31
Emergência JULHO / 2006 32 REPORTAGEM Atuação conjunta Corporação está ligada à Secretaria de Estado de Defesa Civil O CBMERJ percorreu um grande traje- to até chegar ao formato atual: ligado à Secretaria de Estado de Defesa Civil. De- pois que tornou-se órgão permanente, em 1860, o então Corpo de Bombeiros da Cor- te passou a denominar-se Corpo de Bom- beiros da Capital Federal, em 1889 - após a Proclamação da República. Em seguida, passou a ser chamado de Corpo de Bom- beiros do Distrito Federal. Isso até 1960, quando a capital brasileira mudou do Rio de Janeiro para Brasília. Aí, então, a enti- dade passou a ser Corpo de Bombeiros do Estado da Guanabara. Com a fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janei- ro, em 1975, nova mudança: Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Finalmente, com a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil, em 1983, a Cor- poração assumiu a identidade válida hoje: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. O coronel, secretário de Defesa e co- mandante geral do CBMERJ, Carlos Alberto de Carvalho, garante que o traba- lho conjunto tem suas vantagens. “Há 23 anos que o Corpo de Bombeiros é tam- bém Secretaria de Estado, ou seja, que o comandante geral é também secretário de Defesa Civil. Isso facilita muito nossa atu- ação, porque faz com que o comandante, como secretário de Estado, tenha acesso direto ao chefe do Poder Executivo. Des- sa forma, temos como repassar nossas ne- cessidades de maneira muito mais tran- qüila do que se tivéssemos que passar isso a uma terceira pessoa, que, por sua vez, repassaria ao governador”, analisa. “Então, este é um grande fator que contribui para o desenvolvimento de nossa instituição”, atribui. Para ele, “a Defesa Civil não preci- sa necessariamente ser feita por bombei- ros, mas todo bombeiro precisa conhecer sobre Defesa Civil”. Conforme o coronel, os trabalhos da De- fesa Civil e dos bombeiros têm muitas in- terfaces. “A interação acontece em diver- sas etapas. Existe a fase da prevenção, onde vários órgãos atuam, por exemplo, no ma- peamento de risco, na criação ou na catalo- gação de locais que possam servir de abri- go. Esta não é uma fase só dos bombeiros. No entanto, a segunda fase, que é a de socorro, atendimento ou resposta, é feita iminentemente por profissionais da Cor- poração. A terceira fase é a da assistência. É onde o bombeiro também atua como agente de Defesa Civil. Trata-se daquela fase em que, depois de feitos os resgates, é preciso prestar ajuda como Poder Públi- co – administração de abrigos, por exem- plo. A última fase é a da reconstrução, onde trabalha-se pela volta à normalidade depois de uma enchente ou deslizamento”, explica. O coronel, que está à frente do CBMERJ desde 2003, divulga alguns dados sobre a Corporação. “Possuímos 229 viaturas. Con- tamos com um efetivo de 15 mil bombei- ros. Temos 108 quartéis operacionais. Estamos presentes em 48 municípios do Rio de Janeiro – o que abrange 14 mi- lhões de habitantes. Dispomos, então, de um bombeiro para cada mil habitantes, que é o que preconiza a NFPA - National Fire Protection Association - entidade inter- nacional para o assunto” - destaca. GRUPAMENTOS Além das equipes normais de combate a incêndio, o CBMERJ também é conheci- do por manter grupos especializados de atuação. A Corporação carioca mantém, hoje, sete grupamentos especiais: Maríti- mo; de Busca e Salvamento; de Socorro e Emergência (GSE – que realiza atendimen- Inundações: Transbordamento do Canal do Man- gue; Desmoronamentos com mortes nos morros de Santa Tereza, Santo Antônio e Gamboa. 1906 17 DE MARÇO 24 DE OUTUBRO 1930 Incêndio nos jornais da cidade do RJ (“O País”, “A Noite”, “Jornal do Brasil” e “Gazeta de Notícias”) em decorrência da revolução implantada pelo Go- verno Provisório, em 23 de Outubro de 1930. 1954 7 DE MAIO Explosão na Ilha do Braço Forte, com morte de 17 bombeiros. DESASTRES MARCANTES NA HISTÓRIA DO CBMERJ 1984 16 DE AGOSTO Explosão na Plataforma de Enchova, Macaé, Ba- cia de Campos: 37 mortos e 25 feridos. 04 DE JULHO 1984 Queda de avião, Macaé/RJ: 18 mortos – repórte- res das redes Manchete, Globo, Bandeirantes e Educativa. 1982 13 DE JANEIRO Contaminação com produto químico, Mercado São Sebastião, Rio de Janeiro: três mortes devido ao vazamento de pentaclorofenato de sódio, conheci- do como “Pó da China”. 11 DE NOVEMBRO 1981 Incêndio no Edifício Vale do Rio Doce: aproximadamente 90 bombeiros feridos. Queda de viaduto, Avenida Paulo de Frontin: 26 mortos e 22 feridos. 20 DE NOVEMBRO 1971 2003 29 DE MARÇO Municípios do Norte e Noroeste Fluminense são atingidos pelo acidente ambiental provocado pelo derramamento de 1,2 bilhão de litros de resíduos químicos industriais, provenientes da indústria Cataguazes de Papel, no Estado de Minas Gerais. 1958 8 DE MAIO Colisão de trens: Estação da Mangueira, Rio de Janeiro, aproximadamente 90 mortos e cem feridos. 1964 28 DE JULHO Incêndio passeio público, Rio de Janeiro: Edifício Astória/ Cinelândia, com quatro mortos e 30 feridos. 1967 20 DE JANEIRO Deslizamento na rua General Glicério, Laranjeiras: dezenas de mortos e feridos. 2 DE JANEIRO 1966 Enchentes e desabamentos nos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro: aproximadamente 250 mortos e milhares de desabrigados. 17 DE DEZEMBRO 1961 Incêndio no centro de Niterói: 374 mortos, centenas de feridos, incêndio no Gran Circus Norte-Americano. 1988 31 DE DEZEMBRO Naufrágio (Bateau Mouche), Leme, Rio de Janeiro: 53 mortos - acidente ocorrido às 23h45 - durante reveillon de 1988. 26 DE FEVEREIRO 2004 Incêndio na Eletrobrás, centro do Rio de Janeiro. 1975 8 DE SETEMBRO Acidente envolvendo carro Auto Bomba, no bairro Vila Isabel: cinco bombeiros mortos. CBMERJ FATOS & FOTOS

REPORTAGEM Atuação conjunta - revistaemergencia.com.br · Corporação está ligada à Secretaria de Estado de ... te passou a denominar-se Corpo de Bom-beiros da Capital Federal,

Embed Size (px)

Citation preview

Emergência JULHO / 200632

REPORTAGEM

Atuação conjuntaCorporação está ligada à Secretaria de Estado de Defesa Civil

O CBMERJ percorreu um grande traje-to até chegar ao formato atual: ligado àSecretaria de Estado de Defesa Civil. De-pois que tornou-se órgão permanente, em1860, o então Corpo de Bombeiros da Cor-te passou a denominar-se Corpo de Bom-beiros da Capital Federal, em 1889 - apósa Proclamação da República. Em seguida,passou a ser chamado de Corpo de Bom-beiros do Distrito Federal. Isso até 1960,quando a capital brasileira mudou do Riode Janeiro para Brasília. Aí, então, a enti-dade passou a ser Corpo de Bombeiros

do Estado da Guanabara. Com a fusão dosEstados da Guanabara e do Rio de Janei-ro, em 1975, nova mudança: Corpo deBombeiros do Estado do Rio de Janeiro.Finalmente, com a criação da Secretariade Estado de Defesa Civil, em 1983, a Cor-poração assumiu a identidade válida hoje:Corpo de Bombeiros Militar do Estado doRio de Janeiro.

O coronel, secretário de Defesa e co-mandante geral do CBMERJ, CarlosAlberto de Carvalho, garante que o traba-lho conjunto tem suas vantagens. “Há 23

anos que o Corpo de Bombeiros é tam-bém Secretaria de Estado, ou seja, que ocomandante geral é também secretário deDefesa Civil. Isso facilita muito nossa atu-ação, porque faz com que o comandante,como secretário de Estado, tenha acessodireto ao chefe do Poder Executivo. Des-sa forma, temos como repassar nossas ne-cessidades de maneira muito mais tran-qüila do que se tivéssemos que passar issoa uma terceira pessoa, que, por sua vez,repassaria ao governador”, analisa. “Então,este é um grande fator que contribui parao desenvolvimento de nossa instituição”,atribui. Para ele, “a Defesa Civil não preci-sa necessariamente ser feita por bombei-ros, mas todo bombeiro precisa conhecersobre Defesa Civil”.

Conforme o coronel, os trabalhos da De-fesa Civil e dos bombeiros têm muitas in-terfaces. “A interação acontece em diver-sas etapas. Existe a fase da prevenção, ondevários órgãos atuam, por exemplo, no ma-peamento de risco, na criação ou na catalo-gação de locais que possam servir de abri-go. Esta não é uma fase só dos bombeiros.No entanto, a segunda fase, que é a desocorro, atendimento ou resposta, é feitaiminentemente por profissionais da Cor-poração. A terceira fase é a da assistência.É onde o bombeiro também atua comoagente de Defesa Civil. Trata-se daquelafase em que, depois de feitos os resgates,é preciso prestar ajuda como Poder Públi-co – administração de abrigos, por exem-plo. A última fase é a da reconstrução, ondetrabalha-se pela volta à normalidade depoisde uma enchente ou deslizamento”, explica.

O coronel, que está à frente do CBMERJdesde 2003, divulga alguns dados sobre aCorporação. “Possuímos 229 viaturas. Con-tamos com um efetivo de 15 mil bombei-ros. Temos 108 quartéis operacionais.Estamos presentes em 48 municípios doRio de Janeiro – o que abrange 14 mi-lhões de habitantes. Dispomos, então, deum bombeiro para cada mil habitantes,que é o que preconiza a NFPA - NationalFire Protection Association - entidade inter-nacional para o assunto” - destaca.

GRUPAMENTOSAlém das equipes normais de combate

a incêndio, o CBMERJ também é conheci-do por manter grupos especializados deatuação. A Corporação carioca mantém,hoje, sete grupamentos especiais: Maríti-mo; de Busca e Salvamento; de Socorro eEmergência (GSE – que realiza atendimen-

Inundações: Transbordamento do Canal do Man-gue; Desmoronamentos com mortes nos morrosde Santa Tereza, Santo Antônio e Gamboa.

1906 17 DE MARÇO

24 DE OUTUBRO 1930 Incêndio nos jornais da cidade do RJ (“O País”, “ANoite”, “Jornal do Brasil” e “Gazeta de Notícias”)em decorrência da revolução implantada pelo Go-verno Provisório, em 23 de Outubro de 1930.

1954 7 DE MAIO

Explosão na Ilha do Braço Forte, com morte de 17bombeiros.

DESASTRES MARCANTES NA HISTÓRIA DO CBMERJ

1984 16 DE AGOSTOExplosão na Plataforma de Enchova, Macaé, Ba-cia de Campos: 37 mortos e 25 feridos.

04 DE JULHO 1984 Queda de avião, Macaé/RJ: 18 mortos – repórte-res das redes Manchete, Globo, Bandeirantes eEducativa.

1982 13 DE JANEIROContaminação com produto químico, Mercado SãoSebastião, Rio de Janeiro: três mortes devido aovazamento de pentaclorofenato de sódio, conheci-do como “Pó da China”.

11 DE NOVEMBRO 1981Incêndio no EdifícioVale do Rio Doce:aproximadamente 90bombeiros feridos.

Queda de viaduto, Avenida Paulo de Frontin: 26mortos e 22 feridos.

20 DE NOVEMBRO1971

2003 29 DE MARÇOMunicípios do Norte e Noroeste Fluminense sãoatingidos pelo acidente ambiental provocado peloderramamento de 1,2 bilhão de litros de resíduosquímicos industriais, provenientes da indústriaCataguazes de Papel, no Estado de Minas Gerais.

19588 DE MAIO

Colisão de trens: Estação da Mangueira, Rio deJaneiro, aproximadamente 90 mortos e cem feridos.

196428 DE JULHOIncêndio passeiopúblico, Rio de Janeiro:Edifício Astória/Cinelândia, com quatromortos e 30 feridos.

196720 DE JANEIRODeslizamento na rua General Glicério, Laranjeiras:dezenas de mortos e feridos.

2 DE JANEIRO1966Enchentes e desabamentos nos Estados daGuanabara e do Rio de Janeiro: aproximadamente250 mortos e milhares de desabrigados.

17 DE DEZEMBRO1961Incêndio no centro de Niterói: 374 mortos,centenas de feridos, incêndio no Gran CircusNorte-Americano.

198831 DE DEZEMBRONaufrágio (Bateau Mouche), Leme, Rio de Janeiro:53 mortos - acidente ocorrido às 23h45 - durantereveillon de 1988.

26 DE FEVEREIRO 2004Incêndio na Eletrobrás, centro do Rio de Janeiro.

1975 8 DE SETEMBRO

Acidente envolvendo carro Auto Bomba, no bairroVila Isabel: cinco bombeiros mortos.

CBM

ERJ

FATO

S &

FO

TOS

Emergência 33JULHO / 2006

to pré-hospitalar); de Socorro Florestal eMeio Ambiente; Tático para Suprimentode Água para Incêndios (GTSAI); Opera-ções com Produtos Perigosos (GOPP);Operações Aéreas (GOA).

O coronel De Carvalho faz os seus des-taques. “O Marítimo é um dos que vêmcrescendo bastante. Há pouco, tivemos aoportunidade de inaugurar o primeirogrupamento especializado na área fora dacidade do Rio de Janeiro. Implantamos oserviço em Niterói, na Praia de Itaipu”,sublinha. “Também criamos o GrupamentoTático para Suprimentos de Água para In-cêndio (GPSAI). Essa unidade tem a fun-ção de garantir o abastecimento de águaem qualquer grande incêndio, ou seja, temo objetivo de garantir recursos hídricos su-ficientes durante trabalhos de extinção defogo”, enfatiza.

O Grupamento de Operações Aéreas éoutra equipe ressaltada pelo coronel e se-cretário de Defesa Civil carioca. “Temosum hangar no aeroporto de Jacarepaguá.Lá está localizada a primeira aeronave decombate a incêndio do Brasil”, divulga.Com capacidade de armazenamento de3.100 litros, o Air Tractor 802F tem auto-nomia de vôo na faixa de cinco horas. Oavião foi adquirido pela Corporação emfunção do TAC (Termo de Ajuste de Con-duta) imposto à Petrobras em 2000 (de-pois do derramamento de óleo na Baía de

Guanabara). “Na época, ficou acordadoque parte dos recursos da medida com-pensatória exigida da Petrobras seria des-tinada ao Corpo de Bombeiros. Então, op-tamos por aplicar este recurso na comprado avião”, relata.

Conforme conta De Carvalho, operaçõesaéreas são utilizadas, sobretudo, em incên-dios florestais, cujo acesso por terra sejadificultado. “A eficácia do avião tem sidotamanha que depois que começou a ope-rar, não vimos mais grandes incêndios noRio de Janeiro”, garante.

Além disso, como lembra o tambémsecretário de Defesa, a aeronave tem sidoútil a corporações de outros estados. “Emum trabalho recente, ajudamos o Sergipe.Eles vinham tentando combater um incên-dio florestal havia uma semana sem suces-so. Então, entramos para tentar ajudar. De-pois de nove lançamentos de nosso aviãode combate, o fogo foi extinto”, divulga.

AÇÕES SOCIAISFalando em ajuda, um dos destaques da

Secretaria de Estado de Defesa Civil e doCorpo de Bombeiros mais antigo do Bra-sil são também os projetos de aproxima-ção com a comunidade. O Projeto Botinhoé um exemplo destes programas. Em atu-ação desde 1964 (antes conhecido comoSalvamar), o projeto visa a disseminaçãode conhecimentos básicos sobre a dinâ-

ASS

ESSO

RIA

DE

CO

MU

NIC

ÃO

SO

CIA

L D

O C

BMER

J

A atuação conjunta entre Corpo de Bombeiros e Defesa Civil temmuitas interfaces. Esta interação acontece em diversas etapas,facilitando o trabalho dos órgãos

TRABALHOINTERATIVO

Emergência JULHO / 200634

REPORTAGEM

.

mica dos mares, técnicas de abordagem esalvamento no mar e orientações sobreprimeiros socorros. O programa é voltadoa crianças e adolescentes de 7 a 17 anose se estende pelos 1042 quilômetros delitoral do Rio de Janeiro.

O Programa Saúde na Escola é outro mo-tivo de orgulho. Pelo menos é assim queconsidera o coronel e secretário de Defe-sa, Carlos Alberto de Carvalho. “Este tra-balho tem como objetivo a presença demédicos e dentistas da Corporação, reali-

ASS

ESSO

RIA

DE

CO

MU

NIC

ÃO

SO

CIA

L D

O C

BMER

J

Programa de destaque feito com a comunidade visa adisseminação de conhecimentos básicos sobre dinâmicados mares, técnicas de abordagem e salvamento no mar e orientaçõessobre primeiros socorros

PROJETOBOTINHO

zando ações prevencionistas na escola. Oprograma é tão importante neste aspectode prevenção de doenças que várias mãestêm procurado nossos profissionais, até nosentido de dar orientações relacionadas àgravidez e à educação sexual a seus fi-lhos”, diz. A Corporação toca, ainda, o Pro-jeto Sangue – A Cor da Vida. Com apoiodo Hemorio, além de estabelecer postosde coleta, a Corporação trabalha na difu-são de campanhas pró-doação sanguínea.

A coleta de leite materno é outra ativi-

dade desempenhada por agentes de Defe-sa e bombeiros. Assim, o programa Bom-beiro Amigo do Peito, visa contemplarmães que possuam problemas para ama-mentação através da doação de outrasmães voluntárias. “O bombeiro recolheas doações e leva o material ao InstitutoFernandes Figueira, que armazena, pasteuri-za e distribui o leite a diversos hospitaispúblicos do Estado”, descreve o coronelCarlos Alberto de Carvalho.

SESQUICENTENÁRIODepois de um século e meio de atuação,

o CBMERJ quer mesmo é comemorar. Paraisto, já programou uma lista de atividadesque começaram em junho e adentramjulho – mês em que foi criado. Entre elas,o VIII Senabom (Seminário Nacional dosBombeiros), o II Defencil (Seminário In-ternacional de Defesa Civil) e o XVIComsaude (Congresso Militar de Saúde),eventos que ocorrem nos dias 11 a 14 dejulho, no Rio de Janeiro.

Além de eventos, também ocorrerãotorneios, formaturas, inauguração das no-vas instalações do Museu do CBMERJ, con-cursos, exposições e até o lançamento deum livro comemorativo.

Apesar de ser um evento concentradono Rio de Janeiro, o comandante De Car-valho acredita que o sesquicentenário doCBMERJ é motivo de comemoração paratodas as corporações do País. “Como o Riode Janeiro foi o precursor, muitas das ou-tras corporações foram criadas através deum agente, de um bombeiro carioca. En-tão, a festa é de todos os bombeiros doBrasil”, entusiasma-se.

RESGATE

Emergência JULHO / 200636

O dia em que a Vila virou inferno

de fevereiro de 1984. Sába-do de carnaval. Por volta dameia-noite, enquanto o país

batão, Dalton Leal Dias, a causa do incên-dio, no entanto, nunca foi descoberta.“Mas a existência sem qualquer controlede uma favela sobre o duto, repleta depessoas sem quaisquer conhecimentos deriscos, treinamentos simulados, a demorado atendimento e a falta de evacuaçãopreventiva imediata de toda área sinistra-da, com certeza foi a causa raiz do proble-ma. Qualquer acionamento elétrico, uminterruptor, por exemplo, poderia dar inícioà ocorrência”, afirma.

Durante a tarde de sábado, o vazamentojá era visível na superfície da água. Com amaré em processo de cheia, o nível daágua se elevou até os assoalhos das pa-lafitas. Milhares de litros de gasolina foram recolhidos pela população com o intuitode serem posteriormente vendidos. Então,por volta das 23h30min, a Refinaria deCapuava iniciou o bombeamento para oTerminal da Alemoa, em Santos, atravésdo oleoduto. Mas, por falha de comunica-ção, algumas válvulas estavam fechadas,o que fez com que o duto que estava par-cialmente vazando na vila não suportassea carga e se rompesse, lançando grandequantidade do combustível por baixo dolençol de águas retidas na bacia.

DIFICULDADESPara conter o fogo e atender as vítimas,

foi mobilizado o Corpo de Bombeiros, aDefesa Civil, PAMs da região, bombeirosdas indústrias, funcionários da prefeitura,além de pessoas de outras cidades e volun-tários da comunidade. Os principais pro-cedimentos de emergência adotados forama evacuação da área, o resgate de feridos,identificação de vítimas e operações es-peciais de extinção e controle do incêndio.

Um dos problemas encontrados durantea operação foi a largura das ruas e o man-gue, impedindo a passagem das viaturas.Isolar a área, segundo Dias, foi outro pro-blema na ocasião. “Tivemos dificuldadesde isolamento da área, disposta de saídaspara a via Bandeirantes e Anchieta. Porser uma área de invasão sem controle dapopulação efetiva, tinha sérios problemassociais e a dificuldade técnica de isola-mento foi aliada ao pânico, natural dosgrandes acidentes”, diz. Além disso, a faltade recursos da época foi outro agravante.“Enfrentamos a falta de equipamentos emateriais compatíveis com as necessidadesreais para controle de incêndios de gran-des proporções, como LEG (Líquido Gera-dor de Espuma) e recursos humanos paraatender as vítimas”, desabafa.

No dia seguinte, algumas cenas que fi-caram na memória: crianças mortas por as-fixia dentro de geladeiras, onde foram co-locadas pelos pais na esperança de escaparReportagem de Lia Nara Bau

24pulava e cantava embalado pelos sambas-enredo, tinha início uma tragédia na VilaSocó, uma favela de Cubatão/SP. Um dutode gasolina do oleoduto da Petrobrás quepassava sob a vila se rompeu e um incêndiotomou conta do lugar. No dia anterior, osmoradores já haviam sentido cheiro de ga-solina. O vazamento foi de mais de 3 mi-lhões de litros. A vila ficava sob um man-gue, que, naquele momento, era, na verda-de, um imenso caldeirão com uma camadade combustível que tomou conta de todasas áreas das palafitas. Na época, a favelapossuía cerca de 6.000 moradores.

Oficialmente, foram 93 mortos, equiva-lente ao número de corpos encontrados.Os dados extra-oficiais, no entanto, apon-tam para números alarmantes. Acredita-se que a maioria dos corpos tenha desapa-recido em conseqüência da alta tempera-tura – calculada em torno de mil grauscentígrados – que persistiu durante horas.Um corpo ao ar livre, exposto por uma ouduas horas a mil graus centígrados, prova-velmente vira cinza. Estima-se que 453 pes-soas morreram. Segundo o ex-coordenadordo PAM (Plano de Auxílio Mútuo) de Cu-

JORN

AL

A T

RIBU

NA

DE

SAN

TOS

RESGATE

◗22 anos depois, a tragédia da Vila Socó ainda revela lições◗22 anos depois, a tragédia da Vila Socó ainda revela lições

Emergência 37JULHO / 2006

do incêndio, e casais mortos abraçados. Umadas vítimas, porém, virou uma espécie desímbolo da tragédia: grávida, exibia na peleo contorno do feto, quase um desenho emalto relevo, morto no seu ventre.

CORROSÃOLaudos da época afirmam que no ponto

de rompimento do duto em frente à VilaSocó havia alto índice de corrosão. SegundoDias, a falta de manutenção preventiva temna corrosão a maior inimiga de dutos pe-trolíferos e petroquímicos. “Este duto estavasob água salobra, que facilita muito o processode corrosão externa. Mas também já haviacomprometimento interno pela falta de pro-teção e manutenção preventiva”, explica.

Segundo o ex-coordenador do PAM, o du-to não possuía revestimento anticorrosivo,válvulas de bloqueios e dispositivos de se-gurança de desarme automático por alta pres-são. A legislação exige que todos os tanquesde armazenamento subterrâneos possuamsistemas de proteção anticorrosiva e tenhamsupervisionamento profissional qualificado.Segundo a Lei Estadual de São Paulo nº 365/92, é vedada a instalação de depósitos, comestrutura metálica, enterrados ou semi-en-terrados, de armazenamento do combustível,em postos de serviço automotivo e suascorrespondentes tubulações, sem proteçãocontra a corrosão. De acordo com Dias, algunsmétodos devem ser utilizados para combatera corrosão. “Podem ser usadas tintas e reves-timentos anticorrosivos, proteção catódica,seleção de material e inibidores de corro-são”, esclarece. Segundo ele, a situação atualdos dutos da Vila Socó é bem diferente de22 anos atrás. “Os dutos foram substituídose hoje sofrem processos de manutenção pe-riódica. Foram dotados de válvulas e dispo-sitivos de autobloqueio em caso de excessode pressão ou necessidade de bloqueios ma-nuais”, assegura.

MELHORIASA extensão da tragédia chamou a atenção

das autoridades. A Petrobrás trocou todo osistema de oleoduto, proibiu a construçãode barracos sobre a faixa de segurança depassagem da canalização, construiu casas paraos sobreviventes, indenizou as vítimas, im-plantou um projeto de urbanização, escola eárea de lazer, enquanto a Prefeitura aterrouo mangue. “A área foi totalmente aterrada esobre os dutos, em toda a sua extensão, foiconstruída uma ciclovia”, fala Dias.

Hoje não há mais barracos na Vila, que atémudou de nome. Agora é conhecida ofi-cialmente como Vila São José. No lugar dafavela há um bairro urbanizado com mais de4.000 habitantes, ruas asfaltadas, escola e

posto de saúde. A Justiça não apontou respon-sáveis, mas os atingidos pelo acidente foramindenizados pela Petrobrás. “Hoje a Vila temvida normal e, além de várias melhorias comoáreas de lazer e outras infra-estruturas dispo-nibilizadas, sofre uma vigilância constante pe-los segmentos constituídos. Mas ninguémquer lembrar do pesadelo”, lamenta Dias. Pa-ra ele, o essencial é que hoje o local estáprotegido de novos incidentes. “Com a cober-tura de toda a área, foi eliminada totalmentea possibilidade de grandes ocorrências.Anteriormente, as palafitas estavam cons-truídas em uma área alagada com influênciadas marés, fato que possibilitava o espalha-mento de toda a gasolina, que por ser maisleve do que a água se concentrava sobre oespelho d’água em toda a superfície ocupa-da”, lembra.

APRENDIZAGEMInfelizmente, é apenas em situações como

esta que ocorreu na antiga Vila Socó que sãoaprimorados os serviços de atendimento àsemergências. Hoje, a integração dos quatroPAMs da Baixada Santista auxilia no aperfei-çoamento dos atendimentos. “A junção dosPAMs, atuando de forma integrada, tornou oatendimento às emergências mais rápido,mais agilizado”, fala Dias. Além disto, oUNEP, Programa de Meio Ambiente daONU, iniciou o projeto APEL, nos anos 90,em Cubatão, para atender acidentes amplia-dos junto à comunidade, capacitando os mo-radores para atuar em casos de acidentes. Aproposta é orientar a comunidade, através daslideranças comunitárias, sobre como agir eauxiliar em uma emergência.

Dias acredita que ações preventivas comoeste projeto, poderiam ter evitado a tragédia.“Deveria ter sido desencadeada uma açãopreventiva rápida a partir do momento quese identificou o odor da gasolina no ar e asua localização. Por exemplo, se a área fossepreventivamente coberta por espuma mecâ-nica e a população advertida dos riscos, certa-mente a maioria das palafitas seriam abando-nadas, não ocorreria a ignição do vazamento enão teríamos tantas vítimas a lamentar”, sa-lienta.

Mas o que, afinal, a tragédia ensina? ParaDias, a principal aprendizagem foi a necessi-dade de prevenir os riscos a que estão sujeitasas populações que habitam áreas invadidas ede difícil acesso. “O descaso, a falta de con-trole, a permissividade e a facilidade para in-vasões de áreas públicas geram condiçõesde riscos iminentes, dificuldade de acesso rá-pido para socorro emergencial necessário eresgate de vítimas. Geralmente, o quadro éo mesmo: perda total de bens e da vida demuitos inocentes”, ressalta.

CRONOLOGIA DA TRAGÉDIA

18h Moradores da Vila Socó se queixamde forte cheiro de gasolina que vinha

do mangue.

15h A existência de vazamento já é visí-vel pela presença de um filme oleoso

sobre a superfície da água que cobria toda abacia do oleoduto. O nível da água se elevacom a cheia e milhares de litros de ga-solina começam a ser recolhidos pela po-pulação com o intuito de serem posterior-mente vendidos.

23h30 A Refinaria de Capuava inicia obombeamento de gasolina para o

Terminal da Alemoa, em Santos, através dooleoduto. Mas, por falha de comunicação,algumas válvulas estavam fechadas, fazendocom que o duto que estava parcialmente va-zando na vila não suporte a carga e se rompa.

24h O rompimento mecânico do oleodutona Vila Socó dá início a um incên-

dio de grandes proporções (mais de 44mil/m2), lançando grande quantidade de gasolinanas águas do mangue. Cada palafita éconsumida em menos de um minuto.

9h Dezenasde corpos

carbonizados sãoenfileirados nabeira da AvenidaB a n d e i r a n t e s .Pessoas tentamencontrar ou ter no-tícias de parentesdesaparecidos.Corpos carboniza-dos são encontra-dos até sobre os tri-lhos da via férrea.

Capa do jornal ATribuna de Santos

15h Devido ao forte odor de corpos quei-mados, a Polícia Militar providencia a

cobertura da área com cal.

1h30 A Vila está tomada por meio mi-lhão de litros de gasolina e étotalmente destruída pelo fogo.

DIA 23/02/84

DIA 24/02/84

DIA 25/02/84

INTERNACIONAL

Emergência JULHO / 200638

Referênciamundial

◗ O paramédico Larry Newell fala sobre a situação e ofuturo do atendimento de emergência

Diretor Executivo do ECSI (Emergency Care and Safety Institute) – instituiçãoresponsável pelo desenvolvimento de programas de treinamento em atendimentoàs emergências desenvolvidos pela AAOS (American Academy of OrthopaedicSurgeons) e endossado pelo ACEP (American College of Emergency Physicians)-, Larry Newell, esteve presente no Brasil no mês de maio e concedeu umaentrevista exclusiva à Revista Emergência. Professor, escritor e paramédico PhDhá quase 20 anos, este norte-americano já desenvolveu ao longo de sua carreiramais de 70 programas de treinamento em vídeo, DVD e mediados porcomputador. Nesta entrevista, ele fala sobre os procedimentos em emergências,catástrofes, o uso de tecnologia e a situação do atendimento nos Estados Unidose no mundo.

QUAIS OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARAQUE UMA EMERGÊNCIA SEJA ATENDIDA COMEFICÁCIA?Dentre os elementos fundamentais, temos apreparação, tempo de resposta e segurançana cena, para garantir que outras pessoas nãovenham a se tornar vítimas do procedimentoque você está fazendo, ou seja, espera-se queo atendente não agrave a lesão da vítima enão produza outras vítimas. Além disso, umavez que você se propõe a auxiliar uma vítima,precisa ter qualificação para fazer uma ava-liação eficiente, identificando o problema omais rápido possível e realizando o procedi-mento correto para atendê-la da melhor ma-neira possível, dentro de uma qualidade deaplicação que se esperaria que uma outrapessoa, com o mesmo nível de treinamentoe sob as mesmas circunstâncias, seria capazde fazer. Dessa forma, pode-se buscar refe-rências para um padrão de atendimento.

CATÁSTROFES ACONTECEM CADA VEZ MAISNO MUNDO. COMO AS EMERGÊNCIAS, EMNÍVEL MUNDIAL, ESTÃO ACOMPANHANDOESSAS DEMANDAS?Na realidade é que não estamos preparados.Mesmo os Estados Unidos, ocupando posiçãohegemônica no mundo, em termos de desen-volvimento para atender às emergências, teve,recentemente, o confronto com o furacãoKatrina que destruiu tudo. Então, tudo aquiloque tínhamos de preparação não serviu paranada. Com isso, chegamos à conclusão de queos demais países que também passaram porsituações similares como Tsunami e outrascatástrofes ambientais, assim como os EstadosUnidos, não estavam preparados para lidarcom esses acontecimentos. Essa falta de pre-paração nos leva a entender que temos quemudar o modelo e nos reorganizar. Precisamostreinar milhares de First Responder, pois esteé o primeiro nível profissional de atendimentoà emergência. Precisamos de mais profissio-nais deste nível, porque, algumas vezes, elestêm que fazer o atendimento durante 72horas, até que os sistemas de emergênciapossam chegar ao local. Mas isto não é tudo.Os hospitais e os médicos têm que estarpreparados também para isso, assim como ossistemas de trânsito, de carros, de aeronavese de embarcações.

COMO AS TECNOLOGIAS TÊM AJUDADO ALIDAR COM A QUESTÃO DAS EMERGÊNCIASNO DIA-A-DIA?A tecnologia tem dado uma ajuda substancial

Larry Newellé uma das maiores

autoridades no assuntoemergência.

Paramédico PhDleciona em

universidades e jáescreveu diversos

livros e manuais deinstrutores.

Por Cristiane Reimberg

INTERNACIONAL

JULHO / 2006

Emergência 39JULHO / 2006

para salvar vidas. O telefone celular, porexemplo, permite que imediatamentevocê possa chamar ajuda no lugar que está.Tecnologias também têm sido empregadasna utilização de ambulâncias que têmcondições de usar sistemas de posiciona-mento global por satélite, tanto para lo-calizar chamadas, quanto para a instituiçãopoder rastrear a ambulância durante todoo tempo. O outro exemplo do empregoda tecnologia pode ser obtido na desfibri-lação imediata, aplicada ainda no local.Neste processo, socorristas leigos, comapenas 12 horas de treinamento, conse-guem aplicar choques com o DEA paratentar reverter um quadro evidente demorte, sem necessidade de correr para ohospital, aumentando as chances de so-brevivência. Tem ainda a questão da tele-metria que permite que você transmita si-nais vitais à distância, inclusive, com usode câmaras, permitindo que o médico, nohospital, converse com a vítima e com oparamédico. Esse sistema permite informaro médico sobre as condições da vítima epreparar a sua recepção.

ESTAS TECNOLOGIAS TAMBÉM TÊM SIDOAPLICADAS NAS CATÁSTROFES?A tecnologia aplicada nessas emergênciasde catástrofes é mais uma preparação, poisevita que elas peguem a população desurpresa, através de sistemas de satélites,de sensores de terremotos, de vulcões, depercepção de informação de climas favo-ráveis à formação de tornados, do conhe-cimento sistematizado das medições dastemperaturas e das pressões atmosféricasque levam às mudanças de vento.

QUAL A SUA AVALIAÇÃO SOBRE ASNOVAS DIRETRIZES RCP(RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR) EACE (ATENDIMENTO CARDIOVASCULARDE EMERGÊNCIA), PUBLICADAS EMNOVEMBRO DE 2005 PELA AMERICANHEARTH ASSOCIATION?Vejo que essas modificações foram pro-fundas e, talvez, as mais importantes edrásticas que ocorreram no campo das dire-trizes de RCP e ACE, uma vez que elasforam produzidas a partir de conhecimen-tos específicos e a partir da união com oseducadores, ou seja, aqueles que têm queprover o treinamento. Então, na medidaque a ciência e os educadores chegam aum ponto comum facilita que aqueles as-pectos científicos sejam implementados apartir de regras e de educação, permitindo

que no treinamento a pessoa consigarelembrar quais os passos que tem quedar no momento em que tiver que colocaras técnicas em prática. Essa foi a grandevantagem. Mas essas mudanças drásticas,embora uma vez fundamentadas emaspectos científicos, sinalizam conflitoscom a tecnologia dos Desfibriladores Ex-ternos Automáticos que já foram adquiri-dos, porque foi modificado o número dechoques que devem ser dados em se-qüência. A partir daí, dos três que eramdados em seqüência, agora apenas um éindicado para ser intercalado por RCP.Portanto, essas milhares de máquinasespalhadas pelo mundo terão que serrenovadas, causando, indiscutivelmente,impacto na economia, uma vez que muitashaviam sido adquiridas recentemente.Além disso, será um problema para aspessoas que estiverem ministrando trei-namentos, porque terão que saber comolidar e se posicionar nessa fase de tran-sição, que exigirá cursos baseados tantono processo anterior como no atual.

AQUI NO BRASIL NÃO TEMOS APROFISSÃO DE PARAMÉDICO. QUAL AIMPORTÂNCIA DESSE PROFISSIONALNUM ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA?O paramédico completa a Corrente deChance de Sobrevivência. É como se fosseum médico, apesar de ser um técnico, po-rém, que tem uma atuação específica con-centrada, substancialmente, em preservarsinais vitais. Ao invés de você ter um mé-dico na rua, um profissional caro, que ne-cessita de muitos anos de estudo para seformar, aos custo de milhares de dólares,você emprega um técnico que se formaem 1200 horas e, com isso, consegueproduzir uma extensão do médico quechega às ruas.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAISEMERGÊNCIAS DO SÉCULO XXI ECOMO O TREINAMENTO SE VOLTA

PARA ESSAS QUESTÕES?A questão é que o século XXI começoucom uma mudança no panorama dos tiposde ameaças que afligem a sociedade mo-derna. São novos tipos de problemas comoo aquecimento global que traz catástrofesclimáticas, nunca antes registradas, e emáreas que não têm registros de já teremsido atingidas. Outro novo problema é aquestão da acessibilidade de pessoas àsinformações, permitindo fabricar armas dedestruição em massa, tanto bombas bio-lógicas, como bombas químicas e outrosrecursos para matar que estão associadosao terrorismo. Diante desse novo para-digma, foi necessário fazer uma adequaçãona preparação de atendimento às emer-gências, através de recursos técnicos queincluem: descontaminação de área, deequipes, ambulâncias, equipamentos e dasvítimas, antes que elas possam entrar emum hospital.

QUAL SUA VISÃO SOBRE O FUTURO DASEMERGÊNCIAS NO MUNDO?O futuro se caracteriza como uma depen-dência continuada do tempo, ou seja, aspessoas correm contra o tempo e issocontribui para aumentar os níveis de es-tresse. Diante do estresse, o organismodeposita placas no sistema arterial cardíacopredispondo às doenças cardiovasculares.A obesidade também dá uma nova feiçãoao cenário futuro e isso também predispõeas pessoas às doenças cardiovasculares.Além disso, nos grandes centros urbanos,estamos presos, permanentemente, a umtrânsito caótico. Isso é munição paraalimentar os níveis de estresse, causandonão só doenças cardiovasculares, mastambém dos sistemas endócrino e res-piratório, além dos traumas decorrentesdas colisões veiculares. O próprio ar con-taminado das grandes cidades contribuicom o aquecimento global e aumentaas possibilidades de catástrofes ambi-entais – é um processo cinegético. Todaesta tensão na sociedade também fazcom que as comunidades entrem emchoque e cheguem aos atos de terro-rismo e guerras. Então, o cenário de visãofutura é de cada vez mais tensão para osprofissionais que atuam nos atendimentosàs emergências, e, conseqüentemente, setornam uma das maiores vítimas. Comisso tudo, nós vemos que o melhor nãoé mudar o sistema de atendimento àsemergências, mas mudar a sociedade queas produz.

O melhor não é mudar o sistemade atendimento às emergências,mas mudar a sociedadeque as produz“

ARTIGO TÉCNICO

Emergência JULHO / 200640

◗A atuação da enfermagem num acidente industrial ampliado

Assistência organizadaste artigo discorre sobre a atuaçãodo enfermeiro do Trabalho comogerente ou membro de uma equi-

cursos na área afetada pelo desastre e nosdiferentes escalões do SINDEC (SistemaNacional de Defesa Civil). Quanto à in-tensidade, os desastres são classificados emquatro níveis (ver Quadro Níveis de Inten-sidade, página 43).

EVOLUÇÃOQuanto à evolução, os desastres são clas-

sificados em: Súbitos ou de evolução agu-da; Graduais ou de evolução crônica; Porsomação de efeitos parciais. Os desastressúbitos ou de evolução aguda caracteri-zam-se pela subtaneidade, pela velocida-

de com que o processo evolui e, normal-mente, pela violência dos eventos adver-sos causadores dos mesmos. Podem ocor-rer de forma inesperada e surpreendenteou ter características cíclicas e sazonais,sendo facilmente previsíveis. No Brasil, osdesastres de natureza cíclica e caráter sa-zonal são os de maior prevalência.

Os desastres graduais de evolução crô-nica, ao contrário dos súbitos, caracterizam-se por serem insidiosos e por evoluírematravés de etapas de agravamento progres-sivo. No Brasil, o desastre mais importan-te é a seca, pois apresenta essa caracterís-

Alexandre GalvãoFernandes - Enfermeiro doTrabalho, enfermeiro doServiço de AtendimentoMóvel de Urgência – SAMU– 192 Metropolitana I, doRio de Janeiro e adjunto doDepartamento de Socorro eDesastre da Cruz VermelhaBrasileira – Orgão Central. [email protected]

Epe de enfermagem frente à resposta a aci-dentes que podem ocorrer dentro de par-ques industriais e que podem assumir pro-porções de desastre, sendo caracterizadoscomo acidentes industriais ampliados. Oobjetivo é rever algumas questões no quetange à organização da estrutura da assis-tência num acidente industrial ampliado ediscutir pontos relevantes de informaçãopara o enfermeiro do Trabalho que atuaneste.

Desastre é o resultado de eventos adver-sos, naturais ou provocados pelo homem,sobre um ecossistema (vulnerável), cau-sando danos humanos, materiais e/ou am-bientais e conseqüentes prejuízos econô-micos e sociais. Os desastres são quantifi-cados em função dos danos e prejuízos,em termos de intensidade, enquanto queos eventos adversos são quantificados emtermos de magnitude. A intensidade de umdesastre depende da interação entre a mag-nitude do evento adverso e o grau devulnerabilidade do sistema receptor afeta-do. Normalmente, o fator preponderante paraa intensificação de um desastre é o grau devulnerabilidade do sistema receptor.

Os desastres classificam-se quanto à in-tensidade, evolução e origem. A classifica-ção geral dos desastres quanto à intensi-dade pode ser estabelecida em termos ab-solutos ou em termos relativos. Em admi-nistração de desastres, a classificação deacordo com critérios relativos é mais pre-cisa, útil e racional. Esta classificação, deacordo com critérios relativos, baseia-se narelação entre a necessidade de recursospara o restabelecimento da situação denormalidade e a disponibilidade desses re-

ROD

RIG

O C

ASE

LLI B

ELÉM

Emergência 43JULHO / 2006

tica de agravamento progressivo. Os desomação de efeitos parciais caracterizam-se pela somação de numerosos acidentes(ou ocorrências) semelhantes, cujos danos,quando somados ao término de um de-terminado período, definem um desastremuito importante. No Brasil, os estudosepidemiológicos demonstram que os de-sastres por somação de efeitos parciais sãoos que provocam os maiores danos anu-ais. Dentre os desastres por somação deefeitos parciais, destacam-se: os acidentesde trânsito; os acidentes de trabalho; osacidentes com crianças no ambiente do-miciliar e peridomiciliar. Os acidentes comcrianças no ambiente familiar e peridomi-ciliar destacam-se mundialmente por se-rem a segunda maior causa de morbilidadee mortalidade entre crianças com menosde cinco anos e a maior causa demorbilidade e mortalidade entre criançascom menos de 15 anos.

ORIGEMQuanto à origem ou causa primária do

agente causador, os desastres são classifi-cados em naturais, humanos ou antropo-gênicos e mistos. A classificação geral dosdesastres quanto à origem consta do ane-xo “A” à Política Nacional de Defesa Civil.

Acidentes industriais surgem com o pró-prio processo de industrialização e desen-volvimento de novas tecnologias de pro-dução ocorrido nas sociedades contempo-râneas a partir da Revolução Industrial. Aadoção da tecnologia de máquinas a va-por, símbolo da Revolução Industrial, é umexemplo disso. Nos EUA, a utilização des-sas máquinas empregando alta pressãoresultou em 14 explosões só no ano de1836, tendo como conseqüência 496 óbi-tos. Na Grã-Bretanha, entre 1817 e 1838,23 acidentes desse tipo resultaram em 77óbitos, devendo-se esse menor número,em comparação com os dos EUA, em par-te à baixa pressão empregada nas máqui-nas a vapor nesse país.

Segundo a Diretiva de Seveso, de 1982,das Comunidades Européias (EC), aciden-te industrial ampliado é definido como “aci-dente maior” e provém de “uma ocorrên-cia, tal como uma emissão, incêndio ouexplosão, envolvendo uma ou mais subs-tâncias químicas perigosas, resultando deum desenvolvimento incontrolável no cur-so da atividade industrial, conduzindo asérios perigos para o homem e o meio

Acidentes Industriaisambiente, imediatos ou a longo prazo, in-ternamente e externamente ao estabele-cimento”. Segundo o Glossário de Defe-sa Civil da Secretaria Nacional de DefesaCivil, acidente é um “evento definido ouseqüência de eventos fortuitos e não pla-nejados, que dão origem a uma conseqü-ência específica e indesejada, em termosde danos humanos materiais ou ambien-tais”. A denominação “acidente industrialampliado”, diferentemente de outras de-nominações, tem o potencial de expres-sar de maneira mais adequada a possibili-dade de ampliação no espaço e no tempodas conseqüências desses acidentes sobrea sociedade, a saúde (física e mental) e omeio ambiente exposto, sem incorrer nadesqualificação de outros tipos de aciden-tes como, por exemplo, os acidentes detrabalho.

Com base nessas definições, pode-seconsiderar acidentes industriais ampliados“eventos agudos, como explosões, incên-dios e emissões nas atividades de produ-ção, isolados ou combinados, envolvendouma ou mais substâncias perigosas compotencial para causar, simultaneamente,

São caracterizados quando os danos causadossão pouco importantes e os prejuízos pouco vultosose, por estes motivos, são mais facilmente suportá-veis e superáveis pelas comunidades afetadas. Nes-sas condições, a situação de normalidade é facilmenterestabelecida com os recursos existentes e disponí-veis na área (município) afetada e sem necessidadede grandes mobilizações. É necessário ressaltar quea quantificação da intensidade de um desastre sejadefinida em termos objetivos e a partir de uma óticacoletivista. Na visão subjetiva das vítimas, qualquerdesastre é muito importante.

São caracterizados quando os danos causadossão de alguma importância e os prejuízos, emboranão sejam vultosos, são significativos. Apesar disto,esses desastres são suportáveis e superáveis porcomunidades bem informadas, preparadas, participa-tivas e facilmente mobilizáveis. Nessas condições, asituação de normalidade pode ser restabelecida comos recursos existentes e disponíveis na área (muni-cípio) afetada, desde que sejam racionalmente mobi-lizados e judiciosamente utilizados.

Os desastres considerados de nível 3 são carac-terizados quando os danos causados são importan-tes e os prejuízos vultosos. Apesar disso, essesdesastres são suportáveis e superáveis por comuni-dades bem informadas, preparadas, participativas efacilmente mobilizáveis. Nessas condições, a situa-ção de normalidade pode ser restabelecida desde queos recursos mobilizados na área (município) afetadasejam reforçados com o aporte de recursos estadu-ais e federais já disponíveis.

São caracterizados quando os danos causadossão muito importantes e os prejuízos muito vultosose consideráveis. Nessas condições, esses desas-tres não são superáveis e suportáveis pelas comu-nidades, mesmo quando bem informadas, prepara-das, participativas e facilmente mobilizáveis, a me-nos que recebam ajuda de fora da área afetada.Nessas condições, o restabelecimento da situaçãode normalidade depende da mobilização e da açãocoordenada dos três níveis do SINDEC (SistemaNacional de Defesa Civil) e, em alguns casos, deajuda internacional.

Desastres de pequenaintensidade ou acidentesNível 1

NÍVEIS DE INTENSIDADE

Desastres de médiaintensidadeNível 2

Desastres de grandeintensidadeNível 3

Desastres de muitogrande intensidadeNível 4

A Codificação dos Desastres, Ameaças eRiscos — CODAR, consta do anexo “B” àPolítica Nacional de Defesa Civil.

Os desastres naturais são aqueles pro-vocados por fenômenos e desequilíbriosda natureza e produzidos por fatores deorigem externa que atuam independen-temente da ação humana. Desastres Hu-manos são aqueles provocados por açõesou omissões humanas. Relacionam-se como próprio homem, enquanto agente e au-tor. Por isso, são produzidos por fatores deorigem interna. Esses desastres podem pro-duzir situações capazes de gerar grandesdanos à natureza, aos habitats humanos eao próprio homem, enquanto espécie.Normalmente, os desastres humanos sãoconseqüência de ações desajustadas, ge-radoras de desequilíbrios socioeconômicose políticos entre os homens e de profun-das e prejudiciais alterações de seu ambi-ente ecológico. Já os desastres mistos ocor-rem quando as ações ou omissões huma-nas contribuem para intensificar, compli-car e/ou agravar desastres naturais. Carac-terizam-se, também, por intercorrências defenômenos adversos naturais que atuamsobre condições ambientais degradadaspelo homem, provocando desastres.

ARTIGO TÉCNICO

Emergência JULHO / 200644

múltiplos danos, sociais, ambientais e àsaúde física e mental dos seres humanosexpostos”. A Convenção nº 174 sobre aPrevenção de Acidentes Industriais Maio-res define a expressão “acidente maior”como “todo evento subitâneo, como emis-são, incêndio ou explosão de grande mag-nitude, no curso de uma atividade, em ins-talação sujeita a riscos de acidentes maio-res, envolvendo uma ou mais substânciasperigosas e que implica grave perigo, ime-diato ou retardado, para os trabalhadores,a população ou o meio ambiente”.

AÇÕESO corpo de saúde das empresas, coor-

denado e gerenciado pelo SESMT, deve es-tar a postos e em condições de atuar comoparte da equipe de resposta a emergência,haja vista que o primeiro atendimento sedá por estes profissionais. Segundo nor-mas e procedimentos padrões, o temporesposta ideal a um acidente é de até dez

minutos para qualquer emergência. No en-tanto, em dez minutos podem ser perdi-das muitas vidas, entendendo-se que oatendimento se dá por etapas que vãodesde o isolamento da área do sinistro atéa triagem e efetivo socorro das vítimas.Outro fato importante é o trabalho emconjunto com as brigadas, que são respon-

sáveis por garantir a segurança de toda aestrutura no primeiro momento até quechegue o reforço dos órgãos competen-tes.

Segundo o Manual de Medicina de De-sastres da Secretaria Nacional de DefesaCivil o trabalho da equipe de saúde, ditamédica, divide-se em cinco princípios dou-trinários:

Princípio da capacitação: a respostaeficiente ao incremento da demanda deatendimentos emergenciais e de trauma-tismos depende, primordialmente, da ca-pacidade do sistema de saúde para aten-der cabalmente as emergências médicase cirúrgicas do dia-a-dia.

Princípio da padronização de condu-tas: a padronização de condutas e de pro-cedimentos capacita as equipes de emer-gência dos hospitais do sistema de saúdepara mobilização e expansão do atendi-mento emergencial em situações de in-cremento de demanda, sem redução nopadrão de qualidade dos atendimentos.

Princípio dos prazos biológicos: o a-tendimento às emergências médicas e ci-rúrgicas subordina-se a prazos biológicosimpostergáveis. Com o passar do tempo,quadros clínicos, antes facilmente reversí-veis, tendem a agravar-se e a apresentarníveis crescentes de complicação, evolu-indo para situações de progressiva irreversi-bilidade, que poderiam ser prevenidas o-portunamente.

Princípio da triagem: a triagem tempor finalidade identificar pacientes com ris-co de morte e que serão salvos caso rece-bam prioridade, que lhes assegure cuida-dos imediatos, preferenciais e oportunos,em locais adequados. Através da triagem,garante-se que pacientes graves dêem en-trada em condições de viabilidade nas uni-dades de emergência, assegurando-lhes prio-ridades nas evacuações e nos atendimen-tos.

Princípio da resposta sistêmica: Parapermitir que os pacientes dêem entradanas unidades de emergência em condi-ções de viabilidade e que as mesmas res-pondam, eficientemente, aos incrementosde demanda, é necessário que se estabe-leça um sistema de saúde responsável peloatendimento emergencial, amplamente di-fundido no País.

Cartão de triagem

Emergência 45JULHO / 2006

PAPELO enfermeiro, no seu papel de estabe-

lecer e antecipar as necessidades para ocuidar deve ficar atento, especialmente,aos princípios doutrinários da triagem eda resposta sistêmica, pois estabelecema base para uma assistência coordenadae eficaz.

Segundo o Manual Básico de Medicinade Desastres publicado pela Seção de De-sastres do Grupamento de Socorro deEmergência do Corpo de Bombeiros Mili-tar do Rio de Janeiro, os enfermeiros de-vem estar atentos à organização dos cha-mados Teatro de Operações (TO) comsuas áreas de segurança, que são, respec-tivamente, Área Quente, Área Morna eÁrea Fria (ver quadro Áreas de Segurança,pág. 45).

Definida a área de trabalho que deveser conhecida por todos os envolvidos noprocesso de ação de resposta, cabe tam-bém ao enfermeiro participar da monta-gem da área de triagem de vítimas paraposterior encaminhamento ao tratamentoespecífico no hospital ou aguardar a suavez na remoção, de acordo com sua prio-ridade.

TRIAGEMÉ de fundamental importância que os

métodos de triagem e gerenciamento doTeatro de Operações sejam de conheci-mento de todos, pois é comprovado porinúmeras situações no mundo todo quequanto melhor for definida a ação e asprioridades de atendimento, menores se-rão as probabilidades de colapsos no siste-

ma. Exemplos dessa importância podemser observados em acidentes envolvendomúltiplas vítimas, onde é inquestionávelque as vítimas mais graves devam ser re-movidas primeiro, pois quem as recebeno hospital não tem como ter pleno co-nhecimento das prioridades do local doacidente e, com isso, atende de acordocom a ordem de chegada. Como conse-qüência, recursos podem ser alocados deforma indevida pelo simples fato de havera necessidade de se atender quem che-gou primeiro ou ser feita uma triagem porcritérios nem sempre condizentes à reali-dade do acidente.

O mecanismo de triagem consiste emavaliar as vítimas por cores onde são utili-zadas quatro cores padrão: vermelha, ama-rela, verde e cinza (ver quadro Área deTriagem, página 44).

As vítimas vermelhas apresentam lesõestratáveis, mas com risco imediato de vida.Possuem dificuldade respiratória, sangra-mento não controlável, diminuição do ní-vel de consciência, sinais de choque e quei-maduras graves. As lesões graves e semrisco imediato de vida são característicasdas vítimas amarelas. Queimaduras semproblemas de vias aéreas, fraturas ósseassem choque ou hemorragias também si-nalizam a situação delas.

Vítimas verdes têm lesões de partes mo-les mínimas, sem risco de vida ou de in-capacitação. Já as vítimas cinzas – anterior-mente identificadas com a cor preta - repre-sentam os pacientes mortos ou apresen-tando lesões irreversíveis. As característi-cas envolvem traumatismos da cabeça com

ÁREAS DE SEGURANÇAÁrea Quente

É aquela que ainda oferece ris-cos.

Área MornaÉ aquela intermediária entre aquente e a fria. A delimitação des-tas áreas varia com o tipo de even-to, riscos envolvidos e deve serestabelecida por profissionais doCorpo de Bombeiros e Defesa Ci-vil.

Área FriaÉ segura, não oferecendo riscos.A área de tratamento e a de trans-porte, normalmente, são monta-das nesse local.

ARTIGO TÉCNICO

Emergência JULHO / 200646

Fonte: Manual Básico de Medicina de Desastres - GSE/CBMERJ

que possam oferecer risco não só a popu-lação de trabalhadores como também àcomunidade vizinha. Saber responder e co-ordenar equipes aptas a responder a aci-dentes de grandes proporções deve serparte integrante do currículo do enfermei-ro do Trabalho, que tanto no seu trabalhocotidiano quanto na posição de gerentede equipe de Enfermagem do Trabalhopode se deparar com treinamentos e situ-ações reais de acidentes de grandes pro-porções.

perda de massa cefálica, esmagamento dotronco e incineração. A mudança de iden-tificação de vítima de cor preta para a corcinza se deu em função de conotaçõesraciais.

Atualmente, a ferramenta de triagemmais utilizada é o método S.T.A.R.T. (SimpleTriage and Rapid Treatment), do Corpo deBombeiros de New Port Bech, Califórnia,USA, que utiliza a respiração, o enchimen-to capilar e a alteração do nível de consci-ência como critérios de avaliação, que podeser executado por qualquer profissional queesteja atuando no Teatro de Operações.

SISTEMA START

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCanetti, Marcelo Domingues; Alvarez, Fernando Suarez; Ribeiro Jr.,Célio; Bilate, Andréa. Manual Básico de Medicina de Desastres.Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo de Bombeiros Militardo Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: sem data.Castro, Antônio Luiz Coimbra; Calheiros, Lélio Bringel. Manual de Me-dicina de Desastres. Volume I, Ministério da Integração Nacional. Brasília:2002.Castro, Antônio Luiz Coimbra. Glossário de Defesa Civil. Estudos deRiscos e Medicina de Desastres. 3ª edição revisada, Ministério daIntegração Nacional. Brasília: 2004.Freitas, Carlos Machado; Porto, Marcelo Firpo S.; Machado, JorgeMesquita Huet. Acidentes Industriais Ampliados: Desafios e Perspec-tivas para o Controle e a Prevenção. Editora Fiocruz. Rio de Janeiro:2000.

REFERÊNCIAS DA INTERNETConvenção 174 definida pela Conferência Geral da Organização Inter-nacional do Trabalho, convocada em Genebra pelo Conselho de Admi-nistração do Escritório Sede da Organização Internacional do Trabalhoe reunida em 2 de junho de 1993. http://www.mte.gov.br/empregador/segsau/legislacao/convencoesoit/conteudo/366.asp

CONHECIMENTOA equipe de enfermagem, coordenada

pelo enfermeiro do Trabalho, deve conhe-cer os procedimentos, padrões e rotinaspara acidentes de grandes proporções noque tange a sua atuação em grandes em-presas proprietárias de parques industriais

ARTIGO TÉCNICO

Emergência JULHO / 200648

◗É necessário otimização da Defesa Civil no Brasil para proteção da população e meio ambiente

Gerenciamento de desastres

Luiz Carchedi - Ex-comandante do Corpo deBombeiros de São Paulo,especializado em Atendi-mento Pré-Hospitalar.Técnico de EmergênciasMédicas, instrutor deRenimação Cardio-Pulmonar, de PrimeirosSocorros e Resgate emEspaços Confinados.

Desde que passou a viver de forma gre-gária, organizado em sociedade, o ser hu-mano defronta-se com os cataclismas danatureza que, em maior ou menor grau,causam devastação, danos e perdas mate-riais e de vidas. Modernamente vivendoem complexos aglomerados urbanos ecom a crescente industrialização, os paí-ses desenvolvidos e em desenvolvimento,vêem-se às voltas com desastres naturaisou tecnológicos, cujos efeitos destrutivosforam potencializados porque o acidente,às vezes, não se restringe tão somente àárea imediatamente ao alcance de sua in-fluência, mas tem o poder de atingir até asfuturas gerações, na medida em que atu-am modificando o meio ambiente.

Conscientes dos incalculáveis prejuízosque esses acidentes provocam, os paísesmais organizados estudaram e criaram es-truturas administrativo-operacionais para aprevenção, enfrentamento e minimizaçãodos resultados de catástrofes naturais etecnológicas em seus territórios e, não raro,esse aparato se desloca para fora de suasfronteiras para socorrer nações com me-nores recursos e golpeadas por desastresde grande magnitude.

No final do século passado e no iníciodo atual, estamos testemunhando o nasci-mento de uma nova e mais virulenta for-ma de ameaça à humanidade. São os aten-tados terroristas, como o que atingiu NovaIorque, em 11 de setembro de 2001, des-truindo as torres do World Trade Center,que podem gerar massivas perdas de vidae profundos danos ao meio ambiente, atra-vés do emprego de armas portáteis NBC(nucleares, biológicas e químicas). Essanova forma de desastre tem consumido o

tempo de especialistas e pesquisadores nabusca de soluções para fazer face aos no-vos desafios.

O Brasil, infelizmente, está no grupo dospaíses que pouca importância dá aos pro-blemas dessa ordem e que carece de umacultura prevencionista para enfrentamen-to de emergências de grande complexi-dade. O último exemplar do relatóriodecenal-92/02 (World Disaster Report –Foco na Redução dos Riscos) da Cruz Ver-melha Internacional, aponta nosso paíscomo “campeão” das Américas, em mor-tes causadas por desastres naturais. Fica-mos à frente também de países como: Afe-ganistão, Coréia do Norte, Moçambique,Tanzânia e Sudão (Jornal da Tarde-SP, de17/07/03). Como explicar que um país tãoprivilegiado pelo Criador, onde praticamen-te não existem cataclismas naturais, possater mais vítimas de catástrofes que países

não tão bem aquinhoados e que constan-temente sofrem com terremotos, tsuna-mis, furacões, entre outros?

Nosso sistema de Defesa Civil é pratica-mente inexistente, sendo deslocado deMinistério em Ministério, sem conseguirimprimir um modelo eficiente de proteçãoà população civil. Exemplos, temos todosos anos, destacando-se o grande incêndioflorestal em Roraima em 1998 e o desaba-mento do Osasco Plaza Shopping, em SãoPaulo, em 1996. Nesse campo de atuaçãonão há espaço para improvisações. Se nãohouver uma estrutura federal bem equili-brada administrativa e operacional, bemcomo o desenvolvimento de uma culturaprevencionista, estaremos condenados aficar lamentando perdas de grande montade vidas humanas, do meio ambiente e dopatrimônio. Portanto, é nessa intenção queapresento este trabalho.

O ocorrido mostrou que sem uma estrutura federal bem equilibradaadministrativa e operacional e uma cultura prevencionista ficaremoslamentando perdas de vidas humanas, do meio ambiente e do patrimônio

INCÊNDIOEM RORAIMA

ARQ

UIV

O C

OM

UN

ICA

ÇÃ

O S

OC

IAL D

O C

BMRR

O artigo na íntegra encontra-se no site da Revistawww.revistaemergencia.com.br

ARTIGO TÉCNICO

Emergência JULHO / 200650

fesa Civil – coordenaçãooperacional, gerencia-mento dos recursos aero-náuticos, equipes especia-

lizadas em inativação de artefatosexplosivos e comando das organi-zações militares empenhadas naDefesa Civil.

ESTRUTURAOperacionalmente, a Secreta-

ria de Defesa Civil dispõe de umaestrutura de informação e comu-nicação, funcionando 24 horas pordia, em três níveis: Nacional - Cen-tro Operacional de Ajuda à Deci-são – COAD; Inter-Regional –Centro Inter-Regional de Comu-nicação de Defesa Civil –CIRCOSC; Departamental – Cen-tro Departamental de Operaçõesde Incêndio e Socorro – CODIS.Além disso, conta permanente-mente com os seguintes recursos:2.720 funcionários civis e militares;29 aviões; 34 helicópteros; cincounidades de intervenção; dez Des-tacamentos de Intervenção àsCatástrofes Aerotransportáveis -DICA; 950 veículos. Integrandotemporariamente, de acordo comas necessidades, a Defesa Civilconta com: 12.653 Postos de Bom-beiros; 231.500 Bombeiros, sen-do 200 mil voluntários (7.000 mé-dicos), 8.500 militares, 23 mil pro-fissionais; 5.000 veículos de primei-ros socorros; 5.600 caminhõestanques; 3.600 carros de comba-te a incêndios; 3.875 de outrosveículos; 61 Postos Móveis de Pri-meiros Socorros de nível um; 21Postos Móveis de Primeiros So-corros de nível dois.

Finalizando o sistema francês,temos que destacar um órgão desuma importância para a criaçãoda cultura prevencionista de De-fesa Civil que é o Instituto Nacio-nal de Estudos de Defesa Civil –INESC, antiga Escola Nacional deOficiais de Bombeiros e, a partirde 1994, além de formar os oficiaisdos Corpos de Bombeiros Profis-sionais e Voluntários, também éencarregado da formação dosresponsáveis pela Defesa Civil.

Embora os objetivosda Defesa Civil sejam osmesmos em qualquerparte do mundo, a ma-neira de implementá-la varia deacordo com a cultura e os costu-mes de cada país. Talvez pelofato do continente europeu tervivenciado duas grandes guer-ras, seus países, via de regra,possuem boa estrutura de De-fesa Civil. Destacamos a Fran-ça, que construiu um modelobastante eficiente, com órgãospermanentes e temporários,obedecendo uma orientaçãocentralizada, amparada por le-gislação pertinente e recursoshumanos e materiais de acordocom as necessidades levantadaspor planejamento.

A Defesa Civil está constituí-da como uma Secretaria, subor-dinada ao Ministério do Interior.Respalda-se em extenso orde-namento jurídico, do qual desta-camos a Lei de 22 de julho de1987, relativa à organização daDefesa Civil e o Decreto de 31de julho de 1990, relativo à cons-tituição e organização dos órgãosde Defesa Civil. Administrativa-mente essa Secretaria é com-posta por quatro Diretorias queatendem, respectivamente, àsáreas de: Diretoria de Administração

e Modernização - recursos hu-manos, equipamentos, comuni-cações e sistemas de informa-ção, recursos financeiros e ques-tões jurídicas; Diretoria de Prevenção e de

Proteção – prevenção de crises,riscos naturais e tecnológicos,riscos de edificações, planos deproteção e riscos nucleares; Diretoria de Serviços de So-

corro e de Corpos de Bombei-ros - administração dos Corposde Bombeiros, formação, coor-denação dos órgãos de socorro,relações industriais e administra-ção da Escola Nacional de Estu-dos de Defesa Civil; Diretoria de Organização

dos Órgãos de Socorro e da De-

A Defesa Civil america-na difere bastante da suacongênere francesa. Suaestrutura tem início no fi-nal da década de 60 e início dosanos 70 quando seguidos desas-tres provocados por furacões e ter-remotos determinaram a criaçãode um órgão no Ministério da Ha-bitação e Desenvolvimento Urba-no que ficou conhecido comoFDAA – Administração Federalpara Assistência a Desastres. En-tretanto, as atividades de geren-ciamento nas emergências esta-vam muito fragmentadas. Com oadvento de plantas de geração deenergia nuclear e de produtos pe-rigosos, mais de cem órgãos fe-derais, além de programas e polí-ticas estaduais e locais, foram en-volvidos em algum aspecto da res-posta a desastres, motivando quea Associação Nacional de Gover-nadores solicitasse ao presidenteCarter que centralizasse as fun-ções em um órgão federal. Dessaforma, em 1979, criou-se a Agên-cia Federal de Gerenciamento deEmergências – FEMA, que absor-veu o FDAA e todos os demaisórgãos existentes, assumindotambém as responsabilidades deDefesa Civil que lhe foram repas-sadas pelo Ministério da Defesa.No organograma administrativonorte-americano, a FEMA é umórgão independente que respon-de diretamente ao presidente. Atu-almente, a FEMA emprega dire-tamente 2.500 pessoas e contacom 5.000 reservistas, adminis-trando 28 Forças – Tarefas, cadaqual com 31 técnicos especializa-dos em alguma atividade atinenteà prestação de socorro.

CONTINGÊNCIAO sistema americano também

prevê a elaboração de planos decontingência, porém sem a obri-gatoriedade do modelo francês,recomendando o emprego do Sis-tema de Comando em Emergên-

cia – CIS. Esse sistemade gerenciamento pres-supõe que os órgãos res-ponsáveis por emergên-

cias de uma comunidade reú-nam-se e, de comum acordo, es-tabeleçam os procedimentosoperacionais, elaborem os pla-nos de atuação em pontos sen-síveis e, principalmente, nomei-em quem exercerá as funçõesde comando.

A Prefeitura de Nova Iorquecriou, em 1996, a Secretaria deGerenciamento de Emergênciase investiu 25 milhões de dólares,para que esse órgão coordenas-se o atendimento de emergên-cias na cidade, mas ele foi inca-paz de fazer com que o Corpode Bombeiros e o Departamen-to de Polícia de Nova Iorque fa-lassem a mesma língua. As con-seqüências foram: ausência deprocedimentos e falhas de co-municação, de compartilhamentode informações, de controle dasituação e de comando das o-perações, conforme ficou apu-rado por uma auditoria externarealizada por uma empresa deconsultoria. Os resultados de-correntes do atentado terroristacontra o World Trade Center, em2001, e do furacão Katrina, re-centemente, demonstraram nãoser boa a política de deixar ex-clusivamente aos órgãos ope-racionais locais a responsabili-dade dessas definições.

MODELO FRANCÊS X MODELO AMERICANO

Resultados do furacão Katrina

WW

W.D

EFES

AC

IVIL

.RS.

GO

V.B

R

Emergência 51JULHO / 2006

A Defesa Civil no Brasil teve seu inícioem 1942. Originou-se da doutrina militarem tempo de guerra, que se preocupavacom a proteção das populações urbanasem território nacional, na eventualidade desofrerem um ataque aéreo. O serviço rece-beu o nome de Defesa Passiva Antiaéreae o modelo seguia o padrão desenvolvidopelos ingleses e os americanos que sofriambombardeios das forças aéreas alemãs ejaponesas.

Com o fim do conflito, o órgão foi extin-to em 1946. Anos mais tarde, o EstadoMaior das Forças Armadas e a Escola Su-perior de Guerra elaboram trabalhos, justi-ficando e propondo a criação do SistemaNacional de Defesa Civil que, por váriosmotivos, não evoluíram.

Em 1966, no Estado do Rio de Janeiro,ocorrem inundações, deslizamentos deencostas e desabamentos, resultando em1.200 mortos e 46.000 desabrigados, o quelevou o Executivo Estadual a criar a Comis-são Estadual de Defesa Civil, pioneira noBrasil. Na Constituição de 1967, o Gover-no Federal voltou a demonstrar interessepelo assunto quando estabeleceu no arti-go 8º, item XII, que competia à União or-ganizar a defesa permanente contra cala-midades públicas, especialmente no tocan-

te à seca e às inundações.Em 1969, por meio do Decreto-Lei nº

950, foi instituído no Ministério do Interi-or, o Fundo Especial para CalamidadesPúblicas, fixando a dotação de recursos eoutras providências. A regulamentação dofundo prevê o atendimento às populaçõesatingidas por calamidades, quando reco-nhecidas pelo Governo Federal, para aqui-sição de medicamentos, alimentos, agasa-lhos, pagamento de transportes e reem-bolso de despesas com preservação de vi-das humanas, efetivadas por entidades pú-blicas ou privadas prestadoras de socorrona área de flagelo. Deste total, 5% sãopara o treinamento e aperfeiçoamento depessoal para calamidades.

Em dezembro de 1988, foi organizadoo SINDEC (Sistema Nacional de DefesaCivil), com o objetivo de planejar e promo-ver a defesa permanente contra as cala-midades (Art. 21, inciso XVIII da Constitui-ção/88), integrando a atuação dos órgãose entidades de planejamento, coordena-ção e execução das medidas de assistên-cia às populações atingidas por fatoresanormais adversos, assim como de preven-ção ou recuperação de danos em situaçãode emergência ou em estado de calami-dade pública.

ATUALIDADEPor esse breve histórico, depreende-se

que a filosofia de proteção às populaçõescivis aos eventos catastróficos massivos sóexistiu em tempo de guerra e, quando foireativada, já nos fins dos anos 60, a preo-cupação centrou-se em inundações e, so-bretudo, na seca. Esse foi um grande errode objetivo, pois, tanto as inundações co-mo as secas são eventos periódicos e pre-visíveis e a seca, embora seja um flagelopara nossos irmãos nordestinos, não podeser alinhada como catástrofe, no sentidoque a Defesa Civil, no mundo todo, em-presta ao termo.

Esses erros conceituais, infelizmente,perduram até os dias de hoje. Nossas polí-ticas no campo da proteção contra even-tos de grande magnitude são patéticas,preocupam-se com os efeitos e não com aprevenção. Continuam, de certa forma, atrilhar os caminhos traçados pela estratégiamilitar dos anos 40.

Até hoje nenhum presidente da Repúbli-ca preocupou-se verdadeiramente em darà Defesa Civil um papel de pólo irradiadorde políticas prevencionistas de desastres ede coordenação de medidas operacionaisquando, por acaso, um evento extrapola acapacidade de resolução operacional deum município ou estado-membro. A ordemé aguardar que o estado ou o municípiopeça ajuda, o que nem sempre ocorre, porum lado, por divergências políticas pesso-

◗Acreditamos que as seguintes ações devam ser implementadas pelo Governo Federal para aconsecução de políticas públicas de Defesa Civil que propiciem a universalização da prestaçãode serviços de emergências na eventualidade de eventos catastróficos:

O objetivo seria implantar doutrina e operacionalizarum Sistema de Defesa Civil nos moldes modernos,que possa fazer face aos eventos catastróficos natu-rais e às calamidades derivadas da ação humana,criminosa ou culposa, bem como os acidentes queenvolvem transportes de produtos perigosos e ame-açam o meio ambiente, através da poluição, e, atual-mente, a preocupação com os efeitos massivos re-sultantes de atos terroristas.

Secretaria com status de Ministério para aDefesa Civil e Emergências1

Sua função seria permitir a constante troca deinformações e debates dos problemas que pos-sam atingir de modo calamitoso a sociedade bra-sileira, funcionando como órgão de assessora-mento do secretário na formulação de políticas

Agência Nacional de Defesa Civile Emergências2

Daria capacitação técnica gerencial em DefesaCivil às autoridades do Poder Executivo, formariamultiplicadores estaduais em administração opera-cional de eventos massivos, desenvolveria cursos decapacitação em nível estratégico para a classe polí-tica e promoveria e divulgaria a pesquisa científica naárea de grandes emergências.

Escola Nacional de Defesa Civile Emergências3

O Código deveria propor e aprovar um conjuntonormativo que contemple a prevenção de sinistros eemergências de qualquer natureza. Impor penalida-des aos ineptos ou irresponsáveis, estabelecer, entre

Código Federal de Defesa Civile Emergências4

as inúmeras organizações que interagem em umacalamidade, uma estrutura operacional com definiçãode coordenação e responsabilidades e nortear os Có-digos Estaduais de Proteção Contra Desastres e Pâ-nico.

A implantação do Centro Nacional de Informa-ções Operacionais de Defesa Civil e Emergênciasfuncionaria como uma “sala de situação”, permitindoque o Governo central saiba, em tempo real, comquais recursos operacionais conta em todo territórionacional e faça o acompanhamento das medidas deenfrentamento às ocorrências em curso. Ele propicia-ria também a formação de um banco de dados nacio-nal de assuntos de Defesa Civil para estudos e pes-quisas.

Centro de Informações Operacionaisde Defesa Civil e Emergência5

O objetivo seria propor alterações constitucio-nais que transformem os Corpos de Bombeiros es-taduais em organizações de serviço público denatureza civil e os orientem para suas reais mis-sões de proteção à vida, ao meio ambiente e aopatrimônio, bem como o planejamento e coordena-ção das atividades operacionais de Defesa Civil.

Alterar a Legislação Pertinenteaos Corpos de Bombeiros Estaduais6

de Defesa Civil.

As dificuldades existem, mas os caminhos estão abertos

Defesa civil brasileira

PROPOSTAS DE MUDANÇAS

ARTIGO TÉCNICO

Emergência JULHO / 200652

ais ou partidárias, por outro, por absolutafalta de visão prevencionista, que sem dú-vida, não faz parte da cultura do dirigentebrasileiro. O máximo que, apressadamente,os governantes estaduais ou municipais, fa-zem é declarar “estado de calamidade” pa-ra terem acesso às verbas especiais e liber-dade para fazerem aquisições sem o crivoda lei das licitações.

EXEMPLOSEssa inapetência organizacional pode ser

exemplificada por dois acontecimentos dopassado recente em nosso país. O primei-ro foi a formidável inundação de Santa Ca-tarina, em 1982, quando 84% das terrasfirmes daquele Estado ficaram submersase nenhum plano de enfrentamento às gran-des catástrofes ou ação de coordenaçãofoi desenvolvido pelo Governo central. Ooutro exemplo, mais atual, foi o incêndioflorestal no Estado de Roraima, em 1998,onde ficou patente a desorganização dostrabalhos de combate às chamas e a faltade coordenação dos recursos operacionaisdisponíveis. Só se conseguiu uma certa or-dem quando os diversos órgãos envolvidospassaram a ser gerenciados pelo exércitoe o comando foi entregue a um general,como se combater incêndios fosse uma

operação de guerra. Além de termos queassistir aulas de como manejar e gerenciarsituações de grande emergência, dadaspelos nossos irmãos argentinos, que paralá foram sem serem sequer solicitados porqualquer autoridade brasileira, de quebra,tivemos que nos envergonhar e assistirmoscalados a reprovação da opinião públicamundial pela nossa incapacidade em ze-lar por nossas reservas florestais.

Na mesma linha de equívocos vêm qua-se todos os estados-membros. Alguns sópossuem Coordenadorias de Defesa Civilno papel. A maioria coloca esse órgão naestrutura administrativa da Secretaria deSegurança Pública e sua competência àssuas polícias militares. Poucos, como Riode Janeiro, Mato Grosso do Sul e Amazo-nas procuram estabelecer um mínimo depolíticas prevencionistas de Defesa Civil,inserindo suas coordenadorias na estrutu-ra organizacional do Corpo de Bombeiros.Embora não seja necessário que a Coor-denadoria integre a organização bomberil,tal acontece pela ausência quase absolutade civis nesse meio. De novo, identifica-mos no cerne da questão, a doutrina mili-tarista. Não que essa doutrina seja má emsua essência, mas é que não faz parte desua filosofia de atuação a preparação para

o enfrentamento de catástrofes naturaisou provocadas pelo homem.

É necessário promover uma revolução nacultura de Defesa Civil no Brasil, quebraros paradigmas atuais, enxergar as coisaspor um outro ângulo, reformular concei-tos preestabelecidos. É preciso, acima detudo, inovar. O Brasil necessita que o órgãofederal, de fato, coordene e controle umSistema Nacional de Defesa Civil, tantodoutrinária como operacionalmente, e queem caso de calamidade possa mobilizartodos os recursos, quer sejam federais, es-taduais ou mesmo municipais, para mini-mizar os efeitos desse evento no que dizrespeito à preservação da vida humana,do meio ambiente e do patrimônio.

Brasil: revolução na cultura de Defesa Civil

DIV

ULG

ÃO

DEF

ESA

CIV

IL-R

S

Emergência 53JULHO / 2006

DICAS DE EMERGÊNCIA

O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um equipamentoeletrônico capaz de analisar o ritmo do coração e liberar choqueselétricos para restabelecer o ritmo cardíaco que gera pulso. Porém,para poder usar um DEA é necessário ter treinamento adequado,considerando os seguintes aspectos:

Restabelecendoo ritmo do coração

Para você usar um DEA énecessário, em primeiro lugar,tomar a decisão de querer ajudarbem antes de encontrar umasituação onde alguém precisereceber desfibrilação imediata.

DECIDIR1

Para usar um DEA é necessárioque você saiba reconhecer ossinais conclusivos de uma paradacardíaca.

RECONHECEROS SINAIS2

Antes de se aproximar de umavítima, para avaliar se existemsinais de parada cardíaca, quepossa ser tratada com o DEA,você deverá ter certeza de quenão há no local nenhum riscoque ameace sua segurança, nema de outras pessoas.

TER SEGURANÇA3

Para avaliaruma vítimacom suspeitade paradacardíaca, vocêdeveráreconhecer aausência de sinais vitais, que indicará anecessidade de uso do DEA.

AVALIAR A VÍTIMA4

Uma vez quevocê tenha

acesso à vítima eavalie que estáinconsciente, você

necessitará sabercomo obter e

coordenar a ajuda deoutras pessoas e como

obter o DEA e acionar oresgate da sua localidade, se

houver.

COMO AJUDAR5

Você necessitaráconhecer bemo funcionamentodo DEA queestiverdisponível e,enquanto aguardaa chegada do DEA,deverá sabercomo aplicar RCP.

COMO APLICAR6

Conhecer bem todos os passos aserem dados durante o atendimentoàs vítimas de parada súbita docoração, ajuda no controle doestresse e permite lidar com asreações emocionais posteriores que,como regra geral, acometem aspessoas envolvidas no atendimento.

LIDAR COMREAÇÕES8

As ações para uso do DEAnecessitam estar harmoniosamenteintegradas para, no menor espaço detempo possível, restabelecer o ritmocardíaco. Mas o DEA só funcionaráadequadamente se você estiver bemtreinado para usá-lo.

INTEGRAR AÇÕES9

Saber o que fazer e o que não fazer émuito importante para a vítima deparada cardíaca e também para você.Sua decisão de ajudar (ver item 1acima) é muito importante. O uso doDEA deve sempre ser criteriosamentedocumentado, atendendo as exigênciasjurídicas e administrativas, que poderãoadvir.

COMO APLICAR10

CONTROLAR OESTRESSE7

Em qualquer situação de emergênciaé natural você experimentar algumnível de estresse e isso éparticularmente verdade quando énecessário usar um DEA.

Fonte: Randal Fonseca - Fotos: RTI

EMERGÊNCIA RESPONDE

JULHO / 2006Emergência54

GA

BRIE

L REN

NER

Tripulação de ambulância

Quais profissionais devemtripular uma ambulância paraatendimento de emergênciasem vias públicas?

Os tripulantes da ambulân-cia de via pública são: médi-co com formação de ATLS(Advanced Trauma Life Sup-port), PHTLS (PrehospitalTrauma Life Support), PALS(Pediatric Advanced LifeSupport), e ACLS (AdvancedCardiac Life Support), técnicode enfermagem com forma-ção em PHTLS e BLS (BasicLife Support), socorrista e mo-torista com formação de BLSe direção defensiva. Estes cur-sos não necessitam de certi-ficação americana, basta quetenham sido realizados porempresa idônea com certi-ficação nacional. (Fernando Suarez)

Manutenção de alarme

Que tipo de profissional faza manutenção dos equipa-mentos de alarme de incên-dio? O engenheiro projeta eidealiza e o Corpo de Bom-beiro inspeciona, mas a ma-nutenção precisa é de qualprofissional?

Mauricio Campos

São Paulo/SP

[email protected]

Infelizmente ainda não exis-te uma definição legal a esterespeito. Normalmente, estetipo de serviço é prestado porempresas especializadas nele,porém o perfil do profissionalé variado. (Alexandre Rava Campos)

Tempo mínimo

Qual o fenômeno, motivo ou explicação dada para o afogamento de umapessoa em que o corpo afunda? E qual o tempo mínimo que este corpo vaificar submerso na água?

Antonio Luiz Costa Melo - Técnico em Segurança do TrabalhoIbicoara/BA - [email protected]

Três fatores principais parecem promover a flutuação de nosso corpo: aquantidade de tecido gorduroso, o ar presente nos pulmões e no intestino. Oafogamento é a aspiração de água. Esta água ocupa parte do pulmão, deslocan-do o ar. Quando uma pessoa se afoga e perde a consciência, pode ficarboiando ou ir ao fundo, dependendo da presença ou ausência destes trêsfatores. Após alguns dias, a presença de bactérias tipo anaeróbicas (existen-tes no intestino) produzem uma quantidade de gás, por todo corpo, mas,principalmente, na região abdominal em decorrência das fezes no intestino.

Embora não exista nenhum trabalho científico comprovando parte destasteorias, é provável que o afogado não venha a boiar, desaparecendo, quandoseu corpo é comido rapidamente por peixes e crustáceos. (David Szpilman)

Nesta primeira edição da seção Emergência Responde, a redação elaboroualgumas perguntas gerais sobre as áreas de incêndio, resgate e emergências

químicas, temas que, a partir desta primeira edição, a coluna estará respondendoaos leitores. Aquelas que estão identificadas fazem parte dos primeiros

questionamentos enviados pelos leitores para a revista.

Resgate aéreo

Em que situações o resgateaéreo é mais indicado?

O resgate aéreo, realizadopor especialistas, visa garantirabordagem específica em dife-rentes zonas de risco real àvida. Após estabilização e pres-tação de procedimentos inici-ais, promovem remoção de ví-timas de zonas remotas, na ten-tativa de assegurar continuida-

co. As pessoas leigas podemoperá-los, desde que treina-das por cursos de reanima-ção cardiopulmonar básico,ministrado pelas sociedadesmédicas, com duração mí-nima de 4 horas (Heart Sa-ver DEA).

Mas, independente da lei,temos que incentivar o aces-so a Desfibriladores, pois é o“único antídoto” em caso defibrilação ventricular, que é acausa mais comum de para-da cardíaca. As chances desobrevida vão depender dotempo do acesso a um desfi-brilador, sendo que se perde,em média, 7 a 10% de chan-ce por minuto do choque. (Ag-

naldo Pispico)

Leis para PPCI

O meu estágio consiste empropor um PPCI juntamentecom um plano de evacuaçãoem uma escola. Gostaria desaber o que eu preciso e quaisas normas e leis que tenho queseguir?

Fábio Porto Martins

Bom Retiro do Sul/RS

[email protected]

O PPCI (Plano de Preven-ção e Proteção Contra Incên-dio) é exigido e deve aten-der a legislação estadual doRio Grande do Sul, Lei 10987/97 e Decretos 37380/97 e38273/98, que estabeleceramas Normas Técnicas de Pre-venção Contra Incêndios doCorpo de Bombeiros. Se aárea do prédio for de até750m² você poderá fazer eassinar o PPCI juntamentecom o diretor da escola, masse ultrapassar 750m2 deveráser feito por profissional queemita ART (Anotação de Res-ponsabilidade Técnica doCREA).

As Normas Técnicas doCorpo de Bombeiros têmembasamento nas normas daABNT, tais como a NBR 9077

de do tratamento. Muitas ve-zes são vôos difíceis, em baixaaltitude, porém, bem sucedi-dos, devido ao árduo treina-mento que as equipes possu-em para enfrentar qualquer si-tuação encontrada, evitandoque as condições do vôo agra-vem ainda mais o quadro clíni-co inicial apresentado. (Sílvia de

Oliveira)

Desfibrilador Externo

Os estabelecimentos comer-ciais, como lojas, shoppings,bancos, etc., são obrigados amanter um Desfibrilador Exter-no Automático? Quem podeoperar o equipamento?

A Lei 13.945/05, da cidade deSP, recém criada pelo prefeitoMunicipal, José Serra, obrigaque todos os locais públicosque circulem mais de 1500pessoas por dia são obrigadosa ter Desfibriladores ExternosAutomáticos de acesso públi-

Emergência 55

As perguntas para o Emergência Responde podem ser remetidas por carta, fax e e-mail ou site www.revistaemergencia.com.br, contendo nome, profissão e cidade. Não prestamos informaçõesdiretamente aos leitores a título de consultoria. Para facilitar a troca de informações entre os profissionais, Emergência também publica o endereço eletrônico dos participantes.

(Saídas de Emergência em Edi-fícios), NBR 12693 (Sistemade Proteção por Extintores deIncêndio), NBR 13714 (Siste-mas de Hidrantes e de Man-gotinhos), NBR 10898 (Ilumi-nação de Emergência), NBR9441 (Alarme de Incêndio),NBR 5419 (Sistema de Prote-ção Contra Descargas Atmos-féricas), NBR 13523 (Centraisde Gás de GLP) e NBR 98 (Ar-mazenamento e Manuseio deLíquidos Inflamáveis), esta úl-tima complementada pelaNBR 7505 Partes 1 e 4, aindanão citada no texto das Nor-mas Técnicas do Corpo deBombeiros. O Corpo de Bom-beiros cita outras normas daABNT que se referem à fabri-cação e ensaios dos equipa-mentos e não necessárias con-sultar para realizar o PPCI. Apartir da determinação da rotade saída e saídas alternativaspoderá ser organizado o Pla-no de Abandono da Escolaem Emergências. Lembre queo bom resultado deste Planovai depender do programa detreinamento prévio de um gru-po de liderança. (Cláudio Hanssen)

Atendimentos

Quem é o responsável peloplanejamento e atendimentospré-hospitalares, o profissionalde saúde ou o técnico de Se-gurança do Trabalho?E quemestá habilitado para efetuar umatendimento de resgate de ví-timas de traumas ou situaçõesde emergência?

Anderson F. e Silva Barrada

Técnico de Enfermagem do Trabalho

Santos/SP

[email protected]

Considerando que vocêestá se referindo a um ambi-ente industrial e/ou comerci-al e não em via pública, o res-ponsável pelo atendimentodeve ser o profissional queesteja treinado e capacitadopara estas ações, independen-

te de sua formação profissio-nal, mesmo que na presençade profissionais de saúde comqualquer graduação e/ou for-mação. Atualmente, existemNormas Regulamentadorasque exigem o treinamento deprimeiros socorros, incluindo si-tuações de trauma para pro-fissionais de áreas técnicas eoperacionais que não são oriun-dos da saúde, a exemplo daNR-10 para profissionais daárea elétrica e normas técnicascomo a NBR 14276 para for-mação de brigadas e NBR14608 para a formação debombeiros profissionais civis.Outro aspecto da sua pergun-ta é quanto ao atendimentode resgate (altura, aquático, es-paços confinados, etc.). Nestescasos, mesmo os profissionaisde saúde devem ser treinadose capacitados para estas ações,uma vez que seus cursos deformação acadêmicos e técni-cos não contemplam estes con-teúdos. Quanto ao desenvol-vimento de planos de atendi-mento de emergências, inclu-indo as ações de atendimen-to a vítimas em ambientes pré-hospitalares, estes devem serdesenvolvidos por um grupo detrabalho multidisciplinar, forma-do por profissionais que te-nham conhecimentos técnicosdas demandas de suas instala-ções. Devem ser consideradosos principais aspectos emer-genciais avaliados em APPRs(Avaliações Preliminares dePerigos e Riscos), assim comoos recursos disponíveis para oatendimento às emergências,as vias de acesso, localização e disponibilidade dos serviçospúblicos e privados dedicadosao atendimento no local, utili-zando ainda para o desenvol-vimento destes planos reco-mendações normativas comoa NBR 15219 (Plano de emer-gência contra incêndios), en-tre outras, e, quando reco-mendado, as melhores práti-cas internacionais de acordocom as características locais da

planta. (Jorge Alexandre Alves)

Afogamento

Qual a melhor forma ou téc-nica para transportar um afoga-do da água para a areia ou bor-da da piscina?

O transporte ideal da águapara a areia é o tipo Australia-no. Transporte a vítima colocan-do seu braço esquerdo sob aaxila esquerda da vítima e tra-ve o braço esquerdo da vítima.Seu braço direito deve ficar soba axila direita da vítima, segu-rando o queixo de forma a abriras vias aéreas, desobstruindo-as e permitindo a ventilaçãodurante o transporte. Em casossuspeitos de trauma cervical,utilize sempre que possível aimobilização da coluna cervicaldurante o transporte até a areiaou a borda da piscina. Quandopossível, utilize uma pranchade imobilização e colar cervical,ou improvise com prancha debody-board ou de surf. Aguar-de a ambulância para o trans-porte definitivo. (David Szilman)

Atividades do PAM

Quais as principais atividadesde um PAM durante uma e-mergência com produtos quí-micos?

Para a participação das em-

GA

BRIE

L REN

NER

Agnaldo Pispico é médico e diretor do Cen-tro de Treinamento de Emergências da Socie-dade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

Alexandre Rava de Campos é engenheirode Segurança do Trabalho, presidente da ASTEC– Associação Técnica Sul Brasileira de Prote-ção Contra Incêndio e diretor secretário do CB-24 da ABNT.

Cláudio Hanssen é químico Industrial, enge-nheiro de Segurança do Trabalho e especialistaem proteção contra incêndio.

David Szpilman é médico do GSE (Grupa-mento de Socorro de Emergência) - Aeromédico- CBMERJ, Chefe do CTI do Hospital MunicipalMiguel Couto e sócio-fundador, ex-presidente ediretor médico da Sobrasa (Sociedade Brasilei-ra de Salvamento Aquático).

Fernando Suarez é subcomandante do GSE(Grupamento de Socorro de Emergência) do Cor-po de Bombeiros Militares do Estado do RJ.

Jorge Alexandre Alves é consultor especia-lista em emergências.

Marco Aurélio Rocha é técnico do Sesi Pe-lotas/RS e atua no PAM de Rio Grande/RS.

Sílvia de Oliveira é presidente da ABEAA(Associação Brasileira de EnfermagemAeromédica e Aeroespacial).

presas no PAM é indispensá-vel que as mesmas já possu-am seus respectivos Planosde Controle de Emergência(PCE), em conformidade coma NR-29, Portaria 32114 e aLei 9966/00, cabendo aoPAM coordenar as atividadesemergenciais através do for-necimento de recursos huma-nos e materiais quando umaempresa acioná-lo ou for soli-citado por outro órgão/em-presa membro ou ainda emcaso de situações emergen-ciais. Assim, as atividades são:coordenação geral da emer-gência (se o evento for deempresa participante doPAM), ou auxílio aos órgãospúblicos envolvidos, com dis-ponibilização de recursosmateriais e humanos, nasatividades de identificação ereconhecimento dos produtosperigosos envolvidos, avalia-ções ambientais, contençãode vazamentos, neutraliza-ção, diluição, confinamento,bloqueio e inertização dos a-gentes químicos e acompa-nhamento das atividades detransferência, transbordo eremoção de cargas. (Marco Au-

rélio Rocha)

EVENTOS

Emergência JULHO / 200656

JULHOQualiFire Rio de Janeiro - Planode Emergência Contra Incêndio18 de julho – Rio de Janeiro/RJRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

America’s Fire & Security Expo18 a 20 de julho – Flórida/EUARealização: NFPAInformações: +1 617 770-3000 /[email protected]

QualiFire Vitória - Plano deEmergência Contra Incêndio20 de julho – Vitória/ESRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Curso de Primeiros Socorros20 e 21 de julho – Simões Filho/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Socorrista Internacional20 a 23 de julho – Jequié/BARealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

BLS – Basic Life Support21 a 23 de julho – São Paulo/SPRealização: Ellu SaúdeInformações: (11)3721-9333

Primeiros Socorros, RCP e DEA21 a 23 de julho – São Paulo/SPRealização: Ellu SaúdeInformações: (11)[email protected]

Suporte Básico de Vida ePrimeiros Socorros22 e 23 de julho – São Paulo/SPRealização: Fox TreinamentoInformações: (11)[email protected]

Socorrista Internacional22 a 30 de julho – Vila Velha/ESRealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

Curso de Primeiros Socorros24 e 25 de julho – Lauro de Freitas/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

QualiFire - Brigada de Incêndio25 de julho – Belo Horizonte/MGRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

RCP Profissional ePrimeiros Socorros25 a 30 de julho – São Paulo/SPRealização: Fox TreinamentoInformações: (11)[email protected]

Programa Qualificar Belo Horizonte27 e 28 de julho – Belo Horizonte/MGRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Socorrista Internacional27 a 30 de julho – Vila Velha/ESRealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

Socorrista Internacional27 a 30 de julho – Vitória da Conquista/BARealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

V Jornada Est. de Bombeiros Voluntários29 de julho – Tapes/RSRealização: Corpo de Bombeiros Voluntári-os de Tapes e VoluntersulInformações: (51)[email protected]

RCP e DEA29 e 30 de julho – São Paulo/SPRealização: Star LifeInformações: (11)[email protected]

RCP com DEA01 de agosto – Porto Alegre/RSRealização: Resgate Médico CursosInformações: (51)[email protected]

Congreso Internacional deProtección Contra Incendios02 a 05 de agosto – Bogotá/ColômbiaRealização: OPCI – Organización Iberoa-mericana de Protección contra IncendiosInformações: (57-1)611-0754

Socorrista Internacional03 a 06 de agosto – Itabuna/BARealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

Anatomia e Fisiologia para Socorristas05 e 06 de agosto – São Paulo/SPRealização: Fox TreinamentoInformações: (11)[email protected]

Técnicas básicas em APH06 de agosto – João Pessoa/PARealização: GAE - Grupo de Atendimentonas EmergênciasInformações: (83)3247-3945

Transporte de Produtos Químicos07 e 08 de agosto – Rio de Janeiro/RJRealização: Interação AmbientalInformações: (21)2576-7608

QualiFire Curitiba - Plano deEscape de Edificações8 de agosto – Curitiba/PRRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Socorrista Internacional08 a 13 de agosto – Eunapolis/BARealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

QualiFire - Brigada de Incêndio10 de agosto – Florianópolis/SCRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Transporte de Produtos Perigosos10 e 11 de agosto – São Paulo/SPRealização: TargetInformações: (11)5641-4655

Programa Qualificar Caxias do Sul10 e 11 de agosto – Caxias do Sul/RSRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Emergência e RessuscitaçãoCardiopulmonar12 de agosto – Rio Claro/SPRealização: Sociedade de Cardiologia doEstado de São PauloInformações: (19)[email protected]

Suporte Básico de Vida e DEA12 e 13 de agosto – São Paulo/SP

Realização: Fox TreinamentoInformações: (11)[email protected]

Primeiros Socorros e RCP12 e 13 de agosto – São Paulo/SPRealização: Star LifeInformações: (11)[email protected]

Socorrista Internacional17 a 20 de agosto – Teixeira de Freitas/BARealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

Primeiros Socorros, RCP e DEA18 a 20 de agosto – São Paulo/SPRealização: Ellu SaúdeInformações: (11)[email protected]

Primeiros Socorros19 de agosto – Rio de Janeiro/RJRealização: Ação VitalInformações: (21)[email protected]

ACLS – Suporte Avançado à Vida19 e 20 de agosto – São Paulo/SPRealização: Sociedade de Cardiologia doEstado de São PauloInformações: (11)3179-0044

Curso de Operações Verticais19 e 20 de agosto – Sorocaba/SPRealização: Task ServiceInformações: (15)[email protected]

Curso de Primeiros Socorros19 e 20 de agosto – Camaçari/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

RCP e DEA19 e 20 de agosto – São Paulo/SPRealização: Star LifeInformações: (11)[email protected]

Bombeiro Profissional Civil19 de agosto a 21 de outubro – São Paulo/SPRealização: Senac São PauloInformações: (11)3323-1532

Socorrista Internacional19 a 27 de agosto – Vila Velha/ESRealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

Suporte Básico de Vidae Primeiros Socorros21 e 22 de agosto – São Paulo/SPRealização: Fox TreinamentoInformações: (11)[email protected]

Curso de Primeiros Socorros21 e 26 de agosto – Salvador/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Emergência Ambiental22 e 23 de agosto – São Paulo/SPRealização: AbiquimInformações: (11)[email protected]

Curso de Primeiros Socorros24 e 25 de agosto – Simões Filho/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Programa Qualificar Goiânia24 e 25 de agosto – Goiânia/GORealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

EMPRESARIAL

Programa QualifireO Programa Qualifire,

Qualificação em Emergênci-as, promovido pela ProteçãoEventos, enfoca o planeja-mento de ações de emer-gência e combate a incên-dios. O cronograma de cur-sos pode ser acessado atra-vés do site www.protecaoe-ventos.com. br. Informaçõespelo telefone (51)2131-0442, ou pelos e-mails [email protected] e [email protected]

AGOSTO

PREVENRIO

Brasilfire e Resgate 2006O Brasilfire (3º Seminário

de Prevenção Contra Incên-dio) e o Resgate 2006 (2ºSeminário Nacional de E-mergências e Resgate) o-correm de 16 a 18 de outu-bro, no Rio de Janeiro. Am-bos acontecem dentro doPrevenRio, 2ª Feira eCongresso de Saúde e Se-gurança no Trabalho, tam-bém realizada pela ProteçãoEventos. Informações pelotelefone (51)2131-0442 ouno site www.protecaoeven-tos.com. br.

SIMPÓSIO

Salvamento AquáticoDe 23 a 26 de novembro,

no Guarujá, em São Paulo,acontece o VI Campeonato,V Simpósio Brasileiro e IIISul-Americano de Salvamen-to Aquático. Os eventos sãopromovidos pelo Corpo deBombeiros Militar do Estadode São Paulo, Sobrasa (So-ciedade Brasileira de Salva-mento Aquático) e Prefeitu-ra Municipal de Guarujá. Aproposta é melhorar o co-nhecimento, a integraçãoentre os serviços de salva-mento e a redução do nú-mero de afogamentos. Con-tatos no site da Sociedade:www.sobrasa.org

Emergência 57

Socorrista Internacional24 a 27 de agosto – Vila Velha/ESRealização: Resgate TreinamentosInformações: (27)[email protected]

Surf-Salva26 de agosto – Santos/SPRealização: SobrasaInformações: (21)[email protected]

1º Campeonato de BombeirosCivis do Sul Fluminense26 e 27 de agosto – Resende/RJRealização: CooperbbocInformações: (24)[email protected]

1º Seminário de ProntoSocorrismo do Rio de Janeiro26 e 27 de agosto – Rio de Janeiro/RJRealização: Eventos e CursosInformações: (21)4062-7172

Atendimento a Emergências Químicas28 de agosto a 01 de setembro – São Paulo/SPRealização: CetesbInformações: (11)3030-6000

Curso de Primeiros Socorros28 e 29 de agosto – Lauro de Freitas/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

BLS – Suporte Básico à Vida29 e 30 de agosto – São Paulo/SPRealização: Soc. de Cardiologia de SPInformações: (11)3179-0044

Aprimoramento emPronto Socorrismo09 de setembro – São Paulo/SPRealização: Eventos e CursosInformações: (11)6950-8760

QualiFire Belo Horizonte - Planode Escape de Edificações12 de setembro – Belo Horizonte/MGRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Emergência com Produtos Químicos13 a 15 de setembro – São Josédos Campos/SPRealização: Task ServiceInformações: (15)[email protected]

QualiFire São Paulo - Briga de Incêndio14 de setembro – Belo Horizonte/MGRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Programa Qualificar Chapecó14 e 15 de setembro – Chapecó/SCRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

ACLS – Suporte Avançado à Vida16 e 17 de setembro – São Paulo/SPRealização: Sociedade de Cardiologia doEstado de São PauloInformações: (11)3179-0044

Curso de Primeiros Socorros16 e 17 de setembro – Camaçari/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Primeiros Socorros e RCP16 e 17 de setembro – São Paulo/SPRealização: Star LifeInformações: (11)[email protected]

XII Seminário Olimpíadade Brigadas de Emergência18 a 22 de setembro – Melgar-Tolima/ColômbiaRealização: OPCIInformações: (57-8)245-0500

Encuentro Nacional de Brigadas Industriales18 a 22 de setembro – Melgar-Tolima/ColômbiaRealização: OPCIInformações: (57-1)611-0754

Emergências Químicas – Nível Operacional18 a 22 de setembro – São Paulo/SPRealização: SuatransInformações: (11)6603-4727

Curso de Primeiros Socorros18 a 23 de setembro – Salvador/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Curso de Primeiros Socorros21 e 22 de setembro – Simões Filho/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Programa Qualificar São Paulo21 e 22 de setembro – São Paulo/SPRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Protección Contra Incendiospara el Sector Hotelero21 a 23 de setembro – San Andrés Islãs/ColômbiaRealização: OPCIInformações: (57-1)611-0754

Primeiros Socorros, RCP e DEA22 a 24 de setembro – São Paulo/SPRealização: Ellu SaúdeInformações: (11)[email protected]

RCP e DEA23 e 24 de setembro – São Paulo/SPRealização: Star LifeInformações: (11)[email protected]

XVI COBEQ – Cong. Bras. de Eng. Química24 a 27 de setembro – Santos/SPRealização: Assoc. Bras. de Eng. QuímicaInformações: (12)3159-5005

Curso de Primeiros Socorros25 e 26 de setembro – Lauro de Freitas/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Emergências Químicas – Operacional25 a 29 de setembro – São Paulo/SPRealização: SuatransInformações: (11)6603-4727

Emergências Químicas – Técnico25 a 29 de setembro – São Paulo/SPRealização: SuatransInformações: (11)6603-4727

BLS – Suporte Básico à Vida26 e 27 de setembro – São Paulo/SPRealização: Soc. de Cardiologia de SPInformações: (11)3179-0044

Programa Qualificar Porto Alegre28 e 29 de setembro – Porto Alegre/RSRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

BLS – Suporte Básico à Vida02 e 03 de outubro – São Paulo/SPRealização: Soc. de Cardiologia de SPInformações: (11)3179-0044

Resgate Técnico Vertical Avançado02 a 04 de outubro – Itapetininga/SPRealização: Task ServiceInformações: (15)[email protected]

Gerenciamento de Resíduos Sólidos07 a 11 de outubro – São Paulo/SPRealização: Senac São PauloInformações: (11)3323-1532

Curso RCP – DEA – Primeiros Socorros07 e 08 de outubro – Santa Maria/RSRealização: ERT / Protsegur ResgateInformações: (55)3223-3060

QualiFire Rio de Janeiro -Brigada de Incêndio9 de outubro – Rio de Janeiro/RJRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Diplomado en ProtecciónContra Incendios13 de outubro a 15 de março de 2007 –Bogotá/ColômbiaRealização: OPCIInformações: (57-1)611-0754

Emergências Ambientais16 e 17 de outubro – Rio de Janeiro/RJRealização: Interação AmbientalInformações: (21)2576-7608

Curso de Primeiros Socorros16 a 21 de outubro – Salvador/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Derrames de Óleo no Mar:Aspectos Preventivos e Corretivos16 a 20 de outubro – São Paulo/SPRealização: CetesbInformações: (11)3030-6000

Prevenrio – Feira e Seminário de SST16 a 18 de outubro – Rio de Janeiro/RJRealização: Proteção EventosInformações: (51)2131-0442

Brasilfire16 a 18 de outubro – Rio de Janeiro/RJRealização: Proteção EventosInformações: (51)2131-0442

Resgate 200616 a 18 de outubro – Rio de Janeiro/RJRealização: Proteção EventosInformações: (51)2131-0442

Curso de Emergências Químicas –Nível de Comando16 a 20 de outubro – São Paulo/SPRealização: SuatransInformações: (11)6603-4727

Curso de Primeiros Socorros19 e 20 de outubro – Simões Filho/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

QualiFire Florianópolis - Planode Escape de Edificações20 de outubro – Florianópolis/SCRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442

Primeiros Socorros, RCP e DEA20 a 22 de outubro – São Paulo/SPRealização: Ellu SaúdeInformações: (11)[email protected]

ACLS – SuporteAvançado à Vida21 e 22 de outubro – São Paulo/SPRealização: Sociedade de Cardiologia doEstado de São PauloInformações: (11)3179-0044

CIVIS

Campeonato no RJNos dias 26 e 27 de agos-

to será realizado o 1º Cam-peonato de Bombeiros Civisdo Sul Fluminense. O even-to, promovido pela Cooper-bboc (Cooperativa dos Bom-beiros Brigadistas Civis doSul Fluminense), será realiza-do na cidade de Barra Man-sa, no RJ. O campeonato in-clui provas de combate a in-cêndio, resgate e outras mo-dalidades. Mais informaçõespelo fone (24)3322-8077 ouatravés do e-mail cooperb-boc@ bombeiroscivis.org.

AEROMÉDICO

Capacitação para voarEntre os meses de julho e

outubro será realizado o cur-so Transporte Aeromédico,em Brasília/DF. Serão duasmodalidades: uma para mé-dicos e enfermeiros, e ou-tra para técnicos em enfer-magem e socorristas. Paramédicos e enfermeiros se-rão 60 horas, divididas emtrês finais de semana nosmeses de agosto, setembroe outubro. Na outra modali-dade são 22 horas, realiza-das em um único final desemana, que é opcional emjulho ou agosto. Inscriçõesno (61)3201-0080.

DEFESA CIVIL

3º Fórum NacionalA Secretaria Nacional de

Defesa Civil, em parceriacom a Coordenadoria Esta-dual de Defesa Civil do Es-tado do Espírito Santo e aCoordenadoria Municipal deDefesa Civil de Cariacica,realizarão o III Fórum Nacio-nal de Defesa Civil, nos dias23 e 24 de novembro, emCariacica/ES. O tema do e-vento será “Em Busca da Ex-celência nas Ações de De-fesa Civil”. Informações nosite www.defesacivil.es.gov.br

SETEMBRO

OUTUBRO

Emergência JULHO / 200658

LEIS & NORMAS

Esta coluna trará, a cada edição, notíciassobre as principais revisões e discussões

acerca das NBRs relativas ao setor deincêndio, debatidas no âmbito dasComissões de estudo do CB-24.

CONSULTA NACIONAL

O projeto de revisão da norma NBR 14276(Brigada de Incêndio), que estabelece os re-quisitos mínimos para a composição, forma-ção, implantação e reciclagem das brigadasde incêndio, foi concluído. Esta norma surgiuda necessidade de se padronizar a atividadede brigada de incêndio, desde a sua denomi-nação até a especificação da área de atua-ção. O projeto encontra-se à disposição paraconsulta nacional e sugestões até o dia 27 dejulho, no site www.abnt.org.br/cb-24, no linkConsulta Nacional.

BOMBEIRO CIVIL

A Comissão de Programa de Brigada de In-cêndio está revisando a norma NBR 14608(Bombeiro Profissional Civil). “A norma estabe-lece os requisitos para determinar o númeromínimo de bombeiros privados em uma plan-ta, bem como sua formação, qualificação, reci-clagem e atuação”, explica o secretário da Co-missão, Walter Blassioli. A última reunião daComissão ocorreu no dia 9 de junho. Na oca-sião, foi analisada a revisão da norma efetuadapelo Grupo de Trabalho do Rio de Janeiro. Exis-tem três pontos principais em discussão: o títuloda norma, as atividades básicas do bombeiroprofissional civil e a quantidade de bombeirospor planta. Blassioli esclarece que estes aspec-tos são essenciais. “A terminologia, o currículoe onde realmente é necessária sua atuação”,salienta. O próximo encontro será no dia 14 dejulho, quando segue a análise da revisão.

SEGUNDO PROJETO

A NBR 13714 (Sistemas de Hidrantes e deMangotinhos para Combate a Incêndio) estáno segundo projeto de revisão. Segundo o se-cretário da Comissão de Estudo de Hidrantes,Mangotinhos e Acessórios, Maurício Feres, aconsulta pública do primeiro projeto levou-os arepensar o assunto. “A revisão desta norma éum desafio, pois temos que conciliar diferentesregulamentos e decretos existentes nos Cor-pos de Bombeiros dos vários Estados e fazeruma única norma nacional que seja adotadapor todos”, explica. Feres esclarece que, atra-vés da consulta vieram à tona estas divergên-cias, o que levou a Comissão a trabalhar nestesegundo projeto de revisão. A Comissão sereuniu no dia 4 de julho para análise e discussãodos anexos do texto base do primeiro projeto.

PINGA FOGOCB 24 - ABNT

ESTIAGEM

RS tem política contra a secaNo dia 16 de maio, foi publicada no

Diário Oficial da União a Lei nº 12.488,que institui a Política Estadual de Comba-te, Prevenção e Administração das Con-seqüências Ocasionadas pela Seca e Esti-agem no Estado do Rio Grande do Sul. Oobjetivo é preservar e restaurar os proces-sos ecológicos essenciais ao ecossistema,disciplinando a execução das ações, obrase serviços necessários para sua implemen-tação no Estado.

A Política Estadual deve assegurar ocombate, prevenção e administração dasconseqüências da seca e estiagem a todapopulação economicamente ativa ligadaaos setores atingidos, além de mobilizarrecursos e organizar todos os setores dasociedade para planejar e executar asações necessárias.

PISCINA

Acidentes por mergulho em discussãoEstá em andamento a proposição PL-

4777/2005, de autoria do deputadoRodolfo Pereira (PDT/RR), que disciplinaa prevenção de acidentes em piscinas. Oprojeto determina que nas piscinas de usopúblico ou coletivo sejam disponibilizadasinformações sobre a profundidade do tan-que e sobre alterações na profundidaderegular do mesmo, assim como os riscosde lesão medular e afogamento em casosespecíficos. Outras medidas preventivasapresentadas no projeto dizem respeito àpresença de salva-vidas capacitados parao adequado resgate da vítima, ao isolamen-to da área de trânsito de banhistas em re-lação ao tanque, à proibição de que ba-nhistas alcoolizados façam uso do tanquee que, salvo em casos regulamentados,mergulhem em águas rasas.

Situação de emergênciaAntes de deixar o Ministério da Inte-

gração Nacional, Ciro Gomes aprovou, em31 de março, a Portaria nº 317, que esta-belece novos limites mínimos para a contra-partida de prefeituras municipais na trans-ferência de recursos, durante o período emque subsistirem situações de emergênciaou estado de calamidade pública.

Publicada no Diário Oficial da União em3 de abril último, o documento estabele-ce que o limite mínimo de contrapartidado § 1º, do art. 44 da Lei nº 11.178 de2005, que dispõe sobre a lei orçamentá-ria, passa a ser de 1% quando os recursosreferentes ao exercício de 2006, foremdestinados às ações de Defesa Civil emmunicípios com o reconhecimento formal

Portaria reduz a 1% a contrapartida de prefeituras municipais

FERN

AN

DO

BU

SIA

N/C

OO

RDEN

AD

ORI

A M

UN

ICIP

AL

DE

DEF

ESA

CIV

IL-S

P

Novos limites para recursos em casos de estado de calamidade pública

de situação de emergência ou estado decalamidade pública, durante o período emque essas situações subsistirem.

Com a nova Portaria, prefeituras muni-cipais terão maior facilidade na recupera-ção da situação de normalidade de suascidades. Prevista na Lei Federal de nº11.178, a contrapartida, até então, variavaentre 10% a 40%. Mas a própria lei, no §2º, permite que os limites mínimos decontrapartida fixados no § 1º do artigo 44,poderão ser reduzidos por ato do titulardo órgão concedente, quando os recursostransferidos pela União se destinarem amunicípios que se encontrem em situa-ção de emergência ou estado de calami-dade pública.

LEIS & NORMAS

Emergência 59JULHO / 2006

NBR 14096 em revisão

A Comissão de Viaturas deCombate a Incêndio, do CB-24(Comitê Brasileiro de Seguran-ça contra Incêndio), se dedica anormalizar a construção de via-turas de emergência. Já forampublicadas a NBR 14096 (incên-dio) e 14561 (resgate), e estáem consulta pública a normapara viaturas de combate a in-cêndio florestal. “A 14096 estásofrendo uma revisão profunda,onde vai contemplar as váriasmodalidades de veículos decombate a incêndio, desde umasimples intervenção rápida até as viaturaspara refinarias com bombas de combate aincêndio de grande vazão”, explica o co-ordenador da Comissão, Cesar CorazzaNieto. A norma pretende sair na briga porum lugar no mercado internacional. A re-visão está sendo baseada na NFPA 1901,pois é a norma adotada pela maioria dosclientes de países latino-americanos, ára-bes, africanos e asiáticos.

A próxima reunião da Comissão ocorredia 11 de julho. O coordenador lembra queos últimos pontos debatidos foram os aces-sórios que cada modalidade de viatura devetransportar, tais como bombas portáteis,escadas, lanternas, esguichos, mangueiras,entre outros. Nieto salienta ainda que asnormas de construção não são leis. “É umaopção do usuário segui-las ou não. Masem caso de acidentes, sempre haverá oquestionamento judicial se as normas fo-ram seguidas”, salienta.

Norma pretende garantir lugar no mercado internacional

ARQ

UIV

O EM

ERG

ENC

Y O

NE

Viaturas devem seguir padrão internacional

DESFIBRILADOR

Regulamentada lei em São Paulo

O CB-16 (Comitê Brasileiro de Transpor-tes e Tráfego) fez, no final de 2005, a revi-são de todas as normas referentes ao trans-porte terrestre de produtos perigosos. Deacordo com a coordenadora da Comissãode Transporte de Produtos Perigosos, Gló-ria Benazzi, o objetivo foi o enquadramen-to das normas a situações atuais, como,por exemplo, o retorno de embalagens va-zias e contaminadas. Na NBR 7500 (Iden-tificação para transporte, manuseio, movi-mentação e armazenamento de produtos)foram incluídos requisitos para atender aresolução 420/04 da ANTT (Agência Na-cional de Transporte Terrestre) e alteraçõesna identificação da unidade de transporte.Na NBR 13221 (Transporte de resíduos) oprincipal destaque é para os produtos quenão se enquadram nas classes de risco, ena NBR 14619 (Transporte de produtosperigosos – Incompatibilidade química) aproibição do transporte de produtos qui-micamente incompatíveis na mesma uni-dade de transporte.

A NBR 7503 (Ficha de emergência eenvelope para transporte de produto peri-goso) e a NBR 9735 (Conjunto de equi-pamentos para emergências no transpor-te rodoviário de produtos perigosos) en-traram em vigor em 30/12/05, estabele-cendo requisitos da ficha de emergênciae EPIs necessários. O resumo das altera-ções está no site www.abtlp.org.br.

CB-16

Normas sobre transportede produtos perigosos

BOMBEIRO CIVIL

Regulamentação da categoria

Foi publicada no Diário Oficial da Uniãoem 05 de abril último a Portaria nº 80 doInmetro, referente à inspeção de extin-tores, substituindo a Portaria nº 51, de2004. Ela aprova o Regulamento Técni-co da Qualidade para os Serviços de Ins-peção Técnica e Manutenção em Extin-tores de Incêndio, que complementa aNBR 12962 (Inspeção, Manutenção eRecarga em Extintores de Incêndio). Se-gundo o técnico da Divisão de Progra-mas da Avaliação da Conformidade daDiretoria da Qualidade (Dipac/Dqual) doInmetro, Adilson Vieira, esta Portaria foipublicada em razão da necessidade dedar continuidade ao processo de melhoriaempreendido no Programa de Extintores

EXTINTORES

Inmetro publica nova Portaria para inspeçãode Incêndio do órgão. “Ela surgiu comoresultado dos programas de verificaçãoda conformidade, programa de fiscaliza-ção e ainda das reclamações e sugestõesdos consumidores”, explica.

O Regulamento fixa as condições mí-nimas para inspeção e manutenção deprimeiro, segundo e terceiro níveis emextintores, especificando os itens que de-vem ser verificados em cada tipo de ins-peção. Vieira esclarece o que mudou paraas empresas de manutenção. “Elas de-vem efetuar novos registros e controlesde processo na realização dos serviçosde manutenção e serão verificadas pelosórgãos delegados do Inmetro”, salienta.A Portaria está no www.inmetro. gov.br.

Foi regulamentada, através do Decretonº 46.914, em 17 de janeiro, a Lei nº13.945. Publicada no Diário Oficial do mu-nicípio de São Paulo, em 18/01, a legisla-ção prevê a manutenção de aparelhosdesfibriladores em locais de trabalho comconcentração e/ou circulação média diáriade 1.500 pessoas ou mais. Os estabeleci-mentos terão que capacitar 30% de seupessoal para o uso correto do desfibrilador.Quem descumprir a lei estará sujeito a umamulta de R$2 mil reais. No Brasil, estima-se que 160 mil pessoas morram anualmen-te vítimas de ataque cardíaco.

Está em andamento o Projeto de Leinº2084/91 para regulamentação da cate-goria de Bombeiro Civil. O texto final foientregue para votação na Câmara dos De-putados, em Brasília, em março último.Depois de votado, caso aprovado, o proje-to ainda necessita da sanção do presiden-te da República. O autor do projeto éEdnilson Santana, fundador do Sindicatodos Bombeiros Civis do Distrito Federal.O projeto é do ano de 1991, mas desde1999 encontra-se sem nenhuma resolução,sendo retomado somente este ano.

Emergência JULHO / 200660

PRODUTOS SERVIÇOS&

RODOVIA

Enseg garante atendimentomédico de emergência

Ao circular pela BR-290 (Freeway), no RioGrande do Sul, o motorista tem a garantia deatendimento médico de emergência e resgate24 horas por dia. Este serviço está sob respon-sabilidade da Enseg – Engenharia de Seguran-ça. A Enseg é uma organização carioca, parcei-ra da Concepa, e presta atendimento médicona rodovia a maus súbitos (desde febre atéparada cardíaca), socorro em acidentes e com-bate a incêndios. Dispõe de quatro UTIs móveise três carros-resgate. Entre os profissionais,

conta com sete médicos, nove socorristas e 21motoristas/resgatistas, que atuam em sistema deplantões. Mais informações pelo telefone (51)3027-7400 e no site www.concepa.com.br.

QUÍMICOS

Suatrans busca preservaçãoda vida e do meio ambiente

A Suatrans, empresa brasileira que busca apreservação da vida e do meio ambiente, dispo-nibiliza para seus clientes soluções em servi-ços, treinamentos, gerenciamentos de resíduose produtos, com padrões de qualidade reconhe-cidos internacionalmente. Um dos produtos é o

Kit de Emergência Ambiental para petróleo e de-rivados com capacidade de absorção de 85 litros.O Kit contém bombona de polietileno de 100 li-tros, capa protetora laranja, saco de 28 litros deturfa absorvente, mantas absorventes, traves-seiros absorventes, cordões, sacos para descar-

te, roupa de pro-teção, pá de plás-tico, óculos deproteção e luvas.Informações no(11)6696-4722ou www.suatrans.com.br.

Emergência 61JULHO / 2006

RESGATE

Tecnologia hidráulicapara resgate

Depois de 40 anos à frente no desenvolvimentotecnológico de produtos para resgate, a Holma-tro Equipamento apresenta a tecnologia Core,comercializada pela Multstock. Esta tecnologiaconsiste num sistema hidráulico que empregamangueiras, acoplamentos, bombas e ferramen-tas para operar um equipamento de resgate. Elaelimina a necessidade de uma válvula na bomba,bastando conectar a mangueira ao equipamento.O sistema é rápido, fácil e seguro, permitindo aosocorrista focar-se na operação e no equipamento

de resgate. Outras informações pelo telefone (31)3296-8099 ou no site www.multstock.com.br.

TREINAMENTO

Combate a incêndioem serviços elétricos

A Work Fire desenvol-veu parcerias com empre-sas de distribuição de e-nergia elétrica para apli-cação do Curso Teórico ePrático de Combate a In-cêndio em Estação deTransmissão e Distribui-

ção de Energia Elétrica, abrangendo subes-tações primárias e secundárias. O treinamentoatende a parte prática dos protocolos da NR-10. Dentre os tópicos abordados no curso es-tão: atendimento a um alarme, avaliação dospainéis alarmados e proporção do sinistro, re-

torno ao Centro de O-perações de Sistemacom as providências emanobras a realizar.Outras informações pe-lo telefone (11)6468-4088 ou no site www.workfire.com.br.

Emergência JULHO / 200662

Dia 2 de julho é o Dia Nacionaldo Bombeiro. Um precursor antigodo código de leis dos bombeiros éo Código de Hamurabi, do séculoXVII a.C. No Brasil, só em 1856, foicriado o Corpo de Bombeiros daCorte, no Rio de Janeiro. A partirde 1910 foram adquiridos os pri-meiros veículos automotores, emsubstituição aos de tração animal.

FAVELA

Fogo destruiucerca de 40 barracos

Um incêndio destruiu cerca de40 barracos na Favela do Piolho,região do Brooklin, Zona Sul de SãoPaulo. Segundo o Cobom (Centrode Operações do Corpo de Bom-beiros), o incêndio, que ocorreuem junho, teve início numa dasmoradias da favela. Cerca de 60bombeiros em 22 guarnições fo-ram para o local e só conseguiramapagar as chamas depois de duashoras. Ninguém ficou ferido. Ascausas do incêndio ainda estãosendo investigadas. Cerca de 40famílias ficaram desabrigadas.

88%dos 400 internautas quevotaram no site da RevistaEmergência acham que aprofissão de paramédicodeveria existir no Brasil.

CÃES - Os cães desalvamento foram utiliza-dos pela primeira vez du-rante a Segunda GuerraMundial e, a partir dosanos 50, começaram a sercriadas escolas para suaformação.

AUXÍLIO - O Corpo deBombeiros do Distrito Fe-deral recebeu da Secreta-ria Nacional de Seguran-ça Pública, no dia 20/06,925 capacetes de prote-ção individual e 24 nada-deiras. Os equipamentoscustaram R$1,2 milhão.

CONVÊNIO - O minis-tro da Saúde, Saraiva Fe-lipe, assinou o termo adi-tivo do Convênio nº 004/2004, no Recife/PE, emdezembro de 2005. Atra-vés do Convênio, Recifeé o primeiro município a

ATENTADOS

Resgate enfrentoufalha de comunicação

A respos-ta dos servi-ços de e-mergênc iab r i t â n i c o sdurante osatentados de 7 de julho de 2005,em Londres, teve falhas de comu-nicação entre o pessoal de resga-te, concluiu um relatório da prefei-tura Londrina em junho. O docu-mento indicou que existiram falhasno uso dos radiotransmissores. Osataques deixaram 52 pessoasmortas e 700 feridas.

integrar a atuação do Sa-mu 192 à Polícia Rodoviá-ria Federal.

COMBIVILLE - A XXVIICombiville, Competição deBrigadas Industriais deJoinville/SC, aconteceu nodia 8 de julho. A competi-ção contou este ano comuma equipe de São Paulo.

CRUZ VERMELHA - ACruz Vermelha surgiu apóso século XVI em um con-fronto entre austríacos, ita-lianos e franceses, quan-do foi iniciado um movi-mento de humanitarismointernacional, por iniciati-va de Jean Henri Donant.

CHILE - Os BombeirosVoluntários de Nova Petró-polis/RS participaram deum intercâmbio no Chile,em abril. Foram visitadasmais de 30 corporaçõese companhias de bombei-ros.

COPA - Uma semanaantes do início da Copa doMundo de Futebol, os bom-beiros alemães participa-ram de um exercício depreparação para uma even-tual emergência. Eles simu-laram o socorro de vítimasde um suposto ataque ter-rorista.

TEXAS - De 9 a 14 dejulho, ocorre a 40ª Ediçãoda Escola de Bombeiros doTexas. O programa é de-senvolvido pela The TexasA&M University, em Colle-ge Station, Estados Unidos.

...

INCÊNDIO

Acidente em fábricade produtos químicos

Um incêndio na MBN Distribui-dora de Produtos Químicos, emCachoeirinha/RS, em junho, dei-xou três pessoas com ferimentosleves. A Defesa Civil distribuiu más-caras para a população se prote-ger dos gases tóxicos, enquantoos bombeiros combateram o fogo.Segundo a empresa, um curto-cir-cuito provocou o incêndio, quandovazaram 60 mil litros de solvente.No final do mês de junho, a Funda-ção Estadual de Proteção Ambien-tal (Fepam) multou em R$200 mil aempresa pelos danos ambientais.

HISTÓRIA

Perigo em acidente com gásUm vazamento de gás de um caminhão, no dia 23 de junho,

na marginal Pinheiros, em São Paulo, deixou cerca de 40 pessoasintoxicadas. O caminhão transportava dez cilindros de gás t-butilmercaptana, quando oito caíram na pista e dois vazaram. Todasas faixas da marginal foram interditadas por cerca de quatro horas.

O vazamento dos cilindros levou a Companhia de Engenhariade Tráfego (CET) a solicitar o envio de viaturas do Corpo deBombeiros ao local. Um dos cilindros que vazou caiu em umcórrego. Uma investigação será feita para verificar as causas doacidente.

Que a Estrela da Vida, símbolodos Serviços de Emergência Médi-ca, foi desenvolvida em 1973, nosEstados Unidos? Ela foi criada porLeo R. Schwartz, chefe do Depar-tamento de Serviço de Emergên-

cia da AdministraçãoNacional de Segu-rança no Tráfego

Rodoviário (NHTSA).

SAÍDA DE EMERGÊNCIA▼ ▼ ▼

Bombeiros recolhem os cilindros que caíram do caminhão

TEN

ENTE

PA

ES/C

ORP

O D

E BO

MBE

IRO

S D

O E

STA

DO

DE

SÃO

PA

ULO

Viatura alemã adquirida em 1928

CO

RPO

DE

BOM

BEIR

OS

DE

SÃO

PA

ULO

Bombeiros combatem o fogo

JORG

E A

LBER

TO A

LVO

RCEM

PIN

TO

VOCÊ SABIA?

PEN

INH

A M

AC

HA

DO

WW

W.E

LSA

LVA

DO

R.C

OM

NOVO COMANDANTE - O Corpo deBombeiros do Amapá tem novo comandante.É o coronel Giovani Tavares Maciel Filho.