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Sistemas Partidários em novas democracias O Caso do Brasil (Scott P. Mainwaring) Capítulo 5: Partidos Fracos e Políticos autônomos: A organização dos partidos catch-all 1. Discussão da Organização dos partidos catch-all, suas relações com os políticos, sua debilidade como organizações e a autonomia individual de seus parlamentares. 2. Disciplina: Partidos Catch-all são pouco disciplinados(exemplo do PMDB na assembleia nacional constituinte de 1988, desde então houve avanço, mas nem tanto). 3. Fidelidade: Baixo grau apresentado, troca-troca de partidos altíssimo 4. Campanhas: Centralizadas no candidato e pouco no partido, com financiamento próprio do candidato. 5. Força: Partidos Catch-all são fracos, não possuem muitos recurso, fraca presença no congresso, e são pouco profissionalizados, muito pela descentralização partidária. Reduzida disciplina, fragilidade, descentralização e federalismo, resultando em heterogeneidade ideológica de partidos brasileiros. Porque a organização e a dinâmica interna são importantes 1. Poucos artigos tratando da dinâmica interna dos partidos, sua relação com os políticos e sua organização na América Latina, foco concentrado em eleições e sistemas partidários/história dos partidos 2. Motivo para poucos estudos de dinâmica interna dos partidos: Tendência de proliferação de pesquisas sobre comportamento eleitoral que colocam em primeiro plano o eleitor ou o sistema partidário e em segundo os aspectos organizacionais. 3. Televisão quase que substitui por completo o papel de fornecer o acesso ao perfil dos candidatos, antes responsabilidade dos partidos.

Resumo Sistemas Partidários Em Novas Democracias - Nassor (1)

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Mainwaring - Nassor de Oliveira Ramos

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Sistemas Partidrios em novas democraciasO Caso do Brasil(Scott P. Mainwaring)Captulo 5: Partidos Fracos e Polticos autnomos: A organizao dos partidos catch-all1. Discusso da Organizao dos partidos catch-all, suas relaes com os polticos, sua debilidade como organizaes e a autonomia individual de seus parlamentares.2. Disciplina: Partidos Catch-all so pouco disciplinados(exemplo do PMDB na assembleia nacional constituinte de 1988, desde ento houve avano, mas nem tanto).3. Fidelidade: Baixo grau apresentado, troca-troca de partidos altssimo4. Campanhas: Centralizadas no candidato e pouco no partido, com financiamento prprio do candidato.5. Fora: Partidos Catch-all so fracos, no possuem muitos recurso, fraca presena no congresso, e so pouco profissionalizados, muito pela descentralizao partidria. Reduzida disciplina, fragilidade, descentralizao e federalismo, resultando em heterogeneidade ideolgica de partidos brasileiros.Porque a organizao e a dinmica interna so importantes1. Poucos artigos tratando da dinmica interna dos partidos, sua relao com os polticos e sua organizao na Amrica Latina, foco concentrado em eleies e sistemas partidrios/histria dos partidos2. Motivo para poucos estudos de dinmica interna dos partidos: Tendncia de proliferao de pesquisas sobre comportamento eleitoral que colocam em primeiro plano o eleitor ou o sistema partidrio e em segundo os aspectos organizacionais.3. Televiso quase que substitui por completo o papel de fornecer o acesso ao perfil dos candidatos, antes responsabilidade dos partidos.4. Teoria da escolha racional acredita que os partidos se organizam voltados a maximizar seu nmero de votos.5. Kitschelt, Panebianco,Katz e Mair prestaram a ateno no tema da organizao partidrias (1988-1994). Organizaes dizendo muito sobre os tipos de partidos que predominam num sistema poltico e sobre o sistema em si.6. Se desvincula da dicotomia entre funo(o modo como os partidos funcionam no sistema poltico) e organizao (modela sua relao com a sociedade civil e o Estado) dos partidos polticos. (Duverger = funo , Epstein = organizao).7. O Brasil a organizao partidria relaxada contribui para as dificuldades de formao de base de sustentao para apoio poltico, num padro individualista de representao onde os polticos so mais importantes que os partidos.Partidos indisciplinados e polticos autnomos1. A maioria dos partidos ocidentais disciplinado, desconsiderando as matrias consensuais.2. Os partidos catch-all brasileiros apresentam disciplina limitada (Limongi e Figueiredo)/ Mainwaring e PerzLian (1995-1997), que estudaram votaes nominais durante trabalhos da constituinte(1987-1988) e limongi e figueiredo que analisaram 221 bvotos nominais na cmara dos deputados entre 1989 e 1994 onde 10% contrariaram a opinio vencedora.3. O autor buscou compatibilizar os ndices convertendo os dados de Figueiredo e Limongi somando 100 e dividindo por dois .4. PT e partidos de esquerda apresentam alto nvel de disciplina, organizaes catch-all so menos disciplinadas no brasil do que na maioria das democracias ocidentais.Quanto mais industrializado, mais disciplina (Exceto Estados Unidos)5. Venezuela (50-80) altamente disciplinada6. Na Assembleia Constituinte os partidos catch all tiveram menos disciplina que os partidos americanos em termos absolutos e menos ainda em relativos.7. Aps a Constituinte a disciplina aumentou, com a formao do chamado colgio de lderes8. Durante a Constituinte se formaram blocos suprapartidrios que dividiram o congresso, O PMDB se rachou em uma ala mais progressista com o PT e PDT, e outra conservadora com o PFL e PDS.9. Decises partidrias tomadas fora do Congresso tem pouco impacto no modo como os congressitas votam, principalmente nos partidos catch-all , onde a liderana nacional do partido tem pouca autoridade sobre as decises tomadas pelos seus parlamentares.10. Os polticos podem votar de forma contrria as diretrizes do partido sem temer sanes posteriores, na europa se pode perder o mandato se no se segue diretrizes partidrias.11. Os partidos com mais disciplina se organizavam em reunies para deliberar muito mais que os com menos PT = 2,7 por ms/ PSDB =1.5 / PDT= 2.12. Organizaes frgeis no Brasil, e partidos exceto de esquerda no so valorizados.

A migrao partidria1. A fidelidade partidria no Brasil muito baixa, o que no rola na maioria das democracias, desde 1984 os partidos catch-all veem seus membros migrando constantemente.2. 82 polticos mudaram de partido entre fevereiro de 1987 e setembro de 1988, 57 fizeram isso entre 1988 e 1990, e 58 s em 1990, 197 casos de troca em uma nica legislatura.3. O PMDB o lder nas trocas em 1990 1524. PFL 315. PSDB (Que no existia) recebe o maior nmero desses parlamentares, seguido do PRN6. Muitas vezes as trocas so totalmente incoerentes do ponto de vista ideolgico, PDS-PMDB-ARENA.7. Para ele PT , PSB, PSTU e PV so esquerda PDT e PSDB centro esquerda, PMDB centro , PP , PTB , PSC , PDC centro direita e PFL, PRN, PL , PDS e pequenos como direita8. PDT e o PMDB foram os partidos que sofreram mais deseres para famlias ideolgicas no contguas.9. 82% das trocas so dentro de partidos dentro da mesma famlia ideolgica;10. difcil impor disciplina ao partidrio se ele ao enfrentar embarreiramento pode pular para outro partido.11. Longa histria de candidatos e partidos que apoiam o partido ou coalizo no governo para ter acesso a recursos e cargos na burocracia estatal.12. Para ganhar mais espao, candidatos alteram de partido, ou at fundam novos, onde eles podem se candidatar, ter acesso a organizao, fundos e direoCampanhas individualistas1. Quanto mais dependente de recursos do partido mais ser fidelizado o discurso da campanha2. Campanhas dos partidos catch-all extremamente individualistas + pessoa partido3. A maioria dos parlamentares acredita que o fator decisivo para sua eleio seu esforo pessoal e no a legenda do partido. Principalmente os da direita se acham mais importantes que os partidos, j os de esquerda do mais peso aos partidos(69%)4. Os partidos catch-all no se preocupam muito com a orientao ideolgica de seus candidatos.5. exaltada competio intrapartidria para cargos legislativos proporcionais e as diferenas entre lista aberta e fechada6. Televiso muito importante, as vezes mais do que os partidos, ao exemplo de Collor em 19897. A maioria dos eleitores no decide seus votos em funo dos partidos = FALTA DE CONSCINCIA poltica, baixo grau de instruo e acesso precrio a diversas fontes de informao tornam a televiso a maior fonte de informao dos brasileiros, nas eleies proporcionais o peso da tv menor, porque o tempo de exposio tambm menor8. Os Estados Unidos so conhecidos por campanhas personalistas mas ainda sim menos individualistas que as brasileiras, pois l os partidos tem importncia no financiamento das campanhas. No Brasil os candidatos organizam suas prprias campanhas.9. As campanhas so caras e os recursos so obtidos com grupos de interesse empresas e pessoas fiscas, entregues aos candidatos no aos partidos. Na esquerda os recursos as vezes so entregues ao partido e no ao candidato10. Candidatos a deputado precisam comprar apoio local de prefeitos11. Valor declarado de custo da campanha muito inferior ao valor real12. Campanhas para governador e presidente da Repblica tem gastos exorbitantes (120 milhes Collor)13. Recursos adquiridos pelos partidos muito inferiores aos fruto de esforo pessoal do candidato14. Propaganda gratuita diminui um pouco essa disparidade que fomenta a individualidade nas propagandas, financiamento gratuito e proporcional ao tamanho dos partidos na cmara dos deputados, entretanto com a impossibilidade de comprar tempo extra os candidatos centram a propaganda em suas qualidades pessoais em detrimento das do partido.15. Brasil pioneiro no uso de pesquisas e consultores polticos e so os candidatos e no partidos os contratantes16. CAMPANHAS SO CONDUZIDAS E FINANCIADAS PELOS CANDIDATOS E NO PELOS PARTIDOS, E DE MODO GERAL NO SO CENTRADAS NOS PARTIDOS, MAS SIM NA PESSOA DOS CANDIDATOS.17. Campanhas so feitas com mnimo de associao a figura do partido porque para governar necessrio maioria no congresso e para alcanar tal objetivo necessrio articular-se com outros partidos o que se dificultaria com a afirmao exacerbada de atributos de um partidoPartidos Nacionais Fracos1. Partidos catch-all possuem organizaes frgeis2. Trs principais instncias partidrias nacionais: Conveno nacional> Diretrio nacional e comisso executiva nacional (muito enfraquecida e quase irrelevante por exemplo no caso do PMDB).3. As organizaes nacionais brasileiras so mais fracas que as dos Estados Unidos, porm l elas tem papel importante no recolhimento de fundos de campanha. No Brasil elas indicam os candidatos a Presidente.4. Partidos no tinham sede ou funcionrios prprios quase, candidatos sim5. Com o financiamento pblico em 1995 a histria vai mudar, a profissionalizao vai chegarDescentralizao1. Embora no perodo militar tenha havido centralizao, no perodo que se seguiu no se observou, os diretrios estaduais possuam muito mais influncia que os nacionais principalmente nos partidos catch-all.2. Se observam, mesmo poucas, alianas em espectros amplos de alcance no distanciamento poltico observado, os partidos de direita chegaram no mximo ao PDT em suas alianas, o PT foi inflexvel, no ofereceu apoio em coalizes, salvo a 1 estado no qual apoiou o PSDB, fora isso s apoiou partidos de esquerda ou centro-esqueerda.3. Os partidos catch-all tem ampla maleabilidade.4. Nos partidos catch-all os polticos correspondem aos interesses locais e estaduais acima de tudo, assim como nos Estados Unidos. A entrada dos polticos nesses partidos se d muito mais por motivos locais que por nacionais5. OS POLTICOS OPTAM PELOS PARTIDOS QUE NO NVEL ESTADUAL OU MUNICIPAL PODEM PROMOVER SUAS CARREIRAS POLTICAS6. O localismo e o federalismo enfraquecem a unidade nacional, principalmente entre os grandes partidos catch-all, em conflito com os interesses locais, os membros de partido catch-all (direita e centro) tendem a votar favorecendo os interesses locais em detrimento dos do partido que representam, o que no observado nos partidos de esquerda.7. A democracia letra morta nos partidos, existem oligarquias internas (exceto no PT)

Heterogeneidade Partidria1. Baixo controle das organizaes sobre os polticos + descentralizao = Partidos catch-all heterogneos no nvel nacional, partidos variando ideologicamente internamente nos diferentes estados.2. PMDB (1985-1988) Um dos partidos ideologicamente mais difusos do mundo, muitos encaravam o antigo MDB no como um partido, mas sim como uma frente,pois havia desde comunistas at reformistas e centro direitistas. Depois do incio da consolidao da democracia, as alas esquerdistas abandonaram o partido.3. PFL e PDS do centro a direita, muita variedade, mas nada como o PMDBAtividades e recursos extra-eleitorais limitados1. Muito mais do que outros partidos democrticos, os partidos americanos so essencialmente organizaes eleitorais. (Sorauf, 1963) SE ISSO VLIDO PRA ELES, MUITO MAIS PARA OS PARTIDOS CATCH-ALL brasileiros.2. Os partidos catch-all brasileiros so organizacionalmente fracos, exceo dos partidos de esquerda fora do Congresso, eles somente so ativos nos perodos de campanha eleitoral, nos nveis nacional estadual e municipal.3. Mesmo no interior do Congresso, os partidos catch-all no so bem organizados.4. Fundos Partidrios de recursos muito limitados em comparao a pases desenvolvidos5. Partidos obtendo recursos atravs tambm de seus parlamentares e militantes6. At 1995, a situao financeira dos partidos polticos brasileiros refletiu a tendncia para um sistema de organizaes partidrias fracas e polticos de grande autonomia.Organizao dos partidos de esquerda1. Dicotomia entre partidos catch-all e esquerda e PDT e PSB num mbito intermedirio2. PT,PPS e PC doD B divergindo do modelo catch-all por ter disciplina no congresso, lealdade entre parlamentares e ligaes com movimentos sociais .3. Dois mtodos pelos quais a parcela do partido que est fora do Congresso influencia seus representantes no parlamento: Militantes de base (PT) e lder carismtico (PDT).4. Havia mecanismos fortes de consulta a base para decisoes importantes no PT que hoje se enfraqueceu mas permanece maior que nos partidos catch-all.5. Partido de esquerda nao se organizam apenas para as eleioes6. PT determinava os candidatos a cargos executivos de ponta consultando toda a base de filiados o q tem diminuido com a profissionalizaao7. Nao houve migracao dos partidos de esquerda PT,Pc do B e PCB em 19868. Indice de troca do PMDB foi de 49%9. Indice dos catch-all foi de 36,3%10. Partidos catch-all tem poucos nenhum militante e apelam para o clientelismo11. PSB esta mais proximo do modelo clientelista e PT o fodao. Serao os partidos atores racionais?12. O campo est dividido pois alguns teoricos acreditam que o comportamento individual seja melhor conpreendido racionalmente que o de coletividades.J outro grupo (Schumpeter,Downs) afirmam que partidos agem racionalmente para ganhar eleioes.13. complicado pensar os partidos como atores unitrios e coesos dada a sua fragmentacao e diversidade interna14. Os membros de partidos catch all nao agem buscando maximizar votos sob uma tica coletivista mas sim otimizando beneficios pessoais15. No interior dos partidos catch all as habilidades individuais, a influencia e o poder politico falam mais alto q o desejo de maximizar votos como o exrmplo de Ulysses guimararaes no pmdb ele nao era carismatico mas tinha poder no partido para se candidatar16. So no sentido do acesso ao voto como meio ao poder que pode se colocar o desejo dos partidos catch all como unitarios17. INSTITUCIONALISTAS acreditam que partidos tem varios objetivos n so o da conquista de votos o que converge com a dinamica de funcionamento do PT18. Nem toda vez o objetivo de maximizar votos buscado, por exemplo qnd dois partidos historicamente rivais precisam realizar coalizao isso nao aconteceCAPTULO 6: PATRONAGEM, CLIENTELISMO E PATRIMONIALISMOO MAIOR PARTIDO DO Brasil o PCB, Partido Clientelista Brasileiro, Se no pudermos nos livrar desse partido, nunca seremos capazes de resolver os problemas do pas1. O autor d o exemplo do caso da ferrovia superfaturada cuja implantao era equivocadamente desproporcional e a empresa vencedora da concorrncia para a construo havia subornado o governo para conseguir a obra no governo Sarney2. A culpa desse e de tantos outros escndalos da patronagem e do clientelismo, prticas que esto instaladas na cultura poltica brasileira. 3. Motivaes de uso poltico de recursos pblicos: Controle dos partidos atravs de verbas /Partidos catch-all usam clientelas para atrair votos( boa para os polticos e ruim para os partidos)/ Lderes usam do clientelismo para fundar a base de apoio ao governo4. Perodo 1979 e 1994 marcado pelo clientelismo e patronagem que afundaram o pas numa grave criseDefinio dos termos bsicos1. Patronagem: Uso ou distribuio de recursos do Estado em bases no meritocrticas com a finalidade de obter vantagens polticas. Souraf : sistema de incentivos, moeda poltica para comprar iniciativas e aes polticas abrange empregos e verbas do setor pblico2. Antigamente se concebiam s empregos agora se concedem servios, obras pblicas, contratos, concesses e investimentos, mas os empregos permanecem no centro3. Clientelismo: Relao patro-cliente que apresenta desigualdade, reciprocidade assimtrica, natureza no institucionalizada e relao face a face. Clientelismo estratgia de elites para manter sua dominao. Mas pode surgir Tb de populaes afim de explorar oportunidades escassas.4. Parceiros 1 forte e outro fraco, ambos se beneficiam, mas o forte se beneficia mais que o fraco5. Partidos catch-all dependem muito da patronagem e do clientelismo6. Embora muitas vezes declarem nos seus estatutos postura combativa ao estado, fazem uso dele pra manter sua clientela poltica7. Ao contrrio do que alega a literatura, quem controla o clientelismo no so os partidos, mas os candidatos (A clientela fiel a um poltico mas o poltico no necessariamente fiel a seu partido)8. Clientelismo moderno mais seguro aos clientes, que tem opes mais sofisticadas e menos apelo emocional nos seus vnculos, podem fazer um clculo racional de custo/benefcio e decidir quem escolher como padrinho9. No interior entretanto as relaes pessoas entre indivduos poderosos e subordinados ainda comum10. Patrimonialismo: Governantes tratam o Estado como propriedade deles (Weber 1978).No h separao da esfera pblica e privada, so concedidos favores a amigos, parentes, etc.11. Aspectos comuns entre patrimonialismo e clientelismo: Ambos permitem que os polticos manipulem recursos pblicos em proveito prprio.12. A patronagem o principal aglutinador de redes de clientela modernas.13. No s porque clientelismo e patrimonialismo que corrupo, algumas dessas prticas so legtimas, mas de certa favorecem a corrupo.Os Usos da Patronagem e do Clientelismo1. Pelo menos at 1930 e em remotas regies rurais at a dcada de 70, redes de clientela suplantaram partidos como base de organizao poltica ( Oliveira Viana)2. Entre 1945 e 1964 foram surgindo clivagens ideolgicas abafadas pelo golpe, mas que permaneciam presentes, durante desde 1945 no se observavam tanto no nvel municipal onde as redes de clientela ainda se faziam muito presentes3. Tericos como Lemarchand e Legg , e Powell afirmam que o clientelismo desaparecer com a modernizao, o autor concorda parcialmente com a afirmao, acreditando que o clientelismo vai se adaptar a realidades polticas ps-modernas (Cammack, Chubb, Hagopian)4. O autor no considera o clientelismo a partir de valores, mas sim como um sistema de troca de ganhos.5. Para os pobres o clientelismo fornece um meio de extrairi benefcios tangveis de um sistema que geralmente favorece os ricos numa sociedade em que a extenso dos direitos civis lenta.A pobreza solo frtil para o clientelismo6. As pessoas enxergam dificuldade de mudana do seu estado e status na sociedade atravs da coletividade, ento buscam o auxilio de redes de clientela onde empenhando esforo possam alcanar sucesso pessoal.7. Em 1985 125 mil pessoas ingressaram no servio pblico por concurso e 1,7 milhes por contatos pessoais, critrios pessoais8. Joaquim Nabuco: O Emprego Pblico a vocao de todos9. A lealdade poltica fator determinante na contratao10. EM TUDO DEPENDEMOS DE CONCESSES POLTICAS, E A REDE DE CONTATOS MUITO IMPORTANTE NA DETERMINAO DO SUCESSO DAS MESMAS SEJA PARA CONSEGUIR UMA VAGA NO HOSPITAL, ESCOLA, LIBERAO DE CONTRATOS, EMPRSTIMOS, ETC.11. A Fraqueza de sindicatos leva indivduos a buscarem sozinhos solues para seus problemas, no sozinhos, mas recorrendo a polticos12. As lealdades so pessoais, no partidrias.13. O intervencionismo estatal ajudou a alimentar o clientelismo havia mais recompensas a distribuir e mais benefcios a extrair da patronagemPERGUNTA IMPORTANTE: POR QUE OS POLTICOS DOS PARTIDOS CATCH-ALL SE VALEM DA PATRONAGEM E DO CLIENTELISMO?A patronagem e o clientelismo so instrumentos para assumir o controle da mquina partidria, conquista de votos e formao de base de apoio para o governo.Patronagem e Controle da Mquina Partidria1. Nos partidos catch-all apesar de problemas financeiros garantido o controle da mquina partidria atravs da patronagem, onde nas convenes locais existem as pessoas que tomam parte ativa nos partidos e aquelas arregimentadas para participar das convenes locais.2. Os polticos tentam ao mximo controlar as convenes, na esquerda se d a motivao ideolgica. Nos partidos catch-all os polticos geralmente usam patronagem para controlar as convenes locais dando empregos, dinheiro, e todo tipo de favor que se possa imaginar.3. A grande quantidade de pessoas mais pobres nos partidos se justifica pelas prticas clientelistas dos governos, mesmo com mais chances de adeso nas classes mdia e alta.4. Norte e Nordeste com menos conscincia poltica que o resto do Brasil5. Cada partido insinua, quando no poder, que os empregados do estado, devem ao partido do governo sua vaga de emprego6. Cabos eleitorais so importantes e podem ser de vrias naturezas. A patronagem utilizada para conseguir o apoio dos delegados no interior do partido7. EST SEMPRE PRESENTE O USO DE VERBAS PBLICAS, REGRA, NO EXCEO8. Sempre isolando os partidos de esquerda9. Nos partidos catch-all o controle dos partidos e das convenes se d pela patronagem o que diferencia o Brasil das democracias da Amrica LatinaPatronagem, redes de clientela e Eleies1. A patronagem e o clientelismo esto presentes na conquista de votos, mas no so to eficazes nessa rea quanto na organizao interna do partido. Mas os polticos dos partidos catch-all ainda fazem uso do fisiologismo e das verbas pblicas para patrocinar suas campanhas eleitorais2. (Carey e Shugart) Personalismo na formao e no trabalho com as candidaturas. A maioria dos deputados brasileiros depende do trabalho distrital para angariar votos3. Os candidatos a cargos menores tem pouqussimos meios de publicizar seu desempenho parlamentar e propor programas, tem que se fazer reconhecer por redes de clientela4. A patronagem entra no momento da campanha quando candidatos usam dinheiro pblico nas suas campanhas ignorando leis eleitorais que probem estas prticas. Favorecimento de empreiteiras que favorecem candidatos oferecendo investimento nas campanhas.5. O clientelismo bom para os polticos e no para os partidosA Patronagem como Recurso de Governo1. Anlise de Como o Poder executivo, nos diferentes nveis, estabelece relaes clientelistas e de patronagem para obter apoio poltico em ordem de sustentar seu governo2. Governos geralmente formam coalizes3. Governos Estaduais e Municipais dependem do Governo federal em recursos4. Muitos governos subnacionais contraram dvidas com o governo federal, o que se reduziu com as redistribuies de renda tributria promovidas pelo governo federal entre os governos estaduais e municipais o que reduziu sua dependncia.5. A distribuio de recursos entre estados se d muito de acordo com o relacionamento pessoal do chefe do executivo com operadores de polticas nos nives subnacionais, governadores prefeitos etc, dado o exemplo de Sarney favorecendo seu Estado e Amigos.6. PODER DISCRICIONRIO7. Maluf no Estado de So Paulo favorecia quem migrava do MDB para o ARENA8. Patronagem era mais eficiente no perodo ditatorial, a democracia e a prevalncia das ideologias enfraquece o patronatoPolticos, clientelismo e processo decisrio1. Para os partidos brasileiros e a maioria dos seus representantes no Congresso, estar no poder significa indicar pessoas para a burocracia pblica.2. O que o poder? ocupar cargos.Antnio Carlos Magalhes afirma: Um governo que no demite e no contrata no um governo3. TUDO DE RUIM DOS PARTIDOS CATCH-ALL4. Voc no deve confundir fisiologismo com ocupao de espaos polticos. O novo regime devia ter se livrado dos burocratas da ditadura. A mesma gente do tempo da ditadura ainda est no poder. Quando Lnin fez a revoluo , no permitiu que os aliados do czar permanecem em posies de poder . Voc s pode por em prtica suas idias com pessoas compatveis com elas. FRANCISCO PINTO PMDB BAHIA5. Os prprios polticos admitem que a maioria dos seus colegas no se interessa pelas polticas pblicas. CATCH-ALL principalmente.6. NO DO ATENO AOS PROGRAMAS PARTIDRIAS.A expanso da patronagem e do clientelismo durante dos anos 801. O autor alega que houve mais patronagem e clientelismo a partir dos anos 802. Segundo o autor a ditadura combatia o fisiologismo e o clientelismo, prticas que remontam ao perodo Vargas. Entretanto, mesmo em menor escala, a patronagem permaneceu presente nas prticas do governo. Havia um espao a tecnocracia e outro a patronagem 3. Durante o perodo militar houve menos polticos e mais tecnocratas ocupando cargos de ministro4. MTODO DELE = ENTREVISTAS5. Embora tudo isso alguns fatores contriburam para o aumento do clientelismo, como o crescimento do setor pblico assim como o dos poderes reguladores do Estado, aumentando o nmero de empregos e vagas, o que poderia contribuir com o fisiologismo.6. Emendas a CLT permitiram a admisso sem concurso, a reforma administrativa de 1967 reestruturou a burocracia federal7. Por um lado, o governo militar aumentou a flexibilidade da administrao pblica, e de outro, abriu a possibilidade da adoo de critrios polticos na gesto de pessoal.8. Aumentou a autonomia dos ministrios o que dificultou o controle do destino de seus recursos o que favorecia o uso poltico dos mesmos9. O EMPREGUISMO FICOU SENDO INSTRUMENTO GRAVE NOS PERODOS PS ANOS 80 PRINCIPALMENTE PELO PDS E PMDB10. Ministrio do Planejamento no governo Sarney era clientela e corrupto, nepotismo e tudo de ruimOs custos do clientelismo contemporneoCLIENTELISMO, PATRIMONIALISMO E LEGITIMIDADE1. Um apoio baseado na obteno de favores materiais no legitimidade2. No vivemos a RES PUBLICA (coisa pblica)Clientelismo e interesses populares1. Clientelismo elitista e de vis conservador, no so conservadores clssicos, mas o so no sentido de favorecimento aos interesses das elites2. O clientelismo pode at integrar os pobres na poltica, mas de uma forma que os reafirme enquanto dependentesIneficincia do Setor Pblico1. Meritocracia no cumprida com o clientelismo2. EMPREGUISMO, NEPOTISMO E CLIENTELISMO foram prejudiciais a burocracia pblica brasileira na dcada de 80 e 903. Fernando Henrique tambm foi fisiologista4. BAIXA EFICIENCIA DO SETOR PUBLICO CAUSADA PELO SEU USO PARA FINS PRIVADOS5. MXICO SEMELHANTE6. CLIENTELISMO DELETRIO NAS POLTICAS SOCIAIS VOLTADAS A POPULAES CARENTESSARNEY CONSTRUIU A FERROVIA NO FIM DAS CONTAS PORQUE ERA PATRONAGEM, ERA MEIO DE MANTER SEU CONTROLE