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PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEL COM ÓLEO VEGETAL VENCIDO PELOS PROCESSOS DE TRANSESTERIFICAÇÃO E PIRÓLISE TÉRMICA. RESUMO AUTOR PRINCIPAL: VICTOR CAPUANO GONÇALVES E-MAIL: [email protected] TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC:: Não CO-AUTORES: PUBLIUS DOS SANTOS ROSA DA SILVA ORIENTADOR: CLÓVIA MAROZZIN MISTURA ÁREA: Ciências Exatas, da terra e engenharias ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ: QUÍMICA UNIVERSIDADE: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO INTRODUÇÃO: A insuficiência de combustíveis fósseis, além da poluição gerada por seu consumo descomedido, é um problema real no mundo macro econômico atual. Assim, buscam-se técnicas alternativas para geração de novos combustíveis energeticamente sustentáveis. Um dos exemplos existentes é o biodiesel, que é um combustível alternativo ao óleo diesel quem vem sendo pesquisado e desenvolvido por décadas. Neste trabalho, duas técnicas foram utilizadas para produção em escala industrial, a pirólise térmica e a transesterificação química. O objetivo foi comparar os dois métodos para reaproveitar os resíduos gordurosos. Para comparação de dados de rendimento, foram utilizados dois óleos vegetais de 2 marcas chamadas M1 e M2, ambos com data de validade vencida, respectivamente 26/03/2012 e 17/02/2013. METODOLOGIA: A matéria-prima foi obtida como doação de uma escola municipal de Passo Fundo. As análises físico-químicas dos óleos vencidos foram baseadas nas Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz, (IAL, 1995). Realizaram-se testes de rancidez, índice de acidez, índice de saponificação, índice de iodo, índice de peróxido. Converteu-se o material em biodiesel para avaliações de rendimento. Aqueceu-se o óleo em porções de 50 mL em béqueres em agitação até a temperatura de 45 °C. Adicionado o conteúdo de hidróxido de potássio/metanol (1 g/15 mL) conforme Parente (2003) previamente misturado e o sistema foi mantido durante 10 min. sob agitação, decantando a glicerina, lavando o biodiesel por 3 vezes com 30 mL de solução de HCl 0,5 mol L-1, até pH neutro. Para retirar a água no biodiesel, submeteu-se à evaporação por aquecimento a 80 oC com agitação por 3 horas. Os ensaios foram feitos em triplicata. O sistema de pirólise foi montado em uma capela de exaustão, de acordo com Mistura et al. (2008).

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PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEL COM ÓLEO VEGETAL VENCIDO PELOSPROCESSOS DE TRANSESTERIFICAÇÃO E PIRÓLISE TÉRMICA.

RESUMO

AUTOR PRINCIPAL:VICTOR CAPUANO GONÇALVES

E-MAIL:[email protected]

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:PUBLIUS DOS SANTOS ROSA DA SILVA

ORIENTADOR:CLÓVIA MAROZZIN MISTURA

ÁREA:Ciências Exatas, da terra e engenharias

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:QUÍMICA

UNIVERSIDADE:UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

INTRODUÇÃO:A insuficiência de combustíveis fósseis, além da poluição gerada por seu consumo descomedido, é um problema real nomundo macro econômico atual. Assim, buscam-se técnicas alternativas para geração de novos combustíveisenergeticamente sustentáveis. Um dos exemplos existentes é o biodiesel, que é um combustível alternativo ao óleo dieselquem vem sendo pesquisado e desenvolvido por décadas. Neste trabalho, duas técnicas foram utilizadas para produçãoem escala industrial, a pirólise térmica e a transesterificação química. O objetivo foi comparar os dois métodos parareaproveitar os resíduos gordurosos. Para comparação de dados de rendimento, foram utilizados dois óleos vegetais de 2marcas chamadas M1 e M2, ambos com data de validade vencida, respectivamente 26/03/2012 e 17/02/2013.

METODOLOGIA:A matéria-prima foi obtida como doação de uma escola municipal de Passo Fundo. As análises físico-químicas dos óleosvencidos foram baseadas nas Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz, (IAL, 1995). Realizaram-se testes de rancidez,índice de acidez, índice de saponificação, índice de iodo, índice de peróxido. Converteu-se o material em biodiesel paraavaliações de rendimento. Aqueceu-se o óleo em porções de 50 mL em béqueres em agitação até a temperatura de 45 °C.Adicionado o conteúdo de hidróxido de potássio/metanol (1 g/15 mL) conforme Parente (2003) previamente misturado e osistema foi mantido durante 10 min. sob agitação, decantando a glicerina, lavando o biodiesel por 3 vezes com 30 mL desolução de HCl 0,5 mol L-1, até pH neutro. Para retirar a água no biodiesel, submeteu-se à evaporação por aquecimento a80 oC com agitação por 3 horas. Os ensaios foram feitos em triplicata. O sistema de pirólise foi montado em uma capela deexaustão, de acordo com Mistura et al. (2008).

RESULTADOS E DISCUSSÕES:Para o índice de acidez as duas amostras tem uma diferença de 100%, demonstrando assim que o óleo com menor tempode vencimento M2, possui os menores índices. Este resultado era esperado pois o índice de iodo dá a estimativa do graude insaturação dos óleos e com o tempo de exposição esta quantidade é acentuada. Em comparação aos parâmetros pré-estabelecidos pela legislação, que devem variar entre 100 e 150 g de I2/100 g de amostra, a marca que está mais próximadestes valores é a M2, o que era esperado, pois o óleo é o menos deteriorado. Para o índice de peróxido, os númerosconfirmaram os dados obtidos nas análises anteriores, apontando que o óleo M1 encontra-se em processo de oxidaçãomais avançado do que o M2. O mesmo grau se mostrou na saponificação dos óleos envolvidos, pois o óleo M1 deuresultados acima do permitido pela ANVISA (BRASIL, 2005) que preconiza estar entre 189 a 198 mg de KOH/g. Para asanálises de rancidez foi realizado apenas um ensaio para cada marca de óleo, obtendo-se uma coloração mais intensapara o M1, novamente devido ao seu prazo de validade ter expirado a mais tempo. Os óleos vencidos analisadosapresentaram características para uma possível utilização para produção de biocombustíveis por pirólise térmica; para apirólise obtiveram-se rendimentos de 24 a 57%. Para a transesterificação os rendimentos foram de 87,50 a 94,50%.

CONCLUSÃO:Na análise dos óleos usados, ambos apresentavam deterioração devido a exposição. Observou-se que a transesterificação,é mais rápida e produz um melhor rendimento de biodiesel. Os dados da pirólise térmica provam que nos rendimentos aforma clássica de obter-se biodiesel foi melhor do que a alternativa da obtenção do piroecodiesel.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC 270. Óleos e Gorduras Vegetais. 2005.I.A.L.INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Ed. 3, p.245-262. 1985.MISTURA, C. M. et al. Produção de piroecodiesel com óleos residuais de abatedouro avícola do Município de Marau, RS.Marau, 2008. Relatório de pesquisa. Universidade de Passo Fundo.

Assinatura do aluno Assinatura do orientador