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RESULTADOS DE PESQUISA COM ESPÉCIES DE INVERNO:
TRIGO - 1998
RESULTADOS DE PESQUISA COM ESPÉCIES DE INVERNO:
TRIGO - 1998
ISSN 1516-845X
Dourados, MS2000
Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:Embrapa Agropecuária OesteÁrea de Comunicação Empresarial - ACEBR 163, km 253,6 - Trecho Dourados-Caarapó - Caixa Postal 661Fone: (67) 425-5122 - Fax (67) 425-081179804-970 Dourados, MSE-mail: [email protected]
COMITÊ DE PUBLICAÇÕES:
PRODUÇÃO GRÁFICA:
TIRAGEM: 200 exemplares
Júlio Cesar Salton (Presidente), André Luiz Melhorança, Clarice Zanoni Fontes,Edelma da Silva Dias, Eliete do Nascimento Ferreira, Henrique de Oliveira, José Ubirajara Garcia Fontoura, Luís Armando Zago Machado e Luiz Alberto StautMembros “ad hoc”: Amoacy Carvalho Fabricio e Geraldo Augusto de Melo Filho
Coordenação: Clarice Zanoni FontesEditoração eletrônica: Eliete do Nascimento FerreiraRevisão: Eliete do Nascimento FerreiraNormalização: Eli de Lourdes VasconcelosFoto da capa: Silvio Ferreira
Embrapa Agropecuária Oeste. Documentos, 21
IMPRESSÃO: Gráfica Seriema - (67) 422-4664
CIP-Catalogação-na-PublicaçãoEmbrapa Agropecuária Oeste
Embrapa, 2000
Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS). Resultados de pesquisa com espécies de inverno: trigo - 1998 /Embrapa Agropecuária Oeste. Dourados, 2000. 36p. (Embrapa Agropecuária Oeste. Documentos, 21).
ISSN 1516-845X
1.Trigo- Melhoramento- Pesquisa- Brasil- Mato Grosso do Sul. I.Título.II.Série.
CDD 633.11
A Embrapa Agropecuária Oeste, desde sua implantação,
mantém trabalhos de pesquisa que visam à implantação e estabilidade
da cultura de trigo em Mato Grosso do Sul.
A introdução e seleção de novas cultivares de trigo é a base
inicial para maior segurança agronômica de sistemas de produção que
envolvam esta espécie.
Além desta espécie tem havido preocupações constantes no
estabelecimento de outras espécies de inverno, para garantir melhores
resultados da atividade neste período.
Com estes resultados de pesquisa são fornecidos subsídios para
a melhor tomada de decisão dos agentes envolvidos no agronegócio do
trigo.
APRESENTAÇÃO
JOSÉ UBIRAJARA GARCIA FONTOURAChefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste
COMPORTAMENTO CLIMÁTICO DURANTE O CICLO DA
CULTURA DO TRIGO, EM DOURADOS, MS, SAFRA
1998.......................................................................
1. AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE TRIGO EM NÍVEL
ESTADUAL DE EXPERIMENTAÇÃO, NO SUL DE MATO
GROSSO DO SUL, SAFRA 1998 Paulo Gervini Sousa...............................................1.1. Introdução......................................................1.2. Material e Métodos..........................................1.3. Resultados.....................................................
2. AVALIAÇÃO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE TRIGO EM
NÍVEL FINAL DE EXPERIMENTAÇÃO, NO SUL DE MATO
GROSSO DO SUL, SAFRA 1998 Paulo Gervini Sousa...............................................2.1. Introdução......................................................2.2. Material e Métodos..........................................2.3. Resultados.....................................................
3. AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE TRIGO EM NÍVEL
INTERMEDIÁRIO DE EXPERIMENTAÇÃO, NO SUL DE
MATO GROSSO DO SUL, SAFRA 1998 Paulo Gervini Sousa...............................................3.1. Introdução......................................................3.2. Material e Métodos..........................................3.3. Resultados.....................................................
4. AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE TRIGO EM NÍVEL
PRELIMINAR DE EXPERIMENTAÇÃO, NO SUL DE MATO
SUMÁRIO
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GROSSO DO SUL, SAFRA 1998 Paulo Gervini Sousa...............................................4.1. Introdução......................................................4.2. Material e Métodos..........................................4.3. Resultados.....................................................
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3133
31
COMPORTAMENTO CLIMÁTICO DURANTE O CICLO DA CULTURA DO TRIGO, EM DOURADOS, MS,
SAFRA 1998
O Zoneamento Agrícola para o cultivo do trigo em Mato Grosso do Sul identifica quatro regiões, com a respectiva época de semeadura, onde o cultivo tem menor risco climático e a produtividade mínima estimada é de 1.800 kg/ha.
Para a região de Dourados, a semeadura recomendada restringe-se ao mês de abril. A seca e a geada são os fenômenos meteorológicos mais importantes na definição dessa época. A semeadura em abril permite o aproveitamento do final do período de chuvas para o estabelecimento e o crescimento das lavouras e também diminui a possibilidade de perdas por chuvas nas fases de pré-colheita e colheita, enquanto permite que o florescimento do trigo ocorra antes do período mais propício à ocorrência de geadas.
No ano tritícola de 1998, a distribuição e o volume de chuvas e a não ocorrência de geadas permitiram condições climáticas favoráveis à obtenção de altas produtividades para as lavouras semeadas em abril.
Na Fig. 1 observa-se que, considerando-se o ciclo cultural de 120 dias a partir da semeadura, o total de 334,5mm disponíveis para as lavouras semeadas em primeiro de abril foi bem distribuído ao longo do ciclo (1º de abril a 30 de julho), enquanto os 300,7mm chovidos nas lavouras semeadas em 30 de abril (30 de abril a 30 de agosto) concentraram-se no final do ciclo, quando o efeito é mais prejudicial que benéfico, reduzindo a qualidade dos grãos.
Para a temperatura, não houve ocorrência de geadas e as temperaturas baixas registradas estiveram acima das mínimas prejudiciais ao desenvolvimento do trigo, como nota-se na Fig. 2.
Para as lavouras, portanto, o único efeito climático adverso foi a ocorrência de chuvas na fase de maturação dos grãos e colheita, prejuízo que atingiu parte das lavouras. A intensidade desses prejuízos dependeu da época de semeadura, do local de cultivo e do ciclo da cultivar.
Para os experimentos semeados em Indápolis entre 7 e 10 de maio, e em Dourados no dia 11 de maio, ambos os locais com emergência entre 13 e 20 de maio, houve adequada distribuição das chuvas no período. Algumas cultivares sofreram prejuízos causados pelas chuvas no final do ciclo.
1. AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE TRIGO EM NÍVEL ESTADUAL DE EXPERIMENTAÇÃO, NO SUL DE MATO GROSSO DO SUL, SAFRA 1998
1Paulo Gervini Sousa
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1.1. Introdução
A avaliação permanente das cultivares de trigo, que estão em cultivo ou com potencial de utilização pelos agricultores no sul de Mato Grosso do Sul, é necessária para a identificação das mais produtivas e com maior grau de resistência às doenças, já que essas características variam entre as cultivares, em função das diferenças genéticas e das condições edafoclimáticas a que as mesmas são submetidas. Este trabalho teve o objetivo de avaliar as cultivares de trigo indicadas para cultivo no Estado.
1.2. Materiais e Métodos
Foram avaliadas sete cultivares no Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo (EC), na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, num latossolo roxo distrófico corrigido (instalado em 11.5.98, com emergência em 19.5.98) e em Indápolis, distrito do município de Dourados, num latossolo roxo eutrófico (instalado em 7.5.98, com emergência em 16.5.98).
As semeaduras foram realizadas no Sistema Plantio Direto, em sucessão à soja, sem uso de inseticida e de fungicida (parte aérea e sementes).
-1Nos dois locais foram aplicados, como adubação de manutenção, 200kg ha da fórmula 5-30-15. Os atributos químicos dos solos, após a colheita dos experimentos nos três locais, estão apresentados na Tabela 1.
Participaram do EC: BH 1146, BR 17-Caiuá, BR 18-Terena, BR 31-Miriti, BR 40-Tuiúca, Embrapa 10-Guajá e OR-Juanito.
O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. A parcela constituiu-se de cinco linhas de 5,00m de comprimento, espaçadas de 0,20m, sendo colhidas as três linhas centrais. Utilizou-se a
2densidade de 350 sementes viáveis/m . Foram feitas determinações de rendimento de grãos, rendimento relativo, pesos do hectolitro (PH) e de mil grãos (PMG), data do espigamento médio, subperíodo da emergência ao espigamento médio, ciclo, altura de planta e reação à ferrugem da folha. Para a determinação do PH e PMG, utilizou-se uma amostra homogênea, obtida a partir da mistura dos grãos das quatro repetições. Os dados de rendimentos
11
Eng. Agr., Dr., Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa Postal 661, 79804-970 Dourados, MS. E-mail: [email protected]
CREA nº 9414/D-RS, Visto nº 1034-MS,1
de grãos foram submetidos à análise de variância, e os contrastes entre as médias determinados pelo teste de Duncan, a 5% de probabilidade. Os rendimentos relativos foram calculados utilizando-se a média geral do experimento.
1.3. Resultados
O rendimento médio de grãos do EC, conduzido em Dourados, na -1
Embrapa Agropecuária Oeste,foi de 903kg ha (Tabela 2). Das sete cultivares testadas, três superaram essa média, as quais foram: BH1146, BR 18-Terena e BR 31-Miriti, em 79, 31 e 5%, respectivamente. A maior produtividade foi
-1alcançada pela BH 1146 (1.613kg ha ), diferindo significativamente a partir da
-1BR 31-Miriti, e a menor pela OR Juanito (387kg ha ).
O rendimento médio de grãos do EC, conduzido em Indápolis, distrito -1do município de Dourados, foi de 1.417kg ha (Tabela 3). Das sete cultivares
testadas, duas suplantaram essa média, as quais foram: BR 18-Terena e BH 1146, em 30 e 24%, respectivamente. A maior produtividade foi atingida pela
-1BR 18-Terena (1.840kgha ), não diferindo significativamente apenas da BH -11146, e a menor, novamente, pela OR-Juanito (541kg ha ).
Os valores de PH variaram de 69 a 79kg em Dourados (o maior valor foi da BH 1146); e de 74 a 78kg em Indápolis (o maior valor foi da BH 1146 e BR 18-Terena).
Os valores de PMS variaram de 21,1 a 32,3g em Dourados (o maior valor foi da BH 1146); e de 26,7 a 36,5g em Indápolis (o maior valor foi da BR 18-Terena).
Alguns fatores climáticos, que podem ter influenciado negativamente o rendimento de grãos e os seus componentes, foram: 1) a estiagem que, ao durar aproximadamente 66 dias (de 31.5 a 4.8) prejudicou o desenvolvimento das plantas desde o início de perfilhamento até o início de granação; nesse período, a precipitação acumulada foi de apenas 46mm e a evaporação de 276mm; e 2) as altas temperaturas de julho; nesse mês, houve 23 dias com
otemperatura máxima (T ) acima de 25 C, e somente em quatro dias a M
otemperatura mínima (T ) ficou abaixo dos 10 C, sendo o dia mais frio do ano m
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intensidade fraca. E no dia seguinte, a T voltou a ser negativa mRo
(-0,1 C), mas sem formação de geada.
12
13
As cultivares BH 146 e BR 18 aparentemente mostraram maior tolerância a essas condições climáticas e, em outro extremo, a OR Juanito, de ciclo mais tardio, foi a mais sensível.
A presença de água livre nas folhas, apesar da estiagem, associada à ocorrência de temperaturas acima de 25ºC e à alta luminosidade, durante o mês de julho, podem ter favorecido a ocorrência de epifitia de ferrugem da folha nos dois locais.
A ferrugem da folha apareceu no primeiro decêndio de julho, quando as cultivares estavam espigadas ou próximas do espigamento. As cultivares de maior suscetibilidade a essa doença foram a BR 40-Tuiúca, classificada como altamente suscetível (AS) nos dois locais, e a Embrapa 10-Guajá, como AS em Dourados e suscetível (S) em Indápolis. E consideradas como resistentes (R) nos dois locais: BH 1146, BR 17-Caiuá, BR 18-Terena e OR Juanito.
2. AVALIAÇÃO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE TRIGO EM NÍVEL FINAL DE EXPERIMENTAÇÃO, NO SUL DE MATO GROSSO DO SUL, SAFRA DE 1998
1Paulo Gervini Sousa
2.1. Introdução
A obtenção de novas cultivares de trigo, que sejam produtivas, estáveis, resistentes às doenças e com boa qualidade industrial, é necessária para viabilizar a diversificação de cultivares e também para substituir as que estão em declínio, por não mais atenderem as necessidades dos sistemas de produção. Este trabalho teve o objetivo de avaliar cultivares e linhagens de trigo em nível final de experimentação, no sul de Mato Grosso do Sul, safra 1998.
2.2. Materiais e Métodos
Foram avaliados 18 genótipos no Ensaio Final de Cultivares e
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17
Linhagens de Trigo, dividido em dois experimentos (FCL "A" e "B"), na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, num latossolo roxo distrófico corrigido (instalado em 11.5.98, com emergência em 19.5.98) e em Indápolis, distrito do município de Dourados, num latossolo roxo eutrófico (instalado em 7.5.98, com emergência em 16.5.98).
As semeaduras foram realizadas no Sistema Plantio Direto, em sucessão à soja, sem uso de inseticida e de fungicida (parte aérea e sementes).
-1Nos dois locais, foram aplicados, como adubação de manutenção, 200kg ha da fórmula 5-30-15.
Composição dos experimentos:- FCL "A" (com dez genótipos): Embrapa 49, Embrapa 120, Iapar 78,
IOC 90226, OC 9511, OC 963, OC 968, Ocepar 16, Ocepar 22 e OR 1; e- FCL "B" (com oito genótipos): GD 9178, GD 9190, GD 9193, MS 9129,
PF 88454, PF 88458, PF 91345, PF 91362.
As cultivares padrões foram: BH 1146, BR 18-Terena e BR 40-Tuiúca.O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro
repetições. A parcela constituiu-se de cinco linhas de 5,00m de comprimento, espaçadas de 0,20m, sendo colhidas as três linhas centrais. Utilizou-se a
2densidade de 350 sementes viáveis/m . Foram feitas determinações de rendimento de grãos, rendimento relativo, pesos do hectolitro (PH) e de mil grãos (PMG), data do espigamento médio, subperíodo da emergência ao espigamento médio, ciclo, altura de planta e reação à ferrugem da folha. Para a determinação do PH e PMG utilizou-se uma amostra homogênea, obtida a partir da mistura dos grãos das quatro repetições. Os dados de rendimentos de grãos foram submetidos à análise de variância, e os contrastes entre as médias determinados pelo teste de Duncan, a 5% de probabilidade. Os rendimentos relativos foram calculados, utilizando-se a média das três cultivares padrões ou a média geral do experimento (o que for mais alto).
2.3. Resultados
Os rendimentos médios de grãos do FCL "A", conduzido em Dourados, na Embrapa Agropecuária Oeste e das três cultivares padrões foram de 1.030
Eng. Agr., Dr., Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa Postal 661, 79804-970 Dourados, MS. E-mail: [email protected]
CREA nº 9414/D-RS, Visto nº 1034-MS,1
18
-1e 1.167kg ha , respectivamente (Tabela 1). Dos sete genótipos testados, três superaram essa última média, os quais foram: OC 968, Embrapa 49 e Embrapa 120, em 22, 16 e 4%, respectivamente. A maior produtividade foi alcançada
-1pela OC 968 (1.423kg ha ), que só não diferiu significativamente das outras -1duas, e a menor, pela OR 1 (487kg ha ). Das cultivares padrões, a mais
-1produtiva foi a BR 18-Terena (1.370kg ha ).
Os rendimentos médios de grãos do FCL "A", conduzido em Indápolis, distrito do município de Dourados, e das três cultivares padrões foram de
-11.393 e 1.723kg ha , respectivamente (Tabela 2). Dos sete genótipos testados, somente o IOR 90226 suplantou essa última média (em apenas 1%). A sua p r o d u t i v i d a d e f o i d e 1 . 7 4 3
-1kg ha , diferindo significativamente dos outros seis genótipos. Novamente, a -1OR 1 apresentou a menor produtividade (497kg ha ). Das cultivares padrões,
a mais produtiva foi de novo a BR 18-Terena (1.973 kg ha).Os genótipos OC 963, Ocepar 16 e Ocepar 22 foram totalmente
prejudicados por inviabilidade das sementes.Os rendimentos médios de grãos do FCL "B", conduzido em Dourados,
na Embrapa Agropecuária Oeste e das três cultivares padrões foram de 1.123 -1e 1.023kg ha , respectivamente (Tabela 3). Das oito linhagens testadas, três
superaram a primeira média, as quais foram: PF 91345, GD 9190 e GD 9178, em 60, 20 e 3%, respectivamente. A maior produtividade foi alcançada pela
-1PF 91345 (1.797kg ha ), que diferiu significativamente das outras sete
-1linhagens, e a menor pela GD 9193 (827kg ha ). Das cultivares padrões, a mais -1produtiva foi a BH 1146 (1.440kg ha ).
Os rendimentos médios de grãos do FCL "B", conduzido em Indápolis e d a s t r ê s c u l t i v a r e s p a d r õ e s f o r a m d e 1 . 4 8 0 e 1 . 5 9 9
-1kg ha , respectivamente (Tabela 4). Das oito linhagens testadas, duas suplantaram essa última média, as quais foram: PF 91345 e GD 9178, em 11 e 6%, respectivamente. A maior produtividade foi atingida
-1outra vez pela PF 91345 (1.783kg ha ), não diferindo significativamente a p e n a s G D 9 1 7 8 , e a m e n o r , n o v a m e n t e , p e l a
-1GD 9193 (1.040kg ha ). Das cultivares padrões, a mais produtiva foi mais uma -1
vez a BR 18-Terena (1.777 kg ha ).No FCL "A", os valores de PH variaram de 71 a 79kg em Dourados (o
maior valor foi da OC 968 e BH 1146); e de 71 a 78kg em Indápolis (o maior v a l o r f o i d a O C 9 6 8 , I a p a r 7 8 , B H 1 1 4 6 e BR 18-Terena). Já no FCL "B", os valores de PH foram de 72 a 79kg em Dourados (o maior valor foi da GD 9193 e BH 1146); e de 74 a
19
80kg em Indápolis (o maior valor foi da GD 9193).No FCL "A", os valores de PMG variaram de 18,2 a 32,9g em Dourados
(o maior valor foi da OC 968); e de 21,2 a 36,2g em Indápolis (o maior valor foi da BR 18). Já no FCL "B", os valores de PMG foram de 26,3 a 35,0g em Dourados (o maior valor foi da GD 9178 e PF 91345); e de 29,9 a 37,6g em Indápolis (o maior valor foi da PF 91345).
Alguns fatores climáticos, que podem ter influenciado negativamente o rendimento de grãos e os seus componentes, foram: 1) a estiagem, que ao durar aproximadamente 66 dias (de 31.5 a 4.8) prejudicou o desenvolvimento das plantas desde o início de perfilhamento até o início de granação; nesse período, a precipitação acumulada foi de apenas 46mm, e a evaporação de 276mm; e 2) as altas temperaturas de julho; nesse mês, houve 23 dias com
otemperatura máxima (T ) acima de 25 C, e somente em quatro dias, a M
otemperatura mínima (T ) ficou abaixo dos 10 C, sendo o dia mais frio do ano m
oe m 1 0 . 7 , c o m o s r e g i s t r o s d e 3 , 4 C d e T e m
o-1,3 C de temperatura mínima de relva (T ), com formação de geada de mR
intensidade fraca. No dia seguinte, a T voltou a ser negativa mRo(-0,1 C), mas sem formação de geada.
As linhagens OC 968 e a IOR 90226, no FCL "A", e a PF 91345, no FCL "B" aparentemente mostraram maior adaptação a essas condições climáticas.
A ferrugem da folha apareceu no primeiro decêndio de julho, quando os genótipos estavam espigados ou próximos do espigamento. A reação dos genótipos a essa doença foi:
- FCL "A": a OR 1 foi classificada como altamente suscetível (AS) nos dois locais e a Iapar 78, como suscetível (S) em Dourados. E consideradas como resistentes (R) nos dois locais, IOR 90226, OC 9511 e OC 968;
- FCL "B": a GD 9190 foi considerada como AS em Dourados e S em Indápol is , a PF 91345, como S em Dourados, e a PF 88458, como S em Indápolis. E consideradas como resistentes (R) n o s d o i s l o c a i s , G D 9 1 7 8 , G D 9 1 9 3 , MS 9129, PF 88454 e PF 91362.
O genótipo IOR 90226, apesar de ter sido considerado como resistente à ferrugem da folha, mostrou reação de hipersensibilidade a esse fungo, caracterizada por enorme quantidade de manchas nas folhas, mas sem formar pústulas externamente.
20
A cultivar OR foi a primeira a apresentar pústulas de ferrugem da folha, sendo que a evolução dessa doença foi muito rápida, atingindo em poucos dias toda a área da folha bandeira. Isto fez as folhas secarem precocemente.
3. AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE TRIGO EM NÍVEL INTERMEDIÁRIO DE EXPERIMENTAÇÃO, NO SUL DE MATO GROSSO DO SUL, SAFRA DE 1998
1Paulo Gervini Sousa
3.1. Introdução
A seleção de linhagens de trigo, que sejam produtivas, estáveis, resistentes às doenças e com boa qualidade industrial, é necessária para avançar a experimentação, até chegar a uma nova cultivar. Este trabalho teve o objetivo de avaliar linhagens de trigo em nível intermediário de experimentação, no sul de Mato Grosso do Sul, safra 1998, para abastecer o nível final da experimentação.
3.2. Materiais e Métodos
Foram avaliadas quinze linhagens no Ensaio Intermediário de Linhagens de Trigo (IL), na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, num latossolo roxo distrófico corrigido (instalado em 11.5.98, com emergência em 19.5.98) e em Indápolis, distrito do município de Dourados, num latossolo roxo eutrófico (instalado em 7.5.98, com emergência em 16.5.98).
As semeaduras foram realizadas no Sistema Plantio Direto, em sucessão à soja, sem uso de inseticida e de fungicida (parte aérea e sementes).
-1Nos dois locais, foram aplicados, como adubação de manutenção, 200kg ha da fórmula 5-30-15.
Participaram do IL: GD 9166, GD 9224, GD 9316, GD 9317, GD 9319, MS 8 9 1 , M S 9 3 2 4 , P F 9 1 2 4 2 , P F 9 1 2 4 9 , P F 9 1 3 7 8 , PF 91380, PF 91381, PF 91408, PF 92375 e PF 92568.
As cultivares padrões foram: BH 1146, BR 18-Terena e BR 40-Tuiúca.O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro
repetições. A parcela constituiu-se de cinco linhas de 5,00m de comprimento, espaçadas de 0,20m, sendo colhidas as três linhas centrais. Utilizou-se a
21
2densidade de 350 sementes viáveis/m . Foram feitas determinações de rendimento de grãos, rendimento relativo, pesos do hectolitro (PH) e de mil grãos (PMG), data do espigamento médio, subperíodo da emergência ao espigamento médio, ciclo, altura de planta e reação à ferrugem da folha. Para a determinação do PH e PMG, utilizou-se uma amostra homogênea, obtida a partir da mistura dos grãos das quatro repetições. Os dados de rendimentos de grãos foram submetidos à análise de variância, e os contrastes entre as médias determinados pelo teste de Duncan, a 5% de probabilidade. Os rendimentos relativos foram calculados utilizando-se a média das três
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cultivares padrões.
3.3. Resultados
Os rendimentos médios de grãos do IL, conduzido em Dourados, na Embrapa Agropecuária Oeste, e das três cultivares padrões foram de 1.113 e
-11.220kg ha , respectivamente (Tabela 1). Somente as linhagens GD 9319 e GD 9317 superaram essa última média, ambas em 11%. A maior produtividade foi
-1alcançada pela GD 9319 (1.357kg ha ), que só não diferiu significativamente
-1da outra, e a menor, pela PF 91242 (823kg ha ). Das cultivares padrões, a mais -1produtiva foi a BH 1146 (1.610kg ha ).
Os rendimentos médios de grãos do IL, conduzido em Indápolis, distrito do município de Dourados, e das três cultivares padrões foram de 1.373 e
-11.630kg ha , respectivamente (Tabela 2). Das quinze linhagens testadas, somente a MS 9324 suplantou essa última média (em 8%). A sua
-1produtividade foi de 1.760kg ha , não diferindo significativamente apenas da G D 9 3 1 9 . N o v a m e n t e , a
-1PF 91242 apresentou a menor produtividade (870kg ha ). Das cultivares p a d r õ e s , a m a i s p r o d u t i v a f o i a B R 1 8 - T e r e n a
-1(1.793kg ha ).
Os valores de PH variaram de 69 a 79kg em Dourados (o maior valor foi da GD 9166, GD 9319 e BH 1146); e de 70 a 79kg em Indápolis (o maior valor foi da GD 9166 e GD 9319).
Os valores de PMS variaram de 25,8 a 35,2g em Dourados (o maior valor foi da MS 891); e de 26,9 a 36,2g em Indápolis (o maior valor foi da MS 891).
Alguns fatores climáticos, que podem ter influenciado negativamente o rendimento de grãos e os seus componentes, foram: 1) a estiagem, que ao durar aproximadamente 66 dias (de 31.5 a 4.8) prejudicou o desenvolvimento das plantas desde o início de perfilhamento até o início de granação; nesse período, a precipitação acumulada foi de apenas 46mm e a evaporação de 276mm; e 2) as altas temperaturas de julho; nesse mês, houve 23 dias com
otemperatura máxima (T ) acima de 25 C, e somente em quatro dias, a M
otemperatura mínima (T ) ficou abaixo dos 10 C, sendo o dia mais frio do ano m
Eng. Agr., Dr., Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa Postal 661, 79804-970 Dourados, MS. E-mail: [email protected]
CREA nº 9414/D-RS, Visto nº 1034-MS,1
26
oe m 1 0 . 7 , c o m o s r e g i s t r o s d e 3 , 4 C d e T e mo
-1,3 C de temperatura mínima de relva (T ), com formação de geada de mR
intensidade fraca. No dia seguinte, a T voltou a ser negativa mRo
(-0,1 C), mas sem formação de geada.A linhagem GD 9319 aparentemente mostrou maior adaptação a essas
condições climáticas.A ferrugem da folha apareceu no primeiro decêndio de julho, quando as
linhagens estavam espigadas ou próximas do espigamento. As linhagens de maior suscetibilidade a essa doença foram: PF 91242, PF 91378 e PF 91380, classificada como suscetível (S) em Dourados e altamente suscetível (AS) em Indápolis, GD 9316, como AS em Dourados, e GD 9317, como S nos dois locais. Somente a linhagem PF 92568 foi considerada resistentes (R) nos dois locais.
4. AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE TRIGO EM NÍVEL PRELIMINAR DE EXPERIMENTAÇÃO, NO SUL DE MATO GROSSO DO SUL, SAFRA 1998
1Paulo Gervini Sousa
4.1. Introdução
A seleção de linhagens de trigo, que sejam produtivas, estáveis, resistentes às doenças e com boa qualidade industrial, é necessária para avançar a experimentação, até chegar a uma nova cultivar. Este trabalho teve o objetivo de avaliar linhagens de trigo em nível preliminar de experimentação, no sul de Mato Grosso do Sul, safra 1998, para abastecer o nível intermediário da experimentação.
4.2. Materiais e Métodos
Foram avaliadas 39 linhagens no Ensaio Preliminar de Linhagens de Trigo, dividido em dois experimentos (EPL "A" e "B"), na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, num latossolo roxo distrófico corrigido (instalado em 11.5.98, com emergência em 19.5.98) e em Indápolis, distrito do município de Dourados, num latossolo roxo eutrófico (instalado em 7.5.98, com emergência em 16.5.98).
27
As semeaduras foram realizadas no Sistema Plantio Direto, em sucessão à soja, sem uso de inseticida e de fungicida (parte aérea e sementes).
-1Nos dois locais foram aplicados, como adubação de manutenção, 200kg ha da fórmula 5-30-15.
Composição dos experimentos:- EPL "A" (com 17 l inhagens) : MS 9480 , MS 9482 ,
NL 20.213-95, NL 20.214-95, NL 20.216-95, NL 20.225-95, NL 20.245-9 5 , N L 2 0 . 3 8 1 - 9 5 , N L 2 0 . 3 8 2 - 9 5 , NL 20.385-95, NL 20.386-95, NL 20.389-95, NL 20.404-95, NL 20.464, NL 20.465-95, NL 20.476 e NL 20.508; e
- EPL "B" (com 22 linhagens): GD 9488, GD 9495, GD 94122, GD 94135, GD 94136, GD 94137, GD 94138, GD 94160, N L 1 1 3 . 7 5 7 - 9 5 , N L 1 1 3 . 7 6 7 - 9 5 , N L 1 1 3 . 7 7 1 - 9 5 , N L 1 1 3 . 7 7 4 - 9 5 , N L 1 1 3 . 7 9 1 - 9 5 , N L 1 1 3 . 7 9 6 - 9 5 , N L 1 1 3 . 8 0 9 , N L 1 1 3 . 8 3 6 - 9 5 , N L 1 1 3 . 8 5 2 - 9 5 , N L 1 1 3 . 8 5 3 - 9 5 , N L 1 1 3 . 9 8 5 - 9 5 , N L 1 1 3 . 9 9 2 , NL 114.038-95, e PF 88543.
As cultivares padrões foram: BH 1146 e BR 18-Terena (esta última foi utilizada duas vezes para aumentar a precisão na comparação das médias).
O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições. A parcela constituiu-se de cinco linhas de 5,00m de comprimento, espaçadas de 0,20m, sendo colhidas as três linhas centrais. Utilizou-se a
2densidade de 350 sementes viáveis/m . Foram feitas determinações de rendimento de grãos, rendimento relativo, pesos do hectolitro (PH) e de mil grãos (PMG), data do espigamento médio, subperíodo da emergência ao espigamento médio, ciclo, altura de planta e reação à ferrugem da folha. Para a determinação do PH e PMG utilizou-se uma amostra homogênea, obtida a partir da mistura dos grãos das quatro repetições. Os dados de rendimentos de grãos foram submetidos à análise de variância, e os contrastes entre as médias determinados pelo teste de Duncan, a 5% de probabilidade. Os rendimentos relativos foram calculados, utilizando-se a média das duas cultivares padrões.
4.3. Resultados
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Os rendimentos médios de grãos do EPL "A", conduzido em Dourados, na Embrapa Agropecuária Oeste, e das duas cultivares padrões foram de 1.190
-1e 1.598kg ha , respectivamente (Tabela 1). Das 17 linhagens testadas, nenhuma conseguiu superar essa última média. A padrão BR 18-Terena foi a
-1mais produtiva do experimento (1.673kg ha ).
Os rendimentos médios de grãos do EPL "B", conduzido em Indápolis, distrito do município de Dourados, e das duas cultivares padrões foram de
-11.390 e 1.688kg ha , respectivamente (Tabela 2). Das 22 linhagens testados, somente a GD 94122 suplantou essa última média (em 15%). A sua
-1produtividade foi de 1.943kg ha , diferindo significativamente das outras 16 linhagens. A BR 18-Terena foi a padrão mais produtiva (1.840kg ha).
No EPL "A" (Dourados), os valores de PH variaram de 67 a 80kg (o maior valor foi da NL 20.404-95); e no EPL "B" (Indápolis), os valores de PH foram de 7 0 a 8 0 k g ( o m a i o r v a l o r f o i d a NL 113.992-95).
No EPL "A" (Dourados), os valores de PMG variaram de 21,2 a 32,5g (o maior valor foi da BH 1146); e no EPL "B" (Indápolis), os valores de PMG foram d e 2 4 , 4 a 3 9 , 1 g ( o m a i o r v a l o r f o i d a NL 113.771-95).
Alguns fatores climáticos, que podem ter influenciado negativamente o rendimento de grãos e os seus componentes. foram: 1) a estiagem, que ao durar aproximadamente 66 dias (de 31.5 a 4.8) prejudicou o desenvolvimento das plantas desde o início de perfilhamento até o início de granação; nesse período, a precipitação acumulada foi de apenas 46mm, e a evaporação de 276mm; e 2) as altas temperaturas de julho; nesse mês, houve 23 dias com
otemperatura máxima (T ) acima de 25 C, e somente em quatro dias, a Motemperatura mínima (T ) ficou abaixo dos 10 C, sendo o dia mais frio do ano m
oe m 1 0 . 7 , c o m o s r e g i s t r o s d e 3 , 4 C d e T e m
o-1,3 C de temperatura mínima de relva (T ), com formação de geada de mR
intensidade fraca. No dia seguinte, a T voltou a ser negativa mRo(-0,1 C), mas sem formação de geada.
A linhagem GD 94122, no EPL "B" (Indápolis) aparentemente mostrou maior adaptação a essas condições climáticas.
Eng. Agr., Dr., Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa Postal 661, 79804-970 Dourados, MS. E-mail: [email protected]
CREA nº 9414/D-RS, Visto nº 1034-MS,1
31
A ferrugem da folha apareceu no primeiro decêndio de julho, quando as linhagens estavam espigados ou próximos do espigamento. A reação das linhagens a essa doença foi a seguinte:
- EPL "A" (Dourados): a linhagem MS 9482 foi classificada como altamente suscetível (AS), a MS 9480, como suscetível (S) e a NL 20.216-95, como moderadamente suscetível (MS). As demais linhagens foram consideradas como resistentes (R); e
- EPL "B" (Indápolis): as linhagens GD 9488, GD 94122, GD 94160, NL 113.757-95 e NL 113.852-95 foram classificadas como S, e NL 113.774-95 e PF 88543, como MS. As demais linhagens foram consideradas como R.
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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Fernando Henrique CardosoPresidente
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO
Marcos Vinícius Pratini de Moraes
Ministro
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
Conselho de Administração
Márcio Fortes de AlmeidaPresidente
Alberto Duque PortugalVice-Presidente
Dietrich Gerhard QuastJosé Honório Accarini
Sérgio FaustoUrbano Campos Ribeiral
Membros
Diretoria-Executiva da Embrapa
Alberto Duque PortugalDiretor-Presidente
Dante Daniel Giacomelli ScolariElza Ângela Battaggia Brito da Cunha
José Roberto Rodrigues PeresDiretores
EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE
José Ubirajara Garcia FontouraChefe-Geral
Júlio Cesar SaltonChefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento
Josué Assunção Flores
Chefe Adjunto de Administração