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O Concílio Vaticano I 8/12/1869 a 20/10/1870. E foi proclamado por Pio IX As importâncias: foram as definições dogmáticas defender os fundamentos da fé combater o Galicanismo (à tendência separatista da igreja católica da França em relação a Roma e ao Papa) condenar os erros do Racionalismo, do Materialismo e do Ateísmo Constituição dogmática "Dei Filius", sobre a Fé católica "Pastor Aeternus", sobre o primado e infalibilidade do Papa quando se pronuncia "ex- cathedra", em assuntos de fé e de moral. A constituição dogmática sobre a fé católica. A constituição Dei Filius, é constituída por quatro capitulo, onde expõe a doutrina da Igreja sobre quatro pilares: Deus, a Revelação, a fé, as relações entre fé e razão. Iremos trabalhar em nosso estudo somente com os capítulos segundo, terceiro e quarto, onde o documento trata-se de não tanto da natureza da revelação, mas do fato de sua existência, de sua possibilidade, de seu objeto. REVELAÇÃO: no capítulo sobre a revelação o concílio apresenta duas vias pela qual o homem consegue (possibilidade) chegar ao conhecimento de Deus: pela via ascendente do conhecimento natural, e pela via descendente da revelação. Via ascendente do conhecimento natural: tem seu ponto de partida na criação, tem por instrumento a luz natural da razão e alcança a Deus, não em sua vida intima, mas em sua relação causal com o mundo. A luz natural da razão: o homem consegue chegar, por meio das criaturas, a um conhecimento certo de Deus, principio e fim de todas as coisas.

resumo sobre a A Constituição Dogmática Sobre a Fé Católica Completo

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Dei Fillius

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O Conclio Vaticano I 8/12/1869 a 20/10/1870. E foi proclamado por Pio IX As importncias: foram as definies dogmticas defender os fundamentos da f combater o Galicanismo ( tendncia separatista da igreja catlica da Frana em relao a Roma e ao Papa) condenar os erros do Racionalismo, do Materialismo e do Atesmo

Constituio dogmtica "Dei Filius", sobre a F catlica "Pastor Aeternus", sobre o primado e infalibilidade do Papa quando se pronuncia "ex-cathedra", em assuntos de f e de moral.

A constituio dogmtica sobre a f catlica.

A constituio Dei Filius, constituda por quatro capitulo, onde expe a doutrina da Igreja sobre quatro pilares: Deus, a Revelao, a f, as relaes entre f e razo.

Iremos trabalhar em nosso estudo somente com os captulos segundo, terceiro e quarto, onde o documento trata-se de no tanto da natureza da revelao, mas do fato de sua existncia, de sua possibilidade, de seu objeto.

REVELAO: no captulo sobre a revelao o conclio apresenta duas vias pela qual o homem consegue (possibilidade) chegar ao conhecimento de Deus: pela via ascendente do conhecimento natural, e pela via descendente da revelao. Via ascendente do conhecimento natural: tem seu ponto de partida na criao, tem por instrumento a luz natural da razo e alcana a Deus, no em sua vida intima, mas em sua relao causal com o mundo. A luz natural da razo: o homem consegue chegar, por meio das criaturas, a um conhecimento certo de Deus, principio e fim de todas as coisas. O concilio quer = Fazer uma reivindicao sobre o valor da teologia natural, que ameaa as condies da f, sendo esses ameaa o atesmo e o positivismo. Via descendente da revelao: tem por autor Deus que fala, autor da ordem sobrenatural, que se d a conhecer a si mesmo e os decretos da sua vontade. Via sobrenatural da revelao: Rm 1, 20 Hb 1,1 Os textos nos mostra uma noo de revelao: Sobrenatural e positiva (como dada no Antigo Testamento) Vontade de Deus (Deus o autor e causa, sendo essa revelao uma obra gratuita de sua vontade); Iniciativa divina (a revelao no foi feita sem motivo, ela convinha a sabedoria e a bondade de Deus); Sabedoria de Deus, Criador e Providente (a fim de que as verdades religiosas de ordem natural pudessem ser conhecidas por todos, sem dificuldade, com firme certeza e sem mistura de erro. Sabedoria de autor e ordem da natureza (Deus que d ao homem de conhecer sua finalidade e seus meios. Bondade de Deus (Deus que sai do seu mistrio e dirige-se ao homem e entra em comunicao pessoal de pensamentos com ele, mostrando toda sua benevolncia infinita e a participao dos homens nos bens divinos) Objeto material da revelao o prprio Deus e seus decretos eternos. (Entendido como objeto: as verdades acessveis a razo, como tambm o que ultrapassa. Por Deus: entender a sua existncia, seus atributos e a vida intima das trs pessoas. Por decreto: fala sobre a criao e ao governo natural do mundo.) Revelao universal (entendida que a revelao para todo o gnero humano, ela universal como a salvao)As citaes bblicas vem confirmar que a revelao palavra de Deus dirigida humanidade, que faz a unidade e continuidade das duas Alianas sendo essa unicamente a palavra de Deus, sendo a do filho a continuao e o termino, cujo os instrumentos iniciais foram os profetas. As fontes e objeto da revelao:Concilio de Trento: so os livros escritos e as tradies que tendo sido recebidas pelos apstolos da boca de Jesus Cristo em pessoa, de mo em mo pelos prprios apstolos, aos quais o Espirito Santo as ditou chegou at ns Concilio Vaticano I: revelao para designar o contedo da palavra divina, sendo essa palavra dita por Deus, contida na Sagrada Escritura e na Tradio, o objeto da nossa f.

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F: No captulo sobre F fala especificamente o elemento especifico da palavra revelao, Nossa obrigao de crer em Deus que se revela,

Tendo como fundamento principal O homem depende inteiramente de Deus como seu Criador e Senhor. Criao: a criao a razo pela qual o homem deve a Deus a homenagem de sua inteligncia e de sua vontade.

E fundamento especial: que a razo humana, sendo criada, encontre-se completamente submetido Verdade incriada. A razo criada: deve inclinar-se diante da Verdade Incriada.Reaes do Conclio contra os racionalistas: (os racionalistas entendem a f religiosa to-somente a cincia filosfica que se refere a Deus e religio) O primeiro cnon sobre a f nos afirma, que a razo no autnoma e que Deus lhe pode impor a f. O homem, enquanto criatura, deve aceitar esse meio de conhecimento indireto. Motivos da F a autoridade de Deus que fala: distingue a f da cincia. F e cincia: A f adere as coisas reveladas, pela autoridade do prprio Deus que tem procedncia na sua infinita sabedoria e veracidade; Deus no se pode enganar e nem ser enganado, Deus tem a autoridade de testemunho infinita qualificada, excluindo todo erro e toda mentira.

Concilio retoma a ideia dos elementos essenciais do ato de f dada pelo concilio de Trento, F: Uma virtude sobrenatural pela qual, sobre uma ao de uma graa proveniente e adjuvante, ns cremos ser verdades aquilo que Deus revelou, precisamente pela sua autoridade de Deus que revela. A f (em si mesma) um dom de Deus A f adeso religiosa a palavra de Deus, sob ao conjugada da palavra exterior e da moo do Espirito.

RELAES ENTRE A F E RAZO: O captulo sobre o problema das relaes entre a f e razo, destaca-se o ensinamento precioso sobre o objeto da revelao, que so os mistrios.Ordens de conhecimento: Natural: tem como princpio a razo natural e objeto as verdades acessveis razo. (

Sobrenatural: como princpio a f divina, e tem objeto duplo Verdades que a razo natural pode alcanar. Os mistrios escondidos de Deus que no podem ser conhecido seno pela revelao divina. Mistrios: so verdades das quais s Deus possui um conhecimento natural.Os mistrios a elevao sobrenatural do homem e as suas relaes com Deus, e de modo especial a encarnao. Deus quis manifestar o seu desejo salvfico, o mistrio de nossa participao na vida divina dada por Cristo. A revelao essencialmente salvfico.

No final desse quarto capitulo Explica a verdadeira noo de dogmtico: A doutrina de f que Deus revelou no foi proposta como descoberta filosfica para ser aperfeioada pela inteligncia humana, mas foi entrega Esposa de Cristo como depsito divino para ser fielmente guardada e infalivelmente declarada. Mostra que a Igreja deve guardar fielmente e declarar infalivelmente a doutrina revelada. Doutrina dogmtica sobre a Igreja: O Espirito Santo foi prometido aos sucessores de Pedro... para que eles conservem santamente e exponha fielmente a revelao transmitida pelos apstolos, ou depsito da f. A Igreja deve conservar santamente e expor fielmente a revelao transmitidaIsso mostra que a doutrina revelada, a revelao e o depsito da f so uma s e mesma realidade, a Igreja nada a acrescenta e esse depsito da f recebido dos apstolos, mas, pode aperfeioar na compreenso do depsito, e a assimilao pelos fieis, da doutrina revelada, permanecendo sempre o mesmo, sem mudana de interpretao. Mas para que a doutrina de Cristo seja sempre ensinada sem acrscimo nem corrupo necessrio que a Igreja no somente a conserve, mas tambm denuncie os erros que a ameaa.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------CONCLUSO:

O Conclio Vaticano I: o concilio encara a revelao quer no sentido ativo, quer no sentido objeto como uma palavra dirigida ou proferida.A ao reveladora a ao gratuita do Deus de salvao, que em sua bondade e sabedoria se d a conhecer ao ser humano, sendo uma ao pessoal, de sujeito a sujeito.A f, dom de Deus, que a resposta sua palavra, resposta a um testemunho.O objeto material da revelao pode ser encarado em si mesma: Deus e seus decretos.As verdades reveladas ou ditas por Deus acha-se contida nos Livros santos e nas tradies, elas constituem a revelao no sentido objetivo, e so confiadas a Igreja de Cristo, como deposito.