resumo_contabilidade_tributaria

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    Resumo por Anglica Jarek HELDSSOUZA.WORDPRESS.COM [Digite texto]

    RESUMO CONTABILIDADE TRIBUTRIA

    AULA 1 NOES GERAIS

    Contabilidade: Cincia que estuda, registra e controla o patrimnio das entidades e suas mutaes,apresentando no final de um perodo o resultado obtido e a situao econmico- financeira da

    entidade;Contabilidade Tributria: Ramo da Contabilidade que visa aplicar as normas bsicas daContabilidade e da Legislao Tributria.

    Contabilidade e Fisco: A contabilidade deve demonstrar a situao do patrimnio e o resultado doexerccio de acordo com as normas de Contabilidade, por outro lado, deve atender ao Fisco e aLegislao Tributria. Sendo necessrio elaborar controles puramente fiscais e extracontabilmente.como apurar o Lucro Real, para clculo do IRPJ e CSLL, atravs do LALUR.

    Objetivo da Contabilidade Tributria: Apurar o resultado econmico do exerccio social (lucrocontbil), e seguida, atender de forma extra contbil s exigncias das legislaes do IRPJ e daContribuio Social sobre o Lucro Lquido, determinando a base de clculo fiscal para a formao dasprovises destinadas ao pagamento desses tributos, as quais sero abatidas do resultado contbil, para adeterminao do lucro lquido do perodo base apurado.

    Legislao Tributria: leis, os tratados e convenes internacionais, os decretos e as normascomplementares a respeito dos tributos e relaes e eles pertinente.

    Funes da Contabilidade:

    Registrar os fatos administrativos (fatos contbeis) = memria Demonstrar e controlar as mutaes patrimoniais = controle Servir como elemento de prova em juzo ou tribunal = dirimir dvidas Fornecer elementos para a tomada de deciso = gesto empresarial Demonstrar ao Fisco o cumprimento da legislao tributria = cumprir a lei

    Princpios Fundamentais de Contabilidade

    EntidadeContinuidadeRegistro pelo Valor OriginalAtualizao MonetriaCompetnciaOportunidadePrudncia.

    Carga Tributria: Parcela que retirada da economia para pagamento de tributos aos entesfederativos. A carga tributria refere-se relao entre o montante total da receita de naturezatributria, arrecadada em determinado perodo, e o Produto Interno Bruto no perodo.

    Estado de Direito: uma situao jurdica, ou um sistema institucional, no qual cada um submetidoao respeito do direito, do simples indivduo at a potncia pblica.

    Receita Pblica e Receita Derivada: O Direito Financeiro ocupa-se receitas e despesas do Estadoe tambm dos oramentos. As receitas dividem-se em:

    Receita de operaes de Crdito (emprstimos e ttulos pblicos) Receitas originais (patrimoniais), Financeiras, Industriais e Comerciais, Receitas Derivadas (tributrias)

    O Direito Tributrio ocupa-se apenas das Receitas Derivadas.

    Autonomia do Direito Tributrio: A maioria dos doutrinadores, no enxergam que o Direitotributrio seja totalmente independente, pois estar ligado a outros ramos do direito, em muitassituaes.

    Princpios Constitucionais Tributrios

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    Limitaes ao Poder de Tributar: limitaes de competncia entre os entes federativos ou comoproteo aos direitos e garantias individuais.

    Vistas pelo ngulo estatal constituem restries impostas pela Carta Magna do pas.

    Vista pelo ngulo dos indivduos (pessoa fsica ou jurdica), contribuintes dos tributos, representaminstrumentos de proteo e de resistncia pretenso estatal.

    Principio da Legalidade:Ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno emvirtude de lei. CF. Art 5.

    Sem prejuzo de outras garantias ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal eaos Municpios: Iexigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabelea. CF Art. 150.

    A Lei exigida para criao de Tributo a Lei Ordinria, por exceo a Lei Complementar.

    Principio da Anterioridade: CF. Art. 150

    Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, aoDistrito Federal e aos Municpios: IIIcobrar tributos.

    b) No mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que instituiu ou aumentou.Assim, os tributos sujeitos anterioridade da lei s podero ser cobrados a partir do exerccio seguinteao da instituio ou da alterao.

    Excees ao Princpio da Anterioridade: Alguns tributos no se aplica o principio da anterioridade, hajavista, que atendem a certos objetivos extrafiscais (poltica monetria, poltica de comrcio exterior) e,por conseguinte, necessitam de maior flexibilidade e demanda, rpidas alteraes.

    EX: Imposto de Importao (II), o Imposto de Exportao (IE), o Imposto Sobre ProdutosIndustrializados (IPI) e o Imposto Sobre Operaes de Crdito, Cmbio, Seguro e Operaes comTtulos e Valores Mobilirios (IOF)

    Em outras situaes, os tributos obedecem ao perodo de 90 dias (principio nonagesimal), que ocaso das contribuies sociais (PIS, COFINS, CSL).

    Aplicao do Princpio da anterioridade a partir da Emenda Constitucional n 42/2003

    Imposto de Renda Aplica-se apenas a anualidade. Assim, ampliao de base de clculo (ouaumento de alquota), por exemplo, respeitam apenas esse princpio. Se aalquota de IRPJ foi ampliada de 15% para 20%, com lei publicada no dia15/jan/2005 ou no dia 15/dez/2005, o aumento entrar em vigor em

    janeiro/2006.

    IPI Aplica-se apenas a regra nonagesimal. Aumentos de IPI podem entrar emvigor no mesmo ano, desde que respeitado o prazo de 90 dias. A regraaplicada ao IPI idntica s regras vigentes para as contribuies sociais.

    II, IE e IOF Estes impostos no esto sujeitos ao princpio da anterioridade, comeventuais aumentos entrando em vigor imediatamente.

    ITR,ISS,ICMS,ITBI.ITCMD

    Esto sujeitos aos principios da anualidade e nonagesimal. Aumento doICMS em agosto de 2005 entrar em vigor apenas em janeiro de 2006. Jo aumento ocorrendo em novembro, valer apenas quando completar 90dias aps a publicao da lei.

    IPTU e IPVA Esto sujeitos aos princpios da anualidade e nonagesimal. Contudo, pelacaracterstica destes impostos, a base de clculo no precisa seguir o

    principio nonagesimal, seguindo apenas a regra da anualidade.

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    Princpio da Igualdade ou Isonomia: todos so iguais perante a Lei, sem distino de qualquernatureza... CF Art, 5.

    Essa igualdade no quer significar a igualdade de fato, mas a igualdade jurdica, no sentido da notriaafirmao de Aristteles de que a igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente osdesiguais.

    O princpio dirigido ao legislador ordinrio, que no poder tratar duas situaes iguais de formadiferenciada, mas poder tratar situaes desiguais de forma desigual, justamente porque as pessoas noesto nas mesmas condies.

    Princpio da Uniformidade: Os tributos da Unio devem ser aplicados de maneira uniforme emtodo o territrio nacional.

    Igualdade x Uniformidade: Na igualdade, a diferenciao proibida est centrada na pessoa(pessoas iguais no podem ser tratadas desigualmente), enquanto na uniformidade o mesmo est noobjeto (carne, melancia, roda, acumulador, etc. devem possuir alquota uniforme) e na localizaodosujeito passivo (uniformidade geogrfica, ou seja, no pode diferenciar tomando como critriolocalizao, origem, destino, etc.).

    Capacidade Contributiva: cada pessoa deve contribuir para as despesas da coletividade, de acordocom a presuno de renda ou capital (de sua riqueza). Da a noo de distribuio de carga tributriaigualitria, em razo das possibilidades de cada contribuinte.

    Proibio do Confisco: A tributao jamais pode ter conotao confiscatria, inclusive sob pena dedescaracterizar a natureza tributria e ingressar no campo da punio ou da penalidade.

    Princpios Implcitos:

    Princpio da rigidez do sistema tributrio Impossibilidade de alterao de algumas regrasconstitucionais (artigo 60, 4., itens I a IV da CFclusulas ptreas) e a previso analtica eexaustiva no tratamento da matria tributria, inclusive, no que se refere distribuio das

    competncias tributrias entre Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios. Princpio da segurana jurdica respeito estabilidade das relaes ou a no surpresa. Nadobra deste princpio, esto includos a legalidade, a irretroatividade, a anterioridade de lei, etc.

    Princpio da proporcionalidadevisa-se proibio do excesso. Este principio, apesar deimplcito, aplica-se abundantemente na resoluo das questes tributrias.

    Hierarquia das Normas

    O sistema jurdico constitudo por um conjunto de normas em que as partes se harmonizam com otodo e o todo com as partes, formando um conjunto nico e harmnico.

    Em nosso sistema jurdico positivo (artigo 59 da CF/88), de acordo com a hierarquia das normas, apirmide compe-se das seguintes normas:

    1) Constituio2) Emendas Constituio3) Leis Complementares4) Leis Ordinrias5) Leis Delegadas6) Medidas Provisrias7) Decretos Legislativos8) Resolues9) Tratados Internacionais

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    Fontes do Direito Tributrio: so modos de expresso do Direito. A fonte bsica a Lei.

    Lei: a norma emanada do Poder Legislativo, que estabelece regras de conduta. Obriga a todos dentroda sociedade, pois no visa a situaes de particulares, mas genricas.

    Constituio Federal: Na Constituio encontra-se a matriz de todas as competncias; nela sedemarcam os limites de tributar e se estruturam os principios, inclusive os de natureza especificamente

    tributria, que constituem as pilastras de sustentao de todo o sistema tributrio.Emendas Constituicionais: As emendas constitucionais, uma vez observado o processo previstopara sua elaborao e promulgao, incorporam-se Constituio, com igual hierarquia.A CF no criatributos, define competncias para faz-lo, assim como suas emendas.

    Lei Complementares: tem a funo de complementar disposies contidas na Constituio.

    Caba a Lei Complementar: Dispor sobre a Competencia dos Tributos; Regular as limites ao poder detributar; normas gerais em materia de legislao Tributria

    Para a aprovao da lei complementar, requer-se a maioria absoluta dos votos dos membros das duascasas do Congresso Nacional (Cmara dos Deputados e Senado Federal).

    Leis Ordinrias: o veculo legislativo de cria o tributo. . A lei ordinria aprovada no CongressoNacional por maioria simples ( maioria dos presentes na votao).

    Leis Delegadas: so elaboradas pelo Presidente da repblica sobre matrias especficas. Dentro dahierarquia das normas, a lei delegada se equipara lei ordinria.

    Medida Provisria: um ato normativo, com fora de lei, de que o executivo poder lanar mos emcaso excepcionais, isto e, em caso de urgncia e relevncia,e que tero fora de lei.

    Decretos Legislativo: servem para regular matria de competencia do Congresso Nacional comefeeitos externos. Independem de sano e veto do Presidente da Repblica.

    Resolues: estabelecem aliquotas de ICMS, aliquotas maximas de Imposto de tranmisso de Causa

    mortis e doao.Tratados Internacionais: sero os tratados internacionais fontes de Direito Tributrio quandoforem aprovados por decreto legislativo e promulgados por decreto do Presidente da Repblica.

    AULA 2 TRIBUTOS

    Art. 3 - Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possaexprimir, que no constitua sano(Aprovao) de ato ilcito, instituda em lei e cobrada medianteatividade administrativaplenamente vinculada. CTN, Art. 3.

    Tributo prestao pecuniria: S pode ser cobrado em Dinheiro.

    Compulsoriedade: Obrigatoriedade de todos que praticam o fato gerador, independente da vontade;

    No constitua sano de ato ilicito: a incidencia de tributos s ocorre sobre a pratica de atoslcitos.

    Especies de Tributos: vinculados e no vinculados

    Vinculados: quando existe vinculo com o tributo pago e o servio. Ex: taxas, contribuies demelhoria, contribuies sociais e emprestimso compulsrios.

    No vinculados: temos o imposto, que devido independente que qualquer atividade estatal

    relacionada ao contribuinte. Esta dividido em tributos sobre a renda, patrimonio e consumo.

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    Imposto: CTN - Art. 16. Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situaoindependente de qualquer atividade estatal especfica, relativa aos contribuintes

    Impostos Indiretos: so representados pelos impostos sobre consumo. Os contribuintes de fato ede direito so pessoas distintas. O Contribuinte de direito recolhe o tributo, mas o contribuintede fato que efetivamente paga. Basicamente, so impostos que incidem sobre a produo, venda,circulao ou consumo de bens e servios

    Impostos diretos: contribuintes de fato e de direito so os mesmos. Assim, os tributos diretosincidem sobre a renda e o patrimnio das pessoas fsicas ou jurdicas. Ex: IR.

    CATEGORIA ENTE FEDERATIVO IMPOSTOComrcioExterior

    Unio Imposto Sobre Importao (II)Imposto Sobre Exportao (IE

    Produo eCirculao

    Unio Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI)Imposto Sobre Operaes Financeiras (IOF)

    Estados e Distrito Federal Imposto Sobre a Circulao de Mercadorias eServios (ICMS)

    Municpios Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza(ISS)

    Patrimnio eRenda

    UnioImposto de Renda (IR)Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural(ITR)Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF)LComplementar.

    Estados e Distrito Federal Imposto Sobre a Propriedade de Veculos (IPVA)Imposto Sobre Transmisso Causa Mortis eDoao (ITCMD)

    Municpios Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)Imposto Sobre a Transmisso Inter Vivos (ITBI)

    Taxa: tem como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia ou a utilizao efetiva oupotencial de servio pblico, especfico e divisvel, prestado ou colocado disposio do contribuinte.

    So exemplos de taxas cobradas pela prestao de servios pelo Estado: Taxa de Coleta de LixoConservao e Limpeza PblicaEmisso de Documentos- gua e esgoto.

    Exemplos de taxas cobradas pelo exerccio do poder de polcia pelo Estado: Taxa de Fiscalizao deEstabelecimentosFiscalizao de Vigilncia SanitriaFiscalizao de Anncios.

    Contribuiesde Melhoria: instituda em virtude do custo de obras pblicas de que decorravalorizao imobiliria para o contribuinte.

    Contribuies Sociais: de competncia Unio para instituir trs tipos de contribuies: (a)

    sociais; (b) de interveno no domnio econmico; (c) de interesse das categoriais profissionais oueconmicas.

    (a) Contribuies Sociais: incidem sobre a folha de pagamento (INSS) o faturamento (COFINS) esobre o lucro (CSLL).

    (b)Contribuies de Interveno no Domnio Pblico(CIDE): so contribuies regulatrias,utilizadas como instrumento de poltica econmica para enfrentar determinadas situaes queexijam a interveno da Unio na economia do pas. Geralmente utilizadas no setor deCombustiveis

    (c)Contribuies de Interesse de categorias profissionais e econmicas: so contribuiesdestinadas a custear os servios dos rgos responsveis das profisses regulamentadas,

    consideradas como autarquias federais pela CF. Exemplos, OAB, CRC, CREA, CRM, etc..

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    Elementos Fundamentais dos Tributos:

    Fato Gerador: o fato gerador em abstrato, como hiptese (previso do fato gerador e o deverjurdico). Ex: aquele que tiver automvel dever pagar o IPVA. E o fato gerador concreto ou comosituao jurdica caracterizada ( aquilo que estava previsto e aconteceu)

    Base de Clculo: Grandeza econmica sobre a qual se aplica a alquota para calcular a quantia a pagar.

    Alquota: percentual aplicado sobre a base de clculo para obter o valora pagar.Sujeito Ativo da Obrigao Tributria: a pessoa jurdica de direito pblico de exigir o tributo.Ou seja, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios.

    Sujeito Passivo da Obrigao Tributria: a pessoa obrigada ao pagamento de tributo oupenalidade pecuniria. Divide-se em:

    (a) Contribuinte de fato: a pessoa fsica ou jurdica que tem relao pessoal e direta com asituao que constitua o respectivo fato gerador. Ex: IPTU, IPVA

    (b)Contribuinte Responsvel: aquele que se reveste da condio de contribuinte. ). Ocontribuinte responsvel tem a incumbncia de recolher o tributo, j que a lei lhe atribui essaresponsabilidade. Ex: Imposto de Renda Retido na Fonte.

    AULA 3 CONTABILIDADE TRIBUTRIA APLICADA

    Tributos Indiretos: a cada etapa econmica so repassados ao preo do produto/mercadoria/servio.Tributos que referem-se a circulao de mercadorias.

    O industrial transfere os tributos de industrializao ao preo do produto. O comerciante que compraesse produto passa a chamar de mercadoria, acrescenta suas despesas, a margem de lucro e os tributossobre a circulao e repassa ao preo de venda. O Consumidor final, ao pagar o preo da mercadoria,est pagando todos os tributos embutidos no preo.

    Os empresrios que produziram e comercializaram so os contribuintes de direito, e o consumidor, ocontribuinte de fato.

    ICMS Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e Servios

    um imposto no-cumulativo. Do imposto devido em cada operao ser abatido o valor pago naoperao anterior. O contribuinte tem direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado, desdeque devidamente registrada a mercadoria no Livro de Entrada.

    Para creditar-se do ICMS necessrio que esteja destacado em documento hbil, emitido porcontribuinte em situao regular perante o Fisco. Ressalte-se que s podem gerar crdito:

    a) as entradas de mercadorias destinadas revenda;

    b) as entradas de insumos (matria-prima, material de embalagem, produtos intermedirios, etc.)utilizados na elaborao de produto destinado venda, cujas sadas sejam tributadas.

    Como regra geral, se a sada for isenta ou no tributada, o crdito pela entrada dever ser anuladopor lanamento de estorno.

    Fato Gerador do ICMS

    Ida sada de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimentodo mesmo titular; (grifo meu)

    II - do fornecimento de alimentao, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento;

    IIIda transmisso a terceiro de mercadoria depositada em armazm geral ou em depsito fechado, noEstado do transmitente;

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    IVda transmisso de propriedade de mercadoria, ou de ttulo que o represente, quando a mercadorianao tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;

    Vdo inicio da prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquernatureza; (grifo meu)

    Caso seja dentro do municpio pago ISS

    VIdo ato final do transporte iniciado no exterior;IXdo desembarao aduaneiro das mercadorias importadas do exterior;(grifo meu)

    Alquotas de ICMS

    Se o contribuinte for das regies Norte, Nordeste ou Centro-Oeste e do Estado do Esprito Santo,aplica-se a alquota de 12%, independente de onde estiver localizado o destinatrio.

    Se o contribuinte for da regio Sul e Sudeste, aplica-se 12% se o destinatrio tambm estiver na regioSul e Sudeste e 7% se o destinatrio for Norte, Nordeste ou Centro-Oeste e do Esprito Santo.

    IPI, IOF, IE, II utilizados pelo governo pra regularizar a situao econmica do pas

    IPI - Imposto sobre Produto IndustrializadoNo est sujeito ao principio da anterioridade, ou seja, pode ser alterado durante o exercciofinanceiro. Deve atender os principio da Seletividade, os produtos mais essenciais possuem alquotasreduzidas ou at so isentos. O IPI no compe o preo dos produtos, dito imposto por fora.

    Esse IPI no pode ser contabilizado como despesa ou custo pelo vendedor, j que no nus seu, e simdo comprador.

    PIS Programa de Integrao Social

    (a)PIS apurado de maneira Cumulativa: praticado nas empresas que apuram o imposto derenda pelo lucro presumido, cuja alquota de 0,65% sobre o faturamento mensal, no dandodireito a utilizao de crdito por ocasio da compras ou de despesas operacionais.

    (b)PIS apurado de maneira no Cumulativa: tem como fato gerador o faturamento mensal,o total de receitas auferidas pela pessoa jurdica, que compreende a receita bruta de bens eservios na operao nas operaes em conta prpria ou alheia e todas as demais receitasauferidas pela pessoa jurdica.

    No integram a base de clculo das receitas:

    decorrentes de sadas isentas da contribuio ou sujeitas alquota zero;

    auferidas pela pessoa jurdica revendedora, na revenda de mercadorias em relao squais a contribuio seja exigida da empresa vendedora, na condio de substituta tributria;

    vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;

    reverses de provises e recuperaes de crditos baixados como perda, que norepresentem ingresso de novas receitas, o resultado positivo de avaliao de investimentopelo valor do patrimnio lquido (Equivalncia Patrimonial) e os lucros e dividendos derivadosde investimentos avaliados pelo custo de aquisio, que tenham sidos computados comoreceita;

    no operacionais, decorrentes da venda de ativo imobilizado.

    Alquota de PIS: Ser de 1,65%,a aplicar sobre o faturamento.

    Crdito de PIS: A pessoa jurdica poder creditar-se de PIS, a alquota de 1,65% nosseguintes casos:

    I bens adquiridos para a revenda;

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    II bens e servios utilizados como insumo na fabricao de produtos destinados venda ou prestao de servios, inclusive combustveis e lubrificantes;

    IV - aluguis de prdios, mquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurdica, utilizados nasatividades da empresa;

    V valor das contraprestaes de operaes de arrendamento mercantil de pessoa jurdica,

    exceto de optante pelo SIMPLES;VI mquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos oufabricados para a locao a terceiros ou para a produo de bens destinados venda ou naprestao de servios (redao dada pela Lei 11.196/05);

    VII edificaes e benfeitorias em imveis de terceiros, quando o custo, inclusive de mo-de-obra, tenha sido suportado pela locatria;

    VIII bens recebidos em devoluo, cuja receita de venda tenha integrado faturamento doms ou de ms anterior;

    IX energia eltrica e energia trmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos

    estabelecimentos da pessoa jurdica (redao dada pela Lei n 11.488/07);X vale-transporte, vale-refeio ou vale-alimentao, fardamento ou uniforme fornecidos aosempregados por pessoa jurdica que explore as atividades de prestao de servios delimpeza, conservao e manuteno.

    COFINS Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social

    (c)COFINS apurado de maneira Cumulativa: praticado nas empresas que apuram oimposto de renda pelo lucro presumido, cuja alquota de 3,00% sobre o faturamentomensal, no dando direito a utilizao de crdito por ocasio da compras ou de despesasoperacionais.

    (d)PIS apurado de maneira no Cumulativa: tem como fato gerador o faturamento mensal,o total de receitas auferidas pela pessoa jurdica, que compreende a receita bruta de bens eservios na operao nas operaes em conta prpria ou alheia e todas as demais receitasauferidas pela pessoa jurdica. Alquota de 7,6%

    OBS.- a COFINS tanto na tributao como na utilizao de crditos, praticamente, usaos critrios do PIS. Muda, somente, as alquotas.

    Tributos Incidentes sobre a Formao de Preo: Em cincia das Finanas a tcnica de repassaros tributos ao preo do produto/mercadoria/servio, tem o nome de repercusso, ou seja transferir onus tributrio ao consumidor, embutindo-o no preo de venda.

    Vejamos um exemplo, de uma empresa industrial e para facilitar, vamos considerar que o PIS e aCOFINS sero calculados pelo sistema cumulativo e que o ICMS ser calculado pelo sistema nocumulativo.

    Dados:

    1) Matria-prima (consumida) 100.000ICMS sobre a compra (18%) -18.000Custo da MP 82.000

    2) Custo de Produo: 68.000

    Mo de obra direta 31.000Encargos Sociais 11.253Gastos Gerais de Fabricao 25.747

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    3) Custo total de produo (1+2) = 82.000+68.000= 150.000

    4) Despesas operacionais 50.000

    5) Gastos Totais (Custos + despesas) 200.000

    A empresa deseja ter um lucro de 20% antes da CSLL e IRPJ O ICMS sobre a venda de 18%

    O PIS sobre a venda de 0,65% e a COFINS de 3%

    Pergunta-se:

    a) Qual seria o preo de venda e o valor de cada tributo?

    b) Qual seria o valor agregado do ICMS?

    Resposta:

    O lucro de 20% igual a 40.000 (200.000 x 0,20)

    A Receita Bruta em percentual 100,00%

    Tributos sobre vendas em percentual 21,65% (18%+0,65%+3%)

    A Receita Lquida em percentual 78,35%

    A receita Liquida ser R$ 240.000, os gastos totais adicionado o lucro desejado pela empresa.(200.000+40.000).

    Para obter o valor da Receita Bruta, faz-se um calculo de proporo:

    78,35% 240.000

    100% XX = 240.000 x 100 = 306.318

    78,35Logo,

    O preo de venda igual= 306.318

    Receita Bruta 306.318

    (-) Dedues 66.318

    ICMS S/Venda 55.137

    PIS 1.991COFINS 9.190

    Receita Lquida 240.000

    Anlise do valor agregado do ICMS:

    a) Preo de venda 306.318

    Preo de compra -100.000

    Valor Agregado 206.318

    ICMS (18%) 37.137

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    b) Conta Grfica do ICMS

    ICMS S/Venda 55.137

    ICMS S/Compra -18.000

    ICMS A Recolher 37.137

    Como pode ser observado no exemplo acima, o ICMS , por determinao constitucional, um impostono cumulativo, ou seja, do imposto devido em cada operao ser abatido o valor pago na operaoanterior.

    No cumulatividade quadro explicativo

    Exemplifica-se a operacionalizao do principio da no cumulatividade, demonstrando o ICMS devidopelo vendedor em apenas trs operaes que so suficientes para demonstr-la, considerando aalquota de 18%.

    Venda Compra Valor da Mercadoria Dbito Crdito ICMS a Pagar

    Empresa A Empresa B 100.000 18.000 - 18.000Empresa B Empresa C 200.000 36.000 18.000 18.000Empresa C Empresa D 300.000 54.000 36.000 18.000Totais 600.000 108.000 54.000 54.000

    A empresa A vende mercadoria para B, sendo a 1 operao, no h crdito anterior de ICMS.Debita-se de 18.000 e recolhe esse valor.

    A empresa B revende a mesma mercadoria para C. Debita-se pelo ICMS devido na sada ecredita-se de 18.000 pago na operao anterior. Recolhe-se o saldo devedor de 18.000.

    A empresa C revende a mesma mercadoria para D. Debita-se de 54.000 pela sada e credita-sede 36.000 pago na operao anterior. Recolhe-se o saldo devedor de 18.000.

    Note-se no exemplo que o valor recolhido de fato foi de 18% sobre o valor agregado em cadaoperao.

    Venda Valor Agregado ICMS PagoA vendeu 100.000 100.000 18.000B vendeu 200.000 100.000 18.000

    C vendeu 300.000 100.000 18.000Totais 600.000 300.000 54.000

    Ou seja, cada uma das empresas agregou 100.000 ao valor da operao anterior e pagou 18%sobre esse valor agregado.

    Portanto, o ICMS na realidade j um imposto sobre o valor agregado, ou seja, o IVA queconsta em tantos projetos de reforma tributria apresentados.

    No fosse o principio da no cumulatividade sobre cada uma dessas operaes, o ICMS incidiriasobre o valor de sada da mercadoria, sem o abatimento do que for pago na operao anterior.

    Voltando-se ao quadro anterior, se no ocorresse a no cumulatividade do ICMS, o imposto aser recolhido seria de 108.000 (600.000 x 0,18), ao invs de 54.000.

    -Resumo elaborado por Anglica Jarek com base no roteiro de aula do professor LuizCarlos de Souza.

  • 8/3/2019 resumo_contabilidade_tributaria

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