resultados no exercício a que dizem respeito.

w) Imposto sobre lucros

Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração deresultados, excepto quando relacionado com itens que sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios. Osimpostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda e de derivados de cobertura de fluxos decaixa são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

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Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o rendimento tributável do período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmenteaprovada pelas autoridades à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dosactivos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera quevenham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos, quando é provável a existência de lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis paraefeitos fiscais (incluindo prejuízos fiscais reportáveis).

x) Relato por segmentos

Um segmento de negócio é um componente identificável do Grupo, que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um grupo de produtos ou serviçosrelacionados, e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis dos restantes segmentos de negócio.

Um segmento geográfico é um componente identificável do Grupo, que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um grupo de produtos ou serviços relacionados,dentro de um ambiente económico específico e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis de outros, que operem em ambientes económicos diferentes.

Conforme apresentado na nota 53, o Grupo controla a sua actividade através dos seguintes segmentos principais:

Portugal

– Banca de Retalho;– Private Banking e Gestão de Activos;– Empresas e Corporate Banking;– Banca de Investimento.

Actividade no Estrangeiro

– Europa;– Overseas.

y) Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) o Grupo tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii)quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

z) Resultado por acção

Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível a accionistas do Banco pelo número médio ponderado de acções ordináriasemitidas, excluíndo o número médio de acções ordinárias compradas pelo Grupo e detidas como acções próprias.

Para o resultado por acção diluído, o número médio de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais acções ordinárias tratadascomo diluídoras. Emissões contingentes ou potenciais são tratadas como diluídoras quando a sua conversão para acções faz decrescer o resultado por acção.

aa) Contratos de seguro

O Grupo emite contratos que incluem risco seguro, risco financeiro ou uma combinação dos riscos seguro e financeiro. Um contrato em que o Grupo aceita um risco deseguro significativo de outra parte, aceitando compensar o segurado no caso de um acontecimento futuro incerto específico afectar adversamente o segurado éclassificado como um contrato de seguro.

Um contrato emitido pelo Grupo cujo risco seguro transferido não é significativo, mas cujo risco financeiro transferido é significativo com participação nos resultadosdiscricionária, é considerado como um contrato de investimento, reconhecido e mensurado de acordo com as políticas contabilísticas aplicáveis aos contratos de seguro.Um contrato emitido pelo Grupo que transfere apenas risco financeiro, sem participação nos resultados discricionária, é registado como um instrumento financeiro.

Os activos financeiros detidos pelo Grupo para cobertura de responsabilidades decorrentes de contratos de seguro e de investimento são classificados e contabilizados damesma forma que os restantes activos financeiros do Grupo.

Os contratos de seguro e os contratos de investimento com participação nos resultados, são reconhecidos e mensurados como segue:

Prémios

Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordocom o princípio contabilístico da especialização do exercício.

Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam da mesma forma que os prémios brutos emitidos.

Provisão para prémios não adquiridos de seguro directo e resseguro cedido

A provisão para prémios não adquiridos é baseada na avaliação dos prémios emitidos antes do final do exercício, mas com vigência após essa data. A sua determinação éefectuada mediante a aplicação do método "Pro-rata temporis", por cada recibo em vigor.

ab) Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas

As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessáriasde forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticospelo Grupo são analisadas como segue, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados do Grupo e a sua divulgação.

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Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento contabilístico alternativo em relação ao adoptado pelo Conselho deAdministração, os resultados reportados pelo Grupo poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera queos critérios adoptados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Grupo e das suas operações em todosos aspectos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção desugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

O Grupo determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo noseu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, o Grupo avalia entre outrosfactores, a volatilidade normal dos preços das acções.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos oujulgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com oconsequente impacto nos resultados do Grupo.

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

O justo valor é baseado em preços de cotação em mercado, quando disponíveis, e na sua ausência é determinado com base na utilização de preços de transacçõesrecentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontadosconsiderando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização depressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originarresultados financeiros diferentes daqueles reportados.

Perdas por imparidade em créditos sobre clientes

O Grupo efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade, conforme referido na nota 1c).

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos.Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futurosquer do momento do seu recebimento.

Metodologias alternativas e a utilização de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com oconsequente impacto nos resultados consolidados do Grupo.

Securitizações e Entidades de Finalidade Especial (SPE)

O Grupo patrocina a constituição de Entidades de Finalidade Especial (SPE) com o objectivo principal de efectuar operações de securitização de activos e por motivos de liquidez.

O Grupo não consolida os SPE em que não detém o controlo. Uma vez que pode ser difícil determinar se é exercido o controlo sobre um SPE, é efectuado um julgamentopara determinar se o Grupo está exposto aos riscos e benefícios inerentes às actividades do SPE e se tem os poderes de tomada de decisão nesse SPE (nota 1 b)).

A decisão de que um SPE tem que ser consolidado pelo Grupo requer a utilização de pressupostos e estimativas para apurar os ganhos e perdas residuais e determinarquem retém a maioria desses ganhos e perdas. Outros pressupostos e estimativas poderiam levar a que o perímetro de consolidação do Grupo fosse diferente, comimpacto directo nos seus resultados.

Impostos sobre os lucros

O Grupo encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre lucros em diversas jurisdições. Para determinar o montante global de impostos sobre os lucros foinecessário efectuar determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incertodurante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Banco e pelas suas subsidiárias, durante um período de quatro ou seisanos, no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação dalegislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Banco e das subsidiárias residentes em Portugal, de que não haverá correcções significativas aosimpostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais,rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

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2. Margem financeira e resultados em operações financeiras

As IFRS em vigor exigem a divulgação desagregada da margem financeira e dos resultados em operações financeiras, conforme apresentado nas notas 3, 6 e 7.Uma actividade de negócio específica pode gerar impactos quer na rubrica de resultados em operações financeiras quer na rubrica de juros e proveitos equiparados, peloque o requisito de divulgação, tal como apresentado, não evidencia a contribuição das diferentes actividades de negócio para a margem financeira e para os resultados em operações financeiras.

A análise conjunta destas rubricas é apresentada como segue:

Margem financeira 1.407.659 1.271.561

Resultados em operações financeiras 601.110 320.135

2.008.769 1.591.696

A rubrica Rendimentos de títulos disponíveis para venda corresponde a dividendos recebidos.

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Rendimentos de títulos de negociação 1.361 -

Rendimentos de títulos disponíveis para venda 57.410 30.514

58.771 30.514

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3. Margem financeira

O valor desta rubrica é composto por:

Juros e proveitos equiparados

Juros de crédito 2.500.791 2.314.652

Juros de títulos disponíveis para venda 201.894 173.851

Juros de depósitos e outras aplicações 381.048 306.733

3.083.733 2.795.236

Juros e custos equiparados

Juros de depósitos e outros recursos 1.064.754 891.302

Juros de títulos com acordo de recompra 30.337 16.275

Juros de títulos emitidos 580.983 616.098

1.676.074 1.523.675

Margem financeira 1.407.659 1.271.561

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4. Rendimentos de instrumentos de capital

O valor desta rubrica é composto por:

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5. Resultado de serviços e comissões

O valor desta rubrica é composto por:

Serviços e comissões recebidas:Por garantias prestadas 78.303 75.189 Por compromissos perante terceiros 1.795 10.478 Por serviços bancários prestados 472.558 407.948 Por operações realizadas com títulos 56.640 65.109 Comissões da actividade seguradora 4.781 -Outras comissões 176.396 176.891

790.473 735.615Serviços e comissões pagas:

Por garantias recebidas 591 1.131Por compromissos assumidos perante terceiros 467 960Por serviços bancários prestados por terceiros 65.310 63.362Por operações realizadas com títulos 13.730 15.903Comissões da actividade seguradora 2.316 -Outras comissões 49.334 37.896

131.748 119.252Resultados líquidos de serviços e comissões 658.725 616.363

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6. Resultados em operações de negociação e de cobertura

O valor desta rubrica é composto por:

Lucros em operações de negociação e de cobertura:Operações cambiais 2.132.646 541.552 Operações com instrumentos financeiros valorizados ao justo valor através de resultados 1.737.536 235.115 Derivados de cobertura 1.046.053 207.666 Outras operações 101.711 170.768

5.017.946 1.155.101 Prejuízos em operações de negociação e de cobertura:

Operações cambiais 2.041.454 504.099Operações com instrumentos financeiros valorizados ao justo valor através de resultados 1.575.295 59.426Derivados de cobertura 1.063.505 307.953Outras operações 52.521 27.968

4.732.775 899.446Resultados líquidos em operações de negociação e de cobertura 285.171 255.655

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A rubrica Resultados líquidos de operações de negociação e de cobertura inclui o montante de Euros 176.100.000 relativo à correcção da mais valia resultante daalienação da participação de 10% no capital social na PZU pelo Bank Millennium. O referido valor resultou da aplicação das claúsulas do acordo estabelecido entre aEureko e o Bank Millennium (Polónia), que estabelecia a correcção do preço de venda em função da verificação de determinados pressupostos.

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7. Resultados em activos financeiros disponíveis para venda

O valor desta rubrica é composto por:

Lucros em operações com instrumentos financeiros disponíveis para venda 413.630 168.736

Prejuízos em operações com instrumentos financeiros disponíveis para venda (97.691) (104.256)

Resultados em activos financeiros disponíveis para venda 315.939 64.480

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A rubrica Lucros em operações com instrumentos financeiros disponíveis para venda inclui, em 31 de Dezembro de 2005, os montantes de Euros 116.254.000,32.264.000 e 2.770.000 relativos a mais valias geradas na alienação de acções detidas na Banca Intesa, Friends Provident PLC e EDP - Electricidade de Portugal,respectivamente, que foram alienadas ao Fundo de Pensões, conforme referido nas notas 40 e 46.

A referida rubrica inclui ainda, em 31 de Dezembro de 2005, o montante de Euros 34.200.000 relativo à mais valia gerada na concretização do mandato de alienação dasacções da Seguro Directo Gere - Companhia de Seguros, S.A., que de acordo com a substância do contrato do mandato celebrado em 31 de Dezembro de 2004 seencontravam no activo do Grupo, conforme descrito nas notas 25 e 46.

8. Outros proveitos de exploração

O valor desta rubrica é composto por:

Prestação de serviços 86.252 94.838 Venda de cheques e outros 39.960 42.726 Proveitos de locação financeira 3.782 4.787 Outros 71.557 128.579

201.551 270.930

Impostos 37.294 40.378 Donativos e quotizações 6.861 5.723 Outros custos de exploração 37.481 36.864

81.636 82.965 119.915 187.965

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9. Custos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por:

Remunerações 429.404 450.130 Encargos sociais obrigatórios 465.816 482.094 Encargos sociais facultativos 30.337 26.918 Reformas antecipadas 235.463 240.100 Outros custos 26.466 12.726

1.187.486 1.211.968

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A rubrica Reformas antecipadas inclui o efeito da anulação das perdas actuariais diferidas relativas às responsabilidades dos colaboradores reformados antecipadamenteem 2005 e 2004.

O valor total de remunerações atribuídas a todos os membros do Conselho de Administração do Banco, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, registados narubrica de Custos com o pessoal, foi de Euros 31.339.000.

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O efectivo médio de trabalhadores ao serviço no Grupo, distribuído por grandes categorias profissionais, foi o seguinte:

10. Outros gastos administrativos

O valor desta rubrica é composto por:

PortugalDirecção 1.260 1.303 Enquadramento 2.409 2.698 Específicas / Técnicas 3.570 3.707 Outras funções 5.160 5.679

12.399 13.387 Estrangeiro 8.207 8.075

20.606 21.462

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Água, energia e combustíveis 17.674 17.707 Material de consumo corrente 11.062 12.131 Rendas e alugueres 120.221 126.813 Comunicações 53.921 55.951 Deslocações, estadias e representações 25.254 22.604 Publicidade 43.860 41.616 Conservação e reparação 46.829 51.120 Cartões e crédito imobiliário 20.078 11.634 Estudos e consultas 28.108 19.612 Informática 19.520 19.090 Outsourcing e trabalho independente 76.358 69.876 Outros serviços especializados 26.675 27.117 Formação do pessoal 3.096 3.426 Seguros 18.212 24.355 Contencioso 13.809 14.368 Transportes 9.862 10.523 Outros fornecimentos e serviços 46.422 57.440

580.961 585.383

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11.Amortizações do exercício

O valor desta rubrica é composto por:

Activos intangíveis:Despesas de estabelecimento 2.324 4.312 'Software' 20.072 30.507 Outros activos intangíveis 2.726 41.959

25.122 76.778 Outros activos tangíveis:

Imóveis 57.832 63.062 Equipamento

Mobiliário 9.798 9.707 Máquinas 5.880 13.819 Equipamento informático 23.158 30.429 Instalações interiores 10.920 11.401 Viaturas 1.344 1.249 Equipamento de segurança 4.158 4.623

Outros activos tangíveis 1.577 1.117 114.667 135.407 139.789 212.185

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12. Imparidade do crédito

O valor desta rubrica é composto por:

Aplicações em instituições de crédito:Crédito vencido e concedido

Dotação do exercício 2.733 228 Reversão do exercício (7.430) (2.714)

(4.697) (2.486)Crédito concedido a clientes:

Crédito vencido e concedido Dotação do exercício 554.042 638.390 Reversão do exercício (202.095) (245.992)

Recuperações de crédito e de juros (233.756) (255.612)118.191 136.786 113.494 134.300

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13. Outras provisões

O valor desta rubrica é composto por:

Provisões para pensões de reforma, complementos de pensões de reforma e sobrevivênciaDotação do exercício 390 250Reversão do exercício (31) -

Provisões para garantias e outros compromissosDotação do exercício 16.026 39.130 Reversão do exercício (20.970) (3.261)

Outras provisões para riscos e encargosDotação do exercício 46.792 18.015 Reversão do exercício (4.686) (6.331)

37.521 47.803

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14. Resultados por equivalência patrimonial

Os principais contributos na rubrica de rendimento de imobilizações financeiras pelo método de apropriação por equivalência patrimonial são analisados como segue:

Grupo Millenniumbcp Fortis 39.840 - Amortização do VIF do Grupo Millenniumbcp Fortis (18.088) -Outras empresas 5.259 17.076

27.011 17.076

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15. Resultados de alienação de outros activos

O valor desta rubrica referente ao Grupo é composto por:

Alienação de negócios de subsidiárias 175.043 84.096 Outros activos (45.481) (7.682)

129.562 76.414

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A rubrica Alienação de negócios de subsidiárias inclui em 31 de Dezembro de 2005 os valores de Euros 50.779.000 e Euros 123.512.000, aproximadamente, relativo àalienação da participação na Credilar e no Banco Comercial de Macau respectivamente, conforme referido na nota 46.

O valor de impostos sobre lucros ascende a Euros 97.449.000, o que representa uma taxa média de imposto de 10,3 % do resultado consolidado antes de impostos (31 de Dezembro de 2004: 9,5%).

A diferença entre a taxa nominal de impostos sobre o rendimento a que as sociedades se encontram sujeitas e as taxas médias acima referidas resulta dos ajustamentosconsiderados para efeitos da determinação da matéria colectável, nos termos previstos na legislação aplicável.

O montante de Euros 141.222.000 registado na rubrica de Diferenças temporárias inclui o reconhecimento de impostos diferidos respeitantes aos ajustamentos detransição para as IFRS, (com referência a 31 de Dezembro de 2004), que na sua generalidade foram reconhecidas para efeitos fiscais no exercício de 2005.

A análise dos principais ajustamentos efectuados ao resultado contabilístico para efeitos de determinação da matéria colectável e que assumem natureza temporária éapresentada como segue:

– Variação patrimonial negativa resultante do registo em resultados transitados e reservas do ajustamento de transição para as IFRS das matérias que geram impostosdiferidos, e que são dedutíveis para efeitos do apuramento do lucro tributável do exercício de 2005;

– Diferença positiva entre o montante registado como proveito e o montante registado como custo no que respeita ao reconhecimento contabilístico de instrumentosfinanceiros derivados não contratados nem transaccionados em bolsa de valores, no montante de Euros 132.853.000, a qual é objecto de ajustamento no exercício, emvirtude de o respectivo reconhecimento para efeitos fiscais apenas ocorrer no exercício em que esses proveitos ou custos se considerem realizados;

– Encargos com reformas antecipadas registados em resultados transitados em exercícios anteriores (ou no exercício de 2005, em consequência dos ajustamentos detransição resultante da adopção das IFRS), cujo reconhecimento fiscal no exercício decorre da aplicação do procedimento diferido pela Administração Fiscal, no montantede Euros 102.015.000;

16. Impostos

O encargo com impostos sobre lucros no exercício é analisado como segue:

Imposto correntedo ano 71.244 57.776 correcção de anos anteriores 1.690 -

72.934 57.776 Imposto diferido

Diferenças temporárias 141.222 (28.589)Redução da taxa de imposto 1.346 9.188 Benefício por prejuízos fiscais reconhecidos (118.053) 28.575

24.515 9.174 97.449 66.950

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– Imputação de lucros de sociedades não residentes cujo imposto efectivamente pago foi igual ou inferior a 60% do imposto que seria devido se as sociedades fossemresidentes em território português, acrescidos para efeitos de determinação do lucro tributável do exercício, mas que serão dedutíveis para os mesmos efeitos noexercício da respectiva distribuição, no montante de Euros 49.332.000;

– Encargos com provisões para crédito que, nos termos da legislação aplicável, não foram considerados para efeitos de determinação da matéria colectável no exercíciode 2005 e que serão objecto de reconhecimento fiscal em exercícios futuros, no montante de Euros 101.473.000.

Principais ajustamentos efectuados ao resultado contabilístico para efeitos de determinação da matéria colectável que assumem natureza permanente:

– Dividendos recebidos não considerados para a determinação da matéria colectável em virtude da aplicação do mecanismo de eliminação ou atenuação da duplatributação económica, nos termos da legislação aplicável, no montante de Euros 58.251.000;

– Reconhecimento de mais valias fiscais realizadas na alienação de participações sociais no montante de Euros 238.834.000;

– Resultado fiscal apurado pelas sucursais financeiras exteriores instaladas na zona franca da Madeira não considerado para a determinação da matéria colectável dentrodos limites previstos na lei, por força da isenção temporária aplicável até 31 de Dezembro de 2011, bem como resultado de sociedades não residentes em territórioportuguês sujeitas a um regime fiscal privilegiado, no montante de Euros 99.487.000;

– Dedução para efeitos de apuramento da matéria colectável correspondente à anulação de encargos não dedutíveis para efeitos fiscais e que haviam sido tributados emexercícios anteriores, no montante de Euros 44.600.000;

– Dedução para efeitos de apuramento do lucro tributável correspondente aos benefícios fiscais concedidos à criação de emprego para jovens, bem como juros de dívidapública do Estado de Moçambique, no montante de Euros 21.163.000.

A reconciliação da taxa de imposto decorrente dos efeitos permanentes antes referidos:

Lucro antes de impostos 937.936 698.484

Taxa de imposto corrente 27,5% (257.932) 27,5% (192.083)Efeito das taxas de imposto no estrangeiro (i) -1,8% 16.638 -1,3% 8.769 Despesas não dedutíveis (ii) 1,1% (10.724) 3,4% (23.589)Receitas isentas de imposto ou não tributáveis (iii) -17,0% 159.172 -21,6% 151.047 Incentivos fiscais não reconhecidos em resultados (iv) -0,4% 4.138 -0,2% 1.547 Efeito dos prejuízos fiscais utilizados 0,0% - 0,2% (1.610)Efeitos de alteração de taxa nos impostos diferidos (v) 0,1% (1.348) 1,5% (10.811)Correcção de anos anteriores (vi) 0,2% (2.091) -0,2% 1.486 Tributação autónoma e imposto suportado no estrangeiro (vii) 0,6% (5.302) 0,2% (1.706)

10,3% (97.449) 9,5% (66.950)

Dez 2004Dez 2005

% Euros ‘000 % Euros ‘000

Referências:(i) Diferença entre a taxa de tributação das sociedades residentes no estrangeiro e a taxa marginal de IRC e Derrama.

(ii) Corresponde essencialmente a imposto associado a lucros não distribuídos ao pessoal e deduzidos em exercícios anteriores, a provisões não dedutíveis nos termos dalegislação aplicável, e à diferença relativa às mais e menos valias na alienação de bens do activo imobilizado.

(iii) Trata-se, essencialmente, do imposto associado aos seguintes proveitos isentos de tributação ou não tributáveis:

a) Dividendos recebidos e que são dedutíveis para efeitos de eliminação ou atenuação da dupla tributação económica, no montante de Euros 58.251.000 (Imposto: Euros16.019.000);

b) Mais valias realizadas na alienação das participações sociais no montante de Euros 238.834.000 (Imposto: Euros 65.679.000);

c) Resultado apurado pelas Sucursais Financeiras Exteriores da Zona Franca da Madeira isento de IRC e resultado de sociedades não residentes em territórioportuguês sujeitas a um regime fiscal privilegiado, no montante de Euros 99.487.000 (Imposto: Euros 27.359.000);

d) Anulação de encargos não dedutíveis para efeitos fiscais e que haviam sido tributados em exercícios anteriores, no montante de Euros 44.600.000 (Imposto: Euros12.265.000);

e) Resultado de sociedades consolidadas pelo Banco pelo método da equivalência patrimonial, no montante de Euros 27.242.000 já líquido de imposto (Imposto: Euros7.492.000).

(iv) Inclui benefícios fiscais concedidos à criação de emprego para jovens, bem como juros de dívida pública do Estado de Moçambique no montante de Euros 21.163.000(Imposto: Euros 5.820.000).

(v) Efeito da alteração da taxa de imposto diferido aplicável ao Novabank.

(vi) Correcções de impostos sobre o rendimento nomeadamente, na sequência da finalização de procedimentos da Administração Fiscal iniciados em exercícios anteriores.

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(vii) Tributação autónoma, nos termos da lei, de despesas de representação e encargos com viaturas, no montante de Euros 1.389.000 e imposto angolano suportado pelasucursal de Angola, não dedutível em Portugal por insuficiência de colecta, no montante de Euros 3.913.000.

O montante de impostos diferidos em resultados em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 é atribuível às seguintes rubricas:

Euros '000

Dez 2005 Dez 2004

Imobilizado incorpóreo (14.430) (598)Imobilizado corpóreo 9.731 181Perdas por imparidade (145.153) 1.449Pensões de reforma 1.840 1.270 Operações de securitização 4.309 (140)Derivados (26.632) (5.404)Prejuízos fiscais reportáveis 118.053 -Outros 27.767 (5.932)

Impostos diferidos (24.515) (9.174)

17. Resultado de activos não correntes detidos para venda

Os valor desta rubrica é composto por:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Grupo Seguros & Pensões - 449.712Amortização do VIF do Grupo Seguros & Pensões - (41.016)

- 408.696

De acordo com a política contabilística 1 k) esta rubrica reflecte os resultados do Grupo Seguros & Pensões, líquido da amortização do 'value in force' para o ano findoem 31 de Dezembro de 2004. Esta participação financeira tinha sido adquirida em 2003 com vista à sua posterior venda, pelo que se encontrava classificada como Activosnão correntes disponíveis para venda. Nos termos e condições referidos na nota 25, o Grupo procedeu à alienação do Grupo Seguros & Pensões durante o segundosemestre de 2004.

18. Resultado por acção

Os resultados por acção são calculados da seguinte forma:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Resultado líquido 753.490 606.465 Dividendos de acções preferenciais (32.360) (15.853)

Resultado líquido ajustado 721.130 590.612 Nº médio de acções 3.258.152.954 3.256.108.645

Resultado por acção básico (euros) 0,22 0,18

Resultado líquido ajustado 721.130 590.612Nº médio de acções

Acções Ordinárias 3.258.152.954 3.256.108.645VMOC's 329.117.193 330.969.267Stock Options – programa 2003 9.360.932 8.298.991

Total 3.596.631.079 3.595.376.903

Resultado por acção diluído (euros) 0,20 0,16

Para o resultado por acção diluído, o número médio de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais acções ordinárias tratadas comodiluídoras. O Grupo tem duas categorias de emissões de acções ordinárias diluídoras: (i) dívida convertível e (ii) opções de acções para colaboradores. A dívida convertíveldeverá ser convertida em acções ordinárias e o lucro ou o prejuízo é ajustado para eliminar o juro líquido de impostos. Para as opções de acções, as acções deverão seradquiridas ao preço de mercado (determinado pela cotação média anual das acções do Grupo) baseado no valor monetário dos direitos de subscrição associados às opçõesde acções vivas / existentes. O valor residual das acções será adicionado ao valor das acções ordinárias, não existindo nenhum ajustamento em resultados.

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O valor das acções preferenciais corresponde a duas emissões efectuadas pelo BCP Finance Company Ltd e que, de acordo com as regras da IAS 32, foram consideradascomo instrumentos de capital. As referidas emissões são analisadas como segue:

- 5.000.000 acções preferenciais, de Euros 100 cada, perpétuas e sem direito a voto, no montante total de Euros 500.000.000, emitidas em 9 de Junho de 2004, destinadasa refinanciar a amortização antecipada da emissão de 8.000.000 de acções preferenciais, de Euros 50 cada, sem direito a voto, no montante total de Euros 400.000.000,emitidas pela BCP Finance Company, em 14 de Junho de 1999.

- 10.000 acções preferenciais, de Euros 50.000 cada, perpétuas e sem direito a voto, no montante total de Euros 500.000.000, emitidas em 13 de Outubro de 2005destinada a refinanciar a amortização antecipada da emissão de 6.000.000 de acções preferenciais, de Euros 100 cada, sem direito a voto, no montante total de Euros600.000.000, emitidas pela BCP Finance Company, em 28 de Setembro de 2000.

Os Valores mobiliários de conversão obrigatória foram tratados como instrumentos compostos (de capital e dívida), os quais, de acordo com os critérios aplicáveis, foramseparados nas suas duas componentes e contabilizados em capital próprio, na parte considerada instrumento de capital, no montante de Euros 528.207.000 e na rubricaComponente de dívida de valores convertíveis (ver nota 36), na parte considerada como instrumento de dívida. De acordo com o previsto na ficha técnica, os referidosinstrumentos tiveram o seu vencimento em 30 de Dezembro de 2005. Considerando a cotação na data da conversão, a referida conversão resultou num aumento decapital de Euros 330.930.511. As novas acções foram admitidas à cotação no mercado de cotações oficial da Euronext Lisboa no dia 6 de Janeiro de 2006.

19. Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Caixa 470.118 504.073Bancos centrais 785.775 1.221.727

1.255.893 1.725.800

A rubrica de Bancos centrais inclui o saldo junto do Banco de Portugal que visa satisfazer as exigências legais de reservas mínimas de caixa, calculadas com base nomontante dos depósitos e outras responsabilidades efectivas. O regime de constituição de reservas de caixa, de acordo com as directrizes do Sistema Europeu de BancosCentrais da Zona do Euro, obriga à manutenção de um saldo em depósito no Banco de Portugal, equivalente a 2% sobre o montante médio dos depósitos e outrasresponsabilidades, ao longo de cada período de constituição de reservas.

20. Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Em instituições de crédito no país 6.641 15.753Em instituições de crédito no estrangeiro 207.522 451.937Valores a cobrar 661.441 564.899

875.604 1.032.589

A rubrica Valores a cobrar representa, essencialmente, cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de crédito e que se encontram em cobrança.

21.Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Mercado Monetário Interbancário - 40.014Aplicações sobre outras instituições de crédito no país 1.054.690 291.622Aplicações sobre instituições de crédito no estrangeiro 4.990.489 4.896.770

6.045.179 5.228.406Crédito vencido - menos de 90 dias - 2Crédito vencido - mais de 90 dias 3.179 1.870

6.048.358 5.230.278Imparidade para riscos de crédito (14.147) (16.524)

6.034.211 5.213.754

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A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Até 3 meses 4.805.831 4.987.3543 meses até 6 meses 293.685 110.2976 meses até 1 ano 105.768 23.3001 ano até 5 anos 621.639 81.951Mais de 5 anos 218.256 25.504Duração indeterminada 3.179 1.872

6.048.358 5.230.278

Os movimentos da Imparidade para riscos de crédito sobre instituições de crédito no Grupo, são analisados como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Imparidade para riscos de crédito sobre instituições de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 16.524 110.899 Transferências resultantes de alterações na estrutura do Grupo - (53.487)Outras transferências 2.421 (32.047)Dotação do exercício 2.733 228 Reversão do exercício (7.430) (2.714)Utilização de imparidade (98) (8.712)Diferenças cambiais (3) 2.357

Saldo em 31 de Dezembro 14.147 16.524

22. Créditos a clientes

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Crédito ao sector público 641.279 698.189 Crédito com garantias reais 30.843.605 25.878.911Crédito com outras garantias 11.068.144 12.046.148Crédito sem garantias 3.314.518 4.730.979Crédito sobre o estrangeiro 2.941.029 3.804.937 Crédito tomado em operações de 'factoring' 1.155.482 914.043 Capital em locação 3.785.848 3.604.284

53.749.905 51.677.491 Crédito vencido - menos de 90 dias 58.114 56.106 Crédito vencido - mais de 90 dias 445.528 413.489

54.253.547 52.147.086 Imparidade para riscos de crédito (1.344.432) (1.277.207)

52.909.115 50.869.879

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A análise do crédito sobre clientes, por tipo de operação, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Curto prazo

Crédito descontado titulado por efeitos 1.474.610 1.464.795 Crédito em conta corrente 5.526.755 7.596.440 Descobertos em depósitos à ordem 2.423.430 3.088.510 Empréstimos 6.562.594 5.408.688 Crédito tomado em operações de 'factoring' 1.155.482 914.043

17.142.871 18.472.476 Médio e longo prazo

Crédito descontado titulado por efeitos 167.927 176.290 Empréstimos 12.948.893 12.571.644 Crédito imobiliário 19.704.366 16.852.797 Capital em locação 3.785.848 3.604.284

36.607.034 33.205.015

53.749.905 51.677.491

Crédito vencido - menos de 90 dias 58.114 56.106 Crédito vencido - mais de 90 dias 445.528 413.489

54.253.547 52.147.086 Imparidade para riscos de crédito (1.344.432) (1.277.207)

52.909.115 50.869.879

A rubrica de Crédito vencido inclui os valores que na data de balanço se encontravam efectivamente em mora, pelo que não consideram o valor do crédito vincendo totalde clientes do Banco não sujeitos à imparidade colectiva e que registavam crédito vencido, que em 31 de Dezembro de 2005 ascendia a Euros 850.486.000.

A análise do crédito sobre clientes, por sector de actividade, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Agricultura e silvicultura 396.312 382.267Indústrias extractivas 165.116 167.637 Alimentação, bebidas e tabaco 623.776 610.547 Têxteis 761.688 847.980 Madeira e cortiça 293.131 293.620 Papel, artes gráficas e editoras 235.173 365.816 Químicas 1.022.475 948.784 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 1.051.839 1.014.387 Electricidade, água e gás 545.784 604.330 Construção 5.587.546 5.483.768 Comércio a retalho 1.852.717 1.991.063 Comércio por grosso 2.671.973 2.540.086 Restaurantes e hotéis 845.208 785.677 Transportes e comunicações 1.389.667 1.354.934 Serviços 9.572.772 9.500.030 Crédito ao consumo 3.747.188 4.393.856 Crédito hipotecário 19.693.976 16.450.390 Outras actividades nacionais 788.348 751.381 Outras actividades internacionais 3.008.858 3.660.533

54.253.547 52.147.086 Imparidade para riscos de crédito (1.344.432) (1.277.207)

52.909.115 50.869.879

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A análise do crédito sobre clientes, por prazos de maturidade e por sectores de actividade, para o período findo em 31 de Dezembro de 2005, é a seguinte:

Euros ’000

Crédito sobre clientes

Até 1 ano De 1 a A mais deano 5 anos 5 anos Indeterminado Total

Agricultura e silvicultura 216.416 115.083 61.134 3.679 396.312 Indústrias extractivas 89.673 46.121 24.346 4.976 165.116 Alimentação, bebidas e tabaco 375.021 142.838 94.805 11.112 623.776 Têxteis 460.744 139.955 138.835 22.154 761.688 Madeira e cortiça 226.170 46.954 17.366 2.641 293.131 Papel, artes gráficas e editoras 117.610 66.094 49.676 1.793 235.173 Químicas 603.237 309.903 104.861 4.474 1.022.475 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 575.842 259.316 189.301 27.380 1.051.839 Electricidade, água e gás 147.341 100.761 297.218 464 545.784 Construção 2.972.973 1.566.867 916.886 130.820 5.587.546 Comércio a retalho 1.032.247 438.489 364.768 17.213 1.852.717 Comércio por grosso 1.740.536 430.520 454.502 46.415 2.671.973 Restaurantes e hotéis 291.433 178.650 364.037 11.088 845.208 Transportes e comunicações 654.202 405.684 318.905 10.876 1.389.667 Serviços 3.988.823 3.244.664 2.270.696 68.589 9.572.772 Crédito ao consumo 1.316.034 1.730.003 631.803 69.348 3.747.188 Crédito hipotecário 104.818 404.723 19.126.268 58.167 19.693.976 Outras actividades nacionais 432.093 114.456 237.712 4.087 788.348 Outras actividades internacionais 2.363.288 211.284 425.920 8.366 3.008.858

17.708.501 9.952.365 26.089.039 503.642 54.253.547

A análise do crédito sobre clientes, por prazos de maturidade e por tipo de crédito, para o período findo em 31 de Dezembro de 2005, é a seguinte:

Euros ’000

Crédito sobre clientes

Até 1 ano De 1 a A mais deano 5 anos 5 anos Indeterminado Total

Crédito ao sector público 550.676 29.428 61.175 1.221 642.500 Crédito com garantias reais 6.275.268 6.271.207 18.297.130 302.867 31.146.472 Crédito com outras garantias 4.182.315 1.322.172 5.563.657 65.511 11.133.655 Crédito sem garantias 2.921.795 234.804 157.919 93.238 3.407.756 Crédito sobre o estrangeiro 2.418.712 406.792 115.525 528 2.941.557 Crédito tomado em operações de 'factoring' 1.155.410 72 - 969 1.156.451 Capital em locação 204.325 1.687.890 1.893.633 39.308 3.825.156

17.708.501 9.952.365 26.089.039 503.642 54.253.547

O crédito a clientes do Grupo inclui os seguintes montantes de créditos securitizados, relativos a:

– securitizações tradicionais detidas por SPV's sujeitos a consolidação no âmbito da SIC 12, de acordo com a política contabilística descrita na nota 1 b).

– securitizações sintéticas.

As operações de securitização celebradas pelo Grupo BCP respeitam na sua maior parte a créditos hipotecários, empréstimos a empresas e títulos. Para este efeito, assecuritizações tradicionais e sintéticas celebradas são concretizadas através de entidades de finalidades especial (SPEs). Conforme referido na política contabilística descritana nota 1 b), quando a substância da relação com tais entidades indicia que o Grupo exerce controlo sobre as suas actividades, estas SPEs são incluídas na consolidação doGrupo BCP pelo método integral.

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A rubrica de Crédito a clientes inclui os seguintes montantes relativos a operações de securitização, detalhados por tipo de operação:

Euros ’000

Tradicionais Sintéticas Total

Dez 2005 Dez 2004 Dez 2005 Dez 2004 Dez 2005 Dez 2004

Crédito ao consumo 455.906 601.955 - - 455.906 601.955 Crédito hipotecário 1.448.645 - - - 1.448.645 - Empréstimos a empresas - - 3.016.969 3.041.065 3.016.969 3.041.065

1.904.551 601.955 3.016.969 3.041.065 4.921.520 3.643.020

A rubrica de crédito a clientes inclui os seguintes valores relacionados com contratos de locação financeira:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Valor bruto 4.501.925 4.200.883 Juros ainda não devidos (716.077) (596.599)

Valor líquido 3.785.848 3.604.284

A carteira de crédito sobre clientes inclui créditos que foram objecto de reestruturação formal com os clientes, em termos de reforço de garantias, prorrogação devencimentos e alteração de taxa de juro. A análise dos créditos reestruturados por sectores da actividade é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Agricultura e silvicultura 12.520 17.450 Indústrias extractivas 4.239 4.878 Alimentação, bebidas e tabaco 8.037 11.530Têxteis 21.802 30.442 Madeira e cortiça 882 2.527 Papel, artes gráficas e editoras 1.730 2.180 Químicas 2.530 6.018 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 11.553 21.402Electricidade, água e gás 64 109 Construção 30.083 49.614 Comércio a retalho 16.256 24.082 Comércio por grosso 27.178 34.988 Restaurantes e hotéis 13.365 16.925 Transportes e comunicações 21.082 20.623 Serviços 46.233 77.508 Crédito ao consumo 31.080 39.634 Crédito hipotecário 2.125 11.053 Outras actividades nacionais 4.228 15.014 Outras actividades internacionais 3.495 2.319

258.482 388.296

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35

Banco Comercial Português

A análise do crédito vencido por sectores de actividade para o Grupo, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Agricultura e silvicultura 3.679 5.458Indústrias extractivas 4.976 3.506 Alimentação, bebidas e tabaco 11.112 14.167 Têxteis 22.154 35.387 Madeira e cortiça 2.641 3.888 Papel, artes gráficas e editoras 1.793 2.262 Químicas 4.474 3.907 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 27.380 21.264 Electricidade, água e gás 464 589Construção 130.820 70.194Comércio a retalho 17.213 20.733 Comércio por grosso 46.415 48.369 Restaurantes e hotéis 11.088 8.273 Transportes e comunicações 10.876 9.413 Serviços 68.589 39.962Crédito ao consumo 69.348 96.516 Crédito hipotecário 58.167 68.137 Outras actividades nacionais 4.087 4.268 Outras actividades internacionais 8.366 13.302

503.642 469.595

A análise do crédito vencido por tipo de crédito para o Grupo, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Crédito ao sector público 1.221 - Crédito com garantias reais 302.867 239.739 Crédito com outras garantias 65.511 65.860 Crédito sem garantias 93.238 131.957 Crédito sobre o estrangeiro 528 2.875 Crédito tomado em operações de 'factoring' 969 2.608 Capital em locação 39.308 26.556

503.642 469.595

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36

Con

tas

de 2

005

Banco Comercial Português

Os movimentos da imparidade para riscos de crédito são analisados como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Imparidade para crédito vencido e outros créditos concedidos:

Saldo em 1 de Janeiro 1.224.032 1.174.284 Transferências resultantes de alterações na estrutura

do Grupo (23.654) - Outras transferências 59.277 282.330 Dotação do exercício 554.042 638.390 Reversão do exercício (202.095) (245.992)Utilização de imparidade (300.716) (649.370)Diferenças cambiais 10.398 24.390

Saldo em 31 de Dezembro 1.321.284 1.224.032

Imparidade para crédito reestruturado:

Saldo em 1 de Janeiro 53.175 97.227Transferências (30.027) (44.052)

Saldo em 31 de Dezembro 23.148 53.175

1.344.432 1.277.207

Em conformidade com a política do Grupo, os juros sobre crédito vencido há mais de 30 dias, que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos comoproveitos apenas quando recebidos.

O saldo da Imparidade para crédito vencido e outros créditos concedidos em 1 de Janeiro de 2004 inclui o efeito do ajustamento de transição para os IFRS no montantede Euros 164.900.000, conforme referido na nota 48. O referido saldo inclui igualmente o montante de Euros 670.628.000 relativo à transferência da provisão para riscosgerais de crédito – crédito directo na data da transição.

O quadro seguinte apresenta, por classes de incumprimento, a desagregação da imparidade para riscos de crédito existente em 31 de Dezembro de 2005:

Euros ’000

Classes de incumprimento

Até 3 meses 3-6 meses 6-12 meses 1-3 anos Mais 3 anos Total

Crédito vencido com garantia 38.837 47.666 170.085 96.468 57.348 410.404

Imparidade existente 16.681 14.206 138.890 91.371 57.348 318.496

Crédito vencido sem garantia 19.277 14.444 37.001 16.830 5.686 93.238

Imparidade existente 7.238 8.748 32.444 16.830 5.686 70.946

Total de crédito vencido 58.114 62.110 207.086 113.298 63.034 503.642

Total da imparidade para crédito vencido 23.919 22.954 171.334 108.201 63.034 389.442

Total da imparidade para crédito vincendo associado ao vencido e outros créditos 931.842 Total da imparidade para crédito reestruturado 23.148

Total da imparidade para riscos de crédito 1.344.432

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37

Banco Comercial Português

A análise da imparidade por sectores de actividade para o Grupo, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Agricultura e silvicultura 25.248 45.597Indústrias extractivas 23.006 3.624 Alimentação, bebidas e tabaco 38.339 50.206Têxteis 71.395 66.499Madeira e cortiça 8.627 11.378Papel, artes gráficas e editoras 14.356 3.532 Químicas 10.984 6.960 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 87.976 54.502 Electricidade, água e gás 758 828 Construção 172.465 176.669 Comércio a retalho 50.646 56.937 Comércio por grosso 156.792 108.198 Restaurantes e hotéis 27.251 21.979 Transportes e comunicações 30.041 26.146 Serviços 258.919 102.601 Crédito ao consumo 127.376 355.172 Crédito hipotecário 189.916 150.264 Outras actividades nacionais 9.408 10.370 Outras actividades internacionais 40.929 25.745

1.344.432 1.277.207

A imparidade por tipo de crédito é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Crédito ao sector público 1.572 - Crédito com garantias reais 745.921 696.954Crédito com outras garantias 153.934 180.878 Crédito sem garantias 375.457 319.243 Crédito sobre o estrangeiro 30.160 35.348 Crédito tomado em operações de 'factoring' 755 250 Capital em locação 36.633 44.534

1.344.432 1.277.207

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005

Banco Comercial Português

A anulação de crédito por utilização de imparidade, analisada por sector de actividade, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Agricultura e silvicultura 7.147 25.101Indústrias extractivas 1.187 3.398 Alimentação, bebidas e tabaco 4.239 17.385 Têxteis 33.139 54.959Madeira e cortiça 8.374 7.519 Papel, artes gráficas e editoras 1.518 6.638 Químicas 2.410 6.376 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 10.107 87.515 Electricidade, água e gás 153 2 Construção 44.558 59.417 Comércio a retalho 15.517 20.736 Comércio por grosso 35.346 81.412 Restaurantes e hotéis 5.836 13.448 Transportes e comunicações 6.349 13.326 Serviços 31.319 89.419 Crédito ao consumo 78.957 134.575 Crédito hipotecário 10.011 9.515Outras actividades nacionais 2.441 12.587 Outras actividades internacionais 2.108 6.042

300.716 649.370

A anulação contabilística de crédito é feita pela utilização de imparidade, quando esta, de acordo com a política contabilística referida na nota 1c), corresponda a 100% dovalor do crédito. As recuperações posteriores destes créditos são contabilizadas como proveitos do exercício em que ocorram, conforme nota 12.

A anulação de crédito por utilização da respectiva provisão, analisada por tipo de crédito, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Crédito com garantias reais 124.475 274.147 Crédito com outras garantias 61.108 125.915 Crédito sem garantias 106.152 205.307 Crédito sobre o estrangeiro 8.336 36.121 Capital em locação 645 7.880

300.716 649.370

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Banco Comercial Português

A recuperação de créditos e de juros anulados, efectuada no decorrer de 2005 e 2004, analisada por sectores de actividade, é a seguinte:Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Agricultura e silvicultura 7.777 12.578 Indústrias extractivas 736 2.432 Alimentação, bebidas e tabaco 4.403 3.599 Têxteis 21.165 12.716 Madeira e cortiça 4.792 2.207 Papel, artes gráficas e editoras 2.360 2.879 Químicas 2.370 3.858 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 11.475 10.752 Electricidade, água e gás - 4 Construção 26.526 38.860 Comércio a retalho 12.162 11.456 Comércio por grosso 22.904 30.448 Restaurantes e hotéis 4.096 8.886 Transportes e comunicações 4.502 4.191 Serviços 28.025 24.989 Crédito ao consumo 64.105 72.348 Crédito hipotecário 8.770 7.925 Outras actividades nacionais 2.145 3.746 Outras actividades internacionais 5.443 1.738

233.756 255.612

A análise da recuperação de créditos e de juros, efectuada no decorrer de 2005 e 2004, apresentada por tipo de crédito, é a seguinte:Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Crédito com garantias reais 91.203 77.609 Crédito com outras garantias 66.105 64.942 Crédito sem garantias 61.115 104.345 Crédito sobre o estrangeiro 14.269 7.626 Capital em locação 1.064 1.090

233.756 255.612

23.Activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda

A rubrica de Activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda é analisada como segue:Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De emissores públicos 3.092.530 2.449.325 De outros emissores 1.632.160 1.740.104

4.724.690 4.189.429 Títulos vencidos 5.733 8.071 Imparidade para títulos vencidos (5.733) (8.071)

4.724.690 4.189.429

Acções e outros títulos de rendimento variável 1.218.535 1.669.692

5.943.225 5.859.121 Derivados de negociação 1.034.023 316.094

6.977.248 6.175.215

A rubrica Derivados de negociação inclui, em de 31 Dezembro de 2005, a valorização dos derivados embutidos destacados de acordo com a política contabilística 1 e) nomontante de Euros 25.751.000.

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005

Banco Comercial Português

A análise dos activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda por tipo, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Títulos Títulos

Disponíveis DisponíveisNegociação para venda Total Negociação para venda Total

Títulos de rendimento fixo:Obrigações de emissores públicos

Nacionais 247.265 272.272 519.537 132.138 261.037 393.175 Estrangeiros 459.285 1.229.341 1.688.626 408.315 1.001.101 1.409.416

Obrigações de outros emissores Nacionais 59.397 428.444 487.841 57.457 235.904 293.361 Estrangeiros 59.054 483.338 542.392 42.348 1.005.703 1.048.051

Bilhetes do Tesouro e outros títulos da Dívida Pública 456.595 427.772 884.367 322.572 324.162 646.734

Papel comercial - 607.660 607.660 - 365.360 365.360 Outros títulos - - - - 41.403 41.403

1.281.596 3.448.827 4.730.423 962.830 3.234.670 4.197.500

Cotados 873.853 2.639.915 3.513.768 713.913 1.697.092 2.411.005 Não cotados 407.743 808.912 1.216.655 248.917 1.537.578 1.786.495

Títulos de rendimento variável:Acções de empresas

Nacionais 13.052 630.579 643.631 15.769 643.937 659.706 Estrangeiras 9.474 213.741 223.215 3.704 825.575 829.279

Unidades de participação 8.067 343.622 351.689 20.171 155.290 175.461 Outros títulos - - - 4.608 638 5.246

30.593 1.187.942 1.218.535 44.252 1.625.440 1.669.692

Cotados 30.299 673.642 703.941 38.351 1.325.869 1.364.220 Não cotados 294 514.300 514.594 5.901 299.571 305.472

Imparidade para títulos vencidos - (5.733) (5.733) - (8.071) (8.071)

1.312.189 4.631.036 5.943.225 1.007.082 4.852.039 5.859.121

Derivados de negociação 1.034.023 - 1.034.023 316.094 - 316.094

2.346.212 4.631.036 6.977.248 1.323.176 4.852.039 6.175.215

A carteira de negociação é valorizada ao valor de mercado.

Conforme descrito na política contabilística 1 d), a carteira de activos financeiros disponíveis para venda, é apresentada ao seu valor de mercado sendo as variações dejusto valor registadas por contrapartida de capitais próprios, conforme nota 40, líquida de perdas por imparidade no montante de Euros 206.793.000 (31 de Dezembro de2004: Euros 624.100.000).

A diminuição ocorrida na rubrica de Perdas de imparidade resultou essencialmente da alienação das participações financeiras detidas na ONI e na Banca Intesa, conformereferido na nota 46, a que correspondeu uma utilização de provisões no montante de Euros 316.607.000 e Euros 100.700.000 respectivamente.

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Banco Comercial Português

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda por maturidade em 31 de Dezembro de 2005, é aseguinte:

Euros ’000

Inferior a Entre três Superior três meses meses e um ano a um ano Indeterminado Total

Títulos de rendimento fixo:Obrigações de emissores públicos

Nacionais 8.006 147.890 363.641 - 519.537 Estrangeiros 17.976 402.880 1.267.770 - 1.688.626

Obrigações de outros emissores Nacionais 80.419 89.836 311.853 5.733 487.841 Estrangeiros 22.034 255.505 264.853 - 542.392

Bilhetes do Tesouro e outros títulos da Dívida Pública 397.841 112.330 374.196 - 884.367

Papel comercial 442.978 164.682 - - 607.660

969.254 1.173.123 2.582.313 5.733 4.730.423

Cotados 454.823 918.065 2.140.880 - 3.513.768 Não cotados 514.431 255.058 441.433 5.733 1.216.655

Títulos de rendimento variável:Acções de empresas

Nacionais 643.631 643.631 Estrangeiras 223.215 223.215

Unidades de participação 351.689 351.689

1.218.535 1.218.535

Cotados 703.941 703.941 Não cotados 514.594 514.594

Imparidade para títulos vencidos (5.733) (5.733)

969.254 1.173.123 2.582.313 1.218.535 5.943.225

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Con

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005

Banco Comercial Português

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda por maturidade em 31 de Dezembro de 2004, é aseguinte:

Euros ’000

Inferior a Entre três Superior três meses meses e um ano a um ano Indeterminado Total

Títulos de rendimento fixo:Obrigações de emissores públicos

Nacionais 409 19.740 373.026 - 393.175 Estrangeiros 58.274 65.388 1.285.754 - 1.409.416

Obrigações de outros emissores Nacionais 10.400 79.730 195.160 8.071 293.361 Estrangeiros 397.383 31.593 619.075 - 1.048.051

Bilhetes do Tesouro e outros títulos da Dívida Pública 263.876 305.093 77.765 - 646.734

Papel comercial 269.527 95.833 - - 365.360 Outros títulos 41.403 - - - 41.403

1.041.272 597.377 2.550.780 8.071 4.197.500

Cotados 599.249 343.789 1.467.967 - 2.411.005 Não cotados 442.023 253.588 1.082.813 8.071 1.786.495

Títulos de rendimento variável:Acções de empresas

Nacionais 659.706 659.706 Estrangeiras 829.279 829.279

Unidades de participação 175.461 175.461 Outros títulos 5.246 5.246

1.669.692 1.669.692

Cotados 1.364.220 1.364.220 Não cotados 305.472 305.472

Imparidade para títulos vencidos (8.071) (8.071)

1.041.272 597.377 2.550.780 1.669.692 5.859.121

A análise da carteira de activos financeiros disponíveis para venda relativa a títulos securitizados, detidos por SPE's, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Títulos de rendimento fixo:Obrigações de outros emissores

Nacionais 281.333 410.687 Estrangeiros 120.827 169.436

402.160 580.123

Cotados 91.914 -Não cotados 310.246 580.123

402.160 580.123

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Banco Comercial Português

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda, por sector da actividade à data de 31 de Dezembro de2005, é a seguinte:

Euros ’000

Outros Activos Títulos TotalObrigações Acções Financeiros Vencidos Bruto

Indústrias extractivas - 40 - - 40 Alimentação, bebidas e tabaco - 1 56.990 - 56.991 Têxteis - 87 12.005 882 12.974 Madeira e cortiça - - - 998 998 Papel, artes gráficas e editoras - 4.958 34.294 - 39.252 Químicas 3.085 206 17.356 - 20.647 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 91 609 6.431 399 7.530 Electricidade, água e gás 75.173 284.642 5.318 - 365.133 Construção 59.730 1.406 42.482 1.996 105.614 Comércio a retalho - - - 207 207 Comércio por grosso - 83 47.352 555 47.990 Restaurantes e hotéis - 51 33.333 - 33.384 Transportes e comunicações 16.361 6.121 703.788 529 726.799 Serviços 865.582 568.632 - 167 1.434.381 Outras actividades internacionais 4.478 10 - - 4.488

1.024.500 866.846 959.349 5.733 2.856.428

Títulos Públicos 2.208.163 - 884.367 - 3.092.530 Imparidade para títulos vencidos - - - (5.733) (5.733)

3.232.663 866.846 1.843.716 - 5.943.225

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda, por sector da actividade à data de 31 de Dezembro de2004, é a seguinte:

Euros ’000

Outros Activos Títulos TotalObrigações Acções Financeiros Vencidos Bruto

Indústrias extractivas - 397 - - 397 Alimentação, bebidas e tabaco - 73 7.482 - 7.555 Têxteis 87 808 7.413 882 9.190 Madeira e cortiça - - 1.247 998 2.245 Papel, artes gráficas e editoras - 11.015 47.230 - 58.245 Químicas - 37 1.596 561 2.194 Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 9.556 325 7.194 447 17.522 Electricidade, água e gás 2 443.452 3.490 - 446.944 Construção 55.566 2.045 12.488 1.996 72.095 Comércio a retalho - - - 207 207 Comércio por grosso 5.738 1.810 49.465 506 57.519 Restaurantes e hotéis - 57 - - 57 Transportes e comunicações 10.544 4.759 6.564 2.202 24.069 Serviços 1.182.041 1.024.202 443.301 272 2.649.816 Outras actividades internacionais 69.807 5 - - 69.812

1.333.341 1.488.985 587.470 8.071 3.417.867

Títulos Públicos 1.802.591 - 646.734 - 2.449.325 Imparidade para títulos vencidos - - - (8.071) (8.071)

3.135.932 1.488.985 1.234.204 - 5.859.121

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Banco Comercial Português

A análise da carteira de derivados de negociação por maturidades em 31 de Dezembro de 2005, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005

Nocionais com prazo remanescente Fair values

Inferior a Entre três Superior três meses meses e um ano a um ano Total Activo Passivo

Derivados de taxa de juro:

Mercado de balcão:Swaps de taxa de juro 26.374.851 22.118.947 16.061.037 64.554.835 580.048 440.527 Opções de taxa de juro (compra) 14.260 155.752 1.809.034 1.979.046 16.365 - Opções de taxa de juro (venda) 36.500 180.666 1.272.710 1.489.876 - 17.308

26.425.611 22.455.365 19.142.781 68.023.757 596.413 457.835

Transaccionados em Bolsa:

Futuros de taxa de juro 534.712 58.090 - 592.802 - - Opções de taxa de juro (compra) 115.344 - - 115.344 - - Opções de taxa de juro (venda) 430.689 - - 430.689 - -

1.080.745 58.090 - 1.138.835 - -

Derivados de moeda:

Mercado de balcão:Contratos a prazo de moeda (Fwd) 921.484 222.640 - 1.144.124 8.930 - Swaps de moeda 4.482.854 2.550.025 3.931 7.036.810 235.525 136.252Opções cambiais (compra) 20.871 16.842 12.471 50.184 973 - Opções cambiais (venda) 17.611 18.377 11.107 47.095 12 1.022 Outros contratos cambiais 396.199 - - 396.199 3 -

5.839.019 2.807.884 27.509 8.674.412 245.443 137.274

Derivados de acções:

Mercado de balcão:Swaps de acções/índices 119.394 186.599 399.513 705.506 30.857 6.337 Opções acções/índices (compra) - - 1.251.440 1.251.440 99.411 - Opções acções/índices (venda) - - 1.251.450 1.251.450 - 99.737 Futuros de acções/índices - - 50.000 50.000 - -

119.394 186.599 2.952.403 3.258.396 130.268 106.074

Transaccionados em Bolsa:Futuros de acções/índices 10.869 - - 10.869 - - Opções acções/índices (venda) 291 - - 291 - 255

11.160 - - 11.160 - 255

Derivados de crédito:

Mercado de balcão:'Credit Default Swaps' (CDS) - 368.134 8.352.397 8.720.531 11.712 17.900 Outros 2.458 38.575 1.378.720 1.419.753 24.436 29.951

2.458 406.709 9.731.117 10.140.284 36.148 47.851

Total de instrumentos financeiros transaccionados em:

Mercado de balcão 32.386.482 25.856.557 31.853.810 90.096.849 1.008.272 749.034 Bolsa 1.091.905 58.090 - 1.149.995 - 255

Derivados embutidos 25.751 57.809

33.478.387 25.914.647 31.853.810 91.246.844 1.034.023 807.098

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Banco Comercial Português

A análise da carteira de derivados de negociação por maturidades em 31 de Dezembro de 2004, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2004

Nocionais com prazo remanescente Fair values

Inferior a Entre três Superior três meses meses e um ano a um ano Total Activo Passivo

Derivados de taxa de juro:

Mercado de balcão:Swaps de taxa de juro 9.539.550 5.164.603 28.204.481 42.908.634 128.479 32.653 Opções de taxa de juro (compra) 23.848 - - 23.848 - - Opções de taxa de juro (venda) 23.848 - - 23.848 - - Outros contratos de taxa de juro 1.896.159 - - 1.896.159 - -

11.483.405 5.164.603 28.204.481 44.852.489 128.479 32.653

Transaccionados em Bolsa:Futuros de taxa de juro 478.659 - - 478.659 685 67 Opções de taxa de juro (compra) 18.889 - - 18.889 - -

497.548 - - 497.548 685 67

Derivados de moeda:

Mercado de balcão:Contratos a prazo de moeda (Fwd) 2.032.200 182.056 235 2.214.491 16.790 13.430 Swaps de moeda 3.872.456 830.156 - 4.702.612 19.247 166.107 Opções cambiais (compra) 637.668 - - 637.668 - - Opções cambiais (venda) 491.302 - - 491.302 - - Outros contratos cambiais 775.950 - - 775.950 936 89

7.809.576 1.012.212 235 8.822.023 36.973 179.626

Derivados de acções:

Mercado de balcão:Swaps de acções/índices 536.774 652.792 1.102.667 2.292.233 86.236 8.896

Transaccionados em Bolsa:Futuros sobre acções 2.335 - - 2.335 29 -

Derivados de crédito:

Mercado de balcão:'Credit Default Swaps' (CDS) - 22.220 5.924.610 5.946.830 45.211 351.635 Outros 12.481 60.158 1.539.129 1.611.768 18.481 38.067

12.481 82.378 7.463.739 7.558.598 63.692 389.702

Total de instrumentos financeiros transaccionados em:

Mercado de balcão 19.842.236 6.911.985 36.771.122 63.525.343 315.380 610.877 Bolsa 499.883 - - 499.883 714 67

20.342.119 6.911.985 36.771.122 64.025.226 316.094 610.944

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Banco Comercial Português

A tabela apresentada de seguida, sumariza, por principais divisas, os montantes contratuais dos futuros, das opções e dos contratos a prazo do Grupo, evidenciando astaxas de câmbio contratadas e os períodos remanescentes para a maturidade. Os montantes expressos em moeda estrangeira, são convertidos para euros às taxas emvigor na data do Balanço.

A análise dos derivados de divisas por taxas de câmbio médias e por maturidades em 31 de Dezembro de 2005, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005

Taxa de câmbio média Nocional

Inferior a três Entre três meses Inferior a três Entre três mesesMoeda Descritivo meses e um ano Média meses e um ano Total

AUD Compra 1,6671 - 1,6671 31.070 - 31.070 Venda 1,6156 - 1,6156 14 - 14

CAD Compra 1,4388 1,4657 1,4563 65.346 121.676 187.022 Venda 1,3953 - 1,3953 13.212 - 13.212

CHF Compra 1,5435 1,5308 1,5320 19.279 178.412 197.691 Venda 1,5291 1,5285 1,5291 921.226 24.736 945.962

CZK Compra - - - - - - Venda 29,4207 - 29,4207 665 - 665

DKK Compra 7,4615 - 7,4615 228.601 - 228.601 Venda 7,4528 - 7,4528 73.592 - 73.592

GBP Compra 0,6835 0,7264 0,6988 745.270 412.958 1.158.228 Venda 0,6849 0,7144 0,7103 23.667 144.681 168.348

HKD Compra 9,8904 - 9,8904 61.812 - 61.812 Venda 9,0000 - 9,0000 12.500 - 12.500

HUF Compra 0,0153 - 0,0153 15.531 - 15.531 Venda 0,0153 - 0,0153 59.267 - 59.267

JPY Compra 137,4613 - 137,4613 191.390 - 191.390 Venda 134,8925 139,1503 134,9149 225.091 1.193 226.284

MAD Compra - - - - - - Venda 10,8560 - 10,8560 2 - 2

MOP Compra - - - - - - Venda 9,4241 - 9,4241 135 - 135

NOK Compra 7,7800 - 7,7800 82.974 - 82.974 Venda 7,8333 - 7,8333 3.494 - 3.494

PLN Compra 4,0159 4,1630 4,0926 76.005 82.902 158.907 Venda 3,8406 - 3,8406 6 - 6

SEK Compra 9,3486 9,2973 9,2978 239 26.628 26.867 Venda 9,2896 - 9,2896 2.704 - 2.704

SGD Compra 1,9540 - 1,9540 1 - 1Venda - - - - - -

SKK Compra 37,7691 - 37,7691 361 - 361Venda - - - - - -

USD Compra 1,1929 1,2270 1,2045 3.671.525 1.893.054 5.564.579 Venda 1,1743 1,1608 1,1708 2.069.292 728.381 2.797.673

ZAR Compra 7,6677 - 7,6677 336 - 336Venda 7,4540 - 7,4540 181 - 181

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Banco Comercial Português

A análise dos derivados de divisas por taxas de câmbio médias e por maturidades em 31 de Dezembro de 2004, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2004

Taxa de câmbio média Nocional

Inferior a três Entre três meses Inferior a três Entre três mesesMoeda Descritivo meses e um ano Média meses e um ano Total

AUD Compra 1,7219 1,7819 1,7404 141.161 63.121 204.282 Venda 1,7494 - 1,7494 833 - 833

CAD Compra 1,5714 1,5840 1,5735 81.896 16.447 98.343 Venda 1,6466 - 1,6466 387 - 387

CHF Compra 1,5368 1,5000 1,5343 134.107 9.722 143.829Venda 1,5381 1,5353 1,5381 33.968 325 34.293

DKK Compra 7,4340 - 7,4340 156.734 - 156.734 Venda 7,4317 - 7,4317 141.512 - 141.512

GBP Compra 0,7016 0,7003 0,7015 1.307.843 84.462 1.392.305Venda 0,6934 0,6900 0,6933 139.041 3.021 142.062

HKD Compra 10,4102 - 10,4102 37.672 - 37.672Venda 10,5794 - 10,5794 16.780 - 16.780

JPY Compra 140,1875 132,6389 137,4633 88.771 50.125 138.896Venda 132,5742 135,1656 133,0560 251.898 57.526 309.424

MAD Compra - - - - - - Venda 11,1649 - 11,1649 29 - 29

MOP Compra 10,8968 - 10,8968 16.780 - 16.780Venda - - - - - -

NOK Compra 8,1780 - 8,1780 3.859 - 3.859Venda 8,2270 - 8,2270 5 - 5

PLN Compra 4,8442 4,5952 4,8128 41.070 5.924 46.994Venda 4,0740 - 4,0740 2.399 - 2.399

SEK Compra 9,0079 9,1132 9,1079 410 7.776 8.186Venda 9,0084 - 9,0084 462 - 462

SGD Compra - - - - - -Venda 2,2141 - 2,2141 13 - 13

USD Compra 1,2655 1,2955 1,2734 2.186.506 777.047 2.963.553Venda 1,2983 1,2762 1,2969 544.960 37.129 582.089

ZAR Compra 7,7899 - 7,7899 15.107 - 15.107Venda 7,7912 - 7,7912 14.638 - 14.638

24. Derivados de cobertura

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Activo:Swaps 80.835 1.105Futuros - 2.999

80.835 4.104Passivo:

Swaps 34.957 3.842Futuros - 5.760

34.957 9.602

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Banco Comercial Português

O Grupo contrata instrumentos financeiros derivados para cobrir a sua exposição ao risco de taxa de juro e cambial. O tratamento contabilístico depende da natureza dorisco coberto, nomeadamente se o Grupo está exposto às variações de justo valor, ou a variações de ‘cash-flows’ ou se se encontra perante coberturas de transacçõesfuturas. O Grupo à data de 31 de Dezembro de 2003 e de acordo com os critérios contabilísticos localmente aplicáveis, apresentava na sua carteira de passivos emitidosum conjunto de emissões a taxa fixa para as quais existiam aquela data instrumentos financeiros derivados (IRS) com o objectivo de efectuarem a cobertura do risco detaxa de juro associado a essas emissões.

No âmbito da aplicação da IFRS 1, à data de 1 de Janeiro de 2004, estas operações estavam classificadas como de cobertura, pelo que na Data de transição foramreconhecidas as variações de justo valor dos instrumentos de cobertura assim como do risco de taxa de juro associado aos passivos. Porquanto as referidas operações nãocumpriam com todas as condições requeridas pela IAS 39 foi aplicada a descontinuidade da relação de cobertura, pelo que a carteira de derivados foi considerada comode negociação (valorização ao justo valor por contrapartida de resultados) e procedeu-se à amortização das variações de justo valor do risco de taxa de juro dos passivospelo seu período remanescente. A partir de 1 de Janeiro de 2005, o Grupo, para aquelas relações de cobertura que se enquadram nos requisitos obrigatórios da normaIAS 39, passou a adoptar a contabilidade de cobertura formal, nomeadamente o modelo de cobertura de justo valor e apresenta na sua carteira de derivados,principalmente swaps de taxa de juro, que estão a cobrir variações de justo valor do risco de taxa de juro de Passivos subordinados e Títulos de dívida emitidos.

O Grupo registou em resultados do exercício um montante de Euros 58.548.000 relativo a variações de justo valor de risco de taxa de juro associado aos activos epassivos financeiros acima descritos.

O Grupo realiza periodicamente testes de efectividade das relações de cobertura existentes. Para o período em análise foi registado por contrapartida de resultados omontante de Euros 19.551.000, correspondendo à parcela inefectiva das referidas coberturas de justo valor. O Grupo também designou um conjunto de créditosconcedidos a taxa fixa com prazo superior a um ano, para os quais adoptou uma política de cobertura de carteiras, no que respeita às variações decorrentes da evoluçãoda taxa de juro. As referidas relações de cobertura registaram inefectividade no período em análise no montante de Euros 3.208.000.

O ajustamento efectuado às rubricas do activo e do passivo que incluem items cobertos é analisado como segue:

Euros ’000

Dez 2005

Crédito (5.907)Depósitos (1.602)Títulos emitidos (50.915)Activos financeiros disponíveis

para venda (124)

(58.548)

Os "fair values" dos derivados de cobertura são apresentados líquidos dos juros a pagar e a receber ('clean price') conforme apresentado nas notas 30 e 37.

A análise da carteira de derivados de cobertura por maturidades em 31 Dezembro 2005, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005

Nocionais com prazo remanescente Fair values

Inferior a Entre três Superior três meses meses e um ano a um ano Total Activo Passivo

Derivados de cobertura de fair values com risco de taxa de juro:

Mercado de balcão:Swaps de taxa de juro 151.000 1.285.509 6.713.086 8.149.595 80.835 34.957

Transaccionados em Bolsa:Futuros de taxa de juro 135.315 229.588 375.000 739.903 - -

286.315 1.515.097 7.088.086 8.889.498 80.835 34.957

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Banco Comercial Português

A análise da carteira de derivados de cobertura por maturidades em 31 Dezembro 2004, é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2004

Nocionais com prazo remanescente Fair values

Inferior a Entre três Superior três meses meses e um ano a um ano Total Activo Passivo

Derivados de cobertura de fair values com risco de taxa de juro:

Mercado de balcão:Swaps de taxa de juro - - 97.966 97.966 4.104 9.602

Transaccionados em Bolsa:Futuros de taxa de juro 595.000 - - 595.000 - -

595.000 - 97.966 692.966 4.104 9.602

25. Investimentos em associadas

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Instituições de crédito residentes 9.766 7.867Instituições de crédito não residentes - 10Outras empresas residentes 266.940 244.152Outras empresas não residentes 315 9.038

277.021 261.067

Não cotados 277.021 261.067

O valor dos investimentos em associadas é analisado como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Millenniumbcp Fortis Seguros S.G.P.S., S.A. 247.799 226.363SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 12.610 12.524Unicre – Cartão Internacional de Crédito, S.A. 9.766 7.394VSC - Aluguer de Veículos Sem Condutor, Lda. 6.530 8.052Outras 316 6.734

277.021 261.067

Equivalência patrimonial 277.021 254.873Custo histórico - 6.194

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Banco Comercial Português

Os principais indicadores das associadas são analisados como segue:

Euros ’000

Activos Passivos Proveitos Lucro do exercício

Dez 2005Millenniumbcp Fortis Seguros S.G.P.S., S.A. 9.710.691 8.653.226 1.470.621 39.423SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. (*) 113.515 39.957 110.195 1.295Unicre – Cartão Internacional de Crédito, S.A. (*) 236.477 211.353 285.989 10.964VSC – Aluguer de Veículos Sem Condutor, Lda. 227.966 214.907 65.694 687

Dez 2004Millenniumbcp Fortis Seguros S.G.P. S., S.A. 8.099.822 7.114.754 1.041.794 26.943SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 111.599 46.954 118.778 10.809Unicre – Cartão Internacional de Crédito, S.A. 215.348 190.865 277.755 3.969VSC – Aluguer de Veículos Sem Condutor, Lda. 214.668 202.296 59.887 (245)

(*) - valores estimados.

Em Julho de 2004, o Grupo celebrou um contrato com o Grupo Caixa Geral de Depósitos relativamente à alienação de 100% do capital social das companhias ImpérioBonança – Companhia de Seguros, S.A., Impergesto – Assistência e Serviços, S.A. e Servicomercial – Consultoria e Informática, Lda. e um contrato com o Grupo belga-holandês Fortis relativamente à alienação de 51% do capital social das companhias de seguros Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros de Vida, S.A., Ocidental –Companhia Portuguesa de Seguros, S.A., Pensõesgere – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. e Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, S.A – Medis sujeitosà condição suspensiva de não oposição por parte das Entidades Reguladoras.

As referidas autorizações pelas Entidades Reguladoras nacionais foram subsequentemente obtidas ainda durante o exercício de 2004, criando condições para a execuçãodos contratos, tendo estes assumido definitivamente o carácter de contratos de venda irrevogáveis. De acordo com as cláusulas dos referidos contratos, a gestão dasreferidas Companhias por parte do Grupo passou a estar condicionada às condições aí estabelecidas.

Em Dezembro de 2004, no contexto deste acordo e das condições impostas pela Autoridade da Concorrência, o Grupo Caixa Geral de Depósitos outorgou e o Grupoaceitou um mandato de alienação da Seguro Directo Gere – Companhias de Seguros, S.A. com a obrigação de resultado. Assim, o Grupo manteve registado no seu Activoas acções representativas de 100% do capital desta Companhia e no seu passivo a responsabilidade assumida através do contrato de mandato. De acordo com o referidonas notas 7 e 46, o mandato foi concretizado durante o exercício de 2005.

Os valores de investimento na Millenniumbcp Fortis corresponde à participação de 49% na sociedade pelo método da equivalência patrimonial.

A relação das empresas do Grupo é apresentada na nota 56.

O Grupo limita a sua exposição em investimentos no estrangeiro, através do financiamento do seu investimento líquido em operações no estrangeiro com empréstimosnas mesmas moedas em que efectua esses investimentos, de modo a mitigar o risco de taxas de câmbio. A informação dos investimentos líquidos, detidos pelo Grupo, eminstituições estrangeiras e dos financiamentos utilizados na cobertura dos mesmos, é apresentado como se segue:

Moeda ’000 Euros ’000

Investimento Financiamento Investimento FinanciamentoParticipada Moeda líquido de cobertura líquido de cobertura

BCPBank Canada CAD 26.500.137 29.000.000 19.307.932 21.129.326 Banque Privée BCP (Suisse) S.A. CHF 77.871.203 90.000.000 50.074.724 57.874.092 BCP Capital Finance Limited USD 90.000 90.000 76.291 76.291 BCP Bank & Trust Company Ltd. USD 340.000.000 340.000.000 288.208.867 288.208.867 BCP Finance Bank Ltd USD 337.000.000 337.000.000 285.665.847 285.665.847 BCP International Bank Limited USD 2.190.933 2.190.933 1.857.195 1.857.195 BCP Finance Company. Ltd USD 1.000 1.000 848 848 BCPBank National Association USD 99.299.401 99.299.401 84.173.435 84.173.435 BII Finance Company Limited USD 25.000 25.000 21.192 21.192

A informação relativa aos ganhos e perdas em financiamentos utilizados para a cobertura dos investimentos em instituições estrangeiras, reconhecido em reservas cambiais,é apresentado no mapa de alterações na situação líquida.

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26.Activos e passivos não correntes detidos para venda

Durante o terceiro trimestre de 2005, o Grupo concluiu as negociações com vista à venda das seguintes subsidiárias:

Interbanco

No decurso do terceiro trimestre de 2005 o Grupo chegou a acordo com vista à alienação da sua participação no capital social do Interbanco, S.A. Em Janeiro de 2006, foiconcluído o processo de alienação da participação de 50,001% no capital social do Interbanco. O adquirente foi o Santander Consumer Finance, entidade nomeada pelaSAG, Gest – Soluções Automóvel Globais, SGPS, S.A., no âmbito do exercício de um direito de preferência.

Banque BCP (França e Luxemburgo)

Na sequência das negociações entre o Grupo e a Caisse Nationale des Caisses d'Epargne, com vista ao estabelecimento de uma parceria, com tomada de parte do capitaldos bancos Banque BCP França e Banque BCP Luxemburgo, o Grupo anunciou que as respectivas negociações avançaram significativamente, prevendo-se a entradadaquela entidade no capital dos dois bancos com uma percentagem de 80,1%.

De acordo com o desenvolvimento actual das negociações foi iniciado o processo de informação e consulta dos parceiros sociais em França, o que constitui uma condiçãoprévia, nos termos da legislação local, à conclusão do acordo. Uma vez finalizado este processo, as duas partes deverão ainda submeter o projecto às autoridades de tutela.

De acordo com o disposto na IFRS 5 e conforme descrito na política contabilística apresentada na nota 1 k), as subsidiárias referidas nos parágrafos anteriores, passaram aestar registadas de acordo com os seguintes critérios:

– O total de activos, passivos e capitais próprios atribuíveis ao Grupo, passaram a ser apresentados em três linhas separadas de balanço, e os custos e proveitos do período,atribuíveis, são relevados nas demonstração de resultados consolidados nas linhas referidas;

– Até ao momento da venda, o Grupo deverá continuar a consolidar em reservas e resultados, as variações ocorridas na situação patrimonial das respectivas subsidiárias.

Com referência a 31 de Dezembro de 2005, as principais rubricas relativas às subsidiárias classificadas como Activos não correntes disponíveis para venda são analisadasconforme segue:

Euros ’000

Banque BCP Banque BCPInterbanco (França) (Luxemburgo) Total

Activos

Aplicações em instituições de crédito - 393.116 104.413 497.529 Créditos a clientes 833.593 581.863 238.771 1.654.227 Outros activos 59.439 174.428 10.588 244.455

893.032 1.149.407 353.772 2.396.211 Passivos

Depósitos em instituições de crédito 664.062 15.592 244.217 923.871 Depósitos de clientes 3.354 1.018.946 83.377 1.105.677 Títulos de dívida emitidos 5.568 - 6.349 11.917 Passivos subordinados 35.106 30.000 - 65.106 Outros passivos 132.141 21.340 3.502 156.983

840.231 1.085.878 337.445 2.263.554 Situação Líquida (incluindo Interesses minoritários) 52.801 63.529 16.327 132.657

893.032 1.149.407 353.772 2.396.211

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27. Outros activos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Imóveis 1.101.269 1.170.623 Equipamento

Mobiliário 93.493 138.691 Máquinas 55.043 47.224 Equipamento informático 315.245 349.654 Instalações interiores 141.042 255.110 Viaturas 15.881 14.138 Equipamento de segurança 79.729 88.723

Obras em curso 45.984 54.783 Outros activos tangíveis 40.633 41.989

1.888.319 2.160.935

Amortizações e imparidade acumuladasRelativas ao exercício corrente (114.667) (135.407)Relativas a exercícios anteriores (935.051) (1.077.257)Imparidade - (18.811)

(1.049.718) (1.231.475)

838.601 929.460

A rubrica Imparidade registada, com referência a 31 de Dezembro de 2004, reflecte a diferença entre o valor contabilístico e o valor realizável estimado de um conjuntode imóveis, tendo sido determinado de acordo com a política contabilística descrita na nota 1 p).

Os movimentos da rubrica de Outros activos tangíveis durante o ano de 2005 são analisados como segue:

Euros ’000

Saldo em Aquisições Alienações Diferenças Saldo em1 Janeiro / Dotações / Abates Transferências cambiais 31 Dezembro

Custo:Imóveis 1.170.623 7.812 (60.106) (28.204) 11.144 1.101.269 Equipamento

Mobiliário 138.691 3.302 (49.989) 1.097 392 93.493 Máquinas 47.224 970 (1.578) 7.296 1.131 55.043 Equipamento informático 349.654 9.456 (66.376) 19.908 2.603 315.245 Instalações interiores 255.110 1.341 (100.650) (15.754) 995 141.042 Viaturas 14.138 1.976 (1.549) 1.312 4 15.881 Equipamento de segurança 88.723 917 (9.101) (578) (232) 79.729

Obras em curso 54.783 22.714 (2.432) (29.357) 276 45.984 Outros activos tangíveis 41.989 624 (211) (3.186) 1.417 40.633

2.160.935 49.112 (291.992) (47.466) 17.730 1.888.319

Amortizações acumuladas:Imóveis 461.389 57.832 (45.352) (43.223) 3.801 434.447 Equipamento

Mobiliário 117.379 9.798 (49.534) (6.219) 187 71.611 Máquinas 41.733 5.880 (1.578) 494 1.001 47.530 Equipamento informático 315.241 23.158 (65.780) 15.302 2.553 290.474 Instalações interiores 191.369 10.920 (94.044) (7.448) 952 101.749 Viaturas 9.857 1.344 (1.226) 1.092 (54) 11.013 Equipamento de segurança 70.338 4.158 (9.101) (423) (72) 64.900

Outros activos tangíveis 24.169 1.577 (211) 1.468 991 27.994

1.231.475 114.667 (266.826) (38.957) 9.359 1.049.718

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28. Goodwill e activos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Imobilizações incorpóreas

Despesas de estabelecimento 15.530 5.585 'Software' 124.230 183.174 Outras activos intangíveis 72.264 57.164

212.024 245.923 Amortizações acumuladas

Relativas ao exercício corrente (25.122) (76.778)Relativas a exercícios anteriores (142.729) (110.395)

(167.851) (187.173)

44.173 58.750 Diferenças de consolidação e de reavaliação ('Goodwill')

Diferenças de consolidação NovaBank, S.A. 294.020 - Banco Investimento Imobiliário, S.A. 40.859 - Outros 1.437 -

336.316 -

380.489 58.750

Em Abril de 2005, o Grupo BCP adquiriu 49,9 % do capital social do NovaBank, S.A., através da sua subsidiária, BCP Participações Financeiras, SGPS, S.A., que estabeleceuum contrato para a aquisição de 2.774.999 acções pelo montante Euros 360 milhões, passando a deter 100% do capital social desta participada. A aquisição gerou umgoodwill nas contas consolidadas do Grupo BCP no montante de Euros 294.020.000 com base no 'fair value' dos activos e passivos atribuíveis à parte do capital adquirido.

Em Outubro de 2005, o Grupo BCP adquiriu 30,1% do capital social do Banco de Investimento Imobiliário, S.A., através do estabelecimento de um contrato para aaquisição de 47.250.000 acções pelo montante de Euros 90.500.000, passando a deter 100% do capital social desta participada. A aquisição gerou um goodwill nas contasconsolidadas do grupo BCP no montante de Euros 40.859.000 com base no 'fair value' dos activos e passivos atribuíveis à parte do capital adquirido.

Os movimentos da rubrica de Activos intangíveis, durante o ano de 2005, são analisados como segue:

Euros ’000

Saldo em Aquisições Alienações Diferenças Saldo em1 Janeiro / Dotações / Abates Transferências cambiais 31 Dezembro

Custo:Despesas de estabelecimento 5.585 - (654) 10.658 (59) 15.530 'Software' 183.174 13.467 (37.048) (37.579) 2.216 124.230 Outros activos intangíveis 57.164 1.898 (1.044) 11.159 3.087 72.264

245.923 15.365 (38.746) (15.762) 5.244 212.024 Diferenças de consolidação

e de reavaliação - 336.316 - - - 336.316

245.923 351.681 (38.746) (15.762) 5.244 548.340

Amortizações acumuladas:Despesas de estabelecimento 4.947 2.324 (654) 1.077 (3) 7.691 'Software' 123.820 20.072 (36.285) (17.830) 2.235 92.012 Outros activos intangíveis 58.406 2.726 (979) 5.575 2.420 68.148

187.173 25.122 (37.918) (11.178) 4.652 167.851

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29.Activos por impostos diferidos e Passivos por impostos diferidos

Activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 gerados por diferenças temporárias da seguinte natureza:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Activo Passivo Activo Passivo

Activos intangíveis 2.816 68 15.314 - Outros activos tangíveis 17.804 2.160 4.278 - Perdas por imparidade 151.151 297 122.211 - Pensões de reforma 266.933 - 237.637 - Outros 53.582 33.707 225.797 - Prejuízos fiscais reportáveis 220.034 - 89.517 -

712.320 36.232 694.754 -

Activos por impostos diferidos 676.088 694.754

Outros activos tangíveis - 67 - 1.013Pensões de reforma - - - 20Activos financeiros disponíveis para venda (AFS) - 4.663 - 3.434Outros - 37.968 - 34.506

- 42.698 - 38.973

Passivos por impostos diferidos 42.698 38.973

Impostos diferidos líquidos 633.390 655.781

Os activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são reconhecidos quando exista uma expectativa razoável de haver lucrostributáveis futuros. A incerteza da recuperabilidade de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto é considerada no apuramento de activos por impostos diferidos.

Os activos e passivos por impostos diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre que nos termos da legislação aplicável, o Grupo possa compensar activos porimpostos correntes com passivos por impostos correntes e sempre que os impostos diferidos estejam relacionados com o mesmo imposto.

O movimento do exercício da rubrica de impostos diferidos líquidos:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Saldo em 1 de Janeiro 655.781 671.551 Transferências resultantes de

alterações na estrutura do Grupo 9.808 - Encargos do exercício (24.515) (9.174)Movimentos em reservas (14.348) (10.186)Diferenças cambiais 6.664 3.590

Saldo em 31 de Dezembro 633.390 655.781

O saldo de imposto diferido activo no início do período inclui o montante correspondente ao efeito do ajustamento de transição resultante da adopção das IFRS, por con-trapartida de resultados transitados e reservas.

A variação de saldo dos impostos diferidos líquidos não corresponde aos encargos de impostos diferidos do exercício devido à existência de um conjunto de situaçõesque implica o reconhecimento do imposto em capitais próprios: (i) ganhos e perdas potenciais decorrentes da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda; (ii)diferenças cambiais da conversão de impostos diferidos activos e passivos de subsidiárias no estrangeiro e (iii) aquisições e alienações de subsidiárias.

Em 31 de Dezembro de 2005, o valor global de impostos relativos a situações cujo impacto é registado em capitais próprios, foi de Euros 14.348.000 (31 de Dezembro de2004: Euros 10.186.000).

Em 31 de Dezembro de 2005 existiam diferenças temporárias não reconhecidas respeitantes, essencialmente, a prejuízos fiscais reportáveis cujo valor ascendia a Euros155.029.000 (31 de Dezembro de 2004: Euros 148.378.000). Os referidos montantes não foram reconhecidos tendo em consideração o grau e o período da sua eventualrecuperabilidade.

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30. Outros activos

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Devedores 477.288 337.812 Aplicações por recuperação de crédito e outros activos 856.501 697.140 Valores a cobrar 65.400 41.578 Outros impostos a recuperar 80.189 100.537 Bonificações a receber 308.207 443.148 Associadas 54.693 60.935 Juros e outros proveitos a receber 102.536 901.841 Despesas antecipadas 1.588.936 1.153.021 Operações sobre títulos a receber 172.285 131.849 Valores a debitar a clientes 154.876 167.266 Provisões técnicas de resseguro cedido 242 - Contas diversas 284.488 438.931

4.145.641 4.474.058

Imparidade para outros activos (120.257) (134.859)

4.025.384 4.339.199

A rubrica Aplicações por recuperação de crédito e outros activos inclui o montante de Euros 215.071.000 (31 de Dezembro de 2004: Euros 187.282.000) relativos aimóveis registados no Fundo de Investimento Imobiliário Imosotto Acumulação e no Fundo de Investimento Imobiliário Gestão Imobiliária que, de acordo com a SIC 12,são consolidados integralmente, conforme política contabilística descrita na nota 1 b).

Em 31 de Dezembro de 2005, a rubrica Despesas antecipadas inclui os montantes de Euros 549.201.000 e Euros 921.620.000, relativos ao valor do corredor e perdasactuariais diferidas em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1 v).

A rubrica Juros e outros proveitos a receber inclui, em 31 de Dezembro de 2005, o montante de Euros 34.967.000 relativo a juros dos derivados de cobertura, conformedescrito na nota 24.

Os movimentos da imparidade para outros activos são analisados como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Saldo em 1 de Janeiro 134.859 92.683 Transferências resultantes de alterações na estrutura

do Grupo (2.108) - Transferências 62.719 10.657 Dotação do exercício 23.281 44.363 Reversão do exercício (4.306) (5.922)Utilização de imparidades (93.897) (7.704)Diferenças cambiais (291) 782

Saldo em 31 de Dezembro 120.257 134.859

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31. Depósitos de outras instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Não Nãoremunerados Remunerados Total remunerados Remunerados Total

Mercado Monetário Interbancário - 581.392 581.392 - 301.590 301.590 Recursos de outras instituições

de crédito no país 27.899 31.572 59.471 20.221 154.795 175.016 Recursos de instituições de

crédito no estrangeiro 129.034 10.436.122 10.565.156 158.680 9.166.654 9.325.334

156.933 11.049.086 11.206.019 178.901 9.623.039 9.801.940

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Até 3 meses 6.457.493 4.993.700 3 meses até 6 meses 2.742.361 1.343.130 6 meses até 1 ano 1.053.656 1.647.821 1 ano até 5 anos 609.594 747.580 Mais de 5 anos 342.915 1.069.709

11.206.019 9.801.940

32. Depósitos de clientes

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Não Nãoremunerados Remunerados Total remunerados Remunerados Total

Depósitos para com clientes Depósitos à ordem 12.501.599 2.039.507 14.541.106 12.149.271 1.347.786 13.497.057 Depósitos a prazo - 13.902.223 13.902.223 - 13.722.884 13.722.884 Depósitos de poupança - 5.226.113 5.226.113 - 5.726.661 5.726.661

Bilhetes do Tesouro e outros activos com acordo de recompra - 448.962 448.962 - 244.219 244.219

Outros débitos - 277.027 277.027 - 201.960 201.960

12.501.599 21.893.832 34.395.431 12.149.271 21.243.510 33.392.781

Nos termos da Portaria 180/94, de 15 de Dezembro, foi constituído o Fundo de Garantia de Depósitos, cuja finalidade é a garantia de reembolso de depósitos cons-tituídos nas Instituições de Crédito. Os critérios a que obedecem os cálculos das contribuições anuais para o referido Fundo estão fixados no Aviso nº 11/94 do Banco dePortugal.

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A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Depósitos à ordem: 2.039.507 1.347.786

Depósitos a prazo e de poupança:Até 3 meses 18.490.621 14.082.911 3 meses até 6 meses 98.962 2.553.595 6 meses até 1 ano 86.616 2.235.235 1 ano até 5 anos 452.137 570.645 Mais de 5 anos - 7.159

19.128.336 19.449.545 Bilhetes do Tesouro e outros activos

com acordos de recompra:Até 3 meses 434.335 239.437 3 meses até 6 meses 9.907 4.782 6 meses até 1 ano 4.720 -

448.962 244.219 Outros débitos:

Até 3 meses 101.030 98.633 3 meses até 6 meses 9.891 2.247 6 meses até 1 ano 40.976 3.158 1 ano até 5 anos 125.130 76.170 Mais de 5 anos - 21.752

277.027 201.960

21.893.832 21.243.510

33.Títulos de dívida emitidos

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Certificados de Depósito - 7.441 Empréstimos obrigacionistas 14.775.903 14.299.729 Papel comercial 3.394.164 2.687.531 Outros 60.314 33.336

18.230.381 17.028.037

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005

Banco Comercial Português

Em 31 de Dezembro de 2005, as emissões do Grupo, são analisadas como segue:

Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

Empréstimos obrigacionistas:Banco Comercial Português:

Obr. Investimento Real Maio, 1999 Maio, 2006 Indexada ao IPC 382 EMTN BCP-SFE 21ª Em. Maio, 2000 Maio, 2010 Taxa fixa de 5,2% 66.199 EMTN BCP-SFE 42ª Em Fevereiro, 2001 Agosto, 2006 Taxa fixa de 4,28% 5.031 BCP-SFI - CG Arco-Iris - 2006 Março, 2001 Março, 2006 Indexada a um cabaz de 3 índices 2.001 *BCP 4,9% Nov 01/11-2ª Em. Novembro, 2001 Novembro, 2011 Taxa fixa de 4,9% 180.959 BCP 5,4% Nov 01/11-1ª Em. Novembro, 2001 Novembro, 2011 Taxa fixa de 5,4% 25.445 BCP 5,34% Março-02/Mar-12 Março, 2002 Março, 2012 Taxa fixa de 5,34% 173.036 BCP 4,83% Agosto 2007 Agosto, 2002 Agosto, 2007 Taxa fixa de 4,83% 137.320 BCP SFE Poup. Cresc. 1ª Em. Janeiro, 2003 Janeiro, 2006 1º cupão 4%; no vencimento 5,3% 4.055 BCP SFI Poup. Cresc. 1ª Em. Janeiro, 2003 Janeiro, 2006 1º cupão 4%; no vencimento 5,3% 10.739 BCP SFE Poup. Cresc. 2007 Fevereiro, 2003 Fevereiro, 2007 1º cupão 4%; no vencimento 8,25% 12.886 BCP SFI Poup. Cresc. 2007 Fevereiro, 2003 Fevereiro, 2007 1º cupão 4%; no vencimento 8,25% 28.025 BCP SFE Poup. Cr. 2006 2 Em. Março, 2003 Março, 2006 1º cupão 3,15%; no vencimento 4,55% 1.668 BCP SFI Poup. Cr. Mar 2003/06 Março, 2003 Março, 2006 1º cupão 3,15%; no vencimento 4,55% 7.989 BCP SFI Snowball 2003/2006 Maio, 2003 Maio, 2006 Indexada a cabaz de 10 acções 6.400 *BCP SFE Rend. Cr. Jul 2003/06 Julho, 2003 Julho, 2006 Tx crescente: 1º ano 1,75%; 2º ano 5.670

2,25%; 3º ano 3%BCP SFI Rend. Cr. Jul 2003/06 Julho, 2003 Julho, 2006 Tx crescente: 1º ano 1,75%; 2º ano 24.284

2,25%; 3º ano 3%BCP SFE Rend. Cr. Set 2003/06 Setembro, 2003 Setembro, 2006 Tx crescente: 1º ano 1,75%; 2º ano 22.229

2,25%; 3º ano 3%BCP Ob Cx Set 2003/2011 Setembro, 2003 Setembro, 2011 Taxa fixa de 4,37% 125.290 BCP SFI Rend. Cr. Set 2003/06 Setembro, 2003 Setembro, 2006 Tx crescente: 1º ano 1,75%; 2º ano 58.114

2,25%; 3º ano 3%BCP SFE Rend. Cr. Out 2003/06 Outubro, 2003 Outubro, 2006 Tx crescente: 1º ano 2%; 2º ano 17.360

2,75%; 3º ano 3,5%BCP SFI Rend. Cr. Out 2003/06 Outubro, 2003 Outubro, 2006 Tx crescente: 1º ano 2%; 2º ano 58.340

2,75%; 3º ano 3,5%BCP 3.78% Dez 2008 Dezembro, 2003 Dezembro, 2008 Taxa fixa de 3,78% 15.311 BCP 3.85% Dez 2008 Dezembro, 2003 Dezembro, 2008 Taxa fixa de 3,85% 4.937 BCP Dez 2003-2008 Dezembro, 2003 Dezembro, 2008 Euribor 360 6 meses + 0,21% 15.000 BCP SFE Rend. Cr. Jan 04/08 Janeiro, 2004 Janeiro, 2008 Tx crescente: 1ºano 2,125%; 2ºano 2,5%; 5.329

3ºano 3%; 4ºano 5%BCP SFI Rend. Cr. Jan 04/08 Janeiro, 2004 Janeiro, 2008 Tx crescente: 1ºano 2,125%; 2ºano 2,5% 12.541

3ºano 3%; 4ºano 5%BCP SFI Glo.Eq.Inc.Bui.Strat. Janeiro, 2004 Janeiro, 2009 Indexada a um cabaz de 20 acções 4.250 *BCP SFI Glob.Equity Strategy Fevereiro, 2004 Fevereiro, 2009 Indexada a um cabaz de índices 4.238 *BCP SFI Tx Cresc. Fev 04/07 Fevereiro, 2004 Fevereiro, 2007 Tx crescente: 1ºano 2%; 2ºano 2,75% 10.026

3ºano 3,1%BCP SFE Tx Cresc. Fev 04/07 Fevereiro, 2004 Fevereiro, 2007 Tx crescente: 1ºano 2%; 2ºano 2,75%; 3.293

3ºano 3,1%BCP SFE Rend. Cr. Mar 04/07 Março, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 2.207

3º e 4º Sem. 2,25%; 5º e 6º Sem. 3%;7º Sem. 3,65%

BCP SFI Rend. Cr. Mar 04/07 Março, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 8.956 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º e 6º Sem. 3%;7º Sem. 3,65%

BCP SFE Tx Cresc. Mai 04/07 Maio, 2004 Novembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 2.782 3º e 4º Sem. 2,2%; 5º e 6º Sem. 2,4%;7º Sem. 3%

BCP SFI Tx Cresc. 04/07 Maio, 2004 Novembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 7.566 3º e 4º Sem. 2,2%; 5º e 6º Sem. 2,4%;7º Sem. 3%

BCP SFE Glob.Target Red. Maio, 2004 Maio, 2009 Indexada a um cabaz de 20 acções 2.140 *BCP SFI Glob.Target Red. Maio, 2004 Maio, 2009 Indexada a um cabaz de 20 acções 2.380 *BCP SFE Rend. Cr. Jun 04/07 Junho, 2004 Junho, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 4.473

3º e 4º Sem. 2,45%; 5º e 6º Sem. 3%BCP SFI Rend. Cr. Jun 04/07 Junho, 2004 Junho, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 5.681

3º e 4º Sem. 2,45%; 5º e 6º Sem. 3%;BCP Rend. Cresc. Jul 04/07 Julho, 2004 Julho, 2007 Tx crescente: 1º ano 2,15%; 2º ano 1.988

2,5%; 3º ano 3,5%BCP SFI Up&Out Eq.Strat. Julho, 2004 Julho, 2006 Index. ao Índice Down Jones 2.650 *

EuroStoxx 50

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Banco Comercial Português

(continuação)

Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

BCP Aforro Millen. Ago 04/06 Agosto, 2004 Agosto, 2006 Tx crescente: 1º Trim. 1,55%; 2º Trim. 211.318 1,65%; 3º Trim. 1,75%; 4º Trim. 1,85%;5º Trim. 2,125%; 6º Trim. 2,5%; 7º Trim.3,5%; 8º Trim. 4,5%

BCP SFE Af. Millen. Ago 04/06 Agosto, 2004 Agosto, 2006 Tx crescente: 1º Trim. 1,55%; 2º Trim. 8.262 1,65%; 3º Trim. 1,75%; 4º Trim. 1,85%;5º Trim. 2,125%; 6º Trim. 2,5%; 7º Trim.3,5%; 8º Trim. 4,5%

BCP SFI Af. Millen. Ago 04/06 Agosto, 2004 Agosto, 2006 Tx crescente: 1º Trim. 1,55%; 2º Trim. 23.076 1,65%; 3º Trim. 1,75%; 4º Trim. 1,85%;5º Trim. 2,125%; 6º Trim. 2,5%; 7º Trim.3,5%; 8º Trim. 4,5%

BCP Aforro Millen. Set 04/06 Setembro, 2004 Setembro, 2006 Tx crescente: 1º Trim. 1,55%; 2º Trim. 135.299 1,65%; 3º Trim. 1,75%; 4º Trim. 1,85%;5º Trim. 2,125%; 6º Trim. 2,5%; 7º Trim.3,5%; 8º Trim. 4,5%

BCP SFE Rend. Cr. Set 04/07 Setembro, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 30.743 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º Sem. 3%;6º Sem. 5%

BCP SFI Rend. Cr. Set 04/07 Setembro, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 101.113 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º Sem. 3%;6º Sem. 5%

BCP SFE R. Cr. Set 04/07 2ª Em. Setembro, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 1,75%; 30.958 3º e 4º Sem. 2%; 5º Sem. 3%;6º Sem. 5%

BCP SFI R. Cr. Set 04/07 2ª Em. Setembro, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 124.344 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º Sem. 3%;6º Sem. 5%

BCP Rend.Cresc. Out 04/07 Outubro, 2004 Outubro, 2007 Tx crescente: 1º Trim. 1,6%; 2º Trim. 75.775 1,8%; 3º Trim. 2%; 4º Trim. 2,5%;5º Trim. 3%; 6º Trim. 4,5%

BCP Esc. Mund. 18% Out 04/07 Outubro, 2004 Outubro, 2007 Indexada a cabaz de índices 15.551 *BCP SFE Rend. Cr. 04/07 Novembro, 2004 Novembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2,125%; 20.536

3º e 4º Sem. 2,5%; 5º Sem. 3%;6º Sem. 3,5%

BCP SFI Rend. Cr. Nov 04/07 Novembro, 2004 Novembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2,125%; 73.770 3º e 4º Sem. 2,5%; 5º Sem. 3%;6º Sem. 3,5%

BCP Super Inv.Mill.Nov 04/09 Novembro, 2004 Novembro, 2009 Indexada a um cabaz de fundos 55.371 *BCP Aforro Millen. Dez 04/07 Dezembro, 2004 Dezembro, 2007 Tx crescente: 1º Sem. 1,7%; 2º Sem. 177.798

1,8%; 3º Sem. 1,9%; 4º Sem. 2%;5º Sem. 2,9%; 6º Sem. 5%

BCP SFE Rend. Cr. Dez 04/07 Dezembro, 2004 Dezembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 27.778 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º Sem. 2,6%;6º Sem. 3,15%

BCP SFI Rend. Cr. Dez 04/07 Dezembro, 2004 Dezembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 35.722 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º Sem. 2,6%;6º Sem. 3,15%

BCP Rend.Cr.Fev 05/09 Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2009 Tx crescente: 1º ano 2%; 2º ano 2,25%; 42.844 3º ano 2,5%; 4º ano 3,125%

BCP SFI Rend.Cr.Fev 05/08 Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2008 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 53.582 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º Sem. 2,5%;6º Sem. 3,1%

BCP SFE Rend.Cr.Fev 05/08 Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2008 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 13.044 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º Sem. 2,5%;6º Sem. 3,1%

BCP Rend. Cr. Set 08 Março, 2005 Setembro, 2008 Tx crescente: 1º Sem. 2%; 2º Sem. 2,125%; 101.522 3º Sem. 2,25%; 4º Sem. 2,5%;5º Sem. 2,75%; 6º Sem. 3%;7º Sem. 3,25%

BCP Rend. 8 Março 10 Março, 2005 Março, 2010 1º ano 4%; 2º ano e seguintes 29.377 *Max (9,3% - 2 * Euribor 12 meses)

BCP SFI Rend.Cr. Março 05/08 Março, 2005 Março, 2008 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 21.346 3º e 4º Sem. 2,2%; 5º Sem. 2,5%;6º Sem. 3%

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Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

BCP Mill. Ind. Mun. Mar 05/10 Março, 2005 Março, 2010 Indexada a cabaz de índices 14.935 *BCP SFE Rend.Cr. Março 05/08 Março, 2005 Março, 2008 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 5.115

3º e 4º Sem. 2,2%; 5º Sem. 2,5%;6º Sem. 3%

BCP Super Inv.Mill. 05/10 Abril, 2005 Dezembro, 2010 Indexada a um cabaz de fundos 48.152 *BCP Rend.Cr. Nov 08 Maio, 2005 Novembro, 2008 Tx crescente: 1º e 2º Trim. 2%; 33.927

3º e 4º Trim. 2,15%; 5º e 6º Trim. 2,3%;7º e 8º Trim. 2,4%; 9º e 10º Trim. 2,5%;11º e 12º Trim. 3%; 13º e 14º Trim. 3,15%

BCP Rend. Cr. Maio 08 Maio, 2005 Maio, 2008 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 14.549 3º e 4º Sem. 2,2%; 5º Sem. 2,4%;6º Sem. 2,65%

BCP Rend. 8 Maio 10 Maio, 2005 Maio, 2010 1º ano 4%; 2º ano e seguintes 19.560 *Max (10,17% - 2 * Euribor 12 meses)

BCP Rend. 8 Maio 10 2ª em. Maio, 2005 Maio, 2010 1º ano 4%; 2º ano e seguintes 9.821 *Max (9,15% - 2 * Euribor 12 meses)

BCP SFI Rend. Cr. Maio 05/08 Maio, 2005 Maio, 2008 Tx crescente: 1º Sem. 2%; 2º Sem. 2,1%; 17.357 3º Sem. 2,25%; 4º Sem. 2,4%;5º Sem. 2,6%; 6º Sem. 3,25%

BCP SFE Rend. Cr. Maio 05/08 Maio, 2005 Maio, 2008 Tx crescente: 1º Sem. 2%; 2º Sem. 2,1%; 4.640 3º Sem. 2,25%; 4º Sem. 2,4%;5º Sem. 2,6%; 6º Sem. 3,25%

BCP Rend. Cr. Junho 08 Junho, 2005 Junho, 2008 Tx crescente: 1º ano 2%; 27.444 2º ano 2,1%; 3º ano 2,2%

BCP SFI 5% Junho 05/08 Junho, 2005 Junho, 2008 Taxa fixa de 5% 32.508 BCP Activo 4 Junho 05/09 Junho, 2005 Junho, 2009 Indexada a um cabaz de acções 5.320 *BCP SFE 5% Junho 05/08 Junho, 2005 Junho, 2008 Taxa fixa de 5% 12.479 BCP Ob Cx Aex Ago 05/10 Agosto, 2005 Agosto, 2010 Indexada ao índice Aex 10.000 *BCP Ob Cx Sp/Mib Ago 05/10 Agosto, 2005 Agosto, 2010 Indexada ao índice Mib 10.000 *BCP Ob Cx Dj euroxx50 Agosto, 2005 Agosto, 2010 Indexada ao índice Dj euroxx50 10.000 *BCP Ob Cx Cac 40 Agosto, 2005 Agosto, 2010 Indexada ao índice Cac 40 10.000 *BCP Ob Cx Ibex 35 Agosto, 2005 Agosto, 2010 Indexada ao índice Ibex 35 10.000 *BCP Ob Cx Rend. 7 - Ago 2010 Agosto, 2005 Agosto, 2010 1º ano 3,25%; 2º ano e seguintes 29.378 *

Max(8,1% - 2 * Euribor 12 meses)BCP Ob Cx R. Cr. Set 08 2ª em. Setembro, 2005 Setembro, 2008 1º Sem. 1,7%; 2º Sem. 1,85%; 24.182

3º Sem. 2%; 4º Sem. 2,2%;5º Sem. 2,4%; 6º Sem. 2,7%

BCP SFI Ob Cx B Eq. S. Set 07 Setembro, 2005 Setembro, 2007 Indexada ao Índice Down Jones EuroStoxx 50 2.850 *BCP Ob Cx Triplo R. Set 05/10 Setembro, 2005 Setembro, 2010 Indexada ao Índice Down Jones Global Titans 50 9.416 *BCP Ob Cx Rend. Cr. Out 2008 Outubro, 2005 Outubro, 2008 1º Sem. 1,7%; 2º Sem. 1,8%; 14.698

3º Sem. 1,9%; 4º Sem. 2%;5º Sem. 2,1%; 6º Sem. 2,5%

BCP Ob Cx Rend. 7 Out 2010 Outubro, 2005 Outubro, 2010 1º ano 3,5%; 2º ano e seguintes 10.217 *Max(8,31% - 2 * Euribor 12M)

BCP Ob Cx R. C. Nov 08 2ª em. Novembro, 2005 Novembro, 2008 1º ano 2%; 2º ano 2,25%; 20.634 5º Sem. 2,5%; 6º Sem. 2,6%

BCP Ob Cx Mill. 7Pc Nov 05/10 Novembro, 2005 Novembro, 2010 Indexada ao índice Nikkei 225 15.655 *BCP SFI Ob Cx R. Cr. Nov 08 Novembro, 2005 Novembro, 2008 1º ano 2%; 2º ano 2,25%; 3.469

5º Sem. 2,5%; 6º Sem. 2,6%BCP SFI Ob Cx S. Eq. S. Nov 10 Novembro, 2005 Novembro, 2010 Indexada ao índice Nikkei 225 8.805 *BCP Ob Cx Rend. Real Nov 10 Novembro, 2005 Novembro, 2010 Indexada ao índice IPC 15.000 *BCP SFE Ob Cx R. Cr. Nov 08 Novembro, 2005 Novembro, 2008 1º ano 2%; 2º ano 2,25%; 765

5º Sem. 2,5%; 6º Sem. 2,6%BCP Ob Cx E. Gr. S. Dez 05/15 Dezembro, 2005 Dezembro, 2015 Indexada ao índice DJ EuroStoxx 50 2.427 *BCP SFI Ob Cx W. G. I. Dez 08 Dezembro, 2005 Dezembro, 2008 Indexada a cabaz de índices 7.000 *

BCP Investimento :Obr. Investimento Real Maio, 1999 Maio, 2006 Indexada ao IPC 19.658 Rend. Seguro Set00/08 Setembro, 2000 Setembro, 2008 Taxa fixa de 3% 27.890 *Rend. Seguro 2ªEm-Out00/08 Outubro, 2000 Setembro, 2008 Taxa fixa de 3% 1.250 *5,72% - Nov00/08 1ª Série Novembro, 2000 Novembro, 2008 Taxa fixa de 5,72% 28.477 5,72% - Nov00/08 2ª Série Novembro, 2000 Novembro, 2008 Taxa fixa de 5,72% 16.420 5,825% - Nov00/08 1ª Série Novembro, 2000 Novembro, 2008 Taxa fixa de 5,825% 59.250 5,825% - Nov00/08-2ª Série Novembro, 2000 Novembro, 2008 Taxa fixa de 5,825% 49.820 5,65% - Nov08 3ª Série Dezembro, 2000 Novembro, 2008 Taxa fixa de 5,65% 4.113

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(continuação)

Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

5,32% - 2001/09 Mar 2009 Março, 2001 Março, 2009 Taxa fixa de 5,32% 50.847 5,34% - 2001/09 Mar 2009 Março, 2001 Março, 2009 Taxa fixa de 5,34% 15.259 5,35% - 2001/09 Mar 2009 Março, 2001 Março, 2009 Taxa fixa de 5,35% 12.923 5,36% - 2001/09 Mar 2009 Março, 2001 Março, 2009 Taxa fixa de 5,36% 37.653 6,522% - Março 2001/2009 Março, 2001 Março, 2009 Taxa fixa de 6,522% 7.813 Rendimento Seguro 2001/2009 Março, 2001 Março, 2009 Taxa fixa de 1,95% 7.500 *BCP Inv.Taxa Crescente 2007 Fevereiro, 2002 Fevereiro, 2007 Tx crescente: 1º ano 3,37%; 2º ano 49.443

3,62%; 3º ano 3,87%; 4º ano 4,12%;5º ano 4,37%

Invest. Duplo 2003 4% Fev 06 Fevereiro, 2003 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 4% 17.249 *Invest. Duplo 2003 Var. Fev 06 Fevereiro, 2003 Fevereiro, 2006 Indexada a cabaz de 6 acções 17.211 *Rendimento Certo Fev 03/06 Fevereiro, 2003 Fevereiro, 2006 Tx crescente: 1º ano 2,5%; 2º ano 2,75%; 37.032

3º ano 3%Inv. Duplo 2003 4% Mar 06 Março, 2003 Março, 2006 Taxa fixa de 4% 16.668 *Inv. Duplo 2003 Var. Mar 06 Março, 2003 Março, 2006 Indexada a cabaz de 6 acções 16.926 *Rendimento Certo Mar 03/06 Março, 2003 Março, 2006 Tx crescente: 1º ano 2,125%; 2º ano 37.461

2,25%; 3º ano 3,25%Inv. Duplo 2003 4% Maio 06 Maio, 2003 Maio, 2006 Taxa fixa de 4% 13.793 *Inv. Duplo 2003 Var. Maio 06 Maio, 2003 Maio, 2006 Indexada a cabaz de 6 acções 13.579 *Rend. Certo Mais Maio 03/06 Maio, 2003 Maio, 2006 Tx crescente: 1º ano 2,1%; 2º ano 2,2%; 20.660

3º ano Min (Euribor 12 meses + 0,65%; 4,15%)Invest Duplo 2003 Var. Jun 06 Junho, 2003 Junho, 2006 Indexada a cabaz de 6 acções 9.672 *Invest. Combinado Junho 03/06 Junho, 2003 Junho, 2006 Indexada ao Dow Jones Eurostoxx 50 Index 20.268 *Invest. Duplo 2003 4% Jun 06 Junho, 2003 Junho, 2006 Taxa fixa de 4% 9.193 *Rendim Certo Junho 2003/06 Junho, 2003 Junho, 2006 Tx crescente: 1º ano 2%; 2º ano 2,5%; 16.277

3º ano 3%Rendim. Crescente Julho 03/06 Julho, 2003 Julho, 2006 Tx crescente: 1º ano 1,75%; 2º ano 2,25%; 33.272

3º ano 3%Rendim. Crescente Set 03/06 Setembro, 2003 Setembro, 2006 Tx crescente: 1º ano 1,75%; 2º ano 2,25%; 37.302

3º ano 3%Valorização Máxima Set 03/06 Setembro, 2003 Setembro, 2006 Indexada a cabaz de índices 15.832 *Rendim. Crescente Out 03/06 Outubro, 2003 Outubro, 2006 Tx crescente: 1º ano 2%; 2º ano 2,75%; 60,929

3º ano 3,5%Valoriz. Máxima 03-06 2ª Em. Outubro, 2003 Outubro, 2006 Indexada a cabaz de índices 21.378 *6 Em Linha Nov 03/06 Novembro, 2003 Novembro, 2006 Indexada a cabaz de índices 42.198 *Rend. Crescente Fev 04/07 Fevereiro, 2004 Fevereiro, 2007 Tx crescente: 1º ano 2%; 2º ano 3%; 20.886

3º ano 3,5%Rend. Cresc. Fev 04/07 2ª Em. Fevereiro, 2004 Fevereiro, 2007 Tx crescente: 1º ano 2%; 2º ano 2,5%; 12.635

3º ano 3%Invest. 5% Ja Fev 04/07 Fevereiro, 2004 Fevereiro, 2007 Indexada a um cabaz de 6 índices 22.963 *Rend. Crescente Mar 04/07 Março, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 26.508

3º e 4º Sem. 2,25%; 5º e 6º Sem. 3%;7º Sem. 3,65%

Rend. Cresc. Mar 04/07 2ª Em. Março, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 12.964 3º e 4º Sem. 2,25%; 5º e 6º Sem. 2,5%;7º Sem. 3%

Rendimento 8 Mar 04/09 Março, 2004 Março, 2009 1º ano 4% ; 2º ano e seguintes Max 27.492 *(11,55% - 2 * Euribor 12 meses; 0)

3 Mais Março 04/07 Março, 2004 Março, 2007 Indexada a um cabaz de 10 acções 23.609 *Rend. Crescente Maio 04/07 Maio, 2004 Novembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 45.051

3º e 4º Sem. 2,2%; 5º e 6º Sem. 2,4%;7º Sem. 3%

Valoriz. Europa Maio 04/09 Maio, 2004 Maio, 2009 Indexada a um cabaz de índices 23.726 *Rend. Crescente Jun 04/07 Junho, 2004 Junho, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2%; 31.712

3º e 4º Sem. 2,45%; 5º e 6º Sem. 3%;Invest. Mundial 5% Jun 04/09 Junho, 2004 Junho, 2007 Indexada a um cabaz de índices 12.124 *Rend. Cresc. Jun 04/07 2ª Em. Junho, 2004 Junho, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2,125%; 22.393

3º e 4º Sem. 2,5%; 5º e 6º Sem. 3,5%

Bank Millennium:National Bank of Poland Novembro, 2004 Novembro, 2005 Taxa fixa de 1% 5.698 II Program Emisji Novembro, 2003 Novembro, 2006 Taxa fixa de 4,50% 1.950 II Program Emisji Dezembro, 2003 Dezembro, 2006 Taxa fixa de 4,50% 576 Bel Leasing Sp. z o.o. - série A48 Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 5,10% 4.790 Bel Leasing Sp. z o.o. - série A50 Dezembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 5,10% 4.757

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005

Banco Comercial Português

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Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

Banco de Investimento Imobiliário:FRN's BII Finance Company Setembro, 1996 Setembro, 2011 Euribor 3 meses + 1,75% 165.579

BCP Finance Bank :BCP Fin.Bank - Euros 25 m Agosto, 1999 Setembro, 2007 Taxa fixa de 4,85% 24.550 BCP Fin.Bank - Euros 92,879 m Outubro, 1999 Outubro, 2007 Taxa fixa de 5,697429% 105.237 BCP Fin.Bank - Euros 37,5 m Março, 2000 Março, 2008 Taxa fixa de 5,83% 38.535 BCP Fin.Bank - Euros 50 m Março, 2000 Março, 2008 Taxa fixa de 5,6625% 51.114 BCP Fin.Bank - Euros 25 m Abril, 2000 Abril, 2008 Taxa fixa de 5,615% 25.337 BCP Fin.Bank - Euros 42,5 m Abril, 2000 Abril, 2008 Taxa fixa de 5,86% 43.224 BCP Fin.Bank - Euros 21,781 m Maio, 2000 Maio, 2008 Taxa fixa de 6,1619% 21.816 BCP Fin.Bank - Euros 25 m Maio, 2000 Maio, 2008 Taxa fixa de 5,618% 25.325 BCP Fin.Bank - Euros 75 m Maio, 2000 Maio, 2008 Taxa fixa de 5,68167% 76.196 BCP Fin.Bank - Euros 80 m Junho, 2000 Junho, 2008 Tx cresc (1º ano 4,86%; aumenta 25bp 83.053

no fim 1º, 2º, 3 e 4º anos; 50bp no 5ºano e 100bp no 6º e 7º anos)

BCP Fin.Bank - Euros 20 m Junho, 2000 Junho, 2008 Tx cresc (1º ano 4,87%; aumenta 25bp 20.890 no fim 1º, 2º, 3º e 4º anos; 50bp no 5ºano e 100bp no 6º e 7º anos)

BCP Fin.Bank - Euros 20 m Julho, 2000 Junho, 2008 Tx cresc (1º ano 4,66%; aumenta 25bp 20.990 no fim 1º, 2º, 3º e 4º anos; 50bp no 5ºano e 100bp no 6º e 7º anos)

BCP Fin.Bank - Euros 19,5 m Julho, 2000 Junho, 2008 Tx cresc (1º ano 4,71%; aumenta 25bp 20.449 no fim 1º, 2º, 3º e 4º anos; 50bp no 5ºano e 100bp no 6º e 7º anos)

BCP Fin.Bank - Euros 29 m Setembro, 2000 Setembro, 2008 Taxa fixa de 6,25% 30.102 BCP Fin.Bank - Euros 1,25 m Outubro, 2000 Setembro, 2008 Taxa fixa de 6,25% 1.433 BCP Fin.Bank - Euros 5 m Março, 2001 Agosto, 2007 Taxa fixa de 4,25% 5.091 BCP Fin.Bank - Euros 500 m Maio, 2001 Maio, 2006 Euribor 3 meses + 0,15% 500.000 BCP Fin.Bank - Euros 210 m Agosto, 2001 Agosto, 2006 Euribor 6 meses + 1,5% 162.272 *BCP Fin.Bank - GBP 100 m Agosto, 2001 Agosto, 2006 GBP Libor 3 meses + 0,2% 145.921 BCP Fin.Bank - USD 50 m Agosto, 2001 Agosto, 2006 USD Libor 6 meses + 1,5% 35.703 *BCP Fin.Bank - Euros 12 m Setembro, 2001 Setembro, 2006 Taxa fixa de 7,2% 12.000 *BCP Fin.Bank - Euros 5,75 m Outubro, 2001 Outubro, 2006 Euribor 6 meses + 1,95% 5.750 *BCP Fin.Bank - Euros 11,429 m Novembro, 2001 Novembro, 2009 Indexada a cabaz de acções 3.876 *BCP Fin.Bank - Euros 15 m Novembro, 2001 Novembro, 2011 Cupão zero 15.337 BCP Fin.Bank - Euros 3 m Novembro, 2001 Setembro, 2006 Taxa fixa de 7,2% 3.000 *BCP Fin.Bank - Euros 75 m Novembro, 2001 Novembro, 2006 Euribor 6 meses + 1,65% 68.867 *BCP Fin.Bank - USD 4,515 m Novembro, 2001 Novembro, 2009 Indexada a cabaz de acções 2.045 *BCP Fin.Bank - Euros 12 m Dezembro, 2001 Dezembro, 2011 Cupão zero 11.701 BCP Fin.Bank - Euros 7 m Fevereiro, 2002 Fevereiro, 2006 Euribor 3 meses + 0,18% 7.000 BCP Fin.Bank - Euros 500 m Fevereiro, 2002 Fevereiro, 2007 Euribor 3 meses + 0,2% 500.000 BCP Fin.Bank - Euros 27,25 m Fevereiro, 2002 Fevereiro, 2006 Indexada a cabaz de acções 22.454 *BCP Fin.Bank - Euros 5 m Fevereiro, 2002 Dezembro, 2011 Tx.Dsct.<=> 6,8540559% 4.932 BCP Fin.Bank - Euros 5 m Maio, 2002 Dezembro, 2011 Tx.Dsct.<=> 7,0821486% 4.971 BCP Fin.Bank - Euros 500 m Maio, 2002 Fevereiro, 2007 Euribor 3 meses + 0,2% 500.000 BCP Fin.Bank - Euros 10 m Julho, 2002 Julho, 2009 Tx.Dsct.5,22741% <=> 6,0338566% 9.796 BCP Fin.Bank - Euros 50 m Agosto, 2002 Janeiro, 2006 Euribor 6 meses + 0,2% 50.000 BCP Fin.Bank - Euros 6,1 m Maio, 2003 Maio, 2010 Tx fixa de 1,74% + Max (IPC EU; 0%) 5.450 *BCP Fin.Bank - Euros 500 m Junho, 2003 Junho, 2006 Euribor 360 3 meses + 0,22% 500.000 BCP Fin.Bank - Euros 300 m Junho, 2003 Junho, 2008 Taxa fixa de 3,1% 300.000 *BCP Fin.Bank - Euros 90 m Junho, 2003 Junho, 2013 Euribor 360 3 meses + 0,35% 90.000 BCP Fin.Bank - GBP 18,5 m Junho, 2003 Junho, 2008 Taxa fixa de 4,178% 26.577 BCP Fin.Bank - Euros 200 m Julho, 2003 Julho, 2008 Euribor 3 meses + 0,25% 200.000 BCP Fin.Bank - Euros 5 m Julho, 2003 Julho, 2006 Ind. ao índice Dow Jones Eurostoxx 50 3.214 *BCP Fin.Bank - CZK 1000 m Agosto, 2003 Agosto, 2008 Pribor 6 meses + 0,2% 34.653 BCP Fin.Bank - Euros 150 m Agosto, 2003 Agosto, 2006 Euribor 3 meses + 0,22% 150.000 BCP Fin.Bank - HKD 100 m Agosto, 2003 Agosto, 2008 Taxa fixa de 3,95% até ao 3º ano; 10.512

4,35% do 4º ao 5º anoBCP Fin.Bank - Euros 130 m Setembro, 2003 Março, 2006 EONIA + 0,23% 130.000 BCP Fin.Bank - Euros 25 m Outubro, 2003 Outubro, 2006 Taxa fixa de 3,11% 24.834 BCP Fin.Bank - Euros 8,82 m Novembro, 2003 Novembro, 2008 1º ano 6% ; 2º ano e seguintes indexada 8.021 *

a um cabaz de acçõesBCP Fin.Bank - Euros 5 m Dezembro, 2003 Dezembro, 2008 Indexada ao índice Nikkei 225 3.792 *BCP Fin.Bank - Euros 20 m Dezembro, 2003 Dezembro, 2023 Taxa fixa de 5,31% 18.884

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Banco Comercial Português

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Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

BCP Fin.Bank - USD 3,53 m Dezembro, 2003 Dezembro, 2008 1º ano 5% ; 2º ano e seguintes indexada a 2.992 *USD Libor 6 meses

BCP Fin.Bank - Euros 50 m Dezembro, 2003 Dezembro, 2008 Taxa fixa de 4,1355% 49.589 BCP Fin.Bank - EUR 500 m Fevereiro, 2004 Fevereiro, 2009 Euribor 3 meses + 0,15% 500.000 BCP Fin.Bank - USD 5 m Fevereiro, 2004 Fevereiro, 2007 Taxa fixa de 2,65% 4.163 BCP Fin.Bank - EUR 10 m Março, 2004 Março, 2007 Indexada ao Índice S&P5000 4.697 *BCP Fin.Bank - USD 5 m Março, 2004 Março, 2007 Indexada ao Índice S&P5000 161 *BCP Fin.Bank - EUR 10 m Março, 2004 Março, 2024 Taxa fixa de 5,01% 9.690 BCP Fin.Bank - USD 8 m Abril, 2004 Abril, 2007 Taxa fixa de 2,68% 6.611 BCP Fin.Bank - CAD 9 m Abril, 2004 Abril, 2007 Tx crescente: 1º ano 2,25%; 2º ano 6.354

2,5%; 3º ano 3%BCP Fin.Bank - USD 50 m Abril, 2004 Abril, 2009 USD Libor 6 meses + 2,25% *n/N; (n: num. 36.511 *

de dias USD Libor 6 meses <= Barrier)BCP Fin.Bank - USD 5,5 m Maio, 2004 Maio, 2009 1ºano 5% ; 2ºano Max(Min(8%; 4* 3.043 *

(4,75% - USD Libor 3 meses));0%); 3ºano Max(Min(8%; 4*(5,75% - USDLibor 3 meses)); 0%); 4ºano Max (Min (8%; 4*(6,75% - USD Libor 3 meses)) ; 0%); 5ºano Max(Min (8%; 4*(7,75% - USD Libor 3 meses)); 0%)

BCP Fin.Bank - USD 18 m Maio, 2004 Maio, 2008 Taxa fixa de 2,695% 12.404 BCP Fin.Bank - EUR 250 m Maio, 2004 Maio, 2008 Euribor 3 meses + 0,175% 250.000 BCP Fin.Bank - USD 5 m Maio, 2004 Maio, 2009 Tx crescente: 1º ano 3,47%; 2º ano 4.071

3,72%; 3º ano 3,97%; 4º ano 4,22%5º ano 4,47%

BCP Fin.Bank - EUR 100 m Maio, 2004 Maio, 2009 Euribor 3 meses + 0,2% 99.830 BCP Fin.Bank - CAD 9 m Maio, 2004 Maio, 2007 Tx crescente: 1º ano 2%; 2º ano 5.298

2,125%; 3º ano 3%BCP Fin.Bank - USD 11 m Junho, 2004 Junho, 2009 1ºano 5% ; 2ºano Max(Min(8%; 4*(5,25% - 822 *

USD Libor 3 meses)); 0%); 3ºano Max(Min(8%; 4*(6,25% - USD Libor 3 meses)); 0%); 4ºano Max(Min(8%;4*(7,25% - USD Libor 3 meses)); 0%);5ºano Max(Min (8%; 4*(8,25% - USD Libor 3 meses)); 0%)

BCP Fin.Bank - EUR 15 m Junho, 2004 Maio, 2008 Tx crescente: 1º ano 2,55%; 2º ano 5.970 *2,75%; 3º ano 3,75%; 4º ano 7,25%

BCP Fin.Bank - CAD 10 m Julho, 2004 Julho, 2007 Tx crescente: 1º Sem. 2,25%; 2º Sem. 6.624 2,5%; 3º Sem. 2,75%; 4º Sem. 3%;5º Sem. 3,5%; 6º Sem. 4,5%

BCP Fin.Bank - USD 13 m Julho, 2004 Julho, 2007 Tx crescente: 1º ano 2,75%; 2º ano 10.717 3%; 3º ano 3,25%

BCP Fin.Bank - EUR 500 m Julho, 2004 Julho, 2007 Euribor 3 meses + 0,15% 500.000 BCP Fin.Bank - EUR 80 m Julho, 2004 Julho, 2007 Euribor 3 meses + 0,14% 80.000 BCP Fin.Bank - USD 10 m Agosto, 2004 Agosto, 2007 Tx crescente: 1º ano 3%; 2º ano 7.572

3,2%; 3º ano 3,6%BCP Fin.Bank - HKD 156 m Agosto, 2004 Agosto, 2009 HKD Hibor 3 meses + 0,23% 17.130 BCP Fin.Bank - CAD 7 m Setembro, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º Sem. 2,75%; 2º Sem. 4.951

3%; 3º Sem. 3,25%; 4º Sem. 3,5%;5º Sem. 3,75%; 6º Sem. 4,75%

BCP Fin.Bank - USD 12 m Setembro, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º ano 3%; 2º ano 9.525 3,25%; 3º ano 3,5%

BCP Fin.Bank - EUR 50 m Setembro, 2004 Setembro, 2014 Euribor 3 meses + 0,2% 50.000 BCP Fin.Bank - CAD 8 m Setembro, 2004 Setembro, 2007 Tx crescente: 1º Sem. 2,5%; 2º Sem. 5.502

2,75%; 3º Sem. 3%; 4º Sem. 3,25%;5º Sem. 3,5%; 6º Sem. 4%

BCP Fin.Bank - EUR 50 m Setembro, 2004 Setembro, 2009 Euribor 3 meses + 0,15% 50.000 BCP Fin.Bank - EUR 500 m Outubro, 2004 Outubro, 2009 Euribor 3 meses + 0,15% 500.000 BCP Fin.Bank - USD 10 m Novembro, 2004 Novembro, 2007 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2,25%; 7.882

3º e 4º Sem. 2,75%; 5º Sem. 3%;6º Sem. 3,4%

BCP Fin.Bank - CAD 7 m Novembro, 2004 Novembro, 2007 Tx crescente: 1º Sem. 2,5%; 2º Sem. 4.873 2,75%; 3º Sem. 3%; 4º Sem. 3,25%;5º Sem. 3,5%; 6º Sem. 4,5%

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Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

BCP Fin.Bank - USD 39,54 m Novembro, 2004 Novembro, 2009 (USD Libor 6 meses + 2%) *n/N; (n: núm. 4.542 *de dias USD Libor 6 meses <= Barrier (1ºano 3,85%; 2º ano 4,6%; 3º ano 5,35%;4º ano 6,1%; 5º ano 6,85%; ))

BCP Fin.Bank - USD 8 m Dezembro, 2004 Dezembro, 2006 Taxa fixa de 5% 5.991 BCP Fin.Bank - USD 29 m Dezembro, 2004 Dezembro, 2009 (USD Libor 6 meses + 2%) *n/N; (n: núm. 24.532 *

de dias USD Libor 6 meses <= Barrier)BCP Fin.Bank - EUR 20 m Dezembro, 2004 Dezembro, 2014 Euribor 6 meses + 0,22% 20.000 BCP Fin.Bank - EUR 2,26 m Dezembro, 2004 Dezembro, 2007 Indexada a cabaz de índices 2.059 *BCP Fin.Bank - USD 5 m Janeiro, 2005 Janeiro, 2008 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2,5%; 3º e 4º 4.238

Sem. 3%; 5º Sem. 3,5%; 6º Sem. 3,9%;BCP Fin.Bank - USD 7,845 m Janeiro, 2005 Janeiro, 2010 (USD Libor 6 meses + 2%) *n/N; (n: núm. 6.362 *

de dias USD Libor 6 meses <= Barrier)BCP Fin.Bank - USD 33,788 m Janeiro, 2005 Janeiro, 2010 1º ano 5% * n/N; 2º ano e seguintes (USD 28.408 *

Libor 6 meses + 2%) *n/N; (n: núm. de dias USD Libor 6 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - EUR 9,7 m Janeiro, 2005 Janeiro, 2012 1º ano 7,5%; 2º ano Max (cupão anterior 9.700 *+ 1,75% - Euribor 3 meses); 3º ano Max(cupão anterior + 2,25% - Euribor 3 meses); 4º ano Max (cupão anterior + 2,75% - Euribor 3 meses); 5º ano Max(cupão anterior + 3,25% - Euribor 3 meses);6º ano Max (cupão anterior + 3,75% - Euribor 3 meses); 7º ano Max (cupãoanterior + 4,25% - Euribor 3 meses)

BCP Fin.Bank - EUR 650 m Janeiro, 2005 Janeiro, 2010 Euribor 6 meses + 0,15% 650.000 BCP Fin.Bank - USD 6,875 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2007 1º Trim. 3,5%; 2º Trim. Max (cupão anterior 5.620 *

+ 3,2% - USD Libor 3 meses); 3º Trim.Max (cupão anterior + 3,45% - USD Libor3 meses); 4º Trim. Max (cupão anterior +3,7% - USD Libor 3 meses); 5º Trim. Max(cupão anterior + 3,95% - USD Libor 3 meses); 6º Trim. Max (cupão anterior +4,2% - USD Libor 3 meses); 7º Trim. Max.(cupão anterior + 4,45% - USD Libor 3 meses); 8º Trim. Max (cupão anterior +4,7% - USD Libor 3 meses)

BCP Fin.Bank - USD 34,1 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2010 1º ano 5%; 2º ano e seguintes (USD Libor 28.889 *3 meses + 2%) *n/N; (n: núm. de dias USD Libor 6 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - EUR 3 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2015 1º ano 6,6%; do 2º ao 4º ano cupão 3.000 *anterior *n/N; 5º ano 6,6%; do 6º ao 10ºano cupão anterior *n/N; (n: núm. dedias Euribor 3 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - EUR 100 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2008 Euribor 3 meses + 0,11% 100.000 BCP Fin.Bank - USD 2,9 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2015 1º ano 9,7%; 2º ano e seguintes Cupão 2.458 *

anterior *n/N; (n: núm. de dias USDLibor 6 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - EUR 50 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2008 Euribor 3 meses + 0,11% 50.000 BCP Fin.Bank - USD 16 m Março, 2005 Setembro, 2006 Taxa Fixa de 4,8% 13.006 BCP Fin.Bank - CAD 3 m Março, 2005 Março, 2008 Tx crescente: 1º e 2º Sem. 2,25%; 3º e 2.161

4º Sem. 3%; 5º Sem. 3,25%; 6º Sem. 3,75%BCP Fin.Bank - USD 5 m Março, 2005 Março, 2010 (USD Libor 6 meses + 1,5%) *n/N; (n: 4.238 *

núm. de dias USD Libor 6 meses <= Barrier)BCP Fin.Bank - EUR 40 m Abril, 2005 Março, 2008 Euribor 12 meses + 0,09% 40.000 BCP Fin.Bank - EUR 20 m Abril, 2005 Abril, 2015 Euribor 3 meses + 0,18% 20.000 BCP Fin.Bank - USD 5,7 m Abril, 2005 Abril, 2008 (USD Libor 3 meses + 1,25%) *n/N; 4.832 *

(n: número de dias USD Libor 6meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - USD 9,029 m Abril, 2005 Abril, 2010 (USD Libor 6 meses + 2%) *n/N; (n: 7.285 *núm. de dias USD Libor 6 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - EUR 300 m Abril, 2005 Abril, 2010 Euribor 3 meses + 0,125% 300.000 BCP Fin.Bank - EUR 3,5 m Abril, 2005 Abril, 2015 1º ano 6% *n/N; 2º ano e seguintes Cupão 3.500 *

anterior *n/N; (n: núm. de dias Euribor3 meses <= Barrier)

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65

Banco Comercial Português

(continuação)

Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

BCP Fin.Bank - USD 6,065 m Abril, 2005 Abril, 2010 (USD Libor 6 meses + 3,15%) *n/N; (n: 5.141 *núm. de dias USD Libor 6 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - USD 6,55 m Abril, 2005 Abril, 2012 1º Sem. 9,5%; 2º Sem. e seguintes Cupão 5.518 *anterior *n/N; (n: núm. de dias USDLibor 6 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - USD 15 m Maio, 2005 Novembro, 2006 Taxa fixa de 5,7% 12.247 BCP Fin.Bank - CAD 3 m Maio, 2005 Novembro, 2006 Taxa fixa de 4,5% 2.047 BCP Fin.Bank - USD 5,4 m Junho, 2005 Junho, 2010 1º Sem. 6,25% *n/N; 2º Sem. e seguintes 4.577 *

Cupão anterior *n/N; (n: núm. de diasUSD Libor 6 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - CAD 8 m Junho, 2005 Dezembro, 2006 Taxa fixa de 4% 5.324 BCP Fin.Bank - USD 15 m Junho, 2005 Dezembro, 2006 Taxa fixa de 5,4% 12.516 BCP Fin.Bank - USD 7 m Junho, 2005 Dezembro, 2006 Taxa fixa de 5,2% 5.740 BCP Fin.Bank - USD 4,65 m Julho, 2005 Janeiro, 2007 Indexada a cabaz de índices 3.761 *BCP Fin.Bank - CAD 7,4 m Julho, 2005 Julho, 2008 1ºano 2,98%; 2ºano 3,23%; 3ºano 3,48% 5.300 BCP Fin.Bank - EUR 3,5 m Julho, 2005 Julho, 2010 (Euribor 3 meses + 1%) *n/N; (n: 3.500 *

número de dias Euribor 3 meses <= Barrier)BCP Fin.Bank - USD 55 m Julho, 2005 Julho, 2010 1º ano 6,25%; 2º ano e seguintes 46.622 *

Cupão anterior *n/N (n:número de dias USD Libor 3M<= Barrier)

BCP Fin.Bank - EUR 2,3 m Julho, 2005 Julho, 2010 (Euribor 6 meses + 1%) *n/N; (n: 2.300 *número de dias Euribor 3 meses <= Barrier)

BCP Fin.Bank - USD 36 m Agosto, 2005 Agosto, 2010 1º ano 6,25%; 2º ano e seguintes 30.516 *Cupão anterior *n/N (n:número de dias USD Libor 3M<= Barrier)

BCP Fin.Bank - CAD 5 m Agosto, 2005 Fevereiro, 2007 Taxa fixa de 3,8% 2.925 BCP Fin.Bank - USD 20 m Agosto, 2005 Fevereiro, 2007 Taxa fixa de 3,6% 16.559 BCP Fin.Bank - EUR 3 m Agosto, 2005 Agosto, 2008 (Euribor 6 meses + 0,9%) *n/N; 3.000 *

(n: número de dias Euribor 6 meses <= Barrier)BCP Fin.Bank - EUR 3,335 m Agosto, 2005 Agosto, 2010 (Euribor 6 meses + 1%) *n/N; 3.335 *

(n: número de dias Euribor 6M<= Barrier)BCP Fin.Bank - EUR 3 m Agosto, 2005 Agosto, 2015 1ºano 6,25%; 2ºano e seguintes 3.000 *

Max(8,25% - 2 * Euribor 12M)BCP Fin.Bank - EUR 3,5 m Agosto, 2005 Agosto, 2010 (Euribor 3 meses + 0,9%) *n/N; 3.500 *

(n: número de dias Euribor 3M<= Barrier)BCP Fin.Bank - CAD 4 m Setembro, 2005 Março, 2007 Taxa fixa de 4,2% 2.895 BCP Fin.Bank - USD 7 m Setembro, 2005 Setembro, 2007 1º Sem. 3,25%; 2º Sem. 3,75%; 5.837

3º Sem. 4%; 4º Sem. 5%BCP Fin.Bank - CAD 3,5 m Outubro, 2005 Abril, 2007 Taxa fixa de 4,1% 2.536 BCP Fin.Bank - USD 7 m Outubro, 2005 Abril, 2007 Taxa fixa de 5,7% 5.442 BCP Fin.Bank - CAD 4 m Novembro, 2005 Maio, 2007 Taxa fixa de 4,64% 2.906 BCP Fin.Bank - USD 8,5 m Novembro, 2005 Maio, 2007 Taxa fixa de 6,36% 7.199 BCP Fin.Bank - EUR 3,28 m Novembro, 2005 Novembro, 2012 1ºano 3%; 2ºano 3,125%; 3ºano 3,25%; 3.293

4ºano 3,375%; 5ºano 3,5%;6ºano 3,625%; 7ºano 3,75%

BCP Fin.Bank - USD 1,025 m Dezembro, 2005 Dezembro, 2010 Indexada ao Índice Dow Jones 869 *Global Titans 50 Index

BCP Fin.Bank - EUR 222 m Dezembro, 2005 Dezembro, 2013 Euribor 3 meses + 50 bp 222.000 *

Magellan Nº 3SPV Magellan Nº 3 - Class A Junho, 2005 Maio, 2058 Euribor 3 meses + 0,13% 1.378.627 SPV Magellan Nº 3 - Class B Junho, 2005 Maio, 2058 Euribor 3 meses + 0,19% 33.750 SPV Magellan Nº 3 - Class C Junho, 2005 Maio, 2058 Euribor 3 meses + 0,19% 15.750 SPV Magellan Nº 3 - Class D Junho, 2005 Maio, 2058 Euribor 3 meses + 0,53% 36.750 SPV Magellan Nº 3 - Class E Junho, 2005 Maio, 2058 Euribor 3 meses + 1,5% 12.331

NOVA Nº 2NOVA Nº 2 - Class A Notes Novembro, 2001 Novembro, 2010 Euribor 3 meses + 0,33% 149.953 NOVA Nº 2 - Class B Notes Novembro, 2001 Novembro, 2010 Euribor 3 meses + 0,6% 21.050 NOVA Nº 2 - Class C Notes Novembro, 2001 Novembro, 2010 Euribor 3 meses + 0,83% 12.400

NOVA Nº 3NOVA Nº 3 - Class A Notes Novembro, 2002 Novembro, 2011 Euribor 3 meses + 0,28% 284.800 NOVA Nº 3 - Class B Notes Novembro, 2002 Novembro, 2011 Euribor 3 meses + 0,4% 11.200 NOVA Nº 3 - Class C Notes Novembro, 2002 Novembro, 2011 Euribor 3 meses + 0,73% 8.000 NOVA Nº 3 - Class D Notes Novembro, 2002 Novembro, 2011 Euribor 3 meses + 1,375% 16.000

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005

Banco Comercial Português

(continuação)

Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

Tagus Global Bond Nº 1Tagus Global Bond Nº 1 - Class A Notes Novembro, 2000 Maio, 2010 Euribor 3 meses + 0,27% 41.599 Tagus Global Bond Nº 1 - Class B Notes Novembro, 2000 Maio, 2010 Euribor 3 meses + 0,73% 24.300

Tagus Global Bond Nº 2Tagus Global Bond Nº 2 - Class A2 Notes Maio, 2001 Fevereiro, 2011 Euribor 3 meses + 0,45% 138.965 Tagus Global Bond Nº 2 - Class B Notes Maio, 2001 Fevereiro, 2011 Euribor 3 meses + 0,65% 34.000 Tagus Global Bond Nº 2 - Class C Notes Maio, 2001 Fevereiro, 2011 Euribor 3 meses + 1,1% 70.100

14.751.918

Periodificações, custos e proveitos diferidos 23.985

14.775.903Papel Comercial:

BCP Finance Bank :

BCP Finance Bank - EUR 50 m Janeiro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,3% 50.000 BCP Finance Bank - USD 30 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 3,365% 25.430 BCP Finance Bank - USD 50 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 3,415% 42.384 BCP Finance Bank - EUR 25 m Fevereiro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,33% 25.000 BCP Finance Bank - EUR 30 m Março, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,28% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 15 m Abril, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,31% 15.000 BCP Finance Bank - EUR 25 m Maio, 2005 Maio, 2006 Taxa fixa de 2,22% 25.000 BCP Finance Bank - EUR 25 m Julho, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,11% 25.000 BCP Finance Bank - USD 30 m Julho, 2005 Abril, 2006 Taxa fixa de 3,95% 25.430 BCP Finance Bank - EUR 13 m Julho, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,12% 12.500 BCP Finance Bank - EUR 102 m Julho, 2005 Julho, 2006 Taxa fixa de 2,195% 102.000 BCP Finance Bank - EUR 9 m Agosto, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,15% 9.000 BCP Finance Bank - GBP 10 m Agosto, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 4,53% 14.592 BCP Finance Bank - EUR 26 m Agosto, 2005 Agosto, 2006 Taxa fixa de 2,27% 26.000 BCP Finance Bank - EUR 15 m Agosto, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,15% 15.000 BCP Finance Bank - USD 20 m Agosto, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 4,03% 16.953 BCP Finance Bank - EUR 15 m Agosto, 2005 Maio, 2006 Taxa fixa de 2,17% 15.000 BCP Finance Bank - EUR 50 m Agosto, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,17% 50.000 BCP Finance Bank - JPY 4000 m Setembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 0,05% 28.798 BCP Finance Bank - EUR 30 m Setembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 2,16% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 35 m Setembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 2,16% 35.000 BCP Finance Bank - EUR 160 m Setembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 2,16% 160.000 BCP Finance Bank - EUR 50 m Setembro, 2005 Setembro, 2006 Taxa fixa de 2,23% 50.000 BCP Finance Bank - EUR 10 m Setembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,17% 10.000 BCP Finance Bank - EUR 30 m Setembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 2,18% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 250 m Setembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 2,19% 250.000 BCP Finance Bank - EUR 50 m Setembro, 2005 Agosto, 2006 Taxa fixa de 2,24% 50.000 BCP Finance Bank - EUR 22 m Setembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,18% 22.000 BCP Finance Bank - EUR 60 m Setembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,18% 60.000 BCP Finance Bank - EUR 75 m Outubro, 2005 Abril, 2006 Taxa fixa de 2,21% 75.000 BCP Finance Bank - EUR 50 m Outubro, 2005 Julho, 2006 Taxa fixa de 2,245% 50.000 BCP Finance Bank - EUR 100 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,2% 100.000 BCP Finance Bank - EUR 50 m Outubro, 2005 Abril, 2006 Taxa fixa de 2,22% 50.000 BCP Finance Bank - GBP 35 m Outubro, 2005 Abril, 2006 Taxa fixa de 4,54% 51.073 BCP Finance Bank - EUR 50 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,19% 50.000 BCP Finance Bank - EUR 25 m Outubro, 2005 Abril, 2006 Taxa fixa de 2,23% 25.000 BCP Finance Bank - GBP 30 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,55% 43.776 BCP Finance Bank - EUR 20 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,19% 20.000 BCP Finance Bank - GBP 45 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,51% 65.665 BCP Finance Bank - EUR 30 m Outubro, 2005 Abril, 2006 Taxa fixa de 2,27% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 50 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,19% 50.000 BCP Finance Bank - EUR 25 m Outubro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,22% 25.000 BCP Finance Bank - GBP 20 m Outubro, 2005 Outubro, 2006 Taxa fixa de 4,52% 29.184 BCP Finance Bank - EUR 15 m Outubro, 2005 Setembro, 2006 Taxa fixa de 2,4% 15.000 BCP Finance Bank - GBP 14 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,56% 20.429 BCP Finance Bank - EUR 15 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,19% 15.000 BCP Finance Bank - USD 30 m Outubro, 2005 Outubro, 2006 Taxa fixa de 4,57% 25.430 BCP Finance Bank - EUR 25 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,19% 25.000 BCP Finance Bank - GBP 30 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,5685% 43.776

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67

Banco Comercial Português

(continuação)

Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Observações

BCP Finance Bank - EUR 10 m Outubro, 2005 Abril, 2006 Taxa fixa de 2,28% 10.000 BCP Finance Bank - EUR 128 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,225% 128.000 BCP Finance Bank - GBP 50 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,585% 72.961 BCP Finance Bank - EUR 15 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,225% 15.000 BCP Finance Bank - EUR 30 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,26% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 20 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,26% 20.000 BCP Finance Bank - EUR 100 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,26% 100.000 BCP Finance Bank - EUR 25 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,25% 25.000 BCP Finance Bank - EUR 30 m Outubro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,25% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 32 m Novembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,27% 32.000 BCP Finance Bank - EUR 20 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,225% 20.000 BCP Finance Bank - EUR 10 m Novembro, 2005 Maio, 2006 Taxa fixa de 2,38% 10.000 BCP Finance Bank - EUR 30 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,24% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 55 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,24% 55.000 BCP Finance Bank - EUR 15 m Novembro, 2005 Outubro, 2006 Taxa fixa de 2,63% 15.000 BCP Finance Bank - EUR 15 m Novembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,28% 15.000 BCP Finance Bank - EUR 30 m Novembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,28% 30.000 BCP Finance Bank - GBP 30 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,57% 43.776 BCP Finance Bank - USD 10 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,23% 8.477 BCP Finance Bank - EUR 10 m Novembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,29% 10.000 BCP Finance Bank - EUR 100 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,28% 100.000 BCP Finance Bank - EUR 5 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 2,28% 5.000 BCP Finance Bank - USD 90 m Novembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 4,33% 76.291 BCP Finance Bank - GBP 70 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,565% 102.146 BCP Finance Bank - EUR 22,5 m Novembro, 2005 Novembro, 2006 Taxa fixa de 2,71% 22.500 BCP Finance Bank - EUR 30 m Novembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,35% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 20 m Novembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,45% 20.000 BCP Finance Bank - EUR 5 m Novembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,44% 5.000 BCP Finance Bank - EUR 35 m Novembro, 2005 Maio, 2006 Taxa fixa de 2,59% 35.000 BCP Finance Bank - USD 80 m Novembro, 2005 Janeiro, 2006 Taxa fixa de 4,31% 67.814 BCP Finance Bank - EUR 20 m Dezembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,45% 20.000 BCP Finance Bank - EUR 30 m Dezembro, 2005 Dezembro, 2006 Taxa fixa de 2,77% 30.000 BCP Finance Bank - EUR 15 m Dezembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 2,45% 15.000 BCP Finance Bank - EUR 27 m Dezembro, 2005 Abril, 2006 Taxa fixa de 2,535% 27.000 BCP Finance Bank - EUR 50 m Dezembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 2,48% 50.000 BCP Finance Bank - USD 5 m Dezembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 4,41% 4.238 BCP Finance Bank - USD 20 m Dezembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 4,5% 16.953 BCP Finance Bank - EUR 10 m Dezembro, 2005 Fevereiro, 2006 Taxa fixa de 2,43% 10.000 BCP Finance Bank - EUR 15 m Dezembro, 2005 Março, 2006 Taxa fixa de 2,48% 15.000

3.411.576

Periodificações, custos e proveitos diferidos (17.412)

3.394.164

Observações: (*) – Emissão para a qual foi efectuado o destaque do derivado embutido, conforme referido na nota 23 e na política contabilística 1 e).

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Banco Comercial Português

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Certificados de Depósitos:Até 3 meses - 2.991 3 meses até 6 meses - 2.507 6 meses até 1 ano - 1.885

- 7.383

Periodificações, custos e proveitos diferidos - 58

- 7.441 Empréstimos obrigacionistas:

Até 3 meses 388.000 1.230.649 3 meses até 6 meses 1.129.882 240.237 6 meses até 1 ano 1.459.200 446.774 1 ano até 5 anos 8.563.843 9.954.381 Mais de 5 anos 3.210.993 2.371.939

14.751.918 14.243.980

Periodificações, custos e proveitos diferidos 23.985 55.749

14.775.903 14.299.729 Papel comercial:

Até 3 meses 2.617.959 2.306.807 3 meses até 6 meses 378.503 297.342 6 meses até 1 ano 415.114 92.826

3.411.576 2.696.975

Periodificações, custos e proveitos diferidos (17.412) (9.444)

3.394.164 2.687.531 Outros:

Até 3 meses 2.000 - 6 meses até 1 ano 15.941 - 1 ano até 5 anos - 33.336 Mais de 5 anos 44.613 -

62.554 33.336

Periodificações, custos e proveitos diferidos (2.240) -

60.314 33.336

18.230.381 17.028.037

34. Passivos financeiros detidos para negociação

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Vendas a descoberto 2.303 -Empréstimos de títulos 8.644 - Swaps 688.776 610.944 Opções 118.322 -

818.045 610.944

Esta rubrica inclui, em 31 de Dezembo de 2005, a valorização dos derivados embutidos destacados de acordo com a política contabilística 1 e) no montante de Euros57.809.000. Esta nota deve ser analisada em conjunto com a nota 23.

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Banco Comercial Português

35. Provisões

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Provisão para garantias e outros compromissos 79.825 85.850 Provisões técnicas da actividade seguradora:

De seguro directo e resseguro aceite:Para prémios não adquiridos 3.732 - Matemática do ramo vida 37.417 - Para participação nos resultados 4.257 -

Provisões para pensões de reforma, complementos de pensões de reforma e sobrevivência 1.747 2.290

Outras provisões 150.447 139.134

277.425 227.274

Os movimentos da Provisão para garantias e outros compromissos são analisados como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Saldo em 1 de Janeiro 85.850 79.619 Transferências resultantes de alterações na estrutura do Grupo (979) - Transferências (320) (31.142)Dotação do exercício 16.026 39.130 Reversão do exercício (20.970) (3.261)Diferenças cambiais 218 1.504

Saldo em 31 de Dezembro 79.825 85.850

Os movimentos nas Outras provisões são analisados como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Saldo em 1 de Janeiro 139.134 285.719 Transferências resultantes de alterações na estrutura do Grupo (1.912) - Outras transferências (2.539) (128.494)Dotação do período 46.792 18.015 Reversão do período (4.686) (6.331)Utilização de provisões (25.740) (34.915)Diferenças cambiais (602) 5.140

Saldo em 31 de Dezembro 150.447 139.134

Estas provisões foram efectuadas tendo como base a probabilidade da ocorrência de certas contingências relacionadas com a actividade do Grupo.

36. Passivos subordinados

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Obrigações 2.827.043 3.002.122 Componente de dívida de valores convertíveis - 53.890 Acções preferenciais 120.504 686.588 Outros passivos subordinados 12.522 32.255

2.960.069 3.774.855

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A rubrica Componente de dívida de valores convertíveis correspondia em 31 de Dezembro de 2004 à componente dos valores convertíveis, considerada como ins-trumento de dívida. Os Valores mobiliários de conversão obrigatória, conforme referido na nota 38, foram tratados como instrumentos compostos (de capital e dívida), osquais, de acordo com os critérios aplicáveis, foram separados nas suas duas componentes e contabilizados em capital próprio, na parte considerada instrumento de capital,no montante de Euros 528.207.000 e em passivos subordinados na parte considerada de dívida. De acordo com o previsto na ficha técnica, os referidos instrumentostiveram o seu vencimento em 30 Dezembro 2005. Considerando a cotação na data de conversão, a referida conversão resultou num aumento de capital de Euros330.930.511. As novas acções foram admitidas à cotação no mercado de cotações oficial da Euronext Lisboa no dia 6 de Janeiro de 2006.

A rubrica Acções preferenciais corresponde a acções emitidas por empresas subsidiárias e associadas do Banco que, de acordo com a política contabilística 1 h) e nota 48,foram reclassificadas, com referência a 1 de Janeiro de 2004, de Interesses Minoritários para Passivos Subordinados.

Em 31 de Dezembro de 2005, as emissões de passivos subordinados são analisadas como segue:

Data de Data de Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000

Obrigações não perpétuas Banco Comercial Português:

BCP Março 2011 Junho 2001 Março 2011 Taxa fixa de 6,35% 156.296 BCP Setembro 2001 Setembro 2001 Setembro 2011 Taxa fixa de 6,15% 121.852 BPA 1996 Dezembro 1996 Janeiro 2007 Euribor 6 meses + 0,2% 28.595 UBP 1996 Junho 1996 Junho 2006 Euribor 6 meses + 0,25% 26.097

Bank Millennium:Bank Millennium Dezembro 2001 Dezembro 2011 Taxa fixa de 4,394% 79.996

Banco de Investimento Imobiliário:BII 1998 Dezembro 1998 Dezembro 2008 Euribor 3 meses + 0,5% 29.928

BCP Finance Bank:EMTN 44ª Emissão - 1 Tranche Março 2001 Março 2011 Taxa fixa de 6,25% 421.635 EMTN 44ª Emissão - 2 Tranche Maio 2001 Março 2011 Taxa fixa de 6,25% 210.818 Subord.Guarant. Exchang. Junho 2001 Junho 2011 Taxa fixa de 4,75% 335.900 BCP Fin. Bank Ltd EMTN -119 Outubro 2003 Outubro 2013 Ver referência (i) 400.000 BCP Fin. Bank Ltd 2005 Maio 2005 Junho 2015 Ver referência (ii) 293.000

Tagus Global Bond nº 2:Tagus Global Bond nº 2 D1 e D2 Maio 2001 Maio 2011 - 20.541

2.124.658

Obrigações perpétuasBCP - Euro 200 milhões Junho 2002 - Ver referência (iii) 196.993 BCP - Euro 175 milhões Novembro 2002 - Ver referência (iv) 173.522 BPA 1997 Junho 1997 - Euribor 3 meses + 0,95% 199.519 TOPS's BPSM 1997 Dezembro 1997 - Euribor 6 meses + 0,4% 77.011 BCP Leasing 2001 Dezembro 2001 - Ver referência (v) 4.986

652.031 Acções preferenciais

Pinto Totta International Finance Julho 1997 - Ver referência (vi) 116.718

Outros passivos subordinados Títulos de participação:

Banco Mello 1987 A partir de 2005 Ver 1º e 2º parágrafos 8.527

Outros:BIM Dezembro 2000 - 50% Tx Redesconto B.Moçambique 3.582

12.109

Periodificações, custos e proveitos diferidos 54.553

2.960.069

Referências : (i) - Euribor 3 meses + 0,55% (1,05% a partir de Outubro 2008) (ii) - Euribor 3 meses + 0,35% (0,85% a partir de Junho 2010) (iii) - Até 40º cupão 6,130625%; Após 40º cupão Euribor 3 meses + 2,4% (iv) - Até 40º cupão 5,41%; Após 40º cupão Euribor 3 meses + 2,4% (v) - Até 40º cupão Euribor 3 meses + 1,75%; Após 40º cupão Euribor 3 meses + 2,25% (vi) - Até Julho 2007 7,77%; a partir de Agosto de 2007, a remuneração corresponderá à taxa USD Libor 6 meses + 2,75%

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Banco Comercial Português

A remuneração dos Títulos de Participação emitidos pelo Banco Mello, S.A. em 1987, tem duas componentes, uma fixa e outra variável. A parte fixa é determinadaaplicando a 70% do valor nominal do título uma taxa de juro igual à taxa de referência da Euribor a 12 meses, em vigor no penúltimo dia útil anterior ao primeiro dia decada período de contagem de juros, divulgada nos écrans da Reuters. A remuneração variável, corresponderá ao produto de 75% do restante valor (30%) nominal dotítulo, pelo valor do índice de crescimento anual dos "cash-flows" e pela taxa de juro igual à taxa de referência da Euribor a 12 meses, em vigor no penúltimo dia útilanterior ao primeiro dia de cada período de contagem de juros, divulgada nos écrans da Reuters. É estabelecido um limite mínimo de remuneração equivalente à taxa dereferência da Euribor a 12 meses, em vigor no penúltimo dia útil anterior ao primeiro dia de cada período de contagem de juros, divulgada nos écrans da Reuters,decrescida de 30 b.p., e um limite máximo de remuneração equivalente à taxa de referência da Euribor a 12 meses, em vigor no penúltimo dia útil anterior ao primeiro diade cada período de contagem de juros, divulgada nos écrans da Reuters.

O reembolso dos Títulos de Participação emitidos pelo Banco Mello, S.A. em 1987 poderá ocorrer a partir de 15 de Abril de 2005, por iniciativa do participante, sendofeito ao valor nominal. O reembolso dos Títulos de Participação emitidos pelo Banco Mello, S.A. em 1987 poderá ocorrer a partir de 15 de Abril de 2005, por iniciativa doBanco Comercial Português, S.A., sendo feito ao valor nominal. Em qualquer dos casos, o reembolso deverá coincidir com a data de pagamento da remuneração.

A análise dos passivos subordinados pelo período remanescente das operações é a seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Até 3 meses 8.527 102.951 3 meses a 6 meses 26.097 19.263 6 meses a 1 ano - 66.360 1 ano até 5 anos 58.523 236.684 Mais de 5 anos 2.019.497 1.831.536 Indeterminada 792.872 1.449.174

2.905.516 3.705.968

Periodificações, custos e proveitos diferidos 54.553 68.887

2.960.069 3.774.855

37. Outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Credores:Fornecedores 79.688 66.234 Por contratos de 'Factoring' 33.415 87.731 Outros credores 335.981 369.853

Sector Público Administrativo 101.627 83.250 Juros a pagar 150.431 182.071 Receitas antecipadas 11.536 85.765 Férias e subsídios de férias a pagar 65.201 72.996 Outros custos administrativos a pagar 4.216 3.550 Operações sobre títulos a liquidar 273.667 93.951 Contas diversas 890.659 1.468.672

1.946.421 2.514.073

A rubrica Contas diversas inclui o montante de Euros 429.796.000, relativo a responsabilidades com pensões de reforma não cobertas pelo Fundo de Pensões do Grupo.

A rubrica Outros credores inclui o montante de Euros 35.144.000 relativos a valores a pagar ao Fundo de Pensões do Grupo, conforme apresentado na nota 50.

A rubrica Juros a pagar inclui em 31 de Dezembro de 2005 o montante de Euros 7.341.000 relativo a juros dos derivados de cobertura conforme referido na nota 24.

38. Capital, acções preferenciais e outros instrumentos de capital

O capital de Euros 3.588.331.338 representado por 3.588.331.338 acções de valor nominal de 1 Euro cada uma, encontra-se integralmente realizado.

O valor das acções preferenciais corresponde a duas emissões efectuadas pelo BCP Finance Company e que de acordo com as regras da IAS 32, foram consideradascomo instrumentos de capital. As referidas emissões são analisadas como segue:

- 5.000.000 acções preferenciais, de Euros 100 cada, perpétuas e sem direito a voto, no montante total de Euros 500.000.000, emitidas em 9 de Junho de 2004, destinadasa refinanciar a amortização antecipada da emissão de 8.000.000 de acções preferenciais, de Euros 50 cada, sem direito a voto, no montante total de Euros 400.000.000,emitidas pela BCP Finance Company, em 14 de Junho de 1999.

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– 10.000 acções preferenciais, de Euros 50.000 cada, perpétuas e sem direito a voto, no montante total de Euros 500.000.000, emitidas em 13 de Outubro de 2005destinada a refinanciar a amortização antecipada da emissão de 6.000.000 de acções preferenciais, de Euros 100 cada, sem direito a voto, no montante total de Euros600.000.000, emitidas pela BCP Finance Company, em 28 de Setembro de 2000.

Os Valores mobiliários de conversão obrigatória incluídos na rubrica Outros instrumentos de capital em 31 de Dezembro de 2004, foram tratados como instrumentoscompostos (de capital e dívida), os quais, de acordo com os critérios aplicáveis, foram separados nas suas duas componentes e contabilizados em capital próprio, na parteconsiderada instrumento de capital, no montante de Euros 528.207.000 e na rubrica Componente de dívida de valores convertíveis (ver nota 36), na parte consideradacomo instrumento de dívida. De acordo com o previsto na ficha técnica, os referidos instrumentos foram convertidos em capital em Dezembro de 2005. Considerando acotação na data da conversão, a referida conversão resultou num aumento de capital de Euros 330.930.511. As novas acções foram admitidas à cotação no mercado decotações oficiais da Euronext de Lisboa no dia 6 de Janeiro de 2006.

39. Reserva legal

Nos termos da legislação portuguesa, o Banco deverá reforçar anualmente a reserva legal com pelo menos 10% dos lucros anuais, até à concorrência do capital social, nãopodendo normalmente esta reserva ser distribuída. Neste contexto, e na sequência da deliberação da Assembleia Geral, em Março de 2005, foi efectuado um reforço nosaldo desta conta no valor de Euros 50.000.000 (ver nota 40).

As empresas do Grupo, de acordo com a legislação vigente, deverão reforçar anualmente a reserva legal com uma percentagem mínima entre 5 e 10% dos lucros líquidosanuais, dependendo da actividade económica.

40. Reservas de justo valor, outras reservas e resultados acumulados

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Reservas de justo valor :Ajustamentos de transição IFRS1 - IAS 317.151 317.151 Outras reservas de justo valor 24.094 20.162

341.245 337.313 Impostos diferidos (AFS) (24.534) (10.186)

316.711 327.127

Reservas e resultados acumulados:Reserva legal 380.267 330.267 Reserva estatutária 49.926 37.926 Dividendos antecipados (107.474) (97.703)Outras reservas e resultados transitados 478.342 157.681 'Goodwill' resultante da consolidação (2.883.580) (2.883.580)Diferença cambial de consolidação (2.961) (17.055)Outras reservas de consolidação (164.762) (151.900)

(2.250.242) (2.624.364)

A variação da rubrica Reserva legal é analisada na nota 39.

As reservas de justo valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos instrumentos financeiros detidos para venda em conformidade com a políticacontabilística descrita na nota 1 d). A movimentação durante o ano de 2005 desta rubrica é analisada conforme segue:

Euros ’000

Saldo em Saldo em1 Janeiro Reavaliação Alienação 31 Dezembro

Banca Intesa, S.p.A. 70.400 45.854 (116.254) - Eureko, B.V. 156.800 18.100 - 174.900 Friends Provident PLC 19.100 13.164 (32.264) - EDP - Electricidade de Portugal 35.900 25.761 (2.770) 58.891 Banco Sabadell, S.A. 60.000 45.501 - 105.501 Outros (4.887) 6.840 - 1.953

337.313 155.220 (151.288) 341.245

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Banco Comercial Português

A movimentação durante o ano de 2004 desta rubrica é analisada conforme segue:

Euros ’000

Saldo em Saldo em1 Janeiro Reavaliação Alienação 31 Dezembro

Banca Intesa, S.p.A. - 70.400 - 70.400 Eureko, B.V. 124.300 32.500 - 156.800 Friends Provident PLC - 19.100 - 19.100 EDP - Electricidade de Portugal - 35.900 - 35.900 Banco Sabadell, S.A. 110.700 34.561 (85.261) 60.000 PZU, S.p.A. 87.000 - (87.000) - Outros (4.849) (38) - (4.887)

317.151 192.423 (172.261) 337.313

No âmbito da alienação ao Fundo de Pensões do Grupo das acções da Banca Intesa, S.p.A., Friends Provident PLC e da EDP - Electricidade de Portugal os valores relativosàs mais valias potenciais, associadas às participações, foram reconhecidos por contrapartida de resultados conforme referido nas notas 7 e 46.

41.Títulos próprios

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Valor de Número Valor unitário Valor de Número Valor unitáriobalanço de títulos médio balanço de títulos médio

Acções do Banco Comercial Português, S.A. 31.099 12.284.535 2,53 45.112 25.437.412 1.77

Valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis - - - 8.629 1.790.368 4.82

31.099 53.741

42. Interesses minoritários

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Balanço Demonstração de Resultados

Dez 2005 Dez 2004 Dez 2005 Dez 2004

Banco de Investimento Imobiliário, S.A. - 45.980 3.637 2.618 Bank Millennium, S.A. 309.668 251.225 70.328 29.841 BIM - Banco Internacional de Moçambique, S.A.R.L. 15.099 11.684 5.125 3.762 Interbanco, S.A. 26.400 21.437 8.288 5.239 NovaBank, S.A. - 64.911 (619) (16.391)Outras subsidiárias 3.359 - 238 -

354.526 395.237 86.997 25.069

A movimentação desta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Saldo em 1 de Janeiro 395.237 336.532 Conversão de moeda estrangeira 14.250 31.988 Lucro atribuível a interesses minoritários 86.997 25.069 Dividendos (31.494) (3.641)Aquisição de capital do NovaBank (66.211) - Aquisição de capital do BII (49.625) - Outros 5.372 5.289

354.526 395.237

A rubrica Interesses minoritários – Saldo em 1 de Janeiro de 2004 inclui o montante de Euros 2.039.000 relativo ao ajustamento de transição apurado no âmbito da conversãopara as IFRS.

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43. Contas extrapatrimoniais

Esta rubrica é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Garantias e avales prestados 8.721.428 8.872.762 Garantias e avales recebidos 36.461.227 26.471.131 Compromissos perante terceiros 10.261.063 9.852.354 Compromissos assumidos por terceiros 20.430.345 19.250.391 Valores recebidos em depósito 111.792.421 98.204.577 Valores depositados na Central de Valores 87.343.389 77.498.520 Outras contas extrapatrimoniais 82.274.239 79.265.751

Os montantes de garantias e avales prestados e os compromissos perante terceiros são analisados como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Garantias e avales prestados:Garantias e avales 7.687.398 7.812.735 Cartas de crédito "stand-by" 302.772 275.722 Créditos documentários abertos 210.261 185.621 Fianças e indemnizaçoes 309.076 361.073 Outros passivos eventuais 211.921 237.611

8.721.428 8.872.762

Compromissos perante terceiros:Compromissos irrevogáveis

Contractos a prazo de Depósitos 955.166 1.297.454 Linhas crédito irrevogáveis 1.955.659 1.690.889 Subscrição de títulos 717.610 431.068 Outros compromissos irrevogáveis 200.053 236.386

Compromissos revogáveis Linhas crédito revogáveis 4.698.809 4.393.712 Facilidades descobertos conta 1.731.814 1.800.719 Outros compromissos revogáveis 1.952 2.126

10.261.063 9.852.354

Os instrumentos financeiros registados em contas de ordem estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados ao portfólio de crédito não seprevendo quaisquer perdas materiais nestas operações.

44.Activos sob Gestão

Nos termos do artigo 29.º do Decreto-Lei 252/03, de 17 de Outubro, que regula os organismos de investimento colectivo, as Sociedades Gestoras, em conjunto com obanco depositário dos fundos, respondem solidariamente perante os participantes dos fundos pelo cumprimento das obrigações assumidas nos termos da lei portuguesa enos regulamentos de gestão dos fundos administrados. O valor total dos fundos geridos pelas empresas do Grupo é analisado como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Millennium bcp - Gestão de Fundos de Investimento, S.A. 6.568.260 5.435.125 BII Investimentos International, S.A. 629.903 559.385

7.198.163 5.994.510

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Banco Comercial Português

O Grupo presta serviços de custódia, gestão de património, gestão de investimentos e serviços de assessoria a terceiras entidades que envolvem a tomada de decisões decompra e venda de diversos tipos de instrumentos financeiros. Estes activos sob gestão não estão incluídos nas demonstrações financeiras. Para determinados serviçosprestados são estabelecidos objectivos e níveis de rendibilidade para os activos sob gestão. Os activos sob gestão são analisados como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Fundos de investimento mobiliários 6.540.508 5.411.106 Fundos de investimento imobiliários 657.655 583.404 Depósito e guarda de valores 101.691.120 88.492.993

108.889.283 94.487.503

45. Distribuição de resultados

A distribuição de resultados pelos accionistas e empregados é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Pagamento de dividendos do Banco Comercial Português, S.A. 221.502 293.096 ,

Distribuição de resultados pelos empregados das empresas do Grupo 33.365 17.333

46. Factos relevantes ocorridos durante o ano de 2005 e 2006

O Banco Comercial Português alienou a sua participação na sociedade Crédilar

O BCP celebrou um acordo com a Credibom, entidade inteiramente detida pela Sofinco S.A. para a venda da sua participação na sociedade Crédilar, unidade de negócioque concentrou a actividade de crédito ao consumo não automóvel no ponto de venda (“POS”) prosseguida pelo Credibanco – Banco de Crédito Pessoal, S.A., sociedadeque se extinguiu por fusão no Banco Comercial Português.

A transacção foi efectuada pelo montante de Euros 65 milhões, tendo-se registado uma mais valia de Euros 50,8 milhões aproximadamente registada nas contasconsolidadas em 30 de Junho de 2005.

O Banco Comercial Português adquiriu os restantes 49,9% do capital social do Novabank, S.A.

Em Abril de 2005 o Grupo BCP adquiriu 49,9 % do capital social do NovaBank, S.A., através da sua subsidiária, BCP Participações Financeiras, SGPS, S.A., que estabeleceuum contrato para a aquisição de 2.774.999 acções pelo montante Euros 360 milhões, passando a deter 100% do capital social desta participada.

A aquisição gerou um goodwill nas contas consolidadas do Grupo BCP no montante de Euros 294.020.000 com base no 'fair value' dos activos e passivos atribuíveis àparte do capital adquirido.

Alienação da participação na Friends Provident

Em Junho de 2005, o Banco procedeu à alienação da sua participação na Friends Provident, num total de 53.333.333 acções, em 2 tranches, da seguinte forma:

– 21.000.000 acções alienadas pelo valor de Euros 53,8 milhões (GBP 36,3 milhões) na Bolsa de Valores de Londres ao valor de cotação da data da transacção;

– 32.333.333 acções entregues ao Fundo de Pensões do Grupo BCP pelo valor de Euros 82,7 milhões (GBP 56,1 milhões) numa transacção fora de bolsa;

As transacções foram realizadas ao valor de mercado tendo gerado uma mais valia no valor de Euros 32,2 milhões considerando a reserva de justo valor registada na datada venda.

Alienação da participação na EDP ao Fundo de Pensões

Em 30 de Junho de 2005, o Banco Comercial Português procedeu à entrega ao Fundo de Pensões de 78.956.008 acções da EDP registadas na carteira de Activosfinanceiros disponíveis para venda no valor de Euros 273,8 milhões, tendo gerado uma mais valia no montante de Euros 2,8 milhões registada em resultados por con-trapartida de Capitais Próprios – Reserva de justo valor.

Banco Comercial Português celebrou contratos de venda de 51% da actividade seguradora - canal bancário e de 100% da actividade seguradora - canal não bancário do GrupoSeguros & Pensões

Em Julho de 2004, o Grupo celebrou um contrato com o Grupo Caixa Geral de Depósitos relativamente à alienação de 100% do capital social das companhias ImpérioBonança – Companhia de Seguros, S.A., Impergesto – Assistência e Serviços, S.A. e Servicomercial – Consultoria e Informática, Lda. e um contrato com o Grupo belga-holandês Fortis relativamente à alienação de 51% do capital social das companhias de seguros Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros de Vida, S.A.,Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros, S.A., PensõesGere – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. e Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, S.A – Médis sujeitos à condição suspensiva de não oposição por parte das Entidades Reguladoras.

As referidas autorizações pelas Entidades Reguladoras nacionais foram subsequentemente obtidas ainda durante o exercício de 2004, criando condições para a execuçãodos contratos, tendo estes assumido definitivamente o carácter de contratos de venda irrevogáveis. De acordo com as cláusulas dos referidos contratos, a gestão dasreferidas Companhias por parte do Grupo passou a estar condicionada às condições aí estabelecidas.

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Em Dezembro de 2004, no contexto deste acordo e das condições impostas pela Autoridade da Concorrência, o Grupo Caixa Geral de Depósitos outorgou e o Grupoaceitou um mandato de alienação da Seguro Directo Gere – Companhias de Seguros, S.A. com a obrigação de resultado. Assim, o Grupo manteve registado no seu Activoas acções representativas de 100% do capital desta Companhia e no seu passivo a responsabilidade assumida através do contrato de mandato.

O Banco Comercial Português adquiriu os restantes 30,1% do capital social do Banco Investimento Imobiliário, S.A.

Em Outubro de 2005 o Grupo BCP adquiriu 30,1% do capital social do Banco Investimento Imobiliário, S.A. resultante da aquisição de 47.250.000 acções pelo montantede Euros 90.500.000 passando a deter 100% do capital social desta participada. A aquisição gerou um goodwill nas suas contas consolidadas no montante de Euros40.859.000 com base no 'fair value' dos activos e passivos atribuíveis à parte do capital adquirido.

Alienação da participação detida no Banco Comercial de Macau

Em Dezembro de 2005, o Grupo procedeu à alienação à Dah Sing Bank, Limited, subsidiária do grupo financeiro Dah Sing Banking Group, sediado em Hong Kong, dasactividades no sector bancário e segurador desenvolvidas em Macau. Esta transacção, envolve a venda da totalidade do capital social do Banco Comercial de Macau, S.A., de4% do capital social da Companhia de Seguros de Macau, SARL (sendo que 92% são já detidos pelo Banco Comercial de Macau), e de 0,13% do capital social daCompanhia de Seguros de Macau Vida, SARL (o capital social remanescente é detido pela Companhia de Seguros de Macau) pelo montante de Euros 175 milhões (MOP1.692 milhões). Esta transacção gerou uma mais-valia global no valor aproximado de Euros 124 milhões.

Alienação de activos financeiros detidos para venda – Banca Intesa

Em Setembro de 2005 o Grupo procedeu à entrega ao Fundo de Pensões de 124.544.187 acções da Banca Intesa registadas na carteira de Activos disponíveis para vendano valor de Euros 368,1 milhões (líquido de provisões para imparidade reconhecidas em 31 de Dezembro de 2003), tendo gerado uma mais valia no montante de Euros116,3 milhões registada em resultados por contrapartida de Capitais Próprios – Reserva de justo valor.

Alienação de participações financeiras – Seguro Directo Gere

Em Outubro de 2005, o Grupo concretizou a alienação das acções representativas de 100% da Seguro Directo Gere – Companhia de Seguros, S.A. no âmbito do con-trato mandato celebrado em Dezembro de 2004. O referido contrato previa que a remuneração do Grupo corresponderia à diferença positiva entre o valor de venda dasacções líquido de todas as despesas e o montante de Euros 17 milhões. O valor da mais valia ascendeu a 34,2 milhões de Euros em base consolidada.

Alienação de participações financeiras – Grupo ONI

Em Dezembro de 2005, o Grupo procedeu à entrega ao Fundo de Pensões de 121.377.711 acções da ONI registadas na carteira no valor de Euros 1 (líquido deprovisões para imparidade reconhecidas em 31 de Dezembro de 2003).

Celebração de um contrato de ‘Outsourcing’ com a IBM

Foi celebrado um novo contrato de ‘outsourcing’ entre o Banco Comercial Português e a IBM com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2006. Este contrato envolve aexternalização adicional de parte da infra-estrutura de sistemas de informação do Banco Comercial Português em Portugal, assim como de parte das operações noNovaBank na Grécia, por um período de 10 anos, resultando da decisão estratégica do Grupo de racionalizar os investimentos e reduzir custos na área dos sistemas deinformação.

Alienação da participação no Interbanco

No decurso do terceiro trimestre de 2005 o Grupo chegou a acordo com vista à alienação da sua participação no capital social do Interbanco, S.A. Em Janeiro de 2006, foiconcluído o processo de alienação da participação de 50,001% no capital social do Interbanco. O adquirente foi o Santander Consumer Finance, entidade nomeada pelaSAG, Gest – Soluções Automóvel Globais, SGPS, S.A., no âmbito do exercício de um direito de preferência.

47. Planos de remunerações com acções

De acordo com o estabelecido na IFRS 2, os planos de remuneração com acções cuja data de atribuição (“grant date”) é posterior a 7 de Novembro de 2002, devem serconsiderados no âmbito dos ajustamentos de transição em 1 de Janeiro de 2004. O plano actual com impacto ao nível das demonstrações financeiras consolidadas éapresentado como segue:

Beneficiários:

Colaboradores do Grupo que satisfaziam cumulativamente os seguintes requisitos:

– Ter-lhes sido atribuída gratificação extraordinária igual ou superior a Euros 6.500 no ano de 2003;– Terem remuneração mensal superior a Euros 3.500;– Não terem sido excluídos do plano anual de gratificação extraordinária nos três anos anteriores.

Benefício atribuído:

Atribuição de direitos de subscrição de acções a emitir.

Número de colaboradores abrangidos e quantidade de direitos necessários:

O número de colaboradores abrangidos por este programa ascendeu a 565, correspondendo a 26.269.755 direitos de subscrição de acções.

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Resumo do plano:

Data de atribuição (“grant date”): 21 de Abril de 2003Número de direitos de subscrição de acções: 26.269.755Preço “Fair Value”: Euros 0,24Data de exercício: a partir de 1 de Março de 2006

Valor de mercado:Data de atribuição (“grant date”): Euros 6.305.000

Em conformidade com o disposto na IFRS 2 o justo-valor das opções atribuídas, determinado na “grant date”, está a ser reconhecido em resultados, por contrapartida decapitais próprios, durante o período do direito de subscrição (“vesting period”), tendo por base o seu valor de mercado calculado na data de atribuição.

48. IFRS 1

No âmbito do disposto no Regulamento nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, as Demonstrações Financeiras consolidadas doGrupo Banco Comercial Português, S.A. (“Grupo”) passaram a cumprir com as IFRS para os exercícios com início a partir de 1 de Janeiro de 2005.

As Demonstrações Financeiras consolidadas do Grupo, com referência a 31 de Dezembro de 2004 e 2003, foram preparadas em conformidade com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal, de acordo com o Plano de Contas para o Sector Bancário e estabelecido pelo Banco de Portugal (Normas locais).As diferenças entre as Normas locais e as IFRS, com impacto nas Demonstrações Financeiras consolidadas em 1 de Janeiro, e 31 de Dezembro de 2004 e a reconciliaçãodos capitais próprios e resultados nas referidas datas, são apresentadas como segue:

Euros ’000

31 de Dezembro 1 de Janeiro de 2004 de 2004

Capitais Resultados Capitaisnota próprios do exercício próprios

Normas locaisSituação Líquida 3.605.275 513.002 2.851.208 (excluindo Acções preferenciais)Interesses minoritários 395.237 - 334.493

4.000.512 513.002 3.185.701

Pensões de reforma e outros benefícios para os empregados (a) (625.855) (214.300) (411.555)Stock Options (b) - (2.200) -Gratificações e remunerações variáveis (c) (115.200) (63.900) (66.300)Valorização de investimentos (d) (276.600) (42.000) (258.500)Imparidade do crédito (e) (140.900) 24.000 (164.900)Taxa efectiva (f) (15.800) (9.400) (6.300)Efeito de consolidação dos SPE’s (g) (5.200) 2.200 (7.400)Financiamento por acções próprias (h) (54.000) - (56.600)Alienação de empresas seguradoras (i) - 366.400 -Alienação da participação no Banco Sabadell (i) - 85.300 -Impostos diferidos (j) 561.010 20.800 551.610Contabilidade de cobertura (k) (40.500) (77.200) 36.700Imobilizado incorpóreo (l) (53.200) (8.700) (44.500)Participações Financeiras - net investment (m) (10.500) 1.600 (12.100)Dividendos antecipados (97.703) - -Acções preferenciais (n) 500.000 15.900 -Outros (15.297) (5.037) 4.372

Total dos ajustamentos de transição (389.745) 93.463 (435.473)

IFRS 3.610.767 606.465 2.750.228

a) Pensões de reforma e outros benefícios a empregados

O Grupo optou, conforme disposto na IFRS 1, pelo recálculo das responsabilidades com Pensões de reforma e dos ganhos e perdas actuariais associados desde a data deconstituição do Plano de Pensões, com aplicação retroactiva da IAS 19 desde aquela data. Com base nesse recálculo, o Grupo manteve a política de diferimento do valordos ganhos e perdas actuariais fora do valor do “corredor” pelo período de 20 anos com base na vida útil média remanescente dos colaboradores no activo.

O ajustamento de transição inclui ainda o efeito do: (i) reconhecimento das responsabilidades com benefícios de saúde e responsabilidades por morte antes da data dareforma, que de acordo com as normas locais eram reconhecidas no momento do seu pagamento; e (ii) reconhecimento dos custos com reformas antecipadas, que deacordo com as normas locais eram amortizadas por contrapartida de resultados por um período de 10 anos.

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O ajustamento de transição apurado para as pensões de reforma e outros benefícios a empregados, acima referidos, implicou na data de transição uma diminuição doscapitais próprios do Grupo no montante de Euros 411,6 milhões em 1 de Janeiro de 2004.

Com referência a 31 de Dezembro de 2004 o impacto do ajustamento foi de Euros 625,9 milhões, que inclui o efeito do reconhecimento em resultados do exercício dasreformas antecipadas efectuadas pelo Grupo durante 2004, bem como da anulação das perdas actuariais associadas às referidas reformas antecipadas, que de acordo comas normas locais estavam a ser amortizadas por contrapartida de resultados por um período de 10 anos.

Euros ’000

31 de Dezembro 1 de Janeiro de 2004 de 2004

Capitais Resultados Capitaispróprios do exercício próprios

Responsabilidades com benefícios de saúde e outras responsabilidades (295.455) (10.200) (285.255)

Responsabilidades por morte antes da data da reforma (168.600) (700) (167.900)Reformas antecipadas (257.400) (186.700) (70.700)Anulação de perdas actuariais diferidas relativa às

responsabilidades com reformas antecipadas (46.200) (46.200) - Aumento do saldo de perdas actuariais diferidas 112.300 - 112.300 Excesso de amortizações de perdas actuariais de acordo

com as normas locais 29.500 29.500 -

(625.855) (214.300) (411.555)

b) Opções associadas aos planos de remuneração com acções (“stock options”)

De acordo com a IFRS 2, os planos de remuneração por acções cuja data de atribuição foi posterior a 7 de Novembro de 2002 devem ser considerados na transição paraas IFRS. A IFRS 2 refere que o 'fair value' das opções concedidas, determinado na data de concessão deve ser reconhecido em resultados do exercício por contrapartidade reservas durante o 'vesting period' considerando o valor de mercado calculado na data de atribuição. Conforme referido na nota 47 o ajustamento apurado com asopções associadas aos planos de remuneração, resultou da aplicação da IFRS 2, com referência a 1 de Janeiro de 2004, ao programa de direito de subscrição de acçõesatribuído pelo Grupo em 2003 no âmbito do aumento de capital de Euros 2.326.714.877 para Euros 3.257.400.827.

De acordo com as Normas locais, os programas de opções associadas aos planos de remuneração com acções são reconhecidos apenas quando exercídos.

c) Gratificações e remunerações variáveis

De acordo com os estatutos do Banco, a Assembleia Geral de Accionistas pode deliberar distribuir uma parte dos resultados do exercício a colaboradores. O Conselho deAdministração tem o poder de decisão sobre os critérios de alocação que considere mais adequados. De acordo com as normas locais, estes valores a pagar acolaboradores eram considerados como uma distribuição de lucros, à semelhança dos dividendos pagos aos accionistas considerando que se trata de uma realocação dedividendos dos accionistas para os colaboradores, e eram registadas no ano em que eram pagas após a aprovação dos accionistas na Assembleia Geral de Accionistas.

De acordo com a IAS 19 são registadas como custo do próprio exercício em que os serviços foram prestados. Em consequência desta política, os bónus a colaboradores,distribuidos em 2004, foram ajustados por contrapartida de resultados transitados em 1 de Janeiro de 2004. As gratificações e remunerações variáveis serão reconhecidasno ano em que ocorrem.

O valor de Euros 63.900.000 contabilizados em resultados, inclui o montante de Euros 34.697.000 deliberado como remuneração variável dos administradores relativa aoexercício de 2004 e o valor líquido de Euros 10.113.000 resultante do diferencial de remuneração variável também deliberado com referência ao exercício de 2004, mas tendoem consideração contributos prestados anteriormente àquela data, e o montante pago no exercício de 2004 e relativo às funções desempenhadas no exercício de 2003.

d) Valorização dos investimentos

De acordo com as normas locais, os títulos de rendimento fixo e variável são registados ao valor nominal e custo, respectivamente sendo as menos valias potenciaisresultantes da diferença entre o valor contabilístico e o valor de mercado provisionadas por contrapartida de resultados do exercício. Os investimentos em empresas emque a participação representa menos de 20% do capital e em que o Grupo não exerce influência significativa mas são consideradas como participações estratégicas, até 31de Dezembro de 2004, foram contabilizados ao custo de aquisição de acordo com as Normas locais deduzido das provisões calculadas de acordo com o seguinte critério:

– a constituição de provisões era exigível sempre que as menos-valias potenciais fossem superiores a 15% do valor do investimento. A provisão mínima a constituircorrespondia a 40% do valor que exceder os 15% do investimento, sendo o montante não provisionado deste excesso deduzido aos fundos próprios;

– de acordo com o referido Aviso, a constituição das provisões acima referidas correspondentes a 40% do valor de menos valias que excedesse os 15% do investimento,para as participações adquiridas até 31 de Dezembro de 2001, e tendo em conta a actividade das companhias participadas era diferida pelos seguintes períodos:

Investimento Período %

Empresas financeiras e seguradoras 2002 a 2011 10% por ano Empresas não financeiras 2002 a 2004 25% por ano

2005 15% 2006 10%

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De acordo com as IFRS, e conforme referido na política contabilística apresentada na nota 1 d), os títulos de investimento classificados como disponíveis para vendapassaram a ser valorizados ao justo valor, sendo a diferença para o custo de aquisição registada por contrapartida de reservas de justo valor. Estes activos financeiros sãoperiodicamente sujeitos a testes de imparidade. Para os títulos em que foi identificada uma perda por imparidade, o Grupo procedeu ao seu reconhecimento por con-trapartida de resultados transitados na data de transição, 1 de Janeiro de 2004. Durante o exercicío de 2004, para a referida carteira, o ajustamento efectuado reflecte asvariações de justo valor e imparidade reconhecidas em capitais próprios e resultados, respectivamente.

31 de Dezembro de 2004 1 Janeiro de 2004

Resultados Resultados Reservas Resultados Reservas do exercício transitados Justo Valor transitados Justo Valor

Participações financeiras ONI (44.500) (248.200) - (203.700) -EDP - (225.300) 35.900 (225.300) -Friends Provident - (62.800) 19.100 (62.800) -IntesaBCI - (100.700) 70.400 (100.700) -Eureko - - 156.800 - 124.300Banco Sadadell - - 60.000 - 110.700PZU - - - - 87.000

(44.500) (637.000) 342.200 (592.500) 322.000

Títulos Mais-valias e reavaliações da carteira (5.200) (15.700) 5.300 (9.500) 700Reposição ao valor nominal dos títulos próprios 1.200 1.100 - (100) -

Provisões para menos valias 6.500 27.500 - 20.900 -

2.500 12.900 5.300 11.300 700

(42.000) (624.100) 347.500 (581.200) 322.700

(276.600) (258.500)

e) Imparidade da carteira de crédito

De acordo com a IAS 39, e conforme referido na política contabilística apresentada na nota 1 c), a carteira de crédito passou a ser valorizada ao seu custo amortizado esujeita a testes de imparidade. Face à política seguida pelo Grupo nas Normas locais, a adopção da IAS 39 não introduziu alterações substanciais à forma de avaliação dorisco económico associado à carteira de crédito ou aos critérios de imparidade utilizados, pelo que o aumento recorrente no ajustamento nas provisões para riscos decrédito no montante de Euros 140,9 milhões (1 de Janeiro de 2004: Euros 164,9 milhões), resultou essencialmente, do efeito da introdução do método de 'discountedcash flows' no cálculo da imparidade.

f) Taxa efectiva

Os 'fees' e comissões recebidos eram, de acordo com as Normas locais, reconhecidos no momento em que o serviço era cobrado aos clientes, excepto nas situações emque o mesmo se destinava a fazer face a serviços continuados, em que eram cobrados ao longo do período da prestação do serviço.

De acordo com as IFRS, a principal alteração resultou do reconhecimento dos rendimentos e custos incrementais associados à originação dos empréstimos que passaram aser amortizados pelo período de vida útil dos empréstimos como uma componente da taxa de juro efectiva.

g) Desreconhecimento de activos e Entidades de finalidade especial (SPE’s)

De acordo com as Normas locais, os activos, créditos e títulos, cedidos no âmbito das operações de titularização (“securitização”), eram eliminados do activo consolidadosendo a respectiva mais ou menos valia gerada, calculada como a diferença entre o valor da cedência e o valor contabilístico dos activos cedidos, reconhecida como umganho ou perda do exercício.

Os interesses residuais nestas transacções, sob a forma de títulos adquiridos pelo Grupo na sequência destas operações, eram contabilizados ao custo de aquisição. Deacordo com o disposto nas Instruções nº 27/2000 e nº 18/2003 do Banco de Portugal, eram constituídas provisões nas contas do Grupo para os títulos adquiridos, emmontante equivalente às provisões para riscos gerais e riscos específicos a que estariam sujeitos os créditos e títulos cedidos caso estes se mantivessem no activo, comlimite máximo equivalente ao custo de aquisição dos títulos (interesses residuais). Caso as instituições cedentes sejam detentoras de 'clean-up calls' que não prevejamexplicitamente que os créditos são recomprados pelo seu valor de mercado, o limite máximo para a constituição de provisões é o maior dos seguintes valores:

– O valor de aquisição dos títulos ou de outros valores adquiridos no âmbito de operações de titularização;

– O montante dos créditos a que corresponde o exercício da 'clean-up call' .

De acordo com a IFRS 1, o critério de desreconhecimento seguido nas demonstrações financeiras individuais do Banco, de acordo com as Normas locais, não sofreualterações para todas as operações realizadas até 1 de Janeiro de 2004.

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Todas as operações efectuadas a partir desta data foram analisadas no âmbito das regras de desreconhecimento da IAS 39. O Grupo procedeu ao desreconhecimento detodos os activos financeiros em que os direitos aos 'cash flows' futuros expiraram ou em que os activos foram transferidos. No caso de transferência, o desreconhecimentoocorre quando uma parte substancial dos riscos e benefícios associados aos activos foi transferido.

Adicionalmente, e mesmo para os activos elegíveis para desreconhecimento no âmbito da IAS 39, a consolidação dos veículos adquirentes dos activos, créditos e títuloscedidos pelo Grupo no âmbito das operações de titularização (“SPE’s”) foi analisada à luz da SIC 12.

De acordo com a SIC 12, o Grupo passou também a consolidar pelo método integral as demonstrações financeiras das operações Nova Finance nº2, Nova Finance nº3,Tagus Global Bond nº1,Tagus Global Bond nº2 e do Fundo Imobiliário Imosotto, do qual detêm 99,8% das Unidades de Participação. O ajustamento efectuado reflecte oefeito da consolidação destas entidades.

h) Acções próprias

Para os créditos concedidos a clientes sediados em centros 'off-shore' (‘SPE’), cujos activos incluam acções e outros títulos emitidos pelo Grupo, procedeu-se à sua análiseà luz da SIC 12, com verificação da respectiva titularidade (“ownership”), de quem exerce controlo e assume substancialmente os riscos e benefícios resultantes daactividade da sociedade. Relativamente à aplicação da SIC 12, e tendo por base os procedimentos adoptados, o Grupo concluiu não existir evidência objectiva para a suaaplicação. No entanto, para os referidos clientes que detêm acções e outros títulos emitidos e financiados pelo Grupo para os quais a imparidade se materializou, foiapurado um ajustamento, à luz do IAS 32/39, às respectivas emissões no montante de Euros 56,6 milhões e cujo registo foi efectuado na data de transição.

i) Alienação de empresas seguradoras e da participação no Banco Sabadell

Em Julho de 2004, o Grupo celebrou um acordo com o Grupo Caixa Geral de Depósitos e com o Grupo Fortis com vista à alienação das participações financeirasdetidas em companhias de seguros, sujeitos à condição suspensiva de não oposição por parte das Entidades Reguladoras. As referidas autorizações pelas entidadesreguladoras nacionais foram subsequentemente obtidas ainda durante o exercício de 2004, criando condições para a execução irrevogável dos contratos. No âmbito daalienação das referidas participações financeiras foi determinada uma mais-valia consolidada de Euros 366,4 milhões, líquida de custos de transacção de Euros 66,0 milhõese do correspondente abate do ‘Value in Force’, associado às companhias alienadas, no montante de Euros 97,4 milhões.

De acordo com as regras do Banco de Portugal nas Normas locais em relação às mais valias geradas na alienação de subsidiárias, o referido valor foi registado por con-trapartida de reservas, em consistência com a política aplicada ao 'goodwill' no momento de aquisição das empresas debitado por contrapartida de reservas.De acordo com as IFRS, a referida mais-valia foi registada por contrapartida de resultados no exercício de 2004.

Em Junho de 2004, o Grupo alienou 4,08% do capital social do Banco Sabadell, S.A., tendo resultado numa mais valia de Euros 85,3 milhões que foi creditada em reservas,no exercício de 2004, dado que no momento da aquisição, em 2000, o 'goodwill' respectivo tinha sido debitado por contrapartida de reservas. De acordo com as IFRS, areferida mais-valia foi registada por contrapartida de resultados no exercício de 2004.

j) Impostos diferidos

De acordo com as Normas locais, os activos por impostos diferidos não eram reconhecidos. De acordo com o critério definido pela IAS 12, os impostos diferidos sãocalculados de acordo com o método do passivo com base no balanço, considerando as diferenças temporárias entre o valor contabilístico dos activos e passivos paraefeitos contabilísticos e os valores utilizados para efeitos fiscais usando as taxas de imposto aprovadas na data de balanço para cada jurisdição e que se espera que sejamaplicadas na data de reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos são reconhecidos quando existe uma expectativa razoável de que sejam obtidos lucros tributáveis futuros que permitam absorver as diferençastemporárias dedutíveis para efeitos fiscais (incluindo prejuízos fiscais reportáveis). O ajustamento efectuado corresponde aos impostos diferidos reconhecidos na datade transição.

k) Contabilização de operações de cobertura e derivados embutidos

De acordo com as Normas locais, os valores nocionais dos derivados de cobertura eram registados em contas extrapatrimoniais até à data da maturidade dos contratos.Os derivados de cobertura não eram reavaliados sendo os juros a pagar e a receber periodificados pelo período dos contratos.

De acordo com o estabelecido pela IFRS 1, e conforme referido na política contabilística apresentada na nota 1 a), a data de transição considerada para a adopção da IAS39 foi 1 de Janeiro de 2004. A adopção da IAS 39 teve um impacto significativo ao nível dos procedimentos e sistemas do Grupo, resultante dos seguintes aspectosprincipais: i) classificação das operações no âmbito de regras complexas aplicáveis a cada tipo de operações ii) complexidade no cumprimento dos critérios; iii) maiorexigência valorimétrica; e iv) requisitos subjacentes à nova contabilidade de cobertura e derivados embutidos.

Tendo em consideração o exposto, o Grupo procedeu à identificação das operações de cobertura existentes para efeitos das Normas locais e simultaneamente procedeuà identificação dos modelos de cobertura a adoptar no âmbito da IAS 39. Assim, face à actual política de cobertura de riscos definida pelo Grupo e ao objectivo deminimização da volatilidade dos resultados do exercício, foram adoptados os seguintes modelos de cobertura:

a) Modelo de cobertura de 'fair value hedge' para activos e passivos financeiros que geram rendimentos fixos e para os quais o Grupo pretende diminuir a sua exposiçãoem relação às variações de 'fair value'. Quando o instrumento financeiro cobre a exposição a alterações no fair value de activos e passivos, o item coberto é registado aofair value no que diz respeito ao risco coberto. Os ganhos e perdas resultantes da mensuração do instrumento de cobertura e item coberto são reconhecidas por con-trapartida de resultados de exercício.

b) Modelo de cobertura de fair value do risco de taxa de juro associado a conjuntos de créditos de taxa fixa. As variações de justo valor associadas ao risco de taxa dejuro dos instrumentos financeiros cobertos são registadas numa única rubrica no activo por contrapartida de resultados do exercício.

Os derivados embutidos são contabilizados separadamente como derivados caso as características económicas e riscos dos derivados embutidos não estejam directamenterelacionadas com as do contrato principal. As variações do justo valor desta componente são reconhecidas em resultados do exercício. Os derivados embutidos sãoclassificados como de negociação e registados ao seu 'fair value' com as variações registadas por contrapartida de resultados do exercício.

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Em face dos critérios descritos, foi apurado um ajustamento de transição que implicou um aumento dos capitais próprios no montante de Euros 36,7 milhões.

O Grupo usa derivados para a cobertura da exposição a riscos de taxa de juro e taxa de câmbio. O tratamento contabilístico depende da natureza do risco coberto,nomeadamente se o Grupo está exposto a variações de 'fair value', variações de 'cash-flows' ou transacções com elevada probabilidade de ocorrência. À data de 31 deDezembro de 2003 e de acordo com os critérios contabilísticos aplicáveis (Normas locais), apresentava na sua carteira de passivos emitidos um conjunto de emissões a taxa fixapara as quais existiam àquela data instrumentos financeiros derivados ('IRS') com o objectivo de efectuarem a cobertura do risco de taxa de juro associado a essa emissões.

No âmbito da aplicação da IFRS 1, à data de 1 de Janeiro de 2004, estas operações estavam classificadas como de cobertura, pelo que na data de transição foram reco-nhecidas as variações de justo valor dos instrumentos de cobertura assim como do risco de taxa de juro associado aos passivos.

l) Imobilizado incorpóreo

De acordo com as Normas locais, um conjunto de activos criados pela própria empresa (Trabalhos para a própria empresa) eram reconhecidos como activos intangíveis eamortizados por um período de 3 anos. Considerando as regras definidas pela IAS 38, que estabelece que os custos relativos a Trabalhos para a própria empresa apenaspodem ser capitalizados se for expectável que gerem benefícios económicos futuros, e que os mesmos possam ser mensurados de forma fiável, dado que os referidosactivos não se enquadram nos critérios de reconhecimento definidos pela Norma, os mesmos foram objecto de anulação.

m) Participações financeiras – 'net investment'

O Grupo aplica o modelo de cobertura de 'net investment' para as situações em que o Grupo detém participações financeiras em moeda estrangeira e pretende reduzira volatilidade em relação às diferenças cambiais daí resultantes. As variações cambiais do instrumento de cobertura são registadas contra capitais próprios do Grupo naparte efectiva da relação de cobertura. A parte inefectiva da relação de cobertura é registada em resultados de exercício. As diferenças cambiais acumuladas registadas emcapitais próprios são registadas em resultados do exercício na data da venda da participação.

n) Acções preferenciais

De acordo com as Normas locais, as acções preferenciais emitidas pelo Grupo são classificadas como interesses minoritários.

De acordo com as IFRS, um instrumento é classificado como de capital quando não existe uma obrigação contratual na maturidade de entregar dinheiro ou outro activofinanceiro a outra entidade, independentemente da sua forma legal e possui um interesse residual nos activos de uma entidade deduzidos de todos os seus passivos.

As acções preferenciais emitidas pelo Grupo são considerados como instrumentos de capital se: (i) o reembolso ocorre apenas por opção do Grupo; e (ii) os termos deconversão para acções ordinárias (número de acções) foram especificados com base no valor de mercado na data de emissão e os dividendos são pagos de forma des-cricionária pelo Conselho de Administração.

No âmbito dos critérios definidos pelos IAS 32 e IAS 39, e considerando os requisitos definidos acima, o Grupo classificou como instrumento de capital uma emissão daBCP Finance Company no montante de Euros 500 milhões.

49. 'Fair value'

O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, como acontece em muitos dosprodutos colocados junto de clientes, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de cash-flows.

A geração de cash-flows dos diferentes instrumentos comercializados é feita com base nas respectivas características financeiras e as taxas de desconto utilizadasincorporam quer a curva de taxas de juro de mercado quer as actuais condições da política de pricing do Grupo.

Assim, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelos parâmetros utilizados no modelo de avaliação, que necessariamente incorporam algum grau de subjectividade, ereflecte exclusivamente o valor atribuído aos diferentes instrumentos financeiros. Ignora, no entanto, factores de natureza prospectiva, como por exemplo a evolução futurade negócio.

Nestas condições, os valores apresentados não podem ser entendidos como uma estimativa do valor económico do Grupo BCP.

De seguida, são apresentados os principais métodos e pressupostos usados na estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros:

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais, Disponibilidades em outras Instituições de Crédito e Recursos de outras Instituições de Crédito:

Atendendo ao prazo extremamente curto associado a estes instrumentos financeiros, o valor de balanço é uma razoável estimativa do seu justo valor.

Aplicações em Instituições de Crédito, Recursos em Mercado Monetário Interbancário e Activos com Acordos de Recompra

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos cash-flows de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos,considerando que os pagamentos de prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas.

A taxa de desconto utilizada reflecte as actuais condições praticadas pelo Grupo em idênticos instrumentos para cada um dos diferentes prazos de maturidade residual.

Activos financeiros detidos para negociação, Passivos financeiros detidos para negociação e Activos financeiros disponíveis para venda

Estes instrumentos financeiros estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontremdisponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de cash-flows.

No caso de acções não cotadas, estas encontram-se reconhecidas ao custo histórico sempre que não exista disponível um valor de mercado e não seja possíveldeterminar com fiabilidade o seu justo valor.

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Derivados de cobertura

Os derivados de cobertura encontram-se contabilizados pelo seu justo valor.

Créditos a clientes com maturidade definida

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos cash-flows de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos.Considera-se que os pagamentos de prestações, ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais do Grupo paracada uma das classes homogéneas deste tipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante. Os cálculos efectuados incorporam o spread de risco de crédito.

Créditos a clientes sem maturidade definida e Débitos à vista para com clientes

Atendendo ao curto prazo deste tipo de instrumentos, as condições da carteira actual deste tipo de instrumentos são semelhantes às actualmente praticadas, pelo que oseu valor de balanço é uma razoável estimativa do seu justo valor.

Depósitos de clientes

O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos cash-flows de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos.Considera-se que os pagamentos de prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais do Grupo paraeste tipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante.

Títulos de dívida emitidos e Passivos subordinados

Para estes instrumentos financeiros, foi calculado o justo valor para as componentes que ainda não se encontram reflectidas em balanço.

Os instrumentos que são a taxa fixa e para os quais o Grupo BCP adopta contabilisticamente uma política de “hedge-accounting”, o justo valor relativamente ao risco detaxa de juro já se encontra registado.

Para o cálculo do justo valor foram levadas em consideração as outras componentes de risco, para além do risco taxa de juro já registado.

O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através demodelos internos baseados em técnicas de desconto de cash-flows.

Para os passivos financeiros com derivados embutidos separáveis e para os quais o Grupo BCP procedeu à sua reavaliação, o cálculo do justo valor destes passivosfinanceiros incidiu sobre a totalidade das componentes destes instrumentos, pelo que a diferença apurada, em 31 de Dezembro de 2005, no montante de Euros46.322.000 (2004: Euros 23.156.000), que correspondem a um aumento do passivo financeiro, inclui um montante a pagar de Euros 32.058.000 (2004: um montante areceber de Euros 3.191.000) que se encontram registados em activos e passivos financeiros detidos para negociação e reflectem o justo valor dos derivados embutidos járegistados.

O quadro seguinte resume os principais ajustamentos aos valores de balanço dos activos e passivos financeiros do Grupo para os quais esses valores não representem oseu justo valor :

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Valor Fair Valor Faircontabilístico value Diferença contabilístico value Diferença

Activos Financeiros:Aplicações em instituições de crédito 6.034.211 6.035.473 1.262 5.213.754 5.214.674 920 Créditos a clientes 52.909.115 53.344.539 435.424 50.869.879 51.365.071 495.192 Activos financeiros detidos

para negociação 2.346.212 2.346.212 - 1.323.176 1.323.176 - Activos financeiros disponíveis para venda 4.631.036 4.631.036 - 4.852.039 4.852.039 -

Passivos Financeiros:Depósitos de Instituições Crédito 11.264.880 11.219.594 (45.286) 10.107.104 10.121.948 14.844 Depósitos de Clientes 34.395.431 34.395.843 412 33.392.781 33.392.630 (151)Títulos de dívida emitidos 18.230.381 18.276.703 46.322 17.028.037 17.051.193 23.156 Passivos financeiros detidos

para negociação 818.045 818.045 - 610.944 610.944 - Passivos Subordinados 2.960.069 3.061.804 101.735 3.774.855 3.880.544 105.689

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50. Pensões de reforma

O Grupo assumiu a responsabilidade de pagar aos seus colaboradores, pensões de reforma por velhice e por invalidez e outras responsabilidades, cumprindo com ostermos do estabelecido no Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário (ACT). As responsabilidades do Grupo são cobertas através do Fundo de Pensões BancoComercial Português, gerido pela PensõesGere - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o número de participantesabrangidos por este plano de pensões de reforma era o seguinte:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Número de participantesReformados e Pensionistas 14.971 14.167 Pessoal no Activo 11.317 12.259

26.288 26.426

De acordo com a política contabilística descrita na nota 1 v), as responsabilidades do Grupo por pensões de reforma e respectivas coberturas, em 31 de Dezembro de2005 e 2004, calculadas com base no método de crédito das unidades projectadas, é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Responsabilidade por benefícios projectadosReformados e Pensionistas 4.256.913 3.738.983 Pessoal no Activo 1.235.105 863.827

5.492.018 4.602.810

Valor do Fundo (5.015.958) (3.659.282)

Responsabilidades não financiadas 476.060 943.528 Responsabilidades não cobertas pelo Fundo de Pensões (ver nota 37) (429.796) (352.098)Valores a pagar ao Fundo de Pensões (35.144) (586.211)

Diferença de cobertura 11.120 5.219

Em 31 de Dezembro de 2005, os imóveis registados nas demonstrações financeiras do Fundo e utilizados por empresas do Grupo ascendiam a Euros 389.062.000 (2004:Euros 392.185.000).

A evolução das responsabilidades por benefícios projectados durante o exercício de 2005 é analisada conforme segue:

Euros ’000

Fundo de Pensões Extra-Fundo Total

Saldo a 1 de Janeiro 4.250.712 352.098 4.602.810

Custo normal 57.570 5.248 62.818 Custo dos juros 217.206 17.873 235.079 Ganhos e perdas actuariais

Não decorrentes de alteração de pressupostos 49.164 (3.128) 46.036 Resultantes de alterações de pressupostos

Alteração da taxa de desconto 322.089 24.958 347.047 Alteração das tábuas de mortalidade 238.914 8.938 247.852

Pagamentos (234.418) (22.905) (257.323)Programas de reformas antecipadas 153.141 46.714 199.855 Contribuições dos colaboradores 12.543 - 12.543 Movimentos associados a rotações (8.716) - (8.716)Outros 4.017 - 4.017

Saldo a 31 de Dezembro 5.062.222 429.796 5.492.018

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A evolução do valor dos activos do Fundo durante o exercício de 2005 é analisada conforme segue:

Euros ’000

Justo-valor dos activos

Saldo a 1 de Janeiro 3.659.282

Rendimento esperado dos activos 201.447 Ganhos e perdas actuariais 151.577 Contribuições para o Fundo 1.234.927 Pagamentos (234.418)Contribuições de colaboradores 12.543 Movimentos associados a rotações (8.716)Outros (684)

Saldo a 31 de Dezembro 5.015.958

Os títulos emitidos por empresas do Grupo existentes na carteira do Fundo são analisados como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Títulos de rendimento fixo 39.104 92.479 Títulos de rendimento variável 218.051 138.206

257.155 230.685

A evolução das responsabilidades provisionadas e dos valores a pagar ao Fundo de Pensões em 2005 e 2004, é analisada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Valores a pagar

Ao Fundo Extra-fundo Total Total

Valores em 1 de Janeiro 586.211 352.098 938.309 789.636 Custo normal 57.570 5.248 62.818 63.033 Custo dos juros 217.304 17.873 235.177 215.498 Custo com programas de reformas antecipadas 153.141 46.714 199.855 194.403 Rendimento esperado dos activos (201.447) - (201.447) (185.034)Ganhos e perdas actuariais

Não decorrentes de alterações de pressupostos (102.413) (3.128) (105.541) (41.959)Alteração na taxa de desconto 322.089 24.958 347.047 134.826 Alteração das tábuas de mortalidade 238.914 8.938 247.852 -

Contribuições para o Fundo (1.234.927) - (1.234.927) (214.999)Pagamentos efectuados - (22.905) (22.905) (14.700)Outros (1.298) - (1.298) (2.395)

Valores em 31 de Dezembro 35.144 429.796 464.940 938.309

A análise das contribuições efectuadas ao Fundo pelas empresas do Grupo é apresentada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Acções 722.025 - Outros títulos 504.713 62.478 Dinheiro 8.189 152.521

1.234.927 214.999

Em 31 de Dezembro de 2005, o valor das pensões pagas pelo Fundo ascendeu a Euros 234.418.000 (31 de Dezembro de 2004: Euros 195.933.000).

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Em conformidade com o disposto na IAS 19, em 31 de Dezembro de 2005, as perdas actuariais diferidas, incluindo o valor do corredor, são analisadas como segue:

Euros ’000

Perdas actuariais

Acima doCorredor Corredor

Valores em 1 de Janeiro de 2005 412.893 627.675 Ganhos e perdas actuariais

Não decorrentes de alterações de pressupostos - (105.541)Alteração na taxa de desconto - 347.047 Alteração das tábuas de mortalidade - 247.852

Amortização das perdas actuariais acima do corredor - (29.356)Anulação de perdas actuariais diferidas relativa às

responsabilidades com reformas antecipadas - (29.749)Variação do corredor 136.308 (136.308)

Valores em 31 de Dezembro de 2005 549.201 921.620

Considerando os ganhos e perdas actuariais registados no cálculo das responsabilidades e no valor do fundo, com referência a 31 de Dezembro de 2005, o valor docorredor calculado de acordo com o parágrafo 92 da IAS 19 ascendia a Euros 549.201.000 (31 de Dezembro de 2004: Euros 412.893.000).

Com referência a 31 de Dezembro de 2005, os ganhos e perdas actuariais acima do valor do corredor no montante de Euros 921.620.000 (31 de Dezembro de 2004:Euros 627.675.000) serão reconhecidos em resultados do exercício durante um período de 20 anos, tendo como base o saldo no final do ano anterior, conforme referidona política contabilística descrita na nota 1 v).

Em 2005, o Grupo contabilizou, como custo com pensões de reforma o montante de Euros 357.381.000 (31 de Dezembro 2004: Euros 366.034.000), incluindo o efeitoda anulação de perdas actuariais diferidas relativa às responsabilidades com reformas antecipadas ('curtailment') no montante de Euros 31.720.000. A análise do custo doexercício é apresentada como segue:

Euros ’000

Dez 2005 Dez 2004

Custo dos serviços correntes 62.818 63.033 Custo dos juros 235.079 215.498 Rendimento esperado dos activos (201.447) (185.034)Amortização de ganhos e perdas actuariais 29.356 32.222 Custo com programas de reformas antecipadas 199.855 194.403 Outros 31.720 45.912

Custo do exercício 357.381 366.034

Após a análise dos indicadores de mercado, em particular as perspectivas de taxa de inflação e da taxa de juro de longo prazo para a Zona Euro bem como dascaracterísticas demográficas dos seus colaboradores, o Grupo alterou os pressupostos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades com pensões de reforma comreferência a 31 de Dezembro de 2005. A análise comparativa dos pressupostos actuariais é apresentada como segue:

Fundo Banco Comercial Português

2005 2004

Taxa de crescimento salarial 2,75% 2,75%Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75%Taxa de rendimento do Fundo 5,5% 5,5%Taxa de desconto 4,75% 5,25%Tábuas de mortalidade

Homens TV 73/77 - 1º ano TV 73/77 Mulheres TV 88/90 TV 73/77

Taxa de invalidez 0% 0%Taxa de 'turnover' 0% 0%

As alterações ao nível da taxa de desconto e das tábuas de mortalidade ocorridas no exercício de 2005, implicaram um acréscimo de responsabilidades para o Grupo deEuros 347.047.000 e Euros 247.852.000, respectivamente, valores que serão amortizados por um período de 20 anos de acordo com a política contabilística descrita nanota 1 v).

Os pressupostos de base utilizados no cálculo do valor actuarial das responsabilidades estão de acordo com os requisitos definidos pela IAS 19.

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Não são considerados decrementos de invalidez no cálculo das responsabilidades.

Os ganhos actuariais líquidos do exercício de 2005 no montante de Euros 105.541.000 são relativos à diferença entre os pressupostos utilizados no cálculo dasresponsabilidades e os valores efectivamente verificados e incluem os seguintes efeitos: i) perdas actuariais de Euros 25.500.000 decorrentes da diferença na taxa decrescimento dos salários; ii) perdas actuariais de Euros 22.500.000 relativas à diferença da taxa de crescimento das pensões; e iii) ganhos actuariais resultantes do facto dorendimento do fundo ter sido superior ao estimado em Euros 151.600.000.

51. Principais alterações na estrutura do Grupo durante o ano de 2005

Durante o ano de 2005, as principais rubricas relativas às subsidiárias alienadas são analisadas conforme segue:

Euros ’000

BCM

Activos

Aplicações em instituições de crédito 421.705 Créditos a clientes 415.853 Outros activos 126.476

964.034

Passivos

Depósitos em instituições de crédito 854 Depósitos de clientes 836.815 Outros passivos 64.171

901.840

Interesses minoritários 769

Situação Líquida (excluindo Interesses minoritários) 61.425

Percentagem adquirida / alienada 100,0%

Mais valia líquida de ganhos e perdas cambiais 113.473

Montante recebido da alienação 174.898

52. Partes relacionadas

O Grupo concede empréstimos no decurso normal das suas actividades a empresas do Grupo e a outras partes relacionadas. No âmbito do Acordo Colectivo deTrabalho Vertical (ACTV), que engloba substancialmente todos os colaboradores dos bancos que operam em Portugal, o Grupo concede empréstimos a taxas de juro quese encontram fixadas no ACTV para cada tipo de operação com base em propostas de crédito apresentadas pelos colaboradores. Por outro lado, apesar de a política doGrupo prever a não concessão de empréstimos à Administração, o Grupo concede empréstimos a membros do Conselho de Administração e todos os empréstimosforam concedidos substancialmente nas mesmas condições a empréstimos semelhantes concedidos à data a outras entidades e não apresentaram um risco deincobrabilidade superior ao normal ou outras características desfavoráveis.

Os empréstimos concedidos aos membros do Conselho de Administração à data de 31 de Dezembro de 2005 eram no montante de Euros 252.000, representando0,01% da Situação Líquida. A maior parte destes empréstimos são contra-garantidos por hipoteca e destinam-se à aquisição de habitação.

Em 31 de Dezembro de 2005, o capital e garantias dos empréstimos (excluindo transacções inter-bancárias e do mercado monetário) que o Grupo concedeu a accionistasque detenham, juntamente com as empresas que detêm, 2% ou mais do capital do Banco (cujo montante agregado, juntamente com as empresas que detêm representam42,7% do capital social em 31 de Dezembro de 2005 descritas no relatório do Conselho de Administração), era de aproximadamente Euros 2.764.000.000. Cada umdestes empréstimos foi concedido durante o decurso normal dos negócios do Grupo e substancialmente nas mesmas condições que empréstimos semelhantesconcedidos à data a outras entidades e não apresentaram um risco de incobrabilidade superior ao normal ou outras características desfavoráveis.

Durante o exercício de 2005, o Grupo procedeu à transferência de um conjunto de activos registados na carteira de activos financeiros disponíveis para venda para ofundo de pensões. O detalhe destas transacções é analisado como segue:

Alienação da participação na Friends Provident

Em Junho de 2005, o Banco procedeu à alienação da sua participação na Friends Provident, num total de 53.333.333 acções, em 2 tranches, da seguinte forma:

– 21.000.000 acções alienadas pelo valor de Euros 53,8 milhões (GBP 36,3 milhões) na Bolsa de Valores de Londres ao valor de cotação da data da transacção;

– 32.333.333 acções entregues ao Fundo de Pensões do Grupo BCP pelo valor de Euros 82,7 milhões (GBP 56,1 milhões) numa transacção fora de bolsa;

As transacções foram realizadas ao valor de mercado tendo gerado uma mais valia no valor de Euros 32,2 milhões considerando a reserva de justo valor registada na datada venda.

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Banco Comercial Português

Alienação da participação na EDP ao Fundo de Pensões

Em 30 de Junho de 2005, o Banco Comercial Português procedeu à entrega ao Fundo de Pensões de 78.956.008 acções da EDP registadas na carteira de Activosfinanceiros disponíveis para venda no valor de Euros 273,8 milhões, tendo gerado uma mais valia no montante de Euros 2,8 milhões registada em resultados por con-trapartida de Capitais Próprios – Reserva de justo valor.

Alienação de activos financeiros detidos para venda – Banca Intesa

Em Setembro de 2005 o Grupo procedeu à entrega ao Fundo de Pensões de 124.544.187 acções da Banca Intesa registadas na carteira de Activos disponíveis para vendano valor de Euros 368,1 milhões (líquido de provisões para imparidade reconhecidas em 31 de Dezembro de 2003), tendo gerado uma mais valia no montante de Euros116,3 milhões registada em resultados por contrapartida de Capitais Próprios – Reserva de justo valor.

Alienação de participações financeiras – Grupo ONI

Em Dezembro de 2005, o Grupo procedeu à entrega ao Fundo de Pensões de 121.377.711 acções da ONI registadas na carteira no valor de Euros 1 (líquido deprovisões para imparidade reconhecidas em 31 de Dezembro de 2003).

Remunerações aos membros da Conselho de Administração

O montante agregado das remunerações pagas a membros do Conselho de Administração para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 era de Euros 31.339.000.Estes montantes não incluem contribuições para o fundo de pensões, no montante de Euros 9.077.000 para o exercício de 31 de Dezembro de 2005.

A posição accionista e obrigacionista dos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização, é a seguinte:

Movimento em 2005

Accionistas/Obrigacionistas Título N.o de títulos Aquisições Alienações Data Preçoà data de Unitário

31-12-2005 31-12-2004Euros

Membros de Órgãos SociaisEng. Jorge Manuel Jardim Gonçalves (a) Acções BCP 10.000.000 6.000.000 50.000 26-Jan-05 2,03

50.000 27-Jan-05 2,0450.000 28-Jan-05 2,0350.000 31-Jan-05 2,0950.000 29-Abr-05 2,08

272.913 9-Jun-05 2,05200.000 12-Ago-05 2,11150.000 24-Ago-05 2,18110.000 25-Ago-05 2,1640.000 26-Ago-05 2,16

1.200.000 (b) 14-Out-05 2,2971.208 17-Out-05 2,2950.000 18-Out-05 2,2750.000 18-Out-05 2,2650.000 20-Out-05 2,2625.000 21-Out-05 2,2325.000 24-Out-05 2,2525.000 25-Out-05 2,2425.000 26-Out-05 2,2325.000 27-Out-05 2,0725.000 28-Out-05 2,0925.000 31-Out-05 2,0925.000 1-Nov-05 2,1025.000 2-Nov-05 2,1725.000 3-Nov-05 2,1425.000 4-Nov-05 2,1125.000 7-Nov-05 2,1225.000 8-Nov-05 2,1325.000 9-Nov-05 2,1525.000 10-Nov-05 2,1525.000 11-Nov-05 2,1425.000 14-Nov-05 2,1325.000 15-Nov-05 2,1225.000 16-Nov-05 2,1425.000 17-Nov-05 2,1525.000 18-Nov-05 2,1425.000 21-Nov-05 2,1410.000 22-Nov-05 2,1440.000 23-Nov-05 2,13

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25.000 24-Nov-05 2,1425.000 25-Nov-05 2,1325.000 25-Nov-05 2,1225.000 29-Nov-05 2,1125.000 30-Nov-05 2,1125.000 1-Dez-05 2,1125.000 2-Dez-05 2,1125.000 5-Dez-05 2,1025.000 6-Dez-05 2,09

555.879 (b) 7-Dez-05 2,1025.000 7-Dez-05 2,0925.000 8-Dez-05 2,0925.000 19-Dez-05 2,0925.000 12-Dez-05 2,0925.000 13-Dez-05 2,0925.000 14-Dez-05 2,0925.000 15-Dez-05 2,09

Capital BCP 2005 0 235.137 (b) 235.137 7-Dez-05 4,95Obrigações BCP F Bk C Step-Up Not (06/15) 244 0 244 27-Jun-05 99,73Obrigações BCP Finance Perp 4.239 Eur 1.000 0 1.000 (c) 11-Out-05 1.000,1Obrigações BCP Cap.Gar.Telecoms Mar/05 0 200 200 (d) 2-Mar-05Obrigações BCP F Bk Conv 4,75% Jun 2011 10 10

Paulo Jorge de A. R.Teixeira Pinto Acções BCP 53.048 53.048Capital BCP 2005 (e) 2.083 2.083Obrigações BCP Fin. B. Conv. 4,75% (01/11) 5 5

Filipe de Jesus Pinhal Acções BCP 2.500.000 2.400.000 100.000 2-Mai-05 2,08Capital BCP 2005 (e) 70.028 70.028Obrigações BCP Fin. B. Conv. 4,75% (01/11) 10 10Acções Pref. Perp. Série C - BCP Fin. Comp. 3.500 3.500

Christopher de Beck Acções BCP 1.209.491 1.059.491 150.000 8-Jun-05 2,08Acções Bank Millennium (Polónia) 95.000 95.000Capital BCP 2005 (e) 57.073 57.073

António Manuel de Seabra e Melo Rodrigues Acções BCP 2.000.000 1.977.000 123.000 20-Abr-05 2,12100.000 21-Jul-05 2,10100.000 22-Set-05 2,21

300.000 (b) 30-Nov-05 2,12Capital BCP 2005 (e) 79.375 79.375

António Manuel P. C. de Castro Henriques Acções BCP 1.250.000 1.150.000 100.000 2-Mai-05 2,08Capital BCP 2005 (e) 65.259 65.259

Alípio Barrosa Pereira Dias Acções BCP 170.900 170.900Capital BCP 2005 (e) 7.282 7.282

Alexandre Alberto Bastos Gomes Acções BCP 635.918 505.918 130.000 21-Dez-05 2,23Capital BCP 2005 (e) 23.742 23.742Obrigações Caixa Cisf Inv. Real (99/06) 2.000 2.000Obrigações BCP Fin. B. Rend.Top (01/06) 75 75

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda Acções BCP 705.000 575.000 10.000 3-Mar-05 2,1340.000 27-Abr-05 2,1340.000 2-Mai-05 2,1040.000 10-Mai-05 2,12

Capital BCP 2005 (e) 21.021 21.021Obrigações BCP Fin. B.Alt.World (01/09) 25 25

Boguslaw Jerzy Kott Acções BCP 17.500 0 12.500 2-Fev-05 2,095.000 28-Fev-05 2,11

Acções Bank Millennium (Polónia) 3.023.174 3.023.174

Ricardo Manuel Simões Bayão Horta Acções BCP 100.000 267.607 167.607 22-Ago-05 2,15Capital BCP 2005 (e) 0 12.000 12.000 24-Ago-05 5,15Obrig. BCP Finance Eur CLN - Brisa May 08 0 200 200 31-Mai-05 101,00Obrigações BCP Finance Perp 4.239 eur 150 0 150 27-Out-05 99,74

(continuação)

Movimento em 2005

Accionistas/Obrigacionistas Título N.o de títulos Aquisições Alienações Data Preçoà data de Unitário

31-12-2005 31-12-2004Euros

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Mário Augusto de Paiva Neto Acções BCP 42.000 42.000Capital BCP 2005 (e) 1.794 1.794

Mário Branco Trindade Acções BCP 41.085 41.085

José Eduardo de Faria Neiva dos Santos Obrigações BCPI Rendimento 24 Mar/05 0 200 200 (d) 17-Mai-05

Cônjuge / Filhos Menores

D. Maria D'Assunção Jardim Gonçalves Acções BCP 444.121 2.200.000 1.200.000 (b) 14-Out-05 2,29555.879 (b) 7-Dez-05 2,10

Capital BCP 2005 328.708 93.571 235.137 (f) 7-Dez-05 4,95Obrigações BCP Fin Com 5,543 PCT Eur 5.000 0 5.000 (f) 23-Set-05 110,43

Paula Maria Von Hafe T. Cruz Acções BCP 886 886Capital BCP 2005 (e) 38 38

Teresa Maria A. Moreira Rato Beck Acções BCP 2.329 2.329Capital BCP 2005 (e) 38 38

Barbara Janet Gray Rodrigues Acções BCP 400.000 81.500 18.500 22-Abr-05 2,12300.000 (f) 30-Nov-05 2,12

Capital BCP 2005 (e) 4.376 4.376

Maria do Rosário S. G. Castro Henriques Acções BCP 0 201.793 201.793 10-Nov-05 2,15Capital BCP 2005 (e) 0 8.565 8.565 9-Nov-05 5,03Obrigações BCP Cap.Gar.Telecoms Mar/05 0 400 400 (b) 2-Mar-05Obrigações BCP Fin. B. EUR Infl. (Maio/10) 200 200Obrigações BCP Fin Perp 4.239 eur 800 0 800 (c) 12-Out-05 1.000,00

Rita S.G. Castro Henriques Acções BCP 1.141 1.141Capital BCP 2005 (e) 38 38Obrigações BCP Super Invt. Millen. II /12/10 77 0 77 3-Mai-05 99,63

Rosa Amélia Moutinho Martins Barbosa Acções BCP 1.401 1.401Capital BCP 2005 (e) 56 56

Maria Flora Silva M. Paiva Neto Acções BCP 1.800 1.800Capital BCP 2005 (e) 74 74

(a) Exerceu o cargo de Presidente do Conselho de Administração de Janeiro a Março de 2005.(b) Levantamento Interno / Transferência Interna.(c) Subscrição.(d) Reembolso.(e) Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis - Capital BCP 2005.(f) Depósito Interno / Transferência Interna.

(continuação)

Movimento em 2005Accionistas/Obrigacionistas Título N.o de títulos Aquisições Alienações Data Preço

à data de Unitário

31-12-2005 31-12-2004Euros

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À data de 31 de Dezembro de 2005, os créditos detidos pelo Banco sobre empresas subsidiárias, representados ou não por títulos, incluídos nas rubricas de Aplicações eminstituições de crédito, de Crédito a clientes e de Activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda, são analisados como segue:

Euros ’000

Aplicações Crédito Activos Financ. Activos Financ.IC’s Clientes detidos p/ negociação disp. p/ venda Total

Banco de Investimento Imobiliário, S.A. 3.854.756 - - 1.062.504 4.917.260 Banque Privée BCP (Suisse) S.A. 469.660 - - - 469.660 BCP Bank & Trust Company (Cayman) Limited 746.376 - - - 746.376 BCP Finance Bank Ltd 474.305 - 103.563 50.010 627.878 BCP Investment, B.V. - 50.653 - - 50.653 BCPBank Canada 16.158 - - - 16.158 CISF Veículos - Sociedade de Aluguer, Lda - 3.312 - - 3.312 Grupo BCP Investimento 45.450 - 39.315 129.268 214.033 Grupo NovaBank 785.337 - - - 785.337 Seguros & Pensões Gere, S.G.P.S., S.A. - 125.036 - - 125.036 Outras 1.196 1.064 - - 2.260

6.393.238 180.065 142.878 1.241.782 7.957.963

À data de 31 de Dezembro de 2005, os créditos detidos pelo Banco sobre empresas associadas, representados ou não por títulos, incluídos nas rubricas de Aplicações eminstituições de crédito, de Crédito a clientes e de Activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda, totalizam o montante de Euros 37.154.000.

À data de 31 de Dezembro de 2005, os débitos do Banco sobre empresas subsidiárias, representados ou não por títulos, incluídos nas rubricas de Débitos para com ins-tituições de crédito, Débitos para com clientes,Títulos de dívida emitidos e de Passivos subordinados do Banco, são analisados como segue:

Euros ’000

Débitos Débitos Títulos de dívida PassivosIC’s Clientes emitidos subordinados Total

Banco Activobank (Portugal), S.A. 153.258 - - - 153.258 Banco de Investimento Imobiliário, S.A. 144.064 64 - - 144.128 Bank Millennium, S.A. 36.051 - - - 36.051 Banque Privée BCP (Suisse) S.A. 204.035 - - - 204.035 BCP Bank & Trust Company (Cayman) Limited 2.420.443 - - - 2.420.443 BCP Finance Bank Ltd 12.045.872 - - 2.226.789 14.272.661 BCP Finance Company, Ltd 1.056 - - 1.020.569 1.021.625 BCP Internacional II, S.G.P.S.

Sociedade Unipessoal, Lda. - 77.528 - - 77.528 BCP Investment, B.V. - 357.993 - - 357.993 BCPBank National Association 59.138 - - - 59.138 BIM - Banco Internacional de Moçambique

S.A.R.L. 61.745 - - - 61.745 Grupo BCP Investimento 400.722 10.929 454.788 13.011 879.450 Grupo NovaBank 397.747 - - - 397.747 Millennium bcp - Gestão de Fundos de

Investimento, S.A. - 17.793 - - 17.793 BCP - Participações Financeiras, S.G.P.S.,

Sociedade Unipessoal, Lda. - 56.555 - - 56.555 Millennium bcp - Prestação de Serviços, ACE - 11.148 - - 11.148 Pinto Totta International Finance, Limited - - - 109.390 109.390 Seguros & Pensões Gere, S.G.P.S., S.A. - 838.863 - - 838.863 Outras 791 1.083 - - 1.874

15.924.922 1.371.956 454.788 3.369.759 21.121.425

À data de 31 de Dezembro de 2005, os débitos do Banco sobre empresas associadas, representados ou não por títulos, incluídos nas rubricas de Débitos para com ins-tituições de crédito, Débitos para com clientes,Títulos de dívida emitidos e de Passivos subordinados do Banco, totalizam o montante de Euros 7.676.000.

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53. Indicadores do Balanço e Demonstração de resultados consolidados por segmentos de negócio e geográficos

O Grupo desenvolve um conjunto de actividades bancárias e serviços financeiros em Portugal e no estrangeiro, com especial ênfase nos negócios de Banca Comercial, deBanca de Investimento e de Private Banking e Asset Management.

Caracterização dos Segmentos

A Banca Comercial manteve-se como negócio dominante na actividade do Grupo, tanto em termos de volumes como ao nível de contribuição para os resultados.O negócio de Banca Comercial inclui a rede do Banco Comercial Português em Portugal, actuando como canal de marketing e de distribuição orientado para ossegmentos da Banca de Retalho e da Banca de Empresas e Corporate, centrando a sua actividade na satisfação das necessidades dos Clientes particulares e empresa, e ossegmentos European Banking e Overseas Banking, onde o Grupo actua através de diversas instituições sediadas em mercados de afinidade e em países que apresentamperspectivas de crescimento elevadas, tanto na Europa como noutras regiões.

A estratégia de abordagem da Banca de Retalho em Portugal encontra-se delineada tendo em consideração os clientes que valorizam uma proposta de valor alicerçada nainovação e rapidez, designados Clientes “mass market”, e os clientes cuja especificidade de interesses, dimensão do património financeiro ou nível de rendimento, justificauma proposta de valor baseada na inovação e na personalização de atendimento através de um gestor de Cliente dedicado, designados Clientes “affluent” e “smallbusiness”. No âmbito da estratégia de “cross-selling” funciona também como canal de distribuição dos produtos e serviços da generalidade dos negócios doMillennium bcp.

O segmento Empresas e Corporate inclui a rede Empresas em Portugal, servindo as necessidades financeiras de empresas com volume anual de negócios compreendidosentre 7,5 milhões de euros e 100 milhões de euros, apostando na inovação e numa oferta global de produtos bancários tradicionais complementada com financiamentosespecializados, e a rede Corporate em Portugal, dirigida a empresas e entidades institucionais com um volume anual de negócios superior a 100 milhões de euros,oferecendo uma gama completa de produtos e serviços de valor acrescentado.

O segmento European Banking prossegue o enfoque nos mercados Polaco e Grego, considerados mercados prioritários, onde o Grupo está representado pelo BankMillennium, um banco universal, e pelo NovaBank, uma operação baseada na inovação de produtos e serviços. Embora com uma dimensão mais reduzida, o Grupo encon-tra-se representado na Turquia pelo BankEuropa, uma operação vocacionada para o aconselhamento financeiro, e em França e no Luxemburgo pelo Banque BCP,direccionado ao segmento de Clientes de origem lusa, residentes em França e no Luxemburgo.

O segmento Overseas Banking inclui a actividade prosseguida pelo Grupo fora da Europa, estendendo-se a mercados de afinidade, sendo assegurada pelo BCPBank(Estados Unidos e Canadá), um banco global vocacionado para servir a população local e, em especial, a comunidade portuguesa, pelo Banco Internacional deMoçambique, um banco universal, direccionado para Clientes particulares e empresas, e pela sucursal de Angola.

A actividade de Banca de Investimento é desenvolvida essencialmente pelo Millennium bcp Investimento, instituição especializada no mercado de capitais, prestação deserviços de consultoria e assessoria estratégica e financeira, serviços especializados - “project finance”, “corporate finance”, corretagem de valores mobiliários e “equityresearch” – e na estruturação de produtos derivados de cobertura de risco.

A actividade de Private Banking e Asset Management é assegurada pela rede de Private Banking em Portugal, pelo Banque Privée BCP, uma plataforma de “private banking”de direito suíço, pelo ActivoBank7, um banco de serviço global, especializado nos negócios de bolsa e na selecção e aconselhamento de produtos de investimento de longoprazo, e pelas subsidiárias especializadas no negócio de gestão de fundos de investimento.

No segmento Outros incluem-se a gestão centralizada de participações financeiras e as restantes actividades e operações de carácter corporativo, as actividades nãointegradas nos segmentos de negócio, nomeadamente a actividade de “bancassurance”, uma “joint-venture” com o Grupo Belga-Holandês Fortis, e outros valores nãoalocados aos segmentos.

Actividade dos segmentos de negócio em 2005

Os valores reportados para cada segmento de negócio resultam da agregação das subsidiárias e unidades de negócio que o compõe, reflectindo também o impacto, aonível do balanço e da conta de exploração, do processo de afectação de capital e de balanceamento de cada entidade, efectuado com base em valores médios. As rubricasdo balanço de cada subsidiária e unidade de negócio são recalculadas tendo em conta a substituição dos capitais próprios contabilísticos pelos montantes afectos atravésdo processo de alocação, respeitando critérios regulamentares de solvabilidade. O balanceamento das várias operações é assegurado por transferências internas de fundos,não se registando alterações ao nível consolidado.

As contribuições líquidas de cada segmento incorporam todos os impactos dos movimentos de fundos descritos anteriormente e reflectem os resultados individuais dasunidades de negócio, independentemente da percentagem de participação detida pelo Grupo, incluindo os impactos relacionados com a realocação de capitais.A informação seguidamente apresentada foi preparada com base nas demonstrações financeiras elaboradas de acordo com as IFRS e com a nova organização das áreas denegócio do Grupo, definida em Março de 2005. Os relativos a 2004 foram preprarados para efeitos meramente comparativos, tendo em conta as alterações referidas e asmodificações ocorridas no perímetro dos segmentos de negócio durante o ano de 2004.

Segmentos Geográficos

No âmbito da estratégia de desenvolvimento de uma instituição verdadeiramente multi-doméstica, o Grupo actua com especial enfoque nos mercados Português, Polaco eGrego, considerados mercados prioritários, operando ainda num conjunto restrito de mercados de afinidade. Deste modo, a informação por segmentos geográficos encon-tra-se estruturada em Portugal, Polónia, Grécia e Outros, sendo que o segmento Portugal representa, essencialmente, a actividade desenvolvida pelo Banco ComercialPortugês em Portugal, pelo Millennium bcp Investimento, pelo ActivoBank7 e pelo Banco de Investimento Imobiliário. O segmento Polónia inclui as operações desenvolvidaspelo Bank Millennium e o segmento Grécia encontra-se representado pela actividade do NovaBank. O segmento Outros considera as operações do Grupo que não estãoincluídas nos restantes segmentos, nomeadamente as actividades desenvolvidas em outros países, tais como França, Luxemburgo,Turquia, Estados Unidos, Canadá,Moçambique e Angola.

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Em 31 de Dezembro de 2005 a contribuição líquida dos principais segmentos de negócio é apresentada como se segue:

Euros ’000

Banca Comercial Private

Empresas Banking e Banca de e Corporate Banca de Gestão deRetalho Banking Europa Overseas Total Investimento Activos Outros Consolidado

Demonstração de Resultados

Juros e proveitos equiparados 1.120.991 606.984 459.437 121.760 2.309.172 90.224 154.157 530.180 3.083.733Juros e custos equiparados (362.095) (327.034) (276.579) (45.641) (1.011.349) (90.006) (93.218) (481.501) (1.676.074)

Margem financeira 758.896 279.950 182.858 76.119 1.297.823 218 60.939 48.679 1.407.659

Comissões e outros proveitos 435.945 144.408 169.604 53.844 803.801 78.271 88.676 178.672 1.149.420Comissões e outros custos (34.089) (12.485) (48.737) (21.784) (117.095) (6.739) (32.934) (146.799) (303.567)

Comissões e outros proveitos líquidos 401.856 131.923 120.867 32.060 686.706 71.532 55.742 31.873 845.853

Resultados em operações financeiras - - 124.621 23.170 147.791 97.439 992 (6.699) 239.523

Custos com pessoal e FST's 885.538 119.159 303.483 76.450 1.384.630 55.835 72.838 255.144 1.768.447Amortizações 1.365 178 45.691 10.089 57.323 441 898 81.127 139.789

Custos operacionais 886.903 119.337 349.174 86.539 1.441.953 56.276 73.736 336.271 1.908.236

Imparidade e provisões (31.370) (26.857) (4.926) (6.645) (69.798) (5.348) (82.840) (12.746) (170.732)Resultados por equivalência patrimonial - - - 384 384 333 - 26.294 27.011Resultados de alienação de outros activos - - 103.332 - 103.332 11.000 - 382.526 496.858

Resultado antes de impostos 242.479 265.679 177.578 38.549 724.285 118.898 (38.903) 133.656 937.936

Impostos (66.681) (73.059) (37.453) (5.416) (182.609) (29.769) (1.914) 116.843 (97.449)

Resultado após impostos 175.798 192.620 140.125 33.133 541.676 89.129 (40.817) 250.499 840.487

Resultado consolidado doexercício atribuível a:

Accionistas do Banco 175.798 192.620 140.125 33.133 541.676 89.129 (40.817) 163.502 753.490 Interesses minoritários - - - - - - - 86.997 86.997

Balanço

Caixa e aplicações eminstituições de crédito 2.874.620 2.305.907 1.492.023 344.656 7.017.206 2.768.854 818.459 (2.438.811) 8.165.708

Crédito a clientes 23.667.243 14.570.214 4.771.351 897.260 43.906.068 424.557 3.722.693 4.855.797 52.909.115 Activos financeiros

disponíveis para venda - - 1.404.445 317.367 1.721.812 2.656.484 2.862 249.878 4.631.036 Outros activos 1.470.948 87.718 2.844.353 115.600 4.518.619 1.684.075 62.255 4.878.794 11.143.743

Total do Activo 28.012.811 16.963.839 10.512.172 1.674.883 57.163.705 7.533.970 4.606.269 7.545.658 76.849.602

Depósitos de instituiçõesde crédito 4.309.404 3.419.739 2.119.636 131.701 9.980.480 2.684.571 1.077.391 (2.477.562) 11.264.880

Depósitos de clientes 16.054.794 4.987.183 5.996.072 1.418.338 28.456.387 9 2.292.017 3.647.018 34.395.431 Títulos de dívida emitidos 5.562.282 6.495.889 17.988 2.397 12.078.556 3.518.176 843.773 1.789.876 18.230.381 Outros passivos 1.194.521 1.046.924 2.097.913 73.949 4.413.307 1.190.190 210.553 2.542.840 8.356.890

Total do Passivo 27.121.001 15.949.735 10.231.609 1.626.385 54.928.730 7.392.946 4.423.734 5.502.172 72.247.582

Capital e Interesses Minoritários 891.810 1.014.104 280.563 48.498 2.234.975 141.024 182.535 2.043.486 4.602.020

Total do Passivo, Capital eInteresses Minoritários 28.012.811 16.963.839 10.512.172 1.674.883 57.163.705 7.533.970 4.606.269 7.545.658 76.849.602

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93

Banco Comercial Português

Em 31 de Dezembro de 2004 a contribuição líquida dos principais segmentos de negócio é apresentada como se segue:

Euros ’000

Banca Comercial Private

Empresas Banking e Banca de e Corporate Banca de Gestão deRetalho Banking Europa Overseas Total Investimento Activos Outros Consolidado

Demonstração de Resultados

Juros e proveitos equiparados 1.035.323 619.841 330.803 91.146 2.077.113 144.023 170.470 403.630 2.795.236Juros e custos equiparados (323.144) (336.792) (211.797) (27.458) (899.191) (143.730) (96.687) (384.067) (1.523.675)

Margem financeira 712.179 283.049 119.006 63.688 1.177.922 293 73.783 19.563 1.271.561

Comissões e outros proveitos 400.540 151.134 138.927 30.407 721.008 76.077 82.475 144.595 1.024.155Comissões e outros custos (32.706) (26.858) (51.413) (4.064) (115.041) (6.585) (31.771) (43.598) (196.995)

Comissões e outros proveitos líquidos 367.834 124.276 87.514 26.343 605.967 69.492 50.704 100.997 827.160

Resultados em operações financeiras - - 119.504 16.475 135.979 76.921 (598) (7.427) 204.875

Custos com pessoal e FST's 925.095 98.836 274.361 69.055 1.367.347 52.727 71.446 305.831 1.797.351Amortizações 1.283 169 100.594 9.815 111.861 930 1.093 98.301 212.185

Custos operacionais 926.378 99.005 374.955 78.870 1.479.208 53.657 72.539 404.132 2.009.536

Imparidade e provisões (111.898) (51.534) (14.115) (6.451) (183.998) (9.190) (6.908) (20.608) (220.704)Resultados por equivalência patrimonial - - 283 485 768 (161) - 58.715 59.322Resultados de alienação de outros activos - - 114.095 - 114.095 - - 451.711 565.806

Resultado antes de impostos 41.737 256.786 51.332 21.670 371.525 83.698 44.442 198.819 698.484

Impostos (56.308) (72.808) (25.578) (814) (155.508) (30.035) (3.091) 121.684 (66.950)

Resultado após impostos (14.571) 183.978 25.754 20.856 216.017 53.663 41.351 320.503 631.534

Resultado consolidado dodo exercício atribuível a:

Accionistas do Banco (14.571) 183.978 25.754 20.856 216.017 53.663 41.351 295.434 606.465Interesses minoritários - - - - - - - 25.069 25.069

Balanço

Caixa e aplicações eminstituições de crédito 2.998.443 2.250.644 2.139.176 701.943 8.090.206 3.267.542 759.781 (4.145.386) 7.972.143

Crédito a clientes 21.068.131 14.567.011 3.807.026 937.244 40.379.412 293.734 4.551.962 5.644.771 50.869.879Activos financeiros

disponíveis para venda - - 1.219.930 215.709 1.435.639 2.029.392 2.368 1.384.640 4.852.039Outros activos 1.147.182 75.993 1.160.725 108.245 2.492.145 526.480 51.132 4.556.545 7.626.302

Total do Activo 25.213.756 16.893.648 8.326.857 1.963.141 52.397.402 6.117.148 5.365.243 7.440.570 71.320.363

Depósitos de instituiçõesde crédito 4.030.503 4.692.588 1.578.155 85.397 10.386.643 1.995.676 1.648.745 (3.923.960) 10.107.104

Depósitos de clientes 16.067.610 4.063.420 5.819.568 1.740.120 27.690.718 263 1.784.515 3.917.285 33.392.781Títulos de dívida emitidos 3.270.796 6.061.701 87.034 2.657 9.422.188 3.608.842 1.451.354 2.538.270 17.020.654Outros passivos 1.022.223 1.060.350 605.144 80.968 2.768.685 402.128 255.397 3.762.847 7.189.057

Total do Passivo 24.391.132 15.878.059 8.089.901 1.909.142 50.268.234 6.006.909 5.140.011 6.294.442 67.709.596

Capital e Interesses Minoritários 822.624 1.015.589 236.956 53.999 2.129.168 110.239 225.232 1.146.128 3.610.767

Total do Passivo, Capital eInteresses Minoritários 25.213.756 16.893.648 8.326.857 1.963.141 52.397.402 6.117.148 5.365.243 7.440.570 71.320.363

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94

Con

tas

de 2

005

Banco Comercial Português

Em 31 de Dezembro de 2005 a contribuição líquida dos principais segmentos geográficos é apresentada como se segue:

Euros ’000

Portugal

PrivateEmpresas Banking e

Banca de e Corporate Gestão de Banca deRetalho Banking Activos Investimento Outros Total Polónia Grécia Outros Consolidado

Demonstração de Resultados

Juros e proveitos equiparados 1.120.991 606.984 154.157 90.224 530.180 2.502.536 255.635 116.677 208.885 3.083.733Juros e custos equiparados (362.095) (327.034) (93.218) (90.006) (481.501) (1.353.854) (187.540) (44.112) (90.568) (1.676.074)

Margem financeira 758.896 279.950 60.939 218 48.679 1.148.682 68.095 72.565 118.317 1.407.659

Comissões e outros proveitos 435.945 144.408 88.676 78.271 178.672 925.972 91.887 31.085 100.476 1.149.420Comissões e outros custos (34.089) (12.485) (32.934) (6.739) (146.799) (233.046) (24.534) (15.235) (30.752) (303.567)

Comissões e outros proveitos líquidos 401.856 131.923 55.742 71.532 31.873 692.926 67.353 15.850 69.724 845.853

Resultados em operações financeiras - - 992 97.439 (6.699) 91.732 115.992 2.909 28.890 239.523

Custos com pessoal e FST's 885.538 119.159 72.838 55.835 255.144 1.388.514 163.389 73.341 143.203 1.768.447Amortizações 1.365 178 898 441 81.127 84.009 25.789 7.980 22.011 139.789

Custos operacionais 886.903 119.337 73.736 56.276 336.271 1.472.523 189.178 81.321 165.214 1.908.236

Imparidade e provisões (31.370) (26.857) (82.840) (5.348) (12.746) (159.161) 668 (5.897) (6.342) (170.732)Resultados por equivalência patrimonial - - - 333 26.294 26.627 - - 384 27.011Resultados de alienação de outros activos - - - 11.000 382.526 393.526 103.332 - - 496.858

Resultado antes de impostos 242.479 265.679 (38.903) 118.898 133.656 721.809 166.262 4.106 45.759 937.936

Impostos (66.681) (73.059) (1.914) (29.769) 116.843 (54.580) (32.701) (1.627) (8.541) (97.449)

Resultado após impostos 175.798 192.620 (40.817) 89.129 250.499 667.229 133.561 2.479 37.218 840.487

Resultado consolidado dodo exercício atribuível a:

Accionistas do Banco 175.798 192.620 (40.817) 89.129 234.606 651.336 66.780 2.480 32.894 753.490Interesses minoritários - - - - 15.893 15.893 66.781 (1) 4.324 86.997

Balanço

Caixa e aplicações eminstituições de crédito 2.874.620 2.305.907 818.459 2.768.854 (2.438.811) 6.329.029 810.884 650.940 374.855 8.165.708

Crédito a clientes 23.667.243 14.570.214 3.722.693 424.557 4.855.797 47.240.504 2.480.633 2.081.921 1.106.057 52.909.115Activos financeiros

disponíveis para venda - - 2.862 2.656.484 249.878 2.909.224 1.252.285 30.605 438.922 4.631.036Outros activos 1.470.948 87.718 62.255 1.684.075 4.878.794 8.183.790 1.210.769 98.918 1.650.266 11.143.743

Total do Activo 28.012.811 16.963.839 4.606.269 7.533.970 7.545.658 64.662.547 5.754.571 2.862.384 3.570.100 76.849.602

Depósitos de instituições de crédito 4.309.404 3.419.739 1.077.391 2.684.571 (2.477.562) 9.013.543 1.215.606 796.913 238.818 11.264.880

Depósitos de clientes 16.054.794 4.987.183 2.292.017 9 3.647.018 26.981.021 3.888.913 1.822.401 1.703.096 34.395.431Títulos de dívida emitidos 5.562.282 6.495.889 843.773 3.518.176 1.789.876 18.209.996 17.989 - 2.396 18.230.381Outros passivos 1.194.521 1.046.924 210.553 1.190.190 2.542.840 6.185.028 482.187 151.866 1.537.809 8.356.890

Total do Passivo 27.121.001 15.949.735 4.423.734 7.392.946 5.502.172 60.389.588 5.604.695 2.771.180 3.482.119 72.247.582

Capital e Interesses Minoritários 891.810 1.014.104 182.535 141.024 2.043.486 4.272.959 149.876 91.204 87.981 4.602.020

Total do Passivo. Capital eInteresses Minoritários 28.012.811 16.963.839 4.606.269 7.533.970 7.545.658 64.662.547 5.754.571 2.862.384 3.570.100 76.849.602

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95

Banco Comercial Português

Em 31 de Dezembro de 2004 a contribuição líquida dos principais segmentos geograficos é apresentada como se segue:

Euros ’000

Portugal

PrivateEmpresas Banking e

Banca de e Corporate Gestão de Banca deRetalho Banking Activos Investimento Outros Total Polónia Grécia Outros Consolidado

Demonstração de Resultados

Juros e proveitos equiparados 1.035.323 619.841 170.470 144.023 403.630 2.373.287 178.398 83.446 160.105 2.795.236Juros e custos equiparados (323.144) (336.792) (96.687) (143.730) (384.067) (1.284.420) (150.016) (28.322) (60.917) (1.523.675)

Margem financeira 712.179 283.049 73.783 293 19.563 1.088.867 28.382 55.124 99.188 1.271.561

Comissões e outros proveitos 400.540 151.134 82.475 76.077 144.595 854.821 67.133 28.155 74.046 1.024.155Comissões e outros custos (32.706) (26.858) (31.771) (6.585) (43.598) (141.518) (27.948) (14.254) (13.275) (196.995)

Comissões e outros proveitos líquidos 367.834 124.276 50.704 69.492 100.997 713.303 39.185 13.901 60.771 827.160

Resultados em operações financeiras - - (598) 76.921 (7.427) 68.896 116.102 (849) 20.726 204.875

Custos com pessoal e FST's 925.095 98.836 71.446 52.727 305.831 1.453.935 140.438 68.486 134.492 1.797.351Amortizações 1.283 169 1.093 930 98.301 101.776 75.056 14.926 20.427 212.185

Custos operacionais 926.378 99.005 72.539 53.657 404.132 1.555.711 215.494 83.412 154.919 2.009.536

Imparidade e provisões (111.898) (51.534) (6.908) (9.190) (20.608) (200.138) (2.126) (11.744) (6.696) (220.704)

Resultados por equivalência patrimonial - - - (161) 58.715 58.554 283 - 485 59.322Resultados de alienação de outros activos - - - - 451.711 451.711 114.095 - - 565.806

Resultado antes de impostos 41.737 256.786 44.442 83.698 198.819 625.482 80.427 (26.980) 19.555 698.484

Impostos (56.308) (72.808) (3.091) (30.035) 121.684 (40.558) (24.798) 2.248 (3.842) (66.950)

Resultado após impostos (14.571) 183.978 41.351 53.663 320.503 584.924 55.629 (24.732) 15.713 631.534

Resultado consolidado dodo exercício atribuível a:

Accionistas do Banco (14.571) 183.978 41.351 53.663 314.626 579.047 27.814 (12.366) 11.970 606.465Interesses minoritários - - - - 5.877 5.877 27.815 (12.366) 3.743 25.069

Balanço

Caixa e aplicações eminstituições de crédito 2.998.443 2.250.644 759.781 3.267.542 (4.145.386) 5.131.024 1.176.455 340.620 1.324.044 7.972.143

Crédito a clientes 21.068.131 14.567.011 4.551.962 293.734 5.644.771 46.125.609 1.644.433 1.327.481 1.772.356 50.869.879Activos financeiros

disponíveis para venda - - 2.368 2.029.392 1.384.640 3.416.400 1.103.030 58.109 274.500 4.852.039Outros activos 1.147.182 75.993 51.132 526.480 4.556.545 6.357.332 961.689 100.234 207.047 7.626.302

Total do Activo 25.213.756 16.893.648 5.365.243 6.117.148 7.440.570 61.030.365 4.885.607 1.826.444 3.577.947 71.320.363

Depósitos de instituições de crédito 4.030.503 4.692.588 1.648.745 1.995.676 (3.923.960) 8.443.552 915.155 300.338 448.059 10.107.104

Depósitos de clientes 16.067.610 4.063.420 1.784.515 263 3.917.285 25.833.093 3.313.631 1.359.767 2.886.290 33.392.781Títulos de dívida emitidos 3.270.796 6.061.701 1.451.354 3.608.842 2.538.270 16.930.963 86.976 - 2.715 17.020.654Outros passivos 1.022.223 1.060.350 255.397 402.128 3.762.847 6.502.945 435.420 103.366 147.326 7.189.057

Total do Passivo 24.391.132 15.878.059 5.140.011 6.006.909 6.294.442 57.710.553 4.751.182 1.763.471 3.484.390 67.709.596

Capital e Interesses Minoritários 822.624 1.015.589 225.232 110.239 1.146.128 3.319.812 134.425 62.973 93.557 3.610.767Total do Passivo, Capital e

Interesses Minoritários 25.213.756 16.893.648 5.365.243 6.117.148 7.440.570 61.030.365 4.885.607 1.826.444 3.577.947 71.320.363

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54. Gestão de riscos

O Grupo está sujeito a riscos de diversa ordem no âmbito do desenvolvimento da sua actividade. A gestão dos riscos das diversas empresas do Grupo é efectuada peloGrupo de forma centralizada atendendo aos riscos específicos de cada negócio.

A política de gestão de risco do Grupo visa a manutenção, em permanência, de uma adequada relação entre os seus capitais próprios e a actividade desenvolvida, assimcomo a correspondente avaliação do perfil de risco/retorno por linha de negócio.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acompanhamento e controlo dos principais tipos de riscos financeiros – crédito, mercados, liquidez e operacional – a que se encontra sujeita a actividade do Grupo.

Principais Tipos de Risco

Crédito – O risco de crédito encontra-se associado ao grau de incerteza dos retornos esperados, por incapacidade quer do tomador do empréstimo (e do seu garante, seexistir), quer do emissor de um título ou da contraparte de um contrato em cumprir com as suas obrigações.

Mercados – O conceito de risco de mercado reflecte a perda potencial que pode ser registada por uma determinada carteira em resultado de alterações de taxas (de juro ede câmbio) e/ou dos preços dos diferentes instrumentos financeiros que a compõem, considerando quer as correlações existentes entre eles, quer as respectivas volatilidades.

Liquidez – O risco de liquidez reflecte a incapacidade do Grupo cumprir com as suas obrigações no momento do respectivo vencimento, sem incorrer em perdassignificativas decorrentes de uma degradação das condições de financiamento (risco de financiamento) e/ou de venda dos seus activos por valores inferiores aos valores demercado (risco de liquidez de mercado).

Operacional – Como risco operacional entende-se a perda potencial resultante de falhas ou inadequações nos processos internos, nas pessoas ou nos sistemas, ou ainda asperdas potenciais resultantes de eventos externos.

Organização Interna

Compete ao Conselho de Administração do Banco Comercial Português definir os princípios gerais de gestão e controlo de riscos, aprovar a respectiva política de gestãoe criar ao nível da organização uma estrutura dotada com os recursos apropriados à sua implementação, compreendendo a identificação, a avaliação e a elaboração depropostas de actuação sobre os riscos em todas as suas vertentes – crédito, mercados, liquidez e operacional.

A responsabilidade pela implementação das políticas de risco foi concentrada numa estrutura transversal a todas as entidades do Grupo e totalmente independente dasáreas originadoras dos riscos – o Risk Office.

No âmbito das suas atribuições, compete ao Risk-Office definir os conceitos e desenvolver, propor, implementar e controlar a aplicação de um conjunto de metodologias emétricas que garantam a correcta avaliação dos riscos incorridos, assegurando a infra-estrutura tecnológica de suporte mais adequada à análise, tanto ao nível consolidadocomo ao nível das linhas de negócio.

O Risk-Office é ainda responsável por apoiar o funcionamento das Sub-Comissões de Risco: Crédito, Mercados e Liquidez, Operacional e de Acompanhamento do Fundode Pensões.

Todas as Sub-Comissões são presididas por um membro do Conselho de Administração e secretariadas por um responsável do Risk Office, encontrando-se representadosos responsáveis das principais áreas envolvidas nos processos de decisão e gestão de riscos nas diferentes empresas do Grupo.

Todas as entidades incluídas no perímetro de consolidação do Banco Comercial Português regem a sua actuação pelos princípios e decisões tomadas centralmente ao níveldas Sub-Comissões de Risco.

Modelo de Avaliação e Gestão de Riscos

O modelo de avaliação e acompanhamento dos riscos pressupõe a existência de cinco áreas que assumem funções distintas no processo de gestão de riscos: Comercial,Estrutural, Mercados, 'Asset and Liability Managment' (ALM) e 'Credit Portfolio Management' (CPM).

As áreas Comercial, de Mercados e Estrutural integram as operações realizadas com entidades externas ao Grupo incluindo os contratos efectuados com clientes(Comercial), as operações resultantes da actuação nos mercados financeiros (Mercados) e as operações de âmbito corporativo (Estrutural), como, por exemplo, asemissões de capital e de dívida subordinada e as operações relativas a participações financeiras.

As áreas de 'Credit Portfolio Management' e de 'Asset and Liability Management' assumem o papel de áreas de gestão macro dos riscos de crédito e de mercados,respectivamente, decorrentes da actividade das restantes três áreas (Comercial, Mercados e Estrutural).

Por princípio, as áreas Comercial e Estrutural não gerem riscos, pelo que os riscos originados no âmbito da sua actividade são transferidos, através de operações internasconcretizadas a preços de mercado, para as áreas de gestão de risco (CPM e ALM), passando a integrar as suas carteiras próprias e sendo, consequentemente, elegíveispara efeitos de avaliação e controlo dos respectivos limites de risco.

As áreas de Mercados actuam, simultaneamente, como áreas de “trading” (carteira própria) e de execução das decisões tomadas ao nível das Sub-Comissões de Riscotendo, neste último caso, a responsabilidade de contratar operações com o mercado com o objectivo de ajustar os níveis globais de risco às orientações aí aprovadas.

Nestas condições, os riscos de crédito e de mercado concentram-se em três áreas:

Mercados – Inclui as posições de risco de mercado (taxa de juro, cambial e de liquidez) resultantes da actividade de “trading” e de gestão de liquidez;

ALM – Engloba as posições de risco de mercado resultantes das transferências internas de riscos originados nas áreas Comercial e Estrutural, líquidas das decisões decobertura e das posições de risco assumidas ao nível do Comité de Gestão de Activos e Passivos (ALCO);

CPM – Abrange as posições de risco de crédito originadas nas restantes áreas – Comercial, Estrutural e de Mercados, líquidas das respectivas decisões de cobertura.

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Avaliação de Riscos

Risco de Crédito

A avaliação do risco de crédito baseia-se em modelos que, no caso de clientes do segmento Retalho, são essencialmente de índole comportamental e, no caso de clientesempresas e grupos económicos, combinam informação de carácter económico-financeiro com dados de natureza qualitativa, como a qualidade da gestão e organização daempresa, o posicionamento no mercado em que se insere e as perspectivas de evolução.

O grau de risco da generalidade dos clientes particulares e dos empresários em nome individual é avaliado pelo modelo TRIAD, um sistema de apoio às decisões de créditoque efectua de forma automática uma pré-atribuição de limites de crédito e de graus de risco a cada cliente com base no respectivo historial financeiro. Este sistema possibilita,simultaneamente, um elevado nível de serviço, traduzido em aprovações de créditos simples e rápidas, e um acompanhamento rigoroso da qualidade da carteira de crédito.

Os clientes são, deste modo, submetidos a processos internos de “rating”, estando a decisão creditícia a cargo de comissões cuja constituição e competências estãodefinidas em regulamentos específicos. De acordo com o sistema de 'rating' interno, a cada cliente é atribuído um determinado grau de risco.

Complementarmente aos modelos de “rating”, existe um sistema de controle preventivo, com o objectivo de assegurar a detecção precoce de situações de incum-primento. Esse sistema assenta num conjunto de Sinais de Alerta, conduzindo, em função da respectiva frequência, gravidade e correlação, à atribuição de Classificações deRisco e à definição de Planos de Acção mandatórios, com vista a minimizar as situações de incumprimento.

Por outro lado, a gestão do risco de crédito apoia-se também em técnicas de mitigação do risco como colaterais, garantias ou derivados de crédito, que ofereçam o nívelpretendido de protecção para operações ou carteiras seleccionadas em função de um conjunto de princípios e critérios, na adequação do “pricing” das operações e noreforço da eficiência dos processos de recuperação de crédito, visando a minimização das perdas em caso de incumprimento.

Riscos de Mercado

O Grupo utiliza o conceito de Capital em Risco (VaR – “Value at Risk”) como principal medida de avaliação da exposição a riscos de mercado.

O cálculo do VaR é efectuado considerando a repartição das posições existentes por área geográfica de mercado, moeda e natureza dos riscos (taxa de juro, cambial e deacções), sendo calculado tanto individualmente para cada um dos centros de responsabilidade com intervenção no processo de tomada de riscos como numa baseconsolidada, medindo o efeito de diversificação existente entre as diferentes carteiras.

Encontram-se estabelecidos limites de riscos para todas as áreas de intervenção nos mercados.

A avaliação da adequação do modelo de VaR à natureza dos riscos envolvidos nas carteiras avaliadas é feita através de um processo diário de “backtesting”, que comparaindicadores de VaR com os resultados efectivamente verificados.

Em complemento da metodologia de VaR, são utilizados outros indicadores de risco para acompanhar e limitar a tomada de posições em instrumentos em que os riscosde mercado não possam ser correctamente avaliados pela metodologia de VaR adoptada (aproximação paramétrica), tais como a exposição a risco de opcionalidade.A carteira de posições em aberto neste tipo de instrumentos é residual no conjunto de posições de risco do Banco.

A avaliação do risco de taxa de juro decorrente das operações contratadas fora do âmbito da actuação nos mercados financeiros é apurada por via de um processo deanálise de sensibilidade ao risco de taxa de juro realizado mensalmente para o universo de operações que integram o balanço consolidado do Grupo.

O processo de análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro tem por base a informação com as características financeiras dos contratos à data de análise, disponível nossistemas de informação. Estes dados são modelizados tendo em vista a geração dos “cash flows” futuros esperados para cada um dos contratos, de acordo com arespectiva data de “repricing”.

A agregação, para cada uma das moedas analisadas, da totalidade dos “cash flows” esperados em cada um dos intervalos de tempo, permite determinar os respectivos“gaps” de taxa de juro por prazo de “repricing”.

A comparação entre o valor actual do “mismatch” de taxa de juro descontado às taxas de juro de mercado e o valor descontado dos mesmos “cash flows” simulando umdeslocamento paralelo da curva de taxa de juro de mercado de + 100p.b., traduz a alteração de valor patrimonial estimada em resultado de uma variação paralela dastaxas de juro de mercado de 1%.

Com base nos resultados da análise de sensibilidade são, mensalmente, realizadas operações com o mercado tendo em vista a anulação, em cada um dos prazos de“repricing”, das posições de risco associadas à carteira de operações pertencentes às áreas Comercial e Estrutural.

As posições de risco que não sejam objecto de cobertura específica com o mercado são transferidas através de operações internas para as áreas de Mercados (posiçõesde risco em prazos inferiores a 1 ano) e para a área de ALM (posições de risco superiores a um ano), passando a partir desse momento a fazer parte integrante dasrespectivas carteiras e, consequentemente, a ser objecto de uma avaliação diária com base na metodologia de VaR.

Risco de Liquidez

O crescimento da carteira de crédito atingiu nos últimos anos, particularmente no que respeita à componente de crédito à habitação, níveis consideravelmente superioresaos verificados na captação de recursos de clientes, com os consequentes impactos na posição de liquidez do Grupo.

Nestas condições, parte significativa da carteira de activos é hoje financiada por recurso a outras fontes de financiamento, destacando-se as operações de securitização, asemissões ao abrigo do programa de “Euro Medium Term Notes” (EMTN) e as operações de financiamento de médio e longo prazo contratadas junto de instituições financeiras.

O recurso a novas fontes de financiamento, com prazos de maturidade mais longos, a par da alteração da estrutura de recursos de clientes, com o aumento do pesorelativo dos produtos estruturados, também eles emitidos a prazos mais longos, permite manter o equilíbrio da posição de liquidez do Grupo.

A gestão de liquidez do Grupo encontra-se centralizada em Lisboa, o que implica que quer as necessidades de financiamento, quer os eventuais excessos de fundos dasparticipadas sejam geridos através da realização de operações com o Banco, contribuindo para uma gestão mais eficiente das necessidades de financiamento do Grupo embase consolidada.

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A avaliação do risco de liquidez do Grupo é feita através de indicadores regulamentares definidos pelas Autoridades de Supervisão, assim como por indicadores internospara os quais se encontram igualmente definidos limites de exposição.

A evolução da situação de liquidez do Grupo, para horizontes temporais de curto prazo (até 3 meses) é efectuada diariamente com base em dois indicadores internos,liquidez imediata e liquidez trimestral, que medem as necessidades máximas de tomada de fundos que podem ocorrer num só dia, considerando as projecções de “cashflows” para períodos de 3 dias e 3 meses, respectivamente.

Paralelamente a esta análise, é efectuado, numa base mensal, o apuramento regular da evolução da posição de liquidez do Grupo, identificando todos os factores quejustificam as variações ocorridas, sendo esta análise submetida à apreciação da Sub-Comissão de Riscos de Mercados e Liquidez.

Risco Operacional

A gestão do risco operacional é, pelas suas próprias características, descentralizada em toda a estrutura da instituição competindo aos diferentes intervenientes cumprircom as principais actividades do processo de gestão: identificação, avaliação, controlo e mitigação.

O Millennium bcp tem adoptado um conjunto de princípios e melhores práticas que garantem uma eficiente gestão do risco operacional, nomeadamente através dadefinição e documentação desses princípios e da implementação de mecanismos de controlo, incluindo: segregação de funções, linhas de responsabilidade e respectivasautorizações, atribuição de limites de exposição, códigos deontológicos e de conduta, indicadores chave, controlos ao nível informático, planos de contingência, acessosfísicos e lógicos, actividades de reconciliação, relatórios de excepção e formação interna sobre processos, produtos e sistemas.

Cabe destacar, no âmbito da definição de planos de contingência, a criação de uma equipa dedicada à construção de um Plano de Continuidade de Negócio (PCN), per-mitindo fazer face a situações de crise de forma planificada e garantindo a retoma das actividades dentro de prazos definidos e considerados aceitáveis.

As normas de funcionamento e características do sistema de controlo interno estão devidamente documentadas e divulgadas por forma a permitir o acesso a todos oscolaboradores.

55. Normas contabilísticas recentemente emitidas

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor e que o Grupo ainda não aplicou na elaboração das suasdemonstrações financeiras, podem ser analisadas como segue:

IFRIC 8 Âmbito de aplicação da IFRS 2

O International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Janeiro de 2006 a IFRIC 8 Âmbito de aplicação da IFRS 2, que é aplicável aperíodos anuais com início em ou após 1 de Maio de 2006.

Esta interpretação clarifica que a IFRS 2 Pagamento com Base em Acções se aplica às situações em que a entidade efectua pagamentos com base em acções por um valoraparentemente nulo ou residual. A IFRIC 8 explica que, se o benefício concedido aparenta ser menor que o justo valor do instrumento de capital atribuído ou dasresponsabilidades assumidas, esta situação indica, normalmente, que outro benefício foi ou irá ser recebido, pelo que se aplica a IFRS 2.

Esta interpretação ainda não foi aprovada pela Comissão Europeia.

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção desta interpretação, não tendo completado a sua análise.

IFRIC 5 Direito a interesses resultantes de Fundos de Descomissionamento, Restauração e Reabilitação Ambiental

O International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC), emitiu em 16 de Dezembro de 2004 a IFRIC 5 Direito a interesses resultantes de Fundos deDescomissionamento, Restauração e Reabilitação Ambiental, que estará em vigor para todos os períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2006.

A IFRIC 5 estabelece o modo como um participante deve contabilizar a sua participação num Fundo de Descomissionamento em especial no que se refere aos custos dedescomissionamento de fábricas (como uma central nuclear) ou de determinado equipamento (como carros) ou levar a cabo uma reabilitação ambiental (como rectificaros níveis de poluição na água ou efectuar a desminagem de terrenos).

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção desta interpretação, não tendo ainda completado a sua análise.

IFRIC 4 Determinar se um Acordo contém uma Locação

O International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC), emitiu em 2 de Dezembro de 2004, a IFRIC 4 Determinar se um Acordo contém uma Locação, queestará em vigor para os períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2006.

A IFRIC 4 estabelece os critérios para determinar se um acordo constitui um contrato de locação ou contém um contrato desse tipo como por exemplo no caso decertos contratos de compra firme (take-or-pay). A IFRIC 4 clarifica em que circunstâncias estes acordos, que não assumem a forma jurídica de locações, devem, todavia, sercontabilizados de acordo com a IAS 17 Locações.

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção desta interpretação, não tendo ainda completado a sua análise.

IFRS 6 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 9 de Dezembro de 2004 a IFRS 6 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais, que estabelece, pelaprimeira vez os princípios para a contabilização das despesas de exploração e avaliação, incluindo o reconhecimento dos activos de exploração e avaliação e completa aprimeira fase do projecto do IASB para uma convergência entre as diversas práticas contabilísticas para actividades extractivas.

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A IFRS 6 é aplicável para os períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2006. No entanto, a aplicação antecipada é encorajada e se uma entidade adoptar aIFRS 6 antes de 1 de Janeiro de 2006, existem disposições transitórias para a divulgação de alguma informação comparativa.

Esta norma não terá qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

Alteração à IAS 19 Benefícios a empregados

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 16 de Dezembro de 2004 uma alteração à IAS 19 Benefícios de empregados, que é aplicável a períodosanuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2006, na qual é introduzida uma nova opção quanto ao reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais de planos depensões de prestações definidas. Assim, passou a permitir-se o reconhecimento total de ganhos e perdas actuariais numa demonstração de ganhos e perdas reconhecidos(Statement of Recognised Income and Expense), distinta da demonstração de resultados, ou seja, os ganhos e perdas actuariais podem ser reconhecidos nos capitais pró-prios.

De acordo com a IAS 19, os ganhos e perdas actuariais, ou seja, alterações não esperadas no valor do plano de benefícios, eram reconhecidos em resultados, tanto noperíodo em que ocorram como diferidos pelo período vida útil média remanescente dos colaboradores no activo. De acordo com esta alteração, as entidades queactualmente efectuam o diferimento dos ganhos e perdas actuariais podem alterar a sua abordagem embora não exista essa obrigatoriedade.

A alteração especifica igualmente (a) o modo como as entidades do Grupo devem contabilizar os planos de grupo de prestações definidas nas suas demonstraçõesfinanceiras individuais e (b) requer a prestação de informações adicionais.

O IASB já anunciou a sua intenção de desenvolver um projecto relativo aos benefícios a colaboradores após emprego, atendendo aos aspectos da mensuração inicial ereconhecimento.

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção desta alteração, não tendo ainda completado a sua análise.

Alteração às disposições relativas a contabilidade de cobertura da IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 14 de Abril de 2005 uma alteração às disposições relativas a contabilidade de cobertura da IAS 39Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

O IASB desenvolveu esta alteração após algumas entidades terem demonstrado a sua preocupação de que a consideração do risco cambial de uma transacção intragrupoprevista como um activo coberto, constituiu uma prática corrente de gestão do risco, embora a IAS 39 (de acordo com a revisão efectuada em 2003) não permitisse acontabilidade de cobertura nestes casos, originando uma diferença para com os requisitos de contabilização Norte-Americanos.

No âmbito da publicação de um Exposure Draft e após consulta intensiva a diversas entidades, o IASB decidiu permitir às entidades designarem, em certas circunstâncias,uma transacção intragrupo prevista, denominada numa moeda estrangeira, como um item coberto nas demonstrações financeiras consolidadas. Esta disposição éconsistente com as disposições da IAS 21 Os Efeitos de alterações em taxas de câmbio.

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção desta alteração, não tendo ainda completado a sua análise.

Emendas à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, Opção pelo Justo Valor

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 16 de Junho de 2005 uma alteração à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração,Opção pelo Justo Valor, que é aplicável a períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2006, sendo encorajada a adopção antecipada.

O IASB desenvolveu estas alterações após algumas autoridades de supervisão e e as autoridades de regulamentação do mercado de valores mobiliários, exprimirem apreocupação de que pudesse ser utilizada indevidamente a opção da contabilização pelo justo valor sem restrições contida na IAS 39, após a revisão de 2003. A opçãopermitia às entidades identificarem, a título irrevogável e aquando do reconhecimento inicial, qualquer activo ou passivo financeiro como devendo ser mensurado pelo justovalor com os respectivos ganhos ou perdas reconhecidos na demonstração de resultados (a opção da contabilização integral pelo justo valor). O objectivo desta opção erasimplificar a aplicação da norma.

À luz das observações recebidas relativamente ao ‘Exposure Draft’ publicado em 21 de Abril de 2004 e na sequência dos debates realizados com as partes interessadas, oIASB decidiu rever a Opção pelo Justo Valor através da restrição da sua utilização aos instrumentos financeiros que cumpram determinadas condições.

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção desta alteração, não tendo ainda completado a sua análise.

IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações e adenda complementar à IAS 1 Apresentação das demonstrações financeiras

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 18 de Agosto de 2005 a IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações e adenda complementar à IAS 1Apresentação das demonstrações financeiras.

A IFRS introduz novos requisitos para melhorar a informação divulgada nas demonstrações financeiras sobre os instrumentos financeiros. Substitui a IAS 30 Divulgações nasdemonstrações financeiras de bancos e de instituições financeiras similares e alguns dos requisitos da IAS 32 Instrumentos financeiros: divulgação e apresentação. A adendaà IAS 1 introduz novos requisitos para divulgações sobre o capital da entidade.

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção desta norma, não tendo ainda completado a sua análise.

Alteração à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e IFRS 4 Contratos de Seguro

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 18 de Agosto de 2005 requisitos corrigidos para os contratos financeiros de garantia, na forma de alteraçãoslimitadas à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e à IFRS 4 Contratos de Seguros.

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As alteraçãos tiveram como objectivo assegurar que os emitentes de contratos de garantia financeira registam as responsabilidades resultantes desses contratos nos seusbalanços. Um contrato de garantia financeiro é definido como um contrato que requer que o emitente efectue pagamentos específicos para reembolsar o detentor poruma perda por este incorrida, quando determinado devedor não efectua o devido pagamento, de acordo com as condições originais ou adicionais do instrumento dedívida. Estes contratos podem assumir diversas formas legais, incluindo uma garantia, algumas formas de cartas de crédito ou um contrato de seguro de crédito.

Os emitentes devem aplicar estas alteraçãos para períodos anuais após 1 de Janeiro de 2006.

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção destas alterações, não tendo ainda completado a sua análise.

Adenda à IAS 21 The Effects of Changes in Foreign Exchange Rates

O International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 15 de Dezembro de 2005 uma adenda limitada à IAS 21 The Effects of Changes in Foreign Exchange Rates.A adenda clarifica os requisitos da IAS 21 acerca dos investimentos em operações no estrangeiro pelo que deverá contribuir para clarificar os requisitos de apresentaçãode entidades que investem em negócios que desenvolvem a sua actividade numa moeda diferente da sua.

Esta adenda ainda não foi aprovada pela Comissão Europeia.

Actualmente o Grupo está a avaliar o impacto da adopção desta adenda, não tendo ainda completado a sua análise.

56. Empresas subsidiárias e associadas do Grupo Banco Comercial Português

Em 31 de Dezembro de 2005, as empresas subsidiárias do Grupo Banco Comercial Português incluídas na consolidação pelo método integral, foram as seguintes:

Grupo Banco

% de % deCapital Actividade % de particip. particip.

Empresas subsidiárias Sede social Moeda económica controlo efectiva directa

AF Internacional, S.G.P.S., Funchal 498.798 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 –Sociedade Unipessoal, Lda.

Millennium bcp - Gestão de Fundos de Lisboa 6.720.691 EUR Gestão de fundos de investimento 100,0 100,0 –Investimento, S.A.

BII Investimentos International, S.A. Luxemburgo 150.000 EUR Gestão de fundos deinvestimento mobiliários 100,0 100,0 –

AF Investments, Limited George Town 498.798 EUR Financeira 100,0 100,0 –

Banco Millennium BCP Investimento S.A. Lisboa 75.000.000 EUR Banca 100,0 100,0 –

BCP Capital - Sociedade de Lisboa 28.500.000 EUR Capital de risco 100,0 100,0 –Capital de Risco, S.A.

Soticre - Sociedade de Titularização Lisboa 250.000 EUR Titularização de Créditos 100,0 100,0 –de Créditos, S.A.

CISF Veículos - Sociedade de Aluguer, Lda. Porto 49.880 EUR Aluguer de longa duração 100,0 100,0 100,0

IT Car Aluguer e Comércio de Automóveis, S.A. Lisboa 1.000.000 EUR Aluguer de longa duração 100,0 50,0 –

Luso Atlântica - Aluguer de Viaturas, S.A. Porto 1.000.000 EUR Aluguer de longa duração 100,0 100,0 100,0

Banco de Investimento Imobiliário, S.A. Lisboa 157.000.000 EUR Banca 100,0 100,0 100,0

BII Internacional, S.G.P.S., Lda. Funchal 25.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 –

BII Finance Company Limited George Town 25.000 USD Financeira 100,0 100,0 –

Interbanco, S.A. Lisboa 37.500.000 EUR Banca 50,0 50,0 –

Polyfinances, S.A. Luxemburgo 1.000.000 EUR Gestão de participações sociais 99,9 50,0 –

Polyfinances Holding, Ltd. Malta 200.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 50,0 –

Multifinance, Corp., Ltd. Malta 100.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 50,0 –

Banco ActivoBank (Portugal), S.A. Lisboa 23.500.000 EUR Banca 100,0 100,0 –

BIM - Banco Internacional de Moçambique, Maputo 741.000.000.000 MZM Banca 66,7 66,7 –S.A.R.L.

Bank Millennium, S.A. Varsóvia 849.181.744 PLZ Banca 50,0 50,0 50,0

TFI Millennium S.A. Varsóvia 10.200.000 PLZ Gestão de fundos de investimento mobiliários 50,0 50,0 –

Millennium Dom Maklerski S.A. Varsóvia 16.500.000 PLZ Corretora 50,0 50,0 –

Bel Leasing Sp.z o.o. Varsóvia 43.400.000 PLZ Locação financeira 50,0 50,0 –

Forin Sp.z o.o. Varsóvia 86.318.000 PLZ Factoring 50,0 50,0 –

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Banco Comercial Português

(continuação)

Grupo Banco

% de % deCapital Actividade % de particip. particip.

Empresas subsidiárias Sede social Moeda económica controlo efectiva directa

BBG Finance BV Roterdão 18.000 EUR Financeira 50,0 50,0 –

TBM Sp.z o.o. Varsóvia 500.000 PLZ Consultoria e serviços 50,0 50,0 –

Banque BCP, S.A.S. Paris 65.000.000 EUR Banca 100,0 100,0 100,0

Banque BCP (Luxembourg), S.A. Luxemburgo 12.500.000 EUR Banca 100,0 100,0 –

Banque Privée BCP (Suisse) S.A. Genebra 70.000.000 CHF Banca 100,0 100,0 –

BCPBank Canada Toronto 34.500.000 CAD Banca 100,0 100,0 –

BCPBank National Association Newark 2.500.000 USD Banca 100,0 100,0 –

NovaBank, S.A. Atenas 162.892.500 EUR Banca 100,0 100,0 –

BankEuropa Bankasi, A.S. Istambul 77.351.429 TRY Banca 100,0 100,0 –

BCP Internacional II, S.G.P.S., Funchal 25.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 100,0Sociedade Unipessoal, Lda.

BCP - Participações Financeiras, S.G.P.S., Lisboa 47.000.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 100,0Sociedade Unipessoal, Lda.

BitalPart, B.V. Roterdão 19.370 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 –

BCP Investment, B.V. Amesterdão 649.418.455 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 –

BCP Holdings (USA), Inc. Newark 250 USD Gestão de participações sociais 100,0 100,0 –

BCP Bank & Trust Company Ltd. George Town 340.000.000 USD Banca 100,0 100,0 –

BCP Capital Finance Limited George Town 16.000.000 USD Investimento 100,0 100,0 –

BCP Finance Bank Ltd George Town 218.000.000 USD Banca 100,0 100,0 –

BCP Finance Company, Ltd George Town 1.216.271.700 USD Financeira 100,0 0,3 –

BCP International Bank Limited George Town 11.000.000 USD Banca 100,0 100,0 –

Millennium bcp - Escritório de São Paulo 9.000.000 BRL Serviços financeiros 100,0 100,0 100,0Representações e Serviços, S/C Ltda.

Millennium bcp - Serviços de Comércio Lisboa 240.000 EUR Serviços de videotex 100,0 100,0 100,0Electrónico, S.A.

Caracas Financial Services, Limited George Town 25.000 USD Serviços financeiros 100,0 100,0 100,0

Paço da Palmeira - Sociedade Braga 39.905 EUR Sociedade Agrícola 100,0 100,0 100,0Agrícola e Comercial, Lda

Millennium bcp - Prestação Lisboa 313.750 EUR Serviços 97,7 94,4 47,7de Serviços, A. C. E.

Servitrust - Trust Management and Funchal 100.000 EUR Serviços de Trust 100,0 100,0 100,0Services, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2005, as empresas associadas do Grupo Banco Comercial Português eram as seguintes:

Grupo Banco

% de % deCapital Actividade % de particip. particip.

Empresas associadas Sede social Moeda económica controlo efectiva directa

Mozambique Investment Company, Ltd. Port Louis 11.970 USD Investimentos 23,4 23,4 23,4

SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. Lisboa 24.642.300 EUR Serviços Bancários 21,9 21,9 21,5

Unicre - Cartão de Crédito Internacional, S.A. Lisboa 8.500.000 EUR Cartões de Crédito 30,3 30,3 30,0

VSC - Aluguer de Veículos Lisboa 12.500.000 EUR Aluguer de longa duração 50,0 50,0 –Sem Condutor, Lda.

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Banco Comercial Português

Em 31 de Dezembro de 2005, as empresas subsidiárias do Grupo Banco Comercial Português do ramo segurador incluídas na consolidação pelo método integral e pelométodo da equivalência patrimonial, são apresentadas como segue:

Grupo Banco

% de % deCapital Actividade % de particip. particip.

Empresas associadas Sede social Moeda económica controlo efectiva directa

Seguros & Pensões Gere, S.G.P.S., S.A. Lisboa 380.765.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 89,0

SIM - Seguradora Internacional de Maputo 145.670.383.000 MZM Seguros 89,2 81,9 –Moçambique S.A.R.L.

Seguros & Pensões RE Limited Dublin 1.500.000 EUR Resseguro de riscos do ramo vida 100,0 100,0 –

Luso Atlântica - Mediadora Porto 50.000 EUR Mediação de seguros 100,0 100,0 –de Seguros, S.A.

Grupo Banco

% de % deCapital Actividade % de particip. particip.

Empresas associadas Sede social Moeda económica controlo efectiva directa

Millennium bcp Fortis, S.G.P.S., S.A. Lisboa 1.000.002.375 EUR Gestão de participações sociais 49,0 49,0 –

Companhia Portuguesa de Seguros de Lisboa 12.000.000 EUR Seguros do ramo saúde 49,0 49,0 –Saúde, S.A.

Ocidental - Companhia Portuguesa de Lisboa 22.375.000 EUR Seguros do ramo vida 49,0 49,0 –Seguros de Vida, S.A.

Ocidental - Companhia Portuguesa de Lisboa 12.500.000 EUR Seguros de ramos reais 49,0 49,0 –Seguros, S.A.

Pensõesgere, Sociedade Gestora Fundos Lisboa 1.200.000 EUR Gestão de fundos de pensões 49,0 49,0 –de Pensões, S.A.

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106 Relatório dos Auditores108 Certificação Legal das Contas109 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Contas de 2005

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Relatório dos Auditores

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Introdução

1. Examinei as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Banco Comercial Português,as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2005 (que evidencia umtotal de 76.849.602 milhares de euros e um total de capital próprio atribuível ao Grupo de 4.247.494milhares de euros, incluindo um resultado líquido atribuível aos accionistas do Banco de 753.490milhares de euros), as Demonstrações Consolidadas dos Resultados e dos Fluxos de Caixa doexercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeirasconsolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conformeadoptadas pela União Europeia, que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição finan-ceira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas opera-ções e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticosadequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3.A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseadano meu exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes deRevisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo sejaplaneado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demons-trações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto, oreferido exame incluiu:

• a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sidoapropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verifica-ção, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avalia-ção das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utili-zadas na sua preparação;

• a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial;

• a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniformee a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

• a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

• a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações finan-ceiras consolidadas.

5. O meu exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira conso-lidada constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendo que o exame efectuado, conjuntamente com o exame e a opinião formulada pelos audi-tores, proporcionam uma base aceitável para a expressão da minha opinião.

Opinião

Em minha opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verda-deira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidadado Grupo Banco Comercial Português, em 31 de Dezembro de 2005, o resultado consolidadodas suas operações e os fluxos de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformi-dade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme adoptadas pela UniãoEuropeia.

Porto, 24 de Janeiro de 2006

Mário Branco Trindade

Certificação Legaldas Contas

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Senhores Accionistas

1. O Conselho Fiscal vem submeter a V. Exas. o seu relatório e dar parecer sobre os documentos deprestação de contas, do Banco e do Grupo, apresentados pelo Conselho de Administração doBanco Comercial Português, S.A.., referentes ao exercício de 2005, dando, assim, cumprimentoàs disposições legais – alínea g) do n.o 1 do artigo 420.o e artigo 508.o-D do Código das SociedadesComerciais – e estatutárias.

2. O Conselho, reuniu, sempre que considerado necessário, com o Presidente do Conselho de Admi-nistração e, trimestralmente, com o Administrador responsável pelas áreas relevantes para a activi-dade do Conselho Fiscal, tendo tomado conhecimento, oportuno, das deliberações do Conselho deAdministração e das recomendações e deliberações do Conselho Superior.O Conselho obteve, ainda, do Conselho de Auditoria, todas as informações e esclarecimentos impor-tantes para o desempenho das suas funções.

3.Ao longo do exercício, teve este Conselho a oportunidade de constatar o profissionalismo, a dedi-cação e o forte empenhamento do Conselho de Administração e de todos os Colaboradores doBanco e do Grupo.

4. Foram efectuadas as verificações julgadas oportunas e adequadas.

Foi analisado o processo de preparação das contas consolidadas.

Sempre se obtiveram, quer do Conselho de Administração, quer dos serviços do Banco, todos osesclarecimentos solicitados.

5. Não se tomou conhecimento de qualquer situação que não respeitasse os estatutos e os preceitoslegais aplicáveis.

6.Tudo considerado, incluindo o teor das certificações legais das contas e do relatório dos auditoresexternos, que nos foram presentes e com os quais concordamos, somos de parecer que a Assem-bleia Geral Anual:

a)Aprove o Relatório do Conselho de Administração e as Contas, quer as referentes ao Banco,quer as referentes ao Grupo, relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005.

b) Aprove a proposta de aplicação de resultados apresentada no Relatório do Conselho de Admi-nistração.

Lisboa, 21 de Fevereiro de 2006

O Conselho Fiscal

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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112 Relatório sobre o Governo da Sociedade

Capítulo 0 – Declaração de CumprimentoCapítulo I – Divulgação de InformaçãoCapítulo II – Exercício de Direito de Voto

e Representação de AccionistasCapítulo III – Regras SocietáriasCapítulo IV – Órgão de AdministraçãoApêndice ao Relatório sobre o Governo da Sociedade

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A consciência de que a confiança na instituição é um pilar único para que se atinjam os objectivosa que esta se propõe, leva a uma reflexão profunda e constante sobre a melhor forma deorganização da sociedade e de criação de mecanismos de fiscalização e controlo que permitamreforçar a sua credibilidade e solidez.

Neste sentido o Banco Comercial Português tem tido a preocupação de acompanharatentamente a evolução de diferentes modelos organizativos, que a nível nacional e internacionaltêm sido implementados, participando activamente na reflexão que nos últimos anos tem vindo aser feita sobre as melhores práticas de governo societário.

Como resultado dessa reflexão, que pondera a dinâmica própria da vida societária e asparticularidades que o distinguem dos outros, tornando-o único, o Banco tem adoptado econtinuará a adoptar as práticas que contribuam para assegurar (i) a transparência dosmecanismos de governação e processos de decisão; (ii) a fiscalização e controlo independente dasua implementação e (iii) a participação efectiva e informada dos accionistas na vida da sociedade.

O presente relatório visa divulgar, de forma clara e tanto quanto possível exaustiva, as práticas deGoverno da Sociedade implementadas pelo Banco.

O presente relatório é organizado, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º do Regulamento daComissão do Mercado de Valores Mobiliários n.º 7/2001, de acordo com o modelo para o efeitoanexo ao referido Regulamento. A definição, por parte da Comissão do Mercado de ValoresMobiliários, de um modelo de relatório contribui, se adoptado pelas diversas instituições, para umamaior transparência, comodidade, comparabilidade e facilidade de consulta por parte dosaccionistas e investidores.

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Capítulo 0

Declaração de Cumprimento

Das 14 recomendações emitidas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sobre o Governo das Sociedades Cotadas, o Banco Comercial Português adopta integralmente 13,sendo a recomendação 8 adoptada parcialmente.

Recomendações emitidas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

I. Divulgação da Informação

Recomendação 1A sociedade deve assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando oprincípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dosinvestidores. Para tal deve a sociedade criar um gabinete de apoio ao investidor.

Adoptada. Capítulo I ponto 8 do presente Relatório.

II. Exercício do Direito de Voto e Representação de Accionistas

Recomendação 2Não deve ser restringido o exercício activo do direito de voto, quer directamente, nomeadamente porcorrespondência, quer por representação. Considera-se para este efeito, como restrição do exercícioactivo do direito de voto: a) a imposição de uma antecedência do depósito ou bloqueio das acções paraa participação em assembleia geral superior a 5 dias úteis; b) qualquer restrição estatutária do voto porcorrespondência; c) a imposição de um prazo de antecedência superior a 5 dias úteis para a recepçãoda declaração de voto emitida por correspondência.

Adoptada. Capítulo II do presente Relatório.

III. Regras Societárias

Recomendação 3A sociedade deve criar um sistema interno de controlo, para a detecção eficaz de riscos ligados à actividadeda empresa, em salvaguarda do seu património e em benefício da transparência do seu governo societário.

Adoptada. Capítulo III ponto 2 do presente Relatório.

Recomendação 4 As medidas que sejam adoptadas para impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devemrespeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Consideram-se nomeadamente contrárias aestes interesses as cláusulas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosãono património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgãode administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciaçãopelos accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.

Adoptada. Capítulo III, ponto 3 do presente Relatório.

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IV. Órgão de Administração

Recomendação 5O órgão de administração deve ser composto por uma pluralidade de membros que exerçam umaorientação efectiva em relação à gestão da sociedade e aos seus responsáveis.

Adoptada. Capítulo IV do presente Relatório.

Recomendação 5-AO órgão de administração deve incluir um número suficiente de administradores não executivos cujo papelé o de acompanhar e avaliar continuamente a gestão da sociedade por parte dos membros executivos.Titulares de outros órgãos sociais podem desempenhar um papel complementar ou, no limite, sucedâneo,se as respectivas competências de fiscalização forem equivalentes e exercidas de facto.

Adoptada. Capítulo I ponto 2 do presente Relatório.

Recomendação 6De entre os membros não executivos do órgão de administração deve incluir-se um número suficientede membros independentes. Quando apenas exista um administrador não executivo este deve serigualmente independente.Titulares independentes de outros órgãos sociais podem desempenhar umpapel complementar ou, no limite, sucedâneo, se as respectivas competências de fiscalização foremequivalentes e exercidas de facto

Adoptada. Capítulo I ponto 2 do presente Relatório.

Recomendação 7O órgão de administração deve criar comissões de controlo internas com atribuição de competências naavaliação da estrutura e governo societários.

Adoptada. Capítulo VI ponto 2.1.1 do presente Relatório.

Recomendação 8 A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada por forma a permitir oalinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade e deve ser objecto de divulgaçãoanual em termos individuais.

Adoptada parcialmente. Capítulo IV ponto 4 e 5 do presente Relatório.

O Banco adopta na integralidade a primeira parte da presente recomendação.

Já no que respeita à segunda parte, apenas divulga a remuneração global auferida pelo órgão deadministração, uma vez que é entendimento da Comissão de Remunerações e Previdência e doConselho de Administração que, sendo a solidariedade da administração reflectida de modo maiscorrecto através da evolução da remuneração agregada, por atenção à natureza colegial daqueleórgão social, cujos membros, além de terem todos funções executivas, são igual e solidariamenteresponsáveis pela vida social, não se deverá proceder à discriminação individual das remunerações.

Para garantia de transparência na política de remuneração dos administradores, apenas sereconhece real interesse na comunicação do montante global atribuído ao Conselho de

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Administração, bem como das regras que presidiram à fixação do mesmo e à respectivarepartição pelos diversos membros do Conselho, garantindo assim aos accionistas e demaisagentes interessados a total percepção do custo imputável ao órgão de gestão.

Entende-se que a publicitação da remuneração individual afectaria de forma desproporcionada areserva de privacidade de cada Administrador, sem com isso contribuir de forma significativa paraa capacidade de apreciação do respectivo desempenho.

Recomendação 8-ADeve ser submetida à apreciação pela assembleia geral anual de accionistas uma declaração sobrepolítica de remunerações dos órgão sociais.

Adoptada. Capítulo IV ponto 4 do presente Relatório.

Recomendação 9Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentesrelativamente aos membros do órgão de administração

Adoptada. Capítulo I ponto 9 do presente Relatório.

Recomendação 10Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acçõese/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros doórgão de administração e/ou trabalhadores.A proposta deve conter todos os elementos necessários parauma avaliação correcta do plano.A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso omesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições gerais a que o mesmo deverá obedecer.

Adoptada. Capítulo I ponto 6 do presente Relatório.

Recomendação 10-AA sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas noseio da sociedade, com os seguintes elementos: indicação dos meios através dos quais as comunicaçõesde práticas irregulares podem ser feitas internamente incluindo as pessoas com legitimidade parareceber comunicações, indicação do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamentoconfidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante. As linhas gerais desta política devem serdivulgadas no relatório do governo das sociedades.

Adoptada. Capítulo IV ponto 6 do presente Relatório.

V. Investidores Institucionais

Recomendação 11 Os investidores institucionais devem tomar em consideração as suas responsabilidades quanto a umautilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que sejam titularesou cuja gestão se lhes encontre confiada, nomeadamente quanto aos direitos de informação e de voto.

Adoptada. Capítulo III ponto 1 do presente Relatório.

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Capítulo 1

Divulgação de Informação1. Organograma relativo à repartição de competências no quadro do processo

de decisão empresarial

A estrutura de administração e fiscalização adoptada pelo Banco Comercial Português é a de Conselho Fiscal e Conselho de Administração. Existem ainda dois órgãos estatutários de fiscalização, aconselhamento e supervisão, o Conselho Superior e o Conselho de Auditoria.Adoptando as melhores práticas de Governo Societário, o Grupo dispõe ainda de uma áreaautónoma, especialmente dedicada à defesa e promoção dos direitos dos clientes, a “Provedoriado Cliente”.

Sem embargo do Conselho de Administração não delegar funções em qualquer dos seus membros ouem comissões executivas, existem no quadro do processo de decisão empresarial, 7 Comités Executivos,5 Comissões de Acompanhamento e 12 Áreas Corporativas que, sendo nomeados pelo Conselho deAdministração, o coadjuvam no exercício das suas funções, permitindo ao Banco Comercial Portuguêsmanter uma estrutura organizacional flexível, com poucos níveis hierárquicos e uma clara segregaçãoentre as Áreas de Negócio (que avaliam, contratam e gerem as transacções), as Áreas de Operações(que as verificam, processam e controlam) e as Áreas Corporativas.

Provedoria do Cliente Conselho de Administração Conselho Fiscal

Comissão deRemunerações e Previdência

Assembleia Geral

Conselho Superior Conselho de Auditoria

Comités Executivos

Acompanhamento dos Mercados e dosGovernos Societários

Comissões

Centro Corporativo

Áreas Corporativas

Empresas e Corporate

Banca de Investimento

European Banking

Overseas Banking

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Secretaria Geral

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2. Conselhos, Comissões e Outras Estruturas Específicas existentes na Sociedade

Neste sub-capítulo serão tratados os Conselhos, Comissões e outras estruturas específicas doBanco com relevo para o Governo Societário e que não sejam objecto de tratamento em outroscapítulos deste Relatório.

Numa primeira secção serão abordados os Conselhos que, na óptica do Banco, integram titularesindependentes que se considera que desempenham papeis sucedâneos para efeitos dasRecomendações 5-A e 6 emitidas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sobre oGoverno das Sociedades Cotadas.

Entende-se a Independência como ausência de relações com a sociedade, órgão de gestão desta eaccionistas importantes, que possam originar conflito de interesses susceptíveis de prejudicar a suacapacidade de apreciação, acolhendo-se os critérios indicados no Regulamento 7/2001 da Comissãodo Mercado de Valores Mobiliários, com a redacção que lhe foi conferida pelo Regulamento 10/2005.

2.2. O Conselho FiscalO Conselho Fiscal, é composto por três membros efectivos e um suplente eleitos pela AssembleiaGeral.

No triénio em curso, 2005/2007, integram o Conselho Fiscal o Sr. Prof. Eng. Ricardo Bayão Horta,que preside, o Sr. Eng. Mário Paiva Neto e o Sr. Dr. Mário Branco Trindade que desempenha asfunções de Revisor Oficial de Contas. É Revisor Oficial de Contas Suplente o Sr. Dr. José Neivados Santos.Todos os membros do Conselho Fiscal são qualificados como Independentes.

Ao Conselho Fiscal compete, em geral, a fiscalização do Banco e da actuação do seu órgão deadministração, designadamente quanto à observância da lei e do contrato de sociedade.

No exercício dos seus poderes o Conselho Fiscal procede a todos os actos de verificação einspecção que considera convenientes e necessários para o cumprimento das suas obrigações defiscalização, designadamente, para efeitos de revisão e certificação legal das contas do Banco.

Durante o exercício de 2005 o Conselho Fiscal reuniu 29 vezes.

2.3. O Conselho Superior O Conselho Superior é exclusivamente composto por accionistas do Banco, em número não inferiora onze todos eleitos pela Assembleia Geral sendo a sua composição actual a seguinte:

PresidenteJorge Manuel Jardim Gonçalves

Vice-Presidentes:António Manuel Ferreira da Costa GonçalvesJoão Alberto Pinto BastoPedro Maria Calaínho Teixeira DuarteVasco Maria Guimarães José de MelloGijsbert J. Swalef

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Vogais:Ângelo Ludgero da Silva MarquesAntónio Augusto Serra Campos Dias da CunhaDimitrios ContominasE. Alexandre Soares dos SantosFrancisco de La Fuente SánchezHenrique Jaime WelshHipólito Mendes PiresJaime de Sousa LimaJassim Mohamed Al-BaharJoão Manuel de Quevedo Pereira CoutinhoJosé Manuel Pita Goes FerreiraJosep Oliu CreusJosé de Sousa Cunhal Melero SendimKeith SatchellManuel Roseta FinoMário da Graça MachungoManuel Alfredo José de MelloVasco Luís S. Quevedo PessanhaRicardo Herculano Freitas FernandesO Presidente da Mesa da Assembleia Geral (por inerência de funções) O Presidente do Conselho Fiscal (por inerência de funções) O Presidente do Conselho de Administração (por inerência de funções)

Ao Conselho Superior é cometido o especial acompanhamento da vida social, incumbindo-lhe,mediante parecer prévio, pronunciar-se sobre os mais relevantes aspectos da actividade do Banco e doGrupo, nomeadamente: política geral de gestão, plano de actividades, orçamentos e planos deinvestimentos anuais, cooptação de administradores, pedido de convocação de assembleia geral epropostas ou relatórios a submeter a esta, relatório de gestão e contas anuais, extensões ou reduçõesimportantes da actividade da Sociedade e modificações importantes na organização da empresa,mudança de sede, aumentos de capital social e projectos de cisão, fusão e transformação da Sociedade.Compete-lhe igualmente a designação de um dos três membros do Conselho de Auditoria.

Durante o exercício de 2005 o Conselho Superior reuniu 4 vezes no âmbito da sua actividadecorrente de acompanhamento da sociedade e 3 por convocação extraordinária a solicitação doConselho de Administração para se pronunciar entre outras matérias, sobre: o relatório e contas ea proposta de aplicação de resultados a apresentar à Assembleia Geral Anual, a deliberação depagamento do dividendo antecipado intercalar ; a posição a adoptar pelo Banco na consulta públicasobre o Governo das Sociedades efectuada pela CMVM e a análise de projectos de investimentoe desinvestimento.

São qualificados como Independentes 10 membros deste Conselho.

2.4. O Conselho de AuditoriaO Conselho de Auditoria é composto por três membros, o Presidente do Conselho Superior e oPresidente do Conselho Fiscal, que são eleitos pela Assembleia Geral, e o terceiro membro,designado pelo Conselho Superior, o qual deverá ser pessoa com perfil e experiência adequados.

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Actualmente o Conselho de Auditoria é presidido pelo Sr. Eng. Jorge Jardim Gonçalves, Presidentedo Conselho Superior, sendo Vice-Presidente o Presidente do Conselho Fiscal, Sr. Prof. Eng. RicardoBayão Horta, e Vogal o Sr. Dr.Vasco de Mello.

À luz dos critérios de Independência já indicados dois dos três membros deste Conselho sãoIndependentes.

Ao Conselho de Auditoria compete nomeadamente, e sem prejuízo das competências própriasdo Conselho Fiscal: proceder ao acompanhamento permanente da actividade dos auditoresexternos da Sociedade e pronunciar-se sobre a respectiva designação, exoneração e relações coma Sociedade; avaliar e acompanhar os procedimentos internos relativos à recepção e aotratamento de queixas e dúvidas relacionadas com temas contabilísticos e propor ao Conselho deAdministração a adopção das medidas ou correcções que entenda pertinentes.

O Conselho de Auditoria reúne trimestralmente, com a presença dos membros do Conselho deAdministração com os pelouros da Contabilidade e Auditoria e, no exercício de 2005, procedeu àanálise dos seguintes temas: apresentação das contas dos trimestres; controlo dos riscos eacompanhamento dos indicadores prudenciais; acompanhamento da actividade dos auditoresexternos; acompanhamento da actividade da auditoria interna; e análise de alterações das políticascontabilísticas.

2.5. O Provedor do ClienteO Provedor do Cliente é uma entidade independente que tem como funções principais a defesae promoção dos direitos, garantias e interesses legítimos dos Clientes do Banco, cuja actuação estádisciplinada pelo Regulamento do Provedor do Cliente que pauta os procedimentos destaentidade pelos princípios da imparcialidade, celeridade, gratuitidade e confidencialidade.

Durante o exercício de 2005, a actividade do Provedor do Cliente destacou-se peloacompanhamento, de perto, da evolução de dossiers relativos a solicitações, reclamações erecursos num total de 1943 situações. O tratamento das solicitações e reclamações foi tambémassegurado pela Direcção de Centro de Contactos.

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Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

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Ano: 2005Evolução Mensal da Actividade(Solicitações, Reclamações e Recursos)

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Para resposta às reclamações apresentadas foram fixados prazos exigentes de resposta por partedo Banco, ditados por Regulamento, cuja observância compete à Provedoria do Cliente zelar,sendo que o prazo médio genérico de resposta respeitou largamente o que está estatuído,tendo-se fixado em 19 dias. As reclamações tiveram provimento em 62% dos casos.

Foram interpostos 56 recursos, durante 2005, sendo elaboradas 4 recomendações dirigidas peloProvedor do Cliente ao Conselho de Administração e que obtiveram a concordância deste órgão.Os recursos – tal como está consagrado no Regulamento – são da exclusiva competência daProvedoria que emite igualmente o pertinente parecer.

A existência do Provedor do Cliente é adequadamente divulgada, existindo no portal do Banco, o“link” do Provedor, no qual se presta, designadamente, informação do modo como devem serdeduzidas as reclamações reduzindo-se, ao mínimo, o seu formalismo.

No exercício de 2005, o cargo de Provedor do Cliente continuou a ser desempenhado pelo Sr.Dr. Eduardo Consiglieri Pedroso, individualidade com reconhecida competência e larga experiênciana actividade bancária, sem vínculo laboral ao Banco Comercial Português ou a sociedade ouinstituição por este controlada.

3. Controlo dos Riscos na Actividade da Sociedade

O sistema de controlo de riscos implementado pelo Banco, no qual assume particular relevância o“Risk Officer” e a Comissão de Riscos é tratado de forma detalhada no Relatório de Gestão doqual o presente Relatório é um anexo, pelo que, para a obtenção de informação detalhada sobreesta matéria, se remete para o capítulo “Gestão de Riscos” do referido Relatório de Gestão (Volume I, página 162).

4. Evolução da cotação da acção BCP

A cotação das acções do Banco Comercial Português registou uma valorização de 23,3%, quecompara favoravelmente com os ganhos de 13,4% do índice PSI20 da Euronext Lisbon, 22,7% do índice de bancos europeus (BEBANKS – Bloomberg Europe Banks and Financial ServicesIndex) e 23,2% do Euronext 100.

Cotação

Cotação a 31 Dez. 04 1,89 eurosCotação a 30 Dez. 05 2,33 eurosCotação média anual 2,13 eurosCotação mínima 1,90 euros 03 Jan. 05Cotação máxima 2,39 euros 05 Out. 05Valorização de cotação de 31 Dez. 04 a 30 Dez. 05 + 23.3%Capitalização Bolsista em 30 Dez. 05 8,4 mil milhões

de euros

Comportamento do título BCP em 2005:

(Considerando as novas acções resultantes da conversão final, a 30 Dez. 05,dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis – Capital BCP 2005)

Fonte: Euronext

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O quadro anterior ilustra o comportamento da acção BCP e de alguns dos principais índicesbolsistas anteriormente descrito. Após um primeiro semestre em que a generalidade dos índicesregista performances positivas, sucedeu-se um segundo semestre com valorizações ainda maisfortes, que conduziram alguns dos principais índices a atingir, ou mesmo superar, os níveisverificados antes dos acontecimentos de Setembro de 2001; com efeito, o índice PSI20 atingiu,pela primeira vez, os níveis registados em Junho de 2001, tendo a acção BCP retomado osvalores observados em Dezembro de 2002. Neste mesmo cenário bolsista o título BCP registauma forte apreciação do preço que se inicia logo no primeiro dia de sessão de bolsa do ano de2005, alcançando 15% de valorização nas primeiras semanas de Março de 2005, movimento aque segue um período de consolidação. Com a apresentação dos resultados do 1.º semestre de 2005, marcados pela evolução positiva da margem financeira e diminuição sustentada doscustos operacionais, e subsequentes notícias relativas a avanço dos processos em curso paraalienação de activos não estratégicos, o título iniciou um novo percurso ascendente, alcançando a cotação máxima do ano de 2,39 euros por acção. Na sequência das notícias sobre a inclusãodo BCP na “short-list” relativa ao processo de negociação da privatização da Banca ComercialaRomana, a cotação do título foi penalizada, descontando em antecipado o efeito de diluiçãoresultante de uma eventual operação de aumento de capital para financiamento da aquisição,sendo que ao se anunciar a não selecção do BCP para compra do BCR, o mercado ajustou de imediato a cotação do título dando continuidade ao percurso de valorização iniciado desde o começo do ano de 2005, tendo alcançado no final do ano a cotação de 2,33 euros.

LiquidezO título BCP foi novamente uma das acções mais transaccionadas na Euronext Lisbon, com umvolume médio diário de 10 milhões de acções, o que representa um aumento de 3 milhões deacções face a 2004, denotando o crescente interesse por parte de investidores institucionais.

O “turnover” anual da acção BCP cifrou-se em 5.558 milhões de euros, equivalente a 80% da capitalização bolsista anual média do Banco, que compara com 55,7% no ano de 2004,representando uma quota de liquidez de 25,2% face ao volume total negociado no mercado de cotações oficiais (19,6% em 2004).

No final de 2005, a capitalização bolsista do BCP, ascendeu a 8,4 mil milhões de euros (incluindo as novas acções resultantes da conversão final a 30 de Dezembro dos valores mobiliários “CapitalBCP 2005”), evidenciando uma variação positiva face à capitalização de 6,8 mil milhões de Eurosque o Banco apresentava no final de 2004, correspondendo à 3.ª posição no “ranking” das maiorescapitalizações do mercado.

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Evolução da LiquidezMilhões de Acções

��

Fonte: Bloomberg

2003

1.421

2004 2005

1.808

2.592

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Variação Variação RendibilidadeÍndice 1.º Semestre 2.º Semestre Total Total com

2005 2005 ano 2005 Dividendo

Acção BCP +12,2% +9,9% +23,3% +27,3%PSI20 -1,2% +14,8% +13,4% +17,3%Bloomberg European Banks Index (BEBANKS) +6,6% +15,2% + 22,7% +27,3%Euronext 100 +10,2% +11,8% +23,2% +26,9%

Performance Comparativa face aos principais índices de referência:

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A ilustração gráfica do comportamento da acção em 2005 é apresentada no quadro seguinte.

Evolução do Título BCP

O comportamento das acções do Banco Comercial Português é objecto de tratamento maisexaustivo em capítulo próprio do Relatório de Gestão do qual o presente Relatório é um anexo,pelo que, para a obtenção de informação mais detalhada sobre a presente matéria, se remetepara o referido documento.

Variação da Variação daEvento Data Cotação no dia Cotação nos

subsequente 5 dias subsquentes

Anúncio sobre a não oposição da Comissão Europeia ao negócio com o Grupo Fortis 20 Jan. 05 +0.97% 0.00%

Anúncio de Resultados de 2004 e da compra pelo BCP dos restantes 50% do capital social do NovaBank 25 Jan. 05 +0.50% +4.43%

Anúncio de Resultados do 1.º trimestre de 2005 19 Abr. 05 +1.90% +2.38%

BCP recebe aprovação no processo de pré-qualificação para a privatização da Banca Comerciala Romana (BCR) 18 Jul. 05 +0.48% +0.48%

Anúncio de Resultados do 2.º trimestre 19 Jul. 05 -0.96% -0.96%

Anúncio sobre acordo com a Banca Intesa com vista à cessação da parceria no BII e alienação das participações cruzadas, coincidente com com anúncio de colocação em "accelerated book building" de 7,43% do capital do Banco 21 Set. 05 -0.91% +1.77%

Anúncio de Resultados do 3.º trimestre de 2005 14 Out. 05 -0.87% -3.91%

Anúncio relativo à inclusão do BCP na “short list” relativaao processo de negociação da privatização do BCR 26 Out. 05 -4.98% -2.71%

Anúncio informando da não selecção da proposta do BCP para a privatização do BCR 20 Dez. 05 +8.70% +11.59%

Principais eventos e impacto na cotação do Título

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5. Política de distribuição de dividendos

Em linha com a prática introduzida no ano anterior o Banco Comercial Português procedeu àdistribuição de um dividendo intercalar em Outubro de 2005 no valor de 0,033 euros por acção(bruto), procurando assegurar uma remuneração adequada aos seus accionistas, em linha com osobjectivos fundacionais do Banco. Foi igualmente proposta a distribuição de um dividendo brutoadicional relativo ao exercício de 2005 de 0,037 euros por acção. No quadro seguinte encontram-seexpressos os principais indicadores que caracterizam a política de dividendos prosseguida pelo Banconos últimos exercícios.

19992000 (3)

2001200220032004Dividendo AntecipadoDividendo FinalDividendo Total

2005Dividendo AntecipadoDividendo Final (5)

Dividendo Total

ExercícioAno de

Pagamento

Dividendo Brutopor Acção

(euros)

Dividendo Líquido porAcção (euros)

Residentes Não. Resid.

"PayoutRatio" (1)

"DividendYield" (2)

20002001200220032004

20042005

20052006

0,150,150,150,1

0,06

0,030,0350,065

0,0330,0370,070

0,1238n.a.

0,120,08

0.051

0,02550,02980,0553

0,028050,031450,05950

n.a.0,1050,07

0,045

0,02250,02630,0488

0,024750,027750,05250

34,9%62,4%61,1%

49,2% (4)

44,7%

41,3%

39,40% (6)

2,72%2,65%3,30%4,39%3,39%

3,44%

3,00%

(1) “Payout ratio”: representa a percentagem dos resultados líquidos distribuídos aos accionistas sob a forma de dividendo;(2) “Dividend yield”: representa o rendimento percentual anual expresso pela divisão do valor do dividendo bruto pela cotação da

acção no final do ano a que se refere o dividendo;(3) Pago sob a forma de scrip dividend através da emissão de novas acções e sua distribuição proporcional pelos accionistas detentores

de acções representativas do capital social do Banco;(4) Com base no resultado líquido antes da constituição de provisão para riscos bancários gerais no valor de 200 milhões de euros;(5) Proposta a submeter à Assembleia Geral de Accionistas;(6) Com base nos resultados, excluindo resultados não-recorrentes, de 610 milhões de euros, em base IFRS.

6. Direitos de Subscrição de Acções para Quadros do Grupo

Encontra-se actualmente em vigor um programa de direitos de subscrição de acções para quadrosdo Grupo, aprovado em Assembleia Geral do Banco em 2001 e concretizado pelo conselho deadministração em 2003, no âmbito da política de reforço da vinculação dos colaboradores doBanco e do Grupo ao respectivo capital, como instrumento de incremento da capacidade e daeficácia da instituição.

Durante o exercício de 2005 extinguiu-se o programa de direitos atribuídos em 2002,sem que tivesse sido exercido qualquer direito.

Caracterização do Programa de direitos atribuídos em 2003

1. BeneficiáriosColaboradores do Grupo que cumpriam uma das seguintes condições:

– terem auferido gratificação extraordinária relativa ao exercício de 2002 em montante igual ou superior a 15.000 euros;

– terem participado no programa de direitos de subscrição de acções do Banco ComercialPortuguês oferecido aos colaboradores do Grupo em 2002.

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2. Benefício atribuídoOs beneficiários terão direito a subscrever, a partir de Março de 2006, e por ocasião deaumento(s) de capital a realizar expressamente para o efeito, acções do Banco ComercialPortuguês ao preço de 1,26 euros (que traduz um desconto de 2% sobre o valor médio dospreços de fecho das acções do Banco Comercial Português nas últimas 5 sessões da Bolsa deValores antes de 21 de Abril de 2003, data da reunião do Conselho de Administração em queeste fixou o preço de exercício daquele direito – conforme deliberação da Assembleia Geralrealizada em 26 de Março de 2001, que aprovou o programa).

3. Número de acções necessárias ao exercício dos direitosCom referência a 1 de Janeiro de 2005, o número de Colaboradores do Grupo beneficiáriosdeste programa de direito de subscrição de acções era de 1.195 Colaboradores, ascendendo a25.697.875 o número de acções necessárias para fazer face ao exercício pleno de tais direitos.

Com referência a 31 de Dezembro de 2005, o número de Colaboradores do Grupo beneficiáriosdeste programa de direito de subscrição de acções era de 1.064 Colaboradores, ascendendo a23.217.540 o número de acções necessárias para fazer face ao exercício pleno de tais direitos.Nestas incluem-se 809.385 acções a que tem direito o actual Presidente do Conselho deAdministração que, à data da aprovação do plano, era Director Geral do Banco.

4. Caducidade dos direitos atribuídos Com excepção dos casos de reforma, invalidez ou morte, os direitos atribuídos caducam nomomento em que o colaborador se desvincular do Grupo ou for suspenso das suas funções porrazões de ordem disciplinar. Os direitos caducam também se o colaborador for excluído de futurosprocessos de atribuição de gratificação por razões imputáveis ao seu desempenho profissional.

Não existem cláusulas de inalienabilidade das acções adquiridas ao abrigo deste programa.

7. Negócios e operações realizados entre a sociedade, de um lado, e, de outro lado,os órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadasou sociedades em relação de domínio ou de grupo que não tenham sidorealizados em condições normais de mercado para operações similares ou nãofaçam parte da actividade corrente do Banco

Não foram realizados com as entidades abrangidas quaisquer negócios ou operações quecorrespondam às características dos referidos.

8. Direcção de Relações com Investidores

O compromisso de proporcionar um relacionamento completo, rigoroso, eficiente e disponívelcom os investidores nacionais e estrangeiros, e com as entidades de supervisão e o mercado emgeral, tem sido uma constante desde a criação do Banco Comercial Português.

A Direcção de Relações com Investidores (DRI) tem como principal função assegurar a prestaçãoao mercado de toda a informação no que respeita a acontecimentos, factos enquadráveis nanoção legal e regulamentar de “factos relevantes”, divulgação trimestral de resultados e notíciasrelacionadas com as actividades do Banco e do Grupo e, paralelamente, responder a questões ou

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pedidos de esclarecimento, por investidores ou público em geral, sobre informação financeira e informação de carácter público relacionada com o desenvolvimento das actividades do Grupo.

No âmbito da assessoria ao Conselho de Administração do Banco, a DRI acompanha regular e assiduamente o comportamento e a evolução diária do título e dos valores BCP cotados naEuronext Lisbon, bem como dos índices sectoriais e dos mercados em geral. Ainda neste âmbito,a DRI patrocina a realização de programas regulares e frequentes com investidores institucionais e analistas financeiros, nacionais e estrangeiros, e coadjuva o Conselho de Administração nessescontactos directos – “investors day” e “road show” –, no quadro de uma política de cada vez maioraproximação à comunidade de investidores.

Neste sentido, participou nas principais conferências de investidores sobre o sector financeiro,e realizou um elevado número de “road shows”, assegurando a cobertura das principais praçasfinanceiras europeias (Lisboa, Londres, Paris, Frankfurt, Amesterdão, Milão) e dos EUA (Nova Iorquee Boston) e a realização de mais de 140 reuniões “one-on-one”. De assinalar ainda, a realização,pelo terceiro ano, do “Investors Day” do Banco Comercial Português, em que participaram mais de 50 investidores institucionais e analistas financeiros, onde se apresentaram as principais iniciativasde desenvolvimento de negócio, aumento da rendibilidade e reenfoque estratégico.

Contactos da Direcção de Relações com InvestidoresTelefone: + 351 213 211 081Fax: + 351 213 211 079e-mail: [email protected]

Representante para as relações com o mercado:Miguel Magalhães Duarte, Director Geral

Sítio da Sociedade na “internet”: www.millenniumbcp.pt

Neste sítio, na página de Investidores, encontra-se disponível um Calendário de Eventos no qual,de forma sempre actualizada, se poderão consultar os acontecimentos de maior relevo, passados efuturos, relativos ao Banco e ao Grupo, bem como informação financeira, incluindo os relatórios econtas dos últimos 5 anos, informações sobre a variação da cotação das acções e sobre acomposição dos órgãos sociais. Neste sítio estão ainda disponíveis os estatutos do Banco, o seumodelo organizacional e a sua estrutura accionista.

9. Comissão de Remunerações e Previdência

A Comissão de Remunerações e Previdência, constituída por accionistas e eleita na AssembleiaGeral realizada em 14 de Março de 2005, tem a seguinte composição:

Presidente:António Manuel Ferreira da Costa Gonçalves

Vogais:João Alberto Ferreira Pinto BastoPedro Maria Calaínho Teixeira Duarte

À luz dos critérios de independência já indicados, dois dos três membros desta Comissão sãoqualificados como Independentes em relação à Sociedade, sendo que todos são accionistas erigorosamente independentes em relação aos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal.

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10. Remuneração Anual Paga ao Auditor

Durante o exercício de 2005, o Banco Comercial Português e/ou pessoas colectivas em relaçãode domínio ou de grupo com o Banco, contrataram serviços à KPMG (Portugal e estrangeiro), seuAuditor, cujos honorários ascenderam a 7.426 milhares de euros, com a seguinte distribuição pelosdiferentes tipos de serviços prestados:

Serviços de revisão legal de contas 2.091 963 3.054 41%

Outros serviços de garantia e fiabilidade 964 80 1.044 14%

Serviços de consultoria fiscal 815 13 828 11%

Outros serviços que não de revisão legal de contas 1.623 877 2.500 34%

5.493 1.933 7.426 100%

milhares de Euros

Rede KPMG

Portugal Estrangeiro%

Total

Tendo como objectivo a salvaguarda da independência do Auditor, e tendo presentes as boaspráticas e as normas nacionais e internacionais, nomeadamente o “Sarbanes-Oxley Act”, foramaprovados pela Comissão de Auditoria do Banco e pela KPMG um conjunto de princípiosreguladores, descritos como segue:

– A KPMG, sociedades ou pessoas colectivas pertencentes à mesma (“Rede”) não poderãoprestar ao Banco ou ao Grupo, serviços que, de acordo com o parágrafo 201 do “Sarbanes-Oxley Act”, são considerados proibidos;

– A contratação dos restantes serviços não proibidos, por parte de qualquer Unidade Orgânicado Banco ou sociedade sua participada, implica a sua prévia aprovação pela Comissão deAuditoria do Banco. A referida aprovação é emitida para um conjunto pré-definido de serviçospor um período renovável de 12 meses. Para os restantes serviços é necessária a aprovaçãoespecífica por parte da Comissão de Auditoria.

Adicionalmente, a KPMG implementou a nível internacional um sistema na sua “Intranet”,denominado “Sentinel”, que condiciona à autorização do “Global Lead Partner” responsável pelocliente, a prestação de serviços por qualquer escritório de toda a Rede KPMG. Este procedimentoimplica que as Unidades da KPMG, a quem o serviço é solicitado, obtenham a autorização préviado referido “Global Lead Partner”. A referida solicitação inclui a apresentação da fundamentaçãodo trabalho pedido, nomeadamente dos factores que permitam avaliar o cumprimento das regrasde “risk management” aplicáveis e, consequentemente, da independência da KPMG.

O “Global Lead Partner” tem ainda a responsabilidade de verificar que as propostas de serviçosapresentadas através do “Sentinel”, cumprem com as regras de pré-aprovação de serviços e,quando aplicável, procede às diligências necessárias junto da Comissão de Auditoria, com vista àverificação do rigoroso cumprimento das normas de independência aplicáveis.

Todos os procedimentos acima descritos são ainda sujeitos aos testes de conformidade, no âmbitodo Controlo de Qualidade, efectuados anualmente pela KPMG.

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Capítulo II

Exercício de Direito de Votoe Representação de Accionistas

Proporcionar o acompanhamento e envolvimento na definição estratégica da actividade do Banco,por parte dos seus accionistas, tem constituído um dos corolários da sua actuação, através dacriação de uma série de mecanismos que asseguram um exercício efectivo dos direitos sociais dosaccionistas de que são expoentes máximos a participação nas assembleias gerais e o exercício,nestas, do direito de voto.

Para tal, para cada assembleia geral, o Banco procede a uma ampla e atempada divulgação da suarealização, não só remetendo a todos os accionistas cópia da respectiva convocatória e minutas de cartas de representação e agrupamento, a que se anexa um sobrescrito de “porte pago”previamente endereçado ao Banco, mas ainda disponibilizando toda a informação relevante no seu sítio da “internet” (www.millenniumbcp.pt) no qual, no mês anterior à data marcada para a reunião, é aberta uma “página” com informações sobre a assembleia geral e o modo de nelaparticipar.

A referida convocatória, nos termos da lei e dos estatutos do Banco, indica de forma clara einequívoca não apenas a data, hora e local de realização da assembleia geral mas ainda:

(i) A respectiva ordem de trabalhos;

(ii) Os mecanismos de comprovação da qualidade de accionista – carta emitida pela entidaderegistadora das acções que certifique a quantidade de acções detidas e o respectivo bloqueiono quinto dia útil anterior à data da assembleia geral e enviada ao Banco até ás 17h00 dopenúltimo dia útil anterior à mesma;

(iii) O número de acções a que corresponde um voto – a 1.000 acções corresponde um voto,podendo os accionistas titulares de acções em número inferior agrupar-se de forma acompletar o mínimo exigido, fazendo-se então representar por qualquer dos agrupados;

(iv) A possibilidade de os accionistas se fazerem representar por qualquer pessoa da sua escolhadesde que dotada de capacidade jurídica plena – as minutas de cartas de representação sãoenviadas por carta para todos os accionistas e estão igualmente disponíveis no sítio do Bancona “Internet”. O accionista deverá comunicar ao Presidente da Mesa da assembleia geral até ás17h00 do penúltimo dia útil anterior à mesma o nome do representante;

(v) A possibilidade de exercício do direito de voto por correspondência – o boletim de voto édisponibilizado na sede do Banco e na “Internet”;

(vi) A possibilidade de exercício do direito de voto por meios electrónicos – o documento parasolicitação do código para votação é disponibilizado na “Internet”.

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A metodologia a adoptar para exercício do direito de voto por correspondência ou por meioselectrónicos é publicitada, quer na convocatória da assembleia geral, quer no sítio do Banco na“Internet”.

Refira-se que o prazo fixado para a recepção dos votos por correspondência tem coincidido como da recepção de todo o restante expediente relativo à assembleia geral, ou seja, as 17 horas dopenúltimo dia útil anterior ao desta.

O voto com recurso a meios electrónicos poderá ser exercido entre o quarto e o penúltimo diaútil anterior ao marcado para a realização da assembleia geral, pelos accionistas que o tenhamtempestivamente solicitado.

A legitimação para o exercício do direito de voto é comprovada por carta da entidade registadoradas acções, que certifica a quantidade de acções detidas pelo accionista e respectivo bloqueio, noquinto dia útil anterior à data da assembleia geral, a ser recepcionada no Banco até às 17 horas dopenúltimo dia útil anterior ao marcado para a assembleia .

Os accionistas que pretendam exercer o direito de voto com recurso a meios electrónicos devemapresentar prova da respectiva qualidade de accionista com direito a voto juntamente com opedido de emissão do código para votação.

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Capítulo III

Regras Societárias

1. Código Deontológico da Sociedade e do Grupo, Regulamento Interno Relativo à Actividade de Intermediação Financeira e Regimento do Conselho de Administração

O Millennium bcp integra, no conjunto dos seus valores, princípios fundamentais como aDedicação ao Cliente, a Vocação de Excelência, a Confiança, a Ética e Responsabilidade, o Respeitopelas Pessoas e as Instituições.

Nesse sentido, observa como regras de conduta essenciais o dever de assegurar aos clientes, emtodas as actividades que exerce, elevados níveis de competência técnica, para o que reúne todosos meios materiais e humanos necessários para atingir condições apropriadas de qualidade eeficiência, proceder com diligência, neutralidade, lealdade, discrição e respeito pelos interesses quelhe estão confiados.

Na generalidade, quer as regras de conduta legalmente dispostas aplicáveis às instituições de créditoe aos membros dos seus órgãos sociais, quer as emitidas pelo Banco de Portugal ou pelasassociações representativas das instituições de crédito com aprovação do Banco de Portugal,obrigam a uma gestão pautada pelo princípio da repartição de riscos e da segurança das aplicações,tendo em conta os interesses dos depositantes, dos investidores e dos demais credores. No mesmosentido se cumpre o regime de segredo profissional aplicável aos membros dos órgãos deadministração ou fiscalização, empregados, mandatários, comitidos ou quaisquer prestadores deserviços, os quais não podem revelar ou utilizar informações sobre factos ou elementosrespeitantes à vida da instituição ou às relações desta com os seus Clientes cujo conhecimentoadvenha exclusivamente do exercício das suas funções ou da prestação dos seus serviços.

Na generalidade, a prossecução dos objectivos estratégicos do Banco, bem como odesenvolvimento das actividades de todas e cada uma das Áreas de Negócio e Unidades deServiço, e de todos os Colaboradores nelas enquadrados, pauta-se pelo respeito dos princípiosfundacionais, que têm orientado o Millennium bcp, que consistem na ética e responsabilidade,vocação de excelência e foco no Cliente.

A aprovação do Código Deontológico, do Regulamento Interno Relativo à Actividade deIntermediação Financeira e do Regimento do Conselho de Administração, enunciam deveres e obrigações que tanto enquadram o funcionamento do Banco Comercial Português como umtodo coeso, como respeitam ao comportamento individual de cada um dos Colaboradores e dos membros do Conselho de Administração do Banco e do Grupo, no exercício das respectivasfunções.

O Banco tem plena consciência da importância que assume a sua actuação, em geral, e emparticular no que respeita ao mercado de valores mobiliários. Enquanto gestor do património dosseus Clientes, o Banco representa-os sistematicamente no exercício dos direitos que os valores

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atribuem, nomeadamente e de forma particular, os direitos sociais decorrentes da titularidade deacções representativas do capital social de sociedades. Nesta função, como nas outras, o Bancoactua de forma diligente, eficiente e crítica, tendo sempre como orientação a defesa do mercado e dos interesses dos seus Clientes.

O Código Deontológico sistematiza os princípios e as regras a observar nas práticas da actividadebancária, financeira, seguradora e sobre os valores mobiliários ou produtos derivados negociadosem mercados organizados, nomeadamente no que respeita às matérias de conflito de interesses,sigilo e incompatibilidades.

O Regulamento Interno Relativo à Actividade de Intermediação Financeira institui as normas e procedimentos fundamentais, bem como as regras gerais de conduta a observar na actividadeprosseguida pelo Banco enquanto intermediário financeiro, sendo dado a conhecer aosColaboradores através do portal interno (“Intranet”).

O Regimento do Conselho de Administração regula o funcionamento do Conselho, bem como as normas de conduta dos respectivos membros, complementando os Estatutos do Banco, oCódigo Deontológico do Grupo e o Regulamento Interno Relativo à Actividade de IntermediaçãoFinanceira. Este documento é facultado aos membros do Conselho de Administração aquando da sua eleição.

O Código, o Regulamento e o Regimento acima referidos são públicos, estando disponíveis paraconsulta através do sítio do Banco, na página da Direcção de Relações com Investidores(“Investidores”).

Foi aprovada no ano de 2005 uma Ordem de Serviço que integra o Manual de “Compliance”o qual tem como objectivo assegurar que o Conselho de Administração, os Directores e osColaboradores do Grupo se pautam pelo espírito e pela letra das leis e regulamentos aplicáveis,quer internos quer externos, assim como os padrões de condução do negócio do Banco e dasassociadas de modo a prevenir o risco de perda financeira ou de imagem e reputação.

Em todos os países em que o Grupo tem presença através de uma entidade dominada,o cumprimento da legislação do país do estabelecimento é assegurado sob responsabilidade do “Compliance Officer” local.

2. Descrição dos procedimentos internos para o controlo dos riscos na actividadeda Sociedade

O Conselho de Administração, no exercício das suas funções, é responsável pela definição donível do grau de risco que o Grupo pode assumir, bem como pelo processo da sua gestão, sendonesta função assessorado pela Comissão de Riscos.

A Comissão de Riscos propõe ao Conselho de Administração a política de controlo de riscos aadoptar e assegura a gestão e o controlo globais dos riscos assumidos pelo Grupo, em linha comos níveis gerais de risco e a estratégia de gestão definidos pelo Conselho de Administração. Nassuas funções, a Comissão de Riscos é apoiada pelo “Risk Officer”.

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A par da estrutura hierárquica definida, que permite uma correcta segregação de funções, daadequação e fidedignidade dos sistemas automatizados de suporte de toda a actividade e daqualidade da informação de gestão, existe também a definição formal dos procedimentos esistemas de controlo interno implementados, que se encontra sistematizada em normativoapropriado.

Os sistemas de controlo instituídos asseguram a capacidade de execução com eficácia, de formaadequada à natureza e ao volume de actividades, harmonizando as exigências comerciais e asregras estabelecidas.

A Direcção de Auditoria avalia continuamente a adequação dos sistemas de controloimplementados, mediante a utilização de metodologias apropriadas, bem como o correctocumprimento das normas em vigor. De igual modo, estes sistemas são avaliados pelos AuditoresExternos.

É também efectuada a medição regular dos níveis de serviço por cada área, permitindo aadequação permanente das estruturas e procedimentos face ao volume de trabalho, assim como arealização e aferição de objectivos e controlos estabelecidos.

Nesta área, também o “Compliance Office”, a que se faz referência no ponto 2.3.1 do capítulo IVdeste Relatório, assume particular relevância.

3. Limites ao exercício dos direitos de voto, direitos especiais ou existência de acordos parassociais

Encontra-se previsto nos Estatutos do Banco, no seu art.º 15º, o regime aplicável ao exercício dosdireitos de voto por parte dos accionistas reunidos em assembleia geral, nos termos que seguem:

Artigo 15.ºConstituição da Assembleia Geral[...]10 – Não serão contados os votos emitidos por um accionista por si ou através de representantes:

a) que excedam 10% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social;

b) que excedam a diferença entre os votos contáveis emitidos por outros accionistas que com oaccionista em causa se encontrem e, sendo o caso, na medida em que se encontrarem, emqualquer das relações previstas nos números 14, 15 e 16 deste artigo, e 10% da totalidade dosvotos correspondentes ao capital social, sendo a limitação da contagem de votos de cadaaccionista proporcional ao número de votos a emitir.

11 – As restrições estabelecidas no número anterior não abrangem os votos que um accionista emitacomo representante de outro ou outros, sem prejuízo da aplicação ao representado ourepresentados das limitações aí consignadas.

12 – Quando na Assembleia não estiver presente a totalidade do capital social, a percentagem devotos referida no número 10 deste artigo reporta-se à totalidade dos votos presentes.

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13 – ......

14 – Consideram-se abrangidos para efeito da alínea b) do número 10 deste artigo, os direitos de voto:

a) Detidos por terceiros em seu próprio nome, mas de conta do interessado;

b) Detidos, se o interessado for uma pessoa singular ou qualquer pessoa colectiva que não seja umasociedade, por sociedades que dela dependam, por sociedades que com estas se encontrem,directa ou indirectamente, em relação de domínio, e, bem assim, por sociedades que se encontrem,directa ou indirectamente, em relação de grupo com qualquer das antes referidas;

c) Detidos, se o interessado for uma sociedade, por sociedades que com ela se encontrem emrelação de domínio ou de grupo e, bem assim, por quaisquer outras sociedades que seencontrem directa ou indirectamente em relação de domínio ou de grupo com estas últimas;

d) Detidos por uma sociedade na qual o interessado, por virtude de um acordo celebrado, tenha odomínio da maioria dos direitos de voto, quer por si mesmo, quer através de sociedades que seencontrem relativamente a ele em qualquer das situações a que se referem as alíneas b) e c) oude pessoas que actuem em seu próprio nome, mas por conta do interessado ou dessas sociedades;

e) Detidos por terceiro que tenha celebrado com o interessado ou com qualquer das sociedadesreferidas nas alíneas b), c) e d) acordo que o obrigue a adoptar, através de um exercícioconcertado de direitos de voto, uma política comum em relação às deliberações em AssembleiaGeral, ou à gestão da sociedade em causa ou a transferir, provisória e remuneradamente, osseus direitos de voto para o interessado ou para as sociedades referidas;

f) Que o interessado ou qualquer outra das pessoas ou entidades referidas nas alíneas anteriorespossam adquirir, por sua exclusiva iniciativa, em virtude de acordo celebrado;

g) Inerentes a acções detidas em penhor ou caução pelo interessado, ou depositadas junto dele,se, no primeiro caso, os respectivos direitos de voto tiverem sido transferidos para o interessadoou se, em qualquer dos casos, a este houverem sido conferidos poderes para os exercer comoentender, na ausência de instruções específicas dos seus titulares;

h) detidos por pessoas que em relação ao interessado estejam em qualquer das situações previstas noartigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários ou de preceito que o venha a modificar ou substituir.

15 – Para os efeitos do número precedente, entende-se por sociedade dependente de uma pessoasingular, ou de uma pessoa colectiva que não seja uma sociedade, a sociedade sobre a qual ointeressado pode exercer, directa ou indirectamente uma influência dominante, nos termos do artigo21.º do Código dos Valores Mobiliários, ou de preceito que venha a modificá-lo ou substituí-lo.

16 – Consideram-se ainda abrangidas, para os efeitos da alínea b) do n.º 10 deste artigo, em caso deoferta de aquisição, as pessoas singulares ou colectivas que, em virtude de um acordo expresso outácito, cooperam activamente com o oferente tendo em vista assegurar o êxito da oferta,nomeadamente através da aquisição dos valores mobiliários que dela são objecto,designadamente:

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a) As pessoas singulares ou colectivas que, por acordo com o oferente, venham a adquirir, emresultado da oferta, valores mobiliários que dela são objecto;

b) Se o oferente for uma sociedade, as sociedades que com ela se encontrem, directa ouindirectamente, em relação de domínio ou de grupo, quaisquer outras sociedades que seencontrem, directa ou indirectamente, em relação de domínio ou de grupo com estas últimas, eainda, se for o caso, a pessoa singular ou pessoa colectiva de que a sociedade oferentedependa, directa ou indirectamente;

c) Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização do oferente, se este for umasociedade;

d) As pessoas singulares ou colectivas que tenham com o oferente um contrato de sindicato devoto relativo à sociedade visada.

Os accionistas não se encontram sujeitos a qualquer limitação no exercício de direitos de voto,a não ser a restrição prevista no n.º 10 do artigo 15.º dos Estatutos, ora reproduzida, nem aquaisquer reservas aplicáveis à livre transmissibilidade das suas acções. O Banco não temconhecimento da existência de quaisquer acordos parassociais.

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Capítulo IV

Órgão de Administração

1. Composição do Conselho de Administração

O Conselho de Administração do Banco Comercial Português, integralmente composto pormembros executivos, tem a seguinte composição:

Presidente:Paulo Jorge de Assunção Rodrigues Teixeira Pinto

Vice-Presidentes:Filipe de Jesus PinhalChristopher de Beck

Nome e anode nascimento

Paulo Teixeira Pinto1960

Filipe Pinhal1946

Christopher de Beck1946

António Rodrigues1955

António CastroHenriques1957

Alípio Dias1943

Alexandre Bastos Gomes1955

Francisco de Lacerda1960

Boguslaw Kott1947

QualificaçãoProfissional

ActividadeProfissional

Acções BCP Primeiradesignação

Termomandato

Licenciatura em Direitocurso de "Doctorado"em História do Direito

Licenciatura emFinanças

Licenciatura emEconomia; MBA

Licenciatura emOrganização e Gestãode Empresas

Licenciatura em Gestãode Empresas; MBA

Licenciatura emEconomia

Licenciatura emEconomia

Licenciatura em Adm.e Gestão de Empresas

Licenciatura emEconomia

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2007

2007

2007

2007

2007

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Vogais:António Manuel de Seabra e Melo RodriguesAntónio Manuel Pereira Caldas de Castro HenriquesAlípio Barrosa Pereira DiasAlexandre Alberto Bastos GomesFrancisco José Queiroz de Barros de LacerdaBoguslaw Jerzy Kott

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Para efeitos do Regulamento da CMVM 7/2001 e nos termos do n.º 2 do seu artigo 1.º, todos osmembros do Conselho de Administração do Banco Comercial Português são AdministradoresIndependentes, sendo que o Conselho considera não existirem circunstâncias concretas atinentesa cada um dos seus membros que justifique juízo contrário, dado que nenhum dos seus membrostem vinculação relativamente a qualquer accionista ou grupo de accionistas em particular, ourelações comerciais significativas com clientes ou fornecedores do Grupo.

As funções exercidas pelos membros do órgão de administração do Banco em outras sociedades,incluindo outras sociedades do Grupo, são reportadas em apêndice a este relatório, assumindo particularrelevo em relação a esta matéria o disposto no artigo 11.º dos estatutos da Sociedade, que determina:

Artigo 11.ºIncompatibilidades1 – O exercício de funções em qualquer corpo social é incompatível:

a) com o exercício de funções, de qualquer natureza, por investidura em cargo social ou por contratode trabalho, em outra instituição de crédito com sede em Portugal ou que em Portugal tenha filialou sucursal ou sociedade com ela em relação de domínio ou de grupo;

b) com a titularidade, directa ou indirecta, de participação superior a 2% do capital social ou dosdireitos de voto em outra instituição de crédito com sede em Portugal ou que em Portugaltenha filial ou sucursal.

2 – O exercício de funções de Administrador é ainda incompatível com o exercício de funções, dequalquer natureza, por investidura em cargo social ou por contrato de trabalho, em qualquer outrasociedade comercial.

3 – Exceptuam-se do disposto nos números precedentes o exercício de funções em órgãos sociais ou atitularidade de participações em sociedades nas quais o Banco Comercial Português tenha, directaou indirectamente, participação superior a 2%, ou desde que, tratando-se de exercício de cargosocial, a designação haja sido efectuada com o voto do Banco ou de sociedade por si dominada, ouque um ou outra lhe exprimam o acordo prévio.

4 – As incompatibilidades previstas nos números 1 e 2 determinam o impedimento do exercício dasfunções no Banco Comercial Português, para que a pessoa haja sido eleita, se o impedimento durarpor seis meses, sem que lhe seja posto termo, determinam a perda do cargo.

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2. Comissão executiva e outras comissões com competência em matéria de gestão

Como já anteriormente referido, embora no Banco Comercial Português não exista uma ComissãoExecutiva, existem, para além da Área Corporativa, estruturas próprias denominadas Comissões eComités Executivos que, emanando do Conselho de Administração, o coadjuvam no exercício dassuas funções, permitindo manter uma estrutura organizacional flexível, com poucos níveis hierárquicose uma clara segregação entre as Áreas de Negócio (que avaliam, contratam e gerem as transacções),as Áreas de Operações (que as verificam, processam e controlam) e as Áreas Corporativas.

2.1. As Comissões, que em seguida se identificam, 5, têm essencialmente atribuições de âmbito globale transversal, competindo-lhes proceder ao estudo e avaliação, para cada área de intervenção, daspolíticas e princípios que devem nortear a actuação do Banco e do Grupo.

2.1.1. A Comissão de Acompanhamento dos Mercados e dos Governos Societários tem porobjecto a supervisão do cumprimento pelo Grupo das disposições legais, regulamentarese estatutárias sobre o governo da sociedade e a discussão e aprovação de iniciativas quevisem introduzir ou alterar os princípios observados e os procedimentos adoptadospelo Grupo no seu governo.

2.1.2. A Comissão de Relações Sociais e Sustentabilidade tem por objecto o desenvolvimento dorelacionamento do Grupo com os seus parceiros sociais, nomeadamente Sindicatos eComissões de Trabalhadores, apreciando e discutindo os termos dessas relações, bem comoa definição e acompanhamento das iniciativas do Grupo noutras vertentes daResponsabilidade e Sustentabilidade Corporativa.

2.1.3. A Comissão de Formação e Desenvolvimento Profissional tem por objecto acompanhar epropor medidas relativas à formação e desenvolvimento de carreiras dos Colaboradores doGrupo.

2.1.4. A Comissão de Auditoria, Segurança e Anti-Money Laundering (AML )tem por objectodefinir as linhas de orientação estratégica, bem como apreciar os aspectos mais relevantesem cada momento das funções de auditoria, segurança física e dos sistemas de prevenção debranqueamento de capitais.

2.1.5. A Comissão de Riscos é responsável por acompanhar os níveis globais de risco incorridos,assegurando que os mesmos são compatíveis com os objectivos e estratégias aprovadas parao desenvolvimento da actividade.

2.2. Os Comités Executivos são em número de 7 e têm por objectivo facilitar a articulação dasdecisões de gestão corrente, envolvendo a Direcção de topo das unidades integradas em cadauma das Áreas de Negócio e na Unidade de Serviços Bancários, com a missão de alinharperspectivas e suportar a tomada de decisões de gestão por parte do Conselho deAdministração.

2.2.1. O Comité Executivo de Retalho assume a coordenação do negócio de Retalho do Bancoem Portugal, sendo responsável pela definição da estratégia comercial e da sua

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implementação. O Comité tem como função contribuir para a gestão da respectiva área deactuação, bem como a articulação desta com as restantes áreas do Banco, analisando ostemas correntes com relevância material para o desempenho do negócio de Retalho,incluindo o controlo dos orçamentos de despesas e investimento e das actividades ao abrigode orientações com alcance estratégico que lhe estejam associadas, emitindo pareceres ouformulando propostas ao Conselho de Administração, sempre que as matérias emapreciação superem o âmbito de actuação delegado no Comité.

O Comité é composto pelos Administradores responsáveis pelo negócio de Retalho e deEmpresas e Corporate, bem como por 7 elementos da Alta Direcção que coordenamdirectamente as principais áreas de negócio de Retalho.

2.2.2. O Comité Executivo de Empresas e Corporate procede ao acompanhamento do negóciode Empresas, Corporate, Leasing, Factoring, Renting, bem como das actividades de Marketinge de Recuperação de Crédito, analisando temas com relevância material para o respectivodesempenho e acompanhando a evolução dos principais indicadores de negócio e factosrelevantes associados à evolução do mercado e da concorrência. O Comité procede ainda àanálise dos desvios face aos objectivos e identifica as medidas correctivas a implementar.

O Comité é composto por 2 Administradores responsáveis pelo negócio de Retalho e deEmpresas e Corporate, e por 6 elementos da Alta Direcção.

2.2.3. Compete ao Comité Executivo de Private Banking e Asset Management a coordenaçãodas áreas responsáveis pelos negócios de Private Banking (redes de Private BankingDoméstico, International Private Banking, International Corporate Banking e a subsidiáriaBanque Privée BCP), Asset Management (Millennium bcp – gestão de fundos deinvestimentos Direcção de Gestão de Patrimónios) e Banca on-line para particulares(Activobank7). São também objecto de coordenação deste Comité as sociedades BCPBank & Trust e Servitrust e ainda a unidade orgânica WMCU (Wealth ManagementCentralised Unit).

No exercício da sua competência o Comité pronuncia-se sobre aspectos fundamentais dagestão de cada uma das áreas integradas no seu âmbito de actuação, com destaque para:a análise do negócio, designadamente a composição dos activos e passivos sobre gestão; avalorização dos patrimónios confiados ao Millennium bcp, seja em regime deaconselhamento ou de gestão discricionária; a análise das vendas e da performance dosfundos de investimento; a evolução e controlo orçamental de proveitos, custos eresultados da actividade; a melhoria das propostas de valor ; a organização eracionalização dos meios empregues na formação de Colaboradores em mercado,produtos e procedimentos; e a adopção e análise dos níveis de adequação das melhorespráticas em domínios como o conhecimento e perfilagem de Clientes.

O Comité é composto por 2 Administradores responsáveis pelo Private Banking e AssetManagment, e por 5 elementos da Alta Direcção.

2.2.4. Compete ao Comité Executivo de Banca de Investimento acompanhar a gestão correnteda Unidade de Negócio de Banca de Investimento, nomeadamente os serviços de

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Corporate Finance, Project Finance, Mercado de Capitais, Produtos de Tesouraria,Corretagem e Produtos de Investimento. Integram também as respectivas funções a análise e definição de estratégias para a actuação presente e futura do Grupo nestas áreas deactividade, o que é efectuado numa perspectiva multi-doméstica. De igual modo analisa e acompanha a evolução do mercado e da concorrência nesta área e zela pelo adequadocumprimento das normas e regulamentos aplicáveis implementando, a nível nacional,as medidas necessárias.

O Comité é composto por 2 Administradores responsáveis pela Banca de Investimento, epor 5 elementos da Alta Direcção.

2.2.5. O Comité Executivo de European Banking tem como função acompanhar, coordenar earticular a gestão das participadas europeias, definindo e implementado, relativamente àsvárias unidades de negócio que o integram, práticas de grupo consistentes em áreas como aTecnologia de Informação, Políticas Contabilísticas, Controle de Gestão, Risco, Auditoria e“Compliance”.

No desempenho das suas funções, e para além das reuniões em Lisboa, o Comité temefectuado reuniões nas sedes das unidades de negócio integrantes (Atenas, Paris e Varsóvia),o que contribuiu para a discussão de projectos locais com a presença dos respectivosresponsáveis.

O Comité é composto por 3 Administradores, e por 5 elementos da Alta Direcção, 3 dosquais responsáveis por operações do Grupo em França, na Grécia e na Polónia.

2.2.6. O Comité Executivo de Overseas Banking tem como função acompanhar, coordenar earticular a gestão das participadas com sede fora da União Europeia, implementandoprocedimentos de reporte de actividade e de desenvolvimento financeiro que permitamuma abordagem sistemática e harmonizada do acompanhamento das diversas operaçõesquer a nível do controlo de realização orçamental, actividade e evolução financeira, quer emtermos de suporte para a tomada de decisão e subsequente implementação dasdeliberações de reestruturação, investimento e desinvestimento.

O Comité é composto por 2 Administradores e por 5 elementos da Alta Direcção, 4 dosquais responsáveis por operações do Grupo na América, Angola, Macau e Moçambique.

2.2.7. O Comité Executivo de Serviços Bancários tem como função garantir a articulação dasestratégias do Grupo ao nível dos Serviços Bancários, por forma a potenciar a qualidadedos mesmos, aumentar a produtividade e alcançar a redução de custos, sempre mantendocomo objectivo o aumento dos níveis de serviço estabelecidos. No desempenho das suasfunções o Comité procede a reflexões estratégicas das quais resultam propostas deactuação e acções de gestão que visam o bom desempenho do Grupo.

O Comité é composto por 2 Administradores e por 6 elementos da Alta Direcçãoresponsáveis por diversas áreas de Serviços Bancários.

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2.3. As Áreas Corporativas têm como principal objectivo o apoio e acompanhamento da gestãocorrente na análise e tomada de decisão quer a nível do próprio Banco, quer do Grupo, e são:o Centro Corporativo, o Compliance Office, a Direcção de Assessoria Jurídica, a Direcção deAuditoria, a Direcção de Comunicação, a Direcção de Formação e DesenvolvimentoProfissional, a Direcção da Qualidade, a Direcção de Relação com Investidores, a DirecçãoInternacional, o “Legal Office”, do qual é primeiro responsável a Secretária da Sociedade, o“Risk Office” e a Secretaria Geral. Por não terem ainda sido abordadas neste Relatório eatendendo ao respectivo âmbito, entende-se, de entre todas, realçar o “Compliance Office”, o “RiskOffice” e a “Direcção de Auditoria”.

2.3.1. O “Compliance Office” tem como principais atribuições: (i) zelar pelo cumprimento da lei ede todas as normas e regualmentos (internos ou externos) que pautam a actividade do Bancoe das suas associadas, por parte das estruturas funcionais e de todos os Colaboradores doGrupo Banco Comercial Português; (ii) apoiar a gestão das Áreas e Unidades de Negócio, deProduto e de Cliente na aplicabilidade e conformidade das suas actividades e actuação face àlegislação e regulamentação aplicáveis; (iii) assegurar a adequação das normas e regulamentosinternos às alterações da legislação em vigor, assessorando as diversas Áreas do Banco naadaptação dos seus normativos específicos; (iv) apoiar e promover actividades e programas deformação no domínio do “compliance”; (v) assegurar o cumprimento das melhores práticasinternacionais em matéria de “know your customer” e “due diligence” envolvendo a instalaçãode ferramentas informáticas (filtros) com vista à detecção de operações onde intervenhamentidades sujeitas a embargos ou sanções internacionais.

As atribuições referidas são asseguradas de uma forma contínua, que passa pela constantemonitorização das diversas Áreas do Banco por forma a garantir, a todo o momento, oconhecimento e cumprimento das regras aplicáveis por parte de todos os colaboradores doBanco.

No que respeita à matéria de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, e com oobjectivo de dotar todos os Colaboradores da formação necessária, o “Compliance Office”implementou uma série de acções concretas das quais se destacam: a publicação na “Intranet”do Grupo do Manual de “Compliance”; a inclusão de um módulo de “Compliance” e “Anti--Money Laundering” na formação de integração destinada a novos Colaboradores; e umprograma de formação em sistema de “e-learning” destinado a todos os Colaboradores doGrupo, que abrangeu cerca de 1.200 Colaboradores em 2005, estando previsto envolver mais3.000 Colaboradores durante o exercício de 2006.

O “Compliance Office” dispõe de representantes junto das diversas áreas de negócio emPortugal e subsidiárias e participadas do Grupo noutros países.

2.3.2. Quanto ao “Risk Office”, a sua principal função é apoiar o Conselho de Administração nodesenvolvimento e implementação dos processos de gestão de risco, nas suas diversasvertentes e jurisdições.

Durante o exercício de 2005 o “Risk Office” concentrou a sua actividade na criação de umainfra-estrutura eficiente de gestão e controlo de riscos, conciliando necessidades própriasdesta abordagem com as decorrentes da implementação das Normas Internacionais de

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Contabilidade e do novo Acordo de Basileia, numa perspectiva de centralização organizativae integração das múltiplas vertentes da gestão de risco.

Neste enquadramento, foram desenvolvidas um conjunto de iniciativas visando adisponibilização de uma nova estrutura de informação, abrangendo todas as operações, aaquisição de um sistema analítico de cálculo de risco, que permitirá a reutilização de métodos eferramentas para os diferentes objectivos, e a adaptação da regulamentação interna.

A definição e implementação de um modelo de cálculo da imparidade, de acordo com a IAS39, a utilizar em todas as entidades do Grupo, e a modelização dos processos operacionais doBanco de modo a suportar o cálculo do risco operacional e melhorar o acompanhamento dosistema de controlo interno, foram outros dos principais projectos desenvolvidos durante 2005.

Foi implementada uma rotina de acompanhamento e monitorização dos vários sistemas deconcessão e avaliação da qualidade do crédito, assegurando a permanente adequação dosmodelos utilizados.Também merece destaque o acompanhamento feito das operações doexterior, com o objectivo sistemático de alargar a estas subsidiárias as melhores práticas jáutilizadas nas operações em Portugal.

Paralelamente,o Risk Office apoiou o funcionamento das Comissões de Risco e de Activos e Passivos.

2.3.3. A Direcção de Auditoria é responsável pela avaliação continua da adequação dos sistemasde controlo interno implementados, mediante a utilização de metodologias apropriadas, bemcomo o correcto cumprimento das normas em vigor.

A Auditoria Interna do Grupo prossegue os seguintes objectivos: (i) coadjuvar na gestão dasalvaguarda e segurança dos interesses e bens patrimoniais das empresas que o integram; (ii)identificar preventivamente situações de risco; (iii) assegurar a eficácia dos sistemas decontrolo interno; (iv) emitir parecer prévio sobre os Manuais e Normas de Procedimentos;e, (v) avaliar a economia e eficiência com que os recursos são utilizados.

Para atingir estes objectivos a Direcção de Auditoria desenvolve as seguintes actividades: (i)elaboração do plano e execução das acções de auditoria às diferentes áreas do Grupo; (ii)reporte ao Conselho de Administração do resultado das acções de auditoria realizadas; (iii)coordenação e acompanhamento do exame às contas da globalidade das empresas do Grupo,a realizar pelos auditores externos, propondo actuações em função dos respectivos resultados;e (v) acompanhamento e coordenação das acções de inspecção das Entidades de Supervisão.

3. Descrição do modo de funcionamento do órgão de administração

Para além das competências que decorrem da lei e as que são inerentes à Presidência de umórgão colegial, ao Presidente do Conselho de Administração do Banco compete especialmenterepresentar o Conselho de Administração e coordenar a actividade do Conselho, bem comoconvocar as respectivas reuniões e a elas presidir, exercer voto de qualidade e zelar pela correctaexecução das deliberações. O Presidente do Conselho de Administração é, por inerência defunções, membro do Conselho Superior do Banco.

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• Presidência das seguintes Comissões: Acompanhamento dos Mercados e dosGovernos Societários; Formação e Desenvolvimento Profissional; Relações Sociais eSustentabilidade; Riscos; Auditoria; Segurança e AML.

• Pelouros Individuais: Secretaria Geral; Direcção de Formação e DesenvolvimentoProfissional; Direcção de Comunicação; “Compliance Office”; Direcção de Auditoria.

• Relações Institucionais: Autoridades de Supervisão;Associação Portuguesa de Bancos;Auditores e Consultores.

• Comissões: Acompanhamento dos Mercados e dos Governos Societários;Relações Sociais e Sustentabilidade; Riscos.

• Comités Executivos: Retalho (Presidente); Empresas e Corporate.• Pelouros Individuais: Crédito Imobiliário.• Relações Institucionais: Sindicatos e Comissões de Trabalhadores.

• Comissões: Acompanhamento dos Mercados e dos Governos Societários;Relações Sociais e Sustentabilidade; Riscos.

• Comités Executivos: Banca de Investimento (Presidente); Serviços Bancários(Presidente); European Banking.

• Comissões: Acompanhamento dos Mercados e dos Governos Societários; Riscos;Auditoria; Segurança e AML.

• Pelouros Individuais: “Risk Office”; Direcção de Relações com Investidores; CentroCorporativo;“Legal Office”.

• Comissões: Acompanhamento dos Mercados e dos Governos Societários; Riscos.• Comités Executivos: Private Banking e Asset Management (Presidente); Overseas

Banking (Presidente).• Pelouros Individuais: Direcção da Qualidade.• Relações com Subsidiárias: Millennium bcp Fortis; Banque Privée BCP; BIM.

• Comissões: Riscos; Auditoria; Segurança e AML.• Comités Executivos: Empresas e Corporate (Presidente); Retalho.• Pelouros Individuais: Direcção de Assessoria Jurídica.

• Comissões: Formação e Desenvolvimento Profissional; Relações Sociais eSustentabilidade; Riscos; Auditoria; Segurança e AML.

• Comités Executivos: Serviços Bancários (Presidente); Private Banking e AssetManagement.

• Pelouros Individuais: Unidade de Gestão de Desenvolvimento Imobiliário.• Relações Institucionais e Subsidiárias: SIS/UNICRE/CISP; Interbanco; Classis.

• Comissões: Acompanhamento dos Mercados e dos Governos Societários; Riscos.• Comités Executivos: European Banking (Presidente); Banca de Investimento.• Relações com Subsidiárias: NovaBank; Bankeuropa.

• Comissões: Riscos;• Comités Executivos: European Banking; Overseas Banking.• Pelouros Individuais: Direcção Internacional.• Relações com Subsidiárias: Millennium Bank; BCP Bank (EUA).

Ao(s) Vice-Presidente(s) compete substituir o Presidente nos seus impedimentos.

Apresenta-se em seguida um quadro descritivo das principais áreas e unidades do Grupo pelasquais cada Administrador foi especialmente responsável durante o exercício de 2005.

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O Conselho de Administração reúne obrigatoriamente uma vez por mês e extraordinariamentesempre que convocado pelo seu Presidente ou por dois outros Administradores, tendo, noexercício de 2005, reunido 42 vezes, sendo 15 reuniões ordinárias e 27 extraordinárias.

Nos termos do n.º 4 do artigo 12.º do contrato de sociedade, “A caução dos Administradores éfixada em 25.000 euros, sendo os encargos de contrato de seguro substitutivo da cauçãosuportados pela sociedade, mas apenas na modalidade de excesso relativamente ao montantemínimo exigido pela lei”.

Neste sentido, cada um dos membros do Conselho de Administração contratou um seguro,cobrindo o eventual incumprimento das obrigações de Administrador perante a sociedade ouobrigações previstas na lei, contrato ou convenção, susceptíveis de caucionamento, até ao capitalde 25 mil euros por anuidade.

Complementarmente, o Banco Comercial Português contratou um seguro que garante opagamento a terceiros das indemnizações legalmente exigíveis aos Administradores das Sociedadesdo Grupo, pelas perdas ou danos resultantes de quaisquer reclamações deduzidas comfundamento em sinistro, em razão da responsabilidade civil por actos ilícitos praticados por estes,ou que lhe sejam imputáveis, quando se encontrem no exercício de funções, até ao capital de50.280 mil euros por sinistro e agregado e anuidade.

4. Política de Remuneração do Conselho de Administração

A remuneração e o regime de previdência dos membros do Conselho de Administração sãoobjecto do artigo 12.º do contrato de sociedade, que prevê ficar o seu estabelecimento a cargoda Comissão de Remuneração e Previdência, composta por Accionistas e eleita em AssembleiaGeral.

No exercício das suas funções, a Comissão foi assessorada, em 2005, por uma empresa deconsultoria internacional, a Heidrick & Struggles.

Em cumprimento e para efeitos da Recomendação 8-A, a que se faz menção no Capítulo 0 desteRelatório, a Comissão de Remunerações elaborou a declaração sobre política de remuneração doConselho de Administração que em seguida se transcreve:

“Na sequência da eleição de Órgãos Sociais ocorrida no início do corrente ano, a Comissão deRemunerações e Previdência aprovou uma nova política de remuneração do Conselho de Administraçãoque se caracteriza por princípios fundamentais fixados de acordo com as melhores práticasinternacionais e visa a implementação de um modelo que tem como principal objectivo potenciar acriação e a sustentação do valor accionista, pelo que prevê uma componente ligada à performanceanual e uma outra ao desempenho plurianual indexada aos objectivos estratégicos fixados para omandato do Conselho de Administração.

A remuneração dos membros do Conselho de Administração é aprovada anualmente pela Comissão deRemunerações e Previdência, tendo presente o princípio fixado nos estatutos do Banco de que oexercício de funções de administrador é incompatível com o exercício de funções de qualquer natureza

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em qualquer outra sociedade comercial, com excepção do exercício de funções em sociedades nasquais o Banco Comercial Português tenha, directa ou indirectamente, participação superior a 2%, oudesde que, tratando-se de exercício de cargo social, a designação haja sido efectuada com o voto doBanco ou de sociedade por si dominada, ou que um ou outra lhe exprimam o acordo prévio, caso emque, havendo lugar a remuneração em consequência do exercício da função, a mesma é comunicada àComissão de Remunerações e Previdência para ponderação na remuneração a atribuir pelo Banco.

Esta política foi já aplicada na fixação da remuneração variável do actual Conselho de Administraçãorelativa ao desempenho no exercício de 2005.

A Remuneração dos membros do Conselho de Administração é constituída pelas seguintes parcelas:

Remuneração Fixa Anual (RFA), a pagar em 14 prestações anuais e iguais.

Na aprovação da RFA, a Comissão fixa a remuneração do Presidente de forma autónoma, variando asremunerações dos Vice-Presidentes entre 85% e 60% dessa remuneração e a dos vogais do Conselhoentre 60% e 40% igualmente da remuneração do Presidente.

Remuneração Variável Anual (RVA), a pagar de uma só vez no mesmo mês em que ocorrer opagamento dos dividendos aprovados na Assembleia Geral Anual.

Esta componente da remuneração não pode exceder 350% da RFA e o seu cálculo está dependentede três ordens de razões: (i) do desempenho accionista e económico do Grupo; (ii) da avaliaçãoquantitativa do desempenho individual, medido pelos resultados conseguidos nas respectivas áreas deactuação; e (iii) da avaliação qualitativa da capacidade de liderança evidenciada e do respectivocontributo para a imagem e representação do Grupo.

Os indicadores a tomar em conta para a determinação da RVA são: (i) a nível global a performancerelativa do Banco face à média do sector no que se refere à evolução dos indicadores de Rendibilidadetotal para o Accionista, Retorno sobre o Capital Investido e do rácio de eficiência Custos /Proveitos eainda o crescimento do produto bancário e dos resultados líquidos; e (ii) a nível individual: o crescimentodo produto bancário e a performance relativa do rácio de eficiência Custos /Proveitos, em relação àsáreas da responsabilidade de cada um dos Administradores.

Remuneração Variável Plurianual (RVP), Esta componente da remuneração está limitada, para cada anodo mandato, a 250% da RFA e tem como objectivo assegurar a sustentabilidade económica dodesempenho do Grupo, bem como a vinculação, em continuidade, dos membros do respectivo CA.

O valor a atribuir a título de RVP será o resultado da aplicação da percentagem de cumprimento dosobjectivos plurianuais estabelecidos para os indicadores adoptados para o cálculo da RVA, ficando asparcelas que em cada ano forem apuradas a crédito de cada um dos Administradores para pagamentoem três parcelas iguais, em cada um dos três exercícios posteriores ao triénio a que respeitem. O seupagamento carece de deliberação expressa da Comissão de Remunerações e Previdência.

Os membros do Conselho de Administração perderão o direito à RVP, revertendo as provisõesconstituídas a favor da sociedade, caso: (i) o cálculo das verbas apuradas para o terceiro ano domandato revelar que o grau de cumprimento dos objectivos fixados para o triénio foi inferior a 80%; (ii)

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a Comissão de Remunerações e Previdência, com base em fundamentos que serão comunicados aoAdministrador visado, entenda tomar tal decisão; e (iii) se verifique perda de mandato, não reconduçãono termo do mandato (salvo por reforma por limite de idade ou invalidez), renúncia ou qualquer outraforma de desvinculação do Banco ou cessação do exercício das funções (salvo por falecimento ouinvalidez).

Reforma por limite de idade ou invalidezEm caso de reforma por limite de idade ou invalidez a Comissão de Remunerações e Previdência podeatribuir, ponderado o contributo global do administrador durante o período em que este exerceufunções, uma compensação extraordinária.”

5. Remuneração do Conselho de Administração

Nos termos descritos no ponto anterior, a remuneração fixa devida ao conjunto dos membros doConselho de Administração, directamente ou através de sociedades que com o Banco ComercialPortuguês estejam em relação de domínio ou de grupo, pelo desempenho de funções noexercício de 2005 ascendeu a 5.339 mil euros, importando a remuneração variável a este títulorelativa ao mesmo exercício no montante de 26.000 mil euros.

As remunerações indicadas reportam-se, em ambos os casos, às verbas auferidas pelos membrosdo Conselho de Administração em exercício de funções antes e depois da Assembleia GeralAnual electiva de 2005.

Ao indicar desde já quer a remuneração fixa relativa ao exercício de 2005, quer a remuneraçãovariável relativa a esse mesmo exercício, pretende-se tornar mais transparente a informaçãopublicitada, dado que só desta forma se torna coerente a informação contida neste relatório coma que, em cumprimento das novas normas de IFRS, tem de ser considerada para efeitos daelaboração das demonstrações financeiras. Importa, pois, recordar que, no presente relatório,como nos futuros, será reportada a remuneração relativa ao próprio exercício a que as contasrespeitem, enquanto que relativamente a 2004 (ano em que o valor pago, relativo às funçõesdesempenhadas no exercício de 2003, foi de 27.050 mil euros, conforme divulgado no relatóriode governo da sociedade de 2004) e exercícios anteriores, o valor da remuneração variávelreportado era o que tinha sido efectivamente pago em cada exercício e respeitava ao exercícioanterior. A diferença resultante da aplicação deste critério consentâneo com os IFRS, foi reportada,como ajustamento de transição, conforme nota 48 do Relatório e Contas de 2005 relativa a“Ajustamentos de Transição para IFRS”.

Os encargos do exercício com dotações para fundos de pensões e apólices de seguros decomplemento de reforma de membros do conselho de administração ascenderam a 9.077 mil euros.

6. Política de Comunicação de Irregularidades

Com os propósitos de adoptar as melhores práticas de governação societária e de reforçar acultura de responsabilidade e cumprimento que sempre norteou a actuação do Millennium bcp,indispensável para que se atinja o grau de excelência a que se propõe, o Conselho de

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Administração instituiu um sistema de comunicação interna de irregularidades alegadamenteocorridas dentro do Grupo.

Esta política visa permitir a detecção precoce de eventuais situações irregulares de forma aresolvê-las de forma célere e justa antes de as mesmas se poderem tornar danosas quer para oBanco, quer para os seus accionistas e para a sociedade em geral.

Neste sentido, as comunicações devem revestir um carácter rigoroso e ser assumidas pelosColaboradores do Millennium bcp como um contributo para que se atinjam os objectivospropostos. A identificação do Colaborador é exigida para que se assuma a seriedade eresponsabilização da comunicação, tendo sido criados todos os mecanismos para garantir aconfidencialidade, de forma a não inibir a actuação de quem comunica.

A adopção da presente política de comunicação de irregularidades foi divulgada a todos oscolaboradores do Millennium bcp através de e-mail.

6.1. Meios de comunicação das práticas irregularesPor forma a implementar a política de comunicação interna de irregularidades, foi criada uma caixade e-mail dedicada à recepção de comunicações de alegadas irregularidades que ocorram noGrupo.

6.2. Recepção e Tratamento das ComunicaçõesFoi delegada na Comissão de Auditoria, Segurança e “Anti-Money Laundering” a condução dasinvestigações necessárias ao apuramento dos factos reportados.

A Comissão de Auditoria, Segurança e “Anti-Money Laundering” é actualmente composta por 5membros do Conselho de Administração, entre os quais o seu Presidente, e 5 membros da AltaDirecção do Banco.

As investigações são dirigidas pelo Secretário da Comissão, apoiado por uma estrutura de serviçoespecialmente vocacionada para este tipo de análise, tendo por base uma assessoria técnicaespecializada nas diversas matérias passíveis de estarem envolvidas no facto reportado.

No prazo de trinta dias após a recepção da comunicação a Comissão deverá apresentar aoConselho de Administração um relatório preliminar de avaliação dos factos comunicados,acompanhado de proposta de actuação e de eventuais medidas para colmatar as anomalias ouirregularidades apuradas.

No caso de a comunicação estar relacionada com algum membro desta Comissão, a mesmadeverá ser dirigida ao Presidente do Conselho Fiscal através da sua caixa de e-mail.

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Apêndice ao Relatório sobre o Governo da Sociedade

Cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração do Banco ComercialPortuguês, S.A., em 31 de Dezembro de 2005:

Presidente: Paulo Jorge de Assunção Rodrigues Teixeira Pinto

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoPresidente do Conselho de Administração do Banco Millennium bcp Investimento S.A.Presidente do Conselho de Administração do Banco de Investimento Imobiliário, S.A.Presidente do Conselho de Administração do Interbanco, S.A.Presidente do Conselho de Administração do Banco ActivoBank (Portugal), S.A.Membro do “Supervisory Board” do Bank Millennium, S.A.Membro do “Senior Board” do NovaBank, S.A.Presidente do Conselho de Administração da bcp holdings (usa), inc.Presidente do Conselho de Administração do Millennium bcp Prestação de Serviços, ACE.Gerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Presidente do Conselho de Administração da Seguros e Pensões Gere, SGPS, S.A.Presidente do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

Outros cargos Vice-Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Bancos, em representação do Banco

Comercial Português, S.A.

Vice-Presidente: Filipe de Jesus Pinhal

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoVice-Presidente do Conselho de Administração do Banco de Investimento Imobiliário, S.A.Presidente do “Conseil de Surveillance” do Banque BCP, S.A.S.Membro do Conselho de Administração do Millennium bcp Prestação de Serviços, ACE.Gerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Gerente do BII Internacional, SGPS, Lda.Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

Outros cargosMembro do Conselho Nacional do Consumo e do Conselho Económico e Social,

em representação da Associação Portuguesa de Bancos.Membro do Conselho Económico e Social.

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Vice-Presidente: Christopher de Beck

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoVice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Millennium bcp Investimento, S.A.Membro do “Supervisory Board” do Bank Millennium, S.A.Membro do “Senior Board” do NovaBank, S.A.Membro do “Conseil de Surveillance” do Banque BCP, S.A.S.Membro do Conselho de Administração do Millennium bcp Prestação de Serviços, ACEGerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

Outros cargosPresidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Atrelagem.

Vogal:António Manuel de Seabra e Melo Rodrigues

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoMembro do Conselho de Administração do Banco ActivoBank (Portugal), S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração do Millennium bcp Prestação de Serviços, ACE.Gerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Membro do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

Vogal:António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoMembro do Conselho de Administração do Banco ActivoBank (Portugal), S.A.Presidente do Conselho de Administração da Banque Privée BCP (Suisse), S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração da Seguros e Pensões Gere, SGPS, S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração da Millennium bcp Fortis Grupo Segurador, SGPS, S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração da Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros, S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração da Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros

de Vida, S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração da Médis – Companhia Portuguesa de Seguros

de Saúde, S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração da Pansões Gere – Sociedade Gestora de Fundos

de Pensões, S.A.Membro do Conselho de Administração da bcp holdings (usa), inc.Membro do Conselho de Administração do Millennium bcp Prestação de Serviços, ACE.Gerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Membro do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

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Outros cargosMembro do Conselho de Direcção da APS – Associação Portuguesa de Seguradoras.Membro da Direcção da ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico.Presidente do Conselho Superior da AAMBA – Associação dos antigos alunos do MBA

da Universidade Nova de Lisboa.

Vogal:Alípio Barrosa Pereira Dias

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoMembro do Conselho de Administração do Banco Millennium bcp Investimento, S.A.Membro do Conselho de Administração do Millennium bcp Prestação de Serviços, ACE.Gerente da VSC – Aluguer de Veículos sem Condutor, Lda.Gerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Membro do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

Outros cargosPresidente do Conselho de Administração da CVP – Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A.Presidente do Conselho Fiscal da Fundação Oriente.Presidente do Conselho Fiscal da Associação dos Oficiais de Reserva Naval.Membro do Conselho Geral da Fundação Portuguesa de Cardiologia.Curador da Fundação Cidade de Lisboa.Curador da Fundação O Século.Vogal da Junta Directiva da Casa de Bragança.Presidente do Conselho Fiscal da Escola de Gestão da Universidade do Porto.Presidente da Assembleia Distrital do PSD Porto.Presidente do Conselho Fiscal da Associação dos Ex-Deputados.Curador da Fundação Manuel Cargaleiro.Membro do Conselho Geral da Associação Fiscal Portuguesa.Membro do Conselho Consultivo da Faculdade de Economia do Porto.Presidente do Conselho Consultivo do Futebol Clube do Porto.Membro do Conselho de Fundadores da Casa da Música.

Vogal:Alexandre Alberto Bastos Gomes

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoMembro do Conselho de Administração do Interbanco, S.A.Membro do Conselho de Administração do Banco ActivoBank (Portugal), S.A.Membro do Conselho de Administração da Seguros e Pensões Gere, SGPS, S.A.Membro do Conselho de Administração do Millennium bcp Prestação de Serviços, ACE.Gerente da VSC – Aluguer de Veículos sem Condutor, Lda.Gerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Membro do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

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Cargos desempenhados em outras entidades directa ou indirectamente participadasMembro do Conselho de Administração da SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A.

Vogal: Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoMembro do Conselho de Administração do Banco Millennium bcp Investimento, S.A.Membro do “Supervisory Board” do Bank Millennium, S.A.Membro do “Senior Board” do NovaBank, S.A.Vice-Presidente do Conselho de Administração do BankEuropa Bankasi, S.A.Vice-Presidente do “Conseil de Surveillance” do Banque BCP, S.A.S.Membro do Conselho de Administração do Millennium bcp Prestação de Serviços, ACE.Gerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Membro do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

Vogal: Boguslaw Jerzy Kott

Outros cargos desempenhados em entidades do GrupoPresidente do “Management Board” e “CEO” do Bank Millennium, S.A.Membro do “Senior Board” do NovaBank, S.A.Presidente do “Supervisory Board” do Millennium Dom Maklerski S.A.Presidente do “Supervisory Board” da Bel Leasing Sp.z.o.o.Membro do Conselho de Administração da BCP Holdings (USA), Inc.Gerente da BCP Participações Financeiras, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.Gerente da BCP Internacional II, Sociedade Unipessoal, SGPS, Lda.Membro do Conselho de Administração da Fundação Millennium bcp.

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Accionistas / Obrigacionistas Título N.º de títulos N.º de títulos Aquisições Alienações Data Preçoà data de à data de Unitário

31-12-2005 31-12-2004 Euros

Membros de Órgãos Sociais

Eng. Jorge Manuel Jardim Gonçalves (******) Acções BCP 10.000.000 6.000.000 50.000 26-Jan-05 2,0350.000 27-Jan-05 2,0450.000 28-Jan-05 2,0350.000 31-Jan-05 2,0950.000 29-Abr-05 2,08

272.913 09-Jun-05 2,05200.000 12-Ago-05 2,11150.000 24-Ago-05 2,18110.000 25-Ago-05 2,1640.000 26-Ago-05 2,16

1.200.000 (***) 14-Out-05 2,2971.208 17-Out-05 2,2950.000 18-Out-05 2,2750.000 18-Out-05 2,2650.000 20-Out-05 2,2625.000 21-Out-05 2,2325.000 24-Out-05 2,2525.000 25-Out-05 2,2425.000 26-Out-05 2,2325.000 27-Out-05 2,0725.000 28-Out-05 2,0925.000 31-Out-05 2,0925.000 01-Nov-05 2,1025.000 02-Nov-05 2,1725.000 03-Nov-05 2,1425.000 04-Nov-05 2,1125.000 07-Nov-05 2,1225.000 08-Nov-05 2,1325.000 09-Nov-05 2,1525.000 10-Nov-05 2,1525.000 11-Nov-05 2,1425.000 14-Nov-05 2,1325.000 15-Nov-05 2,1225.000 16-Nov-05 2,1425.000 17-Nov-05 2,1525.000 18-Nov-05 2,1425.000 21-Nov-05 2,1410.000 22-Nov-05 2,1440.000 23-Nov-05 2,1325.000 24-Nov-05 2,1425.000 25-Nov-05 2,1325.000 25-Nov-05 2,1225.000 29-Nov-05 2,1125.000 30-Nov-05 2,1125.000 01-Dez-05 2,1125.000 02-Dez-05 2,11

Movimento em 2005

continua

Posição Accionista e Obrigacionista dos Membros dos Órgãosde Administração e FiscalizaçãoPosição Accionista e Obrigacionista dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização que exerceram a Respectiva Função no Ano de 2005

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Accionistas / Obrigacionistas Título N.º de títulos N.º de títulos Aquisições Alienações Data Preçoà data de à data de Unitário

31-12-2005 31-12-2004 Euros

Movimento em 2005

25.000 05-Dez-05 2,1025.000 06-Dez-05 2,09

555.879 (***) 07-Dez-05 2,1025.000 07-Dez-05 2,0925.000 08-Dez-05 2,0925.000 19-Dez-05 2,0925.000 12-Dez-05 2,0925.000 13-Dez-05 2,0925.000 14-Dez-05 2,0925.000 15-Dez-05 2,09

Capital BCP 2005 0 235.137 (***) 07-Dez-05 4,95Obrigações BCP Fin Bk Call Step-Up Notes (06/2015) 244 0 244 27-Jun-05 99,73Obrigações BCP Finance Perp 4.239 Eur 1.000 0 1.000 (*****) 11-Out-05 1000,10Obrigações BCP Cap.Gar.Telecoms Mar/05 0 200 200 (**) 02-Mar-05Obrigações BCP Fin Bk Conv 4,75% Jun 2011 10 10Acções Bank Millennium (Polónia) 10.000 3.000 7.000 27-Set-05

Paulo Jorge de A. R.Teixeira Pinto Acções BCP 53.048 53.048(Capital BCP 2005*) 2.083 2.083Obrigações BCP Finance Bank Convertíveis 4,75% (01/11) 5 5

Filipe de Jesus Pinhal Acções BCP 2.500.000 2.400.000 100.000 02-Mai-05 2,08(Capital BCP 2005*) 70.028 70.028Obrigações BCP Finance Bank Convertíveis 4,75% (01/11) 10 10Acções Preferenciais Perpétuas Série C - BCP Finance Company 3.500 3.500

Christopher de Beck Acções BCP 1.209.491 1.059.491 150.000 07-Jun-05 2,08Acções Bank Millennium (Polónia) 95.000 95.000(Capital BCP 2005*) 57.073 57.073

António Manuel de Seabra e Melo Rodrigues Acções BCP 2.000.000 1.977.000 123.000 20-Abr-05 2,12100.000 21-Jul-05 2,10100.000 22-Set-05 2,21

300.000 (***) 30-Nov-05 2,12(Capital BCP 2005*) 79.375 79.375

António Manuel P. C. de Castro Henriques Acções BCP 1.250.000 1.150.000 100.000 02-Mai-05 2,08(Capital BCP 2005*) 65.259 65.259

Alípio Barrosa Pereira Dias Acções BCP 170.900 170.900(Capital BCP 2005*) 7.282 7.282

Alexandre Alberto Bastos Gomes Acções BCP 635.918 505.918 130.000 21-Dez-05 2,23(Capital BCP 2005*) 23.742 23.742Obrigações Caixa Cisf Investimento Real (99/06) 2.000 2.000Obrigações BCP Finance Bank Rendimento Top (01/06) 75 75

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda Acções BCP 705.000 575.000 10.000 03-Mar-05 2,1340.000 27-Abr-05 2,1340.000 02-Mai-05 2,1040.000 10-Mai-05 2,12

(Capital BCP 2005*) 21.021 21.021Obrigações BCP Finance Bank Alternative World (01/09) 25 25

Boguslaw Jerzy Kott Acções BCP 17.500 0 12.500 02-Fev-05 2,09 5.000 28-Fev-05 2,11

Acções Bank Millennium (Polónia) 3.023.174 3.023.174

Ricardo Manuel Simões Bayão Horta Acções BCP 100.000 267.607 167.607 22-Ago-05 2,15(Capital BCP 2005*) 0 12.000 12.000 24-Ago-05 5,15Obrig. BCP Finance Eur CLN – Brisa May 2008 0 200 200 31-Mai-05 101,00Obrigações BCP Finance Perp 4.239 eur 150 150 27-Out-05 99,74

Mário Augusto de Paiva Neto Acções BCP 42.000 42.000(Capital BCP 2005*) 1.794 1.794

Mário Branco Trindade Acções BCP 41.085 41.085

José Eduardo de Faria Neiva dos Santos Obrigações BCPI Rendimento 24 Mar/05 0 200 200 (**) 17-Mar-05

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Accionistas / Obrigacionistas Título N.º de títulos N.º de títulos Aquisições Alienações Data Preçoà data de à data de Unitário

31-12-2005 31-12-2004 Euros

Movimento em 2005

Cônjuge / Filhos Menores

D. Maria D'Assunção Jardim Gonçalves Acções BCP 444.121 2.200.000 1.200.000(***) 14-Out-05 2,29555.879(***) 07-Dez-05 2,10

Capital BCP 2005 328.708 93.571 235.137(****) 07-Dez-05 4,95Obrigações BCP Finance CO 5,543 PCT Eur 5.000 0 5.000(****) 23-Set-05 110,43

Paula Maria Von Hafe T. Cruz Acções BCP 886 886(Capital BCP 2005*) 38 38

Teresa Maria A. Moreira Rato Beck Acções BCP 2.329 2.329(Capital BCP 2005*) 38 38

Barbara Janet Gray Rodrigues Acções BCP 400.000 81.500 18.500 20-Abr-05 2,12300.000(****) 30-Nov-05 2,12

(Capital BCP 2005*) 4.376 4.376

Maria do Rosário S. G. Castro Henriques Acções BCP 0 201.793 201.793 10-Nov-05 2,15(Capital BCP 2005*) 0 8.565 8.565 09-Nov-05 5,03Obrigações BCP Cap. Gar.Telecoms Mar/05 0 400 400 (**) 02-Mar-05Obrigações BCP Finance Bank EUR Inflation-Lk Notes (Maio/10) 200 200Obrigações BCP Fin Perp 4.239 eur 800 800 (*****) 12-Out-05 1.000,00

Rita S.G. Castro Henriques Acções BCP 1.141 1.141(Capital BCP 2005*) 38 38Obrigações BCP Super Invt. Millennium II /12/10 77 0 77 03-Mai-05 99,63

Rosa Amélia Moutinho Martins Barbosa Acções BCP 1.401 1.401(Capital BCP 2005*) 56 56

Maria Flora Silva M. Paiva Neto Acções BCP 1.800 1.800(Capital BCP 2005*) 74 74

(*) Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis – Capital BCP 2005.(**) Reembolso.(***) Levantamento Interno/Transferência Interna.(****) Depósito Interno/Transferência Interna.(*****) Subscrição.(******) Exerceu o cargo de Presidente do Conselho de Administração de Janeiro a Março de 2005.(*******) zlotis.

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FICHA TÉCNICA

Propriedade: Millennium bcp

Produção gráfica: Choice – Comunicação Global, Lda. – www.choice.pt

Pré-impressão: Multitipo – Artes Gráficas, Lda.

Impressão e acabamentos: SocTip – Sociedade Tipográfica, SA

Depósito legal: 146713/00

Impresso em Abril de 2006

www.millenniumbcp.pt

Banco Comercial Português, S.A., Sociedade AbertaSede: Praça D. João I, 28 – 4000-295 Porto Capital Social: 3.588.331.338 EurosMatriculado na Conservatória do Registo Comercial do Porto com o N.º único de matrícula e de Contribuinte 501 525 882

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Extracto da Acta nº 30 da Assembleia Geral Anual de Accionistas do Banco Comercial Português, S.A. de 13 de Março de 2006

--------- Aos 13 dias do mês de Março de 2006, pelas 15,30 horas, reuniu, na cidade do Porto, no Palácio da Bolsa, a Assembleia Geral Anual dos Accionistas do Banco Comercial Português, S.A., sociedade aberta, com sede na praça D. João I, 28, no Porto, com o capital social de 3.588.331.338 Euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto, com o número único de matricula e Pessoa Colectiva n.º 501.525.882. ------------------------ (...) --------- Em seguida, o Senhor Presidente da Mesa leu o ponto um da ordem de trabalhos, “Deliberar sobre o relatório de gestão e contas do Banco Comercial Português respeitantes ao exercício de 2005, bem como sobre o relatório de gestão consolidado e contas consolidadas respeitantes ao mesmo exercício”, e declarou aberta a discussão. ------------------------------ (...) --------- Efectuada a votação do relatório de gestão e contas do Banco Comercial Português a nível individual, e encontrando-se presentes ou representados, ou votado por correspondência, accionistas com direito a 2.060.350 votos, verificou-se que os documentos em votação haviam sido aprovados por maioria, com 2.051.217 votos a favor e 43 contra, tendo-se abstido de votar accionistas representando 9.090 votos. Concluída a votação, o Senhor Presidente proclamou os respectivos resultados. --------------------------------------- --------- Efectuada a votação do relatório de gestão e contas consolidadas do Banco Comercial Português, e encontrando-se presentes ou representados, ou votado por correspondência, accionistas com direito a 2.060.350 votos, verificou-se que os documentos em votação haviam sido aprovados por maioria, com 2.051.265 votos a favor e 43 votos contra, tendo-se abstido de votar accionistas representando 9.042 votos. Concluída a votação, o Senhor Presidente proclamou os respectivos resultados. ------------------------------------- --------- Em seguida, o Senhor Presidente da Mesa anunciou que os trabalhos prosseguiriam com a discussão e a votação do ponto dois da ordem de trabalhos, “Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados”, tendo procedido à leitura da proposta respectiva, provinda do Conselho de Administração do Banco, a qual era do seguinte teor:--------------- --------- “1. Considerando as disposições legais e estatutárias relativas a reserva legal e reservas especiais; ------------------------------------------------------------------------------- --------- Considerando o adiantamento sobre lucros do exercício no montante global de EUR 107.473.742,34 que correspondeu a um dividendo antecipado ilíquido de EUR 0,033 por acção colocado a pagamento em 19 de Outubro de 2005 e efectivamente pago; --------------- --------- Nos termos da alínea f) do nº 5 do artigo 66º, do nº 1 do artigo 294º e da alínea b) do nº 1 do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais, bem como do artigo 35º dos Estatutos, propõe-se a seguinte aplicação dos resultados do exercício no montante de EUR 360.123.031,94, depois de deduzidos os EUR 107.473.742,34 correspondentes ao adiantamento sobre lucros do exercício antes referido: -----------------------------------------

2

a) EUR 36.033.106,81 para reforço da reserva legal; --------------------------------- b) EUR 15.073.921,83 para reforço da reserva para estabilização de dividendos,

fixando-se com esta dotação o respectivo limite em 65.000.000,00; --------------- c) EUR 68.774.001,45 para reforço de reservas livres; ------------------------------- d) EUR 132.768.259,51 para atribuição de dividendos. -------------------------------

---------2. Considerando que a verba para dividendos agora a atribuir de EUR 132.768.259,51, foi calculada, como é tradicional, na base de um dividendo unitário por acção emitida de EUR 0,037 e que não é possível determinar com exactidão o número de acções próprias que poderão estar em carteira à data do pagamento de dividendos;----------- ---------Propõe-se que se delibere, relativamente à aplicação de resultados constante dos números anteriores, que:------------------------------------------------------------------------ ---------a) A cada acção emitida seja agora pago o dividendo unitário de EUR 0,037;------- ---------b) Não seja pago, registando-se em conta de resultados transitados, o quantitativo unitário correspondente às acções que, no primeiro dia do período de pagamento de dividendos, pertencerem à própria sociedade.”------------------------------------------------- (...) ---------Realizada a votação, e encontrando-se presentes ou representados, ou votado por correspondência, accionistas com direito a 2.059.910 votos, verificou-se que a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho havia sido aprovada por maioria, com 2.059.802 votos a favor e 96 votos contra, tendo-se abstido de votar accionistas representando 12 votos. Concluída a votação, o Senhor Presidente proclamou a aprovação da proposta e os resultados da votação. ------------------------------------------------------------ (...) ---------Logo após, o Senhor Presidente da Mesa agradeceu a todos os presentes a colaboração prestada no decurso da Assembleia, declarou esgotada a ordem de trabalhos e deu por encerrados os mesmos. ----------------------------------------------------------------- ---------Da sessão foi elaborada a presente acta que, tendo sido lavrada pela Senhora Secretária da Sociedade nos termos e para os efeitos dos artigos 63º, 388ºe 85º nº 3 alínea b) ambos do Código das Sociedades Comerciais, foi por ela e pelo Senhor Presidente da Mesa aprovada e assinada.-- -------------------------------------------------------------------------- (...)

Relatório de Sustentabilidade 2005

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Índice

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Âmbito e abordagem

Mensagem do Presidente

Millennium bcpVisão e valores fundamentais

VisãoMissãoPrincípios de ActuaçãoMarca: reafirmação de valoresPrincipais factos de sustentabilidade nas subsidiárias do Millennium bcp

Concretizações e novas ambiçõesConcretizaçõesNovas ambições

Relevância da sustentabilidadeNossa perspectiva de sustentabilidadeModelo funcionalAdesão a organismos de sustentabilidade e responsabilidade social

Integrar a sustentabilidadeDiálogo com as partes interessadas

Dar voz ao ClienteComunicaçãoComunicação ComercialCultura de envolvimentoFornecedores

Rigor e transparênciaGovernanceComplianceAuditoriaSupervisão e regulaçãoProcedimentos

5

6

12131313131416

181819

20202123

24262630343436

383839404243

3

Produtos e serviçosAbrangênciaConfiançaCréditoProject Finance e PPPGestão de Activos socialmente responsávelQualidade

Um bom lugar para trabalharGestão das pessoasEmpresa familiarmente responsávelIgualdade de oportunidadesCondições de trabalhoBenefícios sociais

O Millennium bcp Microcrédito

Compromisso com as gerações futurasCompromisso ambiental

Protocolo ambiental com o IMAR/UNLUso de recursos naturaisEmissões poluentesProtecção do ambienteAdesão aos Princípios do Equador

Partilhar experiência e conhecimentoEducação financeiraBolsasApoio à educação e investigação

Compromisso com a SociedadePromover a culturaApoiar a comunidadePatrocíniosPatrimónio

Síntese de indicadores

Presença Geográfica

Modelo organizacional

Relatório de verificação emitido pela KPMG

Correspondência de indicadores GRI para o Millennium bcp

Adequação aos Princípios do UN Global Compact

45454648495152

555560606162

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Relatório de Sustentabilidade4

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Este é o primeiro Relatório de Sustentabilidade do Millennium bcp1, dando sequência ao Relatório de Responsabilidade Social elaborado em 2004.

Este relatório descreve, para o exercício de 2005, a actividade do Millennium bcp numa perspectiva desustentabilidade, nomeadamente a visão de longo prazo e capacidade de renovação do Banco enquanto grupofinanceiro e a interacção com a Comunidade em que se insere, nos planos económico, social e ambiental.

Com o objectivo de permitir uma leitura sistematizada, o relatório obedece a uma divisão de capítulos que agregam os assuntos da seguinte forma:

Uma primeira parte dedicada a descrever os valores assumidos e a perspectiva do Millennium bcp sobre a sustentabilidade;

Uma segunda parte na qual é reportada a integração da sustentabilidade na actividade do Millennium bcpe a interacção com as partes envolvidas mais relevantes;

Uma terceira parte que aborda a intervenção do Millennium bcp na Sociedade, nos domínios ambiental,social e cultural.

Apesar de ocasionalmente serem efectuadas referências ao longo do relatório às operações internacionais,o relatório é exclusivamente circunscrito à actividade do Millennium bcp em Portugal2.

A leitura conjunta com os restantes volumes que compõem o Relatório e Contas de 2005 doMillennium bcp, permitirá obter informações adicionais ou informações com um maior detalhe sobre a actividade financeira e o modelo de governação da sociedade.

Considerando que não existem Normas geralmente aceites que sejam aplicáveis à preparação de relatóriosde sustentabilidade, o Conselho de Administração definiu critérios aplicáveis ao Millennium bcp.Os referidos critérios foram também baseados nas directrizes definidas pelo Global Reporting Initiative.

À excepção dos elementos quantitativos ambientais, e quando expressamente indicado no relatório,os demais elementos quantitativos apresentados bem como o processo de obtenção e tratamento dainformação, foram, também pela primeira vez, sujeitos a verificação pela KPMG em conformidade com os princípios definidos pela ISAE 3000 (International Standard on Assurance Engagements 3000), de formaa permitir estabelecer referenciais e a assegurar a comparabilidade da informação nos próximosexercícios. Os dados e indicadores verificados encontram-se identificados com os símbolos ( ) e ( ),este último para os dados comparados com as demonstrações financeiras do Millennium bcp para o exercício de 2005. O Relatório de Verificação emitido pela KPMG encontra-se na página 93.

O cálculo e apresentação dos indicadores ambientais incluídos no relatório foi efectuado com a colaboração do Instituto do Mar (IMAR) – pólo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UniversidadeNova de Lisboa, no âmbito do protocolo estabelecido entre o Millennium bcp e aquela Instituiçãoespecializada na vertente ambiental.

As diferenças existentes no reporte de informação relativa ao Relatório de Responsabilidade Socialelaborado em 2004 estão, sempre que ocorrem, devidamente assinaladas e justificadas.

1 Ao longo deste relatório, a utilização da marca "Millennium bcp" deverá ser entendida como uma referência ao Banco Comercial Português, S.A.,ou ao conjunto de empresas que constituem o Grupo BCP, consoante o contexto em que se insere.

2 Refira-se que a actividade do Millennium bcp em Portugal representou cerca de 90% do resultado líquido apurado para o exercício de 2005.

Âmbito e abordagem

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Mensagem do PresidentePaulo Teixeira PintoPresidente do Millennium bcp

Foi a partir de 2004 que começámos a divulgar,de um modo sistemático,as nossas políticas no querespeita à Sustentabilidade e Responsabilidade Social.Mas estes temas sempreestiveram presentes naactividade corrente do Bancodesde a sua fundação, fazendoparte integrante da culturaempresarial que caracteriza a forma como interagimos com as diversas partesenvolvidas (Stakeholders) e com toda a Comunidade.

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A progressiva eliminação de barreiras – físicas e conceptuais – e o consequenteaumento do ritmo da Globalização é uma realidade que levanta novos desafios àSociedade. O incremento da competitividade não se confina ao âmbito nacional.Adquire um carácter universal, no qual as empresas, enquanto agentes globais,assumem um papel fulcral. Se por um lado uma maior competitividade leva aacréscimos de eficiência com benefícios apropriáveis pela Sociedade, por outro,acentua a necessidade de serem mitigadas as assimetrias eventualmente decorren-tes da não aplicação de práticas socialmente responsáveis, com respeito por todasas partes envolvidas (Stakeholders), que, a longo prazo, acabam por comprometeras condições de vida e o bem-estar das gerações futuras. O maior protagonismoque os agentes económicos privados têm vindo a desempenhar confere-lhes,pois, uma responsabilidade acrescida na interacção e promoção de estratégiasque os confirme como veículos privilegiados para contribuir para o desenvolvi-mento sustentável à escala global.

Foi a partir de 2004 que começámos a divulgar, de um modo sistemático, asnossas políticas no que respeita à Sustentabilidade e Responsabilidade Social.Mas estes temas sempre estiveram presentes na actividade corrente do Bancodesde a sua fundação, fazendo parte integrante da cultura empresarial que carac-teriza a forma como interagimos com as diversas partes envolvidas (Stakeholders)e com toda a Comunidade. Actuamos com a convicção que, para além da missãode criação de riqueza em sentido estrito, deve ainda fazer parte dos superioresinteresses das empresas a promoção e implementação de políticas e estratégias

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que contribuam para um desenvolvimento sustentável, numa perspectiva delongo prazo, por oposição ao imediatismo que poderia porventura resultar deuma mera lógica de obtenção de lucro individual no curto prazo. Apenas a foca-lização no retorno das operações, assente na excelência da oferta de produtose serviços, na primazia da competitividade, da eficiência e da inovação, conjuga-dos com uma visão e estratégia de longo prazo, permitirá prosseguir o cami-nho do desenvolvimento sustentável, procurando assegurar condições para aprópria existência e continuidade dos negócios.

O lema “A Vida Inspira-nos” é mais do que um chavão publicitário ou mero temapara um relatório. Representa, acima de tudo, uma afirmação de cultura empre-sarial com a qual nos identificamos, traduzida numa atitude positiva e cooperanteperante a Vida na sua plenitude e multiplicidade. Encaramos a sustentabilidadecomo expoente desta atitude, por procurar garantir a afirmação do Banco a longoprazo, para o que é fundamental o diálogo e a cooperação de que resulte bene-fício para todas as partes. Reconhecemos, em particular, a responsabilidade queresulta da relevância que o Millennium bcp assume no contexto empresarial dosmercados onde actua, que nos compele a ser uma referência e, pelo exemplo,contribuir para influenciar positivamente o meio envolvente.

Muito para além do legalmente imposto ou exigível, a nossa actuação pauta-sepela observância de princípios e valores éticos que estabelecem limites à obtençãode benefícios mútuos no relacionamento com os diversos Stakeholders. É exem-plo disso a definição e consequente divulgação em 2005 de um conjunto dePrincípios de Actuação que, reforçando o código deontológico a que estamosvinculados, estabelece um referencial na definição de critérios e na resolução deeventuais dúvidas ou conflitos de interesse.

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Ainda de entre as concretizações de 2005, merece particular ênfase o lançamentoem Novembro, no último dia do Ano Internacional do Microcrédito, de uma redeautónoma de Microcrédito, em conjunto com outras prestigiadas instituições não--financeiras, que a nós se associaram nesta iniciativa. Mais do que um negóciofinanceiro, esta rede representa um serviço de excelência prestado a empreen-dedores, não se tratando de uma acção de mecenato ou filantropia, mas sim doapoio a projectos viáveis, apresentados por quem, nos sectores mais carenciadosda Comunidade, demonstre idoneidade e capacidade de concretização.

A divulgação deste Relatório de Sustentabilidade, como parte integrante da di-vulgação anual de contas, reafirma o compromisso e relevância que lhe atribuímos.Este ano, pela primeira vez, o relatório é elaborado de acordo com as directri-zes estabelecidas pela Global Reporting Initiative porque consideramos ser este oreferencial mais adequado para permitir a comparabilidade e consistência dainformação apresentada, sendo igualmente incluída a adequação aos princípiosdo Global Compact das Nações Unidas (Communication on Progress), que subscre-vemos em 2005.

Porque assumimos uma vocação de excelência, não nos acomodamos aos resul-tados atingidos, procurando continuamente o aperfeiçoamento, do que este rela-tório não é excepção.Temos contudo consciência de que existe, como sempre,espaço para ir mais além, pelo que apresentamos este relatório como uma pro-posta de diálogo, dirigida a todos aqueles que pretendam valorizar esta nossavocação com os seus comentários ou sugestões.

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"Best Foreign Exchange

Bank and Provider"

em Portugal

"Best Bill Payment

and Presentment"

na Europa

"Best Trade

Finance Bank"

em Portugal

"Best Consumer Internet

Bank" em Portugal

"Best

Corporate/Institutional

Internet Bank"

em Portugal

"Best Online Consumer

Credit" na Europa

"Best Information Security

Initiatives"

Particulares na Europa

"Best Information Security

Initiatives" Empresas

na Europa ao portal

do "millenniumbcp.pt"

Distinções atribuídas em 2005

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"Best Investment Bank"

em Portugal

"European Real Toll Road

Deal of the Year 2004"

ao Millennium bcp

investimento

Classificação

do Millennium bcp

como maior banco

português

"Bank of the Year" "Best Private Banking"

em Portugal

Categoria "Annual Reports"e "Best Front Cover" pela

European PublicationsGrand Prix 2005, entregues

pela Federation ofEuropean BusinessCommunicators

"Relatório deAdministração", "Vídeo

de Comunicação Interna" e "Campanha de

Comunicação Externa" pelaAssociação Portuguesa deComunicação de Empresa

Melhor site financeiro,

pelo 4.º ano consecutivo,

do site "millenniumbcp.pt",

pelos leitores da revista

"PC Guia"

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Visão e valores fundamentaisConcretizações e novas ambiçõesRelevância da sustentabilidade

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Visão

Afirmar-se como um Banco verdadeiramente multi-doméstico com uma identidade supra-nacional,enfocado na criação de valor em negócios core em mercados com perfis distintos e reconhecidointernacionalmente pela excelência e inovação na distribuição de produtos e serviços financeiros.

Missão

Criar valor para os Clientes através da oferta de produtos e serviços financeiros de qualidade superior,observando rigorosos e elevados padrões de conduta e responsabilidade corporativa, crescendo comrendibilidade e sustentabilidade, de modo a proporcionar um retorno atractivo aos Accionistas, quefundamente e reforce a autonomia estratégica e a identidade corporativa.

Estes constituem os vectores da actividade diária do Millennium bcp e que suportam uma trajectóriaascendente do desempenho global da instituição.

Neste trajecto de valorização assumimos explicitamente a importância atribuída às relações deinterdependência com os diversos actores sociais e a necessidade de assegurar uma exploraçãosustentável dos principais recursos. É este o compromisso que assumimos com as gerações futuras.

Princípios de Actuação

A acrescer aos diversos códigos e normativos internos, definimos e implementámos em 2005 um referencial de bases de actuação que, transversalmente a toda a organização, estabelecem um conjunto de valores e princípios éticos a observar no relacionamento com os Stakeholders.

Este conjunto de Princípios, que complementam o Código Deontológico e o Manual de Compliance,foram objecto de ampla divulgação, interna e externa (disponível no site institucional), destinando-se a esclarecer o conjunto essencial de valores que nos caracterizam, reafirmando o nosso compromissoem actuar em conformidade com os dez princípios do Global Compact das Nações Unidas a queaderimos em Maio de 2005.

Pretendem ainda ser um referencial orientador nas relações de interdependência com as diversas partesinteressadas, designadamente:Clientes – servir, conhecer, exceder expectativas e estabelecer relações baseadas na confiança mútua;Colaboradores – assumidos como o activo mais importante do Banco. Promover a responsabilização,valorização e aquisição de competências, com respeito pelo bem-estar pessoal e familiar, contribuindopara a realização de cada colaborador;

Visão e valores fundamentaisA definição da estratégia implica oestabelecimento de referenciais e valores queincorporem o respeito por todos os Stakeholders.

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Parceiros de negócio – estabelecer relações duradouras baseadas na confiança, na responsabilidade e no benefício mútuo. Promover o diálogo e a colaboração, na divulgação e introdução de critérios de sustentabilidade;Investidores – fomentar relações estáveis, baseadas no equilíbrio e na criação de valor a longo prazo.Avaliação permanente de desempenho, procura de novas tendências e novas oportunidades de negócioe transparência na informação divulgada;Meio Envolvente – contribuir para o bem comum e para o desenvolvimento de projectos que sirvam a Comunidade, transformando os impactos resultantes da nossa actividade numa contribuição positivapara a qualidade ambiental.

Marca: reafirmação de valores

A história mais recente do Banco é marcada pela introdução da nova marca Millennium bcp, no final de 2003. Esta mudança foi assumida como um projecto de refundação, focalizado na vida dos seus Clientes,mobilizando a energia de todos os Colaboradores e centrando a atitude corporativa no serviço e na partilha de benefícios com o Cliente. Pretendeu-se que a marca única não só reunisse as diferentesidentidades autónomas anteriores, mas as superasse e projectasse no futuro o desejo de fazer mais e melhor, através de um programa integrado.

A introdução da nova marca Millennium bcp representou, assim, a etapa culminante de um processoiniciado formalmente com a implementação do novo Modelo Comercial no final de 2001, mas que já tinha sido despoletado pela incorporação, por fusão no BCP, do Atlântico, do Banco Mello e do SottoMayor em 2000. O objectivo foi estabelecer uma prática mais eficaz, livre de duplicações e redundâncias, que conferisse prioridade à qualidade e à satisfação dos Clientes, deslocando o acento tónico das quatro marcas autónomas para a realidade mais decisiva da acção comercial – os segmentos.

A escolha da palavra Millennium adveio da sua inteligibilidade em diversas línguas e expressão deuniversalidade. O nome é intemporal, transmitindo grandeza e ambição. Os princípios projectados com a nova marca – solidez, credibilidade, eficácia, qualidade, dinamismo, modernidade, inovação, arrojo,ambição, visão de futuro e sucesso – fazem com que seja entendida como mais do que a soma dasquatro anteriores marcas do Banco.

É com base nestes atributos que se fundam os Valores da marca: Dedicação ao Cliente (reconhecere superar as expectativas e necessidades dos Clientes); Excelência (exigência de actuação de qualidadesuperior na prestação de serviço e na oferta de produtos); Inovação (referência no mercado pela diferençae arrojo de propostas inovadoras); e Confiança (a actuação do Millennium bcp e dos seus Colaboradorespauta-se pelo respeito de elevados padrões éticos e de responsabilidade).

Os resultados da receptividade e eficácia da comunicação da nova marca, medidos pelo impacto obtidojunto da opinião pública, por intermédio de empresas da especialidade, têm-se revelado muito positivos1.De facto, hoje, a real dimensão do Banco está mais visível para Clientes e não Clientes e isso constituiuma força na captação de negócio e é um factor apreciado em termos de satisfação com

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1 De acordo com os últimos dados disponíveis do Basef (2.ª vaga de 2005), estudo recorrente sobre o sector bancário portuguêsrealizado pela Marktest, 2.186 milhões de Clientes referem o Millennium bcp como seu Banco, sendo que a marca Millennium bcplidera no ranking de atributos de imagem ao nível do banco mais Inovador.

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o serviço. O Millennium bcp tem mais pontos de contacto com os Clientes e o seu reconhecimentopúblico subiu de forma significativa.

As formas de comunicação do Banco, divididas por cada uma das marcas históricas, construíam um stockde memórias interessante mas escasso face à sua posição efectiva no mercado. Hoje, os resultados emtermos de recordação da publicidade conferem ao Millennium bcp um estatuto de liderança destacada,sendo esse um primeiro passo para o aumento de quota, que já se faz sentir em negócios como os recursos e o crédito à habitação.

A adopção da marca única permitiu incrementar a eficácia2 da actividade comunicacional do Banco,contribuindo para a sua crescente notoriedade e reforço do grau de confiança dos Clientes3. O ano de 2005 foi marcado por um conjunto de iniciativas que permitiram ao Millennium bcp continuar a serpercebido como uma marca pioneira em Portugal.

Adoptando como slogan institucional "A vida inspira-nos", pretende ser coerente não só com as exigências da Sociedade, como com o seu passado e com o programa de marca com que entrou no mercado em 1986: o Cliente como razão de ser do Banco.

2 Possibilita poupanças anuais permanentes de 8 a 9 milhões de euros em custos de publicidade e comunicação. Em 2004 e 2005,o valor orçamentado nestas rubricas ficou 28% abaixo do valor despendido em 2003, tendo sido, no entanto, efectuada umapromoção mais eficaz.

3 Em Setembro de 2005, 1.091.000 Clientes tinham 4 ou mais produtos do Millennium bcp, o que representa um crescimento de 3,5%face ao verificado no final de Setembro de 2004. Do total da base de clientes do Banco, 40,6% têm 4 ou mais produtos, comparadoscom 38,7% em Setembro de 2004.

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� We Care – Tsunami Relief Effort – um dos primeiroseventos de angariação de fundos organizados em favor dasvítimas do tsunami na Ásia, resultou do esforço conjunto doscolaboradores do bcpbank, dos media, entidades oficiais emembros da comunidade local.

� Katrina Relief Effort – o bcpbank promoveu um eventode angariação de fundos em moldes semelhantes ao efectuadopara as vítimas do tsunami, contando também com coberturaradiofónica.

� Prince Henry Society of Massachusetts – associaçãoque preserva e promove a prosperidade cultural, económica,educacional e social de pessoas de descendência portuguesa.Em 2005 o bcpbank patrocinou em conjunto com a associaçãoum evento para angariação de fundos para atribuição de bolsasde estudo.

� University of Toronto Portuguese Association andYork University Portuguese Association – o bcpbankcontribuiu com fundos e voluntários para que a University ofToronto Portuguese Association (UTPA) e a York UniversityPortuguese Association (YUPA) pudessem atribuir bolsas deestudo a alunos de descendência portuguesa.

� Project Diploma – iniciativa para promover a formaçãosuperior no seio da comunidade portuguesa no Canadá.O bcpbank é a única instituição financeira a patrocinar, quersob a forma de fundos, quer mediante um programa de estágios.

� On Your Mark – projecto desenvolvido pela associaçãoWorking Women Community Centre e apoiado pelo bcpbanke pelo Mayor de Toronto, para promover acções de formaçãoa pequenos grupos de estudantes nos ensinos básico e secundário.

� Apoio à PALCUS (Portuguese American LeadershipCouncil) 9th Annual Gala. A Palcus é uma organização quese dedica à defesa dos interesses da comunidade portuguesanos EUA, tendo uma voz activa no Capitol Hill.

� FPCBP – PACCNJ – a cooperação entre o bcpbank, a FPCBP(Federation of Portuguese Canadian Business and Professionals)e a PACCNJ (Portuguese American Chamber of Commerceof New Jersey) incluindo a participação de diversos colaboradoresdo Banco nos órgãos directivos daquelas entidades. A FPCBPtem o maior e mais antigo programa de bolsas de estudo paraa comunidade portuguesa.

� Apoio ao projecto de recolha de livros e publicaçõesnão utilizadas, para serem posteriormente doados a Universidadese ONG’s em todo o país. Ao longo de um mês o projectopermitiu recolher cerca de 2.000 livros e 9.000 publicações deque beneficiaram 90 entidades entre Universidades e ONG’s.

� Apoio monetário do Banco à Universidade Bilgi emIstambul para implementação de um projecto que visa facilitaro intercâmbio cultural entre a Turquia e a Grécia.

� Apoio ao programa televisivo Pérolas Millennium apresentação de eventos de elevado interesse cultural.

� Patrocínio do Ceptro d’Ouro, um dos mais importantesgalardões artísticos que distingue os mais proeminentesautores polacos.

� Colaboração com a iniciativa Ensino sem Barreiras,a qual atribui bolsas escolares a crianças com talento oriundasde famílias sem recursos financeiros e que residam e estudemem pequenas cidades e vilas.

� Apoio ao concurso da Associação Rosa Vermelha,de Gdansk, para premiar o melhor estudante universitárioe o melhor centro científico.

� Patrocínio da edição polaca do jogo de gestão Euromanagers.

� Programa de doação de computadores para escolas,orfanatos, centros de assistência social e centros de ensinoem colaboração com a iniciativa Associação de Amigos dasCrianças, para promover o ensino da informática e de cursosdireccionados para sectores carenciados da população infantil.

� Contribuição para a construção e modernização do orfanatoem Szczytno (noroeste da Polónia).

� Apoio à Ex Amino Foundation no programa de prevenção,tratamento e acompanhamento de crianças com cancro.

bcpbank

Principais factos de sustentabilidadenas subsidiárias do Millennium bcp

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� Apoio à 2.ª Convenção do Gabinete de Educaçãode Atenas, dirigida essencialmente para a importância queassume a educação e as boas práticas de ensino.

� Open Day da Comunidade Arménia, apoiado pelo NovaBank,tendo constituído um evento de referência para a ComunidadeArménia, ajudando a reforçar e a manter acesa a sua herançacultural.

� Apoio ao Desporto juvenil, através do patrocínio oficial,da equipa de voleibol da 40.ª Escola Secundária de Atenas.

� Apoio à Gala da Escola Agrícola Americana, de formaa angariar meios para financiar o Programa Escolar da Escola,proporcionando o ensino a cerca de 250 alunos.

� Programa de Educação de Verão para Escuteirosde Lycabetous, consistindo numa viagem à Escócia, tendoo NovaBank suportado as despesas das crianças que nãodispunham de meios financeiros.

� Apoio aos concertos de Natal da OrquestraFilarmónica de Heraklion – Ilha de Creta.

� Apoio financeiro à Associação Hermes de Pais e Amigosde Pessoas com Deficiências, cujo objectivo é ajudar otratamento, educação e reabilitação de crianças e jovensdeficientes.

� Participação activa na angariação de fundos que revertema favor da Unicef, através de uma conta bancária aberta noNovaBank, e através de acções desenvolvidas nas sucursais,com publicidade gratuita e venda de merchandise da Unicef.

� Doação de presentes de Natal à Fundação Ariadne'sSkein para as Crianças Autistas.

� Oferta de material de apoio ao ensino à Escola Zappeiosem Constantinopla, apoiando assim as gerações jovensgregas que estão na Turquia.

� Apoio financeiro ao concurso organizado pela Embaixadade Portugal em Paris para conceder bolsas de estudo aosestudantes portugueses residentes em França melhorclassificados, que sejam financeiramente dependentes dospais, com prova de baixos rendimentos.

� Patrocínio aos prémios atribuídos pela ACEP – AssociationCulturelle pour les Études Portugaises – aos melhoresalunos de cada nível na disciplina de Língua Portuguesa, cercade 100 alunos receberam este prémio monetário em 2005.

� Patrocínio da Festa dos Santos Populares que anualmenteé organizada pela Rádio Alfa em Paris, constituindo umimportante evento de afirmação de identidade cultural daComunidade Portuguesa residente em França.

� Apoio à Cruz Vermelha de Moçambique no auxílioàs populações atingidas pela seca.

� Apoio à Televisão de Moçambique para a organizaçãode um espectáculo de beneficência para crianças órfãs.

� Apoio à Campanha Criança Nosso Futuro promovidopelo Gabinete da Esposa do Presidente da Repúblicade Moçambique.

� Suporte da deslocação cultural a Maputo e ofertade material escolar a turmas de escolas das provínciasde Maputo e Gaza.

� Organização do Concurso Nacional de FotografiaDr. Lima Félix sob o tema "As Cidades – Impacto da vidaempresarial na revitalização urbana".

� Oferta de 10 cadeiras de rodas à ADEMO – Associaçãodos Deficientes Moçambicanos.

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Concretizações

O ano de 2005 é indissociável do aprofundamento do processo de refundação do Banco, materializadoem grande parte na definição e implementação de um novo modelo organizacional do Millennium bcp.É na esteira deste processo que se apresenta a definição explícita de uma estratégia de sustentabilidade,consistente com o objectivo de maximização do lucro, em respeito pelas gerações futuras e alinhadacom a estratégia de negócio e princípios fundacionais da instituição: Ética e Responsabilidade,Vocação de Excelência e Foco no Cliente, Confiança e Respeito pelas pessoas e instituições.

No decorrer do ano foi possível concretizar a quase totalidade das iniciativas programadas,nomeadamente no que respeita à adopção e divulgação interna de princípios de actuação do Banco; a assinatura do protocolo com o Instituto do Mar (IMAR) em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa, com vista à realização de um levantamento ambiental à actividade do Millennium bcp, ainda a decorrer ; a adesão a um conjunto de iniciativas, no plano nacional e internacional, de promoção de práticas em prol do desenvolvimento sustentável, bem como de divulgação do desempenho e de indicadores no mesmo âmbito. De entre estes últimos destacam-se, no plano das iniciativas internacionais, as adesões ao Global Reporting Initiative,ao UN Global Compact, ao World Business Council for Sustainable Development e aos Princípios do Equador.

Foram ainda concretizados um conjunto de apoios e patrocínios de expressão significativa, a umamultiplicidade de instituições e organismos que actuam em diversos sectores da sociedade, confirmandoo Millennium bcp como um dos principais mecenas nacionais.

Este conjunto de realizações alcançadas durante 2005, permitiram essencialmente consolidar uma culturaorganizacional, reconhecida e praticada por todos, edificando uma prática transversal de preocupaçãocom o Todo na persecução do objectivo de criação de riqueza.

O lançamento em Novembro de 2005 de uma área de negócio autónoma especializada no microcrédito– Millennium bcp Microcrédito – representa uma das concretizações de maior relevo, contribuindo paraa reinserção de sectores da população com maior risco de exclusão e para o esforço de criação de uma nova dinâmica em Portugal que estimule o desenvolvimento social e económico, mediante a criação de condições favoráveis à inovação e ao incremento do dinamismo do tecido empresarial.

Ainda em relação directa com a actividade de prestação de serviços e comercialização de produtosfinanceiros, e reforçando os compromissos assumidos no âmbito da estratégia de sustentabilidade

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Concretizações e novas ambiçõesReconhecer o que foi atingido e procurarincessantemente novos desafios, reforça o enfoque na criação de valor e na perpetuidade das Instituições.

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do Banco, foram celebrados ao longo de 2005 mais de uma dezena de protocolos de apoio e financiamento à investigação e desenvolvimento e à promoção de ensino, com diversas escolas do ensino médio e superior.

Refira-se, em especial, a participação activa no lançamento do projecto Aprender a Empreender – Associação de Jovens Empreendedores de Portugal, do qual o Banco é um dos membros-fundadores,reafirmando o compromisso do Millennium bcp para com as novas gerações.

Novas ambições

Apesar do longo caminho já percorrido, o Millennium bcp tem a ambição de fazer ainda muito mais na área da Sustentabilidade. O ano de 2006 será um novo ponto de partida para novas concretizações.Existem várias iniciativas, em curso, ou que serão lançadas brevemente, que permitirão atingir um novopatamar neste domínio.

Sem pretender fazer uma enumeração exaustiva, vale a pena fazer referência aos vectores maissignificativos da intervenção do Millennium bcp projectada para 2006:

Microcrédito – consolidação da operação de Microcrédito;

Contribuição para a construção da sociedade de informação – prosseguir o esforço de integração e eficiência dos meios de contacto à distância postos à disposição dos Clientes;

Serviço ao Cliente – reforço da defesa da confidencialidade e segurança dos Clientes com base nosmelhores sistemas de segurança disponíveis. Em 2006, será implementado um sistema de autenticaçãoforte que representará um significativo avanço em relação aos sistemas actualmente existentes;

Qualidade – conclusão do projecto de certificação de qualidade de acordo com a norma ISO 9001,que irá permitir combinar num único Sistema Integrado de Gestão da Qualidade a focalização na qualidade percebida pelo Cliente final, a atenção à satisfação e motivação dos Colaboradores e a procura da excelência operativa;

Formação – reforçar o âmbito e abrangência da formação dirigida aos Colaboradores, designadamentena plataforma e-learning;

Fornecedores – definição de princípios para fornecedores, tendo como referência os princípios do Global Compact das Nações Unidas;

Sociedade – continuação da relevante acção do Millennium bcp na sociedade, nas vertentes cultural,social e de mecenato, fomentando ainda as acções de voluntariado;

Ambiente – desenvolvimento da política ambiental do Millennium bcp, dando sequência ao diagnósticoambiental em curso.

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Nossa perspectiva de sustentabilidade

Para o Millennium bcp sustentabilidade significa assegurar a continuidade da empresa a longo prazo,através de uma cultura de excelência, que promova o equilíbrio entre os Pilares Económico-financeiro,Social e Ambiental (triple bottom line). O Millennium bcp tem percorrido este caminho com a convicçãoque representa um valor acrescentado para a organização e para todos os Stakeholders, contribuindoassim para o desenvolvimento sustentado da Sociedade.

A sustentabilidade constitui, mais do que uma mera exigência imposta por uma dinâmica de mercado,um factor de diferenciação estratégica e um imperativo da continuidade das organizações no longoprazo, que pode proporcionar melhor nível de vida às pessoas dentro e fora da empresa, influenciandopositivamente a rendibilidade da empresa a longo prazo.

Trata-se de conciliar os interesses dos accionistas com os dos restantes Stakeholders, tendo semprepresente que o primeiro objectivo das empresas é a geração de riqueza. A sustentabilidade não é encarada como uma dificuldade acrescida, mas antes como uma oportunidade de antecipar e analisar questões que se colocariam a longo prazo, daí retirando uma vantagem competitiva.

As instituições financeiras são veículos privilegiados na promoção e divulgação de práticas de sustentabilidade a outros sectores da sociedade, em consequência da sua actividade deintermediação financeira, exercendo, de forma indirecta, um relevante impacto transversal à actividade económica em geral. Será porventura por esta via indirecta, inserindo critérios de sustentabilidade na concepção de produtos financeiros, que uma instituição financeira poderáaportar um maior contributo para uma sociedade progressivamente mais justa e socialmente mais responsável, baseada num desenvolvimento ecologicamente equilibrado e com respeito pelos valores fundamentais do Homem.

Em contrapartida, o impacto directo decorrente da actividade operacional das instituições financeirastem, comparativamente, uma expressão limitada, tanto do ponto de vista social como ambiental.Este facto não constitui argumento para que no Millennium bcp estas vertentes sejam menosprezadas,antes pelo contrário. O pilar social sempre foi considerado essencial no percurso evolutivo do Banco,assumindo a gestão dos Colaboradores e a interacção do Banco com a Sociedade uma relevância de destaque na matriz de valores que caracterizam o Millennium bcp.

A implementação de estratégias de sustentabilidade implica a identificação e gestão de riscos numa perspectiva de longo prazo, com enfoque na rendibilidade e na perpetuidade da empresa.Esta perspectiva só ficará completa se incluir a análise e ponderação dos riscos decorrentes da interacção com o meio envolvente, designadamente nas vertentes social e ambiental.

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Relevância da sustentabilidadeA Sustentabilidade entendida como vantagemcompetitiva no seio de uma sociedade cada vezmais informada.

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Comissão

Relações Sociais

e Sustentabilidade

Equipa

de Sustentabilidade

Colaboradores

Comunidade

ONG’s Investidores

Accionistas Clientes

Entidades Oficiais

Fornecedores

Conselho de Administração

Banca de Retalho

Empresas e Corporate

Private Banking

Banca de Investimento

Serviços Bancários

Área Corporativa

Para tal é fundamental que esteja assimilada uma cultura de afirmação de princípios e valores, queestabeleçam referenciais no relacionamento com os diversos Stakeholders, o qual se deve basear no diálogo e na partilha de experiências para a resolução de questões.

O relacionamento com os Stakeholders deve ser cooperante e assente em vectores essenciais:

Excelência na dedicação e oferta de produtos e serviços aos Clientes, fomentando a inovação e criatividade, mas preservando os valores tradicionais da confiança e da segurança;

Enfoque no corporate governance e na promoção da transparência nas práticas e normas de condutacom os Stakeholders;

Protecção e defesa dos interesses dos accionistas minoritários;

Motivação dos Colaboradores e retenção de talentos.

Modelo funcional

A estrutura interna de organização de uma empresa reflecte a forma como encara as questões e comose relaciona com o meio envolvente.

Também neste aspecto, o Millennium bcp tem uma actuação consequente. A incorporação dasustentabilidade no modelo organizacional, assume uma abrangência transversal, com dependênciadirecta do Presidente do Conselho de Administração, como reflexo da relevância que lhe é atribuída no seio da organização.

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Assim, no modelo organizacional implementado em 2005, foi constituída a Comissão de Relações Sociaise Sustentabilidade, a qual é coordenada pelo Presidente do Conselho de Administração e integra aindaum Vice-presidente do Conselho de Administração, e responsáveis das diferentes áreas, consoante a natureza dos assuntos abordados.

A Comissão de Relações Sociais e Sustentabilidade tem como competência a definição e coordenaçãoda política de sustentabilidade do Banco, encontrando-se estruturada em quatro subcomissões, definidasde acordo com as respectivas áreas de especialização:Relações Sociais;Patrocínios e Mecenato;Sustentabilidade;Defesa do Consumidor.

Na dependência da Subcomissão de Sustentabilidade, foi constituída uma Equipa de Sustentabilidade,a qual estabelece a ligação com as diversas áreas do Banco para a implementação e acompanhamentodas directrizes emanadas da Subcomissão.

Compete ainda à Equipa de Sustentabilidade a coordenação da eventual intervenção de consultores e outras entidades externas, com as quais sejam estabelecidos contratos ou protocolos de colaboraçãopara aspectos específicos da estratégia de sustentabilidade do Millennium bcp.

A convicção com que o Banco tem encarado a importância da sustentabilidade ganhará ainda mais força com as alterações à estrutura interna da organização que o Conselho de Administraçãoirá propor à aprovação dos accionistas na Assembleia Geral de 13 de Março de 2006.As alterações inserem-se no contexto do novo modelo de governo societário, caracterizado por uma estrutura dualista de governo do Banco, com as funções de gestão a cargo de um“Conselho de Administração Executivo” e as funções de fiscalização e controlo entregues a um “Conselho Geral de Supervisão”.

Neste contexto, a supervisão da estratégia de desenvolvimento sustentado e responsabilidade social,bem como da sua correcta implementação pelo Banco passam a ser feitas por este último órgão,assessorado por uma sua comissão delegada – a Comissão Especializada de Sustentabilidade e GovernoSocietário – a quem também competirá o acompanhamento e avaliação da política de governosocietário e as eventuais situações de conflito de interesses à luz dos princípios de ética e boa conduta a que o Banco se obriga.

A condução permanente dos temas sobre Relações Sociais e sobre Patrocínios & Mecenato competirãoà nova Comissão de Responsabilidade Social, na dependência do Conselho de Administração Executivo.

Também na dependência do Conselho de Administração Executivo, será ainda criada uma Comissãode Stakeholders, onde estarão representadas todos os principais Stakeholders do Banco,designadamente os clientes, os accionistas, os fornecedores, os colaboradores e as Universidades,estas últimas enquanto verdadeiros parceiros do Banco na formação inicial e ao longo da vidaprofissional dos Colaboradores.

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Adesão a organismos de sustentabilidade e responsabilidade social

O estabelecimento de referenciais e padrões internacionalmente reconhecidos, para definir caminhos e balizar actuações é um aspecto essencial para as entidades que, como o Millennium bcp, fomentamuma cultura de responsabilidade e excelência em todas as dimensões da sua actuação.

O Millennium bcp participa activamente num conjunto de organismos e iniciativas de referência emmatéria de sustentabilidade e responsabilidade social, contribuindo ainda para a promoção e divulgaçãodesta temática.

Ao nível internacional, o Millennium bcp aderiu às mais relevantes organizações e iniciativas,nomeadamente:

Global Compact das Nações Unidas – O Global Compact procura contribuir para a construção de ummercado global mais sustentável através da partilha de valores que permitam o acesso a oportunidadespelas populações mais pobres e vulneráveis, solicitando às empresas aderentes que adoptem, apoiem e promovam na sua esfera de influência um conjunto de valores-chave nas áreas dos Direitos Humanos,Normas Laborais, Ambiente e Combate à Corrupção. Os Princípios do Global Compact derivam de umconjunto de Princípios Fundamentais como a Declaração Universal de Direitos Humanos, a Declaraçãoda Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios Fundamentais e Direitos no Trabalho,a Declaração do Rio sobre o Ambiente e o Desenvolvimento e a Convenção das Nações UnidasContra a Corrupção.

GRI – A Global Reporting Initiative é actualmente um centro de colaboração oficial do UNEP, trabalhandotambém em cooperação com o Secretário-Geral das Nações Unidas, através do UN Global Compact.A missão da Global Reporting Initiative consiste em desenvolver e disseminar globalmente as directrizesmais adequadas à elaboração de relatórios de sustentabilidade.

WBCSD – O World Business Council for Sustainable Development é uma associação que congrega mais de 180 empresas internacionais reunidas com o compromisso de assegurar o desenvolvimentosustentável apoiado em três pilares: crescimento económico, respeito pelo ambiente e progresso social.

De entre os organismos nacionais, destacam-se as seguintes participações:

RSE Portugal – É uma associação de empresas e para empresas, ligada à CSR Europe, que tem comoobjectivos ser uma referência nacional na área da responsabilidade social das empresas, dar visibilidade às empresas com práticas socialmente responsáveis e promover, dinamizar e divulgar projectos de responsabilidade social das empresas, a nível nacional e europeu.

BCSD Portugal – O Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável é uma associação semfins lucrativos com a missão de transpor para o plano nacional os princípios orientadores do WBCSD.O objectivo principal do BCSD Portugal é contribuir para que a liderança empresarial seja catalisadorade uma mudança rumo ao desenvolvimento sustentável e promover nas empresas a eco-eficiência,a inovação e a responsabilidade social.

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Integrar a sustentabilidade

Diálogo com as partes interessadasRigor e transparênciaProdutos e serviçosUm bom lugar para trabalharO Millennium bcp microcrédito

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Esta área tem como objectivo reforçar a conveniência e a disponibilidade do Banco no serviço ao Cliente, responder, sempre quepossível de forma imediata, às solicitações,questões ou problemas dos Clientes e cumprircom o nível de serviço comunicado ao Cliente.

O Centro de Contactos integra os diversos canaisde banca à distância, complementares da rede desucursais, designadamente o Internet banking, mobilebanking, atendimento telefónico automático eatendimento telefónico personalizado vocacionadopara aconselhamento e apoio ao Cliente.

Esta plataforma assume-se assim como um serviçoextremamente relevante no relacionamento como Cliente, criando condições para que possaefectuar operações, consultar o patrimóniofinanceiro e manter o relacionamento com o Banco de forma cómoda, autónoma e com a máxima eficiência.

Dar voz ao Cliente

Estar ao serviço dos Clientes vai muito para alémdo importante objectivo de disponibilizar produtose serviços de qualidade. É fundamental ouvir o queos Clientes têm para dizer, criar condições paraque possam chegar ao Banco, fazendo-se ouvir pormúltiplas formas. Dar voz ao Cliente, ouvindo umasugestão, uma reclamação, um elogio ou apenas umpedido de informação. Assegurar este diálogo,tirando as devidas consequências de cada um doscontactos, significa tão somente obter a matéria--prima indispensável para permitir a melhoria dosprocessos, a correcção de atitudes e a inovação em produtos e serviços.

Centro de Contactos:um centro de excelência no atendimentoProcurando assegurar um canal específico para fomentar o diálogo com os Clientes,o Millennium bcp criou o Centro de Contactos.

Diálogo com as partes interessadas

Pioneiros na relação com os Clientes

A história do Centro de Contactos é indissociável do percurso de inovação protagonizado peloMillennium bcp, pioneiro no lançamento de um serviço de banca por telefone em 1989 e no lançamentodo primeiro Banco directo em Portugal em 1994, com acesso telefónico 24 horas por dia. Em 1997 surgiao primeiro serviço de Internet banking para particulares e em 2001 para empresas. Nesse mesmo ano é lançado o primeiro serviço de banca por SMS e dois anos depois o primeiro acesso ao Banco através de PDA. Em 1993, tinha sido criado o serviço de gestão de reclamações, um serviço de retaguarda sem contacto directo com Clientes, que recebia as reclamações de Clientes via serviço de atendimentotelefónico e sucursais. Em 2003 o serviço de atendimento telefónico personalizado passou a ter umavocação mais orientada para a ajuda e apoio ao Cliente procurando esclarecer, no primeiro contacto,dúvidas e problemas resultantes da sua relação com o Banco. Por forma a garantir um serviço deexcelência foram seleccionados Colaboradores do Banco com experiência em gestão de reclamações e com conhecimentos diversificados ao nível dos produtos, os quais receberam formação específica de técnicas de comunicação e de produtos e a quem foram dadas competências através de uma matriz de decisão que lhes permite resolver a maioria das questões no primeiro contacto.

Conhecer, saber ouvir e comunicar – dialogar com os Stakeholders – é essencial para criar,aperfeiçoar, evoluir e perdurar.

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Internet e MobileImplementação de novas funcionalidades de homebanking e mobile bankingrelacionadas com oferta financeira,bem como garantir a segurança,actualização, desempenho, design,e navegabilidade do canal.

Resolução contactos e apoio operacional

Assegura a resposta a reclamações maiscomplexas, com origem no Centro

de Contactos, os inquéritos de satisfação dos Clientes, nas sucursais, na Internet

ou noutras unidades do Banco.

EspecialistasApoio e aconselhamento telefónico ao Cliente em

produtos mais complexos, tais como o crédito à habitação, crédito automóvel, crédito ao investimento eprodutos de investimento. Disponibiliza ainda às sucursais

um serviço de apoio à venda por videoconferência comos Clientes e Colaboradores das sucursais.

Inserida nesta área encontra-se também a operação telemarketing, vocacionada na

apresentação aos Clientes de produtos simplesque melhor se adaptam ao canal telefónico.

Banca TelefónicaGestão dos contactos telefónicos,nomeadamente esclarecimento de dúvidas e resolução de problemas, procurando garantirresposta imediata ao Cliente, ou observando um nívelde serviço pré-definido. É efectuada uma codificaçãodetalhada das razões de contacto com vista à tomadade medidas correctivas e preventivas e à optimizaçãodos níveis de serviço. Centraliza operativastradicionalmente efectuadas nas sucursais, com oobjectivo de reduzir a carga administrativa das mesmas.

Financeira. Estas unidades asseguram o planeamento,o controlo, a infra-estrutura técnica e a promoçãocomercial das ofertas financeira e não financeira.

A concepção e funcionamento dos canais debanca à distância do Millennium bcp baseiam-se em cinco pilares fundamentais:

Inovação – o Banco tem desenvolvido serviçosinovadores, com o objectivo de melhorar a ofertae facilitar o dia-a-dia dos Clientes, como porexemplo a disponibilização de extractos digitais,a possibilidade de visualização de cheques atravésdo serviço de Internet banking e a activação dealertas por SMS;

Segurança – o acesso a qualquer um dos canais de banca à distância é efectuado através de umcódigo de acesso único – o código multicanal.Complementarmente são solicitados outros dadospor forma a reforçar a segurança para o Cliente.Sempre que o Cliente pretenda movimentar o seupatrimónio financeiro é ainda solicitada uma chavede confirmação;

Disponibilidade – os canais de banca à distânciapermitem, de uma forma integrada, o contacto

O objectivo do Millennium bcp é fazer bem à primeira pois isso gera confiança e satisfação nosClientes. No entanto, poderão ocorrer pontualmenteproblemas ou dúvidas na relação do Cliente com o Banco, e quando tal acontece, o Centro deContactos é o serviço vocacionado para gerir deforma eficiente a questão do Cliente. Cada contactoé encarado como uma oportunidade para corrigirerros, ganhar a confiança e satisfazer as necessidadesdos Clientes. Para além de uma resposta atempada,é assegurada a circulação da informação pelaorganização, permitindo identificar as causas dospotenciais problemas e implementar eficaz e celeremente as respectivas soluções.

A partilha de informação com outras áreas decontacto com o Cliente, nomeadamente com assucursais, permite a quem o estiver a servir, seja qualfor o meio utilizado, conhecer em qualquer momentoas dúvidas, motivos de insatisfação ou eventuaisproblemas apresentados pelo Cliente ao Banco,e analisar as medidas que entretanto foram tomadas.

Existem quatro unidades de suporte às áreas decontacto com o Cliente, (i) Planeamento e Qualidade,(ii) Comunicação e Dinamização Comercial, (iii) GestãoAplicacional e Novos Projectos e (iv) Oferta Não

Áreas de contacto com o Cliente

Cliente

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contínua e sistemática, o Centro de Contactosprocura atingir esse objectivo estratégico.

Provedor do ClienteO Provedor do Cliente é uma entidadeindependente que tem como funções principais a defesa e promoção dos direitos, garantias

do Cliente com o Banco 24 horas por dia ao longo dos, 365 dias do ano.Tendo emconsideração que a disponibilidade do Internetbanking é um dos factores críticos de satisfaçãodos utilizadores, este serviço épermanentemente monitorizado por umaempresa externa, tendo sido repetidamentereferenciado como o Internet banking commelhor disponibilidade em Portugal;

Economia – nas operações realizadas através dos canais automáticos, os Clientes beneficiam de descontos que poderão atingir 100%,relativamente ao preço praticado nos canais com atendimento personalizado;

Comodidade e Rapidez – os Clientes acedemfacilmente e de uma forma rápida ao Banco, onde,quando e como lhes for mais conveniente.

A uniformidade ao nível da comunicação,a maturidade dos conhecimentos técnicos e a capacidade de satisfazer e fidelizar os Clientes,constituem os princípios orientadores do Centrode Contactos. Através do Programa da Qualidadede Comunicação, que envolve os cerca de 140Assistentes do serviço telefónico, de uma forma

2005 2004

Total de contactos:

registados 69.942 58.376

resolvidos 70.094 57.287

Performance de resolução:

até 3 dias 46.818 37.126

4 a 7 dias 9.707 8.292

mais de 7 dias 13.569 11.869

A avaliação feita pelos Clientes

Os indicadores de satisfação dos Clientes,posicionam os serviços prestados pelo Centro de Contactos como uma referência de qualidadeno Millennium bcp, contribuindo decisivamentepara a fidelização e para a melhoria do índice de satisfação dos Clientes com o Banco.

Inquérito à satisfação dos Clientes (Dezembro de 2005) – serviço telefónico:

89% dos utilizadores estão satisfeitos ou muitosatisfeitos com o atendimento personalizado;

88% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o atendimento automático;

Dos Clientes que apresentaram um problema aoCentro de Contactos, 92% estão razoavelmenteou completamente satisfeitos com as acçõestomadas para a sua resolução.

Inquérito à satisfação dos Clientes (Setembro de 2005) – Internet Banking para particulares:

95% dos utilizadores estão globalmente satisfeitosou muito satisfeitos;

97% têm intenção de continuar a utilizar ;

93% recomendam o serviço a familiares ou amigos;

Dos Clientes que utilizam outros serviços deInternet Banking, 72% preferem o oferecido peloMillennium bcp.

Inquérito à satisfação dos Clientes (Novembro de 2005) – Internet Banking para empresas:

97% dos Clientes estão satisfeitos ou muitosatisfeitos com o serviço.

Registados Resolvidos

Esclarecimentos 13.397 13.178

Desagrados 6.660 6.443

Erros considerados 5.045 5.031

Erros verificados 1.161 1.159

Total 26.263 25.811

Resolução de dúvidas/problemas em 2005

Actividade do Centro de Contactos

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Banco, de um quadro superior do Banco queanalisa a actividade do Millennium bcp no distrito,de um Professor convidado da UniversidadeCatólica Portuguesa que apresenta uma análiseda economia da região e, finalmente do DirectorCoordenador das sucursais envolvidas, que expõea oferta global do Banco no distrito, após o que é deixado um espaço aberto para debate.Na mesa que preside aos Encontros estãotambém outros membros do Conselho deAdministração do Millennium bcp, disponíveis para responder e esclarecer questões específicaslevantadas no debate.

e interesses legítimos dos Clientes, na sua relaçãocom o Millennium bcp. A sua actuação estádisciplinada pelo Regulamento do Provedor do Cliente com base nos princípios da imparcialidade, celeridade, gratuitidade e confidencialidade.

A Provedoria está disponível a todos os Clientesdo Millennium bcp, tendo ainda como competênciaa análise das reclamações respeitantes à actividadeda Millennium bcp Fortis e do Banco deInvestimento Imobiliário. Na eventualidade de haverprévio indeferimento, pelo Banco, às suaspretensões, os Clientes, podem recorrer para oProvedor, o qual funciona como instância de apeloque, na hipótese de provimento do recurso,formula a pertinente recomendação ao Conselho de Administração.

Em 2005 a Provedoria concluiu a apreciação de 55 recursos, com um tempo médio de resolução de 14 dias por processo.

Encontros Millennium bcpVisando o aprofundamento da relação comercialcom os Clientes, o Millennium bcp tem realizado,desde 2003, numa base regular, os EncontrosMillennium bcp em todos os distritos do paíscom o objectivo, entre outros, de reforçar a presença do Banco na região. Constitui um momento privilegiado de diálogo com os Stakeholders, nomeadamente Autoridadeslocais e Clientes, mas também com Accionistas,potenciais Investidores, Media e toda a Comunidade. Esta iniciativa confere aos Stakeholders, no espaço de debate,a oportunidade de exporem as suas opiniões e colocarem as suas questões directamente ao Presidente do Conselho de Administração do Millennium bcp. A presença de representantesde Instituições Públicas e personalidades derelevo da região tornam estes Encontros emvaliosos fóruns de debate regional e de análisedos problemas e oportunidades do distrito.

O programa dos Encontros engloba intervençõesdo Presidente do Conselho de Administração do

Associações de consumidoresPor força da sua orientação para a defesa doconsumidor, o Millennium bcp é um interlocutorprivilegiado das Associações de Consumidores,que procuram obter informação detalhada sobre a oferta do Banco, para efectuarem uma análisecomparativa de mercado.

O Millennium bcp participa em todos osinquéritos que lhe são dirigidos pelas Associações de Consumidores. A informaçãoenviada pelo Millennium bcp é posteriormenteanalisada por equipas técnicas das Associações de Consumidores que as publicam nas suasrevistas. Os estudos têm, frequentemente,repercussão nos Meios de Comunicação Social,sendo, por isso, necessário fornecer os dadossolicitados de uma forma clara, de fácil

Encontros Millennium bcp em 2005

Setúbal (300 participantes)

Castelo Branco (450 participantes)

Bragança (400 participantes)

Madeira (400 participantes)

Açores (350 participantes)

Total: 1.800 participantes

Provedoria(recursos concluídos em 2005)

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9BII

1Médis

7Ocidental

1ActivoB7

37Millennium bcp

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Neste relacionamento o Millennium bcp obedece a rigorosos princípios de actuação, dos quais sedestacam a rapidez de divulgação da informação,a transparência na apresentação do seu conteúdo e o tratamento equitativo de todos os investidores e do mercado em geral, com vista a assegurar a efectiva defesa dos interesses de todos os intervenientes e potenciais interessados.Para o efeito são utilizados de forma complementardiversos canais de comunicação, como os sítios naInternet da C.M.V.M., da Euronext e do Millennium bcp, e a divulgação adicional por mailinglist a todos os investidores e analistas institucionais que tenham solicitado a sua inscrição naquela lista.

Na relação com os Investidores, e com a ComunidadeFinanceira em geral, o Millennium bcp asseguradiversos momentos de diálogo e prestação deinformação que incluem a divulgação trimestral deresultados do Banco, a preparação e divulgação deinformação relativa a acontecimentos diversos (factosrelevantes e comunicados), como sejam alienações,aquisições, planos de investimento, contratossignificativos, alterações patrimoniais, ou alterações de participações Accionistas qualificadas.

Acresce ainda a realização de eventos especiais,de que se destacam:

compreensão e em tempo útil. A actualização da informação é igualmente importante de formaa garantir a veracidade e uma correctainterpretação dos dados.

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Inquéritos respondidos a Associações de Consumidores

Comunicação

InvestidoresO Millennium bcp, através da área de Relaçõescom Investidores, mantém uma relação regularcom investidores particulares e institucionais,nacionais e estrangeiros, analistas financeiros que acompanham o título BCP em bolsa,Euronext e autoridades de mercado, como a C.M.V.M., assegurando a divulgação imediata e transparente de factos e acontecimentosrelativos à situação económica e financeira do Banco, que sejam susceptíveis de produzirefeito na avaliação das acções e formação da respectiva cotação.

2005 2004

Número de inquéritos 106 73

Tempo médio de resposta (dias) 7 3

Quatro apresentações de resultados trimestrais,com especial destaque para a relativa aoencerramento do exercício de 2004, que foitambém marcada pelo anúncio da indigitação donovo Presidente do Conselho de Administração.

Envolvimento na preparação da Assembleia Geralanual, em que, para além da aprovação das contas e da proposta de distribuição dedividendos, ocorreu ainda a eleição de órgãossociais, nomeadamente do Conselho Superior,Conselho Fiscal e Conselho de Administração.

Realização do terceiro Investor Day BCP, em 20 deMaio, em Lisboa, com a participação de mais de 50

investidores e analistas financeiros nacionais e estrangeiros, bem como de toda a Administraçãodo Banco e responsáveis de várias áreas de negócio.

Participação nas principais conferênciasinternacionais, destacando-se as organizadas pelaMerrill Lynch, UBS, Goldman Sachs, Santander,e Morgan Stanley.

O Banco realizou ainda mais de centena e meiade reuniões individuais com investidores eanalistas, tendo efectuado cerca de uma dezenade roadshows em colaboração com os brokersmais activos no título BCP.

Principais intervenções realizadas em 2005

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evolução da opinião sobre a acção, detectar áreas de aperfeiçoamento e incorporarcontributos externos na reflexão estratégica que o Banco efectua nos domínios de gestão de portfolio de negócios, medidas deinvestimento/desinvestimento, melhoria derendibilidade, política de dividendos e capital,com vista à criação sustentada de valor para os seus Accionistas

Assegurando a relação com os MediaProcurando estabelecer uma relação adequada com os Meios de Comunicação Social, o Millennium bcp tem uma áreaexclusivamente dedicada à gestão da comunicação externa – ComunicaçãoCorporativa – a qual tem uma actuação pró-activa na divulgação das mensagenscomerciais, institucionais ou de mercado.

Nesse sentido são empreendidas diversaspropostas de acções de comunicação doMillennium bcp, quer através da redacção e divulgação de comunicados de imprensa, queratravés de conferências de imprensa, encontroscom Meios de Comunicação Social, visitas de jornalistas a operações internacionais ou promoção e acompanhamento de entrevistas.

A relação com os Meios de Comunicação Socialnacionais e internacionais, nomeadamenteImprensa, Rádio,Televisão, Agências Noticiosas ou Internet, é estabelecida com os Directores,Editores, Redactores e Jornalistas que diariamentecontactam o Banco.

Diariamente, são recebidos pedidos de respostaa questionários temáticos, esclarecimento dedúvidas, solicitação de entrevistas ou elaboraçãode artigos de opinião. A resposta a estes pedidosé assegurada através de uma interacçãoconstante entre as várias unidades de negóciodo Banco, de forma a garantir a conformidade da informação a prestar, bem como a coerência com os objectivos de negócio da Instituição.

Investor Day, destinado a analisar de modo mais aprofundado com investidores e analistas,e com grande envolvimento de responsáveis de topo da instituição, a estratégia, objectivos e medidas de negócio implementadas pelo Banco;

Participação em conferências internacionais de investidores e a realização de roadshowsnas principais praças financeiras europeias e norte-americanas, destinados a reunir em one-on-one e de forma regular responsáveis do Banco e investidores e analistas financeiros;

Formação às redes comerciais, seja em acçõesespecíficas seja em reuniões de objectivos semestrais.

A adequada preparação das Assembleias Gerais é uma questão importante no relacionamentocom os Accionistas. O Millennium bcp providenciatodos os meios de participação – presencial,voto por carta mandadeira, voto porcorrespondência e voto electrónico – difundindoainda informação relativa aos vários pontos da Agenda e posterior divulgação das deliberaçõestomadas.

São realizados de forma recorrente estudos de identificação da base Accionista, com vista à permanente actualização da informação sobre a estrutura Accionista, sua decomposição por particulares, institucionais, estratégicos, eColaboradores, bem como a análise por montantede participação detida e repartição geográficapor principais países de origem. Desta forma o Millennium bcp pretende acompanhar asprincipais alterações Accionistas, analisando asrespectivas implicações e tendências, procurandopermanentemente aproximar e direccionar acomunicação do Banco, com especial atenção aos pequenos Accionistas.

O Millennium bcp realiza ainda, trimestralmente,estudos de percepção do título BCP junto dacomunidade investidora, visando avaliar a

Conferência de Imprensa deApresentação de Resultados no MuseuNacional de Arte Antiga.

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e periodicidade diversas, coordenados entre sipara atingir essencialmente quatro objectivos:

Fornecer conteúdos aos Colaboradores através de dados, ideias e conceitos;

Integrar a informação dentro do seu contexto,no intuito de a tornar mais relevante;

Incentivar o diálogo;

Auscultar os Colaboradores para perceber as suas reacções e necessidades.

IntranetCanal universal e diário de notícias cujo objectivoé manter todos os Colaboradores sintonizadoscom a envolvente interna e externa.

Magazine Millennium bcpEnquanto meio de comunicação interna de umgrupo multi-doméstico, a Magazine Millennium bcpfoi alvo de uma reformulação estratégica em 2005,passando a edição da Magazine a ser bilingue,diminuindo as barreiras linguísticas impensáveisnuma instituição cuja actividade no estrangeiro,nomeadamente nos mercados grego e polaco,é crescente.

O conceito editorial da Magazine Millenniumbcp cruza o caracter informativo com o formativo e ao longo de 2005 esta publicaçãoconsolidou a sua importância enquanto meio de divulgação da cultura Millennium, da evoluçãodo negócio nos diferentes mercados e das principais novidades e tendências nomundo financeiro, sendo enviada a todos os Colaboradores do Millennium bcp, incluindoreformados, em Portugal e no estrangeiro.

Newsletter Electrónica About UsDesde Junho de 2005 que a comunicaçãointerna no Millennium bcp conta com um novomeio. A newsletter electrónica About Us foidesenvolvida como suporte para rapidamentecomunicar as principais notícias do mundoMillennium bcp.

Comunicação InternaA comunicação interna sempre foi assumida comoum pilar fundamental para sustentar o sucesso da actividade, tendo vindo a acompanhar o crescimento do Millennium bcp.

O Banco desenvolveu um modelo decomunicação multimédia, multi-doméstica e interactiva, suportada por canais distintos e complementares, que permitem assegurar as condições para proporcionar um permanentediálogo com os Colaboradores:

Portal interno;

Revista bilingue;

Newsletter electrónica;

Canal de televisão.

Na era da informação os activos de uma empresaincluem o conhecimento, a criatividade e o inter-relacionamento dos seus Colaboradores,assumindo-se a Comunicação Interna como um dos processos centrais na conversão deinformação em decisões que adicionam valorpermitindo estabelecer a ligação do Banco ao conhecimento e à informação, integrando,partilhando e extraindo significado à informaçãorelevante para as diversas áreas do Banco.

No Millennium bcp a Comunicação Interna é implementada por canais com características

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Pedidos por tipo de suporte:

Imprensa 721 698

Rádio 17 12

Televisão 54 38

Agências de notícias 47 47

Internet 13 14

Divulgação de iniciativas:

Conferências imprensa 17 12

Comunicados imprensa 136 106

Cobertura Encontros 5 9

Notícia sobre o Millennium bcp 21.578 19.189

Resposta a pedidos dos Meios de Comunicação

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> 1semana

1semana

2 dias1 diaPrópriodia

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6%

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Magazine Millennium bcp.

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Enviada por e-mail para os quadros directivos dasdiferentes operações em todos os mercados,Portugal e estrangeiro, a About Us tem como critérioeditorial a selecção das notícias mais relevantes de cada semana, institucionais e de negócio, de todasas operações. Com periodicidade semanal, este foi o primeiro meio concebido de raiz como um instrumento de comunicação multi-doméstico e, por esse motivo, a edição é em inglês.

Millennium TvUtilizado dentro do grupo desde 1996, o canal detelevisão do Millennium bcp contribui para criar umamaior proximidade, anulando a distância física inerentea uma actividade cujo sucesso assenta na capilaridade.

A emissão diária do canal para Colaboradoresengloba um noticiário – Millennium Jornal – comdez transmissões em horários coordenados com o funcionamento das sucursais.Todos os dias esteprograma informativo divulga as principais notíciasdo dia relacionadas com a actividade do Banco.A programação regular conta igualmente com uma

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Magazine

N.º de edições 7

Tiragem média 30.000

Newsletter About Us

N.º edições 29

N.º de destinatários 2.602

Millennium Tv (actividade) 2005

Millennium Jornal

Emissões 250

Reportagens 311

Notícias 854

Ideias Claras

Emissões 750

Novas produções 27

Horas formação 375

Millennium Directo

Emissões 5

Millennium News

Emissões 52

forte componente formativa (através de umprograma de formação denominado "Ideias Claras"),que permite à distância divulgar as melhorespráticas para o desenvolvimento do negócio.

As potencialidades deste canal não seriamaproveitadas na sua plenitude sem emissões emdirecto. O Millennium Directo é o programa quepermite trazer a estúdio convidados para debateros temas mais importantes, com uma vantagemadicional: trata-se de um programa interactivo por excelência, aberto a todos os Colaboradoresdo Banco que participam colocando questões via telefone, directamente aos convidados.Estes são, por regra, membros do Conselho de Administração ou elementos da Alta Direcçãodo Banco.

Newsletter electrónica About Us.��

Estúdio Millennium TV.��

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Comunicação Comercial

A Comunicação do Millennium bcp procuramaterializar um exercício responsável da liberdadede expressão comercial, com preocupação éticarelativa ao conteúdo, assente em princípios de autodisciplina livremente aceites e adoptados.O Banco é membro de pleno direito da AssociaçãoPortuguesa de Anunciantes (APAN), que por sua vezpreside ao ICAP – Instituto Civil da Autodisciplina da Publicidade, à CAEM – Comissão de Análise de Estudos de Meios, e a nível internacional,pertence à International Advertising Association.

A APAN tem manifestado grande empenhamentoe liderança sobre temas da auto regulação nacomunicação comercial e outras práticas demarketing, dando ênfase muito especial às váriasvertentes da responsabilidade social, que assume e impulsiona junto dos seus associados.

O Millennium bcp é subscritor do Código de BoasPráticas na Comunicação Comercial para Menores,promovido pela APAN e subscrito por mais dequarenta outras entidades.

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Este ano o Dia Aberto contou com cerca de 4.500 participantes na reunião da manhã. Das 14.000 pessoas que assistiram aoespectáculo cerca de 4.800 eram Clientes. O almoço oferecido aos Colaboradores e seus familiares foi o início de uma tarde de entretenimento que culminou com o espectáculo preenchido com as actuações de Adriana Calcanhoto e de Pedro Abrunhosa e Os Bandemómio onde, além da família Millennium bcp, esteve também presente um elevado número de Clientes convidadosatravés dos diversos canais de comunicação.

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Cultura de envolvimento

Envolver significa partilhar informações, comunicarobjectivos, auscultar opiniões e manter as equipasmotivadas, procurando continuamente a conjugação da valorização individual com o desenvolvimento do Banco. Existem noMillennium bcp momentos e canais apropriadospara a promoção de uma cultura de envolvimento,que sendo transversal a toda a organização, temcaracterísticas diferenciadas.

Dia abertoO carácter global e informal do Dia Aberto torna-onum acontecimento único no calendário anual deeventos. Procura-se, com esta iniciativa, reflectirvalores fundamentais da vida das pessoas que, poresse facto, constituem alicerces da ideia de refundaçãodo Banco: a Alegria, a Partilha, a Força de Viver.

O dia em que se celebrou o segundo aniversáriodo lançamento da marca única Millennium bcpteve o seu início numa reunião, destinadaexclusivamente a Colaboradores, em que os temasabordados marcaram a diferença em relação

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Programa Mil Ideias

Ideias apresentadas em 2005 837

Ideias apresentadas em 2004 1.170

Número de Colaboradores que participaram no Programa Mil Ideias 1.135

Enquadramento das Ideiaspor Unidade Orgânica

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Foram atribuídas, 41 Menções Honrosas e 5Prémios (um 1.º Prémio e a título excepcional,dois 2.os Prémios e dois 3.os Prémios), entreguesna Reunião de Objectivos de Janeiro de 2006.

As ideias premiadas, foram:

1.º Prémio – "Controlo Cross-Selling";

2.º Prémio – "Fila de trabalho de descobertos em Ipac"e "Controlo automático de descobertos por ratificar";

3.º Prémio – "Cliente fidelizado marca pontos" e "Rigor com simplicidade".

Tendo em consideração o sucesso desta iniciativa,foi decidido relançar o Programa em 2006, sob a designação "Mais Ideias com Valor".

Avaliação e aconselhamentoA avaliação e aconselhamento dos Colaboradoresdo Millennium bcp constitui um elemento-chaveno sistema de gestão das pessoas.

O sistema utilizado pelo Millennium bcp para a avaliação e aconselhamento dos Colaboradoresbaseia-se na componente de avaliação ediagnóstico, na comparação entre as competênciasdefinidas para cada função e o desempenho ao longo do período em análise.

O sistema visa elevar o Colaborador a um novopatamar de realização na função ou numa novafunção. É proposto um plano de melhoria dodesempenho com o objectivo de eliminar as lacunaseventualmente detectadas, o qual deve ser definidode comum acordo entre o Colaborador e a suachefia, traduzindo-se num compromisso para o futuro. Este processo prevê dois momentos de entrevista formal, por ano, entre o Colaborador e a sua hierarquia directa.

O Papel do PatronoA figura e a função do Patrono são um elementodistintivo da gestão das pessoas no Millennium bcp.A intenção que presidiu à sua criação foi de dar a todo e cada Colaborador um "mentor" que

a uma normal e regular reunião de quadros.Tratou-se de um espaço de convívio informal que reuniu de uma forma única a grande famíliaMillennium bcp, proporcionando ainda o reencontro de Colaboradores provenientes das diversas operações em todo o mundo.O Dia Aberto reforça o carácter multi-domésticoe supra-nacional do Millennium bcp.

Mil ideiasO Programa Mil Ideias tem como principaisobjectivos motivar e envolver os Colaboradoresna vida do Banco, através da proposta de ideiasque uma vez implementadas, proporcionemmelhorias operativas e de processos, expansão de receitas, redução de custos e aumento do graude satisfação dos Clientes.

Estes objectivos foram claramente cumpridos,como atesta a participação muito expressiva dosColaboradores, gerando uma dinâmica deinovação, que se pretende fomentar de formaainda mais acentuada, pelo que foi constituída,no último trimestre de 2005, uma nova unidadededicada exclusivamente ao acompanhamentodeste Programa.

RETCoord. Centro

7%Dir. de

Crédito

11%Dir.

Self Banking

5%

5%Dir. Priv. Banking

33%Dir. de Clientese de Produtos

27%Dir. Centrode Contactos

5%Millennium bcp

Serviços ACE

2%Dir. Assessoria

Jurídica

5%Dir. Qualidade

Após o processo de análise das ideias submetidas,foram consideradas para implementação mais de 100 ideias, algumas das quais já se encontramconcluídas, outras em fase adiantada e as restantesaguardam o início do seu desenvolvimento.

Para além da análise das ideias com vista à suapossível implementação, o Steering Committeedo Programa Mil Ideias e os Primeiros Responsáveisdas unidades orgânicas com mais ideias paraapreciar, seleccionaram as melhores ideias propostas para atribuição dos prémios previstos no Regulamento.

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estrutura de representação colectiva as informaçõesconsideradas pertinentes, por exemplo em matériade situação contabilística do Banco, gestão depessoas e regalias sociais. Como lhe compete,a Comissão de Trabalhadores tem participado nosprocessos de reestruturação da Empresa, de que é exemplo a alienação da Unidade de Crédito aoConsumo (não automóvel) no Ponto de Vendaafecta ao CrediBanco, tendo feito ao Conselhosugestões e recomendações tendentes à melhoriado trabalho no Banco.

No que se refere especificamente aos Sindicatos,o Banco é subscritor de dois Acordos Colectivosde Trabalho com todos os Sindicatos actualmenteexistentes no sector bancário.

Fornecedores

A relação com os fornecedores do Millennium bcpassume-se como uma vertente de extremaimportância na estratégia de sustentabilidade que o Banco desenvolve.

Na interacção com fornecedores, o Banco procuraestabelecer relações de parceria com vantagensmútuas: para o Banco, agilização de processos,redução de custos e melhoria de qualidade; para os fornecedores, horizontes de fornecimento maisalargados e estandardização de produtos e serviços.

Em algumas situações em que haja justificação,o fornecimento externo tem ganho maiorprofundidade, com recurso ao outsourcing, que já cobre áreas significativas de actividade, comvantagens para ambas as partes.

Tirando partido da vertente internacional, temtambém crescido a percentagem de soluções multi--domésticas, conseguidas a partir de um crescentenúmero de parcerias entre fornecedores, quer soba forma de multinacionais (exemplos desta situaçãosão alguns contratos da área das TI, do office printinge da vigilância electrónica, os últimos a implementarem 2006), quer através da abertura de subsidiáriasde fornecedores nacionais no estrangeiro,quer ainda da negociação de acordos entreparceiros de diferentes origens nacionais.

o acompanhe ao longo de toda a sua carreira,independentemente da função que em cadamomento desempenha.

O Patrono, sendo um membro da Alta Direcçãodo Banco, e tendo a missão de acompanhar oColaborador ao longo do tempo, permite a esteter sempre alguém a quem recorrer, com influênciainstitucional adequada e suficientemente informadosobre a sua história pessoal. O Colaborador podeassim apelar ao Patrono sempre que necessite deaconselhamento ou ajuda. A figura do Patrono nãoquestiona o princípio fundamental da gestão daspessoas pela chefia directa. O seu objectivo é criaruma alternativa complementar, que permita superarbloqueamentos pontuais na estrutura hierárquica.

Nestas circunstâncias, o exercício da função dePatrono requer grande sensibilidade, experiência e diplomacia, quer pela natureza dos problemasem que é chamado a intervir, quer pelo imperativode não-interferência na relação hierárquica. A suaintervenção caracteriza-se assim pela influência e pela pedagogia, ouvindo, esclarecendo e senecessário intermediando. Actualmente, estãonomeados como Patronos 63 membros aos quaisestá confiado o apoio e orientação de (em média)cerca de 157 Colaboradores.

Diálogo socialO diálogo social no Millennium bcp tem sidoconstruído também através de um relacionamentomuito intenso com a Comissão de Trabalhadores doBanco Comercial Português, com a qual o Conselhode Administração reúne todos os meses e à qual é dado o espaço de actuação e de comunicação no seio da Empresa que corresponde ao papel que legalmente lhe compete e ao entendimentoque as partes têm sobre a matéria.

A Comissão de Trabalhadores é, nos termos da lei,uma entidade que representa todos osColaboradores do Banco, independentemente dafiliação ou ausência de filiação sindical de cada um,factor que permite, de forma transversal einstitucionalizada, informar e debater as questõessociais que dizem respeito a todos os Colaboradores.O Conselho de Administração tem prestado a esta

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Aquisições de produtos e serviços(milhões de euros)

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Investimentos FSTs

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Reforçando a importância dada às relações comfornecedores, existe uma Direcção específica quese ocupa do desenvolvimento de parceriasorientadas para a eficiência, a qualidade e anegociação profissionalizada, sustentada e numaestruturação rigorosa dos processos de compra e no desenvolvimento de um know how específico.

A prática corrente do Banco neste domínioassegura um processo de selecção defornecedores em que são levados em contafactores que extravasam uma mera análise baseadano binómio qualidade/preço. O processo deselecção contempla critérios que abrangem os compromissos e as práticas sociais e ambientaisdas empresas concorrentes, assim comoindicadores de equilíbrio financeiro. O Bancoassegura a avaliação periódica dos fornecedores,através de uma entidade exterior, exercendo ainda o controlo interno sobre o cumprimento da legislação por parte daqueles.

Na aquisição de bens e serviços, quer se trate deinvestimentos ou de consumíveis, as consultas aosfornecedores podem ser desencadeadas por: (i)negociações concretas relativas a novas aquisições;(ii) renegociação de contratos já existentes; ou ainda(iii) para avaliação das condições de mercado dedeterminado bem ou serviço (concurso).

Na negociação e reformulação de contratos já existentes, as consultas a fornecedores têmnormalmente uma periodicidade anual, ou umaperiodicidade de acordo com o estipulado nocontrato em questão. Quando é efectuada umaconsulta ao mercado, o número de fornecedoresenvolvidos em cada concurso pode variar em função do produto ou serviço em causa e da oferta do mercado.

Para a execução de obras e manutenção correnteem instalações do Millennium bcp, o relacionamentocom os fornecedores é suportado por

1 Relativamente ao ano de 2005, a que se refere este relatório, o Millennium bcp cumpriu a totalidade das obrigações contratuais comos seus fornecedores. Acresce que, em termos médios, para as 56.933 facturas de fornecedores de 2005, o prazo de tratamentodesde a data da pré-classificação até à autorização de pagamento, foi de 10 dias.

um aplicativo que funciona numa plataforma deInternet. Além de flexível, assegura um processode selecção mais ágil e num ambiente de totalrigor e transparência, sendo um instrumentoessencial no controle de preços. A grande maioriado encaminhamento dos pedidos de intervençãode manutenção curativa é realizada através destaplataforma, na qual ocorrem aproximadamente 50 consultas diárias.

Um aspecto importante das relações com osfornecedores é o seu pagamento atempado; sinal da importância dada a este tema é o facto de a percentagem de pagamentos feitos no prazocontratado ter passado a ser um indicador deavaliação da unidade responsável pelos pagamentos.Estão implementados mecanismos que asseguram o estrito1 cumprimento das obrigações contratuaisdo Millennium bcp para com os fornecedores,nomeadamente ao nível do pagamento.

Apesar do trabalho desenvolvido, existe ainda umcaminho a percorrer na relação que o Bancoestabelece com os seus fornecedores que deverácentrar-se no papel que uma entidade como o Millennium bcp pode desempenhar, contribuindopara o desenvolvimento conjunto de práticas mais sustentáveis. Para atingir este objectivo,o Millennium bcp elegeu como prioridade a definiçãode princípios de actuação para fornecedores,tendo como referência os princípios do GlobalCompact das Nações Unidas.

Por se considerar que um objectivo desta naturezafica reforçado se baseado no diálogo e no respeitopelos interesses de parte a parte, o Millennium bcpoptou por seguir uma abordagem faseada naimplementação dos princípios para fornecedores.Assim, numa primeira fase será efectuado uminquérito aos fornecedores mais relevantes, deforma a diagnosticar e auscultar opiniões, para, numasegunda fase, serem definidos e implementados os princípios de actuação para fornecedores.

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accionista com participação relevante, nem têmrelações comerciais significativas com sociedadesdo Grupo, com sociedades controladas poraccionistas detentores de participação relevante,nem tão pouco com clientes ou fornecedores do Grupo.

O Conselho de Administração é responsável pelagestão do Banco com a latitude consentida por leie pelo contrato de sociedade, subordinando-se àsdeliberações dos accionistas nos termos legais e estatutários aplicáveis, com vista à prossecuçãodo objecto social.

Ao Conselho Fiscal compete a fiscalização dosnegócios sociais e ao Conselho de Auditoriaproceder ao acompanhamento permanente daactividade dos auditores externos da sociedade,avaliar e acompanhar temas contabilísticos,propor ao Conselho de Administração a adopçãodas medidas ou correcções que entendapertinentes.

O Conselho Superior é composto por accionistaseleitos em Assembleia Geral por períodos de trêsanos, bem como, por inerência, pelo Presidenteda Mesa da Assembleia Geral, pelo Presidente do Conselho de Administração e pelo Presidentedo Conselho Fiscal. Ao Conselho Superior sãosubmetidas para apreciação as propostas dedeliberação do Conselho de Administraçãorespeitantes, inter alia, a política geral de gestão,plano de actividades e orçamentos e planos deinvestimentos anuais, relatório de gestão e contasanuais, extensões ou reduções importantes daactividade da sociedade e modificaçõesimportantes na organização da empresa,aumentos de capital social, projectos de cisão,

Governance

O reforço do poder competitivo dos bancosportugueses tem também passado pela conquistade dimensão, através de fusões e aquisições, a parda expansão do volume de negócios através dacriação de conglomerados financeiros e daassociação com bancos estrangeiros.Temas comoas margens de intermediação, os custos de pessoale de exploração, assim como o crédito mal paradoe as provisões para pensões de reforma, integramtanto o elenco de preocupações das autoridadesde supervisão como o dos próprios bancos, peloque os princípios de boa gestão são sempredeterminantes.

A todos estes desafios tem o Millennium bcpprocurado responder. Efectivamente, o actualmodelo organizacional e a definição de objectivosestratégicos até 2008, orientam-se pelos benchmarksinternacionais, em especial em cada uma das áreasde negocio. A concretização de um bancoverdadeiramente multi-doméstico, com crescimentoacelerado nos mercados de Portugal, Polónia e Grécia, permitirá sustentar a longo prazo a independência estratégica com evidente criaçãode valor para os accionistas.

São órgãos sociais do Millennium bcp a AssembleiaGeral de accionistas, o Conselho de Administraçãoe o Conselho Fiscal, bem como o ConselhoSuperior e o Conselho de Auditoria.

O Conselho de Administração integra novemembros executivos, dos quais faz parte o ChiefOperating Officer (COO) e o Chief Financial Officer(CFO), todos independentes, na medida em que não representam os interesses de qualquer

Vocação de excelência conjugada com processos de decisão empresarial eficazes e estruturados,assentes em práticas de governação de referência.

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accionista com participação relevante, nem têmrelações comerciais significativas com sociedadesdo Grupo, com sociedades controladas poraccionistas detentores de participação relevante,nem tão pouco com clientes ou fornecedores do Grupo.

O Conselho de Administração é responsável pelagestão do Banco com a latitude consentida por leie pelo contrato de sociedade, subordinando-se àsdeliberações dos accionistas nos termos legais e estatutários aplicáveis, com vista à prossecuçãodo objecto social.

Ao Conselho Fiscal compete a fiscalização dosnegócios sociais e ao Conselho de Auditoriaproceder ao acompanhamento permanente daactividade dos auditores externos da sociedade,avaliar e acompanhar temas contabilísticos,propor ao Conselho de Administração a adopçãodas medidas ou correcções que entendapertinentes.

O Conselho Superior é composto por accionistaseleitos em Assembleia Geral por períodos de trêsanos, bem como, por inerência, pelo Presidenteda Mesa da Assembleia Geral, pelo Presidente do Conselho de Administração e pelo Presidentedo Conselho Fiscal. Ao Conselho Superior sãosubmetidas para apreciação as propostas dedeliberação do Conselho de Administraçãorespeitantes, inter alia, a política geral de gestão,plano de actividades e orçamentos e planos deinvestimentos anuais, relatório de gestão e contasanuais, extensões ou reduções importantes daactividade da sociedade e modificaçõesimportantes na organização da empresa,aumentos de capital social, projectos de cisão,

Governance

O reforço do poder competitivo dos bancosportugueses tem também passado pela conquistade dimensão, através de fusões e aquisições, a parda expansão do volume de negócios através dacriação de conglomerados financeiros e daassociação com bancos estrangeiros.Temas comoas margens de intermediação, os custos de pessoale de exploração, assim como o crédito mal paradoe as provisões para pensões de reforma, integramtanto o elenco de preocupações das autoridadesde supervisão como o dos próprios bancos, peloque os princípios de boa gestão são sempredeterminantes.

A todos estes desafios tem o Millennium bcpprocurado responder. Efectivamente, o actualmodelo organizacional e a definição de objectivosestratégicos até 2008, orientam-se pelos benchmarksinternacionais, em especial em cada uma das áreasde negocio. A concretização de um bancoverdadeiramente multi-doméstico, com crescimentoacelerado nos mercados de Portugal, Polónia e Grécia, permitirá sustentar a longo prazo a independência estratégica com evidente criaçãode valor para os accionistas.

São órgãos sociais do Millennium bcp a AssembleiaGeral de accionistas, o Conselho de Administraçãoe o Conselho Fiscal, bem como o ConselhoSuperior e o Conselho de Auditoria.

O Conselho de Administração integra novemembros executivos, dos quais faz parte o ChiefOperating Officer (COO) e o Chief Financial Officer(CFO), todos independentes, na medida em que não representam os interesses de qualquer

Rigor e transparênciaVocação de excelência conjugada com processos de decisão empresarial eficazes e estruturados,assentes em práticas de governação de referência.

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Compliance

Adoptando as melhores práticas de governosocietário, o Compliance Office tem por missãoassegurar que os órgãos de gestão, as estruturasfuncionais e todos os Colaboradores do Millennium bcp cumpram a legislação, regras e normativos (internos e externos) que pautam a actividade do Banco e das suas associadas,por forma a evitar incorrer em risco de perdasfinanceiras bem como de reputação.

Com vista a implementar uma actuação de compliance eficaz e disseminada, foi adoptadauma estrutura descentralizada, em que para alémda existência de um Compliance "Head" Officecomposto por duas áreas distintas (ComplianceDivision e Anti-Money Laundering Division),foram ainda nomeados Compliance OfficeRepresentatives por áreas de negócio,designadamente Private Banking, Investment Banking & Asset Management e Retalho.

Tendo como objectivo desenvolver uma culturadireccionada para a minimização dos riscosdecorrentes do incumprimento da lei e restanteregulamentação interna e externa, o ComplianceOffice editou um Manual de Compliance,o qual se constitui como um código de conduta,repositório de directivas e princípios, reflectindoas melhores práticas internacionais nestedomínio.

Para além disso, o Compliance Office, na sua funçãode monitorização e controlo, procura assegurarque o Banco esteja dotado dos dispositivos ou ferramentas informáticas, as quais garantam a monitorização eficaz das operações, com vista a permitir a detecção e controlo de transacçõesque comportem maior risco. Estas asseguram ao Millennium bcp a conformidade integral com as melhores práticas internacionais no âmbito da prevenção e combate aobranqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, bem como da aplicação doprincípio fundamental de know your customer,no qual assentam as anteriores.

fusão e transformação da sociedade, para alémde informação trimestral sobre a evolução dosnegócios sociais.

O Banco baseia o seu modelo organizacionalnuma estrutura assente em Comités executivos e Comissões societárias.

Cada Comité executivo abarca uma das áreas de negócio – Banca de Retalho, Empresas e Corporate, Private banking e Asset Management,Banca de investimento, European Banking e Overseas Banking – e uma unidade de serviçoautónoma responsável pelos Serviços Bancários.Estes comités respondem directamente aoConselho de Administração.

Existem ainda cinco Comissões societárias, cujasatribuições incluem o acompanhamento e monitorização das actividades do Banco nas respectivas áreas de intervenção: Comissão de Acompanhamento dos Mercados e dosGovernos Societários; Comissão de Formação e Desenvolvimento Profissional; Comissão de Responsabilidade Social e Sustentabilidade;Comissão de Auditoria, Prevenção e Segurança e Comissão de Riscos.Todas estas Comissões,presididas pelo Presidente do Conselho de Administração do Banco, integram membrosdo Conselho de Administração e tambémelementos da Alta Direcção directamenteenvolvidos nas actividades objecto de cada uma das Comissões.

Dada a natureza especializada das Direcções que a constituem e a actividade permanente de apoioà gestão que executa, a Área Corporativa nãodispõe de Comité executivo.

Na generalidade, a prossecução dos objectivosestratégicos do Banco, bem como odesenvolvimento das actividades de todas e cadauma das Áreas de Negócio e Unidades de Serviço,e de todos os Colaboradores nelas enquadrados,pauta-se pelo respeito dos princípios fundacionais:ética e responsabilidade, vocação de excelência e foco no cliente.

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Formação in loco – ao adoptar uma estruturaorganizacional descentralizada, o Compliance Officeatravés dos Representatives com actividade nasdiversas áreas de negócio, está permanentemente e no terreno, a ministrar formação aosColaboradores do Banco. Esta acção permanentevisa, entre outros objectivos, aumentar a percepção daqueles para a necessidade de prosseguir uma efectiva política de know yourcustomer, por forma a prevenir e combatereficazmente o branqueamento de vantagens deproveniência ilícita e o financiamento ao terrorismo;

e-learning – dirigida a todos os Colaboradores e de forma faseada, será ministrada, com regularidade,formação via e-learning versando temáticas decompliance, com particular enfoque no princípio knowyour customer e nas políticas de anti money laundering.

Auditoria

A missão da Direcção de Auditoria é decoadjuvar a Administração e os ComitésExecutivos, na gestão da salvaguarda e segurançados interesses e bens patrimoniais das empresasque compõem o perímetro de consolidação do Banco, na identificação de forma preventivadas situações de risco, procurando assegurar a eficácia dos sistemas de controlo interno,bem como a utilização eficiente dos recursos.

A Direcção de Auditoria desenvolve as suasactividades de acordo com um plano anualaprovado pela Comissão de Auditoria, Segurança e Anti-Money Laundering, podendo tambémdesenvolver acções específicas não previstas no plano, em função de resoluções dos órgãossociais do Banco ou de factos relevantes apuradosno decurso das acções que desenvolve, ou quepor qualquer meio possam chegar ao seuconhecimento, acompanhando com especialcuidado as recomendações das autoridades desupervisão, tendo em vista a sua implementação.

A relação entre o número Auditores Internos e o número de Colaboradores por área de negócio foi de 1,0% em 2005.

Foi adoptado pelo Compliance Office uma posturade aconselhamento e assessoria, com emissão derecomendações e pareceres, os quais resultam depedidos que lhe são dirigidos no âmbito de fluxosde consulta pré-determinados ou casuísticos ouainda das suas iniciativas com vista a antecipar o impacto que novas medidas legislativas e regulamentares possam vir a ter nas várias áreasde negócio do Millennium bcp.

Para além disso, o Compliance Office tem uma atitudeproactiva, procurando envolver-se sempre quejustificado, na concepção e marketing de produtosfinanceiros, não só com vista a assegurar da suaconcordância com a legislação em vigor bem comotambém prevenir eventuais conflitos de interesses.

A política de prevenção e combate aobranqueamento de capitais do Millennium bcpassenta na premissa: "o branqueamento é um crime,não será tolerado e a sua detecção e dissuasão é uma responsabilidade de todos".Através de acçõesde formação e de sensibilização o Banco asseguraque esta premissa é assimilada por todos os Colaboradores. Existe no Millennium bcp umquadro normativo interno constituído por normasde procedimentos e boas práticas, que espelham as melhores práticas nacionais e internacionais,e mecanismos e operativas que asseguram a implementação das directrizes da Gestão e actuação em conformidade. O Banco tambémgarante a existência de informação fiável e efectivacomunicação entre todas as áreas envolvidas.

O Manual de Compliance bem como o CódigoDeontológico, enquanto repositório de normas deconduta ética aplicáveis a todos os Colaboradores,encerram regras muito claras e inequívocas a respeito de práticas de suborno e corrupção,não sendo tolerada a sua violação. Estabelecemigualmente quais os procedimentos a seguir na detecção de eventuais violações.

Afirmando-se a formação como fulcral nadisseminação de uma cultura de compliance,o Compliance Office aborda este tema em duas vertentes distintas:

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Auditores Internos

Colaborad.1 Auditores %

Retalho 6.849 42 0,61

Empresas 925 11 1,19

Private & Asset Management 320 6 1,88

Banca de Investimento 263 7 2,66

Serviços Bancários 1.873 25 1,33

Área Corporativa 499 18 3,61

do Conselho Fiscal e um elemento do ConselhoSuperior. Assistem também às reuniões desteConselho, como convidados, o Presidente do Conselho de Administração, o C.F.O.e o Director-Geral de Auditoria.

Este Conselho reúne trimestralmente com oobjectivo de analisar as peças financeiras, principaisalterações contabilísticas; execução do plano deauditorias; relacionamento com auditores externose principais reclamações de Clientes.

Da actividade de auditoria foram identificadas um conjunto de situações de violação de normasinternas e externas incluindo casos de: quebra de sigilo bancário; crédito concedido a pessoas de relação em 1.º grau e ao próprio; falsificação de documentos/assinaturas; faltas injustificadas;apropriação indevida de fundos.

Em 2005 procedeu-se ao lançamento das actividades de auditoria na perspectiva multi-doméstica, com a criação de comités de auditoria locais em cada Banco ou operação no exterior. Os comités apresentam um formatouniforme, sendo constituídos por membros nãoexecutivos, como o Administrador responsávelpela subsidiária e o Director-Geral da Auditoria e um Administrador não executivo da subsidiária.

Estes comités reúnem numa base trimestral, e têmcomo agendas correntes os seguintes assuntos:

Avaliação do cumprimento do plano aprovado;

Análise dos acontecimentos de risco mais elevado;

Análise da relação com as Autoridades deSupervisão e Judiciais e com os Auditores Externos;

Análise das principais reclamações dos Clientes;

Análise dos elementos financeiros.

Espera-se com esta abordagem obter ganhosevidentes de experiência e conhecimento dasoperações por forma a nivelar pelo melhordesempenho as práticas de auditoria instituídas.

A actividade de Auditoria é supervisionada peloConselho de Auditoria, o qual é composto pormembros com funções não executivas, como o Presidente do Conselho Superior, o Presidente

Violação de normas2 2005 2004

Normas internas 30 37

Normas externas 28 73

Total 58 110

1 Colaboradores nas áreas de negócio abrangidas no âmbito de actuação da auditoria.2 Valores referentes a processos encerrados em 2005.

Comunicação de irregularidades – WhistleblowingFoi criado, no final de 2005, um procedimento paraa comunicação de irregularidades, vulgarmentedesignado Whistleblowing.Trata-se de uma forma de assegurar a comunicação interna, por parte dosColaboradores, de irregularidades que ocorram noseio do Millennium bcp. Para tal, foi criada uma caixade e-mail dedicada exclusivamente à recepção decomunicações internas de alegadas irregularidadesque sejam detectadas pelos Colaboradores.O processo foi concebido de forma a assegurar a confidencialidade do autor da comunicação.Foi delegada na Comissão de Auditoria Segurança e Anti-Money Laundering, a condução dasinvestigações necessárias ao apuramento dos factosreportados. As investigações são dirigidas pelo

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de conduta específicas, nomeadamente o dever de assegurar aos clientes, em todas as actividadesque exerçam, elevados níveis de competênciatécnica, dotando a organização empresarial commeios materiais e humanos necessários pararealizar condições apropriadas de qualidade e eficiência, proceder com diligência, neutralidade,lealdade, discrição e respeito pelos interesses que lhes estão confiados.

As regras de conduta aplicáveis às instituições de crédito e aos membros dos seus orgãos sociais,emitidas pelo Banco de Portugal ou pelasassociações representativas das instituições e créditocom aprovação do Banco de Portugal, obrigam a uma gestão pautada pelo princípio da repartiçãode riscos e da segurança das aplicações, tendo em conta os interesses dos depositantes,dos investidores e dos demais credores. No mesmosentido dispõe o regime de segredo profissionalaplicável aos membros dos orgãos de administraçãoou fiscalização, empregados, mandatários, comitidosou quaisquer prestadores de serviços, os quais nãopodem revelar ou utilizar informações sobre factosou elementos respeitantes à vida da instituição ou às relações desta com os seus clientes cujoconhecimento advenha exclusivamente do exercíciodas suas funções ou da prestação dos seus serviços.

As instituições de crédito devem aplicar os fundosde que dispõem de modo a assegurar a todo o tempo níveis adequados de liquidez

secretário desta Comissão, o qual utiliza a estruturade serviço especialmente vocacionada para estetipo de análise, tendo por base uma assessoriatécnica especializada nas diversas matérias passíveisde estarem envolvidas no facto reportado.

Supervisão e regulação

As Instituições de Crédito encontram-se sujeitas aregulamentações especiais e a formas de supervisãoefectivas por parte das autoridades, sobretudo porrazões de fiscalização prudencial. A imposição deuma disciplina prudencial é assim considerada peloMillennium bcp como um contributo para atingir o objectivo comum de estabilidade de todas asinstituições de crédito e do sistema financeiro,determinante para a confiança dos depositantes,pelo que sempre tem desenvolvido uma relaçãoconstrutiva com as autoridades de supervisão,designadamente o Banco de Portugal e a Comissãode Mercado de Valores Mobiliários.

Efectivamente, nos termos da lei, a supervisão das instituições de crédito, e em especial a suasupervisão prudencial, incluindo a da actividade que exerçam no estrangeiro, incumbe ao Banco de Portugal.Todas as instituições de créditocarecem de autorização do Banco de Portugal para se constituírem e estabelecerem a sua sedeem Portugal, não podendo iniciar a sua actividadeenquanto não se encontrarem inscritas em registoespecial desta autoridade, devendo observar regras

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Índice de satisfaçãoProcessos internos

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de Mercado de Valores Mobiliários.Esta instituição tem como princípios de actuação a protecção dos investidores, a eficiência e regularidade de funcionamento dos mercadosde valores mobiliários, o controlo da informação,a prevenção do risco sistémico, a prevenção e repressão das actuações contrárias à lei ou a regulamento emitido no domínio da sua competência, pelo que o Millennium bcpsempre lhe tem submetido os competentespedidos de aprovação e autorização, os registosobrigatórios e outros deveres de informação.Destacam-se neste âmbito o registo como intermediário financeiro, os deveres de informação dos factos relevantes ligados à sociedade e ao Grupo que possam influenciar a cotação, o governo da sociedade, bem como todos os deveres relativos a ofertas de valores mobiliários.

Na generalidade, o Banco tem procuradocontribuir para a boa execução dasuperintendência do mercado monetário,financeiro e cambial, a cargo do Ministro das Finanças, fazendo parte das soluções de coordenação da actividade dos agentes do mercado, elaborando e discutindo propostasquando solicitado.

Procedimentos

A qualidade percebida pelos Clientes só é sustentável se assentar na capacidade,por parte do Banco, de lhes fornecer de formafiável e consistente, sem erros ou variações de nível de serviço no tempo ou no espaço,os produtos e serviços que lhes propõe.Esta capacidade representa a qualidade interna dos processos operativos através dos quais o Banco realiza os produtos e serviçoscontratados com os seus Clientes.

De forma a aferir desta capacidade, o Bancoefectua, de forma sistemática e com frequênciatrimestral, medições à satisfação dos "ClientesInternos" relativamente às unidades orgânicasque lhes prestam serviços. Esta medição

e solvabilidade, sujeitando-se à disciplina do Bancode Portugal quanto às relações a observar entrerubricas patrimoniais e os limites prudenciaisaplicáveis à realização de operações que asinstituições de crédito estejam autorizadas a praticar, em ambos os casos, quer em termosindividuais quer em termos consolidados.

Devem ser ainda comunicadas ao Banco dePortugal as participações qualificadas detidas porpessoas singulares ou colectivas, bem como osactos que envolvam aumento ou diminuição dasmesmas, ao que aquela autoridade se pode oporcaso as características da pessoa ou do projectonão reúnam condições que garantam uma gestãosã e prudente da instituição de crédito, sob penade inibição de direitos de voto.Também no querespeita a riscos de crédito, a instituição desupervisão estabelece limites e exerce controloentre outros, sobre grandes riscos de crédito,nomeadamente os montantes concedidos a clientes com grande envolvimento comercial e financeiro com o Banco, assim como os créditosconcedidos a detentores de participaçõesqualificadas.

No desempenho das suas funções o Banco dePortugal acompanha a actividade das instituiçõesde crédito, velando pelo cumprimento das normas, emitindo recomendações para sanar irregularidades, podendo tomarprovidências extraordinárias de saneamento,sancionando infracções ou exigindo a realizaçãode auditorias especializadas. Nesse âmbito, temsempre o Millennium bcp submetido a suaactividade aos processos devidos de autorizações,inspecções e instruções vinculativas legalmentedispostos até à comunicação atempada e oportuna de todos os factos relevantesocorridos no âmbito do Grupo, passando pelatransparência das decisões de reestruturação,parceria, ou outsourcing.

Sendo o Millennium bcp uma entidade cotada,emitente de valores mobiliários e desenvolvendoactividade de intermediário financeiro,encontra-se sujeito a supervisão da Comissão

2004 2005

72,5

70,3

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é realizada por meio de inquéritos online,disponíveis no portal interno (intranetcorporativa), e dirigidos aos Colaboradores das redes comerciais.

Os resultados destes inquéritos são exaustivamentereportados às unidades orgânicas neles avaliadas,e com elas discutidos, com o objectivo de as levara adoptar as medidas correctivas adequadas.É frequente o recurso este processo a focus groupsinternos (para melhor caracterizar os problemasdetectados) e a equipas interdisciplinares de melhoria da qualidade.

Associada à excelência e qualidade na oferta deprodutos e serviços financeiros, o Millennium bcpimplementa uma política de rigor e transparênciana sua comercialização, procurando transmitirmensagens claras e inequívocas. Esta política foireforçada no final de 2005, tendo sido decididoadoptar um procedimento de certificação interna,a efectuar pelo Compliance Officer, relativamente a todos os elementos informativos utilizados na comercialização de produtos de investimentono Millennium bcp, assegurando assim que a informação disponibilizada aos Clientescorresponde fielmente às especificações do produto em causa.

O Millennium bcp tem ainda instituído umconjunto de códigos e princípios internos, queconsidera essenciais para o desenvolvimento dasua actividade. Através do Código Deontológico,44

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2005

1 O Manual de Compliance contribui para assegurar que os órgãos de gestão, as estruturas funcionais e todos os Colaboradorescumprem a legislação, regras e normativos – internos e externos – que pautam a actividade do Banco e das suas associadas.

2 Com os Princípios de Actuação, o Millennium bcp assume o compromisso com um conjunto de valores que são uma referênciacontínua na sua actuação perante todas as partes interessadas. Os Princípios de Actuação estão descritos, com maior detalhe, naparte inicial deste relatório.

3 Informação disponível em http://www.millenniumbcp.pt.

Estudos realizados em N.º Clientes2005 (Clientes internos) inquéritos inquiridos Respostas

Estudos Mercado 1 12.000 5.640

Inquéritos Rastreio 5 12.495 7.670

Inquéritos Específicos 3 2.058 1.533

9 26.553 14.843

do Regulamento Interno do Banco, do Manual de Compliance1, dos Princípios de Actuação2, entreoutros, o Banco define as regras e os princípiospara o regular funcionamento da instituição.Trata-se de garantir o cumprimento da lei,mas com a preocupação de ir mais além, indo ao encontro dos valores que o Banco defende.Este conjunto de normativos e princípios são alvo de acções de divulgação internas e externas (quando adequado), estando presentes no portal de Internet do Banco3.No plano interno estão também presentes nas acções de formação que o Banco promovejunto dos seus Colaboradores.

O Código Deontológico institui os princípios e as regras a observar nas práticas das actividadesbancária, financeira, seguradora e sobre valoresmobiliários ou produtos derivados negociados em mercados regulamentados. Abrange áreascomo a organização e funcionamento dainstituição, a conduta profissional e o exercício de funções, as operações pessoais e relaçõesinternas, o segredo profissional, a área de Internete correio electrónico e a acção disciplinar.

O Regulamento Interno do Millennium bcp defineas normas e procedimentos fundamentais, bemcomo as regras gerais de conduta, a observar na actividade prosseguida pelo Banco, enquantointermediário financeiro e relativamente àsactividades de intermediação para cujo exercícioem cada momento esteja autorizado eefectivamente prossiga. A finalidade desteregulamento é dar execução às disposições legais,regulamentares e deontológicas. O objectivo é contribuir para assegurar aos clientes a prestaçãode um serviço pautado pelos mais elevadospadrões de competência, diligência, lealdade,neutralidade e discrição, e com respeito prioritárioe absoluto pelos seus interesses legítimos.

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45

Imigrantes – consideração das necessidadesespecíficas dos Clientes Imigrantes, comacompanhamento das diferentes fases deintegração social das famílias e correspondentesnecessidades financeiras.

Atenção às minoriasNo que respeita às minorias, é de referir quetodos os produtos estão disponíveis para osClientes Emigrantes e Imigrantes. Os Deficientestêm acesso a um regime de crédito comcondições mais favoráveis. O Banco tem tambémum produto especificamente vocacionado paraClientes estrangeiros, na maioria ingleses, irlandesese alemães que pretendam comprar uma residênciade férias em Portugal.

A Conta Passaporte é uma solução concebidaespecialmente para os imigrantes residentes e trabalhadores que pretendem iniciar umarelação bancária em Portugal. Mediante o pagamento de uma comissão mensal de valorreduzido, o Cliente imigrante tem uma Conta à Ordem isenta da comissão de manutenção,cartão Visa Electron com anuidade gratuita,Seguro de Acidentes Pessoais gratuito,domiciliação de pagamentos gratuita, acessogratuito ao serviço de atendimento telefónico e Internet e possibilidade de efectuar aplicaçõesde reduzido montante (mínimo de 50 euros)numa conta poupança crescente que possui uma remuneração garantida e um prémio de permanência semestral. O seguro de acidentespessoais, para além de uma indemnização, garanteo repatriamento do falecido para o país deorigem, em caso de morte, o que se assumecomo um tema particularmente crítico e umproblema muito vincado destas comunidades.

Abrangência

A gama universal de produtos e serviçosdisponibilizada pelo Millennium bcp permiteestabelecer uma relação alargada com a sua basede Clientes – actual e potencial – e, desta forma,promover a fidelização e a satisfação dosClientes.

No desenvolvimento de produtos e serviços paraos Clientes do Retalho, a vida e as necessidadesdas pessoas são a principal fonte de inspiração.Porque os Clientes têm idades, patrimóniosfinanceiros, necessidades e comportamentosfinanceiros diferentes, só segmentando é possívelgarantir resposta às suas expectativas epreferências, com um nível de excelência: serviçocompetente e soluções financeiras de grandequalidade.

Cobertura de segmentosA oferta para o retalho apresenta propostas de valor especializadas por segmento de Clientes:

Retalho – lançamento de forma pioneira, doprograma M3, que tem como vector fundamentalo objectivo de realizar pelo menos um contactopessoal com cada um dos clientes do Banco;

Prestige – particulares de elevado património,para os quais a oferta é concebida no sentido de concretizar os objectivos de valorização dospatrimónios que são confiados ao Banco;

Negócios – lançamento da acção "ClienteAplauso", que visa premiar as melhores empresasportuguesas e incentivar as melhores práticas de gestão económicas e financeiras;

Produtos e serviçosUma oferta abrangente, atenta e responsável,porque os Clientes têm necessidades e comportamentos financeiros diversificados.

Conta Passaporte.��

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46

Na vertente das contas a ordem é de destacar o cumprimento do quadro legislativo relativo à disponibilização de contas de "Serviços MínimosBancários" (Dec.-Lei 27-C/2000, de 10 de Março),destinados a facilitar a bancarização de uma franjada população menos favorecida.

As novas regras dificultam a abertura de contaspor parte de imigrantes, na medida em que estes devem comprovar elementos que nãoconstam dos seus documentos de identificação(morada no país de origem e filiação).Neste contexto o Millennium bcp tem vindo a promover acções junto dos consulados dos países em que o problema é mais acentuado,articulando formas de cooperação que poderãofacilitar a identificação dos imigrantes junto do sistema bancário.

No segmento de Negócios a concessão de créditoé utilizada para promover a inovação e o espíritoempreendedor, bem como a integração dos maisdesfavorecidos. Neste sentido, em 2005, foidesenvolvido o Programa Franchising, destinado a apoiar os empresários e os particulares quepretendam investir num novo negócio. A propostade valor para este segmento de negócio tem sidocontinuamente aperfeiçoada com o intuito decontribuir de forma decisiva para o equilíbrioeconómico e financeiro dos negócios, de formaa que os Clientes reconheçam o Banco como

seu parceiro e conselheiro financeiro.

No crédito à habitação o Millennium bcp oferecea possibilidade do Cliente optar por prestaçõesmais baixas nos primeiros anos ou por maiorsegurança no valor a pagar todos os meses. Para2006 está a ser reestruturada a oferta de Créditoà Habitação para os Clientes com mais de 50anos, estando ainda previsto o lançamento de umCrédito para compra de habitação para ClientesImigrantes.

Por forma a tornar mais ajustada a oferta decrédito ao consumo do Millennium bcp àsrecentes tendências de mercado, em 2005 foramefectuadas algumas alterações nos diferentes

produtos tais como: o alargamento do prazo decontrato; o aumento do montante financiado; bemcomo a redefinição da oferta para os ClientesUniversitários. Na sequência de alteraçõeslegislativas e em consequência dosdesenvolvimentos tecnológicos, foi possívelapresentar uma nova oferta de crédito pessoalatravés do canal Internet – "Crédito Online" –tornando mais rápido e acessível de qualquer lugaro acesso ao Crédito do Millennium bcp.

Em termos de soluções de investimento e poupança, o Banco oferece produtos quepermitem a constituição de aforro com níveismínimos muito acessíveis (a partir de 50 euros por mês), com diferentes graus de risco e rendibilidade, vocacionados para o estímulo da poupança de curto, médio e longo prazo.

A oferta de seguros de risco cobre as diversasnecessidades de protecção do Cliente e da suafamília, o que representa também uma protecçãopara o próprio Banco, já que um Cliente commais produtos de protecção é um Cliente commenor risco – em caso de imprevisto o seguro é accionado, defendendo assim a estabilidadefinanceira do Cliente da sua família e, porconsequência, a sua capacidade de continuar a honrar os seus compromissos financeiros.De entre outros produtos que se dirigem a umaminoria, o seguro de acidentes pessoais destinadoao Segmento Sénior que pode ser subscrito por Clientes até aos 80 anos e que inclui ascoberturas de lesões corporais, hospitalização e morte.

Confiança

Tendo por objectivo estabelecer com os Clientes uma relação baseada na confiança e no respeito da sua privacidade, o Bancoprivilegia a confidencialidade e a protecção de toda a informação respeitante aos seusClientes. Como tem consciência que as relações que estabelece são deinterdependência, procura criar valor para os Clientes através da oferta de produtos

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2005

Campanha Cliente Frequente.��

APAGUE E GANHE

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Cliente Frequente Visa reforçar a relação com os Clientes dosegmento de Retalho proporcionando o acesso,mediante o pagamento de uma mensalidade fixa de valor reduzido, a um desconto significativo numconjunto de produtos e serviços que se subscritosindividualmente representariam um custo bastantesuperior à mensalidade paga.

Um ano após o lançamento verifica-se já umaelevada adesão dos Clientes a esta solução,reforçada por indicadores que demonstram queestes Clientes apresentam níveis de satisfaçãobastante superiores à média do Retalho. A evoluçãomuito positiva da posição do Millennium bcp comoprimeiro Banco destes Clientes e o aumento do cross selling revelam que a solução ClienteFrequente tem correspondido às expectativas dos Clientes aderentes, confirmando-se como um instrumento de fidelização.

Selecção sub-26 Tendo por objectivo apoiar os jovens na fase de transição para a vida adulta, o Millennium bcplançou uma solução completa que pretendesatisfazer as necessidades dos jovens nas suasmúltiplas vertentes – financiamento dos estudos,compra da primeira casa, aquisição do primeirocarro. A solução sustenta-se no Cliente Frequentecom uma redução de 50% na comissão mensal atéaos 26 anos, beneficiando os Clientes mais jovensde condições favoráveis e flexíveis, particularmenteno acesso ao crédito.

Crédito à habitaçãoO crédito à habitação é um dos principaisprodutos de fidelização dos Clientes. Grande partedos Clientes que solicitam crédito à habitação sãojovens, sendo esta uma oportunidade do Bancoservir o Cliente desde cedo e concentrar a suarelação Bancária.

O Banco aposta no fortalecimento da relaçãocom o Cliente ao longo do ciclo de vida doempréstimo, sendo flexível na alteração dascondições inicialmente contratadas. Entre outrassituações, é dada possibilidade aos Clientes de:

e serviços de elevada qualidade, adequados àsnecessidades específicas de cada segmento.

Satisfação e fidelidade dos Clientes são atitudesque nem sempre evoluem em paralelo. Existe uma ampla zona de indiferença em que o Cliente,embora inequivocamente satisfeito, não estáafectivamente ligado com a intensidade suficientepara lhe ser difícil encetar ou incrementar relaçõescom fornecedores alternativos. Só a partir de umnível de satisfação bastante elevado – em regraalcançado após episódios de serviço em que asexpectativas do Cliente são claramente excedidas– se atinge uma tal intensidade afectiva.

Por isso, o Millennium bcp pretende assegurar a sustentabilidade do relacionamento com os seus Clientes, e procura criar e acalentar a relação de confiança que lhe está na origem.

Nesse sentido, foram seleccionados comodomínios prioritários de intervenção trêsprocessos de interacção com o Cliente que, pelassuas características, oferecem boas oportunidadespara exceder as expectativas do Cliente:

Conhecer melhor o Cliente;

Acompanhar o Cliente recente;

Resolver os problemas do Cliente.

Estes processos são objecto de medição e acompanhamento específicos no âmbito do Sistema de Gestão da Satisfação dos Clientes e são trabalhados no quadro da formaçãodispensada aos Colaboradores.

A capilaridade da rede de sucursais, unificada sob a marca Millennium bcp, bem como a facilidade de acesso aos canais de banca à distância (ATMs, CATs, phone banking e Internet banking)materializam a estratégia de conveniência e proximidade aos Clientes. Esta estratégia é aindasuportada por um conjunto de produtos e serviços especificamente vocacionados parafomentar e reforçar as relações duradouras e de confiança com os Clientes:

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Campanha Crédito Habitação.��

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Renegociar os empréstimos com alargamento ou redução do prazo até ao máximo de 50 anos;

Transferir empréstimos em serviço de dívida para outros produtos que permitam prestaçõesreduzidas durante um determinado período;

Obter um financiamento adicional, sempre que severifique margem na hipoteca e na taxa de esforço.

Cliente Aplauso A acção Cliente Aplauso 2005 veio contribuir para a fidelização dos Clientes do Segmento de Negóciosatravés do estabelecimento de uma relação de longoprazo, e para posicionar o Millennium bcp como oprincipal parceiro financeiro das empresas de bomrisco, dando a conhecer que o Banco as apoia no seucrescimento, na melhoria do seu funcionamento e no aperfeiçoamento dos métodos de gestão.

Para merecer o estatuto de Cliente Aplauso o Cliente tem de obedecer a critérios de risco,de envolvimento com o Banco e a critérios deconsistência, dinamismo e modernidade avaliadospela utilização do Cliente de produtos específicos(Leasing, Factoring, cobranças, cartões deempresa), existência de relacionamento comercialcom o estrangeiro e antiguidade do negócio.

A distinção com o Prémio Aplauso consiste na atribuição de um diploma personalizado

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1%

19%

16%

1%3%3%

3%3%

3%3%

4%4%

34%

33%

Outros Agricultura Têxteis Químico Maquinariae metalurgia

Transp./comunic.

Comércio Construção Serviços

18%18%

17%

16%

2005

2004

Crédito por Sector de Actividade��

e no acesso a uma linha de crédito em condiçõesespeciais, destinada a financiar projectos deinvestimento que privilegiem determinadas áreas,entre as quais a avaliação de impactes ambientais e as energias alternativas.

A campanha Cliente Aplauso constitui ainda uma alavanca para o desenvolvimento ambiental.

Crédito

A concessão de crédito assume uma importânciafulcral na actividade do Banco e, nessa medida,é essencial para assegurar a sustentabilidade do Millennium bcp.

O crédito concedido na actividade em Portugal do Millennium bcp continuou a demonstrar umcrescimento significativo em 2005 (+4,5%) ,influenciado principalmente pelo crescimento do créditoà habitação, reflectindo a inovação e diversificação da oferta, designadamente o lançamento de novosprodutos adequados às necessidades dos clientes.

Na área de Empresas e Corporate merecem aindadestaque as seguintes iniciativas com impactorelevante em matéria de sustentabilidadeconcretizadas em 2005:

Linhas de refinanciamento com afectação de umvolume de crédito de 25 milhões de euros a diversos

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2005

Campanha Cliente Aplauso.��

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O apoio às PME's, sendo um factor decisivo nodesenvolvimento do País, constitui uma aposta doMillennium bcp, justificando a criação de linhas definanciamento específicas, programas de incentivo e soluções à medida de cada empresa.

O Millennium bcp tem uma responsabilidadeacrescida, dado que detém cerca de 30% de quotade mercado no crédito em Portugal.Essa responsabilidade reside principalmente nacapacidade de avaliação e monitorização dos riscosenvolvidos. Em relação ao ano de 2005, sublinhe-seo facto da carteira continuar a evidenciar bonsindicadores de qualidade dos riscos, patenteado naestabilização do crédito vencido há mais de 90 dias.Neste domínio o Banco tem percorrido umcaminho que vai no sentido do cumprimento dasnovas exigências decorrentes de Basileia II. Paraalém destas novas imposições, os desenvolvimentosfuturos passarão pelo aumento da importância doscritérios não-financeiros, nomeadamente sociais e ambientais, na análise do risco a empresas.

Project Finance e PPP

O Millennium bcp é um dos líderes do mercadonacional na área de project finance. O project financeé a modalidade de financiamento privilegiada nofinanciamento dos grandes projectos de investimento,estruturantes, em sectores tão diversos como as infra-estruturas de transporte, a energia (incluindoas renováveis), o ambiente (água e saneamento,tratamento de resíduos), as telecomunicações, etc.,muitos deles – pela sua natureza – com uma fortecomponente ambiental e social.

O Millennium bcp está a apoiar financeiramente o esforço de investimento de Portugal na área dasenergias renováveis, salientando-se o projecto Valedo Minho, que irá tornar a região auto-suficienteem termos das suas necessidades de electricidade.O investimento total contempla a instalação decerca de 250 MW que produzirão em velocidadede cruzeiro cerca de 650 GWh, a partir do vento.

projectos de investimento de interesse social,no âmbito de um programa concedido pelo CEB1;

Nova linha de financiamento do BEI2 até 250milhões de euros, destinada a projectospromovidos por Pequenas e Médias Empresas(PME's), empreendimentos públicos de naturezaestruturante, bem como os que tenham porobjectivo a economia de energia, a protecção do ambiente, ou que se integrem nos sectores da educação e saúde, independentemente da dimensão dos promotores;

O Millennium bcp liderou ainda o apoio ao investimento no âmbito dos protocolosinstitucionais entre Organismos do Estado e da Banca, nomeadamente, no que respeita ao Quadro Comunitário de Apoio, ao abrigo do Sistema de Incentivos à ModernizaçãoEmpresarial – SIME. Foi lançada uma linha de crédito especial, no montante global de 100milhões de euros para apoio a investimentos em projectos de Investigação e Desenvolvimento,destinada a financiar os investimentosrelacionados com a criação ou melhoria deprodutos, serviços ou processos de laboração,assim como a aquisição de novos conhecimentoscientíficos e/ou técnicos;

Linha de Crédito Especial para PME's, com GarantiaMútua, no âmbito de uma parceria com asSociedades de Garantia Mútua (Lisgarante,Norgarante e Garval), no montante global de 50 milhões de euros. O instrumento da garantiamútua permite assegurar, no âmbito de um sistemaprivado e de cariz mutualista, a concessão degarantias com o objectivo de obter financiamentopara PME’s, reduzindo ou eliminandoconstrangimentos de dimensão e de existência decolaterais. Na medida em que possibilita a reduçãodo risco associado à concessão de crédito,permitindo melhores condições de financiamento,é um instrumento que contribui para incrementar a competitividade das PME’s.

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1 Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa.2 Banco Europeu de Investimento.

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incompatibilidade com outros usos, e no caso das infra-estruturas de tratamento de resíduos,os principais conflitos são de ordem social, como o designado síndroma NIMBY (Not In My Backyard).

Os restantes projectos financiados pelo Banco nosúltimos anos (vias de comunicação e estádios defutebol) têm objectivos de desenvolvimento sócio--económico e melhoria das acessibilidades. Podem,no entanto, implicar impactes ambientais, razão pelaqual a generalidade destes projectos são sujeitosao processo de avaliação de impactes ambientaisnos termos legais, que tem por objectivo seleccionaras melhores alternativas e garantir a minimizaçãoou compensação dos impactes negativos.

A aposta nas energias renováveis consubstanciadapelo financiamento de empreendimentos eólicos,demonstra o encorajamento do Banco aodesenvolvimento e promoção das tecnologias limpasem Portugal.A energia eólica representa o aproveitamento de um recurso renovável e a diminuição de impactes associados aosprocessos convencionais de produção deelectricidade, nomeadamente a emissão de GEE nas termoeléctricas e a inundação de habitats nashidroeléctricas. Os eventuais impactes negativosnormalmente associados a este tipo de projectos – a alteração da geologia e geomorfologia, a erosãoe arrastamento de solos, a destruição de espéciesvegetais, as perturbações sobre a avifauna migratória,rapinas e morcegos e a alteração da paisagem – são sempre que possível minimizados em fase de processo de avaliação de impacte ambiental.

O Banco encontra-se ainda a apoiar o esforço de investimento que está a ser feito no sentido de levar as redes de distribuição de água e desaneamento básico à generalidade da populaçãoportuguesa, liderando o financiamento de algumasdas concessões privadas neste sector,designadamente as de Paços de Ferreira, Barcelose Santa Maria da Feira.

Uma última referência para a Tratolixo, uma empresainter-municipal responsável pela gestão integrada dosistema de resíduos sólidos dos concelhos deOeiras, Cascais, Sintra e Mafra. O Millennium bcpestá a co-financiar os investimentos da empresa naampliação da capacidade de tratamento de resíduossólidos urbanos com soluções de valorização deresíduos, e simultâneo cumprimento das metascomunitárias da directiva de Embalagens, e daestratégia nacional dos resíduos urbanosbiodegradáveis com a criação de metas de recolha e valorização de papel/cartão, plástico e vidro.

Os sistemas municipais de águas, saneamento e tratamento de resíduos apresentam o grandebenefício para a sociedade de reduzir a poluiçãolançada no meio pelas actividades humanas.Os impactes negativos prendem-se, normalmente,com a ocupação de solo e eventual

50

Milhões euros

As Parcerias Público Privado (PPP) são uminstrumento de política económica à disposição dos Governos para a promoção dodesenvolvimento. Exemplos disso em Portugal sãoalguns dos casos anteriormente referidos, na áreadas águas e saneamento e do tratamento deresíduos. Contudo, também as PPP na área dasinfra-estruturas de transporte, designadamente viasrodoviárias, constituem projectos que desde sempretêm contado com o apoio do Millennium bcp,e que podem desempenhar um importante papelno aprofundamento da mobilidade da populaçãoportuguesa e respectivos agentes económicos.

A adesão aos Princípios do Equador é umprolongamento natural daquilo que o Millennium bcp

Sector de actividade Total fundos Participaçãodos Projectos alocados Millennium bcp

Resíduos Sólidos Urbanos 171 43

Infra-estruturas desportivas 191 84

Energias renováveis 302 80

Vias de comunicação 149 50

813 257

N.º de transacções com avaliação impacte ambiental 3 3

Volume de transacções com avaliação de impacte ambiental 204 67

Volume de transacções com benefícios ambientais e características inovadoras 468 137

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de corporate governance, e a procurarem a integração de sistemas de gestão de risco queincorporem factores ambientais, sociais e éticos.Como exemplo, através da "F&C’s reo®

engagement programme" as empresas queconstituem o portfolio gerido pela F&C, em nomedos seus Clientes, são pressionadas paramelhorarem as suas práticas em áreas como as alterações climáticas, a corrupção, os direitoshumanos e outras.

Na política de investimento que desenvolve,a F&C acredita que a gestão efectiva destasmatérias constitui também um indicadorimportante de boa gestão. Como accionista ouem nome dos accionistas que são seus Clientes,a F&C questiona as empresas sobre como estãoposicionadas face aos novos desafios e sobre quemudanças estão a ser introduzidas nos processosde produção e no desenvolvimento de produtoscom impacto na mudança do comportamentodos consumidores. No desenvolvimento da suaactividade, a F&C também considera o impactosocial dos seus investimentos, encorajando asempresas a respeitar a legislaçãointernacionalmente aceite em questões laborais e nas medidas apropriadas em actividadeslocalizadas em zonas de conflito.

No futuro, a F&C pretende continuar a exercer a sua influência como investidor nos portfolios que tem sob gestão ao nível global – através doseu poder de voto e do diálogo com as empresas– procurando que as empresas tenham uma visãode longo prazo na gestão dos seus negócios.

Também através do ActivoBank7, instituiçãoautónoma detida pelo Millennium bcp, líder nadistribuição de fundos de investimento estrangeirosem Portugal, o Banco tem uma acção directa napromoção e apoio da gestão de activos socialmenteresponsável. O ActivoBank7 disponibiliza aos seusclientes uma completa gama de fundos deinvestimento "Éticos" ou "Socialmente Responsáveis"3:

há muito vem procurando assegurar na área de project finance, isto é, o cumprimentoescrupuloso, pelos seus Clientes, das maiselevadas normas comportamentais,designadamente ao nível social e ambiental.Refira-se que esta iniciativa acaba por resultar na formalização de um conjunto depreocupações que encontram pleno eco nosprincípios fundacionais do Millennium bcp, sendopor isso intrínsecas à atitude da organização.

Gestão de Activos socialmente responsável

A gestão de activos socialmente responsávelassume uma importância cada vez maior nomercado de capitais ao nível global. Com efeito,as gestoras de fundos têm vindo a adoptarpolíticas de gestão que incorporam preocupaçõesque vão para além da pura análise financeira.Como consequência, o número de fundos de investimento socialmente responsáveis temcrescido de uma forma exponencial. Estatendência é muito importante porque reforça a influência que a vertente do investimento pode exercer nas empresas no domínio daresponsabilidade social. O resultado final é a contribuição que os agentes do investimentotêm para elevar as práticas das empresas ao níveldos pilares da sustentabilidade.

O Millennium bcp, líder na gestão de activos em Portugal sendo responsável pela gestão de aproximadamente 6,6 mil milhões de eurosem fundos de investimento, tem responsabilidadesgrandes nesta matéria. O Banco tem estabelecidauma parceria com a F&C Asset Management para a gestão de fundos, sendo esta entidaderesponsável pela gestão de cerca de 99%dos fundos de investimento distribuídos peloMillennium bcp. A F&C Asset Managementé uma entidade líder no Investimento SocialmenteResponsável. Nesse sentido desempenha o seupapel como investidor responsável encorajando as empresas a implementarem elevados padrões

51

Gestão activos delegados à F&C(milhões de euros)

��

3 Este tipo de investimento tem ainda uma expressão pouco significativa no universo de fundos comercializados pelo Activo Bank 7(cerca de 89 mil euros em 2005).

4.852

5.911

2005

609595

2004

Mobiliários

Imobiliários

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em coerência com a visão de mercado que norteiaa sua estratégia. É a satisfação e a fidelidade do Cliente final que justificam os restantes vectores,e é nelas que estes desaguam.

O Millennium bcp tem implementado, porintermédio da Direcção da Qualidade, um Sistemade Gestão da Satisfação (SGS) dos Clientesorientado para a melhoria contínua e permanente.O SGS articula, por um lado, os instrumentos de análise e caracterização da qualidade percebidae, por outro, a actividade desenvolvida em prol de uma melhor compreensão, por parte da organização, dos factores críticos da qualidadena perspectiva do Cliente, e das medidas a adoptar para a incrementar continuamente.

São efectuadas, regular e sistematicamente,medições à qualidade dos serviços que o Millennium bcp presta, na perspectiva dosClientes finais – isto é, a qualidade percebida.O instrumento ordinariamente utilizado para esteefeito é um inquérito postal mensal, enviado a umaamostra significativa de Clientes, o qual permiterecolher a opinião do Cliente sobre:

Quatro indicadores-base da qualidade de serviço:a satisfação global do Cliente com o Banco,a sua intenção de continuidade como Cliente da Instituição, a sua intenção de recompra de produtos e serviços, e a sua intenção de recomendação dos mesmos a terceiros;

Um conjunto de atributos relativos aos produtosque comercializa e ao relacionamento e atendimento que dispensa, que consubstanciama proposta de valor do Banco.

A análise das correlações entre estes dois gruposde variáveis permite identificar os atributos quemais influenciam a apreciação dos Clientes emrelação aos referidos indicadores-base e que,consequentemente, devem ser accionados emprioridade para melhorar aquela apreciação.Todasestas análises são replicadas para cada um dos

UBS Global Innovators B;

JPMorgan Global Socially Resp.D;

Mellon European Ethical Index Tracker4

(adicionado à oferta do ActivoBank7 em 2005);

UBS Eco Performance B;

Credit Suisse Global Sustainability B;

DWS Invest Sustainability Leaders.

Estes fundos investem em acções de empresasreconhecidas pelas suas práticas responsáveis paracom o meio ambiente e a sociedade em geral edestinam-se aos Clientes que entendem que os seusinvestimentos devem ter dois objectivos fundamentais:gerar rendibilidade e, em simultâneo, contribuirpara o desenvolvimento sustentado do planeta.

Qualidade

Num sector maduro e fortemente concorrencial,como é o sector financeiro, onde as vantagenscompetitivas se jogam dentro de margens cada vezmais apertadas, a qualidade de serviço assumeuma importância crescente. A qualidade de serviçoconstitui um factor de diferenciação duradouro, difícilde copiar, e como tal capaz de assegurar uma vantagem,onde os principais beneficiados são os clientes.

A qualidade é um valor presente na estratégia do Millennium bcp desde o primeiro momento,sendo indissociável do seu papel inovador e da suarápida afirmação no sistema financeiro português.O conceito de qualidade e a sua operacionalizaçãotêm naturalmente conhecido uma evolução ao longo da História do Banco, de acordo com os imperativos enfrentados a cada momento.

Atendimento ao ClienteA orientação para o Cliente final é um elementocentral da política de qualidade do Millennium bcp,

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Índice de satisfação de Clientes��

Recomendação Recompra Continuidade Satisfaçãoglobal

2005

2004

82,8

82,5 79

78,5

85,8

85,679,6

78,8

4 Primeiro fundo que acompanha a evolução do índice Ethical Index Euro – composto por empresas seleccionadas de acordo com umprocesso de filtragem com base em critérios de responsabilidade social.

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Certificação de qualidadeA identificação de significativas oportunidades demelhoria dos processos operativos, em termos deeficiência, de fiabilidade e de consistência, levou a que o Banco considerasse prioritário iniciar umprojecto visando a certificação de acordo com a Norma NP EN ISO 9001.

Este projecto, iniciado em 2005, abrange na suaprimeira fase um número naturalmente limitadode actividades. Contudo, ao longo dos próximosanos, irá alargar-se a um número cada vez maiorde processos, até abarcar a totalidade dasoperações core do Millennium bcp.

Na sua conclusão, irá permitir combinar a focalizaçãona qualidade percebida pelo Cliente final, a atenção à satisfação e motivação dos Colaboradores,e a procura da excelência operativa, num únicoSistema Integrado de Gestão da Qualidade.

InstalaçõesUma das dimensões de qualidade imediatamenteperceptíveis é uma rede de sucursais comcaracterísticas inovadoras de operacionalidade,segurança, conforto e dimensão, quer para osclientes, quer para os Colaboradores.

A correcta inserção no espaço, com respeito pelosinteresses legítimos das actividades mais próximas,tem sido outra preocupação constante do Banco.Com a evolução do Banco e do mercado em quese insere, também esta rede de sucursais evoluiu,quer em dimensão, quer em conceito, até atingir o actual estádio, mantendo sempre as preocupaçõesde funcionalidade e atractividade, adaptadas àsnecessidades actuais; daí a existência de áreas paraas operações de self-banking, cujo interesse tem sidocrescente, e para as acções de atendimento pessoal,cuidadosamente articuladas entre si.

Pela própria natureza do negócio, estas sucursaissituam-se, em geral, em locais de grandevisibilidade e o cuidado posto na sua concepção e construção acrescenta valor aos locais em quese inserem; do ponto de vista do acesso, a largamaioria destas sucursais é acessível por deficientes

segmentos de Clientes a que se dirige a actividadecomercial, permitindo uma melhor interpretaçãodos resultados por confronto com ascaracterísticas e necessidades típicas de cadasegmento. Pelo seu carácter recorrente e pelaestabilidade da sua composição, o inquérito mensalé essencialmente um instrumento de rastreio dasvariáveis e atributos previamente reconhecidoscomo importantes para os Clientes.

O reconhecimento dessas variáveis é actualizado a intervalos mais longos (a cada dois ou três anos,em média) por meio de estudos de mercado maisdetalhados e dirigidos a amostras mais amplas daspopulações a inquirir. Estes estudos de mercadopermitem detectar o aparecimento de novastendências e o deslocamento das preocupaçõesdos Clientes para outros aspectos da qualidadedos serviços, que passam assim a ser incorporadosnos inquéritos mensais como novas variáveiscríticas a monitorar.

Para além destes dois instrumentos, são aindarealizados numerosos inquéritos especiais, comcarácter periódico mais alargado, essencialmente para:

Conhecer melhor a opinião dos Clientes sobredeterminados produtos ou serviços (ex.: cartõesde crédito, crédito à habitação, portal financeiro de home banking, banca telefónica);

Aprofundar as percepções e preferências de grupos específicos de Clientes (ex.: acompanhamento dos Clientes recentes);

Procurar compreender e caracterizar fenómenospontuais (ex.: evolução mais brusca de umindicador, incremento da frequência dedeterminado tipo de eventos, etc.).

53Estudos realizados em N.º Clientes2005 (Clientes) inquéritos inquiridos Respostas

Estudos Mercado 6 127.024 9.025

Inquéritos Rastreio 28 918.573 83.716

Inquéritos Específicos 5 58.119 4.305

39 1103.716 97.046

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2005

Financeiro Português (1/43). Os assaltos ocorridos a sucursais do Millennium bcp foram presenciadospor cerca de 57 Clientes não se tendo registadoqualquer dano físico ou traumático. Os Serviços de Medicina do Banco acompanharam estes tipo de ocorrências disponibilizando-se sempre paraacompanhar eventuais situações traumáticas na sequência deste tipo de incidentes.

No conjunto dos Edifícios Centrais do Millennium bcp (34) registaram-se pequenosincidentes mas que pelo facto de seremprevenidos, pela detecção do sistema de segurançaem vigor, ou por controlo e resolução internaimediata não foram objecto de registo. O sistemade segurança é objecto de monitorizaçãopermanente, realizando-se em complementoexercícios de prevenção para teste dos Planos de Emergência e de Formação de Equipas deSegurança. Durante os anos de 2004 e 2005,realizaram-se 3 simulacros de incêndio e deevacuação de edifícios, envolvendo cerca de 1.078 pessoas e as Autoridades de Segurança.

motores. Com frequência, de Norte a Sul, estassucursais foram instaladas em edifíciosemblemáticos, com um grande ênfase napreservação do seu carácter, tendo-se conseguidoexcelentes soluções de funcionalidade e conforto.

SegurançaO sistema de segurança do Millennium bcp estáconcebido de forma integrada com procedimentose equipamentos que, pela sua criteriosa selecção e manutenção, respeitam escrupulosamente a integridade física de Clientes e Colaboradoresbem como o meio ambiente.

As sucursais do Millennium bcp foram alvo de 20assaltos o que representa um acréscimo de 9 emrelação ao ano anterior. Estes níveis estão em linhacom as ocorrências registadas noutras Instituiçõescom a mesma dimensão relativa no SistemaFinanceiro Português. De salientar que o risk rate5

do Millennium bcp, apesar de ter sofrido uma ligeiradeterioração de 2004 (1/63) para 2005 (1/50),continua a situar-se abaixo do verificado no Sistema

TagusPark.��

5 risk rate = (número de assaltos / número de sucursais)

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Colaboradores, por meio da criação deoportunidades de realização profissional, é um dosvectores fundamentais da sua política de qualidade.O Sistema de Gestão da Satisfação dosColaboradores, à semelhança do SGS Clientes,permite aferir os níveis de satisfação e motivação,constituindo uma ferramenta essencial a umagestão eficaz dos Colaboradores. O instrumentode medida utilizado é um inquérito postal,realizado anualmente e de forma autónoma,dirigido à totalidade do universo (Colaboradoresdo Millennium bcp e das empresas associadas),e não a uma amostra limitada.

O conjunto de atributos considerados para a elaboração do inquérito relacionam-se comcondições de exercício da actividade, como as características da função, a relação hierárquica,as políticas de gestão de pessoas, as políticas de carreiras e de remuneração, o sistema de recompensas, entre outras.

Os resultados globais e por áreas são divulgados e analisados com as unidades respectivas,abrangendo toda a estrutura do Banco. Com baseneles, são programadas medidas concretas,por áreas, com o objectivo de actuar sobre os atributos críticos e, por essa via, fomentar a satisfação e a motivação dos Colaboradores.

O elevado envolvimento dos Colaboradores – patente nas elevadas taxas de resposta, ao níveldas melhores práticas internacionais – reflecte a sua aceitação deste inquérito, e o seucomprometimento com o presente e o futuro do Millennium bcp.

Gestão das pessoas

A gestão das pessoas constitui um dos pilaresfundamentais na construção do Millennium bcp,tendo sido caracterizada pela capacidade de ouvir,aconselhar e de valorizar a aquisição decompetências úteis a cada Colaborador.A perpetuidade do Banco está intimamentecorrelacionada com a capacidade de criar e manter emprego de qualidade, atraindo e retendo talentos individuais, essenciais para o desenvolvimento colectivo da Instituição.

Um bom lugar para trabalhar

Motivação e satisfação A atitude e o comportamento dos Colaboradoresna interacção com os Clientes são factoresdeterminantes da qualidade percebida por estesúltimos. Sem Colaboradores satisfeitos, motivadose leais não é possível ter Clientes satisfeitos, fiéis e rentáveis, relacionados com o Banco de formasustentada.

Por esta razão, o Millennium bcp considera que a gestão da satisfação e da motivação dos seus

Colaboradores1 (2005) Homens Mulheres

Alta direcção 127 12

Direcção 698 143

825 155

Repartição por nível

16 - 20 489 71

13 - 15 827 236

8 - 12 3.871 1.772

< 8 1.913 2.186

7.100 4.265

55

Sem Colaboradores satisfeitos, motivados e leaisnão é possível ter Clientes satisfeitos,fiéis e rentáveis,relacionados com o Banco de forma sustentada.

1 Na actividade bancária em Portugal, excluindo os Colaboradores afectos a sucursais exteriores e escritórios de representação no estrangeiro.

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Estudos realizados em N.º Colabo-2005 (Clientes internos) inquéritos radores Respostas

Estudos Mercado 1 12.882 1.889

Inquéritos de Rastreio 1 12.056 8.504

Inquéritos Específicos 3 1.329 999

5 26.267 11.392

O Sistema de Incentivos, nos termos em que estáconcebido e é levado à prática no seio do Banco,constitui-se como um relevante instrumentoindutor de práticas que contribuam para osresultados, assim como para o reforço do espíritode Equipa e desempenhos alinhados com osobjectivos estratégicos do Banco.

Avaliação do desempenho e a recompensaO Sistema de Incentivos adoptado no Millennium bcp assenta numa matriz de referência,que conjuga a avaliação do desempenho individualdo Colaborador com a performance da equipaonde está integrado. A performance individual é avaliada seguindo o critério da distribuiçãoforçada, o que permite evidenciar uma distinçãoclara entre os diversos patamares dedesempenho, conferindo, assim, uma maiortransparência e rigor à forma como o bónus é distribuído pelos diferentes Colaboradores,aliado a um critério de justiça mais acentuado e entendido. A avaliação da performance dasequipas baseia-se em métricas pré-estabelecidas,de natureza comercial, financeira ou de outranatureza consoante o âmbito de actuação daunidade orgânica.

A avaliação da performance individual permiteassociar segmentos de Colaboradores com traçosde desempenho similar, que em conjugação comoutros indicadores (competências, potencial, etc.)conduz à identificação, p. ex. dos Top Performers,ou dos Underperformers, para os quais sãoprescritas medidas de gestão adequadas ao seu desenvolvimento profissional ou aoaperfeiçoamento e melhoria do seu desempenho,respectivamente.

Este sistema cria condições para identificar as oportunidades e necessidades de formação a todos os níveis e oportunidades dedesenvolvimento e progressão de carreira dos Colaboradores do Millennium bcp.

Colaboradores2 por escalão salarial em 2005 Homens Mulheres

Escalão salarial3

≥ 100 228 21

[90-100[ 66 14

[80-90[ 96 14

[70-80[ 156 33

[60-70[ 213 58

[50-60[ 380 106

[40-50[ 828 253

[30-40[ 1.856 641

[20-30[ 2.298 1.562

[10-20[ 841 1.349

< 10 116 208

Mobilidade e gestão de carreirasO desenvolvimento da carreira é uma funçãopartilhada entre cada Colaborador e a sua hierarquiadirecta, através da qual se procura promover umavisão de longo prazo, atendendo à vocação e capacidades potenciais de cada indivíduo.

No Millennium bcp, a mobilidade funcional é umaprática presente e fomentada desde a fundação,ao ponto de ser erigida como um bem culturaldistintivo e um instrumento de gestão de carreirae melhoria contínua do desempenho.

A política de mobilidade funcional praticada no Millennium bcp assenta na convicção de que a exposição ao desafio colocado por uma novafunção é um estímulo poderosíssimo à aprendizagem e ao desenvolvimento; e que,inversamente, a permanência na mesma funçãopor um período excessivamente longo é fonte

2 Na actividade bancária em Portugal, excluindo os Colaboradores afectos a sucursais exteriores, escritórios de representação no estrangeiroou em situação de licença sem vencimento.

3 Escalões de salários anuais (incluindo remuneração variável), em milhares de euros.

Índice de Satisfaçãoe Colaboradores

��

Motivação Satisfaçãoglobal

Unidadeorgânica

2005

2004

74,5

73,572,4

71,4

74,2

70,6

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da educação escolar dos filhos (se aplicável) e dadeslocação do cônjuge. Não obstante este tratamentoindividualizado, a salvaguarda de princípios geraisque assegurem um tratamento de equidade estáconsagrada nos Princípios de Mobilidade Internacionalaprovados pelo Conselho de Administração.

A mobilidade interna (Portugal) continua aevidenciar níveis de concretização elevados, tendo-seconcretizado 4.772 rotações, correspondendo a uma taxa de mobilidade de aproximadamente39% , que compara com aproximadamente 30% em 2004.

FormaçãoAs prioridades da formação continuaram a orientar-separa o desenvolvimento das capacidadesorganizacionais indispensáveis à eficácia dasdiferentes operações e negócios conduzidos peloMillennium bcp, em subordinação e apoio à suaestratégia global.

Verificou-se em 2005 um forte investimento em formação interna, com especial destaque paraa dirigida aos Colaboradores da área de Retalho,traduzindo-se em mais de 139 mil horas deformação, envolvendo 6.450 participantes.

O decréscimo registado em 2005 nas horas deformação na modalidade de e-learning, deveu-seexclusivamente às alterações ocorridas nestaplataforma, nomeadamente a substituição do fornecedor de serviços, que originou umainterrupção temporária da sua utilização.

Por outro lado, é de realçar o acréscimo na formação presencial, a qual é mais exigente do ponto de vista de utilização de recursos querhumanos quer financeiros, traduzindo o empenhoe prioridade manifestado pelo Banco nacomponente de formação dos Colaboradores.

Ao nível da formação sectorial, destacam-se as seguintes vertentes:

Programa M3 – No âmbito de projectos de realinhamento e dinamização dos vários

de acomodação e de saturação, resultando num abrandamento do desenvolvimento doColaborador, ou mesmo na sua estagnação.

Acresce que, no plano organizacional, a mobilidadeentre funções e unidades orgânicas resulta ainda nadisseminação de boas práticas e na melhoria dacomunicação interdepartamental – aumentando aquiloa que se pode designar por "empatia organizacional",resultado do aumento do número de pessoas que"têm experiência dos dois lados" e que conseguementender os problemas segundo várias perspectivas.

Por outro lado, como é evidente, a mobilidadefuncional é também uma fonte de entropia, pois éinevitável que os Colaboradores recém-transferidospara uma nova função enfrentem um períodoinicial de desempenho abaixo do requerido.

A opção pela mobilidade como instrumento dedesenvolvimento pessoal e de gestão das carreirasacarreta pois um sacrifício da produtividade no curtoprazo, em prol de uma dinâmica sustentável dedesenvolvimento e actualização das competências e capacidades organizacionais, no longo prazo.No Millennium bcp, acreditamos que é possível aceitareste sacrifício e geri-lo de forma controlada, de formaque os ganhos compensem amplamente as perdas.

Embora em âmbito bem mais limitado a mobilidadepode também ocorrer em ambiente internacionalmediante o destacamento de Colaboradores para junto de mercados e operações onde o Millennium bcp tem representação e no sentidoinverso pelo destacamento de Colaboradoresdessas operações para o exercício de funções em Portugal. As oportunidades estão circunscritas a funções chave ao nível da gestão ou a algumasfunções especializadas que permitam acelerar a implementação de projectos já testados e postosem prática com sucesso.

As situações de destacamento são preparadas edialogadas caso a caso, englobando para além dasquestões estritamente profissionais a envolventefamiliar do Colaborador, designadamenteequacionando formas de minimizar o impacto

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Horas de Formação��

Colaboradores abrangidos��

Presencial

2005

2004

On-line (e-learning)

182.169

87.090

133.527

15.195

Presencial

2005

2004

On-line (e-learning)

7.485

2.702

18.192

10.734

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que respeita à relação com os Clientes, esteprograma procura ajudar as chefias a dominar as técnicas de coaching, numa perspectiva dedesenvolvimento permanente das suas equipas,e a "fazer bem" os "momentos da verdade" – umnúmero limitado de "transacções" interpessoaisque constituem a grande maioria dos contactosentre elas e os seus Colaboradores: comunicarobjectivos, acolher um novo Colaborador, elogiarum bom desempenho e corrigir pela positivaoutro desempenho menos bom, conduzir umaentrevista de aconselhamento e avaliação;

Aprender as línguas – A relevância crescente da presença internacional do Millennium bcpjustificam o suporte e incentivo à aquisição e desenvolvimento de competências em línguas.Esta formação passou a ser dirigida e activamentepromovida junto de populações-alvo específicas,quer em termos de funções desempenhadascomo, de forma transversal, para todos os quedetêm categoria directiva;

Branqueamento de capitais – orientado para o robustecimento de práticas de actuação ajustadasà prevenção, detecção e controlo nas operações,em conformidade com as orientações e directrizesque impendem sobre o exercício da actividadefinanceira, realizaram-se acções de formação emregime de e-learning sobre Branqueamento deCapitais em que participaram cerca de 1.100Colaboradores e que irão prosseguir em 2006.

Ao longo de 2005, para além dos programasespecíficos anteriormente referidos, foi dadacontinuidade ao Programa de Incentivo à QualificaçãoAcadémica que visa encorajar os Colaboradores com mérito e potencial adequados, a completarlicenciaturas e pós-graduações com interesse para as suas carreiras e para os negócios do Grupo, tendosido apoiados mais de 200 Colaboradores com uma comparticipação média de 48% das propinas.

ExcelênciaO Millennium bcp distingue todos os anos osColaboradores do Banco que se destacaram, atravésda atribuição dos Prémios Excelência. Esta distinção

segmentos do Retalho foram desenvolvidosprogramas de formação específicos. Com o objectivo de apoiar e garantir uma dinâmicacomercial nas sucursais do Retalho, envolvidas no programa M3 (Menos Carga Operacional,Mais Eficácia Comercial e Melhor Serviço),foi desenvolvida a "Academia M3";

Academia "Mais Prestige" – A par desta iniciativa, como objectivo de re-enquadrar e dinamizar o negóciodos Clientes particulares encarteirados (Prestige),foi desenvolvido um Programa de Formação comobjectivos idênticos aos da "Academia M3";

Back-office e IT – O esforço de formação na redecomercial impõe um acompanhamento pelasunidades de retaguarda. Neste domínio, tem sidoefectuado um enorme esforço formativo que visa a actualização e preparação dos Colaboradores que desempenham funções em áreas de back-officesendo de destacar os das áreas de IT. Em 2005 foiconcedido a cerca de 200 Colaboradores o acesso a acções para a obtenção das Certificações MCAD,MCSD, MCSA, MCSE e MCDBA da Microsoft,o que se traduziu na frequência de 1.350 cursos;

Produtos financeiros – As competências em matériade produtos financeiros e das operativas que ossuportam – partilhada pela rede comercial e pelasunidades de retaguarda – são desenvolvidas, emgrande parte, por meio do e-learning.

Em 2005 deu-se também continuidade aoprograma de formação em gestão de pessoas(liderança), orientado para os key drivers damotivação dos Colaboradores, tendo abrangido927 Colaboradores com funções de chefia e um total de 18.627 horas de formação.

Destacaram-se as seguintes vertentes de formaçãoinstitucional (transversal) durante 2005:

Melhorar a liderança – programa que tem porobjectivo melhorar a qualidade da liderança e da relação hierárquica e, por essa via, reforçar o alinhamento estratégico e combater adesmotivação dos Colaboradores.Tal como no

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A crescente intensidade competitiva nos mercadosmais desenvolvidos, a globalização e especializaçãodas principais instituições financeiras, a maiorfrequência de operações de consolidação trans-fronteiriças estão a modificar profundamente a estrutura e intensidade concorrencial do sectorbancário mundial, modelando novos factorescríticos de sucesso e acentuando as exigências de eficácia comercial e eficiência operativa.O redimensionamento do quadro de Colaboradores, que se afigura no caso do Millennium bcp ainda relativamente elevadoface aos benchmarks de referência, constituiu uma necessidade imperativa para a instituição se reposicionar e fortalecer face às alteraçõescompetitivas e assegurar a sua sustentabilidade a longo prazo.

O redimensionamento do quadro deColaboradores tem sido um processo conduzidocom respeito e dignidade, assente em negociaçõesindividuais com cada Colaborador, de acordo comcritérios pré-definidos, o que se tem reflectido nasalvaguarda dos níveis de serviço e na estabilidadedas relações laborais. As reformas por idade ou antecipadas têm constituído o principalinstrumento de redimensionamento, sendoacordadas condições bastante mais favoráveis queas exigências legais, assegurados diversos benefícios

visa reconhecer aqueles que, pelo seu excepcionaldesempenho profissional e capacidade de trabalho,atingiram um nível de verdadeira excelência.

Em 2005, durante a sessão de trabalho do DiaAberto, 48 Colaboradores foram distinguidos com os Prémios de Excelência, que foram entregues pelosmembros do Conselho de Administração do Banco.

ReestruturaçõesDurante o exercício de 2005 prosseguiu-se a políticade redimensionamento, rejuvenescimento,reestruturação e requalificação dos activos humanosdo Millennium bcp. Este esforço, que tem vindo a ser desenvolvido desde o aumento expressivo do quadro de pessoal ocorrido na sequência da aquisição de diversas instituições financeiras em 2000, visa o ajustamento do quadro deColaboradores às novas exigências de negócio,tendo em consideração os objectivos de retenção e desenvolvimento dos Colaboradores com maiorpotencialidades, rejuvenescimento e simplificação dasestruturas organizacionais, recrutamento e formaçãode quadros jovens com habilitações superiores eracionalização dos custos com pessoal através doredimensionamento do quadro de Colaboradores.O quadro de Colaboradores associados à actividadebancária em Portugal diminuiu de 12.364 para11.365 entre o final de 2004 e de 2005.

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Entrega de Prémios Excelência.��

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de incapacidade total e calculada sobre o saláriototal do colaborador activo.

Este procedimento tem sido aplicadorigorosamente a todos os Colaboradoresindependentemente da sociedade de origem ou da categoria profissional, pelo que, nestascondições, todos os Colaboradores terão a sua pensão de reforma melhorada em relação ao disposto na contratação colectiva do sector.

Com o falecimento de um Colaborador no activoou na reforma, os seus filhos, enquanto mantiveremdireito a subsídio familiar a crianças e jovens,usufruirão mensalmente, enquanto se verificaraproveitamento escolar, de 125, 175 ou 235 euros,conforme se encontrem inscritos no ensino infantil,pré-primário e primário, ou secundário e universitário, respectivamente.Trata-se de um benefício exclusivo do Millennium bcp.

Apesar dos benefícios consagrados em sede deregulamentação colectiva, bem como do leque deregalias adicionais que o Banco assegura aos seusColaboradores, sempre se vão verificando situaçõescom alguma gravidade a nível da subsistênciaindividual e familiar, derivadas de doença, acidente,morte, problemas familiares ou outras ocorrências.

O objectivo do Fundo Social consubstancia-se na prestação de apoio financeiro, sob a forma de empréstimos e subsídios a fundo perdido,para resolução de problemas sociais que, pela sua natureza ou circunstância, devam serconsiderados fora do âmbito dos benefíciosexpostos atrás.

Poderão ser beneficiários deste tipo de apoiosocial todos os Colaboradores do Millennium bcp,activos ou reformados e respectivos agregadosfamiliares, bem como os pensionistas.

Igualdade de oportunidades

Os Colaboradores são o activo mais importantedo Millennium bcp, e para que diariamente dêemo seu melhor e sintam orgulho na sua contribuição

complementares e procurando o Banco apoiar a mudança de vida do Colaborador.

De igual forma, destaca-se a importância do rejuvenescimento dos recursos humanos,expresso no recrutamento de 510 Colaboradores,contribuindo para a inversão da tendência deevolução da idade média do quadro de efectivos– que era de 39,3 anos em 31 de Dezembro de 2004 e passou para 39,0 anos em 31 deDezembro de 2005 – acompanhado por medidasde modernização, pela introdução de novasferramentas tecnológicas e pela optimização de processos operativos, contribuindo para o reforço da produtividade e competitividade.

Em paralelo foram definidos e implementadosprocessos de optimização organizativa queenvolveram o redimensionamento de unidadesorgânicas, a adequação de perfis dosColaboradores às funções e níveis deresponsabilidade, a diminuição de layerse o aumento do span of control, a concentração de funções e a melhoria de procedimentos.

Empresa familiarmente responsável

A par dos aspectos particulares que a gestão das pessoas assume no Millennium bcp, em parteresultantes da sua vinculação à regulamentaçãocolectiva que negociou e acordou com os sindicatosdo sector, avultam diversos compromissos deatribuição de benefícios sociais aos Colaboradores e suas famílias, todos eles ultrapassando claramentea estrita medida legal da protecção social quequalquer empresa deve assegurar.

De entre estes benefícios, assumem particularrelevo os referentes à reforma dos Colaboradoresmatéria que tem distinguido o Millennium bcp.

De facto, o Banco tem vindo a fazer dotações para o fundo de pensões, não só para cobrir a retribuição base a que os acordos colectivos de trabalho obrigam, mas também o complementosalarial livre que o colaborador aufere, bem comoa pensão de sobrevivência em caso de morte ou

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não se trata de providenciar a pessoa certa para a função certa mas sim encontrar a função certapara desenvolver competências. A optimização das vantagens inerentes à Mobilidade pressupõe a necessidade de rotação de cinco em cinco anospara a maior parte das funções e o envolvimentoanual superior a 20 % dos Colaboradores;

Comissão de Trabalhadores – em complementodos mecanismos de comunicação existentes os Colaboradores podem utilizar esta entidadeque se reúne regularmente com o Conselho de Administração do Banco, para discussão de diversas matérias relativas aos direitos e deveres dos Colaboradores.

Procura-se assim promover o bem-estar e o saudável ambiente profissional, para que todos produzam com competência as suas tarefas.O intuito é o de eliminar qualquer tipo dediscriminação dentro da instituição, garantindo a todos igualdade de oportunidades.

Condições de trabalho

Infra-estruturasAs instalações do Millennium bcp obedecem a exigentes parâmetros ao nível das condições de trabalho, considerados determinantes para o bom desempenho das funções de cadaColaborador. Em todos os edifícios e escritóriosonde o Millennium bcp está presente sãoimplementadas soluções de luz, temperatura,mobiliário e manutenção das instalações que terãoque cumprir as condições exigidas de modo a nãoser factor de risco ao nível da saúde, mas tambémcriando condições para não ser fonte deinquietação, perda de concentração, sonolência,ansiedade, stress ou outras situações que possamafectar os Colaboradores e a sua actividade.

Higiene e Segurança no TrabalhoA actuação do Millennium bcp na área da Higienee Segurança no Trabalho tem como finalidadeassegurar os mais elevados padrões de qualidadenas condições de trabalho dos Colaboradores doBanco. O Millennium bcp cumpre na íntegra todas

no desempenho global da instituição, procura-seassegurar que todos sejam tratados com dignidadee com igualdade de oportunidades, estimulando o seu talento. Respeito, inclusão e cooperação são valores e directrizes que no Millennium bcppautam o dia-a-dia e materializam uma cultura de liberdade e responsabilidade.

Além da colaboração da sua hierarquia,o Colaborador dispõe de informação completasobre os seus direitos e possibilidades de progressão,mecanismos existentes e seu funcionamento, em sítiopróprio na Intranet da instituição.

O universo de Colaboradores é bastante diversoe procura-se a todos assegurar tratamento justo e digno, reprovando quaisquer tipo de práticasdiscriminatórias. Para tal existe um conjunto denormas e procedimentos que procuram asseguraro rigoroso respeito por todos os Colaboradores:

Políticas e práticas de recrutamento e selecçãotransparentes – independentemente do modo de entrada da candidatura todos os processosseguem o mesmo trajecto. No final do Processo de Recrutamento, os Candidatos são entrevistados por um Júri de Selecção – composto por membrosda Alta Direcção –, que emite um parecer.Esse parecer será, por sua vez, sujeito ao Conselhode Administração, órgão a quem compete emexclusivo a decisão final de admissão de novosColaboradores;

Formação – ao longo de todo o trajecto profissionalé assegurado aos Colaboradores um programa de formação contínua. O Banco disponibiliza a todos os Colaboradores, a cada momento, a formaçãoadequada ao eficaz desempenho das suas funções.

Possibilidade de desenvolvimento de carreira – a todos os Colaboradores é garantida a possibilidade de construção de uma carreira,diversificada e enriquecida, dentro do Banco.O principal motor de apoio à realização destetrajecto é constituído pela possibilidade demobilidade interna. Um dos princípios implícitos é o do desenvolvimento de competências,

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disponível 24 horas por dia), que encaminha otrabalhador sinistrado para o Centro Clínico/MédicoEspecialista mais adequado (a proximidade geográficaé também um dos factores a ser considerado).Posteriormente a seguradora procede à aberturaadministrativa de um processo de sinistro, informandode imediato a estrutura da Medicina Ocupacional da entidade empregadora (Banco).

Estas duas estruturas médicas (da Seguradora e do Banco), acompanham todo o processo de recuperação do trabalhador, através de trocade informações clínicas entre ambas, no sentido de agilizar os melhores meios no tratamento do Colaborador.

Apesar terem ocorrido alguns acidentes de trabalho,não existe nenhuma fatalidade a registar em 2005.

as exigências legais sobre as actividades de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho,assegurando uma monitorização permanente dasinstalações de todo o Banco. Esta monitorizaçãotraduz-se em visitas periódicas às instalações,conduzindo análises que têm como objectivodetectar disfunções, como sejam a qualidadeergonómica, a qualidade do ar, o nível de ruído e a iluminação dos espaços.

Esta vigilância através da monitorização dasinstalações de todas as empresas do Millennium bcp,é realizada por uma empresa tecnicamenteespecializada, em regime de outsourcing. Os serviçosde Medicina do Banco coordenam as visitasrealizadas às instalações do Banco e o tratamentodos relatórios originados pelas visitas, sendo tambémresponsáveis pelo reporte de disfunções detectadase pela proposta de soluções para corrigir eventuaissituações de não conformidade.

O Millenniumbcp tem transferida a suaresponsabilidade de empregador, decorrente doregime jurídico de acidentes de trabalho e doençasprofissionais regulamentado pela Lei 100/97 de 13/09,para a Ocidental – Companhia Portuguesa deSeguros S.A.. O momento do acidente traduz-se numcontacto imediato para a Seguradora (linha telefónica

2005 2004

Acidentes de trabalho 74 103

Vitimas mortais – 1

O Millennium bcp cumpre com as directrizes e convenções da ILO – International Labor Organization.

Benefícios sociais

Planos de saúdeOs Colaboradores do Millennium bcp têm acesso a um vasto leque de serviços no que se refere

2005 2004

Visitas de HST 230 245

Análises à qualidade do ar 5 11

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à assistência médica e aos cuidados de saúde de que podem beneficiar. Este nível de abrangênciade escolhas à disposição de todos os Colaboradoresdo Millennium bcp é porventura uma situação ímparao nível empresarial em Portugal, sintomática daimportância que o Banco confere à saúde dos seusColaboradores. O Millennium bcp disponibiliza aosseus Colaboradores a adesão a um seguro de saúdegerido pela Médis, beneficiando assim de um planode saúde em condições privilegiadas. OsColaboradores do Millennium bcp podem tambéminscrever-se nos diversos Serviços de AssistênciaMédico-Social (SAMS) que são geridos pelosSindicatos do Sector Bancário. É importantesublinhar que a Médis e os SAMS estabeleceram um protocolo que permite aos Colaboradores que estejam inscritos num dos sistemas usufruir dosserviços oferecidos pelo outro sistema.Aos serviços de saúde à disposição dos Colaboradores doMillennium bcp já apontados acrescem os Serviçosde Medicina do Millennium bcp e o Seguro naClínica Universitária de Navarra.Todos estes serviçosde assistência médica aos quais os Colaboradorespodem recorrer são extensíveis ao cônjuge e filhosdependentes, permanecendo válido com a passagemdo Colaborador à situação de reforma:

Rede de serviços dos SAMS de cada um dosSindicatos do Sector, incluindo os serviços dasentidades com quem estes tenham celebradoacordos ou convenções;

Rede de serviços disponibilizados pela CompanhiaPortuguesa de Seguros de Saúde, S.A. (Médis);

Serviços de Medicina do Millennium bcp;

Seguro de Grupo na Clínica Universitária de Navarra em Pamplona – Espanha;

Rede de serviços disponibilizados pelo ServiçoNacional de Saúde.

Serviços de medicinaA Saúde e o Bem-estar das pessoas é um pilarfundamental na actuação do Millennium bcp paracom os seus Colaboradores. As práticas do

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Consultas efectuadas4 2005 2004

Medicina trabalho 7.832 10.477

Medicina curativa 26.931 29.104

Millennium bcp neste domínio vão muito para alémdo legalmente imposto.

O Millennium bcp tem como filosofia de actuaçãoapoiar, sem excepção, todas as situações clínicas dosseus Colaboradores com patologias graves. É combase neste princípio que o Banco assegura umtrabalho de acompanhamento, orientação ecomplementaridade nos cuidados de saúde dosColaboradores do Millennium bcp com base nosmais elevados padrões de qualidade e excelência.Nesse sentido, o Banco tem uma áreaespecialmente dedicada à saúde dos Colaboradores,designada por Serviços de Medicina.

Localizados estrategicamente em diversos pontosdo País, de modo a facilitar o acesso a todos osColaboradores, os Serviços de Medicina doMillennium bcp são constituídos por um total de 35 pessoas. Esta equipa é responsável porassegurar os Serviços de Medicina Curativa e de Medicina do Trabalho, assegurando o acompanhamento e supervisão da saúde de todos os Colaboradores no activo, e todos os Colaboradores reformados, nas diferentesvalências. Os Serviços de Medicina prestamserviços a todas as Empresas que estão na esferado Millennium bcp.

Na valência da Medicina Curativa, o Millennium bcp,através dos seus Serviços de Medicina, temcomo principal missão assegurar a assistênciamédica ao Colaborador.

4 Exclui consultas efectuadas no âmbito de processos de reforma de Colaboradores.

Esta função tem um posicionamentocomplementar aos serviços de saúde que o Colaborador já dispõe através dos planos de saúde da Médis e do SAMS e do ServiçoNacional de Saúde. Os Serviços de Medicina

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Check-up realizados��

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Activo

Reformados

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1.144

7.929

1.158

Quadro de Pessoal:

Corpo Clínico (18)3 Médicos em regime de dedicação exclusiva;15 Médicos em regime de tempo parcial.(10 em Medicina do Trabalho e 8 em MedicinaCurativa)

Psicólogas/Assistentes Sociais (2)1 em regime de dedicação exclusiva1 em regime de tempo parcial

Enfermeiras (7)1 em regime de dedicação exclusiva6 em regime de tempo parcial:

Pessoal Administrativo (8)

Check-up no Millennium bcp

Periodicidade: anual para os Colaboradores com maisde 40 anos e de 2 em 2 anos para os Colaboradorescom menos de 40 anos.

Constituição: História clínica, Exame objectivo,Análises laboratoriais completas, Electrocardiograma,Radiografia ao tórax, Acuidade visual, Acuidadeauditiva, Espirometria, Ecografia abdomino-renalcompleta, Ecografia Mamária, Exame ginecológico,Ecografia ginecológica e Ecografia prostática (acimados 50 anos).

Check-up legalmente exigido *

Periodicidade: anual para os Colaboradores com maisde 50 anos e de 2 em 2 anos para os com menos de 50 anos.

Constituição: História clínica, Exame objectivo,Análises laboratoriais simples, Electrocardiograma e Acuidade visual.

* Decreto-Lei n.º 109/2000

protocolados no estrangeiro, os Serviços de Medicina acompanham em todas as fases,nomeadamente, a avaliação da justificaçãomédica e o acompanhamento durante a permanência nas unidades hospitalares.É também função dos Serviços de Medicina a avaliação de situações de inadaptação clínico-profissional do Colaborador, avaliação de eventuais casos de incapacidade para o trabalho devido a patologias graves,e avaliação para efeitos de Seguros de Vida dos Colaboradores que recorrem ao CréditoBancário.

Na Medicina do Trabalho, os Serviços de Medicina do Millennium bcp têm a responsabilidade de acompanhar a saúde dos Colaboradores na valência da MedicinaPreventiva, assegurando a realização dos Check-up aos Colaboradores, no activo e nareforma. Os Check-up aos Colaboradores do Millennium bcp são bastante mais completos e obedecem a uma periodicidade mais exigentedo que o legalmente imposto. Na sequência dos Check-up, os Serviços de Medicina sãoresponsáveis pela sua avaliação, diagnóstico,orientação, aconselhamento e eventualencaminhamento para especialidades.Também no âmbito da Medicina do Trabalho,são realizados exames ocasionais no sentido de avaliar a aptidão dos Colaboradores apósperíodos de baixa prolongada. A Higiene e Segurança no Trabalho é acompanhada pelos Serviços de Medicina, através doacompanhamento e supervisão das visitasperiódicas aos locais de trabalho e produção de relatórios na sequência das visitas.

Clínica Universitária de NavarraOs Colaboradores do Millennium bcp têmtambém a possibilidade de recorrer à ClínicaUniversitária de Navarra, em Pamplona, nos casosclínicos considerados mais graves, após parecerdos Serviços de Medicina. O recurso à Clínica de Navarra decorre ao abrigo do Seguro que osColaboradores do Millennium bcp dispõem paraestes casos. Este Seguro é uma regalia adicional

acompanham todas as patologias graves,procurando encontrar a melhor solução clínica,em conjunto com o sistema de saúde doColaborador. Em todos os casos clínicos gravesque são orientados para Centros Clínicos

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Crédito a ColaboradoresNo conjunto dos benefícios disponibilizados,a possibilidade de acesso a créditoespecificamente vocacionado paraColaboradores, representa um importantecontributo social do Banco para com os Colaboradores e respectivas famílias.

Neste domínio, os Colaboradores têm acesso a crédito com condições vantajosas para:

Aquisição de habitação própria (taxa de juromédia em 2005 de 1,30% );

Outros fins sociais (taxa de juro média em 2005de 3,22% ).

O Clube Millennium bcpO Clube Millennium bcp assume como suaprincipal missão dar um contributo para odesenvolvimento cultural, físico e psíquico dosassociados, Colaboradores no activo e em situaçãode reforma. A promoção e desenvolvimento das

que é proporcionada aos Colaboradores, no activoe na reforma, e que é extensível ao cônjuge e filhos dependentes. As despesas de assistênciaclínica na Clínica Universitária de Navarra sãosempre comparticipadas a 100%.

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Número de sócios em 2005 (Efectivos: 13.000. Sóciosauxiliares: 17.500).

Área Desportiva: Participação em cerca de 400actividades, abrangendo 23 modalidades.

Área Cultural e de Lazer e Tempos Livres: Participaçãoem cerca de 100 eventos.

1.ª Exposição de Arte Postal do Clube Millennium bcp.

Exposições de Pintura e Artes Decorativas criadaspelos sócios.

Representação da Peça de Teatro "Três em Lua deMel", de Henrique Santana e Ribeirinho.

MilRaízes no programa da RTP1 "Portugal no Coração".

Edição do DVD "Memória Popular" do MilRaízes.

Edição do CD "Fantasias" do MilCordas.

Comemoração de 20 anos do MilCordas.

Espectáculos do Coral Ensaio,do MilCordas e do Mil Raízes.

Viagens.

1.272 crianças celebraram o Dia Mundial da Criança(em Lisboa, no Estádio Nacional e no Porto, noColégio Luso-Internacional).

Crédito concedido a Colaboradores 2005 2004

Crédito Colaboradores Crédito Colaboradores

Carteira (saldo no final do ano)

Habitação 1.103 13.533 1.110 13.265

Fins sociais 42 6.897 46 8.003

Crédito concedido (nova produção)

Habitação 151 1.612 264 3.445

Fins sociais 16 1.731 18 2.184

Milhões de euros

Seguro Clínico Navarra 2005 2004

Pessoas abrangidas 51.854 52.156

Número de consultas 800 806

Prémio seguro (mil euros) 1.685 1.619

actividades de carácter cultural, desportivo,recreativo e social, bem como de actividades embenefício da Comunidade, são as principais linhasde força do Clube, procurando estimular cada um para que "Viva o seu tempo livre". O ClubeMillennium bcp é actualmente o maior clubecultural e desportivo de âmbito empresarialexistente em Portugal, contando com mais de 30.000 associados.

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de actividade alcançou resultados assinaláveis nocampo das instituições financeiras dedicadas a estecampo de actuação.

O projecto de lançamento de uma operaçãoautónoma em Portugal, surge no seio da Comissãode Responsabilidade Social e Sustentabilidade,criada em Março de 2005. Para esta Comissão era evidente a possibilidade de combinar os esforços e os interesses correctos por forma a enfrentar alguns dos principais desafios que secolocam à sociedade portuguesa contemporânea:o nível de empreendedorismo e a inclusão social.

O Millennium bcp microcrédito, tem como visãofinanciar e promover pessoas e microempresascom iniciativas empresariais viáveis, que de outraforma não teriam os meios financeiros suficientespara suportar os investimentos exigidos.Tal deveser feito, com recurso a uma combinação deplataformas operativas e parceiros, que garanta a auto-sustentabilidade da operação.

Portugal apresenta um elevado mercado de oportunidades para este tipo de operação.Pequenas microempresas, desempregadosespecializados, jovens desempregados,recém-licenciados ou estudantes finalistas,reformados e imigrantes representam populaçõessignificativas e de onde se podem, certamente,extrair boas ideias, geradoras de novos negócios e, consequentemente, de novos postos de trabalho,de riqueza e de desenvolvimento sócio-económico.

Na preparação da operação e através de entrevistasem profundidade realizadas a potenciais Clientes,haviam sido identificadas as expectativas dos Clientes.As revelações obtidas foram incorporadas a diferentesníveis de modo a construir uma experiência derelacionamento única. Este trabalho permitiu garantir

Em 8 de Novembro de 2005, 24 horas após o DiaMundial de Erradicação da Pobreza, o Millennium bcpe os seus parceiros anunciaram o lançamento deuma operação autónoma de microcrédito emPortugal. O ano de 2005 havia sido consagradopelas Nações Unidas como o Ano Internacionaldo Microcrédito. O objectivo das Nações Unidasera ambicioso: fazer chegar esta ferramenta a cerca de 500 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem em situação de pobreza.

O microcrédito é, antes de mais, um poderosoinstrumento criador de oportunidades juntodaqueles que tradicionalmente não têm acesso a crédito, mas não deve ser encarado como formade solidariedade ou de mecenato. O microcréditoagrega o espírito empreendedor, o esforço e o empenho daqueles que acreditam e que não se resignam ao facto que a sua ideia de futuro, nãovai nascer, simplesmente por não existir no sistemafinanceiro tradicional quem acredite também.O microcrédito assenta em três pilares fundamentais,conhecer, acreditar e confiar.Todos os pilares têmuma forte componente de relação humana, comoqualquer negócio ou parceria. O Millennium bcpacreditou, mais uma vez que, utilizando a "tecnologia"correcta, poderia abordar esses pilares e assim, seriapossível transformar destinos de muitas pessoas.

Já antes em Portugal, através da parceria com aANDC (Associação Nacional de Direito ao Crédito),estabelecida no ano de 1998, o Millennium bcp tinhaabraçado esta corrente tornando-se o primeiro e, até há pouco tempo, o único banco nacional aapoiar a principal entidade portuguesa dedicada aomicrocrédito. Mais tarde, no ano 2000, fruto da suapresença em território moçambicano e em respostaao desafio lançado pelas autoridades daquele país,o Millennium bcp lançou o NovoBanco, instituiçãovocacionada para a microfinança e que após 5 anos

O Millennium bcp MicrocréditoPermitir uma segunda oportunidade e contribuirpara a inclusão e coesão social.

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intervenções muito específicas em áreas vão desde os espaços físicos disponíveis para a operação, até à estratégia de comunicação.

Não é na estrutura simples e flexível de produtosque o Millennium bcp microcrédito torna distintivaa sua oferta. A distinção é garantida pelo factorhumano, traduzido na figura do Gestor deProjecto, elemento fulcral da operação, quegarante uma presença contínua no terreno.Contactar, conhecer e apoiar os Clientes, são as acções que compõem a sua missão.

Os Gestores de Projecto operam a partir de umarede inicialmente composta por três escritórios(Lisboa, Porto e Braga). Para além de funcionaremcomo locais de trabalho do Gestor de Projecto,estes escritórios servem também de espaços deapoio aos Clientes na fase de preparação dos seusprojectos. Os escritórios foram localizados em áreasde grande tráfego, com fácil acesso e bem servidaspor transportes públicos.

Ao longo do desenvolvimento do projecto, ficouclaro que só a oferta de crédito não seria suficientepara garantir o sucesso dos empreendimentos queo Millennium bcp viesse a apoiar. As principaisexperiências internacionais neste campo, revelamque a formação e o apoio continuado aos novosempreendedores tornam-se elementosfundamentais para o sucesso. O Millennium bcp

lançou o desafio à Fundação Calouste Gulbenkian,para que esta prestigiada entidade se tornasseparceira do Banco na operação, garantindo assim o apoio financeiro para a elaboração e aplicação de programas de formação específicos. O desafio foiaceite. Os Clientes do Millennium bcp microcrédito,poderão assim dispor de formação intensiva, sobrematérias necessárias à subsistência da sua novaexperiência empresarial.

A cobertura de todo o território nacional,por parte do Millennium bcp microcrédito, surgiucomo um dos desígnios originais da Comissão de Responsabilidade Social e Sustentabilidade.No entanto, o investimento necessário para garantirtal presença física entrava em conflito com o objectivo de criar uma operação auto-sustentável.A solução foi encontrada com a celebração de umaoutra parceria, desta vez com a Cáritas Portuguesa,instituição de apoio social de grande dispersãogeográfica. A Cáritas Portuguesa disponibiliza as suasinfra-estruturas para que a operação do Millennium bcpmicrocrédito chegue a todo o país permitindo, emparalelo, obter elevadas sinergias operacionais.

No final de 2005 e com menos de dois meses de operação, o Millennium bcp microcrédito já haviarecebido mais de 1.000 propostas. Destas, 321foram consideradas válidas e encontravam-se emfase de análise de viabilidade. Sete empreendedorestinham já visto os seus projectos aprovados.

Lançamento da rede Microcrédito.��

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68 Compromisso com as gerações futuras

Compromisso ambientalPartilhar experiência e conhecimentoCompromisso com a sociedade

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e condições de financiamento ou investimento, emnegócios ou projectos que possam gerar impactesambientais significativos.A experiência internacionaltem vindo a demonstrar que empresas preocupadascom o ambiente têm melhores perspectivas desucesso duradouro que a média do mercado.Para prevenir e minimizar estes impactes é necessáriouma consciência do risco financeiro associado ao risco ambiental. Os problemas ambientais dos projectos podem ter impactes relevantes na capacidade de resolução do empréstimo ou na obtenção de lucro nos investimentos.

Um banco pode ainda ter uma influência positivaapostando em produtos e serviços focados noambiente. Entre estes, contam-se a melhoria da qualidade dos serviços de aconselhamento a clientes, especificamente na vertente ambiental e financiamento de oportunidades e tecnologiasambientais (energias renováveis, infra-estruturas de recuperação e regeneração ambiental),incluindo a criação de novos mercados. Ao níveldo investimento, tanto as grandes empresas comoos clientes individuais apostam cada vez mais em investimentos ambientalmente (e socialmente)responsáveis; um banco pode oferecer produtosfinanceiros baseados no investimento em empresascom bom comportamento ambiental.Estas vertentes constituem outras tantasoportunidades de negócio.

Refiram-se ainda as consequências ambientaisrelevantes decorrentes das operações internas doBanco, como por exemplo o consumo de energia,água, materiais e equipamentos, o uso do solo e a produção de resíduos e efluentes. Os impactesdaqui decorrentes minimizam-se através da adopçãode boas práticas ambientais, podendo-se recorrer

O sector financeiro e o ambiente

A responsabilidade social das empresascorresponde à operacionalização do conceito dedesenvolvimento sustentável ao nível empresarial,abrangendo a ética empresarial, a integraçãovoluntária de preocupações sociais e ambientaisnas operações da empresa, a transparência,a responsabilização perante a sociedade e a interacção com todas as partes interessadas.

Reconhece-se hoje que uma boa eficiênciaambiental está interligada com a boa rentabilidadeeconómica. Neste contexto, destaca-se o conceitode eco-eficiência: obter melhor resultado com umconsumo de recursos reduzido e menos poluição.Uma empresa eco-eficiente tem capacidade paracriar melhores produtos, conquistar mercadosinovadores e aproveitar oportunidades maiscompetitivas.

A conquista das vertentes ambiental e social é ambiciosa e implica um trabalho árduo, maspossível e com recompensas – seja ao nível doreconhecimento pela sociedade e pelo mercado, sejaao nível do aumento da rentabilidade conseguidacom melhor eficiência de gestão de recursos.

O sector financeiro tem um potencial importantede promoção do desenvolvimento sustentável,tanto pelas suas características e capacidade deinfluência específica, como pelo seu peso enquantoempregador e consumidor.

O aspecto porventura mais relevante da actividadebancária é a capacidade de influenciar ocomportamento ambiental dos clientes e dasempresas participadas, através das decisões

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Compromisso ambientalA conquista da vertente ambiental é ambiciosa,implica um trabalho árduo, mas possível e comrecompensas para todos os Stakeholders.

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O sucesso deste tipo de cooperação reside nacomplementaridade de competências: a empresaconhece o mercado mas a formulação de soluçõesnovas é complexa, implica apostar em resultadosincertos abandonando rotinas provadas, o querepresenta um risco; a universidade podeexperimentar múltiplas soluções arrojadas, porque o seu sucesso se mede pela produção deconhecimento. Desta simbiose resultam vantagenspara a empresa, porque ganha uma capacidade deanálise acrescida em domínios fora da suaexperiência habitual, que podem representar umavantagem competitiva futura; e resultam vantagenspara a universidade, que deste modo abre as suasportas à realidade do mercado, produz investigaçãomais útil e qualifica melhor os seus estudantes.

No âmbito da estratégia de sustentabilidade,o Millennium bcp celebrou um protocolo de colaboração com o Instituto do Mar – pólo da Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade Nova de Lisboa, que tem vindo adesenvolver investigação sobre esta temática. EsteProjecto é designado "Millennium bcp Ambiente".

A cooperação em curso enquadra-se numa visãoestratégica da sustentabilidade. Numa primeira fase estão a ser criados instrumentos de auto--conhecimento e auto-controlo, por forma a garantir o cumprimento da legislação aplicável,reporte transparente e implementação de medidasprioritárias, nos domínios ambiental e social.

A aplicabilidade desta estratégia de sustentabilidadeenvolve orientações muito objectivas em domínioscomo a introdução de critérios ambientais e sociaisna formulação de negócios, escolha de parceiros e decisões de concessão de crédito, a aposta natransparência de informação assente nos relatóriosde sustentabilidade, e a realização de mecenatoambiental, científico, cultural e de solidariedade social.

O Projecto Millennium bcp Ambiente incide sobrea gestão ambiental do Banco. Os trabalhos doIMAR/UNL compreendem diversas vertentes:investigação sobre a avaliação do desempenhoambiental; preparação da componente ambiental

a um sistema de gestão ambiental, estabelecendopor exemplo programas de eficiência energética,reciclagem, redução de resíduos na fonte, educaçãoe selecção de fornecedores que demonstremmelhor comportamento ambiental. Para além da melhoria ambiental, esta postura geraoportunidades para redução de custos.

A um nível mais geral, as instituições financeirastêm responsabilidade perante a comunidade ondeoperam e devem envolver-se nos assuntosambientais relevantes. Devem promover umdiálogo aberto com todas as partes interessadas,o que permite considerar as preocupações da comunidade relativamente a projectosambientalmente sensíveis. Devem ainda sertransparentes quanto ao seu desempenhoambiental e cooperar activamente comorganizações que promovem o Ambiente,por exemplo através do mecenato.

Nenhuma destas acções é possível se a empresanão trabalhar como um todo, pelo que o envolvimento de todos os Colaboradores é essencial: cada Colaborador deve ser responsávelpela protecção do ambiente, quer na sua área de trabalho, quer como cidadão. Esta aposta nos Colaboradores faz com que a empresa actuecomo catalizador de mudanças na sociedade.

O Millennium bcp adopta os princípios acimaenunciados, assumindo o compromisso de financiaro desenvolvimento sustentável, prevenindo e minimizando eventuais impactes ambientaisresultantes da actividade, procurando a melhoriacontinua do desempenho ambiental e dacomunidade em que se insere. O Millennium bcpaspira liderar a promoção da sustentabilidade no sector financeiro.

Protocolo ambiental com o IMAR/UNL

A cooperação universidade-empresa é uma apostadecisiva no futuro, uma vez que as empresasnecessitam de alternativas inovadoras paramanterem a competitividade e as universidadesdispõem do conhecimento necessário para inovar.

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João Joanaz de Melo, João GomesFerreira e Luciana Macedo do IMAR,Paulo Teixeira Pinto e Filipe Pinhal do Millennium bcp.

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e valorização do seu uso, conduzindo a uma maioreficiência e parcimónia no uso de água, energia e matérias-primas, bem como a redução da produção de resíduos.

A actividade bancária não pode ser consideradacomo estando entre as mais poluentes, noentanto, tem a sua quota parte deresponsabilidade na poluição gerada. Nessamedida, o Millennium bcp está consciente danecessidade de poupar recursos, tanto pelaimportância ambiental dessa acção, como pelasvantagens económicas – para o Banco e para a Sociedade em geral.

Como empresa do sector financeiro, assumeespecial importância o consumo de energia nosedifícios e nos transportes, o consumo de água e de certos materiais como o papel, e a eficiência de gestão dos resíduos.

EnergiaOs principais consumos de energia do Millennium bcpdestinam-se à climatização ambiente, equipamentoseléctricos e transportes. A maior parte deelectricidade consumida nas sucursais, edifícios e armazéns é comprada à rede (317 TJ em 2005),com excepção da consumida no TagusParque,onde, em 2005, se produziu através de cogeração,47 TJ de electricidade (dos quais 3TJ foramvendidos à rede). O consumo indirecto de energiaderivado do consumo de electricidade foi de 787 TJ em 2005.

do relatório de sustentabilidade; levantamentoambiental; e desenvolvimento da política ambientaldo Millennium bcp.

O levantamento ambiental inclui o exame daspráticas e procedimentos de gestão ambiental do Banco, directos (água, águas residuais, resíduos,energia, emissões atmosféricas, resposta a emergências) e indirectos (decorrentes de critérios de investimento e concessão de financiamentos e da selecção de fornecedores),a análise da legislação aplicável com relevânciaambiental, e a identificação de medidas prioritárias.O objectivo último é melhorar o desempenhoambiental do Banco, e servir de suporte à eventualcriação de um sistema de gestão ambiental.

Um passo emblemático deste processo é odesenvolvimento da política ambiental, que será a linha orientadora de um sistema de gestãoambiental. A chave para que este sistema funcioneé o comprometimento das pessoas.

Níveis de ambição futuros poderão compreendera implementação e certificação de um sistema de gestão ambiental, com as correspondentesimplicações de melhoria contínua do desempenhoambiental, e a aposta na responsabilidade socialcomo um pilar-chave da estratégia empresarial,procurando estar na vanguarda do conhecimentoe das práticas ambientais e sociais mais positivas.

Uso de recursos naturais

A actividade económica apoia-se no uso derecursos naturais: consumo de água, uso do solo,extracção de recursos biológicos e minerais,rejeição de resíduos e emissões poluentes para o ar, água e solo. Muitos destes recursos sãorenováveis, dentro de determinados limites, sejaem termos de extracção, seja da absorção depoluentes; mas para além de certos níveis de uso,extracção ou poluição, a capacidade deregeneração do ecossistema é ultrapassada.

Um primeiro passo em direcção à boa gestão dos recursos naturais consiste na quantificação

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Consumo directo de energia (TJ)��

Frotaautomóvel

Produçãoelectricidade

Produçãocalor

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Electricidadeinstalações

combustíveis*

20

3142

33

140

147

361

360

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Horas funcionamento 15.223 15.322GN consumido (1000 m3) 3.616 3.792Electricidade prod. (MWh) 13.112 12.826Calor prod. (TJ) 71,9 72,4Electricidade vendida (MWh) 862 907

Central de cogeração do Tagusparque

Um sistema de cogeração torna-se mais eficiente do que produzir electricidade e calor separadamente.O Millennium bcp instalou em 1995, uma central de cogeração no Tagusparque com uma potênciaeléctrica de 923 kW e uma potência térmica de 1.312 kW.

* Frota automóvel: gasóleoProdução de calor : gasóleo e gás naturalProdução de electricidade: gás natural

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Estes consumos têm vindo a desacelerargradualmente por via da desmaterialização dos impressos utilizados nas sucursais e da redução do número de impressões de extractos, que passaram a estar disponíveis no portal do Millennium bcp. O Banco promoveainda a racionalização dos consumos através de acções de sensibilização junto dosColaboradores.

ÁguaNo Millennium bcp a água é consumidaessencialmente nas instalações sanitárias,na limpeza e na rega de jardins no complexo doTagusparque. A origem da água é, na maioria doscasos, a rede pública, no entanto no Tagusparque

O Millennium bcp implementou um conjunto de acções para melhorar a eficiência energética,das quais se destacam:

Sistema de cogeração no Tagusparque;

Gestão técnica centralizada nos edifícios do Tagusparque, do Palácio Atlântico e do Bancode Investimento Imobiliário da Rua do Ouro,que permite uma constante optimização do funcionamento destas instalações ao nível dapoupança energética e do conforto dos utentes;

Plano de gestão da energia do Millennium bcp que consiste num sistema de monitorização dosconsumos de energia eléctrica, gás e água de todas as instalações do Banco e que inclui auditoriasenergéticas aos edifícios e instalações que apresentamos maiores consumos de energia eléctrica.

Materiais Os materiais quantitativamente mais importantesconsumidos pelo Millennium bcp são o papel (não reciclado), tinteiros e toners, e outrosconsumíveis de escritório.

73

uma parte da água consumida tem origem numfuro, que abastece todo o complexo empresarial.

No Tagusparque existe um sistema de drenagem,recolha e bombagem para reaproveitamento deexcedentes de água de rega. A actuação do Bancorelativamente a este assunto passa sobretudo pelasensibilização dos seus Colaboradores para a poupança de água, pela detecção de discrepâncias de consumos ocasionadas por fugas ou desperdícios de água e pelainstalação de mecanismos de poupança.

Emissões poluentes

Em relação às emissões poluentes e ao destinofinal dos resíduos, a União Europeia estabeleceuuma hierarquia de preferência: a alternativa ideal é a estratégia da prevenção (redução e reutilização);não sendo possível, deve apostar-se seguidamentena valorização (reciclagem orgânica, material ou energética); e finalmente, o tratamento e/ou deposição em aterro, para os casos em que não seja viável adoptar as outras formas.

ResíduosNo Millennium bcp os resíduos mais significativossão o papel e cartão, plásticos, tinteiros e tonersusados, equipamento obsoleto, microfilmes e pilhas; o papel e cartão e os plásticos pelagrande quantidade produzida e os restantes pelaperigosidade associada à sua natureza.Do processo de refundação do Banco e consequente adopção de uma nova imagem,resultaram muitos materiais e equipamentos quenão foram rejeitados, continuando a ser utilizadossempre que possível.

Consumos 2005 2004

Papel e cartão (ton) 1.363 1.243

Toners e tinteiros (un) 31.942 30.645

Encaminhamento para tratamento e valorização Unidade 2005 2004

Papel e cartão Ton 552 600

Toners e tinteiros Un 6.733 7.772

Equipamento informático obsoleto Un 1.185 0

Outro equipamento obsoleto Un 850 855

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GEE – Gases com Efeito de Estufa��

2,9%Viagens

de trabalho

5,2%Frotaautomóvel

76,4%Electricidade

adquirida

13,6%Cogeração1,9%

CaldeirasGN

Em 2005 foram consumidos no Banco cerca de 1.674 mil litros de água engarrafada, queoriginaram uma quantidade significativa de resíduos(perto de três milhões de garrafas e doze milcopos de plástico).

Nos locais de maior produção, nomeadamentenos armazéns do grupo, os resíduos de papel e cartão são recolhidos por operadoresautorizados pelo Instituto dos Resíduos. Em algunsedifícios e armazéns existe também um sistemaorganizado de separação dos resíduos de plásticoque são depois depositados nos ecopontos.

Desde 2003 que existe um procedimento quepermite que os tinteiros e toners usados sejamrecolhidos e reencaminhados para valorização.Uma parte destes resíduos é doada a duasinstituições de solidariedade social – Ajuda MédicaInternacional (AMI) e Fundação do Gil – que porsua vez asseguram um destino final adequado.

O equipamento obsoleto é encaminhado paraoperadores autorizados que procedem ao seutratamento e/ou valorização.

O Millennium bcp tem também necessidade de destruir microfilmes antigos. No entanto, esteprocesso ainda não teve início, encontrando-se emestudo a melhor forma de proceder à destruição,de modo a serem assegurados todos os requisitoslegais, ambientais e de confidencialidade dainformação.

Emissões atmosféricasDa actividade do Millennium bcp, resultam váriasemissões significativas para a atmosfera:

GEE – gases com efeito de estufa;

Gases acidificantes, eutrofizantes ou precursoresdo ozono troposférico;

Substâncias deplectoras da camada de ozono.

O uso da energia, designadamente a queima de combustíveis, é, no Millennium bcp, a principal

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(unidade: ton) 2005 2004

CO2 56.281 56.687

CH4 0,33 0,33

N2O 0,24 0,28

Total (CO2 equivalente) 58.064 58.214

GEE – Gases com Efeito de Estufa

Gases acidificantes, eutrofizantes ou precursores do ozono troposférico

(unidade: ton) 2005 2004

CO 16,59 13,78

NOx 38,31 36,17

COVNM 3,18 2,66

causa das emissões de gases para a atmosfera,podendo ser resultantes directamente daactividade – cogeração, caldeiras e frota automóvel– como ser indirectamente originadas pelaaquisição de electricidade e viagens.

A emissão de substâncias deplectoras da camada de ozono (SDCO), é resultante das recargas de produtos refrigerantes nos sistemas deaquecimento, ventilação e ar condicionado.No conjunto das instalações do Banco subsistemainda alguns sistemas de climatização nos quais oproduto refrigerante utilizado é o CHF2CI(HCHC-22), vulgarmente denominado freon R22.As recargas deste gás registadas na manutençãodo Tagusparque são consequência de fugasdificilmente controláveis e permitem quantificar as emissões para a atmosfera (0,99 kg CFC-11equivalente em 2005).

Efluentes líquidosA actividade do Millennium bcp é uma actividadede baixo risco em termos de ocorrência directade incidentes ou acidentes que pudessem originarimpactes ambientais. A não ocorrência dederrames de qualquer espécie comprova talsituação.

Carga poluente descarregada (estimativa em ton.)

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O Millennium bcp é uma instituição de serviçosexistente dentro das malhas urbanas, como tal assuas emissões efluentes são essencialmente águasresiduais domésticas, que são descarregadas paraos colectores municipais. Estima-se que os cercade 12.2521 Colaboradores do Millennium bcp,nas suas actividades diárias, tenham produzidoaproximadamente 160.000 m3 de águas residuaisdurante o ano de 2005.

Protecção do ambiente

BiodiversidadeO Millennium bcp é proprietário de terrenosurbanos, mistos e rústicos. Em relação aos terrenosurbanos, pelas suas características, estes não sãoricos em biodiversidade.

Os restantes, se estiverem localizados em áreas daRede Nacional de Áreas Protegidas e/ou em sítiosda Rede Natura 2000, podem ser consideradoscomo locais importantes para a salvaguarda de espécies ou habitats protegidos. Nestes locais,as actividades humanas deverão ser compatíveiscom os valores ambientais, visando uma gestãosustentável do ponto de vista ecológico,económico e social.

De um total de cerca de 14 ha de terrenosrústicos e de 8,6 ha de terrenos mistos, foi possívelverificar que pelo menos 7,1 ha estão localizadosem habitats ricos em biodiversidade (Sítio AlvãoMarão, com uma superfície impermeável de 0,2%).

ConcordânciaEm 2005 não se registaram incidentes ou multaspelo não cumprimento das declarações,convenções, tratados internacionais, legislaçãonacional, regional e local sobre assuntos ambientais.

Adesão aos Princípios do Equador

O Millennium bcp aderiu aos Princípios do Equador no final de 2005, no âmbito da estratégia de sustentabilidade e dos valores

de responsabilidade social defendidos pelo Banco.Para preencher plenamente as condições deadesão a estes princípios, o Banco preparou umconjunto de procedimentos que asseguram o cumprimento integral dos Princípios doEquador. Estes procedimentos assentam numprocesso de screening e classificação de todasessas operações, numa atitude constante dediálogo com os Stakeholders relevantes, visando a resolução das questões relevantes que se possam colocar.

Os Princípios do Equador estabelecem umconjunto de linhas de actuação, a seguir pelasinstituições financeiras, na gestão de questõessociais e ambientais no financiamento de grandesprojectos. A adesão a estes Princípios traduz-senum compromisso com determinadas políticas e procedimentos associados a operações na áreado Project Finance.

Ao aderir aos Princípios do Equador, oMillennium bcp compromete-se a classificar todosos projectos, de valor superior a 50 milhões de dólares, de acordo com o nível de risco que o projecto representa, em termos sociais e ambientais. Dependendo do nível de riscoapresentado (A, B ou C), os projectos deverãoobedecer a determinados procedimentos,de acordo com as directrizes sectoriais do World Bank (WB) e da International FinanceCorporation (IFC).

A adesão, voluntária, do Millennium bcp aosPrincípios do Equador é tida como um passonatural, tendo em conta o caminho que tem vindoa ser percorrido pelo Banco relativamente aospilares económico, social e ambiental, reafirmandoo Millennium bcp como uma referência e exemploem matéria ambiental e social.

1 Número médio de Colaboradores em 2005.

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Partilhar experiência e conhecimento: um compromissopara com as novas geraçõesSendo a educação e a investigação, factoresessenciais de desenvolvimento, o contributo do Millennium bcp incide particularmente no apoio aos jovens.

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Bolseiros Millennium bcp.��

Educação financeira

O Millennium bcp é membro-fundador da"Aprender a Empreender – Associação de JovensEmpreendedores de Portugal". Esta associaçãointegra-se na Junior Achievement – YoungEnterprise Europe (JA-YE), o centro deoperações europeu da Junior AchievementWorldwide (JA), a maior organização mundialsem fins lucrativos dedicada à formação de jovensno domínio do empreendedorismo, cidadania,ética, literacia financeira, economia, negócios e desenvolvimento de carreiras. Actualmente e através de uma rede com mais de 60 milvoluntários na Europa e 360 mil em todo o Mundo, a JA fornece programas escolares e extra-escolares para alunos dos 6 aos 25 anos.Presente em 98 países, a JA chega a mais de seismilhões de alunos por ano.

O objectivo da JA é a promoção dos valores daresponsabilidade e do empreendedorismo junto dosjovens. A vitalidade e a energia das iniciativas da JAreside na convicção de que o cumprimento porcada cidadão das obrigações e responsabilidades,como condição da sua própria dignidade humanae da liberdade individual em que esta se apoia.Reside também na evidência de que as atitudes e os hábitos são formados na infância e najuventude; por isso, os programas da JA têm umcarácter eminentemente educativo e formativo,procurando colocar as crianças e os jovens

perante a realidade como ela é e desafiando a capacidade de iniciativa de cada um para o exercício da liberdade e da responsabilidade na economia e na sociedade em geral.

Através de programas apropriados para cada idade,o leque de iniciativas da JA começa a nível da escolade 1.º ciclo (escola primária), com diversasactividades de estímulo ao desenvolvimento de umacultura de responsabilidade individual. Seguem-seoutras iniciativas ao longo dos restantes ciclos doensino básico e do secundário. Uma característicaespecialmente importante é o envolvimento directode pessoas do mundo empresarial, sendo que a apresentação dos materiais que integram osprogramas são feitas por Colaboradores dasempresas associadas.

Bolsas

Sendo a educação um dos principais, senão o principal factor de desenvolvimento,a intervenção do Millennium bcp, através da Fundação Millennium bcp, incide muito em especial nesta área, no que se refere aos paísesde expressão portuguesa.

O programa de bolsas de estudo criado noâmbito da Fundação, é especificamente dirigido a estudantes de nível universitário e pós-universitário, naturais dos países africanos de língua oficial portuguesa e tem o objectivo de

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ISLA – Instituto Superior de Línguas e Administração de Lisboa;UAL – Universidade Autónoma de Lisboa;Universidade dos Açores;Universidade do Algarve;COFAC, entidade instituidora da UniversidadeLusófona de Humanidades e Tecnologias;Fundação Minerva (Universidade Lusíada);Instituto Politécnico de Lisboa – os estabelecimentosde ensino que compõem este agrupamento escolardo Instituto Politécnico de Lisboa são os seguintes:

ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa;ISCAL – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa;ESEL – Escola Superior de Educação de Lisboa;ESCS – Escola Superior de Comunicação Social;ESTSL – Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa;ESTC – Escola Superior de Teatro e Cinema;ESML – Escola Superior de Música de Lisboa;ESD – Escola Superior de Dança.

Estes acordos somam-se aos celebradosanteriormente com instituições como:Escola de Enfermagem São Vicente de Paulo;Escola Superior de Alcoitão;Instituto Politécnico de Beja;Instituto Politécnico de Bragança;Instituto Politécnico do Cávado e do Ave;Instituto Politécnico de Coimbra;Instituto Politécnico da Guarda;Instituto Politécnico de Leiria;Instituto Politécnico de Portalegre;Instituto Politécnico do Porto;Instituto Politécnico de Santarém;Instituto Politécnico de Viana do Castelo;Instituto Superior de Línguas e Administração;Instituto Superior de Psicologia Aplicada;Universidade de Aveiro;Universidade Católica;Universidade de Lisboa;Universidade do Minho;Universidade do Porto;Universidade Técnica de Lisboa;Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;Universidade Vasco da Gama.

proporcionar o acesso a uma formação académica,que de outra forma lhes estaria vedada, por faltade condições financeiras.A Fundação Millennium bcpatribuiu mais de 160 bolsas e procura tambémproporcionar, sempre que possível, condições deacolhimento em Portugal, por vezes em parceriacom outras instituições.

A Fundação Millennium bcp tem cooperadoigualmente no desenvolvimento para a educaçãoem alguns destes países; no apoio à edição e reedição dos Códigos de Direito deMoçambique, cujos destinatários são,maioritariamente, estudantes universitários;em colaboração com a Faculdade de Direito de Lisboa, apoiando a realização de um programade formação do corpo docente do núcleo de Direito da Universidade Agostinho Neto,no Lubango, em Angola. De referir também o apoio à "AMU-Acções para um Mundo Unido",num projecto em curso em Angola, para formaçãopré-universitária de futuros quadros superioresneste país.

Apoio à educação e investigação

ProtocolosAo longo de 2005, o Millennium bcp celebroucom diversas instituições de ensino e/ouinvestigação um conjunto de parcerias,nomeadamente protocolos de financiamento para os alunos (concessão de crédito com taxas e condições especiais, apoiando o desenvolvimentoacadémico e profissional de quem frequentacursos de Licenciatura, Pós-Graduações, Mestradose Doutoramentos) e Colaboradores (acordoscomerciais que permitem o acesso a um conjuntode produtos e serviços com condiçõespreferenciais).

Entre estas instituições, destacam-se as seguintes:Faculdade de Medicina Dentária;Escola Superior de Educadoras de Infância Maria Ulrich;Faculdade de Farmácia;ISCTE – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa;

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Protocolo com a Universidade Lusíada.��

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Ainda na área da educação, são também apoiadasinstituições de ensino especial, para crianças e jovens com dificuldades.

O apoio a acções de promoção da línguaportuguesa, levou a que a Fundação colaborasse,em articulação com o bcpbank, numa importanteiniciativa da Embaixada de Portugal nos EUA,junto das comunidades portuguesas imigrantesnaquele país.

A Fundação concede apoios à investigação em diversas áreas, como a Ciência, Medicina e História, incluindo a colaboração em projectosdesenvolvidos no âmbito das universidades.Prossegue em 2005 um projecto pioneiro de investigação na área da saúde, paratratamento de doentes paraplégicos e tetraplégicos, num trabalho desenvolvido por uma equipa de técnicos qualificados na áreada tecnologia biomédica, liderada por médicos do Hospital Egas Moniz. O Millennium bcp,através da Fundação, financiou a aquisição de componentes fundamentais de equipamentolaboratorial.

Acções da Fundação Millennium bcpA intervenção nesta área caracteriza-se pelo apoioa acções diversificadas de educação, abrangendotodas as faixas etárias, com particular incidêncianas universidades, colaborando em projectos deaperfeiçoamento curricular e de pós-graduação,bem como cursos de mestrado.

Pela sua importância, é de referir neste contexto,o protocolo de extensão plurianual, celebrado em2005 com a Faculdade de Economia daUniversidade Nova, mediante o qual a FundaçãoMillennium bcp concede bolsas de estudo,para frequência de um programa de MBA, porestudantes oriundos de países onde o Millenniumbcp está presente a nível comercial.

Atento ao esforço das universidades no sentido deestimular os níveis curriculares e académicos dosseus alunos, o Millennium bcp, através da FundaçãoMillennium bcp, tem atribuído prémios de méritoescolar aos alunos que se distinguem nosdiferentes cursos. Em 2005, foram contempladosalunos da Universidade Católica, UniversidadeLusíada, Universidade Lusófona e ISEG.

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Compromisso com a SociedadeSolidariedade, voluntariado e promoção cultural,são dimensões intrínsecas a uma presençaresponsável na Sociedade.

Banco Alimentar Contra a Fome.��

Promover a cultura

Uma das áreas de intervenção é ao nível darecuperação de património móvel ou construído,com relevante interesse histórico, sobretudoquando entendido como referência para amemória cultural do país. Sinal, por um lado,da importância crescente que a Sociedade tem vindo a dar à preservação do património,e por outro, do reconhecimento da intervençãodo Millennium bcp nesta área, a FundaçãoMillennium bcp tem sido objecto de inúmerassolicitações, a que procura corresponder noâmbito de um programa em que são estabelecidoscritérios rigorosos de selecção.

Também a actividade musical é uma das vertentesda cultura em que se têm verificado importantesintervenções, quer mediante o apoio a iniciativaspontuais, quer celebrando acordos de extensãoplurianual com entidades de reconhecidacredibilidade, impacto e capacidade de actuação.Neste contexto, foi renovado o apoio mecenáticoque tem vindo a ser concedido ao Teatro Nacionalde São Carlos. O protocolo celebrado com estainstituição, para vigorar entre 2005 e 2008,integra-se num "Acordo de Parceria Institucional",estabelecido em 2005 com o Ministério daCultura. Através de um novo Protocolo deparceria o Banco renovou e desenvolveu o seuapoio ao Teatro Nacional de S. Carlos, de que é Mecenas exclusivo e ao IPM, Instituto Portuguêsde Museus, constituindo-se mecenas exclusivo do Museu Nacional de Arte Antiga, do MuseuNacional de Soares dos Reis, do Museu do Chiadoe do Museu Nacional do Azulejo, promovendo o acesso gratuito aos 29 Museus da rede do IPM a Clientes e Colaboradores. A Fundação

Millennium bcp manteve em 2005 o apoio às actividades da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva.

Também em 2005 foi aprovado o apoiomecenático ao "Concurso Internacional Vianna da Motta para Piano", que em 2007 realizará a suaXVI edição. Pela terceira vez consecutiva,o Millennium bcp, através da Fundação, será o Mecenas principal de um dos mais prestigiadosconcursos de piano, a nível mundial.

Apoiar a comunidade

Solidariedade Social e SaúdeAtenta às camadas da comunidade maisdesprotegidas e carenciadas, a FundaçãoMillennium bcp tem contribuído para a sua integração e acesso a melhor qualidade de vida, colaborando com instituiçõesespecializadas nessa área.

Neste âmbito, têm sido apoiadas InstituiçõesParticulares de Solidariedade Social (IPSS) quecobrem, com a sua acção, todas as faixas etáriasem situações diversas de abandono e exclusão,incluindo entidades especializadas na luta contradoenças consideradas de risco.

A Fundação pretende manter uma acçãocontinuada de intervenção, que inclui a área da saúde, com o apoio a instituições hospitalares e outras, para aquisição e actualização deequipamento médico.

A solidariedade social junto das populaçõescarenciadas dos PALOP, merece igualmente a atenção do Millennium bcp, que através

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Alimentar, responsabilizando-se pelo pagamento da produção dos sacos que são utilizados nessascampanhas. Além disso, o Millennium bcp asseguraum donativo mensal destinado à aquisição dealimentos por parte do Banco Alimentar.

Programa DadorEm 2005 o Millennium bcp decidiu implementarum programa de voluntariado, semestral, pararecolha de sangue e inscrição no centro dedadores de medula óssea (2 vezes por ano), sendoa iniciativa desenvolvida conjuntamente com o Instituto Português de Sangue (IPS) e o CEDACE– Centro de Histocompatibilidade do Sul.

O propósito da iniciativa Programa dadorMillennium bcp é o de aprofundar uma cultura de partilha e colaboração, tendo sido destacado o carácter livre e voluntário do acto, em que o Banco intervém somente como agentefacilitador no exercício de um acto de solidariedade cuja iniciativa depende única e exclusivamente de cada um.

A primeira iniciativa ocorreu em Dezembro de2005 nas instalações do Banco, no Tagusparque,e dirigiu-se a todos os Colaboradores do Millennium bcp.

A divulgação do projecto consistiu no envio deuma carta convite e de sensibilização através decorreio electrónico e dirigida aos Colaboradores,individualmente. Foram ainda afixados cartazes empontos-chave nos edifícios do Tagusparque e colocado no sítio do Banco na Intranet toda a informação necessária à divulgação da iniciativa e esclarecimento de dúvidas.

A adesão ao programa foi expressiva, já que maisde 150 Colaboradores manifestaram previamenteo seu interesse em participar na iniciativa quecontou com a presença de 2 médicos, 2 técnicosprofissionais, 4 enfermeiros e 2 auxiliares do IPS,mais 2 técnicos/enfermeiros do CEDACE.

Esta primeira iniciativa do Programa DadorMillennium bcp contou com uma afluência de mais

da Fundação tem apoiado ONGs em programasde acção social, educação e saúde, junto dessaspopulações. Deverá nesse âmbito referir-se o apoio concedido à "V.I.D.A.-VoluntariadoInternacional para o Desenvolvimento Africano" – apoio às populações mais desprotegidas e núcleos de refugiados em Moçambique,promovendo a sua auto subsistência, pelaeducação e formação agrícola. O apoio a estainstituição manteve-se em 2005.Também em Moçambique, o Millennium bcp apoiou a "Leigos para o Desenvolvimento" – formação de formadores, na docência para o ensino pré-universitário e apoio no ensino pré-escolar.

Banco Alimentar Contra a Fome O Banco Alimentar Contra a Fome é uma dasiniciativas de maior notoriedade em Portugal na área da solidariedade social. Ir buscar ondesobra para entregar onde falta é a ideia que estána génese do Banco Alimentar, que consegueatingir este objectivo, envolvendo a sociedade civil e dando provas de que é possível conciliar o profissionalismo e o voluntariado.

A espinha dorsal do Banco Alimentar é o trabalho voluntário. Os produtos e serviçossão doados por pessoas e empresas da sociedade civil que, com meras decisões de gestão querem participar na cadeia de solidariedade. Cada pessoa dá em função da sua vontade, da sua disponibilidade. Mas existeum efeito multiplicador, em termos de resultados,da acção da sociedade civil quando reunida e organizada. O Banco Alimentar é um extraordinário exemplo de união das vontades de empresas doadoras, mecenasfinanceiros, voluntários e instituições desolidariedade social que, de forma coordenada,geram resultados surpreendentes.

O Millennium bcp, reconhecendo o inexcedíveltrabalho e mérito do Banco Alimentar Contra a Fome, apoia activamente esta iniciativa desde há vários anos. Nesse sentido, o Banco colaboranas campanhas de recolha de alimentospromovidas duas vezes por ano pelo Banco

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Apoios da Fundação Millennium bcp em 2005(milhares de euros)

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Cultura Acçãosocial

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Educação Cooperaçãocom osPALOP

Bolsase outrosapoios

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O patrocínio ao maior festival de música domundo representou um investimento expressivomas que se revelou proporcional à dimensão doevento e ao facto de o Banco se ter posicionadocomo seu patrocinador principal. A experiênciafoi uma muito rica aprendizagem colectiva eresultou num autêntico êxito da associação damarca a este evento.

O foco do projecto social do Rock in Rio-Lisboacentra-se em programas destinados a melhoraras condições de vida de crianças e jovens.A Plan International-Childreach, com mais de 60 anos de existência e programas em 43 países carenciados em todo o mundo, foi a instituição beneficiada a nível internacional. Como objectivo de patrocinar a educação e melhorara qualidade de vida de crianças desfavorecidas e das suas comunidades.

de 100 Colaboradores como dadores de sangue e de aproximadamente 90 Colaboradores comodadores de medula, e com ampla satisfação dasentidades promotoras:

"O Centro Regional de Sangue de Lisboa agradece a todos os seus Colaboradores a disponibilidade e o empenho demonstrados que tornaram possívelesta sessão de colheita de sangue. (...) o elevadosentido cívico e a grandeza do vosso gesto de solidariedade." – Gracinda de Sousa, Directora do Centro Regional de Sangue de Lisboa.

Acção do Clube Millennium bcpEntre as actividades desenvolvidas pelo ClubeMillennium bcp deverão sublinhar-se as actividadesde cariz social preconizadas pelo Clube. Em 2005,estas traduziram-se em ofertas monetárias,e outras, como foi o caso da oferta de brinquedospara crianças a diversas Instituições. O Clubetambém exerce acções na área do voluntariadoem prol da comunidade.

Patrocínios

A área de patrocínios do Millennium bcpdesenvolve a sua actividade obedecendo a umalógica de retorno. Retorno em prol da marcaMillennium bcp. No entanto, o Millennium bcpprocura aliar a esta lógica o objectivo de contribuirpara o desenvolvimento integral do País. Nesteprocesso, o Banco tem uma especial atenção aosaspectos sociais, culturais, educativos e desolidariedade. O caso do Rock in Rio, da Árvorede Natal, do Banco Alimentar Contra a Fome,e tantos outros, são a prova de que é possível um patrocínio não estar apenas relacionado com o retorno mediático ou com a obtenção dereconhecimento. Pode também comportar um apoio à Comunidade.

Rock in Rio O Rock in Rio Lisboa 2004 foi o primeiroexemplo de como experimentar a marca fora do território específico do negócio financeiro,contribuindo de forma poderosa e eficaz para asolidificação do seu amplo conhecimento público.

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Acções de Cariz Social do Clube Millennium bcp

Entrega do valor total das inscrições no 2.º Grande Prémio de Kayak de Mar do ClubeMillennium bcp à Associação Portuguesa deParamiloidose.

Contribuição pecuniária dos sócios do Clube paraa Acreditar – Associação de Pais e Amigos deCrianças com Cancro.

Oferta de cerca de 2.000 brinquedos e cassetesVHS, por parte dos sócios juvenis do Clube, paravárias Instituições:

Associação de Pais e Amigos de Crianças comCancro, Junta de Freguesia de S. Ildefonso,Cirurgia Pediátrica do Hospital de S. João,IPO – Bloco Operatório, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens deGondomar, Lar de S. Miguel, Centro deSolidariedade Social Metodista do Porto,Conferência de S.Vicente de Paulo – NúcleoLeça do Balio, Associação Ajuda de Berço,Aldeia de Crianças SOS, Fundação O Século,Santa Casa da Misericórdia e Associação Sol.

Criação dos Clubes de Dadores de Sangue e de Medula Óssea.

O patrocínio do Banco ao Rock in Riorepresentou um investimentoexpressivo que resultou numautêntico êxito.

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No cumprimento do compromisso de dar plenaexpressão à sua responsabilidade social,mantendo uma intervenção activa nos planossocial e cultural, o Millennium bcp concretizou,em 2005, diversas iniciativas, na convicção de que a subsistência de uma sociedadeverdadeiramente civilizada depende, em grande medida, da partilha comum de uma vivência cultural própria, num quadro de crescente bem-estar geral.

Operação RenascerA "Operação Renascer", iniciativa apoiada pelo Millennium bcp com o objectivo de auxiliar as vítimas no maremoto no Sudeste Asiático,recolheu donativos num total de 1.560 mil euros.

Este valor foi distribuído por OrganizaçõesHumanitárias, sendo que o Millennium bcpcontribuiu directamente com 122,7 mil euros.

Outros apoiosProsseguiu o apoio do Banco a diversasInstituições de solidariedade social, como a Fundação Pró Dignitate – Fundação de Direitos Humanos ou a FundaçãoEvangelização e Culturas que prosseguerelevante acção educativa em países africanosde expressão portuguesa.

Foi relevante para o desenvolvimento da respectiva actividade cultural o apoio à Companhia Portuguesa de Bailado ou à Orquestra Clássica do Centro, emCoimbra. O Banco associou-se a iniciativasculturais, tais como as comemorações dos 140 anos do "Diário de Notícias", no âmbitodas quais promoveu a publicação de uma antologia de poesia portuguesaespecialmente organizada para o efeito porVasco Graça Moura.

Apoiando a Sociedade Portuguesa de Autores no desenvolvimento da sua actividade derepresentação e defesa dos autores portugueses,o Millennium bcp afirmou-se como o Banco dos Autores.

O Rock in Rio – Lisboa, permitiu que 663 mileuros de receitas tenham revertido para aquelaInstituição de Solidariedade Social.

Depois do sucesso de 2004, o Rock in Rio regressaa Lisboa em 2006. Uma vez mais o Millennium bcpserá o patrocinador principal do evento.

Árvore de NatalCom a Árvore de Natal o Banco voltou a aproximar-se da vida das pessoas,numa celebração da vida, independentemente de convicções, idades e estratos sociais.Mais do que associar-se a uma grande iniciativa,o Millennium bcp criou um acontecimento inédito em Portugal que levou ao máximo a expressão do Natal. A Árvore foi visitada por meio milhão de pessoas no local e contribuiupara que a marca do Banco chegasse a casa de todos os portugueses.

Ao transformar a celebração do Natal numverdadeiro monumento dinâmico, a iniciativa,que foi associada à comemoração do primeiroaniversário da marca, contribuiu fortemente paraaproximar as pessoas da nova imagem do Banco e reforçar os valores de afecto, afirmando-os comoprincípios da marca. Com a Árvore de Natal 2005,desta vez implantada na Praça do Comércio, umdos mais nobres locais de Lisboa, o Millennium bcppretendeu voltar a surpreender o mercado. Maisuma vez foi oferecida a todos os portugueses,estimulando em cada um o espírito defraternidade e de solidariedade associados ao Natal. Pela primeira vez, o conceito destemonumento foi também posto em prática alémfronteiras, em Varsóvia, com o Bank Millennium,dando assim expressão à realidade de um Bancomulti-doméstico.

Natal OrtodoxoAo festejar o Natal Ortodoxo, o Millennium bcpreuniu cerca de 2.500 pessoas, especialmenteimigrantes, congregando comunidades de diversasnacionalidades da religião cristã ortodoxa emtorno de um símbolo comum – a ÁrvoreMillennium bcp.

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dos serviços prestados, procurando que oreforço da competitividade deste sector sejaconjugado com uma dinâmica de aplicação de boas práticas.

O Código de Ética pretende constituir umaferramenta de gestão em vertentes como:

Respeito devido aos clientes e consumidores finais;Práticas comerciais relativas a concorrentes e fornecedores, tanto na dimensão competitivacomo nos valores partilhados;Desenvolvimento pessoal dos Colaboradores,combatendo todas as formas de discriminação;Salvaguarda do meio ambiente;Solidariedade para com as comunidades em queas empresas desenvolvem o seu negócio;Relação com o Estado e garantia de um adequadoenquadramento legal;Relações Internacionais.

Livro sobre Microcrédito em PortugalO Millennium bcp promoveu a edição de um livrosobre a experiência de microcrédito em Portugal,cujo lançamento coincidiu com o início da suaprópria operação de microcrédito.

Patrocinaram-se ainda eventos desportivos comoas Meias Maratonas de Lisboa, em Março e Setembro, a Volta ao Algarve em bicicleta,o torneio de ténis Vale de Lobo Grand ChampionsMillennium bcp.

Código de Ética da CCPDurante o ano de 2005 o Millennium bcpapoiou o lançamento do Código de Ética para o Comércio e Serviços, uma iniciativa da CCP.Este código, ao qual o Millennium bcp aderiuenquanto prestador de serviços, propõe um conjunto de princípios gerais de condutaempresarial, determinantes para a qualidade

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Fotografia vencedora do Grande Concurso Árvore de Natal Millennium bcp.��

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Durante o ano de 2005, a área responsável pelaGestão do Património Artístico procedeu a uma actualização profunda da base de dados(a par com a realização de inventários e controlo de qualidade), racionalizou a armazenagem de bens (com vantagenssignificativas em termos de segurança, apoiologístico e custos), renovou o acervo de múltiplos e desenvolveu acções de restauro e conservação.

Acervo documentalA documentação existente na Fundação, integraum importante acervo bibliográfico, constituídoessencialmente por documentos de carácterhistórico e cultural, relacionados com a expansão e colonização portuguesa, com especial incidênciaem África.

Além de uma vasta colecção monográfica,a biblioteca inclui:

Património

Acervo artísticoO Património Artístico do Millennium bcp temorigem nas colecções das diversas instituiçõesfinanceiras que o antecederam, o que lhe conferegrande riqueza e diversidade. Durante o ano de2005, o Banco desenvolveu acções orientadas paraa partilha do seu acervo com a comunidade, querpela política de cedência temporária de obras de arte a museus nacionais, quer pela realização de exposições de arte em sucursais.

Este património foi consolidado na sequência das operações que envolveram a área seguradorado Banco, contando presentemente com cerca de 2.200 obras de arte originais na categoria de pintura, mais de 3.000 múltiplos, 90 esculturas e 800 peças de mobiliário de estilo.Acrescem cerca de 500 peças de cerâmica e têxteis.

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Exposição de Júlio Pomar e Paula Rego na sucursal Millennium bcp, na Rua do Ouro, no âmbito da iniciativa Arte Partilhada.��

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Manuscritos e cartografia dos séculos XVI a XIX,relacionados com a política e administraçãoultramarinas;Relatos de viagens dos descobrimentos e deexploração dos territórios;Aspectos etnográficos;Missionação;Legislação, relatórios de publicações oficiais.

ImobiliárioA atitude do Millennium bcp em relação à arquitectura e ao património construído é dominada pelo esforço de qualificação e recuperação.

Pelo valor patrimonial dos edifícios e pelaqualidade e sensibilidade das intervenções,as sucursais de Évora e de Barcelos constituemcasos paradigmáticos neste domínio. A opção foi naturalmente a recuperação integral, adaptandoo funcionamento do espaço bancário aos espaçosexistentes, sem prejuízo da rentabilidade e da eficácia.

Se nalguns casos a recorrência ao restauro ou à recuperação integral parece ser uma opçãorigorosamente ponderada, a verdade é quenoutros há lugar para a criação ab initio, para aobra desenvolvida de raiz, prova da versatilidadede opções da arquitectura no Millennium bcp.

A diversidade de linguagens, utilizada nas variadassoluções e projectos das sucursais Millennium bcp,desenvolve-se sobretudo numa conjugação mistade recuperação de edifícios antigos e de inovaçõesmais ou menos radicais introduzidas emampliações ou transformações ponderadas doexistente.

O Tagusparque permitiu abraçar um filosofiacompletamente diferente, representando umasolução diametralmente oposta que, apesar de não apresentar as mesmas características decentralidade, respondia eficazmente ao esforço de abrigar de um modo sereno e com qualidadede vida uma enorme estrutura, já que não é fácilencontrar edifícios com potencial de adaptação

às necessidades funcionais e tecnológicas do Bancoou a aquisição de terrenos que permitamrapidamente a construção de raiz de edifícios que correspondam a essas necessidades.O facto de se tratar de um parque tecnológico e de permitir um ponderado faseamento das construções constituíram, naturalmente,interessantes vantagens.

Próximo do Arco da Rua Augusta, a ocupar quasepor inteiro um quarteirão pombalino da baixa de Lisboa, situa-se outro importante edifício doMillennium bcp. Entre 1991 e 1995, no decorrerdas obras de remodelação aí efectuadas,a perfuração do pavimento pôs a descobertoestruturas arqueológicas de civilizações que,ao longo dos tempos, habitaram Lisboa. Pelas suas características únicas – aí se podem percorrer2.500 anos da História de Lisboa – este espaço,agora designado Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (NARC), sendo propriedade doMillennium bcp, é também património da Cidade e do País, entendendo-se que, como tal, deve seracessível ao público em geral, tendo desde aabertura acolhido mais de 70 mil visitantes. Nestesentido, a Fundação Millennium bcp, responsávelpela gestão do NARC e pela organização dasvisitas guiadas, tem levado a efeito diversas acçõesde divulgação, onde se inclui a edição de catálogosou estudos de carácter técnico e científico.

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Síntese de indicadoresPresença geográficaModelo organizacionalRelatório de verificação emitido pela KPMGCorrespondência de indicadores GRI para o Millennium bcpAdequação aos príncipios do UN Global Compact

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Síntese de indicadores31 Dez. 200431 Dez. 2005 Verificação

Actividade em Portugal

Produto bancário (em base recorrente) 1.947 1.921

Créditos concedido (bruto):

Empresas 28.065 28.536

Particulares 20.312 17.742

Crédito concedido a PME’s 7.969 7.561

Recursos totais 47.694 44.982

Valor económico acrescentado 1.581 1.485

Colaboradores actividade bancária em Portugal

Total de Colaboradores 11.510 12.487

Percentagem de Mulheres 38% 36%

Colaboradores por vínculo contratual

com contrato permanente 10.790 12.055

com contrato a termo 526 220

Estagiários 49 85

Colaboradores em regime de trabalho parcial 30 -

Colaboradores com deficiência 88 111

Colaboradores abrangidos por acordos colectivos de trabalho 11.198 12.211

Colaboradores sindicalizados 8.936 9.592

Criação líquida de emprego em Portugal 63 78

Remunerações fixas e variáveis e benefícios (milhões euros) 744 787

Taxa anual de absentismo 3,8% 3,5%

Formação anual (horas acumuladas em base comparável) 194.544 201.553

Média anual de horas de formação por Colaborador 17 16

Colaboradores afectos à gestão de risco, compliance e auditoria 157 161

Clientes em Portugal1

Total de clientes (milhares) 2.852 2.905

Número de sucursais 909 1.008

Donativos e patrocínios (milhões de euros)

Patrocínios (Millennium bcp) 4,7 5,3

Donativos (Millennium bcp)2 2,8 1,8

Donativos (Fundação Millennium bcp) 1,1 2,2

Ambiente (valores estimados)

Consumos

Energia (TJ) 563 571

Água (m3) 350.000 370.000

Papel e cartão (ton) 1.363 1.243

Emissões GEE (ton CO2 eq) 58.064 58.214

Resíduos gerados

Papel e cartão (ton) 1.377 1.377

Tinteiros e toners (un) 31.942 30.645

Equipamento eléctrico/electrónico (un) 2.035 855

(milhões de euros)

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Actividade consolidada

Activo total 76.850 71.320

Créditos sobre clientes (líquidos) 52.909 48.843

Recursos totais de clientes 56.363 51.562

Produto Bancário (em base recorrente) 2.527 2.363

Lucro bruto3 (em base recorrente) 788 587

Impostos4 (em base recorrente) 130 53

Resultado Líquido (em base recorrente) 610 528

Resultado Líquido por Acção (euros) 0,20 0,16

Variação de ganhos no fim do período 521 289

ROE 24,1% 24,0%

Cost-to-income 65,5% 72,8%

Solvabilidade global 12,9% 11,9%

Rating longo prazo (Moody’s / S&P / Fitch) A1 / A- / A+ A1 / A- / A+

Investidores

Número total de acções (milhares) 3.588.331 3.257.401

Dividendo por acção (euros) 0,070 0,065

Capitalização bolsista (milhões de euros) 8.361 6.156

Número de accionistas 189.653 223.510

Total de dividendos (milhões de euros) 240 212

Pagamento a obrigacionistas (milhões de euros) 619 587

Relato por segmentos geográficos (milhões de euros)

Contribuição líquida:

Portugal 548 520

Polónia 27 8

Grécia 3 -12

Outras regiões 33 12

Crédito sobre Clientes:

Portugal 47.241 46.126

Polónia 2.481 1.644

Grécia 2.082 1.328

Outras regiões 1.106 1.772

Recursos totais de Clientes:

Portugal 47.694 44.778

Polónia 4.306 3.453

Grécia 2.377 1.819

Outras regiões 1.986 3.254

1 Clientes exclusivamente do Banco Comercial Português, SA., e primeiros titulares de pelo menos um produto comercializadopelo Millennium bcp.

2 Exclui dotações efectuadas pelo Millennium bcp à Fundação Millennium bcp.3 Antes de impostos e interesses minoritários.4 Dotações para impostos sobre lucros.

31 Dez. 200431 Dez. 2005 Verificação

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Presença geográfica

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Modelo organizacional

Retalho

Private e Asset Management

Provedoria do Cliente

Conselho de Administração Conselho Fiscal

Assembleia Geral

Conselho Superior

Conselho de Auditoria

Comités

Acompanhamento dos Mercados e dosGovernos Societários

Comissões

Centro Corporativo

Áreas Corporativas

Empresas e Corporate

Banca de Investimento

European Banking

Overseas Banking

Serviços Bancários

Auditoria, Segurança e AML

Formação e DesenvolvimentoProfissional

Relações Sociais e Sustentabilidade

Riscos

Compliance Office

Direcção de AssessoriaJurídica

Direcção de Auditoria

Direcção de Comunicação

Direcção de Formaçãoe DesenvolvimentoProfissional

Direcção de Qualidade

Direcção de Relações com Investidores

Direcção Internacional

Legal Office / Secretárioda Sociedade

Risk Office

Secretaria Geral

Comissão deRemunerações e Previdência

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Relatório de verificação

emitido pela KPMG

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Correspondência de indicadoresGRI para o Millennium bcp

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Visão e estratégia

1.1 Visão e estratégia relativamente ao contributo para o desenvolvimento sustentável 13, 20, 21 1.2 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 7-9

Perfil

Perfil organizacional2.1 Identificação 52.2 Produtos e serviços 45-542.3 Estrutura operacional 922.4 Descrição dos principais departamentos, empresas operacionais e joint ventures 922.5 Países em que está presente 902.6 Tipo e natureza legal de propriedade 52.7 Mercados servidos 452.8 Dimensão da organização 882.9 Lista de stakeholders X

Âmbito do relatório2.10 Contactos, incluído endereços de e-mail 1012.11 Período a que as informações do relatório reportam 52.12 Data do relatório anterior 52.13 Abrangência do relatório 52.14 Alterações significativas desde o relatório anterior 182.15 Situações que possam afectar a comparabilidade com relatórios anteriores 5, 72.16 Explicação da reelaboração de informação declarada em relatórios anteriores 5

Perfil do relatório2.17 Razões para não aplicar os princípios do GRI 972.18 Critérios e definições usados na contabilização dos custos e benefícios 93, 992.19 Alterações significativas face aos anos anteriores nos métodos de medição X2.20 Políticas e práticas internas para assegurar a exactidão, integridade e confiabilidade 5, 932.21 Políticas e procedimentos para a verificação imparcial do relatório 932.22 Meios para obter informações adicionais 101

Estrutura de governação e sistemas de gestão

Estrutura de governação3.1 Estrutura de governação 38, 393.2 Percentagem de administradores independentes e não-executivos 383.3 Definição do grau de informação necessária para o Conselho de Administração

orientar a direcção estratégica da organização, incluindo questões relativas às oportunidades e riscos ambientais e sociais 21, 22

3.4 Processos do Conselho de Administração para identificação e supervisão da gestão dos riscos e das oportunidades económicas, ambientais e sociais 21, 22

3.5 Vínculo entre a remuneração dos executivos e as metas financeiras e não-financeiras da organização X

3.6 Estrutura organizacional e responsáveis pela supervisão, implementação, e auditoria das políticas económicas, ambientais e sociais 21, 22, 92

3.7 Missão e valores, códigos de conduta ou de princípios internos, e políticas relevantes para performance económica, ambiental e social, bem como para o status da sua implementação 13, 20

3.8 Mecanismos que permitem aos accionistas fazer recomendações ao conselho de administração 29, 30, 31, 38

Participação de stakeholders3.9 Base para identificação e selecção dos principais stakeholders 26-37

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3.10 Formas de consulta aos stakeholders 26-373.11 Tipo de informação gerada pelas consultas aos stakeholders 26-373.12 Uso das informações resultantes das consultas aos stakeholders 26-37

Políticas abrangentes e sistemas de gestão3.13 Aplicabilidade do princípio de precaução pela organização 39, 42, 433.14 Cartas de princípios internacionais ou outras iniciativas de carácter voluntário sobre

questões económicas, ambientais e sociais que a organização subscreva ou endosse 23, 753.15 Principais associações industriais e empresariais, organizações nacionais

e internacionais de defesa dos direitos pessoais a que a organização pertença 62, 833.16 Gestão da cadeia de fornecedores e seu desempenho social e ambiental 36, 373.17 Gestão dos impactes económicos, ambientais e sociais indirectos 20, 28, 29, 703.18 Alterações de localização das operações X3.19 Procedimentos relativos ao desempenho económico, ambiental e social 20, 71-753.20 Certificação relativa a sistemas de gestão económica, ambiental e social 53, 71, 93

Desempenho económico

ClientesEC1 Produto bancário e total de activos 88, 89EC2 Análise regional de mercado 89

FornecedoresEC3 Volume de compras 36EC4 Grau de cumprimento com fornecedores 37EC11 Classificação de fornecedores por país X

ColaboradoresEC5 Montante salarial e benefícios 88

InvestidoresEC6 Distribuições aos investidores 89EC7 Lucro 89

Sector públicoEC8 Impostos pagos 89EC9 Subsídios recebidos XEC10 Doações, em dinheiro ou em espécie, discriminadas por tipo e por grupo 80, 88

Impactes económicos indirectosEC13 Impactes económicos indirectos 26-37

Desempenho ambiental

EN1 Consumo total de materiais por tipo 73, 88EN2 Percentagem de materiais utilizados que são resíduos de fontes externas 73EN3 Consumo directo de energia, segmentado por fonte primária 72, 88EN4 Consumo indirecto de energia 72EN5 Consumo total de água 73, 88EN6 Localização e áreas das terras em habitats ricos em biodiversidade 75EN7 Descrição dos principais impactes sobre a biodiversidade associados a actividades

e/ou produtos e serviços em ambientes terrestres, de água doce ou marítimos 50, 75EN8 Emissões de gases com efeito de estufa (GEE) 74, 88EN9 Utilização e emissão de substâncias destruidoras da camada do ozono 74EN10 NOX, SOX e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo 74EN11 Quantidade total de resíduos por tipo e destino 73, 88EN12 Descargas significativas para a água, por tipo 74EN13 Derrame significativo de produtos químicos, óleos e combustíveis, por número

total de ocorrências e por volume total 74EN14 Impactes ambientais significativos dos principais produtos e serviços 50, 75EN15 Percentagem recuperável dos produtos vendidos ao fim do seu ciclo de vida

e percentagem efectivamente recuperada XEN16 Incidentes ou multas pela não cumprimento das declarações, convenções,

tratados internacionais, legislação nacional, regional e local sobre assuntos ambientais 75

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EN17 Iniciativas para uso de fontes de energia renovável e para aumentar a sua eficiência energética 73-74

EN30 Outras emissões indirectas relevantes de gases com efeito de estufa 74

Desempenho social

EmpregoLA1 Detalhe dos Colaboradores 55, 88LA2 Criação líquida de emprego 88INT2 Variação de Colaboradores 59, 88INT3 Satisfação dos Colaboradores 56INT4 Remuneração gestores seniores XINT5 Incentivos 56, 88

Trabalho e relações laboraisLA3 % Colaboradores representados por sindicatos ou cobertos por ACT 88LA4 Política e procedimentos envolvendo informação, consulta e negociação

com os Colaboradores sobre mudanças nas operações da organização 34, 35, 59LA13 Provisão para representação formal de Colaboradores em órgãos

de decisão/governação 34, 35, 59

Saúde e segurançaLA5 Práticas sobre registo e notificação de acidentes e doenças ocupacionais 62LA6 Descrição de comités formais sobre saúde e segurança XLA7 Tipo de lesões, dias perdidos, índice de absentismo e número de óbitos 62, 88 LA8 Descrição de políticas ou programas a respeito de VIH/Sida XLA14 Evidência de conformidade substancial com as directrizes ILO 62LA15 Descrição dos acordos formais com sindicatos ou representantes envolvendo

saúde e segurança no trabalho 62-64

Formação e EducaçãoLA9 Média de horas de formação 57, 88LA16 Descrição de programas para apoiar a continuidade da vida laboral e finais de carreira 59, 65LA17 Políticas e programas específicos para gestão da capacidade e formação 59-61

Diversidade e oportunidadeLA10 Descrição das políticas ou programas promotores de igualdade de oportunidades 60, 61LA11 Composição da direcção e do grupo responsável pela governação 38INT6 Relação salarial Homem/Mulher 56INT7 Perfil de Colaborador por nível hierárquico 55

Direitos HumanosHR1 Política sobre Direitos Humanos 13, 23HR2 Consideração do impacte sobre DH nos investimentos e tomadas

de decisão de compra 13, 23HR3 Descrição de políticas e procedimentos para avaliar e abordar o desempenho

em DH dentro da cadeia de fornecedores 13, 23, 36HR4 Descrição da política global e procedimentos ou programas que previnam

todas as formas de discriminação 13, 23, 60HR5 Descrição da política de liberdade de associação 13, 23, 36, 60HR6 Políticas que excluam o trabalho infantil 13, 23HR7 Políticas para prevenir o trabalho forçado e compulsório 13, 23

ComunidadeSO1 Políticas para gerir impactes sobre as comunidades 39, 79-85SO4 Prémios recebidos que sejam relevantes para o desempenho social, ético e ambiental 10

Suborno e corrupçãoSO2 Políticas, procedimentos, sistemas de gestão e outros mecanismos referentes

a corrupção e suborno 39-41

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Contribuições políticasSO3 Políticas, procedimentos, sistemas de gestão e outros mecanismos referentes

a gestão de lobbies e contribuições políticas XSO5 Quantia de dinheiro pago a partidos políticos X

Concorrência e preçosSO6 Decisões judiciais relativas e regulamentações, anti-trust e monopólios XSO7 Prevenção de comportamentos anticompetitivos 42

Clientes e produtos

Saúde e segurança dos clientesPR1 Políticas para preservar a saúde e segurança dos clientes 28, 54PR4 Não conformidade com legislação de saúde e segurança 28, 54PR5 Reclamações 27-29PR6 Conformidade voluntária com código de conduta ou prémios recebidos 13, 23, 83

Prestação de serviçosPR2 Políticas relacionadas com informação de produtos e serviços 39, 43, 52, 53PR8 Satisfação dos Clientes 28, 52

PublicidadePR9 Conformidade com adesão a padrões e códigos voluntários sobre publicidade 34PR10 Violação de regulamentações em publicidade e marketing 34

Respeito da privacidadePR3 Confidencialidade e respeito pela privacidade do Cliente 28, 44PR11 Reclamações relacionadas com violação da privacidade 28, 44

Produtos e serviços financeirosRB1 Aspectos socialmente relevantes na prestação de serviços 45-54RB2 Perfil da carteira de crédito 48, 88RB3 Empréstimos com elevado benefício social 48, 66IB1 Política de investimento 49, 75IB3 Empréstimos com elevado benefício social 49, 67AM1 Política de gestão de activos relacionada com responsabilidade social 51AM2 Activos sob gestão com elevado benefício social 51AM3 Política de intervenção socialmente responsável na qualidade de accionista 51

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Alguns indicadores GRI não foram reportados no presente relatório, designadamente:

2.9 Lista de Stakeholders ao abrigo de sigilo por razões deontológicas (Clientes), ou demasiado extensa parapermitir a sua nomeação.

2.19 Não aplicável por se tratar do primeiro relatório de sustentabilidade publicado pelo Millennium bcp.3.5/INT4 Detalhes sobre a remuneração publicados no Volume II do Relatório e Contas do exercício de 2005.

3.18 Não se registaram alterações significativas de localizações.EC11 Relatório é limitado à actividade em Portugal.EC9 Não existe informação a reportar.

EN15 O Millennium bcp apenas comercializa serviços e produtos financeiros pelo que não existe recuperação de produtos para reutilização.

LA6 InexistentesLA8 InexistentesSO3 InexistentesSO5 InexistentesSO6 Inexistentes

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Adequação aos Princípios do UN Global CompactComunicação de progresso

PáginaIndicadores GRIcorrespondentes

Princípios do Global Compact

1. Respeitar e promover os Direitos Humanos

proclamados internacionalmente. HR1, HR2, HR3, HR4 13, 23, 36, 60

2. Assegurar-se da não-cumplicidade

com a violação dos Direitos Humanos. HR2, HR3 13, 23, 36

3. Apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento

efectivo do direito à negociação colectiva. HR5, LA3, LA4 13, 23, 34-36, 60, 88

4. Promover a eliminação de todas as formas

de trabalho forçado e compulsório. HR7 13, 23

5. Apoiar a abolição efectiva do trabalho infantil. HR6 13, 23

6. Promover a não-discriminação relativa

ao trabalho e ao emprego. HR4, LA10, LA11 13, 23, 38, 60

7. Apoiar atitudes e medidas de prevenção

perante os desafios ambientais. EN17 73, 74

8. Promover uma maior responsabilidade ambiental. EN1, EN2, EN3, EN4, 72, 73, 88

EN5, EN6, EN7, EN8, 50, 73-75, 88

EN9, EN10, 74

EN11, EN12, EN13, 73, 74, 88

EN15, EN16 75

9. Encorajar o desenvolvimento e a difusão

de tecnologias amigas do ambiente. EN14, EN17 50, 75

10. Combater todas as formas de corrupção,

incluindo a extorsão e o suborno. SO2 39-41

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Indicadores e critérios adoptadosProduto bancárioInclui margem financeira, rendimentos de instrumentos de capital, comissões líquidas, resultados emoperações financeiras, resultados por equivalência patrimonial e outros resultados de exploração,excluindo operações não recorrentes.

Valor económico acrescentadoInclui custos com pessoal, impostos sobre lucros, amortizações e lucros brutos antes de impostos einteresses minoritários, excluíndo operações não recorrentes.

Variação de ganhos no fim do períodoInclui "goodwill" + reservas livres e resultados acumulados + reservas legais e estatutárias

Cost-to-income[Custos com pessoal + Outros gastos administrativos + Amortizações do exercício] / Produto bancário

Criação líquida de empregoConsiste na diferença entre o n.º de Colaboradores entrados com contrato permanente e idade <= 30anos e a saída de Colaboradores com contrato permanente com idade <= 30 anos.

Consumo de electricidadeEstimativa para 2004 indicada no Relatório de Gestão de Energia do 2.º Trimestre de 2005 da PLM;consumo total de 2005 estimado com base nos dados do período de Julho de 2004 a Junho de 2005.

Emissões e consumos indirectos de electricidadeUtilizaram-se os factores de emissão e conversão da Agência Internacional de Energia (IEA), referentes àelectricidade produzida em Portugal em 2002, para calcular o consumo indirecto de energia primária e asemissões de GEE, implicados na aquisição de electricidade à rede pública.

Consumo de gás naturalValor de 2004 indicado pela PLM; valor de 2005 estimado com base no período de Janeiro a Setembrode 2005.

Consumo de águaValor de 2004 indicado pela PLM; valor de 2005 estimado com base no valor de 2004 em função daevolução do número de colaboradores.

Consumo de papel/cartão e plásticosTotal estimado com base no peso dos produtos mais consumidos, e nos valores totais registados noeconomato em 2005. Em 2004 o consumo foi estimado a partir da média mensal registada no últimoquadrimestre do ano.

Consumo de tinteiros/toners e pilhasEm 2004 o consumo foi estimado a partir da média mensal registada no último quadrimestre do ano.

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Emissões atmosféricas relacionadas com a frota automóvelAssumiu-se que todos os veículos da frota do Grupo são ligeiros comerciais a gasóleo. Os factores deemissão para Portugal utilizados referem-se ao ano de 2002 (publicados no EMEP/CORINAIR).

Emissões atmosféricas das viagensAs distâncias percorridas de comboio em Portugal baseiam-se em dados da REFER. Assumiu-se comoreferência o factor de emissão de GEE do comboio intercidades, calculado pela CarbonoZero, para atotalidade das viagens de comboio realizadas. As distâncias percorridas de avião foram calculadas usandoa latitude e longitude das cidades. Para as viagens de avião assumiram-se os factores de emissão tambémcalculados pela CarbonoZero, considerando como longo curso viagens com distâncias superiores a 6000km, médio curso entre 1500 e 6000 km, e curto curso inferiores a 1500 km.

Emissões atmosféricas da cogeraçãoOs factores de emissão de GEE são os publicados pelo Programa Nacional para as Alterações Climáticas(PNAC) e os de outros poluentes são os publicados pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC – Indústria da Energia).

Emissões atmosféricas relacionadas com o aquecimentoUtilizaram-se os factores de emissão do IPCC (para fontes comerciais) e do Instituto do Ambiente (IA) no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE).

Poder Calorífico Inferior e densidade de combustíveisForam utilizados os publicados pelo IA no âmbito do CELE.

SDCOForam utilizados os potenciais inibidores de ozono do Protocolo de Montreal.

Resíduos de papel/cartãoA quantidade total produzida representa o somatório da quantidade encaminhada para valorização e deuma quantidade estimada de resíduos produzidos a partir dos consumos de papel/cartão quehabitualmente não se destinam a arquivo nem a clientes.

Tinteiros e toners usados e resíduos de pilhasConsiderou-se que a quantidade total produzida seria igual ao consumo.

Resíduos de plásticoEstimou-se a quantidade de resíduos produzidos a partir do consumo de garrafas de água e de artigos de plásticos do economato, que habitualmente não se destinam a arquivo nem a clientes.

Efluentes líquidos e cargas poluentesOs dados apresentados tratam-se de uma estimativa, calculada com base em METCALF & EDDY (1991) a partir do número de Colaboradores.

BiodiversidadeConsideram-se ecossistemas ricos em biodiversidade, os protegidos por leis nacionais e europeias de conservação na natureza, classificados como Áreas Protegidas ou Rede Natura 2000.

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BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (Business Council for Sustainable Development)

CBO5 – Carência Bioquímica de Oxigénio, 5 dias, 20º C.

CCl4 – Tetracloreto de Carbono

CELE – Comércio Europeu de Licenças de Emissão

CH4 – Metano

CO2 – Dióxido de Carbono

COV – Compostos Orgânicos Voláteis

COVNM – Compostos Orgânicos Voláteis Não Metânicos

CQO – Carência Química de Oxigénio

FCT/UNL – Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa

GEE – Gases com Efeito de Estufa

GRI – Global Reporting Initiative

HBFC – Hidrobromofluorocarbonetos

HCFC – Hidroclorofluorocarbonetos

HFC – Hidrofluorcarbonetos

IA – Instituto do Ambiente

IEA – Agência Internacional de Energia (International Energy Agency)

ILO – International Labor Organization

IMAR – Instituto do Mar

IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change

N – Azoto

N2O – Óxido nitroso

NH3 – Amoníaco

NOx – Óxidos de Azoto

P – Fósforo

PFC – Perfofluorcarbonetos

SDCO – Substâncias Deplectoras da Camada do Ozono

SF6 – Hexafluoreto de Enxofre

SO2 – Dióxido de Enxofre

SST – Sólidos Suspensos Totais

TJ – Tera Joules

Ton – Toneladas

UN – Nações Unidas (United Nations)

WBCSD – World Business Council for Sustainable Development

Acrónimos

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Agradecimento

Este Relatório resulta de um trabalho de equipa e incorpora contributos de diversas áreas

e numerosos Colaboradores do Millennium bcp, a que se somaram outros de pessoas

e instituições externas, que muito contribuíram para o enriquecer.

A todos os que de algum modo colaboraram, queremos aqui deixar expressos os nossos

agradecimentos.

Dê-nos a sua opinião

Estamos verdadeiramente interessados em conhecer a sua opinião sobre este Relatório.

Sobre a forma e sobre o conteúdo, sobre o que parece a mais ou sobre o que falta,

gostaríamos de saber a sua opinião pessoal; como Cliente, Accionista, Fornecedor,

Colaborador ou simplesmente como Leitor crítico e interessado.

Por favor, faça-nos chegar a sua opinião directamente para: [email protected]

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Contactos

Millennium bcp

Banco Comercial Português, S.A.

www.millenniumbcp.pt

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Telefone: (+351) 22 607 11 42

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Rua Augusta, n.º 84-2.º – 1149-023 Lisboa – Portugal

Telefone: (+351) 21 321 17 41

Correio-electrónico: [email protected]

Direcção Internacional

Av. José Malhoa, Lote 1686-9.º andar – 1070-157 Lisboa – Portugal

Telefone: (+351) 21 721 80 68

Relações com Investidores

Rua Augusta, n.º 84-1.º – 1149-023 Lisboa – Portugal

Telefone: (+351) 21 321 10 81

Correio-electrónico: [email protected]

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Propriedade: Millennium bcp

Consultoria ambiental: IMAR – Instituto do Mar,pólo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa

Produção gráfica: Choice – Comunicação Global, Lda. – www.choice.pt

Impressão e acabamentos: SocTip – Sociedade Tipográfica, SA

Depósito legal: 217685/04

Impresso em Março de 2006

www.millenniumbcp.pt

Banco Comercial Português, S.A., Sociedade AbertaSede: Praça D. João I, 28 – 4000-295 Porto Capital Social: 3.588.331.338 EurosMatriculado na Conservatória do Registo Comercial do Porto com o N.º único de matrícula e de Contribuinte 501 525 882

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