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Relatório para obtenção do grau de licenciado em

Contabilidade, ao abrigo do protocolo celebrado entre a

ESTG-IPG e CTOC

Paulo Jorge Cleto Duarte

Nº 7994

Janeiro 2010, Conclusão do Estágio

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte i

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a todos aqueles que me proporcionaram a possibilidade de

estagiar, concluindo deste modo o curso de Contabilidade ministrado na ESTG.

Foi com enorme agrado e satisfação que estagiei na empresa Construções Vimar, Lda.,

agradecendo desde já ao Sr. Inocêncio Marques pela oportunidade que me foi dada,

também um agradecimento em especial, ao Dr. São Pedro coordenador por parte da

empresa que sempre demonstrou uma enorme disponibilidade e uma especial

compreensão, sem esquecer aqueles com quem mais directamente tive a oportunidade e

o prazer de trabalhar.

Ao meu orientador de estágio que terei sempre como uma das minhas grandes

referências, sendo um exemplo a seguir, Dr. João Simões, agradeço, pela orientação e

disponibilidade.

A todos um Muito Obrigado, pois tenho plena consciência do contributo que tiveram na

minha, ainda não terminada, formação.

À minha esposa e aos meus pais, pelo carinho e compreensão dados ao longo do

percurso académico;

A todos os professores, colegas e amigos, pelo apoio nos momentos bons e menos bons,

em particular à Cila e ao Pedro.

Por último, mas, em primeiro no meu pensamento ao meu filho.

A todos muito obrigado!

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte ii

IDENTIFICAÇÃO

Estagiário:

Paulo Jorge Cleto Duarte

Número:

7994

Licenciatura:

Contabilidade

Estabelecimento de Ensino:

Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG

Local de Estágio:

Construções Vimar, Lda.

Código de Classificação das Actividades Económicas:

41200 - Construção de edifícios residenciais e não residenciais

Supervisor na Empresa:

Dr. Carlos da Graça São Pedro, TOC nº 21086

Orientador da Escola:

Dr. João Simões, TOC nº 17948

Duração do Estágio:

Inicio 2de Dezembro de 2008

Fim 3 de Março de 2009

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte iii

ÍNDICE

Glossário de Siglas ......................................................................................................... vi

Indice de Quadros ......................................................................................................... vii

Indice de Figuras ............................................................................................................ x

Introdução ....................................................................................................................... 1

Capítulo 1 – Apresentação da empresa ........................................................................ 3

1.1 - Identificação da Empresa ................................................................................... 3

1.2 – Historial .............................................................................................................. 4

1.3 – Enquadramento Jurídico ................................................................................... 4

1.4 – Enquadramento Fiscal ....................................................................................... 4

1.3 – Recursos Humanos e Informáticos ................................................................... 5

Capítulo 2. Actividades Desenvolvidas no Período de Estágio ................................... 7

2.1 – Organização de Documentos ............................................................................. 7

2.2 – Classificação de Documentos ............................................................................. 8

2.2.1 – Compras a Fornecedores ................................................................................ 9

2.2.2 – Fornecimentos e Serviços Externos .............................................................. 10

2.2.3 – Vendas Clientes ............................................................................................ 13

2.3 – Processamento Informático ............................................................................. 14

2.4 – Arquivo de Documentos ................................................................................... 14

2.5 – Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) ................................................... 15

2.5.1 – Considerações Gerais ................................................................................... 15

2.5.2 – Principais obrigações dos sujeitos passivos.................................................. 16

2.5.3 – Regimes de IVA ........................................................................................... 20

2.5.3.1 – Regime Normal....................................................................................... 21

2.5.3.2 – Regime Especial de Isenção ................................................................... 24

2.5.3.3 – Regime dos Pequenos Retalhistas .......................................................... 24

2.5.3.4 – Regime dos Revendedores de Combustiveis .......................................... 26

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte iv

2.5.3.5 – Regime de Inversão do Sujeito Passivo .................................................. 26

2.5.3.5 – Regime dos Bens em 2ª mão .................................................................. 26

2.5.4 – Apuramento do IVA ..................................................................................... 27

2.6 – Processamento e Contabilização de Salários .................................................... 29

2.6.1 – Considerações Gerais ...................................................................................... 29

2.6.2 – Enquadramento Social e Fiscal........................................................................ 29

2.6.3 – Prcesso Contabilisticos .................................................................................... 31

Capítulo 3 – Controlo Interno ..................................................................................... 34

3.1 – Considerações Gerais ....................................................................................... 34

3.2 – Disponibilidades ................................................................................................ 34

3.3 – Pessoal ................................................................................................................ 35

3.4 – Fornecedores ..................................................................................................... 36

3.5 – Clientes .............................................................................................................. 36

3.6 – Existências ......................................................................................................... 36

3.7 – Imobilizado ........................................................................................................ 37

Capítulo 4 – Encerramento de Contas ........................................................................ 38

4.1 – Considerações Gerais ....................................................................................... 38

4.2 – Trabalhos de Encerramento de Contas .......................................................... 40

4.2.1 – Inventário Geral ou Anual ............................................................................ 40

4.2.2 – Regularização e Rectificação de Contas ....................................................... 41

4.2.3 – Balancete de Rectificação (mês 13).............................................................. 51

4.2.4 – Balancete de Apuramento de Resultados (mês 14) ...................................... 52

4.2.5 – Balancete Final (mês 15) .............................................................................. 55

Capítulo 5 – Documentos de Prestação de Contas .................................................... 56

5.1 – Considerações Gerais ....................................................................................... 56

5.2 – Principais Demonstrações Financeiras ........................................................... 56

5.3 – Outros Documentos a Apresentar ................................................................... 58

Capítulo 6 – Obrigações Declarativas Dos Sujeitos Passivos ................................... 60

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte v

6.1 – Considerações Gerais ....................................................................................... 60

6.2 – Declaração Periódica de Rendimentos ........................................................... 60

6.3 – Apuramento do Imposto e Preenchimento da Modelo 22............................. 61

6.4 – Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal ............................. 72

Capítulo 7 – Análise Financeira .................................................................................. 77

7.1 – Considerações Gerais ....................................................................................... 77

7.2 – Capital ............................................................................................................... 77

7.3 – Rentabilidade .................................................................................................... 78

7.4 – Produtividade .................................................................................................... 79

7.5 – Financiamente ................................................................................................... 80

7.6 – Liquidez ............................................................................................................. 81

7.7 – Estrutura Financeira ........................................................................................ 82

Conclusão ...................................................................................................................... 84

Bibliografia .................................................................................................................... 85

Indice de Anexos ........................................................................................................... 87

Anexos ............................................................................................................................ 88

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Paulo Duarte vi

GLOSSÁRIO DE SIGLAS

ABDR - Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

CC - Código Comercial

CIRC - Código de Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

CIRS - Código de Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

CIVA - Código de Imposto sobre o Valor Acrescentado

CMVMC - Custo das Mercadorias Vendidas e Mercadorias Consumidas

CRSS - Centro Regional da Segurança Social

CSC - Código das Sociedades Comerciais

CTOC - Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas

DGI - Direcção Geral de Impostos

DL - Decreto-Lei

DR - Decreto Regulamentar

EIRL - Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada

ESTG - Escola Superior de Tecnologia e Gestão

IES - Informação Empresarial Simplificada

IGFSS - Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social

IRC - Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

IRS - Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

IVA - Imposto Sobre o Valor Acrescentado

NIC - Norma Internacional de Contabilidade

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte vii

NIPC - Número de Identificação das Pessoas Colectivas

OE - Orçamento de Estado

PC - Pagamento Por Conta

PEC - Pagamento Especial Por Conta

POC - Plano Oficial de Contabilidade

RAI - Resultado Antes de Impostos

RITI - Regime de IVA nas Transacções Intracomunitárias

RLE - Resultado Líquido do Exercício

TOC - Técnico Oficial de Contas

TSU - Taxa Social Única

VN - Volume de Negócios

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte viii

Índice de Quadros

Quadro 1: Lançamento no Diário de Factura de Compras.............................................. 9

Quadro 2: Lançamento no Diário de Factura referente a Prestação de

Serviços de Construção ................................................... Erro! Marcador não definido.

Quadro 3: Lançamento no Diário de Factura referente a Fornecimentos e

Serviços Externos ........................................................... Erro! Marcador não definido.

Quadro 4: Lançamento no Diário de Factura referente a Fornecimentos e

Serviços Externos ........................................................................................................... 12

Quadro 5: Lançamento no Diário de Escritura referente a venda de Imóvel ................ 13

Quadro 6: Lançamento no Diário de Factura referente a Prestação de Serviços .......... 14

Quadro 7: Lançamento no Diário do Apuramento do IVA ......................................... 27

Quadro 8: Lançamento no Diário da transferência da conta de apuramento de

IVA ................................................................................................................................ 28

Quadro 9: Lançamento no Diário do pagamento do IVA ............................................. 28

Quadro 10: Lançamento no Diário do Processamento de Salários Erro! Marcador não

definido.

Quadro 11: Lançamento no Diário do Processamento dos encargos relativos à

Segurança Social............................................................................................................. 32

Quadro 12: Lançamento no Diário do Pagamento de Salários ..................................... 33

Quadro 13: Lançamento no Diário da Especificação de Custos com Férias ................ 45

Quadro 14: Lançamento no Diário da Transferência do saldo da conta de Compras ... 47

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte ix

Quadro 15: Lançamento no Diário da Contabilização do CMVMC ............................ 47

Quadro 16: Calculo da Variação da Produção .............................................................. 48

Quadro 17: Calculo da amortização do exercício de um veículo ................................. 51

Quadro 18: Lançamento no Diário do Calculo de Imposto Estimado .......................... 54

Quadro 19: Cálculo do montante de Tributações Autónomas ...................................... 63

Quadro 20: Cálculo do Lucro Tributável ...................................................................... 64

Quadro 21: Cálculo do Pagamento Especial por Conta ................................................ 67

Quadro 22: Cálculo do Imposto sobre o Rendimento ................................................... 71

Quadro 23: Cálculo das Variações de Capital .............................................................. 77

Quadro 24: Rácios de Rentabilidade ............................................................................. 78

Quadro 25: Rácios de Produtividade ............................................................................ 79

Quadro 26: Rácios de Financiamento ........................................................................... 80

Quadro 27: Rácios de Liquidez ..................................................................................... 81

Quadro 28: Rácios de Estrutura Financeira .................................................................. 82

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte x

Índice de Figuras

Figura Nº 1 – Print Screen do programa de contabilidade da empresa ………………. 6

Figura Nº 2 – Contabilização do Apuramento de Resultados Operacionais ………… 52

Figura Nº 3 – Contabilização do Apuramento de Resultados Financeiros ………….. 53

Figura Nº 4 – Contabilização do Apuramento de Resultados Correntes ……………. 53

Figura Nº 5 – Contabilização do Apuramento de Resultados Extraordinários ……... 53

Figura Nº 6 – Contabilização do Apuramento de Resultados Antes de Impostos ….. 54

Figura Nº 7 – Contabilização do Apuramento de Resultado Liquido do Exercicio ... 55

Figura Nº 8 – Anexo ao Dossier Fiscal (Fonte: Portaria 359/2000, de 20 Junho) ….. 59

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 1

INTRODUÇÃO

O relatório que se segue é o produto final de três meses de estágio na empresa

Construções Vimar, Lda. e tem como objectivo dar a conhecer de forma simples e

sintética, o trabalho desenvolvido ao longo desse período de 2 de Dezembro de 2008 a 3

de Março de 2009.

O estágio incidiu nas áreas da contabilidade e fiscalidade onde tive a oportunidade de

colocar em prática alguns dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso e ainda

adquirir novos conhecimentos decorrentes do exercício da profissão em contexto real.

O presente relatório visa também cumprir o artigo 6º do Regulamento de Estágios da

Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC)1, de acordo com o protocolo

celebrado entre a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e a Câmara dos

Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), segundo o artigo atrás referido as actividades a

desenvolver são:

a) “A empresa e o meio envolvente;

b) Aprendizagem relativa à forma como se organiza a contabilidade nos termos

dos planos de contas, oficialmente aplicáveis, desde a recepção dos documentos até ao

seu arquivo, classificação e registo;

c) Práticas de Controlo Interno;

d) Apuramento de contribuições e impostos e preenchimento das respectivas

declarações;

e) Encerramento das contas e preparação das Demonstrações Financeiras e

restantes documentos que compõem o “Dossier Fiscal”;

f) Preparação da informação contabilística para relatórios e análise de gestão;

g) Identificação e acompanhamento relativo à resolução de questões da

organização com o recurso a contactos com os serviços relacionados com a profissão.”

1 Com a entrada em vigor do Decreto-Lei 310/09 de 31/10/09, a denominação da instituição passou a ser

Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 2

De modo a sistematizar a informação constante no relatório, o mesmo encontra-se

dividido em seis capítulos.

No primeiro capítulo é efectuada a apresentação da empresa receptora de estágio, o seu

historial, enquadramento jurídico e fiscal, etc.

No segundo capítulo são descritas as actividades desenvolvidas durante o período de

estágio, de acordo com o plano proposto, nomeadamente quanto à forma como se

organizam os documentos contabilísticos, desde a sua recepção, classificação, registo

informático até ao arquivo, bem como o apuramento de contribuições, impostos,

preenchimento e envio das respectivas declarações fiscais. Dentro destas tarefas

encontram-se alguns exemplos de documentos classificados, apuramento do Imposto

sobre o Valor Acrescentado (IVA), processamento de salários, entre outros.

O terceiro capítulo diz respeito às medidas de controlo interno adoptadas, desde a

Gestão Administrativa e Financeira, até à Gestão de Recursos Humanos.

O quarto capítulo reflecte os procedimentos necessários para o Encerramento do

Exercício e preparação das Demonstrações Financeiras.

O quinto capítulo trata das obrigações fiscais. Foi feita uma abordagem à declaração de

rendimentos (Modelo 22), através do seu preenchimento, que nos permite apurar o

Imposto sobre o Rendimento Colectivo (IRC), referente ao Ano 2008

No sexto capítulo, é apresentada a Informação Empresarial Simplificada (IES) e é feita

uma demonstração do seu preenchimento, partindo dos campos preenchidos pela

empresa.

No sétimo capítulo apresenta-se uma análise económico-financeira.

Na conclusão apresento algumas considerações gerais.

No final foram introduzidos todos os anexos utilizados na realização deste relatório de

estágio.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 3

1 – APRESENTAÇÃO DA EMPRESA RECEPTORA DE

ESTÁGIO

1.1 - Identificação da Empresa

Denominação Social: Construções Vimar, Lda.

Morada: Avenida de São Miguel

6300-864 Guarda

Contactos: Telefone: 271 238 299

Telefax: 271 238 107

Natureza Jurídica: Sociedade por Quotas

Capital Social: 299.278,73 €

Número de Identificação das Pessoas

Colectivas (NIPC):

500 708 606

Actividades: Construção Civil, Compra e Venda de

Propriedades.

Código CAE 41200 – Construção de edifícios

residenciais e não residenciais

Nº de Trabalhadores: 12

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 4

1.2 – Historial

A empresa Construções Vimar, Lda. iniciou a sua actividade em Outubro de 1977, na

Guarda, na rua de França nº 1, tendo mais tarde, em 2000, mudado a sua actividade para

a Avenida de São Miguel, Guarda Gare.

Desta forma a empresa procurou melhorar o funcionamento interno, reestruturando as

suas instalações, visando proporcionar um melhor atendimento ao público.

A empresa Construções Vimar, Lda. exerce a sua actividade nas áreas seguintes:

Construção Civil e Obras Públicas, possui um alvará da classe 5, isto significa

que a empresa está habilitada a realizar obras até ao valor de 2.656.000 €.

(Anexo 1)

Compra e venda de propriedades, sendo que uma parte usa para construção

própria e outra para venda.

1.3 – Enquadramento Jurídico

Presentemente a Construções Vimar, Lda., está constituída sob a forma jurídica de

sociedade comercial por quotas de responsabilidade limitada.

O seu capital social está dividido por três sócios em quotas parcialmente distribuídas em

que o valor global totaliza o Capital Social da empresa no valor de 299.278,73 €.

1.4 – Enquadramento Fiscal

A empresa Construções Vimar, Lda., possui contabilidade organizada de acordo com o

artigo 115º do código do IRC, este enquadramento decorre dos limites impostos no nº 2

do artigo 28º do CIRS cumprindo o estipulado no artigo 117º do mesmo código. Em

termos de IVA, enquadra-se no regime normal, com periodicidade trimestral, nos

termos da alínea b), do nº 1 doa artigo 41º.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 5

1.5 – Recursos Humanos e Informáticos

A Construções Vimar, Lda. é constituída pela gerência, dois sócios, e dez funcionários,

dos quais um é administrativo e os restantes encontram-se ligados à construção.

A Construções Vimar, Lda. é uma empresa “familiar” e para além dos funcionários,

conta também com um engenheiro civil e uma empresa de contabilidade como

colaboradores externos mais próximos de forma a fazer face às exigências legais.

O escritório está dividido em quatro salas de trabalho. Uma sala onde é feito o

atendimento geral aos clientes, fornecedores e publico em geral, outra para a gerência,

uma terceira para reuniões, por ultimo a sala onde se realiza a contabilidade e se

encontram os arquivos contabilísticos.

O software utilizado pela empresa, para a realização da contabilidade e facturação é o

PHC. Para além deste, utiliza também o OFFICE, principalmente o WORD e o EXCEL,

respectivamente para a elaboração de cartas ou requerimentos, para a elaboração de

reconciliações bancárias ou mapas, entre outros.

Ao nível dos recursos informáticos tive a oportunidade de pôr em prática alguns dos

conhecimentos adquiridos durante o curso, nomeadamente a experiência adquirida em

Contabilidade Financeira II, onde foi possível simular os lançamentos contabilísticos

num programa da ESTG.

O programa PHC revelou-se de baixo grau de dificuldade para trabalhar, isso permitiu

que rapidamente fosse possível a movimentação com as suas aplicações desde a

introdução de dados até à extracção de mapas ou declarações fiscais.

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Paulo Duarte 6

Figura Nº 1 - Print screen do programa de contabilidade da empresa Construções

Vimar, Lda.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 7

2 – ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO DE

ESTÁGIO

De forma a salvaguardar o sigilo profissional (artigo 10º do Código Deontológico dos

Técnicos Oficiais de Contas), alguns dados e cálculos foram propositadamente

alterados.

2.1 - Organização de documentos

Os documentos chegam à empresa por correio, pelos fornecedores, ou ainda pela mão

do chefe de obra que os recepciona e confirma a entrega das matérias-primas constantes

no mesmo.

Chegados ao escritório da empresa, os documentos são separados de acordo com o

diário que lhe está destinado consoante a sua natureza. Posteriormente são ordenados

por ordem cronológica.

No sentido de cumprir o estipulado no artigo 48º do CIVA, os documentos, uma vez

separados e ordenados são classificados, segundo os pressupostos do POC (Anexo 2) e

registados no sistema informático, onde foram criados os seguintes diários:

Diário de Caixa

Diário de Clientes

Diário de Fornecedores

Diário de Bancos

Diário de Operações Diversas

No diário de caixa, arquivam-se todas as entradas e saídas em numerário, e ainda

entradas de cheques correspondentes aos recibos emitidos pela empresa, das saídas de

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 8

caixa fazem parte os depósitos, as vendas a dinheiro relativas a compras, pagamentos a

fornecedores, fornecimentos e serviços externos, etc.

No diário de clientes arquivam-se as notas de débito, notas de crédito e as facturas de

vendas.

No diário de fornecedores arquivam-se as facturas de compras realizadas, algumas

facturas de fornecimentos e serviços externos, notas de débito e de crédito.

No diário de bancos arquivam-se as operações realizadas através dos bancos, como

sejam as transferências e os avisos de lançamentos, notas de débito relativas a juros,

pagamentos de facturas de leasing.

Finalmente o diário de Operações Diversas onde se arquivam todos os documentos

relativos ao processamento de salários, ao apuramento do IVA e também todos os

documentos que não se integrem nos outros diários.

2.2 - Classificação de documentos

Depois de ordenados e separados, os documentos são classificados individualmente, as

contas a movimentar inserem-se manualmente a débito e a crédito e o respectivo valor,

de acordo com princípios contabilísticos e critérios valorimétricos estabelecidos pelo

POC.

A classificação é feita pelo sistema digráfico, em que o valor total dos débitos tem que

ser igual ao valor total dos créditos.

Como já foi referido anteriormente a empresa dedica-se à execução de obras de

construção civil e venda de prédios rústicos e urbanos, pelo que de acordo com o CIVA

pratica operações enquadráveis no nº 31 do artigo 9º, no entanto por força do nº 5 do

artigo 12º esta pode renunciar à isenção. O nº 6 do mesmo artigo remete-nos para o DL

21/2007 (Anexo 3) que regula as condições para a renúncia do artigo 12º. É também

este DL que conjugado com o ofício 30100 (Anexo 4) de 28 de Março de 2007 regula a

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 9

inversão do sujeito passivo nos contratos de serviços de construção civil. Assim, da

análise da legislação acima referida podemos concluir que estamos na presença de um

sujeito passivo misto que pratica operações que conferem o direito à dedução e

operações que não conferem esse direito, reunindo as condições para proceder à

inversão do sujeito passivo, utilizando para o exercício do direito à dedução, o método

da afectação real.

A título de exemplo apresento nos pontos seguintes a classificação contabilística de

alguns factos patrimoniais inerentes à actividade da empresa.

2.2.1 - Compras a fornecedores

Factura referente à aquisição de matérias-primas no mercado interno. Regista-se a

débito na conta 31611820 - OBRA URBANIZAÇÃO FERREIRINHOS, o custo de

aquisição das matérias-primas destinadas à produção, pela contrapartida a crédito na

respectiva conta corrente de fornecedores. Dado que a obra é destinada à venda, trata-se

de uma operação sujeita a IMT, pelo que fica isenta de IVA, nos termos do nº 31, do

artigo 9º do CIVA.

A sua contabilização é feita da seguinte forma:

Factura nº 1081819 (Anexo 5)

Quadro n.º 1 – Lançamento no Diário de Factura de Compras.

Descrição Conta Débito Crédito

Compras de Matérias-

Primas

31611820 – Obra

Urbanização

Ferreirinhos

35,42 €

2211142 - Fornecedor 35,42 €

Fonte: Elaboração própria

2.2.2- Fornecimentos e Serviços Externos (FSE)

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Paulo Duarte 10

Para desenvolver a sua actividade a empresa consome diversos serviços prestados por

terceiros, os quais são contabilizadas nas respectivas contas de fornecimentos e serviços

externos.

A empresa recorre regularmente à subcontratação na execução das suas obras, ou na

prestação de serviços, o tratamento contabilístico das facturas de subcontratos de

construção civil, está regulado pelo ofício 30100 de 28 de Março de 2007. De acordo

com este ofício a factura que se está a classificar reúne as condições para se proceder à

inversão do sujeito passivo, uma vez que:

o adquirente está enquadrado na alínea j) do nº 1 do artigo 2º “ são sujeitos

passivos do IVA “as pessoas singulares ou colectivas referidas na alínea a) que

disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional

e que pratiquem operações que confiram o direito à dedução total ou parcial do

imposto, …”,

a factura emitida pelos prestador do serviço contem a expressão “IVA devido

pelo adquirente”, como está previsto nos termos do nº 13 do artigo 35º do

CIVA,.

trata-se de uma aquisição de serviços de construção civil.

No que diz respeito ao IVA deduzido a empresa tem o direito à dedução, nos termos da

alínea c) do nº 1 do artigo 19º, na medida em que neste caso não estamos perante uma

obra para venda, mas, um serviço que a empresa está a prestar a outra entidade,

subcontratando a empresa responsável pela emissão da factura, não ficando sujeita a

IMT, pelo que estamos na presença de uma operação tributável, não isenta.

A contabilização é feita da seguinte forma:

Factura Nº 08042 (Anexo 6)

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Quadro n.º 2 – Lançamento no Diário de Factura referente a Prestação de Serviços de

Construção.

Descrição Conta Débito Crédito

Factura de

Prestação de

Serviços

6211820 – Obra Lote 2 5.000,00 €

2432314 - IVA Devido Adquirente 1.000,00 €

22110208 – Fornecedor 5.000,00 €

2433343 – Serv. Construção Civil Taxa

Normal 1.000,00 €

Fonte: Elaboração própria

Nos serviços, os mais comuns são: electricidade, combustíveis, água, comunicação,

seguros entre outros.

A empresa regista a despesa de gastos com água e outras despesas isentas a débito na

conta 62213302 -Agua Obras, por contrapartida a crédito de uma conta de depósitos à

ordem, não separando as despesas isentas por as considerar materialmente irrelevantes.

No que diz respeito a este tipo de gastos, a empresa no seu plano de contas separa os

custos referentes às obras, dos custos referentes ao escritório com dois intuitos, por um

lado porque a empresa não possui um sistema de contabilidade analítica, este

procedimento permite-lhe apurar os gastos gerais de fabrico a imputar ao custo de

produção na execução das suas obras. Por outro lado como a empresa pratica operações

que conferem o direito à dedução, a separação permite-lhe deduzir o IVA na

percentagem correspondente à afectação.

Relativamente a este tipo de custos, é aplicada a taxa reduzida de IVA, conforme nº 1

do artigo 18º do CIVA, e em termos de direito a dedução do imposto o mesmo

encontra-se regulado no nº 1 dos artigos 19º e 20º do CIVA. No entanto, pelo facto de

como temos vindo a referir a empresa efectuar operações isentas, a empresa não deduz

este IVA.

A contabilização é a seguinte:

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Lançamento Factura do SMAS (Anexo 7)

Quadro n.º 3 – Lançamento no Diário de Factura referente a Fornecimentos e Serviços

Externos.

Descrição Conta Débito Crédito

Factura SMAS

62213302 – Agua Obras 128,14 €

12102 – Banco Português do

Atlântico 128,14 €

Fonte: Elaboração própria

No que diz respeito ao direito à dedução de IVA nos combustíveis existem três

situações distintas:

Totalmente dedutível;

Parcialmente dedutível;

Sem qualquer direito a dedução.

A empresa receptora de estágio devido aos motivos acima mencionados não faz a

dedução, prevista na alínea b) do nº 1 do artigo 21º do CIVA.

Factura Nº – PVF812+0750 (Anexo 8)

Quadro n.º 4 – Lançamento no Diário de Factura referente a Fornecimentos e

Serviços Externos.

Descrição Conta Débito Crédito

Factura

Gasóleo

622121122 – Gasóleo c/ IVA não

dedutível 47,03 €

22110031 - Fornecedor 47,03 €

Fonte: Elaboração própria

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2.2.3 - Vendas/Clientes

De acordo com o POC, as vendas, representadas pela facturação, “devem ser deduzidas

do IVA e de outros impostos e incidências nos casos em que nelas estejam incluídos”,

pelo que devemos relevar a crédito a conta 71 -Vendas, o valor da venda deduzindo o

valor do IVA, o qual será relevado a crédito da respectiva conta 243 -Imposto s/o Valor

Acrescentado, por contrapartida a débito da conta corrente do cliente ou de uma conta

de disponibilidades. No caso da empresa Construções Vimar, Lda., não se verifica esta

situação, dado que está isenta nos termos do nº31 do artigo 9º.

Contabilização de uma escritura (Anexo 9):

Quadro n.º 5 – Lançamento no Diário de Escritura referente a venda de Imóvel.

Descrição Conta Débito Crédito

Contabilização

de Escritura

111 – Caixa 105.000,00 €

7121409 – Vendas Jardim das

Covas 105.000,00 €

Fonte: Elaboração própria

Na Prestação de Serviços, que se apresenta de seguida, não há lugar à inversão do

sujeito passivo, em virtude do adquirente deste serviço ser um sujeito passivo de

imposto, que pratica exclusivamente operações isentas, nos termos do nº 31 do artigo 9º.

Factura nº 20070318 (Anexo 10)

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Quadro n.º 6 – Lançamento no Diário de Factura referente a Prestação de Serviços.

Descrição Conta Débito Crédito

Factura

Prestação de

Serviços

21110013 – Cliente conta corrente 13.282,06 €

7211201 – Serviço de empreitadas

obra 11.068,38 €

2433113 – IVA liquidado à taxa

normal

2.213,68 €

Fonte: Elaboração própria

2.3 - Processamento informático

Terminada a classificação dos documentos contabilísticos, procede-se ao tratamento

informático dos mesmos, o que permite extrair toda a informação na forma de diários,

extractos de contas, contas correntes de terceiros, balancetes, etc.

A cada documento é atribuído um número interno, dentro de cada diário, de forma a

possibilitar a sua consulta sempre que seja necessário.

2.4 - Arquivo de documentos

Após o tratamento informático dos documentos que servem de suporte aos factos

patrimoniais ocorridos, estes são arquivados em pastas, ordenados por diários e pelos

períodos a que respeitem, estando facilmente acessíveis na eventualidade de ser

necessário realizar uma consulta.

Estes documentos deverão permanecer no arquivo durante 10 anos, nos termos do nº1

do artigo 52º do CIVA.

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“Os sujeitos passivos são obrigados a arquivar e conservar em boa ordem durante os

10 anos civis subsequentes todos os livros, registos e respectivos documentos de

suporte, incluindo, quando a contabilidade é estabelecida por meios informáticos, os

relativos à análise, programação e execução dos tratamentos.”

2.5 – Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

2.5.1 – Considerações gerais

A adesão de Portugal à União Europeia, implicou alterações no sistema fiscal

português, uma das exigências previstas no Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de

Dezembro foi a adopção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). O Código do

Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA) foi aprovado pelo n.º 1 deste mesmo

Decreto-Lei e entrou em vigor a 1 de Janeiro de 1986, de acordo com o nº 1 da Lei nº

42/85, de 22 de Agosto.

O IVA é um imposto geral enquadrado nos chamados impostos indirectos, incidem

sobre o consumo de bens e serviços, embora sejam as empresas que têm de o entregar

ao estado, quem o suporta de facto, é o consumidor final. É também considerado de

acordo com o artigo 1º do CIVA um imposto plurifásico, visto que tributa o consumo ao

longo das fases do circuito económico, desde a produção até ao consumidor final.

As operações sujeitas a IVA estão previstas no artigo 1º (Incidência Real) do CIVA, nas

alíneas seguintes:

“a) As transmissões de bens e as prestações de serviços efectuadas no território

nacional, a título oneroso, por um sujeito passivo agindo como tal;

b) As importações de bens;

c) As operações intracomunitárias efectuadas no território nacional, tal como são

definidas e reguladas no Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias.”

Os casos previstos nos artigos 9º ao 15º do CIVA, são excepções a esta sujeição, por se

tratarem de operações isentas de imposto.

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Os sujeitos passivos de imposto, isto é, aqueles que podem ser considerados sujeitos

passivos do imposto, estão definidos no artigo 2º (Incidência pessoal) do CIVA.

No sentido de harmonizar a tributação geral do consumo no espaço europeu, é aprovado

pelo Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de Dezembro, o Regime do IVA nas Transacções

Intracomunitárias (RITI). Entrando em vigor a 1 de Janeiro de 1993, com vista à

abolição das fronteiras fiscais.

As trocas comerciais intracomunitárias de bens, traduzem-se em termos gerais, no

seguinte:

– Para o vendedor, que tenha a qualidade de sujeito passivo do imposto, numa

transmissão intracomunitária de bens, de acordo com o artigo 14º, alínea a) do

RITI, uma operação isenta;

– Para o adquirente, também sujeito passivo do imposto, numa transmissão

intracomunitária de bens, sendo tributável no estado membro de destino. No

entanto o adquirente deve deduzir e liquidar o imposto suportado de acordo com

as regras previstas nos artigos 19º - Direito à dedução e 23º - Obrigações gerais

do RITI.

A aquisição de bens a países terceiros, isto é, aqueles que não se encontram inseridos na

União Europeia, o IVA é liquidado no país de destino, pelos serviços alfandegários. No

país de origem dos bens a transmissão é isenta.

Daqui se conclui que, a determinação do local de tributação assume importância na

definição da localização das operações. As regras de localização encontram-se definidas

no artigo 6º - Localização das operações tributáveis pelo CIVA e no artigo 8º -

Localização das aquisições intracomunitárias de bens, pelo RITI.

2.5.2 – Principais obrigações dos sujeitos passivos

As obrigações dos sujeitos passivos/contribuintes, previstas no CIVA, são as seguintes:

i. Obrigações de pagamento

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ii. Obrigações declarativas

iii. Obrigação de facturação

iv. Obrigações contabilísticas

i. Obrigações de pagamento, encontram-se reguladas pelo CIVA nos artigos 27º

e 28º e pelo RITI no artigo 22º. Este prevê dois regimes de tributação, em que o

sujeito passivo estará inserido em apenas um deles:

o Regime Mensal: declaração a ser entregue até ao dia 10 do 2º mês

seguinte àquele a que respeitam as operações;

o Regime Trimestral: declaração a ser entregue até ao dia 15 do 2º mês

seguinte ao trimestre a que respeitam as operações.

ii. Obrigações declarativas, estão previstas pelo CIVA nos artigos 30º a 35º, 40º a

42º e artigo 67º e são elas:

o Declaração de início de actividade, antes de iniciada a actividade;

o Declaração de alterações, sempre que se verifiquem alterações de

qualquer dos elementos constantes na declaração de início de actividade.

Deve ser entregue no prazo máximo de 15 dias a contar da data de

alteração;

o Declaração de cessação de actividade, deverá ser entregue no prazo de

30 dias a contar da data de cessação da actividade;

o Declaração periódica. A periodicidade de envio da declaração depende

do Volume de Negócios do exercício económico do ano civil anterior. -

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Paulo Duarte 18

regime de tributação mensal, se o VN for igual ou superior a

650.000,00 €; - regime de tributação trimestral, se o seu VN é inferior

a 650.000,00 €. No entanto os sujeitos passivos abrangidos pelo regime

trimestral podem optar por serem incluídos no regime mensal, se assim o

manifestarem na declaração de inicio de actividade, ou entregando uma

declaração de alterações durante o mês de Janeiro. Os sujeitos passivos

que exercerem este direito de opção devem manter-se obrigatóriamente

neste regime durante 3 anos, podendo após este período regressar ao

regime trimestral, apresentando para o efeito uma nova declaração de

alterações. Os sujeitos passivos que realizem operações isentas,

encontram-se dispensados do envio da declaração periódica.

o Declaração anual, deve ser entregue até ao último dia do mês de Junho

do ano seguinte àquele a que respeitam as operações, juntamente com o

anexo recapitulativo das transmissões intracomunitárias, se for caso

disso.

iii. Obrigação de facturação, estão previstas no CIVA nos artigos 29º e 36º a 40º e

no RITI nos artigos 23º 28º e 29º.

A obrigação de emitir factura está regulada na alínea b) do n.1 do artigo 29º do CIVA:

“1- Para além da obrigação do pagamento do imposto, os sujeitos passivos

referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, são obrigados, sem prejuízo do

previsto em disposições especiais, a:

b) Emitir uma factura ou documento equivalente por cada transmissão de

bens ou prestação de serviços, (…)”

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Estão dispensados de emitir factura, como prevê o n.º 1 do artigo 40º do CIVA, sempre

que:

“1- (…) o cliente seja um particular que não destine os bens ou serviços

adquiridos ao exercício de uma actividade comercial, industrial ou profissional e

a transacção seja efectuada a dinheiro:

a) Transmissões de bens efectuadas por retalhistas ou vendedores

ambulantes;

b) Transmissões de bens feitas através de aparelhos de distribuição

automática;

c) Prestação de serviços em que seja habitual a emissão de talão,

bilhete de ingresso ou de transporte, senha ou documento impresso e

ao portador, comprovativo de pagamento;

d) Outras prestações de serviços cujo valor seja inferior a € 9.98.”

Os elementos principais que devem constar nas facturas, segundo os artigos 36º n.º 5 do

CIVA e artigo 28º n.º 5 do RITI, são os seguintes:

Data;

Numeração sequencial;

Nomes, firmas ou denominação social e a sede ou domicílio do fornecedor de

bens ou prestador de serviços e do destinatário ou adquirente;

Números de identificação fiscal do fornecedor ou prestador de serviços e do

destinatário ou adquirente;

A quantidade e denominação dos bens transmitidos ou serviços prestados;

Preço;

Taxas aplicáveis e o montante do imposto devido

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Motivo explicativo da não aplicação do imposto, se for caso disso.

No caso, do contribuinte ser um retalhista as facturas por ele emitidas, segundo o artigo

39º do CIVA, pode indicar apenas o preço com inclusão do imposto e a taxa ou taxas

aplicáveis.

Quanto ao prazo de emissão de facturas, o artigo 36º prescreve que as facturas sejam

emitidas o mais tardar até ao 5.º dia útil seguinte ao momento em que o imposto é

exigível.

iv. Obrigações contabilísticas, os contribuintes são obrigados a dispor de

contabilidade adequada ao apuramento e fiscalização do imposto. Devem

também possuir os respectivos livros de registo conforme o previsto nos artigos

29º e 44º a 55º do CIVA e 32º do RITI.

2.5.3 – Regimes de IVA

Para fazer o apuramento do IVA, relativo ao período de acordo com o regime mensal ou

trimestral de cada empresa é necessário ter em conta o regime de tributação em que a

empresa se insere, os regimes de tributação podem ser:

Regime Normal

Regime Especial de Isenção

Regime dos Pequenos Retalhistas

Regime dos Revendedores de combustíveis

Regime de Inversão do Sujeito Passivo

Regime Especial de Tributação dos Bens em Segunda Mão, Objectos de

Arte, de Colecção e Antiguidades

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Paulo Duarte 21

2.5.3.1 – Regime Normal

Estão enquadrados neste regime, todos os sujeitos passivos em IRC não enquadráveis

nos regimes especiais de isenção ou de pequenos retalhistas.

Desde 2003 passou a ser obrigatório o envio electrónico da declaração do IVA. Nos

prazos previstos pela lei, deve entregar-se a Modelo B. No caso da declaração periódica

conter erros de preenchimento, ou for envida fora do prazo legal, deve enviar-se a

Modelo C.

Aplicam-se as taxas definidas no artigo 18º do CIVA:

o Taxa reduzida de 5%, referente às importações, transmissão de bens e prestação

de serviços incluídas na lista I, anexa ao CIVA;

o Taxa intermédia de 12%, aplicáveis às importações, transmissão de bens e

prestação de serviços incluídas na lista II, anexa ao CIVA;

o Taxa normal de 20%, referente a todas as importações, transmissão de bens e

prestação de serviços não enquadráveis nas listas I e II.

Nas regiões Autónomas dos Açores e da Madeira aplicam-se as taxas de 4%, 8%, e

15%.

A conta Imposto sobre o Valor Acrescentado, encontra-se subdividida em subcontas

segundo as taxas aplicáveis, do qual a empresa Construções Vimar, Lda., fez as

adaptações necessárias à especificidade da empresa:

IVA Suportado – esta conta é de uso facultativo, porém pode ser debitada pelo IVA

suportado em todas as aquisições de existências, imobilizados e outros bens e serviços,

por contrapartida das subcontas da conta 2432-IVA dedutível, ou, quando o IVA não é

totalmente dedutível, pela conta 6312-Impostos Indirectos.

IVA Dedutível – utiliza-se quando o imposto suportado nas aquisições de bens e

prestação de serviços esteja enquadrado em operações previstas nos artigos 19º a 25º do

CIVA, com as excepções referidas no artigo 21º do mesmo código. Contabilisticamente,

esta conta é debitada pelos valores de IVA, resultante da aplicação da respectiva taxa,

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relativo às aquisições, sendo creditada no final do período de imposto pela transferência

do saldo, por débito da conta 2435-IVA – apuramento.

IVA Liquidado – Esta conta reflecte o valor do IVA que a empresa reteve no período,

debitado aos clientes nas suas facturas de vendas de bens ou prestação de serviços que

não sejam operações isentas e que deverá entregar ao Estado, após o apuramento. No

final do período é debitada pela transferência do saldo por crédito da conta 2435-IVA –

apuramento.

IVA Regularizações – aqui são registadas rectificações referente a devoluções,

descontos ou abatimentos, erros ou omissões etc., de acordo com o previsto no artigo

78º do CIVA.

– Regularizações mensais (ou trimestrais) a favor da empresa – esta conta

reflecte os valores do IVA relativo a devoluções de mercadorias efectuadas pelos

clientes da empresa, descontos comerciais a clientes quando não incluídos na

factura. O saldo desta conta traduz o valor do imposto resultante de operações que

reduzam os montantes liquidados ou que aumentem o imposto dedutível.

– Regularizações mensais (ou trimestrais) a favor do Estado – esta conta

reflecte os valores do IVA relativo a devoluções de mercadorias efectuadas pela

empresa aos seus fornecedores, descontos comerciais de fornecedores não

incluídos na factura. O saldo desta conta traduz o valor do imposto resultante de

operações que acresçam os montantes liquidados ou que reduzam o imposto

suportado e dedutível.

IVA Apuramento – no final do período esta conta vai servir de contrapartida a débito

dos saldos das contas 2432-IVA – dedutível, 24341-IVA -Regularizações a favor da

Empresa e ainda da conta 2437-IVA a Recuperar, se houver do período de tributação

anterior e creditada pelos saldos credores das contas 2433 IVA – Liquidado e 24342-

IVA - Regularizações a favor do Estado. O saldo desta conta reflecte o montante do

imposto a pagar ou a recuperar.

Apurado o saldo da conta 2435-IVA Apuramento, procede-se ao lançamento do

montante do imposto a:

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-crédito da conta 2436-IVA a pagar no caso de ser credor resultando em imposto a

pagar.

-débito da conta 2437-IVA a recuperar no caso de ser devedor resultando em

imposto a recuperar.

Imposto a Pagar – no sentido de fazer a distinção do imposto a pagar resultante de

valores apurados ou de liquidações oficiosas a nota explicativa do POC, relativa a esta

conta recomenda a utilização de subcontas, debitando a conta 2436-IVA a Pagar e

creditando a conta 2439-Liquidações Oficiosas. A empresa Construções Vimar, Lda.

adopta as seguintes subcontas:

24361 – Resultante de Apuramento Normal

24362 – Apurado por Liquidações Oficiosas

Imposto a Recuperar – de acordo com o POC, na nota explicativa desta conta, “o

saldo devedor desta conta representa o valor do montante de crédito sobre o Estado no

período em referência”, no caso de se efectuar o pedido de reembolso, a conta 2437 -

IVA a Recuperar será creditada em contrapartida da conta 2438-IVA reembolsos

pedidos a débito. Quando se efectua o recebimento do imposto deve debitar-se a conta

11/12-caixa/D.O. por crédito da conta 2438-IVA reembolsos pedidos. Se não houver

pedido de reembolso o saldo da conta 2437-IVA a recuperar será de novo transferido

para débito da conta 2435-IVA Apuramento.

Reembolsos pedidos – regista os créditos de imposto que foram alvo de um pedido de

reembolso. Debita-se quando se solicita o pedido de reembolso em contrapartida da

conta 2437-IVA a recuperar e credita-se após a administração fiscal se pronunciar sobre

o pedido de reembolso, em contrapartida da conta 11/12-caixa/D.O.. O reembolso é

efectuado pela DSCIVA, se o crédito persistir a favor do contribuinte num período

mínimo de 12 meses no caso de esse montante for superior a 249,40 €. O reembolso de

IVA está regulamentado pelo artigo 14º do Decreto-Lei n.º 229/95, de 11 de Setembro e

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Paulo Duarte 24

as respectivas obrigações dos contribuintes no Despacho Normativo n.º 53/2005, de 15

de Dezembro.

2.5.3.2 – Regime Especial de Isenção

Os contribuintes, de acordo com as condições em que praticam a sua actividade podem

enquadrar-se noutros regimes de IVA, que não o normal, um dos possíveis regimes em

que se podem inserir é o regime especial de isenção que está regulamentado nos artigos

53º a 59º do CIVA.

Os sujeitos passivos que não possuam, nem sejam obrigados a possuir contabilidade

organizada para efeitos de IRS ou IRC, que no ano civil anterior não tenham atingido

um VN superior 10.000,00 €, e que não realizem operações de importação, exportação

ou actividades conexas beneficiam deste regime. Porém o n.º 2 do artigo 53º do CIVA,

menciona ainda, “…serão ainda isentos do imposto os sujeitos passivos com um volume

de negócios superior a 10.000,00 € mas inferior a 12.500,00 € que, se tributados,

preencheriam as condições de inclusão no regime dos pequenos retalhistas.”

Os sujeitos passivos incluídos neste regime, são obrigados a apresentar na Repartição de

Finanças a declaração de inicio de actividade, de alterações, de cessação de actividade

de acordo com o nº1 do artigo 58º do CIVA.

Estes sujeitos passivos são ainda obrigados a mencionar nas facturas emitidas pelos

bens transmitidos ou serviços prestados “IVA -Regime de Isenção” nos termos do

Artigo 57º do CIVA, para além das outras obrigações, quando houver alterações no

volume de negócios, conforme está previsto no artigo 58º do CIVA, e as dispensas

entendidas no artigo 59º do mesmo código.

2.5.3.3 – Regime dos Pequenos Retalhistas

Este tipo de regime encontra-se regulado nos artigos 60º a 68º do CIVA.

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Paulo Duarte 25

Estão incluídos neste regime, os sujeitos passivos retalhistas, “que sejam pessoas

singulares, não possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade organizada para

efeitos de IRS e não tenham tido no ano civil anterior um volume de compras superior a

€ 50.000,00” nos termos do artigo 60º do CIVA.

O apuramento do imposto devido resulta da aplicação do coeficiente de 25% ao

montante de imposto suportado nas aquisições de bens para venda sem transformação,

sendo deduzido o valor do imposto suportado nas aquisições de bens de investimento e

outros bens para uso da própria empresa, excepto bens excluídos do direito à dedução

previstos no nº1 do artigo 21 do CIVA, nos termos do nº 2 do artigo 61º do CIVA.

As vendas referidas no nº 9 do artigo 60º do CIVA, ficam excluídas deste regime,

estando sujeitas a imposto nos termos gerais, as transmissões de bens do activo

imobilizado dos contribuintes sujeitos ao regime previsto no artigo 60º do CIVA, isto é,

os retalhistas, ao venderem qualquer bem do seu activo imobilizado, terão de liquidar

nessa transmissão o respectivo imposto.

As facturas emitidas pelos sujeitos passivos retalhistas devem mencionar: “IVA – Não

confere direito a dedução” nos termos do artigo 62º do CIVA.

Até ao dia 20 do segundo mês seguinte de cada trimestre do ano civil, os retalhistas que

estejam nas condições do artigo 60º do CIVA deverão pagar na Tesouraria da Fazenda

Pública competente, o imposto devido ao Estado por meio de guia Modelo P2, caso

tenha apurado imposto a pagar, ou apresentando a Declaração Modelo 1074, caso haja

imposto a reportar, de acordo com o previsto na alínea b) do nº 1 do artigo 67 do CIVA.

Até ao último dia do mês de Março de cada ano, os retalhistas deverão também

apresentar na Repartição das Finanças competente, em triplicado, a declaração relativa

às aquisições efectuadas no ano civil anterior como prescreve a alínea c) do nº 1 do

artigo 67 do CIVA.

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2.5.3.4 – Regime dos Revendedores de combustíveis

O regime de tributação dos combustíveis líquidos aplicáveis aos revendedores, está

regulamentado nos artigos 69º a 75º do CIVA. De acordo com o artigo 70º, deve

calcular-se o imposto liquidado pelos revendedores com base na margem efectiva das

vendas. Estes contribuintes, nos termos do artigo 71º, têm vedada a possibilidade de

deduzir o imposto suportado ou pago nas aquisições, podendo no entanto deduzir o

imposto suportado em investimentos e despesas de comercialização no âmbito da sua

actividade.

2.5.3.5 – Regime de Inversão do Sujeito Passivo

Este regime entrou em vigor a 1 de Abril de 2007, por força da publicação do Decreto-

Lei nº 21/2007 de, 29 de Janeiro de 2007 A aplicação deste regime cinge-se aos serviços

de construção civil, não sendo extensível a toda e qualquer operação praticada no sector

da construção. Encontra-se regulado no ofício circulado 30100 de 28 de Março de 2007.

Os contribuintes que queiram proceder à inversão devem ser sujeitos passivos de IVA

em Portugal e pratiquem operações que conferem total ou parcialmente o direito à

dedução de IVA.

2.5.3.6 – Regime Especial de Tributação dos Bens em Segunda Mão,

Objectos de Arte, de Colecção e Antiguidades.

O Regime Especial de Tributação dos Bens em Segunda Mão, Objectos de Arte, de

Colecção e Antiguidades, está regulamentado pelo Decreto-Lei nº 199/96 quando as

vendas são efectuadas por sujeitos passivos de IVA, de acordo com o previsto no nº 1

do artigo 3º do presente Decreto-Lei. Sujeita a IVA, segundo o regime especial de

tributação da margem, que consiste na diferença entre o preço de compra e do preço de

venda, nos termos do artigo 4º do citado D.L, as transmissões de bens realizadas por

sujeitos passivos revendedores ou por organizadores de vendas em leilão que actuem em

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Paulo Duarte 27

nome próprio, por conta de um comitente, de acordo com um contrato de comissão de

venda.

Os sujeitos passivos que pratiquem este tipo de operações podem também optar pelo

regime geral do IVA, de acordo com o artigo 7º do mesmo Decreto.

2.5.4 – Apuramento do IVA

Após a exposição sobre a movimentação das subcontas da conta 243 e dos possíveis

regimes do IVA em que o sujeito passivo pode estar inserido, apresento a título de

exemplo diário do apuramento e pagamento do IVA na empresa Construções Vimar,

Lda.

Quadro n.º 7 – Lançamento no Diário do Apuramento do IVA.

Descrição Debito Credito Valor

Apuramento IVA

24351-Resultante do

Apuramento Normal 3.435,20 €

2432314-Iva devido

pelo adquirente 3.435,20 €

2433113-Taxa Normal

4.897,75 €

2433343-Taxa Normal 5.375,20 €

24351-Resultante do

Apuramento Normal 10.272,95 €

Fonte: Elaboração própria

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Quadro n.º 8 – Lançamento no Diário da transferência da conta de apuramento de

IVA.

Descrição Debito Credito Valor

Transferência para

conta IVA a pagar

24351-Resultante do

Apuramento Normal

24361-Resultante do

Apuramento Normal 6.837,75 €

Fonte: Elaboração própria

Quadro n.º 9 – Lançamento no Diário do pagamento do IVA.

Descrição Debito Credito Valor

Pagamento IVA 24361-Resultante do

Apuramento Normal

12- D.O. 6.837,75 €

Fonte: Elaboração própria

No Anexo nº 11, junto declaração periódica do IVA da empresa Construções Vimar,

Lda.

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Paulo Duarte 29

2.6 – Processamento e Contabilização de Salários

2.6.1 – Considerações Gerais

No desenvolvimento da sua actividade as organizações necessitam de recursos humanos

para poderem produzir bens e prestar serviços, é pois graças ao trabalho realizado pelo

seu pessoal que as empresas conseguem gerar riqueza servindo os propósitos da sua

criação, a este trabalho desenvolvido é atribuído um salário.

Na empresa Construções Vimar, Lda., o processamento de salários é realizado

informaticamente através do programa PHC onde são previamente inseridas todas as

fórmulas e tabelas de retenção actualizadas assim como as condições do trabalhador.

2.6.2 – Enquadramento Social e Fiscal

Quando admite um trabalhador a empresa deverá imediatamente comunicar ao CRSS a

admissão desse novo funcionário, para esse efeito deverá o trabalhador apresentar o seu

número de inscrição na segurança social, ou caso não tenha requerê-lo.

A entidade patronal suporta a Taxa Social Única (TSU) que ascende a 23,75% sobre

todas as remunerações pagas aos seus empregados. No entanto caso se trate do primeiro

emprego do trabalhador a empresa beneficia de uma dispensa de pagamento de TSU

durante três anos, se efectuar um contrato sem termo. Ao trabalhador é-lhe retido 11%

do seu salário se fizer parte do quadro de pessoal ou 10% se fizer parte dos órgãos

sociais da empresa, para outros casos basta consultar as tabelas no sítio da internet da

Segurança Social.

Aos rendimentos dos trabalhadores provenientes do seu trabalho incide o Imposto sobre

o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), a retenção mensal que a empresa está

obrigada a fazer resulta da aplicação de taxas que vêem publicadas em tabelas pela

Administração Fiscal sobre as remunerações ilíquidas mensais dos trabalhadores, para a

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Paulo Duarte 30

determinação dessa taxa o trabalhador deve fornecer à empresa a informação necessária

que ficará guardada na sua ficha de cadastro, que deve conter entre outras informações a

seguinte:

o Estado Civil (casado/não casado);

o Dados relativos à titularidade de rendimentos (único titular ou não);

o Número de dependentes;

o Vencimento base.

Cumpridas estas formalidades a empresa reúne as condições para proceder ao

processamento de salários.

O processamento dos salários inicia-se com a recolha da informação das variáveis que

podem influenciar o montante a pagar ao trabalhador, assim, deve levar-se em linha de

conta para o cálculo das remunerações o seguinte:

o Subsídio de férias;

o Subsídio de alimentação;

o Baixas médicas;

o Faltas;

o Horas extras, etc.

De acordo com a política da empresa, estes são alguns dos factores principais que

influenciam o processamento de salários num determinado mês. Partindo da recolha

destas informações no programa informático vão resultar os recibos de vencimento

imprimidos em duplicado que no acto do pagamento a entidade tem que entregar ao

trabalhador a cópia, guardando para si o original devidamente assinado pelo

funcionário. No recibo consta o nome, o número de beneficiário da Segurança Social, o

período a que respeita a remuneração, subsídios, os descontos (TSU, IRS) e o total a

receber.

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A retenção de IRS dos trabalhadores não isentos efectuada pela entidade empregadora,

quando for caso disso, que como podemos constatar na empresa Construções Vimar,

Lda., não se verifica, deverá ser entregue até ao dia 20 do mês seguinte ao que

correspondem os rendimentos, na Tesouraria da Fazenda Pública, ou nos correios, ou

em qualquer outro local autorizado, nos termos do nº 3 do artigo 98º do CIRS.

É com base nestes recibos que se preenche a folha de remunerações, sendo

posteriormente enviada à segurança social até ao dia 15 do mês seguinte a que as

mesmas se referem, de acordo com o previsto no artigo 18º do Decreto-Lei 140 D/86.

O Anexo 12 simula um mapa de processamento de salários do mês de Dezembro de

2008.

2.6.3 – Processo Contabilístico

Seguidamente apresenta-se a título de exemplo o processo contabilístico do

processamento de salários da empresa Construções Vimar, Lda., de notar que os órgãos

sociais neste momento não recebem salário pelo que, não aparecem valores processados

na apresentação que se segue, no entanto para o efeito a que se destina o processamento

apresentado é suficiente para explicar este capítulo.

Do ponto de vista contabilístico os salários representam um custo para a empresa, sendo

contabilizados na conta 64 – Custos com Pessoal. A contabilização destes custos passa

por três etapas:

1ª Fase: processamento de ordenados e outras remunerações relativamente ao

mês a que respeitam, debitando as subcontas da conta 64 (Custos com Pessoal) e

creditando as subcontas da conta 26 (Outros Devedores e Credores) e subcontas

da conta 24 (Estado e outros Entes Públicos), para registar os valores do IRS

retido e Taxa social única (TSU):

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Quadro n.º 10 – Lançamento no Diário do Processamento de Salários.

Descrição Débito Crédito Total

Processamento

de ordenados e

salários

642101- Pessoal Produção 3.802,40 €

642102- Pessoal

Administrativo 531,50 €

642801- Sub. Alim. Produção 695,00 €

642802- Sub. Alim.

Administrativo 100,00 €

245- Contribuições

para a Segurança

Social

476,73 €

2622- Remunerações

a pagar ao pessoal 4.652,17 €

Fonte: Elaboração própria

2ª Fase: processamento dos encargos sobre remunerações suportado pela

entidade patronal:

Quadro n.º 11 – Lançamento no Diário do Processamento dos encargos relativos à

Segurança Social.

Descrição Débito Crédito Total

Processamento

dos encargos

relativos à

Segurança Social

64521- Pessoal

Produção

245 -Contribuições para a

Segurança Social 903,07 €

64522- Pessoal

Administrativo

245- Contribuições para a

Segurança Social 126,23 €

Fonte: Elaboração própria

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3ª Fase: pagamento dos salários:

Quadro n.º 12 – Lançamento no Diário do Pagamento de Salários.

Descrição Débito Crédito Total

Pagamento ao

pessoal

2622 - Remunerações a

pagar ao pessoal 111 - Caixa 4.652,17 €

Fonte: Elaboração própria

O Anexo 13 comporta o mapa de processamento contabilístico dos salários do mês de

Dezembro.

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3 – CONTROLO INTERNO

3.1 – Considerações gerais

A prática de determinadas técnicas de controlo interno dentro de qualquer organização é

extremamente importante, uma vez que pode surgir alguma situação irregular,

esquecimento ou equívoco, é através dos procedimentos de controlo interno que se vai

poder solucionar estas situações.

Como já foi referido anteriormente, a empresa Construções Vimar, Lda. é, uma empresa

“familiar” de reduzida dimensão com poucos recursos humanos, pelo que se procura o

máximo de controlo possível, de forma a garantir um bom desempenho. Sem pôr em

causa o desenvolvimento normal do trabalho, a empresa procura executar práticas de

controlo interno cobrindo diversas áreas como as Disponibilidades, Pessoal,

Fornecedores, Clientes, Existências e Imobilizado.

Neste ponto vou expor alguns procedimentos de controlo interno que me foram

apresentados durante o estágio.

3.2 – Disponibilidades

Mensalmente, realizam-se reconciliações bancárias, este é um procedimento de controlo

interno, que visa confirmar se os saldos do extracto bancário conferem com os saldos da

contabilidade. Com esta prática são ajustados os saldos evidenciados pela contabilidade

(conta 12 - Depósitos à Ordem) com os extractos bancários. Consiste na análise do

extracto do banco em contraposição com o extracto retirado do programa informático da

empresa, colocando um “visto” de conferência em cada movimento efectuado,

permitindo desta forma detectar rapidamente quaisquer divergências.

As diferenças encontradas podem explicar-se pela ausência de documentos emitidos

pelo banco em falta na Contabilidade, tais como, cheques devolvidos, que originam

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movimentos no banco mas não na contabilidade, ou documentos emitidos pela empresa

que ainda não chegaram ao banco, com por exemplo cheques em trânsito, que já se

encontram registados na contabilidade mas ainda não foram apresentados ao banco para

pagamento.

As divergências encontradas dão origem a uma Reconciliação Bancária (Anexo 14),

aqui ficam registados os cheques pendentes, os movimentos a somar e a subtrair,

partindo do saldo do Banco até ao saldo da empresa.

Aos valores encontrados ainda não contabilizados pela empresa, emite-se um

documento de controlo interno, este é anexado à fotocópia do extracto bancário e

posteriormente arquivado junto aos restantes documentos deste diário.

Relativamente aos valores não registados pelo banco, ficam pendentes na reconciliação

bancária para que no mês seguinte se verifique da existência do valor no extracto

bancário e é por aqui que se vai começar a próxima reconciliação.

3.3 – Pessoal

No que diz respeito aos recursos humanos da Construções Vimar, Lda., existe um

cadastro individual dos trabalhadores actualizado regularmente, permitindo consultas

fáceis e minimizando possíveis erros no processamento de salários e ao nível das

obrigações declarativas a que a empresa está sujeita.

Mensalmente é recolhida a informação necessária para a empresa responsável pela

contabilidade proceder ao processamento de salários. Esta informação inclui as faltas

dos trabalhadores justificadas ou injustificadas, horas extra e outras informações

relevantes para o processamento das remunerações.

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3.4 – Fornecedores

A cada fornecedor é atribuído um código (subdivisão da conta 221 do POC) com o qual

são classificadas todas as suas operações. Periodicamente realizam-se conferências às

contas correntes de fornecedores, solicitando-se extractos das suas contas correntes,

para que em confronto com os registos da empresa, se detectem possíveis erros.

3.5 – Clientes

No que diz respeito a este item a empresa não executa nenhum procedimento de

controlo interno em particular, visto que não tem uma lista exaustiva de clientes,

basicamente a empresa vende propriedades e estas são pagas no acto da escritura, a sua

conta 21 é por este motivo muito reduzida, resultando de um ou outro serviço prestado,

sendo facilmente controlada pelo administrativo ao serviço.

3.6 – Existências

As existências são contabilizadas segundo o sistema de Inventário Intermitente,

remetendo para o final do exercício económico a determinação do custo das

mercadorias vendidas e das matérias consumidas. À semelhança do item anterior, este

também não requer um controlo muito exaustivo visto que os stocks da empresa são

prédios urbanos e rústicos e um ou outro excedente de matérias-primas vindos das obras

em execução. O valor das existências finais é obtido por contagem física dos stocks

existentes, valorizadas ao custo de aquisição. Também quanto ao valor da classe 3

Existências, não foi possível explicar os saldos incluídos.

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Paulo Duarte 37

3.7 – Imobilizado

Para cada bem de imobilizado é elaborada uma ficha informática com os dados:

"Data de aquisição", "Descrição", "Custo de Aquisição", "Vida útil esperada", "Taxa de

amortização", ”Conta do Imobilizado”, “Conta de Amortizações”, “Código (Tabela DR.

2/90)”.

Utiliza-se o método das quotas constantes para o cálculo das amortizações conforme o

previsto no Decreto Regulamentar 2/90 na alínea 1 do artigo 4º. Este critério pressupõe

que o desgaste do bem é directamente proporcional à sua vida útil, sendo constante o

valor das quotas a amortizar.

Na contabilização das Amortizações é utilizado o Método Indirecto, em que as

amortizações anuais são adicionadas às existentes na conta 48 - Amortizações

Acumuladas.

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4 – ENCERRAMENTO DE CONTAS

4.1 – Considerações Gerais

Terminado o ano civil, que no caso da empresa em estudo coincide com o ano

económico, deverá proceder-se à realização dos trabalhos de fim de exercício,

revelando-se esta etapa, uma das mais importantes do ciclo contabilístico anual das

empresas e deverá respeitar as características da informação financeira: Relevância,

Fiabilidade e Comparabilidade. Em causa está a elaboração dos documentos anuais que

mostram a situação económico-financeira da empresa e os resultados das operações

realizadas. Para que as demonstrações financeiras apresentadas reflictam uma imagem

verdadeira e apropriada, estas devem estar de acordo com os princípios contabilísticos

presentes no 4º capítulo do POC.

Da continuidade

Da consistência

Da especialização (ou do acréscimo)

Do custo histórico

Da prudência

Da substância sobre a forma

Da materialidade

Nos termos do nº 1do artigo 65º do Código das Sociedades Comerciais, “Os membros

da administração devem elaborar e submeter aos órgãos competentes da sociedade o

relatório de gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas

previstos na lei, relativos a cada exercício anual.”

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As operações a desenvolver para realizar os trabalhos de final de exercício estão

divididas por 2 fases:

Na 1ª Fase, imprime-se o Balancete de Verificação a partir do qual se vai verificar se

todas as contas demonstram a veracidade dos seus valores. É com base neste balancete

que são efectuados os procedimentos que antecedem a elaboração das Demonstrações

Financeiras, que a seguir se descriminam2:

Inventário Geral

Regularização e Rectificação de Contas

Balancete de Rectificação

Apuramento de Resultados

Balancete Final

Na 2ª Fase, elaboram-se as Demonstrações Financeiras que irão constar do Dossier

Fiscal com base no Balancete Final obtido, a seguir descriminadas:

Balanço

Demonstração de Resultados por Natureza

Demonstração de Resultados por Funções

Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados (ABDR)

Demonstração de Fluxos de Caixa

2 A Contabilidade e Prestação de Contas; Rei dos Livros; António Borges, Martins Ferrão

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4.2 – Trabalhos de Encerramento de Contas

4.2.1 Inventário Geral ou Anual

O Inventário Geral (ou Anual) realiza-se no final do exercício económico das empresas

para confirmar ou corrigir, os saldos apresentados pela Contabilidade, onde deverão ser

aplicados os Critérios de Valorimetria previstos no Capítulo 5 do POC.

O Inventário Anual é constituído por vários inventários parciais, nomeadamente:

Inventário de disponibilidades;

Inventário de dívidas a receber e a pagar;

Inventário de existências;

Inventário de bens do imobilizado.

A empresa Construções Vimar, Lda., não se encontra obrigada a utilizar o Sistema de

Inventário Permanente nos termos do Decreto-lei 44/99, uma vez que não ultrapassa

dois dos limites previstos no nº 2 do artigo 262º do Código das Sociedades Comerciais,

utiliza o Sistema de Inventário Intermitente que obriga a contagens físicas no final do

exercício.

Para a sua realização deve ser elaborada uma lista onde devem constar os seguintes

elementos ou outros que cada empresa julgue necessário, de acordo com a sua

especificidade:

Código do artigo (se existir);

Descrição do artigo;

Unidade de contagem;

Quantidade à data de contagem;

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Custo Unitário calculado pelo método adoptado pela empresa, nos termos do nº

5.3.1.1 do Decreto-Lei nº410/89;

Custo Total.

4.2.2 Regularização e Rectificação de Contas

Terminada a fase de inventariação devem efectuar-se os lançamentos de rectificação e

regularização.

A confrontação dos saldos apurados nos inventários, com os saldos do Balancete de

Verificação vai permitir realizar os lançamentos de rectificação, no caso de serem

detectadas divergências.

Para que seja possível detectar as divergências devem realizar-se verificações

extensíveis a todas as contas do Balancete de 31/12 para que as Demonstrações

Financeiras apresentem uma verdadeira e apropriada da empresa.

Disponibilidades

Caixa – contagem física dos valores em Caixa confrontando-os com o saldo da

Contabilidade.

Devem ser excluídos, se existirem no saldo de caixa, os seguintes documentos:

Selos de correio;

Vales de empregados, de membros dos órgãos sociais ou de sócios;

Cheques pré-datados;

Cheques emitidos ou recebidos posteriormente à data do Balanço;

Documentos justificativos de despesas efectuadas;

Senhas de almoço e combustível.

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Todos estes itens foram verificados, pela empresa e não foi feita nenhuma correcção,

dado que não foram encontradas quaisquer situações das mencionadas, no entanto esta

conta apresenta indevidamente um saldo demasiado elevado, o que indica que a

empresa faz passar por esta conta uma grande parte dos seus movimentos financeiros.

Depósitos à Ordem – Reconciliação Bancária entre o saldos das contas de depósitos à

ordem e os saldos dos extractos que são enviados pelos Bancos no final do exercício; as

divergências detectadas terão de ser regularizadas, na Contabilidade ou no banco. No

caso da Construções Vimar, Lda., é feita mensalmente, pelo que esta conta encontra-se

sempre conferida. No entanto o somatório das reconciliações de final de ano não

atingem o montante que consta no balancete, mas não foi possível obter explicação por

parte da empresa.

Títulos Negociáveis adquiridos após 12 meses, sem intenção imediata de alienação,

deverão transferidos para Investimentos Financeiros. Nesta conta existe um saldo que

deveria já ter sido objecto de rectificação.

Dívidas de e a terceiros

Clientes – verificar a existência de recibos ou facturas por lançar na contabilidade,

adiantamentos por regularizar ou lançamentos a realizar na subconta Clientes Títulos a

Receber. Verificar a necessidade de reforçar ou constituir ajustamentos sobre clientes da

conta Ajustamentos de Dívidas a Receber, nos termos do artigo 35º do CIRC. O

ajustamento só pode ser constituído se estiver reflectido na subconta Clientes de

Cobrança Duvidosa. Também aqui não houve necessidade de fazer qualquer

regularização.

Fornecedores – Solicitar extractos aos fornecedores afim de confirmação de saldo,

verificar se todos os cheques referentes aos pagamentos foram lançados na

contabilidade.

Empréstimos Bancários – Conferir as amortizações dos empréstimos bancários

realizadas no exercício e fazer a especialização dos empréstimos a curto e a

médio/longo prazo.

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Neste ponto foi feita a especialização dos empréstimos a pagar transferindo o montante

de 258.398,91€, da conta Dividas a Instituições de Credito a Médio Longo Prazo, para

Dividas a Instituições de Crédito no Curto Prazo.

Estado e Outros Entes Públicos – Foram conferidos os saldos de todas as subcontas

do Balancete de Verificação, confrontando-os com os montantes retidos e entregues ao

Estado, durante o ano. Foi extraída do sítio das Declarações Electrónicas pela opção

Contribuintes / Consultas / Dívidas e Infracções Certidão de Não Dívida. Foi ainda

solicitado nos serviços da Segurança Social Certidão de Não Dívida. Deste modo foi

averiguada a veracidade dos saldos de cada uma das subcontas da conta Estado e Outros

Entes Públicos.

IRC Pagamento por Conta – Verificaram-se as subcontas no final do exercício,

nomeadamente a conta Pagamentos por Conta, que se encontrava saldada reflectindo o

valor dos pagamentos efectuados.

Retenções na Fonte – O saldo desta conta deve reflectir a retenção efectuada no mês de

Dezembro, a pagar até ao dia 20 do mês seguinte; caso não se verifique, deve proceder-

se à devida regularização, acrescida de Juros de Mora. A empresa mantinha nessa data

um saldo de 54,90€ referente a retenção de rendimentos prediais.

IVA – O saldo desta conta deve englobar o IVA a pagar referente ao 4º trimestre de

2008, uma vez que a empresa está no regime de IVA Trimestral. Em empresas cujo

regime do IVA seja Mensal o saldo deve reflectir os montantes apurados referentes aos

meses de Novembro e Dezembro.

Contribuições para a Segurança Social – O saldo desta conta deve reflectir os valores

das contribuições para a Segurança Social efectuados relativamente aos salários e

subsídios pagos ou colocados à disposição no mês de Dezembro a pagar até ao dia 15

do mês de seguinte.

Outros Devedores e Credores, Nesta rubrica deve analisar-se especialmente as

subcontas de Fornecedores de Imobilizado, que no caso, são empresas de Locação

Financeira. Verificou-se, se todas as facturas de rendas estavam na contabilidade.

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Paulo Duarte 44

Acréscimos e Diferimentos, “Esta conta destina-se a permitir o registo dos custos e

dos proveitos nos exercícios a que respeitam” – (POC)

O uso desta conta resulta da aplicação do princípio da especialização dos exercícios, o

qual refere que "os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou

incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se

nas demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam" – (POC)

Acréscimos de Proveitos – Esta conta é debitada pelos '' proveitos a reconhecer no

próprio exercício mesmo que não tenham ainda documentação vinculativa e cujo valor

da receita só se venha a obter em exercícios posteriores" – (POC).

Enquadram-se aqui os proveitos de juros de depósito a prazo a cobrar ou juros de

financiamentos concedidos a cobrar após o seu vencimento.

A empresa Construções Vimar, Lda. apresenta na subconta Outros Acréscimos de

Proveitos, um saldo no montante de 75.378,58 €, resultante da utilização do método da

percentagem do acabamento no cálculo dos proveitos do exercício.

Custos Diferidos – Debita-se no todo ou em parte pelas despesas ocorridas no exercício

mas que devem ser reconhecidas no exercício seguinte devido ao facto da sua utilização

ocorrer no ano que se vai iniciar. Enquadram-se neste contexto rendas pagas

adiantadamente, prémios de seguros antecipados, diferenças de câmbio desfavoráveis,

etc.

A aplicação do Princípio Contabilístico da Especialização dos Exercícios, é lançada no

mês 13 na conta de Fornecimentos e Serviços Externos, a crédito dado que o valor não

se refere ao próprio ano, em contrapartida a débito da conta Custos Diferidos. No ano

civil seguinte faz-se a imputação do custo saldando a conta.

A empresa Construções Vimar, Lda. apresenta nesta subconta, um saldo no valor de

2.078,28 €, para fazer face a estes encargos.

Acréscimos de Custos – "Esta conta serve de contrapartida aos custos a reconhecer

no próprio exercício, ainda que não tenham documentação vinculativa cuja despesa só

venha a incorrer-se em exercícios ou em exercícios posteriores." - (POC).

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Paulo Duarte 45

Pagamentos a efectuar no ano seguinte como por exemplo o custo relativo a água,

electricidade, telefone, remunerações e subsídios de férias, entre outros, mas que devem

ser considerados no exercício económico que se está a trabalhar, ainda que a

Contabilidade não possua documentação vinculativa, devem realizar-se estimativas com

base nos conhecimentos disponíveis na altura.

No fim do exercício, produz-se um documento interno, a debitar a conta FSE, em

contrapartida da conta Acréscimos de custos, pelo valor da estimativa, afim, de aplicar o

Princípio da Especialização.

As férias e subsídio de férias a pagar em 2009, referem-se ao ano de 2008, são portanto

custos deste ano, pelo que este custo deve ser reconhecido no ano a que diz respeito,

para fazer o reconhecimento deve elaborar-se um documento interno estimando esse

valor que será lançado na contabilidade, debitando a conta Salários, Subsídios,

Encargos sobre Remunerações, parte da Entidade Patronal, Seguro de acidentes de

trabalho e doenças profissionais, em contrapartida da conta Acréscimos de Custos,

como se demonstra no exemplo a seguir da estimativa de férias e subsídio de férias da

Construções Vimar, Lda (Anexo 15).

Quadro n.º 13 – Lançamento no Diário da Especificação de Custos com Férias.

Descrição Conta Débito Crédito

Pelas Férias e

Subsídio de

Férias

642101- Pessoal Produção 3.986,25 €

642201- Pessoal Produção 3.986,25 €

642102- Pessoal Administrativo 531,50 €

642202- Pessoal Administrativo 531,50 €

64522- Pessoal Administrativo 252,46 €

64521- Pessoal Produção 1.893,47 €

646- Seg. Acident. Trabalho Doenças

Prof.

180,71 €

2732- Remunerações a liquidar 11.362,14 €

Fonte: Elaboração própria

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A subconta Outros Acréscimos de Custos refere-se ao valor da estimativa da

electricidade, água, telecomunicações, entre outros, estimada com base em documentos

anteriores.

Proveitos Diferidos – Registam-se nesta conta proveitos que devam ser reconhecidos

nos exercícios seguintes, que podem ser: Subsídios para Investimento; Diferenças de

Cambio Favoráveis, entre outros.

Ajustamentos de dívidas a receber – "Esta conta destina-se a fazer face aos riscos da

cobrança das dívidas de terceiros" – (POC)

A empresa Construções Vimar, Lda., não faz este tipo de ajustamentos uma vez que não

tem neste momento qualquer cliente em risco de incumprimento, enquadrável nos

termos do nº 35º do CIRC.

Esta conta credita-se pela constituição ou reforço do ajustamento, em contrapartida do

débito na conta Amortizações e Ajustamentos do Exercício. Em situações em que se

consegue receber algum dos valores ajustados, deve debitar-se a conta Ajustamentos de

dívidas de clientes, em contrapartida do crédito da conta Reversões de Amortizações e

Ajustamentos.

Provisões para Riscos e Encargos, são provisões constituídas com o objectivo de

cobrir eventuais perdas que venham a surgir de processos judiciais em curso, de

acidentes de trabalho, etc.

A empresa Construções Vimar, Lda., não viu necessidade de fazer nenhum ajustamento

deste tipo.

Existências

Compras – No final do exercício temos realizar os movimentos de regularização (mês

13), isto é, transferir os saldos de Compras para as contas representativas daqueles

stocks, como se demonstra:

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Quadro n.º 14 – Lançamento no Diário da Transferência do saldo da conta de Compras

Descrição Conta Débito Crédito

Transferência dos Saldos da

Conta de Compras para a

Conta de Matérias-Primas

Subsidiárias e de Consumo

36 - Matérias-Primas Subsidiárias

e de Consumo 49.590,95 €

316- Compras de Matérias-Primas 49.590,95 €

Fonte: Elaboração própria

Terminado o inventário físico, podemos efectuar o cálculo do Custo das Mercadorias

Vendidas e Matérias Consumidas (CMVMC), de modo a ficar com o valor das

existências na respectiva conta (Anexo 16).

Este CMVMC calcula-se do modo seguinte:

CMVMC = Existência Inicial + Compras ± Regularizações – Existência Final

……………………………………………… …………………………… Inventariada.

65.314,00 € = 772.556,27 € + 49.590,95 – 756.833,22 €

O mesmo contabiliza-se da seguinte forma:

Quadro n.º 15 – Lançamento no Diário da Contabilização do CMVMC.

Descrição Conta Débito Crédito

Contabilização

do CMVMC

612- Custo das Mercadorias

616 – Mat. Primas Subs. e de Cons.

15.723,05 €

49.590,95 €

36- Matérias-Primas Subsidiárias e

de Consumo

65.314,00 €

Fonte: Elaboração própria

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O saldo final apurado da conta Mercadorias, é o valor da Existência Final Inventariada.

Saldo esse que irá ser o valor da Existência Inicial do ano seguinte.

Neste momento, temos também reunidas as condições para calcular a variação da

produção, dos produtos acabados e intermédios e dos trabalhos em curso, este cálculo

resulta da seguinte expressão:

Var. Prod. = existências finais ± regularizações de existências – existências iniciais

Na empresa Construções Vimar, Lda., produziu-se o quadro seguinte:

Quadro n.º 16 – Calculo da Variação da Produção.

Movimentos

Produtos

acabados e

intermédios

Produtos e

trabalhos em

curso

Existências Finais 160.371,17 € 1.601.216,04 €

Existências Iniciais 150.370,37 € 1.696.320,20 €

Aumento/Redução no Exercício 10.000,80 € -95.104,16 €

Fonte: Elaboração própria

Da realização do quadro apurou-se uma redução no exercício no montante 85.103,36 €.

Os saldos finais das contas Produtos acabados e intermédios e Produtos e trabalhos

em curso serão os saldos iniciais do exercício seguinte.

Ajustamentos de Existências – aqui se registam diferenças relativas, ao custo de

aquisição ou de produção, resultantes da aplicação dos critérios de valorimetria

definidos para a valorização de existências de acordo com a na alínea b) do artigo 34º

do CIRC, o que implica a aplicação do Princípio da Prudência.

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"O Ajustamento será constituído ou reforçado através da correspondente conta de

custos, sendo debitada na mesma medida em que se reduzem ou cessam as situações

que a originaram" – (POC)

Na empresa Construções Vimar, Lda., não foram efectuados ajustamentos deste tipo.

Imobilizado, "Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e

que não se destinam a ser vendidos ou transformados no decurso normal das operações

da empresa, quer sejam da sua propriedade, quer estejam em regime de locação

financeira" – (POC).

Os bens utilizados no processo produtivo, registam-se na contabilidade como

imobilizado e afectam o seu custo na medida da sua depreciação ao longo dos anos em

que se prevê estarem em funcionamento.

Neste sentido, terminado o exercício, deve calcular-se as amortizações dos bens do

imobilizado no período em referência.

Amortizações Acumuladas – As amortizações e reintegrações, nos termos nº 2 do

artigo 1º do Decreto Regulamentar 2/90, só se podem praticar:

a) “ Relativamente aos elementos do activo imobilizado corpóreo, a partir da sua

entrada em funcionamento;

b) Relativamente aos elementos do activo imobilizado incorpóreo, a partir da sua

aquisição ou do início de actividade…”

Nos termos do nº 3 do mesmo artigo,” as reintegrações e amortizações só são aceites

para efeitos fiscais quando são contabilizadas como custos ou perdas do exercício a

que respeitam”.

Os métodos de cálculo previstos, são apresentados no nº 1 do artigo 4º do Decreto

Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro. A empresa Construções Vimar, Lda. utiliza o

Método das Quotas Constantes, regime anual, no cálculo das amortizações dos seus

bens, de acordo com o disposto do nº 1 do artigo 30º do CIRC.

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As amortizações na empresa Construções Vimar, Lda. são calculadas informaticamente

no final do exercício, depois de serem introduzidos no programa os bens adquiridos,

através da factura de aquisição e retirados os entretanto alienados, serão ainda

calculadas as amortizações dos bens que não estejam totalmente amortizados. O

programa produz um mapa resumo que permite lançar na Contabilidade, a débito da

conta Amortizações do Exercício, por contrapartida da conta Amortizações

Acumuladas, os valores apurados (Anexo 17).

Os cálculos apresentados a seguir pretendem exemplificar o modo como se determina o

montante a amortizar de um veículo ligeiro de passageiros, adquirido pela Construções

Vimar, Lda., durante o ano de 2006, pelo valor de 39.500,00 €, nos termos do nº 1 do

artigo 5º do DR 2/90 devem aplicar-se as taxas genéricas da tabela II, visto que a

mesma não se encontra fixada na tabela I respeitante ao ramo de actividade da empresa.

Taxa Amortização – 25% = 1/ 0,25 = Período vida útil 4 Anos

Cálculo da Amortização Anual:

Valor de Aquisição x Taxa Amortização = 39.500,00 € x 0,25

Amortização anual = 9.875,00 €

Nos termos da alínea e) do nº 1 do artigo 33º do CIRC,

“Não são aceites como custos:… As reintegrações das viaturas ligeiras de passageiros

ou mistas, na parte correspondente ao valor de aquisição ou de reavaliação excedente

a (euro) 29.927,87…”.

Pelo que deverá proceder-se ao apuramento do valor de amortização que é aceite como

custo fiscal e da parte que não é aceite como custo, como se apresenta abaixo.

Aceite como custo = (29.927,87 x 0,25) = 7.481,97 €

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Não aceite como custo = 9.875,00 – 7.481,97 = 2.393,03 €

Este valor não aceite como custo, deverá ser acrescido no quadro 7 da modelo 22.

De acordo com a política da empresa, o lançamento a efectuar, neste caso é o seguinte:

Quadro n.º 17 – Calculo da amortização do exercício de um veículo.

Descrição Conta Débito Crédito

Pelo cálculo de

amortização do

exercício de um

veículo

662-Amortizações de Imobilizações

Corpóreas

9.875,00 €

4824-Equipamento de Transporte 9.875,00 €

Fonte: Elaboração própria

Terminado o cálculo das amortizações do exercício deve proceder-se ao preenchimento

do Mapa de Amortizações Modelo 32.1, (Anexo15), que deverá ser arquivado no

Dossier Fiscal.

Outros Assuntos – Constata-se, um saldo devedor de 95.501,03 € na conta 59 –

Resultados Transitados, que não foi possível obter justificação, nem junto da gerência,

nem do Técnico Oficial de Contas. Assim, não foi tecido qualquer comentário sobre

esse valor, apesar de se considerar anormal.

4.2.3 Balancete de Rectificação (mês 13)

Efectuados os lançamentos de regularização, a contabilidade encontra-se em

conformidade com os inventários realizados. Neste momento procede-se à elaboração

do Balancete Rectificado, para com ele fazer o Apuramento de Resultados e elaborar a

Demonstração de Resultados.

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4.2.4 Balancete de Apuramento de Resultados (mês 14)

Tomando por base o Balancete de Rectificação, vamos apurar o Resultado Líquido do

Exercício (RLE), isto é, proceder aos lançamentos de apuramento de resultados. Trata-

se de transferir os saldos das contas de custos e de proveitos para as contas da classe 8

resultados, os saldos destas contas de resultados irão indicar os ganhos e perdas

resultantes da actividade da empresa (Anexo 18).

Resultados operacionais:

Figura Nº 2 – Contabilização do Apuramento de Resultados Operacionais

81 – Resultados Operacionais

61 65.314,00 € 606.364,62 € 71

62 290.191,49 € 81.138,97 € 72

63 26.820,84 € 33.088,59 € 73

64 96.180,93 € -85.103,36 €

65 578,40 €

66 46.883,06 €

Total 525.968,72 € 635.488,82 €

Saldo 109.520,10 €

.

Fonte: Elaboração própria

Da análise ao saldo desta conta podemos concluir que a empresa Construções Vimar,

Lda., obteve um lucro operacional no valor de 109.520,10€.

Resultado Financeiro:

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Figura Nº 3 – Contabilização do Apuramento de Resultados Financeiros.

82 – Resultados Financeiros

68 141.206,08 € 56.469,26 € 78

Saldo 84.736,82 €

Fonte: Elaboração própria

Juntando os Resultados Operacionais com os Financeiros, apuramos os Resultados

Correntes.

Figura Nº 4 – Contabilização do Apuramento de Resultados Correntes.

Fonte: Elaboração própria

O saldo da conta 84 – Resultados Extraordinários, resulta da diferença entre os saldos

das contas 69 – Custos Extraordinários e 79 – Proveitos Extraordinários.

Figura Nº 5 – Contabilização do Apuramento de Resultados Extraordinários.

84 – Resultados Extraordinários

69 2.530,00 € 0,00 € 79

Saldo 2.530,00 €

Fonte: Elaboração própria

83 – Resultados Correntes

82 84.736,82 € 109.520,10 € 81

Saldo 24.783,28 €

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A conta, 85 – Resultados Antes de Impostos, resulta da transferência dos saldos das

contas 83 – Resultados Correntes e 84 – Resultados Extraordinários.

Figura Nº 6 – Contabilização do Apuramento de Resultados Antes de Impostos.

85 – Resultados Antes de Impostos

84 2.530,00 € 24.783,28 € 83

Saldo 22.253,28 €

Fonte: Elaboração própria

No final do exercício, é calculado extra-contabilisticamente, com base na Matéria

Colectável, a estimativa de imposto, no mês de apuramento (Mês 14), a sua

contabilização é feita, a crédito na subconta 2413 – IRC Imposto Estimado, por

contrapartida a débito da conta 86 – IR (o calculo deste valor encontra-se no ponto 6.3,

para preenchimento do campo 211 da Modelo22).

Quadro n.º 18 – Lançamento no Diário do Calculo de Imposto Estimado.

Descrição Conta Débito Crédito

Estimativa para

Imposto de IRC

86-Imposto sobre o Rendimento do

Exercicio

6.681,93 €

24113-Imposto Estimado 6.681,93 €

Fonte: Elaboração própria

Finalmente transfere-se o saldo da conta 85 – Resultado Antes de Impostos, e o valor da

conta 86 – Imposto sobre o Rendimento (IR), apurando-se deste modo o RLE.

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Figura Nº 7 – Contabilização do Apuramento de Resultado Liquido do Exercício.

88 – Resultados Líquido do Exercício

86 6.681,93 € 22.253,28 € 85

15.571,35 €

Fonte: Elaboração própria

Terminados estes lançamentos, deve verificar-se no Balancete de Apuramento de

Resultados, se as contas das classes 6 e 7 se encontram saldadas. As contas da classe 8

se encontram igualmente saldadas, com a excepção da conta 88 – Resultado Líquido do

Exercício, que evidencia o resultado apurado no exercício após a estimativa de imposto.

4.2.5 Balancete Final (mês 15)

Terminado o Apuramento de Resultados com as contas de resultados saldadas à

excepção da conta 88 – RLE, que será saldada, na abertura do exercício seguinte, por

transferência do seu saldo para a conta 59 – Resultados Transitados, somente as contas

no Balancete Final (Anexo 19) que apresentem saldo irão fazer parte do Balanço.

Com base neste Balancete Final vamos elaborar o Balanço e as outras Demonstrações

do Dossier Fiscal.

No início do ano seguinte, a reabertura das contas faz-se movimentando de forma

contrária, os saldos das contas apresentadas no Balanço.

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5 – DOCUMENTOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

5.1 Considerações Gerais

Nos termos do nº 1 do artigo 42º do Código do Registo Comercial, a Construções

Vimar, Lda., é obrigada a entregar na Conservatória do Registo Comercial os seguintes

documentos de Prestação de Contas do exercício de 2008:

Balanço;

Demonstração de Resultados por Natureza;

Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados;

Acta de Assembleia-Geral de Aprovação de Contas;

Relatório de Gestão.

Os documentos devem ser apresentados nos termos dos nº 4 e 5 do artigo 65º do Código

das Sociedades Comerciais, no prazo de três meses a contar da data do encerramento do

exercício e todos os documentos deverão ser devidamente assinados pela Gerência e

pelo TOC, devidamente identificado (NIF e Nº de Membro da CTOC).

5.2 Principais Demonstrações Financeiras

Apresentam-se de seguida, as Demonstrações Financeiras colocadas em anexo.

Balanço Analítico

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O Balanço, (Anexo 20) segundo o POC, tem de ser elaborado conforme uma das duas

versões que consagra: Analítica e Sintética, atendendo ao disposto no nº1 do artigo 3º da

lei 410/89. A Empresa Construções Vimar, Lda., opta por apresentar o Analítico.

Demonstração de Resultados por Natureza

Este tipo de Demonstração de Resultados (Anexo 21) permite-nos visualizar o

desempenho da actividade, que proveitos se geraram e os custos incorridos para esses

proveitos. Possibilita ainda a classificação dos Resultados em Operacionais, Financeiros

e Extraordinários.

Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Esta demonstração (Anexo 22) visa complementar as informações fornecidas pelo

Balanço e pela Demonstração de Resultados, afim de serem traduzidos para linguagem

corrente os valores mencionados nesta Demonstração Financeira. Nele se incluem um

conjunto de informações destinadas a desenvolver e comentar quantias incluídas no

Balanço e Demonstração de Resultados e ainda para fornecer informação sobre factos

ou situações que, não tendo expressão nessas Demonstrações Financeiras, são úteis para

os utilizadores da informação financeira.

Relatório de Gestão

O Relatório de Gestão (Anexo23) deve ser elaborado pelos membros da Administração

e ser presente à apreciação dos Órgãos Competentes da Sociedade para aprovação nos

termos do artigo 65º do CSC, este documento visa completar e esclarecer as

informações fornecidas pelas Demonstrações Financeiras.

O Relatório de Gestão está sujeito a determinados requisitos nos termos do disposto nos

nºs 1 e 2 do artigo 66º do CSC,

O relatório de gestão da empresa Construções Vimar, Lda., foi apreciado em

assembleia-geral pelos sócios da qual constou a apreciação e deliberação, do Balanço,

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Paulo Duarte 58

resultados e demais contas. No final foi lavrada e devidamente assinada a respectiva

acta (Anexo 24).

5.3 Outros Documentos a Apresentar

Todos os sujeitos passivos de IRC são obrigados a constituir um Dossier Fiscal, com

excepção dos isentos nos termos do artigo 9º do CIRC.

Este processo de documentação fiscal e contabilística geralmente, não é entregue à

Administração Fiscal. Não obstante, estes documentos devem estar arquivados no local

onde se encontra a contabilidade da empresa, visto que podem ser solicitados pela

Administração Fiscal.

O processo de documentação fiscal e contabilística tem que ser constituído até à data

limite da Declaração Anual, e nos termos do artigo 121º do CIRC, os sujeitos passivos

são obrigados a manter o mesmo em boa ordem, durante o prazo de 10 anos, relativo a

cada exercício.

Para além dos documentos referidos anteriormente, existem outros que, caso haja

operações relativas a estes, devem ser elaborados nos termos da Portaria 359/2000, de

20 de Junho, tais como:

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Paulo Duarte 59

Figura Nº 8 – Anexo ao Dossier Fiscal (Fonte: Portaria 359/2000, de 20 Junho)

Fonte: Elaboração própria

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6 - OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS DOS SUJEITOS PASSIVOS

6.1 Considerações Gerais

Nos termos das alíneas do nº 1 do artigo 109º do CIRC todos os sujeitos passivos de

IRC estão obrigados a entregar os documentos seguintes:

Declaração de Inscrição de Alterações ou de Cessação;

Declaração Periódica de Rendimentos;

Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal.

6.2 Declaração Periódica de Rendimentos

Nos termos do artigo 112º do CIRC as empresas que são sujeito passivo de IRC, devem

enviar:

“A declaração periódica de rendimentos a que se refere a alínea b) do nº 1 do

artigo109º deve ser enviada, anualmente, por transmissão electrónica de dados, até ao

último dia útil do mês de Maio.”

No entanto, estão excluídas desta obrigatoriedade de entrega da declaração, excepto

quando estejam sujeitas a uma qualquer tributação autónoma, as entidades que, não

exercendo a título principal uma actividade comercial, industrial ou agrícola reúnam as

condições previstas nas alíneas do nº 6 do artigo 109º do CIRC.

Nos termos do artigo 8º do CIRC o período de tributação por regra coincide com o ano

civil, no entanto pode ser inferior quando se observar o preceituado no nº 4 do mesmo

artigo. Nos termos do nº 6 do mesmo artigo este período de tributação pode ainda ser

superior a um ano

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Paulo Duarte 61

Para proceder à entrega da declaração por via electrónica, é necessário possuir uma

senha de acesso da DGCI, esta é recebida pelo sujeito passivo no prazo de 3 dias após

ser solicitada.

Depois de submetida e validada a declaração, se forem detectados erros o sujeito

passivo pode proceder à sua rectificação no prazo de 30 dias.

6.3 Apuramento do Imposto e Preenchimento da Modelo 22

O preenchimento da Modelo 22 (Anexo 25), vai permitir ao sujeito passivo fazer a auto-

liquidação do IRC, isto é, o apuramento do imposto é feito pelo próprio contribuinte.

A declaração divide-se em quatro partes no processo de preenchimento, distribuídos por

12 quadros, ao longo dos quais se vai fazer a autoliquidação do imposto, para isso vai

contribuir os cálculos realizados no ponto anterior.

Na primeira parte encontram-se os quadros 01 a 05, onde se descriminam os elementos

identificativos da empresa e da declaração.

Na segunda parte apura-se o Lucro Tributável no decurso do preenchimento do Quadro

07.

De salientar que, os sujeitos passivos de IRC que sejam obrigados, nos termos do artigo

2º do CIRC, ao preenchimento do Quadro 07 da Modelo 22, de modo a permitir o

apuramento do Lucro Tributável, devem possuir contabilidade segundo o disposto no nº

3 do artigo 17º do CIRC:

“Estar organizada de acordo com a normalização contabilística e outras disposições

legais em vigor para o respectivo sector de actividade, sem prejuízo da observância das

disposições previstas neste Código;

Reflectir todas as operações realizadas pelo sujeito passivo e ser organizada de modo

que os resultados das operações e variações patrimoniais sujeitas ao regime geral do

IRC possam claramente distinguir-se das restantes”.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 62

Partindo do valor apurado na conta Resultado Liquido do Exercício, vamos calcular o

Lucro Tributável, analisando as correcções fiscais que se devem efectuar no Quadro 07

da declaração para que, ao acrescer ou deduzir estas correcções se possa determinar o

Lucro Tributável ou Prejuízo Fiscal, nos termos do nº1 do artigo 17º do CIRC.

De seguida, apresentam-se os campos que foram preenchidos do Quadro 07 da Modelo

22 e os cálculos efectuados para o Apuramento do Imposto pela Construções Vimar,

Lda.

Campo 201 – Resultado Líquido do Exercício

O RLE calculado anteriormente vai para o Quadro 07, Campo 201 pelo valor de

15.571,35 €.

Campo 202 – Variações patrimoniais positivas não reflectidas no resultado liquido

Neste campo foi acrescido o montante de 4.910,00 €, resultante do ajustamento do valor

patrimonial tributário. Esta diferença advém do valor de escritura de alguns imóveis

existentes na conta de mercadorias e do novo valor patrimonial resultante da revisão do

código tributário de 2004.

Campo 207 – Reintegrações e amortizações não aceites como custos

Nos termos do artigo 33º do CIRC devem acrescer neste campo as amortizações e

reintegrações que não são aceites como custo. No caso da Construções Vimar, Lda., esta

situação verificou-se em relação a uma viatura ligeira de passageiros, com um custo de

aquisição superior a 29.927,87 €, como está disposto no artigo 12º do Decreto

Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro, devendo o excedente amortizado, não aceite como

custo ir a acrescer ao Lucro Tributável, no correspondente valor de 2.393,04 €.

Campo 211 – IRC e outros impostos incidentes directa ou indirectamente sobre

lucros

Para se apurar o montante a inscrever neste campo, deve proceder-se extra-

contabilisticamente ao cálculo das Tributações Autónomas e da Derrama.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 63

A empresa Construções Vimar, Lda., tem de tributar autonomamente à taxa de 10% os

encargos dedutíveis relativos a despesas relacionadas com viaturas ligeiras de

passageiros e as despesas de representação, nos termos da alínea a) do nº3 do artigo 81

do CIRC.

Quadro n.º 19 – Cálculo do montante de Tributações Autónomas.

Descrição Valor

Gasóleo 1.753,51 €

Seguros 1.153,25 €

Reparação 2.413,05 €

Juros Leasing 422,94 €

Amortizações 7.481,97 €

Despesas Representação 1.743,86 €

Deslocações 12,00 €

Imposto de Circulação 473,00 €

Total 15.453,58 €

Taxa de Tributação Autónoma 10,00%

Tributações Autónomas 1.545,36 €

Fonte: Elaboração própria

O cálculo da Derrama encontra-se à frente, para o preenchimento do campo 364.

Apurado o IRC estimado, as Tributações Autónomas e a Derrama, pode proceder-se ao

cálculo do IR da seguinte forma:

IR = IRC Liquidado + Derrama + Tributações Autónomas

6.681,93€ = 4.891,97€ + 244,60€ + 1.545,36€

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 64

Campo 212 – Multas, Coimas, Juros compensatórios e demais encargos pela

prática de infracções

A empresa Construções Vimar, Lda., verificou na subconta Juros de Mora e

Compensatórios um saldo de 526,82€. Na subconta Multas e Penalidades, apresenta um

saldo de 2.530,00€, referente a multas fiscais.

Nos termos da alínea d) do nº 1 do artigo 42º do CIRC, estes custos não são dedutíveis

para efeitos de determinação do Lucro Tributável; logo o total de 3.056,82 € vai a

acrescer no Campo 212 do Quadro 07.

Uma vez efectuadas as regularizações no quadro 7, vamos calcular o Lucro Tributável:

Quadro n.º 20 – Cálculo do Lucro Tributável.

Resultado Liquido do Exercício 15.571,35

Variações patrimoniais positivas não reflectidas no resultado liquido (+) 4.910,00 €

Reintegrações e amortizações não aceites como custos (+) 2.393,04 €

IRC e outros impostos incidentes directa ou indirectamente sobre lucros (+) 6681,93 €

Multas e Juros compensatórios (+) 3056,82 €

Lucro Tributável (=) 32.613,14

Fonte: Elaboração própria

Quadro 08 – Regimes de Taxa

Este quadro preenche-se para identificar a taxa a utilizar para o cálculo da Colecta,

Regime de Redução de Taxa ou Regime Geral.

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Paulo Duarte 65

A empresa Construções Vimar, Lda., beneficia dos incentivos fiscais à interioridade,

logo há que assinalar com uma cruz no campo 245, sendo 15% a taxa a ser aplicada no

cálculo do imposto.

Quadro 09 – Apuramento da Matéria Colectável

Inicia-se a terceira fase do preenchimento da Modelo 22 com o apuramento da Matéria

Colectável, de acordo com o artigo 15º do CIRC. Nos termos da alínea a) do nº 1 deste

artigo a Matéria Colectável obtém-se pela dedução ao Lucro Tributável, determinado

nos termos dos artigos 17º e seguintes. E também montantes correspondentes a

Prejuízos Fiscais nos termos do artigo 47º do mesmo código, e/ou Beneficias Fiscais se

existirem.

A empresa inscreveu neste quadro, no campo 313 o valor do lucro tributável com

redução de taxa, no montante de 32.613,14 €.

O modo de cálculo da Matéria Colectável mencionado anteriormente, não se aplica nas

situações referidas nas alíneas b), c) e d) do já referido nº 1 do artigo 15º do CIRC,

nomeadamente nos casos das pessoas colectivas e entidades referidas na alínea b) do nº

1 do artigo 3º, às entidades não residentes com estabelecimento estável em território

português e às entidades não residentes que obtenham em território português,

rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável aí situado respectivamente.

Assim, a Matéria colectável obtém-se do cálculo seguinte:

Campo 322 = Campo 313 – Campo 320 – Campo 321

Matéria Colectável = Lucro Tributável – Prejuízos Fiscais – Benefícios Fiscais.

32.613,14 € = 32.613,14 € – 0,00 € – 0,00 €

Quadro 10 – Imposto a Pagar ou a Recuperar

Na quarta e última fase do preenchimento da declaração calcula-se o Imposto a Pagar ou

a Recuperar. Com base na Matéria Colectável no campo 349 calcula-se a Colecta. Esta

resulta da aplicação da taxa indicada no campo 245, de 15 % à Matéria Colectável, esta

taxa verifica-se dado que a empresa beneficia de incentivos fiscais à interioridade,

conforme o disposto no artigo 7º da Lei nº 171/99, de 18 de Setembro.

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Paulo Duarte 66

“ São condições para usufruir dos benefícios previstos nos números anteriores:

a) A determinação do lucro tributável ser efectuada com recurso a métodos directos de

avaliação ou de acordo com as regras aplicáveis ao regime simplificado de tributação;

b) Terem situação tributária regularizada;

c) Não terem salários em atraso

d) As declarações de rendimentos serem assinadas por técnico oficial de contas;

e) Não resultarem de cisão efectuada a partir da data de publicação da presente lei”.

“… actividade principal é exercida nas zonas beneficiárias quando os sujeitos passivos

tenham a sua sede ou direcção efectiva nessas áreas e nelas se concentre mais de 75%

da respectiva massa salarial.”

Colecta = Matéria Colectável * Taxa de imposto

4.891,97 € = 32.613,14 € * 0,15

Este montante da Colecta calculado, no campo 349 é o valor que vai constar no Quadro

10 campo 351, uma vez que a empresa não preenche mais nenhum dos campos deste

quadro.

Efectuado o apuramento da Colecta verifica-se a existência ou não de alguma dedução

das mencionadas nos campos 353 a 356, que no caso da empresa Construções Vimar,

Lda., não existe qualquer dedução.

Campo 356 Pagamento Especial por Conta

A empresa Construções Vimar, Lda., refere no campo 356 Pagamentos Especiais por

Conta (PEC) no montante de 0,00 €, uma vez que o Pagamento por Conta de 2007 foi

superior ao PEC calculado para 2008.

O PEC “calcula-se pela diferença entre 1 % do VN do ano anterior (com um limite

mínimo de 1.000,00€ nos termos do nº 2 do artigo 98º do CIRC e quando este valor

apurado for superior a este limite é acrescido de 20% da parte excedente, com um

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Paulo Duarte 67

limite máximo de 70.000,00€)”, o montante dos pagamentos por conta efectuados no

exercício anterior deduzir-se-ão ao PEC nos termos do nº 3 do artigo 98º do CIRC. Se o

pagamento por conta referido anteriormente for superior, não haverá lugar ao

Pagamento Especial por Conta.

Cálculo do PEC = (1 % * Volume de Negócios n) – Pagamentos Por Conta n-1.

Em 2009 também não vai haver lugar a PEC, uma vez que o pagamento por conta é

superior ao PEC, como se demonstra no quadro a seguir:

Quadro n.º 21 – Cálculo do Pagamento Especial por Conta.

Designação Montante Fórmula de Cálculo

Volume de Negócios 2008 674.337,75 € = Vendas + Prestações de

Serviços

1% do Volume de Negócios 6.743,38 € =Volume de Negócios x 1%

Limite Minimo 1.000,00 €

Limite Máximo 70.000,00 €

Parte Excedente 5.743,38 € = 6.743,38-1000

20 % da Parte Excedente 1.148,68 € =Parte Excedente x 20%

Limite Minimo + 20 % da Parte Excedente 2.148,68 € =Limite Minimo + 20 % da

Parte Excedente

PEC Nº 2 do Artº 98º do CIRC 2.148,68 € =1000<Limite Minimo + Parte

Excedente <70.000,00

Pagamento por Conta 2008 19.500,00 €

PEC 2009 Nº 3 do Artº 98 do CIRC 0,00 €

=(1000<Limite Minimo +

Parte Excedente < 70.000,00)-

PC n-1

Fonte: Elaboração própria

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Paulo Duarte 68

Nos termos do nº 1 do artigo 98º do CIRC o valor do PEC deve ser entregue ao estado

durante “ o mês de Março ou, em duas prestações, durante os meses de Março e

Outubro do ano a que respeita ou, no caso de adoptarem por um período de tributação

não coincidente com o ano civil, no 3º mês e no 10º mês do período de tributação

respectivo”.

A entrega é feita através da internet, no portal das finanças O pagamento deste imposto

pode ser efectuado nos CTT, na Tesouraria da Repartição de Finanças, ou pela Internet

através de Banca Electrónica.

Uma vez apuradas as deduções à colecta, apura-se o IRC Liquidado constante no campo

358.

Campo 358 = Campo 351 – Campo 357

IRC Liquidado = Colecta – Deduções à Colecta

4.891,97 € = 4.891,97 € – 0,00 €

Para o cálculo do IRC a Pagar ou a Recuperar terá que se deduzir ao IRC Liquidado as

Retenções na Fonte (Campo 359) e o valor dos Pagamentos por Conta efectuados no

exercício (Campo 360).

A empresa tem a deduzir ao IRC Liquidado as Retenções na Fonte no valor de 4.495,74

€ no campo 359 e os Pagamentos por Conta efectuados no ano de 2008 no valor de

19.500,00 €, no campo 360.

Campo 360 - Pagamento por Conta

Nos termos do nº 1 do artigo 96º do CIRC, estão obrigados ao Pagamento por Conta as

entidades que exerçam, a título principal, actividade de natureza comercial, industrial ou

agrícola, bem como as não residentes com estabelecimento estável em território

português.

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Paulo Duarte 69

Nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 96º do CIRC, estas entidades são obrigadas a

proceder à entrega de “três pagamentos por conta, com vencimento nos meses de Julho,

Setembro e Dezembro do próprio ano a que respeita o Lucro Tributável ou, nos casos

dos nº 2 e 3 do artigo 8º do CIRC, no 7º, 9º e 12º meses do respectivo período de

tributação”.

O valor do pagamento por conta a considerar no preenchimento da Modelo 22, obtém-se

com base no VN do exercício anterior a que estes dizem respeito e pode ser calculado

de duas formas:

Se o VN do ano anterior for igual ou inferior a 498.797,90€ nos termos do nº 2

do artigo 97º do CIRC, o valor do pagamento por conta a mencionar no Quadro

10, Campo 360 é apurado da seguinte forma:

Pagamento por Conta = 70% x [Colecta N-l - Retenção na Fonte]

3

Se o VN for superior a 498.797,90€ nos termos do nº 3 do artigo 97º do CIRC o

valor do Pagamento por Conta a considerar:

Pagamento por Conta para 2009 = 90% * (Colecta N-1 - Retenção na Fonte)

3

= 0,9 * (4.891,97 – 4.495,74)

3

= 118,87 €

O valor a pagar do Pagamento por Conta em 2009 vai ser de 3 prestações no montante

de 118,87 €

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 70

Estão dispensados da entrega deste imposto nos termos do nº 4 do artigo 96º do CIRC

os sujeitos passivos que, no exercício de referência para o respectivo cálculo,

apresentem uma Colecta inferior a 199,52€.

Pode então, preencher-se o Campo 362 uma vez que se tem IRC a Recuperar.

Campo 362 = Campo 358 + Campo 371 – Campo 359 – Campo 360

19.103,77 € = 4.891,97 € + 0,00 € – 4.495,74 € – 19.500,00 €

Campo 364 – Derrama

A Taxa de Derrama incide nos termos da Lei das Finanças Locais (Lei n.º 2/2007, de 15

de Janeiro) sobre o Lucro Tributável do IRC relativo ao exercício. Uma vez que a

empresa exerce a sua actividade no Município da Guarda, a taxa aplicável é de 0,75%,

aprovada na acta da reunião ordinária da Câmara Municipal da Guarda no dia 13 de

Agosto de 2008.

Derrama = Lucro Tributável * Taxa Derrama

244,60 € = 32.613,14 € * 0,0075

O valor da Derrama calculado vai preencher o campo 364 do Quadro 10.

O valor do das Tributações Autónomas para preenchimento do campo 365, encontra-se

calculado em cima para o preenchimento do campo 211 do quadro 07.

Após o cálculo da Derrama e das Tributações Autónomas estão reunidas as condições

para calcular o Imposto sobre o Rendimento:

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Paulo Duarte 71

Quadro n.º 22 – Cálculo do Imposto sobre o Rendimento.

IRC Liquidado 4.891,97 €

Retenção na Fonte (-) 4495,74 €

Pagamento por Conta (-) 19.500,00 €

IRC a Recuperar (=) 19.103,77 €

Derrama (-) 244,6 €

Tributações Autónomas (-) 1.545,36 €

Total a Recuperar (=) 17.313,81 €

Fonte: Elaboração própria

Do quadro acima se conclui que a empresa Construções Vimar, Lda., tem um Total a

Recuperar no valor de 17.313,81 €, este montante vai figurar no Quadro 10, campo 368

e resulta do valor do IRC a Recuperar (Campo 362) deduzindo os valores dos campos

363 ao 369.

No caso da empresa Construções Vimar, Lda., deduzem-se o valor da Derrama e das

Tributações Autónomas.

Campo 368 = Campo 362–Campo 363–Campo 364–Campo 365–Campo 366–Campo

369.

17.313,81 € = 19.103,77 € - 0,00 € – 244,60 € - 1.545,36 € - 0,00 € - 0,00 €

Do cálculo acima apurou-se um total a recuperar no montante de 17.313,81 €. Este valor

será reembolsado nos termos do nº 3 do artigo 96º do CIRC.

No quadro 11 foram discriminadas as informações solicitadas nos campos 410 a 414

No quadro 12 foram identificadas as entidades e os montantes que retiveram IRC à

empresa.

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Paulo Duarte 72

6.4 Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal

A Informação Empresarial Simplificada representa um avanço na relação entre os

contribuintes e as entidades públicas a quem as empresas estavam obrigadas a fornecer

informação sobre as suas contas anuais. Deste modo, com a criação da IES a informação

é enviada electronicamente ao Ministério das Finanças, de forma desmaterializada num

único momento e unicamente perante esta entidade. Evitando-se desta forma a

necessidade de transmitir informação substancialmente idêntica sobre as suas contas

anuais a quatro entidades diferentes (Conservatórias do Registo Comercial,

Administração Fiscal, Instituto Nacional de Estatística e Banco de Portugal) utilizando

quatro meios diferentes.

A IES é entregue em formulários únicos, aprovados pela Portaria nº 208/2007, de 16 de

Fevereiro, devidamente preenchidos, nos 6 meses posteriores ao encerramento do ano

económico, isto é, deve ser entregue ate ao último dia útil do mês de Junho do ano

seguinte aquele a que as contas respeitam, nos casos em o ano económico da empresa

coincide com o ano civil, nos termos do nº2 do artigo 113º do CIRC.

No nº 3 do artigo acima referido está previsto que, para contribuintes em que o ano

económico não coincida com o ano civil, a declaração seja entregue no prazo de 6

meses a contar da data em que termina o ano económico.

A entrega desta declaração é obrigatória para todas as Sociedades comerciais e civis sob

a forma comercial, Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada,

Empresas públicas, Sociedades anónimas europeias, Representações permanentes de

sociedades com sede no estrangeiro.

Para enviar a declaração ao Ministério das Finanças devem seguir-se os seguintes

passos:

1. Aceder ao sítio www.e-financas.gov.pt, escolher entregar IES e preencher a

declaração directamente ou abrir e enviar o ficheiro correspondente previamente

formatado de acordo com especificações legalmente estabelecidas;

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Paulo Duarte 73

2. Submeter electronicamente a IES e guardar a referência Multibanco que é

automaticamente gerada para permitir o pagamento do registo da prestação de

contas;

3. Pagar o registo da prestação de contas nos 5 dias úteis seguintes.

A IES (Anexo 26), é composta por uma folha de rosto identificativa do sujeito passivo e

por uma série de anexos que visam prestar informação variada relativa à contabilidade

das empresas.

Apresento de seguida alguns desses Anexos à Declaração, no caso, os que foram

entregues pela empresa Construções Vimar, Lda.

Anexo A da Declaração Anual

Este Anexo demonstra as informações contabilísticas expressas nas Demonstrações

Financeiras obrigatórias.

Como se pode verificar este é composto por 11 quadros, sendo só mencionados aqueles

que foram efectivamente preenchidos pela empresa.

Quadro 03 – A informação presente neste quadro é retirada da Demonstração de

Resultados.

Quadro 04 – Neste quadro são indicados os valores que constam do Balanço.

Quadro 05 – Os valores presentes neste quadro transitam do ABDR.

Quadro 06 – Este quadro é preenchido com base no desdobramento das contas da

Demonstração de Resultados e do Balanço.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 74

Quadro 07 – Neste quadro são discriminadas as decisões tomadas na Assembleia-Geral

de Aprovação de Contas, sobre a aplicação dos resultados.

Quadro 08 – Neste quadro referem-se as informações sobre o relatório de gestão.

Anexo F – Benefícios Fiscais

No presente anexo evidenciam-se os benefícios fiscais que a empresa teve direito, que

no caso da empresa Construções Vimar, Lda., estão patentes no campo F403 do Quadro

08, onde consta o valor da diferença entre o valor da colecta sem benefícios à

interioridade e o valor da mesma com o benefício de redução da taxa de IRC.

Anexo L – Elementos Contabilísticos e Fiscais

O Anexo L diz respeito às operações activas e passivas de imposto sujeitas a IVA.

Quadro 03 – O quadro descrimina por taxas os valores das vendas de Existências,

Outros Bens e Serviços e Activo Imobilizado, sobretudo o que está aqui em causa é a

conferência por parte da Administração Fiscal do IVA Liquidado.

O valor inscrito no campo L04, representam as vendas isentas ou não sujeitas com

direito à dedução, no campo L05 inscreveram-se o montante das vendas sem direito a

dedução. O campo L09 apresenta o valor das prestações de serviços tributados à taxa

normal e no L67 o montante correspondente aos serviços de construção civil em que

houve inversão do sujeito passivo.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 75

Quadro 04 – Este quadro trata das Operações Internas Passivas, em que o IVA é

dedutível, nele se incluem os valores das Compras de Existências, Outros Bens e

Serviços e Activo Imobilizado.

No campo L69 registaram-se as Aquisições de matérias-primas no mercado nacional

em que o IVA é total ou parcialmente dedutível. O valor a registar neste campo resulta

de: 49.590,95 – Devoluções e Descontos e Abatimentos em Compras = 49.590,95 €.

Campo L29 destina-se às aquisições de bens e serviços isentos. A Construções Vimar,

Lda., indicou o valor total da conta 62 no montante de 290.191,49 €, isto é, considerou

todas as aquisições de bens e serviços isentas pelos motivos já explicados no capítulo do

IVA.

No campo L77, encontra-se um valor de 363,35€, com IVA total ou parcialmente

dedutível, relativo à aquisição de bens do imobilizado.

Quadro 05 – Este quadro refere-se às Operações com o Exterior, nomeadamente

Transmissões e Aquisições Intracomunitárias de Bens e Importações e Exportações.

A Construções Vimar, Lda., não realizou quaisquer operações Intracomunitárias no ano

em análise.

Quadro 06 - Neste apresentamos os valores do IVA dedutível por taxas.

No campo L47 inscreveu-se o valor do IVA dedutível de existências no Mercado

Nacional à taxa de 20 % no montante de 474,21 €.

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Paulo Duarte 76

No campo L53 colocou-se o IVA dedutível de Outros Bens e Serviços no Mercado

Nacional à taxa de 20% no valor de 18.682,98 €.

Anexo O – Mapa Recapitulativo de Clientes

A alínea e) do nº 1 do artigo 28º do CIVA, refere a obrigatoriedade de entrega do mapa

recapitulativo com a identificação dos seus clientes, onde deve constar o montante total

das operações internas realizadas com cada um deles no ano anterior, desde que superior

a 25.000,00€.

Neste anexo a Construções Vimar, Lda. teve a declarar um cliente que se encontrava

para além desse limite, com um montante de 60.388,00€

Anexo P – Mapa Recapitulativo de Fornecedores

A alínea f) do nº 1 do artigo 28º do CIVA, refere a obrigatoriedade de entrega do mapa

recapitulativo com a identificação dos seus fornecedores, onde deve constar o montante

total das operações internas realizadas com cada um deles no ano anterior, desde que

superior a 25.000,00 €.

A Construções Vimar, Lda., declarou três fornecedores enquadrados nessa situação.

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Paulo Duarte 77

7 – ANÁLISE FINANCEIRA

7.1 Considerações Gerais

A análise financeira consiste num conjunto de métodos e técnicas que irão sustentar a

emissão de uma opinião sobre o desempenho económico e financeiro recente e

perspectivas de evolução, de uma organização. Para esse efeito recorre-se à elaboração

de rácios de natureza diversa, de acordo com o indicador que se pretende avaliar.

Seguidamente, apresentam-se alguns dos mais importantes rácios de análise de

desempenho económico-financeiro, que contribuem para as orientações estratégicas da

empresa.

7.2 Capital

Quadro n.º 23 – Cálculo das Variações de Capital.

RUBRICAS Exist. Inicial Aumentos Diminuições Exist. Final

Capital 299.278,73 € 299.278,73 €

Reservas Legais 27.050,43 € 2.489,58 € 29.540,01 €

Reservas de Reavaliação 39.230,76 € 39.230,76 €

Outras Reservas 479.997,24 € 47.302,03 € 527.299,27 €

Ajustamentos Partes Capital 11.222,95 € 11.222,95 €

Prestações Suplementares 206.081,28 € 206.081,28 €

Resultados Transitados 49.791,61 € 145.292,64 € -95.501,03 €

R.L.E. 15.571,35 € 15.571,35 €

TOTAL 1.112.653,00 € 65.362,96 € 145.292,64 € 1.032.723,32 €

Fonte: Elaboração própria

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Paulo Duarte 78

O valor total do capital diminuiu, porque, apesar dos aumentos registados nas rubricas

de Reservas Legais, Outras Reservas e Resultado Liquido do Exercício, houve uma

diminuição extraordinária dos Resultados Transitados, fruto da aplicação dos critérios

do novo Código de Processo Tributário, onde a empresa teve a necessidade de fazer um

ajustamento relativo aos valores constantes no valor de escritura de determinados

prédios em relação ao valor patrimonial.

7.3 Rentabilidade

Quadro n.º 24 – Rácios de Rentabilidade.

Rácios de Rentabilidade ANOS

2007 2008

Comercial

Operativa VN

(RO/VN)*100

18,82% 15,93%

Liquida VN

(RL/VN)*100

7,38% 2,26%

Económica

(RL/Activo Liquido) * 100 1,41% 0,42%

Financeira

(RL/Capital Próprio)*100

4,48% 1,51%

Fonte: Elaboração própria

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Paulo Duarte 79

Todos os rácios de rentabilidade apresentados, decresceram no ano em análise,

demonstrando que no curto prazo a empresa é menos rentável. Ao nível das vendas,

apesar do ligeiro aumento do VN, a sua capacidade para gerar resultados decresceu, em

consequência da diminuição dos Resultados Operacionais e dos Resultados Líquidos.

A diminuição do RL, vai assim influenciar o desempenho dos outros indicadores

apresentados, nomeadamente a Rentabilidade Económica, em que apesar do aumento do

Activo Liquido, registou-se uma diminuição deste indicador. O mesmo acontece na

Rentabilidade Financeira, que para além da diminuição do valor do RL, contou ainda

com o recuo do valor dos Capitais Próprios.

Do exposto se conclui que os sócios estão cada vez a ter menos retorno do seu

investimento.

7.4 Produtividade

Quadro n.º 25 – Rácios de Produtividade.

Rácios de Produtividade ANOS

2007 2008

Meios de

Produção

Mercadorias e

Matérias

VN/CMVMC

1,36 10,53

Mão-de-Obra

VN/Custos c/Pessoal

6,80 7,15

Meios

Económicos

Activo

VN/Activo Liquido

0,19 0,19

Imobilizado

VN/Imobilizado

Liquido

3,74 5,08

Fonte: Elaboração própria

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 80

A produtividade melhorou globalmente nos indicadores apresentados, principalmente

devido ao aumento do VN, mas também se deve à redução dos valores das existências,

dos custos com o pessoal e do imobilizado líquido, demonstrando que existiu um

melhor aproveitamento dos recursos da empresa, tendo em vista responder às

solicitações de Médio e Longo Prazo.

7.5 Financiamento

Quadro n.º 26 – Rácios de Financiamento.

Rácios de Financiamento ANOS

2007 2008

Endividamento

(Passivo/Activo Liquido)*100

0,69 0,72

Autonomia Financeira

(Capital Próprio/Activo

Liquido)*100

0,31 0,28

Solvabilidade

(Capital Próprio/Passivo)*100

0,46 0,39

Fonte: Elaboração própria

O crescente valor do rácio de endividamento, é resultado do aumento mais significativo

do passivo em relação ao activo, tendo sido a conta de “Dividas a instituições de crédito

Médio e Longo Prazo” a que mais contribuiu, daqui resulta também um aumento do

risco financeiro da empresa.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 81

A autonomia financeira é cada vez menor, já que os capitais alheios ganham

importância face aos capitais próprios

Também a solvabilidade diminuiu, na medida em que os capitais próprios são cada vez

menos capazes de satisfazer os compromissos da empresa, logo tem também menos

capacidade para gerar lucros.

7.6 Liquidez

Quadro n.º 27 – Rácios de Liquidez.

Rácios de Liquidez ANOS

2007 2008

Geral

Exist. + Div de 3ºs C/Prazo+Disponibilidades/Dividas a

3ºs c/prazo

2,83 2,84

Reduzida

Div de 3ºs C/Prazo+Disponibilidades/Dividas a 3ºs

c/prazo

0,54 0,55

Imediata

Disponibilidades/Dividas a 3ºs c/prazo

0,04 0,32

Fonte: Elaboração própria

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Paulo Duarte 82

Como o aumento do endividamento resulta do acréscimo das dívidas a terceiros a

Médio e Longo Prazo, face ao curto prazo, os rácios de liquidez apresentam uma

evolução positiva.

Assim os rácios apresentam uma evolução positiva, significando, que no curto prazo a

empresa consegue satisfazer os seus compromissos.

7.7 Estrutura Financeira

Quadro n.º 28 – Rácios de Estrutura Financeira.

Rácios de Estrutura Financeira ANOS

2007 2008

Indicadores de

Estrutura

Financeira

Capacidade de Auto-financiamento

RL+Δ provisões+Amortizações

98.500,82 62.454,41

Auto-financiamento

Capacid. Auto-financ. -

Disponibilidades

51.375,78 -287.977,42

Racios de

Estrutura

Financeira

Fundo de Maneio

(FM/VN)*100

-7038% -6223%

Neces. Fundo de Maneio

(NFM/VN)*100

-7678% -11377%

Fonte: Elaboração própria

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Paulo Duarte 83

Tal como se pode confirmar pelos dados acima a Capacidade de Auto-financiamento da

empresa diminuiu, mesmo não distribuindo resultados o rácio de Auto-financiamento

decresceu fortemente

A empresa não consegue gerar meios de pagamento em termos operacionais, como tal

cada vez mais recorre aos capitais alheios para se financiar, o que na actual conjuntura

em que o Fundo de Maneio apresenta valores negativos, apesar da melhoria, e das

Necessidades de Fundo de Maneio estarem a aumentar, debilita ainda mais a empresa

uma vez que aumenta os seus encargos com prestações e pagamentos de juros.

Concluindo, seria recomendável a empresa encontrar novas formas de financiamento

para reduzir a dependência de capitais alheios, tais como os empréstimos bancários por

substituição de aumentos de capital.

Dinamizar o seu sector de vendas e prestações de serviços de forma a inverter a actual

situação caso contrário pode ter o seu futuro hipotecado.

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Paulo Duarte 84

CONCLUSÃO

O Relatório de Estágio que agora termina, visou expor as actividades realizadas durante

o período de estágio, que mostrou ser um complemento fundamental para a

concretização da formação teórica do plano curricular, permitindo consolidar e

complementar alguns dos conhecimentos adquiridos durante os anos de curso.

Ao longo do relatório apresentam-se algumas das tarefas desenvolvidas na empresa,

que visam cumprir o artigo 6º do Regulamento de Estágios da CTOC, no entanto, outras

igualmente importantes ficaram por relatar.

Durante o período de estágio procurei cumprir da melhor forma possível o que me foi

proposto, sempre com grande vontade de aprender, quer nas matérias contabilísticas,

quer nas fiscais e todas as outras situações que surgiram na empresa, nomeadamente nos

processos de troca de informação com entidades públicas e privadas, dando-se

importância às boas relações, no sentido de um melhor esclarecimento das situações

surgidas.

O estágio e elaboração do respectivo relatório constituem a última etapa de formação

académica do curso de Contabilidade da ESTG, mas não são um fim, antes pelo

contrário, constituem o inicio de uma nova fase de aprendizagem para que possa

alcançar a experiência e profissionalismo que só se adquire ao longo dos anos, com

trabalho e estudo.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 85

BIBLIOGRAFIA

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Contas. Rei dos Livros. 7ª Edição.

Legislação:

ESTG (2008): Regulamento de Estágios Curriculares.

Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, Regime do IVA nas Transacções

Intracomunitárias e Legislação Complementar. (2009)

PRICEWATERHOUSECOOPERS.

Plano Oficial de Contabilidade. Publicado pelo Decreto-Lei 410/89, de 21 de

Novembro. Edição da Porto Editora. 22ª Edição.

DL 21/2007, de 29 de Janeiro, IVA Serviços de Construção.

Ofício 30100 de 28 de Março de 2007, IVA Serviços de Construção Civil.

Código do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis,

aprovado pelo Decreto-Lei 287/2003 de 12 de Novembro.

PRICEWATERHOUSECOOPERS.

Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezembro, aprova o Código do Imposto sobre o

Valor Acrescentado

Lei nº 42/85, de 22 de Agosto, alterou as listas I, II e III anexas ao Código do IVA.

Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de Dezembro, adapta o regime jurídico do imposto

sobre o valor acrescentado (IVA) à Directiva do Conselho nº 91/680/CEE, de 16 de

Dezembro.

Decreto-Lei n.º 229/95, de 11 de Setembro, regulamenta a cobrança e os reembolsos

do IVA.

Despacho Normativo n.º 53/2005, de 15 de Dezembro, Normas relativas aos

reembolsos solicitados pelos sujeitos passivos através da declaração periódica.

Decreto-Lei nº 199/96 de 18 de Outubro, Regime Especial de Tributação em

Segunda Mão, Objectos de Arte, de Colecção e Antiguidades.

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 86

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (2009).

PRICEWATERHOUSECOOPERS.

COSTA, F. Carvalho (2004): Código Comercial, Sociedades Comerciais e

Legislação Complementar. Editora Rei dos Livros. 13ª Edição.

Decreto-Regulamentar 2/90 de 12 de Janeiro – Regime das Reintegrações e

Amortizações.

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas. (2009).

PRICEWATERHOUSECOOPERS.

Decreto-Lei 140 D/86, de 14 de Junho, cria a Taxa Social Única.

Decreto-Lei nº410/89, de 21 de Novembro, aprova o Plano Oficial de Contabilidade.

Portaria 359/00, de 20 de Junho – Documentos que fazem parte do Dossier Fiscal.

Lei 171/99, de 18 de Setembro – I Série A – Combate à desertificação e recuperação

do desenvolvimento das áreas do interior.

Decreto-Lei 17/04, de 15 de Janeiro - Utilização de novas tecnologias no

cumprimento das obrigações declarativas de natureza tributária.

Portaria 51/04, de 19 de Janeiro – Envio da declaração por transmissão electrónica.

Portaria nº 208/2007, de 16 de Fevereiro, Aprova o modelo declarativo da

informação empresarial simplificada (IES) e respectivos anexos.

DEVESA, Jaime; MARCELINO, Manuel Joaquim (2005): Código de Procedimento

e de Processo Tributário, Regime Geral de Infracções Tributárias, Lei Geral

Tributária e Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária.

Editora Almedina. 4ª Edição.

Sítios consultados:

www.portaldasfinancas.gov.pt

www.seg-social.pt

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Paulo Duarte 87

ÍNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 - ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO ....................................................................... 89

ANEXO 2 - PLANO DE CONTAS DA EMPRESA ............................................................. 90

ANEXO 3- DL 21/2007, DE 21 DE JANEIRO ................................................................ 91

ANEXO 4 – OFICIO 30100 DE 28 DE MARÇO DE 2007 ................................................ 92

ANEXO 5 - FACTURA DE COMPRA DE MATÉRIAS-PRIMAS ....................................... 93

ANEXO 6 - FACTURA DE PRESTAÇÃO SERVIÇOS ADQUIRIDOS ................................. 94

ANEXO 7 - FACTURA DOS SMAS ............................................................................... 95

ANEXO 8 - FACTURA DE COMPRA DE COMBUSTÍVEIS .............................................. 96

ANEXO 9 - CERTIDÃO DE ESCRITURA ........................................................................ 97

ANEXO 10 - FACTURA DE PRESTAÇÃO S ................................................................... 98

ANEXO 11 - DECLARAÇÃO PERIÓDICA MODELO B .................................................. 99

ANEXO 12 - MAPA DE PROCESSAMENTO SALÁRIOS DO MÊS DE DEZEMBRO ........ 100

ANEXO 13 - MAPA DE LANÇAMENTO SALÁRIOS DO MÊS DE DEZEMBRO .............. 101

ANEXO 14 - RECONCILIAÇÃO BANCÁRIA ................................................................ 102

ANEXO 15 - MAPA DE ESPECIALIZAÇÃO DE CUSTOS COM FÉRIAS ........................ 103

ANEXO 16 - MAPA DE APURAMENTO DO VALOR DAS EXISTÊNCIAS ...................... 104

ANEXO 17 - MODELO 32.1/IMPUTAÇÕES À CONTABILIDADE ................................. 105

ANEXO 18 - MAPA DE APURAMENTO DE RESULTADOS .......................................... 106

ANEXO 19 - BALANCETE FINAL ............................................................................... 107

ANEXO 20 - BALANÇO .............................................................................................. 108

ANEXO 21 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ...................................................... 109

ANEXO 22 - ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ............. 110

ANEXO 23 - RELATÓRIO DE GESTÃO ....................................................................... 111

ANEXO 24 - ACTA DE APROVAÇÃO DE CONTAS ...................................................... 112

ANEXO 25 - DECLARAÇÃO PERIÓDICA MODELO 22 ............................................... 113

ANEXO 26 - IES – DA E RESPECTIVOS ANEXOS ..................................................... 114

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ANEXOS

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Anexo 1

Alvará de Construção

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Anexo 2

Plano de Contas da Empresa

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Paulo Duarte 91

Anexo 3

DL 21/2007, de 29 de Janeiro,

IVA Serviços de Construção.

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Anexo 4

Ofício 30100 de 28 de Março de 2007,

IVA Serviços de Construção Civil.

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Anexo 5

Factura de Compra de Matérias-Primas

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Paulo Duarte 94

Anexo 6

Factura de Prestação de Serviços Adquiridos

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Paulo Duarte 95

Anexo 7

Factura dos SMAS

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Paulo Duarte 96

Anexo 8

Factura de Compra de Combustíveis

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Paulo Duarte 97

Anexo 9

Certidão de Escritura

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Paulo Duarte 98

Anexo 10

Factura de Prestação de Serviços

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Paulo Duarte 99

Anexo 11

Declaração Periódica Modelo B

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Paulo Duarte 100

Anexo 12

Mapa de processamento de salários do mês de Dezembro

(documento interno)

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Paulo Duarte 101

Anexo 13

Mapa de Lançamento de salários do mês de Dezembro

(documento interno)

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Paulo Duarte 102

Anexo 14

Reconciliação Bancária

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Paulo Duarte 103

Anexo 15

Mapa de Especialização de Custos com Férias

(documento interno)

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Paulo Duarte 104

Anexo 16

Mapa de Apuramento do Valor das Existências

(documento interno)

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Paulo Duarte 105

Anexo 17

Modelo 32.1

Imputações à Contabilidade

(documento interno)

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Paulo Duarte 106

Anexo 18

Mapa Apuramento de Resultados

(documento interno)

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Paulo Duarte 107

Anexo 19

Balancete Final

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Paulo Duarte 108

Anexo 20

Balanço

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Anexo 21

Demonstração de Resultados

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 110

Anexo 22

Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados - ABDR

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 111

Anexo 23

Relatório de Gestão

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 112

Anexo 24

Acta de Aprovação de Contas

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 113

Anexo 25

Declaração Periódica de Rendimentos – Modelo 22

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ESTG/IPG Relatório de Estágio

Paulo Duarte 114

Anexo 26

IES – DA e respectivos Anexos