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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE
FACULDADE DE DIREITO, CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS
CURSO DE DIREITO
Maria Aparecida Pereira Mattos
RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR AÉREO
Governador Valadares
2011
1
Maria Aparecida Pereira Mattos
RESPOSNSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR AÉREO
Monografia apresentada ao curso de Direito da Faculdade de Direito, Ciências Administrativas e Econômicas da Universidade Vale do Rio Doce, com requisitos parciais para a obtenção do grau de bacharel em Direito.
Orientador: Prof. Fabiano Batista Corrêa
Governador Valadares
2011
2
MARIA APARECIDA PEREIRA MATTOS
RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR AÉREO
Monografia apresentada ao curso de Direito da Faculdade de Direito, Ciências Administrativas e Econômicas da Universidade Vale do Rio Doce, com requisitos parciais para a obtenção do grau de bacharel em Direito.
Governador Valadares, ______ de _________________________ de __________.
Banca Examinadora:
___________________________________________ Prof. Fabiano Batista Corrêa - Orientador
Universidade Vale do Rio Doce
___________________________________________ Convidado 1: Prof. ____________________
___________________________________________ Convidado 2: Prof. ____________________
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, aos meus
pais, „in memorian” e aos meus queridos
irmãos pelo incentivo a minha formação
profissional e acadêmica. Em especial, o
meu esposo e minhas lindas e adoradas
filhas.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus pela força e perseverança em prosseguir na busca
de alcançar o alvo.
Agradeço às minhas filhas, Alyne, Cristiane e Dulce, que sempre me deram força,
carinho, para que eu pudesse continuar e, de uma forma ou de outra, contribuíram
para a conclusão desse importante passo da minha vida.
Agradeço, também, ao meu grande amor; claro, o Gato, que possibilitou a realização
deste meu lindo sonho.
Agradeço à Maria do Socorro e sua mãe, Dona Inaíldes, que colaboraram muitas
vezes para que eu continuasse na faculdade, e em especial, aos meus enteados,
Tim, Anderson, André, Áilema, Alom e Alpheu, a quem amo tanto.
Agradeço também aos meus familiares, irmãos, irmã, meus lindos sobrinhos,
sobrinhas, meus cunhados e cunhadas que muito contribuíram para o término deste
trabalho.
Agradeço às, minhas amigas, Suellen, Lorena, Roberta, Renata e Marilene, pela
constante demonstração de companheirismo.
Agradeço “in memorian”, ao meu pai e à minha mãe que, mesmo não estando aqui,
sempre serviram de inspiração para que eu continuasse meus estudos.
Agradeço, por fim, a todos os meus maravilhosos professores, que sempre me
orientaram e sem o apoio deles eu não teria conseguido chegar até onde cheguei,
em especial à Sônia Queiroz, Rogério Miranda,Rosemeire Pereira e Rosemary
Mafra Nunes Leite e, com destaque, ao meu orientador, Fabiano Batista Corrêa .
5
RESUMO
A presente monografia tem como objetivo fazer um breve levantamento sobre a
responsabilidade civil do transportador aéreo, com a finalidade de desenvolver o
conhecimento, desde os tempos mais remotos até a visão mais avançada do mundo
atual. Demonstrar por completo as evoluções legais e jurídicas que tratam do
assunto como os aspectos pertinentes e judiciais da responsabilidade civil do
transportador aéreo. A responsabilidade civil está prevista no Código Civil, no
Código de Proteção e Defesa do Consumidor e Código da Aeronáutica Brasileira e
Constituição Federal de 1988 e jurisprudências. Mencionando o Estado como
prestador de serviços através dos servidores públicos que no ato de sua funções
passa a ter responsabilidade civil se agir com negligência ou imprudência. A
responsabilidade civil do transportador aéreo, a exemplo dos transportadores em
geral, é de natureza contratual e extracontratual e é regida pela teoria objetiva,
independente de culpa. O transportador juntamente com a prestadora de serviços
estão ligados diretamente com a obrigação de e resguardar, transportar passageiros
e bagagens no aeroporto e organizar, incluindo a supervisão da Aeronave. O
transportador tem a obrigação de agir com uma razoável diligência no cuidado com
os passageiros independentemente de culpa. Ademais, a responsabilidade civil
divide-se em teoria objetiva e teoria subjetiva. A teoria objetiva é fundada no risco
criado em certas atividades ou circunstâncias, exemplificados por determinadas
profissões, risco profissional. Por fim, tratar-se da competência para julgar as ações
cíveis e criminais é da justiça Estadual, em alguns casos da Justiça Federal, sendo o
lugar do foro o do domicilio da vítima ou lugar do fato. Será tratado de maneira mais
clara possível sobre todos os detalhes que envolvem o mundo da responsabilidade
civil do transportador aéreo.
PALAVRAS-CHAVE: Transportador Aéreo. Responsabilidade Civil, Dano e Culpa.
6
ABSTRACT
This monograph aims to make a brief survey on the legal liability of air carriers, with
the purpose of developing the knowledge, from ancient times until the advanced
vision of today´s world. Demonstrate the legal and legal developments that deal with
the matter, as well as, the relevant aspects and judicial and all the minutiae of legal
liability of air carriers. Civil liability is provided for in the Civil Code, the code of
protection and consumer protection and the Brazilian Aeronautical code and Federal
Constitution of 1988. Stating that the carrier's liability, the example of air carriers in
General, it is contractual and tort and is governed by objective theory, regardless of
guilt. Is directly related to the obligation to receive and guard at the airport and
organize, including the supervision of the aircraft. The carrier has an obligation to act
with reasonable diligence at beware passengers regardless of guilt. Moreover,
liability is divided into objective and subjective theory. Objective theory is founded on
the risk created in certain activities or circumstances, exemplified by certain
professions, professional risk. Finally, it is the clearest way possible about all the
details that evolve the world of civil liability of the air carrier.
KEYWORDS: Air Carrier. Civil Liability. Damage and guilt.
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 ESTADO ................................................................................................................ 11
2.1 FORMAS DE ESTADO ....................................................................................... 12
2.2 ELEMENTOS DO ESTADO ................................................................................ 12
2.3 FUNÇÕES DO ESTADO ..................................................................................... 13
2.4 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO .............................................................. 14
2.5 ESTADO MODERNO .......................................................................................... 16
2.6 SERVIÇOS PÚBLICOS ....................................................................................... 17
3 RESPONSABILIDADE .......................................................................................... 19
3.1 TIPOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL............................................................. 19
3.1.1 Responsabilidade Objetiva ............................................................................... 19
3.1.2 Responsabilidade Subjetiva ............................................................................. 20
3.1.3 Culpa Exclusiva da Vítima ................................................................................ 21
3.1.4 Responsabilidade contratual e extracontratual ................................................. 22
3.2 RESPONSABILIDADE PENAL ........................................................................... 23
3.3 RESPONSABILIDADE CIVIL .............................................................................. 24
3.3.1 EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL ................................................ 25
4 REPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ............................................................ 27
5 RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR AÉREO .......................... 28
5.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A EVOLUÇÃO DO CÓDIGO DE PROTEÇÃO E
DEFESA DO CONSUMIDOR .................................................................................... 30
5.2 OS CONFLITOS ENTRE NORMAS ESPECIAIS INTERNAS E O CÓDIGO DA
AERONÁUTICA BRASILEIRO, CÓDIGO DE PREOTEÇÕ E DEFESA DO
CONSUMIDOR ......................................................................................................... 30
5.2.1 Jurisprudência e as Legislações Aplicáveis à Responsabilidade Civil do
Transportador Aéreo ............................................................................................... 31
5.2.2 Responsabilidade Civil do Transportador Aéreo ........................................ 32
5.2.3 Responsabilidade Civil no Contrato Aéreo de Passageiros ....................... 33
5.2.4 Morte ou lesão de Passageiro ....................................................................... 34
5.2.5 Responsabilidade Civil e o Ato de Terceiro ................................................. 36
5.2.6 Excludentes da Responsabilidade Civil ....................................................... 37
5.3 ESTADO DE NECESSIDADE ............................................................................. 37
8
5.4 COMPETÊNCIA .................................................................................................. 38
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 42
9
“A cada novo minuto você tem a liberdade e a responsabilidade de escolher para onde quer seguir, mas é bom lembrar que tudo na vida tem seu preço” (Zilda Gasparetto, 2011).
10
1 INTRODUÇÃO
A questão da responsabilidade de uma sociedade civil importa
necessariamente em uma ordem de conjugação dos seguintes elementos: da
demarcação das posições objetivas para abtenção de um fim e da função comum da
responsabilidade.
No primeiro capítulo será apresentado como se dá a tarefa do Estado no que
diz respeito a responsabilidade do mesmo e sua função administrativa no que
abrange aos serviços públicos, como por exemplo os transportes aéreos nacionais e
internacionais, e que são serviços prestados pela União, por forma de concessão ou
permissão, conforme art.175 da Constituição Federal. As concessionárias que
prestam serviços de transportes aéreos respondem, assumindo todos os riscos pela
prestação de serviços.
No segundo e terceiro capítulo, discorrera sobre responsabilidade civil
apontando que não pode haver responsabilidade sem o dano, sendo preciso que
haja uma conduta antijurídica violando o direito de um individuo que também está
ligada aos serviços públicos e a responsabilidade civil do Estado que caracteriza
resposta do Estado no ressarcimento de dano causado ao individuo. Abordar-se-ão
dos conceitos básicos na visão de doutrinadores que dedicaram momentos de suas
vidas aprofundando sobre o tema em estudo.
O quarto capítulo discorrerá sobre a responsabilidade civil do transportador
aéreo no contrato de transporte de pessoas e sua natureza objetiva e subjetiva, no
que incide a sua responsabilidade e no que a caracteriza.
Por fim, também serão abordadas as formas de intervenção do poder
judiciário, de forma eficaz e rigorosa limitando a responsabilidade civil do
transportador aéreo, e discorrerá sobre relação contratual ou extracontratual do
transporte aéreo de pessoas, dentre ela o Decreto Lei nº2.681/12 (art.17), o Código
de Defesa do Consumidor (art. 14), e o Código Civil de 2002 (art.927,186 e 734), e
CBA (art.254) e da lei dos tráfegos aéreo lei de nº 7.565/1986, art. 12e13.
11
2 ESTADO
Estado é uma pessoa jurídica de direito público, soberano, capaz de contrair
obrigações e também personalidade. Sendo assim, constituído de um povo
organizado, sob um poder supremo, para defender a ordem pública visando o bem-
estar social. É uma organização política dotada de poderes e obrigações com a
possibilidade de integração e a unificação social.
O Estado é uma realidade de força material de dualidades de governantes e
governados que compõe a substância e a essência da Constituição Federal, que, na
realidade, é a União a titular do poder que a divide com os Estados com
determinada função. Sua origem nasce da necessidade do homem de viver em
sociedade, para facilitar o convívio em grupo, uma vez que o homem, como ser,
eminentemente, social, não pode viver fora da sociedade.
O Estado não é apenas um sistema geral de normas, como pretendem as
correntes doutrinárias, e nem é um fenômeno sociológico, é uma realidade cultural
constituída historicamente em virtude da própria natureza social do homem que
encontra sua integração no ordenamento jurídico. Ocupando um território definido,
normalmente onde teria surgido a necessidade de estabelecer um acordo entre os
indivíduos que viviam em comunidade, com o objetivo de dirimir os conflitos que se
apresentassem diante de um governo que possui soberania reconhecida, tanto
interna como externamente. O Estado é responsável pela organização e pelo
controle, pois detém, segundo o monopólio, legitimidade e especialização para
coagir e punir de acordo com a lei.
Sendo assim, o Estado tem criado diversas atividades voltadas para a
coletividade em busca de estruturas sólidas e eficientes para que seja compreendido
pela sociedade e principalmente conseguir dar segurança e proteção contra
ameaças que causam sofrimento e que afetam a capacidade individual de
resistência, com agressões externas, violência social, catástrofes naturais,
epidemias, colapsos de abastecimento. São complexas as divergências doutrinarias,
haja vista as várias teorias que afastam qualquer erro do formalismo técnico-jurídico
e se compreende o verdadeiro valor da lei e da função de governo.
12
2.1 FORMAS DE ESTADO
As primeiras formas de Estado surgiram quando se tornou possível centralizar
o poder de uma forma duradoura, permitindo o incentivo e o surgimento de uma
classe de pessoas que seria controlada e protegida pelo Estado e reside, em última
instância, na cultura tribal que se desenvolveu, com a sensibilidade humana, criando
o modelo pelo o qual foi concedido o alegado primata das micro sociedades dos
nossos antepassados, que era baseado na coação dos fracos pelos fortes. No
entanto, antropólogos salientam que a sobrevivente tribo nivelada e as sociedades
são notáveis pela sua falta de autoridade centralizada, e que altamente
estratificadas, as sociedades, ou seja, os Estados constituem uma relativa e recente
ruptura com o curso da história humana.
As formas de Estados são:
Federado-Vários Centros Autônomos de Poder
Unitário-Poder Central
Sendo que Estado Federado é aquele que se divide em províncias
politicamente autônomas, possuindo duas fontes paralelas de direito público, uma
nacional e outra provincial.
Já Estado Unitário, constitui a forma típica do Estado propriamente dito, a sua
formulação histórica e doutrinária; o poder Central é exercido sobre todo território
sem limitações impostas por outra fonte de poder.
Todavia, os Estados não têm vontade e nem ação própria mesmo assim, lhe
são atribuídos vários atributos, isto é, um querer e um agir de um agente público que
são pessoas que prestam serviços ao Estado e executam atividades de sua alçada.
2.2 ELEMENTOS DO ESTADO
São, tradicionalmente, três os elementos do Estado: povo, território e poder
político. Deve-se a formulação do conceito de Estado, como o povo fixado num
território para, mediante poder próprio, exercer o poder político, surgindo daí o
acolhimento da tese de três elementos do Estado.
13
Tem-se questionado a redução do Estado a seus elementos, considerado por
algumas pessoas, como condições de sua existência e não definidores de sua
essência. O elemento humano, constitutivo do Estado, que consiste numa
comunidade de pessoas, é o povo. O grupo humano ou coletividade de pessoas
obtém unidade, coesão e identidade, com a formação do Estado, mediante vínculos
étnicos, geográficos, religioso, linguísticos ou simplesmente políticos, que os unem.
O povo é, assim, o sujeito e o destinatário do poder político que institucionaliza a
soberania em virtude da transformação ou a extinção do Estado.
2.3 FUNÇÕES DO ESTADO
A função do Estado é atribuída e determinada e têm caráter político na forma
da constituição que as autorizem. Tais funções são desenvolvidas por órgãos
estatais, segundo a competência de que dispõe, além da atividade, a função do
Estado tem também no sentido de fim, tarefa ou incumbência, a certa necessidade,
coletiva ou a certa zona de vida social.
Neste sentido, a “função” traduz um determinado enlace entre a sociedade e
o Estado, assim como um princípio ou tentativa de legitimação do exercício do
poder. A crescente complexidade das funções assumidas pelo Estado propõe
garantir a segurança, justiça e paz civil. É a promoção do bem-estar, da cultura e da
defesa do ambiente, que decorrem do alargamento das necessidades humanas das
pretensões dos governantes e dos meios de que se podem adotar; e, ainda, a
maneira do Estado ou dos governantes, em concreto, justificarem sua experiência
ou sua permanência no poder.
As funções jurídicas são as de criação e execução do Direito e compreendem
a função legislativa, cujo objetivo direto e imediato é o de estatuir normas de caráter
geral e impessoal, inovadoras e de ordem jurídica, além da de fiscalizar; a função
executiva, exercitada por meio do processo voltado para a administração pública,
caracterizado pela imparcialidade, passividade e pelo processo administrativo, com
as características de parcialidade e iniciativa e a função judiciária voltada para o
julgamento, aplicando a lei a um caso concreto que lhe é posto, resultante de um
conflito de interesse.
14
Atinente ao Estado há uma estreita relação entre direito administrativo e
direito público, haja vista que o primeiro se insere no ramo do outro e por extensão o
mesmo direito age com instrumentalidade, em outros ramos do direito com destaque
especial o direito constitucional.
Todavia, o Estado é civilmente responsável pelos danos que seus agentes
nesta qualidade venham causar a terceiros, como pessoa jurídica que é o Estado,
não pode causar danos aos particulares, sendo isto a conduta que incidirá sobre o
fato administrativo é comissivo, gerando culpa ou não. A responsabilidade objetiva
do Estado se dará com a presença dos pressupostos (fato administrativo) se estiver
no exercício de suas funções, ou ao menos esteja conduzindo a pretexto de exercer.
Desse modo se a sua atuação causar dano a terceiro provoca-se a
responsabilidade do Estado. Sendo conduta que será necessária a comprovação e a
distinção de que se houve ou não o fato gerador da responsabilidade, mesmo que a
conduta do Estado seja culposa não caracteriza desleixo do Estado e, assim, a não
configuração da responsabilidade estatal.
O Estado realiza suas funções especificas que permitem conduzir o destino
do país. Já no sentido subjetivo é o conjunto de agentes, órgãos e entidades
designados para executar atividades administrativas públicas em sentido material e
administrar os interesses da coletividade e em sentido formal. É o conjunto de
entidades, órgãos e agentes que executam a função administrativa das empresas ou
do Estado.
Na verdade, quando o Estado se omitir diante de um dever legal de impedir
ou coibir a ocorrência do dano, será responsável e obrigado a reparar o dano.
2.4 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO
A história do constitucionalismo revela a busca do homem político, com as
suas limitações, ao poder absoluto, exercido pelos detentores do poder, assim como
o esforço de estabelecer uma justificação espiritual, moral e ética da autoridade, no
lugar da submissão que cega à felicidade da autoridade existente.
15
Na antiguidade clássica, surgiram com os gregos no século V, Cidades-
Estados em que se praticava a democracia direta, havendo identidade entre
governantes e governados, sendo os cargos públicos exercidos por cidadãos
escolhidos em sorteio e limitados no tempo. No entanto, posteriormente, a
democracia grega deu lugar para os regimes despóticos ou ditatoriais. Na república
romana, os denominados objetivavam garantir os direitos individuais contra o arbítrio
e a prepotência, mas o constitucionalismo acabou por se esvaecer com as guerras
civis dos primeiros séculos acabando com o domínio de César.
A idéia de soberania era ausente no mundo antigo, sobretudo não havia
poder militar e não se pensava em constituição como norma; e esta que nos tempos
modernos, seria chamada para separar os poderes e garantir os direitos.
Na idade média, o princípio da primazia da lei com a afirmação de que todo
poder político tem de ser legalmente limitado foi a maior contribuição para a história
do constitucionalismo. Contudo, na mesma idade média ele foi um simples princípio
muitas vezes pouco eficaz, isto porque faltava um instituto legítimo que pudesse
controlar o exercício do poder político e garantir aos cidadãos o respeito à lei por
parte dos órgãos do governo. Na Transição da monarquia absoluta para o estado
liberal do direito (final do sec. XVII), os estados passaram a adotar leis fundamentais
ou cartas constitucionais reunindo em documento escrito, sua organização política,
bem como, a declaração de direitos dos indivíduos, surgindo o constitucionalismo
moderno.
Destacam-se, como elementos que influíram na formação do
constitucionalismo, os seguintes: a doutrina do “pactum subjectionis” pelo qual, no
medievo o povo confiava no governante na crença de que o governo seria exercido
com equidade, legitimando-se o direito de rebelião popular caso o soberano violasse
essas regras; a inovação das leis fundamentais do reino especialmente as
referentes à sucessão e indisponibilidade do domínio real e a celebração de pactos
e escritos, subscritos pelo monarca e pelos súditos (Carta Magna de 1215).
Caracteriza-se assim, o constitucionalismo no fim do século XVIII pela
ocorrência da idéia de separação de Poderes, com a garantia dos direitos dos
cidadãos pela crença na democracia representativa na demarcação entre sociedade
civil e o Estado e a ausência do mesmo Estado no domínio econômico.
Sendo assim, no jusnaturalismo, nos séculos XVII e XVIII é que se encontram
as idéias que “desenvolvidas e enriquecidas”, posteriormente vieram afirmar e
16
construir a doutrina constitucional moderna. De certo modo, o ponto de partida de
um movimento de profunda irradiação, cujas fases culminantes assinalaram as
noções mais caras ao constitucionalismo moderno, tais como, poder constituinte, leis
constitucionais e leis ordinárias, constituição escrita e rígida, constituição formal e
constituição material, reforma e intangibilidade constitucionais. Noções estas
convergentes para uma direção comum à supremacia da constituição.
As constituições, de sintéticas passaram a analíticas, consagrando nos seus
textos, os chamados direitos econômicos e sociais; a democracia liberal-econômica
dá lugar à democracia social, mediante intervenção do Estado na ordem econômica
e social, sendo exemplos deste fenômeno, as constituições do México e a do Brasil
editada em 1934.
A idéia de centralidade da constituição no sistema jurídico e a supremacia
material das normas constitucionais, a força normativa dos princípios, os direitos
humanos fundamentais, em especial, a dignidade da pessoa humana, dentro de um
contexto pós positivista, que levaram ao surgimento, a partir do meado do século
XX, da idéia que daí se pensar de um modo juspositivista de aproximação com o
direito.
2.5 ESTADO MODERNO
O Estado moderno é distinto e está, de uma forma ou de outra, ligado à
sociedade, sendo que a natureza dessa ligação tem sido objeto de uma grande
atenção que é considerável em ambas as análises de Estado e como forma de
desenvolvimento das teorias do mesmo. Vários pensadores clássicos e modernos
enfatizaram a identidade do Estado e da sociedade como entidades independentes.
Argumenta-se que a sociedade civil pode formar uma base econômica para uma
esfera pública com uma posição política no domínio da superestrutura extra-
institucional de envolvimento com os assuntos públicos a fim de tentar influenciar o
Estado, esclarecendo a distinção entre o Estado e a sociedade civil, em conjunto,
argumentando também, que o primeiro é integrado em muitas partes, do último.
Alguns doutrinádores sustentam que as organizações civis como igreja,
escola e até mesmo o sindicato são partes de um aparato estatal ideológico. Neste
17
sentido, o Estado pode financiar uma série de grupos dentro da sociedade que,
embora autônomo, em princípio estão dependentes do apoio estatal. Isso ocorre,
pois, sendo o Estado pessoa jurídica de direito público e que se encontra em
condição de supremacia perante os administradores, deve ser responsabilizado
quando seus agentes houverem causado dano através de ação ou omissão à
alguém.
Tendo em vista que nos danos causados pelo Estado se vê com a
responsabilidade voltada para reparar a lesão sofrida, costumeiramente, através de
uma indenização em dinheiro à vítima e nesta esteira de raciocínio, não há como
não se falar ainda que superfluamente, nos Serviços Públicos
2.6 SERVIÇOS PÚBLICOS
Têm-se como Serviços públicos toda atividade desenvolvida pelo Estado em
prol da coletividade ou autorizada por este para um particular para efetivar a
prestação de um determinado serviço em nome do Estado, representando assim o
próprio Estado. Serviço Público é, portanto, uma atividade desempenhada por
alguém que exerce poder público ou seus delegados.
No Brasil os serviços públicos também são prestados por pessoas ligados as
empresas governamentais ou empresas particulares também ligadas ao Estado,
bem como, concessionárias ou permissionárias. São também, atividades que
oferecem a utilidade de usufruir, preponderantemente pelos administrados que
prestam serviços à administração pública ou por quem lhes faça as vezes, sob
regime de direito público e em favor de interesses definidos como o próprio
ordenamento jurídico e amplo, abarcando das atividades de comodidades ou
utilidades matérias (exemplo, energia elétrica, telecomunicações e distribuições de
água), bem como as pessoas jurídicas de serviços públicos que estão ligados,
diretamente ao transporte coletivo ou de passageiros e segurança pública.
Portanto, a administração pública ou órgão de seus delegados é quem institui,
executa e controla e oferece os serviços aos usuários. Estes serviços são estatuídos
pela Constituição Federal, em seu artigo 39 e, segundo ela, é competência da
18
União, Estados, Distritos e dos Municípios, regulamentado no artigo 21, inciso X, XII,
da Constituição Federa, juntamente com artigo 30, inciso V, senão vejamos:
Art.21 Compete á União: X- manter os serviço postal e o correio aéreo nacional; XII c- a navegação aérea, aeroespacial e infraestrutura aeroportuária; Art. 30 - Compete aos Municípios: V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
Desta forma, com as observações já mencionadas tem a competência
atribuída a uma entidade responsável pelos serviços públicos, e fundamentada por
lei, estabelecendo a sua implantação pelos administrados, sendo facultativa ou
compulsória. Podendo, ainda, fixar a forma de sua prestação, as obrigações e os
direitos de um cargo ou de um usuário e da sua remuneração além dos
subentendidos para estabelecer as normas.
Contudo, os serviços públicos devem ser concedidos a outrem, observados
requisitos e princípios legais para atender aos usuários de maneira satisfatória ou
seja, serviço adequado e que atende ao interesse público correspondendo com às
exigências qualidade, continuidade, regularidade, eficiência, atualidade,
generalidade e cortesia, isto para atender às condições da sua prestação.
19
3 RESPONSABILIDADE
3.1 TIPOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL
Na responsabilidade atual, existem três elementos que constituem essa
essência, são eles: ação ou omissão, uma conduta humana, a existência de um
nexo de causalidade entre fatos e a ocorrência de um dano.
De tal forma, será impossível desenvolver este trabalho sobre
responsabilidade, sem analisar seus elementos essenciais, os mais importantes e
fundamentais para responsabilidade civil. Podem aqueles ser divididos em
subjetivos, quando se refere ao agente e à vítima e, também, o objetivo,
concernente a ação ou omissão (conduta humana), juntamente com nexo de
causalidade.
3.1.1 Responsabilidade Objetiva
Pode-se dizer que responsabilidade civil objetiva, em um linguajar popular, inexiste de comprovação, por parte da vítima, do dano sofrido, entretanto, na tese de especialização da culpa presumida, ocorre a modificação do “onus probandi”, o que se caracteriza na responsabilidade civil objetiva, não sendo necessário a comprovação de culpa, onde tal espécie, de dolo ou culpa, na conduta do agente que causou o dano é irrelevante, juridicamente falando, devendo somente demonstrar os elementos fundamentais de sua pretensão e se exigir o dever de indenizar. Não há, pois, necessidade de demonstrar tal requisito, existindo também uma tendência positiva satisfatória, que leva a jurisprudência a ampliar o conceito da culpa, referindo-se à responsabilidade objetiva, também conhecida como teoria do risco, independentemente de culpa ou a reparação de um dano cometido (STOLZE, 2009, p.12/13.)
Portanto, para os irmãos oposicionistas (apud) Mazedel, a teoria do risco é
um fruto de entendimento materialista e que a responsabilidade sobrepõe o
materialismo e entra no campo moral (afeição sentimento) e que o risco tem idéia
socialista e teve o objetivo de beneficiar os modestos, o que pode gerar um
20
desestímulo a determinadas atividades, isto por ter que indenizar um eventual risco,
em decorrência de um suposto proveito econômico e, já que não houve esse
proveito, não há que se falar em responsabilidade (p.24.2003). São, assim, estes os
meios de atender às vítimas, dentro da evolução social, com fincas na culpa. E
encontramos aqueles que criticam, entendendo que há o dano sem culpa, tratando-
se de simples garantia e não da responsabilidade civil, não podendo, assim, existir e
se exigir reparação do dano sem culpa, mesmo que esteja dentro da lei.
Atentando-se para os dizeres e repetindo o doutrinador Freitas (apud):
É de lembrar-se a lição de Alvino Lima, que, após admitir que „a teoria da culpa vem consagrada, como princípio fundamental, em todas as legislações vigentes‟, adverte, com base em vários autores, dentre os quais Josserand, que „estava, todavia, reservada à teoria clássica da culpa o mais intenso dos ataques doutrinários que talvez se tenha registrado na evolução de um instituto jurídico‟. Já os que defendem a teoria objetiva, que surgiu no século XIX, tendo como percussores Saleiles e Joserand, devendo se recordar que, no Brasil, o mesmo Alvino Lima, um dos mais festejado estudioso no assunto, defende essa teoria que, também, é a chamada Teoria do Risco, mesmo com elevado grau de responsabilidade (2003, p.19).
Sendo assim, temos os que defendem a teoria da responsabilidade objetiva,
nos dias atuais, haja vista que há certa insegurança na prova da culpa, que se faz
obrigatória com a concretização dessa teoria, tendo em vista, ainda, que a
responsabilidade objetiva se divide em pura e impura:
“A impura tem sempre, como substrato, a culpa de um terceiro; já a pura
implica no ressarcimento, ainda que inexista culpa de qualquer dos envolvidos no
evento danoso”. (FREITAS, 2003, p.24-25)
3.1.2 Responsabilidade Subjetiva
Todavia, a responsabilidade civil subjetiva é aquela que se baseia na culpa do
agente e deve ser comprovada, para gerar a obrigação indenizatória. A
responsabilidade civil do causador do dano somente se configura se ele agiu com
dolo ou culpa, mas há situações em que o ordenamento jurídico atribuiu a
21
responsabilidade civil a alguém, por dano que não foi causado, diretamente, por ele.
Trata-se da teoria clássica também chamada de teoria da culpa ou subjetiva,
segundo a qual a prova da culpa, “lato sensu”, abrange o dolo ou “stricto sensu”, que
se constitui num pressuposto do dano indenizável, sendo tal elemento subjetivo, a
culpa.
Desta forma, a responsabilidade civil subjetiva tem exigido um elemento que
caracteriza a infringência de normas preexistentes que é imprescindível para o
ordenamento jurídico através de interpretação do referido dispositivo normativo
supra transcrito, segundo o qual, cada um responde pela própria culpa, isto quando
o agente atua com negligencia ou imprudência, violando um direito de outrem. Diz o
Código Civil atual, de 2002, em seu artigo 186 que: “Aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
3.1.3 Culpa exclusiva da Vítima
Portanto, não há que se falar em responsabilidade civil, pois a exclusiva
atuação culposa da vítima tem neste caso, a quebra do nexo de causalidade,
eximindo o agente da responsabilidade civil. O direito civil, em ação de reparação de
danos, com culpa exclusiva da vítima e em havendo a quebra do nexo causal,
denota concorrência de culpas e a indenização, como regra, deverá ser mitigada na
proporção da atuação de cada sujeito. Contudo, existem algumas excludentes dessa
responsabilidade, onde o autor do dano poderá se defender.
Sendo que a culpa exclusiva da vítima em caso fortuito, força maior e fato
exclusivo de terceiro, não caracterizam cláusula de indenização. Este tema não tem
uma análise aprofundada pelos doutrinadores, sendo tratado superficialmente, mas
com grande importância para o direito civil.
22
3.1.4 Responsabilidade contratual e extracontratual
É necessário estabelecer os princípios básicos que deram origem à teoria da
responsabilidade civil, que é vista sob dois aspectos: a teoria contratual e a teoria
extracontratual. A teoria contratual baseia-se no princípio da norma “pacta sunt
servanda” (pactos são cumpridos). E a teoria extracontratual fundamenta-se na tese
de que a ninguém se deve lesar. Diz-se objetiva a responsabilidade quando ao
agente causador do dano, independentemente haver este concorrido, com culpa ou
não, se imputa o dever de indenizar por força de mandamento legal.
A lei comercial é completamente omissa quanto a este respeito. Disso resulta
que a validade da cláusula constitutiva de não indenizar é relativa, isto porque, na
prática, os tribunais pátrios não a reconhecem como excludente de responsabilidade
civil. As Cláusulas de limitação de responsabilidade têm como finalidade, apenas, a
limitação e não a exoneração da responsabilidade dos armadores ou
transportadores, do que se depreende que não há justa razão para se discutir a sua
eficácia jurídica, e assim a jurisprudência tem se manifestado pacificamente, já que
limitar a responsabilidade não significa, entretanto, não indenizar.
No tocante a responsabilidade extracontratual, também chamada Aquiliana, é
aquela que institui o dever de indenizar a todo aquele que agindo, dolosa ou
culposamente, causa dano a outrem. Neste caso, inexiste relação contratual entre o
causador do dano e a vítima.
Enquanto que na responsabilidade subjetiva contratual (inadimplemento da
obrigação prevista no contrato, ou seja, violação de uma norma contratualmente
estabelecida entre as partes), cabe ao imputado o ônus de provar a ausência de
culpa, na responsabilidade subjetiva extracontratual cabe a quem suporta o dano o
ônus de provar a culpa do infrator.
No domínio da responsabilidade contratual, o ônus da prova é do
transportador e a ele Incumbirá suscitar a ausência de pressupostos da
responsabilidade civil - fato lesivo, ocorrência de dano e nexo de causalidade,
excludentes e provar que, inobstante o nexo causal, e que, na contratual, não estão
presentes os pressupostos ou que não houve culpa.
Na responsabilidade extracontratual ou aquiliana, (é a violação direta de uma
norma legal), o ônus da prova, como regra geral, é da vítima, “in casu” o
23
destinatário, que deverá indicar os pressupostos da responsabilidade civil e provar a
culpa do causador do dano, nos termos de análise precedente. Em se tratando de
responsabilidade extracontratual, sendo aquela que foge das normas de contrato, ou
seja, o descumprimento da lei e é, também, conhecida como responsabilidade
aquilina, e foi estabelecida no século III a. c. No Direito Romano, essa espécie de
responsabilidade civil já tinha uma forma de indenização do dano. “A
responsabilidade extracontratual não deriva de contrato e diz-se extracontratual
porque há infringência de um dever legal, sem existir vínculo antecedente entre o
causador do dano e a vítima.” (FREITAS, 2003, p.12)
Os critérios de aferição da responsabilidade extracontratual divergem da
contratual, face à inexistência de um contrato pré-constituído, vinculado às partes da
relação jurídica.
Por fim, é certo que a responsabilidade contratual se funda na autonomia da
vontade, ao passo que a responsabilidade extracontratual independe dela. Se
houver a prática de ato ilícito, por pessoa capaz ou incapaz (156cc), com a violação
de um dever fundamentado em algum princípio geral do direito, não existindo ligação
entre as partes.
Isto redunda dizer que, em determinada circunstância, é a lei que se
manifesta, mostrando-se de forma verdadeira, de forma que, quando a culpa é
presumida, troca-se o ônus da prova e, além do mais, o autor da ação só precisará
provar a ação ou omissão e o dano que resulta da conduta do agente (réu), sendo
que sua culpa já era presumida.
3.2 RESPONSABILIDADE PENAL
A responsabilidade penal é um dever jurídico do agente em responder pela
ação delituosa que decorre da prática de crime e recai sobre os funcionários,
conforme art. 312 e 327 do Código Penal, preconizando que os agentes são
imputáveis e se pressupõe advinda de uma turbação social, determinada por uma
violação de norma penal, sendo necessário que o pensamento exorbite do plano
abstrato para o material, pelo menos, em começo de execução. “Enquanto a
24
responsabilidade civil é decorrente do dano privado” (Freitas, 2003, p. 4), sendo esta
mais abrangente do que a responsabilidade penal, pois a civil abarca as pessoas
físicas e jurídicas (privadas e públicas), enquanto que a responsabilidade penal
restringe-se, apenas, às pessoas físicas.
Enfim, certos fatos põem em ação somente o mecanismo recuperatório da
responsabilidade civil, enquanto outros movimentam somente o sistema repressivo
ou preventivo da responsabilidade penal, ou acarretam, há um só tempo, a
responsabilidade civil e penal.
Reafirmamos; pois, que, quase sempre é o mesmo fundamento, o da
responsabilidade civil e o da penal, sendo que a diferença é que uma é mais
exigente que a outra, enquanto que o aperfeiçoamento e requisitos devem coincidir,
para se efetivar, plenamente, não podendo deixar de ser assim.
Portanto, em se tratando de pena, entende-se que deve ser aplicado o caso
em concreto.
3.3 RESPONSABILIDADE CIVIL
A responsabilidade civil pressupõe uma relação jurídica entre a pessoa que sofreu o prejuízo e a que deve repará-la, deslocando o ônus do dano sofrido pelo lesado para outra pessoa que, por lei deverá suportá-lo, atentando assim à necessidade moral, social, jurídica e a de garantir a segurança da vítima, violado pelo autor do prejuízo (DINIZ, 2009, p.7)
Fica estabelecido que sendo que os danos patrimoniais causados à entidade,
a que está ligado o administrado, pelas violações dos não perfeitos desempenhos de
suas competências, sendo transferida a este a responsabilidade civil, cujo fato está
ligado ao servidor público, no desempenho da função de seu cargo, conforme art.37
da Constituição Federal e, tratando-se de improbidade administrativa, importará na
perda da função pública e na indisponibilidade de seus bens. A responsabilidade
civil decorre da prática ou da omissão, dolosa ou culposa de atos e fatos que lhe são
atribuídos.
De certa forma, a responsabilidade civil é independente, sendo apurada esta,
consoante preconizado pelo Código Civil de 2002.
25
3.3.1 Evolução da Responsabilidade Civil
A responsabilidade civil apresenta uma evolução pluridimensional, pois sua
expansão se deu quanto à sua história, aos seus fundamentos, à sua
extensão ou área de incidência, com o número de pessoas responsáveis e
fatos que ensejam a responsabilidade e à sua profundidade ou densidade,
exatidão de reparação. (DINIZ, 2009, p.11).
Com a chegada da idade média, a responsabilidade civil teve um grande
avanço, com idéia de dolo e de culpa “stricto sensu”, seguida de uma elaboração da
dogmática da culpa. Com o passar dos tempos, a Responsabilidade Civil evoluiu
para uma reação individual, isto é, vingança privada, em que os homens faziam
justiça com as próprias mãos, sob a égide da Lei de Talião, (lei das doze tábuas), ou
seja, da reparação do mal pelo mal, sintetizada na fórmula “olho por olho, dente por
dente”. Para coibir abusos, o poder público intervinha apenas para declarar quando
e como a vítima poderia ter o direito de retratação, produzindo, na pessoa do
lesante, um dano idêntico ao que experimentou.
Nos tempos atuais existem em seu bojo estruturas fundamentais, dentro do
regime jurídico, com seus pressupostos e a sua própria textura e o desdobramento
da responsabilidade civil e da penal, onde o Estado passa a assumir a sua ação
trazendo para ele de forma exclusiva, a aplicação da sanção penal buscando assim,
através de normas regulamentadoras, que dá garantia e proteção jurídica à pessoa
humana, em particular às vítimas de acidentes e aos trabalhadores que atuam como
agentes.
Não podendo haver responsabilidade civil sem o dano e é preciso que haja
uma conduta antijurídica, violando o direito de um individuo, para que alguém deva
ser obrigado a reparar um dano, que se deriva de uma ação ou omissão qualificada,
reparação esta não só na culpa, mas, também, na hipótese em que será subjetiva,
como no caso de risco, em que passará a responsabilidade a ser objetiva. É preciso,
pois, deixar claro que a culpa continua sendo o fundamento da responsabilidade civil
subjetiva, e que o risco não a anulou. Constituindo, também, o fundamento da
responsabilidade civil objetiva, mesmo sem a existência de culpa.
Depois há de se convir que esta expansão da responsabilidade civil operou-
se no que diz respeito à sua extensão, ou à área de incidência aumentando o
26
número de pessoas responsáveis pelos danos, bem assim os benefícios da
indenização e os fatos que a ensejam, isto para aquele que causar dano a outrem,
seja pessoa física ou jurídica, ficando obrigado a repará-lo, restabelecendo o
equilíbrio rompido (art. 186,927 do CC), cabendo, ao lesado provar, no caso
concreto, de dolo ou culpa do agente.
3.4 RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVAS
A responsabilidade administrativa é a que resulta do descumprimento de
normas internas das entidades e está ligada à violação dos preceitos de um cargo,
através da infração e/ou violando regras estatutárias. Sua regulamentação está
contida no art.124 do Estatuto dos Servidores Públicos Federais e são os resultados
de um ato ou função de um cargo ocupado pelos agentes, “in verbis”:
“Art. 124, do estatuto dos servidores diz que, a responsabilidade civil-
administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do
cargo ou função.”
É visto, portanto, que, em virtude do cargo, o servidor público estável só
perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, através de
processo administrativo onde lhe é assegurado o direito de ampla defesa. Contudo o
servidor público somente poderá ser excluído do serviço se cometer alguma infração
disciplinar, ou se acontecer uma situação que sancionável que leve a demissão, cuja
aplicação de obedecer aos dispositivos legais.
Todavia, esta função administrativa organizada resulta em normas jurídicas
com atuação e controle dos órgãos no exercício sua função administrativa, bem
como, Estado Administração Pública que é regida por princípios jurídicos, uns de
nível constitucional e outros inseridos nas diversas leis que cuidam das
organizações diretamente por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes que
compõe sua estrutura funcional. Tem objetivos de traçar programas de fiscalização e
de ações para servir e não só executar, mas a prestar serviços para obter um
resultado útil.
27
4 REPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
A noção de responsabilidade civil do Estado torna-se necessário a idéia de
resposta, que por sua vez, quando se imputa a responsabilidade à alguém,
constituindo pressupostos inafastávéis do instituto da responsabilidade que
consagra a ressarcimento e é imprescindível mecanismo.de defesa do individuo de
frente ao poder público. Diante da possibilidade o cidadão tem assegurado a certeza
de que será reparado todo seu direito violado que foi ocasionado pela ação de
qualquer funcionário público no desempenho de sua função, e será prontamente
ressarcido pelo Estado.
A responsabilidade e o dever de prestar serviços do Estado e sua
responsabilidade é objetiva. Quanto ao Estado, desta forma a responsabilidade
objetiva será distanciada e se o Estado comprovar como matéria de defesa, a
inexistência do nexo causal entre o dano e a ação do estado bem como, por
exemplo, a culpa exclusiva da vítima ou fato de terceiro, ou caso fortuito ou força
maior.
Na metade do século XIX o que prevalecia no mundo era a idéia de que o
Estado não tinha qualquer responsabilidade pelos atos praticados por seus agentes.
A resolução na época era muito dura para os particulares de modo geral, mas
obedeciam as verdadeiras condições políticas da época. Sendo que o Estado Liberal
havia limitado essa atuação, e dificilmente intervinha nestas relações, ou seja,
particular x estado.
Hodiernamente enfim, o Estado responde civilmente pelos danos que seus
agentes causarem a terceiros, transformar os aspectos específicos e de menor
importância no que toca a responsabilidade do agente.
28
5 RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR AÉREO
O vocábulo responsabilidade é de origem latina re-spondere, que traz a idéia
de segurança ou garantia da restituição da coisa ou, cabe melhor, obrigação de
ressarcir. O Novo Código Civil, lei nº 10.406 de janeiro de 2002, prevê no seu Titulo
IX, capítulo I, (art. 927 e 186, 734 a742) e Código da Aeronáutica Brasileira,
juntamente com Código de Proteção e Defesa do Consumidor, que são normas
específicas, declaram que aquele que por ato ilícito causar dano a outrem fica
obrigado a repará-lo, devendo então o autor responder, civilmente pelo dano
causado.
A responsabilidade do transportador aéreo é objetiva e consiste no dever de
reparação de um dano em que uma determinada pessoa sofreu. O dano sofrido leva
preocupação a todos os outros, pelo fato de se sentirem vítimas de possíveis lesões
ou prejuízos, causados, anteriormente, ficando assim, caracterizado que
Transportador, no tocante ao seu trabalho, deve resguardar de forma cuidadosa,
para que chegue o passageiro, são e salvo, até o local de seu destino, obrigação
esta apenas elidível pelo caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva da vítima.
O tema em foco trata da responsabilidade civil aérea, dizendo em qual
hipótese o agente e o Estado poderão ser civilmente responsabilizados por danos
causados a terceiros.
Tratando-se da evolução da responsabilidade civil do transportador aéreo
causador do dano o qual, no entanto, não permanece estático, mas sim, em
contínua evolução, esta exigida pelo dinamismo da própria sociedade que está
sempre a buscar um direito mais justo e eficiente para uma melhor compreensão no
âmbito do direito brasileiro moderno e também para a análise de sua efetividade na
sociedade contemporânea. Da história do direito depreende que, nos primórdios da
civilização humana, dominava a vingança coletiva, que se caracterizava pela reação
conjunta do grupo contra o agressor pela ofensa a um de seus componentes.
As normas de direito Civil Positivo de 2002, assim no seu artigo 732, procura
compatibilizar com a legislação especial de transporte, a necessidade imperiosa de
tornar o homem mais responsável, por suas ações, no que diz respeito aos meios de
transportes por ele utilizados, e tornar cada vez mais evidente a idéia de que deve
haver a responsabilização do Estado e das empresas de transporte, pelos atos
29
danosos que, eventualmente seus representantes venham causar. O transportador
aéreo, em nosso país, se vê frente a diversos pontos polêmicos, no mundo jurídico,
haja vista que há várias divergências doutrinárias a respeito do assunto.
De princípio, vale lembrar que o Código de Defesa do Consumidor mudou o
fundamento básico, atribuindo responsabilidade objetiva ao transportador ou
fornecedor de serviços (art. 14, Código de Proteção e Defesa do Consumidor) e
sendo o Estado, pessoa jurídica intangível, somente se faz presente, no mundo
jurídico, através de seus agentes, pessoas físicas cuja conduta é a ele imputada. O
Estado tem o dever de proteger e, às vezes, é omisso ou negligente.
É sem dúvida, que o transporte aéreo constitui prestação de serviço, tanto
para a empresa quanto para com o consumidor. Tanto que, de certa forma,
automaticamente, esse regramento é aplicável à responsabilidade civil do
transportador aéreo, já que o segundo dispõe das garantias que lhe são
asseguradas pelos princípios da relação de consumo.
A Constituição de 1988 veio a instituir o Código de Defesa do Consumidor,
juntamente com os direitos fundamentais, em seu art. 5º, XXXII, dizendo que o
Estado promoverá na forma da lei, a defesa do consumidor. “Por fim, o art. 48 das
ADCT, dispõe que o Congresso, em vinte dias, contados da promulgação da
Constituição, editaria o Código de Proteção e Defesa do Consumidor.” (Cavalcante,
2003, p.44).
Por outro lado, em algum caso de incidente envolvendo uma aeronave
brasileira, que realiza transporte interno do Rio para São Paulo, em princípio, seria
aplicado o Código da Aeronáutica Brasileira, lei especial reguladora da atividade e o
Código de Proteção e Defesa do Consumidor, lei geral que normatiza as relações de
consumo, será adotada “a posteriori”.
Assim sendo, nos caso de conflitos entre ambos (Código da Aeronáutica
Brasileira e Código de Defesa do Consumidor), a lei interna, a ele posterior,
conforme firmado em jurisprudência do STJ que irá prevalecer com o acolhimento do
Código de Defesa do Consumido, quando continuará a limitação da indenização.
30
5.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A EVOLUÇÃO DO CÓDIGO DE PROTEÇÃO E
DEFESA DO CONSUMIDOR
O nascimento do direito do consumidor surgiu por volta dos anos 50, com o
presidente Getúlio Vargas, quando sancionou uma das primeiras leis, a de nº
1521/51, que garantia uma proteção indireta ao consumidor; na época chamada de
Lei da Economia Popular. Com a evolução da tecnologia e a globalização, meio a
tantas novidades, veio junto a evolução do Código do Consumidor, que surgiu,
também, com novos produtos e serviços, e a sociedade tornou-se cada vez mais
dependente destas inovações, nascendo, então, a necessidade de uma legislação
nova, que acompanhasse este desenvolvimento, ocasião em que o Brasil não ficou
de fora, mesmo que sua aplicação só tivesse começado nos anos 90, isto quando
surgiu uma legislação voltada para os interesse dos consumidores, de um modo
geral.
Contudo, indiretamente, encontramos limitações destes segmentos do Direito
presente, sem muitas formalidades, em normas das mais diversas e várias são as
jurisprudências, isto, no entanto, nos costumes dos mais variados países. Todavia,
não era entendido como uma categoria jurídica distinta, e também não ganhava a
confirmação com que hoje se apresenta.
5.2 OS CONFLITOS ENTRE NORMAS ESPECIAIS INTERNAS E O CÓDIGO DA
AERONÁUTICA BRASILEIRO, CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO
CONSUMIDOR
O Código da Aeronáutica, como lei especial, restringe e abrange as leis
gerais, no que subtrai as situações por ele escrita. Contudo, o Código Civil nomeia
os princípios que norteiam os contratos dos transportes aéreos e da
responsabilidade civil que deram espaço às leis especiais, agora, regulamentadas
pela lei nº 7.565/86.
31
Logo após a vigência do Código de Proteção e Defesa do Consumidor (art.6º,
VI) foi causada muita polêmica à responsabilidade civil e à questão da indenização,
já que estas foram limitadas. De certa forma, os cultivadores do Direito da
Aeronáutica defendem o principio de que, em tais conflitos de lei geral e lei especial
deve prevalecer o Código da Aeronáutica Brasileira.
Além da idéia de ampliar o serviço, está estabelecido, no art.2º e 3º do Código
do Consumidor e, ainda, especificado no art. 22, em seu parágrafo único, que os
órgãos públicos, as empresas, as concessionárias, permissionárias ou qualquer
outra forma de empreendimentos, são obrigadas a oferecerem e fornecer serviços
adequados, eficientes e seguros e, se não o fizerem, responderão pelos danos que
causarem aos usuários, na forma prevista no Código de Proteção e Defesa do
Consumidor.
O Código Brasileiro da Aeronáutica traz as normas que limitam a responsabilidade civil do transportador aéreo, mas fere o principio constitucional da proteção do consumidor, previsto nos art.5º, XXXII, e 170, V, da Constituição Federal/88. Enquanto o art.5º determina que o Estado promova, no forma da lei, a defesa do consumidor, o art.170, V, insere a defesa do consumidor entre os princípios da ordem econômica.” (CAVALCANTE, 2002, p.62-63).
5.2.1 Jurisprudência e as Legislações Aplicáveis à Responsabilidade Civil do
Transportador Aéreo
Por isso, normalmente costuma-se dizer que “a lei reina e a jurisprudência
governa”. Isto, porque a lei, por melhor que seja só terá eficácia se for interpretada e
aplicada rigorosamente, mas o que ocorre é que o legislador cria a lei, por mais
ampla e que seja, será feita com base no ordenamento jurídico e depende da
atuação do juiz para alcançar sua completude.
Essa evolução da jurisprudência brasileira quanto à responsabilidade civil do
transportador aéreo exemplifica em nosso novo Código de Proteção e Defesa do
Consumidor, apesar de ser uma das mais avançadas mas que só passou a produzir
os efeitos desejados depois que nossos tribunais começaram a aplicá-lo
32
No Brasil, a lei chegou primeiro e enfrentou uma forte resistência de juristas e
magistrados e de segmentos do mercado de consumo, que já estavam apegados
aos princípios tradicionais.
Assim, colocada a questão, surgiu a impossibilidade de aplicação, também, das sanções previstas no art. 20 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, primeiro, porque não pleiteadas expressamente e, depois, porque a convenção internacional disciplinou expressamente o assunto, já que o contrato de transporte se refere a vôo internacional, devendo prevalecer esta norma, aceita pelo país, e que, pela forma correta, integra sua legislação, sobre leis ordinárias que, quando muito, incidiriam sobre contratos de transportes aéreos nacionais (CAVALCANTE, 2002, p.70).
5.2.2 Responsabilidade Civil do Transportador
O serviço aéreo pode ser privado ou público, o transportador ou explorador
exercerá sua atividade de forma regular, em território nacional ou internacional
mediante pagamento ou contrato com empresas.
Assim os contratantes dos serviços às vezes são vítimas de infortúito,
decorrentes de fluxos de passageiros e cargas, com acidentes aéreos, quedas de
aeronaves, atrasos de vôo, extravio de bagagens, o que justifica os contratos de
serviços de responsabilidade da empresa bem como, revisão periódica de aeroporto
e aeronave.
A conquista dos transportes trouxe à humanidade inúmeras conseqüências, e
indiscutivelmente que precisava ser conceituada no mundo jurídico, já que se tratava
de uma ciência recente no campo do Direito, comparada a outros tipos de
transportes, incluindo o aéreo.
Em 1927, o transporte aéreo foi liberado, aqui no Brasil, por iniciativa privada com as linhas em caráter precário, As empresas, daquela época, eram a CONDOR SYNDIKAT E AEROPOSTALE. Depois, foram realizadas várias reuniões, resultando no surgimento de algumas empresas, que atuam até hoje, no mercado brasileiro, como TAM, GOL e outras criando um sistema regional de transporte aéreo, visando afastar ou tornar menos grave os problemas de como servir o transportador aéreo às cidades de maior porte e atender também as cidades de menor porte. (FREITAS, 2003, p.27).
33
A vontade do homem de voar era tão grande que a humanidade se beneficia
até hoje de uma conceituada história e realidade do transporte que para o mundo
jurídico e para esta sociedade já que se tratava de uma ciência recente no campo do
Direito comparada a outros tipos de transportes aéreo.
5.2.3 Responsabilidade Civil no Contrato Aéreo de Passageiros
Como já foi dito, anteriormente a responsabilidade civil contratual é objetiva, e
pelo contrato de transporte de passageiros que estão dispostos no Código de
Defesa do Consumidor, em seu art.14 e ss, do CDC e se obriga, mediante
retribuição, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas.
Trata-se de divergências doutrinárias que, de certa forma, apóiam a Lei de
Introdução ao Código Civil e afirmam que o Código de Proteção de Defesa do
Consumidor, é lei geral e que, por isto, não revogaria as leis especiais que tratam
sobre o transporte aéreo, conforme o Código Brasileiro da Aeronáutica, a
Convenção de Varsóvia e Convenção de Roma. Já os internacionalistas acreditam
que um tratado se sobrepõe a uma lei interna, quando se tratar de matéria distinta,
como as convenções mencionadas e o Código de Proteção de Defesa do
Consumidor.
Assim, admite-se que o transporte aéreo retrata o serviço de grande parte da
sociedade, daí que começa as relações jurídicas, resultantes e regidas pelo Código
de Proteção e Defesa do Consumidor. Não podemos esquecer que o transporte
aéreo é regulado por normas especiais, advindas de convenções e tratados
internacionais e impostas pelo Código Brasileiro da Aeronáutica, estando voltadas
para o transporte doméstico:
Atentando-se para o art. 256, em seu inciso I, o transportador aéreo responde
pelo dano decorrente:
Art. 256. O transportador responde pelo dano decorrente: I - de morte ou lesão de passageiro, causada por acidente ocorrido durante a execução do contrato de transporte aéreo, a bordo de aeronave ou no curso das operações de embarque e desembarque;
34
Assim, será imposta ao transportador também, a responsabilidade por atraso
de vôo qual seja, a pontualidade.
As partes não discutem amplamente as cláusulas, como no modelo tradicional de contrato de bilhete de passagem, que é uma obrigação do transportador de entregar ao passageiro, contendo o lugar, a data de emissão, ponto de partida e destino de chegada, contendo, ainda, o nome dos transportadores, com uma cláusula que deva constar que o transportador não terá direito de se prevalecer das disposições que excluem ou limitam suas responsabilidades. (CAVALCANTE, 2003, p.136).
Expõem assim, vedações para a falta de cumprimento ou mora no termo de
qualquer uma das obrigações, ou de um dever jurídico especial. Sendo assim, da
relação jurídica obrigacional, que advêm de um contrato, fica mesmo obrigado a
transportar o passageiro, com maior segurança até o destino final. O transporte de
passageiro constitui contrato de adesão com a empresa transportadora e ambos
respondem, tacitamente, por morte ou lesão a passageiro.
5.2.4 Morte ou lesão de Passageiro
Sendo que, neste primeiro caso, eclode o homicídio que é praticado,
dolosamente pela pessoa que foi substituta pelo transportador e que, de certa forma
age com intuito de provocar a morte do passageiro, hipótese esta que afasta os
limites indenizatórios, conforme o art. 248 e 257 do Código Brasileiro da
Aeronáutica.
No caso de morte acidental, alguns doutrinadores preferem optar pela culpa
direta do transportador; outros pela responsabilidade objetiva, caso em que o
transportador sendo o responsável, independente da pesquisa para existência de
culpa ou não. Acreditamos ser por caso fortuito ou a morte ligada ao estado de
saúde do passageiro e, sendo assim, não pode ser imputado ao transportador
aéreo, conforme art. 256, § 1º, responsabilidade se a morte ou lesão resultar,
exclusivamente, do estado de saúde do passageiro.
35
Há caso de lesão em que tem a ofensa da integridade física ou mental de uma pessoa. Quando se fala em lesão física, é a modificação do organismo humano decorrente de ferimentos, mutilações, equimoses, etc. Estes danos podem recair sobre a saúde fisiológica ou psíquica da vítima, (ex. aeronave perde altura repentinamente e o passageiro é lesionado, batendo com a cabeça no teto do avião. (CAVALCANTE, 2002, p.142).
Art.256,§ 1º. {...} § 1° Poderá ser fixado limite maior mediante pacto acessório entre o transportador e o passageiro.
Deve-se lembrar que, se a vítima não chegar ao seu lugar de destino, sem
dúvida, ocorreu um dano no trajeto, caso em que não se está obrigado a provar a
culpa do transportador, basta que prove o fato, em decorrência do transporte e o
dano, para caracterizar a responsabilidade civil. Nas jurisprudências brasileiras, é
mostrado, de forma muito rigorosa, a responsabilidade do transportador aéreo, no
tocante ao que envolve a obrigação de conduzir os passageiros ao seu destino, sãos
e salvos.
“[...] qualquer dano sofrido pelo passageiro, durante o transporte, importa no inadimplemento contratual de parte do transportador, que deve ressarcir as perdas e danos, nos termos do art. 389 do Código Civil 2002, por deixar de cumprir aquela obrigação na forma devida. (GONÇALVES, 2009, p. 202).
A culpa concorrente da vítima não exonera o transportador da obrigação de
reparar o dano, só a culpa exclusiva, da mesma vítima, pode exonerá-lo. A
presunção da culpa representa a plena aceitação da teoria do risco. Em tais
hipóteses, não há que se indagar sobre a existência de culpa concorrente, porque a
lei estabelece a presunção de culpa do transportador.
Com a chegada do Código de Proteção de Defesa do Consumidor, mudou a
responsabilidade civil do transportador, que passou a ser o defeito do produto ou
serviço, que, em seu art.14, é causador de um acidente de consumo, independente
de culpa. Culpa esta, que não foi considerada excludente e nem causa de redução
de indenização, sendo indiferente, na legislação, consumerista, ainda que o
passageiro tenha contribuído, também, com culpa, já que o Código Civil 2002
(art.734 a 742) veio modificar esta situação e tem mantido a responsabilidade
objetiva.
36
O Código de Proteção Defesa, que atribui a responsabilidade, tanto ao
fornecedor, quanto ao transportador que diz:
Art.14. O fornecedor de serviços responde independentemente da existência da culpa, pela reparação dos danos causados serviços dos aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como pó informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
5.2.5 Responsabilidade Civil e o Ato de Terceiro
Por terceiro, deve-se entender enfim, que as jurisprudências têm pensado de
forma divergente e não tem admitido o fato de terceiro como uma excludente de
responsabilidade, em caso de transporte por ser um fato alheio a alguém que
responderá indiretamente, por prejuízo resultante da prática de um ato ilícito por
outra pessoa, em razão de se encontrar ligado, diretamente a esta pessoa, por
dispositivo legal.
Baseado na súmula 187/STF temos que o transportador era obrigado a
indenizar. Os anos passaram e as jurisprudências foram formando um pensamento
que contradiz isto, aceitando o fato de terceiro, firmando decisão em sentido
contrário.
O novo Código Civil vai mais longe, pois em seu art. 933 determina que os
pais, tutor, o curador, empregador ou comitente, todos, sem distinção, respondem
pelos seus filhos, tutelados e curatelados, ainda que não haja culpa por sua parte.
Assim, o fato doloso de terceiro jamais poderá ser classificado como um
fortuito interno, além de ser imprevisível e inevitável, não tem nenhum vínculo de
risco com o transportador; isto à vista do crescimento jurídico, denotado no art. 14, §
3º II, do Código Proteção e Defesa do Consumidor.
Com poucas palavras, pode-se concluir que se o fato de culpa exclusiva de
terceiro se dolosa, já configura o fortuito externo, alheio ao transportador e desde já,
pode ser responsabilizado. Hoje depois de alguns anos, o que foi estatuído é que o
fato exclusivo de terceiro, no caso doloso, caracteriza o fortuito que é aquele
inteiramente estranho aos riscos do transporte e nada tem a ver com o
transportador.
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5.2.6 Excludentes da Responsabilidade Civil
A excludente da responsabilidade impede que concretize o nexo de
causalidade definida como lesão a um direito alheio de um valor jurídico parecido ou
inferior àquele que tem a intenção de resguardar, para transferir perigo iminente,
quando as circunstâncias do fato não permitir outra forma de exercer a ação. Há,
portanto, na hipótese, um abalroamento de interesse jurídico e tutelado. Na forma
original, seria um ato ordinário ilícito, mas a lei demonstra o procedimento e o agente
se vê posto numa alternativa irrefungível e, para proteger a coisa própria, tem que
escolher pela renúncia alheia (LEIGA, www.uj.com.br, 2011)
Frise-se, portanto, que as excludentes da responsabilidade civil têm, por
finalidade, criar regras para sistematizar todas as formas de responsabilidade,
reclamando-se uma característica de generalidade. Vale lembrar que a
responsabilidade civil aquiliana, como regra geral, ainda exige a comprovação e a
existência da culpa do agente, para aplicá-la. Entenderemos, agora, com mais
clareza, uma das espécies.
5.3 ESTADO DE NECESSIDADE E LEGÍTIMA DEFESA
Nota-se, portanto, que o estado de necessidade tem assento legal no artigo
188 do Código Civil de 2002.
Art.”188, diz que não constituem atos ilícitos
I- os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido.
Sendo assim, o estado de necessidade persiste na situação de violar um
direito alheio, de valor jurídico da mesma natureza que pretende proteger transferir
perigo eminente, quando os fatos não autorizarem outra maneira de agir.
“Quer dizer, se o agente estiver atuando em estado de necessidade não está
isento do dever de atuar nos estritos limites de sua necessidade, para remoção da
situação de perigo” (STOLZE, 2009, p.102).
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Ao contrário da legítima defesa, aqui o agente não reage a uma situação de
perigo, mas atua para subtrair um direito seu ou de outrem para afastar um perigo
iminente. Exercendo o estado de necessidade que são dois: o justificante que exclui
a ilicitude e o exculpante que exclui a culpabilidade, isso acontece quando um bem
jurídico preterido fosse menos importante que o bem jurídico protegido pela conduta
do agente.
É necessário reflexão sobre os bens jurídicos salvo pelo ordenamento jurídico. Ex. o piloto levando seu avião perde o controle durante uma turbulência e tem uma queda brusca na descida, para evitar que sofra um acidente gravíssimo ao final declina o avião e levanta vão novamente e esbarra em uma árvore, causando dano ao mesmo. As vidas foram protegidas, mas os patrimônios foram danificados. Já o estado de necessidade exculpante seria quando o bem preterido fosse mais importante que o bem jurídico salvo. Desta forma cabe a exclusão da culpabilidade, ou especificamente a exigibilidade da conduta diversa, ou seja, seria inexigível que o transportador/agente agisse de forma diversa. (RAMALHO,2011)
5.4 COMPETÊNCIA
De acordo com art. 100, V, “a” e respectivo parágrafo único do Código
Processo Civil, é competência o foro do lugar do ato ou do fato, para a ação de
reparação de dano, mas quando este decorrer de acidente de veículos entre os
quais aeronave, a competência é do foro do domicílio do autor ou do local do fato.
Em se tratando, ainda, de transporte combinado e a responsabilidade do
respectivo transportador, o artigo 222 e seu parágrafo já estatuía:
Art. 222. Pelo contrato de transporte aéreo, obriga-se o empresário a transportar passageiro, bagagem, carga, encomenda ou mala postal, por meio de aeronave, mediante pagamento. Parágrafo único. O empresário, como transportador, pode ser pessoa física ou jurídica, proprietário ou explorador da aeronave.”
Pelo contrato de transporte aéreo, obriga-se o empresário a transportar
passageiro, bagagem, carga, encomenda ou mala postal, por meio de aeronave,
mediante pagamento.
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A execução do contrato de transporte aéreo de carga inicia-se com o
recebimento e persiste durante o período em que se encontra sob a
responsabilidade do transportador, seja em aeródromo, a bordo da aeronave ou em
qualquer lugar, no caso de aterrissagem forçada ou até a entrega final.
De tudo, quando se trata de transporte combinado, por ferrovia, rodovia
marítima e aérea, somente pode ocorrer no transporte aéreo, onde responde o
respectivo transportador (art. 224 e 245 do Código da Aeronáutica Brasileira) e há a
preconização do Parágrafo único do mencionado art. 245:
Parágrafo único. o período de execução do transporte aéreo não compreende o transporte terrestre, marítimo ou fluvial, efetuado fora de aeródromo, a menos que hajam sido feitos para proceder ao carregamento, entrega, transbordo ou baldeação de carga (artigo 263).
Ressalte-se, por final, que a competência para julgar os acidentes aéreos é
da Justiça Estadual, havendo conflito com a Justiça Federal, cabe ao STJ ou STF
decidir em casos de conflitos.
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6. CONCLUSÃO
Depois de vários meses de pesquisa para poder concluir este trabalho, e
poder perceber que a responsabilidade civil do transportador aéreo é ainda recente,
se comparada aos outros ramos do direito. Dentro do ordenamento pátrio, a espécie
é objetiva onde não há comprovação de culpa, e subjetiva, quando necessária a
comprovação da culpa do transportador aéreo.
Concluído que a natureza jurídica objetiva da responsabilidade civil do
transportador aéreo, frente aos motivos legais que regulamenta este trabalho
acadêmico (tema), conforme o art. 14 do Código de Proteção e Defesa do
Consumidor, 732 do Código Civil, o Código Brasileiro da Aeronáutica, e o Código
Civil de 2002, poderão ser analisados pelos aspectos distintos como a do transporte
de passageiros e de terceiros, sendo o suficiente em alguns casos que a vítima
comprove a conduta, o dano e o nexo da causalidade.
Ressaltamos que a responsabilidade civil do transportador aéreo evoluiu,
gradativamente, acompanhando as tecnologias, globalizadas e as mudanças
ocorridas nos pensamentos das pessoas, fazendo com o que a humanidade
evoluísse, também, tanto para a satisfação pessoal, quanto para o bem estar da
sociedade.
É interessante dizer que, com a evolução da responsabilidade subjetiva, onde
só poderia haver indenização se houvesse comprovação de dano, passou para a
responsabilidade objetiva, que obriga a indenização sem comprovação de dano,
bastando que haja atividades ilícitas para ocorrer à reparação à vítima, da melhor
maneira possível. A responsabilidade do transportador é limitada e já existem
algumas decisões dos tribunais que acataram a responsabilidade integral, baseada
no Código de Proteção e Defesa do Consumidor, com questões relativas e
subjetivas e que geraram grande polêmicas.
Neste estudo o Código Civil de 2002, não aprofundou muito sobre o
transporte de passageiros, não houve grandes inovações nos contratos de
transportes. Todavia, obtiveram-se obras importantes, quando se resguardou os
preceitos em várias leis especiais que são consolidadas nas jurisprudências,
podendo ser aplicadas em todos os contratos e utilizadas no mundo jurídico. Sendo
assim, os aspectos que são mais relevantes, no contrato de responsabilidade civil do
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transportador aéreo, é a dispensa legal da culpa, exceto quando se tratar de
excludentes e, dentre estas, a mais importante é a incolumidade, incluída em todos
os contratos de transportes aéreos, onde se vê determinada a obrigação contratual
do transportador, seja de resultado ou fim, que compromete conduzir o passageiro
ao seu lugar de chegada, ou seja, ao seu destino, salvo de perigo e, se não
acontecer, será totalmente responsabilizado.
Concluímos que, dadas as peculiaridades do transportador aéreo, as normas
regulamentadoras, que deram forças e alavancaram os corajosos empresários não
encerraram suas atividades decorrentes, de quem sabe, de acidentes. E é
importante lembrar que os passageiros também assumem parte do risco, quando
são usuários, não por falta de segurança, mas por terem consciência de que a
rigidez, ocorrente nas empresas de aeronaves, lhes oferecem uma prestação de
serviços onde compromete levar o passageiro ao destino final.
Por fim, se o acidente com transporte de passageiro for resultante de
abalroamento, ou colisão no ar, o transportador deverá ser responsabilizado pela
responsabilidade objetiva ou seja, por dolo ou falta grave, se for enquadrado será
aplicado todas as regras legais, dentro do contrato de transporte de pessoas e,
neste passo está a seqüência dos fatos jurídicos do direito aéreo e do direito
aeronáutico.
Discorre também, que as vítimas muitas vezes não sabem como agir para
buscar, de forma legal, meios para atender às suas necessidades, ficando com o
prejuízo ou esperando anos para conseguir reparação/indenização, através do
judiciário muitas vezes por falta de informação de interesse por parte das empresas
aéreas. Vale lembrar que estão tratando de vidas, e não só de coisas materiais.
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