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7/28/2019 Resumo Etica de Kant e Mill
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1 Ficha de filosofia 15/03/2011
Ana Margarida Raposo 10E 2010-2011
Ficha de filosofia
A necessidade de fundamentao da moralAnlise comparativa de duas perspectivas
filosficas
1. tica de Kant
HumanidadeIdentifica-se com a parte racional do ser humano. Consiste na dimenso superior,
autnoma, responsvel, livre, conscienciosa, capaz de agir por dever e de boa vontade,
ou seja, possuir capacidade de agir moralmente.
AnimalidadeRepresenta o homem enquanto ser emprico sensvel, como um ser material que
dispe de um corpo dotado de apetites, impulsos, desejos, inclinaes, ou seja,
necessidades de ordem biolgica.
Quando o homem se deixa determinar pelos interesses de ordem biolgica, est a
deixar-se conduzir por foras estranhas razo, perdendo assim a sua autonomia
como ser racional e livre. Deste modo, a razo na aco humana deixa de ser
autnoma, uma vez que no possui um agir livre, obedecendo apenas a desejos e
inclinaes corporaisTICA HETERNOMA
A autonomia da razo, consiste sim em o homem possuir fora suficiente para ser
capaz de seguir os ditames da razo, rejeitando inclinaes biolgicas.
Matria
Corpo
Sensvel
Sentidos
Concepo
dualista do
homem
Esprito
Alma
Inteligvel
Razo
Animalidade
Exterioridade
Humanidade
Interioridade
Fundamento e critrios da moralidade
tica deontolgica tica consequencialista
Respeito pelos
princpios
Consequncias da
aco
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2 Ficha de filosofia 15/03/2011
Ana Margarida Raposo 10E 2010-2011
A noo de dever na tica de Kant comum afirmar que a tica de Kant deontolgica, uma vez que o dever
desempenha um papel fundamental na sua tica (deontolgico deontos
dever).
Dever expresso do respeito exigido pela lei moral
No entanto, para Kant, o dever visto de uma forma diferente do que estamos
habituados a usar.
Mas, o facto de uma pessoa pensar que est a agir por dever, isso no implica que
esteja realmente a faz-lo.
Somente a boa vontade realiza aces morais, transformando o agente num sujeito
moral.
Para Kant, s estamos a agir por dever, quando agimos de acordo com o dever, ou seja
agir de acordo com o dever uma condio necessria para que se aja por dever. No
entanto, possvel agir de acordo com o dever, sem agir por dever.
As mximas e a distino entre agir por dever e agir de acordo com o deverKant afirma que algum agiu por dever, quando esta age segundo uma mxima, capaz
de passar o teste do imperativo categrico.
Uma tica do dever
- Uma tica do dever
Uma das noes centrais desta tica, encontra-se no respeito pelo dever, uma vez que
este contm a prerrogativa de orientar as aces ditas morais.
Agir por dever Agir segundo umamxima
De acordo com oim erativo cate rico
Mxima
Espcie de regra geral que seguimos quando agimos. a mxima que orienta
o carcter da aco, ou seja, o que importa no cariz da aco a mxima e
no as consequncias que desencadeia.
ImperativoUm imperativo uma ordem.
Imperativo categrico
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Ana Margarida Raposo 10E 2010-2011
Imperativos categricos e hipotticos
AcoContra o dever Por dever
Conforme o deverAco destitudade valor moral
Ex: Comerciante
que explora os
clientes
No tem qualquer
valor moral, uma vez
que no passa de um
meio para atingir um
fim.
Ex: Comerciante que
mantm os preosbaixos apenas para
ficar com os clientes
Aco moral.Realizadas por
respeito ao dever,
sendo um fim em
si mesmas.
Ex: Comerciante
que vende barato,
porque o seu
dever.
O homem s age
bem se agir por
dever,
respeitando a lei
moral e no por
submisso s
consequncias ou
ao fim a atingir.
A aco boa, se a mxima for
aceite por todos os seres
racionais e se garantir a
imparcialidade do agente em
relao aos seus interesses.
Imperativo
Categrico
Ordena-nos que faamos as coisas,
independentemente da nossa vontade Ordem
absoluta e incondicional que a vontade deve respeitar
como fim em si mesmo.
Ordenam que ajamos moralmente, uma vez que a
mxima que desencadeia este imperativo originada
pela moral.
difcil arranjar exemplos de imperativos categricos,
uma vez que estes podem ser utilizados de modo
ambguo.
Imperativo
Hipottico
Ordena-nos que faamos as coisas, se isso um
meio para um fim de facto temos.
Se queres ser bem sucedido, mente sempre
que for preciso.
Trata os outros como fins em si mesmos e no como
meios para os teus fins
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Ana Margarida Raposo 10E 2010-2011
2. tica de Mill Consequencialismo e no-consequencialismo
Consequencialismo Teoria de duas partes
-Teoria do bem: Demonstra quais os estados de coisas que so bons;
-Teoria da obrigao: Diz-nos a forma de como devemos agir
- O fim da moralidade a felicidade;
- O que torna boa uma aco (critrio de moralidade) a sua utilidade, o seu
contributo para criar maior felicidade;
- Na avaliao das consequncias duma aco o que se deve ter em conta o estado
de coisas que ela poder provocar;
- Para podermos fazer uma opo moral temos de:
1. Inventariar todas as alternativas possveis
2.Avaliar as respectivas consequncias
3. Seleccionar a alternativa que produzir um melhor estado de coisas
A objeco da exigncia excessivaUma aco que no gera o melhor estado de coisas incorrecta?
Por exemplo, imagina que tens 50 no banco e que ests a tentar decidir como gast-
los: Gast-lo num bilhete para um concerto ou do-lo a uma instituio de caridade?
O consequencialista absoluto afirmaria que deverias d-lo instituio, porque desse
modo gerarias um melhor estado de coisas.
Ambas pretendem
maximizar o bem.
Agir de modo a gerar o
melhor estado de coisas
O que importa so as
consequncias
Ex: Matar uma pessoa, para
salvar dez
Implausvel, uma vez que parece tornar a tica excessivamente
exigente.
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5 Ficha de filosofia 15/03/2011
Ana Margarida Raposo 10E 2010-2011
Mas, se o consequencialismo fosse totalmente verdadeiro, teramos ento o dever de
dedicar toda a nossa vida a gerar sempre o melhor estado de coisas, e no nos
preocuparmos com o desenvolvimento dos nossos projectos pessoais.
A tica deve levar isso em conta e afirmar que temos o dever de gerar o melhor estado
de coisas, por mais que isso v contra os nossos desejos.
Ningum disse que agir moralmente era fcil.
O hedonismo e o argumento a favor do utilitarismoMill um consequencialista hedonista (utilitarista), ou seja, um consequencialista cuja
teoria do bem defende que as nicas coisas boas que existem no mundo so estados
mentais de prazer ou felicidade.
A identificao do bem e da felicidade, e conjug-la com o prazer e com a ausncia desofrimento foi um dos aspectos mais polmicos do utilitarismo.
Mas, segundo Mill, nem todos os prazeres so iguais.
por ser exigente e no conceber a felicidade em termos puramente fsicos que o ser
humano nunca se sente completamente feliz. No entanto, esta insatisfao prefervel
a uma felicidade totalmente resultante da satisfao de prazeres puramente fsicos,
uma vez que isso significaria colocar o ser humano a um nvel puramente animal.
A felicidade no s uma coisa boa, como tambm a nica coisa boa. Devemosassim maximizar a felicidade de todos.
Prazeres
Superiores
(espirituais)
Inferiores
(fsicos)
Prazeres ligados a necessidades
intelectuais, sociais morais e estticos.
Pr-do-sol Obra de arte ou ler um livro Partilhar conhecimentos e
afectos
Prazeres sensoriais ligados a
necessidades fsicas.
Beber Comer Sexo
Os prazeres superiores so intrinsecamente melhores que os prazeres inferiores.
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Ana Margarida Raposo 10E 2010-2011
Todos os desejos das pessoas no passam de meios para que possam alcanar asua felicidade.
Intenes e motivos: Uma diferena subtil entre a tica de Kant e Mill.
No entanto isto falso, devido inteno (o que queremos fazer) e ao motivo
(razo porque queremos fazer).
Por exemplo, algum que est a afogar-se num lago e que salva por outra
pessoa. Mas e se a pessoa foi salva apenas para poder ser infligida de torturas ainda
maiores. Ambos afirmariam que a aco m:
- Kant diria que a aco m, porque a mxima que orienta a aco no seria
capaz de passar no teste do imperativo categrico.
- Mill afirmaria que a aco m, porque a inteno m.
Em relao s aces, a resposta de Kant parece demasiado preocupada com o que sepassa na mente das pessoas e com os seus motivos e no com o mundo.
Pelo contrrio, para Mill o que interessa a maximizar a utilidade, ou seja, para qu
tomar ateno inteno dos agentes? Por exemplo: O benfeitor involuntrio e o
azarado moral (ex. da ficha).
Mill, sendo um utilitarista dos actos, defende que devemos maximizar a utilidade
previsvel (realizar a aco que previsivelmente maximizar a utilidade).
ACO
ticas
consequencialistas
FIM
EXTERIOR
Sede do valor moral
ACO =
FIM EM SI
MESMA
ticas
deontolgicas
Sede do valor moral
A ac o boa se for feita or dever A ac o boa se atin e um fim bom
KANT
A aco correcta ou
incorrecta consoante a
mxima que lhe deu
origem.
MILL
A aco ou no
correcta consoante as
consequncias que tem.