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8/17/2019 Resumo MicroHistoria - Cap VIII Ekphrasis e Citação
http://slidepdf.com/reader/full/resumo-microhistoria-cap-viii-ekphrasis-e-citacao 1/3
Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Historia
Licenciatura e Bacharelado
Fabio Carvalho Nunes
A Micro-Historia e Outros Ensaios.
Ginzburg, Carlo; Castelnuovo, Enrico.
Resumo do Capitulo VIII – Ekphrasis e Citação
Prof. Alcides – 1º Período - Diurno.
Março/2016
8/17/2019 Resumo MicroHistoria - Cap VIII Ekphrasis e Citação
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Carlo Ginzburg, renomado historiador italiano em seu texto intitulado ‘‘Ekphrasis e
Citação’’ (parte integrante do ensaio ‘’A Micro-Historia e Outros Ensaios.) juntamente
com Enrico Castelnuovo, propõe uma discussão sobre a evolução do método
historiográfico e sua estrutura. Analisando este problema sob varias perspectivas,
o autor nos joga à problemática que é primeiramente a de observar as
peculiaridades da contida na narrativa. Considerando alguns artifícios utilizados, o
autor nos mostra que tanto historiadores clássicos como os modernos se veem
diante da necessidade de buscar o chamado “effet de vérité” que seria trazer umcaráter realístico para suas narrativas. Logo, na pratica mais “arcaica” do “fazer
histórico”, era utilizada a constante descrição das coisas, dos humores, das
características do que se era narrado como forma de expor ao interlocutor uma
realidade que ele não poderia enxergar por si só( ekphrasis ), criando uma
vivacidade no que era relatado, e logo assim, construindo uma verdade histórica.
Enargeia seria mais um meio estético de estilo utilizado na narrativa, uma forma de
demonstrar aos interlocutores, aspectos existenciais os mais exatos possíveis,
Ferramenta esta, como citada no texto, de uso vital para a sociedade Grega Clássica
na qual o arquivamento de documentos era ausente, e a tradição oral era
extremamente comum.
Essa pratica tinha como objetivo também, num pensamento mais amplo, o de
concluir o objetivo a priori da Historia, como ação de expor e relatar os
acontecimentos factuais na memória e produzir o eleito de avivamento ao leitor, de
forma descritiva, tal como ocorre ao se analisar uma pintura ou uma escultura: seus
detalhes irão mostrar muito do contexto em que foi criada, e sob qual aspecto ela é
representadora. A narrativa histórica deveria ter esse caráter de arte, simbólica e
expressiva, através destas ferramentas de conceito técnico.
A diante, o autor propõe um paralelo das posturas modernas e clássicas dos
historiadores quanto ao formato (metodologia) utilizado nas narrativas históricas,
onde a utilização de apenas o formato mais expressivo, mais descritivo( enargeia,
ekphrasis) não seria o suficiente para se demonstrar a verdade historica, ou algo
próximo, posto que o que se observava das narrativas clássicas era sua limitada
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visão dos eventos sociais que se limitavam a ora grupos específicos, ora a períodos
de tempo recentes e analises de informações advindas da tradição oral e para tal
posicionamento do historiador se tornara algo limitado. Era necessário algo a mais
inserido na metodologia histórica para que ela não ficasse engessada em afirmações
de historiadores precedentes e fatos apenas relatados e concomitantemente
continuados, uma verificação mais profunda era precisa. Em finais do século XIX,
com as distinções dos tipos de fontes entre primaria e secundariam cunho-se uma
convergência utilizando uma postura advinda da Arqueologia, onde a analise de
coisas notórias, solidas, eram mais assertivas para a construção de uma base de
estudo do que relatos falseáveis ou duvidosos. O pensamento do “fazer historia” foi
se mondando ao longo das relações das linhas de pensamentos modernos com o
clássico, onde a inserção de citações foi sendo proposta dentro da narrativa histórica
em detrimento a tática de utilização estética (enargeia), pois esta segunda teria um
caráter mais voltado para uma postura de pouca verificação e analise sobre as
fontes x narrador/historiador, caráter esse predominante na Antiguidade que já se
encontra em desuso em tempos modernos. A necessidade de se criar uma
metodologia mais afirmativa, mais analítica, tal como uma lente de aumento sobre.
as ações dos indivíduos no Tempo ( autopsia ), uma visão direta, é o que caracteriza
a postura moderna da historiografia. Mesmo que o propósito da narrativa ainda seja
o de causar o effet de vérité no interlocutor, com ênfase as citações de fonte e
descrições de pormenores em detrimento a enargeia, na postura historiográfica
atual, a postura é para que a História tenha um caráter mais cientifico do que
artístico, poético, procurando se isentar cada vez mais das possibilidades de
falseamentos, em busca da veracidade fatídica dos eventos.