33
Londrina 2018 RENATA YUKA UEYAMA TANAKA SUPERADOBE: ALTERATIVA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

todos itens obrigatórios e os critérios utilizados na correção.

Londrina 2018

RENATA YUKA UEYAMA TANAKA

SUPERADOBE: ALTERATIVA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Page 2: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

Londrina 2018

SUPERADOBE: ALTERNATIVA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.

Orientador: André Machado

RENATA YUKA UEYAMA TANAKA

Page 3: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

RENATA YUKA UEYAMA TANAKA

SUPERADOBE: ALTERNATIVA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Ma. Flávia Gonçalves

Prof(a). Esp. Heloiza Melícia Barros Tonon Valoto

Londrina, 11 de dezembro de 2018

Page 4: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

Dedico este trabalho a minha família, que

me proporcionou toda a base que

precisava para poder realizá-lo.

Page 5: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

AGRADECIMENTOS

Em qualquer momento das nossas vidas é importante agradecer, e esse não

seria diferente.

Gostaria de agradecer a Deus pela oportunidade de ter obtido todo esse

conhecimento, ter conhecido pessoas e vivenciado momentos únicos nesses últimos

anos. Em especial a minha família, meus pais, Luís e Marina que estão longe, mas

que me proporcionaram tudo o que tenho hoje, com certeza esse diploma é de

vocês. A minha irmã Patrícia, por todos esses anos nunca ter saído do meu lado,

você foi minha força quando não tive. E a minha vó, que já não se encontra mais

presente nesse mundo, foi a senhora que me deu toda a bagagem necessária para

percorrer tudo isso.

Aos meus amigos – Gabriela, Amanda, Bruno e Guara – que compartilham

comigo momentos e conhecimentos, que contribuíram para melhor a minha vida. E

sempre me ajudaram.

Também aos colegas de classe, que compartilhamos todas essas manhãs

juntos. Realizando por trabalhos e provas uma pior que a outra.

E por fim todos os professores, que compartilharam todo seu conhecimento

para minha graduação. Sou muito grata.

Page 6: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

TANAKA, Renata Yuka Ueyama. Superadobe: alternativa de construção sustentável. 2018. 33. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2018.

RESUMO

Com tantos problemas ambientais que o mundo enfrenta realizar atos visando o bem estar ambiental é o que irá fazer a mudança. O superadobe é técnica que utiliza poucos materiais e há pouco desperdício comparado a outros modos de construção, consiste basicamente em um método de construção com terras ensacadas, que são empilhadas formando paredes e até mesmo o teto. Além de baixo custo e facilidade na realização da técnica em toda a obra. Será apresentado neste trabalho todo o método, os materiais e mão de obra necessária para a construção. Estão presentes também os benefícios e as desvantagens que esse sistema construtivo possui. É importante apresentar soluções que atendam as necessidades da sociedade e do meio ambiente simultaneamente. Engenheiros tem papel social de conscientizar os clientes a utilizar materiais e métodos construtivos que prejudique menos possível o meio ambiente. Todas as informações presente no trabalho sobre o tema serão realizadas através de pesquisas bibliográficas.

Palavras-chave: Superadobe; Sustentabilidade; Terra.

Page 7: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

TANAKA, Renata Yuka Ueyama. Superadobe: alternativa de construção sustentável. 2018. 33. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2018.

ABSTRACT

With so many environmental problems that the world faces doing acts aimed at environmental well-being is what will make the change. The superadobe is a technique that uses few materials and there is little waste compared to other modes of construction, it basically consists of a method of construction with bagged earths, which are stacked forming walls and even the roof. In addition to low cost and ease in performing the technique throughout the work. The method, the materials and the labor required for the construction will be presented in this work. Also present are the benefits and disadvantages that this constructive system has. It is important to present solutions that meet the needs of society and the environment simultaneously. Engineers have a social role to make customers aware of materials and construction methods that harm the environment as little as possible. All the information present in the work on the subject will be carried out through bibliographical researches.

Key-words: Superadobe; Sustainability; Earth.

Page 8: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Nader Khalili, criador do superadobe ..................................................... 17

Figura 2 – Cozinha industrial do Ecocentro IPEC .................................................... 18

Figura 3 – Teste na “Jarra Masson” ........................................................................ 21

Figura 4 – Esfera para teste e amostras testadas. .................................................. 22

Figura 5 – Sacos individuais de ráfia ....................................................................... 23

Figura 6 – Pesos e tijolos amarrados com linhas de nylon ...................................... 23

Figura 7 – Telas hexagonais juntos com os sacos de superadobe ......................... 24

Figura 8 – Suporte para o saco ............................................................................... 25

Figura 9 – Posicionamento dos sacos individuais ................................................... 27

Figura 10 – Detalhe da tubulação de espera deixada na fundação......................... 28

Figura 11 – Construção com teto de superadobe .................................................... 29

Figura 12 – Queima do saco para aplicação do reboco de cimento e areia ............ 30

Figura 13 – Aplicação do reboco de terra diretamente no saco .............................. 30

Figura 14 – Comparação entre o tijolo cerâmico e o superadobe quanto às médias

das temperaturas radiadiantes ................................................................................. 31

Page 9: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABRECON Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de Construção

Civil e Demolição

ECOCENTRO IPEC Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado

Page 10: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13

2. SUSTENTABILIDADE ............................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

3. PRINCIPAIS MATERIAIS E MÃO DE OBRA .................................................... 20

4. TÉCNICA CONSTRUTIVA E AS VANTAGENS DO SUPERADOBE ............... 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 33

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34

Page 11: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

13

1. INTRODUÇÃO

Ao longo da história humana é possível observar que os homens construíam

as coisas de acordo com sua necessidade, sem visar os danos que poderiam

causar. Não se preocupavam com a possível falta de matéria prima ou o impacto

ambiental causado. Porem, nos últimos anos a história mudou e surgiu a

necessidade de técnicas e tecnologias que propiciem qualidade e conforto à

sociedade e ao meio ambiente. Surgiu então em 1984 a técnica do superadobe,

utilizado para construir casas utilizando como principal material a terra, sendo um

modo mais sustentável, econômico e rápido de construção.

Essa técnica que ficou conhecida através de um concurso realizado pela

National Aeronautics and Space Administration (NASA), que buscava métodos

construtivos para uma base lunar. O autor é um arquiteto iraniano chamado Nader

Khalili. O superadobe é um método construtivo de baixo custo comparado ao de

alvenaria, rápida execução e baixo impacto ambiental. É uma técnica simples e não

é necessária mão de obra especializada, se baseia em terras ensacadas formando

paredes e tetos. O intuito é utilizar a terra local da obra.

A construção civil, de acordo com John (2004) é responsável por utilizar entre

20% e 50% do total de recursos naturais utilizados na sociedade. Esse setor

consome grandes quantidades de materiais com significativo conteúdo energético,

que em algumas vezes precisam ser transportados a grandes distâncias. É

importante ter opções de construções ao nosso alcance, poder ter uma técnica

alternativa que vise melhorias tanto ao consumidor quanto a natureza.

Mesmo com os pontos negativos ligados a construção civil, a sociedade é

totalmente dependente dela. Substituindo o método convencional de construção do

Brasil, por alternativas mais sustentáveis como: o superadobe. O que mudaria

quanto ao custo, resistência e desperdícios utilizando essa técnica?

O presente trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica realizada com o

objetivo geral demonstrar um método de construção alternativo que seja sustentável

e possa ser utilizado no Brasil. E para atingir o mesmo segue os seguintes objetivos

específicos: apresentar o método do superadobe, o seu autor, a técnica de

construção e os benefícios quanto a sua utilização.

A pesquisa para apresentação dos dados deste trabalho sobre o superadobe

foi realizada através de uma coleta de dados de livros, artigos científicos e sites de

Page 12: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

14

banco de dados. O período dos artigos pesquisados será durante os últimos 20

anos.

Page 13: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

15

2. SUSTENTABILIDADE

2.1 Construções sustentáveis.

Atualmente é visível a conscientização da população em relação ao meio

ambiente, cada dia mais há novos estudos e métodos aplicados visando à harmonia

entre os seres humanos e a natureza.

Toda essa preocupação é explicada após ver os dados resultantes de

pesquisas relacionadas à poluição e resíduos gerados pelo mundo. A construção

civil é um dos maiores vilões quando se trata desse assunto. Segundo Marques Neto

(2005), o Resíduo Sólido da Construção Civil (RCC) gerado, representa de 51% a

70% dos resíduos sólidos urbanos. Além de ser grande consumidor de matéria prima

e energia.

Apesar de todo resíduo gerado, a maior parte dele – cerca de 70% - poderia

ser reaproveitado, mas não são. No Brasil, anualmente, R$ 8 bilhões são

desperdiçados por não reciclar esses materiais, de acordo com a Abrecon (2011)

(Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e

Demolição).

Com essa falta de investimento em reutilização dos materiais desperdiçados,

é mais fácil utilizar de métodos que não faça uso de abusivo de material e recursos.

Para isso construções com tijolo ecológico, taipa de pilão, COB, superadobe entre

outras técnicas e materiais são consideradas construções sustentáveis.

Uma construção sustentável é um sistema construtivo que atende as

necessidades de edificação, habitação e uso do homem promovendo alterações

conscientes no entorno, preservando os recursos naturais e a natureza para que as

gerações atuais e futuras tenham qualidade de vida.

De acordo com Araújo, construção sustentável deve pensar sobre a própria

construção e tudo que a envolve. Abordando uma busca em um novo paradigma: o

de intervir no meio ambiente, preservando-o e, em escala evolutiva, recuperando-o e

gerando harmonia no entorno.

Uma obra sustentável segundo Silva (2017), leva em conta o processo na

qual o projeto é realizado, quem utilizará os ambientes, duração da vida útil e se

futuramente terá serventia em outros propósitos ou não. Aos materiais utilizados na

obra deve se preocupar com a necessidade, desperdício, energia gasta durante o

processo de fabricação e se depois esses materiais podem ser reaproveitados.

Page 14: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

16

2.2 O que é o superadobe.

A técnica do superadobe ficou conhecida no ano de 1984, com a realização

de um simpósio organizado pela Agência Aeroespacial Norte Americana (NASA),

intitulado Lunar Bases and Space Activies of the 21º Century, que tinha como

objetivo reunir engenheiros e arquitetos para discutir viabilidade de construções na

lua. O superadobe se destacou como uma das melhores soluções arquitetônicas,

devido as suas vantagens. Uma das vantagens da técnica é de usar o próprio solo

lunar para preencher os sacos, não havendo necessidade de transportar muito

material, no momento da construção evitar grandes obstruções no meio ambiente e

oferece conforto térmico (BRANDÃO, 2009).

O criador dessa técnica é um arquiteto iraniano chamado Nader Khalili (1936

– 2008). Khalili é iraniano por nascimento e californiano por opção, formou-se em

arquitetura na Califórnia em 1970. Foi fundador e diretor da Fundação Geltaftan

(1986), e também do Instituto de Arte e Arquitetura da Terra da Califórnia (Cal-Earth,

1991). (CAL EARTH)

Sua técnica levou 23 anos pesquisa sobre o tema para ser uma construção

de baixo custo, segura e rápida. Para sua pesquisa Khalili viajou de motocicleta pelo

Irã para chegar ao melhor resultado. Após ter utilizado muito tempo tijolos de barro

no desenvolvimento da técnica, concluiu que a utilização de sacos seria mais

simples, criando assim a técnica do superadobe. (GOUVEIA, 2008). Ao fim de sua

pesquisa Khalili chegou a uma arquitetura tradicional de terra nos desertos do Irã e

adaptado para o uso moderno. (CAL EARTH)

Khalili era um arquiteto, autor, humanitário, professor e inovador. Tinha como

missão capacitar pobres e refugiados do mundo a construir casas usando a terra

encontrada sobre seus pés. Acreditava que qualquer pessoa podia construir um

abrigo. (CAL EARTH)

Page 15: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

17

Figura 1: Nader Khalili, criador do superadobe

Fonte: CalEarth

Nader Khalili vem utilizando há um tempo esse sistema construtivo na

Califórnia, onde demonstrou uma de suas vantagens: a resistência por um fenômeno

natural, os terremotos. Fenômeno muito ocorrido na região dos Estados Unidos.

(LENHARDT, 2005)

A técnica do superadobe surgiu no Brasil há 10 anos, pelo Ecocentro IPEC

(Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado). O Ecocentro IPEC desde 1999 é

um núcleo de atividades empreendedoras que demonstra soluções para o

empreendedorismo sustentável. O centro é aberto a visitações para aqueles que

querem conhecer e vivenciar construções e tecnologias que propiciam equilíbrio

entre a natureza e a construção (ECOCENTRO IPEC). Mas Santos (2010) possui

registro de edificações do ano de 2006 a 2009.

A maior edificação do hemisfério sul utilizando a técnica construtiva do

superadobe se encontra no Brasil, mais exatamente no Ecocentro IPEC na cidade

de Pirenópolis, Goiás. Essa edificação trata-se de uma cozinha industrial.

(ECOCENTRO IPEC)

Page 16: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

18

Figura 2: Cozinha industrial do Ecocentro IPEC

Fonte: Ecocentro IPEC

O superadobe é uma técnica construtiva que se baseia em sacos de terra.

Para a construção não utiliza de muitos materiais, utiliza basicamente saco de

polipropileno, arame farpado, terra e algumas ferramentas, como pás, martelo de

borracha, entre outros.

O processo de funcionamento é simples, os sacos são preenchidos com

terras úmidas e dispostos em camadas ou longas bobinas. Os fios de arame servem

como argamassa e reforço, são colocados entre as camadas dos sacos evitando

assim o deslocamento dos sacos, deste modo vai se formando as paredes e até

tetos. Esse tipo de técnica permite a realização de teto e paredes do mesmo

material. (CAL EARTH)

Esse sistema de construção permite formatos diferentes desde arcos

estruturais, formas retilíneas convencionais, curvas até abóbadas e cúpulas.

Construções como elementos de paisagismo, silos e até infraestruturas como

barragens, estradas, cisternas, e outras são possíveis com o uso dessa técnica.

(CAL EARTH)

Segundo o site da Cal Earth essas construções em superadobe podem durar

vários anos, para prolongar sua vida útil permanentemente deve-se engessar a

estrutura do saco. Esse revestimento no saco protege contra a erosão devido ao

clima e à água, além de proporcionar um acabamento estético agradável.

O superadobe é considerado um método de construção ecológica, pois os

materiais utilizados durante a construção podem ser reaproveitados ou reciclados, e

o material principal, que é a maior parte da construção pode ser obtida na obra, sem

Page 17: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

19

gerar gasto de transporte diminuindo assim o consumo de combustíveis não

renováveis. (BORGES)

Segundo Borges, além de ser um sistema construtivo simples, não se faz

exigência de uma mão de obra especializada, é uma técnica fácil e rápida de

aprender. Porem exige do construtor um grau de esforço físico para a construção

com superadobe.

Page 18: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

20

3. PRINCIPAIS MATERIAIS E MÃO DE OBRA.

3.1 Materiais de construção.

Para esse método construtivo não é necessário muitos materiais, não utiliza

de muitas ferramentas, nem maquinários. Esse é um método rápido e fácil de

executar. Os materiais necessários para a construção são o saco, o solo como

material de preenchimento e o arame farpado.

3.1.1 Solo

Segundo o livro escritos pelos autores Hunter e Kiffmeyer (2004), indica como

mais propício para a produção de superadobe na construção civil o uso de 30% de

argila e 70% de areia, porem é possível usar maior proporção de solo para o

preenchimento dos sacos. A presença da argila é necessária para o

desenvolvimento desta tecnologia, pois funciona para o solo como o cimento

funciona para o concreto, apresenta características de ser extremamente duro

quando há ausência de água e quando molhada é pegajosa e maleável. Para a

produção de superadobe não deve utilizar as argilas expansivas, são recomendadas

argilas mais regulares, com pouca ou sem expansão e contração. Para avaliar a

qualidade da argila existe um método prático a se realizar, é a avaliação quando

molhadas, se a argila se torna pegajosa e plástica não é expansiva e pode ser

utilizada na produção do superadobe, já se apresentar um aspecto gelatinoso a

argila é expansiva. Para o preenchimento dos sacos é recomendado o uso de solos

com teor de argila variando entre 5 a 30%, adicionado de areia e pedriscos de no

máximo 2,5 cm, essa combinação possibilita o preenchimento dos espaços vazios e

a cimentação realizada pela argila, dando a estabilidade necessária.

Para verificar a possibilidade da aplicabilidade do solo disponível entorno da

área a ser construída e de suas proporções no superadobe, existe um teste que

pode ser realizado que é o “teste do jarro”, consiste no preenchimento de metade de

uma “Jarra Masson” que é um recipiente cilíndrico de vidro, com a amostra do solo,

evitando horizontes que possuam matéria orgânica (que geralmente é a superfície) e

complementando com água. Após misturar a água com o solo, é realizada a

sedimentação entorno de 12 horas, verificando a sedimentação saberá da

possibilidade de uso desse solo. Se o solo apresentar menos de 5% de argila na sua

composição será um solo pobre, sendo necessária então a adição de cimento para

Page 19: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

21

substituir a argila. A figura 3 demonstra resultados de um teste. (HUNTER E

KIFFMEYER, 2004)

Figura 3: Teste na “Jarra Masson”

Fonte: Earthbag Building: The tools, tricks and techniques (2004)

A terra utilizada para colocar nos sacos deve estar úmida. E a umidade ótima

de compactação é diferente para cada tipo de solo, sendo assim necessário um

ensaio para determinar. O ensaio utilizado é o ensaio de compactação de Proctor,

descrito pela norma Brasileia ABNT NBR 7182:1968 – Ensaios de Compactação.

(ABNT, 1986b).

Existe também uma avaliação mais simples que pode ser utilizada para saber

a quantidade ótima de água a ser adicionado no solo, pega uma amostra do solo

adiciona água até à proporção que possibilite a produção de uma esfera sem

rachaduras. Depois de feita a esfera, é levantada até a altura do ombro e solta. Se

chegando ao chão à esfera se desfizer a quantidade de água para se adicionar foi

em uma proporção de 10%. Se ao atingir o chão a esfera não quebrar, mas se

rachar, o solo apresenta uma umidade de 20% que também pode ser usada. De

acordo com Hunter e Kiffmeyer (2004), essa faixa de 10 a 20% em massa de água

em relação ao solo usado, é considerada como ideais. Quando a terra é compactada

Page 20: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

22

com maior teor de umidade, há nas partículas das argilas um alinhamento que

promove uma interação atômica maior e após a secagem maior resistência. A figura

4 demonstra esse teste e as amostras sem rachadura e mostram os solos (da

esquerda para direita), de proporção de 10% a 20% de água adicionada.

Figura 4: Esfera para teste e amostras testadas.

Fonte: Earthbag Building: The tools, tricks and techniques (2004)

Depois de realizado todos os processos para a produção do solo para o

preenchimento dos sacos, este deve ser deixado curando por uma semana. Uma

verificação rápida das amostras é por meio de chutes e de 7,5 cm de altura e se as

amostras não desfragmentarem no interior dos sacos, o material está adequado para

o uso. É possível obtenção de um resultado mais preciso com uma norma peruana,

realizada pelo Instituto de la Construcción y Gerencia denominada E.80 (2006), os

testes são o ensaio de compressão axial e uma resistência mínima de 0,19 MPa e

um ensaio de compressão diagonal que deve ter a resistência mínima de 0,6 MPa.

3.1.2 Sacaria

Os sacos utilizados para a construção com superadobe são os sacos de ráfia,

constituído de polipropileno, que possui dois tipos que são os individuais, e também

os sacos contínuos (DIAS, 2015). A escolha dos sacos varia de acordo com a

disponibilidade da região e das ferramentas necessárias. (SANTOS, 2015)

De acordo com Santos (2015), é necessário ter muito cuidado com a

exposição solar nos sacos, pois sua resistência aos raios ultravioleta é baixa.

Existem tratamentos para aumentar a resistência contra os raios U.V., mas

recomenda-se sempre cobrir a construção quando não estiverem trabalhando.

Page 21: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

23

Quando utilizado o sacos contínuos esses só podem ser preenchidos sobre a

parede, já os sacos individuais podem ser preenchidos tanto sobre as paredes como

no chão, mas por possuírem costura simples terminam com pontas que atrapalham

quando realiza o reboco. Uma solução é a inversão dos sacos ou esconder a ponta,

como Hunter e Kiffmeyer (2004) recomenda. A Figura 5 demonstra essa solução.

Figura 5: Sacos individuais de ráfia.

Fonte: Hunter e Kieffmeyer (2004); Earthbag Building (2015) e Hunter e Kieffmeyer (2004)

3.1.3 Arame farpado

Para garantir maior estabilidade entre as fiadas dos sacos de polipropilenos

são utilizado arames farpado, o que garante maior resistência à tração da

construção. Recomenda-se o uso de arames galvanizados, para evitar que o arame

enferruje dentro das paredes. O arame é perigoso de manusear utilizar luvas, óculos

de proteção e ferramentas afiadas facilita o processo. Para manter o arame no lugar

são utilizados pesos ou tijolos amarrados com linhas de nylon. (SANTOS, 2015)

Figura 6: Pesos e tijolos amarrados com linhas de nylon.

Fonte: Earthbag Building: The tools, tricks and techniques (2004)

Para a posterior instalação de redes elétrica e hidráulica é recomendado a

colocação de uma tela hexagonal plástica de 6,7x0,48 m, semelhante à utilizada em

ganheiros, junto as terras ensacadas. Essa tela também oferece estabilidade após o

acabamento com o reboco. (DIAS, 2015)

Page 22: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

24

Figura 7: Telas hexagonais juntos com os sacos de superadobe.

Fonte: Hunter e Kieffmeyer (2004)

3.2 Mão de obra

Por se tratar de um método simples, a mão de obra utilizada para esse tipo de

construção não necessita de grandes conhecimentos técnicos, tornando uma boa

opção para construções de casas populares, pois pode ser realizada em mutirões,

eliminando a contratação de mão de obra especializada. (BRANDÃO, 2009)

Khalili o criador da técnica queria proporcionar para todo homem e mulher a

oportunidade de construir o seu abrigo em quase qualquer lugar da Terra, abrigos

que podem se tornar casas permanentes. Criando assim essa técnica simples,

rápida e que qualquer pessoa pode ajudar. (CALEARTH)

Page 23: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

25

4. TÉCNICA CONSTRUTIVA E AS VANTAGENS DO SUPERADOBE

4.1 Paredes

Para o preenchimento dos sacos é utilizado ferramentas diferente de acordo

com o saco de polipropileno escolhido. É utilizado um cano ou balde sem fundo,

atuando como um funil no buraco do saco, para auxiliar na entrada da terra úmida e

podem ser colocadas em um suporte de madeira ou metal, que mantém uma de

suas extremidades abertas enquanto são preenchidas. (DIAS, 2015)

Figura 8: Suporte para o saco

Fonte: Earthbag Building: The tools, tricks and techniques (2004)

De acordo com Hunter e Kiefmeyer (2004), no preenchimento são

necessárias pelo menos três pessoas. Sendo uma para segurar o balde ou funil com

o saco, sacudir para assentar a terra e caminhar para trás à medida que o saco é

preenchido. Outra pessoa recebe as latas com a terra para despejar no balde ou

cano e a terceira pessoa para encher as latas com terra.

No fim do preenchimento é necessário fechar o saco e para isso é preciso

realizar uma dobra e um fechamento com pregos. Isso faz com que os sacos de

polipropileno preenchido tenham um acabamento retilíneo para facilitar a conexão

entre as embalagens. (DIAS, 2015)

Page 24: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

26

Conforme Dias (2015), com os sacos já fechados eles são colocados

horizontalmente no local a ser construída a parede e é compactada para que a

espessura seja homogênea. Entre as camadas deve ser colocado horizontalmente o

arame farpado, isso para que aumente a sustentação e evite o escorregamento da

parede. Como já citado a utilização de tijolo com fios de nylon, serpenteando as

camadas do superadobe para segurar o arame farpado, como na imagem do meio

da figura 6. Entre o arame farpado e a embalagem do saco é preciso inserir uma

chapa de metal, para que os dois materiais não se enrosquem e ocorra a perfuração

da embalagem.

Hunter e Kieffmeyer (2004) diz que ao fim de cada fileira da parede de

superadobe utilizando o saco contínuo, a sobra do saco deve ser enrolada e

dobrada para baixo da fiada finalizada, podem ser fechados com um nó ou também

com um lacrador industrial.

Em cada fileira é necessário a compactação dos sacos, essa compactação

pode ser feita por compactadores ou pilões de vários pesos e modelos, a critério do

usuário. É mais comum o uso de pilões de concreto, de madeira ou de metal. Já

para compactação lateral é utilizado a marreta é borracha, dando um acabamento

mais uniforme, pode afrouxar a lateral, mas geralmente é realizado para facilitar no

momento do acabamento. (SANTOS, 2015)

Quando realizado com sacos individuais o posicionamento correto deles é o

que proporciona a estabilidade vertical, impedindo que o solo perca a resistência e

ocorra a movimentação. As extremidades dos sacos devem ser posicionadas lado a

lado, dando um espaço máximo de 1,25 cm entre as extremidades, para que a

compactação proporcione o ajuste perfeito conforme demonstra na figura 9.

Page 25: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

27

Figura 9: Posicionamento dos sacos individuais.

Fonte: Earthbag Building: The tools, tricks and techniques (2004)

Os sacos preenchidos individualmente devem ser alocados de maneira que

as juntas não se encontrem em relação com a fiada de baixo. Já em sacos contínuos

devem ser alocados alternadamente nas quinas e deve evitar que as emendas se

alinhem verticalmente. (SANTOS, 2015)

4.2 Fundações

Como no sistema convencional é preciso se fazer a preparação do terreno,

este também se faz necessário do mesmo modo e orientada como profissional. As

edificações devem ser construídas em terrenos planos e com mínimos três metros

entre a construção e a encosta mais próxima. (MINKE, 2001)

A fundação desse tipo de construção pode ser feito de vários tipos de

material. Concreto ou pedras argamassadas para terrenos mais instáveis ou

alagadiços, ou até mesmo o próprio solo de preenchimento pode ser utilizado em

terrenos mais estáveis. (SANTOS, 2015)

A fundação deve ter uma parte enterrada e uma parte acima do nível do solo.

É importante que o topo da fundação seja impermeabilizado, principalmente em

áreas de alta pluviosidade ou alagadiças. Recomenda-se também deixar saídas na

fundação com proteção de verga ou tubulação de concreto para suportar o peso da

parede para as fundações e a fiação, como a figura 10 demonstra. (DIAS, 2015)

Page 26: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

28

Figura 10: Detalhe da tubulação de espera deixada na fundação.

Fonte: Earthbag Building: The tools, tricks and techniques (2004)

4.3 Aberturas (janelas e portas)

As aberturas para portas ou janelas podem ser feitas com vergas em arco ou

retilíneas. Arcos e vergas podem ser feitos em terra ensacada estabilizada e

reforçada com vergalhões. As vergas retas podem ser de madeiras ou concreto

armado e os arcos são feitas com apoio de fôrmas de madeira. Em todos os casos é

importante que a verga seja maior que a abertura pelo menos 30 cm para cada lado.

(JACINTHO, 2010)

Para realizar a abertura podem-se deixar as vergas colocadas conforme se

faz a parede, deve-se posicionar no ponto mais alto da abertura, depois é

desenhada a abertura e efetuada o buraco no local desenhado (PROMPT, 2012). É

importante que marcos e vergas sejam suficientemente resistentes para suportar o

peso das paredes e cobertura. Outro ponto importante é as contravergas obter

pingadeira, para afastar a água da chuva das paredes. (GEIGER, 2011)

4.4 Cobertura

O Superadobe permite a utilização do telhado convencional, e quando bem

executada as paredes, elas possuem resistência para que o telhado seja colocado

Page 27: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

29

diretamente sem a necessidade de cinta. Mas a cinta é um elemento fundamental

para a edificação, interconecta as paredes, serve de âncora para o telhado e

distribui uniformemente o seu peso. (SANTOS, 2015)

Outra cobertura que pode ser feita é com o próprio superadobe, dando como

resultado uma cúpula, um arco girado em 180 graus. Cúpulas de superadobe são

construções extremamente fortes, passaram por testes de código do terremoto de

Califórnia. Essa técnica é bem adequada para construções de arcos, cúpulas e

abóbadas. (CALEARTH)

Figura 11: Construção com teto de superadobe

Fonte: Calearth

4.5 Revestimento

É inadequado o uso de reboco de cimento e areia em construções em terra,

pois a terra é um material expansível. A norma ASTM (2010) aborda que o reboco

de cimento retém vapor de água dentro das paredes, causando saturação de

umidade e dissolução. Apesar a contraindicação, Khalili e Vittore (1998) usaram e

recomendaram. Pachecho, F. (2013) prefere pois são mais práticos e mais

resistentes que os de terra.

Page 28: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

30

Outra opção de reboco é o de terra, para sua confecção existem vários

aditivos naturais para serem incorporados para melhorar suas características. Com

isso existem várias receitas (traços) para a confecção, pode encontrar uma receita

em Minke (2013b) e em Hunter e Kieffmeyer (2004).

Para a aplicação do reboco alguns construtores rasgam ou queimam os sacos

para a aplicação direta no solo, quando bem compactado e coeso. Já outros aplicam

sobre o saco de polipropileno, mas para isso exige uma tela para facilitar no

momento da aplicação do reboco.

Figura 12: Queima do saco para aplicação do reboco de cimento e areia.

Fonte: Vieira (2015)

Figura 13: Aplicação do reboco de terra diretamente no saco.

Fonte: Calearth

Page 29: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

31

4.6 Vantagens da utilização do superadobe.

O superadobe se apresenta uma construção muito favorável em regiões com

climas tropicais. Segundo Martinaitis (2008), o superadobe apresentou maior

estabilidade e menor susceptibilidade às alterações climáticas quando comparado

com os tijolos cerâmicos, com temperaturas de irradiações relativamente constates.

Esse estudo evidencia que o superadobe fornece um conforto térmico melhor, pois

apresentou temperaturas mais baixas que o tijolo cerâmico quando houve maior

incidência solar, conforme apresenta a figura 14.

Figura 14: Comparação entre o tijolo cerâmico e o superadobe quanto às

médias das temperaturas radiadiantes.

Fonte: Superadobe (EARTHBAG, 2008)

Proporcionando melhor conforto térmico consequentemente o superadobe

proporciona uma diminuição no uso com refrigeração ou aquecimento do ambiente,

diminuindo o uso de energia elétrica, diminuindo assim a conta de energia elétrica

da construção. Proporciona também um conforto acústico.

De acordo com Croft (2011) a utilização de arame farpado entre os sacos é

importante, pois o arame aumenta a estabilidade da estrutura em 3,05%. Estes

estudos comprovaram a eficiência estrutural desse sistema construtivo, verificando

que o seu uso pode ser uma alternativa em substituição à alvenaria.

Por grande parte do material utilizado se encontrar no próprio local da obra,

evita gasto com transporte de materiais, minimiza a queima de combustível e os

Page 30: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

32

gases poluentes. E evita grandes extorsões no meio ambiente na realização da

construção (BRANDÃO, 2009). Por não utilizar de muitos materiais e de materiais

que não necessita de processos produtivo de grande gasto energético, e não

consumir pouco de matérias primas finitas.

Outra grande vantagem é a não necessidade de mão de obra especializada,

qualquer pessoa pode fazer a sua própria construção. É um trabalho que pode ser

voltado à construção de casas populares, pela simplicidade do processo, rapidez e

poder ser realizado em mutirões. Para ter uma ideia uma construção de 60 metros

quadrados pode ser erguida em 60 dias, tudo varia da quantidade de pessoas

trabalhando. (BORGES)

A utilização desse processo é mais em conta que o sistema de blocos

estruturais. Dias (2015), realizou um estudo comparativo entre o superadobe e a

construção em alvenaria, o superadobe apresentou um custo de 13% a 18% menor

que o sistema convencional.

Page 31: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente estudo demonstrou a possibilidade de uma

construção que reduza a utilização de materiais de alto impacto ambiental, como o

cimento, britas, areia, aço, entre outros. O superadobe apresenta a resistência

necessária e é mais sustentável quando comparada ao sistema de alvenaria comum.

Esse tipo de técnica é muito viável para construções de casas populares, pois

o custo é menor que o de alvenaria e mais rápido, a mão de obra pode ser realizada

em mutirões, até mesmo pelos próprios moradores, o que tornaria ainda mais rápido

a duração dessa obra.

Apesar de apresentar diversas vantagens para a construção, ainda não é

uma técnica muito conhecida, portanto não possui muitos estudos e normas sobre o

assunto. Este trabalho teve como objetivo apresentar uma alternativa de construção

e incentivar a utilização deste método tão eficaz e com baixo custo que ainda é tão

pouco utilizado. E promover a busca para novas técnicas mais sustentáveis.

Page 32: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

34

REFERÊNCIAS

ABRECON. Brasileiro produz por ano meia tonelada de resíduos de construção civil. 18 de outubro de 2011. Disponível em: < http://abrecon.org.br/brasileiro-produz-por-ano-meia-tonelada-de-residuos-de-construcao-civil/>. Acesso em: 20 de setembro de 2018.

ARAÚJO, Marcos Augusto. A moderna construção sustentável.

BORGES, Luiara; Colombo, Ciliana. Construções com Terra: Alternativa Voltada à Sustentabilidade. BRANDÃO, M.G.S. Bioconstrução: Aplicabilidade no Meio Rural como Forma de Desenvolvimento Sustentável e Possibilidades de Uso no Ambiente Urbano. Maringá, 2009.

CALEARTH. California Institute of Earth Architecture. Disponível em: <http://www.calearth.org/>. Acesso em: 19 de setembro de 2018.

CROFT, C. Structural Resistance of Earthbag Housing Subject to Horizontal Loading.2011. 62f. Trabalho de graduação (Graduação em Engenharia Civil) – Univesity of Bath, Bath, 2011.

DIAS, G. D. Viabilidade técnica e econômica do superadobe na construção de casas populares. 2015. 59 f. Trabalho de Graduação (Graduando em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2015.

ECOCENTRO IPEC. Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. Disponível em: < https://www.ecocentro.org/>. Acesso em: 19 de setembro de 2018. GEIGER, O. EARTHBAG BUILDING GUIDE: VERTICAL WALLS STEP-BY-STEP. Online: GEIGER RESEARCH INSTITUTE OF SUSTAINABLE BUILDING: 92 p. 2011. GOUVEIA, Douglas; VILLELA, Felipe; DAMÁSIO, Luana; RAMIRO, Renato. Superadobe: Materiais e técnicas II. Universidade Federal Fluminense, 2008. HUNTER, K.; KIFFMEYER, D. Earthbag building: the tools, tricks and techniques. Gabriola Island, BC: New Society Publishers: 257 p. 2004. JACINTHO, C. Entrevista: construindo com terra-ensacada. SANTOS, C. A. D. 2010. LENHARDT, Frederico P., Construção ecológica – O Super Adobe, 2005, disponível em: <http://www.brasilcidadao.org.br/noticias/textos.asp?id=118> Acesso em: 15 de setembro de 2018. MINKE, G. Manual de construcción para viviendas antisísmicas de tierra. Forschungslabor für Experimentelles Bauen Universidad de Kassel, 2001.

Page 33: RENATA YUKA UEYAMA T ANAKA

35

PROMPT, C. H. Arquitetura de terra em unidades agrícolas familiares: estudo de caso no oeste catarinense. 2012. 176 (Dissertação). PósArq, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC. SANTOS, Clarissa Armando. Construção com Terra no Brasil: Panorama, Normatização e Prototipagem com Terra Ensacada. 2015. Florianópolis. SILVA, Diogo Hilário ; SANTANA, Edjane da S.; SILVA, Jessica F. T.; ALMEIDA, Suelane; LIMA, Sandovário F. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL NA ENGENHARIA CIVIL. Ciências exatas e tecnológicas. Alagoas. 2017. V 4. n. 2. p. 89-100.

VIEIRA, Arthur Alves. Bioconstrução: Uma Revisão Bibliográfica do Tema e Uma Análise Descritiva das Principais Técnicas. 2015. Trabalho de Graduação de Gestão Ambiental. FACULDADE UnB DE PLANALTINA – FUP.