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Resumo TEXTO - Sociologia Da Educação

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tudo sobre a origem da sociologia da educação

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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍUNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS POETA TORQUATO NETOCOORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS INGLÊS

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃOPROFESSOR (A): JOYCE OLIVEIRA

SOCIALIZAÇÃO: COMO SER UM MEMBRO DA SOCIEDADEPeter L. Berger e Brigitte Berger 

Antônio Lopes Vieira Filho

TERESINA

20!

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Como ser um Membro da Soiedade

A i!"#!ia: om$o!e!tes !%o soiais e soiais

Podemos afirmar que a experiência social começa com o nascimento. O mundo dacriança é habitado por outras pessoas. Desde o início, a criança desenvolve umainteração não apenas com o prprio corpo e o ambiente físico, mas também com outros

seres humanos.

Os componentes não sociais das experiências da criança estão entremeados e sãomodificados pela experiência social. !ua experiência relativa aos outros indivíduosconstitui o ponto crucial de toda experiência. !ão os outros que criam os padr"es por meio dos quais se reali#am as experiências. $ s através desses padr"es que oor%anismo conse%ue estabelecer relaç"es est&veis com o mundo exterior ' e nãoapenas com o mundo social, mas também com o da ambiência física. ( esses mesmospadr"es penetram no or%anismo) em outras palavras, interferem em seufuncionamento. !ão os outros que estabelecem os padr"es pelos quais se satisfa# oanseio da criança pelo alimento. (, ao procederem assim, esses outros interferem no

prprio or%anismo da criança. * sociedade não apenas imp"e seus padr"es decomportamento da criança, mas estende a mão para dentro de seu or%anismo a fim dere%ular as funç"es de seu est+ma%o. O mesmo aplicase - secreção, ao sono e aoutros processos fisiol%icos li%ados ao est+ma%o.

A&ime!tar ou !%o a&ime!tar: uma 'uest%o de "i(a)%o soia&

 (m suas relaç"es com outros indivíduos, a criança defrontase com um microcosmobastante circunscrito. ! bem mais tarde fica sabendo que esse microcosmo se entrosacom um macrocosmo de dimens"es infinitamente maiores. (sse macrocosmo invisível/

moldou e definiu antecipadamente todas as experiências com que a criança se defrontacom seu microcosmo. Os microcosmos, em que se desenvolvem as experiências dacriança se diferem de acordo com os macrocosmos que se inserem.

O trei!ame!to $ara o uso do toa&ete: a moita ou a *i!s$ira)%o+

 O treinamento para o uso do toalete constitui outro setor do comportamento da criançaem que as prprias funç"es fisiol%icas do or%anismo são forçadas de maneirabastante bvia, a submeterse aos padr"es sociais.

A soia&i,a)%o: $adr-es re&atios e($erime!tados omo abso&utos O processo por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade édesi%nado pelo nome de sociali#ação. $ a imposição de padr"es sociais - condutaindividual. (sses padr"es che%am mesmo a interferir nos processos fisiol%icos door%anismo. Os padr"es impostos durante o processo de sociali#ação são altamenterelativos. Dependem não apenas das características individuais dos adultos que cuidamda criança, mas também dos v&rios %rupamentos e classes sociais a que pertencemesses adultos.

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O car&ter absoluto com que os padr"es sociais atin%em a criança resulta de dois fatosbastante simples0 o %rande poder que os adultos exercem numa situação como a quese encontra a criança e a i%nor1ncia dessa sobre a existência de padr"es alternativos.Os adultos exercem um poder avassalador sobre a criança, por v&rios fatores como0 adependência que as crianças tem deles e que temem seus casti%os, os adultosapresentamlhe certo 2mundo3 e para a criança, esse 2mundo3 é o 4undo. !posteriormente a mesma descobre que existem alternativas fora desse 2mundo3, que o2mundo3 dos seus pais é relativo no tempo e no espaço e que padr"es diferentes

podem ser adotados. ! então o indivíduo toma conhecimento da relatividade dospadr"es e dos mundos sociais.

A i!iia)%o da ria!)a: o mu!do tra!s"orma/se em seu mu!do

Pela 2visão policialesca3, a sociali#ação é vista principalmente como uma série decontroles exercidos de fora e apoiada por al%um sistema de recompensas e casti%os.Por outro 1n%ulo, a sociali#ação pode ser considerada um processo de iniciação por meio do qual a criança pode desenvolverse e expandirse a fim de in%ressar nummundo que est& ao seu alcance. !ob este ponto de vista a sociali#ação constituiu parte

essencial do processo de humani#ação inte%ral e plena reali#ação do potencial doindivíduo. 5o curso do processo de sociali#ação este mundo tornase inteli%ível. *criança penetra nesse mundo e adquire capacidade de participar dele. (le setransforma no 2seu mundo3.

A &i!guagem0 o $e!same!to0 a re"&e(%o e a *"a&a res$o!do!a+

O veículo primordial da sociali#ação, especialmente sob o 6o ponto de vista, é alin%ua%em. *o assenhorearse da lin%ua%em, a criança aprende a transmitir e reter certos si%nificados socialmente reconhecidos. *dquire a capacidade de pensar 

abstratamente e a capacidade de refletir.

 * sociali#ação é um processo de confi%uração e7ou molda%em. * criança é confi%uradapela sociedade, é por ela moldada de forma a fa#er dela um membro reconhecido eparticipante. 4as, a criança não é uma vítima passiva da sociali#ação. 8esiste -mesma, dela participa e nela colabora de forma variada. * sociali#ação é um processorecíproco, visto que afeta não apenas o indivíduo sociali#ando, mas também ossociali#antes.

$ necess&rio admitir que h& limites para a sociali#ação. (ssas limitaç"es estão fixadasno or%anismo da criança. O estado atual do conhecimento científico não nos permite

traçar limites precisos da sociali#ação. 9odavia, é muito importante que não nosesqueçamos de que esse limite existe.

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1oma!do as atitudes e desem$e!2a!do o $a$e& dos outros

O mecanismo fundamental da sociali#ação consiste num processo de interação eidentificação com os outros. :m passo decisivo é dado no momento em que a criançaaprende a tomar as atitudes do outro. ;sso si%nifica que a criança não s aprende areconhecer certa atitude em outra pessoa e a compreender seu sentido) mas tambémaprende a tomala ela mesma. <& um processo de interação e identificação em que osentido da atitude é absorvido pela criança.

(m fase específica da sociali#ação ter& sido coroada de êxito quando a criança tiver aprendido a tomar a mesma atitude para consi%o mesma, até na ausência da mãe. Oque a mãe transmite ao filho não é apenas uma série de atitudes, mas sim um padrão%eral de conduta que pode ser desi%nado como o 2papel da mãe3. * criança aprendenão s a tomar atitudes específicas, mas a assumir os respectivos papéis. *odesempenhar papéis co=bo>, índio, pai, irmão, etc/ a criança aprende, antes de maisnada, a se%uir um padrão de conduta reiterada. O que importa não é tornarse umíndio, mas aprender como desempenhar um papel.

Soia&i,a)%o: dos *outros sig!i"iatios+ ao *outro ge!era&i,ado+

 *lém da função de aprendi#a%em %enerali#ada reali#ada através do ato de2desempenhar3 papéis, esse mesmo processo pode transmitir si%nificados sociais2verdadeiros3. * maneira pela qual uma criança desempenhar& papeis depender& domodo em que ela vê o papel diante da visão da sociedade ou comunidade em que vive.

?êse que a sociali#ação se reali#a numa contínua interação com outros. 4as nemtodos os outros com que a criança se defronta assumem a mesma import1ncia nesseprocesso. *l%uns deles evidentemente ocupam uma posição de relevo. Outras pessoasse situam num se%undo plano, e sua função no processo de sociali#ação poderia ser 

concebida como a de quem providencia o fundo musical. (ntram nesta cate%oria oscontactos ocasionais de todos os tipos, desde o carteiro até o vi#inho que s aparecede ve# em quando.

Os outros si%nificativos. !ão as pessoas que com maior freq@ência se tornam obAeto dainteração da criança, com as quais mantém relaç"es emocionais mais intensas e cuAasatitudes assumem import1ncia crucial na situação em que se encontra. 5ão nosreferimos apenas -s suas características ou excentricidades individuais, mas - posiçãoque ocupam no mundo mais amplo da sociedade. 5as fases iniciais da sociali#açãotoda ou qualquer atitude adotada pela criança ter& sido copiada dos outrossi%nificativos. 5um sentido bastante real, eles são o mundo social da criança. 4as, -medida que prosse%ue a sociali#ação, a criança começa a compreender que essasatitudes e papéis se li%am a uma realidade muito mais ampla. 5essa altura a criançapassa a relacionarse não apenas com determinados outros si%nificativos, mas com umoutro %enerali#ado, que representa a sociedade em %eral. Depois da descoberta dooutro %enerali#ado, as atitudes específicas assumiram car&ter universal. Os comandose as proibiç"es específicas de outros determinados transformaramse em normas%erais.

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I!teriori,a)%o0 o!si3!ia e autodesoberta.

 * interiori#ação si%nifica que o mundo social, com sua multiplicidade de si%nificados,passa a interiori#arse na consciência da criança. *través dum complicado processo dereciprocidade e reflexão, certa simetria se estabelece entre o mundo interior doindivíduo e o mundo social externo, em cuAo 1mbito o mesmo est& sendo sociali#ado. *

consciência é basicamente a interiori#ação dos comandos e proibiç"es de ordem moralvindos do exterior.

!eria extremamente dispendioso para a sociedade, e provavelmente até mesmoimpossível, se o indivíduo tivesse que ser rodeado constantemente por outros que lhedissessem 2faça isto3 ou 2não faça aquilo3. Depois que estas induç"es se interiori#aramna consciência do indivíduo, s ocasionalmente haver& necessidade de reforços vindosde fora. 5a sua maioria, os indivíduos se controlam a si mesmos na maior parte dasve#es. $ s por meio da interiori#ação das vo#es dos outros que podemos falar a nsmesmos. !e nin%uém nos tivesse diri%ido uma mensa%em si%nificativa vinda de fora,em nosso interior também reinaria o silêncio. $ s através dos outros que podemos

descobrirnos a ns mesmos. $ s através dos outros si%nificativos que podemosdesenvolver um relacionamento si%nificativo com a nossa prpria pessoa.

*4 a$e!as uma ria!)a+ 5 Cresime!to bio&6gio e eta$as biogr7"ias

(xiste certo paralelismo entre os processos biol%icos do crescimento e a sociali#ação.Buando menos, o crescimento do or%anismo imp"e certos limites - sociali#ação. 5ãoh& dCvida de que o bilo%o pode definir a inf1ncia com base no %rau dedesenvolvimento do or%anismo) e o psiclo%o pode formular uma definiçãocorrelacionada com a do bilo%o, baseada no desenvolvimento da mente. Dentro

desses limites biol%icos e psicol%icos, porém, o socilo%o h& de insistir em que ainf1ncia depende de construção social.

Portanto a inf1ncia, conforme é entendida e conhecida hoAe, constitui uma criação domundo moderno, especialmente da bur%uesia. 5ão fa# muito tempo que as criançaseram consideradas apenas adultos em miniatura. Buando a inf1ncia passou a ser concebida e or%ani#ada como uma fase muito especial da vida, distinta da idade adulta,as crianças passaram a usar traAes especiais, diferentes dos usados pelas criançasquando eram tratadas como adultos em miniatura.