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Resíduo do tratamento por vapor em madeira de eucalipto como possível corante
natural para tingimento de algodão
Ticiane Rossi. Doutoranda em Recursos Florestais, ESALQ/USP, [email protected] Nelson Barros Trindade. Mestrando em Têxtil e Moda, EACH/USP, [email protected] José Otávio Brito. Professor Titular, ESALQ/USP, [email protected] Maurício de Campos Araujo. Professor Doutor EACH/USP, [email protected]
∗ Corantes naturais vêm ganhando importância devido aos menores danos à saúde e ao ambiente. Uma fonte potencial de matéria-prima desses materiais pode ser os resíduos gerados em processos industriais.
∗ A madeira serrada é submetida a uma vaporização a temperatura de até 95°C em câmara fechada para fins estéticos.
∗ O tratamento da madeira de Eucalyptus grandis por vapor, gera uma água residual nos tanques laterais da câmara. Este resíduo, por possuir coloração pode ter potencial para uso como corante natural em tingimento têxtil.
1. Introdução
1. Introdução Processo de vaporização
Depósito do resíduo
Local de formação do resíduo
1. Introdução Local de formação do resíduo
Resíduo líquido
Crescimento de fungos na parte mais aquosa do resíduo. A parte sólida decanta no fundo do canal
1. Introdução Destinação do resíduo no solo
2. Justificativa
Ind. Madeireira
• Resíduo sem destino definido
• Potencial poluição
Ind. Têxtil Corante sintético
Tecido tingido corante sintético
2. Justificativa
Ind. Madeireira
• Potencial de tratamento biodegradabilidade
Tecido tingido corante sintético
Ind. Têxtil Corante sintético
Tecido tingido corante natural
Avaliar o resíduo do processo de tratamento da madeira de eucalipto por vapor como potencial corante natural para tingimento de tecidos de algodão.
3. Objetivo
∗ Resíduo: fornecido pela Depinus (Curiúva, PR) – amostra de 2 litros do resíduo
∗ Análises físico-químicas: LQCE/ESALQ/USP ∗ pH
∗ Cor
∗ Teor de sólidos totais
∗ Teor de taninos condensados (PAES, 2006)
∗ Tingimento de algodão: Donacor, em Santana de Parnaíba, SP ∗ Esgotamento, baseado em Rossi, et al (2012) ∗ Tratamentos:
∗ Sem adição de sais metálicos ∗ Com sulfato de alumínio e potássio (alúmen) ∗ Com sulfato de ferro
∗ Solidez de cor ∗ Lavagem doméstica. Indústria Golden Química, em Guarulhos, SP. NBR ISO 105-C06-2006
(ABNT 2006) ∗ Notas de alteração e transferência de pela escala cinza
∗ Variação de 1-5, sendo 5, excelente e 1, pobre
4. Material e Métodos
4. Material e Métodos Tingimento
5. Resultados Análise físico química do resíduo
5. Resultados Solidez de cor
Tecidos Tingidos Tecidos Lavados Corpo de prova de transferência
5
5
5
5
5
5
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5
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5
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5
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5
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∗ Cor diferente. Tecidos tingidos ainda apresentaram coloração, apesar de diferente de antes da lavagem.
∗ Indicação de lavagem. Estes tingimentos com este resíduo devem ser direcionados para produtos que necessitem de lavagem neutra ou ácida.
∗ Característica do corante. Para atender as leis do consumidor, sugere-se uma etiqueta com instrução de lavagem. A alteração de cor devido ao pH não deve ser encarada como não conformidade, mas sim como caraterística intrínseca de uma peça tingida com corante natural.
∗ Corante sensível ao pH. A grande alteração de cor após lavagem sugere que o tingimento com este resíduo é sensível a variações de pH (detergente da norma possui pH = 10,45). Sugere-se algum tipo de tratamento alcalino após o tingimento. Possivelmente reduzirá a alteração de cor no uso posterior pelo consumidor.
6. Discussão
∗ Resíduo possui pH ácido, coloração marrom e teor de taninos condensados de 4%
∗ Solidez de cor dos tecidos tingidos à lavagem doméstica ∗ transferência de cor - não transferência, o que significa que os tecidos tingidos
de corante natural são aceitáveis a indústria têxtil ∗ alteração de cor - grande alteração, o que indica que, se alguns produtos
necessitam de lavagem ácida ou neutra, esse corante pode ser direcionado como alternativa sustentável para o processo
O resíduo do processo de tratamento da madeira de eucalipto por vapor
possui potencial como corante natural para tingimento de tecidos de algodão.
Estudos futuros: Avaliar métodos de aumento de solidez de cor dos tecidos tingidos à lavagem Avaliar solidez de cor à luz dos tecidos tingidos
7. Conclusão
∗ Thales Trindade da Donacor
∗ Samuel Araújo da Golden Química
∗ Udemilson Ceribelli do Laboratório de Química Celulose e Energia da ESALQ/USP
∗ CAPES
Agradecimentos
Ticiane Rossi. [email protected]
Nelson Barros Trindade. [email protected] José Otávio Brito. [email protected]
Maurício de Campos Araujo. [email protected]
Contatos
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 105 C06 – Ensaios de solidez da cor: Parte C-06: Solidez de cor à lavagem doméstica e comercial. Rio de Janeiro. 2006. 6 p.
NEVES, J.D; CRESPIM, L. Análise de solidez de cor em tecidos sujeitos a ensaios de lavagem com sabões em pó de diferentes propriedades. Dez. 2000. Disponível em: <br.geocities.com/lcrespim/trabalhos/lavagem.pdf>. Acesso em: 12 set. 2009.
PAES, J.B; DINIZ, C.E.F; MARINHO, I.V. Avaliação do potencial tanífero de seis espécies florestais de ocorrência no semi-árido brasileiro. Cerne, Lavras, v. 12, n. 3, p. 232-238, jul./set. 2006.
ROSSI, T; BRITO, J.S.; BITTENCOURT, E.B; ALMEIDA, R.S.R.; FARIA, P.N.; DIAS, C.T.S. Resíduo efluente de eucalipto como extrato corante para o tingimento têxtil de algodão. Redige, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 1-17. 2012.
Referências
