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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - N9 040 CAPITAL FEDERAL SABADO, 17 DE ABRIL DE 1982 CÂMARA DOS DEPUTADOS RESOLUÇãO N9 7, DE 1982 Autoriza a Senhora Deputada Júnia Marise a participar de missão cultural no exterior. Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou, e eu, promulgo a seguinte Resolução: Art. 19 Fica a Senhora Deputada Júnia Marise autorizada a participar de missão cultural em Manágua, Nicarágua, a partir de 22 de março de 1982. Art. 29 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Câmara dos Deputados, 15 de abril de 1982. - Nelson Marchezan, Presidente da Câmara dos Deputados. RESOLUÇãO N9 8, DE 1982 Dispõe sobre o Estágio para Universitários, e dá outras providências. Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou, e eu, promulgo a seguinte Resolução: Art. 1 9 Na realização do Estágio de que trata o art. 290 do Regimento Interno observar-se-ão as normas constantes desta Resolução. Art. 29 Será de uma semana corrida, no máximo, o período de cada estágio, cabendo à Mesa da Câmara dos Deputados por proposta do Segundo-Secretário, fixar, no início de cada sessão legislativa, o número de estágios e os períodos em que se efetivarão, observado o limite de um por mês, assim como baixar normas sobre hospedagem, refeições e ajuda-de-custo para os estagiários. Art. 3 9 O estágio será realizado nas dependências relativas à área legislativa, obedecerá fi supervisão do Segundo-Secretário, cabendo ao Secretário-Geral da Mesa determinar as atividades respectivas, que compreenderão, entre outras, a realização de palestras, conferências ou seminários sobre o Poder Legislativo, e, em particular, sobre a Câmara dos Deputados e seu funcionamento. Art. 49 Ao estagiário que cumprir freqüência integral será concedido certificado de participação assinado pelo Presidente e pelo Segundo-Secretário, mediante os elementos fornecidos pela Secretaria Geral da Mesa. Art. 59 Os candidatos ao estágio serão indicados ao Segundo-Secretário, pelos Deputados, limitado o direito de indicação, anual, a um candidato por Deputado, com antecedência mínima de trinta dias da data do início do respectivo periodo. Art. 69 Nas indicações deverá ser observado o seguinte: I- poderão ser indicados estudantes que: a) ainda não tenham participado do estágio; b) estiverem cursando os dois últimos anos do curso de qualquer área, em nível de graduação; e c) forem matriculados. em estabelecimentos de ensino superior situado no Estado a que corresponder a Representação do Deputado indicarlte.

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

DIÁRIO ACIONAL

SEÇÃO I

ANO XXXVII - N9 040 CAPITAL FEDERAL SABADO, 17 DE ABRIL DE 1982

CÂMARA DOS DEPUTADOSRESOLUÇãO N9 7, DE 1982

Autoriza a Senhora Deputada Júnia Marise a participar de missão cultural no exterior.

Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou, e eu, promulgo a seguinte Resolução:

Art. 19 Fica a Senhora Deputada Júnia Marise autorizada a participar de missão cultural em Manágua,Nicarágua, a partir de 22 de março de 1982.

Art. 29 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Câmara dos Deputados, 15 de abril de 1982. - Nelson Marchezan, Presidente da Câmara dos Deputados.

RESOLUÇãO N9 8, DE 1982

Dispõe sobre o Estágio para Universitários, e dá outras providências.

Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou, e eu, promulgo a seguinte Resolução:

Art. 19 Na realização do Estágio de que trata o art. 290 do Regimento Interno observar-se-ão as normasconstantes desta Resolução.

Art. 29 Será de uma semana corrida, no máximo, o período de cada estágio, cabendo à Mesa da Câmarados Deputados por proposta do Segundo-Secretário, fixar, no início de cada sessão legislativa, o número de estágiose os períodos em que se efetivarão, observado o limite de um por mês, assim como baixar normas sobre hospedagem,refeições e ajuda-de-custo para os estagiários.

Art. 39 O estágio será realizado nas dependências relativas à área legislativa, obedecerá fi supervisão doSegundo-Secretário, cabendo ao Secretário-Geral da Mesa determinar as atividades respectivas, que compreenderão,entre outras, a realização de palestras, conferências ou seminários sobre o Poder Legislativo, e, em particular, sobrea Câmara dos Deputados e seu funcionamento.

Art. 49 Ao estagiário que cumprir freqüência integral será concedido certificado de participação assinadopelo Presidente e pelo Segundo-Secretário, mediante os elementos fornecidos pela Secretaria Geral da Mesa.

Art. 59 Os candidatos ao estágio serão indicados ao Segundo-Secretário, pelos Deputados, limitado o direitode indicação, anual, a um candidato por Deputado, com antecedência mínima de trinta dias da data do início dorespectivo periodo.

Art. 69 Nas indicações deverá ser observado o seguinte:

I - Só poderão ser indicados estudantes que:

a) ainda não tenham participado do estágio;

b) estiverem cursando os dois últimos anos do curso de qualquer área, em nível de graduação; e

c) forem matriculados. em estabelecimentos de ensino superior situado no Estado a que corresponder aRepresentação do Deputado indicarlte.

2118 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se~ào I) Abril de 1982

II Cada indicação deverá ser feita mediante documento assinado por Deputado e instruída, sob pena deseu não encaminhamento, com o histórico escolar atualizado do candidato, fornecido pelo estabelecimento de ensinosuperior em que estiver matriculado.

Art. 79 F~itas as indicações, com a observância obrigatória do disposto nos artigos 59 e 69, o Segundo­Secretário formalizará os convites que, com instruções pormenorizadas sobre as condições do estágio, serão encaminhadosaos reitores ou diretores dos estabelecimentos de ensino superior.

Art. 89 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Câmara dos Deputados, 15 de abril de 1982. - Nelson Marchezan, Presidente da Câmara dos Deputados.

SUMARIO

1 - ATA DA 3l.a SESSÃO DA 4.a SESSÃO LEGISLATIVA DA46.a LEGISLATURA, EM 16 DE ABRIL DE 1982

I - Abertura da Sessã~

11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anteriorIn - Leitura do Expediente

PROJETOS A IMPRIMIRProjoeto de Lei n.O 5.283-A, de 1981 (Do Sr. Salvador Julia­

nelli) - Dispõe sobre o desmembramento dos Conselhos Federale Regionais de Biomedicina e de Biologia; tendo pareceres: daComissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Trabalhoe Legislação Social, pela aprovação.

PROJETOS APRESENTADOSProj>eto de Lei n.O 6.023, de 1982 (Da Sra. Cristina Tavares)

- Introduz alte'rações no Código Civil Brasileil'o na parte re­ferente ao Estatuto Civil da Mulher.

projeto de Lei n.O 6.0'54, de 1982 (Da Sra. Lúcia Viveiros)- Dispõe sobre abatimentos da renda bruta por ex-comba­tentes da FEB, para fins de incidência do Imposto de Renda.

Projeto de Lei n.O 6.060, de 1982 (Do Sr. JG de AraújoJorgoe) - Dá nova vedação e acrescenta parágr.afos ao art. 8,.0da Lei n.O 6.978, de 10 de janeiro de 1982, e da outras prOVI­dências.

Projeto de Lei n.o 6.062, doe 1982 (Do Sr. Octávio TorrecillaJ_ considera como tempo de efetivo serviço, para efeito deaposentadoria, o exercido na função de Comissário de Menores.

Projeto de Lei n.o 6.063, de 1982 (Do Sr. Rosemburgo Ro­mano) - Isenta d·e cobrança os primeiros 100kw/h consumidosnas residências.

Projeto de Lei n.o 6.064, de. 198!! (Do Sr. Rosemb~rg? Ro­mano) - Dispõe sobre a reallZaçao de concursos publIcos edetermina outras providências.

ProJeto de Lei n.O 6.065, d,e 1982 (Do Sr. Cardoso A}~es)_ Considera de utilidade pública as entidades que especlfl()a,e dá outras providências.

IV - Pequeno ExpedientePAULO TORRES - construção de ramal ferroviário para

escoamento da produção cimenteira de cantagalo, Estado doRio de Janeiro.

NILSON GmSON - Redistribuição da riqueza nacional.TARCíSIO DELGADO - Reforma da constituição pelo

atual Congresso NacionaLJOS:É COSTA - Atuação do Ministro Ibrahim Abi-Ackel.

da Justiça.ALUíZrO BEZERRA - Ação policial contra trabalhadores

rurais em 'Darauacá, Estado do Acre.JOEL FERREIRA - Cober,tura, pelo PROAGRO, das la­

vouras prejudicadas por enchentes no Estado do Amazonas.

HARRY SAUER - Financiamento de imóveis usados pelaCaixa Econômica Federal.

mOCl<:NCrO OLIVEIRA - provocação de chuvas artificiaisno sertão do Estado de Pernambuco.

J'OACIL PEREliRA - Reforma da Constituição pelo atualCongresso Nacional.

FRANCISCO LIBARDONI - :Contribuição do preço dos com­bustiveis e das tarifas dos serviços públicos para o aumento docusto de vida.

GILSON DE BARROS - Dia do índio.PINHEmO MACHADO - Assalto à Agência do Banco Real

de Ta~atinga.Constituição de comissão Parlamentar de Inqué-

rito na Câmara dos Deputados para apurar as causas do indicede criminalidade no Distrito Federal.

GUIDO ARANTES - Administração da Companhia Brasi­leira de Armazenamento - CIBRAZiEM, no Estado de Goiás.

LÚCIA VIVEIROS - Convocação de Assembléia NacionalConstituinte.

JERôNrMO SANTANA - Concessão de lotes de terras aossoldados da borracha.

AMADEU GEARA - Parecer da Secretaria de Pessoal Civildo DASP a respeito das férias de 60 dias e da gratificaçãode produtividade.

J'ÚNIA MARISE - "Carta do Recife", documento aprovadono IV CongrHsso Brasileiro de Economistas.

CRISTINA TAVARES - Necessidades básicas do Municípiode Triunfo. Estado de Pernambuco.

OARLOS AUGUSTO - Afastamento da Sra. Ida MadeiraCoelho Chagas da função de Representante Oficial da Su­perintendência Regional do INPS, em sáo Francisco do Piauí,Estado do Piauí.

V - Grande ExpedienteJERôNIMO SANTANA ~ Instituicáo de livre garimpagem

de ouro e cassiterita no Estado de Rondônia.BRABO DE CARVALHO - Repercussões sociais das mo­

dificações introduzidas no Sistema Previdenciário brasileiro.

VI - Ordem do DiaJOEL FERREIRA, BORGES DA SILVEffiA. ALFREDO MAR­

QUES, RUY CÔDO, JOSÉ FREJAT, MAURíGLO FRUET, ANTô­NIO ZAOHARIAS - Apresentação de proposições.

GILSON DE BARROS (Como Líder) - Contexto político­eleitoral no Estado de Mato Grosso.

JOACIL PEREIRA (Como Líder) - Discurso do DeputadoGilson de Barros como Líder do PMDB na sessão de hojeda Câmara dos Deputados.

TARCíSIO DELGADO (Como Líder) - Utilização dos meiosmodernos de comunicação na ,campanha política.

Projeto d·e Lei n.o 902-A, de 1979, que altera a redaçãoda Lei n.O 3.999, de 15 de dezembro de 196'1, elevando o saláriomínimo dos médicos, cirurgiões-dentistas e auxiliares. (Do Sr.F.ernando Coelho,) Rejeítado.

Projeto de Lei n.o 903-A, de 1979, que dá nova redaçãoao art. 12,5 do Decreto-lei n.o 200, de 25 de fevereiro de 1967,e revoga a alínea a do § 2.0 de seu art. 126. (Do Sr. CantídioSampaio.) Aprovado.

Projeto de Lei n.O 1.8M-A, de 1979, que torna obrigatóriaa participação de representante dos empregados na diretoriadas empresas públicas e sociedade,s de economia mista. (DoSr. Márcio Macedo.) Adiada a votação por cinco sessões.

Projeto de Lei n.o l.818-A, de 1979, que altera o art. 38da Lei n.o 3.807, de 26 de agosto de 1960, com a redação dadapela Lei n.o 5.890, de 8 de junho de 1973, passando a vigorarcom a seguinte redação (Lei Orgânica da Previdência Social).mo Sr. Henrique Eduardo Alves,) Rejeitado.

VII - Designação da Ordem do Dia

VnI - Eneerramento2 - ATA DA MESA3 - ATA DAS COl\USSõES4 - MESA (Relação dos membros)5 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS <Relação

dos membros)6 - COM/ES'SõES (Relação dos membros das ComissõeS

Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sábado 17 2"119

PRESIDÊNCIA DOS SRS.:

ATA DA 31.a SESSÃO,

EM 16 DE ABRIL DE 1982

AcreAluízio Bezerra - PMDB; Amilcar de Queiroz - PDS; Wildy

Víanna - PDS.

NELSON MARCHEZAN, Presidente;

JOEL FERREIRA, Suplente de Secretário; eLÚCIA VIVEIROS, Suplente de Secretário.

GoiásAdhemar Santillo - PMDB; Fernando Cunha - PMDB; Itu­

rival Nascimento - PMDB; Rezende Monteiro - PDS.

Mato GrossoCarlos Bezerra - PMDB; Cristino Cortes - PDS; Lou'l"em­

berg Nunes Rocha - PMDB.

Mato Grosso do SulUbaldo Barém - PDS.

Pa,ranáAlípio Carvalho - PDS; Amadeu Geara - PMDB; Antônio

Mazurek - PDS; Ary Kffuri - PDS; Hélio Duque - PMDB;ítalo Conti - PDS; Mauricio Fruet - PMDB; Norton Macedo- PDS; Paulo Ma'rques - PMDB; Sebastião Rodrigues Júnior- PMDB; VHela de Magalhães - PTB; walber Guimarães -PMDB.

santa CatarinaAdhemar Ghisi - PDS; A!rnaldo SChmitt - PMDB; Artenir

Werner - PDS; Ernesto de Marco - PMDB; Mendes de, Melo- PDS; Nelson Morro - PDS.

Rio Grande do SulAlberto Hoffmann - PDS; Alcebíades de Oliveira - PDS;

Alceu CoUares - PDT; Aldo Fagundes - PMDB; Carlos Chiarelli- PDS; Carlos Santos - PMDB; Eloar Guazelli - PMDB; Getú­lio Dias - PDT; João Gilberto - PMDB; Jorge Uequed - PMDB;Odacir Klein - PMDB; Rosa Flore's - PMDB; Victor Faccioni-PDS.

AmapáAntônio Pontes - PDS.

RoraimaHélio campos - PDS; Júlio Martins - PDS.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - A lista de presençaacusa o ,comparecimento de 141 Senhores Deputados.

Está aberta a s'essão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.11 - O SR. NILSON GmSON, servindo como 2.0 -S!ecretário,

procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, semobservações, assinada.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Passa-se à leitura doeX]:lediente.

A S,RA. LúOIA VIVEIROS, Suplente de Secretário, servindocomo l.°-Secretário, procede à leitura do seguinte

111 - EXPEDIENTE

PDS; João Herculino - PMDB; Jorge Ferraz PMDB; Jo-rg,eVargas - PMDB; Luiz Baccarini - PMDB; Luiz Leal - PMDB;Melo Freire - PMDB; Pimenta da Veiga - PMDB; Raul Ber­nardo - PDS; Rosemburgo Romano - PMDB; Twrcísio Delgado

PMDB.São Paulo

Airton Sandoval- PMDB; Airton SOaJ~es - PT; Alberto Gold­111ann - PMDB; Audálio Dantas - PMDB; Aurélio Peres ­PMDB; Cantídío Sampaio - PDS; Del Bosco Amaral - PMDB;Israel Dias-Novaes - PMDB; João Cunha - PMDB; Natal Gale- PDS; Octávio 'Torrecilla - PDS; Ruy Côdo - PMDB; Tideide Lima - PMDB.

Rio Grande do NortePDS; Ronaldo Ferreira Dias - PDS.

ParaíbaPDS; Octacílio Queiroz - PMDB; Wilson

Albérico CordeiroCosta - PMDB.

Joacil PereiraBraga - PDS.

João Faustino

Amazonas

Rafael Faraco - PDS; Vivaldo Frota - PDS.

RondôniaJerônimo Santana - PMDB.

Pará

Antônio Amaral - PDS; Jorge Arbage - PDS; Nélio Lobato- PDS.

MaranhãoEdison Lobão - PDS; Epitácio Cafeteira - PMDB; Freitas

Diniz -,.. PT; Magno Bacelar - PDS; Nagib Haickel - PDS; Te­mÍStocles Teixeira - PDS.

PernambucoCristina Tavares PMDB; Fernando Lyra - PMDB; Ino-

cêncio Oliveira - PDS; Josia.~ Leite - PDS; MarcU's CunhaPMDB; Milvernes Lima - PDS; Nilson Gibson - PDS.

~goas

PDS; Divaldo Suruagy - PDS; José

I - As 13:30 horas comparecem os Senhores:

Nelson MarchezanHaroldo sanfordFreitas NobreFurtado Le1teJoel FerreiraLúcia Viveiros

PiauíLudgero Raulino - PDS; Milton Brandão - PDS.

C,cará

Alfredo Marques - PMDB; Evandro Ayres de Moura - PDS;Iranildo P,ereira PMDB; Marcelo Linhares - PDS; PauloStudart - PDS.

SergipeAntônio Valadares - PDS; Raymundo Diniz - PDS.

BahiaAngelo Magalhães - PDS; Djalma Bessa - PDS; Elquisson

Soares - PMDB; Francisco Benjamim - PDS; Francis'co Pinto- PMDB; João Alves - PDS; Leur Lomanto - PDS; Ney Ferrei­ra - PDS; Rômulo Galvão - PDS; Ruy Bacelar - PDS.

Espírito SantoChristiano Dias Lopes - PDS; Feu Rosa - PDS; Walter de

Prá - PDS.Rio de Janeiro

celso Peçanha - PTB; Daniel Silva - PMDB; Daso Coimbra- PMDB; Délio dos santos - PMDB; Florim COutinho - PTB;JG de Araújo Jorge - PDT; José Bruno - PMDB; José Frejat- PDT; José Maurício - PDT; Leônidas Sampaio - PMDB;MarceUo Cerq.ueira - PMDB; Paulo Torres - PMDB; Walte'l"Silva - PMDB.

Mina'S Gerais

Altair Chagas - PDS; Bento Gonçalves - PMDB; Bonifáciode Andrada - PDS; Carlos Eloy - PDS; Delson SCarano -

PROJETO DE LEI N.o 5.283-A, DE 1981

(i))O Sr. Salvador Julianelli)Dispõe sobre o desmembramento dos C'Onselhos Fe­

deral e Regionais de Biomedicina le 'de Biologia; tendopareceres: da ,comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e,da Comissiode Trabalho e !Legislação Social, pela apro­vação.

(IPiOO1eto de Lei n.O 5.283, de 1981, a que se referemos pareceres.)r

O Congresso Nacional dec'reta:'AJrt. 1.0 lPass'am a cons,tituir autarquias, federais autônomas,

vincula,das ao Ministério do Tralbalho, os ConSelhos Federa.l t1Re'gionais de Biomed'icina e de Biologia, cri3idos pela Lei n.o 6.684,de 3 de setembro de 1,979.

!Art,. 2." Aplicam-se a cada um dos Conse,lho' Federa-l e res­pectivos Conselhos Regionais desmembrados pÚ'r esta Lei, asllQrmas prevista:s no Capi,tulo lU da Lei TI.O 6.684, de 3 de setembrode 197'9, que não contra'riarem o caráter de autonO'lllia dessasautalliquias.

2120 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

Art. 3.° O Poder Executivo, ouvido o Ministério do Trabalho,regulamentará esta, lei no prazo de 60 (seSSlenta) dias.

Art. 4.° Esta Lei 'entra ,em vigor 1Ul. data de sua publicação.Art. 5,0 [Revogam-se as disposições em contrário.

J 118tificaçáoAtendendo à premente necessidllJde de regulamentação da pro­

fusão de biomédico, a fim de permitiT o nOrmal e regular exer­cício desse import:mte ofício, que se dedica ao trabalho nas ciên­cias básicas da medicina. o Poder Executivo. nos idos de 1975,encMninhou à apreciação 'do Congresso Nacional, Mensagem con­tendo o porjeto de Lei n.o 1.660, l'egulamentando essa profissão ·ecriando o Conselho Federal e os Conselhos Regionais ele Biome­dicina.

Ocorre, noentallto, que, em decorrência de substitl1t·ivo ofe­recido no P.arlamento, v,eio a lume a Lei n.o 6.'684, de 3de setem­bro de 1979. regulamentando não a'penas a profissão de biomédico,como, também, a de biólogo e criando os respectivos Conselhos:F1ederal e RegionSJis de Biologia e Biomedicina, que pa,ssaram acon.stituir,em conjunto, uma única auta'l.'qula fed-eral, vinculadaao Ministério do Trabalho.

Em verdade, justíssima, também, a regulamentação daprofls­.s·ãode biólogo. Ocorre, no entanto, que, na prática, a existênciados Conselhos como uma única pessoa jurídica vem 'ensejandoincoruvenientes que só poderão ser sanados com o funcionamentode duas autarquias autônomas.

De fato. ans Conselhos Federal e Regionais de Biolog'ia e Bio­medicina compete a orientação, a disciplina e fiscaliza()ão das pro­fi.ssões cOTresrpondenteso

Ora, trata-se in casu de profissões autônomas, não devendo,'em nenhuma hipótese, ha:v·er nenhuma supremacia ou discrimina­ção entre ambas.

Todavia. no regime de autarquia única, determinado pela Lei71.° 6.684/79, é exatamente isso que vem acontecendo, poL., a re­rpresentação das duas categorias profissio·na:i.s obedece ao r·egimedepropol':cionalidade, fazendo com que ocorra p'reva~êncla de'1.Ilna prqfissão sobre a outra, onde interesses profissiona:is são!fontes geradoras de desentendimentos.

Nesse contexto, cremos que devam ser desmembrados os Con­selhos Federal e Regionais d'e Biomedicina e Biologia, consti­tuindo autarquias autônomas, vinculada.s ao Mini.stério do Tra­ba:lho.

É esse, especificamente, o objetivo desta proposição, que pre­coniza o funcionamento 'em separado dos Conselhos E'ederal elRiegionais de Biomedicina e de Biologia.

Em se tratando de medichl: que atende llJOS interesses das ca­tegorias profissionais dos biomédicos e dos biólogos, que ensejaráumaJ atuação e funcionamento harmônico dos respecti-vos Con­selhos, espera,mos venha a merec·er a aprovação dos ilustres mem­bros desta 'Casa.

Sala, das Sessões, . - Salvador Julianelli.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISSõES PERMANENTES

LEI N.o 6.634, DE 3 DE SET;EJMBRO [)E 1979

Regulamenta as profissões de Biólogo e de Biomédico,cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Bio­logia e Biomedicina, e dá outras providências.

C.A!Pf."I1U[.,O ITI

Iros órgãos de fiscalizaçãoArt. 6.0 Ficam criad'Os o Conselho Federal e os Conselhos

Regionais de Biologia e Biom-edicina - ORBB/GRBiS, com a in­cumbênci-a, de fiscaliza·r o exercício tias profissões definidas nestaJLei.

I§ l.00s Conselhos Federal e Regionais a que se re1'·ere estea'rtJigo constilmem, em conjunto, uma autarquia federal vinculadaao Ministério do Trabalho.

§ 2.° O Conselho Federal terá sede e foro no Distrito Fe­deml e jurisdição em todo o País e os Conselhos Regionais terãosede e foro nas Ca'Pitai.~ dos Estados, dos Territórios e 110 Distri­to Federal.

PAmiEOER DAOOMLSSAO DE .cONíST:I'l1'mÇAO E JiU'SrrrçAI - ,Relatório

A Lei n,o 6.6'34, de 3 de setembro de 197'â, que re,gulamentaa.s profissões de Biólogo e de Biomé'Clicn, cria o- CorlS€Iho F'OOerale os Conselhos Regionais de Biologia e Bio:mecticina, no "eaput" doart. 6.° determinou:

"Ficam criados (} Conselho Fede'J:'l1.l 0 09 Conselho", Be­gion~1& de Biologia: 'i:! Biomedicina - VFlBB/rDRiEE, c,am f~

incumbência de fiscalizar o exercício das profissões de­finidas nesta Lei."

Coma presetne proposta de lei o Deputado Salvador Julia­nelli objetiva, expressamente:

",Passam a constituir autarqulaJs federais autônomas,vinculadas llJO Ministério do Trabalho. os Conselhos Fe­'deral e Regionais de Biomedicina e de Biologia, criadospela Lei n.o 6.684, de 3 de setembro de 1979.

Aplicam-se a cada mn dos Conselhos Feder3:1 e res­pectivos Conselhos Regionais desll1emb'rados por esta Lei,as normas previstas no Oapitulo III da Lei n.O 6.684, de3 de setembro de 1979, que não contrariarem o caráter deautonomia dessas autarquias."

Ao just!·ficar a medià;a, adiantou o Autor:" .. , trata-se, in casu, de proil'issões autônom:as, não

devendo, em nenhuma hipõtes'e, ha>ver nenhuma supre­macia ou 'Cliscrimina;ção entre ambas.

Todavia, no regime de autarquia única, determinadopela Lei n.O 6.684/79, é exatamente isso que vem acon­tecendo. pois a rep'resentaçáo das duas categorias pro­fissionais obedece :3;0 regime de· propo,rcionalida·clJe, fa­zendo com que ocorra prevalência de uma profissão sobrea outra, onde intere.5ses profissionais são fontes gerado­ras doe desent-endimentos.

Nesse contexto, c'remos que devam ser desmembradosos Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina e Bio­logia, constituindo autarquias autônoma:s, vincula'das aoMinistério do T'rabalho."

Viu-s€ distrlhuida a pmposição à doui;a análise e aprovaçãodas Comissões de Constituição e Justiça, e de Trabalho e Legisla­ção SociaL

É o relatório.

11 - Voto do Relat.()r

No projeto encontra-se consubstanciada matéria de direito dot.rabalho.

Não fere, por isso, nenhuma disposição da Carta Magna, nemqualquer princípio jurídico, e foi redigido obediente à respectivatép.nica,

Isso posto, por sua constitu'cionalidade. juridicidade e técnicalegislativa manifestamos o presente voto. ,

.sala da Comissão, 24 de novembro de 1981. - GOmes da Silva,Relator.

UI - Parecer da Comissão

A Comi.5são de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma"A", opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa do Projeto de Lei n.O 5.283/81, nos termos doparecer do relator.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antônio Dias, Vice-Presidente no exercício da Presidência; An­

tônio Russo, Brabo de Carvalho, Claudino Sales, Elquisson Soares,Francisco Benjamim, Gomes da Silva, Joacil Pereira, Jorge Ar­bage, Luiz Leal, Nilson Gibson, Osvaldo Melo, Pimenta da Veiga,Roque Aras, Tarcisio Delgado e Waldir Walter.

Sala da Comissão, 24 de novembro de 1981. - Antônio Dias,Vice-Presidente, no exercício da PresidêncIa - Gomes da Silva,Relator.

PARECER DA COMISSãO DE TRABALHO ELEGISLAÇãO SOCIAL

I - RelatórioPretende o nobre Deputado Salvador Julianelli, através do

Projeto de Lei n,o 5.283, de 1981, constituir autarquias federaisautônomas os Oonselhos Federal e Regionais de Biomedicina ede Biologia.

Argumenta o autor que, "na prática, a existência deste Con­selho como uma única pessoa jurídica vem ensejando inconve­nientes que só poderão ser sanados com o funcionamento de duasautarqui'as autônomas".

A Comissão de Constituição e .Justiça opinou, unanimemente,pela constitucionalidade, juridicidal1e c· boa técnica legislativa,cabendo a esta Comissão apreciá-lo quanto llJO mérito, nos termosdo art. 28, § 16, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

II - Voto d<o RelatorA Lei n.O 6.684, de 3 de seltemhro de UI'W, determinou um

regime de auta,rquia única que congrega a representação dasduas cak:g{lrlas profissionais, assegur~,nM-s.e na composição dosCO!!8,elhfos. ri. represe!1ta~&:D prop-or·eiorrJ;J tie biôl'Üg(Js ~ bi!)l11é-dJ.c@Ql ~

Abril de 1982 DIÁRIO DO CO:-.lGRESSO NACIONAL (Se~àllll Sábado 17 2121

Quando da discussão e aprovação daquele dispositivo legal,talvez tivesse sido esta a solução política mais viável que atendia,naquele momento, a interesses comuns ·das duas categorras profis­sional"",

É necessário salientar, porém, muito embora se trate de duasprofissões correlatas, que a centralização, em um único órgão,do processo de fiscalização do exercício profissional tem ensejadoinconvenientes insuperáveís por tratar-se d.e profissões autôno­mas que têm seu campo de ação, a ca:da momento, melhor defi­nido e delimitado, portanto com interesses profissionais distintos,

O regime de proporcionalidade na composição dos ConselhosFederal e Regionais tem ensejado a prevalência de uma profissãosobre a outra.

Acredito que o desmembramento dos Conselhos Federal e Re­gionais d.e Biomedicina e Biologia. passando a constituir autarquiasfederais autônomas, contribuirá' para uma maior eficiência nafiscalização do exercicio das respectivas profissões, impedindo ainvasão do seu Campo -de ação por outraS categorias não habilita­das a exercê-la.

Nestes termos, somos pela aprovação do projeto de Lei número5.283, de 1981, de autoria do Deputado Salvad-or Julianelli.

SaJoa da Comissão, de doe 1982. -Francisco Rollemberg, Relator.

lU - Parecer da ComissãoA Comissão de Tr·abalho e Legislação Social, em reumao or­

dinária de sua Turma "B", realizada em 18-3-82, opinou, unani­memente, pela aprovação do Projeto de Lei n,o 5.283/82, nos ter­mos do parecer do ReJ:ator.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Adhemar Ghisi,Presidente; Francisco Rollemberg, Relator; Amadeu Geara, WílsonBraga, Osmar Lei't.ão, Carlos Chiarelli, Pedro Carolo, João Alves,Peixoto Filho, Artenir Werner, Octávio Torrecilla, Edgard Amorime Rezende Monteiro.

Sala da Comissão, 18 de março de 1982. - Adhemar Ghisi,Presidente - Francisco Rollemberg, Relator.

PROJETO DE LEI N.o 6.023, DE '1982(Da Sr.a Cristtna Tavar:es)

Intro·duz alterações 110 Cõdiglo Civil Brasileiro na par­te referent.eao Estatuto Civíl da Mulher.

(À Comissão de Co-nstítuição ·e Justiça.)O Congr·esso Nacional de·creta:Art. 1.° O Código Civil Brasí1eíro, instituido pela Lei n.O 3.071,

de 1.0 de janeiro de 1916, pas,s-a a vigorar com as s-eguintes altera­ções:

"Art. 70. É permitido à direção da família destinar umprédio para domicilio desta, com a cláusula d1e ficar isen­to da -execução por dívidas, salvo as que provIerem de im­postos r-e!atlvos ao masmo prédio.

Parágrafo único. . , .

Art. 186. Discordando e<:esentre si. recorrer-se-á aosuprimento judicial, sa1vo no caso de pais separados, di­vorciados ou de casamento anulado, mpótes-e em que pre­valecerá a vontade do cônjuge com quem -estiv'erem os fi­lhos.

'Parágrafo único. . .

Art. 224. Concedida a separação, qualquer dos côn­juges poderá pedir alimentos provisionais, que lhe serãoarbitrados na forma do art. 400.

Art. 321. . .I - ..

v - Respeito e consideração recíprocas.

Art. 233. ,A direção e a representação da sociedadeconjugal cabem ao marido e à mulher, que as exercerãosempre no interesse do casal e dos filhos, observadas asseguintes normas:

I - Havendo divergência ,entre os cônjuges, fica res­salvado a ambos o direito de reco))rerao juiz, desde quenão se trate de matéria personalíssima;

H - os cônjuges são obrigados a concorrer, na pro­porção de seus bens e rendimentos, para o sustento da fa­míliae educação dos filhos, qualquer que seja o regime debens;

rII - a administração dos bens particulares competea cada cõnjuge, permitida a outorga de poderes de ges­tão de um ao outro;

IV - a administraçâo dos bens comuns compet-e aambos os cônjuges;

V - o domicilio do casal será escolhido por ambos oscônjuges, mas um e outro poderão ausentar-se do domi­cílio conjungal para atender a -encargos públicos, ao exer­cício de profissão, ou de inter-esse particulares rele.vantes.

.Art. 235. Nenhum .dos cônjuges pode, sem autÁlril~a­

ção do outro, exceto no r·egime de separação absoluta:a} alienar, hipotecer ou gravar de ônus real os b~ns

imóveis ou dIriitos reais sohre imóveis alheios;b) p.leitear CQ1ll0 autor ou réu ac-er-ca desses bens ou

direitos;c) prestar fiança ou aval;d) fazer doação não remuneratória de bens comuns

ou dos Q1ue podem fazer da futura meação;e) contrair obrigações que possam importar em alhea­

ção de bens do casal.Art. 236. São válidas as doações feitas aos f];'hos, por

ocasião de se casarem, ou estabelecerem economia sepa­rada.

Art. 237. Cabe ao juiz suprir a outo-rga quando qual­quer dos cõnjuges a denegue sem motivo justo, ou lhesej a impossiv-el dá-la.

Art. 238. O suprimento judicial da outorga valida osatos aut;orizados mas não obriga os bens próprios do outrocônjuge.

Art. 239. A anulação dos atos praticados sem outor­ga, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandadapelo cônjuge qUe a recusou, ou s·eus herdeiros (art. 178,§ 9.°, n.O l, "a", -e n.o HJ.

Art. 240. É faculdade de ambos os cônjuges ,acresceraos s·eus os apelidm do consorte.

Art. 241. A.s dividas contraidas por qualquer dos côn­juges na administração dos bens pamcula))es -e em bene­ficio destes não obrigam os bens comuns.

•••••••••••••••••••• ' ••••••••••••••••• ! ••• 0.0 •• 0.0 ••••••••••

-Art. 246. Os bens da comunhão respondem pelas obri­gações contraidas pelo marIdo ou pela mulher para aten­der aos encargos da família, às despesas doe administraçãoe às decorrentes de imposição 1egal.

Parágrafo único. A administração e a disposição dosbens que constituem o patrimônio particula:r competem aocônjuge proprietário, salv-o disposição cont))ária no pactoant·enupciaI.

Art. 248. Qualquer que seja o regime de bens, o ma­rido e a mulher ];Jodem livr-emente:

li - praticar todos os atos de disposição e adminis­tração necessárias ao desempenho de sua profissão;

IH - administrar os bens particulares e deles dispor;IV - ,desobrigar ou reivindicar ou imóveis que tenham

sido graNados ou alienados sem outoDga do outro cônjugeou suprimento do juiz;

V - demandar a rescisão dos contratos de fiança oudoação realizada pelo outro cônjuge sem sua anuência;

VI - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis,doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubinoou à concubina, ainda que a doação se dissimule em ven­da ou contrato, cabendo-lhe provar que os bens não fo­ram adquiridos pelo esforço comum dos concubinos, se ocasal estiver separado de fato há mais de cinco anos;

VII - praticar todos os ato.s que não lhes forem ex­Ipressamente vedados.

Art. 249. As -ações fundadas nos n.OS IV, Ve VI do art.248, o direito reg.ressivo contra o cônjuge ou seus her­deiros,

250. ll:assegurado ao terceiro prejudicado, nos carosdos n.OS IV e V do art. 248, o direito regressivo contra o côn­juge ou seus herdeiros,

Art. 251. A qualquer dos CODJuges, com exclusivi­dade, compete a direção e administração do casal quando(} outro:

I - -estiver em lugar remoto, ou não s3lbido;li - estiver em c·árcere;

2122 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NAClO:-lAL (Seç"o!) Abril de 1982

.................... , - ,

............ , ' .

Art. 258.

H - Dos maiores de sessenta anos;

•••••••••••• ·0 •••••••••• ' ••••••• o" ••••••••••••••••••••••••••

UI - aos tios.

·Art. 545. O cônjuge não separado judicialmente é,de direito, o curador do outro, quando iJIt,erdito: na, faltad.D cônjuge, os pais do euratelado; na falta dos pais, '1} pa­rente mais próximo. cOn1netincllJ ao juiz a eseollm .da pes-soa maIs indicada, na aúsência de parentes." -

Art. 2.0 Os capitulos II e lI! dü Título II do Livro I (ar~s.2338 255 do Código Civil), passam a constit.uir o Capitu,:o TI, sob aepígrafes "Dos direitos e dos deveres dos cônjuges".

Ari;, 3.° No Código Civil e na legislação civil complementar aexpressão "pátrio poder" é substituída por "autoridade pa.rental".

Art. 4.° São revogadas as seguintes disposições do Código Ci­vil: O Capitulo V do Titulo 1lI, do Ltvro I que estahelece regras·sobr,e o regim8 dotal de casament,o; os arts. 234, 242, 245, 247, 253,254, 275 ,e 382; o § 1.0 do art. 178; o item IV do art. 219; o ii'em XIIdo art. 263; o parágrafo único do art. 266; o item III do art. 1.744;e outras disposições ,em contrário.

Art. 5.° iEsta Lei entrará em vi·gor na data de sua publicação.

Art. 414. Podem escusar-8e da tutela todos os quecomprovarem incapacitação física, afetiva ou financeira,

..................' .cl\.rt. 263 .

IH - for judicialmente declarado interdito.Parágrafo único. Nestes casos, cabe ~.o cônj uge:1. administrar os bens cOllmns;2. dispor dos particulares e alienar os móv'cis co­

muns e os elo outro;3. administrar os do cônjuge;.1. alienar os imóveis COlUlms e os do outro, median­

te autorização especial do juiz.

Parágrafo único.

iArt. 260. -O cônjugoe, que estiver na ;posse de bensparticulares do outro cônjuge, será para com e:e '0 seusiherdeiros responsável:

... ' ' .x - A fiança '0 o aval prestados pelo marido ou pela

mulher sem a d,evida outorga do cônjuge;...........................................................

Art. 266. Na constância da sociedade conjugal a pro­priedade, a posse e a administração dos bens são éomuns......... ' .

Art. 274. A administração dos bens do casal competea ambos os cônjuges e as dívidas ~or eles contraídas obri­gam não só os bens comuns senão ainda, em falt.a dest.es,00 particulares de cada cônjuge, na razão do proveito quecada qual houver lucrado.••••••••••••• 0 •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Art. 277. Ambos os cônjuges são O'briga'dos a cons­tnür para as despesas do casal na proporção dos rendi­mentos de s'eu tra:balho e de seus bens, salvo .estirpulaçãoem contrário no cotrato antenup'cia>l.•••••••••••• ' ••••••••.••••••••••••••••• ' •••••••••• i •••••••••••

Art. 329. A mãe ou o pai, que contl'ai novas núpcias.não perde o direito a ter consigo os fIlhos que só lhe pode­rão ser retirados, mandando o juiz, provado que o pai oua mãe, o p3ldrasto ou a madrasta não os trata convenien­temente....................................... - ' .

Art. 360. O filho reconhecido, enquanto menor, fica­rá sob a aut-o.ridade parental do progenitor que o reco­nhecer, e, se ambos o reconhecerem, sob a autoridade dopai e da mãe.

Paroâgrafo único. Cabe a guarda do menor à mãe queo reconhece, sempre resguardados üs interesses do filho.

Art. 380. Dur·ante o casamento, colIllpete a autoridadeparental ao pai e à mãe, conjuntamente. Na falta ou im­pedimento de um dos progenitores, passará o outro a exer­cê-la com exclusividade.

Parágrafo únioo. Divergindo os progenitores quantoao exercício do pátrio poder, qualquer deles tel"á o. direitode recorrer ao juiz para a sol,ução da di.vergência.•••••••••••••••••••.•••••••••• ' ••••••••••••••••••• !•••••••••••

Art. 385. -O pai e ,a mãe são os administradoxes le­gais dos bens dos filhos que se achem sob o seu poder,salvo O di&posto no art. 22'5.•••••••••••••••••••• ' •••••••• 1 .

Art. 3\}3. A mãe ou o pai que contrai novas nÚlpciasnão perde, quanto aos filhos do leito anteroior, os direitosà autoridade parenta!!, exercendo-o sem qua~quer interfe­rência do novo cônjUig€............... - ' .

Art. 407. O direito de nome,ar tutor compete aos'paise aos avós, estes na falta dos primeiros.

parágrafo único. A nomeação deve constar de tes­tamento ou de qualquer outro documento autêntico...............................................................

,Art. 4O\}. Em falta de tutor nomeado rpelos pais, in­cumbe a tutela aos pa'1'entes consagüíneos do menor, pre­ferencialmente nesta ordem:

I - aos avós;II - aos irmãos, privUegia:ndo-se os bilate,rais;

Justificação

"Aemencipação da mulher brasileira insere-se em amplo con­texto de ord'81l1 jurídica. politica e social, mas neste momento ca­be-nos retomar o enfoque jurídico da questão que, de há muito.vem exigindo apreciação especifica e conseqüentes transforma­ções .

Até 1962, a mulher casada, no 'Brasil, era considerada pelo Có­digo Civil como relatívamente incapal<:. assim equiparada aos pró­digos, aos silvícolas e aos menores púberes, que deveriam sempreser assist.idos ou autorizados por exercerem atos jurídicos.

A Lei n.O 4.121, de 27 de agosto de 1962, denominada de Esta­tuto da Mulher Casada, veío corrigir algumas dístorções mais gra­ves, inclusive a referida equiparação, mas não chegou a supBrar asituação de subalternidad·e em que a mulher vem sendo colocadapelos legisladores desde os tempos coloniais.

As grandes codificações do fim do século XiVIlI e começo doséculo XIX, das quais foram extraídas as leis que nos regem atéhoje, mostram três estágios nitidos no que concenle às relaçõesentre cônjuges.

No primeiro estágio imperava tão somente "o poder do maridosobre a pessoa da mulher". O Código de Napoleão, do qual o nossoCódigo Civil mostra grandes resquícios, foi o mais significativo. soba interv'enção direta do imperial patrono, at,ribuia à lIJ.Ulher "odever de obediência ao marido". Esse dever de obediência coloca­va-se como prerrogativa de ordem pública, não podendo ser derro­gado pelas partes.

No segundo estágio, embora desapareça o "dever de obediên­cia", permanece a "chefia do marído". Não se trata mais do regera "pessoa da mulher", mas "apenas. sua cOnduta". -O poder pessoaldo marido transforma-se em autoridade, já mais próxima à idéiade função.

iÉ também o legislador francês de 1938 e 1947 que consagra esseconceito - a autoridade marital deveria ser exercida em estrítobeneficio do grupo familiar. Essa é a idéia que vigorou nas emen­das que deram origem ao "Estatuto da Mulher Casada" de 1962 eque estão incorporadas no Oódigo Civil vigente.

O terceiro estágio é expresso, hoje, pelas legislações mais avan­çadas que eliminam totalmente "qualquer supremacia, ainda, quefuncional, de um cônjuge sobre o outro", superado, assim, o pre­conceito da inferioridade da mulher.

J!: para este estágio que pretendemos contribuir ao elaborareste Esboço, acreditando na plena ca:pacitação da mulher paratodos os atos da vida jurídica independentemente de seu estadocivil.

A nível constitucional, podemos dizer que o Brasil ocupa umlugar privilegiado no campo da legislação igualitária, porém, nalegislação ordinária e na aplicação d'a lei as contradições são fla­grantes.

A igualdade jurídica entre o homem e a mulher foi expressapela primeira vez na Constítuição Brasileira de 1934: "Todos sãoiguais perante a lei. Não haverá privilégios nem distinções, pormotivo de nascimento, sexo, raça, profissões próprias ou dos pais,classe social, riqueza, crenças religJ,osas ou idéias políticas". (Art.113-I.l

A Constituição de 1937, de natureza autoritária, suprimiu a re­ferência expressa là incidência da igualdade e a de 1946, apesar deliberalizante, reproduziu o mesmo dispostivo: ''Todos são iguaisperante a lei", (Art. 114 § 1.0)

/Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2123

A Constituição de 1967 fixou expressamente o preceito da igual­dade e a esse princípio são subordinadas todas as leis, usos e cos­tumes do pais. No entanto, esse imperativo constitucional vemsendo desrespeitado não só na sua aplicação como na própria le­gislação ordinária, da qual o Código Civil é exemplo flagrante.

Jjj caso de se acoimar de inconstitucionalidade a lei civil quan­do esta atribui ao marido direitos maiores do que os atribui ·a mu­lher: O art. 233 do -Código Civil dá ou marido a qualidad·e de "che­fe da sociedade conjugal" ·e como tal é ele administrador exclusivodos bens do matrimônio e até dos particulares da mulher, salvose o regime de bens for o da separação total. A mulher somente échamada a substituí-lo em casos específicos e de muita gravidade:quando o marid.o estiver em lugar remoto ou não sabido, quandoestíver preso por mais de dois anos ou quando for judicialmentedeclarado interdido. (Art. 251 CC.)

Além de administrar os bens, o marido tem o direito, conse­qüentemente, de perceber a renda, os frutos dos bens próprios edos da mulher (Art. 260 Cc). Ele é o usufrutuário legal, justifi­cado pelo legislador por ter o marido a obrigação principal de ma­nutenção da família. E o mesmo legislador não deu à mulher qual­quer poder üe controle sobre essa admini.stração. Resta-lhe, emcasos extremos, proceder à interdição do marido ou à separaçãojudicial.

Na lei civil e na lei traballústa mantem-se a presunção de autD­rização para o trabalho da mulher casada. O parágrafo único doart. 247 do Código Civil diz: "Considerar-se-á sempre autorizadapelo marido a mulher que ocupar cargo público ou, por mais de 6meses, se entregar a profissão exercida fora do lar conjugal". O[l,rt. 446 da Consolidação das L'eis do Trabalho refere-se ao direitodo pai ou marido de opor-se ao trabalho da mulher, embora estapossa recorrer à Justiça, se quiser fazer prevalecer seus direitos.

A mulher casada não é con.siderada oficialment,e como relati­vamente incapaz, porém, esse principio é contraditado por aqueleque rege a chefia da sociedade conjugal.

A Lei n.O 4.121 corrigiu algumas aberrações como a que se con­tinha no art. 329 do Código Civil, que preceituava: "A mãe viúva,que contrai novas núpcias, perde, quanto aos filhos do leito ante­rior, os direitos de pátrio poder". Porém não corrigiu os arts. 178.§ 1.0, e 219 - IV do mesmo Código que ainda consideram essenci'alsobre a pessoa o erro virginitatis, constituindo-o motivo de anu­lação de casamento.

O projeto de Código Civil que está sendo cogitado no momento.apresentado ao Congresso Nacional em 1975, pode ser consideradoum passo adiante no caminho da adequação do Estatuto da Mu­lher ·à Constituição Federal. Revoga alguns dispostivos mais in­justos do Código vigente, porém, o princípio de desigualdade entreos cônjuges é mais mna vez ,endossado. Os autores do Projeto doCódigo, em sua Exposição de Motivos dizem que "a sociedade con­jugal, como é próprio de toda sociedade, não pode dispensar a exis­tência de quem por ela e em razão dela, tenha competência paradecidir, em surgindo divergência.s entre seus membros". Não sepergunta de onde vem essa competência, o que determina ou o queela significa na realidade em termos funcionais. Apesar de decla­nar que o marido e a mulher "ambos têm o poder de decisão" oon­tinua a entregar ao marido a prevalência das decisões, em haven­do divergência. Na prática, a decisão é conjunta, desde que sejaa do marido ... e, se a mulher recorre à Justiça para fazer preva­lecer seus direitos, a decisão estará com o Juiz nunca com a mu­lher, salvo se viúva, divorciada ou se tiver seu marido incapaz (in­terdito) .

No conjunto, observa-se que a estrutura fortemente hierárqui­ca, em que a autoridade marital era inconteste, vem lentamentecaminhando para uma nova forma de organização, em que a famí­lia vai assumindo melhor o papel de unidade efetiva e responsá­vel, onde os valores humanos poderão pIlevalecer sobre os patri­moniais.

A partir de outubro de 1980, a versão preliminar deste Esbo­ço foi dada a público, através de exposições e debates em váriospontos do território nacional recolhendo sugestões e contribuiçõesde várias entidades juríüicas e femininas que foram devidamenteconsideradas e a:proveit'adas na sua versão final. Sua linha predo­minante consiste na eliminação de toda e qualquer discriminaçãocontra 'a mulher, dando-lhe em conseqüência uma maior dose deresponsabilidade nos negócios do matrimônio.

Onde o atual Código Civil acolhe uma norma discriminatória,mesmo para "f'avorecer" a mulher, o Esboço introduz modificaçãono sentido 'acima refe·rido. Tendo em vista que as normas "favo­recedoras" da mulher aí estão como ciOmpenSllJtórias de SUa subal­ternidade, é natural que sejam eliminadJas, uma vez que o objetivoprimoroial é a igualdade entre os cônjuges.(113-I).

As autoras estão conscientes de que a proposta, em si mesma,não é suficiente para uma completa reformulação do mooelo vi­gente de familia inerente ao nosso Direito. E, talvez, não sejaainda o momento de Se pretender essa total reformulação, que

somente acontecerá quando o Direíto Brasileiro adequando-se àrealidade social, evoluir no sentido de contar com um Código deFamília, a exemplo de inúmeras legislações de países europeus ealgumas da América Latina, como Bolívia, Colômbia e Cuba.

Nesse novo Código ter-se-ia, necessariamente, que reformular,entre outros pontos, o aspecto excessivamente patrimonialista dafamília, pôr termo às várias formas d·e hostilização da criança edo idoso e, assim, sobrepor os valores da pessoa humana aos valoresde natureza meramente patrimonial ou material.

Este Esboço reflete apenas a preocupação de conferir à mulhertratamento igualitário por parte da lei. Não há o questionamentodos institutos jurídicos consagrados no viP'en+e Código Civil, tarefade suma importância, que, entretanto, r .nsamos escapar aos pro­pósitos do presente trabalho.

As alterações fundamentais propostas dizem respeito:

I - Ao conceito de chefia da sociedade conjugalTendo em vista o exposto anteriormente quanto à subalter­

nidade da mulher no Código Civil atual, o Esboco torna óbvia anecessidade da mudança deste conceito, enfocando o casal comounidade efetiva, econômica e social, que age conjlmta e harmo­nicamente perante a estrutura jurídica. Se a Lei Magna preconizao princípio de igualdade, a lei civil simplesmente vem a ele seadequar. Permanece sempre como princípio fundamental o inte­resse do casal e dos filhos.

II - A equidade no que concerne à. administraçiío de bens domatrimônio

É conseqüência natural e imediata da alteração C!' conceito dechefia. O Esboço acolhe o conceito da caiJacidade da' mulher adultade gerir seus próprios bens e negócios, independentemente de seuestado civil e elinúna quaisquer resquícios de controle de oposicãoà sua liberdade de trabalho. "

Acolhe, outrossim, o conceito de igualdade no que concerne àprerrogativa de participar como sócia igualitária dos bens do casal.

lU - À valorização da unidade da família através da liber­dade de escolha do nome

O patromínico surge, não mais como uma eJqJressão de domi­nio do nome do marido, mas como simbolo de unidade dQ casalatravés da reciprocidade da livre escolha do nome a ser adotado,a exemplo de legislações mais avançadas, como a da Alemanha, ada Suécia e a da União Soviética.

IV - A adequação da terminologia e das funções do PátrioPoder à realidade social eco1l6llÚca contemporânea

O Esboço acolhe o conceito de "autoridade parental", inspi­rado no Direito Francês 'Moderno, no qual elimina-se a inutilidadesemântica da e~ressão "pátrio poder" e torna mais clara a pre­sença dos componentes dessa autoridade 'Parental, ou sejam, asfunções e deveres dos pais em relação aos filhos, em contraposiçãoà posse e ao poder dominical.

V - A elillÚnação de dispositivos abertamente injustos, comoos arts. 178 e 219, que colocam a virgindade feminina como qua­lidade essencial da pessoa, e eliminação de dispositivos referentesa institutos notoriamente em desuso como o Regime Dotal deBens.

O presente projeto foi ins·pirado ,em brilhante trabalho dasadvogadas Dras. Sílvia Pimentel e Florisa Verucci, entitulado"Esboço de Um Novo Estatuto Civil da Mulher". Pela jus­tificação, que transcrevemos, nota-se a seriedade do trabalho e seuelevado alcance para a emancipação legal não só da mulher casadacomo de todas as mulheres, colocando-as em pé de igualdadecomo o homem, numa concretização da garantia constitucionalda isonomia. Assinale-se que à redação final deste projeto foipossível .graças ao excelente trabalho da Assessoria Legislativa daOâmara dos Deputados, através do Dl'. Valdir.

Espero, como sempre, merecer o irrestrito apoio de meus nobres'Pares.

Sala das Sessões, de de 1981. - Cristina Tavares.

LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAODAS COMISSÕES PERMANENTES

LEI N.O 3.071, DE 1,0 DE JANEIRO DE 191&

Cólligo Civil.

Disposição iPrelillÚrnu

Art. 1.0 Este Código regula os direitos e obrigações de ordemprivad,a <:O!Ilcernente às pessoas,aos bens e 'às suas re}açõe's.

2124 Sábado 17 DIÁRIO no CONGRESSO NAC10NAI~(Seção 1) Abril de 1982

LIVRO II

Dos Bens

TÍTULO rDas Diferentes Classes de Bens

CAP.íTU'LO V

Do Bem de Família

Art. 70. Ê ~ermitido aos chefes de familia destinar um prédiopara domicílio desta, com a cláusula de ficar isento de execuçãopor dividas, salvo as que provie,rem de impostos relativos ao :mesmoprédio.

Parágrafo único. Essa isenção durará enquanto viverem oscônjuges e até que os filhos completem sna maioridade.

Alt. 71. Pal'a o exercício desse direito é necessário que osinstituidores no ato da instituição não tenham dividas cujo pags.­menta possa por ele ser pr"judicado.

Parâgra.fo únic.o. A isençáo 8'3reIere a dividas, pClBterbres aüato, e não às anteriores, se se verificar que a solução de,stas 88tornou inexeqüivel em virtude do ato da instituição,

P~>\RTE ESPECLIU.LIVRO I

Do Direito de Família

T:f1IIULO rDo Casamento

CAPí'I'lliJO Ir

Dos Impedimentos

Art. 186. Discordando eles entre si, prevalecerá a vontade;paterna, ou, sendo separado o casal por desquite, ou anulação docasamento, a vontade do cônjuge, com quem estiverem os filhos.

ParlÍlgrafo único. Sendo, porém, ilegítimos os pais, bastará oconsentimento do que houver reconhecido o menor, ou se este nãofor reconhecido, o consentimento materno.

OAP:t'J:IU[,{) :VI

Do Casamento Nulo e Anulável

Art. 222. A nulidade do casamento processar-se-á POl' açãoordinária, na qual será nomeado curador que o defenda.

Art. 223. Antes de mover a ação de nulidade do casamento,a de anulação, ou a de desquite, requerá o autor, com documentosque a autorize, a separação de corpos, qUe será concedida pelojuiz com a possível brevidade.

Art, 224. Concedida a separação, a mulher poderá pedir osalimentos ·provisionais, que lhe serão arbitrados, na forma doart. 400.

TfI\UlLO IIDos Efeitos Jurídicos do Casamento

OAPíTULO I

Disposiç'óe5 Gerais

Art. 230. O regime dos bens entre cônjuges começa a vigorardesde a data do casamento, e é irrevogável.

Art. 231. São deveres de ambos os cônjuges:I - Fidelidade recíproca.Ir - Vida em comum, no domicilio conjugal (arts. 233, n.o VI

e 234).

ur - Mútua assistência.IV - Sustento, guarda e educação dos filhos.Art. 232. Quando o casamento for anulado por culpa de um

dos cônjuges, este incor.rerá:I - Na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge ino­

!-cente.

II - 'Na obrigação de cumprir as promessas, que lhe fez, nocontrato antes nupcial ('arts. 256 'e 312).

CAPíTULO II

Dos Direitos e Deveres do Marido

Art. 233 O marido é o chefe da sociedade conjugal, funçãoque exerce com a colabOração da mulher, no interesse comumdo casal e dos filhos (arts. 240, 247 e 251l.

Compete-lhe:I - representação legal da família.Ir - A adnlinistração dos bens comuns e dos particulares da

mulher que ao marido incumbir administrar, em vIrtude do regi­Il1e matrimonial adotado, ou de pacto antenupcial, arts. 178, § 9.'''r.c. 274, 389, n.o r e 311).

IH ~ O direito de fixar o domicilio da família ressalvada aiJossilJilidade d:;; recorrer a lllUlhel' ~w juiz. no ca:;ü de drõHberaQãoque a prejudique.

IV - Prover a rammtel1çáo dt'. família, guardadas as dislJo~

sições dos arts. 275 e 277.Art. 234. A obrigação de sustentar a mulher cessa, para o

lnari<1o, quando ela aband{ma sem justo motivo a habit;fJ,.(~ão con­jugal, e a esta recusa voltar. Neste caso, o juiz pode, segundo ascircunBtâncias, ordenar, em proveito do marido e dos filhos, o se­qüestro temporário de parte dos rendimentos particulares da mu­lher.

Art. 235. O marido não pode, sem consentimento da mulher,qualquer que seja o r·egime de bens:

r - Alienar, hipotecar ou gravar de ônus reais os bem imóveis,cu direitos reais sobre imóveis alheios (arts. 178, § 9.° n.O I,a. 237,276 e 393).

Ir - Pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens e direitos.rII - Prestar fiança (arts. 178, § 9.° n.O I.b e 2ü3 n.O XLrv - Fazer doação, não sendo remuneratória ou de pequeno

valor, com os bens ou r,end.lmento comuns (arts. 178, § 9.°, l.b).Art. 236. Valerão, porém, os dotes ou doaçã-es nupciais feitas

às filhas e as doações feitas aos filhos, por ocasião de se casarem,ou estabelecerem economia separada (art. 313).

Art. 237. Cabe ao juiz suprir a outorga da mulher, quando estaa denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível dá-la (art. 235,238 e 239).

Art. 238. O suprimento judicial da outorga autoriza o ato domarido, mas não obriga os bens próprios da mulher (arts. 255, 269,274 e 275).

Art. 239. Anulação dos atos do marido praticados sem outorgada mulher, ou sem suprimento do juiz, só poderá se demandada porela, Ou seus herdeiros (art. 178, § 9.°, n.O 1.a, e n,o II).

CAPíTULO IIiI

Dos Direitos e Deveres da Mulher

Art. 240. A mulher assume com o casamento, os apelidosdo marido e a condição de sua companheira, consorte, colabOradorados encargos da família, cumprindo-lhe velar pela direção ma­terial e moral desta.

Art, 241. Se o regime de bens não for o da comunhão uni­versal, o marido recobrará da mulher as despesas, que com adefesa dos bens e direitos particulares desta houver feito.

Art. 242. A mulher não pode, sem autorização do marido(art. 251):

r - Praticar atos que este não poderia sem consentimentoda mulher (art. 235),

TI - Alienar ou gravar de ônus real, os imóveis de seu do­minio particular, qualquer que seja o regime dos bens (arts. 263,n.OS TI, m e V'IJ[, 269, 275 e 310L

m - Alienar os seus direitos reais sobre imóveis de outrem.IV - Contrair obrigações que possam importar em alheação

de bens do casal.Art. 243. A autorização do marido pode ser geral ou especial,

mas deve comtar de instrumento público ou particular previa­mente autenticado.

Art. 244. Esta autorização é revogável a todo o tempo, respei­tados os direitos de terceiros e os efeitos necessários dos atosiniciados.

Art. 245. A autorização marital pode suprir-se judicialmente:

I - Nos casos do art. 242, n.oa I a V.n - Nos caros do art. 242, n.OS VII e V!llI, se o marido não

ministrar os meios de subsistência à mulher e aos filhos.

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Sábado 17 2125

Parágrafo umco. O suprimento judicial da autorização va­lida os atos da mulher, mas não obriga os bens próprios do ma­rido.

Art. 246. A mulher que exercer profissão lucrativa, distintada do marido, terá direito de praticar todos os atos inerentes aoseu exercício e à sua defesa. O produto do seu trabalho assimauferido, e os bens com ele adquiridos, constituem, salvo estipula­ção diversa ·em pacto antenupcial, bens reservados, dos quaispoderá dispor livremente com observância, porém, do preceituadona parte final do art. 240 e nos n.OS I'I e m, do art. 242.

Parágrafo único. 'Não responde, o produto do trabalho damulher, nem os bens a que se refere este artigo, pelas dívidas domarido, exoeto as contraidas em beneficio da família.

Art. 247. Presume-se a mulher autorizada pelo marido.I - Para a compra, ainda a crédito, das coisas necessárias à

economia doméstica.n: - Para obter, por empréstimos, as quantias que a aquisição

dessas coisas possa ·exigir;lliI - Para contrair as obrigações concernentes a indústria,

ou profissão que eX€'rcer com autorização do marido ou suprimentodo juiz.

Parágrafo único. Considerar-se-á sempre autorizada pelo ma­rido a mulher que ocupar cargo público ou por mais de seismeses, se entregar a profissão exercida fora do lar conjugal.

Art. 248. A mulher casada pode livremente:I - Exercer o direito que lhe competir sobre· 'as pessoas e os

bens dos filhos do leito anterior (·art. 393).]1 - Desobrigar ou reivindicar os imóveis do casal que o

marido tenha gravado ou alegado sem sua outorga ou suprimentodo juiz (art. 235, n.o 1).

IH - Anular as fianças ou doações feitas pelo marido cominfração do disposto nos n.OS IN e W do art. 285.

IN - Reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doadosou transferidos pelo marido a concubina (art. 1.177)

Parágrafo único. Este direito prevalece, esteja ou não amulher em companhia do marido e ainda que a doação se dissimuleem venda ou outro contrato.

V - Dispor dos bens adquiridos na conformidade do númeroanterior e de quaisquer outros que possua livres da administraçãodo marido, não sendo imóveis.

VI - Promover os meios assecuratórios e as ações que, emrazão do dote ou de outros bens seus sujeitos à administração domarido, contra este lhe competirem.

VR - Praticar quaisquer outros atos não vedados por lei.Art. 249. As ações fundadas nos n.os 11, m, liV e VI do artigo

antecedente competem a mulher e aos seus herdeiros.Art. 2·50. Salvo o caso do n.O :w do art. 248, fica ao terceiro,

prejudicado com a sentença favorável à mulher, o direito regres­sivo contra o marido ou seus herdeiros.

Art. 251. A mulher compete a direção e administração docasal, quando °marido:

1- 'Estiver em lugar remoto, ou não sabido.II - Estiver 'em cárClel'e por mais de dois anos.III - For judicialmente decla.rado interdito.ParágrafO único. Nestes casos, cabe a mulher:I - Administrar os bens comuns.li - Dispor dos particulares e alienar os móveis comuns e os

do marido.IJI[ - Administrar os do marido.,]v - Alienar os imóveis comuns e os do marido mediante

autorização especial do juiz.Art. 252. A falta, não suprida pelo juiz, de autorização do

marido, quando necessária ('art. 242), invalidará o ato da mulher,podendo esta nulidade ser alegada pelo outro cônjuge, até dois anosdepois de terminada a sociedade conjugal.

TíTULO IH

Do Regime dos Benefícios entre os Cônjuges

CAPí'DULO IDisposições Gerais

Art. 256. JrJ licito aos nubentes, antes de celehrado o casa­meno, estipular, quanto aos seus bens, {} que lhes aprouver(arts. 2S1, 273, 283, 287 e 3~2).

Parágrafo único. Serão nulas tais cOllvénçães:I - Não se fazendo por escritura pública.:LI - Não se lhes seguindo o casamento.Art. 257. Ter-se-á por não escrita a convenção, ou cláusula:I - Que prejudique os direitos conjugais, ou os paternos.I[ - Que contravenha disposição absoluta da lei.Art. 258. Não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará,

quanto aos bens, entre os cônjuges, o regime da comunhãouniversal.

parágrafo único. l!l, porém, obrigatório o da separação debens no casamento:

I - Das pessoas que o celebrarem com infração do estatuídono art. 183, n.OS XI a XVI (art. 216).

II - Do maior de sessenta e da maior de cinqüenta anos.TI! - Do órfão de pai e mãe, ou do menor, nos termos dos

arts. 394 e 395, embora case, nos termos do art. 183, n.o XI, como consentimento do tutor.

IV - De todos os que dependerem, para casar, de autorizaçãojudicial (artoS. 183, n.o XI, 384, n.o m, 426, n.O I, e 453).

Art. 259. Embora o regime não seja o da comunhão de bens,prevalecerão, no silêncio do contrato, os principios dela, quantoà comunicação dos adquiridos na constância do casamento.

Art. 260. O marido, que estiver na posse de bens particularesda mulher, será para com ela e seus herdeiros responsável:

I - Como usufrutuário, se ° rendimento for comum (arts. 262,265,271, n.o V e 289, n.o TI).

li! - Como procurador, se tiver mandato, expresso ou tácito,para os administrar (-art. 311).

i!:N - Como depositário, se não for usufrutuário, nem admi­nistrador (arts. 269, n.o TI, 276 e 310).

Art. 261. As convenções antenupciais não terão efeito paracom terceiros senão depois de transcritas, em livro especial, pelooficial do registro de imóveis do domicílio dos cônjuges (art. 256).

CAPí'IlULO 1lI

Do Regime da Cunhão Un.iversalArt. 262. O regime da comunhão universal importa a comu­

nicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suasdívidas passivas, com exceções dos artigos seguintes.

Art. 263. São excluídos da comunhão:I - As pensões, meios-soldos, montepios, tenças, e outras ren­

das semelhantes.]I - Os bens doados ou legados com a cláusula de incomuni­

cabilidade e os sub-rogados em seu lugar.Trr - Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro

fideicumissário, antes de realizar a condição suspensiva.IV - O dote prometido ou constituído a filhos de outro leito.V - O dote prometido ou constituído expressamente por um

só dos cônjuges e filho comum.VI - As obrigações provenientes de atos ilícitos (arts. U}18

e 1.532).V:N: - As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem

de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum.V]lJI - As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges

ao outro com a cláusula de incomunicwbilidade (art. 312).IX - As roupas de uso pessoal, as jóias esponsalícias dadas

antes do casamento pelo esposo, os livros e instrumentos de pro­fissão e os retratos da familia.

X - A fíança prestada pelo marido sem outorga doa mulher(arts. 178, § 9.°, n.O I, b e 235, n.o IH).

XI - Os bens de herança necessária a que se impuser a cláu­sula de incomunicabilidade (art. 1.723).

XLI - Os bens reservados (art. 246, parágrafo único).XHI - Os frutos civis do trabalho ou indústria de cada côn­

juge ou de ambos.Art. 264. As dívidas não compreendidas nas duas exceções

do n.o WI, do artigo antecedente, só se poderão pagar durante o.casamento, pelos bens que o cônjuge devedor trouxer para o cas·aI.

Art. 265. A incomunicabilidade dos bens enumerados no art.263 não se lhes estende aos frutoo, quando se percebam ouvençam durante o casamento.

Art. 266. Na constância da sociedade conjugal, a propriedadee posse dos bens é comum.

2126 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

Parágrafo único. A mulher, porém, só os administrará porautorização do marido, ou nos casos do art. 248, n.o V, e art. 251.

Art. 267. Dissolve-se a comunhão:[ - Pela morte de um dos cônjuges (art. 315, n.o I).

]I - Pela sentença que anula o casamento (art. 222).

m - Pelo desquite (art. 322).

Art. 268. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativod passivo, c€ssará a responsabilidade de cada um dos cônjugespara com os credores do outro por dividas que este houver con­traído.

CAPíTULO InDo Regime da Comunhão Parcial

Art. 269. No regime de comunhão limitada ou parcial, ex­cluem-se da comunhão:

I - Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhesobrevierem, na constância do matrimônio por doação ou porsucessão.

li - Os adquiridos com valores exclusivamente pertencentes aum dos cônjuges, em sub-rogação dos bens particulares.

m - Os rendimentos de bens de filhos anteriores ao matri­mônio a que tenha direito qualquer dos cônjuges em conseqüênciado pátrio poder.

irV - Os demais bens que se consideram também excluídos dacomunhão universal.

Art. 270. Igualmente não se comunicam:I - As obrigações anteriores ao casamento;II - As provenientes de atos ilícitos.Art.271. Entram na comunhão:r - Os bens adquiridos na constância do casamento por título

~>neroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges.II - Os a;dquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso

de trabalho ou despesa anterior.JiLI - Os adquiridos por doação, herança ou legado, em favor

de ambos os cônjuges {art. 269, n.O !l.IV - As benfeitorias em bens particulares de cada cônjugeV - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada

cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes aotempo de cessar a comunhão dos adquiridos.

VI - Os frutos civis do trabalho, ou indústria de cada côn­juge, ou de ambos.

Art. 272. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiverpor título uma causa anterior ao casamento.

Art. 273. No regime de comunhão parcial presume-se adqui­ridos na constância do casamento os móveis quando não se provarcom document<l autêntico que o foram em dat!! anterior.

Art. 274. A administração dos bens do ca.s'al compete aomarido, e as dívidas por este contraídas <lbrigam, não só os benscomuns, senão ainda, em falta destes, os particulares de um e outrocônjuge, na razão do proveito que cada qual houver lucrado.

Art. 275. l!J 'aplicável a disposição do artigo antecedente àsdividas contraídas pela mulher, nos casos em que os atos sãoautorizados pelo marido, S'C presumem sê-los, ou escusam autoriza­ção (arts. 242 a 244, 247, 248 e 233, n.O V).

CAPíTULO IVDo Regime da separação

Art. 276. Quando Os contraentes casarem, estipulando sepa­ração de bens, permanecerão os de cada cônjuge sob a adminis­tração exclusiva dele, que os poderá livremente alienar, se foremmóveis (arts. 235, n.o I, 242, n.o ]jJ: e 310).

Art. 277. A mulher é obrigada a contribuir para as despesas.do casal com os rendimentos de seus bens, na proporção de seuvalor, relativamente ao dos do marido, salvo estipulação em con­tráriQ no contrato antenupcial (arts. 256 e 312).

TiTULO IV

Da Dissolução da Sociedade Conjugal e da Proteçãoda Pessoa dos Filhos

CAPiTULO IIDa Proteção da Pessoa dos Filhos

Art. 325. No caso de dissolução da sociedade conjugal pordesquite amigável, observar-se-á o que os cõnjuge.s acordarem so­bre a guarda dos filhos.

Art. 326. Sendo desquite judicial, ficarão os filhos menorescom o cônjuge inocente.

S 1.0 Se ambos os cônjuges forem culpados ficarão em po­der da mãe os filhos menores, salvo se o juiz verificar que de talsolução possa advir pr,ejuizo de ordem moral para eles.

S 2.0 Verificado que não devem os filh'OS pennanecer em po­der da mãe nem do pai, deferirá o juiz a sua guarda a pessoa no­toriamente idônea da família de qualquer dos cônjuges ainda quenão mantenha relações sociais com o outro a quem entretantoserá assegurado o direito de visita.

Art. 327. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qual.':l.uercaso, a bem dos filhos, regular por maneira diferente da estabe­lecida nos artigos anteriores la situação deles para com os pais.

Parágrafo único. Se todos os filhos couberem a um só côn­jug>e, fixará o juiz a contribuíção com que, para o sustento deles,haja de concorrer o outro.

Art. 328. No caso de anulação do casamento, havendo filhoscomuns, observar-se-á o disposto nos arts. 326 e 327.

Art. 329. A mãe, que contrai novas núpcias, não perde o dI­t€í,to a ter coIllSigo os filhos, que só lhe pocJierã:o ser retirados,mandando o juiz, provado que ela, ou o padrasto, não os tratamconvenientemente (arts. 248, n.O I e 393l..................................................' .

CAPíTULO IVDo Reconhecimento dos Filhos TIegítimos

Art. 355. O filho ilegítimo pode ser reconhecido pelos pais,conjunta ou separadamente.

Art. 356. Quando 'a maternidade constar do termo de nasci­mento do filho, a mãe só o poderá contestar, provando a falsi­dade do termo, ou das declarações nele contidas.

Art. 357. O reconhecimento voluntário do filho ilegítimo podefazer-se ou no próprio termo de nascimento, ou mediante escri­tura pública, ou por testamento (art. 184, parágtafo único),

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nasci­mento do filho, ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar des­cendentes.

Art. 358. Os filhos incestuosos e os adulterinos não podemser reconhecidos.

Art. 359. O filho ilegítimo, reconhecido por um dos cônjuges,não poderá residir no lar conjugal sem o cons,entimento do outro.

Art. 360. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sobpoder do progenitor, que o reconheceu, e, se ambos o reconhece­roam, sob o do pai.

Art. 361. Não se pode subordinara condição, ou ,a termo, oreconhecimento do filho.

Art. 362. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seuconsentimento, e o menor pode impugnar o l'econhecimento,dentro nos quatro allos, que se seguirem à maioridade, ou eman­cipação.

Art. 363. Os filhos ilegítimos de pessoas que não caibam noart. 183, n.os I a VI, têm ação contra os pais, ou seus herdeiros,para demandar o r,econhecimento da filiação:

I - se ao tempo da concepção a mãe estava concubinada como pretendido pai;

II - se a concepção do filho reclamante coincidiu com o rap­to ,da mãe pelo suposto pai,ou SUalS relações sexuais com ela;

III - se existir escrito daquele a quem se atribui a pater­nidade, reconhecendo-a expressamente.

Art. 364. A investigação da maternidade só se não permite,quando tenha por fim atribuir prole ilegítima à mulher casada, ouincestuosa à solteira (art. 358>'

Art. 365. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, podecontestar a ação de investigação da paternidade, ou maternidade.

Art. 3u6. A sentença, que julgar procedente a ação de inves­tigação, produzirá os mesmos efeitos do reconhecimento; poden­do, porém, ordenar que o filho se crie e eduque fora da compa­nhia daquele dos pais, que negou esta qualidade.

Art. 367. A filiação paterna e a materna podem resultar decasamento declarado nulo, ainda mesmo sem as condições do pu­tativo.

CAPíTULO V

Da AdoçãoArt. 368. Só os maiores de 30 (trinta) anos podem adotar.Parágrafo único. Ninguém pode adotar, sendo casado, senão

decorridos 5 (cinco) anos após o casamento.Art. 369. O adotante há de ser, pelo menos, 16 (dezesseis)

anos mais velho que o adotado.

Abril de 1982 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2127

Art. 370. Ninguém pode ser adotado por duas peSlloas, salvose forem marido e mulher.

Art. 371. Enquanto não der contas de sua administração, esaldar o seu alcance, não pode o tutor, ou curador, adotar o pu­pilo, ou o curatelado..

Art. 372. Não se pode adotar ,g·em o consentimento do ado­tado ou de seu representante legal se for incapaz ou nascituro.

Art. 373. O adotado, quando menor, ou interdito, poderá deS­ligar-se da adoção no ano imediato ao em que cessar a interdição,ou a menoridade.

!Art. 374. Também se dissolve o vínculo da ·adoção:I - quando as duas partes convierem;II - nos casos em que é admitida a deserdação.Art. 37'5. A adoção far-se-á por escritura pública, em que se

não admite condição, nem termo.Art. 376. O parentesco resultante da adoção (art. 336) limi­

ta-se ao adotante e ao adotado, salvo quanto aos impedimentosmatrimoniais, a cujo respeito se observará o disposto no art. 183,n.Os m e V.

Art. 377. Quando o adotante tiver filhos legitimos, legitima­dos ou reconhecidos, a relação de adoção não envolve a de suces­são hereditária.

Art. 378. Os direitos e deveres que resultam do parentesconatural não se extinguem pela adoção, exceto o pátrio poder, queserá transferido do pai natural para o adotivo.

CAPÍTULO VI

Do Pátrio Poder

SEÇAO I

Disposições GeraisArt. 379. Os filhos legítimos, os legitimados, os legalmente

reconhecidos e os adotívosestão sujeitos ao pátrio poder, enquan­to menores.

Art. 380. Durante o casamento compete o pátrio poder aospais, exercendo-o o marido com ,a 'Colaboração da mulher. Nafalta ou impedimento de um dos progenitores passará o outro aexercê-lo com exclusividade.

Parágrafo único. Divergindo os progenitores. quanto ao exer­cício do pátrio poder, prevalecerá a decisão do pai, ressalvado àmãe o direito de recorrer ao juiz para solução da divergência.............................................., .

SEÇAO mDo Pátrio Poder Quanto aos Bens dos Filhos

Art. 385. O pai e, na sua falta,a mãe são os administradoresleglais dos bens dos filhos que se achem sob o seu poder, salvo odisposto no art. 225.

SEÇÃO ilV

DaSuspensã& e Extinção do Pátrio Poder

Art. 392. Extingue-se o pátrio poder:I - Pela morte dos pais ou do filho.:m: - Pela emancipação, nos termos do parágrafo único do

a·rt. 9.0 Parte Geral.:m;r - Pela maioridade.IN - Pela adoção,Art. 3W. A mãe que contrai novas núpcias não perde,

quanto aos filhos de leito anterior, os direitos ao pátrio poder,exercendo-os sem qualquer interferência do marido.

Art. 394. Se o pai, ou mãe, abusar do seu poder, faltandoaos deveres paternos, ou arruinando os bens dooS filhos, cabeao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, ado­tar a medida, que lhe pareç'a reclamada pela segurança do menore seus haveres, suspendendo, até quando convenha, o pátrio poder.

PM'ágrafo único. Swpende-se igualmente do exercício do pá­trio poder, ao pai ou mãe condenados por sentenç.a trreconivel,em crime cuja pena exceda de dois anos de prisão.

Art. 395. Perderá por ato o pátrio poder o pai, ou mãe:J: - Que c'astigar imoderadamente o filho.ra: - Que o deixar em abandono.m - Que praticar atos contrários à moral e aos bons cos­

tumes.

TíTULO VIDa Tutela, da Curatela e da Ausêncía

CAPÍTULO IDa Tutela

SElÇAo u:Dos Tutores

Art.40G. Os filhos menores são postos em tutela:,I - Falecendo os pais, ou sendo julgados ausentes.TI - Decaindo os pais do pátrio poder.Art. 407.0 direito de nomear tutor compete ao pai, à mãe,

ao avô paterno '8 ao materno. Cada uma destas pessoas o exer­cerá no caso de falta ou incapacidad'e das que lhes antecederamna ordem aqui estabelecida.

Parágrago único. A nomeação deve constar de testamentoou de qualquer outro documento autêntico.

Art. 408. 'Nula é a nomeação de tutor pelo pai, ou pela mãe,que, ,ao t·empo de sua morte, não tenha o pátrio poder.

Art. 409. Em falta ·detutor nomeado pelos pais, incumbe atutela ,aos p:arentesconsangüíneos do menor, por esta ordem:

I - Ao avô paterno, depois ao materno, e, na falta deste, àavó patenla, ou materna.

II - Aos innãos, preferindo os bilaterais, aos unilater.ais odo sexo masculino ao do feminino, o mais velho .a,o mais moço.

III - Aos tios, sendo preferido o do sexo masculino ao dofeminino, o mais velho ao mais moço.

Art. 410. O juíz nomeará tutor idôneo e residente no do-micílio do menor:

I - Na falta de tutor testamentário, ou legítimo.IiI - Quando estes forem excluidos ou escusados da tutela.m - Quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e

o testamentário.Art. 411. Aos irmãos órfãos se dará um só tutor. No caso,

porém, de ser nomeado mais de um, por disposição testamentária,entende-se· que a tutela foi 'cometida 'ao >primetro, e que os outroslhe hão de suceder pela ordem da nomeação, dado o caso demorte, incapacidade, escusa ou qualquer outro impedimento legal.

Parágmfo único. Quem instituiu um menor hen:leiro, ou le­ga.tário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os tlensdeixados, ainda que o menor se ache sob o pátrio poder, ou sobtutela.

Art. 412. Os menores abandonados terão tutores nomeadospelo juiz, ou serão recolhídos a estabelecimentos públicos para essefim destinados.

Na falta desses estabelecimentos, ficam sob a tutela das p'es­soas que, voluntária e gratuitamente, se encarregarem da suacriação.

SEÇAO nrDa Escusa dos Tutores

Art. 414. Podem escusar-se da tutela:I - As mulheres.II - Os maiores de sessenta anos.oIlII - Os que tiverem em seu poder mais de cínco filhos.IN - Os impossibilitados por enfermidade.V - Os que habitarem lon~ do lugar, onde se haja de

exercer a tutela.VI - Os que já exerceram tutela, ou curatela.VH - Os militares, 'em serviço.Art. 415. Quem não for parente do menor não poderá ser

obrigado a aceitara tutela, se houver no lugar parente idôneo,consangüíneo ou afim, em condições de exercê-la.

Art. 416. A escusa apresentar-se-á nos dez dias subseqüentes,à intimação do nomeado, sob pena de entender-se renunciado odireito de alegá-la.

Se o motivo escusatório ocorrer depois de aceita a tutel'a, osdez dias contar-se-ão do em que ele sobreviver.

Art. 417. Se o juiz não admitir a escusa, exercerá o nomeadoa tutela, enquanto o recurso interposto não tiver provimento, eresponderá desde logo pelas perdas e danos, que o menor venhaa sofrer.

212R Sábada 17 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

CAPíTULO IIDa. Curatela.

SEÇAO IDisposições Gerais

Art. 446. Estão sujettos ,à curatela:I - Os loucos de todo o gênero (arts. 448, n.o 1. 450 e 457).

JiI - Os surdos-mudos, sem educação que os habilite a enun-ciar precisamente a sua vontade (arts. 451 e 456).

,m - Os pródigos (arts. 459 e 461).

Art. 452. A sentença que declara a interdição produz efeitodesde logo, embora sujeita a recurso.

Art. 453. Decretada a interdição, fica o interdito sujeito àcuratela, à qual se ,aplica o disposto no capítulo antecedente, coma restrição do art. 4'51 e as modificações dos artigos seguintes.

Art. 454. O cônjuge não separado judicialmente, é, de direito,curador do outro, quando interdito (art. 455).

§ 1.0 Na falta do cônjuge, é curador legítimo o pai; na faltadeste, a mãe: e, na desta, o descendente maior.

§ 2.° Entre os descendentes, os mais próximos precedem aosmais remotos, e dentro os do mesmo grau, os varões às mulheres.

§ 3.° Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz aescolha do curadCir.

Art. 455. Quando o curador for o cônjuge., não será obrigadoa apresentar os balanços anuais, nem a fazer inventário, se o,regime do casamento for o da comunhão, ou se os bens do incapazse acharem descritos em instrumento público, qualquer que sejao regime do ·casamento.

§ 1.0 Se o curador for o marido, observar-se-á o disposto nosarts. 233 .90 239.

§ 2.° Se for a mulher a curadora, observar-se-á o dispostono art. 251, parágrafo único.

§ 3.° Se for o pai, ou mãe, não terá aplicação o disposto noart. 435.

LIVRO IV

Do Direito das Sucessões

TiTULO DIl

Da Sucessão TestaJnentária

CAPíTULO xvDa Deserdação

Art. 1. 741. Os herdeiros necessários podem ser privados desua legítima, ou deserdados, em todos os casos em que podem serexcluídos da sucessão.

Art. 1. 742. A deserdação só pode ser ordenada em testa­mento, com expressa declaração de causa.

Art. 1.744. Além das causas mencionadas no art. 1.595, au-torizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes.

I - Ofensas físicas.I!I - Injúría grave.m - Desonestidade da filha que vive na casa própria.IV - Relações ilícitas com a madrasta. ou o padrasto.V - Desamparo do .ascendente em alienação mental ou grave

enfermidade.

LEI N.o 5.582, DE 16 DE JUNHO DE unoAltera. o art. 16 do Decreto-lei n." 3.2110, de 19 de abriR

de 1941, que dispõe sobre a organizaçãÜ' e proteção 1111.família.

O Presidente da Rep1Íblic~

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu. sancíono nseguinte Lei:

Art. I." O art. 16 do Decreto-lei n." :J .200, de 19 de a:bril de1941, que dispõe sobre a organização e proteção da família, passaa ter a seguinte redação;

"Art. 16. O filho natural enquanto menor iícará sobo poder do genitol' que o reconheceu e, se ambos o re~

conheceram, sob o poder da mãe, saJ.V0 se de tal soluçãoadvier prejuízo ao menor.

§ 1.° VerificllJdo que não deve o filho permanecer empoder da mãe ou do pai, deferirá o Juiz a sua guarda apessoa notoriamente idônea, de preferência da famíliade qualquer dos genitores.

§ 2.° Havendo motivos graves, devidamente compro­vados, poderá o Juiz, a qualquer tempo e cabe, decidirde outro modo, no interesse do menor."

Art. 2.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaçãO'.Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrárioBrasília, 1ü de junho de 1970; 149.0 da Ii1dependência e 82.°

da República. - EMíLIO G. MÉDICI - Alfredo Buzaid.

LEI N.o 5.582, DE 16 DE JUNHO DE 1970

Altera o art. 16 do Decreto-lei n.o 3.200, de 19 deabril de 1941, que dispõe sobre a Organização e Proteçãoda. Familia.

(Publicada no Diário Oficial - Seção I - Parte I - de 17de junho de 1970)

RetificaçãoNa primeira página, 2.a e 3." colunas.

Onde se lê:§ 2.° Havendo motívos graves, devidamente comprovados, po­

derá o juiz, a qualquer tempo e cabe decidir de outro modo, nointeresse do menor.Leia-se:

§ 2.° Hlwendo motivos ,gr:wes, d·evidamente comprovados,pode.rá o Juiz, a qualquer tempo e caso, decidir de outro modo,no interesse do menor.

PROJETO DE LEI N.o 6.054, DE 1982

(Da Sra. Lúcia Viveiros)Dispõe sobre abatimentos da renda. bruta por ex-com­

batentes da FEB, para fins de incidência do Imposto deRenda.

(Anexe-se ao Projeto de Lei n.O 3.623, de 1980, nostermos do art. 71 do Regimento Interno.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira

poderá abater de sua renda bruta, para fins de incidência do Im­posto de Renda e independentemente de comprovação, até o valorcorrespondente a 60% (sess·anta por cento) daquela renda, oriundade rendimentos tributáveis no regime de declaração anual derendimentos.

Parágrafo único. O limite fixado no caput absorverá osdemais abatimentos permitidos para os contribuintes em geral.

Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor em 1.° de janeiro do anosubseqüente ao de sua promulgação.

Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário.

Justifícaçã6A Nação Brasileira continua em débito para com cidaidãos que

participaram da 2.a Guerra Mundial, não só pelo perigo de vIda aque os submeteu como também pela desorganização que induziu à'atividade desses ex-combatentes, interrompida no conflito armadoe diminuída por fatores emocionais e físicos.

Relativamente aos proventos auferidos em decorrência de re­forma, ou às pens.Õ€s resultantes de falecimento de ex-combn,ten­toe, concedidos de acordo com os Decretos-leis n úmems 8. '194 '"8.795, ambos de 23-1-46, e a Lei n.o 2.578, de 23-8-45, já foramexcluíd.os da tributabilidade pelo art. 29 da Lei n.O 4.862/65.

Outrossim, os ex-combatentes que tenham atingido 115 ânos deidade são beneficiários da isenção geral concedida pelo :1ri;. 15 doDecreto-lei n.O 1.642/78, quanto aos proventos até o valor deCr$ 770.000.00 no ano-base de 1981. COmo alt.ernatIva, a eS3il isen­ção, podem gozar do abatimento adicional concedido a tod'os (,{l

contribuintes dessa idade, conforme facult!1lU ;) arl;. 4." dI) TJ8­ereto-lei 11.° 1.351/74 e ú p.rt. 17 -do Decreto-lei n.o 1 2ba­t.imenw que, no exercltüo fiscal de l[l82, monta em Or:;;

Todavia, para os ex-combatentes que tenham l'endlm'311CúSbutáveü; na declaração anual ou coni;em menos de 6!'ihá previsão legal para qualquer abatimento especiaL Alé1l1

os que tenham aqusla idade, ;) mencionado abaúm.i'úll/J cll-Cll­Si; revela dilnin\.1'b{)~ especlain1el1te porque JCllio pr(ÜVcn;"C10}{lLi2J

aos rendimentos auferJrio;;.Daí justificar-se a concessão objetivado. por e:::ta P"'QPúS!"fr:;,

no sentido de que o ex-cQmbs,tent2 -da FEB possa, SelUpl'e, @O,"~W6'3

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NAClONA L (Seção I ) Sábado 17 2129

um abatimento global equivalente a 60% da renda bruta af.eridaem sua declaração de rendimentos tributáveis. É conveniente res­saltar que, nos termos do projeto, esse abatimento global absor­verá todos os demais permitidos pela legislação em vigor, com­preendendo pagamentos de bolsas de estudo, contribuições e doa­ções, despesas ele instrução, juros, perdas extraordinárias, aluguelresidencial, tratamentos com 'a saúde, pensão alimenticia, bemcomo os encargos com dependentes e o abatimento adicional auto­rizado para maiores de 65 anos.

Apesar de, percepti'velmente, ser ínfima a receita tributáriade que a Fazenda Nacíonal renunciará com o abatimento total au­torizado neste projeto de lei, em razão da pequena quantidadeexístente de ex-combatentes e os limitados rendimentos por elesauferidos, está sendo previsto, para o início da vigência da lei,apenas o exercícío imediato ao de sua promulgação.

Em razão do evidente cunho social de que se reveste esta pro­Iposição legislativa, confiamos em .sua urg·ente aprovação porambas as Casas do Congresso Nacional.

Sala de Sessões, 6 de abril de 1982. - Lúcia Viveiros.

LEGISLAÇÃO CITADA, AN.EXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISSõES PERMANENTES

DECRETO-LEI N.o 8.794, DE 23 DE JANEIRO DE 1946Regula as vantagens a que têm direitG os herdeiros

dos militares que partieiparam da Força 'ExpedicionáriaBrasileira, no teatro de operações da Itália.

O Presidente' da República, usando da atribuição <lue lhe con­fere o art. 180 da Constituição, decreta:

Art. 1.° Este decreto-lei regula as vant<llgens a que têmdireito os herdeiros dos militares, inclusive os dos convocados,que participaram da Força Expedicionária Brasileira, destacada,em 1944-1945, no teatro de operações da Itália, e falecidos nascondições aqui -definidas.

Art. 2.° Os que faleceram em conseqüência de ferimentosverificados na zona de combate, em cumprimento de missão oudesempenho de serviço ou, em qualquer situação, decorrentes deação inimiga, são promovidos post-mortem ao posto imediato aoque t,inham na data do óbito, aplicado o disposto no art. 11. edeixam uma pensão especial corr,espondente aos vencimentos doposto ou graduação da hierarquia normal subseqüente ao dapromoção.

Art. 3.° Osque faleceram em conseqüência de moléstias ad­quiridas ou agravadas na zona de combate, ou, fora desta zona,d-e acidente em s,erviço, deixam uma pensão especial correspon­dente aos vencimentos do posto imediato ao que tinham em vidaaplicado o disposto no art. 11. .

Art. 4.° Os que faleceram por quaisquer outros motivos, noteatro de operações da Itália, deixam uma pensão especial corres­pondente 'aos vencimentos do posto que tinham em vida.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo os soldadosSM consIderados engajados. '

Art.5.0 Os que venham a falec,er em conseqüência das causasfixadas nos artigos anteriores, deixarão a pensão especial nelesestabelecida, conforme o caso, ou a do posto que tiverem na datado óbito, se superior.

Art. 6.° Os militares desaparecidos e que não se tenhamapresentado até esta data, deixam a seus herdeiros a pensão deque trata o art. 2.°

Parágrafo único. No caso de reaparecimento -do militar, ouprecisada a causa do desaparecimento proceder-se-á na conior­mid~de do Decreto-lei n.O 7.374, de 13 de março de 1945, no quese '!lJustar: ou será ,a pensão revista para ,aplicação adequada dosartigos aCIma.

Art. 7.° No caso de convocado que, em vida haja optadopel~ qu~ percebia como ~ivi1, a pensão será igual a' essa remune­raçao CIVIl, salvo se maIores forem os benefícios que lhe cabe­riam pelos artigos anteriores.

Art. 8.° As pensões a que seJ)eferem o presente decreto-leiserão devidas segundo as tabelas vigentes, de modo que estejamsempre atualizadas.

Pa'rágrafo único. Mudada a tabela de vencimentos, far-se-áa revisão l·espectiva.

Art. 9.° O Governo contribuirá com a importância neces­sária para que seja doada c:3!sa residencial à família de todoexpedicionário, falecido nas condições dos artigos 2.° e 3.°, quenão tenha casa própria.

Parágrafo único. Para que se verifique essa contribuição,decreto-lei especial definirá o valo;r, ,as condições e os limites dadoação.

Art. 10. Aos filhos menores dos militares falecidos nas con­dições do presente decreto-lei, será assegurada educação gratuita,a expensas do Estado.

Parágjrafo único. A Sacretall"ia Geral do Ministério daGuerra incumbirá a regulamentação de,ste artigo, dentro de 60(sessenta) dias, e sua execução.

Art. 11. Para os efeitos expressos deste decretD-Iei, são con­siderados postos imediatos: pa:ra os soldados, 3.° sargento; para05 cabos, 2.° sargento: para os sargentos em geral, aspirante aoficial; para os as.pirantes e subtenentes, 2.° tenente.

Art. 12. Entende-se por zona de combate, para os efeitüsdo presente decreto-lei, a faixa de terreno em que, no momentoconsiderado, operavam, trabalhando e estacionavam as unidadesde combate da La Divisão de Infantaria Expedicionária e órgãosde se'rviços de seus corpos de tropa, bem como onde se achavaminstaladas, em cumprimento de missão, as frações destacadas doselementos de serviços divisionários e os escalões avançados dequartéis generais, imediatamente necessários à situação de com­bate.

Art. 13. ,são considerados herdeiros, no tocante às pensõesconc·edidas pelo pres,ente decreto-lei, os que a legislação em vigordefine como tais para a percepção do montepio militar, com osmesmos direitos de preferência e reversão.

Art. 14. Este decreto-lei entrará em vigor na data de suapublicação, revogadas as disposiçõ;es em contrário, sendo as pen­sões especiais devidas a partir da data do óbito ou da previstano § 2.0 do art. 5.° do J.1eferido Decreto-lei n.O 7.374.

Rior1e Janerro, 23 de janeiro de 1964, 124.° da Independênciae 57.° da República. - Jasé Linhares. - CanrobertPereira daCosta.

DECRETO-LEI N.o 8.795, DE 23 DE J'ANEIRO DE 1946Regula as vantagens a que têm direito os milit.ares

da FEE incapacitados fisicamente.O presidente da República, usando da atribuição que lhe con­

fere o art. 180 da constituição, decreta:Art. 1.0 Este decr·eto-Iei regula as vantagens a que ficam

com direito os militares, inclusive os convocados, incapacitadosfisicamente para o serviço militar, em conseqüência de ferimen­tos verificados ou moléstias adquiridas quando participavam daForça Expedicionária Brasileira destacada, em 1944-1945, nOteatro de operações da Itália.

Art. 2.° Os que hajam sido incapacitados em conseqüênciade ferimentos verificados ou moléstias adquiridas na zona de com­bate, quando em cumprimento d,e missão ou desempenho de ser­viço, ou, em qualquer situação, de ferimentos decorrentes de açãoinimiga, são promovidos ao posto imediato ao que tinham quandoforam feridos ou adquiriram a moléstia, aplicado o disposto noart 1.0, e re~ormados com os .yencimentos do posto ou graduaçãoda hIerarqUIa normal subsequente ao da promoção.

Parágrafo único. Os que ficaram impossibilitados para todoe qualquer trabalho, terão essas vantagens aumentadas de 25%hospitalização eS)Jecializada vitalícia, quando necessária e a juizOmédico, caso próprio de acordo com seu posto e edutlacâodosfilhos menores, a expensas do Estado. .'

Art. 3.° Os que hajam sido incapa,citados em conseqüênciade moléstias adquiridas ou agravadas em servico; ou de acIdentesem serviço ocorridos fora da zona de combate: são promovidosao posto Imediato ao que tinham quando foi a moléstia adquiridaou agravada, ou verificado o acidente, aplicado -o disposto noart. 10, e reformados com os vencimentos deste novo posto.

ParágraJ;o único. Os que ficarem impossibilitados para todoe qualquer trabalho terão 'Cssas vantagens aumentadas de 25%hospitalização especializada vitalícia quando n'€cessáriae a húzómédico, e educação dos filhos menores, a expensas do Es'tado.

Art. 4.° Os que soe hajam incapacitado fora do serviço, poracidente ou moléstia adquirida, ou fundamentalmente agravada,no teatro de operações da Itália, serão reformados com os venci­mentos do posto que tinham nessa ocasião.

§ 1.0 Para os efeitos deste artigo, os soldados são conside­rados '€ngaj ados.

§ 2.° Os que ficarem impossibilitados para todo e qualquertrabalho, terão essas vantagens aumentadas de 25% e educaçãodos filhos menO'J.1es, a expensas do Estado.

Art. 5.° Os que venham a ser declarados incapazes, em con­seqüência das causas fixadas nos artigos anteliores. serão refor­mados nas condições neles estabelecidas, conforme o caso, oucom os vencimentos do posto que tiverem na data da reforma, sesuperiores.

Art. 6." No caso do conv(Jcado que haja optado pelo quepercebia como civil, as vantagens da reforma serão iguais a essaremuneração civil, salvo se maiores forem os benefícios que lhe,caberiam pelos artigos anteriores.

Art. 7.° As vantagens a que se referem os artigos anterioresserão devidas segundo as tabelas vigentes, de modo que estejamsempre atualiz;adas.

2130 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Sc~ão I) Abril de 1982

Parágrafo umco. Mudada a tabela de v-encimentos, far-se-árevisão necessária.

Art. 8.0 Se a incapacidade do militar consistir em diminui­ção de suas possibilidades de locomoção ou ou1Jra causa que nãolhe afete o funcionamento orgânico geral, poderá -ser apl.'Oveitado,se assim o desejar e comprovar a corr,espondente aptidão intelec­tual, nos quadros do magistério e técnico do Exército, ou, para:funções burocráticas, nos demais quadros.

§ 1.0 Nessa hipótese, não serão reformados, ou, se Ja otiverem sido, reverterão à situação necessária, sendo promovidosnos casos definidos nos arts. 2.0 e 3.° deste decreto-lei, e ficandoagregados ao quadro da respectiva Arma ou Serviço, s~ preciso,de modo a não prejudicar,em seus componentes ordinárIOs.

§ 2.° Uma vez incluídos nos quadros correspondentes, terãoo acesso e vantagen.s normais.

§ 3.0 Os requisitos e processos de apurá-los, para o seu in­gresso nesses quadros, serão estudados pelo Ministério da Guerra,que apresentará ao Governo as modificações que se impuserem nalegislação em vigor.

§ 4.° Caso não se adaptem a ,essa nova ,situação, poderão,dentro de um ano a contar do ingresso no respectivo quadro.requerer 'a volta à situação que lhes caberia pelos arts. 2.0 , 3.° e4.° deste decl'eto-Iei.

Art. 9,0 Não se aplicam as disposições do Decreto-lei núme­ro 7.270, de 25 de janeiro de 1945, aos militares aqui abrangidos,salvo àqueles que des>ejarem submeter-se a seu regime, ou, &e ascausas que os incapacitarem para o serviço militar, não os impe­dir de retomar, em toda sua plenitude, suas atividades normaisna vida civil, hipótese em que, além dos prov,entos de sua ativi­dade civil, passarão a perceber 50% dai; vantagens de que trataeste decreto-lei.

Art. 10. P.ara os ef-eitos expressos deste decreto-lei, ,serãoconsiderados postos imediatos: para os soldados, 3.° sargento; paraos cabos, 2.0 sargento; para os sargentos em geral, aspirante aoficial; e para os aspirantes e subt-enentes, 2.° tenente.

Art. 11.. As vantagens de que trata este decreto-lei poderãoser acumuladas com os proventos de qualquer atividade privada.inclusive em empresas particulares, e, com a redução de 5tJ%,com os de quaisquer cargos públicos, eletivos ou em comissão,federais, estaduais ou municipais.

Art. 12. Entende-se por zona de combate, para os efeitos dopresente decreto-lei, a faixa de terreno em que, no momento con­siderado, operavam. trabalhavam e estacionavam as unidades decombate da l,a Divisão d-e Infantaria Expedicionária e os órgãosde serviços de &euscorpos de tropa, bem como, onde se achavam.instaladas, em cumprimento de missão, as frações destacadas doselementos de serviços divisionários e os escalões avançados dequartéis 'generais, imediatamente necessários à situação de com­bat'e.

Art. 13. A Secretaria Geral do Ministério da Guerra incum­birá as providências necessárias para o cumprimento dos pará­grafos únicos dos artigos 2.0 e 3.° deste decreto-lei.

Art. 14. O presente decreto-lei entrará em vigor na data desua publicação, revogadas as disposições em contrário, sendo asvantagens devidas a partir da data da reforma.

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 1945, 124.0 da Independênciae 57.0 da :República. - JOSÉ LINHARES _ Canrobert Pereirada Costa.

LEI N.o 2.578, DE 20 DE AGOSTO DE 1955Revoga o Deereto-Iei n.O 7.013, de 1 de novembro de

1944 (dispõe sobre o policiamento interno de empresas eestabelecimentos particulares.)

O Presidente da República,-Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

a seguinte lei:Art. 1.° Fica revogado o Decreto-lei n.o 7.013, de 1 de

novembro de 1944 (dispõe sobre o policiamento interno de empre­sas e ,estabelecimentos particulares).

Art. 2.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.Rio de Janeiro, 20 de agosto de 1955; 134.0 da Independência e

67.° da R.epública. - JOÃO CAFÉ FILHO _ Prado Kelly.

LEI N.O 4.862, DE 29 DE NOViEMBRO DE 1965Atera a legislação do imposto de renda, adota, diversas

medidas de ordem fiscal e fazendária, e dá outras provi­dências.

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 0.0 ••••••••••

Art. 29. Ficam isentos do imposto de renda os proventos eas pensões, concedidos de acord~J' oom os Decreros-Ieis n.OS 8.794

e 8.795, ambos de 23 de janeiro de 1946, e Lei n.o 2.579, de 23de agosto de 1955, em decon-ência de reformas ou falecimentos deex-combatentes da FElB.

DECRETO-LEI N.o 1.351, DE 24 DE OUTUBRO DE 1974

Altera a legislação do imposto sobre a renda.

Art. 4.° Os contribuintes do imposto de renda que tenhamcompletado 6,5 (sessenta e cinco) anos de idade até o último diado ano-base, poderão gozar de abatimento adicional, na rubricade encargos de família, em valor equivalente ao abatimento dedois dependentes.

DECRETO-LEI N.o 1. 642, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1978

Altera a legislação do imposto de renda das pessoasfísicas.

. .Art. 15, Os proventos de inatividade pagos em decorrência

de aposentadoria, transferência para a reserva remunerada oureforma, por pessoa jurídica de direito público, até o valor deCr$ 180.000,00 (cento 'e oitenta mil cruzeiros) anuais, não serãoincluídos como rendimentos tributáveis na declaração de contri­buinte que tenha 65 (sessenta e cinco) ,anos de idade ou mais, aotérmino do an:>-base correspondente.

Parágrafo único. A parc,ela que exceder o .va10r previstoneste artigo. entrará no cômputo do rendimento bruto, classifi­cável na Cédula "C"...................................................................

Art. 17. A isenção prevista nos arts. 15 e 16 exclui o direi­to ao abatimento de que trata o artigo 4.° do Decreto-lei núme­ro 1.351, de 24 de outubro de 1974...................................................................

PROJETO DE LEI N.O 6.060, DE 1982(Do Sr. JG de Araújo Jorge)

Dá nova redação e acrescenta parágrafos ao art. 8.0da Lei n.o 6.978, de 10 de janeiro de 1982, e dá outrasprovidêneillJs.

(A Comissão de Constituição e Justiça.)

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 O art. 8.° da Lei n.O 6.978/82, passa a vigorar com aseguinte redação:

"Art. 8.0 Nas eleições previstas nesta Lei, sob penade nulida'Cle de voto, :o eleitor votará apenas em candida­tos do mesmo Partido:

a) nos municípios: para Governador, Vice?Governaidor e Ve­reador;

b) nos Estados: para Governador, Vice-Governador eDeputado Estadual.

§ 1.0 Para a Câmara dos Deputados e para o SenadoFederal, o eleitor não estará obrigado a votar em can­didatos sob uma mesma legenda partidária.

§ 2.0 O eleitor não será obrigado a votar em chapa com­pleta, mas apenas nos candidatos de sua preferência emqualquer das áreas legislativas: a municipal, a estadualou a federal."

Art. 2.0 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicaçãorevogadas as disposições em contrário. . ,

Sala das Sessões, 12 de abril de 1982. - JG de Araújo Jorge.

Justificação

Não se pode obrigar o eleitor a votar em candidatos de umasó legenda, num país em que os Partidos políticos não são conhe­cidos por seus princípios programáticos, pelas soluções que apre­sentam para os grandes problemas nacionais; não possuem estru­t:ura ideológica, e são identificados pelos nomes de algumas de suaslI?e~anças, como o partido do Brizola, do Figueiredo, do Lula, doJamo, do Tancredo, e por aí vai. E numa eleição com candidatosdisputando 8 (oito) cargos diferentes: Prefeito, Vice-Prefeito, Ve­reador, Governador, Vice-Governador, Deputado Federal e Senador.

Como se exigir do eleitor que vote em chapa completa, quevincule seu voto de cima a baixo, com candidatos mudando departidos rodos os dias, com incorporações, com reformas eleito-

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sãbado 17 2131

rais pré-fabricadas sem que o próprio partido Oficial seja ouvidoou consultado?

Falta ao Governo aliás, autoridade para tal exigência, quandoé o primeiro a privar o eleitor do poder de votar em muitos muni­cípios, para escolher seu Prefeito, inclusive nos municípios das ca­pitais, presumidamente os mais politizados no Estado.

E quando a burocracia eleitoral dificultou a organização dospartidos, a ponto de a maioria não ter conseguido constituir seusdiretórios em muitos estados e em centenas de municípios.

A vinculação que aí está se constitue numa arbitrariedade amais, imposta pelo Sistema, violentando a consciência do eleitorem países como o Brasil, em que o processo eleitoral não permitiuque os partidos se estruturassem, e tenham condições de fun­cionar nacionalmente.

Tal vinculação coage e revolta, leva ao voto em branco, ao votonulo, à abstenção. Nas eleições anteriores os percentuais dessesvotos e abstenções chegou a 46%, e caminhamos agora com a pers­pectiva de que tais índices possam chegar a 60,70% e mais.

Essa grande maioria silenciosa (percentualmente o "partidomajoritário neste pais desde que se fez a chamada revolução de64), ela, sim, radical, porque descrente de todos e de tudo, pode­rá atingir um nivel tal, com sua manifestação, que será uma des­moralização para o pleito, e o transformará num plebiscito, comum não contundente aos casuísmos dos "pacotes" eleitorais, filhosespúrios do famigerado "pacote de abril".

O presente Projeto apresenta uma alternativa inovadora: a vin­culação do voto, pelas áreas legislat.ivas. Eis um critério lógico, ummal menor, nas atuais circunstâncias políticas.

Se é verdade que o Prefeito administrará melhor com o apoioda Câmara Municipal, e o GOvernador com a Assembléia Estadual,então a sugestão me parece válída.

Quanto às eleições para a Câmara dos Deputados e para oSenado Federal, a ter-se que vincular o voto, deveria ser com ovoto para a eleição do Presidente da R·epública, já que dependetambém para governar do apoio do Poder Legislativo. Mas nãohá condições para o estabelecimento deste critério, de v,ez que aseleições para o Congresso Nacional não coincidem com as presi­denciais (o Ato Institucional n.O 8 aumentou para 6 anos o man­dato presidencial), e o Presidente agora é eleito por voto indireto,através de um Colégio Eleitoral, tanto quanto possível "cuidado­samente" constituído. (Art. 74, §§ 1.0, 2.° e 3.° e art. 75, § 3.°).

Eis porque deve-se liberal' o voto do eleitor para a Câmarados Deputados e para o Senado Federal. Gostaria entretanto, dedeixar bem claro, que, atendendo-se à realidade brasileira, a des­vinculação deveria ser total.

Este Projeto, oferece, pois, e apenas, uma alternativa que meparece importante, e no interesse de todos - Oposição e Governo.

Nesse jogo em que nós oposicionistas somos compulsoriamenteparticipantes, na realidade, não passamos de espectadores, sujeitosàs regras e a todas as alterações que o Regime impõe, sem omenor respeito à opinião pública e a si mesmo, confessando o únicoobjetivo de permanecer "bancando" o poder, ,e usufruindo de suasvantagens e mordomias, enquanto o povo indefeso passa fome epaga os "olhos da cara" pela insegurança e pela repressão a quese encontra sujeito há quase duas décadas.

Sala das Sessões, 12 de abril de 1982. - JG de Araújo Jorge.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISSÕES PERMANENTES

LEI N.o 6.978, DE 19 DE JANEIRO DE 1982

Estabelece normas para a realização de eleições em1982, e dá outras providências.

Art. 8.° Nas eleições previstas nesta Lei, o eleitor votará ape­nas em candidatos pertencentes ao mesmo partido, sob pena denulidade do voto para todos os cargos.

§ 1.0 Quando o partido não tiver diretório organizado no mu­nicípio nem filiados em número suficiente à realização da Con­venção para escolha de candidatos, na forma do § 7.° do art. 2.°,a não indicação destes para os cargos municipais não acarretaráo indeferimento da chapa de candidatos às eleições de âmbitoesta'dual e federal.

§ 2.° A Justiça Eleitoral disporá quanto ao processo de vo­tação.

PROJETO DE LEI N.o 6.062, DE 1982

(Do Sr. Octávio Torrecilla)C'onsidera como tempo de efetivo serviço, para efeito

de aposentadoria, o exercido na flmçáo de Comissário deMenores.

(As Comissões de Constituição e Justiça, de Tra·bal:hoe lJegislaçáo SociaJl ,e d,e Finanças.)

O Congresso Nacional decl'eta:Art. 1.0 Fica considerado como efetivo tempo de serviço, para

efeito de aposentado'ria, o período de ex,ercicio na função de Co­missário de Menores junto à Justiça.

:Barágrafo único. O tempo de serviço de que trata este artigoé considerado como relevante, para fins de ascensão ;funcional.

Art. 2.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaç.ão.Art. 3.0 Rievogam-se as disposições em contrário.

JustificaçãoNa maior parte do território nacional, ainda é bastante comum

a designação de CDmÍSl3ários de Menores, por parte do Magistradocompetente.

A designação é por tempo determinado, renováv·el ilimitada­ment,e, observado cuidadosamente o requisito de idoneidade moraldo titular, escolhido entre os mais destacados cidadãos da comu­nidade.

A ati,vidade dos GomisS'ários de Menores é regulada pelo Códigode Menor - Lei n.o 6.697, de 10 de outubro de 197'9 - que, noart. 7.0, parágrafo lmico, assim dispõe:

"Art. 7.° À Autoridad,e Judiciária competirá exercerdiretamente ou por intermédio de servidor ·efetivo ou vo­luntário credenciadO', fiscalização sobre o cumprimento das·decisões judiciais ou d·eterminaçõ·es administrativas que'l1ouv,er tomado com relação à assistência, proteção '8 vi­gilância a menores.

Parágrafo único. A fiscalização pod·erá .ser desempe­nhada por Comissários voluntários, nomeados pela 3Juto­ridade judiciária a titulo gratuito, dentre pessnas idôneasmerecedoras de sua confiança."

Os Comissários de Menores, gratuitamente, prestam relevantesserviços à comunidade, fiscalizando ambientes proibidos à presençade menores, bem como no fornecimento de autorização para viagensnos diferentes Postos de Serviços colocados nas Estações Rodoviá­Tias, A,eroportos.

,É um trabalho estafante, realizado por puro idealismo por 'Par­te de p,essoas que se preocupam com o bem-estar do menor. suaproteção e tranqüilidade. Nada recebem financeiramente em troca,mas estão sujeitas a tndas as espécies de riscos: má compreensão,ameaças, envolvimento d,e ordem policial (,quando tem qu·e com­parecer às delegacias policiais para cnntornarem pro.blemas, seremt,estemullhas, etc., de fatos que envo:vem menores).

Nada mais justo, pois, de que esses ahnegados cidadãos tenhamuma recompens.a minima - já que seu trrubalho é voluntário egratuito: com a devida comprovação, rece-ber o beneficio da con­tagem de tempo de serviço para aposentadoria.

Esperamos, ,para isso, o imprescindivel apoio dos nobres parespara a aprovação de nossa iniciativa.

Sala das Sessões, ' - Octavio Torrecilla.

PiROJETO DE LEI N,o 6,063, DE 1982(Do Sr. Ros·emburgo Romano)

Isenta de cobrança os primeiros 100 kw/h consumidosnas residências,

(Às Oomissões de Oonstituição e Justiça, de Minas eEnergia e de Economia, Indústria e Comércio.)

O Congresso Nacional d·ecreta:,A,rt. 1.0 As concessionárias de energia elétrica estabelecerão

suas tarifas de modo que o fornecimento mensal dos primeiroscem quilowatts/hora seja gratuito para as residências.

A,rt. 2.0 A presente Lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário,

JustificaçãoO presente projeto de lei é de profundo alcance social. S~bdda­

mente, e até mesmo por pressões internacionais, as tarifas deenergia elétrica têm subido assustadoramente. E, de modo parado­ll!al, existe uma sensível1 retração no consumo principalmente naárea indus,trial. Para se ter idéia de como anda alta a tar1fa,-basta dizer que a Usina Nuclear de Angra I e;;tará em funciona­mento sem que seu consumo possa ser aproveitSJdo. .

2132 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

Estes fa+os fazem com que o consumidor residencial seja gran­demente pI'ejudicado. Em especial aquele que se utiliza da energiaelétrica 3ipenas para coisas indi.&pensáveis.

O sentido desta proposição (a exemplo de outra que apresenteiisentando de pagamento os primeiros dez metrOlS oúbicos mensaisde água) é faz,er com que efetivamente se pague o consumo supér­fluo. O tmba1hador brasileiro, ruguele que recebe salário minimo,ou pouco mais, não pode arcar com uma conta de luz que andaacima dos mil crul'leiros mensais. É um sacrificio por demais one­roso pam o conjunto farnKiar.

O consumo mensal de 100 kw/h é o mínimo de uma r,esidência,sem esbanjamento, sem luzes de alta wattagem, sem de&perdícios.iPor isso mesmo, entendo que as tarifas d'evem ser escalonadas detal forma qlXe esse consumo residencial inicial seja gratuito. Daíem diante, sim, existirá a cobranç,a.

Quem possui mansões de cinco, sete ou oito quartos, jardinaiLum.inados, ch3Jfariz;es e repuxos, salões de jogos, amplos corr,edo­res, estes sim, devem pagar caro pelo consumo 311'pé,rfluo de ener­gia ,elétrica. Quem deseja iluminar seus jardins para dar r,ecepçõessuntuosa.s, que pague p-elD luxo.

Mas que se pf\eserve o trabalhador hum~:de, aquele que nãodorme com todas as luz,es de sua casa acesas, que não possUi vários,ruparelhos üe televisão e video-cassete, .que não possui fl'eczer ou,fornos de ondas, salmas residenciais e outros aparelhos de CDnsumoelevado.

Estou certo de que esta proposição merecerá 3ipOio irrestrito detodos os parlamentar-es que, realmente, defendem as causas popu­lares.

Sala das Sessões, 13 de a;bril de 1932. - RJosemburgo Romano.

PRO.JETO nE LEI N,o 6.064, DE 1982

(Do 81'. Rosemburgo Romano)Dispãe sobre a realização de concursos públicos, e

determina outras providências.(As Comissões de constituição e Justiça e de Serviço

Público.)O Congresso Nacional decreta:Art. 1,0 Nos concursos realizados pela Administração Pública,

direta ou indireta, bem como pelas fundações instituídas ou man­tidas pelo poder público, é obrígatória a divulgação das notasconferidas a cada candidato, mesmo que não aproV'ado ou qua­lificado.

Art. 2.° Ao divulgar o resultado, deverá o órgão r(:alizadordo concurso exibir 'O gabarito ou os crítérios utilizados paa:a acorreção das provas.

Art. 3.° Não se conform'ando com o resultado atribuído àsua ou à prova de qualquer outro candidato, é licito a qualquerínscrito pedir revísão da prova.

Art. 4.° A não-observância do disposto nesta lei sujeíta oresponsável à pena pecuniária de vinte a cem vezes {) Vlalor daObrigação Reajustãvel do Tesouro Nacional além d'a e~oneração

do cargo.

Art. 5.° As taxas cobradas aos camlidatos nos concm'sos pre­vistos pelo art. 1.0 de'sta lei não poderão exceder ao necessáriopara a realização dos mesmos.

Art.6.o A presente Lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 7.° Revogam-se as dísposíções em eDntrário.

Justificação

Este projeto de lei tem por finalidade principal evítar quea a:dministração pública, indireta ou direta, tenha seus concm-sospúblicos 'eivados de suspeitas.

Muitos candidatos têm apr,esentado ;reclamações, através daimprensa, relativamente a esses concursos. Conforme se sabe, aDonstituição Fed'eral estabelec,e que a primeíra investidura emoargu público dependerá de aprovação prévia em concurso público.Essa norma, por questão de moralid'3Jde 'administr,ativa, tambémse aplica para o preenchimento de cargos em empresas vinculadasao Governu.

Muitos são 'aqueles que, acreditando na seriedade do concurso,se inscrevem. Mas às vezes saem a;margurados com f'alhas exis­tentes: somente são conhecidos os candidatos aprovados ou qua­lifícados; não se oferece o gabarito da prova ou os critérios quenortearam sua correção; não se permite impugnação de provasde outros candidatos.

Estia proposição tem em vista a moralização dos concursos.Estou certo de que os nobres congressistas emprestarão seu apoioao presente projeto.

Sala das Sessões, 13 de abril de :1.982. - 'Rosemburgo Romano.

PROJETO DE LEI N.o 6.065, DE 1982

(Do 81'. Cardoso Alves)

(As Comissões de constituição e Justíça e d'e Comuni­cação.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 São considerados de utilidade pública os jornais, re­

vistas e demais periódicos de 'bairro das Capitais dos Estados, doDistrito Federal e dos Territórios.

Art. 2.° São igualmente beneficiados pelo disposto no arti­go lanterior quaisquer publicações periódicas. de cunho sodal oureligioso de âmbito local, assim como aquelas cuja atuação sejareconhecida como de interesse do poder Público.

Art. 3." As entidades interessada·s na obtenção do benefícioinstituído por esta lei deverão comprovar:

I - que são dotadas de personalidarle jurídica;II _ que desenvolvem atividade periódica constante há mais

de dois anos;ru - que estão desvinculadas de partidos políticos e de or­

ganismos sindicais.Art. 4.° O Poder Executivo, ouvido o Ministério da. Justiça,

regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias, contados dadata da sua publicação.

Art.5.0 IEsta Lei entrará em vigor na data da sua publicação.Art. 6.0 Revogam-se as disposições em contrário.

Justüicação

Não há quem desconheça a quantidade,generalidade e qua­lidadedos serviços prestados pelos pequenos órgãos de imprensa,que atuam junto a 'comunidades de bair,ro nas Capitais dos Es­tados, do Distrito Federal e dos Territórios Federais.

São entidades de porte reduzido, de parcos l'ecursos financei­ros e de modesto equipamento que, dirigidos por pessoas idealistase carregadas de cativante denodo, chegam a produzir milagres,traduzidos em perfeição e regular~dade.

Essas publicações transmitem eventos gerados na própria co­munidade a que se destinam, circunstância que lhes 'empresta umcaráter de expressiva autentícidade e de real interesse prático.Seus leitores podem exp'erimentar a 'agradável sensação de fazer aSnoticias ou, se não, de ,conhecer pessoalmente um bom númerode quem as f,az.

São, além disso, imprensa nascida para vi~orosos embates epara incansáv'€l vigília em favor do grupo somal que ampar.am,parlll que lhe sejam preservados os .direitos ~ }1ara que .I~e, sejan:aJtendidaa as mais prementes neceSSIdades. NISSO, sem dll'VlJda, estao seu va'lor eminentemente 80cial; nessa atuação, a característicamarcante do intel'esse público.

'Iludo isso considerado ,chegamos à elllJooração deste projeto,destinado ao reconhecimento e ao realce ,da }1rofícua tarefadesempenhada pelos nossos ·periódicos de âmbito regional.

Sala ,das Sessões, 13 de abril de 1982. - Cardoso Alves.

LEGISLAÇÃO PERTINENTE, ANEXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISSõES PERMANENTES

LEI N.o 9'1, 'DE 28 :DE AGOSTO DE 1935

DetermilUt regras pelas quais são as sociedades de­claradas d.e utilidade pública.

O Presidente da República dos Esta:dos Unidos do B:l'asil:!Faço sllJber que () Poder LegislatiVO decreta e eu sanciono a

seguinte lei:!Art. 1.0 As socíedades civis, as a\'3sociações e as fundações

constituídas [lO País com o fim exclusivo de servir desinteressada­m8'llte à coIetividade podem ser declaradas de utiUdade pública,provados 'os seguintes requisitos:

a)1 que rud'quiriralill personalidade j'urldica;b) 'Que estão em efetivo funcionamento e servem desinteres­

sa'damente à coletivida:de;c), que os ca'l1gos -de sua diretoria não são remunerados.-Art. 2.0 A declaração de utilidade Dública será Ifeita em de­

creto do Poder Executivo, mediante requerimento processado no!Ministério da .Justiça e Negócios Interiores ou, em casos excep-cionais, ex officio. '

Parágrafo único. O nome e características da sociedade, as­sociação ou fll'lldação ,declarada de utilidalCle pública; serão ins-critos em liwo especi,al, a esse ,fim destina:do. .

!Art. 3.° Nenlhum ta'vor do Estado deco])rerá do titulo deutlidade pública, salvo a garantia do uso 'exclusivo, pela sociedade,

Abril de 1982 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sãbado 17 2133

associação ou fundação, de emblemas, flâmulas, bandeiras oudil'3'ttntívos próprios, devid,amente regi.strwdos no Ministério da Jus­tiça ,e a da menção do título concedido.

lA.rt. 4.° As sociedades, associações e fundações declaradas deutilidade pública ficam obr~gadas aarwesenta:r todos os a:nos,exceto por motivo de ordem superior reconhecido a critério doMinistério de Estado da Justiça e Negócios :rnteriores, relação cir­cuns'uanciadados serviços que houverem presta:do à c?letivida:de.

DElClRJElTO N.o 50.517, DE 2 DE MAIO DE 1961

Regulamenta a Lei n.O 91, de 28 de agosto de 1935,que dispõe sobre a declaração de utilidade pública.

O Pres~dente da República, usando da atribuição que lheconfere o acr-t. 87, item I, da Constituição, decreta::

Art. 1.0 As sociedades civis, associações e fundações, cons­tituídas no Pais, que sirv-am desinteressadamente à coletividade,pode,rão ser decllliradas de utilidade pública, a pedido ou ex­~fficio mediante decreto do PresicIente da República:.

Art. 2.0 O pedido de declaração de utilidade pública serádirigido ao Presidente da República, por intermédio do Ministériodru Justiça e NJe,gódos :rnúeriores, provados pelo re.gue,rente osseguintes req'lÚsitos:

a) que se constituiu no País;bl' que tem personalidade jurídica;c) que esteve em efetivo e contínuo funcionamento, nos três

,anos imediata:mente anteriol'es, com a eX3!tJa observância dos 'es­taturos;

d) que não são remune!rados" por qualquer forma, os cargosde di'retoria e que não distribui lucros, bonificações ou vwntagens'a dirigentes, mwntenedores ou associados, sob nenhuma forma O'Upl'etextos;

e) que, comprovadamente, mediante 31 apresentação de re­latórios circunstanciados dos três anos de exercício anteriores àformulação do pedido, promove a educação ou exerce atividades,de pesquisas científicas, de cultura, inclm;i;ve artísticas, ou fi­lantrópica:s, esta:s de caráter geral ou indiscriminado, predomi-nantemente; ,

f) que seus dil'etores possuem folha corrida e moralidade.comproVi3:da;

g) que se obriga a publicaa:, semes1JraJmente, a demonstra­ção da receita obtMa e da despesa realizada no periodo anterior.

IParágrafo único. A falta de qualquer d<os documentos enu­mel1ados neste a1"tigo importará no 3irquivame!l1to do processo.

~rt. 3.° Denegrudo o pedi'do, não poderá se,r renovado antesde decorridos dois anos, a contalr da data da publicação do des­'Padho denegatório.

iParágrafo único. Do denegatório do pedído ,de declaraçãode utilidwde púlblica caberá reconsideração, dentro do prazo de1'20 dias, contados da publicação.

Art. 4.° O nome e caracteristica:s da sociedade, associação oufundação declarada de utilidade pública serão inscritos em livroespecia:l que se destinará, também, à a"lerbaçáo da l'emessa dos,relwtórios a que se ,refere o art. 5.0

~rt. '5.0 As entidades declaraldas de, utilidade pública, saJvomotivo de força maior devidamente com:provllJdo, a critério daauroricltaJde competente, ficam obrigadas a llJpresentllJr, até o dia30 de abril de cad31 ano, ao Ministério da Justiça e Negócios In­teriores, relatório circunstanciado dos serviços que houver prestadoà coletividade no ano wnterior.

Art. 6.° Será cassada a: declaração de utilida,cIe pública daentidllide que:

a) deixar de :3;presentar, d'llrante três anos, consecutivos, oa:elatório 'a que se refere o arti-go pl'ecedente;

b) se ne,gar a prestar se,roço compreendido em seus fins es­ta,tutários;

c)< re,úribuir, por qualquer forma, os membros de sua dire­toria:, ou conceder lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes,manterredores ou 'lliSsociados.

:Art. 7.0 A cassação da utilidade públiea, será feita em pro­cesso, instaurado, ex officio pelo Ministério da Justiça e Negó­cios Interiores, ou mediante repl1esentação documentada.

,Pa'l'ágrrufo único. O pedido de reconsideração do dec,reto quec31S1Sar a declacr-ação de utilid'ade ;pública não terá efeito sus­pensivo.

Art. 8.0 Este Decreto entl'a.rá em vigor na data de sua publi­caçãorevogaJdas as .disposições em contrálrio.

lBraisilia, 2 de maio de 19'61; 140.0 da Ill'dendência e 73.° da.R!epúbUoo. - JAMO QUADOOS - Oscar Pooroso Horta.

!DEO~O N.o 60.l131, DE 4 DE J'1JIIJHO DE 11)67

Modifica o Decreto n.O 50.517, de 2 de maio de J.961,que regulamentou a Lei n.o 91, de 28 de ag,osto de 1935.

O Presidente da República usando da atribuição que lhe con­fere o art. 83, item n, da Constituição, decreta:

Art. 1.0 Ficam alterados a alínea g, do artigo 2.° e o 'artigo5.° Decreto n.o 50.517, de 2 de maio de 1961, que passam a vigorarcom a seguinte redação:

"Art. 2.° .g) Que se obriga a publicar, anualmente, a demons­

tração da receita e despesa realiz:3;da:s no período anterior,desde que contemplada com subvenção por parte da União,neste mesmo periodo.

1I:rt. 5.0 As entidades declaradas de utilidade pública,salvo por motivo de força maior devidamente compro­valda, a critério da autoridade competente, ficam obri­ga'das a :lJpresentar, até o dia 30 dea:briI de ca,da ano, aol\tinistério da Justiça, relatório circunstanciado dos ser­viços que houverem prestado à coleti'vidade no ano a:nte­rior, devidamente acompanhado do demonstrativo dareceita e da despesa realizada no período, ainda que nãotenham sido subvencionadas."

A.rt. 2.° Este Decreto entra:rá em vigor na data de sua pu­blicação, revogadas as disposições em contrário.

Bmsília, 4de julho de 1967; 146.D da Independência e 79.0 daRepública. - A. COSTA E SILVA - Luiz Antônio da Gama eSilva.

o SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Está finda a leitura do expe-diente.

IV - Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr. Paulo Torres.

O SR. PAULO TORRES (PMDB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados. recebi, como cantagalense, que muito sehonra de haver nascido em Cantagalo, rincão abençoado de nossa Pátria, umveemente apelo para que. desta tribuna, me dirija ao Governo Federal e, emparticular. ao eminente Ministro Eliseu Resende, dos Transportes, para aconcretização do ramal ferroviário de Cantagalo. Sugerem os técnicos que oseu melhor traçado é o que, no momento, está sendo estudado pela Empresade Engenharia Ferroviária - ENGEFER. Afirmam os mencionados técnicosque o traçado por eles em estudo é bem menos dispendioso que o elaborado,em 1975, pela HIDROSERVICE, por solicitação do então Ministro DirceuNogueira.

O novo projeto. isto é, o da ENGEFER. é excelente para a solução doproblema do escoamento da produção cimenteira do Município de Cantagaloe. ainda, para o seu desenvolvimento integrado. A ferrovia, quando implanta­da. atenderá, também, a uma grande área essencialmente agropastoril, quetem. na pecuária leiteira, a sua atividade dominante.

O ramal ferroviário tem início nas proximidades da Fábrica de CimentoAlvorada. continuando na direção da sede do Distrito de Euclidelândia. atra­vessando as fábricas de cimento Mauá e Rio Negro, sendo que esta última seencontra dentro do mencionado Distrito.

De Euclidelândia, a ferrovia seguirá em direção à localidade de EngenhoCentral, com o aproveitamento do trecho do antigo leito da Estrada de FerroLeopoldina e, após ultrapassar o Distrito de Boa Sorte, seguirá em direção aorio Paraíba, atingindo o Distrito de São Sebastião do Paraíba.

A grande vantagem deste traçado é que ele atende, integralmente, aosgrupos cimenteiros já citados, pois atravessa, paralelamente, a serra das Á­guas Quentes, onde se localizam as jazidas de calcário dos grupos cimentciroscitados.

Devo, ainda, salientar que o minucioso estudo da Empresa de Engenha­ria Ferroviária está projetado para um terreno muito mais favorável, sem ne­ccssidade de grandes obras, o que não acontece com o da HIDROSERVICE,cujo ramal teria 32 viadutos, 17 túneis e 2 pontes.

Seguindo a margem direita do rio Paraíba, a ferrovia vai alcançar a cida­de de Melo Barreto, nas proximidades da cidade de Além Paraíba, em MinasGerais. A construção deste ramal ferroviário é uma imposição do momentoque estamos vivendo, pois precisamos. sempre e cada vez mais, de cimentopara atender às nossas necessidades.

Louvo, neste momento, a incansável atividade e o grande interesse de­monstrado para sua concretização, pelo meu amigo e grande cantagalenseProfessor e Vereador Desidério Rodrigues.

Era o que, Sr. Presidente, tinha a dizer.

2134 Sábado 17 mÁRIO DO CONGRESSO NACIO:-IAL (Seção 1í Abril de 1982

o SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente e Srs. Deputados. através de pronunciamentos de autoriza­dos homens públicos, menos no sentido do compromisso oficiaI. do que pelasextensões - e convicções - dos seus desempenhos. têm surgido advertênciassobre certo tipo de gigantismo. O industrial Antônio Ermírio de Morais fezuma análise cautelosa do que se decide no Projeto Carajás, com os bilhões dedólares avolumando a dívida brasileira, e numerosas multinacionais compli­cando o processo de exploração mineral.

Após advertir sobre as implicações eom a dívida externa. faz o empre­sário paulista. de comprovados êxitos, uma eonfissão didática:

"Temos de começar pequeno", porque, "se começamos muitogrande a tendéneia é tomar dinheiro emprestado, a ponto de, nahora de dar efetiva partida ao projeto, ou o BNDE toma conta do

, negócio ou se vai à falência, ou se entrega para um grupo estrangei­ro."

Ingrato dilema de comprovações cotidianas. Mas que nem por se reedi­tarcm os incidentes, com desastrosas e comprometedoras demissões empresa­riais, tem produzido lições,

O Poder Público no ramo se extrapola e, se não se enumeram as falên­cias, avultam os reforços, como nos trés trilhões e meio do orçamento das em­presas estatais.

Outras afirmações do empresário Ermírio de Morais potencializam a sa­bedoria do que uma escola norte-amerieana anunciou com a melhor das aco­lhidas nos anos de 60: "O Pequeno é Bonito", Bem que pode ser mais útil, pe­las facilidades da condução, pelos limites sob controle. "Ê pensando que se érico quc se começa a ficar pobre" - sentencia o empresário herdeiro de umhonrado património erguido a partir do Nordeste - lá de Pernambuco ­por energias de típico homem nordestino. Essas virtualidades estiio desgasta­das pelas seduções da tecnologia do gigantismo. Assim entre nós, os grandesprojetos se tornaram prioritários, e neles naufragaram as ambições de umaimaturidade contagiada.

Entretanto. Sr. Presidente e Srs. Deputados, será sempre tempo para umrecome~ar. Sobretudo se os tempos econômico-financeiros são de poupança ede recessão. A indústria têxtil está aos pedaços, a açucareira incidentaliza-seem aperturas que mudam de versões, sem deixar de conduzir as m~smas difi­culdades. Mas em toda essa conjuntura, o socialmente lamentável. ou desper­diçado. é o esforço médio, das empresas que evoluíram por etapas do bomsenso graduado, e não se contagiaram pelo gigantismo.

Ao ·serem perturbadas pelo processo-recessivo, como vítimas sem culpa,dos delírios dos grandes investimentos, com a imprudência e a malícia se in­termediando, não somente há que lamentar falências e desempregos, como odesgaste do princípio de moderação e cautela, do bom senso limitador, nosprojetos industriais ou agropastoris.

Felizmente que o mal do gigantismo está sendo descoberto por autoriza­dos empresários. que. envolvidos no processo, se nele sobreviv;::m, não oexortam,

Ora, confirma-se o esquema financeiro de convergência de recursos paraa Amazônia. com prejuízos para o desenvolvimento do Nordeste. Se para ati­var a gigantesca hidrelétrica de Tucuruí o extra de um acréscimo na energiaque consumimos, revela-se um expediente mais grave com o Projeto Jari. Háprevisões de 15 bilhões a menos no prometido para o FINOR. Não seria parauma economia dos comprometimentos da nordestina, a adequada extensãodesse esquema financeiro.

Não estamos, como nunca estivemos, em superabundância para investir­mos em tais obras. E pelo volume delas, por suas rentabilidades, como porseus potenciais, somos num paralelo o menor coagido. Há um óbolo da or­fandade nesse contraditório expediente. E, se as nossas lideranças vigiam emtemas justos, aí estú um para todas elas, Fazemos um veemente apelo ao Pre­sidente Figueiredo, para, realmente, impor a responsabilidade de promover aredução das distâncias sócio-econômicas e de bem-estar social existente entrepessoas e regiões mais ricas às mais pobres, que deveria ser exercida em toda aplenitude no Governo de S. Ex', mas, infelizmente, não o é. O Governo doeminente Presidente Figueiredo deveria promover ajusta conciliação entre osobjetivos puramente econômico-financeiro e os que representam a conquistasocial, a unidade política e a segurança nacional. Distribuir melhor a riquezanacional tanto para as regiões, quanto para as pessoas, constitui, portanto,um ato de vontade de S. Ex~, o SI'. Presidente da República.

Concluo, Sr. Presidente e Srs. Deputados, formulando um pedido aoExm9 Sr. Presidente João Figueiredo, para redistribuir a renda nacional equi­tativamente. O Nordeste é Brasil.

Voltarei brevemente ao assunto.

O SR. TARCfsIO DELGADO (PMDB - MG. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, os Senadores Jarbas Passarinho,Presidente do Congresso Nacional, e José Sarney, Presidente do Partido Go­vernista. acabam de propor. com ampla cobertura da imprensa, a reforma daConstituição pelo atual Congresso, no fim da presente legislatura.

A referida proposta é esdrúxula, juridicamente é absurda c sociologica­mente representa uma fraude. Promover reforma constitucional pelo atualCongresso, no fim do mandato, é tirar poder constituinte de onde ele nãoexiste. é preservar e prolongar o caos institucional em que vivemos.

Os astutos e renomados Senadores, autores da proposta, demonstramnada conhecerem sobre a titularidade legitimamente democrática do poderconstituinte. Querem outorgar, com a grande autoridade que detêm, este po­der a um Congresso já majoritariamente defasado, no fim da legislatura, quenão representa a vontade atual da Nação.

O poder constituinte está no povo, Estc é o titular do democrático poderestatal. Isto constitui princípio universal. acorde e incontroverso em todos osautores de qualquer parte do mundo.

O poder constituinte derivado ou de segundo grau que detém o Congres­so Nacional é limitado. Só pode ser legitimamente exercitado em casos excep­cionais, para emendas não substanciais na Constituição, e precisa contar comquorum qualificado, o que não é o caso e, atualmente, não existe.

A proposta desses Senadores é de inspiraçiio autoritária, contém grossei­ro casuísmo, representa desejar fazer coisa nova utilizando uma "colcha deretalhos", é "colocar sal em carne podre".

É profundamente entristecedor constatar que esses ilustres Senadores se­jam irrecuperáveis reincidentes em propostas casuísticas e que representam anegação da legitimidade democrática. Volta e meia surgem com seus "arran­jos", que ,empre visam a fraudar a definitiva normalidade democrática.

Engendram fÓrmulas mirabolantes, sempre ardilosamente articuladasque visam, no fundo, a proteger os interesses de seu agrupamento político.Esquecem-se, ou se fazem de esquecidos, das conquistas civilizadas das ciên­cias políticas e procuram fazer crer que, ao defenderem por qualquer meio, osinteresses grupais. podem salvar e proteger a Nação. Puro engano.

Ê preciso lembrar de uma advertência que não é nossa, mas da consciên­cia jurídica e sociológica universais: de nada adiantam os expedientes dosilustres Senadores e de quem quer que seja, a instabilidade institucional nãopermite o estabelecimento do regime democrático, que só se instala com olegítimo estado de direito e perfeita ordem jurídica. E isso só é possível, demo­eraticamente possível. através da convocação da Assembléia Nacional Consti­tuinte, E. ainda mais. é verdade sociológica, só com esta convocação e com ainstalação da Assembléia soberana, alcançaremos a conciliação nacional, noencontro da Nação consigo mesma.

Só aí e nunca antes disso. demore o tcmpo que demorar, será institucio­nalizado o regime democrático, legitimado o Poder e vencidos os inimigos dademocracia de todos os matizes,

Repudiamos a proposta dos renomados senadores, porque ela represen­ta o "arranjo". o casuísmo. a malversação e a contrafação do legítimo PoderConstituinte.

O SR. JOSÉ COSTA (PMDB - AL. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente, Srs. Dcputados. temos a lamentar, profundamente. a forma comose vem portando o SI'. Ministro da Justiça, lbrahim Abi-Ackel, seja como as­sessor político, direto e imediato, do Sr. Presidente da República, seja comocoordenador político do processo de abertura, seja no desempenho mesmodas suas tarefas importantes como Ministro da Justiça. S. Exª tem-se mostra­do profundamente desinformado a respeito de tudo o que acontece no País eno que diz respeito à sua Pasta - e não só desinformado, mas sobretudo de­sinformando a Nação e desacreditando a classe política. Podemos reportar­nos aos vúrios episódios em que S. Ex~ foi peça importante e que demonstroua sua absoluta dissociação com a realidde política brasileira e com os negó­cios da Pasta que lhe cabe administrar.

Por ocasião da tramitação da sublegenda no Congresso Nacional S. Exªgarantia ao Presidente da República que ela seria aprovada e mantida, mas asublegenda caiu. Quando da tramitação do estatuto dos estrangeiros, o Mi­nistério da Justiça foi a sede de uma enorme confusão montada a partir dasnegociações, sobretudo com o Conselho Federal da Ordem dos Advogadosdo Brasil e com as lideranças políticas que representavam os partidos de Opo­si~iio. Diariamente lemos na imprensa informações absolutamente infunda­das e descabidas que são atribuídas a S. Ex~ e que, no dia seguinte são des­mentidas pelo Presidente do Partido, o Senador José Sarney, ou pelo SenadorJarbas Passarinho, Presidente do Senado, ou pelo Líder do Governo na Câ­mara dos Deputados. Cantídio Sampaio e até pelo Vice-Líder Jorge Arbage.É o caso. por exemplo. dos estudos a respeito da Lei Falcão estarem prontosnaquele Ministério, como é o caso recente, de ontem, por exemplo, quando a

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vinculação de votos ou o sistema de vinculação total de votos, embutido nopacote eleitoral, seria alterado para beneficiar os pcquenos partidos, o que éhoje desmentido pelo Palácio do Planalto.

No episódio do processo dos padres francesses, presos no Pará, S. Ex~

chegou a recomendar a expulsão daqueles sacerdotes, causando um clima dedesentendimento e profundo mal-estar entre setores da Igreja e do próprioGoverno.

De modo que não sei se aconselho S. Ex~ a exonerar-se da sua Pasta,considerada a demonstração inequívoca de incompetência com que vem con­duzindo os negócios do Ministério da Justiça, ou se sugiro ao Sr. Presidenteda República, em nomc até desse seu propósito de conduzir a bom termo oprocesso de abertura, afastar o seu assessor imediato, o seu consultor políti­co, porque, afinal de contas, tem também se mostrado não só desinformado,mas incompetente.

Espero, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que, em função mesmo daatuação e da desinformação de S. Ex', o Sr. Ministro da Justiça, o Governo,através de um porta-voz mais competente e mais em sintonia com os propósi­tos palacianos, como é o caso do Sr. Ministro Leitão de Abreu, diga algumacoisa ao País a respeito do seu projeto político e a respeito daquelas matériasque interessam de pcrto não só à classe política mas ao povo brasileiro, como,por exemplo, tudo aquilo que diz respeito ao processo eleitoral já deflagrado.

Durante o discurso do Sr. José Costa. o Sr. Joel Ferreira. Suplen­te de Secretário. deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelaSr'! Lúcia Viveiros, Suplente de Secretário.

A SRA. PRESIDENTE (Lúcia Viveiros) - Tem a palavra o Sr. AluízioBezerra (Pausa.)

O SR. ALUIZIO BEZERRA (PMDB - AC. Pronuncia o seguinte dis­curso.) - Srª. Presidente, Srs. Deputados, retornamos a esta tribuna para de­nunciar torturas praticadas pelos órgãos de polícia do meu Estado contra tra­balhadores rurais, oportunidade em que não se respeitam os direitos da pes­soa humana, como ocorreu no caso do assassinato do Presidente do Sindicatodos Trabalhadores Rurais de Brasiléia e, agora, se repete noutro conflito en­volvendo trabalhadores rurais e um fazendeiro no Município de Tarauacá.

Em ambos os casos, Srª. Presidente, Srs. Deputados, existe um único res­ponsável pelo surgimento dos conflitos na ârea rural do meu Estado, que é aincompetência, ou melhor, a falta de vontade concreta do Governo estadual ea inoperância dos órgãos federais como o INCRA que se atribuem a compe­tência de resolver os problemas fundiários, especialmente no que diz respeitoà regularização das posses dos trabalhadores rurais, bem como a execução deuma reforma agrária das propriedades improdutivas que tenham como obje­tivo a distribuição de terra, ajuda financeira e têcnica para os pequenos pro­dutores e os sem-terra.

Fui informado, através de publicações dos jornais de Rio Branco e con'firmado junto à Delegacia da CONTAG, de que estavam sendo detidos 7 tra­balhadores associados do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tarauacá eque os mesmos estavam sendo torturados nas dependências da sede da PolíciaMilitar daquele Município, suspeitos de haverem participado de um conflitode terras que resultou mais tarde na morte de um fazendeiro daquele Municí­pio, a qual teria sido segundo suspeita da Polícia, resultado desse conflitofundiário com os trabalhadores, mas que, na ralidade, foi o mesmo fazendei­ro morto encontrado na estrada que dá acesso II sua fazenda, sem que tenhahavido, segundo o advogado da CONTAG, testemunhas até a presente data,ou outras provas materiais concretas que pudessem, ao menos, ser indícios daparticipação direta dos trabalhadores detidos por suspeitas e submetidos atorturas, maus-tratos e toda espécie de humilhação por parte de policiais es­colhidos a dedo em Rio Branco, na Capital do Estado, por solicitação do Pre­feito de Tarauacá, Antônio Prado, cujas gestões junto às autoridades policiaisem Rio Branco foram acertadas pelo Deputado estadual Walter Prado. Tan­to assim que a conta dos policiais no hotel em que se hospedaram em Taraua­cá foram pagas pelo Prefeito Antônio Prado, pai do Deputado estadual Wal­ter Prado.

Em face de tão graves denúncias, de torturas e maus-tratos praticadoscontra trabalhadores rurais, dirigi-me àquele Município e, em lá chegando,visitei o Presidente do Sindicato em exercício Francisco Maia do Nascimento,em substituição ao Presidente Raimundo Lino e estive com os detidos na De­lcgacia local, estando jú com prisão preventiva decretada pelo Juiz da Comar­ca. Pois, Sr~ Presidente, Srs. Deputados, pude constatar a veracidade das gra­ves den úncias sobre torturas praticadas contra humildes trabalhadores, inclu­sive contra a esposa de um deles, mãe de 9 filhos, que, além das ameaças dehumilhações a que foi submetida, teve que passar a noite deitada no chãoimundo da Delegacia, tendo ficado praticamente 12 horas sem comer, sobtortura psicológica.

o cidadão Antônio Rogrigues foi inicialmente colocado num cubículoestreito e imundo de frente para a parede, onde passou várias horas sem semover. Posteriormente foi removido com os outros detidos para as dependên­cias da Polícia Militar daquele Município, onde foi esmurrado pelos agentesde polícia vindos do Rio Branco e ameaçado de tortura até que falasse o queera interrogado pelos policiais. O mesmo acontecendo com João Viana de Je­sus, a quem foi dada ordem de sacar fora o relógio e a roupa para apanhar atéque este satisfizesse as questões formuladas pelos policiais. João Viana assis­tia ao espancamento de murros a que era submetido Antônio Rodrigues e,perto dele, um agente policial segurava um cassetete de madeira de lei dizen­do que iria testar sua resistência.

Com relação a José Oliveira da Silva, depois que o mesmo havia sidosubmetido à tortura no cubículo, foi-lhe dito que, se ele não falasse, lhe se­riam arrancados os testículos. Após a sessão de torturas e maus-tratos, foramos detidos devolvidos à Delegacia de Polícia e iniciou-se aí, Sr~ Presidente,Srs. Deputados, um dos episódios que só denigrem e desacreditam aquelesque tentam, a qualquer custo, obter confissões, em completo desrespeito aoque dispõe a lei e a dignidade do ser humano, como neste caso em que os de­poimentos que começaram às 8 da noite e se prolongaram até 3 horas da ma­nhã. O Delegado Júlio César Pontes, juntamente com os policiais, tambémvindos da Capital de Rio Branco, Durval Ferreira da Silva, Francisco Dantasdo Nascimento, vulgo "Pau Seco", e Antônio Gadelha de Lima agiram fla­grantemente contra o que dispõe a lei penal na abertura de inquérito c inqui­rição de suspeitos. E trata-se, Sr~ Presidente, Srs. Deputados, do Delcgado­Corregedor, o que torna o caso mais grave ainda. Ao mandar tomar por ter­mo o que perguntava aos detidos, mandava escrever o que bem entendia equando o detido. apesar de toda a intimidação a que era submetido, tentavaesboçar uma contestação, o Delegado mandava-o calar a boca e, finalmente,mandava que esse assinasse o depoimento sem que tivesse a chance de, pelomenos, lhe ser lido pelo Escrivão o depoimento que lhe era dado para assinar.Com relação a João Viana de Jesus, vulgo "João Rosa", chegou dito Delega­do ao absurdo de ao detido perguntar apenas dados sobre a sua qualificaçãopessoal e o resto, o seu depoimento, foi ditado pelo Delegado ao Escrivão emandado que assinasse por volta das 3 horas de manhã.

Ainda um aspecto mais grave: aos detidos, hoje com prisão preventivadecretada, não estâ sendo fornecida qualquer espécie de alimento e, se nãopassam fome, ou não se encontram em avançado estado de debilitação fisica eorgânica. é porque as mulheres dos detidos se estão reunindo no Sindicatocom muito sacrifício, porque também necessitam cuidar das crianças e procu­ram fazer o que lhes é possível para levar algum alimento para seus parentescom prisão prcventiva decretada sem culpa regularmente formada.

O não fornecimento de alimentos a presos ou detidos, portanto sob a res­ponsabilidade do Estado, é um crime que se pratica contra os direitos da pes­soa humana e contraria todas as disposições legais vigentes no País, com re­lação às normas de Direito Penal e Penitenciário.

Sr' Presidente, Srs. Deputados, a resposta aos problemas e conflitos fun­diários não pode ser dada pela polícia. Não se justifica que eles surjam assim,como aconteceu há pouco tempo no Município de Brasiléia, onde do conflitoresultou morte e, atualmente, em Tarauacá, quando o Estado transfere com­petência à polícia para resolver problemas que só terão solução com uma jus­ta distribuição de terras, ajuda financeira e técnica para todos os trabalhado­res rurais, como vem defendendo a Confederação dos Trabalhadores Ruraisdo Brasil, que exige uma reforma agrúria imediata e massiva, pois é vergo­nhoso constatar que se tenha conflito dessa ordem e, mais que isso, que pes­soas trabalhadoras e honestas caiam mortas ou estejam sendo tratadas comobandidos nas delegacias ou nas prisões simplesmente porque o Governo, aquem cabe a responsabilidade de resolver de uma vez por todas o problemaagrário no País. nào consegue sequer resolver esse problema na Amazónia,uma das regiões de menor densidade demográfica do mundo e onde os gran­des grupos oligárquicos rurais possuem milhares de hectares de terras impro­dutivas e se distribuem às empresas multinacionais áreas que ultrapassam ummilhão de hectares. Não se justifica tampouco que sc estejam enquadrandona Lei de Segurança Nacional lideranças sindicais e o próprio Presidcnte daCONTAG, Sr. José Francisco, porque vêm defendendo com muita dignidadeuma justa distribui<,;ào de terras aos trabalhadores rurais de todo o Brasil.

Sr~ Presidente, Srs. Deputados, é com profunda indignação que deixa­mos aqui o nosso mais veemente protesto contra a prática da tortura e dosmaus-tratos que se aplicam aos trabalhadores de Brasiléia. E esta prática po­licialesca tem um responsável no Governo do Estado, que é o Secretário CiroFacundo e o próprio Governo que o apóia, por acobertar todas as torturasque se praticaram contra os trabalhadores rurais em Brasiléia, até scr desmo-

. ralizado por uma ampla campanha de divulgação popular das torturas emque teve participação inelusivc a Comissão Paz do Rio de Janeiro, além da

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CNBB, tendo sido filmados o;; torturados pela própria TV Globo e que o Go­verno do Acre teve o despI ante de tirar do ar a emissão da televisão local,para que a população não tomasse conhecimento das torturas que vinhamsendo praticadas contra os trabalhadores e negadas pelo Secretário Ciro Fa­cundo. Recentemente o Governo tirou do ar duas rádios de Rio Branco. Ago­ra, num conluio entre o Prefeito /\.ntônio Prado, pai do Deputado WalterPrado. enviou-se a Tarauacá o que há de pior da polícia em Rio Branco, para,na calada da noite, arrancar, pela tortura, pelos maus-tratos e pela intimi­dação. depoimentos que tinham o objetivo nítido não de apurar o delito, ouum suposto delito. mas atribuir responsabilidade, que é do Governo, ao Pre­sidente do Sindicato e ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tarauacá,que o Governo busca esmagar. E isso foi feito para as rádios não repetirem a"A Voz do Brasil" no dia em quc denunciei deste plenário a corrupção naELETROACRE. .

Concluindo, Sr. Presidente. há que se deixar aqui uma ressalva: nemtoda a polícia de Rio Branco age dessa forma. O primeiro depoimento dostraballladores rurais foi tomado pelo delegado Raimundo, que é Delegado deum bairro de Rio Branco. A Experimental, o qual agiu com a maior dignida­de. Queremos diferenciar esses policiais que respeitam a dignidade da pessoahumana daqueles comandados pelo Secretário Ciro Facundo. que são verda­deiros marginais acobertados pelo Estado. autores das mais torpes torturascontra os trabalhadores. como nesse caso recente ocorrido em Tarauacá.

Esperamos que a Justiça de Tarauacá ponha as coisas no devido lugar,fazendo prevalecer a lei e o respeito à dignidade. os direitos da pessoa huma­na.

o SR. JOEL FERREIRA (PDS - AM. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, certos fenômenos naturais aleatórios.como as secas e as inundações, repercutem de maneira negativa e por vezestrágica na tarcfa dos agropecuaristas, subitamente ilhados por crescentes difi­culdades. enquanto aguardam providências governamentais de ajuda.

Se o Nordeste enfrenta, atualmente, o terceiro ano de seca, o Norte,diante de uma anormal enchente do rio Amazonas e seus principais afluentes,vive momentos de apreensão, quando os produtores rurais vêem as várzeasdestroçadas pela brusca subida das águas.

Diante da ocorrência, o Governador José Lindoso, do Estado do Ama­zonas, encaminhou telex ao Sr. Carlos Langoni, Presidente do Banco Centraldo Brasil, assinalando:

"Em face de tal ocorrência, agrava-se sobremodo a situaçãodos produtores, em destaque os que se dedicam ao cultivo de fibrasde juta e malva: fortemente atingidos na safra anterior. em razão deproblemas havidos na comercialização do produto."

Salienta o Governador José Lindoso que aquela circunstância inviabili­zou a liqüidação de grande parte dos financiamentos obtidos para a monta­gem daquela safra, prosseguindo:

'. "Convicto que estou de que a aflitiva situação dos produtoresse agrava dia a dia, ante o constante crescimento das águas, reivindi­co providências do Banco Central no sentido de determinar urgen-

, tes estudos, com vistas a oferecer tempe5tiva solução do problema, epermito-me sugerir a pronta cobertura do PROAGRO para os ca­sos das lavouras comprovadamente prejudicadas pela enchente.Tendo em vista as peculiaridades da Região Amazônica, preocupa­me a impossibilidade do perfeito cumprimento dos requisitos doPROAGRO. principalmente no que se refere às exigências de visto­rias, na forma preconizada pelo programa e para superar dificulda­des. Nesse sentido o Governo do Estado já determinou a mobili­zação do corpo técnico da EMATER na área, para, esgotando suacapacidade operadonal, atender a esse serviço importante de habili­tação dos agricultores para o processo do PROAGRO."

Telegrama análogo foi passado pelo Governador amazonense ao Minis­tro Amaury Stábile, da Agricultura, enquanto, num outro despacho, ao Pre­sidente da PETROBRÃS, encaminhava minuta do novo convênio para o for­necimento de asfalto, pedindo notícias sobre sua aprovação.

Esperamos que as autoridades federais atendam a esses dois problemas,do maior interesse para a produção local e a infra-estrutura viária do Amazo­nas, a fim de que sejam convenientemente compensados os esforços produti­vos da gente amazonensc.

o SR. HARRY SAUER (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso.)- SI'. Presidente, Srs. Deputados. conforme vem sendo anunciado por toda aimprensa do País, a Caixa Econômica Federal vai abrir inscrições para finan­ciamento de imóveis usados, no próximo sábado. dia 17 permanecendo espe­cialmente aberta para tal finalidade, inclusive domingo dia 18.

,\ abertura de inscrições para este tipo de financiamento vem sendo espe­rada há mais tempo por larga faixa da população. para a qual pelo descom­passo entre preço e valor das prestações para imóveis novos e respectiva ren­da familiar exigida. essa modalidade está completamente fora de cogitação.

Ocorre. Sr. Presidente e Srs. Deputados, que essa medida - como tantasoutras anunciadas pelo Governo com especial e extraordinário alarde - estádesde logo fadada a se transformar também em mais uma profunda frus­tração e decepção para uma parcela de seguramente próximo a um milhão debrasileiros espalhados por todo esse País e quc, na vã esperança de aquisiçãoda casa própria, mesmo usada, já estào em muitas agências da Caixa Econô­mica Federal disputando c assegurando lugar nas filas a partir de hoje, con­forme se pode verificar em agências do Distrito Federal.

Vamos, Sr'. Presidente e ilustres colegas parlamentares, examinar comtranqijilidade e bom senso as conseqüências e o alcance de todo esse barulhoque se vai armar por ai.

Primeiro, o montante a ser empregado nesse alardeado financiamentopara aquisição dê imóveis usados, ou em outras palavras, imóveis mais bara­tos; menos caros digo melhor. porque a palavra "barato" no seu tradicionalentendimento foi. há longa data, banida dos dicionários. Fala-se e ouve-se aexpressão nos meios jovens, mas aí já se trata de outro "barato".

A Caixa informa que vai aplicar nesse financiamento um montante de 40bilhões de cruzeiros.

Em segundo lugar, vamos então examinar o alcance desse valor. Paraquantas pessoas poderá ser dcferida a solicitação.

As tabelas da Caixa, explicitando essa operação, nos dão conta que pre­tende alcançar postulante que vão desde duzcntos e cinqüenta mil cruzeiros etenham uma renda familiar mínima de sete mil novecentos e trinta cruzeirosmensais. até aos postulantes de três milhões setecentos e oitenta e sete mil cru­zeiros e possam comprovar uma renda familiar mensal, de cento e vinte milcruzeiros,

Ai. Sr. Prcsidcnte, já começam as complicações, c o almejado sonho dacasa própria começa a desmoronar.

Como pode alguém, com renda familiar de menos de oito mil cruzeiros,pagar uma prestação de um mil duzentos e cinqüenta cruzeiros para amorti­za r o preço da casa'?

Vão-lhe sobrar pouco mais de seis mil e quinhentos cruzeiros, para ali­mentação. transportc. vestuário etc.

É fácil depreender que, nessa faixa, nào vai haver interessado.Vamos ao extremo oposto: a parcela populacional que ganha mais de

cem mil cruzeiros por mês. É uma faixa bem mais reduzida. Entanto, todosaq ueles que a ela chegaram o fizeram mercê de grandes sacrifícios, dedicaçãoímpar e esforços extraordinários. Normalmente, já estão a caminho de umamerecida aposentadoria. com 05 filhos encaminhados na vida e possuem ­maior ou menor, na cidade ou na periferia - um teto para morar, que cha­mamos de casa própria.

É claro que quem pode despender quase cinqüenta mil cruzeiros mensaishá muito deixou de pagar aluguel e tratou de adquirir o seu imóvel. Sobra,então. a grande parcela dos detentores de renda que vai da média à baixa.

Aí está a grande maioria dos nossos patrícios. Pois é essa parcela, Sr.Presidente, que se vai constituir na grande vítima dessa medida, aparente­mente lançada sem uma tranqüila meditação e serena análise das suas reper­cussões negativas.

Finalmente. vamos tentar avaliar a quantas pessoas poderá ser concedi­da a tão ambicionada '"Carta de Garantia" com a qual o interessado passaráa negociar sua aquisição.

Vamos raciocinar sobre um financiamento médio de dois milhões de cru­zeiros - preço que, nos dias de hoje, nào paga um pequenino apartamento desala. quarto e "Kitchinettc", em qualquer Capital do Estado.

Pela disponibilidade anunciada de 40 bilhões de cruzeiros, teremos quevinte mil pessoas serão atendidas. Receberào a famosa Carta da Garantia,com a qual por 60 dias poderão partir para a compra do imóvel.

Nesse ínterim vão descobrir que para um imóvel que a Caixa financiarcom dois milhões de cruzeiros deverão pagar à parte, um valor mínimo de ummilhão de cruzeiros, que, na prática e na realidade, é a diferença entre o preçopedido e a avaliação da Caixa.

A maior parte dos portadores destas cartas de garantia não poderãocompletar a operação por absoluta incapacidade de atender ao pagamentodessa diferença,

Mas. não serão apenas estes os frustrados e decepcionados.O que dizer de todos aqueles outros que não forem selecionados?Quantos serão, Sr. Presidente? Pois estou certo de que serão algumas

centenas de milhares, Talvez um milhão de pessoas. Possivelmente mais!

Abril de 1982 DlÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2137

Todos esses terão disputado sua inscrição nas longas filas que se forma­rão neste sábado e neste domingo diante das 1.595 agências da Caixa portodo o Brasil. '

E, aqui, Sr. Presidente, outra indagação. Por que abrir as inscrições numdia de sábado e domingo, já que ao mesmo tempo se anuncia que a ordem deinscrição não assegura qualquer prioridade e que o prazo se estende até 16 de

. junho?Em 60 dias - ao longo de dois meses, Srs. Deputados - há bastante

tempo para fazer tais inscrições com critérios racionais (por ordem alfabéticaou pelo número final da conta na Caixa entre outros) sem atropelos, sem cor­rerias, sem necessidade de intervenção dos serviços de segurança, como vaiacontecer, gerando violências. Mas mobilizam-se milhares de funcionáriosque deverão ser pagos por serviços extraordinários -'- tudo isso sem necessi­dade'

Poder-se-ia dizer que calculamos muito alto o valor médio de financia­mento a ser concedido. Pois bem, vamos reduzi-lo à metade. Digamos que osempréstimos tenham o valor médio de um milhão de cruzeiros. Dará paraatender a quarenta mil pessoas.

Ora, Sr. Presidente, ao que estou informado, só aqui em Brasília, há nalista mais de cinqüenta mil pessoas inscritas para obtenção de casas da SHIS(Sociedade de Habitação de Interesse Social do DF), aguardando vez; ao lon­go dos tempos.

Fossem apenas cem postulantes por agência e seriam cento e cinqüentanove mil e quinhentos, número dos quais, deduzidos os quarenta mil referi­dos, sobram mais de cem mil com nenhuma possibilidade de atendimento.

Ao demais, há a considerar o tempo que vai medear entre a inscrição e aefetivação da compra.

As inscrições abrem por 60 dias. Soma-se aí mais 60 dias para a triagem eo chamamento dos felizardos, que receberão sua Carta de Garantia com vali­dade por outros 60 dias. Serão já aí, 180 dias. Meio ano, prazo durante o quala inflação vai encarregar-se de desvalorizar em no mínimo 50% o valor daCarta. SI. Presidente e Srs. Deputados, poderíamos seguir aqui, alinhandouma série enorme de argumentos lógicos e racionais, para deduzir que essemirabolante plano de financiamento para aquisição de imóveis usado é, nomínimo, um grande engano, para não dizer um grande embuste.

Estivesse o poder competente, o Governo, 'interessado em realmente re­solver algum problema nessa área, não poderia ter deixado de reparar, porexemplo, nos verdadeiros anéis de miséria de choças e tapumes junto às cida­des industriais do país onde se abrigam milhares de famílias, que, despojadasdas suas pequenas áreas de terra no interior - vítimas do capital espoliativo eexplorador - emigram para as cidades que oferecem emprego no seu parqueindustrial.

Ensejasse o Governo convên ios com as Prefeituras Municipais e muitas emuitas casinhas - pequenas, econômicas, masdotadas dos requisitos míni­mos para moradia - seriam construídas em curto espaço de tempo, sem en­traves burocráticos, sem atropelos inúteis, sem despesas desnecessárias e, es­pecialmente, sem essa profunda frustração de que serão vítimas, milhares depatrícios nossos.

Era isso, Sr. Presidente, o que sobre esse assunto, por enquanto, tinha adizer e a registrar.

. O SR. ÍNOCÊNCIÓ OLIVEIRA (PDS - PE. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, segundo notícias procedentes daParaíba e divulgadas pela imprensa, as operações de nucleação artificial reali­zadas naquele Estado têm alcançado bons resultados. Assim, um avião devi­damente aparelhado pelo CTA - Centro Técnico Aeroespacial, de São Josédos Campos, São Paulo, bandeado em Campina Grande, tem feito várias nu­c!eações, diárias, cerca de seis, conseguindo boás precipitações pluviométri­cas no sertão paraibano.

É do conhecimento geral que as chuvas caídas até o presênte momentono Nordeste, com exceção de algumas poucas microrregiões, são insuficientespara consubstanciar um regular inverno, havendo mesmo, na maioria dos

. municípios, grande carência de chuvas, que, além de prejuízos à agricultura,têm ameaçado a sobrevivência dos rebanhos pela falta de pastagem e até mes­IlJO de água.

·\_Sabe-se, também, que a nuc!eação artificial, se não é suficiente para re­solver o problema secular das secas, pelo menos tem conseguido precipitaçõespluviométricas que ajudam salvar plantações, recuperação de pastagens eacúmulo de água nos reservatórios, em determinados períodos.

Em nosso Estado, Pernambuco, com exceção da microrregião do Arari­pc, o restante do sertão e todo o agreste está atravessando um período de lon­ga estiagem. Ciente de que o Ministério do Interior, entregou à SUDENE ­Superintendência do Desenvolvimento 'do Nordeste _ dois aviões devida­mente aparelhados para operações de Modart, apelamos ao DI. Walfrido

Salmito Filho, Superintendente do órgão, para que coloque à disposição doGoverno do Estado de Pernambuco, para localização em Afogados da Inga­zeira, um desses aviões, para tentativas de provocação de chuvas, já que o Pa­jeú torna-se, talvez, a região mais atingida pela seca em Pernambuco.

Solicitamos, também, ao Governador Marco Maciel, que sempre tem-semostrado sensível aos problemas que afligem nosso Estado, procurandosolucioná-los, para que entre em contato com a SUDENE, visando à conse­cução da medida, na certeza de que vem ao encontro dos mais lídimos interes­ses do sertão e do nosso Estado.

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso do Sr. Inocêncio Oliveira, a Sr'J Lúcia Vivei­ros. Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocu­pada pelo Sr. Joel Ferreira, Suplellte de Secretário.

o SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Tem a palavra o Sr. Joacil Pe­reira._(Pausai)

O SR. JOACI L PEREIRA (PDS - PB. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, a Oposição deitou falação nos jornais de hojeatravés de seus Líderes mais expressivos e também da tribuna desta Casa, des~de a sessão matinal do Congresso, continuando pela sessão vespertina da Câ­mara, contra uma mera 'sugestão divulgada de que algumas eminentes figurasdo PDS pretendem uma reforma da Constituição, ou sugerem uma reformaconstitucional, através das duas Casas do Congresso, após as eleições de 15de novembro.

De logo divisam esses Senhores, excessiva ou aparentemente cautelosos,aquilo que eles costumam chamar de casuísmo.

Estamos numa época em que as palavras perderam, de certo modo, osentido e se abusa de uma terminologia teleguiada, orientada dentro de umtecnicismo, que é orientação da chamada guerra psicológica. Tudo hoje éconsiderado casuísmo. Basta que um eminente Senador da República, ou al­guns Senadores, ou um ilustre Deputado, ou alguns Deputados, se inclinem àidéia de uma reforma constitucional, necessária para adaptar a Carta Magnado País à nova aragem da abertura democrática, para se suspeitar. A Opo­sição vive argüindo a suspeição dos dirigentes da Nação. Não sabe fazer ou­tra coisa senão negar e suspeitár. Ê uma oposição que deixa de ser construtivae não é apenas e tão-só sistemática. Maís do que isso, e.desorientada pelo ra­dicalismo, pela estreiteza de visão, pelo evidente despreparo para conduzir osnegócios da vida pública nacional.

De outro lad~, se um órgão da imprensa interpreta mal as declarações deum Ministro de Estado, assoma de logo à tribuna um Deputado de Oposiçãopara taxá-lo de incompetente e de desinformado e até para sugerir a sua re­núncia ou solicitar a sua demissão. Foi o que se fez ainda há pouco com re­lação ao brilhanlíssimo Ministro Ibrahim Abi-Acke1, que, antes de ser ummembro do Executivo, é um orgulho desta Casa.

Então. Sr. Presidente, Srs. Deputados, diante de tanto destempero deconduta, só podemos lamentar que a oposição brasileira não esteja à alturado momento nacional, quando o Presidente juntamente com o povo, promo­ve a abertura. Ainda ontem em praça pública, dizia S. Ex': "Vamos nos por­tar com humildade, nós, os governistas, até confessando os erros que porven­ttira cometemos, porque não somos infalíveis. Mas vamos apontar também oque o Governo tem feito em favor do povo, e vamos todos para a comunida­de da grande festa democrática." Como podemos fazer a comunhão da de­mocracia? Dessa maneira, dessa forma, desse feito.

Faço aqui um apelo para que os homens com responsabilidade de lide­rança política se compenetrem da hora em que vivemos, da importância destemomento histórico de transição para alcançar o grande estuário da democra­cia que é como o mar - segundo dizia José Américo de Almeida - que rece­be todas as águas e inunda-se de todas as correntes. E, no entanto, sem deixarde ser mar, tem diversas e variadas tonalidades. Finalmente, parabenizo oMinistro lbrahini Abi-Ackel. Quando, porventura, elemento radical da Opo­sição pede qu~ o Presidente o exonere, isto significa que S. Ex' está cada vezmais fortalecido perante a admiração do próprio Presidente e perante o con­ceito da Nação brasileira.

O SR. FRANCISCO LIBARDONI (PMDB - Se. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, se, na composição dos preçospara a avaliação do aumento do custo de vida, verifica-se a alta crescente dosgêneros de primeira necessidade, não é menos certo que a mais elevada con­tribuição nesse conjunto sc deve ao aumento do preço dos combustíveis e aodescontrolado crescimento âas tarifas de serviços públicos, como, principal­mente, aeletricidade. os telefones. as taxas de pedágios, de águas, de esgotos eos impostos, tanto federais como estaduais e municipais.

2138 Sâbado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

Fala-se numa reforma tributária e o próprio Ministro do Planejamento,em declarações à imprensa, chegou a considerar necessária uma nova discri­minação da renda nacional procedente de impostos.

Mas o de que precisamos imediatamcntc, todos os consumidores, é deum freio nos aumentos das tarifas de eletricidade, quando temos mais de vin­te por cento da energia ociosa no setor; dos telefones, cuja difusão atinge, ho­je, praticamente, mais de oitenta por cento das localidades brasileiras; como,também, dos Correios e Telégrafos, no plano federal. No plano estadual épreciso conter o apetite do Imposto de Circulação de Mercadorias, que sótem similar, em matéria de crescimento, no Imposto de Renda e no Impostosobre Produtos Industrializados.

Se havia, há vinte anos, uma anarquia tributária no País, decorrente dascausas orçamentárias e da sonegação fiscal, hoje temos uma verdadeira dita­dura financeira, quando somente o Executivo pode ter iniciativa na matéria,sem qualquer competência do Poder Legislativo, além do puro e simples refe­rendo às mensagens presidenciais.

Esse descalabro só encontra paralelo na verdadeira mania de sofisticaçãonos mais variados setores da iniciativa estatal. Já se sabe que temos energiahidrelétrica até o ano 2000; insiste-se, no entanto, em gastar dinheiro com aenergia nuclear, para produzir excedentes maiores, por altíssimos custos.

Também procura-se sofisticar a tecnologia agrícola, gastando-se grandesrecursos em terras pouco agricultáveis, enquanto se negam auxílios indispen­sáveis à lavoura tradicional e permanecem ociosas glebas fertilíssimas emvários pontos do País. Evidentemente, um dia teremos de aproveitar os cerra­dos e rellorestar as ravinas e encostas das montanhas, onde jamais haveráagricultura mecanizada. Cada coisa, no entanto, tem o seu tempo. Antes degastar tanto no que se chamou de ampliação das fronteiras agrícolas, é preci­so acudir a agricultura onde ela tradicionalmente e com proveito vem sendoexplorada. Impõe-se, na verdade, uma política de zoneamento agriícola; mas amaior atenção deve ser dada à policultura, à semelhança do que se faz emSanta Catarina, onde é notâvel o desenvolvimento da suinocultura, da avicul­tura, da silvicultura, da produção de mel, além do cultivo de cereais e de umaequilibrada agropecuária. Temos necessidade de produzir alimentos cmmaior quantidade e mais baratos, para acudir à fome do povo, antes de pen­sar numa lavoura sofisticada em terras impróprias.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

o SR. GILSON DE BARROS (PMDB - MT. Pronuncia o seguinte dis­curso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, dezenove de abril é o Dia do lndio,efeméride evocativa da sofrida saga vivida pelos dcscendentcs dos mais anti­gos habitantes de nosso território e seus donos, por direito natural.

A comemoração de data consagrada a evento ou entidade se faz normal­mente pela exteriorização de expressões de regozijo por feitos alcançados ouem função do significado de atitudes tomadas a bem de uma causa.

Não nos podemos orgulhar, infelizmente, do que tem sido feito pelosnossos índios. Em seu real benefício, virtualmente nada foi realizado.

Em tcrmos absolutos, o índio brasileiro obteve saldo altamenlle negativo:intoleráncia, preconceito, prejuízos, aculturação, doenças, banimento, usur­pação, perseguição, privação e morte.

Negro episódio tem-se constituído da história do índio neste País e emboa parte das Américas, desde as descobertas de Colombo e Cabral e a subse­qüente colonização iniciada pelo homem branco.

A população aborígine de então, estimada, por alguns escritores, em 7 e,por outros, em 4 a 5 milhões, está rcduzida a menos de 200.000 indivíduos.

O que mudou nesses 480 anos não foi o clima ou o solo, nem foram ascondiçõcs naturais do "habitat". O que aprescntou transformações radicaisfoi o meio social, com a invasão dos brancos, afetando artificialmente e modi­ficando o ambiente e o solo, em muitas regiões, e até os rios e lagos, pela po­luição e pelos desvios e represamentos.

Desalojados, escravizados e dizimados pela matança cruel promovidapelos intrusos, atingidos por doenças desconhecidas trazidas pelo branco, osíndios eram vítima indefesa.

Não pensamos que a situação de hoje mudou muito para melhor. Os gc­nocidas de antanho, os autores desse verdadeiro holocausto também já mor­reram e não serão chamados a prestar contas, nem mais podem ser penaliza­dos pelos atos infamantes cometidos, exceto pela condenação moral na cons­ciência de todos nós, brasileiros, que devemos zelar para que tal desumanida­de não se perpetue.

A responsabilidade dos governos, melhor diríamos, a irresponsabilidadede todos os governos, desde a monarquia até a República, é o fator principalna continuaçào do lamentável estado de coisas.

Extinto o famigerado Serviço de Proteção ao lndio, inventou-se a FU­NAI, que parece haver herdado do órgão antecessor o vício da corrupção e avocação do escândalo. No próprio estatuto da Fundação, está legitimada 3

utilização da renda indígena, bem como a eventual exploração do solo e dosubsolo e a transferência de grupos índios, em razão de supostos "interessesnacionais" .

Em nosso discurso, transcrito no DCN de 26-6-80, comprovamos à lar­ga, com inúmeros exemplos, a danosa ação da FUNAI, com basc no disposi­tivo aludido, e em outros, ou sem base nenhuma, nem critério algum, na sua'descontíável "defesa" do silvícola.

O então Presidente do órgão, Coronel Nobre da Veiga, afirmou certa fei­ta que aquele sempre nadou em 'mar de corrupção. R~onheceu,publicamen­te, a ocorrência de incontáveis crimes na história da FUNAI. Mencionou des­vios de verbas e recursos. Denunciou a falta de prestação de contas de adian­tamentos efetivados. Até aquela ocasião, não havia S. S' instaurado qualqucrinquérito para apurar responsabilidades e definir crimes contra o erário.

Sucedendo ao General Ismarth de Oliveira, o Coronel Nobre da Veigafoi por sua vez sucedido pelo Coronel Aviador Paulo Moreira Leal.

Não tivemos ainda informações mais detalhadas a respeito da atual di­reção da Fundação Nacional do lndio. Se os antigos erros forem evitados,ter-se-á obtido algum progresso. Mas não será suficiente apenas deixar de co­meter enganos crassos no que concerne à administração.

Será fundamental não incorrer na aceitação de pontos de vista especio­sos ou nascidos do preconceito, nem formular ou acreditar em doutrinas arti­ficiais, frutos da incompreensão.

Um programa efetivamente voltado para a defesa do índio terá de levarem conta a realidade da situação e das características dessa sofrida parcela dapopulação brasileira, respeitando-lhe a cultura, em primeiro lugar, e as ativi­dades sócio-económicas próprias.

Não vamos incidir, novamente, em equívocos trágicos como o da eman­cipação dos índios, há poucos anos motivo da teimosia de um Ministro doGeneral Geisel, cujo nome não desejamos citar agora.

Esse é o tipo de atitude que se impõe n1\o adotar. Ou que nos incumbe re­pelir veementemente, se vier a ser cogitada pelos altos dignitários governa­mentais.

O índio é um scr desprotegido, que tem uma realidade toda sua, cabcndoa nós simplesmcnte respeitá-Ia, aceitá-Ia, defendê-la da cupidez, da cobiça, dacrueldade, da incompreensão, da desinformação.

Sc assim todos entendermos e procedermos, talvez dentro de um, dois oupoucos anos mais possamos então comemorar dignamente um novo 19 deabril! Mas dia haverá em que "todos os dias serão dia do índio".

O SR. PINHEIRO MACHADO (PMDB - PI. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Correio Braziliense de hoje, relatando oque denominou de maior assalto em Brasília, infefrma como os assaltantes fu­raram o cerco policial no Conjunto Nacional, que ficou interditado todo odia, fato que perturbou gravemente a vida da cidade no dia de ontem.

O jornal publica artigo do jornalista Mário Eugênio, sob o título "Hora.de parar para pensar", no qual está contida denúncia da maior gravidade,que preocupou a todos quantos moramos em Br~sília, e que, até ontem, vivía­mos tranqüilamcnte, na suposição de que estávamos protegidos pela eficiên­cia da Polícia Civil c Militar.

Sr. Presidente, peço a atençào dos meus nobres pares para o que tenho adizer.

Não é possível que a cidade de Brasília, Capital da República, conte compolícia tão despreparada, que não possui. sequer, balas para revidar um assal­tante.

Vejamos o que diz o jornalista em sua denúncia:"O mais gravc: cste revólver, o do policial, lcva apcnas seis ba­

las", portanto, se o assaltante disparar scis balas e ele der seis tiros,o assaltante vai para cima dele com três tiros e mata o policial.

E mais:"Num caso de troca de tiros com um bando de facínoras, o

nosso policia! militar é fatalmente candidato a presunto" - essa é agíria usada - "E por incrível que pareça, ele não carrega mais mu­nição, salvo raras cxceções. O policial em ação normalmente com­pra munição com o dinheiro do seu bolso".

Sr. Presidente, é gravíssimo.Continua o jornalista:

hA Polícia Militar, através do esforço e da boa vontade do seuComandante, Coronel Egêo Correia de Oliveira Freitas, adquiriu 35viaturas tipo Caravan. Lindas viaturas, andam sempre. reluzentes.Mas cada uma dessas viaturas só tcm direito a seis litros de gasolinapor dia."

Então, uma viatura se desloca daqui para Taguatinga, na perseguição deumobandido, de um celerado que roubou 8 milhões de cruzeiros, e pode parar

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sábado 17 2139

no meio do caminho, porque acabou a gasolina. Não há dinheiro paracomprá-la, e, assim. a gang desaparece, sai de Brasília, perde-se a sua pista.

Continua o jornalista:

"Sabem por quê? Fontes da própria Polícia alegam que nãoexiste verba sufieiente para comprar combustível. Alegam ainda es­sas fontes que a PETROBRÁS só entrega o combustível se receber odinheiro na hora. Por isso, num determinado fim de semana, nãocirculou nenhuma viatura em Brasília, durante várias horas, porquenão havia gasolina para abastecê-las.""

Diz ainda:

"Além de pequeno, o efetivo não tem condições necessáriaspara combatcr o submundo do crime. Os agentes civis de Brasílianão têm quota de munição."

E conclui:

"A burocracia que atravanca o desempenho da Polícia Civiltambém vigora na nossa Políeia Militar. Uma viatura da PM sópode perseguir um carro suspeito após o patrulheiro receber ordemdo COPOM - Centro de Operações da Polícia Militar."

Desta forma, se uma patrulha de rua vê um bandido assaltar uma casa,tem de pedir permissão a um centro de operações para perseguir o bandido,que, inclusive, pode estar utilizando um carro roubado, o que geralmenteacontece.

Sr. Presidcnte, vou propor a esta Casa a instituição de uma CPI, a fim deque o problema seja examinado em profundidade, e possamos determinar ascausas do aumento da criminalidade em Brasília, que dizem ser baixa emcomparação à de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas, do jeito que as coisasvão, logo logo estaremos ultrapassando os lamentáveis e alarmantes índicesdessas duas cidades.

Em Brasília estão as embaixadas estrangeiras, aqui recebemos os Chefesde Estado, para cá convergcm os olhos da Nação, Brasília é a Capital da Re­pública. Devemos pôr cobro a esta situação. Vamos criar essa CPI, para sa­ber a razão do aumento do índice de criminalidade em Brasília, a fim de quepossamos adotar medidas para reduzi-lo. Fazer desaparecer o crime, sabemosser impossível, mas vamos tomar conheeimento da real capaeidade da PolíciaCivil e Militar para a repressão ao crime na Capital Federal. Só assim os re­presentantes estrangeiros. os Ministros de Estado, os Ministros dos Tribu­nais. os Senadores e Deputados, enfim a cúpula governamental dirigente doPaís e todos os que aqui residem poderão viver e trabalhar com tranqüilidade.

O Conjunto Nacional chegou a ser interditado por 24 horas. O comérciolocal teve um prejuízo de mais de 30 milhões de cruzeiros, e os cofres públicostambém. Parcce quc a Polícia está inteiramente despreparada para enfrentaros ladrões organizados, não conseguiu prendê-los, causou esse transtornoenorme e, de certa forma caiu no ridículo, que é a situação de uma organi­zação dessa natureza que não têm munição nem combustível para perseguir ecapturar assassinos, como diz o jornalista Mário Eugênio.

Volto a pedir a atenção dos Srs. Deputados para a gravidade desse fato,que estarrece a população de Brasília, e para a denúneia do jornalista vincula­do à seção policial do jornal.

Voltarei ao assunto insistindo na necessidade de instauração de uma CPInesta Casa, para averiguar. em profundidade, tão grave problema.

o SR. CUIDO ARANTES (PDS - CO. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, nobres Colegas, há poucos dias, tive o prazer de ouvir umdiscurso do Exm" Sr. Deputado Vivaldo Frota, meu ilustre companheiro dabancada amazonense, a tecer elogiosas considerações ao trabalho desenvolvi­do pcla atual administração da Companhia Brasileira de Armazenamento ­CIBRAZEM, no Estado do amazonas.

Quero aqui, desta tribuna, não apenas cumprimentar meu nobrc compa­nheiro pelas brilhantes palavras pronunciadas, mas também fazer meus oselogios justos e corretos às pessoas dos Srs. Salli Szajnferber, Henrique Garri­do Cortizo e Raul Lourenço Martins, recém-eleitos para a Diretoria daCIBRAZÉM.

Creio que meus dignos companheiros desta Câmara sabem das profun­das raízes que tenho fincadas no setor armazenador, plantadas quando dirigia Companhia de Armazéns e Silos de Goiás, a CA8EGO. E é este indiscutívelconhecimento do setor que me autoriza a vir, de público, parabenizar a Com­panhia' Brasileira de Armazenamento pela sua dinámica e objetiva atuação.que sustenta, concreta c eficazmente, a política do Governo Figueiredo de ir­restrito apoio à agricultura.

Há poucos anos, as fronteiras agrícolas brasileiras estavam assentadasem meu Estado, mais precisamente no sul goiano, onde explodiam, a cadaano, as safras de arroz e milho. Conheço bem o enpenho de nossos pequenos

e médios agricultores, a atenderem os apelos oficiais de então, no sentido deproduzirem cada vez mais. E conheci bem seu desespero ao, colhidas as sa­fras, sentirem-se à mercê de inescrupulosos intermediários, já que não haviaarmazéns, não havia onde guardar toda aquela produção que ou era vendidaa preço vil ou cstaria irremediavelmente perdida, por efeito da carência deabrigo e conservação.

Creio que muitos companheiros aqui presentes ainda se recordam, comoeu, das manchetes de jornais, das imagens da televisão de poucos anos atrás,mostrando cidades como Rio Verde, como Itumbiara, como Santa Helena deGoiás e tantas outras, ,com suas ruas tomadas por toneladas e toneladas dearroz sendo secadas ao tempo.

E comparo essas imagens com imagens de hoje, recém-vistas nos Estadosde Mato Grosso e Rondônia, quando volumosa quantidade de produtos tam­bém se encontra ao tempo. Mas é uma imagem bem diversa daquelas de 8 a10 anos passados. Porque não são safras, embora ao tempo, desabrigadas oudesprotegidas. São sacas e sacas de arroz ou de milho cobertas com lonasplásticas e amarradas por cordas de náilon, uma armazenagem de emergên­cia, sem dúvida, mas na qual se observa a presença do governo, que está pre­sente na compra da produção por remuneração justa para os produtores, e es­tá presente na ordenada armazenagem desta produção guardada emergen­cialmente por tempo determinando e, posteriormente removida para arma­zéns definitivos em outros locais.

Recordei eu, há pouco, a situação sul goiana de 8, 10 anos passados. Edevo dizer. também, das modificações processadas ao longo deste tempo,pois, em 1975, a capacidade armazenadora de Goiás era da ordem de1.402.000 toneladas, capacidade que. hoje, já atingiu a 3.296.000 toneladas.Vejam bem, nobres Colegas: em 6 anos, a capacidade estática para armazena­gem de grãos em Goiás aumentou em [,8 milhão de toneladas, mais do quedobrou. Vejamos outro aspecto mais significativo ainda: em 1975, a capaci­dade armazenadora a granel em Goiás era da ordem de 61.000 toneladas.Creio que meus ilustres Companheiros não desconhecem que produtos comoarroz, milho e soja. para obterem melhor rendimento, necessitam ser armaze­nados a granel. Pois muito bem: a capacidade armazenadora a granel emGoiás hoje é de 622.000 toneladas, ou seja. 10 vezes mais do que há seis anosatrás. Nisto está a presença ativa, os pesados investimentos diretos daCIBRAZÉM ou repassados à Companhia Estadual de Armazenagem, poisforam eles que estim ularam o desenvolvimento deste setor a tal ponto que,em apenas 6 anos, o Estado ~ e aí eu me refiro especialmente ao sul goiano- não apenas construiu uma rede armazenadora condizente com o volumede sua produção, como também, e principalmente, construiu uma rede mo­

.derna. tecnologicamente avançada e adequada ao tipo de produção regional.Fiz questão de ressaltar o sul de Goiás, porque sabemos todos nós que o

desenvolvimento agrícola do norte goiano teve imenso impulso apenas agora,no atual Governo Ary Valadão. Eé um desenvolvimento construído em basesnovas, através da implantação de grandes projetos tais como o Alto Paraíso eRio Formoso, projetos intensamente estimulados e apoaidos pelo GovernoEstadual, porém administrados e desenvolvidos por cooperativas e produto­res rurais.

Pois no Projeto Rio Formoso já está consolidada a presença do GovernoFederal. e justamente da CIBRAZÊM, que compreendeu a importância doProjeto - a exploração de 65.000 hectares de terras, dos quais 34.000ha dcsti­nados à prática de agricultura irrigada - e lá construiu um complexo arma­zenador capaz, qualitativa e quantitativamente, de abrigar toda a produçãolocal. São 14 células metálicas para 28.000 toneladas, 1 armazém convencio­nal para 6.000 toneladas e 16 pequenos silos dc "serviço", para 120 toneladascada um. E isto tudo já está funcionando, Srs. Deputados.

Ao finalizar, após citar tantos números significativos, não poderia deixarde mais uma vez congratular-me com os atuais dirigentes e também com ocorpo técnico da CIBRAZÉM pela firmeza e pioneirismo de suas atitudes,que, com os parcos recursos disponíveis, vem conseguindo dar o apoio neces­sário aos produtores agrícolas, mesmo cm áreas de recente cotonização ondea falta de infra-estrutura é total, estocando de forma emergencial, e minimi­zando com custos reduzidos as perdas na agricultura pela falta de uma ade­quada capacidade armazenadora.

A SR~ LOCIA VtyEIROS (PDS - PA, Pronuncia o seguinte discurso,)SI'. Presidente, Sr's e Srs Deputados, uma das bandeiras de minha atuaçãoparlamentar - a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte­como tive oportunidade de afirmar em diversas entrevistas à imprensa falada,escrita e televisionada, é a solução para os problemas brasileiros.

Desde J979, quando assumi o mandato que O povo paraense me confe­riu, venho defendendo essa patriótica idéia, que não é só minha. mas da gran­de maioria dos brasileiros realmente interessados em superar nossas dificul­dades políticas, econômicas e sociais.

2140 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

Tcnho scmpre hipotccado integral solidariedadc a todas as iniciativas emprol da concretização dessc idcal, como foi o caso da Proposta de Emenda àContituição apresentada pelo nobrc Scnador Orcstcs Quércia, que tive a hon­ra dc subscrever e apoiar.

Em artigo publicado no Correio Braziliense, edição de 4 dc novembro de1979, fiz questão de ressaltar que "o inquestionável compromisso moral denosso mandato, com o pleno restabelecimento de um estado de direito estáradicalmente vinculado à convocação de uma Assembléia Nacional Consti­tuinte, pressuposto básico para que se promovam as alterações legítimas e ne­cessárias ao aperfeiçoamento do sistema político, econômico e social vigenteno País",

Ao abordar o papel que cabe ao Congresso Nacional e a falta de con­dições para que nós, parlamentares, possamos realmente exercer nossasfunções, assim me expressei:

"Para que o Congresso possa servir aos interesses nacionais eaos propósitos para os quais foi criado e existe, a capacidade de efe­tivmente legislar constitui o esteio indispensável à realização plenade suas atribuições. torna-se necessário alterar a competência cxclu­siva do Presidente da República para tratar de ccrtos assuntos queinteressam virtualmente a toda a população do País e, mais do queisso, é imprescindível que os projetos de lei, quando de iniciativa deparlamentares, não permaneçam estigmatizados, sumariamente ar­quivados, ou no limbo das Comissões Técnicas, onde tramitam comimenso vagar. Conforme já noticiou a imprensa, um balanço de to­das as proposições examinadas este ano revela a pouca autonomiapara o Congresso exercer sua principal atividade, porquanto aanálise dos projetos transformados em lei mostra que a Oposição di­ficilmente consegue aprovar suas proposições e, quando isso ocorre,não representa a vitória de suas teses."

Marcando minha firme posição sobre o palpitante assunto, após referir­me à inadequação da Carta Magna vigente, à sua falta de legitimidade e àreinstitucionalização democrática que sc faz inadiável, não tive dúvida emafirmar que "Por tudo isso, com meu pensamento e minha dcvoção postosnos valores históricos de nossa Pátria, a certeza de que a integração políticanacional só será viável não pela extinção dos Partidos e sim através de umaAssembléia Constituinte, capaz de dar à Nação um código politico-jurídicode estrita atualidade, quc cstabelcça a Democracia em bases sólidas e, levan­do em conta as experiências do passado, seja cssencialmente voltada para ofuturo".

Após o encerramento do histórico Simpósio da Amazônia, realizado de11 a 14 de setembro de 1979, que foi por mim proposto à Comissão do Inte­rior e do qual fui a Coordenadora-Geral, divulguei um Manifesto à NaçãoBrasileira intitulado "Decálogo da Amazônia", sintetizando os pensamentosexpostos nas Conferências apresentadas, cujo último item contempla o enten­dimento de que:

"lO - Na Amazônia não pode haver improvisaçeJes. O proble­ma da Amazônia, como o do Brasil, ê eminentemente político. So­mente uma reforma política profunda conduz a uma solução atravésde uma mudança radical: agrária, pecuária e social. Só a convo­caçiio de uma Assembléia Nacional Constituinte dará ao Brasil aConstituiçiio de que o Brasil necessita. A Amazônia é nossa, quemviver verá."

Mais do que nunca convicta de que o reencontro democrático do País so­mente se completará com a elaboração de uma nova Carta Magna, que con­temple e respeite as legítimas aspiraçeJes do povo brasileiro, reitero minha dis­posição de continuar lutando pela convocação de uma Assembléia NacionalConstituinte que, respaldada pela vontade popular, passar dar ao Brasil umaConstituiçào capaz de devolver a paz e a tranqüilidade necessárias ao nossodesenvolvimento social, político e econômico. .

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

o SR. JERÔNIMO SANTANA (PMDB - RO. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, Srs. Dcputados, desde o ano de 1972 defendemos ncstaCasa os soldados da borracha, Soldados da borracha sp.o aqueles que foramrecrutados no Nordeste, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, para se­rem levados para a Amazônia a fim de produzirem borracha para alimentar aguerra. Naquela época foi deslocado um contingente de 66 mil homens para aextração da borracha.

Terminada a guerra, foram eles abandonados. Levantamos este proble­ma do abandono dos soldados da borracha em 1972, e em 1979 apresentamosprojeto de lei que visava a compensá-los através da outorga de lotes ruraispor doação gratuita como recompensa pelos trabalhos que prestaram ao País.

Os recursos postos à disposição do Governo brasileiro pelo denominadoAcordo de Washington, que se destinavam à indenização dos soldados daborracha, foram dcsviados. Há cerca de quatro anos, em virtude de nossa lutaem favor desses homens, o INCRA, em Rondônia, começou a fazer um alis­tamento, um cadastramento dos mesmos, com a promessa de lhes concederlotes rurais. Isso foi feito no meu Estado; não sabemos quais as providênciastomadas nesse sentido no Acre, no Amazonas, no Pará e em Mato Grosso,pois em todas essas Unidades da Amazônia se encontram, hoje, abandona­dos, os soldados da borracha. Mas este ano, por ser ano eleitoral, o Governode Rondônia promoveu várias reuniões com os interessados, prometendodar-lhes lotes nas glebas denominadas Jacundá e Caracol. No último dia 31de março, em Porto Velho, prometeram fazer a entrega dos títulos respecti­vos. Mais uma vez o Governo do Estado enganou as elasses trabalhadorasmais sacrificadas de Rondônia. Aos soldados da borracha que compareceramao clube Ipiranga, para receber os títulos relativos aos lotes prometidos na­quelas duas glebas, de 250 hectares cada, foi entregue apenas uma pepeletacom a designação do número do lote, do nome da gleba e do futuro benefi­ciário e do número do processo em que seria outorgado o título definitivo. Otítulo definitivo mesmo não foi entregue, como prometeu o Governo. O quese entregou foi uma papeleta, repito, sem as mínimas características de umdocumento de terra. Isto é um engodo.

Além do mais, a gleba Jacundá fica em local remoto, não servido por es­tradas. Terá de ser feita ali uma rodovia. Lá não há ainda infra-estrutura: es­trada de acesso, estradas vicinais. Não se informou quais os recursos a seremalocados para a colonização da gleba Jacundá pelos soldados da borracha.Essa colonização é de êxito duvidoso, porque os soldados da borracha, na suamaioria, já são velhos e se encontram em Rondônia há uns 40 anos, pois fo­ram levados para lá em meados de 1945, na época da guerra. A colonizaçãoda Amazônia feita por pessoas jovens tem sido um insucesso pelas doençasque os colonos sofrem. Imaginem o que será a colonização da gleba Jacundápelos velhos soldados da borracha!

Mas não vamos questionar este aspecto. Vamos fazer votos para que ossoldados da borracha recebam realmente esses lotes e, não podendo colonizá­los, transfiram-nos a terceiros para que recebam ao menos uma indenizaçãoindireta. Mas que não sejam enganados, como foram até aqui pelo Governode Rondônia, que lhes promete os documentos desses terrenos há trés anos enão passa da promessa. .

Almejamos que os soldados da borracha recebam esses lotes, e sendoesta uma luta nossa, por uma causa justa, comemoraremos com eles a vitória.

Era o que tinha a dizer.

O SR. AMADEU GEARA (PMDB - PRo Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, os procedimentos da AdministraçãoPública estão sendo mais uma vez duramente criticados. Em parecer que aca­ba de ser divulgado, a Secretaria de Pessoal Civil do DASP decidiu firmar oentendimento de que tanto as férias de 60 dias quanto à gratificação de pro­dutividade só são devidas quando não subtraírem o servidor do exercício defunção contemplada com tais vantagens.

A decisão, que provém de consulta do Ministério da Previdência e Assis­tência Social, prende-se ao fato de dois Procuradores de carreira exercerem asfunções comissionadas de Secretário Regional de Administração e Chefe deGabinete do INAMPS de Minas Gerais. Nesse caso, deduz o órgão daspianoque os servidores não têm direito à percepção das vantagens mencionadas,devidas somente quando os funcionários estivercm no exercício do cargo decarreira.

Aprovando esse parecer, o DASP encampa a tese de que a investidura deProcuradores em funções comissionadas não se pode processar sem o prejuí­zo do seu direito de continuar percebendo a gratificação de produtividade ede gozar férias de 60 dias, "pelo fato de as funções do Grupo de Serviços Jurí­dicos", das quais se afastaram, nada terem a ver com os encargos comissiona­dos.

A situação criada para a Administração Pública, a prevalecer esse enten­dimento, é no mínimo curiosa: o Governo, que sabidamente é mau emprega­dor, vai agora pagar menos por maior trabalho, se conseguir recrutar, dos'seus próprios quadros, o pessoal de maior qualificação, porque este, geral­mente ocupando cargos de carreira de alta hierarquia, percebe vantagens quelhe seriam cassadas, uma vez ocorrida a nomeação.

É o vezo da interpretação restritiva, que parece nortear os órgãos de con­sultoria do DASP, novamente causando sérios embaraços ao funcionamentodos serviços administrativos. É a própria subversão da ordem natural das coi­sas, que pressupunha acréscimo de remuneração e vantagens para maioresresponsabilidades, passando à hipótese absurda de menor retribuição paraencargos mais complexos.

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sábado 17 2141

Ignora-se, a partir de agora, sobretudo no concernente aos cargos dechefia, toda a legislação que dispõe sobre o respectivo provimento, que pre­via, com oportunidade, sobre a concessão de direitos e vantagens, como justacontraprestação para a maior responsabilidade e deveres do servidor designa­do.

Dessa forma, as repartições submetidas ao entendimento do DASP nãoestão conseguindo nomear, para as funções mais importantes, os servidoresde maior gabarito profissional, simplesmente porque, em lugar de alguma pe­quena vantagem, os funcionários escolhidos passariam a arcar com pesadosprejuízos financeiros.

Na prática, isso significa que a Administração Pública cria, para ela mes­ma, os mais estreitos limites para o recrutamento do pessoal destinado ao scuquadro dirigente, uma vez que o funcionário convocado para o exercício deuma função comissionada - que além de nada acrescentar ao seu vencimen­to ainda importa no cancelamento de vantagens certas - dela declinará emdefesa do seu próprio interesse financeiro.

Parece-me que as críticas dirigidas ao DASP, sobre o episódio, guardaminteira procedência.

Era o que tinha a dizer.A SRA. JÜNIA MARISE (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discur­

so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, por ocasião do IV Congresso Brasilei­ro de Economistas, realizado em fins do ano passado na capital pernambuca­na, foi aprovado, por aclamação, um exaustivo documento pelo qual a classe,renovando sua decisão inquebrantável de continuar o esforço comum em fa­vor do desenvolvimento com justiça social, analisou de maneira bastante cla­ra a crise que se abate sobre o País, alinhando um amplo elenco de sugestõestendentes a tornar viáveis e efetivas as legítimas aspirações de progresso ebem-estar do nosso povo.

a documento a que me retiro, intitulado "Carta do Recife", orientadopelas coordenadas históricas do momento, identifica e examina, em termosbem explícitos, as dificuldades da atual conjuntura sócio-econômica, bemcomo os problemas relacionados com a laboriosa classe dos economistas.

Assim, avaliando, por um lado, nossas bases eeonêmieas, sociais e políti­cas, e, por outro, as reivindicações essenciáis da profissão, a "Carta do Reci­fe" aborda, entre outros assuntos, a necessidade de uma política anti­recessiva e de um planejamento estratégico, as vantagens de uma política so­cial com distribuição de renda, formulando diretrizes econômicas de médioprazo para os setores industrial, agrícola, energético, de transportes, de co­mércio exterior e de balanço de pagamentos.

No que tange às reformas fundamentais, o documento propugna mu­danças estruturais nas áreas financeira, agrária c fiscal.

Levando em consideração as legítimas aspirações da classe, a "Carta doRecife" defende uma revisão e modernização da legislação básica da profis­são, liberdade no exercício profissional, remuneração justa para os economis­tas, representação regional nas entidades profissionais de deliberação supe­rior, ampla discussão do currículo de economia, elevação da qualidade do en­sino da economia, autonomia sindical e liberdade de sindicalização para oseconomistas que são funcionários públicos.

Transmitindo, de maneira racional c objetiva, sua apreciação sobre aevolução e o rumo dos acontecimentos nacionais, o documento conclui afir­mando que "todas as proposições relativas, quer à economia e à situaçãoatual do País, quer ao Economista, somente se tornarão viáveis com a garan­tia de avanço do processo de redemocratização do País, pelo que os econo­mistas continuarão a lutar".

Convencida de que as linhas de ação enunciadas naquele documento sãonão apenas compatíveis com os interesses nacionais, mas constituem aspi­rações concretas do povo brasileiro, desejo congratular-me com os economis­tas, através de suas entidades representativas, quer pelo éxito de que se reves­tiu O Congresso, quer pela feliz e corajosa abordagem da problemática nacio­nal, eonsubstanciada na "Carta do Recife".

Era o que tinha a dizer.A SRA. CRISTINA TAVARES (PMDB - PE. Pronuncia o seguinte dis­

curso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a cidade de Triunfo, admirá­vel pelo seu clima montanhoso, no Vale do Pajeú, é uma das muitas localida­des onde se deseneontram a ação da administração municipal e as crescentesnecessidades populares.

Um inventário realizado pelo triunfense Carlos Ferraz, através do jornalA Verdade Escrita demonstra cabalmente que em Triunfo ê preciso varrer aatual administração municipal, c isto por certo ocorrerá em 15 de novembro.

Relaciono, Sr. Presidente, o decálogo das irregularidades, de tal maneiracontundentes, que merecem o repúdio daquele bravo povo sertanejo.

1. . Açougue e Matadouro em estado de tal precariedade que seriam fe­chados de"imediato, diante de qualquer fiscalização sanitária. Isto redundaem prejuízo para a saúde da população.

2. Casas Populares - Triunfo em sendo, sistematicamente prejudicadopela ausência de iniciativa da Prefeitura local, que deixou passar a oportuni­dade de assinar convênios para a construção de Vilas populares, à seme­lhança de outras cidades sertanejas como Columbi, Serra Talhada e Floresta.

3. Praças Públicas - A cidade de Triunfo, cujo potencial turístico éinexplorado, representa particular aspecto de desolação pelo descaso a quesão relegadas as suas praças.

4. Dificuldades para estudantes - Embora haja dinheiro para ociosi­dades. os estudantes residentes no Distrito da sofrida Santa Cruz da BaixaVerde. são obrigados a sc deslocar a pé até Triunfo. pela ausência de trans­porte provida pela municipalidade.

S. Saúde - A população de CanaS. está ameaçada de uma epidemia defebre tifóide, em face da ausencia do recolhimento do lixo.

6. Energia - A extensão elétrica é um dos muitos problemas que a po­pulação da Vila Iatiuca tem que enfr,entar. Embora prometida há 4 anos nàochegou a cidade.

7. Abate de Gado - Na Vila de Iraguaçu H falta de higiene e a fedenti­na causada pela irregularidade na matança de gado. é um fato com que opovo ê obrigado a conviver.

8. Pecuária - a antigo posto de monta do DPA, que prestou relevan­tes serviços aos agricultores, encontra-se em plena decadência.

9. Arquitetura - A bela arquitetura triunfense, que poderá alçar o mu­nicípio a categoria de Olinda. Ouro Preto, Marechal Deodoro e Igarassu, nãorecebe nenhum tratamento especial da Prefeitura: .pelo contrário, prédios,sobrados e casas, vêm sendo descaracterizadas sob o olhar indiferente dasautoridades.

lO. Centro Social Urbano - Também no que diz respeito a programasde lazer social, Triunfo ê uma cidade abandonada. A instalação dos centrosnão chegou até ali. Novamente não há omissão municipal.

Poderia. Sr. Presidente, ler, desta tribuna, a cada dia, um decálogo dasiniqüidades que se perpetram contra o povo triunfense.

No momento em que cumpro o dever de registrar estes fatos, faço-o coma convicção de que o bravo povo sertanejo de Triunfo, não se deixará abaterpelos revezes.

Renovo, Sr. Presidente, meu apoio à luta do povo pela sua liberdade e seique chegaremos a 15 de novembro conscientes de que, para estabelecer umanova ordem de coisas, que expresse efetivamente a necessidade do povo, épreciso derrotar o PDS, que representa o sistema c o crescimento cruel e per­verso, instalado no Brasil desde 1964.

o SR. CARLOS AUGUSTO (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a absurda e clamorosa tática do agres­sivo pressionamento político em questões onde sobrelevam os justos interes­ses de uma classe social visivelmente desfavorecida, como é a do trabalhadordo campo, persiste ser o comportamento escolhido pelas frentes governistas,nos diversos setores da Administração Federal, em seu ávido esquema demanter-se onipotente, majoritário e controlador das conquistas c soluçõesque porventura ao povo venham de ser possibilitadas.

Refiro-me, SI. Presidente, especificamente ao episódio ocorrido no Mu­nicípio de São Francisco do Piauí, quando o ódio, a intriga e a perseguição deordem político-partidária determinaram o afastamento definitivo da Sr~ IdaMadeira Coelho Chagas das funções de Representante Oficial da Superinten­dência Regional do INPS, naquela cidade, para assuntos relativos à ação doex-FUNRURAL, hoje denominado Previdência Social Rural.

Preocupa-me sobremaneira, Sr. Presidente, - e estou certo que não so­mente a mim - a sombria perspectiva do futuro administrativo de órgãos eprogramas governamentais que, como o ex-FUNRURAL, são notoriamenteutilizados como oportuna alavanca de ação eleitoreira, em prejuízo dos obje­tivos essenciais para os quais foram criados.

Não podemos ficar indiferentes às inomináveis injustiças então pratica­das, não apenas contra determinada pessoa, mas contra todos aqueles quedela dependem tinanceiramente na luta diária pela sobrevivência.

É inaceitável que, em nome desse arbitrário jogo de posições políticas, ovalor funcional, a capacidade de trabalho e a dedicação pessoal de um funcio­nário que vem atendendo satisfatoriamente à missão contratada sejam intei­ramente desconhecidos, deixando prevalecer cireunstáncias outras que emnada viriam comprometer uma atuação reconhecidamente idônea.

Lastii110 e repudio a ocorrência, ao tempo em que a denuncio com o vi­gor c a veemência que sua gravidade exigem. E o faço na esperança de que suareedição venha ser coibida pelo partido responsável, mas, na esperança (repi­to) de que a repercussão do fato possa esclarecer c posicionar o eleitorado lo­cal e nacional quanto ao que realmente se passa nos bastidore& do cenáriopolítico brasileiro.

2142 Sábado 17 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seçào n '\bril de 1982

v - O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Passa-se ao Grande Expe­diente.

Tem a palavra o Sr. Jerônimo Santana.

O SR. JERÔNIMO SANTANA (PMOB- RO. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente. Srs. Deputados. há muito defendemos. nesta Casa, a insti­tuição da livre garimpagem no País. Na Amazônia. por excelência, estào lo­calizadas jazidas de valiosos minérios, cuja extração é feita pela garimpagem,que absorve grande contingente de mão-de-obra, empregando. inclusive, aslcvas dc imigrantes que hoje se fixam lá.

A propósito, consta do jornal O Estado de S. Paulo, de 18 de fevereiro, aseguinte notícia alvissareira:

"DESCOBERTA NOVA PRovTNCIA MINERAL

Do correspondente em MANAUS

O Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM)anunciou ontcm a dcscoberta de uma grande jazida de cassiterita(minério de estanho) no Município amazonense de Novo Airão, noAlto Rio Negro, que abrange partc dos Estados do Amazonas e Pa­rá e do Território de Roraima, de igual teor mineralógico ao daprovíncia mineral da Serra dos Carajás.

A província mineral do Mapuera, como foi designada a áreapelo Ministério das Minas e Energia, estende-se por mais de 100 milquilômetros quadrados e apresenta ainda reservas valiosas e de via­bilidade econômica dc topázio, turmalina, xenotina. monazita e ou­ro. "A jazida de cassiterita do Mapuera não pode ser comparada emtamanho ao Projeto Grandc Carajás, mas é uma área que possui umporte excepcional de minerais. de alto teor, de uma viabilidadc eco­nômica tão importante para o País quanto Carajás", disse o DirctorRegional do DNPM. José Belfort.

A dcscoberta da jazida de Novo Airão foi possível com basenos levantamentos aerofotogramétricos realizados durante mais decinco anos pelo projeto RADAM na região do Alto Rio Ncgro,onde foram identificadas várias áreas de ocorrência e anomalias deminerais estratégicos, como uránio e tório. A jazida de cassiterita deNovo Airào e a sua dimensão têm o mesmo significado geológico eeconômico das jazidas de ferro, manganês. tório e urânio, encontra­das pelo RADAM no Morro dos Seis Lagos, Município de SãoGabriel, descobertas em 1975 e que, na época. foram consideradas omaior complexo carbonatito do mundo, com suas reservas avalia·das em 500 milhôes de dólares.

O geólogo José Belfort não nega que a descoberta em NovoAirão poderá colocar o Estado do Amazonas num IUlgar de desta­que no cenário nacional, podendo tornar-se um importante produ­tor de minério de estanho e colocar o Brasil como grande exporta­dor dcsse metal. "Somos técnicos, não economistas, para traçarmoso perfil econômico da província do Mapuera. Geologicamente essaprovíncia é tão importante quanto Carajás", observa um técnico doDNPM, temendo, porém, que a grande jazida de Novo Airão possater o mesmo destino que foi dado ao complexo de carbonatito doMorro dos Seis Lagos: "Total desinteresse do Governo por sua ex­ploração".

Como já ocorre em outras áreas do País, a cassiterita de NovoAirão será explorada mecanicamente. o que significa o fechamentoda área à extração por processo de garimpagem, como ocorreu nofinal da década de 60 em Rondônia e, mais recentemente. em Rorai­ma. Para isso. o Ministério das Minas e Energia já autorizou o gru­po Paranapanema, de São Paulo, quejá atua no setor em Rondônia,a explorar a jazida. localizada na região do rio Pitinga, ao norte doAmazonas e a 12 horas de barco de Manaus.

Na região do rio Pitinga, a Mineração Timbó, do grupo Para­napanema, pesquisou cinco áreas de dez mil hectares, obtendo re­servas superiores a 40 mil toneladas de estanho - ou 60 mil tonela­das de cassiterita -, o que exigirá da empresa investimentos de cer­ca de 20 milhôes de dólares.

A Mineração Timbó deverá criar na área, para a exploração dacassiterita, a infra-estrutura necessária."

Já no dia 19 de fevereiro, osjornais noticiavam a preocupação do Gover­no em fechar a garimpagem na área dc Mapuera, através de portaria apressa­da do Sr. Ministro das Minas e Encrgia. O Ministério das Minas e Energiatem agido casuisticamente com relação à garimpagem.

Os jornais de hoje anunciam que S, Ex', visitando Santa Terezinha, noEstado de Goiás, onde foi encontrada grande reserva de esmeraldas. ali criou

uma área de livre garimpagem, Mas. com relação à cassiterita. nada foi feitoaté hoje.

S;. Presidente. Srs. Deputados. a liberação da garimpagem da cassiteritae ouro em Rondônia é uma reivindicação dc toda a população do Estado. quepermanece sem ser atendida pelo Governo há onze anos. O Governo fechouarbitrariamcnte a garimpagem de cassiterita no antigo Território de Rondó­nia. em 1970. e até hoje os nossos garimpeiros são tratados com a maior re­pressão policial de que se tem notícia na região,

Os diversos segmentos sociais de Rondônia lutam há onze anos pelo rcs­tabelecimento da livre garimpagem da cassiterita. tais como a Associação Co­mercial, a Associaçào dos Garimpeiros e mcsmo alguns setores da imprensa,como o Jornal "O Estado de Rondônia". que fez publicar uma série de repor­tagens sob o título "Cassiterita - Pobre Riqueza de Rondônia", durante omês de maio de 19RL Recentemente o Dr. Múcio Athayde. proprietário doJornal "O Guaporé", defendeu a liberação da garimpagem em Rondônia. as­sim como a organizaçào do Sindicato dos Garimpeiros. Este sindicato deveráser independente. para fazer reivindicações e para combater as grandcs arbi­trariedades que a classe garimpeira vem sofrendo em nosso Estado. pois o ór­gão da classe tcm silenciado sobre a grande perseguição policial sofrida pelosgarimpeiros.

O PMDB - MDR, ontem - desde 1971 combate as arbitrariedades doGoverno. que sempre reprimiu os nossos garimpeiros. De 1971 a 1974 susten­tamos uma grande luta neste Congresso Nacional, combatendo a Portaria195/MME/70, bem assim m; Decretos-leis nOs 1.101 e 1.102. expedidos paraatender aos interesses das expressas multinacionais. Foi um dos maiores es­candalos de entreguismo quejá ocorreram neste País. Desde 1971 que foi ins­taurada em Rondônia uma grande repressão policial contra a classe garim­peira. Trata-se de uma das maiores injustiças que se conhecem. porque umaclasse é impedida de ganhar o seu sustento dignamente, através do seu traba­lho.

O Código de Mineração transformou o livre direito da garimpagem emmera toleráneia das autoridades do DNPM e do Ministério da Fazenda. ALei n',' 6.403. que proibiu a garimpagem nas áreas que são objeto de alvarás depesquisa, facultou ao Ministro das Minas e Encrgia estabelecer áreas de livregarimpagem. Não conhecemos até hoje uma só área de livre garimpagem decassiterita estabelecida pelo Ministério das Minas e Energia. Conhecemos,isto sim, Portarias e mais Portarias deste Ministério proibindo a livre garim­pagem de cassiterita. como se pode verificar em Goiás. onde. através da Por­taria n'? 396, de agosto de 1977, os garimpeiros que extraíam cassiterita na re­gião de Serra Branca foram proibidos de fazê-lo. Da mesma forma fizeramcom os garimpeirus da região do Xingu, e agora fazem a mesma coisa com osgarimpeiros do Município de Novo Airão, no Amazonas, que procuravamextrair a cassiterita dos rios Mapuera e Pitinga. Ali também a cassiterita já foidescoberta e logo entregue aos grandes grupos. conforme noticiaram os jor­nais de 18 de fevereiro último.

O Ministério das Minas e Energia. pela Portaria n" 73, de 19-2-82,apressou-se em proibir a garimpagem de cassiterita na região de Mapuera.Ao contrario, o Ministro deveria estimular os garimpeiros. criando ali umaárea de livre garimpagem ou declarando toda a grande jazida de estanho doRio Negro cm reserva nacional. Essa providência o Sr. Ministro das Minas eEnergia esqueceu-se de adotar na salvaguarda dos interesses nacionais.

Essa sucessào de Portarias proibindo a garimpagem de cassiterita emtodo o País. quando ela é um minério que ocorre em aluviões, suscetível deser garimpado, define uma política entreguista do Governo, que reprime a li­vre garimpagem, para favorecer os grupos muItinacionais que atuam no se­tor.

No caso especial de Rondônia, os abusos da proibição da garimpagemnas áreas cobertas por meros alvarás de pesquisa transformaram o solo denosso Estado em objeto de alvarás de pesquisas de cassiterita, concedidos auma lista interminável de empresas dc papel, que estão sentadas em cima detodas as possíveis jazidas de cassiterita, nem pesquisando-as, nem permitindoque os garimpeiros exerçam a sua profissão. Essa proibição generalizada dagarimpagem de cassiterita em Rondônia se estendeu também à extração doouro pela livre garimpagem.

Os garimpeiros que procuram extrair ouro fora do leito do Rio Madeirasão perseguidos pelas polícias particulares dos grupos detentores de alvarásde pesquisa de cassiterita. Tudo isso vem ocorrendo por causa da distorçãoensejada pelas modificações introduzidas no Código de Mineração, que proi­biu a garimpagem, nas árcas objeto de meros alvarás de pesquisa. Hoje, comum alvará de pesquisa de cassiterita. os grupos proíbem na área qualquer ga­rimpagem, seja de ouro, seja de diamante. É um grande abuso que vem acon­tecendo com esses alvarás de pesquisa, e essas pesquisas não são fiscalizadaspelo DNPM.

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiio I) Sábado 17 2143

o Ministério das Minas e Energia, que tem sido tão zeloso em concederalvarás de pesquisa para empresas de "papel", e da mesma forma vem aten­dendo aos interesses dos grandes grupos, sempre proibindo, através de Porta­rias absurdas e injustas, a livre garimpagem da cassiterita, como provam asportarias baixadas e até hoje não revogadas, que proíbem a garimpagem des­te minério em Goiás, Amazonas e Rondônia, esqueceu-se de utilizar a facul­dade de estabelecer áreas para a livre garimpagem da cassiterita, tanto emGoiás e Amazonas, como no caso especial do Estado de Rondônia.

A grande repressão policial contra os nossos garimpeiros foi por nós de­nunciada nesta Casa, conforme pronunciamentos publicados no "Diário doCongresso Nacional", de 7-8-81,30-9-81 e, mais recentemente, de 10,12,22­3-82 e 2 e 3-4-82.

As atividades do grupo BRASCON, em nosso Estado, foram por nós de­nunciadas nesta Casa, conforme consta do Diário do Congresso Nacional de28 de novembro de 1981 e 6 de janeiro de 1982.

O Ministério das Minas e Energia criou um Grupo de Trabalho para es­tudar e propor soluções sobre os metais nobres, pedras preciosas e semipre­ciosas. Esse Grupo, que funcionou a nível do Gabinete do Ministro, apresen­tou um extenso relatório sobre o problema da garimpagem no País. É precisodizer que os membros integrantes do grupo sofreram grandes pressões dosgrupos multinacionais que atuam no setor, mormente de Goiás. O grupo foiesvaziado, e o seu relatório e as sugestões sobre o garimpo e amparo aos direi­tos dos garimpeiros tomaram o rumo dos arquivos. O grupo havia propostouma definição da política nacional consentânea com o setor de minerais pre­eiosos e semipreciosos; indicar e propor instrumentos adequados à conse­cução dos objetivos da política nacional dos minerais preciosos.

Esse grupo de trabalho tinha por objetivo conduzir os estudos para acriação da OUROBRÃS. Esta idéía, lamentavelmente, foi esvaziada pelasmu!tinacionais.

Posteriormente, o DNPM criou também outro grupo de trabalho, visan­do a instituir a livre garimpagem no País. O grupo realizou os estudos, e su­gestões foram dadas. Até hoje não vimos qualquer providência que traduzaapoio, assistência e condições de trabalho aos garimpeiros. O que vemosconstantemente é essa categoria profissional ser tratada como se fosse umbando de marginais.

Em Rondônia, a liberação da garimpagem do ouro no leito do rio Ma­deira representou uma luta, da qual saiu vencedora a pressão popular. É pre­ciso recordar que ali também os grupos era detentores da concessão de alva­rás numa extensão de 200 quilômetros de rio, estavam "sentados em cima" dealvarás caducos, empatando a livre garimpagem. Esse empate vigora nasáreas devolutas fora do leito do rio Madeira.

O Território de Rondônia foi transformado numa província administra­tiva e cstanífera dos grupos multinaeionais da cassiterita. Com a sua elevaçãoa Estado, a autonomia estadual faz com que as reivindicações de sua popu­lação e das entidades representativas recebam um tratamento diferenciado. Oproblema da livre garimpagem em nosso Estado é eminentemente político efoi tratado até aqui com "ordens de Brasília", com os fatos consumados dasportarias ilegais, autoritárias, injustas e arbitrárias, como foi o caso da proi­bição da garimpagem da cassiterita. E no Território sempre os grupos encon­tralIJ um Coronel-Governador fazendo continência e pronto para cumprir or­dens de fora, massacrando o nosso povo com a repressão policial a serviçodos grupos. Isso jamais ocorreria se fôssemos um Estado com Governadoreleito, quando nada a sua polícia jamais massacraria os garimpeiros. Infeliz­mente vivemos num Estado-Território, com um Governador nomeado, sub­servicnte aos grupos multinacionais da cassiterita, dos quais ele morre de me­do, e evita tomar decisões que venham ameaçar a sua permanência no cargode Governador "biónico" do Estado. E lutar contra os grupos de cassiteritaem Rondônia é um suicídio para quem ocupa cargo de confiança naquele Go­verno - o "grupão" elimina fulminantemente.

Temos agora a livre garimpagem tratada pelo Governo de Rondôniacomo bandeira eleitoral. Esse governo, que morre de medo dos grupos de mi­neração, precisa acenar aos milhares de garimpeiros com a liberação da ga­rimpagem. É uma esgrima tentar tapear os nossos garimpeiros, já tão espolia­dos e cansados de serem reprimidos peia polícia, que aii age por ordem domesmo Governo que agora fala em livre garimpagem.

O Governo pretende iludir os nossos garimpeiros, para tentar obter seusvotos nas eleições de novembro. Agora não somos mais Território. Tratando­se de um Estado, o Coronel-Governador "biônico" precisa prestar serviços aBrasília, justificando o seu cargo ganho na caneta, e não com os votos de nos­so povo, que vai ganhar as eieições. Agora precisam arrumar votos para Se­nadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos e Vereadores.

É preciso obter os votos de uma classe garimpeira que há onze anos vemsendo massacrada por esse mesmo Governo, sistema e regime.

Como defender os direitos dos garimpeiros, se esse Governo se achacomprometido até a médula com os grandes grupos da cassiterita? Esses gru­pos se julgam donos c proprietários do subsolo de nosso Estado.

A simples notícia da liberação da garimpagem em Rondônia fez com quehouvesse em Porto Velho uma revoada de gerentes e proprietários das mine­rações, todos combatendo a liberação da garimpagem. Após essa revoada epressões dos grupos de mineração, o Governador. com medo deles, deiJmu defalar em livre garimpagem e não compareceu às reuniões que marcara com osgarimpeiros no setor Oriente Novo. Os grupos não permitem que um Gover­nador "biónico" seja a favor dos garimpeiros.

O Governo Federal tem em seu poder dois estudos aprofundados sobre agarimpagem no País. mas tem sido surdo ao clamor dos garimpeiros por todaparte. Qual a independência desse Governo para decretar a caducidade dosalvarás de pesquisa de cassiterita em Rondônia e aplicar ali o Código de Mi­neração, limitando a ação dos grupos apcnas nas áreas de suas concessões delavra'!

Qual a independência desse Governo para cancelar mais de uma centenade empresas de mineração apenas no papel, que vêm empatando milhares dequilômetros quadrados de nosso subsolo?

Quando ainda Território, em i979, um grupo de Parlamentares da Ama­zônia dirigiu apelo ao atual Ministro das Minas e Energia, solicitando a libe­ração da garimpagem da cassiterita. Esse nosso apelo foi jogado no iixo. En­tretanto, neste ano teremos eleições. e a liberação da garimpagem precisa aju­dar os candidatos do Partido Oficial - graças às eleições e somente a elas. É

.por isso que defendemos eleições em Rondônia todos os anos. Agora, acossa­dos pela eleição e com as injustiças que até aqui praticaram contra os nossosgarimpeiros, surgem noticias do interesse do Governo em liberar a nossa ga­rimpagem.

Dizem os jornais do dia i9-3-82:

DNPM estuda abertura de novos garimpos em Rondônia

"O DNPM vai realizar uma verificação na região para saber seexistem áreas minerais que não podem ser expioradas mecanica­mente, para que sejam instaladas cooperativas de pequenos minera­dores."

A notícia é capciosa, porque o DNPM sabe que existem muitas áreassuscetíveis de serem trabalhadas pela livre garimpagem e que estão empata­das pelos grupos que controlam hoje i3 milhões de hectares do sub-soio. Amecanizaçào é outro embuste. Se as máquinas são controladas para separar ominério grosso, deixam escapar o fino e vice-versa. Os garimpeiros hoje lutampara ter o direito de lavrar apenas o cascalho rejeitado pelo trabalho da ex­tração mecanizada. Muitas minerações que se dizem mecanizadas estão usan­do clandestinamente o trabalho dos garimpeiros assalariados. Isso o DNPMnunca fiscalizou.

As propostas do Governo sobre a garimpagem da cassiterita em Rondô­nia são tímidas e caracterizam apenas a cxploraçào eleitoreira de um proble­ma da maior seriedade.

É preciso lembrar que foi esse mesmo Governo que modificou o Códigode Mineração, acabando com os direitos da livre garimpagem, conforme pro­vo na justificação de meu Projeto de Lei n9 4.579/77, propondo a regulamen­tação da livre garimpagem no País:

"i. O Governo deseja conciliar os interesses dos grupos multi­nacionais com os interesses dos garimpeiros, coisa que é absoluta­mente impossível.

2. Propõe que os garimpeiros extraiam os restos dos minériosperdidos pela extração mecanizada pelos grandes grupos. Só aí eleestá comprovando que essa extração mecanizada é prejudicial, por­que está colocando a perder grande quantidade de minério.

3. A liberação da garimpagem no País pressupõe modificaçõesno Código de Mineração de modo a consagrar como um direito alibre garimpagem."

Esta proposta não consta das reivindicações do Governo de Rondônia.As suas propostas são um blefe à classe garimpeira, uma vez que deseja que agarimpagem seja feita nas áreas que serão inundadas pela represa de Samuel.Isso é um embuste, porque nesta região não hájazidas suscetívei de ser garim-pada. .

4. A garimpagem em áreas que já foram pesquisadas e não seprestaram para a extração mecanizada é uma proposta nossa, feitaainda em i974, e que consta de nossos iivros abordando o proble­ma.

5. A garimpagem não é incompatível com a pesquisa, mas foiesse mesmo Governo que modificou o Código de Mineração através

2!44 Sábado 17 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

da Lei n" 6.403, para proibir a garimpagem nas áreas cobertas pormeros alvarás de pesquisa.

6. O Governo Federal nunca aplicou o Código de Mineraçãopem Rondônia. Basta esse escândalo de termos 13 milhões de hecta­res de subsolo empatados com os grupos de mineração, e a nossaprodução de estanho não é suficiente ainda para o consumo nacio­nal, tanto que ainda importamos o produto da Malásia. O que épreciso urgente é uma ação enérgica do DNPM, cancelando os alva­rús caducos e estabelecendo áreas de livre garimpagem para absor­ver a mão-de-obra ociosa de milhares de garimpeiros, hoje desem­pregados e perseguidos pela polícia do Governo a serviço dos gru­pos.

O Governo Federal fala a linguagem da compatibilização dagarimpagem com a mineração, mas até hoje não chegou a Rondôniaa vez dos garimpeiros. Ali só foram contemplados por esse Governoos grandes grupos, nunca houve ali qualquer compatibilização.

8. Cabe ao DNPM levantar os decretos de lavra de cassiteritaem Rondônia, verificar sua abrangência em hectares, obrigar osgrupos a demarcá-los e liberar a garimpagem no Estado, respeitan­do as áreas de lavras. Isso até hoje não foi feito em Rondônia. Gru­pos que detém 1.000 hectares em lavra ou pesquisa cstão vigiandoáreas com 50.000 hectares e colocando correntes nas estradas, comoocorre atualmente nos setores Oriente Novo e Massangana."

As soluçõcs para os problemas da garimpagem em Rondônia se encon­tram publicadas nos livros de nossa autoria, cujos títulos são os seguintes: "AVerdade sobre os garimpos de Cassiterita em Rondônia" (1975); "A Cassite­rita de Rondónia entregue aos grupos Multinacionais" (1975); "A Desnacio­nalização do Subsolo Brasileiro-minerobrás - CPRM e Livre garimpagem"(1980).

Ouço o nobre Deputado Gilson de Barros.

O Sr. Gilson de Barros - Nobre Deputado Jerônimo Santana. o discur­so de V. Ex~ vem a propósito, pois em Mato Grosso, a exemplo do que acon­tece no Estado de V. Ex~ - e veja como já nos é agradável referir a Rondôniacomo Estado - nota-se que, mesmo com base no Código de Mineração, oGoverno da atual ditadura militar brasileira cria condições e realiza atos eações definidos para entregar ao estrangeiro o nosso subsolo. Há alguns me­ses, a leste daquele Estado, em Poxoréo e Alto Coité, entregaram às podero­sas empresas estrangeiras Saint Louis e Saint lohn mais de noventa mil hecta­res de terras para serem explorados em desfavor de mais de três mil famíliasde garimpeiros. que sempre trabalharam na região. Houve reação dos garim-.peiros que, embora sendo homens humildes, não se deixam humilhar. Reagi­ram, felizmente, graças a Deus, porque assim lhes falou a consciência. O Sr.Ministro César Cals voltou atrás. e os garimpeiros voltaram às suas terras.Mas, ultimamente, fato semelhante ocorre na região norte de Mato Grosso,nos Municípios de Arenápolis, Diamantino e Nortelândia. Desta vez é aPROMISA, a BRASCAN; e já denunciamos o fato. Nós também, DeputadoJerônimo Santana, sentimos na pele o peso da política entreguista destc Go­vernO, que vem tirando não apenas o solo, mas também as riquezas do subso­lo dos brasileiros, para entregar aos estrangeiros. Congratulamo-nos com V.Ex' Aliás. não nos lembramos de que algum dia V. Ex' tivesse vindo à tribunapara dizer outra coisa que não fosse algo de real interesse do seu Estado deRondônia e do nosso País. Nossos parabéns a V. Ex'

O SR. JERÔNIMO SANTANA - Agradeço ao cminente DeputadoGilson de Barros o aparte. Dcvo dizer a V. Ex' que tanto quanto em Rondô­nia. em Mato Grosso, principalmente na região de Nova Floresta, RosárioOeste. Peixoto de Azevedo e em tantas outras áreas ricas em minério, sofremos garimpeiros, como já assinalei em outros pronunciamentos. Foi o queaconteceu cm Nova Floresta, onde houve uma grande repressão policial. Osgarimpeiros do Brasil, hoje, em todos os setores. não têm qualquer apoio doGoverno; não existe entidade neste País para apoiar os garimpeiros, O Sindi­cato Nacional dos Garimpeiros, que existe no Rio de Janeiro, é um organis­mo fantoche. Ele é vinculado ao sindicato dos mercadores de jóias, ao grupoque manipula a compra de minério ao garimpeiro e ainda o obriga a recolherquantias para o Fundo Sindical, que, ao final da história, beneficia o tal sindi­cato que atua contra a classe garimpeira. Foi extinta a FAG. Então, o garim­peiro não tem a quem recorrer. Por todo lado, a política desnacionalizante doGoverno desampara o garimpeiro, tanto em Goiás, como em Mato Grosso,no Pará, no Amapá e em Rondônia. Em todos esses Estados, ricos em metaise pedras preciosas, as populações que aí vivem podem usufruir dessa riqueza.

Prossigo. Sr. Presidente. O que precisa ficar bem claro é a posição doGoverno de Rondônia em relação aos nossos garimpeiros. De um lado, pro­cura compor com os grupos de mineração que estão instalados no Estado

com todas as regalias e usando à vontade os serviços de repressão da políciadeste mesmo Governo contra os nossos garimpeiros.

Ouço o nobre Deputado Brabo de Carvalho.

O Sr. Brabo de Cllrvlllho - Nobre Deputado. o pronunciamento de V.Ex' encerra uma grande verdade. Eu nada tenho a aditar, a não ser dizer a V.Ex~ que isto não somente ocorre nas áreas que estão sendo fechadas para ogarimpeiro. como nos garimpos onde brasileiros estão trabalhando. Porexemplo, Serra Pelada. hoje, e como sc fosse propricdadc de um Coronel ouMajor Curió ...

O SR. JERÜNIMO SANTANA - É como Rondônia, que é tida comopropriedade do atual Coronel Governador.

O Sr. Brabo de Carvalho - Ele manda e desmanda: é como se fosse umcampo de concentração. Inclusive. tenho um jornal, editado em Conceição doAraguaia, em que, inclusive o Prefeito - que agora se vendeu, foi compradopelo PDS...

O SR. JERÔNIMO SANTANA - Está muito em moda essa compra evenda.

O Sr. Brabo de Carvalho - O próprio Prefeito, que naquela oportunida­de pertencia ao nosso partido, dizia que nem ele, o Prefeito do Município, ti­nha condições de entrar na região de Serra Pelada, a não ser com autorizaçãodo Curió. Este, hoje, deve estar multimilionário, pois é candidato a DeputadoFederal e está fazendo uma campanha de milionário. Ele está comprandogente e já deve ter alguns quilos de ouro, porque, normalmente, quando esses"patriotas" se apresentam para organizar garimpos, acabam milionários. Atémesmo os garimpos que já foram descobertos, ondc havia brasileiros, pratica­mente se tornaram propriedades privadas, porque obedecem à ordem de umapessoa que é colocada ali como um poderoso chefe, à semelhança, do queocorria nos tempos dos grandes chefes criminosos que os Estados Unidos re-gistraram na História. .

O SR. JERÔNIMO SANTANA - Agradeço ao nobre Deputado Brabode Carvalho, do Pará, o seu subsídio ao meu pronunciamento. Também emRondônia há donos de garimpos designados pelo Governo, como acontecenos garimpos de ouro do rio Madeira, que foram entregues ao Delegado JoàoLucena. Ali. esse Delegado é preposto do Governador e tem praticado osmaiores absurdos em termos de abuso de autoridade.

As promessas de reabertura da garimpagem de cassiterita só foram abor­dadas pelo Governo em virtude de nos encontrarmos num ano eleitoral.

Por que o Governo não cuidou de reabrir essa garimpagem ainda no anode 1979 quando era o Governo do Território, ou mesmo antes?

As propostas feitas pelo Governo não buscam a reabertura da garimpa­gem da cassiterita porque preservam a Portaria que a fechou. Qualquer ini­ciativa relacionada com a reabertura da garimpagem em Rondônia pressupõea 'revogação pura e simples da Portaria n9 195j70-MME, e isso o Governo doEstado não visou. Deseja a garimpagem como uma concessão ou benesse dosgrupos de minerações. empurrando os garimpeiros para catar os rejeitas erestos das minerações.

Nunca esse Governo falou ou exigiu a aplicação do Código de Mine­ração. enquadrando os grupos multinacionais que estão sugando as nossas ri­quezas.

Qualquer proposta de reabertura da garimpagem de cassiterita em Ron­dônia que não revogar a Portaria n9 195 não pode ser considerada como tal.

Pedir permissão de garimpagem para as áreas que não prestaram para la­vra não resolve o problema, porquc sc não existe minério nelas como justifi­car os trabalhos da garimpagem?

O que é necessário, e isso as propostas do Governo não contêm, é reser­var áreas ricas em minério para a livre garimpagem.

. Todos esses fatos provam o blefe do Governo de Rondônia com suaspromessas enganadoras de reabertura da garimpagem.

Scmpre defendemos a reabertura desta garimpagem, mas com seriedade,facultando o direito dos garimpeiros de trabalharem onde exista minério. li­berar a garimpagem onde não tem minério, como pretende o Governo do Es­tado. é uma brincadeira com coisa muito séria.

O amparo social ao garimpeiro é outro aspecto que o Governo federalsempre se recusou a admitir. Prova o seu desprezo pela classe a extinção quedecretou da FAG - Fundação dc Assistência aos Garimpeiros.

O Governo Federal até hoje não adotou uma política mineral para o Paíse sua ação tem-se dirigido apenas para entregar nosso subsolo ao capital es­trangeiro e também nunca adotou qualquer diretriz ou política relacionadacom a garimpagem.

O Ministro das Minas e Energia, que abriu um precedente ao decretarárea de livre garimpagem o Município de Santa Teresinha, no Estado de

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2145

Goiás, para extração da esmeralda, deveria imediatamente cancelar os alva­rás de pesquisa de cassiterita em Rondônia, já caducos, e decretar área de li­vre garimpagem onde realmente exista cassiterita para os garimpeiros pode­rem trabalhar, e não prometer apenas áreas já exploradas ou que não têm mi­nério algum, Não deveria prometer áreas que já são rejeitos. Estão prometen­do um resto do minério, o rejeito da mecanização. Depois que a mineração ti­rou o máximo que pôde, querem permitir que o garimpeiro reiave aquele re­jeito da mineração.

O Governo vem prometer como área de livre garimpagem aquela que se­rá inundada pela represa da barragem de Samuel. Ora, ela atualmente não cs­tá inundada, mas também não tem minério. Está abandonada. E ninguém vaitirar minério na área que será inundada. Então, a proposta do Governo, di­vulgada nos jornais, em grande publicidade, de que vai abrir garimpagem emRondônia, nào passa de um engano à nossa classe garimpeira, que está pas­sando fome, desempregada e desesperada.

Era o que tinha a dizer. (Palmas.)

o SR. BRABO DE CARVALHO (PMDB- RJ. Pronuncia o seguinte dis­curso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, cresce entre os trabalhadores o ela­mor de revolta contra o último e virulento "pacote previdenciário", represen­tado pelo respectivo "carro-chefe": o Decreto-lei nQ 1.910, de 29 de dezembrode 1981, baixado juntamente com outros dois atos destinados a injetar novosangue no combalido organismo da Previdência Social. O decreto lei emqucstão ressumbra desprezo pelas massas assalariadas, denuncia cruel injus­tiça perpetrada contra os que mais trabalham e menos ganham neste País.Por isso mesmo está trancado na garganta do povo, que desta vez se recusa aengolir a injúria, não quer aceitar passivo a mais violenta investida de todosos tempos contra seus salários já incapazes de lhes assegurar um padrão devida compatível com a dignidade humana.

Generalizam-se os protestos contra o desrespeito manifestado pelo Po­der Público em relação aos que constituem o sustentáculo da desmesuradamáquina governamental; contra o injusto tratamento conferido àqueles quedesenvolvem esforço cada vez maior para alimentar essa máquina voraz e de­sumana, Aproximando-se o fim do prazo constitucional para homologaçãoou rejeição do fatídico decreto-lei, as entidades de classe existentes, congre­gando empregados ativos e aposentados ou pensionistas, mobilizam-se com ofim de sensibilizar parlamentares de todos os partidos para o seu problema,que, indiscutivelmente, é também o problema de todos os brasileiros. Os "in­sumos" rebelam-se e a máquina pode entrar em pane irreparável se por elesnão for alimentada com a habitual mansidão e conformismo dc escravos me­dievais. A solução decepcionou, mais, os empresários, os banqueiros e ospolíticos, só contentando, portanto, o Ministro Delfim Netto e os seus satéli­tes seplanianos.

A infeliz medida encontra-se no vórtice de uma crise sem precedentes nahistória da Previdência Social, cuja ocorrência deveria há muito ter sido pres­sentida, captada e evitada pelos experts da área. Se tal não aconteceu, debite­se a falha à contumaz incompetência, agravada por espantosa irresponsabili­dade, dos que, em diferentes períodos, aboletados nesse campo de curial im­portância para a tranqüilidade e a segurança da sociedade brasileira, nadamais têm feito do que "antimágicas", ou seja, realizar cada vez menos com re­cursos cada vez maiores, A incomensurável platéia cansou do espetáculo de­primente e passou a vaiar os atores e diretores da farsa, a cxigir deles o espíri­to público e a seriedade indispensáveis ao exercício do Governo, em todos osníveis. Mas, falando francamente, 81'S. Deputados, quem poderá censurá-lospor essa atitude de desgosto e revolta contra a demagogia solerte, sempre ten­tando mascarar o arbítrio, a força contra os pequenos, o execrável abuso doPoder'!

Não obstante, a Previdência Social surgiu no Brasil como imperativo deproteção ao trabalhador, pela chamada Lei Elói Chaves - o Decreto­Legislativo nQ 4.682. de 24 de janciro de 1923 - restrita inicialmente aos fer­roviários e depois estendida a todas as categorias. Nasceu limpa de intenções,pura. sob inspiração das mais nobres do esclarecido Deputado que, ao mor­rer, em 1964, já se mostrava preocupado com as distorções sofridas pelo siste­ma implantado a partir do diploma legal de sua autoria, adivinhando talvez agalopante deterioração que o atingiria. para culminar na vergonhosa e lamen­tável derrocada de hoje. quando precisou fugir lt falência por via de um dosmais indignos recursos usados por um Governo - o extremo sacrifício exigi­do dos trabalhadores de baixa renda, os eternos bodes expiatórios dos errosde um grupo de tecnocratas que têm por função primordial improvisar res­paldos ao continuismo de um governo cuja prolongada p'~rmanência no Po­der~ a despeito de tH.llta;; v1ci~';~jitude5qu~ vem faz.endo desabar sobre a l\Taçalf'i?constitui no mínimo tlma piOva da insensatez dos qUi:, o integram e apóiam.

A respeito da indevida interferência política na gestão dos recursos daPrevidência Social, assim fala Celso Barroso Leite, em seu livro "Crise daPrevidência Social":

"O pior de tudo. sem dúvida, é o indevido emprego de recursosda Previdência Social (e aqui a expressão não deve ser outra, porquena prática só ela os tem) para fins eleitorais, através de empreguis­mo, negócios escusos, tráfico de influências, atendimento a preten­sões descabidas, para só falar nas irregularidades mais ostensivas.Em muitos casos estas vão além da interferência política deturpada,chegando a configurar o ilícito administrativo e até o ilícito penal,com uma impunidade que, infelizmente muito nossa, estimula aindamais as práticas malsãs".

Aliás, observamos que a Imprensa de hoje dá a notícia de que o Tribuna!de Contas, dentro de mais alguns dias, estará apreciando denúncia apresenta­da pelo Deputado Alceu Collares, candidato pelo PDT a Governador do RioGrande do Sul, em que S. ex~, com farta documentação, mostra o uso da Pre­vidência Social no seu Estado pelo Ministro Jair Soares, na campanha políti­ca - vejam só - interna, no momento em que ainda estava internamente dis­putando a indicação de nomes com o Presidente desta Casa, quando usou eabusou dos recursos da Previdência Social, objetivando ter o seu nome consa­grado na pré-convenção realizada naquele Estado.

De antemão, quero dizer que não acredito na decisão do Tribunal deContas, porque, para mim. é aquela Corte um tribunal político. Tenho pro­vas desta posição política do Tribunal de Contas num processo em que a cor­rupção de um Prefeito do interior do meu estado foi provada e confessada,mas pela interferência do nosso Senador Jarbas Passarinho esse processo foiarquivado, como se nada tivesse ocorrido, inclusive o furto do dinheiro públi­co, quando faturas - faturas e notas fiscais tambêm - falsas foram juntadasao processo pelo inspetor do próprio Tribunal de Contas. Se esse Tribunalagiu politicamente, naquela oportunidade. ante as provas que um seu funcio­nário havia anexado ao processo de inspeção por ele feita, não tenho a menordúvida de que as denúncias do Deputado Alceu Collares serão arquivadas,como se nada tivesse ocorrido, como se tudo de bom estivesse acontecendo naPrevidência Social, como se nenhuma irregularidade tivesse sido praticada,como se o déficit da Previdência Social fosse apenas uma circunstância dagrande obra administrativa que se proclama estar sendo feita,

Concedo aparte a V. Ex', Deputado Gilson de Bafros.

O Sr. Gilson de Barros - Nobre Deputado, recordo-me, realmente deuma denúncia de V. Ex', há algum tempo, sobre o que acaba de aludir.Recordo-me, também, de que V. Ex' manifestou seus temores de que tudoaquilo, por mais escabroso que fosse, pudesse dar em nada. Afinal, a 31 demarço de 1964 fez-se uma revolução para proteger a corrupção, porque estácomprovado que o golpe militar de 31 de março terminou em um solene IQ deabril. Particularmente, não descreio que esse foi um dos motivos que levou V.ex', homem honesto e íntegro, a vir para o PMDB. E como V. ex! fala em au­ditoria, intervenções, ações do Tribunal, é oportuno fazermos aqui uma colo­cação. Em Mato Grosso o Tribunal de Contas do Estado determinou umaauditoria para apurar gastos irregulares com passagens aéreas, mordomias ehospedagens beneficiando pessoas não autorizadas, o que ocasionou, portan­to. um prejuízo aos cofres públicos do Estado da importância superior a 30milhões de cruzeiro~.. Precisamos confiar nos resultados dessa auditoria doTribunal de contas. Porém, como bem frisou V. Ex', os Tribunais de Contasneste País ainda são órgãos políticos - políticos entre aspas - porque nota­mos que, salvo honrosas exceções, são eles na maioria dos Estados brasileirosformados por políticos aposentados, por políticos frustrados, por ex-líderesque já não ganham mais eleições e que recebem como prêmio - prêmio entreaspas - o rendoso emprego de Conselheiro ou de Ministro de Tribunal deContas. É por isso, Deputado Brabo de Carvalho, que, ao acompanharmos opronunciamento de V. ex! com relação a essa desesperança de providências,anunciamos à Casa que temos pronto um projeto de emenda à Constituiçãocujo objetivo é reformular e redimensionar os critérios de composição e de re­crutamento de Conselheiros e Ministros para os Tribunais de Contas.

O SR. BRABO DE CARVALHO - Muito obrigado, Deputado. Maseu gostaria de prosseguir na minha análise da Previdência Social, porque esteé o assunto do meu pronunciamento. Os desmandos da Previdêncila Socialno Brasil, a corrupção desenfreada, as negociatas, a dócil submissão ao indis­farçado suborno das multinacionais da saúde, o desvio de grandes recursospara investimentos astronômicos de duvidosa prioridade - Transmna~ônica,

itaipu, centrais nucleares - somados à renitente inadimplência do governono tocante ao pagamento de sua parte na contribuição tríplice estipulada porlei, acrescidos ainda das fraudes .~ da má administração, figuram como ine­CjuÍvocos testemunhos da verdllde invocada pelu auto)' pura e;l.plic2,f os maus

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resultados da gestão no nosso colossal orçamento previdenciário - três bi­lhões de cruzeiros para o corrente ano.

Concedo o ,marte ao Vice-Líder do PDS, Deputado Joacil Pereira.

O Sr, Joaci! Pereira - Nobre Deputado Brabo de Carvalho, ê legitimo odireito de V. Ex' criticar o decreto-lei baixado pelo Sr. Presidente da Repúbli­ca, como há também absoluta legitimidade em discorrer sobre a situação daPrevidência Social, analisando. a seu talante, a crise que se gerou. Mas estar­rece que V. Ex'. de certo modo, tenha procurado, no curso do seu pronuncia­mento, apoiar ou endossar críticas infundadas, dirigidas a um homem da ca­tcgoria moral do Sr. Jair Soares, um dos Ministros que mais honram o cole­giado diretivo do Presidente João Baptista Figueiredo. A crise da Previdêncianão foi gerada. de modo algum, por incompetência do atual titular do Minis­tério da Previdência e Assistência Social. A crise vem de longe. E V. Ex'.como entendido no assunto, sabe muito bem - e até o abordou ligeiramente- dos desvios que vários Governos fizeram para a construção de determina­das obras que não se comportavam bem na finalidade da Previdência Social.Quero dizer a V. Ex', no entanto, que o Ministro Jair Soares não teme as acu­sações que lhe são dirigidas, notadamente por oposicionistas do Rio Grandedo Sul, nem teme devassas de Tribunais de Contas ou de órgãos de qualquernatureza. No jornal de hoje. diz S. Ex' não temer críticas nem acusações."Recebo todas as críticas de fronte erguida. Não temo o exame das coisas quedisse e daquelas que deixei de fazer por falta daqueles que, mesmo sem emba­samento, só sabem criticar, dizendo. por exemplo, que desde o momento emque assumi o Ministério da Previdência Social tenho-me preocupado exclusi­vamente com o Estado do Rio Grande do Sul, minha querida terra natal." OMinistro Jair Soares tem um desempenho altamente satisfatório em meio àcrise que explodiu em suas maõs. Ele e o Presidente Figueiredo encontrarãouma solução capaz de soergucr o organismo combalido da previdência nacio­nal. S. Ex' já anunciou que, quando deixar o Ministério, no próximo mês demaio, para se desincompatibilizar, a fim de disputar o Governo do Rio Gran­dc do Sul. graças ao seu trabalho eficiente, graças à ação da sua equipe, aocombatc à fraudc, uma tônica da sua gestão, às cobranças levadas ajuízo, àsexecuções fiscais, graças também a essa legislação, que V. Ex' combate, e quetinha de ser baixada, para dar recursos à Previdência, graças a tudo isso, vaideixar o Ministério com um saldo de 25 bilhões.

o SR. BRABO DE CARVALHO - Deputado Joacil Pereira. acreditoque somente a responsabilidade de Vice-Líder faz com que V. Ex', no aparteque nos dá, faça essa defesa do Ministro Jair Soares, quando são públicos enotórios os erros da sua administraçào. Diria inclusive que, ao assumir S. Ex'o Ministério, era muito melhor ter confessado que nada entendia de previdên­cia do que ter prestado declarações querendo demonstrar ser um expert no as­sunto. quando hoje é público, ninguém desconhece neste Brasil, a sua incapa­cidade no Ministério. E este saldo que ele anuncia, perdoe-me a franqueza, éuma mentira. Como pode haver saldo se ainda persiste dívida enormc'? Comoexiste esse saldo, se o Governo ainda o busca através de um decreto impondoa este Congresso a sua aprovação, tirando do pobre trabalhador, do pobrepensionista, aquilo que já é uma migalha, sob a justificativa da necessidade depagar essa dívida astronômica da Previdência Social'? Como o Ministro tem acoragem de dizer que deixa um saldo dc 25 bilhões de cruzeiros'? S6 mesmo seele admite que o povo brasileiro é analfabeto, burro, não sabe ler, que as notí.cias da imprensa não chegam ao conhecimento da população, que nós aquino Congresso somos uns bonecos. Uma declaração como essa só se faz parahomens que nunca puderam ler nem ouvir, porque se ouvirem os rádios e ve­rem as televisões todos terão conhecimento de que a Previdência Social passapor uma crise das mais sérias. Como S. Ex' pode anunciar saldo, repito'? Quesaldo é esse'? É um saldo imbecil, pois existe uma dívida enorme a pagar.

O Sr. Joacil Pereira - V. Ex~ mc permite mais um aparte'?

O SR. BRABO DE CARVALHO - Com muita )lonra. Mais seja breve,já que o tempo é curto.

O Sr. Joacil Pereira - A crise não foi negada.

O SR. BRABO DE CARVALHO - Então, não há saldo algum.

O Sr. Joacil Pereira - Mas S. Ex' o Ministro disse que ele existe - eisso está publicado em letra de forma em todos os jornais.

O SR. BRABO DE CARVALHO - Notícia paga com o dinheiro daPrevidência Social.

O Sr. Joacil Pereira - O text.o é o seguinte: "Pretendo deixar o Minis­tério em maio, dentro do prazo exigido pelo Governo para os concorrentes acargos eletivos, ocasião em que a Previdência terá um saldo em caixa de apro­ximadament.e 25 bilhões. Esse saldo é fruto de um trabalho conscientc e sérioque vem sendo desenvolvido com a intenção de beneficiar o trabalhador bra-

sileiro." Como vê V. Exª, o Mini,tro anuncia que, quando deixar o Minis­têrio, no dia 14 de maio. haverá um saldo na Previdência.

O SR. BRABO DE CARVALHO - Há um saldo cm dinhciro, mas adívida é maior que o capital disponível. Entào não há saldo algum.

O Sr. Tarcísio Delgado - Deputado Brabo de Carvalho, se eu disser a V.Ex' que tenho um débito de 100 cruzeiros. mas que daquí a dois meses tereium saldo de 200 cruzeiros porque vou furtar e assaltar para consegui-lo. oque; V. Ex' me dirá'? Que sou um criminoso, um assaltantc. Assim sendo, oMinistro da Previdência Social pode até deixar um saldo, no final do seuperíodo, naquela instituição, mas é um saldo conquistado através de umdecreto-lei inconstitucional, sob o peso dos aposentados, dos pobres e dostrabalhadorcs dcstc País. para os quais acresceu ilegal e inconstitucionalmen·te a alíquota de contribuição para a Previdência Social, num assalto ao direi­to sagrado que têm essas pessoas de ver respeitado um princípio constitucio­nal. Qual é a vantagem desse saldo'? S. Ex' deveria ter vergonha de falar emsaldo e dizer que aumentóu a alíquota referente ao trabalhador. E neste ins­tante o Líder do PDS sai do plenário.

O SR. BRABO DE CARVALHO - Nem com esse aumento criminoso,Dcputado Tarcísio Delgado, eu diria que há saldo. Há um saldo em dinheiro,mas há dívida, e se a dívida é maior do que o saldo, conseqüentemente não hásaldo.

Continuo, Sr. Presidente.

O fato é que, de crise em crise, o sistema previdenciário veio desembocarno túnel escuro em que se encontra, tateando em busca da luz. A primeira de­sastrada tentativa consistiu na inaceitável proposta do Executivo para salvardo colapso o ôrgão deficitário de 200 bilhões de cruzeiros, às custas da re­dução dos proventos aos aposentados; tão vil e mesquinha que foi negociadasua alteração no Congresso Nacional, em raro assomo de independência dopartido que apóia o Governo. Uniram-se os parlamentares em torno do repú­dio a dispositivos chocantes do Projeto de Lei do Executivo e empenharam-sena aprovação de alternativa hábil a socorrer sem maiorcs assaltos ao bolso dopovo a moribunda Previdência Social. Venceu a fórmula considerada menosnociva socialmente: a imposição de sobretaxa aos produtos supérfluos. Supe­rando divergências conceituais sobre o que deva ser considerado supérfluo,pensava-se ter contribuido substancialmente para o restabelecimento doequilíbrio perdido no delicado terreno, quando novo "pacote" foi "presen­teado" ao povo brasileiro, no apagar das luzes de 1981. Não é de estranhar oimpacto por ele produzido entre os que já vivem precariamente, num proces­so de continuo empobrecimento, e vêem-se de repente roubados no poucoque têm para prover sua subsistência. Principalmcntc os aposcntados e pen­sionistas. 60% dos quais percebem provcntos inferiorcs ao salário mínimo,sendo obrigados a ficar sob a dependência econômica de filhos, ou a moraramontoados em !'lvelas e barracos, promiscuamente, muitos mendigandopara não morrer de fome. Nua houve diálogos nem acordo com o Legislativo,onde o Decreto-lei que prima por seu aspecto anti-social caiu como um petar­do. Mcdida de exceção prcvista no art. 55, alínea lI, da Constituição Federal,para os "casos de urgência ou de interesse público", sua constitucionalidadevem sendo insistentemente questionada por líderes oposicionistas e pela Or­dem d05 Advogados do Brasil, sem encontrar eco no Poder Judiciário, cujaposição mais uma vez dá cobertura aos editos palacianos.

Aliás, quero pcdir a atençào do Deputado Joacil Pcrcira, que nos honracom a sua presença na Liderança do PDS, para o fato de que o decreto que oGoverno mandou para este Congresso foi como uma bofetada nos própriosparlamentares do PDS. Quando chegou a primeira mensagem, S. Ex's se ar­rogaram o direito de contestar, o direito de fazer valer ao Governo a vontadedo Parlamento. Emendas foram apresentadas e negociadas, o PDS cantou ohino da vitória, saiu daqui com a bandeira da Previdência Social e pouco tem­po depois voltaram todos humildemente, aceitando a nova imposição do Go­verno. O Governo não admite emendas, não admite nada, não aceita que osseus projetos e as suas mensagens sejam alterados pela Oposição nem pelaprópria bancada do scu Partido. Sc isso não é uma bofetada, também nãoaceito que tal ato seja uma questão apenas do interesse público. O próprioPDS hoje, com relação à Previdência Social, deveria baixar a cabeça, porqueo Governo deu um pontapé em todos os seus integrantes. Nenhum deles vol­tou à tribuna para fazer qualquer critica às mensagens do Governo, as quais,como todos sabemos, contrariam ointeresse nacional. Toda a classe dos tra­balhadores brasilciros, todos os pensionistas. todos aqueles que recebem asmigalhas da Previdência Social estão pedindo justiça, e o governo continuacego, surdo e mudo. Mas no dia 15 de novembro o povo estará de olhos aber­tos e dará a resposta merecida que um parlamentar deve receber quanto opovo podc livrcmente dar o seu veredicto.

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2147

Continuo, Sr. Presidente.Para justificar a acintosa medida, depois de haver prometido ao povo re­

jeitar as propostas que redundassem em "sacrifício adicional aos trabalhado­res, especialmente àqueles que enfrentam maiores dificuldades econômicas etambém às atividades produtoras", o Presidente João Figueiredo declarou terbaixado o mal recebido Decreto-lei porque não lhe "sobrava alternativa se­não elevar o montante das contribuições previdenciárias".

O que parecia ser, então, uma vitória do Congresso, uma demonstraçãode força e autonomia do Poder Legislativo, veio a resultar em um aumentodas aflições populares: as duas medidas em vigência - a Lei n? 6.950/81 e oDecreto-lei n? 1.910/81 - somam um efeito mais danoso do que se tivessesido aprovado na íntegra o projeto inicial parcialmente rejeitado, como medi­da única para debelar a crise. A maior abrangência do citado Decreto-lei n?1.910/81 foi ainda potenciada a partir dos outros dois atos integrantes do úl­timo "pacote" previdenciário. Trata-se de um verdadeiro cataclismo de trêsfaces: a primeira reflete o conteúdo do Decreto-lei n? 1.910/81, elevando asalíquotas dc contribuição dos empregados e empregadores, de 8 para 10%,distribuindo por faixas salariais o adicional de 2%; a segunda revela a deter­minação de sobretaxar com o IPI um grupo de 8 produtos considerados su­pérfluos, com alíquotas oscilando entre 2 e 30%; e a terceira desvenda o pro­pósito governamental de arrastar a rede bancária para esse mar de adversida­des, no aluvião dos desmandos praticados com a aparentemente louvável in­tenção de socorrer a Previdência Social para evitar o desequilíbrio econômicogeral do País.

Quanto à repercussão social do discricionário ato - nunca é demais re­petir - não poderia ter sido mais desastrosa, mais atentatória aos interessesda população assalariada, onde reina a angústia e a inquietação, a indignaçãoe a revolta. Os trabalhadores querem ir à greve, às paralisações, aos movi­mentos reivindicatórios ostensivos. Apelam aos seus representantes nesteCongresso para que dêem sustentação legal à luta que empreendem através desuas numerosas entidades de classe. negando maciçamente a homologação aoato do Executivo.

Infelizmente, Srs. Deputados, ameaça tornar-se rude e tenebrosa essa ba­talha contra a injustiça e o arbítrio no campo da Previdência Social. Debaldeprocura-se sensibilizar o Governo para aspectos flagrantemente inconstitu­cionais dos atos em questão, além do seu sinistro potencial antieconômico eanti-social. Sem contar o sintoma de endurecimento do rcgimc prctcnsamcntcem franca fase de abertura, representado pela insensibilidade do Poder Exe­cutivo aos protestos dos atingidos pelas penosas disposições.

Enquanto o Governo Federal se mantém irredutível, despreocupadocom os efeitos dolorosos do "pacote da Previdência", agrava-se a pobreza, amiséria e o desamparo das classes assalariadas, as quais. como inocentes ú­teis, estão pagando por pecados alheios. Ensombrece ainda mais o horizonteeconômico habitualmente carregado, pois a solução adotada penaliza a ofer­ta de empregos, ao onerar a folha de pagamentos, intensificando os males doclima recessivo, além de se constituir em fator inflacionário, na medida emque as empresas, também gravadas, repassam o prejuízo para o consumidor.

Autêntico disparate govcrnamental, cabe ao Congresso a tarefa de ate­nuar as conseqüências catastróficas do "pacote previdenciário", valendo-sedo poder de veto, que lhe é conferido pela Constituição Federal, para rejeitara mais explosiva das três bombas contidas no "pacote" natalino entregue aopovo brasileiro pelo Presidente João Figueiredo: o Decreto-lei n? 1.910/81, oqual, a julgar pelo sombrio começo de 1982, possui incrível poder dc des­truição dos valores econômicos e sociais remanescentes neste País.

Srs. Deputados, o Congresso Nacional é a voz soberana de um dos trêsPoderes da República; como tal, não pode pactuar com o arbítrio. Cumpre­lhe assumir a causa que polariza o interesse de toda a Nação, não permitindoque o aludido Decreto-lei venha a ser aprovado em plenário ou por decursode prazo. O apelo dos sindicatos de trabalhadores ativos e das entidades declasse dos aposentados c pensionistas não pode ficar sem resposta. Mobilize­mos a opinião pública para que apóie o movimento visando à rejeição do ato,encargo nada difícil, eis que é geral o repúdio a ele votado. Conscientizemo­nos, nós próprios, de que os fenômenos negativos inscritos na pauta governa­mental para justificar o vandalismo cometido contra as camadas mais vulne­ráveis do povo não passam de indícios inconfundíveis dos erros e despau­térios inerentes a governos que não consultam o povo. Devem servir de alertapara a incompetência e a má-fé dos responsáveis pelo atual modelo econômi­co, baseado na concentração da renda e do poder decisório; traduzem a in­sensibilidade da cúpula do Executivo para tudo que não diga respeito à ma­nutenção desse poder nas mãos de um grupo dominante, por tempo indefini­do, ou seja, enquanto puderem enganar o povo, transferindo para ele o ônusde suas culpas, mantendo-o simultaneamente como o indispensável suportede suas desmedidas ambições.

Eminente Deputado, não permitamos que se consume pela homologaçãodo Decreto-lei n? 1.910/81 um violento ato de agressão contra o miserável sa­lário do trabalhador brasileiro, verdadeiro confisco de parte da remuneraçãoe dos proventos de grande contingente de empregados, aposentados e pensio­nistas. Concito a todos os integrantes desta Câmara a exercerem o poder doveto, no momento oportuno, dando mais uma demonstração de brio e cons­ciência social, virtudes imprescindíveis ao Legislativo independente que que-remos ser. (Palmas.) ,

Durante o discurso do Sr, Brabo de Carvalho. o Sr. Joel Ferreira,Suplente de Secretário deixa a cadeira da presidência, que é ocupadapelo Sr. Nelson Marchezan, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Está findo o tempo desti­nado ao Expediente.

Vai-se passar à Ordem do Dia.

Comparecem mais os Srs.:

José CamargoSimão ScssimJackson Barreto

Acre

Geraldo Fleming - PMDB; Nabor Júnior - PMDB; Nasser Almeida- PDS.

Amazonas

José Fernandes - PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota ­PMDB.

Rondónia

Isaac Newton - PDS.

Pará

Brabo de Carvalho - PMDB: Jader Barbalho - PMDB; João Menezes- PMDB: Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS: Sebastião An­dradc - PDS.

Maranhão

Edson Vidigal- PMDB; João Alberto - PDS; José Ribamar Machado- PDS; Luiz Rocha - PDS; Victor Trovão - PDS; Vieira da Silva - PDS.

Piauí

Carlos Augusto - PMDB; Correia Lima - PDS; Hugo Napoleão ­PDS; João Clímaco - PDS; Joel Ribeiro - PDS; Pinheiro Machado ­PMDB.

Ceará

Adauto Bezerra - PDS; Cesário Barreto - PDS; Claudino Sales ­PDS; Cláudio Philomeno - PDS; Flávio Marcílio - PDS; Gomes da Silva- PDS; Leorne Belém - PDS: Manoel Gonçalves - PDS; Mauro Sampaio- PDS; Ossian Araripe - PDS; Paulo Lustosa - PDS.

Rio Grande do Norte

Antônio Floréncio - PDS; Carlos Alberto - PDS; Henrique EduardoAlves - PMDB; Pedro Lucena- PMDB; Vingt Rosado - PDS; WanderleyMariz - PDS.

Paraíba

Adernar Pereira - PDS; Álvaro Gaudêncio - PDS; Antônio Gomes ­PDS; Antônio Mariz - PMDB; Arnaldo Lafayette - PMDB; Carneiro Ar­naud - PMDB; Ernani Satyro - PDS; Marcondes Gadelha - PDS.

Pernambuco

Airon Rios - PDS; Augusto Lucena - PDS; Fernando CoelhoPMDB; Geraldo Guedes - PDS; João Carlos de Carli - PDS; JoaquimGuerra - PDS; Josê Carlos Vasconcelos - PMDB; José Mendonça Bezerra- PDS; Oswaldo Coelho - PDS; Pedro Corrêa - PDS; Ricardo Fiuza ­PDS; Roberto Freire - PMDB; Sérgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho- PMDB.

Alagoas

Antônio Ferreira - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; Mendonça Neto ­PMDB: Murillo Mendes - PMDB.

Sergipe

Francisco Rollemberg - PDS; Tertuliano Azevedo - PMDB.

Bahia

Afrísio Vieira Lima - PDS: Carlos Sant'Ana - PMDB; Fernando Ma­galhães - PDS; Henrique Brito - PDS; Hildérieo Oliveira - PMD,B; Ho-

2148 Sábado 17 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1')82

noralo Vianna - PDS; Horácio MaIos - PDS; Joao Durval- PDS; JorgeVianna - PMDB: José Amorim - PDS: José Penedo - PDS; Manoel No­vacs - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB: Menandro Minahim - PDS;Odulfo Domingues - PDS; Prisco Viana - PDS; Raymundo Urbano ­PMDB; Roquc Aras - PMDB; Stocsscl Dourado - PDS: Ubaldo Dantas- PMDB; Wilson Falcão - PDS.

Espírito Santo

Gerson Camata - PMDB; Luiz Baptista - PMDB; Mário Moreira­PMDB; Max Mauro - PMDB; Theodorico Ferraço - PDS.

Rio de Janeiro

Alair Ferreira - PDS; Alcir Pimenta - PMDB: Alvaro Valle - PDS;Célio Borja- PDS; Darcílio Ayres - PDS; Edson Khair- PMDB; FclippePcnna - PMDB; Hydekel Freitas - PDS; Joel Vivas - PMDB; Jorge Cury- PTB; Jorge Gama - PMDB; Jorge 11.1 aura - PMDB; José Maria de Car­valho - PMDB; José Torres - PDS; Lázaro Carvalho - PMDB; Léo Si­mões - PDS; Lygia Lcssa Bastos - PDS; Mac Dowell Leite de Castro ­PMDB; Marcelo Medeiros - PMDB; Márcio Macedo - PMDB; Miro Tei­xeira - PMDB; Modesto da Silveira - PMDB; Osmar Leitão - PDS; Os­waldo Lima - PMDB; Paulo Rattes - PMDB; Peixoto Filho - PMDB;Péricles Gonçalves - PTB; Rubem Dourado - PMDB; Rubem Medina­PDS; Saramago Pinheiro - PDS.

Minas Gerais

Aécio Cunha - PDS; Antônio Dias - PDS; Bias Fortes - PDS; CarlosCotta - PMDB; Castejon Branco - PDS; Christóvam Chiaradia - PDS;Darío Tavares - PMDB; Edgard Amorim - PMDB; Fucd Dib - PMDB;Hélio Garcia - PMDB; Hugo Rodrigues da Cunha - PDS; Humberto Sou­to - PDS; Jairo Magalhães - PDS; José Carlos Fagundes - PDS; José Ma­chado - PDS: Juarez Batista - PMDB; Júnia Marise - PMDB: LeopoldoBessone - PMDB; Magalhães Pinto - PDS; Navarro Vieira Filho - PDS;Paulino Cícero de Vasconcelos - PDS: Renato Azeredo - PMDB; RonanTito - PMDB; Sérgio Ferrara - PMDB; Sílvio Abreu Jr. - PMDB; Telê­maca Pompei - PDS; Vicente Guabiroba - PDS.

São Paulo

Alcides Franciscato - PDS; Antônio Morimoto - PDS; Anlônio Rus­so - PMDB; Antônio Zacharias - PDS; Athiê Coury - PDS; lBaldacci Fi­lho - PTB; Benedito Marcílio - PT; Caio Pompcu - PMDB; Cardoso Al­ves - PMDB; Cardoso de Almeida - PDS; Carlos Nelson - PMDB; DiogoN omura - PDS; Erasmo Dias - PDS; Flávio Chaves - PMDB; FranciscoLeão - PDS; Francisco Rossi - PDS; Gióia Júnior - PDS; Henrique Tur­ner - PDS; Herbert Levy - PDS; Horácio Ortiz - PMDB; Jayro Maltoni- PDS; João Arruda - PDS; Jorge Paulo - PDS; José de Castro Coimbra- PDS; Maluly Netto - PDS; Mário Hato - PMDB; Octacílio Almeida-PMDB; Pacheco Chaves - PMDB; Pedro Carolo - PDS; Ralph Biasi­PMDB; Robcrto Carvalho - PDS; Ruy Silva - PDS: Salvador Julianelli ­PDS; Samir Achôa - PMDB; Santilli Sobrinho- PMDB; Ulysses Guima­rães - PMDB: Valter Garcia - PMDB.

Goiás

Anisio de Souza - PDS; Brasilio Caiado - PDS; Francisco Castro ­PMDB; Genésio de Barros - PMDB; Guido Aranles - PDS; Hélio Levy­PDS; lram Saraiva - PMDB; José Freire - PMDB; Paulo Borges ­PMDB.

Mato Grosso

Afro Stefanini - PDS; Bento Lobo - PMDB; Gilson de Barros ­PMDB; Júlio Campos - PDS; Milton Figueiredo - PMDB.

Mato Grosso do Sul

Antônio Carlos de Oliveira - PT; Leite Schimidt - PMDB; Levy Dias- PDS; Waller de Castro - PDS.

Paraná

Adolpho Franco - PDS; Adriano Valente - PDS: Álvaro Dias ­PMDB; Antônio Annibelli - PMDB; Antônio Ueno - PDS; Borges da Sil­veira - PMDB; Braga Ramos - PDS; Ernesto Dall'Oglio - PMDB; Eucli­des Scalco - PMDB; Heitor Alencar Furtado - PMDB; Hermes Macedo­PDS; Igo Losso - PDS; Lúcio Cioni - PMDB; Mário Stamm - PMDB;Olivir Gabardo - PMDB; Osvaldo Macedo - PMDB: Paulo Pimentel ­PTB; Pedro Sampaio - PMDB; Reinhold Stephanes - PDS; Roberto Gal­vani - PDS; Waldmir Belinati - PDS.

Santa Catarina

Esperidão Amin - PDS; Evaldo Amaral - PDS; Francisco Libardoni- PMDB; Juarcz Furtado - PMDB; Luiz Cechinel - PT; Nereu Guidi -

PDS: Pedro Ivo - PMDB; Victor Fohtana - PDS; Walmor de Luca ­PMDB.

Rio Grande do Sul

Alexandre Machado - PDS; Aluízio Paraguassu - PDT; Cardoso Fre­gapani - PMDB; Cláudio Strassburgcr - PDS; Darcy Pozza - PDS; EloyLenzi - PDT; Fernando Gonçalves - PDS; Harry Sauer - PMDB; HugoMardini - PDS; Jairo Brum - PMDB; Júlio Costamilan - PMDB; Lidovi­no Fanton - PDT; Magnus Guimarães - PDT; Pedro Germano - PDS;Telmo Kirst - PDS; Túlio Barcellos - PDS; Waldir Walter - PMDB.

Amapá

Paulo Guerra - PDS.

VI - ORDEM DO DIA

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchczan) - A lista de presença acusao comparecimenlo de 226 Srs. Deputados.

Os Senhores Deputados quc tenham proposições a apresentar poderãofazê-lo.

.I0EL FERREIRA - Projeto de lei que dispõe sobre a inviolabilidadedos vereadores.

BORGES DA SILVEIRA - Projelo de lei complementar que altera aLei Complementar n" 11, determinando novo valor e novo critério para aconcessão de aposentadoria ao trabalhador rural.

Projeto de Lei que dispiJe sobre a contagem em dobro de férias não goza­das pelo funcionário público.

Projeto de lei que dispõe sobre a conversão de férias em abono pecu­niário para o funcionário público.

Projeto de lei que dispõe sobre remarcação de preços, e determina outrasprovidências.

Projeto de lei que revoga a Lei n~ 6.950, de 4 de novembro de 1981.Projeto de lei qut: dispiJe sobre o pagamento de juros e correção monc­

tária nas dívidas pagas com atraso pelas empresas cstatais.Projeto dc lei que dltera disposilivos da Lei n~ 5.890 relativos ao cálculo

para concessão de benefícios previdencilirios.

ALFREDO MARQUES - Projeto de lei que institui incentivo fiscal aoturismo no ]\;ordesle.

RUY CÔDO - Projewde lei que dispõe sobre a merenda escolar, e dáoutras providências.

JOSÉ FREJAT - Projt:to de lei que altera a redação da Lei n" 5.988, dc14 de dezemhro de 197J. que regula os direitos autorais, e dá outras providên­cias.

MAURICIO FRUET - Projeto de lei que institui a cobrança do pcr­cenlual que especifica. sobre as dcspesas realizadas cm reslaurantes e simila­res, a fim de ser distribuido entre os empregados.

ANTONIO ZACHARlAS - Projeto de lei que inclui o sogro e a sogra,sem arrimo de filho ou filha, como depcndente do segurado da PrevidênciaSocial e do funcionlirio público civil da União e dos Territórios, nos casosque especifica.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Vai-se passar li votação damatéria que cstá sobrt: a Mesa e a constante da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezan) - Há sobre a mesa e vousubmeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINALREDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nl 1.781-B, DE 1979

Altera dispositivo da Lei nº 5.772, de 21 de dezembro de 1971,que instituiu o Código da Propriedade Industrial, estabelecendo acompetência da Justiça do Trabalho nos casos que especifica.

O Congresso Nacional decreta:Art. I" O art. 42 da Lei nº 5.772, de 21 de dezembro de 1971, fica acres­

cido do seguinte parágrafo:

"Art. 42. . .

§ 4" A Justiça do Trabalho é competente para julgardissídios instaurados com base no caput deste artigo ou emqualquer disposição legal que envolva a participação doempregado em lucros obtidos pelo empregador com a ex­ploração de invento do primeiro, realizado durante a vigência do conlrato de trabalho."

Abril de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção Ií Sábado 17 2149

Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 39 Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de abril de 1982. - Epitácio Cafeteira, Presi­

dente - Murillo Mendes, Relator - Prisco Viana - C1audino Sales.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que a aprovamqueiram permanecer como estão (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Há sobre a mesa e vousubmeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINALREDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N9 5.437-B, DE 1981

Dispõe sobre o número dos Deputados Federais e Estaduais can­didatos à reeleição, introduzindo modificações no Código Eleitoral.

O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O art. 100 da Lei n9 4.737, de 15 de julho de 1965, instituidora

do Código Eleitoral, passa a vigorar com o § 59 conforme reescrito, e acresci­do do parúgrafo que se lhe segue:

"Art. 100.

§ 59 Após o sorteio efetuado nos termos deste artigo, os Parti­dos conservarão, sem pre que possível, as mesmas séries.

§ 69 Os Deputados Federais e Estaduais c os Vereadores, in­clusive os suplentes que durante a legislatura tenham exercido omandato em qualquer época, são candidatos natos à reeleição e témassegurado o direito de concorrer com o mesmo número da eleiçãoanterior, salvo opção em contrário."

Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 39 Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 14 de abril de 1982. - Epitácio Cafeteira, Presi­

dente - Airon Rios, Relator - Prisco Vianna - C1audino Sales.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que a aprovamquciram permanecer como estão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

'0 SR.. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Não havendo, na pautada Ordem d'õ Dia, matéria em tramitação especial, concedo a palavra ao Sr.Gilson de Barros, na qualidade de Líder do Partido do Movimento Democrá·tico Brasilei~o.

O SR. GiLSON DE BARROS (PMDB - MT. Como Líder. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Dcputados, já dissemos desta tribuna, maisde uma vez, que Mato Grosso é o lugar onde o filho apanha e sofre e a mãenão vê nem escuta.

Dentro mesmo da nossa bancada, a do PMDB, temos comentado esteproblema. Quando acontece uma greve de metalúrgicos no Estado de SãoPaulo, por exemplo, inobstante o fato de ninguém ter sido assassinado, presonem torturado, esse assunto ocupa as atenções da bancada e desta Casa du­rante meses seguidos. Quando acontece uma greve de professores em BeloHorizonte, durantc um mês inteiro fala-se sobre o fato. Quando aconteceuma greve de cortadores de cana em Pernambuco, o mesmo fenômcno ocor­re: o assunto ganha as páginas nacionais, a imprensa o divulga e o alardeia, eo Congrcsso Nacional exaustivamente o analisa.

Não queremos menosprezar esses acontecimentos. Absolutamente. Cadaum deles tem sua importância no tempo e no espaço em que ocorreram. Oque sempre sentimos, porém, é que os fatos realmente escabrosos que aconte­cem no Oeste, no Centro e no Norte deste País nem sempre vêm merecendo aatenção devida por parte da Câmara dos Deputados, não vêm obtendo eco.

Sr. Presidente, talvez, esse fato se deva à nossa incompetência, à nossa li·mitação e à incompetência e às limitações dos Deputados representantes deGoiás, do Mato Grosso, de Rondônia, do Acre, do Amazonas, de Roraima edo Amapá; incompetência dos Deputados do PMDB, e de outros partidos daOposição. Porquanto os Deputados do partido do Governo, evidentemente,nada podem fazer, porque a eles não é dado o direito de defender o povo e fa­zer denúncias.

Hoje ocupamos a tribuna para tecer comentários sobre um telegramaque o nobre senador de Mato Grosso, Vicente Vuolo enviou ao general deplantão que, sem votos, desgoverna o Brasil. O Senador mato-grossense la­mentava o acerto, o conchavo que seu partido, o PDS, recentemente fizeraem Cuiabá, acerto esse que terminou com a indicação do Deputado JúlioCampos como candidato do partido oficial ao Governo de Mato Grosso e

com as candidaturas de ex-Reitor da Universidade Federal de Cuiabá,Gabriel Novis Neves, do Embaixador Roberto Campos e do próprio signa­tário como candidatos ao Senado.

Protesta o Senador mato-grossense com relação ao esquema montadopara essas candidaturas, num critério que ele mesmo denuncia como ilegal,tendencioso, parcial e que levará o seu partido, o PDS, à derrota.

Neste particular. aliás, S. Ex~ não está errado porquanto a derrota doPDS, não só em Mato Grosso como em todo o Brasil, é um fenômeno do fu­turo que não precisa requerer os ofícios de nenhum profeta, de nenhum as­trólogo para identificá-lo. Mas S. Ex', através de telegrama enviado ao gene­ral de plantão, que, sem votos, desgoverna a República, denuncia outras coi­sas que vêm acontecendo e que caracterizam evidentemente corrupção eleito­ral. No meu Estado não é nenhuma novidade falar-se em corrupção, por­quanto Mato Grosso é governado, ou melhor, desgovernado pelo irmão gê­meo do prcfeito de Cubatão, aquele cidadão que, hoje, se não é procuradopela polícia, é porque ainda vivemos sob a égide daquela revolução feita paraproteger a corrupção, perseguir subversivos e inocentes.

Mas o irmão gêmeo do prefeito de Cubatão, que desgoverna Mato Gros­so, é o homem que eriou um sistema sui ·generis para o recrutamento de servi­dores para o serviço público estadual. A primeira condição não é competên­cia, inteligência nem preparo. A primeira condição para alguém ser funcio­nário público é filiar-se ao PDS, ou seja, consagrou-se a subserviência, o des­pudor como condição fundamental para que alguém seja funcionário públicoem meu Estado. E quem lhes diz isso é um homem que foi delegado de Fazen­da em Mato Grosso. que ocupou o cargo de Secretário-substituto da Fazendae por cujas mãos passaram 122 demissões a bem do serviço público, de fun­cionários do fisco ou assemelhados, ladrões dos cofres públicos estaduais. Es­crevemos até um manual, um livro sobre este assunto.

De sorte que a nós sobejam condições morais para denunciar esses fatos.Os 18 aviões que integram aquilo que, com muito orgulho, chamávamos aForça Aérea Fazendária de Mato Grosso, hoje são empregados contra o po­vo. Antes, os aviões, as viaturas do Estado eram empregados a favor do povo,cobrando impostos. Hoje, são empregados contra o povo, ou seja, para a for­mação do PDS. Gasolina e combustível, todos os tipos de viaturas, de mate­riais, de recursos, inclusive recursos humanos, são empregados, descarada­mente, para a formação de um partido político do Governo. Recentemente, odesgovernador Frederico Campos destinou um andar inteiro de um prédio daSecretaria de Agricultura do Estado, para que ali fossem instalados os escri­tórios de propaganda eleitoral do conhecido também lá pelas bandas de Lon­dres e dc Washington como Mister Roberto Campos. Para estes escritórios,instalados num prédio construído com o dinheiro do povo màto-grossense,foram designados vários funcionários da CODEMATE, um órgão de econo­mia mista. que hoje são encarregados da assessoria de S. Ex', o Embaixador.Para que fique bem claro, o Embaixador Roberto Campos é aquele que, la­mentavelmente, há alguns meses meteu-se numa confusão não muito honrosapara o nosso povo, lá na paulicéia, quando foi agredido por uma mulher e umtravesti, ao ir a casa dessa mulher para acertar despesas de uma farrinha.

O Sr. Joacil Pereira - Permite-me V. Ex~ um aparte?

O SR. GILSON DE BARROS - Com muito prazer ouço o Líder deplantão do PDS.

O Sr. Joaci! Pereira - Nobre Deputado, é realmente melancólico ouvirV. Ex., neste plenário vazio, discorrer sobre querelas do Mato Grosso, seuEstado, e além do mais...

O SR. GILSON DE BARROS - Querelas dentro do PDS.O Sr. Joacil Pereira - ... de políticas de campanário que não deveriam

ser trazidas ao ambiente altíssimo desta Câmara, notadamente numa lingua­gem que considero licenciosa, sobretudo quando se refere ao eminentíssimoPresidente João Baptista de Figueiredo, tachando-o com desprezo de "O Ge­neral de plantão desta ditadura militar brasileira". Ê uma ditadura singular,uma ditadura que permite a um Deputado de Oposição, como V. Ex~, usardesta linguagem exageradamente injuriosa e difamatória e até descambarpara episódios que não interessam analisar aqui...

O SR. GILSON DE BARROS - Mas que V. Ex' não nega.

O Sr. Joacil Pereira - ... de um Embaixador brasileiro. Poderíamos res­ponder dizendo que também V. Ex' tem episódios que poderiam ser conside­rados desprimorosos. Mas não devemos trazê-los à baila nas discussões deplenário.

O SR. GILSON DE BARROS - Mas V. Ex~ deve citá-los.

O Sr. Joacil Pereira - E V. Ex' há de convir que esta Casa, e fez muitobem, inclusive com o meu voto, não deu licença para V. Ex~ ser processadopor um dos episódios. Não devemos, por isso, condenar, amaldiçoar ou mal-

2150 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secào I) Abril de 1982

sinar a vida pública e parlamentar de V. Ex' Não sabemos detalhes desse epi­sódio, que a imprensa sucintamcnte noticiou. O Embaixador Roberto Cam­pos é um eminente brasilciro, ex-Ministro dc Estado, com relevantes serviçosprestados à Nação, e não haveria de ser julgado por uma mera acusação de V.Ex', trazendo a este plenário aquilo que não deve constar dos nossos Anais.

O SR. GILSON DE BARROS - Inicialmente, não é correta essa quali­ficação de horrivel e desprimorosa usada por V. Ex~ com relação a um inci­dente ocorrido conosco aqui neste plenário.

O Sr. Joacil Pereira - Não me refiro ao episódio verificado neste ple­nário, mas ao incidente ocorrido com V. Ex~ lá fora, que não devemos trazerà discussão para, através dele e por ele, condenar a vida pública de V. Ex'

O SR. GILSON DE BARROS - Se V. Ex' não citar o episódio, ficarásempre uma dúvida no ar, podendo ser confundido, por exemplo, com o queo Sr. Roberto Campos produziu, protagonizou, que foi, realmente, um espe­táculo escandaloso. O meu, não. O quc ocorreu comigo foi uma coisa que to­dos sabem. apenas não são todos que têm coragem de dizer. Não me arrepen­do, nobre Deputado, absolutamente, de nenhuma atitude tomada por mimcomo Deputado Federal ou como pai de família. Repetirei qualquer uma de­las quantas vezes necessário for. Mas quero deixar bem claro a V. Ex' quenunca lhe agradeci pelo voto que deu para a recusa de o Supremo TribunalFcderal mc processar. porquanto nunca lhe pcdi cssc voto, ncm a V. Ex' nema nenhum Deputado da sua bancada, nem da minha. Jamais pedi voto, pieda­de ou misericórdia, com relação àquele entrevero do qual participei aqui mes­mo neste plenário e com relação ao incidente doméstico, miúdo e particular,dcpois de mcu filho ser espancado por um agente de segurança pago pela Cá­mara dos Deputados. Aliás, sobre esse último episódio a Câmara não tomounenhuma providência. A Presidência da Câmara dos Deputados, puniu o De­putado Gilson de Barros, mas nada fez para punir um homem pago para darsegurança ao Deputado e il sua família, e que confessou ter espancado o filhodo Deputado. Quer dizer que é muito mais vantajoso, neste particular, ser umvigilante. um guarda de segurança, do que ser um Deputado Federal brasilei­ro. O vigilante teve o sindicato para defendê-lo, teve a imprensa sensaciona­lista para comentar e alardear o fato. E contra o Deputado instaurou-se umprocesso de sindicância por um cidadão absolutamente incompetente. que to­mou vários depoimcntos de acusação c, cm apenas 20 dias, concluiu esta sin­dicância cheia de vícios, na qual tomaram parte outros dois Deputados.

Um mebro da Mcsa, no exercício da Presidência, cujo nome me envergo­nho de citar para não ofender os mineiros, chcgou ao ponto de mc telefonarvárias vezes para acertos e conchavos com relação à punição. Mas que pu­nição? Punição de quê'?

Discordo apcnas quc V. Ex' coloquc quc um caso ocorrido comigo éhorrível, desprimoroso para a instituição, porque duvido que prestigie e de­fenda a instituição parlamentar mais que nós. Tanto quc não concordamoscom a subserviéncia parlamentar.

Então, pcdiria a V. Ex' que enccrrássemos este assunto, que não com­porta discussões. Mas não poderia dcixar de ressaltar que não pedi o voto dcV. Ex' nem que qualquer outro colega para que impedisse o Supremo Tribu- .nal Federal de mc processar.

O Sr..Joaeil Pereira - Não cobrei gratidão de V. Ex' Não pedi a V. Ex'agradecimentos. Referi-me ao caso dizendo assim: inclusive com o meu votofoi dencgada liccnça para processar V. Ex....

O SR. GILSON DE BARROS - Mas só porque V, Ex! me iuhm culpa-do.

O Sr. Joaeil Pereira - E sempre neguei para todos os colegas. E pensoque jamais me afastarei dcsta orientação em casos futuros. De sorte quc,quanto à cobrança de gratidão, de agradccimento, não a fiz a V. Ex~ Além domais quero dizer a V. Ex', para que, de uma vez por todas, fique encerradoeste episódio: bastou referir-se ao que aconteceu lá fora com V. Ex! c tambémaqui dentro para que V. Ex' ficasse indignado.

O SR. GILSON DE .BARROS - Realmente.

O SR. JOACIL PEREIRA - Então, é uma razão a mais para que V.Ex. contenha a sua linguagem e respeite um ilustre brasileiro ausente que nãose pode defender.

O SR. GILSON DE BARROS - Mas há tantos para defendê-lo. V. Ex'está na sua defesa.

O Sr. Joaeil Pereira - V. Ex', quc é um homem de coragem - eu acre­dito realmcnte que V. Ex. o seja - não pode incidir na covardia de acusar umau'sente envolvido num episódio pessoal.

O SR. GILSON DE BARROS - Mas qual ausente'!

O Sr. Joacil Pereira - O Embaixador Roberto Campos.

O SR, GILSON DE BARROS - Mas o que faz V, Ex' a não serdefendê-lo?

O Sr, Joaeil Pereira - Nós não sabemos, em verdade, o que aconteceucom elc. Pediria a V. Ex' que discutisse os problemas do seu Estado, que é umdireito que lhe assiste, mas quc usassc dc uma linguagem condizentc para comas autoridades e, sobretudo, para com o Presidente da República e tambémnão trouxesse li consideração desta Casa, neste momento - e em momentoalgum - episódios que ocorreram lá fora, sobre os quais não temos elemen­tos para apreciar, sobretudo os relativos às pessoas ausentes.

O SR. GILSON DE BARROS - Eu teria todo o respeito, toda a consi­deração e até todo o amor ao Presidente da República se S. Ex' tivesse tam­bém amor, respeito e considcração para com o povo brasileiro.

Ouço o nobre Deputado Brabo de Carvalho.

O Sr. Brabo de Carvalho - Dcputado Gilson de Barros, o ilustre Líderdo PDS inteligentemente está desviando V. Ex! do assunto inicial.

O Sr. Gilson de Barros - Sem dúvida alguma.

O Sr. Brabo de Carvalho - V. Ex' estava denunciando nesta Casa a cor­rupção em Mato Grosso, tal como acabei de denunciar a corrupção na Previ­dência Social, cnfim, a corrupção cm todo o Brasil. Esta palavra "corrupção"já está tão comum que já não mais causa espécie. O povo lê o termo cor­rupção nos jornais todos os dias. É notícia diária que estâ nas ruas. Mas S.Ex' não aceita que, na Casa do povo - porquc isto aqui é um lugar público- se faça crítica ao Governo, porque está elc ausente. Veja bem V. Ex~: ê opróprio Líder do PDS que diz que o governo está ausente. Se ele está ausentedaqui, cstá ausente do Brasil, porque isto aqui é a Casa do povo brasileiro.

O Sr. Joacil Pereira - V. Ex! estll confundindo alhos com bugalhos.

O Sr. Brabo de Carvalho - É a própria Liderança do PDS que, com essaafirmação. faz crítica ao Governo.

O Sr, Joaeil Pereira - Hoje ê sexta-fcira.

O Sr. Braho de Carvalhn - Hoje é sexta-feira e está ele ausente. Mas eletambém cstá ausente ils scgundas, às terças, às quartas, às quintas c às sextas­feiras: nos dias àc repouso também, porquc a administração, por si, está au­sente dos problemas nacionais. O Presidente não vé nada, porque está cerca­do daquclcs que têm interesse em que ele nada veja. Poderia até admitir asboas intcnçõcs do Presidcnte. Podemos até aceitar isso, mas, infelizmcnte, eleestá cercado de pessoas interessadas em desviar o Brasil dos scus rumos, por­que, sinceramente, ê só assim que eles podem permitir que se faça o saque quesalta aos nossos olhos: as mu!tinacionais, a cada dia e a cada instantc. se tor­nam as donas de fato e de direito do Território brasilciro. Ninguém pode con­testar esta realidade, porque as nossas terras, na sua maioria, estão nas suasmãos. é só mandar fazer um levantamento. Esses que cercam o Governo tal­vez. coloque o Governo auscnte, como acabou dc confessar o Lídcr do PDS.Estando o Governo ausente do Congresso, está ausente do próprio Palácio,porque ele nilo houve o congresso e só ouve aqueles que freqüentam os gabi­netes: onde só as boas notícias lhe são Icvadas. As outras, relacionadas aosgrandes problemas nacionais, a misêria, a fome, o crime que a cada dia au­menta em proporções galopantcs, essas não chegam. Mas, D.cputado, prossi­ga na sua denúncia que faz, baseada num telcgrama de um Senador do PDS.V. Ex' não está falando pela sua própria palavra, mas transmite aquilo que opróprio Scnador do PDS denunciou: a corrupção que existe em Mato Grossoé a mesma que existe cm todo o Brasil.

O SR. GILSON DE BARROS - Agradeço a V. Ex', Deputado Brabode Carvalho. Veja bem V. Ex! que o nobre Líder de plantão na bancada doPt>S se assusta quando V. Ex! emprcga adjctivo qualificativo. Não sei por­quê. Talvez S. Ex' gostaria de que esta palavra também fosse censurada pelaMesa, porque aqui tcm mais censura do que no Ministério da Justiça. Peloamor de Deus, o adjetivo qualificativo é até histórico, Tem servido para rela­cionar indivíduos diversos que se prestavam a determinadas coisas, ao longoda história no mundo inteiro. A humanidade universal tem empregado estapalavra para designar todos aqueles que vêm assaltando bancos. navios etambém cofres públicos. De sorte que o adjetivo qualificativo empregado porV. Ex' é absolutamente escorreÍto. Mas o Líder do PDS estremece, porqueeste pessoal tem a mania da delicadcza.

O Sr. Joacil Pereira - Quero louvar o entusiasmo desse cristão novoque estava ao lado dcstc Govcrno", até bem pouco tempo, c saiu por interessepessoal, contrariado no seu Estado por política de aldeia e campanário.

O SR. GILSON DE BARROS - Deputado, não é feio alguém se arre­pender dc seus pccados. Feio é insistir no erro, como V. Ex' que permancceno PDS. Nada posso fazer por V. Ex' V. Ex' tem que sair por si mesmo, assim

·Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào 11 Sábado 17 2151

como o Deputado Brabo de Carvalho fez. V. Ex' está zangado porque perma­nece no PDS. O Deputado Brabo de Carvalho se arrependeu e hoje é repre­sentante do povo. V. Ex' pode fazer o mesmo, ao invés de ficar nervoso, por­que isto não vai levar a coisa alguma e de nada adianta. Não tenho culpa deque V. Ex' continue no PDS. Faça como o Deputado Brabo de Carvalho.

O Sr. Joacil Pereira - Estou muito satisfeito no PDS.

O SR. GILSON DE BARROS - Sr. Presidente, após esta tentativa dedesvio da atenção e de intenção do nobre Líder do PDS, continuamos dizen­do a V. Ex' que há hoje uma auditoria para investigar irregularidades cometi­das na Casa Civil do Governo de Mato Grosso, as quais se exprimem pelosgastos irregulares em passagens aéreas, mordomias, hospedagens, de mais de30 milhões de cruzeiros. Existem uns sessenta automóveis do GovernadorMaluf, essa jóia rara produzida pelo Estado de São Paulo, quc tcm assustadoo País. Existem os funcionários à disposição de candidatos a Deputado Fede­ral, a Prefeito e a Governador de Mato Grosso pagos com dinheiro do povo.Existe o caso do suplente de Senador "biónico", o Sr. Valdon Varjão, queagora foi para o PDS, cuja história vou contar após ouvir o aparte da grandepernambucana Cristina Tavares.

A Sr' Cristina Tavares - Deputado Gilson de Barros, o nobre Líder doPDS, Deputado Joaci! Pereira, está espantado com muitas coisas. S. Ex' fazuma referência injusta ao nobre Deputado Brabo de Carvalho, porque sabe- e sabe-o porque tem conhecimento de causa - que, quando alguém sai doPDS, abandona as benesses, os favores, os empréstimos oficiais para entrarnum partido de Oposição, está fazendo um sacrifício, e porque crê que o par­tido de Oposição levará este País à democracia. Mas quando eu disse que oDeputado Joacil Pereira conhece, porque participou de gestões nesse sentido,é porque S. Ex' sabe das gestões que levaram do PMDB para o PDS o Depu­tado Marcondes Gadelha. Sabe o Deputado Joacil Pereira o quanto custouaos cofres da Nação esse transplante, e sabe o povo da Paraíba, porque emCampina Grande a população daquela cidade deu ao nobre Deputado Mar­condes Gadelha a definição que ele merece. Chamou-o de traidor do povo.

O Sr. Joaci! Pereira - Permite-me V. Ex' um aparte?

O SR. GILSON DE BARROS - Primeiro, quero responder à nobreDeputada Cristina Tavares.

O SR. PRESIDENTE (Nélson Marchezan) - O tempo de V. Ex' está es­gotado.

O SR, GILSON DE BARROS - Agradeço-lhe, Deputada Cristina Ta­vares, a colocação feita. É desnecessário que nos alonguemos mais em consi­derações desse tipo, porquanto todo mundo sabe que ninguém vai para oPDS a troco de nada. Eu li a história de Diógenes, aquele que andava comuma lanterna pelas ruas procurando um homem honesto. Eu hoje estou pro­curando alguém que foi para o PDS por honestidade, por idealismo, a não seras exceções, os fascistas, os nazistas, os antipovo - esses estão muito bemacomodados lá -, e algum inocente útil. Tenho no seio da minha família. porexemplo, um inocente útil.

O Sr. Joaci! Pereira - Ou desonesto.

O SR. GILSON DE BARROS - É possível. Mas dizer que exista al­guém que vai para o PDS porque quer, ~ abs?lutamente i~possível. Dizertambém que alguém vai entrar para as trmchelras da Oposlçao, do PMDB,porque recebeu dinheiro, é uma vulgaridade excessivamente grande, um ab­surdo gigantesco.

Sr. Presidente, esgotou-se o meu tempo.Peço a Deus que acabe com a corrupção no meu Estado e no ~aís, para

que não tenhamos de ocupar a tribuna tantas vezes a fim de denuncIar tantos

crimes.Agradeço a atenção de todos. (Muito bem. Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Concedo a palavra ao Sr.Joacil Percira, na qualidade de Líder do Partido Democrático Social.

O SR. .JOACIL PEREIRA (PDS - PB. Como Líder. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quando tudo indicava que estasessão, de pouco comparecimento, poderia ser tranqüila, de repente se agitapelo delírio difamatório de um nobre Deputado, que tacha o regime de dita­dura militar; o Presidente da República - eleito legal e constitucionalmentepor um colégio e1eitoral- de General de plantão; insulta um embaixador doPaís que. não sendo Deputado, portanto sem direito de defesa, nem estandono Brasil, não pode tomar conhecimento dessa algaravia pronunciada da tri­buna desta Casa contra ele, e vai por aí a fora de destempero em destempero,a ponto de dizer - pasmem todos - que se integrando ao PDS, filiando-seao PDS, basta isso para a pessoa ser considerada desonesta, ou inocente útil,ou fascista, ou nazista. Esse procedimento é, pela sua intolerância, totalitário,vergonhoso e triste. Essa não é a conduta de um Parlamentar; essa conduta

não tem nenhuma nobreza, Sr. Presidente; é o crê ou morre da Inquisição. Seé do PDS ou é desonesto, inocente útil, nazista ou fascista. Comunista sópode ser agasalhado no PMDB, e patriota também, o que é um contra-senso.Juntar comunista com patriota só pode ser no PMDB. Homens sérios, honra­dos, que cultuam as virtudes cívicas e morais, só estão no PMDB. Isso é umapobreza que causa espécie, é uma indigência mental que revolta, e contra issome levanto não apenas na qualidade de Líder do meu partido, em exercícioou de plantão, não apenas como Deputado com assento nesta Casa, mal'como cidadão e como homem. Se esse Deputado, que faz esse divisor radicale estreito de águas na política do País, tiver, porventura, dignidade, tantoquanto eu - sou do PDS por convicção, porque acredito no Presidente JoãoBaptista Figueiredo, no programa do meu partido, acredito na sua obsti­nação de fazer deste País uma democracia. Esse homem, de mãos estendidas,só tem recebido insultos, porque também S. Ex' foi insultado nesta hora enesta Casa, assim como todos nós, do PDS, que ou somos desonestos, ino­centes úteis, nazistas ou fascistas - aceitará o meu desafio para mostrar umaatitude nazista de minha parte. Ao contrário, dei o meu nome voluntariamen­te para combater o nazismo e o fascismo na Europa, na Segunda GuerraMundial. E onde estava - penso que na época nem era gente, no sentido deser homem adulto - o Deputado Gilson de Barros? Talvez fosse até criança.Quais são os títulos que S. Ex' pode apresentar, de maior patriotismo do queeu, por exemplo? Amo a minha Pátria, quase tanto quanto amo a minhafamília. Por que esse radicalismo estreito? Isso significa despreparo mental,moral, intelectual e espiritual para exercer um múnus público.

O Sr. Gilson de Barros - Moral não, Deputado.

O SR. JOACIL PEREIRA - Sim Excelência porque quem acusa os ou­tros de indignidade, de desonestidade é porque certamente não tem as con­dições morais de relacionamento, de convivência nesta Casa. Se V. Ex! nosacusa de indignos. de desonestos, nós podemos devolver essa 'acusação, por­que a retorsão é um direito sagrado, e não o considero em condições intelec­tuais ...

O Sr. Gilson de Barros - Eu pediria a V. Ex' para retirar essa expressão"incapacidade moral", porque V. Ex. está-me provocando e assim vai achar.

O SR. .JOACIL PEREIRA - Não, Excelência, estou repelindo as ofen­sas de V. Ex', useiro e vezeiro, aqui, em agredir.

O Sr. Gilson de Barros - Quero dizer a V. Ex' que se V. Ex! procurar,vai achar. Hora nenhuma usei a expressão "incapacidade moral" para comV. Ex.

O SR. ,JOACIL PEREIRA - Estou dizendo o que V. Ex' disse aqui,que todos nós somos desonestos.

O Sr. Gilson de Barros - Não procure. porque V. Ex' acha.

O SR. JOACIL PEREIRA - Não dei o aparte a V. Ex., que é um intru­so no meu discurso.

O Sr. Gilson de Barros - Eu não disse isso. Não procure, pois V. Ex'acha.

O SR. PRESIDENTE (.Joel Ferreira) - Os apartes só são permitidoscom a autorização do orador.

O SR. .JOACIL.PEREIRA - Não temerei arreganhos de quem querque seja. Em defesa da minha dignidade pessoal, ofendida por um Deputadoou por outra pessoa qualquer, responderei que sou tão honesto quanto quemnos acusa, a todos, de desonestos, de inocentes úteis, de nazistas ou de fascis­tas. Não tenho sequer porte de nazista, nem ando cometendo violência por aí.

Concedo o aparte ao nobre Deputado Brabo de Carvalho.

O Sr. Brabo de Carvalho - Nobre Deputado Joaci! Pereira, permita-medizer que não ouvi, em nenhum momento, o Deputado Gilson de Barrosacusá-lo de desonesto. S. Ex. disse que aqueles que saem da Oposição para in­gressar no PDS o fazem por interesse. Exibi nesta tribuna provas - não sãoapenas palavras - dessa desonestidade.

O SR. JOAOL PEREIRA - De quem?

O Sr. Brabo de Carvalho - O Prefeito de Conceição do Araguaia, mes­mo, publicou nota oficial dizendo por que tinha ingressado no PDS. Tenhodocumento de um Vereador que, arrependido, devolveu um cheque de duzen­tos mil cruzeiros ao Presidente do PDS do Pará, que era o valor pelo qual iriavender-se. No Pará é público e notório que Deputados Estaduais passarampara o PDS à custa de quinze, vinte ou trinta milhõe~ de cruzeiros. Isto é de­sonestidade daquele que aceitou e daquele que ofereçeu. E denunciei o fatopublicamente.

O SR. .JOACIL PEREIRA - Não conheço a política do Pará.

2152 Sábado 17 DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

o Sr. Brabo de Carvalho - Exibi essas provas numa sexta-feira, dia emque V. Ex~ ocupa a Liderança do PDS nesta Casa. Se quiser, trarei essas pro­vas, pois elas se encontram no meu gabinete. Foi isto o que disse o DeputadoGilson de Barros: aqueles que estão saindo do PMDB para ingressar no PDSo estào fazendo por desonestidade.

O SR. .JOACIL PEREIRA - Não é verdade.

O Sr. Brabo de Carvalho - Foi o que disseram a Deputada Cristina Ta­vares e o Deputado Gilson de Barros.

O SR. JOACIL PEREIRA - Se V. Ex~ generaliza, incorre na mesma in­justiça cometida pelos Deputados Gilson de Barros e Cristina Tavares.

O Sr. Brabo de Carvalho - O exemplo de um serve para presl!Jmir o dosoutros.

O SR. JOAC'lL PEREIRA - V. Ex~ fez denúncias contra alguém do Pa­rá que praticou corrupçiio administrativa e contra outro que se sujeitou a sero agente passivo da corrupção - a estes cabe defenderem-se das acusações.Mas neste Parlamento defendo-me de acusações atrevidas de quem quer queseja. como defendo os meus companheiros.

O SR. PRESIDENTE (.Ioel Ferreira) - Nobres Deputados, V. Ex~s co­nhecem o Regimento. Espero que possamos continuar a sessão.

O Sr. Brabo de Carvalho - O Deputado Joaci! Pereira não me permitiuconcluir o aparte.

O SR. JOACIL PEREIRA - V. Ex~ já deu o aparte.

O Sr. Brabo de Carl'alhu - Então V. Ex~ me cassa a palavra?

O SR. JOACIL PEREIRA - Ouço V. Exª

O Sr. Brabo de Carvalho - Gostaria de dizer que o Deputado Gilson deBarros em nenhum momento fez referência pessoal a V. Ex~

O SR..JOACIL PEREIRA - Não pessoal, mas a todos do PDS.

O Sr. Brabo de Carvalho - S. Ex~ citou aqueles que saem do PMDB e in­gressam no PDS. Posso citar exemplos.

O SR. JOACIL PEREIRA - Exemplos contra os quais protesto.

O Sr. Brabo de Carvalho - Poderei trazer as provas que estão no meugabinete e as mostrarei a V. Ex"

O Sr. JOACIL PEREIRA - Traga-as aqui.

O Sr. Brabo de Canalho - Não posso andar com as provas no bolso to­dos os dias.

O SR. JOACIL PEREIRA - V. Ex' é um leviano.

O Sr. Brabo de Carvalho - Não. Neste ponto, leviano é V. Ex". porque oque disse está nos Anais da Casa.

O SR. JOACIL PEREIRA - V. Ex! está dizendo que todos os que en­tram no PDS...

O Sr. Brabo de Carvalho - Não me referi a todos. Disse que se pode pre­sumir.

O SR. .JOACIAL PEREIRA - V. Ex! tem que provar isso.

O Sr. Brabo de Carvalho - Pelo exemplo de um, dois ou três podepresumir-se o restante.

O SR. JOACIL PEREIRA - Restrinja-se V. Ex! ao Pará. sob pena decometer uma leviandade e ter de aceitar um desafio para comprovar acusaçãotão grave, de modo generico.

SI'. Presidente, quanto ao outro aspecto da sessão de hoje. que deslustroueste Parlamento, pela maneira como se vinham conduzindo certos discursos edebates. quero focalizar aquele ponto em que a Deputada Cristina Tavarespediu um aparte para, cometendo uma inverdade clamorosa, diz,;r que onobre Deputado Marcondes Gadelha. da representação da Paraíba. meu Es­tado. recebeu benesses dos Governos Federal e Estadual para ingressar noPDS. A Paraíba conhece o Deputado Marcondes Gadelha e o PMDB tam­bém deveria conhecé-lo muito bem, porque foi até há bem pouco ítempo \9vice-Líder desse partido. que demonstrou não possuir sensibilidade nem foicapaz de mostrar solidariedade a um companheiro daquela estirpe. que en­frentava situação dificílima no seu Estado. O PMDB não lhe deu nenhumaatenç:l0. permitiu que se entregasse a cabeça da chapa, na Paraíba, a um seudesafeto pessoal e de toda sua família. Não teria condições, sob pena de co­meter um suicídio político, de continuar naqucle partido. Onde está. portan­to. a razào do interesse pessoal subalterno'! Houve. sim. interesse da políticalocal e também nacional. porque o PMDB descaracterizou-se apõs a incorpo­ração, perdeu sua condição de partido de oposição, crente no seu programa,na sua doutrina. Misturou-se com outro partido que tinha um programa dife-

rente. desnaturou-se, descaracterizou-se. Nào mais havia razão para que oDeputado Marcondes Gadelha ficasse naquele partido. S. Ex' recebeu a mãoestendida do Presidente João Figueiredo, que está. realmente, credenciado à

.admiração de todos os brasileiros.

A Sr'! Cristina Tavares - O Deputado Marcondes Gadelha, de quebra.recebeu uma estaçiio de rádio e financiamento para suas empresas.

O SR. JOACII~ PEREIRA - Esta é também uma acusação leviana,data venia. V. Ex' está sendo injusta com um homem de bem, que conheçodesde criança, o Deputado Marcondes Gadelha. Está cometendo um crimede calúnia. V. Ex! devia ser mais responsável ao fazer uma acusação destas aum homem digno e honrado como o Deputado Marcondes Gadelha. V. Ex'se abriga nas imunidades parlamentares e ataca um colega que foi seu Líderaté há pouco tempo - ausente sem poder defender-se - um homem que aParaíba toda conhece e admira. O Deputado Marcondes Gadelha não foiconsiderado traidor na Paraíba. Lá, está sendo aplaudido pelo povo e vai sereleito pelo nosso partido, Senador. a 15 de novembro.

A SI" Cristina Tavares - A reversão da imprensa é outra.

O SR. JOACIL PEREIRA - V. Ex~ há de ver: ele será um dos Senado­re, mais moço da República a partir de 15 de novembro vindouro. (Palmas.)

Durante o discurso do SI'. Joacil Pereira. o SI'. Nelson Marche­zan. Presidente. deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo SI'.loel Ferreira. Suplente de Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Concedo a palavra ao Sr. Tarcí­sio Delgado, na qualidade de Líder do Partido do Movimento DemocráticoBrasileiro .

O SR. TARCfSIO DELGADO (PMDB - MG. Como Líder. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, aproveitamos esta oportu­nidade de estar na tribuna para tecer algumas considerações sobre dois pon­tos que parecem merecer a atenção desta Casa e de todos os responsáveis des­te País nesta hora. O primeiro ponto que gostaríamos de comentar diz rcspei­to à utilização dos meios modernos de comunicaçào na campanha eleitoral.Já tivemos no Brasil um período em que uma legislação bastante progressista- e veja bem o Líder do PDS como colocamos a questão - permitia o usogratuito do rádio e da televisão. Nós consideramos progressista. quanto aesse aspecto. uma legislação do período revolucionário: progressista no senti­do das nossas instituiçôes políticas. Ela permitia aos partidos e aos candida­tos a cargos eletivos o uso gratuito do rádio e da televisão na campanha elei­toral. Era, realmente. uma legislação que proeurava o uso do poder econômi­co na propaganda eleitoral: era uma legislação que procurava equiparar o po­deroso economicamente àquele desprovido de recursos materiais durante oprocesso eleitoral. E. equiparando todos, a legislação permitia que umjovem.mesmo pobre. pudesse concorrer com um outro rico e até vencê-lo, se tivessemelhores idéias. se tivesse melhores propostas para o eleitorado.

Reconhecemos que ela foi um avanço das nossas instituições. Se a legis­lação era a melhor. se aqueles critérios eram mais corretos. poderíamos discu­tir. poderíamos aperfeiçoá-la, aumentando. diminuindo os horários etc. Masa permissão do uso pelos candidatos dos meios modernos de comunicação,principalmente do rádio e da televisão, em igualdade de condições, sem levarem conta o poder econômico de cada um. realmente foi uma das melhoresconquistas alcançadas pelas instituições políticas nacionais no que diz respei­to à campanha eleitoral.

De um momento para outro, porém, o sistema, o regime, na época doGoverno Geisel, tendo como Ministro da Justiça o SI'. Armando Falcão, quedeu nome à lei. entendeu que ele, regime, que ele, sistema, por não ter o seupartido 111 uito a dizer e por estarem em grande desvantagem para com o parti­do da Oposição no debate livre e igual. pelos meios de comunicação, podiaimpor ao Brasil um retrocesso terrível neste campo, com a chamada Lei Fal­cão. que retirava o direito de todos participarem em igualdade de condições,independente da situaçào econômica, na campanha eleitoral através dessesmeios.

E ai tivemos a implantação dessa famigerada lei por todos os aspectosridícula - peço a atenção da Presidência desta Casa e do Líder do Governopara o fato de que poderemos usar palavras duras, mas não usaremos a in­continência verbal. como se costuma dizer aqui. Vamos. então. ratificar o ter­mo - uma legislação ridícula, esdrúxula, canhestra, vergonhosa, que previa acolocação, durante a campanha. de retratinhos na televisão, por exemplo,para a propaganda eleitoral, para todos em igualdade de condições, evitando­se a troca de idéias.

Neste Pab. pela televisão. pelo rádio. pelos meios modernos de comuni­caçiío pode-se vender até fumaça: pode-sc fazer propaganda até de medica­mentos prejudiciais à saúde, fabricados pelas multinacionais; pode-se fazer

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2153

propaganda de cigarros, de bebidas alcoólicas, aliás, as mais caras, as maisbelas - as de cigarros então, são incríveis, agradam demais a vista, pois sem­pre são usados artifícios ardis para fomentar a venda desses produtos, preju­diciais por todos os aspectos - mas não se pode usar esses veículos de comu­nicação para vender idéias, para levar idéias ao povo.

Uma liderança nova, uma liderança jovem que começa a surgir não po­de, através deles, levar suas idéias adiante. sabemos que o Brasil se urbanizoumuito nos últimos 20 anos, deixando de ser um país com predominância depopulação rural para ser um pais com predominância de população urbana.Nos grandes centros, nas metrópoles não há como fazer, hoje, uma campa­nha, seja política, seja comercial, sem utilizar o rádio ou a televisão. Não hácomo substituir, por exemplo, a televisão. em termos de poder de comuni­cação. Então, pode-se vender cigarro, prejudicial à saúde, bebida alcoólica,todo tipo de medicamentos. Até aquele.s que dependem de receita médica, deobservação médica, são anunciados pela televisão, como se um anúncio pu­desse substituir o médico c aqueles remédios pudessem ser ministrados aospacientes. Mas não se pode, a partir da Lei Falcão, discutir idéias, dar opor­tunidade às lideranças jovens.

Concederei o aparte em seguida, terminado meu raciocínio, ao meuLídcr. Estamos diante desta situação: às vezes ouvimos falar em revogação daLei Falcão e em mudanças nessa legislação; outras, em que nada será muda­do. E estamos caminhando para mais uma campanha eleitoral. Estamos per­cebendo, a esta aitura, que o que está acontecendo é pior do que ocorria coma Lci Falcão. Com a abertura que estamos agora alcançando - abertura quereconhecemos da tribuna, abertura no sentido de maior liberdade de impren­sa, de maior possibilidade de debates pelos canais de televisão e pelo rádio ­estamos observando, e estamos aqui, agora, para analisá-Ia; que a coisa seagrava ainda mais, fica muito pior do que quando havia a Lei Falcão seca, acensura, no que diz respeito às comunicações. O que está acontecendo agora- e este é o fulcro do nosso pronunciamento - é quc ouvimos todos os diasdizerem e a imprensa divulga reiteradamente, que os debates políticos a quetemos assistido pela televisão têm revogado, na prática, a Lei Falcão. Esta­mos aqui para contestar isso. É pior o que está acontecendo do que quandonão havia nada. O que vemos são debates promovidos por empresas jornalís­ticas com propaganda patrocinada. São debates para os quais, naturalmente- e as empresas jornalísticas não têm nada a ver com isso, não têm culpa ne­nhuma - serão levados à televisão, os grandes medalhões brasileiros aquelesquc nem dependem disso para expor suas idéias, pois estas já são conhecidashá 20, 30, 40 anos por este Brasil. Mas são aquelas figuras que dão IBOPE. Atelevisão não vai procurar um jovem que esteja saindo para uma liderança,para disputar uma cadeira de Deputado Estadual ou mesmo Deputado Fcde­ral, porque a empresa jornalística não tem essa obrigação, nem conhece essejovem. Entào, ficaremos com o debate com os grandes medalhões, os grandesvultos, repetindo idéias já conhecidas há 20 anos por todos os brasileiros.

E onde fica a função precípua da utilização, em igualdade de condições,dos meios de comunicação? Qual seria essa função? A de revelar liderançasnovas e de facilitar o seu surgimento já que delas somos tão carentes e tododia reclamamos aqui. Precisamos, neste Brasil, de novas lideranças políticas.E essas lideranças vão surgir como se elas não tivessem a menor chance?Quando a censura era total e ninguém ia para o rádio e a televisão, pelo me­nos havia igualdade de condições com as lideranças antigas, gastas, repetiti­vas. Hoje, os rcpetitivos usarão e venderão, dc qualquer maneira, as gastas ecarcomidas idéias, na época da campanha eleitoral, porque scrão chamados,muito certamentc, pelas empresas. E as lideranças jovens? Como faremos arenovação política deste País'? De que maneira, se não teremos a oportunida­de de recrutá-Ias pelos meios modernos de comunicação?

E aí está a nossa crítica fundamental: precisamos tcr cuidado, porque, naprática, não estamos rcvogando em nada a Lei Falcão. Pelo contrário, agra­vamos a situação com os atuais debates e debates - desculpem-nos - com li­deranças medalhões, alguns amorfos, insípidos e, apesar da TV em cores, in­colores: debates a darem sono, porque travados por pessoas que realmentetém pouca coisa nova a trazer. São idéias muito conhecidas de todos, sem re­novação nenhuma, sem nenhuma proposta. Por isso estamos aqui, para de­monstrar a nossa preocupação com o problema da Lei Falcão, com o proble­ma do uso dos modernos meios de comunicação, que são fundamentais paraa campanha eleitoral como para qualquer movimento social, hoje. E numacampanha eleitoral com essa desigualdade de condições, com programas pa­trocinados, aqueles que tém dinheiro - os empresários, os banqueiros facil­mente terão os canais abertos para os debates, e os quc nada têm material­mente nenhuma chance terão. E como resultado teremos a possibilidade depropaganda para os que não têm idéias mas tém dinheiro e a completa impos­sibilidade para os que tem idéias mas não têm dinheiro.

Ouço o nobre Deputado Brabo de Carvalho.

O Sr. Brabo de Carvalho - Nobre Deputado Tarcísio Delgado, pessoal­mente, quero congratular-me com V. Ex~, não só pelo assunto que abordadessa tribuna como pela forma inteligente, clara e explícita com que o analisa,mostrando esse novo aspecto que surge da Lei Falcão, que V. Ex9 tão bem de­finiu e provou que é mais prejudicial ainda. Veja bem V, Ex9 a incoerência, aincongruência. os absurdos que existem nesta Pátria. Antes, quero dizer quenão acredito na modificação da Lei Falcão. Ela vai ficar assim, porque é as­sim que o Governo a quer. Ele só quer que ocupem as tribunas esses meda­lhões, sejam da Situação,sejam da Oposição. Vamos ser claros: o Governonão quer lideranças novas, não quer suas novas idéias, seus novos debate's,porque as lideranças novas são mais corajosas. Elas têm uma participaçãomais ativa nos problemas da sociedade, do povo, e iriam denunciar essesproblemas, iriam ser claras, iriam mostrar esse quadro negro que atravessa­mos, as dificuldades que temos, todos csses atos de corrupção que são prati­cados no Brasil. As lideranças velhas - ou os medalhões, como diz V. Ex~­passam por cima deles, se acomodam, fazem elogios mútuos. Daí por queacredito que a Lei Faleão não será reformulada, permanecerá, mas com apossibilidade desses debates, porque eles não trazem nada de novo para que opovo tenha mais conhecimento. Enquanto a Lei Falcão proíbe um político,uma liderança jovem de ir à tribuna levar a sua mensagem, demonstrar assuas idéias, permite que um Governador de Minas Gerais faça propagandaaqui no Distrito Federal.

O SR. TARClsIO DELGADO - Exatamente.

O Sr. Brabo de Carvalho - Veja o absurdo! Quantos milhões o GovernoFrancelin? Pereira não estará pagando por uma propaganda aqui no DistritoFederal? A noite não costumo sair de casa. Geralmente vejo televisão e vejo apropaganda do Governo Francelino Pereira. Isso é que devia ser proibido,porque é dilapidar o dinheiro público, é abusar da paciência do povo. Vejabem, a propaganda é de Minas Gerais, não é do Distrito Federal. Quanto aoGoverno da União, nem se fala. Este está fazendo propaganda de um quadrodc 1964. Mas o povo já está conscientizado de que isso não passa de propa­ganda. Daí por que parabenizo V. Ex9 pelo pronunciamento claro que faz,com uma crítica honesta, sincera, mostrando que a situação, com relação à"Lei Falcão", piorou, porque agora o Governo caminha para a desabertura.Não há abertura nenhuma. Acho que está fechando mais.

O SR. TARClsIO DELGADO - Muito obrigado, nobre DeputadoBrabo de Carvalho, pela sua intervenção, que incorporamos ao nosso pro­nunciamento como uma contribuição válida às considerações que fazemos.Apenas um pequeno comentário ao aparte do nobre colega antes de ouvirmoso Deputado Joacil Pereira. O que vem ocorrendo com relação à legislaçãoatual é incrível. V. Ex9 citou o Governo Francelino Pereira, que faz propa­gandas caras na televisão. O Governo Paulo Maluf dispensaria comentários,porque não só ele, diretamente, como várias empresas estatais de São Paulo- VASP, BANESPA, Banco Nacional etc. - fazem propagandas tambémcaríssimas. Esses patrocinadores, evidentemente, tcrão condições, junto àsempresas jornalísticas, de conduzir o debate na campanha eleitoral, se nãohouver um tempo gratuito para os partidos.

Mas isto, nobre Deputado Brabo de Carvalho - e chamo a atenção donobre Líder Joaci! Pereira - pode ser bom para a campanha eleitoral doPDS, pode bcneficiá-Io, como também pode beneficiar alguns componentesda oposiçào que tenham condições econômicas de patrocinar programas.Mas parece-me que a Liderança do Governo poderia concordar conosco:pode scr bom para o PDS, pode ser bom, circunstancialmente, em um ou ou­tro Estado, para membros da Oposição, mas não será bom para este País, nãoserá bom para esta Nação, porque condiciona o debate àqueles que têm po­der econômico. E o exagero da utilização desse poder econômico numaeleição é uma fraude à democracia. Se chegarmos ao extremo de permitir aprevalência do poder econômico numa campanha eleitoral, na decisão daseleições, acabaremos com a democracia e estaremos criando uma aristocra­cia, uma plutocracia, um regime dos poderosos, dos ricos, porque os pobres,os jovens que têm ideais, scm condições de usar os meios de comunicação,nào poderão concorrer eleitoralmcnte com estes que têm esses meios à suadisposição, pelo poder econômico. Isto é ruim, é antidemocrático, isto fraudaa democracia e cria uma plutocracia, que cada vez mais nos afastará do regi­me democrático que desejamos para este País, onde prevalecem os pobres.

Ouço o nobre Deputado Joaci! Pereira.

O Sr. Joacil Pereira - Nobre Deputado Tarcísio Delgado, poderia co­meçar minha modesta intervenção ao seu brilhante discurso dizendo que esteé o bom estilo dos debates parlamentares. Eis aí um exemplo vivo de êticaparlamiOntar: V. Ex" escolheu um tema e vem discorrendo brilhantementesobre ele. advogando a idéia basilar do seu pronunciamento, a de que a cha­mada Lei Falcão deve ser modificada. Devemos adotar um~ legislação nova,

2154 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào 1) Abril de 1982

que regulamente o acesso das lideranças políticas, do homem que faz políticaneste País, desde o Vereador até o Senador da República, ou o candidato aGoverno de Estado, ao rádio, à televisão e a outros meios de comunicação,para que possam discutir as suas idéias e os programas dos scus partidos.Concordo com V. Ex~ Quando a imprensa diz, em noticiários recentes, quejáhouve, de certo modo, uma revogação tácita, prática, da chamada lei Fal­cão, de certa forma isso é verdade, porque a lei também se revoga pelo desu­so. A Lei Falcão está em desuso, já foi colocada à margem. Mas ao invés desermos contagiados pelo radicalismo, pela descrença, como aconteceu c'Jm onobre Deputado Brabo de Carvalho, que estou desconhecendo quando dizque não acredita que este Governo vá modificar essa situação, devemos rei­vindicar. Ele é hoje um descrente, um negativista, um radical. Ele mudou: so­freu mudança de 180 graus. Mudou por dentro, por fora; mudou todo o co­ràção, o cérebro. Ao invés de chegarmos a esse contágio pernicioso, que nãoconstrói. nós devemos é reivindicar, como faz V. Ex~: devemos unir as nossasforças para que, não somente pclo desuso, pelo desprezo a que foi relegada aLei Falcão, seja ela de fato e de direito revogada. Então eu concordo com V.Ex~ E a isso vamos chegar, porque o Ministro da Justiçajá anunciou, diversasvezes. que está em estudo uma nova legislação sobre esse assunto. V. Ex~ ha­verá de arrolar este fato com mais uma das conquistas do Governo do Presi­dente João Figuciredo, dentre as que jú nos deram, desde o Governo Geiselaté hoje, os governos da Revolução, e mais ainda do que o anterior, pois nosdeu a liberdade de imprensa, o debate nas televisões, nos deu anistia, nos deuo pluripartidarismo. que quer ver cada vez mais fortalecido. Ele também vaidar a liberdade do debate nos instrumentos de divulgação e publicidade.

O SR. TARCtSIO DELGADO - Nobre Deputado Joaci! Pereira, mui­to obrigado pelo seu aparte. V. Ex~ observa, até concordando conosco, acrítica que fazemos à Lei Falcão, e reconhece a importância dos meios de co­municação, principalmente a televisão, e, em segundo lugar, o rádio, na cam­panha eleitoral. Desejo acrescentar e rcpetir - porque é preciso repetir certascoisas, para que fiquem bem gravadas - que não podemos aceitar a balela darevogação. na prática, da Lei Falcão com os debates que têm sido travados,pois o que a caracteriza é ter rcpartido, entre os partidos, o comando dos ho­rários na televisão. Os meios de comunicação estão aí; podem até ser muito li­vres; mas, se dependerem do poder econômico, deixarão de ser livres pelo co­mando do comparecimento. Os debates atualmente travados estão sendo pro­movidos pelas empresas jornalísticas que. naturalmente, tém seus interesses- e nisto não há crítica - com programas patrocinados. Eu não posso pa­trocinar programas de televisão: muitos outros que têm idéias políticas tam­bém não podem fazê-lo. Talvez V. Ex', Deputado Joacil Pereira, não tenhacondições dc fazer um patrocínio desses, mas o Banco Nacíonal tem, assimcomo o BANESPA, o Governo Francelino Pereira, a VASP, a TE­LEBRASILlA. as grandes empresas estatais. Isso será a negação total do di­reito de igualdade com relação às oportunidades nos meios de comunicação..Portanto, volto a dizer: não aceitamos essa balela. Deputado Joacil pereira,V. Ex", com suas palavras, contribuiu para que, nesta tarde, fizéssemos umdebate sério. Assim, eu gostaria de entregar a V. Ex~, para debate, já que semostrou interessado no assunto, o Projeto de Lei n" 5.563/81, de nossa auto­ria, que tramita nesta Casa. o qual procura disciplinar o uso do rádio e da te­levisão na campanha eleitoral, da maneira que achamos equânime. Pode nãoser a melhor maneira; a fórmula pode ser mudada; mas é uma contribuiçãoprática. É um projeto, entre outros. que estabelece uma divisão proporcional,equánime a nosso ver, dos horários de rádio e televisão. para que tados te­nham oportunidade, proporcionalmente às condições do seu partido, de usaresses meios de comunicação. Eu gostaria que V. Ex~ lesse o nosso projeto,Líder que é do Governo, nesta tarde, para estudá-lo, para modificá-lo, paraalterá-lo. para levá-lo à consideração do Executivo, através do Ministro daJustiça. A esta altura, estamos convencido de que nenhum casuísmo, apesarde tantos que estamos vendo, poderú ser tão pernicioso à campanha eleitoral- uma vez que as eleições devem refletir a vontade do povo brasileiro ­como a desigualdade de oportunidade para uso dos meios de comunicação.Não encontramos meios de propaganda - por mais ativos que sejamos, pormais inventivos que possamos ser, na campanha eleitoral, com cartazes, comalto-falantes, com comícios etc. - que possam concorrer com os meios mo­dernos de comunicação, principalmente a televisão. Não é possível que sefaça campanha nacional, em determinado loéal, fazendo um comício maravi­lhoso, o encontro dos maiores candidatos, falando para 5, 6 mil pessoas, en­quanto, na mesma hora, por uma cadeia de rádio e televisão, alguém falapara toda a população da cidade, praticamente. A televisão chega, hoje, a to­dos os lares, nas próprias favelas, com todas as dificuldades que vivem os bra­sileiros, É como que um vício. Inclusive, as famílias pobres deixam de ter bensnecessários à vida, até alimentação, mas, normalmente, têm a televisão, A te­levisão ganhou espaço na família brasileira. Até as famílias mais pobres,

aquelas que sofrem carência de tudo. têm uma televisão. Ê muito comum, nascidades grandes. vermos pessoas morando em favelas, em mocambos ou empequenos barracos onde a televisão não pôde entrar pela porta, porque nãocabia; teve de entrar pela janela, mas está lá dentro. E isto tem um poder decomunicação incrível, e usado desigualmente. proporcionalmente ao podereconômico, é uma inversão de qualquer resultado democrático.

Concedo o aparte ao Deputado Ludgero Raulino.

O Sr. Ludgero Raulino - V. Ex~ traz a debate, nesta tarde, assunto quedevia scr ampl~mente discutido nesta Casa, porque expressa o espírito da de­mocracia, discussões como esta, possibilidade de as diversas camadas sociaise politicas usarem os mesmos instrumentos para as mesmas competições.Não aceito como válida a Lei Falcão. Entretanto, hú uma dificuldade muitogrande em substituí-la. Em primeiro lugar, V. Ex~ tem conhecimento de queesta Casa, recentemente, aprovou um decreto que possibilita a inscrição deaté três vezes o numero de candidatos a postos eletivos. Se se considerar que aelcição de novembro de 1982 será travada nos diversos níveis, onde centenas emilhares de candidatos disputarão o pleito, como se poderá fazer a seleçãodaqueles que terão direito aos meios de comunicação, sobretudo à tclevisão?Não sei se o projeto de V. Ex~ cxplicita este ponto, mas se não estiver contidono seu bojo, desejo que nós poucos que estamos aqui nesta hora convoque­mos nossos outros colegas a comparecerem a este plenário para discutir esteassunto, que considero da maior relevância, principalmente neste períodopré-eleitoral. Não adianta dizer que a televisão estará ao dispor de todos oscandidatos. porque só os mais sabidos, os mais influentes e os mais poderososconseguirão nela 11m espaço para fazer a sua campanha.

O SR. TARCtSIO DELGADO - Agradeço a V. Ex~ o aparte.Antes de conceder o aparte ao Deputado José Costa, gostaria de dizer

que também o Líder Joacil Pereira hoje se mostrou preocupado. Parece-meque um contingente razoável de Parlamentares desta Casa, inclusive de Depu­tados do partido do Governo, está preocupado. Mas é preciso que estes tam­bém tragam suas ações e não aceitem a imposição do Planalto e do Ministroda Justiça: é preciso a participação principalmente do partido do Governo,pois é impossível caminharmos para uma campanha sem este meio de comu­nicação.

Este projeto estabelece algumas idéias sobre divisão de tempo, sugerindotrês tipos diferentes de tempo. estabelccendo uma proporcionalidade queachamos equânime. Mas esta proposição está sujeita a emendas, como outrasque tramitam nesta Casa. O que é importante é que os horários sejam entre­gues aos partidos. e estes é que irão distribuí-los com os candidatos. Emprincípio, nenhum candidato pode ser vetado à televisão. O rádio e a tclcvi­são. principalmente, são meios de comunicação úteis, necessários. Eles serãopositivos ou negativos para o candidato. dependendo da sua capacidade deexpor suas idéias e de debater. Aqueles que têm vocação para a vida pública,para exercer um mandato de Deputado Federal, Deputado Estadual ou deGovernador terão, naturalmente, condições de debater na televisão. E scrãoexcluídos, naturalmente. os que não têm condições - mais um serviço presta­do pelo rúdio e pela televisão, desde que bem utilizados.

Ouvirei, aindá que por um minuto, o Deputado José Costa, que, natural­mente, tem contribuições importantes a nos dar, porque conhece a matériaprofundamente.

O Sr. José Costa - Vou ser brevíssimo no meu aparte, Eminente Depu­tado. claro está que a circulação de idéias novas, o debate das questões funda­mentais deste País e - por que não dizer - também? o debate das questõeslocais. de interesse do Estado e dos Municípios; a divulgação do programapartidário e das propostas políticas de cada partido, tendo isso é fundamentalno Brasil de hoje, no Brasil que luta desesperadamente para passar do autori­tarismo para o Estado de Direito democrático. Todos nós, políticos militan­tes, sabemos que é através do debate no rádio e na televisão que teremos con­dições de contribuir para a moralização das eleições de 1982 e das futuraselciçõcs, anulando, de certa forma, a influência do poder econômico. EsteCongresso terú que ter representantes do povo, não um Congresso de pluto­cratas ou de representantes de corporações. Pois bem, nós, da Oposição - eparabenizo V. Ex' pela iniciativa individual que teve - sempre tivemos estapreocupação de devolver ao País e, sobretudo, ao povo brasileiro - conside­ro isso um direito fundamental do povo brasileiro - o poder de conhecer opensamento de suas lideranças maiores, de conhecer o programa de cada par­tido político e poder participar do amplo debate das questões que interessamde perto, das questões que dizcm respeito a este País, das questões fundamen­tais. Tivemos a oportunidade de trabalhar num amplo projeto de propagandaeleitoral e partidária projeto este que foi encampado integralmente peloPMDB e depois por todos os partidos de oposição, e que foi oferecido à Casacomo contribuição das oposições aos esforços de todos os brasileiros no sen-

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2155

tido de se levar o País a uma redemocratização efetiva. O que resta agora é es­perar o gesto partido do outro lado: que o Governo também se interesse pelamatéria, que o Governo também demonstre boa vontade, comprovando as­sim também sua boa fé quando fala em abertura política, em descompressãopolítica, em democracia etc. De modo que cncerro parabenizando V. Ex' poresta iniciativa, que espero não seja apenas do PMDB, das oposições, mas queo partido do Governo dê também contribuições tão importantes quanto as deV. Ex~ ISSb é fundamental.

o SR. TARClsIO DELGADO - Agradeço o aparte a V. Ex' E, paraencerrar, quero dizer que estão aí, como contribuição pessoal, estc nosso pro­nunciamento da tribuna e um projeto de nossa autoria. Não há nenhuma po­sição fixa, intransigentc em torno dele. São contribuições para chegarmos auma legislação sobre a matéria e oferecemos isto nesta tarde à liderança doGoverno, que inclusive nos aparteou entendendo importante o debate da ma­téria, para que seja levada realmente às áreas do Executivo, ao Ministro dajustiça, ao Sr. Presidente da Rcpública. E isso tcm que ser urgente, não podedemorar muito mais, porque a campanha já está aÍ. Precisamos ter a defi­nição desse quadro. Termos a definição desta matéria é da maior importân­cia.

E devo dizer à Liderança do Governo, para que ela possa desempcnharseu papel, que esta definição seria uma demonstração concreta deste gesto emque o Prcsidcntc tanto tem insistido, o da mão estendida. O Presidente da Re­pública tem falado na mão estendida - ontem mesmo o fez - mas falou namão estendida em um palanque eleitoral do PDS. Será possível que ele querque a Oposição lhe dê a mão para que ele a puxe para cima desse palanque?Então, não tercmos mais democracia neste País. Como pode o Presidentequerer que a Oposição lhe dê a mão se ele a estende de um palanque eleitoraldo PDS? Estendemos a mão e ele nos puxa. Faremos cntão o partido único?Acabarcmos com a incipicnte democracia ncstc País? Dcmonstração concretado contrário disso ele pode dar legislando sobre a matéria da comunicação nacampanha eleitoral, estabelecendo igualdade de condições dentro de um cri­tério de proporcionalidade. Só assim ele estará dando condições de moderni­zação às lideranças políticas neste País, das quais ele e tantas lideranças fa­lam, mas para cuja renovação nada fazem.

Então, está na hora. nobre Líder, de o Presidente da República, ao invésde apenas mostrar a mão estendida do palanque elcitoral do PDS, mandar aesta Casa um projeto ou emendar uma dessas nossas idéias, no sentido de re­vogarmos a Lei Falcão e estabelecermos a legislação do uso dos meios moder­nos de comunicação, rádio e televisão, para alcançarmos a democracia nestePaís. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) -

Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n9 902-A, de1979, que altera a redação da Lei n9 3.999, de 15 de dezembro de1961, elevando o salário mínimo dos médicos, cirurgiões-dentistas eauxiliares; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; das Co­missões de Trabalho e Legislação Social e de Finanças, pela apro­vação; e, da Comissão de Educação e Cultura, em audiência, pelaincompetência para opinar sobre a matéria. (Do SI. Fernando Coe­lho) - Relatores: Srs. Joacil Pereira, Christóvam Chiaradia e BragaRamos.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Vou submeter a votos o

PROJETO N9 902-A, DE 1979

O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O art. 59 da Lei n93.999, de 15 de dezembro de 1961, passa a vi­

gorar com a seguinte redação:

"Art. 59 Fica fixado o salário mínimo dos médicos em quan­tia igual a 10 (dez) vezes e o dos auxiliares a 5 (cinco) vezes o saláriomínimo comum das regiões em que exercerem a profissão."

Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

o SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Os Srs. que o aprovam queirampermanecer como estão (Pausa.)

Rejeitado.Vai ao Arquivo.Estão prejudicados os Projetos n9s 1.942/79, 2.658/79, 3.372/80 e

3.513/80, anexados.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) -

Discussão única do Projeto de Lei n9 903-A, de 1979, que dánova redação ao art. 125 do Decreto-lei n9200, de 25 de fevereiro de1967, e revoga a alínea "a" do § 29 de seu artigo 126; tendo parece­res: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalida­de, juridicidadc e técnica legislativa; c, das Comissões dc ServiçoPúblico e de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, pelaaprovação. (Do Sr. Cantídio Sampaio) - Relatores: Srs. Gomes daSilva, Heitor Alencar Furtado e Cláudio Philomeno.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Não havendo oradores inscri­tos, declaro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Vou submeter a votos o

PROJETO N9 903-A, DE 1979

O Congresso Nacional dccreta:Art. 19 O art. 125 do Decreto-lei n9200, de 25 de fevereiro de 1967, pas­

sa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 125. As licitações para compras, obras e serviços pas­sam a reger-se tanto na Administração Direta, como nas autarquias,empresas públicas e sociedades de economia mista, pelas normasconsubstanciadas neste Título e disposições complementares apro­vadas em Decreto."

Art. 29 Revogam-se a alínea d do § 29 do art. 126 do Decreto-lei n9200,de 25 de fevereiro de 1967, e as demais disposições em contrário.

Art. 39 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Os Srs. que o aprovam queirampermanecer como estão (Pausa.)

Aprovado.Vai à Rcdação Final.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) -

.. , Discussão única do Projeto de Lei n9 1.804-A, de 1979, que tor­na obrigatória a participação de representante dos empregados nadiretoria das empresas públicas e sociedades de economia mista;tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela consti­tucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão deTrabalho c Legislação Social, pela aprovação, com emenda. (Do Sr.Márcio Macedo) - Relatores: Srs. Luiz Cechinel e Pedro Carolo.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Não havendo oradores inscri­tos, declaro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Há sobre a mesa e vou subme­ter a votos o seguinte

REQUERIMENTO

Sr. Presidente,Nos termos regimentais, requeiro a V. Ex' o adiamento da votação do

Projeto n9 1.804-A/79, por cinco sessões.Sala das Sessões, 16 de abril de 1982. - Brabo de Carvalho.

O SR: PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Os Srs. que o aprovam queirampermanecer como estão. (Pausa.)

AprovadoEm conseqüência, o projeto sai da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) -

Discussão única do Projeto de Lei n9 1.818-A, de 1979, que al­tera o art. 38 da Lei n93.807, de 26 de agosto de 1960, com a redaçãodada pela Lei n9 5.890, de 8 de junho de 1973, passando a vigorarcom a seguinte redação (Lei Orgânica da Previdência Social); tendopareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucio­nalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emendas; da Comis­são de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação, com adoçãodas emendas da Comissão de Constituição e Justiça; e, da Comissãode Finanças, pela aprovação. (Do Sr. Henrique Eduardo Alvcs) ­Relatores: Srs. Nilson Gibson, Joel Vivas e Vicente Guabiroba.

O SR: PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Não havendo oradores inscri­tos, declaro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Joe.1 Ferreira) - A Comissão de Constituição eJustiça, ao apreciar o projeto, ofereceu ao mesmo e vou submeter a votos asseguintes

2156 Sábado 11 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

EMENDAS

-N91-

Dê-se a seguinte redação à emenda do Projeto de Lei n9 1.818:

"Altera o texto do art. 38 da Lei n9 3.807, de 26 de agosto de1960."

-N92-

Dê-se a seguinte redação ao art. 38 da Lei n9 3.807, de 26 de agosto de1960, o qual o art. 19 do Projeto de Lei n9 1.818 pretende alterar:

"Art. 38. Não se adiará a concessão do benefício pela falta dehabilitação de outros possíveis dependentes; concedido o benefício,qualquer inscrição ou habilitação posterior, que implique exclusãoou inclusão de dependentes, só produzirá efeitos a partir da data emque se realizar."

-N93-

Dê-se a seguinte redação ao proposto § 29 do art. 38 da Lei n9 3.807, de26 de agosto de 1960, e que o art. 19 do Projeto de Lei n9 1.818, de 1979, quermodificar:

"§ 2° No caso de o cônjuge estar no gozo de prestação de ali­mentos, haja ou não desquite, ser-lhe-á assegurado o valor da pen­são alimentícia judicialmente arbitrada, destinando-se o restante àcompanheira ou ao dependente designado."

O SR. PRESIDENTE (Joet Ferreira) - Os Srs. que as aprovam quei­ram permanecer como estão (Pausa.)

Rejeitadas.

O SR: PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Vou submeter a votos o

PRO.JETO Nº t.8l8-A, DE 1979

O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O artigo 38 da Lei n9 3.807, de 1960, com a redação dada pela

Lei n95.890, de 8 de junho de 1973, passa a vigorar com a seguinte redação:

"ARt. 38. Não se adiará a concessão do benefício pela faltade habilitaçào de outros possíveis dependentes. Desde que concedi­do o benefício, a qualquer inscrição ou habilitação posterior, que seimplique exclusão ou inclusão de dependentes, só produzirá efeitosa partir da data de sua efetivação.

§ 19 O eónjuge ausente nào se excluirá do benefício a compa­nheira designada. Somente ser-lhe-á o mesmo devido a partir dadata de sua habilitação e comprovação efetiva de dependência eco­nômica.

§ 29 No caso de segurado condenado a prestação de alimen­tos, haja ou não desquite, ser-lhe-á assegurado até o valor da pensãojudicialmente arbitrada, destinando-se o restante à companheira ouao dependente designado.

§ 39 A pensão alimentícia sofrerá os reajustamentos previstosna lei, quando do reajustamento da pensão por morte.

§ 49 A pensão será devida integralmente à companheira se osegurado, viúvo ou solteiro, não tiver filhos capazes de receber o be­nefício.

§ 59 Havendo filhos de qualquer natureza capazes de recebero benefício, somente a metade será atribuída à companheira."

Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 39 Revogam-se as disposições em contrário.

O SR. PRESIDENTE (.Joel Ferreira) - Os Ss. que o aprovam queirampermanecer como estão (Pausa.)

Rejeitado.Vai ao Arquivo.

O SR. PRESIDENTE (.Joel Ferreira) - Nada mais havendo a tratar,vou levantar a sessão.

Deixam de eomparecer os Senhores:

Ceará

Antônio Morais - PMDB; Paes de Andrade - PMDB.

Pernambuco

Carlos Wilson - PMDB.

Sergipe

Celso Carvalho - PMDB.

Bahia

Rogério Rego - PDS.

Rio de .Janeiro

Joel Lima - PMDB; Pedro Faria - PMDB.

Minas Gerais

Batista Miranda - PDS; Genival Tourinho - PMDB; Gerardo Ra­nault - PDS; Homero Santos - PDS; Newton Cardoso - PMDB.

São Paulo

Adalberto Camargo - PDS; Adhemar de Barros Filho - PDS; Bezerrade Melo - PDS.

Goiás

Siqueira Campos - PDS.

Mato Grosso do Sul

Ruben Figueiró - PMDB.

Paraná

Nivaldo Kruger - PMDB.

Santa Catarina

João Linhares - PMDB.

Rio Grande do Sul

Emídio Perondi - PDS.

VII - O SR. PRESIDENTE (Joet Ferreira) - Levanto a sessão desig­nando para a ordinária da próxima 2'-feira, dia 19, às 13:30 horas, a seguinte:

ORDEM DO DIA

TRAMITAÇÃO

EM PRIORIDADE

VotaçãoVotação, em discussão única, do Projeto de Lei n.O 914-B, de

1979, que define os crimes de responsabilidade do Governador e dosSecretários do Governo do Distrito Federal, e dá outras providên­cias; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito,pela aprovação. Parecer às Emendas de Plenário: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade téc­nica legislativa e, no mérito, pela aprovação. (Do Senado Federal)- Relator: Sr. Adhemar Santillo.

ORDINARIA

Discussão2

PROJETO DE LEI N.o 872-A, DE 1979

Discussão _única do Projeto de Lei n.O 872-A, de 1979, quealtera a redaçao do art. 570 da CLT, para incluir o aposentado nacategüria profissional; tendo pareceres: da comissão de Consti­tuição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislati~a; e, da Com~ssão de Trabalho e Legislação Social, pelaaprovaçao. (Do Sr. PeIxoto Filho) - Relatores: Srs. João Gilbertoe Edson Khair.

3

P'ROJETO DE LEI N.o 1.862-A, DE 1979

.Discussão única do Projeto de Lei n.O 1. 862-A, de 1979, qued,efme o lucro das empresas públicas e sociedades de economia

GRANDE EXPEDIENTE

Oradores:

1 - Nasser Almeida

2 - Cristina Tavares

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secào I) Sábado 17 2157

:t:Q.ista para efeito de participação dos empregados e administra­-ção; tendo parec,eres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emen­da; e, das Comissões de Trabalho e Legislacão Social e de Econo­mia, Indústria e Comércio, pela aprovação, éom adoção da emendada Comissão de Constituição e Justiça. (Do Sr. Alair Ferreira)Relatores: Srs. Claudino Sales, Júlio Campos e Igo Losso.

4

PROJETO DE LEI N.o 1.898-B, DE 1979

Segunda discussão do Projeto de Lei n.o 1.898-B, de 1979, que"autoriza o Poder Ex,ecutivo a conceder direito real de uso sobreas áreas de terras que margeiam as rodovias federais" o (Da Co­missão de Agricultura e Política Rural) - Relator: sr. Hugo Rodri­gues da Cunha_

Avisos

CAMARA DOS DEPUTADOS

SECRETARIA GERAL DA ~IESA

Relação dos Deputados Inscritos no Grande ExpedienteAbril/1982

DATA DIA DA SEMANA NOME

19 Segunda-feira Nosser Almeida_Cristina Tavares

20 Terça-feira Audálio DantasAmadeu Geara

22 Quinta-feira Benedito MarcílioHildérico Oliveira

23 Sexta-feira Nabor JúniorModesto da Silveira

Líder

Hugo MardiniAlípio CarvalhoBonifácio de AndradaClaudino SalesEdison LobãoHugo NapoleãoJorge ArbageRicardo FiúzaDj alma BessaSiqueira CamposCarlos AlbertoCarlos ChiarelliGióia Júnior

Vice-Líderes

4oa-feira

6.a-feira

pns

Cantídio Sampaio

VICE-LíDERES

Jairo MagalhãesJosias LeiteJoacil PereiraAlcides Franciscato.Alvaro ValleJúlio MartinsNelson MorroRuy Bac-elarSaramago PinheiroPaulino Cícero de VasconcellosNey FerreiraAdolpho FrancoNosser Almeida

(escala em Plenário)

Claud/no SalesJúlio MartinsSiqueira CamposCarlos AlbertoGióia JúniorNelson MorroBonifácio de AndradaCarlos ChiarelliEdison LobãoNey FerreiraAlvaro ValleDjalma BessaRicardo FiuzaHugo NapoleãoJorge ArbageJoacil Piereira

DATA DIA DA SEMANA NOME

26 Segunda-feira HomenagemHomenagem à memória do ex-Depu-

Lídertado Federal João Baptista Luzardo.

27 Terça-feira Paulo GuerraOsvaldo Melo Vice-Líderes

28 Quarta-feira HomenagemHomenagem à memória do ex-Depu-tado Federal Benedito Cerqueirao

2.a-feira29 Quinta-feira Geraldo Fleming

Aurélio Peres

30 Sexta-feira Tidei de LimaErasmo Dias 3.a-feira

PMDB

Odacir Klein

(escala em Plenário)

Peixoto FilhoCarlos CottaAdhemar SantilloPedro Ivo

Marcello CerqueiraAlvaro DiasAudálio DantasCristina Tavares

* Inscricões automáticas para o mês de maio, nOs termos da• Resolução ll.o 37, de 1979

DATA DIA DA SEMANA NOME

3 Segunda-feira Alberto GoldmanWaldir Walter

4 Terça-feira Walter de PráMarcello Cerqueira

5 Quarta-feira Paulo StudarlAlbérico Cordeiro

6 Quinta-feira Peixoto FilhoJosé de Castro Coimbra

5oa-feira

Carlos Sant'AnaOsvaldo MacedoJoão LinharesPimenta da VeigaJorge Vianna

Walber GuimarãesWalter SilvaIsrael Dias-No-vaesAntônio MarizRalph Biasi

Louremberg Nunes RochaBrabo de CarvalhoIranildo PereiraJoão Menezes

2158 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982 .

Líder

Vice-Líderes

PDT

Alceu Collares

(escala em Plenário)

Magnus Guimarães

Comissão MistaPresidente: Deputado Waldir WalterVice-Presidente: Deputado Oswaldo MeloRelator: Senador Aloysio Chaves

PrazoAté dia 19-4-82 - no Congresso Nacional.

6.a -feira

Líder

Magnus Guimarães

Magnus Guimarães

Magnus Guimarães

Magnu3 Guimarães

PT

Airton Soares

3PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 72/81

"Altera os artlgo.s 4.0, item n, e 5.0 da COnstituição Federal."(Que o dominio da União fique restrito às ilhas oceânicas costeiras,excetuadas as q/sejam sede de municípios,) Autor: Senador ArnoDamiani.

Comissão MistaPresidente: senador José RichaVice-Presidente: Senador Lourival BaptistaRelator: Deputado Ho:-ácio Matos

Vi ce-Líderes (escala em Plenário)

Freitas Diniz

PrazoAté dia 19-4-82 - no Congresso Nacional.

4.a-feira

5.a-feira

Freitas Diniz

Freitas Diniz

Freitas Diniz

4

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 73/81

"Acrescenta dispositivo ao Título V das Disposições Gerais e'rransitõrias da Constituição Federal, destinando investlmentosfederais ao Nordeste." Autor: senador Humberto Lucena.

6."-feira Freitas Diniz

PTB

Comissão MistaPresidente: Deputado Elquisson SoaresVice-presidente: Deputado Josias LeiteRelator: Senador Moacyr Dalla

Líder Jorge Cury

VIce-Líderes (escala em Plenário) PrazoAté dia 26-4-82 - no Congresso Nacional.

4.a -feira

5.a-feira

Vilela de Magalhães

Vilela de Magalhães

Vilela de Magalhães

Vilela de Magalhães

5

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 74/81

"Destina 12% do orçamento da união à educação, e determinaoutras providências." Autora: Deputada Júnia Marise.

CPI - DISTORÇõES EXIS'DENTES NA COMERCIALIZAÇlWDOC:AFÉ

CONGRESSO NACIONAL

1

PROPOSTA DE ElvIENDA A CON8TITUl(JliO N,o '/[1/31

Reunião: 27-4-82Hora: 10:00 hPauta: ComDarecimento dos Srll. José de Paula Mot'), Filho.

Diretor de Produção do mc; José Carlos .TOl'dão da Silva, Pr8si­dente do Sindicato Rural de Itiranuã e do jornalista DirceuM:>,rtins Pio. -.

HDá 110V:l redação ao art. l1 da ConstjtvlçEtOC01Ylpf;tênc!a aos Estado8 p/ crlarenl !111Jl1icip!üs.)tac!o JUdovinD F'arrl;on.

PrazoAté dia ,\W-,1-82 - no Congresso Nacional.

Presidente: Deputado Juarez Furtado\Iice-Presidente: Deputado Hélio Campos:8>3Iator: Senador :Lenüir Vargas

Comissão Mista

Pre.sidente: Senador Adalbertc SenaVice-Presidente: Senador Jutahy MagalhãesRelator: Deputado Antônio pontes

[?('jllillissfi.o ~Jista

6

PHOPOST.il, DE EM:ENDA A CONSTITU!ÇAO N." 75/31

"Acrescenta mais um paragr[l,fo ao art, 93 da Constituiçào))'ederal, eE,üthelecendo a graí;;li!l~açao natalina aos servidores r:l1i~b1ic:os," Autor: D{~putadü Osvaldo Macedo.., (Dando

Dep11-

Vilela de Magalhães

COln~ssão :Wllsta

Presidente: Senador Mauro BenevidesVice-Presidente: Senador Almir PintoRe:latox-: Deputado Paul«) G'U8lTg

6.a-feira

Pra:wi~té Q.1[ia 1~~,:l-g2 - no Congres,~o l~aeion.al.

Pl'ilZ[c

.t.~ü~ dim 3~5=S2 - no Congresso [{acionaI.

:3

PHOPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇliO H.o 71/31

"Da no'v'a rec1a,eã.o ao Federal/J

108 camUda1-J8 eliitos p/leg;el1da,s parttd:'.rias que obtiveremos pe:re.-!3ntuais .st3TL~ T'v]G)Jo1ato.s t:l.ssegnr.ado'3J A\utür:Deputad'Ü .JG

PROPOS'I'A DE E:M.El\'1).!l li CONSTITUrçAO ]\J,O 76/31

HAltera da Con3Ít"ltuicáo FederaL eüu,ztantes doCs,pitulo V! Poder Legislativo -=- e do Capitulo VI! ~ doPoder Executivo," AuIm': Deputado Epitacio Cafet"jl:a.

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2159

Comissão Mista

Presidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: Senador Bernardino VianaRelator: Deputado Adolpho Franco

Prazo

Até dia 3-5-82 - no Congresso Nacional.

8

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 77/81

"Só permite modificação relativa a matéria eleitoral .até umano antes dos pleitos aos quais se destina." Autor: Dep. Cala Pom­peu

Comissão Mista

presidente: Deputado Aldo FagundesVice-Presidente: Deputado Osmar Leitão!Relator: Senador Aloysio Chaves

Prazo

Até dia 10-5-82 - no Congresso Nacional.

9

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 78/81

"Cria a procuradoria Geral do povo, órgão constitucional des­tinado à fiscalizacão dos Atos do Poder Executivo, inclusive os daadministração indireta, à investigação das violações à lei e à pre­servação dos direitos fundamentais do cidadão." Autor: Dep. Men­donça Neto.

Comissão Mista

Presidente: Senador Lázaro BarbozaVice-Presidente: Senador Jutahy MagalhãesRelator: Deputado José Alves

Prazo

Até dia 10-5-82 - no Congresso Nacional.

10

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 79/81

"Dá nova redação ao § 6.° do art. 21 da Constituição FederaL"(Imposto s/ glebas rurais) - Autor: Deputado Nabor JUnior.

Comissão MistaPresidente: Deputado Ruben FigueiróVice-Presidente: Deputado Antônio MazurekRelator: Senador Benedito Canelas

PrazoAté dia 17-5-82 - no Congresso Nacional.

11

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 80/81

"Acrescenta § 5.° ao art. 62 da Constituição Federal." (30%dos recursos pl nordeste). Autor: Deputado Paulo Lustosa.

Comissão MistaPresidente: Senador Mauro BenevidesVice-Presidente: senador Aloysio ChavesRelator: Deputado Igo Losso

PrazoAté ~a 17-5-82 - no Congresso Nacional.

12

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 81/81

"Altera a redação do § 2.0 e suprime o § 3.° do art. 17 daConstituição." (Estabelecendo a eleição direta do Governador do DFe dos Governadores dos Territórios.) Autor: Deputado Paulo Guerra.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Alfredo MarquesVice-Presidente: Deputado Leorne BelemRelator: Senador Benedito Canelas

Prazo

Até dia 24-5-82 - no Congresso Nacional.

13

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITT.,."IÇAO N.o 82/81

"Assegura ao Vereador servidor público federal, estadual oumunicipal, da administração direta ou indireta, enquanto no exer­cicio do mandato, a intoca.bilidade ?as vantagens do cargo, empre!;10ou função, e proibe sua transferencia." Autor: Deputado Correada Gosta.

Comissão Mista

Presidente: Senador Pedro SlmonVice-Presidente: Senador Lourival BaptistaRelator: Deputado Júlio Martins

PrazoAté dia 24-5-82 - no Congresso Nacional.

14

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 83/81

"Restabelece eleições diretas _para. :prefeitos . do~ municipiosque especifica, cria a representaçao pohtlca do ~ls.trlto Federal edá outras providências". Autor: Deputado MaunclO Fruet.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Epitácio CafeteiraVice-Presidente: Deputado Nilson GibsonRelator: Senador AlmIr Pinto

Prazo

Até dia 31-5-82 - no Congresso Nacional.

15

PROPOSTAS DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.oe 1 E 2/82

"Dá nova redação ao artigo 206 e seus parágrafos." Autores:Senador Bernardino Viana e Deputado Ruy Côdo.

Comissão MistaPresidente: Senador Mauro BenevidesVice-Presidente: Senador Moacyr DallaRelator: Deputado Marcelo Linhares

Prazo

A.té dia 7-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

16

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO NP 3/82

"Acrescenta parágrafo ao art. 153 da Constituição Federal."(é privativa de brasileiro a aquisição da propriedade de imóvelrural por usucapião especial). Autor: Seno Jutahy Magalhães.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Arnaldo SchmittVice-Presidente: Deputado Gomes da SilvaRelator: Senador Bernardino Viana

PrazoAié dia 14-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

17

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 4/82

"Dispõe sobre inelegibilida:de por pal'entesoo". Autor: Dep.Roenato Azeredo.

2160 Sábado 17

Comissão ~Iista

Presidente: senador Orestes QuérciaVice-Presidente: Senador Lenoir VargasRelator: Deputado Leorne Belem

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAI~(Seção Il

Comissão MistaPresidente: Deputado Car:os SantosVice-Presidente: Deputado Osmar LeitãoRelator: Senador Benedito Canelas

Abril de 1982

PrazoAté dia 14-6-8~ - Prazo no Congresso Nacional.

18

PROPOSTA DE EMENDAS A CONSTlTUIÇAO N.o. 5, 6, E 7/82

"Alteram o artigo 39 da Constituição Federal, elevando para500 o número de Deputados Federais." Autores: Deputados AroldoMoletta, Evandro Ayres de Moura e Antônio Amaral.

Comissão MistaPresidente: Deputado Olivir GabardoVice-Presidente: Deputado Isaac NewtonRelator: Senador Moacyr DaIla

PrazoAté dia 14-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

19

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO NP 8/32

"Dá nova redação ao § 4.0 do art. 175 da Constituição Federal."(Lei Especial, dispondo também, sobre assiSJtência à velhice.) Autor:Seno Jutahy Magalhães.

Comissão Mista

Presidente: Itamar FrancoVice-Presidente: Lourival BaptistaRelator: Waldmir Belinati

PrazoAté dia 14-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

20

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 9/82

Dá nova redação ao § 1.0 do art. 32 da Constituição Federal.(Imunidades parlamentares pios membros do Congresso Nacional,estando ou não, no exercício de seus mandatos.) Autor: Dcp. JoséAlves.

Comissão MistaPresidente: Deputado Eloar GuazeIliVice-Presidente: Deputado Gomes da SilvaRelator: Senador Raimundo Par'ente

PrazoAté dia 14-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

21

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO NP 10/82

"Assegura aposentadoria à mãe de pessoa excepcional ou aoresponsável :egal que a substitua, alterando a redação do item XIX,art. 165 do texto constitucional." Autor: Dep. Thales Ramalho.

Comissão Mistapresidente: Senadora Laélia AlcântaraVice-Pre.sidente: Senador Aderbal JureInaRelator: Deputado Salvador Julianelli

PrazoAté dia 22-4-82 - Apres'3ntação do parecer, pela Comissão;Até dia 21-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

22

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 11/82

Estabelece prazo ao Presidente da República a cumprIr a ins­tituição do seguro-desemprego, acrescentando artigo ao Capitulodas Disposições Gerais e Transitórias da Constituição. Autor: Dep.Carlos Wilson

Prazo

Até dia 22-4-82 - Apresentação do parecer, pela Comissão;

Até dia 21-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

23

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 12/82

"Acrescenta parágrafo único ao art. 85 da Constituição Fe­deral.." (Acordos, convênios ou contratos, firmados por Ministrosde Estado, no exterior, devam ter aprovação, para entrar ·em vigor,do Congresso Nacional.) Autor: Deputado Antonio Carlos de Oli­veira.

Comissão Mista

Presidente: Senador Lázaro BarbozaVice-Presidente: Senador Almir PintoRelator: Deputado Adalberto Camargo

Prazo

Até dia 28-4-82 - Apl'esentação do parecer, pela Comissão;

Até dia 28-6-82 -Prazo no Congresso Nacional.

24

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 13/32

"Altera a redação do artigo 60 e Iil:crescenta artigo à Consti­tuição Federal." (Despesa pública obedec,erá à lei orçamentária,que a discriminará por Estado e Território.) Autor: Dep. JoséCarlos Vasconcelos.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Nivaldo KrügerVice-Presidente: Deputado Sebastião AndradeRelator: Senador João Calmon

Prazo

Até dia 28-4-82 - Apresentação elo parecer, pela Comissão:

Até dia 28-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

25

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO NP 14/32

"Altera a redação do art. 169 da Constituição Federal, deter­minando o monopólio da União na comercialização de álcool car­burante no t.erritõrio nacional." Autor: Dep. Sílvio Abreu Jr.

Comissão MistaPresidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: Senador Raimundo ParenteRelator: Deputado Odulfo Domingues

PrazoAté dia 29-4-82 - Ap.resentação do parecer, pela Comissão;Até dia 28-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

26

PROF'OSTA DE EME;NDA A CONSTITUIÇAO N.o 15182

:'R,:voga a alÍl~ea "a" do § 3.° do art. 147 da Constituição daRep~bllca FederatIva do BrasiL" (Eliminando a proibição COllS­tituClonal de voto dos analfabetos). Autor: Seno Orestes Quércia.

Comissão MistaPresidente: Deputado Roberto FreireVice-Presidente: Deputado Oswaldo CoelhoRelator: Senador Helvídio Nunes

CalendárioDias 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 e 22-4-82 - Apresentação das

emendas, perante a Comissão.

Abril de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2161

PrazoAté dia 11-5-82 - Apresentação do parecer, pela Comissão;Até dia 10-8-82 - Prazo no Congresso Nacional.

27

PROJETO DE RESOLUÇãO N.O l-CN/81

Delega poderes ao Presidente da República, criando um parquealcoolquimico no litoral do Estado do Piauí. (Oriundo da Propostade Delegação Legislativa n.O 1/80,)

28

PROJETO DE RESOLUÇAO N.o l-CN/82

Delega poderes ao Presidente da República p/elaboração delei, criando a Secretaria Especial pl Assuntos da Região Amazô­nica - SEARA. (Oriundo da Proposta de Delegação Legislativan.O 7/80, que tramitou em conju.nto com as de n.OS 4 e 5/80,)

29

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 4/79

"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelaboração de lei, criando o Ministério da Produção Animal, edeterminando outras provir1.ências". Autor: Deputado Ruben Fi­gueiró.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Geraldo FlemingVice-Presidente: Deputado Genésio de BarrosRelator: Senador Benedito Canelas

30

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 5/79

"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelaboração de lei, dispondo sobre o desdobramento do Ministériodas Minas e Energia, em Ministério das Minas e Ministério deEnergia." Autor: Deputado Horácio Ortiz.

Comissão Mista

Presidente: Senador Itamar FrancoVice-Presidente: senador Almir PintoRelator: Deputado Carlos Sant'Ana

31PROPOSTAS DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.oa 6, 7 E 8/79

"Propõem delegação de poderes ao Presidente, da República paraelaboração de lei dispondo sobre a criação do Ministério da Mu­lher e da Criança e do Ministério da Família e do Menor". Autores:Deputada Lúcia Viveiros, Senador Lázaro Barboza e DeputadaJúnia Marise, respectivamente.

Comissão Mista

Presidente: Deputada Júnia MariseVice-Presidente: Deputado Leur LomantoRelator: Senador Almir Pinto

32

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N,o 3/80

, "Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paracriação do Ministério do Desenvolvimento do Nordeste, e dá outrasprovidências". Autor: Deputado Sérgio Murilo.

Comissão Mista

Presidente: Senador Marcos FreireVice-Presidente: Senador Bernardino VianaRelator: Deputado Nelson Morro

33

PROPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA N.o 6/80

"Propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da Repú­blica para a elaboração de lei dispondo sobre a reestruturação dos

Ministério da Saúde e da Previdência e Assistência Social". Autor:Deputado Carlos Sant'Ana.

Comissão Mista

Presidente: Senador Adalberto SenaVice-Presidente: Senador Almir PintoRelatol': Deputado Túlio Barcelos

34

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N,o 1, DE 1982

Propõe delegação de poderes ao senhor Presidente da Repú­blica para elaboração de lei dispondo sobve a criação do Ministé­rio do Abastecimento.

Comissão MistaPresidente: Deputado Francisco LibardoniVice-Presidente: Deputado Júlio MartinsRelator: Senador Lenoir Vargas

35

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGLSLATIVA N.o 2, DE 1982

Propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da Repú­blica para elaboração de lei criando em cada unidade da federaçãoum "Centro de Treinamento e Educação de Trânsito".

Comissão MistaPresidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: Senadora Eunice MichilesRelator: Deputado Nosser Almeida

36

PROJETO DE LEI N.o 3-CN/82

"Dispõe sobre filiação partidária em caso de incorporação departidos políticos. e dá outras providências." Autor: Poder Exe­cutivo. (Mensagem n.o 86/82-PE, n.o 6/82-CN.l

Comissão Mista

Presidente: Senador Lourival BaptistaVice-Presidente: Senador Bernardino VianaRelator: Deputado Jorge Al'bage

PrazoPrazo no Congresso - dia 23-3-82 ao dia 3-5-82.

37

PROJETO DE LEI N.o 4-CN/82

"Dispõe sbbr,e a fixação do valor das anuidades e taxas devidasaos órgãos fiscalizadores de exercício profissional." Autor: PoderExecutivo (Mens. n.o 89/82-PE e ll-CN/82).

ComiSlSão MistaPresidente: Deputado Amadeu GearaVice-Presidente: Senador Aderbal JuremaRelator: Deputado Nilson Gib30n

Ca:lendário

Dias 7, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 19-4-82 - Apresentação dasemendas, perante à Comissão.

PrazoPrazo na Comissão - até dia 26-4-82;

Prazo no Congresso - até dia 2-4-82 ao dia 14-5-82.

38

MENSAGEM N.o 4-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1. 887, de. 29 de outubro de. 1981, que "altera alegislação l'elativa ao imposto de renda de pessoa física." AutOl':Poder Executivo (Mens. n.O 470/81).

2162 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào [) Abril de 1982

Comissão Mista

Presidente: senador Roberto SaturninoVice-Presidente: senador Bernardino VianaRelator: Deputado Honorato Vianna

Prazo

Até dia 7-5-82 - no COngresso Nacional.

39

MENSAGEM N.a 7-0N/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecr.eto-lei n.o 1.888, de 6 de novembro de 1981, que "acrescentaparágrafo ao art. 2.0 do Decreto-lei n.o 1.874, de 8 de julho de1981, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo (Mens.n.o 526/81).

Comissão MistaPresidente: Deputado Alcir PimentaVice-Presidente: Deputado Antônio Gom.esRelator: Senador Bernardino Viana

PrazoAté dia 19-4-82 - na Comissão Mista;Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.

40

MENSAGEM iN.o 8-vN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.889, de 12 de novembro de 1981, que "canceladébitos para com as autarquias federais e dá outras providências".Autor: Ptlder Executivo (Mens. n.o 527/81).

Comissão Mista

Presidente: senador Affonso CamargoVice-Presidente: Senador Raimundo ParenteRelator: Deputado Manoel Ribeiro

PrazoAté dia 19-4-82 - na Comissão Mista;Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.

41MENSAGEM: N.o 9-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.890, de 15 d'e dezembro de 1981, que "autoriza oPoder Executivo a abrir, em f,avor do Ministério da Educação eCultura, do Ministério dos Transportes, dos Encargos Gerais daUnião, do Fundo Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Urbano,créditos adicionais de Cr$ 10.952.872.000,00 para o fim que espe­cifica." Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 2/82).

Comissão MistaPresidente: Deputado Luiz BaccariniVice-Presidente: Deputado Guido ArantesRelator: Senador José Lins

PrazoAté dia 19-4-82 - na Comissão Mista;

Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.

42

MENSAGEM NP 10-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei n.O 1.891, de 15 de dezembro de 1981, qUe "dispõe sobre aobrigatoriedade do uso de borderôs e ingressos padronizados, deemissão da EMBRAFILME, pelas salas exibidoras nacionais." Autor:Poder Executivo (Mens. n.O 3/82).

Comissão MistaPresidente: Senador Mendes CanaleVice-Presidente: 8ena<ior Moacyr DallaRelator: Deputado Antônio Pontes

PrazoAté dia 19-4-82 - na Comissão Mista;

Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.

43

MENSAGEM NP 12-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.892, de 16 de dezembro de 1981, que "estimula acapitalização das empresas mediante isenção de imposto de rendasobre lucros decorrentes da alienação de imóveis e de participaçõessocietárias, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo(Mens. n,o 4/82).

Comissão MistaPresidente: Deputado Iturival NascimentoVice-Presidente: Deputado Nosser AlmeidaRelator: Senador Jutahy Magalhães

PrazoAté dia 26-4-82 - na Comissão Mista;Até dia 3-6-82 - no Congresso Nacional.

44

MIDNSAam:M N.o 13-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.893, de 16 de dezembro de 1981, que "dispõe sobrea adoção de medidas de incentivo à arrecadação Federal, e dáoutras providências." Autor: Pod·er Executivo (Mens. n.O 5/82).

Comissão MistaPresidente: Senador Alberto SilvaVice-Presidente: Senador Passos PôrtoRelator: Deputado OSwaldo Coelho

PrazoAté dia 26-4-82 - na comissão Mista;

Até dia 3-6-82 - no Congresso Nacional.

45

MENSAGEM NP 14-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.894, de 16 de dezembro de 1981, que "instituiincentivos fiscais para empresas exportadoras de produtos manu­faturadoo e dá outras 'Pl'ovidências." Autor: Poder Executivo (Meris.n.o 6/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Sérgio FerraraVice-Presidente: Deputado Adriano ValenteRelator: senador Lourival Baptista

Prazo

Até dia 26-4-82 - na comissão Mista;Até dia 4-6-82 - no Congresso Nacional.

46

MENSAGEM N.o 15-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.895, de 16 de dezembro de 1981, que "altera dis­positivos da Lei n.o 6.468, de 14 de novembro de 1977, modificadapelos Decretos-leis n.OS 1.647, de 18 de dezembro de 1978 e 1. 706,de 23 de outubro de 1979, que dispõe sobre a tributação simpli­ficada 'para pequenas 'e médias 'empresas, e dá outras providências."Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 7/82).

Comissão Mista

Presidente: Senador Gastão MüllerVice-Presidente: Senador Lenoir VargasRelator: Deputado Milton Brandão

Prazo

Até dia 26-4-82 - na comissão Mista;Até dia 4-6-82 - no Congresso Nacional.

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secào Il Sábado 17 2163

47

MENSAGEM N.o 16-CN/82

"Submete à delibe-ração do congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.896, de 17 de dezembro de 1981, que "dispõe sobrea utilização de instalações e serviços dJe&tinados a apoiar e tornarsegura a navegação aérea e dá outras providências." Autor: PoderEx:ecutivo (Mens. n.o 8/82).

Comissão Mista

Pl.'esidente: Deputado José CostaVice-Presidente: De.putado Gomes da SilvaRela:tor: Senador Jutahy Magalhães

Prazo

Até dia 26-4-82 - 'na; ComiSSão Mi$ta;Até dia 4-6-82 - no Congresso Nacional.

48

MENSAGEM N.o 17-CN/82

"Submete à deliberacão do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.897, de í7 de dezembro de 1981, que "dispõe sobrea composição da Categoria Direção Sunerior do Grupo Direção eAssessoramento 'suJ:)l:l.í"l61"e$, do Quàd1'óPermánente do MI1:ltstériôPúblico Federal, e dá outras providências." Autor: Ptod·er Executivo(Mens. n.o 9/82).

Comissão Mista

Presidente: Senadora Laélia AlcântaraVice-Presidente: Senador José LinsRelator: Deputado Antônio Gomes

Prazo

Até dia 26-4-82 - na ComLssão Mista;

Até dia 4-6-82 - no COO1gresso Nacional.

49

MENSAGEM N.o 18-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.898, de 21 de dezembro de 1981, que "pl!orroga oprazo de vigência de incentivos fiscais previstos na legislação doImposto de Renda." Autor: Poder Executivo (Mens. n.O 10/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputarlo José Carlos VasconcelosVice-Presidente: Deputado Hélio CamposRelator: senador José Lins

Prazo

Até dia 3-5-82 - na Comissão iMista;

Até dia 11-6-S2 - no Congresso, Nacional.

50

MENSAGEM iN.o 19-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.899, de 21 de dezembro de 1981, que "instituitaxas relativas agropecuárias de competência do MinLstério daAgricultura, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo(Mens. n.O 11/82).

Comissão Mista

Presidente: Senador Leite Chav:esVice-Presidente: Senador Passos PôrtoRelator: Deputado Igo Losso

Prazo

Até dia 3-5-S2 - na comissão IMista;Até dia 11-6-8~ - no Congresso, Nacional.

51

VETO PARCIAL - PROJETO DE LEI COMPLE:MENTAR N.o 237/81(MENSAGEM NP 39/82-PE - N.o 5/82-CN>

"Altera a Lei CompIementar n.O 5, de 29 de abril de 1970, que,estabelece, de acordo com a Emenda Constitucional n,o 1,. de 17

de outubro de 1969, artigo 151 e seu parágrafo único, casos deinelegibilidade, e dá outras providências."

Comissão Mista

Presidente: Deputado Pimenta da VeigaVice-Presidente: Deputado Afrisio Vieira LimaRelator: Senador Aderbal Jurema

PrazoPrazo no Congresso - dia 12-3-82 ao dia 28-4-82.

52

VETO PARCIAL _ PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N.O 223/81(MENS. N.Os 619/81-PE E l-CN/82)

"Esta;bel€ce norm-as ge,rais a serem adotadas nl:!. Organização doMinistério Público Estadual."

Comissão Mista

Presidente: Senador Nelson CarneiroVice-Presidente: Senador Murilo BadaróRelator: Deputado Nelson Morro

Prazo

No Congresso Nacional - até dia 19-4-82.

53

VE:IlO TOTAL - PROJETO 'N.o 1.849/76

(MEN8IAGENH iN.os 21-üN/82 E. 130/82-PEl

"Estabelece norma sobl!e a documentação exigida aos candida­tos, em concursos públicos."

Comissão Mista

Presidente: Deputado João GilbertoVice-Presidente: Deputado Nilson GibsonRelator: Senador Bernardino Viana

Prazos

Até dia 3-5-82 - Apresentação do Relatório pela Comissão;

Prazo no Congresso - Do dia 13-4-82 ao dia 28-5-82.

VIII - Levanta-se a sessão às J7 horas e 5 minutos.

MESA

Ata da 3~ Reunião da Mesa, realizada em 31-3-82

Aos trinta e um dias do mês de março de mil novecentos e oitenta e dois,às 14:30 horas,lreúne-se a Mesa da Câmara dos Deputados, sob a presidênciado Senhor Deputado Nelson Marchezan, Presidente. Presentes os SenhoresHaroldo Sanford, Freitas Nobre, Furtado Lcite e José Camargo, respectiva­mente, 19 e 29-Vice-Presidentes, 19 e 3º-Secretários. Ausentes, por motivo jus­tificado, os Senhores Deputados Carlos Wilson e Paes de Andrade, respecti­vamente, 2? e 49-Secretários. Havendo número legal, o Senhor Presidente de­clara abertos os trabalhos. I - Pauta do Senhor Presidente. Sua Excelênciafaz longa exposição sobre o pagamento de serviço extraordinário aos servido­res da Casa no período da última convocação extraordinária do CongressoNacional, bem assim a forma de remuneração,nos períodos de recesso parla­mentar. Esclarece que, a respeito do assunto, teve a oportunidade de conver­sar com o Senhor Presidente do Senado Federal, o qual lhe informou queaquela Casa já vinha adotando a remuneração nos períodos de recesso, pelamédia das diárias que os servidores recebiam nos respectivos períodos de fun­cionamento do Congresso Nacional. Em razão de tais fatos, propunha àMesa a iniciativa de Ato no setndio de se estabelecer procedimento semelhan­te ao do Senado Federal, de acordo com as normas existentes na Câmara dosDeputados sobre remuneração dos seus servidores. Discutida a matéria, aMesa resolve baixar o Ato nQ 109, de 1982, que vai publicado ao pé da ata. Éigualmente examinado o assunto referente às férias funcionais e o período detrabalho durante os recessos parlamentares. Após debatido o assunto, a Mesadecide que os funcionários terão 30 dias de férias regulamentares e mais 5 diasde dispensa de ponto no recesso parlamentar de julho e 10 dias no recessoparlamentar que se inicia a 6 de dezembro de cada ano. Em seguida, a Mesa

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resolve: a) Aprovar o Projeto de Resolução que "acrescenta dispositivos noRegimento Interno da Câmara dos Deputados (votação eletrônica)"; b) Rati­ficar o despacho do Senhor Presidente ad referendum da Mesa, prorrogando oprazo de requisição ao Governo do Estado do Piaui, da Professora Classe B,nível m, Maria da Conceição Moraes Cortez, do Quadro de Pessoal da Sc­cretaria de Educação. II - Pauta do Senhor 29-Vice-Presidente. Sua Excelên­cia relata o seguinte expediente: Processo n9 3.723/82. Deputado Tram Sarai­va. Reembolso de despesas com tratamento médico-hospitalar. "Conformeexpediente anexado ao presente processo, o Deputado Iram Saraiva solicita oreembolso de Cr$ 392.749,60 (trezentos e noventa e dois mil, setecentos e qua­renta e nove cruzeiros e sessenta centavos), referente à despesas com cirurgiaa que foi submetido conforme mostram os documentos apresentados e jáapreciados pelo Departamento Médico da Casa. Entende esta Vice­Presidência, como de outras vezes, que as despesas, ora apresentadas, sãoconseqüência de tratamento médico já autorizado pela Mesa da Câmara dosDeputados. Satisfeitas as exigências, conforme parecer do Diretor-Geral, epor achar tudo em ordem, somos pelo deferimento do pedido de reembolso,que deve correr à conta do Fundo Rotativo, conforme praxe já adotada pelaMesa." A Mesa aprova o parecer. 111 - Pauta do Senhor 19·5ecretário. Amesa aprova o parecer de Sua Excelência proferido no seguinte expediente:Processo n9 2.487/82. Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados- ASCADE. Liberação de recursos e Plano de Aplicação de 1982. "Cuida opresente processo do pedido de liberação dos recursos alocados no Orçamen­to da Câmara dos Deputados, para o corrente exercício, referente às parcelasdo 19trimestre destinadas à Associação dos Servidores da Câmara dos Depu­tados - ASCADE. Segundo consta do processo, a entidade já entregou aprestação de contas relativa ao exercício anterior, a qual encontra em examena Coordenação de Contabilidade. Em cumprimento ao disposto no art. 39do Ato da Mesa n9 15, de 1975, que disciplina a matéria, foi apresentado pelaASCADE o Plano de Aplicação para o exercício de 1982, constante de fl. 2.Satisfeitas as exigências estabelecidas no supracitado Ato da Mesa, opino porque seja aprovado o Plano de aplicação em apreço e, conseqüentemente, pelaliberação dos recursos correspondentes às parcelas do 19 trimestre. tendo emvista as informações." Nada mais havendo a tratar, às 16 horas, o SenhorPresidente suspende a reuniào por dez minutos, a fim de ser lavrada a presen­te ata. Reaberta a reunião, é a ata lida e aprovada. Eu, Paulo Affonso M. deOliveira. Secretário-Geral da Mesa, lavrci a presente ata que vai li publicação.

Nelson Marchezan, Presidente da Câmara dos Deputados.

ATO DA MESA NQ 109. DE 1982

Dispõe sobre a Gratificação Especial de Desempenho "ara servi~

dores da Câmara dos Deputados.

A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso de suas atribuições legais, re­solve:

Art. IQ Os servidores da Câmara dos Deputados farão jus à Gratifi­cação Especial de Desempenho, na forma prevista neste Ato.

Art. 29 A Gratificação Especial de Desempenho corresponderá ao va­lor da média aritmética do número de diárias percebidas durante o período deefetivo funcionamento do Congresso Nacional, e será devida, nesse montan­te. em cada um dos meses de dezembro. janeiro, fevereiro e julho.

Parágrafo único. Considera-se período de apuração os meses de fun­cionamento do Congresso Nacional anteriores a julho e dezembro.

Arl. 3Q A Gratificação Especial de Desempenho não será paga ao servi­dor que, durante cada período de apuração, tenha:

I - faltado mais de 5 (cinco) dias injustificadamente ao serviço;n - gozado licença, por período superior a 30 dias. na forma do art.

149, salvo nos casos da alínea "b" e alínea "a" de seu § 19, da Resolução n967, de 1962;

UI - sofrido pena disciplinar, na forma do art. 200, incisos \lI, IV e Vda Resolução nQ 67, de 1962; e

IV - estado afastado de acordo Com os Atos da Mesa nºs 5, de 1975 c16, de 1975, salvo o previsto no art. 11.

Art. 4Q Na hipótese de convocação extraordinária do Congresso Na­cional, a Gratificação Especial de Desempenho será reduzida em montanteigual ao que for pago ao servidor, por força do disposto no art. 170 da Reso­lução n9 67, de 1962.

Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista neste artigo, o pa­gamento do saldo da parcela da Gratificação Especial de Desempenho ficaráautomaticamente transferido para o mês subseqüênte ao do encerramento daconvocação extraordinária do Congresso Nacional.

Art. 59 Em se tratando de pessoal regido por legislação trabalhista, ocálculo será feito tomando-se por base as horas extraordinárias percebidasdurante o período de efetivo funcionamento do Congresso Nacional, obser­vado o limite de 76 (setenta e seis) horas mensais.

Parágrafo único. A Gratificação Especial de Desempenho não serápaga aos servidores regidos pela CLT; no mês em que percebam como remu­neração de férias importância que inclua a média de horas extras realizadasno período imediatamente anterior.

Art. 69 Durante os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e julho nãoserá permitido pagamento de hora extra ou gratificação por serviço extraor­dinário, seja a que título for, a servidor que perceba a Gratificação Especialde Desempenho, regulamentada por este Ato.

Art. 79 Durante os meses mencionados no art. 29 deste Ato, os servido­res só poderão fazer uso, como direito a Gratificação Espccial de Dezempe­nho, de um período da faculdade prevista no art. 147, da Resolução n967/62.

Art. 89 A concessão da Gratificação Especial de Desempenho fica con­dicionada, em cada exercício financeiro anual, à existéncia de suficiente dis­ponibilidade orçamentária e ao reconhecimento pela Mesa da Câmara dosDeputados, com base em exposição de motivos encaminhada pelo Diretor­Geral, de terem os servidores atingido níveis justificadores da concessão.

Art. 99 Fica o Diretor-Geral autorizado a fazer, periodicamente, tantonos períodos de recesso, como nos de funcionamento ordinário da Câmarados Deputados, o recolhimento, para verificação, das fichas de freqüência detodos os órgãps da Casa.

Parágrafo único. No caso de anormalidade nas fichas de freqüência deservidores de Gabinete dos Membros da Mesa, dos Líderes de Partido e dosPresidentes de Comissão, o Senhor Primeiro-Secretário fará a comunicaçãoao respectivo titular, cabendo a este justiticá-Ias ou propor as medidas cabí­veis.

Art. 10. Os efeitos financeiros deste Ato são devidos a partir de 19 dedezembro de 1981.

Art. 11. Revogam-se o Ato da mesa n9 73/80 e demais disposições emcontrário.

Sala das Reuniões, J I de março de 1982. - Nelson Marchezan, Presiden­te da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados resolve, àe acordo com o art. 18da Lei n9 4.284, de 20 de novembro de 1963, colocar à disposição do Institutode Previdência dos Congressistas a Auxiliar Operacional de Serviços Diver­sos, Ignácia Baptista de Alcântara, ponto nº 20.623.

Câmara dos Deputaàos, 12 de abri] de 1982. - Nelson Marchezan, Pre­sidente.

COMISSÃO DE AGRICULTURA E POUnCA RURAIL

DIstribuição

O Senhor Presidente da Comissão, Deputado Pacheco Chaves. fez nestadata, a seguinte distribuição:

I) Ao Senhor Deputado Iturival Nascimento o PL 4.258/80, do Sr. Pau­lo Lustosa, que "Introduz alteração no Decreto-lei n99.760, de 5 de setembrode 1946, determinando a reserva de parte dos terrenos da Marinha para aconstrução de casas de pescadores";

lI) Ao Senhor Deputado Cardoso Alves o PL 4.979/81, do Sr. BentoLôbo, que "Acrescenta parâgrafo ao art. 33 da Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de1967, que dispõe sobre a proteção à fauna, e dá outras providên~ias·'.

Sala da Comissão, 14 de abril de 1982. - José M" de Andrade Córdova.Secretário.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

Ata da Primeira Reunião Ordinária realizada em17 de março de 1982

Às nove horas e trinta minutos do dia dezessete de março de mil nove­centos e oitenta e dois, na sala n9 1 do Anexo 11 da Câmara dos Deputados,reuniu-se a Comissão de Constituição e Justiça, sob a Presidência do SenhorDeputado Afrísio Vieira Lima, para eleição do Presidente e dos Vice­Presidentes. Estiveram presentes os Senhores Deputados Antônio Dias ­Vice-Presidente, Isaac Newton, Nilson Gibson, Ernani Satyro, Osvaldo Me­lo, Raymundo Diniz, Francisco Benjamim, Antônio Mariz, Péricles Gonçal­ves, Osmar Leitão, Igo Losso, Christiano Dias Lopes, Adhemar Santillo,Leorne Belém, Natal Gale, Osvaldo Macedo, Marcello Cerqueira. Gomes daSilva, Waldir Walter, Ulisses Potiguar, Roberto Freire, Antônio Valadares,Edgard Amorim, Antônio Morimoto, Joacil Pereira, Pimenta da Veiga, JairoMagalhães. Djalma Bessa, Nelson Morro. Elquisson Soares, João Gilberto,Bonifácio de Andrada, Louremberg Nunes Rocha, Antônio Russo, WalterSilva, Juarez Furtado, Francisco Rossi, Altair Chagas e Adhemar de BarrosFilho. A Ata da reunião anterior foi aprovada por unanimidade. Ordem doDia: Abertos os trabalhos, o Senhor Presidente fe~.a apresentação dos candi­datos, iniciando a seguir processo de votação. Feita a chamada nominal, oSenhor Presidente convidou o Deputado Antônio Dias para servir como es­crutinador. Constatada a coincidência entre o número de votantes e o de

· Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2165

sobrecartas, o Senhor Presidente anunciou o seguinte resultado: para Presi­dente, Deputado Francisco Benjamim, 26 votos; para 19 Vice-Presidente, De­putado Nilson Gibson, 26 votos; para 29 Vice-Presidente, Deputado Elquis­son Soares, 26 votos. Declarando empossados os recém-eleitos, o Senhor Pre­sidente, em rápidas palavras, agradeceu a colaboração prestada por todos du­rante o seu mandato, fazendo um breve relato das atividades da Comissão nasessão legislativa passada. Assumindo a direção dos trabalhos, o DeputadoFrancisco Benjamim agradeceu em seu nome e dos demais eleitos pelos votosrecebidos. Lembrou a inesquecível figura do ex-Deputado Djalma Marinho,dizendo fazê-lo com saudade e emoção, pois se vivo estivesse estaria naquelemomento ocupando a cadeira da Presidência. Falou também a respeito daatuação do extinto na Comissão, a quem procuraria obedecer, seguindo suaorientação e mantendo vivo o ideal da democracia. Encerramento: Às dez ho­ras e trinta minutos, nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e,para constar, eu, Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário, lavrei a presenteAta, que depois de aprovada será assinada pelo Senhor Presidente.

O Deputado Afrísio Vieira Lima, Presidente da Comissão de Consti­tuição e' Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 12 de março de 1982

Ao Sr. Adhemar Santillo:

Projeto de Lei n9 5.737/81 - Do Sr. Osvaldo Melo - que "estabelecevantagens aos adquirentes de casa própria pelo Sistema Financeiro de Habi­tação, no caso e condições que especifica".

Projeto de Lei n9 5.805/81 - Do Sr. Marcelo Linhares - que "alteradispositivo da Lei n9 4.380, de 21 de novembro de 1966".

Projeto de Lei n9 5.807/81 - Do Sr. Nilson Gibson - que "concedeabono de faltas ao serviço aos funcionários federais".

Projeto de Lei Complementar n9 248/81 - Do Sr. Hugo Rodrigues daCunha - que "altera a Lei n9 6.950, de 4 de novembro de 1981, institui umAdicional Provisório do Imposto sobre a Renda. nas condições que especifi­ca, e cria o Fundo Especial de Amortização da Dívida da Previdência So­cial. ...

Projeto de Lei Complementar n9 261/81 - Do Sr. Raul Bernardo - que"acrescenta parágrafo ao artigo 49 da Lei Complementar 0 9 26, de II de se­tembro de 1975".

Ao Sr. Altair Chagas:

Projeto de Lei n9 5.596/81 - Do Sr. Adhemar Ghisi - que "introduzmodificação na Consolidação da Leis do Trabalho".

Projeto de Lei nQ 5.663/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Marabá, noEstado do Pará".

Projcto dc Lei n9 5.694/81 - Do Sr. Francisco Libardoni - que "auto­riza o Poder Executivo a criar colônias educacionais destinadas à reeducaçãodos condenados ao cumprimento de pena privativa de liberdade".

Projeto de Lei n? 5.707/81 - Do Sr. Jorge Arbage - quc "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Tucuruí, noEstado do Pará".

Projeto de Lei n? 5.708/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundação Unive,rsidade Federal de Capanema,no Estado do Pará".

Ao Sr. Antônio Dias:

Projeto de Lei n9 5.741/81 - Do Sr. Léo Simões - que "dá nova re­dação ao Parágrafo I~ do artigo 843 da Consolidação das Leis do Trabalho".

Projeto de Lei n9 5.744/81 - Do Sr. Athiê Coury - que "dispõe sobreas atividades laborais do trabalhador de bloco, introduzindo alterações naLei n~ 5.385, de 16 de fevcrciro de 1968, disciplinadora da matéria".

Projeto de Lei n95.746/81 - Do Sr. Waldmir Belinati - que "determi­na a colocação de legendas nos programas que especifica, exibidos pelas emis­soras de televisão".

Projeto de Lei n95.767/81 - Do Sr. Adalberto Camargo - que "autori­za as pessoas físicas a deduzirem da renda bruta os salários pagos a emprega­dos domêsticos".

Projcto de Lei n9 5.796/81 - Do Sr. Luiz Rocha - que "dispõe sobre oexercício da profissão de Esteticista e Cosmetologista e dá outras providên­cias".

Ao Sr. Claudino Sales:

Projeto de Lei n9 5.634/81 - Do Sr. Evandro Ayres - que "asseguraabatimento nas matrículas e anuidadcs cscolares de 19 e 29 Graus, nos casos

.Ique especifica".

Projeto de Lei n9 5.635/81 - Do Sr. Antônio Zacharias - que "dispõesobre estágio complementar obrigatório para estudantes de ensino de 20 grau,supletivo e superior",

Ao Sr. Djalma Bessa:

Projeto de lei n~ 5.599/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "dispõe sobre acriação de Escola Agrícola no Município de Conccição do Araguaia. no Esta­do do Pará".

Ao Sr. Francisco Benjamim:

Projeto de Lei n? 5.619/81 - Do Sr. Waldmir Belinati - que "modificaa Lei n? 6.700, de 23 de outubro de 1979, que fixa idade máxima para ins­crição em concurso público destinado ao ingresso em emprego e cargos noServiço Civil do Distrito Federal".

Projeto de Lei n? 5.797/81 - Do Sr. Luiz Rocha - que "dispõe sobre aaquisição de terras públicas, indispensáveis à segurança e ao desenvolvimentonacional".

Projeto de Lei n9 5.828/81- Do Sr. Francisco Libardoni - que "dispõesobre a ocupação de terras públicas e dá outras providências".

Projeto de Lei n? 5.832/81- Do Sr. Walter Silva - que "limita a 5% daprodução a faixa de automação industrial, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 5.843/82 - Do Sr. José Camargo - que "veda o em­prego de robô na indústria de manufaturados".

Projeto de Lei nQ 5.845/82 - Do Sr. Pedro Faria - que "altera a re­dação do art. 2~ do Decreto-lei n9 1.861, de25 de fevereiro de 198[, altera a le­gislação referente às contribuições compulsórias recolhidas pelo lAPAS àconta de diversas entidades e dá outras providências".

Ao Sr. Gomes da Silva:

Projeto de Lei n9 5.755/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Santarém,no Estado do Pará".

Projeto de Lei n9 5.831/81 - Do Sr. Celso Pcçanha - que "disciplina asprofissões de Técnico e Auxiliar de Enfermagem".

Ao Sr. Jairo Magalhães:

Projeto de lei n'! 5.638/81 - Do Sr. Zany Gonzaga - que "dispõe sobrr;;desativacào e transferência do "Campo de Instrução Marechal Hermes" e de­termina outras providências".

Projeto de Lei n~ 5.671/81 - Do Sr. Antônio Dias - que "modifica oart. 19 da Lei nQ 6.733, de 4 de dezembro de 1979. dispondo sobre escolha enomeação de Reitores, Vice-Reitores, Diretores e Vice-Diretores das insti­tuições àe ensino superior mantidas pela União".

Projeto de Lei nQ 5.713/81 - Do Sr. Josias Leite - que "estimula a pro­dução literária nacional e dá outras providências".

Projeto de Lei n~ 5.752/81 - Do Sr. Siqueira Campos - que "destina40% das verbas atribuídas à Empresa Brasileira de Notícias, para divulgaçãodos atos governamentais, aos jornais e empresas de radiodifusão do interiordo País, e determina outras providências".

Projeto de Lei 09.2.782/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundaçào Universidade Federal de Bragança,no Estado do Pará".

Projeto de Lei nº 5.829/81 - Do Sr. Ruy Côdo - que "dispõe sobre apropriedade e a responsabilidade técnica de estabelecimentos farmacêuticos,e determina outras providências".

Projeto de Lei nº 5.835/82 - Do Sr. Gilson de Barros - que "consideracx-combatcntes os "soldados da borracha", acrescentando uma alínea ao ~

2º, do art. 19, da Lei n9 5.315, de 12 de setembro de 1967".Projeto de Lei n" 5.838/82 - Do Sr. Nilson Gibson - que "dispõe sobre

a Composição do Conselho Federal de Contabilidade, alterando o Decreto­lei nQ 1.040, de 21 de outubro de 1969".

Ao Sr. Joacial Pereira:Projeto de Lei nº 5.710/81 - Do Sr. Vasco Neto - que "condiciona a li­

beração de recursos de instituições oficiais de crédito para projetos agrope­cuários e agroindustriais à destinação de áreas para culturas de subsistência".

Projeto de Lei 1195.714/81 - Do Sr. Edson Khair - que "introduz alte­rações no Código Penal e no Código Penal Militar, para o fim de definircomo crime de tortura a prática de maus tratos, físicos ou morais, por agentede autoridade".

Projetó de Lei nO 5.749/81 - Do Sr. Israel Dias-Novas - que "introduzalteração no vigente Código de Processo Civil (Lei nº 5.869, de li de janeirode 1973)".

Projeto de Lei nº 5.758/8t - Da Sr. Raul Bernardo - que "modificaparágrafos do art. 37 da Lei nº 5.107. de 21 de setembro de 1966 (Código de

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Trânsito) estabelecendo, como equipamento obrigatório, nos ciclomotores esimilares, indicadores luminosos de mudança de direção".

Projeto de Lei nº 5.802/81 - Do SI. Siqueira Campos - que "eleva a ci­dade de Goiás, no Estado de Goiás, a condição de monumento nacional".

Projeto de Lei nº 5.815/81 - Do SI. Luiz Leal- que "exclui os venci­mentos dos membros de magistratura do desconto do Imposto de Renda nafonte" .

Projeto de Lei nº 5,833/81 - Do Sr. Jorge Gama - que "proíbe a im­portação de máquina que especifica".

Projeto de Lei nº 5.844/82 - Do SI. Raul Bernardo - que "dispõesobre subsídios para taxas de luz e água devidas por mutuários do Sistema Fi­nanceiro de Habitação".

Ao SI. João Gilberto:Projeto de Lei nº 5.716/81 - Do Sr. Siqueira Campos - que "revoga

dispositivos das Leis nºs. 6.825, e 6.830, ambas de 22 de setembro de 1980,que atentam contra o princípio do duplo grau de jurisdição".

Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei nº 5.725/81 - Da Sr~ Júnia Marise- que "declara de uti­

lidade pública o Movimento Comunitário do Bairro Antônio Ribeiro deAbreu - MOCORABA - com sede em Belo Horizonte - MG".

Projeto de Lei nº 5.729/81 - Do Sr. Antônio Mazurek - que "altera aLei nº 6,717, de 12 dc novembro de 1979, que instituiu a modalidade de sor­teio de números-LOTO".

Projeto de Lei nº 5,776/81 - Do Sr. Victor Faccioni - que "altera a re­dação do § lº do art. 14 da Lci nº 5.584, de 26 de junho de 1970, dispondosobre assistência judiciária na Justiça do Trabalho".

Projeto de Lei nº 5.785/81 - Do Sr. Francisco Rollemberg - que "esta­belece o salário mínimo profissional do enfermeiro".

Projeto de Lei nQ 5.837/82 - Do SI. Siqueira Campos - que "dispõesobre os recursos provenientes da prescrição dos prêmios da Loteria Federal,Loteria Esportiva Federal e LOTO, da Caixa Econômica Federal".

Projeto de Lei nQ 5.839/82 - Do SI. Elquisson Soares - que "obriga aindicação do preço e do prazo de validade na embalagem de produtos postosà disposição do consumidor, e dá outras providências".

Projeto de Lei Complementar n9 255/81 - Do SI. Antônio Annibelli­que "isenta de tributos os veículos destinados ao uso de deficientes físicos".

Ao SI. Nilson Gibson:Projeto de Lei nº 5.834/82 - Do Sr. Fernando Coelho - que "dispõe

sobre o salário mínimo profissional do advogado, e dá outras providências".

Ao Sr. Ricardo Fiuza:Projeto de Lei nº 5.624/81 - Do SI. Jayro Maltoni - que "acrescenta §

3º ao art. 99 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, dispondo sobre o reajus­te do valor do salário-de-contribuição do contribuinte em dobro".

Projeto de Lei nº 5.625/81 - Do Sr. Lêu Simões - que "dispõe sobre ocômputo obrigatório da soldada-base, da etapa e outras prestações remune­ratórias do trabalhador marítimo, para efeito de cálculo do adicional de peri­culosidade",

Ao Sr. Roque Aras:Projeto de Lei nº 5.759/81 - Do SI. Raul Bernardo - que "estabelece

itens de segurança para os veículos automotores e determina outras providên­cias" .

Projeto de Lei n9 5.769/81- Do SI. Saramago Pinheiro - que "altera aredação do art. 433 da Consolidação das Leis do Trabalho, dispondo sobre otrabalho do menor".

Projeto de Lei nº 5.777/81 - Do Sr. Antônio Zacharias - que "concedeaposentadoria especial aos radialistas nas condições que especifica, e determi­na outras providências".

Projeto de Lei nº 5.779/81 - Do Sr, Athiê Coury - que "acrescenta dis­positivo à Lei n9 5.108, de 21 de setembro de 1966 (Código Nacional de Trân­sito), para o fim de permitir expressamente a propaganda comercial em veícu­los de aluguel destinados ao transporte individual de passageiros (táxis)".

Projeto de Lei nQ 5.790/81 - Do Sr. João Faustino - que "concedeauxilio previdenciário ao deficiente físico".

Ao SI. Theodorico Farraço:Projeto de Lei nº 5.693/81 - Do Sr. Cardoso Alves - que "declara de

utilidade pública o Grupo Espírita Cristào "André Luiz de Interlagos", se­diado na cidade de São Paulo - SP".

Projeto de Lei n" 5.696/81 - Do SI. Rosemburgo Romano - que "de­clara de utilidade pública o Smart Futebol Clube, de ltajubá, Estado de Mi­nas Gerais".

Projeto de Lei n" 5.697/81 - Do Sr. Rosemburgo Romano - que "de­clara de utilidade pública o Conselho Central da Sociedade de Sào Vicente dePaulo, de ltajubá, Minas Gerais".

Projeto de Lei nº 5.698/81 - Do Sr. Júlio Costamilan - que "dispõesobre os preços mínimos a serem estabelecidos para a uva".

Projeto de Lei nº 5.728/81 - Do Sr. Antônio Mazurek - que "dispõesobre aplicação mínima de recursos do Sistema Financeiro de Habitação naárea rural".

Brasilia, 12 de março de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secre-tário.

O Deputado Nilson Gibson, Vice-Presidente da Comissão de Consti­tuição e Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 30 de março de 1982

Ao SI. Francisco Rossi:Projeto de Lei nº 5.977/82 - Do Sr. Edison Lobão - que "considera

candidatos natos dos partidos a que pertencerem os atuais deputados fede­.rais, estaduais, e os vereadores, e determina outras providências".

Em 5 de abril de 1982Ao SI. Adhemar Santillo:Projeto de Lei nº 5.888/82 - Do SI. Walter De Prá - que "altera a re­

dação do art. 92 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965)"Brasília, 6 de abril de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.

O Deputado Francisco Benjamim, Presidente da Comissão de Consti­tuiçào e Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 13 de abril de 1982Ao SI. Adhemar Santillo:Projeto de Lei nQ 5.922/82 - Do Sr. Borges da Silveira - que "dispõe

sobre a retirada de fabricação de modelos automobilísticos e determina ou­tras providências".

Projeto de Lei nQ 5.976/82 - Do SI. Ruy Códo - que "altera a redaçãoao caput do art. J6 da Lei nº 5.536, de 21 de novembro de 1968, que dispõesobre a censura de obras teatrais e cinematográficas, cria o Conselho Supe­rior de Censura, e dá outras providências".

Ao SI. Afrísio Vieira Lima:Projeto de Lei n9 5.920/82 - Do SI. Jorge Arbage - que "altera dispo­

sitivo da Lei nº 5.279, de 27 de abril de 1967, que prorroga o prazo para apre­sentação de declaração do Imposto de Renda, no corrente exercício, e dá ou­tras providências".

Ao Sr. Altair Chagas:Emendas oferecidas cm Plenário ao Projeto de Lei nº 4.050-A, de 1980­

Do Senado Federal- que "dispõe sobre o processo de fiscalização pela Câ­mara dos Deputados e pelo Senado Federal, dos atos do Poder Executivo e osda administração indireta".

Projeto de Lei no 5.895/82 - Do Sr. Jorge Arbage - que "considera in­salubre a atividade dos servidores da SUCAM na Amazônia Legal, e dá ou­tras providências".

Projeto de Lei nQ 5.916/82 - Do SI. Siqueira Campos - que "institui oauxílio-educação para o ensino de 1º e 2º graus e os cursos de nível superior".

Projeto de Lei nO 5.928182 - Do Sr. Siqueira Campos - quc "díspõesobre o fornecimento de gêneros de primeira necessidade ao trabalhador de­sempregado, e determina outras providências".

Projeto de Lei nº 5.932/82 - Do sr. Jorge Arbage - que "considera cri­me de ultraje público ao pudor a exibição de filmes cinematográficos porno­gráficos".

Ao SI. Antõnio Dias:Projeto de Lei nº 5.923/82 - Do Sr. Josias Leite - que "acrescenta pa­

rúgrafo único ao ar!. 29 da Lei nl 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que "dis­põe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insu­mos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências".

Projeto de Lei n'·' 5.942/82 - Do sr. Gióia Júnior - que "assegura prazopara que as vítimas de radiação possam obter indenização por prejuízos sofri­dos".

Ao Sr. Antônio Mariz:Projeto de Lei nO 5.957/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "introduz

alteração na Lei nO 1.7l1. de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcio­nários Públicos Civis da União)".

Proíeto de Lei nO 5.981/82 - Do SI. Brabo de Carvalho - que "alteradispositivos da Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, que "dispõe sobre o se­guro de acidentes do trabalho a cargo do INPS, e dá outras providências"

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2167

Ao Sr. Antõnio Morimoto:Projeto de Lei n9 5.905/82 - Do Sr. Roberto Carvalho - que "autoriza

o abatimcnto, da rcnda bruta, dc doaçõcs ou contribuiçõcs efetuadas a insti­tuições de ensino pelas pessoas físicas e jurídicas".

Projeto de Lei n9 5.941/82 - Do Sr. Natal Gale - que "dispõe sobre aregulamentação da atividade dos empregados do comércio, e da outras provi­dências".

Projeto de Lei nQ 5.954/82 - Do Sr. Octávio Torrecilla - que "dispõesobre a readaptação de servidores no Serviço Público".

Projeto de Lci n9 5.986/82 - Do Sr. Adhemar de Barros Filho - quc"dispõe sobre a reserva de mercado para a indústria nacional de retífica ouadaptação de motores, e determina outras providências".

Projeto de Lei nQ 5.994/82 - Do Sr. Adhemar de Barros Filho - que"altera dispositivos da Lei n9 5.692, de 1I de agosto de 1971, tornando opcio­nal. para a cscola, a profissionalização do curso de 29 grau".

Projeto de Lei n9 5.996/82 - Do Sr. Natal Gale - que "cria o Dia doEletricitário Brasileiro".

Projeto de Lei nQ 6.010/82 - Do Sr. João Arruda - que "assegura aosque se encontram na posse, há mais de dois anos, de imóveis da União, a pre­ferência para adquirí-Ios, no caso de sua alienação".

Ao Sr. Antônio Russo:Projeto de Lei n95.956/82 - Do Sr. Mac Dowell Leite de Castro - que

"altera dispositivo da Lei nl 5.108, de 21 de setembro de 1966 (Código Nacio­nal de Trânsito)".

Projeto de Lei n95.980/82 - Do Sr. Samir Achôa - que "dispõe sobrea profissão dc Nutricionista e dctcrmina outras providências".

Projeto de Lei n9 6.002/82 - Do Sr. Ruy Côdo - que "dispõe sobre aconversão em bolsas de estudo, pelos estasbelecimentos particulares de ensi­no superior, de parcela da renda líquida resultante da taxa de inscrição aoexame vestibular".

Projeto de Lei n9 6.014/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "dispõesobre a determinação de os fabricantes de cigarros indicarem, nos maços, osrespectivos teores de nicotina e alcatrão".

Ao Sr. Antônio Valadares:Projeto de Lei n95.913/82 - Do Sr. José Camargo - que "dispõe sobre

a realização de concurso público para a categoria funcional de Agente de Vi­gilância".

Projeto de Lei n95.940/82 - Do Sr. Jorge Arbage - que "dispõe sobrea adoção de critério específico na taxação de juros incidentes sobre contratosde financiamentos agrícolas, e dá outras providências".

Projeto de Lei n95.952/82 - Do Sr. Gomes da Silva - que "altera a di­retriz da BR-222, integrante do Plano Nacional de Viação".

Projeto de Lei n95.953/82 - Do sr. Christiano Dias Lopes - que "alte­ra o art. 576 da Consolidação das Leis do Trabalho, ampliando a composiçãoda Comissão de Enquadramento Sindical".

Ao Sr. Bonifácio de Andrada:Ofício n9CN/167/81 - Do Presidente do Senado Federal- que enca­

minha ofício com esclarecimentos sobre as Comissões Mistas, solicitando opronunciamento da Comissão de Constituição e Justiça sobre as ponderaçõesdo Sr. Líder do PDT quanto a composição daquelas Comissões".

Projeto de Lei n9 5.978/82 - Do Poder Executivo - Mensagem n9094/82 - que "acrescenta parágrafo ao artigo 19 da Lei n9 5.161, de 21 de ou­tubro de 1966, que autorizou a instituição da Fundação Centro Nacional deSegurança, Higiene e Medicina do Trabalho".

Ao sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n9 5.915/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "dispõe

sobre a celebração de convênio entre o IBDF e as municipalidades, para a fi­nalidade que especifica".

Projeto de Lei n9 5.939/82 - Do Sr. Aurélio Peres - que "altera dispo­sitivos da Consolidação das Leis do Trabalho, dispondo sobre cleições sindi­cais",

Projeto de Lei n95.969/82 - Do Sr. Adhemar Santillo - que "autorizao Podcr Exccutivo a instituir a Faculdade Federal de Engenharia de Anápo­lis, no Estado de Goiâs".

Ao Sr. Claudino Sales:Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9 1.062-A, de 1979,

que "dispõe sobre a venda aos servidores que menciona, dos imóveis funcio­nais por estes ocupados em Brasília".

Ao Sr. Francisco Rossi:Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9956-A, de 1979, que

"estabelece a instância de recursos para os segurados beneficiários e assisti-

dos das sociedades de seguros privados e das entidades de previdência priva­da".

Ao Sr. Gomes da Silva:Projeto de Lei n95.926/82 - Do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõe sobre

a criação do Fundo Nacional de Casas do Estudante Carente, e dá outrasprovidências".

Projeto de Lei n9 5.944/82 - Do Sr. Adalberto Camargo - que "acres­centa dispositivo it Lei n95.890, de 8 de junho de 1973, que modificou a legis­lação previdenciária do País".

Projeto de Lei n96.008/82 - Do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõe sobrea contribuição de aposentados para o custeio da assistência médica da previ­dência social".

Projeto de Decreto Legislativo n9 122/82 - Da Comissão de RelaçõesExteriores - Mensagem n9 471/81 - que "aprova o texto do ConvênioConstitutivo do Fundo Comum para Produtos de Base, concluído em Ge­nebra, em junho dc 1980, e assinado pelo Brasil a 16 de abril de 1981, emNova Iorque".

Projeto de Decreto Legislativo n9 123/82 - Da Comissão de RelaçõesExteriores - Mensagem n9 549/81 - que "aprova o texto do Acordo entre oGoverno da República Federativa do Brasil e o Governo da República daFinlândia sobre Cooperação Econômica e Industrial, celebrado em Brasília, a5 de novembro de 1981".

Projeto de Decreto Legislativo n9 124/82 - Da Comissão de RelaçõesExteriores - Mensagem nQ 582/81 - que "aprova o texto do Acordo Básicode Cooperação Científica e Técnica entre o Governo da República Federativado Brasil e o Governo do Reino da Arábia Saudita, concluído em Brasília, a13 de agosto de 1981".

Ao Sr. Harry Sauer:Projeto de Lei n95.959/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "autoriza o

Poder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Piracicabacom sede na cidade paulista de igual nome, e dá outras providências".

Projeto de Lei nQ 5.984/82 - Do Sr. Maurício Fruet - que "veda a ex­posição de decretos secretos e dá outras providências".

Projeto de Lei n95.992/82 - Do Sr. Francisco Libardoni - que "tornafacultativa a contribuição patronal para a previdência social".

Ao Sr. Henrique Eduardo Alves:Projeto de Lei n9 5.906/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "cria um

seguro-pecúlio por morte, de policiais civis e militares, vítimas de agressão emfunção policial ou de segurança e dá outras providências".

Ao Sr. Jairo Magalhães:Projeto de Lei n95.702/81 - Do Sr. Siqueira Campos - que "estabelece

normas a serem cumpridas por empresas imobiliárias que anunciam a vendade imóveis mediante financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação".

Ao Sr. Joacil Pcreira:Redação para segunda Discussão do Projeto de Lei n9 861-A, dc 1979,

que "condiciona a concessão de incentivos fiscais somente às empresas quecomprovem ter os respectivos empregados participação em seus lucros".

Projeto de Lei n95.918/82 - Do Sr. Saramago Pinheiro - que "estendeaos ex-combatentes do Exército, das Marinhas de Guerra e Mercante, e daAeronáutica Militar, todos os direitos garantidos aos ex-combatentes segura­dos da Previdência Social pela Lei nO 5.698, de 31 de agosto de 1971".

Projeto de Lei n95.946/82 - Do Sr. Léo Simões - que "introduz alte­ração na Consolidação das Leis do Trabalho, para o fim de melhor definir oconceito de trabalho de igual valor".

Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei n9 5.830/81 - Do Sr. Ruy Côdo - que "introduz alte­

. rações na Lei dos Registros Públicos".Projeto de Lei n95.919/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "dispõe sobre

isenção de pedágio na Ponte-Rio-Niterói".Projeto de Lei n95.935/82 - Do Sr. José Frejat - que "acrescenta pará­

grafos ao art. 465, da Consolidação das Leis do Trabalho para garantir aosempregados preferência no pagamento de seus salários".

Ao Sr. José Costa:Projeto de Lei n9 5.908/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "introduz

modificação na Lei n9 5.889, de 8 de junho de 1973, que estatui normas regu­ladoras do trabalho rural".

Projeto de Lei n95.910/82 - Do Sr. Ruy Côdo - que "acrescenta alí­nea "i" ao art. 3'1 do Decreto-lei n9 999, de 21 de outubro de 1969, que instituia Taxa Rodoviária Única, isentando os·proprietários de ônibus do pagamen­to da referida TRU".

2168 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l) Abril de 1982

Projeto de Lei nO 5.967/82 - Do Sr. Borges da Silveira - que "dispõesobre aposentadoria voluntária do servidor ocupante de cargo de nivel supe­rior".

Projeto de Lei n95.985/82 - Da Sr~ Cristina Tavares - que "institui re­gime especial de fiscalização tributária sobre dirigentes públicos".

Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei nO 5.763/81 - Do Sr. João Menezes - que "institui o Có­

digo Rura'''.Projeto de Lei n95.938/82 - Da Sr~ Lúcia Viveiros - que "dispõe sobre

a criação de Escola Técnica Federal de Santarém".Projeto de Lei n95.971/82 - Do Sr. Osvaldo Melo - que "dispõe sobre

a concessão de incentivos fiscais a empreendimentos relacionados com a na­vegação Ouvial na Região Amazônica".

Projeta de Lei nO 5.973/82 - Do Sr. Ioel Ferreira - que "estabelece be­neficios para a quitação de débitos previdenciários, dos segurados, de valoraté Cr$ 299.000,00".

Ao Sr. Lidovino Fanton:Projeto de Lei nO 5.927/82 - Do Sr. José Frejat - que "proíbe a venda

de empresa em débito de salários com seus empregados".Projeto de Lei n9 5.933/82 - Do Sr. Magnus Guimaràes - que "trans­

forma o Crédito Educativo em Programa de Bolsas de Estudo".Projeto de Lei n9 5.974/82 - Do Sr. José Frejat - que "dispõe sobre a

participação de representantes oposicionistas em missão oficial ao exterior".Projeto de Lei n9 5.983/82 - Do Sr. José Frejat - que "dispõe sobre

atas internacionais firmados pela União, Distrito Federal, Estados e Municí­pios".

Projeto de Lei n95.99 I182 - Do Sr. Francisco Libardoni - que "dispõesobrc a redução do número de especialidades farmacêuticas, c determina ou­tras providências".

Ao Sr. Luiz Leal:Projcto de Lci n9 5.955/82 - Do Sr. Tertuliano Azevedo - que "altera

a redação do caput do art. 629 da Consolidação das Leis do Trabalho".Projeto de Lei nO 5.963/82 - Do Sr. Rosemburgo Romano - que "dis­

põe sobre prorrogação do prazo de vencimento de títulos de crédito, nos ca­sos que especifica".

Projeto de Lei n' 5.999/82 - Do Sr. Rosemburgo Romano - "isenta dopagamento os primeiros dez metros cúbicos de água fornecidos e de esgotoscoletados".

Projeto de Lei Complementar n9 267/82 - Do Sr. Rosemburgo Roma­no - que "isenta do IPTU quem edificar em terreno de sua propriedade".

Ao Sr. Marcello Cerqueira:Redação para segunda Discussão do Projeto de Lei n? 4.196-A, de 1980.

que "modifica a redação do art. 20 da Lei nQ 5.869, de I1 de janeiro de 1973- Código de Processo Civil".

Projeto de Lei n95.909/82 - Do Sr. Mac Dowcll Leite de Castro - que"introduz alteração da vigente Consolidação das Leis do Trabalho, amplian­do para (5) cinco o número de dias em que o empregado pode falüllf ao traba­lho por motivo de casamento".

Projeto de Lei no 5.9l4/82 - Do Sr. Mac Dowell Leite de Castro - que"acrescenta dispositivo à vigente Consolidação das Leis do Trabalho, visan­do estabelecer a obrigatoriedade de um rodízio em favor do tripulante de na­vios, nas condições que especifica".

Ao Sr. Márcio Macedo:Projeto de Lei n9 5.925182 - Do Sr. Pedro Faria - que "cria o Dia do

Fonoaudiólogo Brasileiro".Projeto de Lei n95.961/82 - Do Sr. Mac Dowell Leite de Castro - que

"acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho".Projeto de Lei n9 5.989/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "altera o art.

602 da Lei n? 5.869, de I I de janeiro de 1973, com as alterações introduzidaspela Lei n95.925. de 19 de outubro de 1973, que institui o Código de ProcessoCivil".

Ao Sr. Miro Teixeira:Projeto de Lei n9 5.929/82 - Do Sr. Ruy Côdo - que "estabelece nor­

mas para a realização do concurso vestibular".Projeto de Lei n? 5.934/82 - Do Sr. Celso Peçanha - que "altera a re­

dação do Decreto-lei nO 1.737, de 20 de dezembro de 1979. que disciplina osdepósitos de interessc da administração pública efetuados na Caixa Econômi­ca Federal".

Projeto de Lei n9 5.975/82 - do Sr. Peixoto Filho - que "altera o valordo salário-família do servidor público".

Projeto de Lei n? 5.982/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "estabelececondições para internamento de menores de 18 anos em Hospitais e Casas de

Saúde convenentes com o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previ­dência Social (INAMPS), e dá outras providências":

Ao Sr. Natal Gale:Projeto de Lei n9 5.902/82 - Do Sr. Gióia Júnior - que "proíbe a ven­

da de cigarros e demais derivados do fumo aos menores de 18 anos".Projeto de Lei n9 5.903/82 - Do Sr. Erasmo Dias - que "estabelece a

obrigatoriedade dc os órgãos da Administração Federal firmarem convêniocom a Previdência Social, para atendimento ambulatorial de seus servidores edependentes".

Projeto de Lei n9 5.921/82 - Do Sr. Paulo Lustosa - que "autoriza oPoder Executivo a criar um Fundo para o alistamento Eleitoral".

Projeto de Lei n9 5.948/82 - Do Sr. Gióia Júnior - que "altera a re­dação do parágrafo único do art. 79 da Lei no 5.692, de 11 de agosto de 1971,que fixa diretrizes e Bases para o ensino de 19 e 29 graus, e dá outras providên­cias'?,

Projeto de Lei n96.001/82 - Do Sr. José Camargo - que "dispõe sobrea identificação de recém-nascidos".

Ao Sr. Nelson Morro:Projeto de Lei n9 5.960/82 - Do Sr. Léo Simões - que "regulamenta a

profissão dos que exercem atividades turfísticas".Projeto de Lei Complementar n? 264/82 - Do Sr. Va1dmir Belinati­

que "acrescenta parágrafo ao art. 49 da Lei Complementar n926, de I I de se­tembro de 1975, para permitir o saque das importâncias creditadas nas contasdos participantes do Programa de Integração Social - PIS. no caso de de­semprego que especifica".

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 6.016/82 - Do Poder Executivo - Mensagem n9

127/82 - que "altera o valor da retribuição dos cargos que especifica, cons­tantes do Anexo I do Decreto-lei n9 1.902. de 22 de dezembro de 1981".

Ao Sr. Osvaldo Macedo:Projeto de Lei n9 5.937/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "acrescenta

parágrafo único ao art. 19 da Lei n96.539, de 28 de junho de 1978 que dispõesobre a representação judicial das entidades do Sistema Nacional de Previ­dência Social nas comarcas do interior do País e a sua representação adminis­trativa nos mun'ícípios onde não possua órgão próprio".

Projeto de Lei n95.947/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "acrescentadispositivo à Lei n94.024, de 20 de dezembro de 1961, que fixa as diretrizes daeducação nacional".

Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n',' 5.899/82 - Do Sr. Antônio Amaral - que "concede

às empregadas domésticas. como tal definidas na Lei n9 5.859, de 11 de de­zem bro de 1972. o benefício do salário-maternidade nos termos previstos naLei n° 6.136, de 7 de novembro de 1974".

Projeto de Lei n9 5.9 11/82 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza aCaixa Econômica Federal a financiar a aquisição dc veículos pelos motoristasprofissionais, nas condições que especifica".

Projet.o de Lei n95.968/82 - Do Sr. Álvaro Valle - que "introduz alte­raçào na Lei nl' 5.988. de 14 de dezembro de 1973, que regula os direitos auto­rais".

Ao Sr. Pimenta da Veiga:Projeto de Lei n9 5.917/82 - Do Sr. Edson Vidigal - que "dá nova re­

dação ao § 29 do art. 59 e revoga o art. 60 da Consolidação das Leis do Traba­lho, permitindo que as partes envolvidas em um pacto laboral possam contra­tar diretamente a prorrogação da jornada de trabalho".

Projeto de Lei n9 5.945/82 - Do Sr. Mac DoweIl Leite de Castro - que"introduz alteração na Consolidação das Leis do Trabalho, na parte concer­nente à remuneração pelo trabalho noturno".

Projeto de Lei n95.966/82 - Do Sr. Sérgio Ferrara - que "dispõe sobreprazos de inscrição em concursos ou provas de habilitação da União, sua&,au­tarquias. empresas públicas e entidades mistas, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 5.998/82 - Do Sr. Henrique Eduardo Alves - que "a­crescenta dispositivo à Lei n9 4.090, de 13 de junho de 1962, que instituiu aGratificação de Natal".

Projeto de Lei n9 6.009/82 - Do Sr. Lúcio Cioni - que "autoriza o Po­der Executivo à instituir a Fundação Universidade Federal de Umuarama,com sede na cidade de Umuarama, Estado do Paraná".

Ao Sr. Tarcísio Delgado:Projeto de Lei n9 5.897/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "dá nova re­

dação à letra c do artigo 19 da Lei n99I, de 28 de agosto de 1935, estendendo aexigéncia de gratuidade aos cargos dos Conselhos Fiscais, deliberativos e con­sultivos das sociedades declaradas de utilidade pública".

Projeto de Lei n9 5.958/82 - Do Sr. Brabo de Carvalho - que "intro­duz alterações na Lei nO 6.210, de 4 de junho de 1975, atribuindo novos be-

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sáhado 17 2169

nefícios aos aposentados da Previdência Social que voltam a trabalhar sob oregime da Lei n9 3.807/60".

Projcto de Lei n9 5.988/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "introduzalteração no código Nacional de Trânsito (Lei n95.108, de 21 de setembro de1966), para o fim de permitir o uso de anúncios publicitários em veículos dealuguel destinados ao transporte individual de passageiros (táxis)".

Projeto de Lci n9 5.997/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "altera dis­positivo do Decreto-lei n9 1.873, de 27 de maio de 1981, que dispõe sobre aconcessão de adicionais de insalubridade e da periculosidade aos servidorespúblicos federais, e dá outras providências".

Projeto de Lei n96.013/82 - Do Sr. Henrique Eduardo Alves - que "a­crescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho, para o fim de de­finir como empregado o representante comercial nas condições que especifi­ca".

Ao Sr. Ulisses Potiguar:Projeto de Lei n9 5.912/82 - Do Sr. Adalberto Camargo - que "insti­

tui o Mauá como unidade monetária brasileira, e determina outras providên­cias".

Projeto de Lei n9 5.950/82 - Do Sr. Josias Leite -que "concede anistiaaos estabelecimentos farmacêuticos penaliza'dos pela SUNAB, e dá outrasprovidências".

Projeto de Lei n95.970/82 - Do Sr. Samir Achôa - que "altera a Lei n9

6.515, de 26 de dezembro de 1977, dispondo sobre a situação dos filhos napartilha de bens do casal separado".

Projeto de Lei n9 5.990/82 - Do Sr. José Camargo - que "institui oDia do Tratorista".

Projeto de Lei n9 6.005/82 - Do Sr. Osvaldo Melo - que "inclui, noConselho Consultivo da SUNAMAM, um representante das empresas de na­vegação interior".

Projeto de Lei n96.0 I1/82 - Do Sr. Saramago Pinheiro - que "altera aLei n9 6. I79, de I I de dezembro de 1974 (institui amparo previdenciário paramaiores de setenta anos de idade e para inválidos)".

Projeto de Lei Complementar n9 266/82 - Do Sr, Albérico Cordeiro­que "isenta do Imposto sobre Serviço (ISS) as pessoas físicas exercentes dasatividades que especifica".

Brasília, 13 de abril de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.

O Deputado Francisco Benjamim, Presidente da Comissão de Consti­tuição e Justiça, fez a seguinte

Distribui.;ão

Em 15 de abril de 1982

Ao Sr. Bonifácio de Andrada:Consulta S/N9/82 (Or. n° GP-0-415/82) - Do Sr. Presidente da Câmara

dos Deputados - que "solicita o pronunciamento da Comissão de Consti­tuição e Justiça, nos termos do § 49 do artigo 28 do Regimento Interno, sobreo prazo de duração do mandato de Presidente de Comissão Permanente, ematendimento à indagação formulada pelo Presidente da Comissão de Defesado Consumidor".

Brasília, 15 de abril de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.

O Deputado Afrísio Vieira Lima, Presidente da Comissão de Consti­tuição e Justiça, fez a seguinte

Redistribuição

Em 12 de março de 1982

Ao Deputado Adhemar Santillo:Projeto de Lei n9 4.368/81 - Do Sr. Paulo Lustosa - que "institui o

seguro-saúde nas condições que especifica".Projeto de Lei n94.491/81- Do Sr. José Camargo - que "altera o Có­

digo Civil na parte referente ao casamento sob regime obrigatório da sepa-ração de bens". .

Ao Deputado Antônio Dias:Emendas oferecidas em plenário ao Projeto de Lei n9 2.441-A, de 1979,

que "visa amparar a cultura artística popular através de bandas de música, edá outras providências".

Ao Deputado Claudino Sales:Projeto de Lei n9 3.326/80 - Do Sr. Juarez Furtado": que "veda a

aquisição de empresas nacionais por grupos estrangeiros, e dá outras provi­dências".

Ao Deputado Christiano Dias Lopes:Projeto de Lei Complementar n9 218/81 - Do Sr. Feu Rosa - que "a­

tribui aos magistrados as vantagens previstas na legislação estadual que visembeneficiar a todos os funcionários".

Ao Deputado Gomes da Silva:Projeto de Lei n9 2.532/79 - Do Sr. Jackson Barreto - que "dispõe

sobre aforamento de terrenos da União situados no Município de Aracaju,Estado de Sergipe".

Projeto de Lei n93.270/80 - Do Sr. Pedro Corrêa - que "dispõe sobreaforamento de terrenos de marinha ou acrescidos de m·arinha".

Projeto dc Lci n93.333/80 - Do Sr. Inocêncio Oliveira - que "obriga aAdministração Federal Direta e Indireta a pagar quinzenalmente aos seusservidores".

Ao Deputado Isaae Newton:Projeto de Lei n92.714/80 - Do Sr. Maurício Fruet - que "subordina

a instalação de usinas nucleares à prévia aprovação da população local, atra­vés de plebiscito".

Projeto de Lci n93.633/80 - Do Sr. Mae Dowell Leite de Castro - que"autoriza as empresas a deduzirem do imposto de renda as importâncias cor­respondentes aos aumentos concedidos espontaneamente a seus emprega­dos".

Ao Deputado Joacil Pereira:Projeto de Lei nO 4.579/81 - Do Sr. Heitor Alencar Furtado - que "es­

tende os benefícios da Lei n9 I.l34, de 14 de junho de 1950, que "faculta re­presentação perante as autoridades administrativas e a justiça ordinária aosassociados de classes que especifica" às entidades que menciona".

Projeto de Lei n9 4.734/81 - Do Sr. Peixoto Filho - que "autoriza oPoder Executivo a criar nos quadros do Serviço Público a função de psicólo­go".

Ao Deputado Jorge Arbage:Projeto de Lei Complementar n9 119/80 - Da Sra. Cristina Tavares­

que "revoga o item X do art. 49 e o caput, e o seu parágrafo único, do art. 79da Lei Complementar n9 25, de 2 de julho de 1975, que estabelece critérios elimites para a fixação da remuneração de vereadores, com a redação dadapela Lei Complementar n9 38, de 13 de novembro de 1979".

Projeto de Lei nQ 3.977/80 - Do Sr. Freitas Nobre - que "dá nova re­dação ao art. 89, da Lei n94.215, de 27 de abril de 1963 - Estatuto da Ordemdos Advogados do Brasil - dispondo sobre direitos do advogado".

Projeto de Lei n9 4.235/80 - Do Sr. Carlos Chiarelli - que "modificaos artigos 49,99. 10, 13 e 15 da Lei n9 6.515, de 25 de dezembro de 1977, dis­pondo sobre a guarda dos filhos e o seu direito de manifestação da preferên­cia face a separação dos pais".

Projeto de Lei n94.423/81 - Do Sr. José Freire - que "revoga disposi­tivo da Lei n9 4.215, dc 27 de abril de 1963, que dispõe sobre o Estatuto dosAdvogados do Brasil".

Projeto de Lei n" 4.880/81 - Do Sr, João Arruda - que "altera a Leisobre desapropriações por utilidade pública".

Projeto de Lei n" 4.915/81 - Do Sr. Audálio Dantas - que "proíbe acaça, em todo o território nacional, pelo prazo de cinco anos".

Ao Deputado Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 4.845/81 - Do Sr. Carlos Nelson - que "dá nova de­

nominação ao Prêmio Nacional de Ciéncia e Tecnologia".

Ao Deputado Waldir Walter:Projeto de Lei n9 3.350/80 - Do Sr. Telêmaco Pompei - que "dispõe

sobre a realização de plebiscito, a fim de apurar se o povo brasileiro é a favorou contra a pena de morte para os crimes cruéis contra a vida humana".

Projeto de Lei n'/4.443/81 - Do Sr. Walter Silva - que "acrescenta pa­rágrafos ao art. 514 do Código de Processo Civil".

Projeto de Lei 094.791/81 - Do Sr. Mário Frota - que "proíbe a divul­gação. em veículo de comunicação social, da fotografia do indiciado ou sus­peito de crime ou contravenção, e dá outras providéncias".

Brasíli11, 13 de março de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secre­tário.

O Deputado Francisco Benjamim, Presidente da Comissão de Consti­tuição e Justiça, fez a seguinte

Redistribui.;ão

Em 13 de abril de 1982Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 5.730/81 - Do Sr. Pedro Sampaio - que "dispõe

sobre a venda de ingressos padronizados e de bobinas de papel utilizadas nasmáquinas registradoras aos cinemas, por parte da EMBRAFILME".

Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n9 2.492/79 - Do Senado Federal - que "dá nova re­

dação ao art. 225 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo

2170 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secão I) Abril de 1982

Decreto-lei n9 5.452, de IQ de maio de 1943, com as modificações da Lei nº6.637, de 8 de maio de 1979".

Brasília, 13 de abril de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva. Secretário.

COMISSÃO DE ECONOMIAAta da 1~ Reunião Extraordinária. Realizada na

4~ Sessão Legislativa, da 9' Legislatura, em17 de março de 1982.

Aos dezessete dias do mês de março de mil novecentos e oitenta e dois, àsdez horas e quarenta e cinco minutos, a Comissão de Economia, Indústria eComércio realizou sua Primeira Reunião Extraordinária, para eleição do seuPresidente e Vice-Presidentes, sob a Presidência do Senhor Deputado Mar­condes Gadelha. Compareceram os Senhores Deputados Juarez Batista, Ar­naldo Schmitt, Igo Losso, João Clímaco, Pedro Sampaio, Aldo Fagundes,Hélio Duque, João Arruda, Ralph Biasi, Getúlio Dias, João Alberto, Alberto

,Goldman, Pacheco Chaves, Flávio Chaves, Santilli Sobrinho, Alberto Hoff­mann, Sebastião Rodrigues, Cardoso de Almeida, Celso Carvalho e CelsoPeçanha, Aberta a reunião o Senhor Deputado Walber Guimarães, na quali­dade de Vice-Líder do PMDB, pede a palavra para comunicar oficialmente àMesa os nomes dos candidatos do seu partido colocados à eleição. Em segui­da, o Senhor Presidente anuncia os nomes dos candidatos. À Presidência: De­putado Hélio Duque - PMDB - do Paranâ; à Primeira Vice-Presidência,Deputado Celso Peçanha - PTB - do Rio de Janeiro; à segunda Vice­Presidência, Deputado Alberto Hoffmann - PDS - do Rio Grande do Sul.Solicita a palavra o Senhor Deputado João Clímaco, para comunicar que foiconvidado pelo seu Partido - PDS - para candidato à Vice-Presidência,mas que desistia em favor do Senhor Deputado Alberto Hoffmann. Pede apalavra o Senhor Deputado Getúlio Dias do PDT do Rio Grande do Sul, eagradece a sua indicação para a Vice-Presidência, e comunica sua desistênciaem favor do Partido Trabalhista Brasileiro - PTB -, representado na pes­soa do Deputado Celso Peçanha. Feita a chamada para a votação, votaramdezenove Senhores Deputados. O Senhor Presidente convida os Senhores De­putados Igo Losso e Santilli Sobrinho para servirem de escrutinadores, dandoinício à apuração, que resultou no seguinte: - Para Presidente, DeputadoHélio Duque (PMDB) - dezoito votos; em branco - um voto. Para o Pri­meiro Vice-Presidente: Deputado Celso Peçanha - dezesseis votos; em bran­co - três votos. Para Segundo Vice-Presidente: Deputado Alberto Hoffmann- dezoito votos; em branco - um voto. Proclamados os eleitos, o SenhorDeputado Marcondes Gadelha elogiou o novo Presidente, Senhor DeputadoHélio Duque, dizendo-o um grande pesquisador, enaltecendo "sua alta quali­ficação, assiduidade e empenho onde quer que se discuta problemas econômi­cos, seja no Plenário da Comissão ou nesta Casa como um todo". Relembraque "o ano de 1981 foi um ano pré-eleitoral e penoso para o pleno funciona­mento desta Comissão", e pede o apoio dos demais colegas para os SenhoresDeputados que acabam de ser elcitos para a nova Mcsa. Parabeniza seuscompanheiros, os Senhores Deputados Arnaldo Schmitt e Igo Losso, quecom ele compuseram a Mesa de 1981, agradecendo o apoio neles encontrado.Agradece, também, aos Scnhores Membros dcste Órgão Técnico a colabo­ração recebida durante sua gestão, e a todos os funcionários da Comissão, re­presentados por sua Secretária. O Senhor Deputado Marcondes Gadelhapassa a Presidência da Comissão ao Presidente eleito, Deputado Hélio Du­que, que toma a palavra e agradece a confiança nele depositada; que se sentehonrado em suceder o Senhor Deputado Marcondes Gadelha. Enaltece o tra­b:;t1ho realizado por seu antecessor na direção deste Órgão Técnico, ressalta,em especial, a realização e organização, em agosto de 1981, do Simpôsio "Al­ternativas para crise Econômica Nacional", onde Personalidades significati­vas da nossa Sociedade Brasileira, no campo econômico, político e social, ex­puseram teses altamente importantes relacionadas com o momento atual bra­silciro. Que à frente da Comissão, ajudado pelos colegas com ele eleitos, osSenhores Deputados Celso Peçanha e Alberto Hoffmann, pretende superar asdificuldades que a Presidência encontrará neste ano eleitoral, e "procurarápensar e trabalhar nos problemas que atingem economicamente o Homem",desejando, ao final, uma forte justiça social. Terminando seu pronunciamen­to, cede a palavra ao Senhor Deputado Ralph Biasi, que enaltece a Presidên­cia do Senhor Deputado Marcondes Gadelha, como tendo realizado um tra­balho bastante importante no ano passado, cumprimenta a Mesa eleita e soli­cita informações do Senhor Deputado Marcondes Gadelha sobre as provi­dências tomadas junto à Mesa da Câmara, acerca dos Requerimentos por elecolocados e aprovados na última reunião ordinâria, realizada no mês de de­zembro, sobre a vinda a esta Comissão dos Senhores Doutor Benedito Morei­ra, Diretor da CACEX, para "prestar esclarecimentos referentes ao Decretopublicado em 26/6/81, pelo Governo Mexicano, exigindo "Permisso Prévio"para importação de produtos enquadrados nas diferentes posições "A­LALC/ALADI", e Doutor José Diaz Mirabel, Presidente da Câmara de Co-

mércio da República de Cuba, para "expor sobre as possibilidades de Comér­cio entre Cuba e o Brasil". O Senhor Deputado Marcondes Gadclha informaque as providências já foram tomadas junto à Mesa da Casa, que o SenhorDeputado Ralph Biasi será comunicado assim que houver uma resposta, peloSenhor Deputado Hélio Duque. Nada mais havendo a tratar, às onze horas cdezessete minutos, o Senhor Presidente encerra a reunião. E, para constar, eu,Delzuitc Macedo de Avelar, Secretária, lavrei a presente ata, que, após lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à Publicação.

Distribuição

Efetuada pelo Senhor Presidente, Deputado Hélio Duque

Em 12 de abril de 1982

Ao Senhor Deputado Herbert Levy:Projeto Decreto Legislativo nº 122/82 - (Mensagem nº 471/81)

Aprova o texto do Convênio Constitutivo do Fundo Comum para Produtosde Base, concluído em Genebra, em junho de 1980, e assinado pelo Brasil a 16de abril de 1981, em Nova Iorque. - Autor: Comércio Relações Exteriores.

Ao Senhor Deputado Ricardo Fiuza:Projeto Decreto Legislativo n9 123/82 - (Mensagem n9 549/81) -

Aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Bra­\ si! e o Governo da República da Finlândia sobre Cooperação Econômica e\ Industrial, celebrado em Brasilia, a 5 de novembro de 1981. - Autor: Comér­

)(;Cio Relações Exteriores.';' Ao Senhor Deputado Ralph Biasi:

Projeto de Lei n9 407/79 - Dispõe sobre o monopôlio de importação dematérias-primas na fabricação de medicamentos. - Autor: Deputado Ger­son Camata.

Ao Senhor Deputado Aldo Fagundes:Projeto de Lei n9 1.714/79 - Transfere para o Banco Nacional da Habi­

tação os débitos, em atraso com o Sistema Financeiro da Habitação, de mu­tuários com renda mensal familiar de um a três salários mínimos. Autor: De­putado Francisco Libardoni.

Ao Senhor Deputado João Alberto:Projeto de Lei nº 3.708/80 - Altera a redação do art. 49 da Lei n95.107,

de 13 de setembro de 1966, para fixar a capitalização dos juros dos depôsitosfeitos nas contas vinculadas a que se refere o art. 29 da mesma lei, segundo fai­xas de salário dos empregados. - Autor: Deputado Marcelo Cordeiro.

Ao Senhor Deputado Flávio Chaves:Projeto de Lei n9 4.114/80 - Isenta de juros e correção monetária prO­

messas de comrpa e venda outorgadas por entidades do Sistema Financeirode Habitaçào. - Autor: Deputado Hcnrique Eduardo Alves.

Ao Senhor Deputado Paulo Lustosa:Projeto de Lei n9 4.722/81 - Acrescenta § 69 ao art. 42 da Lei n95.108,

de 21 de setcmbro de 1966 (Código Nacional de Trânsito), dispondo sobreaferições dos taxímetros e alterações tarifárias dos veículos de aluguel, desti­nados ao transporte individual de passageiros. - Autor: Deputado SamirAchoa.

Ao Senhor Deputado Igo Losso:Projeto de Lei n9 5.323/81 - Dispõe sobre prazos de carência e resgate e

redução de taxa de juros para financiamentos destinados a empreendimentosimobiliários com previsão de acesso para deficientes físicos. - Autor: Depu­tado Antônio Russo.

Ao Senhor Deputado Alberto Hoffmann:Projeto de Lei n9 3.568/80 - Institui o Programa de Reequipamento e

Apoio às Pequenas e Médias Comunidades, (PROCON) atribui ao Conselhode Desenvolvimento Social a competência de elaboração e aprovaçã;'dosplanos específicos e dâ outras providências. - Autor: Deputado Pedro Coliil.

Brasília, 12 de abril de 1982. - Delzuite Macêdo de Avelar. Sccretária.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Ata da 3- Reunião Ordinária, realizada em17 de março de 1982

Reunião de Eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes

Aos dezessete dias do mês de março de mil novecentos e oitenta e dois,em sua sala no Palâcio do Congresso, às dez horas, reuniu-se a Comissão deEducação e Cultura, a fim de proceder à eleição de seus Presidente e Vice­Presidentes para a quarta sessão legislativa da 9' legislatura. De acordo com olivro de presença compareceram os seguintes deputados: Rômulo Galvão,'Lygia Lessa Bastos, Salvador Julianelli, Álvaro Dias, Darcílio Ayres, JairoMagalhães, Murillo Mendes, Bezerra de Melo, Francisco de Castro. EvandroAyres de Moura, Daniel Silva, Octacílio Almeida, Carlos SanfAna, José Ma­ria de Carvalho, Alcir Pimenta, João Faustino, Braga Ramos, Leur Loman­to, Luiz Baptista e Hydeckel Freitas. O Sr. Presidente, Deputado Rômu!o

Abril de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Sábado 17 2171

Galvão, após constatar a existência de quorum legal, declarou abertos os tra­balhos. Deu início ao pr9cesso de votação, por meio de chamada nominal ;:colocação de cédulas na urna. Responderam à chamada e votaram os seguin­tes deputados: Bezerra de Melo, Braga Ramos, Darcílio Ayres, João Fausti­no, Leur Lomanto, Lygia Lessa Bastos, Rômulo Galvão, Salvador Julianelli,Álvaro Dias, Daniel Silva, José Maria de Carvalho, Luiz Baptista, Rosem­burgo Romano, Evandro Ayres de Moura, Hydeckel Freitas, Jairo Maga­lhães, Alcir Pimenta, Carlos Sant'Ana, Murillo Mendes e Octacílio Almeida.Aberta a urna, coincidindo o número de sobrecartas com o númro de volan­tes, deu-se início à contagem, apurando-se o seguinte resultado: para Presi­dente, Deputada Lygia Lessa Bastos (PDS - RJ), 20 votos. Para Vice­Presidentes, Deputados João Faustino (PDS - RN), 19 votos, e José Mariade Carvalho (PMDB - RJ), 19 votos. Dois votos em branco. O resultado foiacolhido com palmas. A seguir, os recéIiI-eleitos foram convidados a compora Mesa. O Deputado Rômulo Galvão agradeceu a colaboração dos compa­nheiros e fez um relato das atividades desenvolvidas pela Comissão, durantesua Presidência. Com a palavra, a Deputada Lygia Lessa Bastos agradeceu aconfiança e amizade demonstradas pelos Membros da Comissão, com a esco­lha de seu nome para a Presidência deste Órgão Técnico e, a seguir, traçou oseu plano de trabalho para a presente sessão legislativa. Encerramento: nadamais havendo a tratar, a senhora Presidente encerrou a presente reunião àsonze horas e trinta minutos. E para constar eu, Tasmânia Maria de BritoGuerra, Secretária, lavrci a presente Ata que, lida e aprovada, será assinadapela Sra. Presidente e publicada no Diário do Congresso Nacional.

Termo de Reuniào

Aos trinta e um dias do mês de março de mil novecentos e oitenta e dois,a Comissão de Educação e Cultura deixou de reunir-se, por não existir ma­téria para a Ordem do Dia.

Estivcram presentes os Senhores Deputados Lygia Lessa Bastos, Presi­dente: Joào Faustino, Vice-Presidente: Alvaro Valle, Braga Ramos, José Tor­res, Leur Lomanto, João Hereulino, Dareílio Ayres, Caio Pompeu, ÁlvaroDias. Salvador Julianelli, Luiz Baptista, José Maria de Carvalho, Franciscode Castro e Rômulo Galvão.

E para constar, eu, Tasmânia Maria de Brito Guerra, Secretária, lavrei opresente Termo, que será enviado à publicação no Diário do Congresso Na­cional.

COMISSÃO DE FINANÇAS

Ata da Quarta Reunião Ordinária, realizadano dia quatorze de abril de 1982

Às dez horas do dia quatorze de abril de mil novecentos e oitenta e dois,na Sala n9 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência doSenhor Deputado Jorge Ferraz, presentes os Senhores Deputados HildéricoOliveira e Christóvam Chiaradia, Vice-Presidentes. Honorato Vianna, JoséCarlos Fagundes, Athiê Coury, Fernando Magalhães. Jader Barbalho, .JoiíoCunha, Leorne Belém, Vicente Guabiroba. Luiz Baccarini, Ruy Côdo e Oli­vir Gabardo, reuniu-se a Comissiío de Finanças. A Ata da reunião anteriorfoi aprovada por unanimidade. Ordem do Dia: 1) Projeto de Lei n9 3.075/80- do Sr. Lúcio Cioni - que "assegura aos Ministros de Religião e aosMembros de Congregação Religiosa o direito de inscrever'~m para fins de as­sistência e previdência social todo o tempo de exercício das funções religiosas,a contar da data de ordenação ou investidura". Relator: Deputado AthiêCoury. Parecer: pela prejudicialidade, lido pelo Sr. Deputado Luiz Baccarini.Em votaçào, foí aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coor­denação de Comissões Permanentes. Projeto de Lei n'i 3.128/80~ do Sr. Pa­checo Chaves - que "altera a redação do art. 29 da Lei J1~ 5.8<)0, de 8 de ju­nho de 1973. que alterou a legislação de previdência social"·. Relator: Deputa­do Athiê Coury. Parecer: pela rejeição, lido pelo Sr. Deputado Luiz Baccari­ni. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relutor. Vai 11Coordenaçào de Comissões Permanentes. Projeto de Lei n~ 3.527/80 - doSr. Ruy Côdo - que G';a1toriza ar, universidades a cfiaT o Curso de FonnaçtlOde Instrutores de Fanfarra, Banda Marcial e Banda Musical". Relator: Depu­tado Athic Coury. Parecer: pela rejeição lido pelo Sr. Deputado Luiz Baccari­ni. Em 1/ota,;30. foi aprovado, conin! o voto do Sr. Deputado Ruy Coa0, oparecer do relator. Vai à Coordenação de Comissõe:; P"rrmmentes, 4) Projetode Lei n\' 1,146/79 - do Sr. Antonio Zacharias - que "dii;pôe sobm () rateiodos prêmios da Loteria Esportiva Federal". Relator: Deputado Leorne Be~

lém. Parecer: pela rejeição, Em votação foi aprovado por unanimidade (o pu­recer do relator. Vai à Coordenaçiio de Comissões Permllmmtes. 5) Projeto de;Lei n" 2.479/79 - do Sr. Adhemar de Barros Filho - que "dispõe sobre.) se­guro de acidentes do trabalho a cargo do SlNPA5, e detc:rmin!i outras provi­dências". Relator: Deputado Leornc Belém. Parecer: pela rejeiçiio. Em vo­tação, foi aprovado por unanimidade o pnrecer do relator. Vai à Coord,,-

nação de Comissões Permanentes. 6) Projeto de Lei n9 5.107/81 - do Sr. Pa­checo Chaves - que "dIspõe sobre a autorização para que as entidades públi­cas ou privadas de todo o País utilizem a sua eventual capacidade ociosa. deinstalações e de pessoal, em finalidades educativas". Relator: Deputado JoséCarlos Fagundes. Parecer: pela rejeição. Em votação, foi aprovado por una­nimidade o parecer Jo relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanen~

teso 7) Projeto de Lei n9 5.261/81 - do Sr. Henrique Eduardo Alves - que"altera dispositivo da Consolidação das Leis do Trabalho, para o fim de esta­belecer vantagem remuneratória aos professores", Relator: Deputado RuyCôdo. Parecer: pela rejeição. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 8) Projetode Lei n9 5.295/81 - do Sr. Luiz Ceehinel - que "altera dispositivo doDecreto-lei n9 791, de 27 de agosto de 1969, para isentar do pagamento de pe­dágio os veículos de transporte de carga". Relator: Deputado Ruy Côdo. Pa­recer: pela aprovação. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecerdo relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 9) Projeto de Lein9 2.203/79 - do Sr. Juarez Furtado - que "autoriza a criação e o funciona­mento da Faculdade Federal de Direito de Lages, e determina outras provi­dências", Relator: Deputa0 Luiz Baccarini. Parecer: pela rejeição. Em vo­tação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde­nação de Comissões Permanentes. lO) Projeto de Lei n9 3.932/80 - do Sr.Wilmar Guimarães - que "autoriza o Poder Executivo a criar a Companhiade Desenvolvimento do Vale do Araguaia - CODEVARA - e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Ruy Côdo. Parecer: pela aprovação, nostermos do substitutivo da Comissão do Interior. Em votação, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Per­manentes. Encerramento: às dez horas e cinqüenta minutos. Nada mais ha­vendo a tratar, foi encerrada a reunião e, para constar, eu, Jarbas Leal Viana,Secretário, lavrei a presente ata, que depois de aprovada, será assinada peloSr. Presidente.

O Sr. Deputado Jorge Ferraz, Presidente da Comissão de Finanças, fez aseguinte

Distribuição

Em 14 de abril de 1982

Ao Senhor Deputado Athiê Coury:Projeto de Lei nQ 1.690/79 - do Sr. Walter Silva - Inelui na lista de ser­

viços a que alude o art. 89, do Decreto-lei n9 406, de 31 de dezembro de 1968,os prestados pelos profissionais autônomos de Relações Públicas.

Projeto de Lei n9 3.471/80 - do Sr. Walter Silva - Altera a redação daLei n9 5.107, de 13 de setembro de 1966, para permitir que o empregado op­tante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, possa utilizarpor empréstimo parte do saldo de sua conta vinculada.

Ao Senhor Deputado Fernando Magalhães:Projeto de Lei nQ 1.955/79 (anexo o Projeto de Lei n~ 2.527/79) - do Sr.

Tarcísio Delgado - Introduz alterações na CLT e na Lei do Fundo de Ga­rantia do Tempo de Serviço. criando incentivos destinados a assegurar traba~

lho e escola ao menor carente.Projeto de Lei n9 3.517/80 - do Senado Federal - altera li Lei n9 5.859,

de 11 de dezembro de 1972, para o fim de assegurar ao empregado àomlôsticoo direito ao saliirio mínimo.

e • Projeto de. Lei n,9, 4:675/81 - do SI'. Th~le:;, Ram[;~ho - Torna obri~a­tona a colocaçao do SImbolo InterTIi.lCIOnal ar;; p,eesso em todos os locms eservi(;os que possibilitt;m utilização por pessoas portadoras de deficiência e dáoutras providências.

Ao Senhor Deputado Hildêrico Oliveira:Projeto ele Lei nQ

- do Sr. Jorge Cury - Institui a Cadernetade Controle do Fundo de do Tempo de Serviço c dã outras provi-dências.

Ao Senhor Deputado José Carlos fagundcs:Projeto de Lei nQ óLü69/ilO - do SI'. Adhemar Ghisi - altera o item m

do art. 473 da Consolidação das Leis do Trabs.lho, ampliam!o pura 3 (três)dia:'. o período em que o empregado poderá faltar ao s;;rviço por motivo dI,nascimento de filho.

Ao Senhor Deputado 01ivir Gabardo:Projeto [Ire Lei n" - da Sra. Cristina Tavares - A.crescenta

item e altera () § I" do ar!. 1~ Decreto~!ei n? 201, de 27 de fevcreiro de 1967,que dispõe sobre a resposabilidade dos Prefeitos e Vereadores.

1\0 Senhor Deputado Ruy Codô:Projeto de Lei ng 4.139/80 - do Sr. Gióia Júnior - Acrescenta disposi­

tivo à Lei n9 3.807, de 16 de agosto de 1960 - Lei Orgànica da PrevidênciaSocial. -

Sala da CorniGi;~IO, I'I de abril de !982. - J <'lrG:ms lL~lIJ! VI::lilll, Secretário.

2172 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982

COMISSÃO DO INTERIOR

Ata da 3~ Reunião Ordinária, realizada em I? de abril de 1982

Ao I? (primeiro) dia do mês de abril do ano de 1982 (hum mil novecentose oitenta e dois) reuniu-se, em sala própria, a Comissão do Interior, presentesos seguintes senhores deputados: Manoel N ovaes, Presidente, Isaae Newton eNewton Cardoso, Vice-Presidente, Adauto Bezerra, Afro Stefanini, AlbéricoCordeiro, Álvaro Gaudêncio, Àngelo Magalhães, Alexandre Machado, Cor­reia Lima, Cristino Cortes, Edison Lobão, Evandro Ayres de Moura, Henri­que Brito, Inocêncio Oliveira, Josué de Souza, Lúcia Viveiros, Milton Bran­dão, Nagib Haickel, Osvaldo Coelho, Paulo Guerra, Vingt Rosado, VitorTrovão, Wanderley Mariz, Carlos Nelson, Délio dos Santos, Jackson Barre­to, Jerônimo Santana, João Câmara, Jorge Moura, José Bruno, José CarlosVasconcelos, José Freire, Lúcio Cioni, Modesto da Silveira, Octacílio Quei­roz, Ruben Figueiró, Tertuliano Azevedo e Baldacci Filho. Ata - Foi lida eaprovada, sem restrições, a Ata da reunião anterior. Ordem do Dia - Aoanunciar a Ordem do Dia o Sr. Presidente, Deputado Manoel Novaes, relata,para conhecimento dos senhores membros da Comissão do Interior e registrona Ata dos presentes trabalhos, o resultado de sua viagem à cidade de Salva­dor, na qualidade de representante do órgão técnico e da Câmara dos Depu­tados à reunião da SUDENE, juntamente com o Sr. Deputado Àngelo Maga­lhães. Informa o Sr. Presidente que a reunião foi aberta às 10:00 horas do dia30 de março de 1982, dela fazendo parte, além do Sr. Superintendente, Valfri­do Salmito Filho e demais diretores da SUDENE, autoridades especialmenteconvidadas e o Conselho Deliberativo do órgão, de que fazem parte 10 (dez)governadores do Nordeste. Informa ainda o Sr. Presidente que o destaque dareunião foi o documento intitulado "Reivindicações ao Governo Federal naÁrea do Crédito Rurar', em que o Sr. Governador do Estado da Bahia, An­tônio Carlos Magalhães, encabeça a lista dos governadores presentes e quesubscreveram o referido documento. Trata-se de Memorial encaminhado àSUDENE, contendo vários itens, através dos quais o Nordeste reivindica queaquela Entidade obtenha "junto aos órgãos federais competentes, a adoçãode medidas especiais de assistência financeira aos agropecuaristas prejudica­dos pela seca, nos municípios cujo estado de emergência foi ou venha a ser de­cretado pelos governos estaduais. Diz o Sr. Presidente que, tendo em vistaque a Comissão do Interior está estreitamente ligada aos problemas regio­nais, principalmente àqueles vividos pela região nordestina, é de se considerarcomo dever inalienável dos membros deste órgão técnico juntarem seus es­forços no sentido de transmitir aos ministros do interior, da Agricultura, doPlanejamento e da Fazenda, irrestrito apoio às reivindicações dos governado­res do Nordeste. Determina que seja efetuada a leitura do Documento paraconhecimento c votação dessa sua proposta. Após a leitura e submetido à vo­tação, é aprovada por unanimidade a proposta do Sr. Presidente. bem comoo inteiro teor das reivindicações. Em seguida, é aprovado, também, que sejatransmitida aos senhores ministros e governadores essa decisão da Comissãodo Interior, bem como, a transcrição do documento, vazado nos seguintestermos: "Reivindicações ao Governo Federal na Área do Crédito Rural ­Em decorrência da estiagem prolongada que assola diversos municípios nor­destinos, sugerc-sc à SUDENE, obter junto aos órgãos federais competentes,a adoção das seguintes medidas especiais de assistência financeira aos agrope­euaristas prejudicados pela seca, nos municípios cujo estado de emergênciafoi ou venha a ser decretado pelos governos estaduais: a) prorrogação daprestação, juros e outros acessórios vencidos e vencíveis em 1982, referentes afinanciamentos rurais de custeio c/ou investimento, cujo pagamento seráexigivel no prazo de 1 (um) ano após o vencimento original do títwlo ou con­trato, independentemente do porte do produtor; b) prorrogação das pres­tações, juros e acessórios de financiamentos rurais de custeio c invcstimento,vencíveis em 1983 e 1984 para reembolso no prazo de 2 (dois) e 3 (três) anosapós o vencimento original do título ou contrato desde que, com base nas in­formações disponíveis ou de vistorias a realiz;ar, se apure que a capacidade depagamento futura do mutuário tenha sido afetada pela estiagem; c) insti­tuição de linha especial de crédito para obras de infra-estrutura, de conformi­dade com as seguintes condições: 1. Objetivos: criar oportunidades de empre­go de mão-de-obra evitando o êxodo rural de trabalhadores e minifundiários;assegurar a melhoria das propriedades rurais, dotando-as de infra-estruturacapaz de tornâ-Ias mais resistentes às estiagens; 2. Beneficiários: agropecua­ristas cujas propriedades estejam localizadas nos municípios atingidos pelaestiagem; 3. Finalidade: - o crédito destinar-se-á aos seguintes itens: I - for­talecimento de infra-estrutura hídrica das propriedades rurais, medianteconstrução e conservação de açudes e aguadas, tanques, irrigação, aberturade canais, instalação e perfuração de poços, cacimbões, barreiros, bcbedou­ros e aquisição de moto-bombas; II - destaca e preparo de terras para plan­tio de lavoura c pastagens; III - formação, limpeza e restauração de pasta­gens; IV - construção de galpões e pequenos armazéns destinados à guarda

de produtos rurais; V - formação de culturas forrageiras, especialmente asarbóreas e xerófilas; VI - implantação de lavouras permanentes; VII ­obras e serviços de conservação do solo e de outros recursos naturais; VIII ­construção de vias de acesso internas nas propriedades rurais; IX - cons­trução de habitações rurais, até o limite de 50 MVR por unidade; X - cons­trução ou reforma de cercas destinadas à divisão de propriedades, à proteçãode lavouras e à divisão de pastos. 4 - Utilização: em parcelas, exigindo-sc, apartir da segunda, comprovação de aplicação da parcela anterior. 5. Limitesde adiamento: Mini c Pequeno Produtor: 100%; Médio: 90%; Grande: 80%. 6.Juros: 12% (doze por cento) ao ano. 7. Prazo: até 12 (doze) anos, incluídos até4 (quatro) de caréncia. 8. Reembolso: em prestações iguais, após o prazo decaréncia, em função da época cm que o financiador auferir os rendimentosprovenientes de sua atividade rural; d) instituição de linha especial de créditopara a manutenção dos rebanhos. 1. Finalidade: custeio de pequenos, médiose grandes animais, na aquisição de rações, sais minerais e medicamentos vete­rinârios. 2. Juros: 12% (doze por cento) e prazo de 01 (um) ano. e) quitação,por conta do Governo Federal, dos compromissos de mini e pequenos produ­tores rurais, relativos a liberações efetuadas até 15-3-82, nos casos de: 1. fi­nanciamentos rurais de custeio e prestações de investimentos, vencidos ouvincendos em 1982, inclusivc juros c acessórios devidos até 30-6-82: 2. finan­ciamentos de custeio de lavouras de ciclo superior a 1 (um) ano, inclusive ju­ros e acessórios devidos até 30-12-82". Nada mais havcndo a tratar foi encer­rada a reunião e, para constar, eu (Edson Nogueira da Gama), Secretário, la­vrei a prcsentc Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presiden­te.

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIATermo de reunião

Aos trinta e um dias do mês de março de mil novecentos e oitenta t: dois,a Comissào de Minas c Energia deixou de reunir-se por falta de quorum.Compareceram os Senhores Deputados Horácio Matos, Jorge Vargas, Pauli­no Cícero de Vasconcellos, Walmor de Luca e Guido Arantes. Para constar,eu AlIia Felício Tobias, Secretária, lavrei o presente termo.

COMISSÃO DE SAÚDEAta da 2~ Reuniào Ordinária, realizada no dia 17 de março de 1982

Às nove horas do dia dezessete de março de mil novecentos e oitenta edois, sob a presidência do Senhor Deputado Mârio Hato, reuniu-se a Comis­são de Saúde, na Sala 10 do Anexo II da Câmara dos Deputados nos termosda convocação do Senhor Presidente da Câmara, para eleição do Presidente eVice-Presidentes para a presente sessão legislativa. Compareceram os seguin­tes Senhores Deputados: Wilson Falcão, Euclides Scalco, Max Mauro, Wald­mir Be1inati, José Frejat, Ubaldo Dantas, Jorgc Vianna, José de CastroCoimbra, Menandro Minahim, Pedro Corrêa, Borges da Silveira, CastejonBranco, Navarro Vieira Filho, Carlos Cotta, João Alves e Carneiro Arnaud.Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou aberta a reunião,convidando para servirem como escrutinadores os Senhores Deputados Wil­son Falcão e Euclides Scalco. Em seguida procedeu-se à votação, após o que,computados os votos depositados na urna, num total de dezessete, que coinci­diu com o número de votantes, foi constatado o seguinte resultado: Para Pre­sidente: Deputado Ubaldo Dantas, com dezesseis votos favoráveis e um (I)em branco. Para Vice-Presidentes os Senhores Deputados Pedro Corrêa, doPDS e José Frejat, do PDT, ambos com dezesseis (16) votos favoráveis e um(1) em branco. Proclamado o resultado, o Senhor Presidente declarou-os em­possados, convidando ao novo Presidente. Deputado Ubaldo Dantas, paratomar assento à Mesa. Usou ainda da palavra o Senhor Deputado Mário Ha­to, para agradecer a colaboração recebida dos colegas durante a sua atuaçãocomo Presidente, estendendo o agradecimento a todos os funcionários da Se­cretaria, na pessoa da Secretária da Comissão. Com a palavra o Senhor De­putado Ubaldo Dantas agradeceu aos colegas a confiança demonstrada aoelegê-lo para dirigir este órgão técnico na presente sessão legislativa, e concla­mou a todos no sentido de unirem esforços para o bom desempenho de suasatribuições. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião. Para cons­tar, eu, Iná Fernandes Costa, Secretária, lavrei a presente Ata que, lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Presidente, Deputado Ubaldo Dantas.

Ata da 3ª Reuniào Ordinária, realizada no dia 25 de março de 1982

Às dez horas do dia vinte e cinco de março de mil novecentos e oitenta edois, reuniu-se a Comissão de Saúde, na Sala 10 do Anexo II da Câmara dosDeputados, sob a presidência do Senhor Deputado José Frejat. Comparece­ram os Senhores Deputados Euclides Scalco, Pedro Lucena, José de CastroCoimbra, Francisco Rollemberg, Max Mauro, Navarro Vieira Filho, Menan­dro Minahim, Ludgero Raulino, Wilson Falcão, Jorge Vianna e João Alves.Havendo número regimental, o Senhor Deputado José Frejat, Presidente emexercício, declarou aberta a reunião. ATA: Foi lida e aprovada sem emendas

J a Ata da reunião anterior. ORDEM DO DIA: 19) Projeto de lei n9 2.793/80,

Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2173

que "determina que a INTERBRÁS adquira toda a matéria-prima necessáriaà nossa indústria químico-farmacêutica". Relator, Deputado Euclides Scal­co. Parecer favorável. Sem discussão, posto em votação, foi o projeto aprova­do, por unanimidade, nos termos do parecer do relator. Segue à Comissão deFinanças. 29) Projeto de Lei n9 407/79, que "dispõe sobre monopólio de im­portação de matérias-primas na fabricação de medicamentos". Relator, De­putado Euclides Scalco. Parecer contrário. Não houve discussão. Submetidoà votação, foi o projeto rejeitado, por unanimidade, nos termos do parecer dorelator. Segue à Comissão de Economia, Indústria e Comércio. 39) Projeto deLei n9 1.627/79, que "institui o salário mínimo profissional dos farmacêuticose determina outras providências". Relator, Deputado Euclides Scalco. Pare­cer favorável com Substitutivo. Sem discussão, foi o projeto aprovado porunanimidade, nos termos do Substitutivo apresentado pelo relator. Segue oprojeto à Coordenação de Comissões Permanentes. 49) Projeto de Lei n9

2.227/79, que dispõe sobre o curso de formação e regulamenta a profissão depsicanalista". Relator, Deputado José de Castro Coimbra. Parecer contrário.Não houve discussão. Posto em votação, foi o projeto rejeitado, por unanimi­dade, nos termos do parecer do relator. Segue à Coordenação de ComissõesPermanentes. 59) Projeto de Lei n93.546/80, que "proíbe a instalação e a am­pliação da indústria de cigarros e assemelhados no Brasil". Relator, Deputa­do José de Castro Coimbra. Parecer favorável. Não houve discussão. Coloca­do em votação, foi o projeto aprovado, por unanimidade, nos termos do pa­recer do relator. Segue à Coordenação de Comissões Permanentes. 69) Proje­to de Lei n9 4.391/81, que "introduz altcração no art. II da Lei n9 5.890, de 8de junho de 1973 que modificou a Lei Orgânica da Previdência Social". Rela­tor, Deputado José de Castro Coimbra. Parecer favorável. Discutiram a ma­téria os Senhores Deputados José Frejat e Euclides Scalco. Posto em votação,foi o projeto apro"ado, por unanimidade, nos termos do parecer do relator,que apresentou emenda. Segue à Conüssão de Trabalho e Legislação Social.79) Projeto de Lei n9 4.139/80, que "acrescenta dispositivo à Lei n9 6.807, de26 de agosto de 1960 - Lei Orgânica da Previdência Social". Relator, Depu­tado Max Mauro. Parecer favorável. Sem discussão, posto em votação, foi oprojeto aprovado, por unanimidade, nos termos do parecer do relator, queadotou emenda apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça. Segue àComissão de Finanças. 89) Projeto de Lei n9 25-A/75 - Emenda Oferecidaem Plenário ao Projeto de Lei N9 25-A/75, que "altera a redação do artigo 57da Lei n9 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sani­tário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e corre­latos e dá outras providências". Relator, Deputado Navarro Vieira Filho. Pa­recer contrário. A matéria foi discutida pelo Senhor Deputado Euclides Scal­co. Posto em votação, foi o projeto rejeitado, por unanimidade, nos termosdo parecer do relator. Segue à Coordenação de Comissões Permanentes. 99)Projeto de Lei n9 3.315/80, que "disciplina a comercialização dos produtosdestinados à proteção contra radiações solares". Relator, Deputado NavarroVieira Filho. Parecer favorável, com Substitutivo. O Senhor Deputado JoséFrejat discutiu a matéria. Colocado em votação, foi o projeto aprovado, porunanimidade, nos termos do Substitutivo apresentado pelo relator. Segue àComissão de Economia, Indústria e Comércio. 109) Projeto de Lei n92.762/80, que "altera a redação dos §§ 19e 29 do art. 18 da Lei n93.268, de 30de setembro de 1957, que dispõe sobre os Conselhos de Medicina, e dá outrasprovidências". Relator, Deputado Dario Tavares. Parecer favorável, comSubstitutivo. O referido parecer foi lido pelo Senhor Deputado Euclides Scal­co. Sem discussão, posto em votação, foi o projeto aprovado, por unanimida­de, nos termos do Substitutivo apresentado pelo relator. Segue à Comissão deTrabalho e Legislação Social. 119) Projeto de Lei n93.259/80, que "detêrminaobrigatoriedade de reações sorológicas para Doença de Chagas, antes dequalquer transfusão de sangue". Relator, Deputado Dario Tavares. Parecerfavorável. O parecer foi lido pelo Senhor Deputado Ludgero Raulino, quediscutiu a matéria. Posto em votação, foi o projeto aprovado, por unanimida­de, nos termos do parecer do relator. Segue à Coordenação de ComissõesPermanentes. 129) Projeto de Lei n92.378/79, que "proíbe a propaganda pelaimprensa de remédios e produtos medicinais destinados ao consumo huma­no". Relator, Deputado Ludgero Raulino. Parecer favorável com Substituti­vo., Discutiram a matéria os Senhores Deputados Euclides Scalco e NavarroVieira' Filho. Posto em votação, foi o projeto aprovado, por unanimidade,nos termos do Substitutivo apresentado pelo relator. Segue à Comissão deComunicações. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada areunião. Para constar, eu, 1ná Fernandes Costa, Secretária, lavrei a presenteAta que, lida e aprovada. será assinada pelo Senhor Presidente em exercício,Deputado José Frejat.

COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇÃO SOCIALDistribuição

O Senhor Presidente da Comissão de Trabalho e Legislação Social fez,em 13-4-82, a seguinte Distribuição:

Ao Senhor Deputado Adhemar Ghisi: (Avocado)Projeto de Lei n9 5.356/81, do Sr. Victor Faccioni, que "Regulamenta as

profissões da área de processamento eletrônico de dados e dá outras provi­dências".

Brasília, cm 13 de abril de 1982.

ERRATA

Na Ata da 82~ Reunião Ordinária, desta Comissão, realizada em 18 demarço de 1982, no item n9 10, onde se lê: 10) Projeto de lei n9 1.238/79, do Sr.Joel Vivas, que "Altera a redação do item I do art. 11 da Lei n9 3.807, de 26 deagosto de 1960 (Lei Orgânica da Previdência Social)". Relator: Senhor JorgeUequed. Parecer Favorável, nos termos do Substitutivo apresentado pelo Re­lator. O Senhor Amadeu Geara, pela ordem solicitou a anexação do Projetode Lei n93.745/80. do Sr. Peixoto Filho, que "Disciplina a autorga de pensãoaos beneficiários dos segurados da Previdência Social, e dá outras providên­cias", por tratarem de matérias análogas. O Senhor Presidente, após consul­tar os Senhores Membros presentes, deferiu o pedido de anexação.

Leia-se:10) Projeto de Lei n9 1.238/79, do Sr. Joel Vivas, que "Altera

da Previdência Social, e dá outras providências", por tratarem de matériasanálogas. O Senhor Presidente, após consultar os Senhores Membros presen­tes, deferiu o pedido de anexação. Adiado.

Brasília, 2 de abril de 1982.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADAA APURAR AS CAUSAS E

CONSEQÜÊNCIAS DA FOME, DESNUTRIÇÃO E FALTA DE SAÚDENA POPULAÇ.40 DE BAIXA RENDA NO BRASIL

Termo de Reunião

Aos quinze dias do mês de abril de mil novecentos e oitenta e dois, a Co­missão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as causas e conseqüên­cias da fome, desnutrição e falta de saúde na população de baixa renda noBrasil deixou de realizar a reunião prevista por falta de número regimental.Compareceram o Senhor Deputado Júlio Martins, membro efetivo, e o Se­nhor Depoente, Durval de Araújo Gonçalves, da SUCAM (Superintendênciade Campanhas de Saúde Pública). Eu, Maria Teresa de Barros Pereira, Secre­tária, lavrei o presente termo que vai à publicação.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADAA APURAR IRREGULARIDADES,

DlSTORÇOES E DEFICIÊNCIAS NO FUNCIONAMENTODO ENSINO PAGO NO PAIs

Termo de Reunião

Aos doze dias do mês de novembro de mil novecentos e oitenta e um, aComissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar irregularidades, dis­torções e deí1ciências no funcionamento do ensino pago no País deixou derealizar a reuniào prevista por falta de número regimental. Compareceram osSenhores Deputados Edson Khair, Relator e Tarcisio Delgado, membro efe­tivo e o Senhor Depoente, Loadir Carlos Pazolini, Chefe do Departamentode Ensino da Escola Técnica Federal do Espírito Santo. Eu, Mariza da SilvaMata, Secretária, lavrei o presente Termo que vai à publicação.

Termo de Reunião

Aos quatorze dias do mês de abril de mil novecentos e oitenta e dois, aComissão Parlamentar do Inquérito destinada a apurar irregularidades, dis­torções e deficiências no funcionamento do ensino pago no País deixou derealizar a reunião prevista por falta de número regimental. Compareceram osSenhores Deputados Paulo Guerra, Vice-Presidente e Edson Khair, Relator.Eu. Mariza da Silva Mata. Secretária, lavrei o presente Termo que vai àpublicação.

pAGIN-A ORIGINAL EM BRANCO

-LIDERANÇAS

Cristina TavaresIranildo Pereira

Israel Dias-NovaesJoão LinharesJoão MenezesJorge Vianna

Louremberg NunesRocha

PDS

Vice-Líderes:

Líder:

Cantídio Sampaio

Vice-Líderes:

Marcello CerqueiraOsvaldo Macedo

Pedro IvoPeixoto FilhoRalph Biasi

Walber GuimarãesWalter Silva

Magnus Guimarães

PT

JG de Araújo .Jorge

PTB

Líder:

Alceu CoUares

Vice-Líderes:

Líder:

Airton Soares

Vice-Lider:

Freitas Diniz

Líder:

Jorge Cury

Vice-Líder:

Vilela de Magalhães

PDT

António MarizAudálio Dantas

Brabo de CarvalhoCarlos Cotta

J osias LeiteJoaci! Pereira

Alcides FranciscatoAlvaro ValleJúlio MartinsNelson MorroRuy Bacelar

Saramago PinheiroPaulino Cícerode Vasconcellos

Ney FerreiraAdolpho FrancoNosser Almeida

Carlos Sant'AnaPimenta da VeigaAdhemar Santillo

Alvaro Dias

Hugo MardiniAlípio Carvalho

Bonifácio de AndradaClaudino SalesEdison Lobão

Hugo NapoleãoJorge ArbageRicardo FiuzaDjaIma Bessa

Siqueira CamposCarlos AlbertoCarlos Chiarelli

Gióia JúniorJairo Magalhães

PMDB

Lider:

Odadr Klein

MESA

2.o-Secretário:

Carlos Wilson - PMDB

3.0 -Secretãrio:

José Camargo - PDS

4.0 -Secretãrio:

Paes de Andrade - PMDB

SUPLENTES

Simão Sessim - PDSJoel Ferreira - PDS

Lúcia Viveiros - PDS

Jackson Barreto - PMDB

l.o-Secretário:

Furtado Leite - PDS

Presidente:

Nelson Marchezan - PDS

1.0_Vice-Presidente:

Haroldo Sanford - PDS

2.°_Vice-Presidente:

Freitas Nobre - PMDB

DEPARTAMENTO DE COMISSÕES

Presidente: Pacheco Chaves - PMDBVice-Presidente: Bento Lobo - PMDBVice-Presidente: Pedro Germano - PDS

Mário MoreiraVago

Prisco VianaVingt Rosado2 vagas

PDS

PMDB

Paulo Torres2 vagas

PMDB

Suplentes

REUNIõES

3) COMISSAO DE COMUNICAÇAO

Quarlas e quintas-feiras, às 10 :00 horas

Local: Anexo rI - Sala 3 - Ramal 6295

Secretário: Ivan Roque Alves

Francisco RossiJosé de Castro

CoimbraNelson Morro

Titulares

Presidente: Edson Vidigal - PMDB

Vice-Presidente: Roberto Galvani - PDSVice-Presidente: Gerson Camata - PMDB

Horácio OrtizJorge UequedOctacílio Queu'oz

Bento GonçalvesFernando CunhaMário Frota

Louremberg NunesRocha

Mário RatoPedro LucenaPimenta da VeigaRosemburgo RomanoSantilli SobrinhoUbaldo Dantas3 vagas

Henrique BritoHumberto SoutoJúlio MartinsOswaldo CoelhoPaulo LustosaPedro OorrêaPrisco VianaStoessel DouradoWildy ViannaVago

PDT

PMDB

Suplentes

PDS

REUNIOES

Getúlio Dias

Adhemax Santi1loArnaldo SchimidtErnesto de MarcoFrancisco CastroIsrael Dias-NovaesJoão CâmaraJorge VargasJorge Vianna

Afro StefaniniAlbérico CordeiroAlexandre MachadoAntonio DiasAntonio UenoArtenir WernerCorreia LimaDarcy PozzaEvaldo AmaralFrancisco Leão

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas

Local: Anexo II - Sala n.o 11 - R. 6293e 6294

Secretário: José Maria de Andmde Córdoba

Titulares

PDS

João Carlos de CarliJoaquim GuerraJosé AmorimJúlio CamposLuiz RochaReinhold StephanesSaramago PinheiroSebastião AndradeTelêmaco PompeiVictor Fontana

COMISSOES PERMANENTES

1) COMISSAO DE AGRICULTURA EPOLlTICA RURAL

Diretor: Jolimar Corrêa Pinto

Local: Anexo II - Telefones: 224-2848 e213-6278 - Ramal 6278

Coordenação de Comissões Permanentes

Diretora: Silvia Barroso Martins

Local: Anexo II - Telefones: 224-5179 ePref. 213 - Ramais 6285 e 6289

Adolpho FrancoAntonio GomesAntonio MazurekCardoso de AlmeidaDelson ScaranoEmílio PerondiGeraldo BulhõesGerardo RenaultHugo Rodrigues

d'l. Cunha

Titulares

2) COMISSAO DE CleNCIA E TECNO­LOGIA

Presidente: Pedro Faria - PMDBVice-Presidente: Antônio Florêncio - PDSVice-Presidente: Freitas Diniz - PT

PDS

Júlio MartinsMagno BacelarVieira da Silva

Samir AchôaMilton Figueiredo

l'TB

PMDB

Antônio MoraisCristina Tavares

Vago

AlcebiaJdes de OliveiraCarlos AlbertoGióia JúniorJorge Paulo

José Penl'doWalter de PráVago

PDS

Brasilio CaiadoCarlos EloyEspiridião Amin

Nivaldo KrügerLeite SchimidtMelo FreireMarcus CunhaPaulo RattesRenato AzeredoRonan TitoVago

PDT

PMDB

Eloy Lenzi

Antônio AnibelliCardoso AlvesCarlos BezerraCelso Carvalho·Ernesto Dall'OglioFrancisco LibardoniGeraldo FlemingIturival Nascimento

4) COMISSAO DE CONSTITUIÇAO EJUSTiÇA

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 6 - Ramal 6304

e 6300Secretário: Ivan Roque Alves

Presidente: Francisco Benjamin - PDSVice-Presidente: Nilson Gibson - PDSVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDB

Titulares

PDS

5) COMISSAO DE DEFESA DO CON­SUMIDOR

Honorato ViannaNagib HaickelNereu GuidiRogério RegoVictor Trovão2 vagas

PTB

PDT

PMDB

Pacheco ChavesPinheiro MachadoSebastião Rodrigues

Júnior2 vagas

Vago

Airon RiosAlcides l:"ranciscatoAdolpho FrancoAntonio MazurekBatista MirandaCardoso de AlmeidaDiogo Nomura

Celso CarvalhoEuclides ScalcoHarry SauerJoão CunhaJuarez BatistaMac Dowell Leite

de Castro

Lidovino Fanton

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 4 - Ramal 6314Secretária: Delzuite Macedo de Avelar VilIas

Boas

SUjllentes

PDS

Rubem MedinaSalvador JulianelliSiqueira CamposTúlio Barcelos2 vagas

PMDB

Sebastião RodriguesJúnior

Ubaldo DantasWalber GuimarãesVago

PDT

Aécio CunhaAlbérico CordeiroJoão ArrudaPaUlo LustosaMendes de Melo

Daso CoimbraJorge UequedJorge VargasModesto da SilveiraNabor JúniorSamir Achôa

Presidente: Stoessel Dourado - PDSVice-Presidente: Humberto Souto - PDSVice-Presidente: Gerson Camata - PMDB

Titulares

PDS

REUNIOES

Terças, quartMe quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 6308

Secretário: Ruy Ornar PrudênCio da SilvaJoão ArrudaManoel RibeiroRômulo Galvão'relmo Kirs t

PMDB

João GilbertoMarcello Cerqueira2 vagas

PTB

Suplentes

PDS

Fernando LyraCarlos AugustoAudálio Dantas

Vago

Alair FerreiraAntônio FerreiraAntonio ZachariasEdison Lobão

PDT

PTB

LidoVíno Fanton

Suplentes

Leur LomantoMendes de MeloRômulo GalvãoSalvador JulianelliVago

Mário MoreiraMurilo MendesOctacilio Almeida3 vagas

Norton MacedoNosser AlmeidaPedro GermanoRafael FaracoSimão SessimVieira da Silva

PDS

PDT

PDT

PMDB

Luiz BaptistaPaulo MarquesRaymundo UrbanoRosemburgo Romano

PMDB

Alvaro ValleBezerra de MeloBraga RamosDarcílio AyresJosé Torres

Antonio ValadaresBonifácio de AndradaBrasílio CaiadoEvandro Ayres de

MouraHydeckel FreitasJairo Magalhães

7) COMISSAO DE EDUCAÇAO E CUL­TURA

Presidente: Lygia Lessa Bastos - PDSVice-Presidente: João Faustino - PDSVice-Presidente: José Maria de Carvalho ­

PMDB

Titulares

REUNIõES

JG de Araújo Jorge

Suplentes

PDS

Alcir PimentaCarlos Sant'AnnaIram SaraivaJackson Barreto

Magnus Guimarães

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - (224-0769)

Ramal 6318Secretária:Tasmânia Maria de Brito Guerra

Alvaro DiasCaio Pompeu

. Daniel SilvaFrancisco CastroJoão Herculino

PTB

PDS

Manoel GonçalvesMarcondes GadelhaPaulo LustosaRicardo FiuzaRubem MedinaVago

PDT

PMDB

Mendonça NetoGeraldo FlemingRoberto FreireRoque ArasJosé Bruno

PDT

PMDB

Flávio ChavesRalph BiasiSantilli SobrinhoSílvio Abreu Jr.

Suplentes

PDS

Hugo MardiniJosé Carlos FagundesJosé Mendonça BezerraPaulo GuerraRezende MonteiroWalter de Prá

Alvaro ValleAntônio FerreiraCesário B!lJ.TetoCláudio PhilomenoCláudio StrassburgerFrancisco RollembergHonorato Vianna

JG de Araújo Jorge

José Frejat

Antônio AnnibelliAurélio PeresCardoso FregapaniCarneiro ArnaudJúnia MaríseLeopoldo Bessone

Getúlio Dias

Presidente: Hélio Duque - PMDBVice-Presidente: Celso Peçanha - PTBVice-Presidente: Alberto Horfmann - PDS

Titulares

Cesário BarretoEvaldo AmaralHerbert LevyIgo LossoJoão AlbertoJoão ArrudaJoão Climaco

Vago

6) COMISSAO DE ECONOMIA, INDOS·TRIA E COM~RCIO

Reuniões

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas

Local: Anexo II - Ramais 6378 e 6379

Secretária: Maria Júlia Rabello de Moura

Alberto GoldmanAldo FagundesArnaldo SchmittCarlos AugustoFelippe Penna

Gomes da SilvaJairo MagalhãesJoacil PereiraNatal GaleNelson MorroOswaldo MeloTheodorico FerraçoUlisses Portiguar2 vagas

Roberto FreireRoque ArasRubem DouradoSérgio FerraraValter GarciaWalber GuimarãesWaldir WalterWalter Silva

PDS

Jorge ArbageJosé PenedoJosé Mendonça BezerraJúlio MartinsLeorne BelémMalUly NettoNey FerreiraOsmar LeitãoRaimundo DinizRicardo Fiuza2 vagas

PTB

PDT

PMDB

Afrisio Vieira LimaAltair ChagasAntônio DiasAntônio MorimotoAntonio ValadaresBonifácio de AndradaClaudino SalesDjalma BessaErnani SatyroFrancisco Rossi

PMDB

Adhema.r Santillo Louremberg NunesAntônio Mariz RochaAntônio Russo Luiz LealBrabo de Carvalho Marcello CerqueiraElquisson Soares Miro T,eixeiraHarry Sauer Márcio MacedoHenrique Eduardo Alves Osvaldo MacedoJoão Gilberto Pimenta da VeigaJosé Costa Tarcísio Delgado

Amadeu GearaCaio PompeuCardoso AlvesDélio dos SantosEdgatd AmorimJorge MouraJuarez FurtadoLeite SchmidtMarcelo Medeiros

Vago

JG de Araújo Jorge

Péricles Gonçalves

Adhemar de BarrosFilho

Cantidio SampaioCarlos ChiarelliCélio BorjaChristiano Dias

LopesDarcílio AyresGeraldo GuedesHugo NapoleãoIgo LossoIsaac Newton

8) COMISSAO DE FINANÇAS PMDB REUNlOES

Titulares

PDS

9) COMISSAO DE FISCALIZAÇAO FI­NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

Presidente: Humberto Souto - PDSVice-Presidente: Victor Faccioni - PDSVice-Presidente: Daso Coimbra - PMDB

Presidente: Jorge Ferraz - PMDBVice-Presidente: Hildérico Oliveira - PMDBVice-Presidente: Christóvam Chiaradia - PDS

Titulares

Mário FrotaNewton CardosoRalph BiasiTidei de Lima

Milvernes LimaPrisco VianaPaulino Cícero de

VasconcellosSiqueÍl'a Campos

PDT

PMDB

Mauricio FruetOswaldo LimaWalmor de LucaVago

Suplentes

PDS

Joel RibeiroJosé PenedoOdulfo DominguesUbaldino MeirellesVago

Antônio FerreiraAntônio ZachariasCláudio StrassburgerHugo MardiniLéo Simões

Fued DibGenésio de BarrosHorácio OrtizJorge Vargas

José Mauricio

Altair ChagasDelson ScaranoGomes da SilvaHélio LevyJoão AlbertoJoão Carlos de CarIl

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horaaLocal: A11exo II - Sala 8 - Ramal 6333Secretário: Edson Nogueira da Gama

12) COMISSAO DE REDAÇAO

11) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Presidente: Horácio Matos - PDSVice-Presidente: Guido Arantes - PDSVice-Presidente: Marcelo Cordeiro - PMDB

PMDB

José Frejat

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLOcal: Anexo II - Sala 7 - Ramal 6336Secretária: Allia Felício Tobias

Titulares

PDS

REUNIOES

Titulares

PDS

Claudino Sales Djalma BessaFrancisco Rollemberg

PMDB

Murilo Mendes

Antônio MoraisCarlos NelsonHeitor Alencar FurtadoJerônimo SantanaLeônidas Sampaio

PDT

Presidente: EPitácio Cafeteira - PMDBVice-Presidente: Júnia Marise - PMDBVice-Presidente: Airon Rios - PDS

Melo FreireMilton FigueiredoNivaldo KrügerPaulo BorgesRosa FloresVago

PT

PDT

PTB

PDT

PDS

HenriqUe BritoInoeéncio OliveiraJosué de SouzaLúcia ViveirosMilton BrandãoNagib HaickelOswaldo CoelhoPaulo GuerraVictor TrovãoVingt RosadoWanderley Mariz

PMOB

José FreireModesto da SilveiraOctacllio QueirozRoberto FreireRuben FigueiróTertuliano Azevedo2 vagas

Ludgero RaulinoMagno BacelarManoel GonçalvesMauro SampaioMenandro MinahimMilvernes LimaNélio LobatoOS8ian AraripeRUy BacelarVivaldo FrotaVago

PMDB

REUNlOES

Alceu CoHares

Freitas Diniz

Helio DuqueJairo BrumJoão MenezesJorge UequedJosé Carlos

Vasconcelos

A.dauto BezerraAfro StefaniniA.lbérico CordeiroAlexandre MachadoAlvaro GaudéncioAngelo MagalhãesCorreia LimaCristino CortesEdison J~obão

Evandro Ayres deMoura

Carlos NelsonDélio dos SantosJackson BarretoJerônimo SantanaJoão CámaraJorge MouraJosé BrunoLúcio CioniJosé Carlos Vascon­

celos

Amilcar de QueirozAntônio AmaralAntônio MorimotoChristóvam ChiaradiaHerbert LevyHugo MardiniHumberto SoutoJoão DurvalJosé AmorimJosias LeiteJúlio Martins

José Frejac

Vago

10) COMISSAO DO INTERIORPresidente: Manoel Novaes - PDS

Vice-Presidente: Isaac Newton - PDSVice-Presidente: Newton Cardoso - PMDB

Titulares

Suplentes

PDS

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - Ramal 6325Secretário: Geraldo da Silva

José Mendonça BezerraLeorne BelémNélio LobatoVicente Guabiroba

Josias LeiteNereu GuidiNosser AlmeidaRafael FaracoTelmo KirstVago

Jorge ViannaMarcelo MedeirosUlysses GlÚmarãesWalter SilvaJoel Lima

PDS

PMDB

João CunhaOlivir GabardoRuy Côdo

PMDB

PDT

PDT

Suplentes

PDS

Antônio PontesPedro CaroloRuy SilvaSebastião AndradeVictor Fontana

PMDB

Paulo MarquesSilvio Abreu .Ir.2 vagas

Airon RiosAthiê CouryFernando MagalhãesHonorato ViannaJosé Carlos Fagunties

Adhemar GhisiAdriano ValenúeAécio CunhaAntônio FlorêncioAngelo Magalhães

Alceu CoHares

Hélio GarciaJader BarbalhoLuiz Baccarini

Vago

Antônio RussoJoão HerculinoLeopoldo BessoneMauricio Fruet

Airton SandovalAlfredo MarquesErnesto de MarcoFernando CoelhoIranildo Pereira

Adhemar de BarrosFilho

Amilcar de QueirozCastejon BrancoClaudio PhilomenoJoão DurvalJorge Arbage

REUNIOES

Quartas e QlÚntas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 16 Ramal 6322

e 6323(Direto 226-8117)

Secretário: Jarbas Leal Viana

Suplentes

PDS

REUNIOES

Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - 14 - R. 6342, 6340 e 6341Secretária: Laura Perrela Parisi

Vago

Vago

Alberto HoffmannAlvaro GaudêncioAlvaro ValleBias FortesErasmo DiasFernando GonçalvesJosué de Souza

PDT

PTB

Hélio CamposJoel FerreiraMarcelo LinharesUbaldo BarémWanderley MarizWilson FalcãoVago

Aluizio BezerraArnaldo LafayetteAurélio PeresBento GonçalvesBento LobOBcrges da SilveiraCardoso FregapaniCarlos :RezerraHenrique Eduardo

Alves

Vago

Baldacci Filho

Iranildo PereiraIturival NascimentoMário StammJulio CostamilanNabor JúniorOsvaldo MacedoPedro FariaPedro IvoPeixoto Filho

PDT

PTB

Ernani satyroHugo Napoleão

Alcir PimentaEdson Khair

Suplentes

PDS

João AlvesPrisco Viana

PMDBUlysses Guimarães

13) COMISSÃO DE RELAÇõES EXTE·RIORES

Presidente: Raymundo Diniz - PDSVice-Presidente: Adalberto Camargo- PDSVice-Presidente: Pinheiro Machado - PMDB

Titulares

Augusto LucenaBonifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani Sat.yroFernando MagalhãesGuido ArantesHennes MacedoJOsé TorresLeorne BelémLeur LomantoLúcia Viveiros

Secretária: Iná Fernandes Costa

PDS

Ossian AraripeParente Frota2 vagas

PDSOsmar LeitãoOctãvio TorrecillaPedro CaroloTúlio BarcelosVivaldo FrotaVago

PMDBJcrge UequedJúlio CostamilanMendonça Neto

PMDBHeitor A. FurtadoJuarez Furtado

PMDB

Pedro Ivo4 vagas

Suplentes

PDSJoão ClimacoOsvaldo Melo2 vagas

REUNIõES

Edgard AmorimEdison KhairFlávio Chaves

Artenir WernerAntônio AmaralCarlos ChiarelliFrancisco RollembergJoão AlvesMaluly Netto

PTBFlorim Coutinho

Alceu Collares

Benedito Marcilio

PDT

PT

Epitácio CafeteiraFrancisco PintoGilson de Barros

Carlos SantosFernando Coelho

17) COMISSAO DE TRABALHO ELE­GISLAÇAO SOCIALPresidente: Adhemar Ghisi - PDS

Vice-Presidente: Wilson Braga - PDSVice-Presidente: Amadeu Geara - PMDB

Titulares

Titulares

Quartas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 12 - Ramal 6363Secretário: Delair de Mattos Rezende

16) COMISSAO DE SERViÇO PÚBLICOPresidente: Jorge Gama - PMDB

Vice-Presidente: Pedro Sampaio - PMDBVice-Presidente: Wildy Vianna - PDS

Suplentes

PDS

Adauto BezerraAdemar PereiraClaudino SalesHorácio Matos

Anísio de SouzaI\.ugusto LucenaFernando Gonçalves

Joel VivasJorge ViannaLuiz Baptista

João AlvesMarcondes GadelhaSalvador Juliane11iWilson Falcão

Mauro SampaioMenandro MinahimNavarl'O Vieira FilhoWalter de CastroWaldmir Belinati

Hélio CamposOdulfo DominguesPaulo Studart

PDS

PDS

PDS

PMDB

PMDB

PMDB

Carlos CottaCarneiro ArnaudCristina TavaresErnesto Dall'Oglio

Ary KffuriErasmo Dias30el FerreiraNey Ferreira

REUNIõES

Athiê ComyBraga RamosCastejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio Oliveira

15) COMISSAO DE SEGURANÇA NA­CIONAL

Presidente: Ubaldo Dantas - PMDBVice-Presidente: Pedro Corrêa - PDSVice-Presidente: José Frejat - PDT

Titulares

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas

Local: Anexo TI - Sala 10 - Ramal 6352e 6350

Presidente: Alípio de Carvalho - PDSVice-Presidente: Antônio Pontes - PDSVice-Presidente: Roque Aras - PMDB

Borges da Silveira MáriO HatoEuclides Scalco Max MauroLeônidas Sampaio Pedro Lucena

Suplentes

14) COMISSAO DE SAÚDE

Ademar PereiraJosé de Castro

CoimbraLudgero Raulino

Mendes de MeloPaulo StudartRaul BernardoRoberto GalvaniSiqueira CamposTheodorico FerraçoVasco NetoVictor FaccioniWaldmir Belinati6 vagas

José MachadoJosé Ribamar MachadoMagalhães PintoMarcelo LínharesNorton MacedoRoberto CarvalhoRogério RegoRuy SilvaStoessel DomadoUbaldo BaremWilson FalcãoVago

Júnia MariseLeopoldo BessoneMac Dowel1 Leite

de CastroRosa FloresSebastião Rodrigues

JúniorSérgio MuriloThales RamalhoWaldir Walter

PT

PDS

PDT

PTB

PMDB

PMDB

Suplentes

PDS

Jorge Cury

Vago

José Mauricio

AluÍZio BezerraArnaldo LafayetteCardoso FregapaniCarlos Sant'AnaCarlos SantosDel Bosco AmaralIsrael Dias-NovaesIram SaraivaJairo BrumJoão LinharesJoão Menezes

Adriano ValenteAntonio UenoBatista MirandaBias FortesCélio BorjaChristiano Dias

LopesFlávio MarcílioDiogo NomuraGeraldo GuedesHenrique TurnerHugo Napoleãoítalo Conti

Pedro IvoRubem DomadoVago

Suplentes

Aldo FagundesDaniel SilvaElquisson SoaresFrancisco PintoFelippe PennaHildérico OliveiraJosé FreireLázaro CarvalhoMárcio MacedoMarcus Cunha

Magnus Guimarães

1 vaga

Mendonça NetoMiro TeixeiraOlivir GabardoPaulo RattesPedro SampaioRenato AzeredoRonan TitoSamir AchôaUlysses GuimarãesWalber Guimarães

PDT

PT

Carlos CottaEloar Guazze11iPaulo Torres

ítalo ContiJosé Ribamar

MachadoMilton BrandãoOctávio Torrecilla

Edson VidigalMOdesto da Silveira

PDS

Paulo GuerraTelêmaco PompeiTúlio BarcelosVicente GuabirobaWalter de Prá

PMDB

Luiz Baccarini4 vagas

Antonio GomesBezerra de MeloGióia JúniorJayro MaltoniJoacil PereiraJosé Carlos FagundesJulio Campos

Antônio MarizAudálio DantasDel Bosco AmaralEloar Guazzel1iFernando CunhaJoel Lima

Lygia Lessa BastosNatal GaleNilson GibsonPedro CorrêaRezende Monteiro2 vagas

PMDB

Màrcelo CordeiroM:ax MauroRuben FigueiróTarcísio DelgadoUbaldo Dantas

PDT

PTB Magnus Guimarães

Vilela de Magalhães

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: - Anexo II - Sala 7 - Ramal 11347Secretária: Edna Medeiros Barreto

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas

Local: Anexo TI - Sala 13 - Ramais 6355 e6358

Secretário: Walter Flores Figueira

PTBJorge Cury

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo TI - Sala 15 - Ramal 6367secretário: Agass.is Nylander Brito

18) COMISSÃO DE TRANSPORTES

Adalberto CamargoAlcebíades de OliveiraAlipio CarvalhoCarlos EloyCesário BarretoCláudio StrassburgerCristino CortesDarcílio Ayres

REUNIõESQuartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 5 - R. 6372 e 6373Secretário: Carlos Brasil de Araújo

COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPORÁRIAS

Hugo NapoleãoJorge ArbageMarcelo Linhares

Jorge Vianna

PP

Nélio Lobato

PDT

PMDB

SuplentesPDS

TitularesPDS

Salvador JulianelliSimão Sessim

PMDB

Tarcisio Delgado

PP

Alceu Collares

Jorge UequedMarcus Cunha

Evaldo AmaralIsaac NewtonAmilcar de QueirozMauro Sampaio

Louremberg NunesRocha

Heitor AlencarFurtado

REUNIÕESTerças-feirasLocal: Anexo II - Plenário das CPIsRamais: 640'3 - 6405 - 6407Secretária: Marci Ferreira Borges

PP

Bento Gonçalves Edison Vidigal

PDT

Louremberg NunesRocha

Suplentes

PDS

Ludgero RaulinoOsvaldo MeloSiqueira Campos

PMDB

Roberto FreireOctacílio Queiroz

PP

Caio Pompeu

REUNIõES

Terças e quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário das CPIs - Anexo IrSecretária: Mariza da Silva Mata

Anexo rI - Ramal 6404

4) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN­QUÉRITO DESTINADA A EXAMINARO ENVOLVIMENTO DE FIGURAS DAADMINISTRAÇÃO FEDERAL, DIRETAE INDIRETA, NO FAVORECIMENTOÀ EMPRESA QUATRO RODAS HO·T~IS DO NORDESTE SIA E SUASCOLIGADAS, DE fORMA A CAUSAREVENTUAIS PREJUIZOS AO ERÁRIOPÚBLICO

REQUERIMENTO N.O 123/80

Prazo: 7-5-81 a 31-5-82Presidente: Walter de Prá - PDS

Vice-Presidente: Túlio Barcellos' - PDSRelator: Evandro Ayres de Moura

TitularesPDS

João Faustino Nosser AlmeidaNelson Morro Roberto Galvani

PMDB

Antônio Russo Cardoso AlvesDel Bosco Amaral

Daniel Silva

José Mauricio

Brasílio CaiadoDjalma BessaInOcêncio Oliveira

Alcir Pimenta

Paulo Marques

Antônio DiasLuiz Rocha

João FaustinoLeur LomantoVieira da Silva

PMDBTarcísio Delgado

Nilson GibsonRômulo Galvão

PMDB

PTB

TitularesPDS

Geraldo GuedesRaymundo Diniz

Ronan Tito

PMDB

Modesto da Silveira

REUNIõES

Quintas-feiras, às 10 horasAnexo II - Sala das CPIsRamal: 6406secretário: Geraldo Jair Barros

Alcebiades OliveiraAlvaro ValleHugo Napoleão

Israel Dias-Novaes

Bezerra de MeloGeraldo Guedes

Elquisson SoaresIsrael Diw>-Novaes

SuplentesPDS

VagoVagoVago

Vilela de Magalhães

Suplentes

PDS

VagoVagoVago

2} COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN­QUÉRITO DESTINADA A INVESTI­GAR A SITUACÃO DO PATRIMÔNIOHISTóRICO E~ ARTfSTICO NACIOuNAL E AVALIAR A POUTICA DO GO­VERNO FEDERAL PARA SUA DEFE­SA E CONSERVAÇÃO

RESOLUÇAO N.O 11, DE 1980

Prazo: 5-12-80 a 30-3-82

Presidente: Célio Borja - PDSVice-Presidente: Vicente Guabiroba - PDS

Relator: Fernando Coelho - PMDB

Titulares

PDS

PMDBBrabo de Carvalho Roberto FreireFlávio Chaves

Local: Anexo IIRamais: 6408 e 6409Secretário: Antônio Fernando Borges Manzam

3} COMISSAO PARLAMENTAR DE IN­QU~RITO DESTINADA A APURARIRREGULARIDADES, DISTORÇõES EDEFICIENCIAS NO FUNCIONAMEN­TO DO ENSINO PAGO NO PAfS

RESOLUÇAO N,o 49/80Prazo: 6-5-81 a 2-6-82

Presidente Feu Rosa - PDSVice-Presidente Paulo Guerra - PDS

Relator Edison Khair - PMDB

Afrísio Vieira LimaFrancisco BenjamimErnani Satyro

Geraldo Guedes (PDS) - Livro II - Parte Es­pecial - Atividade NegociaI.

Afrísio Vieira Lima (PDS) - Livro III - ParteEspecial - Coisas.

Igo Losso (PDS) - Livro IV - Parte Especial- Familia.

Tarcísio Delgado (PMDB) - Livro V - ParteEspecial - Sucessões.

PTB

PMDBJosé Maria de CarvalhoLúcio CioniLuiz LealOdacir KleinRuy CôdoTertuliano Azevedo

PDT

PMDBOctacilio de AlmeidaPaulo BorgesSérgio FerraraTidei de LimaValter Garcia

PDT

PTB

Chefe:Local.

Diretor: Walter Gouvêa CostaLocal: Anexo Ir - Tel.: 226-2!H2 (direto)

Ramal 6400 e 6401

Seção de Comissões EspeciaisStella Prata da Silva Lopes

.Anexo TI - Tel: 223-8289(direto) Ramais 6408 e M09

Seção de Comissões Parlamenta.resde Inquéllito

Lucy Stumpf Alves de SouzaAnexo II - Tp.l.: 223-7280 (direto)Ramal 6403

Chefe:LOcal:

Eloy Lenzi

Paulo Pimentel

Airton SandovalFrancisco LibardoniFued DibGeraldo FlemingGilson de BarrosJoão Linhares

Audálio DantasAurélio PeresFernando IqraLázaro CarvalhoMário StammNabor Júnior

Aluizio Paraguassu

1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DElEI N9 634175, DO PODER EXECUTI­VO, QUE INSTITUI O CóDIGO CIVIL

Presidente: João Linhares - PMDBVice-Bresidente: Igo Losso - PDSVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDB

Relator-Geral: Ernani satyro - PDSRelatores Parciais:

Israel Dias-Novaes (PMDB) - Parte Geral ­Pessoas, Bens e Fatos Jurldicos.

Raymundo Diniz (PDS) - Livro I - Parte Eg­. pecial - Obrigações.

Presidente: Homero Santos - PD6Vice-Presidente: Manoel Ribeiro - PDSVice-Presidente: Juarez Batista - PMDB

TitularesPDS

Jayro MaltoniJoel RibeiroRaul BernardoRezende MonteiroRuy BacelarSimão Sessim

Vilela de Magalhães

SuplentesPDS

E:rnídio PerondiFrancisco BenjaminJoaquim GuerraJorge PauloLéo SimõesNavarro Vieira FilhoVago

Alair FerreiraAlcides FranciscatoDarcy PozzaFrancisco LeãoHélio LevyHermes MacedoHidekel Freitas

REUNIõES

PDS

REQUERIMENTO N.o 138/81Prazo: 12-8-81 a 26-4-82

Adriano Valente Navarro VieiraAdolpho Franco Odulfo DominguesCastejon Branco

Lúcio CioniManoel GonçalvesMilvernes Lima

PMDB

Octacilio QueirozWaldir Walter

PDT

Júlio MartinsPedro Corrêa

PMDB

Fued Dib

Titulares

PDS

Supfentes

PDS

Jorge GamaMário Frota

Fernando MagalhãesJoão AlbertoJúlio CamposLeorne Belém

Alceu Collares

Cristina TavaresMax Mauro

Antônio MazurekHenrique TurnerJayro Maltoni

Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário das CPls - Anexo 11Secretária: Maria Teresa de Barros Pel'eira

Anexo 11 - Ramal 6404

REUNIõES

REQUERIMENTO N.o 140/81

REUNIOES

Presidente: Castejon Branco - PDSVice-Presidente: Sebastião Andrade - PDS

RBlator: Adhemar Santillo - PMDB

Prazo: 29-9-81 a 11-6-82

8) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A APURAR]AS CAUSAS E CONSEQÜ~NCIAS DA.FOME, DESNUTRIÇAO E FALTA DESAúDE NA POPULAÇÃO DE BAIXARENDA NO BRASIL

Quintas-feiras, às 10 horas

Local: Plenário das CPIs - Anexo 11

Secretaria: Anexo II - Ramal 6410Secretária: Nelma Cavalcanti Bonifácio

José Maria deCarvalho

PMDB

Valter Garcia .

PMDB

TitularesPDS

Diogo NomuraTheodorico Ferraço

PMDB

REUNIõES

João HercUlinoMurilo Mendes

Olivir Gabardo

Suplentes

PDS

Antônio Ferreira Cláudio StrassburgerAugusto Lucena Pedro Car.oloChristóvam Chiaradia

Jorge Uequed

Júlio CostamilanMaurício Fruet

PDS

Cesário BarretoDarcy Pozza

Titulares

Suplentes

Terças-feira.'!, às 10 horasLocal: Plenário das CPIs - Anexo 11Secretária: Lourdínete Honório Paiva

Anexo 11 - Ramal 6406

7) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QueRITO DESTINADA A AVALIAROS RESULTADOS DA REFORMA DOENSINO DE 19 E 2':' GRAUS

RESOLUQAO NQ 18/81

Prazo: 13-8-81 a 27-4-82

Presidente: Braga Ramos - PDSVice-Presidente: Francisco Leão - PDS

Relator: Nivaldo Krüger - PMDB

PDS

PMDB

Amadeu Geara João HerculinoDélio dos Santos

Angelo Magalhães José AlvesAntônio Zacal'ias

Altair Chagas Wildy ViannaAntônio Amaral 2 vagasJoel Ribeiro

Hugo Rodriguesda Cunha

Octávio TorrecillaVictor Fontana

Elquisson SoaresRonan Tito

PMDB

Suplentes

PDS

Airton SandovalCristina Tavares

Antônio MorimotoAntonio UenoAthiê CouryEdilson Lamartine

PMDB

Alvaro Dias Hélio DuqueGerson Camata

Terças-feiras, às 10 :00 horasLocal: Plenário das CPls - Anexo 11Ramal: 6~04

Secretária: Myrthes Hooper Silva

6) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A APURARAS RAZõES DETERMINANTES DASCONSTANTES E CRESCENTES MA­JORAÇÕES DAS TARIFAS DE ÁGUA,ESGOTO, LUZ, TELEFONE E TRANS­PORTE COLETIVO URBANO

Presidente: Alexandre Machado - PDSVice-Presidente: - PDS

Relator: Mário stamm - PMDB

5) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A APURARAS DISTORÇõES EXISTENTES NACOMERCIALIZAÇAO DO CAFe BRA·SILEIRO

REQUERIMENTO N.o 139/81Prazo: 16-6-81 a 30-3-82

Presidente: Cardoso de Almeida - PDSVice-Presidellte: Delson Scarano - PDS

Relator: Cardoso Alves - PMDB

Titulares

IEDIÇAO DE HOJE: 64 PÁGINAS ] PREÇO DESTE EXEMPLAR: CrS 50,00 I.