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RESENHA Entender como o computador e os diferentes tipos de softwares podem interagir no processo de construção do conhecimento. Este é o objetivo do artigo “Análise dos diferentes tipos de softwares usados na Educação”. O autor faz uma introdução com referência a vários teóricos que estudaram as estruturas mentais, de Lawler a Kurt Fischer. A intenção é mostrar que o conhecimento é, em geral, construído a partir da obtenção de novas informações e pela reorganização das estruturas já existentes, por meio da mistura simbiótica dos saberes já adquiridos. O computador entra como uma ferramenta importantíssima neste processo. Segundo o artigo, ele pode tanto fornecer novas informações, quanto agir como meio de interação entre o conhecimento que se tem com as novas perspectivas de aprendizagem. Entretanto, é ressaltado que a formação do conhecimento não é uma premissa exclusiva dos softwares e computadores em si, o segredo está na interação dos próprios estudantes com os programas. Por isso, dada a variedade de softwares, suas interações e intenções, é preciso analisar muito bem qual será a alternativa escolhida. Em tese, cada software é indicado para uma situação educacional diferente, podendo mesclar sua utilização dependendo do tipo de interação e da forma que o tutor quer que o conhecimento o seja construído. O autor deixa claro que catalogar o uso dos diferentes programas de computador para o uso educacional é uma tarefa problemática e pode se mostrar um tanto quanto falaciosa, pois a versatilidade de cada software é tanta, que existe o risco de uma análise simplista no contexto geral. Entretanto, o texto aceita o desafio a analisa os diferentes tipos de softwares, suas interações e potencialidades. Os primeiros a serem estudados são os tutoriais, esquemas de informações sequenciadas pedagogicamente definidas. É um mecanismo onde a informação é, invariavelmente, organizada por terceiro antes de sua utilização. As possibilidades que o aluno tem são as de pular as etapas ou escolher o que deseja ver. A interatividade se dá principalmente pela utilização de hipertextos. A crítica para esta plataforma é que apesar de ter a informação disponível à frente, não é possível saber se o aluno está a processando ou se está entendendo a cadeia de conteúdos colocados na tela. Ou seja, a limitação do software

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Resenha sobre o livro a obra de salém com gabaritos oficias destacados pelo autor.

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RESENHA

Entender como o computador e os diferentes tipos de softwares podem interagir no processo de construção do conhecimento. Este é o objetivo do artigo “Análise dos diferentes tipos de softwares usados na Educação”. O autor faz uma introdução com referência a vários teóricos que estudaram as estruturas mentais, de Lawler a Kurt Fischer. A intenção é mostrar que o conhecimento é, em geral, construído a partir da obtenção de novas informações e pela reorganização das estruturas já existentes, por meio da mistura simbiótica dos saberes já adquiridos.

O computador entra como uma ferramenta importantíssima neste processo. Segundo o artigo, ele pode tanto fornecer novas informações, quanto agir como meio de interação entre o conhecimento que se tem com as novas perspectivas de aprendizagem. Entretanto, é ressaltado que a formação do conhecimento não é uma premissa exclusiva dos softwares e computadores em si, o segredo está na interação dos próprios estudantes com os programas. Por isso, dada a variedade de softwares, suas interações e intenções, é preciso analisar muito bem qual será a alternativa escolhida. Em tese, cada software é indicado para uma situação educacional diferente, podendo mesclar sua utilização dependendo do tipo de interação e da forma que o tutor quer que o conhecimento o seja construído.

O autor deixa claro que catalogar o uso dos diferentes programas de computador para o uso educacional é uma tarefa problemática e pode se mostrar um tanto quanto falaciosa, pois a versatilidade de cada software é tanta, que existe o risco de uma análise simplista no contexto geral. Entretanto, o texto aceita o desafio a analisa os diferentes tipos de softwares, suas interações e potencialidades.

Os primeiros a serem estudados são os tutoriais, esquemas de informações sequenciadas pedagogicamente definidas. É um mecanismo onde a informação é, invariavelmente, organizada por terceiro antes de sua utilização. As possibilidades que o aluno tem são as de pular as etapas ou escolher o que deseja ver. A interatividade se dá principalmente pela utilização de hipertextos. A crítica para esta plataforma é que apesar de ter a informação disponível à frente, não é possível saber se o aluno está a processando ou se está entendendo a cadeia de conteúdos colocados na tela. Ou seja, a limitação do software tutorial encontra-se na fase de verificação. É preciso aplicar outros testes e processos para testar se o processamento da informação foi bem sucedido.

Já a programação, une quatro princípios essências para a formação do conhecimento. São eles a transposição dos problemas para a linguagem do computador, a execução dessa descrição pelo computador, e reflexão quase metalinguística sobre o que foi produzido e a depuração do conhecimento através do incentivo por novas informações. Porém, é ressaltado no texto a necessidade de um tutor, um guia, para a interação entre aluno-computador. Algumas linguagens são apresentadas, além das listas de Logo, como a de Pascal por exemplo. Por fim, o processo de construção do conhecimento através da programação é comparado aos dos processadores de texto onde a diferença se dá na forma como os ciclos de atividade (de descrição até a depuração) se fazem simples ou de fácil acesso.

Os softwares de multimídia e internet, e de seus respectivos desenvolvimentos além da simulação e jogos também são apresentados e analisados todos através da ótica do ciclo descrição-execução-reflexão-depuração-descrição. Estes últimos, observando-se bem, possuem características semelhantes aos dos tutorias ou à programação. E neste ponto o autor destaca, novamente, a abordagem que é dada pelo educador. São apresentadas

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dificuldades em todos os mecanismos, seja a competição para os jogos, e compatibilização com real das simulações e a imensa variedade de conteúdo e possibilidades da internet.

Por fim, a reflexão gerada é a seguinte: Afinal, na era da informação, o computador realmente auxilia no processo de formação do conhecimento no ambiente escolar? Vários argumentos são apresentados para mostrar que sim e que não. O conceito de empowerment é utilizado como uma sensação necessária dentro das escolas. A confiança das próprias capacidade e o incentivo para o gradual desenvolvimento. Segundo o autor, o computador pode sim auxiliar neste processo. Suas variedades de softwares e aplicações do mesmo são de grande valia para o processo educacional. Entretanto, é preciso dominar os mecanismos, os professores precisam ser capacitados para utilizar os programas da melhor forma possível.

O autor critica o uso do computador como uma mera forma mecânica de realizar tarefas, é preciso entender o que se está a fazer. Se não, como diz o autor, todo o processo torna-se uma simples informatização do que já existe no que tange o processo pedagógico. É ressaltado a demanda por indivíduos cada vez mais criativos e críticos. E que os computadores, se bem utilizados, podem contribuir para isso. Em resumo, o mundo evoluiu, as ferramentas educacionais também, e o professor está longe de se tornar obsoleto. Ele é o responsável por fazer o intermédio entre as plataformas computacionais e a interação dos alunos. É preciso maestria para lidar com estas novas ferramentas e tomar cuidado com a mera transposição dos livros telas.