resumo Instrumentação Psicológica Fundamentos e práticas

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Livro Instrumentao Psicolgica: Fundamentos e prticas

Link: http://books.google.com.br/books?id=5ItD1mBEfnUC&printsec=frontcover&hl=pt-PT&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

Introduo: A origem da Psicometria

Surgiu com os trabalhos do estatstico Spearman, seguindo os procedimentos fisicalistas de Galton (poderia ter tido origem nos trabalhos de Binet, mas estes eram somente descritivos, no quantitativos).

Eras da Psicometria:

1. Dcada de Galton (1880): avaliao das aptidoes humanas por meio de medidas sensoriais.

2. Dcada de Catell (1890): discpulo de Galton, desenvolveu medidas de diferenas individuais e de predio do desempenho acadmico em crianas. Inaugurou o termo teste mental. Pearson contribuiu desenvolvendo a tcnica analtica da correlao.

3. Dcada de Binet (1900): predominncia das avaliaes das aptides humanas visando predies nas reas acadmicas e da sade. Era em que tambm predominou Spearman na Ingraterra.

4. Era dos Testes de Inteligncia (1910 1930): era da influncia de: tsete de inteligncia de Binet-Simon; artigo de Spearman sobre fator g; reviso dos testes de Binet para os EUA; primeira guerra mundial, com necessidade de selecionar recrutas para o exrcito de forma rpida e eficiente.

5. Dcada da Anlise Fatorial (1930): entusiasmo com testes de inteligncia decaiu na medida em que se percebeu que seus resultados dependiam muito da cultura em que eram criados, no sendo possvel a ideia de fator g universal ao estilo de Spearman. Isso fez os psiclogos repensarem as ideai de Spearman.

6. Era da sistematizao (1940 1980): Duas tendncias opostas: os trabalhos de sntese e os de crtica. Produziu-se coletnea de testes, atualizada a cada 5 anos, e a APA introduziu normas de usos dos testes. Foi feita tambm a primeira grande crtica teoria clssica dos testes, iniciando o desenvolvimento da Teoria do trao latente, que gerou a TRI da psicometria moderna.

7. Era da Psicometria Moderna (1980): Teoria de Resposta ao Item TRI. Entretanto, a TRI ainda no resolveu todos os problemas para se tornar o modelo moderno definitivo, nem substitui toda a psicometria clssica, apenas parte dela. Linhas atuais nas quais os psicometristas vm atuando: a) sistematizao da psicometria clssica; b) sistematizao e pesquisa na TRI; c) pesquisa em reas paralelas da psicometria; d) trabalhos na psicologia cognitiva

Taxonomia dos Instrumentos Psicolgicos

Proposta de organizao dos testes de Pasquiali:

Testes referentes a critrio

Testes referentes a construto

Testes referentes a contedo

Testes comportamentais: observao de comportamentos

Levantamentos: surveys

Novas tecnologias

Testes referentes a critrio: so testes para diferenciar grupos distintos naquilo que o teste se prope a medir. Por exemplo, testes para diferenciar pacientes neurticos, esquizofrnicos, psicopatas, etc., ou testes vocacionais, que encaixam o indivduo em categorias de profisses So teis quando precisamos discriminar sujeitos quanto ao pertencimento ou no em uma categoria. A crtica sobre esses testes recai na questo de quais grupos so usados para definirem o grupo critrio; primeiramente, as definies de diferentes doenas, por exemplos, so diferentes de acordo com a abordagem, portante, o grupo critrio e os critrios de seleo tambm sero variveis; outra crtica de que essas classificaes tem se mostrado demasiado subjetivas ou precrias. Outra crtica: no se sabe exatamente porque determinado teste classifica determinados sujeitos em determinados critrios: s se sabe que psicopatas respondem a tais questes dessa forma, e pronto, mas no como essas respostas descrevem os psicopatas; assim, esses testes dependem muito do contexto em que foram criados, daqueles sujeitos do grupo critrio inicial.

Testes Referentes a Construto: Partem da teoria psicolgica e no de dados empricos (como no caso dos referentes a critrio). Constitui uma hiptese representando um trao latente, que deve se mostrar vlida atravs de testes empricos, da metodologia cientfica. So construdos e validados para medir traos latentes, ou seja, contedos psicolgicos, sendo que o significado dos itens dita sua incluso ou no no teste, diferente dos itens aleatrios dos testes de critrio. Aqui se sabe porque os grupos diferem e porque o teste os discrimina: em funo do trao latente. Assim, esses testes devem representar de forma adequada esses traos latentes. Nessa classificao encontram-se a maioria dos testes psicolgicos, de inteligncia e de aptides, os inventrios de personalidade e psicopatologia e escalas de atitudes.

Testes referentes a contedo: Nesses testes no se enquadra o indivduo em um grupo em funo do escore obtido no teste, e sim se identifica o domnio daquele contedo pelo sujeito. So quase exclusivamente usados no mbito da educao e aprendizagem. (ensino, treinamento). A qualidade (validade) destes testes vai depender de apresentam amostras representativas do contedo definido.

Testes Comportamentais: Trabalha exclusivamente com comportamentos observveis e estmulos ambientais (fsicos, biolgicos e sociais). No se trata necessariamente de testes, mas sim de observao de uma situao arranjada, tipicamente feita em situao naturalstica. Tem o objetivo de observar diretamente os comportamentos dos organismos com o objetivo de relatar sua ocorrncia, frequncia e durao. Pode inclusive inferir possveis traos latentes como causa dos comportamentos observados. Parte da definio de unidades a serrem observadas e registradas para chegar a definio de categorias de comportamento e da especificao das circunstncias em que ocorreram. As escalas psicofsicas tem o objetivo de estabelecer uma relao de funo entre estmulos e ambientais e o comportamento do indivduo, escalonando escalas de magnitude com base nas reaes do organismo. Ex: em que nvel mnimo de decibis o organismo comea a reagir a sons.

Levantamentos: surveys: No exatamente um teste, mas sim um delineamento de pesquisa no qual se deseja coletar informaes as mais variadas possvel dos sujeitos. Os sujeitos so convidados a responder um questionrio, que em geral o ponto central da tcnica.

Novas Tecnologias: Avano da informtica permite novas formas de coleta de dados em psicologia.

Psicometria: preocupao central em construir e verificar hipteses cientficas.

Psicoestatstica: se preocupa em fazer inferncias a partir de amostras.

Na psicometria, os parmetros matemticos precisam corresponder a definies substantivas, no sendo suficiente sua intercalao em termos puramente estatsticos. Quando se falar em variveis hipotticas, como teta ou trao latente, est-se falando de contedo psicolgico.Na Teoria Clssica dos Testes (TCT), os parmetros so comportamentos; no caso da Teoria de Resposta ao Item (TRI), alm dos comportamentos, entram processos definidos como traos latentes.

Qual a maneira adequada para se representar os traos latentes de forma que possam ser observados empiricamente? Faz-se isso a partir do comportamento verbal. Mas de que forma o comportamento representa os traos latentes? Na avaliao de cada item (comportamento), so observados os seguintes itens:

Parmetros individuais dos itens:

1) Modalidade: dividem-se em verbal ou motor. Dentro destes: verbal propriamente, verbal numrico, verbal abstrato, espacial, etc, dependendo do contedo semantico do comportamento (palavras, numeros, dimenses espaciais, etc).

2) Saturao: o comportamento humano multimotivado, sendo impossvel determinar causas nicas para certos comportamentos. Assim, no se pode dizer que tal comportamento ser especfico de tal trao latente, sem interferncia com outros traos. Assim, possvel dizer apenas que tal comportamento covaria com o trao, por isso importante descobrir o nivel dessa covarincia do comportamento com o trao latente em questo. Estatticamente, essa covariancia se expressa por sua carga de saturao covarial, que se expressa de 0 a 1.

3) Dificuldade (complexidade): nesse caso, a correta execuo do comportamento (no caso de teste de aptido) ou a adeso a seu contedo semntico (no caso de traos de personalidade e atitudes), depende de um maior nvel de magnitude do trao latente. O que exatamente torna um item mais complexo ainda objeto de estudo.

4) Discriminao: capacidade do item (comportamento) de discriminar sujeitos com magnitudes prximas de um mesmo trao. Quanto mais extremas devem ser as magnitudes para um item discrimin-la, menos a capacidade de discriminao do item. Esse parmetro definido pela TRI como a.

5) Vis de resposta: Tendncias; atitude, consciente ou no, de o sujeito responder de maneiras sistemticas alheias ao contedo semntico dos itens. So erros devidos a responder ao acaso, dar respostas estereotipadas (responder sempre nos extremos ou no ponto neutro), dar respostas em funo de expectativas sociais (desejabilidade social) ou de ideia pr-concebida.

Escalas:

Escala de Thurstone: escalona as respostas, os comportamentos, que modo que apenas um sujeito j poderia gerar essa escala.

Escala Likert: escalonar os sujeitos, obtendo um escore para cada sujeito.

Escalogramas de Guttman: escalonar ambos, os itens e os sujeitos.Cada uma dessas abordagens supes trs tipos de escalas diferentes, uma vez que fazem suposies diferentes quanto ao que principal para a resposta do sujeito: os estmulos, o prprio sujeito, ou ambos. As escalas de Thrstone e de Guttman so raramente utilizadas, deixando lugar para as Likert.

Tcnicas para selecionar os itens, para saber se eles medem o mesmo trao latente ou no (discriminabilidade dos itens):

a) Anlise da consistncia interna dos itens (Teste t de Student): teste entre as mdias de cada itemb) correlao: correlacionar cada item com o restante dos itens.

Na anlise da escala como um todo, importante analisar a validade e a preciso.

Conceitos Importantes:

Validade: aspecto mais importante a ser considerado. Est relacionada a: a) o que o teste supe medir;b) o que o escore derivado da aplicao de um teste significa;c) como o escore de um indivduo em uma medida se relaciona com outros fatos observveis relativos ao indivduo.Refere-se a legitimidade das avaliaes dadas a partir das respostas dadas na testagem. Que dados existem indicando que essas interpretae sejam coerentes e legtimas.A validade no pode ser dada em termos gerais: no se pode dizer que a validade de um teste alta ou baixa.

Fidedignidade: A anlise da fidedignidade feita mediante anlise da consistncia interna dos itens por meio do alfa de Cronbach. A fidedignidade no pertence ao teste A definio estatstica de fidedignidade feita a partir da correlao entre escores de duas situaes produzidas pelo mesmo teste, devendo se aproximar da unidade (ex: 0,9).

Fidedignidade ou confiabilidade a consistncia da medida do teste (escores) obtida pelas mesmas pessoas, testadas em diferentes ocasies com o mesmo teste ou outros semelhantes. A mensurao da fidedignidade determinada pelo coeficiente de correlao.

Mtodos para determinar a fidedignidadeMtodo Teste-reteste: Aplica-se o mesmo teste aos mesmos indivduos em duas ocasies distintas.

Mtodo Interavaliadores: Mensura a variao no-sistemtica ocorrida em funo de quem corrige o teste.

Mtodo das formas alternadas: Este mtodo requer que o teste tenha duas formas, iguais ou bastante semelhantes.

Mtodo de consistncia interna:

a. Mtodo das metades: divide-se o mesmo teste em duas metades, e calcula-se uma correlao entre seus escores.b. Kuder-Richardson (K-R): so usadas para questes corrigidas de maneira dicotmica.c. Coeficiente alfa: desenvolvido para corrigir testes com escores contnuos.

Varincia:

Confiabilidade:

Preciso:

Constructo:

Consistncia Interna: