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renováveismagazine 1 2 editorial A grande hídrica, a mais pragmática das energias renováveis 4 espaço opinião Visão do Clima e Energia em 3D 6 coluna ventos de bruxelas Afinal quantos Planos há? 8 espaço qualidade O que fazer, quando nos acontece isto? 10 coluna riscos renováveis A gestão de risco nos seguros das Energias Renováveis 12 notícias dossier energia hídrica 26 Hidroelectricidade em Portugal: desafios de um novo ciclo 36 O aproveitamento hidroeléctrico de Girabolhos, rio Mondego 42 Os empreendimentos da Iberdrola enquadrados no PNBEPH 50 investigação e tecnologia Métodos de obtenção de células de segunda geração – filmes finos 54 mundo académico Laboratórios de energias renováveis artigo técnico 56 Dimensionamento de um sistema de venda de energia eléctrica à rede (parte III) 62 Climatização em quadros eléctricos reportagem 66 IFAT ENTSORGA: o ponto de encontro do ambiente informação técnico-comercial 70 Redes Inteligentes - Smart Grids da SIEMENS 76 Blocos de terminais para aplicações de 1000 V DC da WEIDMÜLLER 78 SEW-EURODRIVE PORTUGAL aposta na oferta de serviços especializados 80 Rolamentos rígidos de esferas híbridos SKF, em dimensões (XL), para geradores de turbinas eólicas 82 Os inversores SMA como gestores de rede 84 BONFITEC: O vento inquieto agita-se para uma outra era do ouro da produção energética 86 CHATRON lança novos modelos de ventiladores solares fotovoltaicos 88 produtos e tecnologias 102 renováveis em casa Dimensionamento de centrais fotovoltaicas para a microprodução 106 barómetro das renováveis 108 bibliografia 110 calendário de eventos 112 links FICHA TÉCNICA renováveis magazine 3 3º trimestre de 2010 Director Cláudio Monteiro [email protected] Corpo Editorial Coordenador Editorial: Miguel Ferraz T. +351 225 899 628 [email protected] Director Comercial: Júlio Almeida T. +351 225 899 626 [email protected] Chefe de Redacção: Helena Paulino [email protected] Assessoria Ricardo Silva [email protected] Design Jorge Brandão Pereira em colaboração com Publindústria, Lda. Webdesign Martino Magalhães [email protected] Assinaturas T. +351 220 104 872 [email protected] www.engebook.com Conselho Redactorial Alexandre Fernandes (Adene) Álvaro Rodrigues (FEUP/INEGI ) Ana Estanqueiro (LNEG) António Joyce (LNEG) António Sá da Costa (Apren) António Lobo Gonçalves (EDP RENOVÁVEIS) João Abel Peças Lopes (FEUP/Inesc) João Bernardo (DGEG) Joaquim Borges Gouveia (UA) José Carlos Quadrado (ISEL) Nuno Moreira (UTAD) Maria Teresa Ponce Leão (FEUP/LNEG) Rui Castro (IST) Colaboração Cláudio Monteiro, Miguel Moreira da Silva, Ana Malheiro, Maria M. Costa, Jorge Mafalda, António Machado e Moura, Guilherme Machado, Alejandro Román Arroyo, Javier Pérez de la Cruz, Roque Brandão, Filipe Pereira, Cláudio Maia, Thorsten Ortjohann, David Braga, Francisco Bassis, Malcolm Lewis, António Sérgio Silva Miguel Ferraz, Helena Paulino Tiragem 5000 Exemplares Periodicidade Trimestral Redacção e Administração Publindústria, Lda. Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto . Portugal T. 225 899 620 . F. 225 899 629 www.publindustria.pt [email protected] Proprietário e Editor Publindústria, Lda Empresa Jornalística Registo n.º 213163 Impressão e Acabamento Publindústria, Lda. Publicação Periódica Registo n.º 125808 INPI Registo n.º 452220 ISSN: 1647-6255 Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. renováveis magazine revista técnico-profissional de energias renováveis

Resumo Renováveis Magazine 03

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a técnico-profisional de energias renováveis

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renováveismagazine 1

2 editorial

A grande hídrica, a mais pragmática das

energias renováveis

4 espaço opinião

Visão do Clima e Energia em 3D

6 coluna ventos de bruxelas

AfinalquantosPlanoshá?

8 espaço qualidade

Oquefazer,quandonosaconteceisto?

10 coluna riscos renováveis

Agestãoderisconossegurosdas

Energias Renováveis

12 notícias

dossier energia hídrica

26 HidroelectricidadeemPortugal:

desafiosdeumnovociclo

36 O aproveitamento hidroeléctrico de

Girabolhos, rio Mondego

42 Os empreendimentos da Iberdrola

enquadradosnoPNBEPH

50 investigação e tecnologia

Métodosdeobtençãodecélulasde

segundageração–filmesfinos

54 mundo académico

Laboratórios de energias renováveis

artigo técnico

56 Dimensionamentodeumsistemade

venda de energia eléctrica à rede (parte III)

62 Climatizaçãoemquadroseléctricos

reportagem

66 IFATENTSORGA:

o ponto de encontro do ambiente

informação técnico-comercial

70 Redes Inteligentes - Smart Grids

daSIEMENS

76 Blocosdeterminaisparaaplicaçõesde

1000 V DC da WEIDMüLLER

78 SEW-EURODRIVEPORTUGALaposta

naofertadeserviçosespecializados

80 Rolamentosrígidosdeesferashíbridos

SKF,emdimensões(XL),parageradores

deturbinaseólicas

82 OsinversoresSMAcomogestoresderede

84 BONFITEC:Oventoinquietoagita-se

paraumaoutraeradoouroda

produçãoenergética

86 CHATRON lança novos modelos de

ventiladoressolaresfotovoltaicos

88 produtos e tecnologias

102 renováveis em casa

Dimensionamentodecentraisfotovoltaicas

paraamicroprodução

106 barómetro das renováveis

108 bibliografia

110 calendário de eventos

112 links

FICHA TÉCNICArenováveis magazine 3

3º trimestre de 2010

DirectorCláudioMonteiro

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Corpo EditorialCoordenador Editorial:MiguelFerraz

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JoaquimBorgesGouveia(UA)JoséCarlosQuadrado(ISEL)

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RuiCastro(IST)

Colaboração CláudioMonteiro,MiguelMoreiradaSilva,

AnaMalheiro,MariaM.Costa,JorgeMafalda,AntónioMachadoeMoura,GuilhermeMachado,AlejandroRománArroyo,JavierPérezdelaCruz,

RoqueBrandão,FilipePereira,CláudioMaia,ThorstenOrtjohann,DavidBraga,

FranciscoBassis,MalcolmLewis,AntónioSérgioSilva

MiguelFerraz,HelenaPaulino

Tiragem5000 Exemplares

PeriodicidadeTrimestral

Redacção e AdministraçãoPublindústria,Lda.

PraçadaCorujeira,38. Apartado 38254300-144Porto.Portugal

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Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

renováveis

magazinerevista técnico-profissional de energias renováveis

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editorial

A grande hídrica, a mais pragmática das energias renováveis

Duranteosúltimosmesesassistimosadiferentesposiçõesestratégicassobreasenergiasrenováveis.Curiosamenteestasdiferençassurgemnossinaisquevãosurgindodosdoisgiganteseuropeusdasenergiasrenováveis,aAlemanhaeaEspanha.Porumlado,aEspanhatomamedidasparacortar1,2milmilhõesdeeuroaté2013comoscortesnastarifasàsEnergiasRenováveis.Poroutrolado,aAgênciaFederaldeAmbienteAlemãanunciaaintençãodeproduzir100%daenergiaatravésdefontesrenováveisaté2050.Estessinaiscontráriosmostram,porumlado,queéindiscutívelointeressenumaestratégiadesustentabilidadeesegurançadeabastecimentobaseadaemrenováveis,mastambémmostramqueosrecursosfinanceirosparasuportarestasestratégiasdevemserbemgeridos,paraqueoconsumidorconsigasustentareconomicamenteestaestratégiadesustentabilidadeambientaleenergética.

Certamenteasoluçãopassaporapostarprioritariamentenasenergiaslimpascom

maiormaturidade,comcustosdeproduçãomaisbaixosecomumamaiorinternalizaçãotecnológica.Agrandehídricaécertamente,paraospaísesquetêmesserecurso,asoluçãoprioritária.Édassoluçõesestratégicasmaisrobustasalongoprazo,éumatecnologiamaduraebemconhecida,temboaviabilidadeeconómicacomparativamentecomasrestantesrenováveis,éatecnologiaquemaiscontribuiparaasegurançadosistemaeléctrico,pelasuarapidezdeentradaemserviçoeporserpraticamenteaúnicasoluçãodearmazenamentodeenergianumsistemaeléctrico.ÉportodasestasrazõesqueagrandehídricarepresentaamaiorparceladasrenováveisnaEuropa,commaisde11%daenergiaproduzida,maisdodobrodaeólica.TambémemPortugaltemosasortedeserbeneficiadoscomestefantásticorecurso,noúltimoanocercade30%daenergiaconsumidateveorigemnorecursohídrico,efelizmenteaindasóestamosausar50%dacapacidade disponível.

Sendoassim,porquerazãonãodamosmaisimportânciaaesterecurso?Talvezporquenãoéumanovidadetecnológicaeestáforademoda,ouporqueestamosactualmentemaisorientadosparaumparadigmade“energyfromthepeople”emvezde“energyforthepeople”.FelizmenteemPortugalduranteosúltimosanos,apósdécadasdeesquecimento,reconheceu-sequeéefectivamenteesteomelhorrecursoquetemos,dispondodetecnologiaeconhecimentodeexcelência.Claroqueoplaneamentodegrandesobrasrequerplaneamentoalongoprazo,oqueépoucousualnasestratégiasactuaisdegestãopolíticaeempresarial,maisorientadasparaoplaneamentoesoluçõesdecurtoprazo.Apesardissoedeoutrasdificuldades,parecequePortugalestáaconseguirretomaroaproveitamentodesterecursorenovávelprioritárioatravésdoPNBEPH(ProgramaNacionaldeBarragenscomElevadoPotencialHidroeléctrico).Estenúmero,dandoprioridadeàtecnologiaquenosémaisimportante,serádedicadoaopassadoeaofuturodagrandehídricaemPortugal.

Cláudio Monteiro, Director

Cláudio MonteiroDirector

Num momento em que parecem existir dúvidas sobre as estratégias a seguir quanto às energias renováveis uma visão pragmática, alheia a modas ou fatalismos torna-se cada vez mais consensual. A grande hídrica reúne estas características: tecnologia madura, economicamente viável, solução robusta, de longo prazo, funcional para o sistema eléctrico, bem conhecida da nossa engenharia é sem dúvida uma das melhores soluções para os nossos problemas.

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espaço opinião

Visão do Clima e Energia em 3D

Desafios: Alterações Climáticas e Dependência EnergéticaA evidência científica é agora clara e preocupante. As alte-

rações climáticas apresentam riscos globais e exigem uma acção colectiva urgente. Independentemente dos alertas dos especia-listas, o fluxo das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) continua a aumentar, sendo que em 2035 o nível de CO

2 será de 550 ppm, ou seja, o dobro do valor existente na era pré-indus-trial. Como consequência, há mais de 77% de probabilidade que a temperatura média global aumente mais do que 2º C durante este século.

As projecções indicam que os países em vias de desenvolvi-mento de hoje serão os responsáveis pelo maior crescimento na taxa de emissão de CO

2, dado o aumento da população e do PIB que estes irão observar. No entanto, o Mundo não deverá escolher entre mitigar as alterações climáticas ou promover o desenvolvi-mento. Com políticas eficazes do lado da procura e da oferta de energia, será possível descarbonizar tanto os países desenvolvidos como os em vias de desenvolvimento, em conjugação com estraté-gias para o desenvolvimento económico.

Como sugere a figura seguinte, a mitigação das alterações cli-máticas exige a participação de todos os países, desenvolvidos ou não. Mesmo que os países da OCDE passassem a ter zero emis-sões, esse empenhamento não seria suficiente para fixar as emis-sões em 450 ppm até 20301.

Figura 1 Emissões de CO2 para diferentes cenários (Fonte: IEA).

Como se sabe, o desafio climático deu origem ao Protocolo de Quioto, o qual estabeleceu limites obrigatórios para os países desenvolvidos relativamente às emissões de GEE. Será pertinen-te sublinhar que em 2007 (submissão do inventário de 2009) as emissões de GEE de Portugal (sem contabilização das emissões de alteração do uso do solo e florestas) foram estimadas em cerca de 81,8 Mton CO

2 e, o que representa um desvio de 10,3% face à meta de Quioto.2 Estes dados ratificam a dificuldade de Portu-

gal em cumprir o Protocolo de Quioto, cuja meta de 27% de aumento de emissões em relação a 1990 está já em vigor desde Janei-ro de 2008, e tem de ser respeitada para o período 2008-2012.

Para além do desafio climático, emerge em paralelo a urgência em reduzir a depen-dência energética. Ao longo dos últimos anos tem-se registado uma transferência de rique-za de países consumidores de energia, para países produtores de energia, à medida que o preço do petróleo e do gás vai subindo. Estes países produtores de energia são maioritaria-mente não democráticos, sendo alguns deles controlados por extremistas islâmicos. São as chamadas Petroditaduras. Tal como afirmou Thomas Friedman, quando o preço do petró-leo aumenta, o ritmo da liberdade diminui; e quando o preço do petróleo diminui, o ritmo da liberdade aumenta.

Em suma, Portugal tem de ser capaz de reduzir a sua dependência energética, que em 2006 era de 83,1% (sexto país da UE-27 com maior dependência energética).3

Diagnóstico da Energia em Portugal Não obstante a eficiente promoção

mediática da actual política nacional para a Energia, Portugal tem aumentado o seu consumo de energia primária e tem au-mentado muito o consumo de electricida-de nos últimos anos, continuando a crescer acima da média europeia. Em paralelo com o aumento da capacidade instalada de re-nováveis, a última década tem apresentado um significativo crescimento do consumo de electricidade, o que fragiliza a política energética do Governo sustentada nas re-nováveis. Por conseguinte, Portugal vê-se necessitado a reduzir drasticamente a sua ineficiência energética, do lado da procu-ra, e ao mesmo tempo actuar no sistema electroprodutor, dando especial ênfase às tecnologias limpas e com baixos custos de investimento, de operação e manutenção. Por outro lado, é necessário abordar o sec-tor dos transportes de forma integrada no restante sistema de energia.

Miguel Moreira da Silva, Engº. Electrotécnico e Investigador em Sistemas de Energia (FEUP)[email protected]

Portugal vê-se necessitado a reduzir drasticamente a sua ineficiência energética, do lado da procura, e ao mesmo tempo actuar no sistema electroprodutor, dando especial ênfase às tecnologias limpas e com menor custos de capital, de combustível, de operação e manutenção.

Page 4: Resumo Renováveis Magazine 03

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coluna ventos de bruxelas

Afinal quantos Planos há?

Com efeito, a Directiva para as Energias Renováveis (2009/28/CE), adoptada justamente há um ano atrás, obrigava os estados-membros a notificarem a Comis-são Europeia dos seus Planos de Acção até 30 de Junho. Porém, conforme anunciado por Philip Lowe durante um debate organizado pelo think tank Friends of Europe (www.friendsofeurope.org), que teve lugar em Bruxelas justamente a 30 de Junho, nessa data apenas os Países Baixos e a Dinamarca haviam notificado os seus Planos à Comissão Europeia. À data em que este artigo foi escrito (12 de Julho), haviam igualmente notificado os seus Pla-nos a Áustria, a Bulgária, a Finlândia, a Espanha, a Suécia e o Reino Unido.

Certamente que o facto de, até à data, 19 estados-membros ainda não terem notificado os seus Planos à Comissão Europeia não significa que estes países não tenham uma estratégia para as energias renováveis. De resto, como é sabido, apesar de Portugal ainda não ter notificado o seu Plano à Comissão Europeia, já em Ju-nho este havia sido submetido a consulta pública. Na mesma conferência, a Comissão anunciou que não tem qualquer intenção de iniciar – pelo menos nesta fase –

processos de infracção por incumprimento contra os estados-membros que não notificaram os seus Planos.

Não arriscando prognósticos “antes do fim do jogo”, atrevo-me a dizer que as faltas cometidas pelos estados-membros poderão ser mais facilmente atribuídas ao Campeonato Mundial de Futebol do que à inexistência de Planos Nacionais. De resto, na actual conjuntura eco-nómica, a promoção de energias renováveis serve plena-mente os interesses dos estados--membros: aumento do PIB, diminuição do deficit e criação de emprego. É assim de prever que, findo o Mundial e até ao final de Agos-to, os estados-membros em falta notifiquem a Comissão dos seus Planos para as Energias Renováveis.

Os Planos notificados serão o ponto de partida da Comissão para a definição de um conjunto de melho-res práticas para a promoção de energias renováveis. A Directiva deixa aos estados-membros liberdade para escolherem entre diferentes fontes energéticas, tendo em conta uma óptima combinação de tecnologias ener-geticamente eficientes e energia proveniente de fontes renováveis. Porém, não deve ser esquecido que a Comis-são Europeia é a guardiã dos Tratados e, como tal, não poderá deixar de fazer um juízo sobre a compatibilidade das medidas propostas com as regras do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. Em particular, as regras do Tratado que proíbem a concessão de auxílios estatais e as que proíbem a criação de restrições à liber-dade de circulação. Aguarda-se assim com bastante ex-pectativa o Relatório sobre as medidas propostas pelos estados-membros que a Comissão prometeu publicar até ao final do ano.

Os Planos Nacionais podem ser consultados no se-guinte endereço: http://ec.europa.eu/energy/renewables/transparency_platform/action_plan_en.htm

.

por Ana MalheiroAdvogada

A Comissão Europeia é a guardiã dos Tratados e, como tal, não poderá deixar de fazer um juízo sobre a compatibilidade das medidas propostas com as regras do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia

O dia 30 de Junho de 2010 foi aguardado com bastante expectativa por Philip Lowe, o Director-Geral da DG Energia, responsável pela execução da política europeia em matéria energética e liderada pelo comissário alemão Günther Oettinger.

Os Planos notificados serão o ponto de partida da Comissão para a definição de um conjunto de melhores práticas para a promoção de energias renováveis

A adopção de Planos Nacionais pelos estados-membros é um passo fundamental

para o cumprimento dos objectivos definidos em 2007 a nível europeu: alcançar uma

quota de 20% de energias provenientes de fontes renováveis no consumo final bruto de

energia da Comunidade, e uma quota de 10% de energia proveniente de fontes renováveis

no consumo de energia pelos transportes em cada Estado-membro até 2020. Neste

âmbito, Portugal comprometeu-se a que, até 2010, 60% da electricidade produzida e 31% do consumo de energia final tenham origem

em fontes renováveis.

Page 5: Resumo Renováveis Magazine 03

renováveismagazine8

espaço qualidade

o que fazer, quando nos acontece isto?

Começo a escrever este artigo com uma pergunta? Como é que os leitores lidam com colaboradores difíceis? Qual é a estratégia que usam para que todos confluam para o mesmo resultado?

Neste momento certamente que estão a pensar, sei lá.... mas, eu não tenho colaboradores difíceis na minha equipa!

Bom, hipóteses de resposta há muitas, a minha em particular e numa perspectiva de partilha de experiências é, não existem fór-mulas únicas, depende das características da pessoa em si, depende das capacidades do líder, depende do meio em que estas “dificulda-des” surjem, e também e não só, depende dos restantes membros da equipa!

Tenho para mim, que a melhor alternativa é ir demonstrando à pessoa difícil, que “ligar o complicómtero” não resolve qualquer problema, nem para ela, nem tão pouco para os restantes, e que para além de não ser útil, cria entropias e dificuldades a todos os outros.

Num dos artigos que escrevi lembro-me de ter referido de forma entusiasta e quase provocatória, a coragem que qualquer um de nós pode ter para assumir as suas atitudes e respectivas consequências de forma íntegra, respeitando a individualidade de cada um, e acreditando SEMPRE.

É curioso que consigo começar este artigo, com uma pergunta, para vos condicionar mentalmente e agora já estarem preparados para acolherem o focus da questão.

O que fazem os leitores quando estão a trabalhar numa empresa em que a direc-ção da mesma não assume, não lidera, não orienta, é negligente?

Despedem-se? Dão um “murro na mesa”? Acomodam-se? Qual é o comporta-mento? Bom, eu não espero respostas rápi-das, concisas, e fáceis de assumir.

O que pretendo é promover a reflexão, e quem sabe através desta, cada um com os recursos que tem, atingir a resposta dentro de si.

Tenho uma amiga que vive esta realida-de, alguém com um percurso profissional interessante, uma pessoa íntegra, diligen-te, pró-activa, inspiradora mas, trabalha numa empresa onde a liderança é feita no

vácuo..... Não existe, não há consciência da importância real das decisões, existem inclu-sivamente contextos em que os problemas organizativos estão à frente dos olhos da di-recção da empresa mas, de alguma forma, a direcção não os vê.

Julgo até que se pode entender alguma negligência em alguns dos contextos que ela me relata. Curioso é que a nata de co-laboradores dessa mesma empresa, com uma média de idades jovem, qualificados (tecnicamente falando) com um percurso profissional pouco ambicioso (quase todos passaram anteriormente por uma ou nenhu-ma empresa para além da actual), querem unir-se e demonstrar à direcção as neces-sidades urgentes e únicas de manter a em-presa viável.

Estes temas com pessoas são sempre maravilhosos.... Imagine-se uma empresa em que uma equipa de pessoas se quer unir, para demonstrar à sua direcção qual é o único rumo possível para manter a empresa viável! Brutal....

Naturalmente a minha amiga refere-se em última análise à viabilidade financeira, mas também podemos extrapolar para a viabilidade relacional, de ambiente de tra-balho, de envolvimento das pessoas, enfim, nunca mais acabaríamos.

O único conselho que posso dar a esta pessoa, é que tudo o que se faça, uma reu-nião, a decisão sobre um porta-voz, a forma de apresentar as questões, os diagnósticos, a demonstração de forças para tentar man-ter a sua estrutura, tem que ter SEMPRE um PROPÓSITO de lealdade, de honestidade, de bom coração, numa atitude frontal, as-sertiva e com sucesso. Tudo o que se reflec-tir como consequência vai ser MUITO BOM!

E agora, no fim do artigo, ainda conse-guem imaginar como é que lidariam com co-laboradores difíceis na vossa equipa?

Maria Manuel Costa, [email protected]

não existem fórmulas únicas, depende das características da pessoa em si, depende das capacidades do líder, depende do meio em que estas “dificuldades” surjem, e também e não só depende dos restantes membros da equipa!

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renováveismagazine10

coluna riscos renováveis

A gestão de risco nos seguros das Energias Renováveis

Desta vez gostaria, até porque está a aproxi-mar-se o fim de ano, de comentar a forma como as empresas abordam a negociação da sua cartei-ra de seguros, com o mercado segurador.

Tipicamente as empresas, de uma forma directa ou através dos seus mediadores e consultores de seguros, nesta altura do ano ficam muito preocupadas com as pro-postas de renovação que começarão a chegar dos segura-dores, apresentando as condições tarifárias para anuidade seguinte. Algumas com razão, por força do comportamen-to da sua sinistralidade.

Saliento que este raciocínio que se aplica aos contratos de seguro, que têm vencimento em 31 de Dezembro, com as devidas adaptações de enquadramento temporal, tem idêntica análise para os contratos com vencimento disper-so ao longo do ano.

Assim sendo, e considerando que a renegociação anual dos contratos de seguro é inevitável, a forma mais simples de mitigar este problema, chama-se muito simplesmente, fazer o trabalho de casa, ou, para os mais perfeccionistas, fazer a gestão de risco.

Neste contexto, o resultado desta gestão de risco não é mais do que obter elementos indicativos sobre o comportamento da carteira e do mercado, que permitam argumentar e contra propor, face ao que é apresentado pelos seguradores.

Adicionalmente deveremos ter presente que, embora algumas das tecnologias aplicadas sejam inovadoras, o con-ceito de protótipo não deverá prevalecer e ser impeditivo de transferência deste tipo de risco, tanto mais que, todo o risco é segurável, desde que a sua probabilidade de ocor-rência varie num intervalo aberto entre “0” e “1”.

O êxito deste trabalho depende de uma colaboração muito próxima no seio das empresas, nomeadamente, en-tre as suas áreas de operação e manutenção e gestão de risco, conjuntamente com os seus consultores de seguros.

Como?— Analisando a sinistralidade, quanto à frequência e gra-

vidade;— Obtendo indicadores do comportamento do mercado

global, a nível nacional e internacional, nomeadamente para os danos de origem externa (fenómenos da na-tureza e outros) bem como para os danos de origem interna (quebra e avaria de máquinas);

— Sobrepor as duas realidades e concluir qual a posição da empresa face a esta análise conjunta;

— Caso existam sinistros tipificados pela frequência, iden-

tificar formas de mitigação e apresentá-las como factos assumidos, para aplicação prática;

— Referir as garantias, dada pelo fornecedor, nomeada-mente durante os primeiros anos de vida dos equipa-mentos, as quais dão um maior conforto aos segurado-res, na subscrição do risco. De particular interesse na negociação de seguros novos.

Acreditando que os exemplos práticos ajudam sempre a um melhor enquadramento da análise, terminamos mais uma vez com algumas referências, que pretendem abranger as áre-as de exploração com maior significado e implementação:

• Parques Eólicos: Análise de registos de descargas atmosféricas e danos

provocados, por exemplo nas pás, de forma a criar um quadro de probabilidade de ocorrências. Podendo-se extrapolar para o número de pás existentes no parque.

Nesta área revestem-se, igualmente, de particular im-portância, os registos de manutenção das caixas mul-tiplicadoras, nomeadamente no tocante à frequência das análises e mudanças de óleo;

• Pequenas Centrais Hídricas: Identificar o número de horas gastas em manutenção

preventiva, nomeadamente dos sistemas hidráulicos de lubrificação (veios, chumaceiras) e de accionamento (comportas), entre outros, de forma a ter um supor-te bem organizado e de leitura simples. Neste caso, de particular importância na gestão de um sinistro de origem interna que afecte, por exemplo, um veio, uma chumaceira ou a própria turbina.

• Centrais Solares: Devido ao tipo de equipamentos que compõem estas

unidades, e em muitos casos a sua exposição, também na fase de construção, deverão ser facultados indicadores quanto aos sistemas de prevenção e segurança existen-tes, como dissuasores de tentativas de furto ou roubo, tais como vigilância pessoal ou por circuitos fechados de câmaras.

Quanto às condições climatéricas, não desprezar as medidas de mitigação implementadas, como por exem-plo no caso da queda de granizo e acumulação de neve, referido no Artigo de Opinião do N.º 2 da Renováveis Magazine, bem como a existência de pára-raios e restantes equipamentos inerentes ao bom funcionamento destes, para eliminar ou minimizar as consequências das descargas atmosféricas.

por Jorge Mafalda, Director da Área de Energias · MDS – Consultores de Seguros e [email protected]

o resultado desta gestão de risco não é mais do que obter elementos indicativos sobre o comportamento da carteira e do mercado, que permitam argumentar e contra propor, face ao que é apresentado pelos seguradores

Page 7: Resumo Renováveis Magazine 03

renováveismagazine26

dossier energia hídrica

O presente artigo, após uma breve resenha histórica da evolução do aproveitamento dos recursos hídricos nacionais em termos hidroeléctricos, faz uma análise da situação actual da gestão dos mesmos. Dando sempre particular destaque à vertente hidroeléctrica, mas não se limitando a ela, mostra-se a insuficiência das obras hidráulicas até agora realizadas ao nível de algumas das nossas principais bacias, em particular no caso da bacia portuguesa do Douro, alertando para as nefastas consequências que poderiam daí advir se esta situação não se alterasse. O PNBEPH, aprovado em 2007, fez renascer a esperança e veio contribuir para relançar esta importante temática, a qual pareceu inexplicavelmente esquecida durante quase duas décadas, por parte das entidades às quais competia zelar pelo interesse público e pela salvaguarda dos legítimos direitos e expectativas das populações nacionais.

hidroelectricidade em Portugal: desafios de um novo ciclo

1. Introdução. Portugal e as Bacias Hidrográficas na Península IbéricaRecordar a situação geográfica de Portugal na Península Ibérica e na Europa é, sem dú-vida, encontrar resposta para o sentido da nossa história. Com efeito é a localização ge-ográfica periférica do território português na Península, aliada à sua fácil acessibilidade por via marítima e à sua relação com o Oceano Atlântico que explica a sua existência como País. Foi o mar que, de algum modo, “desli-gou” Portugal do corpo peninsular ibérico, fornecendo uma via privilegiada de ligação ao Mundo, pela qual nos veio o auxílio de que necessitávamos para manter a indepen-dência na velha terra hispânica, livrando-nos de desaparecer na confusão das nacionalida-des ibéricas.

tremo SW do continente europeu, sendo uma região de planaltos, os mais elevados da Europa, de que resulta a sua elevada altitude média (660 m). A chuva caída anualmente em terras peninsulares revela uma distribui-ção muito desigual. Assim, a zona costeira do Cantábrico e do Atlântico até quase à foz do Tejo recebe tradicionalmente chuvas abundantes (Ibéria Húmida), enquanto que o centro peninsular, o litoral atlântico ao sul do Tejo e todo o litoral mediterrâneo (quase dois terços da área total peninsular) recebem normalmente chuvas escassas (Ibé-ria Seca). Estas zonas são o testemunho das duas feições tão diversas de clima que se põem em contacto no território peninsular, traduzindo claramente os regimes climáticos e influências especiais dos dois mares que a

António Machado e Moura Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

[email protected]

A generalidade dos autores que se debru-çam sobre a nossa Península são unânimes em reconhecer-lhe uma individualidade geo-gráfica bem pronunciada, dotada de caracte-rísticas especiais que fazem dela um peque-no mundo à parte. Ligada à Europa por um istmo montanhoso de 420 km de extensão e separada de África por um estreito de apenas 14 km, a Península constitui inequi-vocamente uma zona de transição entre os dois continentes, apresentando acentuados contrastes de superfície que lhe dão o carác-ter de mosaico variado.

Com uma área total de cerca de 590.000 km2,dos quais 500.000 km2 pertencem a Espa-nha, a Península forma um vasto promon-tório de contorno poligonal situado no ex-

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renováveismagazine36

dossier energia hídrica

o aproveitamento hidroeléctrico de Girabolhos, rio Mondego

1. IntroduçãoO conhecimento actual dá conta de estrutu-ras hídricas, nomeadamente barragens, tão antigas como remontando ao tempo do an-tigo Egipto, cerca de 4.000 anos a.C..

Certamente o objectivo destas primeiras barragens não era a produção de energia eléctrica, mas existia nessa altura a neces-sidade de armazenar água e desviar o per-curso natural de rios e fios de água para suprir as necessidades dos habitantes dessas regiões. Tanto a necessidade de obtenção de água para consumo humano, tal como a criação dos primeiros sistemas de rega conhecidos do mundo tiveram como base a construção de barragens e criação de al-bufeiras artificiais. Muitas destas estruturas mantiveram-se durante dezenas de séculos. Ao longo da história, e embora a maior par-te das estruturas conhecidas ou das quais existem registos tenham alturas inferiores a 10 metros, conhecem-se barragens com alturas que chegam a ultrapassar os 20 me-tros, havendo, tal como nas estradas, uma evolução considerável quanto ao número de obras hidráulicas no período romano, entre as quais a barragem de Cornalvo, junto a Mérida, Espanha, com uma altura de 24 me-tros e que ainda hoje existe.

energéticos mundiais, apostou em desenvol-ver em Portugal um projecto hidroeléctrico de grande ambição que representa um in-vestimento total de 360 M€, na implantação de uma potência de cerca de 360 MW, e uma capacidade de produção que ultrapassa os 800 GWh/ano, algo como 2% de todo o consumo em Portugal continental no ano de 2009.

2. O PromotorIntegrada no Grupo Endesa, a Endesa Por-tugal representa o braço português de um dos principais grupos energéticos mundiais, que conta hoje com 24 milhões de clientes e 27 mil colaboradores distribuídos por 10 pa-íses e 3 continentes, fornecendo anualmente uma quantidade de energia eléctrica cerca de 3 vezes superior ao consumo verificado em Portugal continental, no ano de 2009.

A nível ibérico, a Endesa conta hoje com 12 milhões de clientes de electricidade e gás na-tural, colocando no mercado cerca de duas vezes o consumo eléctrico verificado em Portugal no ano 2009. O Grupo conta ainda com uma quota de mercado na produção de electricidade de aproximadamente 26% do parque instalado total.

Guilherme Machado, Eng.º Project Manager Endesa Generación [email protected]

Figura 1 Barragem de Cornalvo.

Até aos séculos XVIII e XIX estas obras eram baseadas no empirismo e experiência, não havendo até então conhecimento cientí-fico que suportasse a construção de novas e maiores estruturas. Apenas com a revolução científica e matemática observada nestes sé-culos, com as descobertas protagonizadas por Pascal, Newton, Lagrange, Leibnitz, en-tre outros, e também na área hidráulica por Torricelli, Bernoulli, Euler, e outros, se assis-te a uma evolução na forma de projectar e construir novas barragens, dando origem ao modelo tecnológico empregue nos projec-tos actuais.

Procurando responder aos desafios específi-cos que o sector eléctrico português enfrenta na próxima década, a ENDESA PORTUGAL, braço português de um dos principais grupos

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renováveismagazine42

dossier energia hídrica

os empreendimentos da Iberdrola enquadrados no PNBEPH

1. O Programa Nacional de Barragens com elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH)

a. Enquadramento geralA Directiva 2001/77/CE do Parlamento Eu-ropeu e do Conselho relativa à promoção de eletricidade gerada a partir de fontes de energia renováveis, chama a atenção para a baixa utilização actual deste recurso e reco-nhece ser necessário promover a sua explo-ração, já que esta contribui para a protecção do meio ambiente e ao desenvolvimento

veis, entendendo como tais: a energia eólica, solar, hidráulica (independentemente do ta-manho da central na qual é produzida), geo-térmica, das ondas, mareomotriz, biomassa, gases de plantas de depuração e biogás.

Para além de ter uma forte dependência energética do exterior, Portugal necessita aumentar a percentagem de energia eléc-trica produzida por fonte renováveis de forma a cumprir os objectivos da Directiva 2001/77/CE. Aproveitando que o potencial hídrico explorado apenas alcança os 46% e que, nos últimos 15 anos, o crescimento da potência hídrica em Portugal foi inferior a outros países de referência europeus, fo-ram definidas pelo governo português me-tas para a energia hídrica que se traduzem num claro aumento da potência hidroeléc-trica instalada, até alcançar um total de 7.000 MW em 2020.

Para tal, está previsto realizar um conjun-to de investimentos em aproveitamentos hidroeléctricos, os quais constituem o Pro-grama Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH).

b. O Concurso dos aproveitamentos do Alto TâmegaNo âmbito do Programa Nacional de Barra-

Alejandro Román ArroyoIBERDROLA GENERACIÓN, S.A.U.

[email protected]

sustentável, para além de contribuir para a segurança do abastecimento, fazendo com que se cumpram os objetivos de Kioto da Convenção Marco das Nações Unidas sobre as alterações climáticas.

Através dele, é pedido a todos os estados membros que fixem objectivos indicativos nacionais de consumo de electricidade ge-rada, a partir de fontes de energia renová-veis, consonantes com o objectivo da UE de alcançar, em 2020, uma produção de 20% da energia com origem em fontes renová-

Figura 1 Potencial hídrico por aproveitar em alguns países da Comunidade Europeia e dependência energética externa.

Page 10: Resumo Renováveis Magazine 03

renováveismagazine50

investigação e tecnologia

As células fotovoltaicas de silício monocristalino e policristalino maciço, também conhecidas como as células fotovoltaicas de 1.ª geração, representam na actualidade entre 75% e 80% do mercado dos painéis fotovoltaicos comercializados. As células fotovoltaicas em filme fino ou de segunda geração têm-se afirmado como uma tecnologia alternativa à do silício, devido ao seu baixo custo de obtenção, à sua durabilidade em funcionamento, à sua facilidade de montagem e principalmente ao estado inicial desta tecnologia, o que vislumbra um evoluir da mesma nos próximos anos.

métodos de obtenção de células de segunda geração – filmes finos

1. IntroduçãoNas últimas décadas tem-se vivido o nas-cimento das energias renováveis, em parti-cular o da energia fotovoltaica. O processo de produção de energia eléctrica a partir da energia solar teve o seu despertar com o descobrimento dos semicondutores de silí-cio e com a aparição das primeiras células fo-tovoltaicas. As células fotovoltaicas de silício monocristalino e policristalino maciço, tam-bém conhecidas como as células fotovoltai-cas de 1.ª geração, representam na actualida-de entre 75% e 80% do mercado dos painéis fotovoltaicos comercializados. No entanto, os elevados preços do silício, conjuntamen-te com o evidente amadurecimento desta tecnologia, têm levado à procura de novos sistemas fotovoltaicos que possibilitem a produção de energia eléctrica de uma forma mais eficiente e com um custo de produção na ordem de 1€/Wp.

As células fotovoltaicas em filme fino ou de segunda geração têm-se afirmado como uma tecnologia alternativa à do silício, devi-do ao seu baixo custo de obtenção, à sua du-

rabilidade em funcionamento, à sua facilida-de de montagem e principalmente ao estado inicial desta tecnologia, o que vislumbra um evoluir da mesma nos próximos anos. Actu-almente, as células fotovoltaicas de segunda geração representam cerca do 16% dos pai-néis fotovoltaicos produzidos mundialmente e prevê-se que substituirá gradualmente o silício até 2030.

A preparação deste tipo de células está mui-to diversificada, no entanto este processo pode englobar-se em dois grandes grupos: os métodos de deposição químicos e os mé-todos de deposição físicos.

2. Métodos de deposição químicos A maioria dos processos industriais utiliza-dos na preparação de células fotovoltaicas de segunda geração são métodos de depo-sição químicos. No entanto, os mais usados são os métodos de deposição de vapores químicos (CVD), devido principalmente ao alto controlo estequiométrico das camadas activas (filmes), as altas taxas de deposição que conseguem, e consequente, uma maior

Javier Pérez de la CruzInvestigador Sénior na Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos do INESCPorto

[email protected]

celeridade do processo de preparação e a sua relativamente fácil industrialização.

• Deposição de vapores químicos termicamen-te assistida (TACVD)O método de deposição de vapores quí-micos termicamente assistida nasceu para a área dos fotovoltaicos na década de 80, herdando os conhecimentos já adquiridos na preparação, a larga escala de componentes microelectrónicos pela via da deposição de vapores químicos, também conhecido como CVD. Desde então, este processo tem sido o mais utilizado na preparação de filmes fi-nos epitaxiais de silício. O TACVD baseia-se na decomposição termicamente assistida dos precursores de silício e dos seus dopan-tes sobre uma superfície de silício aquecida. Este processo garante a deposição de filmes epitaxiais, com uma alta reprodutibilidade no que corresponde aos níveis de controlo de impurezas e dopantes e ao controlo da espessura do filme. Porém, o processo de TACVD tem associado algumas desvanta-gens; por exemplo, a toxicidade de alguns

Page 11: Resumo Renováveis Magazine 03

renováveismagazine54

mundo académico

laboratórios de energias renováveis

EnquadramentoCada vez mais as energias renováveis e os sistemas isolados, ou não, de produção de energia a partir de fontes renováveis estão a assumir um papel preponderante na produção de energia eléctrica. No ano de 2009, 29% da energia produzida teve origem nos Produtores em Regime Especial (PRE). De entre os vários sistemas de produção de energia renovável há a destacar duas tecnologias que por razões diferentes assumiram papéis preponderantes. Os sistemas eólicos destacam-se pela dimensão que esta forma de produção atingiu. A evolução da tecnologia permitiu a instalação de parques eólicos de dimensão considerável e que neste momento não pode nem deve ser desprezada pois é responsável por 15% da energia fornecida.

Os sistemas fotovoltaicos, por sua vez assumem um papel mais im-portante na microprodução, que por ser produzida muito perto dos locais de consumo, tornam esta forma de produção de energia numa forma descentralizada que acarreta algumas vantagens para o sistema eléctrico. Também existem centrais fotovoltaicas de grande dimensão, no entanto esta tecnologia ainda não atingiu a maturidade necessária para poder ser competitiva a esse nível.

Laboratórios de Energias RenováveisEstando estas novas tecnologias de produção de energia a assumir um papel importante nos sistemas eléctricos de energia, é necessário que as escolas de engenharia consigam preparar os seus alunos, até porque muitos deles irão trabalhar nestas áreas e assim terão um maior conhecimento prático sobre os sistemas eólicos e fotovoltaicos e também sobre outras formas de produção de energia que não se-jam as convencionais. Nesse sentido quase todas as escolas possuem laboratórios com sistemas fotovoltaicos e/ou eólicos, que servem de apoio às aulas ou a trabalhos de investigação.

O Instituto Superior de Engenharia do Porto possui, desde 2008, um Laboratório de Energias Renováveis (LABNER) composto por um sistema híbrido de produção de energia em rede isolada. O sistema é constituído por um aerogerador de 900 Wp e 4 painéis fotovol-taicos de 150 Wp cada, estando o sistema fotovoltaico equipado com um sistema capaz de fazer o seguimento solar de forma mono axial. Para além do equipamento de produção possui também todo o

equipamento de regulação e controlo necessário ao funcionamento de cada um dos sistemas. O esquema do sistema híbrido encontra-se representado na figura 1.

Figura 1 Esquema do Sistema Híbrido.

O sistema é composto basicamente pelos seguintes componentes:• Painéis fotovoltaicos;• Aerogerador;• 1 controlador do aerogerador;

Os laboratórios de energias renováveis são cada vez mais frequentes nas escolas de engenharia, como forma de valorizar esta área que assume uma cada vez maior preponderância nos actuais sistemas eléctricos de energia.

Roque BrandãoDepartamento de Engenharia ElectrotécnicaInstituto Superior de Engenharia do [email protected]

Figura 2 Painéis e aerogerador.

Page 12: Resumo Renováveis Magazine 03

renováveismagazine56

artigo técnico

dimensionamento de um sistema de venda de energia eléctrica à rede

10. Dimensionamento do Interruptor AC de isolamento do aerogerador A interrupção de correntes AC é menos exi-gente do que a interrupção de correntes DC. É recomendável que se opere o interruptor DC após o isolamento do circuito AC. O in-terruptor AC apresenta uma forma de isolar manualmente o aerogerador. Esta acção é necessária durante a instalação, manutenção e reparação do aerogerador.

Desta forma é cumprida a norma IEC 60364-7-712, que exige um interruptor de acesso manual entre o aerogerador e o inversor. Para um isolamento eficaz do circuito que liga o aerogerador ao rectificador, o inter-ruptor AC a incluir deverá ser tripolar, bem como possuir um elevado poder de corte de modo a que sua abertura seja efectuada do modo mais seguro possível.

11. Protecção contra descargas atmosféricas nos sistemas ligados à rede eléctrica nacional de BT

Protecção contra descargas directasO sistema de microgeração, na maioria dos casos, não contribui para o aumento de ris-co da ocorrência de descargas atmosféricas directas. Como tal não se torna forçosa a instalação de um sistema de protecção adi-cional quando a instalação do sistema ocorre num edifício que já se encontra protegido. No entanto perante um sistema de grande dimensão e instalado no ponto mais elevado de um edifico, sujeitos a uma forte exposi-ção, poderá ser necessária a instalação de

Com BAse em energIA eólICA A nível resIDenCIAl (Parte III)

Filipe PereiraEngenheiro Electrotécnico (ISEP)

(continuação da última edição)

um sistema de protecção próprio.

A estrutura de suporte do aerogerador, além de elemento condutor, poderá ser con-siderada como um captor natural de pára-raios, pelo que deve ser ligado um condutor de terra protecção adequado.

Acresce referir que a interligação do terminal de terras (TPT) com ligação da torre do ae-rogerador à terra, só é possível se o valor da resistência de terra for inferior ou igual a 10 Ω.

É também obrigatória a instalação de uma protecção diferencial na ligação do inversor ao contador no caso da microprodução e se o inversor não for dotado de transformador na sua construção, o que não é o caso do WindyBoy 2500. Por razões de segurança devem existir avisos de perigo de tensão na entrada do inversor.

O sistema de protecção será constituído por um dispositivo de captação, um condutor de cobre com a secção mínima de 16 mm2 para escoar a descarga, e um sistema de ligação à terra.

Protecção contra descargas indirectasA probabilidade de um edifício ser afectado por uma descarga indirecta é muito maior do que a probabilidade deste ser afectado por uma descarga directa. O sistema eólico, durante o tempo de vida útil, sofrerá diver-sos efeitos indirectos causados por descar-gas atmosféricas.

Segundo a norma IEC 364-5-54, um dos

requisitos para a protecção de instalações eléctricas interna contra descargas atmosfé-ricas é a ligação equipotencial dos elementos condutores.

Em sistemas expostos a descargas atmos-féricas deverão ser utilizados cabos prote-gidos correctamente contra curto-circuitos. Recomenda-se o uso de cabos blindados de cobre e com uma secção mínima de 16 mm2, sendo o extremo superior da blindagem li-gado à torre do aerogerador, segundo o tra-çado mais curto possível.

12. ligação à terra dos componentes do sistema de microgeraçãoO condutor geral de protecção deve en-contrar-se separado dos restantes cabos eléctricos, a fim de evitar descargas de in-dução provocadas por estes. A sua ligação ao eléctrodo de terra deverá ser efectuada pelo caminho mais curto e, se possível, em linha recta e vertical. O eléctrodo de terra deverá ser constituídos por fitas de cobre ou de aço galvanizado enterradas a mais de 0,8 m da superfície do solo, ou que possu-am uma superfície de contacto à terra de no mínimo 1 m2.

De referir que os condutores neutro e de protecção não devem, sob circunstância al-guma, ser usados como condutores de terra ou eléctrodos de terra.

Abaixo é indicado um esquema de ligação à terra do aerogerador através da ligação ao circuito de geral de protecção de terras.

Page 13: Resumo Renováveis Magazine 03

renováveismagazine62

artigo técnico

climatização em quadros eléctricos

O avanço da electrónica tem sido um ele-mento chave para a competitividade das in-dústrias. Através de autómatos, variadores, entre muitos outros equipamentos, assisti-mos a processos automatizados, com o ob-jectivo de maximizar a produção com o me-nor consumo energético, menor emissão de resíduos, melhores condições de segurança, ou ainda, redução do esforço ou da interfe-rência humana no processo fabril.

Estes equipamentos possuem como pontos fracos a sua sensibilidade a factores exter-nos, tais como pó, óleo, humidade e tempe-ratura. O calor em particular é o pior inimi-go, encurtando drasticamente o tempo de vida destes equipamentos.

O quadro eléctrico, sempre presente em todas as instalações eléctricas, serve de “fato” a estes equipamentos, protegendo-os dos ambientes agressivos, na grande maioria nas indústrias. A necessidade de ventilação e refrigeração dos quadros eléctricos surge quando temos uma temperatura ambien-te elevada e uma dissipação de calor pelos aparelhos. É nesse sentido que surge este artigo de apoio ao dimensionamento destas soluções.

Existem várias formas de dissipar o calor de dentro dos armários eléctricos, tais como, ventiladores, permutadores de calor ar/ar (ar-condicionados) e permutador de calor ar/água. Em caso de necessidade de aumen-tar a temperatura dos armários, existem as resistências de aquecimento.

1. Noções BásicasAo iniciar o dimensionamento de um sistema de ventilação ou refrigeração, é necessário inicialmente considerar as suas condições periféricas, como a temperatura externa, tempera-tura interna e o grau de protecção (IP) do armário eléctrico.

Antes de partirmos para o dimensionamento das várias formas de dissipação da temperatura, é necessário ter em conta os seguintes cálculos:

1.1. Cálculo da superfície efectiva do armárioA superfície efectiva do armário (A) é a área que o armário tem disponível para dissipar energia calorífica para o exterior. Um armário individual não encostado a nenhum objecto ou parede dissipa mais energia calorífica do que um armário encostado a uma parede.

As fórmulas de cálculo de A, estão descritas em DIN 57 660 secção 500 ou em IEC 890.

1.2. Base de cálculo de climatização de armáriosA auto-convecção faz com que a potência libertada pelos equipamentos se dissipe para o ex-terior do armário, através das paredes do mesmo. Para isso é necessário que a temperatura exterior seja mais baixa do que a temperatura interior do armário.

A necessidade de ventilação e refrigeração dos quadros eléctricos surge quando temos uma temperatura ambiente elevada e uma dissipação de calor pelos aparelhos. O presente artigo aborda as metogologias para o dimensionamento das soluções de ventilação e refrigeração.

Cláudio MaiaAccount ManagerRittal Portugal

Page 14: Resumo Renováveis Magazine 03

renováveismagazine66

reportagem

IFAT ENTSORGA o ponto de encontro do ambiente

A IFAT ENTSORGA apresenta uma das ofertas mais amplas e abrangentes em ter-mos de soluções ambientais, num dos maio-res espaços de exposição de tecnologia ambiental. Além disso estarão presentes as maiores empresas do sector que apresen-tarão as suas últimas inovações, soluções e serviços. Pode encontrar nesta feira varia-das técnicas de ambiente, de tratamento de esgotos e canalização, drenagem, tratamen-to de iodo de clarificação, limpeza urbana, serviço de Inverno para vias públicas, trata-mento de lixo, reciclagem, instalação de ga-ses de escape, drenagem de detritos velhos, entre outras tecnologias ambientais.

Não há uma feira com uma participação tão internacional e completa como a IFAT ENT-SORGA, o que justifica os esperados mais de 2.600 expositores oriundos de 40 países. Para além da oferta da feira, os visitantes

podem usufruir de um vasto programa pa-ralelo, composto por vários fóruns de aces-so gratuito.

Os últimos produtos, sistemas, instalações e serviços serão representadas em grande número neste evento. Inovações, soluções industriais e tecnologias - incluindo aque-les usados no desenvolvimento das nações – garantem um olhar particular sobre a amplitude e a profundidade deste sector. O IFAT ENTSORGA tem um programa extenso de apoio a eventos, como confe-rências, simpósios, workshops e fóruns que irão garantir uma vasta gama de informação, relacionados com o futuro das tecnologias ambientais, temas e tendências. Entre os participantes contam-se representantes do sector científico e de investigação, tal como associações comerciais e instituições oriun-das da Alemanha e de outros países.

Este evento continua a reforçar a sua posi-ção de liderança na indústria global. As suas elevadas taxas de crescimento derivam do constante crescimento de interesse na feira, e assim é reconhecido o seu elevado valor. O IFAT 2008 contou com mais de 2.600 ex-positores de 41 países, e mais de 120.000 visitantes de 170 países. 97,4% destes visi-tantes eram profissionais – uma marca de qualidade que fala só por si!

Com um novo nome, a maior feira de soluções ambientais realizar-se-á este ano em Munique, na Alemanha, de 13 a 17 de Setembro. A antiga IFAT, agora IFAT ENTSORGA, apresentará uma gama completa de produtos para os quatros principais sectores representados no evento: água, águas residuais/efluentes, resíduos e gestão de matérias-primas. Este ano também estarão presentes os sectores do tratamento de resíduos, reciclagem, gestão de matérias-primas e serviços.

por Helena Paulino

Não há uma feira com uma

participação tão internacional e

completa como a IFAT ENTSORGA, o que justifica os

esperados mais de 2.600 expositores

oriundos de 40 países.

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renováveismagazine102

renováveis em casa

dimensionamento de centrais fotovoltaicas para a microprodução

IntroduçãoDesde que foi publicado o Decreto-Lei N.º 363/2007 de 2 de Novembro, que tem por ob-jecto estabelecer o regime jurídico aplicável à produção de electricidade por intermédio de unidades de microprodução, este tipo de instalações de pequena potência tem aumentado muito em Portugal. Dos diversos tipos de energia renovável previstos no referido Decreto-Lei, tem sido a energia solar a que mais tem motivado os utilizadores a instalarem centrais de microprodução. A este facto não é com certeza alheia a tarifa aplicável à energia produzida através desta fonte de energia, à qual é aplicável 100% da tarifa de referência.

A tabela 1 apresenta as instalações e as diversas potências de centrais de microprodução com origem em fontes renováveis registadas e instaladas desde a saída do Decreto-Lei.

Tabela 1 Instalações de microprodução [Fonte: www.renovaveisnahora.pt].

Dos valores apresentados na tabela anterior, mais de 90% são referentes a centrais foto-voltaicas, e por esse motivo o elevado número de instalações justifica a importância do correcto dimensionamento das mesmas.

Factores que influenciam o rendimento das centraisQuando se pretende dimensionar uma central fotovoltaica é necessário ter em consideração diversos factores que podem influenciar o rendimento das instalações. Considerando que os painéis fotovoltaicos, por si só, já possuem rendimentos bastante baixos, a optimização do rendimento das instalações é um factor que assume uma importância extrema. Para apoiar

No presente artigo é apresentado um exemplo prático de aplicação da metodologia de dimensionamento de uma central fotovoltaica.

os projectistas, existem diversos softwares de simulação que lhes garantem uma ajuda importante sobre a viabilidade técnica e eco-nómica dos projectos. No entanto, é neces-sário também ter conhecimento sobre dois factores importantes que influenciam o ren-dimento dos painéis fotovoltaicos, nomeada-mente a temperatura e os sombreamentos.

Nos módulos cristalinos o efeito da tempe-ratura faz-se sentir com mais intensidade do que nos módulos de silício amorfo. A tem-peratura tem um efeito importante sobre a tensão do módulo, não se fazendo sentir muito sobre a corrente. Ao haver redução do valor da tensão, continuando o valor da corrente quase inalterado, a potência do módulo diminui.

Figura 1 Efeito da temperatura na curva I-V.

Como se pode ver na figura 1, a tensão bai-xa muito com o aumento da temperatura. O factor de variação da tensão com a tem-peratura é uma das características que deve

Roque BrandãoDepartamento de Engenharia ElectrotécnicaInstituto Superior de Engenharia do [email protected]

AnoRegistos efectuados Registos Pagos Instalados

Qtd kW Qtd kW Qtd kW

2008 5768 19770,84 3245 11322,88 2284 7991,06

2009 7286 25852,44 5259 18703,68 4372 15535,72

2010 3004 10691,68 2267 8057,05 247 875,04

Page 16: Resumo Renováveis Magazine 03

renováveismagazine106

barómetro das renováveis

Grande Hídrica (>10 MW)  Eólica 

4497 

3764 

16 

613 

Potência Instalada FER (MW)  

(Abril 2010) 

Potência Instalada (MW)  Potência Licenciada (MW) 

Biomassa (c/cogeração)  PCH (<= 10 MW)  Resíduos Sólidos 

Urbanos 

Fotovoltaica  Biomassa (s/cogeração)  Biogás  Ondas/Marés 

360 325 

88  108.8  106 

21  4.2 

187 

136 

16.2 69 

45 

Potência Instalada FER (MW)  

(Abril 2010) 

Potência Instalada (MW)  Potência Licenciada (MW) 

barómetro das renováveis Julho 2010

A potência instalada de Fontes de Energia Renovável (FER), somou 9.275 MW no final de Abril de 2010. Crescendo relativamente a Fevereiro de 2010, mais 115 MW de eólica, 8 MW de fotovoltaica, 6 MW de Biomassa e 1 MW de mini-hídrica. Existe ainda 1.082 MW licenciados, não tendo esta fracção aumenta-

do nos últimos três meses. Apenas a potência licenciada de biogás aumentou 2 MW.

Devido à elevada pluviosidade deste inver-no, a grande hídrica ainda continua em Ju-nho a produzir uma fracção significativa da energia. Nos últimos três meses a fracção

de energia produzida com renovável (in-cluindo PRE térmica e grande hídrica) des-ceu de 80% para 50%, o que é natural para este período do ano. Mesmo assim continu-amos com valores de produção de fracção renovável elevados relativamente aos meses homólogos do ano anterior.

O barómetro das energias renováveis pretende manter informados os nossos leitores sobre a evolução das potências instaladas e das correspondentes produções de energia. A informação apresentada sobre potências instaladas tem como fonte as estatísticas rápidas da DGEG de Abril 2010 e a informação sobre produção tem como fonte a informação de produção diária desagregada, disponibilizada no website da REN até 30 de Junho de 2010. Nesta versão do barómetro apenas apresentaremos informação relativa à produção de electricidade. A potência instalada em regime de microprodução está incluída na fracção Fotovoltaica.

Figura 1 Potência instalada da Fontes de Energias Renováveis (FER) em Abril 2010. Fonte: baseado nas estatísticas rápidas da DGEG..

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

Grande Hídrica 

(>10 MW) 

Eólica 

4515 

3455 

787 

Potência Instalada FER (MW)  

(Outubro 2009) Licenciada  instalada  

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

Grande Hídrica 

(>10 MW) 

Eólica 

4515 

3455 

787 

Potência Instalada FER (MW)  

(Outubro 2009) Licenciada  instalada  

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

Potência Instalada FER (MW)(Abril 2010)

Licenciada

instalada

Figura 2 Energia produzida mensalmente pelas Fontes de Energias Renováveis (FER). Fonte: baseado na informação de produção diária disponível no website da REN.

ConsumoMensal

(GWh)

Produção não renovável

PRE Ondas

PRE Fotovoltaica

PRE Hidráulico

Albufeira SEP

PRE Térmico

Fio Água SEP

PRE Eólico

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

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Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

Cláudio Monteiro, com a colaboração de António Sérgio Silva

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bibliografia

Planning and Installing Photovoltaic Systems – A Guide for Installers, Architects and Engineers (2ª Ed.)

Adaptação e tradução da edição alemã de sucesso que vendeu mais de 2000 exemplares. Com a produção fotovoltaica mundial a aumentar, este guia best seller tornou-se uma ferramenta imprescindível para instala-dores, engenheiros e arquitectos, já que apresenta de uma forma detalhada todas as temáticas necessárias para a implementação de um projecto com sucesso, desde o projecto técnico às questões legais e de marke-ting da instalação fotovoltaica. Começando com a avaliação dos recursos até ao esboço dos componentes essenciais, este guia abrange de uma forma detalhada o projecto do sistema, a análise económica, a insta-lação, e a utilização e manutenção de sistemas fotovoltaicos. Esta segunda edição foi totalmente revista de modo a reflectir a tecnologia de topo e os conceitos, incluindo novos capítulos sobre marketing, e a história do fotovoltaico. O leitor poderá também encontrar novas informações sobre o mercado fotovoltaico, mais informação sobre protecção contra descargas atmosféricas, uma nova secção sobre sistemas integrados em edifícios e novos gráficos, dados e imagens.Índice: 1. Foreword; 2. Photovoltaic Basics; 3. PV Modules and Other Components of Grid-Connected Systems; 4. Site Surveys and Shading Analysis;

5. Planning and Sizing Grid-Connected Photovoltaic Systems; 6. System Sizing, Design and Simulation Software; 7. Mounting Systems and Building

Integration; 8. Installing, Commissioning and Operating Grid-Connected Photovoltaic Systems; 9. Stand-alone Photovoltaic Systems; 10. Economics and

Environmental Issues; 11. Marketing and Promotion; 12. Bibliography.

Planning and Installing Solar Thermal Systems– A Guide for Installers, Architects and Engineers (2ª Ed.)

Os sistemas solares térmicos disponíveis actualmente oferecem eficiência e confiança. Estes podem ser aplicados em diferentes condições de modo a ir ao encontro das necessidades em termos de espaço e aque-cimento de água, num contexto residencial, comercial, ou mesmo industrial.Esta edição de 2004, totalmente revista, revela-se um auxiliar bastante completo para se projectar e instalar um sistema solar térmico, e crucial para um bom conhecimento desta tecnologia. Nesta obra considera-se que estão incluídos todos os principais tópicos para uma implementação com sucesso de um projecto. Este livro detalha os sistemas solares térmicos, a sua instalação, operação e manutenção para edifícios de habita-ção, sistemas alargados, aquecimento de piscinas, aquecimento solar de ar e arrefecimento solar.Neste livro poderá também encontrar sugestões de como comercializar tecnologias de solar térmico, a avaliação de ferramentas de simulação, e dados sobre programas de energias renováveis a nível regional, na-cional e internacional. Em suma, este livro revela-se uma ferramenta valiosa para arquitectos e engenheiros, bem como para eletricistas, construtores, e outros instaladores e curiosos sobre o tema.Índice: 1. Solar Radiation and Arguments for its Use; 2. Components of Solar Thermal Systems; 3. Systems for Single-Family Houses; 4. Installation, Commissioning,

Maintenance and Servicing; 5. Large-scale Systems; 6. Solar Concentrating Systems; 7. Solar Heating of Open-Air Swimming Pools; 8. Solar Air Systems; 9. Solar

Cooling; 10. Simulation Programs for Solar Thermal Systems; 11. Marketing and Promotion; Appendix A: Glossary; Appendix B: Relevant UK Solar Regulations and

Technical Standards; Appendix C: Nomenclature; References and Further Information.

Urban Wind Energy

Em resposta ao crescimento internacional do interesse na energia eólica e a descentralização da produção de energia, este livro foca o seu interesse no potencial da exploração da energia eólica nas áreas urbanas. Neste livro, o autor sublinha o fundamental desta tecnologia, e examina a força do vento, e as técnicas de integração e aborda temas tais como estética, aerodinâmica, arquitectura, ambiente, e restrições estruturais. Os níveis de turbulência são discutidos em detalhe, e são fornecidos indicadores para uma previsão da sua performance o mais próxima da realidade. São incluídos também alguns casos de estudo.“Urban Wind Energy” é indicado para investigadores e estudantes em energia eólica, consultores de energia, profissionais no governo local e urbanismo, e por fim arquitectos e engenheiros com interesse em energias renováveis e um design sustentável.Índice: Part I: Wind Energy in Context; Part II: Urban Wind Energy Potential; Part III: Urban Wind Energy Feasibility Study; Part IV: Turbine Technology; Part V: Building

Integrated Wind Turbines.

Autor: Deutsche Gesellshaft Fur Sonnenenergie (DGS) ISBN: 978-184-4074-42-6Editora: EarthscanPáginas: 396Edição: 2007Obra em InglêsVenda online em www.engebook.com

€ 127,82

Autor: Deutsche Gesellshaft Fur Sonnenenergie (DGS) ISBN: 978-184-4077-60-1 Editora: EarthscanPáginas: 302Edição: 2010Obra em InglêsVenda online em www.engebook.com

€ 67,26

Autores: Sinisa Stankovic, Neil Campbell, Alan Harries ISBN: 978-184-4072-82-8Editora: EarthscanPáginas: 200Edição: 2009Obra em Inglês Venda online em www.engebook.com

€ 127,82

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biblografia

revista técnico-profissional

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Photovoltaics in the Urban Environment – Lessons Learnt from Large Scale Projects

O conceito das cidades como potenciais fábricas de energia fotovoltaica está rapidamente a ganhar terreno. Contudo até então não havia qualquer estudo a larga escala dos impactos deste desenvolvimento na paisa-gem urbana, e infra-estruturas, ou nos habitantes. Este livro, baseado em estudos de largo espectro suporta-dos pela comissão europeia e pela agência internacional de energia, é o primeiro que aborda correctamente este tema. Oferece um olhar pelas implicações das políticas de implementação de sistemas fotovoltaicos no ambiente urbano, e oferece uma visão geral dos processos de implementação e ocupação. De seguida apresenta detalhadamente casos práticos de uma série de cidades europeias, examinando o papel das ins-talações fotovoltaicas nas novas áreas urbanas e em reabilitação, nos últimos 15 anos. Por fim, termina com uma revisão dos parâmetros técnicos para o fotovoltaico, e a regulamentação que regula a sua projecção, construção e grid connection. O livro irá representar uma fonte essencial para projectistas e instaladores que consideram incluir a implementação de sistemas de energia solar fotovoltaica nos seus planos, e para quem quiser perceber o que funcionou (ou não) e porquê. Índice: Preface; Introduction; 1. Urban Planning with Photovoltaics; 2. Case-Studies of Existing Urban Areas with Photovoltaics; 3. Case-Studies of Urban Areas with

Plans for PV in the Future; 4. Regulatory Framework and Financing; 5. Design Guidelines; Appendices; List of Contributors; Acknowledgements; Source for Further

Information; Case-Study Matrix.

Developing Wind Power Projects - Theory and Practice

A energia eólica está a crescer muito rapidamente, não só no número de novas instalações como também no interesse dos intervenientes incluindo legisladores, organizações não-governamentais, indústria e o público em geral. Ao contrário da grande maioria dos textos sobre energia eólica, que são escritos principalmente por engenheiros ou legisladores, este livro destina-se aos interessados em, ou que planeiam implementar, projetos de energia eólica. O autor deste livro começa por delinear os temas básicos desta energia e explo-rar os recursos subjacentes e a própria tecnologia. De seguida explora a interações entre a energia eólica e a sociedade, e os principais aspetos do desenvolvimento de um projeto, incluindo a localização, economia e legislação. Este livro será uma referência essencial para profissionais que estão a desenvolver novos sites, oficiais do governo e consultores que avaliam aplicações relacionadas, e especialistas e não-especialistas que estudam o desenvolvimento de projectos de energia eólica.Índice: Part I: Introduction to Wind Power; Part II: Wind Energy; Part III: Technology; Part IV: Wind Power and Society; Part V: Wind Power Project Deve-

lopment.

€ 80,73

€ 80,73

Autores: Bruno Gaiddon, Henk Kaan, Donna Munro ISBN: 978-184-4077-71-7Editora: EarthscanPáginas: 208Edição: 2009Obra em Inglês Venda online em www.engebook.com

Autor: Tore Wizelius ISBN: 978-184-4072-62-0Editora: EarthscanPáginas: 304Edição: 2006Obra em InglêsVenda online em www.engebook.com

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calendário de eventos

Solar Power International

Feira de Energia Solar Los Angeles, E.U.A.

12 a 14 Outubro 2010

SEPA [email protected]

Designação Temática Local Data Contacto

25th European Photovoltaic Solar Energy Conference

Conferência sobre Energia Solar Fotovoltaica

Valência, Espanha

6 a 10 Setembro 2010

WIP - Renewable Energies [email protected]

Hydro 2010 Conferência sobre Energia Hídrica

Lisboa, Portugal

27 a 29 Setembro 2010

Hydropower & [email protected]

EuroSun 2010 Conferência Internacional sobre Aquecimento e Arrefecimento Solar e Edifícios

Graz, Áustria

28 Set. a 1 Outubro 2010

AEE [email protected]

European Future Energy Forum

Fórum Europeu de Energias Renováveis

Londres, Inglaterra

19 a 21 Outubro 2010

Bilbao Exhibition [email protected]

3rd EPIA International Thin Film Conference

Congresso sobre Painéis Solares de Película Fina

Munique, Alemanha

9 Novembro 2010

[email protected]

SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS

Designação Temática Local Data Contacto

Matelec Feira de Material Eléctrico e Electrónico

Madrid, Espanha

26 a 29 Outubro 2010

Ifemawww.ifema.es/ferias/matelec/[email protected]

Expobioenergia 2010 Feira Internacional especializada em Bioenergia

Valladolid, Espanha

27 a 29 Outubro 2010

Expobioenergí[email protected]

FEIRAS

Power Expo Solar Feira de Energia Solar Saragoça, Espanha

21 a 23 Setembro 2010

Feira de Saragoç[email protected]

Husun WindEnergy Feira de Energia Eólica Husun, Alemanha

21 a 25 Setembro 2010

Messe Husum [email protected]

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links

Para melhor cobrir a temática do dossier deste número indicamos um link do INAG com informação muito completa sobre o Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico. O website mapeia e descreve os diversos aproveitamentos hidroeléctricos e apresenta um vasto conjunto de documentos relacionados.

http://pnbeph.inag.pt

PNBEPH - Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico

Para quem quiser estar informado sobre tudo o que se passa no mundo sobre grande hí-drica este website proporciona informação sobre projectos, obras, tecnologias, mercado, concursos, regulamentação, questões ambientais, entre outras questões.

www.hydroworld.com

Hydroworld.com