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EM FRENTE AO CENTRO SOCIAL PUBLICIDADE PUBLICIDADE Nova feira de Joane abriu. E agora, o que vai ser do Largo 3 de Julho? DESTAQUE Pág. 09 Joanepág. 10 Loja Social abre no mês de Setembro Pevidémpág. 13 Mais 400 Kg de tampinhas para ajudar Salvador Saúdepág. 12 Sinais de fumo: os perigos do tabaco EM FOCOpág. 03 Era uma vez a Rádio Jovem Emissora de Joane emitiu entre 1986 e 1988 Nº 131 • ANO XI • FEVEREIRO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA DIRECTOR: JOAQUIM FORTE Ele foi convidado para fazer o retrato da cantora Anastacia Hermes Fernandes, o homem que dá nova vida às bolas de futebol DESPORTO Pág. 15 BRUNO COELHO Pág. 14

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Edição de Fevereiro 2010

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EM FRENTE AO CENTRO SOCIAL

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Nova feira de Joane abriu. E agora, o que vai ser do Largo 3 de Julho?

DESTAQUE • Pág. 09

Joane• pág. 10

Loja Social abre no mês de

Setembro

Pevidém• pág. 13

Mais 400 Kg de tampinhas para ajudar Salvador

Saúde• pág. 12

Sinais de fumo: os perigos do

tabaco

EM FOCO• pág. 03

Era uma vez a Rádio Jovem

Emissora de Joane emitiu entre 1986 e 1988

Nº 131 • ANO XI • FEVEREIRO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA

DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

Ele foi convidado para fazer o retrato da cantora Anastacia

Hermes Fernandes, o homem que dá nova vida às bolas de futebol

DESPORTO • Pág. 15

BRUNO COELHO

Pág. 14

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 3

PAULO RAFAEL“Foram momentos vividos com muito entusiasmo e dedicação, passando por dificuldades finan-ceiras e situações de pura diversão, aprendizagem e até caminho para a profissionalização de alguns dos elementos que constituíam a equi-pa.Posso citar 3 coisas que marcaram a vida dos joanenses. A 1ª trans-missão no exterior do festival de folclore em 1986. A 1ª transmis-são da missa também em 1986 e as transmissões via telefone de todos ou quase todos os jogos do GD Joa-ne, pois nessa altura as pessoas que não acompanhavam o clube fora de casa e tinham de esperar pelos resultados nas rádios nacionais ou esperar que os adeptos chegassem.Se fosse hoje teria ainda mais im-pacto. A Rádio Jovem mexeu mes-mo com Joane e freguesias vizi-nhas. Todos sabem que o poder político não permitiu a sua legali-zação e deitou por terra aquele que seria o melhor projecto do conce-lho de Famalicão, que teria sede em Joane. Com isto acho que fica bem demonstrado que Joane seria muito diferente se a Rádio Jovem existisse, dentro dos mesmos prin-cípios que sempre se orientou e a caracterizou, uma rádio para a sua terra!”.

MANUEL CUNHA“Foi muito importante na divulga-ção do projecto e actividades asso-ciativas, O projecto foi muito bom para Joane e para a região. Revelou a capacidade de sonhar de jovens”.

SÁ MACHADOO actual presidente da Junta de Freguesia de Joane, Sá Machado, foi um dos fundadores e dinami-zadores da Rádio Jovem de Joane. Além de fazer parte da direcção do projecto, foi durante muito tempo o animador dos relatos de futebol de partidas em que tomava parte o Grupo Desportivo de Joane.

MEMÓRIA

A RÁDIO MEXEU COM A REGIÃO

Viatura 4-6-9 lugares e Viatura para pessoas com mobilidade reduzida

Serviço permanente: 917 514 596 | 252 991 646

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“Recuando no tempo. Os autores de tal ousadia (Rádio Jovem): seis jovens de idades compre-endidas entre os 15 e os 18

anos que pouco percebiam de rádio, mas que mostravam determinação e força de vontade. Foram eles: Joaquim Forte, Paulo Sérgio Rafael, Sá Machado, Ricardo Guedes, Jorge Forte e José Fernandes, estudantes na altura”.Foi desta forma que o jornal Vila Nova se referiu, na sua edição de 8 de Julho de 1987, ao primeiro ani-versário da Rádio Jovem, projecto pioneiro de um grupo de jovens que durante dois anos se fez ouvir na região. Muito antes, a 29 de Abril de 1986, o Diário do Minho titulava: “Jovens querem fundar rádio local”. Na notícia, o jornalista dava conta dos esforços do grupo para reunir o dinheiro necessário ao arranque do projecto - uma das iniciativas consistiu num sorteio.Para os leitores que têm 40 anos e mais, o projecto Rádio Jovem não será estranho. Em pleno período da febre das “rádios piratas”, Joane mostrou, também nesta área, o seu dinamismo através de um grupo de jovens, dos 15aos 18 anos, que a partir de uma “brincadeira de gara-gem” ergueram e dinamizaram uma emissora local ao longo de dois anos.

A primeira emissão da Rádio Jovem de Joane foi para o ar dos estúdios do Salão Paroquial no dia 12 de Julho de 1986. Foi às 8 horas, com o pro-grama “Café da Manhã”, feito pelo locutor Ricardo Guedes. Programas como “O Som da Juventude”, “Café com letras” , “A Outra Margem”, “Ao cair da noite”, “Sopa de Pedra”, “Estrelas da Noite” e “A festa da pequenada”, entre muitos outros, ficaram na memória de muita gente. Sem esquecer o desporto, em par-ticular o acompanhamento do GD Joane - curiosamente, a equipa base

que assegurava os relatos de futebol foi formada, durante muito tempo, por Sá Machado, actual presidente da Junta de Joane, e José Santos, actual vereador na Câmara Municipal de Famalicão.

Tal como centenas de outras rádios locais, a de Joane “silenciou-se” no Natal de 1988, por decreto do Governo que decidiu fazer um concurso nacio-nal de rádios locais. No concelho de Famalicão, para as duas frequências postas a concurso concorreram cinco estações, entre elas a de Joane. O júri acabou por atribuir frequências aos projectos Vila Nova (actual Digital) e Cidade Hoje. “A rádio jovem mexeu mesmo com joane e freguesias vizinhas. O poder político não permitiu a sua lega-lização e deitou por terra aquele

que seria o melhor projecto do concelho de Famalicão. Joane seria muito diferente se a Rádio Jovem existisse”, afirma Paulo Rafael, um dos fundadores.“Foi muito importante na divul-gação do projecto e actividades associativas”, recorda Manuel Cunha, que naquela altura era presidente da Associação Re-creativa e Cultural de Airão Santa Maria. “O projecto foi muito bom para Joane e para a região. Se no processo de licenciamento as forças do dinheiro e da influên-cia política não tivessem falado

mais alto, teríamos uma rádio em Joane. Que poderia dar um contributo à afirmação desta região. Poderia ser, no formato áudio, aquilo que se pretendeu com o Repórter Local”, conclui.

O VIZINHO NÃO DÁ A BOLA!Decorria um jogo de futebol no está-dio de Barreiros (GD Joane). “A bola caiu no quintal do vizinho e o vizinho não quer dar a bola”, teria dito o rela-tador de serviço. A “anedota” tornou-se tão popular que passou por ser ver-dadeira .

LONGE DA FIBRA ÓPTICAA transmissão de jogos de futebol em 1986 era bem diferente daquela que temos agora. Sem novas tecnologias, a Rádio Jovem usava um meio simples: estendia um fio eléctrico entre o Salão Paroquial e o campo de jogos, por en-tre quintais!

RABANADAS E ALETRIAVivia-se muito o fenómeno da rádio. No Natal, era frequente aparecerem ouvintes à porta do Salão Paroquial, onde funcionou a estação durante um ano, com pratos de rabanadas e aletria para oferecer aos locutores de serviço.

Emissora de Joane emitiu entre 1986 e 1988.

EM FOCO

RÁDIO JOVEM CURIOSIDADES

Era uma veza Rádio Jovem

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4 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

O MêS DEESPERANçA OLIVEIRA

UM BLOG

MEMÓRIAS DE jOANE“QUE AUTARCAS?”

é ASSIMOPINIãO

O qUE SE DIz

>> FACTO LOCAL A mudança da Feira semanal da Vila de Joane para o novo recinto, que se revelou pequeno para todos os feirantes.>> FACTO NACIONALA alegada tentativa de José Sócrates e seus pares, para controlar alguns meios de comunicação social.>> FIGURA DO MêS António Costa Gomes, Juiz de Instrução da comarca do Baixo Vouga em Aveiro. Juiz do processo “Face Oculta”. Porque teve profissionalismo e cora-gem de validar em toda a linha as suspeitas do Ministério Público sobre o envolvimento de José Sócrates e o Governo na alegada manobra de “toma-da de poder” de alguns meios de comunicação social.>> FRASE Podem os portugueses acreditar que o poder Político nunca se irá sobrepor ao poder Judicial ?

www.danielrodrigues.blogspot.com

Neste blog, o presidente da Junta de Freguesia de Ronfe dá conta de notícias relacionadas com a localidade mas não só. O autarca social-democrata opina sobre questões da actualidade, eviden-ciando a sua costela “laranja”. Foi também através deste blog que Daniel Rodrigues lançou a petição para a reparação da Via Inter-Municipal, na sequência de um grave acidente que ceifou as vidas de mãe e filho, naturais e residentes em Ronfe. É através dele que anuncia o seu apoio à candidatura de Manuel Pinto Brasil à direc-ção do Vitória de Guimarães. De resto, os últimos posts do blog reportam-se à VIM, com a publicação de notícias sobre aquela estrada publicadas em jornais da região. Na próxima edição, outro blog da região.

“Para os senhores um urinol em cada uma parece ser in-suficiente, para as senhoras a indignação é motivada pela ausência de sanitas. Os dois gabinetes encontram-se equipados com uma es-pécie de “aparadeiras”, ao nível do solo e onde não é possível sentar, um equipa-mento que antigamente era bastante usual nas casas de banho públicas, mas que hoje em dia é raro ver-se”Reportagem do jornal O Povo Fa-malicense sobre a nova feira se-manal de Joane.

“A mudança (da feira) acon-teceu de maneira cordata e pacífica (...) A Junta de Freguesia agradece a cola-boração da GNR de Joane, e elementos de outros postos ou destacamentos, e da Po-lícia Municipal de Famali-cão por toda a colaboração prestada e auxílio prestada na prevenção de qualquer ocorrência”Nota no sítio da Internet da Junta de Joane

“O novo recinto da feira de Joane abriu ao público de-baixo de protestos dos fei-rantes. A organização da feira, a falta de espaço e sa-nitários insuficientes foram alguns dos reparos aponta-dos”Jornal Cidade Hoje

“Tomou posse, no dia 5, a nova Comissão Política de Famalicão da JSD (...) Na ce-rimónia estiveram presen-tes 200 jovens do concelho, bem como dirigentes da JSD distrital do Porto, que assi-tiram aos discursos do pre-sidente do PSD Famalicão, Mário Passos (...) e de Paulo Cunha, em representação da Câmara Municipal de Fa-malicão.”Notícia do jornal Opinião Pública

“O presidente da Câmara de Guimarães está indignado com as declarações profe-ridas pelo seu homólogo de Famalicão, Armindo Costa, a propósito das obras de reparação da Via Intermu-nicipal Joane-Vizela. Maga-lhães diz que Armindo «foi muito infeliz» e promete acertar as agulhas no próxi-mo encontro”. Diario do Minho

“Em nome da liberdade de opinião, os jornalistas de-fendem o seu direito de maldizer os políticos até ao insulto. Mas ficam sempre muito revoltados quando os visados resolvem emitir opinião sobre eles...”Vital Moreira

“O Governo negou que nas suas propostas para o Pla-no de Estabilidade e Cres-cimento (PEC) se encontre prevista uma medida para aumentar a idade da refor-ma para os 67 anos”Diário de Notícias,

Eleita do PSD-CDS/PP na Assembleia Municipal de Famalicão JOANE

Emília Monteiro

Bons partidos

“Como é do conhecimento geral, aproximam-se as elei-ções autárquicas, onde o povo irá escolher os homens que durante três anos irão estar à frente dos destinos desta terra.Esperamos que os homens escolhidos, não venham só a preocupar-se em al indar e iluminar as áreas das suas residências como tem acon-tec ido até à presente data dando-se ao luxo de canali-zarem água (para um hipoté-tico jardim), quando naquela zona ninguém precisa dela e lugares há cujos habitantes abastecem-se numa poça.Cito, como exemplo, o lugar de BAIRROS.Quanto a caminhos transi-táveis e iluminação pública,

continua a ser um caos. Há zonas da freguesia que preci-savam de eleger um presidente em cada, a ver se as coisas melhorariam. Joanenses, por certo que ireis ser metralhados de vários ân-gulos, com promessas e mais promessas e que ao fim e ao resto tudo ficará na mesma. Devemos reflectir e meditar antes de nos pronunciarmos para que mais tarde não nos venhamos a lamentar. Ou será que iremos assistir à eleição de Senhores. que acham bo-nito figurarem nas listas para se tornarem falados nestas épocas e passado este período nem se d ignam part ic ipar nas assembleias de fregue-sia, como tem acontecido no actual mandato.

Quando Manuela Ferreira Leite era candidata à presidência do PSD, alguns dirigentes do PS estavam em júbilo. Queriam que Manuela ganhasse as elei-ções internas e fosse o rosto da oposição em Portugal. Na verdade, como é fácil de ver, a líder do PSD era a melhor candidata para ‘não fazer sombra’ ao governo socialista. Sempre foi assim: o mal de uns, é o bem de outros. Sócrates governou (governa) em paz. Em Joane, o PSD prepara eleições a nível local. Para já, só se ouvem falar em nomes. Uns mais a sério, outros mais a brincar e, estou convencida, outros são mesmo ‘lançados’ só para confundir.

O futuro líder do Partido Social Demo-crata em Joane pode ser, teoricamente, o futuro candidato à presidência da Junta de Freguesia. Assim sendo, e longe de mim imiscuir-me nos assuntos internos de qualquer partido, estará o PSD a es-colher um bom líder para si próprio ou um bom líder para os outros partidos? Estará, tal como o PS nacional fez com Manuela Ferreira Leite, o PS de Joane feliz com os nomes que se vão ouvindo? Bons partidos, é o que é.

NotaA quem possa interessar, informo que só tomo em consideração os comentários devidamente identificados. Não falo com anónimos e muitos menos os oiço.

JORnAL ViLA nOVA, 25/11/1982

A NOTíCIA DO “VILA NOVA” SURGIA NO NOTICIáRIO DAS FREGUESIAS E ERA ASSINADA PELO CORRESPONDENTE DE JOANE, JOSé DE AzEVEDO E Sá.

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 5

1 - A saída da feira sema-nal do Largo 3 de Julho deixou este espaço central de Joane mais “deprimi-do”, para usar um termo muito em voga. A maior parte dos comerciantes ti-nha na feira o “subsídio de férias” da sua actividade. Era ao sábado que muitos deles “ganhavam para o salário”, usando a expres-são de um comerciante. Não se trata aqui de con-testar a mudança - tal como estava, parece-nos que a feira não podia con-tinuar -, mas, para quem fica, é preciso dar sinais de que não está tudo perdido.

Isto é, tal como defende a Junta de Freguesia, é preciso que a renovação do Largo 3 de Julho avan-ce de vez, que o comércio local sinta que se prepara uma nova vitalidade para esta zona central de Joane.Pelos vistos, teremos nova troca de acusações entre Junta de Joane e Câmara de Famalicão. Agora por causa das obras no Largo 3 de Julho. A Junta diz que a Câmara está a faltar à palavra, ao não avançar com a renova-ção daquela zona; a Câma-ra contrapõe, dizendo que está tudo controlado e que

as obras deverão come-çar nos primeiros dias de Março. Certamente que os joanenses dispensam o fo-guetório discursivo; o que querem é que o centro da vila fique com cara lavada. Bem precisa da lavagem.

2 - Em 1986 não havia tele-móveis, a Internet era mais matéria de filmes de ficção científica, ainda se escre-viam muitas cartas para enviar pelos correios... A esta distância, podemos di-zer que “foi há muito muito tempo”. E por isso mesmo, por ter surgido num tempo desses, a Rádio Jovem de

Joane, apesar do seu ama-dorismo, da sua “verdura” foi um feito de assinalar.

GRALHASNa última edição surgiram várias gralhas no jornal Repórter Local, uma delas na primeira página (cilo em vez de ciclo). Também trocámos o nome do nosso colaborador João Montei-ro por João Machado e na peça do RL Jovem trocá-mos o nome da escola Ber-nardino Machado pelo da Secundária de Joane.Aos leitores e aos afecta-dos, o RL apresenta as nos-sas desculpas.

NO CENTRO DA DISCUSSÃOEdiTORiALJOAQUIM FORTE

ORA diGA LÁ...UMA MASSAGEM ALIVIA A PRESSÃO? ELISABETE SILVA ! MASSAGISTA MOGEGE

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É preciso que a

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prepara uma

nova vitalidade

para esta zona

central de Joane

SÁ MACHADOO presidente da Junta de Joa-ne saiu a terreiro para acusar a Câmara de não cumprir a palavra no que toca às obras de beneficiação do antigo recinto da feira semanal, o Largo 3 de Julho. Ao mesmo tempo, adensam-se os rumores da possível ida do autarca para o Conselho de Administração do Hospital de Famalicão.

BRUNO COELHOTem apenas 19 anos e já fez mais de 60 retratos. De entre os convites, destaque para um do empresário da cantora pop norte-americana Anastacia.

HERMES FERNANDESEste artesão de Airão Santa Maria dá vida nova às bolas de futebol. Os clientes são sobretudo clubes de futebol da região.

PSD JOANEAproximam-se eleições no núcleo social-democrata. Perspectivam-se duas can-didaturas: Miguel Ribeiro, um jovem advogado; e José Machado, um “veterano” que já liderou a estrutura. Ainda sem data marcada, as eleições voltam a despertar interesse, sendo previsível o aparecimento de uma terceira lista candidata.

A importância do toque não pode ser subestimada. Desde o momento da concepção, sentimos o quão im-portante é o toque, o contacto, dando-nos a sensação de protecção, vital para o nosso crescimento e desen-volvimento.Desde há mais de 5.000 mil anos que a massagem é uma prática comum. Em vários países, como a Índia, fazem parte natural da cultura e dos seus hábitos. A ocidente a prática foi-se desvanecendo. Mas o desen-volvimento não foi de forma algum completo, descu-rando-se a parte humana pela económica, transforma-do a sociedade em indivíduos stressados e ansiosos. O toque é extremamente importante para a nossa saúde física e emocional.A massagem é uma forma de nos reconectarmos com o nosso interior. Relaxa, tonifica os músculos, aumenta o nível de hemoglobina; a nível mental alivia o stress e a ansiedade, gerando sensações de alegria, confiança e bem estar.Com tantos benefícios, não é de estranhar o recente ressurgimento das terapias de massagens, vindo so-lidificar a sua importância na saúde e bem-estar co-mum.

PROTAGOniSTAS

Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão | Telefone 252 099 279 E-mail [email protected] | Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte, Luís Pereira e Dominique Machado | Director Joaquim Forte | Redacção Luís Pereira; Dominique Machado | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Rita Machado; Emília Monteiro; Sérgio Cortinhas; Ivânia Fernandes; Luciano Silva; Joana Cunha; Miguel Azevedo; Gil Ribeiro | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem deste nº 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

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6 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

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RONFE • ACIDENTE

JOANE • NOMEAÇÃO

MOGEGE • ACIDENTE

Camião derrubou muro da Casa do Povo

Sá Machado pode integrar Administração do Hospital de Famalicão

Acidente aparatoso na Via Inter-Municipal

O pesado de mercadorias vinha da Avenida da escola EB 2,3 Abel Salazar. Ao chegar à Estrada Nacional 206, o motorista verificou que os travões não estavam a funcionar. Sem contrlo, o camião atravessou a via e só parou dentro do recinto da Casa do Povo de Ronfe. Por sorte, àquela hora os semáforos na EN 206 não estavam abertos para o trânsito, caso contrário as consequências poderiam er sido

graves. O muro foi derrubado pela força do embate mas a fachada da Casa do Povo não sofreu qualquer dano. No localeram visíveis, esta semana, as pedras derrubadas e as marcas do embate. Recorde-se que a Casa do Povo deverá dar origem à futura sede da Junta de Ronfe, de acordo com projecto já aprovado pela Câmara Municipal de Guimarães.

O nome do autarca de Joane está em cima da mesa no rol das possibilidades de sucessão de António Barbosa, recente-mente nomeado presidente do Conselho de Administração do Hospital de Guimarães.

Sá Machado, presidente da Junta de Joane pode estar em vias de in-tegrar o Conselho de Administração do Hospital de Famalicão (Centro Hospitalar do Médio Ave). A saída de António Barbosa da presidência daquele órgão, para dirigir o Hospital de Guimarães, pode “abrir caminho” à indicação de Sá Machado para a direcção daquela unidade hospitalar.

De resto, segundo fontes contactadas pelo RL, apesar de não estar ainda nada definido, “é uma forte possibi-lidade” que Machado, cuja formação superior é na área da contabilidade e gestão, venha a ser indicado para o cargo. Reis Campos, candidato do PS à Câmara de Famalicão, é outro dos nomes, mas a decisão final po-derá recair sobre alguém de “fora do concelho de Famalicão”, segundo fonte contactada pelo RL. O RL tentou falar com Sá Machado sobre esta possibilidade mas tal não foi possível. A confirmar-se, Machado poderá reduzir a sua “presidência” na Junta de Joane, dando maior prota-gonismo ao vice-presidente, que tem vindo a assumir alguns processos, como o da feira.

Redacção

LOCALidAdES

Um acidente aparatoso na Via Inter-municipal (VIM) Joane-Vizela. Cerca das 08h30 de terça-feira, 23 de Feve-reiro, um veículo despistou-se junto ao Alto de Santa Tecla. O condutor da viatura, que seguia no sentido Joane-Oliveira Santa Maria, perdeu o con-trolo do veículo, despistou-se e capo-tou. Apesar do aparato do acidente, o condutor e único ocupante do Re-nault Clio sofreu apenas ferimentos ligeiros. Os Bombeiros de Riba de Ave pres-taram socorro à vítima com uma am-bulância e três homens. O ferido foi encaminhado para o Hospital de Fa-malicão.

Recorde-se que a VIM tem sido pal-co de diversos acidentes nos últimos tempos. O mais grave fez duas vítimas mortais e esteve na origem de protestos de autarcas e populares e do lançamen-to de uma petição a favor da rápida intervenção na VIM, lançada pelo presidente da Junta de Ronfe. A meta das 4000 assinaturas para en-viar à Assembleia da República está longe de ser alcançada. “Apelo a to-dos aqueles que se preocupam com o estado da VIM para que não pensem no perigo apenas quando ocorrem os acidentes e que lutem por este desa-fio”, diz o autarca no seu blog.

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 7

REGIÃO • POLíCIA

Carros, eucaliptos e botijas de gás na mira dos assaltantesDe uma mata em Airão S. João foram levados diversos eucaliptos. Ninguém deu por nada

Só no mês de Feverei-ro, a GNR de Joane registou oito assaltos a viaturas na região,

um número invulgar de ocor-rências que tem preocupado aquela força da autoridade.Os assaltos registaram-se nas freguesias de Joane, Pousada de Saramagos e Vermoim, sempre de madrugada, e por vezes em garagens privadas. Depois de quebrarem os vidros dos automóveis, os larápios vasculhavam o inte-rior levando essencialmente aparelhos de GPS e carteiras encontradas nos porta-luvas.Noutros casos não se verifica-ram furtos de bens mas apenas danos materiais nas viaturas em sequência da acção van-dalizadora dos assaltantes. A GNR tem procurado intensi-ficar as rondas nocturnas para evitar o aumento de casos.

Entretanto, numa mata pri-vada da freguesia de Airão S. João foram roubados vários eucaliptos. O proprietário do terreno e das árvores apresen-tou queixa na GNR de Joane, fa lando em prejuízos que

ascendem aos 1.500 euros. A referida mata situa-se num local isolado daquela fregue-sia e por isso, os larápios tiveram tempo e à-vontade para serrarem os eucaliptos e levá-los.

Oito assaltos a viaturas só no mês de Fevereiro na área da GNR de Joane

MOGEGE

NOVOS ASSALTOS À GASOLINEIRA E À ASSOCIAçÃO DESPORTIVA

Em Mogege, no posto de combustível junto ao cruza-mento de Santa Tecla, na Via Inter-Municipal Joane/Vize-la, foram furtadas dez botijas de gás. Depois de arromba-rem o cadeado de protecção, os assaltantes recolheram as botijas e fugiram. Aberto há pouco tempo, o posto foi palco de um assalto à mão armada e de um epi-sódio recente de carjacking. O facto de estar num local isolado e pouco iluminado torna o posto “apetecível” para os assaltantes. Também em Mogege, a sede da Associação Desportiva foi novamente assaltada. Os as-saltantes serraram as grades da janela da entrada e parti-ram o vidro, mas o alarme foi accionado, afugentado os as-saltantes. A GNR, que chegou ao local às quatro da madru-gada, ainda não conseguiu identificar qualquer suspeito.

Luís Pereira

Assaltos a viaturas,

incluindo alguns em

garagens privadas,

e furto de eucaliptos

numa mata: a GNR

de Joane teve um

mês de Fevereiro

em cheio no que

toca a ocorrências

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LOCALIDADES

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8 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

José Machado, 52 anos, funcio-nário público e Miguel Ribeiro, 32 anos, advogado, são os candi-datos às eleições para a direcção

do núcleo de Joane do PSD, em Abril.“O PSD, nas úl t imas autárquicas , falhou pela quarta vez consecutiva o seu objectivo e pela terceira vez com o mesmo candidato. As conclusões a tirar são bem claras e nós não podemos fazer de conta que não ouvimos”, diz Miguel Ribeiro.O candidato acrescenta que quer recu-perar o entusiamo que o PSD perdeu, de forma a “atacar com determinação e credibilidade” a presidência da Junta de Joane. O adversário, José Machado, aponta o “trabalho em prol dos militan-tes” como razão da sua candidatura (a segunda, uma vez que em 2004 venceu Porfírio Carvalho). Já Ribeiro nunca exerceu funções di-rectivas no partido e diz-se surpreso pela candidatura do adversário. “O que é que poderá agora trazer ao partido que não pôde trazer quando o dirigiu?”, questiona.Sobre a candidatura adversária, Macha-do limita-se a salientar o respeito pelo adversário, “apesar de podermos ter

ideias diferentes”, mostrando-se dispo-nível para, em caso de derrota, trabalhar com Ribeiro. “O partido deve renovar-se. O PSD em Joane tem sido quase sempre dirigido pelas mesmas pessoas muito ligadas à fundação do núcleo. Eu acredito que posso trazer renovação sem renunciar ao passado”, atira o estreante.O repetente, por seu lado, assegura que “a regeneração e a revitalização têm que ser sustentadas e baseadas na experiência e dinâmica”.

Para chegar ao poder na Junta, em 2013, sem Sá Machado como adversário, Miguel Ribeiro considera que “é preciso que as pessoas sintam mais confiança nas nossas equipas e ideias” e acredita que os mais jovens encaram o PSD como alternativa em Joane.Machado quer cr iar o conselho de opinião e abri-lo ao diálogo com os joanenses, e relembra os seus “êxitos” em 2005, com Artur Fernandes como candidato à Junta, apesar da derrota. “Elegemos pela primeira vez seis eleitos para a Assembleia. Foi nessa eleição que Sá Machado assumiu publicamente que temeu perder”. Numa coisa os candidatos estão em sinto-nia: rejeitam abdicar das suas candidaturas em prol de uma hipotética “lista de conver-gência”, defendida por alguns militantes. “A obsessão portuguesa pelo consenso é uma coisa muito anti-democrática. O núcleo só ganha em haver candidaturas diferentes. A haver consenso, ele não será nunca por eu abdicar das minhas ideias ou da minha equipa”, refere Miguel Ribeiro. Para José Machado “é um cenário que não acontecerá”.Ribeiro admite ter comunicado à concelhia do PSD da sua candidatura. Machado sa-lienta que “a concelhia sempre respeitou e vai respeitar a vida partidária do núcleo”.

Quem será “o senhor que se segue” no PSD?malicão a intenção de fazer a

mudança dos feirantes

LOCALIDADES

Luís Pereira

A SOMBRA DE UMA TERCEIRA CANDIDATURA

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JOANE • POLíTICA

Miguel Coelho, vice-presidente do par-tido e eleito na Assembleia de Freguesia de Joane diz-se “desagradado” com a forma como o processo eleitoral tem decorrido e assegura que não fará parte de qualquer lista à comissão política. “A actual comissão política procurou promover reuniões com as sensibilidades todas para uma lista de consenso. Muito por culpa dos candidatos tal não foi possível porque não quiseram esperar e precipitaram-se”. Coelho aguarda que as eleições sejam marcadas para analisar todas as candidaturas, mas admite que “tudo é possível acontecer, inclusive uma

outra candidatura”. Fernanda Faria, ex-líder dos “laranjas” joanenses, assume a sua preferência pela candidatura de Miguel Ribeiro. “Devemos apostar na mudança e num partido mais jovem”, defende. Seja qual for a candidatura vencedora, Porfírio Carvalho terá lugar por inerência na comissão política por ser o primeiro eleito na AF. Não é previsível, por isso, que demonstre publicamente o seu apoio a alguma das candidaturas. Sabe-se, contudo, que o ainda presidente, tal como Miguel Coelho, esteve envolvido em esforços para juntar as candidaturas

numa só. Ricardo Guedes, fundador do núcleo social-democrata, aguarda pelos pro-jectos das candidaturas, revelando-se, no entanto, “surpreso” pelo avanço de José Machado. Luís Fernandes, que também terá lugar assegurado por ser presidente da JSD, quer saber a data das eleições para re-velar a sua preferência embora defenda “uma mudança”. Tal como Miguel Coelho, o líder da JSD de Joane não descarta a hipótese de, até à data das eleições, aparecer uma terceira candidatura.

O PSD vai a votos! Está em causa a ruptura com o passado ou a aposta na continuidade e na experiência. Em 2008 os militantes optaram pela experiência de Porfírio Carvalho em detrimento da novidade Miguel Azevedo. A derrota nas Autárquicas por si só não deve servir como ar-gumento para se apostar desta vez numa cara nova, porque o PSD não se portou bem com Porfírio.Tem, por isso, razão José Machado quando diz que a regeneração do PSD não significa um automático prenúncio de vitória. Reconhecido como o homem capaz de mobilizar as pessoas, Machado perde terreno quando fala em dinamizar o parti-do, porque repete ideias lançadas em 2005. O seu percurso é uma es-pécie de ziguezague: esteve contra Porfírio; depois esteve ao lado des-te; agora quer voltar à liderança. Dá uma sensação de prisão ao poder pelo poder. Até nas ideias. A única concreta que lança (Conselho de Opinião) repete a que implementou quando foi presidente.Miguel Ribeiro tem, à partida, a vida mais facilitada. Sem passado de responsabilidades, não corre o risco de lhe atirarem à cara derro-tas e insucessos do passado. Mas foi mandatário da candidatura de Artur Fernandes, e por isso tem também a sua quota parte de responsabili-dade. Por outro lado, as suas ausências em locais de discussão política e autár-quica, como as Assembleias de Fre-guesia de Joane, também contam na balança da responsabilidade. Mas é jovem, mostra vontade, tem forma-ção, discurso construtivo. Mas onde tem estado ao longo destes anos na ajuda ao partido? O inimigo número um do PSD con-tinua a ser o próprio PSD. A postu-ra e discurso de cada um mudam mediante a posição do momento. Quem perde acaba sempre por se pôr de fora no apoio ao partido até que surja uma nova oportunidade. Enquanto isso, o PS de Joane, muito pouco democrático enquanto par-tido, uma vez que não tem núcleo democraticamente eleito, sendo di-rigido por quem se chegar à frente e reunir mais força, vai reinando, e com a dúzia de pessoas que formam o núcleo fechado do partido, vai, em surdina, preparando 2013.

Miguel Ribeiro e José Machado serão os dois candidatos à liderança do Núcleo joanense do PSD

COMENTáRIO

PSD CONTRA PSD?LUÍS PEREIRA

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 9

LOCALIDADES

“JUNTA DE JOANE DEU COBERTURA A UM ACTO PIRATA”TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

A decisão da Junta de Joane de con-tratar os serviços de uma empresa local para transportar passageiros para a nova feira semanal despertou o protesto da Arriva. A transpor-tadora de passageiros que detém praticamente o monopólio na região não gostou nada da atitude.“A Junta de Joane deu cobertura a uma act iv idade pirata , a uma ilegalidade”, afirmou ao RL o ad-ministrador da empresa. Segundo Manuel Oliveira, o facto de a decisão

da autarquia ter sido tomada sem ter contactado a Arriva também é digna de protesto. “Nós temos uma carreira que faz a zona interior de Joane e no sábado (abertura da nova feira, a seis de Fevereiro) não teve nenhum passageiro. A Junta não é entidade com competência para atribuir licenças de transporte de passageiros. É uma entidade com responsabilidade que deu cobertura a uma ilegalidade”, adiantou Manuel Oliveira.

António Oliveira, vice-presidente da autarquia joanense, diz que “a existir alguma queixa, certamente que a empresa retirará a mesma”.Este autarca recusa a acusação de que a Junta deu cobertura a uma “actividade pirata”. Confrontada com o protesto, a Junta de Joane estabeleceu contactos com a ARRIVA para que a empresa possa transportar pessoas para a feira, se possível com novas carreiras que respondam às necessidades das pessoas que vivem

em locais mais afastados.“Depois dos contactos, a empresa percebeu os nossos objectivos e os moldes em que a actividade foi de-senvolvida, e creio que a opinião da administração será agora diferente”, alega António Oliveira. Outra queixa provém dos taxistas, sem lugares na nova feira. “Estamos a estudar o local para uma zona de estacionamento dos taxistas, pró-ximo da entrada da feira”, garante António Oliveira.

Três semanas depois da mudan-ça, a Junta de Freguesia de Joane está a alargar o espaço da fei-ra semanal, indo de encontro às principais críticas de feirantes e da população.“Temos muitos pedidos de co-merciantes, alguns que vendiam no antigo espaço, sem qualquer autorização. Decidimos alargar, mas primeiro pretendemos aco-modar devidamente os feirantes que exerciam de forma autoriza-da no espaço existente”, justifica António Oliveira, vice-presidente da Junta.A falta de espaço foi, de resto, a principal crítica que se ouviu dos feirantes no dia de estreia do re-cinto. “Pagámos nove metros de espaço e deram-nos seis. Assim as carrinhas não cabem porque temos quatro tendas para mon-tar”, acusava Helena Veiga.Já João Ferreira protestava pela alegada falta de um responsável da autarquia no dia um da nova feira. “Fazem de nós bonecos”, atirava.Lucinda Silva, vendedora de pei-xe com uma pequena banca, cri-ticava o facto de ter sido posta junto às casas de banho dos ho-mens. “Atribuíram este lugar a duas pessoas diferentes. Acabei por ficar cá eu a vender peixe sem água e junto a uma casa de banho que tresanda de mau chei-ro”, dizia.Apesar de tudo, a opinião foi unânime: as novas instalações oferecem melhores condições.“Não se compara com as condi-ções do Largo 3 de Julho. A mu-dança é sempre complicadoa-porque há ajustes a fazer mas no geral está-se muito melhor ago-ra”, disse Raul Vieira.

A Junta de Freguesia de Joane acusa a Câmara Municipal de Famalicão, na pessoa do vereador das Obras Muni-

cipais, o joanense José Santos, de “faltar à verdade” no caso das obras no Largo 3 de Julho (antiga Feira). Face à “inoperância camarária, relati-vamente ao Largo 3 de Julho”, a Junta saiu a terreiro, acusando a Câmara de não cumprir o acordado. Em causa estarão declarações de José Santos ao RL, na última edição, onde dava como certo o reinício das obras no Largo 3 de Julho na semana seguinte à transferência da feira semanal para a Rua de Laborins.A feira mudou no dia 6 de Fevereiro

e, desde então, as obras no Largo 3 de Julho não começaram. Por isso, a Junta joanense atacou a Câmara e em comunicado de imprensa.“A Câmara Municipal, na pessoa do seu vereador do pelouro disse claramente que as obras no largo da Feira seriam retomadas após a transferência da realização da feira semanal para o novo recinto. Já passaram mais de 20 dias sobre a data em que a feira semanal foi transferida. Os joanenses em geral, e os comerciantes do Largo 3 de Julho, têm o direito de exigir o retomar destas obras e mais que exigir, merecem-no”, escrevem.Na mesma nota, a Junta exige que a Câmara “assuma a sua responsabilida-de” e pede celeridade no retomar dos trabalhos. “Os joanenses e sobretudo

os comerciantes do Largo 3 de Julho estão a ser gravemente prejudicados e lesados nos seus direitos e expec-tativas por esta conduta da Câmara Municipal”.Contactado pelo RL, José Santos vê no comunicado da Junta de Joane um conjunto de “birras de adolescente” e contrapõe: a Junta não avisou com antecedência da transferência.“O presidente da Junta esteve em todo este processo, como o próprio já o assumiu, a fazer finca-pé com as desculpas dos acordos por assinar. A Câmara fez o que tinha a fazer. Quem não cumpriu foi a Junta, tanto que os trabalhos tiveram de ser suspensos”.O vereador diz que, ao contrário do que desejava, a obra ainda não foi para o terreno porque a Câmara só contactou a empresa de construção depois de comprovar que a feira foi transferida.“A Junta não nos avisou da transferên-cia dos feirantes com a antecedência necessária para prepararmos o reinício da obra. Não é de um dia para o outro que a empresa construtora abandona as suas obras para retomar aquela que por culpa de outros foi suspensa”, justifica José Santos. Apesar de tudo, o vereador assegura que o reinício da obra já está programado, devendo avançar na primeira semana de Março. Quanto à nova feira (ver caixa), a Junta faz faz um balanço “francamente positivo” e diz mesmo que “a afluência de pessoas é maior”. “Há coisas que precisam de ser ajus-tadas e a que vamos tentar dar res-posta”, refere António Oliveira, vice-presidente da Junta.

Junta diz que a Câmara “faltou à verdade”Vereador das Obras Municipais vê nas críticas “birras de adolescentes”

Luís Pereira

JOANE • AUTARQUIAOBRA

JUNTA ALARGA NOVA FEIRA

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10 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADES

A comédia “O Lobisomem”, de Camilo Castelo Branco, foi levada à cena em Castelões, no dia 21 de Fevereiro, pelo Grupo de Teatro Amador Camiliano “ G r u t a c a ” . C e r c a d e 4 0 0 p e s s o a s encheram o Salão Polivalente do Centro Social de Castelões. O público, no final do espectáculo, pediu mais peças de teatro na freguesia. O presidente da Junta, Francisco Sá, referiu que “dentro dos possíveis” tudo fará para que mais actividades culturais (teatro, música e outras) sejam realizadas na freguesia de Castelões.Em Setembro Joane terá uma Loja Soc ia l

promovida pela Comissão Social Inter-Freguesias. O projecto vai de encontro a uma pretensão da autarquia joanense que viu na Comissão Inter-Freguesias uma forma de elaborar um projecto mais abrangente.Além de Joane, a Loja Social servirá as freguesias de Mogege, Pousada de Saramagos e Vermoim.“O projecto consiste na existência de um espaço físico, onde são entregues ou recolhidos bens

al imentares, roupas, fraldas e outros, pela população e empresas”, explica António Oliveira, vice-presidente da Junta joanense, uma das entidades envolvidas no projecto.Os artigos recebidos na Loja Social serão sujeitos posteriormente a uma triagem e entregues às famí l ias carenciadas destas f reguesias , previamente sinalizadas pelos técnicos sociais.O projecto estará dependente da generosidade da população e empresas.“Ao nível do seu funcionamento, contará com a mão-de-obra vo luntár ia de membros da comissão, bem como de pessoas que, de forma voluntária, queiram colaborar na recolha de bens e seu acondicionamento e na manutenção da loja aberta a esse público específico, e na entrega dos bens”, refere Oliveira.Na última reunião da comissão ficou decidido que a Loja arrancará em Setembro deste ano. Tudo indica, ao que apurámos, que a Loja Social ficará instalada numa das escolas primárias joanenses que ficarão devolutas no arranque do próximo ano lectivo, com a transferência do primeiro ciclo de Joane para o novo Centro Escolar que está em construção junto às piscinas.

Loja Social em Setembro

Carnaval animado

Teatro de Camilo em Castelões

JOANE • PROJECTO

REGIÃO • FESTA

PUBL

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AD

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O Carnaval foi assinalado com a tradicional euforia na nossa região. Um pouco por todas as freguesias organizaram-se cortejos para assina-lar a data. Fica o registo de alguns momentos de animação registados nos desfiles de Vermil, Ronfe e Joane (foto principal, com a caravela).

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 11

conversas curtas

“Prefiro o pão-de-ló de Joane aos jesuítas de Santo Tirso”

Cláudia RodRiguesNotária em Santo Tirso | Airão Santa Maria

OBRAS NA CASA DO POVO DE RONFENão percebo nada de construção civil, ao contrário do meu primo Tó Manel de Braga, que é mestre de obras. Mas fiquei barada quando vi, na semana passada, a forma como em Ronfe se trabalha! Então não querem vocês ver que um camião entrou pela Casa do Povo adentro, der-rubando o muro que dá para a estrada! Dizem as más línguas que foi o arranque das obras para adaptar a Casa do Povo a Junta de Freguesia! Este pessoal é danado para a brincadeira!

PS CONTRA PSD FUTEBOL CLUBEVai acalorada a disputa para a direcção do Vitória de Guimarães e ainda a pro-cissão vai no adro! De um lado o actual presidente, Emílio (Milo para os amigos) Macedo da Silva; do outro, o igualmente empresário Manuel Pinto Brasil. A julgar pelas listas, mais parece um duelo entre PS e PSD. Milo alinha com ilustres socialistas de Guimarães, como Alberto Oliveira, o ex-vereador Júlio Mendes e Raul Rocha; Brasil alinha com, entre ou-tros, Luís Cirilo e o autarca de Ronfe, o advogado Daniel Rodrigues. Pelas bandas de Ronfe muita gente não gostou nada de ver o autarca como apoiante do candi-dato Brasil. Mas é claro que nestas coisas do futebol, como na política, não se pode agradar a toda a gente. Quanto a prog-nósticos, como dizia o outro, “só no fim”.

por D. VIRINHA

A vida está difícil até para os notários?Especialmente difícil. A causa principal está nas alterações legislativas. As competências dos Cartórios Notariais eram exclusivas e deixaram de o ser. Além da perda de exclusivida-de, é praticada uma concorrên-cia desleal por parte do Estado uma vez que os notários têm de pagar para consultar determi-nadas bases de dados.Porque foi para Santo Tirso e não ficou por cá?Os Cartórios instalam-se onde existem licenças, através de concurso público. Existia, quando concorri, uma licença para Famalicão, cuja instalação poderia ser feita em Joane. A opção por Santo Tirso foi toma-da pelo facto de existir apenas mais um Cartório (em Famali-cão existiam já três) e por ser sede de concelho.Honramos os nossos con-

tratos ou nem por isso?Quando celebrados por escritu-ra pública, na sua grande ma-oria, são honrados. Já os con-tratos verbais, de nada vale a palavra dada. Os políticos deviam fazer contratos notariais com os programas eleitorais?Neste momento não tenho con-fiança na classe política. Isso seria absolutamente inócuo e só serviria para encher mais os tribunais com processos por falta de cumprimento contratu-al. Os programas eleitorais são do conhecimento público e ain-da assim, já sabemos que não são “totalmente” cumpridos.Jesuítas de Santo Tirso ou pão-de-ló de Joane? Boa pergunta! É dificil esco-lher, uma vez que sou bastante gulosa. Os Jesuitas da Moura são famosos e têm razão para tal fama, mas escolho o pão-de-ló de Joane, adequa-se melhor

a qualquer circunstância - pe-queno-almoço, sobremesa, lan-che -, além de poder ser combi-nado com imensas coisas, como queijo, compotas, etc..Santa Maria, só para dor-mir?Para dormir e para encontros de família, que é toda de lá. A minha avó continua a viver lá, portanto nunca deixarei a San-ta Terrinha. Está muito bem lo-calizada. Em menos de quinze minutos estamos em Guima-rães, em Famalicão, em Braga ou no acesso à A3, que nos per-mite chegar a qualquer lado.Concelho de Joane?Se fosse criado o concelho, com certeza seriam criadas algumas repartições públicas em Joane, como finanças, conservatórias, etc. Mas Joane já tem infraes-truturas bastante boas e hoje quase tudo se faz “on-line”. Parece-me que Joane, está bem assim como está.

Fevereiro CANTINHO DO EMPREGOA partir do próximo número, o RL inicia uma parceria com o Centro de Em-prego de Famalicão, através do Cantinho do Emprego, um espaço destinado a divulgação de informação útil e fundamental para empresas e empresários e para trabalhadores - no activo ou desempregados. O Cantinho do Emprego pretende divulgar ofertas e emprego e cursos de formação. Nâo perca.

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12 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

Qualquer pessoa atenta aos telejornais se aperce-be de uma coisa: certas datas são verdadeiramen-te formidáveis para os jornalistas - o Natal, o Ano Novo, a Páscoa, os Santos Populares e, claro está, o Carnaval. Não importa se não há nenhuma no-vidade no último escândalo do momento, nem se não há nenhum homicídio/assalto/perseguição/atentado terrorista/raptos para contar. Em épo-cas como o Carnaval, não importa a falta de tra-gédias para relatar. E sabem porquê?Porque o espaço noticiário é subitamente ocupa-do por imagens de jovens que parecem autênticos pavões humanos. Só que pavões de tanga.Portanto, se todos os anos podemos ter repórte-

res nas mesmas cidades (sim, porque não varia muito – Ovar, Loulé, Mealhada são nomes que começam a tornar-se difíceis de escutar nesta altura), a conseguir imagens muito semelhantes as do ano anterior, com testemunhos que pouco ou nada variam, porquê falar da crise mundial ou das guerras civis em África? É verdade que em época de Carnaval, ninguém leva a mal. Mas há várias coisas sobre a manei-ra como o Carnaval é celebrado em Portugal que me intrigam de forma profunda. Esta tentativa de imitação das festividades brasileiras é uma delas. É certo que, em todo o mundo, o Carnaval é celebrado em Fevereiro, mas vamos lá ter em conta uma coisa: no Brasil é Verão. Aqui, não. É Inverno e dos rigorosos, meus amigos. Por isso, algo que me chateia bastante é o facto de querer comprar um fato de Carnaval e me deparar com trajes que certamente me enviarão para o posto médico no dia seguinte com uma gripe daquelas ou quiçá, uma pneumoniazinha simpática. Eu não nasci no Brasil, não quero festejar o Carnaval como no Brasil e não quero vestir uma roupa que me vai deixar de cama no dia seguinte, porque, adivinhem? Não estou no Brasil! Outra coisa que me põe de pé atrás em relação ao Carnaval é o samba. Numa altura em que se procuram exaltar os produtos nacionais em de-trimento dos estrangeiros, PUMBA! Samba no Carnaval! Desfiles na rua com escolas de samba,

reis de grupos de Carnaval brasileiros, enfim, um copy-paste fraquito do Sambódromo do Rio de Janeiro. Reconheço os laços históricos entre Portugal e Brasil, admiro-os e respeito-os. Mas é realmente necessário ir tão longe? O samba é uma tradição deles – não nossa. Nem sequer é concre-tizável em Portugal! Tapa-sexo, soutien, salto alto e umas penas nas costas não chegam para sair a rua nesta época do ano. Experimentem porem-se em roupa interior, abrir a porta do vosso congela-dor em casa e meterem-se lá dentro. É uma ideia idiota, não é? Ninguém no seu perfeito juízo faria algo assim. Mas acaba por ser semelhante ao que vemos acontecer todos os anos, nas ruas deste país.Não teremos nós criatividade suficiente para evo-luirmos as nossas próprias tradições? Não pode-remos festejar o Carnaval de acordo com as im-posições meteorológicas do país onde nascemos? Se não conseguimos criar nada de novo (já que estamos numa crise económica, porque não uma de originalidade?), porque é que, pelo menos, não tentamos imitar um Carnaval de um país com ca-racterísticas semelhantes às nossas? O de Vene-za, por exemplo: mais perto geograficamente de Portugal que o Brasil e com roupas que me pare-cem, de longe, de utilização mais aprazível nesta altura!Sou portuguesa e quero festejar o Carnaval sem sofrer hipotermia. Não é pedir muito, pois não?

Como irritar uma portuguesa

no Carnaval

ana MaRgaRida CaRdoso

Freguesia de Brito

FADOS DE zé PERDIGÃO E JOSé CIDzé Perdigão sobe ao palco do Grande Auditório do CCVF para gravar o primeiro DVD da sua carreira. Natural de Guimarães, zé Perdigão tem sido considerado pela crítica como uma das melhores novidades dos últimos tempos na música portuguesa. Para além de estar acompanhado de músicos de eleição, na gravação deste concerto zé Perdigão conta ainda com a presença especial de dois músicos convidados: josé Cid e Nuno Cachada.Dia 19 de Março, 21h30.

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 13

JOÃO MONTEIRO MÉDICO

ONDAS DE DAVID FONSECADepois do êxito de “Dreams in Colour”, David Fonseca regressou com “Between Waves”, o seu 4º disco a solo. O cantor vai estar ao vivo na Casa das Artes de Fama-licão, no dia 12 de Março, 21h30. O bilhete custa 20 euros.

CAMPANHA PáSCOAPara assinalar a Páscoa 2010, o Repórter Local está a promover uma campanha especial dirigida aos anunciantes. Na próxima edição (nas bancas no final de Março), por cada anúncio contratado, o RL oferece o segundo, com as mesmas dimensões.

HAJA SAÚDE

O tabaco é uma planta de cujas folhas se fazem os cigarros. Contudo, além do tabaco os cigarros contêm centenas de substâncias tóxicas: a nicotina é a res-ponsável pela necessidade de fumar e alguns compostos podem causar várias doenças. Destas doenças destacam-se a doença pulmonar obstrutiva crónica e o cancro (pulmão, boca, esófago…). Fumar aumenta ainda o risco de enfarte cardía-co e de acidente vascular cerebral. O tabagismo é uma dependência e, como dependência que é, torna-se um obstáculo difícil de ultrapassar. No en-tanto, existem algumas “ajudas” para que os fumadores consigam deixar de o ser: actualmente existem alguns medica-mentos para ajudar na cessação tabágica (na forma de pensos/pastilhas de nicoti-na ou mesmo comprimidos que actuam de diferentes maneiras no organismo),

mas o mais eficaz de todos é a motiva-ção pessoal e a força de vontade. Quem deixa de fumar sentirá benefícios na sua vida diária: aumento da capacidade res-piratória, aumento do gosto e do olfac-to, maior capacidade para o exercício fí-sico e, entre outras coisas, mais dinheiro no final do mês.Se não é fumador ou é ex-fumador, os meus parabéns. Só tem vantagens em continuar assim.Se, por outro lado, é fumador e quer deixar de fumar: escolha um dia que seja especial, se possível ao fim-de-semana; procure apoio (se possível de alguém que tenha deixado de fumar); no dia anterior arrume cinzeiros e deite o ta-baco fora; no dia escolhido, elimine os hábitos que associa ao tabaco (café ou beber um digestivo), não frequente lu-gares com fumadores e tente distrair-se (passeie, faça desporto)… Se necessário, procure o seu médico de família. Ele sa-berá aconselhar e, se necessário, pres-crever a medicação apropriada; poderá ainda encontrar necessidade de realizar algum exame complementar de diag-nóstico se suspeitar de complicações do tabagismo. De qualquer forma, a vonta-de de cada fumador em deixar de o ser é fundamental.Até breve…

SINAIS DE FUMO

4.000 ExEMPLARES

RL no Diário do Minho“Um caminho estreito, onde não pode circular qualquer tipo de veículo, como uma ambulân-cia para transportar idosos doentes, no lugar de Rego de Chaves. Há dois anos que Junta e mora-dores tentam alargar uns centímetros a um ca-minho para permitir que um casal octogenário possa ser transportado de ambulância para tra-tamentos hospitalares”, escreveu-se no Editorial do Rl de Janeiro, destacado pelo jornal Diário do Minho.

19/03Em Portugal o Dia do Pai celebra-se a 19 de Março, dia dedi-cado a São josé. A criação de um dia dedicado teve origem nos Estados Unidos, em 1909, quando Sonora Dodd teve a ideia de escolher um dia especial para homenagear os pais, depois de ouvir um sermão no Dia da Mãe.

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14 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

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A pintar retratos é que Bruno Coelho se entende!O joanense Bruno Coelho, de 19 anos, já pintou mais de 60 retratos

O trabalho de Bruno Coelho tem sido apreciado além do seu cír-culo de relações. Já foi convidado por um hipermercado de Famali-cão para expor e trabalhar a sua arte. A falta de tempo levou-o a deixar em aberto a possibilidade. Através do blogue que tem na In-ternet (http://brunoafcoelho.blo-gspot.com/), um administrador de um dos sites da cantora norte americana Anastacia convidou-o a retratar a estrela pop para colo-car no site.O preço dos retratos oscila entre 30 e 50 euros, dependendo do ta-manho. Bruno diz que cada traba-lho que faz requer tempo. Embo-ra haja projectos mais demorados que outros, o jovem aponta entre dois dias e duas semanas para concluir um retrato.Os interessados em contactar Bru-no Coelho podem fazê-lo através do 919492734 ou do blogue.

RETRATOS DE BRUNO

Luís Pereira

PROCISSÃO DOS PASSOS EM JOANEA tradicional procissão dos Santos Passos voltou a sair às ruas de joane. No primeiro domingo da quaresma a imagem do Senhor dos Passos saiu da capela, na Tapada até à igreja pa-roquial, local onde permanecerá até ao domingo de Ramos.

D esafiado para um projecto escolar há dois anos, que consistia na elabo-ração de caricaturas e auto-retrato, Bruno Coelho descobre o talento

inato para o desenho de rostos. Desde então ganha fama e é requisitado por alunos e pro-fessores da escola secundária de Joane para desenhar retratos.O jovem joanense de 19 anos toma o gosto pela coisa. Em dois anos já fez cerca de 60 retratos.“É engraçado como tudo isto acontece porque eu nunca tive qualquer inclinação para dese-nho, muito menos me via a fazer retratos, mas depois gostei e fui aperfeiçoando a técnica. Vou-me safando!”A frequência do curso de Design Industrial tem agora tirado tempo a Bruno para se dedi-car à arte que passou a actividade de tempos livres, sendo cada vez mais difícil responder às inúmeras solicitações que tem tido.Embora tenha trabalhos feitos a carvão, o jovem artista utiliza sobretudo o graffiti como instrumento para desenhar. Além disso, também pinta retratos a óleo, mas, por ser um método mais moroso, sujativo e financeiramente mais dispendioso, dedica-se sobretudo ao desenho.“Adoro desenhar crianças porque são as que têm um ar mais natural que depois acaba por se reflectir no trabalho final”.

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 15

O médico das bolasPROFISSÃO • HERMES FERNANDES

Nas mãos deste artesão de Airão Santa Maria, as bolas de futebol danificadas ganham nova vida

BREVES

ATC BASKETNa primeira jornada do Torneio Inter Associações de Basquetebol, os junio-res da ATC deslocaram-se a Vila Real vencendo a Es-cola Diogo Cão (47-60). A equipa da ATC conseguiu fazer a diferença no mar-cador no último quarto de tempo. Amanhã, sábado, dia 27, às 17h30, os Juniores da ATC recebem, no Pavilhão de Vermoim, o FC Gaia. Por sua vez, a contar para a segunda jornada do Tor-neio Inter Associações, as Cadetes da ATC venceram o Colégio Luso Interna-cional do Porto (46-40). Finalmente, no jogo de abertura da Taça do Mi-nho os Cadetes da ATC perderam em casa com o GDAS (74-73).

CAMINHADAA ATC organiza no dia seis de Março a “Caminhada pela Rota do Larouco – vi-sitando o Rio Cávado”.Com uma distância de 13 km, o trilho tem um grau de dificuldade médio, demorando aproxima-damente quatro horas e meia a realizar. A ATC assegura o trans-porte de Joane até Mon-talegre e regresso e guia do percurso, sendo da responsabilidade de cada participante a alimenta-ção volante.A saída de Joane será às 09h00, estando o regres-so previsto para as 17h30. As inscrições (7,5 euros) são limitadas a 25 partici-pantes e podem ser feitas para o e-mail [email protected] ou pelo telefone 252 922 175.

Quando se está doente vai-se ao médi-co. Quando se tem um sapato maltratado vai-se ao sapateiro. Quando se tem uma calças a precisar de uma costura vai-se à costureira ou ao alfaite. Nesta lógica de ideias, quando se tem uma bola furada vai-se ao…? Pois, a profissão não terá uma designação convencional ou estará até mesmo por definir. Hermes Fernandes, um aironen-se de 63 anos, conserta bolas “há mais de 20 anos”. Sempre foi um homem ligado ao futebol. Antigo jogador e ex-árbitro de futebol decidiu, um dia, “porque tinha tempo e paciência, descoser uma bola de futebol, gomo a gomo, e coser tudo de novo”, recorda Hermes em declarações ao RL . Desta experiência surgiu a ideia de um trabalho a meio tempo que lhe ocupou e ainda ocupa parte do seu dia-a-dia, prin-cipal e preferencialmente as noites. Re-fugia-se numa pequena cave debaixo de sua casa e dedica-se a colar, coser, trocar válvulas... É o verdadeiro remendar das bolas que lhe vão trazendo a casa, e não são poucas. Desde que começou a realizar estes pe-quenos consertos que trabalho não lhe falta. Sempre trabalhou para clubes lo-cais, como o actual Desportivo de Ronfe, o clube da sua terra – União Desportiva de Airão-, para as camadas jovens do Vi-tória de Guimarães, entre outras casas de desporto. Mas o seu principal cliente era a conhecida marca de material despor-tivo Agil Sports, entretanto falida. “Ia lá, levava umas bolas, trazia outras. Muitas vinham do Paquistão, novas mas com de-feitos de fabrico, e eu lá as consertava”, descreve Hermes.Bolas furadas, descosidas, com problemas nas válvulas, tudo se resolve na peque-na oficina de Hermes, artesão de pou-cos utensílios: duas agulhas, um ou outro alicate e solução de cola para remendar os furos que aparecem são o suficiente para levar avante os consertos. Trabalho não lhe falta e de momento não tem mais porque não quer porque é “um trabalho chato” e agora já não tem tanta paciência. Se tem uma bola furada em casa, já sabe: tudo tem conserto.

UM ARTESÃO À MODA ANTIGAHermes Fernandes, aironense de 63 anos, conserta bolas há mais de 20 anos. Bolas furadas, descosidas, com problemas nas válvulas, tudo se resol-ve na pequena oficina de Hermes.Hermes é um artesão de poucos uten-sílios: duas agulhas, um ou outro ali-cate e solução de cola para remendar os furos que aparecem são o suficien-te para levar avante os consertos.

Dominique Machado

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16 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO

A Associação Moinho de Ver-moim participou com a sec-ção de Atletismo no Campeo-nato Regional de Corta Mato Longo, em Felgueiras, que decorreu simultanente com o Zona Norte de Cross.Participaram nestes Cam-peonatos as associações de Atletismo de Braga, Bragan-ça, Vila Real, Porto e Viana do Castelo. A atleta Rosa Oli-

veira ficou em segundo lugar no regional de Braga em Sé-niores Femininos e em quarto lugar na Zona Norte de Corta Mato Longo. A atleta conse-guiu realizar uma boa prova, sendo a melhor do concelho de Famalicão. Na competição participa-ram os atletas André Macha-do ( Juniores), que ficou em quinto lugar no Regional de

Corta Mato Longo; Hermínia Pereira (10º lugar em Sénio-res femininos) e, nos Séniores Masculinos, os atletas Paulo Oliveira, Américo Oliveira e Custódio Mota. Entretanto, Rosa Oliveira está de partida para Kamloops, no Canadá, para participar nos Campeonatos do Mundo de Atletismo de Cross e Pista Coberta para Veteranos.

João Fernandes, ciclista da Associa-ção de Ciclismo de Pousada de Sa-ramagos | Escola de Ciclismo Carlos Carvalho, na categoria de cadetes, foi convocado para o primeiro es-tágio da época da selecção nacio-nal de cadetes. O ciclista às ordens de Nuno Silva esteve esta semana com a selecção nacional em Sanga-lhos.Entretanto, sábado, 27 de Feverei-ro, decorre a apresentação da equi-pa de Pousada para a época 2010. A sessão tem lugar na sede da Junta de Freguesia, pelas 15h00.

DESPORTO

No dia 6 de Fevereiro, realiza-ram-se em Valença os apura-mentos para o Campeonato Nacional de Esperanças e para o torneio Internacional Fede-ração Portuguesa de Judo. O Clube de Judo da Casa do Povo de Ronfe fez-se representar por quatro atletas de Esperanças e dois Seniores, que ficaram apu-rados. Os atletas de Esperanças classificaram-se no 3º e 5º lugar.

O destaque vai para Carlos Dias, que se sagrou campeão na ca-tegoria de -73Kg, e para Ricar-do Rodrigues, que olcançou o 3º lugar na mesma categoria. Os atletas, para além de apu-rados para os campeonatos Internacional (Seniores) e Na-cional (Esperanças), também somaram pontos válidos para o apuramento do Campeonato Nacional de Judo.

A Associação JoaneBTT or-ganiza o seu 3º Passeio Noc-turno, no próximo dia seis de Março. Após o sucesso das edições anteriores, a associa-ção resolveu dar continuidade a esta iniciativa que tem reu-nido cada vez mais adeptos. A organização promete “várias surpresas” assim como “me-lhorias no sentido de tornar a prova numa referência em or-ganizações deste género”. O percurso desenvolve-se nas imediações de Joane, numa

distância de aproximadamen-te 25 quilómetros, prevendo-se dificuldade média. A orga-nização aconselha o uso de iluminação na bicicleta e ca-pacete de protecção. A Escola EB2,3 Bernardino Machado será novamente o centro ne-vrálgico da prova.

PROGRAMA18:00 Abertura do Secretariado 18:50 Sorteio de Brindes 19:00 Partida 21:30 Jantar

BREVES

PASSEIO BTT NOCTURNO

AMVE no Regional de Corta-Mato

Ciclismo de Pousada

JUDO DE RONFE

ESTREIA Teve casa cheia o jogo de estreia do novo recinto de jogos do Desportivo de Ronfe. Centenas de espectadores quiseram

ver o novo complexo e, acima de tudo, o relvado. Quanto ao resultado, a equipa de Ronfe empatou a zero frente ao Esposende.

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 17

Energias renováveis na Bernardino Machado

JOANE • PROJECTOS ESCOLARES

Alunos do curso CEF (Certificação e Educação de Adultos) contactaram com o universo das energias “amigas do ambiente”. Na mesma escola, o psicólogo José Neves falou sobre o problema da toxicodependência.

ESCOLAS

Decorreu no dia 18 de Fevereiro, na Escola Bernardino Machado, uma palestra subordinada ao tema “Energias Renováveis e Sustentabi l idade no século XXI”, proferida por Pedro Cunha, da empresa DAPE. A sessão, dirigida a alunos do 3º Ciclo, pretendeu dar a conhecer as mais recentes tendências nas tecnologias para uso doméstico e industrial.Os a lunos f i caram a conhecer os fundamentos de uma casa inteligente e o papel da Domótica na gestão eficaz da energia. No final, puderam interagir com diversos k i ts de produção de energia “amiga do ambiente”.A palestra serviu como motivação e esclarecimento para as turmas que vão participar em projectos e concursos ligados às temáticas abordadas, como o concurso “Isto é uma Ideia” e “F1 nas Escolas” (promovidos pelo CITEVE) e o concurso “Matemática da Energia”, da Associação Bandeira Azul da Europa.

“APRENDER A EMPREENDER” Desenvolver o espírito empreendedor nas novas gerações é o object ivo d a A p r e n d e r a E m p r e e n d e r, u m a associação sem fins lucrativos fundada em Setembro de 2005.N o A g r u p a m e n t o B e r n a r d i n o Machado, duas turmas do 1º ano das escolas de Mato da Senra e Montelhão participam no programa “A Família”, que identifica o que é uma família e o seu funcionamento. Por seu turno, as duas turmas do 2º ano das escolas de Mato da Senra e Agra Maior participam no programa “A Comunidade” que visa

orientar o aluno numa descoberta da comunidade. No terceiro ciclo, duas turmas do 9º ano participam no programa “Aprender a Empreender”, e n q u a d ra d o n a E d u c a ç ã o p a ra o Empreendedorismo. Es tes pro jectos , promovidos pe la Junior Achievement Portugal e Câmara Municipal de Famalicão são aplicados nas escolas por voluntários ligados ao sector empresarial.

O PROBLEMA DA DROGA A PARTIR DO LIVRO “A LUA DE JOANA” José Ne ves , ps i có logo , e s te ve na B i b l i o t e c a d a E B 2 , 3 B e r n a r d i n o Machado para falar sobre problemas ligados à droga, no âmbito do estudo do livro “A Lua de Joana”, uma das obras que os alunos do 8º ano lêem na disciplina de Língua Portuguesa . O livro, escrito por Maria Teresa Maia Gonzalez , conta a história de uma rapariga chamada Joana que perdeu a sua melhor amiga Marta devido a uma overdose. As turmas do 8º ano encheram a b i b l i o t e c a . J o s é N e v e s f i c o u surpreendido com a participação e interesse dos alunos.

CASO

inQuÉRiTO COMERCiAL nAS ESCOLAS

O QUE SE PASSOU?Alunos das escolas do primeiro ciclo de Joane receberam um “inquérito” denominado “Consciencialização sobre a água” para ser preenchido em casa pelos pais/encarregados de educação.

QUAL É O PROBLEMA?O dito “inquérito” mais não era do que uma campanha comercial de uma empresa ligada ao tratamento de águas com intuito de conseguir aumentar a sua base de dados de potenciais clientes e as vendas. O formulário, depois de uma introdu-ção alarmista sobre riscos do consumo de água das torneiras e das garrafas, solicitava os dados pessoais dos pais - além do nome, morada, telefone, era também solicitada a melhor hora para que fossem contactados pelos comerciais da empresa.

REACçÃO DA ESCOLAConfrontado pelo RL, Manuel Oliveira, responsável pelas escolas do primeiro ciclo no Agrupamento Bernardino Machado, referiu que a distribuição do “inquérito” não foi decidida pelo Agrupamento e que o mesmo “apa-receu” nas escolas por iniciativa da empresa. O certo é que o inquérito foi distribuído.

PERGUNTAPode ou deve uma escola fazer das crianças “intermediárias” em cam-panhas com intuitos meramente comerciais?

A equipa de juvenis femininas da escola secundária Padre Benjamim Salgado de Joane ficou apurada para o Corta-Mato Nacional a disputar nos dias 12 e 13 de Março, em Vagos. A qualificação foi decidida durante o Corta-Mato Escolar realizado no dia 24 de Fevereiro, em Guimarães, que contou com 3500 alunos, em representação de 95 escolas dos 2º e 3º ciclo dos ensinos básico e secundário.Organizado pela Coordenação Local do Des-porto Escolar de Braga com o apoio da Asso-ciação de Atletismo de Braga e da Tempo Livre,

a prova apurou os representantes do distrito para o Corta-Mato Nacional.

APURAMENTO

Iniciadas Femininas Escola EB 2,3 de RealIniciadas Masculinos Escola Cooperativa Vale S. CosmeJuvenis Femininas Secundária Pe. Benjamim Salgado ( Joane)Juvenis Masculinos Secundária Henrique Me-dina (Esposende)

Alunos do Agrupamento Bernardino Machado participam em programas sobre Família e Comunidade

ESCOLA SECundÁRiA dE JOAnE nO CORTA-MATO nACiOnAL

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18 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

ESCOLAS

CAMPANHA

JOÃO NUNO LACERDA TEIXEIRA DE MELO, Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão Convoca todos os seus membros a reunirem em sessão ordinária, no próximo dia 26 de Fevereiro de 2010 (Sexta-Feira), pelas 21 horas, no Auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS1. Informações do senhor Presidente da Câmara Municipal sobre a actividade da mesma. (Grelha D) 2. Discussão e votação da proposta da Câmara Municipal das Grandes Opções do Plano e Orçamento 2010 e respectiva proposta anexa. (Grelha A) 3. Discussão e votação da proposta da Câmara Municipal de Regulamento Municipal de liquidação e cobrança de taxas e outras receitas municipais. (Grelha D) 4. Discussão e votação da proposta da Câmara Municipal de medidas preventivas para parte da área de intervenção do plano de pormenor da área empresarial de Vila Nova de Famalicão. (Grelha D) 5. Discussão e votação da proposta de alteração do Regulamento do Conselho Municipal de Segurança.(Grelha D) Vila Nova de Famalicão, 9 de Fevereiro de 2010.

O 1.º SECRETÁRIO DA MESA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL José Luís Cerejeira Leitão da Silva, Dr. PS: Esta reunião terá continuidade no dia 5 de Março à mesma hora e no mesmo local.

ADITAMENTO JOÃO NUNO LACERDA TEIXEIRA DE MELO, Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão Vem nos termos do disposto no n.º 4 do Art.º 32.º do Regimento da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão, aditar à Ordem de Trabalhos da reunião ordinária convocada para o dia 26 de Fevereiro próximo, às 21 horas, com continuação prevista para o dia 5 de Março de 2010, os seguintes assuntos que passarão a figurar como pontos n.º 6 e 7. 6. Discussão e votação da proposta da Câmara Municipal de adesão do Município à Associação de Municípios de fins específicos Quadrilátero e aprovação dos respectivos estatutos. (Grelha D) 7. Apreciação e aprovação para efeitos de arrolamento e inventariação, da relação de cedências, nos alvarás de obras de construção e nos alvarás de loteamento de 2008, que passam a integrar o inventário de bens imóveis do município. (Grelha D) Vila Nova de Famalicão, 18 de Fevereiro de 2010.

O 1.º SECRETÁRIO DA MESA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL José Luís Cerejeira Leitão da Silva, Dr.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VILA NOVA DE FAMALICÃOCONVOCATÓRIA

A “campanha das tampinhas” que dá acesso à cadeira de rodas trepadora para facilitar a rotina de Salvador Castro tem mobilizado a nossa região desde há uns meses num gesto de solidariedade. Como referiu o RL na sua última edição, Salvador Castro já recbeu a cadeira, mas a crédito, faltando entregar cerca de três das oito toneladas de tampas plásticas necessárias para a “pagar”.

Uma turma do sexto ano da escola EB 2/3 de Pevidém, concelho de Guimarães, entrega hoje, sexta-feira, 400 quilos de tampinhas para ajudar na campanha de solidariedade para com Salvador Castro, de Joane, vítima de um acidente de trabalho que o deixou tetraplégico. Imbuídos de um espírito de solidariedade, os alunos da turma 6.º F da escola de Pevidém empenharam-se na campanha de recolha de tampinhas, fazendo desta iniciativa o projecto escolar de formação cívica.Sob o lema “Com uma tampa estás a ajudar, com milhares melhoras a vida de alguém”, os alunos têm mostrado dedicação a esta causa. “Os alunos empenharam-se de tal forma que chegavam a dizer aos pais que iam brincar quando o que faziam era tocar nas campainhas das casas das suas ruas a recolher as tampas”, refere Eduardo Bernardino, director da turma. O professor revela ainda que no âmbito da iniciativa, desde o inicio do ano escolar, foram colocados dois “ecotampas” na escola para depósito das tampinhas.Por também leccionar numa escola em Barcelos, Bernardino incent ivou uma turma do curso de Educação e Formação de Adultos que se envolveu de igual forma na campanha.Campanha para ajudar Salvador Castro mobiliza a região

Alunos entregam 400 Kg de tampinhasPEVIDÉM

PALESTRA SOBRE SEGURANçAA Associação de Pais do Ensino Básico de joane promove dia 26 no Centro Cultural de joane, pelas 21h30, uma palestra sobre “Segurança Inafnto-juvenil”, com o Cabo-chefe Pinto do Núcleo da Escola Segura do Destacamento de Barcelos da GNR.

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visite-nos

Vila Belmir

ESCOLAS

Chegam pelo próprio pé ou pela boleia dos pais. A concentração é feita junto à sede da Junta de Freguesia de Joane. De pulseira identi-ficativa no pulso, partem de autocarro por volta da uma da e regressam por volta das seis da manhã. O ritual tem-se repetido vá-rias sextas-feiras desde que começaram as aulas, embora o primeiro período lectivo tenha sido mais activo (quase de quinze em quinze dias). O destino é sempre as casas de diversão nocturna. O úl-timo foi a discoteca Pedra do Couto, de Santo Tirso. De Joane partiram cerca de seis dezenas de jovens estudantes

da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado.O cartaz da “festa” dessa noite está em 2.000 euros e tem como “cabeça” o actor Pedro Barros. Parte da receita re-verte a favor de instituições de solidariedade, dizem os organizadores.Não há nenhuma entidade oficial responsável pela orga-nização desta iniciativa (ver caixa). O que existe é uma espécie de “manager” dentro das escolas da região que du-rante a semana divulga com cartazes espalhados pelos estabelecimentos comerciais e, sobretudo com o “passa a palavra” na escola.Em Joane é Óscar Mesquita,

aluno do 12.º ano, quem os jovens procuram na escola para comprarem as pulseiras por seis euros. É pulseira que lhes dá acesso à discoteca com direito a uma bebida de cápsula e, com mais dois euros, ao transporte.“”A escola de Joane é a que leva mais alunos normal-mente mas à mesma hora estão a ser recolhidos alunos noutras escolas, como Riba D`Ave, Santo Tirso e Vila das Aves. Se o autocarro não chegar para as encomendas, o autocarro de Riba D`Ave passa por Joane”, refere o “organizador” . Para esta noite estão vendidas 310 pulseiras no total das escolas.

Escolas preocupadas com “negócio” de ida de alunos às discotecas

REPORTAGEM • LUíS PEREIRA

SECundÁRiA VAi PARTiCiPAR O CASO AO MiniSTÉRiO PúBLiCO

Descontente ficou a direcção da Escola Secundária Pa-dre Benjamim Salgado por ver o nome da escola como entidade responsável ou “patrocinadora” destas organi-zações extra-escolares.Por não gostar de ver em cartazes espalhados pela vila a promover a festa com o nome da escola, Alfredo Men-des, director da ESPBS fez inicialmente uma exposição ao Governo Civil do Porto (a discoteca é de Santo Tirso, distrito portuense) e vai avançar com uma queixa ao Ministério Público.“Usaram indevida e ilicitamente o nome da escola para promover uma iniciativa quando a escola nada tem a ver com o assunto. Queixamo-nos para as autoridades agirem em conformidade”, refere o responsável da Se-cundária joanense.

Escola não gostou de ver o seu nome envolvi-do no “negócio” das viagens de alunos para as discotecas da região.

FRATERNIDADE COM NOVA DIRECçÃO A nova direcção da Associação Fraternidade Nuno Álvares (antigos filiados no CNE de joane), tomou posse no dia 7 de Fevereiro. A nova direcção é composta por josé Lima (presidente), Bento Fernandes (vice-presi-dente, josé Carlos Rafael e Emília Costa e Vítor Maçado (secretários e joaquim Baptista (tesoureiro).

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2010 • 21

Em Janeiro a greve dos enfer-meiros teve uma adesão por volta dos 80%, os motivos da greve são vários entre os quais se encontram a progressão na carreira e a redução do salário base de 1020 para 995 euros.Esta classe é uma das mais importantes na prestação de cuidados de saúde no entanto tem sido alvo de sucessiva descredibilização por parte

de vários governos. Os São profissionais licenciados que se dedicam a cuidar e pro-mover o bem-estar geral da população, trabalham sema-nalmente 40 horas com tur-nos diferenciados, incluindo o nocturno. Uma profissão de entrega, dedicação, carinho e forte carga emotiva que infelizmente não tem uma remuneração adequada. Ao longo dos úl t imos anos é uma das profissões que mais tem desenvolvido os níveis de formação académica e competências profissionais, no entanto e estranhamente o Estado continua a equipa-rar os enfermeiros a meros bacharéis . Como se pode compreender que os enfer-

meiros portugueses sejam os únicos profissionais que não são remunerados de acordo com o seu nível académico? O salário base dos técnicos superiores de saúde ronda os 1200 euros e neste grupo enquadram-se prof issões cuja licenciatura correspon-de a 3 anos e não 4 como enfermagem. É contraditório que o governo queira melhorar os níveis de formação académica e pro-fissional dos trabalhadores para aumentar a competiti-vidade do país e depois não saiba reconhecer o esforço desenvolvido por esta classe. Os enfermeiros tem sofrido enormes injustiças por parte dos nossos governos, talvez

os nossos governantes ainda não se tenham apercebido que ao contrario do que se passava há 40 anos, hoje um enfermeiro é licenciado tal como os professores que v iram as suas pretensões serem acolhidas.A situação desta classe já era injusta comparativamente com outros licenciados mas a proposta de revisão da carrei-ra vem acentuar as diferenças remuneratórias. E falamos no sector públ ico pois se falarmos no sector privado então aí os enfermeiros são vítimas dos mais diversos abusos. Há inst i tuições a proporem 40 horas semanais por 500 euros! que o governo não reconheça a licenciatura

destes profissionais e que queira aprovar uma carreira que é injusta em relação aos outros profissionais da administração publica. Por tudo isto reconheço que os enfermeiros devem lutar por uma maior estabilidade e melhor remuneração na sua carreira, mesmo que isso signifique a prestação apenas de cuidados mínimos durante as greves.Espero também que o gover-no tenha aprendido com os erros do passado e que não permita que os hospita is fiquem vazios, tal como as escolas ficaram sem professo-res, para que os enfermeiros reivindiquem o que à muito têm direito!

OPINIÃO

Hoje consegui de novo vir ao alto do monte e espreitar a minha terrinha pelo canudo para ver se as coisas vão me-lhores. De repente... nada de novo... parece que não tenho motivos de escrita... mas há sempre alguma coisa para dizer, vamos lá então que o tempo urge, a vaca muge e está aqui frio que eu sei lá...

1 - PSD Joane está de novo á procura de líder. Uma fonte muito esquisita onde muita gente quer beber e ninguém consegue sair saciado nem saciar. De entre muitos os candidatos avizinha-se um cântaro que já de tantas vezes

ir á fonte e nunca conseguir trazer água vai tentar de novo. Das duas uma, ou é desta que traz água (arte que ele domina depois de estes anos a dirigir “água”) ou deixa lá a asa...

3 - Do canudo que com o frio fica meio embaciado não vejo mudanças no Largo da Feira, mas vou dar o desconto ao em-baciamento da lente depois de tantas linhas de letras, tantas vozes, e trocas de “bolas”, até devem ter começado mesmo as obras e eu estou a ser má língua. 2- Não aguento mais o frio aqui no alto, até estou a ficar com as ideias trocadas. Será que vejo um hospital em Joane ou será que vai “Joane” dirigir um hospital? De retaguarda ou não, daqui consigo ver qualquer coisa que mete Joane e hospital.

4 - Mesmo antes de me ir não pode deixar de focar a lente do canudo para o espaço da feira. E o que vejo? Está diferente ou a lente está mesmo a dar as últ imas. Parece maior. Razões para isso? A) a lente do canudo está mesmo estragada.

B) a mudança chamou mais feirantes e teve que se alargar a feira. C) estão a pensar juntar à feira semanal uma feira do gado. D) o espaço realmente não era o suficiente e teve que se alargar.A resposta não sei mas vou

descobrir quando for matar saudades da minha terra.

Não querendo ser engraçado e muitos menos cair em gra-ça, aqui apenas me limitei a relatar o que vi pelo canudo.

Gil RibeiroEx-eleito do PS na Assembleia de Freguesia de Joane

Joana CunhaEleita do PSD/PP na Assembleia de Freguesia de Joane

OPiniÃO

Joane por um canudo

Em defesa dos enfermeiros

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22 • FEVEREIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO

Nas primeiras eleições autár-quicas em que vigorou a Lei da Paridade, que obrigava o ordenamento das listas a não dispôr mais que dois candi-datos seguidos do mesmo género, ocorreu em Airão, São João o que em muitos outros sítios também se passou: a lista inicial apresentada pelo grupo da freguesia ao Partido Socialista precisou de correc-ção, no caso porque continha irregularidade - os últimos quatro nomes, de suplentes, eram todos homens. Corri-giu-se. Com a “descida” das candidatas suplentes, face à ordem inicial respeitou-se a regra “dois, um, dois, um”. Episódios destes sucederam em várias freguesias e em vários partidos. Ou se corri-giram antes de apresentadas as listas a tribunal ou depois, após despacho do Juiz.Até aqui tudo bem. Havia um

erro, corrigiu-se.Corr ig ido o erro, porém, praticou-se um lapso. Apre-sentou-se no tribunal a lis-ta corrigida, mas juntou-se igualmente a inicial. O signa-tário, mandatário concelhio do Part ido Socia l is ta nas eleições autárquicas, assumiu sempre a sua responsabilida-de por este lapso, que aliás não causaria qualquer problema numa situação “normal”. Consequências deste lapso:- o Sr. Juiz considerou válida a lista que cumpria a Lei da Paridade, ignorando o resto. Pacífico. Como recomendaria a economia processual. E o bom senso.Foi esta lista legalmente or-denada que seguiu para a Assembleia Municipal, para o Governo Civil e para a Co-missão Nacional de Eleições. E foi pela sua ordem que os e le i tos foram chamados a tomar posse.Até aqui tudo bem, como antes.Entretanto, uma candidata do Partido Socialista viria a desistir da candidatura. E nenhuma posição tomou o PS

sobre o assunto por ser desne-cessária. Subiria o candidato seguinte. O comum.Até aqui tudo bem, ainda. Nada a dizer. Quando após as eleições se marcou a tomada de posse dos eleitos, surgiram notáveis reacções. Novos e súbitos interessados na lista do Par-tido Socialista, surgiram a reclamar a eleição de uma candidata em vez de um outro. E viu-se o PSD de Guimarães, ao seu mais a l to nível , de repente tão próximo de Airão,

São João, tão preocupado com a lista do PS, a acompanhar as assembleias de freguesia e o destino dos candidatos apresentados pelo Partido So-cialista. Vimos então, quanto gozava da simpatia do PSD uma candidata apresentada pelo Partido Socialista e quan-ta diligência punha o PSD na demonstração do seu corres-pondente afecto. Houve até quem dissesse que a mudança entre um ou outro eleito nas l istas do PS poderia fazer mudar a coloração política da

assembleia de freguesia. Não pergunte, caro leitor, como poderia mudar tal coloração se seriam em ambas as hipó-teses candidatos do PS. Mas a julgar pela força que o PSD colocou na questão, crê-se que os seus responsáveis terão dados mais aprofundados que o comum dos cidadãos. Aqui já nem tudo está bem. Houve quem acreditasse que a mudança de um candidato por outro, ambos do Partido Socia l is ta , t rar ia novas e imprevistas virtualidades à lista adversária! Julgou-se, vá lá saber-se porquê, que uma certa candidata do PS seria um passaporte para uma inesperada vitória do PSD que as urnas haviam negado. Passaporte que não valeu, apesar do empenho do PSD, que viu a luz na lista errada.Foi isto que sucedeu em Airão São João. Foi nisto que se empenhou o PSD de Guima-rães, ao seu mais alto nível. E a partir daqui cada um tira as conclusões que quiser. Por nós, apenas uma e muito singela: - vale mais ganhar nas urnas.

César MachadoVereador da Câmara Municipal de Guimarães (PS)

OPiniÃO

Melhor ganhar nas urnas

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