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SPBC – Seminário Presbiteriano Brasil Central
Aluno: Tiago Rocha Marques – 1º ano – Teologia
BAXTER, Richard. O Pastor Aprovado (The Reformed Pastor). Edição resumida e
simplificada. 3ª edição Tradução: Odayr Olivetti. Publicações Evangélicas
Selecionadas. São Paulo, SP. 2006.
Pastor Aprovado
“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade”. 2 Timóteo 2:15
Por Tiago Marques*
Richard Baxter nasceu em 1615 em Shorpshire, um condado na zona oeste da
Inglaterra. Estudou na modesta Escola Pública Donnington. Autodidata e leitor ávido,
Baxter estudou vastamente sobre vários assuntos. E com isso tornou-se um exímio
discursista. Por volta de 1942 quando inicia a guerra civil, Baxer serviu como
capelão do Exército do Parlamento até 1647. Retornou então para Kidderminster
como pastor onde trabalhou até 1661. Um povo ignorante e rude que foi
transformado em uma comunidade piedosa e de adoração. Aquele município foi tão
abençoado que se tornou um referencial na história evangélica da Inglaterra.
Após a restauração da monarquia, Baxer perdeu através do decreto da
Uniformidade de 1662 o seu cargo e ficou arrasado. Baxter casou-se com a jovem
Margaret em 19 de setembro de 1662. Margaret sempre esteve ao lado dele. Seja
para confortá-lo, ou para cuidar de sua saúde que era bem debilitada. Para Baxter
foi sua maior consolação para anos tão difíceis.
Durante o tempo em que não exerceu seu ministério integralmente, Baxter utilizou-o
para escrever. Foi autor dos clássicos: O Descanso Eterno dos Santos (“The Saints’
Ever- lasting Rest”), uma explicação a respeito do céu; Um Apelo ao Não-
convertido (“A Call to the Unconverted”) e O Pastor Aprovado (“The Reformed
Pastor”) objeto desta resenha.
*Tiago Rocha Marques é aluno do primeiro ano de teologia no Seminário Presbiteriano Brasil Central
- SPBC, Goiânia.
Com certeza Richard Baxter procurou ser um pastor aprovado. Seu livro nos remete
a entender a sua preocupação em embelezar a noiva de Cristo antes da sua vinda.
Iniciando com os servos Dele. Porque se de fato como igreja e servos queremos
fazer diferença no mundo, então devemos começar através de nosso líderes. Por
isso a importância de trabalhar com o pecado na vida do líder cristão. Baxter se
preocupa com a vida espiritual do pastor e o convida a examinar seu caráter e
nossas vidas pessoais diante de Deus para praticarmos a disciplina cristã. Tanto na
nossa vida como ministério. O autor também trata deste assunto com o leitor leigo.
Lembrando as necessidades do ministério pastoral, como podem auxiliar seus
pastores no campo e também exortações sobre como o comportamento dos
membros em relação ao pastor precisa de zelo.
Baxter nos incita a importância do ministério que deve ser feito com pureza,
diligência, eficiência, convicção das doutrinas básicas, ensino claro, dependência de
Deus, amor, humildade, zelosamente, equilíbrio, com reverência e também em
unidade entre pastores. Ele nos relembra que seremos julgados pelo próprio Cristo
quanto a nossa atitude de zelo ou não na obra Dele. O autor nos eleva a importância
então de um ministério eficaz.
Mas para isso, precisamos cuidar de nós mesmos. Precisamos estar cientes que a
graça redentora superabunde em nós. Precisamos estar fartos do amor de Deus
para que assim possamos compartilhá-lo sem perdê-lo. Pois sabemos que desde o
pecado nossa natureza é depravada e somos pecadores contra a graça de Deus.
Por isso temos que nos concentrar em uma analise própria em nós mesmos e
buscar a graça divina, salvadora e redentora para nossos pecados que é o
arrependimento para nos acharmos aprovados diante do Pai.
Nos fala também sobre o cuidado que devemos ter com o rebanho. Todo rebanho
tem pastor, e todo pastor tem um rebanho. Mas para ser um bom pastor, temos que
estar preparados para isso. E isso requer esforço de nossa parte em conhecer o
nosso rebanho. Precisamos nos relacionar com ele. Para agradar a Deus,
precisamos promover a unidade, a beleza, o poder, a preservação e o progresso do
nosso povo. Precisamos amar a unidade e pureza da Igreja e detestar a discórdia e
a divisão. E ser sensível as necessidades específicas do rebanho. Rebanho este
que nos concedeu o Senhor. Para cuidar deste rebanho precisamos nos encher da
Escritura e não tratá-la somente como objeto de analise e estudo. Exorta a não nos
tornar grandes teólogos em conhecimento, mas vazios do amor de Cristo.
Precisamos ser franco quanto aos pecados. Não acreditar que pelo oficio somos
limpos dos nossos pecados, mas somente pela santificação de Cristo. Buscar a
fidelidade e principalmente a certeza que já fomos regenerados em Cristo.
O Pastor aprovado é de fato um manual de estudo. É um livro que deveria estar na
cabeceira de nossas camas. Tanto agora quanto no futuro, para que possamos
recorrer a ele e nos lembrarmos da importância do zelo com o ministério. É
realmente uma obra de “Instrução Pessoal”. Ao terminar a leitura, sinto que tenho
ainda mais, um caminho árduo pela frente. Amar a Cristo, se render a Ele de todo o
coração foi de fato a parte mais fácil de nosso ministério. Amar a obra, se render ao
chamado e amar a Igreja é que em minha humilde opinião é a parte mais difícil. É
interessante observar também que um livro escrito há tantos anos (1656) ser um
livro tão atual ainda hoje. Espero que sejamos verdadeiramente pastores aprovados.
Que amemos a Cristo, sua obra e sua igreja. E que não cometamos o pecado de
sermos negligentes.
O livro é indicado para pastores que desejam um renovo ao seu ministério. Aos
líderes que precisam sistematizar seus ensinos e aos teólogos que desejam
entender qual a sua verdadeira vocação. O Pastor Aprovado é um livro de fácil
leitura e compreensão se tornando algumas vezes cansativo devido à repetição das
idéias.