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7/24/2019 Resenha O Pessimismo Sentimental Mestrado
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Campus de Montes Claros
Mestrado em Sociedade, Ambiente e Territrio
esenha O Pessimismo Sentimental e a
experincia Etnogrfica: Por que a cultura no
um obeto em !ia "e extin#o $ Parte %%&
'utor: Sahlins (arshall
Disciplina: Cultura, Populao e NaturezaAcadmica: Raquel de Ftima AlvesProessoras: Flvia !alizoni, Felisa Ana"a e Andr#a Narciso$
Montes Claros - MG - 2015
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Na obra de Marshall Sahlins O pessimismo sentimental e a experincia etnogrfica:
Por qe a cltra n!o " m ob#eto em $ia de extin%!o& Parte '( o ator fa) cr*ticas aantropologia e tamb"m fala sobre a qest!o da nostalgia a qe lhe foi reser$ada desde a d"cada
de +, com a teoria do desalento - enqanto ob#eto fadado . morte por conta do imperialismo
coloni)ador erope/
0 cltra& n!o tem a menor possibilidade de desaparecer enqanto ob#eto principal da
antropologia 1 tampoco( alis( enqanto preocpa%!o fndamental de todas as cincias
hmanas/ 2 claro qe ela pode perder( e # perde( parte das qalidades de sbst3ncia natral
adqiridas drante o longo per*odo em qe a antropologia ando fascinada pelo positi$ismo/
Mas a cltra& n!o pode ser abandonada( sob pena de deixarmos de compreender o fen4meno
5nico qe ela nomeia e distinge: a organi)a%!o da experincia e da a%!o hmanas por meios
simb6licos/ 0s pessoas( rela%7es e coisas qe po$oam a existncia hmana manifestam8se
essencialmente como $alores e significados 1 significados qe n!o podem ser determinados a
partir de propriedades biol6gicas o f*sicas/
0s di$ersidades cltrais adqirem $alor de acordo com m contexto( e a cltra ao
contrrio da ci$ili)a%!o( n!o pode ser transferida a otros po$os( mas " ela #stamente o modo
singlar de organi)a%!o destes po$os qe se contrap7e a m pro#eto colonialista - o se#a( ela "
fndamentalmente anti colonialista/
0 id"ia do imperialismo colonial carrega m pressposto de sperioridade erop"ia
relati$amente aos otros po$os qe interpreta o conceito de cltra red)indo8lhe ao
instrmentalismo( diferentemente de sa inten%!o original/
9esta maneira( com a expans!o da globali)a%!o econ4mica( temem algns qe as
sociedades tribais perif"ricas est!o a caminho da desapari%!o - $*timas da hegemonia
capitalista( e qe( portanto( o ob#eto de ma cincia antropol6gica qe seria exatamente esses
ditos po$os primiti$os&( o melhor( a cltra desses po$os(estaria em $ias de extin%!o/ ato "
qe o contato com a ci$ili)a%!o& ocidental e a integra%!o com o mercado global promo$e m
enriqecimento da cltra dos po$os ind*genas - promo%!o qe se articla materialmente com
o mercado( mas qe torno necessria ma re8elabora%!o do ni$erso cltral a partir dos
no$os elementos qe passaram a reperctir na comnidade/ ;e8elabora%!o esta qe n!o est
des$inclada dos significados tradicionais( mas ao contrrio promo$e ma intensifica%!o
cltral& no sentido de responder( interpretar( organi)ar e $i$er as no$as possibilidades de
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mndo atra$"s da pr6pria cltra( pois - Sahlins cita
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p/ J apd Sahlins( ABBJ( p/ AKK@ Iamb"m " m ator qe ad$oga em fa$or da capacidade de
agncia hist6rica dos po$os ind*genas frente ao sistema mndial capitalista/ =ssa $is!o seria
ma tentati$a de manter os po$os ind*genas ref"ns de sa hist6ria qe le$aria a pri$8los dahist6ria/ =m sa tra#et6ria( Irner acompanho os ind*genas Laap6 em momentos diferentes/
=m ABJK( relata t8los $isto $i$er em ma $ida dpla( na qal sa existncia tradicional existia
apenas nos limites tra%ados pelas exigncias ocidentais/ 9essa forma( sem consegir ob#eti$ar
sa cltra e conferir8lhe m $alor instrmental( os Laap6 tampoco podiam fa)er de sa
identidade "tnica ma afirma%!o de atonomia/& ?S0'NS@/ ontdo( ao $oltar a campo em
ABC+( Irner passo a o$ir a pala$ra cltra& com freqncia( associada a no$as rela%7es
estabelecidas com otros po$os ind*genas( com a sociedade nacional e com o sistema
internacional( e tinham conscincia de qe sas t"cnicas de sbsistncia( dieta alimentar(
cerim4nias( institi%7es e acer$os sobre saberes e costmes fa)iam parte de sa cltra e eram
necessrias . $ida como a entendiam/
Sahlins coloca qe isso n!o significa nenhma $olta a ma sposta cltra primordial(
mas perceberam qe sa reprod%!o depende do entendimento dos meios e do controle das
for%as de sa transforma%!o hist6rica/ 2 nesse sentido qe se coloca qe na lta contra o
sistema hegem4nico( a continidade das cltras ind*genas consiste nos modos espec*ficos
pelos qais elas se transformam/& ?S0'NS@/ 9rante esses K+ anos de inter$alo entre os dois
trabalhos de campo( os Laap6 assmiram o controle de todos os focos institcionais e
tecnol6gicos de dependncia em rela%!o . sociedade brasileira existentes dentro de sa
comnidade e territ6rio/& ?Irner( ABBQ( p/ + apd Sahlins( ABBJ( p/ AKE@ Sahlins ent!o
argmenta qe essa " ma express!o local de m fen4meno mito mais generali)ado(
caracter*stico do fim do s"clo RR/ rios po$os ob#eti$aram sa cltra( transformando8a em
ob#eto de gerra de $ida o morte/
Para Sahlins( isso significa qe estamos diante ma no$a organi)a%!o mndial a cltra
e de no$os modos de prod%!o hist6rica/ =ssa( qe ele chama de ltra Mndia da?s@
cltra?s@ seria mais ma organi)a%!o da di$ersidade qe pra replica%!o da niformidade/ 2
desse interc3mbio entre o local e o global qe se fa) a hist6ria cltral( # qe se percebe qe os
po$os ind*genas n!o s!o apenas $*timas( mas tamb"m capa)es de agncia hist6rica/
Bibliografia
N''( Michael/ ABCB/ Ihe NeT Pearlshells: 0spects of Mone and Meaning
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in 0nganen =xchange&/ anberra 0nthropolog( AK:ADD8AJ,/
S0'NS( Marshall/ ABCC/ osmologies of apitalism: Ihe Irans8Pacific
Sector of the
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of the MambTe People of Northern ;hodesia/ Manchester: Manchester
Xni$ersit Press for the ;hodes8i$ingstone 'nstitte/
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