Upload
luciana-melo
View
46
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
A Psicodinâmica
A palavra psicodinâmica é, em seu étimo composta pela junção de duas palavras gregas e seus conceitos de
abrangência; PSICO é o estudo da mente e dos processos mentais + DINÂMICA, derivada da palavra
DYNAMIKÓS, parte da física que estuda movimentos e efeitos das diversas forças motrizes, tem seu
conceito, na palavra em questão, mudada, na psicologia., como sendo o processo de interação, relação e
influências circundantes em todos os “Locus” onde se desenvolve a permanência ou a atividade humana.
Portanto definir a Psicodinâmica nos dias atuais vai muito além das correntes e das escolas clássicas, uma
vez que não se pode compreender e aplicar um conceito qualquer como sendo Psicodinâmica se sua
abrangência for pontual.
De acordo com Acaiah (1987), é perfeitamente distinguível e agrupável toda a atividade existencial
humana em três pares de instintos;
Ø Primários (Sobrevivência e Conservação)
Ø Relacionais (Reprodução e Gregário)
Ø Sociais (Instinto Regrário e Instinto Graciário)
Esses instintos acabaram por ser organizados em um círculo de derivação contínua onde um instinto
rege ou desencadeia em outro, contínuo ou não.
Se levarmos em conta que, a exemplo de nosso próprio corpo, toda manifestação de conceito de
vida, do simples ao complexo: célula → tecido → órgãos → sistemas → corpo, também devemos
conceituar a sociedade, tanto no individual quanto no coletivo, como um corpo vivo; indivíduo, par, família,
grupo social, bairro, cidade, estado, país e planeta. Assim sendo, o Ciclo de Acaiah (1987) acaba tendo uma
gama de aplicações praticamente ilimitada, dada a sua abrangência, do individual ao coletivo.
Para exemplificar a aplicação do ciclo por parte dos profissionais de psicologia, principalmente os
recém formados e estabelecer uma espécie de pontapé inicial em qualquer situação de atuação profissional
damos abaixo algumas das características mais comuns de cada instinto:
Ø Sobrevivência: Manter a vida a qualquer custo é a meta de qualquer ser vivo, nem sempre
importando como, pelo maior tempo possível.
Ø Conservação: Para se manter vivo pelo maior tempo possível é preciso ter qualidade de vida, o
que está diretamente relacionado na interação do individuo com o seu meio ambiente.
Ø Perpetuação ou Reprodução: Manter-se vivo a qualquer custo e pelo maior tempo possível tem,
na maioria das vezes, a intenção de fazer com que seus genes passem à maior prole possível, com um
(a) ou mais parceiros (as).
Ø Instinto Gregário: Ao se emparceirar, na maioria das vezes o ser vivo percebe que isso é apenas
um ensaio para uma vida mais grupal. É fácil perceber que se agregando a um, dois ou mais, ou a um
grupo social sempre se pode mais do que como individuo.
Ø Instinto Regrário: Para se viver em grupo, segue-se uma necessidade crucial: Estabelecer
códigos, normas, leis e preceitos sócio-culturais sem os quais o tecido social se romperia, seja ele o
núcleo básico, o grupo familiar ou toda uma comunidade em si.
Ø Instinto Graciário: É um neologismo criado por Acaiah usando o radical grego Gracya que
significa mando, governo. Fica claro que não se pode deixar por conta de cada indivíduo a aplicação
das regras e códigos criados no Instinto Regrário no sentido irrestrito. Ao indivíduo cabe viver em
grupo dentro dos parâmetros comportamentais estabelecidos por essas regras e códigos. Assim sendo
estabelece-se um sistema regulador e aplicador dessas leis e códigos chamado Governo.
Uma boa liderança (ou governo) sempre aumenta a chance de sobreviver, ter qualidade de vida,
reproduzir, ser agregar e etc. O ciclo começa de novo e assim sucessivamente.
Aos profissionais iniciantes ou não, chamo a atenção para o fato que com o Ciclo e as perguntas
certas, se chega muito mais rápido ao que interessa, seja um paciente, um par, uma família, um grupo social,
além de suas manifestações mais comuns; empresas, clubes, associações e etc.É com certeza uma boa
contribuição para que os profissionais, iniciantes ou não, passem a ser conhecidos pela competência e não
pela mesmice, tão comum a muitas categorias profissionais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ACAIAH, Ben. Psicodinâmica; Construção, Desconstrução e Reconstrução do Indivíduo.
Paris. 100p. Tese de Doutorado. Departamento de Psicologia. Universidade Rosa Cruz. 1987
Entendendo a Abordagem Psicodinâmica. (Resumo)
A abordagem psicodinâmica tenta entender o comportamento em termos do funcionamento da mente, com ênfase na motivação e no papel da experiência passada.
A teoria psicanalítica enfatiza a importância do determinismo psíquico e das pulsões inatas, o papel da mente inconsciente e a continuidade do comportamento normal e anormal.
Ao discutir o conteúdo da mente, Freud distinguiu entre a mente consciente e o subconsciente (compreendendo no pré- consciente e no inconsciente).
A teoria da personalidade de Freud considera o comportamento em termos dos relacionamentos dinâmicos do Id, do Ego e do superego.
Freud descreveu o desenvolvimento em termos de cinco fases psicossexuais, distinguidas por mudanças no modo de gratificação básico: oral, anal, fática, de latência e genital. Cada fase é marcada por desafios e por conflitos específicos; destes, o complexo de Édipo (na fase fálica) talvez seja o mais importante em termos do desenvolvimento posterior.
A psicanálise, fazendo a suposição do determinismo psíquico, considera que todo comportamento tem significado; consequentemente, Freud observa-va tudo, desde os sonhos até as parapraxias (atos falhos) e a arte como expressões da dinâmica da mente.
Lida-se com a ansiedade, que resulta de conflitos internos do individuo, através do uso de vários mecanismos de defesa, como o deslocamento e a repressão,que
reduzem a ansiedade distorcendo a realidade, em vez de resolverem o conflito.
Embora muito abrangente, a teoria de Freud tem limitações (incluindo problemas de verificabilidade) e, mesmo em seu tempo de vida, teorias concorrentes foram desenvolvidas, inclusive várias por seus ex-discípulos.
Os mais conhecidos dos discípulos de Freud são Carl Jung e Alfred Adler, que são considerados teóricos neofreudianos; outros teóricos psicodinâmicos, como Karen Horney e Erik Erikson, são em geral, encarados como teóricos psicodinâmicos não-freudianos.
As teorias psicodinâmicas proporcionam uma abordagem distinta para o entendimento do comportamento; a principal dificuldade é encontrar uma maneira eficaz de avaliar as várias teorias existentes na abordagem.