70
"Reforço da Gestão das Pescas nos países ACP" Projecto financiado pela União Europeia Esta publicação foi elaborada com o apoio da União Europeia. O conteúdo da publicação é da exclusiva responsabilidade da COFREPECHE e não pode ser de maneira nenhuma considerado como refletindo o ponto de vista da União EuropeiaO conteúdo deste documento não reflete necessariamente o ponto de vista dos governos em causa.” Relatório Técnico Final - Rascunho Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia Project ref. N° SA-1.2-B5 REL Região: África Austral Países: Namíbia, Angola Novembro de 2013 Implementado por: COFREPECHE

Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

"Reforço da Gestão das Pescas nos países

ACP"

Projecto financiado pela União Europeia

“Esta publicação foi elaborada com o apoio da União Europeia. O conteúdo da publicação é da exclusiva responsabilidade da COFREPECHE e não pode ser de maneira nenhuma considerado como refletindo o ponto de vista da União Europeia”

“O conteúdo deste documento não reflete necessariamente o ponto de vista dos governos em causa.”

Relatório Técnico Final - Rascunho

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau

em Angola e na Namíbia

Project ref. N° SA-1.2-B5 REL

Região: África Austral Países: Namíbia, Angola

Novembro de 2013

Implementado por: COFREPECHE

Page 2: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. i Um projecto implementado por COFREPECHE

Índice

AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................................ 1

1 SUMÁRIO EXECUTIVO ................................................................................................................................... 2

2 ANTECEDENTES ............................................................................................................................................ 4

3 ABORDAGEM DAS TAREFAS ....................................................................................................................... 6

4 COMENTÁRIOS SOBRE OS TERMOS DE REFERÊNCIA ............................................................................ 7

5 ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA ............................................................................................................... 8

5.1 REALIZAÇÕES CONSOANTE OS TERMOS DE REFERÊNCIA ............................................................................. 8 5.2 REALIZAÇÃO E DETALHES DAS TAREFAS ...................................................................................................... 9 5.3 ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO ................................................................................................................. 10

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................................................................ 12

7 ANEXOS ........................................................................................................................................................ 13

7.1 TERMOS DE REFERÊNCIA ......................................................................................................................... 13 7.2 ITINERÁRIO DE PROGRAMA, INSTITUIÇÕES E INDIVÍDUOS CONSULTADOS ...................................................... 26

7.2.1 Programa ............................................................................................................................... 26 7.2.2 Lista dos parceiros encontrados ............................................................................................ 29

7.3 LISTA DE RELATÓRIOS E DOCUMENTOS CONSULTADOS ............................................................................... 29 7.4 FOTOGRAFIAS DO PROJETO, DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES E EVENTOS .......................................................... 29 7.5 DOCUMENTOS TÉCNICOS PRODUZIDOS ..................................................................................................... 29

7.5.1 Relatório inicial ...................................................................................................................... 29 7.5.2 Relatórios dos workshops nacionais ..................................................................................... 29 7.5.3 Relatórios dos workshops de validação ................................................................................ 49 7.5.4 Apresentação da publicação na reunião científica anual da CCB em 23 de Setembro de 2013 em

Windhoek ............................................................................................................................... 65 7.5.5 Plano de gestão para a pescaria de carapau da Namíbia .................................................... 65 7.5.6 Preparação do plano de gestão de carapau para Angola ..................................................... 66 7.5.7 Recomendações para o Plano de Gestão transfronteiriço .................................................... 66

Page 3: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. ii Um projecto implementado por COFREPECHE

Lista de abreviações e acrónimos ACP África – Caríbas - Pacífico AOA Kwanza Angolano AP/FA Administração das Pescas/Fisheries Administration AT Assistência Técnica CCB Comissão da Corrente de Benguela CPUE Captura Por Unidade de Esforço DFTR/RTFR Relatório Técnico Final - Rascunho DMA Ministry of Works, Transport and Communication (Namibia) DNP Direcção Nacional das Pescas (Angola) DP Decreto Presidencial EAF Ecosystem Approach to Fisheries ERA Ecological Risk Assessment ET Equipe Técnica ETP Endangered, Threatened and Protected species/Espécies em Perigo, Ameaçadas e

Protegidas FAB Frente Angola Benguela FOA Fisheries Observer Agency (Namibia) INIP Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (National Institute for Fisheries Research)

(Angola) INN (pesca) Ilegal, Não declarada, Não regulamentada IPA Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura (Angola) IPC Instituto de Pesca Artesanal e da Aquacultura (Angola) IPC Índice de Preços ao Consumidor IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado LRDC Law Reform and Development Commission of Namibia MCS Monitoring, Control and Surveillance (Monitoria, Controlo e Fiscalização) MEY Maximum Economic Yield (Rendimento Máximo Económico) NAD Dólar Namibiano NPC National Planning Commission (Namibia) OMP Operational Management Procedures (Procedimentos Operacionais de Gestão) ONG Organização Não Governmental PGP Plano de Gestão da Pescaria PIB/GDP Produto Interno Bruto/Gross Domestic Product POPES Plano de Ordenamento das Pescas QI Quota Individual QIT Quota Individual Transferível RF/FR Relatório Final/Final Report RFU-SA Regional Facilitation Unit – Southern Africa/Uniudade Regional de Facilitação – África

Austral RI/IR Relatório Inicial/Inception Report RTF/FTR Relatório Técnico Final/Final Technical Report RSW Refrigerated Sea Water RY Replacement Yield (Rendimento de Substituição) SADC Comunidade de Desenvolvimento da África Austral SEAFO South East Atlantic Fishing Organisation TAC Total Allowable Catch (Total Admissível de Capturas) TdR Termos de Referência

Page 4: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. iii Um projecto implementado por COFREPECHE

UC Unidade de Coordenação UE/CE União Europeia / Comissão Europeia UNAM University of Namibia VMS Vessel Monitoring System (Sistema de Monitoria de Navio) ZEE Zona Económica Exclusiva

Lista de figuras Figura 1 – Visão geral das principais características oceanográficas no ecossistema da Corrente de Benguela ................ 4 Figura 2. Abertura da reunião Nacional de validação em Angola a 7 de Outubro de 2013, pela Dra. Maria Sardinha (diretora no Ministério das Pescas). Isto foi seguido pela Reunião Regional, a 8 de Outubro de 2013 (notar o dístico na parte direita da imagem) ..................................................................................................................................................... 10 Figura 3. Abertura do Workshop Nacional dos Parceiros na Namíbia a 18 de Setembro de 2013, pelo Exmo. Bernhard Esau, Ministro das Pescas e Recursos Marinhos, acompanhado pela Sua Excia. Ulika Nambahu, Presidente do Conselho Municipal de Walvis Bay ..................................................................................................................................................... 11 Figura 4. Alguns dos participantes do Workshop nacional de pré-validação sobre o carapau ........................................... 63 Figura 5. Delegados da Namíbia e de Angola no Workshop Regional de validação em Luanda em 8 de Outubro de 2013 ............................................................................................................................................................................................ 65

Taxa de câmbio

Taxa de INFOR-EURO de Novembro de 2013 1 Euro é igual a NAD 13,5765 1 Euro é igual a AOA 134,.607

Nota bene Termos de Referencia não estão traduzidos

Page 5: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 1 Um projecto implementado por COFREPECHE

Agradecimentos

Este documento incorpora planos de gestão das pescarias para o carapau na Namíbia e Angola e também recomendações para a gestão transfronteiriça de carapau entre os dois países. Este trabalho foi financiado pela Programa ACP Fish II, "Fortalecimento da gestão das pescas em países ACP" projeto SA-1.2-B5 REL. O Projecto BCLME SAP-IMP apoiou com o financiamento e a organização de workshops nacionais e regional em Angola e na Namíbia. Na Namíbia, um apoio financeiro foi também fornecido pela Associação de Pesca de Arrasto Pelágico da Namíbia para um workshop de validação nacional. A compilação dos planos foi empreendida por três consultores, David Japp (global), David Boyer (Namíbia) e Kieran Kelleher (Angola) em nome de COFREPECHE, uma empresa internacional especializada em consultoria na pesca, aquicultura e meio ambiente marinho. Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos respectivos Ministérios das Pescas e instituições relacionadas e seus funcionários em Angola (Direcção Nacional das Pescas - DNP e o Instituto Nacional de Investigação Pesqueiro - INIP) e na Namíbia, o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos (Ministry of Fisheries and Marine Resources - MFMR). Em especial, gostaríamos de agradecer o apoio e a facilitação pelas responsáveis em cada país, Dra. Maria Sardinha e Dra. Lucia Hafiku, em Angola e na Namíbia, respectivamente. Agradecemos também a direcção do Projecto SAP-IMP pelo seu apoio, em particular o Sr. F. Botes e o Sr. N. Willemse. Do lado de COFREPECHE, agradece-se Sra. C. Lecouffe para a sua facilitação e apoio logístico aos consultores.

Page 6: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 2 Um projecto implementado por COFREPECHE

1 Sumário executivo

Sob os auspícios do programa ACP Fish II, um estudo regional foi realizado pelo COFREPECHE para desenvolver Planos de Gestão de Pescaria (PGP) para a pescaria de carapau em Angola e na Namíbia. O projeto tem três objectivos:

1) desenvolver uma proposta de PGP para o carapau do Cabo Trachurus capensis para a Namíbia;

2) desenvolver uma proposta de PGP para o carapau de Cunene T. trecae para Angola; e

3) elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça dos recursos de carapau partilhados entre a Namíbia e Angola.

Estes objectivos são consistentes com os objectivos da Comissão da Corrente de Benguela (BCC) para apoiar a gestão das pescarias no ecossistema de Benguela, aplicando a abordagem de ecossistema para pesca. Onde os recursos são transfronteiriços por natureza, estes objectivos incluem o desenvolvimento de medidas de gestão apropriadas para assegurar a sustentabilidade a longo prazo da pescaria no ecossistema de Benguela, otimizando os benefícios sociais e económicos para os Estados-Membros. Para desenvolver cada um dos PGP, equipes técnicas foram estabelecidas para cada país, que incluíram gestores, administrativos e científicos chave. Além disso, um processo plenamente consultivo foi implementado em cada país, o que incluiu workshops nacionais com as partes interessadas e afetadas, a revisão dos projectos de plano e um processo de validação nacional e regional.

Para a Namíbia, o MSF desenvolvido incorpora os principais sectores de pesca; a grande pesca industrial de arrasto pelágico assim como os cerqueiros mais pequenos. Foram identificados quatro objectivos para a pesca:

Objectivo 1) recomendações e pareceres científicos permitem o uso responsável e sustentável do recurso de carapau;

Objectivo 2) Uma melhor compreensão dos aspectos sociais e económicos da pesca garante que o desenvolvimento da pesca de carapau beneficia um número grande de namibianos, direta e indiretamente

Objectivo 3) A gestão da pesca de carapau garante um recurso sustentável e ambiente de negócio estável, que promove a eficiência económica, com o mínimo de impactos sobre o ecossistema

Objectivo 4) As leis e regulamentos referentes à pesca de carapau são implementadas duma maneira rentável

Para cada objectivo, uma série de sub-objectivos foram identificados, e prazos de execução foram recomendados. Para Angola, recomenda-se que o desenvolvimento de um plano de gestão específico para o carapau de Cunene deve incorporar uma abordagem de espécies múltiplas que inclui as espécies de sardinela que são os alvos principais. A natureza das pescas em Angola é mais complexa do que na Namíbia, com mais pescas que têm um impacto sobre as duas espécies de carapau (incluindo uma mortalidade significativa como capturas acessórias nas pescarias demersais). A unidade populacional principal, o carapau de Cunene (T. Trecae), está com um nível muito baixo de biomassa, o que faz com que uma porção maior do TAC seja alocada ao carapau do Cabo (T. capensis), que é considerado estar num estado muito mais saudável em Angola do que o carapau de Cunene. Além disso, as principais pescarias que visam as espécies de pequenos pelágicos são os sectores de rede de cerco semi-industrial e industrial, cuja espécie-alvo principal é a sardinela. Como os carapaus são apenas espécies-alvo secundárias, recomenda-se que, ao invés de elaborar um PGP apenas para uma espécie-alvo, o carapau, se elabore um PGP multi-espécies. Isto seria consistente com as melhores práticas internacionais e, finalmente, seria a abordagem mais eficaz de gestão. A base para este PGP multi-

Page 7: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 3 Um projecto implementado por COFREPECHE

espécies é apresentada no presente relatório, e inclui um desenho de projeto estruturado que é focalizado no desenvolvimento de um PGP multi-espécies. É preciso ressaltar que Angola tem claramente um regime de gestão estabelecido, que incorpora elementos-chave de gestão. Portanto, o processo recomendado aqui deve incorporar o regime actual de gestão, com realce sobre os pontos fortes, e abordar também as lacunas e deficiências.

No que diz respeito aos aspectos transfronteiriços, recomenda-se que as iniciativas atuais de pesquisa transfronteiriça sejam continuadas e reforçadas. Embora uma quantidade significativa de pesquisa tenha sido realizada, ainda é preciso fazer uma análise detalhada de modo a fornecer informações úteis para o desenvolvimento de protocolos de gestão transfronteiriça. Uma breve análise da biomassa das duas espécies de carapau na área transfronteiriça não permite visualizar tendências e variabilidade significativa claras na abundância e na disponibilidade. O desenvolvimento de um plano de gestão transfronteiriço para o carapau deve incluir a facilitação e o desenvolvimento dos pontos seguintes:

1) cooperação mais estreita entre os Estados da CCB no que diz respeito à análise e partilha de dados;

2) monitoria, acompanhamento e fiscalização conjuntos;

3) desenvolvimento de capacidade e formação;

4) controlo do esforço de pesca e definição de níveis de capturas para navios Angolanos e Namibianos, para

explorar da melhor forma os estoques partilhados de carapau e outros estoques capturados pelos mesmos navios;

5) acordos recíprocos de desembarques e de serviços de reparação de navios; e

6) segurança no mar e providências em caso de emergências.

Page 8: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 4 Um projecto implementado por COFREPECHE

2 Antecedentes

O ecossistema de Benguela é reconhecido como sendo um dos sistemas marinhos mais produtivos do mundo, impulsionado pelo forte afloramento sazonal a sul e norte de Benguela (Figura 1). A Corrente de Benguela situa-se na margem ocidental da África Austral. Um vento forte do Sul provoca um afloramento costeiro, que traz água fria, rica em nutrientes, para a superfície. Caracteriza-se por uma frente térmica acentuada na sua fronteira norte, a Frente de Angola Benguela (FAB). A FAB, que representa uma área-chave neste relatório devido a sua influência na disponibilidade e abundância de peixe, situa-se entre 16 ° S no inverno e 17,5 ° S no verão; ela separa a água quente do Atlântico Sudeste tropical e a água fria, proveniente do fundo, da corrente de Benguela.

Figura 1 – Visão geral das principais características oceanográficas no ecossistema da Corrente de Benguela

Fonte: sem data - distribuído por Sweijd (Benguela Current Large Marine Ecosystem Programme) As pescas nos três Estados costeiros do sistema de Benguela produzem benefícios sociais e económicos importantes, embora a natureza e a extensão das suas pescarias variem significativamente entre os países. No caso de Angola, estima-se que o sector das pescas contribuiu em 15,6 % do PIB nacional em 2005 e 21,1 % em 2006, ou seja em segundo lugar em termos de contribuição, a seguir a indústria do petróleo (documento da FAO, “Visão do sector nacional

Page 9: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 5 Um projecto implementado por COFREPECHE

das pescas em Angola”1). Ao contrário de outros países do BCLME, Angola tem uma pesca artesanal importante, o que faz com que seja um recurso costeiro importante para a segurança alimentar. Noventa por cento do peixe produzido é vendido no mercado interno, e a pesca de pequena escala ou artesanal representa o principal fornecedor de meios de subsistência e de alimentos para muitas pessoas nas zonas costeiras (Sowman et al. 2011). Na Namíbia, aproximadamente 100 000 pessoas, equivalente a 6,5 % da população total, vive nos principais centros costeiros de Lüderitz, Walvis Bay, Swakopmund e Henties Bay. Pescas e aquicultura representaram aproximadamente 7,5 % do PIB do país em 2005 (documento da FAO, “Visão do sector nacional das pescas: Namíbia2 ). O presente relatório responde às solicitações feitas pelos dois Estados costeiros do Norte no sistema de Benguela (Angola e Namíbia) ao Programa ACP Fish II, financiado pela União Europeia, para apoiar o desenvolvimento de planos de gestão das pescarias de carapau na Namíbia e em Angola. Estes países, juntamente com a África do Sul, são signatários da Convenção da Corrente de Benguela, que mandata a CCB para facilitar a gestão das unidades populacionais transfronteiriças de peixe que são encontradas no sistema de Benguela. O CCB é, portanto, o terceiro parceiro neste projeto, especificamente no que diz respeito ao aspecto transfronteiriço da gestão do carapau em Benguela. As pescarias de carapau são umas das pescarias mais importantes no CCB. Existem duas espécies de carapau exploradas em Angola e na Namíbia, ou seja, o carapau do Cabo (Trachurus capensis) e o carapau de Cunene (Trachurus trecae). A distribuição do carapau não é apenas interessante para estes países, mas também para o ecossistema de Benguela no seu todo. Estas unidades populacionais de carapau tem sido desde 2005o objectivo principal dos cruzeiros transfronteiriços realizados pelo R.V. Dr. Fridtjof Nansen (Projeto EAF Nansen). Os objectivos principais de gestão para estas unidades populacionais pelágicas partilhadas são de:

a) restaurar a biomassa de carapau de Cunene para níveis ótimos de produtividade e manter a unidade populacional de carapau do Cabo a níveis sustentáveis;

b) conjuntamente, minimizar os impactos da pesca sobre a estrutura e o funcionamento do ecossistema;

c) otimizar os retornos económicos provenientes dos recursos de carapau para ambos os países;

d) maximizar a criação de emprego em Angola e na Namíbia;

e) desenvolver a capacidade de processamento nos países da CCB; e

f) promover o uso de peixe pelágico para o consumo humano.

A maior parte da biomassa de carapau de Cunene é localizada na região central (Luanda - Benguela) e nas regiões do Sul (desde Benguela até o Cunene) de Angola. A biomassa de carapau do Cabo é predominantemente encontrada na Namíbia, mas ela se estende até o sul de Angola. A exploração comercial do recurso de carapau na região começou no início dos anos 1960, com frotas pelágicas, cujas capturas raramente excederam as 100 000 t. No entanto, a medida que mais países se juntaram à frota de pesca nas águas da Namíbia e de Angola, a mortalidade por pesca aumentou; culminou com desembarques de cerca de 540 000 toneladas em Angola no final da década de 1970, e atingiu um pouco mais de 600 000 t em 1983 nas águas da Namíbia (Klingelhoeffer, 2005). Além disso, nos anos 1970, a pesca de cerco visando carapau juvenil na Namíbia e em Angola foi introduzida (a captura média foi de 40 000 toneladas por ano). Até 1988, o recurso sustentou capturas anuais de cerca de 550 000 toneladas realizadas pelas pescas combinadas, na região norte de Benguela,. Após a Independência da Namíbia em 1990, ainda se pensava que o recurso se encontrava

1 2006 é o perfil FAO mais recente sobre as pescas angolanas 2 Dados oficiais mais recentes da FAO – dados do PPE mais recentes e não publicados não foram apresentados

Page 10: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 6 Um projecto implementado por COFREPECHE

num estado forte, uma percepção devida à alta Captura por Unidade de Esforço (CPUE) nesta altura. Consequentemente, foram dados Totais Admissíveis de Capturas (TACs), que variam de 400 000 a 500 000 toneladas, e capturas médias de cerca de 450 000 toneladas foram sustentadas por quatro anos, antes da sua redução para 320 000 toneladas. Considerando que a exploração de T. trecae em Angola tem sido sustentada (principalmente pelos pescadores artesanais), a pesca no alto mar com grandes redes industriais de arrasto pelágico é proibida desde 2002, devido às taxas de captura rapidamente em declínio. Existem numerosas razões importantes que contribuíram para o declínio da pesca no alto mar em Angola, sendo as principais causas as seguintes:

Esforço excessivo na pesca no alto mar (industrial) assim como na pesca costeira (artesanal);

Variabilidade ambiental - mudanças nas frentes oceanográficas no norte e no sul de Angola afetaram a dinâmica das unidades populacionais de carapau.

Porque foi demonstrado que o carapau de Cunene se encontra num estado de sobre-pesca de crescimento, com níveis de biomassa muito baixos, decidiu-se encerrar a pescaria de rede de arrasto pelágico durante um período de três meses, de Janeiro a Março em 2002. Logo depois foi decidido reduzir o TAC de 80 000 a 40 000 toneladas, e proibir os arrastões pelágicos na pescaria. Atualmente, as capturas admissíveis em Angola para as duas espécies de carapau combinadas é de 55 000 t, das quais 40 000 t são alocadas para o carapau do Cabo e 15 000 t para a unidade populacional de Cunene. Em comparação, as capturas da pescaria da Namíbia formam um recurso significativamente maior, principalmente de carapau do Cabo. Boyer (ver Anexo Error! Reference source not found.) indica que a avaliação mais robusta sugere que a unidade populacional de 2013 é atualmente ligeiramente acima do nível do Rendimento Máximo Sustentável (Maximum Sustainable Yield - MSY). O rendimento de substituição de 1990 a 2010 foi estimado em cerca de 250 000 toneladas, e a média de capturas foi de 300 000 toneladas. No entanto, pensa-se que a partir de 2007 as capturas muito mais baixas (em média, 212 000 toneladas) fizeram com que o recurso recuperasse o nível de MSY. Como existe alguma incerteza sobre o tamanho das unidades populacionais, aplica-se uma abordagem de precaução nas recomendações de gestão.

3 Abordagem das tarefas

O desenvolvimento de PGPs formais para pescarias na região norte de Benguela é relativamente novo. PGPs são um processo adaptável para alcançar os objectivos da pescaria, ao invés de um documento estático. Como havia incerteza quanto ao estado exato das pescarias de carapau nos dois países, a abordagem das tarefas também foi adaptativa. A posição que se tomou inicialmente (refere-se aos TdR) foi que a pesca de carapau na região exigiria três PGPs: 1) um PGP para Angola, com foco no T. trecae); 2) um PGP para a Namíbia, focando no carapau do Cabo T. capensis; e 3) um PGP para a gestão transfronteiriça de carapau entre Angola e a Namíbia. Na realidade, a natureza de qualquer PGP desenvolvido para cada país e também para as recomendações transfronteiriças, seria influenciada por muitos fatores. Os consultores designados para cada país fizeram uma "análise da situação" que, finalmente, definiria os limites do que era prático. De maneira geral, a estratégia adoptada foi a seguinte:

a) início do Projeto – concordar sobre o desenho, objectivos e resultados. Durante a fase inicial, foram estabelecidas as linhas de comunicação essenciais e as responsabilidades. Quaisquer alterações ou problemas a volta dos termos de referência eram tomadas em consideração;

Page 11: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 7 Um projecto implementado por COFREPECHE

b) O Especialista 1 (Sr. Japp) seria responsável pelo início do projeto e as actividades iniciais de terreno na Namíbia, e para iniciar as linhas de comunicação com a Namíbia, Angola e a CCB (de 7 a 17 de Julho de 2013);

c) O Especialista 2 (Sr. Kelleher) e o especialista em 3 (Sr. Boyer) estariam no terreno em Angola e na Namíbia, respectivamente. O Especialista 2 realizou as suas atividades de terreno de 26 de Agosto a 19 de Setembro de 2013; o Especialista 3 trabalhou no terreno de 5 de Setembro a 5 de Outubro de 2013;

d) O Especialista 1 trabalhou em Angola de 11 de Setembro a 9 de Outubro. Note que devido a limitações de visto, este Especialista não pôde deixar Angola durante o período de campo, para apoiar o Especialista 3, ou para participar no fórum de Ciências da CCB. Os Especialistas 2 e 3 não puderam ir a Angola para apoiar o Especialista 1 na validação do projeto, devido a problemas de visto.

Em cada país os especialistas realizaram uma análise da situação. Isto implicou o estatuto da pesca em todos os aspectos, incluindo a gestão, a investigação, a economia, as operações, a história da pescaria etc. Isto exigiu a cooperação formal com as autoridades competentes de cada país. Como o prazo para a entrega do PGP do carapau através do Programa ACP Fish II era bastante curto, e pelo facto do Programa ACP Fish II estar a acabar, não estava previsto concluir esse processo formal. Portanto os presentes resultados podem ser considerados como uma etapa dum processo formal de preparação dum PGP. Etapas-chave neste processo incluíram:

1. Início do projeto;

2. Trabalho de cada consultor no terreno, em cada país;

3. Consulta com as partes interessadas e afetadas, diretamente e através de workshops nacionais (em cada país);

4. Preparação de projectos de PGPs para revisão nas reuniões de validação nacionais, em cada país. Note que esta abordagem foi acrescentada aos Termos de Referência (TdR) originais, o que exigiu apenas uma reunião de validação única para os dois países;

5. Realização de uma reunião regional de validação (em Angola), para revisar tanto os PGPs nacionais, como propostas para as recomendações transfronteiriças;

6. Preparação dos projectos de PGPs para apresentação à COFREPECHE e, finalmente, ao Programa ACP Fish II, para distribuição a cada país e à CCB para comentários;

7. Conclusão dos PGPs.

4 Comentários sobre os Termos de Referência

No workshop de lançamento, realizado em Windhoek, Namíbia, aos 8 e 9 de Julho de 2013, várias alterações aos TdR foram propostas. A principal alteração implementada foi que nenhum PGP formal seria submetido para o aspecto transfronteiriço – a apresentação dos consultores seria feita em forma de "recomendações", que formariam a base para o desenvolvimento de um procedimento de gestão transfronteiriça de carapau entre Angola e a Namíbia. Foi igualmente acordado no workshop de lançamento que os PGPs seriam elaborados para as principais espécies-alvo; Trachurus trecae em Angola e Trachurus capensis na Namíbia. Para ambos os países. os PGPs incluiriam as implicações relacionadas com a sobreposição das duas espécies em cada país. Além disso, à medida que o trabalho de campo avançava, foi necessário alterar os períodos de trabalho dos consultores, essencialmente por motivos de visto para Angola. Também, devido em parte às dificuldades de visto e à disponibilidade limitada de delegados, foi acordado realizar uma reunião de validação de um dia em cada país, seguido por um único dia

Page 12: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 8 Um projecto implementado por COFREPECHE

de validação ao nível regional, o que deu aos delegados regionais sénior de ambos os países a oportunidade de rever os respectivos PGPs assim como as recomendações transfronteiriças3. Um resultado das investigações angolanos foi que ficou claro que os TdR não cobrem de maneira adequada a eventualidade de que não seria apropriado um único PGP para uma espécie, como parte de uma pescaria multi-espécies. Refere-se ao relatório sobre Angola (Anexo 7.5.6), onde é recomendado que, ao invés de desenvolver um único PGP para T. trecae, se elabore um PGP multi-espécies para a pescaria angolana de pequenos pelágicos.

5 Organização e metodologia

5.1 Realizações consoante os Termos de Referência

Atividades previstas nos TdR

Tarefas realizadas

1 “Briefing” pelo Programa ACP Fish II e o Ministério das Pescas;

Isto foi realizado por telefone e eletronicamente com ACP Fish II antes do lançamento do projeto e, em seguida, diretamente com os representantes nacionais ACP Fish II no lançamento do projeto.

2 Actividades de arranque e análise de documentos a. Briefing pelo ACP Fish II RFU - SA e o projeto

FAs/BCC/BCLME SAP IMP e o estabelecimento das Equipes Técnicas com membros das duas administrações das pescas para acompanhar a implementação do projeto;

b. Discussão sobre os objetivos do projeto e acordo com o projeto FAs/BCC/BCLME SAP IMP e a RFU sobre a metodologia e o plano de trabalho para as tarefas;

c. Recolha de todos os documentos relevantes de base e científicos;

Ver o relatório inicial. TTs do Projeto estabelecidos e membros dos FAs designados por cada país. Ver o relatório inicial no que diz respeito aos objetivos do projeto e as subsequentes alterações nos TdR. Todo o material relevante de base recolhido - isto foi principalmente alcançado depois do início da fase de terreno (resultados técnicos / referir-se aos PGP no Anexo Error! Reference source not found.).

3 Realizar um workshop nacional de consulta em cada país para garantir a recolha de elementos significativos junto das partes interessadas e sua participação no processo;

Workshops consultivos nacionais foram realizados em Angola e na Namíbia, com bom atendimento. Ver os resultados técnicos (Anexo Error! Reference source not found.).

4 Realizar workshops nacionais de validação em cada país, e um workshop regional com representação de ambos os países;

Ver os resultados técnicos para cada país e o relatório transfronteiriço (Anexo 7.5). Os workshops de validação foram concluídos com êxito.

5 Analisar e revisar o quadro actual de gestão e as medidas aplicáveis em cada país;

Ver os resultados técnicos do PGP no Anexo7.5. Tarefas cuidadosamente realizadas e concluídas. Em Angola, limitações relativas aos dados foram um problema.

3 Note que todas as alterações nas intervenções dos especialistas em Angola e na Namíbia, como resultado de restrições de visto, foram discutidas e aprovadas por escrito pela Namíbia, por Angola e pelo Programa ACP Fish II.

Page 13: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 9 Um projecto implementado por COFREPECHE

6 Visitas de terreno aos sítios relevantes e reunião com as instituições nacionais, o setor privado e outras entidades relevantes em cada país;

Visitas de terreno são descritas nos relatórios individuais dos PGPs no Anexo 7.5. Na Namíbia, foram abrangidos Walvis Bay e Windhoek. Em Angola, visitas de terreno foram restringidas por motivos de logística, com reuniões apenas na província de Benguela e em Luanda.

7 Preparar, em estreita colaboração com os respectivos FAs e TTs, um primeiro esboço dos planos de gestão (dois nacionais e o regional);

Rascunhos dos PGPs foram apresentados para Angola e Namíbia, e recomendações para os aspectos transfronteiriços (ver o Anexo 7.5).

8 Apresentar o rascunho dos documentos ao Projecto FAs/BCC/BCLME SAP IMP e outras partes interessadas, num workshop regional para validação;

Atividade concluída numa reunião de validação para os planos nacionais em Angola e na Namíbia, e em seguida, numa reunião regional de validação de um dia.

9 Rever os planos de gestão de modo a incluir contribuições do workshop de validação;

PGPs rascunhos e recomendações transfronteiriças submetidos a COFREPECHE para submissão ao Programa ACP Fish II.

5.2 Realização e detalhes das tarefas

As tarefas foram realizadas por três especialistas, todos com uma vasta experiência de gestão das pescas. Estrategicamente, um especialista foi envolvido em cada país, o Sr. Boyer e o Sr. Kelleher na Namíbia e em Angola, respectivamente. O terceiro especialista (Sr. Japp) era responsável pela supervisão e a gestão geral do trabalho de terreno. No entanto, é preciso notar que os especialistas nacionais trabalharam de forma independente e assumiram a responsabilidade global de todas as atividades nacionais. Na Namíbia, o especialista concluiu com êxito todas as tarefas previstas, e não encontrou dificuldades de maior. A Associação de Pesca de Arrasto Pelágico na Namíbia também apoiou muito nos trabalhos e participou no financiamento do workshop de validação. Em Angola, as atividades foram divididas entre os especialistas 1 e 2. Inicialmente, o trabalho de base e a preparação de relatórios foram realizados pelo Especialista 2 (Sr. Kelleher). Devido a atrasos na emissão de visto, o arranque dos trabalhos em Angola atrasou significativamente os processos de trabalho no terreno e de recolha de dados (ver os detalhes no Anexo 7.5.6). O Especialista 1 substituiu o Especialista 2, com alguma sobreposição de atividades. Angola provou ser o país mais desafiador, devido à extensão e à diversidade de suas pescarias. Diferenças de língua e a necessidade de tradução também atrasou o processo às vezes. Pobre disponibilidade de dados em Angola também teve impacto nos resultados, embora o apoio e a colaboração do pessoal angolano tivesse sido bom. O Programa BCLME SAP IMP também forneceu o seu apoio e financiamento para os workshops. Globalmente, nenhum problema de maior foi encontrado durante os trabalhos de terreno. Devido a constrangimentos logísticos, os especialistas em Angola foram principalmente restritos ao acesso à pesquisa e às instalações administrativas das instituições relacionadas com as pescas em Luanda. Infelizmente, nem todos os dados solicitados em Angola foram fornecidos, e ainda existem alguns relatórios pendentes relacionados com os workshops nacionais e as reuniões de validação (estes documentos deviam ser preparados e apresentados pelos delegados angolanos, e estão portanto além das competências dos especialistas). Previa-se que o Especialista 1 apresentasse o projeto no Fórum Anual de Ciência da CCB em Windhoek. Isto não foi possível devido a problemas de visto - o projeto foi apresentado pelo Especialista 3 baseado na Namíbia, onde foi bem recebido.

Page 14: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 10 Um projecto implementado por COFREPECHE

Os três peritos voltaram à sua respectiva base para compilar e finalizar os relatórios.

5.3 Atividades de comunicação

Foram produzidos cartazes com os logotipos de ACP Fish e da UE para todos os workshops em Angola e na Namíbia. Os cartazes eram de dois tipos - o cartaz maior, usado nas entradas do workshop, e a versão menor usada para anunciar os workshops dentro do local utilizado.

Figura 2. Abertura da reunião Nacional de validação em Angola a 7 de Outubro de 2013, pela Dra. Maria Sardinha (diretora no Ministério das Pescas). Isto foi seguido pela Reunião Regional, a 8 de Outubro de 2013 (notar o dístico na parte direita da imagem)

Page 15: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 11 Um projecto implementado por COFREPECHE

Figura 3. Abertura do Workshop Nacional dos Parceiros na Namíbia a 18 de Setembro de 2013, pelo Exmo. Bernhard Esau, Ministro das Pescas e Recursos Marinhos, acompanhado pela Sua Excia. Ulika Nambahu, Presidente do Conselho Municipal de Walvis Bay

Adicionalmente, os encontros nacionais foram abertos pelos respectivos representantes dos ministérios nacionais (ver os relatórios técnicos no Anexo 7.5.2., assim como os discurso de abertura em Angola nos Anexos 7.5.2.3 e 7.5.3.1, respectivamente). A participação do Especialista 3 no Fórum Anual de Ciência da CCB foi também a oportunidade de apresentar as atividades desta missão ACP FISH II. O resumo desta apresentação consta do Anexo 7.5.4.

Page 16: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 12 Um projecto implementado por COFREPECHE

6 Conclusões e recomendações

Para concluir, o projeto alcançou em grande parte os seus objetivos. Os trabalhos de terreno tiveram sucesso, com bom apoio e boa cooperação. No entanto, os resultados por país foram bastante diferentes. As razões para isto devem ficar claras nos respectivos relatórios para cada país. No entanto, conclui-se o seguinte em termos gerais:

a) Na Namíbia, foi possível seguir uma abordagem clara e sistemática para o desenvolvimento dum PGP. A pesca é geralmente mais estruturada e menos complicada, com menos problemas.

b) Para a Namíbia, a estratégia do PGP tem orientações claras e uma abordagem de implementação estruturada no que diz respeito aos objectivos-chave da pescaria (ver o Anexo 7.5.5).

c) Em Angola, o desenvolvimento de um PGP é mais complicado do que na Namíbia, por causa de muitos elementos. Algumas destas questões tornam-se ainda mais complexas por causa da escassez de dados adequados e, sobretudo, a uma pescaria multi-espécies.

d) Para Angola, concluiu-se que a produção de um PGP com uma abordagem multi-espécies seria mais apropriado do que a abordagem de uma espécie única de carapau. As principais pescarias que exploram as espécies de pequenos pelágicos são os setores de cerco semi-industrial e industrial. Estes cerqueiros visam principalmente a sardinela (duas espécies), assim como duas espécies de carapau (classificadas aqui como as espécies-alvo secundárias). As capturas de sardinela ultrapassam significativamente as capturas de carapau. Recomendamos que o processo de desenvolvimento de um PGP deve, portanto, incorporar uma abordagem multi-espécies; será mais fácil atingir isto através de um projeto estruturado e da implementação desse plano. Os detalhes do desenho deste projeto mostram o caminho para o desenvolvimento de um PGP em Angola, como indicado no Anexo 7.5.6.

Page 17: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 13 Um projecto implementado por COFREPECHE

7 Anexos

7.1 Termos de referência

SUPPORT FOR THE DEVISING OF THE MANAGEMENT PLAN FOR THE HORSE MACKEREL FISHERY IN ANGOLA AND NAMIBIA

(Ref: SA-1.2-B5 REL) 1. BACKGROUND INFORMATION 1.1 Beneficiary country Angola and Namibia. 1.2 Contracting Authority ACP Fish II Coordination Unit 36/21 Av. de Tervuren 5th Floor Brussels 1040, Belgium Tel.: +32 (0)2.7390060 Fax: +32 (0)2.7390068 1.3 Relevant country background The Republic of Angola is laying on the Atlantic coast in southern Africa, bordering with Democratic Republic of Congo, Namibia and Zambia. The country has a total area of 1.246.700 km2, an Exclusive Economic Zone of 200 miles and a population estimated at about 18 million in 2009. The country’s economy grew at an impressive rate of 17% in 2007, GDP per capita stands at US$ 5.812(PPP, 2009). However, Angola is considered as low developed country (UNHD Report 2011), and more than 50% of the population lives in severe poverty and the country is characterised by a big level of inequality. The local economy relies mainly on natural resources exploitation (oil, gold, diamonds, forests, agriculture and fisheries), the country is the second major oil producer in Africa and the sector contributes about 45% to GDP and more than half of exports. The fishing sector is the third most important economic sector in the country after oil and the diamond industry, contributing about 3.5% to GDP. Decentralization has become one of the most important issues for the Angolan Government since 1999 when the Government enacted the Local Administration Decree (Law 17/99.) and in 2007(Law 2/07) the country moved towards greater territorial and budget autonomy. Poverty reduction is one of the key priorities for the Angolan Government. In 2004 the “Estratégia de Combate à Pobreza - ECP” (Strategy to Fight Poverty) was approved to streamline the main areas of intervention for government and stakeholders and prioritises the reconstruction of infrastructures, increasing access to education, health, and other basic services, as well as the decentralization of governance structures. The Republic of Namibia, bordering Angola, Botswana, South Africa, Zambia, and Zimbabwe has a total population of 2.2 million living in a territory of 825,418 km2. The country has a 1,500 km coastline on the Atlantic Ocean and a defined Exclusive Economic Zone (EEZ) of 200 nautical miles. It is classified as “medium” in human development (UNHD Report 2011), with a GPD per capita of US$ 6,410 (PPP, 2009), but remains one of the most unequal societies in the world and approximately 38% of the population lives below the national poverty line. The economy consists primarily of mining (12.4% of the GDP in 2007), agriculture (9.5%), and manufacturing (15.4%). Fishery’s average contribution to GDP has been estimated to be 6.5 % in the last years. The Government of Namibia embarked on a decentralization process since 1997 when the National Assembly unanimously adopted decentralization as a national policy for the promotion of equal economic, cultural and socio-economic development and improved public service provision across the country. In 2008, the third National Development

Page 18: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 14 Um projecto implementado por COFREPECHE

Plan (NDP3) was adopted. This plan is poverty-focused and contains benchmarks consistent with the country’s Poverty Reduction Strategy (PRS) – the National Poverty Reduction Action Programme (NPRAP) of 1998. The PRS focuses on increasing agricultural production and productivity, promoting community-based tourism, promoting the development of small and medium scale enterprises, strengthening social safety nets, and generating labour intensive public works. 1.4 Current state of affairs in the relevant sector Angola has a coastline of 1650 km, and a continental shelf of 51000 km2, varying from about 10 to 100 km and with an average width of about 30 km. The hydrographical regime off Angola is characterized by the cold northward-flowing Benguela current and the warm south-propagating waters of the Angola current. The hydrographical condition is believed to be important in determining the distribution and even the abundance of living marine resources off Angola. The southern fishing zone is by far the most productive, with an abundance of two species of horse mackerel (Cape and Cunene Horse Mackerel), sardines, tunas and a range of demersal species including hake. The central fishing zone stretches from Benguela to Luanda and yields mainly sardinella, Cunene horse mackerel and demersal species. The northern fishing zone extends from Luanda to Cabinda and has a large density of sardinella and Cunene horse mackerel, demersal finfish and crustacean. The total production in 2009 was 272.263 tons, mostly from artisanal fisheries (42%) and semi industrial fisheries (42%). Fisheries are mandated to the National Directorate for Fisheries and Aquaculture (Direcção Nacional de Pescas e Aquicultura) of the Ministry of Agriculture, Rural Development and Fisheries, in charge for elaboration, direction, control and execution of the fisheries policy, which is supported in the management of the sector by the National Directorate for Fisheries Infrastructure and Industry (Direcção Nacional de Infra-Estruturas e da Industria Pequeira). Monitoring and enforcement activities are carried out by the National Services for the Control of Fisheries and Aquaculture (Seriviços Nacionias de Fiscalização Pesqueira e da Aquicultura). The National Institute for Artisanal Fisheries and Aquaculture (Instiuto Nacional De Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura) is the entity that promotes small scale fisheries development, while the technological and biological research is part of the mandate of the National Institute for Fisheries Research (Insituto Nacional de Investigação Pesquiera). The most important policy document is the Fisheries Master Plan 2006-2010 aiming at defining the key management measures for the sector for increasing and improving the production taking into account the sustainability of the resources. Angola adopted a new Law on Aquatic Biological Resources (Law 6-A/04) in October 2004, in 2005 the country approved the General Regulation on Fisheries (D.R. n. 70) and the regulations on Fishing Rights and Licensing (D.R. n 65), Fisheries Research (D.R. n. 66), and Aquaculture (D.R. n. 67). In Namibia, marine fisheries are exclusively industrial and are a major contributor to the national economy, with the potential for sustainable yields of up to 1.5 million metric tons per year. The demersal fishery is the most valuable fishery in Namibia, and almost the entire catch is exported. About 90% of the catch is hake, with monkfish making up most of the remainder. The mid-water fishery for Cape horse mackerel is next in importance. Finally, there is a small pelagic fishery, from which canned sardine is the most valuable output. The total employment in the fishing industry has been estimated to be about 13,400 people in 2008, and the number of people benefiting from fisheries is approximately 135,000. Fisheries in Namibia are mandated to the Ministry of Fisheries and Marine Resources (MFMR) set up in 1991 with the mission of strengthening Namibia's position as a leading fishing nation and contributing towards the achievement of economic, social and conservation goals for the benefit of the country. The MFMR has four directorates: the Directorate of Resource Management (DRM), responsible for scientific research and advice on the management and conservation of the living marine resources; the Directorate of Operations (DO), responsible for Monitoring Control and Surveillance (MCS); the Directorate of Policy Planning and Economics (DPPE), responsible for planning activities, including advice on socio-economic issues for policy and legislation; and the Directorate of Aquaculture (DoA). Namibia has also two research centres, a National Marine Information and Research Centre (NatMIRC), located in Swakopmund and another in Luderitz as well as a Namibian Maritime Fisheries Institute (NAMFI), providing training for professionals of the sector. Major fisheries policies were set out in December 1991 in a White Paper entitled “Towards Responsible Development of the

Page 19: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 15 Um projecto implementado por COFREPECHE

Fisheries Sector”, which was reviewed in 2004 in line with the developments in the sector. The MFMR adopted a Fisheries Strategic Plan for the period of 2009-2014. The main legal instruments are: the Fisheries and Marine Resources Act (2007), the Aquaculture Act (2002), the Inland Fisheries Resources Act (2003), the Vessel Monitoring System Regulations (2005) and the Fishermen Investment Trust Act (2006). The MFMR adopted a Management Plan for the Namibian Hake Fishery for the period 2011-2014, which has been formulated with the support of ACP Fish II. The Horse Mackerel is one of the main pelagic resources off the coasts of Angola and Namibia. There are two species shared between the two countries: the Cunene horse mackerel (Trachurus tracae) and Cape horse mackerel (Trachurus capensis). The Cape Horse Mackerel is more abundant in the Namibian waters although its geographical range extends to the warmer waters in Angola. While the Cunene Horse Mackerel is the dominant species in the Angolan waters. Mixed shoals of Cape and Cunene Horse Mackerel occur in southern Angola and northern Namibia and are not easily separated in the landings. In Angola, the fishery is exploited by purse seiners and artisanal fisheries; there is also a significant by-catch in demersal trawls. Horse mackerel has an important contribution to the small pelagic fishery in the country, in terms of landed volume. In the 90s this was the largest fishery (with a biomass estimated at around 500 000 tonnes) but since 2001 a reduction in the biomass was observed. Stocks of Cunene Horse Mackerel are believed to be over fished, with low biomass levels; since 2001 management measures were applied to recover the resource. These measures included the prohibition of the use of pelagic trawl, establishment of closed seasons in the fishery, size limit for landed catch and the progressive reduction of the Total Allowable Catch (TAC) that culminated in a zero TAC in 2010. In Namibia, the fishery is split between the mid-water and purse seine fisheries, with some by-catch in demersal trawls for hake. In the 80s catches up to 660.000 tons were reported, but these gradually decreased to 250.000 in 2006 as the resource showed clear signs of stress. The purse seine fishery has not landed their TAC in more recent years. In addition to TAC's restrictions such as a cod-end mesh size of 60 mm and landing of fish >17 cm total length as well as prohibition to fish in waters shallower than 200 m depth from the bottom are in place in the mid-water fishery. The number of mid-water trawlers has decreased from about 25 in the early 2000's to less than 10 in the last 4 years subsequent to the reduction of the TAC. In 2011 the TAC for Horse Mackerel has increased to 310.000 following some improvements in the resource. The two countries have decided to move towards a joint management of this shared resource through the Benguela Current Commission (BCC). The BCC is a multi-sectoral initiative by Angola, Namibia and South Africa to promote integrated management, sustainable development and protection of the environment using an ecosystem approach to ocean governance. It is focusing, inter alia, on the management of shared fish stocks, environmental monitoring and early warning, biodiversity and ecosystem health, socio-economics, governance, data and information management and is striving to keep training and capacity building at the forefront of its agenda. The three countries member of the BCC singed an Interim Agreement (IA), which has the objective to give effect to the Strategic Action Programme (SAP) by establishing a BCC. The IA provides for the negotiation of binding legal instrument to establish a comprehensive framework to facilitate the implementation by the Contracting Parties of an ecosystem approach to the conservation and development of the Benguela Current Large Marine Ecosystem (Art 10). Therefore, joint management of shared resources will be mandatory under the mandate of the BCC. The legal instrument is expected to be brought into force by 2012. 1.5 Related programmes and other donor activities The BCC was preceded by the Benguela Current Large Marine Ecosystem (BCLME) Programme funded by GEF. In the framework of this initiative the three Contracting Parties of the BCC demonstrated their commitment for the implementation of an integrated transboundary Large Marine Ecosystem (LME) management approach when they; i) endorsed the Strategic Action Programme (SAP) in 2001, ii) endorsed an Interim Agreement for the establishment of the

Page 20: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 16 Um projecto implementado por COFREPECHE

BCC in August 2006; and iii) adopted the Commission and its structures at the first Ministerial Conference meeting held in July 2007. The Commission is currently supported by the BCLME SAP IMP Project funded by GEF and by the Governments of Norway, Iceland and Germany through various initiatives and institutions. The Goal of this project is to restore depleted fisheries and to halt the degradation of ecosystems in the BCLME Region through the effective and successful implementation of the BCC Strategic Action Programme (SAP). This Project has supported the three countries with the development of a legally binding multilateral Convention and the implementation of the SAP since 2009 to implement an Ecosystem Approach to Fisheries (EAF) management. This will enable the development of policy instruments, mechanisms and tools as directed by the SAP, for improved integrated transboundary resource monitoring, assessment and management. ACP Fish II singed a MoU with the latter project which provide for the team of experts mobilized by the Consultant to collaborate with the project/BCC technical staff during the data/information analysis and stakeholder consultation process and the formulation of the management plan. Furthermore, the BCLME SAP IMP Project will be in charge of organizing all national and regional stakeholder consultation workshops for presentation of progress and draft outputs, and validation of the management plan. BCC is also currently implementing the project “Thematic programme for environment and sustainable management of natural resources, including energy” funded by the EU budget line Environment, Sustainable Management of Natural Resources, including Energy (EuropeAid/128320/C/ACT/Multi). The project aims at improving regional capacity in stock assessment methods and planning tools particularly for Cape hakes, promoting regional cooperation and adoption of EAF. This project may be able to provide relevant information to the assignment. In the conduct of the assignment, the consultant is expected to liaise with BCC and the BCLME SAP IMP Project. 2. OBJECTIVE, PURPOSE & EXPECTED RESULTS 2.1 Overall objective The overall objective of the ACP Fish II Programme is to contribute to the sustainable and equitable management of fisheries in ACP regions, thus leading to poverty alleviation and improving food security in ACP States. 2.2 Purpose The purposes of this contract are to:

• Reinforce the capacity of Fisheries Administrations (FAs) in Angola and Namibia to promote the sustainable and viable development of the horse mackerel fisheries by providing them with the relevant management instruments. . • Supporting the Benguela Current Commission (BCC) on the promotion of the joint management of transboundary resources, through the implementation of the Strategic Action Programme (SAP).

2.3 Results to be achieved by the Consultant The Consultant will achieve the following results as part of this assignment:

• A Fisheries Management Plan for each one of the two horse mackerel species is devised and made available to each one of the Fisheries Administrations; • A Regional Horse Mackerel Fisheries Management Plan, integrating the two species is devised for the use of the BCC.

3. ASSUMPTIONS & RISKS 3.1 Assumptions underlying the project intervention The main assumptions underlying this contract is that the FAs and other involved stakeholders from the concerned countries (government institutions and private sector) are well aware of the intervention and prepared to allocate official resources and time to its implementation.

Page 21: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 17 Um projecto implementado por COFREPECHE

3.2 Risks The management plan will involve a set of actions and measures, which may affect the interests of different governmental institutions and private sector stakeholders of the two countries. There is therefore the risk of the concerned stakeholders and countries having conflicting interests and thus not being willing to accept the proposed changes in the current management framework of the fishery. To prevent such a risk the participatory approach adopted in the planning of this intervention will continue throughout the implementation of the assignment, to ensure the full ownership by local stakeholders and the development of activities and methodology that are consistent with the FAs approaches. 4. SCOPE OF THE WORK 4.1 General 4.1.1 Project description Horse mackerel makes an important contribution to the fisheries sector, both in Angola and Namibia. In the region the fishery is exploited by mid-water and purse seine industrial operators and represents a relevant by-catch in the demersal trawls. In Angola, the fishery is also of importance to artisanal fishermen. In the last year the two countries, together with South Africa have moved towards the joint management of shared resources of the Benguela Current, through the BCC, which is expected to be mandated for such management. Even though both countries have already a set of annual management measures for the resource in place, none has a comprehensive guiding document identifying the needed actions to progress towards a viable and sustainable management of the fishery. Against this background the ACP Fish II, following the request from both countries, has decided to support the elaboration of a management plan as provided by the national legislation, which may take into consideration the transboundary measures for the management of the fishery. The aim of the project will be therefore twofold: a) providing the FAs in Angola and Namibia with management instruments for the sustainable utilization and management of the horse mackerel fishery; and b) to support the BCC in the fulfilment of its mandate for monitoring and managing transboundary resources. The assignment involves the delivery of technical assistance (TA) for the elaboration of key documents needed for the set up of national and regional management mechanisms of the horse mackerels shared resources. The TA will be led by a Fisheries Economist, supported by two Fisheries Scientists (one in each country). The final output will be a national fisheries management plan for each one of the two horse mackerel species (Cape Horse Mackerel and Cunene Horse Mackerel), clearly spelling out the implementation and monitoring time frame and the management strategies to be designed. Each of the two management plans will make reference to interaction between the species and their transboundary nature. Furthermore, the Consultant will formulate a regional fisheries management plan that integrates the two species of horse mackerel and proposes optimal exploitation for the use of BCC. The project activities should be implemented through a participatory process, as to guarantee the key contribution of the FAs, BCC and BCLME SAP IMP project staff in the formulation process. All the project activities will be carried out in strict coordination and collaboration with the staff of the FAs, BCC and BCLME SAP IMP project, through the establishment of a Technical Team (TT) to follow up project implementation. The BCLME SAP IMP project will be in charge of the organization (logistic and costs) of the consultation workshops (1 per each country), and of one regional workshop for the discussion and validation of the management plans. The TA team will be in charge for the conduction of the workshops and the wrap up of main inputs and conclusion to be included in the management plans.

Page 22: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 18 Um projecto implementado por COFREPECHE

The Consultant must give a full recognition of EC funding, ACP Secretariat’s involvement and visibility to the ACP Fish II Programme, in all the activities implemented during the project. 4.1.2 Geographical area to be covered The geographical area to be covered is Namibia and Angola. 4.1.3 Target groups Target groups of the present contract are the staff of FAs and BCC. 4.2 Specific activities 4.2.1 Specific activities The Consultant will undertake the following activities: i. Inception activities and document analysis

a. Briefing by the ACP FISH II Regional Facilitation Unit (RFU) for Southern Africa (SA) and the FAs/BCC/BCLME SAP IMP project and the establishment of a project TT, including members of the two FAs and BCC to follow up project implementation; b. Discuss project objectives and agree with the FAs/BCC/BCLME SAP IMP project and RFU on the methodology and the work plan for the assignment; c. Collect all relevant background and scientific documents;

ii. Analyze and review the current management framework and measures applicable in each country; iii. Field visits to the relevant sites and meeting with the concerned national institutions, private sector and other concerned entities in each country; iv. Conduct one national consultation workshop in each country to ensure the collection of meaningful inputs from stakeholders and their participation in the process; v. Prepare, in close collaboration with the respective FAs and TT, a first draft of the management plans (the two national and the regional); vi. Present the draft of the documents to the FAs/BCC/ BCLME SAP IMP project and other relevant stakeholders in a regional workshop for validation; and vii. Revise the management plans as to include inputs form the validation workshop. The organization (logistics and costs) of the national and regional workshops will be under the responsibility of BCLME SAP IMP project. The indicative number of participants and duration of the workshops are decided by the BCLME Project, in cooperation with the concerned FA and will be under their organisation and financing. The Consultant is in charge of all the workshops (national and regional) conduction and reporting and will carry out the evaluation of the regional workshop for validation of the management plans. 4.2.2 Communication and project visibility

a) ACP FISH II projects should follow the EU requirements and guidelines for communication and visibility available on the Programme website at http://acpfish2-eu.org/index.php?page=templates&hl=en. The CU will provide ACP FISH II templates for various communication products. b) When validation workshops (where technical documents are presented to stakeholders for validation) are needed, given their importance for disseminating the results of the Project and ACP FISH II Programme, the following activities will be requested:

Page 23: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 19 Um projecto implementado por COFREPECHE

1) The Consultant will provide all necessary information in press-release style (“information note”) on the project objectives and results, the activities to undertake, the main axes or strategic goals proposed and the future role of the beneficiaries. 2) The Fisheries Administrations/Regional Fisheries Bodies will receive the information note at least 3 days before the workshop, through their Government communication/press bodies or officials, in order to mobilise local media and to assure full coverage of the event. Financial support to media coverage is included in the “Incidental Expenditure”. Receipt(s) of the incurred cost for media coverage will be required to verify the costs incurred.

c) The consultant will provide photographic record of the key project activities including the workshop

4.3 Project management 4.3.1 Responsible body The Coordination Unit (CU) of the ACP Fish II Programme, based in Brussels, on behalf of the ACP Secretariat is responsible for managing the implementation of this assignment. 4.3.2 Management structure The ACP Fish II Programme is implemented through the CU in Brussels and six RFUs across the ACP States. The RFU in Maputo, Mozambique covering ACP Member States in SA region will closely supervise the implementation of this intervention and equally monitor its execution pursuant to these Terms of Reference. For the purposes of this assignment, the ACP Fish II Programme Coordinator will act as the Project Manager. All contractual communications including requests for contract modifications or changes to the Terms of Reference during the execution period of the contract must be addressed with a formal request to the CU and copied to the RFU. Beneficiaries’ support for these changes is required. While the ACP Fish II Regional Manager for SA will be in charge for the overall follow up of project activities, the TT will assure daily monitoring of project operations. The Consultant should periodically report on project development to the established Technical Team as per the work plan approved. 4.3.3 Facilities to be provided by the Contracting Authority and/or other parties Not applicable. 5. LOGISTICS AND TIMING 5.1 Location The place of posting will be Swakopmund, Namibia for the key expert 1 and key expert 2, and Luanda, Angola for the key expert 3. The activities will be carried out in Angola and Namibia. Field visits in the countries will be carried out according to the approved timeline and workplan presented by the Consultant. 5.2 Commencement date & Period of implementation The intended commencement date of this assignment is 29 May, 2013 and the period of implementation of field activities will be 5 months from the date of signature of the contract. Please refer to Articles 4 and 5 of the Special Conditions for the actual commencement date and period of implementation. 6. REQUIREMENTS 6.1 Personnel 6.1.1 Key experts All experts who have a crucial role in implementing this assignment are referred to as key experts. Their profiles are described as follows: Key expert 1: Team Leader Team – Fisheries Resource Planner/Economist

Page 24: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 20 Um projecto implementado por COFREPECHE

Qualifications and skills • Academic degree, or equivalent, in a relevant subject area (e.g. Economics, Fisheries Management, Natural Resources Management, Biology, Marine Science); • The expert should have a high level of proficiency in spoken and written English. Working knowledge of Portuguese will be considered an advantage; • Proven team leading skills.

General professional experience

• Minimum 10 years of experience in fisheries governance and management with particular expertise in marine fisheries; • Proven report-writing and project management skills.

Specific professional experience

• Previous experience in drafting marine fisheries management plans or other fisheries policy/management tools (minimum 5 assignments); • Previous experience in conduction of stakeholder consultation process (minimum 3 assignments); • Related experience in the sub-region is required and specific experience in at least one of the two concerned countries will be considered an advantage; • Experience in carrying out consultancy assignments for the EU or other equivalent international development partners (minimum 3 assignments).

The indicative number of missions outside the normal place of posting requiring overnights for this expert is 5. There will be in-country field visits outside the normal place of posting not requiring overnights for this expert. Key expert 2 – Fisheries Scientist/Namibia Qualifications and skills

• Academic degree or equivalent in a relevant subject area (e.g. Biology, Marine Science, Natural Resources Management); • The expert should have a high level of proficiency in written and spoken English;

General professional experience

• Minimum 5 year of experience in management of marine fisheries resources; • Proven report-writing and project management skills.

Specific professional experience

• Minimum 5 years of experience in research/assessment of marine fisheries resources; • Previous experience in drafting marine fisheries management plans or other fisheries policy/management tools (minimum 2 assignments); • Related experience in the sub-region. Specific experience in Namibia will be considered an advantage; • Experience in carrying out consultancy assignments for the EU or other equivalent international development partners (minimum 2 assignments).

The indicative number of missions outside the normal place of posting requiring overnights for this expert is 3. There will be in-country field visits outside the normal place of posting for this expert (if the case) not requiring overnights.

Page 25: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 21 Um projecto implementado por COFREPECHE

Key expert 3 – Fisheries Scientist/Angola Qualifications and skills

• Academic degree or equivalent in a relevant subject area (e.g. Biology, Marine Science, Natural Resources Management); • The expert should have a high level of proficiency in Portuguese and working knowledge of English.

General professional experience

• Minimum 5 year of experience in management of marine fisheries resources; • Proven report-writing and project management skills.

Specific professional experience

• Minimum 5 years of experience in research/assessment of marine fisheries resources; • Previous experience in drafting marine fisheries management plans or other fisheries policy/management tools (minimum 2 assignments); • Related experience in the sub-region. Specific experience in Angola will be considered an advantage; • Experience in carrying out consultancy assignments for the EU or other equivalent international development partners (minimum 2 assignments);

The indicative number of missions outside the normal place of posting requiring overnights for this expert is 3. There will be in-country field visits outside the normal place of posting for this expert (if the case) not requiring overnights.

No. Indicative Task Key Expert 1 (Days)

Key Expert 2 (Days)

Key Expert 3

(Days)

1.1 Briefing by ACP Fish II & preparatory activities 5 3 3

1.2 Document review 10 7 7

1.3 Fieldwork, interviews and consultations 12 8 8

1.4 Preparation and revision of the management plans 15 10 10

1.5 National and regional workshops preparation and conduction

8 5 5

1.6 Reporting 5 3 3

Total 55 36 36

Additional information

a) Key Experts are expected to spend at least 70 % of the total indicative number of working days in the country(ies) b) Note that civil servants and other staff of the public administration of the beneficiary country cannot be recruited as experts, unless prior written approval has been obtained from the European Commission. c) The Consultant must complete a timesheet using the ACP Fish II template provided by the CU at the start of the implementation period. The Consultant is entitled to work a maximum of 6 days per week. Mobilisation and demobilisation days will not be considered as working days.

6.1.2 Other experts No other experts will be recruited under this assignment. 6.1.3 Support staff & backstopping

Page 26: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 22 Um projecto implementado por COFREPECHE

Backstopping and support staff costs are considered to be included in the fee rates of the experts. 6.2 Office accommodation Office accommodation of a reasonable standard and of approximately 10 square metres for each expert working on the contract is to be provided by the Consultant. The costs of the office accommodation are to be covered by the fee rates of the experts. 6.3 Facilities to be provided by the Consultant The Consultant shall ensure that experts are adequately supported and equipped (IT and communication tools and printing services). In particular, it shall ensure that there is sufficient administrative, secretarial and interpreting provision to enable experts to concentrate on their primary responsibilities. It must also transfer funds as necessary to support its activities under the assignment and to ensure that its employees are paid regularly and in a timely fashion. If the Consultant is a consortium, the arrangements should allow for the maximum flexibility in project implementation. Arrangements offering each consortium member a fixed percentage of the work to be undertaken under the contract should be avoided. 6.4 Equipment No equipment is to be purchased on behalf of the Contracting Authority or beneficiary country as part of this service contract or transferred to the Contracting Authority or beneficiary country at the end of the contract. Any equipment related to this contract which is to be acquired by the beneficiary country must be purchased by means of a separate supply tender procedure. 6.5 Incidental expenditure The Provision for incidental expenditure covers the ancillary and exceptional eligible expenditure incurred under this contract. It cannot be used for costs which should be covered by the Consultant as part of its fee rates, as specified above. Its use is governed by the provisions in the General Conditions and the notes in Annex V of the contract. It covers among others: a) KEY EXPERTS

• Travel costs and daily subsistence allowances (perdiems) for missions for Key Experts, outside the normal place of posting, to be undertaken as part of this contract. If applicable, indicate if the provision includes costs for environmental measures, for example CO2 offsetting. • Travel costs for field visits for the Key Experts (car or boat rental, fuel and domestic flights or other appropriate means of transport). Any subsistence allowances to be paid for missions undertaken as part of this contract must not exceed the per diem rates published on the European Union (EU) website at: http://ec.europa.eu/europeaid/work/procedures/implementation/per_diems/index_en.htm

b) WORKSHOP/TRAINING/CONSULTATIONS ORGANISATION Costs of the organisation of the workshops will be covered by the BCLME SAP IMP project. c) FUNDING OF NATIONAL/REGIONAL ADMINISTRATION OFFICERS ACCOMPANYING KEY EXPERTS ON MISSIONS. Exceptionally, the cost of flights, accommodation and meals for the representatives of fisheries administrations or regional fisheries bodies accompanying the Key Experts on regional or national missions or in-country field visits, under the following conditions:

i) Request of a prior approval to the CU, attaching to this request the declaration issued by local fisheries administrations or regional fisheries bodies stating that the cost of this extra activity for their officers cannot be covered

Page 27: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 23 Um projecto implementado por COFREPECHE

given the internal budget restrictions. The administration should acknowledge, despite this, the need of the attendance of its officer for an effective project implementation. ii) The total cost for accommodation and meals based on actual cost (invoices to be provided) cannot exceed the EU per diem rate for the country. iii) If private or administration’s means of transport are used by the representatives of fisheries administrations or regional fisheries bodies accompanying the Key Experts on regional or national missions, fuel cost will be reimbursed upon receipt of the officer’s reimbursement request based on distance travelled and local price for fuel per unit. In case of field visits, not requiring overnights, the same procedures apply for meal and transport costs.

d) TRANSLATION

• The cost of elaboration (translation) of the Draft Final Technical Report and Final Technical Report (including the management plans) in two languages (English and Portuguese).

e) OTHER

• The cost of producing communication items, printing charts to be used in training and the workshop. • The cost for producing up to 6 additional copies of the final technical report requested by local authorities (in addition to what foreseen in section 7.2)

The Provision for incidental expenditure for this contract is 33,470 EUR. This amount must be included without modification in the Budget breakdown. 6.6 Expenditure verification The Provision for expenditure verification relates to the fees of the auditor who has been charged with the expenditure verification of this contract in order to proceed with the payment of further pre-financing instalments if any and/or interim payments if any. The Provision expenditure for verification of this contract is 1,500 EUR. This amount must be included without modification in the Budget breakdown. This provision cannot be decreased but can be increased during the execution of the contract. 7. REPORTS 7.1 Reporting requirements Please refer to Article 26 of the General Conditions. There must be a final report, a final invoice and the financial report accompanied by an expenditure verification report at the end of the period of implementation of the tasks. The approved Final Technical Report (FTR) must be annexed to the Final Report (FR). The final report must be submitted to the CU after receiving the approval of the Final Technical Report (FTR). The Final Report (FR) shall consist of a narrative section and a financial section. The financial section must contain details of the time inputs of the experts, of the incidental expenditure and of the provision for expenditure verification. To summarise, the Consultant shall provide the following reports:

Name of report Content Time of submission

Inception Report (IR) Analysis of existing situation and plan of work for the project (max 10 pgs in length).

No later than 10 days after the first Expert arriving in the place of posting for the first time. This report will be submitted to the FAs/BCC/BCLME SAP IMP project, RFU and CU. Comments, if any, on the IR must be provided by the FAs/BCC/BCLME SAP IMP project, RFU and CU within 5 days

Page 28: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 24 Um projecto implementado por COFREPECHE

from receipt.

Draft Final Technical Report (DFTR)

Description of achievements, problems encountered, recommendations and technical documents (including the draft of the management plans) suggested by the consultant.

Within one week after the experts leaving the country on conclusion of the assignment. Comments on the DFTR must be provided by the RFU, CU and the FAs/BCC/BCLME SAP IMP project within 14 days.

Final Technical Report (FTR) Description of achievements, problems encountered, recommendations and technical documents (including the draft of the management plans) suggested by the consultant, taking into account changes and comments from the RFU, CU and the FAs/BCC/BCLME SAP IMP project produced within 14 days from delivery of the DFTR.

Within 10 days after receiving comments on the DFTR. If no comments on the report are given within the time limit of 14 days, the DFTR shall be considered as the FTR.

Final Report Short description of achievements including problems encountered and recommendations and suggestions; together with the Final Technical Report and a final invoice and the financial report accompanied by the expenditure verification report.

After receiving the approval of the Final Technical Report (FTR).

The DFTR and the FTR, including the management plans should be prepared in both English and Portuguese. The formats of technical reports are available on the ACP FISH II web site at http://acpfish2-eu.org/index.php?page=templates&hl=en. 7.2 Submission & approval of reports One electronic copy of the reports referred to above must be submitted to the Project Manager identified in the contract (CU), the RFU, to each FA involved and to the BCC. Two hard copies of the approved Final Technical Report must be submitted to the CU, one hard copy to the RFU, one hard copy to each FA involved and one hard copy to the BCC. The Final Technical Report must be written in both English and Portuguese. The Project Manager is responsible for approving the reports. The original and a hard copy of the Final Report (FR) must be submitted to the CU together with its annexes and supporting documents. The cost of producing and shipping such material will be included in the fees. 8. MONITORING AND EVALUATION 8.1 Definition of indicators The results to be achieved by the Consultant are included in Section 2.3 above. Progress to achieving these results will be measured through the following indicators:

i. Speed of mobilisation of the experts to the relevant country; ii. Number of stakeholders attending each workshop; iii. Results of the evaluation of the final validation workshop; iv. Number of revisions of the Draft Final Report requested by ACP fish II/ FAs/BCC/BCLME SAP IMP project; and v. Respect of project milestones (time and deliverables as per project approved work plan).

Page 29: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 25 Um projecto implementado por COFREPECHE

The Consultant may suggest additional monitoring tools for the contract duration. 8.2 Special requirements Not applicable.

Page 30: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 26 Um projecto implementado por COFREPECHE

7.2 Itinerário de programa, instituições e indivíduos consultados

7.2.1 Programa

Períodos finais de trabalho dos especialistas-chave no terreno

Page 31: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 27 Um projecto implementado por COFREPECHE

Datas em cor de laranja correspondem aos especialistas no terreno

Datas em vermelho correspondem a encontros:

8-9 Julho de 2013: Encontro de lançamento na Namíbia

M T W T F S S M T W T F S S M T W T F S S M T W T F S S M T W

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Total

KE1 Dave JAPP (Namibia) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9

KE2 Kieran KELLEHER (Angola) 0

KE3 Dave BOYER (Namibia) 0

T F S S M T W T F S S M T W T F S S M T W T F S S M T W T F S

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Total

KE1 Dave JAPP (Angola) 0

KE2 Kieran KELLEHER (Angola) 1 1 1 1 1 1 6

KE3 Dave BOYER (Namibia) 0

S M T W T F S S M T W T F S S M T W T F S S M T W T F S S M

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Total

KE1 Dave JAPP (Angola) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17

KE2 Kieran KELLEHER (Angola) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16

KE3 Dave BOYER (Namibia) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 21

T W T F S S M T W T F S S M T W T F S S M T W T F S S M T W

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Total

KE1 Dave JAPP (Angola) 1 1 1 1 1 1 1 1 8

KE2 Kieran KELLEHER (Angola) 0

KE3 Dave BOYER (Namibia) 1 1 1 1 4

Total

KE1 34

KE2 22

KE3 25

août-13

sept-13

BCC's ASF

oct-13

juil-13

Page 32: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 28 Um projecto implementado por COFREPECHE

17-18 Setembro de 2013: Workshop Nacional na Namíbia 18-19 Setembro de 2013: Workshop Nacional em Angola 3 Outubro 2013: Workshop Nacional de Validação na Namíbia 7-8 Outubro de 2013: Workshops Nacional e Regional de Validação em Angola

Os períodos finais de trabalho dos especialistas no terreno são apresentados na tabela acima. Note: os trabalhos de terreno foram constrangidos por causa de dificuldades relacionadas com os vistos.

Page 33: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 29 Um projecto implementado por COFREPECHE

7.2.2 Lista dos parceiros encontrados

Ver os resumos relativos aos parceiros, nos documentos técnicos para Angola e a Namíbia, nos Anexos7.5.2 e 7.5.3 respectivamente.

7.3 Lista de relatórios e documentos consultados

Sowman M, Cardoso P, Fielding P, Hauck M, Raemaekers S, Sunde J, Schultz O 2011 Human dimensions of small-scale fisheries in the BCLME region: An overview. Unpublished report prepared for Benguela Current Commission (BCC) and Food and Agricultural Organisation (FAO) May 2011. Uma bibliografia detalhada é fornecida em cada documento técnico.

7.4 Fotografias do projeto, das principais atividades e eventos

Fotografias de eventos e atividades-chave são apresentadas no respectivas documentos técnicos, especificamente:

Reunião de lançamento (Sr. Japp);

Consulta nacional da Namíbia (Sr. Boyer);

Workshop Nacional de Angola (Sr. Kelleher);

Validação Nacional Namíbia / Angola (Srs. Boyer e Japp);

Validação Regional de Angola (Sr. Japp).

7.5 Documentos técnicos produzidos

7.5.1 Relatório inicial

O relatório inicial é anexado separadamente.

7.5.2 Relatórios dos workshops nacionais

7.5.2.1 Relatório sobre o Workshop Nacional dos Parceiros Nacionais da Namíbia

Preparação do Workshop Nacional de Parceiros da Namíbia

Um componente chave para o desenho dum Plano de Gestão de Pescarias (PGP) é assegurar a participação das partes

interessadas durante todo o processo. Isto foi reconhecido cedo no presente projeto, e grandes esforços foram feitos

pela equipe técnica (do MFMR), pelo Projeto SAP - IMP e por COFREPECHE no sentido de estimular o interesse das

partes envolvidas e incentivar a sua participação.

Um documento de "fundo", descrevendo o projeto em geral e o workshop dos parceiros em particular, foi divulgado por

COFREPECHE às partes interessadas principais, no dia 28 de Agosto, antes da chegada do consultor no país, e aos

outros, no dia 6 de Setembro (Anexo 1).

Partes interessadas na pescaria de carapau da Namíbia

Direcção de Política, Planificação & Economia (MFMR); Direcção de Gestão de Recursos (MFMR); Agência de Observadores de Pesca (FOA); Direcção de Operações (MFMR); Município de Walvis Bay; Associação de Pesca Pelágica da Namíbia; Associação do Arrasto Pelágico da Namíbia;

Page 34: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 30 Um projecto implementado por COFREPECHE

Associação de Pescada da Namíbia; Confederação das Associações de Pesca da Namíbia; Empresas mistas; Ministério do Comércio e Indústria; Sindicato Namibiano de Alimentação e Trabalhadores Aliados (NFAWU); Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Namíbia (NUNW); Sindicato Namibiano dos Marinheiros e Trabalhadores Aliados (NSAWU); Sindicato Namibiano das Indústrias Pesqueiras e Trabalhadores Pescadores; Ministério da Justiça; Ministério do Meio Ambiente e Turismo; Ministério de Minas e Energia; Ministério dos Negócios Estrangeiros; Ministério de Obras e Transportes (Direcção de Assuntos Marítimos); Ministério do Trabalho; Comissão Nacional de Planificação; Ministério das Finanças; UNAM; ONGs (NACOMA, Birdlife Namíbia); CCB; SEAFO; BCLME SAP - IMP.

O Secretário Permanente do Ministério divulgou um comunicado de imprensa para garantir maior sensibilização pública

da consulta (Anexo 2).

A emissão de convites pelo MFMR atrasou por problemas burocráticos internos; os convites foram finalmente enviados a

12 de Setembro, apenas 2 dias úteis antes do workshop. Apesar disso, cerca de 60 pessoas participaram no mesmo.

Atividades do workshop

O Workshop Nacional de Parceiros foi acolhido pelo MFMR, organizado pelo Programa BCLME SAP-IMP e facilitado por

COFREPECHE. Foi realizado no Hotel Casa Mia em Walvis Bay, a 18 e 19 de Setembro de 2013. A sua agenda é

apresentada no Anexo 3.

Os participantes do workshop foram formalmente recebidos pela Sua Excia. Ulika Nambahu, Presidente do Conselho

Municipal de Walvis Baye, e foi oficialmente aberto pelo Exmo. Sr. Bernhard Esau, Ministro das Pescas e Recursos

Marinhos. Isto demonstrou a importância que as autoridades locais e o Governo dão ao processo de desenvolvimento de

planos de gestão para o sector da pesca.

Aproximadamente 60 parceiros interessados no sucesso da gestão da pescaria de carapau participaram, incluindo

representantes da indústria da pesca, sindicatos, ministérios de apoio, grupos ambientais e pesquisadores do MFMR,

pessoal de política e planificação, inspectores e gerentes (Anexo 4).

O workshop proporcionou uma oportunidade para as partes interessadas apresentar e discutir questões e ideias que

consideram importantes para a inclusão no PGP do carapau da Namíbia. Foi solicitado aos participantes de considerar

os objectivos e estratégias de gestão actuais para a pescaria, identificar as lacunas, defeitos ou quaisquer outras

preocupações que podem prejudicar a indústria a alcançar seu pleno potencial.

O processo iniciou com uma série de palestras de fundo que descrevem os vários aspectos da pesca de carapau, desde

a ecologia do peixe e o ambiente até os aspectos socioeconómicos e a estrutura da indústria. Palestras pelas duas

associações de pesca envolvidas na pescaria apresentaram algumas das principais expectativas e preocupações da

Page 35: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 31 Um projecto implementado por COFREPECHE

indústria. Os componentes principais de um PGP foram apresentados por COFREPECHE, seguidos por uma descrição

geral de como o PGP do carapau da Namíbia poderia ser definido, baseado no PGP da pescada na Namíbia.

Os participantes foram então divididos em três grupos, para discutir diferentes aspectos da pescaria:

ciências naturais (avaliação de estoques e impacto do ambiente);

socioeconomia; e

aspectos de gestão.

Cada grupo foi encarregue de propor uma série de questões que achava deviam ser abordadas, que melhorariam a

pesca do carapau de maneira a atingir a visão da Namíbia, a visão adjacente para os recursos marinhos da Namíbia, a

declaração de missão do MFMR e a visão proposta para a pescaria de carapau, tal como estabelecido a seguir:

A visão 2030 para a Namíbia é "uma Namíbia próspera e industrializada, desenvolvida por seus recursos

humanos, gozando da paz, da harmonia e da estabilidade política" (Gabinete do Presidente, 2004).

A visão adjacente para os recursos marinhos da Namíbia é que até 2030, "os habitats e as espécies marinhas

da Namíbia contribuam significativamente para a economia, sem ameaçar a biodiversidade ou o funcionamento

dos ecossistemas naturais, num ambiente externo dinâmico".

A missão do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos é de "gerir de maneira responsável os recursos

aquáticos vivos de modo a assegurar continuamente um ambiente propício para o desenvolvimento próspero da

pesca e da aquacultura " (MFMR, 2009a).

A visão proposta para a pescaria de carapau era "uma utilização responsável e sustentável do recurso de

carapau, oferecendo melhor rentabilidade económica e emprego para a Namíbia".

Três horas e meia foram dedicadas a discussões em grupo e, em seguida, uma quantidade similar de tempo foi usada

para comentários e discussão em plenário.

O workshop terminou às 15:00 no segundo dia, com uma solicitação das partes interessadas de serem ainda envolvidas

e consultadas na preparação do PGP. Decidiu-se pedir ao MFMR, ao programa ACP FISH II e ao projecto SAP-IMP de

realizar mais um workshop nacional no final do projeto, para permitir que um grande número de parceiros tenham a

oportunidade de avaliar o projecto final de PGP.

O workshop foi encerrado por Lucia Haufiku em nome do Secretário Permanente Ulitala Hiveluah, que não podia estar

presente. Fotos de alguns dos participantes são apresentadas no Anexo 6.

Atividades pós-workshop

Várias outras pequenas reuniões e consultas foram realizadas com actores-chave para retificar lacunas nas informações

e desenvolver algumas das questões levantadas no workshop. A Equipe Técnica foi incumbida de procurar e fornecer

informações e dados. Os resultados do workshop foram então compilados por COFREPECHE num esboço de projecto

de PGP.

Este esboço de projecto de PGP foi distribuído às partes interessadas e apresentado num Workshop Nacional de Pré-

validação realizado em Walvis Bay a 3 de Outubro de 2013 (ver o relatório do workshop).

Page 36: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 32 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 1: Notas preparativas para o workshop nacional de parceiros

Introdução

Um workshop será realizado em Walvis Bay a 17 e 18 de Setembro de 2013 para discutir o desenvolvimento dum Plano de Gestão das Pescas (PGP) para o setor do carapau na Namíbia. Todos os interessados neste sector importante foram convidados a participar. As partes interessadas serão solicitadas a fornecer contribuições para o PGP e apoiar COFREPECHE, a empresa de consultoria contratada para apoiar o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos no desenvolvimento de um plano que atenda as aspirações da indústria e oriente o Ministério no desenvolvimento e na gestão desta pescaria.

Antecedentes do projeto

Apesar da Namíbia já ter um conjunto de medidas anuais de gestão para a pescaria de carapau, não existe um documento orientador abrangente, que descreva as ações necessárias para facilitar uma pescaria viável e sustentável. Com base nesta situação, o Programa ACP FISH II, na sequência de um pedido apresentado pelo Ministério das Pescas e Recursos Marinhos (MFMR), decidiu apoiar o desenvolvimento de um PGP, tendo em conta as medidas transfronteiriças necessárias para o sucesso da gestão da pescaria. O objetivo do projeto é duplo:

a) fornecer ao MFMR um instrumento de gestão para orientar o uso sustentável e a gestão da pescaria de carapau;

b) apoiar a CCB no cumprimento do seu mandato relativo à monitoria e à gestão de recursos transfronteiriços. O objetivo geral do Projeto ACP FISH II é apoiar tanto Angola como a Namíbia a desenvolver planos de gestão para cada uma das duas espécies de carapau, ocorrendo na região. Na Namíbia, o plano de gestão incidirá no T. capensis e nas pescarias activas nas águas da Namíbia. Em Angola, o plano incidirá sobre as espécies mais do norte, T. trecae, e as pescarias que o exploram. Além disso, estes planos irão considerar as implicações da natureza transfronteiriça de cada espécie e as ações que precisam ser tomadas em consideração nos planos nacionais de gestão.

O que é um plano de gestão das pescarias?

Em muitos países, o PGP é o instrumento principal que especifica como a gestão deve ser conduzida. Ele descreve como gerir a pescaria no tempo presente, e fornece a base para a gestão futura da pescaria. A planificação da gestão da pescaria anível internacional é considerada como boa prática, e é parte integrante do Código de Conduta para uma Pesca Responsável da FAO. As directrizes técnicas da FAO para uma Pesca Responsável descreve um PGP como segue:

"O plano de gestão fornece detalhes sobre como a pescaria deve ser gerida e por quem. Deve incluir um procedimento de gestão que dá detalhes sobre como as decisões de gestão devem ser tomadas de acordo com a evolução na pescaria...".

De facto, estas diretrizes da FAO dão uma definição muito específica de um PGP:

"Um plano de gestão das pescarias é um arranjo formal ou informal entre uma autoridade de gestão da pescaria e as partes interessadas que identifica os parceiros na pescaria e suas respectivas funções, detalha os objectivos acordados para a pescaria e especifica as regras e regulamentos de gestão que se aplicam à pescaria, e fornece outros pormenores sobre a pescaria, que são relevantes para a autoridade de gestão."

O plano de gestão da pescaria de carapau da Namíbia

Page 37: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 33 Um projecto implementado por COFREPECHE

O PGP do carapau da Namíbia irá incorporar:

os diferentes sectores de pesca que visam o carapau; os diferentes sectores de pesca que capturam carapau como capturas acessórias; a medida em que as duas espécies são capturadas em ambos os países; os regimes de gestão atuais em cada país; as boas práticas globais, relacionadas com a pesca, incluindo a implementação de uma abordagem de

ecossistema de pesca; na medida do possível e quando for necessário, a harmonização das medidas de gestão em vigor para as duas

espécies em cada país. O projeto irá analisar e rever o quadro e medidas de gestão actualmente existentes, e estabelecer um documento de base para a pescaria de carapau em cada país que inclui o elementos a seguir:

o quadro jurídico e as estruturas de governação que sustentam as pescas; as práticas de gestão actuais; a capacidade de pesca e os níveis de esforço (incluindo a pesca industrial, semi-industrial e artesanal em

Angola); a situação das unidades populacionais, a avaliação das unidades populacionais e os Procedimentos

Operacional de Gestão (OMPs), se existentes; a investigação, e a capacidade de realizar investigação apropriada; a Monitoria, Controlo e Fiscalização (MCS) das pescarias relevantes. os fatores socioeconómicos que são importantes para cada pescaria em cada país; os antecedentes históricos; as questões ambientais que podem estar relacionadas com a abundância e variabilidade das unidades

populacionais; os interesses comerciais da indústria e a dinâmica da frota de pesca, incluindo indústrias secundárias ligadas à

pesca. O resultado esperado consiste em dois planos de gestão das pescarias para as espécies-alvo principais em cada país, T. trecae em Angola e T. capensis na Namíbia. Cada plano será conciso e tentará evitar linguagem técnica, de modo a ser claro e compreensível para todas as partes interessadas. No que diz respeito à natureza transfronteiriça das pescarias, o projeto terá como objectivo fornecer recomendações e opções para a gestão transfronteiriça das unidades populacionais partilhados de carapau da Namíbia e de Angola, em conformidade com a Convenção da Corrente de Benguela. Estas recomendações irão incorporar ambas as espécies de carapau, e fornecer opções para a sua gestão regional eficaz, separadamente ou combinados, e para o melhor interesse de ambos os países e seus povos.

Vantagens de um plano de gestão das pescarias

O desenvolvimento e a implementação de PGPs oferece uma série de oportunidades para a gestão das unidades populacionais de peixe e o meio ambiente marinho, incluindo:

Gestão estabilizadora – Tomando em consideração que um PGP abrange todos os aspectos da gestão de uma pescaria, seria benéfico que as partes interessadas tenham um PGP. Por exemplo, na Namíbia, existe actualmente diversos instrumentos de política relativos às pescas, às vezes criando confusão sobre os objectivos globais da pescaria. Além disso, o processo de desenvolvimento de um PGP destaca frequentemente lacunas ou omissões nas políticas relevantes. Estabelecendo um conjunto explícito de objectivos e princípios orientadores, um plano irá fornecer uma base mais estável e de longo prazo para a gestão. Isso irá beneficiar a indústria de pesca, os administradores e outros interessados, fornecendo uma medida da estabilidade e de direção na gestão da pescaria.

Envolvimento das partes interessadas - O processo de desenvolvimento de um plano oferece a oportunidade para o envolvimento significativo da gama completa de partes interessadas, por via de melhor intercâmbio de

Page 38: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 34 Um projecto implementado por COFREPECHE

informações, reconhecimento de toda a gama de interesses e um leque grande de soluções possíveis e, em última análise, uma implementação mais eficaz da estratégia.

Integração ambiental – Idealmente, um PGP inclui todos os aspectos da gestão da pescaria, ou seja a atribuição de direitos, o licenciamento dos navios, a divisão do TAC, a avaliação de estoques, e leva em conta o ecossistema e os efeitos transfronteiriços e de mudanças climáticas. Objetivos biológicos, ecológicos, sociais e económicos são todos importantes e todos devem, sempre que possível, ser claramente definidos e incluídos. Isso pode ser promovido, assegurando que as questões ambientais sejam incorporadas no âmbito dos objectivos do plano e eventualmente, consideradas nas fases subsequentes do processo de planificação. Isto irá incluir a realização de avaliações ambientais dos projectos de plano estratégico, incorporando os resultados das avaliações nos planos finais.

Abordagens de precaução e de prevenção - Isso pode ser abordado, colocando a gestão dentro de uma perspectiva de longo prazo e estabelecendo antecipadamente como problemas e questões potenciais devem ser abordados no futuro, através da utilização de estratégias explícitas de gestão de risco.

Oficina Nacional da Namíbia

Um workshop será organizado pelo Programa BCLME SAP-IMP em Walvis Bay, na Terça-Feira 17 e na Quarta-Feira 18

de Setembro de 2013. O workshop será facilitado por COFREPECHE. Dará a oportunidade a todas as partes interessadas de apresentar e discutir questões e ideias que consideram importantes para ser incluídas no PGP do carapau na Namíbia. Uma ampla gama de parceiros interessados na gestão bem sucedida da pescaria do carapau foram convidados, incluindo a indústria de pesca, os sindicatos, ministérios de apoio, grupos ambientalistas e pesquisadores, pessoas ligadas à politica e à planificação, inspetores e gestores do MFMR. Os participantes serão convidados a considerar os objectivos e estratégias de gestão actuais para a pescaria, identificar as lacunas, defeitos ou quaisquer outras preocupações que podem prejudicar a indústria no alcance de seu pleno potencial. Será dada a todos participantes a oportunidade de apresentar estas preocupações e sugestões ou ideias que podem levar a uma melhoria na gestão da pescaria.

Nota final

O Workshop Nacional da Namíbia e o Workshop Nacional Angolano que terá lugar em Luanda no mês de Setembro, serão seguido de um Workshop Regional de Validação, a ser realizado no início de Outubro de 2013 (num local ainda por decidir), para validar o que se espera ser o projecto de plano final. Antes e entre estes workshops, serão realizados reuniões menores e outras comunicações com partes interessadas individuais. O consultor contratado por COFREPECHE para apoiar na componente Namibiana deste projecto, o Sr. Dave Boyer, chega na Namíbia a 5 de Setembro de 2013; será baseada nos escritórios do BCLME SAP-IMP (no NatMIRC) em Swakopmund. Para contactar o Dave: e-mail [email protected], ou ligar para Frikkie Botes, Coordenador Nacional do BCLME SAP-IMP, tel. 064-4101253 e 0811424006.

28 de Agosto de 2013

Page 39: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 35 Um projecto implementado por COFREPECHE

Page 40: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 36 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 2: Comunicado de imprensa sobre o Workshop Nacional de Parceiros da Namíbia

REPÚBLICA DA NAMÍBIA

MINISTÉRIO DAS PESCAS E DOS RECURSOS MARINHOS

Telefone: 264 61 2053911 Private Bag 13355 Fax: 264 61 224566 WINDHOEK Informações: Lucia Haufiku NAMIBIA Atenção: Agentes de Comunicação Social Exmo. Senhor, Exma. Senhora ASSUNTO: WORKSHOP NACIONAL PARA O DESENHO DE PLANOS DE GESTÃO PARA O CARAPAU

17 e 18 de Setembro de 2013

HOTEL CASA MIA, WALVIS BAY

Comunicado de imprensa O Ministério das Pescas e Recursos Marinhos acolhe um Workshop Nacional de Consulta no âmbito do projecto "Apoio para o desenho de planos de gestão para a pescaria de carapau de Angola e da Namíbia", financiado pela Comissão Europeia através do programa ACP FISH II. O Workshop é organizado pelo “Benguela Current Large Marine Ecosystem Strategic Action Plan Implementation Project (BCLME SAP-IMP)”. O Workshop será realizado em Walvis Bay, no Hotel Casa Mia, a 17 e 18 de Setembro. Representantes das partes interessadas na pesca do carapau foram convidados a participar. Especialistas internacionais recrutados pela empresa francesa de consultoria COFREPECHE para apoiar o Ministério neste projeto irão facilitar o workshop. O Workshop será oficialmente aberto por Sua Excelência Bernhard Esau (MP), Ministro das Pescas e Recursos Marinhos. O principal objectivo deste projecto ACP FISH II é apoiar tanto Angola como a Namíbia no desenvolvimento de planos de gestão para cada uma das duas espécies de carapau. Na Namíbia, o plano de gestão incidirá no carapau do Cabo (Trachurus capensis) e as pescas ativas nas suas águas. Em Angola, o plano de gestão incidirá na espécies mais ao norte, o carapau de Cunene (T. trecae) e as pescarias que o exploraram ativamente. Adicionalmente, em cada país, os planos de gestão irão considerar as implicações da disponibilidade das outras espécies e a medida em que podem afetar suas pescarias. Portanto isto precisa ser levado em consideração na estrutura de seu plano nacional de gestão. ACP FISH II é um programa financiado pela Comissão Europeia (CE), sob o 9 o Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), com um montante global de 30 milhões de Euros, com o objetivo de fortalecer a gestão das pescas nos países

Page 41: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 37 Um projecto implementado por COFREPECHE

de África, Caraíbas e Pacífico (ACP). O principal objetivo do programa é contribuir para a gestão sustentável e equitativa das pescas nas regiões ACP, assim levando à redução da pobreza e à melhoraria da segurança alimentar nos países ACP. Na Namíbia, o programa já forneceu o seu apoio para finalizar o Plano de Gestão da Pescada, que está atualmente em execução pelo Ministério das Pescas e Recursos Marinhos. Cobertura total é bem-vinda.

-FIM- Para obter mais informações sobre este projeto, contactar: Dave Boyer (COFREPECHE), telefone: 081 436 3218, e-mail: [email protected] . Para obter mais informações sobre o workshop, contactar: Frikkie Botes (projeto BCLME SAP IMP), telefone: 081-1424006, e-mail: [email protected] Para obter mais informações sobre ACP Fish II, contactar: Edwin Leone, Responsável Regional ACP Fish II para a África do Sul (em Maputo, Moçambique): telefone + 258 21302769, e-mail: [email protected], ou consultar o site do programa: http://www.acpfish2-eu.org Obrigado pela sua cooperação habitual Saudações cordiais ULITALA HIVELUAH SECRETÁRIO PERMANENTE

Page 42: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 38 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 3: Agenda do Workshop Nacional de Parceiros da Namíbia

Page 43: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 39 Um projecto implementado por COFREPECHE

Page 44: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 40 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 4: Discurso de abertura da Sua Excelência Bernhard Esau, Ministro das Pescas e Recursos Marinhos

OBSERVAÇÕES DE BOAS-VINDAS E INTRODUÇÃO

O Ministério das Pescas e Recursos Marinhos acredita firmemente na ética de transparência, partilha de informações, consulta e abertura. Estes pilares fundamentais garantem a base essencial da comunicação com nossos parceiros chaves. Consideramos que é nosso dever de informar, ouvir e ajustar a seguir nossos planos operacionais. Nossos planos devem estar em sintonia com a realidade dos imperativos nacionais e globais. Nossos parceiros são inúmeros e diversos. Estes incluem as mais vibrantes e versáteis comunidades de pesca e aquicultura, os activos sólidos (os trabalhadores) para uma indústria produtiva e rentável, e o movimento operário organizado. Nossos outros intervenientes essenciais incluem outros Ministérios, a fraternidade bancária, consumidores de produtos da Namíbia e inúmeros prestadores de serviços que asseguram a perenidade da indústria. Sejam bem-vindos!

DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE GESTÃO DO CARAPAU

Permitam-me receber-vos todos para este workshop nacional sobre o desenvolvimento de um plano de gestão para a pescaria do carapau da Namíbia. Permitam-me também agradecer-vos por terem tomado tempo fora de vossos horários ocupados para nos ajudar, a mim e a meu Ministério, para concretizar este workshop. Vocês podem estar em dúvida: por quê um plano de gestão? Será que nós não temos gerido a pescaria do carapau há muitos anos?

Claro que temos. Na verdade, sou da opinião que conseguimos muito bem gerir esta pescaria. Colocámos em prática um sistema de gestão nas pescarias da Namíbia que é elogiado pela maioria dos observadores externos, e a pescaria de carapau não é uma excepção. Temos uma boa legislação para os recursos marinhos e várias políticas que norteiam o Ministério no seu trabalho. Na minha opinião, estas políticas têm-nos servido bem. Darei um pouco mais adiante alguns exemplos das nossas políticas que tiveram sucesso.

Apesar deste sucesso, notei que as nossas políticas estão contidas em documentos diferentes; portanto, torna-se difícil avaliar se as nossas políticas são tão boas como podiam ser. Numa outra ordem de ideias, será que a nossas pescas contribuem tanto quanto deviam para o desenvolvimento da nossa nação?

Esta é uma pergunta à qual vou responder. Na verdade, é meu dever de responder a esta pergunta, como Ministro responsável pelas pescas e recursos marinhos.

Agora, o meu ministério iniciou o processo de desenvolvimento de planos de gestão das nossas diferentes pescarias. A primeira foi a pescaria da pescada, e o workshop de hoje faz parte do processo da elaboração do segundo plano de gestão da pescaria de carapau.

O plano de gestão irá reunir todas as políticas relevantes para a pesca de carapau num único documento. Ele irá explicar como gerir a pesca de carapau durante os próximos quatro anos e identificar onde gostaríamos que a pescaria florescesse. Ele descreve os objetivos que temos para a pescaria de carapau e deriva sua base da Visão 2030. O plano irá definir objectivos adequados e estratégias sustentáveis para atingir objectivos de gestão de curto, médio e longo prazo. O plano irá fornecer indicadores de desempenho que nos permitirão medir e controlar as nossas realizações.

A pescaria de carapau é uma das pescarias mais valiosas na Namíbia. O valor final das exportações do sector das pescas situou-se nos N$ 5,1 trilhões em 2011, para todas as pescarias do país; metade deste valor foi gerado pela pesca de carapau. A pesca de carapau é o segundo maior provedor de emprego na indústria de pesca, e também gera uma quantidade considerável de divisas.

Vocês podem ver claramente a importância da pesca de carapau para nossa nação, e quão vital é que nós o gerimos corretamente. Em particular, precisamos garantir o uso responsável e sustentável do recurso em si. Sem a pesca de carapau, a indústria de pesca e os benefícios para os Namibianos ficariam comprometidos.

Page 45: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 41 Um projecto implementado por COFREPECHE

Ma minha maneira de ver, o desenvolvimento deste plano de gestão representa um novo início nas nossas pescarias. A maioria das nossas políticas foram criadas quando a Namíbia se tornou uma nova nação. Quando não tínhamos uma indústria de pesca local, e nesse tempo, precisávamos definir um sistema de gestão das pescas que consistiria basicamente em criar uma indústria de pesca na Namíbia. Uma indústria que contribua significativamente para a economia da Namíbia, através da geração de renda e criação de emprego e de divisas.

Na Independência todas as capturas de carapau eram transbordadas diretamente e isso afetou negativamente o objectivo nacional de criação de emprego. Quisemos mudar isso. Quisemos ter uma indústria provedora de emprego, e nós sabíamos que desembarcar em terra era a chave para isso. Também quisemos uma indústria tão próxima quanto possível para produzir produtos de consumo, de modo a criar localmente tanto valor potencial quanto possível. Hoje, a maioria das capturas de carapau é desembarcada em terra.

Como vocês podem ver, conseguimos fazer muito desde a Independência.

No entanto, chegou a hora de olhar cuidadosamente para as nossas políticas e revisá-las. Não há dúvida que as políticas actuais permitiram alcançar muitos dos objectivos que foram definidos no início. Na verdade, eu sou da opinião de que, dada a situação na Independência, estas políticas foram excelentes. No entanto, são quase 23 anos desde a nossa Independência. Nós não somos o mesmo país. Portanto, a indústria de carapau não é a mesma indústria que era. A dinâmica mudou; portanto, as políticas que nos serviram bem no passado podem não ser das melhores políticas para o nosso futuro.

Deixe-me dar um exemplo.

Como já mencionei, haviam poucos, ou nenhum, barcos que desembarcavam carapau em terra na altura da Independência; mas hoje em dia, a maioria deles descarregam em terra. Nossas políticas desempenharam um papel importante neste desenvolvimento. Assim, criámos uma indústria que aumentou o valor do recurso de carapau e proporcionou emprego adicional para Namibianos. No entanto, se tomarmos em conta as capturas atuais da indústria e os níveis de capturas que esperamos num futuro próximo, seria desejável que o Ministério continuasse a promover ainda mais agressivamente o investimento na adição de valor no carapau. Os portos de desembarque que temos hoje em dia têm a capacidade suficiente para processar em terra todas as capturas de carapau. Então, nós precisamos adaptar as nossas políticas a este respeito.

O desenvolvimento do plano de gestão para a pescaria de carapau representa o primeiro passo na avaliação das nossas políticas, que se relacionam com a pesca de carapau. O plano irá reunir nossas políticas atuais num único documento. Isso nos dará uma visão global da pescaria, e nos permitirá identificar lacunas nas nossas políticas, e áreas que podem necessitar de ajustes e melhorias.

Uma vez que o plano existir, vamos começar a avaliação das políticas. Será que na verdade, conseguem o que queremos que alcancem? Uma vez que respondemos a essa pergunta, vamos olhar para formas de melhorar nossas políticas e nosso plano de gestão. Este é um processo de longo prazo. Na verdade nunca vai acabar, como o nosso ambiente muda constantemente.

Vocês que estão a participar neste workshop hoje desempenham um papel importante neste processo. Eu confio que vocês irão identificar os problemas que vocês sentem ser necessário melhorar. Nossos consultores irão ouvir suas preocupações e trazê-las à minha atenção e à atenção do meu ministério.

Desejo-lhes um workshop frutuoso e agradável e agradeço mais uma vez de tomar o tempo para apoiar este exercício.

Eu agora declaro o workshop oficialmente aberto.

Page 46: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 42 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 5: Lista de presenças no Workshop Nacional de Parceiros na Namíbia

Lista de presenças diárias - Workshop de Parceiros

17 e 18 Setembro de 2013 Hotel Casa Mia, Walvis Bay

Apelido Nome Posição Organização Dia

17 Dia 18

Amuaalua N.E.Emilia Assessor Nacional de Desenvolvimento / Pesca

NPC p p

Arnold Jan NAMSOV/MTA p p

Bastos Jose Luis Indústria da pesca p p

Botes Frikkie Coordenador Nacional

SAP-IMP p p

Boyer Dave Especialista COFREPECHE p p

De Gouveia Sandro Director Comaposatu p p

De Klerk New Era p

De Sousa Virgilio Jose Presidente Sinco Fishing (JV2) p p

Esau Bernhard Ministro MFMR p

Freygang Carike Jornalista p

Gain Aubrey p

Greeff Pieter Pilchard Ass. p p

Groenewald Ruben Gestor operações NAMSOV p p

Hamro Paulus Sindicato NASAWU p

Hamukuaya Hashali Sec. Exec. CCB p

Hamunyela Ruben Vatileni Chefe de operações, Agência de Obs. De Pesca

MFMR p p

Hamwaama Justus Presidente - Walvis Bay

NAFAU p p

Haufiku Lucia Vice-diretor MFMR p p

Honabes Hilde Membro do Conselho Dorros-Macic p p

Imbili Daniel Director Namibian Fisheries and Building Trading Union

p

Jacobs Jakes Director Vernier Investment p p

Kachele Winnie Biólogo da pesca MFMR p p

Kandanga T.Bethuel Director Epango Fishing p p

Katjimune Brian Director Omahunju/Spoto p

Katjivera Rosa Director Sinco Fishing p p

Leuschner Erwin Jornalista p

Mateus Ndeshikeya Representante do Sindicato

NUNW p

Mengela Ndeshi Economista MFMR p

Mhungu Dorcas Jornalista p

Page 47: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 43 Um projecto implementado por COFREPECHE

Apelido Nome Posição Organização Dia 17

Dia 18

Mungungu Hafeni CEO FOA p p

Nabuth Steven NUNW p p

Nambahu Ulika Vice-Presidente do Conselho Municipal

Conselho Municipal de Walvis Bay p

Nanyemba Thomas Director Hefdy p p

Ndeshikeya Mateus Representante do Sindicato

NUNW p

Nghipunya Mike Economista MFMR p p

Niingungo Shirikomweny Representante do Sindicato

p

October Christo Administrador MFMR p

Paulsmeier Volker GM Gendev p p

Pea Victor Analista sénior de política

MFMR p p

R.Shipumoshli Robert Director Vernier Investment p

S.B.Sichombe Boniface MET p

Shigwedha Vaino Biólogo da pesca MFMR p p

Shikongo Taini Biólogo da pesca MFMR p p

Shipopyeni Theo Fiscal marinho DMA p p

Stefansson Johannes MD Esia p

Stephanus Josef Membro NSWP p p

Tjizoo Beau Cientista MFMR p p

Uakumbua Benson Vice-Presidente do Conselho Municipal

Conselho Municipal de Walvis Bay p

Uanivi Uatjavi Biólogo da pesca MFMR p p

Van der Plas Anya MFMR p

Van Zyl Ben ES SEAFO p p

Victory H.Paulinus Organizador de filial -Walvis Bay

NAFAU p p

Page 48: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 44 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 6: Fotos do Workshop National de Parceiros da Namíbia

Fóto 1: Sua Excelência Sr. Bernhard Esau, Ministro das Pescas e Recursos Marinhos,

Fóto 2: Sua. Excia. Ulika Nambahu, Presidente do Conselho Municipal de Walvis Bay de Walvis Bay

Fóto 3: Participantes do Workshop Nacional de Parceiros sobre carapau

Fóto 4: Participantes do Workshop Nacional de Parceiros sobre carapau

Page 49: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 45 Um projecto implementado por COFREPECHE

Fóto 5: Participantes a discutir "questões de gestão"

Fóto 6: Participantes a debater "questões socioeconómicas"

Page 50: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 46 Um projecto implementado por COFREPECHE

Fóto 7: Mike Nghipunya, economista MFMR, fazendo uma apresentação

Page 51: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 47 Um projecto implementado por COFREPECHE

7.5.2.2 Relatório sobre o Workshop Nacional de Parceiros em Angola

O relatório nacional angolano encontra-se no Anexo 7.5.6.

7.5.2.3 Discurso de abertura no Workshop Nacional de Parceiros em Angola, em nome do Ministro das Pescas

Preparado pelo Especialista 2, com algumas modificações posteriores.

Ministério das Pescas Workshop Nacional

Preparação do Plano de Gestão da Pescaria de Carapau

Discurso de Abertura do Workshop

Sua Excelencia Vitória de Barros Neto Ministra das Pescas

Luanda, 18 Setembro 2013

Capitais da industria pesqueira, Representantes das organizações bilaterais e internacionais, Representantes dos Ministérios, Exmos. Directores Provinciais e Nacionais, Peritos e técnicos das pescas Senhoras e senhores Bem-vindo ao Workshop Nacional de preparação do plano de gestão da pescaria de carapau. Gostaria de agradecer a Comunidade Europeia, que financia o Projecto ACP Fish II, pelo apoio e financiamento deste Workshop e a preparação do plano. Gostaria de agradecer a Comissão da Corrente de Benguela pela iniciativa de solicitar este projecto. Quero também agradecer os nossos outros parceiros internacionais no desenvolvimento e gestão do sector das pescas, incluindo a Noruega, a FAO, o BAD e o FIDA. Gostaria de reconhecer a diversidade dos intervenientes na pescaria, os objectivos diferentes dos diferentes intervenientes, os pontos de vista diferentes, entendimentos diferentes. Esta diversidade de visões é uma riqueza, mas precisamos um plano de gestão para coordenar esta riqueza de conhecimentos e de esforços para atingir objectivos comuns.

Page 52: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 48 Um projecto implementado por COFREPECHE

O plano traduz as políticas nacionais e sectoriais em acções práticas. O plano facilita a articulação de objectivos comuns e de estabelecer metas e etapas de médio e longo prazo. Este Workshop é apenas um passo inicial. A pescaria de carapau é importante não apenas pelos produtores – o carapau é um componente integral da nossa comida – o abastecimento de pescado é fundamental para nossa nutrição e bem-estar. Em particular, o abastecimento de pequenos pelágicos a preços acessíveis às camadas mais desfavorecidas da população faz parte da nossa estratégia de segurança alimentar. Como s/ Excia. Ministro Dr. Salomão Xirimbimbi já havia dito – quando não há carne é mau, mas quando não há peixe, causa problema político. Neste sentido, enquanto este workshop focaliza a pescaria de carapau, conhecemos que as outras pescarias, dirigidas aos pequenos pelágicos, como a sardinela, são igualmente importantes, e possivelmente mais importantes para as camadas da população mais desfavorecidas. Neste sentido, em termos duma estratégia mais abrangente, um plano da pescaria do carapau deve ser inserido dentro duma estratégia da gestão das pescarias dos pequenos pelágicos. Ainda mais porque os outros recursos de pequenos pelágicos são frequentemente o alvo da mesma frota; os produtos são comercializados através dos mesmos armazenistas e retalhistas; e a procura duma espécie tem impacto no preço do outro. O nossoobjectivo é a gestão sustentável de todas as pescarias – a pescaria do carapau nos servir para um ponto focal para nossos esforços hoje. Mas as lições e conclusões deste workshop devem ser vistos em termos das pescarias dirigidas aos pequenos pelágicos, a eficiência de nosso sistema de gestão, a eficacidade de produção e abastecimento de pescado, quer de produção nacional, quer das importações o os circuitos de distribuição. A preparação e implantação dum plano de gestão leva tempo. Leva tempo ouvir e incluir as preocupações dos intervenientes. Leva tempo consultar e ajustar as medidas de gestão. Leva tempo melhorar o nosso conhecimento, os circuitos de comunicação e as capacidades humanas e institucionais. A comunicação e consultação com os intervenientes é fundamental para chegar a um entendimento comum, para partilhar uma visão comum, para resolver conflitos de interesse e para estabelecer uma cooperação conjunta. Precisa engrenar todos os intervenientes: os produtores, os processadores, as detalhistas e retalhistas, os consumidores e importadores. Como já foi dito, este Workshop é um passo inicial. As conclusões devem sinalizar o caminho para o futuro. As conclusões devem indicar etapas e metas realísticas. As conclusões precisam ser fundadas num consenso sobre o ponto de situação da pescaria, sobre a visão partilhada do futuro da pescaria, incluindo objectivos, orientações estratégicas.

Page 53: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 49 Um projecto implementado por COFREPECHE

O workshop precisa identificar as áreas de incertezas, identificar conflitos e abordagens para os solucionar, considerar o funcionamento do sistema de gestão e os efeitos das medidas de gestão corrente. O workshop deve considerar não só os aspectos de sustentabilidade biológica, mas também a sustentabilidade económica e aspectos sociais e de desenvolvimento regional. Gostaria também que os participantes considerassem os constrangimentos críticos, as acções para os resolver, e as medidas de financiar o desenvolvimento progressivo do plano de gestão e a sua implementação. Finalmente, nós reconhecemos que existe uma dimensão regional importante às nossas pescarias. Em Julho, S/ Excia. o Ministro das Pescas da Namíbia visitou Angola e juntos concordamos que as oportunidades para a cooperação no desenvolvimento e gestão das pescarias devem ser identificadas e implementadas no âmbito dos vários acordos internacionais, incluindo através da Comissão da Corrente de Benguela. Gostaria que os participantes propusessem acções praticas, realistas para aumentar esta cooperação regional. Desejo agradecer os participantes pela participação, vou esperar as vossas conclusões e recomendações com grande interesse. Bom trabalho.

7.5.3 Relatórios dos workshops de validação

Foram realizados workshops nacionais de validação separados em Angola (7 de Outubro de 2013, em Luanda) e na Namíbia (3 de Outubro em Walvis Bay, Namíbia).

7.5.3.1 Relatório do Workshop Nacional de pré-validação de Parceiros na Namíbia

Preparação para o Workshop Nacional de pré-validação da Namíbia

Um Workshop Nacional de Parceiros foi realizado em Walvis Bay a 17 e 18 de Setembro de 2013. No fim deste

workshop, os parceiros solicitaram que fossem mais envolvidos na formulação do plano de gestão da pescaria de

carapau da Namíbia (PGP) e especificamente, fossem dados a oportunidade de validar o plano final. O MFMR apoiou

totalmente esta proposta mas, devido ao facto de se tratar duma atividade adicional ao projeto, não foi possível financiar

o workshop. De igual modo, não foi possível para ACP FISH II e SAP IMP de fornecer um financiamento. Reconhecendo

a importância do MSF, a Associação de Pesca de Arrasto Pelágico interveio e cobriu os custos principais, o local e os

lanches.

O workshop teve lugar no Hotel Protea em Walvis Bay a 3 de Outubro de 2013. Em Anexo encontra-se o convite enviado

às partes interessadas; o Anexo 2 apresenta a agenda.

Vários dias antes do workshop, COFREPECHE enviou cópias do esboço do projecto de PGP (Anexo 3) a todas as partes

interessadas convidadas.

Atividades do workshop

Page 54: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 50 Um projecto implementado por COFREPECHE

Como no caso do workshop nacional de parceiros, o Workshop de pré-validação foi também acolhido pelo MFMR,

organizado pelo Programa BCLME SAP-IMP e facilitado por COFREPECHE.

Participaram aproximadamente 40 pessoas, incluindo representantes da indústria da pesca, de sindicatos, de ministérios

de apoio, de grupos ambientais e pesquisadores do MFMR, pessoal de política e planificação, inspetores e gestores

(Anexo 4).

O workshop foi oficialmente aberto pela Sra. Lucia Haufiku, em nome do Secretário Permanente Ulitala Hiveluah, que

não podia estar presente.

Um esboço do projecto do PGP foi apresentado pelo consultor COFREPECHE. Pretendia-se que, depois de uma breve

sessão de discussão aberta, os participantes formassem três grupos para discutir diferentes aspectos do PGP, na

mesma linha que nos grupos de trabalho formados durante a oficina anterior, ou seja:

ciências naturais (avaliação de estoques e o impacto do meio ambiente);

socioeconomia; e

aspectos de gestão.

No entanto, os debates em plenário foram tão úteis que, após uma breve consulta com os participantes, foi decidido que

o workshop devia continuar em plenário para o resto do dia.

O workshop foi fechado às 16:00 pelo Sr. Jerome Mouton, presidente em exercício da Associação da Pesca de Arrasto Pelágico e patrocinador do workshop.

Uma foto de alguns dos participantes é apresentada no Anexo 6.

Atividades pós-workshop

Em seguimento a mais consultas com as partes interessadas por e-mail e telefone, um esboço revisto do projecto de

PGP foi apresentado pelo Sr. Titus Iilende, Director-adjunto no MFMR, durante o workshop de validação em Luanda, a 8

de Outubro de 2013. Um PGP final foi apresentado a 21 de Outubro de 2013.

Page 55: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 51 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 1: Convite para o workshop nacional de pré-validação da Namíbia

Page 56: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 52 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 2: Agenda para o workshop nacional de pré-validação da Namíbia

Page 57: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 53 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 3: Projecto de plano de gestão do carapau tal como apresentado no workshop nacional de pré-validação na Namíbia Visão, metas e objectivos de gestão

A visão para a pescaria de carapau é consistente com a visão geral do MFMR, a saber “a utilização responsável e

sustentável do recurso de carapau, no sentido duma melhor rentabilidade económica e emprego para a Namíbia ".

Os quatro principais objetivos de gestão identificados devem, quando alcançados, conduzir ao cumprimento desta visão.

Estes objectivos são: 1. Recomendações e pareceres científicos permitem o uso responsável e sustentável do recurso de carapau –

GESTÃO DO RECURSO; 2. Uma melhor compreensão dos aspectos sociais e económicos da pesca garante que o desenvolvimento da

pesca de carapau beneficia um número grande de namibianos, direta e indiretamente – POLÍTICA, PLANIFICAÇÃO E ECONOMIA;

3. A gestão da pesca de carapau garante um recurso sustentável e ambiente de negócio estável, que promove a eficiência económica, com o mínimo de impactos sobre o ecossistema - GESTÃO

4. As leis e regulamentos referentes à pesca de carapau são implementadas duma maneira rentável - INSPECÇÃO

Objectivo 1: Recomendações e pareceres científicos permitem o uso responsável e sustentável do recurso de

carapau

Objectivo 1.1: Melhorar a precisão da avaliação da unidade populacional de carapau

Estratégia Indicadores Período

(a) Investigar e implementar melhorias nas estimativas de pesquisa, incluindo:

discrepância entre pesquisa e frequências de comprimento das capturas

Se for o caso, mudar a estratégia de amostragem

1 ano

separar as estimativas de biomassa de T. capensis e T. trecae

Estimativas de biomassa fornecidas para cada espécie

imediato

com auxílio da CCB, desenvolver um acordo com Angola, de modo a pesquisar todo a unidade populacional, inclusive no sul de Angola, ou para alinhar os cruzeiros angolanos e namibianos

Toda a unidade populacional pesquisada

1 ano

(b) Recomeçar a fazer medidas sobre idade e validar novos ratios idade-comprimento

Validação por pares concluída e novos ratios utilizados nas avaliações

1 ano

(c) Verificar se a estrutura reduzida de idade afeta negativamente a produtividade das unidades populacionais

Se necessário, recomendações para inverter esta tendência

1 ano

(d) Investigar a relação entre a CPUE e a abundância da unidade populacional

CPUE usado nas avaliações com ponderação

1 ano

Page 58: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 54 Um projecto implementado por COFREPECHE

cientificamente defensável

(e) Com a CCB, desenvolver uma estratégia de gestão e acordo de partilha de dados com Angola

Pesquisa e dados comerciais sobre carapau em Angola disponíveis

2 anos

(f) Estimar as capturas totais de cada espécie separadamente

Capturas fornecidas por espécie

2 anos

(g) Revisar por pares todas as avaliações Resultados das avaliações analisados

anual

Objectivo 1.2: Elaborar recomendações no sentido de assegurar que a pescaria de carapau tenha um impacto mínimo sobre o ecossistema

Estratégia Indicadores Período

(a) Melhorar a compreensão do papel trófico do carapau e as consequências da função alterada do ecossistema, incluindo a mudança de regime e as suas implicações

Revisão da avaliação de riscos ecológicos

de 3 em 3 anos

(b) Incorporar os índices ambientais nos procedimentos formais de avaliação de estoques

Índices utilizados na gestão de carapau

5 anos

(c) Verificar os níveis de capturas acessórias, incluindo a mortalidade acidental de espécies não-comerciais

Estatísticas fiáveis sobre as capturas acessórias

anual

(d) Elaborar recomendações para a redução capturas acessórias indesejadas

Recomendações apresentadas

imediato

(e) Avaliar o impacto potencial das mudanças climáticas e considerar opções de mitigação

A gestão atua com base nessas informações conforme necessário

contínuo

Page 59: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 55 Um projecto implementado por COFREPECHE

Objectivo 2 : Uma melhor compreensão dos aspectos sociais e económicos da pesca garante que o

desenvolvimento da pesca de carapau beneficia um número grande de namibianos, direta e indiretamente

Objectivo 2.1: Investigar vias para aumentar o emprego viável e de qualidade de Namibianos na indústria do carapau

Estratégia Indicadores Período

(a) Recolher dados sociais e económicos para o desenvolvimento de modelos multi-espécies, bioeconómicos e socioeconómicos e, em última instância, a plena implementação do EAF

Resultados dos modelos utilizados na gestão do carapau

5 anos

(b) Fornecer orientação em termos de política no sentido de a pesca de carapau e as empresas de processamento atingirem maiores níveis de acréscimo de valor:

o MFMR apoia as iniciativas de acréscimo de valor, adaptando regulamentos e políticas relevantes

Regulamentos e políticas revistas e adaptadas, se necessário

Dentro de 3 anos

alocando uma parte do TAC especificamente para acréscimo de valor

5 % do TAC alocado para acréscimo de valor

Dentro de 3 anos

alocando uma parte do TAC para o processamento em terra

15% do TAC alocado para processamento em terra

Dentro de 3 anos

negociar com os Ministérios das Finanças e de Comércio e Indústria, para dar aos processadores em terra o "estatuto de fabrico"

(c) Proporcionar uma orientação estratégica para uma melhor diferenciação das taxas de quota, no sentido de aumentar a proporção da tripulação Namibiana nos barcos (ver 2.3)

Aumentada a proporção da tripulação namibiana

contínuo

(d) Pesquisar formas de aumentar a formação dos Namibianos para posições seniores, tanto em terra como no mar, incluindo como oficiais de mar

Proporção de postos sénior ocupados por Namibianos aumentada

contínuo

Objectivo 2.2: Investigar formas de desenvolver maior propriedade namibiana na indústria de carapau

Estratégia Indicadores Período

(a) Pesquisar formas de induzir todas as entidades envolvidas na indústria, quer sejam armadores, operadores de navios, processadores em terra ou agentes de comercialização, a se tornarem mais Namibianos

Participação Namibiana na pesca aumentada

contínuo

Objectivo 2.3 Desenvolver políticas para garantir que taxas de quotas forneçam um nível adequado de receitas ao Governo

Estratégia Indicadores Período

Page 60: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 56 Um projecto implementado por COFREPECHE

(a) rever as taxas de quota e recomendar a sua subsequente revisão

Taxa de quota entre 5-15% do valor desembarcado

1 ano

(b) Como parte da revisão acima, considerar:

aumentar o diferencial de taxa de quota entre navios baseados na Namíbia e navios Namibianos

Proporção da tripulação Namibiana aumentada

contínuo

aumentar o diferencial de taxa de quota entre navios Namibianos e de propriedade estrangeira

Proporção de propriedade Namibiana aumentada

contínuo

implementar um diferencial de taxa entre peixe desembarcado em terra para acréscimo de valor e peixe desembarcado para transbordo

Aumento da proporção de capturas utilizadas para produtos de valor acrescentado

contínuo

(c) Melhorar a recolha, análise e reporte de dados Relatórios produzidos permitem avaliações socioeconómicas detalhadas

anual

Objectivo 2.4: Investigar e implementar formas de aumentar o consumo local de carapau

Estratégia Indicadores Período

(a) Investigar o desenvolvimento do marketing comercial para promover a distribuição de peixe por empresários de pequena e média escala

Produtos pesqueiros mais amplamente distribuídos em toda a Namíbia

3 anos

(b) Propor ao Ministério das Finanças que o carapau seja classificado como uma “fonte de alimento básico" quando é vendidos nos mercados locais, e portanto, ter um IVA de zero

Carapau isento de IVA 1 ano

Page 61: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 57 Um projecto implementado por COFREPECHE

Objectivo 2.5: avaliar a capacidade institucional, as habilidades, os equipamentos e os fundos necessários para o funcionamento eficiente do componente pesquisa do MFMR

Estratégia Indicadores Período

(a) Avaliar as necessidades em termos de recursos humanos, formação, retenção do pessoal, equipamentos e fundos para implementar estes objectivos

Relatório entregue 1 ano

(b) Investigar vias para desenvolver um apoio e uma assistência ainda maiores da parte da indústria e outros parceiros

Apoio e cooperação continuam a se desenvolver

contínuo

Objectivo 3: Melhorar a gestão da pescaria de carapau para garantir um ambiente de negócio estável, que

promove a eficiência económica, com o mínimo de impactos sobre o ecossistema

Objectivo 3.1: Manter a unidade populacional de carapau ao nível do MSY

Estratégia Indicadores Período (a) Continuar a basear as medidas de gestão nos melhores

dados científicos disponíveis Medidas de gestão não ultrapassam recomendações científicas

contínuo

(b) restringir alterações dos TAC para uma variação máxima anual de 10 % para cima ou para baixo, excepto em circunstâncias excepcionais

Estabilidade dos TACs contínuo

(c) Continuar a aplicar a abordagem de precaução onde existe incerteza

TACs fixados abaixo do rendimento máximo sustentável estimado

contínuo

Objectivo 3.2: Implementar medidas adequadas para assegurar que a pescaria tenha um impacto mínimo sobre o ecossistema

Estratégia Indicadores Período

(a) Aprovar e implementar os NPOAs sobre aves marinhas e tubarões e outras recomendações relevantes sobre capturas acessórias

Mortalidade de aves marinhas e tubarões, e outras capturas acessórias reduzida

imediato

(b) Introduzir as estratégias de gestão necessárias para salvaguardar o funcionamento trófico, tomando em consideração as mudanças no funcionamento do regime e as mudanças climáticas

em curso

(c) Rever as mudanças jurídicas, políticas e estratégicas na gestão do carapau que serão necessárias para melhor aplicação do EAF

Revisão concluída 3 anos

(d) Avançar no sentido da plena implementação do EAF EAF implementado 10 anos

Objectivo 3.3: Alocar TACs e quotas atempadamente e com transparência, e de maneira a promover a estabilidade

Estratégia Indicadores Período

Page 62: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 58 Um projecto implementado por COFREPECHE

(a) Emitir novos direitos, estender os direitos ou cancelar os direitos atempadamente, pelo menos 12 meses de antecedência, para permitir que os detentores dos direitos planifiquem a tempo e horas.

Direitos emitidos atempadamente

contínuo

(b) Assegurar que os detentores dos direitos aderem às declarações feitas aquando da aplicação para obter direitos (e na base das quais os direitos foram alocados)

Todos os detentores de direitos cumprem as suas obrigações

em curso

(c) Atribuir atempadamente quotas individuais aos detentores, com pelo menos 2 meses de antecedência

Quotas atribuídas atempadamente

contínuo

(d) Alocar quotas individuais na sua íntegra, com um máximo de 10% reservado, para que as empresas possam planificar suas operações do ano

> 90 % do TAC alocada no início da campanha de pesca

anual

(e) Finalizar a revisão da LRDC no sistema de alocação de quota e implementar as recomendações

Recomendações da revisão implementadas

2 anos

(f) Estabelecer um grupo de trabalho sobre o carapau para melhorar as comunicações entre o MFMR e todas as partes interessadas

Grupo de trabalho estabelecido

2 anos

Objectivo 3.4: certificar que investimentos apropriados são realizados pela indústria

Estratégia Indicadores Período (a) Implementar estratégias para reduzir a capacidade de

captura Capacidade alinhada com TAC

5 anos

(b) Pesquisar e implementar procedimentos para incentivar a demolição e/ou substituição de navios velhos, ineficientes e poluentes

2 anos

(c) Incentivar e apoiar as instalações de processamento em terra (ver 2.1)

Objectivo 3.5: Continuar a incentivar o apoio a projectos e iniciativas comunitárias

Estratégia Indicadores Período (a) Continuar a ter preocupações de responsabilidade social

em mente no momento da atribuição de direitos e quotas Dados publicados em relatórios económicos

contínuo

(b) Incentivar a indústria a continuar a apoiar/ a apoiar mais projetos comunitários

As comunidades locais beneficiam da pesca

contínuo

Objectivo 3.6: Certificar que o MFMR oferece os serviços necessários de gestão com eficiência de custos

Estratégia Indicadores Período

(a) Procurar formas de reduzir os custos de gestão, mantendo um nível de gestão apropriado

Custos de gestão publicados no relatório anual

anual

Page 63: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 59 Um projecto implementado por COFREPECHE

(b) A indústria apoia e assiste o MFMR além dos direitos

pagas aos Fundos de Recursos Marinhos e Observador das Pescas

Relatório anual anual

Objectivo 4: As leis e regulamentos referentes à pesca de carapau são implementadas duma maneira rentável

Objectivo 4.1: Garantir que as medidas de gestão sejam implementadas, monitoradas e respeitadas

Estratégia Indicadores Período

(a) Certificar que as medidas legislativas e de gestão das pescas atuais sejam suficientemente punitivas e estritamente aplicadas

Relatório sobre transgressões e sanções

anual

(b) Certificar que todos os navios da indústria, incluindo os navios estrangeiros e fretados, estejam em conformidade com a legislação internacional e namibiana em termos de segurança no mar e de trabalho

Imediato

(c) Garantir que todas as disposições da Convenção Marpol são rigorosamente aplicadas, incluindo a prevenção de descarte de resíduos no mar e perto da costa

contínuo

(d) Trabalhar com a indústria na recolha de dados sobre as capturas

Dados de qualidade disponíveis para análise biológica, social e económica

contínuo

Objectivo 4.2: Garantir que as medidas de gestão sejam adequadas e que sua aplicação seja consistente e harmonizada com a legislação nacional e internacional

Estratégia Indicadores Período

(a) Acertar e implementar a revisão proposta da Lei sobre os Recursos Marinhos e Regulamentos, garantindo que estejam harmonizados com diversos instrumentos internacionais, incluindo aqueles que lidam com MCS e medidas do Estado do Porto, e também a Convenção CCB

Leis e regulamentos atualizados

2 anos

(b) Trabalhar com a indústria, organismos internacionais e organizações não-governamentais no combate à pesca INN

contínuo

Page 64: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça
Page 65: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 61 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 4: Lista de presença dos participantes no workshop nacional de pré-validação da Namíbia

Page 66: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 62 Um projecto implementado por COFREPECHE

Surname 1st Name Position Organisation E-mail Phone

Amutenya Kondja Albatross task Force [email protected] 0812491790

Armas Leonard Union official Namibian Fisheries and Building Trading Union 0818139584

Arnold Jan General Manager NAMSOV/MTA [email protected]

Botes Frikkie National Coordinator BCLME SAPIMP Project (UNOPS) [email protected] 0811424006

Boyer Dave Expert Consultant COFREPECHE [email protected]

De Sousa Virgilio Jose Chairman Sinco Fishing (JV2) [email protected] 081 1280243

Draper Kelsea Social scientist UCT [email protected]

Espey Quentin Ecosystem Coordinator BCC quenting @benguelacc.org 0811438818

Feris Wessels Project Manager Namsov [email protected] 0811291301

Garden Hengua Marketing Namsov [email protected] 0813280000

Greeff Pieter Pilchard Ass. [email protected] 0811242462

Groenewald Winston Tech. GMM Mack Fishing [email protected] 0812913832

Hamukoto Gain Union official Namibian Fisheries and Building Trading Union [email protected] 0813185388

Hamunyela Ruben Vatileni Head of Ops, Fish. Obs. Agency MFMR [email protected] 0813858237

Haufiku Lucia Deputy Director MFMR [email protected] 0811273938

Ikera Claudius S. Snr Fisheries Inspector MFMR [email protected] 0813835955

Imbili Daniel Director Namibian Fisheries and Building Trading Union [email protected] 081 1295310

Jacobs Callie General Manager Erongo [email protected] 0811248294

Kachele Winnie Fisheries Biologist MFMR [email protected] 064-4101000

Kandanga T.Bethuel Director Epango Fishing [email protected] 081 3939646

Katjimune Brian Director Omahunju/Spoto [email protected] 0813456929

Mateus Ndeshikeya Union Rep. NUNW [email protected] 0812426773

Mengela Ndeshi Economist MFMR [email protected] 0812949059

Mouton Jerome Acting Chair MTA Namsov Fishing Enterprises [email protected] 064 219 904

Mundilo Lucia N. Snr Fisheries Inspector MFMR [email protected] 0812464773

Mungungu Hafeni CEO FOA [email protected] 081 4395498

Naboth Steven NUNW [email protected] 081 2048653

Nawyeba Thomas Director Hefdy Group of Companies [email protected] 0811247282

October Christo Administrator MFMR [email protected] 061-2053072

Paterson John Albatross Task Force [email protected] 0811487120

Paulsmeier Volker GM Gendev [email protected] 0811240300

Pea Victor Chief Policy Analyst MFMR [email protected] 061-2053118

Shigwedha Vaino Fisheries Biologist MFMR [email protected] 0813176008

Shikongo Taimi Fisheries Biologist MFMR [email protected] 064-4101143

Shivute Peter Chief Control Fisheries Inspector MFMR [email protected] 0811297949

Tjizoo Beau Scientist MFMR [email protected] 0812687796

Uanivi Uatjavi Fisheries Biologist MFMR [email protected] 064-4101176

Victory H.Paulinus Branch Organiser-Walvis Bay NAFAU [email protected] 081 2721668

Page 67: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 63 Um projecto implementado por COFREPECHE

Anexo 5: Alguns dos participantes do workshop nacional de pré-validação da Namíbia

Figura 4. Alguns dos participantes do Workshop nacional de pré-validação sobre o carapau

(foto tirada por Frikkie Botes)

Page 68: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 64 Um projecto implementado por COFREPECHE

7.5.3.2 Relatório sobre o workshop nacional Angolano de pré-validação e o workshop regional de validação

Relatórios pendentes da delegação Angolana no que diz respeito ao workshop nacional de pré-validação e ao workshop regional de validação nacional, realizados a 7-8 de Outubro de 2013 em Luanda.

República de Angola

Workshop Nacional de Pré-validação

Preparação do Plano de Gestão da Pescaria de Carapau

Ministério das Pescas, Luanda, 7 Outubro 2013

DRAFT AGENDA

Moderador: Especialista COFREPECHE

08:30–08:40 Boas-vindas e introdução Gabinete de Estudos e Planeamento

08:40-08:50 Apresentação do programa do workshop Direcção Nacional das Pescas

08:50-09:30 Antecedentes do projeto e introdução do projecto de plano de gestão Especialista COFREPECHE

09:30–10:30 Apresentação da proposta do Plano de Gestão da Pescaria de Carapau Especialista COFREPECHE

10:30–11:00 Intervalo café

11:00-12:00 Sessão de trabalho em grupos Moderador

12:00-12:45 Apresentações: Sumários das conclusões dos Grupos de Trabalho Moderador/ Presidentes dos Grupos

Discussão e conclusões Moderador e DNP

12:45–13:45 Encerramento do Workshop Secretária de Estado

Page 69: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 65 Um projecto implementado por COFREPECHE

Figura 5. Delegados da Namíbia e de Angola no Workshop Regional de validação em Luanda em 8 de Outubro de 2013

7.5.4 Apresentação da publicação na reunião científica anual da CCB em 23 de Setembro de 2013 em Windhoek

Desenvolvimento de planos de gestão das pescarias para o carapau Trachurus capensis e T. trecae, na Namíbia e em Angola, e recomendações para a cooperação transfronteiriça na gestão das duas pescarias.

D.W. Japp, D. Boyer, K. Kelleher e C. Lecouffe

Nós relatamos sobre a evolução no desenvolvimento dos Planos de gestão da pescaria (PGPs) para as duas pescarias comerciais de carapau no ecossistema de Benguela norte. Os planos estão a ser desenvolvidos pelas autoridades nacionais, com o apoio financeiro do programa ACP FISH II, e serão consistentes com o quadro e objectivos da CCB e a iniciativa BCLME SAP. Para Angola, o foco do PGP é Trachurus trecae, a espécie capturada historicamente pela frota de arrasto pelágico, e agora alvo de uma frota significativa de cerqueiros pelágicos e, numa escala menor, pelos pescadores artesanais. O carapau é um alimento básico em Angola e uma fonte-chave de proteína. Portanto, a gestão do recurso de carapau visa reconstruir os estoques de carapau, com a pesca se dirigindo para a auto-suficiência e a redução das importações. Para a Namíbia, o PGP centra-se no T. capensis e a frota industrial de arrasto pelágico e de pequenos cerqueiros pelágicos. Os planos incorporam disposições destinadas a limitar as capturas acessórias, no âmbito da pesca de carapau assim como nos setores que visam outras espécies, incluindo, em particular, a pesca demersal. Como em Angola, o carapau tem uma importância económica primordial, embora as pescarias que o exploram sejam notavelmente diferentes, e exigem uma abordagem de gestão diferente da abordagem aplicada em Angola. Os dois países também estão empenhados numa abordagem de ecossistema. Os PGPs também incluem aspectos relacionados com a socioeconomia, a monitoria, controlo e fiscalização, o mercado e a alimentação. Recomendações também são feitas sobre o desenvolvimento de modalidades eficazes de gestão e cooperação transfronteiriças para as pescarias de carapau entre Angola e a Namíbia.

7.5.5 Plano de gestão para a pescaria de carapau da Namíbia

Este documento é anexado separadamente, para ser utilizado como documento individual. Ele é apresentado utilizando o formato solicitado pelos beneficiários da Namíbia e, portanto, difere do formato do FTR. Ele será inserido aqui na versão papel do RTF.

Page 70: Relatório Técnico Final - · PDF file7.5.3 Relatórios dos ... Gostaríamos de agradecer a cooperação e o apoio dos ... elaborar recomendações para a gestão transfronteiriça

Apoio para a concepção do plano de gestão da pescaria de Carapau em Angola e na Namíbia

Relatório Técnico Final - Rascunho (AFA159R02A)

Projecto financiado pela União Europeia pg. 66 Um projecto implementado por COFREPECHE

7.5.6 Preparação do plano de gestão de carapau para Angola

Este documento é anexado separadamente, para ser utilizado como documento individual. Ele será inserido aqui na versão papel do RTF.

7.5.7 Recomendações para o Plano de Gestão transfronteiriço

Este documento é anexado separadamente, para ser utilizado como documento individual. Ele será inserido aqui na versão papel do RTF.