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Restaurando a Visão da Igreja · 2. A Célula..... 16 3. Relacionando-se com o Pai

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ÍNDICE

PREFÁCIO..................................................................................................................... 02

INTRODUÇÃO............................................................................................................... 02

PROPÓSITOS DO INTENSIVO........................................................................................ 03

LEGENDA..................................................................................................................... 08

1. A Igreja em Células ..................................................................................................... 09

2. A Célula........................................................................................................................ 16

3. Relacionando-se com o Pai.......................................................................................... 24

4. Relacionando-se com os outros por meio da cruz....................................................... 31

5. Uma família que compartilha sem medo.................................................................... 40

6. Treinados e conectados no Corpo de Cristo................................................................ 47

7. Comunhão sete dias por semana................................................................................ 54

8. O poder de Deus por meio dos dons .......................................................................... 60

9. O poder da Ministração .............................................................................................. 69

10. A vida em Comunidade ............................................................................................... 75

11. A Criança na Igreja em Células..................................................................................... 81

12. Trabalho em conjunto................................................................................................. 87

13. Tornando-se parte da célula........................................................................................ 92

FOLHA DE TAREFAS ..................................................................................................... 98

ANEXOS DIVERSOS (a serem acrescentados esporadicamente no decorrer do curso)... 100

NOTA

Este material está sendo reproduzido e adaptado com a devida autorização do MINISTÉRIO IGREJA EM CÉLULAS NO

BRASIL, como expresso abaixo: “O Ministério Igreja em Células e o Touch Outreach Ministries autorizam que este

material seja adaptado, copiado e usado dentro de sua própria igreja local para seus líderes para construírem uma

forte visão de uma igreja em células. Isso é do Reino”.

As adaptações e complementações realizadas foi fruto da pesquisa, leitura e estudos com o objetivo de uma completa

integração da metodologia com a teologia e doutrina das Igrejas Batistas Bíblicas no Brasil e considerando o estágio

em que nossa Igreja se encontra no processo da transição. É permitida a reprodução deste material em sua íntegra,

para utilização em Igrejas e Escolas Teológicas, porém não para comercialização, mencionando a sua fonte.

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PREFÁCIO

Percebe-se hoje uma séria crise nas igrejas locais quanto ao envolvimento dos seus

membros em ministérios que promovem o reino de Deus. Geralmente, 20% dos seus melhores

líderes, muitas vezes estressados, desenvolvem programas para 80% de membros inativos,

consumistas e sempre insatisfeitos.

Em virtude do consumismo próprio do capitalismo globalizado e do pluralismo pós-moderno,

com variadas opções no campo religioso, surge entre o povo cristão a tendência de procurar as

melhores ofertas de programas que satisfaçam aos seus desejos de consumo de valores simbólicos e

religiosos.

Diante desta situação, o que fazer? Entrar firme na competição do mercado religioso, ou

afirmar, sem preocupação com resultados imediatos, os valores do reino de Deus.

Pretendemos com estes estudos dar o “pontapé inicial” para contribuir com o nosso anseio de

ver uma igreja que seja autêntica e ao mesmo tempo relevante no mundo pós-moderno.

Da maneira e dos métodos da Igreja no livro de Atos pouco resta para nós. Na verdade

ficamos com uma herança completamente antagônica a qual foi sendo implementada na igreja

através dos séculos. Durante a Reforma do século XVI novamente se apregoou que todos os cristãos

deveriam participar da igreja e sua missão de forma total, afirmando que o sacerdócio era para

todos os crentes e não somente para um grupo privilegiado dentro da igreja.

Mas, infelizmente, a força dessa declaração foi se perdendo ao longo dos anos e a igreja

voltou a ser dividida: de um lado os cristãos comuns e do outro lado os membros do clero,

chamados por vários nomes.

Nas últimas seis décadas Deus novamente fez reascender um movimento para restaurar a

teologia bíblica do sacerdócio real do povo de Deus. A teologia corrige a prática e se assim não for

então se perde o referencial bíblico e tudo se torna muito relativo. As cartas paulinas, que são

verdadeiros tratados teológicos, foram escritas com esse propósito.

INTRODUÇÃO

Este material foi elaborado para preparar os membros da igreja para uma participação ativa

na vida da célula ou grupo pequeno objetivando o envolvimento dos membros nas células da igreja

dando conceitos e habilidades preparatórias.

Os participantes utilizarão esta apostila que contém as anotações do treinamento semanal e

do material para o grupo pequeno. Cada estudo abrangerá um aspecto distinto da vida da célula.

Teremos algumas dinâmicas com o objetivo de prepará-lo para a vida em célula, à medida que o

grupo se conheça, compartilhe ideias, quebre paradigmas, crie relacionamentos e comece a

ministrar “uns aos outros”.

Outro objetivo deste treinamento é conduzir o processo de instalação da “célula protótipo”

em igrejas já estabelecidas durante o “ano de transição”, juntamente com o treinamento dos líderes

e auxiliares das células que se multiplicarão a partir da célula protótipo, estabelecendo assim um

processo contínuo de integração dos atuais membros da igreja, tanto na participação em um grupo

pequeno como na preparação de líderes e auxiliares para as células.”

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A. PROPÓSITOS DO INTENSIVO

1. Possibilitar uma ponte de transição

A intenção deste material é auxiliar os membros de nossa Igreja com uma compreensão a

respeito da Igreja em Células a fim de fazermos uma transição para a vida em célula.

2. Reprogramar o pensamento tradicional

Nossa Igreja já tem mais de 9 anos de existência e tem seguido um modelo de reunião de

oração e culto nos lares baseado em costumes tradicionais. Tentar simplesmente ter células sem o

devido treinamento certamente culminaria num conflito de ideias e teria um resultado desastroso.

Já se provou na prática de muitas igrejas que desejam implantar um novo modelo de célula, que

simplesmente começar uma célula sem um treinamento adequado não funciona. Aliás, algumas

Igrejas pagaram um preço muito alto por simplesmente não dispensar devida atenção e valor na

preparação a igreja e liderança quanto a vida em célula.

Membros mais antigos trazem consigo muito do pensamento tradicional para dentro da

célula o que muitas vezes pode servir de empecilho a que uma nova visão mais arrojada, bíblica e

relevante seja implantada. Existe a necessidade de reprogramar o antigo padrão de pensamento

para uma compreensão mais bíblica do corpo de Cristo antes que a célula comece a funcionar.

Muitos dos que desejam estar numa célula simplesmente não sabem como participar; não possuem

a compreensão nem os valores para serem inseridos na vida da célula.

3. Método de Aprendizado (ensino + experiência)

O processo de transição para abraçarmos a nova visão do GP será de Ensino mais Experiência.

O objetivo é oferecer uma visão geral da célula de maneira teórica e prática. Por isso as aulas serão

divididas basicamente em duas etapas: o tempo de estudo (teoria) e o tempo em Grupos pequenos

(prática) onde haverá uma tentativa pratica de inserir os ensinamentos observados.

4. Entrada na vida em células

Quando o treinamento terminar, todos os que completarem satisfatoriamente o curso,

tiverem uma frequência regular e cumprirem com a maioria das tarefas exigidas, automaticamente

serão inseridos no Grupo o Pequeno com o novo formato.

Por causa do ponto crucial de transição em que a nossa Igreja se encontra na questão do Grupo

Pequeno e para que as células não se transformem em simples “grupos caseiros”, seria muito

prejudicial que qualquer dos membros atuais entrasse nas células sem que tenha concluído o

treinamento.

Isso não será necessário para aqueles que “nascerem” por meio do evangelismo dentro do

período de transição, bem como, para os que “nascerem” através do evangelismo das células.

5. Mostrar como o Intensivo Restaurando a Visão se encaixa com outros materiais de

treinamento do Ministério Igreja em Células.

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Este material não foi produzido para suprir todo o desenvolvimento, o treinamento ou a

transição dos líderes. Entendemos que outros materiais, livros e cursos oferecidos pelo Ministério

Igreja em Células se encaixam perfeitamente para esse propósito e cumprem com eficácia o

treinamento desejado.

O Intensivo Restaurando a Visão foi produzido para vir ao encontro de uma necessidade

específica: oferecer suporte para transição de valores de uma Igreja tradicional para os valores de

uma Igreja em Células com base nos ensinos do Novo Testamento.

TRANSIÇÃO SIMULTÂNEA DOS MEMBROS:

Intensivo “Restaurando a Visão de Deus para a sua Igreja”.

Formatura dos que concluírem satisfatoriamente o intensivo e inclusão nas células.

Início da utilização do material de treinamento e discipulado, tais como: Roteiro para o seu

ministério, Bem-vindo à família, etc.

O Intensivo Restaurando a Visão deve ser mantido enquanto houver membros de nossa

Igreja que ainda não fazem parte de uma célula ou para aqueles que forem transferidos de

outra Igreja.

B. ELEMENTOS CHAVES – SUMÁRIO

1. Experiência de 26 semanas.

2. Ensino ao grupo grande mesclado com a interação em grupos pequenos.

3. Preparação para o treinamento e o discipulado (realizado posteriormente com a célula em

andamento).

4. Preparação para a prestação de contas (realizado posteriormente com a célula em

andamento).

5. Introdução às habilidades da vida em comunidade – vitais para a célula.

6. Desafio para a mudança de valores para a vida em célula.

7. Encerra-se o intensivo com uma escolha decisiva quanto ao compromisso da vida em

célula.

C. A ESTRUTUTA DO “RESTAURANDO A VISÃO”

1. Ensino ao grupo grande com uma apresentação visual interessante

A principal abordagem deste material visa alcançar os membros comuns da Igreja, levando em

conta que a grande maioria é cristãos convertidos há muitos anos. As seguintes perguntas sempre

serão consideradas:

O que eles ainda não conhecem?

O que ainda não estão compreendendo?

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Onde estão seus medos e bloqueios quanto ao modelo de Igreja em célula?

De que maneira a igreja em células realmente difere de tudo o que eles já experimentaram no

contexto da igreja tradicional?

Como funciona e o que acontece em uma célula?

O que se espera de todos os participantes?

Embora exista um esforço no aprendizado teórico e a qualidade deste material vem sendo

utilizada por décadas em milhares de Igrejas em todos os continentes, é muito importante

entendermos que célula não pode ser ensinada, deve ser experimentada.

Nosso desejo é que o intensivo “Restaurando a Visão da Igreja” seja capaz de trazê-los para um

ambiente em que possam ser expostos à visão da Igreja em Células a fim de serem conquistados por ela.

2. Muita recapitulação

Utilizaremos o início de cada aula, uma breve revisão da aula passada bem como uma revisão

das tarefas de treinamento do estudo anterior com o objetivo de fixar os novos princípios na memória.

Já está provado que muitos evidenciam esta postura de resistência ao novo valor através

das argumentações, de uma atitude defensiva ou pela confusão no entendimento. Todos nós

precisamos de tempo, não apenas para ouvir um novo ensinamento, mas também para digeri-lo,

pesá-lo, compará-lo com a Palavra de Deus, experimentá-lo e nos acostumar a ele. Se tentarmos

apressar as pessoas podemos muito bem produzir os mesmos resultados de uma construção onde

não foi observado o tempo devido para secagem do cimento. Você até pode construir uma casa

rapidamente, mas ela terá maior possibilidade de não resistir por muito tempo. Vocês terão tempo

para processar os ensinos e experimentá-los também!

3. Introdução à interação de grupos pequenos

A cada semana vamos incluir um tempo de interação em grupo pequeno no qual vocês

começarão a praticar o que têm aprendido a respeito de relacionar-se mutuamente.

Todos os participantes devem estar conscientes de que participa para aprender sobre a célula e não

sobre como liderá-la.

O treinamento dos líderes de células e seus auxiliares será para aqueles a quem Deus

chamar para este ministério e será oferecido num segundo momento.

4. Tarefas de treinamento

O intensivo durará em média 26 semanas (2 semanas para cada estudo). A cada ESTUDO

vocês sairão com dois tipos de tarefas:

Leituras da apostila do treinamento, material adicional e tarefas especificadas pelo professor.

Leituras de passagens bíblicas que foram usadas durante o tempo de classe de aula.

É fundamental ao aluno compreender que ele não está vindo a cada semana apenas para mais uma

reunião semanal da Igreja e sim para receber treinamento e cumprir com tarefas extra classe.

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5. Tarefas de relacionamento para desenvolver habilidades sociais.

Algumas tarefas que iremos realizar terão o intuito de desenvolver as habilidades relacionais,

tais como: telefonar para alguém, suprir a necessidade de alguém, encontrar-se com alguém para

um bate-papo, cafezinho ou chá, lanche, ou até uma refeição juntos, etc.

Nossa intenção é promover meios específicos para alcançar os outros, expressar interesse

mútuo, e permanecer em contato durante a semana, após as reuniões das células. O envolvimento

social também ajuda a criar canais para os parceiros de prestação de contas e o relacionamento

discipulador/discípulo.

6. O Intensivo Restaurando a Visão deve acontecer no momento adequado e o seu transcurso

sendo desenvolvido sem pressa, para proporcionar excelente aproveitamento.

Os participantes do primeiro intensivo constituirão a base de formação das primeiras células,

o que deverá acontecer trinta dias após o encerramento. A partir daí, estaremos obedecendo ao

que vamos chamar de ciclo celular.

Antes de a multiplicação ocorrer, será oferecido novamente o intensivo “Restaurando a Visão”,

para os “antigos” membros que ainda não o fizeram e os membros transferidos de outras Igrejas.

7. Frequência

A frequência regular é absolutamente necessária. Se você não for fiel na frequência do

Intensivo “Restaurando a Visão”, então significa que você não está pronto para assumir um

compromisso com a célula.

As pessoas que faltarem devem repor as tarefas até a próxima reunião. Se você se ausentar

das aulas mais que 25% do total significa que não está apto a participar de uma célula. O motivo

desta exigência é reforçar o compromisso no aluno com a vida em células. Ao se ausentar de uma

aula você perderá interações/instruções fundamentais para o desenvolvimento da visão de células.

D. DINÂMICA DAS AULAS - ITENS RELEVANTES

Cada estudo abrange um aspecto distinto da vida da célula, e oferece várias dinâmicas para um

melhor aproveitamento. A seguir apresentamos cinco destas dinâmicas:-

1. A Discussão no grupo grande

Tem como objetivo atingir várias coisas:

É um tempo para revisar as tarefas do estudo anterior.

Oferece a oportunidade de rever o assunto do estudo anterior.

Oferece um tempo de perguntas e respostas num ambiente não hostil e seguro para pedir e

buscar respostas.

2. O Aprendendo por meio de Conceitos

Será um momento de aprendizado através da palestra.

3. O Tempo em Grupos Pequenos

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Permite que as pessoas experimentem algumas dinâmicas de grupos pequenos. Não é uma

experiência de célula, mas prepara para a vida em célula à medida que as pessoas se compartilham

ideias, vencem medos, criam relacionamentos e começam a ministrar “uns aos outros”.

4. O Material de Treinamento

O Material de Treinamento tem um propósito triplo:

Oferecer leitura adicional de reforço;

Ampliar a base bíblica do ensino de cada estudo;

O treinamento que é feito fora da reunião do pequeno grupo vai orientar e aclimar os

participantes com aquilo que, no futuro, será parte normal da vida na célula.

5. As Tarefas RNA: Relacionamentos nutridos em amor

Tem como objetivo conectar os participantes em relacionamento de responsabilidade e

compromisso mútuo. À medida que os participantes são envolvidos no compromisso de telefonar

uns para os outros, encontrar-se para encorajar uns aos outros, ministrar e orar uns pelos outros,

eles também começam a desenvolver o estilo de vida da célula.

Estarão pavimentando o caminho para uma futura introdução aos relacionamentos de

discipulador/discípulo e de prestação de contas.

E. POSSÍVEIS DÚVIDAS

É muito provável que possam surgir algumas dúvidas sobre a necessidade do Intensivo

Restaurando a Visão de Deus para a sua Igreja. Veja algumas dúvidas importantes com respostas

pertinentes:

P:- “Por que não somente pregar sobre este assunto. Passar a visão e base bíblica para a igreja de

púlpito não seria suficiente?”

R:- O pastor já fez isto porque é necessário fazê-lo, e ele continuará a reforçar o ensino em outros

sermões. No entanto, as pessoas não estão presentes em todos os cultos da Igreja, todas as

semanas, e assim perderão conceitos vitais. Além disso, novas pessoas poderão estar se

transferindo para nossa Igreja, vindo de outras Igrejas que não têm a mesma metodologia, e

começarão vir aos cultos da Igreja e não vão entender o que está acontecendo. Elas também

precisam de um lugar onde irão aprender sobre a vida em células e praticar o que estão

ouvindo, antes de serem inseridas nas células.

P:- “Por que não elaborar uma pequena apostila que todos poderão estudar sozinhos?”

R:- Somente com o estudo de uma apostila não se consegue repassar de maneira eficiente o que é a

vida em células. O estudo interativo em classe, a vivência dos pequenos grupos, as tarefas de

relacionamentos, a experiência do discipulador/discípulo são essenciais para que cada pessoa

possa aplicar na sua própria vida os princípios e a metodologia que vai experimentar na vida em

célula. Lembrem que Jesus gastou três anos e meio com seus doze discípulos, vivendo a

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comunidade de um pequeno grupo, para depois eles poderem liderar os cento e vinte que

estavam no cenáculo aguardando a descida do Espírito Santo.

P:- “Por que não se coloca, pura e simplesmente, todo mundo em células, dividindo os membros da

Igreja em pequenos grupos, e deixa que cada um experimente a vida em células neste

contexto?”

R:- Esta fórmula já foi testada por algumas Igrejas e os resultados foram desastrosos. O que

acontece é que muitos nem viriam para as reuniões do pequeno grupo. Outros viriam, mas sem

o conhecimento dos valores da célula e se tornariam empecilho ao grupo. É praticamente

impossível mudar qualquer estrutura sem primeiro mudar os valores. Outro agravante ao se

concordar com esse tipo de questionamento é que a criação de uma liderança ineficaz, e

consequentemente, a multiplicação de líderes ineficazes. E este é o principal mecanismo de

multiplicação das células – a multiplicação dos líderes.

P:- “Por que não sugerir às pessoas a leitura de alguns dos muitos livros que estão sendo publicados

sobre o assunto?”

R:- O assunto é tão crucial e vasto que simples leituras de livros sobre este tema não serão

suficientes. Além do mais, leituras não provocam em si a experiência da vida em célula como o

treinamento procura oferecer.

Nosso sincero desejo é que você tenha um excelente tempo de aprendizado e de experimento

para ser introduzido na vida celular de nossa Igreja. Que Deus conceda-lhe a benção de completar

este estudo sem ausências e cumprindo com suas pequenas mas crucias tarefas.

SOBRE O AUTOR

Twyla D. Brickmann é esposa do pastor Lês Brickmann e está no ministério, junto com seu marido,

desde 1971. Estudou na Universidade do Arizona e na Universidade de Dakota do Norte, e obteve o

seu Mestrado sobre a Igreja em Células na Regent University em Virginia Beach.

LEGENDA

As tarefas apresentadas nesta apostila são representadas pelas seguintes abreviações:

GP = Tarefa de Grupo Pequeno;

RNA = Tarefa do “Relacionamento nutrido em amor”;

TR = Tarefa de Treinamento.

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ESTUDO 1 _____________________________________________

A IGREJA EM CÉLULAS

ESBOÇO DO ESTUDO

Você já refletiu sobre os mais diversos formatos que a Igreja teve desde pentecostes até os

dias de hoje? Certamente o propósito de Deus era que a Igreja sempre tivesse a força e o impacto

dos primeiros anos de existência. Temos percebido como os homens modificaram a Igreja no

decorrer dos séculos.

A Igreja no começo era pura, depois passou a ser política, depois católica, e assim por diante.

Certamente é verdade quando se diz: “Em Jerusalém o cristianismo era um estilo de vida, em Roma

tornou-se uma instituição, Na Europa tornou-se uma cultura e nos Estados Unidos tornou-se um

empreendimento”.

A Igreja em Células é chamada de igreja de duas asas por dar ênfase a duas áreas específicas:

a celebração em comunidade e o encontro em grupo pequeno, tendo cada uma a sua devida função

e importância à igreja.

A intenção da célula não é formar uma nova versão eclesiástica, ou pegar carona numa nova

onda. A dinâmica que fez da Igreja primitiva uma comunidade de fé vital e verdadeira tem suas

raízes nas casas.

Os primeiros livros do Novo Testamento foram cartas escritas para pequenas comunidades

que se reuniam nas casas, por causa de suas dificuldades, perigos e tentações. Tudo o que tinham

era a comunhão e a generosidade uns para com os outros. Eles se encontravam nas casas uns dos

outros dia após dia para uma refeição em comum, durante a qual relembravam Jesus, com gratidão,

enquanto compartilhavam o pão e o vinho. Nessas reuniões, aqueles que tinham estado com Jesus

recontavam suas memórias e apresentavam os seus ensinamentos aos outros.

Nessa comunidade, as pessoas comuns – aquelas que foram alvo da compaixão de Jesus

porque eram como ovelhas sem pastor – encontravam nova vida e nova esperança; não se sentiam

mais sem liderança, sem identidade ou propósito. Mesmo não estando mais entre eles, Jesus era

sentido nos corações de todos e apreciado por meio dos encontros de comunhão. Esse poder

manifesto de Jesus por meio dos cristãos causou um impacto profundo na comunidade a começar

por Jerusalém, Samaria e até os confins da terra.

A ECLESIOLOGIA

A cultura presente da época do Novo Testamento favorecia uma fé expressada através de Grupos

Pequenos. Vários fatores presentes em suas reuniões indicam o tipo de igreja que devemos ser:

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Culto participativo ao invés de culto de espectadores.

Efésios 5.19

Colossenses 3.16

1Coríntios 14.26

Culto envolvendo os lares.

1Coríntios 16.19

Romanos 16.5

Colossenses 4.15

Atos 5.42

O ensino da Palavra, muitas vezes, refletia um contexto de grupos pequenos.

Mateus 18.15-17

As refeições “ágape” eram cultivadas de casa em casa.

Atos 2.46

Dons eram exercidos também no contexto do grupo pequeno.

1Coríntios 14.26-33 (cf. 14.19, 23; 11.33-34; Atos 20.7-12; 2Pe. 2.13 e Judas 12)

Colocar em prática o “uns aos outros” requer um contexto comunitário.

Gálatas 6:2

Romanos 15.7, 30

Efésios 4.2, 32; 5.19,21

A IGREJA DE DUAS ASAS

Veja as razões de colocar equilíbrio entre o culto em comunidade e os encontros em grupo

pequeno:

A. Vantagens da celebração nos cultos

1. A experiência nos faz dizer: “Sou parte da família de Deus”.

2. Atividades especiais de ministérios podem acontecer no encontro do grupo grande.

3. Evangelismo para a massa.

4. Demonstra a unidade do Corpo de Cristo no mundo.

5. Celebra a natureza de Deus como o Deus Altíssimo.

6. Fomenta uma experiência heterogênea entre células homogêneas.

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7. Pode ser menos ameaçador para alguns incrédulos.

8. Lugar onde a congregação como um todo pode ser alimentada espiritualmente e se

comprometer com uma visão comum.

9. Lugar onde a congregação como um todo pode comprometer-se novamente com a visão.

B. Vantagens da estrutura dos grupos pequenos

1. É flexível: pode facilmente mudar seus procedimentos, data, tempo, duração e local para ir ao

encontro de situações, necessidades ou objetivos específicos de mudanças ou ainda atingir

objetivos diferentes.

2. É móvel: pode acontecer numa casa, escritório, restaurante, ou em qualquer outro lugar.

Pode melhor atrair pessoas que sentem desconfortáveis em vir a igreja.

3. É inclusiva: pode mostrar uma abertura cativante a todos os tipos de pessoas.

Quando uma pessoa é levada a um pequeno círculo, dedicado à oração e ao compartilhamento

profundo dos recursos espirituais, ela está bem ciente de que ali ela é bem-vinda por ser o

que é, pois o grupo pequeno não tem orçamento, nem líderes preocupados com o sucesso de

sua administração ou da sua promoção.

ELTON TRUEBLOOD

4. É pessoal: A comunicação cristã sofre pela impessoalidade. Muitas vezes ela pode se tornar é

tão polida, tão profissional que não existe espaço para desenvolver intimidade. O grupo

pequeno oferece melhor ambiente para comunicação mais profunda e de nível pessoal.

Justamente por essa faceta, um grupo pequeno muitas vezes alcança mais pessoas do que os

meios de comunicação em massa. Os meios de comunicação de massa (a exemplo dos

grandes cultos) alcançam muitas pessoas, porém com maior superficialidade. Um grupo

pequeno, por sua vez, atinge menos pessoas, porém com potencial de desenvolver grande

profundidade relacional. Ambos os estilos de impacto (as duas asas da igreja) devem ser

preservados e fortalecidos na igreja.

5. Pode crescer e se multiplicar. Grupo pequeno só é eficiente dentro do seu propósito se

permanecer pequeno. A intenção é que o Grupo cresça em qualidade e quantidade. Quando u

número maior de pessoas começarem a se reunir com frequência, o Grupo pequeno estará

pronto para se multiplicar (havendo de igual modo a necessidade de treinamento de novos

líderes para a existência do novo grupo pequeno).

6. Pode se tornar um meio eficiente de evangelismo. Grupo pequeno é um ambiente propício

para que as necessidades espirituais de uma pessoa em particular não convertida sejam

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ouvidas e o grupo se dedique em demonstrá-la o amor de Cristo de modo pessoal e

concentrado. Também é um lugar onde a fé pode ser mais contagiante estimulando uma

entrega mais genuína ao Senhor.

7. Requer um mínimo de liderança profissional. Certamente é necessária uma liderança

competente para qualquer grupo pequeno, no entanto, a experiência tem comprovado que

tais líderes podem ser desenvolvidos na própria Igreja local. Não são necessárias pessoas

preparadas profissionalmente (cursos profissionalizante, seminários, etc.), apenas cristãos

comuns comprometidos que passaram pelo treinamento.

8. É adaptável em diversos contextos organizacionais. O grupo pequeno não precisa se desfazer

da igreja organizada para se tornar efetivo. Embora a incorporação séria dos grupos pequenos

no ministério geral da Igreja exija alguns ajustes e algumas reestruturações, os Grupos

pequenos podem ser introduzidos sem abandonar ou minar a Igreja. Grupo pequeno não deve

ser visto como um substituto da igreja ou um risco a seu sistema denominacional, antes uma

ferramenta útil e componente que trará melhor funcionamento a vida da igreja.

O PROGRAMA DA IGREJA ATUAL (palavra do Pastor)

A essa altura, podemos reconhecer que a Igreja precisa de diretrizes se ela estiver disposta a

moldar seus programas. E onde ela tem maior privilégio de procurar estas diretrizes senão nas

páginas das Escrituras?

O Novo Testamento, no entanto, insistentemente se recusa a responder o que é a igreja em

forma de modelo ou programa; ele apenas diz que a igreja deve ser igreja e que o Corpo de Cristo é

a igreja, o organismo vivo.

Nosso programa imediato, portanto, é parar de falar de programas e nos engajar ao que

significa a vida da igreja e como ela melhor pode se expressar em nosso contexto e cultura.

Certamente existe uma necessidade, conforme ainda será melhor discutida, dela ser muito mais do

que encontros dominicais e outros ocasionais.

Toda a igreja precisa de uma estrutura,

uma organização, mas isso ainda está longe

de revelar o que a igreja realmente é:

organismo vivo. Ainda assim, programas,

organização e métodos de reunião devem ser

preservados porque sem estes o organismo

vivo não consegue se expressar de maneira

organizada. Por exemplo, imagine se nossos

cultos não tivesse ordem em seu roteiro, ou

se não tivesse um horário nem dia

determinado para se iniciar? Neste contexto

certamente a igreja ainda assim seria igreja

mas não conseguiria se desenvolver e nem

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expressar apropriadamente sua força. Deste modo, programas, organização e estruturas

eclesiásticas servem para facilitar a que a igreja seja o que ela sempre foi chamada para ser. Em

linhas gerais, é desta maneira que conseguimos distinguir a diferença entre um bom e mal

programa/estrutura.

A pregunta a ser feita é: O programa atual de nossa igreja abraça apropriadamente o que a

igreja deve ser com toda a dinâmica do corpo de Cristo, na constância dos encontros relacionais, no

aprofundamento de amizade, no uso dos dons, no aprendizado individual e coletivo da Palavra de

Deus, na qualidade do verdadeiro discipulado, e no engajamento funcional de cada membro à vida

total da igreja? O grupo Pequeno nesse novo molde apresentado aqui vem justamente para

responder a essa pergunta e suprir muitas dessas necessidades da igreja que o culto em

comunidade em si não consegue suprir. O Grupo Pequeno, deste modo, embora sendo um

programa da igreja não deve ser entendido apenas como tal, mas o próprio respirar e fluir da igreja.

Por fim, Grupo Pequeno deve uma dinâmica que abraça todos os outros ministérios da igreja e

oferece uma plataforma adequada a que esses ministérios cresçam e pessoas sejam desenvolvidas de

um modo muito mais pessoal. Ele jamais retira a importância exclusiva do culto de celebração em

comunidade, no entanto, ao mesmo tempo entende que aqueles que se reúnem em um grande grupo

possuem necessidades específicas de consolação, encorajamento, desenvolvimento espiritual e de

amizades sólidas que serão preenchidas num ambiente de grupo menor. Por essas causas, entendemos

que a igreja precisa restaurar nossa visão sobre como a igreja deve expressar a sua vida semanalmente.

TAREFA: A IGREJA DO NOVO TESTAMENTO NAS GRANDES E PEQUENAS REUNIÕES

Procure as referências bíblicas abaixo. Caso o versículo se relacione com a Igreja reunida em

grandes ajuntamentos escreva grande após a referência. Caso indique a igreja se reunindo

numa casa escreva pequeno após a referência. Quando o versículo se refere tanto a reuniões

grandes quanto a pequenas, escreva ambos.

Atos 1.12-14 _________________

Atos 2.1-2 _________________

Atos 2.46-47 _________________

Atos 5.12 _________________

Atos 5.42 _________________

Atos 6.1-2 _________________

Atos 8.3 _________________

14

Atos 12.11-12 _________________

Atos 14.26-28 _________________

Atos 15.3-32 _________________

Atos 16.40 _________________

Atos 17.5 _________________

Atos 18.4-11 _________________

Atos 20.6-11 _________________

Atos 20.20 _________________

Romanos 16.3-5 _________________

Romanos 16.15 _________________

1Coríntios 16.19 _________________

Filipenses 4.22 _________________

Colossenses 4.15 _________________

Filemon 1-2 _________________

Hebreus 10.23-25 _________________

Qual é o seu conceito de Igreja?

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Quais são as descobertas feitas na lição que impressionaram ou desenvolveram melhor sua

compreensão sobre igreja?

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TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor).

Ligue para alguém que participa do seu grupo e mostre a sua apreciação pela participação dele

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ESTUDO 2 _____________________________________________

A CÉLULA

ESBOÇO DO ESTUDO

A Igreja tem buscado através dos séculos a saúde por meio de vários modelos de grupos

pequenos. Cada um deles teve a sua ênfase e seu propósito como também o seu tempo de duração.

Alguns propósitos foram alcançados, mas não levaram a Igreja à saúde integral por faltar base à

comunidade cristã.

Jesus prometeu que estaria presente com os seus seguidores em sua Igreja para revesti-la de

poder. A natureza total da experiência em células muda quando Jesus é o único foco. Ele começa a

dirigir a célula como a Cabeça, concede aos membros dons espirituais e os enche com o seu poder.

Então ocorrem edificação e comunhão genuínas. O próprio Jesus é o fator essencial na vida da sua

comunidade redimida.

O pacto da célula nos proporciona uma definição e estabelece os limites. Da mesma maneira

que uma membrana celular, a célula guarda as coisas boas dentro de si, como coisas compartilhadas

em segredo. Também mantém fora as coisas ruins como a fofoca, insensibilidade e medo, e nos ajuda

no relacionamento uns com os outros dentro da membrana. A porosidade da membrana celular nos

ajuda a lembrar que os de fora da membrana precisam ser trazidos para dentro da célula.

A mais forte unidade organizacional na história do mundo parece ser o que

denominamos de célula, porque ela é uma multiplicadora de si mesma, sem

nenhuma culpa; é excepcionalmente difícil de destruir; preserva sua intensidade de

vida local enquanto outras grandes organizações rapidamente desaparecem quando

enfraquecidas no núcleo; pode desafiar os poderes dos governos; é a alavanca

apropriada para abrir à força qualquer status quo. Não importa se escolhermos o

cristianismo primitivo ou o calvinismo do século XVI, ou, se escolhemos a democracia

ou o comunismo moderno, esta parece ser a maneira adequada pela qual um

punhado de pessoas pode abrir um novo capítulo na história da civilização”

HERBERT BUTTERFIELD

17

OS PACTOS QUE DÃO VIDA À CÉLULA

1. O pacto da afirmação do amor incondicional

Colossenses 3.4-15

“Eu escolho amá-los, edifica-los e aceita-los, meus irmãos e irmãs, não importa o que digam ou

façam. Eu escolho amá-los do jeito que vocês são. Posso não concordar com suas ações, mas vou

amá-los como pessoas e fazer tudo para suporta-los na certeza do amor de Deus”

2. O pacto da honestidade

Efésios 4.25-32

“Eu não vou esconder como me sinto a respeito de vocês ou o que vem de vocês, bem ou mal, mas

vou procurar, no tempo do Espírito, conversar francamente e diretamente com vocês de modo

amoroso e perdoador, para que vocês não fiquem desestruturados quando estiverem em

dificuldades e para que nossas frustrações mútuas não se transformem em amargura. Vou

tentar refletir para vocês aquilo que estou ouvindo e sentindo a respeito de vocês. Se isso significa

arriscar-me a sofrer, sabendo que ao falar a verdade em amor é que crescemos em

tudo em Cristo que é o cabeça (Efésios 4.15), então eu aceito correr o risco. Vou tentar expressar

esta honestidade de maneira sincera e controlada de acordo com as percepções que eu tenha das

circunstâncias”.

3. O pacto da transparência

Romanos 7.15-25

“Prometo me empenhar para me tornar uma pessoa mais aberta, contando para vocês meus

sentimentos, minhas lutas, minhas alegrias e minhas dores da melhor maneira possível. A

intensidade com que vou fazer isso tem como implicação o fato de que não vou conseguir nada sem

vocês. Digo isto para afirmar o valor de vocês para mim como pessoa. Em outras palavras, eu

preciso de vocês”.

4. O pacto da oração

2Tessalonicenses 1.11-12

“Eu faço um pacto de orar por vocês regularmente, crendo que nosso amado Pai deseja que oremos

uns pelos outros. Não serei um ouvinte passivo. Mas sim, escolho ser um participante espiritual,

desejoso de entrar na situação de vocês e auxilia-los a levar os seus fardos em oração”.

18

5. O pacto da sensibilidade

João 4.1-29

“Assim como desejo ser conhecido e compreendido por vocês, faço o pacto de ser sensível a vocês e

às suas necessidades. Vou tentar ouvi-los e sentir o que se passa com vocês, e procurar tirar vocês

do buraco, do desânimo e isolamento. Vou procurar evitar seriamente dar respostas simplistas para

as situações difíceis nas quais vocês se encontram”.

6. O pacto da disponibilidade

Atos 2.47

“Aqui estou se precisarem de mim. Tudo o que tenho – tempo, energia, entendimento, bens – está a

disposição de vocês. Ofereço essas coisas a vocês num pacto que tem prioridade sobre outras

necessidades que não condizem ao Reino de Deus”.

7. O pacto da confidencialidade

Provérbios 10.19; 11.9, 13; 12.23; 15.4; 18.6-8

“Prometo manter em segredo tudo o que for compartilhado dentro do grupo de modo a

proporcionar uma atmosfera de confiança, necessária à transparência. Entendo, no entanto, que

esta confidencialidade não proíbe o meu líder/auxiliar de célula de compartilhar, seja verbalmente

ou por escrito, informações adequadas ao meu pastor. Entendo que os líderes/auxiliares trabalham

sob a supervisão pastoral, e lhes foi delegada a autoridade como extensão do ministério de cuidado

pastoral desta igreja. Como resultado, devem prestar contas ao(s) pastor(es) desta igreja, que

prestam contas ao Pastor Maior, Jesus Cristo, nosso Senhor (Hebreus 13.17).

8. O pacto da prestação de contas

Ezequiel 3.16-21 e Mateus 18.12-20

“Faço o pacto de estudar os materiais de treinamento dos quais cada célula se utiliza para o

crescimento como parte do treinamento e, assim fazendo, vou prestar contas semanalmente a um

outro membro da minha célula. Vou dar a vocês o direito de me questionar, confrontar e desafiar

em amor quando estiver falhando em algum aspecto da minha vida com Deus, família, devocional,

crescimento espiritual em geral ou algo semelhante. Confio que vocês estejam no Espírito e que

sejam guiados por ele quando assim o fizerem. Preciso da sua correção e repreensão de modo a

aperfeiçoar meu ministério dado por Deus no meio de vocês.”

19

9. O pacto de assiduidade

Lucas 9.57-62 e Hebreus 10.25

“Vou considerar o tempo normal que meu grupo investe semanalmente como um tempo sob a mão

discipuladora de Cristo em nosso meio. Não entristecerei o Espírito nem impedirei o seu trabalho na

vida dos meus irmãos(ãs) pela minha ausência, exceto em caso de emergência. Somente com a

permissão dele, em oração, vou considerar a ausência uma possibilidade. Se estiver impossibilitado

de comparecer por qualquer razão, por consideração, vou telefonar para o meu líder de célula para

que todos os membros da célula saibam por que estou ausente, para que possam orar por mim e

não tenham maiores preocupações comigo”.

10. O pacto de alcançar outros

Mateus 25.31-46

“Faço o pacto de encontrar meios de me sacrificar por aqueles que se encontram fora de nossa

comunhão, da mesma forma como fiz a aliança de me sacrificar por vocês, meus irmãos e irmãs.

Vou dar o máximo para trazer dois ou mais incrédulos ou pessoas sem igreja para a minha célula

durante o seu ciclo de vida. Quero fazê-lo em nome de Jesus para que outras pessoas sejam

adicionadas ao reino de Deus pelo amor dele”.

11. O pacto do trabalho conjunto

Marcos 10.13-16

“Reconheço que as crianças são membros ativos do Corpo vivo de Cristo e que exercem dons e

ministérios na vida comunitária da igreja. Assumo o compromisso de ser exemplo e me envolver no

ensino dos meus filhos e dos filhos de meus irmãos. Entendo que a paternidade responsável é dada

por Deus aos pais e/ou responsáveis para que as crianças se desenvolvam de forma saudável,

crescendo na mente, no corpo e em graça diante de Deus e dos homens como Jesus cresceu”.

20

O QUE É UMACÉLULA?

“Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo”.

1TESSALONICENSES 5.11

VIDA EM COMUNIDADE onde cada um procura edificar o outro; onde cada um encoraja os

outros a viverem e não se isolarem dos seus locais de contato; onde orar e ministrar uns aos

outros cria um sentimento de interesse e o desejo de se ter o melhor para o outro; onde o

fruto do Espírito é visto e demonstrado de forma evidente para o benefício do grupo.

EVANGELISMO em que cada membro nascido de novo olha além do grupo, a fim de alcançar

um amigo ou parente não-salvo para um relacionamento de salvação em Jesus Cristo; onde

cada membro nascido de novo percebe que cada atividade da igreja é uma oportunidade

para compartilhar a sua fé e experiência em Jesus Cristo.

LIDERANÇA em que todos os membros

nascidos de novo reconhecem o seu

papel como sacerdotes diante de Deus;

em que todos os membros nascidos de

novo exercitam seus dons espirituais

para a edificação do corpo de Cristo; em

que cada membro nascido de novo é

encorajado a ter uma atitude de servo;

em que cada membro nascido de novo é

responsável por outra pessoa na célula.

VIDA a qual o frescor e o dinamismo

caracteriza o corpo como um todo; a qual

cada célula se multiplica em novas células.

CONDUÇÃO DO ESPÍRITO na qual todos os membros nascidos de novo estão abertos para a

liderança e a visão do Espírito Santo; na qual todos os membros nascidos de novo

reconhecem a sua falência pessoal e se tornam completamente dependentes da graça de

Deus; na qual o louvor e a adoração acontecem por amor a Cristo, o cabeça da Igreja.

A TEOLOGIA DA CÉLULA

A ênfase que Jesus deu para reuniões de poucas pessoas na representatividade de sua Igreja

traz consigo também o segredo para cumprir a sua missão. O que sustenta a obra de Deus na

atualidade não são as dinâmicas de grupo, os líderes carismáticos ou eficientes, as habilidades

21

comunicativas, as celebrações, as campanhas evangelísticas, as técnicas de reunião, uma

comunidade acolhedora, ou ainda, as experiências espirituais. A igreja apenas precisa ser igreja e ter

um programa matriz que favoreça o mesmo.

“O significado de “dois ou três reunidos” é algo que deve crescer em nossa mente, enquanto

humildemente procuramos ser guiados por esse caminho frutífero. O milagre é que Deus tem nos

mostrado, em meio aos nossos tempos tumultuados, algo que proporciona frescor ao movimento

cristão. O poder que tem emergido da comunhão dos grupos pequenos é algo que deve nos levar a

Deus e nos animar”.

TRUEBLOOD

TAREFA: A IGREJA É UM CORPO VIVO

Leia os versículos abaixo e anote a comparação feita entre a Igreja e o Corpo de Cristo.

Romanos 12.4-5

___________________________________________________________________________

1Coríntios 10.16-17

___________________________________________________________________________

1Coríntios12.12

___________________________________________________________________________

1Coríntios12.13

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.14

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.15

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.16

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.17

___________________________________________________________________________

22

1Coríntios 12.18

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.19

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.20

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.22

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.23

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.24

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.25

___________________________________________________________________________

1Coríntios 12.27

___________________________________________________________________________

Efésios 1.22-23

___________________________________________________________________________

Efésios 3.6

___________________________________________________________________________

Efésios 4.4

___________________________________________________________________________

Efésios 4.12

___________________________________________________________________________

Efésios 4.16

___________________________________________________________________________

Efésios 5.23

___________________________________________________________________________

23

Efésios 5.30

___________________________________________________________________________

Colossenses 1.18

___________________________________________________________________________

Colossenses 1.24

___________________________________________________________________________

Colossenses 2.19

___________________________________________________________________________

Colossenses 3.15

___________________________________________________________________________

Quais são as suas dificuldades maiores em relação ao “PACTO DA CÉLULA”?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

Como você imagina uma comunidade que vive o “PACTO DA CÉLULA”?

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Discutir com seu companheiro(a) RNA o que ele tem achado dos pactos do Grupo pequeno’.

Compartilhar os pontos do pacto que sentirá que Deus terá de trabalhar mais em sua vida. Orem um

pelo outro.

24

ESTUDO 3 _____________________________________________

RELACIONANDO-SE COM O PAI

ESBOÇO DO ESTUDO

Não sei se você já pensou muito a respeito disso, mas os relacionamentos é o maior valor da

Bíblia. Toda a Palavra de Deus é uma história de relacionamentos: o desejo de Deus de se relacionar

com o homem, a quebra desse relacionamento pelo pecado e a restauração do relacionamento por

Jesus.

No cristianismo Deus providenciou um caminho para o relacionamento profundo sem

barreiras com Ele e com o próximo.

Compartilhando nossa experiência com Deus

Vamos compartilhar brevemente, uns com os outros, como

fomos levados a um relacionamento com Deus (tempo para

testemunho pessoal – primeiro o monitor, depois em grupos de

quatro).

Um relacionamento com Deus é semelhante a outros

relacionamentos: é necessária a comunicação, tempo dispensado

e abertura (entrega). Uma das maneiras de Deus se comunica

conosco é por meio da sua Palavra, de suas cartas de amor.

As células só funcionam se houver um relacionamento

adequado de todos com Deus e uns com os outros. É imperativo

que alimentemos e nutramos nosso relacionamento com Deus. Se

você sente que Deus está longe ou despreocupado com sua

situação pessoal, então você viverá sua vida como se ele não

estivesse vitalmente envolvido. Se você não crê que ele fala com

você, então como pode ouvi-lo?

Ele não fala conosco somente pela sua Palavra, mas também por intermédio da oração.

Oração também é algo que deve se tornar vivo com a sua presença à medida que nos tornamos

mais íntimos dele.

A oração não foi designada para ser uma formalidade ou regra na vida da igreja ou uma

simples recitação memorizada pela qual apresentamos uma lista de petições a Deus. Oração antes é

o caminho de conexão a Deus. Por meio da oração apropriada aprendemos a ouvir antes de pedir, e

a medida que falamos nosso coração recebe a intercessão do Espírito que nos ensina a sermos

gratos, e usarmos de palavras que adoram ao Deus vivo e demonstram amor ao próximo.

25

DEUS ESTÁ AQUI

Deus esta aqui.

Tão certo como ar que eu respiro.

Tão certo como o amanhã que se levanta.

Tão certo como eu te falo e podes me ouvir

(repete)

Tão certo como eu te falo

Tão certo como eu te falo

Tão certo como eu te falo e podes me ouvir (2x)

Apesar de soar contraditório, a oração serve como um canal para ouvirmos Deus e

descansarmos em Sua vontade. Uma oração que apenas apresentam pedidos a Deus sem procurar

ser sensível a vontade dele e Sua voz é, no mínimo, inapropriada e imatura. Compreender de modo

mais profundo nosso relacionamento com Deus e como devemos vivenciá-lo fará muita diferença no

ambiente de Grupo Pequeno.

EXERCÍCIO GRUPO PEQUENO

Existem duas abordagens a respeito da vida na célula.

Lucas 10.38-41

Experimentando uma célula Maria

Este exercício dará a todos vocês uma oportunidade de experimentar mecanismos e

dinâmicas da reunião de Grupo Pequeno. Sigam as instruções:

1. Formem grupos de cinco pessoas (grupos mistos e com pessoas menos conhecidas).

2. O tempo é limitado, então se prepare para participar, porém, sem monopolizar o tempo.

3. Deve haver um líder escolhido que vai servir como facilitador desse tempo juntos.

4. O grupo deve procurar um lugar para sentar em círculo.

5. Não se preocupem com distrações e barulhos de outros grupos.

6. Todos os grupos devem se preocupar em não fazer barulho.

PRIMEIRO PERÍODO: INÍCIO E QUEBRA-GELO (10 minutos)

Peça que alguém comece fazendo uma breve oração.

Compartilhe seu nome e quando Deus começou a ser mais do que Alguém lá no céu para você.

Depois os demais membros do grupo devem fazer o mesmo (seja breve).

SEGUNDO PERÍODO: RECONHECENDO A PRESENÇA VIVA DE CRISTO (5 minutos)

Peça a um voluntário ler as seguintes frases:

Estamos aqui para vivenciar Cristo. Ele disse:

“Não deixarei vocês órfãos, mas virei a

vocês. O Pai e eu viremos habitar com você.

O Espírito estará em vocês e com vocês”.

Cremos que Jesus cumpre o que prometeu.

Reconhecemos Sua presença e o recebemos

em nosso meio.

Cantem a música “Deus está aqui”

TERCEIRO PERÍODO. TEMPO DE DESCOBERTAS CRIATIVAS (20 minutos)

O grupo deve compartilhar junto também: a melhor parte Lucas 10.38-42

26

De que maneira Marta conseguiu ser importante? Será que o cognome “Marta: super-anfitriã e

dona-de-casa” a agradava? De que maneira Maria conseguiu a sua importância? Qual seria um

cognome que deixaria Maria satisfeita? Com qual cognome você se identifica e qual exemplo

procura seguir?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Você se identifica, na maioria das vezes, com Marta ou Maria? Explique-se. Os seus sentimentos

de valor próprio surgem de suas realizações e conquistas ou de relacionamentos e

experiências?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Será que Marta sentiu que a ocasião foi um “sucesso” ou de alguma forma foi menos do que ela

esperava? Por que ela se sentiu assim? Será que Maria considerou a ocasião como sendo um

“sucesso”? Por que Maria se sentiu assim? Na realidade a ocasião foi um sucesso ou um fracasso

para Jesus?

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Qual é a “melhor parte” nessa passagem? Quais são as “muitas coisas” que distraem, preocupam e

aborrecem você a ponto de não poder concentrar-se nas “melhores coisas”? Se você se concentrasse

nas “melhores coisas”, será que as “muitas coisas” ainda seriam feitas? (leia Mateus 6.33).

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

27

O que precisa acontecer em sua vida para que você tenha a atitude de Maria em relação a Cristo?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

QUARTO PERÍODO: VIVENCIANDO O PODER EDIFICADOR DE CRISTO (15 minutos)

Pergunte ao grupo: “Qual sofrimento ou necessidade cristo precisa curar ou tocar em minha

vida agora?”

O Líder não deve se preocupar com o silêncio nessa hora. Enfatize a pergunte se julgar

necessário, mas não cobre de ninguém a quebra do silêncio. Se ninguém quiser compartilhar, depois

de 5 minutos de silêncio, passe para a próxima parte. Muitas vezes alguém vai compartilhar uma

necessidade que Cristo deseja enfatizar em sua vida. Isso vai dar a oportunidade para um tempo de

oração, ministração e edificação. Se o tempo não for suficiente, encarregue alguém para ministrar à

pessoa depois do término do encontro.

QUINTO PERÍODO: PREENCHENDO O PROPÓSITO MINISTRADOR DE CRISTO (10 minutos)

Fiquem de pé em círculo, de mãos dadas. Pergunte. “De que maneira Cristo quer me usar para

tocar alguns que estão em sofrimento ou dor no mundo?” Em seguida dê oportunidade para cada

pessoa compartilhar.

Termine com oração para as visões específicas de ministério dadas por Deus.

Esse tipo de reunião requer pessoas em quartos de escuta

Com a sua célula em mente, os membros vão a seus lugares privativos, seus quartos de

escuta. A edificação pode se tornar algo sobrenatural quando utilizamos adequadamente do quarto

de escuta.

Jesus utilizava da mesma estratégia. Ele ouvia ao Pai em seus diversos lugares de escuta antes

de falar ou se atirar a multidão. Suas noites de oração o preparavam para os dias de ministração aos

outros (Lucas 5.15-16; João 6.14-15; Mateus 26.36-46).

O ouvir precede o ministrar. Temporadas pessoais com o Senhor Jesus em oração e

contemplação abrem os canais da edificação.

“... a experiência da vida em comunidade (a reunião da célula), não pode ser programada em uma

noite, às pressas, mas ela se torna possível quando existem pessoas que fazem o trabalho preliminar e

essencial de oração... Quando o trabalho de oração for realizado, nós podemos ver e ouvir dos outros

o que, de outra forma, chegaria até nós de maneira distorcida ou completamente confusa. Não temos

todos a mesma necessidade de que nossas palavras e opiniões sejam confirmadas pelos outros ou de

achar um lugar para nós mesmos no esquema das coisas. A oração nos liberta para estarmos

disponíveis para as pessoas. Ela é a preparação para o evento da vida em comunidade na célula”.

ELIZABETH O’CONNER

28

TAREFA: RELACIONANDO-SE COM O PAI

Observe e anote o que a bíblia diz sobre o seu relacionamento com o pai.

Mateus 6.6 se eu orar ao meu Pai em secreto, Ele me recompensará___________________

Mateus 6.18 ________________________________________________________________

Mateus 6.24-33 _____________________________________________________________

Mateus 7.11 ________________________________________________________________

Mateus 10.16-20 _____________________________________________________________

Mateus 10.32-33 _____________________________________________________________

Mateus 11.27 ________________________________________________________________

Mateus 12.50 ________________________________________________________________

Mateus 18.19 ________________________________________________________________

Mateus 28.19 ________________________________________________________________

Mateus 11.25-26 _____________________________________________________________

Lucas 6.36 ___________________________________________________________________

Lucas 11.2 __________________________________________________________________

Lucas 12.32 _________________________________________________________________

Lucas 24.49 _________________________________________________________________

João 1.18 __________________________________________________________________

João 4.23 __________________________________________________________________

João 5.23 __________________________________________________________________

João 6.40 __________________________________________________________________

João 12.26 _________________________________________________________________

João 14.6-19 ________________________________________________________________

João 14.10-13 _______________________________________________________________

João 14.21-23 _______________________________________________________________

João 14.26 _________________________________________________________________

João 15.8-16 ________________________________________________________________

João 15.15 _________________________________________________________________

João 16.15 _________________________________________________________________

João 16.23 _________________________________________________________________

João 20.21 _________________________________________________________________

29

Atos 1.4-5 _________________________________________________________________

Romanos 8.15 ______________________________________________________________

Gálatas 4.6 _________________________________________________________________

Efésios 1.3 _________________________________________________________________

Efésios 2.18 _________________________________________________________________

Colossenses 3.17 _____________________________________________________________

Hebreus 12.5-11 _____________________________________________________________

Tiago 1.17 _________________________________________________________________

1Pedro 1.3-4 ________________________________________________________________

1Pedro 1.17 _________________________________________________________________

1João 2.15-17 ________________________________________________________________

1João 2.23 _________________________________________________________________

1João 2.24 _________________________________________________________________

1João 3.1 __________________________________________________________________

Ao anotar o que está escrito em cada versículo sobre o relacionamento com o Pai, certamente você

pode identificar os seus pontos fortes e aqueles que você precisa desenvolver mais quanto a

questão. Retorne então a cada versículo e assinale com um “X” os pontos fortes, e, com um “O” os

pontos que precisam melhorar. Depois responda as questões abaixo:

Quais os pontos fortes no seu relacionamento com o Pai?

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Em quais pontos você precisa dar maior atenção?

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

O que você precisa mudar ainda nesta semana para melhorar o seu relacionamento com Deus?

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

30

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor).

Faça alguma coisa útil a alguém que esteve em seu grupo pequeno

(um cartão, um telefonema, atender a uma necessidade, auxiliar em alguma coisa, etc.).

31

ESTUDO 4 _____________________________________________

RELACIONANDO-SE COM OS OUTROS POR MEIO DA CRUZ

ESBOÇO DO ESTUDO

No último estudo consideramos o grande valor de nosso relacionamento com o Pai. Agora,

estudaremos o grande valor de nosso relacionamento com os outros.

Você já pensou na célula liderada por Jesus? Sim, Jesus pregou para as massas e fez vários

milagres que tocaram as vidas individualmente, mas por três anos ele viveu em comunidade com

apenas doze homens. Quando sabemos que vamos passar muito tempo com outras pessoas é

natural querer fazer isso ao lado de pessoas que consideremos amigos. Normalmente escolhemos

amigos que em algum ponto em comum conosco (idade, profissão, sexo, interesses, personalidade,

esporte, etc). No grupo que Jesus liderou não havia praticamente qualquer ponto de interesse

comum, a não ser que todos eram judeus.

Eu não sei como você pensa, mas liderar aquela célula não deveria ter sido algo fácil. Você

pode imaginar os conflitos? A única coisa que os mantinha juntos era a pessoa de Jesus e, às vezes,

isso também parecia não ser suficiente. Finalmente, depois da sua morte, sepultamento e

ressurreição, eles aprenderam a relacionarem-se uns com os outros por meio da cruz.

Quando você pensa esse respeito da primeira célula, você descobre que aquele serviu de

protótipo a todas as outras que haveriam de surgir no que diz respeito às dificuldades, estágios,

desafios, conquistas e visão.

Se assim aconteceu com os primeiros discípulos, devemos esquecer a ideia de encontrar um

pequeno grupo que não tenha problemas. Se um grupo é constituído de pessoas, basta apenas isso

para que haja diferenças vistas em conta a personalidade, pensamento, profissão, bagagem étnica,

familiar e cultural de cada um.

A chave para se iniciar uma boa célula cristã não é nos livrarmos das diferenças com os demais

(isso seria impossível), mas nos unirmos aos pés da cruz de Cristo; isto é, a maneira de tratarmos os

conflitos é que faz a diferença.

Uma das razões principais que resultam em conflitos são os interesses pessoais. Em uma

célula, ninguém é capaz de responder a todas as necessidades e expectativas do próximo. Além de

sermos seres finitos e limitados, ainda estamos em processo de transformação buscando

amadurecimento e o abandono da vida orgulhosa ou egoísta. Por isso, é imprescindível que

mantenhamos o foco no mais importante.

Como é possível, mediante as inevitáveis diferentes que existe entre pessoas de um grupo

pequeno, desenvolver e desfrutar de relacionamentos sadios e maduros? De que maneira os

primeiros discípulos fizeram isto?

32

Existem três tipos de MORTE ESPIRITUAL que devemos experimentar continuamente:

Na hora da SALVAÇÃO - eu morro para mim mesmo.

Durante a SANTIFICAÇÃO - morro diariamente para a minha condição pecaminosa na carne.

Na vida em COMUNIDADE da célula - morro para o meu individualismo.

É somente através do poder da cruz que conseguimos conquistar esses três tipos de morte

para vivenciarmos o que significa a verdadeira comunidade cristã.

Um dos últimos ensinos que Jesus compartilhou com os seus discípulos antes de sua própria

crucificação foi à comovente lição o bacia e a toalha. Ele se humilhou e se tornou servo ao lavar os

pés de cada daqueles que no decorrer daquela própria semana o abandonariam e negariam o seu

nome. O amor de Jesus Cristo quebrou todas as barreiras e diferenças entre eles. Depois

As tradições religiosas e a cultura da época se embaraçaram com

esse ato inesperado de Jesus. Jamais deveria ser costume de um

convidado especial e mestre, no caso Jesus, se agachar, e lavar os pés

dos demais. Essa tarefa de atitude humilhante deveria pertencer

exclusivamente aos servos do anfitrião.

Jesus subverteu as tradições religiosas e culturais dos seus dias

através daquele ato revolucionário. Não bastasse isso, depois de

concluído aquele gesto admirável e constrangedor, Ele diz aos

discípulos: “Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes

os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros” (João 13.14).

Jesus estava invadindo a zona de conforto de uma cultura

religiosa humana implantando valores eternos do reino de Deus. De

uma forma muito servil, Ele estava quebrando inúmeros paradigmas

sustentados por gerações naquela comunidade. Do mesmo modo,

Jesus, com Seu precioso exemplo de vida e pelo envio do Espírito Santo até nós, quer nos garantir a

possiblidade de vivermos uma nova dimensão de relacionamento com o próximo baseado em

valores que vem do Reino dos céus. O que possibilita uma célula com pessoas com características

tão diversificadas a não somente suportarem ou conviverem umas com as outras, mas

desenvolverem cuidado, amor e afinidade são Cristo. O que aconteceu com a primeira célula de

Jesus com os discípulos deve se tornar um ciclo constante entre as igrejas e suas subdivisões.

TAREFA GRUPO PEQUENO

Ser Servo: João 13.5-17

Quais as características de um bom servo e de um mal servo?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

33

Nenhum dos discípulos se dispôs a realizar a tarefa de lavar os pés. Por quê?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Você observa com frequência esse espírito de servo no mundo? Não Sim

E na Igreja? Não Sim

Por que é tão difícil servir aos outros?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Como você se sentiria ou reagiria se Jesus lavasse os seus pés?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

O que é que as frases seguintes dizem a respeito de ser servo de Jesus?

É tarefa do servo obedecer a seu mestre - ________________________________________

É tarefa do mestre prover para o seu servo - ______________________________________

Por isso, o servo não se atemoriza - _____________________________________________

Para os líderes das igrejas atuais é mais fácil ou mais difícil exercitar o espírito de servo? Por quê?

De que maneira você pode “lavar os pés dos outros”?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Lidando com Conflitos entre irmãos: Atos 15.36-41

O conflito mencionado no texto foi resolvido adequadamente? Sim Não Por quê?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

34

Você se identifica com Paulo, Barnabé ou João Marcos? Por quê?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Para as perguntas seguintes leia Atos 9.23-30, e, 11.19-26.

Quando os líderes de Jerusalém tinham suspeitas sobre Paulo, como Barnabé reagiu a Paulo?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Trace um contraste da atitude anterior de Barnabé para com Paulo e a atitude de Paulo para com

João Marcos.

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Quais são as maiores fontes de conflitos entre cristãos?

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

De que maneira você normalmente lida com os conflitos?

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Em sua opinião qual é a coisa mais útil ao lidarmos com conflitos dentro da Igreja?

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

35

TAREFA TREINAMENTO

O conceito Paulino a respeito de comunidade

Paulo nunca escondeu seu pensamento de como uma igreja deveria funcionar. Ele nunca

sugeriu que a igreja local deveria se ocupar somente com um aspecto de sua atividade ou estrutura

institucional. Robert e Julia Banks, em seu livro “A Igrejas nas casas”, compartilham as seguintes

razões por que a visão paulina de comunidade deveria fazer parte da igreja atual.

A FAMÍLIA - Devemos ser uma família cristã genuína porque Deus tem nos tornado parte integral de

sua família. “E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês, e lê

clama. ‘Pai, meu Pai’ ” (Gálatas 4.6).

AS CÉLULAS - Cada um de nós deve se envolver nesta comunidade porque cada um de nós é templo

do Espírito Santo (1Coríntios 6.19). Cada aspecto de nossa vida deve ser incluído (vida social,

emocional, física, relacional e espiritual), porque “Deus trouxe de volta para si mesmo todas as

coisas, tanto na terra como no céu” (Colossenses 1.20).

A CRUZ - A crua mostra de forma dramática até que ponto Deus foi para libertar os necessitados.

Por meio da cruz, Jesus tomou aqueles que eram de pouca importância e os transformou em algo

majestoso (1Coríntios 1.26-30).

De que maneira um antagonista é identificado?

1. PROXIMIDADE: Ele está sempre perto de conflitos destrutivos?

Identifique se essa pessoa antagonista está frequentemente no centro de conflitos destrutivos.

Pergunte a si mesmo. “Isto aconteceria se essa pessoa não estivesse presente?”

2. ESPIRITUALIDADE - O que caracteriza a vida espiritual desta pessoa?

Ele vive dentro de seu próprio sistema legalista.

Ele tende a estabelecer padrões de vida.

Vive de acordo com a letra da lei e não segundo o espírito.

Preocupação excessiva com retidão espiritual, utilizando-se de rótulos e palavras corretas.

Tende a ter uma visão unicamente literal da vida e da Bíblia.

Enxerga tudo em termos de “preto-e-branco”.

Usa a Bíblia para provocar discussões.

3. COMPORTAMENTO NO GRUPO. Como ele se relaciona com o grupo?

Coloca-se como autoridade dentro do grupo.

Procura controlar os assuntos.

Domina a discussão e o tempo de compartilhamento.

Faz exigências absurdas dos outros e do grupo.

Tende a atacar a pessoa ou o desempenho dos outros.

36

Arrasa os outros em vez de edificá-los.

É rápido em desafiar e atacar as ideias dos outros.

Precisa converter todo mundo ao seu modo de pensar.

Está mais interessado em corrigir ideias do que em relacionamentos estáveis.

4. LIDERANÇA. De que maneira ele se relaciona com o líder?

Atitude de rebeldia contra qualquer tipo de autoridade.

Está sempre questionando a liderança.

Tende a usurpar o poder e a autoridade.

Não defende o pastor em publico, e muitas vezes fala mal dele pelas costas.

Necessidade de controlar a reunião e a agenda.

5. PESSOAL. Qual é a sua atitude pessoal básica?

Medo de mostrar fraqueza ou erro de qualquer tipo.

Está ocupado consigo mesmo.

Espírito agitado em vez de ser um pacificador.

Falta de confiança.

Julga a si mesmo e aos outros.

Precisa saber tudo o que está acontecendo.

Primeiros sinais de aviso dos antagonistas

A máscara do antagonista. A pessoa pode mostrar um desejo forte e agressivo de estar perto do

líder muito cedo. Talvez leve o líder para tomar café ou telefone muitas vezes para sua casa. Ele

pode também ser muito prestativo e elogiar bastante. Inicialmente pode ser o braço direito do líder.

Então algo acontece (o líder nem entende o motivo) e o antagonista repentinamente se coloca

contra o líder.

“Os outros estão dizendo por aí...” Uma pessoa pode vir ao líder e dizer. “Várias pessoas do nosso

grupo vieram a mim e estão um pouco preocupadas a respeito disso. Estou contando isso só para

ajudá-lo”. Mas quanto questionado a respeito, os outros permanecem anônimos ou a pessoa dirá

que não pode contar quem são por causa da confidência.

O que um líder de grupo deve fazer com um antagonista?

1. Antecipe-se ao antagonista. Se você reconhecer um antagonista logo no início, não permita

que ele se envolva com o grupo. Se ele entrar, você tem muitas chances de estar diante de

problemas. Trate com ele em particular seguindo todos os princípios bíblicos no caso. Havendo

resistência encaminhe a situação para o coordenador geral (no caso o pastor).

37

2. Não rotule o antagonista. Uma vez que o antagonista se torna parte do grupo, não o rotule,

mas responsabilize-o sempre que tiver atitudes destrutivas e que desviam a atenção.

3. Aja imediatamente. Fale diretamente com ele quando ocorrer uma atitude destrutiva ou

crítica, dizendo: “Isto não convém. O que você diz é destrutivo para este grupo. Não vou

permitir que isso aconteça”.

4. Exerça liderança forte. Nunca permita que um antagonista dê as cartas ou tenha a capacidade

de intimidação. Exerça a autoridade que você tem como líder do grupo.

5. Proteja o grupo. Em casos mais extremos é necessário solicitar que ele não volte mais ao

grupo. O grupo é mais importante do que uma pessoa individualmente!

Cinco maneiras de lidar com confronto

“Eu vou pegá-lo”

Esta abordagem acontece na base da força e com pouco ou nenhum amor: “Eu ganho – você perde,

porque eu estou certo e você está errado.”

“Vou dar o fora!”

Esta abordagem funciona como escape à pressão/conflitos: “Não estou confortável, por isso vou dar

o fora”.

“Vou ceder!”

Esta abordagem funciona a base do medo/receio: “Vou ceder para ser bonzinho pois preciso de sua

amizade”.

“Vamos encontrar um meio termo!”

Esta abordagem procura relativizar a situação: “Ninguém está totalmente certo. São pontos de

vistas diferentes. Conflitos são naturais e cada um deveria ser capaz de fazer concessões”.

“Eu me importo tanto a ponto de confrontar”

Esta abordagem procura integridade cristã: “Quero ter relacionamentos e também quero

integridade”.

Conflitos podem ser neutros (nem bons nem maus), e naturais (não precisam ser sempre

evitados nem minimizados uma vez que acontece). O verdadeiro problema se perfaz no modo

como reagimos aos conflitos/diferenças de opinião ou interesse.

Conclusão

O verdadeiro amor deve ser ao mesmo tempo franco e aberto para confrontar e receber

confrontação. Amar não significa tolerar uma mentira. É absolutamente incorreto o tipo de

pensamento de que se eu importo com você, devo relevar tudo o que aconteceu e pretender que

nada aconteceu entre nós para, assim, evitar maiores feridas.

38

As expressões importar-se e confrontar devem sempre andar juntas (assim como amor

combina com verdade). Um relacionamento de integridade nunca fecha os olhos aos defeitos ou

conflitos existentes, mas por outro lado sabe lidar com eles de forma a desenvolver mansidão,

humildade, unidade, amor e equilíbrio. Importar-se é saudar, convidar e dar apoio ao crescimento

espiritual do próximo. A confrontação feita com espírito de amor evoca reflexão ao entendimento.

Confrontar efetivamente significa conceder o máximo de informações úteis com um mínimo de

ameaças. Devemos lembrar na confrontação que não estamos nos colocando contra a pessoa (pois

ela não é o nosso inimigo), mas confrontando uma atitude, comportamento ou ação determinada.

Importar-se ao confrontar une o amor e o poder. Importar-se ao confrontar unifica a preocupação

por relacionamentos com a preocupação com alvos. A pessoa confrontada deve se sentir como alguém

que tem algo por que lutar (alvos) e alguém com quem receber apoio (relacionamentos).

Recados em dois sujeitos

TAREFA GRUPO PEQUENO

Que tipo de pessoas podem destruir a comunidade Grupo Pequeno?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Que postura devo ter para proteger um Grupo Pequeno?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

RECADO DO TIPO “EU” (correto)

São honestos, claros, confessionais. “Eu sou

dono da minha raiva, meus desejos e

responsabilidades sem fazer acusações.”

Eu estou irritado

Eu me sinto rejeitado

Eu não gosto desta barreira entre nós

Eu não gosto de acusar ou de ser

acusado

Eu quero ser livre para dizer sim ou não

Eu quero uma amizade de respeito com

você novamente

RECADO DO TIPO “VOCÊ” (incorreto)

Na maioria das vezes são ataques, críticas,

rótulos, desvalorização da outra pessoa, ou

maneira de fazer acusações.

Você me deixa irritado

Você está me julgando e rejeitando

Você está construindo uma barreira

entre nós

Você está me acusando de tudo

Você está tentando dirigir a minha vida

Você tem que me respeitar ou não é meu

amigo

39

Quais são as minhas dificuldades em viver comunidade com outras pessoas?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

1. Quais sentimentos brotam no meu íntimo quando penso em viver comunidade?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

2. Compartilhe com alguém do grupo.

3. Simule uma situação delicada com uma pessoa do grupo e aplique as dicas dadas neste estudo –

recados tipo “EU” e recados tipo “VOCÊ”.

40

ESTUDO 5 _____________________________________________

UMA FAMÍLIA QUE COMPARTILHA SEM MEDO

ESBOÇO DO ESTUDO

Por que Deus queria que vivêssemos em comunhão no grupo familiar ou célula? Porque cada

um pode edificar os outros por meio de salmos, hinos e cânticos, palavra, ensino, exortação,

adoração e estimulando uns aos outros ao amor e às boas obras (1Coríntios 14.26; Efésios 5.19;

Colossenses 3.16; Hebreus 1.24-25).

Devido a traumas de relacionamento do passado ou talvez o próprio receio de expormos nossa

fragilidade às pessoas, muitas vezes, optamos por nos esconder atrás de mascaras. Atrás de um rosto

feliz de Domingo podemos ocultar nossos verdadeiros receios, tristezas e preocupações. As reuniões

corporativas da igreja (isto é os cultos de celebração de Domingo) muitas vezes não é um ambiente

adequado para se quebrar esse tipo de máscara que não nos permite ser honestos e desenvolvermos

relacionamentos baseado na transparência com o próximo. Neste sentido, a reunião de pequeno

grupo proporciona um ambiente muito mais favorável a que barreiras como estas sejam quebradas.

Isto se dá porque o encontro de grupo pequeno se dá em contexto muito mais pessoal,

confidencial e acolhedor. O Grupo Pequeno deve ser o ambiente ideal onde podemos nos expressar

sem receios, medos de sermos mal entendidos.

Numa célula funcional e saudável, a confiança entre os membros são desenvolvidas, os

sentimentos são acolhidos, o compartilhamento é bem-vindo, a comunhão cresce, e a edificação é

centrada em Cristo, os medos são extintos. Por estar sob a mesma graça, cada um do grupo

pequeno deve sentir aceitação, perdão, amor e liberdade. Esse é o ambiente exclusivo de

acolhimento que um Grupo Pequeno sempre deve se preocupar em gerar uns aos outros. Em suma,

o Grupo Pequeno deve ser desenvolvido e preservado como uma família.

41

Em vista disso, é importante cada integrante do Grupo Pequeno evitar alguns perigos maléficos a

vida de comunidade: julgamento prévio, parecer ser ou dizer algo que não é, falta de perdão, controlar a

dinâmica do grupo pequeno, querer ganhar as discussões ou controlar as decisões do grupo.

TAREFA DE TREINAMENTO

Os oikos no Novo Testamento

A seguir, anote tudo que chamar a sua atenção em cada referência bíblica.

Jesus invade grupos de oikos de incrédulos.

Lucas 19.2-5 ________________________________________________________________

Lucas 7.36-38 ________________________________________________________________

Mateus 9.10 ________________________________________________________________

Mateus 9.23-24 _____________________________________________________________

Casas inteiras são atraídas para o reino de Deus.

João 4.53 __________________________________________________________________

Atos 10.24, 44-48 _____________________________________________________________

Atos 11.14 _________________________________________________________________

Atos 16.14-15 ________________________________________________________________

Atos 16.25-34 ________________________________________________________________

Rejeição por parte de nossa casa para seguir a Cristo.

Mateus 10.35-37 _____________________________________________________________

O SIGNIFICADO DE OIKOS

No Novo Testamento há uma palavra grega muito importante: oikos. Ela se refere a

um “lar”, uma “família ampliada”, e descreve a sua rede de relacionamentos. Em

todas as partes do mundo, o “oikos” é uma parte fundamental da vida para cada

pessoa. É o seu grupo de relacionamento mais íntimo constituído por pessoas que

são recebidas em sua casa como se fossem da sua família, e vice-versa. A maioria de

nós tem cerca de 4 a 12 pessoas com a s quais nos relacionamos de maneira

significativa ocasionalmente. As pessoas do nosso oikos são as principais pessoas em

nossas vidas.

42

Marcos 6.4 _________________________________________________________________

Lucas 12.52 _________________________________________________________________

Tornando-se parte da casa de Deus

Gálatas 6.10 ________________________________________________________________

Efésios 2.19 _________________________________________________________________

Hebreus 3.6 _________________________________________________________________

1Timóteo 3.15 ______________________________________________________________

1Pedro 2.5 _________________________________________________________________

1Pedro 4.17 _________________________________________________________________

Os cristãos primitivos se consideravam membros de um espiritual

Atos 18.8 __________________________________________________________________

Romanos 16.10-11 ____________________________________________________________

1Coríntios 1.16 ______________________________________________________________

Filipenses 4.22 ______________________________________________________________

1Timóteo 5.8 _______________________________________________________________

2Timóteo 4.19 _______________________________________________________________

O QUESTIONÁRIO DA IGREJA EM CÉLULAS

Testando o pensamento da sua Igreja em Células

Hoje muitas igrejas incluem grupos pequenos de alguma natureza em suas atividades, mas

isto não quer dizer que elas estão vivendo todo o potencial que os Grupos Pequenos podem

oferecer. Isto nos faz levantar uma pergunta: “Existe alguma maneira em que podemos avaliar nossa

compreensão e compromisso com a Igreja em Célula (não apenas que contem célula)?”

Justamente isto é o que veremos a seguir, pois as Igrejas em Células são diferentes por

natureza. A liderança e os membros de uma Igreja em Células pensam e respondem a situações de

forma diferente do que uma igreja tradicional ou uma igreja em células híbrida, onde cristãos e não

cristãos simplesmente são colocados juntos em um encontro que tem múltiplas expectativas e

objetivos.

As perguntas e situações abaixo podem nos auxiliar a identificar o pensamento da verdadeira

Igreja em Células. Escreva uma resposta, de apenas uma sentença, para cada questão. Esteja

também preparado para compartilhar as implicações das suas respostas na discussão em grupo.

43

O que são Grupos Pequenos numa Igreja? Eles são a própria Igreja? Suponha que um membro da

igreja pode frequentar apenas uma reunião por semana. Qual reunião você recomendaria a ele?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Quanta importância você dá às atividades de sua Igreja aos domingos? E se um culto de

Pequeno Grupo fosse cancelado por uma ou duas semanas, como você se sentiria a respeito?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Um líder de célula é um professor de Bíblia capacitado. Ele quer modificar a forma de sua célula

para que a Palavra seja ensinada em profundidade e os membros da célula possam ser bem

nutridos espiritualmente. Qual é a sua opinião a respeito disso?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Suponha que um membro de célula está vivendo um momento de crise. Quem deveria ser

chamado primeiro ou quem deve ser o responsável para ministrar a essa pessoa? O que você

entende sobre ser um ministro?

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Se o governo começar a cobrar um imposto muito alto sobre as propriedades da Igreja,

forçando-a a escolher entre a manutenção de seus prédios ou utilizar o dinheiro para ministério

e evangelismo, o que você recomendaria?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Se uma crise financeira abatesse sobre nosso país, muitos desempregados sem condições de

dizimarem, os líderes sem condições de enfatizarem sobre o dinheiro, será que a Igreja

sobreviveria? Como isto seria possível?

__________________________________________________________________________________

44

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Uma família chega de mudança à sua comunidade. Visitam a igreja e gostam dos cultos

calorosos de celebração dominical, mas não têm tempo para a vida em células durante a

semana. Você concordaria que eles se tornassem membros de sua Igreja?

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__________________________________________________________________________________

Um líder de coral talentoso que nunca fez parte da vida de uma igreja em células está

disponível para se tornar um ministro de música assalariado em sua Igreja. A Igreja deveria

chamá-lo? Por que?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Um membro da Igreja (ou você mesmo) pode servir como um líder de uma célula? E ser um

professor da escola dominical? Quais seriam os critérios para ambos?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Facetas da comunidade cristã

O Grupo Pequeno deve ser um lugar de:

Integração

Serviço

Compromisso

Transparência

Integridade

Segurança

Cura

Reconciliação

Campo de batalha

Equilíbrio

Liberdade

Silêncio

45

Humildade

Visão

Comunhão

Confissão

Sinergia (A soma do todo é maior do que as partes).

Paz (lugar onde ouvimos e somos ouvidos longe do barulho dos julgamentos e comparações)

Unidade

Amor

Graça

Onipresença

Irmandade

Vida Diária

“A comunidade é um anfiteatro em que os gladiadores depuseram suas armas e armaduras, se

tornaram hábeis em ouvir e entender, um lugar em que se respeitam os dons uns dos outros e se

aceitam as limitações uns dos outros, celebram suas diferenças e cuidam das feridas uns dos outros,

um lugar em que todos estão comprometidos a lutar juntos em vez de lutar uns contra os outros. E

também um lugar para se lutar com graça.”

“A liberdade da outra pessoa inclui sua natureza, individualidade e talentos. Também inclui suas

fraquezas e esquisitices, que são um verdadeiro teste para nossa paciência, tudo o que produz

atritos, conflitos e colisões entre nós”.

“Sou irmão de outra pessoa por tudo o que Jesus Cristo fez por mim e para mim; o outro se tornou

meu irmão por tudo aquilo que Jesus Cristo fez por ele”.

BONHOEFFER

TAREFA GRUPO PEQUENO

Como seria a sua célula se todos usassem máscaras?

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

O que você tem escondido por anos atrás da máscara? Você já está pronto para falar sobre isso?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

46

Quais são algumas de suas atitudes que podem comprometer a vida de uma célula?

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__________________________________________________________________________________

Quais são algumas de suas atitudes que podem enriquecer a vida da célula?

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TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Convide alguém do Intensivo “Restaurando a Visão” para saírem juntos e fazer algo divertido

(refeição, cinema, compras, uma pescaria, um passeio, um chá da tarde, um cafezinho, etc.) e

compartilhe com ele suas tarefas de treinamento.

47

ESTUDO 6 _____________________________________________

TREINADOS E CONECTADOS NO CORPO DE CRISTO

ESBOÇO DO ESTUDO

Já estudamos que nos primórdios da Igreja do Novo Testamento não havia pessoas que

frequentasse os encontros sendo apenas espectador. O próprio fato de participarem das reuniões já

indica comprometimento, serviço e ministração.

Todavia, como já foi observado, com o passar dos anos e o avanço da Igreja através das

nações gentílicas, rapidamente se desenvolveu um grupo de pessoas que se identificavam com o

cristianismo apenas como simpatizantes. De fato a situação logo no início da igreja era tão grave que

Tiago, irmão de Jesus, teve de endereçar o problema em sua carta sem contornos:

“Meus amados irmãos, tenham isto em mente. Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e

tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus. Portanto, livrem-se de toda

impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitem humildemente a palavra implantada em

vocês a qual é poderosa para salva-los. Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes,

enganando-se a si mesmos. Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a

um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a

sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade, e

persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que

fizer. Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua

religião não tem valor algum. A religião de Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta.

cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades, e não se deixar corromper pelo mundo”.

TIAGO 1.19-27

Apesar de renovação de nossa mente ser algo imprescindível para o nosso desenvolvimento

de maturidade cristã (cf. Rm 12.1-2), a verdadeira mudança de mente não vem sem a conversão do

coração. Isso significa que o verdadeiro cristianismo não é apenas boas ideias, uma excelente

história, uma religião de caridade, ou um estilo de vida melhor. Cristianismo é uma questão de

valores práticos os quais devem ser vivenciados diariamente na vida da igreja. O grupo Pequeno,

mais uma vez, pode servir de grande benefício a esse propósito da igreja (i.e.: a vivência diária dos

valores cristãos) uma vez que oferece ambiente muito mais propício ao desenvolvimento do

cuidado e comprometimento das pessoas uma às outras como uma família.

48

Apesar de a Palavra de Deus em si ser uma ferramenta suficiente para a nossa formação

espiritual e desenvolvimento de caráter maduro cristão (cf. 2Tm 3.16-17), precisamos da

comunidade cristã para que tais princípios bíblicos sejam experimentados e provados para que a

verdadeira transformação do cristão tenha ação completa.

Tiago nos alerta, como cristãos submetidos a mesmas fraquezas dos crentes daquela época, a

não enganar a respeito dos verdadeiros efeitos da vida cristã: “Não se enganem; não sejam apenas

ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática”.

Os relacionamentos dentro do Corpo de Cristo (a comunidade cristã) deve servir de

laboratório quanto a veracidade dos princípios cristãos. Vida cristã sem uns aos outros não

acontece, porque os princípios bíblicos, mesmo aqueles se referindo ao nosso caráter individual,

automaticamente se desemboca na vida em comunidade. Por exemplo: seu eu não amo a Deus de

todo o coração, isso ficará evidente em

algum momento em minha maneira de

tratar o próximo. Haverá circunstâncias

que não conseguirei cumprir meu dever

de amar o próximo porque ainda não

consegui amar a Deus em todas as áreas

de minha vida. O campo de teste que

evidencia/comprova a legitimidade de

minha fé cristã se torna o meu próximo. O

grupo pequeno, mais uma vez, se torna

uma ambiente adequado para a

verdadeira prova da fé cristã. Além do

mais, se não conseguimos amar os que

são de nossa própria casa e família, como

conseguiremos amar aqueles que nos são

distantes ou não deseja o nosso bem?

Assim, o Corpo de Cristo sempre deve ser nutrido pela Palavra de Deus que gera não apenas

conhecimento, mas amor. Amor é um ingrediente indispensável para qualquer célula espiritual. A

célula possui vários tipos de relacionamentos.

Relacionamento discipulador/discípulo,

Parceiros na prestação de contas,

Companheiro de oração, e,

Relacionamento de amizade cristã.

Todos os relacionamentos dentro do grupo pequeno devem ser nutridos pelo desejo de

construirmos amizades através do(a):

Encorajamento: 1Tessalonicenses 5.11; Romanos 12.10

Edificar: Romanos 14.19; 15.2

Exortação: Romanos 12.1; 1Coríntios 1.10; 10.1-6; Efésios 4.1 e 1Pedro 2.11

49

Todos esses exercícios cristãos podem naturalmente ser desenvolvidos através do

compartilhamento uns com os outros, da oração uns pelos outros, e da prestação de contas de uns

aos outros. A própria dinâmica do Grupo Pequeno e o material de discipulado (Curso de

Consolidação) incentivarão segura e verdadeira cumplicidade entre duas pessoas do Grupo

Pequeno. A prestação de contas, no caso, não se trata de uma exigência do próximo a você (ou vice-

versa); antes é ato que flui naturalmente de uma amizade fiel e saudável já desenvolvida. Você

mesmo deseja prestar contas ao próximo porque sente amor, apoio, confiança da parte dele. Neste

tipo de relacionamento se perde todo o medo de julgamentos prévios a respeito um do outro, as

questões são tratadas de modo confidencial e existe o desejo genuíno de encorajar a vida de Jesus

na vida do próximo.

Embora desenvolver esse tipo de amizade leve tempo, o Grupo Pequeno deve servir de

ambiente esse tipo de relacionamento gradualmente aconteça. O verdadeiro método de discipulado

tem muito mais a ver com convivência do que com exposição de conhecimento; para isso basta ver

o modelo de discipulado feito por Jesus. Sendo assim, todo este assunto de treinamento,

aprendizagem, crescimento e mudança de valores podem ser resumidos a uma palavra: discipulado.

Dentro de um Grupo Pequeno sadio, você aprenderá quando prestar contas a alguém; sentirá

o momento quando deve se responsabilizar pela vida de alguém. Você se tornará sensível às

pessoas que pode desenvolver aproximação visando o discipulado emútuo encorajamento.

Existem benefícios extraordinários quando a prestação de contas acontece na vida diária da

Igreja. Acredito que exista nada mais forte, convincente e encorajador ao discipulado do que uma

prestação de contas de duas ou mais pessoas movidas pelo amor a Cristo. Na prestação de contas:

Nosso próprio orgulho e falta de vulnerabilidade são removidos.

A cultura de independência e individualidade provinda do secularismo é quebrada.

As parcialidades com o próximo são esfaceladas

As tentativas de manipular o próximo (quer por meio de palavras, causando culpa, etc.) são

substituídas pelo desejo sincero de ver Jesus na vida do próximo.

A superficialidade ou frieza de coração nos relacionamentos são repudiadas pelo interesse

de desenvolvimento de afinidade e conexão.

O QUE É PRESTAÇÃO DE CONTAS?

É o compromisso de duas pessoas amadurecerem juntas na sua vida espiritual. Elas assumem o

compromisso de estarem juntas toda semana para encorajar uma a outra a colocar em prática seus

objetivos e compromissos. É uma parceria que tem como objetivo tornar-se imitadores de Cristo por

meio do compromisso mútuo.

50

INSTRUÇÕES IMPORTANTES PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS

O maior atributo necessário nesse relacionamento é o amor. Temos de pedir a Deus para que o seu

amor transborde da nossa vida para os outros.

Estou comprometido em ser imitador de Cristo em cada área da minha vida.

Sinto que devo investir mais tempo estudando a Bíblica diariamente.

Também gostaria de orar no mínimo 15 minutos no meu “quarto de escuta”.

Eu lhe dou permissão para me estimular e cobrar semanalmente para ver se estou

cumprindo estes objetivos.

Uma prestação de contas eficaz deveria equivaler ao investimento de mais ou menos uma hora

juntos por semana. As questões em que a maioria das pessoas precisa de ajuda estão relacionadas

com a área de disciplina espiritual, como:

Leitura da Bíblia

Oração e jejum

Vitória sobre um pecado

Disciplina pessoal nas áreas de finanças, tempo, família, etc.

É necessário ser transparente em relação ao seu compromisso. Prestar contas é andar de mãos

dadas com a outra pessoa no processo de amadurecimento. Geralmente será melhor fazer algumas

perguntas básicas de prestação de contas, tais como:

Como você está se saindo com o compromisso de estudar a Bíblia semanalmente?

O que Deus tem lhe ensinado por meio dela?

Como estão indo as coisas entre você e a ______________?

Eu tive uma verdadeira batalha com meus pensamentos nesta semana. Você poderia orar

por mim?

Preciso de ajuda para entender como lidar com a minha raiva para com _____________.

Posso compartilhar com você o que aconteceu?

Você gostaria de fazer caminhada comigo uma ou duas vezes por semana? Preciso me

exercitar.

Vamos passar algumas horas em oração na semana que vem, no sábado?

Encontrar-se para prestar contas não precisa ser dispendioso. Você pode usar de algumas

estratégias para remir o tempo. Por exemplo:

Quando a célula se reunir em sua casa convide o seu parceiro de prestação de contas para se

encontrarem antes da reunião.

Saiam para almoçar ou jantar juntos durante a semana.

Por causa da correria do dia e a distância pode-se usar o telefone de vez em quando para ser

prático (apenas utilize dessa prática algumas vezes, pois, ela tende a gerar efeito regressivo).

51

E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para

pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de

Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filhos de

Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que

não sejamos mais como crianças, levados de uma lado para outro pelas ondas, nem jogados para

cá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes,

seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele, todo o

corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na

medida em que cada parte realiza a sua função”.

EFÉSIOS 4.11-16

“É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito

mais. Se uma delas cai, a outra a ajuda a se levantar. Mas, se alguém está sozinho e cai, fica em má

situação porque não tem ninguém que o ajude a se levantar... Dois homens podem resistir a um

ataque que derrotaria um deles se estivesse sozinho. Uma corda de três cordões é difícil de

arrebentar”.

ECLESIASTES 4.9-12

“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão,

bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que

tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém,

revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que

vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.

Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a

sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração”.

COLOSSENSES 3.12-17

DISCIPULADOR/DISCÍPULO

Um discipulador é alguém que está à frente de um novo cristão (possui maior maturidade

experiência cristã). Ele tem a responsabilidade de ajudar o discípulo a caminhar pelos estágios

iniciais de sua jornada espiritual. Ele trabalha sob a liderança do seu líder ou auxiliar da célula para

encorajar o irmão mais jovem na fé. Ele conduz o discípulo pelo treinamento Curso de Consolidação

e outros possíveis cursos.

O discipulador precisa agendar uma hora por semana junto com o discípulo para passar as

tarefas daquela semana e discutir o que Deus está ensinando. Eles estão mantendo uma prestação

de contas mútua para trabalhar no seu crescimento espiritual. Se o discipulador for um cristão

52

maduro, ele pode ajudar o discípulo a lidar com as suas barreiras espirituais ou prisões emocionais e

a orar com ele acerca de algumas outras questões. Se o discipulador for um cristão novo, então

ambos devem agendar um tempo para se encontrarem com o líder ou o auxiliar da célula para

trabalhar as questões mais difíceis.

Um dos grandes alvos do Grupo Pequeno é treinar cada cristão a ser um ministro (um

discipulador). Acredito que cada cristão, desde os estágios iniciais de seu novo nascimento, é capaz

de ministrar. Ele necessita de auxilio para identificar oportunidades em que pode ministrar, bem

como de treinamento para que tal ministração seja feita de forma adequada.

TAREFA DE TREINAMENTO

Sendo discípulo de cristo

Verifique os seguintes textos e anote quaisquer observações a respeito de ser discípulo de Cristo.

Mateus 8.21-22 _____________________________________________________________

Mateus 10.1 ________________________________________________________________

Mateus 10.24-25 _____________________________________________________________

Mateus 10.37-39 _____________________________________________________________

Mateus 12.49 ________________________________________________________________

Mateus 16.24-26 _____________________________________________________________

Mateus 28.18-20 _____________________________________________________________

Marcos 8.33-38 _____________________________________________________________

Marcos 10.13-16 _____________________________________________________________

Lucas 11.1 __________________________________________________________________

Lucas 14.26-33 ______________________________________________________________

João 6.60-61, 66 _____________________________________________________________

João 13.35 _________________________________________________________________

João 15.8 __________________________________________________________________

Atos 13.52 _________________________________________________________________

Atos 14.21-22 ________________________________________________________________

Você dispõe de tempo para se encontrar com alguém semanalmente com o objetivo de crescer

espiritualmente? Se não, por quê?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

53

Como você se sente ao pensar em prestar contas a outra pessoa?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Como você se sente pensando em ser responsável por outro cristão?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Do que você precisa abrir mão para que a prestação de contas ou o discipulado de fato

aconteçam em sua vida?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Reúna-se com seu parceiro RNA e compartilhem as suas decisões anotadas acima e orem um pelo

outro.

54

ESTUDO 7 _____________________________________________

COMUNHÃO SETE DIAS POR SEMANA

ESBOÇO DO ESTUDO

Vamos atrasar o relógio mais uma vez e verificar como a Igreja primitiva experimentou

comunidade no livro de Atos:

Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os

que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio

do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes

acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.

ATOS 2.42-47

“Estou convencido de que as pessoas do século 20, em todo o mundo, vão nos ouvir não se

possuirmos a doutrina correta, as regras de conduta corretas, mas sim se vivermos em comunidade.

Não adianta dizer que temos comunhão ou amor um pelo outro, se isso não for mostrado na prática”.

FRANCIS SCHAEFER

Um estilo de vida comunitário era normal para os

cristãos do primeiro século. Como já vimos, esse era um dos

segredos do sucesso da igreja primitiva. Um dos grandes

fatores que fez com que o Cristianismo rapidamente se

espalhasse por todo o mundo, atingisse inclusive o Império

Romano num espaço curto de 300 foi a sua eficiência

comunitária. Nela os membros demonstravam sua

generosidade uns aos outros e verdadeiro compromisso com

as palavras de Jesus.

Embora as grandes reuniões na época da igreja primitiva

tinham sua devida finalidade e efeito (como os discursos de

Jesus voltado à multidão), devemos sempre nos lembrar que o

55

ministério de base de Jesus sempre consistia os 12 discípulos: um Grupo Pequeno. Célula, portanto

não deve ser uma reunião da qual participo, depois vou para casa para viver o restante da semana de

modo individualista, sem contato com as outras pessoas da célula.

“No Antigo Testamento, o tabernáculo e o templo eram ambos chamados de a Casa de Deus (ver

1crônicas 6.48; 25.6; esdras 5.2, 15). no novo testamento, o conceito de Casa de Deus muda

radicalmente. pedro entende que os cristãos são ‘pedras vivas’ que são construídas em uma ‘casa

espiritual’ (1Pedro 2.5). Assim, a Casa de Deus não é mais vista como um edifício feito de pedras

sobrepostas, mas do ajuntamento de vidas humanas”.

RALPH NEIGHBOUR

Além disso, o construtor dessa casa é o próprio Jesus. Veja: que diz em. “Eu edificarei a minha

Igreja” (Mateus 16.18). As pedras que Ele selecionou para serem paredes são chamadas no grego de

Eclesia, que significa literalmente “chamados para fora” e traduzido como IGREJA. Em 1Coríntios3.9,

Paulo utiliza a forma verbal dessa palavra grega para expressar que Deus é aquele que “nos faz

edifício de Deus”.

Embora Jesus seja quem edifica a igreja, a pedra viva (cada membro da igreja) não é estática,

como o próprio termo já indica. Repare: “Portanto, animem e ajudem uns aos outros, como vocês

têm feito até agora” (1Tessalonicenses 5.11). Assim, a edificação da igreja é um projeto de

construção eficiente que envolve parceria harmoniosa entre as três pessoas da Trindade e cada

membro do Corpo de Cristo: “É ele quem faz com que o corpo todo fique bem ajustado e todas as

partes fiquem ligadas entre si por meio da união de todas elas. E, assim, cada parte funciona bem, e

o corpo todo cresce e se desenvolve por meio do amor” (Efésios 4.16).

Sendo assim, para a construção dessa edificação, numa célula se torna essencial deixarmos

para trás estilos de vida isolados, egocêntricos e compartimentados e vivamos de maneira mais

integrada e homogênea. Estimulados por uma cultura secularista, muitos dentro da igreja tendem a

fragmentar a sua vida entre: vida de trabalho, família, prazer, descanso, igreja, como se cada área

de sua vida fosse particular e isolado. O

Cristianismo puro e simples lida com nossa

vida de modo integral, sem dividir o que

fazemos ou somos em compartimentos

independentes. Vida cristã se traduz mas em

enquanto do que quando. Você não deve ser

cristão quando apenas vai a igreja, você não

deve caminhar ao lado de Jesus quando tem

tempo disponível; você vive Cristo enquanto

executa todas as tarefas cotidianas. Jesus

transforma nossa vida por completa e integra

56

todas as áreas de nossa vida em um ser único que possui uma nova identidade.

Na célula, é importante que cada integrante viva esse cristianismo integral. Não podemos

separar a nossa vida de célula de nossa vida pessoal, familiar ou profissional. Tudo está interligado

pelo ser que é único. Viver em comunidade para o cristão não deve ser um tempo independente

que separamos semanalmente para tal, antes um estilo de vida. A koinonia do Novo Testamento

não era assim.

Quando a comunidade se torna um estilo de vida, você pode se encontrar com o seu

companheiro de prestação de contas ou manter-se conectado a ele em diversas circunstâncias (a

caminho do trabalho, enquanto assistem a uma partida de futebol, enquanto comem juntos numa

atividade da igreja, enquanto ajudam um ao outro na execução de um trabalho específico, enquanto

fazem mudança ou reforma da casa, enquanto executam atividades de recreação ou viagem juntos,

etc.). O que faz de todas essas atividades de importância maior são os fatores juntos e enquanto. O

desafio, então, para uma prestação de contas descontraída e eficaz, é trazer a outra pessoa para o

nosso mundo cotidiano.

KOINONIA EM ATOS 2

Koinonia basicamente significa comunhão em grego e possui duas implicações:

1. expressa o que compartilhamos em conjunto com o próprio Deus, pois “nossa comunhão é

com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” ( 1João 1.3), e ainda há “a comunhão com o Espírito

Santo” (I1Coríntios 13.13). Assim a koinonia é uma experiência trinitária. temos comunhão

com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.

2. expressa o que dividimos com o próximo (a troca entre dar e receber). Por exemplo,

koinonia é uma palavra que Paulo utilizou para a coleta que ele organizou nas igrejas gregas

que beneficiaria os irmãos da Judéia. A palavra “generoso” na Bíblia possui mesma raiz

(Koinonikos).

Na Koinonia existe o partilhar do pão, a repartição dos bens materiais, o auxilio aos

necessitados, a busca ao bem estar físico, emocional e espiritual do próximo. Algo digno de nota no

trecho apresentado acima de Atos 2.42-47 (que descrevem toda essa dinâmica da koinonia) é que o

tempo dos verbos no versículo 45 é imperfeito, o que indica que a venda e a partilha dos bens se

davam ocasionalmente, em resposta às necessidades especiais.

Lucas ressalta em Atos 2.44 este ensino quando observa que “tinham tudo em comum”, e

depois em Atos 4.32 quando diz que “ninguém considerava que os seus bens lhes pertenciam, mas

compartilhavam tudo o que tinham”. Os dois versículos contem as duas palavras chaves “kapanta-

koina” – “todas as coisas em comum”. Talvez o pensamento central é que ninguém ali considerava

exclusivamente seu quer fosse bens materiais, recursos ou disposição do tempo para servir.

57

Crisóstomo, historiador e escritor do século 7, fez os seguintes comentários sobre este texto bíblico

de Atos 2:

“Esta era uma república celeste, em que ninguém considerava seu o que deveria ser seu. A raiz do

mal era imediatamente cortada... Ninguém reprovava, ninguém invejava, ninguém resmungava; não

havia orgulho, nem desdém... o pobre não sabia o que era necessidade e o rico o que era soberba”.

A BAGAGEM HUMILDE DOS DISCÍPULOS

O caráter apostólico, em síntese, deve mesclar a liberdade de consciência, alargamento do

coração, iluminação da mente, todos no seu grau superlativo. Os humildes pescadores da Galiléia

tinham muito a aprender antes de preencher esses elevados requisitos.

Eles foram, de fato, homens de Deus, que haviam mostrado sua sincera piedade ao abandonar

tudo por causa do Mestre. Eles eram em sua grande maioria homens pobres, de berço humilde, com

empregos instáveis, sem status social, sem formação educacional refinada. No momento em que

Jesus os chama, eles estavam sob o estado de ignorância, superstição, preconceitos, cheios

concepções falsas e animosidades. Eles tinham que se livrar de muita bagagem judaica, familiar,

cultural e pessoal que os prejudicavam na formação de uma nova maneira de pensar e ser. Velhas

crenças incrustadas em suas mentes deveriam ser renovadas pela nova visão do reino de Deus que

Cristo trazia em si por meio de Suas palavras e Pessoa. Embora, a princípio, eles fossem ignorantes a

respeito do que Jesus representava, o solo de sua natureza espiritual estava preparado para receber

as palavras de Jesus (por causa da graça de Deus) e produzir colheita abundante.

TAREFA DE TREINAMENTO

“Uns aos outros” no Novo Testamento

Leia os versículos e depois escreva o que devemos fazer, ou, não fazer, em nossos

relacionamentos de “uns aos outros”.

João 13.14 __________________________________________________________________

Atos 7.26 ___________________________________________________________________

Romanos 2.1_________________________________________________________________

Romanos 12.5 ______________________________________________________________

Romanos 12.10 ______________________________________________________________

Romanos 12.16 ______________________________________________________________

Romanos 13.8 ______________________________________________________________

Romanos 14.13 ______________________________________________________________

58

Romanos 14.19 ______________________________________________________________

Romanos 15.5 ______________________________________________________________

Romanos 15.7 ______________________________________________________________

Romanos 15.14 ______________________________________________________________

Romanos 5.15 ______________________________________________________________

Romanos 6.16 ______________________________________________________________

Mateus 12.49 ________________________________________________________________

1Coríntios 4.6 ________________________________________________________________

1Coríntios 12.25 ______________________________________________________________

1Coríntios 16.20 ______________________________________________________________

1Coríntios 13.12 ______________________________________________________________

Gálatas 5.13 _________________________________________________________________

Gálatas 5.15 _________________________________________________________________

Gálatas 5.16 _________________________________________________________________

Gálatas 6.2 __________________________________________________________________

Efésios 4.2 __________________________________________________________________

Efésios 4.25 _________________________________________________________________

Efésios 4.32 _________________________________________________________________

Efésios 5.21 _________________________________________________________________

Filipenses 2.3 ________________________________________________________________

Marcos 8.33-38 ______________________________________________________________

Colossenses 3.12-13 __________________________________________________________

Colossenses 3.16 _____________________________________________________________

1Tessalonicenses 3.12 _________________________________________________________

1Tessalonicenses 4.9 __________________________________________________________

1Tessalonicenses 4.18 _________________________________________________________

1Tessalonicenses 5.11 _________________________________________________________

2Tessalonicenses 1.3 __________________________________________________________

Tito 3.3 _____________________________________________________________________

Hebreus 10.24 _______________________________________________________________

Hebreus 10.25 _______________________________________________________________

Tiago 4.11 __________________________________________________________________

59

Tiago 4.12 __________________________________________________________________

Tiago 5.9 ___________________________________________________________________

Tiago 5.16 __________________________________________________________________

1Pedro 1.22 _________________________________________________________________

1Pedro 3.8 __________________________________________________________________

1Pedro 4.9 __________________________________________________________________

1Pedro 4.10 _________________________________________________________________

1Pedro 5.5 __________________________________________________________________

1Pedro 5.14 _________________________________________________________________

1João 1.7 ___________________________________________________________________

1João 3.11, 23 _______________________________________________________________

1João 4.7, 11-12 ______________________________________________________________

Descreva as barreiras em sua vida em relação à comunhão e o relacionamento de “uns aos outros”?

(exemplo: agenda lotada, medos, valores, etc.). Procure ser o mais específico possível

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

O que seria uma agenda semanal ideal para você?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Para que sua agenda seja ideal, o que precisa mudar em sua vida?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Marque um encontro com o seu parceiro RNA, para encorajarem um ao outro com as tarefas de

treinamento e também orem um pelo outro por alguma necessidade que vocês tenham.

60

ESTUDO 8 _____________________________________________

O PODER DE DEUS POR MEIO DOS DONS

ESBOÇO DO ESTUDO

Nossa época é uma de “fobia de compromisso”: é o sentimento de medo que as pessoas tem

de assumirem compromisso com algo pensando na perda de ouras oportunidades que terão de

fazer. Pessoas não se querem se tornar membro de uma igreja com medo de que, se fizerem assim,

terão que se prender aquela igreja em particular. Além disso, poderão se expor demais as outras

pessoas daquela igreja e estarão sujeitas a cobrança e exemplo de vida cristã. Assim, é mais

conveniente não ser membro de igreja alguma (ou, ser membro de uma que ninguém nota a sua

presença/ausência).

Essa fobia ao compromisso tem feito parte de uma massa evangélica. Crentes hoje querem ter

a liberdade de ir à igreja assim como se vai à praia: aquela que está dando mais ibope, aquela que

oferece as melhores comodidades, que tem as melhores ondas. Se eu ficar insatisfeito com alguma

coisa ou simplesmente me enjoar da praia, não tem problema... sou livre, amanhã posso escolher

outra.

As pessoas estão preocupadas com sossego e tranquilidade. Por que se envolver com uma

igreja? Por que se envolver com os problemas dos outros (já não bastam os meus)? Por que carregar

um fardo extra em minha vida ao se comprometer com uma igreja?

Tornar membro de uma igreja nos moldes populares pode ser muito fácil. Agora, se tornar um

membro funcional/operante do corpo de Cristo isso exige compromisso - dedicação completa ao

corpo. É exatamente nesse ponto que muitas pessoas se esquivam, não querem assumir

compromisso. É exatamente neste ponto que a igreja faz a diferença, que uma família faz a

diferença, que o reino de Deus faz a diferença: quando uma pessoa não simplesmente se torna

membro de uma igreja, mas parte operante do Corpo de Cristo, do seu organismo vivo.

Igreja organização vs. Igreja organismo

Igreja como organização: é a maneira natural como as pessoas de fora enxergam a igreja. Um

prédio com um conjunto de pessoas que se reúnem com um interesse religioso comum. Uma

igreja como organização envolve a denominação da igreja, o sistema de governo, a agenda, as

programações, o prédio, o estatuto, doutrina, regra de fé e prática, etc. Uma igreja precisa ser

organizacional. O problema está quando apenas a vemos como uma igreja assim.

Igreja como organismo: o corpo de Cristo; o fluir da Nova Aliança de Cristo em comunidade.

61

Se você enxerga a igreja apenas como organização você se tem fortes tendências a: 1) se

desapontar profundamente com a igreja (ficar indignado, desiludido ante a tudo o que ela oferece)

e, consumido neste sentimento, abandonar a igreja e desistir de igreja. Conheço pessoas assim,

conheço pessoas que foram assim mas que Deus a resgatou depois de muita graça derramada; 2) ou

a se tornar um mero religioso (que vive rituais e coleciona regras).

Agora, se você compreende a igreja principalmente como organismo da igreja (organismo

vivo) você terá o prazer de descobrir que a igreja é agenda, não são suas atividades, não é os cultos

de Domingo, não é o prédio, não é apenas um lugar que você se sente bem, não é o que o estatuto

da igreja diz, não é o pastor, não é líder de louvor... mas você, o corpo de Cristo em funcionamento.

Esse é organismo vivo da igreja.

Cristo encarnado em sua igreja

O programa que Deus fez para alcançar e transformar um mundo quebrado sempre envolveu

a encarnação. Quando Deus resolveu visitar a terra para mostrar à humanidade o novo tipo de vida

que Ele estava oferecendo, fez isso por meio de sua encarnação. Deus se fez carne e habitou entre

nós. Jesus Cristo foi a encarnação de Deus. Deus em carne humana aparecendo aos homens.

Mas, esse foi apenas o início do

processo de encarnação. Cometeríamos um

grande erro se pensássemos que a

encarnação terminou com a vida terrena de

Jesus. A encarnação ainda continua. A vida

de Jesus continua manifesta entre os

homens, mas agora não mais por meio de

um corpo físico individual, limitado a um

lugar sobre a terra, mas por meio de um

corpo espiritual, complexo e orgânico,

chamado igreja.

Essa é uma concepção de enorme

importância. Aquilo que aconteceu em

pequena escala na Judéia e na Galileia, há

dois mil anos, está designado a acontecer hoje em larga escala em todo o mundo, permeando todos

os níveis da sociedade e todos os aspectos da vida humana. À medida que os cristãos descobrem

que isso é uma possibilidade real hoje, suas vidas se tornam interessantes e poderosamente

eficazes. É emocionante e estimulante redescobrir o esquema delineado por Deus, pelo qual sua

Igreja deveria influenciar o mundo.

Muitos hoje estão perguntando. “Onde é que Jesus está operando em nosso mundo? Como é

que Ele atinge os problemas da sociedade deste século XXI?” A resposta é que Ele está atuando

exatamente como atuava durante a sua vida terrena, fazendo precisamente a mesma coisa. Nos dias

de sua encarnação, Ele executou o seu trabalho por meio de um corpo terreno, individual e físico. Ele

62

continua a mesma obra agora, por meio de um corpo complexo e orgânico, que engloba o mundo

inteiro e permeia e penetra todos os níveis da sociedade. Ele é chamado de IGREJA, o Corpo de Cristo.

Vimos que Ele dotou seu corpo organizado com todo um arranjo de dons espirituais, capazes

de muitas combinações e incumbidos de estabelecer e melhorar o relacionamento entre qualquer

indivíduo e Deus. Ele também legou aos membros de seu corpo uma nova espécie de poder, o poder

da ressurreição.

A clara intenção de Deus é que, por meio da Igreja verdadeira, o mundo possa ver Jesus Cristo

em ação. O mundo necessita desesperadamente do seu ministério, mas o propósito nunca foi que

as pessoas do mundo viessem à Igreja para encontrar a Cristo. A Igreja deveria estar no mundo e

alcançar o mundo. Somente assim o mundo compreenderá que Cristo não está morto.

Estamos chegando a uma conclusão importante: Vida de igreja não é fanatismo, agenda,

pastor, legalismo, religião, ativismo, espiritualidade de aparência, caridade na sociedade, descarrego

de culpa... A vida da igreja é aprendermos diariamente a ouvirmos a voz do Espírito de Deus em

mútua cooperação, para provocarmos os movimentos certos do Corpo de Cristo neste mundo. Isso

é a vida da Igreja.

A questão dos dons espirituais

Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes. Vocês sabem que,

quando eram pagãos, de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos e levados para os ídolos mudos. Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus seja

amaldiçoado"; e ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pelo Espírito Santo. Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo.

1CORÍNTIOS 12.1-4

Se eu não entendo adequadamente o que significa essa questão dos dons, eu posso facilmente

viver a minha vida cristã dentro da igreja de modo desequilibrado, estagnado, me tornar uma pessoa

desgovernada dentro da igreja, sem direção; posso desperdiçar minhas energias, meu tempo numa área

da igreja errada. Estou sempre estarei pulando de um ministério a

outro, sempre tentando uma área ou outra, mas não encontrando

satisfação, não encontrando uma área na igreja que sinto paixão e

inclinação em servir.

Dom espiritual é uma manifestação do Espírito Santo na vida de

pessoas que fazem parte do Corpo de Cristo e tem como propósito a

edificação.

O perigo do dom é você usá-lo como se fosse um indicativo de

sua espiritualidade; ou você usá-lo para comparar, competir com

63

outros. Infelizmente, na comunidade evangélica em geral existem alguns dons que são supervalorizados.

Se uma pessoa manifesta algum determinado dom sobrenatural (o dom de línguas, ou o do de profecias,

ou o de revelação), ela é, de uma forma ou de outra, considerada espiritualmente superior. A Bíblia

repreende esse tipo de pensamento.

O dom espiritual é como se você pegasse uma qualidade da vida cristã e colocasse sobre esta

uma lente de aumento. Essa maneira amplificada de exercer uma qualidade da vida cristã é um dom

espiritual.

O papel do Espírito Santo na vida da igreja

Mesmo sendo Deus um ser transcendente, Ele não está ausente. Deus está “presente no seu

Espírito” como uma realidade viva no mundo e na vida do homem. O Espírito Santo represente a

presença e o poder de Deus no domínio da natureza ou na vida humana. Essa presença divina se

opõe à ideia de um Deus ausente. Ela enfatiza Deus como realidade viva no mundo e na vida do ser

humano. Ela complementa a ideia de um Deus transcendente. Tanto no Antigo quanto no Novo

Testamento, Deus é transcendente, mas também está presente em seu Espírito, trabalhando para

levar a bom termo os seus próprios propósitos e finalidades.

“Apenas o Espírito Santo pode tornar o Cristo histórico uma pessoa presente. Lutero está

especialmente interessado em mostrar como o Espírito Santo retira o Cristo ressurreto do domínio da

idéia simplista e da história e o torna uma realidade presente para a consciência do crente. As pessoas,

com sua vontade, razão e capacidades, podem entender Cristo apenas como uma idéia, ou seja,

observando suas afirmações, seus ensinos, etc., ou ainda como história, ou seja, que essa pessoa

existiu num determinado tempo e lugar. Essas capacidades humanas não podem retirar Cristo da

esfera das idéias e da história. É o Espírito Santo que torna o Cristo uma realidade para o crente”.

BERNARD RAMM

Uma das idéias mais enfatizadas nos escritos de Paulo é que o Espírito Santo (ou Cristo) habita

no cristão. Na verdade é a habitação do Espírito Santo que comprova sermos cristãos. Se alguém

não tem o Espírito de Cristo, esse não é dele. Pertencemos a ele por direito de posse. Ele nos

comprou pelo seu sangue. (1Coríntios 6.20; Efésios 1.13-14).

Ele toma posse de nós ao colocar o seu Espírito em nós. O seu Espírito em nós é um sinal de

propriedade. Mas o Espírito habita tanto no grupo quanto no indivíduo. Ao habitar em nós, o

Espírito nos une ao Senhor Jesus e uns aos outros. É essa habitação do Espírito nos cristãs, atando-

os a uma unidade, que torna esse grupo como um templo ou santuário de Deus (1Coríntios 3.16;

6.19; I1Coríntios 6.16; Efésios 2.21-22).

Assim eles constituem a habitação terrena de Deus. Eles são a sua habitação (Efésios 2.22).

Esse é o templo que Paulo chama de santo.

Repare, nestes versículos, que o Espírito Santo tem um papel fundamental dentro da igreja:

64

O Espírito Santo ensina a igreja (o Corpo de Cristo) a se movimentar, produzir movimentos

adequados e equilibrados, que melhor evidenciam Cristo neste mundo. O mundo acredita que

Deus enviou Jesus a esse mundo por meio da igreja (mas o mundo não acreditará através de

qualquer igreja, mas uma unida). Se a unidade não prevalece no corpo de Cristo, o corpo não

consegue se movimentar de modo apropriado, ele se debate contra ele mesmo.

O Espírito Santo também provoca unidade na igreja (o Corpo de Cristo) para que ele se

movimente de maneira adequada, equilibrada, uniforme.

Satanás sabe do potencial de uma igreja (como ela pode impactar a comunidade e trazer pessoas

para perto de Deus). Ele, então, faz de tudo para destruir a unidade da igreja, para que ela tenha

tantos problemas/divisões/discussões internas que o corpo nunca tenha ligadura, nunca fique são

para executar os movimentos do Espírito de Deus. O melhor tipo de igreja para Satanás é aquela

em que os membros ou ficam brincando de sócio de clube ou brigando entre si.

Não apenas isso, o Espírito Santo também capacita a igreja (o Corpo de Cristo) a se movimentar,

produzir movimentos adequados e equilibrados, que melhor evidenciam Cristo neste mundo

(os dons espirituais). Quem nos capacita a viver a vida cristã é o Espírito Santo.

Existe uma beleza do Corpo de Cristo, uma beleza provocada pelo Espírito Santo de Deus em

nosso meio. Essa beleza é a unidade do Corpo de Cristo. Devemos preservar isso a todo custo.

O Corpo de Cristo

Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. O corpo não é

composto de um só membro, mas de muitos. Se o pé disser: "Porque não sou mão, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. E se o ouvido disser: "Porque não sou olho, não

pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo.Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. 19 Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo. O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você! " Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês! " Pelo contrário, os membros do

corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra.

1CORÍNTIOS 12.12-23a

65

Identificando os dons espirituais

Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas

é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito,

visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de

conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo

único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de

espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas

coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada

um, conforme quer.

1CORÍNTIOS 12.5-11

O enchimento do Espírito Santo

“Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como

sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam

insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Não se embriaguem com

vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos,

hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças

constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Sujeitem-se

uns aos outros, por temor a Cristo”.

EFÉSIOS 5.15-21

Já vimos que o Espírito Santo habita no cristão desde o dia de sua conversão a Cristo. Esta

habitação é um acontecimento simultâneo com a salvação. Na verdade a presença do Espírito Santo

no crente é o selo (garantia) de sua salvação.

“...sabemos que ele permanece em nós. pelo Espírito que nos deu”.

1JOÃO 3.24

O enchimento do Espírito Santo em nossa vida tem o seu princípio no fato da sua habitação no

corpo do crente. As Escrituras dizem que passamos a ser o templo do Espírito Santo, a partir da

habitação.

66

“Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?

Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes

foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?... Que acordo há entre o templo de Deus e os

ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo.”

1CORÍNTIOS 3.16; 6.16, 19

Quando o crente permite que o Espírito Santo encha plenamente sua vida, dons e ministérios

estarão sob o controle do próprio Espírito Santo. À medida que os cristãos vivem de acordo com os

seus dons espirituais, permitindo a completa direção do Espírito Santo, eles não trabalham pelas

próprias forças, mas o Espírito de Deus trabalha neles. Através dos Dons Espirituais não são nossas

forças que prevalecem, mas sim o poder do Espírito Santo.

Outro fator muito importante resultado do enchimento do Espírito Santo na vida do crente é a

manifestação do FRUTO do Espírito como relatado por Paulo.

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão

e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.

GÁLATAS 5.22-23

TAREFA GRUPO GRANDE

Leia com atenção as passagens bíblicas: Romanos 12.6-8 e Efésios 4.8, 11. A seguir, anote quais

os dons espirituais mencionados em cada uma delas.

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Em sua opinião quais as razões que Deus distribui dons para a Igreja?.

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

O que revela cada um desses versículos a respeito do que Deus quer produzir em SUA VIDA?

Lucas 4.14 __________________________________________________________________

Lucas 9.1-2, 6 _______________________________________________________________

67

Lucas 10.1-20 _______________________________________________________________

Lucas 11.13 ________________________________________________________________

Marcos 16.17-18 ____________________________________________________________

Atos 1.8 ___________________________________________________________________

Atos 2.14-21 _______________________________________________________________

Atos 5.12 __________________________________________________________________

Romanos 11.29 ______________________________________________________________

Romanos 12.3-8 ______________________________________________________________

1Coríntios 2.4-5 ______________________________________________________________

1Coríntios 12.1-11 ___________________________________________________________

1Coríntios 12.21-31 ___________________________________________________________

1Coríntios 13.1-3, 8 ___________________________________________________________

1Coríntios 14.1 _______________________________________________________________

1Coríntios 14.12 _____________________________________________________________

1Coríntios 14.26 _____________________________________________________________

Gálatas 5.22-26 ______________________________________________________________

Efésios 4.8-14 _______________________________________________________________

Hebreus 2.3-4 _______________________________________________________________

Qual é a sua maior barreira em ministrar a outros no grupo?

_____ Não vir preparado à reunião

_____ Não ter intimidade com as pessoas

_____ Estar muito ausente (muitas faltas)

_____ Não ter intimidade com Deus

_____ Pouco conhecimento bíblico

_____ Ainda não saber no que pode ser útil

_____ Falta de entendimento sobre os dons

_____ Outro motivo: ________________________________________________________________

Quais são alguns passos que você poderia tomar para romper tais barreiras para ministrar?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

68

Você já se sentiu usado em certa circunstância pelo Espírito Santo? Compartilhe como foi.

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Você tem medo de usar seus dons? Tem receio de ministrar a outras vidas? Compartilhe.

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Encontre-se com o seu parceiro de RNA, compartilhando as tarefas de treinamento desta semana e

tomem um café ou comam um lanche juntos. Pode haver uma troca de parceiros.

69

ESTUDO 9 _____________________________________________

O PODER DA MINISTRAÇÃO

ESBOÇO DO ESTUDO

Há um fato sobre nosso relacionamento com o Pai: enquanto não nos dedicarmos a Ele não

iremos muito longe em nossa vida cristã. Você teve algum progresso no seu relacionamento com o

Pai desde o início do curso? Quando crescemos em comunhão com o Pai consequentemente

aprendemos sobre o que significa verdadeira comunhão. Conseguimos aceitar nossos irmãos que às

vezes são tão diferentes de nós.

A comunidade cristã precisa do amor do Pai, da obra graciosa de Jesus Cristo na cruz, e da

capacitação do Espírito Santo. A vida da igreja acontece a partir do fluir da Trindade. Se você

porventura ainda se pergunta: Como eu posso desenvolver uma comunhão profunda, íntima,

genuína com um grupo de pessoas tão heterogêneo, a resposta está no Pai, no Filho e no Espírito

Santo que vivem em perfeita comunidade.

Para experimentarmos verdadeira comunhão com o próximo, precisamos entender que a

célula não pode se limitar a apenas um encontro semanal. Ela deve ocorrer como um estilo de vida,

porém não imposto, e sim uma comunhão e compromisso gostoso, vibrante e apaixonante. De novo

podemos nos dirigir a Trindade divina e aprender da harmonia e alegria plena que eles possuem no

relacionamento entre si.

O propósito deste capítulo é preparar-nos para uma ministração amorosa na célula.

EDIFICAÇÃO

A edificação é correta quando Cristo (o cabeça do Corpo) ensina, dirige, ministra, traz

funcionamento e, enfim, lidera o Corpo. O modo como Jesus muitas vezes ministra ao coração do

crente é por meio de outros membros do corpo. Cristo é quem edifica a sua igreja, e a maneira

graciosa e desafiadora que Ele escolheu fazer isso é por meio da própria igreja, a experiência dos

“uns aos outros.”

Cristo chama todos dentro da igreja para participar de sua obra de edificação. O comando e os

estímulos vem do Cabeça, mas quem executa a comunhão e a ministração uns aos outros é a igreja,

o corpo.

No entanto, para conseguirmos ministrar Cristo as outras pessoas de forma adequada,

precisamos permanecer em Jesus, procurando a comunhão com o Pai, sendo sensível à voz do

Espírito de Deus.

70

Para uma ministração específica ser de impacto ou bem-sucedida sobre a vida de outra pessoa

geralmente os seguintes itens tomam lugar no coração de quem ministra:

a. O ministro deposita suas feridas pessoais, necessidades, mágoas ou problemas no altar

diante da cruz de Cristo cruz ( 1Pedro 5.7).

b. O ministro se expõe ao convívio próximo e continuo com outras pessoas da igreja e

especificamente o grupo pequeno.

c. O ministro procura ser sensível a voz de Deus em como ele pode servir de benção para o

próximo. Ele deseja se tornar um canal de edificação.

d. O ministro (uma vez encontrado um canal de edificação) usa de seu serviço, ajuda,

consolação, encorajamento, oração, generosidade, dom, etc. para levantar o irmão.

É importante sempre termos em mente que a edificação é um processo. Ela precisa de

sequencia continuidade, e constância. Para se experimentar cura num corpo físico ou melhor

desenvoltura dos músculos e movimentos é preciso da prática de tratamento, exercício ou

fisioterapia continua. Um bom atleta não pode esperar que seu corpo esteja edificado para

competir ou realizar bom performance sem constância na preparação. O mesmo processo acontece

deve acontecer para edificação do Corpo de Cristo.

Edificação, então, não é um passo de mágica, não é

apenas uma oração específica, mas requer

envolvimento e compromisso. Uma ministração

deve ter ação completa na vida daquele que está

sendo edificado. Com isso quer se dizer que aquele

que ministra deve estar preocupado com todo o

processo de formação espiritual do ministrado. Para

completar a edificação na vida da próximo, muitas

vezes é necessário que o ministro conviva com a

outra pessoa ministrada por um processo de vários

estágios, tais como:

1. Identificar o pecado ou problema na vida do ministrado.

2. Encorajar o reconhecimento e a confissão genuína do ministrado.

3. Aplicar um princípio bíblico que venha de encontro a tal situação do ministrado.

4. Servir de suporte/apoio (com a utilização dos dons pessoais) para acompanhar o

ministrado diante de suas novas decisões e desafios.

Neste sentido a ministração anda ao lado do discipulado. Não ministramos nos preocupando

apenas em liberar palavras encorajadoras, animadoras, ou realizando uma oração fervorosa em

favor do próximo; e sim considerando o efeito que as palavras pessoais, os princípios bíblicos e as

orações venham causar no coração do ministrado. Na ministração não nos comprometemos apenas

com a função, mas com a pessoa. Caso contrário, a ministração pode se tornar vazia, superficial e

impessoal.

71

Identificar um problema significa dar uma face e um nome àquilo que satanás deseja encobrir

num amontoado de dor, mágoa, raiva e amargura. A tendência na célula é nos concentrarmos na

cura dos frutos quando o necessário seria curar as raízes. Já sabemos por experiência que é muito

difícil identificar as reais causas de pecados e dores.

Jesus nos ministra ao nosso coração da seguinte forma (para que então, estejamos prontos a

ministrar a outros):

Capacitando-nos a sermos honestos e verdadeiros de modo a pararmos de negar os frutos

ou a raiz de nossos pecados, conflitos e dores;

Conduzindo-nos até o ponto em que estejamos prontos a encarar os mais profundos

recônditos do nosso passado;

Ajudando-nos a entender e discernir as armadilhas de Satanás;

Quando estamos sendo ministrados ou aconselhados por outro, também precisamos tomar

alguns cuidados:

Ser honesto e aberto com o grupo ou a pessoa em particular;

Verbalizar os frutos (feridas, dores e problemas) como passo inicial para a identificação das

causas (raízes);

Investigar as feridas, dores e problemas;

Tomar tempo para ouvir a Deus;

Ter coragem de reconhecer as causas identificadas;

Confessar e assumir o que Deus identificou e revelou;

Admitir a própria incapacidade de curar as feridas, resolver os problemas e derrotar pecados;

Viver nessa nova dimensão de compreensão e praticar o que foi revelado e aprendido;

Prestar contas a alguém nesta área específica de sua vida;

Sabemos que muitas vezes as pessoas vão com atitudes diferentes à reunião da célula.

Algumas vezes, pessoas permitem que Satanás levantem barreiras ou a própria pessoa coloque

motivações ambíguas em seu coração.

Alguns exemplos de motivações:

a. Motivação egoísta: Você frequenta a célula na expectativa de que suas dores, feridas e

necessidades sejam resolvidas pelo grupo.

b. Motivação da inércia: Você vem para a célula sem expectativas ou vigor espiritual, e espera

que Deus ou alguém do grupo faça a edificação acontecer.

c. Motivação altruísta: Você vem para o grupo para ser um instrumento que Deus vai usar para

edificação da célula.

Numa célula em que a maioria tem a atitude egoísta ou de inércia, certamente a dinâmica da vida

da célula não vai funcionar. A falta de interesse ou interesse egoísta se torna câncer maligno para a vida

da célula. Se uma célula foi inaugurada, construída e convive com essa atitude a muito tempo, o seu

72

processo de restauração é quase impossível. Células doentias a esse ponto precisam ser exterminadas na

intenção que cada integrante dela seja inserido num contexto mais sadio de organismo.

A edificação ocorre somente quando temos um coração submisso a deus e ao seu corpo! Isto

implica na disposição de cumprir a minha parte no processo da edificação.

É necessário que Deus identifique os nossos pecados antes que possamos nos relacionar

adequadamente com Ele ou ser usados por Ele. Identificação dos nossos pecados e necessidades

precede a edificação. “Sonda-me, ó Deus e conhece o meu coração, e vê se há em mim algum

caminho mal”.

Quantas vezes ouvimos alguém dizer no grupo

pequeno. “Eu estou com dor de cabeça há vários dias. Por

favor, orem para que Deus possa curar essa dor”, ou.

“Estou tendo conflitos no meu trabalho”, ou. “Ando

deprimido a vários dias”. O que geralmente fazemos

depois de pedidos como estes? Apenas oramos. Ou por

aquela dor de cabeça, ou pelo conflito no trabalho ou pela

depressão, e o resultado é que invariavelmente os

problemas continuam sem resultado permanente. Na

célula temos que ter o desejo de não apenas tratar dos

sintomas mas da doença do coração das pessoas.

A causa da dor de cabeça, conflito ou depressão

podem algumas vezes ser determinada. Talvez seja um

conflito mal resolvido, amargura ou pecado. Jesus

procurava trabalhar com a raiz dos problemas das

pessoas e não apenas com os sintomas (a exemplo da

mulher samaritana).

A parte mais importante da edificação no aconselhamento provavelmente seja o processo de

identificação do problema. No momento em que buscarmos a dependência de Deus para Ele revelar

a verdadeira causa de problemas de nossa vida (quer emocional, físico, espiritual, comportamental,

relacional), estaremos na posição de ser ministrados por Deus e também ministrar ao coração de

outras pessoas, servindo de instrumento a que outros também identifique as raízes de seus

problemas individuais.

73

Algumas razões do por que às vezes é tão difícil identificar as reais causas de

nossos pecados e dores:

Identificar as reais causas de nossas feridas, dores e pecados podem se tornar algo doloroso,

por isso negamos sua existência, encontramos justificativas ou amenizamos sua gravidade.

A causa real de um problema pode estar profundamente enterrada (bagagem familiar,

traumas de infância, pecados antigos, etc.). Podemos honestamente não conhecer a

verdadeira causa dos sintomas/frutos destrutivos em nossa vida.

Satanás pode estar nos enganando através de suas mentiras. De modo muito astúcia, ele se

utiliza da brecha mental que as pessoas conferem a ele para erguer armadilhas e construir um

emaranhado de rede aos pecados. Satanás, uma vez tendo abertura para sugerir mentiras,

pode transformar sentimentos e padrões de comportamento em verdadeiras fortalezas

difíceis de serem vencidas (a não ser pela graça de Deus). Enquanto essas fortalezas

levantadas pelo inimigo não forem derrubadas, e enquanto a pessoa não tratar da raiz de suas

feridas e dores, ela nunca conseguirá completar a boa obra de santificação que Jesus já iniciou

no coração dela. Entrelaçado a isso, seu amor não será aperfeiçoado, sua parte na edificação

do corpo será deficiente, e sua necessidade de manutenção será constante.

TAREFA GRUPO PEQUENO

Que tipo de motivação, conforme temos abordado neste estudo, você tem tido nos encontros

no grande grupo (culto de celebração) ou pequenos grupos (célula)?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Identifique abaixo uma dificuldade em sua vida (pecado, ressentimento ou dor).

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Procure agora investigar qual é a raiz desse problema em específico (utilize como suporte as

maneira como Jesus ministra ao nosso coração: páginas 66 e 67).

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

74

Esclareça a outro membro do grupo as impressões que você tirou de sua investigação a respeito

da raiz do problema de seu pecado ou dor. Peça a ele o auxilio amoroso para que ele o ajude a

confirmar ou não as suas impressões. Anote abaixo as impressões dele com respeito a

identificação da raiz do seu problema ou pecado.

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Agora, identifique abaixo quais as maiores dificuldades para que você seja edificado (barreiras

pessoais; traumas do passado, dificuldade em ouvir Deus; dificuldade para ouvir e aceitar a

exortação ou orientação; etc.).

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

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TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Reúna-se com o seu parceiro de RNA e compartilhe a respeito das tarefas

de treinamento desta semana

75

ESTUDO 10 _____________________________________________

A VIDA EM COMUNIDADE

Temos falado dos três encontros que experimentamos quando nos reunimos em célula:

1. Encontramos a presença viva de Deus em nosso meio;

2. Encontramos o seu poder edificador à medida que Ele se move por intermédio dos

nossos dons para nos edificar;

3. Encontramos o propósito de ministério para alcançar os outros.

A Igreja sabe que a sua missão está no mundo. A intenção é alcançar pessoas; o esforço é ser

relevante para o mundo. É preciso perguntar se a Igreja moderna tem a forma adequada para ser

relevante no mundo, em contexto histórico e cultural. Muitas vezes igrejas se isolam com suas

reuniões e encontros quase que totalmente privativos aos crentes e muito distantes das

necessidades dos perdidos.

Apenas a Igreja como comunidade torna-se relevante nos nossos dias para o mundo. Ela se

preocupa em entender o coração e a mente do incrédulo como também o seu estado de perdição.

Também está disposta a investir tempo e recursos para vir ao encontro dos incrédulos. Uma das

receitas para se alcançar o mundo é fazer da Igreja um grupo de pessoas com profundo

compromisso espiritual.

Ouça as incríveis experiências espirituais das pessoas e ajude-as a entenderem e serem

edificadas obre essas experiências.

Ensine as pessoas a desenvolver a fé, orar mais eficientemente, e crescer no discipulado.

Encoraje a comunhão de grupos pequenos, que sirvam como entrada para a comunidade de

fé e de apoio aos membros atuais.

Inspire as pessoas a alcançarem outros de maneira adequada e amorosa, segundo a

personalidade de cada um.

O evangelismo precisa se tornar um estilo de vida. Precisamos penetrar nas casas sociais do

incrédulo e traze-lo para a nossa casa espiritual. É importante que nossa agenda seja programada

para ter um encontro informal com o incrédulo semanalmente, seja um que ainda não

conhecêssemos, alguém que mal conhecemos, ou aquele que já estamos desenvolvendo amizade a

muito tempo.

Considerando nosso contexto de igreja brasileira nos Estados Unidos, é perceptível a

tendência da grande maioria dos crentes (mais de 95%) se isolarem do restante da comunidade por

questões culturais, linguísticas, e de conveniências pessoais. Se numa igreja comum já se é difícil o

76

desafio de criar membros com interesse voltado ao próximo na comunidade, quanto mais

dispendiosa é a questão quando considerado um contexto como o nosso. Muitos que deixaram o

Brasil a vários anos atrás se adaptarem a um estilo de vida de isolamento comunitário. Muitos

imigrantes passam anos de sua vida enclausurados dentro de casa, trabalho, e férias com família.

Alguns no máximo conseguem desenvolver algumas amizades pouco sólidas quer num evento,

supermercado, academia e lanchonete brasileiros. As razões para os brasileiros em particular se

comportarem dessa maneira são diversas: evitar sentimentos de rejeição quanto aos preconceitos

existentes em relação aos imigrantes, fugir dos sentimentos de constrangimento ou aversão quanto

às diferenças culturais, tomar medidas de resguardo quanto a sua situação legal irregular, falta de

identidade comunitária, etc. É claro que a igreja de brasileiros, com pessoas, língua e cultura nativas

do Brasil poderá exercer uma influência tremenda na vida de um brasileiro nessas situações. Neste

apelo, a igreja pode se torna uma ferramenta extrema importância para a adesão social de

brasileiros.

A dificuldade, porém reside no fato de que até as igrejas brasileiras, uma vez estabelecidas suas

raízes e influencias sobre algumas famílias e indivíduos, tendem a se estagnar em sua influencia sobre

a comunidade. A impressão que muitas vezes se levanta é que até mesmo as igrejas, que foram

chamadas para impactar a comunidade, se fecham levantando paredes de proteção para trazer senso

de segurança aos membros. Igrejas se sentem confortável com os compromissos já existentes dentro

dela e voltada para si e não sente vontade de dispensar esforço ou se comprometer emocionalmente,

financeiramente ou espiritualmente para

além de suas necessidades emergências

e corriqueiras. Certamente para a

implantação do grupo pequeno nos

moldes igreja em célula nesse contexto

implicará em quebras de paradigmas

incrustados na mente, costume e

história de vida de pessoas. Uma igreja

funcionar voltada verdadeiramente

para a comunidade é praticamente

impossível, a não é claro quando Deus e

o Espírito Santo atuam no meio dela

inserindo no coração das pessoas um

desejo muito forte em amar os perdidos

na comunidade.

Aqui nos adentramos num ponto central sobre a questão de nosso envolvimento individual e

coletivo (como igreja) na comunidade. A menos que Deus não desperte em nós esse interesse

profundo quebrando todas as barreiras e conveniências que levantamos, nossa tendência é cultivar

um cristianismo voltado apenas as nossas próprias necessidades (o que não é um cristianismo

verdadeiro de fato). O poder de uma célula que cresce, está no seu amor aos perdidos: um interesse

profundo de ver pessoas que conhecêssemos pelo nome a que elas verdadeiramente encontrem

Jesus e experimente a vida bem-aventurada e cheia de satisfação do reino dos céus.

77

KERYGMA E KOINONIA

A Igreja primitiva se valia de um duplo testemunho como meio de alcançar e impressionar um

mundo cínico e incrédulo.

Kerygma: proclamação

Koinonia: comunhão

Era a combinação desses dois testemunhos que tornou o testemunho da Igreja tão poderoso

e eficiente. A Igreja atual tem conseguido se livrar da koinonia quase que por completo, reduzindo o

testemunho à proclamação kerygma.

O cristianismo primitivo nos apresenta um ritmo da vida diferente do que vivemos hoje. Era

evidente quando os cristãos se reuniam em casas para instruir uns aos outros, estudar e orar juntos

e compartilhar o ministério dos dons espirituais. O que nos falta terrivelmente é a experiência da

“vida no corpo”; aquela comunhão entre irmãos que combina o calor humano com o amor divino, o

relacionamento aconchegante com o compromisso espiritual.

Novo Testamento coloca uma ênfase substancial sobre a necessidade que os cristãos têm de

conhecer uns aos outros, intimamente o bastante para poderem carregar os fardos uns dos outros,

confessar pecados uns aos outros, repreender, exortar e admoestar e ministrar uns aos outros com

palavras, cânticos e orações, “a fim de compreender com todos os santos largura, o cumprimento, a

altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento” (Efésios 3.18-19).

TAREFA GRUPO PEQUENO

Assistir ao documentário: “Contra todas as Adversidades”.

Baseado no filme, responda as seguintes perguntas:

Como era a igreja antes da perseguição no (a)...

Acompanhamento?

_____________________________________________________________________________

Tamanho?

_____________________________________________________________________________

Local da reunião?

_____________________________________________________________________________

Como viviam durante a semana?

78

_____________________________________________________________________________

Como era a igreja durante a perseguição no (a)...

Acompanhamento?

_____________________________________________________________________________

Tamanho?

_____________________________________________________________________________

Local da reunião?

_____________________________________________________________________________

Como viviam durante a semana?

_____________________________________________________________________________

Ousadia?

_____________________________________________________________________________

Mudanças?

_____________________________________________________________________________

Evangelismo?

_____________________________________________________________________________

Obra do Espírito Santo?

_____________________________________________________________________________

Como ficou a igreja depois da perseguição no (a)...

Compartilhamento?

_____________________________________________________________________________

Celebração?

______________________________________________________________________________

Preparação?

_____________________________________________________________________________

Evangelismo?

_____________________________________________________________________________

Continuando o que haviam aprendido?

_____________________________________________________________________________

79

Quais são os aspectos da vida de célula vivenciados por eles que ainda nos faltam ou

provavelmente teremos dificuldade em ter? Comente sobre cada um.

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

TAREFA DE TREINAMENTO

Leia os versículos abaixo e relacione-os com a variedade de lugares onde os cristãos primitivos

compartilhavam sua fé no livro de Atos.

Atos 2.5-14 _______

Atos 3.1-6 _______

Atos 3.11-26 _______

Atos 4.5-12 _______

Atos 5.27-32 _______

Atos 6.8 até cap.7 _______

Atos 8.5-25 _______

Atos 8.26-38 _______

Atos 8.40 _______

Atos 9.19-20 _______

Atos 10.22-48 _______

Atos 11.19 _______

Atos 11.20-24 _______

Atos 13.4-5 _______

Atos 13.14-43 _______

Atos 13.44-51 _______

Atos 14.1-7 _______

Atos 14.19-22 _______

Atos 16.13-15 _______

Atos 16.25-34 _______

Atos 17.1-9 _______

Atos 17.10-12 _______

Atos 17.16-34 _______

Atos 19.8-10 _______

Atos 24 _______

Atos 25 _______

Atos 26 _______

Atos 27.20-36 _______

Atos 28.1-9 _______

Atos 28.16-31 _______

1. Apenas aos judeus 2. Icônio, Liconia, Listra e Derbe 3. Junto a um rio 4. Continuava a compartilhar mesmo depois de

apedrejado e deixado como morto 5. No pórtico de Salomão no templo Judeu 6. Da casa-prisão em Roma 7. Na sinagoga, mercado e areópago 8. Na prisão 9. Ao Rei Agripa 10. Depois dos milagres de cura na ilha 11. Àqueles que receberam a palavra com avidez 12. Nas estradas de Jerusalém 13. No julgamento e na morte 14. Na sinagoga de Chipre 15. A caminho da reunião de oração

16. Acusados de transtornar o mundo inteiro 17. No meio de uma perigosa tempestade 18. Ao governador Festo 19. Todas as cidades, de Azoto a Cesaréia 20. No julgamento diante do conselho judaico 21. Aos gentios em Antioquia 22. Na sinagoga de Antioquia da Pisídia 23. Para a cidade toda 24. A Cornélio, amigos e à família na sua casa 25. Sinagoga e então na escola de Tirano 26. No julgamento diante do sinédrio 27. Aos Samaritanos 28. Nas sinagogas de Damasco 29. Ao governador Félix 30. A um homem negro no meio do nada

80

Quanto tempo você dispõe para ir ao encontro do não cristão?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Quais são as suas dificuldades em CULTIVAR amizades com o não cristão?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

O seu coração chora pelo perdido? Descreve seus sentimentos em relação aos perdidos.

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Faça uma lista das pessoas que você quer levar a Jesus e descreva a estratégia que você deseja

adotar para alcançar seu objetivo.

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Reúna-se com seu parceiro de RNA, compartilhem sobre as tarefas de treinamento e orem juntos por alguém que cada um de vocês deseja alcançar para Cristo.

NOME ESTRATÉGIA

81

ESTUDO 11 _____________________________________________

A CRIANÇA NA IGREJA EM CÉLULAS – parte 1

ESBOÇO DO ESTUDO

O conceito de família tem sido drasticamente afetado nas ultimas década pela sociedade

moderna. Diante da a correria do dia-a-dia têm e da praticidade, a educação tem passado por um

processo regressivo de terceirização. De modo geral, os pais esperam que a escola eduque seus

filhos, que transmita os conhecimentos da ciência e os princípios de comportamento social, sexual,

econômico, etc., formando assim bons cidadãos.

Essa expectativa também é reproduzida dentro da igreja. Espera-se que os professores de

Escola Bíblica e do Ministério Infantil ensinem as histórias bíblicas, motivem a memorização de

versículos e incutam na criança o hábito de ler a Bíblia, orar, além de ensinar a obediência aos pais,

a boa educação, etc.

Ë necessário que a igreja reafirme

categoricamente o princípio bíblico de que a

educação dos filhos é responsabilidade dos pais,

com isso querendo dizer-se que os pais devem

investir pessoalmente e diretamente na vida dos

filhos com seu envolvimento, presença,

palavras, e construção de relacionamento de

intimidade e integridade apreciando todos os

valores bíblicos. O versículo abaixo deixa claro

que a educação aos filhos não é uma opção aos

pais, mas uma ordem divina:

“Escute, povo de Israel! O Senhor, e somente o Senhor, é o nosso Deus. Portanto, amem o Senhor,

nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. Guardem sempre no

coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam

essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem. Amarrem essas leis

nos braços e na testa, para não as esquecerem; e as escrevam nos batentes das portas das suas

casas e nos seus portões”.

DEUTERONÔMIO 6.4-9

82

O ensino ao filho se dá em todos os momentos e circunstâncias da vida comum. São nas

oportunidades do dia-a-dia, em cada contato da vida em família que o caráter cristão vai sendo

esculpido nos filhos.

Professor ou facilitador?

O facilitador não apenas dita conhecimento. Ele

funciona como alguém que facilita a que os princípios

bíblicos sejam vivenciados na vida da criança, por

meio de suas perguntas, direcionamento nas

atividades, envolvimento e respondendo às

necessidades da criança. Ele permite que ela participe

com opiniões, perguntas, pensamentos, dúvidas,

experiências. Ele orienta a descoberta do princípio

bíblico nas situações cotidianas, ajudando a criança a

tirar suas próprias conclusões.

A diferença básica entre um professor e

facilitador é que enquanto o primeiro apenas se

limita na transmissão de conceitos teóricos, o

segundo se preocupa com formação da criança

levando em conta as experiências individuais da

criança, e sua capacidade de fazer descobertas e tirar

conclusões pessoais. Um facilitador deseja que a

criança não apenas aceite o que é dito, mas trabalha

em meio as circunstâncias e convivência a que a

igreja gera as convicções apropriadas de acordo com

a sua capacidade.

Pais que tendem apenas a assumir a postura de

professor ao filho, isto é, apenas ensinam sem considerar sua participação diária nas experiências da

criança, tende a não criar laços de intimidade e não conseguem formar caráter adequado na criança.

Pais que apenas passam informação/instrução ao filho não gera convicção e nem acompanhamento

e corre o grande risco de criar filhos que funcionarão só na base da ordem e não de coração; filhos

que no futuro estarão propensos a taxarem os pais de ditador, exigente ou legalista.

Trabalho em conjunto

Uma vez que os pais assumem sua devida responsabilidade na formação espiritual, social e

emocional da criança (a base), ela estará devidamente preparada a também receber

acompanhamento através da comunidade cristã; isto é, a igreja coopera com os pais na educação

dos filhos (note que não disse o contrário: os pais cooperam com a igreja na formação da criança).

A seguir, vamos repensar a respeito de nossa prática educacional infantil na Igreja buscando

princípios do Novo Testamento:

83

TAREFA DE TREINAMENTO 1

Até que ponto você importa com sua família? Não apenas sua condição física ou situação

financeira, mas principalmente formação espiritual e saúde emocional? A família está tendo a

mesma atenção que você dá a sua vida profissional, social ou ao seu ministério?

O teste a seguir é uma adaptação para a vida familiar de um questionário realizado por

Stephen Covey em seu livro conhecido mundialmente “Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficazes”,

(publicado no Brasil pela Editora Best Seller).

1. Em casa, assumo as responsabilidades pelo meu humor e pelas minhas ações. Não culpo os

outros membros da família nem arrumo desculpas para me justificar.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

2. Tenho me esforçado para solucionar problemas familiares, sem evitá-los nem ignorá-los.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

3. Concentro minha energia nos problemas que posso resolver e não reclamo de coisas que estão

fora do meu controle.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

4. Ajudo a família a ver claramente como queremos tratar uns aos outros, quais são nossos

valores e o que queremos nos tornar.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

5. Sei quais as características e habilidades que gostaria que as pessoas da minha família tivessem

ao lidar com outras pessoas.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

6. Tenho consciência do potencial de cada uma das pessoas da minha família e as ajudo a

desenvolvê-lo.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

7. As atividades familiares mais importantes não são deixadas de lado por causa do meu trabalho,

da minha vida social ou meu ministério.

84

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

8. Participo ativamente de reuniões de família, férias, feriados, aniversários, etc.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

9. Não falho nos compromissos e cumpro todas as promessas feitas à minha família.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

10. Fico realmente feliz quando alguém da família se destaca.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

11. Empenho-me em criar um clima de cooperação, e não de competição, entre todos da família.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

12. Sou sensível aos sentimentos de cada um na minha família.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

13. Procuro entender seus pontos de vista.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

14. Quando escuto alguém da minha família, tento compreender as coisas também com base na

sua perspectiva, e não apenas na minha.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

15. Mesmo quando estou convicto de algo, encorajo as pessoas da família a expressarem sua

opinião.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

16. Quando resolvo problemas familiares, esforço-me para achar soluções criativas e que

beneficiam a todos.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

85

17. Valorizo o modo de pensar de cada um e estou sempre aberto a novas idéias e opiniões.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

18. Ajudo a família a ter tempo para lazer.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

19. Preocupo-me com a saúde física e o bem-estar da minha família.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

20. Sirvo de exemplo para que minha família desenvolva novas habilidades e competências.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

21. Construo e reforço relacionamentos familiares, sendo atencioso e me desculpando pelos meus

erros.

Sempre Algumas vezes Raramente ou nunca

Para cada resposta A some 3 pontos.

Para cada resposta B some 2 pontos.

Para cada resposta C some 1 ponto.

Coloque a seguir a SOMA TOTAL dos números de suas respostas n

De 0 a 21 pontos. É preciso trabalhar algumas áreas de sua vida. Escolha um item que julgue

mais importante, esforce-se para desenvolvê-lo, só depois de sentir a melhora passe para o

próximo. Lembre-se: mudanças duradouras exigem paciência e perseverança. Guarde o teste e

responda-o novamente daqui a alguns meses.

De 22 a 42 pontos. Falta um pouco mais de dedicação à família. Concentre-se nos itens em que

seus pontos foram mais baixos.

De 43 a 63 pontos. Parabéns! Você cuida bem da sua família durante a maior parte do tempo,

mas ainda é possível melhorar corrigindo as pequenas falhas. Continue assim.

86

TAREFA DE TREINAMENTO 2

Como ensinar com criatividade?

Leia novamente Deuteronômio 6.4-9 e descubra, utilizando-se dos exemplos no texto bíblico,

formas criativas de ensinar as leis de Deus para os filhos. Caso você não tenha filhos, faça esse

exercício pensando nos seus filhos espirituais ou crianças de sua igreja. A ideia é que você consiga

transformar situações comuns do dia-a-dia com seus filhos em momentos educativos. Relacione

algumas dessas ideias abaixo:

1. __________________________________________________________________________

2. __________________________________________________________________________

3. __________________________________________________________________________

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Reúna-se com o seu parceiro de RNA, compartilhem os resultados das tarefas. Coloquem as suas

famílias, em oração, diante de Deus.

87

ESTUDO 12 _____________________________________________

A CRIANÇA NA IGREJA EM CÉLULAS – parte 2

ESBOÇO DO ESTUDO

Tendo firme a convicção do valor da criança no reino de Deus, o trabalho em conjunto tem

como objetivo auxiliar pais, líderes e facilitadores na educação das crianças que são a futura

geração.

O Ministério Igreja em Células tem como lema “Cada casa uma Igreja, cada membro um

ministro”. Entendemos a criança incluída nessa visão como um membro ativo do corpo vivo de

Cristo que exerce dons e ministérios na vida comunitária da Igreja, na ministração mútua para a

edificação do Corpo de Cristo, no encontro em pequenos grupos e na vivência familiar que são

valores da Igreja do Novo Testamento.

O trabalho em conjunto apresenta uma maneira inovadora de trabalhar com crianças,

priorizando a prática e um aprendizado real. Buscando o desenvolvimento cognitivo, espiritual e

afetivo da criança, foi elaborado um material com textos e princípios bíblicos unificados que atende

as três áreas de trabalho, que são os três pilares que sustentam a visão do trabalho com as crianças.

Três pilares do trabalho com crianças

LAR: momento familiar (crianças de qualquer idade) e devocionais das crianças (de 7 a 12 anos)

“O Senhor deu leis ao povo de Israel e mandamentos aos descendentes de Jacó. Ordenou aos

nossos antepassados que ensinassem essas leis aos seus filhos para que os seus descendentes as

aprendessem, e eles, por sua vez, as ensinassem aos seus filhos. Assim eles também porão a sua

confiança em Deus; não esquecerão o que ele fez e obedecerão sempre aos seus mandamentos”.

SALMO 78.5-7

Um ensinamento fala profundamente à vida de um filho quando ele vê por meio da vida de

seus pais o ensino praticado. As crianças aprendem o que vivenciam. O exemplo dos pais exerce

grande poder de influencia na educação dos filhos. Como já vimos anteriormente, pais melhor

exercem sua função de educadores quando ao invés de ditarem regras ou princípios são

facilitadores do lar. As experiências extraídas na convivência com a igreja fala mais do que qualquer

88

outro método de ensino, não apenas para crianças, mas todos as idades (a exemplo do método de

ensino de Jesus com os discípulos).

O momento familiar não deve ser usado para discutir diferenças ou finanças (embora deva

haver tempo para isso também), mas sim celebrar a Deus na família e verificar que todos estão

sendo estimulados por princípios bíblicos em suas vidas. É um encontro para a reflexão em família,

feito uma vez por semana no dia e horário que forem mais convenientes para todos. O princípio

bíblico que foi estudado na Celebração e na Célula é trabalhado nesse momento e no dia-a-dia da

família.

De que forma o culto familiar pode ser realizado?

As crianças de 3-6 anos

Em casa, os pais ou responsáveis pela paternidade da criança sabem o que está sendo passado

para os seus filhos por meio da “revista dos Pais” (um material já preparado e adaptado para a

ocasião de pequeno grupo infantil que será distribuído periodicamente aos pais). Nessa revista os

próprios pais encontram sugestões e recursos para semanalmente cultuarem a Deus. Essa revista é

apresentada como um apoio aos pais ou responsáveis pela paternidade no compartilhar do princípio

bíblico aos seus filhos.

É importante ler o texto bíblico e preparar-se para a atividade proposta (o que não precisa

demorar mais do que 20 ou 30 minutos). Mas em primeiro lugar, é preciso saber qual o princípio

bíblico que está sendo ensinado e se ele já está sendo aplicado na vida particular do pai. Lembrem-

se: as crianças já estão sendo ensinadas a respeito do mesmo princípio bíblico nos encontros de

celebração e na célula.

As crianças de 7-12 anos

Para as crianças nesta faixa etária será distribuído a revista de “Devocional da Criança”. Os

filhos nessa idade serão estimulados a terem um momento a sós com Deus, com uma atividade para

cada dia da semana, trabalhando em algum aspecto do princípio bíblico, texto bíblico e versículo

chave.

Mas para que realmente funcione, é importante que os pais ou responsáveis pela paternidade

ajudem seus filhos a organizar o seu tempo, separando pelo menos 15 minutos diariamente para

realização da atividade. Note que o pai deve funcionar aqui como um facilitador: não deve apenas

obrigar o filho(a) a fazer a tarefa, mas estimular a que o filho voluntariamente ame a Jesus e

conheça mais dEle por meio da atividade da revista. Talvez, gerar isso na vida do filho leve algum

tempo. O pai precisa ser sensível para descobrir quão sensível/disposto está o coração da criança

para se abrir para Jesus. Em alguns casos, para melhor estímulo na vida da criança, é conveniente os

pais realizarem alguns devocionais junto com o seu filho utilizando a revista, até que ela crie gosto,

se acostume. As atividades são curtas e objetivas e colocam a criança em sintonia com o princípio

bíblico. Oriente a criança a fazer uma atividade por vez, e não fazê-las todas de uma vez.

89

IGREJA: Culto de Celebração ou EBD

“Assim que eles ouviram isso, adoraram todos juntos a Deus, dizendo. Senhor, tu é o Criador do céu,

da terra, do mar e de tudo o que existe neles!”

ATOS 4.24

Aos domingos, nos cultos de celebração ou na escola bíblica, as crianças são encaminhadas

para o momento especialmente preparado para que elas sejam ministradas e incentivadas a praticar

o que aprendem nesse momento. Os professores e coordenadores das classes infantis continuarão a

desenvolver (como já tem ocorrido em nossa igreja) escalas de professores, divisão de temas,

preparação para as lições, programa de aula, divisão de classe por idade, atividade recreativa

(trabalho manual), etc.

CÉLULA: encontros semanais

“Todos os dias, unidos, se reuniam no pátio do Templo. E nas suas casas partiam o pão e

participavam das refeições com alegria e humildade. Louvavam a Deus por tudo e eram estimados

por todos. E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas”.

ATOS 2.46-47

Aplicar a Bíblia a situações da vida faz parte da dinâmica da célula. Por isso, com o objetivo de

reforçar a aprendizagem do princípio bíblico, fez-se um programa que envolve crianças de

diferentes idades.

Na célula, as crianças também são encaminhadas para o momento especialmente preparado

para elas. E, como na Celebração, elas podem participar dos primeiros momentos do encontro junto

com os familiares o maior tempo possível.

Quando temos clareza da nossa responsabilidade perante a próxima geração e que é o próprio Deus

quem nos chama para ministrar às crianças, essa tarefa passa a ser um privilégio, um desafio e um

dever.

IMPORTANTES DIRECIONAMENTOS

Para os membros da igreja envolvidos no ministério infantil (principalmente os professores do

ministério infantil), as seguintes recomendações e inovações se tornam necessárias:

a. Encorajamento a que as crianças utilizem o material “Devocional da Criança” durante a

semana. De acordo com o programa de aula, os professores inclusive (como sugestão do

pastor) podem dedicar alguns minutos para recapitular com as crianças um ou mais

90

devocional realizado por elas durante aquela semana. Esse momento não precisa e nem

deve durar mais do que 5 minutos do tempo de aula e, muitas vezes, pode servir de ponte

ao próprio tema da aula que será apresentado. Neste sentido o professor serviria de ponte,

estimulo e facilitador a que o aluno criasse uma aptidão prazerosa em fazer os devocionais.

Note que com este material, o professor não precisa fornecer material extra para as crianças

realizarem em casa (a menos que o material da revista “Devocional para Criança” tenha se

esgotado ou se queira dar uma tarefa particular para um evento especial).

b. Criação de recompensas (por exemplo: gift card do restaurante Chuck & Cheese) àqueles

alunos que além de boa regularidade na escola dominical e bom comportamento,

conseguirem completar em sua maioria a revista Devocional. Embora essa não deva ser a

motivação principal para o aluno cumprir com suas responsabilidades, serve de bom

estimulo a que ele desenvolva a fé cristã por meio do hábito saudável do devocional e sem

que se torne uma exigência pesarosa. Esse esforço também tem o benefício positivo de

estimular a criança não associar os devocionais como mais uma tarefa de casa, e sim num

momento alegre em que ela para “curtir” (desfrutar) Jesus.

c. Encorajamento para os pais que sirvam de facilitadores para seu(s) filho(s) na intenção dos

filhos desenvolverem uma rotina prazerosa de devocional. Nesta perspectiva, o(a)

professor(a) do ministério infantil tem uma tarefa dupla: não apenas estimular a criança ao

devocional, mas também aos respectivos pais que abracem a ideia de investirem na vida dos

seus filhos através da experiência dos devocionais.

d. Uma vez que as células de crianças estejam em atividade, os professores devem além de

preparar a lição de Domingo, organizar uma simples lição aplicativa para ser utilizado na

célula. O material utilizado no Grupo Pequeno para crianças deve ser simples, deve tratar do

mesmo assunto/princípio bíblico utilizado na ultima aula de Domingo, porém conterá uma

didática de ênfase prática na ministração mútua entre as crianças para edificação do Corpo

de Cristo e no evangelismo por amizade. Para a preparação adequada desse material de

grupo pequeno infantil o professor precisa apenas certificar de incluir apenas dois requisitos:

aplicação (não estudo, ele já foi apresentado Domingo) do princípio bíblico, e oportunidade

a que as crianças comuniquem, compartilhem ou interajam entre si sobre as aplicações.

e. O grupo pequeno infantil deve seguir a mesma dinâmica do grupo pequeno adulto. Ele

funcionará em um cômodo vizinho (quarto, sala, copa) onde o Grupo Pequeno dos adultos

(dos pais) está funcionando. Quando a igreja atingir um número maior de grupos pequenos,

as células de adultos devem ser divida também considerando o grupo de crianças que serão

formados a partir dali, isso para o benefício das próprias crianças.

f. Em algumas situações menos prováveis, o facilitador/líder do grupo infantil pode ser uma

criança, grupo desde que ela sinta devidamente capacitada, direcionada por Deus, tenha um

auxiliar adulto responsável a supervisionando e assessorando. Para melhor preparação da

91

criança líder para sua tarefa, e do líder adulto de grupo pequeno infantil, os professores que

se prontificarem poderão simplificar e adaptar o material de treinamento utilizado para os

líderes do Grupo Pequeno adulto.

TAREFA DE TREINAMENTO

Quais são os três pilares do trabalho com crianças?

1. _______________________

2. _______________________

3. _______________________

A responsabilidade da educação é, em primeiro lugar, dos pais (ou responsáveis pela paternidade da

criança); mas é também de cada pessoa que faz parte do corpo vivo de Cristo. A Igreja coopera com

os pais nessa missão. Tendo as responsabilidades esclarecidas e assumidas a proposta é trabalhar

em conjunto.

Destaque abaixo, para cada um dos pilares, as palavras que considera importante para esclarecer as

responsabilidades em relação à educação das crianças.

Qual era o seu conceito sobre a participação da criança na Igreja antes desses dois últimos

capítulos?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Qual é o seu conceito atual? O que mudou?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Reúna-se com o seu parceiro de RNA, compartilhem suas tarefas de treinamento e orem pelos seus

filhos (carnais e espirituais) e especialmente por todas as crianças da Igreja para possam crescer

como Jesus cresceu.

92

ESTUDO 13

_____________________________________________

ASSUMINDO O COMPROMISSO

Dietrich Bonhoeffer relatada em seu livro Vida em comunhão:

“Qualquer ideal humano introduzido na comunhão cristã perturba a comunhão autêntica e deve ser

eliminado para que a comunhão autêntica possa sobreviver. Quem ama o seu ideal de comunhão

cristã mais do que a própria comunhão cristã, esse a destrói, por mais sincero, sério e dedicado que

seja em seu intento... Quem concebe uma comunhão idealizada exige de Deus, dos outros e de si

mesmo o cumprimento dessa visão. Entre na comunhão cristã com exigências, estabelece sua

própria lei e, de acordo com ela, julga os irmãos e ao próprio Deus... Tudo o que não transcorre de

acordo com a sua vontade, ele chama de fracasso. Sempre que seu ideal se destrói, vê quebrar-se a

comunhão. Primeiramente torna-se o acusador dos irmãos, depois de Deus, e, por fim, acusador

desesperado de si mesmo”.

RESUMO DOS VALORES DA IGREJA EM CÉLULA

Uma igreja em células não é caracterizada apenas pelas reuniões menores nos lares, ela segue

valores espirituais. As células definem nossa estrutura, mas os valores definem a forma como vemos

a vida da Igreja.

1. Cada crente é um ministro

Esse é o primeiro valor inegociável. O sacerdócio universal dos crentes foi restaurado desde a

reforma protestante, mas ainda hoje o vírus do clericalismo tem mantido pessoas anestesiadas e

improdutivas no corpo de Cristo.

a. O clericalismo é uma doença no corpo de Cristo.

Hoje em dia com tantos reverendos, doutores em divindade, apóstolos e patriarcas o inimigo

tem conseguido anestesiar os membros para que não funcionem. Tais clérigos se colocam acima dos

leigos afirmando que são eles os que sabem, os que conhecem e chegam mesmo a proibir os

membros de pregar, ensinar ou fazer qualquer outra coisa. Hoje a única função dos membros é ir à

igreja e se assentar no banco olhando para a frente a fim de ouvir o pregador.

93

Por outro lado temos um clericalismo às

avessas. É quando o povo contrata um pregador

profissional e exige que o mesmo faça a obra de

Deus, enquanto eles apenas dão o dinheiro. No

primeiro caso o clero proíbe o povo de falar, mas no

segundo caso, o povo não quer falar.

b. Não edificamos membros; mas discípulos

Não queremos apenas ter uma multidão de

convertidos, mas almejamos transformá-los em

discípulos comprometidos. Somente um discípulo

pode ser um ministro com realidade. Todos nós nos

convertemos no meio da multidão, mas com o

tempo precisamos avançar em nosso compromisso

como discípulos.

c. Cada crente é um produtor e não um mero consumidor ou cliente.

Há uma história interessante do que aconteceu quando um cliente de uma pequena loja

descobriu que um funcionário “meio devagar” não havia comparecido numa manhã:

– “Onde está o Zezinho? Ele está doente?”

– “Não” veio a resposta. “Ele não está trabalhando mais aqui”

– “Você tem alguém em mente para a vaga dele?” perguntou o cliente.

– “Não! O Zezinho não deixou nenhuma vaga!”

Existem vários “zezinhos” na maioria das igrejas de hoje. Eles vão embora e ninguém percebe.

Por quê? Primeiro, porque não há nenhum senso de Corpo de Cristo no qual tais membros possam

estar envolvidos de maneira funcional. Segundo, é que muitos, por decisão pessoal, escolhem sentar

se nos bancos da igreja, dispostos a não se envolverem.

Os “zezinhos” não estão efetivamente envolvidos no Corpo de Cristo. Eles não deixaram

nenhuma vaga porque não estão fazendo nada de produtivo para a vida e o ministério da igreja. São

parasitas em vez de produtores. Eles esperam ser mimados, ministrados e entretidos pela igreja.

Quando um crente compreende que ele deve produzir, e não simplesmente consumir, uma

verdadeira revolução acontece em sua postura em relação à igreja local.

Ele não se preocupa mais em saber o que aquela igreja pode lhe oferecer; antes, preocupa-

se em saber como ele pode ser útil ali.

Ele não responsabiliza mais o pastor ou algum líder pelo seu crescimento espiritual, porque

sabe que pode e deve ter intimidade com Deus sem intermediário algum.

Ele tem disposição para dar apoio e socorro aos novos convertidos nas guerras deles.

Se tiver que se mudar para outra cidade, ele sabe que a igreja vai junto com ele. Ele sabe

que mesmo distante do prédio, a igreja acontece onde ele está.

2. Deus não habita no prédio da Igreja

a. Não somos “templistas”. Nosso prédio não é sagrado.

94

Sagrado é o nosso corpo e o lugar onde vivemos.

b. Nossa casa é uma extensão da Igreja.

Há pessoas que fazem uma divisão em suas vidas de modo que a vida cristã fica restrita aos contornos

do prédio da Igreja, quando saem dali estão numa outra vida com outras regras. A igreja acontece em

todo lugar: nas ruas, nos colégios, nos supermercados, nos shoppings e acima de tudo nas casas.

c. Não esperamos que pessoas venham ao prédio, mas vamos até onde elas estão.

O mover de Deus diz: “ide”, mas nossos prédios nos dizem: “fiquem”. O mover de Deus diz para

“buscarmos os perdidos”, mas os prédios nos dizem: “deixa que eles venham até nós”.

Numa igreja de vencedores não recrutamos membros, fazemos discípulos. Membros de igreja não

podem alcançar muito para Deus, discípulos, porém, conquistam nações. Se você é um ministro

onde você for a igreja irá junto com você. Se você se mudar para outra cidade, a igreja irá junto com

você. Você não vai à igreja, mas carrega a igreja aonde você vai.

3. Nossa visão é conquistar a nossa geração

a. Dependemos de Deus, mas rejeitamos a passividade.

Não estamos esperando a vinda do Espírito Santo, pois cremos que ele já veio e está em nós. O

Espírito está se movendo há dois mil anos, não precisamos buscar o mover, mas apenas entrar nele.

b. Cremos na multiplicação das células.

É algo inquietante, mas verdadeiro: o inferno existe e muitas pessoas estão indo para lá agora

mesmo. Precisamos gastar cada vez mais tempo, dinheiro e energia para alcançar os de fora.

Quando percebemos a realidade inescapável de que há um inferno adquiriremos a mentalidade do

tipo: fazer o possível e o impossível para que uma alma seja salva.

4. Caminhamos em unidade de linguagem, propósito e obra

Em Gênesis 6:1 a conclusão do Senhor foi: “Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem.

Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.”

Aqui podemos ver os três níveis de unidade: a unidade de linguagem e terminologia, a unidade de

propósito, pois o povo era um e, por fim, a unidade de obra pois não haveria limites para o que

intentassem fazer. Essa é a unidade que abalará os fundamentos do inferno.

5. Respeitamos a ordenação de Deus

Para seguirmos o mover de Deus precisamos respeitar a ordenação que ele estabeleceu: Deus Pai,

Deus Filho, Deus Espírito Santo, o homem e a mulher. Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o

cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. Cremos que a

mulher é tão capaz quanto o homem e recebeu os mesmos dons da graça que os homens

receberam, mas por uma questão de ordenação os homens devem encabeçar o governo da Igreja.

Às mulheres é permitido fazer tudo o que for necessário para o ministério, mas os homens possuem

o encargo do governo tanto na Igreja como na família.

Respeitamos esse princípio por isso nossas células são lideradas por casais onde o homem é o

cabeça. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em

95

silêncio. Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva. E Adão não foi iludido, mas a mulher,

sendo enganada, caiu em transgressão. Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se

ela permanece em fé, e amor, e santificação, com bom senso. (1Tm 2.12-15)

6. As células são equilibradas com a celebração (igreja de duas asas)

Existem alguns valores chaves com relação ás células:

As células são a base da vida/respirar da Igreja.

As células não competem com a importância ou substitui o valor dos cultos de celebração.

Nenhum ministério pode concorrer com as células.

Cada célula se reúne semanalmente.

Edificamos células e não apenas cultos nos lares.

Cada célula se multiplica espontaneamente.

As células não são um departamento; são a própria Igreja.

Cada célula possui um líder e este está procurando um novo para treinamento e delegação.

Todos os níveis de liderança de célula estão debaixo de cobertura do supervisor e pastor.

TAREFA GRUPO PEQUENO

Os membros de uma célula muitas vezes possuem expectativas diferentes quanto à experiência de

uma reunião, sem contar que todos desejam uma experiência perfeita. Veja as diversas opiniões:

a. “Precisamos conhecer uns aos outros e experimentar a verdadeira comunhão e vida de corpo”.

b. “Devemos edificar uns aos outros por meio da oração e ministério”.

c. “Discipulado é a coisa mais importante que fazemos juntos”.

d. “Deveríamos estar estudando a Palavra de Deus juntos em profundidade”.

e. “A operação dos dons espirituais é o momento mais gostoso na vida da célula”.

f. “A célula existe para alcançar os perdidos e feridos no mundo!”

g. ”Louvor e adoração no Espírito é o ponto alto da reunião da célula”.

h. “Precisamos prestar contas uns aos outros na nossa vida cristã”.

Enumere algumas dificuldades que poderão surgir nas reuniões da célula, diante destas

diferentes opiniões e expectativas. Depois comentem no grupo.

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

96

Você se sente chamado para uma “Comunidade em Células”? Sua resposta talvez seja. “Como

vou saber se Deus tem me chamado a fazer a obra de uma Igreja como uma comunidade?”

Considere as questões abaixo lendo com atenção e sem preconceitos. Talvez algumas

colocações podem até chocá-lo no primeiro momento, porém ao refletir melhor você verá que

há uma razão para elas. Assinale com um “S” aquelas que você já está praticando, e, com um

“N” aquelas que ainda não tem certeza e nem está praticando.

Você vê o seu chamado para edificar em vez de administrar?

Você se sente chamado a penetrar o mundo e não apenas a encher um prédio nos fins de

semana?

Você se incomoda com o fato de que a maioria dos recursos e energia que a Igreja tem é

concentrada para um consumo no prédio da Igreja aos domingos?

Você está procurando maneiras para que a Igreja seja realmente Igreja nos outros seis dias da

semana lá fora no mundo?

Você anseia ver a Igreja funcionando com o poder espiritual no Novo Testamento em vez de

simplesmente com habilidades humanas?

Você se importa e se preocupa ao ver a igreja cristã investir muito mais em patrimônio

(templos e catedrais) do que em ministérios para salvar vidas?

Você se sente chamado a capacitar outros para ministrar em vez de ministrar aos outros como

se você fosse o “ungido de Deus” ou o “homem santo”?

Você sente o desejo de liderar um culto de celebração no domingo que esteja direcionado

unicamente para louvar e adorar a Deus, ou você prefere promover programas e reuniões para

motivar e entreter pessoas?

Você está procurando maneiras de ajudar os cristãos a tirarem suas máscaras e se

relacionarem primeiramente com Deus e depois “uns com os outros” de maneira transparente

e aberta?

Você já chegou à conclusão de que a Igreja Cristã, tal qual você a conhece hoje, não tem

condições de alcançar os bilhões de pessoas que estão nascendo no mundo nos nossos dias?

Considerando as questões acima, o que você acha que está faltando para a Igreja hoje para que

ela complete a tarefa ainda inacabada de alcançar todos os povos para Cristo?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

97

Escreva como você se compromete com a “Grande Comissão”; isto é, olhando para a sua vida e

rotina dê exemplos práticos do que você deseja fazer para se envolver mais na vida de outras

pessoas que não conhecem a Jesus. Seja específico em cada uma de suas descrições (por

exemplo: desejo me envolver mais com meus vizinhos brasileiros João e Maria convidando o

casal para um jantar em casa nesta próxima semana com a intenção de desenvolver amizade;

participarei ativamente do Grupo Pequeno toda a semana nesta visão apresentada entendendo

ser uma plataforma excelente para a evangelização). __________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

TAREFA RNA (relacionamentos nutridos pelo amor)

Reúna-se com o seu parceiro de RNA, passem as tarefas de treinamento e orem abençoando um ao

outro, à medida que se integram na vida em células.

98

FOLHA DE TAREFAS

Tarefa semana 1: __________________________________________________________

Tarefa semana 2: __________________________________________________________

Tarefa semana 3: __________________________________________________________

Tarefa semana 4: __________________________________________________________

Tarefa semana 5: __________________________________________________________

Tarefa semana 6: __________________________________________________________

Tarefa semana 7: __________________________________________________________

Tarefa semana 8: __________________________________________________________

Tarefa semana9: __________________________________________________________

Tarefa semana 10: _________________________________________________________

Tarefa semana 11: _________________________________________________________

Tarefa semana 12: _________________________________________________________

Tarefa semana 13: _________________________________________________________

Tarefa semana 14: _________________________________________________________

Tarefa semana 15: _________________________________________________________

Tarefa semana 16: _________________________________________________________

Tarefa semana 17: _________________________________________________________

Tarefa semana 18: _________________________________________________________

Tarefa semana 19: _________________________________________________________

99

Tarefa semana 20: _________________________________________________________

Tarefa semana 21: _________________________________________________________

Tarefa semana 22: _________________________________________________________

Tarefa semana 23: _________________________________________________________

Tarefa semana 24: _________________________________________________________

Tarefa semana 25: _________________________________________________________

Tarefa semana 26: _________________________________________________________

Tarefa semana : _________________________________________________________

Tarefa semana : _________________________________________________________

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Tarefa semana : _________________________________________________________

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