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Fontes de alimentação c.c.-c.a Resistência das linhas de transmissão

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Resistência das linhas de transmissão

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A RESISTÊNCIA DOS CONDUTORES É UMA DAS CAUSAS DAS

PERDAS DE ENERGIA EM UMA LINHA DE TRANSMISSÃO

Perdas

As perdas são devidas a resistência do material.

A resistência dos cabos encordoados é maior do que o valor obtido

pela equação anterior porque os fios trançados helicoidalmente,

possuem um comprimento maior do que o cabo → Estima-se em

1% o aumento da resistência, devido ao encordoamento.

i

R

Para um condutor ela é definida como:

R = Potência perdida no condutor / I2 ( W / A = )

A resistência em corrente contínua é dada pela expressão:

- resistividade do condutor

RO = l / S ( ) l - comprimento do condutor

S - área da seção do condutor (mm2 ou CM)

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l

S Condutividade do cobre: = 5.7·107 -1·m-1

Resistividade: = 1 /

Resistencia: fioA

1R

[]

Perdas no Material

Dados do enrolamento:

Número de espiras: N

Comprimento médio da espira: lm

Área da janela: AW

Fator de utilização: Fu

O comprimento total será N·lm

Supondo que se preenche a janela,

a área ocupada pelo cobre será:

N

F·AA uW

fio

A resistencia do enrolamento será:

uW

m

2

F·A

l·N·

1R

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Perdas no Cobre

Conhecendo o valor eficaz da corrente no indutor pode-se calcular

as perdas no cobre.

Aumentar o número de espiras, aumenta o comprimento e diminui

a seção do cobre acarretando um aumento das perdas.

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··

··

1rms

uw

mCu I

FA

lNP

50 100 150 200 0

20

40

60 PCu (W)

N

Os valores da Densidade de

Corrente j, em projeto de indutores

ou transformadores situam-se entre

1 A/mm2 e 5 A/mm2 fio

rms

A

Ij

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A densidade de corrente em um condutor

percorrido por corrente alternada não é mais

uniforme, diferentemente do caso de condução

em corrente contínua, obedecendo a uma

distribuição que depende da permeabilidade e

resistividade do material.

Em baixa frequência, a corrente no condutor

circula por toda a seção uniformemente.

Em frequências elevadas isto não ocorre devido

ao efeito Pelicular (Skin effect)

A corrente alternada gera um campo magnético.

Este campo ao atravessar uma área do

condutor induz correntes que tendem a anular o

campo.

Efeito Pelicular

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Efeito Pelicular

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Pode-se considerar que toda a corrente circula por uma parte da periferia

do condutor, denominada de profundidade de penetração do efeito

pelicular (d)

d

··

2

0

= 5,7 · 107 -1·m-1 a T=25oC

= 4,34 · 107 -1·m-1 a T=100oC

o = 4 · 10-7

= 2f

[m]

f = 20 kHz d = 0.47 mm

Efeito Pelicular

r

Densidade

de corrente

Circula mais

corrente na

parte externa

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Considerando que a resistencia do condutor em baixa frequência é igual

a Rcc e que a resistencia do mesmo em alta frequencia é igual a Rca, a

relação entre as duas é dada pela expressão abaixo:

Efeito Pelicular

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2

cc

ca

)12

d()

2

d(

)2

d(

R

R

dd

d Onde:

d é o diametro do condutor e

d é a profundidade de penetração

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Efeito Pelicular

Escolhendo-se um fio cujo raio seja menor ou igual a profundidade de penetração

do efeito pelicular, pode-se admitir que a corrente se distribui uniformemente por

toda a seção do condutor.

Para corrente senoidais nos enrolamentos, há uma espessura ótima do condutor

que minimiza as perdas no cobre.

Não é objetivo deste curso detalhar o equacionamento do efeito pelicular apenas

introduzir para a compreensão do cálculo dos parâmetros da linha.

Portanto, em corrente alternada a resistência apresenta um

comportamento dependente do efeito pelicular, sendo mais

conveniente sua obtenção em tabelas fornecidas pelos

fabricantes.

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EFEITO CORONA

A seleção dos condutores é uma das decisões mais importantes a serem tomadas

pelo projetista das linhas de transmissão.

Nas linhas em médias e altas tensões, a escolha das secções dos condutores

geralmente se baseia em um equacionamento econômico entre perdas por efeito

joule e os investimentos necessários.

Nas linhas em tensões extra-elevadas e ultra-elevadas, o controle das

manifestações do efeito corona pode ser o elemento dominante para orientar essa

escolha.

As múltiplas manifestações do efeito corona têm implicações diretas com a

economia das empresas concessionárias e com o meio ambiente no qual as linhas

de transmissão se encontram. Todas são importantes, e por isso mesmo devem

merecer dos projetistas a devida atenção.

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EFEITO CORONA

O efeito Corona ocorre quando um forte campo elétrico associado com um

condutor de alta tensão ioniza o ar próximo ao condutor, ou seja, quando o

valor do gradiente de potencial aí existente excede o valor do gradiente

crítico disruptivo do ar.

Mesmo em um campo elétrico uniforme as várias condições controlam essa

tensão disruptiva, tais como a pressão do ar, a presença do vapor d’água, o

tipo de tensão aplicada e a fotoionização incidente Portanto, o

aumento da humidade e da chuva intensifica o efeito corona porque tornam o ar

mais condutivo.

No campo não uniforme em torno de um condutor, a divergência do campo exerce

influência adicional, e qualquer partícula contaminadora, como poeira, por

exemplo, transforma-se em fonte punctual de descargas.

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EFEITO CORONA

Descargas elétricas em gases são geralmente iniciadas por um campo elétrico

que acelera elétrons livres aí existentes.

Durante a sua aceleração no campo elétrico, cada elétron livre colide com átomos

de oxigênio, nitrogênio e outros gases presentes, perdendo, nessa colisão, parte

de sua energia cinética.

Posteriormente, o átomo atingido pode liberar o excesso de energia em forma de

CALOR, LUZ, ENERGIA ACÚSTICA E RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS.

Toda a energia liberada ou irradiada provem do campo elétrico da linha, portanto,

do sistema alimentador, o que representa perda de energia, por conseguinte,

prejuízo.

Essas perdas e suas consequências econômicas tem sido objeto de pesquisas e

estudos há mais de meio século.

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EFEITO CORONA

Os resultados das pesquisas permitem determinar, com razoável segurança, qual

o melhor desempenho esperado para as diversas soluções possíveis no que diz

respeito a essas perdas.

As perdas máximas podem ter influência significante nas demandas dos

sistemas.

São significativos os valores obtidos em medições realizadas na Rússia em linhas

de 500 KV. Mediram-se perdas médias anuais da ordem de 12 kW/km de linha

trifásica, com tempo bom, perdas máximas da ordem de 313 kW/km sob chuva e

374 kW/km sob garoa.

As perdas sob chuva dependem não só do índice de precipitações, como também

do número de gotículas d’água que conseguem aderir à superfície dos condutores.

Esse número é maior nos condutores novos do que nos usados, nos quais as

gotas d’água aderem mais facilmente à geratriz inferior dos condutores.

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EFEITO CORONA

O efeito Corona também libera partículas de O2 e produz oxigênio tri atômico -

O3, ozônio - um gás corrosivo que destrói equipamentos de linhas de potência e

coloca em perigo a saúde humana.

E o efeito Corona gera ruído eletromagnético de largo espectro.

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PASSOS BÁSICOS PARA DETECTAR INTERFERÊNCIA DE LT ELÉTRICA

Ruído de linhas de transmissão de energia elétrica: Você provavelmente já ouviu.

Em um rádio, soa como um zumbido ou rugido que também, pode ser pontuado

por pequenos "estalos". Pode ser fraco, forte ou qualquer coisa na média.

O ruído das linhas de transmissão podem se intensificar durante tempo úmido.

Apesar de ser muito difícil de na prática atenuar o problema, o importante é saber

identificá-lo, de forma a poder tomar algumas medidas.

Os tipos de perturbação provocados pelo efeito corona: A radiointerferência (RI) e

o ruído acústico (RA).

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PASSOS BÁSICOS PARA DETECTAR INTERFERÊNCIA DE LT ELÉTRICA

Descargas individuais de corona provocam pulsos de tensão e corrente de curta

duração.

Porém, aquelas que ocorrem durante os semiciclos positivos é que irradiam

ruídos capazes de interferir na radiorecepção nas faixas de frequência das

transmissões em amplitude modulada (AM).

Eflúvios de corona também ocorrem em outros componentes das linhas, tais

como ferragens e isoladores, porém a intensidade dos ruídos gerados é

bastante inferior à dos gerados pelos condutores.

Ferragens defeituosas, pinos e contrapinos mal-ajustados ou soltos podem

igualmente gerar pulsos eletromagnéticos → Estes, no entanto, ocorrem nas

faixas das frequências de "FM" e "TV", provocando interferência ou ruídos nas

recepções de "FM" e "TV".

A geração desses ruídos interfere com os direitos individuais dos

moradores das vizinhanças das LTs, uma vez que os ruídos se podem

propagar além das faixas de servidão das linhas.

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PASSOS BÁSICOS PARA DETECTAR INTERFERÊNCIA DE LT ELÉTRICA

Ainda não é possível projetar economicamente uma linha de transmissão aérea

em tensões acima de 100 KV que não produza radiointerferência.

No entanto, critérios corretos e atenção aos aspectos relevantes do projeto

podem produzir um sistema que resulte pelo menos em níveis aceitáveis de

perturbação.

O estudo do comportamento das linhas no que se refere à "RI" é bastante

complicado em virtude dos inúmeros fatores que afetam seu comportamento,

muitos dos quais ainda são indefinidos e nem mesmo completamente

entendidos, de forma que os efeitos cumulativos são considerados em bases

estatísticas.

A poluição acústica causada pelo ruído característico provocado pelos eflúvios do

corona vem merecendo crescente atenção no dimensionamento das linhas, a

fim de que o grau de perturbação seja mantido em níveis aceitáveis.

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PASSOS BÁSICOS PARA DETECTAR INTERFERÊNCIA DE LT ELÉTRICA

Em vista do exposto, pode-se concluir que, para as linhas de transmissão em

tensões extra e ultra-elevadas, o dimensionamento econômico das linhas está

diretamente relacionado com a escolha do gradiente de potencial máximo

admissível na superfície dos condutores das linhas de transmissão.

Gradientes para uma mesma classe de tensão somente são

reduzidos mediante o emprego dos condutores de

diâmetros maiores, ou maior espaçamento entre fases, ou

pelo emprego de condutores múltiplos, com número

crescente de subcondutores.

Portanto, é necessário que se respeite os padrões industriais estabelecidos de

maneira a evitar ruídos excessivos que possam causar danos a saúde e ao

meio ambiente.

Alternativamente, vem sendo pesquisados outros métodos para a redução da

radiointerferência e ruídos audíveis.

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APLICAÇÕES DA DESCARGA DE CORONA

A descarga de corona tem inúmeras aplicações comerciais e industriais:

• Remoção de cargas elétricas indesejáveis da superfície de uma aeronave em

vôo e com isto evitando o efeito prejudicial de pulsos elétricos descontrolados

durante a atuação dos sistemas avionicos.

• Fabricação de ozônio

• Limpeza de partículas do ar em sistema de condicionamento de ar

• Tratamento da superfície de filmes poliméricos para aumentar sua

compatibilidade com adesivos ou tintas impressão.

• Fotocópia

• Fotografia Kirlian a qual alguns acreditam ser uma visualização da áurea.

• Propulsão iônica

• Laser Nitrogênio

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NA OCORRÊNCIA DE SOBRETENSÕES NA LINHA, O EFEITO CORONA É UM

MEIO IMPORTANTE DE AMORTECER TAIS FALHAS, AGINDO COMO UM

"ESCAPE" DESTA ENERGIA EXCEDENTE. SOMENTE NESSAS

SITUAÇÕES O CORONA É VANTAGOSO PARA OS SISTEMAS ELÉTRICOS.

De modo geral, nas linhas de transmissão de energia este efeito torna-se

extremamente indesejável, já que gera perdas de energia e interferências nos

sistemas de telecomunicações próximos à rede.

A descarga de corona também é indesejável:

• Dentro de componentes elétricos tais como transformadores, capacitores,

motores elétricos e geradores. Corona progressivamente danifica o isolamento

interno destes mecanismos, levando a falha prematura dos equipamentos.

• Situações nas quais aparecem tensões elevadas e a produção de ozônio deve

ser evitada.

A NBR 5422 NO BRASIL IMPÕE UM LIMITE DE INTERFERÊNCIA

PROVOCADO PELAS LINHAS DE TRANSMISSÃO, GERALMENTE

ESPECIFICADO PARA CLIMA AMENO.

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Medições de campos elétricos e magnéticos em LTs

O ruído da linha de transmissão pode ser transmitido por condução, indução ou

radiação.

A interferência pode ser conduzida através da linha de transmissão à fonte de

alimentação do rádio.

Pode viajar por indução quando a linha de transmissão está suficientemente

próxima a antena ou à alguma parte do receptor, ou até a outra linha de

transmissão.

Também, pode viajar através de irradiação: as linhas de potência podem se tornar

uma antena.

As medições de campos elétricos e magnéticos têm o propósito de registrar a

intensidade do campo gerado pela subestação e pelas LTs para assegurar a

conformidade com os limites previstos em lei.

A medição do espectro de radiointerferência também visa não causar problemas a

sistemas que usam ondas de rádio, como telefonia celular e TV.

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Detector de efeito corona para inspeção de linhas elétricas

Portátil e leve, para uso em campo, inspeção aérea e laboratorial, esse

equipamento detecta o efeito corona através da visualização do ultravioleta

em inspeções, durante o dia, de equipamentos de subestações, painéis

elétricos e isoladores, dispondo de localizador GPS e Laser para inspeção

em linhas de transmissão e distribuição com a utilização de veículos e

aeronaves.

Grava dados e armazena imagens, informações, imagens ultravioleta e

comentário de voz em memória do tipo Flash Card.