172
n° 8 · 4º trimestre de 2011 · ano 2 · 9.00 · trimestral · ISSN 1647-6255 · www.renovaveismagazine.pt 8 renováveis magazine revista técnico-profissional de energias renováveis dossier mini-geração artigos técnicos que inversor devo escolher? instalação de micro-geração fotovoltaica geradores eléctricos na nuvem investigação e tecnologia casas em movimento mundo académico VERCampus – campus de energias renováveis case study descrição técnica de uma mini-geração fotovoltaica na Universidade de Aveiro reportagem formação da Donauer sobre instalação fotovoltaica IBC SOLAR apresenta módulo solar estético e eficiente

Renováveis Magazine 8

Embed Size (px)

DESCRIPTION

© CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.

Citation preview

Page 1: Renováveis Magazine 8

n° 8 · 4º trimestre de 2011 · ano 2 · 9.00 € · trimestral · ISSN 1647-6255 · www.renovaveismagazine.pt

8 renováveis magazinerevista técnico-profissional de energias renováveis

dossiermini-geração

artigos técnicosque inversor devo escolher?instalação de micro-geração fotovoltaicageradores eléctricos na nuvem

investigação e tecnologiacasas em movimento

mundo académicoVERCampus – campus de energias renováveis

case studydescrição técnica de uma mini-geração fotovoltaica na Universidade de Aveiro

reportagemformação da Donauer sobre instalação fotovoltaica IBC SOLAR apresenta módulo solar estético e eficiente

Page 2: Renováveis Magazine 8
Page 3: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 1

2 editorial Aproveitamento das vantagens da mini-produção fotovoltaica

4 espaço opinião Cão que ladra tem que morder...

espaço qualidade6 O marketing interno na perspectiva da gestão de recursos humanos8 Melhorar ou não melhorar? (2.ª parte)

12 coluna riscos renováveis Inovando Hoje, garantimos o Amanhã

14 coluna vozes do mercado Mini-produção – a alternativa renovável!

16 notícias

34 dossier mini-geração36 Mini-geração: quo vadis?40 Mini-geração em Portugal: que perspectivas?44 Enquadramento e perspectivas da mini-produção de electricidade48 A viabilidade técnica e económica da mini-geração52 A mini-produção fotovoltaica56 “Mini-produção” de electricidade – novo regime jurídico58 “Terreno apto procura recurso para se renovar”

entrevista60 “A eficiência energética é principalmente a utilização de energias provenientes de fontes renováveis” – Deodato Vicente, Director-Geral da Weidmüller Portugal64 “As energias renováveis podem ser aplicadas para benefício de todos” – Nuno Andrade, Gestor de Negócios de Renováveis da Metalogalva68 “Compromisso de oferecer aos clientes serviços que respondam às suas necessidades” – David Alonso, Director Geral da DASOLUZ

72 investigação e tecnologia Casas em movimento, uma nova geração de casas auto-sustentáveis

76 mundo académico VERCampus – campus de energias renováveis

artigo técnico82 Que inversor devo escolher?86 Instalação de micro-geração fotovoltaica – caso de estudo

90 Geradores eléctricos na nuvem

case-study92 Descrição técnica de uma mini-geração fotovoltaica na Universidade de Aveiro

reportagem98 Formação da Donauer sobre instalação fotovoltaica produtiva na Concreta|Endiel100 IBC SOLAR apresenta módulo solar estético eeficiente

informação técnico-comercial102 KOSTAL Solar Electric Ibérica: uma perspectiva de futuro fotovoltaico, grandes novidades em termos de produtos104 DEGERenergie expande a sua posição como líder de mercado mundial108 SMA SOLAR – escolha de um inversor para a mini-geração112 Decidir estruturas de alumínio da ExTRUSAL PRO SOLAR, porquê?116 Aproveitamento do máximo potencial da energia fotovoltaica em instalações sobre coberturas industriais com IBC SOLAR120 Sistemas fotovoltaicos – solução completa OLFLEx SOLAR® da POLICABOS112 SCHOTT SOLARmelhoraaeficiência dos tubos receptores CSP124 PAIRAN, parceiro para as soluções globais de sistemas fotovoltaicos128 Aplicação de renováveis na reabilitação de edifícios – soluções CHATRON132 Miniprodução ERP: sistema fotovoltaico com omelhorrendimento,fiabilidadeegarantia134 Produtos CALEFFI BIOMASS136 Sistemas fotovoltaicos devidamente protegidos140 SCHüCO apresenta nova geração de tecnologiadecapafinanoPorto142 MECASOLAR fornece 11,5 MW para instalações fotovoltaicas

144 produtos e tecnologias

156 renováveis em casa Dimensionamento de sistemas fotovoltaicos de venda à rede

162 barómetro das renováveis

164 bibliografia

166 calendário de eventos

168 links

FICHA TÉCNICArenováveis magazine 8

4º trimestre de 2011

DirectorCláudio Monteiro

[email protected]

Corpo EditorialCoordenador Editorial: João Miranda

T. +351 225 899 [email protected] Director Comercial: Júlio Almeida

T. +351 225 899 626 [email protected]

Chefe de Redacção: Helena [email protected]

AssessoriaRicardo Silva

[email protected]

Design avawise

em colaboração com Publindústria, Lda.

Webdesign Martino Magalhães

[email protected]

AssinaturasT. +351 220 104 872

[email protected]

Conselho Redactorial Alexandre Fernandes (Adene)

Álvaro Rodrigues (FEUP/INEGI)Ana Estanqueiro (LNEG)

António Joyce (LNEG)António Sá da Costa (Apren)

António Lobo Gonçalves (EDP RENOVÁVEIS)João Abel Peças Lopes (FEUP/Inesc)

João Bernardo (DGEG)Joaquim Borges Gouveia (UA)

José Carlos Quadrado (ISEL)Nuno Moreira (UTAD)

Maria Teresa Ponce Leão (FEUP/LNEG)Rui Castro (IST)

Colaboração Cláudio Monteiro, Ana Malheiro,

Maria Manuel Costa, Luís Fernandes, Jorge Mafalda, Paulo Luz, Maria João Rodrigues, João Crispim,

Rui Castro, Teresa Ponce de Leão, João de Jesus Ferreira, Hélder Correia, Rui Azevedo,

Gonçalo Pinheiro Torres, Mariana Lemos, João Nuno Teixeira, Vicente Leite,

José Batista, Orlando Rodrigues, Manuel Vieira Lopes, S. Saraiva, R. Melício,

J. P. S. Catalão, J. C. O. Matias, Carlos Cabrita,Henrik Arleving, Filipe Cunha Viana, Alexandre Cruz,

David Gallardo, Filipe Pereira, António Sérgio Silva, João Miranda, Helena Paulino

Tiragem5.000 Exemplares

PeriodicidadeTrimestral

Redacção, Edição e AdministraçãoCIE – Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.®

Grupo PublindústriaTel.: +351 225 899 626/8 . Fax: +351 225 899 629

[email protected] . www.cie-comunicacao.pt

PropriedadePublindústria – Produção de Comunicação, Lda.

Empresa Jornalística Registo n.º 243 163Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825

4300-144 PortoTel.: +351 225 899 620 . Fax: +351 225 899 629

Publicação PeriódicaRegisto n.º 125808

INPIRegisto n.º 452220

ISSN: 1647-6255

Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

renováveis

magazinerevista técnico-profissional de energias renováveis

Errata ao Artigo Técnico – “Pequenas Centrais hidro-eléctricas em Portugal: passado, presente e futuro”, de Lara Ferreira e António Sá da Costa.Os autores vêm corrigir um erro de não ter sido incluído na lista de referências duas importantes fontes de informação para a redacção do artigo “Pequenas Centrais Hidroeléc-tricas em Portugal: passado, presente e futuro”, publicado na edição 7 (3.º trimestre de 2011) da Renováveis Magazine: o artigo “Produção de Energia em Pequenos Aproveitamentos Hidroeléctricos. A Experiência das Últimas Décadas em Portugal”, da autoria do Eng.º António Eira Leitão e co-autoria da Eng.ª Maria Manuela Portela, e a apresentação também realizada pelo Eng.º António Eira Leitão no Encontro Nacional de Engenharia Civil, organizado pela Ordem dos Engenheiros e pela FEUP, em Maio de 2011, intitulada “As Energias Renováveis. Estratégia Nacional para o Desenvolvimento das Mini-Hídricas. Intenções e Realidade”. Pelo facto apresentamos as nossas desculpas.

Page 4: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine2

editorial

Aproveitamento das vantagens da mini-produção fotovoltaica

A competitividade das fontes renováveis está no aproveitamento das pequenas vantagens que cada tecnologia nos oferece.

A tecnologia fotovoltaica (FV) é certamente a mais modular das tecnologias. O custo da tecnologia (€/kW) é praticamente o mesmo, seja em pequenos sistemas domésticos de alguns kW ou seja em grandes centrais de dezenas de MW. Isto tem como implicação que os custos de produção (€/kWh) sejam apenas um pouco superiores para o caso dos pequenossistemasligadosemBaixaTensão(BT).Mas,emboraoscustosespecíficossejamsemelhantes, o mesmo já não podemos dizer do valor que esta energia tem para o sistema eléctrico. Na verdade, o valor é proporcional ao custo da eletricidade em cada um dos níveis de tensão. Com a estrutura tarifária atual, a energia fornecida em BT custa cerca de 40% mais que a energia fornecida em MT. Será justo demitir que a energia fotovoltaica produzida em BT também tenha um valor 40% superior ao da energia produzida em MT. Assim, a mini-produção injetada em BT apresenta várias vantagens para as instalações de consumo: reduz as perdas na rede, em especial as perdas nos transformadores existentes, e evita os custos da instalação de um novo transformador, bem como as correspondentes perdas dos trânsitos para montante.

A Lei da mini-produção prevê que, para os consumidores de energia eléctrica alimentados em Média Tensão, com contagem de energia em Baixa Tensão, a ligação da mini-produção possa ser feita em Baixa Tensão, a montante do contador de consumo, instalando um quadro eléctrico próprio. Uma grande parte das instalações, com potencial para instalar mini-produção, têm contagem em MT, o que obriga a alterações da contagem, só permitidas pelo operador da rede de distribuição para postos de transformação com potências inferior a 630 kVA. Este é, na verdade, um entrave incompreensível, no país das “smartcities” e dos “smartmeeters”, somos incapazes de criar uma solução de contagem capaz de calcular a diferença entre um medição de produção em baixa e uma medição agregada em média. Poderíamos mesmo ir mais longe, criando soluções inteligentes de medição agregando múltiplas unidades de produção FV dispersas pela instalação de consumo, com grandes vantagens para grandes instalações alimentados em MT, com vários edifícios e com pequenos espaços dispersos para instalar os FV. Soluções deste tipo, de efetivo “smartmeetering”, poderiam poupar 20% dos custo da instalação FV devido à instalação de um novo PT, poupar 3% nas perdas do transformador de consumo e rede BT, e evitar 3% de desperdício da energia no transformador dedicado da instalação FV.

Não há dúvida que necessitamos de pôr a criatividade e a engenharia ao serviço da eficácia,especialmenteagoraquefoireduzidaatarifadereferênciadamini-produçãoedamicro-geração.

Cláudio Monteiro, Director

Cláudio MonteiroDirector

Page 5: Renováveis Magazine 8

Anz_PIKO_Display_A4_PT.indd 1 01.07.11 15:01

Page 6: Renováveis Magazine 8

4

espaço opinião

Cão que ladra tem que morder...

Poder-se-á dizer que o sucesso ou insucesso na concretização de uma determinada medida ou política depende mais da capacidade efectiva de a fazer cumprir do que da bondade da medida ou da boa vontade dos seus destinatários.

O sector das energias renováveis é disto um bom exemplo. Durante quase 10 anos, a política europeia para as energias re-nováveis não fez grandes progressos em larga medida porque a Directiva em vigor (Directiva 2001/77/EC) não impunha aos Es-tados Membros metas de produção legalmente vinculantes, mas simplesmente metas indicativas.

Juridicamente a Comissão Europeia estava assim impossibilitada de interpor uma acção junto do Tribunal de Justiça da União Euro-peia por incumprimento pelo Estado Membro das metas definidas na Directiva. Por esta razão, em 2009 a Comissão anunciou ter dado início a 61 procedimentos de infracção contra vários Estados Membros por incumprimento de vários aspectos “menores” da Di-rectiva 2001/77/EC.

Quem conheça a prática da Comissão em termos de processos de infracção contra Estados Membros saberá que este é um núme-ro excepcionalmente elevado de procedimentos que envolve um elevado investimento em termos de tempo e recursos humanos. O objectivo último da Comissão não era porém o de condenar ou eventualmente multar Estados Membros incumpridores, mas antes ganhar aquilo que em Bruxelas se designa por “capital de queixa” junto dos Estados Membros, isto é, do Conselho Europeu.

Ao reunir um grande número de razões de queixa relativa-mente aos Estados Membros em matéria de energias renováveis, quando a Comissão apresentou a proposta de lei para a segunda Directiva das Energias Renováveis, o Conselho – que juntamente com o Parlamento Europeu tem o poder para adoptar as propos-tas legislativas da Comissão – tinha poucos argumentos para recu-sar aceitar a imposição de metas legalmente vinculante.

E assim foi que, em Abril de 2009 foi adoptada a nova Directiva para as energias renováveis (Directiva 2009/28/CE) desta feita com metas legalmente vinculantes. Nos termos da nova Directiva, se as metas não forem cumpridas pelos Estados Membros, a Comis-são pode iniciar procedimentos de infracção junto do Tribunal de Justiça que por sua vez, pode impor multas aos Estados Membros incumpridores.

Um outro exemplo da importância de munir a Comissão Euro-peia de instrumentos adequados para fazer respeitar as suas inicia-tivas é a recente proposta da Comissão para uma Directiva para a Eficiência Energética.

Como é sabido, o objectivo inicial da Comissão nesta matéria era o de estabele-cer objectivos legalmente vinculantes que, da mesma forma que no domínio das energias renováveis, obrigasse os Estados Membros ao cumprimento de metas concretas – no-meadamente a reduzir em 20% o consumo energético da UE previsto para 2020.

Porém, depois de ter consultado informal-mente o Conselho, a Comissão acabou por ter de voltar atrás. Na sua proposta, recente-mente publicada, a Comissão propõe que os Estados Membros sejam obrigados a instituir sistemas de poupança de energia, nomeada-mente obrigando os distribuidores de ener-gia a poupar anualmente 1,5% do volume de energia vendido; e, obrigando os organismos públicos a adquirir edifícios, produtos e servi-ços energeticamente eficientes.

Não questionando o mérito destas pro-postas, escusado será dizer que não são medidas especialmente ambiciosas. Ainda assim, a actual presidência polaca do Con-selho já fez informar a Comissão Europeia ser avessa a qualquer tipo de objectivos le-galmente vinculantes. Isto é, o Conselho Eu-ropeu proclama que a eficiência energética é uma prioridade da União Europeia, mas na hora de assumir compromissos, assobia para o lado... Assim não dá! Cão que ladra, tem que morder...

Ana Malheiro, Advogada

O objectivo último da Comissão (...) era ganhar aquilo que em Bruxelas se designa por “capital de queixa” junto dos Estados Membros

Page 7: Renováveis Magazine 8
Page 8: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine6

espaço qualidade

o marketing interno na perspectiva da gestão de recursos humanos

A importância crescente dada à satisfação dos Clientes é, cada vez mais uma necessidade. Falo em necessidade, porque durante algum tempo, poderia ter sido entendida como opção, estratégia, orientação. Em gestão de pessoas, também devemos abordar os “recursos humanos” como Clientes, digo deve-mos pois, na minha opinião, julgo que será o enquadramento mais adequado que lhes podemos atribuir.

“Conseguir oferecer produtos e serviços que maximizem a satisfação dos Clien-tes e, de preferência, exceder as suas expectativas oferecendo mais do que o Cliente espera, é sem dúvida, uma condição base para o sucesso empresarial. Dada a forte componente intangível que nos dias de hoje envolve a comercia-lização de produtos ou serviços, a vantagem competitiva das empresas não se situa, portanto, apenas no produto ou serviços que transacciona, mas sim, fundamentalmente, no valor acrescentado que este traz.”(Câmara, Guerra, Rodrigues, p.807)

Tendo tido uma evolução considerável até aos dias de hoje, o marketing inter-no ou endomarketing afigura-se como uma ferramenta de gestão pertinente para as organizações, ainda mais, num cenário de crise mundial, de drama, de recessão e de um aumento excessivo de medidas de contenção. Conceptualmente defini-mos o marketing interno como: uma metodologia de gestão que através de meios, métodos e técnicas tem por objectivo atrair, reter e desenvolver os Clientes Internos (colaboradores das empresas), satisfazendo as suas necessidades e possibilitando-lhes a flexibilidade necessária para se adaptarem com eficácia às exigências da envolvente geral e do Marketing Externo em particular.

Estes métodos ou técnicas quando são colocados em prática têm como pano de fundo duas vertentes fundamentais:

• Todas as medidas e intervenções em gestão de recursos humanos entroncam numa permanente análise da envolvente e, da integração efectiva com as es-tratégias que a Empresa precisa para actuar sobre o meio e se adaptar aos Clientes Externos;

• Total respeito pelo Homem, pelas suas características e pela sua forma actual de se relacionar com o trabalho, tratando-o como Cliente Interno.

É de facto possível implementar e usar ferramentas que nos permitam passar ao Cliente Interno uma preocupação com a sua satisfação, alcançando desta forma uma atitude e uma orientação do meu Cliente Interno para a satisfação e orien-tação do Cliente Externo. Quando se apresentam as funções como produtos, ou um plano de comunicação como um serviço que pode ser usado pelo colabora-dor, estamos a aplicar uma pequena “incisão” na mente desse colaborador e, o sinal que este recebe é o de que, alguém está atento, alguém está orientado para o manter satisfeito e preferencialmente em exceder as expectativas que este tem. Sobre o marketing interno muito há a dizer, e será adequado fazê-lo em formato de “gota a gota” para que se perceba a sua mais-valia e aplicabilidade.

Maria Manuel Costa, [email protected]

É de facto possível implementar e usar ferramentas que nos permitam passar ao Cliente Interno uma preocupação com a sua satisfação, alcançando desta forma uma atitude e uma orientação do meu Cliente Interno para a satisfação e orientação do Cliente Externo

Page 9: Renováveis Magazine 8

AS Solar Ibérica de SEA, SLC/La Resina, 37 Nave 228021 Madrid | SPAINTeléfono: +34 91 723 16 00Fax: +34 91 798 85 28E-Mail: [email protected]

Delegação PortugalRua Pedro Vaz de Eça, n.º 6, Esgueira 3800 - 322, Aveiro

PortugalTelefone: + 351 234 041 419

E-Mail: [email protected]

Page 10: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine8

espaço qualidade

melhorar ou não melhorar?(2.ª parte)

5. Esteja preparado para as resistências e dificuldadesSempre que se propõe uma melhoria, há quem se sinta amea-

çado. Algumas pessoas, porque consideram que “alguma coisa es-tavam a fazer mal”, outros porque não se sentem confortáveis em terrenos desconhecidos (a mudança).

Muito se tem dito, nos últimos tempos, sobre a necessidade de se explicarem as medidas de austeridade, enquanto se pedem sacríficios... Da mesma forma, sempre que se pretender alterar a actual forma das “coisas”, deverá esforçar-se para explicar porquê, o quê e como, implementar as alterações necessárias à melhoria projectada.

Esforce-se por remover os medos – ou torne a opção “não fazer nada” ainda mais assustadora! Não há nada como um bom “incentivo”, para promover a dinâmica de implentação.

Lamentavelmente, há quem ainda pense que o “Lean” (ou o “Six Sigma”) são veículos de redução de efectivos (pois – despedir pessoas)... Há consultores que não conseguem resistir a este apelo – é fácil, os resultados a curto-prazo são visíveis (especialmente em momentos de quebra de actividade)... mas, e depois? Quem, no seu perfeito juízo, irá contribuir com mais ideias, ou sugestões que, em qualquer momento, lhe podem valer um lugar no “subsídio de de-semprego” (com sorte... nos dias que correm). Não nos podemos esquecer, ou ignorar, que as sugestões dos operadores são a “mina de ouro” da melhoria contínua! Ou ainda estamos convencidos que os “tocadores de piano” (os Engenheiros sentados em frente aos seus computadores, nos seus gabinetes) são realmente a ‘chave’ da melhoria contínua?!

A melhoria contínua (através dos seus veículos preferenciais do “Lean” ou do “Six Sigma”) é apenas uma forma de trabalhar me-lhor, com menos esforço, de forma mais eficaz – preservando pos-tos de trabalho e, até, aumentando o número de efectivos, através do crescimento orgânico causado pelas melhorias de eficiência em toda a empresa – aumento da competitividade (melhor produto, menores custos, possibilidade de baixar preços sem perda de mar-gem, aumento de volumes, entre outros).

6. São necessários Líderes, e não ‘managers’Esta é uma discussão que dá “pano para mangas”!!! Sem querer

entrar em definições profundas, ou mesmo em polémicas desne-cessárias, arrico-me a dizer que o “Gestor” gere a actividade cor-rente (o estado actual, ou para alguns, o “As-Is”) e o Líder move as pessoas para um estado melhorado (“estado futuro”, ou “To-Be” – há quem lhe chame, meio a brincar, o “Tobias”).

Luis Fernandes,ProfitAbility Engineers [email protected]

(continuação da última edição)

A mudança, em sede de melhoria contí-nua (Lean, Six Sigma, Lean Six Sigma, Process Excellence, Process Improvement, entre ou-tros) requer liderança forte, e determinada em alcançar as metas a que se propôs. É de notar que o grau de “líder” não se obtém por hierarquia, nem por promoção funcional – merece-se!

Muitas das confusões se devem, com certeza, à utilização incorrecta da designa-ção no dia-a-dia: “O líder do partido....”, o “Lí-der de equipa”, o “Líder” disto e o “Líder” daquilo. Serão mesmo “Líderes”? Ou serão Gestores? Chefes? Capatazes?

Para ter êxito num esforço de melhoria contínua, em qualquer uma das vertentes comerciais adoptadas, é necessário identifi-car verdadeiros líderes, em todos os níveis da organização, capazes de transformar as “velhas” formas de pensamento, quebrar com os velhos hábitos e implementar uma “nova” forma de ver e fazer as “coisas”.

A este respeito, dizia sabiamente Ma-quiavel (cerca de 1515): “Não existe nada mais difícil de assumir, mais perigoso de con-duzir, ou de sucesso mais incerto, do que liderar a introdução de uma nova ordem das ‘coisas’. Porque o inovador tem como inimigos todos os que se deram bem com as ‘velhas’ regras, e acérrimos defensores nos que se podem dar bem com as novas condições.”

Há, portanto, que querer quebrar os ve-lhos hábitos – e para isso é necessário saber ensinar. Este é um trabalho, muito importan-te, dos mais altos responsáveis da organiza-ção – identificar líderes, dar-lhes autonomia (com a devida dose de responsabilidade e autoridade) e liderar pelo exemplo.

Definitivamente, na melhoria contínua, não funciona o velho ditado que diz “Faz como eu digo, não faças como eu faço”.

7. Esteja preparado para investir – em tempo e pessoasJá o tinha referido, anteriormente – é ne-

cessário ensinar novos métodos às pessoas,

Page 11: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 9

espaço qualidade

no esforço da melhoria contínua. Mas, como em tudo na vida, é necessário tempo para que as pessoas absorvam esses métodos e se habituem a eles, no dia-a-dia.

Para que isto seja possível, é necessário aceitar uma certa dose de risco. RISCO??????!!!!!! Perguntarão alguns. Claro! É necessário deixar que as pessoas experimentem e ganhem prática a aplicar os novos métodos, que cometam alguns erros, e aprendam com essas experiências. Pois, pois... falta tempo, não temos gente, o trabalho diário, etc, etc...

Já agora – que elementos está a pensar em designar para o esforço de melhoria contínua? Os melhores? Os piores? Os assim-assim? Por vezes, fico espantado com o grau de prioridade que é dado a este tipo de iniciativas – são designadas as pessoas que estão a mais, que são incómodas noutras funções, não fazem falta “nas funções importantes”, ou são simplesmente “fraquinhas” e “vamos lá a ver no que é que dá!”.

Só com o melhores dos melhores se obterão resultados ex-cepcionais, assumindo, desde o início que é necessário tempo para implementar e algum investimento para implementar as alterações necessárias.

“Ah, e tal! Mas isso é caro”, estarão algumas pessoas a pensar. Caro? Não. É necessário algum investimento (por vezes, tão pouco, que até é ridículo ter que ser discutido!), mas a minha experiência demonstra que estes pequenos investimentos produzem retorno (pagam-se a sí próprios em alguns meses) de forma muito rápida, ao contrário do que geralmente se pensa. Além disso, os rácios de melhoria excedem largamente o que, conservadoramente se es-pera (5 a 10% de melhoria) – a realidade é que se conseguem me-lhorias na ordem dos 150%, e em casos extraordinários de 1.500% (Não, não me enganei nos ‘zeros’).

O grande segredo está na prioritização das acções – que actividades são mais sim-ples e me podem gerar maiores retornos? Sabe como prioritizar? Que critérios utiliza?

8. A melhoria não se limita à fábrica (ou às operações)Embora a maioria dos casos publicitados

seja proveniente de ambientes industriais e, na sua maioria, de processos de produção discreta, os princípios da melhoria contí-nua (Lean, Six Sigma, Lean Six Sigma, entre outros) são universais e aplicáveis a qual-quer (sim, qualquer) ambiente de negócios, qualquer sector de actividade ou tipologia de negócio.

Tenho ouvido, inúmeras vezes, descul-pas para não optar por mudar: “Ah e tal, mas aqui, na nossa indústria, as coisas são muito diferentes”, ou “Isso é lá nos automóveis, mas aqui na .......... (preencher com o sector de activi-dade), é tudo muito mais complicado”.

Lembrando as secções anteriores, há que experimentar, aprender com erros e querer, genuínamente, mudar o estado ac-tual das coisas. Na verdade o Prof. Einstein, que nos brindou com verdadeiras pérolas de sabedoria dizia, há cerca de 60 anos atrás: “Os problemas com que nos depara-mos, hoje em dia, não podem ser resolvidos ao mesmo nível intelectual que tínhamos, quando os criámos!”

Na verdade, já observei muitas realida-des e tenho tido o previlégio de trabalhar em projectos muito interessantes. Em quase todos os casos, é possível melhorar, de for-ma espectacular, as operações (na fábrica, na produção). No entanto, a melhoria radical só se consegue quando se mudam os processos de suporte – aqueles em que não é fácil to-car, ou mesmo nas políticas ‘estratégicas’ que a empresa adoptou em tempos.

Quanto a processos de suporte, refiro-me a Compras, Manutenção, Recursos Hu-manos, Finanças, Logística, por exemplo. Por exemplo, é possível reduzir o “lead-time”, na produção, em cerca de 90% (sim, sim... e de forma mais ou menos indolor e fácil). No entanto, qual é a duração do ciclo de enco-mendas? Qual o lead-time para recebimento de matéria-prima ou peças compradas? Há quantidades mínimas negociadas com os clientes? E com os fornecedores? E como se planeia a produção? E como se faz a pro-Figura 1 Diagrama ProfitAbility Engineers para o “Processo Perfeito”.

Page 12: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine10

espaço qualidade

gramação da produção? A produção, de facto, é passível de ser melhorada radicalmente, mas o impacto nas operações pode não se vislumbrar, nos resultados da empresa. Não chega melhorar a produção de forma isolada.

Muitas empresas optam por optimizar os processos de forma desintegrada, sem olhar para o ‘boneco’ todo. Resultado? “Pois. Eu sabia! Isto do ´Lean’ aqui não funciona”. Existem ferramentas (há quem lhes chame “Value Stream Maps” e quem as denomine por MIFA – “Materials and Information Flow Analysis”) que nos ajudam a visualizar onde estão os maiores constrangimentos – mas estarão a ser bem utilizadas? Estarão a ser bem interpretadas?

Continuo a observar casos em que interessa mais o custo uni-tário de aquisição (preço/peça) do que o custo total da compra. Quanto se gasta em espaço de armazenagem? E em custos de ma-nuseamento (logística interna)? E em obsolescência? E em produto defeituoso? E porque se tomam estas decisões?

Lembro que o esforço de mudança não é fácil e requer muito esforço e dedicação – mas de todas as pessoas, todos os gesto-res, todos os departamentos e todas as funções. De preferência, de forma integrada e planeada.

9. Não existem receitas mágicasUma receita diz-nos, exactamente, o que fazer – os ingredien-

tes, as quantidades, a sequência e os tempos. Pois! Explicam o que fazer. Raramente explicam como fazer. É, mais ou menos, o que a vasta maioria da literatura sobre o tema “melhoria contínua” (ou seus sucedâneos) se propõe a fazer. Pior, ainda, é também a pro-posta da maioria dos “especialistas” (alguns, consultores).

É claro que se eu não souber cozinhar, não é uma receita que vai fazer a diferença. Imaginemos: não percebo nada de cozinha e quero fazer uma Caldeirada de Lulas. Começo a seguir a re-ceita, com todo o cuidado. Faço tudo, tal e qual. Quase no final da confecção, alguém pergunta: “Então?! Está tudo bem? Precisas de Ajuda?”. Imaginem só se a minha resposta for: “Está mesmo quase! Está mesmo quase pronta! Podes só ensinar-me a fazer o refogado?”...

É quase como alguém afirmar que “ já tenho o ‘Lean’ implemen-tado nesta linha, mesmo a acabar nesta outra. Mas agora preciso da sua ajuda para 5S’s!!!”

Tenho repetido, inúmeras vezes, que os princípios da melhoria contínua são simples (se bem que contra-intuitivos, por vezes) e que as ferramentas não têm uma extraordinária complexidade. Mas, cada caso é um caso. Cada empresa inicia o seu caminho de melhoria e de mudança, de estados diferentes, de pressupostos e condicionantes diferentes e com pessoas diferentes. Por isso, não existe UMA receita para transformar a empresa, implementar mu-danças que melhorem a eficácia e a eficiência.

Existem, isso sim, abordagens estruturadas, estratégias de im-plementação que permitem, ao longo do caminho, saber onde es-tamos e o que ainda temos que fazer. Desta forma estruturada, e utilizando algumas ferramentas de apoio, podemo-nos questionar sobre o que ainda nos constrange e planear os passos seguintes.

É útil observar outras empresas e os seus esforços de imple-

mentação, os seus sucessos e os seus tro-peções. E se precisar de ajuda? Não hesite em procurá-la. Mas não ceda à tentação das cópias.

10. Não copie - aprendaComo não podia deixar de ser, e em li-

nha com o que tinha prometido esta secção centra-se sobre a temática da cópia. Facto é que, no passado, muitas empresas tentaram o sucesso na mudança copiando as soluções da Toyota, de outras empresas que tiveram êxitos assinaláveis, ou de livros e seus ‘case-studies’. Os resultados, em quase todas as tentativas, são, no mínimo medíocres! É mais ou menos comparável ao exame de código da estrada – copiamos (salve seja!) afincada-mente as respostas do colega do lado, para mais tarde descobrir que as perguntas eram diferentes!

Já tive oportunidade de referir que cada empresa é única, na sua cultura, na sua es-trutura, nas suas condicionantes de negócio, na sua estratégia, no seu mercado, nos re-quisitos que tem que cumprir, entre outros. É por essa razão que as cópias, geralmente, resultam em: “Pois! Já sabia! Isto, aqui, não funciona!”

E qual é a solução, qual é o caminho? Pois! Não é fácil. Há que instituir o pensa-mento “anti-desperdício” na organização, ensinar os princípios, garantir que estão a ser implementados e cumpridos, e ajustar o caminho, à medida que se aprende, com a experiência alicerçada no ‘fazer’. É espe-cialmente importante construir uma base de conhecimento interna, com base nas aven-turas, desventuras, êxitos e falhanços, no esforço de implementação.

Quanto à aprendizagem: como espera que os SEUS colaboradores aprendam? Por decreto? “É favor ler este livro”? Uma ou duas apresentações em PowerPoint? Uma acção de formação de meio dia? Escrevendo pro-cedimentos de 39 páginas (que ninguém lê)?

Não hesite em procurar ajuda. Mas an-tes de o fazer, saiba bem que ajuda procurar. Mais uma vez recorro aos ditados da minha saudosa avó: “Para baixo, todos os Santos ajudam!”, que é como quem diz “aplica-se o factor multiplicativo, à asneira. Asneira com as-neira, não resulta em dupla asneira – é asneira ao quadrado!”. Claro que apenas depende da ‘grandeza’ da asneira!

Há, portanto, que querer quebrar os velhos hábitos – e para isso é necessário saber ensinar.

Em quase todos os casos, é possível melhorar, de forma espectacular, as operações (...). No entanto, a melhoria radical só se consegue quando se mudam os processos de suporte – aqueles em que não é fácil tocar, ou mesmo nas políticas ‘estratégicas’ que a empresa adoptou em tempos.

Até o Sol trabalha com a Vulcano.

www.vulcano.pt

AS SOLUÇÕES SOLARES TÉRMICAS VULCANO JÁ TÊM PROVAS DADAS NO MERCADO, DE NORTE A SUL DE PORTUGAL.

Optar pela marca Vulcano é uma escolha justificada. A Vulcano disponibiliza uma gama completa e versátil de equipamentos e acessórios, de fácil instalação, para cada caso específico. Providencia ainda formação, aconselhamento pré e pós-venda, com uma assistência técnica de reconhecida qualidade.

Com a Vulcano, pode recomendar e instalar Soluções Solares com toda a confiança, garantindo sempre a satisfação dos seus clientes.

Page 13: Renováveis Magazine 8

Até o Sol trabalha com a Vulcano.

www.vulcano.pt

AS SOLUÇÕES SOLARES TÉRMICAS VULCANO JÁ TÊM PROVAS DADAS NO MERCADO, DE NORTE A SUL DE PORTUGAL.

Optar pela marca Vulcano é uma escolha justificada. A Vulcano disponibiliza uma gama completa e versátil de equipamentos e acessórios, de fácil instalação, para cada caso específico. Providencia ainda formação, aconselhamento pré e pós-venda, com uma assistência técnica de reconhecida qualidade.

Com a Vulcano, pode recomendar e instalar Soluções Solares com toda a confiança, garantindo sempre a satisfação dos seus clientes.

Page 14: Renováveis Magazine 8

12

coluna riscos renováveis

Inovando Hoje, garantimos o Amanhã

Dando, de certa forma continuidade ao artigo da RM anterior e aproveitando a corrente inova-dora e de incentivo ao mercado segurador, para abrir a novos tipos de risco com que nos depara-mos na área das energias renováveis, gostaria de dar aqui o meu modesto contributo, ao abordar um tema que traduz grandes preocupações e que está relacionado com a Disponibilidade dos Equi-pamentos de produção de energia, nomeadamen-te nos aerogeradores e painéis fotovoltaícos.

Como será fácil compreender, e já foi aflorado no âmbi-to de outros temas, todos aqueles que estão envolvidos em processos de financiamento por um lado e negociações com potenciais clientes, para fornecimentos de equipamentos, por outro, já perceberam que determinadas exigências con-tratuais, poderiam ter uma resolução muito mais simples, caso existissem soluções ao nível do mercado segurador.

É com esta preocupação, que partilho um desafio que tenho colocado ao mercado segurador e que visa a estrutu-ração de uma cobertura de seguro, no âmbito das perdas de exploração, a qual designei por Seguro de Disponibilidade.

— Como todos nós sabemos, a evolução de um projec-to obriga a uma análise de risco financeira complexa, quer pela necessidade de suporte financeiro por parte de entidades bancárias, normalmente através de “Project Finance”, quer pelo recurso a capitais próprios. Contudo, em ambos os casos, existem garantias que têm de ser cumpridas, de forma a minimizar o risco, quer das enti-dades financeiras quer dos accionistas, respectivamente;

— Neste enquadramento, poderemos inserir um projec-to de unidade de produção de energia de origem re-novável, com toda a sua componente técnica e riscos inerentes, quer sejam de origem externa ou de origem interna bem como as perdas de produção/facturação, que daí poderão advir e que afectarão directamente os resultados do promotor, com reflexo no cumprimento das obrigações junto das entidades financiadoras e em muito casos também junto dos clientes;

— Tendo como premissas as situações referidas no ponto anterior, isto é:

– Financiamento; – Equipamento; – Perdas de Produção. Estamos perante um novo risco, que, conforme já re-

feri, designo de Disponibilidade e que não é mais do que a reunião de alguns tipos de risco, que têm tido enquadramento nos riscos seguráveis, mas de uma forma isolada.

Desta forma, passarei a descrever o meu entendimen-to sobre este tipo de riscos e a sugestão para uma análise conjunta dos mesmos, segundo uma perspectiva de segu-ro, dado que se pretende garantir a perda de produção/facturação de uma unidade produtiva, por força de não se ter atingido a disponibilidade inicialmente definida em consequência da falhas do equipamento e que poderão ter origem no seguinte:

— Um incumprimento da entidade que tem a obrigação de fazer a operação e manutenção do equipamento / unidade de produção, enquadrando-se esta situação numa Responsabilidade Civil Profissional;

— Uma incapacidade do equipamento no cumprimento da curva de potência referida pelo fabricante, enqua-drando-se esta situação numa Garantia de Fabricante;

— Uma falta de recurso natural, face à média real/estudo, enquadrando-se esta situação numa Causa Natural (Contingência).

Naturalmente, hoje em dia todos nós conseguimos in-terpretar e compreender o facto de um seguro do ramo de Riscos Múltiplos, ter coberturas tão diversas como, Fe-nómenos da Natureza, Equipamento Electrónico e Res-ponsabilidade Civil.

No caso em análise, feitas as devidas ressalvas quanto ao paralelismo e à complexidade das matérias, estamos na presença de três coberturas que poderão ter um tra-tamento análogo, mas com uma diferença substancial, isto é, não se pretende garantir os danos directos originados pelas situações atrás identificadas, mas unicamente as suas perdas consequenciais, traduzidas pela falta:

— de eficiente manutenção;— de performance;— de recurso natural. que consequentemente afectem a disponibilidade do

equipamento.

Com uma solução deste tipo, que poderia ser subscrita de uma forma isolada ou conjuntamente, de acordo com as regras de subscrição que os seguradores definissem, poder-se-ia, certamente, avançar com um maior incentivo para o futuro desta área, que continua a ser um motor de desenvolvimento da economia.

Gostaria ainda de aproveitar a oportunidade, para de-sejar um bom ano novo a todos e que 2012, seja, de uma vez por todas, o ano zero para uma nova realidade sócio económica, que nos permita avançar de uma forma sus-tentada e condigna.

por Jorge Mafalda [email protected]

Estamos perante um novo risco, que conforme já referi, designo de Disponibilidade, que não é mais do que a reunião de alguns tipos de risco, que têm tido enquadramento nos riscos seguráveis, mas de uma forma isolada.

Page 15: Renováveis Magazine 8
Page 16: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine14

coluna vozes do mercado

Mini-produção – a alternativa renovável!

Procurando não aprofundar em de-masia a caracterização legal ou técnica da mini-produção, que tem sido repetidamen-te, de formas diversas e interessantes, de-batida em inúmeros meios, fá-lo-ei apenas como nota introdutória.

A mini-produção representa para o sec-tor das renováveis em Portugal um peque-no salto face ao regime da micro-produção, publicado em 2007 (Decreto-Lei 363/2007) alterado e republicado em 2010 (Decreto-Lei 118/A), que permite a produção de elec-tricidade através de instalações de pequena e média potência, associadas a um ponto de consumo, alicerçando desta forma o concei-to de produtor – consumidor.

A mini-produção (Decreto-Lei 34/2011) nasceu como objectivo claro do governo em “afirmar Portugal na liderança global na fileira industrial das energias renováveis, de forte ca-pacidade exportadora”, estando dividida em 3 escalões de potências de ligação: Escalão I até 20 kW inclusive, o escalão II com ligações superiores a 20 kW e inferiores ou iguais a 100 kW e por fim o escalão III com uma po-tência superior a 100 kW e inferior ou igual a 250 kW.

A grande novidade deste regime é a possibilidade de entidades terceiras, quan-do autorizadas pelo titular da instalação de consumo, instalarem uma unidade de mini- -produção naquele local, através de contra-to celebrado entre o titular da instalação de consumo e o terceiro interessado.

Como requisitos principais surge a obri-gatoriedade que o local esteja servido por uma instalação de utilização (consumo efec-tivo de electricidade no local de instalação), a celebração de um contrato de compra e venda de electricidade com o mesmo co-mercializador, que a potência de ligação à rede seja até 50% da potência contratada, a produção renovável deverá ser pelo menos o dobro do consumo anual, e é ainda obriga-tória a realização de uma auditoria energéti-ca em que o retorno da implementação das medidas de eficiência energética seja igual ou inferior a 2 anos no escalão I, 3 anos no escalão II e 4 anos no escalão III.

O registo em cada um dos escalões é realizado na plataforma SRMmini, gerida pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em www.renovaveisnahora.pt, de-vendo o pedido de inspecção ser solicitado na mesma plataforma até 6 meses para ins-talações de baixa tensão, ou 8 para as res-tantes, 24 meses no caso das mini-hídricas e 16 meses quando se tratarem de regimes jurídicos de contratação pública ou validação de impactes ou incidências ambientais.

Para além do inequívoco contributo des-te tipo de instalações para o crescimento do sector das renováveis em Portugal, o natural crescimento do emprego, formação, e de-senvolvimento do próprio tecido tecnológi-co luso, constitui ainda a oportunidade no cenário político e económico de encararmos o futuro com maior esperança.

Se aproveitarmos como mote a também usual designação das energias renováveis – energias alternativas – podemos perspecti-var o desenvolvimento nacional no contexto da energia e sustentabilidade com enorme optimismo.

A mini-produção é efectivamente uma oportunidade crucial para o país de caminhar no sentido de cumprir as metas estabelecidas pela união Europeia e previstas na Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) em sede de produção de energia renovável e redução das emissões CO

2, diminuindo desta forma a sua dependência energética exterior, per-mitindo uma oportunidade aos particulares, instituições e empresas de, produzindo elec-tricidade, criar uma fonte de receita adicional que concomitantemente lhes permite pagar a sua própria factura energética.

Como um dos pressupostos de acesso ao regime de mini-produção é a realização de auditorias energéticas, para implemen-tação e medidas com rápidos períodos de amortização, trilhamos simultaneamente a adopção de medidas que nos permitirão a médio prazo afirmar a economia nacional no contexto da competitividade global.

Enquanto profissional do sector, e ape-sar de ter sempre presente a importância da selecção criteriosa e responsável de todos

por P. LuzDirector Comercial para Portugal da Krannich Solar

os componentes da instalação, com a ine-vitável e inquestionável monitorização vital para garantir sempre a melhor performance da instalação, olho para a mini-produção como a oportunidade de rentabilização do espaço (através de investimento directo ou contratos celebrados com terceiros), altera-ção de paradigmas, aproveitamento estra-tégico de uma das maiores forças que é a nossa localização geográfica e da criação de uma economia e ambiente mais sustentáveis.

Este regime permite-nos a cada um en-quanto ser social o seu contributo positivo para “tomar consciência das necessidades pre-sentes sem comprometer a capacidade das ge-rações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades” (in Desenvolvimento Sustentá-vel, de Brundtland).

Ao poder político resta-nos pedir a cora-gem imperativa para garantir a estabilidade necessária ao correcto e natural desenvolvi-mento do sector, pois este é o único cami-nho que me apraz acreditar.

Paulo LuzDirector Comercial para Portugal

da Krannich Solar, licenciado em Administração de Empresas e

com formação no sector das Energias Renováveis.

Page 17: Renováveis Magazine 8

» A energia solar é o petróleo do século XXI – só que é um recurso limpo. Com o SolarWorld, eu produzo a minha própria energia elétrica.*«

Oferecemos-lhe mais do que aquilo que poderia pedir ao Sol.Com os da SolarWorld, irá conseguir:> Mais energia limpa.> Mais independência energética.> Mais efi ciência e fi abilidade.> Mais poupança.A escolha perfeita! www.solarworld.es

* O ator Larry Hagman, que protagonizou o barão do petróleo da série televisiva “Dallas”, que correu o mundo inteiro na década de 1980, é proprietário de uma das maiores instalações fotovoltaicas privadas dos E.U.A. com uma potência total superior a 100 kWp.

Page 18: Renováveis Magazine 8

16

notícias

DEGERenergie colabora com a Convergence Energy em parque solar DEGERenergie GmbH

Tel.: +34 934 808 466 . Fax: +34 934 808 241

[email protected] . www.degerenergie.com

A Convergence Energy LLC, uma empresa do Lago Wisconsin, está a instalar um par-que solar com uma capacidade total de apro-ximadamente 1 megawatt. Neste projeto serão utilizados 114 sistemas de seguimento MLD do DEGERtraker 6000NT (MLD = Maximum Light Detection – Detecção Lumi-nosa Máxima). 15 sistemas de energia solar desenvolvidos em Horb, Alemanha, já foram instalados no novo parque solar de Delavan, Wisconsin, e mais 99 unidades. Graças à tec-nologia MLD patenteada da DEGERenergie, prevê-se obter um rendimento considerável para a empresa e para os clientes, rendimen-tos que não seriam possíveis com tecnolo-gias convencionais. A Convergence Energy cria pacotes de siste-mas compostos, respectivamente, por 3 sis-temas, oferecendo a sua produção para ven-da durante 10 anos. Graças a este conceito, o operador reduz o limiar do investimento, incentivando assim o desenvolvimento do mercado da energia solar. A distribuição dos custos e dos rendimentos por vários inves-tidores permite-lhes implementar um nú-mero considerável de projectos de energia solar em menor tempo do que seria possível gerir a partir de uma só empresa. O siste-ma permanece propriedade da Convergen-ce Energy que, na qualidade de iniciador do projecto, irá comparticipar nos rendimentos decorridos 10 anos. John Kivlin, membro do Conselho de Administração da Convergen-ce Energy, afirma que “existem várias razões importantes pelas quais decidimos instalar sis-temas desenvolvidos pela DEGERenergie. Por termos recebido um excelente feedback por parte de clientes e investidores que utilizam os

sistemas em termos de rendimento e de retor-no do investimento. Em segundo lugar porque temos uma admiração pela tecnologia alta-mente resistente e fiável produzida na Alema-nha. Esperamos custos de manutenção baixos, uma longa vida útil dos sistemas de seguimento e rendimentos elevados a longo prazo.”

Krannich Solar forma os seus clientes na CONCRETAKrannich Solar

Tel.: +34 961 594 668 . Fax: +34 961 594 686

www.es.krannich-solar.com

A Krannich Solar considera que os conheci-mentos são a base do êxito. Para isso, a dis-tribuidora de componentes para instalações fotovoltaicas prestou sempre especial aten-ção à formação. Com o nome de UniKran-nich, a empresa organizou na CONCRETA, realizada na cidade do Porto do passado 18 a 22 de Outubro, o curso “Energia Solar Fo-tovoltaica para profissionais II”, dirigido aos seus clientes embora também aberto a todo o público presente. Profissionais de três dos grandes fabricantes alemães, como a Luxor e a Bosch – fabricantes de módulos solares fotovoltaicos – e a Kaco – empresa de de-senvolvimento de inversores – participaram neste acontecimento didáctico expondo os seus conhecimentos sobre fabrico e tecno-logia fotovoltaica.

Alexander Sami da Kaco explicou “Como conectar com uma alta impedância de rede”. Pedro Gómez e Paulo Duarte da Bosch Solar trataram o tema dos Controlos de qualidade no processo de fabrico e, por último, Nino Sijeric da Luxor intitulou a sua apresentação de We produce: the Luxor way. A proposta

formativa da Krannich Solar foi um êxito to-tal. Mais de 25 participantes conheceram os produtos de reconhecidas marcas do sector, além das novidades do sector fotovoltaico. Além disso, os projectos de mini-geração foi um dos temas principais da jornada já que estes não deixam de ser uma tendência ac-tual em Portugal. Com a UniKrannich e esta classe de iniciativas, a empresa alemã parti-lha as opiniões de especialistas em energia solar fotovoltaica e assim gera um debate em torno da viragem energética e colabora na criação de um futuro mais sustentável. A Krannich Solar aposta numa formação em matéria de energias renováveis e limpas que, pouco a pouco, esteja ao alcance de todos os cidadãos.

PROINSO fornece material fotovoltaico à RenEnergy no Reino UnidoPROINSO – Solar Energy Supplies

Tel.: +34 948 403 637 . Fax: +34 948 412 378

[email protected] . www.proinso.net

A PROINSO, empresa especializada na dis-tribuição de módulos, inversores, seguido-res e estruturas fixas para instalações so-lares fotovoltaicas forneceu a sua primeira encomenda à empresa eléctrica britânica RenEnergy (560 kW de módulos TRINA e inversores SMA), para uma instalação solar fotovoltaica instalada em oito telhados de Suffolk, no Nordeste de Londres. O cliente final do projecto é a Frederik Hiam Ltd, uma centenária empresa agro-alimentar especia-lizada na produção, embalagem e comercia-lização de hortaliças e legumes que passará a utilizar 100% da electricidade gerada pela nova instalação fotovoltaica (637,687 kWh), para a sua actividade diária. >

Page 19: Renováveis Magazine 8

PUB

.

A PROINSO realiza uma avaliação muito positiva do forne-cimento. A RenEnergy é uma empresa eléctrica britânica com um grande crescimento ao longo dos últimos anos du-rante os quais apostou na inovação em energias renováveis. É hoje uma das poucas empresas do Reino Unido com acre-ditação MCS em quatro tecnologias: energia solar fotovol-taica, bombas de calor, turbinas de energia solar térmica e eólica. A empresa participou na concepção e instalação de mais de 4 MW de energia fotovoltaica no Reino Unido.A PROINSO abriu recentemente uma delegação e um ar-mazém logístico em Londres, com os quais pretende refor-çar a sua presença no mercado britânico. Para isso dispõe de uma equipa local de profissionais altamente qualificados e com grande experiência no sector das energias renová-veis. Nas suas previsões, a PROINSO UK prevê atingir uma quota de 10% do mercado britânico no ano 2012. Na sua nova delegação britânica, a PROINSO também trabalha para dar serviço e apoio aos seus 32 instaladores qualifica-dos, assim como para a captação de novos instaladores e clientes. Além disso, o armazém logístico de Slough dispõe de mais de 3.000 m2, o que lhe permitirá dispôr de um stock permanente para os seus clientes. Assim, a PROINSOpoderá flexibilizar e reduzir os prazos de entrega aos pe-quenos instaladores fotovoltaicos para os seus projectos. Os acordos para a formação da Rede de Instaladores Quali-ficados que a PROINSO UK fechou com a EcoSkies, dentro do seu programa internacional de formação PROINSO So-lar Training School, é um dos principais centros de formação de instaladores fotovoltaicos no Reino Unido, com os quais a PROINSO colabora através do seu programa, com a en-trega de material didáctico, organização de conferências e programas formativos para os instaladores da sua rede.

Grupo de trabalho “Energias Renováveis” da AGEFEAGEFE – Associação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Electrodo-

méstico, Fotográfico e Electrónico

Tel.: +351 213 156 608 . Fax: +351 213 146 367

[email protected] . www.agefe.pt

Segundo uma nota redigida pelo Dr.º José Valverde: “Tirando partido das sinergias resultantes de integrar no seu seio um número muito significativo de empresas ligadas à produção e comercialização dos equipamentos relacionados com a produ-ção dos diferentes tipos de energias renováveis, a AGEFE – As-sociação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Electrodoméstico, Fotográfico e Electrónico criou recentemente no âmbito da sua Secção de Importadores e Fabricantes de Material Eléctrico, o Grupo de Trabalho “Energias Renováveis”. Este grupo de traba-lho é composto por representantes da Legrand, Open Renewa-bles, Rexel, Siemens, SMA e Weidmüller, e o Team Leader é o Director-Geral desta última, Deodato Taborda Vicente. >

ABB_meiapágina_vertical_ímpar_1.pdf 1 10-10-2011 18:31:49

Page 20: Renováveis Magazine 8

18

notícias

Após uma primeira análise do mercado na-cional, que caracterizou como relativamente pequeno e pouco regulamentado, estabele-ceu como objectivo prioritário contribuir para a implementação no nosso país de um Código de Boas Práticas orientado para a qualidade e segurança dos equipamentos, a exemplo do que sucede noutros mercados europeus. Com efeito, no âmbito das certificações dos sistemas de micro-produção, a ausência de regulamen-tação técnica específica aplicável tem condu-zido com frequência a decisões tecnicamente pouco fundamentadas e a algum facilitismo ao nível da segurança das próprias instalações – para o que também contribuem as carências de formação e de experiência de quem exerce a actividade fiscalizadora no terreno. Tal situ-ação é inaceitável por razões de segurança e, no seu reverso, acaba também por provocar uma injusta desvantagem económica a todos aqueles que seguem as normas aplicáveis com recurso às melhores técnicas, por desigualdade nas condições do investimento.Mesmo que outras razões não existissem, a mini-produção vem acentuar de forma deter-minante a necessidade imperiosa de alteração dos procedimentos, na medida em que os sis-temas irão ter uma dimensão que impede que este facilitismo continue a imperar. Torna-se pois de enorme importância que surja quan-to antes um manual de regras técnicas e boas práticas para a instalação de sistemas de micro e mini-produção, que acompanhe a evolução da tecnologia e das normas aplicáveis, e cuja elaboração esteja aberta à participação das várias entidades intervenientes. Com o propó-sito de expôr e discutir este tipo de preocupa-ções, este grupo de trabalho da AGEFE teve em meados de Setembro uma reunião bas-tante produtiva com a CERTIEL, e entretanto aguarda a marcação da data para ser recebido pelo Director Geral de Energia e Geologia.”

Rittal – 50 anos a inventar o futuro!Rittal Portugal

Tel.: +351 256 780 210 . Fax: +351 256 780 219

[email protected] . www.rittal.pt

Este ano a Rittal comemora o seu 50.º Ani-versário. Esta data poderia não ter grande significado, pois há muitas empresas que du-

ram há mais de 50 anos, não fosse o facto de ter dedicado todo esse tempo à investigação e ao desenvolvimento de soluções inova-doras para a automação industrial, energia, climatização, telecomunicações e datacenters. Há 50 anos a Rittal criou o conceito de fabri-co standard de caixas e armários metálicos para a automação industrial. Até essa data todas as empresas fabricavam ou mandavam fabricar de acordo com as suas próprias ne-cessidades. Ninguém acreditava que a “stan-dardização” destas soluções fosse possível, no entanto os factos revelaram uma realidade diferente e a Rittal desde o início que esteve presente neste sector de mercado.

Mas não foi só neste segmento de merca-do que a Rittal se destacou. A Rittal criou o conceito de climatização de armários para automação industrial, e desde que desenvol-veu esse conceito que bate recordes siste-maticamente. Os ar-condicionados da Rittal para a automação industrial são um standard na indústria automóvel, de máquinas, vidro, cerâmica, e tantos outros. Mas o empenho da Rittal no constante desenvolvimento de novas soluções continuou e os sucessos mul-tiplicaram-se até aos dias de hoje, sendo um dos seus mais recentes desenvolvimentos as soluções de climatização para datacenters - LCP (Liquid Cooling Package), com uma capa-cidade de arrefecimento até 60 kW por bas-tidor de servidores de alta densidade. Esta solução é única pela tecnologia utilizada, por concentrar o arrefecimento só nos bastido-res, ou seja, onde é efectivamente necessá-rio, tornando a solução altamente eficiente do ponto de vista do consumo energético, quer ainda pela sua capacidade de arrefe-cimento. Todo este dinamismo e inconfor-midade em relação ao sucesso alcançado, procurando sempre novas soluções, maior eficiência, menos consumo de recursos am-bientais e redução nos custos, fazem tam-bém da Rittal uma das empresas mais activas em relação à protecção do meio ambiente e à sustentabilidade do planeta.50 Anos a inovar! 50 Anos a contribuir para

um mundo melhor! 50 Anos de sucesso par-tilhado com mais de 10.000 colaboradores e mais de 1.000.000 de clientes em todo o Mundo. Parabéns à Rittal, e a todos os clien-tes que partilharam com a Rital estes 50 anos de sucessos e desenvolvimentos.

Kofi Annan recebe Ghotenburg Award para o Desenvolvimento SustentávelSKF Portugal – Rolamentos, Lda.

Tel.: +351 214 247 000 . Fax: +351 214 173 650

[email protected] . www.skf.pt

Este ano, o Gothenburg Award para o De-senvolvimento Sustentável, promovido por Gotemburgo em parceria com 12 empresas, entre elas a SKF, é partilhado pelo ex-se-cretário-geral da ONU, Kofi Annan, e pelo Projecto Tigray, um projecto de agricultura na Etiópia. O tema para este ano é a oferta sustentável de alimentos. O cultivo de ter-ra é fundamental para o desenvolvimento da sociedade e a competição por terrenos começa a intensificar-se. A procura global por alimentos deverá aumentar em 70% por volta de 2050 – actualmente mil milhões de pessoas carecem de alimentos. África é o continente com as condições mais di-fíceis mas a situação pode ser invertida ao tornar a agricultura no motor de impulsão para o desenvolvimento da sociedade, de forma sustentável ecológica, social e finan-ceiramente. Neste contexto, o Ghotengurg Award para o Desenvolvimento Sustentável 2011 é partilhado por um indivíduo e uma organização, como reconhecimento dos seus esforços para o abastecimento susten-tável de alimentos. Posteriormente à sua nomeação nas Nações Unidas, Kofi Annan utilizou o seu estatuto, liderança e contac-tos para desempenhar um papel activo e positivo no desenvolvimento de África, com especial foco na importância da agricultura para este continente, estabelecendo uma ponte entre capital e conhecimento de paí-ses desenvolvidos e as boas iniciativas locais em África.O Projecto Tigray, liderado por Sue Edwar-ds e desenvolvido no Norte da Etiópia, é assim premiado pelo seu trabalho de longo prazo na criação e implementação de >

Page 21: Renováveis Magazine 8

PUB

.

metodologias para desenvolver uma agricultura sustentável com base em recursos locais. O projecto é destinado a pe-quenos agricultores, mulheres principalmente, com pequenas parcelas de terra. Até à data o projecto gerou melhores co-lheitas agrícolas e aumentou receitas, enquanto ajuda a elevar os níveis de águas subterrâneas e melhora a fertilidade do solo e níveis de biodiversidade. É atribuído um prémio no valor de 1 milhão SEK, a ser dividido entre os destinatários. Os vencedores estarão presente em Gotemburgo, a 14 de Dezembro, para receber o seu prémio ambiental.

Ennova oferece várias soluções para instalações fotovoltaicasLeiria Ennova Energia Portugal

Tel.: +351 914 105 823

[email protected] . www.ennovaenergia.com

A Ennova Energia desenvolve no plano internacional pro-jectos globais EPC (Engineering Procurement and Construc-tion) que consistem no desenvolvimento de diferentes eta-pas para cumprir prazos e datas de finalização, analisam os custos do investimento, observam os padrões de qualidade e sustentabilidade que garantam a excelência na realização do projecto. E graças à experiência adquirida na montagem de instalações, a Ennova fabrica as suas próprias estrutu-ras para que se adaptem com solidez e qualidade. Além disso, a equipa da Ennova organiza o desenvolvimento, a construção e a execução de um projecto, e ainda oferece soluções para uma instalação fotovoltaica sobre telhados, parques de estacionamento solares, instalações integradas, instalações mediante uma estrutura fixa ou seguidores, e outros. Na Ennova também encontra os serviços de con-cepção de instalações eléctricas de máxima eficiência para cada central geradora.

A Ennova dispõe de técni-cos com experiência para realizar qualquer instala-ção térmica industrial, des-de hotéis, piscinas aque-cidas, lavandarias, entre outros. Estas instalações oferecem-lhe uma grande poupança energética no

investimento, proporcionando um retorno em cerca de 4 anos. No projecto e dimensionamento da instalação, a Ennova fornece a estrutura, os colectores, permutadores, acumuladores/interacumuladores, centrais hidráulicas e ma-nutenção e garantia e fazem ainda a montagem de sistemas de produção de energias renováveis. A Ennova é igualmen-te especialista no fabrico e comercialização de estruturas para instalações fotovoltaicas e térmicas, como elementos de suporte fixo em alumínio e aço galvanizado. >

ABB_meiapágina_vertical_ímpar_2.pdf 1 11-10-2011 09:38:52

Page 22: Renováveis Magazine 8

20

notícias

SEW-EURODRIVE PORTUGAL no ENDIEL 2011SEW-EURODRIVE PORTUGAL

Tel.: +351 231 209 670 . Fax: +351 231 203 685

[email protected]

www.sew-eurodrive.pt

A SEW-EURODRIVE é uma das empresas líderes no desenvolvimento e produção de equipamentos para soluções de transmissão e controlo do movimento. Está presente em todo o mundo através de uma rede de uni-dades de montagem e serviço especializado, oferecendo e suportando a mais vasta gama de soluções de accionamento modulares e integradas, a par com um conjunto configurá-vel de serviços de manutenção CDS® (Com-plete Drive Service®) e assistência técnica. Conta com mais de 13.000 colaboradores, dos quais cerca de 500 estão dedicados à in-vestigação e desenvolvimento. A SEW-EURODRIVE PORTUGAL é uma PME do Grupo SEW com sede e estabele-cimento industrial na Mealhada, Centro de Assistência Técnica em Lisboa e Escritório Técnico no Porto, dedicada à produção/montagem e assistência técnica comple-ta a toda a gama de equipamentos SEW: moto-redutores, variadores electrónicos de velocidade, servo-accionamentos e reduto-res industriais. A SEW-EURODRIVE POR-TUGAL desenvolve uma intensa actividade na engenharia mecatrónica e sistemas de automação, combinando novas tecnologias de accionamentos industriais mecânicos e electrónicos. Assegura um serviço de assis-tência técnica durante 24 horas por dia e 7 dias por semana. Estando há mais de 20 anos no mercado nacional a SEW-EURODRIVE PORTUGAL participou, uma vez mais, no ENDIEL 2011 – 17.º Encontro para o Desen-volvimento do Sector Eléctrico e Electróni-co, um certame que se realizou de 18 a 22

de Outubro de 2011, na EXPONOR.Em matéria de inovação e sucesso, apre-sentou nesta feira uma ampla variedade de produtos: acccionamento mecatrónico MO-VIGEAR® B com eficiência energética IE4; effiDRIVE® - Soluções Energeticamente Efi-ciente; VARIOLUTION®; MAXOLUTION®; DRIVE Benefits e MOVITRAC® LTP B. O accionamento mecatrónico MOVIGEAR® é uma solução inovadora que integra o re-dutor, o motor e a electrónica de potência numa só unidade. É um accionamento de elevada eficiência, resultado da sua concep-ção e características dos seus componentes. As unidades de accionamento MOVIGEAR® – SNI “Single Line Network Installation” – ins-talação em rede de linha única – permitem ser controladas através de uma das fases do sistema de alimentação trifásico. A SEW-EU-RODRIVE leva muito a sério a sua respon-sabilidade nas questões ambientais, como prova o desenvolvimento de accionamentos de alto rendimento: MOVIGEAR® com clas-se de eficiência IE4 – Super Premium; Motor DRP com classe de eficiência IE3 – Premium. A SEW-EURODRIVE distancia-se assim, uma vez mais, dos seus concorrentes e distingue-se também nas Soluções Mecatrónicas de eleva-da Eficiência Energética. A questão energética não se resolve apenas pela forma como se produz energia (as fontes renováveis ou não renováveis, o nuclear ou não, e outros). Re-solve-se também – e talvez sobretudo – pela forma como a utilizamos. A SEW-EURODRI-VE está na vanguarda daqueles que se preo-cupam com as questões ambientais e redução do consumo energético.

HIWIN: soluções de fusos e fêmeas de esferas com entrega imediataREIMAN

– Comércio de Equipamentos Industriais, Lda.

Tel.: +351 229 618 090 . Fax: +351 229 618 001

[email protected] . www.reiman.pt

A HIWIN disponibiliza soluções de fusos de esferas de acordo com a DIN 69051 e ainda 3 qualidades intermédias de acordo com a JIS B 1192-1997. A REIMAN, representante da HIWIN em Portugal, disponibiliza para entrega imediata, fusos e fêmeas na quali-

dade de transporte T7 e fusos na qualidade de posicionamento (P5 e P3 para máquinas-ferramenta) em 3 a 5 dias úteis, mediante transporte urgente. A variedade de produ-tos e a elevada rapidez de entrega permite uma selecção de produto adequada em situ-ações de manutenção ou fabrico de novos equipamentos.

De acordo com a DIN 69051 estas soluções de fusos de esferas possuem 5 classes de precisão (6 µm / 300 mm; 12 µm / 300 mm; 23 µm / 300 mm; 52 µm / 300 mm e 210 µm / 300 mm). A HIWIN disponibiliza ainda três classes adicionais segundo a JIS B 1192-1997 (3,5 µm / 300 mm; 8 µm / 300 mm e 18 µm / 300 mm).

Vulcano apoia “Uma Casa Portuguesa” Vulcano

Tel.: +351 218 500 300 . Fax: +351 218 500 301

[email protected] . www.vulcano.pt

A Vulcano associou-se ao projecto “Uma Casa Portuguesa”, uma rede de espaços de alojamento local que visa valorizar os produ-tos portugueses e os recursos endógenos do território em que se inserem, com reduzido impacto para o ambiente, e onde os visitantes são convidados a viver uma experiência 100% portuguesa. A associação pretende promover a cultura bem como a qualidade dos produ-tos portugueses, a valorização dos recursos endógenos, contribuindo para a dinamização das economias locais nos territórios de bai-xa densidade, e a integração de serviços de vários actores locais, através de workshops, percursos pedestres, passeios temáticos e eventos. A primeira unidade, que funcionará como protótipo, está a ser construída desde Janeiro deste ano em Ferraria de S. João, >

Page 23: Renováveis Magazine 8

21

notíciasPU

B.

Concelho de Penela, e a sua inauguração está prevista para Setembro, data a partir da qual todos os seus utilizadores poderão usufruir deste espaço, conhecer os melhores produ-tos nacionais e comprá-los. A Vulcano, um dos parceiros ouro nesta iniciativa, disponibili-zou equipamentos de aquecimento de águas, contribuindo juntamente com os outros par-ceiros, para a qualidade e conforto de cada espaço interior da unidade. O projecto integra 54 parceiros, entre os quais a Vulcano, que se associa ao projecto na área das soluções para o aquecimento de águas. Para Nadi Batalha, coordenadora de Marketing da Vulcano, “A Casa Portuguesa vem mostrar como o país se pode tornar mais competitivo recorrendo aos produtos nacionais e dinamizando as economias locais. Enquanto marca portuguesa é para a Vulcano uma hon-ra integrar este projecto desde a sua génese, acreditando que este incentivo ao consumo na-cional é imperativo perante a actual conjuntura económica que o país atravessa.”

ABB amplia oferta de infra--estruturas para carregamento de veículos eléctricosABB, S.A.

Tel.: +351 214 256 000 . Fax: +351 214 256 390

[email protected]

www.abb.pt

A ABB anunciou a aquisição da Epyon B.V., uma das primeiras empresas em soluções de infra-estruturas para carregamento de veícu-los eléctricos, especializada em soluções de

carregamento rápido em corrente contínua e em software de redes de carregamento. A aquisição insere-se na estratégia da ABB de ampliar a sua oferta global de soluções de carregamento de veículos eléctricos. Ulri-ch Spiesshofer, Director da Divisão Discre-te Automation and Motion da ABB, revelou que “esta aquisição permite o acesso da ABB a produtos competitivos, software de gestão de redes de primeira linha, e um sólido modelo de negócio de serviços de manutenção, que com-pleta de forma perfeita a nossa própria oferta.” A Epyon foi fundada em 2005, com sede em Rijswijk, Holanda, e um centro de I&D em Eindhoven, e conta com uma rede comercial em toda a Europa. Os 50 empregados da Epyon passarão para a ABB quando estiverem con-cluídos os trâmites da aquisição. Hans Streng, CEO da Eypon, declarou que “o reconhecimen-to da marca ABB e a amplitude da sua presença em todo o mundo acelerarão o crescimento da oferta combinada da Epyon e da ABB, e dar-nos-ão acesso a clientes e sócios chave. O negócio >

Page 24: Renováveis Magazine 8

22

notícias

actual da Epyon será complementado com a potente plataforma de electrónica de potência da ABB, a sua capacidade de fabrico em todo o mundo, as suas redes de fornecimento, marke-ting e serviços.” Hans Streng dirigiu a empresa durante o ano passado e permanecerá com toda a sua experiência industrial. Do aumento do número de veículos eléctri-cos está neste momento a resultar uma opor-tunidade global de mercado de soluções de carregamento, incluindo tecnologias auxiliares para equipar a rede eléctrica com sistemas de monitorização e software mais sofisticado. Espera-se que a venda de postos de carrega-mento de veículos eléctricos se multiplique rapidamente nos próximos 5 anos, alcançando 1,6 milhões de unidades em 2015, segundo estimativas de Pike Research. As soluções de carregamento rápido em corrente contínua da Epyon, no mercado desde Maio de 2010, reduzem o tempo de carregamento a 15 mi-nutos, quando eram necessárias 6 a 8 horas com as ligações em corrente alterna. Os equi-pamentos e o software da Epyon permitem que o proprietário da estação de carregamen-to supervisione as condições e requisitos do posto, combinando as necessidades adminis-trativas e de facturação. Há diversas modalida-des de carregamento, dependendo das inter-ligações do posto, sendo possível adaptar-se o carregamento às diferentes condições iniciais, requisitos de alimentação e tempos de carre-gamento. Esta aquisição estratégica vem no se-guimento e está em linha com a da ECOtality de São Francisco, uma empresa de tecnologias limpas de transporte eléctrico, com a qual a ABB entrou no mercado norte-americano de carregamento de veículos eléctricos.

EGITRON: registo da marca e desenvolvimento da secçãode ProjectoEGITRON - Engenharia e Automação Industrial

Tel.: +351 227 471 120 . Fax: +351 227 471 129

[email protected] . www.egitron.pt

Reconhecendo que o registo de marca é uma forma de reafirmação e também protecção da identidade da empresa, a EGITRON deci-diu este ano fazer o pedido ao Instituto Na-cional de Propriedade Industrial para o regis-to da marca verbal “EGITRON”. O pedido foi

efectuado a 31 de Março deste ano e após a passagem pelas várias fases, foi finalmente aprovado no dia 21 de Junho com registo no boletim de propriedade industrial do INPI. Seguindo esta mesma lógica de protecção da identidade da empresa já foram registados os domínios www.egitron.com.pt, egitron.com e egitron.eu, configurando-os de forma a re-encaminharem para egitron.pt. Foi também desenvolvida na página web da EGITRON uma secção direccionada a projec-tos e onde é possível observar algumas das competências de desenvolvimento da empre-sa. Desta forma querem provar que a activida-de da EGITRON não se limita apenas à venda de software e componentes, pois, para além disso, possuem uma forte componente de en-genharia e desenvolvimento que trabalha em parceria com os clientes na procura de me-lhores soluções. Neste momento podemos encontrar os projectos: Sistema Laboratorial Integrado (Controlo Peça-a-Peça), Sistema de Controlo da Qualidade (Área de Laminados de Aglomeradas), Sistema de Controlo para Painéis Fotovoltaicos (Microcontrolador) e Sistema para Teste de Resistência à Carga. To-dos estes projectos envolveram o desenvol-vimento de software e automação industrial que a EGITRON criou à medida, de acordo com as especificações de cada cliente.

SMA Solar inaugurou centro de serviços para inversores fotovoltaicosSMA Ibérica Tecnologia Solar, S.L.

Tel.: +34 902 142 424 . Fax: +34 936 753 214

[email protected] . www.sma-iberica.com

A SMA Solar Technology AG inaugurou a 13 de Setembro um dos maiores centros de serviços especializados, direccionado aos inversores fotovoltaicos. Neste edifício com

cerca de 24 mil metros quadrados, a SMA irá analisar, comprovar e reparar dispositi-vos de substituição procedentes de todas as regiões do mundo. A SMA possui uma rede internacional de 85 estações de serviço em 19 países. Com esta moderna sede de Sandershäuser Berg, a SMA optimizará de forma significativa os processos relacionados com a atenção ao cliente e, assim, garante uma óptima atenção com tempos de reac-ção curtos, inclusivamente no futuro, com o aumento do fornecimento do número de inversores fotovoltaicos. Na Alemanha, a SMA trocará os equipamen-tos no prazo de 24 horas e no exterior em 48 horas. Souleymane Niang, Vice-Presidente Executivo do Departamento de Serviços confirmou que “este novo centro de serviços de Sandershäuser Berg oferece-nos uma estrutura adequada a melhorar ainda mais a velocidade, a qualidade e os custos.” Além da sua grande funcionalidade, ao planear o novo centro de serviços em Sandershäuser Berg, há um apro-veitamento energético sustentável e eficiente. Por exemplo, além do revestimento do edifí-cio com um grande isolamento e construído como estrutura de madeira, destacam-se ou-tros como o aproveitamento do calor residual da produção e a efectiva utilização regenerati-va do calor. Mesmo assim, no telhado do edifí-cio montou-se uma instalação fotovoltaica de 1 MW de potência.

Weidmüller entre as 750 melhores empresas mundiaisWeidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871

[email protected] . www.weidmuller.pt

No primeiro congresso alemão de líderes mundiais em Schwäbisch Hall, que decor-reu em Janeiro de 2011, foi apresentada a nova lista de líderes alemães a nível mun-dial. O trabalho apresentou 750 empresas da Alemanha que pertencem às melhores empresas do mercado a nível mundial. En-tre as melhores empresas do mundo surgiu a Weidmüller.As empresas consideradas na lista foram definidas por um Conselho que reuniu oito membros de alto nível com representantes de associações industriais, de meios de >

Page 25: Renováveis Magazine 8

23

notíciasPU

B.

comunicação social, centros de investiga-ção e do sector financeiro. A lista oferece, pois, uma perspectiva única sobre a elite da indústria alemã. Juntas, as empresas são re-tratadas com a respectiva força inovadora e qualidade de processos para um selo de qualidade reconhecido internacionalmente: “Made in Germany”.

Löwenbräu poupa 90% na electri-cidade com LEDs OSRAMOSRAM

Tel.: +351 214 165 860 . Fax: +351 214 171 259

[email protected] . www.osram.pt

De 17 de Setembro a 3 de Outubro de 2011, o Theresienwiese em Munique transformou-se na maior festa mundial, atraindo milhões de visitantes. O festival tentou aliar uma at-mosfera festiva com sustentabilidade, como

o demonstrado pela Löwenbräu em coope-ração com a OSRAM: em vez de lâmpadas incandescentes desperdiçadoras de energia, 8.000 lâmpadas LED OSRAM fizeram bri-lhar as canecas de cerveja e os trajes típi-cos nas suas mais finas cores na tradicional tenda Löwenbräu, enquanto beneficiaram o ambiente. Um total de 8.000 lâmpadas LED OSRAM foram instaladas na tenda do tradi-cional fabricante de cerveja Löwenbräu, no festival de Munique.

Durante as duas semanas da Oktoberfest, a Löwenbräu baixou os seus custos de ener-gia poupando cerca de 90% e 7.000 Kg de emissões de CO

2, face às lâmpadas incan-descentes usadas anteriormente. Isto é igual à quantidade de CO2 emitido por um carro de gama média com cerca de 45.000 Km e tem o mesmo volume de 3,5 milhões de li-tros de cerveja da Oktoberfest. Depois da tenda do Hacker Festival, que foi o primeiro a mudar para lâmpadas econo-mizadoras de energia em 2007, na Okto-berfest, e da corrida de scooters solares impulsionada pela família Distel, que utilizou pela primeira vez nesse mesmo ano módu-los LED eficientes e coloridos da OSRAM para iluminação, a Löwenbräu está a seguir os passos com iluminação economizadora de energia e amiga do ambiente. Em vez das lâmpadas incandescentes de 15 Watt usa-das anteriormente, as lâmpadas Parathom OSRAM alegram agora a tenda do festival com uma luz branca quente. >

Page 26: Renováveis Magazine 8

notícias

Enclosures from the smallest to the largest.

POWER DISTRIBUTIONENCLOSURES CLIMATE CONTROL IT INFRASTRUCTURE SOFTWARE & SERVICES

[email protected] | www.rittal.pt

AS Solar & BOSSI inauguram instalação fotovoltaica de 1 MW em telhadoAS Solar Ibérica de S.E.A. S.L.

Tel.: +351 929 010 590

[email protected] . www.as-iberica.com

A AS Solar inaugurou a sua 2.ª maior insta-lação fotovoltaica em Itália e que abrange uma área de cerca de 7000 m2 e foi instalada logo depois da remoção do amianto do te-lhado. A instalação de produção fotovoltaica de 997 kWp está localizada no telhado do complexo industrial BOSSI S.p.A., localiza-do em Cameri (NO), em Itália. Desde 1907 que a BOSSI tem produzido tecidos para o vestuário e roupa para a casa. Devido ao bónus da tarifa de energia, o sistema foto-voltaico é composto por duas secções distin-tas: a construção original de 1907 (da qual o amianto foi retirado) e o novo complexo de escritórios. Para completar o projecto foram utilizados 4.641 módulos de HIP-215NKHE5

Sanyo e inversores da SMA 99 (Sunny Mini Central e Sunny Boy).Esta instalação fotovoltaica tem quase 1 MW de módulos Sanyo e inversores SMA de qua-se três dígitos. Estima-se que a produção de electricidade anual se situe nos 1.149.699 kWh com uma redução das emissões de CO

2 em quase 79.490.12 toneladas. Segundo declarou Luis de Blas, CEO da AS Solar Italia, “construir um sistema fotovoltaico num edifício histórico é um símbolo de integração entre as novas tecno-logias e as velhas construções. As dificuldades relacionadas com a estrutura original não impe-diu a AS Solar de construir a segunda instalação fotovoltaica em Itália, através da tecnologia da SMA e da Sanyo em simultâneo. O sucesso do projecto demonstra como a confiança e a pros-peridade fazem parte da AS Solar, tornando-a assim como uma parceira adequada para ou-tras instalações fotovoltaicas.”

PROINSO Internacional Training SchoolPROINSO – Solar Energy Supplies

Tel.: +34 948 403 637 . Fax: +34 948 412 378

[email protected] . www.proinso.net

Desde o lançamento da Rede Internacional de Instaladores Qualificados da PROINSO, a empresa esforçou-se para oferecer ser-

viços com alto valor acrescentado às em-presas que fazem parte da sua Rede. Entre eles destaca-se a PROINSO Internacional Training School, um inovador programa de formação internacional para instaladores de energia solar fotovoltaica baseado em dife-rentes acordos de colaboração com impor-tantes e experientes centros de formação fotovoltaica da Itália (ICIM), da Inglaterra (EcoSkies), da Grécia (OIKONOMOTEX-NIKH), de França (Lycée Eugène MONTEL), do Canadá (Canadian Solar Institute. CSI), dos Estados Unidos (Solar Energy Interna-tional. SEI) e de Espanha (CEFOIM).

A PROINSO colabora na criação dos progra-mas e conteúdos formativos mais exaustivos dirigidos a instaladores fotovoltaicos, forne-cendo material técnico e especializado das melhores marcas (TRINA SOLAR, SMA, ME-CASOLAR, REC, CANADIAN SOLAR, >

Page 27: Renováveis Magazine 8

notícias

Enclosures from the smallest to the largest.

POWER DISTRIBUTIONENCLOSURES CLIMATE CONTROL IT INFRASTRUCTURE SOFTWARE & SERVICES

[email protected] | www.rittal.pt

e outros). Esta formação dada pelos centros com os quais colabora a PROINSO é oficial de acordo com a regulamentação estatal de cada país e especializada e está elaborada à medida das necessidades dos profissionais do sector. A PROINSO Solar Training Scho-ol também inclui a organização de seminá-rios, jornadas formativas e workshops pró-prios, organizados em colaboração com os principais fabricantes em diferentes países. Nestes seminários, as formações e apresen-tações das últimas inovações e novas tecno-logias são realizadas pelos profissionais da PROINSO, das empresas fabricantes ou das empresas integradas na sua Rede de Instala-dores Qualificados.

EXTRUSAL PRO Solar: Sistema em alumínio para estruturas solaresEXTRUSAL PRO SOLAR

OPEXIL – Exportação e Importação, Lda.

Tel.: +351 234 884 494 . Fax: +351 234 880 122

[email protected] . www.opexil.pt

A EXTRUSAL, fabricante nacional de perfis de ligas de alumínio por extrusão a operar há mais de 3 décadas na indústria do alu-mínio, concebeu e desenvolveu um inovador sistema em alumínio para estruturas solares.

Este novo produto da EXTRUSAL com a designação comercial de “triAL 1” dirige-se ao mercado da indústria solar. O sistema “triAL 1” da EXTRUSAL responde às neces-sidades de montagem e colocação em solo plano ou em coberturas, quer do segmento das energias fotovoltaicas (PV), quer do seg-mento do solar térmico (AQS).

O sistema de alumínio “triAL 1” carrega todo o know-how acumulado da EXTRUSAL e oferece como vantagens, a elevada facilida-de de montagem e durabilidade, a maximiza-ção da resistência, uma elevada capacidade de personalização/adaptação. A importância da indústria solar para a EXTRUSAL levou-a a desenvolver uma estratégia apropriada sob a sigla EXTRUSAL PRO SOLAR, que retracta bem o seu posicionamento como retaguarda aos players daquela indústria. A responsabilidade pela execução desta es-tratégia e desenvolvimento deste projecto coube à empresa do GRUPO EXTRUSAL, “OPEXIL Exportação e Importação Lda”.

GEORMASTER ECO: óleos sintéticos biodegradáveis para caixas de engrenagens industriaisFUCHS Lubrificantes Unip. Lda.

Tel.: +351 229 479 360 . Fax: +351 229 487 735

[email protected] . www.fuchs.pt

A linha de produtos GEARMASTER ECO é composta por óleos sintéticos, ambiental-mente inofensivos. Para além das óptimas capacidades lubrificantes, e que se encon-tram num patamar muito mais elevado do que os óleos minerais ou até os óleos sintéti-cos de base Polialfaolefinas, os óleos GEAR-MASTER ECO apresentam a característica suplementar da fácil biodegrabilidade e, com isso, a sua elevada compatibilidade com o ambiente, solos e água.Os óleos GEARMASTER ECO são reco-mendados para lubrificantes de diferentes >

Page 28: Renováveis Magazine 8

26

notícias

tipos de engrenagens industriais, particular-mente as existentes em turbinas eólicas, no processamento de alimentos, de embalagens e bebidas, mas também para máquinas que operam em zonas de águas protegidas. O produto encontra-se aprovado pela FLEN-DER AG. As características principais deste óleo passam pela sua óptima resistência ao envelhecimento e a cargas elevadas, baixa formação de espuma, um bom comporta-mento com baixas temperaturas, uma ele-vada estabilidade térmica. Além disso estes óleos possuem uma assinalável protecção anticorrosiva, uma gama de temperaturas de trabalho superiores à dos óleos minerais e são biodegradáveis em 90% (CEC L-33A-93).

MaxMonitoring: aplicação SolarMax App representa a potência da instalaçãoSputnik Engineering International AG

Tel.: +41 323 465 800 . Fax: +41 323 465 829

[email protected]

www.solarmax.com

Com a aplicação gratuita do MaxMonitoring, os operadores de instalações podem visua-lizar os dados de potência da sua instalação fotovoltaica, a qualquer momento e mesmo a partir da sua residência. A aplicação encontra-se disponível na App Store da Apple. O Max-Monitoring foi concebido para iPhone e iPad e, no final do ano para smartphones Android, podem gerir dados de um máximo de 15 ins-talações com até 10 inversores cada um. Os dados de potência são representados de for-ma clara e classificados em diferentes campos, de forma a que o utilizador possa consultar facilmente a informação mais relevante.A visualização em tempo real mostra os dados

de energia actual até 4 inversores em simul-tâneo. Pode representar dados de entrada e de saída, corrente de saída e de entra-da, frequência, temperatura do dispositivo e rendimento, entre outros. Um indicador de estado mostra assim os inversores a funcionar em boas condições ou se estão avariados. Com estes dois indicadores, os operadores de instalações podem detectar problemas técnicos e pedir um serviço para os seleccionar. Além disso podem consultar as curvas de evolução do rendimento diá-rio, mensal e anual. E assim pode ver-se em todos os momentos a quantidade de ener-gia solar renovável gerada numa instalação e injectada na rede pública. Na App Store da Apple basta adquirir a MaxMonitoring, instalar o programa directamente no iPhone e no iPad. Uma vez que todos os converso-res SolarMax podem ser ligados a um rou-ter wi-fi através de uma interface de Internet standard, o MaxMonitoring acede de forma directa aos dados da instalação dentro da rede Internet.

Vulcano equipa Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de MonsarazVulcano

Tel.: +351 218 500 300 . Fax: +351 218 500 301

[email protected] . www.vulcano.pt

A Vulcano foi a marca seleccionada para equipar o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz com Soluções Solares Térmicas para aque-cimento de águas sanitárias. Desta forma, a instituição passa a recorrer a energia solar térmica para o aquecimento de águas desti-nadas a banhos e cantina, poupando em mé-dia, cerca de 50% do consumo anual de gás.

Após a análise das necessidades de consumo e das características do edifício foram insta-lados 12 colectores solares para captação de energia, bem como o respectivo sistema de apoio, e uma caldeira Vulcano para garantir um conforto térmico durante todo o ano. Para Nadi Batalha, Coordenadora de Marke-ting da Vulcano “perante a subida dos preços de gás e electricidade, sobretudo após o au-mento da taxa do IVA, a energia solar impõe-se como uma solução rentável e inteligente, com um período de retorno de investimento reduzi-do. Para além de contribuir para a poupança económica, essencial à gestão da instituição, as soluções solares térmicas da Vulcano permitem contribuir para o meio ambiente, reduzindo a emissão de gases poluentes para a atmosfera.” A Santa Casa de Misericórdia de Reguengos de Monsaraz comemora, este ano, 150 anos de actividade. O Lar de Idosos da Instituição alberga cerca de 50 pessoas em regime de internato e mais 50 pessoas em regime de Centro de Dia.

Krannich Solar lança tampas protectoras inovadoras da K2 SystemsKrannich Solar

Tel.: +34 961 594 668 . Fax: +34 961 594 686

www.es.krannich-solar.com

A Krannich Solar distribui as novas tampas protectoras K2 EndCap fabricadas por K2 Systems. Este acessório que serve para re-matar as guias localizadas nas instalações fotovoltaicas tem sido muito solicitado por vários clientes no mercado FV desde há algum tempo. Finalmente, a Krannich Solar comercializa este produto tão procurado. Além disso, este sistema de protecção per-mite que os operários de manutenção não sofram nenhum tipo de ferimento ao >

Page 29: Renováveis Magazine 8

27

notícias

circularem pelas estreitas passagens das estruturas fixas sobre os telhados. O ma-terial utilizado para as tampas K2 EndCap é plástico de elevada qualidade e pode ser acoplado nas extremidades de vários tipos de guias: Cross Rail 36, Cross Rail 48 assim como os modelos Light, Medium e Alpin. Graças a este novo produto, a Krannich Solar melhora o serviço prestado aos seus clientes relativamente a estruturas de mon-tagem. A distribuidora alemã de componen-tes para a geração de energia solar fotovol-taica tem um contrato de exclusividade com a K2 Systems. Esta empresa, criada em 2004 e com sede na cidade alemã de Leonberg, é um dos líderes na produção de sistemas de montagem em alumínio para instalações fotovoltaicas. Os seus produtos são carac-terizados pelo seu desenho atractivo e com detalhes de valor. A utilização de materiais de alta qualidade garante o bom funciona-mento e a durabilidade de todos os artigos do portfólio.

IBC SOLAR instala o último mó-dulo do parque solar de SukowIBC SOLAR

Tel.: +34 961 366 528 . Fax: +34 961 366 529

www.ibc-solar.es

Volker Schlotmann, Ministro do Tráfego, Obras Públicas e Desenvolvimento da Land Mecklenburg-Vorpommern e Udo Möhrs-tedt, Presidente do Conselho de Adminis-tração da IBC SOLAR AG, instalaram em conjunto o último módulo do parque solar de Sukow. Este é um projecto fotovoltai-co perto de Schwerin, capital de Land, e estende-se por uma superfície total de 31 hectares. Durante as próximas semanas será instalado um cabo de ligação à rede, que li-

gará o parque solar à rede pública. No final de Setembro este parque solar irá produzir cerca de 10,5 milhões de kW/h de energia solar, o que equivale a um fornecimento de electricidade para cerca de 3.683 habitações e uma poupança de 6.100 toneladas de CO

2. Udo Möhrstedt ditou que a “IBC SOLAR já ligou três parques solares à rede pública em Mecklenburg-Vorpommern. Com este parque solar en Sukow contamos com um novo pro-jecto que contribui para a troca energética. Ao comercializar o parque como uma instalação de energia solar dos cidadãos oferecemos a possibilidade aos habitantes da região de in-vestir em energia solar e apostar na geração de uma energia sustentável.”Este parque solar foi construído num antigo aterro em Dukow e ao longo do caminho-de-ferro de Schwerin a Crivitz. A IBC SOLAR foi responsável pelo planeamento, fornecimento e a construção da central energética. O De-partamento de fundos solares da IBC SOLAR fez a instalação e o desenvolvimento do pro-jecto, e a sociedade operadora da instalação tem a sua sede em Sukow, pelo que todas as futuras assistências à instalação irão benefi-ciar Sukow. Os trabalhos de instalação come-çaram em 2011 e depois da montagem dos módulos, fez-se a ligação entre os mesmos à rede. Os habitantes de Sukow e arredores podem comprar participações de parte do parque solar de forma a que tenham a opor-tunidade de investir em energias renováveis, por um valor mínimo de 5.000 euros. Segun-do Volker Schlotman, “as energias renováveis representam uma grande oportunidade para a Mecklenburg-Vorpommern. Graças a projectos como este podemos fomentar a consolidação de uma energia descentralizada e renovável. Além disso, a população de Mecklenburg-Vorpom-mern pode beneficiar directamente do impulso das energias renováveis.”

Armários em Inox da RittalRittal Portugal

Tel.: +351 256 780 210 . Fax: +351 256 780 219

[email protected] . www.rittal.pt

A Rittal fornece, para as áreas de automação, de comunicação ou de energia, o envolvente adequado para acomodar todos os compo-nentes e acessórios requeridos na indústria

moderna. Para aplicações mais exigentes onde a higiene é essencial, como o sector alimentar e farmacêutico, ou em ambientes mais agressivos como fábricas petroquímicas e situações de offshores. A gama de caixas e armários em inox da Rittal irá fornecer altos padrões de limpeza e forte resistência à cor-rosão. Inteligentemente pensado, o sistema de envolventes em conjunto com uma ampla selecção de acessórios, fornece a base para uma grande diversidade de soluções em aço inox da Rittal.

Eurener na Alemanha e já com 11 empresas de distribuiçãoEurener

Tel.: +34 902 112 827

www.eurener.com

A Eurener, fabricante de módulos fotovol-taicos, inaugurou novas instalações na Ale-manha mais exactamente em Colónia, numa nova aposta de expansão da sua actividade. Após seis meses de árduo trabalho de cam-po e de intensas negociações, a equipa co-mercial da Eurener já fechou com sucesso acordos de distribuição dos seus produtos num total de 11 empresas, consolidando as-sim a sua presença no país. “Com a abertura das nossas instalações em Colónia, o objectivo é estar mais perto dos nos-sos colaboradores e parceiros, oferecendo aos dois um serviço de pós-venda profissional”, >

Page 30: Renováveis Magazine 8

28

notícias

segundo ditou Carlos Serradilla Breuer, Di-rector Comercial da entidade para a Região DACH (Alemanha, Áustria, Suíça) e para o Este da Europa. “Este é um local adequado para apoiar a rede de distribuidores no centro da Europa, assim como reforçar a nossa pre-sença no mercado alemão. A qualidade dos nos-sos produtos fabricados na União Europeia por si só não é suficiente para consolidar a nossa posição no mercado. O nosso principal objectivo passa por garantir aos nossos clientes e sócios todo o apoio necessário para o desenvolvimento de actividades comerciais. Agora estamos em condições para oferecer um serviço rápido e profissional. A partir desta nova sede também já contactaram com os mercado da Europa de Leste.” Para isso, Carlos Serradilla Breuer con-ta com uma equipa comercial de uma variada experiência para o sector fotovoltaico dedica-do, especificamente para este trabalho.

Formação Weidmüller: protecção, monitorização e transmissão de dados no sector fotovoltaicoWeidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871

[email protected] . www.weidmuller.pt

A Weidmüller realizou a 23 de Novembro no Hotel Tivoli Oriente em Lisboa das 10 às 13.30 horas e a 24 de Novembro no Hotel Tryp Porto Expo das 15 às 17.30 horas, uma acção de formação sobre protecção, monito-rização e transmissão de dados numa instala-ção fotovoltaica. Esta formação foi totalmente gratuita e foi feita a pensar nos instaladores, projectistas, distribuidores, equipas de manu-tenção, promotores e quadristas.Ambas as acções de formação tiveram uma breve apresentação das soluções Weidmüller para o sector fotovoltaico, enumeradas e explicadas pelo Director Geral da Weidmül-ler em Portugal, Deodato Taborda Vicente.

De seguida, Arnau Sumpsi-Colom, Enge-nheiro de Aplicações de Energia e Responsá-vel pelo Sector Fotovoltaico na Weidmüller abordou o tema principal desta formação, a importância da protecção e a monitorização de uma instalação fotovoltaica. E porque a Comunicação via Ethernet/Modbus RTU RS-485 é um tema que merece ser discuti-do pelo seu papel relevante, Jaime Cabrera, Engenheiro de Aplicações de Ethernet In-dustrial da Weidmüller apresentou o tema e respondeu a todas as dúvidas que surgiram aos participantes.

ATERSA: primeira empresa espanhola a certificar a sua fábrica com ICIMATERSA – Aplicaciones Técnicas de la Energía, S.L.

Tel.: +351 915 178 452 . Fax: +351 914 747 467

[email protected] . www.atersa.com

No dia 29 de Julho, a Autoridade de Certi-ficação Italiana ICIM (“Istituto di Certifica-zione Industriale per la Meccanica”) inspe-cionou a fábrica da ATERSA em Almussafes, Valência, ao abrigo do requisito de energia italiano de “quinto conto”. A ATERSA foi a primeira empresa espanhola a obter este certificado que indica que a sua produção é europeia permitindo, deste modo, aos seus clientes beneficiarem de subsídios que o go-verno italiano atribui a instalações erigidas utilizando módulos fabricados na Europa. Após a inspecção da fábrica, o ICIM certifi-cou que o processo de fabrico de módulos fotovoltaicos Wp 65 a 290 é realizado na fá-brica da ATERSA.No seguimento da sua política de externali-zação, a ATERSA continua a desenvolver ac-ções que garantem a mais elevada qualidade e os melhores serviços para os seus clientes em diferentes mercados. Em Março deste ano, os módulos da ATERSA obtiveram os certificados UL (Estados Unidos e Canadá) e MCS (Reino Unido), o que lhe permitiu dar continuidade à sua função como empresa de destaque no sector da energia solar fotovol-taica. Todos estes certificados implicam ins-pecções anuais da sua fábrica em Almussafes (Valência) que garantem que os módulos fo-tovoltaicos sejam produzidos ao abrigo dos mais rigorosos controlos de qualidade.

ABB com os gigantes do sector solarABB, S.A.

Tel.: +351 214 256 000 . Fax: +351 214 256 390

[email protected]

www.abb.pt

A primeira edição do evento ABB Solar Days decorreu de 12 a 13 de Setembro em Barcelona e alcançou o seu principal objecti-vo: tornar-se um ponto de encontro onde os principais actores do sector solar pudessem debater a evolução e o futuro desenvolvi-mento da energia solar. Peritos internacio-nais da ABB e outras entidades apresenta-ram uma visão geral de diversas questões que afectam o sector solar, nomeadamente tendências de mercado, desenvolvimentos tecnológicos ou novas políticas, que serviu de pano de fundo para os debates sobre as hipóteses de desenvolvimento da energia solar. Os dois segmentos maioritários do sector da energia solar, o da energia solar fo-tovoltaica e o da energia termo solar, foram discutidos durante o evento, tanto em ses-sões plenárias como em diversas sessões pa-ralelas. Peritos da ABB apresentaram o esta-do da arte da tecnologia para a optimização de projectos fotovoltaicos, as soluções actu-ais de escalabilidade, e as possibilidades de aproximação à paridade com as redes, com o objectivo de tornar estes sistemas menos dependentes de iniciativas governamentais.

O ponto forte das jornadas dedicadas ao segmento da energia termo solar foi o de-bate sobre o futuro do sector e sobre as tecnologias que suportarão o seu desenvol-vimento. O evento ABB Solar Days acolheu uma audiência internacional de mais de 230 pessoas de diversas indústrias, universida-des, centros de investigação, meios de co-municação e outras entidades. Estiveram representados mais de 20 países nos quais a energia solar, seja fotovoltaica ou termo so-lar, está em constante crescimento. >

Page 31: Renováveis Magazine 8

29

notícias

SKF com método para avaliar a condição das massas lubrificantes no campoSKF Portugal – Rolamentos, Lda.

Tel.: +351 214 247 000 . Fax: +351 214 173 650

[email protected] . www.skf.pt

A análise do lubrificante é uma parte vital da estratégia de manutenção preditiva. No entanto, até agora, isto tem sido quase total-mente relacionada com os óleos, apesar de cerca de 80% dos rolamentos serem lubri-ficados com massa. Após anos de pesquisa, a SKF desenvolveu uma metodologia que permite avaliar a condição da massa direc-tamente no campo, o SKF Grease Test Kit foi lançado como mais um produto da sua extensa gama de massas, lubrificadores, fer-ramentas de lubrificação, sistemas de lubrifi-cação, entre outros.Ao usar este kit de testes rápidos e fáceis, os utilizadores serão capazes de avaliar a condi-ção das massas lubrificantes sendo que três testes diferentes são incluídos no protocolo: consistência (patente requerida), separação do óleo, e avaliação de contaminação. Des-ta forma consegue-se avaliar as condições da massa e permite a tomada de decisões ime-diatas no campo. O SKF Grease Test Kit inclui orientações para uma correcta interpretação dos resultados obtidos através dos testes.

5 anos de SMA Ibérica Tecnológia Solar em EspanhaSMA Ibérica Tecnologia Solar, S.L.

Tel.: +34 902 142 424 . Fax: +34 936 753 214

[email protected] . www.sma-iberica.com

Já passaram 5 anos desde que o Grupo SMA Solar Technology AG criaram uma filial em

Espanha. Actualmente esta subsidiária ocupa um dos melhores lugares no mercado foto-voltaico, a nível mundial, do Grupo SMA e é um dos maiores fabricantes e distribuidores de inversores fotovoltaicos. A SMA Ibérica aproveitou a sua presença na GENERA, uma feira de referência nas ener-gias renováveis que decorre todos os anos no mês do mês de Maio em Madrid, para cele-brar o seu 5.º aniversário. Esta foi uma ocasião especial para reunir clientes distribuidores e meios de comunicação especializados. Tam-bém se realizou um evento que contou com a presença de mais de 100 convidados na sala Milk Studio de Madrid. Durante o evento, Iñaki Muñiz, Gestor da SMA Ibérica agradeceu a presença de todos os presentes e ditou que “o elemento humano da SMA Ibérica foi sendo construído como uma equipa forte, consolidada e com experiência. Mas os que contribuiram para isto foram os clientes, sem os quais não teria sido possível chegar a este aniversário.”

INVERTEK: optimização de consumo de energia nos Optidrive HVACREIMAN

– Comércio de Equipamentos Industriais, Lda.

Tel.: +351 229 618 090 . Fax: +351 229 618 001

[email protected] . www.reiman.pt

Um estudo realiza-do pela “Reliance Bearing and Gear Company”, parceiro de vendas da IN-VERTEK na Irlanda, comprovou a vanta-gem da aplicação de

variadores INVERTEK na poupança de ener-gia em aplicações de ventilação. Este estudo comparativo, realizado num ambiente indus-trial, comparou os custos de funcionamento ao utilizar: um arrancador estrela-triângulo, um variador Invertek Optidrive e correias trapezoidais standard, um variador Invertek Optidrive e correias trapezoidais Optibelt Red Power. Foi instalada uma unidade de aquisição de dados no equipamento existente de forma a monitorizar a potência absorvida, duran-te um período de duas semanas. Findo esse

período foi instalado um variador Invertek Optidrive, com a função de Optimização de Consumo activa. Seguidamente foram mo-nitorizados os consumos do motor durante uma semana. O fluxo de ar foi verificado em cada ensaio para garantir que se mantinha o mesmo fluxo em cada solução. O custo de funcionamento está calculado para 0,11€ por kWh. Considerando um custo inicial de equipamento de 3.000.00€ para o Op-tidrive, armário IP55, correias trapezoidais Red Power e instalação, atinge-se o retor-no de investimento em apenas 4 meses. A INVERTEK é representada em Portugal pela REIMAN.

Sistemas DEGERenergie geram energia solar na Inglaterra central DEGERenergie GmbH

Tel.: +34 934 808 466 . Fax: +34 934 808 241

[email protected] . www.degerenergie.com

O mercado da energia solar na Grã-Bre-tanha acelerou o ritmo. Em Muston, perto de Nottingham, a até agora a maior central de energia solar a utilizar a tecnologia MLD DEGERenergie na Grã-Bretanha foi colo-cada em funcionamento. A empresa Bright Green Energy Ltd. de Londres instalou um total de oito sistemas DEGERtraker para o seu cliente em Muston: dois sistemas do tipo 5000NT já estavam em funcionamento desde Fevereiro e seguiram-se 6 sistemas DEGERtraker 7000NT adicionais: “segundo sabemos, esta é a maior instalação DEGERe-nergie na Grã-Bretanha até agora”, referiu Alex Kennedy da Bright Green Energy, o parceiro de distribuição oficial da DEGERe-nergie no Reino Unido. Em áreas com alterações frequentes de nebulosidade e condições climáticas bas-tante difíceis, como as existentes no Norte da Europa, as vantagens da tecnologia de seguimento MLD da DEGERenergie relati-vamente às instalações fixas e sistemas de seguimento astronómicos podem ser bem exploradas. A tecnologia MLD alinha cada sistema individual de acordo com as actuais condições de luminosidade, e assim os sis-temas MLD podem melhorar o rendimento energético até 45%, em comparação com os sistemas fixos. >

Page 32: Renováveis Magazine 8

30

notícias

Chatron na FRANCE 5 Chatron, Lda.

Tel.: +351 256 472 888 . Fax: +351 256 425 794

www.chatron.pt

A televisão Francesa “FRANCE 5” fez uma reportagem acerca do produto inovador da Chatron “Tubo Solar Roof Window Híbri-do”, que esteve presente na Feira Batimat e foi nomeado por um júri de especialistas para a Galeria de Inovação desta importante feira Internacional (Batimat), que decorreu em Paris de 7 a 12 de Novembro.O programa designado por “Maison de la France” foi apresentado pelo jornalista Fran-cês Stéphane Thébaut e foi para o ar nesta estação pública francesa a 23 de Novembro pelas 20:30 horas (horário nobre) e repe-tiu no dia 26 pelas 11:10 horas. Este foi um importante impulso para a concretização futura de negócios neste desenvolvido e exigente mercado por parte da Chatron. A apresentação do produto e da empresa foi feita pelo distribuidor da Chatron para o mercado Francês.

Logismarket apresenta canal de vídeos no YoutubeLogismarket

Tel.: +351 214 150 166 . 808 24 23 22

Fax: +351 214 151 889

[email protected] . www.logismarket.pt

O Logismarket criou um canal oficial no You-tube, o LogismarketPT, com o objectivo de dar a conhecer os vídeos institucionais das empresas aderentes ao portal, as demons-trações de produtos e as apresentações dos serviços prestados. O Logismarket persona-lizou o seu canal de vídeos, que actualmente conta com mais de 400 vídeos e é actuali-

zado regularmente com os contributos das empresas anunciantes no portal.Ao subscrever o canal LogismarketPT no Youtube, o utilizador passa a ter acesso em primeira-mão às novidades das empre-sas de vários sectores de actividade, desde demonstrações de máquinas, novos equipa-mentos lançados no mercado, eventos or-ganizados pelas empresas e outros vídeos de suporte à comunicação das empresas. As empresas anunciantes do Logismarket podem carregar os vídeos no portal através da nova Área de Clientes, para que este pas-se a fazer parte do canal LogismarketPT. O Logismarket é o ponto de encontro entre as empresas que apresentam o seu catálogo de produtos e os profissionais que procu-ram informação da máxima qualidade, com mais de 4.500 empresas que oferecem mais de 72.000 produtos industriais. O carácter internacional do portal permite encontrar empresas globais que actuam na Alemanha, França, Itália, Holanda, Bélgica, Reino Unido, Espanha, Polónia, Áustria, Suíça e noutros países europeus e também na América La-tina, como por exemplo no Brasil.

Câmara termográfica Testo 885: óptima ergonomia e qualidade de imagemTesto Portugal

Tel.: +351 234 320 280 . Fax: +351 234 083 708

[email protected] . www.testo.pt

Com a testo 885, a Testo lança uma câmara termográfica com tecnologia inovadora no mercado. A testo 885 tem um formato tipo câmara de vídeo com punho rotativo, que permite uma termografia ainda mais efectiva e fácil, com uma óptima qualidade de ima-gem. O novo testo 885 é o primeiro modelo da nova geração profissional da Testo: “na linha da frente do desenvolvimento estavam as várias tarefas de medição dos nossos clientes. Características inovadoras que tornam a ter-mografia mais fácil e mais segura, em combina-ção com a excelente qualidade de imagem, ga-rantem imagens térmicas minuciosas em todas as situações”, ditou Sabine Hinkel - Product Manager Testo AG. A combinação da óptica de primeira classe com uma lente de ângu-lo largo ou lente teleobjectiva, detector de

320 x 240 pixels, sensibilidade térmica <30 mK e componentes do sistema de elevada qualidade significa uma focagem mais nítida e imagens térmicas significativas. Graças à Tecnologia de Super Resolução pode ser al-cançada uma resolução da imagem térmica quatro vezes superior.

Se a representação do objecto de medição na termografia em edifícios não é possível com uma imagem individual, o testo 885 oferece o novo assistente de imagem pa-norâmica: cria uma imagem total a partir de várias imagens individuais – com atenção ao detalhe e com uma visão geral. A tecnolo-gia de Reconhecimento Local com patente pendente permite que as inspecções peri-ódicas sejam realizadas de forma eficiente. Utilizando esta tecnologia é feito o reconhe-cimento automático de locais de medição e o armazenamento e administração das ima-gens térmicas resultantes. A possibilidade de fazer medições em gamas de temperatura até 1.200° C permite que o testo 885 dis-ponha de um amplo espectro de aplicações industriais. Isto torna o testo 885 a primeira escolha para todas as aplicações, não apenas em edifícios, mas também em termografia industrial, na qual a óptima qualidade de imagem e manuseamento eficiente estão em destque.A Testo é um dos principais fabricantes de tecnologia de medição portátil e estacioná-ria a nível mundial. A empresa de elevada tecnologia dispõe de soluções de medição para, entre outras, tecnologia de clima e ambiente, aplicações industriais, medição de emissões, monitorização da qualidade alimentar e de edifícios. A empresa investiu aproximadamente 15% do volume de negó-cios em investigação, fazendo um compro-misso acima da média em tecnologia orien-tada para o futuro. >

Page 33: Renováveis Magazine 8

31

notíciasPU

B.

Siemens coloca novo World Trade Center na vanguarda da eficiência energéticaSiemens, S.A.

Tel.: +351 214 178 000 . Fax: +351 214 178 044

www.siemens.pt

A Siemens está a dotar os novos edifícios do complexo do World Trade Center de Nova Iorque e o memorial às vítimas dos atentados do 11 de Setembro (o Memorial Fountains) com a sua mais recente tecno-logia ao nível da eficiência energética. As soluções da Siemens permitirão controlar algumas das partes do mais alto arranha-céus de Manhattan e dos Estados Unidos – o World Trade Center 1, com 541 metros de altura –, as duas fontes que compõem o memorial e a ventilação de emergência do terminal de transportes, que irá funcionar sob o complexo. Os sistemas e equipa-mentos para a gestão energética, controlo e segurança dos edifícios do World Trade

Center foram implementados pela Siemens, tal como os dispositivos de comunicação de duas vias que fazem parte da futura rede eléctrica inteligente, proposta para o sector de energia dos Estados Unidos. A torre de transmissão, construída no ponto mais alto do complexo, é outra das estruturas que integra tecnologia de ponta da Siemens, assim como as duas fontes que compõem o Memorial às vítimas, erguidas onde antes estavam as torres Norte e Sul. Composto por dois tanques, de cujos muros escorrem

cascatas de água de 9 metros de altura para um piso subterrâneo, este monumento foi equipado com bombas de água que fazem parte do portfólio da empresa.A Siemens também instalou no novo World Trade Center geradores de emergência, porque as falhas de energia fazem parte do quotidiano desta metrópole onde vivem e trabalham milhões de pessoas, e uma rede eléctrica concebida para continuar a funcio-nar mesmo em situações de emergência. Este nível de envolvimento só é possível porque os engenheiros de infra-estruturas da divisão Building Technology da Siemens têm trabalhado durante os últimos oito anos com a equipa de design e projecto do World Trade Center para garantir que, quando o complexo estiver a funcionar em pleno, o mesmo esteja à frente do seu tempo e se torne num marco na área das tecnologias energéticas nos Estados Unidos. Este é um trabalho que enche os colaboradores da Sie-mens de orgulho. >

Page 34: Renováveis Magazine 8

32

notícias

David Claudino é o novo Country President da Schneider Electric PortugalSchneider Electric Portugal

Tel.: +351 217 507 100 . Fax: +351 217 507 101

[email protected]

www.schneiderelectric.com/pt

A Schneider Electric Portugal nomeou Da-vid Claudino como novo Country President para Portugal. Transita assim da Schneider Electric Brasil, onde exercia o cargo de Vice President Industry Business. A entrada de David Claudino na Schneider Electric Por-tugal reforça a importância que o mercado português assume para a estratégia interna-cional da empresa, continuando a dinamizar e fortalecer, ainda mais, o compromisso da empresa para com os seus clientes e parcei-ros. David Claudino pretende intensificar o trabalho que está a ser implementado em Portugal e assume “o compromisso de apro-ximar ainda mais o mercado português ao in-ternacional, contribuindo, desta forma, para o reforço da posição da Schneider Electric como especialista em gestão de energia no país.” Licenciado em Engenharia pela Universida-de Mackenzie de São Paulo e com um MBA pela Universidade Católica de Lisboa, o seu percurso profissional e formação tem sido exercido entre o Brasil e Portugal.Ao longo da sua carreira profissional este-ve sempre ligado ao sector electrotécnico e assumiu funções de gestão, marketing e vendas em várias empresas de renome como a Siemens do Brasil e ABB em Portu-gal e no Brasil, entrando para a Schneider Electric Portugal em 1995. Com 45 anos, David Claudino já conta com 16 anos na Schneider Electric, tendo já efectuado um percurso variado. O IT Business foi a porta de entrada a que se seguiram experiências nas áreas da Distribuição Eléctrica e Auto-

mação (industrial e de edifícios), pratica-mente todas as áreas de negócio da em-presa. Transferido para a Schneider Electric Brasil em Setembro de 2008, até ao final do mês de Agosto, esteve a exercer a função de VP Industry Business totalizando, desta forma, 3 anos de permanência nesse país. David Claudino afirma que “voltar à Schnei-der Electric Portugal dá-me a oportunidade de desenvolver as competências adquiridas ao longo da minha experiência profissional. O objectivo é dinamizar e desenvolver a es-tratégia de negócio delineada e criar novas oportunidades para que a empresa continue a crescer ainda mais no mercado português.” Desde o início de Setembro, David Claudi-no assumiu todas as funções anteriormente geridas por Luís Valente e começou a pre-sidir a Schneider Electric Portugal, num país e realidade que lhe são próximas.

Formação em Polysun, software para sistemas solares térmicos CRITICAL KINETICS ACADEMY

Tel.: +351 210 438 676 . Tlm: +351 918 451 347

[email protected]

www.critical-kinetics.com

A CRITICAL KINETICS ACADEMY, em parceria com marcas conceituadas do sector das energias renováveis, organizou um Cur-so de Formação em Polysun, um software para simulação de sistemas solares térmicos. A 1.ª edição está agendada para o dia 17 de Dezembro, das 9 às 13 horas e das 14.30 às 18.30 horas, e a 2.ª edição decorrerá no dia 14 de Janeiro de 2012, ambas no MADAN – Parque de Ciência e Tecnologia localizado no Monte da Caparica.

Nesta formação haverá uma componente teórica e uma resolução de casos práticos em sala de aula, ambos garantidos por uma equipa formativa especializada. Cada for-mando terá ao seu dispôr um portátil que terá a versão completa do Polysun Designer. As inscrições estão limitadas a 18 formandos por cada edição.

Siemens pioneira na certificaçãode soluções para redes inteligentesSiemens, S.A.

Tel.: +351 214 178 000 . Fax: +351 214 178 044

www.siemens.pt

A Siemens reforçou a sua posição no merca-do das soluções de redes inteligentes (Smart Grids) ao garantir o cumprimento de todos os requisitos especificados pelas normas internacionais CEI 61968 e CEI 61850 para a grande maioria dos equipamentos. Com mais de 170.000 equipamentos a funcionar em conformidade com os mais altos padrões de fiabilidade, a empresa teve um papel pio-neiro na implementação das normas a nível mundial. Recentemente realizaram-se com sucesso os testes de interoperabilidade pela UCA (Utilities Communications Architecture) nas instalações da empresa francesa de ele-tricidade EDF, em Paris. Este reconhecimento internacional surgiu em simultâneo com o patrocínio da Siemens em Portugal do evento Annual Smart Gri-ds – Smart Cities Conference, que decorreu nos dias 13 e 14 de Setembro, em Lisboa. Com notabilidade no desenvolvimento de energia eficiente e sustentável e fornecedo-ra de soluções integradas em toda a cadeia de conversão de energia – da geração à dis-tribuição e consumo com menos perdas de energia e menores emissões de CO

2 –, >

Page 35: Renováveis Magazine 8

33

notícias

a Siemens pretende debater as redes inteli-gentes e a eficiência energética das cidades. Entre os oradores estavam Yannick Julliard, Business Development Director da Sie-mens – Smart Grid Applications, com uma apresentação sobre o projecto Low Carbon London, para além de CEO’s e membros da direcção de empresas energéticas, regulado-res e especialistas internacionais. O evento foi uma oportunidade para conhecer de per-to as melhores experiências internacionais e a evolução futura de um novo paradigma re-lacionado com a energia

Módulos solares Bosch cumprem normas exigentes de fiabilidade e segurança Robert Bosch Unipessoal, Lda.

Bosch Solar Energy

Tel.: +351 218 500 132 . Fax: +351 218 500 173

www.bosch-solarenergy.com.pt

A Bosch Solar Energy AG recebeu seis dis-tinções no Prémio Plus X, uma competição a nível mundial para produtos inovadores dos sectores da tecnologia, desporto e lifestyle. Os módulos solares cristalinos Bosch c-Si M 60 EU 30117 e c-Si M 60 S EU 30117 con-quistaram os membros do júri nas categorias “Qualidade”, “Design” e “Ecologia”. “Estamos muito orgulhosos com estas distinções. Apesar de ter sido a primeira vez que concorremos a este prémio, dois dos nossos produtos foram premiados em três categorias”, segundo Peter Schneidewind, administrador com respon-sabilidade pelas vendas. “Congratulamo-nos especialmente com o prémio da categoria ‘Qualidade’ porque sublinha o nosso esforço de proporcionar ao cliente sempre a mais alta qua-lidade. O conceituado júri premiou esse esforço.”A TÜV Rheinland e o Photovoltaik-Institut Berlin confirmam também a excepcional qualidade dos produtos com a emissão de mais certificados para o módulo solar c-Si M 60 EU 30117. A passagem dos ensaios de resistência à corrosão por amoníaco da TÜV Rheinland certifica que os módulos podem ser instalados sem problemas em edifícios utilizados para fins agrícolas. Se uma insta-lação solar for montada próximo de siste-mas de ventilação ou integrada no telhado, corre-se o risco de os vapores de amoníaco

libertados fazerem com que a película que reveste a parte de trás dos módulos se des-prenda ou de a infiltração de água provocar curtos-circuitos. Este risco não existe nos módulos da Bosch Solar Energy, conforme atestam os resultados de um ensaio com a duração de 20 dias e a subsequente certifica-ção da TÜV Rheinland. Além disso, os módu-los solares da Bosch Solar Energy resistem ao vento e a condições climatéricas agrestes. O Photovoltaik-Institut Berlin submeteu os nos-sos módulos M60 e P60 a um ensaio e confir-mou a sua resistência a uma pressão de vento de 5400 Pa, de acordo com a norma IEC 61 215 Edição 2. Esta pressão distribuída por um módulo cristalino, representa uma carga de cerca de 900 Kg. Os módulos solares cris-talinos Bosch de última geração contêm 60 células monocristalinas Bosch de elevado ren-dimento, com uma potência média unitária de 4,36 Watts. Novos materiais e uma nova im-plantação ajudam as células, e também os mó-dulos a alcançarem melhores desempenhos e uma maior eficácia. Além de rendimentos mais elevados, estes módulos solares propor-cionam um sistema de ligação fiável graças a um conetor MC4 dotado de um sistema de encaixe “snap in” seguro, permitindo ligações de cabos em série mais rápidas e fiáveis.

Jorge Vicente nomeado Director-geral da Amb3EAmb3E – Associação Portuguesa de Gestão de

Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos

Tel.: +351 214 169 020 . Fax: +351 214 169 039

[email protected] . www.amb3e.pt

Jorge Vicente é o actual Director-geral da Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos, a entidade responsável no país

pela gestão de 75% dos Resíduos de Equi-pamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Nomeado com a missão de aumentar o número de associados, pretende continuar a expandir a actual rede de parcerias e de pontos de recolha para REEE, Pilhas e Acu-muladores (P&A). “Actualmente, a Amb3E é o garante do cumprimento por parte de Por-tugal, da actual meta de recolha de 4Kg por habitante de REEE, imposta a nível europeu. Isto só é possível graças à quota de mercado conquistada e a todo o trabalho desenvolvido nos últimos anos. Para mim, é extremamente motivador dar seguimento ao projecto de sensi-bilização da população, no sentido de aumen-tar as quantidades de REEE e P&A recolhidas”, referiu Jorge Vicente.

Mestre em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico (IST), Jorge Vi-cente trabalhou durante duas décadas em multinacionais como a Otis, Westinghouse Brakes e Kone, tendo passado por vários pa-íses da Europa e da Ásia antes de regressar a Portugal em 2002. Implementou vários pro-gramas inovadores de redução de custos, criando estratégias de negócio direcciona-das à satisfação do cliente e ao crescimento sustentável. Ingressou na área do ambiente como Administrador-delegado da ETSA, empresa do Grupo Semapa. Esta nomea-ção vem reforçar a posição de destaque da Amb3E na gestão de REEE e P&A. O novo Director-geral pretende apostar na recicla-gem, como factor preponderante na defesa do meio ambiente e como fonte geradora de emprego e de redução da importação de matérias-primas. Pretende ainda, promover projectos de Investigação & Desenvolvimen-to para a gestão de resíduos e iniciativas apelativas de comunicação que conduzam à participação activa da população em projec-tos como a Escola Electrão, Quartel Electrão ou Festival Electrão. <

Page 36: Renováveis Magazine 8

dossier mini-geração

mini-geração: quo vadis?Maria João Rodrigues, APISOLAR

mini-geração em Portugal: que perspectivas?João Crispim, REN e Rui Castro, IST

enquadramento e perspectivas da mini-produção de electricidadeTeresa Ponce de Leão, LNEG

a viabilidade técnica e económica da mini-geraçãoJoão de Jesus Ferreira, Ad Mensuram, Lda.

mini-geração

a mini-produção fotovoltaicaHélder Correia e Rui Azevedo, Smartwatt

“mini-produção” de electricidade – novo regime jurídicoGonçalo Pinheiro Torres e Mariana Lemos, Pinheiro Torres, Cabral, Sousa e Sila & Associados, Sociedade de Advogados, R.L.

“terreno apto procura recurso para se renovar”João Nuno Teixeira

© L

an

ce

ch

eun

g

34

Page 37: Renováveis Magazine 8

SKF MicrologColectores/Analisadores FFT Substitua o seu antigo equipamento por um colector/analisador de dados da gama SKF Microlog, e usufrua da excelente campanha de descontos.

A SKF assegura o apoio necessário à transição para os nossos equipamentos, suportada pela mais recente e inovadora tecnologia de manutenção preditiva.

Uma vasta gama que se adequa a todas as suas necessidades:

CMXA 80 - AX •CMXA 75 - GX •CMXA 48 - Consultant•CMXA 45 - Advisor Pro •CMXA 51-IS•

Equipados com:CertficaçãoATEXZona2(exceptoCMXA51comATEXZona0)•Rapidez de processamento na recolha de dados•Mediçõescomplexas,triaxiais,entre1a4canais(recolhaemsimultâneo)•Sistemamodularflexívelparaescolhaeadiçãodeaté11módulosaplicativos•Fmáxaté80KHze25.600linhasderesoluçãoemrecolhaFFT•Estruturaresistente,concebidaparaambientesindustriais,facilmente •

transportável

Para mais informações visite www.skf.pt

Imagensfigurativasdosoftware“SKF @ptitude Analyst”

Microlog_Pagina int_AD_2011.indd 1 04-10-2011 14:34:14

SKF MicrologColectores/Analisadores FFT Substitua o seu antigo equipamento por um colector/analisador de dados da gama SKF Microlog, e usufrua da excelente campanha de descontos.

A SKF assegura o apoio necessário à transição para os nossos equipamentos, suportada pela mais recente e inovadora tecnologia de manutenção preditiva.

Uma vasta gama que se adequa a todas as suas necessidades:

CMXA 80 - AX •CMXA 75 - GX •CMXA 48 - Consultant•CMXA 45 - Advisor Pro •CMXA 51-IS•

Equipados com:CertficaçãoATEXZona2(exceptoCMXA51comATEXZona0)•Rapidez de processamento na recolha de dados•Mediçõescomplexas,triaxiais,entre1a4canais(recolhaemsimultâneo)•Sistemamodularflexívelparaescolhaeadiçãodeaté11módulosaplicativos•Fmáxaté80KHze25.600linhasderesoluçãoemrecolhaFFT•Estruturaresistente,concebidaparaambientesindustriais,facilmente •

transportável

Para mais informações visite www.skf.pt

Imagensfigurativasdosoftware“SKF @ptitude Analyst”

Microlog_Pagina int_AD_2011.indd 1 04-10-2011 14:34:14

© L

an

ce

ch

eun

g

Page 38: Renováveis Magazine 8

36

dossier mini-geração

mini-geração: quo vadis?

O que é o regime da Mini-geração?O Regime da Mini-geração é o mais recente regime de incentivo à produção de electrici-dade solar em vigor em Portugal. O Decre-to-Lei 34/2011, de 8 de Março, regula esta actividade e estende as gamas de potências elegíveis para acesso a regime bonificado de tarifa face ao Regime da Micro-geração, enquanto seguindo filosofias procedimentais semelhantes. A mini-geração consubstancia, à semelhança do Regime da Micro-geração, um mecanismo de gestão da procura, tendo igualmente associado a implementação de medidas de eficiência energética. Este regi-me orienta-se essencialmente para o merca-do empresarial (industrial e serviços), com-plementando o da micro-geração, orientado para o mercado residencial.

No Regime da Mini-geração a potência má-xima instalável é de 250 kW, sendo aplicável a contratos de consumo em baixa e média tensão. A potência máxima instalável por um potencial mini-produtor está sujeita a duas restrições: não poderá ultrapassar 50% da potência contratada na instalação de consu-mo; e a energia gerada não poderá ultrapas-sar duas vezes a energia consumida no ano anterior ao ínicio de exploração da instala-ção de produção.

A tarifa bonificada na Mini-geração estrutura-se em 3 escalões distintos. No Escalão I, cor-

respondente a instalações de produção até 20 kW, a tarifa é fixa. No Escalão II, referente a instalações de produção até 100 kW, e no Escalão III, referente a instalações de produ-ção até 250 kW, os produtores estão sujeitos a leilão de tarifa, embora independente entre Escalões (ou seja, a competição entre instala-ções está restrita a cada Escalão). No ano de 2011, a tarifa fixa do Escalão I, e a base de lici-tação dos Escalões II e III é de 25 cEUR/kWh, aplicável durante 15 anos, sem actualização de inflacção. A tarifa é revista em baixa anu-almente, em 7%, para novos licenciamentos.

A diferenciação entre Escalões ocorre igual-mente ao nível de exigência em termos de implementação de medidas de eficiência energética: no Escalão I, é obrigatória a im-plementação de todas as medidas com pe-ríodo de retorno simples de 2 anos; no Es-calão II de 3 anos; e no Escalão III de 4 anos.

No Regime da Mini-geração é possível re-correr a modelos de investimento por ter-ceiros, partilhados ou não, de acordo com uma filosofia de investimento por Empresas de Serviços Energéticos (ESE).

O objectivo inscrito na Estratégia Nacio-nal para a Energia (ENE 2020), aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros 29/2010 de 15 de Abril, para a realização de instalações de mini-geração até 2020, é

Maria João RodriguesPresidente da APISOLAR para a Energia Solar Fotovoltaica

[email protected]

de 500 MW, resultando numa quota anual de 50 MW. Não obstante, para o ano de 2011 a quota foi estabelecida em 45 MW, distribuída pelos três Escalões de modo não uniforme (vide “Implementação”).

Como se processam os leilões de tarifa?Um candidato a mini-produtor nos Escalões II e III deve aceder ao portal Renováveis na Hora e proceder à inscrição da sua instala-ção. Nesse momento indica qual o desconto de tarifa que oferece à base de licitação em vigor. Em cada Escalão, separadamente, as inscrições são seriadas por ordem decres-cente de desconto. No último dia útil de cada mês é realizada a atribuição de licenças. As licenças são atribuidas de acordo com a seriação de desconto de tarifa até à potência máxima disponível por mês, quota esta que é estabelecida no início de cada ano fiscal pela Direcção-Geral de Energia e Geologia. As instalações às quais é atribuída licença be-neficiam da tarifa resultante do mais baixo desconto de tarifa oferecido numa deter-minada sessão (última instalação da lista de inscrições à qual é atribuída a licença).

ImplementaçãoForam realizadas, até 30 de Setembro de 2011, três sessões de atribuição de licenças

Page 39: Renováveis Magazine 8

de mini-geração. Na Figura 1 apresenta-se a distribuição pro-gramada de potência por mês e por Escalão para o ano de 2011.

Figura 1 Distribuição da quota de mini-geração em 2011 por escalão e

sessão de atribuição.

Nas Figuras 2, 3 e 4 apresenta-se a potência atribuída, por Esca-lão, nas três sessões realizadas. Note-se que a quota de potên-cia não atribuída numa determinada sessão e o Escalão transita para a sessão do mês seguinte, no mesmo Escalão.

A procura de licenças fica muito aquém da oferta, tendo sido atribuída apenas 44% da potência disponível.

As instalações do Escalão I deverão ser realizadas no prazo máxi-mo de 6 meses, bem como as instalações dos Escalões II e III liga-das em baixa tensão. As instalações que forem ligadas em média tensão beneficiam de um prazo de instalação de 8 meses. Con-vém ainda referir que no Escalão I a tarifa bonificada aplicável é a vigente à data de emissão do certificado de exploração (ou seja, após a realização de inspecção com sucesso). As instalações dos Escalões II e III beneficiam da tarifa obtida no leilão, independen-temente do ano em que é obtido o certificado de exploração.

PerspectivasOs resultados dos leilões já efectuados em 2011 demonstraram existir uma maior oferta de licenças do que procura, não se ten-do atingido os valores de quota mensal, nem em nenhuma das sessões efectuadas, nem em nenhum dos Escalões. A procura modesta justifica-se pelos modestos desempenhos económico-financeiros dos projectos, pouco atractivos num contexto de difícil acesso a crédito, combinado com uma oferta atractiva de produtos alternativos de investimento pelas instituições financei-ras; bem como pela incerteza percepcionada pelos potenciais investidores resultante do contexto do Memorando de Enten-dimento subscrito pelo Estado português com o FMI, CE e BCE.

Nos Escalões II e III o excesso de oferta resulta em descontos mí-nimos à tarifa, tendo-se verificado sistematicamente o fecho dos leilões com a tarifa de 24.99 cEUR/kWh. A excepção ocorreu na primeira sessão realizada, face ao desconhecimento dos agentes económicos da relação entre a oferta e a procura. Consequen-temente, é expectável que seja esta a tarifa aplicável às restantes licenças a atribuir no ano de 2011 às instalações do Escalão II e

SessõesTotal MW

Escalão

I II III

Junho 8 2,25 2,9 2,85

Julho 9,25 2,25 3,5 3,5

Setembro 9,25 2,25 3,5 3,5

Outubro 9,25 2,25 3,5 3,5

Novembro 9,25 2,25 3,5 3,5

TOTAL 45 11,25 16,9 16,85

PUB

.

Page 40: Renováveis Magazine 8

38

dossier mini-geração

III. Adicionalmente, e tendo em consideração que os agentes económicos deverão querer assegurar a tarifa máxima vigente no ano de 2011, será expectável que a potência já atri-buída no Escalão I, totalizando 2.38 MW, seja ligada ainda durante o presente ano.

As perspectivas para o ano de 2012 são algo incertas. Por um lado, o Governo alterou o disposto no DL34/2011, como resultado das medidas a aplicar no âmbito do Memorando de Entendimento subscrito com o FMI, CE e BCE, dobrando a redução anual de tarida para novas instalações de 7% para 14%. As-sim sendo, a tarifa aplicável para instalações licenciadas em 2012 é de 21.500 Eur/kWh. A atractividade do regime da mini-geração para os agentes económicos ficará ainda mais débil, embora, por outro lado, exista a expectativa de redução do custo chave-na-mão, essencialmente pela redução prevista do preço dos painéis fotovoltaicos. Não é, no entanto, que a redução do custo instala-do compense a redução da tarifa bonificada para o mesmo nível de desempenho econó-mico-financeiro.

Em termos de modelos de negócio, é apa-rente o recurso ao investimento por ter-ceiros, com e sem partilha de investimento. O papel das ESE assume assim importância redobrada, embora estas experienciem um contexto de risco moderado a elevado no investimento, decorrente da incerteza de es-tabilidade das instalações de consumo onde o investimento é realizado. O regime da mini-geração carece adicio-nalmente ainda de clarificação de alguns as-pectos técnicos, como sejam a definição de potência contratada num contexto de mer-cado liberalizado de energia e as regras téc-nicas aplicáveis à interligação de instalações de produção em média tensão.

Concluindo, existe um risco de insucesso do Regime da Mini-geração num futuro próximo, decorrente da actual conjectura económica em Portugal. Este risco, combinado com a re-dução de tarifas e metas no Regime da Micro--geração, coloca o sector solar nacional numa situação de instabilidade, pondo em causa o seu continuado desenvolvimento, bem como a sua contribuição para o desenvolvimento económico e social nacional.

Figura 2 Resultados das sessões de atribuição de licenças do escalão I de mini-geração (Setembro 2011).

Figura 3 Resultados das sessões de atribuição de licenças do escalão II de mini-geração (Setembro 2011).

Figura 4 Resultados das sessões de atribuição de licenças do escalão III de mini-geração (Setembro 2011).

MINI-GERAçãO: quO vADIS?

Page 41: Renováveis Magazine 8

39

dossier mini-geração

Switches GigabitAlto rendimento para comunicações industriais

A maior disponibilidade da rede é

proporcionada pela redundância da

tipologia em anel, com um tempo

de recuperação inferior a 20 ms.

Tolerância a falhas

Duas portas Gigabit mais 16 portas fast

ethernet para cobre e fibra. Portas uplink

Gigabit. De acordo com todos os protocolos

exemplo: ethernet/IP, ModBus/TCP

Opção de várias ligações

As homologações internacionais

ATEX, UL, Class I, Div. 2, DNV y GL

permitem o seu uso em todo o mundo.

Internacional

www.weidmuller.pt

Page 42: Renováveis Magazine 8

40

dossier mini-geração

mini-geração em Portugal: que perspectivas?

A 15 de Abril de 2010, uma resolução do Conselho de Ministros estabelece que Por-tugal deve assegurar uma posição “entre os 5 líderes europeus ao nível dos objectivos em matéria de energia renovável em 2020”, afir-mando “Portugal na liderança global na filei-ra industrial das energias renováveis, de forte capacidade exportadora”. Nesse sentido, e em sequência do trabalho desenvolvido pelo anterior governo, foi desenvolvida uma “Estratégia Nacional para a Energia”, com o horizonte de 2020 (ENE 2020).

Os pilares para a estratégia definida, sucinta-mente descritos, foram:• Reduzir a dependência energética do país

para 74% até 2020;• Garantir que a produção de 31% do con-

sumo de energia final tenha origem em fontes renováveis;

• Aumentar a eficiência energética;• Criar riqueza através do desenvolvi-

mento de um cluster industrial ligado à pro-dução de energia, assegurando a produção de conhecimento, emprego e alteração da balança exportadora;

• Criar condições para o cumprimento de metas de redução de emissões estabe-lecidas.

O grande enfoque colocado nas energias renováveis provém, desde logo, do facto de não serem conhecidas reservas de combus-tíveis fósseis na área territorial de Portugal, bem como deste ser um país com um poten-cial muito significativo nesta área. Aliadas às questões de recursos, surgem naturalmente questões sobre a necessidade de diversificar o mix energético, garantindo um maior nível de segurança de abastecimento.

João Crispim, RENRui Castro, IST

[email protected], [email protected]

Dentro da exploração de fontes de ener-gia renováveis, reconhece-se que a base de produção assenta fundamentalmente na produção eólica e hídrica, pelo que se veri-ficou a necessidade de apostar também na produção descentralizada de pequena po-tência, como forma de combater potenciais dificuldades de gestão de rede de transpor-te e adiar o respectivo aumento de capa-cidade, potenciando ganhos de eficiência por produção localizada face ao consumo, bem como forma de incentivar à eficiência energética. Como factor não desprezável, refere-se o vector de crescimento de capa-cidade de geração de conhecimento expor-tável, procurando que a aposta que viesse a ser efectuada em outras fontes de energia renovável fosse potenciadora de criação de clusters em volta de laboratórios de investi-gação e desenvolvimento.

A 8 de Março do presente ano surgiu um novo Decreto-Lei (DL), essencialmente com a finalidade de criar e regular um regime bonificado de venda de energia obtida com base em fontes de energia renovável – a mini-geração. Este regime diferencia-se fundamentalmente do criado ao abrigo do DL n.º 363/2007, para a micro-geração, pela sua permissão de ligação de potências superiores. Este artigo visa clarificar o regime agora criado e o respectivo enquadramento na política energética nacional, tecendo ainda algumas considerações sobre a respectiva aplicabilidade em face do actual panorama económico do país.

Page 43: Renováveis Magazine 8

41

dossier mini-geração

Atendendo à capacidade sustentada de atracção de investimentos nas áreas hídrica e eólica de grande dimensão, demonstrada pela evolução de potência instalada em anos recentes (ver Figura 1), foi verificada a neces-sidade de ampliação dos regimes regulados de pequena produção, abrindo o mercado da mesma a empresas, organismos ou esco-las que possam ver nesta oportunidade uma forma de investimento sustentável. Foi assim criada a noção de mini-produção, abrangen-do a produção com base numa (e apenas numa) fonte de energia renovável, permitin-do a instalação de potências superiores às verificadas para a micro-produção, embora garantindo o acesso a um tarifário bonifi-cado e a possibilidade de venda de toda a energia eléctrica produzida desta forma (ver caixa de explicação do DL n.º 34/2011, de 8 de Março).

A regulação encontrada para esta forma de produção alinha-se com a estratégia na-cional, garantindo a possibilidade de cresci-mento da contribuição de produtores par-ticulares ou institucionais, incentivando-a e garantindo que a mesma ocorre em simul-tâneo com a verificação de outro dos pilares – a eficiência energética. Estabelecendo que é apenas elegível para adesão deste tipo de regime o consumidor que se tenha submeti-do a uma auditoria de eficiência energética e que tenha implementado as recomendações

Esta antevisão da limitação de tarifas apli-cáveis à produção em regime especial apresenta-se como condição imprescindível no momento de avaliação da segurança de investimento. Adicionalmente, com a dimi-nuição da confiança de Portugal no estran-geiro relativamente às respectivas institui-ções bancárias, encontram-se hoje fortes limitações no recurso ao crédito, sendo este suporte muitas vezes imprescindível para o desenvolvimento de iniciativas como a da mini-produção.

Por outro lado, deve ser referida a preocu-pação global actual com fontes energéticas não renováveis, a dependência do consu-midor face às mesmas, bem como a difícil gestão ambiental de acidentes. O recente desastre nuclear em Fukushima despertou um renovado interesse na área da produ-ção energética com base em fontes renová-veis, motivando novos estudos sobre se as tarifas da produção ordinária de energia, de base não renovável, deveriam incluir alguma componente de risco ou poluição. Efectiva-mente, quaisquer alterações neste sentido conduziriam a uma redução na discrepância do tarifário da produção em regime espe-cial face à produção em regime ordinário, levando a condições mais favoráveis do ponto de vista do investidor, abrindo novo fôlego à estratégia nacional para a energia delineada.

Figura 1 Evolução da potência instalada em Portugal (Fonte: website REN). Nota: PRO – Produção em Regime Ordinário; PRE – Produção em Regime Especial.

da mesma, é garantida a consciencialização da poupança energética e a diminuição da necessidade de importação de recursos energéticos.

Atendendo à juventude do DL, os respectivos efeitos são ainda de difícil avaliação, sendo, no entanto, possível abordar algumas das ques-tões que poderão ajudar ou minar o esforço desenvolvido em torno do mesmo. Neste contexto, é praticável listar algumas conside-rações sobre a conjuntura actual, bem como alguns factores que poderão vir a ditar a pos-sibilidade de sucesso da mini-geração.

Em Maio do presente ano, a perspectiva na-cional mudou, tendo sido verificada a neces-sidade de estabelecer um entendimento com instituições financeiras internacionais. Embora muito sucintamente, o memoran-dum refere a necessidade de “assegurar que a redução da dependência energética e a promo-ção das energias renováveis seja feita de forma a limitar os sobrecustos associados à produção de electricidade nos regimes ordinários e espe-cial (cogeração e renováveis)”. Atendendo à existência do conhecido défice do tarifário energético e respectivo contributo supor-tado pela forma de cálculo actual de remu-neração da produção em regime ordinário e em regime especial, estas considerações poderão vir a ter um impacto em contratos futuros estabelecidos com promotores.

Page 44: Renováveis Magazine 8

42

dossier mini-geração

Portugal encontra-se actualmente, tal como o resto da Europa, numa situação de insta-bilidade económica, na qual a tomada de medidas cujos efeitos se pretendem sentir a médio ou longo prazo são comprometi-das. A incerteza relativamente à evolução da

MiNi-GERAçãO EM PORtuGAL: QuE PERsPECtivAs?

A mini-geração, como actividade de produção de energia eléctrica de base renovável juridicamente enquadrada, é uma actividade re-cente, sendo regulada pelo DL n.º 34/2011, de 8 de Março.

– Enquadramento geralEm termos normativos, a mini-geração é definida como a actividade de produção descentralizada de energia eléctrica, em pequena es-cala, recorrendo a recursos renováveis e entregando à rede pública, contra remuneração, toda a electricidade produzida. É condição ne-cessária ao exercício da actividade que exista um consumo efectivo de energia eléctrica no local da instalação.uma unidade de mini-geração é entendida como uma instalação de produção de energia eléctrica, baseada numa, e numa só, tecnologia de base renovável, e cuja potência máxima de ligação à rede é de 250 kW. Isto significa que estão fora deste regime, as unidades de micro-geração (regulada pelo DL n.º 363/2007, posteriormente alterado pelo DL n.º 118-A/2010), de cogeração, e os projectos de inovação e demonstração de conceito.

– Condições de acessoPode exercer esta actividade, o titular, ou entidade autorizada por este, de um contrato de fornecimento de electricidade com um co-mercializador que instale a unidade de mini-geração no mesmo local servido por esta. Cumulativamente, em termos técnicos, foram de-finidas algumas restrições, designadamente: (i) a potência de ligação da unidade de mini-geração não pode ser superior a 50% da potência contratada na instalação de consumo; (ii) a energia consumida na instalação de utilização tem de ser, pelo menos, 50% da energia pro-duzida pela unidade de mini-geração. É de referir que o acesso a esta actividade depende de um registo e a entrada em exploração da unidade registada e a sua ligação à rede carecem de certificado de exploração.

– Regime remuneratórioO produtor tem acesso a dois regimes remuneratórios: o regime geral, aplicável a todos os que tenham acedido à actividade de mini--geração e não se enquadrem no regime bonificado, e o regime bo-nificado.

– Regime geralNo regime geral, a electricidade produzida é remunerada segundo as condições de mercado, nos termos vigentes para a produção em re-gime ordinário, não existindo, por isso, qualquer tarifa de referência administrativamente fixada. Neste regime remuneratório, a potência

mínima de ligação deve situar-se acima da prevista para a actividade de micro-geração, ou seja, deve ser superior a 5,75 kW, ou, no caso de condomínios, superior a 11,04 kW.

– Regime bonificadoO acesso ao regime bonificado depende da prévia comprovação da realização de auditoria energética e implementação das medidas de eficiência energética identificadas nessa auditoria. O limite míni-mo da potência de ligação é de 3,68 kW, ou, no caso de condomí-nios, de 11,04 kW, isto é, acima dos previstos para a actividade de micro-geração.Para potências de ligação até 20 kW, a remuneração é feita com base numa tarifa de referência. Esta tarifa foi fixada administrativamente, para o corrente ano de 2011, em 250 €/MWh, sendo o seu valor sucessivamente reduzido anualmente em 7%. Nesta gama de potên-cias de ligação, os pedidos de atribuição são ordenados por ordem de chegada.Para potências de ligação superiores a 20 kW, e inferiores ao máximo legal de 250 kW, a selecção dos registos e fixação da tarifa bonificada aplicável depende de mecanismos concorrenciais, isto é, tendo por base a tarifa de referência, são seleccionadas as entidades que ofere-cerem o melhor desconto à tarifa, sendo que os diversos pedidos de registo recebidos são ordenados em função desse desconto. Qualquer que seja a potência de ligação, a tarifa a aplicar varia consoante o tipo de energia primária utilizada, sendo determinada mediante a aplicação das seguintes percentagens à tarifa de refe-rência: solar–100%; eólica–80%; hídrica–50%; biogás–60%; biomas-sa–60%; pilhas de combustível com base em hidrogénio proveniente de mini-geração renovável–percentagem aplicável ao tipo de energia renovável utilizado para a produção do hidrogénio. A eletricidade vendida é limitada a 2,6 MWh/ano, nos casos das tec-nologias solares e eólicas, e a 5 MWh/ano, nos restantes casos, por cada quilowatt de potência de ligação. A tarifa bonificada aplicável vigora durante um período de 15 anos.A potência de ligação que, em cada ano civil, pode ser objecto de atribuição para mini-geração, no âmbito do regime bonificado, não pode ser superior à quota anual de 50 MW. Por outro lado, a quota de potência de ligação referente a instalações com potência inferior a 20 kW não pode ser superior a 25% da quota anual.É importante referir que o Governo pode proceder à actualização do valor da tarifa de referência ou da percentagem de regressão e a ajustamentos às percentagens, limites e quotas definidos ante-riormente, tendo em vista assegurar a boa adequação da actividade de mini-geração aos objectivos da política energética.

conjuntura trava investimentos, tanto ao ní-vel do país como localmente, condicionando estratégias previamente delineadas.

É nesta atmosfera algo indefinida que a mini--geração se apresenta ao mercado, procuran-

do encontrar no seu potencial de geração de emprego e de fomento da eficiência energé-tica, bem como de se apresentar como uma área de futuro, mitigar as reservas do investi-dor. É um momento arriscado, mas, ao mesmo tempo, de grande potencial.

Mini-gERação – DEcrEto-LEi n.º 34/2011

Page 45: Renováveis Magazine 8
Page 46: Renováveis Magazine 8

44

dossier mini-geração

enquadramento e perspectivas da mini-produção de electricidade

1. IntroduçãoA micro-geração consiste na produção de energia eléctrica de forma dispersa ou dis-tribuída, por oposição à centralizada, em pequena escala a partir de fontes variadas de energia primária e de diferentes tecno-logias de transformação. A micro-geração pode ou não estar ligada à rede eléctrica de distribuição. O acentuado crescimento do número de fontes de produção dispersa ou descentralizada em pequena escala ligadas à rede de distribuição traduz-se num factor de introdução de incertezas nas injecções na rede.

Os produtores independentes são entidades autónomas e independentes que produzem energia eléctrica de forma não controlável pela entidade distribuidora. Os que depen-dem de energias renováveis produzem em função das condições naturais. Estas condi-ções implicam a necessidade de modelizar, de forma a permitir a sua consideração em estudos de planeamento, a potência disponí-vel por parte destes produtores.

2. Enquadramento NacionalA produção distribuída ou dispersa como era designada nos anos noventa é a micro e mini-geração da actualidade que foi impul-sionada por um lado pela queda de custos por unidade de potência – resultado da evo-lução tecnológica. Por outro lado, com vis-ta a mitigar a dependência da energia fóssil importada do País e para reduzir as emis-sões de gases com efeito de estufa, dados os compromissos nacionais face ao Protocolo de Quioto. Para acelerar o investimento em energias renováveis endógenas foram cria-dos incentivos tarifários bastante apelativos ao investimento nesta forma de produção.

A produção a partir de energias renováveis nos anos 2000 teve o seu grande sucesso na produção em larga escala em particular na grande eólica em que se perspectivou fo-mentar investimentos que viessem esgotar o potencial eólico sustentável – potencial cal-culado a partir das disponibilidades nacionais do recurso cruzadas com as restrições terri-toriais, ambientais e técnicas (rede). No en-

Teresa Ponce de LeãoLNEG

[email protected]

tanto já em finais de 2001 o Programa E4 – Eficiência Energética e Energia Endógena [2], previa a promoção da micro-geração eólica e fotovoltaica a partir de fontes de energia renováveis, em particular na sua integração em edifícios, e iniciava a revisão de legislação anterior [3] no sentido de permitir e regular essas aplicações.

Em Portugal o grande momento da prolifera-ção dos pequenos sistemas surgiu no lanaça-mento da mediada “Renováveis na Hora” [4]. O Decreto-Lei 363/2007, de 2 de Novem-bro de 2007, avançou com um regime sim-plificado de micro-produção (até 3,68 kW), acessível a particulares, que entrou em vi-gor em 2 de Fevereiro de 2008 com um enorme sucesso. As regras eram bastante claras, a tarifa era interessante e a interacção com a Direcção Geral de Energia e Geolo-gia (DGEG) estava facilitada através de uma plataforma electrónica. O período de re-torno do investimento esperado situava-se tipicamente entre 5 e 6 anos, enquanto o horizonte de funcionamento estava na zona

© K

Ost

yA K

islE

yKO

Page 47: Renováveis Magazine 8

45

dossier mini-geração

dos 15 a 20 anos. Esta oportunidade dinami-zou o mercado de oferta de equipamentos e serviços, e esgotou rapidamente a capacida-de alocada pelo Governo. É de realçar que no que toca à energia solar, que tinha visto, no passado, um avanço tímido no aproveita-mento da energia solar térmica, viu um gran-de crescimento quer na micro-produção fotovoltaica que se vulgarizou na sociedade, quer no incremento acelerado na vertente térmica que passou a obrigatória em todos os edifícios novos permitindo ainda uma re-muneração interessante para a energia eléc-trica por conversão fotovoltaica.

No início de 2010 a ENE 2020 – Estratégia Na-cional para a Energia 2020 [5] reconhecia este panorama e anunciava metas mais ambiciosas para os pequenos sistemas, querendo “actua-lizar o programa de micro-geração e introduzir um programa de mini-geração destinado a po-tências até 250 kW em função das tecnologias”.

Do ponto de vista governativo a micro e mini--produção são contributos adicionais para as metas em electricidade de origem renovável. No entanto, a produção distribuída introduz vantagens para as redes eléctricas: (1) reduz a necessidade de capacidade de transporte e distribuição ao fornecer junto dos pontos de consumo parte ou todo da energia necessá-ria. Com a redução da energia veiculada nas redes (2) evita perdas eléctricas e ainda reduz ou (3) difere as necessidades de investimen-to em capacidade de transmissão adicional quando o consumo sobe. Ora, a tendência do consumo de electricidade é de subida, mesmo retirando efeitos relacionados com a evolução da economia e não obstante ganhos de eficiência energética, uma vez que há uma tendência, lenta mas persistente, no sentido da substituição de equipamento de combus-tão por equipamento eléctrico, em todos os sectores. Este é um primeiro argumento para discutir e refutar as exigências feitas aos pequenos produtores de que a potência de ligação seja no máximo metade da potência contratada com a rede pública e bem assim que a energia consumida localmente, seja pelo menos metade da produzida.

3. EuropaAs políticas de promoção dos pequenos sistemas de produção convergem com a

energia: estão previstos pela EPDB Recast já para 2018/20. Neste contexto, a micro e mini-produção passam de interessantes a absolutamente essenciais.

4. Legislação AplicávelNo contexto da ENE 2020, a Resolução do Conselho de Ministros 54/2010, de 4 de Agosto, enquadrou também a actividade de mini-produção descentralizada de energia – isto é, a oportunidade de uma empresa ou um particular poder produzir energia para ser vendida à rede sendo a potência de in-jecção na rede superior a 3,68 kW mas até ao máximo de 250 kW – de modo que este segmento adicionasse um significativo con-tributo para o cumprimento das metas esta-belecidas: simplificadamente, pode dizer-se que se a micro-produção permite alcançar basicamente os edifícios do sector residen-cial do tipo vivenda e pequenos condomí-nios, a mini-produção estende o alcance aos restantes edifícios, com destaque para os de serviços.

O Decreto-Lei 118-A/2010 veio simplificar e actualizar as regras para a micro-produção. Para a mini-produção só em 8 de Março de 2011, aquando da publicação do Decreto-Lei 34/2011 se estabeleceu o regime jurídi-co aplicável. Define-se aí a unidade de mini- -produção de electricidade como sendo uma instalação que produz electricidade a partir de recursos renováveis, com base numa só tecnologia, e que tem a garantia de entregar, de forma remunerada, a electrici-dade produzida à rede eléctrica de serviço público. Além disso foram lançados pro-gramas específicos de mini-produção para permitir que entidades como autarquias, escolas, instituições particulares de solida-riedade social, mercados abastecedores, e o sector público estatal, possam produzir energia de forma descentralizada, alcan-çando desta forma uma quota de 500 MW até 2020.

Este Decreto-Lei 34/2011 estabelece entre outros items:• as condições para ser produtor de electri-

cidade;• os direitos e os deveres dos produtores;• as competências da DGEG, entidade que

gere esta área;

estratégia europeia no sector da Eficiência Energética em edifícios. De facto a transpo-sição nacional em 2006 da Directiva Euro-peia de 2002 conhecida como EPDB (Energy Performance of Buildings Directive) introduziu um Sistema de Certificação Energética e Qualidade do Ar interior onde é tornada obrigatória a energia solar térmica para o aquecimento de águas sanitárias em edifícios novos, como referido atrás, ou profunda-mente renovados, e contabilizada a respec-tiva contribuição para o balanço energético do edifício. também se prevê que em alter-nativa possam ser instalados outros sistemas de diferente tecnologia mas que levem à mesma contribuição energética – em outras palavras, micro e mini-produção.

Esta directiva e sua transposição para os sistemas nacionais veio apresentar algumas dificuldades na sua aplicação, pois não con-tabiliza de forma clara os efeitos de EE. De facto os edifícios podem estar bem classifica-dos sem serem passivamente eficientes bas-ta terem componentes activos (produção). A reformulação da Directiva EPBD, em Maio de 2010 passado (EPBD-Recast) está a apro-fundar o alcance destas medidas. As metas internacionais apenas se conseguem alcançar se invertermos a tendência de crescimento dos consumos que representa melhores condições e uma maior economia. Por este motivo desde meados de 2010 que há uma forte aposta na Europa no incremento de soluções que promovam a eficiência ener-gética e, em particular, nos edifícios onde se consome 60% da energia sendo que 30% correspondem a electricidade. As medidas nos edifícios concentram-se no conceito ba-lanço de energia quase nulo (Net Zero Energy Buildings, NZEB), com requisitos energéticos diminutos e simultaneamente produtores de

© JON CAllAs

Page 48: Renováveis Magazine 8

46

dossier mini-geração

• que empresas podem instalar as unidades de mini-produção;

• o preço que é pago pela electricidade pro-duzida;

• as situações em que é pago um valor mais elevado (regime bonificado).

O período de pré-registo abriu a 9 de Maio de 2011. Para ser produtor de electricidade por mini-produção é necessário:• ter, no local onde vai ser instalada a uni-

dade de mini-produção, um contrato com um fornecedor de electricidade;

• consumir nesse local uma quantidade de electricidade igual ou superior a 50% da electricidade que pretende produzir;

• não injectar na rede eléctrica mais do que 50% da potência contratada para consu-mo com o fornecedor de electricidade;

• registar-se no sRMini – sistema de Regis-to de Mini-produção, gerido pela DGEG, seguindo-se a instalação dos equipamen-tos necessários à mini-produção e a sua inspecção por parte da DGEG;

• obter um certificado de exploração (o que implica o uso de inversores e conta-dores certificados);

• efectuar uma auditoria energética ao edi-fício associado ao sistema de mini-produ-ção, implementando todas as medidas de eficiência energética que tenham um re-torno de investimento curto (2 anos no Escalão I, 3 no Escalão II e 4 no Escalão III).

O valor pago pela electricidade depende do regime escolhido pelo produtor: geral ou bonificado.

No regime geral, o preço pago ao produtor pela electricidade injectada na rede depen-de das condições de mercado, não sendo fixado pelo Governo. No regime bonifica-do, partindo de uma tarifa de referência, o valor pago depende do tipo de energia primária usada, aplicando-se as seguintes percentagens: solar – 100%; eólica – 80%; biogás ou biomassa – 60%; e hídrica – 50%. Está ainda previsto o caso de pilhas de com-bustível com base em hidrogénio, em que a percentagem a aplicar é a correspondente ao tipo de energia renovável utilizado para a produção do hidrogénio em si.

Além disso a tarifa depende também do es-calão de potência de ligação à rede em que

ENQuADRAMENtO E PERsPECtivAs DA MiNi-PRODuçãO DE ElECtRiCiDADE

se insere a unidade de mini-produção. Exis-tem três escalões, como se segue:• Escalão I, unidades com potência inferior

ou igual a 20 kW. A remuneração é definida pela tarifa anual de referência (250 €/MWh para 2011). A potência é atribuída aos candidatos a mini-produtor por ordem sequencial de registo dos pedidos – à data a que se escreve estão pré-registados 131 sistemas correspondendo a 2,38 MW;

• Escalão II, unidades com potência superior a 20 kW e até 100 kW. Aqui os candidatos a mini-produtor participam num concurso do tipo leilão, sendo atribuídas licenças aos candidatos que proponham o maior des-conto à tarifa de referência, válida por 15 anos. Após este período, o mini-produtor passa automaticamente para o regime geral. Estão agora pré-registados 39 sistemas cor-respondendo a 3,08 MW e as propostas de desconto recebidas variam entre uns me-ramente simbólicos 0,1 € / MWh a 249 € / MWh, isto é, a quase totalidade da tarifa;

• Escalão III, unidades com potência supe-rior a 100 kW e até 250 kW. As regras para a remuneração são semelhantes às do Escalão II. Estão pré-registados 30 sistemas correspondendo a 6,14 MW e a gama de propostas recebidas de desconto na tarifa é também tão larga como no es-calão anterior.

são solicitações para 200 unidades, totali-zando 11,6 MW de potência.

O Decreto-Lei 34/2011 estabelece ainda que todos os anos serão fiscalizadas, pelo menos, 1% das unidades de mini-produção regista-das. Na senda da publicação do regime ju-rídico da mini-produção, foram publicados outros diplomas que concretizam certos aspectos práticos: o valor das taxas a cobrar nos pedidos de registo, de reinspecção da unidade de mini-produção e de averbamen-to de alterações ao registo da mini-produ-ção, com e sem emissão de novo certificado de exploração [6]; os elementos instrutórios do pedido de registo de mini-produção, a marcha do respectivo procedimento e os termos da aceitação e recusa de registo e atribuição da potência de ligação à rede, bem como das outras instruções necessárias neste contexto [7]; os requisitos da bolsa de registos de interesse público para a activida-de de mini-produção [8]; e a alocação, ao

longo do ano, da quota anual de potência de ligação a atribuir no âmbito do regime remuneratório bonificado, bem como a sua distribuição pelos escalões [9].

5. ConclusõesNuma sociedade com as dificuldades do presente há que fazer análises muito crite-riosos na adopção das medidas. Devemos ter sempre presente que há consequências económicas das decisões técnicas e vice-versa. todas as medidas devem ser susten-táveis, isto é, trazer benefícios sociais, am-bientais e também económicos. se por um lado é óbvio que a mini-geração traz van-tagens pois reduz custos de investimento e de exploração como referido e as soluções de transformação de energia que se discute neste artigo são ambientalmente mais fa-voráveis pois recorrem a recurso primário renovável. Não é menos verdade que mui-tas vezes se descurou a contabilização de forma clara e transparente da aplicação des-tas medidas.

A aposta na produção a partir de energia renovável, por motivos de disponibilida-de dos recursos, escalável e modularizável, facilmente adaptável às necessidades dos consumos e de produção local é a correcta mas melhoramentos e alterações ao regime jurídico e aos incentivos, de forma a que a realidade dos investimentos e seu retorno seja avaliada, monitorizada e quantificada de forma muito rigorosa.

6. Referências

[1] Forum Energia Renováveis em Portugal. Uma con-tribuição para os objectivos de política energética e ambiental. Gonçalves, H.; A. Joyce e l. silva, Eds. ADENE e INETI, Lisboa, 2002. ISBN 972-8646-05-4;

[2] E4 – Eficiência Energética e Energias Endógenas, Decreto-Lei 154/2001, de 27 de Setembro;

[3] Decreto-Lei 312/2001, de 10 de Dezembro;[4] http://www.renovaveisnahora.pt;[5] ENE 2020, Resolução do Conselho de Ministros

n.º 29/2010, de 15 de Abril;[6] Portaria nº 178/2011, de 29 de Abril;[7] Despacho – Procedimento de Acesso à Mini-

produção, do SEEI, de 21 de Abril de 2011;[8] Despacho – Bolsa de Registos de Interesse Pú-

blico, do SEEI, de 21 de Abril de 2011;[9] Despacho n.º 1/MINIP/2011, da DGEG, de 28 de

Abril.

Page 49: Renováveis Magazine 8

Manutenção preventiva com produtos inteligentes

Faz com que a manutenção seja

ainda mais fácil.

Sistema de Monitorização de

Descargas Atmosféricas

• Detecta relâmpagos

• Quantifica correntes de descarga

• Reporta esta informação através de

uma página web

Descarregador de sobretensão

PWT de tipo 1

• Circuito protectivo auto-monitorizado

• Contactos auxiliares para monitoriza-

ção de vários estados de funciona-

mento

Para mais informações,

contacte-nos pelo telefone 2 19 11 27 60

ou visite o nosso site em

www.phoenixcontact.pt

© PHOENIX CONTACT 2011

Sistema de monitorização de descargas atmosféricas

Ultrapasse as falhas do sistema

Descarregador de sobretensão POWERTRAB PWT

Page 50: Renováveis Magazine 8

48

dossier mini-geração

a viabilidade técnica e económica da mini-geração

O programa do XVIII Governo Constitu-cional estabelece que um dos objectivos para Portugal deve ser «liderar a revolução energética» através de diversas metas, en-tre as quais «afirmar Portugal na liderança global na fileira industrial das energias reno-váveis, de forte capacidade exportadora», e apostando na produção descentralizada de energia, simplificando os processos e proce-dimentos, facilitando a adesão dos cidadãos, empresas e outras entidades.

Estes objectivos idealistas e utópicos cons-tituem no mínimo, propaganda política sem reflexos positivos na economia real de Por-tugal. Antes pelo contrário. Esta política tem agravado de forma insustentável o preço da energia eléctrica, sem quaisquer benefícios futuros para o consumidor.

O Decreto-Lei n.º 34/2011 de 8 de Março vem estabelecer o regime jurídico aplicá-

vel à produção de electricidade por inter-médio de instalações de pequena potência designadas por unidades de mini-produção. Antes de fazer alguns comentários sobre a mini-produção de energia eléctrica, é im-portante deixar, aqui, a minha opinião sobre os preços da energia e sobre a política ener-gética em Portugal.

Os Preços da EnergiaOs preços da energia devem ser reais e transparentes, reflectindo todos os custos envolvidos desde a sua produção até à sua comercialização junto do consumidor final:• Custos de investimento;• Custos de produção;• Custos de transporte;• Custos de distribuição;• Custos de manutenção e exploração• Custos ambientais;• Entre outros.

João de Jesus FerreiraEngenheiro Electrotécnico (IST)

CEO da Ad Mensuram, [email protected]

Na realidade, em Portugal, os preços da ener-gia não reflectem aqueles custos reais, em alguns casos. Os preços dos combustíveis lí-quidos (refinados), por exemplo, são estabe-lecidos, normalmente, em função dos preços nos mercados internacionais (quando dá jei-to), contendo alguma dose de especulação.

Os preços da energia eléctrica incluem uma grande componente que serve para pagar os subsídios às empresas (e particulares) que exploram sistemas de produção com recur-so às energias renováveis, como são os casos da produção eólica e fotovoltaica.

De realçar que o valor da remuneração do kWh eléctrico, vendido à rede nacional, pro-duzido pelos vários sistemas não deveria ser subsidiado como o é o produzido pelas “re-nováveis”. Este deveria ser calculado tendo em consideração o real valor que a energia eléctrica tem para o sistema eléctrico nacio-

O Decreto-Lei n.º 34/2011 de 8 de Março vem estabelecer o regime jurídico aplicável à produção de electricidade por intermédio de instalações de pequena potência designadas por unidades de miniprodução. Antes de fazer alguns comentários sobre a miniprodução de energia eléctrica, é importante deixar, aqui, a minha opinião sobre os preços da energia e sobre a política energéticaem Portugal.

Page 51: Renováveis Magazine 8

49

dossier mini-geração

nal, determinado com base no critério dos custos evitados. Assim deveria ser para a toda a produção independente, eólica, foto-voltaica ou hidroeléctrica. Neste contexto o valor a pagar deveria ser, integralmente, suportado pelas empresas do sector (EDP, REN e outras) sem qualquer reflexo quer no contribuinte quer no consumidor, já que aquele valor representa o equivalente evita-do pelo sistema electroprodutor.

Mesmo num mercado liberalizado a “regu-lação” deveria ter um papel mais interven-tivo com vista a que fosse garantido que os preços da energia, em todas as suas formas comerciais, sejam reais, transparentes, con-trolados e despolitizados.

Tendo em consideração os dados recentes do Department of Energy, dos EUA , o custo total da produção do MWh eléctrico, para as várias tecnologias, pode ser observado na Figura 1. Neste contexto, e consideran-do eventualmente correcto uma política de apoio às renováveis, pode-se concluir que o valor a pagar à produção de energia foto-voltaica é da ordem dos 0,32 €/kWh para garantir a sua rentabilidade. Este valor com-parado com o custo médio das centrais clás-sicas – 0,090 €/kWh - (incluindo as hidroe-léctricas) é uma enormidade.

De realçar o muito baixo custo da energia economizada (megaWatthora), com investi-mentos em utilização racional e eficiente da energia, cerca de 25 vezes inferior ao custo da produção pela via do eólico.

Se fizermos o mesmo exercício, mas para, apenas, os custos de investimento, verifica-mos que os custos na eficiência energética são insignificantes, quando comparados com os custos associados à produção, conforme se apresenta na Figura 2.

A Política EnergéticaPoderia ter substituído este título pela Po-lítica das Renováveis, em vez de Política Energética, já que em Portugal é disso que se trata.

A política energética portuguesa, de certa forma a reboque das orientações de Bruxe-las, tem-se centrado no apoio ao desenvol-

Figura 1 Custos totais de produção do MWh eléctrico, por tecnologia.

Figura 2 Custos totais de investimento, por tecnologia.

vimento das “energias renováveis” e principalmente no apoio à produção de energia eléctrica pela via eólica, com custos demasiado elevados para a capacidade financeira de um país sem dinheiro e endividado. É de estranhar, no mínimo, que Portugal seja na Europa o campeão das renováveis. Se a opção fosse assim tão boa por que razão é que outros países, bem mais ricos e desenvolvidos, não se posicionaram como nós?

Do ponto de vista político é uma opção (que beneficia alguns)... demasiado cara mas é uma opção, que todos temos que pagar.

Do ponto de vista técnico e técnico-económico é um erro brutal, pois este não é nem será o paradigma energético do médio ou longo prazo.

Page 52: Renováveis Magazine 8

50

dossier mini-geração

Recentes projecções realizadas pela AIE (Agência Internacional de Energia) e pela ONG Gre-enpeace mostram que a contribuição das renováveis, em 2030, nunca ultrapassará os 3% na satisfação das necessidades em energia primária mundial, excluindo a hidroelectricidade.

Figura 3 Cenários e Estrutura da Procura de Energia Primária em 2030.

A grande diferença entre estes dois cenários em 2030 está na dimensão da procura de ener-gia e reflecte claramente a aposta mundial na eficiência energética, isto é, na optimização da utilização dos recursos energéticos. Nesta matéria, a nossa política energética muito pouco ou nada tem feito.

O actual Plano Nacional para a Eficiência Energética apresenta metas ridículas para o aumen-to da eficiência energética: 1% ao ano. Este objectivo é atingível sem necessidade de interven-ção política do Estado e sem a aplicação de medidas específicas, cumprindo-se apenas devido às normais substituições de equipamentos obsoletos por outros naturalmente mais eficientes. Não existe uma verdadeira Política Nacional para a Eficiência Energética!

Temos as ferramentas necessárias mas não há fiscalização nem vontade política para garantir o cumprimento, por parte dos agentes económicos, dos regulamentos e normas já existentes quer para a indústria quer para os serviços.

É comum, em alguns discursos, misturar e incluir o “pacote renováveis” no âmbito da eficiên-cia energética. Esta inclusão está errada e deturpa o conceito de utilização eficiente e racional da energia.

A única forma (do ponto de vista da energia) de reduzir a intensidade energética da nossa economia é pela via da optimização na utilização dos recursos energéticos, independente-mente da forma como eles são produzidos ou transformados.

A produção de energia eléctrica pela via das fontes renováveis não conduz a uma maior efi-ciência energética na utilização. Apenas substitui fontes de energia primária, em alguns casos

A VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÓMICA DA MINI-GERAÇÃO

com rentabilidade económica aceitável mas em muitos outros sem rentabilidade, que só é atingida com o excessivo apoio financeiro “oferecido” pelo Estado português.

Esta situação, como já foi alertado por algu-mas personalidades, está a agravar o “deficit tarifário” do nosso sistema electroprodutor, de forma alarmante e que todos nós iremos pagar pela via dos impostos e pela via da so-bre facturação emitida pela EDP.

Actualmente a contribuição das energias renováveis (principalmente eólica e fotovol-taica) no consumo total de energia primária não representam mais que 3%, em Portu-gal, excluindo as “boas renováveis” que são constituídas pelos aproveitamentos hidro-eléctricos. Estranhamente o programa de expansão do subsistema hidroeléctrico tem estado parado desde há alguns anos, sem razão convincente. Desde 1990 que o cres-cimento da capacidade hidroeléctrica insta-lada não tem sido significativo. Actualmente apenas 46% do potencial hidroenergético disponível está a ser utilizado.

O recente Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico apenas es-colheu 10 dos 30 empreendimentos possí-veis com mais de 30 MW. E destes apenas foram adjudicadas 8 empreitadas, deixando de fora 321 MW de potência a instalar em Almourol e Pinhosão.

A Mini-produção de Energia EléctricaNo regime bonificado mais favorável (solar com P<20kW) a remuneração prevista para cada kWh colocado na rede é de 0,25 €. Para potências superiores a 20 kW a remu-neração prevista é atribuída por leilão e será inferior àquele valor. Se compararmos este valor com o preço de 0,32 €/kWh (retirado da Figura 1) verificamos que a rentabilidade deste tipo de projectos é muito duvidosa. Neste contexto, podemos ter uma grande depreciação na qualidade dos produtos a co-locar no mercado (em particular nos painéis fotovoltaicos) procurando reduzir-se ao má-ximo os custos de investimentos para que a remuneração proposta (0,25 €/kWh) renta-bilize a investimento.

O arrefecimento integrado da APC evita que a sala de TI se torne obsoleta sem prejudicar o seu investimento A sua sala de servidores constitui uma barreira para a adopção de novas tecnologias?

Consolidação, virtualização, convergência de redes e servidores blade — estas novas tecnologias melhoram a eficácia, reduzem os custos e permitem uma rentabilização máxima com um investimento mínimo. No entanto, também criam desafios de alimentação eléctrica, arrefecimento e gestão de alta densidade para os quais as salas de servidores nunca foram concebidas. Está a basear-se em suposições, dependendo da criação de ar condicionado ou de soluções de improviso. Assim, de que modo pode aumentar o nível de fiabilidade e controlo na sala de servidores sem despender muito dinheiro?

Apresentação da solução completa para salas de servidores da APC by Schneider Electric

Agora, pode ter componentes de alimentação eléctrica, arrefecimento, monitorização e gestão facilmente implementados como uma solução integrada completa. Foi tudo pré-concebido para funcionamento em conjunto e de fácil integração com o equipamento já existente. Instale esta solução plug-and-play compatível com a maioria dos espaços existentes — não são necessárias configurações de arrefecimento confusas nem reengenharia mecânica dispendiosa. O design modular “pay as you grow” permite ter total confiança no facto de a sala de servidores corresponder aos constantes requisitos de mudança.

Evite que a sala de servidores se torne obsoleta de forma fácil e rentável

A APC by Schneider Electric™ simplifica a configuração das salas de servidores. As unidades de arrefecimento InRow™, os NetShelter™ de alta densidade e o sistema de contenção de ar da APC funcionam em conjunto de forma a criar um ecossistema de TI adequado para praticamente qualquer ambiente. Os sensores de monitorização ao nível do bastidor, os controlos inteligentes incorporados na unidade de arrefecimento e o software de gestão fornecem controlo remoto completo e visibilidade sem precedentes sobre todo o sistema. Adicione simplesmente protecção de alimentação eléctrica (como, por exemplo, unidades Symmetra™ ou Smart-UPS™ melhores da sua classe) e terá uma solução completa para o presente e o futuro.

Apresentação Sala de servidores “in a box”

Se tiver espaço de TI dedicado. . . Obtenha arrefecimento de alta densidade pré-validado como oferta única.

O sistema InRow SC da APC combina uma unidade de arrefecimento de precisão InRow SC (capacidade até 7 kW), um compartimento de bastidor NetShelter SX e o sistema de Contenção de ar, durante um período de tempo limitado, a um preço com desconto especial.

Se não tiver. . . Apresentação do NetShelter CX: armários de servidores portáteis, com extrema redução de ruído, concebidos para ambientes de escritório.

Estas soluções integram alimentação, arrefecimento e gestão num compartimento seguro, silencioso e arrefecido indistinguível dos restantes armários do escritório.

O arrefecimento com base em bastidor da APC extrai ar quente da parte posterior, na respectiva origem, enviando o ar condicionado para a parte da frente, pronto para ser utilizado pelos bastidores adjacentes.

Faça o download de um white paper GRÁTIS nos próximos 30 dias e habilite-se a ganhar um Lenovo® all-in-one touch screen PC!

Visite o nosso Web site em www.apc.com/promo Código de Acesso 97433tTel: +351-21-850-41-00 • Fax: +351-21-850-41-50

©2011 Schneider Electric. All Rights Reserved. Schneider Electric, APC, InRow, NetShelter, Symmetra, and Smart-UPS are trademarks owned by Schneider Electric Industries SAS or its affiliated companies. All other trademarks are property of their respective owners. Schneider Electric Portugal, Avenida Marechal Craveiro Lopes, nr 6, 1749-111 Lisboa • 998-2029_A4_PT

Renovaveis_Magazine_PT_97433t.indd 1 2011-11-07 11:05:50

Page 53: Renováveis Magazine 8

O arrefecimento integrado da APC evita que a sala de TI se torne obsoleta sem prejudicar o seu investimento A sua sala de servidores constitui uma barreira para a adopção de novas tecnologias?

Consolidação, virtualização, convergência de redes e servidores blade — estas novas tecnologias melhoram a eficácia, reduzem os custos e permitem uma rentabilização máxima com um investimento mínimo. No entanto, também criam desafios de alimentação eléctrica, arrefecimento e gestão de alta densidade para os quais as salas de servidores nunca foram concebidas. Está a basear-se em suposições, dependendo da criação de ar condicionado ou de soluções de improviso. Assim, de que modo pode aumentar o nível de fiabilidade e controlo na sala de servidores sem despender muito dinheiro?

Apresentação da solução completa para salas de servidores da APC by Schneider Electric

Agora, pode ter componentes de alimentação eléctrica, arrefecimento, monitorização e gestão facilmente implementados como uma solução integrada completa. Foi tudo pré-concebido para funcionamento em conjunto e de fácil integração com o equipamento já existente. Instale esta solução plug-and-play compatível com a maioria dos espaços existentes — não são necessárias configurações de arrefecimento confusas nem reengenharia mecânica dispendiosa. O design modular “pay as you grow” permite ter total confiança no facto de a sala de servidores corresponder aos constantes requisitos de mudança.

Evite que a sala de servidores se torne obsoleta de forma fácil e rentável

A APC by Schneider Electric™ simplifica a configuração das salas de servidores. As unidades de arrefecimento InRow™, os NetShelter™ de alta densidade e o sistema de contenção de ar da APC funcionam em conjunto de forma a criar um ecossistema de TI adequado para praticamente qualquer ambiente. Os sensores de monitorização ao nível do bastidor, os controlos inteligentes incorporados na unidade de arrefecimento e o software de gestão fornecem controlo remoto completo e visibilidade sem precedentes sobre todo o sistema. Adicione simplesmente protecção de alimentação eléctrica (como, por exemplo, unidades Symmetra™ ou Smart-UPS™ melhores da sua classe) e terá uma solução completa para o presente e o futuro.

Apresentação Sala de servidores “in a box”

Se tiver espaço de TI dedicado. . . Obtenha arrefecimento de alta densidade pré-validado como oferta única.

O sistema InRow SC da APC combina uma unidade de arrefecimento de precisão InRow SC (capacidade até 7 kW), um compartimento de bastidor NetShelter SX e o sistema de Contenção de ar, durante um período de tempo limitado, a um preço com desconto especial.

Se não tiver. . . Apresentação do NetShelter CX: armários de servidores portáteis, com extrema redução de ruído, concebidos para ambientes de escritório.

Estas soluções integram alimentação, arrefecimento e gestão num compartimento seguro, silencioso e arrefecido indistinguível dos restantes armários do escritório.

O arrefecimento com base em bastidor da APC extrai ar quente da parte posterior, na respectiva origem, enviando o ar condicionado para a parte da frente, pronto para ser utilizado pelos bastidores adjacentes.

Faça o download de um white paper GRÁTIS nos próximos 30 dias e habilite-se a ganhar um Lenovo® all-in-one touch screen PC!

Visite o nosso Web site em www.apc.com/promo Código de Acesso 97433tTel: +351-21-850-41-00 • Fax: +351-21-850-41-50

©2011 Schneider Electric. All Rights Reserved. Schneider Electric, APC, InRow, NetShelter, Symmetra, and Smart-UPS are trademarks owned by Schneider Electric Industries SAS or its affiliated companies. All other trademarks are property of their respective owners. Schneider Electric Portugal, Avenida Marechal Craveiro Lopes, nr 6, 1749-111 Lisboa • 998-2029_A4_PT

Renovaveis_Magazine_PT_97433t.indd 1 2011-11-07 11:05:50

Page 54: Renováveis Magazine 8

52

dossier mini-geração

a mini-produção fotovoltaica

I. Análise Mercado Mini-geraçãoFim de Outubro, fim do Ano, e a Mini-geração já começou? Vamos tentar responder a esta e outras questões...

O Decreto-Lei é de Março, as candidaturas e atribuição de licenças em regime FIFO (First In First Out) no escalão I (<20 kW) e em regime de Leilão nos escalões II (< 100 kW) e III (< 250 kW) iniciaram-se em Junho, continuaram em Julho e Setembro e prolongar-se-ão em Outubro e Novembro, tendo a seguinte distribuição:

* Potência atribuída no Período de Junho a Setembro.

Até ao momento estariam disponíveis 26,5 MW.

Há um/dois anos, este cenário parecia muito pouco ambicioso, conser-vador até, tendo em conta o potencial solar do País e a procura em torno destes sistemas de produção de energia, alavancado pelo suces-so da Micro-geração, pela “onda verde”, pelas rentabilidades geradas e pela facilidade de acesso a financiamento. Augurava-se um grande sucesso para este Regime.

Analisando a realidade em termos de atribuição de potência no pe-ríodo, constata-se que, face às QAD, a oferta excedeu largamente

Hélder Correia e Rui Azevedo Business Developer e Project Manager na Smartwatt

{helder.correia, rui.azevedo}@smartwatt.pt

a procura, fixando as tarifas do Leilão (escalão II e III) nos 249,9 €/MWh, tendo sido atribuídos apenas 35%, 31% e 62% do total, para os escalões I, II e III. Esta realidade merece uma reflexão por parte de todos os Players deste mercado (Estado, DGEG, Associações do sector, Empresas e até potenciais clientes), que não está a funcionar.

Após algumas reflexões concluímos que as principais razões para o insucesso (sim insucesso, porque só foram atribuídas 44% das cotas e ainda veremos quanto será efectivamente instalado) estão relacio-nadas com a credibilidade do Regime da Mini-geração face ao con-texto actual do País. Existem dúvidas quanto ao cumprimento do pagamento da tarifa atribuída durante o período contratualizado (15 anos) entre Produtor e Comercializador. E até as Instituições de Cré-dito têm relutância em financiar este tipo de investimento, também por essa razão; aliando a isto, entre outras, a contra-informação que existe sobre as (des)vantagens das Renováveis e a falta de histórico no País deste tipo de instalações, faz com que as empresas do sector e os posto de trabalhos envolvidos (cerca de 50.000) se questionem se estão ou não no mercado certo!

O histórico existente em termos de potências atribuídas, permite-nos traçar o perfil de cada escalão, na tabela seguinte.

Pode-se extrair que os escalões estão de certa forma ajustados com a realidade, havendo espaço para instalações maiores em cada um deles;

Com a aprovação do Decreto-Lei n.º 34/2011 de 8 de Março, relativo à Mini-geração, as expectativas em torno deste Regime eram bastantes altas e legítimas, o Mercado aguardava por este DL há bastante tempo, mas como estarão os Players a reagir? Tentaremos responder a essas e outras questões.

Cotas Anuais Disponíveis (QAD)

Sessões Potência MWEscalão

I II III

Junho 8 2,25 2,9 2,85

Julho 9,25 2,25 3,5 3,5

Setembro 9,25 2,25 3,5 3,5

Sub-total * 26,5 6,75 9,9 9,85

Outubro 9,25 2,25 3,5 3,5

Novembro 9,25 2,25 3,5 3,5

Total 45 11,25 16,9 16,85

Licenças Atribuídas (LA)

Sessões Potência MWEscalão

I II III

Junho 3,50 1,04 0,85 1,61

Julho 4,77 0,53 1,00 3,23

Setembro 3,30 0,79 1,23 1,29

Total 11,57 2,36 3,08 6,14

Page 55: Renováveis Magazine 8

53

dossier mini-geração

o constrangimento da área disponível nos Edifícios e Indústrias é por vezes incontornável, aliado à orientação solar.

II. Mini-geração versus Micro-geraçãoEm termos técnicos a mini-geração fotovoltaica, e a sua lei, di-ferem da micro-geração em alguns pontos importantes e que devem ser devidamente referidos. A principal diferença entre as micro-gerações e as mini-gerações prende-se com a potên-cia instalada de painéis fotovoltaicos, pois estamos a lidar com instalações de potência pico 65 a 70 vezes maiores do que uma produção numa habitação. Assim, além da maior complexidade da logística, da instalação e da manutenção de mais de 1.000 painéis por exemplo, temos de olhar para a eficiência na nossa instalação, ou seja para as perdas do sistema fotovoltaico.

As perdas num sistema fotovoltaico são devidamente conheci-das, todos os equipamentos envolvidos apresentam perdas como os inversores, no entanto estas são mais ou menos conhecidas em função da potência de painéis instalada. No entanto, um as-pecto a ter com muita atenção é o correcto dimensionamento da cablagem na instalação. Ao contrário da micro-geração, onde estamos a funcionar com potências de aproximadamente 4 kW, na mini-geração estão instalados até mais de 250 kW o que indi-ca correntes elevadas. Assim, serão necessárias secções de cabos bastante superiores às utilizadas na micro-geração, que estão cor-relacionadas directamente com o comprimento de cabo utilizado, o que implica um maior investimento.

Focando com maior realce o dimensionamento do cabo AC numa mini-geração, como referido anteriormente podemos estar a falar da necessidade de cabos com uma secção nominal que possuem preços acima de 100 €/m, o que numa instalação com uma dis-tância elevada entre a instalação e o PT incrementa bastante o preço final da instalação. Claro que, caso não sejamos criteriosos neste dimensionamento, as perdas no sistema aumentam e assim estimativas de produções anuais podem não corresponder à rea-lidade e a relação empresa-cliente pode ficar afectada, pois numa mini-geração o valor monetário em causa é substancial.

De seguida pode-se observar as perdas anuais verificadas para uma mini-geração com 100 kWp e a distância de cabos AC de 150 metros.

Os valores apresentados na Tabela foram efectuados conside-rando que a alma condutora dos cabos é em cobre e com as mesmas características para cada uma das secções nominais.

Instalação tipo

Escalão I II III

Potência 18 kW 79 kW 205 kW

Investimento 36.000 € 158.000 € 410.000 €

Receita 6.300 € 27.639 € 71.721 €

Rent. Simples 17,5% 17,5% 17,5%

PUB

.

Page 56: Renováveis Magazine 8

54

dossier mini-geração

simples e considerando que em média um cliente vende à rede cerca de 398 kWh por dia à tarifa actual (0,2499 €), no final do ano impli-caria uma perda de rentabilidade de 3.680 €.

B. Mais valias comuns nos sistemas de monitorização existentes• Visualização e comparação de históricos de produção, através do

armazenamento de dados;• Possibilidade de comparar a produção prevista com a real em tem-

po real;• Emissão de alarmes no caso de avaria de equipamentos;• Relatórios de análise de investimento;

Para além destes serviços existem empresas que aliam a previsão de produção à monitorização, ficando desta forma o cliente a saber qual a melhor altura apara efectuar a manutenção do seu sistema ou pro-ceder a algum ajuste no mesmo. Com a previsão é possível antecipar o valor das receitas futuras.

V. Manutenção do Sistema A manutenção do sistema fotovoltaico é em parceria com a monito-rização, um item essencial a considerar em instalações desta enverga-dura. A instalação e manutenção, de um parque fotovoltaico como o do exemplo anterior, 100 kW, ou seja aproximadamente 440 painéis, mais inversores e estruturas, implicam um saldo considerável ao lon-go dos anos em consumíveis para a conservação da instalação e na substituição de equipamentos que se deteriorem. Quando se verifica a substituição de equipamentos, a rapidez de resposta é essencial, isto porque tempo é dinheiro, e uma produção fotovoltaica sem pro-duzir só provoca perdas económicas.

VI. ConclusãoApesar de todas as virtudes deste regime (aumento da eficiência da utilização de energia e combate ao aumento da procura de energia), alguns passos têm de ser dados para potenciar o aumento da procura destas soluções, aparecendo logo, à cabeça, a clarificação, de uma vez por todas, das medidas da Troika quanto as alterações nas tarifas aplicáveis às renováveis, em particular aos regimes da mini-geração e micro-geração.

Esse passo foi dado no passado dia 28 de Outubro com a publica-ção da Portaria 285/2011, referente ao Regime da Mini-geração. A tarifa base que irá ser praticada para licenças obtidas em 2012 será de 215 €/MWh durante 15 anos (na actual legislação seria 232,50 €/MWh), em 2013 e seguintes sofrem uma redução anual de 14%, a título de exemplo em 2013 fica a 199,95 €/MWh. A quota anual passa para 30 MW/ano (na actual legislação seria de 50 MW).

A partir de agora as regras são claras para todos, investidores (empre-sas) e financiadores (banca) têm o conforto e a segurança necessárias para avançar com os seus projectos. Fazemos daqui um apelo ás enti-dades competentes para que daqui a um ano ou dois não voltaremos a viver este estado de incerteza, porque tememos que o Mercado não resista!

A MINI-PRODUçãO FOTOVOLTAICA

III. Auditorias EnergéticasAtravés do decreto-Lei n.º 34/2011, as entidades que pretendam usufruir da venda da energia à rede através de uma mini-geração têm de provar a eficiência energética dos seus edifícios, pela anterior implementação de uma auditoria energética. Para as instalações com consumos intensivos de energia, integradas no âmbito do SGCIE, será necessário comprovar que está a ser cumprido o correspon-dente Acordo de Racionalização de Consumos de Energia - ARCE.

A introdução deste decreto-Lei apela, não só à produção descentra-lizada de energia eléctrica, mas também impulsiona a racionalização de consumos nos edifícios e nas empresas. Desta forma tenta-se di-namizar a eficiência energética, obrigando as instalações a ter mais atenção aos consumos energéticos, o que permite envolver diversas áreas de negócio.

IV. Monitorização do Sistema Uma instalação fotovoltaica de alguns quilowatts, como é o caso das mini-gerações, apresenta uma série de preocupações com a sua monitorização que são essenciais para o bom resultado do negócio.Actualmente existem diversos sistemas de monitorização de unida-des de mini-produção, desde sistemas que monitorizam string por string até sistemas que monitorizam apenas a energia que passa pelo contador de produção.

Quer os fabricantes de inversores quer os fabricantes de contadores disponibilizam imensos softwares e modos de monitorização das uni-dades. A monitorização pode ser efectuada com recurso à tecnologia GSM ou utilizando a rede Internet do próprio cliente.

Para além dos fabricantes de equipamentos existem diversas empre-sas que criaram meios para a monitorização das unidades de pro-dução de energia, incluindo a monitorização dentro dos programas SCADA do processo industrial, contabilizando assim a produção e consumo em tempo real.

A. Porquê adquirir o serviço de monitorizaçãoAdquirindo este serviço, o cliente fica com a garantia que irá renta-bilizar ao máximo o seu investimento, uma vez que estará sempre em contacto com o mesmo, sendo avisado no caso de ocorrência de alguma anomalia que afecte o rendimento esperado.

Olhando para um exemplo: “Um cliente adquire uma mini-geração de 100 kW, supondo que durante um ano o número de falhas é de 10%, ou seja aproximadamente 37 dias em que o sistema irá ter algum tipo de falha e não irá vender a energia possível à rede.” Fazendo umas contas

Secção cabo (mm2) Perdas (kWh/ano) Perdas em 15 anos (€)

240 1.218 4.567

185 1.368 5.129

70 2.458 9.215

50 3.478 13.038

Maio 23-25Madrid

Espanha

www.genera.ifema.es

2012

LINHA IFEMA

CHAMADAS INTERNACIONAIS (34) 91 722 30 00

[email protected]

CONTACTO IFEMA EM PORTUGAL Tel. (351) 213 86 85 17/18

Fax (351) 213 86 85 19

[email protected]

F E I R A I N T E R N A C I O N A L D A

ENERGIA E MEIO AMBIENTE

ORGANIZA

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

publimdustria por.pdf 1 26/10/11 20:01

Page 57: Renováveis Magazine 8

Maio 23-25Madrid

Espanha

www.genera.ifema.es

2012

LINHA IFEMA

CHAMADAS INTERNACIONAIS (34) 91 722 30 00

[email protected]

CONTACTO IFEMA EM PORTUGAL Tel. (351) 213 86 85 17/18

Fax (351) 213 86 85 19

[email protected]

F E I R A I N T E R N A C I O N A L D A

ENERGIA E MEIO AMBIENTE

ORGANIZA

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

publimdustria por.pdf 1 26/10/11 20:01

Page 58: Renováveis Magazine 8

56

dossier mini-geração

“mini-produção” de electricidade – novo regime jurídico

Pelo Decreto-Lei n.º 34/2011, de 08 de Mar-ço, o Governo português procedeu à revo-gação do Decreto-Lei n.º 68/2002, de 25 de Março, relativo ao regime da pequena pro-dução de electricidade para auto-consumo, aprovando, em sua substituição, o regime ju-rídico de produção de electricidade a partir de recursos renováveis, por intermédio de instalações de pequena potência designadas por unidades de mini-produção.

Ficou, todavia, expressamente salvaguardada a continuação da aplicação do Decreto-Lei ora revogado às instalações de produção de electricidade licenciadas no âmbito desse re-gime jurídico.

Nos termos do novo regime, a “mini-pro-dução” de energia é entendida como a ac-tividade de pequena escala de produção descentralizada de electricidade, recorren-do, para tal, a recursos renováveis e entre-gando, contra remuneração, electricidade à rede pública, na condição de que exista um

consumo efectivo de electricidade no local da instalação. Por unidade de mini-produção deve entender-se a instalação de produção de electricidade, a partir de energias renová-veis, baseada numa só tecnologia de produ-ção cuja potência de ligação à rede seja igual ou inferior a 250 KW.

Para exercer a actividade de mini-produção de electricidade é necessário o preenchi-mento cumulativo, à data do pedido de re-gisto, dos seguintes requisitos: a) dispôr de uma instalação de utilização de energia eléc-trica e ser titular de um contrato de compra e venda de electricidade, em execução, cele-brado com um comercializador; b) a unidade de mini-produção ser instalada no local ser-vido pela instalação eléctrica de utilização; c) a potência de ligação da unidade de mini- -produção não ser superior a 50% da potên-cia contratada no contrato atrás referido; d) a energia consumida na instalação de utiliza-ção ser igual ou superior a 50% da energia produzida pela unidade de mini-produção.

Gonçalo Pinheiro Torres, Mariana [email protected], [email protected]

Advogados da Pinheiro Torres, Cabral, Sousa e Sila & Associados, Sociedade de Advogados, R.L.

A violação dos dois últimos requisitos consti-tui contra-ordenação punível com coima de € 250 a € 3.740, no caso de pessoas singu-lares e de € 500 a € 44.800,00, no caso de pessoas colectivas.

Estabeleceu-se ainda que o acesso à activi-dade de mini-produção depende de registo e subsequente obtenção de certificado de exploração da instalação, sendo que, a cada unidade de mini-produção apenas poderá corresponder um registo e não são cumu-láveis registos relativos a unidades de micro- -produção e de mini-produção. O pedido de registo de uma unidade de mini-produção está sujeito ao pagamento de uma taxa. A entidade titular de um registo para produ-ção de electricidade por intermédio de uma unidade de mini-produção, é denominada produtor. Note-se que pode ainda ser pro-dutor de electricidade, por intermédio de uma unidade de produção, nas condições atrás referidas, uma entidade terceira, que seja autorizada pelo titular do contrato.

Análise do novo regime jurídico da actividade de pequena produção descentralizada de electricidade, regulado pelo Decreto-Lei n.º 34/2011, de 08 de Março, com destaque para os aspectos mais relevantes como as condições de acesso à actividade, os direitos e deveres do produtor e os regimes remuneratórios e sancionatórios.

Page 59: Renováveis Magazine 8

57

dossier mini-geração

O processo de gestão da mini-produção compete à Direcção-Geral de Energia e Ge-ologia (DGEG) que deve, nomeadamente, criar, manter e gerir o Sistema de Registo da Mini-produção (SRMini), proceder ao regis-to da instalação de mini-produção e emitir o respectivo certificado de exploração de que depende o exercício desta actividade.

Assim, qualquer interessado na mini-produ-ção (pessoa singular ou colectiva) deve efec-tuar o registo na plataforma electrónica do SRMini, cujo acesso se faz através do website www.renovaveisnahora.pt. O procedimen-to de registo inicia-se com a inscrição do produtor naquela plataforma e tem-se por concluído com a atribuição de potência de ligação. Segue-se a fase de execução, com a instalação da unidade de mini-produção, a realização da acção de inspecção e, final-mente, com a atribuição do certificado de exploração. Emitido este certificado, ainda que provisório, o produtor enquadrado no regime bonificado e o comercializador iden-tificado no registo de instalação de mini- -produção irão ser contactados pelo SR-Mini, com vista à conclusão do contrato de compra e venda da electricidade oriunda da mini-produção.

As unidades de mini-produção estão sujeitas à fiscalização para verificar a sua conformi-dade com o disposto no diploma que regula a mini-produção de electricidade e demais regulamentação aplicável, sendo objecto de acções de fiscalização anual, pelo menos, 1% do parque de instalações de mini-produção registadas. Eventuais desconformidades de-tectadas são passíveis de serem sancionadas com coimas que vão de € 250 a € 3.740, no caso de pessoas singulares, e de € 500 a € 44.800,00, no caso de pessoas colectivas.

O regime de mini-produção permite ao pro-dutor consumir a electricidade produzida pela sua instalação e vendê-la, à rede eléctrica de serviço público (RESP) com tarifa bonificada, num dos regimes previstos naquele diploma.

Assim, no âmbito do exercício da actividade de mini-produção de electricidade, o produ-tor tem direito a estabelecer uma unidade de mini-produção por cada instalação eléctrica de utilização, a ligar a unidade de mini-pro-dução à RESP, após a emissão do certificado

lativos: a) a potência de ligação da respectiva unidade de mini-produção ser superior ao limite legalmente estabelecido para o acesso ao regime bonificado no âmbito do regime jurídico da actividade de micro-produção; b) a unidade de mini-produção utilizar uma das fontes de energia renovável solar, eólica, hí-drica, biogás, biomassa e pilhas de combus-tível com base em hidrogénio proveniente de mini-produção renovável. Caso reúna estes requisitos, deve o produtor solicitar o enquadramento no regime bonificado. O acesso a este regime depende também de uma prévia comprovação, à data do pedi-do de inspecção, da realização de auditoria energética que determine a implementação de medidas de eficiência energética. A ven-da de electricidade através do regime bo-nificado com inobservância dos requisitos enunciados constitui uma contra-ordenação punível com coima. Assim, o limite máximo de potência de ligação à rede é sempre de 250 kW, não podendo nunca exceder este valor qualquer que seja o regime remunera-tório adoptado para esta actividade. Porém, o limite mínimo ou inferior varia consoante o regime remuneratório pretendido, sendo que no regime remuneratório geral este li-mite inferior deve situar-se acima dos pre-vistos para a actividade de micro-produção, ou seja, deve ser superior a 5,75 kW, ou no caso de condomínios, superior a 11,04 kW, enquanto que no regime remuneratório bo-nificado, o limite mínimo da mini-produção deve ser superior a 3,68 kW, ou no caso de condomínios, superior a 11,04 kW

O Decreto-Lei n.º 34/2011, de 08 de Mar-ço, veio, assim, impor novas condições para o exercício da actividade de “mini-produção” de electricidade, como a obrigatoriedade de consumo de metade da energia produzida e a imposição de potência máxima para a ligação à rede de 250 KW, assim como im-pôr requisitos mais exigente para o acesso à mesma. A maior regulamentação que este diploma veio imprimir ao regime jurídico da “mini-produção”, agravou, consequentemen-te, o seu regime sancionatório, tornando mais penosa a violação do seu conteúdo, através do aumento das condutas passíveis de serem sancionadas, do agravamento do valor máxi-mo das coimas aplicáveis (especialmente para as pessoas colectivas) e do alargamento do regime das sanções acessórias.

de exploração e a celebração do respectivo contrato de compra e venda de electricida-de e a vender a totalidade da energia activa produzida, líquida do consumo dos serviços auxiliares com os limites estabelecidos no di-ploma em análise.

Quanto aos deveres do produtor de elec-tricidade, sem prejuízo da demais previstos em legislação aplicável, o novo regime im-põe o dever de entregar à RESP a totalida-de da energia activa produzida, de produzir a electricidade apenas a partir da fonte de energia registada e de suportar os custos da ligação à RESP, nos termos do Regulamento de Relações Comerciais, incluindo o respec-tivo contador de venda. A violação do dever de entregar à RESP a energia produzida ou de assegurar que os equipamentos instala-dos se encontram certificados constitui uma contra-ordenação punível com coima.

Sendo a entrega de electricidade produzida em instalações de mini-produção à rede pú-blica feita contra remuneração, o presente diploma prevê dois regimes remuneratórios à escolha do produtor: o regime geral e o re-gime bonificado. O regime geral é aplicável a todos os que tenham acedido à actividade de mini-produção e que não se enquadrem no regime bonificado. Neste, a venda de electricidade produzida é remunerada se-gundo as condições de mercado, nos termos vigentes para a produção do regime ordiná-rio. O regime bonificado depende do pre-enchimento dos seguintes requisitos cumu-

Legislação aplicável • Decreto-Lei n.º 34/211, de 08 de

Março• Portaria n.º 178/2011, de 29 de Abril• Despacho Procedimento de Registo do SEEI de 21 de Abril de 2011 (publicado em 21.04.2011)• Despacho Registos Interesse Público do SEEI de 21 de Abril de 2011 (publicado em 21.04.2011)• Despacho n.º 1/MINIP/2011, do

DGEG (publicado em 27.04.2011)

Page 60: Renováveis Magazine 8

58

dossier mini-geração

“terreno apto procura recurso para se renovar”

É um dado incontornável que não existe aproveitamento do recurso eólico, solar ou outro se não estiver bem definido o local onde se vai instalar o parque, seja eólico, so-lar ou outro. Não interessa desenvolver um parque, se não se definir e identificar com muita segurança o terreno sobre onde vai assentar materialmente todo o projecto, bem como os proprietários do mesmo.

O proprietário goza de modo pleno e exclu-sivo dos direitos de uso, fruição e disposição das coisas que lhe pertencem, dentro dos limites da lei e com a observância das res-trições por ela impostas – 1305.º do Código Civil. Isto é, do terreno onde se pretende instalar o parque.

No entanto, nem sempre o proprietário sabe bem qual o artigo da matriz nas finan-ças, a inscrição e descrição no registo pre-dial, bem como da realidade física concreta, dita cadastral. E mesmo que saiba, muitas vezes existem insanáveis contradições.

Regiões despovoadas, populações envelhe-cidas e de baixa instrução não ajudam. So-

bretudo quando uma grande parcela dos aproveitamentos eólicos ficam em Serras e os aproveitamentos solares em planícies do interior de Portugal.

Por isso, não adianta diagnosticar num dado local se existe recurso renovável susceptível de um bom aproveitamento, seleccionar a área do parque e áreas logísticas adjacentes, se o proprietário ou proprietários não iden-tificarem plenamente o limite das parcelas, as confrontações, o tipo de ocupação do terrenos, as construções existentes, os ónus e encargos sobre o prédio, e outros. Ou de todo não se identificar o proprietário.

O promotor do projecto pode ter que re-alizar os doze trabalhos de Hércules e ter o risco de se tornar um trabalho de Sísifo, se na altura da contratação e posteriores re-gistos obrigatórios, se não tiver os sujeitos e sobretudo o objecto dos vários contratos, compra e venda, superfície, arrendamento... – consoante o fim e a natureza jurídica da re-lação contratual que se pretende estabelecer – plenamente e objectivamente delimitados. Por isso, este trabalho deve ser iniciado o mais

João Nuno TeixeiraAdvogado e Pós Graduado em Energias Renováveis

[email protected]

cedo possível. Para evitar complicações, adia-mentos e surpresas no arranque de qualquer projecto. Até porque a má identificação do objecto e sujeitos da contratação, ou seja, se for instalado parte do parque numa parcela de terreno que não pertence ao proprietário que assinou o contrato ou se de todo não ter esse alegado proprietário legitimidade para assinar o quer que seja, pode levar a devasta-doras consequências económicas e financei-ras para o projecto assente numa das fontes de energia renovável disponíveis.

Desde logo esse outro proprietário pertur-bado no domínio que tem sobre os terre-nos pode reagir com os meios que a lei lhe fornece. Na medida em que o seu direito tenha natureza exclusiva, o proprietário tem a faculdade de reagir contra quaisquer actos de terceiro que o violem, nomeadamente através de meios extrajudiciais – Acção di-recta (Artigos 336.º e 1314.º do Código Ci-vil) e legítima defesa (Artigo 337.º do Código Civil) – e dos meios judiciais, nomeadamen-te valendo-se da acção de prevenção con-tra o dano, nos casos em que seja admitida (Exemplo do artigo 1347.º do Código Civil),

A actualização do cadastro assume uma importância vital na contratação e legalização dos terrenos, bem como na logística para melhor aproveitar o recurso seja eólico, solar ou outro. Algumas perplexidades e limitações urgem identificar, o que se fará no presente artigo, de modo a auxiliar os agentes envolvidos nas energias renováveis.

© G

OO

GlE

EA

RtH

Page 61: Renováveis Magazine 8

59

dossier mini-geração

acção de reivindicação ou petitória (rei vindi-catio) e acção negatória.

O fim do registo e a conexão com o cadastro visam a publicidade da situação jurídica dos prédios e a segurança do comércio jurídico imobiliário. No entanto, a realidade é outra! Como refere o preâmbulo do Decreto-lei n.º 172/95 de 18 de Julho existem cerca de 17 milhões de prédios rústicos e urbanos dis-persos por diversos registos e organizados em função de objectivos distintos.

Destacam-se os serviços do Instituto Por-tuguês de Cartografia e Cadastro, a Direc-ção Geral das Contribuições e Impostos e as Conservatórias do Registo Predial entre outros. Entre os vários problemas desta dis-persão fundiária registral, destacam-se:a) O desconhecimento da identidade das

pessoas a quem pertence cerca de 20% do território Nacional;

b) A individualização e caracterização dos prédios é própria de cada registo, pelo que, regularmente, não há correspon-dência entre o conteúdo das respectivas descrições;

c) As diversas disposições legais, nomea-damente as que respeitam a servidões administrativas e a restrições de utilida-de pública, incluindo a Reserva Agrícola Nacional e a Reserva Ecológica Nacional, bem como as zonas de protecção de imó-veis classificados, impõem condicionantes sobre áreas do território independente-mente dos prédios nelas implantados;

d) As dificuldades em aplicar correctamen-te a lei na prevenção e combate dos fo-gos, bem como da exploração das rique-za e biodiversidade endémica da floresta e dos campos agrícolas;

e) Os atrasos e bloqueios na execução de intervenções urbanísticas, nomeada-mente o licenciamento de operações de loteamento, de realização de obras de urbanização e edificação, a gestão do pa-trimónio imobiliário e na implementação de medidas de reabilitação urbana nos centros históricos.

Esta situação teoricamente tem-se tentado inverter através da viabilização de um siste-ma predial único que condense, de forma sistemática a realidade factual da proprie-dade imobiliária com o registo predial, as

nuam. longas disputas judiciais são dirimidas ao longo de anos, com um crescente grau de complexidade para as propriedades rurais. Se não forem adjudicadas mais verbas, mais recursos humanos e materiais, provavelmen-te, vão ser precisos mais 15 anos para o Ca-dastro Predial estar concluído.

Arrastam-se processos nos tribunais; em vez do Juiz se basear em dados objectivos e documentados como o do cadastro predial (em que se diferencia dos outros registos sistemáticos sobre os prédios devido à com-ponente cartográfica digital – georreferen-ciação precisa dos prédios e suas estremas – bem como a determinação correcta das respectivas áreas e finalidades inerentes) é quase obrigado, formalmente, a basear-se na prova testemunhal sempre falível, infestada de vícios e em alguns casos em versões en-saiadas de factos para justificar por exemplo a aquisição originária de propriedade por usucapião, este instituto que só por si já se baseia em conceitos indeterminados e de difícil consubstanciação como boa-fé, contí-nua, pública e pacífica, bem como de usos e costumes que tendem a desaparecer com as gerações mais velhas.

Seria mais fácil identificar um terreno por aquilo que é e não pelo que parece e que neste caso é desgastado pela memória e pelo tempo. Por uma questão de eficiência, racionalidade de custos económicos, segu-rança e, sobretudo, justiça material o fim último de qualquer ordenamento jurídico- -normativo.

Não pode um País esperar tanto tempo pela aplicação e execução material das suas leis. Num contexto da actual crise económica como Portugal atravessa, o desordenamen-to do território é prejudicial para quem quer investir no desenvolvimento de projectos nas áreas das energia renováveis, que como Teseu só pode seguir o fio da sua intuição para sair do labirinto burocrático e formal em que se vê envolvido na legalização e con-tratação dos terrenos.

Por isso, é caso para concluir: Terreno apto procura recurso para se renovar... Sob pena de os investidores/promotores/ empreen-dedores nas áreas das energias renováveis lutarem contra moinhos de vento...

inscrições matriciais e as informações cadas-trais. Procuram-se soluções experimentais, fórmulas alquimistas, torna-se o território nacional uma manta de retalhos. Não da diversidade paisagística que Miguel torga superiormente descrevia nos seus contos e romances, mas na diversidade da confusão, caos e desarmonia predial.

Analisemos o preâmbulo do Decreto – lei n.º 65/2011 de 16 de Maio: “…O presente decreto-lei estende às zonas de intervenção florestal o regime experimental da execução, exploração e acesso à informação cadastral. A realização do cadastro predial em Portugal tem como objectivos, por um lado, dotar o País de in-formação cadastral relativa à propriedade, en-quanto conjunto de dados exaustivos, metódico, caracterizador e identificador das propriedades existentes no território nacional, e, por outro, permitir a identificação predial única, simplifi-cando e desburocratizando os procedimentos de execução e de conservação do cadastro pre-dial. Nesse sentido, foi determinado a criação do Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral (SINERGIC), pela Resolu-ção do Conselho de Ministros n.º 45/2006, de 4 de Maio, tendo sido, posteriormente, aprovado o respectivo regime experimental da execução, exploração e acesso à informação cadastral, através do Decreto -Lei n.º 224/2007, de 31 de Maio. Considerando a natureza transversal do SINERGIC e o interesse de aproveitar as inicia-tivas dos vários actores que, por razões da sua actividade específica, necessitam da caracteri-zação e identificação dos prédios e respectiva titularidade, foi determinada a criação de um subprojecto próprio no âmbito do SINERGIC, relativo ao cadastro das áreas da floresta...”

Após a entrada em vigor do Regulamento do Cadastro Predial aprovado pelo Decreto – lei n.º 172/95 de 18 de Julho, só foi executado o cadastro geométrico de cerca de 12% do uni-verso dos prédios rústicos. O já regime expe-rimental de execução do SINERGIC previsto no artigo 1.º do Decreto – lei n.º 224/2007 de 31 de Maio é novamente alterado com o subprojecto para área florestal por força do artigo 2.º do Decreto-lei n.º 65/2011 que alterou o artigo 52.º do já citado Decreto-lei n.º 224/2007 de 31 de Maio.

Enquanto se vai legislando, os problemas cadastrais e prediais reais e concretos conti-

Page 62: Renováveis Magazine 8

60

entrevista

“a eficiência energética é principalmente a utilização de energias provenientes de fontes renováveis”

renováveis magazine (rm): Foi eleito em 2011, Presidente do Conselho da Sec-ção de Importadores/Fabricantes da Divi-são de Material Eléctrico. Considera que este foi um voto de confiança por parte dos membros da AGEFE e, consequentemente, dos principais responsáveis pelas empresas do mercado?Deodato Taborda Vicente (DTV): Antes de mais esta eleição deve-se a um honroso convite do anterior presidente Dr. Mário Chaves, pessoa por quem nutro uma especial simpatia e admiração. Mas acima de tudo esta eleição deve-se ao bom trabalho que este grupo de pessoas, que pertence a duas secções e ao conselho de divisão do material elétrico, tem vindo a desenvolver na AGEFE em prol das empresas do sector. Este trabalho reveste-se agora de uma im-

portância acrescida devido ao difícil período que o país e o sector eléctrico em particular estão a passar. Estamos a trabalhar no senti-do de ajudar as empresas do sector a ultra-passar as dificuldades. Com este objectivo, irão ser brevemente anunciadas uma série de parcerias e iniciativas que contribuirão, de forma decisiva, para que as empresas do sector estejam melhor preparadas e reforça-das no futuro.

rm: Na Secção pela qual é responsável na AGEFE foi criado o Grupo de trabalho “Energias Renováveis”, pelo qual também é responsável. Porque surgiu este grupo e quais os objectivos que lhe estão inerentes?DTV: A ideia que presidiu à constituição de grupos de trabalho das energias renováveis, bem como o da mobilidade eléctrica da efi-

ciência energética e da iluminação insere-se no plano que referi. Ou seja, actualmente existem novas oportunidades de negócio a que o sector deve estar atento. Não pode-mos repetir erros do passado em que dei-xamos para outras empresas muitas das va-lências técnicas que foram introduzidas nos edifícios e nas instalações eléctricas em geral. Recordo por exemplo, os casos da Domóti-ca, da segurança da climatização, em que as empresas nomeadamente, os distribuidores tradicionais do sector eléctrico foram com-pletamente ultrapassados por empresas de outros sectores. Nas energias renováveis existem muitas oportunidades e muitos problemas e o objectivo deste grupo de trabalho é exac-tamente identificar essas oportunidades e problemas para que as empresas do nosso

por Helena Paulino

Deodato Vicente, Director- -Geral da Weidmüller Portugal em entrevista à Renováveis Magazine fala sobre o que prevê que o futuro das energias renováveis trará ao mercado. E quais os objectivos do seu novo desafio: ser Presidente do Conselho da Secção de Importadores/Fabricantes da Divisão de Material Eléctrico da AGEFE, e do grupo que aí foi criado, dedicado às energias renováveis!

Page 63: Renováveis Magazine 8

61

entrevista

sector estejam preparadas para aceder a este novo mercado de forma profissional e competente. O mesmo objectivo presi-de aos restantes grupos de trabalho, pois está em marcha uma autêntica “revolução” na iluminação e é nosso objectivo dotar as nossas empresas com ferramentas formati-vas para esse novo desafio; o sector da efici-ência energética é absolutamente fulcral no presente e no futuro e, a mobilidade elétri-ca, está na ordem do dia. Se conseguirmos passar estas mensagens e ajudar as empresas do sector a estarem atentas e preparadas para estas novas oportunidades de negócio teremos à partida a nossa missão cumprida.

rm: A constituição deste grupo pelos maiores players no mercado nas energias renováveis é também um sinal da importân-cia das energias renováveis no nosso país. Mas ainda há muito para fazer, sobretudo em termos de regulamentação, não há?DTV: A ideia que presidiu à composição do grupo foi exactamente essa, ou seja quise-mos convidar empresas associadas ou não da AGEFE que, de um modo ou de outro, fossem especialistas e líderes para abranger-mos todas as valências. Este mercado ainda é relativamente pequeno e muito pouco regulamentado. Um dos objectivos deste grupo é contribuir para a implementação no nosso País de um código de boas práticas orientado para as questões de segurança de pessoas e equipamentos e para a rentabilida-de e eficiência dos equipamentos instalados, porque sabemos que estão a ser instalados produtos importados da Ásia sem qualidade e que no final, vão prejudicar gravemente a rentabilidade e segurança das instalações. É essencial a consciencialização de todos os agentes para a imperiosa necessidade de ter-minar com o actual estado de amadorismo e facilitismo que se vive no sector em Por-tugal. Sabemos que é um mercado recente no nosso País mas temos de aprender com outros Países, nomeadamente a Alemanha, França, Espanha e Itália que têm muitos anos de experiência e em que todas as instalações são efectuadas sob regulamentação clara, e inspeccionadas de forma muito criteriosa o que manifestamente não acontece no nosso País. Neste campo a experiência da França, por exemplo, que tem legislação própria para a grande maioria dos equipamentos e que todas as instalações são efectuadas

segundo um excelente manual de boas práticas; o exemplo da Alemanha onde ao nível da segurança estão muito avançados, nomeadamente no que respeita ao fogo e às descargas atmosféricas são responsáveis por mais de 60% dos acidentes neste tipo de instalação, ou ainda o bom exemplo de Itália que descrimina positivamente as insta-lações efectuadas com materiais europeus. Em resumo, temos muita coisa a fazer e é neste sentido que este grupo está a traba-lhar para que, de uma forma positiva, possa contribuir para as boas práticas nesta área de actividade.

rm: E ao nível das mentalidades? Considera que os portugueses estão conscientes das necessidades de preservar os recursos e apostar em energias alternativas?DTV: Claramente penso que sim, apesar das dificuldades económicas, existe hoje no País uma clara consciência da racionalização do consumo de energia, a eficiência energética e principalmente a utilização de energias prove-nientes de fontes renováveis é já o presente de forma a garantir o nosso futuro. A energia produzida através de combustíveis de origem fóssil como o carvão, o petróleo ou o gás na-tural, embora mais barata têm inúmeros pro-blemas ambientais e são recursos finitos que importa substituir por recursos naturais não poluentes como o sol, o vento, as ondas, as marés, a água a biomassa. Todos estes recur-sos são abundantes em Portugal.

rm: O que considera que ainda pode ser considerado um problema na área das energias renováveis, e que ainda não foi re-solvido de forma satisfatória?DTV: No caso Português a legislação, a for-ma de acesso a ser micro ou mini-produtor, a falta de regulamentação, a pouca experien-cia dos diversos agentes, as recentes restri-ções introduzidas pela Troika, a questão do IVA e alguma indefinição na política do novo governo para este sector são alguns dos pro-blemas com que este mercado se debate.

“Aposta na parceria, na promoção com os distribuidores deve ser reforçada”

rm: Este ano a Weidmüller apostou numa InfoTour de Abril a Julho, em que uma pro-

motora visitou muitos dos vossos distribui-dores. Esta foi uma aposta ganha?DTV: Claramente! O nosso objectivo passa por reforçar a parceria com os nossos dis-tribuidores, no sentido de os ajudar técnica e comercialmente. Temos consciência que nestes períodos de dificuldade, as empresas normalmente cortam primeiro nestas inicia-tivas mas a Weidmüller pensa exactamente o contrário; é nos períodos difíceis e de crise que a aposta na parceria, na promoção com os distribuidores deve ser reforçada. Este ano para além do InfoTour, aumentamos as acções de formação junto dos distribuidores e dos seus clientes, assim como as já tra-dicionais semanas Weidmüller que tiveram lugar na maioria dos distribuidores. Esta é uma aposta para continuar, é uma relação de verdadeira parceria com a distribuição e uma clara situação WIN-WIN.

rm: Também este ano assinaram uma par-ceria com a ESTPOR em Angola. O que es-peram garantir com esta aproximação ao mercado angolano?DTV: O mercado de Angola tem sido e seguramente continuará a ser um dos mer-cados de exportação mais importantes para as empresas portuguesas. Particularmente no sector da construção e no sector eléc-trico muito já tem sido feito e estou segu-ro que no futuro, este mercado será cada

“Nas energias renováveis existem muitas oportunidades e muitos problemas e o objectivo deste grupo de trabalho é exactamente identificar essas oportunidades e problemas para que as empresas do nosso sector estejam preparadas para aceder a este novo mercado de forma profissional e competente.”

Page 64: Renováveis Magazine 8

62

entrevista

DTV: Foi muito positivo! Desde o primeiro dia que apostamos na formação dos diver-sos agentes ligados às energias renováveis porque verificamos existirem enormes la-cunas nesta área. A Weidmüller, devido à sua experiência e à parceria que desde o 1.º dia efectuou com a IXUS, decidiu organizar estes seminários em 2009 quando se iniciou a microgeração e que agora, com a minige-ração, tiveram um interesse redobrado. Te-mos sentido ao longo destes anos uma clara evolução nos conhecimentos dos diversos agentes do mercado, mas na minha opinião, muito ainda pode ser feito. A Weidmüller na medida das suas possibilidades vai continuar a apostar no caminho da formação. Ainda este ano vamos efectuar mais 4 acções de formação totalmente dedicadas a caixas de Protecção Monitorização de instalações Fo-tovoltaicas e a Comunicações via Ethetnet ModBus RTU RS-485.

rm: Na sua opinião, apostar na minigera-ção é uma aposta ganha?DTV: Para bem do País esta terá de ser uma aposta ganha. Apesar de todas as dúvi-das que existem neste momento penso que não existe alternativa a que este processo não se desenvolva e não seja um êxito.

rm: Outro mercado actualmente em emergência é o mercado dos veículos eléc-tricos. Como lida e o que pode oferecer a Weidmüller a este sector?DTV: A Weidmüller está associada desde o 1.º dia a este novo mercado nomeadamente na infra-estrutura de carregamento dos veícu-los. Sabemos que para o futuro sucesso dos veículos eléctricos é necessária uma infra-es-trutura de abastecimento abrangente e fiável. A Weidmüller desenvolveu uma série de pro-dutos e soluções para a melhoria destas esta-ções de carregamento, nomeadamente com a oferta de réguas de bornes, protecções contra sobretensões, fontes de alimentação, módulos de Ethernet, relés e opto-acopladores, cabla-gens e módulos de comunicação GPRS.

rm: No desenvolvimento de soluções para o mercado das energias renováveis, a Wei-dmüller está a apostar em que género de soluções?DTV: A Weidmüller com a sua ampla oferta de mais de 35.000 produtos tem, obviamen-te, soluções para todo o tipo de aplicações

vez mais o destino de muitos dos nossos produtos, mão-de-obra especializada e especialmente know-how. Nesse sentido, a Weidmüller não podia ficar de fora des-ta nova realidade e efectuou um exaustivo levantamento do mercado e das suas po-tencialidades. De entre todas as empresas aquela que nos pareceu ser o melhor par-ceiro para abranger o mercado industrial foi a ESTPOR, uma empresa que está de forma muito séria e profissional neste mer-cado com uma perspectiva de longo prazo. Passámos depois à prática com a assinatura de um contrato de distribuição válido para o mercado angolano. Actualmente estamos a desenvolver diversas acções de divulga-ção dos nossos produtos juntamente com a ESTPOR, que passou pela realização de acções de formação aos técnicos e agentes do mercado Industrial e de energia de An-gola, as quais para além da Weidmüller e da ESTPOR contaram também com a parce-ria da Rittal e na nossa opinião tiveram um enorme êxito.

rm: As empresas escolhem a Weidmüller como parceiro de negócios por considera-rem que a empresa tem vantagens relativa-mente às outras. O que vos distingue?DTV: Esta pergunta deve ser feita aos nossos parceiros de negócios, sou obviamente dema-siado suspeito para responder. No entanto

gostava de salientar a política de proximidade aos nossos clientes, a constante procura de superar as suas expectativas, queremos que o mercado nos reconheça como O parcei-ro e não apenas como um fornecedor de componentes. Cada vez mais a nossa apos-ta é apresentar soluções que permitam aos nossos clientes rentabilizar o seu negócio e melhorar a sua forma de trabalhar. A consti-tuição de parcerias sólidas, quer seja dentro do grupo dos Integradores Oficiais Weidmül-ler, quer seja no Clube do Instalador ou ainda nos distribuidores oficiais tem sido o alicerce do êxito da Weidmüller Portugal. Temos uma política comercial séria e o mercado, princi-palmente em tempos de crise, sabe premiar e distinguir essas empresas. Sobretudo tenho a sorte de liderar uma excelente equipa de profissionais que dão cada dia o melhor de si para fazer da Weidmüller uma empresa cada vez mais líder, socialmente responsável e ao serviço dos seus clientes.

“A Weidmüller vai continuar a apostar na formação”

rm: Em 2011 a Weidmuller organizou, como habitualmente, três seminários por todo o país onde falaram sobre minigera-ção. Qual o feedback que retiraram destas três formações?

“Temos consciência que nestes períodos

de dificuldade, as empresas

normalmente cortam primeiro

nestas iniciativas mas a Weidmüller

pensa exactamente o contrário; é nos períodos difíceis e

de crise que a aposta na parceria, na

promoção com os distribuidores deve

ser reforçada.”

“A EFICIêNCIA ENERGÉTICA É PRINCIPAlMENTE A UTIlIzAçãO DE ENERGIAS PROvENIENTES DE FONTES RENOvÁvEIS”

Page 65: Renováveis Magazine 8

63

entrevista

nomeadamente nas energias renováveis. Destacaria, no entanto, o sector Fotovoltai-co onde desenvolvemos algumas soluções claramente inovadoras e diferenciadoras, como uma Juction Box considerada como a mais avançada e com a mais elevada perfor-mance do mercado. Podemos através da JB monitorizar o módulo e inclusive cortar a tensão em caso de incêndio. O desenvolvi-mento desta JB representou um investimen-to superior a 1 M€. Depois temos uma gama completa de caixas de strings com protecção e monitorização de instalações fotovoltai-cas, desde uma simples microgeração até parques de grandes dimensões. Mas o pro-duto estrela da Weidmüller é claramente o sistema de monitorização Transclinics onde somos claros líderes de mercado; os nossos sistemas monitorizam mais de 1 GWp por toda a Europa, estas instalações podem ain-da ser monitorizadas à distância através do software de gestão de instalações SoftClinic, para já não falar da gama de ferramentas e do novo conector fotovoltaico que não ne-cessita de cravação e foi a grande “coque-luche” da InterSolar em Munique. .

“Contribuir para um planeta sus-tentável”

rm: Há algum projecto nacional realizado pela Weidmüller de que se orgulhem?DTV: A Weidmüller orgulha-se de es-tar ligada aos principais projectos até ago-ra realizados em Portugal e aos inúmeros projectos que várias empresas portuguesas

estão a desenvolver um pouco por todo o mundo. Quer seja no fornecimento de equi-pamentos completos de protecção e moni-torização de instalações fotovoltaicos, ou no fornecimento de componentes para essas instalações. Estamos também a desenvolver parcerias com os principais fabricantes Por-tugueses de módulos Fotovoltaicos.

rm: Como se encontra o mercado das energias renováveis em Portugal e no resto da Europa?DTV: O mercado das energias renováveis tem tido um enorme desenvolvimento em Portugal e um pouco por toda a Europa. Em Portugal é com imenso orgulho que estamos no TOP 10 mundial em termos de utilização de energia produzida por fontes renováveis. No entanto, por todo o mundo principalmen-te a energia produzida através instalações eó-licas, fotovoltaica ou hídrica têm tido um gran-de crescimento. Para além da Europa, todo o continente Americano e agora também o Asiático estão a aumentar exponencialmente a produção de energia através de fontes re-nováveis. O continente Africano começa a dar os primeiros passos quer seja com os mega-projectos do Norte, quer pelas inúmeras ins-talações em curso na África do Sul. Chamo a atenção para o facto de existirem empresas Portuguesas ligadas a projectos em todos estes países, da India ao Brasil, da África do Sul à República Checa, dos EUA à ilha de Reunião, existem empresas portuguesas a tra-balhar neste mercado. Isto deve ser um enor-me motivo de satisfação para essas empresas e para todos os agentes do mercado. Infeliz-

mente Portugal não sabe divulgar nem tirar partido das inúmeras histórias de sucesso que muitas empresas têm conseguido.

rm: A Weidmüller já é encarada como uma das principais fornecedoras de produtos para a área das energias renováveis. Como tem crescido a Weidmüller neste segmento em Portugal? Como será o futuro da Weid-müller neste sector? DTV: O enorme crescimento que a Weid-müller Portugal tem tido nos últimos anos está muito ligado à produção de energia no geral e as renováveis em particular. Hoje somos um parceiro incontornável de quem quer projectar, instalar, proteger ou monito-rizar uma instalação de produção de ener-gia através de fontes de origem renovável, quer seja hídrica, fotovoltaica, eólica, de biomassa. A Weidmüller adquiriu ao longo dos últimos anos, uma enorme experiência nesta área e somos o parceiro privilegiado das principais empresas do sector. vamos seguramente continuar a estar ligados e a liderar a evolução tecnológica nas áreas das ligações, protecção, gestão e monitorização dos diversos tipos de produção de energias renováveis. Mas ainda mais importante do que saber qual o futuro da Weidmüller é conhecer o futuro da produção de energia a nível mundial, saber se a nossa geração ainda será capaz de mudar o paradigma da energia e seguir em frente na substituição da produ-ção de energia através de combustíveis de origem fóssil por energia produzida através de fontes renováveis, e assim contribuir para um planeta sustentável.

PUB

.

Page 66: Renováveis Magazine 8

64

entrevista

“as energias renováveis podem ser aplicadas para benefício de todos”

renováveis magazine (rm): Qual o percurso da Metalogalva até aos dias de hoje, e o que tem feito ao longo dos anos?Nuno Andrade (NA): A Metalogalva foi fundada em 1971, tendo então uma área fa-bril de cerca de 500 m2, 3 funcionários e uma facturação anual equivalente a 1.500 euros. Capaz de uma dinâmica de crescimento im-primida pelos sócios fundadores, Adelino Santos Silva e Joaquim Santos Silva, é actual-mente uma empresa com grande implanta-ção nacional, estando a sua internacionaliza-ção em curso. Já desenvolveu e formalizou o seu Sistema de Garantia da Qualidade, tendo sido certificada, segundo a norma NP EN ISO 9002 em Fevereiro de 2000 e NP EN ISO 9001 em Dezembro, o que foi determinante para manter o sucesso da em-presa, num mercado cada vez mais selectivo. Actualmente a empresa comporta três uni-dades industriais que ocupam uma área to-

tal de 44.000 m2, numa área bruta total de 160.000 m2, tendo ao serviço mais de 400 colaboradores. As unidades destinadas ao fabrico de construções metálicas dispõem de uma capacidade total de produção de 3.000 toneladas/mês. A unidade industrial destinada à galvanização, armazenamento de produtos acabados e expedição dispõe de uma unidade de galvanização por imer-são a quente com capacidade instalada de 5.000 toneladas/mês para peças de médio e grande porte, e uma unidade de galvani-zação com centrifugação, para componen-tes de pequena dimensão. A facturação na ordem dos 40 milhões de euros resulta da constante evolução tecnológica e aumento produtivo, para o que muito contribuiu a fi-delidade e parceria dos seus clientes.

rm: A Metalogalva esteve presente, em Junho, na Intersolar, na Alemanha. Como

correu essa presença numa das maiores feiras de tecnologia fotovoltaica a nível in-ternacional?NA: A participação na Intersolar foi a rampa de lançamento da Metalogalva nes-te sector a nível internacional. O saldo foi bastante positivo, pois sendo uma empresa desconhecida neste sector, a curiosidade dos visitantes foi enorme no sentido de co-nhecerem as nossas soluções. Esta feira foi também importante pelo facto de estarmos a expôr no mercado líder europeu em po-tência instalada e desenvolvimento tecnoló-gico, e como tal pretendíamos dar um sinal bastante forte de que podemos competir com os melhores. O retorno deste inves-timento foi imediato, pois alguns dos con-tactos efectuados já se traduziram em en-comendas no mercado europeu e estamos também em negociações com empresas do Médio Oriente. Convêm salientar que a In-

por Helena Paulino

A Metalogalva é uma empresa 100% nacional que aposta cada vez mais no desenvolvimento de equipamentos para instalações de energia solar. A “renováveis magazine” falou com o Eng.º Nuno Andrade, Gestor de Negócios de Renováveis, e inquiriu como se sente a empresa perante a actual realidade das energias alternativas, sobretudo no que diz respeito a inovações tecnológicas.

NOTA: Entrevista concedida antes de serem conhe-cidas as tarifas que irão vigorar em 2012.

Page 67: Renováveis Magazine 8

65

entrevista

tersolar foi apenas o primeiro passo inter-nacional que a empresa efectuou no sector, estando enquadrada numa estratégia de médio prazo que pretendemos implemen-tar no mercado externo em países com ele-vado potencial.

“A minigeração vai diferenciar as empresas no mercado da energia fotovoltaica”

rm: Como se encontra o mercado das energias renováveis em Portugal?NA: O mercado começa a entrar em processo de maturação (micro-geração), e ao mesmo tempo em franca expansão (mini-geração). Se por um lado, a micro-geração está bastante implementada, a mini-geração começa agora a dar os pri-meiros passos. Mas não posso deixar de expressar o meu desapontamento quan-to à forma como a micro-geração está a ser tratada pelas entidades. Isto porque, tendo o mercado absorvido toda a po-tência disponível para 2010 (25 MW), não existem certezas relativamente ao próximo ano, pelo que as empresas estão bloqueadas porque não existem certezas quanto às tarifas que vão ser atribuídas. A mini-geração como referi anteriormente, começa a dar os primeiros passos, estando já potência atribuída para instalação mas ainda existem muitas dúvidas por parte dos promotores destas soluções. Penso que es-tas indefinições serão facilmente ultrapassá-veis, até porque existe experiência acumu-lada por parte das empresas que estão no mercado. Um aspecto importante e bastan-te positivo é a constância expectável de tari-fas. Ou seja, todos os agentes sabem com o que podem contar – tarifa fixa até 20 KW e leilão para instalações acima dos 20 KW. Por último, temos os 150 MW que foram atribu-ídos em lotes de 2 MW, mediante um leilão em 2010 que começam a dar os primeiros passos em termos de projecto, pelo que é importante acompanhar esta fase, de forma a não perder a corrida para o eventual for-necimento dos nossos materiais.

rm: Mas como está a Metalogalva a enca-rar a mini-geração?NA: Com bastante optimismo. Penso que este mercado em particular vai ser impor-

tante para diferenciar as empresas que operam no mercado da energia fotovol-taica. Ou seja, actualmente o mercado da micro-geração começa a ficar saturado, pois muitas empresas aproveitando o boom no sector, passaram a diversificar o seu portfó-lio de aplicações e começaram também a oferecer este serviço. No entanto, algumas destas empresas apenas vieram denegrir o mercado, canabalizando-o e prestando ser-viços de fraca qualidade, e originando no cliente alguma desconfiança na instalação destas soluções. A mini-geração vai distinguir as empresas que se encontram preparadas para forne-cer soluções técnicas diferenciadas. Por ou-tro lado temos o aspecto financeiro, que infelizmente neste segmento não está ao alcance de muitos dos instaladores de mi-cro-geração. E por isso o acesso ao crédito vai ser um aspecto decisivo. Na conjuntura actual, com a banca renitente na concessão de crédito, apenas os projectos que sejam devidamente estruturados é que poderão ter possibilidade de avançar com este apoio, e aí, como referido anteriormente, apenas as empresas devidamente preparadas é que podem prestar este serviço personalizado e altamente qualificado. Na Metalogalva esta-mos a desenvolver produtos específicos que serão apresentados brevemente ao merca-

do: soluções que permitam optimizar os custos de instalação e retornos deste tipo de instalações.

“O seguidor da Metalogalva é 100% nacional”

rm: Quais as vantagens em escolher os produtos da Metalogalva, para implementar numa instalação fotovoltaica?NA: São inúmeras mas considero que a mais relevante sobretudo a nível nacional, é a capacidade de desenvolver e produzir sem necessidade de subcontratação. Assim, o controlo do projecto e produção é total-mente efectuado pelos nossos técnicos, per-mitindo uma melhoria contínua dos nossos produtos de forma efectiva, e adaptando-nos facilmente às necessidades do mercado de forma célere. No caso do seguidor solar para a micro-ge-ração, tivemos em conta diversos aspectos que facilitam os nossos clientes: a facilidade de transporte, montagem e parametriza-ção foram tidos em consideração no seu desenvolvimento. Por outro lado, todos os componentes que compramos aos nossos parceiros respeitam os mais elevados pa-drões de qualidade, garantindo uma maior longevidade, factor essencial neste mercado.

“O saldo (da participação na Intersolar) foi bastante positivo, pois sendo uma empresa desconhecida neste sector, a curiosidade dos visitantes foi enorme no sentido de conhecerem as nossas soluções.

Page 68: Renováveis Magazine 8

66

entrevista

e preciso. As empresas de montagem e o nosso departamento de I&D desenvolveram procedimentos que permitem este feito, ga-rantindo sempre a integridade e a segurança dos trabalhadores e da própria estrutura. Como sinal de satisfação do nosso serviço com a Iberdrola este contrato foi prorrogado por dois anos consecutivos. No âmbito deste projecto foram já fornecidas cerca de 40 tor-res que se encontram instaladas em Espanha, França e Hungria. rm: De que forma a Metalogalva aposta na Investigação & Desenvolvimento? NA: Essa é uma das apostas da Metalogalva: o desenvolvimento e investigação de novos produtos e processos para adquirir vanta-gens competitivas no mercado nacional e internacional. Actualmente estão afectas a actividades de I&D, entre engenheiros e técnicos especializados, cerca de 20 pessoas. Ao nível dos produtos importa referir alguns exemplos: o projecto de desenvolvimento do seguidor solar da Metalogalva, que in-tegra soluções optimizadas ao nível estru-tural e do seu sistema de accionamento e controlo; o desenvolvimento de estruturas de suporte de linhas eléctricas para instala-ção em locais remotos sem necessidade de execução de fundação em betão armado; o desenvolvimento, em parceria com em-presas EPC’s na área das telecomunicações, de torres de montagem rápida (instalação fácil, rápida e em condições económicas op-timizadas quer a nível de montagem e des-montagem). Estas torres têm um impacto visual reduzido em ambiente florestal e uma integração harmoniosa em meios urbanos, e já foram fornecidas a clientes finais como a TMN e Vodafone. A Metalogalva ainda participa no fornecimento de torres de te-lecomunicações para a Televisão Digital Ter-restre e para a rede de Radares da Costa de Portugal. Neste momento encontra-se em fase de arranque o desenvolvimento de torres de telecomunicações para França no âmbito do projecto GSM-R (GSM – Railway) para ins-talação de torres ao longo da linha de alta velocidade. Para este último projecto foi também desenvolvido e testado, nas nossas instalações, um protótipo de uma torre bas-culante hidráulica até 30 metros de altura. O arvoramento da mesma efectua-se sem re-curso a equipamentos de elevação pesados

E a marca também é um factor relevante e que os clientes valorizam porque sabem que Metalogalva significa qualidade nos pro-dutos/serviços que apresenta ao mercado. Por último, a diversidade de produtos com desenvolvimento interno, mas também a capacidade de produzir, mediante projecto externo.

rm: A Metalogalva comercializa seguidores solares. Quais as inovações deste produto com a marca Metalogalva?NA: A estrutura metálica foi desenvolvida pelo nosso departamento técnico, estando o binómio de potência versus peso da estru-tura optimizada, assim como a facilidade de montagem. O sistema de seguimento foi in-tegralmente desenvolvido por uma empresa nacional. Actualmente os demais fabricantes que operam no mercado nacional apresen-tam algoritmos que são adaptados a autó-matos programáveis comerciais mas o siste-ma de seguimento Metalogalva é diferente porque o algoritmo, assim como, a electró-nica que o suporta foi 100% desenvolvido por empresas nacionais. Este aspecto é de realçar, pois reafirma a qualidade da nossa engenharia electrotécnica e de desenvolvi-mento de software. Assim orgulhosamente afirmamos que o seguidor da Metalogalva é 100% nacional, pois todos os materiais/com-ponentes são fabricados ou assemblados por parceiros locais, impulsionado desta forma a nossa economia.

rm: Já implementaram os seguidores sola-res e todas as estruturas para as energias solares em muitos projectos em Portugal. Houve algum que se tenha destacado?NA: Houve um projecto em particular que me marcou. O “nosso” seguidor foi instala-do num parque de campismo recém-inau-gurado que está a utilizar vários sistemas de produção de energia provenientes de fontes renováveis para auto-consumo. Tinha insta-lado um sistema fotovoltaico, uma micro-eólica, a iluminação exterior do parque era em LED autónomo, sendo alimentado por energia solar e armazenado em baterias. É uma instalação bastante interessante, pois permite ver como as diferentes tecnologias podem ser utilizadas de forma integradas. Este é um exemplo claro de como as ener-gias renováveis podem ser aplicadas para benefício de todos.

“Faz parte do DNA da Metalogalva o desenvolvimento de soluções inovadoras e à medida”

rm: Um dos fornecedores da Iberdrola Re-novables é a Metalogalva com colunas para parques. Quando começou e como tem de-corrido essa parceria?NA: Em 2006 fomos convidados a participar num concurso para fornecimento de torres tubulares meteorológicas por um período de 2 anos. Estas torres que atingem alturas até 100 metros destinam-se à monitorização dos seus parques eólicos de uma forma perma-nente e em tempo real. A nossa capacidade de desenvolver e produzir torres tubulares de grande dimensão e a nossa experiência na área das telecomunicações com este tipo de torres permitiu que fossemos selecciona-dos em 2007 entre concorrentes espanhóis e franceses, como o fornecedor exclusivo da Iberdrola por um período de 2 anos.Neste processo confrontamo-nos com vários desafios ao nível do projecto de engenharia e dos processos/procedimentos tecnológicos do fabrico e montagem. Um destes desafios prendia-se com a possibilidade de montagem e arvoramento de uma torre de 80 metros e 25 toneladas de uma só vez, e com isso eliminar a assemblagem vertical da torre por fracções. Este tipo de torre apresenta uma grande flexibilidade (deformação), exigindo um procedimento de montagem cuidado

“AS ENERGIAS RENOVáVEIS PODEM SER APLICADAS PARA bENEFíCIO DE TODOS”

“A aposta em I&D é uma necessidade

básica de uma empresa que opera

há já 40 anos e pretende continuar.

A diversidade de produtos

e a aposta na internacionalização

passa por um investimento crescente em

actividades de I&D.”

Page 69: Renováveis Magazine 8

67

entrevista

(grua, plataforma elevatória, e outros), dado o elevado risco da operação deste tipo de equipamentos junto de catenárias de linha, tão importantes como a da Alta Velocida-de. Na nossa opinião faz parte do DNA da Metalogalva o desenvolvimento de soluções inovadoras e à medida que acrescentam va-lor nos seus produtos.

rm: Qual a importância deste serviço na Metalogalva e quanto apostam anualmente no mesmo?NA: A aposta em I&D é uma necessidade básica de uma empresa que opera há já 40 anos e pretende continuar. A diversidade de produtos e a aposta na internacionali-zação passa por um investimento crescente em actividades de I&D. Nas áreas de ne-gócios da Metalogalva (energia, telecomu-nicações, rodovias, ferrovias e iluminação) existe uma necessidade constante em de-senvolver soluções adequadas às especifi-cidades procuradas em cada país. A intro-dução dos seus produtos sem a correcta adequação ou adaptação à realidade de cada país torna-se numa tentativa de inter-nacionalização infrutífera. Por exemplo, nos países PALOP’s o tipo de gestão logística exigida (transporte, disponibilidade de gru-as) e os recursos disponíveis (inexistência de betão, mão-de-obra especializada, e ou-tros) obrigam ao desenvolvimento de so-luções completamente diferentes da nossa realidade europeia.

Além disso, a aposta em actividades de I&D no desenvolvimento contínuo de novas solu-ções e produtos, adaptados às necessidades dos nossos seus clientes, tem vindo a favore-cer toda a dinâmica de crescimento da Me-talogalva, que se verifica no volume crescen-te de vendas, e ainda pelas perspectivas de crescimento nos mercados internacionais.

“As renováveis vão continuar a aumentar o seu peso no mix energético”

rm: Considera que os portugueses já tem consciência da importância da aposta nas energias renováveis ou sente que ainda há algum receio de investimento nesta área?NA: Penso que começa a haver consciência por parte da população portuguesa em ge-ral da necessidade na aposta nas energias re-nováveis. No entanto, o principal motivo que ainda vai aliciando os clientes para este tipo de instalação é a mais-valia económica que é gerada a médio prazo, ao contrário do que acontece nalguns países da Europa Central onde a vertente ambiental assume um papel de maior relevo. No futuro próximo esta ideia vai mudar, pois é impossível continuar a suportar o custo da energia de forma artificial como temos vindo a fazer. Para termos um termo comparativo, o comum cidadão em Itália paga praticamente o triplo pela mesma quantidade de energia eléc-

trica do cidadão português. E porquê? Em Itá-lia a energia eléctrica está a ser cobrada tendo em conta o seu valor real, e em Portugal está a ser facturada muito abaixo do seu valor real, obrigando o Estado todos os anos a supor-tar essa diferença. Penso que esta situação é insustentável, pelo que prevejo nos próximos anos um aumento bastante considerável no custo da nossa energia. Como consequência, os consumidores vão procurar medidas para baixar o custo mensal da factura eléctrica e a energia solar fotovoltaica pode assumir um papel importante.

rm: Como antevê a produção de energia em Portugal daqui a uma década?NA: No actual cenário podemos fazer previsões que nos podem parecer lógicas e coerentes, mas em 6 meses ou 1 ano ficam completamente desajustados. Actualmen-te, ninguém sabe o que vai acontecer com a micro-geração em 2012, quanto mais em 2022... E este cenário de incerteza, traz ins-tabilidade a quem opera neste sector, pois não permite avançar com investimentos de médio prazo. No entanto, parece-me evidente que o consumo energético vai continuar aumen-tar no futuro, assim como as renováveis vão continuar a aumentar o seu peso no mix energético. Como tal, a Metalogalva tem de estar preparada para acompanhar estas mu-danças dando respostas rápidas e acima de tudo de qualidade.

Page 70: Renováveis Magazine 8

68

entrevista

“compromisso de oferecer aos clientes serviços que respondam às suas necessidades”

renováveis magazine (rm): Qual o percurso da DASOLUZ desde 2006 até aos dias de hoje?David Alonso (DA): A DASOLUZ Ener-gía Solar é uma empresa espanhola criada no ano de 2006. Nasceu no seio de um grupo de profissionais com uma ampla experiência no campo da electricidade e da manutenção industrial, alargando a sua abrangência à área da energia solar fotovoltaica, e assim surgiu a DASOLUZ Energía Solar, à frente da qual estou com o cargo de Director.Desde o início a DASOLUZ baseia a sua ac-tividade no desenvolvimento da energia so-lar, desde a sua criação, passando e focando a sua atenção na concepção, fabrico e dis-tribuição de seguidores solares em Espanha. A DASOLUZ apresentou um crescimento muito positivo em termos de facturação, tendo passado de uma facturação de 120

mil euros em 2006 para 14 milhões de euros em 2011, além do aumento do número de postos de trabalho e que geram mais de 150 postos de trabalho indirectos.Esta empresa espanhola, em pouco tempo, adquiriu um grande prestígio no mercado espanhol, baseando o seu sucesso no com-promisso de oferecer aos clientes serviços que respondam às suas necessidades, além de uma firme aposta no investimento em I&D destinado aos benefícios derivados do desenvolvimento e investigação de novos produtos, numa contínua melhoria dos pro-cessos de fabrico e na qualidade dos mate-riais utilizados nos produtos desenvolvidos.

rm: Em termos de expansão mundial, em que países podemos encontrar a DASO-LUZ actualmente?DA: O prestígio da DASOLUZ não se cir-

cunscreve apenas ao mercado espanhol, e por isso apostamos mais de 500 mil euros para garantir uma expansão sustentada para outros países, valor esse que acrescentamos aos 230 mil euros investido nestes últimos dois anos. Assim, actualmente a DASOLUZ já se encontra presente em países como Portugal, Itália, Índia, EUA, Canadá, Grécia, Argélia, Jordânia, Mauritânia, França, Alema-nha, Líbia, Chipre e Roménia, entre outros. E no futuro queremos trabalhar em locais que estão a ter um forte crescimento, apesar da crise, como o Brasil, China, Costa Rica, África do Sul e Marrocos, permitindo-lhe ter uma quota de mercado significativa fora das nossas fronteiras e a curto prazo. Para isso trabalhamos imenso em colaboração com os nossos distribuidores e colaboradores, par-ticipando em inúmeras feiras internacionais de grande prestígio e especializadas no seg-

por Helena Paulino

A DASOLUZ já é um nome incontornável no mercado da energia renovável em Portugal. David Alonso explicou como chegaram ao sucesso actual, quais os pilares que permitem à DASOLUZ continuar na vanguarda do seu sector. Os seguidores solares DASOLUZ vieram para ficar, segundo contou à “renováveis magazine”.

Page 71: Renováveis Magazine 8

69

entrevista

mento fotovoltaico, apresentando e mos-trando nesses eventos a nossa empresa e os nossos produtos. Tudo isto tem decorrido com enorme sucesso nos mercados onde já nos encontramos presentes.

rm: O que caracteriza a DASOLUZ en-quanto empresa dedicada à promoção da energia solar fotovoltaica?DA: A DASOLUZ é uma empresa consoli-dada no sector da energia solar fotovoltai-ca, para o qual contribuiram vários anos de experiência no sector com mais de 6.000 seguidores fabricados e distribuídos em todo o mundo. A experiência e a inovação no desenvolvimento dos nossos produtos com mais de 10 modelos de seguidores so-lares desenvolvidos e acolhidos com gran-de êxito nos diferentes países nos quais a DASOLUZ marca presença. Desta forma apresentamo-nos como uma referência para outras marcas do mercado, algo que é garantido pela qualidade dos produtos utili-zados, visto que a DASOLUZ tem critérios de qualidade muito exigentes com os seus fornecedores.A assessoria técnica oferecida pelos técnicos da empresa juntamente com um tratamen-to personalizado que oferecemos a todos e a cada um dos nossos clientes em especial, juntamente com o compromisso fixado pela direcção da empresa de fornecer todos os nossos conhecimentos, tornou a DASOLUZ

como uma referência indiscutível no merca-do da energia renovável.

“Reforçar a presença da marca DASOLUZ em termos de internacionalização”

rm: Qual o feedback que tiraram da par-ticipação da DASOLUZ na CONCRETA, realizada na cidade do Porto em Portugal, e considerada como a maior feira no sector em que opera?DA: A DASOLUZ participou no passado mês de Outubro na CONCRETA, que se realizou no Porto, de 18 a 22 de Outubro de 2011. As feiras são um ponto de encontro importante entre profissionais e empresas do sector, e onde se dão a conhecer todas as inovações e o desenvolvimento de novos produtos. O facto de participar nesta feira como expositor foi sobejamente relevante para nós, pelos novos contactos e a aborda-gem pessoal. Isto obviamente implica trans-missão dos produtos e soluções que desen-volvemos e que temos expostos no stand. Foi muita experiência muito gratificante para nós e por isso, a DASOLUZ pretende agra-decer a visita e presença no stand de todos os seus clientes, além do apoio prestado pe-los mesmos, assim como as felicitações rece-bidas, as quais já foram transmitidas a todos os funcionários da DASOLUZ.

rm: Além de contactarem mais pessoal-mente com os fornecedores e clientes da DASOLUZ, quais as outras vantagens de participar numa feira?DA: Além da CONCRETA, a DASOLUZ tem estado presente em 2011 noutras feiras e noutros países: ENERGAÏA em Montpellier (França), ECOTEC em Atenas (Grécia), SOLAREXPO em Verona (Itália), GENERA em Madrid (Espanha), INTERSO-LAR em Munique (Alemanha) e TEKTÓ-NICA em Lisboa (Portugal). Isto permite reforçar a presença da marca DASOLUZ

“A experiência e a inovação no

desenvolvimento dos nossos produtos com mais de 10 modelos

de seguidores solares desenvolvidos e

acolhidos com grande êxito nos diferentes

países nos quais a DASOLUZ marca

presença”

Page 72: Renováveis Magazine 8

70

entrevista

fotovoltaicos?DA: Como já abordei anteriormente, a DASOLUZ dispõe de 10 modelos de segui-dores, os quais possuem características di-ferentes para a instalação em qualquer tipo de projecto.A partir de Janeiro de 2012, a DASOLUZ contará com um catálogo de estruturas fixas em alumínio para poder fornecer produtos a qualquer tipo de projecto. O mais importante que a DASOLUZ está a oferecer actualmente é o sistema de con-trolo e monitorização que foi desenvolvido para os seguidores DAS 4, os quais permi-tem a monitorização, interacção via remota e permitem inclusivamente, reparar avarias sem necessidade de assistir à sua instalação.Para as instalações de mini-geração contamos com um software de controle remoto, no qual temos monitorizada a instalação, a visualiza-ção em tempo real dos seguidores, alarmes e muitas outras opções que fazem desta ferra-menta a mais sofisticada do mercado.

“o sucesso tem a sua base na oferta de produtos de qualidade”

rm: De que forma a DASOLUZ aposta na Investigação & Desenvolvimento? DA: Desde o início, a DASOLUZ aposta fir-

em termos de internacionalização, visto que em cada uma destas feiras temos obti-do novos contactos os quais, muitos deles, já se converteram em projectos e outros estão prestes a ser projectados. É também importante realçar os projectos que temos obtido na sequência da nos-sa presença nestas feiras: 1 MW em Itália, 800 KW na Grécia, 2 MW no México que começou por um fornecimento de seguido-res em Março de 2012. E o projecto mais importante que estamos neste momento a trabalhar está localizado na Índia, com um fornecimento de 15 MW de seguidores DAS 12, que irão ser fabricados durante 2012.

“Experiência da DASOLUZ no aconselhamento do produto mais adequado”

rm: Na vossa opinião, como se encontra o mercado português comparativamente com o espanhol? Quais as diferenças entre os dois mercados?DA: São dois mercados muito diferentes. Em Espanha a gestão da energia fotovol-taica não tem sido a mais apropriada, uma vez que permitiram fazer grandes instala-ções fotovoltaicas de grande potência de até 50 MW com uma tarifa muito elevada, e agora mesmo o Governo não consegue arcar com o pagamento e por isso fez uma alteração na norma com carácter retro-activo, o que nos prejudica imenso rela-tivamente às instalações já existentes e na instalação de novas. Isto porque as pessoas estão confusas e o investimento está prati-camente parado. rm: E o mercado português, como o ca-racteriza?NA: Penso que tem tido uma óptima gestão porque tem crescido de forma sustentada, com instalações de pequena potência e con-trolando os MW que se tem podido instalar a cada ano, fixando o preço da tarifa para cada ano, com alguns ajustes razoáveis no preço todos os anos. Isto permite um mer-cado contínuo e duradouro, no qual as em-presas irão amadurecer ao longo do tempo e as instalações tornam-se mais eficientes e com uma maior rentabilidade.Actualmente todas as empresas estão con-centradas na mini-geração, uma vez que

abre um campo que até agora não existia no mercado português, e o qual vai marcar a di-ferença entre as empresas porque para levar a cabo instalações deste tipo é necessário ter uma almofada financeira importante e uma capacidade técnica. A DASOLUZ pretende transmitir confiança e toda a experiência que nos caracteriza, uma vez que a empresa já há muitos anos que tem vindo a desen-volver projectos deste tipo em Espanha e noutros países, e garantimos os resultados obtidos com mais de 6.000 seguidores ins-talados em diferentes partes do mundo para projectos deste género. A experiência que a DASOLUZ transmite no aconselhamento da escolha do produto mais adequado, aju-da no desenvolvimento e configuração dos projectos e no acompanhamento técnico oferecido tanto na concepção da obra como no pós-venda, marcam a diferença relativa-mente a muitos outras marcas de seguidores solares presentes no mercado português, visto que a maioria não possuem experiên-cia neste tipo de projectos. E desta forma, a DASOLUZ surge como uma aposta firme e clara e um parceiro de confiança neste tipo de projectos.

rm: Em termos de inovações, qual o último desenvolvimento da DASOLUZ no que diz respeito a produtos para parques solares

“COMPROMISSO DE OFERECER AOS CLIENTES SERVIçOS qUE RESPONDAM àS SUAS NECESSIDADES”

“O desenvolvimento de novos produtos

é vital para o crescimento e

desenvolvimento de uma empresa,

e por isso, o nosso departamento

de Investigação e Desenvolvimento está

permanentemente a desenvolver novos

equipamentos e sistemas”

Page 73: Renováveis Magazine 8

71

entrevista

memente em I&D, investindo durante todos os anos, todos os seus lucros no campo da pesquisa e desenvolvimento de novos pro-dutos e implementação de departamentos próprios direccionados para esta área. A DASOLUZ Solar Energía projectou a cons-trução de um complexo industrial em Toro, em Zamora, para os próximos dois anos, com um custo de 1,2 milhões de euros num espaço de 2 mil metros quadrados distribu-ídos por diferentes locais onde são fabrica-dos seguidores solares de duplo eixo e nos quais se encontram expostos os diferentes modelos, incluindo a sua oferta de produ-tos. Neste enclave, e sobre uma superfície de 400 metros quadrados, encontram-se os serviços técnicos e de I+D+i, uma vez que para a DASOLUZ o sucesso tem a sua base na oferta de produtos de qualidade, de onde resultam muitos trabalhos e investimen-to em I+D. Este é um projecto ambicioso, pelo que uma vez concluído, será sustentado apenas com energias renováveis. Com isto propomos um projecto e uma construção do mesmo a custo zero para a atmosfera, derivado das suas nulas emissões de CO

2 durante o processo de fabrico.

rm: Mas que importância tem a Investiga-ção e Desenvolvimento (I&D) para a DA-SOLUZ?

DA: Para a DASOLUZ a investigação e de-senvolvimento é um dos pilares fundamen-tais, sobre os quais assenta a empresa. O desenvolvimento de novos produtos é vital para o crescimento e desenvolvimento de uma empresa, e por isso, o nosso departa-mento de Investigação e Desenvolvimento está permanentemente a desenvolver novos equipamentos e sistemas de forma a dar res-posta às necessidades que os nossos clientes nos apresentam.

“A DASOLUZ aposta na formação de todos os técnicos”

rm: Quais os produtos e serviços que a DASOLUZ pode oferecer?DA: A DASOLUZ lançou-se no mercado português com um produto inovador, o seguidor DAS 4, adaptado exclusivamente à legislação portuguesa e às necessidades e utilizações de cada cliente. Mas a DASOLUZ não possui apenas este seguidor. Destacam--se o DAS 3, DAS 5, DAS 7, DAS 10 de um eixo, o DAS Cuber, DAS apenas com um eixo solar. Neste momento, a DASOLUZ aposta de uma forma mais firme nos se-guidores DAS 8, DAS 12 e DAS 14 porque são modelos pensados para a mini-geração e os mais utilizados nos restantes mercados

nos quais a DASOLUZ se encontra presen-te. Como todos os outros modelos com a marca DASOLUZ, estes são igualmente ro-bustos, fiáveis, apresentam as mesmas carac-terísticas em funcionamento e controlo tal como o DAS 4, sendo assim uma boa para aposta para inúmeras instalações.

rm: Houve algum projecto que se tenha destacado de alguma forma? E porquê?DA: No mercado português, em termos de micro-geração destacamos os mais de 2000 seguidores instalados em todos os nossos clientes, que nos tornaram numa referência no mercado português. A DASOLUZ já de-senvolveu projectos muito importantes em Espanha, e em muitos outros países, com um grande número de seguidores instalados em cada parque fotovoltaico, mas pessoalmente sinto-me mais agradecido e sinto até alguma emoção pelo mercado português porque são inúmeros os clientes que confiam em nós. E isso tem para mim uma grande im-portância em termos pessoais.

rm: Até que ponto a manutenção é impor-tante nos parques solares?DA: Realizar uma boa manutenção nas ins-talações é um requisito indispensável para que os seguidores tenham uma longa vida útil, porque se isso não acontecer os compo-nentes teriam uma vida inferior ao previsto e consequentemente, surgiam gastos desne-cessários para os proprietários das instala-ções. Por isso na DASOLUZ este é um as-pecto ao qual damos extrema importância.

rm: A formação é algo em que a DASO-LUZ também aposta? Porquê?DA: A formação é algo muito importante para nós, e por isso a DASOLUZ aposta na formação de todos os técnicos das empre-sas dos nossos clientes, sem qualquer cus-to. Desde 2011 que nos propomos a formar todos e qualquer um dos nossos clientes através de jornadas de formação técnica realizadas um pouco por todo o país. Isto tem-nos permitido transmitir tudo sobre os nossos produtos e partilhar conhecimento com todos eles, num ambiente muito agra-dável. Para 2012 temos já marcados uma série de eventos e formações. Antes do fi-nal do ano iremos divulgar a calendarização das mesmas, de forma a que todos possam participar.

Page 74: Renováveis Magazine 8

72

investigação e tecnologia

O projecto Casas Em Movimento (CEM) nasceu da ideia de construir uma nova geração de casas que juntasse inovação e sustentabilidade. O conceito procurou conceber uma habitação que reage com a natureza, acompanha o movimento do sol, maximizando os ganhos solares, ao mesmo tempo que cria novos espaços interiores e exteriores para os seus habitantes dando respostas à vida quotidiana do século XXI, através de uma habitação que desenha o percurso do sol e dele se alimenta. Sendo todo o equipamento integrado num belo edifício capaz de interagir com a envolvente.

casas em movimento, uma nova geração de casas auto-sustentáveis

O projecto “casas em movimento” de autoria de Manuel Vieira Lopes (estudante da Faculdade de Arquitectura do Porto (FAUP) nasceu em 2008 no âmbito do Lidera da Universidade do Porto, dando origem a uma “spin-off ” (casas em movimento, lda.) e estabelecido um protocolo de parceria com a Universidade do Porto. A parceria tem como objectivo garantir a construção do protótipo “cem/faup” no campus da Faculdade de Arquitectura no ano de 2012.

Para o desenvolvimento do projecto e realização de estudos especializados foi criada a “equi-pa casas em movimento” coordenada pelo autor do projecto e constituída por entidades do sistema cientifico e tecnológico:• FAUP (projecto estruturas); • FEUP (projecto eléctrico); • INEGI (sistemas mecânicos de movimento); • INESC (sistemas de automação e controlo); • LNEG (eficiência energética e sustentabilidade).

O protótipo “cem/faup” irá reflectir todo o conceito e funcionará como um “laboratório vivo”, servindo como um centro de estudos e de investigação para que sejam testadas e optimizadas

Manuel Vieira Lopes Autor e coordenador do projecto “casas em movimento”

[email protected]

todas as tecnologias da casa. Servirá também de montra para abrir portas, aos alunos e professores para aí testarem as suas soluções com aplicabilidade no protótipo.

No desenvolvimento deste projecto a equi-pa tem vindo a guiar-se por três princípios. Estes princípios tomam em consideração as condições ecológicas, económicas e sociais actuais e marcam a especificidade e origina-lidade do edifício.

O primeiro princípio a salientar prende-se com a preocupação em vincular o espaço da habitação às mudanças dos seus residentes. Numa era em que a mobilidade das pessoas é mais fácil e rápida que em qualquer outra, tornou-se necessária a existência de uma habitação que mantenha um traço contem-porâneo face as necessidades de alterações morfológicas ao longo do seu ciclo de vida o suficiente para se adaptar a todas essas mudanças e transformações e evitar que a casa rapidamente se torne desadequada e seja abandonada. Com isto em mente, o protótipo “cem/faup” está a ser projectado como edifício modular “conceito evolutivo – adição e subtracção de modulos”, o que permite serem acrescentados ou retirados divisões, de acordo com a evolução do agre-

Figura 1 Protótipo “cem/faup” a ser construído na Faculdade de Arquitectura do Porto em 2012/2013.

Page 75: Renováveis Magazine 8

73

investigação e tecnologia

gado familiar ou eventualmente com a alte-ração das suas condições económicas.

O conceito evolutivo dos sistemas permite a incorporação dos vários sistemas disponí-veis para a casa de forma faseada ou seja, será possível adquirir o modelo básico (tudo parado) e a posterior serem acrescentados os vários sistemas progressivamente tornan-do a habitação num modelo topo de gama (“modelo cem/faup”).

Outro aspecto que se pode também en-quadrar neste princípio é a facilidade que a habitação oferece na sua deslocação de um local para outro, uma vez que é cons-truída segundo o modelo pré-fabricado, o que significa que não se fixa com alicerces e não fica, portanto, presa a nenhum local. Este aspecto deve ainda ser articulado com a questão do impacto ambiental, uma vez que a implantação da casa num local não implica, quanto à sua estrutura, qualquer modifica-ção do meio.

O segundo princípio tem que ver com o mo-vimento da casa “efeito girassol”. Este prin-cípio relaciona-se seja com a vida quotidiana dos habitantes, seja com a auto-suficiência energética e a sustentabilidade da casa. O movimento exterior da casa pode ser divi-dido em dois elementos: o movimento do corpo da casa e o movimento da “cobertu-ra móvel” (revestida a painéis fotovoltaicos). Ambos se realizam em função da posição do sol e de acordo com um aproveitamento máximo da energia solar, sendo que o mo-vimento do corpo da casa realiza-se numa rotação em torno de um elemento fixo que permite uma amplitude em azimute entre -90º e 90º, enquanto que o da pala se reali-za com inclinação até 45º, marcada por uma grande amplitude de oscilação. A rotação do corpo da casa implica que, pela manhã, o espaço interior esteja orientado para Leste (nascente) e, à noite, para Oeste (poente), o que marca os momentos destinados às refeições – momento privilegiado da reu-nião familiar - e estabelece um ritmo mais orgânico para o quotidiano. Esta orientação permitirá uma redução do consumo energé-tico gerado pela iluminação artificial. No en-tanto, a exploração do movimento da casa não se esgota no seu exterior; no interior o movimento está a ser explorado como

elemento que permite a transformação das divisões e a versatilidade de um espaço que nas habitações contemporâneas é cada vez mais reduzido. Assim, o interior da casa será constituído por um elemento fixo – corres-pondente aos sanitários e à cozinha (zona de águas) – e uma zona ampla apenas dividida por uma parede/armário móvel. A mobili-dade desta parede/armário (que se poderá movimentar desde uma ponta até metade da casa) permitirá a transformação e ade-quação das divisões às necessidades dos ha-bitantes. Pode-se assim de um mesmo espa-ço fazer um quarto, uma sala de estar, uma sala de jantar, um escritório, um atelier. O princípio foi também aplicado ao mobiliário com a rotação em eixo de móveis como a cama, por exemplo, permitindo rapidamen-te transformar o espaço de um quarto num escritório, já que o apoio da cama no chão transforma-se-ia em secretária.

O terceiro princípio relaciona-se e, de certa forma, engloba os outros dois, ao estabele-cer a tendência da maior eficiência e susten-tabilidade energética possível na projecção das casas CEM. Há um conceito subjacente aos dois princípios enunciados e que se torna explícito neste último; trata-se do conceito de orgânico, ao qual todo o projecto da casa está associado e subjugado. Este conceito objectiva-se na preocupação de construir uma casa que se assemelha a um organismo vivo, no que respeita à sua inserção no meio ambiente e na coexistência com a natureza envolvente. Quanto à inserção no meio am-biente, é de salientar a opção arquitectónica

de projectar as duas fachadas laterais em vi-dro, estando também em estudo a possibi-lidade da cobertura ser também em vidro, de forma a que o habitante possa desfrutar de um tecto panorâmico sobre o qual a pala móvel, que contém os painéis solares, defina uma panóplia de filtragens da luz propor-cionando efeitos semelhantes àqueles que a ramagem de uma árvore produz. Esta opção permite uma continuidade entre o espaço interior e o espaço exterior que promove uma forte relação entre o espaço humano e o espaço natural. Por outro lado, o vidro possibilita também o aproveitamento e a valorização da luz solar como alternativa à iluminação artificial.

O aspecto da climatização é um dos que são objecto de maior preocupação por parte da equipa, uma vez que este é um dos maio-res responsáveis pelo consumo energético. Tendo isso em vista, está em estudo a ex-ploração dos movimentos do corpo da casa e da pala como um sistema de climatização passiva, que, através da orientação solar e das zonas de sombra geradas pelas posições da pala, permitiriam o arrefecimento ou o aquecimento das diferentes áreas da casa. Para tal, a cobertura da casa poderá deslo-car-se para a frente da fachada e funcionar como um elemento de sombreamento, pro-teger o vidro da fachada da exposição solar directa (“posição de Verão”); recolhendo-se a pala, expõe-se a fachada durante os meses mais frios (“posição de Inverno”), de modo a que os raios Solares penetrem no interior do edifício aquecendo o espaço e tornan-

consumida produzidacasa fixa 2.972,32 15.484,00

pala a mover 4.833,82 16.325,00casa a mover 4.012,57 20.410,00

pala+casa a mover 5.874,07 21.615,00

Energia anual (kWh/ano)cenário

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

casa fixa pala a mover casa a mover pala+casa a moverEn

ergi

a an

ual (

kWh/

ano)

Cenário

Relação de energia anual nos vários cenários

consumo produção

Figura 2 Estudo preliminar de produção de energia anual nos diferentes cenários.

Page 76: Renováveis Magazine 8

74

investigação e tecnologia

do-o mais confortável, ao mesmo tempo que se evitaria o recurso a outros equipa-mentos de climatização.

Quanto à coexistência da casa com a na-tureza envolvente, ela está a ser pensada em termos de impacto ambiental e pegada ecológica. O modelo de casas tradicional mantém uma relação parasitária para com a natureza, explorando os seus recursos (seja através dos materiais utilizados na constru-ção, seja através da despreocupação na efici-ência energética dos edifícios) sem levar em consideração a sua progressiva escassez. Por oposição a este modelo, pretende-se que as casas CEM sejam uma nova geração de casas sustentáveis e auto-suficientes casas que se fundem com a natureza.

À preocupação da produção de energia so-lar, junta-se a da utilização das águas pluviais e, dentro das possibilidades, de materiais reutilizáveis. O sistema activo fundamental na produção de energia solar é a cobertu-ra móvel que, com o inovador sistema de movimento em desenvolvimento no INEGI, permitirá um máximo aproveitamento da luz solar. Os diferentes valores de produção energética, conseguidos mediante as várias possibilidades dos movimentos da casa, es-tão descritos na Figura 2. Como se pode concluir pela análise da tabela, a quantidade de energia produzida extravasa as necessi-dades energéticas da casa. A venda da ener-gia solar à rede eléctrica proporciona um rendimento anual, o qual poderá servir para a aquisição de outros sistemas disponíveis aplicáveis na casa (segundo o modelo de up-grade que acima se descreveu), pelo que se pode dizer que a casa será também auto-sustentável economicamente, pagando as suas próprias actualizações. No desenvolvi-mento dos sistemas tem-se estudado sem-pre – como medida de eficiência energética – a multi-funcionalidade no maior núme-ro possível de sistemas, pensando formas de aproveitar o seu funcionamento activo e passivo, de modo a reduzir o consumo energético com a redução e optimização dos sistemas. A água é outro recurso que progressivamente se vai tornando mais es-casso e, consequentemente, mais precioso. O recurso ao armazenamento de águas plu-viais esteve até à bem pouco tempo quase esquecido, depois de ter sido um problema

CASAS EM MOVIMENTO, UMA NOVA GErAçãO dE CASAS AUTO-SUSTENTáVEIS

a que foi dedicada especial atenção na habitação do passado. A valorização destes equipa-mentos - motivada por uma preocupação em reduzir o consumo de água ao mínimo – per-mitirá a utilização das águas pluviais para as descargas sanitárias e para as regas, poupando milhões de litros de água potável.

resta referir o cuidado com a escolha dos materiais a usar na estrutura. O critério seguido neste aspecto é o da escolha de materiais que permitam um ciclo de vida tendencialmente reutilizável por tempo indefinido. O intuito é o de que os materiais não venham nunca a tornar-se em entulho, mas possam sempre ser reaproveitados na montagem de novas casas CEM.

Um exemplo do tipo de materiais que se pretende usar é a cortiça. Este material tem exce-lentes qualidades de isolamento térmico e acústico que têm vindo a ser utilizadas na indústria espacial, automóvel, na confecção e na construção civil, em isolamentos e pavimentos. A sua durabilidade é um teste ao tempo e a sua reutilização enquadra-se no critério que acima enunciamos. É um dos materiais nacionais que melhor desempenho tem vindo a ter nas ex-portações e também um dos que maior potencial oferece. Estes aspectos conjugam-se com o objectivo da casa representar Portugal no estrangeiro e de ser um veículo para o aumento das exportações nacionais. É também uma oportunidade de um produto português ser si-nónimo de qualidade, inovação e sustentabilidade num contexto internacional utilizando e divulgando os recursos do nosso país.

Figura 3 Protótipo cem/faup na posição 8h.

Figura 4 Alçados Norte e Sul do protótipo cem/sde.

Paralelamente ao desenvolvimento do protótipo “cem/faup” encontra-se desde Janeiro des-te ano em desenvolvimento o protótipo “cem/sde”. Este projecto encontra-se inserido num concurso internacional para o qual foi seleccionado, juntamente com outros 19 projectos, de entre centenas de candidaturas. Esta é a primeira participação de uma equipa portuguesa num concurso de arquitectura sustentável cujo estatuto é reconhecido internacionalmente. Trata-se do concurso Solar decathlon Europe 2012 (SdE) que começou por ser realizado nos Estados Unidos e vai actualmente na sua segunda edição europeia. O concurso tem por objectivo a investigação, projecto e construção (para posterior comércio) de habitações sus-tentáveis e de balanço energético nulo, cuja principal fonte de energia (eléctrica e térmica) seja o Sol.

Vista Poente Vista Nascente

Page 77: Renováveis Magazine 8

75

investigação e tecnologia

Para este concurso constituiu-se uma equi-pa multi-disciplinar formada por alunos e alguns professores da Universidade do Por-to (integrando elementos de áreas como a arquitectura, o design, a engenharia ou áreas ligadas às ciências sociais) designada por “cem+nem-“ para a elaboração de um protótipo a ser apresentado em Madrid em Setembro de 2012. O protótipo que esta equipa está a desenvolver é, no entanto, diferente daquele projectado para a FAUP pela “equipa casas em movimento”. A dife-rença entre os dois projectos tem que ver com um dos aspectos mais inovadores das casas CEM: o movimento das casas. Devido a restrições impostas pelo regulamento da SDE, criamos um novo desafio converten-do-as em vantagens, e vamos demonstrar a versatilidade do conceito.

A casa que vai a Madrid será como que o modelo mais básico da gama CEM, enquanto aquele a construir na FAUP será o modelo

PUB

.

topo de gama. Segundo o próprio conceito modular do projecto, o modelo a apresentar em Madrid poderá, no entanto, ser actualizado de modo a integrar todas as funcionalidades que se está a investigar e a desenvolver para o modelo da FAUP.

Esta equipa conta com o apoio de algumas empresas nacionais e internacionais de renome, da Universidade do Porto (UP) e da empresa Casas em Movimento lda. O SdE é encarado como uma oportunidade única e privilegiada de apresentar, o protótipo “cem/sde” no con-texto de um dos maiores certames internacionais para habitações sustentáveis.

Acreditamos no potencial inovador das casas CEM e pensamos que este poderá ser um produto que, na actual conjuntura, possa vir a ter um impacto significativo no mercado inter-nacional e venha a ser uma mais valia para a economia nacional, enquanto possível gerador de postos de trabalho. Em consonância com esta convicção, submetemos uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que, a ser aceite, significaria um impor-tante reconhecimento institucional. Entretanto, continua-se à procura de parceiros empresa-riais que queiram participar e colaborar neste projecto inovador, com propriedade industrial e intelectual que poderá vir a criar a habitação do século XXI.

Estas parcerias significam a representação de Portugal e da tecnologia que cá se desenvolve e que pretendemos exportar.

A todos os interessados em mais informações, www.casasemmovimento.com, ou contactan-do-nos através do email [email protected].

Page 78: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine76

mundo académico

VERCampus – campus de energias renováveis*

Energia eólica

Microprodução com turbinas eólicasNo âmbito da energia eólica foram instaladas duas unidades de microprodução com turbi-nas eólicas FORTIS-Montana nos outrora si-los da EPAC, junto ao Campus do IPB. A liga-ção à rede elétrica foi efetuada no âmbito da microprodução, utilizando, para cada turbina, um inversor monofásico Windy Boy 3800, com potência nominal à saída de 3,8 kW. As turbinas utilizam um gerador síncrono de ímanes permanentes, com potência de 5 kWp, o qual é ligado a um retificador tri-fásico que é responsável pela conversão ele-trónica das tensões alternadas numa tensão contínua, que, por sua vez, é convertida em tensão alternada pelo inversor de tensão.

Na maior parte dos casos, o inversor é controlado em corrente fazendo com que a energia injetada na rede seja feita sob a forma de corrente sinusoidal, síncrona com a tensão da rede elétrica de modo a garantir um fator de potência unitário e outros re-

quisitos de qualidade de energia como, por exemplo, a limitação de conteúdo harmóni-co injetado na rede.

Figura 1 Microprodução com turbinas eólicas insta-

ladas no edifico dos Silos.

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) tem vindo a desenvolver, desde meados de 2007, um projeto designado por VERCampus – Campus Vivo de Energias Renováveis, que visa a implantação no seu Campus Universitário de um “Parque Vivo” dedicado à disseminação de Energias Renováveis: solar fotovoltaica, solar térmica, eólica, hídrica, sistemas híbridos, microredes inteligentes (smart grids), veículos elétricos, biocombustíveis e eficiência energética.O Parque de Energias Renováveis foi concebido para estar aberto à comunidade, através de um conjunto de atividades que vão desde o ensino e formação ao longo da vida até à realização de projetos de transferência de tecnologia e de I&D, passando pela disseminação de fontes renováveis de energia e das tecnologias envolvidas, junto da comunidade envolvente, designadamente, empresas, instituições públicas e privadas e escolas de diferentes níveis de ensino. A designação de “Parque Vivo” pretende realçar que estará permanentemente ativo, com a realização de atividades regulares abertas à comunidade em geral.

Vicente Leite1, José Batista2 e Orlando Rodrigues3

Instituto Politécnico de Braganç[email protected], [email protected], [email protected]

Conjuntamente com as turbinas, foi insta-lado um sistema de monitorização remota para medida da velocidade do vento e de um amplo conjunto de medidas elétricas como, por exemplo, a energia produzida diariamente e total e a potência instantânea.

Microprodução com turbina eólica integrada em microredeNo âmbito de uma microrede elétrica, descrita mais adiante, foi instalada uma pequena unida-de de microprodução de energia eólica cons-tituída por uma turbina eólica (Fortis, modelo Passaat), com potência de pico de 1,4 kWp, um retificador equipado com uma resistência de potência para dissipar picos de potência e um inversor eólico SMA Windy Boy 1700. Foi também instalado equipamento de monito-rização remota (webbox) e um anemómetro para medida da velocidade do vento.

Esta unidade de microprodução eólica foi instalada junto ao edifício da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTiG) para tornar

* Texto escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico.

Page 79: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 77

mundo académico

possível a integração com o Laboratório de Sistemas Eletromecatrónicos onde se en-contra instalada a microrede. Aqui, realizam-se atividades de I&D e trabalhos curriculares de alunos.

Figura 2 Turbina eólica integrada numa microrede.

Energia solar fotovoltaica

Unidades de microprodução fotovoltaicaPara a integração de energia solar fotovoltaica nas coberturas das Escolas do IPB, foi adotada uma configuração modular, que é uma carate-rística dos sistemas fotovoltaicos, constituída por nove unidades, cada uma com potência AC de 5 kW, de modo a injetar a energia pro-duzida, de forma distribuída e equilibrada, nas 3 fases do sistema trifásico do quadro geral de energia elétrica da cada Escola. Foram ins-talados três sistemas fotovoltaicos, com po-tência AC total de 15 kW, em cada uma das seguintes Escolas: Escola Superior de Tecnolo-gia e Gestão, Escola Superior Agrária e Escola Superior de Educação.

Figura 3 Alguns dos módulos fotovoltaicos instala-

dos nas coberturas dos edifícios.

Microprodução fotovoltaica integrada em edifíciosA integração de energia solar fotovoltaica em edifícios é uma das aplicações da ener-gia solar fotovoltaica com elevado potencial de desenvolvimento. No IPB, e para efeitos de demonstração, foram substituídos 29 dos vidros existentes, na fachada envidraçada da Biblioteca da ESTiG, por vidros fotovoltaicos.

Figura 4 Aspeto da fachada envidraçada com vi-

dros fotovoltaicos.

Os vidros fotovoltaicos foram produzidos por encomenda, com as dimensões exatas da caixilharia existente, e não são mais do que vidro duplo convencional com as células fotovoltaicas montadas no seu interior, em vácuo, com terminais de ligação para o ex-terior. A cablagem de ligação dos vidros foi montada através da caixilharia.

Seguidor solarA primeira iniciativa de integração de ener-gias renováveis no Campus do IPB foi a ins-talação de uma unidade pioneira de micro-geração de energia solar fotovoltaica. Sem qualquer financiamento externo ao IPB o sistema fotovoltaico começou por ser insta-lado no solo. Posteriormente, com financia-mento a 75% do projeto Interreg PROBIOE-NER, o painel fotovoltaico foi instalado num seguidor solar de dois eixos da DASOLUZ (modelo DAS 4).

Figura 5 Seguidor solar de 2 eixos.

A estrutura suporta 16 módulos fotovoltai-cos de 190 Wp cada, ligados numa fileira em série. No seguidor é utilizado um anemó-metro para medir a velocidade do vento e sempre que esta ultrapassar os 40 km/h o painel fotovoltaico é colocado em posição de segurança (plano horizontal).

Posteriormente, o painel do seguidor solar foi integrado, como unidade de microprodu-ção fotovoltaica, numa microrede elétrica in-teligente para sistemas autónomos até 5 kW, descrita mais adiante

Energia hídricaCom o objetivo de diversificar as diferentes fontes renováveis de energia foi realizado o aproveitamento de um pequeno recurso hídrico, proveniente do rio Fervença, que atravessa o Campus do IPB, para produção de energia elétrica e demonstração de solu-ções e tecnologias utilizadas na microprodu-ção hidroelétrica.

Na fase de concepção e projeto foi necessá-rio ter em conta os seguintes requisitos:• Não interferir no leito do rio;• Manter o contexto paisagístico;• Ter caráter demonstrativo;• Não ser afetada pela variação significativa

do nível do rio;• Utilização eficiente da energia produzida.

Page 80: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine78

mundo académico

Para não interferir no leito do rio e para manter o contexto paisagístico do Campus, a fonte renovável de energia consiste numa levada, habitualmente utilizada para rega, a qual foi revestida a betão na parte final.

Figura 6 Parte final da levada no Rio Fervença, den-

tro do Campus, em canal de betão.

Pretendia-se instalar a minicentral num lo-cal que permitisse uma ampla divulgação, tendo-se optado por um local de passa-gem, mas onde o nível da água do rio varia significativamente todos os anos, na altura das chuvas mais intensas. Para evitar que a subida do nível do rio pudesse inundar o gerador e outro equipamento, foram mon-tadas duas turbinas, a montante do tubo de carga e não a jusante, ao contrário do que é mais comum.

A minicentral tem caraterísticas de uma pico-hídrica (potência até 5 kW) e permite descer à galeria situada na parte inferior, per-

mitindo, assim, visualizar o tubo de carga, a bacia de descarga e o escoamento da água, a qual permite ajustar o nível da base de des-carga de água.

A montante, foram construídos dois canais que terminam na minicentral, seguindo para os “caracóis”, onde se localizam as turbinas. Foi construído um terceiro canal para des-carga do excesso de água para a levada origi-nal. As turbinas foram colocadas a montante do escoamento de água para evitar inunda-ções devido às subidas do nível do rio, que podem atingir cerca de 3 metros (Figura 7).

Nos meses de verão não se prevê o funcio-namento da mini-hídrica. Quando a água for suficiente, entra em funcionamento a turbina do “caracol” da esquerda (Figura 6). Se este caudal for significativo, a água transborda do canal da esquerda para o canal ao centro, pondo em funcionamento a segunda turbina. Se a água for excessiva, transborda para um terceiro canal e retoma o percurso original. Deste modo, com a instalação de duas tur-binas de potência menor em vez de uma de potência maior, é possível, por um lado, pro-longar por mais meses a produção de ener-gia e, por outro, aproveitar o pico dos meses mais chuvosos. A potência de cada gerador utilizado é de 1 kW.

A energia elétrica produzida foi utilizada no aquecimento de AQS. Desta forma, a energia produzida é aproveitada 24 horas por dia. Contudo, por exemplo ao fim-de-semana, quando há menos consumo de água quente, se a temperatura da água atingir o valor programado, um termóstato desliga a resistência colocada no depósito e a energia passa a ser dissipada numa re-sistência, em contacto com a água, junto da turbina. Para evitar este desperdício de energia, e através de uma solução pioneira, procedeu-se à adaptação de uma das turbi-

VERCamPuS – CamPuS DE ENERGIAS RENOVáVEIS

nas com a instalação de um novo gerador, mais eficiente e robusto, de forma a injetar a energia elétrica produzida, na rede elétri-ca do IPB. A plataforma de ensaios do equi-pamento a utilizar já foi testada e validada em laboratório.

Veículos elétricosA mobilidade sustentável é um requisito premente no futuro próximo. Os veículos puramente elétricos desempenham um pa-pel preponderante e utilizam a energia ar-mazenada em baterias para ser utilizada pelo sistema de propulsão elétrica. Este sistema consiste nas próprias baterias, num motor elétrico e num controlador eletrónico que converte a energia proveniente das baterias numa forma de energia compatível com o controlo do motor elétrico (tensão alterna-da com amplitude e frequência variáveis).

Figura 8 ECO Buggie IPB.

No âmbito do VERCampus foram desenvol-vidos dois veículos elétricos - o ECO Buggie IPB e o ECO Solar IPB. Com estes projetos pretende-se demonstrar a tecnologia dos veículos elétricos e a viabilidade da sua uti-lização para a eficiência energética global e redução do CO

2.

Em ambos os casos as baterias são carregadas com um painel fotovoltaico de 2 kW e dois carregadores solares. Ambos os veículos utili-zam um sistema de propulsão elétrica de tec-nologia inovadora, com um motor síncrono de ímanes permanentes de fluxo axial de 2,3 kW no ECO Solar IPB e de 13 kW no ECO Buggie IPB. Para este último, foi adquirida uma bateria específica de lítio (96 V) de modo a reduzir o peso e maximizar a capacidade para o volume disponível. O custo da bateria é cerca de 50% do conjunto global do veículo.Figura 7 (a) minicentral construída; (b) Galeria inferior; (c) Turbinas nos “caracóis”.

Page 81: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 79

mundo académico

MicroredeEste projeto tem como objetivo a imple-mentação de uma microrede elétrica in-teligente, para sistemas isolados auto-sus-tentáveis até 5 kW, baseada em energias renováveis, para efeitos demonstrativos, de transferência de tecnologia e de investiga-ção aplicada.

A microrede elétrica, com energia prove-niente apenas de fontes renováveis, integra as seguintes partes:• Inversor bidirecional;• Painel fotovoltaico instalado num seguidor

solar;• Turbina eólica;• Janela envidraçada da biblioteca da ESTiG

(futuramente);• Gerador a biodiesel;• Unidade de produção de biodiesel;• Banco de baterias solares;• Sistema de monitorização.

PUB

.

O objetivo é integrar várias fontes renováveis de energia (fotovoltaica, eólica e biodiesel) e poder ainda integrar outras fontes como a pico-hídrica e uma unidade de micropro-dução a pilhas de combustível a hidrogénio, para produzir energia elétrica. A solução é tecnicamente inovadora para a eletrificação de zonas isoladas ou sem rede elétrica públi-ca, permitindo concretizar uma nova forma de produção e distribuição de energia assen-te numa microrede elétrica descentralizada, flexível e modular, podendo ser facilmente ampliada até 100 kW através da instalação de uma rede trifásica e instalação 4 inverso-res bidirecionais em paralelo. Este conceito pode ser aplicado a uma habitação isolada, uma aldeia ou uma pequena vila.

O inversor bidirecional consiste num conver-sor eletrónico capaz de converter a energia acumulada nas baterias em corrente alterna-da convencional e vice-versa. Este módulo é

responsável por estabelecer uma microrede elétrica monofásica com tensão e frequência estáveis (230 V, 50 Hz). À microrede po-dem ser ligadas diretamente diversas fontes renováveis de energia e geradores, através de unidades modulares. Quando a energia é excessiva em relação ao consumo, o inver-sor bidirecional carrega as baterias e quando é insuficiente fornece à microrede a energia necessária a partir das baterias. Se a energia solicitada pelos utilizadores for excessiva po-dem ser desligadas algumas cargas. Quando o consumo é excessivo e as cargas não podem ser desligadas, o inversor bidire-cional pode fazer arrancar automaticamente o gerador. Assim, o sistema usa, prioritaria-mente, a energia solar fotovoltaica e eólica como fontes renováveis. Quando for neces-sário, ou conveniente, recorre ao biodiesel produzido localmente, na unidade de pro-dução do IPB.

Page 82: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine80

mundo académico

VERCamPuS – CamPuS DE ENERGIAS RENOVáVEIS

Sistema integrado de monitorizaçãoPara efeitos de monitorização, foi integrado um conjunto de equipamentos e sensores que permitem ter acesso a diversa infor-mação de todas as instalações, local ou re-motamente, via web. Algumas das variáveis monitorizadas são: a energia produzida dia-riamente e total, o número de horas de fun-cionamento, a tensão do lado DC e do lado AC, a potência instantânea injetada na rede, a frequência da rede, a temperatura ambien-te e dos módulos fotovoltaicos, o nível de radiação, a velocidade do vento, o estado de operação do equipamento. Alguns parâme-tros dos equipamentos também podem ser acedidos e modificados remotamente via PC através deste sistema. Assim, são registados e monitorizados os dados referentes às ins-talações do Campus do IPB referidas ante-riormente, designadamente: • Geradores eólicos dos silos;• Unidades fotovoltaicas das escolas;• Unidade fotovoltaica integrada na fachada

envidraçada;• Seguidor solar de 2 eixos;• Microrede.

Sistemas híbridosQuando um sistema integra mais de uma fonte renovável de energia é designado por sistema híbrido de energias renováveis.

A utilização em simultâneo de mais de uma fonte renovável permite dispôr de energia de uma forma mais distribuída ao longo do tempo e, assim, dispôr de energia durante mais tempo ou evitar a acumulação de ener-gia elétrica em maior quantidade, o que per-mite reduzir a capacidade das baterias (ver Figura 9).

O sistema instalado utiliza a combinação da energia solar e eólica para carregar duas ba-terias de 12 V e 80 Ah que, por sua vez, atra-vés de um inversor de tensão para sistemas isolados, alimenta um circuito de iluminação. O gerador eólico tem uma potência de 90 W e o módulo fotovoltaico de 60 Wp.

Para a monitorização e registo de dados do sistema híbrido foi desenvolvida uma aplicação em software para PC com diversas funcionali-dades, incluindo a monitorização da produção e consumo da energia, e o registo de dados em ficheiro. O aspeto gráfico de um dos pai-néis desta aplicação é mostrado na Figura 10.

Figura 10 Interface da aplicação de monitorização

do sistema híbrido.

Unidade de produção de biodiesel O IPB instalou uma unidade semiautomática de produção de biodiesel com capacidade de 200 l por dia, a qual utiliza, como matéria prima, o óleo alimentar recolhido nas can-tinas dos Serviços da Acção Social do IPB e noutras entidades com as quais o IPB esta-beleceu protocolos para o efeito.

Sistemas solares termodinâmicos O IPB instalou, ainda, 20 coletores solares

termodinâmicos para aquecimento de AQS em todos os bares das escolas, na cantina e nas três residências de estudantes. Estes sistemas termodinâmicos foram integrados com os já existentes e fazem um préaqueci-mento da água de modo a reduzir o consu-mo de gás natural.

ConclusãoA concretização do projeto veio permitir a realização de atividades de ensino e de for-mação – a principal missão do IPB – com uma componente de verificação e demonstração experimental, no âmbito dos cursos minis-trados no IPB. Por outro lado, os sistemas instalados e as iniciativas já realizadas são de grande utilidade no desenvolvimento de ati-vidades de investigação aplicada, no âmbito da produção e da conversão eletrónica da energia elétrica.

Para efeitos de divulgação, está em fase de conclusão uma página na internet com a descrição dos sistemas instalados e apre-sentação das atividades desenvolvidas, dos resultados obtidos e de informação técnica, assim como outras informações relevan-tes para instaladores e para a comunidade em geral como, por exemplo, os principais resultados da monitorização ao longo do tempo. A página incluirá, ainda, galerias de fotografias e vídeos, com detalhes da mon-tagem dos sistemas e de diferentes ativida-des desenvolvidas.

Por outro lado, o projeto vai também asse-gurar que as empresas e a comunidade em geral disponham de informação sobre os reais custos das suas soluções energéticas e sobre as melhores alternativas, de forma a estimular comportamentos mais eficientes que se traduzam numa utilização mais racio-nal da energia.

Para o efeito, o IPB está a desenvolver um plano de acção com vista a uma maior sus-tentabilidade energética através de integração de energias renováveis e implementação de medidas de eficiência energética para, desse modo, contribuir para o desígnio nacional de redução de CO

2 e obter uma poupança não inferior a 20% do consumo de energia até 2020, assumindo o compromisso de atingir este objetivo nos próximos anos..

Figura 9 Sistema híbrido; (a) aerogerador, sensores e módulo fotovoltaico; (b) módulo de medidas com regulador

de carga, inversor e interruptor horário; (c) Baterias.

Page 83: Renováveis Magazine 8

Imagine uma empresa que pode tornar o sol mais brilhante.

Com a Suntech, é possível.

gürtlerbachmann Suntech Motiv: Sun b2b Medium: Renovaveis Magazine Version: Portugal Format: 210 x 297 + 3 mm DU 1.4.2011

O MESMO RAIO DE SOL produz nos nossos módulos mais energia solar. Foi sempre assim, mas agora mais do que nunca. Isto acontece porque, desde o início, incluímos nos nossos cálculos a degradação inicial e, graças à tolerância de produção positiva, os nossos clientes recebem mais do que aquilo que pagaram. Todos estes factores resul-tam em que, comparativamente com os nossos módulos anteriores, conseguimos um aumento de até 5 % na produção de energia os nossos módulos actuais. Existem poucos módulos ao sol com tão bom desempenho. www.suntech-power.com/b2b/es

SUN_sun_b2b_Renovaveis_A4_POR.indd 1 01.04.11 15:46

Page 84: Renováveis Magazine 8

82

artigo técnico

que inversor devo escolher?

No entanto, nem sempre é fácil encontrar a combinação correcta entre módulo fotovol-taico e inversor. Os módulos têm simples-mente demasiadas características distintas. Existem diversos tamanhos e classes de po-tência. São disponibilizados com ou sem ar-mações, em versões flexíveis ou inflexíveis, fabricados com processos cristalinos ou de película fina e também com diversos mate-riais. Do mesmo modo, também existem vários modelos de inversores fotovoltaicos, que usam diferentes topologias e conceitos.

Por esse motivo, encontrará aqui em pri-meiro lugar um breve resumo das caracte-rísticas mais relevantes dos inversores para a compatibilidade dos módulos, assim como para as tecnologias de módulos disponíveis. Posteriormente, iremos focar a nossa aten-ção nos problemas mais comuns na área

dos módulos fotovoltaicos e iremos mostrar uma lista das combinações mais adequadas entre módulos fotovoltaicos e inversores que se destinam a evitar estes problemas; organizada por tecnologia de módulos.

Quais são as características mais relevantes dos inversores?Em termos da compatibilidade de módulos, a distinção entre inversores sem transforma-dor e inversores galvanicamente isolados é provavelmente a mais importante. Graças ao seu isolamento galvânico, os aparelhos com um transformador permitem uma li-gação à terra do gerador fotovoltaico, que é necessária para alguns tipos de módulos. Dessa forma, todos os módulos do sistema fotovoltaico mudam para o potencial posi-tivo quando efectuam a ligação à terra do

pólo negativo do sistema fotovoltaico, ou para o potencial negativo quando efectuam a ligação à terra do pólo positivo.

Isto nem sempre é possível com inversores sem transformador – pelo menos não com os aparelhos disponíveis actualmente. Neles, o potencial de geração é determinado pela electrónica, geralmente dividida mais ou me-nos simetricamente entre positivos e nega-tivos. Uma certa percentagem de corrente alternada no lado de CC também é deter-minada pela electrónica: particularmente as topologias mais eficientes provocam a oscila-ção do potencial do gerador fotovoltaico em cerca de metade da amplitude da grelha. No entanto, esta oscilação do potencial pode tornar-se num problema, caso os módulos fotovoltaicos possuam uma elevada capaci-dade parasita; neste caso, podem ocorrer

Actualmente, os distribuidores especializados já oferecem milhares de tipos de módulos e todos os dias são lançados novos módulos no mercado. Todos os anos são lançados novos modelos, especialmente na área da tecnologia de película fina, mas também existe uma enorme variedade de inversores. O que pode parecer um duplo dilema no princípio, acaba por ser a solução. De facto, existe um inversor adequado a qualquer tecnologia de módulos existente.

SMA Ibérica Tecnologia Solar, S.L.

A GAmA DE móDUlOS fOtOvOltAICOS é PrAtICAmENtE INfINItA. fElIzmENtE, ExIStE O INvErSOr ADEqUADO A CADA tECNOlOGIA DE móDUlOS.

Page 85: Renováveis Magazine 8

83

artigo técnico

correntes de fuga capacitivas. Os inversores com a chamada topologia “quiet rail” impe-dem esta oscilação e apenas apresentam oscilações de voltagem de alguns volts, se-melhantes às dos inversores com transfor-mador.

Resumo das tecnologias de módulos disponíveisAté hoje, os módulos com células produzi-das em silicone monocristalino e policrista-lino dominam o mercado com uma taxa de participação superior a 80 por cento. São compostos por placas com cerca de 0,2 mm de espessura que tanto podem ser lamina-das entre duas tiras de vidro como entre uma camada de película e uma tira de vidro. São geralmente cobertos por uma grelha de barras de contacto na parte dianteira; em que algumas estão em contacto com ambos os pólos através da parte traseira.

As células de película fina em silicone neces-sitam de uma menor quantidade de material semicondutor. Neste caso, uma camada de silicone amorfo com um diâmetro de ape-nas alguns milímetros é sujeita a um vácuo elevado e dividida em células individuais conectadas em conformidade. Na parte dianteira, o contacto eléctrico entre as cé-lulas faz-se através de uma camada de óxido transparente condutivo (tCO). O processo de fabrico começa geralmente com uma tira de vidro exterior; depois é aplicado o tCO, o silicone amorfo e a camada de contacto metálica na parte traseira. Esta denomi-nada estrutura de superstrato também é usada em conjunto com o telureto de cá-dmio (Cdte), enquanto que os módulos de cobre-índio-selenieto (CIS) costumam usar a estrutura de substrato de montagem in-versa. Aqui começamos pela parte de trás, na qual o material semicondutor e o tCO são depositados por vaporização, camada por camada. A diferença mais importante reside no facto de na estrutura de supers-trato a película laminada ficar entre a cober-tura de vidro e o tCO, prevenindo o con-tacto directo, ao contrário do que acontece na estrutura de substrato.

As lâminas flexíveis formam o seu próprio e particularmente recente segmento de mercado. Neste caso, as diversas camadas

de a extremidade do módulo e resulta na perda de condutividade eléctrica. O módulo sofrerá perdas de potência irreversíveis – de uma forma lenta no início mas total assim que for alcançado um determinado nível de gravidade.

2. Polarização: os portadores de carga liber-tados no semicondutor durante o processo fotovoltaico podem acumular-se em áreas limítrofes internas em determinadas cir-cunstâncias. Isto altera a curva característica original e reduz a produtividade da célula. Este efeito é usualmente reversível de for-ma a não provocar danos permanentes nos módulos.

3. Correntes de fuga capacitivas: essencialmen-te, um módulo fotovoltaico é uma superfície electricamente carregável conectada a uma estrutura ligada à terra – comportando-se de forma semelhante a um condensador. Se o módulo for carregado pelo inversor com flutuações potenciais do lado de CC, ocorrerão correntes de deslocamento pe-riódicas, que também estão dependentes da substrutura e da situação meteorológica. Assim, o “condensador do módulo” é carre-gado e descarregado periodicamente, o que conduz ao fluxo das respectivas correntes. No cenário menos favorável, estas correntes

funcionais são depositadas numa película, o que permite a produção de células flexíveis, finas e extremamente leves. Estas podem então ser fixadas directamente na superfície de materiais convencionais de edifícios (por exemplo, em telhados de metal, toldos ou asas de aeronaves). De todos os tipos de módulos, apenas alguns conseguiram atingir o nível de produção em massa. Nos outros tipos de células no limiar da produção em massa incluem-se as célu-las solares sensibilizadas por corante, que são produzidas mediante a aplicação de um tipo de tinta orgânica ou não orgânica, assim como as chamadas células de concentrador solar, nas quais um sistema óptico concentra a luz solar amplificada até 1.000 vezes numa célula de concentração de alta eficiência.

Os quatro desafios mais comuns no âmbito dos módulos

1. Corrosão do TCO: ocorre quando o sódio da cobertura de vidro do módulo reage com a humidade, sob a influência do poten-cial negativo contra a terra. Outra condição prévia é o contacto aparentemente directo entre o tCO e a cobertura de vidro, como acontece nas tecnologias de superstrato. A corrosão torna o tCO esbranquiçado des-

Page 86: Renováveis Magazine 8

84

artigo técnico

qUE INvErSOr DEvO ESCOlhEr?

podem tornar-se tão elevadas que o sistema de monitorização de corrente residual do in-versor legalmente obrigatório erra e separa a ligação de rede.

4. Resistência de isolamento (Riso

): qualquer sistema fotovoltaico deve ser isolado contra a terra da melhor forma possível, para evitar correntes de fuga. No pior dos casos, po-dem ocorrer ferimentos ou danos. Por isso, os inversores modernos verificam sempre a resistência de isolamento do gerador foto-voltaico antes da ligação. Para sistemas com isolamento galvânico, não é necessária a mo-nitorização r

iso com desactivação, uma vez que apenas as falhas duplas podem provo-car um forte curto-circuito, pelo que apenas surgirá uma mensagem de aviso.

No entanto, um aparelho sem transforma-dor poderá não se conectar com valores superiores a 1 mA (=1 kOhm/V), um valor que um gerador fotovoltaico completamen-te funcional, com uma potência de pico de apenas alguns kW, pode facilmente alcançar em ambientes húmidos. Uma situação desse tipo ocorre mais facilmente quando a super-fície total de um gerador fotovoltaico per-tencente a um inversor é grande. Algumas vezes, contudo, a causa do problema tam-bém poderá residir em tomadas danificadas.

Que inversor escolher para que módulo?A questão que se põe é saber qual dos pro-blemas anteriores se aplicam a que tecnolo-gia de módulos. E que inversor proporciona a solução mais adequada?

Silicone cristalino (também c-Si): as células en-capsuladas grossas são relativamente robus-tas quimicamente e não provocam corrosão mesmo no caso de potenciais negativos. A li-gação à terra não é geralmente necessária. A considerável espessura destes módulos tam-bém faz com que a sua capacidade parasita seja relativamente reduzida. A maioria dos módulos cristalinos pode, por isso, ser facil-mente operada com todos os inversores. Con-tudo, existem duas excepções a esta regra:• Alguns tipos de células, sobretudo as que

possuem ambos os pólos de um lado, tendem a exibir efeitos de polarização quando operadas sob um potencial posi-

tivo. A ligação positiva à terra no gerador fotovoltaico costuma resolver o proble-ma – como mencionado anteriormente, a maioria dos aparelhos sem transformador não se adequa neste caso.

• Alguns módulos de película de vidro pos-suem uma estrutura metálica ligada à ter-ra integrada na película traseira, de forma que a sua capacidade parasita pode ser surpreendentemente elevada. De forma a prevenir correntes de fuga capacitivas, apenas deverão ser usados neste caso in-versores sem flutuações significativas de potencial no lado de CC (aparelhos com transformador ou inversores sem trans-formador com topologia “quiet rail”).

Silicone de película fina (a-Si): células apoiadas em silicone amorfo têm uma tendência para a corrosão do tCO, que conduz a uma per-da permanente de produtividade (problema n.º 1). A solução reside na ligação negativa do gerador à terra, que é a razão pela qual a maioria dos inversores sem transformador não é uma opção viável.

Telureto de cádmio (CdTe): suspeita-se que exista uma relação semelhante à do silico-ne amorfo nos módulos de película fina de telureto de cádmio. Uma ligação negativa à terra também é recomendada neste caso, a não ser que o fabricante recomende explici-tamente uma solução diferente.

Cobre índio selenieto (CIS) ou cobre índio gá-lio selenieto (CIGS): devido à sua estrutura

de substrato, não se observou até agora qualquer corrosão do tCO; na maioria dos casos não é necessária uma ligação à terra. No entanto, tem de se considerar que exis-te uma variedade particularmente grande de processos de fabrico para módulos CIGS. Em casos individuais deve solicitar-a a reco-mendação do fabricante.

Células solares flexíveis: além da tecnologia CIGS, as células flexíveis apoiam-se actual-mente em silicone amorfo; contudo, é usa-da uma estrutura de substrato e não existe contacto com o vidro. A corrosão do tCO não foi observada e a ligação à terra não é necessária. Todavia, a sua estrutura fina pode causar problemas: as capacidades parasitas das lâminas flexíveis podem ser particularmente elevadas quando em con-tacto directo com a superfície de metal ou no caso de humidade e, por isso, causarem correntes de fuga elevadas quando opera-das com certos inversores sem transforma-dor. Para evitar uma desactivação indeseja-da, recomenda-se o uso de um inversor que não tenha flutuações notáveis do potencial no lado de CC (aparelho com transforma-dor ou inversor sem transformador com topologia “quiet rail”).

Os inversores disponíveis permitem realizar qualquer configuração imaginável. Também é possível usar qualquer tecnologia de módu-los disponível desde que o autor do projecto tenha em consideração as suas características particulares e escolha o inversor correcto.

Page 87: Renováveis Magazine 8

www.caleffi .pt

CALEFFI BIOMASS®: ABRACE A NATUREZA COM TECNOLOGIAS LIMPAS

COMPONENTES PARA INSTALAÇÕES A BIOMASSA

• Especifi camente concebidos para a utilização nos circuitos das instalações com caldeiras a combustível sólido lenhoso

• Materiais e desempenho adaptados às exigências específi cas de efi ciência e segurança das caldeiras e das instalações

• Gama completa e versátil para uma montagem imediata na instalação

• Dispositivos anti-condensação dos fumos da combustão: optimização da mesma, prolongamento da duração e maior efi ciência da caldeira

• Grupos de ligação e gestão de energia: ligação de caldeiras a combustível sólido a outros tipos de caldeira, gestão automática da instalação, sistema anti-condensação incorporado, comodidade de instalação graças à predisposição em caixa

cale111028_dex_A4_PT.indd 1 7-10-2011 10:17:00

Page 88: Renováveis Magazine 8

86

artigo técnico

instalação de micro-geração fotovoltaica – caso de estudo

1. IntroduçãoO sistema fotovoltaico converte directa-mente a energia associada à radiação so-lar em energia eléctrica. A célula solar é o elemento principal do sistema fotovoltaico. As células solares utilizam como material de base o silício monocristalino ou o silício policristalino e apenas mais recentemente apareceram as células de silício amorfo [1].

As células solares são agrupadas em matrizes e módulos também denominados painéis so-lares. Uma matriz fotovoltaica pode ser um módulo ou um conjunto de módulos ligados em série ou em paralelo, para formar siste-mas fotovoltaicos de valor de potência dese-jado [1]. Os sistemas fotovoltaicos de peque-nos valores de potência estão no âmbito da actividade da micro-geração.

A actividade da micro-geração tem como objectivo a produção de energia eléctrica em pequena escala no local do seu consu-mo final, utilizando sistemas fotovoltaicos ou eólicos. A configuração típica de um sistema de micro-geração fotovoltaica é apresentada na Figura 1.

Em Portugal o regime jurídico aplicável à ac-tividade da micro-geração é o Decreto-Lei

n.º 118-A/2010 do Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento. Este di-ploma cria as condições para produzir mais energia eléctrica em Baixa Tensão (BT) a pe-quena escala no local do seu consumo final, define o papel das várias entidades envolvi-das na micro-geração, os requisitos para o licenciamento das instalações e o valor da tarifa subsidiada aplicável a cada tecnologia. Cabe destacar no diploma a obrigatoriedade para a generalidade dos comercializadores

A micro-geração tem como objectivo a produção de energia eléctrica em pequena escala no local do seu consumo final, através de tecnologias de produção baseadas em sistemas fotovoltaicos. Este trabalho apresenta os dados técnicos de uma instalação de micro-geração fotovoltaica localizada na Covilhã, Portugal. Esta é uma área em Portugal com um excelente recurso solar. É apresentada uma descrição da instalação e os principais componentes do sistema. São apresentados também os valores da produção de energia e o retorno económico da instalação.Palavras-chave: micro-geração, energia fotovoltaica, produção de energia, retorno económico.

S. Saraiva, R. Melício, J.P.S. Catalão, J.C.O. Matias, C. CabritaUBI – Universidade da Beira Interior

[email protected]

Figura 1 Configuração típica de um sistema de mi-

crogeração fotovoltaica [2].

Contador de compra

Contador de venda

Inversor de Rede SMA Sunny Boy

CC

CA

Rede Pública (EDP)

Módulosfotovoltaicos

comprar a energia eléctrica produzida pelas instalações de micro-geração.

Têm acesso à micro-geração todas as enti-dades, nomeadamente, pessoas, empresas, condomínios e entidades públicas que dispo-nham de um contrato de fornecimento de electricidade em BT e a potência da insta-lação não seja superior a 50 % da potência contratada. O processo de licenciamento de uma instalação de micro-produção passa pelo registo no website criado pela Direcção--Geral de Energia e Geologia (DGEG), cria-do especialmente para o efeito [3].

Uma vez que a viabilidade do registo é con-firmada pela DGEG, o micro-produtor dispõe de quatro meses para proceder à instalação do sistema de micro-geração e requerer a respectiva inspecção, no caso das entidades públicas o prazo é de oito meses. A atribuição do certificado de exploração da instalação e celebração do contrato de compra e venda de electricidade está dependente do resulta-do da inspecção. Após a obtenção do certi-ficado de exploração, para a ligação da ins-talação de micro-produção à Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP), o micro-produtor deve celebrar um contrato de venda de elec-tricidade com um comercializador.

Page 89: Renováveis Magazine 8

87

artigo técnico

A legislação prevê a atribuição do regime de tarifas bonificadas a instalações de micro- -geração baseadas em determinadas tecno-logias, desde que tenham potências iguais ou inferiores a 3.68 kW. O diploma limita a 25 MW a potência total dos sistemas de micro-geração que podem ser ligados à RESP em cada ano no regime bonificado. Sendo esta decisão um limite à quantidade de instalações de micro-geração que podem ser licenciadas [3].

A energia produzida por um sistema de micro-geração é totalmente vendida ao co-mercializador, a uma tarifa que depende da tecnologia de produção empregue e da tari-fa bonificada que estiver em vigor na altura do registo da instalação. Para os sistemas fo-tovoltaicos o diploma estabeleceu para 2010 uma tarifa bonificada de 40 cêntimos/kWh, aplicável aos primeiros sistemas que foram registados até à potência total de 25 MW, e cada ano que passa a tarifa é reduzida em 2 cêntimos/kWh [3].

Tendo em conta o valor da tarifa e os custos de instalação associados às diferentes tecnolo-gias de micro-geração, actualmente a solução mais rentável corresponde à micro-geração fotovoltaica. A energia produzida a partir de sistemas fotovoltaicos é vendida a aproxima-damente três vezes o preço de consumo de electricidade para clientes finais de BT.

A tarifa inicial, estabelecida no momento do registo da instalação de micro-geração, é garantida durante os primeiros oito anos de funcionamento. Após esse período e durante os sete anos subsequentes, a tarifa bonificada passa a ser de 24 cêntimos/kWh (valor válido para instalações registadas em 2010). Após os primeiros quinze anos da instalação a tarifa de venda será, em cada ano, igual à tarifa de compra de elec-tricidade em BT. A qualquer momento o micro-produtor pode optar por passar do regime bonificado para o regime geral, o que poderá ser vantajoso após alguns anos, caso o preço de consumo de electricidade aumente acentuadamente [3].

2. Caso de Estudo Este trabalho apresenta os dados técnicos de uma instalação de micro-geração foto-

Figura 2 A matriz fotovoltaica da instalação de

micro-geração localizada na Covilhã.

resume as características dos módulos de si-lício monocristalinos Chaori CRM-180 [4]. As características I-V do módulo Chaori CRM-180 são apresentadas na Figura 3. As caracte-rísticas P-V são apresentadas na Figura 4.

3.2. Inversor FotovoltaicoAs matrizes fotovoltaicas geram uma corrente contínua (DC). Uma vez que a maioria dos aparelhos domésticos utilizam corrente alter-nada (AC), o inversor é um conversor de fre-quência para converter a corrente contínua em corrente alternada. O inversor fotovoltai-co utilizado na instalação de micro-geração fotovoltaica é da marca SMA e modelo Sunny Boy 3800/v.

voltaica autónoma, localizada na Covilhã, Portugal. A Covilhã apresenta um excelente recurso solar.

A instalação foi registada em Julho de 2009 para uma potência nominal instalada de 3.68 kW, sob o regime tarifário bonificado. No local da instalação o comercializador é a EDP. A matriz solar da instalação de micro- -geração fotovoltaica é apresentada na Fi-gura 2. A energia produzida pela instalação de micro-geração é totalmente vendida ao comercializador a uma tarifa de 61,75 cên-timos/kWh.

A instalação é constituída por 24 módulos fo-tovoltaicos (de 72 células solares cada um) e uma potência nominal instalada de 3,68 kW. As matrizes fotovoltaicas encontram-se na zona frontal da residência. O sistema de mo-nitorização, o inversor e demais componen-tes do sistema estão localizados junto dos painéis fotovoltaicos.

3. Componentes da Instalação Fotovoltaica

3.1. Módulos FotovoltaicosOs módulos fotovoltaicos são constituídos por células de silício monocristalino. A Tabela 1

Parâmetro Módulo fotovoltaico

Potência nominal Pmax 180 W

Tolerância +2 %

Tensão no ponto de máxima potência (Vmp) 35 V

Corrente no ponto de máxima potência (Imp) 5,15 A

Tensão de circuito aberto (Voc) 43 V

Corrente de curto-circuito (Isc) 5,58 A

Tensão máxima do sistema 1.000 V

Eficiência do módulo 14,1 %

Coeficiente de temperatura de tensão de circuito aberto Voc -0,146 %/º K

Coeficiente de temperatura de corrente de curto-circuito Isc 4,7 %/ºK

Coeficiente de temperatura de potência Pmax -0,39 %/º K

NOCT 45º C

Células solares 72

Dimensão da célula 125 x 125 mm

Dimensões do módulo 1580 x 808 x 46 mm

Peso 15 Kg

Tabela 1 Características dos módulos fotovoltaicos Chaori CRM-180.

Page 90: Renováveis Magazine 8

88

artigo técnico

3.3. Contador de energiaA energia injectada na RESP pelo sistema de micro-geração é contabilizada por um contador trifásico com um modem GSM por telecontagem da energia produzida. O con-tador de energia utilizado na instalação de micro-geração fotovoltaica é o A1800Alpha. O contador utilizado no sistema, é apresen-tado na Figura 7.

Figura 7 Contador de energia [6].

3.4. Regulador de Carga e Seguidor de Potência Máxima (MPPT)Para a utilização de um sistema autónomo é necessária a utilização do regulador de carga do banco de baterias. A função do regula-dor de carga passa por proteger o banco de bateria das sobrecargas. As baterias são componentes caros, para maximizar o seu tempo de vida útil, o regulador de carga evi-ta que entrem em sobrecargas ou subcargas. O regulador de carga instalado no sistema é apresentado na Figura 8.

3.5. Banco de BateriasO tempo de vida útil do banco de baterias depende do número de ciclos carga/descarga.

Quanto maior for a profundidade da descar-ga, menor será o tempo de vida útil. O preço das baterias utilizadas em sistemas fotovol-taicos é superior ao preço das baterias dos veículos automóveis, contudo apresentam um tempo de vida superior e menor o nú-mero de descargas. As baterias utilizadas no sistema fotovoltaico são do tipo PVX-1040T. A bateria utilizada no sistema é apresentada na Figura 9.

Figura 6 O inversor fotovoltaico está localizado na

estrutura da matriz fotovoltaica, debaixo dos módulos

fotovoltaicos.

INSTALAçãO DE MICRO-GERAçãO FOTOVOLTAICA – CASO DE ESTUDO

Figura 5 O inversor fotovoltaico utilizado na instala-

ção de microgeração fotovoltaica [5].

Parâmetro Inversor fotovoltaico

Potência DC máx. 3.900 W

Tensão DC máx. 500 V

Amplitude de tensão fotovoltaica, MPPT 200 V – 400 V

Corrente máx. de entrada/por string 20 A/16 A

Número de rastreadores (MPP)/Número máx. de strings (paralelos)

1/3

Potência nominal AC 3.680 W

Potência máx. CA 3.680 W

Corrente máx. de saída 16 A

Tensão nominal CA/âmbito220, 230, 240 V; 180 V – 265 V

Frequência de rede CA (auto-ajustada)/âmbito 50,60 Hz; ± 4,5 Hz

Factor desempenho (cos ϕ) 1

Grau de rendimento máx/Euro-Eta 95,6 %/94,7 %

Tabela 2 Características do inversor fotovoltaico SMA Sunny Boy.

O inversor fotovoltaico utilizado na instalação de micro-geração fotovoltaica na Covilhã, Por-tugal, é apresentado na Figura 5. A localização do inversor é na estrutura da matriz fotovol-taica e está representada na Figura 6. A Tabela 2 resume as características do inversor SMA Sunny Boy [5].

Figura 3 Características I-V do módulo Chaori

CRM-180.

Figura 4 Características P-V do módulo

Chaori CRM-180.

Page 91: Renováveis Magazine 8

89

artigo técnico

3.6. Esquema eléctrico O esquema eléctrico de ligações do sistema é apresentado na Figura 10.

Figura 10 Esquema eléctrico de ligações do sistema de micro-geração fotovoltaico.

Na instalação do sistema foram respeitadas as disposições estabelecidas pelo Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica em Baixa Tensão, as Novas Re-gras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão e as Soluções Técnicas Normalizadas da EDP Distribuição.

Figura 11 A energia produzida pelo sistema de micro-geração fotovoltaico desde Janeiro de 2010 a Setembro

de 2011.

Figura 8 O regulador de carga com seguidor de po-

tência máxima incorporado [7].

4. Monitorização do Sistema A monitorização e o controlo do sistema fo-tovoltaico são importantes para o bom de-sempenho do sistema. A energia produzida e o retorno económico proveniente do sistema fotovoltaico entre Janeiro de 2010 e Setem-bro de 2011 são apresentados na Figura 11.

A produção total acumulada é de 14.164 kWh, correspondendo a um total de cerca de € 8.746.

O tempo da radiação solar foi de 7.706 h, em 622 dias de produção. A Tabela 3 resume os dados reais provenientes do sistema de micro-geração.

Tabela 3 Dados do sistema de micro-geração.

A instalação fotovoltaica representou um investimento da ordem dos € 23.000. Em média, o retorno tem sido de € 5.000/ano, sendo que nos primeiros cinco anos de fun-cionamento, a tarifa da energia é inalterada. Assim, o investimento será amortizado em cinco anos.

Referências (1) Castro, R., Uma Introdução às Energias Renováveis: Eólica, Fo-

tovoltaica e Mini-hídrica. Lisboa, Portugal: IST Press, 2011;(2) Technical information online [Online]. Disponível em: http://

tissfoto.blogspot.com/p/objectivos-paineis-solares.html;(3) Decreto-Lein.º118-A/2010doMinistériodaEconomia,da

Inovação e doDesenvolvimento,Diário da República, 1.ªsérie—N.º207,Lisboa,Portugal,25deOutubrode2010;

(4) Posharp [Online]. Disponível em: http://www.posharp.com/crm-180s-mono-solar-panel-from-chaori-solar-energy_p1952094443d.aspx;

(5) SMA Solar Technology [Online]. Disponível em: http://www.sma.de/en/products/solar-inverters/sunny-boy/sunny-boy-3300-3800.html;

(6) A1800Alpha meter [Online]. Disponível em: http://www.elstermetering.com/en/925.html;

(7) Chargecontroller[Online]. Disponível em: http://homepo-wer.com/basics/solar/;

(8) PVX-1040T Solar Battery [Online]. Disponível em: http://www.sunxtender.com/solarbattery.php?id=8.

Figura 9 A bateria [8].

Total de Energia Acumulada 14.164 kWh

Total de dias de serviço 622

Total de horas de serviço 7.706

Média de produção mensal 674,48 kWh

Média de produção diária 22,77 kWh

Média de horas de serviço diárias 12,39

Retorno de produção acumulada 8.746 €

Retorno de produção mensal 416,49 €

Retorno de produção diária 14,06 €

Page 92: Renováveis Magazine 8

90

artigo técnico

geradores eléctricos na nuvem

O que é a informatização em nuvem?O termo informatização em nuvem refere-se simplesmente à Internet. Deriva da forma como é representada graficamente, tipica-mente como um diagrama de nuvem.

Um exemplo de informatização em nuvem é o fornecimento de software como um serviço (SaaS) para distribuir aplicações de software através de um navegador web nor-mal. Tal significa que o software de aplicações do escritório em geral e respectivos dados não estão armazenados no seu PC, mas sim alojados remotamente e são acedidos atra-vés da Internet, recorrendo a um navegador web. Utiliza um modelo de negócio diferen-te, no qual não tem de adquirir o software e o hardware do servidor mas antes os ar-renda, pagando apenas quando os utiliza ou pelo volume de dados armazenados.

A vantagem é que pode aceder remota-mente a todos os seus ficheiros a partir de qualquer computador, de um telefone ou de outro dispositivo com acesso à Internet.

Como é então que isto está rela-cionado com a geração eléctrica?A funcionalidade primordial de qualquer gerador eléctrico é que deverá funcionar sempre que for necessário. Contudo, com equipamentos geograficamente dispersos como os geradores eléctricos, pode ser di-fícil verificar o estado de cada unidade. Ob-servando remotamente parâmetros, como os níveis de combustível, estado da bateria, pressão do óleo, e outros, os engenheiros podem melhorar os tempos de activação e reduzir os custos de manutenção.

Uma solução simples poderia ser adicionar um servidor web ao seu gerador, a fim de visualizar os dados através da Internet, em-bora tal possa deixar a maquinaria vulnerável a piratas informáticos. Contudo, usando o modelo SaaS distribuído através da Nuvem, reduzem-se os riscos e as vulnerabilidades.

A maioria dos geradores eléctricos é remota por natureza. As turbinas eólicas estão colocadas onde há vento, os painéis solares onde há sol e os geradores de segurança em locais onde há energia constante. Consequentemente, monitorizar e controlar um parque de geradores eléctricos dispersos pode ser uma tarefa árdua, que pode representar numerosas deslocações de manutenção e de inspecções de rotina. Tal não constitui novidade para os proprietários de equipamentos e o conceito de gestão remota é, desde há muito, um tema quente. Contudo, a gestão remota tem estado muitas vezes relacionada com soluções complexas,que exigem investimentos avultados e muitos conhecimentos de TI. Com o surgimento da informatização em nuvem, há uma maneira mais fácil de conseguir um melhor controlo e de gerar substanciais poupanças.

Henrik ArlevingDirector da Linha de Produtos, Gestão Remota

HMS Industrial Networks

COmO a InfOrmatIzaçãO em nUvem tOrna fáCIl sUpervIsIOnar e COntrOlar geraDOres eléCtrICOs através Da web

Servidor Principal Servidor DNS

Registo

Internet

Utilizadores do Website

Page 93: Renováveis Magazine 8

91

artigo técnico

Como funciona a informatização em nuvem para geradores eléctricosHá três elementos principais em qualquer solução de monitorização remota com base em nuvem. O primeiro é a camada física que compreende uma porta de comunicação que liga ao painel de controlo do gerador. A porta adquire dados, tais como os níveis de combustível, estado do gerador ou tensão da bateria, e comunica-os a um servidor cen-tral. O segundo elemento é o servidor que recolhe e armazena os dados e o terceiro é o acesso seguro aos dados através de um painel num navegador da web normal.

Ligação do geradora ligação entre a porta de comunicação e o gerador eléctrico é feita através do painel de controlo do gerador (geralmente através de comunicações em série ou recorrendo a um protocolo aberto corrente como o modbus RTU). As funcionalidades adicionais, como os sistemas de determinação de posição glo-bal (GPS), estão disponíveis para responder às exigências de serviços localizados (LBS), como a detecção e limitação geográfica (for-necendo notificações quando um dispositivo detectado entra ou sai de uma localização geográfica pré-determinada).

Para comunicar com o servidor, as portas de conversão utilizam geralmente tecno-logias sem fios de banda quádrupla GSM/GPRS ou ligações Ethernet TCP/IP: ambas podem sem utilizadas simultaneamente na mesma instalação. O gsm (sistemas glo-bais para Comunicações móveis) é a tec-nologia mais amplamente utilizada para co-municações móveis, enquanto que o GPRS (Serviço de Rádio de Pacote Geral) é uma função mais recente integrada no GSM, que permite a transmissão simultânea de dados a alta velocidade através de uma rede te-lefónica móvel. Os custos das transmissões só de dados, recorrendo ao GPRS, são sig-nificativamente mais reduzidos do que as chamadas de voz.

Quando as portas de comunicação usam li-gações baseadas na Ethernet, fazem-no nor-malmente através de redes alargadas/locais (WAN/LAN), com ligação directa ao servi-dor via Internet.

dor local, acharam uma solução baseada em nuvem da HMS Industrial Networks chamada “Netbiter”. O Director Geral, Andrew Griffin, explica: “Fizemos poupanças substanciais des-de que temos uma reduzida necessidade de servidores remotos, planificação de painel mais rápida e mais fácil e uma solução de hardware tudo-em-um”.

Outro exemplo é a Scanpower, uma empre-sa sueca que instala e administra geradores eléctricos de segurança para a espinha dor-sal da internet sueca. ”A solução Netbiter deu-nos a possibilidade de ter uma visão global dos geradores no terreno”, diz Marcus Ahlström, da scanpower. “Temos agora o controlo com-pleto de todos os parâmetros precisos para ter a certeza de que os geradores eléctricos po-dem arrancar sempre que seja necessário.”

Como começar O principal lado positivo da gestão remota baseada em nuvem é a simplicidade. Dado que as soluções incluem ligações pré-confi-guradas e seguras da porta de comunicação ao servidor e painéis prontos a usar na web, a principal preocupação é ligar a porta de comunicação ao gerador e decidir o que se pretende monitorizar. Logo que isto esteja decidido, está pronto a arrancar. Assim, se está à procura de uma solução de monito-rização remota para geradores eléctricos, talvez deva pôr a cabeça nas nuvens.

Acesso aos dados a informação do servidor é visualizada uti-lizando um navegador web normal. Os sis-temas modernos de administração remota incluem funções de painel de instrumentos com medidores, contadores, indicadores, e outros, que tornam possível obter uma visão global rápida de todos os parâmetros num plano gráfico.

Aceder à informação do servidor significa que os utilizadores podem registar dados históricos e gerar tendências ou diagnós-ticos gráficos, controlar alarmes ou, auto-maticamente, fazer cópias de segurança ou recuperar configurações remotas. O sistema erp próprio dos utilizadores pode também aceder aos dados do servidor para posterior análise e elaboração de relatórios.

O que dizem os utilizadoresO inato carácter remoto do negócio dos gera-dores eléctricos exigiu um interesse antecipa-do pela administração remota. Um exemplo é a Cinergy, sedeada na Irlanda, uma empresa do Grupo Delmec, que fornece sistemas eléc-tricos para a indústria de telecomunicações. a sua “Windtower” é uma turbina eólica com-binada com uma antena de telecomunicações, tornando a estação de base praticamente auto-suficiente no que respeita a energia. De-pois de testar uma série de sistemas em que a Cinergy esteve a usar o seu próprio servi-

Depois da energia hidráulica, eólica e solar – agora é a altura de começar a usar a nuvem.

Page 94: Renováveis Magazine 8

92

case-study

descrição técnica de uma mini-geração fotovoltaica na Universidade de Aveiro

IntroduçãoOs sistemas de mini-geração, para potências de injecção na rede até 250 kW com recurso a sistemas fotovoltaicos podem ser ligados à rede de energia eléctrica, à qual entregam toda a energia que a radiação solar lhes per-mite produzir, e para este efeito é necessário um inversor(es) que serve(m) de elemento de interface entre os painéis fotovoltaicos e a rede de distribuição, de modo, a adequar as formas de onda das grandezas eléctricas c.c. dos módulos fotovoltaicos, às formas de onda a.c. exigidas pela rede.

Assim em resumo, será aproveitar a radia-ção solar para a produção de energia limpa para vender à rede de distribuição de ener-gia, obtendo benefícios económicos mensais

e um contributo para o equilíbrio ambiental do nosso país.

A EFACEC é uma entidade instaladora e fabricante de equipamento eléctrico e elec-trotécnico de reputada competência no sector eléctrico nacional e internacional e possui um vasto leque de referências na área e, em particular, no sector fotovoltaico. Nos últimos anos, a EFACEC projectou e cons-truiu um conjunto alargado de referências no sector fotovoltaico em Portugal, nome-adamente, a Central Fotovoltaica do MARL (6 MW), Central Fotovoltaica do Porto San-to (2 MW), Central Fotovoltaica do Caniçal (6 MW), a ainda, referências em Espanha, França, Índia, República Checa, Eslováquia, Bulgária e Estados Unidos.

Filipe Cunha VianaEFACEC Engenharia e Sistemas, S.A. – Unidade Negócio Renováveis

[email protected]

Como tal, a EFACEC possui já referências na área da mini-geração, através da aplicação de regulamentos passados e que de ponto vista técnico são semelhantes aos que vão surgir no mercado, sendo exemplo, a central fotovoltaica Parkalgar de 100 kW executada pela EFACEC no Autódromo Internacional do Algarve, ou então, a central fotovoltaica de 100 kW no Monte dos Perdigões em Re-guengos de Monsaraz.

Tendo em conta que a legislação ainda pos-sui pouco tempo de vigência, não existem ainda muitos sistemas de mini-geração fo-tovoltaica instalados através da aplicação do Decreto-Lei n.º 34/2011, no entanto, a cen-tral fotovoltaica da Universidade de Aveiro com 200 kW instalada também pela EFA-

A energia solar é a fonte de energia mais abundante na Terra, e Portugal possui excelentes condições para fazer o aproveitamento dessa energia, através da sua conversão em electricidade com o uso de sistemas de conversão de energia fotovoltaicos.A solução para o problema energético português poderá passar também pela produção da própria energia no local onde também é consumida. Uma hipótese possível, que estará à luz das novas regras da mini-geração criadas pelo Governo no Decreto-Lei n.º 34/2011 de 8 de Março 2011 ao alcance do universo de consumidores com contrato com um distribuidor de energia.Antes de mais, convém esclarecer que a mini-geração é a produção descentralizada de electricidade à pequena escala, recorrendo a recursos renováveis e entregando, contra remuneração bonificada, electricidade à rede pública na condição que exista consumo efectivo de electricidade no local da instalação.

Page 95: Renováveis Magazine 8

93

case-study

CEC nos telhados do Campus Universitário de Aveiro é já uma dessas referências.

É essa referência na Universidade de Aveiro que vamos procurar tratar com algum detalhe neste artigo, sem descurar alguns detalhes so-bre o conceito de mini-geração fotovoltaica.

Descrição de um sistema de mini-geração fotovoltaicoOs sistemas de mini-geração com recurso a sistemas fotovoltaicos ligados à rede de energia eléctrica, são constituídos de forma simplificada pelos seguintes elementos (Figu-ra 1):• Módulos fotovoltaicos;• Inversor;• Posto de transformação (caso a ligação

seja de Média Tensão);• Ligação à rede eléctrica de distribuição.

Módulos fotovoltaicosRelativamente aos módulos fotovoltaicos, hoje em dia existe uma variedade enorme de fabricantes e tecnologias no mercado, que diferem entre si, através dos mais variados as-pectos, desde o tipo de tecnologia aplicada no fabrico, tipo de materiais usados, montagem, flexibilidade e outras características.

Assim, para uso em sistemas de mini-gera-ção devemos ter em conta as seguintes tec-nologias:• Tecnologia Cristalina;• Tecnologia Amorfa;• Tecnologia película fina.

InversorEm aplicações de mini-geração com recur-so a sistemas fotovoltaicos, é necessário um inversor para colocar na rede a energia produzida pelos módulos fotovoltaicos que tem como função a conversão da corrente contínua produzida pelos módulos fotovol-taicos na conversão em corrente alterna às condições da rede. Outro objectivo do in-versor é fornecer à rede eléctrica a maior potência possível disponível nos módulos fo-tovoltaicos, então, o inversor deve funcionar no ponto MPP (Maximum Power Point) dos módulos fotovoltaicos, sendo o ponto MPP dos módulos fotovoltaicos o ponto máximo

de produção de potência para uma determinada condição meteorológica. No inversor, o sistema de algoritmo MPP garante que o inversor é constantemente ajustado ao ponto MPP.

Em suma, os actuais inversores fotovoltaicos no mercado são capazes de realizar as seguintes funções:• A conversão da corrente c.c. gerada pelos módulos fotovoltaicos em corrente a.c., de acor-

do com os requisitos técnicos e de segurança que estão estipulados para a ligação à rede;• Ajuste do ponto operacional do inversor ao MPP dos módulos fotovoltaicos (rastreio do

ponto MPP);• Registo de dados operacionais e sinalização;• Dispositivos de protecção a.c. e c.c. (por exemplo: protecção de polaridade, protecção con-

tra sobrecargas e sobretensões e equipamento de protecção da interligação com a rede).

A EFACEC tem desenvolvido e fabricado ao longo dos últimos anos uma gama específica de inversores para sistemas fotovoltaicos, e agora propõe-se a usar essa gama no conceito de mini-geração através de uma gama de inversores que se inicia nos 80 kW e termina nos 250 kW. Estes inversores têm demonstrado nos sistemas fotovoltaicos onde foram insta-lados, alta eficiência, a fiabilidade, disponibilidade, qualidade de construção e certificação segundo as normas vigentes.

Posto de transformaçãoPara casos de ligação em Média Tensão e Alta Tensão deverá existir um Posto de Transformação que será equipado com o equipamento de protecção de Média Tensão/Alta Tensão e o trans-formador que irá converter a electricidade produzida pela unidade de mini-geração de Baixa Tensão em Média Tensão/Alta Tensão, todos certificados pela entidade de distribuição local.

O Posto de Transformação escolhido deverá ser resistente a condições adversas, respeitando todas as Normas e Regulamentos aplicáveis, garantindo a total segurança de exploração.

No caso das instalações da EFACEC foi usado um equipamento de Média Tensão da EFACEC, nomeadamente, transformadores e celas de Média Tensão permitindo a construção de um conjunto de inversor + Média Tensão com baixas perdas.

Figura 1 Esquema simplificado da montagem de uma instalação de minigeração.

Page 96: Renováveis Magazine 8

94

case-study

Ligação à rede eléctrica de distribuiçãoA unidade de mini-geração deverá ser ligada segundo a legislação vigente e possuirá a protec-ção necessária, quer de pessoas quer de equipamentos.

Solução adoptada na Mini-geração de 200 kW na Universidade de AveiroOs locais destinados à implantação da central fotovoltaica foram as coberturas dos edifícios do Complexo Pedagógico e Departamento de Engenharia Mecânica com 1.104 módulos Policristalinos de 205 Wp, e foram preparadas de acordo com indicações dadas pela Uni-versidade de forma a minimizar qualquer alteração das estruturas já existentes, bem como, ao traçado dos edifícios escolhidos para a implantação dos módulos. O espaçamento entre séries de módulos previne o sombreamento e proporciona boas condições para visitas didác-ticas às instalações bem como para a manutenção.

Atendendo às dimensões da central fotovoltaica e da área disponível para o efeito, e após várias iterações ao projecto, propomos a seguinte solução para o projecto:• 552 Módulos Policristalinos de 205 Wp, e um inversor EFACEC de 100 kW no edifício

Complexo pedagógico;• 552 Módulos de Policristalinos de 205 Wp, e um inversor EFACEC de 100 kW no edifício

do Departamento de Engenharia Mecânica.

No total a configuração tem 226 kWp com 1.104 módulos Policristalinos de 205Wp e 2 in-versores EFACEC PV 100 com potência nominal de 100 kW perfazendo no total os 200 kW admissíveis na licença.

Figura 2 Simulação dinâmica.

Critérios de implantaçãoA orientação e espaçamentos dos módulos fotovoltaicos para uma optimização do sistema de mini-geração devem ser determinados de modo a minimizar efeitos de sombreamento e maximizar a captação de radiação solar. Assim, para instalações em Portugal em média deve-mos considerar que os módulos devem estar inclinados a 30º com o máximo de orientação a Sul para optimização da produção de electricidade, devendo ter em conta que as estruturas devem estar ainda suficientemente distanciadas para permitir um fácil acesso à instalação da unidade de mini-geração e à operação e manutenção do mesmo.

DESCRIçãO TÉCNICA DE UMA MINI-gERAçãO FOTOVOLTAICA NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

No entanto, na Universidade de Aveiro por questões de espaço disponível nas cobertu-ras dos edifícios tivemos que reduzir a in-clinação dos módulos para 15º, permitindo, colocar a potência desejável com algumas perdas de produção em relação ao ópti-mo. No final, a solução adoptada permitiu o balanço óptimo entre potência instalada/inclinação do módulo, e assim, maximizar a produção de energia.

Figura 3 Implantação dos módulos fotovoltaicos.

EstruturasAs estruturas metálicas instaladas no pro-jecto em questão cumprem com todos os regulamentos actualmente em vigor, não só a nível nacional, como a nível internacional, de forma a assegurar que as estruturas estão dimensionadas para cumprir a qualidade dos materiais, as sobrecargas, o esforço do ven-to e outros elementos.

Foram ainda realizados estudos para validar que as coberturas dos edifícios admitiam as sobrecargas do sistema fotovoltaico ins-talado, e assim, podemos adiantar que a estrutura é constituída essencialmente por alumínio, permitindo que os painéis solares fotovoltaicos tenham uma inclinação de 15º, e é fixa à cobertura do edifício.

Figura 4 Estruturas metálicas.

Page 97: Renováveis Magazine 8

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Page 98: Renováveis Magazine 8

96

case-study

DESCRIçãO TÉCNICA DE UMA MINI-gERAçãO FOTOVOLTAICA NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

InversoresComo referido, foram usados dois inversores EFACEC PV100 de potência com 100 kW, e com as características principais:

Figura 5 Inversor EFACEC PV100.

Sistema eléctrico de Baixa TensãoO sistema eléctrico instalado na mini-geração da Universidade de Aveiro permite satisfazer os requisitos modulares desta central fotovoltaica garantindo a correcta entrega à rede da energia produzida e eventuais consumos internos, seguindo as regras de arte actualmente em vigor.

O dimensionamento das secções dos cabos utilizados garantem as quedas de tensão regula-mentares e em caso de curto-circuito suportarão o tempo de abertura das protecções que os protegem. No caso da instalação eléctrica de interligação dos módulos fotovoltaicos com os inversores foram tidas em conta as secções de cabo de forma a proporcionar as menores quedas de tensão com o objectivo de aumentar o rendimento total da instalação.

O sistema eléctrico é composto pelos seguintes elementos principais:• Circuito eléctrico de Baixa Tensão (BT);• Circuito eléctrico para consumos internos (auxiliares);• Contagem de energia e protecções;• Sistema de Terras.

O circuito eléctrico de Baixa Tensão engloba a ligação eléctrica desde os painéis fotovoltaicos até ao transformador. O esquema de ligação é igual para todos os parques solares que com-põem a central. É composto por duas partes: o circuito de corrente contínua e o circuito de corrente alterna.

O circuito de corrente contínua faz a ligação desde os painéis fotovoltaicos até ao inversor, engloba as ligações dos painéis em série, das séries de painéis às caixas de agrupamento, e por fim da caixa de agrupamento à entrada c.c. do inversor. A razão para a existência destas caixas passa por reduzir o número de cabos que chegam ao inversor, uma vez que este possui um número limitado de entradas.

Os cabos de ligação de painéis em série e os de séries de painéis possuem um isolamento especial (à base de silicone) para assegurarem a sua durabilidade face às condicionantes am-bientais a que estão sujeitos, e uma maior resistência aos raios ultra-violeta.

As caixas de agrupamento agrupam as vá-rias séries de painéis em bornes seccionáveis, permitindo o isolamento de uma em caso de avaria ou trabalhos de manutenção. Possuem também descarregadores de sobretensão para protecção dos equipamentos, de descar-gas atmosféricas.

Figura 6 Pormenor das caixas de junção.

O circuito de corrente alterna inicia-se a partir do inversor. Uma vez convertida a energia em corrente contínua em corrente alterna, pelo inversor em 230 V.

A contagem de energia produzida do parque é feita no ponto de interligação por um con-tador de energia certificado pelo LABELEC. O circuito de corrente alterna conta com a protecção contra curto-circuitos e sobrecar-gas, falhas de terra e desequilíbrios de rede através do inversor e celas de ligação.

O sistema de terras da instalação segue as regras de arte vigentes, no circuito de cor-rente contínua o parque fotovoltaico é mu-nido de equipamentos com Classe II de iso-lamento. No circuito de corrente alterna a rede de terras única em cobre nu distribuída pela instalação interligará todas as estruturas metálicas existentes, incluindo infra-estrutu-ras e equipamentos.

Sistema eléctrico de média tensãoA transformação para 30 kV é feita por um (1) transformador de 250 kVA de baixas per-das EFACEC. Toda a aparelhagem de Média Tensão será EFACEC, possuindo ainda um relé de interligação com a rede.

O posto de transformação escolhido respei-ta todas as Normas e Regulamentos aplicá-

Entrada

Gama de Tensão do Modo de Potência 450-800 V

Tensão Máxima 900 V

Potência Fotovoltaica Máxima 120 kW

Saída

Potência CA nominal 100 kW

Factor de Potência 0,98

Dimensões e Peso

Altura x Largura x Profundidade 900 x 700 x 1.650 mm

Peso 560 Kg

Rendimento

Grau de rendimento máximo 98%

Euro-eta 97,3%

Page 99: Renováveis Magazine 8

97

case-study

veis, garantindo a total segurança de explo-ração e foi instalado nas proximidades dos dois edifícios onde foram instalados sistemas fotovoltaicos.

A interligação com a rede pública de distri-buição é feita no posto de seccionamento da Universidade de Aveiro, através da insta-lação de uma cela específica que liga o posto de seccionamento ao posto de transforma-ção da central fotovoltaica.

Sistema de monitorizaçãoNo sentido de melhor acompanhar o funcio-namento da instalação e auxiliar a sua manu-tenção, a mesma é dotada de monitorização EFACEC que verifica e mede um conjunto de variáveis, tais como, potência produzida instantânea, energia produzida, tensão e corrente. Permite ainda o controlo remoto da central e o acompanhamento do desem-penho eléctrico das instalações e em caso

PUB

.

de falha emite alarmes para as equipas de manutenção.

ConclusõesDe facto, o Decreto-Lei n.º 34/2011 que regula a mini-geração ou produção de elec-tricidade distribuída, pode estimular a ins-talação de sistemas fotovoltaicos de mini- -geração através do pagamento de uma ta-

rifa bonificada em contrapartida de imple-mentação de medidas de eficiência ener-gética por parte do produtor, o que vai estimular o uso desse recurso inesgotável que é a radiação solar e de que o nosso país é bastante beneficiado em comparação a outros países da Europa.

A especificidade do projecto da Universi-dade de Aveiro, a sua complexidade e di-mensão, torna-o bastante interessante para a EFACEC não só sob o ponto de vista tec-nológico, mas também estratégico e de sus-tentabilidade energética.

Pensamos ser um óptimo exemplo, de como Portugal está na linha da frente na produção de energias renováveis, e de como estamos empenhados em fazer um mundo melhor.

EFACEC – Engenharia e Sistemas, S.A.Tel.: +351 229 432 229 . Fax: +351 229 432 [email protected] . www.efacec.com

Constituição do sistema

– Potência instalada: 200 kWp;– Potência nominal: 180 kW;– Módulos fotovoltaicos: general Electric;– Inversor de ligação à rede: Efacec;– Monitorização: Efacec;

Page 100: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine98

reportagem

formação da Donauer sobre instalação fotovoltaica produtiva na Concreta|Endiel

Este foi um verdadeiro encontro técnico onde foi abordada a qualidade na instalação solar, os inversores e os painéis solares e ainda os sistemas de seguimento, para além de ser explicada como se realiza uma inte-gração da energia solar térmica em edifícios multifamiliares. A Donauer defende uma filosofia muito exigente que passa por for-necer apenas o melhor, ser competente no apoio ao cliente, e tentando alcançar uma melhoria contínua diariamente. Os clientes e as relações com os fornecedores são um ponto capital.

Nuno Falcão da Donauer Solar Systems ini-ciou o workshop com uma pergunta fulcral: para que serve uma instalação solar foto-voltaica? A resposta era simples: produzir electricidade dirigida à produção ou ao con-sumo próprio. Mas há determinados facto-res que influenciam a produção de energia solar: as características ambientais, físicas e, obviamente, as características técnicas dos equipamentos. E para assegurar uma boa qualidade numa qualquer instalação solar há

A Donauer organizou um workshop na Concreta|Endiel, no dia 20 de Outubro, dedicado ao tema da Energia Solar. Parceiros da Donauer, como KOSTAL, Bosch Solar Energy e DEGERenergie falaram das suas soluções e inovações e a energia solar foi elevada ao máximo patamar!

por Helena Paulino

A Donauer defende uma filosofia muito exigente que passa por fornecer

apenas o melhor, ser competente no apoio

ao cliente, e tentando alcançar uma melhoria contínua diariamente.

Os clientes e as relações com os fornecedores são

um ponto capital.

que ter em conta os módulos, inversores e sistemas de montagem. A resposta é, sem dúvida, a qualidade dos equipamentos!

No caso dos módulos fotovoltaicos, Nuno Falcão ditou que a sua tecnologia deve ser a mais desenvolvida e estar de acordo com os standards. As características técnicas e me-cânicas são elementos fundamentais como a garantia do produto e de produção, e os igualmente importantes testes e seguros. Os inversores devem ter protecção contra sobretensões, garantia e apoio técnico, cer-

Page 101: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 99

reportagem

tificados e devem ser tidas em conta a temperatura normal de funcionamento, o rendimento, a protecção IP, e outras. E ser sistemas de montagem testados e aprovados por entidades acreditadas, ter garantia e apoio técnico. Os cabos solares e outros acessórios também devem obedecer a algumas regras como a durabilidade, a protecçao contra intempéries e raios UV, e serem certificados.

E sendo assim, como devemos escolher a nossa instalação? A Donauer explicou. Em primeiro lugar, um sistema de energia fotovoltaico no telhado ou num terreno deve produzir durante mais de 25 anos, e só uma instalação de qualidade e durabilida-de lhe pode oferecer uma segurança durante tanto tempo. Os materiais aplicados devem ter elevados padrões de qualidade, normas e certificados e isso é garantido pela selecção de mar-cas reconhecidas e com histórico na área do fotovoltaico e da electrónica.

Pedro Gomez da Bosch Solar Energy abordou os painéis sola-res. Falou das características e do material com que é feito as células solares e quais os tipos de células de silício. Explicou qual o balanço energético das células solares cristalinas e as vanta-gens deste mateial em termos energéticos. Em termos técnicos especificou que há células solares cristalinas de silício cristalino, enumerou o tipo de módulos cristalinos, abordando o tipo de células, o material encapsulado, a técnica de encapsulado, o va-riado material de suporte, a forma da moldura e ainda as fun-ções adicionais específicas de fabrico. Os módulos cristalinos também foram explicados tal como todas as suas referências técnicas e ainda os sistemas fotovoltaicos e tudo aquilo que os caracteriza. Pedro Gomez ainda explicou como funcionam as células fotovoltaicas a-Si, as µ-Si, os módulos de capa fina e as suas características, não esquecendo o thin film.

Donauer Solar Systems, Lda.

Tel.: +351 219 663 470 . Fax: +351 219 663 479

[email protected] . www.donauer.eu

por Helena Paulino

PUB

.

Page 102: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine100

reportagem

IBC SOLAR apresenta módulo solar estético e eficiente

A IBC SOLAR, juntamente com o seu par-ceiro COEPTUM, esteve presente na Con-creta 2011 – Feira Internacional de Cons-trução e Obras Públicas, que decorreu na cidade invicta de 18 a 22 de Outubro. Para-lelamente a esta presença na CONCRETA, esta empresa com 29 anos de experiência e actualmente considerada como uma das maiores integradoras de sistemas de energia solar fotovoltaica do mundo, organizou um encontro na Casa Ferreirinha onde apresen-tou um novo módulo solar adaptável a edifi-cíos históricos.

Ricardo Novaes apresentou aquilo a que chamou “inovação”, o módulo IBC MonoSol 240-245 ET Black, apresentando algumas das suas características. Este é um módulo capaz de suportar grandes cargas de neve e que pode ser utilizado em edifícios histó-ricos protegidos. Ricardo Novaes exaltou que este módulo, além de possuir um perfil fino e células, moldura e placa de fundo em negro o que lhe garante uma elevada inte-gração visual, tem a vantagem de poder ser aplicado de forma económica, fácil e célere. Estas características conferem ao IBC Mo-noSol 240-245 múltiplas possibilidades de utilização, como residências privadas a pro-jectos de reabilitação urbana e até mesmo

em edifícios históricos e com interesse ar-quitectónico. Apesar de ter uma aparência discreta, na realidade é um módulo sobeja-mente resistente, capaz de suportar cargas de neve até 5.400 Pa (5,4 kN/m2).

O IBC MonoSol 240 e 245 ET Black cumpre com os mais elevados padrões estéticos e de desempenho, e por isso o seu rendimento encontra-se acima da média graças à sua tec-nologia monocristalina com 3 barramentos. Outra das suas vantagens, segundo Ricardo Novaes, passa pela garantia de 10 anos, além de uma garantia de potência linear de 25 anos, com perda de potência inferior a 0,8% anual durante esse mesmo período. Estes são

No passado dia 20 de Outubro, a IBC SOLAR nas instalações da Casa Ferreirinha, em Vila Nova de Gaia, apresentou o seu mais recente módulo fotovoltaico, num encontro onde estiveram presentes Juan Manuel Presa, Country Manager de Portugal da IBC Solar e Ricardo Novaes, Delegado Comercial da IBC Solar para Portugal.

por Helena Paulino

Page 103: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 101

reportagem

prazos que, segundo garantiram os profissionais da IBC SOLAR, são aplicados a toda a gama da marca. O IBC MonoSol 240-245 ET BLACK foi desenvolvido para reunir um desempenho exem-plar e a melhor integração visual nos edifícios onde é aplicado. Graças ao seu design discreto ajusta-se a qualquer telhado, po-dendo assim ser utilizado em edifícios privados ou públicos.

Confiança e qualidade: lemas da IBC SOLARJuan Manuel Presa começou por apresentar a IBC SOLAR en-quanto marca e parceiro de confiança. Destacou alguns dos projectos da marca localizados por todo o mundo, e apontou dois pontos imprescindíveis que levaram a marca a ser reco-nhecida no mercado e a ter um crescimento mundial: o com-promisso e a confiança que os clientes sentem relativamente à IBC SOLAR. De forma resumida contou que a IBC SOLAR foi fundada em 1982 pelo físico Udo Möhrstedt, em Bad Sta-ffelstein, e tem como core business a distribuição de sistemas e componentes fotovoltaicos, tendo igualmente capacidade para projectos chave-na-mão, de operação e manutenção e promo-ção dos mesmos projectos. Além disso ainda possui serviços de engenharia que permitem uma análise, monitorização e manu-tenção de sistemas e instalações fotovoltaicos. Neste momento os números falam por si, como demonstrou Juan Manuel Presa num gráfico, tendo a IBC SOLAR instalados mais de 1,6 GW em mais de 100.000 sistemas fotovoltaicos por todo o mundo.

Falou um pouco da IBC SOLAR S.A.U, localizada em Valên-cia, Espanha, a delegação da marca para a Península Ibérica e que distribui e comercializa sistemas fotovoltaicos para os dois países, para além de um acompanhamento no terreno com o cliente, garantindo assim uma proximidade entre a marca e o cliente. A qualidade é a sua principal aposta e o maior com-promisso da marca, e por isso, segundo Juan Manuel Presa há imensas auditorias a fabricantes, inspecções a processos de fa-brico, controlo de produtos finais e testes efectuados por orga-nismos independentes.

Os módulos fotovoltaicos da IBC SOLAR contêm materiais va-liosos como o vidro e o alumínio que podem ser reciclados e reutilizados para produzir novos módulos solares. Como mem-bro da PV CYCLE Association, a IBC SOLAR participa numa rede abrangente para a recolha e reciclagem de módulos foto-voltaicos. Segundo ditou Juan Manuel Presa, a partir do dia 1 de Janeiro de 2011, os proprietários e instaladores de módulos fotovoltaicos podem entregar, gratuitamente, os módulos que chegaram ao seu fim de vida útil no ponto de recolha da IBC SOLAR em Ribarroja del Turia, em Valência. Depois da recolha, os módulos serão transportados para uma fábrica de recicla-gem onde se procederá à separação e tratamento de todos os seus componentes para uma posterior reutilização.

IBC SOLAR, S.A.U. – Filial de Espanha

Tel.: +34 961 366 528 . Fax: +34 961 366 529

www.ibc-solar.pt

por Helena Paulino

PUB

.

ENERGIAS RENOVÁVEISSISTEMAS SEGURANÇADOMÓTICA

MINIGERAÇÃO

INOVAÇÃOTECNOLOGIAQUALIDADE

A tarifa aplicável vigora durante um período de 15 anos.

A tarifa de referência é fixada em € 250/MWh (0.25€/kw).

No âmbito do regime bonificado, poderá ter uma produção de cerca de 90.000€/ano permitindo o retorno do investimento em menos de 8/9 anos.

A rentabilidade neste tipo de investimento aproxima-se dos 14%.

t. 244 471 636

m. 913 825 669

www.futursolutions.pt

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

meia-pagina vertical - 8Julho2011.pdf 1 07-07-2011 18:57:19

Page 104: Renováveis Magazine 8

102

informação técnico-comercial

KOSTAL Solar Electric Ibéricauma perspectiva de futuro fotovoltaico, grandes novidades em termos de produtos

Longe do cenário das grandes unidades de energia solar, o mercado coberto e residen-cial começa a consolidar-se cada vez mais, disponibilizando os seus grandes benefícios a empresas e particulares, aproximando assim a geração aos pontos de consumo e criando um sistema eléctrico mais sustentável.

O PIKO do fornedor KOSTAL Solar Electric oferece inversores que respondem às neces-sidades globais:• Inversor PIKO 10.1 com 10 kW de saída

CA nominal;• Inversor PIKO 4.2 com 3.68 kW de saída

CA nominal, especialmente adaptado ao mercado português;

• Novo accessório Sensor PIKO: irradiação, temperatura ambiente, temperatura de módulo.

São cada vez mais os clientes interessados em conhecer as vantagens de um sistema Net Metering ou Auto Consumo e o impac-to que o mesmo terá nas suas facturas de luz a médio prazo, sem esquecer a poupança em emissões de CO

2 que implica cada qui-lowatt instalado da tecnologia fotovoltaica.

O posicionamento da KOSTAL Solar Elec-tric é claro: a empresa acredita no futuro da tecnologia fotovoltaica em Espanha e apoia decididamente aqueles que partilham a mesma visão. Neste sentido, a tendência deve ser a de que todos os intervenientes no fabrico de componentes e instalações fotovoltaicas colaborem na tentativa de tornar a tecnologia fotovoltaica mais com-petitiva e, deste modo, adaptá-la aos novos níveis de tarifa.

A KOSTAL Solar Electric disponibiliza uma gama de produtos de inversores fotovoltai-cos de ligação em rede de elevada qualidade, adaptados às necessidades do mercado es-panhol e português.

A gama de inversores PIKO é única, possui 4 modelos de inversores trifásicos com até 10 kW de potência nominal (PIKO 10.1). Para instalações mais pequenas, os inversores mo-nofásicos PIKO 3.0 e PIKO 3.6 são os mais adequados. Todos os equipamentos incluem funções múltiplas de monitorização e registo de dados, incluídas de série. O desenho e as

prestações dos inversores PIKO permitem ao técnico de instalação poupar em diferentes elementos da instalação e da manutenção, como, por exemplo: elemento de desconexão do campo fotovoltaico, caixas de conexão e monitorização de strings, registador de dados ou portal de Internet de monitorização.

Figura 2 Inversor PIKO 10.1 de 10 kW de saída CA

nominal.

Seminários KOSTAL: a formação como elemento chave para o sucessoEm sectores tão competitivos e com um avanço tão rápido como a tecnologia foto-voltaica, a formação tecnológica tem uma grande importância.

Neste sentido, há mais de um ano que a empresa realiza uma série de seminários em várias cidades de Espanha e Portugal, com o objectivo de dar a conhecer em por-menor a gama de produtos e as diversas

A KOSTAL Solar Electric define quais os passos que se seguem, tendo em consideração a situação actual da tecnologia fotovoltaica.

Figura 1 PIKO 10.1 - KOSTAL inversor trifásico.

KOSTAL Solar Electric Ibérica, S.L.

Page 105: Renováveis Magazine 8

103

informação técnico-comercial

aplicações possíveis, sempre centrados no carácter prático. Estes eventos criam um cenário idóneo para troca de experiências, no qual a equipa téc-nica da KOSTAL mantém um contacto di-recto com os técnicos de instalação e enge-nheiros do sector. Isto permitiu à empresa estabelecer boas relações que derivam do tratamento pessoal que a KOSTAL Solar Electric promove.

A KOSTAL Solar Electric Ibérica S.L. foi cria-da no ano de 2009 sob a direcção de Beatriz de Ugarte. A sede espanhola em Valência disponibiliza, além da distribuição dos inver-sores PIKO, assessoria técnica personalizada, antes e depois da compra, bem como cursos deformaçãoprofissionais.AsedecentraldaKOSTAL Solar Electric GmbH em Friburgo, Alemanha é um dos membros mais jovens do grupo KOSTAL. Foi criada em 2006, com o nome da empresa KOSTAL Industrie

PUB

.

Figura 3 A formação é para a KOSTAL um elemen-

to chave para o sucesso – os Seminários KOSTAL são

promovidos em várias cidades de Portugal e Espanha.

Elektrik. A empresa KOSTAL Solar Electric GmbH conta também com outras sucursais em França, Itália e Grécia.

KOSTAL Solar Electric Ibérica, S.L.Tel.: +34 961 824 934 . Fax: +34 961 824 931www.kostal-solar-electric.com

Figura 4 Vista aérea da unidade da KOSTAL em Ha-

gen, Alemanha.

Page 106: Renováveis Magazine 8

104

informação técnico-comercial

DEGERenergie expande a sua posição como líder de mercado mundial

A DEGERenergie terminou a primeira meta-de do anos de 2011 em alta: em Junho, a em-presa de Horb atingiu a marca dos 45.000 em termos de sistemas fornecidos. Michael Heck, Vice-Presidente de Marketing e Ven-das na DEGERenergie, ditou que: “neste momento, existem dois desenvolvimentos pa-ralelos no mercado mundial que estão a forta-lecer a indústria solar. Primeiro, o debate sobre o fornecimento de energia futuro que nunca foi tão forte como actualmente e a mudança para energias renováveis que está associada ao mesmo. Em segundo lugar, os preços da energia em constante subida. A combinação de

ambos conduz a um cada vez maior interesse na tecnologia solar por parte de proprietários domésticos, empresas, governos, cidades e investidores.” Segundo Michael Heck, a DE-GERenergie tira também proveito de um terceiro desenvolvimento no mercado solar: “na indústria espalhou-se a palavra de que a tecnologia MLD de Horb não gera apenas um maior rendimento mas também, lucros mais rá-pidos e é também extremamente fiável.”

Todos estes factores contribuem para o fac-to da DEGERenergie ter uma perspectiva muito positiva no mercado mundial de sis-temas de seguimento MLD e ser optimista relativamente ao futuro, segundo Michael Heck. “Desde o início do ano temos constata-do uma tendência cada vez maior em relação ao auto-fornecimento na Alemanha. Isto refe-re-se à combinação de seguimento MLD com tecnologias de armazenamento modernas. Graças a esta combinação, lares privados, em-presas ou mesmo comunidades inteiras podem ser independentes do desenvolvimento dos pre-ços da energia e dos fornecedores de energia. Estamos convencidos de que, a médio prazo, este desenvolvimento será semelhante noutros países e de que este conceito irá finalmente ser aplicado em todo o mundo.”

Nesta primeira metade do ano de 2011, a DEGERenergie alcançou um crescimento de aproximadamente 50%, em comparação com os primeiros 6 meses do ano anterior e, a meio do ano, alcançou a marca dos 45.000 sistemas fornecidos em todo o mundo.

Tecnologia MLD proporciona diversas vantagensChristopher Seng ditou que “a decisão da Etna Energia, no sentido de equipar os seus parques solares com sistemas MLD da DEGERenergie, baseou-se em vários factores: para começar, os DEGERtrakers estão projectados para produzir mais de 2.000 kWh por kW instalado. Além dis-so permite calcular os custos de manutenção, de forma fiável, sendo muito baixos quando comparados com os rendimentos atingidos com a energia adicional proporcionada pela tecno-logia MLD.” Outra vantagem para o cliente é a garantia abrangente dos produtos disponi-bilizados pela DEGERenergie, assim como os contratos de peças sobressalentes, garantindo que as mesmas se mantêm disponíveis por 20 anos. “Estas vantagens não apenas convenceram os nossos clientes, como convenceram as institui-ções financeiras,” segundo Christopher Seng.

Para prestar assistência à Etna Energia, a DE-GERenergie destacou um especialista respon-sável pela assistência e aconselhamento do cliente na fase de instalação. De acordo com Christopher Seng: “o local de construção situa-se próximo da auto-estrada, a poucos quilóme-tros da costa. O vento constante refrigera os mó-dulos montados no DEGERtraker de forma mais eficiente do que se fossem refrigerados através de sistemas fixos, aumentando ainda mais o rendimento energético. Adicionalmente, os avan-ços significativos registados fizeram com que os nossos sistemas fossem capazes de resistir a elevadas cargas de vento. Não existem muitos fabricantes que tenham tanta estabilidade.”

A DEGERenergie apresenta um forte crescimento na procura mundial da sua tecnologia MLD. Graças a uma primeira metade do ano de 2011 muito bem sucedida e 45.000 sistemas já instalados, a DEGERenergie expandiu ainda mais a sua posição como líder de mercado mundial em sistemas de seguimento solar.

Figura 2 Michael Heck, Vice-Presidente de Marketing

e Vendas na DEGERenergie.

DEGERenergie GmbH

Page 107: Renováveis Magazine 8

105

informação técnico-comercial

Segundo a DEGERenergie, a tecnologia MLD pode compensar a queda das tarifas de alimentação italianas, assegurando ele-vados rendimentos futuros. De acordo com Christopher Seng: “prevemos uma alteração no mercado italiano, em direcção a instala-ções comerciais mais pequenas, muitas para auto-abastecimento doméstico e de unidades industriais.” Adicionalmente ao aumento dos rendimentos, na ordem dos 45%, a curva da produtividade de um dispositivo de seguimento solar com tecnologia MLD é óptima: a unidade DEGERtraker gera um volume de energia de base constante sem registar um único pico, ao contrário do que sucede com os sistemas fixos, que sobre-carregam a rede eléctrica e garantem uma elevada disponibilidade da electricidade produzida. Por fim, e mais importante, os custos da energia ecológica são extrema-mente baixos.

DEGERenergie equipa dois novos parques solares na SicíliaA DEGERenergie tem mais um novo su-cesso no mercado solar italiano: na provín-cia de Enna, na Sicília, estão actualmente a ser instalados dois novos parques solares, com capacidade total de 270 DEGERtrakers 6000NT. A DEGERenergie apresentou as vantagens da sua tecnologia MLD na PV Rome (Feira Internacional do Sector Foto-voltaico em Roma), que decorreu de 14 a 16 de Setembro. Estes dois novos parques solares instalados na Sicília, explorados pela Etna Energia Srl, dispõem de uma capacida-de combinada instalada de dois Megawatts. Em cada um dos dois parques solares a energia é gerada com recurso à tecnologia 135 DEGERtrakers 6000NT de eixo duplo. Cada unidade DEGERtraker está equipada com módulos para 7,35 kWp, uma potência que gera uma quantidade de energia ecoló-gica suficiente para abastecer uma empresa de pequena a média dimensão.

Os primeiros sistemas DEGERtraker 6000NT estão já em funcionamento na Sicília, tendo o primeiro sido ligado em Setembro e o se-gundo em Outubro. “Tratou-se de um calen-dário ambicioso,” explicou Christopher Seng, Director de Vendas Internacionais da DEGER-energie, “a DEGERenergie está muito bem co-tada no setor industrial, sendo conhecida não

somente por atingir rendimentos elevados como também por ser altamente fiável: somos ainda reconhecidos pela flexibilidade e velocidade da nossa assistência aos clientes.” Giuseppe Stella, Presidente do Conselho de Administração da Etna Energia Srl. resumiu que “nos últimos anos, a DEGERenergie construiu vários parques solares na Itália, com megawatts de capacidade. Estes projectos convenceram-nos do elevado de-sempenho dos sistemas DEGERtraker. Sabemos que ao escolher a DEGERenergie escolhemos um fornecedor de eleição, estando certos de ter-mos atingido os melhores rendimentos possíveis graças à tecnologia MLD alemã.”

DEGERenergie amplia a sua liderança de mercado no CanadáA DEGERenergie tem vindo a fabricar no Canadá há mais de um ano e está agora a receber os resultados de actividades bem sucedidas no mercado canadiano. Entre-tanto a empresa vendeu mais de 4.300 dos seus sistemas de seguimento e verifica-se um crescimento especialmente rápido no mercado solar em Ontário. Devido ao pro-grama microFIT que subsidia principalmente instalações com uma emissão de até 10 kW, a concentração é aplicada em sistemas de pequena e média dimensão. Estes sistemas são instalados principalmente por agricul-tores, médias empresas e municípios. Os

DEGERtraker 5000HD e 9000NT são os mais utilizados. A empresa tem mantido um contacto próximo com parceiros de distri-buição e instalação no Canadá durante vá-rios anos. Graças às suas instalações de pro-dução locais, a DEGERenergie cumpre os requisitos definidos no “Domestic Content Compliance”, da Ontario Power Authority (OPA). Esta exige que pelo menos 60% dos custos de produção sejam gerados a partir de produtos e serviços nacionais.

“Logo, os campos das instalações solares equi-pados com sistema de seguimento solar são reembolsados na totalidade, segundo o progra-ma microFIT. Desde que os outros componentes também cumpram os requisitos,” explicou o Director de Vendas da DEGERenergie, Rainer Ott. “A nossa marca – e é assim que é conside-rada pelos nossos parceiros e clientes canadia-nos - Qualidade de Engenharia Alemã – Made in Ontário/Canadá.” E continuou: “além disso temos vários parceiros locais com experiência ao nível da prestação de serviços e assistência. Graças a todos estes aspectos, somos a melhor escolha de sistemas de seguimento solar no âm-bito de projectos de microFIT e FIT. Actualmente estão instalados projectos solares microFIT com uma produção total de mais de 58 megawatts. E mais de 50% das instalações microFIT com sistemas de seguimento solar estão equipadas com tecnologia DEGERenergie.”

Figura 2 Sistemas DEGERtraker 5000 NT no Parque Solar junto ao Monte Kserovouni.

Page 108: Renováveis Magazine 8

106

informação técnico-comercial

A DEGERenergie considera fazer parte da indústria de Ontário e, entretanto, estabe-leceu um centro de logística e assistência para e no mercado canadiano. Rainer Ott ditou que “os nossos clientes compreendem que se trata de um valioso compromisso com o mercado canadiano. Recebemos diariamente consultas de potenciais clientes e parceiros de instalação que estão interessados nos nossos sistemas. A procura e as encomendas são mais do que satisfatórias.” Segundo a DEGERener-gie e muitos outros intervenientes no mer-cado, o mercado solar canadiano irá crescer significativamente nos próximos anos. “Os sistemas fotovoltaicos estão a tornar-se numa das mais importantes fontes de energia.” Prin-cipalmente no contexto do incidente em Fukushima e os preços da energia em cons-tante ascensão no Canadá. “O desenvolvimen-to noutras províncias canadianas e nos EUA, o vizinho sulista do Canadá, é semelhante, ape-sar de ainda não ser tão dinâmico. A Lei de Energia Verde do Ontário pode tornar-se num padrão para outras províncias canadianas.”

DEGERenergie inaugura o mercado solar croataA DEGERenergie forneceu os seus primei-ros sistemas de seguimento MLD à Croácia, à empresa solar croata Solektra d.o.o. Os

primeiros sistemas da DEGERenergie foram colocados em funcionamento há algumas se-manas em Križopotje, na província de Med-jimurje, no Norte da Croácia. A instalação de 30 kW é composta por 4 sistemas do tipo DEGERtraker 7000NT. É a primeira instalação fotovoltaica exterior na República da Croácia e, em simultâneo, a primeira ins-talação a utilizar sistemas de seguimento de eixo duplo. Na Croácia, principalmente os pequenos projectos solares com uma emis-são de até 30 kW recebem subsídios sob a forma de tarifas de alimentação maiores.

Goran Oreski, Presidente do Conselho de Administração da Solektra, revelou: “mesmo durante a instalação e a colocação em funcio-namento dos sistemas DEGERenergie notamos que estes sistemas são tecnicamente avança-dos e excepcionalmente robustos. A instala-ção foi extremamente fácil e os sistemas têm funcionado sem problemas desde o primeiro dia.” Actualmente, a Solektra está a plane-ar mais 7 projectos de 30 kW com sistemas DEGERenergie. Goran Oreski: “estamos a contar com um aumento significativo do núme-ro de instalações fotovoltaicas no início deste Outono. Até agora, a capacidade total de todos os sistemas na Croácia é de aproximadamente apenas um megawatt. Para 2012, esperamos um forte crescimento no mercado, com instala-ções mais pequenas e sistemas integrados em edifícios existentes.”

DEGERenergie equipa projecto de energia solar suecoA DEGERenergie equipou um projecto de energia solar sueco com os seus sistemas de seguimento MLD patenteados. A empresa sueca Solar Design Ab construiu a infraes-trutura em Malmö, integrada no edifício, e com três sistemas DEGERtraker 3000HD começou a funcionar em Julho de 2011. A unidade foi encomendada e é agora explo-rada pelo município de Malmö. Os sistemas DEGERtraker 3000HD foram concebidos especificamente para locais e regiões expos-tos com ventos fortes. O acrónimo “HD” significa “condições de utilização duras” (heavy-duty).

Glenn Torsténi, da Solar Design Ab, afir-mou que estão “inteiramente satisfeitos com a qualidade dos sistemas da DEGERenergie. A

sua instalação é rápida e fácil, graças a ins-truções fáceis de seguir por parte dos utiliza-dores.” A Solar Design Ab é uma empresa especializada em sistemas fotovoltaicos. Os representantes da empresa sueca estão já a planear uma visita à sede da DEGERenergie em Horb. “Entre outras coisas, gostaríamos de saber que outros sistemas da DEGERener-gie podem ser interessantes para o mercado sueco.” A Solar Design Ab manifesta um in-teresse efectivo numa cooperação mais in-tensa passando, se possível, pela instalação de sistemas de seguimento MLD adicionais na Suécia.

Forte procura de sistemas de seguimento MLD nos EUAO boom de energia renovável continua em todo o mundo, e o mercado solar ameri-cano não podia ficar para trás e por isso a DEGERenergie participou na Intersolar North America em São Francisco. Os orga-nizadores da Intersolar North America 2011 registaram um “impressionante crescimento”, pois, apesar das difíceis condições económi-cas, o evento cresceu em todas as áreas em anos recentes. Este ano, 839 expositores de todo o mundo viajaram até São Francisco – mais 17% do que em 2010. Mais de 22.000 visitantes ficaram a conhecer as mais recen-tes tendências e tecnologias da geração de energia solar.

O mais surpreendente é a diversidade da procura nos Estados Unidos. Não eram apenas potenciais investidores e operado-res de parques solares interessados na mais eficiente tecnologia oferecida pela DEGE-Renergie para projectos solares de média e grande escala – mais do que nunca, ques-tões específicas também vieram de indiví-duos que querem beneficiar das vantagens da tecnologia de seguimento MLD. Micha-el Heck, Vice-Presidente de Marketing e Vendas na DEGERenergie, declarou que “a questão de auto-fornecimento está rapi-damente a ganhar importância – não apenas na Alemanha.”

DEGERenergie GmbHTel.: +34 934 808 466 . Fax: +34 934 808 [email protected] . www.degerenergie.com

DEGERENERGIE ExPANDE A SUA POSIçãO COMO LíDER DE MERCADO MUNDIAL

Figura 3 Instalação da Solektra, na Croácia.

Page 109: Renováveis Magazine 8

June 13–15, 2012

The World’s Largest

Exhibition for the Solar Industry

New Munich Trade Fair Centre, Germany

www.intersolar.de

2,400 Exhibitors

180,000 sqm Exhibition Space

80,000+ Visitors

AZISE2012_Master 1.1._end:v1 02.08.11 08:05 Seite 2

Page 110: Renováveis Magazine 8

108

informação técnico-comercial

SMA Solar – escolha de um inversor para a mini-geração

1. Escolher um inversor para a mini-geração

1.1. Potência de ligaçãoA mini-geração permite três escalões de po-tência:Escalão I – Potência de ligação não seja su-perior a 20 kW;Escalão II – Potência de ligação superior a 20 kW ou igual ou inferior a 100 kW;Escalão III – Potência de ligação superior a 100 kW ou igual ou inferior a 250 kW.

A SMA defende soluções descentralizadas, inversores de string. Isto significa que para projectos de até 250 kW a concepção do projecto deverá prever vários inversores e não apenas um.

Uma solução descentralizada, com inversores de string, apresenta as seguintes vantagens:• Em caso de falha de um inversor o sistema

não fica totalmente inoperacional;• Os inversores não exigem manutenção;• Em caso de avaria a substituição do inver-

sor é simples e imediata;• O menor peso e dimensão facilitam o

transporte e instalação;• A produção em instalações com sombrea-

mento é optimizada;• Possibilidade de utilização de diversas tec-

nologias de módulos.

Por último, e o mais importante, devemos relembrar que vários inversores significam vários pontos de máxima potência (MPP) distribuídos pelo sistema FV e não apenas 1 MPP centra-lizado para toda a instalação. O resultado da pluralidade de MPP é um acréscimo, bastante significativo, do rendimento da totalidade do sistema FV.

1.2. Escolha do inversor em função dos módulosO Sunny Design, software que poderá ser obtido gratuitamente na página Web da SMA, permite obter um estudo automático do tipo e quantidade de inversores a utilizar em função das potências e dos modelos dos módulos fotovoltaicos.

Figura 1 Gama de inversores SMA, a seleccionar em função da potência e modelo dos módulos fotovoltaicos.

Ressalvamos a necessidade, aquando da utilização de módulos de capa fina, de confirmar com o fabricante de módulos se existe a necessidade de interligar um dos pólos (negativo ou posi-tivo) à terra. Nos casos em que é necessária uma ligação de um dos pólos à terra, o inversor deverá contemplar isolamento galvânico (transformador).

A Tabela seguinte representa os equipamentos que melhor se enquadram às potências de ligação referentes à mini-geração. Alertamos para o facto de existirem mais inversores, cer-tificados, que podem ser utilizados.

A escolha dos equipamentos a integrar um sistema fotovoltaico deverá ser alvo de ponderação por parte das entidades instaladoras e do cliente final. Um sistema fotovoltaico, na mini-geração, deverá ter um tempo de vida útil de 15 anos. Só desta forma o investimento verá o seu retorno garantido com receitas adicionais. A substituição de equipamentos, durante o tempo contratualizado para a venda de energia, irá comprometer o plano financeiro de retorno económico.

Alexandre Cruz (Eng.º)SMA Portugal

Page 111: Renováveis Magazine 8

109

informação técnico-comercial

No website, www.sma.de, poderão ser en-contradas todas as especificações técnicas dos equipamentos.

2. Sistemas de comunicação e supervisão

2.1. Comunicação e supervisão remotaÉ fácil poder aceder à instalação fotovoltaica através de um computador com acesso à Inter-net. A supervisão remota da instalação tem várias vantagens:• Permite avaliar, online, o estado de funcionamento do sistema;• Evita deslocações desnecessárias ao local;• Possibilita alterações a actualizações dos parâmetros do inversor;• Torna o processamento de informação rápido e intuitivo;• Recepção de erros e alertas que possam comprometer o funcionamento do inversor.

2.2. WebBoxA WebBox é um datalogger que, interligado aos inversores através da tecnologia Bluetooth ou de uma ligação física RS485, possibilita, através de uma ligação Internet ou modem GSM a transferência de informação armazenada e a ligação online ao sistema FV (ver Figura 2).

2.3. Sunny PortalA SMA AG disponibiliza, gratuitamente, um portal na internet onde poderá alocar a sua insta-lação. Com este software é possível tratar, de forma gráfica, toda a informação obtida através da Webbox. Grandezas como a radiação, produção, retorno económico, e outros... podem ser comparadas. É possível ainda obter um histórico das grandezas e realizar uma comparação

Modelo Inversor

Max AC Power

Transfor-mador

SB3800/V 3.68 kW

SimSMC 5000A 5KW

SMC 7000HV 6.65 kW

SB 5000 TL 5kW

Não

STP 8000TL 8 kVA

STP 10000TL 10 kVA

STP 12000TL 12 kVA

STP 15000TL 15 kVA

STP 17000TL 17 kVA

STP 20000TL 20 kVA

PUB

.

Page 112: Renováveis Magazine 8

110

informação técnico-comercial

Figura 2 Esquema de ligação RS485 - A mesma ligação é possível através da tecnologia Bluetooth, seriam suprimidos

os cabos RS485.

diária, mensal ou anual. Desta forma, é fácil compreender o comportamento da instalação e possíveis desvios ao seu normal funcionamento.

O Sunny Portal permite parametrizar o envio de mensagens de estado (alertas, falhas) através do correio electrónico. Permite, ainda, realizar um relatório personalizado em que o utiliza-dor define a informação, a periodicidade do seu envio e o seu destinatário.

O Sunny Portal é utilizado em mais de 100 países contemplando mais de 67 mil instalações a que corresponde uma energia total superior a 10 TWh.

Gráfico 1 Exemplo de uma apresentação gráfica no Sunny Portal (Potência versus Rendimento).

3. Serviço técnico: um valor acrescentado da SMA 1. Qual o custo diário da inoperacionalidade de um inversor num sistema fotovoltaico?2. Qual o tempo de reacção dos serviços técnicos do fabricante?

Estas questões devem ser consideradas. Os inversores da SMA, durante o período de garantia, são substituídos em 24 horas minimizando os custos inerentes à sua inoperacio-nalidade. Para tal, a SMA dispõe, em Portugal, de técnicos especializados para toda a assistência pós-venda.

Todas estas vantagens podem ser alargadas com a extensão de garantia dos equipamen-tos até um máximo de 25 anos.

Em resumoPara além da qualidade reconhecida dos equipamentos, da sua fiabilidade, eficiência e soluções abrangentes no que respeita a comunicação e supervisão, a SMA oferece um serviço de acompanhamento técnico em Portugal, durante a concepção do projecto e instalação dos equipamentos.

Figura 3 Página de abertura do SunnyPortal, utilizado

em mais de 100 países.

Links úteis

– SMAwww.sma.de

– Sunny Portalwww.sunnyportal.com

– Sunny Designwww.sma.de/en/products/sof tware/sunny- -design.html

– Serviço Técnico em Portugalwww.sma-portugal.com

SMA Portugal – Niestetal Services Unipessoal Lda.Tel.: +351 212 387 860 . Fax: +351 212 387 [email protected] . www.sma-iberica.com

SMA SOLAR – ESCOLHA DE UM INVERSOR PARA A MINI-GERAçãO

Page 113: Renováveis Magazine 8
Page 114: Renováveis Magazine 8

112

informação técnico-comercial

decidir estruturas de alumínio da Extrusal Pro Solar, porquê?

Os componentes a integrar numa central fotovoltaica e que naturalmente depen-dem, numa primeira linha, da aplicação em concreto, isto é se se pretende um sistema autónomo (stand-alone PV systems) ou com ligação à rede (grid-tied PV systems) são os módulos fotovoltaicos, inversor, sistema de monitorização, regulador de carga, bateria ou acumulador, contador e as cablagens.

Os projectistas têm hoje à sua disposição uma diversidade de softwares que são uma ferramenta essencial na sua acção de con-cepção e planeamento, contudo a tarefa de projectar e planear um sistema fotovoltaico terá também de passar pela análise do local onde a instalação será implantada.

Esta análise do local da instalação em regra estuda as condições in situ para a instalação de todo o sistema, desde a verificação das plataformas disponíveis (quer sejam em solo plano, em telhados inclinados ou cobertu-ras), passando pela determinação da orien-tação e inclinação solar necessárias até à avaliação dos efeitos de eventuais sombrea-mentos prejudiciais ao eficaz funcionamento da central fotovoltaica.

É neste âmbito que surge a necessidade de concepção de uma estrutura metálica para uma correcta montagem dos módulos foto-voltaicos da central. Muito frequentemente não é reconhecida a importância deste ele-mento no desenho de um sistema fotovol-taico, contudo destacamos três aspectos concretos que devem merecer reflexão:

Primeiro: O prazo de vida útil do sistema fotovoltaicoO prazo de vida útil de um projecto foto-voltaico deve resultar naturalmente dos seus elementos constituintes, mas poderemos afirmar que em média é expectável um pe-ríodo de vida útil de 20 anos. No entanto, este prazo de vida útil não deve ser conside-rado fechado, uma vez que o cluster mantém uma forte dinâmica na inovação e no seu de-senvolvimento industrial.

Segundo: A agressividade do ambiente onde a central fotovoltaica vai ser instaladaSem esquecer os ambientes industrialmente agressivos, devemos ter presente que Portu-gal Continental tem uma costa de cerca de

1.230 Kms (com o Arquipélago dos Açores, 667 Kms, e Arquipélago da Madeira com 250 Kms), o que proporciona uma extensão elevada de costa/território com ambiente marítimo, logo agressivo e potenciador de corrosão.

Terceiro: Caracterização da zona de im-plantação do sistema fotovoltaico segundo os factores climáticos que possam previsivelmen-te influir no desempenho da estrutura metálicaNeste aspecto dever ter-se em conta o RSAEEP – Regulamento de Segurança e Ac-ções em Estrutura de Edifícios e Pontes (DL n.º 235/83 de 31 de Maio), o Eurocódigo 1 (EN 1991-1) e Eurocódigo 9 (EN 1999-1), ou seja, a Resistência à força dinâmica do

A tarefa de projectar um sistema fotovoltaico e decidir os seus equipamentos é o momento crítico, por isso de importância determinante, para se conseguir um resultado eficaz (de produção) e assegurar as garantias de bom funcionamento durante a vida útil do projecto.

EXTRUSAL PRO SOLAROPEXIL – Exportação e Importação, Lda.

Figura 1 As 5 vantagens do alumínio.

PESO

DURABILIDADE

CICLO DE VIDAPROPRIEDADESMECÂNICAS

CUSTO

Page 115: Renováveis Magazine 8

vento (Qw) e a Resistência à carga da neve (Qs). O cruza-mento destes três aspectos deve levar-nos a entender melhor a importância que se deve dar a uma estrutura metálica de montagem dos módulos fotovoltaicos dentro de uma central fotovoltaica, se quisermos que a vida útil do projecto seja re-almente assegurada.

Este desafio não passou ao lado da indústria do alumínio que respondeu com soluções para estruturas de montagem de sistemas fotovoltaicos com as propriedades/vantagens que só este metal pode oferecer e que são retractadas na Figura 1.

Esta resposta da indústria do alumínio caracterizou-se por solu-ções que alcançaram diversos segmentos da indústria solar como:• Energia fotovoltaica instalada em telhados inclinados, cober-

turas ou solo plano (PV);• Energia fotovoltaica integrada na construção (BiPV);• Energia de concentradores solares (CSP);• Solar térmico instalados em coberturas ou solo plano (ST/AQS).

Vamos agora passar em revista cada uma das vantagens das soluções das estruturas em alumínio, focalizando-nos no seg-mento de mercado da energia fotovoltaica (PV).

PesoA densidade do alumínio é de 2,70 g/cm3 e a do aço é de 7,86 g/cm3, o que faz com que o peso das soluções de estrutu-ras em alumínio fiquem a cerca de 1/3 das fabricadas com aço. Este benefício é particularmente importante para instalações em telhados inclinados ou coberturas.

O sistema de perfis de alumínio modulares apresentado pela EXTRUSAL PRO SOLAR, com a designação comercial de TRIAL 1, especialmente projectado e desenvolvido para res-ponder às necessidades da indústria solar, apresenta um indi-cador médio de peso por módulo de 2 Kgs/módulo para insta-lações em telhados inclinados e 5 Kgs/módulo para instalações em solo plano ou coberturas planas (neste caso estão incluídos os triângulos para obtenção do ângulo de exposição solar mais adequado e as travessas de fixação dos módulos).

DurabilidadeA durabilidade das soluções das estruturas em alumínio está sobretudo aliada às propriedades das ligas de alumínio para extrusão a quente da Classe 6000, e ao tratamento de super-fície ANODIZAÇÃO que assegura uma boa protecção contra a corrosão.

No caso do sistema TRIAL 1 da EXTRUSAL PRO SOLAR os perfis de alumínio integrantes do sistema, bem como todos os componentes em alumínio são anodizados na Classe 20 μ (mi-crons), o que promove um elevado desempenho da protecção

PUB

.

unser gutheisst besser.

Solar Fotovoltaico · Solar Térmico · E-Mobility

Our bestis better.Saber que as nossas soluções de energia solar irão fornecer energia limpa nas próximas décadas, é a mais gratificante prova de que o trabalho que desenvolvemos vale realmente a pena. Hoje e no futuro. www.donauer.eu

Consulte-nos para soluções de

micro e minigeração.

Page 116: Renováveis Magazine 8

114

informação técnico-comercial

Para comprovação daquela afirmação da-mos, como exemplo, os resultados obtidos para uma fileira simples com 9 módulos PV instalada em solo plano com um ângulo de exposição solar de 30º servido com o siste-ma TRIAL 1 da EXTRUSAL PRO SOLAR:

Resistência à força dinâmica do vento: (Qw) = 1.183 Pa (158 Km/h)

Resistência à carga da neve:(Qs) = 1,51 KN/m2

CustoO processo de extrusão a quente de perfis em ligas de alumínio oferece às indústrias-clientes a possibilidade de fabrico de perfis de múltiplas formas a preços competitivos e com ferramentas próprias do processo (ma-trizes), que apresentam um custo acessível. Os mais recentes desenvolvimentos de sis-temas de perfis de ligas de alumínio para a indústria solar, como é o caso do sistema TRIAL 1 da EXTRUSAL PRO SOLAR, apon-tam igualmente para uma redução significa-tiva do custo da sua montagem, através da simplicidade e redução dos tempos de mon-tagem/instalação. A introdução nestes sistemas de peças em alumínio de fixação rápida dos módulos fotovoltaicos e o avanço das soluções de ligação dos perfis de alumínio não deixam indiferentes os instaladores e beneficiam a cadeia de valor da indústria solar.

Por estas razões/vantagens, o sistema TRIAL 1 da EXTRUSAL PRO SOLAR constituído por perfis de alumínio modulares e vocacio-nados para a construção de estruturas para a indústria solar, permite as melhores solu-ções para a montagem dos módulos fotovol-taicos e oferece a oportunidade de melhorar as garantias transmitidas ao Cliente Final de uma central fotovoltaica.

EXTRUSAL PRO SOLAROPEXIL – Exportação e Importação, Lda.Tel.: +351 234 884 494 . Fax: +351 234 880 [email protected] . www.opexil.pt

contra a corrosão, mesmo em ambientes mais agressivos.

O processo de anodização realizado sobre os perfis de alumínio do sistema TRIAL 1 segue as directivas da QUALANOD (Quali-ty Label for Anodic Oxide Coatings on Wrought Aluminium for Architectural Purposes) e de-tém a respectiva Licença n.º 1405 de marca qualidade, com inspecções periódicas a car-go do LNEC.

Por último, não podemos esquecer que os elementos de fixação (parafusos, porcas e anilhas, e outros) que foram seleccionados para integrar o sistema de alumínio TRIAL 1 da EXTRUSAL PRO SOLAR são em aço inox A2 ou AISI 304, o que contribui tam-bém para que o sistema responda positiva-mente às exigências de durabilidade.

Ciclo de VidaO alumínio é um metal 100% reciclável, po-sicionando-se como um metal indiscutivel-mente importante para a sustentabilidade futura das indústrias.

A economia do alumínio é uma economia circular, pois para a generalidade dos produ-

tos em alumínio este não é consumido du-rante a sua vida útil, aguardando por novas utilizações através da reciclagem.

Actualmente mais de 1/3 da produção mun-dial de produtos em alumínio recorre a me-tal reciclado e esta situação tem uma ten-dência crescente. O seu ciclo de vida poderá ser observado na Figura 2.

Propriedades MecânicasDo leque das propriedades mecânicas ofe-recidas pelos perfis de alumínio extrudidos, podemos destacar a carga de ruptura que para a liga 6060 T66 se situa em valores mé-dios de Rm = 215/Mpa e Rp2 = 160/Mpa segundo a norma EN 755-2:2008, o que faz deste metal uma opção importante na con-cepção de estruturas solares, com uma boa resposta às solicitações da força dinâmica do vento e à carga da neve.

A maximização dos momentos de inércia/resistência esteve presente desde a fase de concepção e projecto dos principais perfis de alumínio do sistema TRIAL 1 da EXTRU-SAL PRO SOLAR, o que permite a cons-trução de estruturas solares em alumínio de elevada robustez.

DECIDIR ESTRUTURAS DE ALUMÍNIO DA EXTRUSAL PRO SOLAR, PORQUê?

Figura 2 Ciclo de vida do alumínio. Fonte: Internacional Aluminium Institute.

Page 117: Renováveis Magazine 8

Save time, save energy, save resources™

O Netbiter® é uma solução pronta a utilizar que lhe permite controlar e supervisionar o desempenho e o funcionamento de instalações remotas. Contém todos os componentes necessários a uma solução de gestão remota segura, escalável e rentável.

www.netbiter.com

A solução Netbiter é desenvolvida e mantida pela HMS Industrial Networks, líder mundial no fornecimento de tecnologia de comunicação industrial. Saiba mais acerca da solução de gestão remota exclusiva em www.netbiter.com

Gestão remota com serviços em cloud!

“com a solução Netbiter, poderá gerir a sua instalação remotamente

em poucos minutos”

Conectividade imediata

Alojamento seguro com Netbiter Argos™

Serviços em cloud poderosos

TI não é necessário experiência

Sem problemas de firewall

Nenhuma VPN necessária

No-IP estáticos

Sem programação

Sem complicações

Page 118: Renováveis Magazine 8

116

informação técnico-comercial

aproveitamento do máximo potencial da energia fotovoltaica em instalações sobre coberturas industriais com IBC Solar

Devido às recentes alterações na regulação das tarifas para instalações de ligação à rede, está prevista uma evolução do mercado fo-tovoltaico espanhol a partir dos sistemas em solo de grande escala para os sistemas sobre cobertura. O potencial para instalar siste-mas fotovoltaicos em coberturas é enorme, uma vez que com este tipo de instalações se obtêm melhores tarifas. Assim, os edifícios industriais são de grande interesse para os agentes que querem desenvolver projectos e que pretendem montar instalações de energia solar fotovoltaica. Devido às nume-rosas diferenças nas estruturas das cober-turas, as necessidades podem variar consi-deravelmente de uma instalação para outra. São muitos os factores a ter em conta, pelo que é imprescindível contar com um espe-cialista na matéria. A ampla experiência da IBC SOLAR com as referidas instalações no mercado alemão é um importante factor de referência para o mercado espanhol, cada vez mais atractivo.

Não há dois telhados iguaisA instalação sobre a cobertura da Feira Co-mercial de Stuttgart (Neue Messe Stuttgart) é um bom exemplo dos desafios envolvidos nas instalações industriais sobre telhado. Os pavilhões da Feira encontram-se perto

do aeroporto de Stuttgart e ocupam uma zona de exposição total com 105.200 me-tros quadrados, o que a converte numa das dez maiores Feiras da Alemanha. À primeira vista, as coberturas dos sete pavilhões de exposição são a localização ideal para insta-lar um sistema fotovoltaico. Não obstante, a superfície curva (um dos pontos arquitectó-nicos destacados da nova Feira) implicou um enorme desafio para a instalação do sistema fotovoltaico. A forma inusual, assim como a influência negativa que esta peculiaridade

exercia sobre a capacidade de suporte, tor-naram impossível considerar um sistema de montagem standard. Além disso, o sistema fotovoltaico devia integrar-se totalmente com a estética geral dos pavilhões da Feira. Para resolver este problema, a IBC SOLAR utilizou estruturas de montagem específi-cas que, além de satisfazerem os requisitos estáticos da edificação, permitiram levar a cabo a instalação sem perturbar a activida-de da Feira, que teve lugar durante o perío-do de construção.

Desde as origens do mercado da energia fotovoltaica que tanto a Espanha como a Alemanha se posicionaram como dois grandes mercados de energia solar. Até 2008, em Espanha só existiam investimentos em grandes instalações sobre terreno, enquanto que na Alemanha a procura se centrava, principalmente, em pequenos sistemas fotovoltaicos domésticos.

IBC SOLAR em colaboração com David Gallardo, Professor da Universidade Politécnica de Valência

Figura 1 A cobertura com forma redonda dos pavilhões da Feira Comercial de Stuttgart requerem um sistema de

montagem ligeiro e especial para poder suportar o sistema fotovoltaico.

Page 119: Renováveis Magazine 8

117

informação técnico-comercial

Ainda que estas dificuldades sejam muito pouco frequentes nos edifícios industriais, deve sempre ter-se em conta a estrutura es-pecífica de cada cobertura antes de instalar um sistema fotovoltaico. A superfície tem que, no mínimo, suportar a carga do sistema fotovoltaico durante vinte e cinco anos, pelo que a estrutura e a resistência estática da cobertura determinam a opção do sistema de montagem e o método de instalação ade-quados. Apesar da forma e do tipo de cober-tura serem aparentemente iguais, em função da antiguidade da construção e dos materiais utilizados, podem ser necessários métodos e soluções de montagem diferentes.

Coberturas industriaisA mais frequente é a cobertura inclinada com uma pendente entre 10º e 15º. Outra opção é o telhado com uma inclinação não superior a 5º. O Professor David Gallardo, da Universidade Politécnica de Valência, ex-plicou o motivo da popularidade do telhado inclinado da seguinte forma: “De forma geral, não é habitual optar pelas coberturas planas. Isto deve-se a que o comportamento estrutural da cobertura requer um maior canto no cen-tro, em vez de nos extremos. Assim, é mais comum tirar maior partido desta necessidade estrutural formando dois planos inclinados (um telhado com duas águas), que também resolve a necessidade de escoar a água.”

As coberturas inclinadas costumam ser cons-truídas com elementos metálicos, especial-mente em aço. Graças aos contínuos pro-gressos nas uniões (soldadura e parafusos), o aço pode ser facilmente manipulado, o que permite obter uma maior precisão e um controlo da construção. Após o aço, o betão pré-fabricado também é um material muito comum em coberturas. Apesar do betão não proporcionar a flexibilidade e a precisão do aço, possui uma incrível durabilidade. O betão tem uma alta resistência a incêndios e as múl-tiplas camadas de montagem proporcionam a máxima protecção. O peso dos materiais também contribui para a resistência às pres-sões horizontais (por exemplo, ventos fortes, temporais, entre outros). Segundo o Profes-sor Gallardo, o tamanho do edifício também influi na decisão de escolha dos materiais de construção. O betão pré-fabricado é vantajo-so para os edifícios cuja distância transversal

seja inferior a quinze metros, enquanto que o aço é preferível para os edifícios de maior en-vergadura, devido ao elevado custo de trans-porte e ao peso do betão pré-fabricado.

Além das diferenças dos materiais de cons-trução, o estilo arquitectónico também evo-luiu ao longo dos anos. Os edifícios industriais mais antigos possuem uma maior diversida-de de projectos e a maioria não permite uma carga adicional de uma estrutura ex-terna em coberturas de grandes dimensões. Além disso, antigamente, era prestada me-nos atenção aos materiais de construção e utilizavam-se materiais mais perigosos como, por exemplo, o amianto. Actualmente, os edifícios estão sujeitos a maiores regulamen-tações de segurança para garantir que não são prejudiciais para a saúde das pessoas e que são capazes de resistir a sinistros e a emergências. O Professor Gallardo explicou que, com o tempo, aumentou a procura de conforto e durabilidade, pelo que os ele-mentos das coberturas são agora mais es-pessos, isolados e impermeáveis. Este facto provocou o desenvolvimento dos painéis mistos, de aço ou alumínio revestidos de po-liuretano ou poliestireno, por exemplo.

o que é necessário ter em conta?Para projectar um sistema fotovoltaico instala-do numa cobertura, devem ser tidos em con-

ta vários factores. Possivelmente, o factor mais importante é o cálculo da carga que pode su-portar o edifício ou a cobertura. É necessário calcular dois tipos de cargas: o peso próprio da carga estática, a pressão constante sobre o edifício, e a carga dinâmica, as pressões no edifício provenientes de todas as direcções, criadas pelos factores ambientais. No Código Técnico da Edificação (CTE, espanhol) indi-cam-se as cargas segundo as quais se devem calcular as dimensões do edifício ou do siste-ma fotovoltaico. O cálculo da carga dinâmi-ca é complicado porque deve ser efectuado independentemente do sistema fotovoltaico e, a seguir, tendo em conta o sistema foto-voltaico e a estrutura sobre a qual o mesmo é montado. O clima é um factor importante para calcular a carga dinâmica, especialmen-te no que diz respeito ao vento e à neve. As regulamentações técnicas permitem calcular a carga dinâmica do vento utilizando zonas de velocidade eólica, a altura e a envolvente do edifício. A envolvente é um dos factores mais importantes, uma vez que determina a quantidade de vento recebida pela estrutura. O Professor Gallardo afirma que os centros empresariais, as zonas urbanas e as zonas in-dustriais são localizações favoráveis devido à menor exposição ao vento a que pode estar sujeito o edifício. Além do vento, calcula-se a carga dinâmica da neve nas zonas de neve e o peso máximo adicional que o sistema fotovol-taico pode suportar.

Figura 2 Este gráfico mostra as zonas de pressão de um edifício plano: O sistema de montagem KNUBIX pode

reduzir as grandes cargas de sucção que normalmente se produzem noutros sistemas de montagem para instalações

fotovoltaicas em naves industriais. O gráfico mostra uma nave industrial em Hamburgo: categoria de terreno 3, zona

de carga de neve 2, 6 m de altitude e 10 m de altura.

Page 120: Renováveis Magazine 8

118

informação técnico-comercial

Além da envolvente, a estrutura do telhado também afecta a carga do sistema fotovol-taico. As coberturas inclinadas podem ser carregadas com pressão do vento, assim como com a sucção do vento provocada no sistema fotovoltaico. Numa nave indus-trial, a sucção debaixo da estrutura fotovol-taica é decisiva para o dimensionamento do sistema.

Além do cálculo da carga, a estrutura de montagem do sistema fotovoltaico é outro factor técnico primordial que é necessário ter em conta. Tradicionalmente, a estrutura de montagem dos painéis fotovoltaicos im-plica a perfuração da cobertura do edifício para que a instalação seja segura. Contudo, a perfuração da cobertura nem sempre é possível e pode implicar pontes térmicas que provocam perdas de calor do interior do edi-fício. Para projectar um sistema fotovoltaico, é necessário considerar os pontos seguintes: • É admissível perfurar a cobertura do edifí-

cio? • Os proprietários do edifício concordam

em efectuar a subsequente manutenção necessária após a perfuração?

• Como é que isto afecta o seguro do edifí-cio?

Algumas tecnologias de telhado não admi-tem perfuração porque isto comprometeria a integridade da estrutura, devido à perfura-ção do elemento impermeável da cobertura, o que a desestabilizaria. O proprietário do edifício deve decidir se está disposto ou não a incorrer nos custos da manutenção especial da cobertura, após a mesma ter sido perfu-rada. Não obstante, é muito recomendável executar uma inspecção anual para averiguar se a cobertura apresenta pontos não estan-ques, fissuras devidas à tensão ou sujidade. Finalmente, quando o sistema for instalado mediante penetração na cobertura, passa a ser uma parte permanente do edifício e, portanto, deve ser incluído no seguro, o que poderia aumentar o montante da apólice, em função do valor actual do edifício. Em todos os casos, devem ser estudados pormenoriza-damente e de forma individual os desenhos do edifício, do sistema e da instalação para identificar com precisão a melhor forma de instalar o sistema fotovoltaico.

Tendência do mercado: sistemas autosustentáveisComo resposta aos desafios apresentados pelas naves industriais, foi desenvolvida uma

nova estrutura de montagem. Em função das experiências dos instaladores, que conhe-cem os requisitos de montagem do sistema fotovoltaico, foi desenvolvido o sistema de instalação KNUBIX. Os seus criadores pro-jectaram a estrutura de montagem para so-lucionar os principais problemas que apre-sentam as coberturas industriais modernas.

Uma vez que as naves industriais moder-nas são compostas por materiais ligeiros, as mesmas não são compatíveis com os pesa-dos sistemas de instalação tradicionais. O sistema KNUBIX é fabricado em alumínio, um material com suficiente leveza e durabi-lidade para proporcionar uma base estável e sólida para os módulos fotovoltaicos. O peso total do sistema KNUBIX 100 varia entre 9 e 25 quilogramas por metro qua-drado, sendo adequado para os módulos fotovoltaicos standard que têm entre 950 e 1.002 mm de largura e o comprimento habitual (KNUBIX 80 para módulos foto-voltaicos que têm entre 798 e 830 mm de largura). Não obstante, pode debater-se a possibilidade de utilizar outros comprimen-tos com o especialista. A estrutura de alumí-nio, além de ser ligeira, resiste à corrosão, o que lhe permite resistir a uma ampla varie-dade de condições climáticas.

Ao contrário dos sistemas de instalação tradicionais, que devem fixar-se através de penetração da cobertura ou que implicam peso adicional, o KNUBIX 100 pode ser uti-lizado com menos ou quase nenhum peso adicional. Isto é possível graças à combina-ção do desenho aerodinâmico do sistema e às calhas da base. O sistema fica elevado com um ângulo de 20º e a sua resistência ae-rodinâmica foi avaliada em testes exaustivos sob cargas de vento extremamente elevadas em túneis de vento. As calhas da base inter-ligam-se entre si e constituem estaticamen-te uma viga de base contínua que distribui a carga convenientemente e de forma ho-mogénea pela cobertura. As calhas da base, que são mais largas, permitem um contacto amplo entre o sistema de instalação e a co-bertura. Esta extensa zona de apoio propor-ciona uma ligação segura para a cobertura.

Existe um exemplo de referência da instala-ção KNUBIX na Alemanha, executado pela SunTec Energiesysteme GmbH, um impor-

APROVEITAMENTO DO MáXIMO POTENCIAL DA ENERGIA FOTOVOLTAICA COM IBC SOLAR

Figura 3 Sistema fotovoltaico de 1,156 MWp instalado pela SunTec Energiesysteme GmbH com o sistema de

montagem Knubix100, sem perfurar a cobertura de 13.000 m2.

Page 121: Renováveis Magazine 8

tante cliente da IBC SOLAR, que construiu um sistema fotovol-taico na cobertura de uma fábrica de um produtor de blocos de poliestireno em instalações alugadas. A cobertura era constitu-ída por um telhado betuminoso com 13.000 metros quadrados e uma camada de isolamento térmico sobre a área de fabrico de poliestireno. A SunTec Energiesysteme GmbH tinha que dar resposta a dois requisitos; um por parte do proprietário do edifício, que não queria que o sistema penetrasse a cobertura, e outro por parte do cliente, que não queria que a construção in-terferisse nas operações da fábrica. A empresa foi capaz de dar resposta a ambos os requisitos, instalando 5.061 módulos que proporcionam uma potência total de 1.156 kWp, com compo-nentes da IBC SOLAR. A instalação foi executada rapidamente com o novo sistema, tendo sido concluída a tempo de evitar o corte das tarifas reguladas de alimentação em Julho de 2010. A facilidade de montagem do novo sistema de instalação permi-tiu economizar bastante tempo de trabalho, o que se traduziu numa considerável redução do custo de instalação.

Figura 4 Desenho esquemático do sistema Knubix100. O desenho aerodi-

nâmico do sistema faz que o vento exerça pressão sobre cobertura. O conjunto

das calhas forma uma estrutura rígida. A combinação destas funcionalidades

assegura a estabilidade do sistema na cobertura.

ConclusãoApesar do crescimento contínuo dos custos energéticos, Espanha não tem aproveitado o seu grande potencial para a geração de uma energia respeitadora do meio ambiente a partir de uma fonte inesgotável e abundante como é o sol. Enquanto que antigamente a estrutura e a forma da cobertura determinavam a forma de ins-talação do sistema fotovoltaico na cobertura, os novos materiais e estruturas de montagem actuais abrem novas possibilidades de instalação. Actualmente, as empresas com edifícios industriais ape-nas têm que tomar a importante decisão de se desejam utilizar ou não o seu telhado como um gerador de produção adicional. Os especialistas em energia solar fotovoltaica assessorarão o proprie-tário da cobertura para determinar com rigor a estrutura óptima para aproveitar o potencial energético da cobertura.

IBC Solar, S.a.U.

Filial de Espanha

Tel.: +34 961 366 528 . Fax: +34 961 366 529

www.ibc-solar.pt

PUB

.

Page 122: Renováveis Magazine 8

120

informação técnico-comercial

sistemas fotovoltaicos – solução completa OLFLEX SOLAR®

da POLICABOSA crescente necessidade de dar respostas eficazes e duradouras na produção de energia a partir de fontes renováveis impõe um desenvolvimento técnico crescente e assente em parâmetros de qualidade. Assim, dos sistemas fotovoltaicos actuais é expectável um tempo mínimo de durabilidade de 20 anos, apresentando-se os cabos como um componente fundamental nesta evolução, qualidade e eficiência.Com uma experiência de desenvolvimento e fabrico de 50 anos, a LAPPKABEL desenvolveu a gama de cabos OLFLEX SOLAR® que normalmente são utilizados nas interligações entre os módulos dos sistemas fotovoltaicos ou como extensão dos cabos que provêm do local de controlo.

Policabos – Soluções Técnicas de Condutores, S.A.

Bucins em poliamida. Os cabos são fixos com um único aperto, ficando centrados e selados hermeticamente de acordo com a protecção IP68.

SKINTOP® ST / STR1

EPIC SOLAR®2

Cabos pré-conectorizados para sistemas fotovoltaicos, resistentes à água (IP 68) e conectores para uma fácil, rápida e segura conexão dos módulos solares. Materiais altamente resistentes aos UV, com isolamento totalmente dieléctrico, garantindo uma conexão eficaz durante vários anos.

EPIC SOLAR® Y-Splitter3

Cabos pré-conectorizados em Y que possibilitam a conexão em paralelo dos módulos solares. O divisor Y garante a máxima fiabilidade devido ao seu processo de fabrico e acoplagem aos cabos Lapp SOLAR® através da moldagem por injecção.

Solução OLFLEX SOLAR® para sistemas fotovoltaicos:

Page 123: Renováveis Magazine 8

Os cabos OLFLEX SOLAR® cumprem as normas mais exi-gentes, estando aprovados segundo a TÜV e UL assegurando, deste modo, uma qualidade e segurança superior devido aos rigorosos e apertados testes a que são submetidos.

São compostos por tranças de cobre estanhado e têm uma bainha externa em TPE (Elastômeros Termoplásticos Especiais, componente que conjuga a flexibilidade da borracha com a rigi-dez e performance do plástico) ou copolímero reticulado (o que permite uma exposição directa aos UV), tendo como principais características:• Resistência a UV e ozono;• Alta temperatura de curto-circuito;• Resistência à abrasão mecânica na instalação;• Flexibilidade classe 5;• Resistência ao envelhecimento causado pelo calor;• Resistência à hidrólise provocada pela água quente.

Algumas versões dos cabos OLFLEX SOLAR® apresentam ain-da as seguintes características:• colocação directa no subsolo;• Livre de Halogéneos;• Retardante à chama;• Protecção contra roedores em fios de aço inoxidável (classe V4);• Utilização com temperaturas de +120º c.

Policabos – Soluções Técnicas de Condutores, S.A.Tel.: +351 219 178 640 . Fax: +351 219 178 [email protected] . www.policabos.pt

PUB

.

KRA-2092-11_AZ_95x277_port_ZW_RZ-2.indd 1 25.10.11 12:45

ÖLFLEX SOLAR®4

Cabos resistentes a UV (para exposição prolongada) e resistentes à temperatura.

Page 124: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine122

informação técnico-comercial

A SCHOTT Solar reforça a sua posição de liderança no mercado dos tubos receptores para Centrais de Energia Solar (CSP) através de importantes melhorias na concepção dos seus produtos. A SCHOTT Solar durante uma conferência sobre tecnologia de CSP, a Solarpaces, apresentou o tubo receptor aperfeiçoado SCHOTT PTR 70®, que es-tabelece novas referências em termos de eficiência e estabilidade a longo prazo. A So-larpaces realizou-se este ano de 20 a 23 de Setembro, em Granada, Espanha.

Figura 1 Tubo receptor SHOTT Solar.

Nas Centrais de Energia Solar a radiação solar é convertida em calor que, por seu lado, gera electricidade na turbina de vapor. Como consequência, a capacidade de capta-ção da radiação solar dos tubos receptores é um critério decisivo para a eficiência destas Centrais de Energia Solar. A nova cober-tura do tubo receptor SCHOTT PTR 70®

SCHOTT Solar melhora a eficiência dos tubos receptores CSP

Uma nova cobertura aumenta a eficiência dos tubos receptores. As cápsulas com gás inerte alargam a sua vida útil. Desta forma a SCHOTT Solar garante uma visão optimista perante o futuro do mercado CSP.

SCHOTT Ibérica, S.A.

aumenta o seu grau de absorção até mais de 95,5% e simultaneamente, reduz o grau de emissão de radiação térmica para valores inferiores a 9,5%. Graças à nova concepção dos extremos do tubo receptor e à amplia-ção da longitude activa até 96,7% da longitu-de total, actualmente o tubo receptor capta mais radiação solar e converte-a em calor. Finalmente, os novos reflectores adicionais montados nos extremos do tubo receptor conseguem aproveitar uma maior quantida-de de radiação solar.

Juntamente com estes ganhos de potência, a durabilidade dos tubos receptores também é decisiva para a rentabilidade económica de uma central de energia solar. Para manter um nível mínimo de perdas de calor, inclusi-vamente depois de muitos anos de serviço, a SCHOTT Solar desenvolveu e apresentou em primeira mão componentes com gás inerte. Estes componentes estão integrados na zona de vácuo dos tubos receptores e podem ser abertos a qualquer momento no tempo de operação de centrais de energia solar. O gás tem como objectivo manter bai-xas perdas de calor em permanência e per-mitem utilizar os tubos receptores com um elevado rendimento.

A SCHOTT Solar continuará a contribuir para as reduções de custo e êxito da tecnologia de centrais de energia solar, através de inovações e melhorias na eficiência. Cada nova central ligada à rede demonstra que a CSP é uma tecnologia com bastante experiência e fiabi-

COmPONENTES COm GáS iNERTE E NOvA CObERTuRA

lidade. A electricidade CSP é especialmente valiosa porque as centrais de energia solar ga-rantem uma estabilidade na rede. A diferença relativamente a outras energias renováveis passa pelo facto do calor gerado nos campos dos colectores de energia solar poder ser ar-mazenado e converter em electricidade em função da procura real existente na rede. isto permite evitar os custos das centrais eléctri-cas convencionais de reserva.

SCHOTT Ibérica, S.A.Tel.: +34 932 283 200· Fax: +34 932 283 [email protected]· www.schott.com/iberica

Figura 2 SHOTT Solar CSP.

Page 125: Renováveis Magazine 8

O Directório Industrial

Contacte-nos:

Web www.logismarket.pt E-mail [email protected]

Telefone 808 24 23 22 Fax 214 151 889

Logismarket em poucas palavras

O Logismarket é o ponto de encontro entre as empresas fornecedoras que apresentam o seu catálogo de produtos e os profissionais que procuram e necessitam de informação com a máxima qualidade.

Objectivo: vender mais!

O nosso objectivo é ajudar a vender mais. A razão de ser do Logismarket é ajudar as empresas presentes no Directório a conseguir novos contactos de qualidade que se possam converter em futuras vendas, ao mesmo tempo que estabelece novas relações comerciais.

Entre em logismarket.pt/anunciar para que a sua empresa aumente as suas vendas!

www.logismarket.pt

Objectivo:Vender mais!

Divulgue a sua empresa no Logismarket e aumente as suas vendas

TesTe gráTis

e sem compromisso

publi 210x297PT_2011.indd 1 20/9/11 15:53:24

Page 126: Renováveis Magazine 8

124

informação técnico-comercial

PAIRAN, parceiro para as soluções globais de sistemas fotovoltaicos

Os inversores PAIRAN caracterizam-se pelo seu elevado rendimen-to de até 97%. Todos os modelos são resistentes às mais variadas intempéries e graças à sua caixa de protecção conforme o IP65, es-tes inversores podem ser instalados tanto em interiores como em exteriores. Cumprem de igual forma as exigências tanto dos apare-lhos domésticos (emissão de interferências) como a dos aparelhos industrias (resistência às interferências). Todos os produtos podem equipar-se posteriormente, se for necessário, com um registador de dados que faz uma avaliação no local.

Sistemas de alta qualidadeA gama de produtos PAIRAN abarca todos os componentes para sis-temas sobre cobertas, sistemas em campo aberto e sistemas com se-guimento que combinados obtêm o sistema adequado. Na PAIRAN oferecem aos parceiros especializados uma técnica e um serviço de qualidade e que se ajustam perfeitamente entre si.

MódulosNos sistemas fotovoltaicos PAIRAN são utilizados em exclusivo mó-dulos produzidos segundo as directivas da PAIRAN. Isto distingue-os por possuirem células solares cristalinas com um elevado rendimento, o que acarreta inúmeros benefícios mas que também requer a utiliza-ção de materiais de elevada qualidade. Os módulos da PAIRAN são fabricados consoante as normas de qualidade mais elevadas. Estão cer-tificados e homologados pela VDE (Associação Alemã de Tecnologia Eléctrica, Electrónica e de Informação) relativamente à norma da TÜV (IEC 61215) e consoante o tipo de protecção da TÜV II (IEC 61730).

Todos os módulos são submetidos a um controlo de qualidade óptico e eléctrico antes de serem fornecidos ao mercado. Neste controlo são calculados e anotados os dados do rendimento. Os parceiros especia-lizados da PAIRAN podem conceber assim, e de uma forma rápida e efectiva, sistemas modulares homogéneos. Os componentes de alta qualidade garantem uma vida útil longa e uma segurança funcional. A concepção especial da caixa de ligaçao à parede dorsal do módulos assegura, desta forma, o funcionamento fiável de todo o sistema.

A PAIRAN obteve os certificados de acordo com o sistema n.º 5 – ISO/IEC 67:2004 para projectos de mini-geração, dos seus inversores PVI8000, PVI10000 e dos novos inversores trifásicos, PAI 3 – 5000, PAI 3 – 8000, PAI 3 – 10000 e PAI 3 – 12500. Identifica-se como o parceiro adequado para as soluções globais de sistemas fotovoltaicos.

PAIRAN Solar, S.L.

Page 127: Renováveis Magazine 8

125

informação técnico-comercial

PAIRAN easy snap: sistema de montagem rápido e flexívelA PAIRAN apresenta um sistema seguro e estável para a fixação de módulos fotovoltaicos com marca, através do seu sistema PAI-RAN easy snap. A instalação é bastante facilitada através dos seus kits de instalação pré-montados e assim regista-se uma redução no tempo de trabalho derivado do seu sistema especial “clicking”. Os ganchos do telhado asseguram uma ligação forte com os perfis. Os componentes pré-montados fixam-se dentro dos perfis e podem ser aparafusados directamente no local, de uma só vez. O kit de constru-ção PAIRAN easy snap inclui vários componentes importantes: perfis resistentes especiais com tecnologia easy snap, ganchos do telhado, conectores longitudinais e transversais, assim como os kits de fixação pré-fabricados.

O sistema de montagem PAIRAN é dimensionado em separado e verificado consoante exigentes ensaios de desobstrução. Os mate-riais utilizados garantem uma resistência à intempérie a longo prazo. Para configurar o sistema de montagem, o projectista pode utilizar o software PV – Config, o qual tem sido exclusivamente desenvolvido para o sistema PAIRAN easy snap.

Mais benefícios com os sistemas de seguimento PAIRANOs módulos solares fornecem a máxima energia quando os raios solares incidem sobre as células solares, através de um ângulo de 90 graus. Nos sistemas de seguimento PAIRAN SunFlex, os sensores calculam a óptima posição das células e os motores de accionamen-to deslocam-nas de forma automática e permanente, consoante a radiação solar.

Deste modo, os sistemas de seguimento PAIRAN SunFlex alcançam um aumento nos benefícios de até 40%. A concepção de materiais robustos de elevada qualidade encarrega-se de uma longa vida útil e uma escassa ou quase nula necessidade de manutenção do sistema.

AcessóriosPara garantir um óptimo ajuste e um funcionamento mais eficiente de um sistema fotovoltaico é necessário inspeccionar, de forma con-tínua, cada um dos componentes do sistema, e documentar os seus

rendimentos. Por isso, a PAIRAN têm desenvolvido acessórios que se ajustam de uma forma exacta aos sistemas fotovoltaicos PAIRAN.

Assim, os clientes da PAIRAN podem efectuar os ajustes de precisão de uma forma cómoda mediante um clique com o rato ou através de um comando manual disponível como acessório. O software in-formático programado para isto garante uma visão geral rápida, e permite visualizar graficamente todos os processos como os valores dos sensores, as ordens de controlo e os ajustes básicos.

Registador de dadosO registador de dados DL 1000 grava e transmite os dados de medição de todo o sistema, de diferentes valores de energia diária ou também de inversores individuais. Os dados de medição são guardados como dados diários sinópticos num cartão CompactFlash intercambiável.

Page 128: Renováveis Magazine 8

126

informação técnico-comercial

EquipamentoEcrã LCD com iluminação de fundo e forte contraste, ajustes guiados pelo menu, intervalo de registo variável, interface RS-232 ou porto USB integrado para a avaliação e o armazenamento num ordenador. A inter-face RS-232 integrada torna possível uma consulta remota por modem.

U-f-GuardGuarda o número e o tipo de erros ocorridos, o tempo de serviço total e a hora a que foi desligado o relé. O controlo de frequência e a tensão trifásica podem ser utilizados universalmente, e ajustados de forma rápida e fácil às exigências do respectivo operador de redes eléctricas. Os valores limites para a sobretensão e a subtensão, assim como a frequência de corte superior e inferior podem ser ajustados assimetricamente e independentemente uns dos outros. Além disso a avaliação da medição da tensão pode efectuar-se entre fases ou apenas relativamente a um ponto neutro.

Monitor fotovoltaicoé um sistema de controlo remoto independente e económico para sistemas fotovoltaicos. O monitor fotovoltaico transmite automa-ticamente os dados de medição a cada 15 minutos a um servidor de Internet que guarda e avalia os benefícios. Com a ajuda deste monitor fotovoltaico é possível controlar até dez tipos diferentes de inversores dentro de um sistema. No caso de ocorrer uma falha no funcionamento do sistema, este informa o operador au-tomaticamente da avaria. O aviso é produzido por SMS ou por email ao operador ou ao parceiro de serviços. Deste modo pode assegurar-se o rendimento a longo prazo do sistema de energia solar PAIRAN.

Sun ControlTorna possível, de uma forma simples, o controlo, a vigilância e a avaliação de uma forma clara de parques de energia solar no interface estruturado de um utilizador. Graças a um software colocado na web, os clientes podem consultar em qualquer local, os dados funcionais do parque solar, desde qualquer aparelho que possar estar ligado à Internet. Os avisos de avarias ou de roubos além de serem emitidos no SunControl na interface do utilizador, podem ser enviados através de SMS ou email.

Coberturas fotovoltaicas PAIRANEsta cobertura fotovoltaica pode ser utilizada tanto em parques de estacionamento em moradias como em grandes zonas de estaciona-mento como nos centros comerciais. Este equipamento equivale a um sistema modular de energia solar e pode estender-se de uma maneira flexível. Uma fila de coberturas em série garante-nos uma cobertu-ra contínua, a qual pode ser coberta com painéis solares. O sistema de energia solar integrado nesta cobertura fotovoltaica alcança uma potência máxima entre 4.3 e 5.8 kWp. Neste equipamento podem ser utilizados módulos fotovoltaicos de qualquer medida. A cobertura fotovoltaica é fornecida como um sistema de chave-na-mão, o qual é muito simples de instalar. Além de um design moderno e atractivo, há outra vantagam que a distingue, é completamente reciclável.

PAIRAN, S.L.Tel.: +34 962 804 251 . Fax: +34 962 804 [email protected] . www.pairan.com

PAIRAN, PARCEIRO PARA AS SOLUçõES gLOBAIS DE SISTEmAS FOTOVOLTAICOS

Page 129: Renováveis Magazine 8

Soluções à medida para um mundo mais sustentávelA energia fotovoltaica é a solução para crescer de modo sustentávelA ATERSA trabalha neste sentido para construir um mundo melhor. Os novos módulos fotovoltaicos oferecem qualidade e inovação e são fabricados de acordo com os mais rigorosos controlos ambientais.

Madrid +34 915 178 452Valencia +34 961 038 430Alemanha +49 151 153 988 44Itália +39 039 226 24 [email protected]

www.atersa.com

anos degarantia

10mais

potência

238Wanos

no sector

+30

Membro de

A ENERGIA QUE NOS FAZ CRESCER

Page 130: Renováveis Magazine 8

128

informação técnico-comercial

aplicação de renováveis na reabilitação de edifícios – soluções Chatron

A CASA DAS DORNAS (que serve de exemplo)Uma construção da primeira metade do século passado, tipica-mente rural e agrícola, conservada na sua essência e remodelada com recursos a equipamentos e soluções eco e solares da Chatron permitem uma vivência e uma comodidade com o mínimo consumo energético.

Figura 1 Casa das Dornas.

AS SOLUÇÕES

– Ventilação:A Ventilação das casas de banho e da cave é feita recorrendo a um Kit ventilador solar doméstico (fotovoltaico), modelo doméstico SVT-224.A casa de banho de apoio à churrasqueira/barbecue exterior, é também ventilada a partir de outro Kit ventilador fotovoltaico domés-

Figura 2 Kit ventilador solar doméstico aplicado na ventilação de uma casa de banho.

tico Svt-224 que permite o funcionamento durante o dia e acumula energia para trabalhar mais 3 horas durante o período nocturno, sem qualquer ligação ou qualquer consumo a partir da rede.

Figura 3 Aspecto exterior da ventilação na zona da churrasqueira exterior.

Numa altura em que o governo aumenta a electricidade e o gás natural e depois da escalada de subida dos produtos petrolíferos eis que surge a necessidade, quase que a poderíamos designar de básica, de aplicarmos ao máximo as energias renováveis nos novos edifícios e sobretudo na reabilitação de milhares de edifícios existentes nas baixas das nossas principais cidades, a necessitarem urgentemente de obras.A Chatron conta já com algumas soluções que permitem reduzir a factura energética no final do mês mantendo, ou mesmo aumentando, o nível de conforto humano na habitação.Os exemplos que apresentamos estão disponíveis em soluções standard para venda ao público ou ao instalador. A pedido poderemos fornecer dados técnicos, bem como a visita e formação nas nossas instalações das soluções agora apresentadas.

Chatron, Lda.

Page 131: Renováveis Magazine 8

Consegue-se desta forma ter sempre as instalações sanitárias arejadas, sem qualquer consumo eléctrico da rede. Este ven-tilador pode ser vendido em separado ou fazendo parte de 1 Kit com todos os acessórios para montagem em telhado tradicional e pode ser comprado na loja online da Chatron ou através dos seus serviços comerciais.

– Iluminação:Os quartos são equipados com iluminação natural durante o dia e com iluminação lEd para durante a noite (alimentada a partir de bateria solar carregada durante o dia por um pequeno painel fotovoltaico), mais propriamente equipados com o tubo solar Roof Window Híbrido da Chatron.

Figura 4 Tubo Roof Window Híbrido aplicado aos quartos, com iluminação

natural durante o dia e com iluminação LeD para utilização durante a noite.

Os salões de convívio e descanso são equipados também com os tubos solares Roof Window Híbrido da Chatron providen-ciando luz natural para as actividades diurnas e luz de presença durante a noite, para um ambiente mais agradável, calmo e de maior recolhimento.

Figura 5 Iluminação dos salões de convívio e descanso com tubos solares Roof

Window Híbrido – durante o dia (à esquera) e à noite (à direita).

Os tubos solares standard, Roof Windows ou Roof Window Híbrido podem ser adquiridos através da loja online ou através dos serviços comerciais da Chatron. Para tal é necessário saber os diâmetros pretendidos bem como o comprimento do tubo

PUB

.

Page 132: Renováveis Magazine 8

130

informação técnico-comercial

necessário desde a cobertura até ao tecto do cómodo onde se pre-tende instalar o difusor.

– Energia para Lâmpadas Eco:Para um maior relaxamento a Zona do Bar, devidamente recuperada, é iluminada com luz indirecta (porta de madeira e vidro) durante o dia e com luz lEd e lâmpadas eco de 12 Vdc alimentadas a partir de bateria solar carregada por um pequeno painel fotovoltaico colocado na cobertura da casa.

Figura 6 Painel fotovoltaico e vista do bar à noite.

A iluminação da zona da cozinha tradicional e do forno da broa é iluminado durante o dia com recurso ao tubo solar standard, mo-delo TS300 e com lâmpadas Eco de 12 Vdc, 11 W, alimentadas a partir de baterias solares (carregadas através de um pequeno painel fotovoltaico).

Figura 7 Tubo solar standard (dia), aplicado para iluminação natural durante o dia na

zona da cozinha tradicional/forno de broa.

da mesma forma é alimentado o candeeiro do pátio de entrada da cozinha.

Figura 8 Candeeiro do pátio de entrada da cozinha, alimentado a partir de pequenos

painéis fotovoltaicos.

Com soluções perfeitamente autónomas, é possível integrar todos estes elementos sem “choques tecnológicos ou visuais”, integrando e disfarçando os mini painéis fotovoltaicos, dispersando-os pela casa em locais “invisíveis” ou escondidos, mantendo a traça original da casa. O tubo solar standard usado pode igualmente ser adquirido directa-mente a partir dos serviços comerciais da Chatron ou através da sua loja online.

Os Kits fotovoltaicos autónomos (para alimentação das lâmpadas eco ou lEd) são dimensionados pelos nossos serviços técnicos e cotados para a potência, lâmpadas e autonomia requeridas. Todos os kits po-dem ser interligados com a rede eléctrica.

– Isolamento/climatização:Teve-se o cuidado na reabilitação de toda a casa de dotar as paredes exteriores, bem como do tecto de um bom isolamento térmico e acústico, por forma a minimizar o consumo energético para a clima-tização da mesma.

Para aquecer no Inverno recorreu-se ao painel solar-vent-plus da Chatron (painel ar/ar) que injecta o ar quente dentro da habitação, devidamente filtrado e seco, elevando as condições interiores.

Figura 9 Painel solar-vent-plus (aplicado num contexto generalista).

O solar-vent-plus é dimensionado em função da área e do volume do espaço a aquecer/desumidificar.

Existem Kits de 2 m2 (2 m x 1 m) e de 3 m2 (3 m x 1 m). depois exis-te a agrupagem destes até à potência pretendida. A Chatron pode ajudá-lo no dimensionamento destes.

Para uma compensação da climatização em situações mais extremas, esta pode ser feita recorrendo aos aparelhos de ar-condicionado Chatron inverter classe A+ que proporcionam um ambiente agradá-vel com consumo energético reduzido.

Chatron - Climatização e Energia, Lda.Tel.: +351 256 472 888 · Fax: +351 256 425 [email protected] · www.chatron.pt

APlICAçãO dE REnOVáVEIS nA REABIlITAçãO dE EdIFíCIOS – SOlUçõES CHATROn

Page 133: Renováveis Magazine 8
Page 134: Renováveis Magazine 8

132

informação técnico-comercial

miniprodução ERP: sistema fotovoltaico com o melhor rendimento, fiabilidade e garantia*

Num sistema de conversão de energia ba-seado em painéis fotovoltaicos, pretende-se que este esteja sempre otimizado para reti-rar a máxima potência possível, já que não existem, normalmente, limitações na quanti-dade de energia que pode ser enviada para a rede1. O objetivo deste género de siste-mas de conversão de energia é o de realizar, com o mínimo de componentes possível, a conversão de um sinal DC, fornecido pelo painel fotovoltaico, num sinal AC com as ca-racterísticas necessárias para poder ser liga-do à rede elétrica. O conversor deverá ser capaz de assegurar tarefas próprias, isto é, extrair, para as condições ambientais, a má-xima potência permitida pelo painel (contro-lo MPPT) e pelo controlo da rede, injetando a potência extraída na rede elétrica. Para além de realizar todos os pontos referidos, o conversor deverá ainda estar de acordo com as normas internacionais que regulamentam a interligação entre sistemas fotovoltaicos.

A Miniprodução O regime jurídico da miniprodução de eletri-cidade constante do Decreto-Lei n.º 34/2011, de 8 de março prevê que o procedimento de acesso à miniprodução seja processado em plataforma eletrónica, denominada Sis-tema de Registo da Miniprodução (SRMini), remetendo para despacho do membro do Governo responsável pela área da energia, a publicar no SRMini, a definição dos elemen-tos instrutórios do pedido de registo, a mar-cha do respetivo procedimento e os termos

da aceitação e recusa de registo e atribuição da potência de ligação à rede, bem como das demais instruções destinadas a assegurar o disposto no referido diploma legal2.

A Miniprodução com Módulos Mitsubishi Premium Pv-MltElaboração do projeto de engenharia e acompanhamento do mesmo são apenas alguns dos serviços executados com zelo pela ERP – Energias Renováveis de Portu-gal, S.A., uma empresa de referência a ní-vel nacional. A ERP – Energias Renováveis de Portugal, S.A. é parceira das empre-sas instaladoras, ajudando-as na elabora-ção de projetos em energias renováveis e apresentando-lhes soluções personalizadas de acordo com cada desafio lançado. Para uma situação existe uma resposta adequada utilizando sempre produtos de elevada qua-lidade e performance, característica já bem conhecida de toda a gama de equipamentos da Mitsubishi Electric Photovoltaic Systems.

Os Módulos Monocristalinos MITSUBISHI da série PV-MLT, como o 265HC, apresen-tam inúmeras características que se desta-cam quando conjugados em sistemas de miniprodução. Estes equipamentos apresen-tam uma tecnologia evolutiva em constante progressão, a par com os últimos avanços tecnológicos, nomeadamente a utilização de células de silício com duplo corte, duplican-do assim o número de células do módulo, num total de 120 células monocristalinas, o que permite um maior rendimento e eficácia do mesmo.

No caso de uma miniprodução de grande dimensão estas características são ainda mais percetíveis já que o rendimento mul-tiplica-se em função da dimensão da insta-lação, para além de conjugar este aspeto com outras qualidades do módulo, como a sua virtude estrutural e a sua elevada re-sistência à corrosão, designadamente a sua aplicação em ambientes de elevado teor salino, como as zonas costeiras expostas à salinidade do mar.

Portugal Continental tem uma extensão de costa de aproximadamente 1.230 Km. As exigências em encontrar módulos que se enquadrem perfeitamente nestas áreas geográficas, com um tipo de condições ge-ográficas e atmosféricas muito típicas, são elevadas e, de facto, só equipamentos com qualidade estrutural e capacidade de resis-tência à corrosão provocada pela sua expo-sição em ambientes com alta concentração

A ERP – Energias Renováveis de Portugal, S.A. é uma empresa consultora e distribuidora de equipamentos de energias renováveis, que atua a nível nacional e internacional, fornecendo às empresas instaladoras as melhores soluções em tecnologia, com a qualidade que garante um elevado grau de eficiência, desempenho e garantia em todos os seus projetos.

Figura 1 Módulo Mitsubishi Premium Pv-Mlt.

ERP – Energias Renováveis de Portugal, S.A.

*Texto escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico.

Page 135: Renováveis Magazine 8

133

informação técnico-comercial

de sal estarão aptos a desempenhar este papel na perfeição.

Para além desta capacidade anticorrosiva, o rendimento óptimo dos Módulos Monocris-talinos MITSUBISHI da série PV-MLT surpre-enderá e será sempre acima das expecta-tivas, podendo ser colocados verticalmente ou horizontalmente no local de instalação, de forma a obter a maior racionalização do espaço da miniprodução, sem que isso afete a sua eficiência.

No processo de fabrico de um Módulo MITSUBISHI da série PV-MLT é empregue um processo de dopagem com fósforo nas zonas onde é realizada a soldadura por elé-trodo de prata. A área dopada promove um aumento de condutividade e minimiza possíveis perdas. Com a utilização de célu-las duplas, consegue-se ainda reduzir a área das mesmas, sendo que a sua conexão em paralelo promove a diminuição da intensida-de da corrente para metade, aumentando a eficiência total em 2,5%. O revestimento exterior das células em cristal antirreflexo promove um maior aproveitamento da ra-diação, diminuindo a radiação refletiva. Este revestimento também aumenta a resistência do módulo e diminui a adesão de partículas de pó.

O Módulo MITSUBISHI da série PV-MLT possui ainda duas caixas de conexão otimi-zadas para células de silício monocristalino. As caixas cumprem todos os requisitos de segurança e foram concebidas para resistir à água e ao fogo, com quatro camadas de proteção. Os díodos de proteção possuem uma elevada resistência ao calor e uma boa eficiência devido ao dissipador de calor exis-tente nas conexões.

A Mitsubishi Electric Photovoltaic Systems orgulha-se de ser o primeiro fabricante ja-ponês a utilizar uma solda sem chumbo nas conexões das células, ilustrando a política de consciência ambiental da marca e respetivas empresas do grupo. Para além disso, estes equipamentos são a resposta ideal para em-presas instaladoras que tenham potenciais clientes com este tipo de preocupações ecológicas já que os Módulos Mitsubishi res-pondem a todas as exigências, funcionais e ambientais.

A Miniprodução com os inversores alemães da SunwaysNuma miniprodução, nos três escalões de potência de ligação, os equipamentos que precedem aos módulos em termos de importância são os inversores. Os Inver-sores SUNWAYS possuem as mais diversas potências nominais, permitindo que as empresas instaladoras par-ceiras da ERP - Energias Renováveis de Portugal pos-sam realizar instalações nos três escalões de potência indicados no Decreto-Lei n.º 34/2011, de 8 de março. A necessidade que existe de controlar o ponto de potên-cia máximo nos sistemas fotovoltaicos, devido às caracte-rísticas não-lineares do inversor, é amplamente conheci-da. A esperança de vida limitada e o preço inicial elevado de uma instalação solar fotovoltaica torna ainda mais im-portante extrair a maior potência possível do sistema3.

Os Inversores SUNWAYS possuem um controlo em regi-me MPP – Tracker, o que lhes permite apresentar uma alta eficiência quando conjugado com o módulo fotovoltaico na sua potência máxima. Estes inversores utilizam a topologia HERIC que combina as vantagens da tensão de saída de três níveis da modulação unipolar com uma reduzida tensão de modo comum, como no caso da modulação bipolar na ponte. Assim, o rendimento do inversor aumenta sem comprometer o comportamento de modo comum do sistema/instalação.

Os Inversores SUNWAYS possuem uma ampla gama de tensões de entrada no lado CC, o que lhes permite uma gestão mais equitativa e equilibrada da instalação, de forma a garan-tir sempre o máximo desempenho dos Módulos MITSUBISHI. Existe ainda a possibilidade de colocação dos inversores conectados em rede através da linha de BUS Can de forma a otimizar todo o sistema fotovoltaico. Os Inversores SUNWAYS cumprem a norma diretiva de média tensão e possuem ainda um sistema de alarme por email que alerta para alguma irregularidade no sistema.

A junção dos Módulos MITSUBISHI e dos Inversores SUNWAYS com a mais alta eficiência em miniprodução permite estimativas de produção de energia bastante apelativas para o instalador e cliente final, dadas as características destes equipamentos: os principais nos sistemas fotovoltaicos.

tabela 1 Estimativa de produção de energia de uma miniprodução fixa em solo localizada em Lisboa.

ERP – Energias Renováveis de Portugal, S.A.Número Azul: +351 808 203 [email protected] . www.erp.pt

Figura 2 Inversor Sunways nt10000.

Estimativas de Sistemas para Miniprodução

Campo Fotovoltaico Potência de Ligação KW

Energia Produzida (K≠Wh) Ano

32 Módulos Mitsubishi PV-MLT 265HC 7,36 13.042

45 Módulos Mitsubishi PV-MLT 265HC 10 17.692

90 Módulos Mitsubishi PV-MLT 265HC 20 36.138

120 Módulos Mitsubishi PV-MLT 265HC 30 54.108

240 Módulos Mitsubishi PV-MLT 265HC 60 97.304

540 Módulos Mitsubishi PV-MLT 265HC 132 221.094

1 S. Jain and V. Agarwal, “Comparison of the performance of maximum power point tracking schemes applied to single-stage grid-connected photovoltaic systems” - Electric Power Applications, IET, vol. 1, pp. 753-762, 2007.2 Despacho da DGEG.3 S. Jain and V. Agarwal, “Comparison of the performance of maximum power point tracking schemes applied to single-stage grid-connected photovoltaic systems” - Electric Power Applications, IET, vol. 1, pp. 753-762, 2007.

Page 136: Renováveis Magazine 8

134

informação técnico-comercial

produtos CALEFFI BIOMASS

BiomassaA biomassa é “a fracção biodegradável de produtos, detritos e resíduos de origem biológica provenientes da agricultura (substâncias vegetais e animais), sivicultura e indústria associadas (incluindo a pesca e a aquicultura), bem como a parte biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.” A biomassa encontra-se sob a forma sólida, líquida e gasosa. Esta linha de pro-dutos Caleffi foi especificamente estudada para as instalações a biomassa sólida lenhosa (combustível sólido).

Caldeiras a combustível sólidoAs caldeiras a combustível sólido podem ser classificadas em duas grandes categorias:

1. Caldeiras: “para combustíveis sólidos, com alimentação manual e automática”, para instalar em locais técnicos próprios. O aquecimento ocorre mediante a ligação hidráulica à instalação de aquecimento;

2. Caldeiras domésticas: “aparelhos de aque-cimento alimentados a combustível sólido com fornalha incorporada, de potência total não superior a 35 kW”, directamente ins-talados no interior da habitação. Alimen-tação manual ou automática. O aqueci-mento ocorre mediante a circulação de ar e água, com ligação hidráulica à instalação de aquecimento.

As caldeiras domésticas podem ser classi-ficadas em três categorias:

– Recuperadores de calor; – Salamandras; – Fogões a lenha.

As caldeiras subdividem-se ainda com base no sistema de alimentação do combustível: • a alimentação manual, especialmente a

das caldeiras a lenha, implica a presença de uma pessoa que introduza a mesma no interior do compartimento de carga;

• a alimentação automática refere-se ao último dispositivo que transporta o com-bustível (por exemplo, pellets ou estilha) do depósito de armazenamento até à câ-mara de combustão.

A série de produtos CALEFFI BIOMASS foi especificamente concebida para a utilização nos circuitos das instalações com caldeiras a combustível sólido lenhoso, que operem a alta temperatura com fluido termovector de água ou soluções de glicol. Os materiais com os quais os componentes são concebidos e o seu desempenho tem em conta as exigências específicas de eficiência e segurança das caldeiras e das instalações.

Figura 1 Cepos, pellets e estilha – tipos de combustível sólido para caldeiras a biomassa.

CALEFFI Portugal

M

Fumos

Permuta térmica

Ar comburente

Ar primário esecundário

M

M

A série de produtos CALEFFI BIOMASS foi especificamente concebida para a utilização noscircuitos das instalações com caldeiras a combustível sólido lenhoso, que operem a altatemperatura com fluido termovector de água ou soluções de glicol. Os materiais com os quaisos componentes são concebidos e o seu desempenho têm em conta as exigências específicasde eficiência e segurança dos geradores e das instalações.

A biomassa é “a fracção biodegradável de produtos, detritos e resíduos de origembiológica provenientes da agricultura (substâncias vegetais e animais), silvicultura eindústrias associadas (incluindo a pesca e a aquicultura), bem como a partebiodegradável dos resíduos industriais e urbanos”. A biomassa encontra-se sob aforma sólida, líquida e gasosa. Esta linha de produtos Caleffi foi especificamenteestudada para as instalações a biomassa sólida lenhosa (combustível sólido).

As caldeiras a combustível sólido podem ser classificados em duas grandescategorias:1) Caldeiras: “para combustíveis sólidos, com alimentação manual e automática”,para instalar em locais técnicos próprios. O aquecimento ocorre mediante aligação hidráulica à instalação de aquecimento.

2) Caldeiras domésticas: “aparelhos de aquecimento alimentados a combustívelsólido com fornalha incorporada, de potência total não superior a 35 kW”,directamente instalados no interior da habitação. Alimentação manual ouautomática. O aquecimento ocorre mediante a circulação de ar e água, comligação hidráulica à instalação de aquecimento. As caldeiras domésticas podemser classificadas em três tipologias:- Recuperadores de calor- Salamandras- Fogões a lenha

As caldeiras subdividem-se ainda com base no sistema de alimentação docombustível:A alimentação manual, especialmente a das caldeiras a lenha, implica a presençade uma pessoa que introduza a mesma no interior do compartimento de carga.

A alimentação automática refere-se ao último dispositivo que transporta ocombustível (por exemplo, pellets ou estilha) do depósito de armazenamento até àcâmara de combustão.

Caldeira de alimentação manual e automática

Caldeira doméstica de alimentação manual e automática

BIOMASSA

CALDEIRAS A COMBUSTÍVEL SÓLIDO

2

M

CEPOS

PELLETS

ESTILHA

Figura 2 Diagrama de funcionamento de caldeira de alimentação manual e automática.

Page 137: Renováveis Magazine 8

135

informação técnico-comercial

gases de combustão, dado serem inflamá-veis. A válvula anti-condensação permite prolongar a vida da caldeira e assegura uma maior eficiência.

CALEFFI PortugalTel.: +351 229 619 410 . Fax: +351 229 619 [email protected] . www.caleffi.pt

Válvulas anti-condensaçãoA válvula anti-condensação utilizada nas instalações de aquecimento com caldeira a combustível sólido, regula automaticamente, para o calor de regulação, a temperatura da água de retorno à caldeira.

Figura 3 Válvula anti-condensação série 280.

A manutenção da caldeira a uma tempera-tura elevada previne a formação de conden-sação do vapor de água contido nos gases.

A condensação gera incrustações que, agar-rando-se às superfícies metálicas do permu-tador, provocam corrosão, reduzem a sua eficiência térmica e constituem uma fonte de perigo para as condutas de exaustão de

PUB

.

ÁTON Energias, Lda.COMPROMISSO COM A QUALIDADE E A EXCELÊNCIA

O QUE FAZEMOS— Orçamentos e Projectos— Auditorias— Intervenções e Manutenções— Venda de Equipamento

Representantes nacionais dos fabricantes:

OS NOSSOS PRODUTOS— Sistemas solares térmicos— Sistemas solares fotovoltaicos (auto-consumo, microgeração e minigeração)— Controladores para sistemas solares, aquecimento, mistos, FWC e bombas de calor— Brindes didácticos e empresariais— Equipamentos para aquecimento— Bombas de calor

www.aton.pt · [email protected] · Tel: 219 501 317 · Fax: 219 511 572

6

By-passde ida

Reto

rno

da in

stal

ação

Reto

rno

ao g

erad

or

2

5

3

4

1

M

Controlo de fumose emissões

Zonas de formaçãode condensação:• Incrustações e alcatrão• Corrosão• Redução da eficiência

do permutador• Inflamabilidade

Ar primário esecundário:• Rendimento

da combustão Acumulaçãode cinzas e resíduos

RI

ANTI-CONDENSAÇÃO

II

VÁLVULA ANTI-CONDENSAÇÃO

Função

A válvula anti-condensação, utilizada nas instalações deaquecimento com caldeira a combustível sólido, regulaautomaticamente, para o valor de regulação, a temperatura daágua de retorno à caldeira. A manutenção da caldeira a uma temperatura elevada previne aformação de condensação do vapor de água contido nos gases.A condensação gera incrustações que, agarrando-se àssuperfícies metálicas do permutador, provocam corrosão, reduzema sua eficiência térmica e constituem uma fonte de perigo para ascondutas de exaustão de gases de combustão, dado sereminflamáveis.A válvula anti-condensação permite prolongar a vida da caldeira eassegura uma maior eficiência.

Características técnicas

DesempenhoFluido de utilização: água, soluções com glicolPercentagem máx. de glicol: 30%Pressão máx. de funcionamento: 16 barCampo de temperatura: 5÷100°CTemperaturas de regulação: 45°C, 55°C, 60°C, 70°CPrecisão: ±2°CTemperatura de fecho completo do by-pass: T regulação + 10°C

Ligações: 3/4” - 1” - 1 1/4” M com casquilho

Instalação no modo de misturadora (anti-condensação) Instalação no modo de desviadora (controlo do sistema)

Componentes característicos

1) Sensor termostático2) Obturador3) Mola

4) Tampa5) Corpo da válvula

28005�

28006�

28007�

Código

3/4”1”

1 1/4”

45°C 55°C 60°C 70°C45°C 55°C 60°C 70°C45°C 55°C 60°C 70°C

Ligação Regulações

Substituição do termóstato para modificar a regulaçãoO sensor pode ser facilmenteremovido em caso demanutenção ou mudança daregulação, sem necessidadede retirar o corpo da válvula datubagem.

InstalaçãoA válvula pode ser instalada deambos os lados da caldeira emqualquer posição, vertical ouhorizontal. A instalação érecomendada no retorno àcaldeira no modo demisturadora; também é permitida na ida da caldeira, no modo dedesviadora, com base nas necessidades de controlo dainstalação.

Tm

TrTmix

Tset

Tm

TrTmix

Tset

Tm

TrTmix

Tset

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

Tm

TrTmix

Tset

Tm

TrTmix

Tset

Tm

TrTmix

Tset

Tm

TrTmix

Tset

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

CALDEIRA ACOMBUSTÍVEL

SÓLIDO

Tm

TrTmix

Tset

280Válvula anti-condensação comcontrolo termostático datemperatura de retorno àscaldeiras a combustível sólido.Corpo em latão.

3,2 9 12

Kv (m3/h)

Regulação 45°C 55°C 60°C 70°C� 4 5 76

� Para completar o código

Características técnicas – DesempenhoFluido de utilização: água, soluções com glicolPercentagem máxima de glicol: 30%Pressão máxima de funcionamento: 16 barCampo de temperatura: 5 ÷ 100º CTemperaturas de regulação: 45º C; 55º C; 60º C; 70º CPrecisão: ± 2º CTemperatura de fecho completo do bypass: T regulação + 10º CLigações: 3/4’’ - 1’’ - 1 1/4’’ M com casquilho

Figura 4 Diagrama de funcionamento e características técnicas da Válvula série 280.

Page 138: Renováveis Magazine 8

136

informação técnico-comercial

sistemas fotovoltaicos devidamente protegidos

Requisitos e circunstâncias locais devem ser avaliados durante o planeamento •O edifício está dotado de sistemas de pro-

tecção contra raios? •Há exigências legais para o edifício ter um

sistema de protecção contra raios? •As seguradoras exigem medidas de pro-

tecção contra raios e sobretensões? •Existem zonas de protecção contra incên-

dios ou saídas de emergência no edifício?

Sistemas FV e a protecção correcta contra raios e sobretensões

Edifício com protecção exteriorQuando é exigido um sistema de protecção contra raios, é necessário considerar os efeitos causados por descargas directas, a protecção contras sobretensões de descargas na proxi-midade ou remotas e operações de manobra.

De acordo com a norma europeia sobre protecção contras descargas atmosféricas, EN IEC 62305, Partes 1 a 4, os componentes do sistema fotovoltaico instalados sobre a cobertura

de edifícios deverão ser instalados no raio de protecção do dispositivo captor de raios. O impacto directo de raios deve ser evitado pela aplicação da distância de segurança em relação aos condutores de captação ou has-tes captoras.

Um sistema de protecção de raios da Classe III, segundo a IEC 62305, é normal para ins-talações fotovoltaicas. Em casos especiais, a análise de risco deve ser compilada por um especialista em protecção de raios.

Distância de separaçãoDeve haver uma distância de segurança (s) entre o sistema exterior de protecção de raios e os módulos fotovoltaicos. Normal-mente, uma distância de 0,5 m a 1 m é su-ficiente. Se houver dúvidas, recomendamosdeixar um especialista em protecção de raios fazer o cálculo de acordo as normas exigidas.

As energias renováveis, como por exemplo a energia fotovoltaica (FV), são hoje indústrias em expansão. Os sistemas FV têm-se tornado bastantes interessantes, tanto para investidores privados como corporativos. Contudo, a rentabilidade e amortização dos sistemas fotovoltaicos pode ser adiada por danos e perda de rendimento, originados por queda de raios ou sobretensões de origem transitória, reduzindo o balanço económico e alongando o período de retorno do investimento.

OBO BETTERMANN

Legislação Seguradoras Norma

Um sistema de protecção

contra raios é exigido por lei

para hospitais, escolas, centros

de congresso, arranha-céus, e

outros.

sistemas FV maiores que

10 kW requerem um sistema de

protecção de raios da Classe III

e protecção interna de sobre-

tensões.

IEC 62305-3: Para sistemas FV

e edifícios, é exigido um sistema

de protecção da Classe III e

protecção interna e protecção

de sobretensões.

se um sistema FV é posterior-

mente montado, as normas VDE

válidas estabelecem que o efeito

de protecção contra raios não

pode ser impedido.

Requisitos concretos devem ser

esclarecidos com a seguradora.

Análise de risco detalhada pode

ser realizada de acordo com IEC

62305-2.

Figura 1 Gerador fotovoltaico (módulos solares).

Figura 2 Distância de separação (S) entre o sistema

exterior de protecção de raios e o sistema fotovoltaico.

Page 139: Renováveis Magazine 8

informação técnico-comercial

Ângulo de protecção e esfera fictícia A área de protecção das hastes captoras pode ser determinada utilizando a norma IEC 62305-3, através do método da esfera fictícia ou do método do ângulo de proteção (Figura 3). Aten-ção, evitar sempre a formação de sombras sobre os módulos FV.

Figura 3 Método de planeamento: esfera fictícia, ângulo de protecção e dis-

tância de separação (S).

Edifício sem protecção exteriorQuando um sistema de protecção contra raios não é exigido por lei ou pela companhia seguradora deve-se, mesmo assim, realizar a instalação da forma mais correcta para aumentar a disponibilidade e a vida do sistema fotovoltaico.

Sistemas de suportagem e de caminhos de cabos adequados e seguros podem prevenir danos e falhas, por vezes irrepará-veis. A ligação de terra funcional do sistema FV deve ter lugar, utilizando as partes metálicas do gerador fotovoltaico, como caixilhos, suportes e perfis, com pelo menos 6 mm2 (cobre) na ligação equipotencial.

É muito importante tam-bém, não devendo por isso ser esquecida a protecção contra sobretensões de ori-gem transitória (descargas na proximidade ou remotas e operações de manobra). Esta protecção é realizada pela aplicação de descarregadores de sobretensões (tipo 2) no inversor, evitando danos atra-vés de induções. Os descar-

regadores de sobretensão DC devem ser concebidos e escolhi-dos para a tensão máxima do circuito aberto, isto é tipicamente cerca de 20% acima da tensão de circuito aberto indicada U

OC.

Distância de separação Se os painéis fotovoltaicos estiverem inseridos na área prote-gida do sistema captor e se for respeitada a distância de sepa-ração, então o sistema está protegido e poderá ser utilizado um descarregador do tipo 2, em lugar de um descarregador combinado (tipo 1+2).

Figura 4 Protecção contra sobre-

tensões no inversor instalada com um

sistema de caminho de cabos.

PUB

.

Page 140: Renováveis Magazine 8

138

informação técnico-comercial

No entanto, se a distância de separação entre o sistema FV e o sistema de protecção de raios não for respeitada (por exemplo, no caso de um telhado metálico), estes devem ser ligados com, pelo menos, 16 mm2 (secção de cobre). Para uma ligação equipotencial de protecção contra raios, na entrada do edifício devem ser utilizados descarregadores de corrente de raio (tipo 1 ou tipo 1+2), no lado DC (A) e no lado AC (B) (Figura 5).

Figura 5 Descarregadores de sobretensões AC e DC, tipo 2, com ligação equipotencial no inversor.

Linhas de dados As linhas de dados usadas para mostrar ou transferir dados devem ser incluídas no conceito de protecção e devem ser ligadas a dispositivos apropriados para o efeito, se necessário. A ligação equipotencial local deve ser realizada no inversor (Figura 6).

Acompanhar o desenvolvimentoA tecnologia fotovoltaica está em constante evolução e na OBO procuramos acompanhar este constante desen-volvimento. •Osprimeirospainéisfotovoltaicossãoisoladoseeletrifica-dosa3fios(+,–ePE),recentementesurgirampainéisdecamadafinacomligaçãoàterraeelectrificadosa2fios(+e–).Tantocomdescarregadoresdotipo2,comodotipo1+2, encontra na OBO uma gama de dispositivos de pro-tecçãoadequadosaotipodeelectrificaçãodosistemaFV.

•Em sistemas fotovoltaicos com várias strings em paralelo podem-se produzir correntes de curto-circuito na string danificada.SoluçõesdeprotecçãoOBOincluindofusíveis:

–VG-CDCPH1000-4S–Protecçãotipo2 para 1000 V DC com 4 fusíveis 10 A

–VG-CDCPH1000-6S–Protecçãotipo2 para 1000 V DC com 6 fusíveis 10 A

Ambas as soluções em caixa estanque IP65.•Para inversores com diversos rastreadores

MPP separados, a protecção de sobreten-sões deve ser individual para cada rastrea-dor.TambémparaestasexigênciasaOBOBETTERMANapresenta soluçõesdepro-tecção para 2 ou 3 rastreadores separados.

Figura 9 Para protecção de 2 rastreadores MPP, solu-

ção VG-C DCPH1000-21 (à esquerda). Para protecção

de 3 rastreadores MPP, solução VG-C DCPH1000-31

(à direita).

ConclusãoHoje, os sistemas fotovoltaicos são utiliza-dos como um investimento económico e com um tempo expectável de amortização. Aformadeprotegermoseficazmenteestessistemas é a utilização de elementos de pro-tecção adequados e a correcta instalação dos sistemas FV, evitando falhas de funciona-mento e até a destruição dos equipamentos, garantindo continuamente a disponibilidade e a segurança operacional dos sistemas.

Normas, directivas e literaturaProtecção de raios: IEC 62305-1 a -4;

Protecção sobretensões: IEC 60364-5-53/A1;

sistemas fotovoltaicos: IEC 60364-7-712;

Associação seguradoras alemãs: Directiva Vds 2010

(www.vds.de);

Componentes de protecção de raios e sobreten-

sões (www.obo.pt);

OBO BEttERmAnn, Lda.Tel.:+351219253220 . Fax:+351219151429www.obo.pt

SiSTEMASFOTOVOlTAiCOSDEViDAMENTEPROTEGiDOS

Figura 6 Protecção contra raios e

sobretensões em DC, AC e nas linhas

de dados do inversor FV.

Figura 7 Protecção DC 3 fios – exemplo V50-

B+C/3PH 600.

Figura 8 Protecção DC 2 fios – exemplo V50-

B+C/2PH 600.

Page 141: Renováveis Magazine 8

AF_ATEC_210x297_Fibra pth.pdf 1 9/15/10 10:34 AM

Page 142: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine140

informação técnico-comercial

A Casa da Música do Porto foi o cenário es-colhido pela Schüco para dar a conhecer em Portugal, a sua nova tecnologia de módulos de capa fina. No passado dia 14 de Julho, o fabricante líder em envolventes para edi-fícios em contínua inovação e esforço para continuar na linha da frente no desenvolvi-mento de arquitectura sustentável, apresen-tou directamente aos profissionais os seus novos módulos de capa fina Schüco MPE (Module Photovoltaic Energy). Esta novidade da Schüco, através do material utilizado no seu fabrico, o silício amorfo, permite um maior aproveitamento da luz natural.

Brigitte Abreu, responsável pela Divisão So-lar da Schüco em Portugal, ficou responsável pela recepção dos convidados e ainda pela apresentação da empresa. César Saiz, Te-chnical Manager da Divisão Solar da Schüco Iberia, indicou as vantagens desta nova tec-nologia quer aos profissionais interessados nos produtos e soluções da Schüco, quer ao cliente final, arquitectos e gestores de topo presentes no evento.

Os módulos de capa fina são mais uma prova da aposta da Schüco na investigação, cujos conhecimentos práticos e experiência permitem oferecer as soluções mais adequa-das para cada aplicação. César Saiz explicou aos cerca de 100 profissionais presentes no encontro na Casa da Música no Porto, de que forma esta tecnologia garante uma to-

Schüco apresenta nova geração de tecnologia de capa fina no PortoA empresa realçou as características desta tecnologia perante os profissionais: uma produção específica e uma elevada produção de electricidade a altas temperaturas.

Schüco Portugal

lerância de potência positiva e produções máximas, com um funcionamento sem in-terrupções. O Director Técnico da Schüco Iberia destacou o facto dos módulos de capa fina MPE terem sido concebidos para obterem um melhor rendimento no que diz respeito à percentagem mensal da luz difusa que recebem, oferecendo claras vantagens na produção por cada Wp instalado.

A estabilidade na produção de energia ob-tida através da instalação destes módulos, independentemente das condições mete-orológicas, é outra das grandes vantagens desta tecnologia que oferece produções es-pecialmente uniformes que compensam, em larga medida, as oscilações anuais de energia.

Durante o dia foi destacada a elevada tole-rância que caracteriza estes módulos foto-voltaicos relativamente a possíveis sombras parciais, como por exemplo, clarabóias ou postes de iluminação, e desta forma não ocorrem grandes perdas de produção. Mas, além da excelente performance obtida com a luz solar difusa, César Saíz mostrou que estes módulos permitem a sua montagem num ângulo especialmente plano, evitando assim a exposição a sombras e atingindo um aproveitamento líquido da superfície do telhado até cerca de 90% nas instalações para coberturas planas e permitindo a sua instalação em paralelo, inclusivamente em telhados com uma ligeira inclinação. Quan-

do comparados com outros módulos foto-voltaicos cristalinos, os MPE da Schüco ga-rantem máximas produções solares porque apresentam um coeficiente de temperatura muito mais favorável.

Mais uma vez, a Schüco garante, como o tem feito ao longo destes encontros com profissionais, a concepção mais adequada, a segurança estática, a montagem rápida e uma longa vida útil para os seus módulos de capa fina. Estas garantias estão a ser avalia-das pelos seus mais de 50 anos, proporcio-nando excelentes conhecimentos práticos e soluções mecanizadas de alumínio.

Este evento da Schüco com os profissionais portugueses terminou com as intervenções de Alexandre Cruz, Director da SMA Portu-gal, que abordou o tema dos inversores des-tinados à micro e minigeração; Carlos Sam-paio, da Associação Portuguesa de Empresas do Sector Fotovoltaico, APESF, que indicou a normativa legal que estas instalações devem cumprir e Brigitte Abreu, Responsável da Di-visão Solar da Schüco Portugal que analisou a viabilidade económica das instalações sola-res fotovoltaicas no contexto da microgera-ção, minigeração e consumo próprio.

Schüco Portugal Tel.: +351 218 933 000· Fax: +351 218 933 009www.schuco.pt

Page 143: Renováveis Magazine 8
Page 144: Renováveis Magazine 8

142

informação técnico-comercial

A MECASOLAR ganhou o concurso de fornecimento de seguidores solares na Austrália e de estruturas fixas em França para diferentes projectos de energia solar fotovoltaica. A multinacional, que fabri-cou e forneceu mais de 311 MW de seguidores solares em todo o mundo, mantém a sua presença na Itália, Espanha, Grécia, Canadá e Estados Unidos e reforça a sua presença em novos mercados como o Egipto, Israel, Colômbia, Bélgica, Argélia, China, Suécia, Chipre, Bulgária, Grã-Bretanha e Austrália, entre outros países, para os quais já forneceu seguidores.

Figura 1 Parque solar de Doirani, na Grécia, um dos projectos recentes da Meca-

solar constituído com 80 seguidores solares Ms2-10 da Mecasolar, fabricados na

sua fábrica grega.

A MECASOLAR alcançou recentemente os 6,4 MW de seguidores solares e 5,1 MW de estruturas fixas entregues para projectos de energia solar fotovoltaica na Grécia, na Grã-Bretanha, na Itália, na Austrália, na Espanha e em França, entre outros países. Para o pro-jecto finalizado e localizado em Gales (Grã-Bretanha), a MECASO-

MECASOLAR fornece 11,5 MW para instalações fotovoltaicas

Entre os novos projectos da multinacional, especializada na concepção, fabrico e distribuição de seguidores solares, estruturas fixas e parafusos de cimentação, destaca-se um novo parque solar em Gales (2,9 MW), dois na Itália (5 MW) e na Grécia, de 1 MW.

LAR forneceu 2,9 MW de estruturas fixas. No mercado britânico, a empresa também assinou outros acordos para o fornecimento de seguidores solares para diferentes projectos solares fotovoltaicos.

Na Itália, a MECASOLAR distribuiu 3 MW de seguidores solares MECASOLAR de um eixo para um novo parque solar fotovoltaico situado na Puglia. Assim como 2 MW de estruturas fixas para um parque solar na Sicília. Igualmente na Itália distribuiu 54 seguidores solares para um parque solar fotovoltaico localizado na localidade de Osasco (no Piamonte), para o qual a PROINSO também distribuiu os módulos Canadian Solar e inversores solares SMA. O parque tem uma potência de 847,7 kWp e faz parte de um projecto global de fornecimento para o mesmo cliente na Itália que alcançará os 3 MW de seguidores solares MECASOLAR.

Outro dos fornecimentos acordados recentemente pela MECA-SOLAR foi um novo parque solar fotovoltaico na municipalidade de Doirani (na Kilikis, na Grécia). O novo parque de 1 MW de potência incorporou 80 seguidores solares MS2-10 da MECASOLAR, fabri-cados na sua fábrica grega. Dispõe por outro lado de módulos REC e inversores SMA, distribuídos pela PROINSO. A empresa também forneceu 56 seguidores para um parque solar de 0,84 MW em Pere-ruela (Zamora) e outras 45 unidades para um parque localizado em Fresno El Viejo (Valladolid), de 0,76 MW.

Além destes projectos, e entre muitos outros, a multinacional frisa o fornecimento de seguidores solares de um e dois eixos para dife-rentes projectos solares na Austrália, assim como o fornecimento de 250 Kwp de estruturas fixas em França.

Estes são apenas alguns dos últimos trabalhos desenvolvidos pela MECASOLAR, empresa que fabricou e forneceu mais de 311 M de seguidores solares em todo o mundo e que esteve recentemente presente em dois dos mais importantes encontros do sector: SOLAR POWER INTERNATIONAL (de 17 a 20 de Outubro em Dallas) e SOLAR POWER UK (Birmingham, de 26 a 28 de Outubro).

ProINso – solar energy supplies

Page 145: Renováveis Magazine 8

A MECASOLAR mantém a sua liderança no mercado da ener-gia solar fotovoltaica da Itália, Espanha, Grécia, Canadá e Esta-dos Unidos e entrará, em breve, em outros mercados como o México, o Brasil e a Índia, país no qual prevê abrir escritórios no próximo ano.

Figura 2 Parque solar em Gales, Grã-Bretanha, preparado com 2,9 MW de

estruturas fixas da MECASOLAR.

Um crescimento contínuoDesde a sua criação em 2005 e do lançamento no mercado dos seus seguidores solares de dois eixos MS Tracker 10 e MS Tracker 10+, a MECASOLAR conheceu um crescimento contí-nuo que a levou a abrir novas instalações de fabrico na Grécia (2008), nos Estados Unidos (2009), na Itália (2009) e no Cana-dá (2010). Isto permitiu que o número de unidades fabricadas atingisse na actualidade os 24.000 seguidores solares, prove-nientes das suas cinco instalações produtivas.

Este crescimento da capacidade de fabrico e presença interna-cional foi complementada pelo aumento e diversificação da sua carteira de produtos, com lançamento em:

• Dezembro2008:Seguidor Solar de 1 EIXO MS-1E TRACKER 15 e MS-1E TRACKER 15+;

• Fevereiro 2009: Estruturas Fixas: MS1F/2F/3F-V Vertical e MS1F/2F/3F-H e Horizontal;

• Junho 2009: Seguidor de 2 EIXO de 15kWp MS-2E TRA-CKER 15 e MS-2E TRACKER 15+, que obteve o prémio Solar Award 2009;

• Maio2011: Parafuso de cimentação universal MECASCREW para instalações fixas universais.

PROINSO – Solar Energy SuppliesTel.: +34 948 403 637 . Fax: +34 948 412 [email protected] . www.proinso.net

PUB

.

TKTI 20 SKF

l Gama de temperatura de -10 º a 250 ºC

l Resolução térmica de 120x160

l 4 cursores de medição móveis, com selecção de

emissividade independente

l Resolução digital de 2 MPixels

l Função Picture-in-Picture

l Zoom digital 4x

l Programação de alarme visual e sonoro

l Ligação USB 2.0

l Bateria recarregável, com autonomia até 5 horas

Para mais informações consulte www.skf.pt

Consulte a:SKF Portugal214247000www.skf.pt

Nova Câmara Termográfica

TKTI_20.indd 1 08-09-2011 22:53:00

Page 146: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine144

produtos e tecnologias

Stripax® plus 2.5: cortar, descarnar e cravar semmudar de ferramentaWeidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871

[email protected] . www.weidmuller.pt

O Stripax® plus 2.5 da Weidmüller combina três funções numa única ferramenta: corta, descarna e crava. Pela primeira vez, apenas é necessá-rio utilizar uma só ferramenta para a preparação do condutor e a sua posterior ligação. Pode ser regulada para secções de cabos desde 0,5 até 2,5 mm2, de forma a poderem ser utilizadas em diferentes aplicações. A ferramenta apresenta uma con-cepção ergonómica para um traba-

lho mais cómodo.No sector ferroviário, o Stripax® plus 2.5 mostra o seu valor durante a instalação de controles para as portas. Se estivermos a instalar ca-bos aéreos é bastante pesado e incómodo trocar de ferramenta. O Stripax® plus 2.5 com tripla função permite-nos poupar tempo e tra-balhar de forma mais fácil e confortável. Graças à sua função de corte integrado, o Stripax® plus 2.5 permite cortar de forma precisa um determinado comprimento do cabo. A função de descarne permite que insira o cabo na unidade de descarnar, aplique pressão e retire o resto do material isolante. A função de cravação permite inserir o cabo separado na matriz, colocar previamente as ponteiras, pressio-nar e retirar o cabo cravado. Pressione o disco e seleccione a secção de cabo requerida. O cilindro de cravagem é ajustado mediante um clique sonoro. O disco pode ser ajustado para três secções: de 0,5 até 0,75 mm2, de 1,0 até 1,5 e 2,5 mm2.

SKF lança nova câmara termográfica – SKF TKTI 20SKF Portugal – Rolamentos, Lda.

Tel.: +351 214 247 000 . Fax: +351 214 173 650

[email protected] . www.skf.pt

A SKF Maintenance Products lançou a câmara termográfica SKF TKTI 20, desenvolvida para ser utilizada por técnicos de manutenção e es-pecialistas, permite aos utilizadores detectar, de forma rápida e simples, pontos quentes potencialmente no-civos. Equipada com 19.200 pixels de resolução térmica (160 x 120) e câmara digital de 2 Mpixels, tem uma gama de temperatura de -10º a

250º C, que abrange 95% das aplicações. Da mesma forma permite

visualizar a imagem térmica, digital ou uma mistura de ambas as ima-gens, incluindo picture-in-picture, e assim o utilizador pode facilmente ver os resultados no display LCD de 3,5“, identificando os pontos quentes com a área real.A SKF TKTI 20 tem como principais características quatro cursores móveis (com selecção de emissividade independente), medição ime-diata das diferenças de temperatura entre cursores e ponteiro laser, programação de alarmes sonoros e visuais, zoom digital de 4x, grava-ção de voz e texto para anotações no terreno, gravação de imagens em cartão SD, iluminação integrada e uma bateria recarregável e substituível com autonomia até 5 horas. As características técnicas são acompanhadas por um conjunto de poderosas ferramentas de análise termográfica, incluindo programação de isotérmicas e gra-dientes de temperatura, análises de temperatura de área e avaliação automática de pontos quentes e frios. Muitas vezes é difícil detectar condições de falha intermitentes pelo que a SKF TKTI 20 é uma gran-de ajuda nestas situações: basta montar o tripé, colocar a TKTI 20 e programar a câmara para gravar automaticamente imagens ou se-quências, quando o nível de temperatura definido pelo utilizador for atingido. Esta funcionalidade permite aos técnicos gravar imagens ter-mográficas úteis para uma posterior análise de raiz de falha.Com um design compacto, ergonómico e robusto, a câmara ter-mográfica SKF TKTI 20 pode ser utilizada em diversos ambientes industriais. Fornecida com uma mala de transporte resistente, a TKTI 20 contém praticamente o necessário à inspecção termográ-fica. De regresso ao escritório, as imagens termográficas e digitais podem ser descarregadas directamente para o seu computador através de um cabo USB TKTI 20, processando os resultados com o apoio de um software fornecido em CD, com licença para um núme-ro ilimitado de utilizadores e disponível em português. Este software não só permite tratar as imagens como fazer uma análise avançada dos resultados medidos, exportando directamente os dados para a emissão de relatório.

Tecnologia de seguimento MLD prevalece nas instalações de energia solar DEGERenergie GmbH

Tel.: +34 934 808 466 . Fax: +34 934 808 241

[email protected] . www.degerenergie.com

A DEGERenergie regista um au-mento a nível mundial no interesse na geração de energia solar para o auto-fornecimento com seguimen-to MLD. No EU PVSEC em Ham-burgo, a DEGERenergie apresenta a sua mais recente inovação, o sis-tema TOPtraker 8.5 de eixo único com um ângulo de elevação de 20

graus. A disponibilidade do TOPtraker 8.5 de eixo único, com um ângulo de elevação de 20º foi especialmente concebida para os >

Page 147: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 145

PUB

.

produtos e tecnologias

requisitos do mercado norte-americano. O TOPtraker 8.5 é o siste-ma mais pequeno da DEGERenergie: dependendo do local, o sistema está opcionalmente disponível com um ângulo de elevação de 20 ou 30º, e é adequado para a instalação em edifícios. O sistema foi con-cebido para uma superfície de área de módulo de 8,5 m2 e pode ser operado com todos os módulos solares disponíveis. Dependendo do tipo de módulo, a potência nominal está entre os 500 e o 1300 Wp.As empresas de pequena e média dimensões, bem como os indi-víduos, estão muito interessadas em tornar-se independentes dos constantes aumentos de preço da energia, utilizando os sistemas de seguimento MLD. Michael Heck, Vice-Presidente de Marketing e Vendas na DEGERenergie ditou que notaram que “a importância do auto-fornecimento está a crescer rapidamente em todo o mundo. Com o nossos amplo portfólio de seguimento MLD, estamos aptos a apoiar e promover este desenvolvimento.” A DEGERenergie está em negocia-ções intensivas com fabricantes na área do armazenamento de elec-tricidade, e isto porque segundo Michael Heck, “o seguimento MLD garante um rendimento energético relativamente uniforme durante todo o dia. Esta geração de energia uniforme e bem equilibrada cria óptimas condições para o auto-fornecimento e para o armazenamento de energia para os momentos em que o sol não brilha. Estamos convencidos de que, em termos de geração de energia solar para auto-fornecimento, o futu-

ro pertence a soluções abrangentes, como combinações de seguimento MLD e armazenamento optimizado.”

DIRAK: tecnologia “click it and forget it”REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda.

Tel.: +351 229 618 090 . Fax: +351 229 618 001

[email protected] . www.reiman.pt

A gama SNAP-LINE da DIRAK consegue eliminar uma parte signifi-cativa das anomalias e custos associados a vibrações/choques, tipica-mente associados a veículos para utilização fora de estrada. As vibra-ções extremas a que estão sujeitos os vários tipos de equipamentos “off-road” podem originar folgas e desapertos nos sistemas de fixação tradicionalmente utilizados em dobradiças, pegas e fechos.A gama DIRAK SNAP-LINE inclui vários tipos de acessórios que uti-lizam um sistema de grampos accionados por molas, que ao serem instalados utilizam a pressão constante destas para uma fixação só-lida e resistente a vibrações e esforços. Os vários testes realizados pela DIRAK mostram que o material de suporte entra em ruptura >

Page 148: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine146

produtos e tecnologias

ruído, este sensor tem uma elevada taxa de sobrevivência, com 100 gramas de resistência ao choque, bem como resistência à vibração que respeita as especificações da ISO 16750-3. Adicionalmente, a protecção IP69K garante que a ligação eléctrica é absolutamente re-sistente ao pó e à água. O sensor de posição Temposonics MB é adequado para indústrias de hidráulica móvel.

Epic Solar 4 m/f pré-montadoPolicabos – Soluções Técnicas de Condutores, S.A.

Tel.: +351 219 178 640 . Fax: +351 219 178 649

[email protected] . www.policabos.pt

O Epic 4 m/f é um conector solar pré-mon-tado para utilização em sistemas solares fo-tovoltaicos. Trata-se de um sistema inovador com cabo assemblado, de design extra fino (12 mm), resistente a variações de tempera-tura (-40° C a +105° C), IP68 e de elevada fiabilidade e longevidade. Destacam-se como principais características deste produto a boa resistência a água, raios UV e ozono.

Krannich Solar continua a apostar na sustentabilidadeKrannich Solar

Tel.: +34 961 594 668 . Fax: +34 961 594 686

www.es.krannich-solar.com

Desde o dia 7 de Julho que a Kranni-ch Solar oferece aos seus clientes o novo serviço de pontos de recolha oficiais de PV Cycle para devolução dos painéis fora de uso, a fim de se-rem posteriormente reciclados de forma gratuita. Esta política permite uma reutilização responsável dos módulos fotovoltaicos, após conclu-ído o seu ciclo de vida útil. Jochen

Beese, Director da sucursal espanhola da Krannich Solar, refere que a introdução deste Programa de Reciclagem na companhia é uma forte aposta no desenvolvimento sustentável e uma iniciativa que envolve os clientes e todo o pessoal da empresa na consecução do objectivo de cuidar do ambiente e respeitar a natureza. O Programa de Reciclagem, a que a distribuidora germânica aderiu, visa a entrega dos módulos a retirar nos pontos de recolha situados nos armazéns da Krannich Solar, para serem transportados até ao centro PV Cycle mais próximo, onde serão separados todos os componentes, tendo como finalidade a sua reutilização. >

antes da cedência destes grampos. A instalação destes produtos é fá-cil e rápida, pois não requer a utilização de ferramentas, podendo ser instalada em furos cegos sem acesso pelo interior. Os artigos SNAP-LINE são obtidos através de fundição de ligas resistentes à corrosão e tratadas com revestimento superficial E-Coated, permitindo a sua utilização em ambientes expostos aos elementos. A DIRAK é repre-

sentada em Portugal pela REIMAN. Na imagem podemos ver a utiliza-ção de dobradiças DIRAK SNAP-LINE na fixação de um pára-brisas rebatível. Este produto foi seleccio-nado pela robustez e facilidade de instalação.

F. Fonseca apresenta o novo sensor de posição Temposonics MB da MTSF.Fonseca, S.A.

Tel.: +351 234 303 900 . Fax: +351 234 303 910

[email protected] . www.ffonseca.com

www.facebook.com/FFonseca.SA.solucoes.de.vanguarda

A MTS alargou a sua gama de sen-sores de posição magnetoestritivos para hidráulica móvel com o novo modelo Temposonics MB em aço inoxidável. Esta unidade foi desenvol-vida especialmente para uso exter-no ao cilindro hidráulico e pode ser

usada, por exemplo, em aplicações do tipo steer-by-wire. Com as suas dimensões compactas e uma rosca M14 x 1.5, o sensor é adequado para uma montagem em cilindros de dupla acção. O magneto é inte-grado no pistão e transmite a posição, através da parede não-ferrosa do cilindro, para o sensor. Utilizando 2 sensores montados externa-mente, estes podem funcionar em redundância e com a capacidade de responder às restrições das aplicações de segurança. Além de uma fácil montagem externa no cilindro de duplo pistão, o sensor MB é ainda adequado para uma instalação directa em cilindro diferencial.Neste tipo de instalação, um magneto cilíndrico montado no pistão desliza sobre o sensor e marca a posição. Assim, o sensor MB oferece a flexibilidade de aperto directo do sensor ao cilindro e de aperto no exterior. Estão ainda disponíveis modelos de sensores da família M que permitem ser embebidos no cilindro hidráulico, permitindo uma integração completa dentro do cilindro. O sensor de posição Temposonics MB está disponível com uma alimentação a 12 V para um intervalo de medição de 72 a 250 mm, estando desenhado para uma integração em larga escala na indústria de hidráulica móvel. O seu tamanho compacto torna-o fácil de instalar e a sua capacidade de medição absoluta e sem contacto assegura um tempo de vida extre-mamente longo. Através de uma saída directa analógica, em tensão, o sensor consegue dar um feedback de posição de elevada precisão, com uma linearidade <±0.25 mm. Graças a uma boa relação sinal-

Page 149: Renováveis Magazine 8

PUB

.

renováveismagazine 147

A Krannich Solar aceitará como válidos todos os tipos de ge-radores, tanto de tecnologia cristalina como de película fina, provenientes de empresas associadas ao programa PV Cycle, à excepção dos painéis do fabricante First Solar, que possui o seu próprio sistema de reciclagem. Os módulos FV que poderão ser reciclados serão aqueles que foram rejeitados pelos pro-prietários das instalações, danificados no processo de monta-gem ou durante o envio, ou ainda painéis que foram retirados por questões de garantia. A PV Cycle foi criada em 2007 com o objectivo de tornar a Solar fotovoltaica duas vezes mais verde através da reciclagem dos módulos após o seu ciclo de vida. Actualmente, 90% dos agentes europeus do sector aderiram à iniciativa para fortalecer a sua responsabilidade social. Por ou-tro lado, a filosofia da Krannich Solar é colaborar com compa-nhias de energias alternativas que tenham pouco impacto no ecossistema e protejam os recursos naturais.

Conjunto kit completo K907 MC SetPalissy Galvani, Electricidade, S.A.

Tel.: +351 213 223 400 . Fax: +351 213 223 410

[email protected] . www.palissygalvani.pt

Tudo o que é necessário ao electricista para fazer cone-xões eléctricas bem feitas em sistemas de energia solar está incluído no kit K907 MC Set desenvolvido e aprovado pela Klauke. Este kit é fornecido numa mala robusta e inclui o alicate K907 Solar, especial-

mente desenvolvido pela Klauke para cravação das fichas MC4 para o sistema multi-contact. O alicate é fornecido com 2 ma-trizes para cobrir a gama de cravação de 1,5 a 6 mm2. Tal como os outros produtos Klauke, o K907 Solar é caracterizado por uma construção robusta, alta qualidade dos componentes e soluções técnicas que garantem um manuseamento seguro e uma cravação eficiente. O design ergonómico – 220 mm de comprimento e peso de 510 g – permite um manuseamento fácil e confortável. O alicate vem equipado com uma mola de abertura e um preciso sistema de roquete e ainda permite um ajuste de tensão inicial.O kit inclui também um “batente” para os contactos MC4, permitindo ao utilizador preparar correctamente e com sim-plicidade todas as cravações, sempre no local adequado. Inclui também um descarnador para fotovoltaico – KL735PV – que pode ser utilizado em cabos de 2,5 a 6 mm2 e garante uma pre-paração do cabo em exactamente 8,5 mm - o necessário para garantir uma instalação correcta nas ligações de sistemas de energia solar. Todos os produtos incluídos no kit estão também disponíveis para venda individualmente.

Energia solar e pilhas viabilizam aplicações em áreas remotasBresimar Automação, S.A.

Tel.: +351 234 303 320 . Fax: +351 234 303 328/9 . Tlm: +351 939 992 222

[email protected] . www.bresimar.com

Uma combinação de sensores de baixa potência, pilhas de longa duração, painéis solares e dispositivos de I/O wireless da Banner Engineering permitem a operação wireless numa grande variedade de aplica-ções. O novo sistema FlexPower oferece anos de monitorização e controlo eficien-te em locais de difícil aplicação. A solução wireless foi concebida para aplicações em que fios de alimentação estão indis-poníveis ou são impraticáveis. A energia é gerada por pilhas de lítio tamanho D

ou por uma combinação de painel solar com baterias recarregáveis que necessitam de cerca de duas horas de luz solar diária para alimentar >

Page 150: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine148

produtos e tecnologias

facilitando o armazenamento de todos os módulos de aplicação, as-sim como da parametrização dos eixos.O programa de aplicação corre no controlador como uma solução configurável. Em muitas aplicações standard deixa de ser necessário realizar uma programação complexa e o CCU apenas necessita de ser configurado. Usando o “plug-in” “Application Configurator” do sof-tware MOVITOOLS® MotionStudio, primeiro definem-se as comuni-cações para engenharia (USB ou Ethernet) e, em seguida, os módulos de aplicação necessários. As funções são “customizadas” de acordo com a aplicação específica com uma configuração gráfica simples. O programa de aplicação corre no controlador, pelo que é independen-te dos accionamentos electrónicos usados. O módulo de diagnóstico, com possibilidade de controlo, permite um comissionamento rápido e simplificado, sem necessidade de um PLC superior. Desta forma, reduz-se consideravelmente o número de fontes de erro. O monitor de dados do processo visualiza a troca de dados entre os módulos de aplicação e o PLC. O “trace” integrado ajuda a optimizar os accio-namentos, o diagnóstico de dados do processo e a resolução de ava-rias. Com esta solução, a SEW-EURODRIVE demonstra que é um parceiro de confiança para a implementação de sistemas e máquinas modulares modernas. A tecnologia de controlo inovadora da SEW-EURODRIVE permite que as funções complexas de motion control sejam utilizadas de forma simples.

Schneider Electric lança soluções para instalações fotovoltaicasSchneider Electric Portugal

Tel.: +351 217 507 100 . Fax: +351 217 507 101

[email protected] . www.schneiderelectric.com/pt

A Schneider Electric Portugal dis-ponibiliza soluções eficazes, fiáveis e rentáveis para instalações fotovoltai-cas que respondem às necessidades de cada inversor e parque fotovoltai-co. Através destes novos inversores elaborados tendo em conta a dimen-são e manutenção, a Schneider Elec-tric pretende adequar a sua oferta às especificidades do mercado eléctri-

co. De acordo com a Schneider Electric, “estes inversores utilizam-se para ter vários pontos de rastreio de potência (MPPT), sendo que, também em caso de avaria a secção do parque que é afectada é menor. São inver-sores fáceis de instalar, de manutenção simples e reduzem drasticamente as caixas de ligação CC”. Estas novas soluções da Schneider Electric Portugal foram pensadas de forma eficaz para que parques baseados em seguidores, ou em instalações de coberturas com orientações ou inclinações diferentes possam receber níveis de radiação solar diferen-tes caso utilizem inversores descentralizados.Através destes novos inversores, a Schneider Electric passa a ofere-cer diversas soluções dependendo do tipo de parque fotovoltaico: >

um loop de 4-20 ma. O FlexPower fornece uma energia segura, autó-noma e suficiente para operar uma grande variedade de sensores e o nó remoto da rede wireless industrial DX80 da Banner.Entre as aplicações de detecção e controle wireless destacam-se a agricultura (controlo de irrigação), monitorização de temperatura em rolamentos de motor, monitorização da temperatura de válvu-las em centrais termoeléctricas, controlo de bombeamento e fluxo, vigilância de perímetro, monitorização de níveis em tanques, máqui-nas rotativas para o sector automóvel e outras indústrias, contagem e controlo de caudal instantâneo em zonas de captação de água, manuseamento de materiais, controlo de veículos guiados automati-camente (AGV) e detecção de veículos. Ao alimentar tanto as fun-ções de detecção como as de comunicação, os módulos eliminam a necessidade de qualquer alimentação externa para a instalação. A Banner oferece uma grande variedade de sensores fotoeléctricos, ultra-sónicos e de temperatura/humidade adaptados especialmente para consumo de baixa potência. Para limitar o consumo de energia, os sensores são activados apenas quando necessário. A rede wireless DX80 inclui até 56 nós remotos ligados a uma gateway central. A gateway oferece uma ligação Modbus ao PLC ou outras unidades de controlo. A tecnologia FHSS (Frequency Hopping Spread Spectrum) e a arquitectura de controlo TDMA (Time Division Multiple Access) são combinadas para assegurar uma transmissão segura de dados numa banda não licenciada ISM (Industrial, Scientific and Medical). Unidades adicionais de transmissão de dados podem ser instaladas como re-petidores para ampliar o alcance da transmissão para até 3 Km por salto, utilizando dispositivos DX80 de 2,4 GHz.

Configuração em linguagem gráfica substitui programaçãoSEW-EURODRIVE PORTUGAL

Tel.: +351 231 209 670 . Fax: +351 231 203 685

[email protected] . www.sew-eurodrive.pt

A SEW-EURODRIVE disponibiliza aos seus clientes um vasto leque de controladores com hardware escalável, variadas classes de perfor-mance e diversas possibilidades de montagem. Em adição ao Motion Controller MOVI-PLC®, com progra-mação livre, a SEW oferece agora a Unidade de Controlo Configurável (CCU), cujos módulos possibilitam a implementação de funções com-

plexas, sem programação. O Configurador de Aplicações permite a modificação, comissionamento e diagnóstico deste módulo de forma gráfica e simples. A Unidade de Controlo Configurável (CCU) da SEW-EURODRIVE torna simples o comissionamento e manusea-mento de aplicações “Motion Control”. A solução é constituída por um controlador (hardware) e um cartão de memória (SD) removível,

Page 151: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 149

produtos e tecnologias

para instalações pequenas a oferta baseia-se num sistema acessível para o cliente, onde se pode monitorizar em tempo real os inverso-res da série GT e o sistema; também é possível enviar relatórios de registo de produção e alarmes de avarias que permitem a visualização do rendimento do sistema em Euros e as emissões evitadas (CO

2 e NO2); para grandes instalações a solução é mais completa e permite a supervisão do funcionamento de toda a instalação. A solução possui diversas vantagens como a redução dos custos de operação (auto-matização da gestão e fiabilidade na aquisição de dados), aumento da produtividade durante o funcionamento, informação em tempo real, alarmes e relatórios, melhorias no planeamento, informação detalha-da das cargas, capacidade e potenciais pontos de fadiga, comunicação com outros sistemas (CCTV, controlo de acessos, e outros). No que diz respeito a sistemas de segurança, a SE Portugal disponibiliza dife-rentes soluções que permitem a vigilância completa para a redução do risco, como por exemplo: sistemas de segurança e de controlo de acessos, sistemas para a detecção de intrusos nas imediações do par-que, barreiras microondas, sistema de vídeo-vigilância CCTV, gestão de alarmes, sistema digital de gestão de vídeo e câmaras móveis.

Rittal produz em massa ar-condicionados “Blue e”Rittal Portugal

Tel.: +351 256 780 210 . Fax: +351 256 780 219

[email protected] . www.rittal.pt

A Rittal, após vários testes-piloto na indústria automóvel, lançou no mercado os novos ar-condicionados de poupança energética da geração “Blue e”, produzidos em massa. Esta nova tecnologia, com uma capacida-de de refrigeração entre 500 W e 4.000 W, dependendo da aplicação, podem ajudar a realizar poupanças de energia até 70%. O potencial de inovação, no que diz respeito aos ar-

condicionados para envolventes não está, de forma alguma, saturado. Os testes-piloto na indústria automóvel, na Daimler em Sindelfingen por exemplo, têm mostrado que ainda há espaço de evolução para melhorias na eficiência. O fabricante de automóveis examinou a nova unidade de refrigeração económica “Blue e” da Rittal em operação, durante 11 meses, obtendo resultados surpreendentes: a nova tecno-logia de refrigeração com potência de 1.000 W consome até 70% me-nos energia do que uma unidade standard com a mesma capacidade. Graças aos resultados do teste-piloto, a Rittal lançou no mercado o novo ar-condicionado “Blue e” com um poderoso sistema de controlo “Confort Controller”, e lança a gama completa para aparelhos de 500 Wa 4.000 W de potência. Em termos de aparência, as novas unidades de refrigeração são semelhantes ao sistema comprovado TopTherm da Rittal. O maior coeficiente de performance (COP), 42% (de 1,2 a 1,7) com ar-condicionados de potência 1.000 W, por exemplo, é o

resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento. Também resulta numa óptima interacção de todos os componentes responsáveis pela refrigeração. O primeiro passo para melhorar as novas unidades de refrigeração com nano-revestimento envolve toda a geometria de configuração de todos os componentes. O fabricante de componentes analisa sistematicamente os dispositivos existentes, e sempre que possível, melhora a sua eficiência. Tudo isto está relacionado com o design dos condensadores, evaporadores, alertas de refrigeração, curva dos tubos e todos os outros componentes de refrigeração. No segundo passo, a Rittal optimizou a tecnologia dos ventiladores. A tecnolo-gia EC (Comutação Electrónica) é utilizada na maioria dos motores de ventiladores. Nestes, concebidos com motor de rotor externo, o tradicional pólo mecânico invertido é substituído pela comutação electrónica, que funciona sem desgaste, faísca ou interferência. Os motores têm um rotor dinamicamente balanceado com ímanes mul-ti-polares. A posição do rotor é gravada por vários sensores “Hall effect”. A alimentação e controlo do motor é através de um sistema electrónico externo que tem uma eficiência muito elevada a todos os níveis de velocidade e os rolamentos de precisão que asseguram uma vida útil silenciosa e longa ao produto. A Rittal melhorou o controlo electrónico através dos novos Eco-Modes: se um ventilador interno não necessita de funcionar permanentemente, ele é automaticamen-te desligado, reduzindo assim os custos de energia.

Siemens fornece gaseificadores de carvão na ChinaSiemens, S.A.

Tel.: +351 214 178 000 . Fax: +351 214 178 044

www.siemens.pt

A Siemens Energy vai fornecer oito gaseificadores de carvão a 1 dos 5 maiores produtores de energia da China, a empresa de eletricidade CPI Xinjiang Energy Co. Ltd, uma subsidiária da China Power Inves-tment Corporation. A encomenda

destas unidades, cada uma de 500 MW de potência térmica, destina-se a equipar a central de gaseificação de carvão, localizada na cida-de de Yili, na província de Xinjiang, que deverá ficar operacional no final de 2014. Os gaseificadores de carvão de 500 MW de potência destacam-se pelo seu design robusto e pelo elevado grau de dis-ponibilidade, reduzida necessidade de manutenção e sequências de arranque e de paragem. A central converte o carvão betuminoso, extraído localmente, em gás natural sintético (GNS) para diminuir a importação de gás natural para a produção de energia eléctrica e tér-mica. Na primeira fase, a central produzirá cerca de dois mil milhões de metros cúbicos por ano de gás natural sintético.A energia e o abastecimento em quantidade suficiente para a China é um tema de extraordinária importância para o público chinês. O carvão continuará a desempenhar um papel importante no mix >

Page 152: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine150

produtos e tecnologias

energético da China. O Director Geral da Fossil Power Generation Division do Sector Energy da Siemens Ltd., China considera que a empresa “tem um forte compromisso para com o mercado chinês e será sempre o parceiro de confiança da indústria energética da China”. Com 18 metros de comprimento, um diâmetro interior de 3 metros e um peso superior a 200 toneladas, os gaseificadores de carvão da Sie-mens contam-se entre as maiores e mais potentes aplicações indus-triais de grande escala em todo o mundo, capazes de processar até 2.000 toneladas de carvão por dia. Neste projecto, o carvão betumi-noso extraído localmente é utilizado para produzir um gás sintéctico que, em seguida, passa por processos de limpeza, de dessulfurização sendo convertido em gás natural a jusante por meio de um proces-so de metanização. Este gás natural sintéctico cumpre os rigorosos requisitos dos operadores dos pipelines, podendo ser transportado facilmente pelos pipelines de gás natural existentes.

Testo introduz nova Tecnologia de Super Resolução para aplicações termográficasTesto Portugal

Tel.: +351 234 320 280 . Fax: +351 234 083 708

[email protected] . www.testo.pt

A Testo introduz a sua nova Tec-nologia de Super Resolução, que representa uma notável melhoria na qualidade de imagem em todas as câmaras termográficas Testo. Com a Tecnologia de Super Resolução Testo, a utilização de métodos e algoritmos fiáveis aumenta conside-ravelmente a resolução das imagens térmicas. Quatro vezes mais pixels e o dobro da resolução torna cada imagem térmica consideravelmente

mais detalhada, o que significa uma maior fiabilidade durante a medi-ção termográfica. A Tecnologia de Super Resolução Testo, para qual existe uma patente pendente, utiliza 2 métodos conhecidos e fiáveis. Em primeiro lugar, uma sequência de várias imagens é guardada cada vez que é tirada uma imagem; os cálculos são feitos a partir desta sequência de imagens e o resultado é uma imagem de elevada resolu-ção. Os pequenos movimentos resultantes dos movimentos naturais das mãos de qualquer pessoa, enquanto a imagem térmica está a ser tirada, são utilizados por este método, o que cria uma sequência de imagens com uma aproximação mínima entre cada uma delas. O algoritmo especial da Testo utiliza a informação e pixels adicionais para criar uma imagem do objecto medido com maior resolução. Em segundo lugar, a qualidade da imagem é melhorada baseada no conhecimento detalhado das características da lente por infraverme-lhos. Isto é alcançado ao optimizar as propriedades da imagem da lente através do cálculo. Por exemplo, este procedimento também ajudou o Telescópio Espacial Hubble a registar imagens mais nítidas.

A Tecnologia de Super Resolução Testo não é um método de inter-polação em que os valores intermédios artificiais são criados sem ne-cessidade de informação adicional. Em vez disso, as leituras correctas são calculadas podendo ser comparadas a uma resolução de detec-ção superior. Assim, por exemplo, a partir de uma imagem com 160 x 120 pixels temos uma imagem com 320 x 240 e de uma imagem com 320 x 240 pixels temos uma imagem com 640 x 480. A resolução geométrica da imagem térmica de Super Resolução é efectivamente duplicada. A Tecnologia de Super Resolução Testo está disponível em todas as câmaras termográficas Testo, desde Outubro de 2011. Para os modelos Testo 875, Testo 876, Testo 881 e Testo 882 já ad-quiridos, a Tecnologia de Super Resolução pode ser activada através da actualização do software.

Inversor fotovoltaico exterior RPS do Grupo BonfiglioliBonfitec – Equipamentos Industriais, Lda.

Tel.: +351 229 759 634 . Fax: +351 229 752 211

[email protected] . www.bonfitec.pt

A história de sucesso Bonfiglioli contí-nua. Passa por novas melhorias e desen-volvimentos para atender às necessida-des do cliente. Como não podia deixar de ser, a Bonfiglioli esteve presente na maior exposição do mundo dedicada ao mercado fotovoltaico, Intersolar, e relevou duas surpreendentes novas so-luções para instalações exteriores re-cebendo uma resposta muito positiva dos visitantes. A Bonfiglioli estendeu a sua série de inversores compactos ex-teriores RPS 450 pela adição de duas novas potências: 120 kWp e 170 kWp.

À prova de água, robustos e equipados com um inovador sistema de arrefecimento, estes novos inversores continuam a oferecer um bom desempenho mesmo em condições climáticas adversas e com eleva-das temperaturas. A sua estrutura exterior possui um design com-pacto, de modo a possibilitar um transporte fácil. Os componentes internos são todos de qualidade e integrados numa arquitectura de sistema simples, projectado para uma máxima fiabilidade e uma ma-nutenção rápida e fácil. O novo inversor exterior RPS vem completo com um transformador. Os novos inversores exteriores Bonfiglioli são especialmente projectados para garantir um desempenho supe-rior, mesmo quando expostos à luz solar directa e não teme nenhum rival quando se trata de eficiência ao longo do tempo.Outra novidade é a introdução da série RPS Modular exterior: siste-mas modulares que podem ser adaptados para atender às variadas exigências de projectos em instalações de PV para potências superio-res a 220 kWp inclusive, com garantias de máxima flexibilidade e pro-dutividade sem importar a configuração do sistema, mesmo em >

Page 153: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 151

produtos e tecnologias

terrenos irregulares, onde a exposição ao sol é irregular. A escolha de uma solução de gama exterior Bonfiglioli significa escolher to-dos os benefícios de um sistema de refrigeração inovador. Este novo sistema de refrigeração garante uma óptima eficiência, mesmo com altas temperaturas, protegendo delicados componentes electrónicos contra a poeira e a sujeira do ambiente, e garante um alto grau de protecção e eficiência. Os inversores exteriores Bonfiglioli podem ser equipados com um sistema opcional de monitorização integrado, são fáceis de instalar e apresentam toda a flexibilidade necessária para optimizar a saída de qualquer campo de energia fotovoltaica.

SKF Microlog – Séries AX e GX: colectores/analisadores FFT de dados portáteisSKF Portugal – Rolamentos, Lda.

Tel.: +351 214 247 000 . Fax: +351 214 173 650

[email protected] . www.skf.pt

O SKF Microlog Analyzer – Série AX e a Série GX permite leituras triaxiais simultâneas ou de 1 até 4 canais de medição de vibração, com um design robusto, IP 65. Ao permitir a aquisição de dados com três canais triaxiais de entrada simultâneos e um canal de entrada de tacómetro, este equipamento recolhe os dados de forma rápida e eficaz. Através de um processador de 806 MHz PXA320 garante que as medições em tempo real sejam exibidas com precisão, um dis-play a cores VGA 6.4”, uma bateria recarregável com uma autonomia até 8 horas de recolha contínua de dados, reduzindo assim custos e um tempo associado à medição de rota. Incorporando a tecnologia de aceleração em envelope (gE), o SKF Microlog AX funciona com recurso a 4 canais fora de rota, ou a 2 canais e triaxiais de análise simultânea em rota. Coim um teclado de fácil utilização e uma bateria de lítio recarregável com autonomia até 8 horas de leituras semanais há uma redução de tempo e dinheiro associado às rotas de medição de dados de condição de equipamentos. E com a tecnologia de ace-leração em envelope (gE), o SKF Microlog GX permite a medição com um canal de entrada único, ou de dois canais, para além dos três canais triaxiais de entrada simultânea. Para ambas as séries, os utilizadores podem seleccionar uma varieda-de de módulos aplicativos, que podem ser adicionados continuamen-te, levando à criação de um dispositivo personalizado que se adapte às suas necessidades individuais, sem necessidade de adquirir um novo hardware. De entre os vários módulos disponíveis destacam-se: equilibragem dinâmica, análise de batimento, função de resposta de

frequência e teste de conformidade. Ao promover uma variada gama de módulos de aplicação, a SKF permite aos utilizadores a execu-ção de tarefas avançadas, como testes de impacto, a gravação digital, análise modal, run up coast down, análise de fenómenos transitórios e inspecções de qualidade, e todos com o mesmo equipamento. Em alternativa, os modelos pré-configurados (AX-M, AX-S e AX-F, GX-R, GX-M e GX-S) estão também disponíveis com uma selecção de módulos para responder às necessidades do cliente.Os SKF Microlog Analyzer AX e GX são equipamentos portáteis que realizam a recolha de dados de forma rápida e flexível, ideais para técnicos de engenharia de manutenção industrial, e incluem todas as características e tecnologia de ponta, com que a SKF habituou os seus clientes nos últimos 25 anos. Os novos utilizadores podem ainda beneficiar da velocidade e consistência das capacidades de medição triaxial e multi-canal e os especialistas usufruem das avançadas fer-ramentas de análise FFT. Os equipamentos SKF Microlog AX e GX são compatíveis com o software SKF @ptitude Analyst, que pertence a um abrangente conjunto de softwares que integra informação reco-lhida de uma ampla gama de dispositivos de aquisição de dados por-táteis e online, proporcionando um armazenamento rápido, eficiente e fiável dos seus dados, bem como a análise e recuperação de infor-mações de activos complexos. Além disso, encontra-se igualmente disponível uma completa gama de acessórios.

Caixas OMNIMATE “CH20M-67” da Weidmüller: diferentes sistema de caixas para soluções de electrónicaWeidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

Tel.: +351 214 459 191 . Fax: +351 214 455 871

[email protected] . www.weidmuller.pt

O conceito de caixa modular OM-NIMATE CH20M-67 da Weidmül-ler oferece uma estrutura ade-quada para desenhos individuais e específicos para cada cliente, desde o ponto de vista funcional como visual. Esta série de caixas é pro-porcional ao projecto e encontra-se neste momento disponível em fábrica, com caixas com largura de 6,1 mm, 12,5 mm, 22,5 mm, 45 mm

e agora de 67,5. A nova caixa CH20M-67 é um dos expoentes mais destacados da família OMNIMATE de caixas CH20M. No âmbito das caixas de “grande volume”, a CH20M-67 pode acomodar até 3 placas de circuito impresso de dupla face. E como cada placa de circuito impresso pode ser instalada em qualquer uma das quatro ranhuras que a caixa possui, a sua concepção oferece aos utilizado-res uma grande flexibilidade. Esta caixa optimiza imenso o espaço disponível. Por exemplo, as pla-cas de circuito impresso podem ser colocadas a uma distância >

Page 154: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine152

produtos e tecnologias

de 2,5 e 5 mm da parede da caixa. As fendas para a dissipação de calor foram introduzidas na forma de concepção “semi-refrigerado”. O óptimo posicionamento da abertura da dissipação incrementou a distância de fuga e de ar entre a placa de circuito impresso e a surperfície de configuração. Todas as larguras das caixas são adequa-das para uma montagem automática de componentes no processo de soldadura por refusão, ou seja, são soldadas numa única etapa do processo. O sistema electrónico de caixa OMNIMATE CH20M permite aos engenheiros de desenvolvimento e design incluir um bus de calha opcional para fornecer, ligar ou distribuir potência, sinais e dados. Com os seus cinco circuitos de condutores está integrado de forma simples em calhas de perfil simétrico DIN TS 35 de alturas standards de 7,5 mm e 15 mm (em conformidade com a norma DIN EN 60715) e assim substitui a onerosa cablagem individual.

Microscopia SWIRInfaimon

Tel.: +351 234 312 034 . Fax: +351 234 312 035

[email protected] . www.infaimon.com

Os microscópios ópticos normal-mente utilizam sistemas de lentes refrativas de cristal para examinar as amostras com grande ampliação. A diferença das câmaras de infraver-melho MWIR e LWIR, as câmaras SWIR podem operar com ópticas de cristal standard e não requerem o uso de ópticas reflectivas. Como consequência, as câmaras SWIR po-

dem ser utilizadas com a maioria de microscópios existentes. Além disso, as lâmpadas de tungsténio que incorporam constituem uma boa fonte de fotões SWIR. Algumas das principais aplicações da microscopia SWIR passam pela inspecção de waffer de Silício. A microscopia SWIR é muito útil na verificação das características dos materiais. Ou também na inspecção de células solares graças ao fe-nómeno da eletroluminescência que se produz nestas quando existe circulação de cargas. Os fotões emitidos ajudam a visualizar fracturas e a distribuição de cargas que determinam a qualidade do material. As câmaras SWIR melhoram em uma ordem de magnitude a captura do fluxo de fotões relativamente aos sensores CCD de silício con-vencionais. Outra das aplicações da microscopia SWIR é a emissão de fotões porque este microscópio ajuda na detecção de emissões débeis derivadas de anomalias nos semicondutores. Proporcionam uma elevada capacidade de detecção em circuitos integrados. E também podem ser aplicados nos circuitos integrados fotónicos. As redes de comunicações de fibra óptica utilizam lasers SWIR entre 1.300 e 1.500 nm, o que resultam são as câmaras SWIR para visu-alizar estes sinais. Os microscópios SWIR ajudam na verificação do desenho óptico e na inspecção de desalinhamentos e dispersões da luz nos circuitos integrados.

F.Fonseca apresenta solução para seguimento solar com o PLC MELSEC FX3U + Variador de velocidade FREQROL FR-D700 da MitsubishiF.Fonseca, S.A.

Tel.: +351 234 303 900 . Fax: +351 234 303 910

[email protected] . www.ffonseca.com

www.facebook.com/FFonseca.SA.solucoes.de.vanguarda

Duas das maiores preocu-pações quando se instala um parque solar são os custos de instalação e os gastos de ma-nutenção. Para suplantar es-tes dois entraves a Mitsubishi Electric propõe aos seus clien-tes uma solução completa. Baseada num PLC MELSEC FX3U e em variadores FRE-QROL FR-D700, com entra-das de segurança categoria

3 integradas, esta configuração fornece uma instalação simples e um custo total de exploração reduzido para o cliente final. Esta solução para seguimento solar, da Mitsubishi Electric, foi desenhada não apenas para instalação em ambientes exigentes, mas também para garantir uma grande precisão de posicionamento e elevadas capacidades de monitorização e controlo sobre o sistema, em modo local ou remoto. Ao nível das vantagens, esta solução garante uma elevada precisão no cálculo angular (precisão de ±0.1º); permite instalação em série; redu-ção de cablagens; simples calibração e manutenção dos painéis; cálculo da posição via coordenadas GPS; tempo de desenvolvimento reduzido; tempo de vida alargado com custos de manutenção reduzidos.

Novas câmaras termográficas Série E da FLIRSpecman, Lda.

Tel.: +351 217 935 017 . Fax: +351 217 951 085 . Tlm.: +351 916 346 006

[email protected] . www.specman.pt

A SPECMAN, distribuidor da FLIR no nos-so país, lançou as novas câmaras termo-gráficas Série E da FLIR. As novas câmaras termográficas Série E da FLIR são adequa-das para uma utilização em aplicações de monitorização da condição de sistemas eléctricos e sistemas mecânicos pela me-dição & análise termográfica.As suas características principais passam pela sua resolução até 320 x 240 pixels, uma gama de temperatura de medição de -20º C a +650º C, uma função de fu-são térmica e uma função PiP – Picture-in-Picture. Além disso ainda possui um >

Page 155: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 153

produtos e tecnologias

ponteiro laser e iluminação por LEDs, uma câmara fotográfica digital integrada de 3,1 Mpixels, uma comunicação Wi-Fi com iPhone ou iPad, uma função MeterLink™ via Bluetooth®, e uma anotação digital de voz. Além disso permite uma criação instantânea de relatórios e tem uma garantia de 2 anos do equipamento e de 10 anos do detector.

Economia de tempo de montagem com o fecho de 1/4 de volta clip’n turn da PinetREIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda.

Tel.: +351 229 618 090 . Fax: +351 229 618 001

[email protected] . www.reiman.pt

A Pinet lançou recentemente o seu novo fecho de 1/4 de volta com a tecnologia CLIP’N TURN, um fecho fabricado em acetal e poliamida com apenas 2 componentes que são montado sem ferramentas e de forma fácil e rápida. Com aplicações típicas em pequenos armários eléc-tricos, acessos de manutenção a má-quinas, acessos laterais de bastidores, elevadores, equipamento sanitário, HVAC, indústria naval, e outros. Esta é uma solução económica e ro-

busta para aplicações que não obriguem a requisitos técnicos espe-ciais. O sistema de CLIP necessita apenas de 90 N para a montagem mas não é desmontável, sendo necessária uma força de 600N para a sua destruição. A Pinet é representada em portugal pela REIMAN.

Nova câmara termográfica testo 885: ergonómica e boa qualidade de imagemTesto Portugal

Tel.: +351 234 320 280 . Fax: +351 234 083 708

[email protected] . www.testo.pt

O novo testo 885 é o primeiro modelo da nova geração profissio-nal da Testo e é destinado ao uti-lizador mais exigente. “Na linha da frente do desenvolvimento estavam as várias tarefas de medição dos nos- sos clientes. Características inovado-ras que tornam a termografia mais fácil e segura, em combinação com a excelente qualidade de imagem,

garantem imagens térmicas minuciosas em todas as situações”, ditou Sabine Hinkel - Product Manager Testo AG. A combinação da óptica

de primeira classe, com uma lente de ângulo largo ou lente teleob-jectiva, detector de 320 x 240 pixels, sensibilidade térmica <30 mK e componentes do sistema de qualidade significa uma focagem mais nítida e imagens térmicas significativas. Graças à Tecnologia de Su-per Resolução pode ser alcançada uma resolução da imagem térmica quatro vezes superior. Se a representação do objecto de medição na termografia em edifí-cios não é possível com uma imagem individual, o testo 885 oferece o

novo assistente de imagem panorâ-mica: cria uma imagem total a partir de várias imagens individuais – com atenção ao detalhe e uma visão geral. A tecnologia de Reconheci-mento Local com patente pendente permite que as inspecções periódi-cas sejam eficientes. Com esta tec-nologia é feito o reconhecimento automático de locais de medição e

o armazenamento e administração das imagens térmicas resultantes. A possibilidade de fazer medições em gamas de temperatura até 1.200° C permite que o testo 885 disponha de um amplo espectro de aplicações industriais. Isto torna o testo 885 na primeira escolha para todas as aplicações, não apenas em edifícios, mas em termo-grafia industrial, na qual se destacam a qualidade de imagem e um manuseamento eficiente.

Cabo Olflex Solar XLS – TwinPolicabos – Soluções Técnicas de Condutores, S.A.

Tel.: +351 219 178 640 . Fax: +351 219 178 649

[email protected] . www.policabos.pt

A Policabos/Lapp Kabel tem disponível na sua gama de produtos o novo cabo para instalações de energia solar fotovoltaica, o Olflex Solar XLS-T. Trata-se de um cabo com duplo condutor, composto por fios de cobre estanhado e bainha exterior em TPE (componente que conjuga a flexibilidade da borracha com a rigidez e performance do plástico).

O seu design com duplo condutor facilita uma ligação rápida, eficaz e económica entre os componentes da instalação. Destacamos como principais características a sua alta flexibilidade, óptima resistência a UV (HD 605/a1) e ozono (EN 50397), boa resistência à abrasão, re-tardante de chama (IEC 60332-1-2) e livre de halogéneo (EN 50267-2--1/-2, EN 60684-2). Este cabo está disponível em 2 versões: verme-lho/preto e vermelho/azul. >

Page 156: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine154

produtos e tecnologias

Grupo Frezite avança com FrezwindFrezite – Equipamentos Energéticos & Ambiente, Lda.

Tel.: +351 252 400 360 . Fax: +351 252 417 254

[email protected] . www.frezitegroup.com

Integrada no Grupo Frezite – com core business nas ferramentas de corte e que se movimenta em áre-as tecnológicas, fazendo uso da sua forte vocação para a engenharia – a Frezite-Equipamentos Energéticos & Ambiente avança no mercado com a comercialização de um produto inovador: um gerador eólico desig-

nado de Frezwind. Trata-se de uma solução destinada ao fornecimento autónomo de energia (off-grid), conjugando uma elevada eficiência ae-rodinâmica – com velocidades de vento menores – com um contro-lo electrónico desenvolvido à medida. Esta característica garante uma produção de energia mais estável ao longo do ano. A utilização de um winglet na extremidade da pá é uma característica diferenciadora desta solução porque reduz, de forma notável, a tur-bulência causada pela extremidade do rotor. Esta diminuição explica os ganhos obtidos na energia gerada e a redução de ruído emitido pela turbina. Este gerador eólico, aperfeiçoado por uma intensa in-vestigação e desenvolvimento, permite um maior nível de autonomia e energia disponíveis, difíceis de igualar por soluções alternativas na comercialização no mercado. A reduzida dimensão das suas pás facili-ta o transporte e instalação deste gerador eólico em locais onde não existe rede eléctrica, mantendo um nível de potência suficiente para uso de equipamentos de comunicação e sobrevivência (rádio, ilumi-nação, refrigeração, entre outros). Assim, a Frezwind é uma solução particularmente ajustada a instalações em locais remotos, nomeada-mente torres de comunicações, postos de vigia florestais, postos de exploração científica – onde não existe rede eléctrica mas é necessá-ria uma solução de fornecimento de energia – ou até propriedades/explorações de grande dimensão. Em locais onde não haja garantia de vento todo o ano, está previsto o upgrade fácil para soluções combinadas com painéis fotovoltaicos, que minimizam a ocorrência de períodos de seca de energia.

Krannich Solar e a Samsung unidas em prol do ambienteKrannich Solar

Tel.: +34 961 594 668 . Fax: +34 961 594 686

www.es.krannich-solar.com

A Krannich Solar, cuja filosofia assenta no trabalho com fabricantes de produtos fotovoltaicos de qualidade e empresas que integrem planos de acção que ajudem a melhorar o ambiente, chegou a um acordo de colaboração com o grupo Samsung SDI Co., Ltd., que se posiciona como um dos líderes mundiais da indústria energética.

“Esta cooperação permitir-nos-á fortalecer a imagem de uma distribui-dora que oferece soluções de alta tecnologia e facultar aos nossos clientes um módulo fotovoltaico de alta eficiência, avaliado por uma experiência de mais de 40 anos do consórcio coreano”, referiu Jochen Beese, Di-

rector-Geral da sucursal espanhola da Krannich Solar. Os produtos do acordo, os geradores solares das séries LPCxxxSM-06S e PV-MBA-1AG, são compostos pela junção de 60 células monocristalinas com três “bus bar” e conectores MC4 de Multi-Contact. Estes painéis contam com um intervalo de potência de 247 a 250 Wp, possuem uma efici-ência superior a 15% e uma tolerân-cia positiva de +2%. Actualmente, o fabricante oferece 10 anos de ga-

rantia do produto, 10 anos a 90% e 25 anos a 80% da potência no-minal. E ainda mais: os módulos Samsung, que a distribuidora alemã começou a comercializar, respeitam o ambiente, pois, quando a sua vida útil termina são reciclados através do programa PV Cycle, que conta com um centro de recolha nos armazéns da Krannich.O fabricante coreano, presente em 12 países, possui uma vasta expe-riencia no domínio dos monitores CRT, PDP, pequenos LCD e OLED, bem como no sector das energias renováveis para dispositivos mó-veis, veículos eléctricos e sistemas de armazenagem de energia. Essa foi a base para que, em 1987, a empresa começasse a investigação e o desenvolvimento de tecnologia fotovoltaica; portanto, tem mais de 20 anos de experiência em I&D e um sólido know-how. No início de 2009 foi constituída uma nova unidade de negócio para a fabricação dos módulos solares em série. Em 2011, o gigante industrial espera obter um volume total de 150 MW para conseguir uma produção de 3 e 10 GW, em 2015 e em 2020, respectivamente. Além disso, para este último ano, a empresa coreana perspectiva investir 5.500 milhões de dólares na produção e desenvolvimento de tecnologia solar. Este investimento responde à estratégia de gestão verde que a Samsung implementou para reforçar a sua posição de empresa de referência a nível mundial.

Parker suporta turbinas eólicas com saída minúsculaParker Hannifin Portugal, Unipessoal Lda.

Tel.: +351 229 997 360 . Fax: +351 229 961 527

[email protected] . www.parker.com

Os geradores e inversores personalizados da Parker desempenham um papel crucial no sucesso da nova e revolucionária turbina de vento compacta que foi desenvolvida pela Elena Energie de Grenoble, em França. Graças ao seu inovador design, a nova turbina TurboWind Elena produz a mesma quantidade de electricidade do que uma unidade com apenas 1.5 metros de diâmetro, tal como seria produzido por uma turbina eólica convencional de 6 metros no diâmetro. A chave para >

Page 157: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine 155

PUB

.

produtos e tecnologias

Informações e Inscrições IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.Tel.: 22 519 13 90Fax: 22 519 13 99E-mail: [email protected] | [email protected]: www.ixus.pt

FormaçãoFinanciada

Técnico instalador de sistemas fotovoltaicos: 125 horas(Formações Modulares Certificadas - Tipologia 2.3)

› Energia solar: 50 horasUFCD (4580)

› Sistemas solares fotovoltaicos: 50 horasUFCD (4587)

› Projecto de sistema solar fotovoltaico – instalação: 25 horasUFCD (4591)

Formador: Eng.º Pinto Ferreira

Local das Sessões:› Ixus, Formação e Consultadoria - Centro de Negócios do Bonfim** Rua Monte do Bonfim, n.º 120, 4300-350 Porto;

Nota: Os formandos receberão subsídio de alimentação e o respectivo certificado de habilitações

Condições de acesso: idade igual ou superior a 18 anos e com escolaridade entre o 9º e 12º Ano.

Governo da República Portuguesa

Apoios:

este desempenho destas turbinas passa por um invólucro que inclui dois conjun-tos de pás de rotor e spoiler. O casco, se-melhante no design às embalagens usadas para os motores de aeronaves, trabalha em conjunto com as pás do rotor e o spoiler para aumentar a velocidade do fluxo do ar. Por exemplo, a velocidade do vento de 6 m/s produz um fluxo de ar de 15 m/s no segundo conjunto de pás do rotor. Os dois conjuntos de pás de rotor giram em direc-

ções opostas. Os perfis das pás do rotor foram desenhadas especifica-mente para garantir o fluxo de ar suave e o modo de funcionamento dos rotores é determinado por um sofisticado sistema de controlo electrónico. Quando a turbina está em funcionamento, a velocidade do vento é medida por um anemómetro e o sistema de controle analisa continuamente o binário que será transmitido para as pás do rotor através do fluxo de ar disponível. Com ventos mais fracos, o rotor é inicialmente utilizado para aumentar a velocidade do ar para atingir o segundo rotor, e isto permite que a turbina TurboWind Elena comece a produzir energia eléctrica com velocidades mais reduzidas do vento do que é possível com turbinas eólicas convencionais.

Numa velocidade intermédia do vento, o primeiro rotor gira livre-mente e não perturba o fluxo de ar para o segundo rotor, o que significa que a produção de energia é mais uma vez optimizada. Com ventos fortes, o primeiro rotor apenas acciona o gerador, permitin-do que a TurboWind Elena possa continuar a produzir electricidade em condições que exigem turbinas eólicas, de forma a garantir a segurança necessária. Como resultado destes modos de funciona-mento diferentes, a TurboWind Elena atinge uma potência máxima mais rapidamente do que os modelos convencionais e mantêm uma saída numa faixa mais ampla. Um dos seus benefícios adicionais é o facto de ser silencioso em operações de turbinas eólicas, o que o torna adequado para aplicações dentro ou próximo de áreas re-sidenciais. A concepção sofisticada da secção da TurboWind Elena não é apenas o único elemento necessário para extrair energia do vento. Também é necessário que o gerador seja impulsionado pela turbina, e alguns meios de interface de saída do gerador, que irá variar de tensão e frequência de acordo com a velocidade do vento e com a rede de transmissão de electricidade. Os inversores configuráveis AC890 apresentam uma plataforma robusta de energia IGBT e um algoritmo de controle que lhe permite combinar confiabilidade com a facilidade de utilização em aplicações de geração de energia com indução e geradores de magneto permanente AC. <

Page 158: Renováveis Magazine 8

renováveis em casa

156

dimensionamento de sistemas fotovoltaicos de venda à rede

1.º Antes de mais devemos analisar as condições de instalação dos locais onde vai ser instalado o sistema FV. Nesta análise deve-se ter em conta o seguinte:•Qual a área disponível para o gerador FV;•Se existem obstáculos e sombreamentos;•Qual o tipo de terreno ou edifício onde irá ser instalado:•Se o telhado onde será instalado, será plano ou inclinado;•Se a localidade onde é instalado, tem uma boa radiação solar.

2.º Escolha do tipo de módulos fotovoltaicosDevemos escolher qual o tipo de módulos FV, isto é, se será do tipo Silício Monocristalino, Policristalino ou Amorfo. Vamos então escolher uns módulos de silício monocristalino, com as seguintes ca-racterísticas:•P

MÁX. = 175 Wp;•UN = 24 V;•UPMÁX. = 35.7 V;•UOC = 44.0 V;• IPMÁX. = 4.9 A;• ICC = 5.4 A;•Eficiência=13,9%;•Coeficientedetemperaturadatensão,UOC = - (160±10) mV/° C;•Medidas: 1.584 x 790 x 35 mm.

3.º Cálculo do número de módulos FV que a instala-ção vai ter

N = PPFV / PMÁX. = 3800 / 175 = 22 Módulos

Necessitamosagoradeverificarqualaconfiguraçãogeométricaquemelhor se acomoda a este número de módulos na superfície de te-lhado disponível, que se realiza calculando a largura (L) e o compri-mento (C) associado a cada uma deles.

Sendo assim vem:C

TELHADO x LTELHADO = 7,0 x 4,0 m (ATELHADO = 28 m2)

CMÓDULO X LMÓDULO = 1,584 x 0,79 m

Pretende-se dimensionar um sistema FV para ligação à rede com uma potência de ligação de P = 3,68 kW, em que o proprietário possui uma área de telhado disponível de 28 m2 (7,0 x 4,0 m). O telhado, não exposto a sombreamentos, está orientado a Sul com uma inclinação de 15º.

Filipe PereiraEngenheiro Electrotécnico (ISEP)

Professor na Escola Secundária D. Sancho I

Efectuando a distribuição dos módulos segundo a largura tem-se:

LTELHADO / LMÓDULO = 4,0 / 0,79 = 5,06 m > 5 módulos

CTELHADO / CMÓDULO = 7,0 / 1,584 = 4,42 m > 4 módulos Peloqueestaconfiguraçãosetem5x4=20<22.Casoovalorfosse superior à quantidade de módulos calculada poder-se-ia efec-tuar uma distribuição dos módulos segundo o comprimento. Assim tem-se:

LTELHADO / CMÓDULO = 4,0 / 1,584 = 2,53 m > 3 módulos

CTELHADO / LMÓDULO = 7,0 / 0,79 = 8,86 > 8 módulos

Comestaconfiguraçãosetem3x8=24>22.Peloqueestaconfi-guração não é válida.

4.º Escolha do inversorAqui deveremos optar apenas por utilizarmos um inversor. Quando estamosperantepotênciasmaiselevadaséusualutilizar-seváriosinversores fazendo comque a somadapotência deles perfaça apotênciatotaldainstalação.

Aconvergênciadapotêncianumasóunidade,provocaumareduçãodaeficiênciaaoinversor,pelofactodeesteencontrar-seatrabalharcom um baixo valor de carga na maior parte do tempo.

Vamosentãodeterminarapotênciado inversor.Estevalordeveráestar compreendido entre:

0,7 x PPV<PINV. DC<1,2xPPV

Nota: PPV

– Potência gerador fotovoltaico

O valor do inversor deverá estar compreendido de acordo com a gama de valores descritos anteriormente porque:•Aeficiênciadoinversoréaltoparacargaselevadas;

Page 159: Renováveis Magazine 8

157

renováveis em casa

•Oinversorsuportasobrecargasde20%oumais; Nota: Os inversores para sistemas autónomos suportam 100% da carga (por

exemplo, um inversor de 1.000 W suporta 2.000 W durante 2 horas).

•Oinversorencontra-seàpotênciamáximaemmuitopoucassitu-ações.

De acordo com o que foi descrito até ao momento, poderemos es-colher o inversor SB3800/V com as seguintes características:•P

DMÁX. = 4.040 W;•UMÁX. DC = 500 V;•UMPP = 200 V – 400 V;• IPVMAX. = 20 A;• IDCNOMINAL = 16 A;•*ESS – Electronic Solar Switch (desliga quando não existe tensão na

rede de distribuição);•Eficiência=95,6%(querdizerquetem4,4%perdasnapotência

máxima);•U

AC = 220 V – 240 V (este parâmetro deverá ser alterado caso a tensãovaria±10%de230V);

• fAC = 50 Hz / ±4,5 Hz (amplitude);•PAC MÁX. = 3.680 W;•PAC NOM. = 3.680 W;•Detecção automática da presença de tensão na rede > Desliga

quando não existe tensão na rede.

5.º Número máximo de módulos por fileiraOnúmerodemódulosqueosistemaFVterá,seráfixadopelovalorda tensão máxima do sistema, isto é, pelo valor da tensão DC máxi-ma permitida para interligar os módulos FV em série e também pelo valor da tensão máxima à entrada do inversor.

Caso haja uma falha de tensão na rede, o inversor dispara, e caso es-tejamos perante um dia com valores de temperatura muito baixas, a tensão em circuito aberto (U

OC) nos módulos FV, pode transfor-mar-se num valor muito alto, caso haja um disparo no lado AC do sistema FV.

Para solucionarmos este problema, poderemos efectuar o seguinte:•Limitar o número de módulos;•Limitar o valor máximo de tensão da associação em série dos mó-

dulos FV.

O valor da tensão no módulo FV, com um valor de temperatura de -10º C (U

OC a -10º C), é calculado pela seguinte fórmula:

UOC (-10º C) = ( 1 – 35º C x ∆U ) x UOC (CTS) ∆U em mV/º C 100

UOC (-10º C) = ( 1 – 35º C x (-170 X 10-8) ) x 44 = 46,63 V 100

Nota 1: No caso de falta de dados para a realização dos cálculos anteriores, pode

considerar-se que o aumento da tensão com a temperatura é de aproximadamente

14%. Sendo assim calculava-se da seguinte forma: UOC

(-10º C) ≈ 1,14 x UOC (CTS)

.

Nota 2: No cálculo anterior, utilizou-se o limite superior do coeficiente de temperatura

UOC

= - (160 ± 10) mV/º C, que é a situação mais adversa que pode ocorrer.

Na associação dos módulos FV, existem as seguintes limitações:•Tensão máxima de conexão entre os módulos (1.000 V);•Tensão do módulo com uma temperatura de -10º C, UOC (-10º C)

= 46,63 V;• Inversor – UMPP = 200 – 400 V.

O número máximo de módulos em série para interligação, é dado por:

nMÁX. = (UMÁX. INV.) / UOC (módulo -10º C) = 500 / 46,63 = 11

Nesta situação o ideal seria não ultrapassar os 10 módulos FV ligados em série.

6.º Cálculo do número mínimo de módulos por fileira OnúmeromínimodemódulosFVporfileiraserádadopelatensãomínima de funcionamento do inversor. Neste caso: U

MIN. INV. = 200 V.

A tensão mínima de funcionamento ocorre normalmente quando se atinge a temperatura máxima de funcionamento esperada para 70º C e que pode ser calculado da seguinte forma:

UMPP (70º C) = ( 1 – 45º C x ∆U ) x UMPP (CTS)

100

Então vem:

UMPP (70º C) = ( 1 – 45º C x (-150 X 10-8) ) x 35,7 = 33,29 V 100

UMPP (-10º C) = VMPP – 45 x TC (VOC) = 35,7 – 45 x (0,160) = 28,5 V

Nota: A escolha do limite inferior do coeficiente de temperatura, UOC

, deve-se ao facto

de ser o valor mais desfavorável neste caso específico.

No caso de falta de dados para a realização do cálculo anterior, pode considerar-se que o decréscimo da tensão com a tempera-turaédeaproximadamente18%.Sendoassimcalculava-sedase-guinte forma:

UMPP (70º C) ≈ 0,82 x UMPP (CTS)

Sendo assim, o número de módulos FV que seriam ligados em série, seriam:

nMIN. = (UMIN. INV.) / UMPP (70º C) = 200 / 33,29 = 6

Sendo assim, o número mínimo de módulos em série, seria de 6.

Nota: Deve-se escolher sempre um valor mais alto (por exemplo 7, 8 ou 9) para ga-

rantir que tensão mínima de arranque do inversor seja acautelada.

Page 160: Renováveis Magazine 8

renováveis em casa

158

7.º Cálculo do número de fileiras em paraleloOcálculodonúmerodefileirasdonossosistemaFV,serádetermi-nado pelos seguintes factores:•Correntemáximaporfileira–IMÁX. FIL. = IPMÁX. = IMPP (a 25º C) =

4,9 A;•Corrente máxima do inversor – IMÁX. INV. = 20 A

nFILEIRAS = IMÁX. INV. =

20 = 4

IPMÁX. 4,9

Onúmeroqueestesistemapodeteraníveldefileirasemparaleloé de 4.

8.º Configuração do gerador FVAoníveldaconfiguraçãodogeradorFV,temosasseguinteslimita-ções calculadas nos passos anteriores:•Número máximo de módulos em série – 10;• Número mínimo de módulos em série – 6;•Númeromáximodefileiras–4.

Sabendo que o número total de módulos fotovoltaicos é de 20, vamosadoptaraseguinteconfiguraçãodonossogeradorFV:

Gerador FV com 2 fileiras de 10 módulos em série, de acordo com o seguinte esquema.

Analisemosestaconfiguração:

UMPP(a70ºC)=11x33,29=366,19V>200V> Aceitável

UOC(a-10ºC)=11x41,38=455,18V<500V> Aceitável

UMPP(a-10ºC)=11x28,50=313,50V<500V> Aceitável

Nocasodacorrente,paraumafileiraseráde4,9Aepara2fileirasem série será:

2 x 4,9 = 9,8 A > IDCMÁX.=20A>9,8A

Vistoqueovalordacorrentegeradaficaaquémdovalornominalde corrente de entrada do inversor, dever-se-á adoptar por outra configuração.

Conclusão: Esta configuração cumpreos requisitos de tensão e decorrente, logo são soluções admissíveis. De referir que quanto mais móduloshouverporfileira,maiorseráovalordatensão.Istosignificamenores perdas de tensão nas cablagens, razão pela qual se deverá optarpelaconfiguração11x2.

A instalação a executar deverá assim ter as seguintes características:•PotênciamáximadogeradorFV–3,8kWp;•Número de módulos – 20 x 175 Wp;•Configuração–2Fileirasde10móduloscada;• Inversor (central) – P

DC NOM=3,90kW; PPV MÁX.=4,04kW.

DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS DE VENDA à REDE

Commaismódulosemfileiraocorremtensõesmaiselevadasoquesignificamenoresperdasdetensãonascablagens,daíarazãopelaqual se deve adoptar a solução 10x2 (Figura 1).

Figura 1 Esquema do gerador FV.

Na instalação podem ser tomadas as seguintes opções:•Colocação de um díodo de bypass em cada módulo FV, na caixa de

ligações. Nota: Normalmente, alguns módulos FV já trazem de fábrica os díodos de bypass.

•Colocaçãodedíodosdefileira,istoé,umporcadafileira. Nota: A colocação de díodos de fileira está em desuso, isto porque, se os módulos

FV da instalação forem todos iguais, é aconselhável o uso de fusíveis de protecção

nos dois lados (positivo e negativo) para protecção contra sobreintensidades. Caso

a corrente admissível nas canalizações for 1,25 vezes superior à corrente de curto-

circuito do gerador FV, o uso de fusíveis também pode ser suprimido.

Como foi referido atrás, a inclinação dos painéis fotovoltaicos depen-de da latitude e da zona onde irá ser instalado. No caso de não haver dadossuficientesparaessecálculo,podemosconsideraralatitudedolocal como o ângulo de inclinação dos painéis FV.

Este valor de latitude pode ser obtido da seguinte forma:•Utilize o Google Maps para navegar até ao local que pretende. De-

pois de estarmos no local exacto, do qual queremos retirar as co-ordenadas, clicamos com o botão direito do rato sobre o mesmo e escolhemos a opção “Centrar o Mapa aqui“.

Page 161: Renováveis Magazine 8

159

renováveis em casa

•DepoisdoMapacentrado,cliqueemLink,emcimaeàdireitadapágina.Agoranacaixaqueseabrecliquenocódigodecima,efaçacopiar,ascoordenadasestãoai.

•AbraoblocodenotasdoseuWindowsououtroeditordetextoqualquer,ecoleaíocódigo.Asduascoordenadasqueprocura,estãonesse,textocomopodevernafiguraembaixo.

•UtilizandoocursordoratoeoEnterdoPC,isole-asparamaisfácilidentificação.

Ascoordenadasserãointerpretadasdoseguintemodo:N 37.14926º – LatitudePor ser um valor positivo equivale a “N” (Norte), se for negativodevemosescolher“S”(Sul)W 8.538233º – Longitude Porserumvalornegativoequivalea“W”(West-Oeste),seforposi-tivodevemosescolher“E”(East-Este)

Ainclinaçãodopainelirávariardeacordocomolocalondeforins-talado,variandocoma latitude.Quandonãoexiste informaçãonomomentodainstalaçãoacercadoângulodeinclinação,deveutilizar-seainclinaçãoigualalatitudedolocal.

De acordo com os valores e escolhas tomadas pode o projectis-tadefiniraconfiguraçãoadequadaetermuitaatençãoàcablagem,IEC60364-7-712,àsegurançadepessoas(RTIEBT),normadaEDP,DMA-C62-815/Netodaalegislaçãoquevierautilizaraolongodotempoedeacordocomaevoluçãodestesistema.

9.º - Cálculo das cablagens e seccionadores nos circuitos em DCOscabosdefileirasãodimensionadosdaseguinteforma:•SegundooIEC60364-7-712:IZ≥1,25xIccDC(condiçõesCTS); Nota: IZ – Corrente admissível nos cabos.

∆UCABOS=1%-Valoradmissívelnossistemasfotovoltaicos.•Correntequepercorreacablagemdafileira:I=IFIL.X1,25=5,4x1,25=6,75A;

•Secçãodoscondutoresutilizadosnasfileiras:S=4mm2;•Tipodecondutor:CaboRadoxSolarWireDC1x4mm2; Nota: O valor da queda de tensão nos cabos das fileiras depende do comprimento

que vai desde o gerador FV e o quadro DC (ou inversor). Quanto maior for a distân-

cia, maior terá de ser a secção do cabo a utilizar. Neste caso não serão utilizados

fusíveis de protecção DC porque o dimensionamento assim o permite.

•Ascoresdacablagemdefileirasdeverãoserdecorvermelhanopositivoedecorpretanonegativo.

A nível de seccionadores, o dimensionamento é feito da seguinte maneira:

SegundoanormaIEC60364-7-712,temosqueinstalaruminterrup-torecortegeralantesdoinversor(existeminversoresquenãone-cessitam).Estedeverácumprirasseguintescondições:• I

GDC.≥1,25xIccFV≥2x1,25x5,4=13,5A>Optar-seporaco-locaçãodeumdisjuntorDCbipolarde16A.

OscabosprincipaisDC(ligaçãoquadroprotecçãoaoinversor)sãodimensionadosdaseguinteforma:• I

Z≥1,25xIccDC(CTS);•DevemsuportarumacorrenteI=2xIFIL.x1,25=2x5,4x1,25=13,5A;

Nota: O 2x deve-se ao facto de haver um cabo de ida e de volta.

•Secçãodoscondutoresutilizadosnasfileiras:S=4mm2–Secçãomínima(2,5mm2);

•Tipodecondutor:CaboRadoxSolarWireDC1x4mm2; Nota: O valor da queda de tensão nos cabos das fileiras depende do comprimento

que vai desde o gerador FV e o quadro DC (ou inversor). Quanto maior for a distân-

cia, maior terá de ser a secção do cabo a utilizar.

10.º Dimensionamento dos equipamentos ligação à redeNestesistemaFV,iremosutilizaroinversordaSMA3800cominter-ruptoràentrada.AssimnãonecessitamosdepossuirumquadrocomcorteeseccionamentoemDC,poisoinversorconsegueassegurarestasfunções.

DoladoACdoinversor,pode-seutilizaruminterruptordiferencialdotipoBparaoseccionamentoeumseccionadorfusíveldetamanho10x38mmparacorteeprotecçãonaportinholadosistemaFV.

Ao nível de equipamentos de seccionamento e corte do lado AC do inversor, utilizaremos:• InstalaçãodeuminterruptordiferencialdeI∆n≤30mAàsaídadoinversor;

Page 162: Renováveis Magazine 8

renováveis em casa

160

DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS DE VENDA à REDE

• Instalar um aparelho de protecção omnipolar após o Interruptor diferencial.•1 Interruptor diferencial de IN = 25A e I

∆n = 30 mA, conforme a seguintefigura;

Figura 2 Interruptor diferencial + Disjuntor (Fonte: KleanEnergie4Life / Selfenergy

Solutions).

•1 Disjuntor com IN = 20 A ou 10 A.

Ao nível da cablagem do lado AC do inversor (ligação inversor – portinhola), esta terá as seguintes características:•Corrente I

B = 16,52A (I = P/U = 3800/230);•Secção dos condutores – S = 6 mm2 (este valor é o mínimo exigido

pelas RTIEBT);

•Tipo de condutor: VV 2 x 6 mm2, H07V-U 2 x 6 mm2 ou VAV 2 x 6 mm2.

Ao nível da portinhola – consumidor/produtor, esta deve ser di-mensionada tendo em conta as seguintes características (Figura 3):•A portinhola a utilizar deve cumprir a norma EDP, DMA-C62-

815/N;• I = 100/25 A;•Deve possuir seccionadores-fusível de 10 x 38 mm, com fusíveis de

IN = 20 A.

11.º Considerações finais dos sistemas de ligação à redeDe acordo com o descrito anteriormente, nos sistemas de micro-geração dever-se-á ter em atenção os seguintes aspectos técnicos:•Deve-se utilizar descarregadores de sobretensões à entrada do

inversor, quando a canalização é longa;•Com comprimentos iguais ou superiores a 15 m de canalização,

deverá existir um descarregador de sobretensões FV antes do in-terruptor de corte DC;

•Deverá ser feita a equipotencialização da estrutura metálica de suporte dos módulos fotovoltaicos bem como dos respectivos cai-xilhos. A estrutura metálica é considerada como um bom captor de descargas à terra;

•Estaequipotencializaçãocomoterminalprincipaldeterrassóserápossívelcasoovalordaresistênciadeterrasejainferiora10Ω.

Bibliografia

• Curso Técnico Instalador de Energia Solar Fotovoltaica, Publindústria 2011.

Figura 3 Esquema final de um sistema FV microgeração 3,68 kW para venda à rede.

Page 163: Renováveis Magazine 8
Page 164: Renováveis Magazine 8

162

barómetro das renováveis

barómetro das renováveis setembro 2011

A potência instalada de Fontes de Energia Renovável (FER), somou 9.688 MW no final de Junho de 2011, crescendo relativamente a Março de 2011 mais 255 MW de eólica, 9.6 MW de fotovoltaica e 9.4 MW de bio-massa. Existem atualmente 3.046 MW de potência licenciada por instalar, distribuída da seguinte forma: 429 MW de eólica, 323 MW de biomassa, 139 MW de mini-hídrica e 2.180 MW adicionais das grandes hídricas.

No último trimestre, de Julho e Setembro, apesar dos incrementos de potência instala-da, continua-se a assistir uma menor fracção de produção renovável, 10% menos relativa-mente ao trimestre homólogo do ao ante-rior. Esta redução deve-se a menos 18% de produção na hídrica. Por outro lado a produ-ção eólica já aumentou 27% e a fotovoltaica aumentou 43%, relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior. Para o ano móvel

até setembro as FER aumentaram 7,4%.Durante 2011 o consumo tem diminuído gradualmente, no último trimestre a redu-ção foi de 4,1% relativamente ao período ho-mólogo. No entanto a redução de consumo anual ainda só foi de 0,7%. A fracção de FER (incluindo PRE térmica) durante o último ano foi 58% do consumo. A fracção FER sem a PRE térmica foi 43%, sendo: 25% de hídrica, 17.8% de eólica e 0.5% de fotovoltaico.

O barómetro das energias renováveis pretende manter informados os nossos leitores sobre a evolução das potências instaladas e das correspondentes produções de energia. A informação apresentada sobre potências instaladas tem como fonte as estatísticas rápidas da DGEG de Março de 2011 e a informação sobre produção tem como fonte a informação de produção diária desagregada disponibilizada no website da REN até 30 de Setembro de 2011.

Figura 1 Potência instalada da Fontes de Energias Renováveis (FER) em Junho 2011. Fonte: baseado nas estatísticas rápidas da DGEG.

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

Grande Hídrica 

(>10 MW) 

Eólica 

4515 

3455 

787 

Potência Instalada FER (MW)  

(Outubro 2009) Licenciada  instalada  

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

Grande Hídrica 

(>10 MW) 

Eólica 

4515 

3455 

787 

Potência Instalada FER (MW)  

(Outubro 2009) Licenciada  instalada  

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

Licenciada

Instalada

Figura 2 Energia produzida mensalmente pelas Fontes de Energias Renováveis (FER). Fonte: baseado na informação de produção diária disponível no website da REN.

ConsumoMensal

(GWh)

Produção não renovável

PRE Ondas

PRE Fotovoltaica

PRE Hidráulico

Albufeira SEP

PRE Térmico

Fio Água SEP

PRE Eólico

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

500 

1000 

1500 

2000 

2500 

3000 

3500 

4000 

4500 

5000 

5500 

jan‐09  Fev  Mar  Abr  Mai  Jun  Jul  Ago  Set  Out  Nov  Dez  jan‐10 

44% FER 

60% FER  47% FER 40% FER  38% FER  33% FER 

35% FER 35% FER 

35% FER  40% FER  55% FER 

68% FER 84% FER 

GWh 

Produção Mensal (GWh) Produçao não renovável  PRE Ondas  PRE Fotovoltaica  PRE Hidráulico  Albufeira SEP  PRE Térmico  Fio Água SEP  PRE Eólico 

Cláudio Monteiro, com a colaboração de António Sérgio Silva

Grande Hídrica (>10 

MW) 

Eólica 

4497 

3802 

16 

621 

Biomassa (c/

cogeração) 

PCH (<= 10 MW)  Resíduos Sólidos 

Urbanos 

Fotovoltaica  Biomassa (s/

cogeração) 

Biogás  Ondas/Marés 

360  334 

88 119,4  106 

22  4,2 

188 

135 

5,6 84 

58 

Potência Instalada FER (MW)  

(Julho 2010) 

Potência Instalada (MW)  Potência Licenciada (MW)  Potência Instalada FER (MW)(Junho 2011)

Page 165: Renováveis Magazine 8
Page 166: Renováveis Magazine 8

164

bibliografia

Curso Técnico Instalador de Energia Solar Fotovoltaica – Inclui CD

Este manual, a cores, preenche uma lacuna no domínio da formação em energias renováveis. Segue os refe-renciais da Associação Nacional das Qualificações (ANQ) e do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) responde às necessidades dos seguintes cursos: Curso Profissional “Técnico de Energias Renováveis” – Variante Solar; 522212 – Técnico/a Instalador/a de Sistemas Solares Fotovoltaicos. Com um CD de apoio com powerpoints, tabelas, software e outros materiais necessários às acções de formação, esta obra constitui uma mais-valia para os profissionais do sector, empresas, engenheiros e estudantes de engenharia, sob uma óptica de resolução de problemas de dimensionamento e instalação de sistemas fotovoltaicos. Além disso permite que os formandos procurem, de forma autónoma e crítica, o saber e os conhecimentos relativos a esta área específica – as indústrias – consolidando e sedimentando as competências necessárias para a sua correcta aplicação. Índice: Energia Solar; Sistemas solares fotovoltaicos. Módulos solares fotovoltaicos. Projecto de sistemas solares fotovoltaicos - selecção e dimen-

sionamento. Projecto de sistemas solares fotovoltaicos – Construção. Projectos de sistemas solares fotovoltaicos – Instalação. ANEXO I - Radiação

Solar em kWh/m2 em Portugal. ANEXO II - Coordenadas de locais em Portugal Continental. Hiperligações para software de sistemas FV. Bibliografia.

Hiperligações de bibliografia

Electrónica XXI

É um livro de referência para o formador e para o formando do ensino profissional. De consulta fácil e rápida, tanto por tema como por curso, reúne em si os conteúdos da disciplina de electrónica nas suas diversas va-riantes, consoante o curso profissional em que se insere. Os cursos que abrange são: Técnico de Instalações Eléctricas EE; Técnico de Electrotecnia EE; Técnico de Electrónica Naval; Técnico de Electrónica e Teleco-municações; Técnico de Electrónica, Áudio, Vídeo e TV; Técnico de Electrónica, Automação e Comando; Técnico de Electrónica, Automação e Computadores; Técnico de Electrónica, Automação e Instrumentação; Técnico de Manutenção.Índice: Corrente eléctrica. Análise de circuitos em corrente contínua. Magnetismo e electromagnetismo. Corrente alternada monofásica. Corrente alterna-

da trifásica. Semicondutores. Transístor bipolar. Transístores J-FET, MOSFET e tiristores. Amplificadores com transístores. Amplificadores operacionais. Os-

ciladores. Electrónica de potência. Sistemas trifásicos. Sistemas de alimentação. Electroquímica, pilhas e acumuladores. Transformadores. Máquinas eléc-

tricas de corrente contínua. Máquinas eléctricas de corrente alternada. Sistemas de numeração. Circuitos lógicos. Descodificadores. Circuitos sequenciais.

AutoCAD Electrical 2011 Fundamentos – DVD

Acabou o tempo em que os projectos eléctricos eram demorados e árduos a serem desenvolvidos. O AutoCAD Electrical fornece diversos recursos específicos para o desenvolvimento de esquemas eléctricos, painéis e lista de peças. Aliando a Didáctica da Render e o conhecimento técnico de um profissional certifi-cado Autodesk, o Curso AutoCAD Electrical 2011 Fundamentos ensina como projectar sistemas eléctricos de forma mais rápida e fácil. Com este DVD pode criar projectos eléctricos do início ao fim, personalizando o template, adicionando ladder e componentes, inserindo CLP, definindo fiação monofásica e trifásica, desen-volvendo circuitos, painéis, diagramas e muito mais. Índice: Usar as ferramentas do AutoCAD Electrical 2011, para criação de projectos eléctricos de forma produtiva, fácil e rápida. Conceitos básicos para

o desenvolvimento de diagramas e painéis eléctricos no AutoCAD Electrical 2011. Como inserir automaticamente: componentes eléctricos, tags dos

componentes, anilhas, régua de borne, fiação, entre outros.

Autores: Filipe Pereira, Manuel OliveiraISBN: 9789728953782 Editora: Publindústria Páginas: 404Edição: 2011Obra em PortuguêsVenda online em www.engebook.com

Autor: Afonso Marques ISBN: 9789728953881 Editora: PublindústriaPáginas: 774Edição: 2011Obra em PortuguêsVenda online em www.engebook.com

€ 26,00

€ 39,95

Autor: Jean Pacher ISBN: ACAD11-EL-F Editora: Render Duração: 153 minutosEdição: 2011Obra em Português do BrasilVenda online em www.engebook.com

€ 79,95

Page 167: Renováveis Magazine 8

165

bibliografia

Proteção de Equipamentos Eletrônicos Sensíveis – 2.ª edição

Destina-se aos estudantes do Curso de Electrotécnica e aos profissionais dedicados a projectos de insta-lações eléctricas. Apresenta os procedimentos e as ferramentas modernamente utilizados na concepção dos projectos de aterramento e aplicação dos principais dispositivos que ofereçam segurança à operação de equipamentos, abrangendo assuntos como a Qualidade da Energia Eléctrica, Sistema de Aterramento, Malha de Terra, Harmónicos, Campos Electromagnéticos, Fenómenos Transientes, Blindagens Electromag-néticas, Compatibilidade Electromagnética, Aterramento para Equipamentos Electrónicos Sensíveis e Pro-tectores de Transientes. A segunda edição tem várias alterações, actualizações e complementos à implementação dos padrões dos indicadores de continuidade de serviço e dos indicadores de faixa de tensão permissível, do PRODIST (Pro-cedimentos da Distribuição), documentos obrigatórios elaborados pelo NOS, os novos limites de distorção harmónica de corrente e tensão estabelecidos pelo PRODIST e pelo IEEE 519 e dispositivos contra surtos de tensão (DPS).Índice: Qualidade de Energia. Sistemas de Aterramento. Malha de Aterramento. Componentes Harmônicas. Campos Eletromagnéticos. Fenômenos

Transientes. Blindagens Eletromagnéticas. Compatibilidade Eletromagnética. Aterramento para Equipamentos Eletrônicos Sensíveis. Protetores de

Transientes.

Redes de Energia Eléctrica – Uma análise sistémica – 3.ª edição revista

Segundo Rui Leuschner Fernandes, Director do Primeiro Gabinete de I&D da EDP, “o texto em causa abran-ge, com profundidade e extensão, as matérias habitualmente versadas no domínio de Análise, Planeamento e Exploração de Redes, sendo completado com um capítulo actualizado, referente a políticas de Organização e Gestão do Sistema Eléctrico. São de realçar as seguintes qualidades: grande clareza de exposição; manifesto rigor de terminologia e de conceitos utilizados; matéria exposta ilustrada com um vasto conjunto de exemplos numéricos de grande oportunidade... um manual de consulta de elevada utilidade para engenheiros das Empresas de Produ-ção, Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica, assim como para técnicos de Gabinetes de Engenharia e de fabricantes de Equipamento. Não se conhece, editada em Portugal, publicação equivalente nos seus objectivos e no teor das matérias versadas o que realça o interesse e a oportunidade do presente texto.” Outra opinião partiu de Manuel António Matos, Professor Catedrático da FEUP que ressalvou que “é importante cumprimentar o autor por se ter abalançado à produção de uma obra deste tipo, num ambiente onde não há incentivo nem tradição para o fazer. (...) A presente iniciativa vem preencher uma lacuna na bibliografia disponível em língua portuguesa, não apenas para os alunos, mas também para consulta dos técnicos que exercem a sua actividade no sector eléc-trico. A sua publicação constituirá, portanto, um marco assinalável no panorama editorial da área, extravasando, com certeza, as fronteiras da Universidade.”Índice: Introdução. Conceitos Básicos. Máquina Síncrona. Transformador e Máquina Assíncrona. Linha Eléctrica de Energia. Trânsito de Energia. Cor-

rentes de Curto-Circuito. Controlo de Frequência e de Tensão. Estabilidade Transitória. Sobretensões e Transitórios Electromagnéticos. Transmissão em

Corrente Contínua. Elementos de Análise Económica e Financeira. Operação Optimizada. Organização e Gestão do Sistema Eléctrico.

€ 40,95

Autor: João Mamede Filho ISBN: 9788571945128 Editora: ÉricaPáginas: 334Edição: 2010Obra em Português do BrasilVenda online em www.engebook.com

a S U a l i v R a R i a t é c n i c a !

w w w. e n g e B O O k . c O M

inclui 10% desconto

PvP € 45,50

€ 45,50

Autor: José Pedro Sucena Paiva ISBN: 9789898481061 Editora: IST PressPáginas: 787Edição: 2011Obra em Português Venda online em www.engebook.com

Page 168: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine166

calendário de eventos

Intersolar India Feira sobre Energia Solar Bombaim,India

14 a 16 Dezembro 2011

Solar Promotion Int. [email protected]

Designação Temática Local Data Contacto

Renewable Energy HR

Conferência sobre Energias Renováveis

Londres,Reino Unido

6 e 7 Dezembro 2011

Green Power Conferenceswww.greenpowerconferences.cominfo@greenpowerconferences.com

Wind Turbine Blade Manufacture

Conferência sobre a Construção de Turbinas Eólicas

Dusseldorf, Alemanha

6 a 8 Dezembro 2011

Applied Market Information [email protected]

World Future Energy Summit 2012

Conferência sobre as Energias Renováveis

Abu Dhabi,Emirados Árabes Unidos

16 a 19 Janeiro 2012

Reed Exhibitionswww.worldfutureenergysummit.comclaude.talj@reedexpo.ae

Renewable UK Health & Safety

Conferência sobre Segurança em Energias Renováveis

Manchester,Reino Unido

1Fevereiro 2012

Ten [email protected]

SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS

Designação Temática Local Data Contacto

Interclima + Elec Salão sobre Climatização e Energia Fotovoltaica

Paris,França

7 a 12 Fevereiro 2012

Reed [email protected]

Sinerclima Salão Internacional de Energia, Refrigeração e Climatização

Batalha, Portugal

29 Fevereiro a 3 Março2012

Exposalã[email protected]

FEIRAS

Energaia Feira sobre Energias Renováveis Montepellier, França

8 a 11 Dezembro 2011

[email protected]

Int. Conference on Recent Advances and Challenges in Energy

Conferência sobre as Energias Renováveis

Karnataka,Índia

4 a 6 Janeiro 2012

Manipal [email protected]

Egética Feira das Energias Valência, Espanha

29 Fevereiro a 3 Março2012

Feira de Valê[email protected]

Page 169: Renováveis Magazine 8

Green Power Conferenceswww.greenpowerconferences.cominfo@greenpowerconferences.com

Page 170: Renováveis Magazine 8

renováveismagazine168

links

O INEGI em conjunto com a APREN reuniram esforços e criaram uma completa e acessível base de dados dos centros electroprodutores de Portugal continental. É um excelente website que se destaca pela simplicidade e funcionalidade.

http://e2p.inegi.up.pt/index.asp

e2p Energias Endógenas de PortugalbAsE dE dAdOs dE fONtEs RENOvávEIs dE ENERGIA

Website comercial, mas com muita informação essencial para profissionais do fotovoltaico. As tendências do futuro para novos produtos poder ser aqui encontradas. Entre os muitos produtos pode-se descarregar um novo software de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos, o “sunny design”. também disponibiliza informação de formação muito útil em “sMA solar Academy”.

www.sma.de/en/

sMA solar technology

Page 171: Renováveis Magazine 8
Page 172: Renováveis Magazine 8

www.DEGERenergie.com

O sistema de comando pa-tenteado: o DEGERconecter identifi ca a fonte de luz mais intensa a qualquer hora do dia.

DEGERtraker: os sistemas de fi xação de um e dois eixosorientam os módulos foto-voltaicos sempre optimizadamente.

Inteligente como a natureza. Os sistemas Solar Tracking da

DEGERenergie orientam cada módulo solar exactamente

para a fonte de luz mais intensa – tanto em dias de céu limpo

como em dias de céu muito nublado. Um aumento da

produção de energia de até 45 por cento.

TIRE PROVEITO DO KNOW HOW DO LÍDER DE MERCADO MUNDIAL.

▶ A melhor relação preço/qualidade – rápida amortização

▶ 45 .000 Degertraker na rede

▶ Baixos custos de transporte

▶ O comando mais inteligente

▶ Testado e certifi cado por TÜV e com certifi cado UL/CSA

▶ Segurança Total – Informe-se sobre nosso „Spare Care“

Percebe-se sistemas efi cientes pelo rendimento

Até 45% de maior produção de energia com DEGERconecter