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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013 Resenha de Matérias Técnicas nº. 667 19|04|2012 Veículos pesquisados no período de: 11|04|2012 a 17|04|2012 DOU - DOE-SP - DOC-SP - CENOFISCO - FISCOSOFT - IOB - CRC SP - EMPRESAS & NEGOCIOS – ROBERTO DIAS DUARTE – DCI - CAMARB Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho. A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MATERIAL, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184 .

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013

Resenha de Matérias Técnicas nº. 667 19|04|2012 Veículos pesquisados no período de: 11|04|2012 a 17|04|2012 DOU - DOE-SP - DOC-SP - CENOFISCO - FISCOSOFT - IOB - CRC SP - EMPRESAS

& NEGOCIOS – ROBERTO DIAS DUARTE – DCI - CAMARB

Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MATERIAL, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

Í N D I C E

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A F E D E R A L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

ESPECIAL - IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 2012/2011................................... 5

CONTABILIDADE: TAXAS DE CÂMBIO PARA FINS DE ELABORAÇÃO DE

BALANÇO – MARÇO DE 2012 – ADE COTIR Nº 10, DE 05/04/2012 .............................. 5

COMÉRCIO EXTERIOR: DISCIPLINA O DESPACHO ADUANEIRO DE

MERCADORIAS DESTINADAS À EXPORTAÇÃO – IN RFB Nº 1.266, DE

13/04/2012 ...................................................................................................................... 5

IPI: INCIDÊNCIA - PROCEDIMENTO ............................................................................. 6

IRPF: DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FISICA (DIRPF) –

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL DOS EMPREGADOS

DOMÉSTICOS - ROTEIRO ............................................................................................. 9

RMCCI: ALTERA O REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS

INTERNACIONAIS – CIRC. DIR. Nº 3.589, DE 05/04/2012 ........................................... 12

IRPF: GANHO DE CAPITAL – ALIENAÇÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA – MARÇO

DE 2012 – ADE CODAC Nº 9, DE 04/04/2012 ............................................................... 14

IRPF: FORMA DE TRIBUTAÇÃO DOS RENDIMENTOS RECEBIDOS E

APRESENTAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL - PROCEDIMENTO......... 14

IRPF: FALTA DE FORNECIMENTO DE COMPROVANTE DE RENDIMENTOS

PELA FONTE PAGADORA - PROCEDIMENTO ........................................................... 18

IRPJ/ CSL/ COFINS/ PIS-PASEP: ATIVIDADE IMOBILIÁRIA – PROGRAMA

MINHA CASA, MINHA VIDA (PMCMV) - PROCEDIMENTO ......................................... 18

“PORQUE A EFD - CONTRIBUIÇÕES PÕE EM RISCO O PROJETO SPED” –

ARTIGO ........................................................................................................................ 21

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A F E D E R A L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3

EXPEDIENTE: SUSPENSO NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS NO DIA 30 DE

ABRIL DE 2012 – DEC. EST. SP Nº 57.965, DE 12/04/2012 ......................................... 23

ICMS: ALTERAÇÕES NO REGULAMENTO – DEC. EST. SP Nº 57.963, DE

11/04/2012 .................................................................................................................... 23

ICMS: ALTERAÇÕES – REGIME ESPECIAL – DEC. EST. SP Nº 57.961, DE

10/04/2012 .................................................................................................................... 24

3

ICMS: ALTERAÇÕES NO REGULAMENTO – DEC. EST. SP Nº 57.971, DE

12/04/2012 .................................................................................................................... 25

ICMS: CENTRALIZAÇÃO DE APURAÇÃO E RECOLHIMENTO DO IMPOSTO -

PROCEDIMENTO......................................................................................................... 26

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A E S T A D U A L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0

DOCUMENTOS FISCAIS: EMISSÃO – ESCRITURAÇÃO DE LIVROS FISCAIS –

CONTRIBUINTE USUÁRIO DE SISTEMA ELETRÔNICO DE PROCESSAMENTO

– PORTARIA CAT Nº 39, DE 30/03/2012....................................................................... 30

EXPEDIENTE: SUSPENSO NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS NO DIA 30 DE

ABRIL DE 2012 – DEC. MUN. SÃO PAULO/SP Nº 53.084, DE 12/04/2012................... 32

L E G I S L A Ç Ã O T R A B A L H I S T A E P R E V I D E N C I Á R I A . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA ...................................................................................... 32

TRABALHO NOTURNO: ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS –

ROTEIRO...................................................................................................................... 32

DIRETORES NÃO EMPREGADOS: PROCEDIMENTO ............................................... 39

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ................................................................................ 41

GPS: GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – PROCEDIMENTOS PARA

RETIFICAÇÃO DE ERROS – IN RFB Nº 1.265, DE 30/03/2012 .................................... 41

T V C R C - S P . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3

ASSISTA AO PROGRAMA: “CRC NOTICIAS”.............................................................. 43

M E D I A Ç Ã O E A R B I T R A G E M . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3

“A MEDIAÇÃO NA ÁREA AMBIENTAL” – ARTIGO....................................................... 43

C U L T U R A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 4

“CONTABILISTAS: A SERVIÇO DO PROGRESSO” - ARTIGO .................................... 44

E S P A Ç O C I D A D A N I A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 5

“AO LIXO, O DESTINO ADEQUADO” – INFORMATIVO – DOE.................................... 45

E S P A Ç O : P E R G U N T A S & R E S P O S T A S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 7

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P: COMO FICA A SITUAÇÃO DE UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO,

SENDO CONTRATADA EM UMA MESMA OBRA, PARA PRESTAR SERVIÇO

DISPENSADO DA RETENÇÃO E, SIMULTANEAMENTE COM SERVIÇO

SUJEITO À RETENÇÃO? ............................................................................................. 47

P: QUAIS AS PRESTAÇÕES DE SERVIÇO NA ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

EM QUE NÃO SE APLICA A RETENÇÃO DOS 11% .................................................... 47

P: COMO CORRIGIR OS VALORES A COMPENSAR, REFERENTE À

RETENÇÃO DOS 11% PARA O INSS NAS NOTAS FISCAIS E QUAL O INDICE A

SER APLICADO?.......................................................................................................... 48

P: O QUE É POSSÍVEL SER DEDUZIDO DA BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO

DE 11% PARA O INSS, DE MODO QUE A RETENÇÃO NÃO INCIDA SOBRE TAIS

PARCELAS? ................................................................................................................. 48

P: EXISTE PREVISÃO LEGAL QUE OBRIGUE O CONTRATANTE A EXIGIR DO

CONTRATADO A APRESENTAÇÃO DAS RESPECTIVAS NOTAS FISCAIS

COMPROBATÓRIAS DOS VALORES DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS QUE

FORAM DEDUZIDOS DA BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO DOS 11% PARA O

INSS?............................................................................................................................ 48

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

ESPECIAL - IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 2012/2011

FONTE: http://www.receita.fazenda.gov.br/perguntasrespostas/

______________________________Fim de Matéria__________________________________ CONTABILIDADE: TAXAS DE CÂMBIO PARA FINS DE ELABORAÇÃO DE BALANÇO – MARÇO DE 2012 – ADE COTIR Nº 10, DE 05/04/2012 Divulga taxas de câmbio para fins de elaboração de balanço relativo ao mês de março de 2012. A COORDENADORA DE TRIBUTOS SOBRE A RENDA, PATRIMÔNIO E OPERAÇÕES FINAcfRAS, no uso de sua competência delegada pelo art. 3º da Portaria Cosit nº 3, de 8 de maio de 2008, e tendo em vista o disposto nos arts. 35, 36 e 37 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, no art. 8º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e nos arts. 375 a 378 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), Declara: Art. 1º Para fins de determinação do lucro real, no reconhecimento das variações monetárias decorrentes de atualizações de créditos ou obrigações em moeda estrangeira, quando da elaboração do balanço relativo ao mês de março de 2012, na apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas em geral, serão utilizadas as taxas de compra e de venda disponíveis no Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen), em 30 de março de 2012. Art. 2º As cotações das principais moedas a serem utilizadas nas condições do art. 1º deste Ato Declaratório Executivo são: Março/ 2012 Código Moeda Cotação Compra R$ Cotação Venda R$

220 Dólar dos Estados Unidos 1,8215 1,8221

978 Euro 2,4290 2,4300

425 Franco Suíço 2,0178 2,0187

470 Iene Japonês 0,0221 0,02211

540 Libra Esterlina 2,9120 2,9132

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA FONTE: Diário Oficial da União - 10/04/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

COMÉRCIO EXTERIOR: DISCIPLINA O DESPACHO ADUANEIRO DE MERCADORIAS DESTINADAS À EXPORTAÇÃO – IN RFB Nº 1.266, DE 13/04/2012 Altera a Instrução Normativa SRF nº 28, de 27 de abril de 1994, que disciplina o despacho aduaneiro de mercadorias destinadas à exportação.

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O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no art. 422 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 - Regulamento Aduaneiro, RESOLVE: Art. 1º Os arts. 18, 20, 25 e 34 da Instrução Normativa SRF nº 28, de 27 de abril de 1994, passam a vigorar com a seguinte redação: "Artigo 18. (...) (...) § 5º Depois do desembaraço aduaneiro, os documentos entregues serão devolvidos ao exportador ou seu representante, que fica obrigado a mantê-los, em boa guarda e ordem, pelo prazo previsto na legislação tributária, para fins de apresentação à RFB sempre que solicitados." (NR) "Artigo 20. No caso de despacho realizado nos locais a que se referem os incisos II e III do art. 11, após a verificação e o desembaraço da mercadoria, os documentos serão devolvidos ao exportador, que fica obrigado a mantê-los, em conformidade ao disposto no § 5º do art. 18. § 1º No caso de despacho instruído com MIC/DTA ou com TIF/DTA, a mercadoria exportada será acompanhada apenas por esses documentos até o ponto alfandegado de saída do País. (...)" (NR) "Artigo 25. (...) (...) § 4º Para fins do que se refere o caput, poderão ser utilizados, entre outros, os seguintes documentos: I - relatórios e termos de verificação lavrados por outras autoridades na fase de autorização administrativa da exportação; ou II - registros de imagens das mercadorias, obtidos: a) por câmeras; ou b) por meio de equipamentos de inspeção não invasiva. § 5º Nas hipóteses referidas no § 4º, a verificação física direta só deverá ser realizada pela fiscalização aduaneira se as informações ou as imagens disponíveis forem insuficientes para os propósitos referidos no caput. § 6º A Coana poderá editar disposições complementares ao estabelecido neste artigo." (NR) "Artigo 34. (...) I - exigir do exportador ou do transportador a entrega da cópia de tela de confirmação do início do trânsito, de que trata o § 2º do art. 32; e (...)" (NR) Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO FONTE: Diário Oficial da União - 16/04/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________ IPI: INCIDÊNCIA - PROCEDIMENTO 1. Introdução O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de competência da União, nos termos do art. 153, caput, IV, da Constituição Federal/1988 , tem como princípios básicos, além dos pertinentes à legalidade, anterioridade, anterioridade nonagesimal, irretroatividade e igualdade, os enumerados no § 3º do mencionado dispositivo, quais sejam: a) seletividade: é seletivo em função da essencialidade do produto;

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b) não cumulatividade: é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas operações anteriores; c) imunidade: não incide sobre produtos industrializados destinados ao exterior; d) incentivo ao setor produtivo: terá reduzido o seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Os bens de capital, também designados como bens de produção, são aqueles que permitem produzir outros bens, tais como máquinas, computadores, equipamentos, instalações e insumos industriais. Para efeitos de aplicação da legislação do IPI, são considerados bens de produção: a) as matérias-primas; b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora não integrando o produto final, sejam consumidos ou utilizados no processo industrial; c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento; d) as ferramentas, empregadas no processo industrial, exceto as manuais; e e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos, inclusive suas peças, partes e outros componentes, que se destinem a emprego no processo industrial. Examinaremos, neste texto, os aspectos tributários relacionados à incidência do IPI, com fundamento no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010 . ( Constituição Federal/1988 , art. 153 , caput, IV, § 3º; RIPI/2010 , art. 610 ) 2. Incidência O IPI incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 6.006/2006 . O campo de incidência deste tributo abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a notação "NT" (não tributado). ( RIPI/2010 , art. 2º ) 3. Produto industrializado Para efeito de incidência do IPI, produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida como industrialização, mesmo incompleta, parcial ou intermediária. Nesse sentido, é caracterizada industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tais como, a que: a) exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação); b) importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); c) consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem); d) importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou e) exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). Observe-se que são irrelevantes, para a caracterização da operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e as condições das instalações ou dos equipamentos empregados. ( RIPI/2010 , arts. 3º e 4º ) 4. Industrialização Examinamos, nos itens precedentes, que o IPI incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, o conceito de produto industrializado e as características que envolvem o

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processo de industrialização. Esses fatores são imprescindíveis à compreensão da incidência desse imposto. No entanto, a própria legislação enumera, de forma expressa, as hipóteses em que a atividade exercida sobre determinados produtos não é considerada industrialização, a saber: a) o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação: a.1) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem à venda direta a consumidor; ou a.2) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; b) o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor; c) a confecção ou preparo de produto de artesanato, assim considerado o proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural, nas seguintes condições: c.1) quando o trabalho não contar com o auxílio ou a participação de terceiros assalariados; e c.2) quando o produto for vendido a consumidor, diretamente ou por intermédio de entidade de que o artesão faça parte ou seja assistido; d) a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador; e) o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional; f) a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; g) a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória; h) a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: h.1) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); h.2) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou h.3) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo; Nota A regra descrita na letra "h" não exclui a incidência do imposto sobre os produtos, partes ou peças utilizados nas operações nela descritas. i) a montagem de óculos, mediante receita médica; j) o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal e semelhantes; k) o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações; l) o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante; m) a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura; n) a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento comercial varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas; e

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o) a operação de que resultem os produtos relacionados na Subposição 2401.20 da TIPI, quando exercida por produtor rural pessoa física. ( RIPI/2010 , art. 5º e art. 7º , I) 5. Alíquotas O Poder Executivo, quando se tornar necessário para atingir os objetivos da política econômica governamental, mantida a seletividade em função da essencialidade do produto, ou, ainda, para corrigir distorções, poderá reduzir alíquotas do imposto até zero ou majorá-las até 30 unidades percentuais. As reduções do imposto relativas aos bens de procedência estrangeira estão asseguradas na forma da legislação específica desde que satisfeitos os requisitos e as condições exigidos para a concessão do benefício análogo, relativo ao Imposto de Importação (II). ( RIPI/2010 , arts. 69 e 70 ) 6. Isenção/Suspensão A legislação prevê casos de suspensão e de isenção do imposto. Nessas hipóteses, quando não forem satisfeitos os requisitos que condicionaram a suspensão ou não forem observadas as condições a que estão submetidos o benefício da isenção, o tributo torna-se exigível como se a suspensão ou a isenção não existissem. ( RIPI/2010 , arts. 42 e 52 ) 7. Irrelevância dos aspectos jurídicos Importa assinalar, ainda, que o imposto é devido sejam quais forem as finalidades a que se destine o produto ou o título jurídico a que se faça a importação ou de que decorra a saída do estabelecimento produtor. ( RIPI/2010 , art. 39 ) Legislação Referenciada Constituição Federal/1988 Decreto nº 6.006/2006 Decreto nº 7.212/2010 FONTE: IOB - 16/04/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

IRPF: DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FISICA (DIRPF) – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS - ROTEIRO Introdução A Medida Provisória nº 284/2006, convertida na Lei nº 11.324/2006, alterou a legislação tributária federal, acrescentando ao rol de valores passíveis de dedução na Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física - DIRPF, as contribuições previdenciárias pagas pelos empregadores. No presente Roteiro serão analisados os principais aspectos dessa dedução. I - Cálculo do Imposto de Renda devido na Declaração Conforme dispõe o art. 11 da Lei nº 9.250/1995, o imposto de renda das pessoas físicas, devido na declaração anual, será calculado por meio da tabela progressiva anual.

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1 - Conforme dispõe a Lei nº 11.482/2007, artigo 1º, parágrafo único, a tabela progressiva anual, corresponde à soma das tabelas progressivas mensais vigentes nos meses de cada ano-calendário. 2 - Consulte: Tabelas Progressivas Anuais IR de 1992 a 2014 II - Deduções permitidas O art. 12 da Lei nº 9.250/1995, por sua vez, trata das deduções permitidas. Essas deduções deverão ser diminuídas do valor do imposto a pagar, calculado conforme o tópico I. As deduções são as seguintes: a) as contribuições feitas aos Fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso; b) contribuições efetivamente realizadas em favor de projetos culturais, aprovados na forma da regulamentação do Programa Nacional de Apoio à Cultura - PRONAC, instituído pelo art. 1º da Lei nº 8.313/1991; c) investimentos feitos a título de incentivo às atividades audiovisuais, na forma e condições previstas nos arts. 1º e 4º da Lei nº 8.685/1993; d) imposto retido na fonte ou o pago, inclusive a título de recolhimento complementar, correspondente aos rendimentos incluídos na base de cálculo; e) imposto pago no exterior de acordo com o previsto no art. 5º da Lei nº 4.862/1965; f) doações e patrocínios diretamente efetuados por pessoas físicas e jurídicas no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica - PRONON e do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência - PRONAS/PCD, previamente aprovados pelo Ministério da Saúde. Também poderão ser deduzidos do imposto de renda devido, os valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte, na forma da Lei nº 11.472/2007. Fundamentação: art. 12, "caput", da Lei nº 9.250/1995. II.1 - Dedução da contribuição paga pelo empregador doméstico Além das deduções tratadas no tópico II, por meio da Lei nº 11.324/2006, que acrescentou o inciso VII ao art. 12 da Lei nº 9.250/1995, foi permitida, até o exercício de 2012, ano calendário de 2011, a dedução da contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado. Em 2011, o benefício foi estendido até o exercício de 2015, ano calendário de 2014, por meio da Lei nº 12.469/2011, que alterou o inciso VII, do art. 12 da Lei nº 9.250/1995. Essa dedução aplica-se em relação às contribuições patronais pagas a partir do mês de janeiro de 2006. Essa dedução, todavia, está limitada: a) a um empregado doméstico por declaração, inclusive no caso da declaração em conjunto; b) ao valor recolhido no ano calendário a que se referir a declaração (regime de caixa). Também deve ser observado, que o valor da dedução não poderá exceder: a) ao valor da contribuição patronal calculada sobre 1 (um) salário mínimo mensal, sobre o 13º (décimo terceiro) salário e sobre a remuneração adicional de férias, referidos também a 1 (um) salário mínimo; b) ao valor do imposto apurado na forma do tópico I deste Roteiro, deduzidos os valores de que tratam as letras "a", "b" e "c" do tópico II. Cumpre ainda esclarecer, que a dedução dos valores da contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado, está condicionada à comprovação da regularidade do empregador perante o regime geral de previdência social, quando se tratar de contribuinte individual. Somente poderá aproveitar da dedução o contribuinte que utilizar o modelo completo de Declaração de Ajuste Anual. Fundamentação: art. 12, inciso VII, e § 3º da Lei nº 9.250/1995. II.1.1 - Cálculo prático do limite da dedução da contribuição paga pelo empregador doméstico

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Com base nos limites mencionados, podemos determinar o valor limite para dedução da contribuição paga pelo empregado doméstico, em relação à Declaração a ser apresentada em 2012 (ano calendário 2011). Dados para cálculo: Para o ano-calendário de 2011, exercício 2012, considerando que vigorou o salário mínimo de R$ 510,00, para o mês de dezembro de 2010 e de R$ 540,00, para os meses de janeiro e fevereiro de 2011, e de R$ 545,00 para os meses de março a novembro de 2011 devem ser observados os seguintes valores máximos: a) para pagamentos de contribuições, relativas aos salários mensais, realizados no mês de janeiro de 2011 (mês de competência da contribuição de dezembro de 2010), R$ 61,20 por mês; b) para pagamentos de contribuições, relativas aos salários mensais, realizados nos meses de fevereiro e março 2011, (mês de competência da contribuição de janeiro e fevereiro de 2011 ), R$ 64,80 por mês; c) para pagamentos de contribuições, relativas aos salários mensais, realizados nos meses de abril a dezembro de 2011 (meses de competência da contribuição de março a novembro de 2011), R$ 65,40 por mês; d) para pagamento de contribuição, relativa ao décimo terceiro salário, realizado no mês de dezembro de 2011, R$ 65,40; e) para pagamento de contribuição, relativa ao adicional de 1/3 de férias, realizado no mês de janeiro de 2011 (mês de competência da contribuição de dezembro de 2010), R$ 20,40; f) para pagamento de contribuição, relativa ao adicional de 1/3 de férias, realizado nos meses de fevereiro a março de 2011 (meses de competência da contribuição de janeiro e fevereiro dezembro de 2011), R$ 21,60; g) para pagamento de contribuição, relativa ao adicional de 1/3 de férias, realizado no s meses de abril a dezembro de 2011 (meses de competência da contribuição de março a novembro de 2011), R$ 21,80. Alíquota da contribuição patronal previdenciária (art. 30, inciso V, da Lei nº 8.212/1991) é : de 12%. EXEMPLO PRÁTICO Contribuinte que tem empregado doméstico, cujo salário é de R$ 700,00 mensais. Sua contribuição previdenciária patronal será no valor de R$ 84,00 por mês; totalizando no ano todo o montante de R$ 1.008,00. Fora a contribuição sobre os salários, também foi paga a contribuição incidente sobre o 13º salário (R$ 1.008,00 + R$ 84,00 = R$ 1.092,00). Foram concedidas férias no mês de outubro de 2011, onde também foi paga a contribuição incidente sobre o 1/3 constitucional de férias (R$ 28,00). Assim, o total da contribuição previdenciária paga no ano de 2011, perfaz o valor de R$ 1.120,00. Contudo, em decorrência dos limites acima expostos, na DIRPF, esse contribuinte (desde que se utilize do modelo completo da Declaração), somente poderá deduzir o valor de R$ 866,60 (R$ 61,20 + (2 X 64,80) + (10x R$ 65,40) + R$ 21,80). Limites para as Declarações apresentadas em: - 2007 = R$ 534,00 (férias concedidas entre 12/2005 a 03/2006) ou R$ 536,00 (férias concedidas entre 04/2006 a 11/2006); - 2008 = R$ 596,00 (férias concedidas entre 12/2006 a 03/2007) ou R$ 597,20 (férias concedidas entre 04/2007 a 11/2007); - 2009 = R$ 650,00 (férias concedidas entre 12/2007 e 01/2008) ou R$ 651,40 (férias concedidas entre 02/2008 a 11/2008). - 2010 = R$ 730,00 (férias concedidas entre 12/2008 e 01/2009) ou R$ 732,00 (férias concedidas entre 02/2009 a 11/2009);

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- 2011 = R$ 808,80 (férias concedidas entre 12/2009 e 01/2010) ou R$ 810,00 (férias concedidas entre 02/2010 e 11/2010). Destaca-se que esses valores foram calculados com base nas contribuições efetivamente pagas (regime de caixa). Deve-se atentar ainda, que os valores tratados são valores limites. Ou seja, caso o pagamento da contribuição previdenciária patronal tenha ocorrido por valor menor, ou ainda, somente em determinados meses, o que vai valer para a dedução é o valor efetivamente pago. Por outro lado, se foram pagos valores superiores, baseados, por exemplo, em dois salários mínimos ou em dois empregados domésticos, o referido limite deverá prevalecer. III - Informação na Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física Na Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física, a Contribuição Patronal paga pelo empregador doméstico deve ser informada na ficha "Pagamentos e Doações Efetuados". O código a ser utilizado para essa dedução é o 50. Além do nome completo e do CPF do empregado doméstico, é obrigatória a informação do Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) ou o Número do Programa de Integração Social (PIS) ou o Número do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) relativo ao empregado doméstico. Conforme orientações do Manual de Ajuda do Programa da Declaração, o campo Parcela não dedutível deve ser preenchido nos casos de contribuição patronal não dedutível, como, por exemplo, quando se recolheu sobre valor superior a um salário mínimo e/ou para mais de um empregado doméstico relativo a um mesmo período do ano calendário de 2011. A comprovação será feita por meio de Guias da Previdência Social (GPS), bem como do vínculo empregatício registrado em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Fundamentação: Manual de ajuda do programa da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física. FONTE: FISCOSoft - 13/04/2012.

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RMCCI: ALTERA O REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS – CIRC. DIR. Nº 3.589, DE 05/04/2012 Altera o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI). A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 4 de abril de 2012, com base no art. 23 da Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962, nos arts. 9º, 10 e 11 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, no art. 10 da Resolução nº 3.568, de 29 de maio de 2008, e tendo em vista o art. 2º da Circular nº 3.280, de 9 de março de 2005, Resolve: Art. 1º A seção 2 do capítulo 11 do título 1 do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), divulgado pela Circular nº 3.280, de 9 de março de 2005, passa a vigorar com a redação constante das folhas anexas a esta Circular. Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. LUIZ AWAZU PEREIRA DA SILVA Diretor de Regulação do Sistema Financeiro ANTHERO DE MORAES MEIRELLES Diretor de Fiscalização ANEXO REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS TÍTULO: 1 - Mercado de Câmbio

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CAPÍTULO: 11 - Exportação SEÇÃO: 2 - Contratação de Câmbio -------------------------------------------------------------------------- 1. O contrato de câmbio de exportação pode ser celebrado para liquidação pronta ou futura, prévia ou posteriormente ao embarque da mercadoria ou da prestação do serviço, observado o prazo máximo de 750 dias entre a contratação e a liquidação, bem como o seguinte: a) no caso de contratação prévia, o prazo máximo entre a contratação de câmbio e o embarque da mercadoria ou da prestação do serviço é de 360 dias; b) o prazo máximo para liquidação do contrato de câmbio é o último dia útil do 12º mês subsequente ao do embarque da mercadoria ou da prestação do serviço. 1-A. Para os contratos de câmbio de exportação celebrados até 5 de abril de 2012, no caso de recuperação judicial, ajuizamento de pedido de falência do exportador ou em outra situação em que fique documentalmente comprovada a incapacidade do exportador para embarcar a mercadoria ou para prestar o serviço por fatores alheios à sua vontade, o embarque da mercadoria ou a prestação do serviço pode ocorrer até 30 de abril de 2014, desde que o prazo entre a contratação e a liquidação do contrato de câmbio não ultrapasse 1.500 dias. (NR) 2. (Revogado) Circular nº 3.589/2012. 2-A. (Revogado) Circular nº 3.589/2012. 3. As operações de câmbio referentes a exportação sujeitas a Registro de Crédito (RC) devem ser celebradas em conformidade ao disposto na seção 10 - Exportações Financiadas. 4. Os contratos de câmbio de exportação em consignação devem ser classificados sob o código de natureza de operação "10124 - EXPORTAÇÃO - Exportação em Consignação", sendo vedada alteração de natureza de referido código. 5. (Revogado) Circular nº 3.379/2008. 6. (Revogado) Circular nº 3.401/2008. 7. (Revogado) Circular nº 3.575/2012. 8. (Revogado) Circular nº 3.530/2011. 9. As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, autorizadas a operar no mercado de câmbio, com as quais forem firmados contratos de câmbio de exportação devem, até o dia 15 do mês subsequente às correspondentes liquidações, fornecer por meio de mecanismo eletrônico regulado pelo Banco Central do Brasil, para acesso exclusivo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, os seguintes dados: a) nome empresarial e número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do vendedor da moeda estrangeira, se pessoa jurídica, ou nome e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), se pessoa física; b) montante das liquidações, consolidado mensalmente por tipo de moeda estrangeira e por natureza da operação; c) montante do contravalor em reais das liquidações referidas na alínea "b" anterior, consolidado mensalmente; e d) nome e número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da instituição autorizada a operar no mercado de câmbio, compradora da moeda estrangeira. 10. Os dados a que se refere o item 9 anterior compreendem as liquidações de contratos de câmbio relativos a embarques de mercadorias e prestações de serviço realizados a partir de 01.03.2007, observado que os dados da espécie relativos ao período compreendido entre 01.03.2007 e 30.04.2009 devem ser fornecidos ao Banco Central do Brasil até 31.08.2009. 11. Relativamente às operações de câmbio simplificado de exportação: a) a negociação da moeda estrangeira com instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional, autorizada a operar no mercado de câmbio no País pode ocorrer até 360 dias antes ou até 360 dias após o embarque da mercadoria ou a prestação dos serviços; b) os dados da operação devem ser registrados no Sistema Câmbio na mesma data da contratação de câmbio sob o código de natureza específico, inclusive para o caso de recebimento antecipado, sendo que o Sistema Câmbio gera de forma automática o evento de

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liquidação da operação para o mesmo dia, observado que referido contrato não é passível de alteração, cancelamento ou baixa. FONTE: Diário Oficial da União - 10/04/2012.

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IRPF: GANHO DE CAPITAL – ALIENAÇÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA – MARÇO DE 2012 – ADE CODAC Nº 9, DE 04/04/2012 Divulga a cotação média do dólar dos Estados Unidos da América no mês de março do ano-calendário de 2012, para efeito da apuração do ganho de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie. O COORDENADOR-GERAL DE TRIBUTAÇÃO no uso da atribuição que lhe confere o inciso V do art. 286 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no § 7º do art. 24 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e nos §§ 2º e 4º do art. 7º da Instrução Normativa SRF nº 118, de 28 de dezembro de 2000, Declara: Artigo único. Para efeito da apuração do ganho de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, no mês de março do ano-calendário de 2012, deve ser utilizada na conversão para reais: I - do valor de alienação, a cotação média mensal do dólar dos Estados Unidos da América, para compra, correspondente a R$ 1,7947; II - do valor de custo de aquisição, a cotação média mensal do dólar dos Estados Unidos da América, para venda, correspondente a R$ 1,7953. FERNANDO MOMBELLI FONTE: Diário Oficial da União - 10/04/2012.

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IRPF: FORMA DE TRIBUTAÇÃO DOS RENDIMENTOS RECEBIDOS E APRESENTAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL - PROCEDIMENTO SUMÁRIO 1. Introdução 2. Contribuinte Casado 2.1. Declaração em separado 2.2. Declaração em separado - Compensação do Imposto de Renda — Bens em condomínio ou comunhão 2.3. Declaração em conjunto 3. Bens Adquiridos em Condomínio antes do Casamento 4. Contribuinte que Tenha Companheiro(a) 4.1. Apresentação da declaração em separado 4.2. Apresentação da declaração em conjunto 5. Contribuinte Divorciado que se Casou Novamente 6. Contribuinte Separado de Fato 7. Contribuinte Divorciado ou Separado Judicialmente ou por Escritura Pública 8. Contribuinte Viúvo

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9. Contribuinte Menor 9.1. Contribuinte menor emancipado 10. Contribuinte Incapaz 11. Declaração em Conjunto de Cônjuge ou Filho na Condição de Dependente 12. Informações do Cônjuge 1. Introdução Neste texto analisaremos as formas de apresentação da Declaração de Ajuste Anual da Pessoa Física, bem como as implicações da opção na tributação dos rendimentos conforme a opção pela apresentação em conjunto ou em separado. 2. Contribuinte Casado O contribuinte casado pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual em separado ou, opcionalmente, em conjunto com o cônjuge. 2.1. Declaração em separado Na hipótese de o contribuinte optar pela apresentação da declaração em separado deverá ser observado o seguinte: a) cada cônjuge deve incluir na sua declaração o total dos rendimentos próprios e 50% dos rendimentos produzidos pelos bens comuns, compensando 50% do imposto pago ou retido sobre esses rendimentos, independentemente de qual dos cônjuges tenha sofrido a retenção ou efetuado o recolhimento; ou b) um dos cônjuges inclui na sua declaração seus rendimentos próprios e o total dos rendimentos produzidos pelos bens comuns, compensando o valor do imposto pago ou retido na fonte, independentemente de qual dos cônjuges tenha sofrido a retenção ou efetuado o recolhimento. Cabe lembrar que os dependentes comuns não podem constar simultaneamente nas declarações de ambos os cônjuges. 2.2. Declaração em separado - Compensação do Imposto de Renda — Bens em condomínio ou comunhão O Imposto de Renda referente aos rendimentos oriundos de aluguel de imóvel possuído em condomínio ou em decorrência da sociedade será informado na declaração de rendimentos conforme analisado a seguir. No caso de propriedade em condomínio, cada condômino tributa a parcela do rendimento que lhe cabe, mas somente aquele em cujo nome foi efetuado o recolhimento pode compensar o imposto em sua declaração, a não ser que seja retificado o DARF (carnê-leão) ou a DIRF (no caso de fonte). No caso de propriedade em comum em decorrência da sociedade conjugal, o imposto pago por um dos cônjuges ou retido na fonte pode ser compensado meio a meio, independentemente de quem o tenha pago ou sofrido a retenção. Opcionalmente, o imposto pode ser compensado pelo total na declaração de um deles, desde que tribute a totalidade dos rendimentos comuns. 2.3. Declaração em conjunto Somente é considerado declarante em conjunto o cônjuge, companheiro ou dependente cujos rendimentos sujeitos ao ajuste anual estejam sendo oferecidos à tributação na declaração apresentada pelo contribuinte titular. A declaração em conjunto é apresentada em nome de um dos cônjuges, abrangendo todos os rendimentos, inclusive os provenientes de bens gravados com cláusula de incomunicabilidade ou inalienabilidade, e das pensões de gozo privativo. Essa declaração em conjunto supre a obrigatoriedade da apresentação da Declaração de Ajuste Anual a que porventura estiver sujeito o outro cônjuge. 3. Bens Adquiridos em Condomínio antes do Casamento Os rendimentos produzidos pelos bens adquiridos em condomínio por contribuintes que venham a se casar posteriormente pelo regime de comunhão parcial de bens deverão observar o seguinte tratamento tributário:

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a) os bens adquiridos antes do casamento mantêm a forma de tributação estabelecida para bens adquiridos em condomínio, ou seja, cada cônjuge deve incluir em sua declaração 50% dos rendimentos produzidos pelos bens em condomínio, salvo estipulação contrária em contrato escrito, quando deve ser adotado o percentual nele previsto; b) os demais rendimentos de cada cônjuge, rendimentos próprios e rendimentos produzidos por bens comuns seguem as regras para contribuinte casado. 4. Contribuinte que Tenha Companheiro(a) O contribuinte que tenha companheiro ou companheira deve apresentar declaração em separado ou, opcionalmente, em conjunto com o(a) companheiro(a). 4.1. Apresentação da declaração em separado Na hipótese de opção de apresentação da declaração em separado, cada companheiro deve incluir na sua declaração os rendimentos próprios e 50% dos rendimentos produzidos pelos bens em condomínio, salvo estipulação contrária em contrato escrito, quando deve ser adotado o percentual nele previsto. O imposto pago ou retido é compensado na mesma proporção dos rendimentos tributáveis produzidos pelos bens em condomínio. 4.2. Apresentação da declaração em conjunto Neste caso a declaração deve ser apresentada em nome de um dos companheiros, abrangendo todos os rendimentos, inclusive os provenientes de bens gravados com cláusula de incomunicabilidade ou inalienabilidade, e das pensões de gozo privativo. A declaração em conjunto supre a obrigatoriedade da apresentação da Declaração de Ajuste Anual a que porventura estiver sujeito o(a) outro(a) companheiro(a). O contribuinte pode incluir o companheiro, abrangendo também as relações homoafetivas, como dependente para efeito de dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, desde que tenha vida em comum por mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho (Parecer PGFN/CAT nº 1.503/10, Lei nº 8.971/94 e arts. 1º, 7º e 8º do RIR/99). 5. Contribuinte Divorciado que se Casou Novamente O contribuinte divorciado que tenha se casado novamente deve apresentar declaração na condição de casado, em separado ou, opcionalmente, em conjunto com o cônjuge. 6. Contribuinte Separado de Fato O contribuinte separado de fato deverá apresentar a declaração de acordo com as instruções para contribuinte casado. 7. Contribuinte Divorciado ou Separado Judicialmente ou por Escritura Pública O contribuinte divorciado ou separado judicialmente ou por escritura pública deverá apresentar declaração na condição de solteiro, caso não estivesse casado ou vivendo em união estável em 31/12/2011, podendo incluir dependente (nesse caso, devem ser somados os rendimentos recebidos pelo dependente) do qual detenha a guarda judicial ou deduzir pensão alimentícia paga em face das normas do direito de família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive os alimentos provisionais, de acordo homologado judicialmente ou de escritura pública, a que se refere o art. 1.124-A da Lei nº 5.869/73 - Código de Processo Civil. Para efeitos da aplicação da dedução relativa à pensão alimentícia, observe-se que: I - as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão alimentícia; II - tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica quando o provimento de alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade; III - não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº 9.307/96. 8. Contribuinte Viúvo O contribuinte viúvo no curso do inventário deve apresentar declaração com o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) próprio, abrangendo bens e rendimentos próprios e os provenientes de bens não integrantes do inventário do cônjuge falecido.

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O viúvo pode optar por tributar 50% dos rendimentos produzidos pelos bens comuns na sua declaração ou integralmente na declaração do espólio. 9. Contribuinte Menor O contribuinte menor deverá apresentar Declaração de Ajuste Anual observando o seguinte: a) em separado: os rendimentos recebidos pelo menor são tributados em seu nome com número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) próprio; ou b) em conjunto: os rendimentos recebidos pelo menor devem ser tributados em conjunto com um dos pais. No caso de menor estar sob a responsabilidade de um dos pais, em virtude de sentença ou acordo judicial, a declaração em conjunto só pode ser feita com aquele que detém a guarda judicial do menor. Note-se que a declaração apresentada em conjunto supre a obrigatoriedade da apresentação da declaração a que porventura estiver sujeito o menor. 9.1. Contribuinte menor emancipado O contribuinte menor emancipado deve apresentar declaração em seu nome com número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) próprio. Na hipótese de preencher os requisitos para permanecer como dependente, poderá apresentá-la em conjunto com um dos pais. 10. Contribuinte Incapaz A declaração de ajuste de contribuinte incapaz é feita em nome do incapaz pelo tutor, curador ou responsável por sua guarda, usando o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do incapaz. Opcionalmente, o incapaz pode ser considerado dependente do tutor, curador ou responsável por sua guarda judicial, desde que o declarante inclua os rendimentos do incapaz em sua declaração. 11. Declaração em Conjunto de Cônjuge ou Filho na Condição de Dependente Cônjuge e filho podem apresentar a declaração de rendimentos em conjunto ou, sem apresentá-la, ficar na condição de dependente do declarante, porém, somente é considerada declaração em conjunto aquela em que estejam sendo oferecidos à tributação rendimentos sujeitos ao ajuste anual do cônjuge ou filho, desde que este se enquadre como dependente, nos termos da legislação do Imposto sobre a Renda. A declaração em conjunto supre a obrigatoriedade da apresentação da declaração a que porventura estiver sujeito o cônjuge ou filho menor. O cônjuge ou filho que se enquadrar em qualquer das hipóteses de obrigatoriedade de entrega de declaração e não estiver declarando em conjunto fica dispensado de apresentá-la, caso conste como dependente na declaração apresentada por outro cônjuge ou pelos pais, na qual sejam informados seus rendimentos, bens e direitos. 12. Informações do Cônjuge Ainda que o cônjuge esteja desobrigado da apresentação da Declaração de Ajuste Anual, essa ficha relativa a informações do cônjuge deve ser preenchida com o resultado da seguinte operação, em relação aos rendimentos do cônjuge, quando este não consta como dependente na Declaração de Ajuste Anual do contribuinte: Base de Cálculo + Rendimentos isentos e não tributáveis + Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva/definitiva + Rendimentos Recebidos de PJ (Imposto com Exigibilidade Suspensa) - Total do imposto pago. Ressalte-se que somente ao cônjuge que declara os bens comuns cabe o preenchimento da ficha “Informações do cônjuge”. FONTE: CENOFISCO - 16/04/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

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IRPF: FALTA DE FORNECIMENTO DE COMPROVANTE DE RENDIMENTOS PELA FONTE PAGADORA - PROCEDIMENTO SUMÁRIO 1. Contribuinte que Auferiu Rendimentos Diversos 2. Solicitação do Comprovante à Fonte Pagadora 3. Penalidade Aplicada à Fonte Pagadora 1. Contribuinte que Auferiu Rendimentos Diversos O contribuinte que auferiu rendimentos diversos, mas que não possui comprovantes de todas as fontes pagadoras deve oferecer à tributação todos os rendimentos tributáveis percebidos no ano-calendário, de pessoas físicas ou jurídicas, mesmo que não tenha recebido comprovante das fontes pagadoras, ou que este tenha se extraviado. 2. Solicitação do Comprovante à Fonte Pagadora Se o contribuinte não tem o comprovante do desconto na fonte ou do rendimento percebido, deve solicitar à fonte pagadora uma via original, a fim de guardá-la para futura comprovação. Na hipótese de a fonte pagadora se recusar a fornecer o documento pedido, o contribuinte deve comunicar o fato à unidade de atendimento da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de sua jurisdição, para que a autoridade competente tome as medidas legais que se fizerem necessárias. 3. Penalidade Aplicada à Fonte Pagadora A fonte pagadora que deixar de fornecer aos beneficiários, dentro do prazo, ou fornecer com inexatidão o informe de rendimentos e de retenção do imposto, fica sujeita ao pagamento de multa equivalente a R$ 41,43 por documento. A fonte pagadora que prestar informação falsa sobre rendimentos pagos, deduções ou imposto retido na fonte, está sujeita à multa de 300% sobre o valor que for indevidamente utilizado como redução do imposto sobre a renda devido, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais. Na mesma penalidade incorre aquele que se beneficiar de informação sabendo ou devendo saber da falsidade (art. 965 do RIR/99 e Instrução Normativa RFB nº 1.215/11). FONTE: CENOFISCO – 16/04/2012.

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IRPJ/ CSL/ COFINS/ PIS-PASEP: ATIVIDADE IMOBILIÁRIA – PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA (PMCMV) - PROCEDIMENTO 1. Introdução O Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) tem por finalidade criar mecanismos de incentivo à produção e aquisição de novas unidades habitacionais ou requalificação de imóveis urbanos e produção ou reforma de habitações rurais, para famílias com renda mensal de até R$ 4.650,00, compreendendo os seguintes subprogramas: a) Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU); b) Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). Compõem, assim, parte significativa do mosaico de ações do Governo para combater o déficit habitacional e a crise econômico-financeira global. Nota Os programas em questão estão regulamentados pelo Decreto nº 7.499/2011 , o qual revogou o Decreto nº 6.962/2009 . (Lei nº 11.977/2009 , art. 1º ; Lei nº 12.424/2011 , art. 1º ) 2. Regime Especial de Tributação (RET)

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A Lei nº 10.931/2004 instituiu o Regime Especial de Tributação (RET), aplicável às incorporações imobiliárias, em caráter opcional e irretratável enquanto perdurarem direitos de crédito ou obrigações do incorporador junto aos adquirentes dos imóveis que compõem a incorporação. Para cada incorporação submetida ao RET, a incorporadora ficará sujeita ao pagamento equivalente ao percentual estabelecido pela Lei nº 12.024/2009 (conversão da MP nº 460/2009) de 6% (anteriormente, esse percentual era de 7%) da receita mensal recebida, o qual corresponderá ao pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuições: a) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ); b) contribuição para o PIS-Pasep; c) Contribuição Social sobre o Lucro (CSL); e d) Cofins. Notas (1) Para efeito do cálculo do RET do total das receitas recebidas, poderão ser deduzidas as vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos. (2) As receitas, custos e despesas próprios da incorporação, sujeitos à tributação ao RET, não deverão ser computados na apuração das bases de cálculo do IRPJ e das contribuições, devidos pela incorporadora, em virtude de suas demais atividades empresariais, inclusive incorporações não afetadas. Nesse sentido, os custos e despesas indiretos pagos no mês serão apropriados a cada incorporação na mesma proporção representada pelos custos diretos próprios da incorporação, em relação ao custo direto total da incorporadora, assim entendido como a soma de todos os custos diretos de todas as incorporações e o de outras atividades exercidas pela incorporadora. (Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , com a redação dada pela Lei nº 12.024/2009 , art. 1º ; Instrução Normativa RFB nº 934/2009 , arts. 4º e 5º ) 2.1 Conceito de receita Para fins do disposto do tópico 2, considera-se receita mensal a totalidade das receitas auferidas pela incorporadora na venda das unidades imobiliárias que compõem a incorporação, bem como as receitas financeiras e variações monetárias decorrentes desta operação. (Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , § 1º) 2.2 Pagamento dos tributos e contribuições O pagamento dos tributos e contribuições na forma do tópico 2 será considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela incorporadora. (Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , § 2º, com a redação dada pela Lei nº 11.196/2005 , art. 111 ) 2.3 Base de cálculo As receitas, os custos e as despesas próprios da incorporação sujeita à tributação citada no tópico 2 não deverão ser computados na apuração das bases de cálculo dos tributos e das contribuições de que trata este tópico, devidos pela incorporadora em virtude de suas outras atividades empresariais, inclusive incorporações não afetadas. (Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , § 3º, com a redação dada pela Lei nº 11.196/2005 , art. 111 ) 2.4 Apropriação Para fins do disposto do subtópico 2.3, os custos e as despesas indiretos pagos pela incorporadora no mês serão apropriados a cada incorporação na mesma proporção representada pelos custos diretos próprios da incorporação, em relação ao custo direto total da incorporadora, assim entendido como a soma de todos os custos diretos de todas as incorporações e o de outras atividades exercidas pela incorporadora. (Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , § 4º, com a redação dada pela Lei nº 11.196/2005 , art. 111 ) 2.5 Opção A opção pelo regime especial de tributação obriga o contribuinte a fazer o recolhimento dos tributos, na forma do tópico 2, a partir do mês da opção. (Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , § 5º, incluído pela Lei nº 11.196/2005 , art. 111 )

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2.6 PMCMV Até 31.12.2014, para os projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social cuja construção tenha sido iniciada ou contratada a partir de 31.03.2009, o percentual correspondente ao pagamento unificado dos tributos de que trata o tópico 2 será equivalente a 1% da receita mensal recebida. Consideram-se projetos de incorporação de imóveis de interesse social os destinados à construção de unidades residenciais de valor comercial de até R$ 85.000,00 no âmbito do PMCMV, de que trata a Lei nº 11.977/2009 , resultante da conversão da Medida Provisória nº 459/2009 . (Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , §§ 6º e 7º, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010 , art. 52 ; Medida Provisória nº 552/2011 , art.1º) Nota As condições para utilização deste benefício foram definidas através do Decreto nº 7.499/2011 . 2.6.1 Empresa construtora contratada Até 31.12.2014, a empresa construtora contratada para construir unidades habitacionais de valor comercial de até R$ 85.000,00 no âmbito do PMCMV fica autorizada, em caráter opcional, a efetuar o pagamento unificado de tributos equivalente a 1% da receita mensal auferida pelo contrato de construção. O pagamento mensal unificado corresponderá aos mesmos tributos mencionados no tópico 2. O pagamento dos impostos e das contribuições será considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela construtora. As receitas, os custos e as despesas próprios da construção sujeita à tributação não deverão ser computados na apuração das bases de cálculo dos impostos e das contribuições, devidos pela construtora em virtude de suas outras atividades empresariais. O disposto neste subtópico somente se aplica às construções iniciadas a partir de 31.03.2009. (Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , §§ 6º e 7º, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010 , art. 52 ; Medida Provisória nº 552/2011 , art. 1º ) 2.7 Pagamento unificado O pagamento unificado de tributos deverá ser efetuado até o 20º dia do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita. A incorporadora deverá utilizar, no Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), o número específico de inscrição da incorporação no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ) e código de arrecadação próprio, na forma da Instrução Normativa RFB nº 934/2009 . (Lei nº 10.931/2004 , art. 5º ; Lei nº 12.024/2009 , art. 2º ; Medida Provisória nº 556/2011 , art. 4º ) 2.8 Alíquotas Para fins de repartição de receita tributária e do disposto na Lei nº 10.931/2004 , art. 4º , §§ 2º e 6º, os percentuais de 6% e de 1% de que tratam o tópico 2 e o subtópico 2.6, respectivamente,

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serão considerados conforme tabela a seguir:

FONTE: IOB - 16/04/2012.

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“PORQUE A EFD - CONTRIBUIÇÕES PÕE EM RISCO O PROJETO SPED” – ARTIGO Ao contrário do que muitos imaginam, o SPED não completou apenas 5 anos. Esta crença deriva da leitura do Decreto Presidencial 6.022, publicado em janeiro de 2007, que instituiu formalmente o Sistema Público de Escrituração Digital. O texto pode ser considerado um ato político que mostra à sociedade que este sistema digital é de interesse nacional e não apenas das autoridades tributárias. Portanto, pouco acrescenta, do ponto de vista jurídico e técnico aos diversos projetos do SPED que já estavam em funcionamento naquela data. A Nota Fiscal eletrônica (NF-e) foi criada em outubro de 2005 pelo Ajuste SINIEF 07. Na prática, a NF-e surgiu a partir de uma alteração no Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais (SINIEF), definido por um Convênio de 1970, assinado pelo Ministério da Fazenda e autoridades fiscais estaduais. O SINIEF representou um marco na história tributária de nosso país e foi incorporando às legislações tributárias das unidades federadas. Dentre os objetivos do sistema destacam-se: - a racionalização e a integração de controles e de fiscalização; - a implantação de um sistema básico e homogêneo de informações levará ao conhecimento, mais rápido e preciso, das estatísticas indispensáveis à formulação de políticas econômico-fiscais dos diversos níveis de governo; - a coleta, elaboração e distribuição de dados básicos, essenciais à implantação de uma política tributária realista; - unificação dos livros e documentos fiscais a serem utilizados pelos contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados e do Imposto de Circulação de Mercadorias; - a simplificação e a harmonização de exigências legais poderão reduzir despesas decorrentes de obrigações tributárias acessórias, com reflexos favoráveis no custo da comercialização das mercadorias. Note que qualquer semelhança não é mera coincidência com relação aos objetivos do SPED. Mais adiante, em dezembro de 2006, o Convênio ICMS 143 instituiu a Escrituração Fiscal Digital - EFD. Entretanto, em abril de 2009, as autoridades entenderam que não seria necessário um novo Convênio e que a EFD nada mais era que uma adequação dos livros fiscais à realidade do terceiro milênio. Assim, revogaram tacitamente o Convênio 143 e publicaram um novo Ajuste SINIEF, de número 2, em abril de 2009.

Tributo

RET

PMCMV

Cofins

2,57%

0,44%

PIS-Pasep

0,56%

0,09%

IRPJ

1,89%

0,31%

CSL

0,98%

0,16%

Total

6%

1%

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O terceiro projeto inicial do SPED, a Escrituração Contábil Digital, foi instituído pela Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007. Assim, dois dos principais projetos do SPED (NF-e e EFD-ICMS/IPI) têm sua fundamentação em um Convênio de 1970 e já funcionavam quando da publicação do Decreto 6.022. Ademais, a sigla SPED já era utilizada oficialmente pelas próprias autoridades fiscais. Mesmo com adiamentos e problemas (naturais a qualquer inovação) pode-se afirmar que estes três projetos foram bem-sucedidos. A NF-e, criada em 2005, iniciou o cronograma de obrigatoriedade em 2008. Ao final deste ano, haviam 2.500 empresas emitido o documento eletrônico; 15 mil em 2009 e 450 mil em 2010. Hoje há 770 mil, com praticamente todo setor industrial e atacadista utilizando documentos digitais. O processo ainda não chegou ao fim. Os Estados estão fechando o ciclo da obrigatoriedade de emissão de NF-e, colocando um fim nas notas em papel. Amazonas, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte já adotaram este posicionamento. Enfim, um cronograma de 7 anos ainda não terminou. A EFD-ICMS/IPI, criada em 2006, iniciou o cronograma de obrigatoriedade em 2009, com 30 mil empresas. As autoridades estaduais têm o período de 2010 a 2014 para incluir todos os contribuintes de ICMS e/ou IPI na EFD. A maioria das Unidades Federadas deixará os optantes pelo Simples Nacional fora deste projeto. Pelo menos até 2014. Ou seja, o cronograma de 9 anos para incluir cerca de 1,5 milhão de empresas. O SPED Contábil, criado em 2007, teve um cronograma de 4 anos para incluir cerca de 150 mil empresas nesta escrituração digital. E a EFD-Contribuições? Originalmente denominada EFD-PIS/COFINS, ela foi criada pela Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de julho de 2010. Alterada três vezes, duas delas por causa de adiamentos dos prazos, em março deste ano ela foi revogada pela Instrução Normativa 1.252, que substituiu a EFD-PIS/COFINS, pela a EFD-Contribuições. A nova norma manteve os prazos da anterior, exceto para bancos, seguradoras e planos de saúde, entre outros, que obtiveram um aumento em seis meses (para janeiro de 2013) do prazo de entrega desta obrigação. As 150 mil pessoas jurídicas sujeitas à tributação com base no Lucro Real iniciaram a obrigatoriedade com relação aos fatos geradores de janeiro de 2012, com entrega em março. Já as 1,3 milhão tributadas pelo Lucro Presumido terão início com relação aos fatos geradores de julho, com entrega em setembro. A RFB quer incluir quase 1,5 milhão de contribuintes em um projeto de 3 anos. Mas o Brasil não é um país homogêneo em termos de infraestrutura tecnológica, humana e gerencial. Há diferenças significativas no nível de maturidade e preparo dos empreendedores distribuídos por nosso país. Ademais, a legislação das contribuições é confusa, complexa e instável. Uma coletânea disponibilizada pela própria RFB, atualizada até julho de 2010, contém nada menos que 60 leis, três medidas provisórias, 60 decretos presidenciais, 4 portarias, 60 instruções normativas da RFB e 38 atos declaratórios. Já em 2011 foram publicados mais de 500 atos normativos sobre COFINS. Em 2012, pelo menos até agora, foram 43. Certamente o número é bem maior que este, pois até a autoridade fiscal já desistiu de atualizar o documento. Há ainda uma quantidade incalculável de soluções de consulta, soluções de divergência e disputas judiciais sobre o tema. Portanto, incluir as empresas tributadas pelo Lucro Real em 3 anos já é uma meta arrojada. Querer incluir as 1,3 milhão do Lucro Presumido, neste prazo, sem considerar a capacidade de investimento e as peculiaridades regionais é colocar em risco um projeto por demais importante para nossa Nação. Uma medida sensata e inteligente seria estabelecer um cronograma distribuído pelos próximos 4 anos, incluindo em oito etapas semestrais as empresas conforme seu faturamento. Isto seria suficiente para empreendedores e organizações contábeis enfrentarem este inevitável "choque de gestão".

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"Um bom começo é a metade". A frase de Aristóteles aplica-se bem à situação atual do SPED. Espero que as autoridades compreendam a importância desta decisão, impedindo que o que começou bem, termine mal. FONTE: FISCOSoft – ROBERTO DIAS DUARTE - 09/04/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL EXPEDIENTE: SUSPENSO NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS NO DIA 30 DE ABRIL DE 2012 – DEC. EST. SP Nº 57.965, DE 12/04/2012 Suspende o expediente nas repartições públicas estaduais no dia 30 de abril de 2012 e dá providências correlatas. GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Considerando que a suspensão do expediente nas repartições públicas estaduais no próximo dia 30 de abril se revela conveniente à Administração Estadual e ao servidor público; Considerando que o fechamento das repartições públicas estaduais deverá ocorrer sem redução das horas de trabalho semanal a que os servidores públicos estaduais estão obrigados nos termos da legislação vigente, Decreta: Art. 1º Fica suspenso o expediente nas repartições públicas estaduais no dia 30 de abril de 2012. Art. 2º Em decorrência do disposto no artigo 1º deste decreto, os servidores deverão compensar as horas não trabalhadas, à razão de 1 (uma) hora diária, a partir do dia 16 de abril de 2012, observada a jornada de trabalho a que estiverem sujeitos. § 1º Caberá ao superior hierárquico determinar, em relação a cada servidor, a compensação a ser feita de acordo com o interesse e a peculiaridade do serviço. § 2º A não compensação das horas de trabalho acarretará os descontos pertinentes ou, se for o caso, falta ao serviço no dia sujeito à compensação. Art. 3º As repartições públicas que prestam serviços essenciais e de interesse público, que tenham o funcionamento ininterrupto, terão expediente normal no dia mencionado no artigo 1º deste decreto. Art. 4º Caberá às autoridades competentes de cada Secretaria de Estado e da Procuradoria Geral do Estado fiscalizar o cumprimento das disposições deste decreto. Art. 5º Os dirigentes das Autarquias Estaduais e das Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público poderão adequar o disposto neste decreto às entidades que dirigem. Art. 6º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação FONTE: Diário Oficial do Estado – 13.04.2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________ ICMS: ALTERAÇÕES NO REGULAMENTO – DEC. EST. SP Nº 57.963, DE 11/04/2012 Introduz alteração no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

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GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 112 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Fica acrescentado o artigo 60 ao Anexo II do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, com a seguinte redação: "Artigo 60. (PAPEL CUTSIZE) - Fica reduzida a base de cálculo do imposto incidente na saída interna de papel, do tipo utilizado para escrita, impressão ou outros fins gráficos, em folhas, de peso igual ou superior a 40g/m2 mas não superior a 150g/m2, nas quais um lado não seja superior a 435 mm e o outro a 297 mm, quando não dobradas, classificado na subposição 4802.56 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, excluídos os papéis para impressão de papel-moeda, de forma que a carga tributária corresponda a 12% (doze por cento). § 1º Não se exigirá o estorno proporcional do crédito do imposto relativo às mercadorias beneficiadas com a redução de base de cálculo prevista neste artigo. § 2º Este benefício vigorará no período de 1º de abril de 2012 a 31 de março de 2013." (NR). Art. 2º As entidades representativas do setor beneficiado com a redução da base de cálculo do imposto prevista no artigo 60 do Anexo II do Regulamento do ICMS deverão apresentar à Secretaria da Fazenda Termo contendo compromisso de: I - orientar todos os associados no sentido de que o valor correspondente à redução do imposto seja repassado integralmente aos preços; II - ao final dos doze meses de vigência do benefício previsto no artigo 60 do Anexo II do Regulamento do ICMS, haver incremento de arrecadação de ICMS gerado pelas operações com o produto beneficiado, conforme meta estabelecida junto à Secretaria da Fazenda. Parágrafo único. A prorrogação do prazo de vigência do benefício referido no artigo 60 do Anexo II do Regulamento do ICMS fica condicionada ao cumprimento dos compromissos mencionados no "caput" deste artigo e à prévia apresentação de novo Termo de Compromisso pelas entidades representativas do setor. Art. 3º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. FONTE: Diário Oficial do Estado - 12/04/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – REGIME ESPECIAL – DEC. EST. SP Nº 57.961, DE 10/04/2012 Altera o Decreto 51.624, de 28 de fevereiro de 2007, e autoriza a concessão de regime especial para contribuintes do ICMS nas hipóteses que especifica. GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 112 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Ficam incluídos os seguintes dispositivos ao artigo 1º do Decreto 51.624, de 28 de fevereiro de 2007: I - os incisos XXIV a XXVIII: "XXIV - aparelhos transmissores digitais para televisão - 8525.50.29;" (NR); "XXV - transceptores táticos e estratégicos de radiocomunicação militares - 8517.69.00;" (NR); "XXVI - aparelhos receptores digitais para radiomonitoragem - 8517.69.00;" (NR); "XXVII - aparelhos testadores e medidores de radiofreqüência em equipamentos de radiocomunicação celular, com microprocessador incorporado, para testes de calibração de módulos de comunicação GSM/GPRS/EDGE/UMTS/HSDPA nas freqüências de 850/900/1.800/1.900MHz - 9030.40.90;" (NR); "XXVIII - analisadores de espectro de freqüência - 9030.89.20." (NR);

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II - o § 4º: "§ 4º Relativamente aos incisos XXIV a XXVIII, o crédito previsto no "caput" fica condicionado a que a empresa e os produtos estejam abrangidos pelo artigo 4º da Lei Federal 8.248, de 23 de outubro de 1991, na redação vigente em 13 de dezembro de 2000, e pela redação dada a esse artigo pela Lei 10.176, de 11 de janeiro de 2001." (NR). Art. 2º Excepcionalmente, a Secretaria da Fazenda poderá conceder regime especial para permitir que a empresa que não esteja habilitada ao incentivo previsto no artigo 4º da Lei Federal 8.248, de 23 de outubro de 1991, na redação vigente em 13 de dezembro de 2000, e pela redação dada a esse artigo pela Lei 10.176, de 11 de janeiro de 2001, possa usufruir, mediante a apresentação de comprovante de protocolo de requerimento de habilitação, expedido pelos Ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia: I - do crédito previsto aos incisos XXIV a XXVIII do artigo 1º do Decreto 51.624, de 28 de fevereiro de 2007; II - da suspensão prevista no artigo 396-A do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000; III - da redução da base de cálculo prevista no artigo 26 do Anexo II do Regulamento do ICMS; IV - da suspensão e do diferimento previstos no artigo 11 do Decreto 54.904, de 13 de outubro de 2009. § 1º A fruição da disciplina prevista no regime especial indicado no "caput" será concedida sob a condição resolutiva de ser obtida a habilitação requerida, mediante a expedição da competente portaria interministerial. § 2º Sobrevindo indeferimento do requerimento, que não comporte recurso administrativo, a empresa deverá efetuar o recolhimento do imposto devido em razão das operações beneficiadas cuja condição resolutiva não se implementou, com os acréscimos legais. Art. 3º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. FONTE: Diário Oficial do Estado – 11.04.2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________ ICMS: ALTERAÇÕES NO REGULAMENTO – DEC. EST. SP Nº 57.971, DE 12/04/2012 Introduz alteração no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS e dá outras providências. GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 8º, XXIV, e § 10, 2 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passam a vigorar com a redação que se segue, os seguintes dispositivos do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000: I - o artigo 411: "Artigo 411. O lançamento do imposto incidente nas sucessivas operações com petróleo bruto, desde a importação ou extração, poderá ser diferido para o momento em que ocorrer a saída dos produtos dele derivados, desde que o contribuinte que realize tais operações seja credenciado perante a Secretaria da Fazenda conforme disciplina por ela estabelecida. § 1º O credenciamento referido no "caput" poderá ser concedido de ofício, a titulo precário, para determinado contribuinte, considerando-se a conveniência e oportunidade, sem prejuízo do cumprimento da disciplina estabelecida para o caso.

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§ 2º A condição de contribuinte credenciado deverá constar do campo "observações" da Nota Fiscal, nos seguintes termos: "ICMS diferido conforme disposto no artigo 411 do RICMS/00 - Credenciado - Processo ..." (NR). II - o artigo 411-A: "Artigo 411-A. O lançamento do imposto incidente na saída interna de óleo lubrificante básico decorrente do re-refino do óleo lubrificante usado ou contaminado, processado de acordo com a legislação em vigor por empresas devidamente autorizadas pelo órgão federal competente, quando destinado a fabricante de óleo lubrificante para utilização exclusiva como matéria-prima na sua produção, fica diferido para o momento em que ocorrer a saída do produto resultante." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir do 5º dia após a data da publicação. FONTE: Diário Oficial do Estado - 13/04/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: CENTRALIZAÇÃO DE APURAÇÃO E RECOLHIMENTO DO IMPOSTO - PROCEDIMENTO 1. Introdução Neste trabalho, comentaremos acerca do tratamento fiscal a ser observado pelo contribuinte paulista que optar pela centralização de apuração e recolhimento do ICMS, com fundamento nos arts. 96 a 102 do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, e na disciplina estabelecida na Portaria CAT nº 115/08. 2. Centralização de Saldos Credores e Devedores Os saldos devedores e credores resultantes da apuração mensal realizada pelo contribuinte, na forma prevista no art. 87 do RICMS-SP, em cada um dos estabelecimentos do mesmo titular localizados em território paulista, poderão ser compensados centralizadamente, sendo o resultado, quando devedor, objeto de recolhimento único (art. 96 do RICMS-SP). Notas Cenofisco: 1ª) O art. 87 do RICMS-SP dispõe sobre o Regime Periódico de Apuração (RPA). 2ª) Observar que o art. 96 do RICMS-SP também faz referência ao art. 88 do RICMS-SP, que trata do “Regime de Estimativa”, no entanto esse regime deixou de ser aplicado desde 01/01/2001, tendo em vista a cessação de seus efeitos por determinação do Fisco, conforme esclarece o Comunicado CAT nº 116/00. 2.1. Requisitos a serem observados para a centralização Para fins de compensação, os saldos credores ou devedores serão transferidos, total ou parcialmente, para o estabelecimento centralizador, eleito segundo o regime de apuração do imposto, pelo titular, entre aqueles que estiverem sujeitos ao menor prazo para pagamento do imposto. A compensação somente se fará entre estabelecimentos enquadrados no mesmo regime de apuração do imposto, observando-se que todos os estabelecimentos pertencentes a uma mesma empresa, situados no Estado de São Paulo, deverão ser incluídos na centralização elegendo-se, dentre eles, um como centralizador. Na hipótese de haver mais de um estabelecimento com o mesmo prazo para recolhimento do imposto dentre aqueles com prazo menor, fica a critério do contribuinte eleger qual deles será o centralizador. 2.2. Limites de transferência dos saldos A adoção da forma centralizada de apuração e recolhimento do imposto implica na observância dos seguintes critérios em relação aos saldos transferidos (§ 3º do art. 97 do RICMS-SP): a) se o saldo for devedor, a transferência deverá ser total;

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b) se o saldo for credor, a transferência não poderá exceder o montante a ser absorvido pelo estabelecimento centralizador no mesmo período de apuração, haja vista que nos termos do parágrafo único do art. 99 do RICMS-SP é vedado ao estabelecimento centralizador apurar saldo credor em razão dessas transferências. 3. Estabelecimento Centralizado - Transferência de Saldos Devedor ou Credor Para a transferência total ou parcial dos saldos apurados, sejam eles devedores ou credores, cada um dos estabelecimentos centralizados deverá emitir nota fiscal que, além dos demais requisitos, conterá (art. 98 do RICMS-SP e art. 2º da Portaria CAT nº 115/08): a) a natureza da operação: “Transferência de Saldo (Devedor/Credor) - Art. 98 do RICMS-SP”; b) o CFOP 5.605, no caso de transferência de saldo devedor, ou o CFOP 5.602, no caso de transferência de saldo credor; c) como destinatário, o estabelecimento centralizador, com seus dados identificativos; d) no campo “Informações Complementares”, a expressão: Transferência do Saldo (Devedor/Credor) - Apuração do Mês de ......................../....(indicar o mês/ano relativo ao período de apuração); e) o valor do saldo transferido, em algarismos e por extenso. Referida nota fiscal deverá ser emitida até o dia 9 do mês subsequente ao da apuração, exceção feita aos contribuintes enquadrados no Código de Prazo de Recolhimento (CPR) 1031, os quais deverão emitir a referida nota fiscal até o 3º dia útil do mês subsequente ao da apuração (parágrafo único do art. 2º da Portaria CAT nº 115/08). 3.1. Nota fiscal emitida pelo estabelecimento centralizado - Exemplo Tomemos como exemplo a nota fiscal, demonstrada a seguir, relativa à transferência de saldo devedor de um estabelecimento centralizado para aquele eleito como centralizador: Veja o modelo (Nota Fiscal) Nota Cenofisco: Para efeito de geração e validação da NF-e demonstrada anteriormente, os campos devem ser preenchidos com zero, exceto o campo “Valor do ICMS”, que deverá constar o valor do imposto a ser transferido. 3.2. Escrituração fiscal - Estabelecimento centralizado O DANFE relativo à NF-e nº 000.000.001, de 02/04/2012, demonstrado no subitem 3.1, será escriturado no Livro Registro de Saídas do emitente (estabelecimento centralizado), com a utilização, apenas, das colunas “Documento Fiscal” e “Observações”, anotando-se nesta a expressão: “Transferência de Saldo (Devedor/Credor) - Art. 98 do RICMS-SP”, conforme exemplificado a seguir:

LIVRO REGISTRO DE SAÍDAS

Documento Fiscal ICMS - VALORES FISCAIS IPI - VALORES FISCAIS

VALOR CONTÁBIL

COM DÉBITO SEM DÉBITO COM DÉBITO

SEM DÉBITO Espécie Número

CFOP VL CONT

BC ALÍQ ICMS ISEN / NT

OUTR BC IPI ISEN OUTR

OBSERV

NF 000000001 5.605 - - - - - - - - - -

Transferência de saldo devedor -

art. 98 do RICMS-SP

No mesmo mês de referência da apuração do imposto, o emitente (estabelecimento centralizado) da nota fiscal de transferência deverá lançar no Livro Registro de Apuração do ICMS o valor transferido no quadro: a) “Crédito do Imposto (item 007) - Outros Créditos”, quando se tratar de saldo devedor apurado, com a expressão “Transferência de Saldo - Art. 98 do RICMS-SP”; ou

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b) “Débito do Imposto (item 002) - Outros Débitos”, quando se tratar de saldo credor apurado, com a expressão “Transferência de Saldo - Art. 98 do RICMS-SP”. Considerando que o estabelecimento centralizado, em determinado período de apuração, tenha apurado saldo devedor de R$ 2.500,00, conforme se observa na nota fiscal nº 000000001, de 02/04/2012, exemplificada no subitem 3.1, demonstraremos a seguir, hipoteticamente, a escrituração fiscal deste no Livro Registro de Apuração do ICMS: LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS - MODELO 9

DÉBITO DO IMPOSTO

001 - POR SAÍDAS COM DÉBITO DO IMPOSTO 2 500 00

002 - OUTROS DÉBITOS

003 - ESTORNOS DE CRÉDITOS

005 - TOTAIS

CRÉDITO DO IMPOSTO

006 - POR ENTRADAS COM CRÉDITO DO IMPOSTO

007 - OUTROS CREDITOS

Transferência de saldo devedor - art. 98 do RICMS-SP 2.500 00

008 - ESTORNOS DE DÉBITOS

010 - SUBTOTAL

011 - SALDO CREDOR DO PERÍODO ANTERIOR

012 - TOTAL 0,00

4. Estabelecimento Centralizador - Recebimento de Saldos Devedor ou Credor O estabelecimento centralizador deverá lançar o valor recebido em transferência, por meio da nota fiscal emitida pelo estabelecimento centralizado, diretamente no Livro Registro de Apuração do ICMS, no mesmo período de apuração do imposto, no quadro (art. 99 do RICMS-SP e art. 3º da Portaria CAT nº 115/08): a) “Débito do Imposto (item 002) - Outros Débitos” quando se tratar de recebimento de nota fiscal de transferência de saldo devedor, com a indicação do número e da data de emissão do documento fiscal e do número de inscrição estadual do emitente; ou b) “Crédito do Imposto (item 007) - Outros Créditos”, quando se tratar de recebimento de nota fiscal de transferência de saldo credor, com a indicação do número e da data de emissão do documento fiscal e do número de inscrição estadual do emitente. Na hipótese de o contribuinte possuir mais de 20 estabelecimentos centralizados, referido lançamento poderá ser feito englobadamente, em uma única linha, desde que o estabelecimento centralizador mantenha à disposição do Fisco relação mensal discriminando o número da inscrição estadual, o número da nota fiscal e o valor recebido em transferência, de cada um de seus estabelecimentos (parágrafo único do art. 3º da Portaria CAT nº 115/08).

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4.1. Escrituração fiscal - Estabelecimento centralizador Considerando a sequência do exemplo simulado no subitem 3.2 e que o estabelecimento centralizador também tenha apurado saldo devedor correspondente a R$ 2.000,00, vamos observar como ficará sua escrituração fiscal relativa ao saldo devedor recebido em transferência: LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS - MODELO 9

DÉBITO DO IMPOSTO

001 - POR SAÍDAS COM DÉBITO DO IMPOSTO 2 000 00

002 - OUTROS DÉBITOS

Nota fiscal nº 000000001, de 02/04/2012, Inscrição Estadual ............... (Saldo devedor recebido em transferência - art. 98 do RICMS-SP) 2 500 00

003 - ESTORNOS DE CRÉDITOS

005 - TOTAIS

CRÉDITO DO IMPOSTO

006 - POR ENTRADAS COM CRÉDITO DO IMPOSTO

007 - OUTROS CREDITOS

008 - ESTORNOS DE DÉBITOS

010 - SUBTOTAL

011 - SALDO CREDOR DO PERÍODO ANTERIOR

012 - TOTAL 4.500,00

5. Saldo Credor - Impossibilidade de Apuração em Razão de Centralização É vedado ao estabelecimento centralizador apurar saldo credor em razão de recebimento de valores em transferência dos estabelecimentos centralizados (art. 99, parágrafo único, do RICMS-SP). Isso equivale a dizer que, quando o saldo transferido for credor, a transferência não poderá exceder ao montante do débito a ser pago pelo estabelecimento centralizador. A geração, apropriação e utilização de crédito acumulado, previstas nos arts. 72 e seguintes do RICMS-SP, somente poderão ser efetuadas no âmbito de cada estabelecimento gerador (art. 100 do RICMS-SP). 6. Inaplicabilidade da Centralização As disposições relativas à centralização da apuração e do recolhimento do ICMS não se aplicam (art. 101 do RICMS-SP): a) ao valor do imposto devido na condição de sujeito passivo por substituição tributária com retenção antecipada do imposto; b) à operação ou prestação, relativamente a qual a legislação exija recolhimento do imposto em separado;

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c) aos saldos devedores e credores resultantes da atividade de revenda de combustíveis e demais derivados de petróleo, conforme definido na legislação federal, com os saldos devedores e credores de outro estabelecimento do mesmo titular que exerça atividade diversa. 7. Opção pelo Regime A opção pela centralização da apuração e do recolhimento do ICMS e a renúncia a ela serão efetuadas por meio de termo lavrado no Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências de cada estabelecimento abrangido, que produzirá efeitos a partir do primeiro dia do (art. 102 do RICMS-SP): a) mês subsequente em relação à primeira opção; b) terceiro mês subsequente ao de sua renúncia, bem como ao da segunda opção em diante; c) ano subsequente, na alteração do estabelecimento centralizador, devendo o termo ser lavrado até o último dia do mês de novembro de cada ano. 7.1. Lavratura do termo de ocorrência e comunicação ao Fisco Os termos de opção e de renúncia de que tratam o item 7 conterão (§ 1º do art. 102 do RICMS-SP): a) os dados identificativos do estabelecimento centralizador, quando lavrado pelos demais estabelecimentos; b) os dados identificativos dos demais estabelecimentos, quando lavrado pelo estabelecimento centralizador. Além do termo de opção ou renúncia lavrado no Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, cada estabelecimento deverá informar a opção, renúncia ou alteração do estabelecimento centralizador ao Posto Fiscal a que estiver vinculado (§ 3º do art. 102 do RICMS-SP). 7.2. Inclusão de novo estabelecimento na centralização A inclusão de novo estabelecimento na sistemática de centralização da apuração do ICMS será feita mediante lavratura do termo no seu Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, observando-se a condição de menor prazo de recolhimento do imposto para fins de determinação de estabelecimento centralizador (§ 2º do art. 102 do RICMS-SP). 8. GIA-ICMS Os valores relativos à transferência dos saldos credores ou devedores serão informados na Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA), utilizando-se, conforme o caso, um dos seguintes códigos da Ficha de Apuração do ICMS (art. 4º da Portaria CAT nº 115/08): a) no quadro “Débito do Imposto”: a.1) 002.18 - Transferência de saldo credor para estabelecimento centralizador; a.2) 002.19 - Recebimento de saldo devedor em estabelecimento centralizador; b) no quadro “Crédito do Imposto”: b.1) 007.29 - Transferência de saldo devedor para estabelecimento centralizador; b.2) 007.30 - Recebimento de saldo credor em estabelecimento centralizador. FONTE: CENOFISCO - 16/04/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

DOCUMENTOS FISCAIS: EMISSÃO – ESCRITURAÇÃO DE LIVROS FISCAIS – CONTRIBUINTE USUÁRIO DE SISTEMA ELETRÔNICO DE PROCESSAMENTO – PORTARIA CAT Nº 39, DE 30/03/2012 Altera a Portaria CAT-32/1996, de 28.03.1996, que dispõe sobre a emissão de documentos fiscais e a escrituração de livros fiscais por contribuinte usuário de sistema eletrônico de processamento de dados.

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O Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista o disposto no artigo 250 do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, e no Convênio ICMS- 117/2011 , de 16 de dezembro de 2011, expede a seguinte Portaria: Art. 1º Passam a vigorar com a redação que se segue os dispositivos adiante indicados do Anexo I - Manual de Orientação da Portaria CAT- 32/1996 , de 28 de março de 1996: I - o subitem 20A.1.7: "20A.1.7 - Tabela para preenchimento do campo 09: Tabela de Código da identificação do tipo de receita Código Descrição do código de identificação do tipo de receita

1 Receita própria

2 Receita de terceiros

3 Ressarcimento - utilizar este código somente nas hipóteses de estorno de débito do imposto, em que as correspondentes deduções do valor do serviço, da base de cálculo e do respectivo imposto, são lançados no documento fiscal com sinal negativo nos termos do Convênio ICMS 126/1998

" (NR); II - o subitem 20B.1.6: "20B.1.6 - Tabela para preenchimento do campo 08: Tabela de Código da identificação do tipo de receita Código Descrição do código de identificação do tipo de receita

1 Receita própria

2 Receita de terceiros

3 Ressarcimento - utilizar este código somente nas hipóteses de estorno de débito do imposto, em que as correspondentes deduções do valor do serviço, da base de cálculo e do respectivo imposto, são lançados no documento fiscal com sinal negativo nos termos do Convênio ICMS 126/1998

" (NR). Art. 2º Ficam acrescentados os dispositivos adiante indicados ao Anexo I - Manual de Orientação da Portaria CAT- 32/1996 , de 28 de março de 1996, com a seguinte redação: I - o subitem 19.1.5A: "19.1.5A - CAMPO 07 - Valem as observações do subitem 18.1.6;" (NR); II - o subitem 20A.1.10: "20A.1.10 - Em se tratando de estorno de débito do imposto, em que as correspondentes deduções do valor do serviço, da base de cálculo e do respectivo imposto são lançados no documento fiscal com sinal negativo nos termos do Convênio ICMS 126/1998 , os valores nos campos monetários (12, 13 e 14) deverão ser preenchidos sem o sinal negativo, devendo ser lançado no campo 9 (tipo de receita), o valor "3", referente a ressarcimento;" (NR); III - o subitem 20B.1.8: "20B.1.8 - Em se tratando de estorno de débito do imposto, em que as correspondentes deduções do valor do serviço, da base de cálculo e do respectivo imposto são lançados no documento fiscal com sinal negativo nos termos do Convênio ICMS 126/1998 , os valores nos campos monetários (12, 14 e 15) deverão ser preenchidos sem o sinal negativo, devendo ser lançado no campo 8 (tipo de receita), o valor "3", referente a ressarcimento;" (NR). Art. 3º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos desde 1º de fevereiro de 2012. FONTE: Diário Oficial – 31/03/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

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EXPEDIENTE: SUSPENSO NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS NO DIA 30 DE ABRIL DE 2012 – DEC. MUN. SÃO PAULO/SP Nº 53.084, DE 12/04/2012 Suspende o expediente nas repartições municipais no dia 30 de abril de 2012 e determina a compensação das horas não trabalhadas, na forma que especifica. GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, DECRETA : Art. 1º Fica suspenso o expediente na Administração Pública Municipal Direta, Autárquica e Fundacional no dia 30 de abril de 2012. Art. 2º Em decorrência do disposto no artigo 1º deste decreto, deverão os servidores compensar as horas não trabalhadas, na proporção de 1 (uma) hora/dia, a partir do dia 18 de abril de 2012, sem prejuízo do cumprimento da jornada de trabalho a que estiverem sujeitos. § 1º. A compensação, a critério da chefia imediata, deverá ser feita no início ou final do expediente. § 2º. Os servidores que se encontrarem afastados no período da compensação deverão efetivá-la a partir da data em que reassumirem suas funções. § 3º. A não compensação, total ou parcial, das horas de trabalho acarretará os descontos pertinentes e, se total, também o apontamento de falta ao serviço no dia 30 de abril de 2012. Art. 3º Excetuam-se do disposto no artigo 1º deste decreto as unidades cujas atividades não possam sofrer solução de continuidade, as quais deverão funcionar normalmente no dia 30 de abril de 2012. Parágrafo único. Nas demais unidades, a critério dos respectivos titulares, poderá ser instituído plantão nos casos julgados necessários. Art. 4º Caberá às autoridades competentes de cada órgão fiscalizar o cumprimento das disposições deste decreto, vedada a concessão de abono no dia 30 de abril de 2012. Art. 5º As demais entidades da Administração Indireta poderão dispor internamente, a seu critério, sobre a matéria de que trata este decreto. Art. 6º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação. FONTE: Diário Oficial do Município - 13/04/2012.

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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

TRABALHO NOTURNO: ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS – ROTEIRO Introdução A jornada de trabalho realizada em horário noturno exige maior esforço do organismo, por ser desenvolvida em período normalmente destinado ao repouso do trabalhador. Diante disso, foram disciplinadas regras especiais de proteção ao trabalho noturno, conforme é demonstrado neste Roteiro. I - Jornada de trabalho A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, desde que não seja fixado expressamente outro limite inferior em lei.

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Todavia, é facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Fundamentação: art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal; arts. 58 e 73 da CLT. I.1 - Empregados urbanos Trabalho noturno, para os empregados urbanos, é aquele executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. Fundamentação: art. 73, § 2º, da CLT. I.2 - Empregados rurais Nas atividades rurais, considera-se trabalho noturno: a) na lavoura - o executado entre as 21 (vinte e uma) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte; b) na pecuária - o executado entre as 20 (vinte horas) de um dia e as 4 (quatro) horas do dia seguinte. Fundamentação: art. 7º da Lei nº 5.889/1973. I.3 - Hora noturna Em relação ao trabalhador urbano, a hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Isto significa dizer que, para as atividades urbanas, 1 (uma) hora noturna sofre redução de 7 minutos e 30 (trinta) segundos. Assim, 1 (uma) hora trabalhada em período noturno equivale a 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. A conversão do trabalho diurno para noturno pode ser realizada mediante a seguinte fórmula: 52,5 min - 1 60 min - X 52,5 X = 60 x 1 X = 60 / 52,5 X = 1,1428571 Segue exemplo: Jornada de 8 (oito) horas diurnas corresponde a 7 horas de efetivo trabalho noturno: 8 horas diurnas / 1,1428571 = 7 horas noturnas Em relação à atividade rural a hora noturna tem duração de 60 (sessenta) minutos, não sofrendo, por consequência, qualquer redução temporal. Fundamentação: art. 73, § 1º, da CLT; art. 7º da Lei nº 5.889/1973. II - Adicional noturno Aos empregados urbanos assegura-se a remuneração com acréscimo de 20% (vinte por cento), no mínimo, sobre a hora diurna. Desse modo, a cada período de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos, o empregado urbano fará jus o adicional de 20% (vinte por cento) sobre o valor do salário-hora diurno. Tratando-se de trabalhador rural, o adicional corresponde a 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal da hora diurna. Fundamentação: art. 7º, inciso IX, da Constituição Federal; art. 73, "caput", da CLT; art. 7º, parágrafo único, da Lei nº 5.889/1973. II.1 - Vantagem suplementar De acordo com entendimento do Superior Tribunal Federal (STF) a redução da hora noturna constitui vantagem suplementar, que não dispensa o salário adicional: Desse modo, a redução do tempo da hora noturna não desobriga o empregador ao pagamento do adicional noturno. Segue exemplo: Empregado recebe R$ 20,00 (vinte reais) por cada hora de trabalho realizado em período diurno. Se trabalhar em período noturno: - deverá receber idêntico valor (R$ 20,00) para trabalhar 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos no período noturno (1 hora noturna);

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- terá 7 (sete) minutos e 30 (trinta) segundos de redução em relação à hora normal; - receberá o adicional noturno de 20% (vinte por cento), no mínimo, sobre R$ 20,00 (vinte reais), que será de R$ 4,00 (quatro reais). Fundamentação: Súmula nº 214 do STF. III - Turnos ininterruptos de revezamento O trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento terá jornada de 6 (seis) horas, salvo negociação coletiva. Tratando-se de turno ininterrupto de revezamento, cujo trabalho seja realizado em período noturno deverão ser observadas as seguintes regras: a) a hora noturna será reduzida para 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 segundos; b) jornada de trabalho será de 6 horas, salvo negociação coletiva. Fundamentação: art. 7º, inciso XIV, da Constituição Federal de 1988; art. 73, § 1º, da CLT. III.1 - Revezamento semanal ou quinzenal A Consolidação das Leis do Trabalho dispõe que: Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (...)" Quando da sua elaboração, o "caput" do artigo 73 da CLT encontrava-se de acordo com o art. 137, letra "j", da Constituição de 1937, o qual determinava remuneração adicional do trabalho noturno em relação ao diurno, salvo no caso de revezamento. Posteriormente a Constituição de 1946 estabeleceu: Art. 157 - A Constituição assegura aos trabalhadores os seguintes direitos, além de outros que, nos termos da lei, visem melhoria de sua condição social: (...) III - salário de trabalho noturno superior ao diurno; (...) Na ocasião, o referido dispositivo constitucional não fez qualquer restrição ao direito do adicional noturno. Assim, entende-se que a regra prevista na CLT, em relação à não concessão do adicional noturno aos empregados que trabalham em regime de revezamento, perdeu sua eficácia a partir da Constituição de 1946. Diante do exposto, entende-se que referida regra, contida no artigo 73 da CLT, encontra-se derrogada. Por fim, a garantia do salário de trabalho noturno superior ao diurno foi mantida no art. 165, inciso IV, da Constituição 1967 (Emenda Constitucional 1/1969) e atualmente está prevista no artigo 7º, inciso IX, da Constituição Federal de 1988. Diante disso, o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da Súmula nº 213, declarou: É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento. Fundamentação: art. 137, letra "j", da Constituição Federal de 1937; art. 165, inciso IV, da Constituição de 1967; art. 7º, inciso IX da Constituição Federal de 1988; art. 73, "caput", da CLT. III.2 - Banco de horas Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de 1 (um) ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 (dez) horas diárias. O banco de horas é um tipo especial de acordo de compensação de jornada de trabalho, com regras peculiares. Assim, para que a empresa possa implanta-lo é imprescindível atender aos requisitos previstos no tópico, sob pena de autuação por parte da fiscalização do Ministério do Trabalho (MTE) e/ou eventuais demandas judiciais.

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As compensações de horas que recaírem no período noturno não geram a obrigação de pagamento do adicional noturno, salvo previsão mais benéfica em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Fundamentação: art. 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal; "caput" e § 2º art. 59 da CLT. III.3 - Acordo de prorrogação de horas A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. Às prorrogações do trabalho noturno aplicam-se as regras contidas no art. 73 da CLT, de que trata este Roteiro. Fundamentação: art. 73 da CLT; Súmula nº 60 do TST. IV - Trabalho do menor O trabalho em horário noturno é proibido aos menores de 18 (dezoito) anos, no âmbito urbano e rural. Neste sentido, prevê a Constituição Federal: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (...) Fundamentação: art. 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal; art. 404 da CLT; art. 8º da Lei nº 5.889/1973. V - Trabalho da mulher É permitido à mulher o trabalho noturno, salvo se menor de 18 (dezoito) anos de idade. Em atenção aos dispositivos constitucionais, a Lei nº 7.855/1989, revogou expressamente os artigos 379 e 380 da CLT, que tratavam do trabalho noturno da mulher. Assim, a contar de 25.10.1989, data de início de vigência da referida Lei, permite-se o trabalho noturno da mulher nas mesmas condições estabelecidas para o trabalho noturno masculino. Fundamentação: arts. 372 e 404 da CLT; art. 8º da Lei nº 5.889/1973; Lei nº 7.855/1989. VI - Trabalhadores temporários Trabalhador temporário é aquele contratado por empresa de trabalho temporário, para prestação de serviço destinado a atender necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outra empresa. Aos trabalhadores temporários são aplicáveis as normas relativas ao trabalho noturno dos empregados urbanos. Fundamentação: art. 2º e art. 12, alínea "e", da Lei nº 6.019/1974; arts. 16 e 19 do Decreto nº 73.841/1974. VII - Empregados domésticos Considera-se empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas. Aos empregados domésticos não se aplicam as disposições relativas à duração da jornada de trabalho. Desse modo, não fazem jus a percepção de qualquer remuneração adicional pelo trabalho noturno. Fundamentação: art. 1º da Lei nº 5.859/1972. VIII - Advogados Para os advogados, as horas trabalhadas no período das 21 (vinte horas) de um dia até as 5 (cinco) horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de 25% (vinte e cinco por cento). Fundamentação: art. 20, § 3º, da Lei nº 8.906/1994.

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IX - Intervalo para repouso ou alimentação Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. A legislação não determina em que momento da jornada diária de trabalho deve ser concedido o intervalo para repouso ou alimentação. Todavia, atendendo às necessidades biológicas do trabalhador, recomenda-se a sua concessão seja próxima à metade da respectiva jornada. O intervalo para repouso ou alimentação, concedido dentro do horário noturno de trabalho, não sofre qualquer redução temporal, ou seja, se o intervalo é de 1 (uma) hora, por exemplo, este deverá ter duração de 60 (sessenta) minutos. Fundamentação: arts. 71 e 73 da CLT. X - Integração ao salário O adicional noturno, desde que pago com habitualidade, integra o salário para todos os efeitos legais. Este é o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), manifestado por meio da seguinte Súmula: SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974) (...) O adicional noturno será considerado para o cálculo da remuneração de férias, 13º salário, descanso/repouso semanal remunerado (DSR), aviso prévio indenizado etc. Fundamentação: arts. 142 e 487 da CLT; art. 1º da Lei nº 605/1949; art. 1º da Lei nº 4.090/1962; art. 1º do Decreto nº 27.048/1949; art. 1º do Decreto nº 57.155/1965; Súmula nº 60 do TST. XI - Transferência de horário noturno para diurno A alteração contratual só é lícita se: a) houver mútuo consentimento do empregado e trabalhador; b) a alteração não resultar, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado. Mesmo existindo o art. 468 da CLT, que trata das regras mencionadas nas linhas "a" e "b", o TST editou a seguinte Súmula: SUM-265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. Para o Tribunal Superior do Trabalho, a Súmula nº 265 é uma exceção à regra. Fundamentação: art. 468 da CLT; Súmula nº 265 do TST. XII - Trabalho essencialmente noturno Tratando-se de empresas que não mantém, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, o acréscimo do adicional noturno (20%) deve ser feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhadores diurnos de natureza semelhante. O artigo 73 da CLT, em seu "caput", também prevê que em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. Todavia, a jurisprudência majoritária adotou a tese de que a remuneração do trabalho noturno deve ser, em qualquer caso, superior à do diurno. Nesse sentido, entendeu o Supremo Tribunal Federal (TST): Súmula 214 - A duração legal da hora de serviço noturno (52 minutos e trinta segundos) constitui vantagem suplementar que não dispensa o salário adicional.

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Súmula 313 - Provada a identidade entre o trabalho diurno e o noturno, é devido o adicional, quanto a este sem a limitação do art. 73, § 3a, da CLT, independentemente da natureza da atividade do empregador. Pelas razões expostas, a remuneração do trabalho noturno deve ser superior à do diurno, em face do que dispõe a Constituição Federal, independentemente da natureza da atividade empresarial. As informações contidas neste tópico fazem parte do entendimento desta Consultoria, o que não impede a existência de posicionamento diverso ao exposto. Fundamentação: art. 7º, inciso IX, da Constituição Federal; art. 73, § 3º, da CLT; Súmulas nº 214 e 313 do STF. XIII - Atividades petrolíferas O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação do petróleo, industrialização do xisto, indústria petroquímica e transporte de petróleo e seus derivados, por meio de dutos, é regulado pela Lei nº 5.811/1972. Tratando de atividade em período noturno, o petroleiro fará jus pagamento do adicional de trabalho noturno, equivalente a 20% sobre o valor da hora diurna, no mínimo. No entanto, de acordo com o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para esses trabalhadores não se aplica a hora reduzida de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos por ocasião do trabalho noturno: Neste sentido orienta o Tribunal Superior do Trabalho (TST): TRABALHO NOTURNO. PETRÓLEO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação do petróleo, industrialização do xisto, indústria petroquímica e transporte de petróleo e seus derivados, por meio de dutos, é regulado pela Lei nº 5.811, de 11.10.1972, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos prevista no art. 73, § 1º, da CLT. Fundamentação: art. 73, § 2º, da CLT; art. 3º da Lei nº 5.811/1972; Súmula nº 112 do TST. XIV - Estabelecimentos bancários É permitido o trabalho noturno em estabelecimento bancário, para a execução de tarefa pertinente ao movimento de compensação de cheques ou a computação eletrônica, observadas as seguintes regras: a) a designação para o trabalho noturno dependerá de concordância expressa do empregado; b) o trabalho após as 22 (vinte e duas) horas será realizado em turnos especiais, não podendo ultrapassar 6 (seis) horas; c) é vedado aproveitar em outro horário o bancário que trabalhar no período da noite, bem como utilizar em tarefa noturna o que trabalhar durante o dia, facultada, contudo a adoção de horário misto. As referidas regras poderão ser estendidas, em casos especiais, à atividade bancária de outra natureza, mediante autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Fundamentação: art. 7º, inciso IX, da Constituição Federal; art. 73, "caput", da CLT; art. 1º do Decreto Lei nº 546/1969. XV - Folha de pagamento - Discriminação do pagamento Os adicionais por trabalho noturno, extraordinário, entre outros, devem ser discriminados em folha de pagamento, possibilitando que o trabalhador tenha ciência dos valores recebidos. Em relação ao tema, orienta o TST, por meio da Súmula nº 91: SUM-91 SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Fundamentação: Súmula nº 91 do TST. XVI - Encargos sociais - INSS e FGTS Sobre os valores pagos a título de adicional noturno e horas extras (normais ou noturnas), incidem: a) a contribuição previdenciária; b) o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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Para saber mais sobre os encargos sociais consulte o nosso Roteiro "Encargos previdenciários sobre folha de pagamento - Roteiro de Procedimentos". Fundamentação: art. 28, inciso I da Lei nº 8.212/1991; art. 15 da Lei nº 8.036/1990; art. 27 do Decreto nº 99.684/1990; art. 201 do Decreto nº 3.048/1999; art. 63 e 72 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009. XVII - Multa administrativa O empregador que deixar de observar as regras relacionadas ao trabalho noturno, poderá ser autuado em caso de fiscalização. A multa a ser aplicada nesse caso, varia de 37,8285 a 3.782,84722 UFIRs, aplicada em dobro no caso de reincidência e oposição à fiscalização, ou desacato à autoridade. A expressão monetária da UFIR é de R$ 1,0641. Segue exemplo de cálculo de multa administrativa: - multa em UFIR: 3.782,84722 - expressão monetária da UFIR: R$ 1,0641 - valor da multa a pagar: R$ 4.025,3277 (3.782,84722 x R$ 1,0641) Fundamentação: art. 75 da CLT; anexo II da Portaria MTB nº 290/1997; art. 6º, parágrafo único, da Lei nº 10.192/2001; Portaria MF nº 488/1999. XVIII - Jurisprudência "Adicional noturno. Parágrafo 3º, do art. 73, CLT. Com a revogação, pela Constituição Federal 46, do § 3º, do art. 73, da CLT (Enunciado 130, do TST), o adicional noturno passou a ser devido por todo e qualquer empregador, sem distinção, pouco importando a natureza da sua atividade." (Ac un da 1a T do TRT da 3a R - RO 3.385/87 - Rel. Juiz Ricardo V. Moreira Rocha - "Minas Gerais" II 22.01.88, p. 30). "Empregado doméstico. O parágrafo único art. 7º da Constituição de 1988, não estendeu a essa categoria o direito ao adicional noturno." (Ac un do TRT da 8a R - RO 2.109/89 - Rel. Juíza Semíramis Ferreira - j 06.03.90 - DO PA 05.04.90, p. 16). "Professor. Adicional noturno. O professor faz jus ao adicional noturno sobre a remuneração pelo trabalho prestado após as vinte e duas horas e não sobre todo o período trabalhado à noite. Recurso de Revista a que se nega provimento." (Ac un da 1a T do TST - RR 0245/89.2 - Rel. Min. Fernando Vilar - j 20.08.90 - DJI 05.10.90, p. 10.804) "Trabalho extraordinário em horário noturno. O trabalho extraordinário executado em horário noturno subordina o pagamento do salário/hora normal acrescido, quando for o caso, dos dois adicionais (adicional de hora extra e adicional noturno). Por outro lado, essa majoração que incide sobre a hora normal não é apenas a soma das duas vantagens devidas como adicionais do trabalho noturno e do trabalho suplementar, não havendo como se admitir o pagamento complessivo de uma única parcela, quando devidas as duas, ainda que se alegue que a remuneração corresponde aos dois adicionais." (Ac un da 1a T do TST - RR 74.737/93.0-33 R - Rel. Min. Indalécio Gomes Neto - j 27.10.93 - DJU 1 04.02,94, p. 1.006). "Hora extra prestada em horário noturno. Base de cálculo. Uma vez que o valor normal da hora trabalhada em período noturno é superior ao valor da hora diurna, e considerando-se que o trabalho noturno já é de per si mais desgastante, resta concluir que o adicional noturno compõe a base de cálculo das horas extras prestadas nos horários em que este adicional é devido. Revista parcialmente conhecida e desprovida." (Ac un da 2a T do TST - RR 73.071/93.5-9B R - Rel. Min. Vantuil Abdala-j07.10.93-DJUI 12.11.93, p. 24.186). "O fato gerador da percepção do adicional noturno é o trabalho prestado no horário compreendido entre 22 horas de um dia às 05 horas do dia seguinte. A jurisprudência atual e iterativa desta Corte é no sentido de que uma vez inexistente o trabalho no horário noturno, cessando o fato gerador, cessará o direito ao adicional respectivo, sendo lícita a supressão de seu pagamento. Recurso de revista conhecido e provido." (Ac un da 3a T do TST - RR 5.062/88.4 - Rel. Juíza Heloísa Pinto Marques, Convocada - j 27.08.90 - DJL I 26.10.90, p. 12.077). "Hora noturna - art, 73, § 1º, da CLT e art. 7º, IX, da Constituição Federal. A redução do horário noturno, fixada no art. 73, § 1º, da CLT, não encontra qualquer incompatibilidade com o art. 7º,

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IX, da Constituição Federal. O preceito constitucional se limita a fixar que a remuneração do trabalho noturno deve ser superior à do diurno, não havendo qualquer restrição quanto à legislação ordinária, que fixa a hora noturna como de 52 minutos e 30 segundos. Recurso de Revista conhecido e desprovido." (Ac un da 2a T do TST - RR 143.587/94.7-38 R - Rei. Min. Ney Dole - j 03.08.95 -DJU 1 1º.09.95, p. 27.707) "Adicional noturno. Trabalho diurno em prorrogação ao noturno. O trabalho diurno exercido em prorrogação ao noturno não deve ser pago com o adicional noturno. Desse modo, se a jornada noturna normal é 22:00 às 5:00h, o trabalho exercido além deste período deve ser considerado extra, porém diurno e não noturno. Revista parcialmente conhecida e desprovida." (Ac un da 1a T do TST - RR 75.385/93.7-2a R - Rel. Min. Afonso Celso - j 28.04.94 - DJU 1 10.06.94, p. 14.914). XIX - Consultoria FISCOSoft 1 - Nas atividades rurais qual período é considerado noturno? Nas atividades rurais, considera-se trabalho noturno: a) na lavoura - o executado entre as 21 (vinte e uma) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte; b) na pecuária - o executado entre as 20 (vinte horas) de um dia e as 4 (quatro) horas do dia seguinte. Fundamentação: art. 7º da Lei nº 5.889/1973. 2 - A hora noturna é reduzida em relação à normal? Sim. A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Fundamentação: art. 71, § 1º, da CLT. 3 - Nas atividades urbanas qual período é considerado noturno? Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. Fundamentação: art. 71, § 2º, da CLT. FONTE: FISCOSOFT - 16/04/2012.

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DIRETORES NÃO EMPREGADOS: PROCEDIMENTO 1. Introdução Desde junho de 1981, por força da Lei nº 6.919, de 02/06/1981, os diretores podem ter depósitos de FGTS sobre seus pro labores. De acordo com o parágrafo único do art. 8º do Regulamento do FGTS (RFGTS), aprovado pelo Decreto nº 99.684/90, diretor é aquele que exerce cargo de administração previsto em lei, estatuto ou contrato social, independentemente da denominação do cargo. Também é extensivo a faculdade do depósito do FGTS ao diretor não empregado de empresas públicas e sociedades controladas direta ou indiretamente pela União. 2. Depósito - Percentual Uma vez feita a opção pelos depósitos do FGTS aos diretores não empregados, fica o empregador obrigado a efetuar, mensalmente, até o dia 07, o valor correspondente a 8% da remuneração paga ou devida no mês anterior, na conta vinculada. O depósito deverá ser efetuado por meio da SEFIP, mensalmente, junto com os demais empregados. 3. FGTS - Opção pelo Recolhimento - Suspensão do Depósito Não há previsão em lei que determine a possibilidade de suspensão dos depósitos do FGTS para o diretor não empregado, sendo que tais depósitos decorrem de opção da empresa.

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Ressalvamos que, uma vez feita a opção, há entendimentos de que a sua suspensão não é possível, haja vista que a CAIXA poderá a empresa incorrer em mora pela falta de depósito. Assim, a partir do momento que se inicia o depósito do FGTS, se concede o benefício ao diretor, devendo permanecer o seu depósito até o final do mandato, pois a falta do depósito seria prejudicial a relação contratual existente. 4. Hipóteses para Saque De acordo com o art. 20 da Lei nº 8.036/90 combinado com a Circular CAIXA nº 569/12 a conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: I - exoneração do diretor não empregado sem justa causa, por deliberação da assembleia; II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado; III - aposentadoria concedida pela Previdência Social; IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento; V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que: a) o mutuário conte com o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 meses; c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80% do montante da prestação; VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de dois anos para cada movimentação; VII - pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria ou lote urbanizado de interesse social não construído, observadas as seguintes condições: a) o mutuário deverá contar com o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes; b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH; VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 01/06/1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta. IX - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 dias, comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional. X - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna. XI - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385/76, permitida a utilização máxima de 50% do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na data em que exercer a opção. XII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV; XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento; XIV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a 70 anos; XV - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições:

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a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Governo Federal; b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento. XVI - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea “i” do inciso XIII do art. 5º da Lei nº 8.036/90, permitida a utilização máxima de 30% do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção. FONTE: CENOFISCO – 16/04/2012.

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LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA GPS: GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – PROCEDIMENTOS PARA RETIFICAÇÃO DE ERROS – IN RFB Nº 1.265, DE 30/03/2012 Estabelece procedimentos para retificação de erros no preenchimento de Guia da Previdência Social (GPS) e dá outras providências. A Secretária da Receita Federal do Brasil Substituta, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e XVI do art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010. Resolve: Art. 1º Os procedimentos relativos à retificação de erros cometidos no preenchimento de Guia da Previdência Social (GPS) deverão ser efetuados com observância das disposições constantes desta Instrução Normativa. § 1º A solicitação de retificação a que se refere o caput deverá ser feita por meio do formulário Pedido de Retificação de GPS (RetGPS) constante do Anexo Único a esta Instrução Normativa. § 2º O formulário de que trata o § 1º é de reprodução livre, e está disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br >. Art. 2º O pedido de retificação envolvendo matrícula no Cadastro Específico do INSS (CEI) deverá ser assinado pelo titular, pessoa física ou jurídica, responsável pela matrícula. Parágrafo único. A retificação será efetuada na unidade de jurisdição fiscal: I - da matriz da empresa requerente, na hipótese de CEI de responsabilidade de pessoa jurídica; II - do contribuinte pessoa física, na hipótese de matrícula CEI sob sua responsabilidade. Art. 3º Quando a retificação se referir a alteração de dados no campo Identificador (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, CEI ou Número de Identificação do Trabalhador - NIT), envolvendo 2 (dois) contribuintes, o pedido de retificação deverá ser formulado: I - pelo interessado na retificação, com anuência, no quadro 6 do formulário, do titular do identificador (CNPJ ou CEI) originalmente registrado na GPS; ou II - pelo titular do identificador (CNPJ ou CEI) originalmente registrado na GPS, com anuência, no quadro 6 do formulário, do interessado na retificação. Parágrafo único. A anuência poderá ser dispensada em caso de evidente erro de fato, comprovado mediante análise dos documentos apresentados. Art. 4º Serão indeferidos pedidos de retificação que versem sobre: I - desdobramento de GPS em 2 (dois) ou mais documentos;

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II - alteração da informação constante no campo Identificador emitida no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) relativa a retenções ou pagamentos efetuados por órgãos ou entidades públicas; III - conversão de GPS em Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) e vice-versa; IV - conversão de GPS em Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) ou em Depósitos Judiciais e Extrajudiciais à Ordem e à Disposição da Autoridade Judicial ou Administrativa Competente (DJE) e vice-versa; V - alteração do valor total do documento; VI - alteração da data do pagamento; VII - alteração de pagamento efetuado há mais de 5 (cinco) anos; VIII - alteração de GPS que vise a sua alocação simultânea para quitação de débito declarado em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações da Previdência Social (GFIP) e débito sob controle de processo; IX - alteração de campos de GPS referentes a competências incluídas em débito lançado de ofício, cujo pagamento tenha ocorrido em data anterior à constituição deste débito; X - alteração de campos de GPS que já tenha sido utilizada em regularização de obra de construção civil com Certidão Negativa de Débitos ou com Certidão Positiva de Débitos com Efeitos de Negativa liberada; XI - alteração de código de pagamento do Simples Federal ou Nacional para empresa em geral e vice-versa, para recolhimentos efetuados a partir de 4 janeiro de 2010; XII - alteração de campos de GPS alocada a débito que se encontre liquidado, ressalvados os casos em que o erro tenha sido causado pela RFB; XIII - erro não comprovado. Parágrafo único. Na hipótese do inciso III, poderá ser solicitada a conversão de documentos na forma do art. 16-A da Instrução Normativa SRF nº 672, de 30 de agosto de 2006 . Art. 5º Aplica-se às retificações de que trata esta Instrução Normativa, no que couber, o disposto na Instrução Normativa SRF nº 672, de 2006 . Art. 6º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º Fica revogada a Instrução Normativa RFB nº 1.251, de 1º de março de 2012 . ZAYDA BASTOS MANATTA

ANEXO ÚNICO

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO PEDIDO DE RETIFICAÇÃO DE GPS

(O RETGPS deve ser preenchido de forma legível, sem emenda, rasura ou borrão) QUADRO

O QUE DEVE CONTER

1 No caso de contribuinte pessoa jurídica, o nome empresarial e o seu número de inscrição no CNPJ/CEI. Em qualquer das situações, informe o nome de pessoa para contato e o seu telefone com o código de Discagem Direta à Distância (DDD).

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Preencher, OBRIGATORIAMENTE, com os DADOS DO PAGAMENTO da GPS: código de pagamento, identificador (CNPJ/CEI), competência, valor autenticado, data do pagamento e, se possível, banco/agência onde foi efetuado o recolhimento da GPS. Obs.: É possível incluir até 4 (quatro) GPS para retificação num mesmo formulário. No caso de mais de 1 (uma) GPS a retificar, utilizar 1 (um) número de ordem para cada GPS.

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O preenchimento das linhas deste quadro deve guardar correspondência com o número de ordem do quadro 2.A coluna "TIPO" deverá indicar o(s) código(s) correspondente(s) conforme tabela (1, 2ºu 3). O Tipo 4 poderá ser utilizado juntamente com os Tipos 1, 2 e 3. a) Caso seja anexada cópia da GPS, preencher nas colunas "DE" e "PARA" somente as informações dos campos que se pretende alterar. Obs: Na coluna "DE" deve-se informar o dado constante da GPS e na coluna "PARA" deve-se informar o novo dado. Preencher as informações de conformidade com os campos do documento que se pretende alterar (GPS); b) Na falta da GPS, de forma a permitir a identificação inequívoca do documento, preencher, obrigatoriamente, as informações constantes dos campos 6, 9 e 10 da coluna"DE". Preencher, na coluna "PARA", somente as informações dos campos que se pretende alterar.

4 Assinalar a quadrícula correspondente aos documentos anexados ao RETGPS: Cópia da GPS, Procuração e Documento de Identificação. No caso de assinalar Outros, especificar quais documentos.OBS: Na hipótese de apresentação de mais de um pedido pelo mesmo contribuinte, na mesma data, poderá ser anexada apenas uma cópia dos documentos.

5 e 6 Apor assinatura do seu representante legal com poderes de administração ou do procurador, no caso de pessoa jurídica. Em se

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tratando de pessoa física, apor sua assinatura ou de seu representante legal/procurador. OBS: 1) A assinatura deve conferir com a constante no documento de identificação apresentado. 2) Com o reconhecimento da firma do contribuinte/procurador, não há necessidade da apresentação do documento de identidade do contribuinte/procurador. 3) No caso de retificação do Identificador, haverá necessidade de anuência por parte do responsável pelo CNPJ/CEI válido constante da guia.

7 De preenchimento exclusivo de servidor da RFB.

8 Deve ser preenchido pelo portador do pedido, quando da ciência do indeferimento, ou recebimento da comprovação da retificação efetuada, se for o caso.

(*) Republicada por ter saído, no DOU de 02.04.2012, Seção 1, págs 13 e 14, com incorreção no original. FONTE: Diário Oficial da União – 4/4/2012.

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MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM “A MEDIAÇÃO NA ÁREA AMBIENTAL” – ARTIGO Na elaboração de um curso sobre perícia ambiental, em dez estudos de casos levantados, cinco foram resolvidos por mediação. Relacionamos a seguir dois casos, com o sigilo dos envolvidos, para mostrar a agilidade e a eficácia que pode ser obtido na condução dos processos, quando as partes aceitam a mediação para resolução da pendência. Uma Associação de Moradores questionou um Empreendimento Industrial alegando que o bombeamento de um poço da empresa, com grande vazão (acima de 100m3/h), seria a causa da falta d’água, em alguns períodos do ano, para os moradores. A partir de estudos locais, delimitamos a área a estudar, e identificamos outros poços na região que poderiam ser causas de rebaixamento do nível d’água. O empreendimento mineral, possui um poço com profundidade de 120m. Um outro empreendimento distante 1.200m dos poços da Associação, no sentido oposto ao empreendimento mineral, possui dois poços profundos e de grande vazão. A seguir foi estudado o aqüífero, os poços foram locados em seções geológicas com topografia e levantadas as possíveis interferências. Este trabalho considerou 2.000m de raio a partir dos poços da Associação de Moradores, e demonstrou que não haviam interferências. Foram realizados ainda testes para monitoramento, dos níveis d’água com paralisações dos bombeamentos, individualmente e em conjunto de poços alternados, por 24 horas. Desenvolvidos testes de interferências com aumentos sucessivos da vazão do poço do empreendimento mineiro e medições dos níveis dos poços da Associação de Moradores. Estes trabalhos também mostraram que não existiam interferências. Percebendo que os laudos e estudos, mesmo apoiado nos testes realizados, poderiam continuar a ser questionados em detalhes, factíveis a discussões, utilizamos os dados obtidos para tentar descobrir as causas reais das faltas d’água na Associação de Moradores. Conhecidas as vazões dos poços (abastecimento), passamos a levantar os consumos na Associação de Moradores, da totalidade do uso da água: residências, áreas verdes, clube e

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verificamos que era mais do que suficiente. Um estudo mais acurado revelou a existência de várias piscinas com vazamentos, e até algumas com água corrente. Este trabalho complementar foi que pôs fim à questão. Foram apresentadas duas soluções à Associação de Moradores: 1 - Obter mais água com aprofundamento dos poços e/ou novos poços. 2 - Colocar hidrômetros para cada condômino. Outro caso solucionado através da mediação foi o de um grande condomínio que solicitou uma perícia para ajuizamento de ação contra um loteamento na sua vizinhança. O loteamento era de pequeno porte, mas situado em nível topográfico mais elevado, já iniciando a implantação de estradas em áreas de nascentes d’água que percorriam o condomínio. Foram utilizadas fotografias aéreas para mostrar a situação anterior à urbanização, sendo em seguida elaborado laudo contendo provas com fotos e depoimentos. A própria perícia criou condições para mediação e o condomínio adquiriu as áreas que precisava conservar para beleza cênica e proteção das nascentes. Este caso, aparentemente simples, executado em 1997, serviu de base para discussões do uso da água no condomínio e a proposta de um planejamento de fontes e usos. Foram preparados mapas dos recursos hídricos, das bacias hidrográficas, dos aqüíferos, estudos dos mantos de alterações, reservas, recursos, e proposta de monitoramento do uso da água. Este condomínio desconhecia a grande quantidade de poços existentes dentro de seus terrenos, executados por solicitação dos condôminos, as baixas vazões destes poços pelo subsolo de rochas cristalinas, a própria proteção de suas nascentes, córregos e lagos artificiais que estavam em acelerado processo de assoreamento. A mediação, a partir dos levantamentos de causas, pode desenvolver condições de consenso entre as partes, pavimentando um caminho de resolução de questões envolvendo recursos naturais. FONTE: www.geoconomica.com.brCIOS. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

CULTURA

“CONTABILISTAS: A SERVIÇO DO PROGRESSO” - ARTIGO Nenhuma decisão de negócio deve ser tomada sem dados contábeis; essa atividade é indispensável em uma economia estável e em expansão. O contabilista é um profissional eclético, que se baseia em método científico para conciliar teorias distintas e discernir entre o verdadeiro e o falso. Após um processo de depuração e separação através da análise, reúne, ao final, informações num todo legítimo e consistente, que permite controlar um empreendimento e apurar resultados, no chamado Balanço Patrimonial. - O profissional contábil está treinado e habilitado nos assuntos econômicos, tributários, organizacionais e comportamentais. Suas conclusões obedecem à lógica contábil, sempre respaldada por princípios e normas técnicas. Nenhuma decisão de negócio deve ser tomada sem os dados contábeis, e somente o Profissional Contábil, dispõe de preparo técnico para interpretar os dados e descobrir a verdade patrimonial e a direção correta a ser indicada aos tomadores de decisão. Profissional liberal, o contador possui múltiplas funções, podendo ser: autônomo; empresário de contabilidade; auditor; consultor tributário; controller; perito contábil; membro de conselho fiscal e de administração; árbitro em câmaras especializadas; atuar na área acadêmica; ser membro de comitês de auditoria e de entidades de classe, ou executivo nas empresas. Atualmente quando o Brasil torna-se uma das mais importantes economias do mundo, com crescimento econômico previsível, controle da inflação, moeda estável e juros sendo reduzidos, a profissão dos contabilistas torna-se uma das mais procuradas pela importância nas micro, pequenas,

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médias ou grandes empresas, que já somam mais de 2 milhões, apenas no Estado de São Paulo, e mais de 5 milhões no Brasil. Em São Paulo, o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-SP) tem uma base de vinte mil empresas e cento e cinquenta mil contabilistas. E eles, as empresas de serviços contábeis, seus representantes, entidades, sindicatos, conselhos e associações estão em posição de destaque entre os principais líderes comprometidos com o desenvolvimento do País. É com essa visão que saudamos e homenageamos os contabilistas: Viva 25 de abril! Viva os contabilistas de São Paulo e do Brasil! Saiba como surgiu essa ideia Como nos ensinam os pioneiros da Contabilidade, no portal do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP), a ideia de criação dessa data comemorativa vem de longe. "Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o Dia do Contabilista Brasileiro". Com essa frase, dita no meio de um discurso de agradecimento a uma homenagem que recebia da Classe Contábil, o senador e Patrono dos Contabilistas, João Lyra, instituiu o Dia do Contabilista, prontamente adotado pela classe contábil e, atualmente, oficializado em grande número de municípios. Era o ano de 1926. Em dezembro do ano anterior, João Lyra havia sido eleito presidente do Conselho Perpétuo dos Contabilistas Brasileiros e, em toda a sua vida parlamentar, propôs e fez aprovar várias leis em benefício da profissão contábil. Em seu discurso de agradecimento, Lyra homenageou outro grande contabilista, Carlos de Carvalho: "Quando, em 1916, justifiquei, no senado, a conveniência de se regularizar o exercício da profissão, acentuada a merecida e geral confiança que adviria do abono da classe, por seus mais circunspectos representantes, à capacidade moral e técnica dos contadores, foi o grande e saudoso mestre paulista uma autoridade sem equivalente no Brasil, como bem disse Amadeu Amaral, quem me endereçou os mais desvanecedores protestos de apoio e de solidariedade". O dia foi oficialmente instituído pela Lei Estadual n. 1989, em 23 de maio de 1979. O criador da homenagem, João de Lyra Tavares, nasceu em 23 de novembro de 1871, na cidade de Goiana/PE, e faleceu em 30 de dezembro de 1930. Foi guarda-livros, chefe de escritório e da firma em que trabalhava. Como comerciante, teve uma atuação destacada em Pernambuco. Fundou a Associação de Guarda-Livros e foi membro da Associação Comercial do Recife. Atuou na política, foi historiador e economista, autor de obras didáticas. Em 1914, a convite do então ministro Rivadávia Corrêa, esteve, pela primeira vez, no Rio de Janeiro, na época capital da República, onde tomou parte da Comissão escolhida para estudar a reorganização da Contabilidade do Tesouro Nacional. No ano seguinte, foi eleito senador pelo Rio Grande do Norte, cargo que ocupou até o fim de sua vida. FONTE: DCI – 14, 15 e 16/04/2012.

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ESPAÇO CIDADANIA

“AO LIXO, O DESTINO ADEQUADO” – INFORMATIVO – DOE

Existem atualmente 422 cidades paulistas que operam resíduos sólidos domiciliares (lixo) em condições adequadas, número correspondente a 65,4% do total de municípios do Estado. A constatação faz parte do Inventário Estadual de 2011, anunciado no início deste mês pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), e mostra que o bom desempenho estadual obtido nos últimos três anos praticamente se manteve. O porcentual é 15 vezes maior do que o observado em 1997, ano em que foi divulgado o primeiro relatório estadual. Os dados

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estão no site http://www.cetesb.sp.gov.br/solo/publicacoes-e-relatorios/1-publicacoes-/-relatorios. O panorama geral do Estado é apresentado no Mapa de Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR) de 2011. A cor verde, no site da Cetesb, indica os municípios com disposição final adequada de lixo. E, na cor amarela, estão as cidades em condições enquadradas como controladas. No mapa de 2011, as duas cores predominam, e a verde se sobressai em relação à amarela por todo o Estado, englobando a maioria dos 645 municípios. A terceira e última cor, a vermelha, destaca as 23 cidades remanescentes, no interior do Estado, que não conseguiram se enquadrar e, até o final do ano passado, operavam em condições inadequadas. Estes municípios estão sujeitos a ações corretivas e muitos já dispõem de solução delineada para sua adequação. Ao longo de 2011 foram emitidas 497 advertências, 228 multas e nove aterros foram interditados. O Índice de Qualidade de Aterro deResíduos (IQR) médio dos sistemas de disposição final de lixo domiciliar em operação nos municípios passou de 4 em 1997, para 8,3 em 2011. Ressalte-se a evolução referente à quantidade de resíduos dispostos adequadamente, que saltou de 10,9% do total gerado, em 1997, para 82,8% em 2011. Outra indicação significativa refere-se ao número de municípios com disposição em condição inadequada. Em 1997, havia 77,8% de cidades nessa situação; em 2011, o número desses municípios caiu para 3,6%. Nova metodologia – O relatório apresenta também as informações preliminares da nova metodologia de avaliação do IQR, denominado de IQR-Nova Proposta, desenvolvida no âmbito do Projeto Lixo Mínimo. Esta metodologia agrega novos critérios de pontuação e classificação dos locais de destinação e incorpora o conhecimento e experiência adquiridos ao longo dos anos pela Agência Ambiental Paulista. Em função dos índices apurados, as instalações são enquadradas como inadequadas ou adequadas e não mais em três níveis (adequado, controlado e inadequado),conforme o IQR convencional. Este novo índice deverá ser utilizado na composição do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares relativo ao ano de 2012. A análise dos resultados obtidos permite concluir que nos últimos 15 anos registrou-se ganho ambiental para os municípios, no que se refere aos locais de tratamento e disposição final de lixo. A melhoria se deve a ações da Cetesb com apoio das administrações locais, com a adoção de políticas públicas e o aporte de recursos no âmbito de três programas com financiamento governamental: Programa de Aterros em Valas, Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop) e Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), dirigidos à solução dos problemas ambientais e sanitários. Os resultados apontados demonstram o esforço das equipes das agências ambientais da Cetesb, das equipes do Programa Município Verde e Azul e do Projeto Lixo Mínimo. O desempenho significa ainda o resgate das condições sanitárias dos municípios, uma vez que foi atingido importante estágio de desenvolvimento para o banimento dos lixões. Rio limpo, menos enchente O Governo paulista divulgou balanço das obras de desassoreamento realizadas nos rios Pinheiros, Tietê e em seus afluentes. No total, foram retirados cerca de 4,4 milhões de m3 de sedimentos dos corpos d`água. Em 2012, não houve vazão fora das calhas do Pinheiros e Tietê. Do primeiro, foram retirados 882 mil m3 de material; do segundo, 2,1 milhões; e de outros oito afluentes, mais 1,4 milhão de sedimentos. O volume coletado representa 84% da capacidade dos piscinões já construídos. É como se, em menos de um ano, o Estado tivesse acrescentado 23 reservatórios ao sistema. Para 2013, a previsão é retirar mais 700 mil m3 do Pinheiros e 900 mil do Tietê. O trabalho é parte do cuidado preventivo e permanente de combate às enchentes. O objetivo é fazer com que os dois rios voltem à mesma profundidade de 2005, quando tiveram as calhas rebaixadas. No Rio Pinheiros, as obras de desassoreamento estão sendo realizadas pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), da Secretaria Estadual de Energia.

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Já no Rio Tietê e afluentes, o serviço é executado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), da Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos. Foram investidos R$ 388,8 milhões na redução das enchentes, cerca de 15 mil pneus foram coletados e 300 máquinas e caminhões trabalham diariamente no serviço. FONTE: Diário Oficial do Estado – 11/04/2012.

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ESPAÇO: PERGUNTAS & RESPOSTAS P: COMO FICA A SITUAÇÃO DE UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO, SENDO CONTRATADA EM UMA MESMA OBRA, PARA PRESTAR SERVIÇO DISPENSADO DA RETENÇÃO E, SIMULTANEAMENTE COM SERVIÇO SUJEITO À RETENÇÃO? R: O art. 144 da Instrução Normativa RFB nº 971/09 estabelece que, caso haja para a mesma obra contratação de serviço dispensado da retenção, nos termos do art. 143 da citada Instrução Normativa e, simultaneamente, o fornecimento de mão de obra para execução de outro serviço sujeito à retenção, aplicar-se-á a retenção apenas a este serviço, desde que os valores estejam discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços. Não havendo discriminação na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, aplicar-se-á a retenção a todos os serviços contratados. P: QUAIS AS PRESTAÇÕES DE SERVIÇO NA ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL EM QUE NÃO SE APLICA A RETENÇÃO DOS 11% R: Nos termos do art. 143 da Instrução Normativa RFB nº 971/09 não se sujeita à retenção, a prestação de serviços de: a) administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras; b) assessoria ou consultoria técnicas; c) controle de qualidade de materiais; d) fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada ou preparada; e) jateamento ou hidrojateamento; f) perfuração de poço artesiano; g) elaboração de projeto da construção civil; h) ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo, provas de carga, ensaios de resistência, amostragens, testes em laboratório de solos ou outros serviços afins); i) serviços de topografia; j) instalação de antena coletiva; k) instalação de aparelhos de ar-condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão; l) instalação de sistemas de ar-condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil; m) instalação de estruturas e esquadrias metálicas, de equipamento ou de material, quando for emitida apenas a nota fiscal de venda mercantil; n) locação de caçamba; o) locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utensílios sem fornecimento de mão de obra; e p) fundações especiais. Salientamos que quando na prestação dos serviços relacionados nas letras “l” e “m”, houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços relativa à mão de obra

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utilizada na instalação do material ou do equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de cálculo da retenção. P: COMO CORRIGIR OS VALORES A COMPENSAR, REFERENTE À RETENÇÃO DOS 11% PARA O INSS NAS NOTAS FISCAIS E QUAL O INDICE A SER APLICADO? R: De acordo com o art. 72 da Instrução Normativa RFB nº 900/08, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 973/09, o crédito relativo a tributo administrado pela Receita Federal do Brasil, passível de restituição ou reembolso, será restituído, reembolsado ou compensado com o acréscimo de juros SELIC para títulos federais, acumulados mensalmente e de juros de 1% no mês em que: a) a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo; b) houver a entrega da Declaração de Compensação ou for efetivada a compensação na GFIP; c) for considerada efetuada a compensação de ofício, conforme a data definida nos incisos I a IV do art. 153 da citada Instrução Normativa; d) houver a consolidação do débito do sujeito passivo, na hipótese de compensação de ofício de débito incluído em parcelamento com crédito relativo a período de apuração anterior à data da consolidação. No cálculo dos juros, observar-se-á, como termo inicial da incidência, na hipótese de crédito referente à retenção na cessão de mão de obra e na empreitada, no segundo mês subsequente ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços. Exemplo 1 Mês de emissão da Nota Fiscal: novembro/2009 Mês da compensação: dezembro/2009 Juros SELIC - 0,66% no mês da compensação Juros: não há Exemplo 2 Mês de emissão da Nota Fiscal: novembro/2009 Mês da compensação: janeiro/2009 Juros SELIC - 0,66% de dezembro + 0,67 de janeiro (hipotética) = 1,33% Juros: 1% a partir segundo mês subseqüente. P: O QUE É POSSÍVEL SER DEDUZIDO DA BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO DE 11% PARA O INSS, DE MODO QUE A RETENÇÃO NÃO INCIDA SOBRE TAIS PARCELAS? R: Nos termos do art. 124 da Instrução Normativa RFB nº 971/09, poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que correspondam: a) ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo MTE, conforme Lei nº 6.321/76; b) ao fornecimento de vale-transporte, em conformidade com a legislação própria. Poderá ainda ser deduzido da base de cálculo da retenção, de acordo com o art. 121 da citada Instrução Normativa, os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, desde que comprovados. P: EXISTE PREVISÃO LEGAL QUE OBRIGUE O CONTRATANTE A EXIGIR DO CONTRATADO A APRESENTAÇÃO DAS RESPECTIVAS NOTAS FISCAIS COMPROBATÓRIAS DOS VALORES DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS QUE FORAM DEDUZIDOS DA BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO DOS 11% para o INSS? R: Conforme o art. 121, §§ 1º e 2º, da Instrução Normativa RFB nº 971/09 o valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção.

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Para esses fins, a contratada manterá em seu poder, para apresentar à fiscalização da Receita Federal do Brasil, os documentos fiscais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, relativos a material ou equipamentos, cujos valores foram discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços. Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos ao material ou aos equipamentos ou os previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte integrante do contrato mediante cláusula nele expressa. Assim, o contratante não poderá exigir documento comprobatório dos valores de materiais e equipamentos, mas a contratada deverá apresentá-los a fiscalização, quando solicitados. FONTE: CENOFISCO – 16/04/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

TRABALHO NOTURNO: ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS – ROTEIRO

Introdução A jornada de trabalho realizada em horário noturno exige maior esforço do organismo, por ser desenvolvida em período normalmente destinado ao repouso do trabalhador. Diante disso, foram disciplinadas regras especiais de proteção ao trabalho noturno, conforme é demonstrado neste Roteiro. I - Jornada de trabalho A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, desde que não seja fixado expressamente outro limite inferior em lei. Todavia, é facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Fundamentação: art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal; arts. 58 e 73 da CLT. I.1 - Empregados urbanos Trabalho noturno, para os empregados urbanos, é aquele executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. Fundamentação: art. 73, § 2º, da CLT. I.2 - Empregados rurais Nas atividades rurais, considera-se trabalho noturno: a) na lavoura - o executado entre as 21 (vinte e uma) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte; b) na pecuária - o executado entre as 20 (vinte horas) de um dia e as 4 (quatro) horas do dia seguinte. Fundamentação: art. 7º da Lei nº 5.889/1973. I.3 - Hora noturna Em relação ao trabalhador urbano, a hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Isto significa dizer que, para as atividades urbanas, 1 (uma) hora noturna sofre redução de 7 minutos e 30 (trinta) segundos. Assim, 1 (uma) hora trabalhada em período noturno equivale a 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. A conversão do trabalho diurno para noturno pode ser realizada mediante a seguinte fórmula: 52,5 min - 1 60 min - X 52,5 X = 60 x 1 X = 60 / 52,5 X = 1,1428571 Segue exemplo: Jornada de 8 (oito) horas diurnas corresponde a 7 horas de efetivo trabalho noturno:

8 horas diurnas / 1,1428571 = 7 horas noturnas Em relação à atividade rural a hora noturna tem duração de 60 (sessenta) minutos, não sofrendo, por consequência, qualquer redução temporal. Fundamentação: art. 73, § 1º, da CLT; art. 7º da Lei nº 5.889/1973. II - Adicional noturno Aos empregados urbanos assegura-se a remuneração com acréscimo de 20% (vinte por cento), no mínimo, sobre a hora diurna. Desse modo, a cada período de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos, o empregado urbano fará jus o adicional de 20% (vinte por cento) sobre o valor do salário-hora diurno. Tratando-se de trabalhador rural, o adicional corresponde a 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal da hora diurna. Fundamentação: art. 7º, inciso IX, da Constituição Federal; art. 73, "caput", da CLT; art. 7º, parágrafo único, da Lei nº 5.889/1973. II.1 - Vantagem suplementar De acordo com entendimento do Superior Tribunal Federal (STF) a redução da hora noturna constitui vantagem suplementar, que não dispensa o salário adicional: Desse modo, a redução do tempo da hora noturna não desobriga o empregador ao pagamento do adicional noturno. Segue exemplo: Empregado recebe R$ 20,00 (vinte reais) por cada hora de trabalho realizado em período diurno. Se trabalhar em período noturno: - deverá receber idêntico valor (R$ 20,00) para trabalhar 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos no período noturno (1 hora noturna); - terá 7 (sete) minutos e 30 (trinta) segundos de redução em relação à hora normal; - receberá o adicional noturno de 20% (vinte por cento), no mínimo, sobre R$ 20,00 (vinte reais), que será de R$ 4,00 (quatro reais). Fundamentação: Súmula nº 214 do STF. III - Turnos ininterruptos de revezamento O trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento terá jornada de 6 (seis) horas, salvo negociação coletiva. Tratando-se de turno ininterrupto de revezamento, cujo trabalho seja realizado em período noturno deverão ser observadas as seguintes regras: a) a hora noturna será reduzida para 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 segundos; b) jornada de trabalho será de 6 horas, salvo negociação coletiva. Fundamentação: art. 7º, inciso XIV, da Constituição Federal de 1988; art. 73, § 1º, da CLT. III.1 - Revezamento semanal ou quinzenal A Consolidação das Leis do Trabalho dispõe que: Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (...)" Quando da sua elaboração, o "caput" do artigo 73 da CLT encontrava-se de acordo com o art. 137, letra "j", da Constituição de 1937, o qual determinava

remuneração adicional do trabalho noturno em relação ao diurno, salvo no caso de revezamento. Posteriormente a Constituição de 1946 estabeleceu: Art. 157 - A Constituição assegura aos trabalhadores os seguintes direitos, além de outros que, nos termos da lei, visem melhoria de sua condição social: (...) III - salário de trabalho noturno superior ao diurno; (...) Na ocasião, o referido dispositivo constitucional não fez qualquer restrição ao direito do adicional noturno. Assim, entende-se que a regra prevista na CLT, em relação à não concessão do adicional noturno aos empregados que trabalham em regime de revezamento, perdeu sua eficácia a partir da Constituição de 1946. Diante do exposto, entende-se que referida regra, contida no artigo 73 da CLT, encontra-se derrogada. Por fim, a garantia do salário de trabalho noturno superior ao diurno foi mantida no art. 165, inciso IV, da Constituição 1967 (Emenda Constitucional 1/1969) e atualmente está prevista no artigo 7º, inciso IX, da Constituição Federal de 1988. Diante disso, o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da Súmula nº 213, declarou: É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento. Fundamentação: art. 137, letra "j", da Constituição Federal de 1937; art. 165, inciso IV, da Constituição de 1967; art. 7º, inciso IX da Constituição Federal de 1988; art. 73, "caput", da CLT. III.2 - Banco de horas Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de 1 (um) ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 (dez) horas diárias. O banco de horas é um tipo especial de acordo de compensação de jornada de trabalho, com regras peculiares. Assim, para que a empresa possa implanta-lo é imprescindível atender aos requisitos previstos no tópico, sob pena de autuação por parte da fiscalização do Ministério do Trabalho (MTE) e/ou eventuais demandas judiciais. As compensações de horas que recaírem no período noturno não geram a obrigação de pagamento do adicional noturno, salvo previsão mais benéfica em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Fundamentação: art. 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal; "caput" e § 2º art. 59 da CLT. III.3 - Acordo de prorrogação de horas A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.

Às prorrogações do trabalho noturno aplicam-se as regras contidas no art. 73 da CLT, de que trata este Roteiro. Fundamentação: art. 73 da CLT; Súmula nº 60 do TST. IV - Trabalho do menor O trabalho em horário noturno é proibido aos menores de 18 (dezoito) anos, no âmbito urbano e rural. Neste sentido, prevê a Constituição Federal: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (...) Fundamentação: art. 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal; art. 404 da CLT; art. 8º da Lei nº 5.889/1973. V - Trabalho da mulher É permitido à mulher o trabalho noturno, salvo se menor de 18 (dezoito) anos de idade. Em atenção aos dispositivos constitucionais, a Lei nº 7.855/1989, revogou expressamente os artigos 379 e 380 da CLT, que tratavam do trabalho noturno da mulher. Assim, a contar de 25.10.1989, data de início de vigência da referida Lei, permite-se o trabalho noturno da mulher nas mesmas condições estabelecidas para o trabalho noturno masculino. Fundamentação: arts. 372 e 404 da CLT; art. 8º da Lei nº 5.889/1973; Lei nº 7.855/1989. VI - Trabalhadores temporários Trabalhador temporário é aquele contratado por empresa de trabalho temporário, para prestação de serviço destinado a atender necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outra empresa. Aos trabalhadores temporários são aplicáveis as normas relativas ao trabalho noturno dos empregados urbanos. Fundamentação: art. 2º e art. 12, alínea "e", da Lei nº 6.019/1974; arts. 16 e 19 do Decreto nº 73.841/1974. VII - Empregados domésticos Considera-se empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas. Aos empregados domésticos não se aplicam as disposições relativas à duração da jornada de trabalho. Desse modo, não fazem jus a percepção de qualquer remuneração adicional pelo trabalho noturno. Fundamentação: art. 1º da Lei nº 5.859/1972. VIII - Advogados Para os advogados, as horas trabalhadas no período das 21 (vinte horas) de um dia até as 5 (cinco) horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de 25% (vinte e cinco por cento). Fundamentação: art. 20, § 3º, da Lei nº 8.906/1994. IX - Intervalo para repouso ou alimentação

Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. A legislação não determina em que momento da jornada diária de trabalho deve ser concedido o intervalo para repouso ou alimentação. Todavia, atendendo às necessidades biológicas do trabalhador, recomenda-se a sua concessão seja próxima à metade da respectiva jornada. O intervalo para repouso ou alimentação, concedido dentro do horário noturno de trabalho, não sofre qualquer redução temporal, ou seja, se o intervalo é de 1 (uma) hora, por exemplo, este deverá ter duração de 60 (sessenta) minutos. Fundamentação: arts. 71 e 73 da CLT. X - Integração ao salário O adicional noturno, desde que pago com habitualidade, integra o salário para todos os efeitos legais. Este é o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), manifestado por meio da seguinte Súmula: SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974) (...) O adicional noturno será considerado para o cálculo da remuneração de férias, 13º salário, descanso/repouso semanal remunerado (DSR), aviso prévio indenizado etc. Fundamentação: arts. 142 e 487 da CLT; art. 1º da Lei nº 605/1949; art. 1º da Lei nº 4.090/1962; art. 1º do Decreto nº 27.048/1949; art. 1º do Decreto nº 57.155/1965; Súmula nº 60 do TST. XI - Transferência de horário noturno para diurno A alteração contratual só é lícita se: a) houver mútuo consentimento do empregado e trabalhador; b) a alteração não resultar, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado. Mesmo existindo o art. 468 da CLT, que trata das regras mencionadas nas linhas "a" e "b", o TST editou a seguinte Súmula: SUM-265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. Para o Tribunal Superior do Trabalho, a Súmula nº 265 é uma exceção à regra. Fundamentação: art. 468 da CLT; Súmula nº 265 do TST. XII - Trabalho essencialmente noturno Tratando-se de empresas que não mantém, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, o acréscimo do adicional noturno (20%) deve ser feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhadores diurnos de natureza semelhante.

O artigo 73 da CLT, em seu "caput", também prevê que em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. Todavia, a jurisprudência majoritária adotou a tese de que a remuneração do trabalho noturno deve ser, em qualquer caso, superior à do diurno. Nesse sentido, entendeu o Supremo Tribunal Federal (TST): Súmula 214 - A duração legal da hora de serviço noturno (52 minutos e trinta segundos) constitui vantagem suplementar que não dispensa o salário adicional. Súmula 313 - Provada a identidade entre o trabalho diurno e o noturno, é devido o adicional, quanto a este sem a limitação do art. 73, § 3a, da CLT, independentemente da natureza da atividade do empregador. Pelas razões expostas, a remuneração do trabalho noturno deve ser superior à do diurno, em face do que dispõe a Constituição Federal, independentemente da natureza da atividade empresarial. As informações contidas neste tópico fazem parte do entendimento desta Consultoria, o que não impede a existência de posicionamento diverso ao exposto. Fundamentação: art. 7º, inciso IX, da Constituição Federal; art. 73, § 3º, da CLT; Súmulas nº 214 e 313 do STF. XIII - Atividades petrolíferas O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação do petróleo, industrialização do xisto, indústria petroquímica e transporte de petróleo e seus derivados, por meio de dutos, é regulado pela Lei nº 5.811/1972. Tratando de atividade em período noturno, o petroleiro fará jus pagamento do adicional de trabalho noturno, equivalente a 20% sobre o valor da hora diurna, no mínimo. No entanto, de acordo com o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para esses trabalhadores não se aplica a hora reduzida de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos por ocasião do trabalho noturno: Neste sentido orienta o Tribunal Superior do Trabalho (TST): TRABALHO NOTURNO. PETRÓLEO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação do petróleo, industrialização do xisto, indústria petroquímica e transporte de petróleo e seus derivados, por meio de dutos, é regulado pela Lei nº 5.811, de 11.10.1972, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos prevista no art. 73, § 1º, da CLT. Fundamentação: art. 73, § 2º, da CLT; art. 3º da Lei nº 5.811/1972; Súmula nº 112 do TST. XIV - Estabelecimentos bancários É permitido o trabalho noturno em estabelecimento bancário, para a execução de tarefa pertinente ao movimento de compensação de cheques ou a computação eletrônica, observadas as seguintes regras: a) a designação para o trabalho noturno dependerá de concordância expressa do empregado;

b) o trabalho após as 22 (vinte e duas) horas será realizado em turnos especiais, não podendo ultrapassar 6 (seis) horas; c) é vedado aproveitar em outro horário o bancário que trabalhar no período da noite, bem como utilizar em tarefa noturna o que trabalhar durante o dia, facultada, contudo a adoção de horário misto. As referidas regras poderão ser estendidas, em casos especiais, à atividade bancária de outra natureza, mediante autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Fundamentação: art. 7º, inciso IX, da Constituição Federal; art. 73, "caput", da CLT; art. 1º do Decreto Lei nº 546/1969. XV - Folha de pagamento - Discriminação do pagamento Os adicionais por trabalho noturno, extraordinário, entre outros, devem ser discriminados em folha de pagamento, possibilitando que o trabalhador tenha ciência dos valores recebidos. Em relação ao tema, orienta o TST, por meio da Súmula nº 91: SUM-91 SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Fundamentação: Súmula nº 91 do TST. XVI - Encargos sociais - INSS e FGTS Sobre os valores pagos a título de adicional noturno e horas extras (normais ou noturnas), incidem: a) a contribuição previdenciária; b) o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Para saber mais sobre os encargos sociais consulte o nosso Roteiro "Encargos previdenciários sobre folha de pagamento - Roteiro de Procedimentos". Fundamentação: art. 28, inciso I da Lei nº 8.212/1991; art. 15 da Lei nº 8.036/1990; art. 27 do Decreto nº 99.684/1990; art. 201 do Decreto nº 3.048/1999; art. 63 e 72 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009. XVII - Multa administrativa O empregador que deixar de observar as regras relacionadas ao trabalho noturno, poderá ser autuado em caso de fiscalização. A multa a ser aplicada nesse caso, varia de 37,8285 a 3.782,84722 UFIRs, aplicada em dobro no caso de reincidência e oposição à fiscalização, ou desacato à autoridade. A expressão monetária da UFIR é de R$ 1,0641. Segue exemplo de cálculo de multa administrativa: - multa em UFIR: 3.782,84722 - expressão monetária da UFIR: R$ 1,0641 - valor da multa a pagar: R$ 4.025,3277 (3.782,84722 x R$ 1,0641) Fundamentação: art. 75 da CLT; anexo II da Portaria MTB nº 290/1997; art. 6º, parágrafo único, da Lei nº 10.192/2001; Portaria MF nº 488/1999. XVIII - Jurisprudência "Adicional noturno. Parágrafo 3º, do art. 73, CLT. Com a revogação, pela Constituição Federal 46, do § 3º, do art. 73, da CLT (Enunciado 130, do TST), o adicional noturno passou a ser devido por todo e qualquer empregador, sem distinção, pouco importando a natureza da sua atividade." (Ac un da 1a T do

TRT da 3a R - RO 3.385/87 - Rel. Juiz Ricardo V. Moreira Rocha - "Minas Gerais" II 22.01.88, p. 30). "Empregado doméstico. O parágrafo único art. 7º da Constituição de 1988, não estendeu a essa categoria o direito ao adicional noturno." (Ac un do TRT da 8a R - RO 2.109/89 - Rel. Juíza Semíramis Ferreira - j 06.03.90 - DO PA 05.04.90, p. 16). "Professor. Adicional noturno. O professor faz jus ao adicional noturno sobre a remuneração pelo trabalho prestado após as vinte e duas horas e não sobre todo o período trabalhado à noite. Recurso de Revista a que se nega provimento." (Ac un da 1a T do TST - RR 0245/89.2 - Rel. Min. Fernando Vilar - j 20.08.90 - DJI 05.10.90, p. 10.804) "Trabalho extraordinário em horário noturno. O trabalho extraordinário executado em horário noturno subordina o pagamento do salário/hora normal acrescido, quando for o caso, dos dois adicionais (adicional de hora extra e adicional noturno). Por outro lado, essa majoração que incide sobre a hora normal não é apenas a soma das duas vantagens devidas como adicionais do trabalho noturno e do trabalho suplementar, não havendo como se admitir o pagamento complessivo de uma única parcela, quando devidas as duas, ainda que se alegue que a remuneração corresponde aos dois adicionais." (Ac un da 1a T do TST - RR 74.737/93.0-33 R - Rel. Min. Indalécio Gomes Neto - j 27.10.93 - DJU 1 04.02,94, p. 1.006). "Hora extra prestada em horário noturno. Base de cálculo. Uma vez que o valor normal da hora trabalhada em período noturno é superior ao valor da hora diurna, e considerando-se que o trabalho noturno já é de per si mais desgastante, resta concluir que o adicional noturno compõe a base de cálculo das horas extras prestadas nos horários em que este adicional é devido. Revista parcialmente conhecida e desprovida." (Ac un da 2a T do TST - RR 73.071/93.5-9B R - Rel. Min. Vantuil Abdala-j07.10.93-DJUI 12.11.93, p. 24.186). "O fato gerador da percepção do adicional noturno é o trabalho prestado no horário compreendido entre 22 horas de um dia às 05 horas do dia seguinte. A jurisprudência atual e iterativa desta Corte é no sentido de que uma vez inexistente o trabalho no horário noturno, cessando o fato gerador, cessará o direito ao adicional respectivo, sendo lícita a supressão de seu pagamento. Recurso de revista conhecido e provido." (Ac un da 3a T do TST - RR 5.062/88.4 - Rel. Juíza Heloísa Pinto Marques, Convocada - j 27.08.90 - DJL I 26.10.90, p. 12.077). "Hora noturna - art, 73, § 1º, da CLT e art. 7º, IX, da Constituição Federal. A redução do horário noturno, fixada no art. 73, § 1º, da CLT, não encontra qualquer incompatibilidade com o art. 7º, IX, da Constituição Federal. O preceito constitucional se limita a fixar que a remuneração do trabalho noturno deve ser superior à do diurno, não havendo qualquer restrição quanto à legislação ordinária, que fixa a hora noturna como de 52 minutos e 30 segundos. Recurso de Revista conhecido e desprovido." (Ac un da 2a T do TST - RR 143.587/94.7-38 R - Rei. Min. Ney Dole - j 03.08.95 -DJU 1 1º.09.95, p. 27.707) "Adicional noturno. Trabalho diurno em prorrogação ao noturno. O trabalho diurno exercido em prorrogação ao noturno não deve ser pago com o adicional noturno. Desse modo, se a jornada noturna normal é 22:00 às 5:00h, o trabalho exercido além deste período deve ser considerado extra, porém diurno e não

noturno. Revista parcialmente conhecida e desprovida." (Ac un da 1a T do TST - RR 75.385/93.7-2a R - Rel. Min. Afonso Celso - j 28.04.94 - DJU 1 10.06.94, p. 14.914). XIX - Consultoria FISCOSoft 1 - Nas atividades rurais qual período é considerado noturno? Nas atividades rurais, considera-se trabalho noturno: a) na lavoura - o executado entre as 21 (vinte e uma) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte; b) na pecuária - o executado entre as 20 (vinte horas) de um dia e as 4 (quatro) horas do dia seguinte. Fundamentação: art. 7º da Lei nº 5.889/1973. 2 - A hora noturna é reduzida em relação à normal? Sim. A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Fundamentação: art. 71, § 1º, da CLT. 3 - Nas atividades urbanas qual período é considerado noturno? Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. Fundamentação: art. 71, § 2º, da CLT. FONTE: FISCOSOFT - 16/04/2012.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

ESPECIAL - IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 2012/2011 http://www.receita.fazenda.gov.br/perguntasrespostas/ FONTE: Receita Federal do Brasil

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