Caros Amigos,

Amor Remove todas

as Dificuldades Kamlesh D. Patel

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No dia 21 de julho de 1945, nosso amado Pujya Babuji Maharaj registrou a Shri Ram Chandra Mission, Shahjahanpur (U.P.), Índia, segundo as leis de Registro de Sociedades do estado de U.P. na Índia, no Cartório de Registros de Bareilly. E este ano estamos celebrando 75 anos do florescimento de nossa Missão. O que não é de conhecimento de todos, é que durante o período que antecedeu o registro da Missão e o período após, a Hierarquia dos grandes Seres intercomunicou a Babuji Maharaj os princípios e akhlaaq sobre os quais esta organização foi construída. Estes princípios de orientação permanecem tão frescos e essencialmente relevantes tanto hoje quanto o eram em 1940. Portanto, gostaria de compartilhar com vocês alguns trechos, cuidadosamente registrados no diário de Babuji Maharaj, que continuam nos guiando em direção ao que pode orientar nosso comportamento pessoal, a maneira como tratamos os outros, como trabalhamos juntos e como nos comportamos ou nos relacionamos com o Mestre. Este ano do jubileu de platina é a oportunidade perfeita de revisitarmos estes princípios e recalibrarmos nosso entendimento sobre espiritualidade. Se procurarmos estudar essas pérolas, refletindo a respeito de como estas se manifestam em nossas vidas e em nosso trabalho, seremos capazes de direcionar nossas intenções

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da mesma maneira como direcionamos o leme de um barco em direção à egrégora vibrante de akhlaaq. Nos tornaremos brilhantes embaixadores da Missão Shri Ram Chandra, atendendo ao propósito de sua fundação, há 75 anos atrás. Começamos por uma série de trechos do diário até o momento do seu registro. No dia 12 de outubro de 1944, o Senhor Krishna está, pela primeira vez, presente no diário de Babuji e, juntamente com Lalaji Maharaj, eles começam a preparar o terreno para a futura Missão. O Senhor Krishna compartilha algumas importantes orientações:

19 de outubro de 1944

SENHOR KRISHNA:

“Os princípios da vida devem ser muito simples.

1. Cultive o hábito de falar a verdade.

2. Abstenha-se de prazeres auditivos e visuais inúteis.

3. Ame as crianças. Respeite os idosos. Sirva os pais.

4. Viva honestamente.

5. Mantenha a boa intenção.

6. Não cobice o que pertence à outra pessoa.

7. Evite atitudes de ameaça aos outros.

8. Tente manter-se calmo e tranquilo.

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9. Refreie o impulse de pronunciar qualquer palavra que possa ferir o coração de outra pessoa.

10. Porém, não é proibido empunhar a espada diante do inimigo, contanto que seja para defender alguém.

11. Prece e reverência (sandhya) devem ser feitas duas vezes ao dia, ao nascer e ao pôr do sol. Em função dos diferentes horários, não propus sandhya uma terceira vez.

“Estes são princípios simples, que todos devemos observar.”

E alguns dias depois, Lalaji Maharaj complementa:

21 de outubro de 1944

VENERADO LALAJI:

Venerado Lalaji: “Os princípios do Senhor Krishna, acima mencionados, dizem respeito à prática.

1. Deus como entidade deve ser considerado um só.

2. Devemos nos abster de vários tipos inúteis de adoração. O fanatismo religioso deve ser execrado.

3. Somente Deus é digno de adoração. Um Deus assim é o que devemos reverenciar.

4. O Guru deve ser honrado.

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5. Tais princípios devem ser adotados, pois trazem benefícios aos outros.

6. A vida deve ser algo tão simples que, ao constatar isso, as pessoas tenham pensamentos que lhe causem uma boa impressão.

7. Sempre fui, e sigo sendo, contrário à adoração de ídolos. Sua densidão estraga o coração. Deveríamos fazer essa promessa na ocasião de nossa iniciação. A adoração de ídolos deve ser totalmente proibida.

8. É essencial observar todos estes princípios de boa conduta.”

a E alguns dias depois disso, Lalaji Maharaj dita a Babuji os princípios básicos que ele gostaria que seus seguidores obedecessem:

24 de outubro de 1944

VENERADO LALAJI:

1. “Em nosso sistema, muita ênfase é colocada na fé. Esse é o primeiro passo. É dever de todos os aspirantes amadurecer isso. Caso contrário, não conseguiremos extrair os benefícios apropriados.

2. Os aspirantes devem primeiro decidir em seus corações se este método, em particular, lhes fará bem, o que lhes será evidente através da prática. Depois deverá haver uma orientação para amadurecer a fé. Obedecer às ordens será, então, considerado um dever.

3. Deve ser compreendido pelos aspirantes que o que está sendo feito para eles não é mesmerismo, e sim uma maneira de nos conectarmos com o Supremo. Isso é o principal. Enquanto os aspirantes não estão decididos em seus corações e confiantes no Guia, não há necessidade de aceitar nenhum guru ou sistema.

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4. O caráter deve ser considerado o principal, e brahmacharya também é essencial. Assim dever ser a devoção, bem como o que quer que seja alcançado junto com isso.”

A Missão foi registrada em 21 de julho de1945. Até então, muitos outros grandes Seres tinham começado a se intercomunicar com Babuji e oferecer-lhe seu apoio. Um deles, que viria a ter um papel fundamental no estabelecimento da Missão Shri Ram Chandra, foi Swami Vivekananda, cuja presença foi registrada pela primeira vez em 1o de dezembro de 1944. Dois dias depois do registro da Missão, o papel do Swamiji ficou mais claro:

23 de julho de 1945

SWAMI VIVEKANANDA:

“Aceite e transmita minha sincera solidariedade e benção aos trabalhadores da Missão. É vontade da imperiosa Providência que haja uma organização assim, que não seja produto da mente humana. O esquema transmitido por mim é divino. Pode haver controvérsias em alguns pontos, mas isso não terá efeito sobre ele. Minhas orientações estarão presentes durante todo o tempo.”

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Por favor, observem o significado de “vontade da imperiosa Providência que haja uma organização assim, que não seja produto da mente humana. O esquema transmitido por mim é divino.” A Missão Shri Ram Chandra é claramente mais do que uma entidade legal, e seu Presidente mais do que um chefe. Estamos falando, aqui, de uma entidade divina, uma dádiva do alto, e um caminho em direção à Luz para a humanidade. Algumas semanas depois, Lalaji Maharaj oferece algumas orientações sobre o funcionamento da Missão:

17 de agosto de 1945

VENERADO LALAJI:

“O que desejo enfatizar é que a Missão é agora uma organização registrada. Então agora ela deve começar a funcionar.

1. Pessoas jovens e capazes devem ser selecionadas para fazer o trabalho;

2. Não deve haver considerações de idade em uma organização espiritual. Deve-se aceitar trabalho de quem quer que esteja apto a realizar o trabalho. Os mais velhos podem ser designados, e lhes deve ser permitido realizar o mesmo trabalho sem discriminação;

3. Distribuam o trabalho entre vocês, e todos vocês devem aderir aos princípios;

4. Ajudem-se uns aos outros em todas as questões. Se perceberem que o trabalho de alguém está esmorecendo, assumam o trabalho desta pessoa; e

5. Aqueles dentre vocês que têm mais tempo disponível, podem assumir mais tarefas. O amor mútuo deve continuar. Não há superior ou inferior. Aprendam isso a partir do meu exemplo. Eu não aprovo brigas em minha organização, tampouco aprecio mágoas por pouca coisa. Todo esse trabalho é meu. Façam o trabalho todo com essa ideia em mente. Caso surjam pontos divergentes, eu devo ser consultado e as minhas ordens prevalecerão.”

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Depois disso, Swami Vivekananda continua:

SWAMI VIVEKANANDA:

“Sou mais rígido neste ponto. Quero que a Missão seja conduzida de maneira calma e harmoniosa. Não é necessário nenhum espírito inflamado. Não estamos preparando vocês para um campo de batalha. Conheço a posição de Ram Chandra. Ele tem uma natureza mais gentil, e isso ele herdou de seu Guru.

“A organização pode se alicerçar nas bases da tolerância. O amor harmoniza tudo. A primeira coisa a se fazer é atrair seus irmãos com seus hábitos, modos simples e calmos. Quando alcançar este ponto, ensine-lhes as coisas com amor, e só então transmita as regras a serem seguidas. Ensine-lhes o serviço à humanidade e aumente o sentimento de fraternidade. Faça seu dever como irmão, tenha-os como um dos seus.

“Desenvolva neles o sentimento de solenidade e sinceridade. A melhor coisa em prol da organização é transformar-se num modelo a ser seguido.

“Em qualquer aspecto da organização, tome o exemplo de seu respeitoso Guru, que jamais pediu que outros fizessem o que ele mesmo não tivesse feito. É um grande equívoco considerar que as pessoas precisam das outras para fazerem o que elas mesmas não fazem. Tais pessoas não têm êxito. Quero pessoas práticas, com um bom coração e hábitos calmos,

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para serem designadas para executar vários trabalhos na organização. Aconselho vocês a avaliarem as pessoas em espírito de amor e solidariedade, bem como a terem o hábito de primeiro fazer o trabalho vocês mesmos antes de pedir aos outros que o façam.

“Eu lhes dei vários conselhos para que fizessem o que está em seu coração. Não se incomodem se o mundo estiver contra vocês. Não se incomodem se os seus irmãos e irmãs abandonarem vocês. Trabalhem pelo amor ao trabalho e sejam firmes naquilo que fizerem. Quando há tantos de nós aqui para aconselhar e guiar, não há o que temer. Tenham a certeza de que, cedo ou tarde, o sucesso prevalecerá. Mesmo se o sol explodir e o céu cair sobre as suas cabeças, façam o que têm de fazer.”

Swami Vivekananda, então, dá maiores detalhes sobre a maneira como podemos participar – primeiro como abhyasis e depois como instrutores (preceptores):

23 de agosto de 1945

SWAMI VIVEKANANDA:

“As pessoas de nível mais elevado em sua sociedade devem primeiro dar o próprio exemplo para os outros seguirem.

“Deveres gerais para todos os irmãos satsanghi da Missão Shri Ram Chandra:

1. Levante cedo pela manhã e siga as leis da Natureza;

2. Seja simples nos hábitos e regular no que diz respeito às refeições;

3. Seja piedoso e generoso;

4. Seja verdadeiro nas palavras, nos pensamentos e nas ações;

5. Tenha simpatia por todos da mesma maneira como tem pelos seus filhos;

6. Sirva todos os seus semelhantes dentro de sua capacidade;

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7. Considere o mundo todo como uma comunidade com a devida consideração pelos direitos de todos;

8. Tenha fé no Mestre, que é o Senhor supremo, e lealdade à Missão;

9. Devote tempo regular para sua abhyas todos os dias; e

10. Ofereça a prece antes de dormir, para o sucesso da Missão e para ter força para seguir as leis da Natureza e as diretrizes da Missão.

“Isso é o mais importante, e todos devem obedecer, sejam eles grandes ou pequenos. Casos especiais podem ser excluídos. Eles deverão seguir as ordens, sejam elas quais forem.

“Obrigações de um instrutor (preceptor):

1. Ensine os outros, treine-os como se fossem seus próprios irmãos;

2. Tenha amor fraterno e simpatia pelos abhyasis e, neste sentido, siga seu Guru inteiramente;

3. Fale de modo humilde e suave, como se estivesse falando consigo mesmo. As palavras proferidas devem ser como o fluir de um rio de águas calmas;

4. Abhyasis devem ser respeitados e amados de coração, como criaturas originárias do mesmo Deus; e

5. Conversas inúteis não são permitidas no horário do satsangh.”

Na sequência, Lalaji Saheb fala da importância de swadhyaya em nossa prática:

VENERADO LALAJI:

“Todos os membros da Missão devem manter um diário, no qual, de tempos em tempos, estes princípios são anotados e estudados a fim de removermos as falhas. Podemos fazer anotações sobre o que não conseguimos realizar e as dificuldades que ainda persistem.”

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Lalaji Saheb também expande suas orientações abrangendo princípios gerais sobre amizade e a melhor maneira de administrar a raiva:

6 de setembro de 1945

VENERADO LALAJI:

“Vou lhes dizer algo muito importante a partir de minha própria experiência: Amizade sobrevive somente quando existe, de ambos os lados, mútua apreciação e consideração no coração. Esta tem sido a minha maneira.”

Babuji: O que é veneno para espiritualidade?

Venerado Lalaji: “Raiva. Só quando estamos livres disso é que a moderação pode ser alcançada. Qual é o efeito produzido pela raiva? O sistema adquire peso e cria-se tensão. Consequentemente, a corrente livre e sublime da espiritualidade não consegue penetrar e fluir através do sistema, e o pensamento não pode se livrar do fardo que o sobrecarrega.

“Agora surge a pergunta de como podemos ficar livres da raiva e de seus efeitos. Eis a receita: Devemos nos considerar humildes e subservientes ao Mestre. Isso deve tornar-se uma questão de confiança e perfeita crença. Devemos seguir praticando isto até adquirirmos a mesma nota de humildade e subserviência em cada parte de todo o nosso sistema.”

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E mais tarde ele compartilha mais alguns princípios gerais de como devemos viver nossas vidas:

19 de outubro de 1945

VENERADO LALAJI:

“… podemos nos envolver nos assuntos domésticos, observando certos princípios:

1. Devemos procurar ganhar a vida de maneira a poder beneficiar os outros também, mas sem que isso acarrete nenhum sentimento desnecessário de preocupação ou confusão;

2. A recordação de Deus deve estar presente em todos os trabalhos;

3. Lidar com os outros deve refletir uniformidade. Isso significa que todos têm em mente que tal e tal pessoa não está deixando a desejar no desempenho das tarefas designadas a ela;

4. O amor deve escorrer de cada parte da nossa fala e do nosso comportamento;

5. Todos deverão considerar um dever seu servir uns aos outros;

6. Cada um deve receber o que lhe é justamente devido;

7. A ideia de machucar alguém deverá desaparecer do coração; e

8. Todos devem ser considerados criação de Deus, e somente Ele deve ser tomado como Mestre. Todos devem ser vistos sob a mesma luz e receber a mesma consideração, sem distinção alguma, quer façam parte do satsangh, quer não.

“Estes princípios dizem respeito à maneira de lidar com todos em geral.”

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No início de 1946, o Senhor Buddha também começa a oferecer orientações aos praticantes e instrutores do nosso sistema:

10 de fevereiro de 1946

SENHOR BUDDHA: (SEGUNDA LIÇÃO)

“… É um grave erro deixar tudo para o Guru. Para falar a verdade, cuidar das necessidades de seus discípulos não é seu único trabalho. Especialmente para grandes personalidades como Ram Chandra, é obrigatório que tal pessoa tenha lazer e descanso, para que seu coração e sua mente encontrem paz e ele possa devotar seus esforços para o trabalho de Deus.

“Uma coisa frequentemente mencionada em seus satsangh: ‘Entreguei tudo ao Mestre,’ é mera especulação. Eu entendo que ninguém ainda tenha sido capaz de fazer isso realmente. Um exemplo disso é possível em um caso único, se tal. Mas isso não significa que as pessoas devam abandonar a prática de render-se ao Mestre e parar de tentar fazê-lo. Tentar pode ser feito com profunda sinceridade.

“Render-se ao Mestre é uma prática muito especial, mencionada pelo Senhor Krishna em seu Gita. Antes de iniciá-la, um ser humano pode fazer muito de si. É algo único, cuja consequência e destinação são uma mesma coisa. Tais personalidades já vem perfeitamente estruturadas. Mesmo assim, seja lá o que a pessoa

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conseguir fazer nessa direção, é benéfico e ajuda a melhorar. É dever do discípulo buscar o mínimo de ajuda do Mestre. O que não significa que os discípulos devam parar de ir até Ele.”

20 de fevereiro de 1946

SENHOR BUDDHA: (QUINTA LIÇÃO)

“... Agora, as pessoas que compartilham treinamento espiritual devem ser dotadas com as qualidades enumeradas aqui:

1. O aspecto interno e o externo devem ser uma mesma coisa. Isto eu digo em respeito à espiritualidade somente. Já no que diz respeito às questões mundanas, as pessoas, as vezes, têm de ir contra estes princípios. O objetivo consiste em ter os dois aspectos, o interno e o externo, perfeitamente equilibrados, de forma que não haja nenhuma diferença entre eles. Nenhuma parte de personalidade deve estar em oposição à personalidade integrada. Seja lá o que necessitemos, onde quer que seja, podemos sentir uma ênfase nessa direção ao mesmo tempo em que permanecemos desapegados de tudo isso. Ou seja, não devemos absorver as impressões dessa ênfase ou força em nossos corações;

2. Também é necessário que o equilíbrio esteja presente mesmo enquanto prevalece a fase da excitação.

Aqui, raramente encontro este estado em alguém. Se alguém, como Ram Chandra, conseguiu vir a ser moldado assim, isso não conta. O que quero dizer é que todos devem tentar alcançar este estado. É dever seu tentar trazer as pessoas para este estado. Sem dúvida, desde o início, seu treinamento foi assim e continua assim, mas não há ninguém para apreciar isto. É possível que as pessoas consigam começar a extrair o sabor disso através do contato com você. O seu é um caso especial. Quero chamar a atenção dos preceptores do seu satsangh para este aspecto. Esta é a única razão pela qual perambulei nas florestas. Quantos problemas tive de enfrentar! Abdiquei de um reino, mas será que este (Nirvana) foi menos no que diz respeito à felicidade e estado

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de graça? Para falar a verdade, um império é insignificante comparado a este tesouro de felicidade infinita de Nirvana. Esta conquista não tem preço;

3. Que estas qualidades possam ser desenvolvidas em todos. O método consiste em fundir-se totalmente até o ponto mais alto possível. Somente isso devemos ter em vista;

4. Entretanto, o pensamento de que registramos tanto progresso não deve aparecer ou despontar;

5. Nenhuma obstrução ou investigação deve estar dentro de nós; e

6. Podemos nos sentir tão claros e tranquilos quanto o luar. Entretanto, continua sendo impossível explicar isso de maneira adequada a ser compreendida. Há alguém da área e da linha de frente que consiga alcançar esta calma em si mesmo?

“Oh, se o que está disponível para vocês tivesse cruzado meu caminho, eu não teria tido que caminhar pela poeira das florestas. Vocês consideram este período como algo comum? Vocês esperam se deparar com isso novamente? Que não aconteça de Ram Chandra ir embora carregando consigo toda essa riqueza espiritual!”

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E então, em 1947, temos a famosa intercomunicação de Swami Vivekananda, na qual ele pede que sejamos como fibras de uma mesma corda:

23 de setembro de 1947

SWAMI VIVEKANANDA:

“Estou aqui como observador nesta importante reunião da Missão, da qual depende o futuro desta organização. Eu quero que a Missão funcione harmoniosamente. Não quero que a maldade atue em nenhum nível. Todos devem unir-se e trabalhar pela mesma causa. Sejam como fibras de uma mesma corda. O futuro depende de vocês. Criei a Missão sozinho, e o resultado pode ser visto por vocês. Ela ganhou apoio em todo o mundo. Autoconfiança é a única coisa por trás do meu sucesso. Você não precisa se preocupar achando que a Missão não progredirá. Minhas palavras em Rameshwaram se transformarão em realidade. Meu Mestre está derramando chuvas de benção em todos vocês. Quando a sua Missão progredir, será na verdade um sucesso meu. … Agora, esta Missão é minha. As pessoas saberão disso depois do seu falecimento físico. Eu agora somente trabalho nessa esfera, assim como muitos sábios.”

Além dessas orientações sobre a formação da Missão, Lalaji Maharaj aconselha como os buscadores devem se comportar durante os grandes encontros ou bhandaras da Missão:

31 de julho de 1944

VENERADO LALAJI:

1. “Deve haver respeito mútuo entre todos;

2. Não deve haver questões de superior ou inferior;

3. Todos devem ser considerados por todos como filhos dos mesmos pais;

4. Nada deve ocorrer que não seja apreciado por outras pessoas;

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5. Desista de qualquer conduta inconveniente;

6. A mente deve ser orientada em uma única direção;

7. Não deve haver nenhuma apreciação por discussões desnecessárias – devemos cuidar somente dos assuntos necessários;

8. O verdadeiro propósito do bhandara é refrescar a memória a respeito daquele que está sendo celebrado;

9. Não deve haver nenhuma diferenciação entre gurus e discípulos de outros sansthas.

10. A chuva de Graça será a mesma em todos os lugares.” 11. ;

O que podemos absorver de todas essas passagens? Elas são ricas em instruções diretas, bem como em dicas sutis, e todas nos ajudam a moldar o nosso viver. E é de especial interesse o convite de Lalaji Saheb “para mantermos um diário, no qual, de tempos em tempos, essas orientações são anotadas e estudadas a fim de removermos as falhas. Podemos também fazer anotações sobre o que não conseguimos realizar e as dificuldades que ainda persistem”. Swadhyaya é um dos cinco pilares de Niyama, o passo que, no Ashtanga Yoga, diz respeito ao enobrecimento de caráter. Swadhyaya significa ‘estudo do eu’. A necessidade de auto-observação e autoanálise em nossa jornada espiritual é fundamental, nos permitindo desenvolver consciência de nossas intenções e ações. Nossos pensamentos

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e sentimentos são expressões do nosso estado interno. Portanto, testemunhá-los nos auxilia a estudar nosso estado interno. Para ressoar com o nosso Objetivo, precisamos trabalhar sobre o nosso caráter e trazer à tona os pensamentos e sentimentos que limitam nossa personalidade para que possam ser removidos. Como fazer isso sem autojulgamento e sentimentos de culpa e vergonha? Heartfulness é um caminho de autoanálise para a melhora e o refinamento contínuos, com autoaceitação e autocompaixão. Não se trata de nos enredarmos no peso causado por transgressões passadas, e sim de soltarmos e aprendermos a mudar. Sem os outros Niyamas – pureza, austeridade e satisfação interna – o autoestudo é difícil. Será que um coração impuro recorre ao autoestudo? Será que uma pessoa que não tenha passado por algum nível de refinamento e austeridade estará inclinada ao autoestudo? Será que um coração insatisfeito desejará estudar a respeito de si mesmo? Por favor, façam estas perguntas a si mesmos. Felizmente, Heartfulness nos permite praticar o autoestudo antes que tenhamos aperfeiçoado os outros Niyamas de pureza, simplicidade e contentamento. Como isso é possível?

Primeiro, através da meditação com Transmissão, aprendemos a testemunhar nosso universo interior com mais profundidade. Desta forma, quando surge alguma turbulência, nos conscientizamos dela e, através do processo de limpeza, a removemos. Aprendemos a ficar cada vez menos emaranhados nas emoções que percebemos dentro de nós.

Segundo, somos encorajados a manter um diário para estar mais sensíveis à nossa condição interna. Cultivamos a autoconsciência, autoaceitação e autoempatia. Como resultado, conseguimos soltar mais facilmente os velhos hábitos.

Terceiro, através da prece, ficamos mais aptos a ouvir nosso coração e mais sensíveis à sua sabedoria superior.

Quarto, através da prática da recordação constante, permanecemos constantemente conectados com a sabedoria interior, que pode nos ajudar a refinar o nosso eu.

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Swadhyaya inclui também a leitura e o estudo de nossa literatura, que são uma referência para a nossa jornada interior. Através da leitura, recebemos a sabedoria dos Mestres que já atravessaram o caminho e somos inspirados a continuar em frente. Nestes textos sagrados, há camadas e camadas de significados e conhecimento, e à medida que progredimos em nossa própria jornada, essas camadas de conhecimento vão se desdobrando. É exatamente isso que estamos fazendo aqui – estudando passagens do diário da Personalidade Especial, Babuji Maharaj, e aplicando sua sabedoria em nossas vidas. Neste processo, somos guiados cada vez mais em direção ao Objetivo, conforme o refinamento vai gradualmente cedendo à fusão. Podemos imaginar como seria pegar um destes princípios orientadores do diário de Babuji Maharaj, todos os dias, e estudá-lo dentro de nós, com uma atitude de contínua melhora? Qual seria o resultado geral se todos fizéssemos isso nos próximos seis meses ou um ano? E será que conseguiríamos abandonar esse processo depois de seis meses? Duvido. A autotransformação é algo contagiante. Uma vez que provamos de seus frutos, não podemos voltar atrás. Obviamente, isso requer coragem e paciência, mas toda iniciativa de peso, vale o esforço. Os princípios orientadores estabelecidos no início de nossa gloriosa Missão Shri Ram Chandra ainda são os princípios que norteiam a todos nós. Que possamos atender a este desafio, abraçando de todo coração os mesmos princípios. Com amor e respeito, Kamlesh

Por ocasião do 121º aniversário de nascimento do Pujya Shri Babuji Maharaj

e 75º aniversário da Missão Shri Ram Chandra