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Ano I - Nº 5 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Mai / Jun 2004 www.avbrites.com.br Reparo de DVDs: novo desafio para os técnicos Os técnicos andam um tanto alvoroçados com o reparo dos DVDs e a maior quantidade de e- mails que tenho recebido atualmente é pedindo dicas sobre este assunto. No boletim 4 já fiz algumas considerações sobre o tema e se você não teve oportunidade de ler a matéria recomendo-lhe que o faça. Para isto é só ir no site www.avbrites.com.br e “baixar” o dito cujo. Neste número vou passar algumas informações mais técnicas e quem sabe, alguns defeitos do tipo carta marcada, ainda poderão aparecer por aqui. A falha mais comum dos DVDs é o congelamento da imagem. O primeiro passo nesses casos é verificar se o problema ocorre com qualquer mídia ou com alguma(s) especifica(s). Mesmo que o cliente alegue que a mídia que trava ou congela na máquina dele, não trava na do amigo, ainda assim precisamos saber se as máquinas são exatamente iguais, isto é, mesma marca e mesmo modelo. Para saber mais sobre essa questão sugiro que você leia o artigo que publiquei no Jornal Ícone e que está disponível na seção de dicas do meu site. Uma vez determinado que o problema está mesmo na máquina o jeito é partir para “a guerra” e “bem armado”. Observe se o problema não está relacionado com aquecimento. Deixe a máquina funcionar aberta por algum tempo ou com uma refrigeração forçada por um pequeno ventilador. Paradoxalmente o “congelamento” da imagem pode estar ocorrendo por aquecimento do principal C.I dos DVDs: o “poderoso” MPEG. Se esta experiência não conduziu à solução, o próximo passo antes de se preocupar em conseguir esquemas e manuais que pouco ou quase nada irão lhe ajudar ou, o que é pior ainda, começar a futucar as frágeis PCIs do DVD, a melhor opção é trocar a unidade ótica. Uma boa parte desse tipo de falha está relacionada à dita cuja ainda que ela seja capaz de tocar CDs de áudio. Nem sempre o problema está na ótica propriamente mas, por exemplo, o motor de spindle (motor do disco) do qual é exigido um funcionamento mais preciso do que nos CDs deve, também, ser bem avaliado. O segundo vilão para esse tipo de falha é, como eu disse, o “poderoso” C.I. denominado MPEG e, como ele não costuma ser vendido, o jeito seria trocar toda a PCI o que está fora de cogitação. Nesta altura o conserto já estaria ficando mais caro que a compra de duas máquinas novas. Supondo que você chegou à conclusão que a falha está relacionada a PCI do MPEG você poderá realizar alguns procedimentos para tentar salvá- la mas, o cliente deve ser avisado das conseqüências para que você não se envolva num grande problema caso o “bichinho” resolva parar de vez. O primeiro procedimento seria ressoldar os C.I.s usando, preferencialmente, o soprador térmico HL-500 da Steinel (ver matéria no boletim 3). Se o DVD que você está tentando reparar for um Gradiente D10 verifique, quer dizer troque, a PCI do Servo que nesse modelo parece ter se mostrado ser uma “campeã “ de falhas (olha uma carta marcada aí). Um ponto importante em qualquer DVD é a presença de um oscilador de 27 MHz responsável pela digitalização dos sinais. Falhas nesse circuito acarretarão diversos problemas como: não faz nenhuma leitura, congela a imagem ou produz efeito mosaico. Localize o cristal de 27 MHz e ressolde-o bem, assim como o circuito onde ele está ligado. A verificação da presença desse sinal só poderá ser feita com o auxílio do osciloscópio entretanto, às vezes, ao colocar a ponteira do osciloscópio o oscilador pára pela carga que este produziu e aí temos um problema assim: se ficar o bicho come, se correr o bicho pega. E´ complicado mesmo. O fabricante deveria (???) informar Paulo Brites

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Ano I - Nº 5 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Mai / Jun 2004

www.avbrites.com.br

Reparo de DVDs: novo desafio para os técnicos

Os técnicos andam um tantoalvoroçados com o reparo dosDVDs e a maior quantidade de e-mails que tenho recebidoatualmente é pedindo dicas sobreeste assunto.

No boletim 4 já fiz algumasconsiderações sobre o tema e sevocê não teve oportunidade de lera matéria recomendo-lhe que ofaça. Para isto é só ir no sitewww.avbrites.com.br e “baixar” odito cujo.

Neste número vou passaralgumas informações mais técnicase quem sabe, alguns defeitos dotipo carta marcada, ainda poderãoaparecer por aqui.

A falha mais comum dos DVDsé o congelamento da imagem.

O primeiro passo nesses casosé verificar se o problema ocorrecom qualquer mídia ou comalguma(s) especifica(s).

Mesmo que o cliente alegueque a mídia que trava ou congelana máquina dele, não trava na doamigo, ainda assim precisamossaber se as máquinas sãoexatamente iguais, isto é, mesmamarca e mesmo modelo.

Para saber mais sobre essaquestão sugiro que você leia oartigo que publiquei no Jornal Íconee que está disponível na seção dedicas do meu site.

Uma vez determinado que oproblema está mesmo na máquinao jeito é partir para “a guerra” e“bem armado”.

Observe se o problema nãoestá relacionado com aquecimento.Deixe a máquina funcionar aberta

por algum tempo ou com umarefrigeração forçada por umpequeno ventilador.

Paradoxalmente o“congelamento” da imagem podeestar ocorrendo por aquecimentodo principal C.I dos DVDs: o“poderoso” MPEG.

Se esta experiência nãoconduziu à solução, o próximopasso antes de se preocupar emconseguir esquemas e manuais quepouco ou quase nada irão lheajudar ou, o que é pior ainda,começar a futucar as frágeis PCIsdo DVD, a melhor opção é trocara unidade ótica.

Uma boa parte desse tipo defalha está relacionada à dita cujaainda que ela seja capaz de tocarCDs de áudio.

Nem sempre o problema estána ótica propriamente mas, porexemplo, o motor de spindle (motordo disco) do qual é exigido umfuncionamento mais preciso do quenos CDs deve, também, ser bemavaliado.

O segundo vilão para esse tipode falha é, como eu disse, o“poderoso” C.I. denominado MPEGe, como ele não costuma servendido, o jeito seria trocar todaa PCI o que está fora decogitação.

Nesta altura o conserto jáestaria ficando mais caro que a

compra de duas máquinas novas.

Supondo que você chegou àconclusão que a fa lha estárelacionada a PCI do MPEG vocêpoderá realizar algunsprocedimentos para tentar salvá-la mas, o cliente deve ser avisadodas conseqüências para que vocênão se envolva num grandeproblema caso o “bichinho” resolvaparar de vez.

O primeiro procedimento seriaressoldar os C.I.s usando,preferencialmente, o sopradortérmico HL-500 da Steinel (vermatéria no boletim 3).

Se o DVD que você estátentando reparar for um GradienteD10 verifique, quer dizer troque, aPCI do Servo que nesse modeloparece ter se mostrado ser uma“campeã “ de falhas (olha umacarta marcada aí).

Um ponto importante emqualquer DVD é a presença de umoscilador de 27 MHz responsávelpela digitalização dos sinais.

Falhas nesse circuitoacarretarão diversos problemascomo: não faz nenhuma leitura,congela a imagem ou produz efeitomosaico.

Localize o cristal de 27 MHz eressolde-o bem, assim como ocircuito onde ele está ligado.

A verificação da presençadesse sinal só poderá ser feita como auxíl io do osciloscópioentretanto, às vezes, ao colocara ponteira do osci loscópio ooscilador pára pela carga que esteproduziu e aí temos um problemaassim: se ficar o bicho come, secorrer o bicho pega.

E´ complicado mesmo. Ofabricante deveria (???) informar

Paulo Brites

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Expediente

Coordenação GeralPaulo Brites

Jornalista ResponsávelCarlos Dei

Registro MTB 15173Tiragem

8000 exemplares

O conteúdo das matériasaqui publicadas é de respon-sabilidade de seus autores. [email protected]

Editorial

Paulo Brites

no seu manual de serviço(há!há!há!) o melhor ponto parafazer essa verificação, já que essafreqüência é primordial para ocorreto funcionamento do DVD.

Outra questão importante nofuncionamento do DVD estárelacionada às fontes dealimentação dos diversos C.I.s.

Verifique antes os valores dastensões com um voltímetro digitalde boa qualidade. Mesmo que osvalores DC medidos estejamaparentemente corretos podemoster problemas causados por ruídosespúrios chegando aos pinos dealimentação dos C.I. Identifiqueesses pinos (aí você vai precisardo esquema) e localize pequenoscapacitores SMD que podem estarligados a eles. Providencie a resoldagem destes capacitores comum ferro de solda de boa qualidade.

Acredite que pequenoscapacitores da ordem de 10 nFjunto aos pinos de entrada dealimentação dos C.I.s podem serfundamentais para eliminação deruídos espúrios provenientes dafonte. Nunca os menospreze.

O reparo de DVDs e no futurodos televisores digitais exige queo técnico reveja seus métodos detrabalho começando pela utilizaçãode uma estação de solda como aWTCPN da Weller e sejaextremamente cuidadoso quanto aESD.

O segundo passo é um bomconhecimento de eletrônica digitalque pelo que percebo é poucofamiliar a maioria dos reparadores.

Não adianta ter em mãos oesquema de um equipamento se otécnico não sabe distinguir um C.Ique trabalha com níveis TLL deoutro que opera como um CMOSou interpretar o resultado na saída

de uma porta lógica.

Então vamos começar aestudar e parar de ficar querendoconsertar apenas procurando nosforums e nos “livros de receitas”pela peça que se deve trocar pararesolver o problema sem saber oque se está realmente fazendo.

?

Estávamos guardando a sur-presa para o aniversário do Bo-letim mas, não teve jeito, tive-mos que antecipá-la. O boletim“tomou” o fermento do bolo co-memorativo antes da hora epassou para 8000 exemplares.

Agora vamos ter que arran-jar outra surpresa. “Azar” onosso. Sorte sua que ganha umpresente antes e outro depois.Também, quem manda caprichar,as pessoas gostam e pedemmais.

Já viram que tem um novopatrocinador “na área”: a Hardy.Eles viram o boletim, gostarame disseram, não queremos ficarde fora.

Tá legal. Se é pra anunciarque vende peças decentes agente arranja um espaço.

O mercado está carente depeças que funcionem, não émesmo?

Os fly backs nós já resolve-mos com a ajuda da HR. Agorasó falta o resto.

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Códigos de erro nos aparelhos de som PanasonicSA-AK XX E SC-AK XX

CÓDIGOSINTOMA CAUSA

H01 CASSETE NÃO FUNCIONA CORRETAMENTE FALHA NAS CHAVES DE DETECÇÃO

H02NÃO GRAVA OU GRAVA MESMO C/PROTEÇÃO NA

FITA

FALHA NACHAVE DE PROTEÇÃO DE

APAGAMENTO

H03NÃO TOCA FITA. MOTOR DO CASSETE OPERA

MESMO SEM FITAFALHA NA CHAVE DE DETECÇÃO DE FITA

F01QUANDO A TECLA PLAY É PRESSIONADA ELA

AVANÇA E PÁRA EM SEGUIDA

MICRO NÃO DETECTA PULSO DO CARRETEL(IC

HALL)

F02 TPS (TAPE PROGRAM SEARCH) NÃO FUNCIONA FLHA NO SINAL TPS

F15QUANDO CD É ACIONA DO DEMORA MAIS DE 8

SEGUNDOS PARA TOCAR

FALHA NO SWITCH DE DETECÇÃO DA POSIÇÃO

DA UNIDADE

F16 CHAVE DO MECANISMO DO CD VERIFICAR CONTATO DA CHAVE

F25 GAVETA FECHA IMEDIATAMENTE FALHA NA CHAVE DE DETECÇÃO DE GAVETA

F26 CD NÃO TOCAFALHA NO SISTEMA DE CONTROLE OU DO

SERVO

F27 CD NÃO TOCAFALHA NA CHAVE DE DETECÇÃO DO NÚMERO DO

DISCO

F28 CD NÃO TOCAPROBLEMAS NO MECANISMO DE

CARREGAMENTO

F61QUANDO O POWER É ACIONADO ELE DESLIGA

IMEDIATAMENTE

O CIRCUITO "DC DECT' DO MICRO DETETOU UMA

ANOMALIA

F75 NO DISC O MICRO NÃO FUNCIONA NA FUNÇÃO CD

Esses aparelhos de som daPanasonic apresentam Códigos deErro no display para ajudar o repa-rador a identificar a área da falha.

O Modo Diagnóstico pode serobtido da seguinte maneira:

1) Ligar o aparelho através datecla Power:

2) Pressionar a tecla TAPE eem seguida a tecla STOP manten-do-a pressionada por 2 segundos,pressione a tecla FF (sem soltar atecla STOP) até aparecer nodisplay a letra T indicando que estáno Modo Teste.

Após a correção da falha se-lecione a função CLEAR para queos códigos de erros sejam apaga-dos da memória.

O código mais comum é o F61e diversas são as causas para queele apareça.

O micro tem um pino denomi-nado DC DECT que ao detectaruma variação na tensão de refe-rência de 5 Volts envia para odisplay o código F61.

Alguns micros podem ter doispinos de monitoração: DCDET1 eDCDET2.

Um curto circuito ou consumoalém do normal que produza quedade tensão nas fontes fará com quea tensão do pino DCDET caia abai-xo de 5 Volts. Nesse momento omicro providencia o desligamentodo equipamento e envia o códigoF61 para o display.

Na maioria das vezes a falha éprovocada pela etapa de saída.

A maneira mais rápida de veri-ficar essa falha é desligandototalmene o STK.

Um mecanismo preso que pro-voque sobrecarga da fonte cuasaráerro F61.

Se mesmo após a desativaçãodo C.I de saída e a comprovaçãode que as fontes estão corretaso código F61 continuar aparecen-do, procure ver se algum compo-nente defeituoso não está enga-nando o pino DCDET do micro e co-locando um nível inferior a 5 Voltsnele.

O erro F61 é uma espéciede “erro fatal” do Windows.Qualquer distúrbio e lá vem o“erro fatal” !

O micro possui ainda um pinoidentificado por CDRST responsá-vel pelo reset dos comandos do CD.

Se esse pino não alcançar 5Volts num lapso de tempo pré de-terminado, o display apresentará ocódigo F75.

A tabela ao lado ajudará a en-tender os outros erros

Paulo Brites

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“No Disc “ Nem sempre a culpa é da unidade ótica !

Embora não seja a “minhapraia”, algumas vezes me aventuroa botar a mão num equipamentode áudio e numa dessas vezes,surgiu aquele problema,aparentemente fácil, que acabougerando essa estória.

Para os veteranos nosconsertos de CD a coisa pode sertrivial mas, para os novatos oudesenturmados no assunto (comoeu) o relato a seguir poderá sermuito útil.

O sintoma inicial era aqueleclássico, ou seja, não fazia aleitura de nenhum CD e exibia aconhecida mensagem “No Disc”.

Feita a limpeza da lente comcotonete e álcool isopropílico comode praxe e observado que havia omovimento de sobe e desce trêsvezes da lente na busca do foco,continuávamos na mesma.

Conclui, precipitadamente, quesó restava o óbvio ululante, ouseja, partir para a troca daunidade ótica (no caso, uma KSS210A) .

Parti para a troca semesquecer de dois pontosimportantíssimos que são:1) retiraro lacre da unidade 2) ressoldar osterminais de conexão do motor dabandeja do CD, o que é muitocomum ocorrer (ou vai dizer quenunca aconteceu com você ?)liguei o equipamento, coloquei umCD na bandeja e ... foi aqueladecepção pois, o CD nemameaçou girar.

O primeiro pensamento, que já

se tornou comum, foi julgar que aunidade ótica nova também estavaruim, embora o revendedor queme fornece unidades, até agora,tenha sido confiável, em setratando de unidades óticas , tudopode acontecer .

Solicitei ao cidadão, a trocada unidade o que foi feito no diaseguinte.

Coloquei a segunda unidadenova no lugar e ... nada mudou!O CD continuava inerte na bandeja

Como duas unidades novas eruins seria muita sorte (para nãodizer o contrário), comecei apensar em outros problemas quepoderiam ter ocorrido no monta edesmonta do mecanismo.

Observando atentamente ageringonça, num determinadomomento, notei que embora tivessecolocado a unidade no meio docurso a mesma não havia sedeslocado, como manda a “regra”,para a sua posição obrigatóriapróxima ao centro do disco.

Achei que era hora de me atera essa questão e após váriostestes verifiquei que em nenhummomento o motor sled , aquele quemovimenta a unidade, girava.Seria um problema no servo domotor sled ?

Como a posição da PCI do CDnão oferece facilidade para serealizar medições, utilizei-me doexpediente de soldar alguns fiosrígidos nos pontos mais críticospara possibilitar a verificação dastensões e formas de onda.

Ao verificar a polarização domotor sled, descobri que o mesmo

estava sendo al imentadonormalmente embora,permanecesse parado.

Parecia então, que o problemaestava solucionado.

Retirei o motor do lugar eapliquei ao mesmo umaalimentação externa com o auxíliode uma fonte ajustável reguladapara 2 volts e o mesmo continuouparado (a voltagem que alimentatanto este motor, assim como omotor do disco (spindle) érelativamente baixa). Rodando oeixo do motor com a mão, o mesmocomeçou a girar mas, comdificuldade, indicando que estavaruim.

Como não dispunha de ummotor desses para reposição,lancei mão de um recurso queutilizamos muito na manutenção desecretárias eletrônicas.

Tal recurso consiste emcolocar o motor “de molho” dentrode um recipiente cheio de benzinaretificada misturada com WD 40 ououtro tipo de fluído lubrificante edesengripante. Mas, você deverácolocar o motor ligado dentro desta“poçao mágica”.

Isso mesmo, o motor deve sermergulhado ligado, pois o seumovimento de rotação irá ajudaráa limpar as escovas e lubrificar abucha do eixo.

Manter o motor nesse ritmodurante mais ou menos uma hora,será mais do que suficiente paraque, em 90% dos casos, ele sejarecuperado totalmente.

E, realmente, após a re-instalação do motor em seu devido

Colaboração Fernando José

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1 ANO DE GARANTIA

Rua Ministro Antônio Carlos Magalhães, 152 Galpão 06Portão Lauro Freitas, Bahia, BrasilCEP 42700-000 (71) 379- [email protected]

lugar, a unidade passou a semovimentar normalmente e realizara leitura corretamente.

Como é que eu dei um moledesses ?

Desse caso devemos tirar alição de que é mais do que

necessário utilizarmos sentidosnaturais (visão, olfato e audição)no dia a dia da bancada, pois essessentidos podem nos auxil iarenormemente na solução deproblemas em vários equipamentoseletrônicos.

Uma boa observação visual

podia ter evitado a compra de umaunidade nova e demorado tantotempo para resolver um problematão simples.

Até a próxima edição!

?

Uma questão que, geralmen-te, aflige os técnicos reparadoresde TV é tirar a dúvida se o tunerou seletronic está realmentedefeituso.

E´ claro que esta duvida sódeverá permanecer após ser cons-tado que as tensões de 33, 12 e5 Volts estão CORRETíSSIMAS.

Se for um desses tuners mo-dernos pendurado no barramentoI2C precisamos ter certeza da pre-sença dos sinais SDA e SCL. Seaté aí tudo parece estar em or-dem, uma boa idéia seria substi-tuir a saída de FI proveniente dotuner “oficial” do TV por uma ou-tra verdadeiramente confiável

E como iremos conseguir estatal FI sem gastar muito ?

Muito fácil.

Você deve ter, com certeza,abandonado na sua oficina, umTV daqueles antigões com um

gerador de FI. E´só alimentar oseletor jurássico e “criar” uma ten-são de AGC e já temos a FI “articial”para colocar no lugar da “outra”.

Abra o caminho entre a FI quevem do tuner do TV e injete a“nova” FI. Se a imagem aparecer lána telinha você já sabe onde estáo defeito.

E se não aparecer ? Calma,não saia por ai trocando o y/c junglesem mais nem menos.

Nesse caso até a EEPROM podeser culpada. Mas, isto é assunto praoutro dia.

Também não troque a EEPROMpor enquanto. Dê uma boa geral noscomponente externos penduradosno C.I y/c jungle que tenham a vercom toda a parte de demodulação.

Construindo um “Gerador” de FI com a sucataSeletor de Canais (era assim quese chamava antigamente) mecâni-co e que funcionavam sem “frescu-ras” de data e clock e outra firulascomo os atuais.

Então, já está pronto o seu

Neste espaço pretendemos apresentar Idéias práticas, úteis e baratas que au-xiliem o reparador no seu dia a dia da oficina. Se você tiver algum “Ovo de Colombo”manda pra gente. Se nossa equipe gostar da idéia ela será publicada no Boletim evocê ainda ganhará um brinde.

Para isso, é muito útil termosà mão o diagrama com os blocosinternos do C.I, álias, uma coisaque eu percebo que os técnicosnão tem o hábito de analisar.

E agora, é só juntar esse “po-deroso” gerador de FI tupiniquimcom o gerador de barras da Sonytele você tem tudo que precisava.

Daqui pra frente, se não con-seguir consertar é melhor chamarum técnico !

Paulo Brites

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Era uma vez uma impressora que não puxava o papelColaboração Jonas Marques

E m b o r apossa pareceróbvio e muitosaté irão dizerque já sabemdisto tudo, éimpressionantever que na hora

“H” muita gente boa entra pelocano e paga aquele mico comocostumam dizer por aí.

Dia desses, um colega técnicome ligou perguntando onde poderiacomprar a placa lógica da suaimpressora jato de tinta HP660Cque, segundo ele, não acionava omotor do papel e por isso, aimpressora não fazia ocarregamento do papel.

Perguntei como ele chegara aesta brilhante conclusão, pois namaioria das vezes a placa éinocente quando ocorre uma falhadesse tipo. A resposta veio rápidae grosseira: - “Ora, eu medi astensões no motor e elas não sealteram. Depois eu usei umosciloscópio pra monitorar os sinaise nada acontece, portanto a placaestá bichada.”

Tentando evitar que o colegagastasse uma grana na placadesnecessariamente, continuei meexpondo as “gentilezas” do técnico,fazendo algumas perguntas paradetectar o problema real e acharuma solução mais acertada.Perguntei sobre o comportamentoda impressora (os sintomas) e elerespondeu já irritado: - “Já disse,ela não puxa o papel, eu mandoimprimir e ela nem tenta puxar opapel” .

Sem querer, o colega deu a

dica: - se ela nem tenta puxar opapel é porque ela não quer mesmocarregar o papel, ou seja, existeum problema antes docarregamento. Aí eu me arrisqueinovamente e perguntei: - você játestou os cartuchos?

Ora, e pra que eu ia testar oscartuchos se o problema é com opapel, mesmo porque os cartuchosestão cheios, eu mandei recarregaroutro dia. Afinal, você sabe ou nãosabe onde vende a placa lógica?

Diante de tamanha convicção,eu desisti da prosa e passei a ele otelefone da loja da placa mas,antes joguei a dica para ver se elepegava e aqui vai pra vocêtambém.

“Lembre-se, quando vocêlevanta a tampa da impressora ocarro pára no meio mas, quandovocê abaixa a tampa o carro temque voltar para o lado direito (irpara o kit de limpeza). Casocontrário, temos um problema como reconhecimento do cartucho”.

Ele desligou e, à tarde ligounovamente, já mais calmo equerendo saber mais sobre essaestória de cartuchos, pois para“desencargo” de consciência elehavia testado os cartuchos dele naimpressora do vizinho e, para suasurpresa, a outra impressoramostrou os mesmos sintomas dasua, ou seja, também não carregouo papel, mostrando que se ocartucho está “queimado” aimpressora não vai trabalhar mesmo.

Muita gente confunde falta detinta com cartucho “queimado”. Oscartuchos da HP, Lexmark, e outrosque trazem a cabeça de impressãojunto com o reservatório de tinta,podem queimar o circuito e impedir

que a impressora inicie o processode carregamento de papel, poisenquanto ela não sair do “estadode erro” nada mais acontece.

Lembre-se de que se aimpressora tenta carregar o papele falha, pode estar ocorrendo umproblema mecânico qualquer, masse ela nem tenta, temos outroproblema para resolver primeiro.

Da próxima vez, teste oscartuchos primeiro antes de culpara pobre da placa lógica.

Até o próximo encontro ...?

A “coisa” tá preta ?A coisa geralmente começa

com a demora em aparecer a ima-gem e vai piorando progressiva-mente até que, para assistir o Jor-nal Nacional, é preciso ligar o TVàs 8 da manhã !

A partir de 1992 a Sony intro-duziu o conceito de Ik nos seus y/c jungle. Trata-se de um pulso co-lhido no circuito do CRT e que vai aum determinado pino do y/c com afinalidade de promover o constan-te equilibrio das saídas RGB.

Quando o tubo fica um pouco“idoso” este equilibrio não conse-gue mais ser obtido e aí vem a so-lução drástica: cortar as saídasRGB com a consequente tela pre-ta ou demora em aprecer a ima-gem. Se você aumentar umpouquinho a tensão G2 e a ima-gem surgir o problema pode estarrelacionado ao tubo bichado.

Verifique tudo que há entre ocaminho da PCI do CRT até a en-trada do Ik se não encontrar ne-nhum componente defeituoso, otubo já era !

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