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Resumo de Filosofia Libertismo O libertismo é uma doutrina filosófica que afirma que as nossas ações nem são absolutamente determinadas nem aleatórias. O livre-arbítrio corresponde a uma vontade livre e responsável de um agente racional. O libertismo é a corrente que defende, de modo mais radical, o livre arbítrio e a responsabilidade do ser humano. O agente tem o poder de interferir no curso normal das coisas pela sua capacidade racional e deliberativa. O agente não é determinado: ele tem o poder de se autodeterminar. Para tal, defende-se a dualidade entre o corpo e a mente, a mente não esta determinada, ela autodetermina-se, ela está acima ou fora da causalidade do mundo natural. A mente do sujeito realiza verdadeiras escolhas livres, autodeterminadas, não obedecendo a outras causas que não as impostas por si mesma. Não é apenas a ausência de constrangimento ou impedimento (compatibilismo) mas a capacidade de autodeterminação. Valores Caraterização dos valores Os valores são pontos de referência que permitem avaliar e julgar. São critérios que me permitem avaliar o que me rodeia. Os valores são propriedades humanas porque surgem da relação que o sujeito estabelece com o que o rodeia. Eu posso me basear em propriedades sensíveis para atribuir um valor. Os valores não são coisas , são propriedades que não estão nas coisas de modo real e sensível. No entanto podem manifestar-se de real nas coisas, comportamentos, objetos, ações, pessoas.

Resumo - Os Valores

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Resumo de filosofia de 10º ano sobre os valores.Libertismo 1Valores 1Caraterização dos valores 1Valores – natureza e caraterísticas 2Polaridade e Hierarquia 3Definição de valor 4Relativismo axiológico 4Objetivismo axiológico 5Conceitos 6

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Resumo de FilosofiaLibertismoO libertismo uma doutrina filosfica que afirma que as nossas aes nem so absolutamente determinadas nem aleatrias.O livre-arbtrio corresponde a uma vontade livre e responsvel de um agente racional.O libertismo a corrente que defende, de modo mais radical, o livre arbtrio e a responsabilidade do ser humano. O agente tem o poder de interferir no curso normal das coisas pela sua capacidade racional e deliberativa. O agente no determinado: ele tem o poder de se autodeterminar. Para tal, defende-se a dualidade entre o corpo e a mente, a mente no esta determinada, ela autodetermina-se, ela est acima ou fora da causalidade do mundo natural. A mente do sujeito realiza verdadeiras escolhas livres, autodeterminadas, no obedecendo a outras causas que no as impostas por si mesma. No apenas a ausncia de constrangimento ou impedimento (compatibilismo) mas a capacidade de autodeterminao.ValoresCaraterizao dos valoresOs valores so pontos de referncia que permitem avaliar e julgar. So critrios que me permitem avaliar o que me rodeia.Os valores so propriedades humanas porque surgem da relao que o sujeito estabelece com o que o rodeia.Eu posso me basear em propriedades sensveis para atribuir um valor. Os valores no so coisas , so propriedades que no esto nas coisas de modo real e sensvel. No entanto podem manifestar-se de real nas coisas, comportamentos, objetos, aes, pessoas.Os valores situam-se na ordem ideal e que no na ordem dos objetos concretos uma vez que apontam para um dever ser, para um modo de agir que deve ser seguido e respeitado.Atribuir um valore considerar um objeto, um acontecimento ou por uma ao estimvel ou desejvel.Axiologia a disciplina filosfica que rene as correntes de pensamento que se ocupam da reflexo sobre os valores. A sua funo analisar a natureza dos valores e defini-los a partir da sua relao com o ser humano.Experincia valorativa o ato pelo qual atribumos e nos apercebemos dos valores, isto , o modo como os sentimentos e captamos ao contactar com os diferentes objetos, situaes ou pessoas, levando-nos a considerar tais objetos, situaes ou pessoas de uma maneira diferente: com dado valor bom ou mau, belo ou feio, justo ou injusto, etc.Ns somos dotados de uma capacidade valorativa de uma faculdade de estimar. a partir desta capacidade que nos damos conta dos valores.Para distinguir os valores das coisas importa analisar a maneira como nos referimos a ambos. Ento para isso recorremos a juzos para expressar o que pensamos e para exprimir o modo como vivemos os valores.Juzos de fato: afirmaes ou proposies que tendem a ser descritivas e objetivas. uma descrio objetiva da realidade, passvel de ser verificada e controlada. Os juzos de fato so independentes de qualquer opinio ou interpretao subjetiva. So assim suscetveis de serem verdadeiros ou falsos.Juzes de valor: enunciados que exprimem as preferncias do sujeito e que, por isso, acrescentam ao fenmeno algo mais. a expresso ou manifestao subjetiva de uma preferncia ou de uma escolha. Trata-se de uma opinio que pode ou no ser partilhada por todos os observadores. O juzo de valor discutvel e no suscetvel de verificao.

Os fatos referem-se aos acontecimentos, eventos ou ocorrncias do Universo. Os valores representam o desejvel e as nossas aspiraes em relao aos fatos, logo, os fatos e valores no so a mesma coisa. Se as coisas ou fatos se confundissem com os alores, ao pronunciarmo-nos acerca dos valores poderamos faz-lo sempre de modo objetivo e esperar que todos os percebessem da mesma maneira.Valores natureza e caratersticas

Preferncia valorativa o prprio ato de valorao; a atribuio de valor, uma atitude que nos leva a tomar posio perante as coisas, os acontecimentos, as pessoas. Estas atitudes preferenciais esto sempre presentes em todos os momentos da nossa vida: quando fazemos opes, quando fazemos rejeies, quando construmos projetos e tomamos decises, as nossas preferncias esto l, enraizadas em valores.As nossas preferncias permitem-nos encontrar valor nas coisa, assim os valores representam a no indiferena do homem perante os fatos e objetos.Polaridade e HierarquiaOs valores apresentam-se em polos opostos (bom/mau, belo/feio, justo/injusto) assim uma das suas caratersticas a Polaridade.Polaridade: A um valor positivo corresponde sempre um valor negativo. Todo o valor transporta em si mesmo um contravalor.Hierarquizao: Os valores esto ordenados e organizados em escalas de acordo com a sua importncia relativa. H valores superiores e valores inferiores. de acordo com uma hierarquia de valores que orientamos as nossas escolhasClassificao de valores:Max Scheler apresentou uma classificao de valores que reconhecida como sendo uma das mais adequadas.

Esta tbua de valores no deve ser interpretada como exclusiva ou definitiva. Diferentes sujeitos constroem as suas tbuas ou escalas de valores em funo das suas experincias e do significado que lhes atribuem. Cada individuo sentir necessidade de reajustar a sua escala de valores em funo das suas experincias e necessidades.O conflito de valores uma situao problemtica que apresenta duas ou mais sadas. Cada sada que apresentada tem subjacente valores com o mesmo grau de prioridade.Eu s consigo ajustar a minha tbua de valores se experimentar sofrer uma situao extrema em que eu me confronto com os limites da minha compreenso.O ser humano tem a possibilidade de se distanciar e analisar a situao e raciocinar. Por isos que temos a possibilidade de escolher os nossos atos.Definio de valorNo possvel definir os valores de forma consensual, assim foram vrios os filsofos que, ao longo dos sculos, se preocuparam em definir os valores e explicar a sua natureza.Problema da axiologia: Ns desejamos as coisas porque elas tm valor? Ou elas tm valor porque ns as desejamos?Relativismo axiolgicoAs coisas tm valor porque ns as desejamos.Os valores reduzem-se s preferncias valorativas dos indivduos ou das comunidades. No existem em si mesmos. So subjetivos e relativos. Eles dependem exclusivamente do sujeito que avalia, dos seus estados psquicos, crenas e desejos, ou vivncias histrico-culturais. So histricos e particulares.Dizer que os valores so relativos, significa dizer que eles emergem em sociedades culturalmente situadas. Estes valores so mutveis. A historicidade uma caraterstica dos valores do relativismo axiolgico.SubjetivismoAs afirmaes sobre valores s so verdadeiras para o prprio sujeito. No h juzos de valor com validade universal. Relativismo em sentido restritoA verdade ou falsidade dos juzos determinada pela comunidade em que cada sujeito vive, varia de acordo com as sociedades e suas condies histricas. PsicologismoPerspetiva que encara o valor como uma vivncia pessoal; neste sentido o valor corresponde ao sentimento ou emoo que resulta de um estado psicolgico, resumindo-se (o valor) experincia que dele temos. De acordo com esta posio, os valores so subjetivos, isto , so totalmente dependentes do sujeito, das suas preferncias e apreciaes valorativas. Os objetos no so desejados pelo que valem em si mesmos, por terem esta ou aquela qualidade; os objetos valem porque os desejamos. Isto , as coisas so boas e belas em si mesmas.Os juzos de valor correspondem a enunciados que afirmam a realidade tal como o sujeito a v, de acordo com o seu ponto de vista, e, portanto, so legtimos e vlidos como qualquer outro tipo de juzos.EmotivismoEsta teoria parte da anlise dos diferentes tipos de enunciados lingusticos, isto , dos diversos modos de nos referirmos s coisas atravs da linguagem. Assim esta teoria um aperfeioamento ou radicalizao do relativismo.Segundo os emotivistas, os enunciados que exprimem os juzos de valor no so mais do que meras expresses das nossas emoes, sentimentos e atitudes, no sendo possvel avali-las em termos de verdade ou falsidade, legitimidade ou ilegitimidade. Os valores no existem como factos sobre os quais se possa refletir criticamente. Logo, os juzos de valore nem sequer so verdadeiros juzos. Eles no fazem qualquer afirmao sobre o modo como a realidade , foi ou ser. So apenas expresso de sentimentos ou reaes emotivas a certos objetos ou acontecimentos. E as expresses de emoes no podem ser verdadeiras nem falsas, mas apenas sinceras ou fingidas, assim no so juzos. Logo no colocam nenhuma questo que deva ser investigada em termos de verdade ou falsidade.Consequncias do RelativismoO relativismo defende que todos os valores so relativos, no entanto o relativismo tambm impe como dever universal o respeito pelos valores relativos. Isto tem como consequncia o respeito de valores, como o racismo e a escravatura. Ou seja implica aceitar valores de qualquer polaridade.Mas h uma contradio, o relativismo afirma que temos que respeitar incondicionalmente esta teoria, logo, isto absoluto e universalmente vlido. Objetivismo axiolgicoNs desejamos as coisas porque elas tm valor.Os valores existem em si mesmos. So independentes dos sujeitos que os preferem ou desejam. So objetivos e absolutos. No variam em funo das flutuaes dos nossos estados psquicos ou das transformaes histrico-culturais. So intemporais e universais. Ainda que todos ns fossemos injustos, a Justia continuaria a ser, em si mesma, um valor.NaturalismoPosio que defende a existncia real dos valores como qualidades das coisas. Esta definio encontra-se associada ao objetivismo axiolgico, corrente que define os valores como propriedades objetivas das coisas. Nesta perspetiva, os valores so modos de ser particulares das coisas, qualidades reais e efetivas. A beleza, a justia, o bem so valores que existem nos objetos e pessoas aos quais eles se encontram associados; cabe ao homem descobri-los. Assim, os valores constituem propriedades efetivas, reais das cosias.Problema: Uma vez que, ao partir do pressuposto de que os valores existem nas coisas, como propriedades delas, v-se na impossibilidade de explicar as diferenas e desentendimentos dos indivduos a propsito dos valores. Se os valores so objetivos, por que ser que nem todos encontramos a beleza numa mesma obra de arte?OntologismoO ontologismo defende que os valores so absolutos. A ideia da beleza no se altera, mas as coisas que eu acho belo alteram-se. O que varia so as coisas, o que no varia so os valores.Perspetiva que afirma o valor como entidade ideal; como ideias, os valores existem em si mesmos, independentes dos objetos reais e do espao e do tempo em que nos encontramos. Os objetos dependem dos valores para se tornarem valiosos, mas os valores no dependem em nada dos objetos. Os valores no existem como os objetos, a sua maneira de existir ideal. Deste ponto de vista, os valores so essncias imateriais, intemporais e imutveis.O ontologismo separa o mundo das coisas do mundo dos valores. Os valores pertencem ao mundo inteligvel e as coisas pertencem ao mundo sensvel. O mundo sensvel o mundo no qual ns vivemos, ele o mundo das cpias, sobras e imagens.O mundo das coisas pode mudar, mas o mundo inteligvel inaltervel, pois as ideias de valor no se alteram. Os valores no esto dependentes de nada para existirem.Os valores so objetivos. Os valores so ideias. Os valores so universalmente vlidos desde que o sujeito tenha a capacidade de reconhec-los.Problema: Ao considerar os valores como essncias absolutas, independentes do prprio sujeito, bem como do espao e do tempo em que ele se situa, esta perspetiva encontra um obstculo na sua fundamentao. Ser possvel a existncia de um mundo dos valores separado do mundo real e humano?ConceitosA essncia aquilo que permanece nas coisas.Os valores so subjetivos: so totalmente dependentes do sujeito, das suas preferncias e apreciaes valorativasValores objetivos: encontram-se na relao com os objetos e podem ser conhecidos como qualquer outro facto.Valores mutveis: os valores podem alterar-se consoante as mudanas sofridas pelas sociedades nas quais emergem. Valores relativos: dependem da valorao do sujeito, quer em termos pessoais, quer tendo em conta o contexto social e cultural em que ele se encontra. Valores no so universalmente vlidos, so variveis de sociedade para sociedade, eles so condicionados pela cultura de cada sociedade.Valores absolutos: No dependem de nada, nem do sujeito, nem do objeto, valem por si mesmos.Valores intemporais: no sofrem alteraes nem acompanham a histria dos homens.Valores histricos: os valores acompanham o tempo sofrem alteraes em funo da histria da humanidade.