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RESUMO MALUF, Said. Teoria geral do Estado Capítulos: I ao XXXIX Equipe: Erika de Moraes Matos Lichterfeld, Giovana Velozo, Gledson Miranda, Katerryn Dias Shepsnykov Lima e Thayanna Freitas. 13/05/2015 TURMA: DTN01S5 DIREITO NOTURNO

Resumo Maluf- 1 Ao 39

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Resumo capitulos maluf 1 ao 39- ciências politicas.

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  • RESUMO MALUF, Said. Teoria geral do Estado Captulos: I ao XXXIX

    Equipe: Erika de Moraes Matos Lichterfeld, Giovana Velozo, Gledson Miranda, Katerryn Dias Shepsnykov Lima e Thayanna Freitas.

    13/05/2015

    TURMA: DTN01S5

    DIREITO NOTURNO

  • 2 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO I

    1. ESTADO E DIREITO

    uma organizao destinada a manter, atravs do Direito, as condies universais de ordem social.

    O Direito o conjunto das condies existncias da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar.

    1.1 TEORIAS ESTADO X DIREITO

    Monstica ou Estatismo Jurdico Caso Explicativo de Monismo: Nazismo- A humanidade no tolera o terror, horror do holocausto, tudo foi feito na base da lei. Isto prova que o positivismo legalista no conseguia e no consegue limitar o legislador, que com base na lei, e possvel mandar para os fornos milhes de pessoas. O Direito penal no tem como finalidade s o cumprimento da norma por injusta e aberrante no se pode dar cumprimento, confundia-se vigncia com validade da lei.

    Hans Kelsen: Direito e a normas postas pelo Estado; Estado e Direito so uma nica realidade; Estado e a fonte nica do Direito, quem da vida ao Direito e o Estado; Estado tem a fora coativa; S existe o direito estatal, no h qualquer regra jurdica fora do

    Estado; Existir=validade. Norma s deixara de ser valida se o prprio Estado

    retira-lo do ordenamento jurdico; Precursores do monismo jurdico: Hegel, Thomas Hobbes e Jean

    Bodin. Desenvolvida por Rudolf von Ihering e John Austi.

    DIREITO

    ESTADO

  • 3 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Dualstica ou Pluralstica

    Paralelismo

    Interdependentes= dependncia recproca, um no existe sem o outro.

    Estado e Direito so duas realidades diferentes independentes e inconfundveis;

    Estado e apenas uma categoria especial do Direito; Direito positivo uma criao social e no estatal; Direito um fato social em continua transformao, em funo das

    causas ticas, psquicas, cientificas biolgicas etc; As normas jurdicas tem sua origem no corpo social; A funo do Estado positivar o Direito, traduzir os princpios que se

    firmam na conscincia social; O Estado mero administrador, visto que, seu papel nas relaes

    individuais restrito; Precursores Gierke e Gurvitch, Lon Duguit.

    Estado e Direito so duas realidades distintas, inconfundveis, porm interdependentes, ou seja, se comunicam;

    Teoria do Paralelismo completa a Pluralista; Estado tem destaque como fonte do Direito, visto que, dele que

    emana a norma positiva estabelecendo uma sano; O Direito sem a fora do Estado no vlido, porque sem o Estado

    no e possvel se fazer cumprir as leis; Estado e Direito se unem para estabelecer o bem comum; Estado sem Direito no consegue a organizao social; O Estado cria direito, mas a sociedade intervm nesse processo; Norma sancionada + agente com competncia para punir= norma

    com eficcia (validade).

    DIREITO ESTADO

    DIREITO ESTADO

  • 4 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO II

    1. TEORIA TRIDIMENSIONAL DO ESTADO E DO DIREITO

    MUNDO DO SER= REALIDADE SOCIAL

    Teoria Tridimensional do Estado e do Direito (Miguel Reale) Teoria Pura do Direito (Hans Kelsen).

    a. FATO X VALOR X NORMA

    FATO VALOR NORMA E todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar ou extinguir relaes jurdicas. Fato jurdico e um acontecimento praticado por uma pessoa fsica ou jurdica, a partir de uma ao ou omisso e que esses fatos agem diretamente e imediatamente sobre pessoas, coisas, direitos e obrigaes prprias ou de terceiros.

    Elemento moral do Direito, ou seja, e o ponto de vista da maioria da sociedade sobre determinado FATO que ocorre em seu meio, tendo como parmetro o momento histrico e a viso do homem mdio. Valor seria a proteo das pessoas.

    E uma viso genrica, traz ideia de regra, modelo a ser seguido por todo homem de bem, a ser obedecida na forma de LEI.

    b. MOMENTOS OU FATORES

    SOCIOLOGICO FILOSOFICO JURIDICO Quando o estuda a organizao estatal como FATO SOCIAL (relao entre as pessoas)

    Quando estuda o Estado como fenmeno politico, valor cultural (axiolgico).

    Quando estuda o estado como rgo central da positivao do Direito. Estado faz o direito existir.

  • 5 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    A Teoria Tridimensional sai de uma concepo normativa, faz uma analise que

    leva em conta no s o Direito como cincia do ponto de vista axiolgico;

    DIREITO se origina do FATO SOCIAL Sociedade caminha o Direito vai atrs;

    NORMA jurdica no resulta da vontade do legislador, a sociedade atribui um determinado VALOR a um FATO (pode ser valor positivo ou negativo), depois se cria uma norma para regulamentar esse FATO (se o fato possuir um VALOR positivo a NORMA criada vai permitir esse FATO, mas se o FATO possuir um valor negativo a NORMA criada vai proibir esse FATO);

    O VALOR e intrico a NORMA;

    FATO, VALOR e NORMA, num carter histrico, social e cultural, visto que, o homem vive em constante mudana, as quais faz necessria adaptao das normas e valores aos fatos do seu cotidiano, provando que o Direito e uma cincia dinmica;

    Com essa concepo tridimensional do Estado e do Direito, afasta-se o erro do formalismo tcnico-juridico e se compreende o verdadeiro valor e da funo de governo.

    .

    EXEMPLOS:

    FATO VALOR NORMA

    Um dia algum feriu outra pessoa.

    A sociedade comeou a perceber que essa atitude no esta certa.

    Baseado nisso criaram uma lei dizendo que isso e crime.

    Certo dia algum teve que ferir uma pessoa para se defender.

    A sociedade comeou a perceber que essa atitude no e errada.

    Baseado nisso criaram uma lei dizendo que isso e no configura crime e sim legitima defesa.

    Acidentes de trnsitos causados por motoristas embriagados.

    Clamor popular pela reduo do numero de acidentes.

    Criao da Lei seca, a qual prever pesadas sanes para os motoristas infratores.

    Violncia contra mulher Repudio da sociedade Bem estar moral e fsico da mulher afetado.

    Lei Maria da Penha.

  • 6 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO III

    DIVISAO GERAL DO DIREITO

    1. DIREITO NATURAL E POSITIVO

    1.1 Direto Natural

    1.1 Direto Positivo

    CARACTERISTICAS DIREITO NATURAL X POSITIVO

    NATURAL POSITIVO IMUTAVEL

    Derivaria de valores que antecedem e constituem o ser humano, no podendo ser modificado por fora de atos voluntrios.

    MUTAVEL Basta que a vontade do Estado se modifique para que novas normas jurdicas surjam e outras deixem de existir

    UNIVERSAL Seus preceitos so idnticos a todos os serem humanos independentes das condies culturais.

    REGIONAL Pois varia de territrio a territrio. Ex: O direito positivo brasileiro no igual da Argentina.

    ABSOLUTO Independe de qualquer autoridade que o positive.

    Depende de autoridade que o positive.

    ATEMPORAL No afetado pelo passar do tempo

    TEMPORAL Valido por determinado tempo

    De origem divina, pois emana da prpria natureza, independente da vontade do homem;

    E anterior e superior ao Estado.

    Conjunto orgnico das condies de vida e desenvolvimento do individuo na sociedade;

    E obra essencialmente humana, e, portanto precria, falvel e sujeita a imperfeioes.

  • 7 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    1. DIREITO POSITIVO

    Divide-se em Pblico e Privado.

    1.1 Direito Pblicos e

    1.2 Direito Privado

    Ramo de normas que possuem natureza pblica, na qual o Estado atua com seu poder;

    Regula as relaes entre Estado e pessoa publica, estado e individuo (individuo) ou sociedade e individuo (cidado);

    Protege os interesses da sociedade (sociais, coletivos, pblicos, e relacionados organizao do Estado;

    Prevalncia de normas imperativas; Legalidade estrita- da administrao Pblica somente

    poder agir de acordo com aquilo que a lei expressamente dita.

    .

    E o que diz respeito aos interesses dos

    particulares, o Estado s se envolve para resolver

    impasse;

    Visa disciplinar as relaes interindividuais;

    Princpios- autonomia da vontade e igualdade

    formal;

    Legalidade- os cidados podem fazer tudo, desde

    que no seja contrrio a leis (o que no e

  • 8 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    1.1.1 DIREITO PBLICO INTERNO

    Deito constitucional- E a cincia que proporciona o conhecimento da

    Organizao do Estado. Direito administrativo- Tm normas que regulam atos administrativos

    praticados por qualquer poder estatal (ao do Estado no campo econmico; a administrao dos bens pblicos e o poder de polcia).

    Direito tributrio- Disciplina a receita e a despesa pblica, arrecadao do dinheiro pblico e seu emprego em obras e despesas gerais.

    Direito Penal- Disciplina as condutas humanas que podem por em risco a coexistncia dos indivduos na sociedade, regula essas condutas com base na proteo dos princpios relacionados vida, intimidade, propriedade, liberdade etc.

    Direito processual- Estrutura os rgos de justia de modo a disciplinar forma que devem ter os processos judiciais, d em outras palavras as diretrizes, sobre como pedir em juzo a satisfao de um determinado direito. 1.1.2 DIREITO PBLICO EXTERNO

    Direito Internacional Pblico- disciplina as relaes entre os vrios Estados, possuindo princpios e diretrizes, tanto na esfera poltica, econmica, social e cultural. Os instrumentos dos acordos entre os Estados so denominados tratados. 1.2.1 DIREITO PRIVADO EXTERNO

    Direito Internacional Privado- Destina-se regular a situao do estrangeiro no territrio nacional. 1.2.2 DIREITO PRIVADO INTERNO

    Direito civil- Visa regulares as relaes dos indivduos, estabelecendo direitos e impondo obrigaes, atua em toda a vida do indivduo, pois disciplina todos os campos de interesses individuais. .

    Direito do trabalho- um ramo que se destina a disciplinar as relaes de trabalho, estabelecendo princpios e regras, tanto aos que prestam os servios, quanto para queles cujo servio se destina.

    Direito empresarial ou comercial- Constitui-se de normas que gerem a atividade empresarial, disciplina a atividade econmica organizada para a produo e circulao de bens ou de servio.

  • 9 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO IV

    1. TEORIA GERAL DO ESTADO- TGE

    Corresponde parte do Direito Constitucional a cincia do Estado ou a Doutrina do Estado Teoria= cincia ou doutrina- Aspira conhecer o Estado na sua estrutura e

    funes, o seu devir histrico e a tendncia de sua evoluo.

    1.1 TRIPLICE ASPECTO DO TGE

    SOCIAL POLTICO JURIDICO Quando analisa o gnese do desenvolvimento do Poder estatal; Baseado nos fatores social, histrico e econmico.

    Finalidade do governo em razo dos diversos sistemas de cultura.

    Quando estuda a personificao e ordenamento do Estado.

    1.2 FONTES DO TGE

    So classificadas em Diretas e Indiretas

    Diretas

    Indiretas

    Paleontologia Paleoetnologia Histria Instituies Polticas (antigas e atuais).

    Estudo da sociedade animal Estudo da sociedade humana primitivas Estudo da sobrevivncia

  • 10 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO V

    1. NAO E ESTADO

    Nao e Estado so duas realidades distintas e inconfundveis. Nao e uma realidade sociolgica, e a substancia humana do Estado.

    1.1 NAO

    Os elementos territrio, lngua, religio, costumes e tradio, por sim s, no constituem

    o carter de uma nao, para isso e necessrio ter um sentimento de unio, laos

    afetivos e identidade sociocultural.

    ATENO- QUEM NASCEU PRIMEIRO ESTADO OU NAO:

    Foi nao, pois os homens j se agrupavam antes do surgimento do Estado.

    1.2 POPULAO

    E o conjunto heterogneo de pessoas que vivem, habitam uns pais, sem excluso dos

    estrangeiros, aptridas etc.

    Tambm envolve um conceito aritmtico, quantitativo e demogrfico.

    Predomina fatores histricos, psicolgicos e homogeneidade;

    Mesmo grupo tnico;

    Mesmos costumes;

    Hbitos, tradies, religio e conscincia nacional;

    Patriotismo, conscincia social e vnculos de sangue;

    Nao pode existir sem Estado, ex: Palestinos e Curdos;

    Varias naes podem reunir se em um s Estado ex: Austria-

    Hungria, Irlanda, Escocia e Inglaterra(Gra-bretanha);

    Uma nica nao pode dividir-se em vrios Estados

    ex: a nao Italiana chegou a se dividir em vrios Estados (Roma,

    Napoles, Veneza etc), unificando-se em 1970;

    O Principio do Direito Internacional moderno, cada nao deve

    constituir um Estado prprio.

  • 11 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    1.3 POVO Conjunto de pessoas ligadas a determinado Estado por um vincula jurdico-

    politico, pertencem ao Estado por uma questo de cidadania.

    1.4 RAA

    E a unidade bio-antropologica, conceito de raa baseia-se em fatores

    biolgicos, como cor da pele, formato da cabea, tipo de cabelo entre outros

    (ndios, brancos, negros e amarelos).

    Uma nao pode ser formada por varias raas, ex: a nao brasileira constitui-se de trs grupos tnicos (Lusitano africano e americano).

    E de um s tronco racial podem surgir varias naes, exemplo: continente americano.

    1.5 HOMOGENEIDADE DO GRUPO NACIONAL

    A Nao e um dos elementos formados pelo Estado; So trs os elementos constituintes do Estado: Populao, Territrio e

    Governo;

    O elemento populao envolve o requisito de homogeneidade, isto e, deve corresponder ao conceito de nao;

    O Estado e uma nao politicamente organizados, populao como elemento integrativo do Estado, requer o atributo nacional (Queiroz Lima);

    O fator racial e secundrio; Um Estado que no corresponda a uma nao um Estado imperfeito; Um Estado que no defenda e no promova justamente o carter nacional e

    um Estado ilegtimo (Del VAecchio);

    A homogeneidade do elemento populacional fortalece o Estado; A doutrina das nacionalidades que consiste em reconhecer a cada grupo

    nacional homogneo, o direito de constituir um Estado soberano.

    A constituio arbitraria de pequenos Estados, dividindo ou incorporando naes, tem sido a maior fonte de perturbao da paz no mundo;

    Formao nacional= naturais + histricos+ psicolgicos.

  • 12 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    1.6 ESTADO

    O conceito de Estado vem evoluindo desde a antiguidade, a partir

    da Polis grega e da Civitas romanas;

    Maquiavel introduziu a palavra Estado na literatura cientifica;

    Estado como realidade Juridica Kelsen;

    Jellinek ve no Estado uma dupla personalidade, social e jurdica;

    Estado e criao do exclusiva da ordem jurdica e representa uma

    organizao da fora a servio do Direito- Duguit;

    Rudolf Smend- demostra que o Estado e resultante natural de um

    longo processo de integrao;

    O Estado e uma parte especial da humanidade considerada como

    unidade organizada-John Burguess;

    promover o seu interesse e segurana mutua por meio de

    conjugao de todas as suas foras Thomaz Cooley

    O Estado e uma associao, que atuando atravs da lei promulgada

    por um governo, com poder coercitivo , mantem dentro de uma

    comunidade territorialmente delimitada , as condies universais

    da ordem social- Mac Iver;

    O Estado e um agrupamento humano, estabelecido em

    determinado territrio e submetido a um poder soberano que lhe

    da umidade orgnica- Clovis Bevilaqua;

    O Estado e a sociedade que se coage, e a organizao das foras

    coativa sociais Von Lhering;

    Teoria fascista- Nao no faz o Estado, mas este e o que faz a

    nao;

    Estado e o rgo executor da soberania nacional;

    Nao e direito nacional e Estado e criao humana;

  • 13 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO VI

    1. ELEMENTOS CONSTITUINTE DO ESTADO

    O Estado se compe de trs elementos: Populao, territrio certo e inalienvel e governo independente;

    Estado perfeito = Populao homogneo territrio certo e governo independente;

    A ausncia ou desfigurao desses elementos retira da organizao scio-poltica a plena qualidade de Estado, exemplo: Canada que e um Estado imperfeito, visto que, seu governo e subordinado ao Estado britnico. 1.1 POPULAO

    Populao e o primeiro elemento formador do Estado; Envolve requisito de homogeneidade, isto e, deve

    corresponder ao conceito de nao (sentido de formao de

    sentimento comum, em torno da formao de um Estado);

    Sem a substancia humana no h como formar ou existir o Estado;

    Estado e caracteristicamente nacional, corresponde a uma unidade tnica;

    Reunio de indivduos de varias origens , estabelecidos num determinado territrio e a se organizam politicamente;

    A homogeneidade de agrupamento humano no envolve ideia de raa (sentido biolgico ou antropolgico);

    O Estado sucede ao processo de formao nacional, ou tende a realizar essa formao como base de sobrevivncia;

    Para Rousseu viu no individuo uma dupla qualidade: de cidado ativo do Estado, pessoa inteiramente subordinada a

    essa vontade geral, soberana;

  • 14 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    OBS: Os direitos da cidadania s so exercidos pelos elementos nacionais ou nacionalizados, os estrangeiros no participam da formao da vontade politica nacional.

    1.2 TERRITORIO

    1.3 GOVERNO

    E a base fsica, mbito geogrfico da nao e o primeiro elemento formador do Estado;

    E o patrimnio sagrado do povo, e inalienvel, espao certo e delimitado onde se exerce o poder do governo sobre os

    indivduos;

    O territrio pode ser terrestre, martimo, fluvial, solo, subsolo, mar, lagos, espao areo (supra solo), navios

    mercantis em alto mar, navios de guerra, embaixadas e

    legaes em pases estrangeiros etc;;

    A nao pode subsistir sem territrio prprio, sem se constituir em Estado. Ex: Nao judaica, porem Estado sem

    territrio no e Estado;

    Para Duguit e Le Fur o territrio no e elemento necessrio a existncia de um Estado, como e o caso do Vaticano.

    E a delegao da soberania nacional, e a prpria soberania posta em ao;

    E o conjunto das funes necessrias a manuteno da ordem jurdica da administrao publica;

    E um atributo indispensvel da personalidade abstrata do Estado;

    Tem dois sentidos: coletivo, como conjunto de rgos que presidem a vida politica do Estado e singular como poder

    executivo;

    Um grupo de pessoas que tem o poder de mandar em um territrio, criam leis, regras e regulamentaes;

    Coletam impostos, possuem sistema de justia; Usam foa policial para garantir que a populao siga as leis

    para manter a segurana publica;

    Possui fora militar para proteger o pais; O governo e titular do poder do Estado, so que Estado e

    permanente e o Governo e transitrio.

  • 15 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    OBSERVAES GERAIS:

    Soberania no e requisito a existncia de Estado e uma caracterstica do Estado sem o qual, ocorre o Estado imperfeito (colnias autnomas);

    Povo diferente de populao, povo possui capacidade eleitoral (ex: povo brasileiro + naturalizados), populao (aqueles que habitam territrio nacional,

    Independente de sua nacionalidade);

    Nacionalidade e a relao entre uma pessoa e o Estado se da atravs do vinculo jurdico chamado nacionalidade e a lei que apresenta os requisitos para ser considerado nacional de um pais.

    ius solis e nacional aquele que nasce em territrio nacional;

    ius sanguinis e nacional aquele que nasce de pais (pai e ou me) nacionais;

    A qualidade de nacional tambm e conferida pelas regras legais de pais, tais como binacionais (pessoa que se vincula a duas nacionalidades ex: nasceu em um pais que adota o ius solis e de pai nacional de outro pais que adota o ius sanguinis) e os aptridas sem nacionalidade ex: nasceu em pais que adota o ius sanguinis de pais cujo pais adota o ius solis.

    O Brasil adota o critrio misto conforme art. 12, CF 1988;

    Cidado significa participar ativamente da formao da vontade do Estado (voto, alistamento militar, plebiscito etc).

    Legitimidade e a fundamentao do poder politico do Estado, e um atributo do Estado;

    Estado consiste em assegurar a obedincia sem a necessidade de recorrer ao uso da fora, a no ser em casos espordicos, a obedincia e devida apenas ao comendo do poder legitimo, tem valor valorativo;

    A legalidade faz referencia a adequao da formalidade de uma lei ou norma jurdica;

    A legalidade de uma ao ocorre quando ela esta de acordo com a ordem jurdica, possui valor formal;

    A legitimidade e um aspecto anterior a legalidade, e categoria de sentido valorativo.

  • 16 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO VII

    SOBERANIA

    1. Soberania

    1.1 Soberania

    absoluta do Rei

    1.2 Soberania

    Popular

    Soberania no e um poder e uma qualidade do poder; E uma autoridade superior que no pode ser limitada por nenhum

    outro poder; UMA porque no pode existir mais de uma autoridade soberana

    em um mesmo territrio; INDIVISIVEL poder soberano delega atribuies, reparte

    competncias, mas no divide a soberania; ILANIENAVEL No se transfere a outrem; IMPRESCRITIVEL no sofre limitaes no tempo, no se

    concede soberania temporria;

    Monstica; Soberania do Rei e originaria, ilimitada, absoluta, perpetua

    e irresponsvel em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual;

    Direito divino dos Reis; O poder de soberania era o poder do Rei e no admitia

    limitaes; Pessoa sagrada do Rei o prprio Estado, a soberania e a Lei.

    Escola espanhola; Mandato imperativo, o poder pblico vem de Deus; O poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas

    promana da vontade popular; Poder maior, exercido pelo povo, que denominou soberania

    constituinte; E uma ideia que decorrer da Escola contratualista a

    legitimidade do governo ou da Lei esta baseada no consentimento dos governados;

    E a de mais difcil operacionalizao; Acolhe ate mesmo estrangeiros no pas, sendo reconhecido

    como soberania constitucional.

  • 17 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    1.3 Soberania

    Nacional

    1.4 Soberania do Estado

    1.5 Escola e Austraca Jellinek e Kelsen

    Divergem fundamentalmente da Escola clssica Francesa; E a capacidade de autodeterminao do Estado por direito

    prprio exclusivo; E uma qualidade do poder do Estado, ou seja, uma

    qualidade do Estado perfeito; nica fonte de Direito e o Estado, ou seja, na Teoria

    Monistica; E um poder originrio nasce no momento em que nasce o

    Estado, Exclusivo, so o Estado possui, incondicionado que encontra limites no prprio Estado, coativo: o Estado, no seu exerccio ordena e impe meios de cumprir suas ordens.

    Divergem fundamentalmente da Escola clssica Francesa; E a capacidade de autodeterminao do Estado por direito

    prprio exclusivo; E uma qualidade do poder do Estado, ou seja, uma

    qualidade do Estado perfeito; nica fonte de Direito e o Estado, ou seja, na Teoria

    Monistica; E um poder originrio nasce no momento em que nasce o

    Estado, Exclusivo, so o Estado possui, incondicionado q encontra limites no prprio Estado, coativo: o Estado, no

    Escola clssica Francesa (Rousseau); Rei e depositrio no proprietrio; A Coroa no pertence ao Rei, o Rei que pertence a Coroa; Nao e fonte nica do poder soberano; O rgo governamental s exerce legitimamente mediante o

    consentimento nacional; Mandato representativo; Autonomia jurdica entre o representante e representado; E originaria da nao, no sentido estrito de populao

    nacional (ou povo nacional); Exercem os direitos de soberania apenas os nacionais ou

    nacionalizados; No h que confundir a teoria da soberania popular, que

    amplia o exerccio do poder soberano aos aliengenas residentes no pas.

    Divergem fundamentalmente da Escola clssica Francesa; E a capacidade de autodeterminao do Estado por direito

    prprio exclusivo- Jellinek; E uma qualidade do poder do Estado, ou seja, uma qualidade do

    Estado perfeito; nica fonte de Direito e o Estado, ou seja, na Teoria Monstica; O Direito feito pelo o Estado e para o Estado; A Soberania e um poder jurdico, um poder de direito; um poder originrio nasce no momento em que nasce o

    Estado, Exclusivo, s o Estado possui, incondicionado que encontra limites no prprio Estado, coativo: o Estado, no seu exerccio ordena e impe meios de cumprir suas ordens.

    E estritamente jurdica, e um direito do Estado de carter absoluto;

    Sem limitao de qualquer espcie, nem mesmo do direito natural cuja existncia e negada;

    S existe o direito estatal, elaborado e promulgado pelo Estado; A vida do direito esta na fora coativa que lhe empresta o Estado; A soberania e ilimitada e absoluta; Toda forma de coao estatal e legitima e a vontade soberana do

    Estado; Todo Direito emana do estado e este se coloca acima do direito; O Estado no pode cria arbitrariamente o direito ele cria a lei; Carter absolutista e totalitrio; Justificaram os Estados nazistas, fascistas e todos os

    totalitarismos.

  • 18 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    1.6 Negativista

    1.7 Realista

    ou Institucionalista

    1.8 Limitaes

    E de natureza absolutista; A soberania uma ideia abstrata, no existe concretamente; Estado, nao, direito e governo so uma s e nica

    realidade; No h direito natural nem qualquer outra fonte de

    normatividade jurdica que no seja o prprio Estado; A soberania uma lei onde o Estado a aplica.

    E a quem mais se aproxima da nossa realidade atual; A soberania e originalmente da Nao (quanto a fonte do

    poder), mas, juridicamente , do Estado (quanto ao seu exerccio);

    Nao e Estado so realidades distintas, uma sociolgica e outra jurdica;

    No Direito pblico internacional ambas compe a mesma personalidade;

    Soberania como poder relativo, sujeito a limitaes; Institucionalizao no rgo estatal.

    Limitam a soberania os princpios do Direito natural, porque o Estado e apenas instrumento de coordenao do Direito;

    O direito que o Estado emana so tem legitimidade quando se conformas leis eternas e imutveis da natureza;

    Limita a soberania do Direito Grupal, porque sendo o fim Estado o bem comum, compete-lhe coordenar a atividade e respeitar a natureza (a famlia, escola, corporao econmica ou sindicato profissional);

    O plano internacional, a soberania e limitada pelos imperativos da coexistncia de Estados soberanos (pases em desenvolvimento, por problemas financeiros , dependeriam de decises estrangeiras para tomar decises simples como por exemplo: investir na produo de energia eltrica.

  • 19 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO VIII

    1. SOBERANIA E GLOBALIZAO

    Estado soberano ilimitado, salvo limitaes do Direito natural;

    Soberania em vias de extino, segundo fatores modernos; Globalizao, explorando fronteiras, influenciando, economias e organizaes

    polticas no mundo;

    Conceito de globalizao no uniforme, e ainda atinge pases de diversas formas;

    Globalizao um processo de internacionalizao de regras, interferncia poltica, impulsionado pela economia e novas tecnologias;

    Globalizao produz reflexos no conceito de soberania, em cada pas;

    Atingi principalmente pases desenvolvidos e em desenvolvimento; Efeito da globalizao sobre o conceito de soberania (extino ou

    sobrevivncia da soberania);

    Miguel Reale- a globalizao um fenmeno inevitvel, v o seu avano atravs de multinacionais, aumenta a responsabilidade de cada Estado de resguardar sua soberania;

    Blocos econmicos- so formas de interao de Estados soberanos atravs de tratados e convenes, fazendo desse meio a globalizao;

    Classificao dos Blocos internacionais:

    Intergovernamentais - a subordinao das decises do bloco vontade poltica dos Estados membros.(MERCOSUL, NAFTA, ALADI, CAN, CARICOM, EFTA, SADC, ANZCERTA, ASEAN, APEL).

    Supranacionais- cada Pas transfere sua soberania a um rgo comum, sendo

    as decises desse obrigatrias, independente de qualquer manifestao interna.

    Exemplo: Unio Europeia (CEE) e tem como rgo mximo o Parlamento europeu;

    Outros rgos que atuam com poderes supranacionais:

    Tribunal de Justia, Tribunal de Contas, comit econmico social, comit das regies, Banco Central Europeu e Banco Europeu de Investimentos.

  • 20 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO IX

    1. NASCIMENTO DE EXTINO DO ESTADO I

    NASCIMENTO

    Nascimento do Estado= populao +territrio +governo

    SURGIMENTOD DO ESTADO

    Os primeiros estados surgiram atravs dos comunidades primitivas; Evoluo natural da sociedade humana; Direito Natural- Antes do surgimento do Estado j existiam regras de

    comportamento ditados pelo direito natural; Direito positivo- Organizao Estatal.

    NAO

    Entidade de Direito natural (tnica).

    ESTADO

    Fenmeno jurdico, obra do homem, contingente e falvel.

    MODOS DE NASCIMENTO DO ESTADO

    Originrio

    Secundrio

    Derivados Colonizao Concesso dos direitos de soberania Ato de governo

    Nacional Sucessoral

    Confederao Federao Unio pessoal Unio Real

    Unio

    Diviso

  • 21 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MODO ORIGINRIO

    Auto nasce, do prprio meio nacional, com a evoluo da sociedade; Sem dependncia de qualquer fator externo; Estado rgo positivado do Direito natural; Homogeneidade da populao (vnculos de raa, lngua, religio, costumes,

    sentimentos e aspiraes comuns;

    Constituio de um Estado totalmente novo sem derivar de outro preexistente; Roma e Atenas so exemplos de formao originria; No mundo moderno (Queiroz Lima)- Irredutibilidade de interesse, necessidade

    de autonomia econmica e poltica, divergncia de raas, ndole e aspiraes;

    Exemplo de criao de estado sem o requisito homogeneidade o Estado da Califrnia que reuniu indivduos de todas as origens, e posteriormente se

    incorporou a Federao do Estados Unidos da Amrica do Norte.

    1. MODO SECUNDRIO

    Pode nascer da Unio ou da Diviso de Estados.

    1.1 UNIO DE ESTADOS

    1.1.1 CONFEDERAO

    Unio de pases independentes que tenham interesses em comum; Que tenham o intuito de fortalecer a defesa de todos contra uma agresso

    externa;

    Os pases membros no perdem a soberania;

    Chefe de governo no chefe de Estado; Unio por meio de pacto contratual (tratados); Os Estados mantm sua personalidade jurdica; Eventualmente podem adotar uma constituio comum; Governada por assembleia constituda por representantes dos Estados, os

    quais tem direitos e deveres idnticos;

    Capacidade internacional limitada; A nacionalidade dos indivduos permanece resguardada;

  • 22 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    A fora militar a soma dos contingentes dos Estados membros; Direito a nulificao, e direito a sesso;

    Fase de um processo que caminha em direo a federao; Exemplo de tempos antigos: Becios, Arcdios, Helvtica; Exemplos atuais: Comunidade dos Estado independente (CEI), surgiu com a

    dissoluo da antiga Unio sovitica.

    1.1.2 FEDERAO

    Unio nacional, perptua, indissolvel de provncias, que constituem uma s pessoa de Direito pblico internacional;

    uma organizao jurdica baseada numa Constituio. Diferente do que ocorre no Estado confederado, na federao no h

    possibilidade de desligamento, e o estado que quiser se separar pode ser

    legitimamente coagido pela Unio a permanecer;

    Os Estados membros, so autnomos, possuem governo prprio mas no possuem soberania, so submetidas ao Estado Federal;

    Obs: autnomos- Possuem competncia ou prerrogativas garantidas pela

    constituio, que no podem ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo

    governo central.

    Estado Federal soberano para fins de Direito Internacional; As Federaes so unidades de diviso histricas, geogrficas e politco-

    administrativa de uma s nao;

    Tem como caracterstica distribuio do poder em dois planos (federal e

    estadual), existncia de um Supremo tribunal federal, Composio bicameral

    do poder legislativo (Cmera dos deputados e Senado Federal);

    Exemplo de Estados Federais: Argentina, Alemanha, Austrlia, Brasil, Canad, Rssia etc.

    1.1.2.1 FEDERAO NO BRASIL

    So entidades subnacionais, autnomas (autogoverno, autolegislao e auto-arrecadao);

    Dotadas de governo e constituio prprias;

  • 23 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Brasil divido poltica e administrativamente em 27 unidades federativas,

    sendo 26 estados e um distrito federal;

    Nestes o poder executivo e exercido por um governador eleito (com possibilidade de reeleio), Poder judicirio e exercido por tribunais estaduais

    de primeira e segunda instncia que cuidam da justia comum;

    Cada Estado possui uma assembleia legislativa unicameral (com uma cmera

    de deputados e no possuem um senado Estadual;

    Deputados estaduais que votam leis estaduais; A assembleia legislativa fiscaliza as atividades do poder executivo dos

    estados e municpios;

    No municpio no h poder judicirio; Para exercer a fiscalizao os Estados possuem tribunais de contas, com

    objetivo de prover assessoria quanto ao uso de verbas pblicas;

    O Distrito federal diferente dos Estados membros no pode se dividir em

    municpios, porm pode arrecadar tributos atribudos como se fosse um

    Estado e tambm como municpio.

    DIFERENA ENTRE CONFEDERAO X FEDERAO Na confederao os estados constituintes no abandonam sua soberania e na

    federao a soberania e transferida para o estado federal; Na federao os membros no podem se dissociar do poder central, na

    Confederao os Estados tem soberania para decidir sua permanncia ou no na confederao.

    1.3 UNIO PESSOAL A Unio pessoal uma forma composta de Estado, exclusiva s monarquias; o governo de dois ou mais pases por um s monarca; Unio de natureza precria, transitria porque decorre de eventuais direitos

    sucessrios ou convencionais de um determinado prncipe; Os Estados que se unem por unio pessoal no perdem as respectivas

    independncias; A unio pessoal j passou categoria histrica, devido forma precria e sem

    qualquer vantagem poltica, no mais existindo atualmente;

  • 24 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Exemplos de unio pessoal: Alemanha e Espanha sob o poder de Carlos V,

    Inglaterra e Hanover sob o governo de George IV, Polnia e Sarre, sob o reino de Augusto etc.

    1.4 UNIO REAL A unio real tambm s possvel em monarquias; Resulta da unio de dois ou mais Estados sob governo de um nico soberano,

    formando uma s pessoa de Direito internacional; Estados conservem suas diferenciadas organizaes nacionais; A unio real definitiva, diferentemente da pessoal que transitria; Os Estados conservam alguma autonomia poltica, sendo que no entanto a sua

    personalidade jurdica internacional confiada Unio;

    Exemplos: Sucia e Noruega, ustria e Hungria, Inglaterra, Esccia e Irlanda

    que formam a Gr-Bretanha.

    1.5 DIVISO NACIONAL a que se d quando determinada regio ou provncia integrante de um

    Estado obtm a sua independncia e forma um novo Estado;

    H os exemplos da diviso da monarquia de Alexandre, do retalhamento do primeiro imprio napolenico e da separao dos chamados Pases Baixos;

    Na reorganizao da Europa aps a segunda guerra mundial; Vrios casos de diviso nacional se verificaram por convenincia e imposio

    dos vencedores.

    1.5 DIVISO SUSSORIAL

    Quando Estado divido pelo monarca entre seus parentes, desdobrando-se,

    assim, em reinos menores autnomo;

    O direito pblico moderno no d agasalho a essa antiquada forma de criao do Estado.

  • 25 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    2. MODO DERIVADO

    O Estado surge em consequncia de movimentos exteriores, quais sejam:

    a) colonizao; b) concesso de direitos de soberania e c) ato de governo.

    2.1 COLONIZAO

    Forma utilizada pelos gregos que povoaram terras e criaram Estados;

    Exemplos do Brasil e da demais antigas colnias americanas povoadas pelos ingleses, espanhis e portugueses, as quais transformaram posteriormente em

    Estados livres.

    2.2 CONCESSO DOS DIREITOS DE SOBERANIA

    Os monarcas, outorgavam os direitos de autodeterminao aos seus principados, ducados, condados, etc;

    Nos tempos atuais, a Irlanda, o Canad e outras colnias da British Commonwealth of Nations caminham progressivamente para a sua completa

    independncia, atravs de concesses feitas pelo governo ingls.

    2.3 ATO DE GOVERNO

    a forma pela qual o nascimento de um novo Estado decorre da simples

    vontade de um eventual conquistador ou de um governante absoluto;

    Napoleo I criou assim diversos Estados, to-somente pela manifestao da sua vontade incontestvel.

    3. DESENVOLVIMENTO DE DECLNIO

    Estado se desenvolve em sentido progressivo; Declnio provem da corrupo dos costumes, da falta de conscincia cvica,

    relaxamento do sistema educacional e perverso da justia;

    Estado entra num processo de depauperamento orgnico.

  • 26 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    4. EXTINO

    a ausncia total ou parcial de um dos elementos formadores do Estado.

    4.1 EXTINO POR CONQUISTA

    Quando o Estado, invadido por foras estrangeiras, ou dividido violentamente por um movimento separatista insuflado por interesses externos.

    Exemplo a Polnia na rbita internacional, em 1772, em 1793 e no decurso da primeira guerra mundial.

    4.2 EMIGRAO

    Quando toda a populao nacional abandonou o pas, como se deu com os helvticos ao tempo de Csar.

    4.3 EXPULSO

    Quando as foras conquistadoras, obrigam a populao vencida a se deslocar para outra regio. Foi o que ocorreu em diversos pases da Europa por ocasio das invases brbaras. 4.4 RENNCIA DOS DIREITOS DE SOBERANIA

    a forma de desaparecimento espontneo; Uma comunidade nacional pode renunciar aos seus direitos de

    autodeterminao, em benefcio de outro Estado mais prospero, ao qual se

    incorpora, formando um novo e maior Estado;

    Mais recentemente tivemos o exemplo do Estado mexicano do Texas, abriu mo da sua soberania para ingressar na federao americana.

  • 27 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO X

    1. NASCIMENTO DE EXTINO DO ESTADO II

    JUSTIFICAO

    De muita importncia transcendental, pois envolvem, direta ou indiretamente,

    os interesses comuns de todos os povos; A criao ou a supresso de um Estado seja aprovada pelas outras potncias,

    de forma que um fato poltico se harmonize com o princpio da coexistncia pacfica de soberanias internas;

    A poltica internacional tem adotado, desde o sculo passado, as seguintes teorias que justificam o Estado:

    Princpio das nacionalidades; Teoria das fronteiras naturais; Teoria do equilbrio internacional; Teoria de livre-arbtrio dos povos.

    A) PRINCPIO DAS NACIONALIDADES

    O conceito de nacionalidade veio impor uma nova frmula baseada na liberdade que deve ter cada nao de organizar-se segundo suas tradies;

    Os grupos humanos, diferenciados por vnculos de raa, lngua, usos e costumes, tradies, etc., constituem grupos nacionais e devem formar, cada

    um, o seu prprio Estado.

    O princpio das nacionalidades, tanto se presta para o bem como para o mal;

    realizaram-se violentas usurpaes, como as anexaes ex: racismo

    germnico;

    Rssia procurou estender a sua hegemonia s pequenas naes de raa eslava, com a criao da Unio das Repblicas Socialistas Soviticas (URSS), extinta

    em 1991.

  • 28 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    B) TEORIA DAS FRONTEIRAS NATURAIS

    Instrumento a ser utilizado pelos pases militarmente fortes. Os quais alegaram que a nao deveria ter o seu territrio delimitado pelos grandes

    acidentes geogrficos naturais;

    Contribuiu para a conflagrao do mundo, levando os estadistas procura de outros princpios, para assegurar uma harmonia nas relaes internacionais.

    C) TEORIA DO LIVRE - ARBTRIO DOS POVOS

    A Defende a vontade nacional como razo de Estado; Assemelha-se no princpio da nacionalidade; Tem suas razes na filosofia liberal; Inspirada nas pregaes de Rousseau e da Revoluo Francesa;

    Nenhuma potncia tem o direito de submeter um Estado contra a vontade soberana da populao;

    S o livre consentimento de cada povo justifica e preside a vida do Estado; Ex: Restaurao da Polnia, Independncia da Iugoslvia, criao da

    Checoslovquia etc;

    CEI, forma confederativa que respeita o livre-arbtrio dos povos que a compe.

  • 29 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XI

    ORIGEM DOS ESTADOS

    GENERALIDADES

    As teorias de origem so baseadas em meras hipteses;

    No confundir com nascimento do Estado!

    1. TEORIA DA ORIGEM FAMILIAR

    Fundo bblico (casal originrio);

    1.1 TEORIA PATRIARCAL

    Duas correntes principais: patriarcal e matriarcal; Autoridade suprema pertence aos descendentes do varo mais velho; Estado uma ampliao da famlia patriarcal; Israel originou-se da famlia de Jacob, conforme relato bblico;

    Elementos bsicos da famlia para organizao do Estado: unidade do poder, direito de primogenitura, inalienabilidade do domnio territorial, etc;

    Rousseau em harmonia com a doutrina de Aristteles, afirma que a famlia o primeiro modelo da sociedade poltica;

    Seus divulgadores foram Sumner Maine, Westermack e Starke.

    1.2 TEORIA MATRIARCAL

    Bachofen foi o principal defensor desta teoria, seguido por Morgan, Grose,

    Kholer e Durkheim;

    A primeira organizao familiar teria sido baseada na autoridade da me; Como geralmente era incerta a paternidade, teria sido a me a dirigente e

    autoridade suprema das primitivas famlias;

    O clan matronmico, a mais antiga forma de organizao familiar, seria o

    fundamento da sociedade civil;

    O matriarcado, que no deve ser confundido com a ginecocracia ou hegemonia poltica da mulher.

  • 30 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    2. TOERIA PATRIMONIAL

    Razes da filosofia de Plato, no Livro II de sua Repblica, originar-se o Estado da unio das profisses econmicas;

    O Estado como uma organizao destinada a proteger a propriedade e regulamentar as relaes de ordem patrimonial;

    O direito de propriedade um direito natural, anterior ao Estado; Foi acolhida pelo socialismo, doutrina poltica que considera o fator

    econmico como determinante dos fenmenos sociais.

    3. TEORIA DA FORA

    Tambm chamada da origem violenta do Estado; Poder de dominao dos mais fortes sobre os mais fracos - Bodim que o que

    d origem ao Estado a violncia dos mais fortes;

    O poder pblico uma instituio que surgiu com a finalidade de regulamentar a dominao dos vencedores e a submisso dos vencidos;

    O Estado que se forma por imposio da fora o Estado real; O Estado racional provm da razo, segundo a frmula contratualista;

    Formao originria dos Estados a guerra foi, em geral, o princpio criador dos povos- Jellinek;

  • 31 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XII

    JUSTIFICAO DO ESTADO I JUSTIFICAES TEOLGICOS-RELIGIOSA

    Necessidade de uma firma justificao doutrinria do poder que foi se

    tornando cada vez mais imperiosa;

    Derivao do Estado: a) sobrenatural (estado divino);

    b) da Lei ou da razo (Estado humano);

    c) da histria ou da evoluo (Estado Social);

    As mais antigas teorias, aquelas que atribuem ao Estado, uma contextura mtua, isto uma origem sagrada tem maior impotncia histrica;

    As atribuies mais antigas quanto ao poder do Estado so as chamadas teorias teolgico-religiosos,que se dividem em: direito sobrenatural e direito

    dividido providencial.

    TEORIA DO DIREITO SOBRENATURAL

    Estado foi fundado por Deus, atravs de um ato concreto de manifestao de

    sua vontade;

    O rei ao mesmo tempo sumo sacerdote, represente de Deus nas ordens temporal e governador civil;

    Cada povo possua sua concepo sobre a origem do poder, principio da

    legitimidade da autoridade soberana;

    Em todas as monarquias orientais, p estado no apenas um fundamento teolgico e um estado teocrtico, governado pelo Rei Deus;

    Soberano era fonte nica do Direito, sua pessoa confundia-se com o Estado;

    Autoridade real invencvel, sendo-lhe seu nico contra peso o temor de Deus- Bossuet.

  • 32 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    TEORIA DO DIREITO DIVINO PROVIDENCIAL

    a mais racional, admite que o Estado de origem divina, porm por manifestao providencial da vontade de Deus;

    Deus dirige providencialmente o mundo, guiando a vida dos povos e determinando os acontecimentos histricos;

    O Poder vem de Deus, mas no por manifestao visvel e concreta de sua vontade, o poder vem de Deus atravs do povo;

    Os homens organizam os governos, estabelecem as leis e confirmam as autoridades nos cargos e ofcios, sobre a direo invisvel da providncia

    divina- Queiroz Lima;

    Foi uma Doutrina de franca reao ao absolutismo monrquico; Pregou a separao dos dois poderes: temporal e espiritual, poder divino

    originrio e superior devendo o Estado respeitar as leis eternas e imutveis do

    criador na ordem temporal;

    O rei e senhor e servo ao mesmo tempo, tanto aos olhos de Deus como aos olhos do povo;

    O rei ungido;

    Encclica (constituio crist dos Estados) defini a distino entre os poderes temporal e espiritual, bem como a soberania de cada um deles, no seu gnero

    e finalidade.

  • 33 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XIII

    JUSTIFICAO DO ESTADO II

    TEORIA RACIONALISTA (JUSNATURALISMO)

    Justifica o Estado como de origem convencional, como produto da razo

    humana;

    Sociedade civil (estado organizado) nasceu de um acordo utilitrio e consciente entre os indivduos;

    Direito divino dos Reis cedeu lugar ao direito humano.

    HUGO GROTIUS Precursor da doutrina do direito natural; Precursor do racionalismo na cincia do Estado;

    Esboou a diviso dicotmica do Direito em positivo e natural; Acima do direito positivo, contingente, varivel, estabelecido pela vontade,

    dos homens existe um direito natural, imutvel, absoluto, independente do

    tempo e do espao decorrente da prpria natureza humana;

    Conceituou o Estado como uma sociedade perfeita de homens livres que tem por finalidade a regulamentao do direito e a consecuo do bem-estar

    coletivo.

    EMMANUEL KANT

    O homem reconhece que a causa necessria e livre das suas aes (razo pura) e que deve obedecer a uma regra de comportamento preexistente (imperativo categrico);

    O direito tem por fim garantir a liberdade, conduze-te de modo tal que a tua liberdade possa coexistir com a liberdade de todos e de cada um;

    Ao sarem do estado de natureza para o de associao, limitao externa, livre e publicamente acordada, surgindo, assim, a autoridade civil, o Estado.

  • 34 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    TOMAZ HOBBES

    Seu absolutismo racional e sua concepo do Estado tende a conformar-se

    com a natureza humana;

    O homem no naturalmente socivel como pretende a doutrina aristotlica; No estado de natureza o homem era inimigo feroz dos seus semelhantes,

    cada um devia se defender contra a violncia dos outros;

    Para sarem desse estado catico, todos indivduos teriam cedido os seus

    direitos a um homem ou a uma assembleia de homens, que personifica a

    coletividade e que assume o encargo de conter o estado de guerra;

    Distinguiu duas categorias de Estado: o Estado real, baseado sobre as relaes da fora, e o Estado racional deduzido da razo.

    BENEDITO SPINOZA

    Defendeu as mesmas ideias de Hobbes, embora com concluses diferentes;

    A razo ensina ao homem que a sociedade til, que a paz prefervel

    guerra e que o amor deve prevalecer o dio.

    Os indivduos cedem os seus direitos ao Estado para que este lhes assegure a

    paz e a justia.

    Falhando nestes objetivos, o Estado deve ser dissolvido, formando-se outro;

    Coloca a nao acima do Estado.

    JOHN LOCKE

    Desenvolveu o contratualismo em bases liberais, opondo-se ao absolutismo

    de Hobbes;

    Precursor do liberalismo na Inglaterra;

    O homem no delegou ao Estado seno poderes de regulamentao das

    relaes externas na vida social;

    Reservou para si uma parte de direitos que so indelegveis;

    As liberdades fundamentais, o direito vida;

    Encara o governo como troca de servios: os sditos obedecem e so

    protegidos e a autoridade dirige e promove justia;

  • 35 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Propriedade privada,tem sua base no direito natural, onde o estado no cria a

    propriedade, mas reconhece e protege;

    Liberdade religiosa, sem dependncia do Estado.

    Precursor da teoria dos trs poderes fundamentais.

    MALUF- CAPITULO XIV

    1. JUSTIFICAO DO ESTADO - III

    1.1 TEORIA DO CONTRATO SOCIAL

    ORIGEM:

    Especulaes dos sofistas; Idade Mdia -Escola espanhola; Jusnaturalismo -Hugo Grotius; Slida presso cientifica Emmanuel Kant;

    HOBBES:

    O homem o lobo do prprio homem; Contrato: pacto voluntrio com o Estado; Direitos de liberdade e autodeterminao concedidos ao Estado em busca da paz

    social e da segurana; Sujeio total do homem=absolutismo= poder soberano.

    LOCKE:

    Precursor do liberalismo na Inglaterra; Defendia a limitao do poder de governo; Homens delegam seus direitos mas somente os necessrios para a manuteno

    da paz e da segurana; Ao Estado cabe: Regular as condies externas da vida em sociedade; Respeito e garantia dos direitos fundamentais dos homens.

    J.J ROUSSEAU:

    Deu mxima expresso ao contratualismo; Livro O Discurso trata das causas da desigualdade = parte critica; Livro Contrato Social = parte dogmtica;

  • 36 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Para ele o Estado convencional; O Estado regula a vontade geral = maioria dos indivduos; A Nao superior ao Rei; No h direito divino da Coroa; Direito Legal proveniente da Soberania Nacional; Soberania Nacional: Ilimitada, ilimitvel, inconstragvel. O governo pode ser destitudo quando no justo. O povo tem o direito de

    substitui-lo refazendo o contrato ( Direito de Revoluo );

    MALUF- CAPITULO XV

    1. JUSTIFICAO DO ESTADO - IV 1.1 ESCOLA HISTRICA

    Oposio ao contratualismo; Estado = organizao convencional + determinado territrio; Estado um fator social onde realidade histrica diferente de manifestao

    formal de vontades; Apoiada nos ensinamentos de Aristteles; A famlia a clula primria do Estado.

    1.2 EDMUND BURKE

    Condenou os princpios da Revoluo Francesa; Para ele, somente natural e justo o que provm do desenvolvimento histrico.

    A natureza e a historia se identificam como determinantes e justificativas dos fenmenos sociais;

    Deixadas a si mesmas, as coisas encontram geralmente a ordem que lhes convm;

    Queiroz Lima afirma que a escola histrica profundamente racionalista.

  • 37 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XVI

    1. JUSTIFICAO DO ESTADO - V 1.1 PANTESMO

    Sistema filosfico monista que integra em uma s realidade DEUS e o

    MUNDO; Sujeito (ser) = objeto absoluto; Natureza = reinos animal, vegetal e mineral; Historia = famlia, sociedade, Estado; Nega o livre arbtrio e o convencionalismo jurdico; Admite em tudo um falismo cego, um determinismo invencvel; Ernesto Haeckel sustentava que Deus era a lei suprema do mundo; O Direito imanente de Deus; O poder do Estado = poder absoluto Monismo pantesta = conceito natural de Deus.

    CONTRADIES:

    Considera um todo integro, uma s ideia. (Deus, Direito, Estado) 1.2 ESCOLA ORGNICA

    Relaciona Escola Orgnica = Cincia do Estado = Pantesmo; Estado um organismo natural = organismo dos seres vivos; Tal como os seres vivos o Estado nasce, floresce e morre; Fundamentada nos ensinamentos de Plato.

    CRITICAS:

    Considera Organismo = sociedade, diferente de Estado. Estado o rgo de discernimento da entidade orgnica coletiva;

    1.3 NEOPANTESMO

    Nova orientao ao organicismo, abandonando a comparao do Estado com a Biologia para compara-lo com a Psicologia;

    CRTICAS:

    Apesar da nova comparao a teoria continuou sendo uma teoria metafrica.

  • 38 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF-CAPTULO XVII

    1. JUSTIFICAO DO ESTADO - VI

    1.1 TEORIA DA SUPREMACIA DAS CLASSES

    Chamada tambm de Escola Sociolgica Alem; Reune os princpios da fora e do interesse patrimonial;

    1.2 GUMPLOWICZ E OPPENHEIMER

    1.2.1 GUMPLOWICZ:

    Apresentou a noo dupla de propriedade; Propriedade individual: bens mveis; direito natural; Propriedade coletiva: sobre a terra ilegtima e inadmissvel; O Estado uma organizao da supremacia da classe dominante. Defende o principio do fato consumado onde a violncia no permanente e

    toda a guerra chega ao fim.

    1.2.2 LEON DUGUIT:

    O Estado favorece a superposio de classes; O Estado a fora a servio do Direito; Os fracos se submetem a autoridade dos fortes em troca de segurana e proteo; O poder poltico o poder dos mais fortes; O Estado uma organizao em que vontades individuais dominantes dirigem a

    massa dos governados;

    1.2.3 OPPENHEIMER:

    Apresenta um sentido diretamente marxista; Para ele o Estado uma organizao de classes; Defendia a teoria politica = teoria de classes;

    2. TEORIA DO ESTADO BOLCHEVISTA

    Defensores: Marx e Engels; O Estado considerado um instrumento de dominao da classe operaria;

  • 39 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XVIII

    1. JUSTIFICAO DO ESTADO - VII

    1.1 TEORIA DE LEON DUGUIT

    Definio: Uma sociedade onde vontades individuais mais fortes se impem as outras vontades;

    Conceito: baseado na filosofia de Aristteles, onde o Estado formado de governantes e governados;

    Organizao do Estado = governantes x governados.

    CRTICAS:

    Para o regime democrtico h duas correntes: Governo = poder de mando; Povo = poder de resistncia; A maior fora o poder da soberania, proveniente da nao. A populao nacional da soberania transfere aos seus representantes o exerccio

    do poder, mas o conserva na substncia; contra a natureza do Estado democrtico e existncia de classes superpostas.

    CONCLUSES:

    Duguit considera o governo como um simples fato social e no como um fato jurdico, desenvolveu a teoria do direito independente da Teoria do Estado.

  • 40 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XIX

    1. EVOLUO HISTRICA DO ESTADO I

    1.1 A LEI DOS TRS ESTADOS DE AUGUSTO COMTE Cada manifestao do pensamente humano passa sucessivamente por

    trs graus tericos diferentes:

    Estado teolgico ou fictcio; Estado metafsico ou abstrato; Estado positivo ou cientifico;

    1.2 QUEIROZ LIMA Retratou a Doutrina da seguinte forma:

    1 ESTADO PRIMITIVO = teocrtico = direito divino natural; 2 METAFISICO = vontade do povo = origem do poder soberano; 3 NOO POSITIVA DO ESTADO = soberania = estado como fora a

    servio do direito;

    1.3 QUEIROZ LIMA Classificao da evoluo do Estado

    ESTADO ORIENTAL: teocrtico; politesta; feitio mais humano e mais racional. Ex: Estado de Israel;

    ESTADO GREGO: separao entre religio e politica; ESTADO ROMANO: concentrao politica e econmica; ESTADO FEUDAL: descentralizao politica; administrativa e econmica; ESTADO MEDIEVAL: centralizao do poder, predominncia do Papado sobre

    o governo temporal; ESTADO MODERNO: descentralizao feudal e contra o controle da Igreja

    Romana; ESTADO LIBERAL: Revoluo Francesa, baseado na principio da Soberania

    Nacional; ESTADO SOCIAL: diversas variantes, a partir de 1 guerra mundial;

  • 41 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Evoluo histrica Do Estado Evoluo histrica Do Estado 1.4 O ESTADO ANTIGO

    Origem no Oriente desde 3.000 anos antes da Era Crist; Monarquia absoluta e sem limitao: forma de governo; Guerras constantes: forma de conquista e escravizao; Instabilidade territorial; Populao heterognea; Teocrtico: o monarca era representante das divindades; Poder do monarca era absoluto, no tinha limitao de ordem temporal; Politesmo: acreditavam em diversas divindades

    Idade Antiga

    Idade Mdia

    Estado Antigo(Imprio Tecrticos) Estado de Israel Estado Grego (Plis) Estado Romano (Civitas)

    Monarquias medievais; Feudalismo; Estado Medieval e Igreja Romana

    Renascena

    Idade Moderna

    Absolutismo Monrquico

    Reao antiabsolutistas; Liberalismo; Reaes antiliberais (socialismo, fascismo, nazismo etc. Estado social- democrtico.

  • 42 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    1.5 O ESTADO DE ISRAEL

    Estado democrtico: os indivduos tinham proteo do Estado;

    O Estado dava proteo aos fracos e desamparados, fossem cidados ou

    escravos, nacionais ou estrangeiros;

    Povo no tinha no tinha participao efetiva nos negcios do Estado;

    Poder limitado pelas leis de Jeov;

    Tabuas do Sinai, constituio do Estado de Israel (ditadas Por Jeov e Moiss);

    O Rei de Israel era apenas civil e militar, escolhido por Deus;

    O Rei era em ordem temporal, executor da vontade de Deus;

    Suas instituio descrita na bblia, influram na configurao da Igreja primitiva,

    formao pensamento poltico idade mdia e rumos do Direito pblico dos

    tempos modernos;

    Crena geral: Deus dirigia o povo hebraico pela voz dos chefes e patriarcas;

    Legislao judia: sentido humano e democrtico;

    Instituio prpria do povo Israelita era o Profetismo (profetas recebiam

    inspirao de Deus), sua palavra era acatada por todos, inclusive os Reis;

    O novo Estado de Israel ressurgiu em 1948, criado pela diviso da Palestina.

  • 43 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XX

    1. EVOLUO HISTRICA DO ESTADO II

    ESTADO GREGO

    490-429 a.C : Pricles projetou Atenas em seu apogeu militar; Sc IX a.C : o estado era monrquico, cada cidade tinha seu rei e conselho de

    ancios, nos casos mais importantes se convocava a Assembleia geral dos cidados;

    Havia uma aristocracia dominante; 60% de escravos sem direito poltico; 20.000 estrangeiros. POLIS Estado antigo grego, foi sempre Estado-cidade, denominado Polis,

    circunscrito no limite da comunidade urbana ou cantonal;

    Sculo VIII ou IX a.C: perodo da Repblica democrtica direta

    Sculo IV: surge a Constituio (corpo de leis;

    Conselho de Ancios subordina-se Assembleia dos cidados;

    Quem ocupava cargos pblicos tinha um mandato de um ano e devia prestar

    contas periodicamente;

    No havia mistura de Estado e Religio nas mesmas instituies;

    A Plis era unipotente;

    Llimites : interveno do povo, negcios estatais e justia;

    Estados-cidades: sistema de hegemonia onde havia um Senado em cada Polis,

    Assembleias regionais e gerais reunindo todos os estados gregos.

    PLATO Desenvolvimento da Cincia poltica, ideal tico-esttico;

    A verdade (filosofia) do Estado consistia numa boa opinio;

    Repblica de Plato : - O Estado ideal o justo que encontra sua unidade

    possvel nas mos dos filsofos.

    Sbios deveriam reinar sobre guerreiros;

    Estado uma virtude humana e s nele o homem atinge sua perfeio;

  • 44 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Propriedade privada : a cada homem deveria ser dado um trecho de terra;

    inalienvel e transmissvel apenas para herdeiros, dessa forma no haveria

    desigualdade de fortuna;

    Famlia: O matrimnio passaria por conselho de um sbio;

    Limitao populacional : eliminar os filhos com defeitos fsicos e psquicos

    com a superviso do Estado.

    ARISTTELES- REALISTA

    Mantm a famlia e a propriedade privada;

    O homem um ser poltico e tende a viver em sociedade encarando o Estado;

    como necessrio j que faz parte da sua natureza;

    Coordenao e harmonia;

    Auto suficiente (autarquia);

    Finalidade: segurana da vida social, sua regulamentao e promoo do bem

    estar;

    Justia social : a manifestao popular no deveria ser apenas quantitativa

    ;(nmeros), mas uma expresso qualitativa (qualidades morais e cvicas)

    A educao a alma da democracia.

  • 45 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XXI

    1. EVOLUO HISTRICA DO ESTADO III

    ESTADO ROMANO Estado-cidade chamado de Civitas, foi uma ampliao da famlia patriarcal,

    onde o poder do pater era absoluto, a este se deu o nome de manus e depois

    de majestas;

    ORIGEM

    Tinha sua origem na ampliao da famlia, a qual era constituda pelo pater, escravos (servus);

    A autoridade do pater famlia era absoluta, juiz e senhor, com poder de vida e morte sobre todos os componentes do grupo (jus vitae et necis);

    O poder incontestvel do pater chamou-se majestas; Colocou-se a famlia sob o poder pblico (ncleo inicial do Estado) onde se

    dividiu a populao romana em:

    Patrcios: paters e descendentes (nobreza com privilgios, liberdade e poder

    poltico);

    Clientes: servidores das famlias (posse das terras mas sem seu domnio);

    A cidade romana fundou-se no Monte Paladino e se dava assim: Reunio de

    genes Curias Tribus Civitas;

    Quando a sociedade foi dividida em cinco classes, foi estas agrupadas em

    Centrias;

    Plebe: Inferior a classe dos clientes, sem famlia, ptria ou religio, viviam

    margem da sociedade na encosta do Monte Capitolino, eram os prias;

    Queda da realeza primitiva (Revoluo social da Roma republicana):

    desmembram-se as genes, libertaram-se os clientes e os plebeus conquistaram

    seus primeiros direitos de cidadania.

  • 46 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    ESTADO ROMANO X ESTADO GREGO

    Estado Romano distinguia o Direito e Moral, seu papel limitava-se na

    segurana da ordem pblica;

    A propriedade privada era um direito quiritrio; O homem deveria submeter-se s leis estatais;

    Era uma nao organizada onde a vontade nacional era a fonte legtima do direito;

    CONCEITO DE CIVITAS

    Roma se conservou como Estado-municipal as eleies se realizavam

    somente em Roma no Campo Marte em forma de comcios;

    Quem no comparecesse no podia exercer o direito de voto (jus sufragii) e

    nem de ser votado (jus honorum);

    PODER DE IMPERIUM

    Poder supremo pertencente ao povo onde se harmonizavam no sistema de

    governo as trs formas clssicas de Aristteles : a realeza com os cnsules, a

    aristocracia com o senado e a democracia com os comcios;

    Senado: passou a emanar as leis;

    Comcios: funes legislativas de aprovao .

    Haviam trs formas de poder :

    Dominium: poder mnimo da famlia

    Potestas: poder maior, magistrados com funes civis determinadas

    Imperium: poder supremo, poltico e soberano, de comando interno e externo

    exercido pelos cnsules.

    CONSULADO

    Eleitos pelas centrias em 510 a.C, os paters queriam eliminar a tirania;

  • 47 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Separao do poder de sacerdotium do poder de imperium, as curias elegiam

    um sumo pontfice que exercia o sacerdcio vitalcio, ja os cnsules tinham

    investidura de um ano, o que denominava-se em Comando nico de Estado;

    Em tempos de guerra, um deles ficava na cidade e outro assumia o comando militar.

    MAGISTRATURAS E PS-MAGISTRATURAS

    A autoridade no era mais limitada ao Consule, foram criadas diversas magistraturas:

    a) Questura: auxiliares escolhidos pelos cnsules, juzes de superior alada na

    ordem civil;

    b) Pretura: consulta aos deuses, no direito pblico suas decises eram sujeitas ao voto consular, no direito privado tinham competncia absoluta, ditavam

    posturas, expediam regulamentos;

    c) Censura: domnios e rendas do Estado, vigilncia da moralidade pblica e privada, eram os mais temidos

    d) Tribuna: eleitos entre plebeus nos comcios, defensores do povo, recorriam s decises dos magistrados interpondo a apelao

    e) Edilidade: jurisdio administrativa no mbito municipal

    f) Pr-magistraturas: desenvolveram-se com o surgimento de novas provncias.

    DITADURA

    No caso de perigo interno ou externo, se declarava o estado de tumultus onde

    todas as garantias e classes ficavam disposio do Estado;

    Nomeao de um ditador a quem era investido o poder de imperium, para

    salvao pblica, com autoridade ilimitada e inteiramente irresponsvel;

  • 48 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    COLEGIALIDADE DAS MAGISTRATURAS

    Foi uma garantia contra os abusos de autoridade;

    Cada magistrado era soberano, mas a deciso final resultava do consenso das inteligncias;

    Um veto suscitava em um reexame do caso.

    PRINCIPADO

    Aps perodos de guerra civil e ditaduras militares o governo de um s se apresentou como soluo para a manuteno da paz;

    Suprimiram-se direitos pblicos e a religio pois o soberano se dizia a personificao da divindade;

    O imperador possua a totalidade dos poderes, a nica fonte do direito.

  • 49 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XXII

    2. EVOLUO HISTRICA DO ESTADO IV

    ESTADO MEDIEVAL E SUAS CARACTERSTICAS

    Imprio Romano; Foi o ltimo dos grandes imprios da antiguidade;

    Desmoronou com as invases brbaras, assinalando o fim da idade antiga e o

    incio da idade mdia;

    Sculo V: incio da mdia;

    XV: fim da idade mdia com o descobrimento da Amrica;

    XV: Renascimento com grandes descobertas;

    Brbaros: implantaram uma nova ordem estatal (germnica-oriental); O direito romano sobreviveu; A noo de Estado se modificou, ressurgindo com uma poltica mais sadia,

    digna (respeito aos princpios do direito natural);

    Relaes de ordem individual;

    Ocupao violenta atravs de um exrcito, implantaram a lei e a razo ( Era medieval);

    Era Medieval: supremacia da lei que recorria aos usos e costumes; Cristianismo: unio com Deus e seus semelhantes;

    Rei: servo da lei (obra da razo humana); Feudo ou comuna: mistura de Direito pblico e privado, onde o proprietrio

    da terra era soberano sobre os que l residiam.

    CARACTERSTICAS DO ESTADO MEDIEVAL

    Forma monrquica de governo; Supremacia do governo natural; Confuso entre direito pblico e privado; Descentralizao feudal; Submisso do Estado submetido ao poder espiritual representado pela Igreja

    Romana.

  • 50 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    FEUDALISMO

    Quase desaparecimento de Estado; Decadncia da organizao poltica; Distribuio de cargos, vantagens e privilgios aos chefes de guerra

    (fragmentao do poder);

    Hierarquia imperial (Condes, marqueses, bares e duques) incubida da defesa, pagamento de impostos e fidelidade ao Rei;

    Senhor feudal: proprietrio exclusico da terra Chefe de Estado ( Rei no seu domnio privado )

    Arrecadava impostos e expedia regulamentos

    Os habitantes de seu feudo eram seus vassalos

    Causa mortis: posse vitalcia e hereditria

    Clero: vastos latifndios, sistema dominial

    Multiplicaram-se os feudos, os escravos se revoltavam, a Indstria e o comrcio cresciam e houve a restaurao da base pblica no Direito.

    Centralizao do poder, fortalecimento do governo; Surgiu o estado monrquico absolutista.

    MALUF- CAPITULO XXIII

    1. EVOLUO HISTRICA DO ESTADO V

    ESTADO MEDIEVAL E A IGREJA ROMANA

    Estado Medieval emergiu das invases brbaras e cristalizou-se em torno da Igreja Roman;

    Refgio dos espritos dos homens nos perodos graves; Imperadores: possuam inicialmente o poder temporal e espiritual;

    Papa So Gelsio I: separao dos poderes para evitar abusos; Sculo VII: supremacia espiritual;

  • 51 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    O poder espiritual governa a alma, o poder laico governa o corpo A alma superior ao corpo e por isso a autoridade esclesistica superior;

    Poder temporal provm de Deus; Rei- cristo: recebia o poder das mos do bispo ; O Imperador Henrique IV recusou a igreja o direito de nomeao dos bispos,

    queria manter o processo de investidura secular. O papa Gregrio VII o

    excomungou e declarou deposto o seu trono, e ficou estabelecido que o

    monarca do Santo Imprio ficaria sujeito deciso dos nobres. O papa saiu

    vitorioso e firmou que a investidura dos monarcas passaria por confirmao

    da Igreja;

    Com a destituio do imperador, o Papa nomeou outros imperadores que passaram a exercer soberania sob o poder civil.

    SANTO AUGOSTINO, TOMS DE AQUINO E OUTROS

    DOUTRINADORES

    Santo Agostinho: acordava com a doutrina do Papa So Gelsio de que o poder temporal provm de Deus;

    So Toms: dissertou sobre a separao dos poderes e sobre a preeminncia do Papa em relao aos poderes temporais, tambm sobre a poltica, assuntos

    de ordem social, das relaes da Igreja com o Estado;

    Marslio de Pdua: defendia a soberania popular representada numa cmara

    legislativa, pregava a independncia da Igreja e do Estado, condenou a perseguio aos hereges, defendia que a anulao do casamento era uma

    competncia da autoridade civil.

  • 52 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XXIV

    EVOLUO HISTRICA DO ESTADO VI

    MONARQUIAS MEDIEVAIS S MONARQUIAS ABSOLUTAS

    Igreja Romana sofreu ataques do liberalismo religioso e da filosofia racionalista; O governo temporal entrou em luta contra o papado (priso do Papa Bonifcio VIII

    pelo Rei Felipe, o Belo);

    Centralizao absoluta do poder; Luiz XI, Rei da Frana, anexou coroa os feudos e sub julgou a nobreza guerreira A cincia poltica comeou a focar extremamente no realismo; Costumes pagos; Prepotncia estatal de cidades gregas e romanas;

    NICOLAU MAQUIAVEL

    Um dos mais avanados escritores da renascena, glorificava a a repblica romana; Obra principal: O prncipe, nesta obra ele se desliga de todos os valores morais e

    ticos para pregar o oportunismo e o cinismo como arte de governar, aconselha que a

    conduta do prncipe deve usar de toda sorte e crueldade ( manuteno do seu Estado,

    sem se importar com os meios que usa para atingir o seu fim);

    Fundador da cincia poltica moderna, pois sua obra contm o princpio doutrinrio onde o Estado moderno assentou sua base;

    Sua doutrina parte do princpio de que todos os homens so fundamentalmente maus (Hobbes).

  • 53 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XXV

    EVOLUO HISTRICA DO ESTADO VII

    ABSOLUTISMO MONARQUICO Formao da corrente reacionria de fundo liberal-religiosa, cristalizado na

    Reforma na liderana de Luthero e Calvino ;

    Campo poltico: pregaes racionalistas levaram a uma soluo extremada que consistia na concentrao de todos os poderes nas mos do monarca (fim

    da idade mdia);

    Poder central : reestabelecia a unidade territorial dos reinos, provia a unidade

    nacional;

    Direito divino dos reis;

    ESCRITORES DA RENASCENA

    Jean Bondin e Giovanni Botero Escreveram obras de grande influncia no pensamento poltico do sc VXIII; Monarcolatros : partidrios do poder absoluto do rei;

    O poder do monarca assume duplo conceito : de senhoriagem (feudalismo) e de imperium (poder absoluto );

    JOHN LOCKE E A REAO ANTIABSOLUTISTA

    Reao antiabsolutista; Pregaes nacionalistas incutiam em noo de liberdade e direitos, o que

    abalou profundamente a estrutura absolutista;

    O Estado resulta em Contrato entre Rei e Povo, que se rompe quando uma das partes lhe viola as clusulas;

    Os direitos naturais do homem so anteriores e superiores ao Estado; Jhon prega a limitao real da autoridade pela soberania do povo; Segundo Tratado do governo civil: diviso dos poderes em Legislativo e

    Executivo ;

    Doutrina liberalista; Vontade soberana da comunidade nacional a nica fonte de poder;

  • 54 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Justificao doutrinria da revoluo de 1688 e do sistema parlamentarista O poder no pode ser maior do que o bem pblico;

    Cada homem pode garantir o direito de liberdade, mas cabe ao Estado a manuteno da ordem civil, punir e julgar os transgressores;

    Propriedade privada um direito natural, ao Estado cabe reconhecer e proteger .

  • 55 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XXVI

    EVOLUO HISTRICA DO ESTADO VIII

    O LIBERALISMO NA INGLATERRA A Inglaterra o bero do liberalismo; Com origem no 2 Bill of Rights - 1689, que estabelecia os princpios da

    liberdade individual, principalmente religiosas, d liberdade os protestantes

    para professar sua religio de forma segura;

    o 1 Estado a ter uma constituio, a Magna Charta (Carta Magna), no escrita, costumeira, consuetudinria;

    O 1 documento que obrigava um soberano a abrir mo de seu poder e

    colocar limitaes do poder real (Soberano). Com a Bill Of Rigths se tem o

    nascimento dos direitos do ser humano;

    A estrutura poltica era a monarquia constitucional limitada pleo Parlamento limitaram como expresso da soberania do povo;

    Limitavam os poderes reais contra o princpio da origem divina do poder; No sculo XVIII, se d a Tripartio do Poder, sistema representativo,

    proeminncia da opinio nacional, intangibilidade dos Direitos Fundamentais

    do Homem.

    AMRICA DO NORTE Os princpios da Bill of Rights foram proclamados na Declarao de

    Virgnia, marcando a independncia americana em 1776, na Constituio Federal de 1787 e em todas as Constituies Estaduais, reconhecia os direitos fundamentais do homem. Valendo-se do Direito de Rebelio, o Rei Jorge III foi destitudo;

    A justificao doutrinria de Jefferson da guerra pela emancipao contm os

    fundamentos da filosofia poltica norte americana.

  • 56 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    FRANA

    Liberalismo ganhava terreno na Frana sob a liderana de Montesquieu,

    Voltaire, DArgenso (enciclopedistas);

    Frana era caldeira fervente das ideias liberais, estava destinada a conseguir vitria democrticas para si e para o resto do mundo;

    A monarquia absoluta mantinha a diviso social em trs classes: Nobreza,

    Clero e Povo, ou Trs Estados, com leis, justia e impostos prprios;

    O povo escravo e miservel representava 90% da populao, enquanto que os demais desfrutavam de todos os privilgios;

    Em 1786, o Rei Luiz XVI reconhecendo sua insustentabilidade, convocou

    sem sucesso a Assembleia dos Notveis;

    Em 1789 a Assembleia do Terceiro Estado decidiu chamar-se Assembleia Nacional, enfrentando o poder, que culminou no incio da revoluo francesa;

    Em seguida o povo toma a Bastilha e a Assembleia Nacional assume o poder e elabora a Carta Constitucional da Repblica;

    Institua-se assim o Estado Liberal, baseado na concepo individualista.

    DECLARAO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO HOMEM

    A Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado, proclamada pela

    Assembleia Nacional, garantia os direitos naturais, inalienveis e sagrados dos homens, dentre eles a liberdade, prevista em todas as Cartas Magnas;

    Com a Constituio de 1814, os direitos foram catalogados sob uma trplice b) direitos polticos (cidadania); c) direitos pblicos (civis positivos); d) direitos de liberdade (civis negativos);

    A assembleia sucedida pela conveno, que implantou o terror, sendo

    destituda pelo Diretrio, posteriormente substitudo pelo Triunvirato de Cnsules, com Napoleo Bonaparte assumindo o poder como Imperador e restaurando a Monarquia absoluta.

    Em 1948 foi instaurada a Segunda Repblica, levando o pas catstrofe.

  • 57 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XXVII

    DECADNCIA DO ESTADO LIBERAL

    O estado liberal , seus erros e sua decadncia;

    A encclica Rerum Novarum ; O Estado Evolucionista.

    1. ESTADO LIBERAL, SEUS ERROS E SUA DECADNCIA

    Teoricamente, o estado liberal uma utopia causada pelo desenvolvimento da sociedade moderna;

    No seu agrupamento se tinha como principal base o Humanismo, direito natural e igualitarismo poltico;

    Para o Estado Liberal os homens so livres e iguais em direito; Poder legtimo s haveria com o reconhecimento e estabelecido pelos

    cidados de acordo com suas vontades;

    A organizao do Estado Liberal trouxe a as famosas revolues populares (

    Inglesa , Francesa e Norte Americana);

    A soberania nacional era exercida atravs do sistema representativo do Governo;

    Existia o Regime constitucional que limitava o poder de mando e assegurava a supremacia da Lei, sua diviso era em 3 rgos distintos :

    Legislativo, Judicirio e Executivo .

    Todos limitados com ideais de garantir a liberdade pblica ; Separao entre Direito Pblico e Direito Privado; Neutralidade do Estado sobre religio, liberdade no sentido de que o homem

    no obrigado a fazer tudo ou deixar de fazer algo que no seja em virtude da

    Lei ;

  • 58 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    No h distino de classe, raa, cor, sexo, ou crena; Oportunidades iguais de enriquecimento e de acesso a cargos pblicos;

    No interveno do poder pblico na economia popular; Ideias racionais do Estado Liberal se transformaram em utopia devido a

    ignorncia por parte dos construtores do Estado Liberal;

    Com Revoluo Industrial se iniciou em 1770 na Inglaterra, o liberalismo se

    transformou em fico onde os homens so teoricamente livres e so

    materialmente escravos;

    Apresentou-se um novo tipo de homem aquele que transforma o homem em um operrio da fbrica;

    Os operrios eram tratados como mercadoria e sujeitos a Lei da procura e

    da Oferta;

    As mulheres e as crianas abandonam suas casas e escolas para reforar o salrio que era insuficiente para sua existncia resultando assim a

    desintegrao da famlia.

    O liberalismo trazia fortunas e riquezas para donos e dirigentes do poder econmico;

    Criando conflitos entre as classes patronais e assalariadas.

    A ENCLICA RERUM NOVARUM

    Surgiu em meio a devastao do Estado Liberal por meio da Igreja Romana

    de Leo XIII que condena a forma desumana e negativa do Estado Liberal;

    O Santo Papa apresenta as medidas necessrias para o restabelecimento do equilbrio social onde se tenha:

    Fixao de um salrio mnimo compatvel com a dignidade humana;

    Limitao das horas de trabalho ; Regulamentao do trabalho da mulher e dos menores, amparo a gestao e a

    maternidade;

    Direito de frias; Indenizao por acidentes;

    Amparo a velhice; Assistncia nos casos de doenas e organizao da previdncia social.

  • 59 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    A encclica foi um farol luminoso a dissipar o que se vivia na escurido o

    Estado Liberal passou a intervir no setor econmico, procurando conjurar o

    perigo que o ameaava .

    O ESTADO REVOLUCIONISTA

    Com base na sua teoria do Liberalismo, o socialismo comunista, fascismo e nazismo foram tentativas de reestruturar o Estado moderno;

    O comunismo Russo surgiu com ideais extremistas e diametralmente oposta do liberalismo;

    Fascismo e o nazismo foram movimentos de dupla reao, contra a decadncia do Estado Liberal e contra o excesso do monismo Estatal Russo;

    Estes movimentos reacionrios se movimentaram dentre os erros do liberalismo, regime capitalista para o plano coletivista .

    Para proteger sua soberania e sua sustentao de ideais, o Estado Liberal foi colocado em dilema para reformar-se ou perecer;

    O Estado Liberal se transformou de maneira pacfica para a forma social-democrtica por meio de Reformas Constitucionais e Medidas Legislativas

    resultando em um Estado Evolucionista podendo intervir na ordem

    econmica e colocando-se como rbitro nos conflitos entre capital e o

    trabalho;

    O Estado Evolucionista procura harmonizar as verdades parciais e inegveis que existem tanto no individualismo como no socialismo, um

    Estado-Ecltico.

  • 60 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XXVIII

    REAO ANTILIBERAL

    SOCIALISMO

    O socialismo foi a primeira reao antiliberal organizada. Primeiramente era

    uma ideia utpica, pressupondo maior participao da sociedade dentro do

    Estado;

    Sua doutrina comeou no campo literrio sculo XVIII, intensificando-se com a implantao do Estado liberal;

    Confundiam-se Socialistas e anarquistas, por possurem as mesmas ideias da extino do Estado;

    A partir da segunda metade do sculo XIX as correntes socialistas se cristalizaram no marxismo (socialismo cientfico);

    O socialismo cientfico surge com a obra: Manifesto Comunista, que era a ideia poltica e jurdica de socialismo. A obra: O Capital. a ideia econmica

    do socialismo.

    A adoo de ideias anarquistas, que pregavam a dissoluo dos Estados,

    principalmente dos governos, tambm foram formuladas.;

    SOCIALISMO E A REVOLUO RUSSA

    Essa ideia era contraposta a revoluo industrial e aplicada pela primeira vez na Rssia, Estado predominantemente agrcola;

    O perodo de 1914 a 1918, governado por Czar, foi marcado pela 1 Guerra

    Mundial;

    A guerra implicou na crise social e econmica; O enfraquecimento do Czar causa a Revoluo Russa de 15-03-1917 e o povo

    assume o poder representado pelo Partido Socialista Revolucionrio

    comandado por Tierenslti;

    Insatisfeitos com as ideias de Tierenslti,nasce o Partido Operrio Russo Social Democrtico;

  • 61 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    O Partido Operrio Russo Social Democrtico era dividido em duas

    faces:

    Menchevique (minoria) e o grupo Bolchevique (maioria), dirigido por Wladimir Ilitch Ulianov, conhecido mundialmente por Lenin;

    Lenin apoderou-se do governo atravs da sua Guarda Vermelha, passando a eliminar adversrios, religio, estatizando a economia, implantando o Estado

    Comunista, instituindo o Comunismo de Guerra que vai implantar a Lei

    fundamental 1918, revisada 1925, 1936;

    Cria-se o Estado Vermelho, para enfrentar inimigos externos e levar essas ideias para o restante do mundo, transformando o mundo em Estado

    Comunista;

    Depois de 1921 o pas entra num fase de recuperao nacional, com renascimento da industria, organizao dos sindicatos e fundao do Banco

    do Estado;

    Na ordem jurdica foi promulgada a Declarao dos Direito do povo operrio e explorado publicado no Cdigo civil.

    O ESTADO SOVITICO

    Segundo a lei fundamental de 1923, a URSS era um tipo de sui generis de

    confederao ou federao de Estados, visando uma cooperao efetiva de

    naes diversas para manuteno da ordem socialista;

    Sua configurao poltica tinha como rgo supremo o Congresso dos Soviets

    Federal (representantes do povo) e Nacionalidades (representante das

    repblicas soviticas unidas);

    O ideal comunista que pregava o desaparecimento do Estado e o nivelamento

    das classes, foi extinto em 1936 pelo bolchevismo, assim o sovietismo

    firmou-se como uma ditadura classista, negando o ideal comunista e

    marxista;

  • 62 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    Caractersticas do Estado socialista Russo:

    a) Partido nico;

    b) Ditadura clssica;

    c) Governo coletivista, integral e materialista,

    d) Concentrao de poderes no executivo;

    e) Eliminao da propriedade privada;

    f) Estatizao integral da economia;

    g) Nacionalizao das fontes de produo;

    h) Imperialismo internacionalista.

    Em 1985, Mikhail Gorbachev, implanta o programa da Perestroika (reestruturao) e Glasnot (transparncia), elegendo-se Presidente em 1988

    e acumulando a presidncia do Parlamento Sovitico em 1989;

    Em 1991 com a frustrada tentativa de golpe militar, consolida-se primeiro

    presidente da Rssia eleito por voto direto. Tambm tem incio a

    desintegrao da URSS.

    CRIAO DA CEI

    Desintegrao da URSS, com declarao de independncia da Litunia, Gergia, Estnia, Letnia etc;

    Em 8 de Dezembro de 1991 foi firmado o Documento de criao da Comunidade dos Estados independentes (CEI), no modelo confederativo.

  • 63 RESUMO PARA ESTUDO - CINCIAS POLTICAS E TGE

    MALUF- CAPITULO XXIX

    REAO ANTILIBERAL E ANTIMARXISTA

    FACISMO E SUA DOUTRINA

    Representou a tentativa de reformar as bases do Estado moderno com um

    movimento de dupla reao: contra a desintegrao socioeconmica do

    liberalismo decadente e contra o comunismo;

    Posicionou-se entre o coletivismo e o individualismo.

    Surgiu do oportunismo, sem doutrina, consolidando-se no poder com a

    seguinte teoria:

    O Estado nico criador do direito e da moral;

    Os direitos dos homens so concedidos pelo Estado;

    Todos os cidados e seus bens lhe pertencem;

    Opositores so traidores sujeitos a justia controlada pelo executivo;

    O Estado nega o direito natural; Segundo a Carta del Lavoro (1927), a nao criada pelo Estado, sendo este

    absoluto;

    Pregava a estatolatria , Tudo dentro do Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado;

    Na economia posicionou-se contra as lutas de classe sindicalistas, agrupando-as em corporaes e mantendo rgido controle partidrio;

    Ningum poderia exercer uma atividade sem previa autorizao corporativa; Em 1922, Benedito Mussolini (considerado um homem providencial), marcha

    sobre Roma e o Rei nomeia-o Presidente do Conselho de Ministros;

    O Partido Nacional Fascista era ao mesmo tempo E