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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE MAIO DE 1982 CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMARIO 1- ATA DA 45. a SESSÃO DA 4. a SESSAO LEGISLATIVA DA 46." LEGISLATURA, EM 6 DE MAIO DE 1982. I- Abertura da Sessão H- Leitura e assinatura da ata da sessão anterior IH - Leitura do Expediente REQUERIMENTO Do Sr. Deputado Rosemburgo Romano, de retirada do Pro- jeto n.o 5.773/81, de sua autoria. COMUNICA!ÇAO Do Sr. Deputado Adhemar de Barros Filho comunicando que se ausentará do País. REQUERIMENTO DE INFORMkÇAO Requerimento n.o 205, de 1982 (Do Sr. José Oliveira Cos- ta) - (Convocação de Ministro) - SOlicita a convocação do Ministro da Agricultura, Amaury 'Stábile, para prestar escla- recimentos sobre a política agrícola brasileira. MENSAGEM Mensagem n. O 168, de 1982· (Do Poder Executivo) - So- licita o senhor Presidente da República autorização para au- sentar-se do País, na segunda quinzena de julho do corrente ano, em visita oficial ao Canadá. PROJETOS A IMPRIMIR Projeto de Lei n.O 4.550-A, de 1981 (Da Sr." Cristina Ta- vares) - Acrescenta §§ 1.0 e 2.° ao art. 37, da Lei n.O 4.726, de 13 de julho de 1965, que dispõe sobre os Serviços de Re- gistro do Comércio e Atividades Afim; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com Substitutivo; e, da Co- missão de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação, com adoção do Substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça. Projeto de Lei n.o 4.800-B, de 1981 (Do Sr. Alvaro Valle) - Disciplina as atividades profissionais dos vigias portuários, e outras providências. Projeto de Lei n.o 5.330-C, de 1981 - Emenda do Senado ao Projeto de Lei n.o 5.330-B, de 1981, que "dispõe sobre a requisição de servidores públicos pela Justiça Eleitoral, e outras providências". PROJETOS APItESENTADOS Projeto de Resolução n.o 302, de 1982 (Do Sr. Iranildo Pereira) - Cria ComiSsão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar denúncias de irregularidades no processo eleitoral fe- deral e estadual. Projeto de Resolução n.o 300, de 1982 (Do Sr. Ruy Côdo) - a denominação de Plenário Monteiro Lobato à Sala da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, e de- termina outras providências. Projeto de Lei n.o 6.137, de 1982 (Do Sr. Pacheco Chaves) - Altera a redação do art. 883 da Consolidação das Leis do Trabalho. Projeto de Lei n.o 6.124, de 1982 (Do Sr. Paulo Lustosal - Estabelec,e reserva de mercado para a produção de carros elé- tricos. Projeto de Lei n.O 6.125, de 1982 (Do sr. Pacheco Chav,es) - Acrescenta e altera dispositivos na Lei n.o 1.493, de 13 de dezembro de 1951, que "dispõe sobr,e o pagamento de auxílios e subvenções". Projeto de Lei n. ° 6. 145, de 1982 (Do Sr. Edson Vidigal) - Dispõe sobre o prazo de acesso aos documentos de arquivo. Projeto de Lei n.O 6.163, de 1982 (Do Senado Federal) - Reajusta os valores de vencimentos e proventos dos servidores ativos e inativos do Senado Federal, e outras providências. IV - Pequeno Expediente GRISTINO CORT,ES - Liberação de recursos creditíJios para a retenção de matrizes bovinas. WALDIR WALTER - Reforma constitucional preconizada pelo Governo Federal. L'úiCIA VIVEIROS - Telegrama dirigido pela oradora ao Presidente das Organizações Globo sobre quadro encenado no Programa "Balança, Mas Não Cai". JOÃO GILBERTO - Reivindicações dos produtores gaú- chos de soja. FREITAS NOBRE - Campanha contra a venda das re- servas de Carajás. JOSÉ FERNANDES - Construção de Terminal Hidroviário em Manaus, Estado do Amazonas. FRANCISCO ROLLEMBERG - Crise nas relações inter- nacionais. lGO LOSSO - Nomeação do Dr. Roberto Parreira para a direção da EMBRA!FILME. HJUMBERTO SOUTO - Necrológio do Sr. Oscar Caet·ano Gomes. NH.SON GIBSON - Trabalho desenvolvido pelo Sindicato dos Contabilistas de Pernambuco, para fundação de Faculdade de Ciências Contábeis no Estado. JORGE UEQUED - Reforma constitucional preconizada pelo Governo Federal. ANTôNIO ZACHARIAS - Preço do amendoim. SARAiMAGO PINHEIRO - Administração do Ministro Jair Soares à frente da Pasta da Previdência e Assistência So- cial.

imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

DIÁRIO ACIONAL

SEÇÃO I

ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE MAIO DE 1982

CÂMARA DOS DEPUTADOSSUMARIO

1 - ATA DA 45.a SESSÃO DA 4.a SESSAO LEGISLATIVADA 46." LEGISLATURA, EM 6 DE MAIO DE 1982.

I - Abertura da SessãoH - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior

IH - Leitura do Expediente

REQUERIMENTO

Do Sr. Deputado Rosemburgo Romano, de retirada do Pro­jeto n.o 5.773/81, de sua autoria.

COMUNICA!ÇAO

Do Sr. Deputado Adhemar de Barros Filho comunicandoque se ausentará do País.

REQUERIMENTO DE INFORMkÇAO

Requerimento n.o 205, de 1982 (Do Sr. José Oliveira Cos­ta) - (Convocação de Ministro) - SOlicita a convocação doMinistro da Agricultura, Amaury 'Stábile, para prestar escla­recimentos sobre a política agrícola brasileira.

MENSAGEMMensagem n.O 168, de 1982· (Do Poder Executivo) - So­

licita o senhor Presidente da República autorização para au­sentar-se do País, na segunda quinzena de julho do correnteano, em visita oficial ao Canadá.

PROJETOS A IMPRIMIRProjeto de Lei n.O 4.550-A, de 1981 (Da Sr." Cristina Ta­

vares) - Acrescenta §§ 1.0 e 2.° ao art. 37, da Lei n.O 4.726,de 13 de julho de 1965, que dispõe sobre os Serviços de Re­gistro do Comércio e Atividades Afim; tendo pareceres: daComissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa, com Substitutivo; e, da Co­missão de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação,com adoção do Substitutivo da Comissão de Constituição eJustiça.

Projeto de Lei n.o 4.800-B, de 1981 (Do Sr. Alvaro Valle) ­Disciplina as atividades profissionais dos vigias portuários, edá outras providências.

Projeto de Lei n.o 5.330-C, de 1981 - Emenda do Senadoao Projeto de Lei n.o 5.330-B, de 1981, que "dispõe sobre arequisição de servidores públicos pela Justiça Eleitoral, e dáoutras providências".

PROJETOS APItESENTADOS

Projeto de Resolução n.o 302, de 1982 (Do Sr. IranildoPereira) - Cria ComiSsão Parlamentar de Inquérito destinadaa apurar denúncias de irregularidades no processo eleitoral fe­deral e estadual.

Projeto de Resolução n.o 300, de 1982 (Do Sr. Ruy Côdo) ­Dá a denominação de Plenário Monteiro Lobato à Sala da

Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, e de­termina outras providências.

Projeto de Lei n.o 6.137, de 1982 (Do Sr. Pacheco Chaves)- Altera a redação do art. 883 da Consolidação das Leis doTrabalho.

Projeto de Lei n.o 6.124, de 1982 (Do Sr. Paulo Lustosal ­Estabelec,e reserva de mercado para a produção de carros elé­tricos.

Projeto de Lei n.O 6.125, de 1982 (Do sr. Pacheco Chav,es)- Acrescenta e altera dispositivos na Lei n.o 1.493, de 13 dedezembro de 1951, que "dispõe sobr,e o pagamento de auxíliose subvenções".

Projeto de Lei n.° 6. 145, de 1982 (Do Sr. Edson Vidigal) ­Dispõe sobre o prazo de acesso aos documentos de arquivo.

Projeto de Lei n.O 6.163, de 1982 (Do Senado Federal) ­Reajusta os valores de vencimentos e proventos dos servidoresativos e inativos do Senado Federal, e dá outras providências.

IV - Pequeno Expediente

GRISTINO CORT,ES - Liberação de recursos creditíJiospara a retenção de matrizes bovinas.

WALDIR WALTER - Reforma constitucional preconizadapelo Governo Federal.

L'úiCIA VIVEIROS - Telegrama dirigido pela oradora aoPresidente das Organizações Globo sobre quadro encenado noPrograma "Balança, Mas Não Cai".

JOÃO GILBERTO - Reivindicações dos produtores gaú­chos de soja.

FREITAS NOBRE - Campanha contra a venda das re­servas de Carajás.

JOSÉ FERNANDES - Construção de Terminal Hidroviárioem Manaus, Estado do Amazonas.

FRANCISCO ROLLEMBERG - Crise nas relações inter­nacionais.

lGO LOSSO - Nomeação do Dr. Roberto Parreira para adireção da EMBRA!FILME.

HJUMBERTO SOUTO - Necrológio do Sr. Oscar Caet·anoGomes.

NH.SON GIBSON - Trabalho desenvolvido pelo Sindicatodos Contabilistas de Pernambuco, para fundação de Faculdadede Ciências Contábeis no Estado.

JORGE UEQUED - Reforma constitucional preconizadapelo Governo Federal.

ANTôNIO ZACHARIAS - Preço do amendoim.SARAiMAGO PINHEIRO - Administração do Ministro

Jair Soares à frente da Pasta da Previdência e Assistência So­cial.

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2914 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

JG DE ARAÚJO JORGE - Reforma constitucional pre­conizada pelo Governo Federal.

GERALDO GUEDES (Retirado pelo orador para re·visão.) ­Necessidade de construção de novo hospital em Caruaru, Es­tado de Pernambuco.

INOC~NCIO OLIVEIRA - Recursos para a construção daUsina Hidrelétrica de Itaparica.

EDSON VIDIGAL - Importação de tecnologia. Proteçãoao know-how nacional.

OSVALDO :MELO - Privatização da metalurgia de man­ganês e de cobre.

ALeIR PIMENTA - Primeiro aniversário de Centro In­terescolar localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, Estadodo Rio de Janeiro.

OSiMAR LEITÃO - Eleição do Dl'. Elysette de OliveiraMorales para a Governadoria do Distrito 457 do Rota-ry ClubInternacional.

SDMAO SESSIM - Inauguração do Complexo Portuáriode Sepetiba, Estado do Rio de Janeiro.

VICTOR FACCIONI - Implantação em Porto Alegre, Es­tado do Rio Grande do Sul, do Sistema Pneumático de Trans­porte Coester-AeromóveL

ALCElBíADES DE OLIVEIRA - Dia das Comunicações.ADHEMAR GHISI - conseqüências para a clientela pre­

videnciária das medidas de contenção financeira adotada.~ peloINAMPS no Estado de Santa Catarina.

HENRIQUE EDUARDO ALVES - Pesquisas sobre a adap­tação do antílop·e às condições climáticas potiguares.

JORGE ARBAGE - Conflito anglo-argentino.~O SIMõES - Medidas estimuladoras do mercado de

carros movidos a álcool.

V - Grande ExpedienteMENDONÇA NETO - Proletarização da classe média bra­

sileira.ALUíZIO BEZERRA - Pressões governamentais contra o

professórado do Estado do Acre. Falta de incentivo à produçãode borracha natural.

VI - Ordem. do DiaRUY CôDO, LúCIA VIVEIROS, MENDONÇA NETO. OS­

VALDO MELO, HJ!,~IO DUQUE, ALUíZIO BEZERRA. LÉO SI­MõES, ADALBERTO Cl\!MARGO, AIRTON SOARES - Apre­sentação de proposições.

ISRAEL DIAS-NOVAES - Comunicação, como Líder, so­bre o enquaüramento do Deputado Freitas Diniz na Lei de Se­gurança Nacional.

AIRTON SOARES - Comunicação, como Líder, sobre opropósito governamental de modificar o quorum para emenrlara Constituição.

NILSON GIBSON (Como Líder) - Atuação da Sr." Rose­mary Ritter Morgado no Gabinete do Ministro Jair Soares, daPrevidência e Assistência Social. Administração Marco Maciel,Estado de Pernambuco.

NABOR JúNIOR (Como Líder) - Processo politico-elei­toral brasileiro.

RUY CÔDO, ALVARO VALLE - Discussão do Projeto deLei n.O 2.10a-A, de 1979.

Prójeto de Lei n.O 2.091-A. de 1979, que fixa prazo para ojulgamento de proce,~sos administrativos de determinação eexigência de crédito tributário. (Do Sr. Henrique Eduardo al­ves>. Adiada a discussão por dez sessões. Projeto de Lein.o 2.137-A. de 1979, que acrescenta o § 4.° ao art. 469 da Con­solidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lein.O 5.452, de 1.0 de maio de 1943. (Do Sr. Simão Sessim). Apro­vado.

Projeto de Lei 11.0 1.076-B, de 1979, que veda novas ins­crições no Quadro de Provi~ionados da Ordem dos Advogadosdo Brasil e, mediante alterações da Lei n,o 4.215, de 27 de abrilde 1963, assegura, aos atualmente inscritos nesse Quadro, oamplo direito de exercício da profissão de advogado. (Do Sr.Luiz Leal), Aprovado.

projeto de Lei n.O 2.106-A, de 1979. que proíbe o fumo nassalas de aula, auditórios e bibliotecas dos estabelecimentos detodos os graus e modalidades de ensino, e dá outras provi­dências. (Do Sr. Ruy Côdo>. Adiada a votação por cinco ses­sões.

Projeto de Lei n.O 2. 346-A, de 1979, que dispõe sobre osserviços da vigilância em navios por vias portuárias. (Do Sr.Henrique Eduardo Alves). Aprovado o Projeto n.o 4.800/81,anexado ao Projeto de Lei n.O 2.346-A, de 1979.

V])]) - Designação da Ordem do Dia

vm - Encerramento

Discurso do Deputado Aluízio Bezerra, no Pequeno Expe­diente da sessão de 5-5-32: repressão policial a movimentogrevista de professores acreanos.

2 - 1\IE8A (Relação dos membros)

:I - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relaçãodos membros)

4 - COMISSÕES (Relação dos membros das ComissõesPermanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)

Rio Grande do Norte

Antônio Florêncio - PUS; João Faustino - PDS; RonaldoFerreira Dias - PDS.

Pernambuco

Augusto Lucena - PDS; Geraldo Guedes - PDS; InocêncioOliveira - P:DS; José Carlos Vasconcelos - PMDB; José Mendon.:.ça Bezerra - PDS; Marcus Cunha - PMDB; Milvernes Lima ­PDS; Nilson Gibson - PDS; Thales Ramalho - PMDB.

Piauí

Hugo Napoleão - PDS; Ludgero Raulino - PDS.

Ceará

Alfredo Marques - PMDB; Cesário Barreto - PDS; ClaudinoSales - PDS; Cláudio· Philomeno - PDS; Flávio Mareilio ­PDS; Gomes da Silva - PDS; Marcelo Linhares - PDS; MauroSampaio - POO.

Pará

Antônio Amaral - PDS; Brabo de Carvalho - PMDB; JaderBarbalho - PMDB; Jorge Arbage - PDS; S€bastião Andrade

PDS.Maranhão

Edison Lobão - PDS; Edson Vidigal - PMDB; EpitácioCaf.eteira - PMDB; Freitas Diniz - PT; João Alberto - PDS;José Ribamar Machado - PDS; Luiz Rocha - PDS; Vieira daSilva - PDS.

Paraíba

PMDB; Ernani Satyro - PDS; WilsonArnaldo LafayeteBraga - PDS.

ATA DA 45.a SESSãO,EM 6 DE MAIO DE 1982

PRESID:mNCIA DOS SRS.:NELSON MARCHEZAN, Presidente;

FREITAS NOBRE, 29-Vice-Presidente;FURTADO LEITE, lQ-Secretário;

SIMÃO SESSIM, Suplente de Secretário; eLÚCIA VIVEIROS, Suplente de Secretário.

I - As 13:30 horas comparecem os Senhores:

Nelson MarchezanHaroldo SanfordFreitas NobreFurtado LeitePaes de AndradeJoel FerreiraLúcia ViveirosJackson Barreto

Acre

Aluízio Bezerra - PMDB; Geraldo Fleming - PMDB; NasserAlmeida - PDS; Wildy Vianna - PDS.

AmazonasJosé Fernandes - PDS; Josué de Souza - PDS; Rafael Fa­

raco - PDS.Rondônia

Isaac Newton - PDS; Jerônimo Santana - PMDl3.

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Maio de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2915

AIa.goas

Albérico Coniciro - ros; Antônio Ferreira - PDS; DivaldoSuruagy - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; Mendonça Neto ­PMDB.

Sergipe

Celso Carvalho - PMDB; Francisco Rollemberg - PDS.

Bahia

Djalma Bessa - PDS; Fernando Magalhães - PDS; Fran­cisco Pinto - PMDB; Honorato Vianna - P1>S; Horácio Matos- PDS; João Alves - PDS; Jorge Vianna - PMDB; ManoelNovaes - PDS; Odulfo Domingues - PDS; Prisco Viana - PDS;Rômulo Galvão - PDS; Ruy Bacelar - PDS.

Espírito Santo

Christiano Dias Lopes - PDS; Mário Moreira - PMDB; Theo­dorico Ferraço - PDS; Walter de Prá - PDS.

Rio de Janeiro

Alcir Pimenta - PMDB; Daniel Silva - PMDB; Daso Coim­bra - PMDB; Florim Coutinho -;- PTB; JG de Araújo Jorge ­PDT; José Frejat - PDT; José Maurício - PDT; I,ygia LessaBastos - PDS; Marcello Cerqueira - PMDB; Osmar LeitãoPDS; Paulo ;a.attes - PMDB; saramago Pinheiro - PiOS.

Minas Gerais

Bento Gonçalves - PMDB; Bonifácio de Andrada - PDS;Carlos Ootta - PMDB; Castejon Branco - PDS; Dario Tavares- PMDB; Fued Dib - PMDB; Homero Santos - PDS; JoãoHerculino - PMDB; Jorge Vargas - PMDB; Juarez Batista ­PMDB; Luiz Leal - PMDB; Magalhães Pinto - PDS; NavarroVieira Filho - PDS; Pimenta da Veiga - PMDB; Ronan Tito- PMDB; Rosemburgo Romano - PMDB; Vicente Guabiroba ­PDS.

São Paulo

Adalberto Camargo - PDS; Ai-rton Soares - PT; AntônioMorimoto - PDS; Athiê Coury - PDS; Benedito Marcílio ­PT; Cantídio Sampaio - PDS; Cardoso de Almeida - PDS; DiogoNomura - PDS; Erasmo Dias - PDS; Henrique Turner - PDS;Herbert Levy - PDS; Israel Dias-Novaes - PMDB; João Cunha- PMDB; Octávio Torrecilla - PDS; Pedro Carolo - PDS; RuyCôdo - PMDB; Salvador Julianelli - PDS; Ulysses Guimarães-PMDB.

GoiásAdhemar Santillo - PMDB; Anísio de Souza - PDS; Fernan­

do Cunha - PMDB; Gnido Arantes - PDS; Iturival Nascimento- PMDB; Siqueira Campos - POS.

Mato GrO'9SO

Afro Stefanini - PDS; Cristino Cortes - PDS; Júlio Campos-PDS.

Mato GrOSso do Sul

Antônio Carlos de Oliveira - PT; Ubaldo Barém - PDS.

Paraná

Adolpho Franco - PDS; Adriano Valente - PDS; AntônioMazurek - PDS; Euclides 8caIco - PMDB; Hélio Duque - PMDB;ítalo Conti - PDS; Nivaldo Krüger - PMDB; Olivir Gabardo ­PMDB; Roberto Galvani - PDS; Sebastião RodlrigUJes Júnior

PMDB; Walber Guimarães - PMDB.Santa Catarina

Adhemar Ghisi - PDS; Ernesto de Marco - PMDB; JuarezFurtado - PMDB; Luiz Cechinel - PT; Mendes de Melo ­PDS; Nelson Morro - PDS.

Rio Grande do Sul

Alcebiades de Oliveira - PDS; Alceu Collares - PJJT; CarlosChiarelli - PDS' Carlos Santos - PMDB; Cláudio Strassburger_ PDS' Eloar G~azelli - PMDB; Eloy Lenzi - PDT; Emídio Pe­rondi .:..- PDS' Fernando Gonçalves - PDS; Getúlio Dias ­PDT' Hugo :M9irdini - ros; Jairo Brum - PMDB; LidovinoFantOn - PDT; Magnus' Guimarães - PDT; Odacir Klein ­PMDB; Túlio Barcellos - PDS; Victor Faccioni - PDS.

Amapá

Pau'o Guerra - PDS.Roraima

Júlio Martins - PDS.O SR. PRESIDENE (Freitas Nobre) - A lista de presença

acusa ocomparecimento de 172 senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a prDteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão ante'rior.

fi - O SR. CRISTINO CORTES, servindo como 2.o-seeretãr:to.procede à. leitura da. ata da sessão antecedente, a qual é, semobservações, assinada.

O SR. PRESIDENTE (Freitas Nobl'Et) - Passa-se à leitura doelqJediente.

O SR. FURTADO LEITE, l.°-Becretário, procede à leitUltado seguinte

IH - EXPEDIENTE

REQUERIMENTO

Brasília, 28 de abril de 1982.EXll1o. Sr.

Deputado Nelson MarchezanUD. presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente:

Nos termos regimentais do art. 1J.1:i. do Regimento Interno daCâmara dos Deputados, venho req,uere·r a V. Ex.a a retirada doProjeto n.O 5.773/&1, de minha autoria, que "estende ao empregadorural o Fundo de Garantia do Tempo de serviço".

Na oportunidade, agradeço a atenção de V. Ex.a. e reiteroOs meus protestos de estima e consideração. - Rosemburao R0­mano.

COMUNICAÇÃO

Brasília, 3 de maio de 1982.Exmo. Sr.Deputado Federal Nelson MarchezanDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Precidente:

De conformidade com o 31rt. 247, do Regimento Interno destaCâmara dos Deputados, comunico a Vossa Excelência que me au­sentarei do país, em viagem de caráter particular, no período de5 a 12 do corrente mês.

Ao ensejo, renovo a Vossa Excelência as expressões de minha!alev'ada 'estima e consid!8ração. - Ailhemar de BllIlTOs Filho,Deputado F·ederal.

SEÇÃO DE SINOPSE - VEL

Arquivem-se e publiquem-se, para os fins do disposto no § 4."do art. 28 do Regimento Interno:Projeto de lei

N.o 1.7'76/79 - (Adroaldo Campos) - Isenta do pagamento doImposto de Renda as pessoas cujo rendimento bruto se constituaunicamente de proventos da aposentadoria ou reforma.

N.O 1.790/79 - (Adroaldo Campos) - Isenta do pagamentodo Imposto de Renda as pessoas cujo rendimento bruto se cons­titUa unicamente de pensão.

N.o 3.212/80 - Carneiro Arnaud) - Altera a Lei n.o 6.179, de1974, para estender o amparo previdenciálrio ao estudante que setornar inválido.

N.o 3.239/80 - (Inocêncio Oliveira) - Concede isenção dopag9imento do Imposto de Renda aos aposentados.

N.o 3.817/80 - (Guido Arantes) - Isenta do ~osto de rendaos servidores aposentados dos Três Poderes da União, dos Estados,do Dístrito Federal, dos Territórios e dos Municipios, e os aposen­tados da previdência Social.

N.o 4.324/81 - (José Ribamar Machado) - Dispõe sobre isen­ção de alíquotas do Imposto de Renda sobre proventos de apo­sentadorias, e dá outras providências.

N.o 4.394/81 - (Siqueira Campos) - Exclui da incidência doImposto de Renda os proventos de aposentadoria e pensões.

N.o 4.662/81 - (Inocêncio Oliveira) - Permite ao médico assis­tente o desligamento dos aparelhos de um paciente em estado decoma terminal ou na omissão de medicamento que iria prolongarinutilmente uma vida vegetativa sem possibilldade de recuperarcondições de vida sofrível, em comum acordo com. os ta.miliares, edá outras providências.

N." 5.121/81 - (Léo Simões) - Acrescenta dispositivo a Lein.O 5.890, de 8 de junho de l[)73, na parte em que disciplina aaposentadoria por tempo de senriço.

Projeto de Lei Comp1tmlentar

N.o 36179 - (Antônio Zacharias) - Acrescenta dispositivo aoCódigo Tributário Nacional (Lei n.o 5.172, de 25 de outubro de19(6).

Page 4: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

2916 Sexta-feira 7 DIÁRIO DiD CONGRESSO NACIONAL (Seção li Mlliode 1982

• •••••• 4 .

N.O 142/80 - (Pacheco Chaves) - Acrescenta dispositivo àLei Complementar n.o ll, de 25 de maio de 1971, que instituiuI() PRORURAL, para o fim de estender às viúvas de antes de1972 o direito à pensão.

N.O 147/80 - (Ruy Côdo) - Oria o Estado do Jari.

REQUERIMENTO N.o 205, DE 1982

(Do ar. José Oliveira Costa)

(Convocação de Ministro)

Solicita a convocação do Ministro da Agricultura,Amaury Stábile, para prestar esclarecimentos sobre a piO­lítica agrícola brasileira.

Exoolentissimo Senhior Pl'esidente da Câmara dos Deputados.

José Oliveira Costa, abaixo-assinado, membro da bancada doPM"tido do Movimento Democrático Bmsileiro (PMDB) nesta Crma,arrimado no art. 38 da COnstituição Federal, combinaõo com o art.267 do Regimento Interno da Câma;ra dos Deputados, requer' aVossa Excelência a convocação do Excelentíssimo Senhor Ministroda Agricultura, Amaury Stábile, para comparecer ao Plenário des­ta Casa 'a fim de· prestar esclarecimentos sobre a política agrícolabrasileira, em particular sobre a aquisição de excedentes de produ­ção Q~cola; p11eÇOO mín.im.oo; crédito ao produtor 1"1lJ.1lW.; e a im­lPootação dos Programas de \Desenvolvimento de OlJImunidades Ru­mls e o Desenvolvi..J:nento iRural Integ1rados, PiRODECOR e PDRlS,além das atividades do INGiRA no Governo do Presidente' João Fi­gueiredo.

Justificação

Não l'ara.rnente temos tido denúncias pela imprensa das afli­ções :por que pll.SOO. o meio rural bvasileiro dadO o excesso de pro­dução estimulado pelo Ministério da Agricultuva. Do mesmo modose queixa da política de- fixação do preço mínimo 00 produtor quelItáo lhe é compensador. De igual forma vemos o prodJutoJ:> sem con­dições de usar o crédito que lhe é oferecido eis que no pe'riOlio decarência não obtem um resultado que lhe ofereça condições desaldar o compromisso.

No monrenoo em que vemos farta publicidade por pan:te do Mi­nistério da Agricultura, a lI'espeito de Pirogr.amas que se multipli­cam cada vez mais, nada m.ais o}JOl'tuno que convocar o seu titulaJrpara aqui comparecer e dar ,amplas explic,ações sobre o seu tra­balho.

Brasília, 30 de abril de 1982. - José Oliveira Costa.

MENSAGEM N.o 168, DE 1982

(Do !Poder Executivo)

Solicita o Senhor Presidente da IRepúbUca autorizaçãopara alL'>eutar-se dio País, na segunda quinzena de julhodo correllteallo, em visita oficial ao ICanadá.

(As Comissões de Relações Exteliores e de Constitui­ção e Justiça.)

Excelentissimos Senhores Membros do congres.so Nacional:

Comidou-me Sua Excelência o Senhor Edward Schre~er, Go­1rel'n!lidor Geral do Canadá, p3Jl!a uma visita oficial àquele P'llis, arealizar-se na segunda quinzena de julho.

Na op{)rtunidade serão examin3Jdos temas de inter{~sse dasrelações 'entre os dois Países.

No indeclinável dever de aceitar () nobre convite, v'~nho. emcurnrprimento ao que preceituam os artigos 44, inciso m, e 80. daOonstituição, solicitar ao Oongre"so Nacional a nece.s.sárla., autori­zaçfi"o para aus:enta,r~me do Pai&.

Brasília:, 4 de maio de 19'82. - .João Figueiredo.

Arviso n.o l'7i5-lSir.mAR/S2.Em 4 de maio de' 1982.

A Sua Excelência o senhorDe'Putado Furtado LeiteDO. Primeiro-Secretário da Câmara dos DeputadosBrasília - DF

IExcelentíssimo Sen~lOr Primeiro-Secretário:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria lli Men,').agemna qual o Excelentíssimo senhor Pl'esidente da República solicitaautorização para ausentar-se do País.

Aproveito l:lI oportunidade para renovar 'a VOSS3J EJolcelênciaprotestos de elevada estima e consideração. - João Leitão ,de Abreu,'Ministro Chefe do Gabinete Oivil.

PROJETO DE LEI N.O 4.550-A, DE 1981

(Da Br.a Cristina Tavares)

Acrescenta §§ 1.° e 2.0 ao art. 37 da Lei n.o 4.726, de13 de julho de 1965, que dispõe sobre os serviç,os de Registrodo Comércio e Atividades Mins; tendo pareceres: da Co­missão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidadejuridicidade e técnica legislativa, com Substitutivo; e, d~C'omissão de Economia, Indústria e Comércio, pela aprova­ção, com adoção do Substitutivo da Comissão de Consti­tuição e Justiça.

(Projeto de Lei n.O 4.550, de 1981, ·30 que se re:(erem os·pareceres.)

O Congresso Nacional decl'eta:

Art. 1.0 O aa:t. 37 da Lei n.O 4.726, de 13 de julho de 1961; 'pas-saa vigel' acrescido dos seguintes §§ 1.0 e 2.0: '

"Art. 37.~ .

§ 1.° São dispensadas de registro nas Juntas COmer­ciais as sociedade... comerciais cujo capital social inicialseja inferior ao valor de 500 (quinhentas) Obrigações Rea­justáveis do Tesouro Nacional (ORTNs), até I() exetl"CÍcio emque apresentarem faturamento igualou superior ao valoirde 700 (setecentas) Obrigações Reajustáveis do TesouxoNacional.

§ 2.0 O registro inicial das sociedades comerciais deque trata o parágrafo anterior deverá ser realizado juntoà PrefeitllJ);El, do Município em cujo teDritório estiverem si­tuadas, obedecendo a normas especificas e simplifi'Cadas>3. serem baixadas em r.egulamento."

Art. 2.0 O Poder Executivo; ouvido o Ministério da Indústriae Comércio, regulamentará esta lei no praw de 60 (sessenta) dias.

.Art. 3.0 Esta Lei e,ntra 'em vigor na data de sua publicação.Art. 4.° !Revogam-se as disposições em contrário.

Justificação

A maioria quase <!libsoluta das Juntas Comea:ciais em f,unciona­mento no País encontram-se com seus trabalhos c(mgestionados econseqüentemente morosos, o que 'lJedunda em prejuízo não só daAdministração como das próprias atividades mercantis, em razão,fundamentalmente, da obrigatoriedade loegal de registro de todasas f.iJrm.as comerciais, sejam conglomeTados de empresas tramsna­eionais ou microssociedades, com atividades ainda embrionárias.Não raras 'V'ezes, tl1ata-se apenas de 'l.lllla idéia, um ensaio de :umafutura ,empresa. Em qualque'r hipótese, contudo o prévio registroé compulsório. '

Essa obrigação legal de prévio registro do comércio, acrescidaao volume substancial de papéis exigidos paTa e.s.se ,11€'gifltro, deses­timula a emergência de novos empreendimentos, de g;rande utili­dade pa.ra o Pais, eis ,que podedam gerar maior númem de em­'P<J:i6goS.

'Em V'e·l'dade, o diploma legal que cuMa da ml:ttéria - Lei11.0 4.726, de 13 de julho de 1965 - teve inspiração preponderante­mente bm'ocrãtica" pois na época em que '1e'io a. lume, não haviamaínda slJIPracto· os ventos do processo de .desblH'ocra.tização. em boa.hora deflagl'ado pela AdIn.irrl&iJl'ação Públic:i.. E ,['l. meclJd,:t que orE.preconizamos inse11e-:se e apvesenta total sint:;:mia cü,tn ""se 'P[\()ces­50, tão benéficO' ao !País.

Na realidade. ma-'1ter-se a. desa,rmzooda. 'exIgência a que n08reportamos sign.ific[~ aniquilar-se, 'pela burocmcia, () flü'f8dCimentodos ªl1egócio~, sem qualque,r resultado social positivo.

Por outro lado, a providêncIa que .aJvitra;mos, no sentido deficarem dispensadas do l1egi8tl1O prévIo as sociedades c.Jmerciaiscujo capital ínic1al seja inferior a 500 Obrigações Reajl1stáveis doTesouro Nacional (ORT!Ns), 'até o e:x;ercício em que· apresentaremf.atul.'amenfJo igulI<l ou superior a 700 ORTNs, permitirá uma se-nsí­vel redução dos custos iniciaIs com contabilidade, além de outrasdespesas gravosas e inibidoras do su:rgimento de nnv,as empresas.Ao ínvés de inibir-se, passarÜt 'a seT LTlcenJti.vado o 'apa.l'ecime'1lto denovas entidades comerciais.

Alémdísso, ·as Junt.as Comercíals teriam os seus t,rabalhos de­safogados, 'atuando com maior eficiência e rapidez, "enda ir:rele­vante o controle atualmente exercido, que implica mais em custosque em resultados.

Prevê a ipIroposição que O> registro inicial das empresas abran,­gidas será efetuado nas respectivas Prefeitooas Municipais, deacordo com nol'lUas simplificadas a I>e·rem expedidas pelo PoderExecutivo, em ·regulamento.

Aliás, as próprIas Juntas Comerciais poderão elaborar uma fi­cha-padrão de registro, de firmas, a ser adotada pelas Municipali­dades, sem prejuizo de informações básicas, eliminando as atuaisexigências, itrtrelevl,bntes e desnecessár.las.

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2917

Temos ,convicçã.o de que a iniciativapermiti,rá :um maior de­senvolvimento das atividades mercantis, o que irrecursavelmentetrará benefícios para a economia nacional, coIaborando decisiva­mente para a aceoleração <lo processo de' desbUl'ocI'ati:IJação em 'an­damento na Administraçoo Pública.

Por tais motivos, esperaII10S que ,a proposição venha a rne'l'ece,ro apoio dos ilustl'es membros desta Oasa.

Sala das Sessões. - Cristina Tavares.

LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAODAS COMISS6ES PERMANENTES

LEI N.O 4.726, DE 13 DE JULHO DE 1965DiSpÕe sobre os serviços do registro do comércio e ati­

vidades afins, e dá outras providências,

OAPíTULO VDo Registro do Comércio

Art. 37, O Registro do cnmérclo compreende:

I - A matricula:

1.0 - dos leiloeiros, corretores de mercadorias e de navios;

2.° - dOiS trapicheiros e administradores de 'armazéns de' de-pósitos de merca,dorias nacionais ou estl'angeiras;

3.° - das 'pessoas naturais ou jurídicas que pretenderem es­tabelecer ,empresas dcllirmazéns gerais.

, li - O arquivamento:

1.0 - do c,ontratoantenupcial do c~ome[ciante e do titulo· dosbens incomunicáveis de seu cônjuge, ·eaindla d'OiS títulos de aquisi­ção, pelo comerciant,e, de bens que não possam ser obrigado!! pordívidas;

2.0 - dos ,ato!! constitutívos das sociedades comerciais nacio­nais, suas prorI'Ogações e demais documentos Idas sociedades co­merciais estrangeiras, que funcionam no R!'asil por meio de' fitial,sucursal ou agência;

3.° - dos atos constitutivos das sociedades anônimas e em co­mllilldita po'r ações, nacionais ou estrllillgeira.s;

4.° - das ;atas ,de 'as.'lembléias ,gerais ordiná!rias e eoctraordiná­rias e ouwos documentos rellttivosàs socieda,cloesanônimas e às emcomandita por .ações, inclusive os reflerentes à sua liquidação;

5,0 - dos documentos relativos à constituição Idas sociedades'cooperativas, às 'alte,rações dos seus ,estatutos e à sua dissolução;

6,° - dos documentosconcer'l1'entes à constituiçoo das socie­dades mútuas, às alterações dos seus estatutos e à sua dissoJução;

7.° - dos atos concernentes à transformação, à inco,rporação eà fusão das sociedad,es comerciais;

8.° - dos atos lex;trajudi'Ciais ou decisões judiciais de· liquidaçãodas sociedades comerciais.

III - O ,registro:

1.0 - da nomeação de admintstradores de armazéns ge,nais,quando não fo,rem os próprios empresários, de seus fiéi!! e outros!prepostos;

2.° - dos títulos de h3Jbilitaçã;o comercial dos menores e outrosatos a eIes relativos;

3.° - dos 'atos de nome'ação de liquidantes de sociedades co­merciais;

4.° - dos instrumentas de mllilldato e sua revogação;

5.° - das cartas patentes e caJrtas de ,!lJutorização ooncedidasasociedades nacionais e 'estrangeil'as;

6.° - das declarações de fÍfL'llUlS individuais;

7.° - de nomes comerciais das sociedllides mercantis, excetodas sociedades anônimas.

IV - A anotação, no registro de firmas indíviduais e nomescomerciais, das :alterações respectivas;

V - A autenticidade <los livros:

1.° - de comerciantes ou lSOCiedades comerciais, nacionais ouestl'angeiras;

2.° - de agentes auxiJiaTes do comércio;

3.° - de empresas de I=azéns de depósito, tr~piches e ar-mazéns ,gerais.

VI - O cancelamento do ;registro:1.0 - das firmas individuais;2.° - dos nomes comerciais das socied:ades mercantis, exceto

anônimas, em virtude de liquidação.

VII - O arquivamento ou o l'egistro de quaisquer outros art;osou documentos determinados por disposição ,expressa de lei, ou quepossam inteI1essar ao comerciant,ecom firma regisurada ou às 150­cie,dades come,rciais.

PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA

I - Relatório

A HUEltre Deputada 01'istina Tavares, no intuito de odesburocra­tiza,1' o registro das sGcied'ades comerciais, facilitaJlldG a atividadede pequenos comerciantes, propõe' que sedam dispensados do re­gistro .nas Juntas OomerciJaisas empresas de c!lJpital infe'rior a 500ORTNs, cujo faturamento anual não atinja 700 ORTNs.

Os atos constitutivos de aludidas sociedades seriam arquivadosjunto ,às Prefeitums dos respectivos munic1pios, sob forma simplí­fi'Cada, segundo normas a serem haixadas em !l)eguIamento.

Como a prD!posição ,envolve matéria de Dil'eito Comercial, com­pete-nos analisá-la ,em seu mérito e sob os aspectOiS de constitu­cionalidade, juridicidade c técnica legislativa (art. 28, § 4.°, do Re­gimento Interno).

'Ooo1lSiti!tucio,noa,ImeilJl+'e, ,a iniciativa :re inse,Ile na compl81têlnciada Uu:1itãD e n,a órbitla pa,rJamentalr (,arts. &.0, X1VE, b, e ,56), nãose lhoe vi!!,1umblJrundo 'qUlail.qu8'r a,rrrunl1ão à ordem j!UlrÍdi~lJI-colI1lSrti­

tuctonoal vigenúe.

No mé!l'1uo é 3Jté por uma,quels:tão de ,técntca" ,elutJ8inJd!emros qUie{} [leg.j~t,m de ~:olG.íJe,dardi83 de pelj)ue'noo pOil'lÚe ;não de,Vla; fiCialr Qlfle'1:.oàs 'Brejjeiltur.as MUlllicipahl, 0UJj.a,s :aj+iivid'ad1e,s Jtêm muilluo ;p!OOCIO aVier com Reg;istros Públicos, PaJre,c!e-nos qlue' 'etSlS'aJ ,ailJlibll.llição s.ejama.is!lJpropa.'diadla dOiS OlWb6ri!os ínclllmbidos do 11egisltl1O de, pelS:­roa!:;; jUll'ídicaB, ,acost,UilIliooolS .que 'estãiO la fazer 'a'lJquiV1aJITJl8I!1Jto de·3Jt,o~ co,nostltutivos dle soc,i,ed3Jd!escivi!!" mesIMo a,qul!llalSl q'llel SIlO' Ire­vistaJm ,d,a Jú=a cOimeirciaJl (an:>t, 114, lI, 'dia, Lei 31.° 6.015., dle31-12-73),

!Por outro lado, em f,ace da ,complexidad'e' que' e!I1~ollV:e' ·a iLns­tiltmçtáJo ,dJe umaJ so,ciedade ,a;nônima, é die I"XliClOl 'l1elc'omendáV'e'l, CO'­:mIO ,aliás ,aconlÚec:e 'com ,as ooc~ed!adlelS ,a ·qUle nJOIS il'!e.fextimJo's Il!O' tó­iPilclo Hil1JUelnOr in fine, que las ,c{)lffiip'anhialg ~leoj'aJm ell'cluÍJtliaiS da sim­ip'lilificação ;propio',\jtia.

Em ·collS,eqüência deslslas ;po.ndel1açõ,elSi, jU!1g,a:mo,g qUle a 'idéiapoide,rá COo:1CQ:letizRT-se me,dia[];1Je simples ar.l1Je<l"ação ,dia. Dei de R'e­g]s'Ul'OIS Púb1tcos, dJilSpensmnõ'O-'sle mO'dificaçõel9 na lei i8specíf&cia doll'e,gilSit,r:o 00omelJJctaJl.

Paroa tan.to ISluger,i'mo\S a a,dloção :de ISlubs:t,iJtIUlt,~iVG, mauü1ell1Jdo·,aOil~1udo, Os p'a1râmetrOiS PI1O'P'O'S,1Jos pelia ,alUJtolJaJ plaJl1a c:a:rlaCItea:'l.izaçã.oIdalS empl1elSlaS ,que poderiam Sier be!I1eficiadJas pe'l3J medddaJ desbu­ll'Io'Cl1a,til'Jamrt::e, :pois a es,sie l1eSiplliJúo estlalrá em melihlJil.1eis clJ!I1dJi.çõ,esde Oipilnalr ·a dJotlrba Comissão de EicIolllomla, lindoo1JriJa le ComércioqUl6, ICio!!H:o!l'l1ent'emente, Sie prO!I1Ul1JciJa.l1á s!obl'eo méll.lÍito JClia. [pQ10PoQ­sél1Jul13J.

11 - Voto do RelatorEm f,ace do expost01, !!HliSlSl() VIO,llo é pela (:OilJiSitLtuciIo!I1JaJliJdJad,ei, jll­

IDirncidrudlB' e boa ibécmi<la legiJSJla~"iÍva do poojle'1Jo, mamilfe's1Jamdo-mlOsjjaroráVJe.i,g à SiUla. 'llJP,JJoiV1ação desde que ·alco1hidl() I() slUblSrtJt1JuJtivo SiU­gim1d1o emaiplCJI1.S'O.

Sala da Oorl1lülsãio, 13 de ,ag1OJSt,o de 1981. - NilsO<ll Gibsun,RJelaJOOr.

RI - Parecer da Comissão

:A üo~ão de Cü!I1StiJtmiçruo e JiUJstiçllli, ,em ll1eIUIllil:aIO de' \SlU3.'I1urma "B"., opínoiU, 'lIDan.imlememrtJe, ]Jle~a cOIl1StiJtluJcilQll1JailJiJdaJde, ju­!t1iJClii,cidaJC1Je e bioa otécnicla,lJegisIDllitiVla do R1ogelto die Lei 31.0 4, 550/ll:1,ll1IO'5 l1Jeil1JlljOs Ido Subs,tiJimtiVlO apJJBSentaldio pelio tae,l!lJtoil.'I,

EstiVlBl1am [Jil1ese,rutes os SiemhCil"€S Diep,1lJtaid!os: Afrisdo VÍie'Í!raLima - Br.e.stídenile, NMscm GiJboon. - RelaJtor, AJdihIellIll9.ll" Sl:mti1lo,Djlalima Bessa, !Eldga21d Anml"iim, EnnJailJ,i Saiby.ro, Flnruncislco BlJIIlda­1IIlJim, Gomes ,dia SilV1a, Ja1ro MaJgailhãies, IJ'aa.clil Bel1eil'a, JIoIrge. Afr­b'a,ge e OSVIaooo Melo.

SMa da COimilSsOO, 13 de '8<g1O'Slto de 1981. - AftisIi,o Vieira Lima,BJ:ielSliàJe!I1Ve - Nilson Gibson, Reilaibor.

SUBSTJlII'UTIVO ADOTADO PELA aOMISSÃO0_ Bro}eI1Jo de Dei n,o 4.550, de IS81, plaJSsa aJ !fiar a. seg.udJnte

redar(aIO:

"AIlitel1a o 00't. 114 d3J Lei ilJ,,o 6.015, de 31 de derembrode l'9'1S, qUle' d1spõe robne os 1l'IC~ ilJlÚbli>clos e dá OiU!bras

prov~dêm.ciJas."

O COfI1:g<l'IeSS\) Na.ci.oJjaJ deca:ertla:

iAIrt. 1.° O Ql'It. 114 da Lei 31.° 6.015, de 31 dia d!e'Zoembro de1973, é ,a~ do S18gufunte iItem:

"Am. 114. . , .

1- .

II - .

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2918 Sexta-feira 7 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

m - as .s:o:c:'edades (tl1Je~'caJ!:ü.is, ,excreto las; COllliPaJ.'lhias,,com c,apirtal sociJa,1 infetal inÍlemr <aIO equiV'al!enhc' a q,ui­nnentllls Obrigações Re:a:i,ootáV'e<is :do 'DesolUiro Nad'OJ.llal, cujofaturamento anual não exceda ao valor correspondente,a s:e:t!ece;ntras Obrigações Rea.j-uatáv,eis do T,eooiuIIo "í-7,ac:ioIJJal

Piarrágliafo ímicro. . .

AJnt. 2.0 Est'a Lei entratl"á em v.i,go!!' ;na dalt·a <de slUa p'Ulblilicação.

Ar,t. 3.0 Revogam-se aiS disposições em 00ntrá'l'Iio."

:Sala, dia COomissãJo, 13 d!eagosto de 1981. - Afrísio Viewa Lima,Piresh1eult'e' - Nilson Gibson, Relator.

PARECER DA COMISSÃO DE ECONOMIA,INDúS'I1RIA E COMÉRClO

I - Relatório

Oo,usoant!e o' ie,nten<1i.J.nem;to da ilusml1e De~,utada Orislth1!a Tava­[leIS, ",a maiOlti,a quase aooolutla dias JU1ntas Oome!l'óruL:l rem. funci'O­na.mleo11iUo no Piaís encontram-sle com sellliS t[1abail:holSl cio'ugretsitiiorni3Jdos,e 00D'SleqÜ!emlemente moroso", 'em raz1ID, ÍlundaD:l181l1IbaiLmente, da"obriigrutm:'1e:c:1adlc ilJegaJI :de regisrtllJlJo de Itodas ias fiJrma:s comeDc!i<a.i:>,">Elj1am 'coll1g1ome'Dados de -emptl"esalS rbmltlJS!tlJaJc1JOnais lOiU md.cll'O-oo!cie­,àiaàJ8'S, c,om a1tividiades oadnda embrionárias". IlSI1io, ma opiroão dafultur&ÍIDe Deputa-da, "de's,es,tímula; a emeDgênciJaJ de DJOVOO empl.'e1enài­me!tlJ';OiS, de gramd,e utilidialdle ;pa:Da o País, e!is que p'o'de'rirum ge!raa:mari:olJ.' Il1ÚJmem <1<e 'empl'€7gos".

AsSlim, !a,prres!enta la Prüposi~ão em epígl1af'e, visando dirsrJ,ell1l.l,aa­de ll'Ie,girstlrtQ nas Juntas Co;m;eiVcia.1s as sociedades eomJelrciais cujoca.piJta~ sodarl nelall slej,a illnferio'l' ,aiO V'alOll' de 500 ORTlNs (alP'l'o­lcimadiamente, Or$ 586.000,00, hoje). 'Dal I'egistro fa!l'-'Sie-i,g" el1Jtão,jlUll1Ito <à PTe.f.eit'1Wa ITO MUillicíiPio em C'1JJjo te,l'Il1ÍJtÓ'11i'o vá sle sLt,uar ai8'lll;PJ:lesa., e obediecerá <a 1Il{llrmalS ,espedfitc'aiS 'e 'sim.pliftc,a'das a sle­rem d!efiinJidas., '3.It,Davés de relgJuÜlnlllell1to.

Na CIOIDJissão de Constituição IB Jiu:SJtiQa, 10 iJiUSi'me D8jput,a4> Nil­son Gibson, Re,lart:<J'l', já '8:nten>dJe que a 'a,tJ.ibud-ç1ID do a.1egJ!s:tIl.'i{) deeffi;pl;eSi81S de pequeno 'pOlI.'1:,e Í'i0ax1a maisaIJll."opriallia noSl CllJl1tórlositnJeumb1dol> do llegil&t'Do ,de 'Piesoolll9 ,jluridica.'>, GiCiootumOOOS que es­tão ia fam81r arquiv.rumento de '3.IbOIS COIruSI1iIturtiVOS de lSociedad,es civis.EnJ'leooeu, ma.is, Sua Excelência, que em f~oo ,dia "~om.pJJexidadeQ!UIe 181Il'VO!iIV<; a írus,tituiçãJo de uma oociledade anôniJmla;", semi;a 118C!0­mJeooáV!81 excLutr es,tas companhias dia simplifie'ação propootta.

.AJpol1eiSrenUa, a>Slsim, 'll1ll SUbsrtiJt,ubivo, (l{)Iffi o qua.l mantfesta-se aOoilniIstsão peil:a con:>,t~tuci'lJll1JRlida,eie, J,ll!l.'I1dictd:a;die, roa tém:t1c;a il:egis­lattiv.a e iPe],a apl"Ov.aç.ão do Prioj'eto.

0umipJ.1e-lI1:os, aga,ra, n8'sit,a OomilSslão de EoonomÍia, IndÚtSltria <eOomércio, B,PiD8,ciaa:'a m3.JtéT:',a ;'!lego1IDJdo o ,dÍlSPO'Sl'JO 1lí03.JDt. 28, § 5.0 ,

do 'RegimeDlto Iir1te,rno da GâmruIla dos Deputados.

Não nos fU!!'tamos ,a l1econh8c,eor o eilJeVíado 'aJJc3Jl1ioe :da iProposiçãoleia ilusltre Deput'ada Orntina 'DaVUl1e5. Numa épooa em 'qUie ;já nãose rplOdJe diJsfarçarr a r'8t08C'::iSão ,econôrnJicl3J, 'afiertd:a peLo s'c,u indica,d:o,rma:m dJrást>ieo - o de8!empneogo ~, não Sle' po.de ladrniti!r {lue exis­4JaJJ:n óbiJc:8S ,aors iIl1:VíC'sltimem:tos, v'a~e di~81r, à ahel1'ltlU!l.1a de niQ,VOs ne­gõcilos, gle[",MJdo ooopações que ipIOslSiam,peliO mem;ols, mLni:.'Ilffiar ofluxo crescente de desempregados no País. O investimento produ­tivo é a única fórmula capaz de contornarograJve problema 8ócio­econômico por que estamos passando, e a fórmula da ilustre Au­tora contribui nesse sentido. NIsso, tem o nosso apoio.

Preferimos. entretanto, a forma sugerida pela douta Oomissãode Constituição e Justiça.

11 - Voto do Relator

Somos pela aprovaçoo do Projeto de Lei n.O 4.550 de 1981 deautoria da Deputada Cristina Tavares, na forma do Substitutivo daComissão de Constitui(}ão e Justiça.

Sala da Comissão, 30 de agosto de 1981. - Evaldo Amaral,De<putado Federal.

IH - Parecer da Comissão

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, em reuniãoordinária realizada em 14 de abril de 1982, aprovou, por Ul'lanimi­dade, o Parecer do 'Relator, Deputado Evaldo Amaral, FavoráJVel,com adoção do SubstitutiNo da Comissão de Constituição e Justiça,ao Projeto de Lei n.a 4.,550, de 1981, que "Acrescenta H 1.0 e 2.0 ao,art. 37, da Lei n. 4.726, de 13 de julho de 19'65 que di.slp.õe l:obre osserviços de Registro do Comércio e Atitvidades Arins".

Compareceram os Senhores Deputados Hélio Duque, Presidente;celso Peçanha, Vice-Presidente da Turma "A"; Alberto HoffmannVice~Presidenteda Turma (lB"; Evaldo Amaral, Relator; Aldo Fa~gundes, Paulo Lustosa, João Alberto, Rubem Medina, João Arruda,Herbert Levy, Felippe Pena, Sílvio Abreu J,únior, Arnaldo S<:thmitte lIgo !.osso.

Sala da Comissão, 14 de abril de 1982. - Hélio Duque, Presi­dente - Evaldo Amaral, Relator.

PROJETO DE LEI N.o 4.800-B, DE 1981

(Do Sr. Alvaro Valle)

Disciplina as atividades profissionais dos vigias por­tuários, e dá outras providências.

Art. 1.0 O serviço de vigilância em navios, será feito exclusi­vamente pelos profissionais denominados Vigias Portuários, inte­grantes do 4.0 grupo do plano da Confederação Nacional dos Tra­balhadoresem Transportes Maritimos, Fluvi'3.is e Aéreos, matri­culados nas Delegacias do Tmbalho Maritimo e de preferência sin­dicalizados .

Art. 2.0 Entende-se por serviços de vigilância em navio, a fis­calização de entrada e saída de pessoas a bordo e das mercadoriasem movimentação nas operações de carga e descarga nos porões,conveses e outros locais de embarcação.

Art. 3.0 Para os efeitos desta Lei, entende-se que o serviço devigilância em navios realizado por vigi'3.S portuários é de naturezaexclusivamente portuária.

Art. 4.0 O serviço de vigilância de que trata a presente Leiserá também obrigatório ·durante o periodo de permanência donavio no porto, atracado no cais ou fundeado ao largo.

Art. 5.0 Para c'ada navio nas condições do artigo anterior, oComandante, o Armador ou seu Agente requisitará (} vigia de por­taló e o vigia rond'3.nte.

Art. 6.0 Para a vigilância das mercadorias nas operações decarga e descarga, fica a critério do Comandante, Armador ou seuAgente, 'fi requisição dos vigias julgados necessários à execução <losserviços.

Art. 7.° O serviço de vigilância portuária será dirigido em cadatipo de operação por um vigia chefe, observadas as normas conti­das no art. 1.0 da presente lei, o qual perceberá um adicional de50% (cinqüenta por cento) sobre o salário do vigia de maior ganhoem serviço.

Ar,t. 8.0 O Poder Executi."'O, no prazo de 90 dias, regulamentaráa presente Lei, sem prejuíros das vantagens e direitos atualmentejá conferidas à categoria.

Art. 9.0 A presente Lei entra em vigor na data de sua publi­cação, revogadas as disposições em contrário .

Justificaçã.o

Ressalvados os Vlglas portuários, todas as demais categoriasprofissionais utilizadas no conjunto das operações de carga e des­carga das mercadorias transportadas por via d'água estão razoavel­mente regulamentadas, com mercado de trabalho, níveis de remu­neração e critérios de engajamento, perfeitamente definidos e su­ficientemente estrutul.'ados.

iEntretanto os vigias portuários não estão ainda efetivamenteintegrados neste processo, sofrendo limitações de mercado de tra­balho e restrições de engajoamento que promovem embargos de or­dem salarial, com injusta estagnação social, num tratamento desi­gual no que conceme às demais atividades profissionais compreen­didas no sistema operacional 'fi que se vinculam.

A atual legislação sobre serviços de vigilância portuária, con­substanciada no art. 17 do Decreto-lei n.O 5, de 4 de abril de 1966,na redação dada pela Lei n.o 5.480, de 10 de agosto de 1968, nãoproporcion'3., à categoria, o amparo e sustentação para o seu fun­cionamento satisfatório, pois impõe restrições demasiadas ao de­sempenho profissional.

Visando corrigir a situação exposta, o presente projeto de lei,Se acolhido com as retificações técnicas que conduzam ao seu apri­moramento, concorrerá para a definitiva emancipação dos vigiaspol.'tuários.

Sala das Sessões, 12 de junho de 1981. _ Alvaro Valle.

LEGISLA(}AO PERTINENTE, ANEXADA PELA COORDENA(}AODAS COMISSõES PERMANENTES

LE1 N.o 5.480, DE 10 DE AGOSTO DE 1968

Revoga o Decreto-lei n.0 12'7, de 31 de janeiro de 196'7,revoga e altera a redação de dispositivos do Decreto-lein.O 5, de 4 de abril de 1966, e dá .outras providências.

O Presidente da República

Faço 8'3.ber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciOlló aseguinte Lei:

Art. 1.0 Ficam revogados o Decreto-lei n.o 127, de 31 de j~irode 1967, e o art. 14 e seu parágrafo único do Decreto-lei n.O 5, de4 de abril de 1966.

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta·feira 7 2919

Art. 2.0 Os arts. 17, 18 e 21 do Decreto-lei n.O 5, de 4 de abrilde 1966, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 17. O serviço de vigilância em navios, por vigiasportuários matriculooos nM Delegal.liM de Trabalho Marí­'Umo de preferência sindicalizados, será:

a) obrigatório, na navegação de longo curso; eb) a critério da Comissão de Marinha Mercante, na

navegação d.e c'abotagem.§ 1.° A renumeração do pessoal a que se refere este

artigo será fixada pela Comissão de Marinha Mercante,com prévia anuência do Conselho Nacional de Política Sa­larial.

§ 2.° A execução do serviço a que se refere o. presenteartigo, em sistema de rodízio, obedecerá às normas insti­tuídas pelo Poder Executivo através do Ministério dosTransportes."

"Art. 18. Os trabalhadores que exerçam funções dedireção ou chefia nos serviços de carga e desca,rga .'3erãoindicados pela entidade estivadora, de preferência entresindicalizados.

Parágrafo único. A indicação para as funções de che­fia ou direção, e seu exercício em sistema de rodízio, obe­decerão às normas instituídas pelo Poder Executivo, atra­vés do Ministério do.'3 Transportes com a colaboração dosórgãos de representação nacional das classes interessadas."

"Art. 21. Os trabalhadores de estiva, e de capataziaconstituirão clalt.egoria profissional única denominada "ope­rador de carga e descarga" e reger-se-ão pelM regras geraisda Consolidação das Leis do Trabalho.

§ 1.0 O disposto neste artigo vigorará a partir da datade sua regulamentação pelo Poder Executivo a qual aten­derá às peculiaridades de cada porto e disporá sobre o res­guardo dos bens patrimoniais dos atuais sindicatos, de con­formidade com os interesses dos mesmos.

§ 2.° Na regulamentação prevista neste artigo, ficarãoassegurados os direitos que a lei concede à categoria 'Ciosarrumadores."

Art. 3.° Aplicam-se aos trabalhadores avulsos as disposiçõesdas Leis n.OS 4.090, de 13 de julho de 1962 e 5.107, de 13 de setem­bro de 1966 e suas respectivas alterações legais, nos termos de re­gulamentação a ser expedida pelo Poder Exel.lutivo, dentro do prazomáximo de 90 (noventa) dias, a contar da publicação desta lei, porintermédio dos Ministério do Trahalho e Previdência Social e dosTransportes, com audiência das categorias profissionais interes­sadas, através de seus órgãos de representação de âmbi'to nacional.

Parágrafo único. Ultrapassando o prazo previsto neste artigo,sem que ocorra a publicação da regulamentação no mesmo referidaficarão assegurados os direitos e vantagens nele constantes a par­tir do dia imooiato ao do término do prazo.

Art. 4.° As contribuições previdenciárias e o salário-famíliadevidos aos trabalhadores avulsos poderão ser recebidos pelos sin­dicatos de classe respectivos, que se incumbirão de elaborar as fo­lhas correspondentes e de proceder à distribuição e recolhimentosnos termos da regulamentação que for estabelecidas pelo Ministériodo Trabalho e Previdência Social.

Art. 5.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 6.0 Revogam-se as disposições em contrário.Brasilia, 10 de agosto de 1968; 147.0 eLa Independência e 80.0

da República. - A. COSTA E SILVA - Luís Antônio da Gama eSilva - Augusto Hamann Rademaker Grunewald - Antônio Del­fim Netto - Mário David Andreazza - Jarbas G. PassarinhoHélio Beltrão.

PROJETO DE LEI N.o 5.330-C, DE 1981

Emenda Ido Senado ao Projeto de iLei D.o 5.330-B, de1981, que "dispõe sobre a requisição de servidores !públicospela Justiça Eleitoral, e dá outras providências".

(.À.'3 Comissões de Constituição e Justiça e de ServiçoPúblico.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O afastamento de servidores públicos da União, dos

Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios e dasautarquias, para prestar serviços à Justiça Eleitoral, dar-se-á naforma estabelecida por esta lei.

Art. 2.° As requisições para os Cartórios Eleitorais deverãor<lcair em servidor lotado na área de jurisdição do respectivo JuízoEleitoral, salvo em casos especiais, a critério do Tribunal SuperiorEleitoral.

§ 1.0 As requisições serão feitas pelo prazo de um ano, pror­rogável, e não excederão a um servidor por 10.000 (dez mil) oufração superior a 5.000 (cinco mil) eleitores inscritos na ZonaEleitoral. .

§ 2.0 Independentemente da proporção prevista no parágrafoanterior, admitir-se-á a requisição {ie um servidor.

Art.3.0 No caso de acúmulo ocasional de serviço na Zona E!ei­toral e observado 00 disposto no art. 2.° e seus parágrafos desta lei,poderão ser requisitados outros servidores pelo prazo máximo e im­prorrogável de 6 (seis) meses.

§ 1.0 Os limítes estabelecidos nos parágrafos do artigo an­terior só poderão S<lr excedidos em casosexcepcionai3, a juízo doTribunal Superior Eleitor~I.

§ 2.0 Esgotado o prazo de 6 (seis) meses, o servidor será des­ligado automaticamente da Justiça Eleitoral, retornando à sua re­partição de origem.

§ 3.° Na hipótese prevista neste artigo, somente após decor­rido um ano poderá haver nova requisição do mesmo servidor.

Art. 4.° Exceto no caso de nomeação para cargo em comi~são,

as requisições para as Secretarias dos Tribunais Eleitorai3 serãofeitas por prazo certo, não excedente de um ano.

Parágrafo único. Esgotwo o prazo fixado neste artigo, pro­ceder-se-á na forma dos §§ 2.0 e 3.° do artigo anterior.

Art. 5.° Os servídores atualmente requisitados para as Se­cretarias dos Tribunai3 Eleitorais poderão ter suas requisições re­novadas anualmente.

Art.6.0 Os servidores atualmente requisitados para os C:utó­rios Eleitorais, em número excedente ao fixado nos limites estabe­lecidos no art. 2.° {iesta lei, deverão ser desligados pelos respec­tivos Tribunais, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data dapublicação desta lei, retornando à.'3 suas repartições de origem.

Art. 7.° Ressalvada a hipótese do artigo anterior, os prazosde requisição dos servidores atualmente à {ii3posição da JustiçaEleitoral consideram-se iniciados na datada entrada em vigor des­ta lei.

Art. 8.0 Salvo na hipótese de nomeação para cargo em comis­são, não serão requisitados ocupantes de cargos isolados, de cargosou empregos técnicos ou científicos, e de quaisquer cargos ou em­pregos do magistério federal, estadual ou municipal.

Art. 9.° O servidor requisitado para o serviço eleitoral con­servará os direitos e vantagens inerentes ao exercício de seu cargoou emprego.

Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 11. Revogam-se as disposições em contrário,especial­

mente as Leis n.os 6.678, de 14 de agosto de 1979, e 6.862, de 26 denovembro de 1980.

Câmara dos Deputados, 25 de novembro de 1981. - NelsonMarehe2an.

N.O 1

(correponde à Emenda n.o 1, de Plenário)

Inclua-se, onde couber:

"Art. - Os funcionários federais, C/3taduais e mu-nicipais, pertencentes a outros órgãos da Admi."1!8traçãoPública e que presentemente estiverem prestando servi­ços aos Tribunais Regionai3 Eleitorais, poderão concorrer,à transposição ou à transformação dos respectivos cargosdos Quadros Permanentes dos Tribunai3."

Senado Federal, 30 de abril de 1982. - Passos Pôrto, 1.°-Vice­Presidente, em exercício da Presidência.

LEGISLAÇAO CITADA

LEI N.o 6.678, DE 14 DE AGOSTO DE 1979

Dispõe sobre requisição de servidores públicos da admi­nistração direta. e autárquica pela .Justiça 'EleitOlraI, e dáoutras pro'vidêneias.

O Presidente da República:!Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

seguinte Lei:Art. 1.0 O afastamento de servidores públicos da União, dos

Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios e das'autarquias, para prestar serviços à Justiça Eleitoral, dar-se-á:

I - para participação em mesas receptoras ou juntas apura­doras, mediante designação da autoridwe judicial eleitoral com­petente pelo prazo de duração dos respectivos trabalhos;

II - para col'aboração nas secretarias dos Tribunais Eleito­rais, mediante requisição da autoridade judicial eleitoral compe-

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2920 Sexta·feira 7 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

tente, no caso de acúmulo ocasional de serviço, pelo prazo máximode nove meses;

III - para prestação de serviços nos Cartórios Eleit,)rais, me­diant.e requisição da autoridade judicial eleitoral competente, peloprazo de um ano, prorrogável pelo período máximo de .seis meses,desde que o número de servidores da Zona Eleitoral, incluindo osrequisitandos, não exceda de um por dez mil eleitores. ou fraçãosuperior a cill{m mil.

Parágrafo único. A requisição recairá sobre ocupantes decargos ou empregos lotados na área de jurisdição da Zona Elei­toral, ou de município que lhe seja vInculado, aInda qm'l parcial­mente, salvo quando n.ela não houver servidores em número oucondições suficientes ao seu atendimento.

Art. 2.° A requisição não mencionará 110lne do servidor, mas,tão-somente. a categorIa funcional ou a naturez:;l, do serviço a serprestado, salvo se tiver por fim o preenchimento de cargo em co­missão.

Art. 3.° Esgotrtdos os prazos fixados no m:t. 1.0, üen8 II e lU,ou ultimados os trabalhos das mesas receptoras ou das juntasapuradoras, operar-se-á, automatIcam.ente, o retorno c_o servidorà sua repartição de origem.

Parágrafo único. A apresentação do servidor veríficar-se-áno primeiro dia útil seguinte ao do término de seu período de afas­tamento, e, caso não ocorra, considerar-se-ão como de ausênciaos dias subseqüentes, par-a os efeitos legais.

Art. 4.° Os servidores das Secretarias dos Tribunais Eleitoraissomente poderão ser colocados à disposição de outro órgão daUnião, dos Estados, do Distrito J.ilederal, dos Territórios, dos Mu­nicípios e das autarquias para o exercício de cargo em comissão ecom prejuízo de seus vencimentos.

Art. 5.° O disposto no art. 3.° e seu parágrafo único aplica-seaos servidores atualmente requisitados para -as Secretarias dosTribunais EleHorais ou para os Cartórios das Zonas Eleitorais,contados os prazos fixados nesta Lei a partir de sua vigência,arquivando-se as requisições em curso, que poderão ser renovadasnos termos desta Lei.

Art. 6.° O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruçõespara a fiel execução desta Lei.

Art. 7.° Esta Lei entrará em vigor na data de .sua publicação.Art. 8.0 Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 14 de agosto de 1979; 158.° da Independência e 91.°da República. - JOÃO FIGUEIREDO - Petrônio Portella.

LEI N.O 6.862, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1980

Suspende temporariamente a vigência da Lei n.o 6.678,de 14 de agosto de 1979, que "dispõe sobre :requisição deservidores públicos da administração direta e autárquicapela .Justiça, Eleitoral, e dá outras providências".

O Presidente da República:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte Lei:

Art. 1.0 Fica suspensa, por um ano, a vigência da Lei n.o 6.678,de 14 de agosto de 1979, que disciplina a requisição de servidoresp.úblicos pela Justiça Eleitoral.

Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário.

Bra.sHia, 26 de novembro de 1980; 159.° da Independência e92.° da República. - .JOÃO FIGUEIREDO - Ibrahim Abi-AckeI.

SINOPSE

Projeto de Lei n,o 118, de 1981, Senado Federal(n.o 5.330-B, de 1981, Câmara dos Deputados)

Dispõe sobre a requisição de servidores públieos pelaJustiça Eleitoral, e dá outras providências.

Lido no expediente da sessão de 25-11-81, e publicado no DCN(Seção II) de 26-11-81.

Distribuido às Comissões de Constituição e Justiça e Comissãode Serviço Público Civil.

Em 3-12-81, foram lidos os seguintes Pareceres:N.o 1.395/81, da Comissão de Cons.tituição e Justiça, relatado

pelo Sr. senador Murilo Badaró, pela constitucionalidade e juri­dicidade.

N.o 1.396/81, da Comissão de Servíço Público Civil, relatadopelo Sr. Senador Moacyr Dalla, pela aprovação do Projeto.

Em 4-12-81, é incluido em Ordem do Dia da próxima sessão.

Em 5-12-81, é lida a Emenda n.o 1/81, de autoria do Sr. Se­nador Humberto Lucena e por S. Ex.a, justificada da tribuna.

Discussão encerrada, após falarem os senhores Senadores: DirceuCardoso, José Lins e Itamar Franco. As Comissões competentes,para se pronunciarem sobre a emenda de Plenário.

Em 29-4-82, é aprovado o RQS n.o 69/81, de autoria dos Senho­res Lideres Nilo Coelho e Humherto Lucena, de urgência para oprojeto. Passando-se à sua apreciação, são emitidos pelos 81'S.Senadores Aderbal Jurema e Bernardino Viana, respectivamente,os pareceres das Comissões de Constituição e Justiça e Comissãod-a Serviço Público Civil, sobre: a Emenda n.O 1, de Plenário, favo­ráveis. ,Aprovado CI Projeto, com à emenda de plenár.1o. A CR,par8, a redação final da emenda do Senado oferecida ao projeto.Leitura do Parecer. n.!> 199/82, da Comissão de Redação, relatadopelo Sr. Senador Bernardino VIana, oferecendo a redação finalda emenda do Senado. Aprovada a redação final.

A Câmara dos Deputados com G Ofleio 11.° SM/58, de 30-4-82.

PROJETO DE RESOLUÇAO N.o 302, DE 1982

(Do 51:. Iranild'o PereIra)

Cria Comissão -Parlamentar Ide Inquérito ~estinada

a apurar denúncias de irregularidades no processo eleito­ral federal c estadual.

mnprima-s-e.J

Art. 1.0 Fica criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito,para. no prazo disposto 110 Regimento Interno da; Câmara elosDeputados-, apurar denúncias de irregularidades no processo elei­toral fêderal e estacJouaL

Art. 2.° A Comissão de que trata a present-e Resolução fun­cionará com 13 Membros Efetivos e 13 Suplentes.

A-rt. 3.° Esta Resolução entra em vigor na da:ta de sua pu­blicação.

Art. 4.° ~evogam-se as disposições em contrário.Sala das Sessões, 29 de abril de 19'82. - Iranildo Pereira ­

Hélio Duque..Justificativa

A ansiedade com que se esperam as próximas eleições, de certomodo, tem tornado menos visível pa:ra a opinião pública as ir­regularidades fiagrantes que estão sendo parte do pagamento detão desej adas eleições.

A influência do poder econômico estatal, em todos os níveis,vem se verificando de maneira dinâmica tendo em vista as elei­ções de 15 de novembro de 1982. A Imprensa vem rela:tando e astribuna.:: do Congresso Nacional vem registrando casos concretoode utilização dos recursos públicos de maneira dolosa. São Minis­tros de Estado, GOvernadores, enfim a máquina pública sendo co­locada a serviço de facções do poder. A Nação sente-se estarrecidae chocada com tamanha ação impatriótica que mina a consciênciamoral da nacionalida:de.

l1: dever do Poder Legislativo, em nome dos interesses legítimosda nacionalidade promover a investigação desses fatos. Em defe3ada própria dignidade da função pública. É preciso impedir que adilapida;ção do dinheiro público oontinue se multiplicando -emnovos "escândalos da mandioca".

Os fundamentos constitutivos dessa OPI, exigem dentre outros,a presença dos personagens que se seguem. Sem a dispensa deoutros que na elaboração pelo lRelat'Ür da lista dos futuroS depoen­tes, venha a considera:r essencial à.s suas presenças.

são os seguintes casos que nominamos e já com uma lista­gem dos primeiros depoimentos:

1 - Ministro Leitão de Abreu, Chefe da Casa Civil da Presi­dência da República, para e:q:J1icar o "Acordo do Ceará", quandoos 81'8. GDvernadores Virgílio Távora, Ministro César Cals e ex-GD­vernador e parlamentar Adauto Bezerra dividiram o Estado em trêspartes iguais. O depoimento dos três personagens torna-se igual-me-nte, imperioso-; ,

2 - Ministro Jair Soares, da Previdência Social, pa:ra explicaro uso politico da máquina previdenciária a serviço- de facções po­líticas est3;duais, uma das respon.sáveis pela situação critica doór-gão. Igualmente explicar qua:l a real participação da máqulllaprevidenciária da famosa prévia do PDS do Rio Grande do Sul;

3 - Ministro Haroldo Matos, das COmunicações, para expli­car quais os ,estranhos critérios adotados pela política: brasileira detelecomunicações de presentear com emisSoras de rádios politicosdo PDS das dtferentes regiões do Pais;

4 - GDvernador Paulo Salim Maluf, de São Paulo, para saberquais os critérios pa:ra a distribuição de ambulâncias pelo Brasila·fora e a utilização da mWquina pública paulistana para aliciar eeleger politicos por todo o Br-asJI, com enorme prejuízo para aeconomi-a pa:uIIsta, confonne vem sendo veiculado na tribuna doCongresso Nacional e na imprensa nacional;

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2921

5 - Ministro Mário David Andreazza e a utilização do P:AM,Programa de Auxílio aos Municípios, com nítido valor políticoeleitoral ·em favor dos candidatos oficiais 'e consciente marginali­zaçãod'Os prefeitos dos partidos de oposição;

6 - outros governadores de Estado a serem posteriormentenominados, de conformidade com os documentos comprobatóriosde uso das máquinas estaduais que estarão sendo encaminhadosà CPI;

7 - Secretários de Estado afastados para disputas eleitorais.mas que continuam ocupando, através pre'postos, estes cargos eutilizando-os -para as suaseleiçÕ€s. Assim como Os presidentes dosBancos de Estado, naqueles núcleos federativos onde esse órgãopassou a ser um tesoureiro oficial da camp31nha do PDS.

'São alguns fatos que demonstram a imperiosa necessidade doPoder Legislativo promover ampla investigação, visando resguar­dar o conceito de dignidade e de id'Oneidade da; parte dos homenspúblicos qUe só têm por missão fazer política visando o bemcomum.

Sala das Sessõe·s, 29 de abril de 19B2. - Iranildo Pereira ­Hélio Duque.

Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos DeputadosNa forma dos artigos 3ü e 37 do Regimento Interno da Câ­

ma;ra e do artigo 37 da Constituição Federal, os parlamentares queabaixo subscrevem requerem a V. Ex.", a constituição de uma Co­missão Parlamentar de Inquérito tendo por finalidade apurar Mdenúncias de corrupção eleitoral estatal.

A influência do poder econômico estatal, em todo os níveis,.'em se verificando d,e maneira dinâmica tendo em vista as elei­ções de 1·5 de novembro de 1982. A imprensa vem relatando e astribunas do Congresso Nacional vêm registrando casos concretosde utilização dos recursos públicos de maneira; dolosa. São Minis­tros de :Estado, Governadores, enfim a máquina !pública sendo co­locada a serviço de facções do pod-er. A Nação sente-se estarrecidae chocada com tamanha a;ção impatriótica que mina a consciên­cia moral da nacionalida-d-e.

l!J dever do Poder Legislativo, em nome dos interesses legítimosda nacionalidad,e promover a inv'estigação desses f'atos. Em defesa;da própria dignidade da função pública. l!J preciso impedir que a:diIapidação dodinheko público continue se multiplicando ·emnovos "escândalos da mandioca".

Os fund,amentos constitutivos dessa CPI exigem, dentre outros,a presença dos personag·ens que se seguem. Sem a dispensa deoutros que na elaboração pelo Relator da lista dos futuros de­poentes, venha a considerar essencia;l às suas presençM.

São OIS lSieg,udnibes ·casoo que' nO!IlÚn'amoo e já 'com uma llilta­8'ffill dios p11iJmeiJl1os depviÍmen1Jos:

1 - MinisI>[lO LeiJtão de A!bl1eu, Chefe da Oasa Civil da Presi­dêncàJa da 'Repúb~Jica, paa'a ex;p1ic,ar o "Aoord'O do C€JaII'á", quaIndo'OS Srs. Governadol1es Virgilio Távora, Ministro César Cals e ex­Governador e parlamentar Adauto Bezerra dividiram o EstadO'etm 'três PtaJl1tes i!§l1a.is. O diepolÍllIle[Jito dos três pe!L'SlOllIa~ens oor­!!lIa-I'>'e, ig.uaJmelllJte, imperi'OOO.

2 - Ministro J,a1T SOares, da P.11evidênJcia SoiciJaJI, paJra ex­p1icaJr o uso polÍ1tiJco dia. má:qUJilIlJa prevfudl8!IliCiáir:i!a.aJ serviço àJe í1ac­çõ€s políJIDCM estaduam, 'UiIlla das ~áveis pe~a. muação cJ1'Í­tWa do ól1gão. 19ua1JIllJtm1Je expilcarqual la l11eaJ palI1tdcipação damáJqUÍlIl;a previJdelllciália da í1aJmooa prévia do PDS do RiJo Gr>an­de do Sul.

3 - Ministro Haroldo Matos, das Comunicações, para expli­CiM" ·quarls lOS estmnhos cmitériDs iaJdJota.c1os peLa política l:Jil1asilieir:ade1Je1ecomumcações de ilJreSlemtbear com I6lllÍ&S1OO.'las ,de rádios po­lit1cos do PDS dlllS dife.reillJtes regiões do País.

4 - GovIennador P1aulo Saldlill Maluf, de São -PauJJo, ipia!I'a sa­ber 'q1JJ3As os crltériiOls paIDa a ddd.a:ibuição de '3lIDbUlIi1niCiJas peloBnasH l3Ji'ma e .a utiliza~- da máquma púbJJi,ca pa;ulistana paraaJliciwr e ,eüeg'€ir :polítiJcos ipOoT 1JodJo {) Bl1asil, rom 1m000000000e Jl~'ejll1íro

piaJ.'la 'a eCOiIlJOllljj,a paJ\1llisltla, confO!J."llUe V!em se-Ilido V!elicruilialdo :nIa trl­blID!a do CongreSiEo N~crona1 e lI1a imprenlSla nacional.

,') - ,M:in,istro Mário Davdd AJnd!r-elaiZl'la e a Uitilizaçãol do PAM,Pirognam!a de Auxilio, aIOS Miunicípios, com mtido vrMOI1' politicoelei:toI11al em faVlOlr àJos ca.ndi.dia.1:IOs of1cdlads I€' cIOinrei€!!llbe· ilIlJ8.lrgina­li2la~ãKJ. dos ;pIl1ef'ei!tos dos ;pamdbs rle olJ'O'SÍçãm

6 - OUJtrosgovemadmes de· EsrlJaào la serem ~iOirJ:rJ.e[[lte

nJOmÍil1aJdos, de ICOnfoa:midJade com os dQIC~ compxobail:órlüsde ,uso das máquilIlJas ootad1.lialÍS qUJe estlaa:ão sendJo ellll{lamllinhadosà OPI.

7 - Secretários de Estado laf.alS'ba<lios paD.'la dilsiPUitas eleitorais,mas <qll1ie COIllOOU3Jlll OOUpiaillJdJo, 'wavés prel];lOO1JoB, eSl1Jes cwrgoo eutilizando-o para as suas eleições. Assim como os presidentes dosBlllIloos de Es1ladJo, lOOqoolelSi núo~ ferleIDlllt:i.vos OIndie €\SlSIe, órgãopassou ,a, .sIei" um rtesoua:e~ro ofiJciaJ dia clli!Il,piMlna do PlDS.•

'São IM~ f'aitoo q1lie l:1enlJ<mstmm a ianpe.riOOa necelSlSidJane do~i" Le~Vú prollIIDV'eir ampla ilIlVlestigação, v:istundo lIJes~-

daJr o ·concl8iJto .de d ',gnidade ~ ,dietd:oneidade da }ja.l1te OOS hVIll1IBnspúblilCDs que só trem 1JiO'r mi&sãio, fa.ze;r ,politioa visalllJelio, OI bemcomum.

iSiala da's SeiSSões, 29 de 'abril ·à!e 1982. - I1'a.ni1c1o Pel1e:ia.1a ­Hê']&o Duqu'e - Pediro SlliIIldJ'aio - Aln1iJlruio OaJIllos de OliveiJra ­Fued Dib - Mário Stamm - Benedito Marcílio - Darío Tavares- P;9JChe,co ChiaV!es - Cel1iso ~eÇJalllhaJ - AinJtô!ni0l iMOlJahsi - A1doFagundes - Airton Soares - Freitas Diniz - Délio dos Santos ­Euclides Scalco - Alvaro Dias - Brabo de Carvalho - Aluízio Be­zerra - Freitas Nobre - Paes de Andrade - sebastião RodriguesJr. - Ernesto ·Dall'Oglio - Pedro Lucena - João Cunha - Samir.Achôa - Caio Pompeu - Flávio Chaves - Tidei de Lima ­Olivir Gabardo - Del Bosco Amaral - Edson Vidigal - Pimenta-da Veiga - Alfredo Marques - José Carlos Vasconcelos - Ro­berto Freire - Walter Silva - Cristina Tavares - Epitácio Ca­feteira - Odacir Klein - Edgard Amorim - Marcelo cordeiro- Sérgio Ferrara - Israel Dias-Novaes - Modesto da Sil­V'frim, - Elrinesto de Ma,roo· - Paulo GuJerJJa - Jiade<r BarbaJho- MáJl1!o Moreil1a - EloaJr GlUJazze1li - OaJ11loe Bezea:1J1a - LuizBac,c;aríaú - GeT·SOn Oam:a1Ja - Pedro F1an.'i!a - Jool Vival:l ­João Menezes - Ruhem DiÜl1lJTado - Ronlan Tito - Itul1ÍV'al Noas­,cimelIlJOO - Pa,ulo BÜlrg'es - Aimladeu Ge'Elil'a - C'arJios SanlÚos ­F1B1manàJo O\lll1ha - iRJa,lph BialSl - JlOrgle Gama - Alc'Lr P,imen,ta- Niaoolt" !JúniJOr - Oai11dioso ;[i1r.el9~paJThi - Arnaldo SchimiiIJt ­'I1aJrcísiÍo De'lg1ado - Jüão G:iJlbel'to' - Jorge, UeqUied - OarlosNelson - Hildérico Oliveira - Getúlio Dias - Alceu Collares ­iEllql:lli<;lSon &l·a,neiS - .Toorge Vi,aillJIlJa - Oa.T\ros Au~usto, - OaJI'lClJo,soAlvtes - Sérgio MUDilo - Mauricio F1l11.1et - José Costa - Roque.AJrlas - José Frej,aJt - Viailiteit" Giail1CÍ<a. - C:aJmjeoo Amnlaud - Qs­wailc10 Lima - OcáJací1io Almeida - JOM LinhaJl1€l:I - Borg€lS d;aSi,lvte,ira - Magnus GulmllJI"ães - AU!d.áJio Da:nr1las - Daoo Coim­bra - Gilsion ,eLe' Barros - P':i11hei'ro MacibJadio - Newtolll Cwrdoso- Heito,r ·Me!ll~aJr FUl1tadlo, - Alntônio RiUJs&J1 - Sa!!llbilli Sobr:Lnho- Aurélio PeDes - Max Mauro - Fnancieco PÍIllJUo - WaliIllor deLuca - Mamce,lo CeTqUie;i[;a - Jorgie F1el1l"az - W;al!JdiJr Wiailteil." ­Adhemar Santillo - Jackson Barreto - Francisco de Castro ­Paulo Raifille;s; - F1r.amJCÍ,sclO' IJibaTdm1i - GlenalldJo, Fle<:nJJi.ng - oc­rtíruciEo QUieil10Z - IJuiz BaptilSlt,a - J'aiJ11o Bmm - Be!!ll1:o lJoblO- J,8Il'ônill1lO BialllJtaltllJJ - OalJlioIS Sllint'A!IlJna - MUir.iJ110 Mendies ­Horáicio O1~tiz - Henrique Ed.uardo .Moves - .AiIlJtôIn1io Mariz ­F€ll'IWJll.d!o Oo:e1ho - Júlio Oost,amtlalIl - Nh~a;ldJo Kriigle.r - Al­bemtlo Goldmalll - F1ema;ndo Lyra - Airna1do 'úafiaY'8:t1OO - RosaFlol1es - Mail!= C.unha - Mário Hia.tIo - J:u:a;re,z Flui11tadJo - AIn­tôllJiJo A:nnibi'llli - J,oão, Herculino - iNilson GiOOion - I.Ju~z Leal

PROJETO DE RESOLUÇãO N.o 303, DE 1982

(Do Sr. Ruy Côdo)

Dá a denominação de Plenário ~IonteiroLobato à Salada Comissão de Minas e Energia da Câmara idos Deputados,e determina outras providências.

(A Mesa,)A .câmara dos Deputados resolve:

Art. 1.0 l!J dada a denominação de Plenário Monteiro Lobatoà Salada Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

!Parágrafo único. l!: autorizada 'a entronização, no recintosupramencionado, doe uma estátua de bronze do escritor.

Art. 2.° Esta R.esolução entra em vigor na data de sua publi­cação.

Justificação

Comemora-se em todo Brasil, neste momento histórico, o cen­tenário do nascimento de Monteiro Lobato, ocorrido 'a 18 de ahrilde 1982, em Taubaté.

A Pátria lembra, com gratidão, por ocasião do evento, o criadorda literatura infantil nacional, o homem que criou para as criançase adultos um universo de liberdade e magia, onde os problemasque afligem a humanidade encontram solução por intermédio dasabedoria de Dona Benta, da Cultura popular de Tia Nastácia, doidealismo de Pedrinho e Narizinho, da erudição do Visconde deSabugosa, da dialética de Emília, todos estes personagens arquéti~

pos do que há de melhor e mais autêntico na alma coletiva dopovo brasileiro.

A meSma profundidade que se verifica na obra infantil deLobato é encontrada, naturalmente, em sua vasta, literatura paraadultos, dedicada principalmente à análise dos aspectos sociais,políticos, econômicos e filosóficos do mundo que conheceu, no Brasile no exterior. Observa-se, realmente, nos escritos do paulista deTaubaté, a preocupação titânica de uma mente interessada nãoapenM em produzir literatura, mas em diagnosticar todos os malesda sociedade e apresentar suas soluções.

A responsabilidade para com o país e o mundo que encon­tramos na obra de Monteiro Lobato reflete-se em sua vida de lutase realizações. Naturalmente, seria impossível escapar às atençõesde um espírito como o seu a problemáitica que envolve a principaifonte de energia utilizada em nosso sêculo.

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2922 Sexta-feira 7 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAt (Seção I) Maio de 1982

Com o pioneirismo visionário que caracterioou todas as suasincursões no mundo dos negócios, Lobato tornou-se o grande pre­cursor do petróleo e do ferro, numa fase em que a indust,rializaçãoainda ensaiava seus primeiros passos no Brasil. Hoje, a indústriade petróleo brasileira é um fato irreversível, e se nossa produçãonão é maior, isto se deve a incipiência dos investimentos no setor,investimentos estes que o escritor, pessoalmente, não negou, apos­tando no óleo fóssil não somente seu capital, mas sua próprialiberdade.

Realmente, o criador de Emília não logrou encontrar, entreos adultos, o mesmo amor e compreensão' que sempre lhe dedica­ram as crianças. Sua luta solitária em prol do petróleo nacionalvaleu-lhe três meses de prisão, seguidos pelo exílio na Argentina,

Agora, por ocasião do centenárío de seu nascimento, reivin­dicamos a incorporação a esta Casa, em caráter permanente, damemória deste grande brasileiro, dando seu nome ao plenário deum órgão que, a exemplo do autor de "O Escândalo do Petróleo",adquiriu dimensões de grandeza por sua dignidade e des'assombrona defesa de nosso setor mineral.

19ualmente, a erecção de uma estátua de bronze do escritor,tarefa pela qual assumimos a resIJQnsabilidade da liderança, éuma imposição que se faz necessária, a fim de outorgar ao eventotoda a grandiosidade que lhe compete, cabendo aos ilustres paresautorizar-nos a. entronização da escultura naquele recinto.

Sala das Sessões, de de 1982, - Ruy Cado.

PROJETO DE LEI N.O 6.137, DE 1982

(Do Sr. Pacheco Chaves)Altera a redação do art. 883 da Consolidação das Leis

do Trabalho.(As Comissões de Constituição e Justiça e ele Traba­

lho e Legislação SociaI.lO Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O art. 883 da Consolidação das Leis do Trabalho

passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 883. Não pagando nem garantindo a execução,

seguir-se-á a penhora dos bens, tantos quantos bastemao pagamento da imIJQrtância da condenação, acrescidade custas e juros de mora, estes devidos a partir do ajui­zamento da reclamatória, salvo nos casos de declaraçãode rescisão indireta em que os juros contar-se-ão da sen­tença."

Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário.

Justificaçãol1J coerente e justo que os juros de mora, na execução traba­

lhista, sejam devidos a partir do ajuizamento da reclamação inicial.Não assim, porém, quando se refira a mera declaração que

vise a rescisão indireta de contrato de trabalho.O motivo é que na declaração visando a rescisão indireta de

contrato de trabalho não há o retardamento ou a mOra atribuível,imputável, ao empregador. Tanto que o empregado, ao postular taldireito na Justiça do Trabalho, permanece em serviço, percebendosalários e todos os demais direitos que lhe são assegurados por lei.

A mora, se existir, ocorrerá a partir da sentença que reconhe­cer a resilição.

Sala das Sessões, 28 de abril de 1982. - Pacheco Chaves.

LEGISLAÇAO CITADA

CONSOLIDAÇAO DAS LEIS DO 'I1RABALHO

Aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.452, de 1.° de maio de 1943.....................................................................................................................................

T1TULO XDo Processo .Judiciárllo do Trabalho

..................................................................

...................................................................CAPíTULO V

Da Execução

SEÇAO I

Das Disposições PreliminaresArt. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não

tenha havido recurso com eteito suspensivo, e 08 acordos, quando

n&o cumpridos, serão executados pela forma estabelecida nesteCapítulo.

SEÇAO fi

Do Mandado e da PenhoraArt. 880. O juiz ou presidente do tribunal, requerida a exe­

cução, mandará expedir mandado de citação ao executado, afim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modoe sob as combinações estabelecidas, ou em se tratando de paga­mento em dinheiro, para que pague em 48 horas, ou garantaa exeCução, sob pena de penhora.

...................................................................Art. 883. Não pagando o executado, nem garantindo a exe­

cução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem aopagamento da importância da condenação, acrescida de custas ejuros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partirda data em que for ajuizada a reclamação iniciaL

PROJETO DE LEI N.o 6.124, DE 1982

(Do sr. Paulo Lustosa)Estabelece reserva de mercado para a produção de

carros elétricos.(As Comissões de constituição e Justiça, de Trans­

portes e de Economia, Indústria e Comércio.)O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 A produção, montagem ou transformação industrial

de qualquer espécie de carros elétricos será feita exclusivamentepor empresas de capital nacional, no período de 10 (dez) anos acontar da vigência desta lei.

§ 1.0 Para os efeitos desta lei, considera-se carro elétrico ov'eiculo destinado ao transporte de passageiros ou de cargas, quese utilize de eletricidade armazenada como fonte de combustívelpara movê-lo.

§ 2.° Considera-se empresa de capital nacional aquela quenão efetue remessas para o exterior a titulo de assistência técnicae cujo capital com direito a voto ou quotas de participação per­tença, em proporção igualou superior a 51% (cinqüenta e um)por cento, a pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no País.

Art. 2.° Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário.

JustiticaçãoOs "choques" que se abateram sobre a economia nacional em

1973/1974 e em 1979, oriundos da elevação dos preços do petróleo,produziram, mesmo que com certa tardança, a convicção de queo padrão de uso de combustíveis em nosso pais teria que seralterado.

Trata-se, em última análise, da verificação de que o caráterfinito das fontes de hidrocarbonetos impediria, em futuro nãomuito distante, uma expansão da economia brasileira que se assen­tasse vigorosamente sobre o petróleo.

Os caminhos tomados pelo País para vencer, a médio e longoprazos, os desafios referidos são bem conhecidos. O principaldeles repousou no Programa Nacional do Alcool, que, apesar dealguns percalços em seu desenvolvimento, tem representado umelemento coadjuvante de relevo no quadro energético nacional.

Uma outra alternativa que apresenta perspectivas extrema­mente promissoras refere-se ao uso de eletricidade armazenadaem baterias para fazer mover veiculos. Ao menos uma empresanacional já alcançou, após intensas pesquisas, um nível consi­derado animador no desenvolvimento desa· alternativa.

Os problemas que envolvem os denominados carros elétricosdizem respeito, alguns, ao excessivo peso das baterias ou à redu­zida autonomia das mesmas e mesmo ao tempo e modalidade derecarga, para mencionar as questões mais gerais atinentes aos mo­delos cu:jo protótipo vem sendo testado.

l!J cristalina a conclusão de que o desenvolvimento e liIperfei­çoamento da tecnologia de produto e processo dos carros elétricosque certamente se tomarão usuais em nosso país em futuropróximo dependem do torte e decidido apoio que torem empres­tados às empresas que vêm destinando recursos a tais empreitadas.

Ademais, necessário se faz que a debilIdade relativa das em­presas até aqui envolvidas nessas operações (quando comparadasàs onipresentes e gigantescas empresas multinacionais produtorasde veículos) possa ser suprida com a reserva de mercado. Tal

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Maio de I9llZ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 :zm

prática não é de modo algum estranha ao processo de desenvol­vimento brasileiro. tendo sIdo extensIvamente utilizada, por exem­plo, no decorrer das décadas de 1950 e 1960 na Implantação dosestágios finais do setor industrial de nosso Pais.

A proposição que ora submetemos à consideração dos nossosnobres Pa.res guia-se, pois, por um espírito de defesa dos malsaltos Interesses nacionais, sem confundir, contudo, tais interessescom um p,.etenso jacobinismo. O que se pretende, isto sim, é aproteção a projetos, pesquisas e a uma evolução já alcançadapOr empresas nacionais.

Sala das SessÕeS, em de de 1982.

PROJETO DE LEI N.O 6.125, DE 1982

(Do Sr. Pacheco Chaves)Acrescenta e altera dispositivos na Lei ID.0 1.493, de

13 de dezembro de 1951, lIue "dilIpóe sobre o pagamento

de auxílios e sUbvenções".(As Comissões de constituição e Justiça, de Educaçãoe cultura e de Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 s: acrescentado ao art. 5.° da Lei n,O 1.493, de 13 de

dezembro de 1951. o seguinte inciso IV:"IV - promover a prática de esporte amador, em

qualquer modalidade."Art. 2.0 A alínea "c" do inciso r do art. 6.0 da Lei n.O 1.493,

de 13 de dezembro de 19151, passa lt vigorar com a seguinte re­dação:

"c) tenha finalidades precipuamente recreativa6, co­merclals ou desportivas de caráter profissiona1."

Art. 3.0 Esta Lei entrará em ~'Ígor na data de sua publica:ção.Art. 4,° !Revogam-se as disposições em contrário.

JustificaçãoA Lei n.o 1.496, de 13 de dezembro de 1951, foi editada para

conforme vem eXlplicltado em sua ementa. dlsciplinar o pagamentode auxílios e subvenções por parte do erário, o que é feito com·razoável e indispensável rigor,

Assim é que o art. 5.0 do dito diploma cuida de mencionar,para estabelecer as prlmeiras restrições a eventuais liberalidades,a,s entidades que poderão ser beneficiadas com auxílios ou sub­venções oficia:i.s, a slliber: as que promov'Bm a educação e cultuTa,a defesa da saúde e assistência médico-sociai, assim como o am­paro social à coletividade.

Já o art. 6.0 que tem a finalidade de tornar menos inespeci­fico o eienco das entidad·es potenc.illlimente ,beneficlárvels, deieexclui, expressamente, na alínea "e", aquelas que tenham finali­dades precipuamente recreativas, esportivas ou comerciffis.

Com isto excluida está a possibilida:de de certas entidadesusualmente promotoras de atividades exciusivamente amadorís­tiCall, se beneficiarem de qualquer auxílio ou subvenção oficial.

!E este, evidentemente, não pode ter sido o objetivo do legis­lador.

s: pois, justamente esta equivocada disposição legai que en­seja - e justifica - a apresentação do presente projeto de iei,cujo desider,ato se resume em adequar a lei à posslbilida:de de asmencionadas entidades também se beneficiarem.

Saia das Sessões, 27 de abril de 1982. - Pacheco Chaves.

LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELO AUTOR

LEI N.o 1.400, DE 16 !DE [)E2EMBRO DE 1~51

Dispõe sobre o pagamento de auxílios e subvenções.

OAP1lI'ULO IiII

Das Entidades que podem ser Beneficiadas

Art. 5.0 Somente poderão ser beneficiadas com subyençõesentidades que visem e.specld'icamente aos seguintes fins:

r - promover a educação e desenvoiver a cuitUTa;II - promover a deif·esa da: saúd'e e a assistêncla médico-social;rI! - promover o amparo social da coletividade.

Art. 6.° Não se concederá subvenções:r - A instituição que:a) vise a distribuição de iucros ou dividendos a seus partici­

pantes;bl constitua patrimônio de indivíduo ou de socied:ade sem ca­

ráter filnnt.r6pico;

c) tenha finalidades precipuamente recreativas, esportivas oucomerciais;

d) (Revogada pela Lei n.o 2.266, de 12 de julho de 1954);

e) não tenha sido fundada até 31 de dezembro do ano ante­rior ao da eiaboração da Lei Orçamentária;

f) não esteja regul'armente organizada até 31 de dezembrodo ano da elaboração da Lei orçamentária;

g) não tenha pedido registro no Conselho Nacionai de Servi­ço Soclal ou cujo registro tenha sido negado definitivamente.

II - A caixa de aposentadoria: e pensão, sociedade de monte­pio e congêneres.

PROJETO DE LEI N.o 6,145, DE 1982

(Do Sr. Edson VidigalJ,Dispõe sobre o prazo de acesso aos documentos de ar­

quivo.

(As Comissões de Constituição e Justiça e de Educa­ção e Cuitura.)

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 Os documentos de arquivos públicos e os de arquivosprivados dec~arados de interesse público serão liberados à con­sulta e estudo dentro do prazo máximo de 2'5 (~inte e cinco) anos.

Parágrafo único. Em casos de documentos sigilosos, a auto­ridade que os c1asGifica estabeiec'erá o periodo de tempo para sualiberação, ouvido o Arquivo Nacional.

Art. 2,° O Poder ~ecutivo reguIamentará esta lei dentro em1,20 (cento e vinte) dias.

Art. 3.0 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art, 4.° !Revogam-s'e as dis]Josições em contrário,

JustificaçãoNaOPI Destinada a Investigar a Situação do Patrimônio His­

tórico e Artístico Nacional e Avaliar a Política do Governo Fe­derai para sua Defesa e Conservação, o problema da dificuliade deaOO6SO aos documentos depositados, veri,ficada em várias enti­dadeS. sejam da órbita federal, estaduai e municipai, foi abordadope~o ilustre historiador José Honório Rodrigues.

O acesso aos documentos de arquivo é direito de quaiquer um.Infellzmente, entre nós, tal acesso constitui privilégio de algunspoucos. O quadro é agravado devido à inexistência de regulamen­tos que liberem 00 documentos após determina:do periodo de suaexistência.

Queremos com este projeto liberar a consulta aos documentos,após o prazo de 25 anos de seu aparecimento, como o passo pri­meiro - dentre muitos outros que se impõem - para colocar àdisposição do público estudioso um sem-número de informes queremontam a muitas dezenas de anos. s: de se registrar que algunsdocumentos, como o caso de di]Jiomáticoo e de reiações exteriores,apenas são desconhecidos por nós, mas já liberados naqueles pai­ses com os quais foi e,fet1vado o acordo.

Ao apresentarmos esta proposta, temos cIaro que o desconheci­mento do manancial político, histórico, econômico e artistico doPais, impeode seja alcançado o verdadeiro progresso, que se ali­cerça na cultura de seu povo, colhida na sua: própria ,fonte.

Sala das Sessões, 28 de abril de 1982. - Edson Vidigal.

PROJETO DE LEI N.o 6.163, DE 1982

(Do Senado Federai)

Reajusta os valores de vencimentos e iProventos dosservidores ativos e inativos ,do Senado Federal, e Idá outrasprovidências.

(As Comissões de Constituição e Justiça, de ServiçoPúblico e de Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os vaiores de vencimentos e proventos dos servidores

ativos e inativos do Senado Federal, decorrentes da aplicação daLei n.O 6,908, de 21 de maio de 1981, ficam reajustados em:

I - 40% (quarenta por cento) a partir de 1.0 de janeiro de1982; e

II - 40% (quarenta por cento) a partir de 1.0 de maio de1982.

§ 1.0 O percentuai fixado pelo item II incidirá sobre os valoresresultantes do reajuste de que trata o item I.

§ 2.° Em decorrência do disposto neste artigo, os vencimentosdo pessoal em atividade constante dos Anexos da Lei n.o 6,908, de21 de maio de 1981, vigorarão com os valores fixa'Cios nos Anexos

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2924 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

.------- ._------------------

A N E X OI

(Art. 19)

QUIilRQ. PEm'~!IlIENt~

GRUPO Direção e Assessordmento' Superiores

CQ:lIGO - OIS

A partir de l\ p'artir de01101/1981- 01/04/1981

DAS. r 58.274,00 74.6,77,00 20%DAS. 2 68.870,00 88.255,00 35'1DAS. 3 76.817,00 98.440,00 45'.tDAS.• 4 90.062,00 115.413,00 50:DAS. 5 95.359.00 122.202,OQ 55';DAS. 6 105.957,00 135.782,00 60:;;

REPREsn1TAçlio~'ErISAL

\'8/CWEIHO OU SAL~RIO NENSAL111\'[1:>

LEGISLAÇÃO CITADA

LEI N.o 6.908, DE 21 DE MAIO DE 1981Reajusta os valores de vencimentos e proventos dos

servidores ativos e inativos do Senado Federal, e dá outrasprovidências.

O Presidente da República:Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

a seguinte Lei:Art. 1.0 Os valor.es de vencimentos e proventos dos servido­

res ativos e inativos do Senado Federal, decorrentes da aplicaçãoda Lei n.O 6.775, de 23 de abril de 1980, ficam r·eajustados naforma dos Anexos desta Lei.

Parágrafo úníco. Serão descontadas dos reajustamentos orapr-evísto.s quaisquer antecipações retributivas que tenh:am sidoefetuadas com base nos aumentos autorizados pelo Decreto-lein.o 1.820, de 11 de dezembro de 1980.

Art. 2.° A escala de vencimentos - e respectivas n~ferên­

eias - a que se refer·e o art. 1.0 da Lei n.O 6.775, de 23 de abrilde 1980, fica alterada na forma do correspondente Anexo destaLei.

Art. 3.° As categorias funcionais integrantes do Plano deClassificação de cargos. instituído pela Lei n.o 5.645, de 10 dedezembro de 1970, e posicionadas na forma do Anexo In da Lein.o 6.323, de 14 de abril de 1976, modificado pelas Leis n.os 6.626,de 2 de abril de 1979, e 0.775, de 23 de abril de 1980, ficam estru­turadas por classes e referências na forma do Anexo IH desta Lei.

Parágrafo único. Os servidores atualmente posicionados nasreferências a que se ref.ere a parte inicial do artigo anterior ficamautomaticamente localizados. inclusive com mudanças de Classenas corr-espondentes referências do Anexo II desta Lei.

Art. 4.° Fica elevado para Cr$ 300,00 (trezentos cruzeiros)por dependente, o valor do salário-família do servidor do SenadoFederal.

Art. 5.° A Gratíficação de Atividades. instituída pela Leín.o 6.323, de 14 de abril de 1976, passa a denominar-se Gratífi­cação de Nivel Superior, mantida.s as características, definição,beneficiários e base de concessão legalmente definidos.

Parágrafo único. O integrante de Categoría Funcional denível superior do Plano de Classificação de Cargos de que trataa Lei n.O 5.645, de 10 de dezembro de 1970, e que, por forçada legislação específica, estiver sujeito à jornada de trabalhoinferior a 40 (quarenta) horas semanais, fará juS a 50% (cin­qüenta por cento) da gratificação a que se refere ·este artigo.

Art. 6.° Nos cálculos decorrentes da execucão desta Lei, serãod,esprezadas as frações de cruzeiro. .

Art. 7.° A despesa decorrente da aplicação desta Lei correráà conta das dotações constantes do orçamento da União, para oexercício de 1931.

Art. 8.° Esta Lei entrará em vigor a partir de 1.0 de janeirode 1981.

Art. 9.° Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, 21 de maio de 1981; 160.° da Independência e 93.°

da República. - JOãO FIGUEIREDO - Ibrahim Abi-Ackel.

QUADRO PER~NENTE

A N E X o

~~ Direção e Assessoramento 5uoeriorcs

desta Lei, sobre os quais incidirão os percentuais doe representaçãomensal neles estabelecidos.

§ 3.0 Serão descontadas, dos reajustamentos ora estabelecidos,quaisquer antecipações retributivas que tenham sido efetuadas combase nas majorações autorizadas pelo Decreto-lei n.O 1.902, de 22de dezembro de 1981.

Art. 2.° Ê elevado para Cr$ 600,00 (seiscentos cruzeiros) men­sais, por dep·endente, o valor do salário-família.

Art. 3.° Nos cálculos decorrentes da execução desta Lei, serãodesprezadas as frações de cruzeiro.

Art. 4.° A despesa decorrente da aplicação desta Lei correrá àconta do Orçamento da União para o exercício de 1982.

Art. 5.° Esta Lei vigora a partir de 1.0 de janeiro de 1982.

Art. 6.° Revogam-se as disposições em contrário.Senado F·ederal, 30 de abril de 1982. - Passos Pôrto, l.°-Vice­

Presidente, no exercício da Presidência.

-,"-

VENCnlENTO OU SALARIOMEN~AL - cr$[ REPRESE"TAÇÃO~

INlvEIS A partir de Á partir de HENSAL

( 01/01/82 01/05/82

IDAS-I 104.547,00 146.365,00 20~

DAS-2 123.557,QO 1n.979,00 35',

DAS-3 137.816,00 192.942,00 45~

DAS'-4 161. 57B,00 226.209,00 5 CI ~~

DAS-5 .171. O82,00 239.514,00 55'

DAS-6 190;094,00 266.131,00 60t

A N E X O Ir

ChrtG:':lS OU Er.1PREGOS Dl:; N1VEl.. SUPERIOR CARGOS ou BMPREGdS DE NIvEL MgDIO

REFERtNCl/. VENCIHENTO OU SAL~RIO-CR$ REFE~NCIA VENCIMENTO OU SALARIO-CR$

.......... li !-,artir de A partir de .......... A parti.r de A partir de01/01/82 01/05/62 01/01/62 01/05/62

NE:-l 40.287,00 56.401,00 Nt1-1 13.Stl:'j,OO 19.476,oú1';5-2 43.335,00 60.649,00 NH-2 140623,OD 20.472,00NS-3 4S·.496,00 63.697,00 NM-3 15.360,00 21.504,00NS-4 47.766,00 66.872 .00 NM-tj 16.111,00 22.595,00NS-S 50.164,00 70.229,00 NM-5 1'6"."917,00 23.683,00NS-G 52.656,00 73-.718}00 NM-6 17.768,OÓ 2(.875,00·NS-7 55.295,00. 77.413,00 NH-7 18.485,00 25.879,00N5-8 58.055,00 81~2T;i ,00 NH-8 19.308,00 2í .031,00NS-9 60.29S,00 8~. 413,00 NM-9 20.176,00 28.246,00MS-lO 63.306,.00 8~.628,OO NM-lO 20.977 ,00 29.367,00NS-11 65.731,00 92:~J.3 ,00 NH-ll 21. 803 ,00 30.924,00NS-12 69.035,00 96 ;649 ,00 NM-12 ~2.-646 ,00 31. 7Btj ,aoNS-13 71.660,00 100.324,00 . NH-13 23.545,00 32.983.00NS-14 75.244,00 10S.341,00 NM-14 24.-476,00 34.298,00Ns-15 76.570,00 109.998,00 NM-15 25.433,00 35.606,.00NS-l6 62.034,00 114.847,00 NH-16 26.418,00· . 36.989,00NS-17 85.640,00 119.896,00 NM-17 27.307,00 38.229,00I/S-18 69.916,00 125.882,00 NM-18 28.368,00 39.715,.00NS-19 94.413,00 132.17B,00 NN-l9' 29.467,00 41.253,00NS-20 99.143,00 136.800,00 NM-20 30.709,00 43.070,0011:5-21 104.091,00 145.727,00 NM.-21 32.313,00 45.238,00NS-22 109.• 306.00 153.028,00 Nf.j-22 33.913,00 47.506,00N5-23 114.758,00 160.(;61,00 NM-23 35.632,00 49.884,00XS-24 120.493,00 l66 .690 ,00 NH-24 37.431,00 S:L403,OONS-25 126.S25,00 177.135,00 NH-25 39.397,00 55.829.00

mr-26 41.269,00 57.776,00

Nl'-j-27 43.335,00 60.809,00NH-28 45.408,00 63.907,007\101-29 41.760,00' 66.872,00

NI'1-30 50.164,00 70.229,00NH-31 52.656,00 73.718,00

N!'~-32 55.674,00 79.343,00NH-33 61. 609 .00 86.520,00N:·l-34 ~jJ~i,gg 9~~336,OON!-!-35

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Maio de 1982 DIARIO no CO"lGRF.sSO NAClONAl(i'ieçlio I I Sexta~fcira 7 2925

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ClASSE ES;'[CII.L r\"~ 11' a 13CLi6~l "~" - i\~1 L a 10CLASSE "h" - I','. I a .5

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HES1RE - P; 17 a 22CLf.SSE '0'" I.RTJfl-CE ESrECl:'L1UD~ ~r;:'l 13 a 15CLASSE "h" ARnrI-CE - II~ 7 a lZ,

ClA~S( E5P[C]~t - r;:: 28 a 30CU\SS[ "D" l·i~ST~E-Hi·: 23 a 27CtAS.5[ "C·' tC'HR.~- .!':ESTRE - d 17 a ,2ClASSe "B" A~T1F1-

C( ESPECTALEtJG -1"1 13 • 16CI.ASSE "A" AATrFl-Cf - W1 7 a 12UI.S5E 1.5PE[ I~L ~ t:!,1 28 • 30tLP.SSE "O" 1·:E51'E-I;:1 23 a 2iCLASSE "C" WlIlRA-~!E5TP[ - r~ 17 ti 22ClrISSF: "13" ;,P.T1FI-CE ESPEClf,UZ"'OO ~I:'l 13 a 16CI.,<SSE "h' hRllFl-CE - 11':1 7. 12

CI.ASSE ES"ECl ~L - t:'1 28 • 30LL~S5E "n" 1'~éSTRE-K'l 23 a 27Clf.5SE "C" cc:;TR~-

~:EsíRE - wr 17 a 22CLASS~ "O" A:;T1fltE ESPEElhUZ<\iiO--I;:·1 13 a 15ClASSE "A" U;TiFICf. ~"}l 70112

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[l,.';':,':o( ESPfelAL - r;s 19 (I' 21CLASSE ''C.. - t,S g il 18CLAS~r "s.. :- ~;) 9 a 13CLASSe ~/~~ - 1'1:; 1 <1 8

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SF~TP-h:H201

SF- Tr~I;':-1202

Sf-r-l5-930

SE-AR1 ~1'IH03

b) D~tilóS'r;)fo sr~s~"r,1-l-S02

~} r,~~torista Oficial

d) Arfifice de C2rpir.tarÜl e t:..Ircr.:r.~ria

c) ·Ãrt1flCf! de Eletticirílde c Ccr.Junica=­ção

Q) 6ibl1olecâl'"'ia $:-!IS-'11?

fi] 1~ctilcO (':1 lC'gi~ltl Sf'-r\s-g3~

ção e Ciç''';-~'nlo -

c:nr..f-S t\Tl\'I· n) TéIT'lÇO c'" (C-:-U;I-;- ,;:r-r:s-931('Ii.'Jrs O[ Ni\'U '-3';30 Socb.lSU?UUO:?' U!S)

. Gf\uro - S[f~\'l J) f\'JcrotC' /..chimstra- $F-sr.·/,':I-t'DlÇOS NJY.IUA-- tlvoH[S ( l;:~ )

CRuro - SFF:\' IÇC r-' ';~ .. ;~.:­f'['RT[ (':I-(1;,lE: FeRT :.:~lh

(li', )

G~:Jro - pnEsr~ a) Es trutura de llurashA10 ( I;:~) - C Meta lurg;.

GRU?O - 1-.P.n:SA b) Art"ific:e de H2âni:,~TO ( r::·;) - (O -

............ , , .. , ' , ~.. ~ - , .

DECRETO-LEI N."I,902,DE 22 DE DÉz:EiMBRo n:E: 1931

Reajusta os valores de vencimentos, Ealários e pro·~

ventos dos servidores civis do Poder Executivo, bem. cmnélQS das pensões e dá outras providências.

O Presidente da República no uso da atribuição que lh.e con~

lere o artigo 5·5, item III, da Constituição, decreta:·Art. 1.0 Os valores de vencimentos, salários e proventm dn

peMoa! civil do F'od,er Executivo, bem como os das pensões, decor~

rentes da aplicação do Decreto-lei D,o 1. 820, de 11 de dezembrode ISS!:>, .serão reajustados em:

1-40% (quarenta por cento), a partir d,::! 1.0 de janeiro de1982; e .

II - 40% (quarenta por cento), a partir de 1.0 de maio de19B:2.

§ 1.0 O percentual fixado no item Ir incidirá sobre os valoresresultantes do reajusk de que trata o item 1.

§ 2.° iEm decorrência do disposto. neste arUgo, os vencimentos.:salários ·9 gratifi<cações do pessoal em atividade, constantes dosAnexos do Decr"eto-Iei n.o 1.'820. d·" 1980, vigorarão com os valoresfixados nos Anexos deste Decreto-lei, sobrc os quais incidirão o;;percentuais de representação men"al neles ·:}stabelecidos.

Art. 2,° Os valors de vencimentos ou salários do Magistériof::uperior e de 1.° e 2,° graus, decorrcllt,es de aplicação dos D·ecre­tos-leis n.CS 1.820, de 11 de dezembro de 1980, e 1.8'53, de 15 de.fev·ereíro de 1981, passam a ser os cOllsta:1tes dos correspondentesAnexos deste Decreto-lei.

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CLASSE ESPEtUL - IIS 17 a 19CLASSf D:lICA - riS 12 • 16

CLllsse espeCIAL - HH 34 • 35CLASSE "C''' - r,1 28 a :nCLASSE "8" - /;11 24 • 27CLASSE "f\" - f\l1 19 a 23

CVSSE ESrEnAL' - JH.I ?B a 3tlCLASSE "O" - r,H 24 a 27CLAsse "C" - W1 19 a 23CLASSE "8" - Na 15 .. 18CLASSE "A" - 1.11 11 a 14

CLASSE ESpeCIAL ~ Im 3~ o 35CLAS5E "O" - 111\ 28 • 33CLASSE "C" - N:1 24 a 27CLASSE "B" - IIH 19 a ,3CLASSE "A" - IIH 1~ a i8

REfEP.[::Clfó DE VUiCm(NTOou sr,LMIO PO~ CLA5SE

tLI.SSE eS?ECIAL - IlS 22 a 25Cl~SSE "C· - IIS 11 , 21ClASSE "6'" - R$ 12. 16CLASSE "A" ~ NS ,. 11

.h) Arquiteto Sr~::5-917

f} Od"TltõlC'go Sf-IlS-9D9

i) Técrdco e-;:". Adr.:inis 5F-ljS-923trdçiio -

b} 1üqü1';;~fc l;:g':~1~~ sr-:':"-::$~m.?

tivo

f) Agente ne Segurança SF-AL-NH-015leglslativi)

c) lOcnico em Rcabili- Sf-/lS-90Gtilção

r)' ri'!rnncêutlco Sf-IIS-9J8

j) Ceritador SF-rJs-n5

9) [.ng~lh.elro Sf-I:~-916

c) Ins[>!lor do Segura!!. SF~I.L-IJS-016

ça legislativll

d) As.si~t61te L~9isla- Sr-t.L-f\t·í,-OlZ.t;'IO

e) Assistente: de Plen( Sr~AL-lI::·:~oi~rios

O'Jil:,',S Al1\11· c) F-::.)C~,~;:;go Sç-~:S-·<.:!~1

or,.üES ~E rH-V[L SU?[F:IOP..

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r.:JlfU.S A1J\'I- iIlo) I1cdico (jornJda de Sr-li~.. 9010:"0[5 DL Nl- fi- heras)\'[L SUi'(RIOR

( HS ) b) Enfermeiro SF"-r;S-90~

GRUPtlS CmGORIA5 fU:.CIG1.AIS tODIGO

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2926 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Maio de 1982

o SR. PRESIDENTE (Freitas Nobre) - Está finda a leitura do expe-diente.

IV - Passa-se ao Pequeno ExpedienteTem a palavra o Sr. Cristino Cortes.

O SR. CRISTINO CORTES (PDS - MT. Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a 9 de abril de 1978, quando S. Ex' oPresidente João Figueiredo foi lançado como candidato ao cargo que hojeocupa, fez ele, em seu discurso, questão de dar ênfase especial ao problema daagropecuária nacional, destacando muito bem sua importância tanto para odesenvolvimento de nosso comércio exterior quanto para o abastecimento in­terno.

Lembro-me com clareza de suas palavras, que ainda ressoam pelo vastoterritório brasileiro, dando esperanças de dias melhores para milhôes de pes­soas que vivem da agricultura e da pecuária:

"Defendo atenção prioritária para o desempenho da agricultu­ra e pecuária, na produção sobretudo de alimentos, em proveito doconsumo interno e também da exportação,"

Recordo-me, também, Sr. Presidente, de que em várias oportunidades,seja ainda como candidato seja como Presidente da República, {) GeneralJoão Baptista de Oliveira Figueiredo prometeu uma política realista de crédi­to rural e preços mínimos compensadores.

Nunca, Sr. Presidente, em hipótese alguma, cheguei a duvidar das boasintenções e da honestidade do Presidente João Figueiredo em relação às suaspromessas para os agropecuaristas.

Sempre confiei também em S. Ex' o Sr. Ministro da Agricultura, tantono anterior, que hoje ocupa a Secretaria de Plrnejamento, quanto no atual.

Constantemente tenho elogiado as medicJ~' que o Governo tem tomadopara vencer a crise econômica e energética que, após abalar o mundo todo,atingiu também a nossa economia.

No entanto, Sr. Presidente, nunca me furtei de critkar os aspectos dasdecisões governamentais que colidem a propalada pri()ridade para a agricul­tura e, em várias oportunidades, constatei que o Governo que temos é sufi­cientemente corajoso para voltar atrás e corrigir possíveis falhas em suas deci­sões.

Destarte, uso esta tribuna, hoje, para um apelo especial a S. Ex's o Mi­nistro Amaury Stábile, o Ministro Delfim Netto e a todos os responsáveispela condução da nossa política de crédito rural, para que não se deixem levarpor orientação exclusivamente tecnocrata ou por interesses defendidos porhobbies de multinacionais ou de grandes empresas brasileiras, em detrimentodos interesses maiores da Nação. .

Faço este apelo, Sr. Presidente, porque ajusta decisão de há muito espe­rada pelos pecuaristas brasileiros, de liberação de algum crédito para o desen­volvimento da pecuária nacional, fez-se acompanhar de uma outra decisãoque, a nosso ver, é altamente discriminatória e lesiva aos interesses dos pro­dutores.

Com efeito, meus nobres pares, a decisão de se abrir um crédito de 72 bi­lhões de cruzeiros para a pecuária foi saudado com elogios por todos os rin­cões do País. Mas, ao se saber que, deste total, 40 bilhões seriam liberadospara frigoríficos, 22 bilhões para boi em pé e que apenas 10 bilhões seriamdestinados para matrizes, os pecuaristas brasileiros levantaram sua voz con­tra a péssima distribuição que foi feita. Não se conformaram e não podem seconformar em ver grandes e consolidadas empresas, que facilmente conse­guem créditos junto aos bancos particulares, principalmente empresas multi·nacionais, serem privilegiadas com dinheiro do povo, que deveria ser aplica­do, prioritariamente, para resolver o problema da produção de bezerros.

Sem bezerros hoje não haverá gado para ser abatido amanhã.Daí a necessidade de se rever, com urgência urgentíssima, a distribuição

dos 72 bilhões, aplicando-se, dos 40 bilhões destinados aos frigoríficos, pelomenos 20 bilhões para matrizes.

Destinar, para todo o território nacional, menos de 30 bilhões para ma­trizes, ou destinar mais para boi em pé e frigoríficos do que para matrizes êum absurdo que só pode ser fruto de tecnocratas insensíveis, sem visão do fu­turo e sem conhecimento da realidade. Para se ter uma idéia melhor dos resul­tados práticos da infeliz e indefensável decisão governamental basta citar oexemplo do Estado que, com orgulho, represento nesta Casa, Mato Grosso.

Para aquele Estado, que possui o quarto rebanho bovino do Brasil, cou­be, na distribuição dos 72 bilhões, apenas 300 milhões para investimento emmatrizes. Deste total, Barra do Garças, Município que possui o maior reba­nho do Estado, ficará apenas com 15 milhões de cruzeiros.

Concluindo, Sr. Presidente, dirijo o meu apelo até mesmo a S. Ex' o Pre­sidente João Figueiredo, em quem os agropeeuaristas depositam inteira con­fiança: caso não haja possibilidade de transferência de parte de v.erba destina·da aos frigoríficos para matrizes, que seja aberto um novo crédito, com novas

verbas, de pelo menos 20 bilhões a mais para retenção de matrizes. Mais doque nunca é preciso investir em matrizes para evitar que haja matança de va­cas reprodutoras essenciais para o crescimento de nossos rebanhos. Semações efetivas para concretizar, hoje, uma política de investimento na pro­dução de bezerros, amanhã faltará carne na panela dos brasileiros. Os preçosserão absurdos e o País será obrigado, para vergonha de seus filhos, a impor­tar a carne que poderíamos e deveríamos exportar.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. WALDIR WALTER (PMDB - RS. Sem revisão do orador.)­Sr. Presidente, Srs. Deputados, recebi, há poucos dias, um boletim da Fede­ração Gaúcha dos Servidores Públicos Federais, em cuja capa encontrei umapoesia que me pareceu muito significativa para o momento atual do nossoPaís. Apesar de não ser muito dado à leitura de poesia, permito-me ler esta:

"Mentiram-me onteme hoje mentem novamente. Mentemde corpo e alma, completamente.E mentem de maneira tão pungenteque acho que mentem sinceramente.Mentem, sobretudo, impunemente.(...) E de tanto mentir tão bravamente,constroem um paísde mentira - diariamente."

Essa poesia é de autoria de Affonso Romano de Sant"Anna.Sr. Presidente, os jornais de hoje divulgam que o Conselho Político do

Governo decidiu impor mais um "pacote" eleitoral. Inspirado nessa poesia,começo por dizer que não existe conselho político neste Governo. Conselhohá de ser sempre um colegiado, que tenha poder de decisão e caráter opinati­vo. Esse conselho político do regime, quando convocado, tem apenas a finali­dade de ouvir a decisão tomada pelo Presidente da República. Isto aconteceuvárias vezes e, ontem, mais uma vez. O Presidente desta Casa, Deputado Nel­son Marchezan, e o Presidente do Senado, Senador Jarbas Passarinho, nãosão convidados ao Palácio para opinarem, para integrarem, efetivamente, oConselho Político. São chamados apenas para serem cientificados da decisãodo Presidente.

Fico imaginando um intelectual que se prepara, durante a vida intcira,para servir ao seu país, para conhecer os problemas nacionais, sonhando como futuro que a nação merece, testemunhar, constatar as artimanhas, os artifí­cios, os casuísmos que vêm sendo adotados pelo regime de 1964 sem o menorconstrangimento.

Afirma-se uma coisa e se faz outra. E assim, de "pacote" em "pacote",nós vamos indo, Sr. Presidente.

Indago-me se este País tem saídas institucionais. Chego a crer que é pre­ciso que surja, talvez, uma nova geração capaz de mudar este quadro políticolastimável, vergonhoso, entristecedor, vigente nestes últimos 18 anos, ondenada, absolutamente nada é feito com seriedade, onde nada se faz, em termosinstitucionais, pensando no futuro do País, da Nação, assegurando-se, sim­plesmente, o objetivo subalterno, pequeno da permanência no poder.

Anuncia-se hoje, Sr. Presidente, que o número de cadeiras na CâmaraFederal será aumentado. Às vezes se amplia esse número, às vezes se diminui- sem se saber para que, qual a finalidade, qual a vantagem que o povo bra­sileiro terá com essas modificações constantes. Anunciam também os jornaisque os Prefeitos passarão a ter mandato de 5 anos. As eleições, como sabe­mos, não eram coincidentes. Lá pelas tantas, o regime entendeu que a coinci­dência era salutar e necessária. Implantou-se, então, a coincidência, que ago­ra é eliminada. E assim vamos indo. Noticiam ainda os jornais que a Consti­tuição só poderá ser emendada por 2/3 do Congresso Nacional. Isto já era es­perado. Quando o Parlamento precisava de 2/3 de seus membros para alterara Constituição, O Governo decidiu que o importante era a maioria absoluta,da qual dispunha o partido do Governo. Agora, diante da ameaça de perderessa maioria absoluta, que poderá ser da Oposição, muda-se o critério,adotando-se os 2/3.

Quando é que o Governo age com seriedade? Nunca. E não vamos falarnas demais propostas que estão sendo anunciadas.

Passaremos a adotar o voto distrital misto. Então pergunto, Sr. Presi­dente: qual será o benefício que a introdução do voto distrital, puro ou misto,no País, trará ao povo brasileiro, se o Parlamento não tem poderes, não temprerrogativas?

Isto poderá servir para o regime, mas não vejo nenhum sentido para oaprimoramento político da Nação. Sou obrigado a repetir o que tenho ditotantas vezes: não se pode esperar critérios éticos, morais e cedentes de um re­gime ditatorial e arbitrário, porque todos os regimes ditatoriais e arbitráriossão indecentes, aéticos e imorais porque ferem os princípios democráticos.

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Maio de 1982 mARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2927

Então, Sr. Presidente, parece-me abollltamente certo que, em termos ofi­ciais, em termos de Governo, continuam mentindo impunemente e construin­do um País de mentira, diariamente. (Muito bem!)

A SR' LÚCIA VIVEIROS (PDS - PA. Pronuncia o seguinte discurso)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, leio, para que conste dos Anais, cópia dodespacho telegráfico que cnviei ao ilustre Dr. Roberto Marinho, Diretor Su­perintendente das Organizações Globo, a respeito do procedimento de umcomediante integrante do cast da "TV Globo", em um dos quadros do pro­grama "Balança Mas Não Cai", onde, em uma atitude claramente revanchis­ta, procurou atingir esta Parlamentar. Eis o despacho telegráfico na íntegra:

"Em nome da família Viveiros - e só existe uma família Vivei­ros no Brasil - venho solicitar a divulgação, na íntegra, deste tele­grama, a se fazer no próximo programa ou na primeira vez que omesmo for levado ao ar, pela direção do "Balança Mas Não Cai", eprotestar.pelo pretenso achincalhe a membros da família, através docomediante Lúcio Mauro, personagens Ofélia e Fernandinho, do­mingo, dia 25 de abril, que usou de modo indevido a brilhante "TVGlobo", superiormente dirigida por V. S', por declarar: "Ofélia temuma irmã no Pará, burra como a madame Viveiros"; está claro quesomente no intuito mesquinho e pobre de revanchismo, para atingiro Grupo Viveiros, que se transformou no Grupo Solidariedade emDefesa do Pará e que, embora tenha fundado o extingo MDB pa­raense, integrou-se agora no PDS, apoiando o nome sério de OzielCarneiro para Governador, contra o candidato do PMDB aliado aoPDS número 2, que coincidentemente é sobrinho do citado come­diante e ao qual sempre prestou serviços em campanhas eleitoraisno Pará. Nós, do Grupo Viveiros, optamos por um partido mais al­to, chamado Povo Paraense, e lamentamos que o Sr. Lúcio Maurojulgue os outros por si. Saudações da Engenheira Civil e ArquitetaLúcia Viveiros, Deputada Federal pelo Estado do Pará, Suplente daMesa Diretora da Câmara dos Deputados."

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso da S~ Lúcia Viveiros o Sr. Freitas Nobre, 29­Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada peloSr. Simão Sessim, Suplente de Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Simão Sessim) - Tem a palavra o Sr. João Gil­berto. (Pausa.)

O SR. JOÃO GILBERTO (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a situação da produção gaúcha, espe­cialmente a de soja, encontra-se hoje me séria crise. Há uma previsão das coo­perativas de que o produtor de soja na safra de 1982 terá um prejuízo médiono Estado equivalente ao valor de 305 quilos de soja por hectare. Isto é muitograve e não tem paralelo na História, sabendo-se que em 1977 a média do lu­cro do produtor foi de 787 quilos por hectare e que na pior safra, a de 1979, oprejuízo alcançou 27 quilos por hectare.

A lavoura de soja, como as demais lavouras, encontra-se onerada pelaatual política de crédito, que obriga o agricultor a recorrer às fontes comunsde empréstimos a juros caros para o custeio e os investimentos necessários,porque o juro subsidiado a 45 por cento ao ano alcança apenas parte do custototal da produção.

A elevação dos insumos para as lavouras - e a lavoura de soja requermuitos insumos - acontece no País sem nenhum controle e nos últimos anostem inflacionado de forma muito grave o investimento agrícola.

Agora, as mais representativas entidades da produção do Rio Grande doSul- como a Federação das Cooperativas de Trigo - FECOTRIGO, a Fe­deração dos Trabalhadores na Agricultura - FETAG, e a Federação daAgricultura do Rio Grande do Sul - FARSUL, além das cooperativas gaú­chas, enviaram delegação a Brasília que percorreu os órgãos ministeriais ebancários e manteve contato com os políticos e Parlamentares do nosso Esta­do, em busca de soluções de emergência para a crise da lavoura, que sofreusérios problemas na estiagem, vendo agravar-se as conseqüências de erros es­truturais da política agrícola brasileira.

As entidades representativas do setor primário gaúcho defendem a libe­ração de financiamentos para manutenção familiar aos pequenos produtoresa dez mil cruzeiros por hectare de área cultivada de soja, no limite máximo de300 mil por agricultor, com prazo de pagamento de dois anos, a partir de1983; a prorrogação dos saldos remanescentes dos financiamentos de custeioda soja, não-indenizáveis pelo PROAGRO, tanto para os pequenos comopara os médios e grandes produtores; a prorrogação por mais um ano dosprazos para pagamento dos financiamentos de investimento; a elevação dasmargens de financiamento para a próxima safra de soja, em caráter excepcio­nal, para 90 e 80 por cento, respectivamente, para médios e grandes produto-

res; e, ainda, °financiamento especial às cooperativas através de estudos deuma comissào integrada por representantes do Banco do Brasil, Banco Na­cional de Crédito Cooperativo e FECOTRIGO.

A delegação gaúcha propõe ainda às autoridades a elevação do EGF dasemente de soja para cem por cento da produção, visando a garantir o forne­cimento de sementes para a próxima safra. E pede a imediata liberação dos fi­nanciamentos de custeio de trigo, cujo plantio já começou no Estado e os re­cursos ainda não foram liberados.

São medidas emergenciais que não resolverão problemas de estrutura.que a produção agropecuária vem apresentando, nem compensarão os errosda política governamental. Mas, fazem-se urgentes e necessárias em face dagrave conjuntura atual da produção de soja no Estado.

A representação parlamentar gaúcha no Congresso Nacional, de todosos partidos políticos, manifestou sua solidariedade às reivindicações dos pro­dutores.

Registramos nosso apoio às propostas apresentadas às autoridades eco­nômicas da União e enfatizamos a necessidade de uma pronta resposta deatendimento às mesmas, salvando o Rio Grande do Sul de um desastre eco­nómico e social.

O SR. FREITAS NOBRE (PMDB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, queremos declarar nossa solidariedade àsassociações profissionais de geólogos, topógrafos, economistas, arquitetos,engenheiros e outras ligadas à atividade da mineração, bem como à Ordemdos Advogados do Brasil, esta, pela assistência jurídica que vem prestando àcampanha contra a venda de nossas reservas de Carajás.

O § lQ do art. 22 do Código de Mineração deixa bem claro que o alvaráde pesquisa fornecido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral éinegociável e intransfirível, o que torna ilegal a venda de nossas jazidas de Ca­rajás a terceiros.

Além disso, detendo o Governo apenas 64 por cento das ações daCVRD, os sócios que detêm os outros 36% não foram sequer consultados, e adecisão, portanto, estará invalidada em face das disposições expressas na Leide Sociedades Anônimas.

Esses serão alguns pontos a serem provavelmente levantados pelo advo­gado da OAB, porém existem aspectos políticos e éticos que escapam ao exa­me meramente jurídico da questão.

Ao autorizar essa venda, o Conselho Interministerial do ProgramaGrande Carajás pretendeu colocar nossas jazidas de manganês, níquel e cobreà disposição dos especuladores internacionais e, direta ou indiretamente, daspróprias multinacionais que levam tudo e deixam migalhas para os cofres daNação.

O Departamento Nacional de Produção Mineral, procurando justificar amedida na patriótica, embora confirmando a decisão, alega que essas jazidas"na realidade não existem" porque ainda não foram feitos os relatórios defi­nitivos relativos à pesquisa e lavra.

Ora, a desculpa é ridícula, pois nem os nécios ignoram que Carajás é agrande reserva mineral conhecida do País.

Os dirigentes de cerca de 100 entidades preocupadas com o problema e aele ligadas colocaram a questão em termos realistas e patrióticos.

Se o Governo mantêm sua disposição de vender a terceiros essas reservasminerais, privatizando e até mesmo internacionalizando sua exploração coma presença de "testas de ferro" das multinacionais, a opinião pública brasilei­ra tem que se mobilizar para impedir que essa decisão impatriótica se concre­tize.

O SR. JOSf: FERNANDES (PDS - AM. Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Setor de Transportes no Amazonas,historicamente, tem sido uma das áreas que oferece maior dificuldade ao de­senvolvimento regional. Em verdade, desde os primórdios da conquista daAmazônia, as suas particularidades, entre as quais a resistência à penetraçãoda imensa e adensada floresta, constituíram entraves à evolução dos trans­portes.

Ê dispensável dizer que a alternativa exclusiva para adentrar a Amazôniafoi a fluvial, que condicionou uma ocupação linear ao longo das lâminas d'á­gua do grande vale Amazônico. Esta foi a forma de expansão da fronteira hu­mana e econômica, que propiciou o crescimento regional por ocasiào do "ci­clo da borracha", quando a elevação da produção extrativa da goma elásticafoi acompanhada em proporção pelo crescimento dos meios de tranportesfluviais.

Transformou-se a economia na região, introduziram-se novas alternati­vas de desenvolvimento e de transportes. Todavia, quer pela formação his­tórica, quer pelo renascimento e racionalização do setor primário no Amazo­nas, há anos vem-se tornando indispensável recidar a modalidade fluvial de;tmnsport.~s, com introdução de maior capacidade operacional na movime!!1-

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2928 Sexta-feira 7 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

tação de passageiros e de cargas. É um dos projetos prioritários a moderni­zação e rentabilidade da operação fluvial. Há muito reclamada, sem dúvidaalguma, era a construção do Terminal Hidroviário de Manaus, para atendi­mento da navagação interior.

Por certo, o esforço estadual de construir tais instalações portuárias sem­pre foi contido pela inexistência de disponibilidadde financeira para custeioda obra. E como não poderia deixar de ser, continuadamente o atual Secre­tário de Transportes do Estado, Engenheiro Raimundo Lopes, trouxe propo­sições ao Ministério dos Transportes, sobre a competente e sábia orientaçãodo Ministro Eliseu Resende, no sentido de que o Governo Federal, além desua participação na ampliação e modernização do Porto de Manaus, partici­passe na execução do Terminal Hidroviário, para atendimento do tráfego in­teiror.

Justas foram as solicitações, pois que, no último dia 4 do corrente, emsolenidade realizada no Salão Nobre do Ministério dos Transportes, foramassinados diversos atos de interesse do meu Estado, entre estes incluídos osque dizem respeito à licitação, contratação e construção do Terminal Hidro­viário da Capital.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, parabenizo pelo evento o Ministro EliseuResende, o Governador José Lindoso, e exalto a vitória obtida pelos compa­nheiros da área de transportes no Estado, destacando, em nome de todos, oSecretário Raimundo Lopes e o Diretor Rozemar Tavares.

Ademais, Sr. Presidente, necessito dizer algumas palavras sobre o ho­mem do interior no Amazonas, de fato o grande beneficiário de mais umaobra do Governo João Figueiredo no meu Estado. Há, na verdade, cerca deduas dezenas de milhar de barcos regionais, que se movimentam na conduçãode produtos e passageiros entre a Capital e os mais distantes núcleos urbanosou mesmo "barranco" ribeirinho do interior. Só mesmo os conhecedores doprocesso de embarque e desembarque, que lidam com as dificuldades paraconseguir área para estas operações na orla de Manaus, podem ter idéia dovalor futuro que terá o Terminal Hidroviário, destinado, sobretudo, a facili­tar e economizar custos e tempo nas operações, que, no caso de carga, muitasvezes contribuem para onerar os gêneros que vão ser consumidos pelos habi­tantes da nossa área rural e elevar os custos de seus produtos nas difíceis ope­rações de desembarque.

Com a construção do Terminal Hidroviário, Srs. Deputados, ganhará oEstado, assim como a nossa sofrida população do interior, que, ao demandara Capital, terá melhor atendimento portuário, numa justa atenção das nossas

•.autoridades àqueles que conduzirão o Amazonas à reconquista de sua efetivaparticipação nos índices do produto rural brasileiro.

Era o que tínhamos a dizer.

Durante o discurso do Sr. José Fernandes o Sr. Simão Sessim,Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupadapelo Sr. Freitas Nobre, 2v Vice-Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Freitas Nobre) - Tem a palavra o Sr. FranciscoRollemberg. (Pausa.)

O SR. FRANCISCO ROLLEMBERG (PDS - SE. Pronuncia o seguin­te discurso) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a humanidade, nesta última dé­cada, tem presenciado um processo crescente de instabilidade na economia enas relações internacionais. .

A alta vertiginosa do preço das matérias-primas, a escassez generalizadade alimentos, a contenção de crédito, os altos custos financeiros, as elevadastaxas dejuros, a recessão ou, como muitos querem dizer, crises setoriais, o de­semprego e o crescimento negativo são resultados de uma crise que abala sig­nificativamente toda a economia mundial, e esta, como um todo, registra mo­mentos difíceis.

A redução da atividade econômica e, conseqilentemente, da demandapareceu arrefecer o ímpeto do processo inflacionário. Mas a crise continuou eo desemprego tornou-se alarmante, não se manifestando, apenas, como um

'problema de reajustamento setorial.Para tentar superar a crise econômica que se vislumbrou com muita rapi­

dez, os países subdesenvolvidos - e aqui se situa o Brasil - tiveram que re­correr aos bancos internacionais na busca de recursos para financiar os resul­tados negativos de seus balanços. E assim o déficit consolidado de nosso País,como o de todas as nações do Terceiro Mundo, se amplou ainda mais.

Considerando especificamente o nosso continente, o "Informe Anual"do BID revela que o desempenho da economia dos países da América latina,em 1981, foi preocupante:

- O PIB da região cresceu 1% em contraste com os 5,7% atingidos em1980 e 6,1 % em 1979;

- o déficit global em conta-corrente aumentou, atingindo um total de34 bilhões de dólares, contra 27,5 bilhões de dólares em 1980;

- o perfil da dívida externa piorou e os serviços da dívida passaram aabsorver a maior parte das receitas de exportação;

- o grande esforço para dinamização das exportações tem seus efeitos bas­tante reduzidos devido ao fechamento dos tradicionais mercados externos.N o caso específico do Brasil, as vendas ao exterior dos seus produtos indus­trializados caíram 30% nos primeiros meses de 1982.

Querer, porém, debitar toda esta situação de crise apenas à elevação dospreços do petróleo é simplificar demais a realidade:

"A crise atual não é uma simples perturbação monetária e/oufinanceira, nem simplesmente produto do aumento do preço do pe­tróleo, (...) ela é, na verdade, uma Grande Crise". (...) A crise do pe­tróleo não foi).lm fato isolado que ocorreu em uma conjuntura deestabilidade mundial, mas sim uma gota d'água em um copo jácheio que contribuiu para derramá-lo. Já havia uma inflação galo­pante nos países desenvolvidos como um todo. (...) A triplicação ouquadruplicaçào dos preços do petróleo veio apenas agravar uma cri­se que já estava em curso "(Rabah Benakouche. Caracterização dacrise Econômica Atual. In: Economia e Desenvolvimento n9 1, maiode 1981.)

Os custos econômicos desta crise estão, porém, sendo seguidos bem deperto por agudas tensões sociais, revoltas e até mesmo conflitos localizados,com sérias repercussões políticas e até militares.

A tensão que abala as estruturas internacionais faz com que cada naçãoassuma um estado de crise que favorece a instabilidade político-institucional.A ordem econômica que surgiu com o final da 29 Guerra Mundial fracassou.A segurança nacional estruturada a partir da idéia de guerra fria está supera­da.

A crise econômica que promete perdurar por alguns tempos, ainda,acentua todos estes conflitos na 'ordem internacional. E isto tem como primei­ro resultado a necessidade da recolocação do problema nacional. Cada paísvolta a repensar um projeto de autodeterminação.

A teoria das fronteiras ideológicas distintas das fronteiras geográficas epolíticas contribuiu para apagar a personalidade distinta de cada nação. Estateoria gerou o conceito do Grande Estado Associado com poderes para inter­vir nas questões internas de cada nação.

Apoiado, porém, nesta esdrúxula teoria, uma situação de subdesenvolvi­mento se consolidou nos países do Terceiro Mundo, como produto históricoda dependência econômica, política e cultural em relação às grandes potén­cias.

O neocolonialismo se institucionalizou com outras feições mais liberais,mas o seu objetivo final é sempre reter o crescimento das potencialidades derenda e produção dos países da periferia.

A insistência da criação de um sistema econômico internacional escondiadetrás de si o objetivo velado de colocar todo o poder de decisão sob a in­fluência das grandes potências.

Parece, porém, fora de dúvida que o sistema mundial desmoronou. ~spotências do Norte que encarnavam até hoje as piores formas de coloniah~­

mo terão que conviver com esta nova realidade, porque não se concebe maisaquele expansionismo econômico, militar e territorial.

Neste contexto, também, o sistema interamericano foi condenado à fa­lência. O sentimento nacional sobrepuja a solidariedade latino-americana.

Esta crise poderá provocar outras tantas, porque, como diz Newton Car­los "Folha de S. Paulo", 18-4-82, pág.lO): "As erupções pipocam por todaparte, ameaçando juntar-se numa erupção geral". E, ~inda mais, esta si­tuação de instabilidade político-institucional poderá estimular saídas deses­peradas de conseqüências imprevisíveis.

O fato mais recente e que estamos presenciando no momento - disputade soberania sobre as Ilhas Malvinas - veio abalar toda a unidade continen­tal porque, com o apoio ostensivo dos Estados Unidos à Inglaterra, a maioriados países da América Latina passou a não aceitar mais o governo americanocomo um aliado "confiável".

Quer queiram quer não, estes últimos acontecimentos diplomáticos po­derão acarretar estragos e fissuras ainda maiores na defesa ocidental e princi­palmente no sistema latino-americano. E, neste sentido, afirma Paulo Francis(Folha de S. Paulo, 18-4-82, pág. 10): "Qualquer que seja o resultado da ques­tão das Malvinas, a placidez conservadora da América do Sul, sem conflitoshá quase 60 anos, nunca mais será a mesma". E, ainda mais, para completar oquadro, a fracassada mediação e agora o apoio dos Estados Unidos à Ingla­Úrra comprometeram sensivelmente a imagem daquele país diante das potên­cias mundiais.

Uma confrontação Norte-Sul terá como primeira conseqüência uma to­mada de consciência dos países s~bdesenvolvidos do Sul da situação de tutela

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NAClONAlL (Seçuo I\ Sextll-feirm 7 291:Sl

tecnológica e financeira em que vivem, e isto poderá colocar emjogo a ordeminternacional vigente. alterando-se, de forma significativa, a relação de forçasque sustenta a atual estrutura de poder. Já se fala, hoje. na constituição de umnovo organismo internacional que, segundo o Prof. Cristóvão Buarque, doDepartamento de Economia da UnB, seria, também, denominado OPEP­Organização dos Países Endividados e Pobres.

É bom, aqui, relembrar o que diz a imprensa (Jornal de Brasília, 2-5-82,pág. 16):

"Nos meios diplomáticos argumenta-se que o conflitoargentino-britânico, aliado à crescente crise que afeta toda a econo·mia mundial, poderá criar uma consciência de unidade entre os paí­ses da América Latina, em busca de sua sobrevivência e do aumentodo seu intercâmbio comercial. Com isto os países latino-americanoscortariam algumas das muitas amarras que, através dos tempos, osprendem aos Estados Unidos e à Europa."

Nesta situação, ao mesmo tempo característica da derrocada da civili­zação ocidental e alicerce do surgimento de uma nova ordem internacional, éque queria analisar algumas nuances que envolvem a nossa segurança inter­na.

Neste processo de desestabilização política e econômica no AtlânticoSul, torna-se patente a fragilidade de nossos efetivos bélicos e a insuficiência,quanto aos aspectos numérico e técnico, de nossas Forças Armadas.

Segundo matéria publicada na revista Veja (21-4-82 págs. 36/37):

"A proximidade dessa guerra latente entre Argentina e Ingla­terra por um arquipélago remoto expôs a situação inadequada dasForças Armadas brasileiras. (...) Com seus 8,5 milhões de Km', oBrasil tem Exército de 182.000 homens, enquanto países 10 ou 20vezes menores dispõem de mais soldados - como a Polônia com210.000 homens ou a França com 321.000 homens. As despesas mi­litares brasileiras são efetivamente modestas: 17 dólares per capitacontra 105 da Argentina, 349 da França e 520 dos Estados Unidos."

O percentual de gastos dos ministérios militares em relação ao total doorçamento federal tem decrescido, passando de 27% em 1956 para 7,1 % em1981.

Comenta o jornal O Estado de S. Paulo, 28-4-82 que:

"Trata-se de uma situação deplorável que atinge o Exército,Marinha c Aeronáutica. Deste modo, a segurança brasileira estáameaçada, prejudicando, também, investimentos estrangeiros e re­tardando assim, o desenvolvimento econômico e o progresso socialdo País."

A respeito disso, também, comenta o Deputado Alípio Carvalho, Presi­dente da Comissão de Segurança Nacional da Câmara dos Deputados, afir­mando que "pelo menos um aumento de recursos orçamentários deveriaacontecer com urgência".

A aquisição de armas. munições e equipamentos com objetivo de moder­nizar o nosso efetivo bélico envolve urna série de implicações de ordem mili­tar e não pode ser estudado apenas do ponto de vista industrial e/ou comer­cial. No caso específico do Brasil, as Forças Armadas optaram por uma di­versificação na aquisição de equipamentos militares.

"Hoje, o Brasil possui tanques americanos, jatos franceses efragatas inglesas. Isto aumenta num limite a nossa independênciaem relação aos centros produtores de armas, mas, noutro limite,cria problemas de uniformização de equipamentos que se refletem,por exemplo, no treinamento do pessoal técnico qualificado e na es·trutura de manutenção e apoio logístico" (O Estado de S. Paulo, 2­5-82).

Segundo o professor de Ciência Política, Eurico de Figueiredo,. " ... oproblema da modernização bélica será uma questão que as Forças Armadasda América Latina, após o episódio das Malvinas, porão com destaque na or­dem do dia". A fragilidade de um conflito armado no Atlântico Sul deixa àsclaras a fragilidade de nossa segurança.

E, neste caso, é bom não esquecer que, qualquer que seja o resultado fi·nal da crise das Malvinas, instalar-se-á, inevitavelmente, um processo de mili­tarização do Atlântico Sul, dado que os países envolvidos no conflito insisti­rão em manter um aparato militar para defender os seus interesses na regiãoem disputa.

Isto faz com que o Brasil desperte para a necessidade de, também, seequipar, não uma perspectiva belicista, mas corno resposta a um novo contex­to de segurança do continente.

Com lima posição estratégica em relação à área de conflito, não se con­cebe mais que o Brasil. com imensa extensão territorial e vasta costa, tenhaum contingente aéreo e naval tão desaparelhados. E é neste sentido que afir­ma o Ministro Maximiano da Fonseca: "O Brasil tem uma Marinha dez vezesmenor do que precisa".

Acreditamos, porém, que esta situação de inferioridade militar faz partede um jogo estratégico mundial, onde às nações colonialistas interessa manterna periferia governos fortes e autoritários, mas que assumam ares de autono­mia e apenas internamente, nunca externamente.

E é exatamente dentro desta lógica de raciocínio que se comportaram asgrandes potências quando o Brasil optou pela adoção da tecnologia nuclear.Queriam aqueles países que o Brasil continuasse numa posição de inferiorida­de e dependente da tecnologia desenvolvida nos seus laboratórios.

As relações de força e de poder jamais serão alteradas no plano interna­cional, enquanto os países do Terceiro Mundo continuarem à margem dasdecisões do seu próprio destino.

A hegemonia das grandes potências começou a ser abalada porque ospaíses subdesenvolvidos resolveram não mais aceitar entraves à sua livre ar­rancada no processo de independência. A pseudo estabilidade mundial iniciauma fase de desintegração.

Hoje, as grandes potências mundiais continuam a se armar, muito embo­ra sejam constantes os apelos pllra a realização de acordos de desarmamento.

"Em 1980. as despesas mundiais militares chegaram a mais de500 bilhões de dólares. Nas últimas três décadas, de 5 a 8% do totalda produção mundial foram alocados em fins militares. O resultadoé alguma coisa como 50 mil ogivas nucleares instaladas, o que repre­senta urna potência combinada de um milhão de vezes a bombalançada sobre Hiroshima" (Folha de S. Paulo, 18-4-82).

Enquanto permanecer esta situação de dependência e de inferioridade,no plano econômico, cultural, político e militar, dos países subdesenvolvidos,permanecendo impossibilitados de ter acesso aos meios necessários à manu­tenção da integridade do seu espaço geográfico, à preservação de sua segu­rança, a paz jamais será alcançada.

A segurança do hemisfério de que tanto falam as economias centrais po­derá ser viável, mas jamais será implementada se não forem superados estesdesequilíbrios de forças que, em última instância, são os únicos obstáculos àpaz duradoura, porque fundados no poderio militar unilateral.

Ao afirmar tudo isto, não queremos defender uma corrida armamentistano Terceiro Mundo, porque agravaria ainda mais os sérios problemas econô­micos, sociais e políticos.

Antes, pelo contrário, acreditamos ter chegado o momento exato de se­dimentar a política exterior atualmente praticada pelo Governo brasileiroque, muito embora seja marcada pela pregação da paz, defende, também, aautodeterminação e independência dos povos:

"Em conjuntura mundial marcada pelo aprofundamento deuma crise global, quer no plano político, quer no econômico, a polí­tica externa do Governo manteve seu compromisso inabalável coma Paz e com o Desenvolvimento. No ano que passou, intensificamosnossos esforços no sentido do descontraimento das tensões interna­cionais, da criação ou renovação dos vínculos de confiança entre osEstados e do atendimento às aspirações dos povos por independên­cia, bem-estar e justiça.

O Brasil voltou-se tanto para o mundo industrializado, quantopara os países em desenvolvimento. Em sua movimentação diplo­mática, o País objetiva um relacionamento horizontal, de contornosfrancos e democráticos. Não aceitamos subordinações nem hegemo­nias, pois nossa meta é a abertura eqüitativa do processo decisóriointernacional a todas as nações. Buscamos compreender e ser com­preendidos, na certeza de que o diálogo internacional deve ter porbase a aceitação leal das especificidades de cada país, suas dificulda­des, interesses e propósitos."

Adotando estes princípios gerais de política externa, o Brasil mostrou tersensibilidade suficiente para descobrir o momento exato do início do proces­so de ruptura. E, no caso específico do conflito das Malvinas, o Brasil saberáperfeitamente que as crises são momentos históricos que não se repetem damesma forma e que são situações em que os projetos nacionais se delineamporque a consciência e o sentido de Nação se aprofundam.

O Brasil não é um País com tradição belicista. Não tem como preocu­pação a ampliação de suas fronteiras ou a disputapor espaços geográficos.

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2930 Sexta-feira 7 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

Mas a defesa de sua integridade é prioritária. E, para tanto, "uma, organi­zação militar poderosa é necessária para defender a democracia brasileira deameaças internas e externas", conforme afirma Edmar Bacha e MangabeiraUngcr, em "Participação, Salário e Voto: um projeto de democracia para oBrasil", Paz e Terra, 1978,

No contexto brasileiro, as Forças Armadas têm um papel fundamental ehistórico, dado que o Exército jamais assumiu um comportamento militaris­ta, "limitou-se a chancelar as decisões da Nação". E, neste sentido, afirma ohistoriador Décio Freitas, do Centro de História Social do Rio Grande doSul:

"Vale notar que nem mesmo o Estado Novo representou umregime militar; o Exército o apoiou, é verdade, mas não ocupou opoder. Em 1945, depôs Vargas, atendendo a um reclamo nacional,mas de imediato se retirou da cena para ensejar o estabelecimentode nova ordem civil. (...) Está decerto aí uma das razões por que onosso povo sempre testemunhou tão profundo respeito e carinhopelo Exército. (...) É que entre nós o Exército nunca se maculou coma opressão e a repressão." (Folha de S. Paulo, 17-1-82).

Um efetivo militar forte e aparelhado saberá resistir na presente conjun­tura mundial às pressões externas, consolidando o nosso Pais como um ver­dadeiro Estado Democrático.

Diante, pois, desta insuspeita crise que envolve as relações internacio­nais, com sérias repercussões, em termos de segurança e integridade de nossoterritório, o Poder Legislativo tem o dever de colaborar em busca de vias desobrevivência da paz. Nosso objetivo é fazer com que os povos caminhem nosentido da constituição de uma única comunidade, através da adoção de umanova ordem internacional, ditada pelos interesses de todos os povos, e nãopela conveniência das grandes potências.

o SR. IGO LOSSO (PDS - PRo Pronuncia o seguinte discurso) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, recebemos com a maior satisfação e esperança arecente nomeação do Dr. Roberto Parreira como o novo Diretor-Geral daEmbrafilme. Este sentimento é fundado na anunciada nova política a ser ado­tada naquele órgão, no que diz respeito à produção de filmes nacionais.

Cremos, sinceramente, que já era tempo de mudar os rumos de ação da­quele importante órgão, tendo em vista as melhores aspirações populares decultura e informação.

Em audiência que tivemos com o Presidente João Figueiredo, algumtempo atrás, ouvimos dele severas críticas à produção de certos filmes por elapatrocinados, que muito deixam a desejar.

Assim, Srs. Deputados, chamaram particularmente a nossa atenção asprimeiras declarações do Dr. Roberto Parreira, as quais queremos aqui desta­car. Ao tomar posse no cargo e ao ser entrevistado por diversos repórteres

'dos diferentes jornais de circulação nacional, o Diretor-Geral da Embrafilme,após delinear, em rápidas palavras, a nova política a ser adotada naquele ór­gão, declarou enfaticamente, quando lhe indagaram se, em sua gestão, aEMBRAFILME financiará ou não pornochanchadas;. "A promoção da por­nogrfia não é nem deve ser função da EMBRAFILME. Muito pelo con­trário". E acrescentou que serão financiados filmes culturais, de preferênciaos curtas-metragens.

A pergunta que motivou essa resposta tão promissora, Sr. Presidente,nos dá a entender claramente que, na realidade, durante muito tempo, e com­pletamente fora de sua função, a EMBRAFILME financiou pornochancha­das, contribuindo indevidamente, com o dinheiro do povo, para a desorgani­zação da família e da sociedade brasileira, com filmes, lamentavelmente, debaixíssima escala moral.

Essa reviravolta na política da EMBRAFILME é, a nosso ver, uma con­seqüência lógica e direta da alocução do Presidente João Figuereido, que, porrede nacional de rádio e televisão, proclamou a ncessidade de uma autênticacruzada pela moralização de nossos costumes. Por isso, queremoscumprimentá-lo mais uma vez, em nome de boa parcela da população brasi­leira, que temos a honra de representar nesta Casa, pois que sua palavra estáalcançando na prática a maior repercussão. começando com ós orgãos doGoverno. E isto é bom.

Nossos parabéns ao Dr. Roberto Parreira pela implantação desta novapolítica na EMBRAFILME. Que haja, assim, como ele mesmo frisou, umaadministração "a mais democrática e mais aberta possível, sem nenhuma ati­tude vertical", e que a EMBRAFILME cumpra realmente sua alta função deeducar através do cinema, num molde de educação aceito pela maioria da so-

cied~de brasileira, que tem suas tradições e princípios que quer ver respeitar,principalmente quando diz respeito à sua juventude.

Era o que tinha a dizer.

O SR. HUMBERTO SOUTO (PDS - MG. Pronuncia o seguinte dis­curso) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, faleceu no dia 21 do mês passado,no Município de São Francisco, o Sr. Oscar Caetano Gomes.

Homem público de reconhecido valor, ao longo de toda a sua existênciadedicou-se ao seu povo e ao seu município.

Conhecido como pacificador, muito influenciou a sua comunidade.Exercendo a sua inegável liderança, conseguiu pacificar as correntes, 'exeutan­do uma administração profícua e proveitosa no seu município, onde realizougrandes obras, principalmente, no campo da educação, pois constriu e fun­dou escolas.

Município distante, cravado nas barrancas do São Francisco, sem estra­das, sem meios de comunicação, debatendo-se em meio à probreza, limitadopelas circunstâncias da época, teve assim mesmo a sua estrutura sacudidapela vontade de servir, pelo ideal, pela inteligência e, principalmente, peloamor do filho que então assumia o seu comando.

Despertava uma grande comunidade, surgia, a partir daí, um municípioque - pela firmeza do seu líder, pela seriedade que imprimia ao seu governo,pela habilidade política que lhe era nata e pelo ritmo da sua administração ­se transformava num dos mais importantes pontos de referência no norte donosso Estado.

Comparecemos ao seu sepultamento e ali, tomados todos de tristeza, ti­vemos a oportunidade de testemunhar a derradeira homenagem que toda acomunidade, todo o seu povo, velhos e moços, homens e mulheres, ricos epobres, pretos e brancos, enfim todos prestavam a um homem que, durantemais de 50 anos, participou de suas lutas e, mais que isso, entregou-se de cor­po e alma, quer como político, prefeito, quer como simples cidadão, à suagente, à sua terra.

"Seu" Oscar, como todos costumavam chamá-lo, deu exemplos de hu­mildade, honradez, trabalho, e o seu prestígio extrapolou os limites do seu ve­lho São Francisco, transformando-se em ponto de referência regional.

Se é verdade que deixa a sua marca nos seus valorosos descendentes, to­dos dignos do seu nome, honrados e probos - e eu lembraria aqui o seu fi­lho, Dr. Oscar Caetano Júnior, já prefeito por duas vezes, tendo realizado,como a seguir as pegadas do seu velho pai, administrações voltadas para o de­senvolvimento e o progresso do seu povo - assim mesmo perde o Municípiode São Francisco um grande homem, perde a região, perde o Estado, perde­mos todos nós.

Verdadeiro bandeirante e conquistador, Oscar Caetano Gomes, o "Seu"Oscar, soube ser bravo, valente, intrépido, desafiador do perigo na luta diáriacom a aspereza do sertão, a enfrentar a probreza, a febre amarela, a maleita,desbravando e construindo uma cidade. Nunca, porém deixou de ser o conse­lheiro, o pacificador, o homem educado, o homem simples, com aquele sorri·so espontâneo, tão próprio dos homens de bem com a vida, enfim, o embaixa­dor do seu município, sempre capaz de negociar as vantagens persequidas, vi­sando sempre ao bem do seu povo.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Município de São Francisco, através deseu povo, prestou a homenagem devida ao seu velho chefe, mas a represen­tação política do meu Estado não poderia deixar de fazê-lo neste momento,quando perde'uma das suas maiores e expressivas lideranças.

O SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Sindicato dos Contabilistas do Estado dePernambuco desenvolve, atualmente, uma luta arrojada, difícil, mas bastantemeritória, porquanto idealiza fundar uma Faculdade de Ciências Contâbeis.

O desiderato dos representantes dos contabilistas pernambucanas seba­seia na constatação de que, tradicionalmente, premidos pela necessidade deter renda própria, são os filhos dos pobres que estudam Contabilidade, nor­malmente em cursos noturnos de nível médio, que freqüentam depois de umdia de trabalho, enquanto os jovc;:,s das classes abastadas procuram outrascarreiras que julgam dar mais status, como Medicina e Engenharia.

Desta forma, os moços de menor poder aquisitivo encontram dificulda­des em prosseguir os estudos em nível universitârio, por falta de instituiçõesque operem também. em horário noturno. No Estado de Pernambuco funcio­nam apenas dois cursos de Ciências Contábeis, sendo um na Univesidade Fe­deral e outro na Universidade Católica. Para fins de comparação digamosque, em São Paulo, só na Capital, há 14 desses cursos, além de 21 outros emcidades do interior do Estado. No Paraná contam-se 18 cursos superiores deContabilidade, sendo 4 em Curitiba e 14 no interior.

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào [) Sexta-feira 7 2931

Desde que adotou como lema a necessidade de conscientização da juven­tude para o estudo da Contabilidade em nível universitãrio, o Sindicato dosContabilistas de Pernambuco vem agindo para levar à prática essa bandeirade luta. Sem esmorecer diante de tantas dificuldades, naturalmente encontra­'das pelo caminho, vem o Sindicato da classe estabelecendo contatos com asau'toridades estaduais e federais para que facilitem a sua tarefa.

A fundação do curso superior serã a complementação para um esforçoque começou com a Sociedade Comunitária de Educação e de PreparaçãoProfissional S/C "SOCEPP", instituição para a qual se pretende, com muitajustiça, uma declaração de utilidade pública, que foi instituída sob os auspí­cios do Sindicato e é mantenedora do Colégio Técnico ContábiJ"PresidenteGetúlio Vargas" e da Escola Estagiária de Contabilidade "Governador Aga­menon Magalhães".

Vai assim o Sindicato dos Contabilistas no Estado de Pernambuco dan­do mostras do que pode uma associação de classe, quando dirigida com dina­mismo por pessoas que são, realmente, representantes dos profissionais porela congregados.

SI. Presidente, depois de tantas realizações importantes, que incluem aaquisilção, feita no ano passado, da sede própria para o Sindicato, a Direto­ria agora parte para essa iniciativa, que vem coroar o seu trabalho, benefi­ciando a juventude que estuda e que merece oportunidades para galgar umnível de vida mais avançado.

Entretanto, como bem se pode sentir, trata-se de um empreendimentoque o Sindicato não teria condições de levar avante, a não ser que pudessecontar com a inestimável ajuda dos poderes públicos. Por isso, além das ges­tões já feitas junto ao Governo do Estado, na pessoa do Governador MarcoAntônio Maciel, foi dirigido, também, um expediente ao Supremo Manda­tário da Nação, quando, por ocasião de uma viagem do Presidente João Fi­gueiredo a Recife, S. Ex' recebeu um expediente em que se expõe o problemae solicita a providencial e necessária ajuda.

Como pernambucano que conhece a luta do Sindicato dos Contabilistas,acho que o estímulo governamental solicitado é dá maior importância, e nãodeveria ser negado, até porque aquela entidade se propõe a preencher uma la­cuna do nosso sistema educacional.

O Governo do Estado de Pernambuco, tanto quanto o Governo Federal,através dos seus órgãos competentes, deveriam providenciar para que seja ad­quirido o equipamento ainda não provido nos cursos jã instituídos por aquelaentidade de classe. Isto posto, uma ajuda mais substancial deveria ser conce­dida para a construção da Faculdade de Ciências Contãbeis, a começar peladoação do terreno, situado na área escolhida pela sua conveniência. Nele seráedificado o prédio, com recursos a serem pleiteados do FAS - Fundo deApoio para o Desenvolvimento Social - como passo inicial e modelo paraimplantação de outras faculdades, considerando o crescimento da dcmandapara esse tipo de curso.

Uma iniciativa como essa, resultado do trabalho profícuo, sadio e bemintencionado há de merecer o estímulo dos Poderes da República, até queatinja o objetivo proposto, que é o de servir à juventude pernambucana.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

o SR. JORGE UEQUED (PMDB-RS. Sem revisão do orador.)- Sr.Presidente, Srs. Deputados, quem chegasse ao Brasil hoje e lesse nos jornais oque o competente, ilustre e intelectual Presidente, General Figueiredo, pre­tende enviar ao Congresso Nacional como reformas constitucionais paraaprimorar o processo político, no mínimo cairia em risada. Chega a ser ridí­cula a proposta do General, que não reuniu Conselho coisa alguma, porquenão existe Conselho Político neste Governo. Existe um grupo de pessoas quecomparece ao Palácio para, quieto e submisso, receber ordens a cumprir aquino Parlamento.

Mas o que é digno do melhor humor é a tentativa de aprimoramento doprocesso político brasileiro e das regras eleitorais. O General, que nada sabede política - até é bom que participe do processo eleitoral do PDS, indo àstribunas, aos palanques, porque assim poderá aprender alguma coisa, aindaterã um longo período de governo para aprender o General começa mencio­nando as perspectivas das eleições futuras, voto distrital, para 1986. Ora, para1986, o General-Presidente quer legislar, mas não quer fazê-lo para 1982, nãoquer explicar como será o acesso dos candidatos ao rádio e à televisão, nãoquer regular as regras do jogo eleitoral; quer lançar as referentes ao pleito de1986, como se não soubesse ou não quisesse expressar que jurou garantir aseleições deste ano.

A outra regra, digna também do melhor humor, é a de que o mandatodos Prefeitos será de cinco anos. Há menos de seis meses, o General e todos oseus súditos preconizavam, em voz alta, a necessidade da coincidência de

mandatos e de eleições. Não fizeram o pleito de 80, para que coincidisse como de 82. Ninguém, porém, entende como será este. O General e seus súditosquerem que haja coincidência, mas agora, como uma das primeiras medidas,tentam descoincidir os mandatos, propondo mandatos de cinco anos paraPrefeitos e Vereadores. E como que querendo engodar este Congresso, comoque querendo acenar ao Parlamento com prerrogativas não queremos prerro­gativas deste estilo, mas condições para exercer com dignidade o mandatoparlamentar - acena o General com uma possível volta das prerrogativas doLegislativo.

O mais rídiculo, o mais infantil, o mais grotesco, no entanto, está no da-.noso processo de aprovação por decurso de prazo. Agora os projetos não se­riam mais aprovados por decurso de prazo. Por uma nova sistemática, eles fi­cariam cinco dias no esquema de votação antes de serem aprovados por de­curso de prazo. Ora, SI. Presidente, os Deputados e Senadores do PDS, quenunca comparecem ao plenário para votar, não vão comparecer na segunda,na terceira, na quarta, na quinta, na sexta vez, e a aprovação por decurso deprazo continuará sendo a mesma, continuará a mesma falsidade.

Parece que se está brincando com o povo e com o Parlamento. Não setem respeito à opinião pública. É claro que todos nós estamos cientes de queo General-Presidente não sabe o que fazer no Planalto. Melhor seria permiti­lhe andar pelo País afora a fazer campanha política; seria muito mais diverti­do e muito melhor para a sua saúde do que ficar ele trancado no Palácio doPlanalto sem ter o que fazer, sem ter poderes para colocar este País na via de­mocrática, sem ter competência para tirar a Nação do caos administrativos,político, econômico e social em que se encontra.

Agora, o "pacotinho" das reformas eleitorais é mais uma piada de quemnão tem o que fazer no Palácio do Planalto e fica pensando, numa noite desexta-feira, no que vai fazer para sair no noticiário da imprensa de segunda­feira. Parece que o Palácio brinca com a opinião pública e com o desejo destePaís de sair das crises em que se encontra. Quem chegasse hoje ao Brasil e les­se isso, daria risadas, porque realmente é ridículo o "pacote".

O SR. ANTÓNIO ZACHARIAS (pnS - SP. Pronuncia o seguinte dis­curso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, assim como outros Deputados deminha região, acabo de receber da Câmara Municipal de Presidente Pruden­te, São Paulo, um triste relato da situação em que vivem os pequenos produ­tores de amendoim daquela área.

Conforme a descrição dos Vereadores de Presidente Prudente, jamais seviu na história da agricultura brasileira um quadro tão desolador, em que im­pcram o desespero, a amargura e o descrédito completo na política agrária doGoverno.

A questão, como em tantos outros lugares, prende-se ao irrealismo dapolítica de preços mínimos fixada pelas autoridades, que inviabiliza pratica­mente qualquer investimento na área da produção de alimentos. No caso es­pecífico do amendoim, os Vereadores de Presidente Prudente esclarecem que,enquanto o custo de produção por saca atual é de aproximadamente Cr$1.321,00, o preço minimo estabelecido pelo Governo é aproximadamente 60por cento inferior a esse valor.

Além do problema financeiro gerado por essa defasagem, há que se con­siderar o aspecto psicológico. É fato indiscutível que os pequenos agricultoresconstituem um dos baluartes do nosso desenvolvimento econômico e, apesardisso, continuam esquecidos e explorados. '

Como se isso fosse pouco, pesa ainda em desfavor de nossas autoridadesa expectativa dos produtores - não concretizada - de que dias melhoreschegariam para eles. Ao contrário, porém, se vê o agravamento da situação, oq!Je gera frustração e apatia nessa categoria trabalhadora, comprometendo odesempenho do setor agrícola.

Conscicnte das dificuldades que os produtores de amendoim do meu Es­tado enfrentam, entendo, como eles, que a única forma de se permitir a sobre­vivência de milhares de cidadãos que se dedicam a essa lavoura é a fixação ur­gente de um preço mínimo justo para cada ciclo de produção, devidamenteatualizado. Além disso, urge a prestação sistemática de assistência técnica aospequenos produtores, através do Ministério da Agricultura, assim como oreajustamento dos valores dos financiamentos agrícolas, que hoje não al­cançam sequer 50 por cento do custo real da produção.

Ao encampar as reivindicações dos trabalhadores rurais e da CâmaraMunicipal de Presidente Prudente, desejo assinalar minha confiança na sensi­bilidade do Ministro da Agricultura, Amaury Stábile, aguardando que deter­mine as providências necessárias à solução de tão grave problema.

O SR. SARAMAGO PINHEIRO (PDS - RJ. Pronuncia o seguinte dis­curso.) - SI. Presidente, Srs. Deputados, o Ministro Jair Soares deixa ama-

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2932 Sexta·Ceira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

nhã O Ministério da Previdência Social, a fim de disputar o Governo do Esta·do do Rio Grande do Sul.

É justo que nós, seus companheiros da Câmara dos Deputados, à qualretornará, prestemos ao Ministro Jair Soares nossas melhores homenagens.Sua ascensão ao Ministério não lhe tirou a condição de colega nosso. Pelocontrário, o Ministro Jair Soares sempre fez questão de usar no peito osímbolo do congressista, o escudo que representa a nossa condição de repre·sentante do povo.

Exatamente porque prestigiou a classe política, o Ministro Jair Soaresenfrentou a ira dos adversários e o despeito dos que lhe invejam a capacidadede trabalho e o espírito de luta.

Logo no início do Governo Figueiredo, o Ministro Jair Soares sofreuterrível pressão dos tecnocratas agarrados às posições-chaves do Ministério,mas a reação dos congressitas foi fulminante. Centenas de Senadores e Depu­tados compareceram ao Ministério da Previdência Social e prestaram elo­qüente demonstração de apreço e admiração ao eminente líder gaúcho. Ostecnocratas recuaram, mas o brilho da atuação do Ministro Jair Soares lhetem custado, nesses três anos de lutas, esporádicas manifestações de oposicio­nistas radicais.

Afeito ao debate, o futuro Governador do Rio Grande do Sul tem com­parecido às Comissões Técnicas da Câmara dos Deputados e ao plenário, ex­pondo, com clareza e fulgor, os assuntos de sua Pasta. E tal foi o seu desem­penho à frente do Ministério, que o nosso partido o escolheu, em prévia de­mocrática, para seu candidato à governança.

Cumpro um dever de justiça e de amizade ao saudar o Ministro que seafasta do cargo para cumprir a lei. Desejo-lhe boas vindas a esta Casa e re­tumbante vitória nos seus pagos.

Era o que eu tinha a dizer.

o SR. JG DE ARAÚJO JORGE (PDT - RJ. Sem revisão do llrador.).- Sr. Presidente, a função legislativa é cada vez mais absorvida pelo PoderExecutivo. Todas as medidas referentes às reformas eleitorais aqui, nesteCongresso, foram apresentadas através de propostas de toda natureza. Háprojetos a respeito da melhor reforma da propaganda eleitoral, projetos queregulamentariam o pleito em termos livres, com o máximo de honestidade,garantindo a sobrevivência dos partidos. Mas toda'uma legislação burocrati­zou o processo eleitoral, e o resultado ê que muitos dos chamados pequenospartidos não conseguiram sequer instalar diretórios em muitos Estados e emdezenas e centenas de Municípios. Vamos realizar eleições sem que os parti­dos estejam estruturados. Por culpa dos partidos? Não. Por culpa do Gover­no, que faz uma legislação burocrática, complicada, que, ao invés de facilitara sobrevivência daquilo que ele mesmo costuma chamar de pluripartidaris­mo, dificulta a sobrevivência do pluripartidarismo autêntico. E o resultado ti­vemos, inclusive numa reação justa, na incorporação do PMDB com o PP,como meio de defesa. Muitos criticaram.

No Brasil sabemos que os partidos não funcionam nacionalmente. Fun­cionam em função de interesses regil1lRaRl.-O.qu-e é bom para o PMDB, noRio Grande do Sul, não é bom para o PMDB, no Ri!? de Janeiro; o que é bompara o PDT, em Pernambuco, não é bom para ó PDt, em Mato Grosso. Estat a realidade brasileira.

Os partidos políticos não são identificados pelos princípios programáti­cos, pelas soluções que apresentam para os grandes problemas brasileiros. Ospartidos políticos no Brasil - esta é a realidade à qual temos de ater-nos ­são designados pelo nome de algumas de suas lideranças: é o partido do Fi­gueiredo, é o partido do Brizola, do Lula, do Ulysses, do Tancredo, do Jânio,é o partido dessa gente toda. E, na medida em que se indica um nome desses,o eleitor mais ou menos tenta orientar-se. Na realidade, todos esses nomes,com pequenas variações, hoje representam quase que uma mesma posiçãopolítica.

Agora o Governo vai mandar um novo pacote, que permitirá a sobrevi­vência daqueles partidos que não conseguirem 5% do total das eleições de1982 e 3% em 9 unidades da Federação. Apresentei eUlenda constitucional n9

71 neste sentido, que foi arquivada, pois todas as iniciativas que partem doLegislativo são arquivadas. Há outro projeto meu no sentido de desvincularparcialmente a vinculação total imposta pelo Governo.

Temos chamado a atenção do Governo para o fato de que esta vincu­lação é um tiro pela culatra, é uma bomba de ação retardada que pode estou­rar no colo do regime, como aquele do Riocentro, q\Íe estourou no colo dosargento. A vinculação de votos prejudicará enormemente o PDS nas grandesregiões, menos no Nordeste, onde sobrevivem currais eleitorais e maSEas diri­~idas por interesses de políticos. O eleitorado mais esclarecido do Sul 3erâ sa-

criticado em virtude desses currais eleitorais nordestinos, que o Governo quermanobrar através do voto vinculado.

O voto vinculado é uma excrescência num país com as nossas caracterís­ticas; ele mete o eleitor numa camisa-de-força. Se o Governo não tomar umadecisão neste sentido, o que veremos é um incremento das abstenções, dos vo­tos em branco e nulos e a transformação das eleições num processo plebisci­tário em que a maioria vai dizer não em cerca de 50, 60% a todas estas refor­mas casuísticas, que são hoje pelo Governo impostas às escâncaras, sem omenor respeito à opinião pública e a si próprio.

O PDT chama a atenção do Governo para esses pacotes, emendas e pro­jetos a toque de caixa e em cima das eleições encaminhados todos os dias aoCongresso, que está às voltas com a campanha eleitoral, vazio, não porque osparlamentares não estejam trabalhando, mas porque estão lutando pela suasobrevivência, contra os atos e golpes baixos ou altos que partem do Governoe da situacão esdrúxula em que nos encontramos.

O SR. GERALDO GUEDES PRONUNCIA DISCURSOQUE, ENTREGUE À REVISÃO DO ORADOR, SERÁ PUBLI­CADO POSTERIORMENTE.

O SR. INOCtNCIO OLIVEIRA (PDS - PE. Pronuncia o seguinte dis­cursll.) - SI. Presidente, Srs. Deputados, a Hidrelétrica de Itaparicalocalizar-se-á no trecho denominado seção inferior do médio São Francisco,a 10 km à jusante da cidade de Petrolândia, Pernambuco, e cerca de 50 km amontante do complexo Paulo Afonso/Moxotó.

Permitirá a instalação de 10 unidades geradoras, com potência de 250mw cada uma, das quais serão instaladas apenas seis na primeira etapa daobra. A usina de Itaparica será interligada, através de linhas de 500 kv, com ausina de Sobradinho e com a subestação do complexo hidrelétrico de PauloAfonso, por onde escoará a sua energia para o sistema de transmissão exis­tente.

É a única grande obra que se constrói no Nordeste, no momento, e temprevisão de gerar energia em 1986.

Na última reunião do Conselho Deliberativo da SUDENE, realizada emRecife, no dia 30 de abril próximo passado, o Governador Marco Maciel,grande batalhador para concretização da obra, demonstrou preocupaçãocom as dificuldades para a alocação de recursos para a Hidrelétrica de !tapa­rica. Disse ainda que a obra já foi retardada duas vezes, e enfatizou a impor­táncia da sua conclusão no prazo previsto (1986). Solicitou a elevação do tetoorçamentário da hidrelétrica, cujo montante para o corrente ano, de 24 bi­lhões de cruzeiros, é suficiente para realização dos trabalhos até setembro, oque causaria graves problemas sociais aos 3.500 trabalhadores contratadospela construtora para execução da obra. Apresentou, inclusive, uma soluçãocom a antecipação de recursos da ELETROBRÁS, à conta do DENAEE­Departamento Nacional de Águas e Energia.

Queremos apoiar a manifestação do Governador Marco Maciel, de Per­nambuco, solicitando ao Governo que não permita que a Hidrelétrica de Ita­parica tenha o seu cronograma retadado, na certeza de que se trata de umaobra das mais importantes para o suprimento de energia e para o desenvolvi­mento do Nordeste.

Era o que tinha a dizer.

O SR. EDSON VIDIGAL (PMDB - MA. Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a maior riqueza de um país é a consti­tuída pelo seu povo, pela sua inteligência, enfim, pelos valores humanos. Foicom base nos valores humanos que o Japão ressurgiu da II Guerra Mundial eocupa lugar privilegiado no consenso internacional.

As riquezas materiais só se atualizam pela ação do homem e só represen­tam verdadeiras riquezas quando transformadas em melhoria da condição devida da população. Assim, privilegiar o homem, o trabalhador é obrigação detodo Estado democrático e responsável pelo destino da sua gente.

O Brasil, país de imensas riquezas materiais, continua a desconhecer aimportância do trabalhador brasileiro, a ignorar sua inteligência e capacida­de, a depreciar o seu valor.

A mentalidade colonialista prevalece em pleno sêculo XX, com a per­cepção de que o que vem de fora é que é bom, o que contribui para o agrava­mento dos inúmeros problemas hoje existentes, em níveis insuportáveis, tantona área econômica quanto na social.

Adotando modelo de desenvolvimento associado ao capital e tecnologiaestrangeiros, dele nos tornamos dependentes, mais que dependentes, escra­vos, pois tornamos a dívida externa um monstro que administra o País e de­termina as prioridades, não em respeito às necessidades do nosso povo, masem atendimento aos interesses externos.

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2933

A falta de liberdade para tomar decisões importantes internamente temtrazido prejuízo dos mais sérios a um verdadciro proccsso de desenvolvimen­to. A tecnologia nacional está amarrada, impedida de produzir benefícios, atémcsmo empregos para os nossos jovens egressos de cursos de graduação epós-graduação.

É inconcebível o desemprego de técnicos e de pessoal qualificado quecustaram ao País muitD dinheiro, enquanto importamos, com os empréstimosexternos, uma quantidade enorme de desemprego via pacotes tecnológicos eassistência técnica que sobram por aqui.

Não contamos com qualquer proteção ao nosso know-how. Com capaci­dade até mesmo para exportar conhecimentos e tecnologia do mais alto nívelnas áreas, por exemplo, de engenharia, química industrial, eletrônica e ou­tras, submetemo-nos às exigências dos emprestadores de dinheiro quanto aospacotes tecnológicos e assistência técnica que devem constituir contrapesodos empréstimos.

Isso representa afronta ao nosso povo, enquanto contribuímos para oenriquecimcnto das nações mais ricas, para aumentar lá o emprego que faltaaqui.

A importação sistemática de tecnologia de que não necessitamos respon­de pelo desemprego de quatro mil engenheiros apenas no Rio de Janeiro, en­quanto em São Paulo o número de desempregados na área é igual ou supe­rior.

Temos, também, agrônomos desempregados, enquanto o povo passafome e a necessidade de aumento da produção agrícola é mais do que eviden­te.

Não temos moradia para o povo, mas arquitetos e engenheiros não en­contram onde trabalhar. A lista não é pequena.

O Brasil precisa de todo o seu pessoal qualificado e mais ainda, nas áreasde pesquisa verdadeiramente nacional, na formulação de uma política tecno·lógica adcquada às nossas necessidades para duplo benefício da população:para os técnicos trabalharem em empregos condignos e para a sociedade ob­ter desse trabalho lucros e benefícios reais.

Somos um país doente, onde morrem a cada ano aproximadamente 500mil crianças de desnutrição, com um quadro de endemias dos mais exuberan­tes, ao mesmo tempo em que a quase totalidadc da matéria-prima farmacêuti·ca é produzida por know-how estrangeiro, em completo desacordo com uminteresse real de aproveitamento da nossa capacidade.

Dispomos de recursos humanos qualificados, motivados para a pro­moção da melhoria da qualidade de vida de nosso povo sofrido, mas impedi­mos que essa capacidade seja exercitada, importando a custos elevadíssimos,tanto do ponto de vista econômico quanto social, tecnologia que agrava osnossos problemas, pois além de desnecessárias reduzem o emprego no País.

Precisamos, com urgência, Srs. Deputados, de mecanismos protetores dotalento nacional. É urgente que medidas sejam tomadas no sentido de impe­dir a importação de know-how, dos famosos pacotes tecnológicos que estãomassacrando a nossa economia e retirando emprego do nosso povo para con­ceder oportunidades àqueles que já dispõem de condições muito melhores.

Sem defesa do nosso know-how, sem proteção aos nossos técnicos, semutilização do conhecimento desenvolvido pelo nosso povo, não sairemos dacondição de dependentes eternos do poder externo.

Era o que tínhamos a dizer.

o SR. OSVALDO MELO (PDS - PA. Pronuncia o seguinte discurso.).- Sr. Presidente, Srs. Deputados, está sendo muito discutida a recente deci­são do Conselho Interministerial do Programa Grande Carajás de privati.zação das jazidas de manganês, níquel e cobre daquela província mincral doPará.

Embora sempre tenhamos declarado que não temos tido muita sortecom a Companhia Vale do Rio Doce, chegando a afirmar qUIl "o que é bompara a Vale do Rio Doce não é bom para o nosso Estado", todavia não pode·mos deixar de registrar a nossa preocupação pela resolução tomada na reu­nião do dia 28 de abril, pedindo mesmo que o Governo Federal, através doMinistério de Minas e Energia, reformule essa decisão da internacionali·zação, principalmente na exploração do cobre.

Quanto ao cobre, principalmente, aumenta nossa apreensão, tendo emvista que sempre defendemos a metalurgia do cobre, em nosso Estado,pronunciando-nos contra a localização do beneficiamento na Bahia ou noRio Grande do Sul, onde já existem indústrias de beneficiamento.

Fomos nós o primeiro parlamentar do Pará a levantar o problema do,cobre, em carta dirigida ao Presidente da República em agosto de 1979, cuja

reprodução fazemos por ela ser mais atualizada do que nunca em relação àdecisão do Conselho Interministerial do Projeto Grande Carajás:

"Belém agosto de 1979Excelentíssimo Senhor Presidente da República.

\. Aproveitando a viagem de Vossa Excelência ao nosso Esta­do, desejamos apresentar-lhe algumas. considerações a respeito doproblema do minério de cobre e a privatizaçào da pesquisa e lavrade alguns minerais.

2. O Brasil é um país carente de cobre, sendo volumosa a im­portação desse metal, o que onera sensivelmente a nossa balança co­merciaI.

3. O potencial de cobre do Brasil é imensurável, porém ne­nhuma de suas jazidas está produzindo esse importante metal, ou,para ser mais preciso, apenas em Caraíba (BA) há uma pequenaprodução.

4. As nossas principais ocorrências de minério de cobre são asseguintcs:

Camaquã (RS) + 50 milhões de toneladasCaraíba (BA) + 150 milhões de toneladas(ambas pertencentes a uma subsidiária do BNDE)Volta Grande (R ) + 50 milhões de toneladas(pertencente à CRM (Companhia de Recursos Minerais do

RGS).5. A América do Sul, o Chile e o Peru são os maiores produ­

tores de cobre, sendo que somente as jazidas peruanas de Toquepaiae La Oyora possuem reservas em torno de 1.000.000.000 de tonela­das.

6. É importante assinalar que é muito onerosa a exploraçãodo cobre, pois os seus minérios são encontrados sob a forma de umaserpente incrustada em diversas rochas.

7. Basta dizer que, no Peru, a empresa multinacional Anacon­da Copper gastou mais de US$ 400,000,000.00 (quatrocentos mi­lhões de dólares) somente nas fases de pesquisas, métodos de lavra,infra-estrutura de mina, ensaios de laboratórios e equipamentos,isto antes de extrair uma tonelada sequer de minÚio de cobre.

8. Pois bem, temos o fato animador e a denúncia estarrecedo­ra: na mesma região da Serra dos Carajás, a DOCEGÉO - subsi­diária da Companhia Vale do Rio Doce - descobriu uma 'ocorrên­cia de minério de cobre estimada em mais de um bilhão de toneladas,com a grande noticia comprovada de que um de seus subprodutos éo ouro, que dispensa comentários.

9. Como o preço atual do cobre, na bolsa de Londres, é deCr$ 50.000,OOjtonelada, já incluído o transporte do Chile ou doPcru até o porto de Santos, vamos atribuir o percentual de 20% parao cobre em potencial, isto é, em sua jazida. Logo teremos o preço deCr$ 10.000,oojtonelada, ainda na Serra dos Carajás.

Como decorrência desse cálculo, fácil se nos torna concluir queo Pará dispõe de cerca de dez bilhões de cruzeiros (Cr$10.000.000.000,00) em cobre, ao prcço do dia. '

10. paralelamente a esse fato animador, cumprimos o deverde alertar o Exm9 Sr. Presidente da República, o Congresso Nacio­nal e todo o povo brasileiro sobre alguns episódios diretamente vin­culados ao capítulo cobre. Senão vejamos:

a) em diversos pronunciamentos de repercussão nacional, o Sr.Ministro César Cals vem declarando que a CVRD ficará com a ex­ploração de apenas dois minérios, o de ferro e o de alumínio, entre­gando à iniciativa privada a pesquisa e a lavra dos demais minérios,dentre eles o cobre.

b) Ora, é claro e evidente que o empresariado nacional jamaisse interessará pela exploração do cobre, considerando o vulto do in­vestimento necessário para a fase preliminar (vide item 7).

c) Conseqüentemente, aparecerão as multinacionais do padrãoda Anaconda Copper e estaremos recuando mais ainda na trilha denossa emancipação econômica.

d) Ainda mais, o referido Ministro autorizou o corte de subs­tancial número de geólogos que serviam no Pará, diminuindo dessaforma o ritmo da pesquisa de minérios em nosso Estado, dentre eleso cobre.

e) Dessa maneira, torna-se evidente o propósito de retardar ostrabalhos de campo à procura de uma breve exploração do cobre emnosso Estado.

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2934 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

II Conclusão: como vê Vossa Excelência, o cobre correspon-,de atualmente ao segundo bem mineral na pauta das importações,logo abaixo do petróleo. As jazidas conhecidas são insuficientespara atender à própria demanda das usinas metalúrgicas a sereminstaladas em Camaçari (Bahia) e no Rio Grande do Sul, que fica­rão na dependência da importação de concentrados de cobre. Alémdisso, mcsmo que essas usinas venham a ser implantadas nos prazosestabelecidos, há previsão de que sua produção não atenda à de­manda brasileira de metal em meados da próxima década, quando oPaís deverá importar, em concentrados e em metal, cerca de 500 mi­lhões de dólares/ano. Assim, caso venham a ser exploradas estatal­mente as jazidas dos Carajás, haverá possibilidade, numa primeirafase, de atendimento das usinas brasileiras com o fornecimento deconcentrados e, posteriormente, de instalação de mais um pólo me­talúrgico de cobre na região de Marabá, para complemenar o aten­dimento da demanda interna de metal.

A região de Carajás, no Estado do Pará, pode tornar-se, alémdo minério de ferro e de manganês, no principal distrito cupríferodo País.

Cabe, portanto, ao Governo de Vossa Excelência colocar essariqueza a serviço dos interesses nacionais.

Confiando plenamente na ação do seu Governo, firmamo-noscom alto apreço e consideração.

Deputado Osvaldo Melo".Era o que tinha a dizer.

O SR. ALCIR PIMENTA (PMDB- RJ. Sem revisão do orador.)-Sr.Presidente, Srs. Deputados, há cerca de um ano a Secretaria Estadual do Riode Janeiro colocou em funcionamento na Zona Oestc, um centro interescolar,que atende ao Projeto Industrial de Santa Cruz, visando especialmente à pre­paração de mão·de·obra nas áreas de administração eletrônica e outras ma·térias de interesse do setor industrial. Esse trabalho, Sr. Presidente, fruto doesforço e do empenho das autoridades do Ministério da Educação e Cultura,levando em conta a exposição de motivos por mim apresentada ao tempo emque dirigia aquele órgão o eminente brasileiro Ney Braga, está agora, ao com­pletar o seu primeiro ano de trabalho, prestando serviços relevantes à comu­nidade estudantil de toda a Zona Oeste, abrangendo as comunidades de Cam­po Grande, Santa Cruz, Bangu, Realengo, Guaratiba, etc, numa demons­tração inéquívoca de que, quando as atividades do Poder Legislativo encon·tram receptividade no Executivo, é realmente possível tirar-se proveito emprol da causa pública, em cujo benefício deve, a meu ver, desenvolver-se todaa ação administrativa.

Quero, portanto, neste instante, Sr. Presidente, ao congratular-me com aSecretaria de Educação do Estado do Rio de janeiro e com os órgãos do Mi·nistério da Educação que possibilitaram a concretização desse sonho da po­pulação estudantil da Zona Oeste do Rio de Janeiro, deixar consignada tam­bém uma palavras de louvor à Proi' Daisy Alvarcnga Menezes, que, desde oinício, deu todo o apoio à iniciativa, facilitando não só o entrosamento perfei­to entre os órgãos dos Governos Federal e Estadual para a efetivação da me­dida por mim proposta, mas também conclamando os estudantes sob sua di­reção a prestigiarem o novo órgào educacional.

Fica a minha saudação àquela eminente educadora e o meu descjo since­ro de que esse gesto possa ser imitado em benefício da causa educacional.

O SR. OSMAR LEITÃO (PDS - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.)­Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Rotary Club Internacional foi criado porPaul Harry, em 1905, tendo como lema "dar de si, sem pensar em si". Assimficou preservado para a posteridade o idealismo do seu fundador, qw~ previaa universalização da entidade e suas grandes responsabilidades no serviço co­munitário.

Com efeito, o Rotary Club é hoje presença certa em todo o mundo, de­senvolvendo atividades em favor do bem-estar social das populações menosfavorecidas, sob a dircção dc governadores distritais escolhidos dentro docorpo associativo.

Aos sessenta anos da fundação do primeiro Rotary Club do Brasil, na ci­dade do Rio dc Janeiro, a comunidadc rotariana do meu Estado vive momen­tos de justificada alegria.

Especialmente os que integram a dependência de São Gonçalo, onde a­companharam o desabrochar da vocação de servir de um companheiro ilus­tre, comemoram a festejada eleição do Dr. Elysette de Oliveira Morales paraGovernador do Distrito 457.

O mais novo Governador do Rotary Club - Distrito 457 nasceu em 27de julho de 1931, filho de José Morales Bittencourt e de Adília de Oliveira

Morales, no Distrito de Murundu, Município de Campos, Estado do Rio dejaneiro. É casado com Dona Vanira Barbosa Morales, tendo como descen­dentes os universitários Luiz Cláudio, Ana Lúcia e Milce Helena, e o meninoMaurício, com 9 anos.

Concluiu os estudos elementares na localidade natal, e os de nível mêdiona cidade de Campos, nos tradicionais colégios Batista Fluminense e Liceu deHumanidades, Em nível superior, diplomou-se pela Faculdade de Farmácia eOdontologia do Rio de Janeiro, em Niterói, e pela Faculdade de Medicina deTeresópolis, no mesmo Estado.

Especializou-se em Patologia Clínica, exercendo seus conhecimentos nosLaboratórios Morales de São Gonçalo e Niterói, de sua propriedade, e noLaboratório Morinst, naquela primeira cidade. Pelos serviços prestados à co­munidade, foi eleito Cidadão Gonçalense pela Câmara Municipal, e distin­guido como membro da Associação dos Diplomados da Escola Superior deGuerra.

Constam, como riquezas de seu extenso currículo, os mais variados títu­los, destacando-se dentre eles o de membro da Sociedade Brasileira de Análi­ses Clínicas; de Honra ao Mérito por serviços prestados à Farmácia Flumi­nense; e de membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica.

Ingressou no Rotary Club de São Gonçalo, como sócio representativo,em 1964, nele ocupando todos os cargos do Conselho Diretor e participandode todas as comissões e subcomissões. Chegou à presidência, no período de1976 a 1977, tendo como plataforma a maior divulgação dos trabalhos doClub, ocasião em que obtevc a instalação do Rotary de São Gonçalo­Alcântara, com 32 novos companheiros.

No Distrito 457, que irá governar a partir de sua posse, marcada para opróximo dia 28, teve marcante participação como Palestrante da ConferênciaDistrital, como membro da Avenida de Serviços à Comunidade e como Presi­dente da Comissão de Scrviços à Comunidade. Além disso, contribuiu decisi·vamente para o êxito de todas as assembléias e conferências das quais partici­pou, distinguindo-se, entre seus pares, por uma invulgar competência para asolução dos problemas propostos.

Concluo, Sr. Presidente, o registro desse acontecimento de grande signi­ficado para a cidade de São Gonçalo e para o Rotary Club, desejando que oGovernador Elysette de Oliveira Morales prossiga na sua pregação por umapaz mundial, desenvolvendo, ao mesmo tempo, o seu profícuo trabalho de as­sistência à infância, à juventude e aos idosos - sua grande motivação rotária.

Era o que tinha a dizer.

O SR. SIMÃO SESSIM (PDS - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.)­Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Estado do Rio de Janeiro receberá amanhãmais uma importante obra realizada pelo Ministério dos Transportes, com ainauguração, a ser presidida pelo Presidente Figueiredo, do Complexo Por­tuário de Sepetiba, em sua primeira etapa.

O Terminal de Sepetiba, em cujas obras já foram investidos mais de 30bilhões de cruzeiros, cumprirá inúmeras funções no contexto da economianacional, pois terá como objetivo primeiro o escoamento da produção de mi­nério, especialmente do carvão destinado às siderurgias e às indústrias de ci­mento localizadas na Região Sudeste do Brasil, possibilitando, com isso, odeseongestionamento do porto do Rio de Janeiro, que, a partir de então, teráo seu aproveitamento voltado mais especificamente para atividades comer­ciais que envolvam cargas de produtos 'mais nobres.

Faz parte, por conseguinte, do planejamento que visa a dar suporte aoPrograma do Carvão, que o País vem realizando - aliás, notável alternativa- e que, juntamente com o PROÁLCOOL e outras providências oficiais,contribuirão para reduzir sensivelmente a nossa dependência externa de com­bustíveis.

Com efeito, o próprio Ministério dos Transportes, participando efetiva­mente desse maiúsculo esforço do Governo brasileiro, estabeleceu. em seuPrograma de Mobilização Energética, a implantação dc vários terminais es­pecializados para a movimentação do carvão, com a previsão de investimen­tos também em melhoramentos no respectivo sistema de hidrovias e no setorferroviário que lhe faz conexão, fato que deverá ensejar, acima de tudo, consi­derável economia de combustíveis e de divisas para o País.

Racionaliza-se, dessa forma, a conjugação de fatores essenciais para oprocesso de comercialização mais adequada de nossos produtos, facilitando­se o escoamento da crescente produção brasileira e melhorando a estrutura dedistribuição das riquezas nacionais, conforme objetivos claramente definidose enfatizados pelo Ministro Eliseu Resende.

Assim, Srs. Deputados, é com enorme satisfação que estarei participan­do amanhã, em meu Estado, das solenidades que inaugurarão o Terminal deSepetiba, mais uma grandiosa obra do Governo Federal, cujos resultados aI·

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2935

tamentc positivos para a economia nacional, com o caráter duradouro das e­fetivas soluções para os nossos problemas, já se farão presentes a partir dospróximos anos.

A presença de inúmeras autoridades ao ato, destacando-se as do Minis­tro do Transportes e do Presidente da República, concede a exata dimensãode importância ao empreendimento que ora se concretiza, com amplos refle­xos em vários setores da economia nacional. Daí por que, Sr. Presidente, de­sejo assinalar, nesta Casa, a justa euforia e o reconhecimento à atuação doMinistro Eliseu Resende, principal condutor, sob a firme orientação do Presi­dente Figueiredo, dessa extraordinária realização para o Brasil e para os bra­sileiros.

Era o que tinha a dizer.

O SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS. Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, no que se refere a transporte urbano, oséculo vinte não apresenta nada de inovador e revolucionário, constatando-seque somente os velhos sistemas foram atualizados tecnologicamente.

Assim, os trens aumentaram a velocidade e o conforto para o usuário; osmetrôs tornaram-se proibitivos, tendo em vista o altíssimo investimento exi­gido, orçando em cerca de 60 milhões de dólares o quilômetro em termos demédia mundial; o automóvel e o ônibus, ao invés de uma solução, vêm-se a­presentando como um caríssimo problema, principalmente por congestionaras vias urbanas e consumir petróleo.

Diante deste quadro realístico, o mundo procura" intensamente, um'novo transporte urbano, que tenha as seguintes características: não interfirana malha urbana; seja rápido, porquanto em transporte as distâncias devemser medidas pelo relógio; não poluente - nem com som, nem com gases .:...confortável a ponto de substituir o automóvel; e, finalmente, que apresenteviabilidade econômica, tanto para custos de investimento como para custosoperacionais.

Diversas são as experiências que nessa área estão sendo realizadas atual­mente, no mundo, com gastos superiores a um bilhão de dólares.

Feitas estas observações, quero destacar, desta tribuna da Câmara dosDeputados, que o Brasil, através de um brasileiro, está concretizando este so­nho universal.

No Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, após longos testes, está sendoconstruído o primeiro quilômetro de via elevada, dentro do Sistema Pneumá­tico de Transporte Coester, ou Aeromóvel, como é mais conhecido.

Entusiasmando a todos que já tiveram oportunidade de conhecê-lo emdetalhes, por sua característica de eficiência e simplicidade tecnológica, umaanálise mais apurada mostra que também nos aspectos econômicos o Aero­móvel se apresenta vantajoso em relação aos demais sistemas em uso.

Para um mesmo volume de passageiros/hora, o Aeromóvel tem um in­vestimento estimado em um terço de um trem metropolitano ou de um pré­metrô, e cerca de tão-somente oito por cento de um metrô, podendo ser im­plantado sem necessidade de desapropriações, item elevado de investimento.

É um sistema que não obstaculiza nem congestiona as vias urbanas, ope­rando em via exclusiva, elevada, livre de qualquer interferência com o tráfegode superfície, sendo silencioso e não poluente, pois é movido a energia elétri­ca. Carrega até oitenta por cento de carga útil, porquanto não tem motor nemcomponentes pesados nos veículos, e sua tração é feita por motores estacio­nários. É de fácil manutenção e de operação automatizada, o que lhe dá umbaixo custo operacional e, conseqilentemente, tarifas abaixo das conhecidas.

O quilômetro, atualmente em construção em Porto Alegre, procura tão­somente otimizar o sistema como um todo, pois seu funcionamento já estácomprovado por inúmeras pesquisas e demonstrações consagradoras, como ada Feira de Hannover, na Alemanha, em abril de 1980, onde o Aeromóvel foia grande atração.

O inventor do Sistema Coester, o técnico e empresário Oskar Coester,jávinha dando destaque ao setor industrial brasileiro, ao iniciar no Rio Grandedo Sul a fabricação de equipamentos eletrônicos de alta tecnologia, como pi­lotos automáticos, rádios goniômetros e ecobatímetros para os navios cons­truídos no Brasil.

Oskar Coester vem travando duas batalhas paralelas: a primeira paratornar seu invento uma realidade, e a segunda para que este sistema de trans­porte seja de concepção e implantação, nesta fase inicial, inteiramente brasi­leira, pois é grande-o assédio de grupos internacionais interessados em adqui­rir licença para construir e desenvolver o Aeromóvel.

Cabe ressaltar, de maneira muito especial, que tanto o Governador A­maral de Souza como o Ministro Eliseu Resende, dos Transportes, e princi­palmente a Empresa Brasileira de Transportes Urbanos - EBTU, não têmmedido esforços para apoiar efetivamente a esta genial criação brasileira. Es-

tes homens, de larga visão, não se deixam influenciar pelos céticos e descren­tes, que sempre emergem nestes momentos históricos.

De minha parte, devo manifestar imensa satisfação por ter apoiado inte­gralmente o projeto, desde as gestões preliminares para sua execução, emPorto Alegre, quando exercia o cargo de Secretário do Interior, Desenvolvi­mento Regional e Obras Públicas.

Para o Brasil, os benefícios da implantação do Sistema Coester serão e­normes, pois vivemos num grande País, em que dois de cada três habitant~s

estão fixados em cidades, onde o fator transporte repercute de modo negatf~ono orçamento doméstico.

Entendo que o Poder Legislativo deve ficar alerta para que, com o suce·der dos fatos que levarão, tenho certeza, o Aeromóvel a se mostrar como umadas grandes invenções do nosso tempo, possa criar dispositivos legais queprotejam os interesses brasileiros, em confronto com outros interesses qu~ fa­talmente surgirão.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, creio ter deixado evidentes as vantagensdo Aeromóvel, esse novo sistema de transporte urbano por via elevada, queestá sendo implantado na Capital do Rio Grande do Sul.

O SR. ALCEBIADES DE OLIVEIRA (PDS - RS. Pronuncia o seguin­te discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a data de cinco de maio é con­sagrada como o "Dia das Comunicações", em justa homenagem ao seu admi·rável patrono, Marechal Rondon, que nascera nesse dia, do ano de 1865, naSesmaria do Morro Redondo, em Mimoso, Mato Grosso.

Homem pobre, mestiço, familiarizado com as agruras da selva, Rondondesde muito jovem dedicou-se, com absoluto pioneirismo, ao trabalho em fa­vor dos índios, do desbravamento, da integração, com extraordinárias de­monstrações de civismo e amor à Pátria.

O seu ideal bandeirante o fazia um permanente deshravador, que des­cobria terras brasilciras penetrando espaços que o homem civilizado aindanão ousara conquistar, e, sobretudo, pacificando tribos indígenas, estudandoe aprendendo as origens e costumes de várias nações que viviam no Brasil.

Em sua obstinada vocação desbravadora, Rondon abriu estradas nomeio da mata virgem, e tornou conhecido rios ignorados por todos quantosaqui viviam.

Mas é a histórica instalação da primeira rede telegráfica, numa região i­nóspita e perigosa, que dimensiona, com a devida grandeza, o que foram avida e a obra de Cândido Mariano Rondon, um brasileiro que não apenasplantou as bases do que hoje temos na área das comunicações, mas tambémcontribuiu decisivamente para a fixação das fronteiras do País e a pres·er­vação das origens do elemento indígena no Brasil.

O momento de reverência ao Marechal Rondon ê inteiramente própriopara enfatizar o quanto tem desenvolvido, nos últimos anos, o sistema das co­municações no País, hoje sob a firme condução do Ministro Haroldo Corrêade Mattos.

Realmente, Srs. Deputados, se examinarmos os pontos básicos em que secompreende o complexo comunicações, verificaremos que o avanço na últimadécada permite aos brasileiros de todos os quadrantes as facilidades do uso i­mediato do telefone, bem como a integração proporcionada pcla imagem datelevisão aos mais distantes pontos do' País.

A modernização alcançada nos serviços postais e telegráficos, a insta­lação e ampliação de serviços de telex para atender as necessidades de comu­nicações internas e com o resto do mundo, possibilitando imensuráveis be­nefícios ao desenvolvimento empresarial e à economia brasileira, e os serviçosde computação de dados, com aplicão no Brasil dos mais modernos sistemase aparelhagens existents no mundo, dão a exata idéia do quanto progrediramas Comunicações no País, graças aos maciços investimentos governamentaisque vêm sendo feif.os no setor.

Por isso. Sr. Presidente, ao ensejo do "Dia das Comunicações", o meupropósito é render esta justa homenagem ao Seu grande inspirador, o Mare­chal Rondon, e ressaltar a extraordinária evolução do Sistema de Comuni­cações no Brasil, a partir do início dos anos 70.

Congratulo-me, pois, com o Ministro Haroldo de Mattos, cujo pronfun­do conhecimento da ampla área que dirige tem sido fundamental para o pro­cesso de permanente crescimento das Comunicações em nosso País.

Era o que tinha a dizer.

O SR. ADHEMAR GHISI (PDS - Se. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente e Srs. Deputados, a grave situação administrativa criadapela alta direção do INAMPS em Santa Catarina nos levou e endereçar, no,dia 4 do corrente, ao Ministro da Previdência e Assistência Social, DeputadoJair Soares, a correspondência que passaremos a ler, para integrar-se no cor­po do nosso discurso.

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2936 Sexta-feira 7 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

Através deste documento, reproduzimos, de forma objetiva e direta, asgraves preocupações que assaltam não apenas a clientela previdenciária emSanta Catarina, mas também todos quanto direta ou indiretament,e se envol­vem na questão.

A solução pronta e eficaz para o sério problema, nos moldes aqui repro­duzidos, por parte do eminente Ministro Jair Soares se constituirã, acima detudo, num ato de respeito e de consideração para com o Estado barriga-verdee seu povo.

Sr. Presidente, é o seguinte o texto do documento a que aludimos:

"Brasília, 4 de maio de 1982.

Ex? Sr.Dr. Jair SoaresDD. Ministro da Previdência e Assistência SocialBrasília-DF

Prezado Ministro e Amigo,Cumprimentando-o cordialmente, desejaríamos solicitar o ob­

séquio de sua mais generosa e profunda atenção aos reclamos daclientela previdenciária de Santa Catarina face às últimas medidasde contenção financeira adotadas pelo INAMPS.

Não nos iremos demorar na exposição pormenorizada dos fa­tos a que aludo, pois creio serem eles todos do seu conhecimentoface à repercussão que devem estar gerando.

Atemo-nos à juntada de alguns documentos que pautam o difí­cil quadro existente, a provocar simultaneamente fundadas e justasreações junto a entidades hospitalares, a médicos, odontólogos e atodos os credenciados da Previdência Social, bem como aos seus ad­ministradores, que se vêm em difícil situação ante o fato inusitado esurpreendente.

Ninguém pode, em sã consciência, desconhecer Oll negar ogrande esforço que o prezado amigo e respeitado homem público,que é V. ex', desenvolveu e vem desenvolvendo junto a esse impor­tante setor da Administração Pública.

Todavia, não compreendemos - e não entende a expressivamaioria daqueles que direta ou indiretamente se vêem envolvidospelos acontecimentos derivados da ação da Previdência Social ­que medidas como as que ora estão sendo tomadas encontrem expli­cação em necessidades financeiras prementes, pois foi o ilustre Mi­nistro que, no mês de março, declarava a um jornal (cópia anexa)que "pretendo deixar o Ministério em maio, dentro do prazo exigi­do pelo Governo para os concorrentes a cargos eletivos, ocasião emque a Previdência terá um saldo em caixa de aproximadamente Cr$25 bilhões". E V. ex', com nossos aplausos, arrematou; "Este saldoé fruto de um trabalho consciente c sério que vem sendo desenvolvi­do com intenção de beneficiar o trabalhador brasileiro".

Desde que fomos conduzidos à Câmara dos Deputados, em1966, vimos acompanhando de perto o grande esforço dos Gover­nos Rcvolucionários em dotar o País de lima legislação que no cam­po social se amolde às necessidades básicas e fundamentais da gran­de e sempre crescente clientela previdenciária. Seria longo enumeraras conquistas obtidas pelo nosso previdenciário em geral.

V. Ex', na sua ação, aliando o descortínio de político ao de ad­ministrador, prosseguiu ampljando essas conquistas, aperfeiçoandoo sistema e modernizando e atualizando a Pasta que lhe foi confia­da.

No entretanto, quando todos imaginavam que as medidas dereforço das fontes de custeio da Previdência Social e de controle deseus gastos estabelecidos na Lei n? 6.950, de 4 de novembro de 1981,e no Decreto-lei n? 1920, de 28 de dezembro de 1981, teriam resolvi­do o problema dos débitos existentes, garantindo também a manu­tenção dos benefícios e serviços a seu cargo, pesadas e surpreenden­tes restrições são impostas à sua clientela em geral, como já exposto.

É com relação a esses fatos, provocadores de tantas e tão nega­tivas repercussões no campo social e políti.co de Santa' Catarina, queprocuramos chamar a atenção do administrador e do político JairSoares. E o fazemos finalmente, calcados no documento da lavra daSuperintendência do INAMPS de Santa Catarina, de março último,encaminhado à Previdência do Órgão, onde, de forma objetiva eclara, postula apenas que a Previdência Social, neste ano de 1982,repita a performance de 1981 no concernente às suas atividades de­senvolvidas no Estado barriga-verde, que, embora defasadas em sua

realidade, constituirão meio termo aceitável ante as precárias con­dições de funcionamento a que foi reduzida.

Alertemo-nos, Sr. Ministro e prezado amigo, para a grave reali­dade e os resultados profundamente deletérios e perigosos em quetodos seremos mergulhados em Santa Catarina, conforme nos ad­verte o Superintendente do INAMPS/SC, se a assistência oficial forprestada dentro dos parâmetros estabelecidos pela Direçào Geraldo INAMPS:

"A persistência dos resultados das análises efetuadas que con­duzirão, inevitavelmente, a uma impossibilidade no cumprimentoda programação orçamentária liberada, é que preocupa sobrema­neira esta Superintendência, tendo em vista que o desequilíbrio en­tre demanda e oferta fatalmente ocasionará graves repercussões as­sistenciais, institucionais e políticas. Em tempos normais, repercurs­sões desta natureza já são difíceis de ser contornadas, porém, al­cançam um especial relevo considerando-se que o ano de 1982 é ca­racterizado como eminentemente político, ano de realizações de e­leições e, em decorrência, fundamentalmente determinativo no for­talecimento das instituições públicas. Todo este contexto traz res­ponsabilidades bem definidas para o INAMPS, consciente de que aAssistência Médica na Previdência Social, constitui-se num fator ex­tremamente importante para a manutenção da segurança e da pazsocial."

"Obedecendo a esta linha de pensamento, vemos como indis­pensável a demonstração de uma situação caótica a que poderá serconduzida a assistência médica no Estado de Santa Catarina, casose confirmem as previsões resultantes das análises efetuadas pelosórgãos técnicos desta Superintendência Regional".

Cremos que nada de mais importante se poderá acrescentar aoque aqui foi exposto no objetivo salutar de pedir a ação sanedora ejusticeira do titular da Pasta da Assistência e Previdência Socialpara a grave situação do INAMPS em Santa Catarina, cuja clientelaprevidenciária ficará a dever-lhe mais este importante serviço embusca do aperfeiçoamento e da ampliação da paz e da harmonia so­cial em seu meio.

Com nossos renovados e melhores cumprimentos e com a cer·teza do nosso apreço e especial consideração à sua pessoa,transmitimos-lhe nosso melhor abraço."

Era o que tinha a dizer.

O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (PMDB - RN, Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, depois de três anos con­secutivos de estiagem, o rebanho bovino do Rio Grande do Norte caiu de oi­tocentas mil para trezentas e cinqüenta mil cabeças, sacrificadas mais de me­tade das reses existentes. As perdas se verificam em conseqüência da queda depeso - o gado emagrece por falta de água e de pastos, obtendo preços pouco

'compensadores no abate forçado - e de mortes por inanição: o gado sobrevi­ve apenas em reduzidas faixas de terra, de vazantes, poços ou em várzeas maisúmidas.

Segundo o Presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RioGrande do Norte - EMPARN, Sr. Benedito Vasconcelos, esse fato seria aúltima prova da inviabilidade da bovinocultura potiguar, exigindo-se uma es­pécie adaptada a tantos revezes climáticos como a crônica inexistência dequantidade suficiente de água.

O camelo e o dromedário resistem em climas áridos, porque a adaptaçãonatural respondeu pela sua sobrevivência. Assim, deve ser iniciada no RioGrande do Norte a criação de um animal rústico e semi-doméstico, conheci­do como elande, elão ou gunga, um antílope de origem africana, aclimatadoàs estepes semi-áridas.

Habitante de uma zona de transição, entre a savana e a estepe arbustivaafricana, ele já se espalhou por todo o mundo, capacitado a aclimatar-se nasmais diversas condições ecológicas, assim encontrado na Rodésia, na NovaZelândia, na União Soviética ou nos Estados Unidos. Com exceção da espé­cie africana - po:- precaução quanto a doenças - ele pode ser importado da­queles demais países. Para tanto, é necessário o financiamento oficial,pretendendo-se, numa primeira experiência, obter trinta fêmeas e seis ma­chos, tanto do elande como do carneiro da Barbária, que é uma espécie deantílope.

A EMPARN pretende, durante cinco anos, pesquisar o antílope eadaptá-lo às condições climáticas potiguares, levando em conta sua resistên­cia às doenças, a docilidade, a resistência e a produtividade, em regime decriação semi-doméstico. Frutuosa a experiência, a empresa passará a divulgá-

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la junto aos criadores partlcUiares, a 'fim de que surja uma alternativa para apecuária no Nordeste semi-árido.

O vaqueiro do Nordeste não estranhará o elande, com a carcassa seme­lhante à do boi, embora chegue a um metro e noventa de altura, com uma to­nelada de peso, cauda curta, cabeça menor, chifres longos e pontiagudos vol·tados para trás.

Seu aproveitamento é idêntico ao do gado bovino, para carne e leite, estemais nutritivo e aquela mais abundante. Ele agüenta vinte e cinco dias sembeber, tirando a umidade que lhe é necessária dos próprios arbustos, com no­tável adaptação ao calor, que suporta bem até 45 graus.

Assim, esperamos que o antílope salve a economia dos sertões semi·áridos do Rio Grande do Norte, augurando êxito à experiência da EM­PARN, evidentemente com financiamento oficial.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

O SR, JORGE ARBAGE (PDS - PA. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, a despeito de decorridas mais de três décadas do término daSegunda Guerra Mundial, evento este que a Naçào por inteiro comemoraráno próximo dia 8 de maio corrente, ainda ressoam em nossas memórias asmanifestações de júbilo que eclodiram por todos os recantos da Pátria, logoapós o anúncio auspicioso de que os canhões silenciaram nos campos de bata­lhas da Europa, com o triunfo das forças aliadas sobre os exércitos de Hitler eMussolini.

Antes, porém, Sr. Presidente, quando as lutas ainda se mostravam san­grentas nas disputas dos espaços territoriais, o Brasil, por sua imbatível ForçaExpedicionária, marcava em Montese o maior exemplo de coragem e civismode que se tem notícia na História Pátria. Sobre o evento, vale reproduzir oque disse o Ministro Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, titular da Pas­ta do Exército, ao ensejo do transcurso do 379 aniversário da Tomada deMontese:

"Em 14 de abril de 1945, como parte da Ofensiva da Primave­ra, nossa Divisão atacou para conquistar Montese, cobrindo o flan­co da lO' Divisão de Montanha do Exército dos Estados Unidos.Naquela data, após penoso e prolongado combate, apenas a tropabrasileira atingiu seu objetivo e, nos dias seguintes, suportou todo opeso dos contra-ataques alemães, maciçamente apoiados por sua ex­perimentada artilharia. Graças, entretanto, à heróica e obstinada re­sistência oferecida pela FEB, a posição conquistada foi mantida, oque muito facilitou, dias mais tarde, a retomada da ofensiva aliada.

O combate de Montese - um dos mais renhidos de toda acampanha - é uma das mais belas páginas da história da FEB e dahistória militar brasileira, pelo desenvolvimento tático e pela exe­cução heróica."

A grande hecatombe de 39, que envolveu quase toda a humanidade, in­clusive nós, brasileiros, permanece viva em nossas lembranças, como se foraum espectro terrível nesta conjuntura difícil, quando sentimos, bem perto dasnossas fronteiras, a presença de um novo conflito que tende a evoluir no seudesdobramento, caso a ONU, com a força da sua autoridade, não consigaconter a intransigência dos dois países, a Argentina e a Inglaterra.

Somos uma Nação pacifista, Sr. Presidente, voltada exclusivamente parao nosso desenvolvimento interno, sem ambiçôes de cobiças, porém conscien­tes da gravidade que ronda os contornos geográficos da América do Sul.

Na "Canção do Soldado" está dito: "A paz, queremos com fervor, aguerra só nos causa dor". O espírito da paz é uma constante na alma e no co­ração do povo brasileiro. Nesse episódio lamentável em que se deflagram in­gleses e argentinos, nosso papel não deve extrapolar os limites do mediadorque envidará esforços no sentido de evitar que a guerra se alastre para outroscontinentes, levando seu rastro de lágrima e de dor como uma ameaça imi­nente a toda a humanidade.

Sempre que a guerra aflore como uma ameaça à paz universal, como a­gora ocorre nas Ilhas Malvinas, com o conflito entre a Argentina e a Inglater­ra, é imprescindível rememorar a imperecível adverténcia do Presidente Ken­nedy, quando alertou:

"Uma terceira guerra mundial, envolvendo armas nucleares,resultaria numa catâstrofe tão horrível para a humanidade que ossobreviventes invejariam os mortos."

Peçamos a Deus, Sr. Presidente, numa torrente diária de fortes orações,brotadas do nosso sentimento pacifista, que ingleses e argentinos encontremfórmulas diplomáticas como soluções necessárias para o desempenho de suasmissões na luta que empreendem no Atlântico Sul. O mundo civilizado dehoje não comporta repetir mais a estupidez praticada pelo nazi-fascismo n'a

grande Segunda Guerra Mundl3l, na qual nossos bravos pracinhas, por amorà Pátria e à liberdade dos povos, ao iado das forças aliadas, deixaram o regis­tro do heroísmo que escreveram com o sangue derramado, marco indelévelque a história universal encontra até agora consubstanciado nas cruzes finca­das no Cemitério de Pistóia, na Itália.

Rezemos pela paz, Sr. Presidente, porque "a guerra só nos causa dor".Era o que tínhamos a dizer.

o SR. LtO SIMOES (PDS - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, enquanto a fração do petróleo importado nacomposição do consumo brasileiro baixou de oitenta e oito por cento, em1976, para oitenta por cento, em 1980, a produção de gasolina decresceu Bl

uma taxa pouco superior a seis por cento ao ano, propiciando uma elevaçãoda produção de óleo diesel a uma taxa superior a 8,8% ao ano. Além disso, ocrescimento de pouco mais de três por cento ao ano, no que tange ao consu­mo de petróleo, contrastou com os altos crescimentos do carvão energético ecana-de-açúcar, com taxas de 24,5% e 11,4% anuais, respectivamente.

Esses dados, divulgados pelo Balanço Energético Nacional, mostracomo o País vem reagindo à crise energética, registrando-se, ademais, no anopassado, um excedente de vinte por cento da produção sobre o consumo de e­letricidade no País.

Providências estão sendo tomadas pelos governos dos países da AméricaLatina, no sentido de uma política energética integrada, no intuito de melho­rar as condições do desenvovimento comum do continente.

Na verdade, como assinala o Vice-Presidente Aureliano Chaves, não nosdevemos impressionar com o quadrõ atual, em que parece haver excesso depetróleo no mundo" tanto mais quanto se trata de uma fonte de energia nãorenovável, que tende a se esgotar.

Daí as providências governamentais não apenas no sentido deincrementar-se o PROÂLCOOL, mas da crescente utilização da alternativada biomassa, para enfrentar uma próxima conjuntura, em que o mercado dopetróleo volte a ser de procura.

Nesse contexto, impõe-se ressaltar a vitória da Comissão Nacional de E­nergia, que conseguiu reduzir em vinte e cinco por cento a importação de pe­tróleo, aumentando, ao mesmo tempo, a produção de álcool, de oitocentosmilhões de litros, em 1976, para quatro bilhões e oitocentos milhões de litroseste ano.

Aguardam-se as novas providências, visando a encorajar medidas esti­muladoras do mercado de carros movidos a álcool, dentre elas:

I) um custo correspondente no máximo a sessenta por cento do preçoda gasolina;

2) a retirada do carro movido a álcool da lista dos supérfluos,baixando-se o seu preço em sete por cento;

3) a venda de álcool motor aos domingos c feriados;4) a isenção de pedágio para o carro movido a álcool;5) o aumento de 15 para 20 mil quilômetros ou doze meses da garantia

desse veículo.Outras providências deverão ser tomadas, encorajando-se a substituição

do consumo de gasolina. O PROÂLCOOL não pode parar e, para isso, é pre­ciso animar os proprietários de veículos movidos pelo combustível tipicamen­te nacional e renovável em suas fontes.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

V - O SR. PRESIDENTE (Freitas Nobre) - Passa-se ao Grande Expe.diente.

Tem a palavra o Sr. Mendonça Neto.

O SR. MENDONÇA NETO (PMDB - AL. Sem revisão do orador.) ­Sr. Presidente, Srs. Deputados, o assunto que me traz hoje à tribuna da Câ­mara é a respeito de um segmento da sociedade brasileira que terá sido - senão estiver sendo injusto - o mais perseguido pelo modelo brasileiro de 64: aclasse média. Na verdade, de 64 para cá, embora a classe média tenha sido osustentáculo do Movimento de Março, o Governo, através de medidas coer­citivas nos campos tributârio, econômico e político, retirou da classe médiapara a classe rica o seu poder decisório nacional. E precisamos não confundirclasse média com o conceito marxista de burguesia, porque o espectro econô­mico da classe média atinge do profissional liberal até o operário qualificadoe aquele que trabalha na agricultura como meeiro ou mesmo como posseiro.Todos estes estão nessa categoria econômica que chamaríamos classe média.A média inferior é constituída de empregados de escritório e de comércio,com o mínimo de qualificação, operários e empregados qualificados nas in­dústrias, comércio e serviços, somando cerca de três milhões, ou seja, perto de18% da população ativa; na média média estão compreendidos os militares e

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empregados de categoria mediana com função de direção ou previsão, arte­sãos urbanos e rurais, que representam mais de I milhão de indivíduos, o e­quivalente a perto de 6% do total dos que trabalham; e a média superior é for­mada por profissionais liberais, intelectuais independentes, oficiais dasForças Armadas, dirigentes e administradores de empresas - mais de 500 mil- que correspondem a 2% da população ativa. Ao todo, portanto, a classemédia atingiria 35% da população economicamente ativa do Brasil, essa cate­goria pela qual, a pretexto de salvá-Ia do caos, a pretexto de impedir que elafosse a vítima principal da comunização que se alardeava praticar em 63, fez­se o golpe militar de 64. Justamente ela, que formou a passeata da famíliapela liberdade, foi a principal atingida na família e na liberdade. A família,hoje, está deteriorada pela crise moral a que se referiu o Sr. Presidente da Re­pública, quando falou à Nação no dia 19 de maio. Naquele dia, o Sr. Presi­dente da República disse que vivemos várias crises, entre as quais uma crisemoral. E S. Ex' mandará, segunda-feira, para o Congresso Nacional alte­ração do quorum, reformando a Constituição, para dois terços, na expectati­va'de que, a partir do ano que vem, não tenha mais a maioria absoluta de ho­je. Altera-se, assim, por dezenove vezes, a Constituição da República do Bra­sil, e esta alteração está muito bem inserida na crise moral a que se referiu S.Ex' no discurso de 19 de maio aos trabalhadores. Deveria ele lembrar-se deque é ator e autor da crise moral que avassala este País, da qui a classe médiatem recebido candente perseguição e de que esses passos que o Governo vemtomando neste ano eleitoral significam, em última análise, a proletarizaçãoda classe média. A maior ameaça que paira sobre a estabilidade polftica doPaís é a investida do Governo contra a c1a,sse média do Brasil. Por quê? Por­que o Governo, ao tentar assustar a opinião pública com o anúncio de radica­lização e revanchismo da Oposição, tem, como tentativa principal, o escopode fazer com que a classe média - que é aquela parcela de opinião que decidese vota às vésperas das eleições, que é o chamado eleitor flutuante - temero­sa de mudanças, que não conhece, por parte da Oposição, vote no Governoque ai está, que fez, nestes dezoito anos, mudanças que a classe média conhe­ce, mas que não detecta em sua profundidade. Gostaria de citar um dos exem­plos: a corrupção dos líderes da classe média. A classe média sustentou o gol­pe de 1964 e os seus principais líderes, advindos da classe média, trairam essecompromisso e corromperam-se, tornando-se tecnocratas e o braço políticodo Governo - de classe média, sim, mas não a c1asse.média, porque esta vemsendo empobrecida através da perseguição tributária, fiscal e política do Go­verno de 1964. Oprimida por uma burocracia que surgiu do seu próprio ven­tre, a classe média torna-se vítima da inflação, que lhe corrói a magra pou­pança e os escassos rendimentos.

Diz José Arthur Rios, Sr. Presidente:

"Os burocratas de farda ou paletó constituem sem dúvida osegmento de classe média que se apropriou, nos páramos de Brasíliaou nas Capitais dos Estados, arrimados ou não à ideologia da segu­rança, de importante parcela de poder, nem sempre conscientizado,muito menos exercido no sentido de defesa, proteção, fortalecimen­to e expansão da classe média;"

Ao contrário, a opressão fiseal'é hoje,entre nós, aliada no altocusto dos serviços estatais, numa economia e~ que quase tudo é es­tatizado, outro fator de esmagamento da classe média. Em pesquisarecente, feita em São Paulo, verificou-se que dos CR$ 4.658,00 dosalário de U1n engenheiro eltrônico, - escolhido a propósito peloseu alto nível salarial, perto de 140 mil mensais, pelo menosCr$ 1.419,00 iriam para o que simpaticamente se símboliza no"leão". Estima-se hoje em 24 os diversos impostos federais, esta­duais e municipais, além das mais variadas taxações. Na descriçãode um semanário. "O brasileiro paga imposto sobre o que recebe acada mês." Paga imposto para morar. Paga imposto - até 30%sobre a conta - para falar ao telefone. Paga imposto, de novo 30%sobre a conta - quando acende a luz ou liga qualquer aparelho elé­trico. Paga imposto - 1% sobre o valor, quando recebe a escriturade um imóvel. Paga imposto para ter automóvel, para colocar gaso­lina em seu tanque e para circular em estradas com pedágio. Pagaimposto sobre o ingresso e par.a ir ao cinema, a um teatro ou um"show". Paga imposto até 6,9% sobre o valor para fazer operaçõesbancárias e financeiras. Paga, inclusive, algo que se chama, para nãoficar nenhuma dúvida, imposto sobre serviços de qualquer natureza.Paga, sob o amplo rótulo das taxas, emolumentos e tarifas, umamiríade de tributos: para usar aeroporto, para que lhe recolham o li­xo, para ter água em casa, para tirar documentos e para provar quenão tem nenhum imposto a pagar. Paga desde que nasce até depois

que morre, com o imposto de transmissão - de 2% - sobre os bensque eventualmente deixar. CJ>.)

Tem o aparte o ilustre Líder do PDS.

O Sr. Jorge Arbage - Nobre Deputado Mendonça Neto, ouço V. Ex'desfiar um rosário de deveres e obrigações do povo brasileiro para com o Es­tado. Paga-se telefone - diz V. Ex' - é verdade. hoje, paga-se por um telefo~

ne que, ao levantá-lo do gancho, V. Ex' já tem o sinal para fazer a discagem.No passado, pagava-se também por um telefone; mas ficava-se esperando,nobre Deputado, de 20 a 25 minutos, até que o sinal chegasse. Todos os tribu­tos que V. Ex. enumera, pretendendo atribuir suas criações aos governos daRevolução, sempre existiram no regime tributário deste País. Mas V. Ex' fezuma referência à classe média e ao golpe de 64. Eu não sei onde a Oposiçãobusca respaldo para caracterizar o ideário de 64 como um golpe. Ora, nobreDeputado Mendonça Neto, golpe de Estado foi aquele que se deu em 37 e, emseqüéncia a ele, se implantou uma ditadura. O ideário de 64 jamais teve qual­quer conotação com um poder ditatorial. Sabe V. Ex' a História é inflexívelno seu itinerário - que, em 1964, o primeiro Presidente da Revolução, o sau­doso Mal. Castello Branco preservou até 1967, com ligeiras alterações, ummandamento constitucional outorgado por uma Assembléia Nacional Cons­tituinte - a Constituição de 1946. Em 1967, o Congresso Nacional aprovou- isto no entendimento de grandes constitucionalistas deste País - a melhorConstituição brasileira de toda a história republicana. É verdade que, em1969, tivemos a Emenda Constitucional n9 1, outorgada pelo poder militar.Foi realmente um hiato na trajetória democrática da Revolução, mas que nãoconfigurou, em nenhum instante, a imagem de um Estado totalitário. Parti­mos, sim, para um estado autoritário, agora, a partir de 19 de janeiro de 1979.É ai que eu me permito discordar de V. Ex', a quem respeito e admiro. A par­tir de 19 de janeiro de 1979, não há mais como se falar em poder autoritário,em golpe de Estado, porque a Emenda Constitucional n9 II erradicou do tex­to da Constituição brasileira todos os instrumentos de exceção. Foi quandocomeçou a abertura para a aurora democrática que o Brasil está assegurando,a cada instante, e que terá o seu coroamento com as eleições de 15 de no­vembro, quando o partido de V. Ex', o meu partido e nós, como candidatos,disputaremos, nas urnas a preferência do eleitorado. Vou concluir agradecen­do a V. Ex' o aparte que me concedeu. Vou continuar a ouvi-lo, mas eu lhepediria que, pelo amor de Deus, não falasse mais em ditadura, nem em golpede Estado nem em regime autoritário, porque isso pertence ao passado.

O SR. MENDONÇA NETO - Agradeço a V. Ex' o aparte, mas gosta­ria, Deputado jorge Arbage, de que tivesse lido, como fiz hoje, artigo do jor.nalista Lustosa da Costa, quando diz que o Deputado Presidente desta Casafoi desautorizado pelo Presidente da República na sua enésima tentativa derestaurar as prerrogativas do Congresso. Digo isso porque o Deputado Epitá­cio Cafeteira já foi autor de várias tentativas acerca da restauração das prer­rogativas do Congresso nacional; também acabou de sair o Deputado FlávioMarcílio, que fez tentativa nesse sentido. E, agora, o Deputado Presidentedesta Casa queria não sei que tipo de prerrogativa para este Poder, emboradesconfie muito do tipo de prerrogativa à la Marchezan. Mas de qualquermaneira S. Ex' foi desautorizado pelo Presidente da República. Voto vencidofoi o do Presidente do Senado Federal, Senador Jarbas Passarinho. que sus­tentara, publicamente, ser impossível aprovar a reforma constitucional antesque se abrissem as urnas de 15 de novembro. O Deputado Jorge Arbage falade um Congresso emasculado, de um Congresso sem poder nenhum. E vem a­gora falar, aqui, que não houve golpe. Esquece-se, em primeiro lugar, de quea derrubada de João Goulart foi um golpe; esquece-se de que Pedro Aleixo,Vice-Presidente da República, que deveria assumir a presidência no impedi­mento do Gen. Costa e Silva, foi impedido de fazê-lo por uma junta militar,através de um golpe; esquece-se de que essas emendas todas, sobretudo a de1969, foram outro golpe; esquece que essa nova emenda que virá na segunda­feira é outro golpe. S. Ex' não sabe o que é golpe, ou não quer saber.

Ouço o Deputado Epitácio Cafeteira.

O Sr. Epitácio Cafeteira - Nobre Deputado Mendonça Neto, pelasnotícias divulgadas a respeito de Um "pacotinho" disfarçado que será envia­do a esta Casa, concluímos que, no mínimo, pretendem enganar a opiniãopública, já que não enganam a nós outros. Ouvimos falar em prerrogativasque o Governo pretende dar ao Congresso e assistimos ao Deputado JorgeArbage dizer que este Poder Legislativo tem condições de funcionar normal­mente, quando vimos, ontem, o Supremo aceitar o processo movido contra oDeputado Freitas Diniz, por causa de um discurso que S. Ex' proferiu, exata­mente dessa tribuna onde está V. Ex'. Não dá para entender. Ou temos prer­rogativas para dizer, em nome de uma parcela do povo, aquilo que ela nos

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tnãndou dizer, ou, então, estamos bricando, no máximo, de Parlamento, nun­.ca.de Congresso. Às vezes podemos falar. Aliás, a publicação de minha sepa­'rata, que tem a fotografia das duas Casa do Congresso Nacional, tem o título:"Onde se Pode Dizer, mas não se Pode Fazer". O Deputado Freitas Dinizpode acrescentar: "Onde se pode dizer, às vezes, alguma coisa", pois S. Ex'decidiu dizer tudo e vai pagar, no banco dos réus, num processo evidentemen­te político. Já se fala que, com o decurso de prazo da maneira como pretendeo Governo, tanto faz colocar na Ordem do Dia mais cinco, como mais cin­qüenta dias, como mais quinhentos dias. A bancada do Governo não vai vo­tar, jamais votará as medidas antipáticas ou as medidas que estão a lesar o in­teresse do povo brasileiro. O Governo quer fazê-Ias passar como ocorreu coma Taxa Rodoviária Única e inúmeras outras medidas. O PDS, quando muito,cala e consente. E, calando e consentindo, leva-nos a todos da Câmara dosDeputados a ver estampado nos jornais, por exemplo, o que vimos ontem:"Presidente sanciona lei que o Congresso aprovou, quando, na realidade, oCongresso não a aprovou. O one way. mão única de saída do PMDB para osoutros partidos, o Congresso não aprovou. O Governo sancionou-a, mas ofez exatamente porque o Congresso não a aprovou. Continuo ouvindo commuito interesse o discurso de V. Ex'.

o SR. MENDONÇA NETO - Nobre Deputado, V. Ex' se referiu àTaxa Rodoviária Única. Mas, antes de falar sobre isso, gostaria de dizer queo Supremo Tribunal Federal, ao aceitar denúncias contra o Deputado FreitasDiniz, obedece a um tipo de comportamento que faz parte do teor deste meudiscurso~ Afinal, os ministros podem ser considerados homens de classe mé­dia e vulneráveis ao que a classe média pretende, segurança e ascensão social.Esta decisão do Supremo Tribunal Federal é infeliz, como, aliás, têm sido ou­tras, como no caso, por exemplo, do Deputado João Cunha, do DeputadoGenival Tourinho. O Governo tenta dizer que há um perigo de subversão la­tente no País, quando procura punir, através dos tribunais, aqueles que reco­nhecidamente ele sabe terem ideologia democrática. É uma incoerência quenão consigo entender, a não ser que o Governo esteja querendo preparar umcaldo de cultura ideológica para, mais uma vez, enganar a classe média. Aclasse média vai votar sob o estigma de que estará votando ou na permanên­cia do status quo - que é ruim, mas que, pelo menos não é destruidor dassuas conquistas económicas - ou, então, no que se chamaria aventura peloGoverno, que é entregar governos estaduais e a Maioria do Congresso aaventureiros ideológicos. O que na realidade vai ocorrer é um confronto entreaqueles que massacram a classe média, e que estão no Governo, e nós, daOposição, que defendemos todas as categorias. Não se pode falar dos pobres,porque estes são marginalizados desde o descobrimento deste Pais, mas pode­mos falar, agora, na classe média, que se vem proletarizando sistemática e do­losamente desde o golpe de 64.

Dou aparte ao Deputado Waldir Walter, do Rio Grande do Sul.

O Sr. Waldir Walter -Deputado Mendonça Neto, antes de mais nada,cumprimento V. Ex' pelo discurso que está fazendo. No início de seu pronun­ciamento, V. Ex' falou na campanha da moralidade do Presidente Figueire­do. Houve alguém que disse que o conceito de moral varia de pessoa parapessoa, de lugar para lugar e, também, no tempo. Evidentemente o que é mo­ral para o Sr. João Figueiredo não o é para nós. Num regime ditatorial, nãohá nada mais imoral do que o governo, do que o regime em si. Dentro destamoralidade autoritária e ditatorial, que o Presidente Figueiredo abraça, que oDeputado Jorge Arbage defende e para a qual bate palmas, a Constituiçãopode ser feita por três ministros militares. Há pouco, via o Deputado JorgeArbage - creio até como Líder do partido do Governo nesta Casa - defen­der a plena institucionalização do País com uma Constituição outorgada pe­los Ministros do Exército, da Aeronáutica e da Marinha. Pergunto a V. Ex'trata-se de uma Constituição ou de um regulamento militar para os políticos?Acho que é muito mais um regulamento militar, que foi alterado mais tardepelo Gen. Geisel e, depois, veio sofrendo algumas alterações por imposiçãodo Palácio do Planalto e com a complacência do partido do Governo nestaCasa. Este regulamento prevê os crimes contra a segurança nacional, prevê aedição de uma lei tipificando os crimes contra a segurança nacional, todos vi­sando a enquadrar as lideranças políticas que ousarem posicionar-se contra oregime. O Deputado Freitas Diniz ousou atingir, segundo o conceito daConstituição e da Lei de Segurança N acionaI, algumas poucas pessoas destePaís que têm honra, porque, segundo a Lei de Segurança Nacional, só têmhonra no Brasil o Presidente da República, o Presidente do Congresso Nacio­nal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal, ao que me consta. O restodos brasileiros não têm honra. Nós não temos honra. Estamos sujeitos, no ,exercício da tribuna do Parlamento ou no exercício do nosso mandato, a ferir'a honra dos poucos brasileiros que têm honra, de acordo com o regime, coma moral do regime, com a moral do Presidente, com a moral do Deputado

Jorge Arbage. Foi isso que fez o bravo, destemido, corajoso e patriótico De­putado Freitas Diniz. Num regime assim todas as instituições ficam viciadas.Não existe Parlamento, não existe sequer Poder Judiciário. Existe arbítrio eeste só vai cessar no dia em que acabarmos com ele. Para tanto precisamos demanifestações coerentes, democráticas, corajosas como o discurso que V. Ex'está fazendo.

O SR. MENDONÇA NETO - Agradeço a V. Ex' o aparte, DeputadoWaldir Walter, e digo que mesmo com o plenário vazio nossos discursos sãodistribuídos aos brasileiros dos nossos estados e eles tomam conhecimento doque dizemos aqui nesta Casa. O plenário foi esvaziado por causa da retiradadas prerrogativas e das várias modificações introduzidas para que ele nãofuncione, como o voto do Líder, o decurso de prazo e outras conhecidas. Maso Deputado Jorge Arbage contenta-se em fazer o que realizou logo após 19 demaio: um discurso cumprimentando o Ministro Delfim Netto pelo seu ani.versário, que, coincidentemente cai no dia 19 de maio. Acho que ele presumeque prerrogativa do Poder Legislativo é ter o direito de vir à tribuna e cum­primentar efusivamente o homem que, segundo ele, conduz a economia na­cional, só porque completa anos. Diz o Deputado Israel Dias-Novaes quetodo o mundo completa anos. Mas o Deputado Jorge Arbage escolhe espe­cialmente aqueles a quem quer brindar com o seu elogio, porque sabe quenesta Nação tudo tem troco.

Mas, voltando ao terna do meu discurso, a proletarização da classe mé­dia neste País pelo golpe de 64, gostaria de frisar que se move contra a Opo­sição, neste País, uma campanha torpe, no sentido de que queremos investircontra a classe média, o que não é verdade, ao contrário, a classe média vemsendo pouco a pouco carcomida em seu poder aquisitivo, na sua poupança,pelas medidas do Governo.

O Deputado JG de Araújo Jorge mostrou aqui um gráfico comprovandoque um general-de-exército, com todos os seus proventos, hoje está ganhandomais de 600 mil cruzeiros, ao passo que S. Ex', quando deixou de ser profes­sor do Colégio Pedro 11 e passou a ser Deputado, ganhava tanto quanto umcoronel do Exército. Hoje, aposentado, ele ganha 50 e poucos mil cruzeiros,como professor, com 35 anos de serviço ao Colégio Pedro 11, a chamada insti­tuição oficial de educação modelar do País, e um soldado da polícia ganhamais do que ele com sua aposentadoria de professor, enquanto o coronel estáganhando em torno de 400 a 500 mil cruzeiros.

Evidentemente, para manter este Estado autoritário, o regime começou afazer concessões, que começaram a cair na ordem da corrupção administrati­va, aos tecnocratas e aos militares. A uns para sua sustentação de fato, a ou­tros para sua sustentação de direito, um direito que digo técnico, porque,como são incompetentes, eles precisam da assessoria dos tecnocratas paranão errar sozinhos. Eles erram com o auxílio de Delfim Netto, de CamiloPenna e out.ros incompetentes e tecnocratas, porque os militares já provaramà saciedadc. em dezoito anos, que podem saber governar quartéis, no limiteestrito e físico de um quartel, mas não uma Nação, com as suas complexida­des, com as suas divergências e na tentativa de se governar democraticamen­te, fato que em quartel não existe. No quartel, a disciplina, a hierarquia é decima para baixo, como nesse regime. Trans~ormaram este País num quartel,sem a vantagem do quartel, que é o rancho, garantido a todos os que lá habi­tam. No Brasil, morre-se de inanição, de subnutrição, de fome. Portanto, émuito natural que este regime tenha deturpado todas as instituições, o Judi­ciário, o Legislativo e o próprio Executivo, que, mesmo hipcrtrofiado, foiatingido também pelo golpe. Estamos no regime presidencialista, em que oExecutivo, na verdade, exerce um papel maior do que o dos outros dois Pode­res, na teoria tripartite do Poder, no regime democrático, na velha escola deMontesquieu. Mas essa hipertrofia do Execut.ivo macula o presidencialismo enão salva o parlamentarismo, num Congresso que não funciona. O DeputadoWaldir Walter estava com o aparte. Não sei se o concluiu.

O Sr. Waldir Walter - Apenas desejo dizer que isso é realmente absur­do, mas, como V. Ex' está dizendo, é perfeitamente coerente. Tenho feitouma colocação um pouco diferente da de V. Ex', mas ambas se complemen­tam, no meu entendimento. Creio que o Sr. Delfim Netto, para os 20%, setanto, para os 10 ou 15% que se locupletam do poder, é um grande Ministro.Para esses tecnocratas, esses militares, essa minoria que se aproveita do traba­lho do povo brasileiro, ele é extremamente competente. Entretanto, ele é in­competente para os 80% da Nação, que estão cada vez mais marginalizados,inicialmente as camadas pobres e, posteriormente, a classe média, como V.Ex' está citando.

. O SR. MENDONÇA NETTO - Gostaria de mostrar que, entre 1979 e1980, ou seja, um ano

"A arrecadação do Imposto de Renda cresceu 306,5%; o IOF118,6%; a TRU - Taxa Rodoviária Única - 49,9%; a Taxa sobre

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Telecomunicações 21,9%; o Imposto Predial 4,2%. Quem paga essesimpostos? É fácil responder: precisamente a classe que, no seu im­portante desenvolvimento social, pela sua natureza e aspirações,mais necessita poupar. A poupança é um dos indicadores mais ex­pressivos da classe média. Ora, a poupança vem caindo. A relaçãoPoupança Interna Bruta/PNB que, em 65, era de 23,5%, tendo atin­gido a média de 23,3% no período de 70/75 cai para 19,9% em 76;para 20,1% em 77; para 18,8% em 78; para 17% em 79; e, segundo es­timativas do IPEA, para 14% em 80. O Ministro do Planejamento,Sr. Delfim Netto, cuja agilidade em dar explicações é notoria, ali­nhou vários fatores dessa queda."

Mas, na verdade, quem paga mais por isso é a classe média, que é a classeque poupa, que mais paga, que está sendo proletarizada e a que o Governoengana, quando diz que o País precisa poupar e exportar. Então, o País ex­plora os agricultores, os trabalhadores rurais, na produção, e explora a classemédia na poupança, redistribuindo-lhes um valor menor do que a inflação.Por outro lado, essa mesma classe média é enganada sem nenhuma cerimôniapelo Governo. Por conseguinte, empresta ao Governo, através da poupançanas cadernetas, a 5 e poucos por cento - não chega a 6% neste trimestre ­'para que o Governo novamente, numa agiotagem oficial, lhe repasse o di­nheiro, em empréstimos simples de um banco oficial, a 8%. Outrossim, atra­vés do BNH, dc novo se processa a agiotagem oficial, com dinheiro retiradodo FGTS do trabalhador de classe média. Quer dizer, o Governo tira dos doislados da classe média e a proletariza. No Nordeste, a situação é ainda muitomais grave, porque a classe média nordestinas vive sob permanente medo deque este Governo continue a colocá-Ia na marginalidade econômica, de queperca o seu status, porque é tônica da classe média tentar manter o seu pa­drão de vida. Pois bem. a classe média está perdendo o poder aquisitivo. Ogrande responsável por isso é o Sr. Delfim Netto, com sua política econômi­ca; é o atual regime, concentrador de renda na mão de uma minoria cada vezmais rica. O Líder do Governo, a quem vou conceder o aparte, não terá a"coragem" - entre aspas - de defender essa concentração clara de renda namão de uma minoria, enquanto que a classe média se proletariza e a classeproletária, os pobres, continuam na marginalidade econômico-social.

Ouço o nobre Deputado Jorge Arbage.

O Sr. Jorge Arbage - Deputado Mendonça Neto, vou restringir-me acomentar um fragmento do discurso de V. Ex' Citou V. Ex' um dado, que te­riapor autor o Deputado JG de Araújo Jorge, com relação aos vencimentosdos gencrais e dos coronéis. Confesso a V. Ex', com a sinceridade que me épeculiar, que não sei quanto percebe hojc na ativa um oficial superior.

O SR. MENDONÇA NETO - Sugiro a V. EX' que leia o Diário doCongresso Nacional do dia em que foi votada aqui - do dia em que o PDS scretirou de plenário para que não houvesse quorum - a concessão do décimo.terceiro salário para o funcionalismo público, que publica a tabela na sua to­talidade, para que V. Ex~. como Líder do Governo, ao ocupar a tribuna, este­ja bem informado, a fim de, pelo menos, poder defender o Governo de formamais segura.

O Sr. Jorge Arbage - Trago um dado mais importante para V. EX~ Nãosei quanto percebe um general ou um coronel. Mas, admitindo esse dadocomo correto, não vejo nenhum exagero em que um homem que dedica suavida inteira a serviço da Pátria. confinado nas limitações da caserna e, quan­do sai de lá, não tem outra alternativa, receba os proventos que as Fmças Ar­madas lhe asseguram. Não vejo, nesse particular, Deputado Mendonça Neto,absurdo algum.

O SR. MENDONÇA NETO - Agradeço a V. Ex' o aparte.O Sr. Jorge Arbage - Mas também já ouvi daquele microfonc várias

críticas aos parâmetros orçamentários das Forças Armadas em relação àEducação. E, hoje, nem a propósito, mas por feliz coincidência, na sessão doCongresso Nacional, eu falava sobre este problema. Mostrei, com dadosrealísticos do Orçamento da União de 1982, que todo o manancial financeirocarreado para o Exército, Aeronáutica e Marinha não chega a atingir 0,8% doorçamento global da Nação. Mas veja V. Ex': a oposição diz que estão gas­tando fábulas com as Forças Armadas.

O SR. MENDONÇA NETO - Agradeço a V. EX' o aparte e peço quemc permita concluir meu pronunciamento.

O Sr. Jorge Arbage - Preocupei-me, hoje, em trazer dados. Estão nosAnais. Logo, não há realmente este absurdo que se está pretendendo para umfato que, na realidade, está muito aquém desse exagero imaginado pela nobreoposição.

O SR. MENDONÇA NETO - Agradeço a V. Ex~ o aparte.O Líder do PDS nesta Casa diz que não há exagero em se pagar a um ge­

,Ineral 600 mil cruzeiros por mês.

O Sr. Jorge Arbage - São 40 anos dé serviços prestados.

O SR. MENDONÇA NETO - Eu gostaria de perguntar se não é exage­ro pagar 10 mil cruzeiros de salário a um trabalhador civil. Ele ganha 10 milcruzeiros por mês, de salário mínimo, de acordo com índices já regulamenta­dos por lei, para sua alimentação, seu vestuário, sua educação, o seu trans­porte etc.

Esse trabalhador tem uma barriga que 10 mil cruzeiros são suficientespara alimentá-la...

O Sr. Jorge Arbage -'- Concordo com V. EX~ em que 10 mil cruzeiros épouco.

O Sr. Waldir Walter - Deputado, eu apenas solicitaria que o nobre De­putado Jorge Arbage retificasse ou conferisse os dados, porque vão ficar re­gistrados noa Anais, integrando o discurso de V. EX~. Falou S. Ex~ que oorçamento militar não passa de 0,8% do orçamento. Isso é um terrível equívo­co. Não tenho os dados, mas o percentual destinado às Forças Armadas deveandar por volta de 20, 30%.

O SR. MENDONÇA NETO - Veja V. Ex' a desinformação.

O Sr. Jorge Arbage - V. Ex~ está equivocado.

O Sr. Waldir Walter - Espero que S. Ex' me permita concluir °aparte.Talvez S. Ex~ quisesse dizer 0,8% do PIB.

O SR. MENDONÇA NETO - Talvez.O Sr. Waldir Walter - Assim mesmo está além de 0,8%. Mas não é a

verdade. Nós não devemos fazer essa comparação em relação ao PIB e. sim.em relação ao orçamento, que representa os recursos que o Governo dispõepara as prioridades nacionais.

O SR. MENDONÇA NETO - Vou responder ao aparte do DeputadoWaldir WaIter.

O Sr. Jorge Arbage - Fui citado nominalmente. Vou sair do microfone,mas pediria a V. Ex~ que dissesse o seguinte: veja a desinformação. Afirmeique não chega a 0,8%. Vou citar os números: Ministério da Aeronáutica. 116bilhões de cruzeiros; Ministério do Exército, 113 bilhões de cruzeiros; Minis­tério da Marinha, 96 bilhões. orçamento global da Nação: 4 trilhões, 435 bi­lhões e alguns trocados, para não misturar as coisas. Portanto, peço ao Depu­tado Waldir Walter quc faça o somatório e tire o percentual para depois, en·tão, dizer que faltei com a verdade, ou que me equivoquei.

O SR. MENDONÇA NETO - Sr' Presidenta, gostaria de concluir omeu pronunciamento após esses longos apartes.

A SR~ PRESIDENTA (Lúcia Viveiros)-A Mesa pede a colaboração deV. Ex~, pois já avançou quatro minutos além do seu tempo.

O SR. MENDONÇA NETO - Deputado Jorge Arbage, vou respondera V. Ex~. Gostaria de saber qual é o percentual da Educação no orçamento daUnião?

O Sr. Jorge Arbage - Deputado Mendonça Neto, hoje, preocupei-meapenas com o problema do percentual da área militar. Mas poderei trazeressc dado, se V. Ex' quiser.

O Sr. Israel Dias-Novaes - Permite-me V. Ex'?

A SR~ PRESIDENTA (Lúcia Viveiros) - Devo dizer a V. Ex' que aMesa não vai permitir mais apartes, porque o orador já ultrapassou o seutempo. O nobre orador está encerrando o seu pronunciamento.

O Sr. Israel Dias-Novaes - V. Ex~ agora se compenetrou que o PDS sóse interessa pelos militares, detesta a Educação.

A SR' PRESIDENTA (Lúcia Viveiros) - Já passam seis minutos dotempo de S. Ex' Há outros oradores inscritos.

O SR. MENDONÇA NETO - Agradeço à Sr~ Presidenta o esclareci­mento. Vou encerrar, dizendo que os economistas fixaram a classe médiacomo aqueles que têm uma renda que vai de 6 a 33% do salário mínimo e quedetêm 61% da renda deste País e que é a classe mais atingida pelos golpes su­cessivos de aumento de custo de vida e inflação provocados pelo Governo.

A SR' PRESIDENTA (Lúcia Viveiros) - V. Ex~ já ultrapassou °seu li­mite de tempo. V. Ex' pode solicitar que o seu pronunciamento seja conside­rado como lido, porque há outros oradores.

O SR. MENDONÇA NETO - Estou concluindo uma frase. Não possoser interrompido no meio dela. Gostaria de dizer que é por isso que o Brasil éa oitava economia do mundo e, ao mesmo tempo, o quadragésimo segundopaís do mundo em qualidade de vida. O Brasil potência, o Brasil dos ricos,das empresas multinacionais, dos poderosos, do PDS é a oitava economia domundo para infelicidade desta Nação. Concluo, Sr~ Presidente, agradecendoa V. Ex~ a liberalidade que concedeu ao meu discurso. (Palmas.)

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Maiode1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Sexta-feira"7 2941

Durame o discurso do Sr. Mendonça Neto. o Sr. Freitas Nobre.2"-Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que éocupada pelaSre Lúcia Viveiros. Suplente de Secretário.

A SR' PRESIDENTE lLúcia Viveiros) - Tem a palavra o Sr. Aluizio'Bezerra. (Pausa.)

O SR. ALUIzIO BEZERRA (PMDB - AC. Sem revisão do orador.)­Sr. Presidente, Srs. Deputados, antes de dar início ao pronunciamento queme propus nesta tarde, gostaria de levar ao conhecimento deste Plenário e daNação uma nota da Liderança do PMDB na Câmara dos Deputados com re­lação aos graves acontecimentos ocorridos no meu Estado, nos últimos dias,fatos esses que tiveram origem na Secretaria de Segurança, dirigida pelo Sr.Ciro Facundo, que comandou a repressão ao movimento pacífico dos profes­sores acreanos, procurando responder com a intimidação e a violência às jus­tas reivindicações daquela laboriosa classe. E não titubeou o Sr. Ciro Facun­do em, no seu gesto violento tentar prender o próprio Vice-Presidente daConfederação dos Profesosores do Brasil, que também é membro da Comis­são Nacional PROCUT e Secretário-Geral da Diretoria Regional do PMDBdo meu Estado.

É o seguinte o teor da nota:

"Os Professores do Estaoo 00 Acre enfrentam, novavamente, repres­sões injustas e violências descabidas, movidas pelo Governo que, as­sim, responde, mais uma vez, às legítimas aspirações da Classe.

Sob a firme, serena e patriótica liderança da Associação dosProfessores do Estado do Acre (ASPAC), os mestres acreanos de­fendem não apenas interesses específicos, direitos legais e posiçõesmorais da Categoria: sua luta é voltada para o interesse maior daNação, o desenvolvimento cultural e educacional de nossajuventu­de.

A Liderança da Bancada do Partido do Movimento Democrá­tico Brasileiro (PMDB) na Câmara dos Deputados, sempre atentaaos justos reclamos dos trabalhadores brasileiros, vem acompa­nhando a evolução do problema, que opõe aos educadores acreanosuma retaliação de proporções e contornos inaceitáveis, por partedas autoridades estaduais. As mesmas autoridades - e isso deve serformalmente denunciado! -que descumprem, dolosamente, suaspróprias promessas anteriores, de melhorar as condições do ensino ede subsistência dos profissionais da área.

A posição do PMDB é, mais uma vez, integralmente a favordos trabalhadores e frontalmente contrária às violências praticadascontra a Classe, como as prisões dos Professores Manoel Pacífico daCosta, Vice-Presidente da Região Norte da Confederação dos Pro­fessores do Brasil e Secretário-Geral do Diretório Regional doPMDB, e Paschoal Torres Muniz.

Além desses autênticos e legítimos líderes dos professores a­creanos, outros educadores também foram vitimados pela violênciae recolhidos a dependências políciais, como se criminosos fossem ­numa afronta aos direitos dos trabalhadores, desmentindo o Presi­dente da República, que proclamou não ser mais a greve um. "casode polícia" e exortou a sociedade a conviver com os legitimas movi­mentos de reivindicação.

Em vista do exposto, a Liderança da Bancada do PMDB naCâmara dos Deputados, sempre fiel à orientação emanada dosprincípios partidários, de abrigar os justos reclamos dos trabalhado­res brasileiros, resolve:

I. Hipotecar a mais irrestrita solidariedade aos Professores a­creanos, em sua luta pela dignificação e engrandecimento da Classe;

2. Reafirmar as posições da bancada, determinada a defen­der, para todos os brasileiros, o direito a melhores condições educa­cionais, mais justas e mais humanas;

3. Expressar, aos cidadãos acreanos, a legitimidade da gravedecretada pela ASPAC no último dia 30 de abril, em repúdio ao des­cumprimento, pelo Governo, de promessas anteriores;

4. Repudiar as violências e as pressões desencadeadas sobreos Professores e seus legítimos líderes, inclusive a coação ilegal atra­vés da polícia; e

5. Apoiar, em nome de todos os demais componentes da Ban­cada Federal do PMDB, as posições corajosas e firmes sempre assu­midas por seus Representantes do Acre, Deputado Nabor Júnior,Aluízio Bezerra e Geraldo Fleming, que têm lutado, tenazmente, nadefesa dos Professores e dos trabalhadores acreanos em geral.

Brasília, 5 de maio de 1982. - Odacir Klein, Líder do PMDB.

O Sr. Nahor Júnior - Deputado Aluísio Bezerra, peço a V. Ex' que per­mita prestar a minha mais irrestrita solidariedade à Nota expedida pelo Parti­do do Movimento Democrático Brasileiro com assento na Câmara dos Depuo

tados, cuja leitura V. Ex' acaba de proceder. Na verdade, Deputado AluisioBezerra, não podemos aceitar esse tipo de repressão que o Governo do Esta­do do Acre vem cometendo contra a laboriosa classe dos professores acrea­nos. Recentemente, foi anunciado através da TV Acreana e através de umacadeia de rádios da Capital do Estado que seria concedido um aumento paramagistério acreano da ordem de 120%, o que não é verdade. Entretanto, emrazão da falta de cumprimento da palavra empenhada pelo Governo do Esta­do, os professores deflagraram um movimento grevista na última sexta-feira,que foi respondido com a prisão dos principais líderes da categoria, entre osquais o Prof. Manoel Pacífico da Costa, Vice-Presidente da União dos Pro­fessores do Brasil na Região Norte, e o Prof. Pascoal Muniz, além de outroslíderes e diretores da Associação dos Professores do Estado do Acre. Assimsendo, quero inserir no discurso de V. Ex' o meu sentimento de profundo res­peito, o meu apoio, a minha integral solidariedade aos professores pelo pro­testo por estas medidas arbitrárias que o Governo do Estado do Acre estápraticando contra aquela laboriosa classe.

O SR. ALUIZIO BEZERRA - Agradeço a V. Ex' o aparte e o incorpo­ro ao meu pronunciamento. Realmente, a reivindicação dos professores a­creanos, com a qual V. Ex' e todos nós da bancada Federal nos solidariza­mos, é justa e necessária para o bom desempenho daqueles profissionais no e­xercicio das suas atividades em nosso Estado. Como vimos há pouco, o Líderdo PDS nesta Casa não ficou preocupado com os altos salários dos senhoresmilitares; também não orientou a sua bancada quanto à votação da emendaconstitucional que concedia aos servidores públicos estatutários o l3o-salário;também não está preocupado com o salário miserável dos trabalhadores bra­sileiros que produzem a riqueza nacional tanto no campo como nas cidades;do mesmo modo, também, não se preocupa com os professores, que, hoje,são dos funcionários mais mal remunerados deste País. A partir desse baixosalário e da falta de condições de ensino é que os professores saem da sala deaula para, nas praças públicas, através da greve, darem conhecimento àNação da sua luta por melhores condições de vida. É indignidade um profes­sor ganhar, como no meu Estado, 10 mil cruzeiros por mês, o que não é o su­ficiente para atender às suas necessidades básicas. É realmente um absurdo.

Com muito prazer ouço o aparte do nobre Deputado Israel Dias­Novaes.

O Sr. Israel Dias-Novaes - Nobre Deputado Aluízio Bezerra, V. Ex'trata com objetividade de um setor muito importante da vida nacional, ao sereferir à defesa ontem feita pelo ilustre Deputado Jorge Wilson Arbage dosoldo dos militares. Não se poderia esperar outro comportamento de V. Ex',já que é daqueles Parlamentares que têm os pés no chão, os pés no triste chãobrasileiro. O ilustre Deputado pelo Pará, Jorge Wilson Arbage, demonstrouque os militares ganhavam apenas - digamos assim - o necessário para assuas necessidades elementares, isto é, vencimentos condizentes com seus pos­tos, com seu status. E contra isto não se rebelava o Deputado Jorge Arbage,achando que era o ideal. Mas S. Ex' se esqueceu de dizer que se os militaresganham o necessário, o condizente, eles constituem uma casta especialmentefeliz no Brasil, porque o restante dos brasileiros não ganham o necessárionem o condizente. Ao contrário, os vencimentos, os salários do brasileiromarcham aceleradamente para a fome. Mas também convém dizer que os mi­litares, sobretudo os de alta patente, por força de regulamento da sua catego­ria, têm mesmo, a certa altura, que deixar a tropa e o trabalho na ativa, masnem por isso recorrem ao veterano pijama de bolinhas e vão fazer palavrascruzadas ou estudar positivismo. Não, eles saem freqUentemente moços datropa com soldos de aposentados condizentes com as suas necessidades e vãotrabalhar recrutados nas empresas paraestaduais, nas particulares particulari­zadas, nas organizações estatais, nos grandes grupos econômicos, nas multi­nacionais, onde ganham um ótimo vencimento. Perante o novo salário, o sol­do militar reduz-se a proporções mofinas, aí sim. Se V. Ex' fosse fazer umapesquisa para saber onde estão trabalhando inúmeros coronéis e generais re­formados, correria risco muito grande se pusesse o dedo nesta ferida. Mas seo seu dedo conseguisse manter-se nesta ferida, V. Ex' veria que beleza de re­velações e que número enorme de brasileiros ex-fardados são aproveitados nolegítimo serviço civil. E ganhando horrores, Deputado! Em São Paulo, as es­tradas entregues à DERSA, organização civil espécie de vaso comunicante doDER - o DER incumbe-se de um setor de estradas de rodagem e a DERSAincumbe-se de outro - são as mais custosas, as que exigem mais obras de ar­te, as mais extensas. À frente da DERSA está, há muito tempo, o GeneralEnio Pinheiro. Antes disso, jamais freqUentara São Paulo. Mas foi posto à

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frente da DERSA e lá está gloriosamente vigente. É natural que o General te­nha levado coronéis e majores do seu tempo. De sorte que a DERSA hoje, emSão Paulo, é uma organização quase militar. Se V. Ex' pega algumas multina­cionais de muito trabalho para o Governo brasileiro, localiza ali vários mili­tares reformados. A mim me consta, por exemplo - e eu não pude apurar atéagora, que a ELETROPAULO, que se chamava Light antigamente, mas queo Governador, assim numa atitude de muita modéstia, mudou o nome, colo­cando o próprio dele, ELETROPAULO - poderia ser perfeitamente. "ELE­TROSALIM", "ELETROMALUF", mas preferiu ELETROPAULO ­quando era Light tinha nada mais que 5 ou 6 diretores ganhando o necessáriopara a sua subsistência. Consta, Deputado - praza os cêus que eu tenha tem­po de averiguá-lo - que hoje a ELETROPAULO tem a sua direção multipli­cada com a ajuda, a chegada e a intromissão de numerosos oficiais reforma­dos que estão lá prestando serviços, muitos deles engenheiros militares. Não éespantoso também que sejam recrutados, porque têm uma capacidade especí­fica. Mas não é justo que por eles tenham natural preferência em detrimentodo profissional civil. Se o profissional civil for bater à porta da ELETRO­PAULO; da ELETROMALUF, ou da ELETROSALIM, não tem vaga; masse aparecer um cidadão com longo e glorioso passado guerreiro, é claro queas portas se abrem e ele se repimpa numa daquelas poltronas da ELETRO­PAULO. Mas vou apurar isso, Deputado. O Deputado Jorge Arbage, tão ze­loso do bem-estar dos militares, deveria nos favorecer, propiciando-nos essesdados: quantos militares reformados, de qualquer posto, estão hoje operandoem estatais, em paraestatais, em multinacionais, em posições de realce. Tenhocerteza de que temos quase um exército paralelo. De sorte que V. Ex', que re­cebeu como eu, muito bem, a notícia dada pelo Deputado Jorge Arbage, deque o soldo dos militares não os enriquece, mas apenas basta para a sua sub­sistência e o seu status, nós dois, que recebemo'; ':om desafogo essa notícia, te­mos mais essa para dar ao Deputado Jorge Arbage, que quando eles saem datropa perdem o status militar, mas ganham o status comercial, industrial, e­nergético e outros status dessa vastíssima e enorme pirâmide em que esse regi­me se transformou.

O SR, ALUíZIO BEZERRA - Agradeço ao lIobre Deputado IsraelDias-Novaes e incorporo ao meu discurso o seu aparte, que nos honra pelobrilhantismo e pela maneira extraordinária como desenvolveu a questão.

Ora, nobre Deputado Israel Dias-Novaes, tanto se desenvolveu a estru­tura da segurança nacional neste País que se passou a considerar os militaresreformados como sendo o melhor para dar segurança ao desempenho de che­fias de grandes empresas estatais ou paraestatais, ou mesmo das multinacio­nais, numa concorrência com engcnheiros ou técnicos altamente preparadospara o desempenho dessas funções, e hoje, praticamente, nas grandes empre­sas estatais, paraestatais ou de economia mista, sejam elas de âmbito federal.ou estadual, realmente vamos encontrar uma estatística favorável aos milita­res das Forças Armadas.

O Sr, Geraldo Fleming - Permite V. Ex'?

O SR. ALUIzIO BEZERRA - Já ouvirei V. Ex'Assim, acreditamos que este fato vem como uma forma de desdobra­

mento dessa política de segurança nacional que se empenha nos Municípios eáreas de fronteira, onde o povo não pode eleger seus representantes. Não éum caso isolado, mas só para reforçar o que dizia V. Ex', há quem diga quetendo em vista a alta participação de militares nas grandes empresas multina­cionais, diz-se até que a General Motors hoje é no Brasil reflexo dessa partici­pação intensa que têm os militares, depois de reformados, nas empresas mul­tinacionais, e elas neles procuram se apoiar, inclusive para consolidar melhorseus interesses, em detrimento do interesse nacional. Aliás, essa tem sido a tô­nica da prática de que se têm utilizado as multinacionais, não somente na A­mêrica Latina, mas em todos os países subdesenvolvidos.

Ouço o nobre Deputado Geraldo Fleming.

O Sr. Geraldo Fleming - Nobre Deputado Aluízio Bezerra, estou ouvin­do com atenção o pronunciamento de V. Ex' Com relação ao que V. Ex' dis­cutiu com o nobre Vice-Líder do PMDB, concordo com o ponto de vista domeu prezado colega Israel Dias-Novaes. Sei que realmente há uma preteriçãopor parte dos poderes públicos com relação aos profissionais civis, dando-sepreferência aos militares. Acho que o mercado de trabalho deveria ser igualpara militares e civis. Sou um profissional militar e falo de cadeira. V. Ex' étestemunha, com relação ao problema de inspeção de produtos de origem a­nimaI, o Estado tem mais de sessenta médicos veterinários, e apenas 11m mili­tar foi preferido. Tanto que esse militar saiu do Estado do Acre e nenhum ci­vil foi aproveitado para trabalho. Gostaria de reforçar este aparte com re­lação ao tema que V. Ex' desenvolveu inicialmente, o da greve dos professo-

res do Estado do Acre. Minha esposa é professora no Acre, conta 25 anos deserviço e ganha apenas 32 mil cruzeiros, sendo, ainda assim, uma das maisbem classificadas do Estado. Portanto, a greve é justa. Injusta é a atitude dosubstituto do Secretário de Segurança do Estado, que mandou deter, em seugabincte, o Prof. Manoel Pacífico da Costa, que ê candidato do Partido doMovimento Democrático Brasileiro. Inclusive, ontem, tive conhecimento, a­través de minha esposa, Iolanda Fleming, Deputada Estadual, que compare­ceu ao Gabinete do Secretário de Segurança do Estado do Acre e seu substi­tuto informou a ela que de fato o professor estivera ali quase o dia todo deti­do, mas que saíra há poucos minutos daquele gabinete. Isso é mais uma arbi­trariedade, é mais uma corrupção que o Governo do Estado está fa~endo nosentido de exigir desses elementos que saiam do PMDB, passando para o seupartido, o PDS, que está em dificuldades eleitorais naquele Estado.Congratulo."me com V. Ex' e deixo aqui o meu apelo às autoridades e ao Go­vernador do Acrc para que olhem já para o povo. Que levem a ele o dinheiro,não a polícia, o cassetete, como dizia o ex-Governador Milton Campos,quando de uma crise no Estado de Minas Gerais, que ela não era problema depolícia, mas de dinheiro, e que, portanto, levassem ao povo não um vagão depoliciais, mas um vagão pagador da Rcde Mineira de Viação. Agradeço a V.Ex' e repudio a ação do Governador do Estado do Acre.

O SR. ALUIzIO BEZERRA - Agradeço a V. Ex' o aparte e oincorporo ao meu discurso.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, realmente, a primeira parte a que mepropus era justamente trazer a este Plenário a denúncia feita com relação âprisão ilegal e ilegítima de dirigentes dos professores do meu Estado e a Notada Liderança do PMDB, repudiando esse ato de violência.

Entretanto, Sr. Presidente e Srs. Deputados, gostaria de discutir nesteplenário uma outra discriminação com relação à Região Amazônica, traduzi­da pela maneira com quc o Governo Federal, através dos seus organismos re­gionais, especialmente a SUDHEVEA, vem tratando ultimamente a Amazô­nia. Sabemos que a política hoje adotada com relação à Amazônia tem sidodiscriminatória, contrária aos interesses da população que lá habita, favore­cendo especialmente outros setores da economia. Por outro lado, projetostais como o de Carajás - que o Governo enaltece sob inúmeros pontos, pro­curando vender uma imagem como a de uma perspectiva de grande desenvol­vimento - nós os vemos como grande ameaça, a ameaça do entreguismo,que tem sido a tônica do Governo que aí está, elitista, imperialista, que querum desenvolvimento rápido e acelerado para atender aos desejos das multina­cionais. É isso que contestamos, por scr o forte do Projeto Carajás.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, queremos deter-nos com relação ao casoda borracha.

O Brasil tem sofrido os efeitos da baixa produtividade de seus seringais,basicamente nativos, em que as espécies e sua dispersão, entre outros fatores,comprometem uma exploração rentável.

A perda de posição do nosso País como grande produtor mundial sedeve à progressão das plantações em outras regiões, como nas colônias ingle­sas do Oriente, em Java e Sumatra (ex-colônias holandesas, hoje parte da In­donésia) e nas colônias francesas da África e da Indochina. Com a conclusão,em 1934, do Acordo Internacional da Borracha, essas nações passaram a de­senvolver e dedicar mais atenção à pesquisa da borracha.

Por outro lado, após a guerra, houve um grande avanço de elastômerossintéticos, especialmente nos EUA. Esses produtos, em face de suas carac­terísticas de produção, apresentam elevado grau de pureza e de propriedadesconstantes e bem definidas.

A concorrência desses elastômeros começou a induzir alterações signifi­cativas, onde foi incrementada a pesquisa com o objetivo de dar ao consumi­dor maior margem de escolha (de acordo com suas necessidades) e um produ­to natural homogêneo.

A produção brasileira não acusou melhoras visíveis, mantendo-se, hoje,nos mesmos níveis do imediato pós-guerra. Ao pico de produção do períodode 1946-1977, ocorrido em 1965 (29.290 t), seguiu-se uma queda significativa.Com isso o Brasil tem importado crescentes quantidades de borracha vegetal.

Essa importação está onerando mais ainda o balanço de pagamentos doPaís, o que, convenhamos, merece consideração.

Por outro lado, desde a elevação dos preços do petróleo, matéria-primacmpregada na fabricação de borracha sintética, os preços da borracha naturalpassaram a ter uma certa garantia, com a esperança de queda significativa depreço no futuro.

Isso ressalta as necessidades e as potencialidades do Brasil, tanto em ter­mos de substituição de importações quanto de, num futuro ainda distante, ex­portação de excedentes de produção.

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Mmode1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta·feira 7 2943

A instituição do prp~~,nna de Incentivo à Produção de Borracha Vegetal- PROBOR I, 'em 17é'7-'12,,'não teve bons resultados, muito embora contem­plasse a recuperação de seringais nativos e de cultivo, deixando ainda muito adesejar no que respeita ao cumprimento, na prática, do apoio financeiro ade­quado, bem quanto ao seu caráter social, pois o mesmo continua elitista.

- O PROBOR n, aprovado em agosto de 1977, teve um aumento real derecursos financeiros, um maior detalhamento e uma ênfase mais firme na for­mação de seringais de cultivo, todavia muito mal distribuídos quando con·templou os Estados produtores de maneira indiscriminada, não levando emconsideração a capacidade produtiva de cada um. Esses recursos, distribuídos,segundo a produção de borracha nativa de cada Estado, é a única alternativa'viável para redução do déficit produção-consumo, ainda mais considerandoque o Programa previa um crescimento ~nual mínimo de consumo da ordemde 7%, para um horizonte de 15 anos.

Em 23 de abril de 1981, com o Decreto n9 85.929, foi instituído o Tercei­ro Programa de Incentivo à Produção de Borracha Natural- PROBOR III,"com o objetivo de aumentar a produção e a produtividade do setor de borr­racha natural, através da consolidação da heveicultura no País", e com a exe­cução prevista no período de 1981/1986, em áreas a serem definidas peloConselho Nacional da Borracha - CNB".

O PROBOR III se propõe a contemplar as seguintes metas:a) aumento da produção de borracha natural extrativa;b) instalação de usinas e miniusinas de beneficiamento de borracha;c) recuperação de seringais de cultivo;d) formação de seringais de cultivo;Esse Programa, se conseguir atingir as metas traçadas, realmente será de

grande importância para a produção gumífera do País, mas - repetimos­se se alterar a política de distribuição dos recursos estimulando a produção.

Entendemos que os Estados produtors de borracha natural devem rece­ber incentivos substanciais e na proporção de sua produção de borracha nati­va, pois que não há como se justificar que esses estímulos sejam desviados daregião maior produtora da matéria-prima, no casQ a Região Amazônica, edesvirtuada sua finalidade precípua para atender a interesses subalternos in­teiramente dissociados dos princípios que devem orientar a política econômi­ca da produção gumífera, a exemplo do que está sendo noticiado pela im­prensa, o desvio de financiamento do PROBOR III para o Estado de SãoPaulo e outros.

Como justificar, então, que estímulos financeiros sejam oferecidos a Es­tados economicamente ricos, como foi ser o caso do Estado de São Paulo,com uma gama imensa de fontes de recursos econômicos de que dispõe, emdetrimento dos Estados grandes produtores de borracha nativa, todos situa­dos na Amazônia Legal, comprovadamente não apenas como excelentes so­los próprios para o plantio da serringueira, como também pela imensidão daárea disponível e por ser a atividade econômica que mais se ajusta às con­dições ecológicas da região, acrescidos a esses fatores a necessidade de se pro­mover o desenvolvimento de vastas e inabitadas regiões amazônicas com a fi·xação do homem à terra, de forma racional, justa e em condições mais huma­nas de trabalho.

Para nós, a pretensão de oferecer financiamentos a Estados não produto­res de borracha natural obedece a finalidades políticas comprometidas comobjetivos espúrios que não podem prevalecer sobre os legítimos interesses dos

, Estados produtores situados dentro da Amazônia Legal.Forçoso reconhecer-se que o homem amazônico vive, hoje, em pleno sé­

culo XX, na era da pré-história econômico-social, sofrendo as maiores agru­ras, relegado, esquecido, inteiramente abandonado à própria sorte, e quandoo Estado tem a oportunidade de lhe oferecer estímulos a sair da estagnaçãosocial surgem os atravessadores de influências nefastas, afeitos a negóciospouco recomendáveis em outras áreas da economia nacional, valendo-se doprestígio político de que gozam na área do Governo Federal, onde têm trânsi­to livre, para desviar os minguados cruzeiros que poderiam mudar um poucoo curso da história dos Estados pobres da área amazônica.

De todos são conhecidos os graves problemas sociais que afligem, princi­palmente, o povo das citadas regiões. Ora, em assim sendo, na medida em quefavorecemos o desenvolvimento econômico dessas áreas, em conseqüência,também minizamos esses entraves e encaminhamos parte das soluções quepoderiam erradicar os mais graves problemas sociais da gente daqueles Esta­dos, tais como a valorização do trabalhador rural, particularmente do serin­gueiro, do castanheiro, do pescador ribeirinho e do agricultor da terra de alu­vião, através do aproveitamento do grande contingente da mão-de-obra dosnativos das regiões, o problema desemprego, do êxodo rural e tantos outrosdecorrentes do estado de miséria em que vive o povo dessas áreas geoecemô-­micas.

Não pretendemos, aqui, apenas inserir mais um dispositivo de lei que dêoportunidade mais coerente de incentivo à produção da borracha natural aosEstados amazônicos; não queremos que esses princípios que preconizamos,traduzidos em lei, tenham o destino do incentivo à industrialização da borra­cha vegetal no próprio local de produção, para desenvolvimento do parquemanufatureiro, previsto no inciso VII do Art. 29 da Lei n9 5.227/67. Quere­mos que, traduzidos emlei, esses princípios tenham efetiva aplicação, porque,se depender da SUDHEVEA e do próprio Ministério da Indústria e do Co­mércio, que traem a confiança que o povo amazônico deposita nos titularesdesses órgãos da administração pública, ora desviando estímulos ao seu de­senvolvimento, ora sonegando-lhe os mais elementares suportes para saíremda miséria em que se encontram, aí então o que preconizamos cairá no vazio.Na verdade, os órgãos que coordenam a política econômica do governo,como a SUDHEVEA e o MIC, na área específica da produção da borracha,não dão aos Estados carentes de recursos a verdadeira atenção que merecem,por interesses políticos, como ocorre com o dispositivo citado, quando sabe­mos que os Estados maiores produtores de borracha natural, como é o casodo Estado do Acre.

Essas distorções permanecem, agravam-se e tendem a eternizar-se se nãotomarmos uma posição mais coesa contra esses desvios, porque os órgãoscoordenadores da política econômica da produção da borracha não têm amenor sensibilidade para encaminhar soluções visando apenas ao cumpri­mento da lei expressamente escrita e em vigor, fornecendo incentivos paraque a borracha natural seja transformada, industrializada na própria regiãoprodutora, o que não apenas daria maior rendimento como diminuiria o cus­to do produto, oferecendo, por outro lado, milhares de empregos às regiõesprodutoras, favorecendo largamente o desenvolvimento econômico dessas re­giões.

Agora mesmo o DO de 26-4-82 mencionou o Decreto nQ 87.120 aprovan­do o PROBOR IH; com evidentes distorções na distribuição dos incentivosem desfavor das regiões grandes produtoras de borracha para beneficiar Esta­dos que nada têm a ver com o plantio da seringueira, mas para atender a inte­resses escusos e nada claros. Contudo, estamos atentos e nos insurgiremoscontra tamanha insensatez e iremos denunciar à Nação os responsáveis pelohediondo crime que se perpetra contra o legítimo direito do povo amazônico,como tantos outros já consumados nos luxuosos gabinetes dos despreparadosgovernantes encastelados no poder.

Esses os objetivos pelos quais lutaremos pela aprovação do presente pro­jeto de lei, e para isso contamos não só com o beneplácito dos colegas, princi­palmente dos Estados amazônicos, mas também com o apoio de todos osCongressitas, independentemente do Estado a que pertençam.

Aqui fica, portanto, o nosso protesto por esta política discriminatóriacom relação à Amazônia legal. Os recursos são pulverizados por outras áreasem detrimento, daquelas onde, realmente, há grande produção de borrachanativa. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Aluízio Bezerra a S~ Lúcia Viveiros.Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência. que é ocupadapelo Sr. Nelson Marchezan. Presidente.

O SR, PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Está findo o tempo desti­nado ao Expediente.

Vai-se passar à Ordem do Dia.

Comparecem mais os 81'S.:

Josr~ CamargoSimão Sessim

Acre

Amilcar de Queiroz - PDS; Nabor Júnior - PMDB.

Amazonas

Mário Frota - PMDB; Vivaldo Frota - PDS.

Pará

João Menezes - PMDB; Manoel Ribeiro - PDS; Nélio Lobato ­PDS; Osvaldo Melo - PDS.

Maranhão

Magno Bacelar - PDS; Nagib Haickel- PDS; Temístoeles Teixeira ­PDS; Victor Trovão - PDS.

Piauí

Carlos Augusto - PMDB; Correia Lima - PDS; João Clímaco ­PDS; Joel Ribeiro - PDS; Milton Brandão - PDS; Pinheiro Machado ­PMDB.

Page 32: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

2944 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

Ceará

Adauto Bezerra - PDS; Antônio Morais - PMDB; Evandro Ayres deMoura - PDS; Iranildo Pereira - PMDB; Leorne Belém - PDS; ManoelGonçalves - PDS; Ossian Araripe - PDS; Paulo Lustosa - PDS; PauloStudart - PDS.

Rio Grande do Norte

Carlos Alberto - PDS; Henrique Eduardo Alves - PMDB; Pedro Lu­cena - PMDB; Vingt Rosad~ - PDS; Wanderley Mariz - PDS.

Paraíba

Adernar Pereira - PDS; Álvaro Gaudêncio - PDS; Antônio Gomes ­PDS; Antônio Mariz - PMDB; Carneiro Arnaud - PMDB; Joacil Pereira- PDS; Marcondes Gadelha - PDS; Octacílio Queiroz - PMDB.

Pernambuco

Airon Rios - PDS; Cristina Tavares - PMDB; Fernando Coelho ­PMDB; Fernando Lyra - PMDB; João Carlos de Carli - PDS; JoaquimGuerra - PDS; Josias Leite - PDS; Oswaldo Coelho - PDS; Pedro Corrêa- PDS; Ricardo Fiúza - PDS; Roberto Freire - PMDB; Sérgio Murilo ­PMDB.

Alagoas

José Costa - PMDB; Murillo Mendes - PMDB.

Sergipe

Antônio Valadares - PDS; Raymundo Diniz - PDS; Tertuliano Aze­vedo - PMDB.

Bahia

Afrísio Vieira Lima - PDS; Ángelo Magalhães - PDS; Carlos Sant'A­na - PMDB; Elquisson Soares - PMDB; Francisco Benjamim - PDS;Henrique Brito - PDS; Hilderico Oliveira - PMDB; João Durval - PDS;José Amorim - PDS; José Penedo - PDS; Leur Lomanto - PDS; MarceloCordeiro - PMDB; Menandro Minahim - PDS; Ney Ferreira - PDS;Raymundo Urbano - PMDB; Rogério Rego - PDS; Roque Aras ­PMDB; Stoessel Dourado - PDS; Ubaldo Dantas - PMDB; Wilson Falcão- PDS.

Espírito Santo

Feu Rosa - PDS; Gerson Camata - PMDB; Max Mauro - PMDB.

RIo de JaneIro

Alair Ferreira - POS; Álvaro Valle - POS; Célio Borja - PDS; CelsoPeçanha - PTB; Darcílio Ayres - PDS; Délio dos Santos - PMOB; EdsonK.hair - PMDB; Felippe Penna - PMDB; Joel Lima - PMDB; Joel Vivas- PMDB; Jorge Cury - PTB; Jorge Gama - PMDB; Jorge Moura ­PMDB; José Bruno - PMDB; José Maria de Carvalho - PMDB; José Tor­res - PDS; Lázaro Carvalho - PMDB; Léo Simões - PDS; Leônidas Sam­paio - PMDB; Mac Dowell Leite de Castro - PMDB; Marcelo Medeiros_ PMDB; Márcio Macedo - PMDB; Miro Teixeira - PMDB; Modesto daSilveira - PMDB; Oswaldo Lima - PMDB; Paulo Torres - PMDB; PedroFaria - PMDB; Peixoto Filho - PMDB; Péricles Gonçalves - PTB; Ru­bem Dourado - PMDB; Rubem Medina - PDS; Walter Silva - PMDB.

MInas Gerais

Aécio Cunha - PDS; Altair Chagas - PDS; Antônio Dias - PDS; Ba­tista Miranda - PDS; Bias Fortes - PDS; Carlos Eloy - PDS; ChristóvamChiaradia - PDS; Delson Scarano - PDS; Edgard Amorim - PMDB; Ge­nival Tourinho - PMDB; Gerardo Renault - PDS; Hélio Garcia _PMDB; Hugo Rodrigues da Cunha - PDS; Humberto Souto - PDS; JairoMagalhães - PDS; Jorge Ferraz - PMDB; José Carlos Fagundes - PDS;José Machado - PDS; Júnia Marise - PMDB; Leopoldo Bessone _PMDB; Luiz Baccarini - PMDB; Melo Freire - PMDB; Newton Cardoso- PMDB; Raul Bernardo - PDS; Renato Azeredo - PMDB; Sérgio Ferra­ra - PMDB; Sílvio AbreuJr. - PMDB; Tarcísio Delgado - PMDB; Telê­maco Pompei - PDS.

São Paulo

Airton Sandoval- PMDB; Alcides Franciscato - PDS; Alberto Gold­man - PMDB; Antônio Russo - PMDB; Antônio Zacharias - PDS; Au­dálio Dantas - PMDB; Aurélio Peres - PMDB; Bezerra de Melo - PDS;Caio Pompeu - PMDB; Cardoso Alves - PMDB; Carlos Nelson _PMDB; Flávio Chaves - PMDB; Francisco Leão - PDS; Francisco Rossi

- PDS; Gióia Júnior - POS; Horácio Ortiz - PMDB; Jayro Maltoni­PDS; João Arruda - POS; Jorge Paulo - PDS; José de Castro Coimbra­PDS; Maluly Netto - PDS; Mário Hato - PMDB; Nalal Gale - PDS; Oc­távio Torrecilla - PDS; Pacheco Chaves - PMDB; Ralph Biasi - PMDB;Roberto Carvalho - PDS; Ruy Silva - PDS; Samir Achôa - PMDB; San­tilli Sobrinho - PMDB; Tidei de Lima - PMDB; Valter Garcia - PMDB.

Goiás

Brasília Caiado - PDS; Francisco Castro - PMDB; Genésio de Barros- PMDB; Hélio Levy - PDS; Iram Saraiva - PMDB; José Freire ­PMDB; Rezende Monteiro - PDS.

Mato Grosso

Carlos Bezerra - PMDB; Gilson de Barros - PMDB; Louremberg Nu­nes Rocha - PMDB; Milton Figueiredo - PMDB.

Mato Grosso do Sul

Leite Schimidt - PMDB; Levy Dias - PDS; Walter de Castro - PDS.

Paraná

Álvaro Dias - PMDB; Alípio Carvalho - PDS; Amadeu Geara ­PMDB; Antônio Annibelli - PMDB; Antônio Ueno - PDS; Ary Kffuri­PDS; Borges da Silveira - PMDB; Braga Ramos - PDS; Ernesto Dal1'O­glio - PMDB; Heitor Alencar Furtado - PMDB; Hermes Macedo - PDS;Igo Losso - PDS; Lúcio Cioni - PMDB; Maurício Fruet - PMDB; Nor­ton Macedo - PDS; Osvaldo Macedo - PMDB; Paulo Marques - PMDB;Paulo Pimentel - PTB; Pedro Sampaio - PMDB; Reinhold Stephanes ­PDS; Vilela de Magalhães - PTB; Waldmir Belinati - PDS.

Santa CatarIna

Arnaldo Schmitt - PMDB; Artenir Werner - PDS; Esperidão Amin­PDS; Francisco Libardoni - PMDB; João Unhares - PMDB; Nereu Guidi- PDS; Pedro Ivo - PMDB; Victor Fontana - PDS; Walmor de Luca ­PMDB.

Rio Grande do Sul

Alberto Hoffmann - PDS; Aldo Fagundes - PMDB; Alexandre Ma­chado - PDS; Aluízio Paraguassu - PDT; Cardoso Fregapani - PMDB;Darcy Pozza - PDS; Harry Sauer - PMDB; João Gilberto - PMDB; Jor­ge Uequed - PMOB; Júlio Costamilan - PMDB; Pedro Germano - PDS;Rosa FIores - PMDB; Telmo Kirst - PDS; Waldir Walter - PMDB.

Amapá

Antônio Pontes - PDS.

Roraima

Hélio Campos - POS.

VI - ORDEM DO DIA

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - A lista de presença acusao comparecimento de 254 Srs. Deputados.

Os Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar poderãofazê-lo.

RUY CODO - Projeto de lei que consolida as leis referentes ao regula­mento da profissão de Economista, introduzindo alterações na Lei n9 1.411,de 13 de agosto de 1951, edetermina outras providências.

LÚCIA VIVEIROS - Projeto de lei que altera a redação do caput doart. 89 da Lei n95.890, de 8 de junho de 1973 ("Altera a legislação de previ­dência social"), dispondo sobre a idade mínima para a aposentadoria por ve·Ihice.

Projeto de lei que imprime nova redação ao item I do art. II da Lei Or­gânica da previdência Social, para alterar as condições de perda da qualidadede dependente de segurado do sistema.

MENDONÇA NETO - Projeto de lei que determina a obrigatoriedadeda existência de dispositivos, em aparelhos eletrodomésticos, que permitam amudança de voltagem de 110 volts para 220 volts e reciprocamente.

OSVALDO MELO - Projeto de lei que dispõe sobre o programa debolsas de estudo para os órgãos e entidades federais localizados na AmazôniaLegal.

HÉLIO DUQUE - Requerimento ao Presidente do Banco Centralsobre processo de intervenção no Banco Regional e sua encampação peloBanco Safra.

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Sexta-feira 7 2945

ALUIzIO BEZERRA - Projeto de lei que altera a redação do art. 69 daLei n9 5.227, de 18 dejaneiro de 1967, que "dispõe sobre a política económicada borracha, regula sua execução e dá outras providências".

LÉO SIMÕES - Projeto de lei que institui a gratificaçào por tempo deserviço em favor dos trabalhadores celetistas.

ADALBERTO CAMARGO - Projeto de lei que introduz alteraçõesno Decreto-Lei n9 221, de 28 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a pro­teção e estímulo à pesca.

AIRTON SOARES - Projeto de lei que altera os arts. 248,249 e 250 daConsolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n9 5.452, de 19

de maio de 1943, dispondo sobre a duração normal do trabalho dos tripulan­tes de embarcações da Marinha Mercante, da navegação fluvial e lacustre eno tráfego nos portos.

O Sr. Israel Dias-Novaes - Sr. Presidente, peço a palavra para uma co­municação como Líder.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Tem a palavra o nobreDeputado.

O SR. ISRAEL DlAS-NOVAES (PMDB - SP. Sem revisão do orador.)Sr. Presidente, informam os jornais de hoje que, na sua sessão de ontem, oSupremo Tribunal Federal acolheu a representação do Procurador-Geral daRepública, Sr. Inocêncio Mártires Coelho, no sentido de processar o Deputa­do desta Casa Freitas Diniz. A imputação feita ao Deputado Freitas Dinizalude a um breve discurso feito desta tribuna pelo valoroso lidador democrá­tico maranhense. S. Ex', consternado e angustiado com a situação de possei­ros no seu Estado, afiançou que o Governo, de certa forma, fazia coro co­mum com os invasores das terras, freqüentemente desligados delas por qual­quer vínculo que não o do interesse próprio. A representação demorou muitotempo. Apenas em dezembro houve a movimentação da Procuradoria, e ago­ra encaminha-se ela ao Supremo Tribunal Federal, que, reunido ontem, porunanimidade, deu por acolhida esta representação do Procurador.

Desta maneira, o Supremo Tribunal Federal passará a julgar, dentro doArt. 33 da lei de Segurança Nacional, este eminente representante do povonesta Casa. Tivemos, a meu ver, neste caso, algo como semelhante àquela fá­bula do lobo e do cordeiro, de saber para que lado corria a água. O advogadodo Deputado Freitas Diniz, Luiz Eduardo Grenhalg, de São Paulo, indagavadas conseqüências advindas do pronunciamento do Deputado Freitas Dinizno sentido da segurança nacional e depois questionava o caráter ofensivo àpessoa do Presidente da República, dos conceitos emitidos pelo mesmo Parla­mentar. No entanto, por unanimidade, o Tribunal acolheu a representaçãodeste operoso Procurador, o mesmo que atuou com tanta celeridade no casoda mandioca em pernambuco. Mas, se V. Ex' pode considerar como apenasum episódio avulso na vida política este de que ora tratamos, V. Ex' terá agrandeza suficiente para julgar que tudo advém do sentido geral do regime.Estamos no regime da segurança nacional. Este é o regime da segurança na­cional. V. Ex', excelente parlamentar que é, tem presente a origem desse siste­ma, desse regime de segurança nacional. Isso tudo foi acertado nos EstadosUnidos, antes de 64, quando se resolveu que a América Latina que, agora seviu, representa coisa nenhuma para os Estados Unidos, deveria ter seus go­vernos preservados por uma lei que lhes garantisse o poder constituído. Masos Estados Unidos, que elaboraram a lei para os países latino-americanos,para eles próprios não a adotaram. Lá não existe o regime de segurança na­cional. Esse regime ou ideologia da segurança nacional ficou lançado comoexclusividade dentro das nossas fronteiras de latinidade americana.

Sr. Presidente, agora temos, a todo o instante, demonstrações de gentile­za e de cortesia do Presidente da República, dizendo. "Estou sempre com amão aberta." Temos a impressão apenas de que, antes de estender as mãos àOposição, ele a faz passar pela Lei de Segurança Nacional, e a mão que elenos mostra tem ainda a tinta daquele edito. Não se pode, Sr. Presidente, demaneira nenhuma falar em reabertura democrática, em volta das franquiaspopulares, enquanto estivermos sob a ideologia da segurança nacional, - deque é instrumento a Lei de Segurança Nacional e de que é juiz o Tribunal deSegurança Nacional. V. Ex', que tem lido atentamente esse processo de leis,tem visto a sua gravidade, o risco que representa para toda a cidadania e a in­segurança que representa para o povo. É a lei de insegurança popular, parapoder ser a Lei de Segurança Nacional. mas não visa a proteger a Nação, esim o Governo, portanto, deveria chamar-se "Lei de Segurança do Governoda República". Casos como este afervoram o nosso propósito de lutar contraa vigência desta lei, pois não podemos, de maneira alguma, proclamar umademocracia enquanto tivermos a Lei de Segurança Nacional, vinculando-se aela o Tribunal de Segurança Nacional. É preciso que os princípios democráti­cos, contidos nesta lei, sejam transferidos para o Código Penal. Assim, sim,teremos uma democracia, no tempo certo e no lugar certo.

O PMDB. pela minha voz, solidariza-se com o Deputado Freitas Dinize, da mesma maneira que seu advogado fez no Tribunal, não o julgamos cul­]pado de nada, S. Ex! não é réu absolutamente, continua de face limpo e é ape­nas um brasileiro capaz, honrado, no pleno serviço de seu País.

O Sr. Airton Soares, Líder do PT - Sr. Presidente, peço a palavra parauma comunicação.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Tem a palavra o nobreDeputado.

O SR. AIRTON SOARES (PT - SP. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente, a Liderança do PT, inconformada diante das notícias que a im­prensa veicula hoje de mudanças a serem introduzidas na Constituição, aindapor este Congresso, cumpre o dever de registrar na Câmara dos Deputadosque a modificação proposta de 2/3 de quorum para que o Congresso possa re­formular a Constituição é um expediente utilizado pelos atuais governantes,que, diante de uma perspectiva desfavorável para as próximas eleições, cui­dam de se precaver e impedir que as eleições produzam efeitos, que saia vito­riosa a maioria parlamentar oposicionista e que esta maioria, em função dapregação eleitoral, possa, através de mudanças constitucionais, alterar as re­gras do jogo estabelecidas e restabelecer um regime de democracia e justiçasocial.

Sr. Presidente, entendemos que este verdadeiro cavalo de Tróia, inseridoentre outras mudanças a serem enviadas a esta Casa, é, acima de tudo, umademonstração clara e absoluta de que o Presidente da República não é since­ro e muito menos tem compromissos sérios com este País; e essa sua Maioriaparlamentar, que se reuniu, com alguns Ministros da área política, para ouviras decisões sobre o que se devia fazer, também não é séria quanto aos seuspropósitos de redemocratização.

Sr. Presidente. nada mais justo e democrático que os partidos políticos,na campanha, elejam, em função de idéias e de programas, a maioria parla­mentar, para que possa alterar muita coisa daquilo que está estabelecido emtermos constitucionais. E os 2/3 exigidos passam a ser manobra, passam asignificar um instrumento que visa a impedir alterações profundas na vidapolítica deste País, na vida social, na distribuição da riqueza, da terra e darenda, na política de segurança, na política de tributação, enfim, quc possamas oposições faz'~r cumprir seu programa, alterando a Constituição. EstaConstituição talvez devesse ser, toda ela, reformulada, até com legisladoresespecíficos para tanto. Mas, dentro deste contexto, o que pretende o Governoé impedir que as oposições dêem seqüência à vitória que terão nas urnas, a 15de novembro, impossibilitando, dessa forma, que as mudanças que o povopretende, através de seus representantes, possam ser perpetradas nas CasasLegislativas.

Demonstramos aqui nosso inconformismo. Não tergiversaremos, nãoaceitaremos qualquer mudança - mesmo que venha, inclusive, a beneficiaresta ou aquela postura partidária - na questão de prerrogativas se esta trou­xer no seu bojo um contexto de modificação de quorum ou de mudança cons­titucional. Estaremos todos, de certa forma, tolhidos, e reprimida a vontadepopular das urnas por uma decisão que se tome previamente nesta Congres­so. É indigno o Congresso legislar para o próximo ano, é indigno o Congressomodificar as regras do jogo - já estabelecidas - para evitar que a vitória daOposição seja conseqüente c possa ter desdobramento no Parlamento.

Fica, portanto, o repúdio do Partido dos Trabalhadores a esse verdadei­ro cavalo de Tróia, a esse presente de grego que só a mão estendida do Presi­dente Figueiredo poderia trazer a este processo que diz S. Ex! ser de aberturademocrática. Não sei se nesta Casa o PDS conseguirá maioria para votar es­sas mudanças. Não sei se os Deputados e Senadores serão, mais uma vez,subservientes ao aprovar aquilo que, na verdade, prejudica o bom andamentoda instituição democrática, Mas temos, desta vez, que encetar uma luta. Asoposições terão que pugnar, não mais pela vitória, não mais pela derrota purae simples do Governo nas urnas, mas, sim, pela obtenção da vitória com doisterços dos votos. Esses dois terços passam a ser a meta dos partidos de opo­sição, para que o Governo nào tenha instrumentos para dificultar a ação polí­tica desses partidos no Congresso, através de seus representantes eleitos em1982. Esse o objetivo maior das oposições, para que possam fazer neste Paísas mudanças constitucionais necessárias e as adaptações legais pertinentespara que o povo possa viver melhor, em democracia e com liberdade.

Assim, Sr. Presidente, estabelece-se para nós mais um desafio: doisterços nas Casas legislativas. Dois terços é a vitória que as oposições precisamter para que este Governo não se possa manter no poder, apesar de derrotadonas urnas.

o SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Concedo a palavra ao Sr.Nilson Gibson, na qualidade de Líder do Partido Democrático Social.

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2946 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

o SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Sem revisão do orador.) - Sr.PResidente, nobres e ilustres Deputados, meu pronunciamento de hoje é umaresposta ao discurso do nobre Deputado Marcus Cunha, proferido ontem noPequeno Expediente - aliás, diga-se de passagem, comuniquei ao nobre eilustre Deputado que viria hoje à tribuna contestar suas palavras - ocasiãoem que S. Ex' acusou o Governador de Pernambuco, Marco Maciel, de gas­tar milhões em propaganda. Antes de iniciar esta contestação, no entanto,gostaria de fazer aqui um registro especial referente à atuação da funcionáriado Ministério da Previdência e Assistência Social, Dr' Rosemary Ritter Mor­gado, Subchefe de Gabinete do Ministro, nosso colega Jair Soares. Trata-sede funcionária de fino trato, dedicada, que mantêm o melhor relacionamentocom a classe política, principalmente com os Congressistas. Sr. Presidente eSrs. Deputados, ai dos partidos de oposição se não tivéssemos servidorescomo Rose nos Ministérios ou nos demais órgãos do Governo Federal auxi­liando a classe parlamentar e manter esse bom relacionamento com o PoderExecutivo.

Desejo ainda fazer o registro, também muito especial, dessa ocasião emque nosso estimado e simpático companheiro desta Casa, Jair Soares, deixa oMinistério para concorrer ao Governo do Rio Grande do Sul. S. Ex' deixa aPrevidência Social com uma afirmativa: "Missão cumprida". Realmente,com a implantação do Sistema Nacional de Previdência Social, o SIMPAS­Lei nº 6.439, de 1977 - S. Ex' conseguiu concluir todo esse trabalho de im­plantação, evidentemente com grandes dificuldades. Até o seu último despa­cho o Ministro, nosso companheiro Jair Soares, demonstrou toda a sua sensi­bilidade política, todo o seu interesse em que determinados segmentos da nos­sa sociedade pudessem ser beneficiados. S. Ex' conseguiu que o PresidenteJoão Figueiredo encaminhasse ao Congresso Nacional, nos próximos dias. aextensão da Previdência para os estudantes, chegando, assim - acredito - acerca de 89% da população do País legalmente amparada pela Previdência eAssistência Social.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, após esses dois ligeiros registros, passo acontestar o pronunciamento do nobre Deputado Marcus Cunha. Disse S. Ex'que o Governador Marco Maciel, vem, ao final do seu Governo, continuada­mente apresentando gastos de milhões de cruzeiros com propaganda para oPDS. Tenho para mim, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que o Deputado Mar­cus Cunha, com essas declarações, tira a virginidade da administraçEco do Go­verno de Pernambuco. Inicialmente o Deputado acusa o governador de inter­ventor de uma das unidades mais pobres e sofridas da chamada federaçãobrasileira - Pernambuco.

Falar de Pernambuco acrescenta-me um elemento de emoção à extensãodos sentimentos que venho experimentando desde que cheguei à Càmara dosDeputados. Em Pernambuco, Sr. Presidente, Srs. Deputados, não se faz ape­nas pela Unidade da Federação - quem assim o imaginar não tem êxito naanálise ou no cumprimento de um dever. Em Pernambuco o que pesa é o sen­timento regional. A própria história do povo pernambucano ê, de certa for­ma, a história do primeiro homem nordestino e, conseqüentemente, brasilei­ro. Com o processo de colonização, de ocupação e desenvolvimento nacional,Pernambuco veio a significar constantes e fecundos contatos das culturasafricanas, européia e indígena. Uma série de sincretismos que deram nasci­mento, pela junção de outros tipos originais do pensamento, primeiro, o

. espírito pernambucano e depois o brasileiro.

Pernambuco, Sr. Presidente, Srs. Deputados, tem compromisso comtodo este seu passado, por isso que sua presença na região tem significado de­finido a lhe exceder a própria dimensão. E porque a história de Pernambuco étoda ela feita de nomes famosos, presenciados pela própria vida brasileira,vemo-lo aqui e acolá, como pontos esparsos nas datas e episódios. Mas há umequívoco do nobre Deputado Marcus Cunha, quando afirma ser Marco Ma­ciel interventor de Pernambuco. Ele foi eleito pela Assembléria Legislativa,pelos representantes do povo naquela Casa. Realmente não o foi através dovoto direto, mas era na oportunidade o sistema eleitoral vigente para aseleições de governadores.

Mas, Sr. Presidente, vemos a outra acusação do nobre Deputado MarcusCunha, a que atinge o BANDEPE, no tocante ao excesso de despesas compromoção pessoal do Governador Marco Maciel. O Banco do Estado de Per­nambuco vai inaugurar amanhã a sua agência em Maceió, encerrando, assim,o programa de inaugurações de agéncias regionais, que incluiu originaria­mente a Bahia, o Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e agora Ala­goas.

Realmente essas agéncias se tornam necessárias à conjunção de forças anível regional, para a solução dos problemas comuns que nos desafiam. Todaaproximação desses Estados da região é extremamente positiva com vistas àconsecução desses objetivos.

Concedo o aparte ao nobre Deputado Mendonça Neto, da nobre repre­sentação do Estado de Alagoas, onde, amanhã, com a nossa presença, seráimplantada uma agência do Banco do Estado de Pernambuco. Aliás, vamosficar unidos duas vezes: pela cultura básica dos nossos Estados e, agora, porum sistema financciro. Será muito honroso para nós esse aparte, em que, te­nho certeza, V. Ex' agradecerá, e muito, ao Governo a implantação dessaagéncia.

O Sr. Mendonça Neto - A implantação da agência do BANDEPE noEstado de alagoas certamente influirá positivamente, desde que destinada aatender aos reclamos daqueles que precisam de crédito em nosso Estado.Não há por que negar valor a essa iniciativa, a menos que tetem reproduzirem Alagoas os escândalos do BANDEPE no passado, quando este foi envol­vido em acusações de manipulação dos dinheiros do Estado de Pernambuco.

O SR. NILSON GIBSON - Desconhecemos esse fato, nobre DeputadoMendonça Neto. V. Ex' poderia refrescar a nossa memória quanto aos envol­vidos no episódio a que V. Ex' se refere?

O Sr. Mendonça Neto - Como os fatos são do Estado do nobre colega,preferiria que V. Ex' se informasse lá mesmo. Meu aparte é para solicitar a V.Ex' que é de Pernambuco - já que se falou de gastos com publicidade parafins eleitorais - esclarecimentos a respeito de um fato que me deixou intriga­do. Trata-se da denúncia - se é que assim se pode chamar do ex-GovernaodrCid Sampaio de que grupos econômicos do Estado lhe teriam oferecido umtrilhão de cruzeiros velhos para que se candidatasse ao Senado pelo PDS.Houve desmentido da cúpula do PDS em Pernambuco, mas o Dr. Cid Sam­paio confirmou, nominando até as pessoas que estariam à frente da propostapara que ele usasse o seu nome, de largo prestígio, e de alto conceito em Per­nambuco, visando tentar evitar a derrota do PDS para o Senado e para o Go­verno de Pernambuco. Queria aproveitar o discurso de V. Ex' para louvar apostura digna do Dr. Cid Sampaio não só em revelar aquele fato, como tam­bém em ter recusado o que lhe ofereceram, e admirar-me daqui que os empre­sários de Pernambuco estejam querendo tomar posição política, o que signifi­caria uma luta de classe, colocando a economia, colocando o empresariado afavor de um partido político e certamente contra os outros, coisa que achomuito estranhável. Gostaria de ter de V. Ex' uma explicação cabal a esse res­peito, reiterando daqui os meus cumprimentos ao Dr. Cid Sampaio pela po­sição de hombridade com que se houve no episódio.

O SR. NILSON GIBSON - Nobre Deputado Mendonça Neto, V. Ex'nos solicitou um aparte. De acordo com o Regimento, evidentemente o apar­te é para que possamos esclarecer pontos controversos dentro do tema queabordammos. V. Ex' se referiu inicialmente a uma situação irregular ocorridano BANDEPE. É do nosso total desconhecimento.

Quanto à parte em que V. Ex' se refere ao industrial alagoano, empre­sário de São Miguel dos Campos, Cid Feijó Sampaio, ex-Governaqor de Per­nambuco, poderia dizer a V. Ex' o seguinte: soube através de informações,aliás dos jornais mesmo, que teria sido oferecido ao ex-Governador de Per­nambuco Cid Sampaio um bilhão de cruzeiros para ser Senador pelo PDS.Estranhei, e estranhei por dois motivos: primeiro, porque teria sido a propos­ta levada por um grupo de empresários pernambucanos, que tenho em bomconceito. Um deles, Gilson Machado, atualmente Presidente do Sindicatodos Produtores de Açúcar e de Álcool de Pernambuco. Tive oportunidade de,há cerca de 21 dias. firmar um convênio entre os usineiros do. Estado e a clas­se trabalhadora, pelo qual foram estes altamente beneficiados, muito emboranão como pretendíamos, pois, efetivamente, os trabalhadores ganham pouco.Reconheço no Gilson Machado; aquele que teria oferecido um bilhão de cru­zeiros ao Cid Sampaio para ser candidato a Senador, um homem de bem, cor­reto. Acredito que jamais teria oferecido essa importância. Em segundo lu­gar, esses empresários não tinham autorização - vamos, para argumentar,admitir - para fazer essa negociação. Todavia, faço um ligeiro esclarecimen­to à Câmara dos Deputados. O Dr. Cid Sampaio foi candidato a Governadorde Pernambuco. Ele conseguiu reunir em torno de si toda aquela gama de ho­mens que sempre pertenceram à subversão e à agitação; conseguiu efetiva­mente implantar um clima de intranqiiilidade naquele Estado. Ainda melembro de que, no Governo do Dr. Cid Sampaio, Arraes Prefeito de Recife,houve seguidas greves inclusive para impedir que representantes do Governoassumissem a Superintendência do IAPI. Também estou lembrado de que oDr. Cid Sampaio atendia, no Palácio do Campo das Princesas, reiteradamen­te, homens ligados aos partidos que estão fora da legalidade. Hoje vejo o Dr.Cid Sampaio, após ter sido derrotado pelo ex-candidato do partido de opo­sição nas eleições de 1978 para o Senado e acusado por ele de vários posicio­namentos, inclusive de agressões de ordem financeira, acusado de que estariaali sendo candidato da ARENA 2, recebendo vantagens financeiras. Hoje, ve­mos o Dr. Cid Sampaio procurar-me - após acusado pelo Deputado que

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2947'

também acusa Marco Maciel, e hoje estou clefertclendo o Governador do meu"Estado - porque está ocorrendo atrito, e foi necessário que o Senador, can­didato pela Oposição, fosse ao Rio de Janeiro procurá-lo e se desculpar. Sãoesses fatos que me fazem desacreditar: de um lado, a palavra de Gilson Ma­chado, que merece a nossa credibilidade; de outro, a de Cid Sampaio, quesempre compactuou com aqueles que promovem a subversão, a agitação, noEstado de Pernambuco, desde 1956.

Acredito, nobre Deputado Mendonça Neto, que o Dr. Cid Sampaio ­praticamente contemporâneo de V. Ex', tendo levado também riqueza para oEstado de V. Ex', com a usina que ele transferiu de Pernambuco para Ala­goas, a usina Roçadinho, da cidade de Catende para São Miguel dos Campos- possa estar fazendo essa encenação para ocupar espaço na imprensa dePernambuco.

Continuo, Sr. Presidente, mas o mais importante é mencionar e excep­cional trabalho que desenvolvem os diretores das empresas vinculadas ao sis­tema financeiro BANDEPE. Para André Alves de Paula, seu Diretor­Presidente, o Banco do Estado tem um desempenho satisfatório e no ano de1982 está ampliando suas conquistas no campo financeiro. Concedo o aparteao Deputado Mendonça Neto.

O Sr. Mendonça Neto - Nobre Deputado Nilson Gibson, as afirmaçõesde V. Ex. sobre o ex-Governador Cid Sampaio são, na verdade, surpreenden­tes.

O SR. NILSON GIBSON - São do conhecimento de V. Ex'

O Sr. Mendonça Neto - Eu sei, mas V. Ex' inquinou o Dr. Cid Sampaiode cúmplice de subversão, em décadas passadas, no Estado de Pernambuco.

O SR. NILSON GIBSON - As palavras são de V. Ex'. Eu não disse is­so. Não adjetivei da maneira como V. Ex' está colocando.

O Sr. Mendonça Neto - V. Ex' disse que ele apoiou greves subversivasem Recife, quando era Governador de Pernambuco.

• O SR. NILSON GffiSON - Pediria até que através das notas taquigrá­ficas se verificasse se realmente a razão está comigo ou com V. Ex' Mas se V.Ex' quer também adotar o comportamento do Dr. Cid Sampaio, aí a posiçãoé pessoal, subjetiva. Não é V. Ex' que vai colocar minhas palavras.

O Sr. Mendonça Neto - Permita-me concluir meu aparte, depois V. Ex'faz as observações que julgar necessárias. Gostaria de dizer que, depois destaépoca, ele foi o responsável pela vitória da ARENA nas eleições passadas.

O SR. NILSON GIBSON - Exatamente, sei disso.

O Sr. Mendonça Neto - Admira-me muito que a ARENA, que defendiao regime de março, tenha ido procurar tal nome para conseguir prestígio elei­toral para vencer as eleições. Ainda me admira que quando estava no PP o ex­Governador Cid Sampaio tenha sido tão cortejado pelo PDS para ingressarnas suas fileiras, e que agora seja, por um Deputado de Pernambuco e doPDS, de tal maneira acusado. Inclusive V. Ex' deixou a entender que não crênas palavras do Dr. Cid Sampaio, ou seja, que ele mentiu ao dizer que rece­beu uma proposta de I bilhão de cruzeiros.

O SR. NILSON GIBSON - Desacredito.

O Sr. Mendonça Neto' - Então, V. ex' acha que ele mentiu?

O SR. NILSON GIBSON - Desacredito, em decorrência do seu passa­do e tendo em vista a pessoa que o Dr. Cid Sampaio citou como tendo feito aproposta. O Dr. Gerson Machado é um homem de bem e, até hoje, nada te­mos contra ele.

O Sr. Mendonça Neto - O comportamento empresarial da usina Roça­dinho, do Dr. Cid Sampaio, no Município de São Miguel dos Campos, em A­lagoas, é irrepreensível e irretocável, embora não seja político partidário nemde Oposição nem de Governo. Tenho o Dr. Cid Sampaio na conta de um ho­mem público probo, e acho que V. Ex' deve informar-se em Pernambuco sehouve esta reunião. Parece que dizem que um outro industrial teria sido oporta-voz desse grupo. Não recordo o nome dele, li nos jornais. 13, preciso sa­ber se essa reunião é verdadeira ou não, porque V. ex' pode estar cometendocontra o ex-Governador Cid Sampaio uma injustiça muito grave, que talvezele não mereça por parte de V. ex', que deve ter feito a campanha de 1978 nomesmo palanque.

O SR. NILSON GIBSON - Não fiz.

O Sr. Mendonça Neto - Fez em outro poalanque?

O SR. NILSON GIBSON - Fiz com o Senador que é o nosso Líder noSenado.

O Sr. Mendonça Neto - Nilo Coelho.

o SR. NILSON GIBSON - Exatamente. Poderia ter tido uma votaçãomelhor até, se, porventura, tivesse acompanhado o Dr. Cid Sampaio em de­terminados Municípios em que ele era candidato e eu também.

O Sr. Mendonça Neto - Queria apenas registrar que não conheço o Dr.Cid Sampaio,...

O SR. NILSON GIBSON - Estranho o comportamento dele.

O Sr. Mendonça Neto - ... mas, tendo em vista o seu comportamento navida pública, acho que não merece as acusações que V. Ex' fez. Como Depu­tado do Estado de Alagoas, ao qual ele está vinculado economicamente, gos­taria de fazer este reparo. Sou um Deputado que pos.~o falar nesse sentido,porque não sou marxista. Ao contrário, condeno a ideologia marxista. Devodizer a V. Ex' ...

O SR. NILSON GIBSON - Sei que v. Ex' teve uma reunião com osfornecedores de cana e perante eles V. Ex' se identificou contrário àquelesque procuram agitar.

O Sr. MendOllça Neto - ... que Alagoas recebe de braços abertos, emqualquer circunstáncia, econômica ou política, o ex-governador Cid Sam­paio, de Pernambuco.

O SR. NILSON GIBSON - Apenas para encerrar essa parte que V. Ex'colocou, quero esclarecer que firmei um ponto de vista não acreditando, emhipótese alguma. que tenha ocorrido essa proposta ao Sr. Cid Sampaio de umbilhão de cruzeiros para que ele fosse candidato pela nossa agremiação parti­dária. Por que disse isso? Porque em 1958, quando então Governador de Per­nambuco, era Prefeito o Sr. Miguel Arraes de Alencar, que permitiu váriasgreves, inclusive proibiu que autoridades governamentais assumissem, no ca­so, o ex-IAPI.

Continuo rebatendo as acusações infundadas e caluniosas que o Deputa­do Marcus Cunha fez ontem da tribuna, no Pequeno Expediente, contra omeu Governador Marco Maciel. O sistema financeiro estadual caminha parauma nova etapa de expansão. Não devo esquecer um registro, que dentro dasdiretrizes governamentais o BANDEPE aumentou as suas aplicações de 11,3bilhões para mais de 40 bilhões. Olhando para o mapa de Pernambuco,verifica-se que o BANDEPE, pouco a pouco, cobriu com a sua presença to­das as áreas carentes de crédito e de estímulo financeiro. Entre os aspectos al­tamente positivos no desempenho do BANDEPE durante todo o exercício de81, há de se considerar o aumento do seu ativo circulante, além do considerá­vel volume de aplicações - mais de 40 bilhões - assim distribuído: créditogeral. mais de 15.4 bilhões; crédito rural, mais de 10.62 bilhões e crédito in­dustrial, mais de 22,98 bilhões. O Diretor de Crédito Rural, José Alves de Oli­veira, afirmou recentemente que o panorama geral da economia brasileiranão é, de maneira alguma, desanimador. Destacou, em seguida, que o BAN~DEPE é responsável por II bilhões dos 16 bilhões gerados por todos os ban­cos que operam no Nordeste, através da Resolução nq 69 do Banco Central.Ainda apresentou o Titular na Carteira de Crédito do BANDEPE que o sal­do chegou a 5 bilhões 2.30 milhões, com o número de contratações em tornode la milhões. Há necessidade do crescimento agrícola para sustentação doprocesso industrial. Considero que esta ênfase apresentada pelo BANDEPEresultou de um modo satisfatório e é preciso revertê-Ia. o que, de certa forma,vem sendo feito pelo Governador Marco Maciel ao criar projetos voltadospara o homem, para o social, como o Asa Branca e outros. O BANDEPEprocurou descentralizar o crédito industrial promovendo, entre outras medi­das, a interiorização do programa de apoio ao microempresário. O BANDE­PE procura, através da sua maior parcela de recursos financeiros, destinar a­plicações de crédito geral, através das agências do interior. Registro, Sr. Pre­sidente e Srs. Deputados, que a inauguração da agência do BANDEPE emMaceió é o fortalecimento do processo de interligação econômica entre os 2Estados, tão intimamente ligados face à indústria açucareira e alcooleira e, a­gora, mais ainda através também do sistema financeiro.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, vejamos, agora, outra acusação donobre Deputado oposicionista do meu Estado, que, aliás, é habituado a im­plantar sempre a discórdia, não somente no seu partido, mas em outras co­munidades em que atua. Refere-se S. Ex' ao seguinte: fábricas fecham as por­tas. Ora, acredito, Sr. Presidente, que S. Ex' quer se referir, quando afirma"fábricas fecham as portas", à indústria têxtil de Pernambuco. Realmente,esta crise ocorre não só em Pernambuco mas em todo o País. Todos sabem dagrande crise que o setor têxtil vem, atualmente, atravessando, atingindo in­clusive até a classe operária, o que não é bom. Alguns empresários já chega­ram à adoção de medidas de demissões em massa, deixando grande númerode trabalhadores desempregados, muitos deles até sem morada. No entanto,"

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2948 Sexta-feira 7 DIÁRIO Di]! CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

pergunto, Sr. Presidente e Srs. Deputados, qual a responsabilidade do Gover­nador Marco Maciel pelo fato de as indústrias têxteis do País estarem fechan­do suas portas? Data vênia, Srs. Deputados. o problema é muito complexo.Todavia o Governador Marco Maciel aqui esteve, em Brasília, tentando mi­nimizar o problema do setor têxtil. E o conseguiu. Quanto à crise da agroin­dústria do açúcar, base da economia pernambucana, está sendo equacionadoo assunto e, segundo informações do Governo Federal, será solucionada.

Sr. Presidente, o nobre Deputado Marcus Cunha ainda acusa o ocupantedo Palácio das Princesas de apresentar branco o que é preto, transformandomentiras em verdade, induzindo o povo ao erro, pelo processo da mistifi­cação. Data vênia, é uma balela; uma afirmação sem fundamento; uma inver­dade. Ora, como poderia o Governador Marco Maciel transformar uma in­verdade em verdade, quando há inúmeros oposicionistas beneficiados com aanistia, só no Estado de Pernambuco? É como bem afirmou o Presidente Fi­gueredo na sua recente viagem ao Recife, lá em Brasília Teimosa, no Bairrodo Pina: "O oposicionistas vivem de mentira, pregando o ódio." O DeputadoMarcus Cunha acusou ainda o Governador de Pernambuco de ter aumenta­do o índice da doença, do analfabetismo, da fome, da miséria e da prosti­tuição na área metropolitana do Recife. Não é verdadeira tal alegação, poistodo o Brasil sabe que o Prefeito do Recife procurou, pessoalmente beneficiaros morros, os alagados e as comunidades mais pobres, inclusive com excep­cional ajuda do Ministro Mário Andreazza, através do BNH, distribuindoterreno e legitimando os títulos de imóveis para a pobreza.

O Sr. Mendonça Neto - Permite V. Ex' um aparte?

O Sr. Nilson Gibson - Com prazer, Deputado, ouço V. Ex'.

O Sr. Mendonça Neto - Nobre Deputado Nilson Gibson, V. Ex' falou ra­pidamente sobre a crise da agroindústria do açúcar, a respeito da qual eu que­ria fazer um comentário. Deve ter lido V. Ex', nos jornais de anteontem, algu­mas notícias, por sinal muito graves a respeito disto: primeiro, que nas últi­mas semanas caiu em 50% o preço do açúcar no mercado internacional; se­gundo, que o Governo dos Estados Unidos resolveu diminuir a importaçãode açúcar do resto do mundo, fazendo uma economia no seu país, o que vai a­fetar gravemente a indústria açucareira do Nordeste, região que vive, sobre­tudo do açúcar; terceiro que abriu um corredor de importação do Caribe,para beneficiar alguns países por causa do litígio político que está havendoem várias nações da América Central. Sabe V. Ex' muito bem que os planta­dores de cana de Pernambuco, de Alagoas, do Rio Grande do Norte, da Pa­raíba e de Sergipe, reunidos em Maceió recentemente, fizeram um documentoalertando o Governo para o fato de que a política açucareira dos Estados u­nidos no Caribe é altamente lesiva ao nordeste brasileiro. Por isto eu gostariaque V. Ex' não tivesse passado tão rapidamente por este assunto que é damaior gravidade e poderá acarretar sérias conseqüências, já que, em Alagoas,60% da arrecadação vem do açúcar. Sei que o orçamento de Pernambuco hojeo terceiro produtor de açúcar do Brasil, também depende essencialmente daprodução de açúcar e de álcool.

O SR. NILSON GIBSON - Ê com grande simpatia que recebo este a­parte do nobre Deputado Mendonça Neto. Posso afirmar a S. Ex' que nospróximos dias abordarei este tema, porque eu também advogo, como S. Ex',o fortalecimento da agroindústria açucareira no Nordeste.

Muito obrigado ao nobre Deputado Mendonça Neto.

O Sr. Milvernes Lima - Permite-me V. Ex' um aparte?

O SR. NIJJSON GIBSON - Concedo um aparte ao nobre colega da mi­nha bancada, que decerto quer também apresentar a sua solidariedade.

Ouço o Deputado Milvernes Lima.

O Sr. Milvernes Lima - Quero fazer minhas as palavras de V.Ex', espe­cialmente quando dizem respeito à administração do Governador MarcoMaciel. O Sr. Marco Maciel é considerado o maior Governador de Estado doBrasil. Ninguém. neste País, fez melhor administração que a de S. Ex' É sério,honesto, cavalheiro e digno, sob todos os pontos de vista. Lamento profunda­mente o ocorrido. Não ouvi nem li o discurso do Deputado Marcus Cunha...

O SR. NILSON GIBSON - Que vai para a lata de lixo.

O Sr. Milvernes Lima - ... quando faz referências levianas a um homemque administra o Estado de Pernambuco, o Governador Marco Maciel. MeuDeus do céu! De fato, é lamentável que um representante de Pernambuco te­nha a coragem de dizer que o Governador Marco Maciel é isto ou aquilo, eque não seja verdade. Ele é um símbolo de verdade, de dignidade e de capaci­dade. Ainda quando V. Ex' se refere ao Deputado e ex-Governador Cid Sam­paio, quero dar um depoimento. Devemos muita coisa ao Dr. Cid. Sampaio,

em quem nunca votei. Ele foi candidato a ".Governador; não votei nele. Foicandidato a Deputado Federal; não votei nele. Foi candidato a Senador; tam­bém nào votei nele. Ê um empresário respeitável e que muito contribuiu paraa eleição de nosso Senador, por quem devemos ter também respeito e consi­deração. Quanto ao fato de ele ter transferido sua indústria para Alagoas, istoé um problema de empresário. O empresário tem sempre suas conveniências.E tanto faz o Dr. Cid desenvolver uma indústria e contribuir para a grandezado Estado de Pernambuco ou de Alagoas. Tudo é Brasil. Não condeno o Dr.Cid por ter transferido sua indústria de Pernambuco para Alagoas, levando­se em consideração vários fatores, inclusive o principal: a topografia daqueleEstado.

O SR. NIJJSON GIBSON - Sr. Presidente, concluo meu pronuncia­mento ratificando um registro todo especial com relação ao ilustre e nobrecolega Deputado Jair Soares que, deixando o Ministério da Previdência e As­sistência Social, retorna a esta Casa. Missão cumprida, Ministro Jair Soares.Deixo aqui meus aplausos à sua equipe, destacando, com toda simpatia, a­Ql.Iela funcionária que tem recebido com todo interesse, com tanta devoção etanto carinho os parlamentares - a Dr' Rosemary Morgado.

Durante o discurso do Sr. Nilson Gibson o Sr. Nelson Marche­zan, Presidewnte, deixa a cadeira da presidência. que é ocupada peloSr. Furtado Leite. }p-Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Furtado Leite) - Concedo a palavra ao Sr. Na­bor Júnior, na qualidade de Líder do Partido do Movimento DemocráticoBrasileiro.

O SR. NADOR JÚNIOR (PMDB - AC, Como Líder. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, não basta fazer eleições,pura·clstInplesmente. É preciso fazê-Ias limpas, seguras, com os cidadãos cer­cados das indispensáveis garantias de que seu voto será respeitado; as urnas,em seu pronunciamento soberano e democrático, merecem a certeza básica deque os nomes predominantes em seu interior receberão o que lhes é devido.

Esta afirmação venho fazendo há vários meses; desde o primeiro "paco­te" firmei posição contrária aos casuísmos e às aberrações jurídico­legislativas praticadas com o inegável intuito de fraudar a vontade popular,despojar o voto de seu caráter decisivo, transformar derrotas fragorosas emvitórias vergonhosas. O mesmo espírito que não abre mão do decurso do pra­zo, para aprovação de.projetos à revelia do Congresso Nacional, quer agoraencher os plenários legislativos e os palácios, municipais e estaduais, de can­didatos eleitos contra as aspirações nacionais.

Qualquer historiador futuro terá dificuldade em entender os fatos quehoje estão nos jornais e amanhã constarão das páginas dos compêndios esco­lares; não será fácil a tarefa de contar a nossos filhos e nossos netos, dentro dealgumas décadas, a manobra que o Governo vem desdobrando, em sucessivasetapas, para conservar o poder em mãos gastas e estêreis.

Falta pouco mais de um semestre para as eleições.Que eleições? Em que condições? Sob que regras? Para eleger quantos

Deputados Federais, quantos Deputados Estaduais, quantos Vereadores?Que Prefeitos poderão ser efetivamente escolhidos? Serã cumprida a promes­sa governista, de restabelecer a autonomia municipal hoje manietada peloslistões de "segurança nacional"? Poderão os candidatos defender, livre e ho­nestamente, suas idéias e seus projetos? Ou continuaremos sob a égide da LeiFalcão e sua melancólica passarela de retratinhos e currículos, monocordica­mente lidos?

Some-se tal indefinição às dificuldades já concretizadas - vinculação to­tal de votos, extinção do voto-legenda, reabertura de prazos para os trânsfu­gas desertarem do PMDB - e o resultado inevitãvel será: desconfiança porparte dos eleitores, insegurança e desorientação para preencher as cédulas.

Ouço o nobre Deputado Mendonça Neto.

O Sr, Mendonça Neto - Nobre Deputado Nabor Júnior, V. Ex' faz umltreportagem muito clara do que vem ocorrendo com as instituições brasileirasl'O que pretende o sistema é manter esta Casa, esta instituição do Congresso'Nacional em permanente vilipêndio. Ora, veja V. Ex' que algumas das refor­mas preconizadas pelo Governo, e que serão enviadas a esta Casa nasegunda-feira, estão tendo curso nas mãos e nas idéias dos próprios líderes doPDS. O ilustre Senador Moacir Dalla tenta colher assinaturas para o aumen­to do número de cadeiras na Câmara dos Deputados. Mas o Governo, antesque o Senador chegue ao fim da sua missão, já anuncia, atropelando a pró­pria iniciativa do Senador, que mandará projeto segunda-feira fixando novonúmero de cadeiras na Câmara dos Deputados, o que mostra que nem suasLideranças no Congresso ele respeita ou sequer ouve. Quer dizer, o decursode prazo e todas essas deformações que vieram desaguar no Congresso Na-

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cional, para tirar dele o seu poder real de decisão na matéria legislativa, nãotêm apenas o caráter de vilipendiar o Poder Legislativo, mas também de mos­trar que aquilo que Carlos Lacerda dizia, há muitos anos, falando da ARE­NA, da qual o partido do Governo é sucedâneo, ainda é verdadeiro: "O PDSnão tem voz e o PMDB não tem vez". Aí temos todo esse simulacro de legis­lação eleitoral, inclusive a Lei Falcão. E o Presidente prometeu, em diversospronunciamentos - e ainda hoje saiu nos jornais, que haverá acesso da Opo­sição à televisão e ao rádio, mas nós não acreditamos nisso. Pois bem, o PDSé um partido sem voz. Suas pretensões de reforma jamais vingam, como a­conteceu com a do Senador Jarbas Passarinho, ou do próprio Presidente des­ta Casa, quando tentava uma reforma das prerrogativas do Congresso Nacio­nal, o que já vem agora no bojo dessa mensagem do Governo. O Senador Jar­bas Passarinho, que preconizava não se mudasse a Constituição antes de a­bertas as urnas, foi derrotado na reunião do Conselho Político do Governo,porque o Governo só tem )Im poder, o poder discricionário do Executivo, opoder discricionário do Sistema. O Congresso Nacional é meramente homo­logatório das decisõcs ditatoriais que vêm do Palácio do Planalto. Cumpri­mento V. Ex' pelo pronunciamento que faz nesta tarde. Quanto ao julgamen­to dos nossos filhos e netos, certamente V. Ex' terá absolvição completa, por­que constará dos Anais que V. Ex' nunca se curvou, nunca se dobrou à dita­dura.

O SR. NABOR JÜNIOR - Agradeço a V. Ex' a intervenção.

E, em conseqüência, teremos a maior avalancha de votos nulos, em bran­co e de abstenções de toda a História do Brasil.

As possibilidades dc corrupção se apresentam mais amplas que em plei­tos anteriores, pela dificuldade natural de apurar os votos e confrontá-loscom a vinculação total; os eleitores menos esclarecidos terão, inegavelmente,tremenda dificuldade para escolher os quadrinhos, os números e as legendascorrespondentes aos candidatos de sua preferência.

O mais grave, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é o dolo que o Governo e oPDS usam na elaboração desses malsinados "pacotes": todos eles se desti·nam, exclusivamente, a evitar a derrota iminente, descaracterizar a vontadenacional, preservar, com unhas e dentes, as mordomias e as prerrogativas doPoder.

Todos os grandes articulistas e analistas políticos afirmam isso; os pró­prios representantes governistas o confessam, em entrevistas à imprensa e nasconversas particulares. A estratégia e os planos do PDS têm nesse festival decasuísmos sua base mais forte - pois não dispõem de realizações sêrias e con­cretas para conquistar o apoio popular.

Poderia citar, agora, dezenas ou mesmo centenas de referências a essamá intenção; registrar, por exemplo, rccente entrevista concedida pelo nobreDeputado Jorge Arbage ao Jornal de Brasília, onde S. Ex' admite explicita­mente que "o PDS será o grande beneficiado com o fim do voto dado exclusi·vamcnte à legenda partidária". Hoje, o Jornal do Brasil comenta, no "Infor­me JB", palavras do Governador Ary Valadão, de Goiás, segundo as quais"o Governo não deve pôr azeitona na empada de ninguém e quem está no Po­der deve fazer tudo para permanecer nele". Ética, moralidade, dignidade erespeito às aspirações políticas da nacionalidade - corno ficam, nessa usur­pação de "azeitonas"?

O mesmo "Informe JB" comenta que a vinculação total de votos vai re­presentar, pelo menos no Nordeste, 70% de votos nulos! Repito, pois o cálcu­lo ê de autoria de Deputados do próprio Governo: em cada la votos, 7 serãoanulados por diversos motivos, em decorrência dos casuísmos e das dificulda­des impostas aos eleitores, dífieuldades que ainda não terminaram. Afinal,outros "pacotes" estão sendo caprichosamente "embrulhados" pelos alqui­mistas oficiais.

Até mesmo as medidas passíveis de aplauso têm, em sua origem, in­tenções impuras c manchas evidentes.

As emocionantes juras de amor e de respeito aos chamados "pequenospartidos" e aos princípios do pluripartidarismo são, na realidade, meros pre­

.textos para dividir e enfraquecer a unidade oposicionista. Todos os planos e­leitorais do Governo passam por essa trilha, a divisão das oposições, porque,fracionadas, elas se tornam mais fáceis de derrotar.

Defendo, desde o início de minha consciência política, o pluripartidaris­mo; protestei e ainda lamento a extinção, sob o tacão do AI-2, dos antigosPartidos; ainda hoje, em diversos Estados, a luta continua sendo entre os ve­lhos e tradicionais PSD, UDN, PTB; a livre organização de homens igual­:mente livres, dentro de grêmios políticos identificados com sua ideologia éum dos pilares da verdadeira Democracia.

Ouço o nobre Deputado José Fernandes.

O Sr. José Fernandes - Meu caro colega Nabor Júnior, ex-Prefeito danossa cidade de Tarauacá, no Estado do Acre, homem que, pode-se dizer,dentro da área da Amazônia Ocidental tem o respeito de todos quantos mili­tam na política acreana. Sei que numa hora de mudança - e deve ter havidorazões para que elas existissem - e ante as considerações sobre a vinculaçãode votos, há necessidade talvez do fortalecimento dos partidos. Muitas vezesas novas regras não se adaptam a determinados casos. Acredito, por exemplo,que no seu Estado, o Acre, a grandeza dos nomes que irão submeter-se ao jul­gamento popular, seja dos meus companheiros do PDS seja daqueles doPMDB, como o de V. Ex', dará aos eleitores aquela certeza e aquela con­vicção de estarem bem votando. Isso ocorrerá sobretudo para o pleito à su­prema magistratura do Estado, onde V. Ex' e o nobre Deputado N osser AI·meida estarão disputando a preferência do eleitorado aereano. E há um gran­de interesse nesse pleito, sobretudo porque, depois de tantos anos, pela pri­meira vez convocaremos os eleitores a escolherem o seu Governador. Dentrodesse interesse e com tal seriedade, cada acreano, por nascimento ou adoção,tudo fará para levar ao Governo do Estado, ao Congresso Nacional, à As­sembléia Legislativa, às Prefeituras e às Câmara Municipais os melhores ho­mens que eonhcça. Acredito que essa situação, em que pese às diversas difi­culdades que realmente teremos - não serão apenas no seu Estado, mas mui·to mais no meu - 'como navegar 15 dias para encontrar o local onde as urnasserão apuradas, o deslocamento dos Juízes Eleitorais, enfim, é realmente con­flitante c traz dificuldades em nossa Amazônia. Mas a respeitabilidade dosnomes que disputarão as eleições vai dar a tranqüilidade necessária. Inclusivea presença dos Tribunais Eleitorais do Acre e do Estado do Amazonas, nopleito quc se avizinha, em novembro, impedirá qualquer tipo de fraude ou decorrupção em decorrência da vinculação dos votos. É provável que haja, porexemplo, um maior número de votos nulos. Mas a oportunidade do sistemade vinculação de votos ,está justamente no fato de que, na hora em que os elei·tores se manifestarem, eles o farão não só a favor do nome de V. Ex', donome do candidato do Governo, mas sobretudo em prol do nome daquelaspessoas que o acompanharão no dever, na obrigação e na grande tarefa de di­rigir o Estado. É por isso que, apesar das dificuldades que advirão nas c­leições de 1982, as teremos realmente limpas e com a manifestação soberanado eleitorado. Parabéns pela sua colocação, neste dia, em relação a essa si­tuação. Entretanto, também quero dizer que os nomes de V. Ex' c dos demaiscandidatos, no Acre, farão com que essas dúvidas, que hoje assaltam V. Ex',sejam substancialmente terminadas depois de novembro de 1982.

O SR. NABOR JÜNIOR - Agradeço a V. Ex' o aparte, ilustre Deputa­do José Fernandes. Gostaria de esclarecer que o fundamento do meu discursoé manifestar a minha inconformidade com relação aos casuísmos de que oGoverno se utiliza para beneficiar exclusivamente a agremiação política quelhe dá sustentação, o PDS.

Gostaria tambêm de que esta Casa fosse permanentemente a fonte dec1aboração de leis que viessem atender aos reclamos verdadeiros da socieda­de, que aqui se legislasse para atender a todos os segmentos sociais e não ex­clusivamente para beneficiar grupos ou agremiações políticas, como ê o casopresente.

O Governo adotou o critério da vinculação de votos, porque achou que avinculação viria beneficiar o PDS. O Governo eliminou o voto de legenda,porque entendeu que o voto de legenda viria beneficiar a Oposição. O Gover­no vai encaminhar a este Congresso novo "pacote" eleitoral com a finalidadede beneficiar os pequenos partidos, mas, na realidade, tem por meta a divisãoc a fragmentação da Oposição, para poder vencer as eleições com os candida­tos do PDS, já que o voto é vinculado.

É contra isso que me manifesto. Não é contra o Congresso legislar a res­peito da lei eleitoral, estabelecendo regras para as eleições de 15 de novembro.Gostaria que essas regras fossem demoeátieas e não impostas, como o Gover­no fez com o "pacote" de novembro, quando fechou questão para que seupartido aqui não comparecesse para votar, mas se omitisse da votação, a fimde que aquele projeto fosse aprovado por decurso de prazo.

Concedo o aparte ao ilustre Deputado Geraldo Fleming e, logo a seguir,terei imenso prazer em ouvir novamcnte o Deputado Josê Fernandes.

O Sr. Geraldo Fleming - Nobre Deputado, estou ouvindo com atençãoo pronunciamento de V. Ex', cujo tema é importante e atual. Gostaria dealertar os ilustres Pares com relação ao desprestígio dos Srs. Parlamentares. Ecito um exemplo: os Srs. Deputados do PDS apresentam projetos a esta Casae, ao invés de o Governo Federal, o Poder Executivo, aceitar as modificaçõesdiscutidas, orientadas pelos seus próprios Deputados, simplesmente mandaque seja rejeitado o projeto em votação na Casa. Em seguida, manda uma

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mensagem encaminhando o mesmo projeto, de acordo com as suas preten­sões. Cito o caso do aumento do número de Deputados Federais: o Governoaceitou o projeto que está tramitando no Congresso Nacional, de autoria doilustre Senador Moacyr Dana. Assim, o que o Governo quer é desprestigiaros Srs. Deputados. E esse casuísmo em vésperas de eleição não vem aprimo­rar o sistema democrático do País, vem humilhar o Poder Legislativo brasilei­ro. Agradeço a V. Ex' o aparte e me congratulo com o nobre colega pelo bri­lhante pronunciamento que faz neste momento.

O SR. NABOR JÚNIOR - Eu é que agradeço a V. Ex' o oportunoaparte com que me honra. Ouço com muito prazer, o Deputado José Fernan­des.

O Sr. José Fernandes - Nobre Deputado Nabor Júnior, quero apenastecer alguns comentários. V. Ex' se referiu à vinculação de votos, afirmandoque na realidade o Governo a desejara para beneficiar o PDS. Não discuto omérito, porque não somos nós que vamos descobrir o que há no recôndito docoração de cada um dos que participam das decisões neste País. Mas eu diriaque a segurança, a inteligência, a serenidade e sobretudo a respeitabilidadeque caracterizam V. Ex' o levarão a analisar e compreender a realidade. Emalguns casos - e creio que em muitos - a vinculação, por incrível que pa­reça, beneficia muito mais os candidatos da Oposição do que os do partidogovernista, se assim pode ser chamado o PDS. Gostaria de inclusive lembraro caso do Amazonas, onde teremos quase 60% do colégio eleitoral sediado nacapital do Estado. Não sei se isso ocorre no Acre. Creio que, hoje, pelo desen­volvimento agrícola verificado no Estado de V. Ex', talvez tenhamos boaquantidade de eleitores na área rural. Mas, no nosso Estado, teremos cerca de60% deles no nucleo urbano da capital do Estado, Manaus. As dificuldadesassaltam a todos. A inflação é enorme. fi difícil o problema habitacional, ape­sar de todo o esforço concentrado nessas áreas. Uma tendência assalta os elei­tores, nesses momentos. E o que acontece? Preferem mudar, votando, nestecaso, na Oposição. Aí, o voto vinculado beneficiaria o PMDB, também noAcre. Por isso, não se pode dizer que o Governo estaria jogando só a favor doPDS, mas democraticamente.

O SR. NABOR JÚNIOR - Democraticamente, através do decurso deprazo.

O Sr. José Fernandes - Digamos que a matéria pode não ter sido vota­da, mas sua intenção é democratica. Se ela beneficia o PDS em alguns casos,o PMDB em outros, poderá beneficiar o PT em outros, podemos dizer que édemocrática. Se realmente estivennos jogando contra o solou ladeira acima,ela nos dá a esperança de trocar em algum tempo e passar a jogar ladeiraabaixo. É apenas isso que pedimos. Dentro da clareza do seu discurso, já sa­bemos de uma coisa: o País caminha no sentido da redemocratização acelera­da. O Presidente Figueiredo tem a intenção de fazer essa redemocratização e,inclusive, tem manifestado reiteradamente a sua participação nessa ação. Tal­vez tenhamos algumas dificuldades ainda, mas, seguramente, diante de tudoisso, teremos uma oportunidade de o eleitor se manifestar, e espero que o façamuito bem no seu Estado.

O SR. NABOR JÚNIOR - Muito obrigado a V. Ex'Prosseguindo; Sr. Presidente:Isso, entretanto, não pode ser feito à revelia dos indispensáveis princí­

pios éticos, exigidois em todas as atividades sociais e políticas: incentivar oaliciamento, promover a compra de consciências c favorecer o esvaziamentode apenas um Partido, justamente o de maior potencial no quadro oposicio­nista, é francamente desonesto. Admito, mesmo, a pureza de intenções de al­guns dos homens que deixaram ou estão deixando o PMDB; não cabe a nin­guém fazer juízo sobre pessoas da grandeza de Thales Ramalho ou RobertoSaturnino. A questão é outra, acima dos contextos pessoais; a questão é aimoralidade explícita, de fazer leis especialmente voltadas para a destruição

. de um partido legítimo e que procura se fortalecer dentro de indiscutíveisprincípios democráticos.

Reabra-se o prazo geral de refiliações; permita-se a livre reacomodaçãode todos os cidadãos, dentro do novo quadro político-partidário, mas não sefaçam medidas casuísticas e descabidas como o bombardeamento sistemáticode um pacífico adversário desarmado.

Os muitos "pacotes" anteriores jâ foram dissecados pela Liderança doPMDB, que expuseram à luz da verdade os tecidos falsificados e a inconsis­tência de suas ligaduras. O de hoje é apenas mais um, um novo golpe nas ins­tituições e no pleito marcado para 15 de novembro. Pior ainda,já começam atumultuar as eleições de 1986 com propostas suspeitas, como o. "Distritão".

Tumultua-se hoje a eleição de amanhã!Para embrulhar o novo "pacote", um papel-seda de má qualidade: a pre­

tensa restituição, ao Congresso Nacional, de alguns direitos e prerrogativas

usurpados nesse período de arbítrio que já dura quase 20 anos. Só que as me­didas anunciadas são absolutamente .inócuas e ineficazes, pois consagram odecurso de prazo e reafirmam a insegurança do Parlamentar.

São coisas indivisíveis: projeto algum pode ser dado como aprovado senão tiver recebido o apoio efetivo da maioria dos congressistas; qualquer ou­tra determinação é sofisma, mentira, distorção dolosa dos princípios legislati­vos. Estabelecer cinco dias extras, após o prazo, para aprovação automáticados projetos representa, pura e simplesmente, prorrogar por mais uma sema­na a agonia do moribundo. Ao invés de maquinar fórmulas exdrúxulas, oGoverno deveria restabelecer a plena dignidade do Poder Legislativo, extir­pando da Constituição o instituto do "decurso de prazo".

A inviolabilidade do Parlamentar é, também, uma necessidade urgente efundamental para o fortalecimento do Poder Legislativo; não basta excluir avulnerabilidade nos nebulosos casos de "atentados contra a seguroança na­cional", pois sempre ficará em aberto a possibilidade de exorbitâncias a pre­texto de "crimes contra a honra".

Houvesse boa fé por parte do Governo e de seus áulicos parlamentares eteríamos, ontem, o apoio maciço à proposta moralizadora, do DeputadoCaio Pompeu, que proíbe modificações na legislação eleitoral nos 12 mesesantecedentes a qúàiquer pleito. Aos governistas não interessa tal princílpio,que impediria as leis de encomenda, os casuísmos estatísticos e as arbitrarie­dades impostas à livre concorrência nas urnas.

É uma improvisação enganosa, porque, na realidade, estamos diante demedidas friamente elaboradas, dentro de parâmetros, voltadas para um obje­tivo nítido e confesso: deturpar a vontade popular em novembro.

O bravo Deputado Ulysses Guimarães, Presidente Nacional do PMDB,líder maior do glorioso Movimento Democrático Brasileiro, falou por todosnós, ao condenar o novo "pacote", ontem anunciado pelo Governo:

"O fato" - afirmou o Deputado Ulysses Guimarães à impren­sa - "revela mais uma vez a opinião pública a forma atabalhoada,a evidente falta de oportunidade com que o Governo se situa diantedos acontecimentos políticos, partidários e eleitorais, avaliandosuas opções por inaceitáveis critérios casuísticos. A improvisação éa característica de todas as decisões do Governo, que sempre atuapressionado pelos novos acontecimentos".

Ou seja, a cada movimento social o Governo reage com um novo "paco­te"; sempre que o inconformismo popular se acentua, o PDS pede socorroaos alquimistas legiferantes, pedindo um antídoto, algo para acombater o tãotemido voto.

Outro destacado dirigente do PMDB está desmascarando, em entrevistaa O Globo, as verdadeiras intenções do Governo: Odacir Klein, Líder da nos­sa bancada, apontou como "manobra" a proposta de elevar para dois terçoso quorum de aprovação de Emendas Constitucionais:

"Querem primeiro reformar a Constituição, com o quorum do"pacote de abril", para depois elevá-lo de novo a dois terços, impe­dindo que uma maioria da Oposição venha a fazer modificações".

Marcos Freire, a maior esperança pernambucana, usa de sua habitual lu­cidez para desmascarar a realidade governista, lembrando que os novos ca­suísmos são, no fundo, desesperada manobra, o "reconhecimento tácito davitória oposicionisdta nas eleições de novembro".

"Se assim não fosse", explicou o futuro Governador de Per­nambuco, "não haveria justificativa para ampliar para dois terçosdo quorum necessário à aprovação de emendas consdtitucionais,quando a proposta de maioria absolutas foi ato do então PresidenteGeisel".

E fulminou a pretensa "liberalidade" governista de ampliar os mandatosdos novos Prefeitos de 4 para 5 anos:

"O mesmo acontece no caso das eleições de Prefeito, pois a des­coincidência dos mandatos sempre foi defendida pela Oposição. OGoverno, na época que prorrogou os mandatos, fez-se surdo e ago­ra reconhece o erro, propondo a nova mudança."

Sou homem avesso a catilinárias, Sr. Presidente, Srs. Deputados. Nãoadoto a crítica sistemática e irracional como atitude política, mas tampoucoabrigo a indecisão e a franqueza nas horas críticas.

E foram poucas, em toda a História do Brasil, as horas críticas como asque hoje vivemos.

A Constituição da União ê hoje uma colcha de retalhos esfrangalhada edescaracterizada, violentada pelos mais diversos tipos de manipulações. Opróprio Governo reconhece que a estrutura financeiro-tributária está mal ex-

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pressa na Carta Magna; detalhista em alguns pontos, é omissa em outros;draconiana na repressão às opiniões divergentes, é generosa ao apreciar oscrimes econômicos.

Afinal, a usura era condenada formalmente na Constituição de 1946,mas essa condenação foi apagada nos éditos srevolucionários posteriores a1964.

Houve, ao menos, este ato de coerência: adequar o modelo econômico àlivre exploração dos juros e dos créditos!

É hora de mudar. Mudemos, democrática e pacificamente. O CongressoNacional, a ser eleito no dia 15 de novembro, deverá ter como tarefa primeiraa elaboração de uma nova Constituição, atualizada e digna do quadro hojevivido pelos brasileiros. Faça-se da nova Câmara e do novo Senado a As­sembléia Nacional Constituinte reclamada pela consciência de todo o País.

Faça-se uma Constituição soberana, acima de pressões, capaz de sobre­viver e guiar o Brasil nas sendas da democracia e do progresso.

Não é uma nova proposta - pelo contrário: enquanto o Governo e oPDS se esfalfavam em busca de casuísmos e soluções paliativas para seus dra­mas eleitorais, o PMDB pregava e prega a necessidade de uma Constituinte; onovo "pacotão" a ser implantado na Lei Maior não conseguirá suprir as defi­ciências e os erros de hoje, que exigem soluções honestas e perenes.

O Governo está bem intencionado e pensando apenas no aprimoramen­to político-institucional da Carta Magna? Prová-lo é simples: ao invés de usarsua maioria residual, num Congresso envelhecido e presumivelmente supera­do; ao invés de usar o quadro atual, aguarde mais alguns meses, quando aopinião pública terá indicado novos representantes, oxigenados pelo' voto efortalecidos no calor das urnas.

Não vai nessas palavras qualquer suspeição aos dignos representantesque hoje enriquecem o Parlamento com sua sabedoria, seu patriotismo e seuespírito público. Longe de mim qualquer censura, implícita ou explícita, ameus companheiros. O que coloco em debate, hoje, é a necessidade de ummandato específico para formular a nova Constituição. E esse mandato játem data marcada: 15 de novembro de 1982.

Vou concluir, Sr. Presidente. Srs. Deputados, com uma palavra especialpara o Estado do Acre e seu valoroso povo, que tenho a honra e o orgulho derepresentar nesta Casa.

Ninguém foi mais vítima do que o acreano; nenhum outro Estado rece­beu com tanta violência o impacto dos golpes institucionais casuísticos; brasi­leiro algum foi tão discriminado, perseguido e prejudicado, como o que cons­trói a grande Fronteira Noroeste.

Escuto, diariamente, reclamações de colegas de outros Estados protes­tando contra a cassação dos direitos de algum Município, proibido de esco­lher o próprio Prefeito. Ora, se isso é exceção em outras Unidades é a regrano Acre, onde todos - todos, sem faltar nenhum - os administradores mu­nicipais são nomeados.

Os nobres Deputados de Minas, São Paulo, Rio de Janeiro protestamcontra uma ou outra estrada precária - enquanto as rodovias acreanas semostram invariavelmente proibidas durante a maior parte do ano. A tragédiaacreana não tem igual, no cenário nacional.

São temas exaustivamente denunciados e analisados, carentes de mu­danças profundas e verdadeiras. E essa luta, lidcrada e comandada peloPMDB acreano, não esmorecerá jamais - pelo contrário, cada nova dificul­dade é incentivo para que redobremos os esforços e a nossa dedicação à causapública, que abraçamos e nutrimos com patriotismo e denodo.

A campanha está apenas começando. Os temas podem ser antigos, poissão antigos e permanentes os problemas, mas a disposição está renovada e re­dobrada, pois temos consciência de que só o povo, através do seu voto livre esoberano poderá resolver os dilemas a que foi atirado pelo modelo imposto àsua revelia. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Nabor Júnior. o Sr. Furtado Leite, 19­

Secretário. deixa a cadeira da presidência. que é ocupada pelo Sr. Nel­son Marchezan, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Vai-se passar à votação damatéria que está sobre a Mesa e a constante da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Há sobre a mesa e vousubmeter a votos o seguinte

REQUERIMENTO

Sr. PresidenteNos termos regimentais requeiro a iversão da pauta no sentido de o item·

n9 5 ser apreciado em primeiro lugar.Sala das Sessões, 6 de maio de 1982. - Álvaro Valle.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) Os Srs. que o aprovam quei­ram permanecer como estão (Pausa.)

Aprovado

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) -

Primeira discussão do Projeto de Lei n9 2.346-A, de 1979, quedispõe sobre os serviços' da vigilância em navios por vias portuárias;tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela consti­tucionalidade e técnica legislativa; da Comissão de Trabalho e Le­gislação Social, pela aprovação do de n9 4.800/81, anexado; e, daComissão de Finanças, pela aprovação. (Do Sr. Henrique EduardoAlves) - Relatores: ~rs. Jairo Magalhães, Nilson Gibson e AthiéCoury.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Não havendo oradoresinscritos, declaro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Nelson marchezan) - Há sobre a mesa e vousubmctcr a votos o seguinte

REQUERIMENTO

Senhor Presidente:Nos termos regimentais, requeiro preferência para votação do Projeto de

Lei n9 4.800/81, anexado ao de número 2.346-A/79.Sala das Sessões, 6 de maio de 1982. - Jorge Arbage, pela liderança do

PP.

O SR. PRESIlDENTE (Nelson Marchezan) Os Srs. que o aprovam quei­ram permanecer como estão (Pausa.)

Aprovado.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Vou suometer a votos o

PROJETO N9 4.800, DE 1981

Art. 19 O serviço de vigilância em navios, será feito exclusivamente pe­los profissionais denominados Vigias Portuários, integrantes do 49 grupo doplano da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Maríti­mos, Fluviais e Aéreos, matriculados nas Delegacias do Trabalho Marítimo ede preferência sindicalizados.

Art. 29 Entende-se por serviços de vigilância em navio, a fiscalização deentrada e saída de pessoas a bordo e das mercadorias em movimentação nasoperações de carga e descarga nos porões, conveses e outros locais de embar­cação.

Art. 39 Para os efeitos desta lei, entende-se que o serviço de vigilânciaem navios realizado por vigias portuários é de natureza exclusivamente por­tuária.

Art. 49 O serviço de vigilância de que trata a presente Lei será tambémobrigatório durante o período de permanência do navio no porto, atracadono cais ou fundeado ao largo.

Art. 59 Para cada navio nas c0ndições do artigo anterior, o Comandan­te, o Armador ou SI~U Agente requisitará o vigia de portaló e o vigia rondante.

Art. 69 Para a vigilância das mercadorias nas operações de carga e des­carga, fica 'a critério do Comandante, Armador ou seu Agente, a requisiçãodos vigias julgados necessários à execução dos serviços.

Art. 79. O serviço de vigilância portuária será dirigido em cada tipo deoperação por um vigia chefe, observadas as normas contidas no art. 19 da pre­sente lei, o qual perceberá um adicional de 50% (cinqüenta por cento) sobre osalário ·do vigia de maior ganho em serviço.

Art. 89 O Poder Executivo, no prazo de 90 dias, regulamentará a pre­sente Lei, sem prejuízos das vantagens e direitos atualmente já conferidas àcategoria.

Art. 99 " A presente Lei entra em vigor na data de sua publicação, revo­gadas as disposições em contrário.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que o aprovamqueiram permanecer como estão (Pausa.)

Aprovado.Em conseqüência, estão prejudicados os Projetos n9s 2.346 - A, de 1979 e

4.536, de 1981.Passa à 2. discussão.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) -

Discussão única do projeto de Lei n92.091-A, de 1979, que fixaprazo para o julgamento de processos administrativos de determi­nação e exigência de crédito tributário; tendo pareceres: da Comis­são de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa, com Substitutivo; e, das Comissões de Fiscali­zação Financeira e Tomada de Contas e de Finanças, pela apro-

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2952 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Maio de 1982

vação, com adoção do Substitutivo da Comissão de Constituição eJustiça. (Do Sr. Henrique Eduardo Alves) - Relatores. Srs. Claudi­no Sales, Telmo Kirst e Athiê Coury.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Há sobre a mesa e vousubmeter a votos o seguinte

REQUERIMENTO

SI. Presidente,Nos termos regimentais. requeiro a V. Ex' o adiamento da discussão do

projeto n9 2.091-Aj79 por lO Sessões.Sala das Sessões, 6 de maio de 1982. - Jorge Arbage.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que o aprovamqueiram permanecer Gomo estào. (Pausa.)

Aprovado.Em conseqüência, o projeto sai da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) -

Discussão única do Projeto de Lei n9 2.187-A, de 1979, queacrescenta o § 49 ao art. 469 da Consolidação das Leis do Trabalho,aprovada pelo Decreto-lei n95.452, de 19 de maio de 1943; tendo pa­receres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionali­dade, juridicidade e técnica legislativa; da Comissão de Trabalho eLegislação Social, pela aprovação, com Substitutivo; e, da Comis­são de Educação e Cultura, pela aprovação, com adoção do Substi­tutivo da Comissão de Trabalho c Legislação Social. (Do Sr. SimãoSessim.) - Relatores: Srs. Luiz Leal, João Alves e Francisco Cas­tro.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Não havendo oradoresinscritos, declaro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - A Comissão de Trabalhoe Legislação Social, ao apreciar o projeto, ofereceu ao mesmo e vou subme;tera votos o seguinte

SUBSTITUTIVO

O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O art. 469 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada

pelo Decreto-lei n95.452, de IQ de maio de 1943, passa a vigorar acrescido doseguinte § 49:

"Art. 469. . , .§ 49 É proibida a transferência compulsória de empregado es­

tudante, salvo justa causa, assim considerada por lei, e a e)[istência,na nova sede de trabalho, de estabelecimento de ensino que mante­nha curso idêntico ao que vinha freqüentando, assegurada a matrí­cula em qualquer época, independente de vaga."

Art. 20 A presente lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 39 Revogam-se as disposições em contrário.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que o aprovamqudram permancce;r como estão. (Pausa.)

Rejeitado.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Vou submeter a votos o

PROJETO N9 2.187-A, DE 1979

O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O art. 469 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada

pG10 De;cre;to-le;i n9 5.452, de 19 de maio de 1943, fica acrescido do seguinte §49:

"Art. 469.

§ 49 É proibida a transferência de empregado estudante, salvoa existência, na nova sede de trabalho, de estabelecimento de ensinoonde; este possa matricular-se em curso idêntico ao que vinha fre;­qüentando."

Art. 20 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 39 Revogam-se as disposições em contrário.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que o aprovamqueiram permanecer como e;stão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) -

Segunda discussão do Projeto de Lei nO 1.076-B, de 1979, queveda novas inscrições no Quadro de Provisionados da Ordem dos

Advogados do Brasil e, mediante alterações da Lei n9 4.215, de 27 de;abril de 1963, assegura, aos atualmente inscritos nesse Quadro, oamplo direito de exercício da profissão de advogado. (Do Sr. LuizLe;al.)

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Não have;ndo oradoresinscritos, declaro encerrada a discussào.

Vai-se passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Vou submeter a votos o

PROJETO NO 1.076-8, DE 1979

O Congresso Nacional decreta:Art. lO Ficam vedadas, exceto quando se tratar de transferência de sede

da atividade profissional, novas inscrições no Quadro de Provisionados daOrdem dos Advogados do Brasil, a partir da data da publicação desta Lei.

Art. 29 O caput e o parágrafo único do art. 87, o caput e o § 19 do art.89, o art. 91, o caput e a alínca "a" do parágrafo único do art. 92. o caput doart. 94, o item I do parágrafo único do art. 96, o art. 99, o parágrafo único doart. 100, o art. 101, o art. 102, o § 59 do art. 119, a alínea "r' do art. 132 e o §19 do art. 141 da Lei n94.215, de 27 de abril de 1963, passam a vigorar com aseguinte redaçào:

"Art. 87. São deveres do advogado c do provisionado:

Parágrafo único. Aos estagiários aplica-se o disposto em to­dos os itens deste; artigo, exceto os de nOs XX e XXI;

Art. 89. São direitos do advogado e do provisionado:

§ 19 Aos estagiários aplica-se o disposto nos itens I (com asrestrições do art. 72, parágrafo único, in fine), lI, III, XIV, XV,XVI, XVII, XVIII, XIX e XXI do art. 87;

À~~.·9i... N~' E~~~d~ '~~d~ h'~~~~r' ~~r'v'i~~ 'd~ A~si~tê~~i~ J~~;~ciária mantido pelo Governo, caberá à Seção ou Subseção da Oi-'dem a nomeação de advogado ou de provisionado para o nece;ssita­do, dcpois de deferido o pedido em juízo, mediante a comprovaçãodo estado de necessidade.

Art. 92. O advogado ou o provisionado indicado pelo Serviçode Assistência Judiciária, pela Ordem, ou pelo Juiz, será obrigado,salvo justo motivo, a patrocinar gratuitamente a causa do nece;ssita­do até o final, sob pe;na de censura e multa, nos termos desta Lçi(arts. 103, item XVIII," 107 e 108);

Parágrafo único. . .a) ser advogado ou provisionado constituído pela parte con­

trária ou pessoa a ela ligada, ou ter com estas rdações profissionaisde interesse atual;

Art. 93. Será preferido para a defesa da causa o advogado ouo provisionado que o interessado indicar, com declaração escrita deque aceita o encargo.

Art. 94. A gratuidade da prestação de serviço ao necessitadonão obsta a percepção, pelo advogado ou pelo provisionado de; ho­norários quando:

Art. 96. . , .Parágrafo único. . .I - quando o advogado ou o provisionado for nomeado pela

Assisténcia Judiciária, pela Ordem, ou pelo Juiz, salvo nos casos doart. 94;

Art. 99. Se o advogado ou o provisionado fizer juntar aos au­tos, até antes de; cumprir-se o mandado de; kvantamento ou preca­tório, o seu contrato de honorários, o juiz determinará que lhe se­jam estes pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebidapelo constituinte, salvo se este provar que já as pagou.

§ 19 Tratando-se de honorários fixados na condenação, tem oadvogado, ou o provisionado, dircito autônomo para executar asentença nessa parte, podendo requerer que o precatório, quandoeste for necessário, ser expedido e;m seu favor.

§ 29 Salvo aquiescência do advogado, ou provisionado, oacordo feito pelo seu cliente e a parte contrária, não lhe prejudica oshonorários, quer os convencionais, quer os concedidos pela sen­tença.

Art. 100.

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Maio de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção F) Sexto-feira 7 2953

Parágrafo único. A ação, tendo em vista a cobrança de hono­rários, pelos advogados, ou pelos provisionados, obedecerá ao pro­cesso de execução regulado no Livro II do Código de Processo Civil,desde que ajustados mediante contrato escrito, ou arbitrados judi­cialmente em processo preparatório, com a observância do dispostono art. 97, devendo a petição inicial ser instruída com o instrumentode mandato, como presupção da prestação do serviço contratado.

Art. lO!. O advogado, ou o provisionado, subestabelecidocom reserva de poderes não pode cobrar honorários sem a inter­venção daquele que lhe conferiu o subestabelecimento.

Parágrafo único. Devem ambos, subestabelecente e subesta­belecido, acordar-se, previamente, quanto à remuneração que lhestoca, com a intervenção do outorgante.

Art. 102. O advogado, ou provisionado, credor de honoráriose despesas feitas no desempenho do mandato tem privilégio especialsobre o objeto deste.

Art. 119. . .§ 59 O advogado, ou o provisionado, poderá sustentar oral­

mente a defesa em seguida ao voto do relator, pelo prazo de vinteminutos, prorrogável a critério do Presidente do Conselho.

Art. 132. .' .f) deveres e direitos dos advogados e dos provisionados;

Art. 141. .§ 19 Os advogados e os provisionados pagarão anuidades em

cada uma das Seções em que se inscreverem."

Art. 2" Ficam revogados os arts. 51, 52, 54, IX e 74 da Lei n" 4.215, de27 de abril de 1963.

Art. 39 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE '(Nelson Marchezan) - Os Srs. que o aprovamqueiram permanecer como estão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan)-

Primeira discussão do Projeto de Lei n" 2.106-A, de 1979, queproíbe o fumo nas salas de aula, auditórios e bibliotecas dos estabe­lecimentos de todos os graus e modalidades de ensino e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Jus­tiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, daComissão de Educação e Cultura, pela aprovação, contra os votosdos Srs. Rômulo Galvão e, em separado, do Sr. Daniel Silva. (DoSr. Ruy Côdo.) - Relatores: Srs. Tarcísio Delgado e Caio Pompeu.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Tem a palavra o Sr. RuyCôdo, para discutir o projeto.

O SR. RUY CÔDO (PMDB - SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, eu havia solicitado adiamento da discussão do Projeton" 2.106, de nossa autoria, porque, lamentavelmente, o Governo, está apoia­do, estribado em uma fábrica de cigarros, lamentavelmente, mas está, Sr. Pre­sidente. Por várias vezes temos usado esta tribuna, combatendo o uso do fu­mo. A população brasileira está pedindo; a Secretaria do Estado de V. Ex', oRio Grande do Sul, também já fez apelo nesse sentido, ou seja, da proibiçãodo fumo nas salas de aula. O Estado do Paraná fez greve dc um dia como pro­testo pelo uso do fumo nos lugares fechados, porque, além de ser uma verda­deira falta de respeito, uma falta de educação, pois transmite males paraaqueles quc não fumam. Falo isto com conhecimento de causa, porque fumeiaté os 38 anos de idade. Há 15 anos que larguei o fumo, e sei dos malefícios,das doenças que o fumo traz.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, recebi hoje da ABIFUMO: "Preços so­bem, mas margem de lucro cai". Em seguida: "Em dois meses cigarros pagam55 bilhões". "A indústria cigarreira nacional, nos dois primeiros meses de1982, vendeu 75 bilhões com uma arrecadação de IPI de 49,72 bilhões. Noperíodo, o total de tributos pagos atingiu 55 bilhões. Do total vendido, osfabricantes ficaram com 13 bilhões. O imposto principal sobre o fumo repre­sentou, nos dois primeiros meses de 1982 quase 10% do total da arrecadaçãofederal. Além deste recolhimento, a indústria do fumo gerou outras receitaspara os cofres federais, garantindo ainda o sustento para cerca de 2,5 milhõcsde pessoas, população superior à de todas as capitais brasileiras, com exceçãodo Rio de Janeiro e de São Paulo. Vejamos: "Indústria do fumo cresceu emano ruim." "Seca no Sul diminuiu as exportações." "Autoritarismo invadedireitos individuais." "Menos produção, mais exportação." "Os preços au-

mentam, a margem de lucro cai." "A Economia cai, mas indústria do fumocresce." "Município que planta fumo cresce muito e arrecada mais." Lamen­to, como Secretário da Associação Brasileira dos Municípios, e repudio queum prefeito diga uma asneira dessas. O Governo que está aí, no seu terceiroaniversário de mandato, concita a Nação a trilhar o bom caminho. Mas,quando se apresenta um projeto de lei, proibindo fumar nas salas de aula, de­fendendo o sagrado direito daqueles que não fumam, e que são prejudicadospelo cigarro, desgraçadamente, vem a situação, através das lideranças e fazcom que o projeto caia, faz com que não seja aprovado.

Sr. Presidente, há dias, ocorreu a seguinte aberração: o Ministério doTrabalho encaminhou mensagem ao Congresso Nacional de interesse justa­mente dos conselhos regionais de todas as categorias. O Relator do Projeto,Deputado Nilson Gibson, nosso companheiro, que há pouco usou a tribuna,no período da Liderança do Governo, não relatou o projeto na ComissãoMista do Congresso Nacional. Disse S. Ex' que não havia ninguém lá. E, la­mentavelmente, veio S. Ex' relatar, em Plenário, um substitutivo, que certa­mente irá provo;:;ar uma guerra. daqui a alguns dias. Alias, começou hoje,porque já recebi telegram as de conselhos de categorias. E foi aprovado aqui,na sessão do Congresso de terça-feira à noite. Pois o ilustre Líder apresentaum substitutivo à mensagem do Ministro do Trabalho. Vejam V. Ex's que in­coeréncia. O próprio Governo não se entende. Manda uma mensagem para oCongresso Nacional, beneficiando os conselhos regionais de todas as catego­rias. O Governo não quer, dessa maneira, ganhar as eleições. Meu Deus docéu, um Deputado relator de Comissão Especial do Congresso Nacional nãorelata um projeto porque não tem ninguém na Comissão e depois vem relatá­lo em Plenário, desdizendo tudo aquilo que o Ministro mandou para esta Ca­sa. Não foram os conselhos, não. Foi o Ministro quem mandou a mensagem.No entanto, S. Ex', o Presidente da República, vai sancionar este projeto.Quero ver se S. Ex~ sanciona mesmo, porque os conselhos federais e regionaisde todas as categorias vão bater à sua porta protestando e fazendo apelos,porque, lamentavelmente, o Congresso Nacional apresentou um projeto es­púrio dessa natureza. E hoje temos aqui quem condena o fumo nas salas deaula, em beneficio das crianças e da juventude. O que quer S. Ex' O Presiden­te da República, no seu terceiro ano de governo, pregando à Nação contra aIlrostituição, contra os maus costumes? S. Ex~ mesmo foi proibido de fumarpelo médico. Pergunto ao LÍder do Governo se tem coragem de rejeitar umprojeto desta natureza. Pergunto à Nação e àqueles que não fumam e que,portanto, são prejudicados na sua saúde e no seu direito de não fumar, seconcordam com a rejeição deste projeto? Já solicitamos uma CPI do Fumo;estamos aguardando a aprovação das Lideranças para constituí-la. O País in­teiro, e o Paraná em particular, está nas ruas fazendo greve, pedindo que pro­vidências sejam tomadas em relação ao fumo. Os bons cidadãos do Brasil nãoquerem que males como este ataquem a nossa juventude.

Apelo à Liderança do Governo no sentido de que não deixemos de apro­var um projeto benéfico e de valia para a saúde pública como este para apro­varmos projetos maléficos como o substitutivo contrário ao Ministro do Tra­balho, aprovado neste Congresso Nacional pelo Sr. Nilson Gibson, na caladada noite, quando não havia ninguém no Parlamento. Como se vê, o que di­zem o Sr. Ministro do Trabalho e o Presidente da República não vale nada.Portanto, é preciso que nós, parlamentares, unamo-nos em benefício dosgrandes projetos.

Aqueles 3% de diferença, dois bilhões de cruzeiros que o Governo reco­lhe do IPI, não valem nada. O importante é verificar, até por uma questão delucro, que a Nação gasta 15 bilhões de cruzeiros no INPS com os doentes pre­judicados pelo fumo. Quem diz isto não sou eu, mas o Professor José Gol­demberg, um dos maiores catedráticos contra o tabagismo.

O brilhante Deputado do PDS, José de Castro Coimbra, também temempreendido luta diuturna nesse sentido, assim como o Senador LourivalBaptista, que apresentou projeto relativo ao problema do fumo nas Comis­sões do Senado. No momento estamos pedindo uma solução para o problemanas escolas.

Lamentavelmente, o Líder do Governo não parece favorável ao projetocontra o uso do fumo. Mas, repito, apelo a S. Ex~ para que, em nome da ju­ventude brasileira, o acolha favoravelmente.

O SR. PRESmENTE (Nelson Marchezan) - Tem a palavra o Sr. Álva­ro Valle, para discutir o projeto.

O SR. ÁLVARO VALLE (PDS - RJ. Sem revisão do orador) - Sr. Pre­sidente. Srs. Deputados, solicitamos à Mesa adiamento de votação desse pro­jeto. Mas, em resposta ao Deputado Ruy Côdo, assumo esta tribuna apenasem consideração a S. Ex' para explicar-lhe os motivos pelos quais não esta­mos apoiando o Projeto n" 2.106-A.

A idéia do Deputado Ruy Côdo nos parece perfeitamente aceitável. Aargumentação expedida por S. Ex' também encontra o melhor eco em nossa

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2954 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 19112

bancada e nesta Liderança. Acontece que, tal como está formulado, o projetonão chega aos objetivos colimados por S. Ex'; é um projeto inócuo.

Diz ele no § 29 do art. 19.

"§ 29 A critério do dirigente da escola, poderão ser designadoslocais liberados ao uso do fumo."

Ou seja, caberá ao diretor do estabelecimento determinar onde se podeou não fumar, segundo o projeto.

Ora, SI. Presidente, isso já existe hoje. Não é criar uma lei para tal, poisqualquer diretor de escola poderá proibir que se fume em qualquer parte doseu estabelecimento. Assim sendo, estaríamos apenas acrescentando ao ci­poal da legislação brasileira mais uma lei inócua e desnecessária.

Além disso, nos seria difícil aprovar o projeto tal como está também noseu § 39, art. 19:

"§ 39 Competirá aos estabelecimentos de ensino adotar penali­dades, em seu Regimento Interno, que assegurem o cumprimentodo disposto nesta Lei."

Se aprovarmos o projeto, estaremos aprovando urna lei inédita onde asanção não é dada pela própria lei, mas sim por um regimento interno, ao ta­lanto do diretor de um estabelecimento que não sabemos qual é.

Vejam, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que, apesar de nossa boa vonta­de, apesar de todo o interesse que ternos pela juventude brasileira e por suasaúde, precisamos aprovar projetos que encerram, sim, idéias mais elabora­das e tenham uma técnica legislativa mais aceitável.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Não havendo mais orado­res inscritos, declaro encerrada a discussão.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Há sobre a mesa e vousubmeter a votos o seguinte

REQUERIMENTO

Sr. Presidente,Nos termos regimentais, requeiro a V. Ex' o adiamento da votação do

Projeto n9 2.106-Aj79 por 5 Sessões.Sala das Sessões, 6 de maio de 1982. - Álvaro Valle.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que o ·aprovamqueiram permanecer corno estão. (Pausa.)

Aprovado.Em conseqüência, o projeto sai da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Nada mais havendo a tra­tar. vou levantar a -sessão.

Deixam de comparecer os Senhores:

Pernambuco

Carlos Wilson - PMDB.

Espírito Santo

Luiz Baptista - PMDB.

Rio de Janeiro

Hydekel Freitas - PDS.

Minas Gerais

Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS.

São Paulo

Adhemar de Barros Filho - PDS; Baldacci Filho - PTB; Del BoscoAmaral - PMDB.

Goiás

Paulo Borges - PMDB.

Mato Grosso

Bento Lobo - PMDB.

Mato Grosso do Sul

Ruben Figueiró - PMDB.

Paraná

Mário Stamm - PMDB.

Santa Catarina

Evaldo Amaral - PDS.

VII - O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Levanto a sessãodesignando para amanhã a seguinte:

ORDEM DO DIA

EM TRAMITAÇÃO ORDINARIA

Votação

1

PROJiETO DE LEI N.o 1.793-A, DE 19'7e

Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n.o 1.700-A,de 1979, que atribui à Justiça do Tra·balho competência para con­ciliar e julgar controvérsias oriundas de relações de trabalhoenvolvendo trabalhadores avulsos e eventuais; tendo par.eceres: daComissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade etécnica legislativa, com Substitutivo; e, da Comissão de Trabalho eLegislação Social, pela aprovação, com adoção do Substitutivo daComissão' de COnstituição e Justiça. (Do Sr. Tertuliano Azevedo)- Relatores: Srs. Jorge Arbage e João Alves.

Discussão

~

:PROJETO DE LEI N.o ·5.2e3-A, DE 1981

Discussão única do Projeto de Lei n.O 5.283-A, de 1961, quedispõe sobre o desmembramento dos Conselhos Federal e Regionaisde Biomedicina e de Biologia; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, jUljidicidade etécnica legislativa; e, da Comissão de Trabalho e Le.gislação Social,pela aprovação. (Do Sr. Salvador Julianelli) - Relatores: Srs.Gomes da Silva e Francisco Rollemberg.

3

PROJETO DE LEI N.o 2. n6-A, DE 1930

Discussão única do Projeto de Lei n.a 2.7·16-A, de 1980, queveda a integrantes dos Governos Federal, Estadual ou Municipal,participarem de empresas multinacionais e a membros de Empresasmultinacionais colaborarem em órgãos Públicos Federais, Esta­duais, ou Municipais; tendo pareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa, com Substitutivo; da Comissão de Serviço Público, pelaaprovação, com adoção do Substitutivo da Comissão de Consti­tuição·e Justiça; e, da Comissão de Economia, Indústria e Comér­cio, pela aprovação. (Do Sr. Peixoto Filho) - Relatores: Srs.Gomes da Silva, Juarez Furtado e Hélio Duque.

,PROJETO DE LEI N.o 2.nO-A, DE 1900

Primeira discussão do Projeto de Lei n.o 2. nO-A, de l!J30, queacrescenta parágrafos ao art. 322 do Código Penal, que de,fine ocrime de violência arbitrária; tendo parecer, da Comissão de COns­tituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa e, no mérito, pela aprovação. (Do Sr. Marcello Cer­queira) - Relator: Sr. Barbo de Carvalho.

5

PROJETO DE LEI N.o 2.717-A, DE 1980

Primeira discussão do Projeto de Lei n.o 2.717-A, de 1980, quedispõe sobre a concessão de desconto nas passagens de transportescoletivos urbanos aos estudantes de llÍvel superior; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,

GRANDE EXPEDIENTE

Oradores:

1 - Milton Brandão2 - João Gilberto

Page 43: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

Maio de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sexta·feira 7 2955.

juridicidade e técnica legislativa; da Comissão de Educação e Cul­tura, pela aprovação, com Substitutivo e com voto em separado doSr. Paulo Marques; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação,com adoção do Substitutivo da Comissão de Educação e Cultura.(Do Sr. Jorge Arbage) - Relatores: Srs. Jairo Magalhães, JoãoHerculino- e Athiê Coury. Líder

PDiS

Cant~dio Sampaio

Alvaro ValleDjalma BessaRicardo Fiuza

Walber GuimarãesWalter SilvaIsrael Dias-NovaesAntônio MarizRalph Biasi

Odacir Klein

Carlos Sant'AnaOsvaldo MacedoJoão Línhal"esPimenta da VeigaJorge Vianna

(escala em Plenário)

Marcello CerqueiraAlvaro DiasAudálio DantasCristina TaV'ares

VICE-LíDERES

Jairo Magalhães

Josias Leite

Joacil Pereira

Alcides Franciscato

Alvaro Valle

Júlio Ma,rtins

Nelson Morro

Ruy Bacelar

Saramago Pinheiro

Paulino Cícero de Vasconcellos

Ney Ferreira

Adolpho Franco

Nosser Almeida

Hugo NapoleãoJorge ArbageJoacil Pereim

Peixoto FilhoCarlos CottaAdhemar SantilloPedro Ivo

(escala em Plenário)

Claudino SalesJúlio MartinsSiqueira CamposCarlos AlbertoGióia JúniorNelson MorroBonifácio de AndradaCarlos ChiarelliEdison LobãoNey Ferreira

Pl\IDB

Vice-Líderes

Hugo Mardini

Bonifácio de Andrada

Claudino Sales

Edison Lobão

Hugo Napoleão

Jorge Arbage

Ricardo Fiúza

Djalma Bessa

Siqueira Campos

carlos Alberto

CarlOfl Chiarelli

Gióia Júnior

Vice-Líderes

Líder

6.a.-feira

2.a -feira

4.a-feira

NOME

7 Sexta-feira Milton BrandãoJoão Gilberto

10 Segunda-feira Gilson de BarrosTarcísio Delgado

11 Terça-feira Adhemar santilloBrabo de Carvalho

12 Quarta-feira Ruy CôdoAlberto Goldman

13 Quinta-feira Alfredo MarquesAntônio Morimoto

14 Sexta-feira Elquisson SoaresWaldir Walter

17 Segunda-feira José CostaJerônimo Santana

18 Terça-feira José de Castro Coimbra *Nivaldo Krüger

19 Quarta-feira Florim CoutinhoEdson Khair

20 Quinta-feira Osvaldo MeloCristina Tavares

21 Sexta-'feira Geraldo FlemingJorge Arbage

24 Segunda-feira Benedito MarcílioModesto da Silveira

25 Terça-feira Valter GarciaAntônio Russo

26 Quarta-'feira Nilson GibsonNabor Júnior

27 Quinta-feira Rômulo GalvãoHélio Duque

28 Sexta-feira Jader BarbalhoMário Frota

31 Segunda-feira Paulo StudartPinheiro Machado

Relação dos Deputados inscritos no Grande ExpedienteMaiol19SZ

SECRETARIA-GERAL DA MII!lSA

cAMARA DOS DEPUTADOS

Avisos

DATA DIA DA SEMANA

* Inscrições automáticas para o mês de maio, nos termos daResolução n.O 37, de 1979

Louremberg Nunes RochaBrabo de CarvalhoIranildo PereiraJoão Menezes

Page 44: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

1956 Sexta-feira 7

Líder

PDT

Alceu CoUares

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Prazo

Até dia 10-5-&2 - no Congresso Nacional.

Maio de 1982

Vice-Líderes

5.a ·feira

Lider

VIce-Lideres

3.a·feira

4.a -feira

5.a -feira

Líder

Vice-Lideres

2.a-feira

3.a -feira

6.&-feira

(escala em Plenário)

JG de Araújo Jorge

JG de Araújo Jorge

JG de Araújo Jorge

JG de Araújo Jorge

JG de AraújoJorge

l'T

Airton Soares

(escala em PlenárIo)

Freitas Diniz

Freitas Diniz

Freitas Diniz

Freitas Diniz

Freitas Diniz

PTB

Jorge Cury

(escala em Plenário)

Vllela de Magalhães

VIlela de Magalhães

Vilela de Magalhães

Vilela de Magalhães

Vilela de Magalhães

2

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 78/81

"Cria a Procuradoria Geral do Povo, órgão constitucional des­tinado à fiscalização dos Atos do Poder Executivo, inclusive os daadministração indireta, à investigação das violações à lei e à pre­servação dos direitos fundamentais do cidadão." Autor: Dep. Men­donça Neto.

Comissão Mista

Presidente: Senador Lázaro BarbozaVice-Presidente: Senador Jutahy MagalhãesRelator: Deputado José Alves

Prazo

Até dia 10-5-82 -.no Congresso Nacional.

3

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 79/81

"Dá nova redação ao § 6.° do art. 21 da Constituição Federal."(Imposto s/ glebas rurais) - Autor: Deputado Nabor Júnior.

Comissão MistaPresidente: Deputado Ruben FigueiróVice-Presidentll: Deputado Antônio MazurekRelator: Senador Benedito Canelas

Prazo

Até dia 17-5-82 - no Congresso Nacional.

4

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 80/81

"Acrescenta § 5.° ao art. 62 da Constituição Federal." (30%dos recursos p/ nordeste>. Autor: Deputado Paulo Lustosa.

Comissão MistaPresidente: senador Mauro BenevidesVice-Presidente: Benador Aloysio ChavesRelator: Deputado 19o Losso

CPI - DI8TORÇóES EXIS'ItENTES NA OOMERCIALIZAÇAODO CAF.I!:

ReunIão: 11-5-82

Hora: 10:00 h

Pauta: Comparecimento dos 81'S. José de Paula Mota Filho,Diretor de Produção do me; José Oarlos Jordão da SIlva, Presi­dente do Sindicato Rural de Itirapuã e do jornalista DirceuMartins Pio.

CONGRESSO NACIONAL

1

PROPOSTA DF i:MENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 77/81

"Só permite modificação relativa a matéria eleitoral até umano antes dos pleitos aos quais se destina." Autor: Dep. Caio Pom­'peu.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Aldo FagundesVice-Presidente: Deputado Osmar LeitãolRe1ator: Benador Aloysio Chaves

PrazoAté i1ía 17-5-82 - no Congresso Nacional.

5

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 81/81

"Altera a redação do § 2.° e suprime o § 3.0 do art. 17 daConstituição." (Estabelecendo a eleição direta do Governador do DFe dos Governadores dos Territórios.) Autor: Deputado Paulo Guerra.

Comissão MistaPresidente: Deputado Alfredo MarquesVice-Presidente: Deputado Leorne BelemRela.tor: Senador Benedito Canelas

Prazo

Até dia 24-5-82 - no Congresso Nacional.

6

PROPOSTA DE EMENDA A CONS'rrni''IçAO N.o 82/81

"Assegura ao Vereador servidor público federal, estadual Oumunicipal, da administração direta ou indireta, enquanto no exer-cicio do mandato, a intocabilidade das vantagens do ca.rgo, empre~ou função, e proibe sua transferência." Autor: Deputado COrrêada COsta.

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Maio de 1982 mARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2957

Comissão MistaPresidente: Senador Pedro SimonVice-Presidente: Senador Lourival BaptistaRelator: Deputado Júlio Martins

PrazoAté dia 24-5-82 - no Congresso Nacional.

7

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 83/81

"Restabelece eleições diretas para prefeitos dos municlpiosque especifica, cria a representação politica do Distrito F~deral edá outras providências". Autor: Deputado Mauricio Fruet.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Epitácio CafeteiraVice-PrMidente: DepUtado Nilson GlJbIonRelator: senador Almir Pinto

PrazoAté dia 31-5-82 - no Congresso Nacional.

11

PROPOSTAS DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.08 1 E 2/82

"Dá nova redação ao artigo 206 e seus parágrafos." Autores:senador Bernardino Viana e Deputado Ruy Côdo.

Comissão Mista

Presidente: senador Mauro BenevidesVice-Presidente: Semador MaacyrDallaRelator: Deputado Marcelo Linhares

Prazo

Até dia 7-6-82 - no Congresso Nacional.

9

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 3/82

"Acrescenta parágrafo ao aJ.'lt. 153 .da Constituição Federal."(é privativa de brasileiro a aquisição da proprledadede imóvelraral ~r usucapIão especial). Autor: Seno Jutahy Maga.lhães.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Arnaldo 8chmittVice-Presidente: Deputado Gomes da SilvaRelator: senador Bernardino Viana

Prazo·Até dia 1'-6-82 - no 99ngresso Nacional.

10

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 4/82

"nispóe sobre inelegibilidade por· pal'entesoo". Autor: Dep.Renato Azeredo.

CoinIssão MistaPresidente: senador Orestes QuérclaVice-Presidente: Senador LenQir VargasRelator: Deputado Le<Jrne Belem

PrazoAté dia 14-6-82 - no (",(Ingresso Nacional.

11

PROPOSTA; D;E EMENDAS ãCONSTlTUIÇAO N.os5, 6, E 7/82

"Alteram o artigo 39 da Cons·tituição Federal, elevando para500 o número de Deputados,· Federais." AutoJ:es: Deputados AroldoMoletta, Evandro Ayres de Moura e Antônio Amaral.

ComisSão MistaPresidente: Deputado OUvir GabardoVice-Presidente: DeputadoIsaac NewtonRelator: Senador· Moaoyr Dall~.

PrazoAté dia 14-6-82 - no COngresso Nacional.

12

PROPosTA :DE EM:ENDA a CóNSTIT11IÇAQ N.\' 8/8?

"Dá nova redação ao § 4,?,do ll(J,'t,l,75 !ia ConstItuição Fedoeral:"(Lei Especial, dispondo também, sobre assistência à velhice.) Autor:Ben. Jutahy Magalhães. .

CoJDis8jj,o M'i!!!'l!.Presidente: Itamar FrancoVice-Presidente: Lourival Ba.ptistaRelator: Waldmir 5eUnatl,

PrazoAté dia 14-6-82 ....; no COngresso Nacional.

13

PROPOSTA DE EMENDA A CON8TlTUIÇAO N,o 9/82

Dá nova redação aO· § 1.° do art. 32 da COristitulção" Federal.(Imunidades parlamentares p/ os membros do Congresso Nacional,estando ou não, no exercício de seus mandatos.) Autor: Dep. JoséAlves.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Eloar GuazelliVice-Presidente: Deputado Gomes da SilvaRelator: Senador Raimundo Parente

PrazoAté dia 14-6-82 - no Congresso Nacional.

1C

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 10/82

"Assegura aposentadoria à mãe de pessoa excepcional ou aoresponsável legal que a sublltitua, alterando a redação do item XIXart. 165 do texto constitucional." Autor: Dep. 'Thales Ramalho: . ,

COmissão ~',

Presidente: aenadoraLaélla de AlcântaraVice-Presidente: senador Aderbal JuremaRela tor: Deputado Sâlv-adorJullài:lelli

PrazoAté dia 21-6-82 - no COngresso Nacional.

15

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIQAO N.o 11/82

Estabelece pnazo ao P,residente. da República a cumprir a ins­tituição do seguro-desemprego, acrescentando. artigo lW CapitulodM Disposições Gerais e Transitórias da Constituição. Autor:, Dep.Carlos. Wilson . . . . '.

COtnissãó Mista.Presidente: Deputado Carlos SantosVice-Presidente: Deputado Osmar LeitãoRelator: Senador Bertêl1rto can:é!as

'Pruo

Até dia 21-6-82 - no COngresso ~acionaI.

16

PROPOSTA DE EMENDA A eoN:8TlTUI,ÇAO N.o 12/82·

"Acr,escenta parágrafo único ao art. 85 da Constituição Fe~

deral." (Acordos, convênios ou contratos, firmados por Ministr·['ode Estado, no exterior, devam ter aprovação, para entrar 'em vigor,do Congresso Nacional.) Autor: Deputado Antonio Carlos de Oli­veira.

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2958 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

Presidente: Senador Lázaro Barboza

Vice-Presidente: Senador Almir Pinto

Relator: Deputado Adalberoo Camargo

Pram

Até dia 28-6-82 - no COngresso Nacional.

17

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 13/82

"Altera a redação do artigo 60 e acrescenta artigo à Consti­tuição Federal." (Despesa pública obedecerá à lei orçamentária,que a discriminará por Estado e Território.> Autor: Dep. JoséCarlos V'asooncelo8.

Comissão Millta.

Presidente: Deputado Nivaldo Krüger

Vice-Presidente: Deputado Sebastião AndradeReIator: Senador João Calmon

Até dia 28-6-82 - no COngresso Nacional.

18

PROPOSTA DE EMENDA A ,CONSTITUIÇÃO N.o 14/82

"Altera a redação do art. 169 da Constituição Federal, deter­minando o monopólio da União na comercialização de álcool car­burlUlte no território nacional." Autor: Dep. Silvio Abreu Jr.

Comissão. Mista

Presidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: SenadOr Raimundo ParenteRelator: Deputado Odulfo Domingues

Prazo

Até dia 28-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.

19

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 15/82

"Revoga a alínea "a" do § 3.° do art. 147 da Constit,nição daRepúhlica Federativa do Brasil." (Eliminando a proibiçã,o cons­titucional de voto dos analfabetos). Autor: Seno Orestes Quércla.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Roberto FreireVice-Presidente: Deputado Oswaldo coelhoRelator: Senador Helvídio Nunes

Prazos

Até dia 11-5-82 - Apresentação do parecer, pela Comissão;

Até dia 10-8-82 - Prazo no Congresso Nacional.

20

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTrrUIçAO N.Os 16 E 18/82

"Alteram oan. 25, "caput", da COnstituição, modifléado pelasEmen~ Constitucionais D.OS 5 e 17." (Distribuição, pels~ .UniãO,

dos Fundos de Participação de Estados e Municipiõs, do produto dearrecadação de impostos.) Autores: Seno Pedro Simon e Dep. FuedDib.

Comissão l\fista

Presidente: Senador Alberto Silva

Vice-Presidente: Benador Bernardino Viana

Relator: Deputado Joslas Leite

Prazos

Até dia 18-5-82 - Apresentação do parecer, pela Comissão;Até dia 17-8-82 - Prazo no Congresso Nacional.

21

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 17/82

"Acrescenta item ao art. 112, nova seção ao Capítulo VIII doTitulo I, e renumera os arts. 144 e 145 da Oonstltuição Federa.l."(CrIando a Justiça de Família.) (Apresentada pela senhora Depu­tada Lúcia ViveiroS.)

Comissão Mista

Presidente: Deputado Brabo de CarvalhoVice-Presidente: Deputado Paulo StudartRelator: Senador Aderbal Jurema

Prazos

Até dia 18-5-82 - Apresentação do parecer, pela Comissão;Até dia 17-8-82 - Prazo no Congresso Nacional.

22

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 19/82

"Dá nova redação ao artigo 195 da C<mstituição Federal."Autor: Dep. Nilson Gibson.

Comíssão l\fista

Presidente: Senador Gastão MüllerVice-Presidente: Senador Aderbal Jurem.aRelator: Deputado Isaac Newton

Calendário

Dias: 5 a 12-5-82 - Apresentação das emendas, perante aComissão.

Prazos

Até dia 1.°-6-82' - Apresentação do parecer, pela Comissão:Até dia 31-8-82 - Prazo no Congresso. Nacional.

23

PROPOSTA Di<: 'EMEiNDA À CONSTITUIÇÃO N.o 20/82

"Dá nova redação ao 'artigo 176, § 3.0 , item VI, da ConstituiçãoFederal." (S/provimentos dos cargos de carreiras do magistério)Autor: Dep. Túlio Barcelos.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Alcir PimentaVice-Presidente: Deputado Ossian AraripeRelator: Senador João Calmon

Page 47: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

Maiodel9H2 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2959

Calendário

Dias 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12-li~82 - Apresentaçãô·dasemendas,perante a Comissão.

PrazOS

Até dia 1.°-6-82 ....., Apresentação do parecer, pela Comissão;

Até dia 3}';·8-82 - PrazL nu Congresso NacIonal.

24

PROPOSTA DE EMENDA A CONST.l/1UIÇAO N.o 22/82

29

PROPOSTAS DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.os 6, 7 E 8/79

"Propõem deIegação de poderes ao Presidente da República paraelaboração de lei dispondo sobre a criação do MInistério da Mu­lher e da Criança e do Ministério da Família e do Menor". Autores:Deputada Lúcia Viveiros, Senador Lázaro Barboza e DeputadaJúnia Marise, respectivamente.

Comissão Mista

Presidente: Deputada Júnia MariseVice-Presidente: Deputado Leur LomantoRelator: Senador Almir Pinto

"Acrescenta parágrafos ao artigo 21 da Constituição Federal."'«(D1undQ Compensatório, criado pela União, destinado. a ressarciros iEstadosem suas perdas na Balança Comercla} ..com.Q-Ilxterlor)Autor: seno Pedro Simon.

ComilOSão Mista.

Presidente: Deputado ATeio FagundesVice-Presidente: Deputadr> O:;,valdoMl'lloRelator: Senador Raimundo Parente

Dias: li a 12-5-82Comissão.

Calendário

Apresentação das emendas, perante. a

30PROPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA N.o 3/80

"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paracriação do Ministério do Desenvolvimento do .Nordeste, e dá outrasprovidências". Autor: Deputado Sérgio Murilo.

Comissão Mista

Presidente: Senador Marcos FreireVlce-Presld'ente: Senador Bernardino VianaRelator: Deputado Nelson Morro

Prazos

Até dia 3·6-82 .-..Apresentação ·do parE)oekpela Comissão;

Até dia 2)..9-&2 ~ Prazo no Congresso Nacional.

25

PROJETO. DE RESOLUÇAQ N.o 1-CN/81

Delega poderes ao Presidente da República, criando um parquealcoolquimloo no litoral do Estado do Piaui. (Oriundo da Propostalie Delegação Legislativa n.O 1180.)

26

PROJETO DE RESOLUÇAQ N.o 1-CN/S2

Delega poderes ao Presidente da República p/elaboração delei, criando a Secretaria Especial p/ Assuntos da Região Amazô­nica - SEARA. (Oriundo da Proposta dé Delegação Legislativan.o 7/80, que tramitou em conjunto com as de n.08 4 e 5/00.)

27

PiROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 4179"Propõe delegação de poderes ao Prl!llldente da República para

elaboração de lei, criando o Mlnl8tério da Produção Animal, ede~rminando outras providências". Autor: Deputado Ruben Fi­gueIró.

Comissão MistaPresidente: Deputado Geraldo FlemingVice-Presidente: Deputado Genésio de BarrosRelator: Senador Benedito Canelas

28

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 5/79

"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelaboração de lei, dispondo sobre o desdobramento do Ministériodas Minas e Energia., em Ministério das Minas e Ministério deEnergia." Autor: Deputado Horácio Ortlz. .

Comissão Mista

Presidente: Senador Itamar FrancoVice-Presidente: senador Almir PintoRelator: Deputado Carlos Sant'Ana

31PROPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA N.o 6/80

"Propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da Repú­blica para a elaboração de lei dispondo sobre a reestruturação dosMinistério da Saúde e da Previdência e Assistência Social". Autor:Deputado Carlos Sant'Amt.

Comissão Mista

Presidente: Senador Adalberto SenaVice-Presidente: Senador Almir PintoRelator: Deputado Túlio Barcelos

32

PROPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA N.o 1, DE 1982

Propõe delegação de poderes ao sennor Presidente da Repú­blica para elaboração de lei dispondo sobre a· criação do Ministé­rio do Abastecimento.

Comissão Mista.

Presidente: Deputado FrancIsco L1bardoniVice-Presidente: Deputado Júlio MartinsRelator: senador Leno1rVargas

33

PROPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA N.o 2, DE 1982

Propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da Repú­bltca para elaboração de lei mando em. cada unidade da federaçãoum "Centro de ,!'reinamento e Educação de Trânsito".

Comissão Mista

Presidente: Senador Leite OhavesVice-Presidente: senadora Eunice MichllesRelator: Deputado Nosser Almeida

34

PROJETO DE LEI N.o 5/82-CN

"Altera dispositivos do Decreto-lei n.O :J.2, de 18 de dezembrode 1966, que institui o Código Brasileiro do Ar." Autor: Poder Exe­cutivo (Mens. n.OO 30-CN/82 e 142/82-PE).

Page 48: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

2960 Sexta-feira 7 D1lilUO DO CONGRESSO NACIONAL (Setiio f) Maio de 1982

Comissão Mista

Presidente: Deputado Jorge VargasVice-Presidente: Deputado Raul BernardoRelator: Senador Jutahy Magalhães

Prazos

Prazo na Comissão - até dia 17-5-82;

Prazo no Congresso - dia 23-4-82 ao dia 4-6-82.

35

PROJETO DE LEI N.o 6/82-CN

"Dispõe sobre a utilização de processamento eletrônico dedados nos serviços eleitorais e dá outras providências" Autor:Poder Executivo (Mans. n.OS 33-CN/82 e 145/82-PE). .

Comissão Mista

Presidente: Senador Itamar FrancoVice-Presidente: Senadora 'Eunice MichilesRelator: Deputado Nasser Almeida

Prazos

Prazo na Comissão - até dia 17-5-82;

Prazo no Congresso - dia 26-4-82 ao dia 7-6-82.

36

PROJETO DE LEI N.o 7-CN/82

"Altera dispositivo da Lei n.O 6.849, de 12 de novembro de1980, que fixa os valores de retribuição da Categoria Funcionalde Agente de Vigilância." Autor: Poder Executivo (Mens. n.OS36-C'N/82 e 148/82-FE).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Aurélio PeresVice-Presidente: Deputado José Carlos FagundesRelator: Senador Jorge Kalume

Calendário

Dias 38-4; 1.°, 2, 3, 4, 5, 6 e 7-5-82 - Apresentação das emen­das perante a COmissão.

prazos

Prazo na Comissão - até dia 17-5-82;

Prazo no Congresso - dia 27-4-82 ao dia 7-6-82.

37

PROJETO DE LEI N.o 8-CN/82

"Autoriza a venda, ao Colégio Pedro n, de imóveis pertencentesao Banco Central do Brasil." Autor: F'od·er Executivo (Mens. n.OS37-CN/82 e 148/82-PE).

Comissão Mista

Presidente: Senador Affonso CamargoVice-Presidente: Senador Raimundo ParenteRelator: Deputado Alvaro- Vale

Calendário

Dias: 38-4-, de 1.° a 7-5-82 - Apresentação das emendas pe­rante a Comissão.

Prazos

Prazo na Comissão - até dia 18-'5-82;Prazo no Congresso -dia 18-5-82 ao (lia 7-6-82.

38

MENSAGEM N.o 4-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.887, de. 29 de outubro de 1981, que "altera. a.

legislação r'els.tiva ao imposto de renda de pessoa física." Autor:Poder Executivo (Mens. n.O 470/81).

Comissão Mista

Presidente: Senador Roberto SaturninoVice-Presidente: Senador B2mardino VianaRelator: Deputado Honorato Vianna

Prazo

Até dia 7-5-82 - no OOng~esso Nacional.

3t

MENSAGEM N.o 7-CN/82

"Submete à deliberação do COngresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.888, de 6 de novembro de 1981, que "acrescenta.parágrafo ao art. 2.0 do Decreto-lei D.o 1.874, de 8 de julho de1931, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo (Mens.n.o 526/81).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Ncir PimentaVice-Presidente: Deputado Antônio GomesRelator: Senador Bernardino Viana

Prazo

Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.

48

MENSAGEM N.o 8-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.889, de 12 de novembro de 1981, que "canceladébitos para com as autarquias federllJs e dá outras providências".Autor: Puder Executivo (Mens. n.o 527/81).

Comissão Mista

Presidente: Senador Affonso CamargoVice-Presidente: Senador Raimundo P·arenteRelator: Deputado Manoel Ribeiro

Prazo

Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.

41

MENSAGEM N.o 9-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.890, de 15 de dezembro de 1981, que "autoriza oPoder Executivo a abrir, em favor do Ministério da Educação eCultura, do Ministério dos Transportes, dos Encargos Gerais daUnião, do Fundo Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Urbano,créditos adicionais de Cr$ 10.9'52.872.000,00 para o fim que espe­cifica." Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 2/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Luiz BaccariníVice-Presidente: Deputado Guido ArantesRelator: Senador José Lins

Prazo

Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.

MENSAGEM N.o 10-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei n.O 1.891, de 15 de dezembro de 1981, que "dispõe sobre aobrigatoriedade do uso de bordeJ;'ôs e ingressos padronizados, deemissão da EMBRAFl1JME, pelas salas exibidoras nacionais." Aut.or:Poder Executivo (Mens. TI.o 3/82).

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Maio r1e 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIQNAL (Seção I) Sexta-feira 7 296]

Comissão Mista

Presidente: Senador Mendes CanaleVioe-Presidente: Senador Moacyr DallaRelator: Deputado Antônio Pontes

Prazo

Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.

43

MENSAGEM N.o 12-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.a 1.892, de 16 de dezembro de 1981, que "estimula acapitalização das empresas mediante isenção de imposto de rendasobre lucros decorrentes da alienação de imóveis e de participaçõessocietárias, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo(Mens. n.O 4/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Iturival NascimentoVice-Presidente: Deputado Nosser AlmeidaRelator: Senador Jutahy Magalhães

Até dia 3-6-82 - no Congresso Nacional.

(4

MENSAGEM N.a 13-0N/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.893, de 16 de dezembro ·de 1981, que "dispõe sobrea adoção de medidas de incentivo à arrecadação Federal, e dáoutras providências." Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 5/82).

Comissão Mista

Presidente: Senador Alberto SilvaVice-Presid.ente: Senador Passos PôrtoRelator: Deputado Oswaldo Coelho

Pruo

Até dia 3-6-82 - no Congresso Nacional.

45

MENSAGEM n.o 14-0N/82

"Submete à delibemção do Cong:resso Nacional o texto do~creto-Iei ,n.a .1.894, de 16 de dezembro de 1981, que "~nstituimcentivos fIscaIS para empre.sa,s exportadoras de' produtos manu­faturados e dá outras providências." Autor: Poder Executivo (Mens.n.a 6/82).

Comissão MIsta

Presidente: Deputado Sérgio ,FerraraVice-Presid1ente: Deputadn. Adriano ValenteRelator: Senador Lourival Bllipt1sta

Até dia 4-6-82 - no Congresso nacional.

46

MENSAGEM N.a 15-CN/82

"Submete à deltberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.895, de 16 de dezembro de 1981, que "altera dis­positivos da Lei n.O 6.468, de 14 de novembro de 1977, modificadapelos Decretos-leis n.os 1.647, de 18 die dezembro de 1978 .e 1. '106,

de 23 de outubro de 1979, que dlsp'õe sobre a tributação flimpli­ficada para pequenas e médias empresas, e dá outras providências."Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 7/82).

Comissão Mista.

Presidente: Senador Gastão Mül:lerVice-Presidente: Senador LenolrVargasRelator: J:loe<putado Milton Brandão

~o

Até dia 4-6-82 - no Congresso Nacional.

47

:MENSAGEM N.o 16-CN/82

"Submete à deliberação do Oongresso Nacional o texto doDecreto-lei n,o 1.896, de 17 de dezembro de 1981, que "dispõe sobrea utilização de instalações e serviços destinados a apoiar e tornarsegura a navegação aérea e dá outras providências." Autor: PoderExecutivo (Mens. n.o 8/82).

Comissão Mista.

Presidente: Deputado José CostaVice-Presidente: Deputaao Gomes. da SilvaRelator: l:lenador Jutahy Ma~alhães,

Prazo

Até dia 4-6-82 - iDO Congresso Nacional.

48

MENSAGEM N.o 17~CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O1. 897, de 17 de dez.embro de 1981, que "dispõe sobrea composição da Categoria Direção Superior do Grupo Direção eAS6€ssoramento superiores, do Quad,ro Permanente do WnlstérloPúblico Federal, e dá outraS providências." Autor: Poder Executivo(Mens. n.o 9/82). .

Comissão Mista

Presidente: Senadora Laélia AlcântaraVice-Presidente: Senador José UnsRelator: Deputado Antônio Gomes

Até dia 4-6-82 - no Congresso Nacional.

49

MENSAGEM N.o 18-CN/82

"Subm-ete à deliberação do Congr-esso Nacional o texto doDecreto-lei n.a 1.898, de 21 de dezembro de 1981, que "prorroga oprazo. de vigência de incentivos fiscais previstos na legislação doImposto de Renda." Autor: Poder Executivo (Mens. n.O 10/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado José Carlos VasconcelosVice-Presidente: Deputado Hélio CamposRelator: Senador José Lins

PrazO'

Até dia 11-6-82 - no Congresso Nacional.

50

MENSAGEM iN.o l!l1-CN/82

"Submete à deliberação do Oongresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.899, de 21 de dezembro de 1981. aue "institui

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2962 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

taxas relativas agropecUárias de competência do Ministério daAgricultura, e dá outras providências." Autor: Poder :H:J.:ecutivo(Mens. n.O 11/82).

Comissão Mista

Presidente: Senador Leite OhavesVice-Presidente: Senador Pa&os PôrtoRelator: Deputado Igo Los8o

PrazoAté dia 11-6-82 - no Congre&so Nacional.

51

MENSAGEM N.o 22-0N/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.900, de 21 de dezembro de l!NU, que "dispõe aobrea contribuição para o desenvolvimento da indústria cinematográ­fica nacional." Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 12/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Edson VidigalVice-Presidente: Deputado Antonio PontesRelator: senador João Calmon

Prazos

Até dia 10-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 18-6-82 - no Congresso Nacional.

53

MENSAGEM N.o 23-CN/82

"/:'ubmete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O1.901, de 22 de dezembro de 1982, que ":fixa o valordo soldo base do cálculo da remuneração dos militares, extinguegratificações, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo(Mens. n.o 633/81). .

Presidente: Senador Alberto SilvaVice-Presidente: Senador Raimundo ParenteRelator: Deputado Antônio Ferreira

Prazos

Até dia 10-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 18-6-82 - no Congresso NaCIonal.

53

MENSAGEM N.o 26-oN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o te)l;to doDooreto-lei n.o 1.904, de 23 de dezembro de 1981, que "altera aredação do art. 1.0 do Decreto-lei n.O 1.813, de 24 de novembrode 1980." Autor: Poder Executlvo ~Mens. nP 15/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Marcelo CordeiroVice-Presidente: Deputado Francisco RolembergRelator: Senador Gabriel Hermes

:Prazos

Até dia 17-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 24-6-82 - no Congresso Nacional.

54

MENSAGEM N.o 27-CN/82

"Submete à delioorução do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.905, de 23 de dezembro de 1982, que "reajusta os

valores doe venciment()s, salários e proventos dos servidores civis doDistrito F1ederal, bem como os das pensões e dá outras providên­cias." Autor: Poder Executivo (Mens. D.o 16/82).

C6missão Mista

Presidente: Senador Affonso CamargoVice-Presidente: Senador Almir PintoRelator: Deputado Guido Arantes

Prazos

Até dia 17-5-82 - na <XImissão Mista;

Até dia 24-6-82 - no Congresso Nacional.

55

MENSAGEM N.o 28-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.D 1. 906, de 23 d,e dezembro de 1981, que "reajusta osvencimentos e proventos dos Servidores da Secretaria do SupreJ?loTribunal Federal e dá outras providências." Autor: Poder Executlvo(Mens. n.O 17/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Fernando CunhaVice-Presidente: Deputado .Tosias LeiteRelator: Senador Bernardino Viana

Prazos

Até dia. 17-5-82 - na <XImissão Mista.;Até dia 24-6-82 - no COngresso Nacional.

56

MENSAGEM N.o 29-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.907, de 28 de dezembro de 1981, que "reajusta osvalores de vencimentos e proventos dos membros do Tribunal deContas do Distrito Federal e do respectivo Ministério Público, e dáoutras providências." Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 18/82).

Comissão Mista

Presidente: Senador Mendes OanaleVice-Presidente: Senador Passos PôrtoRelator: Deputado Ronaldo Ferreira Dias

:Prazos

Até dia 17-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 24-6-82 - no <XIngresso Nacional.

57

MENSAGEM iN.o 31-0N/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do. Decreto-lei n.O 1.908, de 28 de dezembro de 19-81, que "dá novaredação ao art. 2.° do Decreto-lei n.o 1. 798, de 24 de julho de 1980,que estabelece limite de remuneração mensal para os s-ervidoresda administração federal e dá outras providências." Autor: PoderExecutivo (Mens. n.o 19/82) .

C6missão Mista

Presidente: Deputado Juarez FurtadoVice-Presidente: Deputado Paulo GuerraRelator: Senador Almir Pinto

Prazos

Até dia 17-5-82 - na Comissão Mista;

.lUé dia 25-6-82 - no Congresso ~Jacional.

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Maio de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NAClQNAL (Seção I) Sexta-feira 7 2963

58

MENSAGEM N.o 32-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecr~to-lei n.O 1.909, de 28 de abril de 1981, que "estabelece con­tençao de despesas orçamentárias para o exercício de 1982 e dáoutras providências." Autor: Poder Executivo (Mens. n.O 2Ó/82).

Comissão Mista

Presidente: senador Mauro BenevidesVice-Presidente: Senador Moacyr DallaRelator: Deputado Evandro Ayres de Moura

Prazos

Até dia 17-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 25-6-82 - no Congresso Nacional.

59

:MENSAGEM N.o 35-0N/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei n.O 1.911, de 29 de dezembro de 1982, que "autoriza aemissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN- para cobertura do débito da Previdência Social junto à redebancária pública e privada." (Autor: Poder Executivo (Mens. n.o22/82).

Comissão MistaPresidente: 'Sena.dora Laélia de Alcânta;raVice-Presidente: Senador Lenoir Varga8Relator: Deputado Honorato Vianna

PrazosAté dia 17-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 25-6-82 - no Congresso Nacional.

60

:MiElNSAGEM N.o 34-CN/82

.'Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.910, de 29 de dezembro de 1982, que "dispõe sobrecontribuições para o custeio da Previdência Social, e dá outrasprovidências." Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 21/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Jorge UequedVice-Presidente: Deputado Josias LeiteRelator: Senador Benedito Canelas

:Prazos

Até dia 17-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 25-6-82 - no Congresso Nacional.

61

MENSAGEM !N.o 38-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.912, de 29 de dezembro de 1t981, que "altera aLei n.o 4.452, de 5 de novembro de 1964." Autor: Poder Executivo(Mens. n.O 23/82) .

Comissão Mista

Presidente: Deputado Walmor de LucaVice-Presidente: Deputado Nagib HaickelRelator: Senador José Lins

Prazo

Até dia 24-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 2-8-82 - no Congresso Nacional.

62

MENSAGEM N.o 3lf-CN/82

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.913, de 29 de dezembro de 1981, que "reajusta osvalores de vencimentos, salários e proventos dos servidores dosServiços Auxiliares do Tribunal de Contas do Distirto Federal, bemcomo os das pensões e dá outras providências." Autor: PoderExecutivo. (Mens. 11.0 24/82,)

Comissão Mista

Presidente: senador Orestes QuérciaVice-Presidente: senador Gabriel HermesRelator: Deputado Raul Bernardo

Até dia 24-5-82 - na >comissão Mista;

Até dia 2-8-82 - no Congresso Nacional.

63

MENSAGEM N.o 40-0N/82

"Submete à deUberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.914, de 29 de dezembro de 1931, que "reajusta osvencimentos, salários e proventos dos servidores da secretaria­Geral do Tribunal de Contas da União, e dá outras providências."Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 25/82).

Comissão Mista

Presidente: Deputado Jorge GamaVice-Presidente: Deputado Rezende MonteiroRelator: Senador Luiz Cavalcante

Prazos

Até dia 24-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 2-8-82 - no Congresso Nacional.

64

:MElNSAGEM N.o 41-CN/81

"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do De­creto-lei n.O 1.915, de 29 de dezembro de 1981, que "prorroga até31 de dezembro de 1983 o prazo da isenção fiscal concedida àsempresas siderúrgicas pelo Decreto-lei n.O 569, de 7 de maio de1969." Autor Poder Executivo (Mens. n.o 26/8-2).

Comissão Mista

Presidente: Senador Saldanha DerziVice-Presidente: Senador Gabriel HermesRelator: Deputado Paulo Guerra

Prazos

Até dia 24-5-82 - na Comissão Mista;

Até dia 2-8-82 - no Congresso Nacional.

"VETO 'DOTAL - PROJETO N.o 1.849/76(MENSAGENS N.oS 21-0N/82 E 130/82-PE)

"Estabelece norma sobre a documentação exigida aos candida­tos, em concursos públicos."

Comissão Mista

Presidente: Deputado João GilbertoVice-Presidente: Deputado Nilson GibsonRelator: Senador Bernardino Viana

Prazos

Prazo no Congresso - Do dia 13-4-82 ao dia 28-5-82.

Page 52: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

2%4 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n Maio de 1982

66

VETO TO'l'AL - PRO.TETO N.o 1.100/75(MENSAGE:NS N.oS 20-0N/82 E 129/82-PiE)

Altera a redacão do art. 687 da Lei n." 5.869, de 11 de ja­neiro de 1973 (Código de Processo Civil),

C&missão :Mista

Presidente: Senador Saldanha DerziVice-Presidente: Senador Raimundo ParenteRelator: Deputado Gomes da Silva

Prazo no Congresso Nacional - até 27-5-82.

VIn - Levanta-se a sessão às 17 horas e 15 minutos.

PORTARIA N9 LT:117/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976 e nostermos do Processo n9 4.516/82, resolve rescindir, a pedido, sem o cumpri­mento do Aviso Prévio, o Contrato Individual de Trabalho de Hélio Rodri­gues, Motorista Oficial, Classe "B", a partir de 25 de março de 1982.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-118/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n" 20, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n" 9, de 1975, SANTACOUTINHO DE CARVALHO, para exercer sob o regime da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Porta­ria, Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Per­manente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-119/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, Agnelo daRocha Campos, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis do Tra­balho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT­CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente da Câ­mara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-120/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n9 34, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, Maria FariasTrigueiro, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho,o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT-CD­TP-1202, Classe "A", Referência NM-1, da Tabela Permanente da Câmarados Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982, - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LTo!21/1'l2

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições 'que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n9 20, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n9 34, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n9 33, de 27 de maio de1976, resolve admitir. de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, ERNANIXAVIER RESENDE, para exercer sob o regime da Consolidação das leis doTrabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, CódigoLT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM·l, da Tabela Permanente daCâmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato nào entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contatos dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-122/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n9 34, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, João Frederi­co da Silva Brito, para exercer sob o regime da Consolidaçào das Leis do Tra­balho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria. Código LT­CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-1, da Tabela Permanente da Câ­mara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Gera1.

PORTARIA LT-123/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etenho em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n9 33, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, Jcrsia Francada Cruz, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho, o'emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT-CD-TP­1202, Classe "A", Referência NM-1, da Tabela Permanente da Câmara dos'Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-124/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, ManuclitaMaria de Menezes, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis doTrabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, CódigoLT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente daCâmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-125/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 3" do Ato da Mesa n" 34, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, Maria daGraça Rocha, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis do Traba­lho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT­CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente da Câ­mara dos Deputados.

Page 53: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

Maio de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2965

Apresente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-126/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o"art. 147, item XV, da Resolução n" 20, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n9 34, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, Aldo Arima­téa de Oliveira, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis do Tra­balho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT­CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-I, da Tabela Permanente da Câ­mara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contadas dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-127/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, IRENIROSA DE JESUS, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis doTrabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, CódigoLT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-I, da Tabela Permanente daCâ.mara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

. Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-128/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, MARIABERNADETE DE ALMEIDA, para exercer sob o regime da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Porta­ria, Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Per­manente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-129/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n9 34, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa nQ33, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução nQ9, de 1975, SEBASTIÃOALEXANDRINO DA SILVA, para exercer sob o regime da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Porta­ria, Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Per­manente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-130/82

O Dirçtor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa nQ33, de 27 de maio de

1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, HAROLDODE MOURA SALDANHA, para exercer sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria,Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Perma­nente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA NQ LT-131/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução nQ20, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa nQ33, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, TEREZI­NHA PEREIRA DO AMARAL, para exercer sob o regime da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Porta­ria, Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-I, da Tabela Per­manente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-132/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução nQ9, de 1975, MARIA DEFÁTIMA OLIVEIRA DA SILVA, para exercer sob o regime da Consoli­dação das Leis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente dePortaria, Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-I, da TabelaPermanente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata dc sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-133/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução nQ20, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n9 33, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, MARIA"MIRTES MEDEIROS, para exercer sob o regime da Consolidação das Leisdo Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Có­digo LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-I, da Tabela Permanenteda Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA NQ LT-134/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa nQ34, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 4Q do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, TEREZI­NHA DE JESUS, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis doTrabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, CódigoLT-CD-TP-12D2, Classe "A", Referência NM-I, da Tabela Permanente daCâmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

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2966 Sexta-feira 7 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1982

PORTARIA N9 LT-135/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados. no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, MARIA DOCARMO GUEDES DA SILVA, para exercer sob o regime da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Porta­ria, Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-I, da Tabela Per­manente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jeusus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-136/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, AMÉLIAFERREIRA DA SILVA, para exercer sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria,Código LT-DC-TP-1202 Classe "A", Referência NM-I, da Tabela Perma­nente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-137/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, CARMEMLÚCIA LOPES DE AZEVEDO, para exercer sob o regime da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Porta­ria, Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-I, da Tabela Per­manente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-138/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, MARIA DEFÁTIMA AIRES, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis doTrabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, CódigoLT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente daCâmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982, - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT- 139/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n9 20, de 30 denovembro de 1971, o art. 3? do Ato da Mesa n? 34, de 27 de maio de 1976 etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa nº 33, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, JOÃO ED­VALDO RIOS, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis do Tra­balho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT­CD-TP-1202, Classe "A"', Referência NM-I, da Tabela Perman.~nte da Câ­mara dos Deputados,

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-140/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, GERCINADAS DORES PEREIRA, para exercer sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria,Código LT-CD-TP-1202, Classe "A"', Referência NM-I, da Tabela Perma­nente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-141/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 4? do Ato dá Mesa n9 33, de 27 maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, MARIAIVONE DE MEDEIROS, para exercer sob o regime da Consolidação' dasLeis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria,Código LT-CD-TP-1202, Classe "A"', Referência NM-I, da Tabela Perma­nente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-142/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 3? do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, CIRENEPESSANHA MACHADO, para exercer sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria,Código LT-CD-TP-1202, Classe "A"', Referência NM-l, da Tabela Perma­nente da Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-143/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução nº 20, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, NAZA­RETH GOMES ALVES, para exercer sob o regime da Consolidação das Leisdo Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Có­digo LT-CD-TP-1202, Classe "A"', Referência NM-I, da Tabela Permanenteda Câmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-144ff82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n9 20. de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no meL. <J,9 do Ato da !';[esa 11" 33, de 27 de m3!él de

Page 55: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

Maiodel982 mÃRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 7 2967

1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, DELITAROSA DA CRUZ, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis doTrabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, CódigoLT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente daCâmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-145/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, AFONSINOALVES, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho, oemprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT-CD-TP­1202, Classe "A" Referência NM-l, da Tabela Permanente da Câmara dosDeputados.

A presente Portaria, será automaticamente considerada sem efeito, casoo candidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-146/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução 'n9 9, de 1975, MILSONALVES FERREIRA, para exercer sob o regime da Consolidação das Leis doTrabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, CódigoLT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente daCâmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato 'não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) uias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-147/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, LEZIR AL­VES MENDES, para exercer, sob o regime da Consolidação das Leis do Tra­balho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT­CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente da Câ­mara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

. Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-148/82

O Diretor-Geral da SeCretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n9 34, de 27 de maio de 1976, etendo em .vistao disposto no art. 49 do Ato da Mesa 1i9 33, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, GERALDAPEREIRA LEMOS, para exercer, sob o regime da Consolidação das Leis doTrabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portariá, CódigoLT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente daCâmara dos Deputados.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-149/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe conferem o art. 147, item XV, da Resolução n9 20, de 30de novembro de 1971, e o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976,resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, MARTA HELE­NA PINTO FERREIRA, para exercer, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Datilógrafo, CódigoLT-CD-SA-802, Classe "A", Referência NM-9, da Tabela Permanente daCâmara dos Deputados, em virtude da não-entrada em exercício de CAR­LOS AUGUSTO TACIANO DE OLIVEIRA.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-150/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n920, de 30 denovembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n~ 33, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n9 9, de 1975, CELMIRFERREIRA DE MEDEIROS, para exercer, sob o regime da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Porta­ria, Código LT-CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Per­manente da Câmara dos Deputados, em virtude da não-entrada em exercíciode SEBASTIÃO VIEIRA DE SOUSA.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito', caso ocandidto não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados da datade sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

PORTARIA N9 LT-151/82

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso dasatribuições que lhe conferem o art. 147, item XV, da Resolução n9 20, de 30de novembro de 1971, o art. 39 do Ato da Mesa n934, de 27 de maio de 1976, etendo em vista o disposto no art. 49 do Ato da Mesa n933, de 27 de maio de1976, resolve admitir, de acordo com a Resolução n99, de 1975, EFIGENIADO CARMO, para exercer, sob o regime da Consolidação das Leis do Tra­balho, o emprego da Categoria Funcional de Agente de Portaria, Código LT­CD-TP-1202, Classe "A", Referência NM-l, da Tabela Permanente da Câ­mara dos Deputados, em virtude da não·entrada em exercício de ANA FER­REIRA DE SOUSA.

A presente Portaria será automaticamente considerada sem efeito, caso ocandidato não entre em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados dadata de sua publicação.

Diretoria-Geral, 30 de abril de 1982. - Alteredo de Jesus Barros,Diretor-Geral.

SEÇÃO DE SINOPSE - CEL

Arquivem-se, nos termos do artigo 117 do Regimento Interno, as seguintesproposições:

Projeto de Lei

.N9 59/79 - (João Menezes) - Dá nova redação à alínea "a" do artigo529 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n95.452, de 19 de maio de 1943.

N9 732/79 - (Francisco Libardoni) - Dispõe sobre o preenchimento devagas nos estabelecimentos de ensino particular de Agronomia e Veterinária.

N9 935/79 - (José de Assis) - Veda a cobrança de multas, por atrasono pagamento de prestações, ou débitos de qualquer natureza, com valor aci­ma do coeficiente de variação atribuído às Obrigações Reajustáveis do Te"souro Nacional.

N9 1.121/79 - (Israel Dias-Novaes) - Regula o exercício da profissãode sociólogo e determina outras providências.

N9 1.613/79 - (Pacheco Chaves) - Introduz parágrafo único ao artigo86 da Lei n94.215, de 27 de abril de 1963 (Estatuto da Ordem dos Advogadosdo Brasil).

N9 1.676/79 - (Waldmir Belinati) - Acrescenta parágrafos ao artigo 10da Lei n95.890, de 8 dejunho de 1973, dispondo sobre a redução do tempo deaposentadoria do segurado do sexo feminino nas condições que especifica.

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2968 Sexta-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Maio de 1982

N9 2.040/79 - (Carlos Santos) - Institui Comissão Especial destinadaa pesquisar e elaborar uma obra de História do Brasil a nível de 19 e 29 Grause dá outras providências.

N9 2.203/79 - (Juarez Furtado) - Autoriza a criação e o funcionamen­,to da Faculdade Federal de Direito de Lages, e determina outras providên­cias.

N9 2.336/79 - (Nilson Gibson) - Altera o Estatuto da Ordem dos Ad­vogados a respeito do exercício da profissão por parte de magistrados apo­sentados.

N9 2.484/79 - (Lúcio Cioni) - Estende às Prefeituras Municipais os be­nefícios do crédito rural, institucionalizado pela Lei n9 4.829, de 5 de no··vembro de 1965, e dá outras providências.

N9 2.511/79 - (Henrique Eduardo Alves) - Institui a medalha de méri­to Eloy Chaves no âmbito da previdência social, edá outras providências.

N9 2.598/80 - (Adalberto Camargo) - Altera a redação do artigo 33do Código de Processo Civil.

N9 2.615/80 - (Simão Sessim) - Acrescenta dispositivos ao artigo 47da Lei n95.540, de 28 de novembro de 1968, que fixa normas de organização efuncionamento de ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá.outras providências.

N9 2.865/80 - (Adhemar de Barros Filho) - Dispõe sobre a fixação dediferencial entre o preço mínimo do leite para fins industriais e para consumohumano a nível de produtor.

N9 3.214/80 - (Délio dos Santos) - Altera a redação do artigo 131 daConsolidação das Leis do Trabalho, para não considerar falta ao serviço aausência do empregado no dia de seu aniversário.

N9 3.545/80 - (ltalo Conti) - Proíbe a realização de partidas de futebolnos dias úteis, e dá outras providências.

N9 3.673/80 - (Gióia Júnior) - Institui o Projeto Vinicius de Moraes,junto ao Ministério da Educação e Cultura.

N9 3.735/80 - (Caio Pompeu) - Altera a redação do artigo 18 da Lei n94.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar), para estabelecer o re­lacionamento, com dois anos de antecedência, dos brasileiros que nào presta­rão o serviço militar.

N9 3.794/80 - (Pacheco Chaves) - Acrescenta dispositivo à Consoli­daçào das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n9 5.452, de 19 demaio de 1943.

N9 3.994/80 - (Pedro Sampaio) - Disciplina a frequência escolar deatleta que seja estudante universitário.

N9 4.106/80 - (Jorge Arbage) - Altera o Artigo 42 do Decreto-lei n9

3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal).

N9 4.400/81 - (Erasmo Dias) - Altera a redação do artigo 86 da Lei n94.215, de 27 de abril de 1963, que dispõe sobre o Estatuto da Ordem dos Ad­vogados do Brasil.

N9 4.426/81 - (Siqueira Campos) - Determina que as fábricas de veí­culos mantenham modelos de automóveis de passeio por períodos mínimosde cinco anos.

N9 4.574/81 - (Marcello Cerqueira) - Introduz alteração no artigo 69da Lei n96.708, de 30 de outubro de 1979, que dispõe sobre a correção auto­mática dos salários, modifica a política salari~1 e dá outras prividências.

N9 4.992/81 - (Peixoto Filho) - Acrescenta parágrafo único ao artigo19 da Lei n9 6.539, de 28 de junho de 1978, que dispõe sobre a representaçãojudicial das entidades do Sistema Nacional de Previdência Social nas comar­c~s do interior do País e a sua representação administrativa nos municípiosonde não possua órgão próprio.

N9 5.024/81 - (Adriano Valente) - Cria a "Medalha do Mérito Ecoló­gico" e o "Diploma do Mérito Ecológico".

N9 5.118/81 - (Peixoto Filho) - Altera os artigos 141 e 146 da Lei n9

5.774, de 23 de dezembro de 1971 (Estatuto dos Militares), para fins de conta­gem de tempo de serviço em atividade privada.

N9 5.175/81 - (Adhemar de Barros Filho) - Institui O "Dia Nacionaldos Atores Circenses".

N9 5.220/81 - (Peixoto Filho) - Altera o artigo 602 da Lei n95.869, de1I de janeiro de 1973, com as alterações introduzidas pela Lei n95.925, de 19de outubro de 1973, que instituiu o Código de Processo Civil.

N9 5.241/81 - (Peixoto Filho) - Altera a redação do Decreto-lei n9

7.661, dI: 21 de junho de 1945. - Lei de Falências.

N9 5.261/81 - (Henrique Eduardo Alves) - Altera dispositivo da Con­solidaçào das Leis do Trabalho, para o fim de estabelecer vantagem remune­ratória aos professores.

N9 5.345/81 (José Frejat) - Revoga o artigo 59 da Lei das Contra­venções Penais (Decreto-lei número 3.688, de 3 de outubro de 1941),

Arquivem-se, nos termos do art. 200 do Regimento Interno, as seguintesproposições:

Projeto de Lei

N9 1.683/79 - (Raul Bernardo) - Facuita ao funcionário público esta­dual e municipal filiar-se à previdência social administrada pela União, e de­termina outras providências.

N9 2.179/79 - (Marcelo Cerqueira) - Estabelece a obrigatoriedade deo IBGE incluir o item referente à população de cor, entre os elementos a se­rem recenseados em 1980, e censos subseqüentes.

N9 2.427/79 - (Valter Garcia) - Faculta a filiação a Previdência Socialdo servidor público federal, estadual ou municipal, ocupante de cargo em co­missão na administração direta ou indireta, na forma que especifica, e deter­mina outras providências.

N9 3.688/80 (Mac Dowel1 Leitc dc Castro) - Acrescenta dispositivo àLei n" 3.577, de 4 de julho de 1959, estendendo sua aplicação aos Municípios.

N9 4.200/80 (Peixoto Filho) - Dá nova redação à letra c do art. 19 daLei n9 91, de 28 de agosto de 1935, estendendo a exigência de gratuidade aoscargos dos Conselhos Fiscais, deliberativos e consultivos das sociedades de­claradas de utilidade pública.

N9 4.282/81 - (Carlos Santos) - Estende aos odontólogos os benefíciosda Lei n9 3.999, de 15 de dezembro de 1961, e dá outras providências.

N9 5.174/81 - (Eloy Lenzi) - Modifica disposições do Código Eleito­ral, objetivando a realização das eleições diretas numa única data.

N9 5.388/81 (João Arruda) - Dispõe sobre autorização legislativa paraa declaração de utilidade pública.

DISCURSO DO SR. DEPUTADO ALUIZIO BEZERRA,PROFERIDO NA SESSÃO VESPERTINA DE 5-5-82.

O SR. ALUIZIO BEZERRA (PMDB - AC) - Sr. Presidente, Srs. De­putados, denunciamos desta tribuna a arbitrariedade cometida ontem, nomeu Estado, pelo Sr. Secretário de Segurança, Ciro Facundo, ao tomar medi­das repressivas contra os professores que, através de greve, protestavam con­tra o nào cumprimento do acordo em relação ao aumento de salário.

Não é esta a primeira vez que o Sr. Governador Joaquim Macêdo assu­me compromissos com os professores e falha. Os professores, em recente as­sembléia, levaram ao conhecimento do Sr. Governador que entrariam emgreve, caso S. Ex', mais uma vez, não cumprisse os compromissos assumidoscom a categoria. E, ontem, quando os professores acreanos entravam no seuterceiro dia de greve pacífica, o Secretário de Segurança, Sr. Ciro Facundo,mais uma vez usou da violência para conter uma justa reivindicação dos pro­fessores. E, mais ainda, deteve o Vice-Presidente da Confederação dos Profes­sores do Brasil, o Prof. Manoel Pacífico da Costa, bem como o Prof. Pas­choal Torres Muniz, e mais outros cinco professores, por várias horas, na Se­cretaria de Segurança. O Prof. Pacífico, além de ser o Vice-Presidente daConfederação dos Professores do Brasil para a Região Norte, é membro daComissão Nacional PRO-CUT, foi Presidente da ASPAC - Associação dosProfessores do Acre, é o Secretário-Geral do Diretório Regional do PMDBacreano, portanto uma figura nacional, representativa do professorado brasi­leiro. O Sr. Secretário de Segurança, agindo de maneira ilegal, praticou ato deviolência não só contra os professores do meu Estado, mas contra todos osprofessores brasileiros.

Neste instante, mais uma vez, cai a máscara do Governador JoaquimMacedo. E não ficou somente aí; parece que a proximidade do 19 de maio le­vou o Sr. Secretário de Segurança, inimigo dos trabalhadores, a mandar pren­der 70 trabalhadores rurais do Município de Xapuri, cinco dos quais incomu­nicáveis, inclusive duas senhoras foram presas.

Acostumado ao uso da violência contra trabalhadores rurais, recente­mente esse Secretário de Segurança enviou para o Município de Tarauacá umgrupo da Polícia que prendeu mais de sete trabalhadores rurais e, hoje, se vol­ta contra os professores acreanos.

Deixo aqui o mais veemente protesto contra esse ato arbitrário praticadocontra os professores que, pacificamente, reivindicavam justo salário prome­t.ido pelo Sr. Governador, que mais uma vez descumpre seu compromisso. OSr. Secretário Ciro Facundo, que é conhecido como esteio do jogo do bichoem Rio Branco, não atua contra os corruptos que têm trânsito livre no Esta­do do Acre, mas é contra os professores que lutam por um'justo salário e tra­balham pela educação em meu Estado.

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PDT

JLider:

Líder:

Airton Soares

Akell CoUares

Vim,-Líderes:

Marcello CerqueiraOsvaldo Macedo

Pedro IvoPeixoto FilhoRalnh Biasi

Walber- Guimarães'Nrdter Silva

Magl1us Guimarães

PT

JG de Araújo Jorge

LIDERANÇASCristina TavaresIranildo Pereira

Israel Dias-NovaesJoão LinharesJoão MenezesJorge Vianna

Louremberg NunesRocha

Josias LeiteJ oacil Pereira

Alcides FranciscatDAlvaro ValleJúlio Mar~il1s

Nelson MorroRuy BacellU'

Saram,ago PinJ:r~il"c

Paulino Cicerede Vasconcellos

Ney FerreiraAdolpho FrancoNosser Almeida

PDS

Líder:

Cantidle §am'....io

Vice-LíC'.eres:

Hugo MardiniBonifácio de Andrada

Claudino SaletôEdison Lobão

Hugo NapoleãoJorge ArbageRicardo FiuzaDja];ma Bessa

Siqueira CamposCarlos Alberto

Carlos ChiarelliGióia Júnior

Jairo Magalhães

MESA

2.°_Vice-Presidente:

Freitas Nobre - PMDB

LO-Secretário:

Furtado Leite - PDS

2.o-Secretário:

Carlos Wilson - PMDB

Presidente:Nelson Marchezan - PDS

1.0_Vice-Presidente:

Haroldo Sanford - PDS

3.0 -Secretário:

José Camargo - PDS

4.0 -Secretário:

Paes de .~"1JlI"'lde - PMDBPMDB

Líder:

Vice-Líder:

Freitas Diniz

Vice-Líderes:

Odaeir KleinSUPLENTESSimão Sessim .:.... PDS

Joel Ferreira - PDS

Lúcia Viveiros - PDSJackson Barreto - PMDB

Carlos Sant'AnaPimenta da VeigaAdhemar Santillo

Alvaro Dias

Antônio MarizAudálio Dantas

Brabo de CarvalhoCarlos Cotta

PTB

Líder:

Jorge Cury

Vice-Líder:

Vilela de Magalhães

Suplentes

PUS

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo TI - Sala 3 - Ramal 6295Secretário:

DEPARTAMENTO DE COMISSÕESDiretor: Jolimar Corrêa Pinto

Local: Anexo II - Telef~nes: 224-2848 e213-6278 - Ramal 6278

Coordenação de Comissões Permanentes

Diretora: Silvia Barroso Martins

Local: Anexo II - Telefones: 22~-5179 ePref. 213 - Ramais 6285 e 6289

COMISSÕES PERMANENTES

1) COMISSAO DE AGRICULTURA EPOLfTICA RURAL

Presidente: Pacheco Chaves - PMDBVice-Presidente: Bento Lobo - PMDBVice-Presidente: Pedro Germano - PDB

Titulares

PDS

Afro StefaniniAlbérico CordeiroAlexandre MachadoAntonio DiasAntonio UenoArtenir WernerCorreia LimaDarcy PozzaEvaldo AmaralFrancisco Leão

Adhemar SantilloArnaldo SchimidtErnesto de MarcoFrancisco CastroIsrael Dias-NovaesJoão CâmaraJorge VargasJorge Vianna

Henrique BritoHumberto SoutoJúlio MartinsOswaldo CoelhoPaulo LustosaPedro CorrêaPrisco VianaStoessel DouradoWildy ViannaVago

PMDB

Louremberg NunesRocha

Mário HatoPedro LucenaPimenta da VeigaRosemburgo RomanoSantilli SobrinhoUbaldo Dantas3 vagas

PDT

Bento GonçalvesFernando CunhaMário Frota

Francisco RossiJosé de Castro

CoimbraNelson Morro

Horácio OrtizJorge UequedOctacilio Queiroz

PMDB

Mário MoreiraVago

Suplente<;

PDS

Prisco Viana.Vingt Rosado2 vagas

PMDB

Paulo Torres2 vagas

REUNIõES

Adolpho FrancoAntonio GomesAntonio MazurekCardoso de AlmeidaDelson ScaranoEmílio PerondiGeraldo BulhõesGerardo RenaultHugo Rodriguesd~ Cunha

João Carlos de CarliJoaquim GuerraJosé AmorimJúlio CamposLuiz RochaReinhold StephanesSaramago Pinheirosebastião AndradeTelêmaco PompeiVictor Fontana

Getúlio Dias

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas

Local: Anexo TI - Sala n.O 11 - R. 6293e 6294

Secretário: José Maria de Andrade Córdoba

3) COMISSAO DE COMUNICAÇAO

Presidente: Edson Vidigal - PMDBVice-Presidente: Gerson Camata - PMDB

Vice-Presidente: Roberto Galvani - PDS

Titulllres

2) COMISSAO DE CI~NCIA E TECNO­LOGIA

Presidente: Pedro Faria - PMDBVice-Presidente: Antônio Florêncio - PDSVice-Presidente: Freitas Diniz - PT

PDS

PMDB

Samir AchôaMilton Figueiredo

Júlio MartinsMagno BacelarVieira da Silva

PTBVago

Antônio MoraisCristina Tavares

Alcebíades de OliveiraCarlos AlbertoGióia JúniorJorge Paulo

PDS

José PenedoMilvernes Lima

Walter de Prá

Titulares

Brasília CaiadoCarlOS EloyElspiridião Amin

PMDB

Nivaldo KrügerLeite SchimidtMelo FreireMarcus CunhaPaulo RattesRenato AzeredoRonan TitoVago

PDT

E10y Lenzi

Antônio AnibelliCardoso AlvesCarlos BezerraCelso CarvalhoErnesto Dall'OglioFrancisco LibardoniGeraldo FlemingIturlval Nascimento

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4) COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA

REUNIÕESQuartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 6 - Ramal 6304

e 6300

secretário: Ivan Roque Alves

Presidente: Francisco Benjamin - PDSVice-Presidente: Nilson Gibson - PDSVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDB

Titulares

PDS

5) COMISSÃO DE DEFESA DO CON­SUMIDOR

Divaldo SuruagyHonorato ViannaNagib HaickelNereu GuidiRogério RegoVictor TrovãoVago

PTB

PDT

PMDB

Pacheco ChavesPinheiro MachadoSebastião Rodrigues

Júnior2 vagas

Vago

Airon RiosAlcides l<".ranciscatoAdolpho FrancoAntonio MazurekBatista MirandaCardoso de AlmeidaDiogo Nomura

Celso CarvalhoEuclides ScalcoHarry SauerJoão CunhaJuarez BatistaMac Dowell Leite

de Castro

SUlIlentes

PDS

REUNIÕESQuartas e quintas-feiras, às 10 :00 horlUlLocal: Anexo II - Sala 4 - Ramal 6314Secretária: Delzuite Macedo de Avelar Villas

Boas

Lidovino Fanton

PDT

PMDB

Samir AchôaSebastião Rodrigues

JúniorUbaldo DantasWalber Guimarães

Aécio CunhaAlbérico CordeiroFrancisco RossiJoão ArrudaPaulo LustosaMendes de Melo

Daso CoimbraElquisson SoaresJorge UequedJorge VargasModesto da SilveiraNabor Júnior

Presidente: Stoessel Dourado - PDSVice-Presidente: Humberto Souto - PDSVice-Presidente: Gerson Camata - PMDB

Titulares

PDS

Ronaldo Ferreira DiasRubem MedinaSalvador JulianelliSiqueira CamposTúlio Barcelos

REUNIÕESTerças, quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 6308Secretário: Ruy Ornar Prudêncio da Silva

João ArrudaManoel RibeiroRômulo GalvãoTelmo Kirst

PMDB

João GUbertoMarcello CerqU"ira2 vagas

PI'B

Suplentes

PDS

Vago

Alair FerreiraAntônio FerreiraAntonio ZachariasEdison Lobão

Fernando Lyra.Carlos AugustoAudálio Dantas

PDT

PI'B

Lidovino Fanton

Vago

Mário MoreiraMurilo MendesOctacillo Almeida2 vagas

Norton MacedoNosser AlmeidaPedro GermanoRafael FaracoSimão sessimVieira da Silva

PDS

Luiz BaptistaPaulo MarquesRaymundo UrbanoRosemburgo Romano

PDT

PDT

PMDB

Leur LomantoMendes de MeloRômulo GalvãoSalvador JullanelliVago

PMDB

Antonio ValadaresBonifácio de AndradaBras1Iio CaiadoEvandro Ayres de

MouraHydeckel FreitasJairo Magalhães

Magnus Guimarães

REUNIÕES

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - (224-0769)

Ramal 6318Secretária:Tasmânia Maria de Brito Guerra

Alvaro DiasAlcir PimentaCarlos Sant'AnnaIram SaraivaJackson Barreto

Presidente: Lygia Lessa Bastos - PDSVice-Presidente: João Faustino - PDSVice-Presidente: José Maria de CarvalhO ­

PMDB

Titulares

Alcir PimentaCaio PompeuDaniel SilvaFrancisco CastroJoão Herculino

JG de Araújo Jorge

Suplentes

7) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CUL­TURA

Alvaro ValleBezerra de MeloBraga RamosDarc1Iio AyresJosé Torres

PDS

PT

PDT

PTB

PMDB

Flávio ChavesRalph BiasiSantilli SobrinlloSilvio Abreu Jr.

PDT

PMDBMendonça NetoGeraldo FlemingRoberto FreireRoque ArasJosé Bruno

Vago

Getúlio Dias

Antonio Carlos deOliveira

Presidente: Hélio Duque - PMDBVice-Presidente: Celso Peçanha - PTBVice-Presidente: Alberto Hofrmann - PDS

Titulares

PDSManoel GonçalvesMarcondes GadelhaPaulo LustosaRicardo FiuzaRonaldo Ferreira Dias

Rubem Medina

José Frejat

Alberto Golc1manAldo FagundesArnaldo SchmittCarlos AugustoFelippe Penna

JG de Araújo Jorge

Suplentes

PDSJosé Carlos FagundesJosé Mendonça BezerraPaulo GuerraPedro Corrêa

Rezende MonteiroWalter de Prá

Antônio AnnibelllAurélio PelesCardoso FregapaniCarneiro ArnaudJúnla MariseLeopoldo Bessone

Álvaro Valleantônio FerreiraCesário BarretoCláudio PhilomenoCláudio StrassburgerFrancisco RollembergHonorato Vianna

Cesário BarretoEvaldo AmaralHerbert Le"']Igo LossoJoão AlbertoJoão ArrudaJoão Clímaco

ReuniõesQuartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Ramais 6378 e 6379Secretária: Maria Júlia Rabello de Moura

6) COMISSÃO DE ECONOMIA, INDOS­TRIA E COM~RCIO

Gomes da SilvaJairo MagalhãesJoaci! PereiraNatal GaleNelson MorroOswaldo MeloTheodorico Ferraçomisses Portiguar2 vagas

Jorge ArbageJosé PenedoJosé Mendonça BezerraJúlio MartinsLeorne BelémMaluly NettoNey FerreiraOsmar LeitãoRaimundo DinizRicardo Fiuza2 vagas

Roberto FreireRoque ArasRubem DouradoSérgio FerraraValter GarciaWalber GuimarãesWaldir WalterWalter Silva

PDT

PTB

PMDB

JG de Araújo Jorge

Péricles Gonçalves

Amadeu GearaCaio PompeuCardoso AlvesDélio dos SantosEdgard AmorimJorge MouraJuarez FurtadoLeite SChmidtMarcelo Medeiros

Adhemar de BarrosFilho

Cantidio SampaioCarlos ChiarelliCélio BorjaChristiano Dias

LopesDarcllio AyresGeraldo GuedesHugo NapoleãoIgo LossoIsaac Newton

PMDB

Adhemar santlllo Luiz LealAntônio Mariz Marcello CerqueiraAntônio Russo Miro TeixeiraBrabo de Carvalho Márcio MacedoElquisson Soares Osvaldo MacedoHarry Sauer Pimenta da VeigaHenrique Eduardo Alves Tarcisio DelgadoJoão Gilberto VagoLouremberg Nunes

Rocha

Suplentes

PDS

Afrísio Vieira Lima.Altair ChagasAntônio DiasAntônio MorimotoAntonio ValadaresBonifácio de AndradaCla.udino SalesDjalma BessaErnani satyroFrancisco Rossi

Page 59: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

8} COMISSAO DE FINANÇAS PMDB REUNIõES

Titulares

PDS

9} COMISSAO DE FISCALIZAÇÃO FI­NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

Presidente: Humberto Souto - PDSVice-Presidente: Victor Faccioni - PDSVice-Presidente: Daso Coimbra - PMDB

Presidente: Jorge Ferraz - PMDBVice-Presidente: Hildérico Oliveira - PMDBVice-Presidente: Christóvam Chiaradia - PDS

Titulares

Léo SimõesPrisco VianaPaulino Cícero de

VasconcellosSiqueira Campos

Mário FrotaNewton CardosoRalph BiasiTidei de Lima

PMDB

Jorge VargasMaurício FruetOswaldo LimaWalmor de Luca

PDT

Suplentes

PDS

Joel RibeiroJosé PenedoOdulfo DominguesUbaldino MeirellesVago

Antônio FerreiraAntônio ZachariasCláudio StrassburgerDivaldo SuruagyHugo Mardini

Dario TavaresFued DibGenésio de BarrosHorácio Ortiz

Altair ChagasDelson ScaranoGomes da SilvaHélio LevyJoão AlbertoJoão Carlos de CarU

José Maurício

AntôniO MoraisCarlos NelsonHeitor Alencar FurtadoJerônimo SantanaLeônidas Sampaio

Presidente: Horácio Matos - PDSVice-Presidente: Guido Arantes - PDSVice-Presidente: Marcelo Cordeiro - PMDB

Presidente: Epitácio Cafeteira - PMDBVice-Presidente: Júnia Marise - PMDBVice-Presidente: Airon Rios - PDS

Titulares

PDS

12} COMISSAO DE REDAÇÃO

PDT

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horll8Local: Anexo II - Sala 8 - Ramal 6333Secretário: Edson Nogueira da Gama

PMDB

11) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

REUNIOES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 7 - Ramal 6336Secretária: AlIia Felicio Tobias

José FreJat

Titulares

PDSClaudino Sales Djalma BessaFrancisco Rollemberg

PMDB

Mutilo Mendes

Melo FreireMilton FigueiredoNivaldo KrügerPaulo BorgesRosa FloresVago

PT

PDT

Henrique BritoInocéncio OliveiraJosuê de SouzaLúcia ViveirosMilton BrandãoNagib HaickelOswaldo CoelhoPaulo GuerraVictor TrovãoVingt RosadoWanderley Mariz

PTB

PMDB

José Carlos Vascon-celos

José CostaJosé FreireModesto da SilveiraOctacílio QueirozRoberto FreireRuben FigueiróTertuliano Azevedo

PDT

REUNIõES

Helio DuqueJairo BrumJoão MenezesJorge UequedJosé Carlos

Vasconcelos

Freitas Diniz

Alceu Collares

José Frejat

Adauto BezerraAfro stefaniniAlbérico CordeiroAlexandre MachadoÁlvaro GaudêncioAngelo MagalhãesCorreia LimaCristina CortesEdison LobãoEvandro Ayres de

:Mioura

Alvaro DiasCarlos NelsonDélio dos SantosJackson BarretoJerônimo SantanaJoão CâmaraJorge MouraJosé BrunoLúcio Cioni

Vago

Suplentes

PDS

Amilcar de Queiroz Ludgero RaulinoAntônio Amaral Magno BacelarAntônio Morimoto Manoel GonçalvesChristóvam Chiaradia Mauro SampaioHerbert Levy Menandro MinahimHugo Mardini Milvernes LImaHumberto Souto Nélio LobatoJoão Durval Ossian AraripeJosé Amorim Ruy BacelarJosias LeilJe Vivaldo FrotaJúlio Martins Vago

PMDB

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - Ramal 6325secretário: Geraldo da Silva

Presidente: Manoel Novaes - PDSVice-Presidente: Isaac Newton - PDSVice-Presidente: Newton Cardoso - PMDB

Titulares

PDS

10) COMISSÃO DO INTERIOR

José Mendonça BezerraLeorne BelémNélio LobatoVicente Guabiroba

J osias LeiteNereu GuidiNosser AlmeidaRafael FaracoTelmo KirstVago

Jorge ViannaMarcelo MedeirosUlysses GuimarãesWalter SilvaJoel Lima

PDS

PMDB

PMDB

João CunhaOUvir GabardoRuy Côdo

PDT

PDT

Suplentes

PDS

Antônio PontesPedro CaroloRuy Silvasebastião AndradeVictor Fontana

PMDB

Paulo MarquesSílvio Abreu Jr.2 vagas

Airon RiosAthiê CouryFernando MagalhãesHonorato ViannaJosé Carlos Fagundes

Alceu Collares

Hélio GarciaJader BarbalhoLuiz Baccarini

Adl:iemar GhisiAdriano ValenteAécio CunhaAntônio FlorencioAngelo Magalhães

Antônio RussoJoão HerculinoLeopoldo BessoneMauricio Fruet

Vago

Adhemar de BarrosFilho

Amilcar de QueirozCastejon BrancoClaudio PhilomenoJoão DurvalJorge Arbage

Airton SandovalAlfredo MarquesErnesto de MarcoFernando CoelhoIranildo Pereira

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horll8Local: Anexo II - Sala 16 Ramal 6322

e 6323(Direto 226-8117)

Secretário: Jarbas Leal Viana

Suplentes

PDS

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - 14 - R. 6342, 6340 e 6341Secretária: Laura Perrela Paris!

Vago

vago

Alberto HoffmannAlvaro GaudêncioAlvaro ValleBias FortesErasmo DiasFernando GonçalvesJosué de Souza

PDT

PTB

Hélio CamposJoel FerreiraMarcelo LinharesUbaldo BarémWanderley MarizWilson FalcãoVago

Aluizio Bezerra.Arnaldo LafayetteAurélio 'PeresBento GonçalvesBento LobaBorges da SilveiraCardoso FregapaniCarlos RezerraHenrique Eduardo

Alves

Vago

Baldacci Filho

Iranildo Pereira.Iturival Na.scimentoMário StammJulio CostamilanNabor JúniorOsvaldo MacedoPedro FariaPedro IvoPeixoto Filho

PDT

PTB

Ernani SatyroHugo Napoleão

Alcir PimentaEdson Khair

Suplentes

PDS

João AlvesPrisco Viana

PMDB

Ulysses Guimarães

Page 60: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD07MAI1982.pdfREPÚBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DIÁRIO ACIONAL SEÇÃO I ANO XXXVII - NQ 053 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 7 DE

13) COMISSÃO DE RELAÇõES EXTE·RIORES

Presidente: Raymundo Diniz - PDSVice-Presidente: Adalberto Camargo-- PDSVice-Presidente: Pinheiro Machado - PMDB

Titulares

Suplentes

PDS

Augusto LucenaBonitâcio de AndradaCláudio PhilomenoErnani SatyroFernando MagalhãesGuido ArantesHermes MacedoJosé TorresLeorne BelémLeur LomantoLúcia Viveiros

Ossian AraripeParente Frota2 vagas

PTB

PDT

PT

PMDBMarcelo CordeiroMax. MauroRuben FigueiróTarcísio DelgadoUbaldo Dantas

PDT

PDSOsmar LeitãoOctávio TorrecillaPedro CaroloTúlio BarcelosVivaldo FrotaVago

PMDBJorge UequedJúlio CostamilanMendonça Neto

PMDB

Pedro Ivo4 vagas

PMDBHeitor A. FurtadoJuarez Furtado

Suplentes

PDS

Lygia Lessa BastosNatal GaleNilson GibsonPedro CorrêaRezende Monteiro2 vagas

Suplentes

PDSJoão ClfmacoOsvaldo Melo2 vagas

Florim Coutinho

Benedito Marcílio

Antônio MarizAudâ110 DantasDel Bosco AmaralEloar GuazzelliFernando CunhaJoel Lima

Antonio GomesBezerra de MeloGióia JúniorJayro MaltoniJoaci! PereiraJosé Carlos FagundesJulio Campos

Edgard AmorimEdison KhairFlávio Chaves

Artenir WernerAntônio AmaralCarlos ChiarelliFrancisco RollembergJoão AlvesMaluly Netto

Alceu Collares

Carlos SantosFernando Coelho

Adauto BezerraAdemar PereiraClaudino SalesHorácio Matos

REUNIõES

Quartas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 12 - Ramal 6363Secretário: Delair de Mattos Rezende

17) COMISSÃO DE TRABALHO ELE·GISLAÇAO SOCIALPresidente: Adhemar Ghisi - PDS

Vice-Presidente: Wilson Braga - PDSVice-Presidente: Amadeu Geara - PMDB

Titulares

16) COMISSÃO DE SERVIÇO POBLlCOPresidente: Jorge Gama - PMDB

Vice-Presidente: Pedro Sampaio - PMDBVice-Presidente: Wildy Vianna - PDS

Titulares

PDS

Epitácio CafeteiraFrancisco PintoGilson de Barros

Anísio de Souzat\ugusto LucenaFernando Gonçalves

Joel VivasJorge ViannaLUiz Baptista

Luiz Baccarini4 vagas

João AlvesMarcondes GadelhaSalvador JulianelliWilson Falcão

Mauro SampaioMenandro MinahimNavarro Vieira FilhoWalter de CastroWaldmir Belinati

PDS

PMDB

PMDB

Hélio CamposOdulfo DominguesPaulo Studart

PMDB

PDS

PMDB

pedro IvoRubem Douradovago

Suplentes

PDS

Paulo GuerraTelêmaco PompeiTúlio BarcelosVicente GuabirobaWaltér de Prá

REUNIõES

Edson VidigalMo..esto da Silveira

Carlos CottaCarneiro ArnaudCristina TavaresErnesto DaIl'Oglio

Carlos CottaEloar GuazzelliPaulo Torres

ítalo ContiJosé Ribamar

MachadoMilton BrandãoOctávio Torrecilla

Ary KtfuriErasmo DiasJoel FerreiraNey Ferreira

15) COMISSÃO DE SEGURANÇA NA­CIONAL

Presidente: Alípio de Carvalho - PDSVice-Presidente: Antônio Pontes - PDSVice-Presidente: Roque Aras - PMDB

Quartas e quintaS-feiras, às 10 :00 horas

Local: Anexo Ir - Sala 10 - Ramal 6352e 6350

Secretária: Iná Fernandes Costa

14) COMISSÃO DE SAODE

Athiê CouryBraga RamosCastejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio Oliveira

Presidente: Ubaldo Dantas - PMDBVice-Presidente: Pedro Corrêa - PDSVice-Presidente: José Frejat - PDT

Titulares

Borges da Silveira Mário HatoEuclides Scalco Max MauroLeônidas Sampaio Pedro Lucena

Suplentes

PDS

Adernar PereiraJosé de Castro

CoimbraLudgero Raulino

Mendes de MeloPaulo StudartRonaldo Ferreira DiasRaul BernardoRoberto GalvaniSiqueira CamposTheodorico FerraçoVasco NetoVictor FaccioniWaldmir Belinati5 vagas

Mendonça NetoMiro TeixeiraOlivir GabardoPaulo RattesPedro SampaioRenato AzeredoRonan TitoSamir AchOaIDysses GuimarãesWalber Guimarães

Júnia MariseLeopoldo BessoneMac Dowell Leite

de CastroRosa Floressebastião Rodrigues

JúniorSérgio MuriloThales RamalhoWaldir Walter

José MachadoJosé Ribamar MachadoMagalhães PintoMarcelo LinharesNorton MacedoRoberto CarvalhoRogério RegoRuy SilvaStoessel DouradoUbaldo BaremWilson FalcãoVago

PT

PT

PDS

PDT

PDT

PTB

PMDB

PMDB

Aldo FagundesDaniel Silva

Elquisson SoaresFrancisco PintoFelippe PennaHildérico OliveiraJosé FreireLázaro CarvalhoMárcio MacedoMarcus Cunha

Magnus Guimarães

1 vaga

José Maurício

Jorge Cury

Aluizio BezerraArnaldo LafayetteCardoso FregapaniCarlos Sant'AnaCarlos SantosDel Bosco AmaralIsrael Oias-NovaesIram SaraivaJairo BrumJoão LinharesJoão Menezes

Adriano ValenteAntonio UenoBatista MirandaBias FortesCélio BorjaChristiano Dias

LopesFlávio MarcílioOiogo NomuraGeraldo GuedesHenrique TurnerHugo Napoleãoítalo Conti

Vago

PTB Magnus Guimarães

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo TI - Bala 15 - Ramal 8367secretário: Agassis Nylander Brito

Vilela de Magalhães

REUNIOES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: - Anexo Ir - Saia '7 -:- Ramal 6M7secretária: Edna Medeiros Barreto

REUNIõES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas

Local: Anexo Ir - Sala 13 - Ramais 6355 e6358

Secretário: WaIter Flores Figueira

Jorge CuryPTB

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18) COMISSAO DE TRANSPORTES

Presidente: Homero Santos - PDBVice-Presidente: Manoel Ribeiro - PDSVice-Presidente: Juarez Batista - PMDB

Adalberto CamargoAlcebfades de OliveiraAlfpio CarvalhoCarlos EloyCesário BarretoCláudio StrassburgerCristina CortesDarcílio Ayres

REUNIOESQuartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 5 - R. 6372 e 6373Secretário: Carlos Brasil de Amújo

COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPORÂRIAS

pp

Nélio Lobato

Hugo NapoleãoJorge ArbageMarcelo Linhal'es

pp

Edison Vidigal

PDT

Jorge Vimml1

PDT

PMDB

Nosser AlmeidaRoberto Galvani

PMDB

Cardoso Alves

TitularesPDS

Salvador JulianelliSimão Sessim

PMDB

Tarcísio Delgado

PP

Louremberg NunesRocha

Suplentes

pnsLudgero RaulinoOsvaldo MeloSiqueira Campos

PMDB

Roberto FreireOctacilio Queiroz

PP

Sv:pAeJi1~"'3

PDS

Brasilio CaiadoDjalma BessaInocêncio Oliveira

Paulo Marques

Heitor AlencarFurta:do

Alcir Pimenta

Antônio DiasLuiz Rocha

Daniel Silva Caio Pompeu

REUNIõES

T.erças e quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário das CPIs - Anexo nSecretária: Mariza da Silva Mata

Anexo II - Ramal 6404

4) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QU~RITO DESTINADA A EXAMINARO ENVOLVIMENTO DE FIGURAS DAADMINISTRAÇAO FEDERAL, DIRETAE INDIRETA, NO FAVORECIMENTOÀ EMPRESA QUATRO RODAS HO·TaiS DO NORDESTE S/A E SUASCOLIGADAS, DE FORMA A CAUSAREVENTUAIS PREJUlZOS AO ERARIOpúBLICO

Evaldo AmaralIsaac NewtonAmilcar de Queirm,Mauro Sampaio

J'osé lv.Iauricio

REUNIõE-S

Alceu Collares

Bento Gonçalves

REQUERIMENTO N.o 123/80

Prazo: 7-5-81 a 31-5-82Presidente: Walt€r de Prá - PDS

Vice-Presidente: Túlio Barcellos - PDSRelator: Evandro Ayres de Moura

TitularesPDS

Louremberg l\funesRocha

.iI..n'éonio RussoDel Bosco Arns..ra!

Jorge UequedMareus Cunha

,João FalLStinoNelson Morro

Terças-feirasLocal: Anexo II - Plenário das CPIsRamais: 6'403 - 6405 - 6407Secretária: Marei Ferreira Borges

Joiio FaustinaLeur Lomant,1'lVie.tra. da. Sil1P,

PMDBTaroísio Delgado

PTB

Nilson GibsonRômulo Galvão

P'MIlB

!?].IDB

r~odes~(I da Silveira

TitularesPDS

Geraldo GuedesRaymundo Diniz

Elquisson SoaresIsrael Dias-Novaes

SuplentesPDS

VagoVagoVago

Afrísio Vieira LimaFrancisco BenjamimErnani saty,ro

VagoVagoVago

Israel Dias-Novaes

Vilela de Magalhães

Suplentes

PDS

2) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QU~RITO DESTINADA A INVESTI·GAR A SITUAÇAO DO PATRIMõNIOHISTóRICO E ARTfSTICO NACIO··NAL E AVALIAR A POLITICA DO GO"VERNO FEDERAL PARA SUA DEFE·SA E CONSERVAÇAO

RESOLUÇAO N.O 11, DE 1980

Prazo: 5-12-80 a 30-3-82

Presidente: Célio Borja - PDSVice-Presidente: Vicente Guabiroba - PDS

Relator: Fernando Coelho - PMDB

Titulares

PDS

Geraldo Guedes (PDS) - Livro Ir - Parte Es­pecial - Atividade NegociaI.

Afrísio Vieira Lima (PDS) - Livro UI - ParteEspecial - Coisas.

Igo Losse (PDS) - Livro IV - Parte Especial- Famfiia.

Tarcisio Delgado (PMDB) - Livro V - PllrleEspecial - Suoessões.

PMDBBrabo de Carvalho Roberto FreireFlávio ChavesLocal: Anexo TIRamais: 64.{)8 e 6409Secretário: .A11tônio Fernando Borges Manzam

l'?;EUNICiES

Quintas-feiras, às 10 horasAnexo Ir - Sala da'3 CPIsRamal: 6W6Secretário: Geraldo Jair Barras

Bezerra de MeloGeraldo Guedes

Ronan Tito

AIcebiades OliveiraAlvaro ValleHugo Napoleiío

3) COMISSAO PARLAMENTAR DE ItJ·QUaRITO DESTINJl\DA A APURARIRREGULARIDADES, DISTORÇõES EDEFICIENCIAS tm FUNCIONAMEN·TO DO ENSINO PAGO NO PAIS

RESOLUÇAO N.O 49/00Prazo: 6-S-81 a 2-6-82

Presidente: Feu Rosa - PDSVice-Presidente: Paulo Guerra - PDS

Relator: Edison Kha,ir - PMDB

PMDBOCtacilio de AlmeidaPaulo BorgesSérgio FerraraTidei de LimaValter Garcia

PTB

PDT

PMDBJosé Maria de CarvalhoLúcio CioniLuiz LealOdacir KleinRuy CôdoTertuliano Azevedo

PDT

PTB

TitularesPDS

Jayro MaltoniJoel RibeiroRaul BernardoRezende MonteiroRuy BacelarSimão Sessim

Audálio DantasAurélio PeresFernando LyraLázaro CarvalhoMário StammNabor Júnior

Aluizio Paraguassu

Alair FerreiraAlcides FranciscatoDarcy PozzaFrancisco LeãoHélio LevYHermes MacedoHidekel Freitas

Vilela de Magalhães

SuplentesPDS

Emidio PerondiFrancisco BenjaminJoaquim GuerraJorge PauloLéo SimõesNavarro Vieira FilhoVago

Paulo Pimentel

Airton SandovalFrancisco LibardoniFued DibGeraldo FlemingGilson de BarrosJoão Linhares

Eloy Lenzi

Diretor: Walter Gouvêa CostaLocal: .A11exo TI - Tel.: 226-2!}12 (direto)

Ramal 6400 e 6101

SeçãÚ' de COmiSWIlS Esp;;cialsChefe: Steila Prata da Silva. LopesLocal: Anexo n - Tel: 223-8289

(diteto) Ramais 6408 e M09

Se;;ão de Comissões Parlamentarellde Inquérito

Chefe: Lucy stumpf Alves de SouzaLocal. Anexo II - T'll.: 223-7230 (direto)

Ramal 6403

1) COMISSAO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634/75, DO PODER EXECUTI·VO, QUE INSTITUI O CóDIGO CIVIL

Presidente: João Linhares - p}'IDBVice-Plresidente: Igo Los.so - PDSVice-Presidente: Elquisoon Soares - PMDB

Relator-Geral: Ernani satyro - P'DS

Relatores Parciais:Israel Düm-Novaes (PMDB) - Parte Geral ­

Pessoas, Bens e Fatos JuricUcos.

Raymundo Diniz (PDSl - Livro I - Parte Es­pecial - Obriga>;ões.

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Terças-feiras, às 10:00 horaS'Local: Plenário das CPIS - Anexo IIRamal: 6404

Secretária: Myrthes Hooper Silva

REQUERIMENTO N.a 138/81Prazo: 12-8-81 a 26-4-82

Presidente: Alexandre Machado - PDSVice-Presidente: - PDS

Relator: Mário Stamm - PMDB

6) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN­QUe:RITO DESTINADA A APURARAS RAZOES DETERMINANTES DASCONSTANTES E CRESCENTES MA­JORAÇOES DAS TARIFAS DE AGUA,ESGOTO, LUZ, TELEFONE E TRANS·PORTE COLETIVO URBANO

5) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QU~RITO DESTINADA A APURARAS DISTORÇOES EXISTENTES NACOMERCIALlZAÇAO DO CAF~ BRA­SILEIRO

REQUERIMENTO N.a 139/81Prazo: 16-6-81 a 10-8-82

Presidente: Cardoso de Almeida - PDSVice-Presidente: Delson Scarano - PDS

Relator: Cardoso Alves - PMDB

Titulares

Lúcio CiOllíManoel GonçalvesMílvel'l1es Lima

Flled Dib

Júlio MartinsPedro Corrêa

PDS

PDS

PDT

PMDB

Octacilio QueirozWaldir Walter

PMDB

Suplentes

Fernando MagalhãesJoão AlbertoJúlio CamposLeorne Belém

Jorge GamaMário Frota

Alceu CoBares

REUNIõES

Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário das CPls - Anexo IISecretária: Maria Teresa de Barros Pereira

Anexo II - Ramal 6404

Antônio MazurekHenrique TurnerJayro Maltoni

Presidente: Castejon Branco - PDSVice-Presidente: sebastião Andrade - PDS

Relator: Adhemar Santillo - PMDB

REQUERIMENTO N.Q 140/81

Prazo: 29-9-81 a 11-6-82

Cristina TavaresMax Mauro

Titulares

REUNIõES

8) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QUI!RITO DESTINADA A APURARAS CAUSAS E CONSEQü!NCIAS DAFOME, DESNUTRIÇAO E FALTA DESAúDE NA POPULAÇAO DE BAIXARENDA NO BRASIL

QUintas-feiras, às 10 horas

Local: Plenário das CPls - Anexo II

Secretaria: Anexo II - Ramal 6410

Secretária: Nelma Cavalcanti Bonifácio

Valter Garcia

PMDB

PMDB

José Maria deCarvalho

João HerculinoMurilo Mendes

TitularesPDS

Diogo NomuraTheoctorico Ferraço

PMDB

Olivir Gabardo

Suplentes

PDS

Antônio Ferreira Cláudio StrassburgerAugusto Lucena Pedro CaroloChristóvam Chiaradia

Júlio CostamilanMauricio Fruet

Jorge Uequed

PDS

Amadeu Geara João HerculinoDélio dos Santos

Suplentes

Cesário BarretoDarcy p.o:zza

7) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QU~RITO DESTINADA A AVALIAROS RESULTADOS DA REFORMA DOENSINO DE 19 E 29 GRAUS

RESOLUQAO N9 18/81

Prazo: 13-B-81 a 27-4-B2

Presidente: Braga Ramos - PDSVice-Presidente: Francisco Leão - PDS

Relator: Nivaldo KrIlger - PMDB

REUNIõES

Terça-s-feiras, às 10 horasLocal: Plenário das CPls - Anexo IISecretária: Lourdinete Hon6rio Paiva

Anexo II - Ramal 6406

PMDB

Titulares

Angelo Magalhães José AlvesAntônio Zacarias

PDS

Altair Chagas Wildy ViannaAntônio Amaral 2 vagasJoel Ribeiro

Navarro VieiraOdulfo Domingues

Octávio TorrecilIaRonaldo Ferreira Dias.Victor Fontana

PDS

PMDB

PMDB

Gerson CamataHélio Duque

Suplentes

PDS

Elquisson SoaresRonan Tito

REUNIõES

Airton SandovalCristina Tavares

Antônio MorimotoAntonio UenoAthiê CouryHugo Rodrigues

da Cunha

Alvaro DiasCastejon Branco

Adriano ValenteAdolpho Franco

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IARI o CO GRESS CIO L

(Inclusa as despesas de correio)

PREÇO E ASSIN R

Seção I (CAmara dos Deputados)

Via-Superfície:

Semestre Cr$Ano Cr$Exemplar avulso Cr$

Seção II (Senado Federal)

Via-Superfície:

Semestre Cr$Ano Cr$Exemplar avulso Cr$

3.000,006.000,00

50,00

3.000,006.000,00

50,00

Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ouOrdem de Pagamento pela Caixa Eco,nô.mica Federal - Agência Parlamento, Conta-Corrente n9

950.052/5, a favor do:

Centro Gráfico do Senado Federal

Praça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF

CEP 70.160

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[ EDIÇÃO DE HOJE: 64 PÁGINAS

Centro Gráfico do Senado FederalCaixa Postal 1.203

Brasília - DF

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